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INFORMAQ | Nº 278 | julho de 2023 | Ano XXIII

Publicação de ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ

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ENTREVISTA EXCLUSIVA / P. 10

Deputado Luiz Carlos Hauly e deputado Reginaldo Lopes falam

sobre a importância da aprovação da Reforma Tributária

ARTIGO / JOSÉ VELLOSO / P. 28

POLÍTICA INDUSTRIAL

BASEADA EM MISSÕES

CONTEÚDO

DESTINADO PARA

PRESIDÊNCIA,

DIRETORIA,

DEPARTAMENTOS

TÉCNICOS

E RELAÇÕES

GOVERNAMENTAIS

PUBLICAÇÃO DE ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ - NÚMERO 278 | JULHO DE 2023 | ANO XXIII

Guilherme Martimon/MAPA

GOVERNO ANUNCIA LANÇAMENTO

DO PLANO SAFRA 2023/24

Com o aporte de R$ 364,22 bilhões para a produção agropecuária e R$ 77,7 bilhões para a Agricultura Familiar, o programa conta também

com novas linhas de financiamento que visam aumentar a produtividade no campo e aquecer a indústria nacional. Pág. 18

ABIMAQ EM AÇÃO/ PÁGS. 3 E 7 CÂMARAS SETORIAIS E REGIONAIS/ PÁGS. 14, 15 E 16

DIA DA INDÚSTrIA

Com a participação da ABIMAQ, a data

foi marcada por diálogos voltados para

o setor empresarial, com especialistas

que discutiram o impacto positivo do

crescimento e fortalecimento industrial

nos principais setores da economia.

CNDI

Com o foco em inovação, competitividade e sustentabilidade, o Conselho

de Desenvolvimento Industrial visa contribuir com uma nova política

industrial para o país e vai contar com a participação da ABIMAQ.

rEUNIÃO DO CONSELHO DE HIDrOgÊNIO

Encontro com especialistas discutiu as Potencialidades e Desafios

da Produção de Hidrogênio Verde no Brasil.

FOMENTO DE CrÉDITO NO rIO DE JANEIrO

ABIMAQ e AgeRio assinam acordo de cooperação para fomentar o

setor de máquinas e equipamentos.

ABIMAQ PArTICIPA DO ENCONTrO NACIONAL DE

FErrAMENTArIAS

A 15ª edição da ENAFER debateu o contexto atual do mercado e a

inovação em direção à indústria 4.0.


2 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

EDITOrIAL › GINO PAULUCCI Jr.

Sócio da Polimáquinas e presidente do Conselho

de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ

A IMPOrTÂNCIA DA rEDUÇÃO DOS

JUrOS PArA O SETOr INDUSTrIAL

Aindústria de máquinas e equipamentos

sempre desempenhou um papel crucial

no desenvolvimento econômico do país,

fornecendo os meios necessários para o aumento

da produtividade, aprimoramento da

eficiência e modernização dos processos produtivos

em diversos setores. No entanto, temos

enfrentado desafios significativos com o Custo

Brasil, sendo o mais significativo deles no momento

é a elevada taxa de juros, que trava e limita

a capacidade de investimentos e afeta negativamente

o crescimento do setor, que tem

enfrentado um processo de desindustrialização.

A taxa de juros é um indicador que reflete

o custo do dinheiro no mercado financeiro e,

quando estão elevados, o acesso ao crédito se

torna mais difícil e oneroso para as empresas,

principalmente para as de menor porte.

Nesse contexto, a redução dos juros se

torna uma medida de extrema importância

para o setor industrial, uma vez que influencia

diretamente os investimentos, a produção e a

capacidade de expansão das empresas, que necessitam

de recursos financeiros para estarem

atualizadas com as últimas tendências e avanços

tecnológicos para manterem-se competitivas

em um mercado globalizado.

Com o juro mais baixo, as empresas podem

obter financiamentos a taxas mais atrativas, o

que facilita a aquisição de equipamentos de

última geração. Máquinas modernas oferecem

maior eficiência energética, maior precisão,

maior capacidade produtiva e melhores recursos

tecnológicos, o que resulta em produtos

de melhor qualidade, redução de custos e aumento

da produtividade.

Além dos benefícios para as empresas, a

queda dos juros também resultaria em um

Com taxas de juros mais

atrativas, o país se torna mais

competitivo em relação a outros

mercados, incentivando

empresas estrangeiras a

investirem e estabelecerem suas

operações. Esses investimentos

trazem consigo tecnologia,

conhecimento e expertise,

fortalecendo e impulsionando a

economia nacional.

grande impacto positivo na economia como

um todo, visto que o crescimento desse setor

estimula e impulsiona a demanda por mão de

obra qualificada, o que pode resultar na criação

de novos empregos. Além disso, o aumento da

produção e da eficiência das indústrias resultaria

em maior geração de receitas e impostos,

o que fortaleceria a arrecadação governamental.

As elevadas taxas básicas de juros que presenciamos

atualmente, colocaram os juros de

mercado nas alturas, impactando negativamente

a renda das famílias e das empresas. Ao

analisar os indicadores recentes de atividade

econômica, se observa uma importante desaceleração.

Os investimentos em máquinas e

equipamentos, já em queda no último trimestre

de 2022, registraram queda de 6,5% neste

início de ano, podendo comprometer o futuro

do crescimento do país.

Para que a redução dos juros seja efetiva, é

fundamental que haja uma política governamental

clara e consistente, de modo a garantir

taxas competitivas, a criação de linhas de crédito

específicas e o incentivo à inovação, reduzindo

o Custo Brasil. Dessa forma, a indústria

de máquinas e equipamentos poderá

desempenhar todo o seu potencial como impulsionadora

do desenvolvimento econômico

e tecnológico brasileiro.

Nós estamos passando por uma transformação

digital no mundo e o Brasil tem que

acompanhar e pautar a consolidação de um

ambiente macroeconômico favorável aos investimentos

produtivos para a neo reindustrialização

e para a formação de parcerias internacionais,

que podem abrir novas

oportunidades de negócios. Com taxas de juros

mais atrativas, o país se torna mais competitivo

em relação a outros mercados, incentivando

empresas estrangeiras a investirem e estabelecerem

suas operações. Esses investimentos

trazem consigo tecnologia, conhecimento e

expertise, fortalecendo e impulsionando a economia

nacional.

A redução da taxa SELIC mais as reformas

estruturais em curso, como o novo arcabouço

fiscal e a reforma tributária, deve colocar o

país em um novo patamar de desenvolvimento.

Com esforços conjuntos, é possível superar

os desafios e abrir caminho para um setor

de máquinas e equipamentos mais robusto e

resiliente, capaz de impulsionar o PIB de

forma sustentável, o avanço tecnológico e a

competitividade da indústria brasileira como

um todo.

COORDENAÇÃO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA

Vera Lucia Rodrigues - MTB: 11664

REDAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA

Vervi Assessoria e Comunicações

(veralucia@grupovervi.com.br); Carla Cunha -

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Cristina Zanella, José Velloso, Lariza Pio,

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Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

3

AbIMAQ EM AÇÃO

ABIMAQ participa de solenidades em comemoração ao Dia da Indústria

MyKe Sena/Câmara dos Deputados

FRENTE PARLAMENTAR MISTA

DA INDÚSTRIA É LANÇADA NA CÂMARA

DOS DEPUTADOS, EM BRASÍLIA

Com a presença da ABIMAQ e outras entidades

do setor industrial, no último dia 24 de maio,

foi lançada na Câmara dos Deputados, em

Brasília, a Frente Parlamentar Mista da Indústria.

Com apoio e incentivo da ABIMAQ para a criação,

a Frente, que será presidida pelo deputado

José Rocha (União-BA), tem por objetivo trabalhar

em conjunto a aprovação da Reforma Tributária

e demais pautas de interesse do setor que

possam assegurar a retomada da reindustrialização

do Brasil.

“A adoção de políticas públicas é decisiva para

o avanço industrial do Brasil e cabe ao Congresso

Nacional contribuir com essa recuperação e com

a construção de um ambiente mais favorável ao

desenvolvimento do setor por meio de implementação

de medidas que incentivam os investimentos

em pesquisa e inovação”, frisou José Rocha na

oportunidade.

Presente no evento, o vice-presidente da República

e ministro do Desenvolvimento, Indústria,

Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin,

afirmou que vai trabalhar em conjunto com

a Frente pela recuperação da indústria e para

construir uma proposta de política industrial. Para

isso, acredita que a aprovação da Reforma Tributária,

a queda dos juros e a redução do Custo

Brasil serão fundamentais para a retomada do

crescimento do setor.

EVENTO COMEMORATIVO PROMOVIDO PELA FIESP DISCUTE O IMPACTO POSITIVO DO

CRESCIMENTO E FORTALECIMENTO DA INDÚSTRIA NOS PRINCIPAIS SETORES DA ECONOMIA

Em comemoração ao Dia Nacional da Indústria, celebrado

em 25 de maio, o evento, realizado na sede

da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de

São Paulo), contou com a participação de renomados

nomes nacionais e internacionais relacionados

ao setor industrial, sendo a ABIMAQ representada

pelo seu Presidente do Conselho de Administração,

Gino Paulucci Jr. e pelo seu Presidente-executivo,

José Velloso, que recebeu o convite pela presidência

da República a comparecer a celebração, após reunião

em Brasília, onde esteve presente no lançamento

da Frente Parlamentar Mista da Indústria ao

lado do vice-presidente, Geraldo Alckmin.

O primeiro Painel do dia teve como tema A Nova

Política Industrial, e promoveu uma discussão

sobre a experiência internacional das novas políticas

industriais, em consonância com os principais

desafios do desenvolvimento do século 21. O objetivo

foi explorar os mecanismos e instrumentos de

políticas necessárias para sustentar uma indústria

próspera, destacando a importância de otimizar investimentos

públicos e privados.

A Reforma Tributária para o Crescimento

Econômico foi o tema do segundo painel. Na oportunidade,

Bernard Appy - Secretário Extraordinário

da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda,

e o Deputado Federal Reginaldo Lopes - Coordenador

do GT sobre o sistema Tributário Nacional,

debateram as principais diretrizes para a atual Reforma

do Sistema Tributário Nacional.

O terceiro painel falou sobre a Desindustrialização

e os Novos Desafios da Geopolítica e do

Reshoring, e trouxe uma perspectiva sobre as questões

geopolíticas atuais e as experiências internacionais

recentes em políticas industriais, refletindo

sobre os desafios e as oportunidades para a indústria

brasileira.

Financiamento para o Desenvolvimento da

Indústria foi o tema do quarto painel, que discutiu

os papéis dos mercados de capitais, dos bancos de

investimento e dos bancos de desenvolvimento na

promoção da indústria e do crescimento econômico.

O quinto painel debateu o Fortalecimento das

Pequenas e Médias Empresas e tratou dos principais

desafios e os mecanismos necessários para

apoiar e fortalecer as MPME's.

ENCERRAMENTO. O presidente da FIESP - Josué

Gomes da Silva, comentou que os países ocidentais

de grande porte que cresceram e se tornaram

prósperos, foram capazes de promover uma distribuição

de renda equitativa, mas, acima de tudo,

construíram uma classe média forte e robusta, que

desempenharia um papel essencial no fortalecimento

socioeconômico e da democracia, incentivando

assim a criação de oportunidades e a construção

de uma sociedade mais justa e próspera.

“Nós poderemos reindustrializar o Brasil e isso

é fundamental para fortalecermos de novo a classe

média e termos segurança de que a nossa democracia

estará forte e pujante”, explicou o presidente.

Ministro da Fazenda – Fernando Haddad, frisou

que o plano do governo é apoiar a indústria para

o desenvolvimento nacional e que todo o esforço

feito é para dar garantia de estabilidade para os indicadores

macroeconômicos que já respondem favoravelmente.

“Isso nos dá garantia de que estamos no caminho

certo, substituindo uma regra fiscal anacrônica

por uma moderna que atende aos interesses de um

país em desenvolvimento”, acrescentou o Ministro.

“Nosso sistema tributário não é bom e precisa

ser mudado! Se esta é uma realidade nacional,

nos incumbe como obrigação cívica no Congresso

Nacional, aprovarmos a Reforma Tributária

para darmos um novo cenário para o nosso país”,

completou Rodrigo Pachecco – presidente do

Senado Federal.

Finalizando as apresentações Geraldo Alckmin

– vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento,

Indústria, Comércio e Serviços

(MDIC), explicou que a Reforma Tributária dará

um salto importante em eficiência, redução de Custo

Brasil, simplificação e fomentará as exportações.

O presidente da República - Luiz Inácio Lula

da Silva (PT), em seu discurso de encerramento,

frisou a necessidade da adoção de uma Política Industrial

competitiva e moderna, que leva em conta

os avanços tecnológicos e a necessidade da transição

energética. “Para ter um país e uma indústria

forte, é preciso ter trabalhadores fortes, ganhando

salários justos e podendo ser consumidores do que

eles produzem”, finalizou.

BNDES ANUNCIA MEDIDAS PARA O FORTALECIMEN-

TO DAS INDÚSTRIAS NACIONAIS. Durante a realização

do Seminário “Indústria Forte, País Forte”,

promovido pela FIESP, o presidente do Banco,

Aloizio Mercadante, anunciou o pacote promovido

pela entidade, que inclui a disponibilização de R$

2 bilhões de recursos na taxa fixa em dólar para as

empresas brasileiras exportadoras com receita em

moeda americana ou atrelada à variação cambial; a

redução dos spreads para financiar a produção de

bens nacionais voltados à exportação; e a disponibilização

de R$ 20 bilhões para o financiamento

dos projetos de inovação, tendo por juros a Taxa

Referencial (TR), com custo de 1,7% ao ano e dois

anos de carência.

“Não existe inovação com TLP (Taxa de Longo

Prazo). Vai ter dinheiro para inovação do BNDES a

custo barato”, afirmou Mercadante.

MENOS JUROS PARA MPMES EXPORTADORAS.

Quanto ao BNDES Exim Pré-Embarque, que financia

a produção de bens nacionais a serem exportados,

o spread cobrado pelo Banco será reduzido em

até 60%. A alteração é resultado do processo de revisão

dos spreads na Política Operacional do

BNDES, que reforça a atuação do Banco em alguns

objetivos prioritários, como o fortalecimento da indústria,

o apoio às MPMEs e o aumento das exportações

brasileiras, em alinhamento com a nova estratégia

geral da instituição.


4 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

AbIMAQ EM AÇÃO

ABIMAQ participa da criação de novas frentes

parlamentares no Estado de São Paulo

Principal objetivo é promover debates e reforçar a união entre o poder público e o setor privado

para alavancar o desenvolvimento estadual.

AABIMAQ, representada por Anita Dedding

(Gerente Divisional de Tecnologia) e João

Alfredo (Diretor de Tecnologia), esteve presente

no lançamento da Frente Parlamentar pelo

Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e sua Integração

com o Mercado de Trabalho, realizado

em 1° de junho.

A Frente Parlamentar tem como objetivo, estruturar

e sugerir um Projeto de Lei e Políticas

Públicas / Privadas que efetivamente aproximem

e aprimorem o relacionamento entre as empresas

e o ecossistema de inovação paulista (Universidades,

Parques Tecnológicos, Laboratórios, Incubadoras

e Aceleradoras de Startups entre outras

Instituições), visando aumentar a competitividade

da economia paulista e apresentar soluções

inovadoras para problemas para as diversas áreas

de nossa sociedade.

A Frente Parlamentar deverá, entre outras,

incentivar:

» A busca de soluções inovadoras para problemas

concretos do cotidiano da população,

em especial às áreas mais vulneráveis: habitação,

saúde, transporte, educação, lazer e

empregos;

» Uma política de geração de empregos qualificados;

» A criação de ambientes voltados para o desenvolvimento

de conhecimentos como observatórios,

inovação tecnológica, integrando

instituições públicas e privadas, startups,

para atender demandas e promover a oferta

para o desenvolvimento econômico e empregabilidade

referenciadas em leis, fundos

e programas de fomento

Para o presidente da Frente Parlamentar, deputado

Luiz Claudio Marcolino (PT), a iniciativa

poderá representar o aumento na competitividade

econômica de São Paulo e o fomento na geração

de novos empregos.

"Queremos construir uma ponte entre o

ecossistema de pesquisa, desenvolvimento e

inovação (PD&I) e a sociedade. Incentivar soluções

inovadoras e geração de empregos qualificados,

especialmente para os segmentos sociais

mais vulneráveis", explicou Marcolino, durante

a solenidade.

» Luiz Claudio Marcolino (PT), coordenador da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento

da Ciência, Tecnologia e sua Integração com o Mercado de Trabalho

Bruna Sampaio

Durante o lançamento, o governador do Estado,

Tarcísio de Freitas, reforçou que o desenvolvimento

econômico e o social são inseparáveis e precisam

caminhar juntos. “Não existem questões isoladas,

todos os desafios se conectam, e temos que promover

o desenvolvimento econômico se quisermos fazer

justiça social”, completou Tarcísio.

O evento realizado dia 07 de junho, no Palácio

dos Bandeirantes, em São Paulo, e coordenado

pela deputada estadual, Carla Morando, contou

com as presenças de José Velloso, que esteve representando

a ABIMAQ; do secretário-chefe da

Casa Civil, Arthur Lima; do secretário-chefe da

Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado,

coronel Henguel Ricardo Pereira; dos secretários

de Estado, Jorge Lima (Desenvolvimento

Econômico); Gilberto Kassab (Governo e Relações

Institucionais); Guilherme Afif Domingos

(Projetos Estratégicos) e Guilherme Derrite (Segurança

Pública); do senador Marcos Pontes; de

parlamentares, prefeitos e líderes de entidades

da indústria, comércio e serviços.

