INFORMAQ | Nº 274 | março de 2023 | Ano XXIII
Publicação de ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ
Publicação de ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ
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CÂMARAS SETORIAIS E REGIONAIS / P. 11
Convenção da ABIMAQ busca otimizar as ferramentas
estratégicas para impulsionar os negócios
ARTIGO / FERNANDO VALENTE PIMENTEL / P. 20
O desenvolvimento que
queremos e merecemos
CONTEÚDO
DESTINADO PARA
PRESIDÊNCIA,
DIRETORIA,
DEPARTAMENTOS
TÉCNICOS
E RELAÇÕES
GOVERNAMENTAIS
PUBLICAÇÃO DE ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ - NÚMERO 274 | MARÇO DE 2023 | ANO XXIII
COALIZÃO
SE REÚNE
COM MINISTRO
FERNANDO
HADDAD
Primeira reunião da Coalizão Indústria com o novo Ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, trouxe os temas já
abordados na gestão anterior, como o Custo Brasil, Reforma
Tributária, Depreciação Super Acelerada, entre outros
assuntos importantes para o avanço do setor industrial no
Brasil. Levou ainda plano de investimentos do setor, totalizando
quase R$ 460 bi até 2026. P.3
Rovena Rosa/Agência Brasil
ABIMAQ APRESENTA NECESSIDADES
DE INVESTIMENTO AO MINISTRO
DE DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
Em reunião na ABIMAQ para tratar de assuntos de
necessidades de financiamentos das diversas câmaras
setoriais ligadas ao Agro, o Ministro do Desenvolvimento
Agrário, Paulo Teixeira, avaliou a importância das
agendas como fundamentais para o incremento da
produtividade e da produção agrícola no Brasil. P. 4
ABIMAQ EM AÇÃO/ PÁGs. 6 e 8
ABIMAQ PArTICIPA DA POSSE DO NOVO
PrESIDENTE DO BNDES, ALOÍZIO MErCADANTE
LGPD – EVENTO AJUDA A ESTIMULAr A CULTUrA
DA PrOTEÇÃO DE DADOS
2 INFORMAQ Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
EDITOrIAL › GINO PAULUCCI Jr.
Sócio da Polimáquinas e presidente do Conselho
de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ
POrQUE A INDÚSTrIA PrECISA
DA rEFOrMA TrIBUTÁrIA?
De acordo com um levantamento do Yahoo
Finanças sobre os países que mais cobram
imposto no mundo, quem lidera o ranking
é a Dinamarca, com uma carga tributária que corresponde
a 45,2% do Produto Interno Bruto (PIB),
outro país escandinavo, a Finlândia aparece em
segundo lugar com 44%, na sequência estão a Bélgica,
com 43,2%, a França com 43% e, fechando o
top 5, a Itália com 42,6%. O Brasil ocupa uma posição
bem abaixo na lista dos 30 maiores cobradores
de impostos do mundo, com uma carga tributária
média de 33,9%, uma vez que enquanto a
indústria, de acordo com a CNI, tem uma carga
tributária de 46,2% , serviços tem 22,1%.
No entanto, ao contrário dos demais, o país
possui o menor Índice de Retorno de Bem-Estar
à Sociedade (IRBES). Ou seja, é o que menos
transforma esses tributos em benefício à população.
No Brasil há diversos impostos sobre bens
e serviços e todos eles com uma série de problemas,
reflexo de legislação extremamente complexa,
cumulativa, muitas restrições a créditos,
entre outros fatores. Que trazem como consequência
elevados custos de cumprimento de obrigações
acessórias, insegurança jurídica, encarecendo
os bens, prejudicando investimentos,
competitividade, desenvolvimento econômico e
bem-estar social.
É indispensável simplificar o atual sistema tributário,
reduzindo os custos administrativos, desonerando
os investimentos produtivos e as exportações,
tornando automática a compensação
ou devolução de créditos tributários, eliminando
os impostos não recuperáveis embutidos nos bens
e serviços, eliminando a tributação de insumos
industriais, extinguindo regimes especiais e isenções
de qualquer espécie, desonerando a folha de
pagamento e aumentando o prazo de recolhimento
de impostos e contribuições.
A discussão em torno de uma reforma tributária
para mudar o complexo e caro sistema atual
É indispensável simplificar o atual
sistema tributário, reduzindo os
custos administrativos,
desonerando os investimentos
produtivos e as exportações,
tornando automática a
compensação ou devolução de
créditos tributários, eliminando os
impostos não recuperáveis
embutidos nos bens e serviços,
eliminando a tributação de
insumos industriais, extinguindo
regimes especiais e isenções de
qualquer espécie, desonerando a
folha de pagamento e aumentando
o prazo de recolhimento de
impostos e contribuições.
ocorre no Brasil há pelo menos três décadas, mas
nenhuma proposta conseguiu o apoio conjunto
dos setores produtivos e de estados e municípios.
No Congresso Nacional, duas propostas assumiram
o protagonismo na última legislatura: a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 45, em
tramitação na Câmara dos Deputados, e a PEC
110, que está no Senado. Ambas as propostas têm
como principal objetivo simplificar e racionalizar
a tributação sobre a produção e comercialização
de bens e a prestação de serviços. Elas também
extinguem vários tributos e unificam os restantes
em um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), adotado
na maioria dos países desenvolvidos.
A diferença é que na PEC 45, o IVA seria compartilhado
entre União, estados e municípios, enquanto
na 110, o IVA seria dual: um para a União
e outro para os entes subnacionais. O IVA dual
proposto na PEC 110, é um modelo de tributação
de padrão mundial, tem o potencial de modernizar
e simplificar o atual sistema tributário brasileiro.
Prevê cobrança nas diversas etapas do processo
de produção e comercialização, em todas
garantindo o direito ao crédito correspondente
ao imposto pago na etapa anterior. As exportações
e os investimentos serão totalmente desonerados
e as importações tributadas de forma equivalente
à produção nacional.
Promoverá, portanto, redução importante da
cumulatividade, tornando o processo transparente,
menos oneroso, beneficiando a competitividade
das empresas brasileiras nacionais frente
aos concorrentes internacionais, acelerando o
crescimento do País. Estudos de impacto divulgados
indicam aumento do PIB potencial do Brasil
de 20% em 15 anos em razão, principalmente, do
aumento da produtividade e dos investimentos
ao longo do período.
Ademais, ao contrário do que se afirmam, beneficiará
inclusive a maior parte do setor de serviços.
Cerca de 80% das empresas prestadoras
de serviços operam sob o regime Simples Nacional
ou MEI, regimes que serão preservados pela
PEC e outras muitas prestam serviço para empresas
e darão direito a crédito. Atividades essenciais
como saúde e educação terão tratamento
especial visando preservar o poder de renda das
famílias. O País precisa urgentemente da aprovação
da reforma tributária, não só para corrigir
distorções da indústria, mas também promover
o crescimento do País, com mais justiça social.
COORDENAÇÃO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA
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Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
INFORMAQ
3
AbIMAQ EM AÇÃO
ABIMAQ participa de encontro da Coalizão
Indústria, com o novo Ministro da Fazenda,
Fernando Haddad
Reforma Tributária e Administrativa, redução do Custo Brasil e a recuperação da competitividade
da indústria brasileira foram alguns dos principais temas abordados durante o primeiro encontro
da Coalizão com Haddad
Com a expectativa de manutenção
de uma agenda periódica
mensal de reuniões, a fim
de levar o panorama, as críticas e
sugestões de ações para o fortalecimento
e crescimento do setor, bem
como impulsionar o processo de
reindustrialização do país, a Coalizão
realizou, com a participação do
presidente executivo da ABIMAQ,
José Velloso, no dia 17 de fevereiro,
em São Paulo, a primeira reunião
com o novo ministro da Economia,
Fernando Haddad, e o Secretário
de Política econômica, Guilherme
Mello, trazendo como pauta para
esse primeiro encontro, temas tidos
como prioritários para a indústria
e uma estimativa de investimento
dos setores até 2026, que gira
em torno dos R$ 460 bilhões.
“Saí otimista e acreditando que
o governo vai dar uma atenção especial
para a indústria, que a questão
da reindustrialização é para valer
e que eles estão muito bem intencionados
no sentido de fazer
uma agenda de competitividade”,
diz José Velloso, presidente-executivo
da ABIMAQ.
Entre os temas apresentados,
dentro da pauta de redução do
Custo Brasil e recuperação da
Competitividade Sistêmica da
Indústria Brasileira, foi entregue
ao ministro da Fazenda os 12
principais itens que compõem o
Custo Brasil. “Levamos ao seu conhecimento
o trabalho do Observatório
do Custo Brasil, método
pelo qual medimos a evolução ou
involução do problema. Informamos
que desde a primeira versão,
quando o Custo era da ordem de
R$ 1,5 trilhão em 2019, houve um
aumento, e hoje o custo já está
em R$ 1,7 trilhão, medido pela
FGV.”, explicou Velloso.
REFORMA TRIBUTÁRIA. “A ABI-
MAQ reforçou o apoio ao projeto
liderado pela sua pasta através do
Secretário Especial, Bernard Appy,
com quem a entidade já se reuniu,
para ajudar na aprovação da reforma
das legislações dos tributos sobre
consumo, transformando-os
em Imposto sobre Valor Agregado
(IVA), como preconiza os projetos
que estão na Câmara Federal (PEC
45) e no Senado Federal (PEC 110).
Existe a necessidade de um ajuste
fiscal pelo lado das despesas. Defendemos
também uma Reforma
Administrativa que atinja todos os
poderes”, completa Velloso.
Pelo lado da receita, a ABIMAQ
defendeu a revisão de Regimes Especiais
que tiram a competitividade
da indústria de BK, como Reporto
e Repetro.
Valter Campanato/Agência Brasil
DEPRECIAÇÃO SUPER ACELERADA.
Na reunião foi reforçado o projeto
formatado pela ABIMAQ, e apresentado
ainda no governo anterior,
que visa estimular e aumentar a taxa
de investimentos no Brasil.
MERCADO DE CRÉDITO DE CARBO-
NO. O setor se posicionou sobre
a expectativa de que não haja a
criação de tributos novos e que a
transição energética não seja
mais um ônus para a indústria,
que é a menor emissora de carbono
e gases causadores do efeito
estufa no Brasil.
AUMENTO DAS EXPORTAÇÕES. Foi
enfatizado os principais gargalos
para exportação, como a falta de financiamentos
aos adquirentes de
bens nacionais no exterior e seguro
de crédito às exportações. “Mostramos
o tamanho dos resíduos de
tributos que acabam não sendo
compensados e se tornam custo
para os bens exportados. Tratamos
da importância do Reintegra enquanto
não vêm as vantagens da
Reforma Tributária.”
DILATAÇÃO DO PRAZO DE PAGA-
MENTOS DE TRIBUTOS. A ABIMAQ
apresentou o mesmo projeto que
foi trabalhado com o governo anterior,
reforçando que a Receita Federal
tem sido um empecilho para
o sucesso do plano. “A ideia é diminuir
o custo financeiro das empresas
para financiar o estado, e
expusemos a diferença cada vez
maior entre receber dos clientes
pelas vendas e o curto espaço de
tempo para recolhermos os tributos”,
explica Velloso.
“Outros assuntos e reivindicações,
como o combate às importações
legais, acordos comerciais, e a
questão em relação aos juros altos,
também estiveram na pauta, visando
o estabelecimento de uma reforma
e agenda estruturante que
possam destravar investimentos e
aumentar o crescimento econômico
e a competitividade da indústria.
Ao final do encontro, Fernando
Haddad se comprometeu em
trabalhar de forma conjunta com o
Ministro da Indústria, Comércio e
Serviços (MDIC) e vice-presidente
da República, Geraldo Alckmin,
com o objetivo de reindustrializar
o Brasil”, relatou Velloso.
