REVISTA LIDER EDIÇÃO Nº27

A decoradora paulista Suzana Schermann, de
67 anos, propôs recentemente o diálogo entre
gerações ao compor o décor da casa de um rapaz
de 30 anos. Ela reuniu as peças clássicas
herdadas dos pais do morador, para adicionar
memória afetiva aos ambientes. “Uma casa
que conta histórias é real e autêntica, e isso
nada tem a ver com geração”, diz, ponderando.
O arquiteto Leo Shehtman, também de São
Paulo, segue essa linha. “Atendi uma família
na qual os pais eram muito mais descolados
do que os filhos. A casa dos pais ficou
supercontemporânea. A dos filhos teve um
resultado bem mais conservador”, diz. Segundo
ele, o principal desafio dos profissionais
hoje em dia é desenvolver a capacidade
de ouvir os desejos e individualizar as necessidades.
“Cada projeto é único. Mais do
que variar de geração para geração, percebo
que as escolhas se relacionam ao estilo e
ao momento de vida dos clientes. As casas
amadurecem, assim como seus moradores.”
ILUSTRAÇÕES: DESIGNED BY FREEPIK
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