INFORMAQ | Nº 286 | abril de 2024 | Ano XXIII
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TECNOLOGIA / P. 13
Iso Internacional – Workshop traz a importância
de Tecnologias Data Spaces no Brasil
ARTIGO / PATRICIA GOMES / P. 16
A importância do financiamento
à exportação de bens e serviços
CONTEÚDO
DESTINADO PARA
PRESIDÊNCIA,
DIRETORIA,
DEPARTAMENTOS
TÉCNICOS
E RELAÇÕES
GOVERNAMENTAIS
PUBLICAÇÃO DE ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ - NÚMERO 286 | ABRIL DE 2024 | ANO XXIII
ABIMAQ SE REÚNE COM AUTORIDADES
PARA APRESENTAR PROPOSTAS PARA O SETOR
DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
REALIZADO EM BRASÍLIA, O ENCONTRO TRATOU DA NOVA INDÚSTRIA BRASIL (NIB)
ABIMAQ EM AÇÃO/ PÁGS. 3 E 4
LANÇAMENTO DA AgENDA LEgISLATIVA
DA INDÚSTrIA CONgrEgA TEMAS DA ABIMAQ
Temas prioritários para o setor industrial propostos pela ABIMAQ como: PL da
Depreciação Acelerada (aprovada na Câmara dos Deputados), Letra de Crédito
do Desenvolvimento para a Indústria (LCD) e Projeto de Lei da Reforma
Tributária visam impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país.
Cadu Gomes/VPR
CÂMARAS SETORIAIS E REGIONAIS/ PÁGS. 7, 8 e 9
ABIMAQ EM PArCErIA COM A SAE, APrESENTAM
DEFINIÇÃO DAS ESTrATÉgIAS E AÇÕES DO gE8 EM 2024
ABIMAQ sedia palestras sobre estratégia para o fomento à
indústria brasileira de média e alta complexidade para a
econômica de hidrogênio no Brasil.
rEUNIÃO DA CÂMArA DE FErrAMENTArIA
Câmara enfatiza a necessidade de um equilíbrio econômicofinanceiro
para viabilizar o fortalecimento da indústria nacional
para o setor de ferramentaria.
CONSELHO DE METALUrgIA E MINErAÇÃO
Apresenta o programa Mais Inovação do BNDES que destinará
R$ 5 bilhões para impulsionar a inovação na indústria.
2 INFORMAQ Ano XXIII • nº 286 • Abril de 2024
EDITOrIAL › GINO PAULUCCI Jr.
Engenheiro mecânico, empresário e
presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ
A IMPOrTÂNCIA DE UMA ECONOMIA
AJUSTADA E EM rOTA DE CrESCIMENTO
A aprovação pelo Congresso
Nacional dos projetos que fazem
parte da NIB – Nova Indústria
Brasil, entre eles a “Depreciação
Acelerada” e a criação da “Letra
de Crédito do Desenvolvimento
(LCD)” são elementos
importantes para a
competitividade do setor
industrial, que nos trazem
otimismo e contam com todo o
nosso apoio.
Não é segredo para ninguém e temos defendido
há anos que um parque industrial
mais novo, que suporte um processo
de neoindustrialização, é capaz de
produzir mais e melhor, incrementando a
produtividade da economia como um todo,
com menor consumo de energia e melhor
sustentabilidade.
O processo de desindustrialização no Brasil,
que ocorre há décadas, se acentuou com a pandemia
da Covid-19. Segundo os dados extraídos
do Banco Mundial a participação do setor manufatureiro
no PIB (Produto Interno Bruto)
atingiu novas mínimas históricas, indicando
ainda que a indústria continua perdendo protagonismo
na economia brasileira. Em 1984 a
indústria de transformação representava
34,27% do PIB e em 2022 apenas 11,12%.
Trata-se do menor percentual desde 1947,
ano em que se inicia a série histórica das
contas nacionais calculadas pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A série mostra que a indústria vem sofrendo
um retrocesso quase contínuo desde o início
dos anos 2000, evidenciando tanto as dificuldades
de competitividade como também
de recuperação das perdas provocadas pela
crise da Covid-19.
As causas são muitas e complexas, vão
desde o custo Brasil, da falta de qualificação
da mão de obra, chegando ao baixo nível de
investimento produtivo - a chamada Formação
Bruta de Capital Fixo - FBCF, que nunca
foi tão baixa. Sabemos que o investimento
produtivo e a atualização tecnológica são necessários
para que a indústria mantenha-se
competitiva frente a seus competidores e concorrentes
em âmbito mundial.
O que temos assistido é a economia brasileira
perdendo a batalha da competitividade
e da produtividade, mas os números
indicam que a perda de relevância do setor
industrial no PIB é um fenômeno mundial e
estrutural. Nas últimas décadas, em diversos
países do mundo, a diminuição do peso do
setor manufatureiro tem sido acompanhada
por um avanço de setores de serviços destinados
a atender uma demanda cada vez
maior por atividades como serviços de tecnologia
e informação, serviços pessoais, de
saúde e educação.
No Brasil, no entanto, o processo de desindustrialização
tem sido há tempos classificado
como "prematuro", por se dar numa
velocidade mais rápida do que a verificada em
outras economias e por ocorrer antes de o
país ter atingido um maior nível de desenvolvimento
e de renda per capita.
Por essa e outras razões temos defendido
a criação de uma política industrial articulada,
que promova a transformação da estrutura
industrial, com a melhoria na taxa de formação
bruta de capital fixo, o avanço da digitalização,
da transição energética, da descarbonização,
da transformação nos modelos de
negócios das empresas para que resulte num
forte aumento da produtividade e da competitividade
da economia e a consequente inserção
nas cadeias de globais de valor. Por
isso temos apoiado as ações vinculadas a NIB
– Nova Indústria Brasil e participado e contribuído
ativamente no Conselho Nacional de
Desenvolvimento Industrial, o CNDI.
Consideramos fundamental que haja uma
economia ajustada e em rota de crescimento.
A agenda de combate aos itens que compõem
o chamado “Custo Brasil” deve continuar a ser
enfrentada. Devemos continuar persistindo na
agenda das “reformas estruturantes”, de forma
a remover os entraves à competitividade.
Com uma indústria mais produtiva e competitiva
ganha o Brasil e a sociedade. Apoiamos
a implementação das ações propostas
com responsabilidade, metas claras preestabelecidas
e transparência, de forma que o Brasil
avance com uma nova estrutura produtiva
que possa contribuir para a resolução de nossos
graves problemas econômicos e sociais.
A aprovação pelo Congresso Nacional dos
projetos que fazem parte da NIB, entre eles a
“Depreciação Acelerada” e a criação da “Letra
de Crédito do Desenvolvimento (LCD)” são
elementos importantes para a competitividade
do setor industrial, que nos trazem otimismo
e contam com todo o nosso apoio.
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Ano XXIII • nº 286 • Abril de 2024
INFORMAQ
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AbIMAQ EM AÇÃO
Cadu Gomes/VPR
Lançamento da Agenda Legislativa da Indústria
elenca pautas propostas pela ABIMAQ
Sessão Solene do lançamento aconteceu em 19 de março, no Congresso Nacional, em Brasília, e contou com
propostas da ABIMAQ, que contribuem para a neoindustrialização do país
Aindústria brasileira desempenha
um papel fundamental no
esforço para a geração de emprego
e renda no país. A Agenda Nacional
da Indústria, documento formulado
anualmente pela CNI, constitui-se
em instrumento de grande
importância para qualificar o diálogo
entre a indústria e o parlamento.
“A Nova Indústria Brasil é inovadora,
exportadora, sustentável e
competitiva”, disse Geraldo Alckmin,
vice-presidente da República e ministro
do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços (MDIC),
ressaltando a importância da Agenda
Legislativa da Indústria.
O vice-presidente cumprimentou
o Deputado Márcio Honaiser,
Relator do Projeto de Lei da Depreciação
Acelerada (documento construído
com o apoio da ABIMAQ) e
evidenciou a precisão de renovação
do parque industrial, que de acordo
com ele, está envelhecido e realçou
a necessidade de troca das máquinas
e equipamentos para ganho de
competitividade.
Outro Projeto de Lei construído
com o apoio da ABIMAQ e citado
por Alckmin, foi a Letra de Crédito
do Desenvolvimento para a Indústria
(LCD), o que torna o crédito, segundo
Alckmin, 1,5% mais barato,
pois reduz o imposto de renda para
Outro Projeto de Lei
construído com o apoio da
ABIMAQ e citado por Alckmin,
foi a Letra de Crédito do
Desenvolvimento para a
Indústria (LCD), o que torna
o crédito, segundo Alckmin,
1,5% mais barato, pois reduz
o imposto de renda para
pessoa física e jurídica.
pessoa física e jurídica.