“Saí otimista e acreditando que o governo vai dar uma
atenção especial para a indústria, que a questão da
reindustrialização é para valer e que eles estão muito
interessados no sentido de fazer uma agenda
de competitividade”
› José Velloso, presidente-executivo da ABIMAQ
4 INFORMAQ Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
AbIMAQ EM AÇÃO
ABIMAQ recebe novo ministro
do Desenvolvimento Agrário
Reunião realizada na sede da entidade teve como objetivo sugerir ações para destravar problemas
antigos do setor e promover o crescimento agroindustrial no país
Melhorias no acesso ao crédito
rural que visam possibilitar
a retomada e avanço de investimentos
no setor por parte dos
produtores, foram os principais temas
tratados na reunião realizada
em 3 de fevereiro na sede da ABI-
MAQ, em São Paulo, com o novo
ministro do Desenvolvimento Agrário,
Paulo Teixeira, José Velloso,
presidente executivo da ABIMAQ,
João Marchesan, vice-presidente
do Conselho de Administração, e
representantes da Câmara Setorial
de Máquinas e Implementos Agrícolas
(CSMIA); da Câmara Setorial
de Equipamentos para Armazenagem
de Grãos (CSEAG); e da Câmara
Setorial de Equipamentos de
Irrigação (CSEI).
“Avalio ser de grande importância
e relevância a nossa parceria
com a ABIMAQ para o desenvolvimento
do Brasil”, reforçou o ministro
em sua fala inicial, destacando
o enorme desafio de levar e aumentar
a modernização no campo.
Máquinas Agrícolas. De acordo com
o primeiro vice-presidente do Conselho
de Administração da ABI-
MAQ, João Carlos Marchesan, a associação
possui o cadastro de 790
fábricas de máquinas agrícolas no
Brasil e todas estão aptas para atender
toda a agricultura familiar e
empresarial. “Tivemos diversos
programas de fomento junto ao
presidente Lula em seus mandatos
anteriores e estamos prontos para
colaborar com o que for necessário
para que novos programas deslanchem
e atinjam os objetivos”, frisou
Marchesan.
Apesar da falta de financiamento
observada no último semestre
de 2022, as três câmaras setoriais
da ABIMAQ presentes na
reunião, somadas, faturaram um
total de R$ 100 bilhões no último
ano, com destaque para máquinas
e implementos agrícolas, responsável
por R$ 91 bilhões desse montante,
com R$ 80 bilhões gerados
pelo mercado interno. Desse total,
estima-se que 25% desse valor (R$
20 bilhões) seja proveniente da
agricultura familiar.
“Precisamos lembrar o que se
passa na cabeça do agricultor. Você
terá um Plano Safra que começa em
julho. Hoje, no banco, você paga entre
16% e 20% de juros. A indústria
fica parada, o agricultor fica parado,
perdemos PIB, e, depois, quando
quiser comprar no 2º semestre do
ano, não vamos conseguir entregar”,
apontou Pedro Estevão, presidente
da CSMIA, destacando um dos pleitos
da entidade referente a disponibilização
de recursos via PRONAF
(Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar) de
11 bilhões de reais, que cobriria
aproximadamente 60% das vendas
do ano.
“Importante para a indústria e
o pequeno produtor, que precisam
ter fácil acesso às novas tecnologias,
evitando a queda de renda no
setor observada nos meses de novembro
e dezembro, que chegou a
20%”, completou Estevão.
Para José Velloso, o problema
maior não está na queda do setor e
sim na impossibilidade do agricultor
não ter o poder de compra. “O
agricultor não comprando ele
perde renda e produtividade, e o
Brasil perde PIB, perde alimentos
e, produzindo menos alimentos,
está gerando mais fome. Tudo isso
começa pela falta de financiamento”,
observou Velloso.
Reconhecendo o enorme desafio
de desenvolver e fortalecer a
agricultura familiar brasileira, o
ministro Paulo Teixeira se comprometeu
em acelerar e melhorar
as questões voltadas ao financiamento
para 2023, que está um
pouco limitado e, para o próximo
ano, pautar um orçamento mais
robusto. “Mais do que ouvir, precisamos
entender as demandas
dos pequenos produtores para que
tenhamos mais aliados e possamos
viabilizar financiamentos
com mais rapidez e quantidade,
para abrirmos o mercado”, ressaltou
Teixeira.
Com olhar voltado à transição
ecológica, o ministro abordou
também a importância da implantação
de um sistema voltado ao
associativismo e cooperativismo
para levar infraestrutura e tecnologia
no campo e desenvolver segmentos
para que o país cresça,
como a recuperação das nascentes
e matas nativas e reflorestamento
de plantios que sejam economicamente
viáveis.
“Nós temos um problema no
mundo e que também atinge o Brasil,
que é a inflação de alimentos.
Você não tem uma produção de alimentos
simples para alimentar a
população brasileira e esse é um
grande desafio que vamos enfrentá-lo.
Temos que fazer uma
parceria para avançarmos e diminuirmos
as desigualdades que são
gritantes no campo brasileiro, para
organizarmos melhor a agroindústria
no Brasil. Nós temos o BNDES
que pode ter um papel mais proativo
e temos esse objetivo e essa
determinação para ajudar todo o
setor, que tem capacidade para produzir
muitos produtos neste momento”,
enfatizou o ministro.
ARMAZENAGEM. Na reunião, o presidente
da CSEAG, Paulo Bertolini,
chamou a atenção do ministro sobre
o problema no déficit de armazenagem,
que tem crescido anualmente.
“O Brasil tem parque
industrial, tem tecnologia, exporta
para mais de 40 países, mas a armazenagem
não acompanha a produção
de grãos brasileira pela falta
de linhas de crédito que sejam
compatíveis com essa necessidade
de armazenar”, explica.
A situação atual beira a insegu-
Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
INFORMAQ
5
AbIMAQ EM AÇÃO
rança alimentar e fica pior quando
não se encontra recursos com juros
e prazos compatíveis para o enfrentamento
desse desafio, diminuindo
a capacidade de negociação de preços
e fortalecimento do agricultor.
“Tendo armazéns distribuídos no
Brasil todo, temos uma segurança
alimentar maior, pois passamos a ter
condições de armazenar um produto
de maior qualidade e com um
prazo mais longo, regulando o fluxo
e oferta desses produtos”, completou
Bertolini.
De acordo com Bertolini, a ABI-
MAQ, por meio da CSEAG, tem
mostrado necessidades ao governo
e conseguido alguns avanços nos últimos
anos, mas não o suficiente. O
Brasil, em média, tem crescido 10
milhões de toneladas em armazenagem
por ano e para acompanhar esse
crescimento seria necessário investir
R$ 15 bilhões em armazéns.
IRRIGAÇÃO. A irrigação tem um papel
importante para a produção nos
terrenos e para assegurar a segurança
alimentar, resolvendo problemas
como a seca, que afeta diversas
regiões no país.
Ressaltando a importância do fomento
e a necessidade de uma eficaz
política pública para o setor de irrigação
para que o Brasil aumente a
produtividade, Eduardo Navarro,
presidente da CSEI, destacou os benefícios
e o papel social que a irrigação
possui, principalmente no
Nordeste.
“Se pudermos dar mais água e
infraestrutura para os pequenos
agricultores que têm na região, ajudaria
o país a produzir muito mais
alimento”, observou Navarro.
O Brasil tem um potencial de
mais de 55 milhões de hectares que
podem ser irrigados sem precisar
derrubar uma árvore. Com o uso de
uma irrigação tecnificada, que assegura
o melhor uso condicional da
água e de todo ciclo, é possível incrementar
em até seis vezes a produção
nacional.
“A irrigação vem com o papel de
poder agregar tecnologia e produtividade,
porque conseguimos expandir
o uso da água. Acreditamos que
a irrigação é a próxima revolução da
agricultura brasileira, pois é a única
tecnologia hoje que, a partir do momento
que é implementada, agrega
mais de dois dígitos de produtividade”,
resumiu Navarro.
Velloso considerou extremamente
produtiva a reunião: “Foi
possível abordarmos todos os temas
relacionados, ao ministério, financiamentos
e feiras e durante a reunião,
o ministro Paulo Teixeira fez
uma ligação (viva voz) ao ministro
da agricultura e pecuária, Carlos Fávaro.
Ficaram acertadas ações conjuntas
entre os dois ministérios e a
ABIMAQ. Os ministros afirmaram
que julgam os investimentos fundamentais
para o incremento da
produtividade e da produção agrícola
no Brasil. A próxima reunião
deve ser com os dois ministros presencialmente.
Ambos devem ir à
Agrishow”, concluiu.
» Eduardo Navarro, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação;
José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ; Paulo Teixeira, ministro do
Desenvolvimento Agrário; João Marchesan, vice-presidente do Conselho de
Administração e Pedro Estevão, presidente da CSMIA
ABIMAQ realiza
reunião com
Bernard Appy
Objetivo da reunião com o Secretário
Extraordinário da reforma tributária foi
entender o pensamento vigente no
novo governo em relação a esse tema
Dentro dessa premissa, foram
realizadas algumas
reuniões de José Velloso,
presidente executivo da ABI-
MAQ, acompanhado do corpo
técnico de algumas áreas, incluindo
Bernard Appy (foto ao
lado), secretário Extraordinário
da Reforma Tributária, do
Ministério da Fazenda. A reunião
teve como objetivo uma
aproximação da ABIMAQ com
a equipe do novo governo, entender
a estratégia de ação relacionada à reforma tributária
e levar as sugestões do setor fabricante de máquinas
e equipamentos.
Na ocasião do encontro, o Secretário não deu detalhes
sobre qual seria a reforma tributária encaminhada
pelo executivo, mas falou sobre as duas propostas que já
tramitam no Congresso Nacional. A PEC 110/2019, ainda
travada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do
Senado Federal e a PEC 45/2019, que corre na Câmara
dos Deputados.
Disse que o texto final deverá se basear nas duas matérias,
ambas tratam da unificação dos tributos diretos
municipais (ISS), estaduais (ICMS) e federias (PIS, CO-
FINS e IPI) em imposto sobre valor agregado (IVA) e da
criação de imposto seletivo (IS). Na sua opinião, o debate
já avançou intensamente nos últimos anos, mas há muito
o que ser debatido visando esclarecer a sociedade sobre
todos os benefícios que serão trazidos pela reforma.
Segundo o Secretário pretende-se apresentar a proposta
em duas etapas, a primeira com foco no consumo
de bens e serviços e a segunda na renda. O secretário defende
nesta primeira fase a tributação de base ampla, a
simplificação do sistema, zero acumulo de crédito, desoneração
de investimentos e exportações, um modelo com
potencial de reduzir parte importante do ‘Custo Brasil’ e
melhorar competitividade da indústria nacional, na linha
defendida pela ABIMAQ. Não há, por outro lado, a intenção
de aumentar a carga tributária do país.
Há ainda alguns desafios que precisam ser superados,
no que diz respeito à resistência de setores e regiões, uma
vez que a reforma prevê a completa reconstrução do sistema.
Mas há um grande otimismo com relação à evolução
positiva das negociações.
“É muito importante acompanhar a evolução dos temas
que são prioritários para a indústria de máquinas e
equipamentos e só vamos conseguir intervir se soubermos
o que está sendo proposto, discutido e pensado, uma vez
que a intenção do governo é aprovar a reforma tributária
até o próximo ano”, explica José Velloso, presidente executivo
da ABIMAQ.
6 INFORMAQ Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
AbIMAQ EM AÇÃO
ABIMAQ apresenta à nova Secretária de Comércio Exterior,
Tatiana Prazeres sua visão sobre a política comercial
Em 01 de fevereiro, o presidente
executivo da ABIMAQ,
José Velloso, e os diretores
executivos das áreas de mercado
externo e competitividade da entidade,
respectivamente, Patrícia
Gomes e Cristina Zanella, se reuniram
com a nova Secretária de
Comércio Exterior, Tatiana Prazeres
e representantes de sua equipe.
Na ocasião, foram passados
em revista os temas de comércio
exterior que suscitam maior preocupação
para o setor de máquinas
e equipamentos e a posição da entidade
sobre cada uma dessas
agendas. O controle de importações
de bens remanufaturados, tarifa
de importação de Bens de Capital
(BK), Regime de Bens de Capital
no Mercosul (ex-tarifário) e
defesa comercial, foram alguns
dos assuntos discutidos.
Sobre o controle de bens remanufaturados,
Velloso destacou
a preocupação quanto à ausência
de análise sobre os riscos associados
à medida proposta em análise
de impacto de regulatório e reforçou
a necessidade de engajar outros
órgãos governamentais, como
Ministério do Meio Ambiente
e Inmetro no processo de tomada
de decisão. Com relação ao regime
de ex-tarifários, foi salientado
que a flexibilização os critérios
para apuração de produção nacional
na concessão de ex-tarifários
por meio das Portarias ME nº
309/19 e SDIC nº 324/19, o governo
brasileiro evade os limites
consensuados no Mercosul e aumentou
de forma significativa a
insegurança jurídica dos produtores
nacionais e dos usuários do
regime de forma geral.
