Afrodite 68
A revista feminina da Serra Gaúcha
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LUGAR DE MULHER
fotos Cassi Aguiar
Incentivada desde pequena a
ser independente e construir seu
próprio caminho, a advogada
Debora De Boni colhe os frutos
de seguir o conselho dos pais
Feliz e realizada, de bem com a vida e com fé no que o futuro reserva,
a caxiense Debora Cristina De Boni cresceu ouvindo dos pais, João
Neves De Boni (in memorian) e Iélda Premaor De Boni, que deveria
fazer seu próprio caminho, que não tinha de se espelhar nos outros.
Incentivada, assim como os irmãos, João e Carolina, a ser independente
emocional e financeiramente para fazer suas próprias escolhas,
foi exatamente o que a filha do meio do casal fez. O resultado? Em
meio à pandemia covid-19, em outubro passado, Debora comemorou
os 25 anos da firma de advocacia que leva seu nome com a expansão
em 100% tanto do espaço físico da sede própria quanto a ampliação
da equipe, e com a certeza de que o ensinamento dos pais é uma parte
importante no caminho da sua autorrealização e felicidade.
Com ênfase na atuação no campo empresarial e no direito contratual,
confessa que não viu esse tempo passar. “A primeira coisa que
pensei quando me dei conta foi: vou advogar com todo pique por mais
25 anos, depois penso na vida” (risos). Debora credita a longevidade
às escolhas, que a direcionaram para as áreas que mais gosta e a um
formato no qual se sente muito à vontade na carreira. “Sou extremamente
profissional e sempre entrego o meu melhor, mas não gosto de
formalismos excessivos, muitas vezes existentes na profissão.”
Com a mesma empolgação do início da carreira, vai trabalhar feliz.
“É um grande privilégio, pelo qual sou muito grata, e não me vejo tralhando
em outra área. Tenho o mesmo brilho no olho e empenho que
tinha quando comecei a advogar, independentemente do tamanho ou
complexidade do caso.”
INFÂNCIA E ESCOLHAS
Debora lembra de uma infância muito feliz. “Podíamos brincar na
rua. Passávamos a tarde andando de bicicleta com os amigos da vizinhança.”
Apesar de ser bastante tímida, introspectiva e, desde muito
pequena, encontrar nos livros uma grande companhia, revela que também
foi meio moleca. Jogava futebol com o irmão e primos, andava de
patins, escalava árvores e tomava banho de rio. Foi nessa época que
aprendeu também a fazer tricô, que adorava.
Aos 16 anos, a escolha pelo Direito foi outro conselho paterno,
mesmo sem ninguém na família próxima trabalhar na área. “Meu pai
dizia que, com o meu gosto pela leitura, estudo e capacidade de argumentação,
seria uma boa opção.” A adolescente pensou que não seria
aprovada quando se inscreveu no Vestibular, por se tratar de um curso
concorrido. “Eu estava terminando o Magistério e não tive tempo para
me preparar. Não tinha muita certeza quanto à escolha, mas passei e
acabei concluindo o curso em quatro anos.”
O envolvimento com a profissão começou quando ingressou na
faculdade, por isso, já no começo do curso procurou estágios em
vários setores, para ampliar o conhecimento e aprendizado. Desde a
formatura, na Universidade de Caxias do Sul, onde também fez pósgraduação
em Direito Tributário, atua como advogada em seu próprio
escritório. Antes disso, trabalhou como professora de inglês, dando
aulas particulares em escolas de reforço escolar, foi digitadora no Banco
do Brasil e auxiliar administrativo na JDB Tecnologia.
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