» Tarcísio de Freitas, governador

do Estado de São Paulo

FRENTE PARLAMENTAR DO DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO DO

ESTADO DE SÃO PAULO

A Frente Parlamentar está comprometida a trabalhar

pela aprovação de propostas que facilitem o

empreendedorismo e a desburocratização normativa

e tributária das atividades produtivas em São

Paulo. O grupo reúne 30 integrantes – cinco efetivos

e 25 membros apoiadores – para ampliar o

diálogo entre o poder público e representantes do

setor privado para o fomento do desenvolvimento

econômico, da indústria, do comércio e dos serviços

em São Paulo.


Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

5

AbIMAQ EM AÇÃO

Evento apresentou as diretrizes e estratégias do

BNDES para fomentar o crédito nas indústrias

Na oportunidade, Banco Nacional assinou acordo de cooperação para promover e ampliar o acesso de crédito

para às MPMEs

Aimportância das ideias que o

BNDES tem tido para a criação

de linhas de crédito que não

precisam alterar a legislação e que

não mexam com qualquer tipo de

subsídio, foi destacada por José Velloso,

presidente-executivo da ABI-

MAQ, em seminário realizado na sede

da FIESP. No entanto, para Velloso, a

alavancagem de novos recursos para

o fomento às MPMEs passa também

por uma mudança da atual TLP; e a

adoção da fixação do spread nas linhas

indiretas. “Hoje, 80% das máquinas

e equipamentos adquiridos

no Brasil são com capital próprio.

Não existem condições de alavancar

a indústria no país esperando que os

pequenos e o micro empresários

comprem equipamentos e façam in -

vestimentos de capital próprio”,

completou Velloso.

Para o diretor de crédito digital

do BNDES, Alexandre Abreu, uma

das soluções pode ser o tabelamento

dos spreads, e a adoção de um modelo

próximo ao FGI, onde quem

trabalha com uma taxa menor ganha

mais limites. “É preciso fazer algumas

experiências, mas temos que

sair da situação hoje, que o spread é

completamente livre, para algo menos

complicado”.

Promovido pela Federação e o

Centro das Indústrias do Estado de

São Paulo (FIESP e CIESP) e o Banco

Nacional de Desenvolvimento Econômico

e Social (BNDES), o seminário

“Desafios e Oportunidades de

Crédito com o BNDES” abordou a

atuação do Banco para a retomada da

reindustrialização do Brasil; além dos

desafios, perspectivas e soluções

ofertadas para as micro, pequenas e

médias indústrias.

Presente no evento, o presidente

do BNDES, Aloizio Mercadante, ao

lado do diretor de crédito digital do

Banco, assinou um acordo com a

FIESP e a CIESP, que estreitam a

cooperação entre as entidades, de

modo a promover ações conjuntas no

acesso das MPMEs às linhas e plataformas

digitais do Banco Nacional, a

fim de fomentar investimentos que

aumentem a produtividade e competitividade

das indústrias.

De acordo com Mercadante, os

países que têm bancos e entidades de

fomento são os que mais cresceram

nos últimos anos. “Os bancos públicos

sempre tiveram um papel muito

» Seminário Desafios e Oportunidades de Créditos com BNDES

com a presença do presidente da entidade, Aloizio Mercadante

importante no desenvolvimento do

país, e o BNDES tem muito a contribuir,

pois não se opõe ao setor privado

e pensa a longo prazo.”

As ações previstas no acordo podem

ser divididas em cinco eixos: intercâmbio

de informações para aprimorar

as Políticas Operacionais e os

processos do BNDES voltados às

MPMEs; capacitação das equipes da

FIESP e do CIESP nas linhas de

apoio às MPMEs no âmbito do

BNDES Digital; realização de rodadas

de crédito, na capital e no interior

de São Paulo, com a participação

dos agentes financeiros credenciados

no BNDES; realização de pesquisas

periódicas sobre o crédito do

BNDES para as MPMEs; e divulgação

permanente e atualizada das políticas,

formas de atuação e plataformas

digitais do BNDES para acesso de

MPMEs às linhas de financiamento

do Banco e outras soluções disponíveis

nessas plataformas.

Para o presidente da FIESP em

exercício, Dan Ioschpe, o BNDES

possui um papel fundamental para a

aceleração da indústria e, consequentemente,

do país. “Sem o progresso

da indústria não será possível ter o

avanço socioeconômico esperado para

o país.”

Na visão do presidente do Ciesp,

Rafael Cervone Neto, as ações, que

envolvem o apoio e a quantidade de

recursos disponibilizados pelo

BNDES para o setor, criam uma agenda

positiva para que o Brasil aumente

a geração de renda, emprego, conhecimento

e educação. “É um crescimento

não só para a indústria, mas

para o país como um todo.”

CARTÃO BNDES. Ao destacar o apoio

do BNDES às MPMEs, Mercadante

reforçou que o Banco trabalha para

lançar um novo cartão BNDES nos

próximos meses, e ressaltou o plano

de dobrar os desembolsos da instituição

para 2% do Produto Interno

Bruto (PIB), retomando o patamar

histórico.

De acordo com Alexandre Abreu,

diretor de crédito digital do BNDES,

o novo cartão será uma forma rápida

e acessível para dar crédito aos clientes.

“Será um crédito pré-aprovado

de amplo conhecimento para que as

empresas possam ter mais tranquilidade,”

finalizou.

APOIO DO BNDES ÀS INDÚSTRIAS.

Durante o seminário, o diretor de

Desenvolvimento Produtivo, Comércio

Exterior e Inovação do

BNDES, José Luis Gordon, relembrou

às ações realizadas desde janeiro

pela entidade, como a aprovação

da mudança da taxa de juros para linhas

de inovação e digitalização, e

também o uso da Taxa Referencial

(TR) para investimentos em inovação

com recursos da FINEP (Financiadora

de Estudos e Projetos), e

destacou o princípio estratégico do

Banco em apoio a um setor industrial

verde e sustentável.

Além disso, desde o início do ano,

o Banco efetivou a reabertura das linhas

do Plano Safra, linha criada para

o setor do agronegócio com uma taxa

competitiva; a prorrogação do Fundo

Garantidor para Investimentos

(FGI); e a disponibilização de R$ 5 bilhões

por ano em recursos para financiar

a inovação, utilizando a Taxa Referencial

(TR).

ALTERNATIVAS DE CRÉDITO. Durante

o evento, Renato Corona, superintendente

do Departamento da Micro,

Pequena, Média Indústria e Acelera

Fiesp (Dempi/Acelera) e do Departamento

de Competitividade, Tecnologia

e Inovação (Decomtec) da Fiesp,

apresentou duas pesquisas desenvolvidas

pela entidade sobre as alternativas

de crédito do BNDES, e enfatizou

a importância do cartão BNDES

para os pequenos empresários.

“Quando o cartão sai e entra o

BNDES Finame, nós temos o aumento

do ticket médio das operações.

Precisamos chegar nas empresas e retomar

o cartão, que é algo que está na

mente dos empreendedores”, resumiu

Renato.


6 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

AbIMAQ EM AÇÃO

Fórum de Assuntos

Trabalhistas aborda os

incidentes de segurança

cibernética e a proteção dos

dados pessoais

Evento discutiu a importância da construção de uma

estratégia de resposta cabível a potenciais danos, e o

panorama legislativo referente a regulação da proteção

de dados e do tratamento de informações pessoais

Debatendo os incidentes de segurança

envolvendo os dados

pessoais, uma preocupação cada

vez mais comum no mundo digital

atual, o Fórum de Assuntos Trabalhistas

do mês de junho, evento promovido

pela ABIMAQ/SINDIMAQ e

a ABINEE/SINAEES, trouxe as principais

estratégias para garantir a proteção

de dados dos titulares na figura

dos profissionais responsáveis que

realizam o tratamento dessas informações,

de modo que assegure os direitos

e os ‘quereres’ de todas as partes

envolvidas nessas operações.

De acordo com o advogado Henrique

Rocha, especialista em direito

digital e sócio na Peck Advogados,

graças ao momento legislativo regulatório

que o tema passa, a segurança

das informações pessoais traz riscos

e oportunidades para as organizações.

A lei foi discutida, votada, implementada,

e ensejou na inclusão de

uma Emenda Constitucional 115, que

trata da existência do direito fundamental

à privacidade e à proteção de

dados pessoais.

“Uma legislação que está indo

para o sexto ano e que conta com

uma série de capítulos que foram

construídos com muito esforço por

profissionais e entidades. Recentemente,

em fevereiro de 23, foi publicada

a norma de dosimetria das sanções

envolvendo as multas. Oriunda

da Lei Geral de Proteção de Dados,

isso mostra que temos plena eficácia

e capacidade sancionatória por parte

da autoridade.”

Segundo Henrique Rocha, é preciso

ficar atento e avaliar o artigo 48

da LGPD (Lei Geral de Proteção de

Dados). Nele, determina-se que nos

casos em que haja ou exista, ainda

que sob suspeita, uma alta probabilidade

de risco relevante para o titular,

seja feita uma comunicação dos

fatos para a ANPD (Autoridade Nacional

de Proteção de Dados). Para

isso, algumas características ainda

precisam ser mais esclarecidas e

construídas pela autoridade junto

com a sociedade e associações.

“Será preciso aplicar

características de

segurança, medidas

técnicas, administrativas

e organizacionais,

trabalhando com a

conscientização da

equipe, e implementar um

processo de Gestão de

Risco relacionados à

proteção de dados.”

› Henrique Rocha,

especialista em direito

digital e sócio na Peck

Advogados

LEI 13.709/2018 - LGPD. A aplicação

da lei envolve todo tipo de tratamento

de dados pessoais no território nacional.

Atualmente existe uma previsão

também no tocante ao tratamento

de dados para investigações criminais,

que está em Brasília, para a promoção

do processo legislativo penal.

“Com isso, passamos a ter a criação e

revisão de todas as políticas, normas

e procedimentos das empresas, adequando

os processos operacionais

que envolvam os dados pessoais”,

analisou Henrique.

Para o especialista, o artigo 6,

que trata sobre a segurança e a prevenção,

irá direcionar de forma

substancial o papel das empresas no

tocante e a adequação à legislação.

“Será preciso aplicar características

de segurança, medidas técnicas, administrativas

e organizacionais, trabalhando

com a conscientização da

equipe, e implementar um processo

de Gestão de Risco relacionados à

proteção de dados.”

O processo é de fundamental importância,

pois, de acordo com Rocha,

este tipo de matéria já está sendo

discutido nas cortes superiores para

estabelecer como será feito o entendimento

para o grau de responsabilidade

referente às infrações e responsabilização

oriundas da LGPD. “A

ideia é que as empresas e seus funcionários

tenham uma gestão destes riscos,

observando negócio, informação

e ação, para inibir a existência de vulnerabilidades

e ameaças, diminuindo

o impacto e aumentando as medidas

de segurança, porque assim você consegue

proteger sua companhia.”

PREVENÇÃO ESTRATÉGICA E RES-

POSTAS AOS INCIDENTES. Para Henrique

Rocha, apesar da lei e a série

de recomendações apresentadas pela

APND no decorrer dos anos, é

preciso que as empresas sempre

atualizem e ajustem seus programas

de prevenção à proteção de dados.

Números recentes apontam que o

Brasil, no segundo semestre do ano

passado, superou os Estados Unidos

na quantidade de usuários que tiveram

seus dados violados. “É importante

que todos estejam preparados

para esse tipo de situação. A adoção

de sistemas em nuvem, por exemplo,

pode ajudar, mas não assegura

100% de eficácia. Portanto, realizar

simulações de crise de forma constante

pode ser a melhor saída para a

organização estar apta a enfrentar

um tipo de incidente.”

A resposta que a organização terá

contra qualquer eventualidade,

dependerá muito da dinâmica do incidente,

das contribuições que o

controlador tenha feito, e da própria

agilidade da ANPD sobre o caso.

“Para cada categoria de dado eu tenho

uma base legal, uma forma de

tratar, uma medida mitigatória própria.

Se eu trato de dados pessoais

sensíveis ou de larga escala, por

exemplo, é recomendável a criação

de um relatório de impacto à proteção

de dados pessoais. Por isso que

o investimento nessa área não pode

ser visto como custo, e sim investimento

para o bem da companhia”,

concluiu Rocha, destacando os inúmeros

dilemas e cuidados a serem

refletidos e discutidos sobre como

lidar com esses incidentes.

O evento, que contou ainda

com a participação das advogadas

Anne Angher, Juliana Gonçales e

Camilla Toledo – DPO da ABI-

MAQ/SINDIMAQ; e Fernando Carnavan

e André Saraiva - SINAEES,

está disponível através do link

https://abimaq.org.br/academia.


Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

7

AbIMAQ EM AÇÃO

ABIMAQ integra composição do Conselho

de Desenvolvimento Industrial

Portaria publicada no último

dia 19, no Diário Oficial da

União (DOU), pelo Ministério

do Desenvolvimento, Indústria,

Comércio e Serviços (MDIC), comandado

pelo vice-presidente da

República, Geraldo Alckmin, definiu

os integrantes e as entidades

industriais, que integrarão o Conselho

Nacional de Desenvolvimento

Industrial (CNDI).

A ABIMAQ, representada por

seu presidente do conselho de administração,

Gino Paulucci, será

uma das associações que irão compor

o conselho, que tem como

principal missão, desenvolver uma

nova política industrial no terceiro

mandato do presidente da República,

Luiz Inácio Lula da Silva, de

modo a fortalecer o setor e fomentar

a neoindustrialização, a produtividade,

a economia verde e a

transformação digital.

“Com a recriação do CNDI, as

discussões em torno da nova política

industrial brasileira ganharão

mais densidade e um fórum permanente

de diálogo, de ideias e de

sugestões no rumo da inovação, digitalização

e da sustentabilidade”,

afirma Alckmin.

A primeira reunião da CNDI está

prevista para ser realizada no mês

de julho e, de acordo com o ministério,

o conselho terá como mote,

sete pilares fundamentais, de modo

a melhorar não apenas a cadeia produtiva,

mas a vida dos cidadãos:

CADEIAS AGROINDUSTRIAIS

SUSTENTÁVEIS E DIGITAIS PARA A

SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL

Aumentar a produção nacional de

alimentos nutritivos e diversificados;

ampliar e fortalecer a produção

nacional dos bioinsumos; viabilizar

novos bens, serviços e rotas

biotecnológicas no setor alimentício

e na produção agropecuária; reduzir

a dependência externa de máquinas,

implementos agrícolas, fertilizantes

e outros insumos agropecuários;

desenvolver equipamentos

e soluções digitais para a produção

e distribuição de alimentos.

“Com a recriação do CNDI, as discussões em torno

da nova política industrial brasileira ganharão mais

densidade e um fórum permanente de diálogo, de ideias

e de sugestões no rumo da inovação, digitalização

e da sustentabilidade”

› Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e Ministro do

Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)

COMPLEXO DA SAÚDE RESILIENTE

PARA ASSEGURAR O ACESSO DA

POPULAÇÃO

Expandir e adensar a produção nacional

de produtos e serviços ligados

à saúde, em especial de medicamentos,

vacinas e equipamentos

médicos; desenvolver tecnologias

da informação e comunicação para

o setor de saúde, com domínio nacional

dos micro dados relevantes,

ampliando o acesso da população

brasileira ao SUS. Dominar tecnologias

críticas à produção de bens

e serviços ligados à prevenção e ao

tratamento de doenças e agravos

com maior incidência na população.

Liderar a ciência, a tecnologia

e a produção de bens e serviços ligados

à prevenção e ao tratamento

de doenças endêmicas e negligenciadas

no país e na região.

INFRAESTRUTURA SUSTENTÁVEL

PARA A INTEGRAÇÃO PRODUTIVA

Expandir a infraestrutura de transporte,

de energia e de telecomunicações,

de modo sustentável, com

vistas ao adensamento produtivo.

Desenvolver tecnologias críticas

para a conectividade, integrando

hardware, software e serviços para

5G e tecnologias relacionadas, incluindo

as redes privativas. Ampliar

a pesquisa e o desenvolvimento

em tecnologias avançadas

ligadas à conectividade, como o 6G

ou similares, para fins de produção

nacional. Expandir e adensar as cadeias

regionais de valor e a integração

produtiva e logística com países

vizinhos, em particular para o

beneficiamento e agregação de valor

a minerais estratégicos.

INDÚSTRIA BRASILEIRA PARA A

ECONOMIA DIGITAL

Desenvolver tecnologias digitais

emergentes, em segmentos estratégicos

para a soberania digital e

tecnológica. Aumentar a produtividade

da indústria brasileira por

meio da incorporação de tecnologias

digitais, com ênfase nas pequenas

e médias empresas. Reduzir

a dependência produtiva e tecnológica

do país em produtos nano

e microeletrônicos. Intensificar a

participação de competidores brasileiros

no segmento de plataformas

digitais.

DESCARBONIZAÇÃO DA

INDÚSTRIA, VIABILIZAÇÃO DA

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E

BIOECONOMIA

Consolidar e expandir a produção

nacional de biocombustíveis,

com o domínio de diferentes

rotas tecnológicas, como por

exemplo combustível limpo de

aviação; desenvolver a química

verde e dominar rotas tecnológicas

de hidrogênio de baixo

carbono; ocupar elos na fronteira

de produção de baterias;

adensar a cadeia e dominar tecnologias

críticas à produção de

energia solar e eólica; dominar

tecnologias da economia circular.

ampliar a pesquisa, o desenvolvimento

tecnológico e o uso

da energia nuclear como fonte

energética de forma coordenada

com outras aplicações, com foco

em pequenos reatores e na fusão

nuclear; desenvolver internamente

tecnologias de captura

e armazenamento de carbono

(CCUS).

