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Revista Recap 121 março 2021

Ano 2021 - Edição 121 janeiro, fevereiro e março www.recap.org.br

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janeiro, fevereiro e março
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REVISTA<br />

1° TRI <strong>2021</strong> - EDIÇÃO <strong>121</strong><br />

O ANO DA VACINA<br />

CHEGOU COM AINDA MAIS DESAFIOS


NESTA EDIÇÃO<br />

04<br />

EDITORIAL<br />

Precisamos nos<br />

fortalecer<br />

12<br />

FIQUE ATENTO<br />

<strong>Recap</strong> mantém<br />

cursos online em <strong>2021</strong><br />

26<br />

GIRO<br />

Vendas de combustíveis<br />

caem em 2020<br />

06<br />

PERFIL<br />

Seus dados<br />

estão protegidos?<br />

16<br />

CAPA<br />

Chegamos<br />

no vermelho<br />

28<br />

TENDÊNCIA<br />

Como atrair e<br />

fidelizar clientes?<br />

10<br />

NOVIDADE<br />

Uma nova<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Recap</strong><br />

24<br />

CAMPANHA<br />

<strong>Recap</strong> lança ação<br />

de conscientização<br />

30<br />

ARTIGO<br />

Prioridades: As<br />

deles e as nossas<br />

EXPEDIENTE<br />

RECAP - Sindicato do Comércio<br />

Varejista de Derivados de<br />

Petróleo de Campinas e Região.<br />

SP COMBUSTÍVEIS<br />

Associação dos Revendedores<br />

do Comércio Varejista de<br />

Derivados de Petróleo e Afins<br />

no Estado de São Paulo.<br />

www.recap.org.br<br />

Rua José Augusto César, 233<br />

Jd. chapadão, Campinas-SP<br />

CEP: 13070-062<br />

Fone/Fax: (19) 3284-2450<br />

DIRETOR RESPONSÁVEL<br />

Flávio Campos<br />

EDITORES<br />

Caio Augusto<br />

Flávio Lamas<br />

REPORTAGENS<br />

Gláucia Franchini<br />

Rosemeire Guidoni<br />

DESIGN GRÁFICO<br />

Daniele Constantino<br />

Gláucia Franchini<br />

DEPARTAMENTO COMERCIAL<br />

José Maria dos Santos<br />

(11) 98724-9650<br />

revistarecap@gmail.com<br />

IMPRESSÃO<br />

Lince - Gráfica e Editora<br />

TIRAGEM<br />

10.000 exemplares<br />

As opiniões dos artigos assinados e<br />

informações dos anúncios não são<br />

responsabilidade da <strong>Revista</strong> <strong>Recap</strong>.<br />

Fechamento: 22 de <strong>março</strong> de <strong>2021</strong>.


