Revista Recap - 3° tri 2022 - EDIÇÃO 127
GOVERNO BUSCA SAÍDA PARA PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS Prorrogação da desoneração vai até 28 de fevereiro. Nova política do setor procura fórmula para substituir o PPI, sem ferir as normas da Petrobras.
GOVERNO BUSCA SAÍDA PARA PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS
Prorrogação da desoneração vai até 28 de fevereiro. Nova política do setor procura fórmula para substituir o PPI, sem ferir as normas da Petrobras.
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Associação Brasileira de<br />
Energia Solar Fotovoltaica<br />
(ABSOLAR). Estima-se que o<br />
setor atraiu mais de R$ 21,8<br />
bilhões em investimentos no<br />
ano passado.<br />
Embora o custo para a<br />
implantação ainda possa ser<br />
elevado, existem alternativas<br />
para financiamento e as parcelas<br />
se pagam com a redução na<br />
conta de energia. “Investi cerca<br />
de R$ 320 mil em cada posto,<br />
para a compra e instalação dos<br />
painéis solares, há cerca de 18<br />
meses”, contou Fábio Cursi, proprietário<br />
dos postos Amigão e<br />
Amigãozão, de Itupeva. “Com<br />
isso, a redução na conta de<br />
energia elé<strong>tri</strong>ca tem sido de<br />
cerca de 70%. O investimento<br />
foi totalmente financiado pelo<br />
banco Itaú e o prazo esperado<br />
para o payback é de 4 anos,<br />
sendo que a vida útil do sistema<br />
é de 20 anos”, explicou o<br />
empresário, lembrando que a<br />
economia acontece em kilowatts<br />
— ou seja, o estabelecimento<br />
não fica sujeito a<br />
mudanças de bandeira tarifária<br />
ou períodos de racionamento.<br />
Isso significa que em situações<br />
críticas, como a da crise<br />
hídrica recentemente enfrentada<br />
pelo país, a segurança é<br />
maior. “O posto gera energia<br />
fotovoltaica, cujo excedente é<br />
injetado na rede da CPFL [concessionária<br />
local]. Assim, temos<br />
um desconto dessa quantidade<br />
de energia em nossa conta”,<br />
completou Cursi, frisando que<br />
isso con<strong>tri</strong>bui para a amortização<br />
do financiamento e viabiliza<br />
alguns projetos.<br />
“Temos uma estação de<br />
recarga de veículos elé<strong>tri</strong>cos, instalada<br />
pela mesma empresa<br />
que fez a implantação do sistema<br />
de energia fotovoltaica, e a<br />
expectativa é de que, no futuro,<br />
a demanda por esse serviço<br />
aumente, proporcionalmente ao<br />
aumento da frota de carros elé<strong>tri</strong>cos.<br />
Com a geração solar, esse<br />
serviço tem custo reduzido para<br />
o posto e estamos um passo adiante<br />
para atender às necessidades<br />
dos clientes”, disse.<br />
Economia depende das<br />
características de cada posto<br />
Segundo João Carlos<br />
Ribeiro Júnior, que tem quatro<br />
postos revendedores na região<br />
de Campinas, a redução de despesas<br />
com energia elé<strong>tri</strong>ca é<br />
relativa e proporcional ao<br />
empreendimento — embora<br />
sempre vantajosa, em sua avaliação.<br />
“Um dos postos de minha<br />
rede, o Rodocamp, tem quase<br />
10 mil m² de área e oferta de<br />
GNV. A conta de energia elé<strong>tri</strong>ca<br />
é da ordem de R$ 40 mil,<br />
sendo que o gás natural responde<br />
por cerca de R$ 25 mil”,<br />
disse. “Neste posto, como as placas<br />
fotovoltaicas são instaladas<br />
no teto, não há espaço suficiente<br />
para tantos painéis. Com isso,<br />
a economia é de apenas 35%.<br />
Mas, isso já faz uma grande diferença<br />
diante de uma estrutura<br />
tão onerosa”, pontuou.<br />
Porém, em outro empreendimento<br />
de Ribeiro a economia<br />
chega a praticamente 100%.<br />
“No posto RR, o consumo de<br />
energia é da ordem de R$ 8 mil<br />
a R$ 10 mil mensais. A área de<br />
instalação das placas fotovoltaicas<br />
é suficiente para suprir<br />
essa demanda”, explicou.