Em consonância com os interesses
da indústria de máquinas e equipamentos,
o ministro evidenciou
ainda, o Projeto de Lei da Reforma
Tributária, tema prioritário defendido
pela ABIMAQ como passo importante
rumo à neoindustrialização
do país.
“Essa Reforma não foi fácil de
ser aprovada por não ser fácil compatibilizar
vários interesses. Política
é arte e ciência ao encontro do bem
comum. Ela impulsiona a economia,
traz eficiência econômica e deve,
em 15 anos, aumentar em 12% o PIB
brasileiro, porque ela desonera totalmente
o investimento e a importação,
acabando com a cumulatividade”,
detalhou o ministro.
Ricardo Alban – presidente da
CNI, disse que nas últimas décadas,
o Brasil vem enfrentando um processo
precoce de desindustrialização
acima do que acontece com o resto
do mundo. Mesmo assim, segundo
ele, a indústria tem uma participação
de 25% do PIB do país. O setor também
é responsável por 37.9% da arrecadação
dos tributos federais e
66.8% dos investimentos privados
em pesquisa e desenvolvimento.
“Vivemos um momento em que
se busca reverter a queda da atividade
industrial, tornando as empresas
brasileiras mais inovadoras, eficientes,
sustentáveis e integradas ao
mercado internacional. O processo
de neoindustrialização é uma oportunidade
ímpar para o Brasil redefinir
a sua trajetória econômica e social,
e para que isso se torne realidade,
é indispensável a adoção de políticas
que fortaleçam o setor industrial”,
destacou Alban.
Esta não é uma agenda exclusiva
dos industriais, é uma agenda do
Brasil, uma agenda do desenvolvimento
nacional, prova do compromisso
da indústria brasileira com a
modernidade, visto que o setor e o
Brasil têm que encarar o desafio da
Neoindustrialização.
4 INFORMAQ Ano XXIII • nº 286 • Abril de 2024
AbIMAQ EM AÇÃO
ABIMAQ apoia aprovação de projeto
de lei da Depreciação Acelerada
Projeto deverá alavancar 10 bilhões de reais de investimentos por ano em máquinas e equipamentos
Arecente aprovação do projeto
de lei da Depreciação
Acelerada pela Câmara dos
Deputados é vista como um impulso
significativo para a modernização
do parque fabril brasileiro.
Este projeto, um dos pontos
da agenda de competitividade da
ABIMAQ, e que faz parte das políticas
da NIB (Nova Indústria
Brasil), institui o programa de Depreciação
Acelerada no cálculo do
Imposto de Renda Pessoa Jurídica
(IRPJ) e da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL) para
máquinas, equipamentos e instrumentos
novos.
Pauta defendida e apoiada pela
entidade, a medida é vista como
benéfica e evidencia o compromisso
efetivo com o fortalecimento
do setor produtivo, mas de
acordo com José Velloso, presidente-executivo
da ABIMAQ, ela
por si só não resolve todos os problemas
do setor.
“O orçamento previsto nos
anos iniciais é de 3,4%, o que deve
alavancar R$ 10 bilhões de investimentos
por ano. O Brasil investe
no seu consumo aparente, R$ 260
bilhões por ano. Então, não são os
R$ 10 bilhões que vão fazer a
grande mudança. Mas nós apoiamos
porque coloca o “navio” no
rumo certo.
Para Velloso, o Brasil tem um
grave problema de baixa taxa de
investimento. Em 2023 o Brasil
investiu 16,6% do PIB e a previsão
para 2024 é de 17,3%.
“O maior problema da taxa de
investimentos no Brasil é o custo
de capital. Hoje, em média, a taxa
de juros vai de 18% a 24% ao ano
para fazer investimento, e não
existe investimento que pague esses
juros. Esse é o maior problema”,
explica.
O orçamento previsto nos
anos iniciais é de 3,4%, o
que deve alavancar R$ 10
bilhões de investimentos
por ano. O Brasil investe no
seu consumo aparente,
R$ 260 bilhões por ano.
Então, não são os R$ 10
bilhões que vão fazer a
grande mudança. Mas nós
apoiamos porque coloca o
“navio” no rumo certo.
› José Velloso, presidenteexecutivo
da ABIMAQ
» Deputados analisam o projeto no Plenário
Na sua visão, com essa baixa
taxa de investimento, o Brasil está
depreciando mais seus ativos do
que colocando novos ativos e,
com isso, está envelhecendo ainda
mais a idade média das máquinas
instaladas na economia brasileira,
que já é uma idade média alta
de 14 anos.
O projeto do governo agora
segue para o Senado e segundo o
vice-presidente da República e
ministro do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços, Geraldo
Alckmin, a aprovação do
projeto representa uma importante
medida de incentivo à modernização
das indústrias e de aumento
da competitividade.
“Nós precisamos renovar o
parque industrial que está envelhecido.
Trocar as máquinas e
equipamentos para ganhar competitividade.
Eu compro uma máquina
e levo 10, 15 anos para depreciar.
Por esse projeto, vai ser
depreciado em dois anos. Então
eu reduzo o imposto de renda da
pessoa jurídica, reduzo a contribuição
social sobre lucro líquido,
estimulando a renovar máquinas
e equipamentos, e vou ao encontro
de dois desafios: aumentar investimento
no Brasil e aumentar
produtividade”, afirmou Alckmin
durante o lançamento da Agenda
Legislativa.
A ABIMAQ acredita que a recuperação
e o crescimento sustentado
da economia brasileira
dependem não apenas das políticas
anunciadas, como a de depreciação
acelerada, mas também
de uma abordagem abrangente
que inclua desburocratização,
simplificação tributária e
redução geral dos custos de investimentos,
contribuindo assim
para o fortalecimento da indústria
nacional.
Agência Câmara de Notícias
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INFORMAQ
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AbIMAQ EM AÇÃO
ABIMAQ se reune com ministérios
para tratar da nova política industrial
» Walter Filippetti; José Velloso; João Marchesan; Geraldo
Alckmin; Pedro Estevão; Secretária de Desenvolvimento
Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, Margarete
Gandini e Secretária de Comércio Exterior, Elisa Fraga
» Walter Filippetti, Pedro
Estevão, Min. Carlos Fávaro,
João Carlos Marchesan e
José Velloso
Na reunião com o vice-presidente
da República e Ministro do
Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo
Alckmin, realizada no dia 13 de
março, em Brasília, foram tratados
temas da Nova Política Industrial
(NIB), proposta pelo Conselho Nacional
de Desenvolvimento Industrial
(CNI), onde a ABIMAQ tem assento,
como o Projeto de Lei nº.
02/2024 que trata da depreciação
acelerada e o programa Mover (Projeto
de Lei nº 914/2024). Questões
relacionadas ao Plano Safra e a licitação
(pregão) para compra de 360
itens de máquinas rodoviárias pelo
governo federal também foram temas
da agenda.
PLANO SAFRA. Na mesma data, os representantes
da ABIMAQ estiveram
no Ministério do Abastecimento, Pecuária
e Agricultura (MAPA), onde foram
recebidos pelo Ministro Carlos
Fávaro. De acordo com José Velloso,
presidente-executivo da ABIMAQ,
houve a oportunidade de dar início ao
debate sobre o novo Plano Safra e de
tratar do pregão das unidades de máquinas
rodoviárias. “Levamos proposta
detalhada para cada linha de
crédito”, afirmou.
No dia 14, a ABIMAQ foi recebida
pelo Ministro Paulo Teixeira do Ministério
de Desenvolvimento Agrário
e Agricultura Familiar (MDA), em
reunião pautada sobre o projeto de
máquinas para o pequeno agricultor
e Plano Safra da Agricultura Familiar.
PREGÃO PARA COMPRA DE MÁQUI-
NAS. De acordo com Velloso, o tema
do pregão para compra de 360 itens
de máquinas pelo governo federal, no
valor de 2,7 bilhões de reais, foi tratado
nas três audiências com os Ministros
Geraldo Alckmin, Carlos Fávaro
e Paulo Teixeira.
Na mesma oportunidade, a ABI-
MAQ também esteve com o presidente
da Frente Parlamentar da Agropecuária
(FPA), deputado Pedro Lupion,
que adiantou que está articulando
uma reunião da própria Frente
Parlamentar no recinto da Agrishow
durante a feira, demonstrando o reconhecimento
da importância do
evento para o setor agropecuário.
A ABIMAQ também aproveitou a
oportunidade para convidar as autoridades
para a cerimônia de abertura
da Agrishow, que ocorrerá no dia 28
de abril às 10h, em Ribeirão Preto, e
para a FEIMEC, que acontecerá de
07 a 11 de maio, no São Paulo Expo,
em São Paulo.
