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JORNAL FOLHA SERTANEJA - EDIÇÃO ONLINE JULHO / AGOSTO 2022

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Edição Julho/Agosto 2022

05 de Agosto de 2022

A 13

Apolinário Domingos Neto, o homem de um século

Privilegiado somos

nós, assim como aqueles

que puderam, e

ainda podem degustar,

com o coração, da

agradável companhia

de Apolinário Domingos

Neto, a Pedra Mor

do Povoado Colônia. A

saga nordestina, narrada

pelo poeta Marcos

Antônio Lima, na obra

De Gameleira à Colônia,

hoje, 16 de julho de

2022, o seu protagonista

completa um século

de existência. Viver

100 Anos não é para

qualquer um, são para

aqueles seres extraordinários,

assim como é

Seu Apolinário.

– Corre que o menino

tá nascendo – Gritou

dona Estelita em

meio à balbúrdia que

antecede ao parto. As

“lamparinas do sertão”,

como eram conhecidas

as parteiras, romperam

quarto adentro para

dar caminho à luz da

vida. Os gritos angustiantes

denunciavam

a dilacerante dor da

maternidade. Algum

instante depois se ouviu

o estralar de uma

tapa, seguido de um

choro. E como todo ser

humano, nasce, apanha

e chora, nascia ali

naquele dia 16 de julho

de 1922, um dos mais

vigorosos varões que

o sertão já vira. A sua

pele escura fazia contraste

com os vivácidos

olhos que mais pareciam

faróis de estrelas.

A serenidade estampada

em seu pueril

semblante denotava

paz de espírito. Houve

certa mudança de

clima seguido de uma

calmaria angelical, algo

parecia estar diferente

do habitual na comunidade

Mariana, naquele

sertão bravio de Pernambuco.

Seria o céu

abençoando aquele ser

pequenino que se tornaria

protagonista de

uma das mais belas sagas

nordestinas? Descendente

de índio com

negro, filho de Seu Manoel

Domingos da Silva,

e Maria Paulina de

Jesus, aquele cafuzo

estava predestinado

pelo condão, a ser o

grande e carismático

líder dos gameleiros,

ao qual deram o nome

de Apolinário Domingos

Neto, Apolinário

significa “consagrado

a Apolo” e Domingos

“o que pertence ao

senhor”.

Prólogo do livro:

De Gameleira

à Colônia, Uma Saga

Nordestina – 2019

(Marcos Antônio Lima)

Assim, Apolinário chega

a um século de existência,

com a certeza de

que os holofotes da vida

clareiam o palco dos autores

de um tópico que

a narrativa da Gameleira

teima em não calar.

No teatro das ocorrências

que percorrem

o sertão Santabrigidense,

são “eles/as” astros/

estrelas cintilantes. Uma

história ainda tão latente

e comovente, que chegamos

a sentir os arrepios

de emoção na alma deste

grande homem, deste

homem forte quanto o

cedro, deste destemido

guerreiro sertanejo denominado

Apolinário Domingos

Neto, ou singelamente:

Seu Apolinário.

Feliz Aniversário, meu

amigo querido. Que

o Senhor nosso Deus

continue abençoando

a sua jornada, que seja

ela tão longa e incontáveis

quanto as estrelas

no céu.

(por Marcos Antônio Lima)

Micaely, Lucilene, Apolinário e Lola Marcos Antônio Lima, Apolinário Domingos, Micaely & Lucilene Beta. Bá, Apolinário, Lola, Djalma e Budú Micaely, Lucilene, Apolinário e Lola

D. Diva Barbosa Reis comemorou

100 anos num encontro familiar

Diva Barbosa Reis,

nasceu em Delmiro

Gouveia-AL em

04/07/1922. No sábado,

9 de julho, um final

de semana, para poder

reunir a família, a casa,

no BNH, ficou pequena

para tantos abraços de

filhos e netos.

Pessoa maravilhosa,

casou com Manoel

dos Reis Filho e teve

6 filhos, sendo apenas

um falecido, Mário Reis.

Filhos: Zé Reis (José

Barbosa Reis), Lili (Joseli

Barbosa Reis), Cida

(Maria Aparecida Reis),

Nell (Manuel Barbosa

Reis), Mário in memorian

(Mário Barbosa

Reis), Fafinha (Maria de

Fátima Reis Ribeiro).