Além disso, Velloso destacou
que a abertura comercial implementada
pelo governo anterior
gerou uma série de incongruências
nas tarifas de importação para
Bens de Capital. Ele mencionou
que, após as sucessivas reduções
unilaterais pelo Brasil das alíquotas
de imposto de importação, a
ABIMAQ tem como ponto de
preocupação como será conduzido
esse tema, uma vez que a decisão
do Mercosul que torna definitiva
a redução em 10% para algumas
NCMs, a manutenção em vigor
da Resolução GECEX nº. 318,
de 24 de março de 2021 cria uma
situação de desequilíbrio. Isso
porque, enquanto os Bens de Capital
seguem com suas alíquotas
reduzidas em 20%, os demais
bens passarão, inclusive os insumos
do setor, a ter uma redução
da alíquota de imposto de importação
apenas 10% reduzido em relação
às alíquotas originais.
Por fim, ao ser questionada sobre
as restrições cambiais e medidas
de comércio administrado impostas
pela Argentina, a Secretária
Tatiana Prazeres enfatizou, entre
outras propostas em discussão para
a mitigação desse problema, a
Secretária de Comércio Exterior
conta com a reativação da Comissão
de Monitoramento do Comércio
Bilateral Brasil-Argentina para
a gestão dos atuais entraves comerciais
com o país vizinho.
ABIMAQ participa da posse de Aloízio Mercadante
na presidência do BNDES
No último dia 06, Aloízio Mercadante
e os membros da nova diretoria
do Banco Nacional de Desenvolvimento
(BNDES), tomaram
posse em cerimônia realizada no Teatro
Arino Ramos Teixeira, Rio de Janeiro.
Na oportunidade, marcaram presença
o presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente,
Geraldo Alckmin (PSB) e a expresidente,
Dilma Rousseff (PT). Representando
o Supremo Tribunal Federal
(STF), o ministro Gilmar Mendes e
o ministro Bruno Dantas, presidente do
Tribunal de Contas da União (TCU). O
governador do Rio de Janeiro, Claudio
Castro e o prefeito do Rio de Janeiro,
Eduardo Paes. Marcando presença
também, a presidente do Banco do Brasil,
Tarciana Medeiros, presidente da
Confederação Nacional da Indústria,
(CNI), Robson Braga de Andrade e o
presidente da Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (FIESP), Josué
Gomes da Silva.
Representando a entidade, José Velloso,
presidente-executivo, teve a oportunidade
de conversar com o atual presidente
do BNDES para dar continuidade
às reuniões mensais.
Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
INFORMAQ
7
AbIMAQ EM AÇÃO
Governador assina Decreto que prorroga crédito
outorgado para máquinas rodoviárias
Em evento realizado no Palácio dos Bandeirantes
no último dia 27 de fevereiro, o governador Tarcísio
de Freitas assinou vários decretos que estabelecem
desoneração fiscal, dentre os quais, o que
prorroga o crédito outorgado do ICMS nas saídas de
pá-carregadeira de rodas, escavadeira hidráulica e retroescavadeira,
tradicionais equipamentos destinados
preponderantemente às atividades de construção civil
e mineração, produzidas pelas empresas localizadas
no Estado de São Paulo.
A desoneração foi instituída em 2013, com o objetivo
de dar competitividade aos produtos fabricados
pela indústria paulista frente a similares produzidos
no Estado do Rio de Janeiro por uma empresa que lá
se instalou com incentivos da chamada “guerra fiscal”.
José Velloso que participou do evento na companhia
dos empresários Adriano Merigli, Carlos Alexandre
Medeiros de Oliveira e Rafael Cardoso de Sá, presidentes
das empresas JCB e Caterpillar Brasil, informou
que o benefício vigorará até 31 de dezembro de
2024, com efeito retroativo à data de 01/01/2023, reconhecendo
a sensibilidade do governador Tarcísio ao
atender o pleito feito pela ABIMAQ em agosto do ano
passado. Trata-se de medida indispensável e justa que
minimiza, ao menos, a desvantagem que os empresários
de São Paulo teriam sem a prorrogação da desoneração,
acrescentou Velloso.
» Da esquerda para a direita:
José Velloso, rafael Cardoso,
Tarcísio de Freitas, Adriano
Merigli e Carlos Alexandre
ABIMAQ
participa
de audiência
na Secretaria
da Fazenda
do rio Grande
do Sul
“Quero que os senhores saiam daqui
convencidos de que o governo do Rio
Grande não está medindo esforços para, se
não puder resolver, devido aos problemas
de ordem financeira que enfrenta, pelo
menos amenizar a situação das empresas
em relação ao acúmulo de saldos do ICMS”
› Itanielson Dantas,
subsecretário da Fazenda do Rio Grande do Sul
Opresidente-executivo da ABIMAQ, José Velloso e a
Diretoria da ABIMAQ Rio Grande do Sul, foram recebidos
em audiência na Secretaria da Fazenda do
Estado do Rio Grande do Sul, pelo Subsecretário da Fazenda,
Itanielson Dantas, pelo Subsecretário da Receita
Estadual, Ricardo Neves e pelo Subsecretário Adjunto da
Receita Estadual, Ilson Fleck.
Pela ABIMAQ, além de José Velloso que participou online
de Brasília, onde se encontrava em outra missão, estiveram
presentes também, os empresários Hernane Cauduro,
Marc Boadas e Mathias Elter, respectivamente, Conselheiro
de Administração, e Vice-Presidentes, além da
Gerente Regional da entidade, Cleia Gocthel.
Marc Boadas, após agradecer pela oportunidade do encontro,
salientou o interesse dos empresários do setor no
estreitamento das relações com a Secretaria com o objetivo
de encontrar forma de agilização da utilização do crédito
acumulado do ICMS, sobretudo para compra de bens
para o ativo imobilizado e de matérias-primas e componentes
de produção.
"Temos convicção que essa aproximação com a Secretária
da Fazenda, buscando maior liquidez nos saldos credores
de ICMS da cadeia de valor da indústria de máquinas,
é uma pauta completamente convergente, gerando
mais competitividade para o setor privado e consequente
incremento na receita tributária do estado do Rio Grande
do Sul", completou Boadas.
O subsecretário da Fazenda, Itanielson Dantas, disse
que o Governo do Estado tem plena consciência da agrura
dos empresários, tomando medidas possíveis para facilitar
a liberação dos saldos credores, como o recente Decreto
(56.719, de 1º/11/2022), que possibilita a transferência
do crédito gerado pela redução da base de cálculo na
saída de máquinas e equipamentos, para compra de insumos
de produção e de bens para o ativo imobilizado.
“Quero que os senhores saiam daqui convencidos de que
o governo do Rio Grande não está medindo esforços para,
se não puder resolver, devido aos problemas de ordem financeira
que enfrenta, pelo menos amenizar a situação
das empresas em relação ao acúmulo de saldos do ICMS”,
acrescentou Dantas.
Encerrando a reunião, o executivo da Fazenda aceitou
a opinião do empresário Mathias Elter, no sentido do estabelecimento
de um calendário de reuniões periódicas
entre a Sefaz e a ABIMAQ, com o objetivo de analisar e
propor soluções para os problemas tributários que estejam
afligindo as empresas do setor.
8 INFORMAQ Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
AbIMAQ EM AÇÃO
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
Fórum de Assuntos
Trabalhistas
debate aspectos
essenciais da LGPD
Evento com participação da ANPD esclareceu dúvidas e
questionamentos sobre a fiscalização e penalização adotada
às empresas pelo descumprimento da Lei
Avaliação do cenário
político-econômico e
disponibilidade de
crédito para
investimentos e seus
reflexos no setor de
Bens de Capital,
foram os principais
temas abordados nos
encontros realizados
em ribeirão Preto
Manter a segurança de dados é um processo
contínuo de aperfeiçoamento
e um assunto que ganha cada vez
mais importância no mundo de hoje. Conteúdo
que gera muita dúvida, principalmente
em relação à regulamentação, fiscalização e
cumprimento da Lei Geral de Proteção de
Dados (LGPD), a ABIMAQ/SINDIMAQ e a
ABINEE/SINAEES receberam no Fórum de
Assuntos Trabalhistas (FAT)/Grupo de Relações
Trabalhistas e Sindicais (GRTS), do
mês de fevereiro, o Dr. Arthur Sabbat, Diretor
da Autoridade Nacional de Proteção de
Dados (ANPD).
O evento contou ainda com a participação
das advogadas Anne Angher, Juliana
Gonçales e Camilla Toledo – DPO da Abimaq/Sindimaq.
Com o objetivo de promover e fomentar
a cultura de proteção de dados, a
ANPD tem para 2023 uma pauta com 20
temas para serem regulamentados, e o
principal deles é a Dosimetria das penalidades
que serão impostas pela ANPD nos
casos de descumprimento da LGPD, pontuou
Sabbat, relator da norma.
A Autoridade Nacional tem seu braço
fiscalizador na Coordenação Geral de Fiscalização
(CGF). Essa coordenação tem
como missão monitorar eventuais incidentes
de segurança e violação de dados
pessoais, tendo competência pedir mais
informações sobre o ocorrido e, se for o
caso, instaurar competente processo administrativo
e após a apuração, se for o
caso aplicação das sanções.
“Do ponto de violações da LGPD, podemos
citar desde a falta de designação do encarregado
- DPO, até a construção da base
de dados pessoais, com pouca ou nenhuma
segurança. Mesmo que a ANPD ainda não
tenha regulamentado todos os temas, entende
que já existem na própria lei, fundamentos
suficientes para a implantação e a fiscalização
pela autoridade, portanto não há desculpa
para o descumprimento da legislação.”
O evento foi transmitido pelo Youtube e
teve mais de 240 visualizações, está disponível
na “Academia Abimaq” para quem perdeu
ou quiser assistir novamente.
Mesmo que a ANPD ainda não tenha regulamentado todos os temas,
entende que já existem na própria lei, fundamentos suficientes para a
implantação e a fiscalização pela autoridade, portanto não há
desculpa para o descumprimento da legislação.
Primeiro evento pós-pandemia,
realizado pela Câmara Setorial de
Equipamentos de Irrigação (CSEI) e
pela unidade Regional de Ribeirão
Preto, teve como foco, discutir o
cenário de 2023 e perspectivas do
novo governo para a indústria de
máquinas e equipamentos
Anova diretoria da unidade regional de Ribeirão Preto,
vem trabalhando fortemente para implementar
ações que aumentam a representatividade do setor
de máquinas e equipamentos na região.
“Rodolfo Garcia, vice-presidente da ABIMAQ - Ribeirão
Preto, considerou esses, os principais temas para
um melhor posicionamento aos associados diante de
um ano de muita turbulência, em decorrência da troca
do governo.
“A Atualização política que será aqui apresentada pelo
nosso presidente-executivo será muito esclarecedora, pois
nos permite uma visão sobre o que podemos esperar para
este ano no âmbito político-econômico, assim como as
oportunidades do sistema financeiro e o que podemos esperar
para os próximos meses”, observou Garcia.
Eduardo Porto Navarro – presidente da CSEI, colocou
a importância do setor para a economia nacional, uma vez
que esta venha a ser a 4ª revolução agrícola no país. “A
ABIMAQ defende a aplicação de novas tecnologias que
utilizem a água de forma racional, enquanto aumentam a
produtividade no campo”, incluiu Navarro.
José Velloso, presidente-executivo da ABIMAQ,
apresentou o cenário político-econômico e seus reflexos
no setor, bem como demais ações da entidade junto ao
Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
INFORMAQ
9
governo de transição em prol do setor de máquinas
e equipamentos.
“Nós estivemos em Brasília para levar as ações da
entidade ao novo governo, e também nos reunimos
com o ministério de indústria e comércio. A ABI-
MAQ tem algumas ações lá, como depreciação super
acelerada, a modificação da portaria 309, o ex-tarifário,
alguns pontos importantes que conseguimos colocar,
mas o mais importante é que conseguimos levar
uma ideia de que o Brasil precisa se reindustrializar”,
expôs Velloso.
A desindustrialização no Brasil é precoce! Velloso explicou
que, no Brasil, existe a indústria que engloba
a construção civil, prospecção mineral e óleo e gás, e
a Indústria de Transformação (tipo de indústria que
transforma matéria-prima em um produto final ou
intermediário para outra indústria de transformação),
que em meados da década de 80, o percentual
dessa indústria em relação ao PIB total era de 36%, e
sua participação foi despencando até chegar nos dias
de hoje, em que o percentual é de 12% do PIB, o que
segundo Velloso, é uma participação muito baixa.
Quando os países ficam ricos, a população começa
a ter dinheiro (renda per capta), e naturalmente
começam a consumir serviços de alto valor agregado.
Então, é natural que todo país que fica rico, diminua
a participação na indústria de transformação. No
Brasil, a renda per capta diminuiu em relação ao
mundo, o que denomina uma desindustrialização
precoce, porque não melhorou a renda per capta e
diminuiu a indústria no PIB e hoje, 73% do PIB brasileiro
são serviços.
Segundo Velloso, o Brasil tinha 2,7% da indústria
no mundo, hoje tem 1,28 e vem despencando, e a indústria
brasileira vem perdendo espaço tanto no PIB,
quanto na produção industrial mundial. “Isso é ruim,
porque a indústria é quem dá os melhores empregos.
Na indústria não tem emprego informal, a indústria
tem de nove a onze anos de estudo para quem trabalha
nela e a indústria desenv0lve tecnologia”, colocou
Velloso.
Comércio exterior e a Indústria de Transformação. Em
comparação a 2020, o Brasil cresceu 28,3% no valor
das exportações e 3,5% em quantidades exportadas,
isso mostra que o país aumenta na exportação porque
o valor exportado está ficando mais caro. “Houve
aumento na participação da agricultura e da indústria
extrativa nas exportações, e houve queda na participação
da Indústria de Transformação: BK e bens de
consumo durável”, explicou Velloso.
Desafios da Indústria no Mercado Global. Velloso citou
que o cenário da indústria brasileira não é bom, pois
o país tem problemas econômicos como o Custo
Brasil, e citou como exemplo a energia elétrica, que
a do Brasil, é a mais barata do mundo para quem produz,
e a mais cara para quem compra, e até chegar
para o consumidor, envolve muitos tributos.
Visando o futuro. É preciso passar uma régua na fotografia
da indústria no Brasil e olhar para o futuro,
que traz muitas oportunidades para o país, e é preciso
agarrar. A primeira coisa é o esforço ambiental que
é mundial, e o Brasil está muito à frente nessa questão,
seja na geração de energia limpa renovável, mas
também em função da agricultura.
“Outro problema é a crise global de desabastecimento
e insumos. Uma grande oportunidade para o
Brasil, é a guerra comercial China x EUA, que está refazendo
as cadeias globais de valor. O mundo está
enxergando a China hoje como uma grande ameaça
comercial, e também tem a guerra da Ucrânia x Rússia,
que está aumentando o preço das commodities.
São três grandes oportunidades”, destacou Velloso.
Reindustrialização do Brasil. É urgente retomar o protagonismo
da indústria brasileira, expandindo sua
participação no PIB, aumentando a complexidade
produtiva e o valor agregado, incorporando tecnologias
limpas, e visar o desenvolvimento de uma economia
sustentável e de baixo carbono.
Agenda de competitividade. O Brasil tem a oportunidade
de se tornar mais competitivo, mas entra numa
agenda com alguns pilares, como: economia, política
de desenvolvimento industrial; formação de mão de
obra e mercado externo.
“Temos que reduzir o Custo Brasil, efetivar a Reforma
Tributária, visando, entre tantas coisas, simplificar
e desonerar os investimentos produtivos e as
exportações; ampliar a Reforma Trabalhista; avançar
no estabelecimento de novo arcabouço fiscal. Temos
que trabalhar a agenda de competitividade!”, ressaltou
Velloso.
Política Industrial – Inovação, Transição Energética e
Infraestrutura. A melhoria da tecnologia brasileira está
atrelada ao grau de investimento em ampliação e
modernização fabril, pesquisa e inovação. Será necessária,
para isso, a implementação de um conjunto
de políticas e mecanismos de indução do desenvolvimento
tecnológico, formação da mão de obra e de
investimento em áreas estratégicas, principalmente
na transição energética para uma economia verde.
Será necessária uma forte governança, com metas
claras e indicadores de desempenho.
Atuar em políticas para a transição energética,
com foco em energia limpa e verde, como eólica, solar,
H2V, entre outras. “O Brasil precisa dominar toda
a cadeia de valor para todas as fontes, incluindo a tecnologia,
a engenharia, o fornecimento de máquinas,
equipamentos e materiais, o domínio dos processos
e operações, a logística e a execução de desmobilização”,
pontuou Velloso.
Acelerar os investimentos em infraestrutura passa
por combater fatores de incerteza dos marcos regulatórios.
Os investimentos, quando realizados por
setores com elevados multiplicadores de produção,
emprego e renda, têm potencial de acelerar a recuperação
do crescimento econômico.
Política de Comércio Exterior. Segundo a Organização
Mundial de Comércio (OMC), o Brasil está entre o
26º e 29º maior exportador e importador mundial,
respectivamente, o que segundo Velloso, mostra que
o país não está inserido nas cadeias globais de valor.
Para melhorar esta posição, é necessária uma política
estratégica, estruturada e coordenada de inserção do
Brasil no comércio mundial, aliada a outras agendas,
a priorização da política de comércio exterior é condição
fundamental para a recuperação e crescimento
da economia brasileira. “O Brasil precisa melhorar
estas agendas e é isso o que temos trabalhado com o
governo”, completou Velloso.
Financiamentos – Créditos para investimento. Giselle
Rezende, Gerente do Departamento de Financiamentos
da ABIMAQ, apresentou os programas agropecuários
do Plano Safra 2022/2023 e as linhas de crédito
com recursos próprios e divulgou o saldo remanescente
que o BNDES está abrindo agora, recursos
do Plano Safra atual, recursos em que o produtor rural
coloca a proposta em mais de um banco, mas resulta
apenas de um banco. O BNDES conversa com
todos os agentes financeiros dos respectivos bancos
e revela qual a proposta por CPF ou CNPJ.
Para os bancos com linhas com recursos próprios,
Giselle apresentou o BNDES Crédito Rural
(Custo Financeiro + Spread BNDES + Spread Banco)
para Máquinas e Equipamentos. Segundo a gerente,
o custo em Selic é de 13,75% + Taxa BNDES: 0,95%
a.a. + Taxa média AF: 2,1% a.a, resultando em
17,24%a.a.
Mercado Externo. Patrícia Gomes, Diretora-executiva
de Mercado Externo da ABIMAQ, falou sobre a
primeira participação da entidade na COP27, Conferência
da ONU sobre Mudanças Climáticas, edição
realizada na cidade do Cairo, no Egito, entre os
dias 6 e 18 de novembro de 2022, que teve como objetivo,
fortalecer a importância da agenda climática,
dada a preocupação do setor de máquinas e equipamentos
com o aquecimento global provocado por
ação humana.
10 INFORMAQ Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
reunião do Conselho de Energia Eólica trouxe os principais desafios e
oportunidades para a cadeia de fornecedores Onshore e Offshore no Brasil
Primeira reunião do ano foi realizada em 15 de fevereiro, na sede da ABIMAQ e contou com
28 participantes presenciais, somando empresas do mercado para explicar sobre perspectivas
de investimento, acordo e normalizações
Roberto Veiga – presidente do
Conselho de Energia Eólica
iniciou a reunião desejando um
ano de sucesso. “Esse é um setor que
não parou durante o antigo governo,
e agora, com o novo governo, teremos
uma força ainda maior, principalmente
com o BNDES”.
O convidado Júlio Goes, Fundador
& CEO da Aquilon Renewables,
apresentou os projetos e estudos
que tem como principal objetivo,
mapear a capacidade e desafios da
cadeia nacional de geração eólica
Offshore.
De acordo com a BloombergNEF,
o investimento no setor eólico offshore,
no primeiro semestre de 2022,
totalizou US$ 32 bilhões, 52% a mais
do que no mesmo período em 2021.
Segundo Júlio, o país já possui
quase 200 GW de energia eólica
offshore e projetos inscritos para
avaliação de impacto ambiental pelo
IBAMA e está se esforçando para estabelecer
seu aparato regulatório.
“No início de 2022, foi aprovado o
Decreto nº 10.946/2022 que dispõe
para a transferência de espaço físico
e uso de recursos naturais para gerar
eletricidade a partir de usinas offshore”,
argumentou.
Giselle Rezende – diretora do departamento
de Financiamentos da
ABIMAQ, apresentou a nova diretoria
do BNDES e inteirou sobre a nova
consulta de fornecedores e produtos
no Banco, com destaque sobre
os investimentos no setor eólico,
(centralizada) de 4 Bi, 3 Bi (centralizada
de Solar), 900 milhões de área
distribuída e mais 360 milhões em
canais digitais indireta.
Mario Larco, Socio-conselheiro
da Fábrica de Manômetros RE-
CORD S.A e membro do Comitê de
Normalização Técnica, falou sobre
as normas técnicas ABNT para turbinas
de geração eólica no Brasil. Segundo
ele, uma norma técnica é garantia
de segurança no processo de
trabalho e para as pessoas, além de
gerar uma economia com o uso de
componentes e materiais moralizados
e certificados, sendo proveitoso
para produtores, usuários, consumidores
e entidades de pesquisa.
Encerrando o encontro, Roberto
Veiga informou sobre o Acordo de
Cooperação firmado em 10 de janeiro
de 2023, entre a ABIMAQ e a Associação
Brasileira de Energia Eólica
e Novas Tecnologias (ABBeólica),
associação que congrega mais de 100
empresas de toda a cadeia produtiva
do setor eólico Onshore e Offshore,
e novas tecnologias. Seu principal
objetivo é trabalhar pelo crescimento,
consolidação e sustentabilidade
dessa indústria no Brasil.
Capital de Giro:
contrate on-line
e pague em até
Inovação para sua empresa.
Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
INFORMAQ
11
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
ABIMAQ rEALIZA CONVENÇÃO
Dentro da estratégia de expansão associativa da ABIMAQ, a entidade reuniu, nos dias 13 e 14 de fevereiro,
em sua sede, em São Paulo, diversas áreas a fim de analisar os resultados, alinhar as estratégias e definir
objetivos a longo prazo
DEPOIMENTO DOS COLABORADORES
"Participar de um encontro que fortalece a sinergia entre os colaboradores, contribui
demais para o aprimoramento dos serviços que prestamos aos associados".
» Rafael Bellini – Chefe de Gabinete/PRE).
“Este ano a convenção foi um pouco diferente e muito melhor, pois foram envolvidos
colegas de outras áreas também. A interação é muito importante, pois a
troca de informações se torna ainda mais valiosa”. » Danielle Ugolini- Gerente
Executiva do Departamento de Mercado Interno.
“O evento foi muito importante para manter o time motivado e integrado, para
alinhar processos, debater ideias e trazer inovação para o dia a dia desse time.
Foi excelente!” » Regiane Nascimento – Gerente Executiva ABIMAQ Minas Gerais
| Mercado Interno.
“Foram dois dias muito proveitosos, com diversas informações e troca experiências,
oportunidade de falarmos de resultados e boas práticas para alcançarmos
os objetivos para o futuro. Muito bem trabalhado a ideia de sermos ‘um time e
não um grupo’, acredito que este seja um grande diferencial que temos na ABI-
MAQ, a humanização. Estamos unidos em um único propósito, ‘aumentar e reter
o número de empresas associadas, trabalho esse de muitas mãos’”. » Lusia Zolezi
- Departamento de Expansão Associativa.
"Momento de rever os colegas, interagir com outras áreas, buscar melhorias,
aprender sempre e praticar a interdependência!” » Gabriela Azevedo - Gerente
Executiva da ABIMAQ Norte Nordeste | Mercado Interno
“A convenção comercial reforçou a importância do trabalho em conjunto e que
nenhum de nós é tão bom quanto todos juntos. Também proporcionou o aprendizado
de técnicas para melhor gestão de nossas atividades. ” » Patrícia Vieira
- Gerente Executiva da ABIMAQ Rio de Janeiro | Mercado Interno
Em consonância com suas práticas
e o compromisso com os associados,
o treinamento, que retoma
ao formato presencial, após a
pandemia causada pela Covid-19, contou
com representantes das Sedes Regionais,
Mercado Interno e Expansão
Associativa, e teve como propósito,
promover a integração, motivação e
desempenho, além de aperfeiçoar os
recursos disponíveis pela entidade.
Para otimizar o conhecimento entre
a liderança, colaboradores e profissionais,
a convenção apresentou
palestras motivacionais, que proporcionaram
atividades e interações de
dinâmicas de grupo com o intuito de
criar conexões e fortalecer os valores
culturais da ABIMAQ, para uma melhor
visão de futuro compartilhados
com as empresas associadas.
Para José Velloso – presidenteexecutivo
da ABIMAQ, a entidade está
aberta na busca de novas soluções
que favoreçam o desempenho e crescimento
de seus funcionários e colaboradores.
“Este treinamento é uma
busca pela excelência que tem como
objetivo, integrar todos os departamentos
nessa ferramenta de gestão e
entregar sempre o melhor resultado”,
expressou Velloso.
O roteirista Rafael Monteiro de
Castro, da empresa AutoconheCI-
NEMA, realizou uma atividade que
resgata a história de um filme e a
traz para a realidade do ambiente de
trabalho, atuando especificamente
com a reflexão pessoal e protagonismos
da autorresponsabilidade, que
ajuda a promover um melhor convívio
entre os profissionais.
Luis Oliveira, Diretor Executivo
da Ótima - Estratégia e Gestão, aplicou
um treinamento sobre Mapa
Mental - resultado de pesquisas focadas
em desenvolver técnicas para
ajudar o raciocino e memorização
de pessoas, e incentivar a criatividade
e trazer possibilidades infinitas
para desenvolver raciocínios críticos
e analíticos.
Carlos Cézar e Donizetti Martins
Rosado, da Dynargie - empresa de
consultoria e treinamento em gestão,
dedicada a influenciar e gerenciar
mudanças positivas tanto nas pessoas,
quanto nas organizações, trouxe
dinâmicas relacionadas ao trabalho
em equipe, que consiste no reconhecimento
das qualidades dos colegas e
desenvolvimento de habilidades.
De acordo com Marcos Perez –
Superintendente de Mercado Interno
da ABIMAQ, a retomada da Convenção
em formato presencial é fundamental
para que os colaboradores desenvolvam
o senso de coletividade e
respeito ao próximo, e possam assim,
estabelecer novas conexões no âmbito
corporativo.
“De fato nada substitui o contato
direto, olho no olho. Esse tipo de
evento tem justamente esse objetivo,
integrar as equipes do front comercial,
que estão distribuídos por todo
Brasil, com os Departamentos da Sede
da ABIMAQ. Aproveitamos esse
evento para lançarmos nosso plano
de trabalho para 2023, sob o Projeto
de Expansão Associativa da entidade”,
expôs Marcos.
12 INFORMAQ Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
FINANCIAMENTOS
Evento BNDES –
Soluções de Crédito
ABIMAQ renova parceria com
a Caixa Econômica Federal
AABIMAQ tem trabalhado
junto as
Instituições Financeiras
parceiras,
medidas para estimular o acesso ao
crédito, para expandir ou modernizar
os negócios das empresas.
Nesse sentido, a ABIMAQ renovou
parceria com a CAIXA para facilitar
o acesso às linhas
de financiamentos
às empresas associadas
à entidade
e seus clientes. Essa parceria tem
sua importância para o setor devido
ao banco possuir extensa capilaridade
com presença em todos os
municípios.
Otradicional evento com o BNDES será realizado no dia 22
de março às 14h30 na sede da ABIMAQ São Paulo, no formato
híbrido.
O hub de Financiamento com BNDES trará opções para atender
sua empresa e seus clientes. Neste dia, o Banco falará sobre:
» Perspectivas do BNDES para 2023
» Como será o apoio para as micro, pequenas e médias empresas
» Oportunidades de financiamento para aquisição de máquinas e
equipamentos
» Finame – exposição gratuita de produtos
» Exportação
Participe! Não perca a oportunidade de reciclar o seu conhecimento
e esclarecer suas dúvidas com os técnicos do BNDES.
Confirme sua presença através do (11) 5582-6361 ou defi@abimaq.org.br
CONFIRA ALGUMAS CONDIÇÕES DA PARCERIA ESTRATÉGICA
› BCD PARA MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS:
Modernização para a linha de produção, ou processos da empresa com a
compra de máquinas, equipamentos e outros bens novos.
› CARTÃO EMPRESARIAL:
Isenção da 1ª anuidade para os produtos das bandeiras Elo e Visa que
possuem Programa de Recompensas Pontos CAIXA
Alterações nos Procedimentos
Operacionais do BNDES
› CAPITAL DE GIRO (CRÉDITO ESPECIAL EMPRESA - PÓS):
Associados poderão ter redução de juros em relação às taxas balcão (a
depender do enquadramento de porte e garantia apresentada).
› CESTA DE SERVIÇOS:
Clientes com conta nova podem ter 100% de desconto por 06 meses ou 12
meses com 50% de desconto. (Condições válidas de acordo com a
modalidade da Cesta, sendo Executiva, Clássica e Super). A Cesta de
Serviços Pessoa Jurídica da Caixa atende de forma prática a necessidade
de consumo de produtos e serviços, por meio de uma tarifa única e
mensal. A tabela com todos os serviços disponíveis para sua empresa,
pode ser visualizada a partir do link:
https://www.caixa.gov.br/Downloads/tabelas-tarifas-pessoa-fisicapessoa-juridica/tabela-de-tarifas-pj.pdf
› GIROCAIXA FAMPE
Capital de giro com 80% de garantia do fundo de aval do Sebrae, com até
12 meses de carência. O Fundo de Aval para as Micro e Pequenas
Empresas (FAMPE) é o fundo que concede aval financeiro complementar
aos pequenos negócios. Quando um empreendimento não tem todas as
garantias necessárias para conseguir um financiamento, é o FAMPE que
as complementa.
Para as operações de financiamentos
contratadas no
Finame, Crédito Serviços
4.0 e BNDES Automático é permitido
eventuais alterações no
instrumento contratual de financiamento.
As informações a serem alteradas
deverão ser realizadas
por meio de aditivo ao contrato,
acompanhado das justificativas
que as fundamentam e da documentação
comprobatória da
necessidade da modificação. O
Banco intermediador da operação
deverá submeter à aprovação
do BNDES.
Recentemente o BNDES divulgou
normativo tornando possível
o protocolo de aditivo quando
se tratar de alteração do Código
Finame do bem financiado.
Confira no link (https://tiny-
url.com/5d5kzkb9), no item 11 do
Anexo I da Circular 13/2022, as alterações
que não serão homologadas
propostas de aditivo.
Aproveitamos a oportunidade
para ressaltar que o DEFI está
à disposição das empresas Associadas
e seus clientes para esclarecer
e orientar sobre as diversas
linhas de financiamento disponíveis
no mercado para:
» Produção, aquisição e exportação
de máquinas e
equipamentos produzidos
no País;
» Capital de Giro;
» Projetos de pesquisa, desenvolvimento
e inovação
tecnológica (inclusive indústria
4.0);
» Projetos de investimento
para implantação, ampliação
e modernização de empresas.
Os interessados em obter apoio para intermediar o acesso junto à Caixa,
poderão contatar o Departamento de Financiamentos pelos canais:
defi@abimaq.org.br | (11) 5582-6361.
› SAIBA MAIS
O Departamento de Financiamentos - DEFI está à disposição para esclarecer
eventuais dúvidas pelo tel.: (11) 5582-6361 ou e-mail defi@abimaq.org.br.
Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
INFORMAQ
13
FINANCIAMENTOS
PEAC FGI – Programa
de garantia para
ampliação do acesso
ao crédito
CONDIÇÕES
Público-Alvo
Cobertura 80%
MEI, micro, pequenas e médias
empresas, associações,
fundações e cooperativas
Custo
Finalidade
Sem cobrança
de encargo
Investimento e
capital de giro
OPEAC FGI é um instrumento
utilizado
para complementar
garantias de operações de
financiamento, aumentando as possibilidades de
acesso e melhorando as condições do crédito às empresas.
Recentemente o PEAC-FGI passou por uma
mudança no limite de financiamento para cada tomador
por agente financeiro.
A mudança ocorrida foi a redução do limite de
financiamento por beneficiário, que antes era de R$
10 milhões e passou para R$ 5 milhões.
Ticket
Prazos
Taxa de juros
média máxima
Até 5 milhões
60 meses, incluindo carência
entre 6 e 12 meses
1,75% ao mês
Origem do
Recurso
Contragarantias
Vigência
Repasse ou crédito livre
Dispensadas
Contratação até
31/12/2013
FLUXO CONTRATAÇÃO DO PEAC FGI:
1. Solicita crédito
4. Libera recursos
2. Solicita a garantia
3. Aprova a garantia
› Será exigida a
regularidade com
o INSS.
› IOF isento
› Vigência até
dezembro/23
TOMADOR
DO CRÉDITO
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
HABILITADA
Instituição financeira e responsável pela
análise da operacão, classificação de risco
e do cumprimento dos requisitos.
› Agentes financeiros
habilitados para operar
o FGI PEAC, cuja
relação completa está
disponível clicando:
https://tinyurl.com/m
wb9w6tr
BNDES realiza mudanças no processo
de identificação e autenticação de
usuários no Portal CFI
OBNDES vem divulgando informações sobre
a alteração no processo de identificação
e autenticação de usuários no Portal
CFI. Esta alteração exigirá que cada usuário
acesse a ferramenta utilizando-se de sua conta
“gov.br”, que é um meio de acesso digital dos
usuários de serviços públicos digitais.
A Conta “gov.br” oferece um ambiente de
autenticação do usuário aos serviços digitais
do governo, no qual cada cidadão pode utilizar
todos os serviços públicos digitais que estejam
integrados a essa plataforma de autenticação,
com uma só senha. A plataforma fornece um
nível de segurança compatível com o grau de
exigência, natureza e criticidade dos dados e
das informações pertinentes ao serviço público
solicitado.
Sendo assim, o BNDES recomenda que cada
Usuário Master do Portal CFI atualize o cadastro
de usuários da sua empresa, excluindo
aqueles que não mais fazem parte de seus quadros
e incluindo todos os demais usuários individuais
que deverão poder acessar o Portal,
caso ainda não estejam cadastrados.
Cada usuário do Portal CFI deverá criar
sua própria conta "gov.br", caso ainda não a
tenha criado, para que possa continuar acessando
o sistema.
A data exata da alteração ainda não foi determinada,
no entanto, sugerimos que as empresas
se preparem o quanto antes, para evitar eventuais
dificuldades futuras no acesso. Novo comunicado
será publicado no quadro de avisos do Portal CFI,
tão logo a data da mudança esteja definida.
› SAIBA MAIS
Saiba como criar
sua Conta gov.br no
canal oficial do Governo
Federal (https://tinyurl.com/mr25pn3n)
14 INFORMAQ Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
COMÉrCIO EXTErIOr
Em meio a ruídos
políticos sobre
a criação de uma
moeda única, Governo
brasileiro anuncia
linha de
financiamento para
exportações ao
mercado argentino
Tendo como objetivo solucionar
os efeitos da falta
de liquidez na economia
Argentina no comércio
com o Brasil e o
impacto sobre o pagamento
das exportações brasileiras
ao país, foi anunciada, no
dia 23 de janeiro, pelo ministro
da Fazenda Fernando Haddad uma nova linha de
crédito destinada aos importadores argentinos que
comprarem produtos brasileiros.
Anunciada durante a visita oficial do presidente
Lula à Argentina, a proposta em discussão consiste
na formulação de uma linha de crédito que mitigue
o risco para os bancos brasileiros nas operações
cambiais de pagamento de exportações. Essa linha
de crédito, ofertada com recursos do Fundo de Garantia
à Exportação (FGE), cria um mecanismo de
lastro em garantias reais (colaterais), como contratos
de commodities exportados pela Argentina, como
trigo, gás natural, etc.
A proposta, que ainda se encontra em fase de estruturação
interna no governo brasileiro e externa
junto ao governo argentino, está baseada na estratégia
de oferecer apoio às operações de exportação,
garantindo que os exportadores brasileiros recebam
dos importadores argentinos. Como garantia, o governo
brasileiro exigirá que a Argentina entregue ao
Brasil os recebíveis decorrentes dessas operações.
No contexto dos ruídos políticos sobre a criação
de uma moeda única entre os países, é importante
destacar que essa proposta reforça que Brasil e Argentina
não tem como objetivo o abandono do Real
Brasileiro e do Peso Argentino. O diálogo entre os
países tem como finalidade a integração comercial
por meio do incentivo ao uso de moedas locais para
as transações comerciais entre eles. Por meio dessa
estratégia, seria possível diminuir a dependência do
dólar nas transações comerciais entre os dois países
e dirimir os problemas relacionados ao pagamento
das exportações brasileiras pela Argentina, ocasionados
pela escassez de reservas internacionais no
país vizinho.
Tendo em vista a grande importância do mercado
argentino para o setor de máquinas e equipamentos,
a ABIMAQ vem acompanhando os desdobramentos
dessa discussão intergovernamental e a
estruturação dessa linha de financiamento pela Secretaria
Executiva da CAMEX.
Equipe do BMS realiza exercício
com empresas do setor e
ApexBrasil para definição dos
mercados prioritários
Ação tem como objetivo estabelecer países-alvo e mercados
potenciais das ações do próximo convênio
OBrazil Machinery Solutions (BMS), parceria
entre a ABIMAQ e a ApexBrasil, figura
entre os maiores e mais antigos Projetos
Setoriais para a promoção das exportações
brasileiras. São mais de 22 anos de existência
e uma extensa lista de empresas e segmentos
de máquinas e equipamentos desenvolvidos
no mercado internacional.
A execução do BMS é realizada a partir de
convênios que possuem duração de dois
anos. A relação dos mercados trabalhados,
bem como o calendário de ações sob escopo
do Projeto, é definida a cada renovação de
convênio. Dessa forma, a medida em que um
convênio está em execução, já está sendo estruturada
a estratégia para condução do convênio
seguinte.
A primeira, quiçá uma das principais etapas
de construção do plano de um Projeto Setorial,
é a definição dos mercados prioritários, ou seja,
em quais países o BMS irá alocar recursos
com base nos interesses comerciais das empresas.
O direcionamento sempre está pautado
nos interesses das empresas. Contudo, a definição
dos mercados prioritários é estruturada
para cumprir tantos aspectos comerciais, no
que diz respeito à percepção e interesse das
empresas, quanto aspectos técnicos, no que se
refere à constatação de oportunidades para a
oferta brasileira a partir de um amplo estudo
que considera: contexto econômico, demografia,
variáveis de mercado, e o volume de importação
da pauta de produtos de cada segmento
representado pelo projeto.
O processo de definição dos mercados
prioritários passa por cinco fases:
1)Seleção da long list dos países que serão
analisados no exercício, e que considera tanto
os principais destinos das exportações
brasileiras quanto os maiores importadores
mundiais de máquinas e equipamentos, além
da definição das variáveis de mercado por
segmento.
2)Pesquisa qualitativa, ou seja, a etapa que
visa identificar o grau de interesse das empresas
em cada mercado com base na percepção
do ambiente de negócios, facilidade ou dificuldade
de pagamento e recebimento, cultura,
idioma, e outros fatores que não conseguem
ser capturados em dados quantitativos.
3)Pesquisa quantitativa, que é a etapa em
que a ApexBrasil realiza o mapeamento de cada
um dos países selecionados na long list, considerando
a identificação do fluxo de importação
e exportação dos produtos que compõem
cada segmento atendido pelo BMS, além das
variáveis que influenciam o setor.
4)Reuniões de definição dos mercados
prioritários por vertical, etapa em que as empresas
atuantes no BMS, organizadas por vertical
de atuação, definem com base nos resultados
das pesquisas qualitativa e quantitativa,
quais serão os países prioritários e secundários.
5)Definição setorial, etapa em que a gestão
do BMS, em acordo com a gestão da ApexBrasil,
consolida a lista de mercados a ser trabalhada
pelo Projeto para o próximo ciclo, tendo
como base o resultado das reuniões de definição
dos mercados prioritários por vertical.
Em janeiro deste ano, a equipe do BMS
concluiu a definição dos mercados prioritários
que serão trabalhados no próximo ciclo do
projeto. De acordo com a Coordenadora de
Inteligência Comercial, Rayane Alvarenga, “o
trabalho extensivo considerou 16 verticais; 623
códigos SH6; 130 variáveis; 62 países; 269 respostas
no formulário de avaliação qualitativa;
e 98 votos contabilizados nas priorizações de
todas as verticais”. As empresas que participaram
do processo avaliaram o exercício com
um NPS de 97 e apoiaram diretamente a condução
de estratégias do próximo ciclo do Projeto
Brazil Machinery Solutions, completa a
coordenadora.
Para acessar os estudos de mercados prioritários,
acesse https://brazilmachinery.com/
Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
INFORMAQ
15
COMÉrCIO EXTErIOr
Próxima a completar 23 anos, parceria entre
ABIMAQ e ApexBrasil é renovada por mais seis meses
com calendário de ações internacionais
Extensão do convênio vigente garante realização das ações do BMS até setembro de 2023
ABIMAQ e ApexBrasil assinaram,
neste mês de fevereiro,
a extensão do projeto setorial
Brazil Machinery Solutions, parceria
que completará 23 anos entre a
Associação e a Agência. O atual
Convênio de Cooperação Técnica
e Financeira do Programa Brazil
Machinery Solutions tem data prevista
de encerramento para o mês
de março de 2023. “A baixa mobilidade
internacional em 2021 impediu
que diversas ações previstas
para aquele ano fossem executadas”,
reforça Patrícia Gomes. Com
o orçamento das ações não realizadas
e com o objetivo de dar continuidade
às ações de promoção
das exportações brasileiras de máquinas
e equipamentos, a equipe
do BMS submeteu à ApexBrasil
Além das feiras, as ações
de comunicação como o
Projeto Imagem, a
tradicional Rodada
Internacional de Negócios
da Agrishow e missões
comerciais estão previstas
para os próximos meses
uma proposta com o pedido de aditivo.
As regras da Agência permitem
uma extensão de até 180 dias
entre o final do convênio vigente e
o fim do aditivo.
As ações que não aconteceram
em 2021 ou nos primeiros meses de
2022 e que foram postergadas voltaram
ao calendário, como a tradicional
feira do setor agropecuário
NAMPO. A equipe do programa
BMS, com o apoio das empresas participantes,
colaborou para a construção
de uma agenda que pudesse
englobar ações de bastante importância
para as empresas do setor, focada
nas necessidades e mercados
dos fabricantes de máquinas e equipamentos
e na estratégia de promoção
comercial desenvolvida.
“Não são apenas feiras internacionais
que constam neste novo calendário”,
salienta Patrícia. “Além
das feiras, as ações de comunicação
como o Projeto Imagem, a tradicional
Rodada Internacional de Negócios
da Agrishow e missões comerciais
estão previstas para os
próximos meses”. Atualmente, a
agenda constante de ações internacionais
do BMS acaba sendo incorporada
à estratégia de atuação
internacional das empresas do setor
de máquinas e equipamentos.
Com a aprovação do aditivo, as empresas
poderão contar com o apoio
do Projeto para garantir presença
nas ações mais importantes para
os diferentes setores, o que inclui
o agropecuário, mineração, óleo e
gás, embalagens & plástico e multisetorial.
A primeira ação que deverá
compor o calendário adicional
é uma rodada internacional de negócios
de mineração, que terá lugar
em Belo Horizonte entre os dias 15
e 17 de março.
CALENDÁRIO DE AÇÕES ATÉ SETEMBRO DE 2023
TIPO DE AÇÃO NOME STATUS SEGMENTO DATA CIDADE PAÍS WEBSITE
Feira Internacional IPPE Realizada Proces. de Proteínas 24 a 26 de janeiro de 2023 Atlanta Estados Unidos www.ippexpo.org
Feira Internacional Colombiatex Realizada Têxtil 24 a 26 de janeiro de 2023 Medellín Colômbia www.colombiaplast.org
Rodada de Negócios Mineração Confirmada Mineração 15 a 17 de março de 2023 Belo Horizonte Brasil bit.ly/RodadaMineracao2023
Projeto Imagem Plástico Brasil Confirmada Plástico 27 a 31 de março de 2023 São Paulo Brasil www.plasticobrasil.com.br
Feira Internacional Expomin Confirmada Mineração 24 a 27 de abril de 2023 Santiago Chile www.expomin.cl
Feira Internacional OTC Houston Confirmada Petróleo e Gás 01 a 04 de maio de 2023 Houston Estados Unidos https://2023.otcnet.org/
Projeto Comprador Agrishow Confirmada Agropecuário 01 a 05 de maio de 2023 Ribeirão Preto Brasil www.agrishow.com.br
Projeto Imagem Agrishow Confirmada Agropecuário 01 a 05 de maio de 2023 Ribeirão Preto Brasil www.agrishow.com.br
Feira Internacional Interpack Confirmada Plástico 04 a 10 de maio de 2023 Düsseldorf Alemanha www.interpack.com
Projeto Imagem Expomafe Confirmada Máquinas- Ferramenta 09 a 13 de maio de 2023 São Paulo Brasil www.expomafe.com.br
Feira Internacional Nampo Show Confirmada Agropecuário 16 a 19 de maio de 2023 Bothaville África do Sul www.grainsa.co.za
Rodada de Negócios FITMA A Confirmar Multisetorial 20 a 22 de junho de 2023 Cidade do México México www.fitma-la.com
Feira Internacional AgroExpo A Confirmar Agropecuário 13 a 23 de julho de 2023 Bogotá Colômbia https://agroexpo.com/
» Participe do Programa de promoção das exportações do setor de máquinas e equipamentos, o Brazil Machinery Solutions (BMS): https://tinyurl.com/yrassjbp
» Para mais informações, acesse https://brazilmachinery.com/
16 INFORMAQ Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
FEIrAS
Agrishow 2023 tem novo horário de entrada para visitantes
A 28ª edição da principal feira de tecnologia agrícola da América Latina altera o horário de entrada
de visitantes visando a melhoria da mobilidade para os participantes
AAgrishow 2023 – 28ª
Feira Internacional
de Tecnologia Agrícola
em Ação acontecerá
em Ribeirão Preto, interior
de São Paulo, entre
os dias 1 e 5 de maio, com
novo horário de entrada para
os visitantes: será às 9h e o horário
de saída permanece às 18h. A mudança
promovida pelos organizadores
tem o objetivo de melhorar a
mobilidade de expositores e visitantes,
diminuindo os impactos do tráfego
intenso de veículos na região.
A nova proposta de horário de
entrada foi baseada em dados estatísticos
e análises, que mostraram
os períodos de maior movimentação
de carros na rodovia, nas vias de
acessos e nas ruas locais. Desse modo,
o início da feira às 9h não só trará
benefícios para os participantes
do evento, como também para as
pessoas que trafegam na região.
Em sua 28ª edição, a feira,
que conecta pessoas e tecnologias,
terá muitas atrações
para enriquecer a experiência
dos produtores
rurais e profissionais do
agro presentes ao evento. Entre
os sucessos de 2022 confirmados
estão: o Agrishow Pra Elas,
espaço dedicado às mulheres do
agro com atividades de conteúdo e
relacionamento, o Agrishow Labs,
com a participação de startups que
incrementam produtividade e qualidade
às lavouras brasileiras, e a
Arena de Drones.
A sustentabilidade estará em foco
durante a Agrishow 2023, por
meio de iniciativas sustentáveis nas
áreas de resíduos e de energia, como
a coleta e descarte adequados de diferentes
tipos de resíduos, a reciclagem
de materiais, o uso de fontes
renováveis e a economia de energia.
A Agrishow neste ano contará
com a participação de mais de 800
marcas do Brasil e do exterior, o
que significa uma oportunidade de
conhecer as principais novidades
tecnológicas e importantes lançamentos
que farão a diferença para
a produção de grãos, carboidratos,
fibras e proteínas em todo o país,
de realizar negócios e de estreitar
relacionamentos.
