20.10.2022 Views

Como Passar em Provas e Concursos 28 ed. - William Douglas (1)6e18e81d-abe0-48c9-a829-3b5912b59b10_1

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

remuneração. Já existe uma modificação no perfil dos acadêmicos, em que é cada vez maior a

intenção de realizar concursos. Essa opção também ocorre entre profissionais liberais e no setor

privado. Em consequência, os cursos preparatórios e as listas de inscritos em concursos estão

cada dia mais abarrotados. Não obstante, os índices de aprovação continuam em patamares

incrivelmente baixos, próximos de 1 a 2%. Os chefes de instituições reclamam incessantemente

que não conseguem preencher as vagas por falta de candidatos habilitados. Assim, paradoxalmente,

aumentam os candidatos e diminui ainda mais o número de aprovados. Por mais que se esforcem,

faculdades e cursos preparatórios têm tido pouco êxito. Mas qual a razão disso ou, quando

menos, como inverter esse lamentável quadro?

Mesmo os exames vestibulares continuam a ser uma desnecessária experiência traumática.

E não é só: antes, durante ou depois de formadas, as pessoas reclamam da dificuldade de aprender,

da falta de tempo para estudar, da baixa fixação etc. O aumento da quantidade de informações

disponíveis no mundo torna ainda mais difícil se manter atualizado e realça a dificuldade das

pessoas para assimilarem novos conhecimentos.

O desempenho dos candidatos nos vestibulares, exames do MEC, exames de seleção para

empresas privadas e em concursos públicos serve como inquestionável demonstração da baixa

qualidade do ensino. Causas e soluções para tais deficiências vêm sendo, desde longa data, tema

de debate entre os profissionais da área, mas os remédios até agora utilizados não têm mostrado

eficácia. As recentes modificações na educação brasileira e na metodologia do ensino comprovam a

busca por soluções, mas com medidas ainda tímidas e sem uma mudança radical na direção certa.

4

CONHECIMENTO PRÁTICO

PARA PROVAS E CONCURSOS

Qualquer atividade humana possui uma parte teórica e outra prática, um conhecimento

técnico bipartido: saber o que é e saber fazer são coisas diferentes. Como exemplo, veja-se a

construção de um prédio: há coisas que apenas o engenheiro poderá fazer (cálculos etc.), mas

outras há em que um mestre de obras é insubstituível. Conhecer as regras de produção de uma

tese e regras de redação não são garantia de que a tese sairá boa.

Saber fazer provas é diferente de saber a matéria. A realização de uma prova, exame, entrevista

ou concurso público também possui seu know how específico. O conhecimento funciona como

se fosse uma arma, mas as técnicas de estudo e de realização de uma prova dizem como utilizar essa

arma. Uma coisa é saber a matéria, outra é saber como usá-la; uma coisa é saber a resposta, outra

é saber comunicá-la. Um aluno que saiba 50% da matéria, e 20% de como usá-la em provas e

transmiti-la terá mais sucesso do que aquele que sabe 100% da matéria, mas não sabe as técnicas

para transmitir esse conhecimento para o entrevistador ou examinador. Quem não conhece um

amigo que sabe tudo, mas vive tirando notas baixas? Ou outro que tira boas notas e não sabe fazer

nada? Ou um professor que sabe a matéria, mas não sabe ensiná-la?

WILLIAM DOUGLAS

29

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!