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‘‘Penso que não passam de panos cortados [roupas] de
diferentes formas, logo a sexualização ou a definição de
que determinados cortes são para homens ou mulheres
é ridícula. Claro, entendo que faz parte de toda a nossa
construção social brasileira baseada em machismos,
preconceitos e falsos moralismos’’, diz Jonathan.
“Eu vejo a moda
como uma forma
de materializar a
minha identidade e a
minha personalidade.
Mas também um
ato político e de
transformação de
ideias na sociedade..
Nunca abaixaram
a cabeça e sempre
lutaram para atingir
seus objetivos”
Foto: Arquivo Pesoal
não são’’, comenta.
Já para o apresentador do Traz Pra Mesa,
Jonathan Karter, 19 anos, de São Borja (RS), suas
primeiras influências para se libertar dos padrões
impostos pela sociedade, foram as mulheres da sua
família. A outra grande inspiração são as pessoas
ativistas e membros da comunidade LGBTQIA+,
em especial as pessoas transgênero e travestis que,
“sempre estão lutando por liberdade e às vezes
pagando o preço mais caro: a vida’’, explica. Essa é
uma das premissas da moda sem gênero.
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Com o propósito de encontrar peças que
façam se sentir feliz e completo em seu modo de expor
sua identidade e aparência ao mundo; movimentos
liderados no passado por grandes figuras do mundo
da moda e de outras artes, como Coco Chanel e Yves
Saint Laurent com a criação do Unissex, David Bowie
e Kurt Cobain com as peças agênero e atualmente
Jared Leto e Billie Eilish, são exemplos de quebra de
padrão, modificando incessantemente a forma como
vemos a maneira de vestir e de se expressar.
E também afirma que entende que passou da
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal