06.01.2021 Views

Anuário Educar 02

O Anuário Educar é um incrível projeto educacional, com matérias, artigos e depoimentos de gestores, educadores, psicólogos, pais e alunos sobre esse grande universo da educação que está em constante mudança! Uma edição especial, que compartilha a opinião das principais “Vozes da Educação” sobre o atual momento e os rumos na pandemia e pós-pandemia. O Anuário conta ainda com a participação das maiores escolas particulares de Salvador, mostrando suas propostas pedagógicas e suas principais competências e habilidades. Um beijo e Boa leitura!

O Anuário Educar é um incrível projeto educacional, com matérias, artigos e depoimentos de gestores, educadores, psicólogos, pais e alunos sobre esse grande universo da educação que está em constante mudança!

Uma edição especial, que compartilha a opinião das principais “Vozes da Educação” sobre o atual momento e os rumos na pandemia e pós-pandemia.

O Anuário conta ainda com a participação das maiores escolas particulares de Salvador, mostrando suas propostas pedagógicas e suas principais competências e habilidades.

Um beijo e Boa leitura!

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

De olho na tela<br />

// por Larissa Machado<br />

foto divulgação<br />

*Larissa Machado é<br />

psicopedagoga, Esp. Psicologia<br />

Escolar (PUC), Educadora<br />

Parental (PDA/USA) e Mestre<br />

em Psicologia da Educação<br />

pela (UNICAMP). Vice-diretora<br />

pedagógica da Escola Tempo<br />

de Criança. Psicanalista em<br />

consultório particular e Membro<br />

do Instituto Viva Infância.<br />

Não podemos negar que a tecnologia chegou para ficar e trouxe inquestionáveis<br />

avanços e possibilidades tanto em relação ao conhecimento e informação quanto<br />

em relação a entretenimento e interação social<br />

Foi pela existência da tecnologia que escolas conseguiram manter-se<br />

conectadas e interagindo com seus alunos, mesmo exigindo muitas<br />

adaptações nesse período pandêmico, assim como adultos puderam<br />

estar em home office acompanhando seus filhos em casa e interagindo<br />

com outros familiares no tempo de isolamento social. São inúmeros<br />

os exemplos que poderíamos listar das vantagens que as telas nos trouxeram.<br />

Temos na palma da mão: lanterna, câmera fotográfica, filmadora,<br />

calculadora, jogos, enciclopédia, banco, agência de turismo, cursos, restaurantes,<br />

filmes, músicas, GPS, transporte etc.<br />

No entanto, o uso das telas pelas crianças e adolescentes tem<br />

sido alvo de sérias e constantes preocupações de especialistas e<br />

educadores. Onde está o perigo? O excesso de tempo de exposição<br />

retira da criança a possibilidade de experiências imprescindíveis ao seu<br />

desenvolvimento saudável. Enquanto as crianças estão indiscriminadamente<br />

em frente às telas, estão deixando de correr, pular, dançar, escorregar,<br />

pintar, desenhar, conversar, brincar, inventar, imitar, argumentar,<br />

ceder, brigar, se desculpar, jogar... experiências constituintes para<br />

qualquer ser humano e que só se vive com outros seres humanos, seja<br />

da mesma idade, mais velhos, mais novos ou com adultos.<br />

Atenção!<br />

A Sociedade Brasileira de Pediatria publicou uma cartilha de orientação<br />

recomendando a proibição do uso de telas para crianças de<br />

0 a 2 anos. Crianças de 3 a 6 anos apenas recomenda-se uma hora<br />

por dia com supervisão direta. A Sociedade Americana faz a mesma<br />

recomendação e nós insistimos em entregar nas mãos das crianças<br />

esses recursos sem limites e sem supervisão, acreditando que não<br />

há riscos e que estão ali no sofá, na sala ou no quarto se divertindo.<br />

Há riscos sim e são inúmeros quando não há o respeito à idade que se<br />

deve dar esses recursos, quando são ofertados sem controle de exposi-<br />

ção, tempo e conteúdo e, fundamentalmente, quando<br />

não há mediação do adulto, ou seja, conversa, acompanhamento<br />

e interação cotidiana. Diversas pesquisas<br />

já comprovam os riscos como: crianças com atraso de<br />

linguagem, empobrecimento de interação social, comprometimento<br />

motor, autoestima rebaixada, isolamento<br />

social por hiperexposição digital precoce e continuada.<br />

O grande prejuízo é causado pela falta de vivência<br />

e experiência numa vida analógica, aqui e agora,<br />

real. A tecnologia traz uma nova demanda para<br />

os pais e para as escolas: acompanhar as crianças e<br />

adolescentes bem de perto, de olhos bem abertos,<br />

orientando e oferecendo experiências concretas no<br />

mundo real, que deem lastros e bagagem para viver<br />

as experiências no mundo virtual. Dessa forma, acompanhando<br />

e sabendo o que as nossas crianças e adolescentes<br />

assistem, conhecendo os seus interesses<br />

e entrando no mundo deles, estaremos mais aptos<br />

a decidir o que permitir e proibir, a limitar e a intervir<br />

imediatamente diante de um perigo identificado.<br />

A conexão construída pela presença, diálogo,<br />

limites, experiências afetivas, sociais e corporais<br />

criam repertórios simbólicos, os quais ajudarão as<br />

crianças e adolescentes a lidarem com as vivências<br />

digitais, pois não há outra forma de proteção.<br />

www.escolatempodecrianca.com.br/ www.larissamachadooficial.com.br<br />

secretaria@escolatempodecrianca.com.br<br />

71 3451-5314/ 71 9 9981-6209<br />

62 <strong>Anuário</strong> RMB <strong>Educar</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!