Editorial<br />

PRECISAMOS NOS FORTALECER E<br />

FOCAR NA RAIZ DOS PROBLEMAS<br />

Flavio Martini de Souza Campos<br />

Presidente do <strong>Recap</strong><br />

O ano da vacina que<br />

significava, para muitos, a<br />

retomada, o deixar para<br />

trás as adversidades e os<br />

desafios, veio com ainda<br />

mais questões a se encarar.<br />

A Covid-19 continua sendo<br />

uma grande preocupação<br />

do mundo todo e<br />

<strong>2021</strong>, além de vir com essa<br />

carga, chegou com o setor<br />

de combustíveis em destaque,<br />

com repercussões e a-<br />

ções que afetam a economia<br />

nacional e, de forma<br />

direta, a revenda no Brasil:<br />

os preços nas bombas assustam<br />

à sociedade e a nós,<br />

revendedores.<br />

Apesar do impacto disso<br />

tudo, estamos aprendendo<br />

cada vez mais que é preciso<br />

lidar com os problemas e<br />

encontrar nas crises, oportunidades,<br />

ou pelo menos,<br />

formas de encará-las.<br />

Se em 2020 tivemos que<br />

nos reinventar, agora é o<br />

momento em que precisamos<br />

nos fortalecer. E é isso<br />

que o <strong>Recap</strong> vem fazendo<br />

enquanto instituição que<br />

representa e defende os legítimos<br />

interesses de sua<br />

categoria.<br />

Aproveitamos este momento<br />

para estar ainda<br />

mais ao lado da revenda e<br />

da sociedade, mostrando<br />

os reais problemas de nosso<br />

setor.<br />

Por isso, o <strong>Recap</strong> vem<br />

fazendo diversas ações e<br />

campanhas, levando informações<br />

claras e objetivas<br />

sobre o que ocorre no mercado<br />

de combustíveis, além<br />

de destacar as medidas necessárias<br />

e urgentes a serem<br />

tomadas.<br />

Defendemos a reforma<br />

tributária diante do peso<br />

que os impostos têm no valor<br />

final dos combustíveis.<br />

Isso, alias, deve vir junto ao<br />

combate à sonegação fiscal,<br />

além de competitividade e<br />

concorrência saudáveis em<br />

todos os elos da cadeia.<br />

Essa campanha foi lançada<br />

no mês de fevereiro, já<br />

com repercussões muito<br />

positivas. As peças e mais<br />

informações poderão ser<br />

conferidas nas páginas desta<br />

edição.<br />

Esta primeira <strong>Revista</strong><br />

<strong>Recap</strong> de <strong>2021</strong> reúne informações<br />

que impactam diretamente<br />

o nosso setor e<br />

consequentemente a população<br />

de forma geral, com<br />

as ações do presidente da<br />

república na gestão da Petrobras<br />

e em temas que envolvem<br />

a questão dos impostos<br />

e dos preços dos<br />

combustíveis.<br />

Também trazemos um<br />

alerta importante neste novo<br />

mundo mais digital. Se<br />

os aplicativos e as ações de<br />

fidelização são relevantes<br />

para fomentar os negócios,<br />

o cuidado com os dados<br />

pessoais e das empresas<br />

precisa ser reforçado, para<br />

evitar situações de vazamentos<br />

de informações, como<br />

o que foi registrado neste<br />

início de ano.<br />

Que a vacinação contra a<br />

Covid-19 ganhe o ritmo necessário,<br />

junto à uma maior<br />

conscientização de todos e<br />

que na economia, as ações<br />

cheguem aos elos onde, de<br />

fato, estão as raizes dos<br />

problemas.<br />

04 RECAP


O C O M B U S T Í V E L A N D A C A R O , N É ?<br />

S A B E P O R Q U Ê ?<br />

O P R O B L E M A N Ã O É O P O S T O .<br />

O P R O B L E M A É O I M P O S T O !<br />

Mas, por que temos uma carga<br />

tributária tão alta?<br />

O Brasil perde bilhões de reais<br />

todos os anos com sonegação fiscal<br />

nos combustíveis.<br />

QUEM PAGA SOMOS NÓS.<br />

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados<br />

do Petróleo de Campinas e Região<br />

www.recap.org.br


Perfil<br />

SEUS DADOS E OS DE SEUS CLIENTES<br />

ESTÃO PROTEGIDOS?<br />

Lucas Warner, professor do Instituto de Computação da Unicamp e<br />

PHD em Ciência da Computação pela Universidade da Califórnia.<br />

06 RECAP


LUCAS WARNER<br />

O recente megavazamento<br />

de dados, que expôs o<br />

CPF de 223 milhões de brasileiros<br />

e o CNPJ de 40 mil<br />

empresas, mostra o quanto<br />

o Brasil está atrasado (e vulnerável)<br />

no que diz respeito<br />

à privacidade.<br />

Mesmo com a entrada em<br />

vigor da LGPD (Lei Geral de<br />

Proteção de Dados Pessoais),<br />

em setembro do ano<br />

passado, muitas empresas<br />

ainda não se deram conta<br />

da necessidade de fazer o<br />

tratamento adequado das<br />

informações e garantir a<br />

privacidade dos clientes.<br />

Em paralelo, pessoas físicas<br />

também não se preocupam<br />

tanto quanto deveriam.<br />

O resultado é a maior<br />

exposição a ações criminosas.<br />

"O problema começa<br />

quando, além do CPF, o<br />

criminoso consegue outros<br />

registros, como endereço,<br />

número de contas bancárias,<br />

senhas e cartão de<br />

crédito”, explica o professor<br />

do Instituto de Computação<br />

da Unicamp, Lucas Warner.<br />

Ele é PHD em Ciência da<br />

Computação pela Universidade<br />

da Califórnia e conversou<br />

com a reportagem<br />

sobre os riscos dos vazamentos<br />

de dados, seja para<br />

o titular (dono das informações),<br />

seja para quem os<br />

mantém armazenados.<br />

O que o megavazamento<br />

de dados traz como lição?<br />

Esse não foi o primeiro<br />

grande vazamento de informações,<br />

mas ganhou destaque<br />

pelo volume de pessoas<br />

(físicas e jurídicas) envolvidas.<br />

É preciso considerar<br />

que grande parte dos<br />

supostos dados vazados<br />

são públicos, como os CPFs<br />

e CNPJs.<br />

O problema acontece<br />

quando golpistas conseguem<br />

outras informações e<br />

juntam o quebra-cabeças,<br />

aumentando a vulnerabilidade.<br />

Por exemplo, um dos<br />

principais crimes é o roubo<br />

de identidade, ou seja,<br />

quando alguém se passa<br />

por você (ou por sua empresa)<br />

e faz dívidas em seu<br />

nome. Com dados pessoais,<br />

é possível contratar um serviço,<br />

fazer uma compra ou<br />

até mesmo abrir conta bancária<br />

em nome de terceiros<br />

- conhecidos como “laranjas”.<br />

No caso de uma compra<br />

ou contratação de serviços,<br />

o criminoso faz a transação<br />

no nome da vítima e<br />

não paga. Com isso, a pessoa<br />

passa a receber cobranças<br />

de compras que não fez<br />

e pode até ter o nome negativado<br />

indevidamente. Esse<br />

é apenas um dos exemplos<br />

de fraude envolvendo uso<br />

indevido de dados pessoais.<br />

Quem vendeu o produto ou<br />

serviço também tem responsabilidade<br />

nisso?<br />

Esse é um aspecto legal que<br />

demanda maiores esclarecimentos.<br />

Quem vende deveria<br />

se responsabilizar pela checagem<br />

dos dados. Mas, isso é<br />

muito fácil de burlar. Ao fazer<br />

uma conta num e-commerce,<br />

por exemplo, a pessoa precisa<br />

de uma autenticação, que<br />

é feita por meio de SMS ou e-<br />

mail. Quem garante que o<br />

criminoso não está utilizando<br />

um e-mail ou número de<br />

telefone falso? Aliás, foi assim<br />

que muitos golpistas conseguiram<br />

sacar parte do FGTS<br />

de terceiros, que foi liberado<br />

pela Caixa como parte das<br />

medidas de auxílio à crise<br />

econômica causada pela pandemia.<br />

Bastava o golpista cadastrar<br />

o CPF e fazer a autenticação<br />

com um e-mail qualquer<br />

para transferir ou utilizar<br />

o recurso.<br />

O responsável deve ser<br />

quem armazena o dado?<br />

Esse tema é muito novo no<br />

Brasil mas, entendo que em<br />

qualquer caso de vazamento<br />

de dados, a responsabilidade<br />

é de quem deveria tê-los protegido.<br />

Aliás, é isso o que diz a<br />

LGPD, que prevê multas elevadas<br />

para empresas que<br />

não protegerem dados dos<br />

clientes.<br />

07 RECAP


Perfil<br />

No setor de combustíveis,<br />

muitas vezes o cliente paga<br />

com aplicativo de fidelidade<br />

da distribuidora. Se<br />

esses dados vazam, quem<br />

é o responsável?<br />

Entendo que é quem se<br />

beneficia com o armazenamento<br />

dos dados, ou seja, a<br />

distribuidora ou mesmo a<br />

empresa que criou o aplicativo.<br />

Além do roubo de identidade,<br />

quais outros crimes<br />

podem ser praticados a<br />

partir do acesso a dados?<br />

O criminoso pode montar<br />

um quebra-cabeças e acessar<br />

muitas informações. Pode<br />

descobrir segredos industriais<br />

e vender para a<br />

concorrência, pode rastrear<br />

pessoas (não apenas no<br />

ambiente digital, mas no físico)<br />

e descobrir endereços<br />

e status econômico - o que<br />

motivaria outros crimes.<br />

Além disso, há o risco de<br />