Segundo relato de

seus filhos mais velhos,

quando pequena era

muito sapeca. Gostava

de fazer troças com as

pessoas, indo no açude

e ficava de joelhos com

as mãos postas deixando

as pessoas com

medo. Nesta época

as pessoas acreditam

muito em assombração.

Também pintava o

rosto de carvão ficando

caracterizada de pedinte

e andava pelas ruas

com uma boneca pedindo.

Ela contava essas

estórias rindo muito.

Era o divertimento

das crianças, relata um

dos filhos, Manuel Reis.

Ela trabalhou na fábrica

de Delmiro, onde

também trabalha Manuel

dos Reis com quem

se casou. Depois, foram

morar em São Paulo, de

onde vieram para Paulo

Afonso, quando o esposo,

conhecido como

Seu Nezinho, veio trabalhar

na Chesf. Moraram

muitos anos na rua

"S", ao lado da Escola

Adozindo. Sempre uma

pessoa muito brincalhona,

quando mais jovem,

gostava de cantar

e sempre foi muito caseira.

Era muito difícil

ela sair de casa.

Hoje, aos 100 anos, D.

Diva, viúva de Seu Nezinho,

mora com a filha

mais nova Fátima Reis

e seus filhos, no Bairro

BNH em Paulo Afonso.

Fátima ficou tomando

conta de papai e agora

de mamãe até hoje,

porque todos os outros

filhos foram morar fora

de Paulo Afonso. Ela

teve duas filhas e uma

neta que mora com ela

e tem mais dois netos

que moram com a outra

filha em Salvador.

(Informações de

Manuel Reis)

Laranjeira, pioneiro do Bairro Tancredo

Neves, celebra 90 anos de vida

João Rodrigues Laranjeira

nasceu em

Inajá/PE, em 29 de junho

de 1932. Chegou

a Paulo Afonso no ano

de 1970, pai de 4 filhos,

e foi morar no Bairro

Amaury Menezes, conhecido

com BNH, mas

a região em que ele

morava logo foi definida

como o local onde

passaria o Canal que a

Chesf tenho programado

para criar o Lago e

depois a Usina de Paulo

Afonso 4, a maior de todas

do complexo Chesf

de Paulo Afonso.

Com essa programação

da Chesf, diz Laranjeira

em depoimento

para a filha Zulmira:

“Em 1970 morava

no atual BNH, que na

época fizeram acampamento,

cercaram e

tiraram os moradores

de lá. Mandando para o

Mulungu já em 1.971.

Naquela época o Mulungu

só tinha mato,

não tinha água, nem

energia e era abastecida

por um carro pipa.

Me deram um pequeno

casebre, levantaram

as paredes e nem portas

tinha. Quando eu

entrei vi que dentro da

casa tinham um tôco

de catingueira bem no

meio da casa. Tive que

arrancar para poder entrar

com a minha família.

João Laranjeira

Filhos: Antônio e Zulmira

O vizinho que descobri

que tinha ficava

a 100 metros. O nome

dele era Daniel e já faleceu

há muitos anos.

Trabalhei na CHESF

durante 06 anos e depois

fui trabalhar na

TENENGE, dentro do

túnel.

Não existia escola naquele

tempo. O Padre

Lourenço junto com os

moradores pais de família,

se reuniram para construir

a atual Casa da Criança

03. Cada um contribuía

como podia, com a mão

de obra e trabalhávamos

sempre nos fins de semana,

sábado e domingo.

Com o tempo fizeram

um chafariz para abastecer

as famílias.

Hoje, me sinto muito

honrado em fazer parte

desse bairro que já tem

mais de 50 anos e que

cresceu tanto que já pode

até ser emancipado.

Agradeço a Deus por

poder estar aqui hoje,

contando essa história

para vocês.”

No final de junho,

dia de São Pedro, em

encontro simples da

família, Seu Laranjeira

comemorou, celebrou

festivamente os seus

90 anos, com direito

a umas doses de Pitu,

como afirma sua filha,

a Professora Zulmira,

vice-diretora da Escola

Municipal Rivadalva de

Carvalho do Bairro BTN.

Laranjeira e netos: Daniela, Ingrid,

Sabrina e Antony

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