Entre os segmentos presentes no
evento estarão: máquinas, equipamentos
e implementos agrícolas,
agricultura de precisão, irrigação, armazenagem,
pecuária, sementes,
corretivos, fertilizantes, defensivos
agrícolas, insumos diversos, sacarias,
embalagens, tecnologia em software
e hardware, agricultura familiar, financiamento,
seguro, peças, autopeças,
ferramentas, pneus, válvulas,
bombas, motores, linha amarela e
veículos comerciais. A feira terá ainda
a participação dos principais bancos
direcionados ao agro.
A Agrishow 2023 é uma iniciativa
das principais entidades do agronegócio
no país: Abag – Associação Brasileira
do Agronegócio, Abimaq – Associação
Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos, Anda –
Associação Nacional para Difusão de
Adubos, Faesp – Federação da Agricultura
e da Pecuária do Estado de
São Paulo e SRB - Sociedade Rural
Brasileira, e é organizado pela Informa
Markets, integrante do Grupo Informa,
um dos maiores promotores
de feiras, conferências e treinamento
do mundo com capital aberto.
› MAIS INFORMAÇÕES:
AGRISHOW 2023 – 28ª Feira Internacional
de Tecnologia Agrícola em Ação
› Data: 1 a 5 de maio
› Local: Rodovia Antônio Duarte
Nogueira, Km 321 - Ribeirão Preto (SP)
› Horário: das 9h às 18h
› Site: www.agrishow.com.br
TrEINAMENTOS AbIMAQ
» Confira abaixo a programação de treinamentos disponíveis
para o mês de março e abril de 2023.
» Site: www.abimaq.org.br/cursos » Tel.: (11) 5582-6321/5703 » E-mail: capacitacao@abimaq.org.br
07 e 08 de março - das 9h às 18h →
PRESENCIAL - NR12 - Gestão para
Fabricantes e Usuários - Foco
Administrativo/Técnico
08 de março - das 9h às 18h →
PRESENCIAL - Qualidade Máxima no
Atendimento a Clientes
09 e 10 de março - das 9h às 12h →
ONLINE - Inteligência Emocional para
Líderes
13 a 17 de março - das 9h às 12h →
ONLINE - Como Elaborar Manuais de
Instruções de Máquinas e
Equipamentos em Conformidade com a
NR12 (julho/19) e a Norma ABNT NBR
16746
13 e 14 de março - das 14h às 18h →
ONLINE - Técnicas de Apresentação e
oratória com Storytelling
20 de março - das 9h às 17h → ONLINE
- Contas A Pagar, Contas A Receber &
Tesouraria na Prática
28 a 31 de março - das 9 às 18h →
PRESENCIAL - NR12 ESPECIALISTA -
Apreciação de Riscos
30 de março - das 9h às 17h → ONLINE
- PPCP I: Planejamento, Programação
Controle da Produção - Básico
03 e 04 de abril - das 8h30 às 12h30 →
ONLINE - Importação - Procedimentos
Fiscais, Cambiais e Operacionais
04 de abril - das 9h às 17h → ONLINE -
Vendas de Alto Impacto por Telefone
05 de abril - das 9h às 17h → ONLINE -
Custo e Formação de Preço na
Indústria sob Encomenda
10 a 12 de abril - das 14h às 18h →
ONLINE - Como tornar-se um líder
excepcional de mudanças na sua
organização
14 de abril - das 9h às 17h → ONLINE -
Gestão Estratégica de Fluxo de Caixa
com Planilha de Excel
Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
INFORMAQ
17
FEIrAS
Mais importante evento do setor do plástico cresce
em número de expositores
A Plástico Brasil, que volta a ser realizada presencialmente, reunirá mais de 800 marcas, nacionais e internacionais,
que ocuparão 40 mil m² de exposição e de muito conteúdo, em um ambiente de networking e negócios
Reforçar a relevância
socioeconômica
do plástico
em suas mais diversas
aplicações, abordar a
importância da participação da cadeia
produtiva nas discussões ambientais
e globais, inserindo o plástico como
agente partícipe da preservação no
processo sustentável, apresentar as
inovações que promovam a qualidade
de vida das pessoas, o benefício econômico
e que 'converse' com os conceitos
da Economia Circular, interagir
com as cadeias produtivas que se beneficiam
dos plásticos, promover networking
e gerar negócios efetivamente,
são as metas da edição 2023 da
Plástico Brasil - Feira Internacional
do Plástico.
Depois do período de pandemia,
que demandou um esforço dessa cadeia
produtiva em se manter conectada
virtualmente, a feira volta ao
modelo presencial entre os dias 27 e
31 de março de 2023, no
São Paulo Expo, para
reafirmar-se como o
maior e principal evento
da América Latina dirigido
para inovação e tendências voltadas
à cadeia produtiva do plástico.
Em 40.000 m² de exposição, estarão
reunidas mais de 800 marcas
brasileiras e internacionais, que apresentarão
seus produtos e soluções
inovadores, promovendo a sinergia
com profissionais e visitantes. O
mercado poderá conhecer o que há
de mais novo em tecnologias e soluções
em produtos básicos e matériasprimas,
maquinários, equipamentos
e acessórios, ferramentas e moldes,
resinas sintéticas, processadores de
plásticos, instrumentação, controle e
automação industrial, robótica, projetos
e serviços técnicos, reciclagem,
entre outros. Para tanto são esperadas
empresas do Brasil, Alemanha,
Argentina, Áustria, Canadá, China,
Estados Unidos, Hungria, Índia, Itália,
Israel, México, Portugal, Suécia,
Suíça, Taiwan e Turquia.
Além da área de exposição, a
Plástico Brasil 2023 também contará
com áreas exclusivas para conteúdo,
com a participação de especialistas
nacionais e internacionais, em uma
programação exclusiva sobre variados
temas voltados aos plásticos, como
matérias-primas, inovações em
engenharia, equipamentos e maquinários,
tecnologia e sustentabilidade.
Perfil dos visitantes. Por reunir a cadeia
completa da transformação do
plástico, aproximando oferta da demanda,
a Plástico Brasil atrai um
contingente de profissionais bastante
especializado. Na última edição da
feira realizada em 2019, o perfil dos
visitantes do evento era composto,
predominantemente, por representantes
das indústrias de processamento
de plástico, embalagem, metalurgia,
setor automotivo e de autopeças,
eletrônico, petroquímico,
equipamentos de construção, alimentos
e bebidas e reciclagem. Para
a edição de 2023 são esperados mais
de 45 mil visitantes.
Ponto de encontro para networking e
realização de negócios. A Plástico Brasil
já se consolidou como um dos
mais importantes pontos de encontro
para o setor, promovendo networking
e a realização de negócios. Isso porque
reúne os principais players das indústrias
de transformação de plásticos,
da borracha, construção civil, alimentos
e bebidas, automóveis e autopeças,
perfumaria, higiene e limpeza.
A Plástico Brasil é uma iniciativa
da Associação Brasileira da Indústria
de Máquinas e Equipamentos (ABI-
MAQ), da Associação Brasileira da Indústria
Química (ABIQUIM), além
das principais entidades do setor, com
realização da Informa Markets.
› MAIS INFORMAÇÕES:
3ª Plástico Brasil - Feira Internacional
do Plástico
› Data: de 27 a 31 de março de 2023
› Horário: Das 10 às 19 horas
› Local: São Paulo Expo - Exhibition &
Convention Center.
› Promoção e Organização: Informa
Markets Brasil.
› Site: www.plasticobrasil.com.br
› Sobre a Informa Markets: A Informa
Markets cria plataformas para indústrias
e mercados especializados em fazer
negócios, inovar e crescer. Seu portfólio
global é composto por mais de 550
eventos e marcas internacionais, sendo
mais de 30 no Brasil, em mercados
como Indústria, Saúde e Nutrição,
Infraestrutura, Construção, Alimentos e
Bebidas, Agronegócio, Tecnologia e
Telecom, entre outros. Oferecendo aos
clientes e parceiros em todo o mundo
oportunidades de networking, de viver
experiências e de fazer negócios por
meio de feiras e eventos híbridos,
conteúdo digital especializado e
soluções de inteligência de mercado, a
Informa Markets segue construindo uma
jornada de relacionamento e negócios
entre empresas e mercados 365 dias
por ano. Para mais informações,
visitewww.informamarkets.com.br ou
entre em contato pelo e-mail
institucional@informa.com.
18 INFORMAQ Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
TECNOLOgIA
Incentivos
Fiscais
à Inovação
OBrasil, assim como países maduros
em tecnologia e inovação,
detém diferentes instrumentos
de apoio para Pesquisa, Desenvolvimento
e Inovação (PD&I) visando o
aumento da competitividade das empresas
no mercado global, o desenvolvimento
econômico com a geração
de renda e empregos
Dentre eles, incentivos fiscais à
PD&I instituídos para estimular investimentos
privados em pesquisa e
desenvolvimento tecnológico e devem
envolver a concepção de novos
produtos ou novos processos de fabricação;
agregação de novas funcionalidades
ou características ao produto
ou processo, que implique em
melhorias incrementais e efetivo ganho
de qualidade ou de produtividade,
resultando em maior competitividade
no mercado
Os incentivos fiscais à inovação,
são destinados às pessoas jurídicas
com regularidade fiscal, sob regime
de tributação do Lucro Real e que
efetivamente realizam atividades de
inovação.
Regidos pela Lei n° 11.196/2005,
conhecida como a Lei do Bem, aplicado
a fase de maior incerteza quanto
à obtenção de resultados econômicos
e financeiros pelas empresas.
O enquadramento das atividades
adota a metodologia Frascati
(“Frascati Manual” da OCDE) conceito
reconhecido internacionalmente
e é utilizada como referência
na legislação brasileira para definir
como pesquisa e desenvolvimento de
inovação tecnológica, atividades voltadas
para a obtenção de novos conhecimentos
e que envolvem riscos
tecnológicos, são elas:
» Pesquisa Básica Dirigida
» Pesquisa Aplicada
» Desenvolvimento Experimental.
» Tecnologia Industrial Básica
» Serviços de Apoio Técnico.
SAIBA MAIS
Às empresas beneficiárias dos incentivos
fiscais, permitirá, entre outros:
I - Dedução da soma dos dispêndios
de custeio nas atividades de Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação –
PD&I no cálculo do IRPJ e CSLL, nos
seguintes percentuais:
• Até 60%, via exclusão
• Mais 10%, na contratação de
pesquisadores para PD&I (Incremento
inferior a 5%)
• Mais 20%, na contratação de
pesquisadores para PD&I (Incremento
superior a 5%)
• Mais até 20%, nos casos de patente
concedida ou registro de
cultivar
II - Redução de 50% do IPI na
aquisição de bens destinados à PD&I
III - Depreciação Acelerada Integral
de bens novos destinados à PD&I
IV - Amortização Acelerada de
bens intangíveis destinados à PD&I
V - Redução a zero da alíquota do
Imposto de Renda Retido na Fonte
(IRRF) nas remessas de recursos financeiros
para o exterior destinadas
ao registro e manutenção de marcas,
patentes e cultivares.
Consulte os Guias da Lei do Bem.
Acesse: https://tinyurl.com/jhxps4rc
Consta na Agenda de Competitividade da
ABIMAQ o aprimoramento da Lei de Incentivos
à Inovação
A Lei nº 11.744/2008 substituiu
a depreciação acelerada pela integral
na aquisição de máquinas, equipamentos,
aparelhos e instrumentos
novos a serem utilizados em atividades
de inovação. Ademais, permitiu
que empresas beneficiárias da Lei
de Informática também fossem beneficiárias
dos incentivos fiscais previstos
na Lei do Bem.
São consideradas despesas, como
salários, prestadores de serviços
(universidades e centros de pesquisa,
empresas ME, EPP e inventores independentes)
destinados a terceirização
de mão de obra e ainda insumos
nacionais
Empresas que usufruem dos incentivos
fiscais precisam anualmente
declarar ao MCTI (Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovações),
por meio do preenchimento e entrega
do FORMP&D, (http://forms.
mctic.gov.br), conforme está previsto
no artigo 14 do Decreto nº 5.798/06,
o cumprimento da Lei em seus projetos
de inovação, o que inclui o controle
contábil, dispêndios alocados
em centros de custos específicos.
