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SHE - Smart & Happy Environments #3

A revista eletrônica "SHE - Smart & Happy Environments" (Ambientes Inteligentes e Felizes) traz conteúdos sobre ambientes inteligentes e promoção da felicidade de várias partes do mundo. As revistas eletrônicas são publicadas pela Abayomi Academy localizada na Flórida, EUA.

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SHE - SMART AND HAPPY ENVIRONMENTS

JUN - #3 / 2021

41

Uma cidade preenchida pelas cidades

particulares” (Calvino, 1993, p.34),

mostrando que é provável que existam

tantos modos de conceber uma cidade

quantos são as cidades existentes.

A cidade torna-se real para uma pessoa

quando ela é capaz de se locomover de uma

forma concreta sem a existência de

obstáculos ou barreiras de qualquer

natureza. Uma urbe onde é possível a

qualquer um apropriar-se de todos os seus

espaços, habitá-los e usá-los, feita de

sonhos, imaginários, mas também de

infraestrutura e informações concretas

vividas com sentimento de alegria, de afeto

e do prazer da experiência urbana.

Poder-se-ia tentar responder à pergunta

se existem estas cidades. Uma das

alternativas seria, por ora, responder

como Calvino a respeito de suas cidades

invisíveis:

“De uma cidade, não

aproveitamos as suas sete

ou setenta maravilhas, mas

a resposta que dá às nossas

perguntas”

(Calvino, 1993, p. 44).

Assim, o assunto não se dá por encerrado

com uma resposta e sim com as

possibilidades que os responsáveis pelas

políticas públicas dão para todos aqueles

que desejam viver em urbes para todos. As

cidades brasileiras ainda não despertaram

para estas pessoas e continuam sendo

concebidas sem aceitar a diversidade.

Existem algumas formadas de muitos

espaços cognitivos e por imagens que

estão em cada um de nós. A caracterização

da vida moderna e do caos urbano levanta

muitos outros questionamentos sobre a

cidade que a Carta de Atenas tentou matar

e parece

que estes espaços vão mesmo morrendo

em benefício de uma mobilidade cada vez

mais frenética realizada por estes homensmáquina

de corpo perfeito.

Em geral, essas pessoas sempre foram

vistas em dois extremos diametralmente

opostos: vítimas ou heroínas e com a

criação de todos os mitos com relação à

deficiência. Hoje, buscamos o atendimento

ao nosso direito à cidade, o que não

acontece com muita facilidade por causa

das barreiras de acessibilidade. Sempre

existem olhares, gestos e tentativas

atrapalhadas de ajuda devido à grande

dificuldade de conviver com este Outro,

que percebe a cidade de forma diferente.

Arquitetos e urbanistas continuam

encontrando dificuldades de incorporar

em seus projetos, os conceitos de

acessibilidade, desenho universal e rota

acessível e não encontro exemplos de

“cidades para todos”.

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