APOSTILA - 6º - 7º ANO
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A França não tem somente os cômicos
Na França não existia apenas as comédias. Vários autores de dramas também
se destacaram. Esses textos, quase sempre, eram feitos em versos. Dizia-se, falando
desse teatro, que uma rima bem feita valia mais do que uma boa ideia. Destacaram-se
nessa época, dois grandes autores: Pierre Corneille (1606-1684), autor do “O Cid”, e
Jean Racine (1639-1699), que escreveu “Fedra”, inspirada em uma tragédia grega de
Eurípides (“Hipólito”).
Moliére, o rei da comédia.
Moliére, o rei da comédia (1622-1673) é considerado
por estudiosos o maior dramaturgo cômico
de todos os tempos. Ele ousou apresentar
entre outras coisas, frases com elementos inspirados
na commedia dell’arte, em que os autores
com rostos enfarinhados e máscaras coloridas,
caricaturavam personagens importantes da corte
real francesa, expondo-se ao ridículo. Diferentemente
de Shakespeare, ele se inspirava no passado, mas suas histórias desenrolavam-se
no presente. A peça “As preciosas ridículas” foi o seu primeiro sucesso. Moliére
era protegido do rei Luís XIV, que se divertia enormemente com suas comédias.
Nessa época a comédia iria adquirir status de uma arte nobre, graças, antes de tudo,
às comédias de Moliére. Várias peças suas ganharam grande destaque, como “Escola
de Maridos”, “Escola de Mulheres”, “Dom Juan”, “O Avarento”, uma em especial
criou grande polêmica: “O Tartufo”. O personagem-título é um falso devoto que,
usando a religião, introduz-se numa família honesta e deixa casualmente perceber
seus propósitos depravados. A peça é imediatamente proibida pela Igreja e ele enfrenta
até mesmo a oposição do rei. Moliére morre de ataque em pleno palco, quando
representava “O doente imaginário”. Muitos achavam que ele estava brincando
quando começou a passar mal...
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