TECNOLOGIAS E BENS

CRÍTICOS PARA A SOBERANIA

E A DEFESA NACIONAIS

Avançar no domínio de tecnologias

e no adensamento das cadeias

da indústria de defesa, segurança

e aeroespacial, em particular

as de base e nanoeletrônica;

fortalecer e aumentar a competitividade

dos segmentos mais

consolidados empresarialmente;

promover a integração das indústrias

e ICTs de defesa e aeroespacial

com a matriz produtiva

e com o sistema de inovação nacional,

com foco em efeitos de

transbordamento tecnológico.

MORADIA E MOBILIDADE

SUSTENTÁVEIS PARA O BEM-

ESTAR NAS GRANDES CIDADES

Garantir eficiência na produção

e promover a sustentabilidade

ambiental nas cadeias de fornecimento

do Minha Casa Minha

Vida e em obras do Novo Plano

de Investimentos (NPI); desenvolver

a produção doméstica e

empresas líderes em veículos e

peças de transporte sob novas

rotas tecnológicas ligadas à economia

verde; desenvolver softwares

e sistemas integrados para

cidades inteligentes.


8 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

AbIMAQ EM AÇÃO

ABIMAQ lamenta o falecimento de

Alysson Paolinelli, ex-ministro da agricultura

Faleceu em 29 de junho, aos 86

anos, o Sr Alysson Paolinelli

(1936 - 2023), ex-ministro da

agricultura durante o governo de

Ernesto Geisel, e responsável pela

criação da EMBRAPA, maior empresa

de tecnologia agropecuária do

mundo tropical.

Durante sua trajetória, criou

ainda a Empresa Brasileira de Assistência

Técnica e Extensão Rural

(Embrater) e vários programas de

investimento na agricultura e desenvolvimento

regional e acordos

de cooperação internacional, além

de viabilizar a implantação de novas

instituições, políticas e organizações

que viabilizaram a modernização

da agricultura tradicional.

Paolinelli foi Secretário de Agricultura,

Pecuária e Abastecimento

do Estado de Minas Gerais; Presidente

da Confederação Nacional da

Agricultura e Pecuária do Brasil

(CNA) e Deputado Federal, participante

da Assembleia Nacional

Constituinte, realizando importantes

contribuições para o setor agrário

do país.

Seus esforços e trabalhos em

prol do desenvolvimento da agricultura

brasileira foram reconhecidos

em vida, tendo sido indicado por

dois anos consecutivos (2021 e

2022) ao Prêmio Nobel da Paz, e

homenageado em 2008 pela Agri -

show, que premia a cada edição,

personalidades que tenham prestado

grandes contribuições ao agronegócio

brasileiro.

“Alysson Paolinelli sempre foi

incentivador da pesquisa, ciência e

tecnologia. Foi ministro da Agricultura

no governo de Ernesto Geisel,

de 15 de março de 1974 a 15 de março

de 1979. Nesse período, Paolinelli

modernizou a Embrapa e promoveu

a ocupação econômica do Cerrado.

Em 2006 ganhou o prêmio

World Food Prize, que podemos

considerar o equivalente ao Nobel

da alimentação. É um prêmio dado

a pessoas que ajudaram consideravelmente

a população a melhorar a

qualidade, quantidade ou disponibilidade

de alimentos no mundo.

Foi um homem de grande destaque

em toda sua trajetória acadêmica e

profissional e que só trabalhou em

benefício da agricultura brasileira.

Merece o nosso aplauso”, afirmou

João Carlos Marchesan, 1º vice-presidente

do Conselho de Administração

da ABIMAQ.

Seus esforços e

trabalhos em prol do

desenvolvimento da

agricultura brasileira foram

reconhecidos em vida,

tendo sido indicado por dois

anos consecutivos (2021 e

2022) ao Prêmio Nobel da

Paz, e homenageado em

2008 pela Agri show, que

premia a cada edição,

personalidades que tenham

prestado grandes

contribuições ao

agronegócio brasileiro

“As indicações e homenagens

recebidas em vida por Alysson Paolinelli,

representam o reconhecimento

a uma obra de grande impacto

na vida das pessoas em todo o

mundo. Ele contribuiu decisivamente

para a segurança alimentar

mundial ao promover a agricultura

no cerrado nacional que se tornou

um enorme celeiro a serviço da humanidade.

Atualmente, o país é um

dos maiores exportadores mundiais

de alimentos graças à revolução da

agricultura tropical, fomentada com

base na ciência, capitaneada por este

grande brasileiro”, completou Pedro

Estevão, presidente da Câmara

Setorial de Máquinas e Implementos

Agrícolas (CSMIA).

“Com a sua Revolução Agrícola

Tropical Sustentável, Alysson Paolinelli

transformou o Brasil de país

importador de alimentos a exportador

de grande expressão. Ele não

só trouxe autossuficiência alimentar

para o país, como também levou

o Brasil para o mundo inteiro

por meio do agro. Essas conquistas

envolvem não somente os produtores

rurais, mas também outros

elos da economia, como setores

geradores de ciência e tecnologia,

indústria, serviços, logística, distribuição

e consumidores. Essas indicações

abriram um novo caminho

para o país reforçar uma narrativa

assertiva e consistente para o agro

brasileiro”, resumiu Maurílio Biagi

Filho, membro do Conselho Superior

da ABIMAQ.

Paolinelli estava atualmente como

Presidente Executivo da Associação

Brasileira dos Produtores de

Milho (Abramilho) e do Instituto

Fórum do Futuro, criado por ele,

para ser um grupo de reflexão independente,

voltado para o debate de

questões estruturantes da sociedade

brasileira, a partir da perspectiva

do desenvolvimento sustentável,

destacando e valorizando a plataforma

da Ciência, da Pesquisa, da

Tecnologia e da Inovação, cuja área

central de interesses é a cadeia de

valor do alimento e a Bioenergia.

“Agora, diante de tantas crises

globais, tão agudas e de natureza

tão diversa, temos ao mesmo tempo

uma enorme janela de oportunidades

pela frente: precisamos

transformar as crises na proposição

de um novo diálogo, num Pacto

Global do Alimento, que defina

como os povos tropicais vão poder

colaborar nas principais agendas

da humanidade enfrentadas hoje

Isto é bem possível. Juntos já vencemos

etapas importantes. Superamos

todas as expectativas ao

deixar a condição de importadores

de alimentos para ser um player

central da segurança alimentar

planetária. Alimentamos, hoje,

quase 1 bilhão de pessoas. A miséria

e a fome se agravaram. Temos

as tecnologias, mas é preciso fazer

com que cheguem às mãos de

quem precisa. Existem 4,5 milhões

de famílias ainda excluídas dos

avanços do conhecimento e das

tecnologias. Não temos o direito

de esconder essa realidade no biombo

dos 834 mil produtores altamente

tecnificados, grande parte

já inseridos na agenda da sustentabilidade.

Precisamos avançar”,

destacou Alysson Paolinelli, em

seu último texto antes de falecer.

A ABIMAQ manifesta profundo

pesar aos familiares e amigos e lamenta

sua partida, mas agradece a

sua inestimável contribuição e legado

que deixou, que elevou o Brasil

da condição de importador de alimentos

para a liderança no fornecimento

mundial, que beneficiou toda

a cadeia produtiva do setor de

máquinas e implementos agrícolas

de alta tecnologia.


Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

9

AbIMAQ EM AÇÃO

ABIMAQ participa de seminário sobre Oportunidades para

a Indústria Nacional, promovido pelo IBP

IBP promoveu, em sua sede, no dia 01 de junho, encontro entre os principais atores do Setor de Petróleo e Gás

Natural, com ênfase na indústria nacional de bens e serviços

AABIMAQ esteve representada pelo Presidente

do Conselho de Óleo e Gás, Idarilho Nascimento,

e pelo Diretor Executivo do Setor,

Alberto Machado, em evento promovido pelo Instituto

Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

– IBP, envolvendo os principais atores

do Setor.

O evento foi mediado pelo Presidente do IBP,

Roberto Ardenghy e contou com a presença do Presidente

da Petrobras, Jean Paul Prates, do diretor

de Engenharia da Estatal, Carlos José Travassos e

das principais lideranças do Sinaval, da Abespetro,

do Instituto Aço Brasil, da Emgepron, do Cluster

Naval, do BNDES, da Transpetro, da ONIP, da Firjan,

da Shell, da Abemi, do CIRJ, da Abeam, além do

Secretário de Energia e Economia do Mar do Estado

do Rio de Janeiro, Hugo Leal, do Deputado Federal

Alexandre Lindenmeyer(PT/RS), de empresários do

Setor e de executivos da Petrobras.

Abrindo o evento, o presidente do IBP ressaltou

as oportunidades de crescimento da indústria de

petróleo e de gás natural, que tem uma carteira de

projetos com investimentos previstos nas atividades

de exploração e produção de 180 bilhões de dólares

e a geração de 445 mil empregos ainda nesta

década. Destacou que o objetivo do IBP é buscar

parceria com a indústria nacional, dentro do contexto

da competitividade, de prazos definidos e com

a qualidade histórica reconhecida da indústria brasileira

e que é um setor com muitos desafios para o

futuro, muito segmentado, sujeito a grande competição

internacional e que demandará produtos cada

vez mais competitivos e descarbonizados.

Jean Paul Prates, por sua vez, comentou as principais

diretrizes na gestão da empresa, quando destacou

que, além da continuidade dos investimentos

em curso, haverá ênfase no refino, incluindo a ampliação

das refinarias existentes, ampliação que será

equivalente a construção de duas Reducs (refinaria

da Petrobras em Caxias/RJ), no bio-refino, na logística,

nas energias solares e fotovoltaicas, na descarbonização

e no descomissionamento das plataformas

que estão no final da vida útil.

Segundo Prates, há uma forte interdependência

entre a Petrobras e a indústria fornecedora de

bens e serviços. É preciso que a Petrobras conheça

essas empresas mais de perto de modo a sinalizar

as demandas futuras. Devido à citada interdependência,

se a Petrobras não contar com fornecedores

nos próximos 30, 40 anos, simplesmente vai

parar de produzir.

Encerrou sua fala ressaltando a longevidade do

Setor de Petróleo e Gás no Brasil, que, por suas características

fará com que “o último petróleo a ser

consumido no mundo seja o brasileiro”.

No evento as diversas entidades presentes fizeram

uso da palavra. A Transpetro e a Shell apresentaram

as oportunidades das respectivas carteiras de

investimentos, o Sinaval e a Abespetro abordaram

os desafios dos estaleiros, canteiros e fornecedores

nacionais, entre outros.

Os representantes da ABIMAQ destacaram a assimetria

causada pelo Repetro, fato que muito prejudica

a competitividade da indústria nacional, a falta

de acesso às informações de demanda em tempo

hábil, a necessidade de que seja dada à indústria nacional

a oportunidade de participação em igualdade

de condições com as empresas internacionais, o

acesso às verbas de PD&I da ANP e ao Fundo de

Marinha Mercante nas mesmas condições ora ofertadas

aos estaleiros.

O Secretário de Energia e Economia do Mar do

RJ, Deputado Federal Hugo Leal, em sua fala, abordou

as iniciativas e ações ligadas à indústria naval,

à transição energética e às aplicações do Gás Natural

no Rio de Janeiro.

No encerramento, Ardenghy reafirmou que o

objetivo do IBP é buscar como auxiliar a indústria

nacional e que estamos diante de um mercado de

muitos desafios para o futuro, mas que há potencial

e capacitação para superá-los.

Coalizão pela Competitividade do Gás Natural como Matéria Prima

Com o objetivo e buscar a viabilização de novos negócios para as associadas, a ABIMAQ passa a integrar a

Coalizão pela competitividade do Gás Natural como Matéria Prima – CCGNMP

Com a liderança da Associação

Brasileira de Engenharia Industrial

- Abemi e com a participação

de diversas entidades públicas e

privadas interessadas no incremento

do uso do gás natural como matéria

prima, a CCGNMP foi instituída para

discutir e propor políticas públicas

para o aumento da competitividade

do gás natural como matéria prima,

com ênfase no desenvolvimento das

indústrias de fertilizantes e químicas/petroquímicas

no Brasil.

Dentre os principais pontos abordados

destacam-se: a viabilização da

implantação de gasodutos de transporte,

a disponibilização de infraestrutura

para distribuição e abastecimento

de gás natural veicular, a utilização do

gás como insumo para outros produtos,

como por exemplo o hidrogênio,

a amônia, a ureia, o aumento dos investimentos

em infraestrutura logística

geral, o desenvolvimento da indústria

de fertilizantes e a retomada da indústria

petroquímica no país.

Como base para os trabalhos, a

PUC/RJ foi contratada para executar

um estudo sobre a real situação das

ofertas de gás natural atuais e futuras,

bem como os óbices para sua utilização

como matéria prima.

A ABIMAQ tem participação ativa

na Coalizão, onde está representada

por seu diretor executivo Alberto Machado,

responsável pelo segmento de

energia na Entidade.

Os primeiros resultados do estudo

já foram apresentados em reuniões no

MDIC e no MME no mês de maio e o

próximo passo será a apresentação do

estudo concluído e propostas de atuação

às autoridades responsáveis pela

condução do setor no Governo.

Além da Abemi e ABIMAQ, integram

a Coalizão: Abiquim, Abdib,

Abegás, TGBC, CNT, Fieb, Fiemg,

Firjan, Onip, Abiplast, Secretaria de

Desenvolvimento Econômico do Estado

de Minas Gerais, Secretaria de

Energia e Economia do Mar do Estado

do Rio de Janeiro e Secretaria de

Desenvolvimento Econômico do Estado

de Sergipe.


10 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

AbIMAQ EM AÇÃO

A Importância da aprovação da reforma Tributária

Em entrevista concedida ao Informaq, Coordenador do GT- Reforma Tributária, Reginaldo Lopes, destaca as

principais mudanças que estão sendo propostas ao sistema tributário

Porque a reforma tributária é

necessária?

Até hoje, o Brasil insistiu em manter

um sistema tributário arcaico e ultrapassado,

que pode ser considerado

o pior do mundo. Baseado na cumulatividade,

na lógica do imposto

sobre imposto, com a incidência de,

no mínimo, cinco tributos: três federais

(PIS, Cofins, IPI), um estadual

(ICMS) e um municipal (ISS). Esse

sistema impede o crescimento e desenvolvimento

do país, onde quem

mais perde é a indústria, que é a

mais prejudicada com os impostos

em cascata.

Quais são os principais objetivos da

reforma tributária em discussão?

O principal objetivo é o Brasil adotar

um sistema tributário similar ao

que é usado em 174 países do mundo.

Baseado na unificação de impostos

em apenas um, o Imposto sobre

Valor Agregado. Estudos demonstram

que uma reforma tributária

nesses moldes gerará um crescimento

adicional da economia de 10

a 20% em uma década.

O novo modelo vai contribuir

também para acabar com a cumulatividade

e multiplicidade de legislações

e competências tributárias, que

causa um estoque do contencioso

judicial no valor, acrescido da dívida

ativa, de R$ 9 trilhões, quase o tamanho

do PIB brasileiro.

Qual é a abordagem do projeto

de reforma tributária em relação

à simplificação do sistema

de impostos?

O relatório aprovado pelo Grupo de

Trabalho apontou que um tributo

único nacional seria o caminho mais

correto para simplificar o sistema,

mas, em diálogos com gestores municipais

e estaduais, o grupo entendeu

a demanda apresentada pela

adoção de uma versão dual dos tributos

sobre o consumo: um de competência

da União e outro compartilhado

entre Estados e municípios. A

tributação será isonômica, alcançando

vendas por meio de plataformas

digitais, inclusive aquelas sediadas

no exterior.

O texto aponta que alíquotas diferenciadas

devem ser aplicadas em

alguns bens e serviços, como é feito

em vários países, como os relacionados

à saúde, educação e transporte

público coletivo urbano, semiurbano

ou metropolitano e aviação regional,

A unificação dos impostos

vai trazer de volta a

equidade fiscal no país. O

atual modelo tributário gerou

uma disputa de incentivos

fiscais entre entes

federados, no qual Estados e

municípios reduzem os

impostos para atrair

empresas, o que gerou a

chamada “guerra fiscal”

bem como a produção rural. Além

destes, deve-se manter o tratamento

diferenciado aos produtos da cesta

básica, assim como a existência de

um tributo específico, denominado

de “Imposto Seletivo”, com o objetivo

de desestimular o consumo de

produtos considerados prejudiciais

à saúde ou ao meio ambiente.

Como a reforma tributária

poderá impactar os diferentes

setores da economia brasileira?

Quais os avanços previstos

para o setor industrial?

Todos os setores vão ganhar com a

reforma, mas o setor industrial será

o mais privilegiado. Não porque

houve uma predileção de nossa parte,

mas simplesmente porque ele hoje

é o mais prejudicado pela cumulatividade

de impostos. Na produção,

os impostos em cadeia vão se acumulando,

aumentando os custos no

produto final. No atual modelo, o

Brasil exporta tributos com produtos

e, em contrapartida, importa

mercadorias com valor agregado,

trazendo um saldo negativo de US$

128 bilhões.

O Brasil está praticamente fora

da disputa global por exportação de

produtos manufaturados. Segundo

dados do Instituto de Estudos para

o Desenvolvimento da Indústria

(IEDI), a participação brasileira fica

na média de 0.5%. Esse tipo de

bem produzido é fundamental para

o desenvolvimento da economia,

pois agrega valor no processo de

produção e gera emprego e renda

em cadeia.

Existem estudos econômicos que

mostram que cada US$ 1 bilhão investidos

em produtos manufaturados

exportados é capaz de gerar 30

mil empregos diretos e indiretos.

