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JORNAL FOLHA SERTANEJA - EDIÇÃO ONLINE JULHO / AGOSTO 2022

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Edição Julho/Agosto 2022

05 de Agosto de 2022

A 15

Pedro Barbosa Sobrinho (Sargento Pedrinho Barbosa)

Nasceu em Pariconha-AL, em 02

de dezembro de 1920. Seus Pais:

Manoel Barbosa e Maria Joaquina

de Jesus.

Cresceu menino arteiro nas ruas

de Pedra de Delmiro, antiga Vila da

Pedra, hoje Delmiro Gouveia, ficando

logo conhecido pela sua esperteza

e também pela agilidade quase

que inimitável.

Excelente nadador e muito bom

futebolista. Tinha um preparo físico

invejável, o que lhe valeu bastante

no futuro quando entrou

para os quadros da Polícia Militar

da Bahia.

Na juventude, nos anos 1940, brilhou

com seu futebol nos times de Pedra,

no campo da Cia Agro Fabril Mercantil,

ao lado de Miguelzinho Correia

e Capucho. Anos depois os três ainda

jogaram juntos em Paulo Afonso, algumas

vezes, no campo do Copa.

Na cidade pequena onde morava,

não havia opção melhor de trabalho

para um jovem do que a de se

tornar operário da fábrica de Pedra,

construída por Delmiro Gouveia.

Assim aconteceu com Pedrinho.

Casou com Vanilda, em 1945. Não

demorou muito e decidiu deixar

Pedra de Delmiro e a família, para

tentar realizar um sonho – tornar-

-se jogador de futebol. Chegou a

jogar em Aracaju e Ilhéus, mas não

foi nada fácil como ele pensava.

Ainda na segunda metade da década

de 1940 ingressou na Polícia

Militar do Estado da Bahia. Logo, o

soldado Pedrinho era reconhecido

e respeitado, pela sua disposição e

destemor. Mas uma coisa sobremodo

excelente lhe aconteceu na caserna.

Um seu colega, evangélico,

sempre que tinha oportunidade lhe

falava sobre Jesus Cristo (Pedrinho

era muito impetuoso. Na sua vida

jovem o melhor era viver de farras,

desregradamente). Surtiu grande

efeito a insistência do colega. Não

demorou muito e Pedrinho já estava

à procura de uma igreja, tal o

desejo e a pressa de encontrar uma

comunidade que lhe satisfizesse e

lhe ajudasse no crescimento espiritual.

Tornou-se batista. Chegou

a frequentar a Igreja Batista dos

Mares, na capital baiana. Passou a

estudar a Bíblia com regularidade,

adquirindo um profundo conhecimento

das sagradas letras.

No início da década de 1950, com

a construção da Chesf começava

a nascer Paulo Afonso. Foi, então,

criado um destacamento da PM na

localidade. E entre os militares escolhidos

para servirem na nova cidade,

estava Pedrinho. Trabalhou

com alguns companheiros que se

firmaram também em Paulo Afonso:

Julinho, Chiquinho Damasceno,

Abdias Pionório, José Camilo, Pitinga,

Altino, entre outros.

Depois de instalado em Paulo

Afonso, seu desejo era logo se reunir

à família da qual estava distante

fazia longo tempo. Assim, retornou a

Delmiro para rever a querida esposa

e os filhos que na época eram apenas

dois. Dias depois todos estavam

estabelecidos em Paulo Afonso.

Atuou como membro da Primeira

Igreja Batista de Paulo Afonso, junto

com sua família, por muitos anos.

É membro fundador da Igreja Batista

Central de Paulo Afonso, sendo,

hoje, um dos mais antigos batistas

da cidade.

Sempre agiu, na vida profissional,

com muita dedicação e honestidade,

angariando, assim, a admiração

e o respeito tanto dos superiores

como dos seus pares. Tornou-se

amigo de várias pessoas na cidade,

como Abel Barbosa, Luiz Inocêncio,

João Nunes, Crispim Rafael, Odom

Bezerra, José Francisco Andrade,

Heleno Silva , Euclides Batista Filho,

os seis últimos, das lides na 1ª Igreja

Batista. Quando Pedrinho chegou a

Paulo Afonso, Euclides era adolescente

e ao longo desses anos tem

sido um fiel e querido irmão e amigo,

sendo tratado até como se fosse

membro da família Barbosa.

Mas houve um homem de quem

se tornaria amicíssimo até a mudança

deste para outra cidade. Trata-se

do chesfiano Severino Cavalcante.

Quando Pedrinho chegou a

Paulo Afonso, Severino era também

delegado local e por muito tempo

exerceu tal função. Então, tornou-

-se Pedrinho homem de confiança

do delegado, exatamente pelo seu

profissionalismo e fiel compromisso

com o dever. A grande amizade

com Severino Cavalcante deveu-

-se também ao fato de que ele era

muito entusiasmado com o futebol,

sendo na época presidente do

Copa. E vendo a habilidade de Pedrinho

com a bola, aumentou mais

ainda a admiração pelo seu auxiliar

na delegacia de polícia. Além de

jogar, Pedrinho chegou a servir de

árbitro, algumas vezes.

Pedrinho não chegou sequer a

fazer o curso ginasial. Mas lia e estudava

bastante, tinha bom conhecimento

de gramática, falava e escrevia

corretamente, dono de uma

bonita caligrafia. Incentivava os filhos

para que se dedicassem aos

livros. Na sua prole, a maioria tem

nível universitário. E, demonstrando

esse ideal de buscar o saber, evoluir

no conhecimento, ele próprio,

depois de longo período na graduação

de soldado, já não tão jovem,

conseguiu com muito esforço chegar

a cabo e mais adiante conquistou

as divisas de sargento.