Pela ABIMAQ estiveram presentes:
João Carlos Marchesan, 1º Vice-
Presidente do Conselho de Administração
e Presidente da Agrishow; Pedro
Estevão, Conselheiro e Presidente
da Câmara Setorial de Máquinas e
Implementos Agrícolas; José Velloso,
Presidente-executivo e Walter Filippetti,
Diretor-executivo de Relações
Governamentais.
» Entrega do convite ao Ministro Paulo Teixeira » Pedro Estevão, Dep. Pedro Lupiom, João Carlos Marchesan e José Velloso
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AbIMAQ EM AÇÃO
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INFORMAQ
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CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
Workshop SAE em parceria com a ABIMAQ apresenta
perspectivas para o setor do Hidrogênio na indústria
Evento híbrido, realizado em 26 de março, na sede da ABIMAQ, visou definir as estratégias básicas para o ano
de 2024 do Grupo de Estudo 8 (GE8) da rede colaborativa MiBI – Made in Brasil Integrado, instituído pelo MDIC
para suportar políticas públicas para a indústria de Hidrogênio de Baixo Carbono - HBV no Brasil, com foco na
indústria de alta e média complexidade tecnológica
OGE8, que trabalha para inserir o Brasil na cadeia
de valor da nova indústria do Hidrogênio,
trouxe palestras do workshop “Estratégia
para o Fomento à Indústria Brasileira de Média
e Alta Complexidade para a Economia de Hidrogênio
no País”, a fim de apresentar o que a indústria
brasileira está desenvolvendo e a oportunidades
geradas na aplicação do Hidrogênio como fonte
de energia para a transição energética, com foco
na mobilidade.
O evento foi dividido em duas partes. A primeira,
pela manhã, foi em forma de Seminário e contou
com apresentações de Mônica Panik, consultora
da SAE e curadora do Seminário, que apresentou
uma visão do cenário atual e Marcelo Veneroso
presidente da NEA, da Hytron e do Conselho de
Hidrogênio da ABIMAQ, Gustavo Noronha - Gerente
Relações Governamentais da Toyota do Brasil
e Diretor da AEA e Luciano Resner, Diretor de
Engenharia & Design da Marcopolo, que apresentaram
as iniciativas das respectivas empresas.
“Nós voltamos a ter a oportunidade de discutir
complexidade, política industrial e a reindustrialização
do país. Esse é o momento de uma nova rota
tecnológica, em que será definido se o Brasil dominará
a tecnologia”, disse José Velloso, presidenteexecutivo
da ABIMAQ na abertura do evento.
Velloso ressaltou ainda que o mais importante
para o país nesse momento é que o Brasil domine
as rotas tecnológicas e que traga a tecnologia do
como fazer e, depois, a produção logicamente trará
riqueza para o país.
O último Painel da parte da manhã, com o tema
Políticas Públicas, contou com a palestra de Margarete
Gandini - Diretora do Departamento de Desenvolvimento
da Indústria de Alta-Média Complexidade
Tecnológica do MDIC, que apresentou o Decreto
que estava sendo assinado naquele momento
em Brasília, instituindo o Programa MOVER.
“Corroborando algumas palavras ditas por José
Velloso, nós temos uma decisão estratégia em termos
de indústria. No setor automotivo, nós queremos
apertar parafusos ou desenvolver carros? No
Hidrogênio, nós queremos só produzir a commodity
e exportar ou queremos construir a cadeia à
jusante e à montante?”, colocou Margarete Gandini,
evidenciando que essas são as questões em debate
e que nas ações que serão definidas, têm uma
base primordial para o aumento da produtividade.
Gandini falou também da importância de parcerias
e a necessidade de conhecer a realidade para
fazer políticas públicas e destacou que o esforço
conjunto em prol da indústria nacional é primordial
para construir ações que venham apoiar o desenvolvimento
da cadeia de valor envolvida.
Marcelo Veneroso explicou que, em 2020, trouxe
como sugestão para a entidade a criação do
Conselho de Hidrogênio, que segundo ele, trataria
de uma matriz energética para o país. “Foi naquele
» José Velloso
momento que, junto com o Alberto da ABIMAQ,
começamos a visitar ministros, governadores e,
empresários e colocamos que o Hidrogênio não poderia
ser tratado como se fosse simplesmente uma
commodity, pois o Brasil tem condições de navegar
em toda a cadeia de valor do mercado do H2 e sair
na frente”, finalizou Veneroso.
Luciano Sousa, representante da EMBRAPII,
empresa que promove o desenvolvimento de tecnologia
no país, frisou que quer ser parceiro nesse
processo de tornar o Brasil desenvolvedor de tecnologia
da cadeia de valor do H2.
Camilo Adas, Coordenador do GE8 e Conselheiro
de Tecnologia e Transição Energética da SAE
Brasil, comentou que é preciso fazer nascer uma
indústria de Hidrogênio ativa e aproveitar que o governo
está participando ativamente para rascunhar
possíveis políticas públicas.
Na parte da tarde, os membros do Mi BI GE0
participaram de Workshop, para traçar o Plano de
Trabalho do referido Grupo de Estudos para 2024.
Como representante da Abimaq, participa desse
Grupo seu Diretor Executivo de Petróleo, Gás Natural,
Bioenergia e Hidrogênio, Alberto Machado.
Coalizão pela Competitividade do Gás Natural apresenta
proposta ao Secretário Especial da SEPPI
Proposta busca impulsionar uso do gás natural como matéria-prima na indústria brasileira
Em audiência ocorrida no dia 07 de
março, na Casa Civil da Presidência
da República, a Coalizão pela
Competitividade do Gás Natural como
Matéria-Prima (CCGNMP), liderada
pela Abemi (Associação Brasileira
de Engenharia Industrial),
submeteu propostas objetivando
subsidiar estudos em curso no Governo
Federal, com vistas a aumentar a
oferta de gás natural e, ao mesmo tempo,
buscar a redução de custos, de modo a aumentar
a competitividade das indústrias de fertilizantes e
petroquímica no Brasil.
Os principais focos dos estudos apresentados
foram o preço e a disponibilidade
do gás natural para o mercado
brasileiro nos próximos anos e a proposta
de rotas alternativas à reinjeção
do gás no Pré-Sal, atualmente planejada
pelas companhias de petróleo.
Participaram da audiência pela Secretaria
Especial do Programa de Parcerias
de Investimentos (SEPPI), o Secretário
Especial, Marcus Cavalcanti, o Chefe da Assessoria
Especial, Cleyton Barros, e o Diretor de Programa,
João Henrique.
Representando a Coalizão estiveram presentes:
Joaquim Maia - Presidente da ABEMI (líder da
Coalizão), André Passos Cordeiro - Presidente da
ABIQUIM (coordenação técnica da Coalizão), Augusto
Salomon - Presidente da ABEGÁS, Marcelo
Mendonça - Diretor da ABEGÁS, Nelson Romano
- Presidente da DBR Energies, Alberto Machado e
Walter Fillipetti - Diretores da ABIMAQ, Tiago Veras
- Gerente Executivo de Desenvolvimento do
Transporte da CNT, Rafael Mendonça - Conselheiro
da ABEMI e o ex- ministro Anderson Adauto
(consultor da Coalizão).
8 INFORMAQ Ano XXIII • nº 286 • Abril de 2024
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
“Se queremos um projeto de reindustrialização no Brasil,
ele tem que começar pela ferramentaria”, diz José Velloso
Afirmação foi feita pelo presidente-executivo da ABIMAQ durante reunião da câmara de Ferramentaria,
que trouxe os desafios e perspectivas para o desenvolvimento do setor de ferramentarias, considerado
estratégico para a reindustrialização nacional
Fazendo uma análise dos desafios e
oportunidades para a reindustrialização
do país, destacando a importância
estratégica da ferramentaria como
ponto de partida para esse processo,
José Velloso enfatizou durante a
reunião da Câmara Setorial de Ferramentaria
e Modelação (CSFM), a necessidade
de um equilíbrio econômico-financeiro
para viabilizar o fortalecimento da indústria
nacional.
O presidente-executivo da entidade salientou
que as políticas industriais devem ser complementadas
por um ambiente econômico favorável, destacando
a importância do crescimento econômico e
da redução do Custo Brasil. Ele alertou para a questão
representada pelo alto custo do aço brasileiro,
que impacta significativamente a competitividade
da indústria nacional e do setor
representado pela Câmara, visto que o
aço representa de 40% a 50% do custo
de um molde para o segmento.
“A ABIMAQ tem o compromisso
de buscar melhorias para o setor, incluindo
questões como o custo do aço
e a implementação de projetos estratégicos
para a indústria brasileira”, afirmou Velloso
reiterando a posição da entidade na defesa
de políticas industriais que promovam o equilíbrio
fiscal, a difusão de tecnologia e o benefício do país
como um todo.
Para isso, será preciso alavancar o PIB e os níveis
de investimento no Brasil, que está aquém do necessário
para impulsionar o crescimento e a modernização
da indústria.