Como a reforma tributária pode

ajudar a promover a equidade fiscal

no país?

A unificação dos impostos vai trazer

de volta a equidade fiscal no país. O

atual modelo tributário gerou uma

disputa de incentivos fiscais entre

entes federados, no qual Estados e

municípios reduzem os impostos

para atrair empresas, o que gerou a

chamada “guerra fiscal”. A concessão

de benefícios virou a regra, prejudicando

a arrecadação em geral. Se

antes alguns entes federados ganhavam,

hoje, todos perdem.

Jefferson Rudy/Agência Senado

Como forma de compensar possíveis

perdas que governos terão

com o fim dos benefícios tributários

que oferecem para atrair investimentos,

a proposta de reforma propõe

a criação de um Fundo de Desenvolvimento

Regional. Ele tem o

objetivo de diminuir as desigualdades

regionais e incentivar políticas

para potencializar ou induzir vocações

de determinados Estados ou regiões.

O Fundo de Desenvolvimento

Regional vai criar um modelo federativo

mais colaborativo e menos

competitivo, com um projeto nacional

de crescimento com políticas públicas

de fomento e integração. Uniformizar

o Brasil com a criação de

ferrovias, portos, estradas que se integrem,

para trabalhar nossa produção

com coesão numa perspectiva

em que todos avancem sem concorrência

entre subnacionais.

De que forma a aprovação da

reforma pode afetar a vida dos

cidadãos comuns?

Estudos mostram que caso a reforma

tributária tivesse sido feita há

15 anos, cada brasileiro teria hoje,

em média, R$ 460 a mais de renda

por mês.

Nessa primeira etapa da reforma,

estamos tratando apenas do imposto

sobre consumo. Depois, vamos

tratar do imposto sobre renda e patrimônio.

Mas, já nessa etapa os cidadãos

comuns vão ganhar muito.

Pois ele é mais prejudicado com o

acúmulo de tributos, que gera um

sistema regressivo. Costumo dizer

que o governo ajuda o povo com

programas sociais, como o Bolsa Família,

dando aos beneficiários com

mão esquerda, mas o sistema tributário

atual tira com a mão direita,

através dos impostos.

Para a população mais pobre, a

reforma ainda propõe a criação do

“cashback do povo”, que considero

ser uma de suas medidas mais importantes.

Com ele, os que mais precisam

poderiam ter a restituição dos

impostos pagos em bens essenciais,

como produtos da cesta básica.

No país das injustiças, ele vai

buscar equilíbrio tributário. A realidade

atual é que quem ganha mais

paga menos impostos, e os mais pobres

são penalizados com a alta tributação

nos itens de consumo, onde

investem quase a totalidade da

sua renda.


Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

11

Autor da PEC 110,

Luiz Carlos Hauly

comenta sobre a

reforma Tributária

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Porque a reforma tributária é

necessária?

O Brasil foi o país que mais cresceu

no mundo desde a proclamação da

república até 1980. Nos 50 anos que

antecederam a 1980, o Brasil cresceu

6,3%. Nos últimos 40 anos, de 1981

até agora, o Brasil teve o mais pífio

crescimento entre todos emergentes

do mundo, caiu para 2% ao ano e, na

última década, chegando a quase zero

de crescimento, ou seja, zero de

renda per capita e zero de crescimento

econômico. Em uma análise

profunda que eu faço há muitos

anos, eu centrei toda a minha força,

todo meu foco, força e fé no problema

central, que é o mal funcionamento

da nossa economia de mercado,

que está travada por conta do

pior sistema tributário do mundo.

O sistema tributário brasileiro,

hoje, tem um estoque de contencioso

tributário administrativo judicial

de 75% do PIB, ou seja, 7.5 trilhões

de reais. O PIB brasileiro está em 10

trilhões de reais; as dívidas ativas da

União, Estados e Municípios, têm

um estoque de 45% do PIB do governo

que tenha recebido em impostos

declarados e não pagos, isso dá 4.5

trilhões reais. O atual sistema tributário,

que é o único no mundo que

faz esse tipo de concessão, tem 600

bilhões de reais por ano, ou seja, 6%

do PIB é de renúncias fiscais. Isso

tem um custo burocrático de 1% a

2% do PIB, de 100 a 200 bilhões de

reais por ano. Para acumular aquela

dívida de 45% do PIB todos os anos,

de 200 a 300 bilhões de reais são

acrescentados de inadimplência no

pagamento do tributo.

Além disso, como o sistema tributário

é o pior do mundo, o 184ª

pior entre todos os 190 países pesquisados

pelo Banco Mundial, ele

tem uma informalidade estimada

em 25% do PIB, ou seja, em um PIB

informal de 10 trilhões, tem mais 2.5

trilhões em informal. Portanto, o

PIB verdadeiro do Brasil é de 12.5

trilhões de reais. Desses 2.5 trilhões,

deixa-se de arrecadar de 500 a 800

bilhões por ano. A soma de todas essas

iniquidades fez do Brasil um manicômio

tributário jurídico de um

“frankestein” funcional que mata as

empresas, os empregos e o salário líquido

dos trabalhadores. O Brasil é

o país onde o trabalhador leva para

casa o menor salário líquido do

mundo e a empresa paga quase dois

salários para o trabalhador levar um

salário para casa, e mata o poder de

consumo das famílias, porque essa

guerra e essas renúncias fiscais, a

inadimplência, e o custo burocrático,

ficam todos dentro dos preços

relativos a economia de bens e serviços,

ou seja, a população brasileira

Nós queremos que a

cobrança seja feita em

tempo real, no ato da

compra e venda do bem e do

serviço pela população e

pelos demais agentes

econômicos, e deixar neutra

a cadeia produtiva. Com isso,

nós vamos diminuir as

alíquotas, diminuir a

tributação sobre as

empresas e sobre as famílias

brasileiras

acaba pagando também no preço do

bem e serviço, porque todos os impostos,

taxas e contribuições que

existem no Brasil, acabam indo para

os preços dos bens e serviços de

uma forma global. Então por isso

que o Brasil precisa destravar o sistema

tributário, e dentro dessa destrava

nós estamos defendendo um

IVA único na base de consumo de

bens e serviços.

Quais são os principais objetivos da

reforma tributária em discussão?

O primeiro objetivo é destravar a

economia e fazer o Brasil voltar a

crescer e prosperar, e de forma justa

e fraterna, para que tenha um sistema

tributário progressivo. Acabar

com a tributação, que é recessiva e,

com isso, torna-se regressiva, afetando

toda a economia. Então, o

principal ponto é destravar a economia

brasileira e fazer o Brasil voltar

a crescer e prosperar.

Quais as mudanças que estão

sendo propostas ao sistema

tributário atual?

A principal mudança é a eliminação

dos tributos da base de consumo, os

maiores deles, o ISS, ICMS, PIS,

COFINS, e o IPI. Esses 5 tributos representam

quase 40% da arrecadação

nacional, ou seja, 13% do PIB,

uma arrecadação média anual de 1.3

trilhão de reais. Então essa é a principal

mudança, só que este IVA tem

que ser o mais moderno do mundo.

Os cinco impostos por uma cobrança

única, nacional e destino, com

alíquota por fora e eletrônica. Nós

queremos que a cobrança seja feita

em tempo real, no ato da compra e

venda do bem e do serviço pela população

e pelos demais agentes econômicos,

e deixar neutra a cadeia

produtiva. Com isso, nós vamos diminuir

as alíquotas, diminuir a tributação

sobre as empresas e sobre

as famílias brasileiras.

Qual é a abordagem do projeto de

reforma tributária em relação à

simplificação do sistema de

impostos?

A complexidade do sistema tributário

brasileiro na base do consumo

começa em 1965, com a emenda

constitucional 18, quando dividiu a

base do consumo em 3 tributos iniciais:

o serviço para o município, os

bens para o estado, e um adicional

de bens para a união, que é o IPI,

uma excrescência. Essa divisão da

base do consumo foi extremamente

prejudicial à economia brasileira,

porque acabamos tendo uma divisão

de competência da mesma base

tributária, que deveria ter sido um

tributo só. Nesse momento, que foi

criado em 9565, os países da Europa

estavam adotando o IVA, um IVA

único nacional que destina alíquota

por fora, e nós adotamos inicialmente

3 IVA’s, com uma alíquota

por dentro, que é perniciosa.

Ali começaram a acontecer todos

os problemas do sistema tributário

e começamos a ter a inadimplência

e uma guerra fiscal e municipal. A

pressão foi para dentro do governo

federal e eles acabaram criando um

monte de benesses, de benefícios

fiscais para as empresas e não para o

produto, porque um IVA clássico

não dá incentivo para as empresas, e

sim para o bem e o serviço.

Como a reforma tributária

poderá impactar os diferentes

setores da economia brasileira?

Quais os avanços previstos para o

setor industrial?

O principal ponto desta discussão,

que já se estende por 30 anos ou

mais, é mostrar ao país, aos empresários,

aos advogados tributaristas,

e a todos, de que um sistema tributário

clássico como o IVA, o seu

grande objetivo é deixar neutra a cadeia

produtiva para que as empresas

e as atividades econômicas fiquem

neutras dos impostos, ou seja, desde

a matéria prima que começa no

meio rural, passando pela manufatura,

indústria, atacadista, transportadora,

até o comércio final de bens

e serviços, esses tributos cobrados

intermediariamente, que hoje são

muitos, será um só. Todo o imposto

que as empresas pagaram, ela terá

que receber de volta, isso chama

neutralidade na cadeia produtiva.

E quem é que paga então o imposto?

O consumidor final, mas sem

os problemas que nós temos no sistema

tributário hoje. Você tem dezenas

de efeitos indesejáveis no

atual sistema. Então, a agricultura e

todas as atividades do agro, mineral,

vegetal, animal, piscicultura, silvicultura,

todas elas terão a devolução

dos créditos financeiros dos impostos

que eles pagaram na aquisição

dos seus insumos para a sua produção.

Quando ele vender esse bem e

o serviço que ele produziu, quem

comprar vai pagar o imposto relativo

à sua compra, e quando ele vender,

ele vai receber de volta o imposto

que ele pagou. E quando o varejista,

seja ele do comércio ou de serviço

de qualquer outra atividade,

vender para o consumidor final, ele


12 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

AbIMAQ EM AÇÃO

recebe de volta o imposto que ele

pagou das suas aquisições. Em resumo,

no final, se a alíquota foi de

20%, só vai pagar 20% no preço final

para o consumidor final.

Em relação ao segmento industrial,

hoje o setor é muito maltratado

no Brasil. Assim como outros setores

e o produtor rural brasileiro, é muito

maltratado pelo sistema tributário,

porque ele tem uma cumulatividade

de impostos que ele não recebe de

12%, que são os resíduos tributários,

uma cumulatividade que é nociva à

economia. Com o nosso novo modelo

de IVA 5.0, um só imposto de bem

e serviço para todo o Brasil, nós teremos

um sistema simples, tecnológico

5.0, e ainda poderemos fazer a devolução

do imposto de forma individualizada.

Ao invés de você dar renúncia

fiscal para algum setor, você

pode fazer a devolução do imposto

para as famílias de baixa renda inicialmente

e, gradativamente, ir aumentando

essa devolução de imposto,

e aí tem toda uma discussão.

Então o importante é que a reforma

não seja só boa para um setor,

tem que ser boa para o produtor rural,

para todo setor de manufatura,

indústria, para todo setor de serviço,

que é intermediário, pois a maior

parte é intermediária da produção

de bens e de serviços para a economia

brasileira; e tem que ser boa para

todo setor de comércio, varejista,

todo prestador de serviço e, principalmente,

para o consumidor final,

que vai pagar o imposto menor sem

guerra fiscal, renúncia fiscal, inadimplência

e sem burocracia.

O Brasil trata muito mal o

consumidor de baixa renda,

porque segundo as

pesquisas que nós temos em

mãos, as famílias e pessoas

que ganham até dois salários

mínimos, pagam 53,9% de

impostos do seu ganho.

Se ele ganha mil, ele paga

R$ 539,00 de impostos, e as

famílias que ganham acima

de 30 salários, eles pagam só

29% de impostos, ou seja, nós

temos que promover

a admissão da regressividade

e aumentar

a progressividade

Como a reforma tributária pode

ajudar a promover a equidade fiscal

no país?

O Brasil trata muito mal o consumidor

de baixa renda, porque segundo

as pesquisas que nós temos em mãos

do IPEA, do Governo Federal, da FI-

PE São Paulo, e da própria FIESP, as

famílias e pessoas que ganham até

dois salários mínimos, pagam 53,9%

de impostos do seu ganho. Se ele ganha

mil, ele paga R$ 539,00 de impostos,

e as famílias que ganham acima

de 30 salários, eles pagam só 29% de

impostos, ou seja, nós temos que promover

a admissão da regressividade

e aumentar a progressividade. Mas

como? Isso não é feito pelo imposto

de renda? Como o imposto de renda

é muito difícil de mexer e ficou para

o segundo semestre, eu venho defendendo

que com o modelo de cobrança

automático 5.0 e com a possibilidade

da devolução personalizada para

as famílias de baixa renda, através

do cashback, com o dinheiro de volta

através da nota fiscal eletrônica.

O doutor Miguel Abuhab, que é

um engenheiro do ITA consagrado,

afirma que o Brasil tem o mais robusto

sistema de nota fiscal eletrônica do

mundo, tanto que tem até o aplicativo

para nota fiscal no telefone celular,

que foi desenvolvido pelo CONFAZ.

E o Brasil tem o mais robusto sistema

financeiro bancário do mundo. Acontece

que a nota fiscal, seja eletrônica

ou não, ela não conversa hoje com o

boleto de pagamento da compra. Eles

são descasados.

Então o que se propõe é que a nota

fiscal e o boleto sejam linkados um

no outro. Com isto é possível fazer a

cobrança automática em tempo real,

gerando um crédito financeiro em

tempo real, como é feito no depósito

de saques bancários. Esse é o maior

exemplo. Se o sistema bancário pode

fazer isso, por que que a receita federal,

estados e municípios, unidos, não

podem fazer o mesmo procedimento

de débito e crédito automático, com

devolução do crédito financeiro para

as empresas, daquilo que ele realmente

comprou e pagou, e acabar com a

excrescência do crédito escritural e

declaratório para pagar os impostos.

As empresas têm que ter o mesmo

tratamento para estabelecer a

Marcos Oliveira/Agência Senado

verdadeira economia de mercado, para

que elas, entre elas, negociem os

seus bens e serviços sem os impostos,

assim como é feito na maioria dos

países do mundo. Eles compram e

vendem bens e serviços sem os impostos,

porque o imposto é cobrado

à parte. Essa é a ideia que nós temos

e estamos defendendo na reforma tributária

da PEC 45, e da 110.

De que forma a aprovação da

reforma pode afetar a vida dos

cidadãos comuns?

Como o Brasil não cresce, e há dez

anos está com crescimento zero e há

quarenta anos crescendo por volta de

2% ao ano, o que mal repõe o crescimento

da população brasileira, ao fazer

a simplificação da base de consumo,

a cobrança eletrônica 5.0, e a devolução

do imposto personalizado

com o cashback, o que vai acontecer

é um zerar a guerra fiscal. Vai acabar

com a guerra fiscal e não haverá mais

renúncias fiscais, a não ser algumas

poucas que são fundamentais para

aprovação do projeto.

A reforma acabará também com a

inadimplência, reduzirá mais de 90%

da inadimplência, que é a declaração

e o não pagamento do imposto, reduzirá

mais de 90% do contencioso administrativo

e tributário, fará uma cobrança

de forma ágil, e acabará também

com grande parte da sonegação.

Com isto a economia vai voltar a

crescer e prosperar, vai gerar mais

emprego, vai diminuir o custo de produção,

e diminuirá o custo também

de contratação, porque é possível o

IVA acolher também a contribuição

previdenciária patronal, como já faz

hoje com os 17 setores da economia

que pagam sob a receita bruta, só que

terão crédito, porque hoje pagam um

monofásico que não tem crédito.

Então é possível, com isso, aumentar

o lucro das empresas, o número

de empregos, e o poder aquisitivo

do salário, levando ao aumento

do poder aquisitivo das famílias.

Haverá um novo ciclo, um círculo

virtuoso de renda e consumo, com

aumento da potencialidade econômica

brasileira. O Brasil tem o quinto

maior território do mundo, a sexta

maior população do mundo, as

terras mais férteis e mais ricas do

mundo, clima ameno, consegue fazer

de duas até três safras por ano,

e toda essa riqueza que é expressada

no superávit da balança comercial,

ela não está retornando à população.

Então eu acredito que com a

aprovação da reforma do IVA inicialmente

e fazendo com que ele diminua

a regressividade e elimine todos

esses efeitos indesejáveis e iniquidades

que tem o nosso sistema

tributário, o Brasil vai crescer e

prosperar como os tigres asiáticos.

Então todos ganharão, porque terão

mais emprego, melhores salários

e maior poder de compra, o empresário

vai ganhar, e o Governo Federal,

estados e municípios terão uma arrecadação

maior com o crescimento

econômico e com a diminuição da sonegação.

Essa é a minha avaliação que

eu tenho feito ao longo de mais de

trinta anos de estudo e experiência, e

de quem fez o Super Simples, que está

consagrado no Brasil com o maior

projeto de inclusão econômica da história

do país, e de quem fez a lei de exportação,

que desonerou as exportações

de semi-elaborado em manufaturado,

que acabou ajudando o Brasil

a ser um dos maiores produtores de

comida e de commodities do mundo,

e maior exportador do mundo.

Considerações finais

Eu quero reafirmar que o IVA vem

tarde, ele vem com 70 anos de atraso.

