Revista Recap - 3° tri 2022 - EDIÇÃO 127
GOVERNO BUSCA SAÍDA PARA PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS Prorrogação da desoneração vai até 28 de fevereiro. Nova política do setor procura fórmula para substituir o PPI, sem ferir as normas da Petrobras.
GOVERNO BUSCA SAÍDA PARA PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS
Prorrogação da desoneração vai até 28 de fevereiro. Nova política do setor procura fórmula para substituir o PPI, sem ferir as normas da Petrobras.
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Rio Oil & Gas <strong>2022</strong><br />
Crescimento do downstream vai<br />
exigir investimento pesado até 2035<br />
Até 2035, a demanda por<br />
combustíveis líquidos no Brasil<br />
deverá ser 30% superior ao<br />
volume registrado em 2021. A<br />
perspectiva é de que 35% disso<br />
sejam biocombustíveis, sendo<br />
que a ele<strong>tri</strong>ficação veicular<br />
também deve crescer, passando<br />
a representar 5% da frota.<br />
As estimativas foram citadas<br />
pelo diretor executivo corporativo<br />
e participações da Ultrapar,<br />
Marcelo Araújo, na abertura do<br />
painel “Um novo paradigma<br />
para dis<strong>tri</strong>buição e revenda de<br />
combustíveis no Brasil”,<br />
realizado em 26 de setembro,<br />
durante a Rio Oil & Gas <strong>2022</strong>.<br />
“Nós temos um desafio gigantesco<br />
de infraestrutura para<br />
atender esse crescimento da<br />
demanda”, disse.<br />
“O Instituto Brasileiro de<br />
Petróleo (IBP) estima que serão<br />
necessários investimentos de<br />
R$ 118 bilhões em infraestrutura,<br />
logística, dis<strong>tri</strong>buição e<br />
revenda”, completou. Segundo<br />
ele, esses investimentos teriam<br />
o potencial de reduzir o custo<br />
de dis<strong>tri</strong>buição, com impacto<br />
nos preços ao consumidor.<br />
Henry Daniel Hadid, vicepresidente<br />
jurídico da Vibra<br />
Energia, reforçou a necessidade<br />
de investimentos, mas frisou<br />
que é preciso ter segurança<br />
jurídica para tanto. “Este setor é<br />
As mudanças no mercado de combustíveis<br />
exigem adequação regulatória que garanta a<br />
competitividade e o abastecimento.<br />
muito complexo e suscetível a<br />
várias assime<strong>tri</strong>as, que podem<br />
inviabilizar a competitividade.<br />
A margem é pequena, a <strong>tri</strong>butação<br />
muito alta. Então, é preciso<br />
aprimorar a regulação”, disse.<br />
Hadid citou algumas questões<br />
pontuais que demandam<br />
um olhar mais atento por parte<br />
da ANP, como o delivery de<br />
combustíveis e a bomba<br />
branca. “A agência reguladora,<br />
ao aprovar a Resolução 41,<br />
deixa de proibir a bomba<br />
branca, criando um terceiro<br />
modelo de negócio, além dos<br />
postos embandeirados e<br />
independentes”, comentou,<br />
frisando que as regras precisam<br />
ficar bastante claras, tanto para<br />
os agentes envolvidos quanto<br />
para os consumidores.<br />
Pa r a o p r e s i d e n t e d a<br />
Fecombustíveis, James Thorp<br />
Neto, o grande desafio da<br />
revenda, no momento, é<br />
protagonismo. “Temos que<br />
manter os empresários informados,<br />
defendendo o mercado<br />
leal e justo. Este é nosso maior<br />
desafio neste momento de<br />
transição. Temos um papel<br />
fundamental de não deixar que<br />
a revenda perca sua relevância<br />
na sociedade, especialmente<br />
no caso de postos de menor<br />
porte. Para isso, precisamos<br />
também fortalecer os sindicatos<br />
que representam o mercado<br />
e este é nosso propósito<br />
como federação nacional”,<br />
afirmou.<br />
Thorp citou algumas mudanças<br />
do mercado e mencionou<br />
que a Fecombustíveis está<br />
promovendo um trabalho de<br />
informação junto aos revendedores.<br />
“Um exemplo disso é o<br />
self-service. Promovemos um<br />
painel durante a ExpoPostos,<br />
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