Paulo Afonso era a base onde a

família permanecia quando ele era

transferido para outras localidades.

Passou por Jeremoabo, Tucano, Alagoinhas,

Glória, em todas estas cidades

deixando a sua marca de excelente

camarada e atencioso amigo.

Nas comemorações dos seus noventa

e três anos, em dezembro de

2013, a câmara de vereadores, em

nome dos pauloafonsinos, lhe concedeu

o título de Cidadão de Paulo

Afonso. O reconhecimento pelos

seus serviços na dedicação vigilante

a toda a comunidade da cidade

que ama, à qual dedicou grande

parte da sua vida.

Sua riqueza é a família. São onze

filhos, vinte e nove netos e quatro

bisnetas. Imprimiu em todos eles o

seu exemplo, o amor cristão, a insistência

na busca dos seus ideais e

acima de tudo o temor a Deus.

No recôndito do seu lar, localizado

no mesmo endereço onde nos

idos de 1950 começou a residir,

hoje, na sua idade provecta, goza

da dedicação dos filhos, reverenciado

pelos seus méritos de pai

amantíssimo, querido e amparado

por todos aqueles que um dia também

amparou.

(Por Paurílio Barbosa)

Faleceu em Salvador, aos 80 anos, o Professor e Advogado

Damião Antônio de Sá, pioneiro do CIEPA

Faleceu, na terça-feira, 26/07, às

18h20min, o Professor e Advogado

Damião Antônio de Sá, vítima de

insuficiência renal causada por um

infarto dois dias antes, conforme informou

sua filha ao Professor Francisco

Nery. Ele estava com 80 anos

e residia na Rua Califórnia, Quadra

C, no Bairro Amaury Menezes conhecido

como BNH onde o corpo

foi velado na tarde desta quarta-feira,

27 de julho, de onde foi levado,

às 17 horas para ser sepultado no

Cemitério Padre Loureço Tory, em

Paulo Afonso-BA.

Os professores mais antigos do

Centro Integrado de Educação de

Paulo Afonso Luiz Viana Filho, o CIE-

PA, hoje CETEPI-1, e hoje também

membros da Academia de Letras de

Paulo Afonso, conviveram durante

muitos anos com o Professor Damião

Antônio de Sá, de quem guardas

boas e agradáveis lembranças

de convivência, como lembram os

professores aposentados Roberto

Ricardo e Francisco Nery e eu nos

primeiros anos em que ali lecionei.

Outros, dele se lembram como

colega da advocacia como disse o

advogado Isac de Oliveira, também

membro da ALPA.

Há quem dele se recorde como

aluno, como é o caso dos hoje professores

Fernando José e Aníbal

Nunes e Socorro Mendonça, Jotalunas

Rodrigues, todos membros

da ALPA.

Dele assim falaram amigos, ex-

-colegas do CIEPA, ex-alunos.

Hoje recebi a triste notícia do falecimento

do Professor e Advogado Damião.

Ele era meu vizinho de rua e fomos

colegas no CIEPA por vários anos.

(Professor Francisco Nery).

Meu amigo! Meu parceiro de trabalho

por muitos anos no CIEPA. A

gente só sabe o tem, quando perde.

Deus cuide e zele da sua alma. O

pró Rob Rick. P.Afonso, 27.07.2022

ás 7:44hs.

(Professor Roberto Ricardo).

Tive o privilégio de ser seu aluno

no Sete Velho onde em 78 me tornei

professor nas duas unidades do

colégio. Boas conversas nos intervalos

e aulas vagas com seu Gilberto,

Lúcia Cordeiro, Chico, Salésio,

Ivaldo Sales entre outras pessoas

maravilhosas.

(Professor Aníbal Nunes).

Grande pessoa era o Dr. Damião,

meu colega advogado, quando

cheguei aqui ele militava. Quando

fecha-se a cortina e o ator sai de

cena, se deixou um grande espetáculo,

a saudade é inevitável!

(Advogado Isac de Oliveira).

Grande homem e mestre, Deus o

tenha em um bom lugar

(Jotalunas Rodrigues).

Foi meu professor de História no

Ciepa. Ele e Zé Maria foram inspiradores

de fazer licenciatura em História.

O professor Damião fica guardado

em minha memória. Que o Eterno

Deus lhe receba em seus átrios. Morre

o professor Damião. Ensinou por

muitos anos no antigo Ciepa. Que

Deus te receba de braços abertos.

(Professor José Fernando).

Morre Professor Damião, uma

das pessoas que mais admirei nessa

caminhada do Magistério. Tinha

um carinho especial por mim, e era

recíproco. Aprendi muito no CIEPA,

com a experiência dele. Estou muito,

muito triste.

(Professor Genaro)

GRANDE MESTRE ! Que seja recebido

no mundo espiritual com todas

as honras merecidas. Descanse

em paz meu amigo. PAZ e LUZ.

(Pedagoga e Professora

Socorro Mendonça).

Apresentamos aos familiares o

nosso sentimento de dor pela perda

da gente tão querida e estamos

certos que o Espírito Santo há de

confortar a todos nesse momento

porque cremos que “O Senhor

está perto dos que têm o coração

quebrantado e salva os de espírito

abatido.” (Sl. 34:18).

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