O IVA será uma ferramenta importante

para o Brasil e não podemos

ter medo da mudança. Nós temos

que entender que já é uma experiência

comprovada no mundo,

do mesmo tratamento para bens e

serviços, e não há divisão de tributação

para bens e serviços em nenhum

lugar do mundo.

É possível avançarmos com essa

nova proposta que estamos fazendo,

da PEC 45 e 110. Tenha confiança, vamos

ajudar a finalizar a aprovação do

projeto para todo segmento da economia.

Mesmo aqueles que estão relutantes,

que estão fazendo projeções

equivocadas, eu estou à disposição

para poder ajudar a esclarecer e mostrar

que nenhuma empresa ou segmento

econômico terá prejuízo e todos

terão ganho. Então, já existe esse

entendimento na discussão da PEC

45 e 110, que tem duas regras de ouro:

o não aumento da carga tributária para

a população; e a questão de não

mexer na partilha da União, Estados

e Municípios.

Quanto aos setores da economia:

agricultura, indústria, comércio, serviços,

eles terão um tratamento isonômico

em que terão ganhos, porque

eles vão melhorar o seu ambiente de

negócios e poderão crescer em bases

justas e competitivas. Ainda temos

um adicional que alguns setores, como

as micro e pequenas empresas,

estarão protegidos. O ato cooperativo

estará protegido e alguns setores como

a educação, saúde, alimentação e

transporte público urbano, poderão

ter um tratamento diferenciado.

Com esse entendimento, eu

posso afirmar, do alto dos meus 50

anos de vida pública, estudando e

trabalhando esta matéria, que é

muito bem-vindo esta reforma tributária,

que vai reformar a base de

consumo, que é a pior e a mais tributada

no mundo, com mais de

90% do contencioso.


Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

13

CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS

Tendências no Setor de Mineração

são apresentadas em reunião

Digitalização e sustentabilidade na Mineração e seu impacto a longo prazo foram os temas debatidos em

encontro híbrido, realizado em 14 de junho, na sede da ABIMAQ, em São Paulo

De acordo com as projeções das Nações Unidas, a

população global pode atingir 8,5 bilhões em 2030, e 9,7

bilhões em 2050, impulsionando a demanda crescente por

metais e minerais que apoiam e capacitam praticamente

todos os setores globalmente.

AS TENDÊNCIAS DE MINERAÇÃO

“Neste ano, 10 tendências enfatizam o

valor indispensável das empresas de

mineração e metais, com isso, queremos

mostrar para o mundo, o quão

importante é essa indústria e esse setor.

Estamos falando de 50% da economia

global sendo movida por essa

categoria e nosso objetivo é salientar

o valor indispensável que os metais e

os minerais têm para o nosso futuro,

a fim de atingirmos os nossos objetivos”,

explicou Patricia Muricy Burridge

– Sócia da Deloitte | Líder de Global

Risk Advisory para o setor de Mineração

& Metais em início à reunião.

De acordo com as projeções das

Nações Unidas, a população global pode

atingir 8,5 bilhões em 2030, e 9,7 bilhões

em 2050, impulsionando a demanda

crescente por metais e minerais

que apoiam e capacitam praticamente

todos os setores globalmente.

Segundo Patrícia, que apresentou

algumas tendências dentro das

questões mais críticas para a mineração

nos próximos 18 meses, como:

valorização da natureza, circularidade

consciente, redução de carbono

incorporado em metais, colaboração,

construção de cadeias de suprimentos

resilientes, mudança mais

holística, caminhos de talentos externos

e segurança em camadas para

maior sustentabilidade; a mineração

sustenta, aproximadamente, metade

da economia global e tem o

maior potencial de qualquer indústria

para influenciar positivamente

o desenvolvimento social, ambiental

e econômico.

DIGITALIZAÇÃO E

SUSTENTABILIDADE NA MINERAÇÃO

Emerson Gajardoni – Gerente de

Contas na Mineração e Comércio da

Siemens, trouxe um estudo sobre Digitalização

e Sustentabilidade na Mineração

nacional, que envolve a mineração

sustentável, soluções de baixo

carbono, disciplina financeira e mobilidade

elétrica.

“Pensar no futuro da digitalização

é mais fácil quando se tem um

caminho a ser trilhado. Todo novo

investimento tem de ter foco no sucesso

da digitalização, ou seja, ter

dados disponíveis para um gerenciamento

correto”, explicou Emerson,

concluindo que, hoje em dia, a digitalização

chegou a um nível em que

tudo é passível de ser digitalizado,

desde documentação, equipamentos

e processos.

De acordo com Rodrigo Franceschini,

o Brasil já sabe quais são as tendências,

porém, é necessário saber o

‘time’ de como o país entrará nisso.

“Ficamos na expectativa disso acontecer

para que possa virar commodities”,

comentou Rodrigo Franceschini,

presidente do Conselho de Metalurgia

e Mineração.

Câmara Setorial de Fornos e

Estufas tem novo nome

COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA

PRESIDENTE

» Ralph Trigueros - Industrial Heating

Equipamentos e Comp. LTDA

Câmara Setorial de Fornos e Estufas Industriais

(CSFEI) da ABIMAQ, alterou sua nomenclatura

para Câmara Setorial de Equipamentos,

Componentes e Serviços de Aquecimento

Industrial (CSFEI).

Criada em 1987, suas principais atividades

incluem a atualização nas orientações para contestação

de consultas de pleitos de ex-tarifário

e importações de bens usados, a consultoria tributária

sobre benefícios fiscais de ICMS, a participação

nas alterações do Simples Nacional,

principalmente as regras de reparcelamento de

débitos.

A CSFEI também disponibiliza periodicamente,

análises sobre a conjuntura setorial econômica

e o ambiente de negócios para o setor.

Para Ralph Trigueros, presidente da câmara,

a mudança da terminologia vem de encontro à

ampliação do escopo para contemplar a cadeia

produtiva de fornos industriais.

A Câmara Setorial de Equipamentos, Componentes

e Serviços de Aquecimento Industrial é

uma das 41 câmaras que integram a ABIMAQ. O

propósito desses órgãos é reunir fabricantes e

fornecedores de cada subsetor que envolve a indústria

de máquinas e equipamentos.

GERENTE EXECUTIVO

» Gustavo Marcelo

ASSISTENTE

» Isabela Trevizam

VICE-PRESIDENTES

» Giovano Bett Ghizoni - Jamo Equipamentos

Ltda.

» Moreno Magon - Glaston South America

» Adilson Oliveira de Souza - Weishaupt do

Brasil Ind. e Com. Ltda.


14 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS

Ministro do Trabalho destaca a importância da reforma Tributária

para reverter o processo de desindustrialização do país

Fala ocorreu na 15ª edição da ENAFER, evento organizado pela ABINFER, que contou com a participação da

ABIMAQ e autoridades ligadas ao setor ferramental

“N

ós temos gargalos muito

sérios que precisam ser

resolvidos. O arcabouço

fiscal é um passo importante desse

processo, mas depois temos a reforma

tributária, que precisamos aproveitar

e fazer um debate muito sério

para inverter um processo cruel e

perverso de um acúmulo de riqueza

sendo apropriado por poucas pessoas.

Portanto, é necessário também

um movimento da sociedade para

que nós façamos uma Reforma Tributária

que de fato traga a diminuição

do peso da carga tributária para

a produção e para as famílias de baixa

renda, para que possamos pensar

na reindustrialização e neoindustrialização

do país”, declarou o Ministro

do Trabalho do Governo Federal,

Luiz Marinho, durante o início

da ENAFER 2023.

Durante o evento, que teve como

principal objetivo fomentar a discussão

entre os empresários e órgãos

governamentais, sobre o contexto

atual do mercado ferramenteiro

nacional e a inovação em direção

à indústria 4.0, o ministro destacou

que o processo de reindustrialização

do setor passa necessariamente

por eventos como o promovido pela

ABINFER, importante para discutir,

refletir e organizar conhecimentos,

para reverter o processo de desindustrialização

observada nos últimos

anos.

De acordo com Marinho, o setor

precisa enfrentar importantes gargalos

para que consiga alcançar a

meta de estar entre as cinco principais

cadeias produtivas. “Temos um

gargalo importante na questão da

educação. Talvez esteja na hora de

pensarmos o período integral para o

ensino médio e iniciar uma forte

presença da qualificação profissional

para que os jovens saiam do ensino

médio preparado para enfrentar

os desafios de um mercado de

trabalho competitivo”, observou

Luiz Marinho, ressaltando o compromisso

do governo para o avanço

das ferramentarias.

“O vice-presidente, Geraldo

Alckmin, irá liderar um processo para

trazer todos os setores do governo

que tenham afinidade com esse

debate para criar as devidas condições

das políticas públicas e responder

a esse desafio. O Brasil chegou a

ser a 6ª economia do mundo durante

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

os mandatos do governo Lula e Dilma,

mas retrocedemos ao longo dos

anos. Portanto, nós temos o direito

e as condições que geram essa oportunidade

de colocarmos a economia

e o setor ferramental entre os cinco

do mundo.”, finalizou Marinho.

POLÍTICA INDUSTRIAL. “Nós não vamos

reindustrializar o Brasil com

aquelas tecnologias que nós tínhamos

no passado. Nós temos que fazer

uma política industrial no país

olhando para as tecnologias do futuro,

o meio ambiente, a transformação

verde, a transformação digital,

e um olhar muito importante sobre

o social, sobre os trabalhadores

e as novas formas de tornar os processos

com mais produtividade”,

destacou Velloso.

De acordo com o presidenteexecutivo

da ABIMAQ, não existe

indústria sem a ferramentaria. “A

ABINFER começou esse trabalho

que nós estamos apoiando, o Sansão

Cadengue, que é o presidente da

nossa Câmara de Ferramentaria,

vem acompanhando esse trabalho,

É necessário também um movimento da sociedade para que

nós façamos uma Reforma Tributária que de fato traga a

diminuição do peso da carga tributária para a produção e

para as famílias de baixa renda, para que possamos pensar

na reindustrialização e neoindustrialização do país”

› Luiz Marinho, Ministro do Trabalho do Governo Federal

que visa modernizar as nossas ferramentarias,

capacitá-las, resolver

os seus problemas financeiros, e,

principalmente, atuar na criação de

novos profissionais.”

Além do trabalho de capacitação

das empresas e recapacitação dos

profissionais das companhias, José

Velloso reforçou a importância da

aprovação do arcabouço fiscal e da

reforma tributária para o avanço da

reindustrialização e a neoindustrialização

brasileira.

“É muito importante que o Brasil

crie um cenário para os investidores

e um clima positivo para que

possamos aumentar a nossa taxa de

investimento, que é muito baixa.”

ABINFER. Destacando os cinco pilares

de atuação da ABINFER, que

são a sustentabilidade, a tributação,

o mercado, a tecnologia, e a capacitação

do setor ferramental, o

presidente da entidade, Christian

Dihlmann pontuou as ações que estão

desenvolvendo junto ao governo,

que visa a alavancagem do setor

no Brasil. “Hoje nós ocupamos

uma incerta 14ª a 16ª posição no cenário

mundial, mas nós vamos,

com determinação e planejamento,

chegar aos cinco melhores do mundo

nos próximos 10 anos. Para isso

precisamos unir as mãos e trabalhar

juntos. A participação da ABI-

MAQ e sua Câmara Setorial de Ferramentaria

sempre foi, é, e será determinante

para o sucesso dessa

missão. Com a união dessas entidades,

podemos chegar muito longe”,

frisou Dihlmann.

Realizado nos dias 25 e 26 de

maio, no teatro do SENAI Mário

Amato, em São Bernardo do Campo,

o evento proporcionou o relacionamento

mútuo de aproximadamente

350 profissionais do setor industrial

e de serviços, debatendo questões

como os problemas para a evolução

tecnológica e gerencial do setor e

implicações diretas no desenvolvimento

da cadeia produtiva; as ações

para a sustentabilidade do setor ferramenteiro

nacional e mundial; os

formatos de capacitação técnica e

administrativa; e a situação atual do

programa ROTA 2030.

“Nós temos que fazer uma política industrial no país

olhando para as tecnologias do futuro, o meio

ambiente, a transformação verde, a transformação

digital, e um olhar muito importante sobre o social,

sobre os trabalhadores e as novas formas de tornar os

processos com mais produtividade”

› José Velloso, presidente-executivo da ABIMAQ


Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

15

CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS

» raul Sanson, Tatiana Oliver e Bruno Galhardo

ABIMAQ e Agerio assinam acordo

de cooperação para o fomento do

setor no estado do rio de Janeiro

Parceria tem como objetivo apoiar as empresas

associadas da ABIMAQ sediadas no Rio de Janeiro e

seus clientes

Reforçando a parceria iniciada em 2013 entre a

ABIMAQ e a AgeRio (Agência de Fomento do

Estado do Rio de Janeiro), as entidades renovaram,

no último dia 30 de maio, durante o evento

“Fomento de Crédito no Rio de Janeiro”, um termo

de cooperação que prevê a disponibilidade de créditos

de até R$ 30 milhões, com condições diferenciadas

para as indústrias associadas da ABIMAQ no

estado carioca.

O encontro, realizado na Sede Regional no Rio de

Janeiro, contou com a participação dos parceiros Finep

– Financiadora de Estudos e Projetos e AgeRio –

Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro,

além da Assessora de Relações Federativas e Organismos

Internacionais na Secretaria de Energia e

Economia do Mar, Julieta Verleun.

“Dentro das ferramentas que temos para melhorar

a competitividade da indústria, estão os dois pontos

principais: a tecnologia, através da Finep e a parte

financeira como capital de giro com a AgeRio. Na

pauta da ABIMAQ, sempre lutamos para estarmos

com grande participação no PIB, como foi na década

de 80”, ressaltou Raul Sanson, vice-presidente da

ABIMAQ/RJ, durante abertura do evento.

“Um dos DNAs da ABIMAQ é fazer a promoção

da cadeia produtiva que a Entidade representa, somos

aproximadamente 1.700 associados de indústrias

que geram valor ao Brasil, com faturamento de

mais de R$ 100 bilhões por ano. Temos parceria

com a AgeRio desde 2013 e a ideia é reforçar cada

vez mais para que os associados possam usufruir”,

resumiu Bruno Galhardo, vice-presidente Adjunto

da ABIMAQ RJ e vice-presidente da Câmara Setorial

de Equipamentos Navais, Offshore e Onshore.

A renovação do termo de Cooperação entre a

ABIMAQ e AgeRio foi assinado pela Diretora Tatiana

Oliver e pelo lado da entidade Raul Sanson e Bruno

Galhardo, que tem como objetivo a disponibilização

de linhas de crédito, com vistas à promoção do desenvolvimento

econômico do Estado do Rio de Janeiro,

para os associados e seus clientes.

OPORTUNIDADES DE FINANCIAMENTO PARA EMPRE-

SAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Para apresentar

como a AgeRio pode apoiar as empresas localizadas

no Estado do Rio de Janeiro, Raphaela Rocha, Gerente

Executiva de Operações Estruturadas explana sobre

as linhas de crédito da Agência de Fomento.

Destacamos a AgeRio Investimentos com recursos

da própria Agência que financia projetos de

investimento, incluindo máquinas e equipamentos.

Em seu portifólio, possuem linhas para capital de

giro, projetos sustentáveis com prazo de pagamento

podendo chegar em até dez anos. Já para inovação,

são repassadores de recursos da Finep.

Nas garantias exigidas podem ser utilizadas aval,

imóveis, equipamentos, fiança bancária, seguro fiança,

garantia de terceiros e os Fundos Garantidores,

FGI e FAMPE que complementa 80%.

INOVAÇÃO COM JUROS REDUZIDOS. “Nosso negócio

é o apoio através de instrumentos reembolsáveis e

não reembolsáveis, a ciência, pesquisa, tecnologia e

inovação” explica o Gustavo Barcelos, Gerente de

Operações Descentralizadas da Finep.

As operações descentralizadas são aquelas via

agentes parceiros, como no caso da Agerio. Foram

R$ 2,8 bilhões em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento

e Inovação apoiados, sendo mais de 1.000

empresas apoiadas.

O indexador para os financiamentos descentralizados

da Finep é em Taxa Referencial – TR. “Quando

falamos de TR é um indexador barato, extremamente

estável comparado com todos outros que utilizamos,

para linhas de financiamento com prazo de

amortização extenso e a estabilidade é um ponto fundamental”,

relata Barcelos.

SERVIÇOS DO DEPARTAMENTO DE FINANCIAMENTOS

DA ABIMAQ. Giselle Rezende, Gerente do departamento

apresentou os serviços disponibilizados pela

equipe, para esclarecimentos e orientações as empresas

associadas e seus clientes, sobre linhas de financiamentos

para comercialização de máquinas e

equipamentos no mercado interno e externo, capital

de giro, pesquisa em P&D, inclusive. 4.0, oferendo

treinamento sobre as linhas de crédito para a equipe

de vendas e também apoia no cadastro de integradores

e soluções de digitalização junto a Finep.

Atua como Posto de Informações do BNDES facilitando

as informações das linhas do banco, auxilio

nos desembaraços de operações de financiamento e

dando ênfase para a orientação no cadastro de máquinas

e equipamentos no Finame, Cartão BNDES e

Produtos/Serviços 4.0.

Disponibiliza materiais específicos de apoio aos

associados, como o Guia de Financiamentos Industrial,

Agro, Inovação e Projetos Sustentáveis e o Manual

de Credenciamento.

