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INTRODUÇÃO
Não se pode ensinar tudo a alguém, pode-se apenas
ajudá-lo a encontrar por si mesmo.
Galileu
Após vários concursos, passando em uns, perdendo em outros, pude acumular alguma experiência,
que se tornou maior com o convívio, como professor e aluno, em universidades e cursos preparatórios para
concursos. Também pude somar à minha experiência na área aquilo que observei como fiscal de provas e que
aprendi, atuando como presidente e membro de bancas examinadoras de concursos públicos. Em todo esse
tempo, continuei escudando, fosse para fazer peças processuais (petições, sentenças), fosse para os cursos de
pós-graduação, para elaborar questões de provas ou para escrever livros.
Constantemente alunos e amigos me pediam conselhos sobre o que fazer, como estudar para esse ou
aquele concurso, como se preparar adequadamente para essa ou aquela prova etc. Aos poucos, verifiquei que
quase todas as técnicas que utilizei também funcionavam para outros. Na verdade, o caminho é de todos: basta
conhecê-lo. Como diz o pensamento acima, o máximo que podemos fazer é ajudar alguém a encontrar o seu
próprio caminho.
Essas conclusões me incentivaram a - atendendo a pedidos e vendo que o fruto poderia ser positivo -
escrever não sobre a matéria das provas em si, mas sobre como aprender melhor e como render mais em provas
e concursos. Embora os resultados que tenha obtido já dessem autoridade às técnicas que utilizei, quis, para ser
mais útil, aprofundar a pesquisa. Ao fazê-lo, passei a, admirado, descobrir que várias das técnicas que aprendi
no dia a dia dos concursos já haviam sido pesquisadas, reforçando ainda mais minha certeza de sua eficiência.
Para servir melhor ao leitor, fiz menção a outras pesquisas sobre como escudar e como usar o cérebro. O leitor
que quiser aprofundar algum tópico poderá faze r uso da bibliografia referida.
Este modesto livro foi pensado e escrito para meus alunos e amigos e nada mais é do que a reunião
daquilo que aprendi nos campos de baralha. Engana-se quem pensa que há apenas vitórias: fui reprovado para
a Escola Naval, para Oficial de Justiça, uma vez para Defensor, uma para Promotor de Justiça e duas para Juiz
de Direito. Nessas ocasiões, aprendi muito sobre "como não passar", o que termina ensinando formas de "como
passar" (bastando, para tanto, corrigir falhas e erros cometidos).
Uma das vantagens de se estudar para exames e concursos é que eles se repetem periodicamente e,
quando se alcança a vitória, ela compensa todas as eventuais derrotas anteriores. N inguém se preocupa ou me
considera com base nos diversos concursos onde não passei. Por estar prestando atenção nas falhas (acuidade),
pude corrigi-las. Hoje, o que ficou foram as vezes em que obtive sucesso. É como fazer pipoca: só importa a que
explode; a que não explode a gente deixa para lá.
A certeza de que estas técnicas podem ser de alguma valia para quem quer passar em provas e concursos
me animou a arrostar as crÍticas que certamente serão feitas por pessoas aferradas a um academicismo mais
preocupado com a própria imagem de sabedoria e circunspeção do que com a praticidade do ensino. Para muitos,
um acadêmico "sério" não deve escrever livros sobre "como fazer" alguma coisa. Porém, estou mais preocupado
em, se puder (e esta obra é disto uma tentativa), ajudar o aluno a alcançar progressos. Se um livro com este
tema e assunto pode ser criticado, mais vale para mim a oportunidade de, como Deus já me concedeu vezes
antes, transmitir a outros aquilo que me auxiliou em uma caminhada calhada como é a própria vida: reveses,
vitórias; uns dias ruins, uns dias mais ou menos, outros perfeitos; uns poucos descontentes, e amigos, muitos.