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Revista Diversa . Edição 01 . Fev 2021 (1)

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BRASIL E A SUA CARA

Foto: Arquivo Pesoal

TALENTOS

BRASILEIROS NA

Foto: Arquivo Pesoal

Foto: Arquivo Pesoal

moda genderless

Foto: Arquivo Pesoal

“Eu passei por esse processo, as pessoas não estão

acostumadas a ver todos os dias isso. O que não é

do cotidiano delas se torna, ou se torne, algo que

seja até mesmo agressivo aos olhos.” diz Emanuel

Fashion Designer e Coordenador Visual das lojas Monjuá, Johny Oliveira diz que o maior tabu é

pré estabelecer pensamentos sobre o que os outros irão pensar sobre a forma que você se veste. No caso do

Johny, esse tabu já foi quebrado a muito tempo. “Acho que o brasileiro se preocupa muito com a opinião dos

outros. Enquanto não tivermos essa liberdade cultural e política eu acho que a moda genderless não vai ter

representatividade.”

Johny sempre se expressou através de suas roupas e com pais jovens como ele mesmo diz “cabeça

aberta” não teve preocupações sobre sua sexualidade ou pela sua forma de vestir-se. “Meu pai sempre

incentivou minha mãe a usar roupas mais curtas, meu pai usa minhas roupas até hoje, um cara totalmente

heterossexual. Se eu der uma saia para ele, ele vai usar.”

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Já para o Coordenador de Visual Merchandising Emanuel Possidonio que mora atualmente

em São Paulo, o tabu está ligado diretamente ao machismo, ao ser ‘‘macho’’ ou "fêmea", com isso, se inibe a

vontade de experimentar outros estilos, inclusive o agênero devido ao pré-conceito. Emanuel conhece vários

homens héteros que gostariam de usar ou já sentiram vontade de adaptar essas peças aos seus estilos. Porém,

o tabu é tão forte que causa medo e rejeição.

Algumas dessas rejeições vem de familiares, amigos, namorados e claro a sociedade em sua maioria

e o medo de não agradar quem está a sua volta. Mas como podemos lidar com essas rejeições externas sem

prejudicar nossa autoestima?! O quanto vale da nossa vida sermos alguém que não somos?!

Ter um estilo diferenciado mesmo que seja no século 21, onde estamos conectados a cada dia com coisas

externas ao nosso cotidiano, as formas mais aceitáveis para se viver em um país ainda hipócrita é se “vestir a

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