AGERIO INVESTIMENTOS

Linha de crédito destinada a empresas estabelecidas no Estado do Rio de

Janeiro com mais de três anos de atuação ou nascentes ou com

expansão de portfólio de negócios

Taxa Prazo Carência Crédito

FINEP

FINEP INOVACRED

» Desenvolvimento de novos

produtos/processos/serviços

» Aprimoramento dos já existentes

FINEP INOVACRED 4.0

» Financiamento a MPMEs para

adoção de tecnologias habilitadoras

da Indústria 4.0

a partir

SELIC+3,25% a.a.

até

60 meses

até

18 meses

R$ 500 mil

a R$ 30 milhões

» Valor do financiamento: até R$15 milhões

» Taxas: TR + 4,2% ou TR + 5,5%

» Carência: até 2 anos

» Prazo Total: até 8 anos

» Faturamento: R$ 0 a 300 milhões

ITENS FINANCIÁVEIS:

» capital de giro (até 30%)

» obras civis,

» instalações e mobiliários,

» máquinas e equipamentos,

» softwares,

» treinamentos,

» consultorias, certificações e

patentes

» expansão,

» sustentabilidde,

» inovação

» franquias, entre outros.

» Equipe Própria

» Softwares

» Máquinas e equipamentos

Nacionais e Importados

» Logística, Distribuição e Mkt

» Consultoria / Serviço de

Terceiros

» Aquisições de empresas para

absorção tecnológica

» Obras civis e Instalações


16 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS

Potencialidades e Desafios da Produção

de Hidrogênio Verde no Brasil

Nos últimos três anos, muitos

estados entraram na era do

hidrogênio e trouxeram

planos e empreendimentos

para essa energia com ações

no Piauí, Bahia, Paraná, São

Paulo, Minas Gerais e Ceará.

Conselho de Hidrogênio da ABI-

MAQ realizou um encontro online

com Nelson Siffert – Pesquisador

de Hidrogênio Verde no Gesel

– Grupo de Estudo do Setor Elétrico

da UFRJ, para apresentar as

perspectivas de mercado dessa importante

fonte de energia de baixo

carbono, considerada o combustível

do futuro.

Abrindo a reunião, Marcelo Veneroso

– Coordenador do Conselho de

Hidrogênio da ABIMAQ, relatou que

“Muitas empresas se entusiasmaram

e começaram a fazer projetos com a

possibilidade da geração do Hidrogênio

Verde (produzido a partir de fontes

renováveis), ideias que surgiram

há cerca de três anos com a “onda”

de energia de baixo carbono. Muitos

projetos já saíram do papel e esperamos

muita coisa nova a partir do segundo

semestre deste ano. Temos

também, no campo das indústrias, diversas

empresas estudando projetos

com um campo promissor e que, em

breve, teremos muitos projetos em

andamento, pois as coisas estão realmente

acontecendo e com potencial

muito interessante”

Ainda de acordo com Veneroso,

nos últimos três anos, muitos estados

entraram na era do hidrogênio e

trouxeram planos e empreendimentos

para essa energia com ações no

Piauí, Bahia, Paraná, São Paulo, Minas

Gerais e Ceará. “Temos um grupo

muito grande se movimentando

e descobrindo que essa é uma energia

que vai ter repercussão em termos

de negócios para o Brasil”, comemorou

Veneroso.

Como exemplo da relevância do

assunto, segundo anúncio do governo

japonês, será injetado U$ 220 bilhões

no Japão para o desenvolvimento da

economia do hidrogênio, o que deixa

uma ameaça para o parque industrial

brasileiro, pois ao mesmo tempo que

estão investindo em projetos de geração

de hidrogênio, também vão investir

na indústria local. Assim, o Brasil

precisa investir na indústria nacional

para acompanhar o ritmo do mercado

mundial e dele participar.

Na visão de Nelson Siffert , o que

motiva a questão do hidrogênio é a

necessidade de descarbonizar os processos

produtivos, com a conversão

para matrizes energéticas renováveis

e de baixa emissão de gases de efeito

estufa. “O Brasil apresenta posição

competitiva: disponibilidade de energia

elétrica renovável, demanda potencial

de Hidrogênio Verde e parque

industrial instalado com potencial para

atender as demandas futuras”, explicou

Nelson, destacando que, embora

o hidrogênio venha sendo utilizado

há mais de 50 anos, o Hidrogênio

Verde é uma indústria nascente,

pois mais de 90% do hidrogênio hoje

consumido vem do gás natural e é

identificado como hidrogênio cinza.

Segundo dados da Agência Internacional

de Energia (IEA), a produção

de Hidrogênio de baixo carbono hoje,

no mundo, é em torno de 94 milhões

de toneladas por ano e até 2050 pode

crescer de cinco a seis vezes, atingindo

mais de 500 milhões de toneladas.

De acordo com Nelson, existem

obstáculos a serem observados para

esse cenário se materializar. A questão

da competitividade do Hidrogênio

Verde em relação ao Cinza, por

exemplo, faz ser necessário encontrar

novos modelos de negócios e políticas

públicas para que essa indústria

ganhe escala e tenha uma expressiva

redução de custos.

“Da parte de eletrólise e de reforma

de hidrogênio, está havendo bastante

redução de custos e temos

perspectiva de uma redução bem significativa

com o aumento de escala e

veremos isso posteriormente refletido

no custo do hidrogênio”, ponderou

Veneroso.

Na visão da ABIMAQ, segundo Alberto

Machado, diretor executivo da

entidade, é importante estar atento

aos desafios tecnológicos, à necessidade

de contratos de longo prazo de

compra e à demanda industrial que

atualmente é baixa, mas com alto potencial

de crescimento.

“O papel do Conselho de Hidrogênio

é justamente atuar no Setor de

Hidrogênio desde o começo, com envolvimento

efetivo no que se diz respeito

à regulamentação, ao desenvolvimento

da tecnologia e à toda a área

de divulgação do processo.”, completou

Alberto, reiterando a necessidade

de olhar outras possibilidades de

energia de baixo carbono disponíveis

no Brasil e que caminharão em paralelo

ao hidrogênio.

Planos de investimento do Grupo Águas do Brasil

são apresentados para associados

R

$ 330 milhões de investimentos

para o ano de 2023, relacionados

ao setor de saneamento básico

ambiental que envolvem diretamente

as 110 empresas que compõem o SIN-

DESAM e outras câmaras da ABI-

MAQ, como: Câmara Setorial de

Bombas e Motobombas (CSBM) e a

Câmara Setorial de Válvulas Industriais

(CSVI), foram anunciados pela

Diretora de Relações Institucionais e

ESG do Grupo Águas do Brasil – Marilene

Ramos, no encontro realizado

em 15 de junho, na sede da ABIMAQ,

em São Paulo.

De acordo com a diretora, em linhas

gerais, o Grupo Águas do Brasil

tem expectativa de investir entre R$

30 e 40 bilhões nos próximos anos.

Organizado por Estela Testa, presidente

do SINDESAM - Sistema Nacional

das Indústrias de Equipamentos

para Saneamento Básico e Ambiental,

foi importante trazer aos associados,

as perspectivas de investimento

da empresa do setor de concessões

privadas, prestadora de serviços

de abastecimento de água, coleta

e tratamento de esgotos no país,

Águas do Brasil.

Segundo Marilene, atualmente, as

15 concessionárias e duas sociedades

operacionais do Grupo atendem 32

municípios em três estados brasileiros,

com gestão total ou parcial dos

serviços de água e esgoto em todas as

suas fases. Só no Rio de Janeiro, por

exemplo, são 17 municípios e 22 bairros

na Zona Oeste do estado, investimentos

concentrados nos Sistemas

de Esgotamento e Combate de Perdas,

que totalizam R$ 2,9 bilhões.

No segmento privado, o Grupo

também gerencia o tratamento de

água e efluentes industriais, contribuindo

para a cadeia de sustentabilidade

de empresas e conta com 95 estações

de tratamento de esgoto e 117

estações de tratamento de água. “Neste

momento, o saneamento parece

decolar no Brasil e quem acompanha

o setor, nunca viu um avanço tão

grande em tão pouco tempo”, completou

Marilene.


Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

17

WEbINAr

Workshop de

Crédito em MG

abordou opções

para empresas

e clientes

O Departamento de

Financiamentos e a

ABIMAQ Minas Gerais,

em conjunto,

promoveram um

encontro no dia 21 de

junho, para tratar de

oportunidades de crédito

que estão disponíveis no

mercado e para fomentar

a região. O evento

aconteceu em parceria

com o BDMG – Banco de

Desenvolvimento de

Minas Gerais, Sicoob

Divicred – Cooperativa de

Crédito e Finep –

Financiadora de Estudos

e Projetos.

ABIMAQ

A abertura do evento foi conduzida

pela Gerente Executiva ABIMAQ Minas

Gerais – Regiane Nascimento e

pela Gerente do Departamento de Financiamentos

– Giselle Rezende.

Além de apresentar as linhas de

crédito industriais disponíveis no

mercado, como apoio à capital de giro,

aquisição de máquinas, equipamentos

e bens industrializados, a

Analista de Financiamentos, Helen

Ribeiro, também relatou sobre as novidades

anunciadas recentemente pelo

BNDES acerca dos temas de inovação

e nova opção de custo financeiro.

As parcerias com as Cooperativas de

Crédito, Agencias de Fomento e Bancos

de Desenvolvimento, também foram

destaques na apresentação da

ABIMAQ.

Cabe salientar que o Departamento

de Financiamentos da ABI-

MAQ cumpre o papel de esclarecer

e orientar empresas associadas e

seus clientes, sobre as linhas de financiamento

disponíveis no mercado

para diversas finalidades.

BDMG

O BDMG, representado na ocasião

pelo Gerente de Negócios, Rodrigo

Teixeira Neves, é um banco que contribui

com o desenvolvimento de Minas

Gerais e atende micro, pequenas,

médias e grandes empresas.

“Trabalhamos também para impulsionar

a atuação no desenvolvimento

sustentável, com efeitos ambientais

e sociais, além de ser parceiro

das empresas mineiras apoiando

seu crescimento e garantindo investimentos’’,

pontuou ele.

Rodrigo explicou que o banco

conta com financiamentos para diversas

finalidades e setores, e apresentou

as opções voltadas à sustentabilidade,

ao agronegócio, para aquisição

de maquinário, recursos para o

dia a dia das empresas e projetos de

investimento e inovação.

SICOOB DIVICRED - CONDIÇÕES

FINALIDADE

Capital de Giro

Bens e Serviços

Energia Fotovoltaica

SICOOB DIVICRED

As Cooperativas de Crédito são instituições

financeiras que oferecem

produtos e serviços financeiros segundo

o negócio e necessidade dos

cooperados (pessoa física e jurídica).

Dentro do Sistema Sicoob, são diversas

cooperativas disponíveis para

atendimento regional e a Divicred é

uma delas. Possui 32 instalações

distribuídas em diversos municípios

dos estados de Minas Gerais (Belo

Horizonte, Betim, Carmo do Cajuru,

Contagem, Divinópolis, Juiz de Fora

e Tiradentes) e de São Paulo (Ribeirão

Preto, Santo André, Jaú, São B. do

Campo e São Carlos).

Na ocasião, os Gerentes Nereu Siqueira

e Raffael Silva participaram representando

a Cooperativa, onde foram

abordados temas como capital

de giro, energia fotovoltaica, financiamento

de bens e serviços, e também

cobrança bancária. ‘’O mercado cooperativista

tem 9% do mercado financeiro

e somos a 9ª instituição financeira

do país em ativos e o sétimo em

operações de crédito’’, expôs Nereu.

Vale lembrar que a ABIMAQ e a

Divicred firmaram uma parceria recentemente,

com intuito de oferecer

produtos e serviços diferenciados aos

associados e seus clientes. Confira algumas

das condições no quadro.

FINEP

Para pautar sobre as oportunidades

de apoio à inovação que a Finep viabiliza,

a Gerente Regional do Sudeste,

Andréa Bentes Leal, esteve presente

e trouxe esclarecimentos.

“Entendemos como inovação

qualquer desenvolvimento ou aperfeiçoamento

de um produto, processo

de negócio ou serviço, novo

ou melhorado (ou combinação deles)’’,

pontuou.

Nas operações descentralizadas

da Finep, os processos de análise,

contratação, acompanhamento e

prestação de contas são realizados

pelos agentes financeiros credenciados,

que assumem o risco da

operação.

No âmbito do crédito descentralizado,

Andrea abordou os financiamentos

apoiados voltados para o desenvolvimento

de produtos, processos

e serviços, adoção de tecnologias

4.0 e serviços de ICTs, e também

aquisição de equipamentos e componentes

nacionais. Além disso, a Finep

mencionou acerca de outras agendas

como o apoio a Startups e Subvenção

Econômica.

TAXA DE JUROS

A partir de 0,5% a.m. + variação CDI

A partir de 0,5% a.m. + variação CDI

A partir de 0,3% a.m. + variação CDI

Obs.: Todas as condições estão sujeitas a alteração e a aprovação de crédito pela Sicoob Divicred.

BDMG - MAPA DE NAVEGAÇÃO

› CRÉDITO PARA EMPRESAS DE TODOS OS PORTES E SETORES DA ECONOMIA MINEIRA

CAPITAL DE GIRO

MODERNIZAÇÃO

EXPANSÃO

IMPLANTAÇÃO

AGRONEGÓCIO

CRÉDITO

DIRECIONADO

SUSTENTABILIDADE

INOVAÇÃO

CAPITAL DE GIRO

ESTRATÉGICO

CRÉDITO DIGITAL

PARA PMEs

Repasses

FINAME AUTOMÁTICO,

OUTROS

LINHAS PRÓPRIAS

Máquinas

Equipamentos

Investimento fixo

FUNCAFÉ

PLANO SAFRA

LINHAS PRÓPRIAS

COMERCIALIZAÇÃO E

INDUSTRIALIZAÇÃO

FDNE

FUNGETUR

GERAÇÃO DE

ENERGIA

AUTOCONSUMO

FAZENDA SOLARES

EFICIÊNCIA

ENERGÉTICA

Repasses

INOVACRED,

OUTROS

LINHAS PRÓPRIAS

com FAPEMIG


18 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

PLANO SAFrA

AbIMAQ esteve em brasília para anúncio

do lançamento do novo Plano Safra

Governo anunciou o aporte de R$ 364,22 bilhões para o apoio a produção agropecuária nacional, um aumento

de 27% em relação ao plano anterior (22/23). Agricultura Familiar contará com o valor de R$ 77,7 bilhões

“E

ste é um Plano Safra robusto

e muito bom para o Brasil e

para a agricultura, uma vez

que o país abastece grande parte do

mundo com alimentos. O que foi

anunciado foi muito positivo, e nós

vamos torcer pra que o clima nos favoreça

também. Temos tudo pra produzirmos

uma safra melhor do que a

safras anteriores”, considerou Gino

Paulucci, presidente do Conselho de

Administração da ABIMAQ, presente

durante a cerimônia.

Anunciado pelo Governo Federal

em 27 de junho, no Palácio do Planalto,

em Brasília, o novo Plano Safra visa

apoiar a produção agropecuária no

país com a concessão de empréstimos

com juros mais acessíveis. Já o Plano

Safra Agricultura Familiar, anunciado

em 28 de junho, tem como objetivo,

melhorar a qualidade de vida dos agricultores

familiares, aumentar a produtividade

no campo e aquecer a indústria

nacional.

JUROS PARA INVESTIMENTO. Uma

das novidades para o investimento foi

o Moderfrota Pronamp, que retoma

o financiamento de máquinas e implementos

agrícolas, com taxas de

10,5% ao ano, pleito atendido da

ABIMAQ. “Os agricultores estavam

INVESTIMENTO

2022/2023 2023/2024

Recursos Taxa de Recursos Taxa de

Programados Juros de até Programados Juros de até

PROGRAMAS (R$ bilhões) (% a.a.) (R$ bilhões) (% a.a.)

Moderfrota 10,16 12,5 9,49 12,5

Moderfrota Pronamp - - 2,37 10,5

Moderagro 2,43 10,5 2,85 10,5

Proirriga 1,95 10,5 2,37 10,5

RenovAgro - Demais 6,19 8,5 4,75 8,5

RenovAgro - Ambiental 6,19 7 0,28 7

RenovAgro - Recuperação/Conversão - - 1,9 7

PCA 2,36 8,5 3,8 8,5

PCA até 6.000 toneladas 1,57 7 2,85 7

Inovagro 3,51 10,5 3,8 10,5

Prodecoop 2,22 11,5 1,9 11,5

Procap-Agro Giro 2,03 11,5 0,95 11,5

Pronamp (inclusive 6-2) 6,09 8 9,27 8

Investimento Empresarial 2,4 10,5 2,37 10,5

sem o PRONAMP, linha muito importante

para vendas de máquinas agrícolas.

Com a volta dessa linha, notamos

uma sensibilidade do governo

em aumentar recursos de investimento,

com taxas mais competitivas e

atrativas para os pequenos e médios

produtores”, avaliou Pedro Estevão,

Fonte: MAPA

presidente da Câmara Setorial de Máquinas

e Implementos Agrícolas da

entidade, ressaltando otimismo com

a direção do Plano Safra anunciado.


Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

19

VOLUME DE RECURSOS - BENEFICIÁRIO (EM R$ BILHÕES)

FINALIDADE 2022/2023 2023/2024 VARIAÇÃO

Pronamp 43,75 61,14 39,7%

Demais produtores

e cooperativas 243,41 303,08 24,5%

» Controlados 98,23 125,28 27,5%

» Livres 145,18 177,8 22,0%

TOTAL 287,16 364,22 26,8%

Fonte: MAPA

» “Quero parabenizar este

governo e toda a equipe

econômica pelo brilhante

Plano Safra que foi

apresentado. Estamos

muito satisfeitos e

entendemos que foi um

plano suficiente e que vai

atender a demanda da

agricultura e da pecuária

brasileira”. João Carlos

Marchesan 1º vicepresidente

do Conselho de

Administração da ABIMAQ

Já para incentivar a construção de

armazéns nas propriedades, serão destinados

R$ 6,65 bilhões, com intuito de

aumentar a capacidade estática instalada

de armazenagem, na linha PCA.

