APOSTILA - 6º - 7º ANO
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GIL VICENTE
Pai do teatro português, Gil
Vicente também foi musico, ator e encenador.
Sua obra trata de muitos temas, sempre
com uma abordagem caracterizada pela
transição entre a Idade Media e o Renascimento,
ou seja, do pensamento teocêntrico
ao humanista. Ele não só é o primeiro dramaturgo
português como fundou uma tradição
no teatro que inspirou diversas produções
teatrais pelo mundo. Ele destaca-se
também na organização de espetáculos
palacianos, como, festejos de casamentos,
nascimentos, recepção de membros da realeza
e comemoração de datas cristãs como
Páscoa e Natal. Ele aproveitou o prestigio
adquirido na corte para satirizar, através de
suas obras teatrais, os vícios do clero e da
nobreza, com essas obras o dramaturgo realizou uma síntese ibérica e original das tradições
medievais do teatro, retomando os “milagres” e os “mistérios”, com consciência moral renovadora
– própria do Renascimento cristão e erasmiano – suas comedias se revelam na expressão
satírica de humor saboroso e popular, arma de direta eficácia. Recriando assim, em suas farsas
e pastoris os diferentes aspectos da vida de Portugal no século XVI, tanto em Lisboa, com a
revolução marítima e comercial, como no campo com uma linguagem folclórica e costumes
populares.
Com seus textos religiosos Gil Vicente não pretende difundir religião nem converter pecadores.
Ele tem o objetivo de mostrar como o homem – independente de classe social, sexo, raça
ou religião – e egoísta, orgulhoso, mentiroso e frágil ao tratar de seus desejos da carne e do
dinheiro.
OBRAS
As obras de Gil Vicente que mais destacam-se são as populares, dentre
elas a trilogia das sátiras que compõem o “Auto da Barca do Inferno”
(1516),”Auto da Barca do Purgatório” (1518) e “Auto da Barca do Paraíso”
(1519). Destaca-se também: “O Velho da Horta”, “Auto da Índia” e “Farsa de
Inês Pereira”.
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