A reunião presidida por Sansão Cadengue, presidente
da CSFM, realizada no dia 06 de março, na
sede da ABIMAQ em São Paulo, também foi marcada
pela participação ativa dos membros da Câmara,
que expressaram suas preocupações e expectativas
em relação aos desafios enfrentados.
O diálogo aberto e construtivo entre os representantes
das empresas, em busca do desenvolvimento
e a competitividade das ferramentarias
brasileiras, abordou os projetos e iniciativas de
apoio da ABIMAQ para o setor, como o Projeto
PODIUM, que visa promover a inovação, a modernização
e a competitividade, abrangendo diversos
setores da economia; O Pro-Ferramentaria,
iniciativa voltada para a recomposição financeira
das ferramentarias.
ABIMAQ discute Proposta de renovação do Parque de
Máquinas e os projetos de apoio para o setor de ferramentaria
Reunião com a Diretora de Desenvolvimento de Alta e Média Tecnologia, Margarete Gandini, abordou
iniciativas estratégicas voltadas para a indústria
Durante o encontro realizado
em Brasília no
último dia 14 de
março, representantes da
ABIMAQ defenderam e
apoiaram as ações vinculadas
ao NIB (Nova Indústria
Brasil), defendendo
uma Política Industrial,
articulada, que promova a
transformação da estrutura industrial,
com a melhoria na taxa de formação
bruta de capital fixo, o avanço
da digitalização, da transição energética,
da descarbonização e da transformação
nos modelos de negócios das
empresas, para que resulte num forte
aumento da produtividade e da competitividade
da economia e a consequente
inserção nas cadeias de globais
de valor.
Isso passa pela Proposta do Plano
de Renovação do Parque de Máquinas
para MPME (Faturamento até 90 milhões
- Critério BNDES). Um dos
principais focos dessa iniciativa é a renovação
do parque de máquinas e
equipamentos, que atualmente apresenta
uma idade média de 14 anos.
Com o objetivo de modernizar a
infraestrutura produtiva, o governo
federal propôs um programa
de depreciação acelerada
de máquinas e equipamentos
novos adquiridos
pelas empresas em
2024. Esse programa,
aprovado pela Câmara
dos Deputados, e em
análise pelo Senado, visa
estimular o investimento na
atualização tecnológica do parque
fabril nacional.
Além disso, a ABIMAQ tem defendido
a implementação da Letra de
Crédito do Desenvolvimento (LCD)
e outras medidas de incentivo fiscal,
como forma de fortalecer a capacidade
de financiamento da política industrial
nos próximos três anos. A
expectativa é que essas iniciativas
proporcionem recursos adicionais
para programas de infraestrutura e
para o Programa de Renovação do
Parque de Máquinas, beneficiando
tanto grandes indústrias quanto as
micro, pequenas e médias empresas
(MPMEs) do setor.
Um parque industrial mais novo,
em um processo de neoindustrialização,
é capaz de produzir mais e melhor,
incrementando a produtividade
da economia como um todo, com
menor consumo de energia e melhor
sustentabilidade.
Outro ponto destacado pela ABI-
MAQ,foi a necessidade de investimentos
em pesquisa, desenvolvimento
e inovação (P&D), bem como em
educação e formação profissional. A
formação de mão de obra qualificada
é essencial para impulsionar a produtividade
e a competitividade da indústria
brasileira, sendo fundamental
uma integração das ações de formação
de mão de obra com a participação
ativa do Ministério da Educação
na formulação de políticas próprias.
Para viabilizar essas iniciativas, a
ABIMAQ propõe a criação de instrumentos
financeiros específicos, como
o Fundo Especial de Renovação - Fundo
Rumo 4.0, que tem como objetivo
a melhoria da produtividade e a digitalização
nas MPMEs industriais optantes
pelo lucro presumido.
MELHORIAS PARA O SETOR DE FERRA-
MENTARIA. Outro ponto de ação discutido
na reunião tratou sobre os
avanços necessários para o setor de
ferramentaria, foi solicitado apoio ao
Programa Podium, concebido para
impulsionar a inovação, modernização
e competitividade do segmento
de ferramentaria no Brasil e integrála
de forma sólida às cadeias globais
de valor. O programa, apresentado pela
ABIMAQ e ABINFER, prevê a obrigatoriedade
de aquisição de Ferramentas
na indústria nacional, com um
cronograma iniciando de um mínimo
de 10% e com aumentos progressivos.
Outro programa para o qual foram
sugeridas melhorias foi o Programa
Mover - Mobilidade Verde, apresentado
pela MP nº 1205/23 e substituído
pelo PL 914/24, que apesar de
apresentar diversos avanços com relação
ao programa Rota 2030, o ciclo
anterior de política para a cadeia automobilística,
ainda apresenta pontos
de melhoria, principalmente no que
tange à transferência de linhas usadas
e ao incentivo ao setor de ferramentaria
nacional.
Nesse sentido, a ABIMAQ sugeriu
durante a reunião uma alteração na
MP/PL para que contemple máquinas
nacionais, em contrapartida na importação
de máquinas com produção
nacional na linha transferida e que essas
linhas tenham idade máxima de
10 anos.
Ano XXIII • nº 286 • Abril de 2024
INFORMAQ
9
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
BNDES lança fundo de r$ 5 bilhões para impulsionar
inovação na indústria mineral
Programa visa fortalecer
setor e promover
transição energética
OBanco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social
(BNDES) apresentou, durante
a reunião do Conselho de Metalurgia
e Mineração da ABIMAQ
(CMM), realizada em 13 de março,
na sede da entidade, sobre o programa
BNDES Mais Inovação, fundo
que destinará R$ 5 bilhões para impulsionar
a inovação na indústria.
A iniciativa, que visa fortalecer o
setor e promover a transição energética,
foi lançado em setembro do
ano anterior já demonstrou sucesso
ao disponibilizar recursos para investimentos
em Pesquisa, Desenvolvimento
e Inovação (PD&I). A legislação
autoriza o BNDES a utilizar
até 1,5% do orçamento anual do
Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT) para financiar projetos inovadores,
proporcionando um total de
cerca de R$ 5 bilhões por ano para
essa finalidade.
De acordo com Pedro Paulo Dias,
Gerente de Mineração e Transformação
Mineral do BNDES, o programa
está estruturado com base nas diretrizes
estabelecidas pela Resolução
CMN 5097, que define os critérios de
elegibilidade para as operações de financiamento
à inovação e à digitalização.
O objetivo é fomentar investimentos
em áreas estratégicas, alinhadas
às políticas industriais e ambientais
do governo brasileiro.
A Nova Indústria Brasil
é essencial,
mas precisa sair do papel e
se tornar realidade. A
ABIMAQ está empenhada
em colaborar para que isso
aconteça. Chegou o
momento de os líderes
tomarem medidas
decisivas para reverter
essa tendência de queda
nos investimentos
› Rodrigo Franceschini,
presidente do Conselho de
Metalurgia e Mineração
O fundo abrange três subprogramas
principais: investimento em
inovação, aquisição de bens inovadores
e difusão tecnológica. “Cada
um desses subprogramas oferece
opções flexíveis de financiamento,
adaptadas às necessidades específicas
das empresas do setor mineral”,
afirmou Dias.
O lançamento do fundo representa
um passo significativo na promoção
da competitividade e sustentabilidade
da indústria mineral brasileira.
Além disso, evidencia o compromisso
do BNDES em apoiar a
transição energética e impulsionar a
inovação no país. Com essa iniciativa,
espera-se que o setor mineral
possa enfrentar os desafios futuros
com maior preparo e capacidade de
adaptação.
Apesar dos elevados custos dos
créditos como obstáculo aos investimentos
e a queda na formação
bruta de capital fixo, Rodrigo Franceschini,
presidente do Conselho de
Metalurgia e Mineração, acredita
que a consolidação da Nova Indústria
Brasil (NIB) será fundamental
para reverter a queda nos investimentos
em 2024.
"Mesmo com um PIB próximo
da média mundial, o fato de a formação
bruta de capital fixo representar
apenas 16% do PIB é preocupante.
A Nova Indústria Brasil é essencial,
mas precisa sair do papel e
se tornar realidade. A ABIMAQ está
empenhada em colaborar para que
isso aconteça. Chegou o momento
dos líderes tomarem medidas decisivas
para reverter essa tendência de
queda nos investimentos", pontuou
Franceschini.
Mais informações sobre o programa
e as condições de financiamento
apresentadas pelo BNDES,
podem ser acessadas pelo site oficial:
www.bndes.gov.br/bndes-maisinovacao/.
