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Trabalho, regressão de direitos e serviço social

Este livro integra as forças que lutam simultaneamente para decifrar o enigma do capitalismo nos tempos atuais, que defendem os direitos das grandes massas de trabalhadores e promovem um Serviço Social ativo e progressista, enfrentando as múltiplas formas da Questão Social na atualidade. Se debruça sobre as transformações no mundo contemporâneo e, em especial, no trabalho; analisa os contínuos processos de desmonte dos direitos em diversas direções, a começar por aqueles ligados ao mundo laboral; e analisa novas configurações aligeiradas propostas pelo capital para o Serviço Social (via telemarketing precarizado). Tendo como fio condutor a defesa dos direitos sociais, a obra se apresenta como resistência ao estado atual, contra todos os golpes e retiradas de direitos. As análises, interrogações e propostas deste livro partem do reconhecimento do recrudescimento das desigualdades e do papel atual do Estado na sua manutenção e aprofundamento. Ao contrário da construção de um universo político comum, voltado para os comuns e para a socialização da existência, assistimos ao esvaziamento das conquistas democráticas, ao aumento da truculência estatal, à imposição de uma espécie de pensamento único, o qual, tendo como base formas ultraliberais, associa-se sem pudor a diversos matizes conservadores. Acrescento que se a classe trabalhadora perdeu direitos, ela cresceu no mundo atual. Tornou-se multiforme, mas continua a ser a base da produção de valor. Expropriada de direitos e, mesmo, de contratos formais, a cada dia tem menos a perder. O enfrentamento ao capital, em todas as suas gradações, está se reconstruindo nas lutas cotidianas, sindicais, de mulheres, contra o racismo, contra o sexismo e contra a devastação do ambiente. O Serviço Social seguramente se mantém à escuta das lutas dos trabalhadores contra o capital. Virgínia Fontes

Este livro integra as forças que lutam simultaneamente para decifrar o enigma do capitalismo nos tempos atuais, que defendem os direitos das grandes massas de trabalhadores e promovem um Serviço Social ativo e progressista, enfrentando as múltiplas formas da Questão Social na atualidade. Se debruça sobre as transformações no mundo contemporâneo e, em especial, no trabalho; analisa os contínuos processos de desmonte dos direitos em diversas direções, a começar por aqueles ligados ao mundo laboral; e analisa novas configurações aligeiradas propostas pelo capital para o Serviço Social (via telemarketing precarizado). Tendo como fio condutor a defesa dos direitos sociais, a obra se apresenta como resistência ao estado atual, contra todos os golpes e retiradas de direitos.

As análises, interrogações e propostas deste livro partem do reconhecimento do recrudescimento das desigualdades e do papel atual do Estado na sua manutenção e aprofundamento. Ao contrário da construção de um universo político comum, voltado para os comuns e para a socialização da existência, assistimos ao esvaziamento das conquistas democráticas, ao aumento da truculência estatal, à imposição de uma espécie de pensamento único, o qual, tendo como base formas ultraliberais, associa-se sem pudor a diversos matizes conservadores.

Acrescento que se a classe trabalhadora perdeu direitos, ela cresceu no mundo atual. Tornou-se multiforme, mas continua a ser a base da produção de valor. Expropriada de direitos e, mesmo, de contratos formais, a cada dia tem menos a perder. O enfrentamento ao capital, em todas as suas gradações, está se reconstruindo nas lutas cotidianas, sindicais, de mulheres, contra o racismo, contra o sexismo e contra a devastação do ambiente. O Serviço Social seguramente se mantém à escuta das lutas dos trabalhadores contra o capital.


Virgínia Fontes

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que ainda possuem responsabilidades técnicas, políticas e pedagógicas

no interior das instituições sobreviventes do desmonte das políticas

sociais? Como podemos retratar a potência do trabalho em detalhes que

já nos escapam nos cenários urbanos?

Essas são algumas das indagações que, direta e indiretamente, encontramos

na leitura desta obra. As respostas não são fáceis, mas as pistas

estão dadas na direção da construção de espaços de reflexão, mobilização

e resistência que devem ser reproduzidos e ampliados em tempos tão

difíceis. E, indubitavelmente, as respostas são necessariamente coletivas.

Desse modo, caro leitor, não se acanhe se ao ler cada parte deste

livro você sentir aquela vontade de rebelar-se, reunir-se e afirmar-se;

pois ainda que não tenha sido a intenção original a partir da qual a obra

foi escrita, com certeza esta obra é a expressão coletiva da combinação

das vontades singulares de seus autores em fazer da reflexão um ato de

rebeldia, de reunião e de afirmação.

Niterói, 01 de outubro de 2019.

NEY LUIZ TEIXEIRA DE ALMEIDA

Professor Adjunto da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do

Rio de Janeiro (UERJ), membro do corpo permanente de professores do Programa

de pós-graduação em Serviço Social da UERJ e professor colaborador do Programa

de Políticas Públicas e Formação Humana da UERJ.

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