vazamento de fotos ou informações<br />

de localização,<br />

que podem resultar em<br />

chantagem. Um criminoso<br />

que invade um sistema pode<br />

ter acesso a fotos privadas<br />

e chantagear seu dono,<br />

dizendo que vai expô-las a<br />

terceiros. Ou, ainda, os dados<br />

de localização (de aplicativos<br />

como Waze e GPS)<br />

podem tanto ser motivo de<br />

É importante ter em mente que o<br />

sistema corporativo utilizado também<br />

pode ter fragilidades e precisa de<br />

proteção. Afinal, além de todos os<br />

problemas decorrentes de um<br />

eventual vazamento, as multas são<br />

pesadíssimas.<br />

extorsão, quanto dar indícios<br />

de por onde a pessoa<br />

circula e quais os momentos<br />

mais vulneráveis para<br />

um roubo ou sequestro.<br />

O que fazer para evitar<br />

esses riscos?<br />

Para pessoas físicas é importante<br />

manter softwares<br />

atualizados, o que evita vulnerabilidades,<br />

além de sistemas<br />

de dupla checagem de<br />

senhas, não usar senhas<br />

iguais em serviços distintos,<br />

não deixar o número do<br />

cartão de crédito cadastrado<br />

em e-commerces e ter<br />

cuidado com redes públicas.<br />

Para as empresas, não é<br />

diferente. É importante ter<br />

em mente que o sistema<br />

corporativo utilizado também<br />

pode ter fragilidades e<br />

precisa de proteção. Atualizar<br />

todos os softwares é essencial,<br />

além de ferramentas<br />

que protejam os dados<br />

dos clientes. Afinal, além de<br />

todos os problemas decorrentes<br />

de um eventual vazamento,<br />

as multas são pesadíssimas<br />

- R$ 50 milhões ou<br />

2% do faturamento. Elas serão<br />

aplicadas a partir do 2° semestre<br />

deste ano mas, consumidores<br />

que se sentirem<br />

lesados já podem denunciar.<br />

Como o cliente pode saber<br />

onde houve o vazamento<br />

de dados?<br />

Isso é bastante difícil, na<br />

prática. Porém, é importante<br />

destacar que as empresas devem<br />

fazer a sua parte. Por<br />

exemplo, em um posto de<br />

combustíveis, há a necessidade<br />

de deixar o número do<br />

cartão do cliente salvo ou seu<br />

CPF? Claro que muitas organizações<br />

usam informações<br />

para marketing, analisando<br />

seus hábitos e preferências.<br />

No posto, informações como<br />

a placa do veículo, preferência<br />

por gasolina ou etanol, data<br />

da troca de óleo, fazem sen-<br />

08 RECAP


LUCAS WARNER<br />

tido. Mas será que é preciso<br />

armazenar outros registros<br />

que possam trazer maior<br />

vulnerabilidade? É importante<br />

pensar em tudo isso<br />

ao definir as estratégias e<br />

objetivos de registrar informações<br />

de terceiros.<br />

Além disso, é primordial<br />

que todos os dados sejam<br />

protegidos por criptografia.<br />

Vamos supor que o posto<br />

utilize um sistema de gestão<br />

remota, acessado pelos<br />

sócios e gerentes, a partir<br />

de diferentes dispositivos.<br />

Cada pessoa que acessar<br />

precisa fazer sua autenticação<br />

e é fundamental que<br />

exista um sistema de proteção<br />

que impeça a cópia das<br />

informações. Um gerente<br />

em home office, por exemplo,<br />

que acessar o sistema,<br />

não deveria poder copiar<br />

para o seu dispositivo (seja<br />

smartphone ou computador)<br />

dados dos clientes, por<br />

mais que precise deles para<br />

Esse, aliás, foi um dos<br />

grandes problemas do<br />

trabalho remoto.<br />

Muita gente acessando<br />

o mesmo sistema<br />

aumenta sua<br />

fragilidade.<br />

o envio de boletos de pagamento,<br />

por exemplo. Isso<br />

porque a empresa não tem<br />

como garantir que o equipamento<br />

do colaborador está<br />

protegido.<br />

Esse, aliás, foi um dos<br />

grandes problemas do trabalho<br />

remoto. Muita gente<br />

acessando o mesmo sistema,<br />

remotamente, aumenta<br />

sua fragilidade.<br />

Assim, o ideal é que cada<br />

colaborador tenha uma autenticação<br />

específica e só tenha<br />

acesso à parte dos registros,<br />

sem que haja a possibilidade<br />

de download.<br />

Os antivírus ajudam?<br />

Ajudam mas, não resolvem<br />

o problema. Os sistemas<br />

de proteção precisam<br />

ser mais sofisticados. Especialmente<br />

quando há acesso<br />

remoto.<br />

E se, mesmo com todos os<br />

cuidados, ocorrer o vazamento<br />

de dados?<br />

As empresas devem informar<br />

publicamente que sofreram<br />

algum ataque. A<br />

transparência é fundamental,<br />

para que os clientes saibam<br />

o que houve e alterem<br />

senhas, número de cartão<br />

de crédito.<br />

Quais outros cuidados os<br />

postos de combustíveis de-<br />

vem ter com os dados de<br />

seus clientes? Quais as suas<br />

recomendações?<br />

Além de investir em sistemas<br />

de segurança e ter cuidado<br />

com os próprios dados, é<br />

preciso cautela ao lidar com<br />

informações dos clientes.<br />

Vale a pena avaliar quais<br />

registros devem, de fato, ser<br />

armazenados, se eles fazem<br />

alguma diferença para o negócio.<br />

Se forem importantes,<br />

o cliente, titular dos dados,<br />

deve ter ciência do armazenamento.<br />

Essas informações<br />

precisam ser protegidas e, se<br />

o consumidor desejar, devem<br />

ser excluídas.<br />

Outro detalhe fundamental<br />

é o treinamento dos colaboradores<br />

que têm acesso ao<br />

sistema. Essas pessoas precisam<br />

entender a importância<br />

da atualização dos softwares e<br />

usar os dispositivos com responsabilidade.<br />

Vale alertar<br />

para os golpes de phishing<br />

(iscas digitais), navegação insegura,<br />

entre outros.<br />

Uma dica é ter duas redes<br />

distintas. Se um colaborador<br />

se logar na rede da empresa<br />

a partir de um celular antigo e<br />

desatualizado, por exemplo,<br />

pode abrir uma porta para<br />

ações criminosas. Então, vale<br />

a pena ter uma rede wi-fi para<br />

os funcionários e clientes e<br />

outra para operações da organização.<br />

09 RECAP


Novidade<br />

UMA NOVA<br />

REVISTA RECAP<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Recap</strong> ganha neste ano de <strong>2021</strong> um novo layout, junto com uma<br />

nova proposta editorial, integrando os canais de comunicação do sindicato,<br />

a fim de levar informação de forma clara, objetiva, com análises de grandes<br />

nomes do mercado e da sociedade.<br />

O <strong>Recap</strong> está sempre<br />

conectado com as principais<br />

tendências de mercado,<br />

alinhado às necessidades<br />

da revenda e por isso,<br />

neste ano de <strong>2021</strong>, traz<br />

mais novidades em seus<br />

meios de comunicação. O<br />

destaque é para a <strong>Revista</strong><br />

<strong>Recap</strong> que ganha uma nova<br />

diagramação e uma nova<br />

proposta editorial.<br />

O principal objetivo é,<br />

além de tornar a publicação<br />

mais moderna e atrativa, levar<br />

as informações de modo<br />

mais objetivo e com a integração<br />

com outros canais<br />

do sindicato. Essa nova forma<br />

de comunicar, traz ainda<br />

mais possibilidades.<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Recap</strong> continuará<br />

com sua equipe de<br />

jornalismo já reconhecida no<br />

setor, nas versões impressa<br />

e online. Além disso, passa a<br />

ter links com outras mídias<br />

e canais, que trazem informações<br />

exclusivas, em plataformas<br />

diversas, com conteúdos<br />

que poderão ser<br />

conferidos, por exemplo,<br />

em áudio e vídeo.<br />

Confira as mudanças e<br />

comece a aproveitá-las nesta<br />

edição!<br />

10 RECAP


QR-Code<br />

A partir de agora, o conteúdo<br />

da <strong>Revista</strong> <strong>Recap</strong><br />

passa ter links com diversos<br />

canais do sindicato. Essa ligação<br />

entre as plataformas<br />

traz ainda mais informações,<br />

que podem ser acessadas<br />

quando e onde o leitor<br />

e internauta quiserem.<br />

Nossa equipe de comunicação<br />

facilita esse processo<br />

indicando nas reportagens<br />

das edições da revista, os<br />

assuntos que são repercutidos<br />

em outros canais do<br />

<strong>Recap</strong> e portais. Para acessá-los,<br />

basta mirar a câmera<br />

do celular para os QR-Codes<br />

indicados nas páginas,<br />

Novas possibilidades<br />

Através dessa mescla de<br />

plataformas, o leitor poderá<br />

instantaneamente se tornar<br />

internauta, acessando com<br />

apenas um clique, o site do<br />

<strong>Recap</strong>, vídeos e entrevistas<br />

disponíveis no canal do<br />

Youtube, informações sobre<br />

programas e ações de parceiros,<br />

além de conteúdos<br />

extras aos já abordados na<br />

revista. Aproveite!