10 INFORMAQ Ano XXIII • nº 286 • Abril de 2024
FINANCIAMENTOS
Agências de Fomento e Bancos de Desenvolvimento
Financiamento, a médio e a longo prazos
Temos visto que o cenário financeiro tem passado
por uma transformação na oferta de crédito
devido ao surgimento de novas instituições financeiras
que, de certa forma, tem remodelado o
mercado criando novas possibilidades, dando início
a novos movimentos e também provendo novos produtos.
Com essa aparição, a ideia é que o sistema financeiro
como um todo tenha grandes oportunidades
que visem a modernização de seus modelos de
negócios e de suas estruturas de trabalho.
Para tornar a indústria mais competitiva, é necessário
que haja crédito disponível para o desenvolvimento
das empresas. Nesse contexto, os financiamentos
fazem parte dos elementos que contribuem
para o crescimento, também econômico, e atuam como
alternativa para que as empresas cresçam investindo
em novos rumos e oportunidades. Eles também
podem aumentar a competitividade dessas empresas
por meio da aquisição de maquinário, adoção
de soluções tecnológicas ou investimentos e que elevem
a produtividade da indústria.
Essa tendência de crescimento de novas instituições
no mercado pode gerar mais impulso na retomada
dos investimentos. Mesmo sabendo que instituições
financeiras tradicionais e já consolidadas
no mercado possuam vantagens competitivas
consideráveis – até mesmo devido aos clientes
possuírem relacionamentos duradouros, as empresas
que desejam obter um leque de opções podem
estar desconhecendo boas oportunidades,
como é o caso das Agências de Fomento e dos
Bancos de Desenvolvimento que podem colaborar
com isso.
A solicitação do financiamento pode ser feita
através do site da instituição financeira, com preenchimento
de informações em formulários eletrônicos
ou envio físico da documentação. Para começar,
é preciso enquadrar a operação, o que significa analisar
se o financiamento solicitado atende às diretrizes
operacionais do banco.
Na etapa seguinte, ocorre a análise, na qual o risco
de crédito é avaliado através de um exame técnico,
econômico, financeiro, jurídico e, se necessário, de
engenharia do projeto ou empreendimento a ser beneficiado.
Normalmente, é feita uma visita à empresa
nessa fase e durante o processo podem ser requisitadas
informações adicionais para embasar melhor a
análise e a tomada de decisão.
A terceira etapa envolve a aprovação ou não do
projeto, após uma análise conclusiva baseada em um
parecer técnico encaminhado aos Comitês de Crédito
do Banco. Na última etapa, em caso de aprovação,
acontece a contratação e, posteriormente, após o registro
do contrato, os recursos são liberados de acordo
com o cronograma físico-financeiro do projeto.
AGÊNCIAS DE FOMENTO
» As Agências de Fomento são instituições
financeiras que oferecem financiamentos de
acordo com o Estado em que estiverem sediadas
AFEAM (AM)
Desenvolve RR (RR)
Desenvolve MT (MT)
Goiás Fomento (GO)
BANCOS DE DESENVOLVIMENTO
Fomento Paraná (PR)
Badesul (RS)
» Os Bancos de Desenvolvimento por sua vez, são
também Instituições financeiras controladas pelos
governos estaduais, e visam promover o
desenvolvimento econômico e social em sua área
Agência de Fomento (TO)
com propósito de estimular o desenvolvimento
econômico local e também contribuir com
aumento de produtividade a vários setores.
AFAP (AP)
Piauí Fomento (PI)
Desenvolve (AL)
Desenvolve SP (SP)
Badesc (SC)
AGN (RN)
AGE (PE)
Desenbahia (BA)
AgeRio (RJ)
de atuação. Para isso, fornecem recursos
financeiros para o financiamento, a médio e longo
prazos, de programas e projetos capazes de gerar
desenvolvimento.
» O BNDES – Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social,
no âmbito federal, possui a missão de
possibilitar e sugerir alternativas que
modifiquem a indústria e incentivem o
crescimento sustentável, com o objetivo
de estimular o progresso econômico e
social do Brasil, promover a ampliação
das exportações e fomentar o
desenvolvimento nas áreas agrícola,
industrial e de serviços.
A solicitação de financiamento ao
BNDES, pode ser via direto através do
Portal do Cliente, para operações acima
de R$ 20 milhões, ou através de um
agente financeiro credenciado para
valores menores.
O Departamento de Financiamentos
da ABIMAQ está à disposição através do
defi@abimaq.org.br ou (11) 5582-6361 |
(11) 91208-4276
Ano XXIII • nº 286 • Abril de 2024
INFORMAQ
11
FEIrAS
Intermodal South America 2024 supera todos recordes
das edições anteriores
28a edição do evento do setor da logística, do transporte de carga, da intralogística e comércio exterior
recebeu mais de 44 mil profissionais em três dias
A28ª edição da Intermodal South
America recebeu um público recorde
de mais de 44 mil profissionais
ao longo de três dias. Além da
visitação, o evento bateu todos os recordes
das edições anteriores, com relação
a número de marcas expositoras,
área de exposição e número de patrocinadores,
definindo um novo marco
para a Intermodal South America: a de
maior e mais relevante evento do setor
de logística, tecnologia, intralogística
e comércio exterior das Américas.
Quem visitou a Intermodal de 05
a 07 de março, pôde conferir as tendências
em serviços, equipamentos e
tecnologias para todos os segmentos
das cadeias de abastecimento, produção
e distribuição. A feira de negócios,
que ocupou uma área de exposição
de mais de 40 mil m² no São
Paulo Expo, na capital paulista, contou
com corredores e estandes lotados
durante todos os dias de atrações.
Ao todo, 500 marcas expositoras
de 15 países diferentes estiveram
presentes nesta edição.
Presente na cerimônia de abertura
do evento, o governador do
Estado de São Paulo, Tarcísio de
Freitas, afirmou que a logística no
Brasil é um desafio, mas que vem
sendo vencido paulatinamente e
utilizou a 28ª edição da Intermodal
South America para mostrar este
evidente crescimento do setor.
Além do governador de São Paulo,
estiveram presentes o ministro
dos Transportes, Renan Filho, e o
ministro de Portos e Aeroportos,
Silvio Costa Filho, reforçando o
papel estratégico da Intermodal
South America como elemento integrador
entre a iniciativa privada e
o poder público.
Apoiadora do evento, a ABIMAQ
esteve presente e 14 empresas associadas
também participaram como
expositora. Para o próximo ano, a
Intermodal South America estará de
casa nova, a próxima edição acontecerá
de 22 a 24 de abril e será no Distrito
Anhembi, que está sendo totalmente
reformulado. No novo espaço,
a Intermodal vai ganhar novos
expositores e ainda mais dinamismo
em suas atividades.
1ª edição da IFAT Brasil acontece em abril,
no São Paulo Expo
Feira apresentará todas as soluções para gestão de água, esgoto, drenagem e
infraestrutura para o setor
Aprimeira edição da
IFAT Brasil, Feira Internacional
para Água,
Esgoto, Drenagem e Soluções
em Recuperação de Resíduos,
que acontecerá entre
os dias 24 e 26 de abril, no São Paulo
Expo, apresentará as principais tendências
e tecnologias para o setor de
tratamento de água.
A IFAT Brasil contará com mais
de 10 mil m² de exposição, abrangendo
todos os segmentos do saneamento
– água, esgoto, drenagem,
e recuperação de resíduos.
A intenção é proporcionar em
um único ambiente todas as soluções
para gestão de água e esgoto,
drenagem e infraestrutura para o setor,
gestão de resíduos e soluções
de recuperação energética,
enquanto promove debates
sobre os principais temas
e desafios relacionados
ao setor.
Na área de conteúdo, estão sendo
programados mais de 15 painéis
temáticos no Congresso Internacional
da IFAT Brasil, com a presença
de grandes players. Outra atração
do evento será o Pavilhão de Inovação,
em parceria com a ISLE Utilities,
uma das maiores agências de
inteligência do mundo em inovação
no setor de águas.
A entidade apoia o evento que
contará com a participação do SIN-
DESAM/ABIMAQ no Congresso Internacional
IFAT Brasil com o painel
Tecnologia feita no Brasil para
trazer o país do futuro para o presente
e apresentação de diversas associadas.
Além da participação com estande
de mais de 20 empresas associadas,
a feira contará também com a
participação de 10 associadas em espaço
coletivo, uma Ilha do SINDE-
SAM/ABIMAQ, uma oportunidade
oferecida pela organização que proporcionou
que as empresas participassem
com maior visibilidade e
custo reduzido.
O credenciamento para visitantes
é gratuito e obrigatório para entrada
no evento: https://ifatbrasil.com.br/credenciamento
12 INFORMAQ Ano XXIII • nº 286 • Abril de 2024
FEIrAS
FESPA DIGITAL PrINT supera as expectativas
e estima r$ 185 milhões em negócios
Realizada de 11 a 14 de março, no
Pavilhão Azul do Expo Center
Norte, em São Paulo, a FESPA
Digital Print bateu todos os recordes
em número de expositores, visitantes
e geração de negócios.