“As duas vias do PCA que vieram

anunciadas no Plano Safra desse ano

estão com 30% a mais de recursos, como

linhas de crédito para até dois

anos de carência e ainda contempla

estruturas de armazenagem, principalmente

de grãos. Acreditamos que

é um bom avanço, embora o Brasil demande

de recursos maiores do que esse.

Estamos bastante otimistas de que

isso impactará positivamente na expansão

da capacidade de armazenagem

de grãos”, considerou Paulo Bertolini,

presidente da Câmara Setorial

de Equipamentos para Armazenagem

de Grãos da ABIMAQ.

Outro destaque é o aumento de

30% nos valores destinados Proirriga,

que financia os investimentos relacionados

com todos os itens inerentes

aos sistemas de irrigação, inclusive

infraestrutura elétrica e para a construção

do reservatório de água.

O RenovAgro é o novo nome do

Programa ABC, com a inovação deste

ano, o Programa amplia o apoio à recuperação

de pastagens degradadas,

com foco na sua conversão para a produção

agrícola, com a menor taxa de

juros da agricultura empresarial: 7% ao

ano. Mas não é só o RenovAgro que financia

práticas sustentáveis de produção.

Outros programas, como o Inovagro,

o Proirriga, o Moderfrota e o

Moderagro também têm em sua concepção

o incentivo à produção agropecuária

de baixa emissão de carbono.

No Pronamp o limite de renda

bruta anual para o enquadramento

passa de R$ 2,4 milhões para R$ 3

milhões. A mudança leva em consideração

a elevação dos preços dos

produtos agrícolas. O limite de financiamento

de investimentos passa

de R$ 430 mil para R$ 600 mil por

beneficiário/ano.

JUROS PARA CUSTEIO E COMERCIALI-

ZAÇÃO. As taxas de juros para custeio

e comercialização serão de 8% ao

ano para os produtores enquadrados

no Pronamp e de 12% a.a. para os demais

produtores.

AGRICULTURA FAMILIAR. Serão destinados

R$ 71,6 bilhões ao crédito rural

para agricultura familiar, o Pronaf, cujo

volume é 34% superior ao anunciado

na safra passada e o maior da série

histórica. No total, quando somadas

outras ações anunciadas para a agricultura

familiar, o volume investido

chega a R$ 77,7 bilhões.

Na cerimônia, foi assinado Decreto

nº 11.584 que recria o Programa

Mais Alimentos que visa estimular

a produção e aquisição de máquinas

e implementos agrícolas específicos

para a agricultura familiar.

Os juros na linha foram reduzidos

de 6% para 5% ao ano. O programa

será coordenado pelo Ministério do

Desenvolvimento Agrário e Agricultura

Familiar (MDA) em parceria

com os ministérios do Desenvolvimento,

Indústria, Comércio e Serviços

(MDIC) e da Ciência, Tecnologia

e Inovação (MCTI).

EXPOSIÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPA-

MENTOS INDUSTRIAIS PARA AGRICUL-

TURA FAMILIAR. Durante o anúncio

do Programa Mais Alimentos, lançado

pelo Ministério do Desenvolvimento

Agrário e Agricultura Familiar

(MDA), a ABIMAQ, em conjunto

com mais de 20 empresas associadas

da entidade, produtoras de máquinas

e equipamentos industriais para agricultura

familiar no Brasil, realizou,

em frente ao Palácio do Planalto,

uma exposição com mais de 60 máquinas

do setor com o intuito de demonstrar

a aptidão da ABIMAQ e

suas empresas associadas, para atender

toda a demanda do mercado nacional

e internacional.

“O lançamento do Plano Safra para

a Agricultura Familiar é muito importante.

A agricultura precisa se modernizar

por meio de pesquisas e órgãos

como a Embrapa e com maquinários

adequados e modernos, e

adaptá-los às suas condições de trabalho.

As máquinas que estamos expondo

são modernas, duráveis, e com

uma produtividade bastante adequada.

Com isso, a ABIMAQ espera que a

agricultura familiar com o Plano Safra

possa adquirir toda essa tecnologia e

fazer um bom uso dela”, observou Gino

Paulucci.

IMPORTANTE! A vigência do Plano Safra

23/24 inicia a partir de 1º de julho/23

a 30 de junho de 2024. As novas

condições de financiamento entrarão

em vigor mediante a publicação da

Resolução do Conselho Monetário

Nacional – CMN, publicação da Portaria

de Pagamento de Equalização de

juros do crédito, além dos Normativos

do BNDES.

» Agricultura familiar: A ABIMAQ, em

conjunto com mais de 20 empresas

associadas, realizou em frente ao

Palácio do Planalto uma exposição

com mais de 60 máquinas


20 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

FINANCIAMENTOS

BB disponibilizará

r$ 240 bilhões para apoiar

a Safra 23/24

Volume é superior ao anunciado na safra

passada e reforça do compromisso do

Banco com o agro brasileiro

Com valor 27% superior ao anunciado no Plano anterior, o

Banco do Brasil destinará R$ 240 bilhões para a Safra

2023/24. Desse montante, R$ 48 bilhões serão destinados a

Agricultores Familiares e Médios Produtores, R$ 139 bilhões para

a Agricultura Empresarial e R$ 53 bilhões em títulos agro e giro.

Para custeio, serão destinados R$ 121 bilhões. Operações de

investimento receberão R$ 42 bilhões, comercialização e industrialização

R$ 24 bilhões e títulos, crédito agroindustrial e

giro terão R$ 53 bilhões.

Os recursos disponibilizados tratam-se de recursos do governo

(exigibilidades e equalização) e também próprios do Banco.

Produtores agropecuários já podem encaminhar as propostas

ao Banco.

Confira no quadro abaixo o valor destinado a cada finalidade

de crédito.

NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS. O Banco reafirma seu compromisso

com a agricultura sustentável, finalizando março/23 com saldo

de R$ 150 bilhões em saldo de carteira de negócios sustentáveis

agro, crescimento de 23% nos últimos doze meses. A carteira é

composta por operações de crédito e empréstimos para os setores

de energias renováveis, eficiência energética, entre outros.

SAFRA 2022/23 TEM RECORDE DE DESEMBOLSO. Na Safra anterior,

o Banco do Brasil aplicou R$ 188 bilhões na distribuição

e destinação dos recursos. O BB reforça o compromisso com o

desenvolvimento do produtor rural, atendendo desde o pequeno

agricultor à grandes empresários e industrias. A carteira agro

do Banco tem saldo de R$ 322 bilhões, fechando o primeiro trimestre

de 2023. Já são mais de 1,7 milhão de operações ativas

com financiamento rural na carteira agro do Banco, sendo 1,2

milhão para agricultores familiares.

“É o maior volume de recursos que uma instituição financeira

destina aos produtores rurais e empresas do agronegócio.

O apoio ao campo é prioridade para o Banco do Brasil”, destaca

a presidente Tarciana Medeiros.

PROGRAMA MAIS ALIMENTOS – ACORDO RENOVADO COM A ABI-

MAQ. Paulo Teixeira, Ministro do Desenvolvimento Agrário e

Agricultura Familiar, falou durante a transmissão sobre o Acordo

renovado com a ABIMAQ, para o Programa Mais Alimentos,

que visa beneficiar o pequeno produtor e a agricultura familiar.

Com a renovação, poderá ser adquirido máquinas e implementos

agrícolas, garantido mais produtividade.

SAFRA 2023/24 - FINALIDADES

» Custeio

R$ 121 bilhões

» Comercialização

e industrialização

R$ 24 bilhões

R$ 240 bilhões

» Investimento

R$ 42 bilhões

» Títulos, Crédito

Agroindustrial e Giro

R$ 53 bilhões

TFBD – Taxa Fixa BNDES em Dólar

Opção de taxa de juros no Finame e

BNDES Automático

Recentemente, o BNDES – Banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico

e Social, anunciou a inclusão da

Taxa Fixa BNDES em Dólar – TFBD dentre

as referências de custo financeiro admitidos

no Banco.

A princípio, a medida somente abrangia

operações no âmbito do Crédito Rural

para a aquisição de máquinas e

equipamentos agrícolas.

Entretanto, em função da ampliação

e diversificação de alternativas de crédito

a custos mais competitivos, o Banco

anunciou também a inclusão da TFBD

no Finame e BNDES Automático.

Nesse caso, os clientes tomadores do

crédito que possuem receitas/contratos

em dólar ou atrelados à variação cambial,

podem utilizar a opção da TFBD como

Custo Financeiro nas operações.

FINAME - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

BNDES AUTOMÁTICO - PROJETO DE INVESTIMENTO

CAPITAL DE GIRO

CONDIÇÕES PARA USO DA TFBD

» A TFBD corresponde à parcela do custo

financeiro na taxa de juros, composta por

uma taxa fixa até a quitação do financiamento

e um componente referente à variação

do dólar.

» A taxa de juros final inclui, ainda, as

remunerações (spreads) do BNDES e do

agente financeiro credenciado, que são somadas

ao componente fixo.

» As operações em TFBD podem ter o

componente fixo definido na data do protocolo

feita pelo agente financeiro no

BNDES ou na data da contratação da operação.

Todas as operações em TFBD precisam

ser liberadas em até 120 dias após a data

de definição do componente fixo (seja

protocolo ou contratação).

» O componente fixo da TFBD terá

três variações conforme o prazo total

do financiamento:

• Até 24 meses (TFBD-24.120);

• Acima de 24 meses e até 72 meses

(TFBD-72.120);

• Acima de 72 meses e até 120 meses

(TFBD-120.120).

• As taxas mudam diariamente, porém

com pouca oscilação, acesse o link

https://tinyurl.com/msddcsst.

» O prazo máximo para protocolo do pedido

de liberação do recurso pelo agente financeiro

ao BNDES será de até 120 meses.

» No produto BNDES Automático, a

TFBD se aplicará somente para empresas

cuja Classificação Nacional de Atividades

Econômicas seja Indústria de Transformação,

código CNAE “C”.

Confira as condições no quadro abaixo.

IMPORTANTE! Não se trata de uma nova

linha de crédito à exportação do BNDES,

mas sim, a possibilidade de que clientes

exportadores habilitados para a linha,

possam tomar o crédito a um custo mais

competitivo no mercado interno.

Modalidade Custo Remuneração Remuneração Prazo/

Financeiro BNDES A. F Carência

BK Aquisição e 1,15% a.a. Negociado Até 120 meses /

Comercialização TFBD, TFB, Até 24 meses

Máquinas 4.0 TLP ou Selic 0,95% a.a.

Baixo Carbono 0,95% a.a. Até 3,5% a.a. Até 120 meses /

Até 24 meses

Modalidade Custo Remuneração Remuneração Prazo/

Financeiro BNDES A. F Carência

Projeto de TFBD, TFB, 1,15% a.a. Negociado Até 20 anos/

Investimento TLP ou Selic Até 36 meses

Modalidade Custo Remuneração Remuneração Prazo/

Financeiro BNDES A. F Carência

Crédito Pequenas 1,25% a.a. Negociado Até 60 meses /

empresas TFBD, TFB, Até 12 meses

Materiais TLP ou Selic 1,15% a.a. Negociado Até 84 meses /

Industrializados

Até 24 meses


Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

21

FINANCIAMENTOS

Conselho de Financiamentos aborda

a eficiência energética e inovação

OConselho de Financiamentos da ABIMAQ,

reuniu, no dia 13 de junho, membros do Programa

PotencializEE – Investimentos

Transformadores de Eficiência Energética na Indústria,

e a equipe do Departamento de Financiamentos

da ABIMAQ para trazer informações de

crédito à inovação.

Pelo PotencializEE, estiveram presentes o Diretor

do PotencializEE – Marco Schiewe, o Diretor do

Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Elétricos

de Potência, Prof. Marco Chagas e o Assessor Técnico,

Luiz Lubi. Do lado da ABIMAQ, a reunião foi

conduzida pelo Diretor de Financiamentos Hiroyuki

Sato e pela equipe do Departamento, Helen Ribeiro

e Carolina Lopes.

O PotencializEE tem o objetivo de fomentar

o crescimento do mercado de eficiência energética

industrial no Brasil e viabilizar investimentos

em pequenas e médias empresas industriais

no Estado de São Paulo. É um Programa de Cooperação

para o Desenvolvimento Sustentável, liderado

pelo MME (Ministério de Minas e Energia) e

coordenado por meio da GIZ (Deutsche Gesellschaft

für Internationale Zusammenarbeit), Agência

Alemã de Cooperação Internacional.

“A indústria brasileira responde por mais de

32% do consumo final de energia e 17% das emissões

de gases de efeito estufa da matriz energética

do país’’, explanou Luiz Lubi. Também conta com

apoio de Fundos Garantidores para facilitar acesso

ao crédito.

Além disso, Luiz mencionou que o Programa

engloba parceiros estratégicos. No nível federal,

são parceiros o MME (Ministério das Minas e Energia)

e EPE (Empresa de Pesquisa Energética). No

setor da indústria e energia, participam do Programa

o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial) com apoio da FIESP (Federação das Indústrias

do Estado de São Paulo), e também ABES-

CO (Associação Brasileira das Empresas de Serviços

de Conservação de Energia). E entre os parceiros

financeiros estão a Desenvolve São Paulo e

o BNDES.

Para cadastro dos produtos no catálogo de tecnologias

do PotencializEE a empresa pode ser de

PROCESSO DE INOVAÇÃO

AQUISIÇÃO DE

CONHECIMENTOS

AQUISIÇÃO DE

EQUIPAMENTOS

TEMPO

DESENVOLVIMENTO

EQUIPE EXECUTORA

INOVAÇÃO DE

PRODUTO

INOVAÇÃO DE

PROCESSO

qualquer região do país desde que possa atender

empresas no Estado de São Paulo. Abaixo o fluxo

do Programa.

O Departamento de Financiamentos da Entidade

trouxe o tema de inovação como um dos destaques

do encontro, além de informes sobre as medidas

anunciadas recentemente pelo BNDES.

Helen Ribeiro apresentou sobre: (I) a redução

da remuneração básica do BNDES para as micro,

pequenas e médias empresas exportadoras na linha

BNDES Exim Pré-Embarque, que apoia a produção

de bens para exportação; (II) implementação da Taxa

Fixa BNDES em Dólar (TFBD) para as linhas

BNDES FINAME e BNDES Automático a partir de

29 de junho e (III) a inclusão da Taxa Referencial

(TR) em operações de inovação tecnológica e digitalização

de empresas, ao invés da TLP.

Para falar dos financiamentos provenientes da

FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos, Carolina

Lopes explicou a inovação, do ponto de vista

da Empresa, como sendo: “produto ou processo

de negócio, novo ou melhorado (ou combinação

deles), que difere significativamente dos produtos

ou processos anteriores da unidade’’.

A FINEP conta com uma variada gama de linhas

de financiamento e é uma das principais instituições

públicas de fomento financeiro à ciência, tecnologia

e inovação. Na ocasião, foram aprofundadas

duas delas, conforme quadro.

FINEP Inovacred: desenvolvimento de novos

produtos, processos, serviços e/ou aprimoramento

dos já existentes. Essa linha tem foco no projeto, ou

seja, o tomador do crédito precisa apresentar um

projeto à uma instituição financeira para se beneficiar

do financiamento. Nesse sentido, o projeto pode

englobar a junção da aquisição de conhecimento

(consultorias, treinamentos, equipe própria) e a

aquisição de equipamentos (equipamentos nacionais,

obras e instalações).

FINEP Inovacred 4.0: estimular a adoção de tecnologias

habilitadoras da Indústria 4.0. As tecnologias

habilitadoras apoiadas no âmbito do Finep Inovacred

4.0 estão alinhadas nos seguintes temas: Internet

das coisas; Computação na nuvem; Big Data;

Segurança digital; Manufatura aditiva; Manufatura

digital; Integração de sistemas; Digitalização; Sistema

de simulação; Robótica avançada; e Inteligência

artificial. (https://tinyurl.com/4fmwzysr)

› SAIBA MAIS

Os interessados nos referidos temas, poderão contatar

o Departamento de Financiamentos da ABIMAQ para

maiores esclarecimentos, podendo as dúvidas serem

enviadas pelo: defi@abimaq.org.br

FLUXO DO PROGRAMA PARA PMES INDUSTRIAIS POTENCIALIZEE

1

2

3

4

5

6

Inscrição no

programa

Realização de prédiagnóstico

gratuito

Diagnóstico e elaboração

do projeto com subsídios

Avaliação técnica e

validação independente

Investimento com

exigências de garantia

reduzida

Implementação

do projeto

Apoio técnico e tomada de decisão

Definição da instituição

financeira pela PME via site

Suporte na contratação e

compra de tecnologias

(processo agilizado)

PME via Site do

PotencializEE

SENAI ou ESCO

(especialista)

SENAI ou ESCO

(especialista)

Submissão do

projeto via site

Grupo Consultivo de

Investimentos (GCI)

Desenvolve SP ou

Banco participante

SENAI ou ESCO

(especialista)

Instalações e

substituição de

equipamentos M&V

(medição e verificação

da economia de energia)


22 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

FINANCIAMENTOS

Como atuam as

Cooperativas de

Crédito SICOOB,

SICrEDI e AILOS

As Cooperativas de Crédito é uma instituição

financeira que oferecem produtos e

serviços financeiros segundo o negócio e

necessidade dos cooperados (pessoa física e jurídica),

como pagamentos de contas por aplicativo,

empréstimos, financiamentos e aplicações. Nada

mais é do que uma associação de pessoas, que

nela ingressam voluntariamente (se tornando sócias)

e fazem suas movimentações financeiras

através dela.

