JORNAL FOLHA SERTANEJA - EDIÇÃO ONLINE JULHO / AGOSTO 2022
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Edição Julho/Agosto 2022
05 de Agosto de 2022
A 7
25 de Julho, Dia do Escritor.
Parabéns a todos os Profissionais da Solidão!
Dia do Escritor, comemorado ALPA, no Clube Paulo Afonso, em 25 de julho de 2018
O dia 25 de julho é comemorado no
Brasil como Dia do Escritor. “A data
teve origem em 1960 com a realização
do Primeiro Festival do Escritor
Brasileiro, organizado pela União
Brasileira dos Escritores sob a presidência
de João Peregrino Júnior e
Jorge Amado.
O objetivo da data é ressaltar a importância
do trabalho desses profissionais,
que através da escrita têm
o poder de transmitir conhecimento,
cultura, contar histórias, criar
personagens marcantes e transfor-
-mar não só as pessoas, mas também
o mundo”.
Escrevi uma vez que o escritor é o
companheiro da solidão. É mesmo
no isolamento, em momentos de
busca de respostas ou de questionamentos
sobre situações, coisas
e pessoas que nascem os poemas,
as crônicas, contos, romances, as
novelas da televisão, os filmes que
nos empolgam, onde se ressalta o
ambiente real ou imaginário que dá
vida a histórias que, por outro lado,
têm o poder de adoçar a vida de
outros, instigar sua própria imaginação...
Há dias, recebi do amigo Edson
Mendes, confrade da ALPA, o livro
de Cecília Prada, escritora e
jornalista muitas vezes premiada,
chamdo Profissionais da Solidão
(SENAC-2013) que fala justamente
dessa interação entre o escritor e a
solidão.
Nesse livro se afirma que “a solidão
não anda sozinha. Junto a ela
podem estar as vozes da inquietação,
da dúvida, do questionamento,
da alegria ou da tristeza.
Não é fácil entender as ideias que
pairam na solidão; mesmo assim,
diversos autores conseguiram
compreender estas palavras, interpretar
a densidade de um pensamento
ou momento e registrar
tudo isso em uma folha de papel.
São eles os verdadeiros profissionais
da solidão, aqueles que, de
fato, encontraram na solidão a força
para abranger a complexidade
do mundo.”
Um dos grandes educadores e escritores
contemporâneos, Rubem
Azevedo Alves, psicanalista, educa-dor,
teólogo, escritor e pastor
presbiteriano brasileiro, foi autor
de livros religiosos, educacionais,
existenciais e infantis, tendo escrito
160 obras. Ele viveu 80 anos e nos
deixou há 6 anos, em 19 de julho de
2014.
Dele colhemos uma das mais preciosas
definições do que é ser escritor.
Ele disse: “Escrever é meu
jeito de ficar por aqui. Cada texto
é uma semente. Depois que eu for,
elas ficarão. Quem sabe se transformarão
em árvores! Torço para que
sejam ipês amarelos.”
A Academia de Letras de Paulo
Afonso, fundada em 5 de novembro
de 2005, reúne no seu quadro 40
membros. Nem todos são escritores,
no sentido de terem livros editados
mas todos têm em comum o
gosto pela leitura e pela escrita que
se apresenta de várias formas, seja
na criação de crônicas, publicadas
regularmente em jornais, sites, blogs,
ou na elaboração caprichosa de
monografias, teses de mestrados,
doutorados e pós-doutorados, sendo
destacados pesquisadores, professores
universitários, educadores
de jovens e adolescentes.
E, em pesquisa realizada pela
ALPA, descobriu-se que em Paulo
Afonso, desde os seus primeiros
tempos de vida já nasceram cerca
de 100 escritores, sendo o primeiro
deles, quando Paulo Afonso ainda
era Distrito do município de Glória,
o primeiro presidente da Chesf,
Antônio José Alves de Souza que
resolveu apresentar um relatório
da empresa no formato de livro
chamado Paulo Afonso, publicado
pela Editora Progresso do Rio de
Janeiro, onde era a sede da hidrelétrica,
no ano de 1954.