Fique atento<br />

RECAP MANTÉM<br />

CURSOS ONLINE EM <strong>2021</strong><br />

Os cursos online, que vieram<br />

como uma alternativa<br />

diante da Covid-19, tiveram<br />

grande aprovação e por isso,<br />

neste ano, os treinamentos<br />

realizados por parceiros<br />

do <strong>Recap</strong> continuarão<br />

na modalidade digital.<br />

“Além da facilidade, integração<br />

e toda tecnologia,<br />

ainda temos a circulação<br />

do vírus. Por isso, as aulas<br />

remotas continuam sendo<br />

a forma mais segura para a<br />

capacitação, mantendo a<br />

qualidade dos cursos”, ressalta<br />

o gerente executivo<br />

do <strong>Recap</strong>, Caio Augusto.<br />

Experimente uma<br />

vez. Talvez você<br />

desconheça as<br />

vantagens e<br />

oportunidades<br />

que ele traz.<br />

Algumas datas já foram<br />

definidas, bem como as temáticas<br />

de cursos ministrados<br />

pelo especialista em<br />

Postos e Lojas de Conveniência,<br />

Marcelo Borja.<br />

As capacitações já programadas<br />

para este ano são:<br />

Formação de Gerente (<strong>março</strong>);<br />

Gestão de Lojas (junho);<br />

Técnico em Lubrificação (setembro);<br />

Formação de Frentistas<br />

(novembro).<br />

Todas serão realizadas<br />

em plataforma online, facilmente<br />

acessada pelos dispositivos<br />

eletrônicos, com<br />

opções de turmas e descontos<br />

especiais para os associados<br />

ao <strong>Recap</strong>.<br />

"Estabelecemos que este<br />

ano será a consolidação do<br />

modelo de treinamento à<br />

distância, ao vivo. Ele mantém<br />

toda a segurança necessária<br />

para este momento,<br />

sem que haja o comprometimento<br />

da qualidade dos<br />

dos cursos presenciais", explica<br />

Borja.<br />

A Borja Treinamentos e o<br />

<strong>Recap</strong> mantêm parceria no<br />

desenvolvimento de cursos<br />

há quase 14 anos, sempre<br />

buscando atualizações e a-<br />

daptações para atender as<br />

necessidades da revenda.<br />

O especialista deixa um<br />

convite. "Experimente ao<br />

menos uma vez o treinamento<br />

online. Talvez, por<br />

nunca ter feito um curso ao<br />

vivo, você desconheça as<br />

vantagens e a oportunidade<br />

que ele traz de aumentar<br />

seus conhecimentos e depois<br />

colocá-los em prática,<br />

mudando o resultado do<br />

seu Posto, Troca de Óleo e<br />

Loja de Conveniência."<br />

Confira o<br />

calendário!<br />

12 RECAP


ANP ELABORA MINUTA DE RESOLUÇÃO<br />

QUE PREVÊ TUTELA DA FIDELIDADE À BANDEIRA<br />

No início de <strong>março</strong>, a<br />

Agência Nacional do Petróleo<br />

(ANP) informou que,<br />

cumprindo a Agenda Regulatória<br />

para o Biênio 2020-<br />

<strong>2021</strong>, abriria o procedimento<br />

de consulta e audiência<br />

públicas para tratar da<br />

revisão da Resolução ANP<br />

41/2013, sobre atividades<br />

da revenda de combustíveis.<br />

Entre os temas está a<br />

tutela regulatória de fidelidade<br />

à bandeira. Na ocasião,<br />

a minuta de revisão da<br />

resolução e a Nota Técnica<br />

de Análise de Impacto Regulatório<br />

(AIR) estavam em<br />

fase de consulta interna.<br />

Após essa fase, a versão<br />

final da minuta e a AIR são<br />

submetidas à aprovação da<br />

diretoria colegiada, para então<br />

abrir o processo de consulta<br />

e audiência públicas.<br />

Sobre a tutela regulatória<br />

de fidelidade à bandeira,<br />

(que abrange 45% da revenda),<br />

as normas vigentes determinam<br />

que revendedores<br />

que tenham optado por<br />

exibir marca do distribuidor<br />

só armazenem, comprem e<br />

vendam combustíveis dele,<br />

com o objetivo de impedir<br />

que o consumidor seja induzido,<br />

por meio de publicidade<br />

enganosa, ao erro de<br />

adquirir produto de outro<br />

distribuidor.<br />

A Agência trata o tema como<br />

"sensível, uma vez que<br />

os limites regulatórios para<br />

sua flexibilização estão fortemente<br />

relacionados à necessidade<br />

de proteção do direito<br />

do consumidor", mas reforçou<br />

o compromisso com os<br />

temas da Agenda Regulatória,<br />

afirmando que em breve deverá<br />

convocar a sociedade<br />

para o processo regulatório<br />

em Consulta e Audiência Públicas,<br />

quando então, se tornará<br />

público o entendimento<br />

da ANP e serão recebidos novos<br />

subsídios .<br />

Ainda no âmbito da revisão,<br />

serão tratados outros temas,<br />

como a proposta de elevar requisitos<br />

autorizativos a novos<br />

entrantes no mercado regulado,<br />

a regulamentação do<br />

serviço de delivery de combustíveis<br />

e a mudança da disposição<br />

de preços nas bombas.<br />

MTR PASSA A SER OBRIGATÓRIO<br />

PARA TODOS OS GERADORES DE RESÍDUOS<br />

Desde 1° de janeiro está<br />

vigente o MTR (Manifesto<br />

de Transporte de Resíduo),<br />

do Ministério do Meio Ambiente,<br />

que foi instituído pela<br />

Portaria 280 de 2020,<br />

passando a ser obrigatório<br />

para todos geradores de resíduos<br />

sujeitos à elaboração<br />

do Plano de Gerenciamento<br />

de Resíduos Sólidos.<br />

Para estabelecimentos do<br />

estado de São Paulo, a declaração<br />

pode ser feita pelo<br />

Sistema Estadual de Gerenciamento<br />

On-line de Resíduos<br />

Sólidos, o SIGOR, da<br />

Cetesb, que já está integrado<br />

ao sistema nacional (SINIR).<br />

Acesse no QR-Code, através<br />

da câmera do celular!<br />

13 RECAP


Fique atento<br />

BOMBAS: REGULAMENTO DO INMETRO<br />

EM FASE FINAL<br />

O Inmetro está articulando<br />

ações com outros órgãos<br />

para intensificar a fiscalização<br />

nas bombas medidoras<br />

de combustíveis.<br />

A medida foi anunciada<br />

após o presidente Jair Bolsonaro<br />

criticar o Instituto,<br />

mencionando que a averiguação<br />

efetuada não é satisfatória.<br />

Além disso, o Inmetro a-<br />

nunciou que, depois de várias<br />

discussões envolvendo<br />

fornecedores, distribuidoras<br />

e os representantes da revenda,<br />

o regulamento técnico<br />

que prevê a certificação<br />

digital de bombas de combustíveis<br />

está em fase final<br />

de implantação.<br />

Assim, a certificação passará<br />

a ser feita por assinatura<br />

digital no pulser, que é<br />

um componente da bomba<br />

que integra o transdutor. A<br />

ideia é que esse dispositivo<br />

faça a medição da quantidade<br />

de energia consumida<br />

em cada abastecimento, para<br />

confirmar se é compatível<br />

com o volume de combustível<br />

que está sendo entregue<br />

ao consumidor.<br />

O cliente, por sua vez,<br />

poderá conferir isso através<br />

de um aplicativo de celular.<br />

A mudança visa coibir<br />

fraudes eletrônicas que geram,<br />

por ano, mais de R$ 20<br />

bilhões de perdas aos cofres<br />

públicos. A adequação<br />

do parque de bombas será<br />

gradual, sem a necessidade<br />

de substituição de equipamentos<br />

em uso, salvo casos<br />

em que há fraude comprovada<br />

ou obsolescência.<br />

Até fechamento desta<br />

edição, não havia data para<br />

o início da mudança.<br />

PERCENTUAL MÍNIMO DE BIODIESEL PASSA PARA 13%<br />

Desde 1° de <strong>março</strong> deste<br />

ano, o percentual mínimo<br />

de mistura obrigatória do<br />

biodiesel ao diesel A, para<br />

formação do óleo diesel B,<br />

passou para 13%. Até então,<br />

o mínimo era de 12%.<br />

A elevação no percentual<br />

segue cronograma do CNPE<br />

(Conselho Nacional de Política<br />

Energética), do Ministério<br />

de Minas e Energia, segundo<br />

artigo 2º da Resolução<br />

16, de 29 de outubro de<br />

2018. As próximas mudanças<br />

estão previstas para 1°<br />

de <strong>março</strong> de 2022 (14%) e<br />

para 1° de <strong>março</strong> de 2023<br />

(15% - limite máximo).<br />

A adoção do novo percentual<br />

ocorre em <strong>março</strong>, coincidindo<br />

com o início da safra<br />

da soja, que é a principal<br />

matéria-prima.<br />

O Ministério reforça que<br />

a produção de biodiesel estimula<br />

a industrialização do<br />

farelo de soja no Brasil, a-<br />

gregando valor ao produto<br />

nacional.<br />

14 RECAP


PANDEMIA VOLTA A IMPACTAR DOAÇÕES DE SANGUE<br />

As doações de sangue<br />

voltaram a ser impactadas<br />

neste ano, com o agravamento<br />

da Covid-19 e o colapso<br />

no sistema de saúde<br />

em diversas cidades, que levaram<br />

a restrições mais severas.<br />

Por isso, em apoio ao<br />

Hemocentro da Unicamp, o<br />

<strong>Recap</strong> lançou mais uma a-<br />

ção para incentivar a doação<br />

de sangue, contando<br />

com os postos de combustíveis<br />

para divulgação.<br />

Saiba mais<br />

e agende sua<br />

doação!


