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Revista Contato VIP Medicina e Saúde - Setembro de 2020 - Marau/RS

Confira na íntegra a edição de abril da Revista Contato VIP Medicina e Saúde, que traz o especiais sobre a nova geração de profissionais da saúde e prevenção na pandemia. Circulação nas cidades de Carazinho, Passo Fundo e Marau/RS

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O que podemos chamar de

família?

"A ideia do fim definitivo da família é uma fantasia que existe desde sempre”

Elisabeth Roudinesco

Um dos grandes desafios atuais é o surgimento de

novas configurações familiares ou novos arranjos

ou novas famílias. São novas formas de ligações

afetivas entre sujeitos que se diferenciam da família

dos padrões tradicionais. Temos as famílias

monoparentais formada por qualquer um dos pais

e seus descendentes. Famílias homoparentais

quando os pais são do mesmo sexo; famílias

adotivas quando a criança não é filha biológica dos

pais; famílias compostas por pessoas transgeneros.

Por sua vez, família reconstituída, também chamada

de família recomposta ou pluriparental, é aquela

estrutura familiar originada do casamento ou união

estável de um casal, na qual um ou ambos de seus

membros têm um ou vários filhos de relações

anteriores e surge então a chance de formação de

uma nova família. Já a família temporária é uma

medida protetiva excepcional e temporária, ou seja,

tem prazo determinado e a família anaparental,

família sem pais formada apenas por irmãos.

Sendo assim, a psicanálise aponta para a função

materna e paterna sem a necessidade do biológico.

A relação consanguínea não é determinante para

que os pais exerçam as funções emocionais

necessárias para o desenvolvimento da criança.

Estas funções requerem dos pais um desejo pela

criança. Isto é muito diferente de desejo pela

paternidade ou pela maternidade (Aulagnier, 1979).

Desejar ser pai ou mãe é muito diferente de desejar

ter um filho.

Freud em O Mal-Estar da Civilização (1930) já

comentava que para o bem da civilização o

indivíduo é oprimido em suas pulsões e vive em

mal-estar; que pode existir um choque entre o

desejo da individualidade e as expectativas do

grupo social.

Todos nós, humanos que somos, temos a tendência

a rejeitar o novo e o estranho. Tudo o que não nos é

familiar nos provoca reações de expulsão e

condenação. Como transformar em familiar estas

famílias estranhas? Estranhas porque não as

conhecemos no seu funcionamento e podemos vir a

conhecer e aceitar ou “estranhas” porque não

conseguimos permitir que o diferente seja

modificado e mantemos o preconceito e a rigidez

denunciando a incapacidade da mudança e a

manutenção do mal-estar?

Z i l Á M A l l M A N N

P S I C A N A L I S T A

A v . P á t r i a 7 6 1 - s a l a 4 0 4 - E d . M o n t ’ S e r r a t - C a r a z i n h o / ( 5 4 ) 9 9 9 4 9 - 5 8 5 6

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