03 ESTRATOS DE RENDIMENTONesta seção são apresentados a média e a variaçãorecente dos rendimentos de três estratos de renda: os40% da base da distribuição de renda, considerados osmais pobres, os 50% intermediários e os 10% do topoda distribuição, considerados os mais ricos. Além disso,apresentamos também a razão entre os rendimentosdo estrato dos mais ricos e dos mais pobres. Essasinformações buscam complementar aquelas verificadasa partir do coeficiente de Gini, apresentadas na seçãoanterior. O coeficiente de Gini tem a vantagem deresumir toda a desigualdade da distribuição em umúnico valor. Porém, como índice sintético não permiteavaliar quais estratos ganharam ou perderam ao longodo período analisado. Além disso, por ser o Gini maissensível às mudanças no meio da distribuição, é indicadocomplementar a análise com as razões de renda entre osestratos superiores e inferiores – medida mais sensível àdesigualdade entre os extremos da pirâmide social, quecaracteriza o fenômeno no Brasil.Na figura 3 está plotada a evolução da médiade rendimentos para o conjunto das RegiõesMetropolitanas. O rendimento médio cresceu entre2012 e 2014, quando sofreu uma queda brusca,chegando a R$ 1.817, em 2015. A partir disso houveum crescimento estável até 2019, quando chega a R$1.935. Em 2020 o rendimento sofre quedas bruscas esucessivas em 2020 e 2021, alcançando o menor valoda série história: R$ 1.698. Os dados específicos paracada uma das metrópoles estão expostos no anexo, natabela 2A.Na figura 4 está exposta uma comparação entre a médiade rendimentos entre 2014 e 2021 para cada uma dasRegiões Metropolitanas. O comportamento da maioriadas Regiões Metropolitanas foi de queda brusca damédia de rendimentos no período, semelhante aoresultado para o conjunto delas. As exceções foramas Regiões Metropolitanas de Belém, de Grandes SãoLuís, de Natal e do Rio de Janeiro, que apresentaramaumento dos rendimentos no período. Em 2021, asRegiões Metropolitanas com menor rendimento, emordem crescente, foram Grande São Luís (R$ 938),Manaus (R$ 967), Macapá (R$974), Teresina (R$1.001)e Maceió (R$ 1.042). Já as Regiões Metropolitanascom maiores rendimentos, em ordem crescente, foramRio de Janeiro (R$1.863), Porto Alegre (R$1.947), SãoPaulo (R$2.053), Florianópolis (R$2.282) e o DistritoFederal (R$ 2.476).Na figura 5 está plotado a variação percentual dorendimento médio segundo o estrato de renda entre2014 e 2021, o que permite verificar os ganhos ouperdas relativas do rendimento médio por estrato derenda em relação a 2014, ano que correspondeu ao finalda trajetória anterior de aumento do rendimento médiono conjunto das Regiões Metropolitanas do país.Os estratos de maior renda, corresponde aos 10%do topo da distribuição, apresentaram queda norendimento médio em 2015, mas recuperou essas14
FIGURA 3: Evolução da média de rendimentos* - Conjunto das Regiões Metropolitanas do BrasilFonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (IBGE). Tabulação própria.Nota: (*) Calculado a partir da renda domiciliar per capita (valores constantes, 2022 / IPCA).15