Capa<br />

CHEGAMOS NO VERMELHO!<br />

O ano que era esperado por todos chegou! As expectativas em torno<br />

da vacina contra a Covid-19 vieram ao encontro de doses do<br />

imunizante, mas a vacinação começou lenta no Brasil e o vírus não<br />

deu trégua. Junto a isso, a situação do setor de combustíveis tomou<br />

os notíciários, com aumento dos preços, sufocamento da revenda e<br />

diversas reações, inclusive, da presidência da república.<br />

16 RECAP


<strong>2021</strong> não começou como<br />

era esperado. Uma nova<br />

onda da Covid-19 colapsou<br />

o sistema de saúde em diversas<br />

cidades de todo o<br />

país, com UTI's lotadas e a<br />

necessidade de ações ainda<br />

mais severas.<br />

A expressão "chegamos<br />

no vermelho" não é mera<br />

metáfora, já que vários estados<br />

decretaram "fase vermelha"<br />

para tentar conter a<br />

pandemia que se alastra<br />

em uma velocidade diferente<br />

da que é registrada no<br />

processo de vacinação contra<br />

a doença no país.<br />

Vale lembrar que ao longo<br />

do ano passado, a <strong>Revista</strong><br />

<strong>Recap</strong> trouxe diversas<br />

análises econômicas, sendo<br />

que grandes nomes da economia,<br />

reforçavam que a recuperação<br />

do país está totalmente<br />

ligada ao avanço<br />

do coronavírus, à descoberta<br />

da vacina e, agora, com<br />

os imunizantes aprovados e<br />

sendo aplicados, depende<br />

da agilidade da aplicação<br />

das doses.<br />

"Mesmo com a melhora<br />

do cenário internacional,<br />

caso a gente não tenha um<br />

plano de vacinação estruturado<br />

- o auxilio emergecial<br />

com certeza não virá na<br />

mesma magnitude que foi<br />

em 2020 - dificilmente teremos<br />

um crescimento robusto<br />

do PIB brasileiro em<br />

<strong>2021</strong>", ressaltou Marco Antônio<br />

Rocha, professor do<br />

Instituto de Economia da<br />

Unicamp, em entrevista ao<br />

<strong>Recap</strong> Podcast, no início de<br />

fevereiro.<br />

Ele completou que "é<br />

necessário que o plano de<br />

vacinação ande da forma<br />

mais rápida possível, porque<br />

há setores que não têm<br />

como funcionar com a pandemia<br />

do jeito que está".<br />

Além de toda a questão<br />

da Covid-19 e os impactos<br />

na economia, <strong>2021</strong> veio<br />

com o setor de combustíveis<br />

em evidência, diante<br />

das altas sucessivas nos<br />

preços, principalmente da<br />

gasolina e do diesel.<br />

Nas próximas páginas,<br />

nós reunimos os principais<br />

assuntos que foram pautas<br />

neste primeiro trimestre<br />

envolvendo o setor de combustíveis,<br />

além do posicionamento<br />

do <strong>Recap</strong> em<br />

campanha para conscientizar<br />

a população.<br />

O <strong>Recap</strong> Podcast<br />

está disponível no<br />

site do sindicato.<br />

Acesse com o celular<br />

pelo QR-Code.<br />

17 RECAP


Capa<br />

(crédito André Ribeiro / Agência Petrobras)<br />

MUDANÇA DE COMANDO DA PETROBRAS<br />

PREOCUPA O MERCADO<br />

A indicação de um novo presidente para Petrobras foi uma das<br />

ações do governo para tentar conter a alta dos combustíveis.<br />

A intervenção, todavia, causa receios.<br />

Em 19 de fevereiro deste<br />

ano, após críticas à gestão<br />

da Petrobras, o presidente<br />

da república, Jair Bolsonaro,<br />

indicou o general Joaquim<br />

Silva e Luna para a presidência<br />

da empresa, substituindo<br />

o economista Roberto<br />

Castello Branco.<br />

Essa decisão depende de<br />

uma assembleia extraordinária<br />

de acionistas, sendo<br />

que sua realização foi aprovada<br />

pelo conselho em 23<br />

de fevereiro, mas até o fechamento<br />

desta edição, a<br />

data não tinha sido definida.<br />

A legislação prevê o prazo<br />

de pelo menos 30 dias, a<br />

partir da convocação.<br />

Se essa indicação se confirmar,<br />

Luna será o primeiro<br />

militar a assumir a Petrobras<br />

desde 1989, quando o<br />

oficial da Marinha Orlando<br />

Galvão Filho deixou o cargo.<br />

Enquanto o tema não é<br />

definido, a Petrobras apresentou<br />

ao mercado os resultados<br />

financeiros de 2020,<br />

destacando um lucro líquido<br />

de R$ 7,1 bilhões. Segundo<br />

alguns analistas, a perspectiva<br />

também é positiva<br />

para <strong>2021</strong>.<br />

Interferência desvaloriza<br />

Logo após a indicação, o reflexo<br />

foi sentido, com recuo<br />

das ações da Petrobras.<br />

No primeiro dia útil após<br />

o anúncio, a queda chegou<br />

a 21,5%, sendo que com isso,<br />

a perda de valor da companhia,<br />

em dois pregões da<br />

Bolsa de Valores, chegou a<br />

R$ 102,5 bilhões.<br />

O Instituto Brasileiro de<br />

Petróleo (IBP) fez um pronunciamento,<br />

em nota, no<br />

qual defendeu "um mercado<br />

aberto, competitivo, dinâmico,<br />

ético, com segurança<br />

jurídica e previsibilidade<br />

regulatória".<br />

Ainda de acordo com o<br />

Instituto, "somente com es-<br />

18 RECAP


sas premissas o segmento<br />

será capaz de atrair novos<br />

atores e investimentos, de<br />

médio e longo prazo, em infraestrutura<br />

logística, produção<br />

de combustíveis e derivados,<br />

além da garantia do a-<br />

bastecimento nacional”.<br />

Desinvestimentos em risco<br />

Além dessas análises, com<br />

a mudança um dos grandes<br />

riscos, para a Petrobras, é a<br />

interrupção do processo de<br />

venda das refinarias. Isso<br />

porque, esta troca de comando<br />

pode despertar incertezas<br />

no mercado.<br />

Esse, aliás, é um ponto importante<br />

que deve estar no<br />

radar de atenção da revenda,<br />

já que alguns estudos<br />

apontam que a venda de<br />

determinadas refinarias pode<br />

levar à formação de monopólios<br />

regionais.<br />

Um dos estudos que faz<br />

esse alerta foi encomendado<br />

ao CBIE pela Fecombustíveis.<br />

Além dele, um outro<br />

traz essa mesma questão e<br />

foi elaborado pela PUC-RJ, a<br />

pedido da Federação Brasilcom,<br />

que representa 46 distribuidoras<br />

regionais de pequeno<br />

e médio portes.<br />

No início deste ano de<br />

<strong>2021</strong>, Paulo Miranda Soares,<br />

que é o presidente da Fecombustíveis,<br />

já havia dito que<br />

este seria um tema importante<br />

ao longo do ano e que<br />

por isso, a revenda deveria<br />

ficar atenta às repercussões,<br />

justamente para que não sofresse<br />

as consequências de<br />

eventuais monopólios regionais.<br />

Assim, agora, com a quase<br />

certa mudança na gestão da<br />

Petrobras, é possível que haja<br />

o retrocesso no plano de desinvestimentos<br />

da empresa<br />

petrolífera.


Capa<br />

NOVO DECRETO OBRIGA POSTOS A DETALHAR<br />

PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS<br />

A disparada dos preços<br />

dos combustíveis e ameaças<br />

de greve de caminhoneiros<br />

levaram o presidente<br />

Jair Bolsonaro a fazer intervenções<br />

na Petrobras (conforme<br />

reportagem na página<br />

18) e a tomar medidas como<br />

a do o Decreto 10.634<br />

de 22 de fevereiro, que determina<br />

que os postos de<br />

combustíveis detalhem a<br />

composição do valor cobrado<br />

ao consumidor. O prazo<br />

para o cumprimento é de<br />

30 dias após a publicação<br />

no Diário Oficial, com vigência<br />

a partir de 24 de <strong>março</strong>.<br />

Embora a revenda veja<br />

com bons olhos a possibilidade<br />

de esclarecer o peso<br />

dos tributos nos combustíveis,<br />

a medida gerou a-<br />

preensão, pois os postos<br />

são substituídos tributariamente.<br />

Ou seja, os impostos<br />

são descontados nos<br />

elos anteriores da cadeia de<br />

comercialização.<br />

“Não são os postos que<br />

recolhem os impostos, eles<br />

incidem na fonte. São recolhidos<br />

pela Petrobras, distribuidoras<br />

e usinas”, explica o<br />

presidente da Fecombustíveis,<br />

Paulo Miranda. Para e-<br />

20 RECAP<br />

le, o ideal seria que o governo<br />

obrigasse também que<br />

as distribuidoras enviassem<br />

essa informação na nota fiscal<br />

de compra do produto<br />

pelo posto, destacando o<br />

preço pago à refinaria, percentual<br />

de tributos, margem<br />

desse segmento e o custo<br />

do transporte.<br />

Sobre os painéis<br />

Pelo decreto, os postos<br />

passam a ter a obrigatoriedade<br />

de afixar, em local visível,<br />

painéis que detalhem a<br />

formação do preço dos combustíveis<br />

contendo tais informações:<br />

valor médio regional<br />

no produtor ou no importador;<br />

preço de ICMS (pauta);<br />

valor do ICMS e os valores do<br />

PIS/ Pasep, Cofins e Cide.<br />

No caso dos postos que<br />

aceitam pagamento via aplicativo<br />

e fazem a divulgação<br />

do mesmo, também é necessário<br />

que haja, em uma placa<br />

específica, as informações referentes<br />

ao valor da devolução<br />

de crédito (cashback) ou<br />

do desconto aplicado.<br />

Modelo de placa de preços disponível pela Agência<br />

Nacional do Petróleo (ANP)


