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Revista Diversa . Edição 01 . Fev 2021 (1)

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‘‘Penso que não passam de panos cortados [roupas] de

diferentes formas, logo a sexualização ou a definição de

que determinados cortes são para homens ou mulheres

é ridícula. Claro, entendo que faz parte de toda a nossa

construção social brasileira baseada em machismos,

preconceitos e falsos moralismos’’, diz Jonathan.

“Eu vejo a moda

como uma forma

de materializar a

minha identidade e a

minha personalidade.

Mas também um

ato político e de

transformação de

ideias na sociedade..

Nunca abaixaram

a cabeça e sempre

lutaram para atingir

seus objetivos”

Foto: Arquivo Pesoal

não são’’, comenta.

Já para o apresentador do Traz Pra Mesa,

Jonathan Karter, 19 anos, de São Borja (RS), suas

primeiras influências para se libertar dos padrões

impostos pela sociedade, foram as mulheres da sua

família. A outra grande inspiração são as pessoas

ativistas e membros da comunidade LGBTQIA+,

em especial as pessoas transgênero e travestis que,

“sempre estão lutando por liberdade e às vezes

pagando o preço mais caro: a vida’’, explica. Essa é

uma das premissas da moda sem gênero.

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Com o propósito de encontrar peças que

façam se sentir feliz e completo em seu modo de expor

sua identidade e aparência ao mundo; movimentos

liderados no passado por grandes figuras do mundo

da moda e de outras artes, como Coco Chanel e Yves

Saint Laurent com a criação do Unissex, David Bowie

e Kurt Cobain com as peças agênero e atualmente

Jared Leto e Billie Eilish, são exemplos de quebra de

padrão, modificando incessantemente a forma como

vemos a maneira de vestir e de se expressar.

E também afirma que entende que passou da

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

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