Com expressivo aumento em
mais de 20% na área de exposição,
cerca de 24.080 visitantes passaram
pelos corredores da FESPA Digital
Printing, que segue como a feira que
apresenta o público mais qualificado,
visão reforçada pelos próprios expositores,
que relataram uma estimativa
de geração de negócios na faixa de R$
185 milhões.
A FESPA Digital Printing sempre
elabora ações especiais aos seus visitantes.
Uma das mais tradicionais e de
maior êxito é a Ilha da Sublimação,
que novamente promoveu encontros
e dinâmicas para quem está atuando
ou busca empreender no mercado de
produtos personalizados.
A impressão 3D também esteve
presente na FESPA Digital Printing
2024. Após o enorme sucesso em
2023, a área dedicada a esta tecnologia
passou por uma reformulação e agora
é a Arena 3D FABLAB, com palestras
diárias sobre o mundo 3D e suas dinâmicas
- como a integração com a impressão
digital e comunicação visual.
Além de conteúdos diários e
gratuitos, o visitante pode acompanhar
as criações ao vivo no caminhão
do time do Universo da Criatividade.
Foram várias impressoras 3D, de
diferentes portes, imprimindo objetos
variados para que todos entendam
como adaptar a tecnologia ao
seu negócio.
Para começar a empreender ainda
durante a FESPA Digital Printing, a
feira contou com expositores da área
de impressão 3D, oferecendo impressoras,
filamentos e mostrando as capacidades
em tempo real, além de
uma série de amostras de impressão.
A iniciativa ocorreu ao lado da
Arena Maker, que recebeu palestras
tratando de gestão, negócios, planejamento
e sobre a interação entre materiais
termoplásticos com a impressão.
A CSMEG - Câmara Setorial de
Máquinas e Equipamentos para Gravação,
Impressão, Acabamento e
Conversão da ABIMAQ, esteve representada
no evento que contou com a
participação dos associados da Câmara,
apresentando os seus produtos
e serviços.
Para Ana Paula Paschoalino, presidente
da CSMEG, a adesão das empresas
associadas foi de extrema importância
para fortalecer o setor.
“Além das novidades, as empresas associadas
promoveram uma verdadeira
experiência para os visitantes que
puderam fazer todos os processos e
ficaram encantados com a possibilidade
do aprendizado na prática”.
M&T Expo será a principal plataforma de lançamentos de
equipamentos de movimentação de terra em 2024
Com investimentos constantes em inovação e tecnologia, os principais fabricantes mostrarão como o setor
está preparado para atender demandas por produtividade, segurança e neutralidade de carbono
Um ano de boas
perspectivas para
o mercado de
equipamentos da linha
amarela (movimentação
de terra), com a estimativa de crescimento de cerca
de 7% nas vendas de máquinas em 2024 ante
2023, chegando a mais de 33 mil unidades comercializadas,
segundo o Estudo Sobratema do Mercado
Brasileiro de Equipamentos para Construção.
Esse montante contará com a contribuição da
M&T Expo – part of bauma NETWORK, principal
feira de máquinas e equipamentos para
construção e mineração da América Latina, que
será realizada de 23 a 26 de abril de 2024, no São
Paulo Expo, e que, ao longo de quase três décadas
tem contribuído para fomentar o desenvolvimento
sustentável do setor na América Latina.
De acordo com o Estudo da Sobratema, 76%
das empresas participantes avaliaram que o mercado
deve crescer em 2024. Esse otimismo está
em sinergia com a expectativa dos mais de 35 mil
visitantes da feira, em conhecer os principais lançamentos
em equipamentos para construção e
mineração, que serão apresentados pelos principais
fabricantes do setor: BMC Hyundai, Case
Construction Equipment, Caterpillar, Develon,
John Deere, Wirtgen,
Komatsu, Liebherr, Liu-
Gong, Manitowoc, Müller,
New Holland Construction,
Sany, SDLG,
Volvo Construction Equipment, XCMG, Yanmar
e Zoomlion.
Rolf Pickert, CEO da Messe Muenchen do
Brasil, organizadora e promotora da 12ª edição
da M&T Expo, destaca que o público terá a oportunidade
de conhecer o futuro do mercado para
construção e mineração, uma vez que os fabricantes
realizam investimentos constantes para
atender as demandas dos mercados de construção,
infraestrutura, mineração, agronegócio, florestal
e indústria.
“Os equipamentos estão cada vez mais modernos,
com alta tecnologia embarcada, que vem revolucionando
a forma de operar as máquinas,
contribuindo para a maior produtividade, segurança,
qualidade e eficiência. Atualmente, também
estamos acompanhando as novidades em
eletrificação e outros tipos de motorização para
diminuir as emissões de carbono durante a operação”,
comenta Pickert.
Com o apoio institucional da Associação Brasileira
da Tecnologia para Construção e Mineração
(Sobratema), a M&T Expo 2024 – part of
bauma NETWORK, será palco ainda de lançamentos
nas áreas de içamento e movimentação
de cargas e pessoas, concreto e asfalto e de componentes
e serviços.
A feira contará com diversas atrações paralelas,
como a Arena de Demonstração, com máquinas
dos expositores em operação em tempo
real, e o Museu de Máquinas do Brasil, ativação
inédita no país, uma série de eventos de conteúdo
como congresso, seminário, simpósio, treinamentos,
cursos e o Seminário de Mineração de Agregados,
em parceria com a ANEPAC – Associação
Nacional das Entidades De Produtores de Agregados
para Construção, CSCM – Câmara Setorial
de Máquinas e Equipamentos para Mineração e
Cimento da ABIMAQ – Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos e Revista
Brasil Mineral.
Apoiadora do evento, a ABIMAQ participará
com estande para atendimento as mais de 30 empresas
associadas expositoras e ao público visitante
que buscam informações sobre o setor de máquinas
e equipamentos.
O credenciamento de visitantes é obrigatório
para entrada no evento e já está disponível neste
no site mtexpo.com.br.
Ano XXIII • nº 286 • Abril de 2024
INFORMAQ
13
TECNOLOgIA
Especialistas debatem a tecnologia Data Spaces,
Computação em nuvem e Tecnologias distribuídas no Brasil
De 18 a 22 de março, a ABIMAQ recebeu em
sua sede, em São Paulo, a reunião plenária
de grupos de trabalho do Subcomitê Internacional
da ISO, que operam as normas técnicas
internacionais de computação em nuvem e plataformas
distribuídas (ISO/IEC JTC 1/SC 38).
Membro desse subcomitê, o Brasil é representado
pelo Comitê Brasileiro de Tecnologias
da Informação e Transformação Digital –
ABNT/CB-021, e por uma Comissão de Estudos
responsável pelo relacionamento internacional.
O subcomitê conta também, com a participação
de mais 25 países e outros 26 atuam como observadores
das atividades.
No último dia desta reunião, o subcomitê recebeu
representantes da Secretaria de Governo Digital,
do Secretariado dos Diálogos Digitais Alemanha-Brasil
e da Associação Brasileira de IoT para
um debate sobre o uso de tecnologia para o avanço
do compartilhamento de dados e integração das cadeias
de valor e suprimento da indústria.
Membro do Subcomitê Internacional da
ISO, o Brasil é representado pelo Comitê
Brasileiro de Tecnologias da Informação
e Transformação Digital – ABNT/CB-
021, e por uma Comissão de Estudos
responsável pelo relacionamento
internacional. O subcomitê conta
também, com a participação de mais 25
países e outros 26 atuam como
observadores das atividades.
O Subcomitê debateu ainda, o impacto da utilização
das soluções de Data Spaces, originárias
da Europa e que são objetos de um dos projetos
de norma técnica. Esse debate faz parte de um
conjunto de workshops que vem sendo organizados
pela Deutsche Gesellschaft für Internationale
Zusammenarbeit (GIZ) Gmbh para identificar
oportunidades e desafios para a indústria e que,
conta com a participação da ABIMAQ.
Durante a reunião, foi apresentado o impacto
do uso de tecnologias digitais no atendimento inclusivo,
focando principalmente nos benefícios
oferecidos pela implementação do sistema Gov.br
de identificação digital do cidadão.
Estiveram presentes, 26 delegados da Alemanha,
Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia,
Irlanda, Estados Unidos, Japão e Reino Unido.
Mais 40 delegados participaram remotamente.
Participaram também, representantes da
ABNT, da International Data Spaces Association
e da Eclipse Foundation.
TrEINAMENTOS AbIMAQ
» Confira abaixo a programação de treinamentos disponíveis
para os meses de abril e maio de 2024.