Reinvidicações<br />

A Fecombustíveis (Federação<br />

Nacional do Comércio<br />

de Combustíveis e de Lubrificantes),<br />

representando o<br />

<strong>Recap</strong> e outros sindicatos<br />

do país, solicitou uma reunião<br />

com o presidente Jair<br />

Bolsonaro, para tratar sobre<br />

o decreto, sendo que<br />

no documento enviado ao<br />

Gabinete Civil da Presidência,<br />

a Federeção destacou a<br />

necessidade da audiência<br />

para mostrar que os postos<br />

são substituídos tributariamente<br />

e que, portanto, a<br />

informação sobre os tributos<br />

não estava disponível.<br />

Outra dificuldade relatada<br />

foi a de informar a tarifa<br />

promocional dos programas<br />

de fidelidade, já que<br />

em alguns casos, os postos<br />

não têm acesso à informação,<br />

por ser a fidelização feita<br />

pela companhia.<br />

A entidade recorreu ainda<br />

ao Departamento de Combustíveis<br />

Derivados de Petróleo,<br />

do Ministério da Justiça<br />

e Secretaria Nacional do<br />

Consumidor, destacando os<br />

principais pontos que mostram<br />

a necessidade de aprimoramento<br />

para evitar autuações<br />

indevidas em virtude<br />

da dificuldade em obter<br />

informações:<br />

1) Prorrogar o prazo de início<br />

da vigência por ao menos<br />

60 dias até que o decreto<br />

seja aprimorado;<br />

2) Dados relativos à tributação<br />

deverão ser informados<br />

na nota fiscal pelas distribuidoras<br />

para o posto transfirir<br />

os valores para o painel;<br />

3) Atualização quinzenal do<br />

painel nos dias 1 e 16 de cada<br />

mês, acompanhando o<br />

Os modelos de painéis<br />

estão disponíveis no<br />

site a ANP.<br />

O link do QR-Code<br />

também vem sendo<br />

atualizado com dados<br />

e informações para o<br />

preenchimento<br />

correto.<br />

Ato Cotepe/ PMPF;<br />

4) Retirar do painel o PMPF,<br />

informando somente o valor<br />

por litro do ICMS, para não<br />

gerar dúvidas ao consumidor,<br />

que pode confundir o preço<br />

de pauta com o de bomba;<br />

5) Excluir do painel os preços<br />

promocionais de aplicativos<br />

das distribuidoras, tendo em<br />

vista que as condições não<br />

são ofertadas pelo posto, e<br />

sim pela companhia.<br />

As mobilizações propiciaram<br />

reuniões e workshops<br />

dos órgãos envolvidos, com a<br />

ANP trazendo atualizações<br />

diárias sobre os painéis, com<br />

dados e orientações sobre o<br />

preenchimento dos mesmos.