De lá para cá, muitos outros pauloafonsinos
têm escrito e publicado
livros, de poesias ou de relatos so-
-bre pessoas e instituições de Paulo
Afonso e região.
Todos esses escritores se ressentem
da falta de apoio dos órgãos
públicos e de empresas no apoio à
publicação de suas obras. Ainda assim,
com investimentos próprios e
pequeno apoio de um ou outro empresário,
também amante da leitura
e da escrita, têm publicado seus
livros.
A própria Academia de Letras,
também sem esse apoio, tem feito
grande esforço para publicar, com
a contribuição dos próprios membros
da ALPA um livro anual com
artigos, homenagens, dedos de
prosa e poesias de autores desta
Academia e já produziu duas antologias
com poesias de autores
da ALPA e outros pauloafonsinos e
um livro bem especial sobre o rio
São Francisco porque a sua revitalização,
por inteiro, como deve ser,
sempre adiada, tem sido uma das
lutas da ALPA, através dos seus escritores.
O livro/Revista da Academia de Letras
de Paulo Afonso Nº 4, do ano
de 2022 foi produzido com o apoio
da Galcom Comunicações que fez
a diagramação sem ônus para a
ALPA e a sua impressão foi paga
pelos próprios membros da ALPA.
Todos os livros produzidos pela
ALPA têm suas capas com imagens
da cidade de Paulo Afonso/BA.
A partir do ano de 2019, a Academia
de Letras de Paulo Afonso já
produziu sete(7) livros sendo quatro
livros/Revista da ALPA, dos
anos de 2019, 2020, 2021 e 2022,
duas Antologias de Poetas de Paulo
Afonso (e Convidados) e um livro
sobre o rio São Francisco em prosa
e versos.
Outra luta da Academia de Letras
de Paulo Afonso que renovamos
todos os anos e durante o ano em
várias oportunidades é pelo apoio
mais efetivo dos órgãos públicos,
especialmente da gestão municipal
no sentido de ser criada uma política
para apoiar os escritores de
Paulo Afonso, através de incentivos
tanto às escolas, em todos os níveis
e grupos de leitura e escrita que já
existem na cidade ou através de
instituições porque os custos gráficos
são elevados e muitos se ressentem
dessa falta de incentivo e
apoio para publicar os seus escritos
que acabam amarelando e morrendo
nas gavetas...
A ALPA, nesse Dia do Escritor de
2022 formula esse apelo a cada um
dos vereadores da Câmara Municipal
de Paulo Afonso, assim como à
Prefeitura Municipal de Paulo Afonso,
nas pessoas do Sr. Prefeito Municipal
e dos Secretários de Cultura
e Esportes e de Educação para que
seja estudada uma forma, a nível
municipal, de maior incentivo à leitura
e à escrita e apoio àqueles que
desejarem publicar seus livros.
Ao abraçar a cada um desses “profissionais
da solidão”, no Dia do Escritor,
como temos feito ao longo
de toda a sua história, continuamos
disponibilizando os espaços no site
www.folhasertaneja.com.br, assim
como no Jornal Folha Sertaneja
online para divulgar, sem custo, as
produções de todos os escritores
paulofonsinos e da região.
Parabéns a todos os escritores. E
que, apesar das dificuldades, possamos
continuar contando histórias
de pessoas, das instituições,
da vida, que permanecerão como
legado e fonte de pesquisa para as
gerações futuras.
São os votos do Jornal Folha Sertaneja,
do site www.folhasertaneja.
com.br e da Academia de Letras de
Paulo Afonso - ALPA
Antônio Galdino da Silva
Diretor do Jornal Folha Sertaneja,
site www.folhasertaneja.com.br
Presidente da ALPA