» Site: www.abimaq.org.br/cursos » Tel.: (11) 5582-6321/6326 » E-mail: capacitacao@abimaq.org.br
11 e 12/04 das 9h às 18h →
PRESENCIAL - Técnicas de
Apresentação e oratória com
Storytelling
17/04 das 9h às 18h → PRESENCIAL-
Vendas Externas: Técnicas de Vendas &
Visitas Presencias para Representantes
& Vendedores
18 e 19/04 das 8h30 às 12h30 →
ONLINE - Capacitação em
Classificação Fiscal de Mercadorias -
Interpretação da Teoria e Aplicação
Prática
22 a 24/04 das 14h às 18h → ONLINE -
NR12 - Projetos Elétricos de Segurança
- Atualização 2023
23 e 24/04 das 8h30 às 12h30 →
ONLINE - Comportamento dos tributos
sobre as operações de Comércio
Exterior
25 e 26/04 das 9h às 12h → ONLINE -
Comunicação para Lideranças
29/04 das 09h às 17h → ONLINE -
Habilidades essenciais para alavancar
sua carreira
30/04 das 9h às 18h → PRESENCIAL-
Nova NR12 - Atualização 2023
30/04 das 9h às 17h → ONLINE -
Compras & Supply Chain na Cadeia
Produtiva de Máquinas e Equipamentos
06 a 10/05 das 9h às 12h → ONLINE -
Como Elaborar Manuais de Instruções
de Máquinas e Equipamentos em
Conformidade com a NR12 (julho/19) e
a Norma ABNT NBR 16746
09/05 das 14h às 18h → ONLINE –
CNV - Comunicação não Violenta
13/05 das 9h às 10h → ONLINE -
O Impacto da Liderança na Segurança
do Trabalho
14 INFORMAQ Ano XXIII • nº 286 • Abril de 2024
COMÉrCIO EXTErIOr
ABIMAQ participa da reunião Preparatória
para a VII Sessão Plenária da COSBAN
Divulgação GOV.BR
O objetivo do encontro foi pautar a
agenda e orientar a visita da
delegação presidencial à China
No dia 21 de março, no Palácio do Itamaraty,
em Brasília, a ABIMAQ marcou presença
em uma reunião preparatória com lideranças
do setor privado para a VII Sessão Plenária
da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de
Concertação e Cooperação (Cosban). Esse encontro,
que coincide com os 20 anos do Conselho,
reuniu diversas entidades empresariais para
alinhamento e discussão de interesses na relação
sino-brasileira.
O evento foi dividido em dois momentos distintos.
Inicialmente, contou com a participação do alto
escalão do Governo Federal, e posteriormente,
abriu espaço para a interação e contribuição do setor
privado, no qual a ABIMAQ, representada por
Patrícia Gomes, Diretora Executiva de Mercado Externo,
teve participação. A sessão foi presidida pelo
Vice-Presidente da República, Geraldo Alckmin, e
pela Secretária-Geral do Ministério das Relações
Exteriores, Maria Laura da Rocha.
Durante a Sessão Preparatória, diversos temas
de grande relevância foram abordados. Um dos
pontos destacados foi o apoio tanto do Brasil
quanto da China à descarbonização do transporte
marítimo, além do interesse mútuo em questões
como hidrogênio verde e créditos de carbono. Patrícia
Gomes, durante seu momento de fala, apresentou
os principais interesses da indústria brasileira
de máquinas e equipamentos nas relações sino-brasileiras.
Ela enfatizou segmentos estratégicos
como infraestrutura, transição energética, descarbonização
e, em particular, a crescente demanda
chinesa por produtos brasileiros. A participação
da ABIMAQ nesta reunião evidencia o compromisso
da associação em promover o diálogo construtivo
e buscar oportunidades de colaboração que
impulsionem o desenvolvimento econômico e tecnológico
entre Brasil e China.
Os demais setores que participaram do encontro
também ressaltaram a importância de temas como
a cooperação bilateral para enfrentar desafios
globais, a adequação de metodologias no mercado
de carbono e a facilitação da transferência de recursos
e pagamento dos créditos de carbono. Daniel
Godinho, Diretor de Sustentabilidade e Relações
Institucionais da WEG e Conselheiro da ABIMAQ
compartilhou a importância estratégica da China
para a empresa, destacando aquele mercado como
um foco central de suas operações. Das 52 fábricas
da empresa em 15 países, 4 delas estão na China.
Mulheres e Negócios Internacionais: evento em
São Paulo destaca a participação feminina nos
principais setores que movem a economia brasileira
ABIMAQ celebra assinatura do Compromisso ApexBrasil de Equidade de Gênero e
participa de ação com foco na maior representatividade feminina
No dia 18 de março, São Paulo foi
palco do evento "Mulheres e
Negócios Internacionais", uma
iniciativa conjunta do governo federal,
da ApexBrasil (Agência Brasileira
de Promoção das Exportações e Investimentos)
e da Folha de S.Paulo.
Transmitido ao vivo, o evento destacou
a importância da presença feminina
no mundo empresarial e discutiu
a falta de liderança das mulheres nesse
contexto.
O seminário reuniu autoridades e
representantes de diversos setores de
peso na economia brasileira, incluindo
o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana,
a diretora de Negócios da agência,
Ana Paula Repezza, representantes da
Embratur, ONU Mulheres, Ministério
Divulgação ApexBrasil
do Desenvolvimento, Indústria, Comércio
e Serviços (MDIC), Ministério
das Mulheres, Ministério do Desenvolvimento
Agrário e Agricultura Familiar,
além de parlamentares e representantes
do Ministério do Empreendedorismo,
da Microempresa e da
Empresa de Pequeno Porte. A ABI-
MAQ participou do evento e foi representada
pela Coordenadora de Inteligência
de Mercado da Associação,
Rayane Alvarenga.
ASSINATURA DO COMPROMISSO DE
EQUIDADE DE GÊNERO PELA ABIMAQ.
Paralelamente ao evento, a Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos (ABIMAQ) celebrou a
assinatura do Compromisso de Equidade
de Gênero. A ABIMAQ compartilha
da ambição da ApexBrasil de promover
um mundo mais justo, solidário
e diverso, especialmente no que diz
respeito à participação igualitária de
mulheres e homens nos diversos setores
da economia. O compromisso reforça
o apoio da ABIMAQ à iniciativa
da ApexBrasil para promover a equidade
de gênero, tanto dentro de suas
estruturas internas quanto na promoção
de maior participação feminina
nos negócios internacionais.
A realização do evento "Mulheres
e Negócios Internacionais" e a assinatura
do Compromisso de Equidade
de Gênero pela ABIMAQ representam
passos significativos na busca
por uma sociedade mais justa e igualitária.
Ambos os acontecimentos ressaltam
a importância da representatividade
feminina no mundo empresarial
e demonstram um compromisso
coletivo com a promoção da diversidade
e inclusão em todos os níveis
da indústria.
Ano XXIII • nº 286 • Abril de 2024
INFORMAQ
15
ECONOMIA
» Departamento de competitividade, economia e estatística
Acesse as pesquisas e estudos especiais do setor. » Tel.: (11) 5582-6347
» Site: https://bit.ly/2TRFF5z » E-mail: deee@abimaq.org.br
Setor apresentou resultado positivo em fevereiro,
mas ainda mantém queda no bimestre
› QUADRO GERAL
Dados do mês de fevereiro de 2024, a pesquisa
Indicadores Conjunturais da ABIMAQ, registrou
alta na receita líquida de vendas do setor de
máquinas e equipamentos. A alta ocorreu na
comparação mensal (5,8% com ajuste sazonal), já
na interanual houve queda (-14,0%). No período
( jan-fev24 em relação a jan-fev23), houve queda
tanto na receita oriunda de venda no mercado
interno quanto externo. As exportações em
dólares registraram desempenho negativo (-
9,2%). Ainda que a receita líquida tenha
melhorado em relação ao mês de janeiro, se
manteve abaixo do resultado de fevereiro de
2023. Os números observados no primeiro
bimestre do ano indicam que o baixo dinamismo
da atividade industrial, continuam impactando
negativamente os investimentos produtivos de
alguns segmentos.
O mês de fevereiro de 2024 encerrou com um
total de US$ 829 milhões em exportações de
máquinas e equipamentos nacionais. Esse
resultado veio abaixo 21,4% do observado no mês
de janeiro de 2024 (US$ 1 bi). O ano de 2023 foi
marcado pelo desempenho histórico das
exportações. No período, o setor exportou quase
US$ 14 bilhões em máquinas, superando o seu
recorde histórico que ocorreu em 2012. Naquele
ano, em média a indústria de máquinas exportou
US$ 1,16 bi ao mês, porém, o patamar registrado
neste início de ano de 2024 está levemente
inferior. As exportações medidas em quantidades
físicas também registraram queda neste início de
ano. Em relação ao mês de fev/23 a queda foi de
24,9% e em relação a jan/24 de 24,3%.