Capa<br />

GOVERNO ZERA IMPOSTOS FEDERAIS<br />

NO DIESEL E GÁS DE COZINHA POR 60 DIAS<br />

Em 1° de <strong>março</strong>, o presidente<br />

Jair Bolsonaro, editou<br />

o decreto zerando as<br />

alíquotas dos impostos federais<br />

do PIS e da Cofins<br />

incidentes no óleo diesel A,<br />

válido para o período de<br />

<strong>março</strong> e abril. Essa medida,<br />

vale destacar, não zerou, todavia,<br />

os tributos federais<br />

no biodiesel, que está inserido<br />

na mistura do diesel B<br />

que é o comercializado pelos<br />

postos.<br />

O decreto 10.638 foi<br />

publicado em edição extra<br />

do Diário Oficial da União,<br />

sendo válido também para<br />

o gás de cozinha.<br />

O assunto teve diversas repercussões<br />

e foi comentado<br />

pelo presidente do <strong>Recap</strong>,<br />

Flávio Campos. "Essa ação<br />

vai ter impacto, claro, mas<br />

boa parte dessa redução será<br />

absorvida pelos aumentos<br />

da Petrobras".<br />

Campos também ressaltou<br />

que o fato de ser uma<br />

medida com prazo para terminar,<br />

acaba não trazendo<br />

uma solução definitiva.<br />

"Vai ajudar, mas não vai<br />

resolver o problema. É algo<br />

válido por 60 dias, então, a<br />

gente teme pelo que vai a-<br />

contecer em um futuro próximo".<br />

Orientações à revenda<br />

O <strong>Recap</strong> detalha pontos que<br />

são de grande importância<br />

considerando este decreto:<br />

- Os postos revendedores são<br />

substituídos tributariamente<br />

no recolhimento dos impostos<br />

incidentes sobre os combustíveis.<br />

Ou seja, os impostos<br />

(PIS/ COFINS/ CIDE/ ICMS)<br />

são recolhidos pelos elos anteriores<br />

(refinarias, importadores<br />

e distribuidoras);<br />

- O decreto reduziu a zero a<br />

incidência do PIS/ COFINS sobre<br />

o óleo diesel A (vendido<br />

pelas refinarias e/ou importadores<br />

às distribuidoras).<br />

22 RECAP


- O óleo diesel B, vendido<br />

nos postos, é uma mistura<br />

de 87% de óleo diesel A e<br />

13% de biodiesel, que é tributado.<br />

Assim, na verdade,<br />

o PIS/ COFINS do diesel não<br />

zerou, pois ainda continua<br />

incidindo nos 13% de biodiesel<br />

que é misturado ao<br />

diesel. Ou seja, ao considerar<br />

a carga tributária do diesel<br />

comercializado nas bombas,<br />

13% correspondem ao biodiesel<br />

(Decreto 10.527/2020),<br />

que significa R$ 0,01924/litro.<br />

LEVAM CONSUMIDORES<br />

AO ERRO SOBRE DECRETO 10.638<br />

Além dessas orientações,<br />

o <strong>Recap</strong> realizou um importante<br />

trabalho para combater<br />

as Fake News que circularam<br />

pelas redes sociais referentes<br />

ao Decreto 10.638<br />

do Governo Federal.<br />

Essa medida foi necessária<br />

diante de vídeos que<br />

circularam em plataformas<br />

como Whatsapp, com informações<br />

totalmente equivocadas<br />

de que o decreto<br />

também seria válido para a<br />

gasolina e o etanol, o que<br />

além de desinformar, estava<br />

induzindo o consumidor<br />

ao erro, chegando a gerar<br />

transtornos para postos de<br />

combustíveis junto aos seus<br />

clientes.<br />

Por isso, o Sindicato dos<br />

Postos de Combustíveis de<br />

Campinas e Região preparou<br />

um material para que<br />

os estabelecimentos disponibilizassem<br />

aos clientes em<br />

casos de dúvidas.<br />

Saiba mais e acesse os<br />

materiais pelo<br />

QR-Code.<br />

Foram feitos comunicados<br />

explicativos para publicação<br />

nas redes sociais e também<br />

um documento para ser impresso,<br />

com a sugestão de<br />

que o mesmo fosse afixado<br />

nos postos para o acesso dos<br />

consumidores.<br />

23 RECAP


Campanha<br />

RECAP LANÇA AÇÃO DE CONSCIENTIZAÇÃO<br />

SOBRE SETOR VOLTADA À SOCIEDADE<br />

No dia 21 de fevereiro, o <strong>Recap</strong> lançou<br />

uma importante campanha publicitária para<br />

esclarecer à sociedade sobre como, de<br />

fato, funciona o mercado de combustíveis.<br />

Prezando por uma informação objetiva<br />

e clara, as peças foram veiculadas em órgãos<br />

de imprensa de grande alcance nas<br />

regiões de abrangência do sindicato. Entre<br />

os veículos estão Rádio CBN Campinas, Rádio<br />

Cidade de Jundiaí, além dos jornais Cor-<br />

reio Popular de Campinas, Gazeta de Piracicaba<br />

e Exemplo de Indaiatuba.<br />

A ação está focada em mostrar aos consumidores<br />

onde estão os problemas: carga<br />

tributária, sonegação fiscal, além da competitividade<br />

- no Brasil são cerca de 41 mil<br />

postos de combustíveis, enquanto que nos<br />

outros elos, há monopólio e concentração.<br />

A campanha também gerou mídias espontâneas,<br />

com reportagens repercutindo<br />

o assunto e o posicionamento da revenda.<br />

As peças publicitárias<br />

As peças da campanha foram criadas<br />

com a identidade visual do <strong>Recap</strong>, textos<br />

curtos e frases de impacto, passando a<br />

mensagem de que "o problema não é o<br />

posto", com versões em vídeos que podem<br />

ser conferidas no canal "<strong>Recap</strong> Campinas"<br />

no Youtube e em aúdios (spots) em rádios<br />

da região.<br />

O compartilhamento da campanha nas<br />

redes sociais dos postos é de grande importância,<br />

por isso todo material está disponível<br />

em diversos formatos e tamanhos,<br />

para serem compartilhados em mídias<br />

como Instagram e Facebook.<br />

24 RECAP


Como acessar e participar!<br />

Todas as mídias podem ser utilizadas<br />

pela revenda e pela população em geral.<br />

As peças foram reunidas em uma página<br />

do portal sindicato (www.recap.org.br),<br />

com os arquivos e os links de cada ação.<br />

Neste espaço, também estão disponíveis<br />

reportagens e os anúncios nos jornais.<br />

Mire a câmera do<br />

celular e acesse o<br />

material completo.<br />

25 RECAP


Giro em Notícias<br />

Vendas de combustíveis<br />

caem em 2020<br />

As vendas de combustíveis por distribuidoras<br />

no Brasil em 2020 caíram 6% em<br />

relação à 2019 e totalizaram 131,8 bilhões<br />

de litros (menor volume em oito anos).<br />

Reportagem do portal UOL ressaltou os<br />

impactos do recuo no consumo de querosene<br />

de aviação, etanol e gasolina com a<br />

pandemia, conforme dados da ANP. Entre<br />

maio e agosto, as vendas chegaram a cair<br />

8%. O maior impacto foi no querosene de<br />

aviação, com queda de quase 50%. O etanol<br />

recuou 14,6%, a gasolina 6% (menor<br />

volume desde 2011) e o diesel ficou praticamente<br />

estável, com alta de 0,3%.<br />

Carros conectados: Ford<br />

firma parceria com Google<br />

Em janeiro, após comunicar o fechamento<br />

de fábricas no Brasil, a Ford anunciou<br />

uma parceria com o Google. Segundo<br />

a CNN, a montadora quer investir em carros<br />

conectados e impulsionar a inovação,<br />

melhorando a experiência do cliente, modernizando<br />

o desenvolvimento de automóveis.<br />

Para isso, foi criado um grupo colaborativo<br />

misto (Team Upshift) para aproveitar<br />

a expertise de profissionais dos dois<br />

lados do mercado.<br />

Com prazo inicial de seis anos, a partir<br />

de 2023, todos os veículos da Ford e de sua<br />

subsidiária de luxo, a Lincoln, passarão a<br />

ter Android embarcado, permitindo que os<br />

principais aplicativos do Google estejam<br />

dentro dos carros da fabricante, como o<br />

Assistente, Maps e Play. O custo do contrato<br />

não foi divulgado.<br />

Petrobras fecha 2020 com<br />

produção recorde<br />

A Petrobras fechou 2020 com produção<br />

recorde de petróleo e gás natural, mostrando<br />

que superou “consideráveis desafios”<br />

diante da pandemia de Covid-19, ao<br />

atingir seu melhor desempenho operacional,<br />

conforme reportagem do Estadão.<br />

As exportações permitiram geração de<br />

caixa e evitaram perdas. Em abril, auge da<br />

crise, foram exportados 1 milhão de barris<br />

por dia. <strong>2021</strong> começou com “ótima performance”,<br />

com mais um recorde de 19,3<br />

milhões de barris exportados, no terminal<br />

de Angra dos Reis. O recorde anterior<br />

(maio/2020) foi de 18,7 milhões de barris.<br />

Parceria mira F. Assado e<br />

Pizza Hut em postos Shell<br />

A Raízen (joint venture entre Cosan e<br />

Shell) e a IMC (dona de marcas como Frango<br />

Assado e Pizza Hut no Brasil) fecharam<br />

um acordo comercial em fevereiro para a<br />

abertura de unidades do Frango Assado<br />

em postos de rodovias da Shell.<br />

Segundo o jornal Valor Econômico, o<br />

acordo inclui a migração de postos da IMC<br />

para a marca Shell. Hoje, a IMC tem 19<br />

postos com bandeiras BR Petrobras, Ipiranga<br />

e Ale.<br />

As inaugurações de restaurantes do<br />

Frango Assado devem ocorrer inicialmente<br />

nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com<br />

uma previsão de 50 novas unidades nos<br />

próximos cinco anos. Atualmente, são 25<br />

unidades. Há possibilidade de inauguração<br />

de Pizza Hut também nessas áreas, mas<br />

não foram divulgadas estimativas.<br />

26 RECAP


BR anuncia parceria com<br />

Lojas Americanas<br />

No final de fevereiro, a BR Distribuidora<br />

anunciou uma parceria com a Lojas Americanas,<br />

passando a focar no negócio de<br />

conveniência dentro e fora dos postos de<br />

combustíveis. Segundo a Reuters, ela envolverá<br />

as redes de lojas Local e BR Mania.<br />

Para isso, há a criação de uma nova sociedade,<br />

na qual cada empresa terá 50%.<br />

Nela, foi considerada a avaliação (enterprise<br />

value) de até R$ 995 milhões, incluindo desembolso<br />

da Americanas de até R$ 305<br />

milhões (a quantia deve ser dividida desta<br />

forma: aporte na nova empresa de R$ 252<br />

milhões e pagamento de até R$ 53 milhões<br />

de parcela variável à BR, com base em<br />

metas pré-estabelecidas).<br />

Atualmente, a BR tem aproximadamente<br />

1.200 lojas da BR Mania no país que são<br />

operadas por franqueados. Já as Lojas<br />

Americanas têm um total de 55 lojas da<br />

Local, que funcionam com operação própria.<br />

Com a parceria, a marca BR Mania será<br />

mantida nas lojas dos postos e as externas<br />

usarão a marca Local. O modelo prevê<br />

lojas franqueadas e de operação própria.<br />

Ambev eletrifica frota de<br />

caminhões<br />

A Ambev anunciou no começo de <strong>março</strong>,<br />

uma grande operação de retrofit que prevê<br />

converter 102 caminhões com motores a<br />

diesel em modelos movidos à eletricidade.<br />

A informação foi divulgada pela <strong>Revista</strong><br />

Automotive Business.<br />

Esse processo se dará através de uma<br />

parceria, iniciada em 2020, com a Enel X<br />

(divisão da distribuidora de energia que a-<br />

tua no setor de soluções de energia avançada)<br />

e a Eletra (fabricante nacional de ônibus<br />

elétricos, híbridos e trólebus).<br />

Em fase experimental, dois caminhões<br />

foram convertidos e rodaram entre os<br />

cen-tros de distribuição da empresa na<br />

zona sul de São Paulo, com resultados<br />

positivos.<br />

O caminhão convertido emite 0,05 kg de<br />

CO2 por viagem que, na prática, representa<br />

emissão zero. O consumo médio é de 1<br />

kWh por quilômetro, que significa economia<br />

de custo superior a 70% na comparação<br />

com o veículo similar com motor de<br />

combustão interna. Outra vantagem é a<br />

redução da manutenção e a viabilidade de<br />

entregas em determinados locais por conta<br />

da ausência de ruído dos caminhões.


