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Maracanã: quando a cidade era terreiro

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Processo iniciado em outubro de 1983, proposto pelo então secretário da Cultura do Ministério

da Educação e Cultura, Marcos Vinici0s Vilaça, o tombamento do Maracanã só será de fato

confirmado em 26 de setembro de 2000, em homologação feita pelo então ministro da Cultura,

Francisco Weffort. Apesar de tombado, em 2013 o IPHAN autoriza a demolição do Estádio

de Atletismo Célio de Barros (1954) e do Parque Aquático Julio Delamare (1978), situados no

entorno do Maracanã. A Defensoria Pública chegou a argumentar que o ginásio e o parque

integravam o Estádio do Maracanã e que possuíam “vinculação a fatos memoráveis da história

do Brasil”, mas a demolição ocorreu assim mesmo.

Na página ao lado, vista aérea do Maracanã, com sua marquise. A marquise do Maracanã,

também conhecida como anel superior, mesmo tombada pelo IPHAN foi demolida. Em 2013

o então superintendente do IPHAN, Carlos Fernando de Souza Leão Andrade, responsável pela

autorização da demolição, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), para o qual

a demolição da marquise foi ilegal e descaracterizou o aspecto e a estrutura do Maracanã.

A defesa solicitou a “suspensão condicional do processo”, que foi aceita pelo MPF, e na

sentença, de fevereiro de 2017, foi extinta a punibilidade do réu, já que ele cumpriu a condição

para o sursis: foi denunciado por um crime cuja pena mínima era inferior a um ano, não havia

condenação criminal anterior e não foi processado por outro crime durante dois anos.

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