O mês de fevereiro de 2024 registrou
contração nas importações de máquinas e
equipamentos, em relação ao mês imediatamente
anterior (-7,2%), já em relação ao mesmo mês do
ano anterior (12,4%). No mês foram importados
US$ 2,1 bilhões em máquinas e equipamentos
contra US$ 2,3 bi em jan2/3. No mês de fev/23, as
importações foram de US$ 1,9 bilhões. No período
também houve queda das importações medidas
em quantidade física. Em relação ao mês de
jan/23, a queda foi de -8,5%, mas em relação a
fev/23 houve crescimento de 12,9%. O crescimento
das importações no acumulado do ano, ocorreram
a despeito da queda no consumo de máquinas
consumidas no Brasil, a partir, portanto, do
deslocamento da produção nacional.
O consumo aparente nacional de máquinas e
equipamentos, resultado da soma da aquisição de
bens produzidos localmente com os importados,
DESEMPENHO MENSAL • RECEITA LÍQUIDA
PERÍODOS SELECIONADOS - EM R$ BILHÕES
Mês / Mês anterior = +16,7% ( +5,8% CAS)
Mês / Mês do ano anterior = -14,0%
R$ bilhões constantes
24,28
22,37
19,23
32,67
no mês fevereiro, registrou alta na comparação
com o mês de jan/24 (+9,2% | com ajuste sazonal),
já em relação ao fev/23 (-4,5%) e jan-fev/23 (-
10,9%), atingiu R$ 49,2 bilhões no acumulado do
ano. A desaceleração da atividade nos diversos
setores da economia vem impactando
negativamente as decisões de investimentos no
país desde o ano de 2022 e a falta de
competitividade da indústria local subtraindo o
mercado consumidor que já é pequeno, dando
espaço ao bem importado. No período de janfev/24
apenas 53,7% das aquisições foram de
máquinas produzidas localmente.
› NUCI, PEDIDOS e EMPREGOS
O nível de utilização da capacidade instalada da
indústria brasileira de Máquinas e Equipamentos
subiu para 71,4% no mês de fevereiro, mas ainda
se encontra 7,7% abaixo do nível observado no
final no mesmo mês de 2023 (77,4%). Em média,
no período o setor operou com 2 turnos. Nos
últimos 12 meses ano o setor atuou em média com
Ano / Ano anterior = -17,5%
12 meses / 12 meses anteriores = -12,4%
2010-2013 2016-2017 2022 2023 2024
› 2024 = -43,1% contra a média de 2010-2013
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Fonte: DCEE/ABIMAQ. Nota: Deflator utilizado – coluna 32 – FGV
74,8% da sua capacidade instalada.
A carteira média de pedidos, medida em
semana para o seu atendimento, durante o mês
fevereiro estabilizou em 9,4. Dentre os setores
fabricantes, os que estão com carteira baixa são os
que produzem máquinas destinadas a indústria,
para agricultura e para construção civil.
O mês de fevereiro de 2024 encerrou com
leve queda da mão de obra (-0,4%), contudo, o
quadro geral é de leve estabilidade, no atual
patamar. O setor continua com um pouco mais
de 10 mil pessoas a menos no quadro de pessoal
quando comparado com o mês de setembro de
2022, período que registrou número recorde de
pessoas empregadas no setor. Em relação ao
mesmo mês do ano passado o setor encolheu
1,7% a sua força de trabalho. Os setores que
registraram os maiores cortes no nível de
pessoas empregadas, foram os destacados pela
piora na receita de vendas já em 2023, os
fabricantes de máquinas agrícolas e de máquinas
para a indústria de transformação.
16 INFORMAQ Ano XXIII • nº 286 • Abril de 2024
rEFLEXÃO › PATrICIA GOMES
Possui MBA em relações governamentais pela Fundação Getúlio Vargas e é diretora executiva de mercado
externo da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas
A IMPOrTÂNCIA DO FINANCIAMENTO À
EXPOrTAÇÃO DE BENS E SErVIÇOS
Divulgação
Observamos uma menor participação das exportações
de bens manufaturados na balança
comercial brasileira, atualmente em
torno de 30%. Essa menor relevância da participação
dos bens manufaturados na pauta exportadora
brasileira se dá, entre outros motivos, por
uma fragilização do Sistema Oficial de Financiamento
e Garantias às Exportações Brasileiras,
ocasionado pela falta de previsibilidade, governança,
transparência e recursos orçamentários.
Nesse sentido, entendemos que a ausência
de um ator relevante como o BNDES= Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social,
no apoio às exportações de serviços, com
consequente impacto no setor de bens manufaturados,
só fez com que os exportadores brasileiros
ficassem em desvantagem em relação
aos seus concorrentes internacionais, em um
ambiente altamente competitivo.
O crédito à exportação é uma atividade de
Estado inerente a todas as economias industrializadas,
como China, Estados Unidos, Coreia
do Sul, Alemanha, entre outras, orientando principalmente
para atender operações de maior
risco e de longo prazo, onde há maior ausência
de atuação por parte do setor privado. Os sistemas
desses países ofertam apoio oficial, por
meio de políticas estruturadas de financiamento
e garantias, visando assegurar à exportação de
seus produtos e serviços maior competitividade,
gerando assim mais renda, impostos, empregos
e divisas às suas economias. Sendo assim, é de
se questionar e lamentar a ausência de um banco
de desenvolvimento da relevância do BNDES
do rol de instrumentos do Estado brasileiro de
fomento às exportações de serviços.
Segundo informações do BNDES, os desembolsos
do banco apresentaram forte retração,
saindo de volume US$ 11,3 bilhões em 2010 para
US$ 627 milhões em 2022. Nos últimos 5 anos,
a participação média dos desembolsos do Banco
na pauta brasileira de exportação foi de apenas
0,4%, ante 3,5% no final da década passada.
A exportação de serviços de engenharia para
obras no exterior representou 10% do total das
linhas de comércio exterior do BNDES e 1,3%
do total de desembolsos do Banco, com exportações
para 15 países, beneficiando não somente
as empresas de engenharia, mas também subfornecedores
de bens, a exemplo, máquinas e
equipamentos, confecção, calçados, entre outros.
De acordo com o BNDES, dos US$ 10,5 bilhões
financiados, US$ 3,4 bilhões consistiram
diretamente na exportação de bens brasileiros
e US$ 449 milhões em serviços fornecidos pelas
prestadoras de serviços de engenharia.
É nesse cenário, que a Associação Brasileira
da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABI-
MAQ) apoia a apresentação pelo Poder Executivo
ao Congresso Nacional do Projeto de Lei
Espera-se por parte da
indústria, o engajamento do
Legislativo na discussão
correta e sensata desse
Projeto de Lei. O acesso
aos recursos competitivos
para fomentar às
exportações brasileiras
de bens e serviços é
fundamental para
alavancar a
competitividade da
indústria brasileira no
mercado internacional.
nº. 5.719, de 2023, que autoriza o BNDES a constituir
subsidiárias integrais ou controladas, além
de dispor sobre a concessão de financiamento
à exportação brasileira de bens e serviços.
Dada importância do tema para o setor produtivo,
espera-se por parte da indústria, o engajamento
do Legislativo na discussão correta
e sensata desse Projeto de Lei. O acesso aos recursos
competitivos para fomentar às exportações
brasileiras de bens e serviços é fundamental
para alavancar a competitividade da indústria
brasileira no mercado internacional.
É sempre bom salientar que a competividade
exportadora é fundamental para a inserção de
qualquer país no comércio internacional, o que
está relacionado, entre outros fatores, na disponibilidade
de financiamento e garantias adequados
e alinhados às melhores práticas internacionais.
O Projeto de Lei traz, em boa medida, respostas
às preocupações externalizadas pelo
Congresso Nacional sobre a concessão de financiamentos
por parte do BNDES, como a
proibição na concessão de novas operações de
crédito a países que estejam inadimplentes com
o Brasil.
O texto também consigna em lei que o
BNDES deve manter atualizado, em seu site,
informações financeiras sobre a lista de financiamentos
à exportação de serviços concedidos
aos países, assim como deve apresentar a Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado
Federal, relatório com a indicação do objeto,
das condições financeiras, dos resultados
para a economia brasileira e dos principais aspectos
socioambientais, observando dessa forma
os princípios de transparência e publicidade à
sociedade brasileira.
A ABIMAQ acredita que os Poderes Executivo
e Legislativo devem estar fortemente engajados
– e, essencialmente focados –, não apenas
na garantia de disponibilidade de recursos orçamentários
para o Sistema de Apoio Oficial às
Exportações e de Garantias, mas, sobretudo na
melhoria do ambiente de negócios e na promoção
da eficiência no acesso ao crédito. Sem esses
elementos fundamentais, o setor produtivo não
terá a estabilidade conjuntural e previsibilidade
necessárias para estabelecer suas estratégias de
comércio e atuação internacional.