Tendência<br />

COMO ATRAIR<br />

E FIDELIZAR CLIENTES?<br />

Diante de tantos desafios a serem enfrentados e superados, atrair e fidelizar<br />

clientes são importantes ações para os negócios. Por isso, o <strong>Recap</strong> reuniu<br />

dicas que podem ser aplicadas, inclusive, nos postos de combustíveis e lojas<br />

de conveniência, com base em informações do Sebrae.<br />

O Sebrae (Serviço Brasileiro<br />

de Apoio às Micro e<br />

Pequenas Empresas), em o-<br />

rientações para a atração e<br />

a fidelização de clientes, ressalta<br />

que "somente ter um<br />

bom produto não basta! É<br />

necessário gerar valor" ao<br />

negócio. Esse valor, aliás,<br />

precisa ser sentido e reconhecido<br />

pelo cliente. Por isso,<br />

com base em informações<br />

da entidade, a <strong>Revista</strong><br />

<strong>Recap</strong> selecionou estratégias<br />

que podem ser usadas<br />

nos mais diversos segmentos,<br />

entre eles, a revenda de<br />

combustíveis. Confira!<br />

28 RECAP<br />

1 – Identificar e entender<br />

a "dor" do cliente<br />

A proposta é que o empresário<br />

reflita: por que os<br />

clientes estão te procurando?<br />

É importante visualizar<br />

qual a motivação por trás<br />

da compra de um produto<br />

ou serviço. Além disso, é<br />

preciso saber como o consumidor<br />

está indo atrás<br />

deste objetivo.<br />

Por fim, reconhecendo a<br />

necessidade do cliente, deve<br />

se questionar: o que sua<br />

empresa vende ou faz acaba<br />

com a dor do seu público<br />

alvo?<br />

2 – Vendas consultivas<br />

Já ouviu esse termo? Pois<br />

bem, o Sebrae o coloca como<br />

uma maneira de evitar<br />

que o cliente se arrependa<br />

de uma compra ou não volte<br />

a comprar com você.<br />

"O desespero em vender<br />

prejudica o desempenho da<br />

sua empresa, não oferece<br />

uma experiência agradável<br />

e única ao cliente e ainda<br />

faz com que ele se arrependa."<br />

Então, entram as negociações<br />

consultivas, baseadas<br />

em entender o cliente.<br />

Algumas questões devem<br />

ser respondidas:


- Qual problema ele tem?<br />

- Quais vantagens ele terá ao comprar com<br />

a sua empresa?<br />

- Como oferecer alternativas para atendêlo<br />

de forma mais adequada?<br />

- Quais trocas beneficiam ambos?<br />

Em resumo, não se trata "apenas de<br />

produtos e serviços, mas sim em alternativas<br />

que beneficiem o potencial cliente" e<br />

que, consequentemente, irá atraí-lo para o<br />

seu negócio.<br />

3 – Seja diferente!<br />

Neste ponto, o Sebrae destaca que a "diferenciação<br />

está em oferecer alternativas e<br />

vantagens que seus concorrentes não possuem,<br />

o que envolve, atendimento, qualidade<br />

do produto ou serviço, experiência<br />

de compra e por aí vai". Reflita e aposte na<br />

diferenciação: o que você tem oferecido de<br />

diferente? O que pode começar a oferecer?<br />

Como suas ações têm sido divulgadas para<br />

o seu consumidor?<br />

garantia de atendimento exclusivo e estimúlo<br />

aos feedbacks (avaliações).<br />

– Cross selling: Maneira efetiva de aumentar<br />

vendas e melhorar os serviços oferecidos,<br />

visando a satisfação do cliente. Prevê<br />

que a empresa ofereça um serviço ou produto<br />

complementar ao que o consumidor<br />

já está acostumado a consumir/usar.<br />

– Up Selling: Na explicação do Sebrae, "é<br />

feito com o intuito de oferecer um serviço<br />

ou produto 'avançado' em relação ao que<br />

o cliente compra". Assim, ele melhora sua<br />

compra, pagando mais por isso.<br />

4- Fidelização de clientes<br />

A fidelização é tida pelo Sebrae como "a<br />

grande responsável por dar estabilidade à<br />

sua empresa". Isso porque, principalmente<br />

nos tempos de crise, as pessoas tendem a<br />

ser mais cautelosas, gastando apenas em<br />

"serviços básicos e com aquilo que faz parte<br />

de sua rotina". Por isso, a retenção de<br />

clientes é tão importante. Dentro desse<br />

quesito de fidelização, há estratégias que<br />

podem ser utilizadas.<br />

- Onboarding (Integração): Ao integrar o<br />

cliente à empresa, há um processo de a-<br />

presentação em que as expectativas são<br />

alinhadas. Entre os tópicos a serem considerados<br />

estão: monitoramento do cliente,<br />

29 RECAP


Artigo<br />

PRIORIDADES:<br />

AS DELES E AS NOSSAS<br />

Políticos, principalmente os<br />

mais populistas e carismáticos,<br />

têm uma habilidade ímpar em<br />

pintar todos os assuntos, decisões<br />

e discussões como se fossem<br />

sobre política, e mais especificamente<br />

sobre eles próprios,<br />

e convencer um grande<br />

número de pessoas disso. Vacina?<br />

Assunto político. Empregos?<br />

Assunto político? Inflação?<br />

Assunto político.<br />

Mais do que isso, toda a classe<br />

política, unida em uníssono,<br />

consegue sempre colocar<br />

suas prioridades à frente<br />

das prioridades de toda a população,<br />

começando pelo sem<br />

fim de privilégios a que só eles<br />

têm direito e passando pela<br />

manutenção destes privilégios,<br />

mesmo nos momentos mais<br />

duros para os outros brasileiros.<br />

Estão aí a manutenção<br />

dos fundos eleitoral e partidário<br />

e os aumentos dos salários<br />

de políticos, no ano passado,<br />

que não me deixam mentir.<br />

Por fim, os políticos fazem<br />

sempre com que os assuntos<br />

de seus interesses furem a fila<br />

das decisões que o país precisa<br />

tomar - e muitas vezes, são<br />

tomadas por eles mesmos. Assim,<br />

todas as decisões importantes<br />

no Congresso estão paralisadas<br />

há meses, primeiro<br />

em função das eleições municipais<br />

e, mais recentemente,<br />

pelas disputas pelas presidências<br />

e cargos-chave na Câmara<br />

dos Deputados e no Senado.<br />

Pois bem, agora que os políticos<br />

já cuidaram da parte<br />

que interessa a eles, é hora de<br />

exigirmos que foquem no que<br />

importa para nós, a população,<br />

avançando imediatamente em<br />

projetos fundamentais para<br />

melhorar a vida dos brasileiros,<br />

a começar por:<br />

-Reforma Administrativa - para<br />

eliminarmos privilégios e liberarmos<br />

recursos para programas<br />

de auxílio aos mais necessitados<br />

e para não termos de<br />

pagar ainda mais impostos;<br />

-Independência do Banco Central<br />

- para reduzirmos a taxa<br />

de juros e o custo do dinheiro<br />

para todos os brasileiros;<br />

-Privatizações - para pouparmos<br />

recursos públicos, abatermos<br />

dívida pública, limitarmos<br />

a corrupção e melhorarmos a<br />

qualidade dos serviços para a<br />

população;<br />

-Reforma Federativa - abolindo<br />

municípios que não se sustentam,<br />

liberando para Saúde,<br />

Educação e Segurança recursos<br />

que hoje vão para prefeituras<br />

e câmaras de vereadores;<br />

-Reforma Tributária - para simplificar<br />

nosso manicômio tributário,<br />

reduzindo custos administrativos<br />

e barateando produtos<br />

e serviços no país;<br />

-Prisão de condenados em segunda<br />

instância – para reduzir<br />

a impunidade no país, que deve<br />

crescer após a extinção da<br />

força-tarefa da Lava-Jato, no<br />

Paraná;<br />

-Reforma Política – começando<br />

pela extinção dos fundos partidário<br />

e eleitoral, redirecionando<br />

recursos para Saúde, Educação<br />

e Segurança;<br />

-Reforma do Judiciário – acabando<br />

com a indicação política<br />

de juízes do STJ e STF.<br />

Só há uma forma desta<br />

agenda de interesse dos brasileiros<br />

tornar-se prioridade<br />

também dos políticos: se os<br />

eleitores, em massa, cobrarem<br />

isso dos políticos, deixando claro<br />

que não reelegerão ninguém<br />

que não lutar por ela.<br />

Será que os brasileiros estão<br />

dispostos a lutar para fazer<br />

com que as nossas prioridades<br />

tornem-se também prioridades<br />

dos políticos? Ou continuaremos<br />

deixando-nos dividir e<br />

manipular por eles, enquanto<br />

eles defendem seus próprios<br />

interesses, ao invés dos nossos?<br />

Ricardo Amorim, autor do<br />

bestseller "Depois da Tempestade",<br />

apresentador do Manhattan<br />

Connection, economista mais influente<br />

do Brasil segundo a Forbes<br />

e Influenciador nº 1 no LinkedIn.<br />

30 RECAP

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