Vale destacar que está em trâmite
no Congresso o Projeto de Lei nº
4.944/2020, e aguardando a designação
de relator na Comissão de Finanças
e Tributação, pela Câmara dos Deputados,
que permitirá as empresas
beneficiarias da lei, utilizar o acúmulo
de créditos fiscais em outros calendários
ou até mesmo podendo ser transferido
para outras empresas, com isso,
empresas que tiveram resultados negativos
em um determinado ano, poderão
utilizar o benefício fiscal nos
anos posteriores, desde que a empresa
continue a realizar investimentos em
P,D&I. O projeto prevê ainda, possibilidade
de contratação de parcerias com
empresas de médio e grande porte
para o desenvolvimento de atividades,
inclui as Startups na Lei do Bem (atualizando
o Marco Legal das Startups) e
permite a contratação de universidades
e centros de pesquisa para prestação
de serviços tecnológicos bem
como prevendo isenção do Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI)
que recaia sobre máquinas, equipamentos,
aparelhos e instrumentos destinados
a pesquisa.
Empresas que se beneficiam da Lei
do Bem podem reduzir sua carga tributária
em até 4% sobre o valor do lucro
líquido, um valor de impacto no
balanço das empresas, deduzidos da
base de cálculo do IRPL/CSLL.
Propriedade
industrial
Brasil adere ao Acordo de Haia
e formaliza na OMPI sobre o
Registro de Desenhos
Industriais
OBrasil fez na última semana de dezembro
de 2022, o depósito do
protocolo de adesão ao Acordo de
Haia sobre Desenhos Industriais junto à
Organização Mundial da Propriedade
Intelectual (OMPI), em Genebra (Suíça),
por meio do INPI. A próxima etapa
será a promulgação e a entrada em vigor
do Tratado Internacional.
O objetivo do Acordo de Haia, assim
que entrar em vigor, é agilizar e simplificar
os procedimentos e reduzir os custos para
o registro de Desenhos Industriais no exterior,
beneficiando tanto os brasileiros que buscam a
Acordo de Haia
proteção em outros países, quanto
os estrangeiros que querem investir
no Brasil.
Para a tramitação desse Acordo,
foram particularmente relevantes a
estreita cooperação e a coordenação
entre a Presidência e dirigentes do
INPI, SEPEC do Ministério da Economia
e diplomatas do Ministério
das Relações Exteriores.
Para mais informações sobre o
Acordo de Haia e as principais características
que envolvem o registro de Desenhos Industriais,
acesse https://tinyurl.com/2p9762et.
O Acordo de Haia Referente
ao Registo Internacional
dos Desenhos e Modelos Industriais:
Principais características e vantagens
Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
INFORMAQ
19
ECONOMIA
» Departamento de competitividade, economia e estatística
Acesse as pesquisas e estudos especiais do setor. » Tel.: (11) 5582-6347
» Site: https://bit.ly/2TRFF5z » E-mail: deee@abimaq.org.br
O setor de máquinas e equipamentos inicia o ano com recuo
› QUADRO GERAL
Em janeiro de 2023 a indústria brasileira de
máquinas e equipamentos registrou nova queda
na sua receita líquida de venda em relação ao
mesmo mês do ano anterior, a oitava
consecutiva neste tipo de análise. Com isso, o
ano de 2023, inicia com o pior desempenho dos
últimos 3 anos, reforçando a percepção de
desaceleração do setor. A indústria de máquinas
terminou o ano de 2022 com o terceiro
trimestre apresentando uma queda significativa
nas vendas, era esperada uma desaceleração,
mas ela veio um pouco mais forte. No
comparativo com o melhor período do setor
(2010-13) o mês de janeiro começa 30,4% menor.
Por outro lado, o setor exportou novamente
uma quantia superior a US$ 1 bilhão em
máquinas e equipamentos. Em 2022 houve oito
meses em que as vendas externas apresentam
resultados semelhantes, valores só observados
em meados de 2012. Este resultado reforça o
bom momento atravessado pela parte
exportadora do setor de máquinas e
equipamentos. Este movimento de alta pode ser
observando, também, quando analisamos a
quantidade exportada de bens.
Já as importações de máquinas e
equipamentos iniciaram o ano de 2023 em queda
em relação ao mês anterior, mas em alta na
comparação interanual. No mês a queda foi de
4,1%, com isso as importações de máquinas e
equipamentos do Brasil, atingiram US$ 2,1
bilhões, valor 15,5% superior ao do mesmo mês de
2022. O patamar das importações voltou ao nível
observado em período anterior à crise financeira
iniciada em 2015, cerca de US$ 2 bilhões.
A piora observada nas atividades da indústria
de forma geral e no setor agrícola, levou a uma
contração nos investimentos em máquinas e
equipamentos nos últimos meses, esse
movimento continuou no início deste ano. O
consumo aparente, resultado da soma das
máquinas importadas com as produzidas
localmente e direcionadas ao mercado interno,
registrou queda de 10,1% em relação ao mesmo
DESEMPENHO MENSAL • RECEITA LÍQUIDA
PERÍODOS SELECIONADOS - EM R$ BILHÕES
Mês / Mês anterior = -14,0% (-0,8% CAS)
Mês / Mês do ano anterior = -6,4%
42,0
33,0
24,0
15,0
6,0
período de 2022. No mês de janeiro em relação
ao de dez 22, a queda foi da ordem de 10,7%. O
resultado das importações no mês reforçaram a
tendência de aumento de participação no
mercado local observado a partir do 2sem22.
› NUCI, PEDIDOS e EMPREGOS
No mês de janeiro de 2023, o nível de ocupação
da capacidade instalada (NUCI) da indústria de
máquinas e equipamentos apresentou novo
recuo - o quinto consecutivo – e ficou 2,0%
abaixo no nível registrado em janeiro de 2022.
Em média, o setor fabricante de máquinas e
equipamentos, atuou em janeiro de 2023, com
75,5% da sua capacidade instalada.
A carteira de pedido, medida em número de
Ano / Ano anterior = -6,4%
12 meses / 12 meses anteriores = -5,8%
Média 2010 - 2013 Média 2016 - 2017 2021 2022 2023
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
› 2023 = -30,4% contra a média de 2010-2013
35,42
25,87
23,54
19,32
Fonte: DCEE/ABIMAQ. Nota: Deflator utilizado – coluna 32 – FGV
semanas para atendimento, registrou queda de
2,4%, em relação a dez 22. Atualmente, o setor
possui uma carteira equivalente a 11,2 semana de
atividade 11,5% inferior à de jan 22.
Já o emprego, apesar da queda observada na
receita líquida de máquinas e equipamentos, o
setor manteve suas contratações. No mês de
janeiro houve alta no quadro de pessoal de
+0,7% em relação ao mês de dezembro de 2022,
pouco mais de 390 mil pessoas empregadas. No
ano ( jan 23 em relação a janeiro de 22) o setor
apresentou criação de quase 5 mil postos de
trabalho. Na análise mensal por setores
fabricante da indústria de máquinas se observou
queda apenas no setor de bens para a indústria
de transformação.
20 INFORMAQ Ano XXIII • nº 274 • Março de 2023
rEFLEXÃO › FErNANDO VALENTE PIMENTEL
Presidente emérito e diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção (Abit).
O DESENVOLVIMENTO QUE
QUErEMOS E MErECEMOS
Para o êxito das metas de
desenvolvimento, é decisivo
o resgate da indústria,
crucial como geradora de
tecnologia e inovação,
empregos em escala e de
qualidade, agregação de
valor às matérias-primas e
exportações e mais
protagonismo global.
No novo governo, é fundamental, sem
amarras ideológicas, considerar o que deu
certo e está apresentando resultados na
trilha do desenvolvimento e as políticas públicas
e medidas necessárias para corrigir erros
históricos e promover avanços. A Nação aspira
a um crescimento sustentado e sustentável de
no mínimo 3,5% ao ano, para sair, nas próximas
duas décadas, da armadilha da renda média. Para
isso, já temos diagnósticos de sobra. É preciso
cumprir a agenda de prioridades dos setores
produtivos e da sociedade.
Políticas que ignoram a realidade e os anseios
da população têm vida curta, por mais bem-intencionadas
que sejam. Precisamos de um projeto
eficaz, com planejamento e foco, abrangendo
os pilares da educação, saúde, segurança pública,
ciência, tecnologia, redução das desigualdades
e respeito aos princípios da governança
ambiental, social e corporativa (ESG).
São esses os vetores que movem a sociedade
e a economia do mundo, repleta de desafios,
como a pandemia, os lockdowns na China
e a guerra entre Rússia e Ucrânia. Por outro
lado, é um cenário que abre espaços para capitalizar
nossos ativos, como energia de fontes
renováveis e limpas, bioeconomia, alimentos,
minerais, universidades, instituições científicas
e de pesquisa.
Há projetos no Congresso Nacional que sinalizam
direções a serem seguidas. É fundamental
priorizar o aumento da produtividade,
melhoria da infraestrutura e redução do “Custo
Brasil”. Operar aqui implica ônus adicionais de
R$ 1,5 trilhão por ano em relação aos países da
OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico), conforme estudo
do Boston Consulting Group, do qual participaram
várias entidades de classe e o Movimento
Brasil Competitivo. Algo que tem promovido
ganhos de produtividade é a digitalização dos
serviços públicos. O “Governo Digital” pode gerar
ganhos de competitividade.
As reformas tributária e administrativa são
cruciais para termos um Estado mais eficiente
e corrigir desequilíbrios na arrecadação de impostos
que conspiram contra os investimentos
e a economia. O setor público e a iniciativa privada
precisam manter-se sinérgicos, sendo que
o primeiro deveria trabalhar pelo melhor ambiente
de negócios possível, com o máximo de
previsibilidade e segurança jurídica.
Para o êxito das metas de desenvolvimento,
é decisivo o resgate da indústria, crucial como
geradora de tecnologia e inovação, empregos
em escala e de qualidade, agregação de valor às
matérias-primas e exportações e mais protagonismo
global. A despeito de a agropecuária ser
um case de sucesso, com enormes méritos, é
preciso estimular outros segmentos. Sem a manufatura
e suas externalidades, não teremos
crescimento expressivo do PIB.
Nesse sentido, são elucidativos dados do
“Plano de Retomada da Indústria”, elaborado
pela CNI. A cada R$ 1 que o setor produz, são
gerados R$ 2,43 na economia como um todo, ante
R$ 1,75 da agricultura e R$ 1,49 do comércio
e serviços. Ademais, mantém cerca de 10 milhões
de empregos (20% do total de trabalhadores
formais do País). São ocupações, em geral,
mais qualificadas e mais bem-remuneradas do
que a média nacional.
Em linha com as proposições da CNI, a Associação
Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
(Abit), representante de um setor empregador
de quase 1,5 milhão de pessoas diretamente,
dos quais 75% são mulheres, também havia
encaminhado aos candidatos à Presidência
da República sua “Agenda para o Desenvolvimento”,
resultante de consulta ao empresariado
do setor. As principais sugestões dizem respeito
à questão fiscal e tributária, combate à corrupção,
à pirataria e ao contrabando, segurança pública,
investimentos em saúde e educação, redução
dos custos para investimentos e fomento
da manufatura.
Os desafios são muitos. Por isso, é preciso
coesão em torno dos interesses maiores da população
e do País. As autoridades dos três poderes,
nos níveis federal, estaduais e municipais,
têm responsabilidade nesse processo. Um bom
exemplo nesse exercício da democracia é a independência
do Banco Central, que consideramos
um avanço. Pela primeira vez em nossa história,
a instituição é dirigida por alguém não nomeado
pelo presidente da República no exercício
do cargo. É importante que as políticas fiscal/monetária
e econômica, embora autônomas,
tenham coerência, para termos taxas de juros
que viabilizem os investimentos produtivos,
manter a inflação sob controle e contribuir para
o fomento do PIB.
O Brasil tem plenas condições para crescer
em grau mais elevado e seguir com força rumo
ao desenvolvimento. Temos relevantes diferenciais,
como mercado amplo, população ativa
e trabalhadora, empresários resilientes e capazes,
setores de atividade bem-estruturados,
recursos naturais abundantes e grande potencial
para sermos protagonistas na economia
verde. Cabe-nos construir o país que queremos
e merecemos!