Na cooperativa o cliente é o dono do negócio,

ajudando a eleger os dirigentes, para buscar

com todos os cooperados os serviços financeiros

mais vantajosos, até porque as cooperativas não

visam o lucro. O resultado positivo da cooperativa

é repartido entre os cooperados proporcionalmente

às operações realizadas por cada um.

Assim como os bancos, as cooperativas são

uma opção segura para seus depósitos, são supervisionadas

pelo Banco Central do Brasil para proteger

os usuários de serviços financeiros, além

disso, as cooperativas contam com proteção de

um Fundo Garantidor de Crédito (FGCoop), garantindo

os depósitos e os créditos mantidos nas

cooperativas singulares de crédito e nos bancos

cooperativos em caso de intervenção ou liquidação

extrajudicial dessas instituições.

Assim, para garantir a diversidade no crédito,

a ABIMAQ possui parceria com algumas cooperativas

que atuam de forma independente e regionalmente,

com o objetivo de ofertar produtos e

serviços financeiros com condições de crédito diferenciadas

para os associados da entidade e seus

clientes.

CONFIRA AS COOPERATIVAS

PARCEIRAS DA ABIMAQ:

Cooperativa Área de

atuação

SICREDI Vale do Piquiri ABCD, SP e PR

Parque das

Araucárias

PR/SC/SP

Iguaçu PR/SC/SP

Campos Gerais PR/SP

SICOOB Credicitrus SP/MG

SISTEMA

AILOS

Divicred

Unicentro BR

Acredicoop

SP/MG

SP/GO/MG

DF/TO

PR, SC, RS

› SAIBA MAIS

Caso as cooperativas listadas acima não atendam a

sua área de atuação ou de seu cliente, entre em contato

com o Departamento de Financiamentos pelo e-mail

defi@abimaq.org.br ou telefone (11) 5582-6361.

FEIrAS

Expo Usipa acontece com extensa

programação de conteúdo tecnológico

Nesta edição o evento contará com 68 palestras técnicas gratuitas

A33ª edição da Expo Usipa, um

dos maiores eventos do setor

da indústria, comércio e

prestação de serviços do Brasil,

acontecerá de 18 a 21 de julho, em

Ipatinga – MG e acaba de anunciar a abertura

das inscrições para as aguardadas palestras técnicas,

que nesta edição serão 68 ao todo.

Com uma programação repleta de especialistas

e profissionais experientes, a Expo Usipa,

através dos seus expositores, oferece uma

oportunidade imperdível para ampliar conhecimentos

e aprimorar habilidades profissionais

gratuitamente.

O evento, reconhecido por trazer insights

valiosos sobre as mais recentes tendências e

avanços tecnológicos da indústria, ocorrerá na

Fiemg Vale do Aço, em Ipatinga - MG. Durante

Ocredenciamento para a maior

feira da inovação industrial

do Espírito Santo, MEC

SHOW 2023, já está aberto. A expectativa

dos organizadores é receber

mais de 15 mil visitantes nos

três dias de evento com uma megaexposição de

produtos e serviços de pequenas, médias e

grandes empresas em um só lugar.

A Feira aborda esse ano o tema “A evolução

pra quem não para”, com a expectativa de gerar

R$150 milhões em negócios. O ambiente

ideal para profissionais que desejam investir

em melhorias e desvendar novos horizontes

no setor industrial. A feira também tem o intuito

de fomentar o debate sobre tecnologia

para o futuro das empresas. A abertura do credenciamento

foi feita durante a realização do

evento “Cenário ES, Perspectivas e Oportunidades”

promovido pela Federação das Indústrias

do Espírito Santo, parceira da Mec show.

A Mec Show 2023 está praticamente com

área de exposição esgotada e este ano vai ocupar

todos os pavilhões da área do parque de

Exposições Carapina, no município da Serra,

no Espírito Santo. A expectativa é ultrapassar

os números com números e dimensões da última

edição, em 2022, que já foi recorde. Estão

sendo aguardados até 17 mil visitantes,

confirmadas 300 marcas expositoras, e rodada

de negócios que devem chegar a R$ 150 milhões.

Superarmos todas as expectativas no

quatro dias consecutivos, de 18/07

(terça-feira) a 21/07 (sexta-feira),

das 9h às 17h, os participantes terão

a oportunidade de desfrutar

de um ambiente propício ao

aprendizado e à troca de conhecimentos.

Os interessados poderão escolher entre

uma variedade de palestras ministradas por especialistas

da indústria. As inscrições podem

ser feitas diretamente no site da Expo Usipa, no

menu “Palestras Técnicas”. O cadastro é necessário,

devido ao limite de participantes por sala

e também para poder emitir o certificado de

participação.

A feira de negócios da indústria, comércio e

prestação de serviços é realizada pela Usipa e

conta com o apoio da ABIMAQ e várias entidades

do segmento.

Mec Show 2023 tem expectativa

de receber mais de 15 mil visitantes

O credenciamento já está aberto para participação no evento que

acontece de 8 a 10 de agosto, no Pavilhão de Carapina

ano passado e estamos trabalhando

para sermos ainda melhores

este ano. Vamos oferecer uma

feira maior e com muitas novidades

para quem prestigiar”, anuncia

Marcos Milanez, diretor da

Milanez e Milaneze, empresa realizadora da

MEC SHOW.

A MEC SHOW 2023 mais uma vez vai reunir

o que há de mais moderno no setor industrial,

sendo uma oportunidade única para estar

conectado com os avanços e perto de profissionais

com extrema expertise na área. Em

agosto, a feira promete impulsionar ainda

mais a geração de negócios, além de proporcionar

uma forte conexão entre a indústria e

os fornecedores de produtos e serviços.

O visitante pode entrar no site oficial da

MEC SHOW (www.mecshow/credenciamento)

e realizar o credenciamento online de forma

fácil e rápida. Serão 300 marcas nacionais

e internacionais expondo o que há de mais novo

nos segmentos industriais. O acesso é gratuito

para profissionais da indústria.

A feira acontecerá de 08 a 10 de agosto, das

15h às 21h, para maiores de 16 anos, no Pavilhão

de Carapina, município da Serra, dirigida a empresários

e profissionais do setor industrial.

Apoiadora do evento, a ABIMAQ mais uma

vez estará presente com mais 11 empresas em

uma ilha da entidade e diversas outras associadas

participam com estande próprio.


Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

23

TECNOLOgIA

» B&Z INTErNACIONAL » CENTrO DE BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA (CBA) » FUNDAÇÃO PAULO FEITOZA (FPF Tech).

ABIMAQ presente no Polo Industrial de Manaus

Situado no Centro-Oeste do Estado

da Amazônia, o Polo Industrial

de Manaus é um dos mais

modernos centros tecnológicos em

toda a América Latina, reunindo mais

de 500 indústrias de ponta nos segmentos

eletroeletrônico, duas rodas,

naval, mecânico, metalúrgico e termoplástico,

entre outros, gera cerca

de meio milhão de empregos diretos

e indiretos, com faturamento

anual superior a 120 bilhões. A produção

do Polo é destinada principalmente

para atender o mercado brasileiro,

e apenas 5% é exportada para

mercados da América Latina, Europa

e Estados Unidos.

A ABIMAQ Norte Nordeste e o

IPDMAQ estiveram, entre os dias 23

e 26 de maio/23, junto a 9 importantes

players no estado do Amazonas promovendo

institucionalmente a atuação

da ABIMAQ em prol do fortalecimento

e crescimento da indústria,

com foco na inovação tecnológica e na

geração de negócios e na sua capacidade

de articulação e influências políticas

e econômicas.

Buscando uma integração com as

empresas do setor de máquinas e

equipamentos da região norte, a ABI-

MAQ quer se fazer presente em diferentes

iniciativas, que sejam em distintos

temas e em parcerias com instituições

e órgãos atuantes na região Norte,

e que deverá se estender para o Estado

do Pará, com foco na mineração,

Roraima e Rondônia promovendo o

Programa Mais Alimentos.

B&Z INTERNACIONAL. Em visita à empresa

associada B&Z International, a

ABIMAQ foi recebida pelo seu Diretor

e fundador Alexandre Damasceno.

Atua em projetos de automação

industrial, células robotizadas e construção

de máquinas inteligentes, engenharia

reversa e gravação e corte a

laser, possui um centro de manufatura

aditiva, para a otimização de recursos

e processos no contexto da indústria

4.0. Com atividades abrangentes,

como desenvolvimento de produtos

e projetos, automação industrial, a

empresa busca atender às necessidades

do mercado.

CENTRO DE BIOTECNOLOGIA DA AMA-

ZÔNIA (CBA). Visando conhecer as

pesquisas, o desenvolvimento de

projetos e inovação na Amazônia

desenvolvidas pelo CBA, representantes

da ABIMAQ foram recebidos

por Elias Moraes de Araújo, Diretor

Executivo da Fundação Universitas

de Estudos Amazônicos e do

Centro de Biotecnologia da Amazônia

(CBA) e tem como missão, contribuir

com o desenvolvimento da

bioeconomia na Amazônia, de forma

autônoma e com o apoio de parceiros

públicos e privados.

FUNDAÇÃO PAULO FEITOZA (FPF

Tech). Recebidos pelo Diretor Executivo

da FPFTech, Roberto Garcia,

uma importante oportunidade para

aproximar a ABIMAQ deste Instituto

de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico

de Manaus, fundada em

1998, voltada para a geração de soluções

de inovação nas áreas de Automação

Industrial, Tecnologias Móveis

e Assistivas, Internet, Qualidade de

Software e Capacitação Tecnológica,

com estreita cooperação com Universidades.

Possui competências em Indústria

4.0, Automação e Robótica,

Inteligência Artificial, Realidade Aumentada,

Cloud Computing, Internet

das Coisas, Segurança Cibernética,

Big Data, entre outras.

FLEX INDUSTRIES. Recebidos pelo Diretor

da Flex-AM, Paulo Ronaldo

Bomfim D'Oliveira a ABIMAQ teve

oportunidade de conhecer a empresa

amazonense do setor eletroeletrônico,

que conta com 1700 colaboradores, e

tem como principal atividade a montagem

de placas de circuitos impressos

e a fabricação de produtos eletroeletrônico,

incluindo produtos para a

área de áudio/vídeo. A Flex possui parcerias

tecnológicas com universidades

do Estado do Amazonas (UEA, ICTS

e CITS) para projetos de pesquisa e

desenvolvimento.

VALGROUP AMAZONIA. Flávio Souza,

diretor industrial da Valgroup, recepcionou

os representantes da ABIMAQ

para conhecerem uma das maiores

produtoras, transformadoras e recicladoras

de plástico, com operações no

Brasil, Espanha, Estados Unidos, Itália,

México e Uruguai. A Valgroup AM,

conta com mais de 6.500 colaboradores

em 4 plantas e oferecem diversas

soluções em embalagens plásticas para

aplicações industriais, para alimentos,

higiene e limpeza, produtos agrícolas,

cuidados pessoais, pet food, filmes

adesivos, máquinas envolvedoras,

além da produção de compostos, resinas

recicladas, masterbatches.

LÓGICA AMAZONIA. A ABIMAQ pôde

conhecer os principais projetos especiais

da Lógica Amazonia, apresentados

pelo diretor José Oscar do

Nascimento. Empresa de projetos

e fabricação de máquinas industriais,

dispositivos e acessórios e

prestação de serviços. São elas: máquinas

de brasagem automática, máquinas

de parafusamentos, elevador

de carga e máquinas para teste de estanqueidade,

ainda postos de solda

manual, ignitores eletrônicos para

acendimento de maçaricos e maçaricos

especiais.

GOLDEN ELEVADORES. O Diretor da

Golden Elevadores, Francisco Chagas

Jr, recebeu os representantes da

ABIMAQ para conhecerem o processo

de fabricação de elevadores de

passageiros e elevadores cargueiros

e plataforma elevadora para deficiente

físico. A empresa atua há mais de

20 anos no mercado, também é especialista

em manutenções de elevadores

e escadas rolantes, modernização/instalação

e manutenção corretiva/preventiva.

FEIRA NAVALSHORE AM 2023. Neste

mesmo período, a diretoria da Câmara

Setorial de Equipamentos Navais,

Offshore e Onshore – CSENO da

ABIMAQ, representada pelo Bruno

Galhardo, participou da Feira Navalshore

AM 2023 (24 a 26 de maio

2023) e destacou a aproximação com

indústria e estaleiros locais durante

a Navalshore AM, reforçando a necessidade

de ações da Câmara/ABI-

MAQ na região Norte.

» VALGrOUP AMAZONIA » LÓGICA AMAZONIA » FEIrA NAVALSHOrE AM 2023


24 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

TECNOLOgIA

COMÉrCIO EXTErIOr

Em retorno à feira Iran Agrofood, Brazil

Machinery Solutions marca presença

em ação coordenada pelo MAPA

BMS se junta a outras 9 empresas brasileiras para reforçar

tecnologia e indústria nacional no Irã, durante a 30ª edição da maior

feira de alimentos e agroindústria do país

» Luis Eduardo Accordi Ferrari – Associada

John Deere, Anita Tereza Dedding – Gerente

Divisional de Tecnologia e Inovação da ABIMAQ,

Leoni de Souza Leite - Associada Jacto,

Douglas Sinji Tsujikawa Associada Caterpilar,

Karoline T. Pereira –Associada Caterpillar e

Eduardo Fábio de Carvalho Loyolla, Chefe

Serviço de Comunicação Social do INPE

Visita ao

Instituto de

Pesquisas

Espaciais

Representantes da ABIMAQ, John Deere,

Jacto e Caterpilar realizaram no

dia 18 de maio, uma visita ao Instituto

de Pesquisas Espaciais (INPE), sendo recebidos

em audiência, pelo seu Diretor Clezio

Marcos de Nardin, e pelo Coordenador de

Gabinete Oswaldo Duarte Miranda.

Teve como objetivo, conhecer o âmbito

de atuação do instituto e a infraestrutura tecnológica

existente.

O INPE é uma unidade de pesquisa vinculada

ao Ministério da Ciência e Tecnologia

e Inovação (MCTI), criado em 1961 e sediado

em São José dos Campos, e tem como objetivo

produzir ciência e tecnologia nas áreas

espacial e do ambiente terrestre e oferecer

produtos e serviços singulares para o Brasil.

O grupo teve oportunidade para conhecer

o complexo do Laboratório de Integração

e Testes (LIT) do INPE, voltado para entre

outros a realização ensaios de Compatibilidade

Eletromagnética, possuem duas Câmaras

Blindadas Anecoicas com dimensões

de 15,4 x 7,7 x 7,7 (m) e 28,0 x 15,0 x 12,0 (m)

e infraestrutura necessária para garantir que

um sistema, equipamento ou dispositivo eletroeletrônico

não provoque perturbações ou

sofra uma interferência eletromagnética,

quando submetido aos níveis de severidade

de perturbações eletromagnéticas.

Entre os dias 16 e 19 de junho, o Ministério da

Agricultura e Pecuária (MAPA), em parceria

com o Ministério das Relações Exteriores

(MRE), coordenou a participação brasileira na Feira

Iran Agrofood 2023, em Teerã, capital do Irã. A

Iran Agrofood é a feira líder da indústria agropecuária

iraniana, chegando a sua trigésima edição

no ano de 2023. Neste ano, mais de 45.000 visitantes

e profissionais dos setores alimentício, embalagens

e agropecuário puderam fazer negócios

com os mais de 700 expositores vindos de 16 países,

e que expuseram seus produtos e tecnologias

em 18 pavilhões diferentes.

“A 30ª edição da feira Iran Agrofood foi bastante

especial. Em alguns países, a diversidade de feiras

para diferentes segmentos é substituída por

grandes eventos que reúnem diversos setores da

indústria, como no caso do Irã. Depois de uma participação

prévia em 2018, é possível afirmar que a

feira continua vital para a economia iraniana. No

caso do BMS, como representante do projeto setorial

que tem como foco a indústria de máquinas

e equipamentos, é possível afirmar que o setor de

máquinas para a indústria de embalagens, alimentícia

e agrícola tem muito espaço na feira”, afirma

Paulo Guerra, Gerente de Relações Institucionais

e Promoção Comercial da ABIMAQ.

Organizada pela Fairtrade e Palar Samaneh, a

30ª edição aconteceu no Tehran International, espaço

dedicado e com infraestrutura para acomodar

grandes exposições. Além do Brasil, Áustria,

China, Dinamarca, França, Alemanha, Índia, Itália,

Coréia, Holanda, Polônia, Rússia, Tailândia, Turquia

e Emirados Árabes Unidos contaram com estruturas

nos diferentes pavilhões do evento, apresentando

produtos, tecnologias adaptadas e soluções

nas áreas de agricultura, produção vegetal,

processamento e embalagem de alimentos e bebidas,

ingredientes, alimentação e food service.

Um detalhe especial da feira é a sua segmentação

em 4 feiras distintas e que compõem a Iran

Agrofood: Iran agro, Iran food + bev tec, Iran

food ingredients e Iran food + hospitality, sendo

assim capaz de abranger toda a cadeia de valor,

do campo à mesa. Com uma população de 86 milhões

de habitantes, o Irã tem sido o maior mercado

de alimentos do Oriente Médio. As despesas

no setor de alimentos e bebidas crescem constantemente,

e a produção de alimentos e bebidas é

de longe o maior segmento da indústria de processamento

iraniana.

Consequentemente, a demanda por ingredientes

e tecnologia para beneficiamento, processamento

e embalagens, por exemplo, segue crescendo.

“Dados da assessoria de imprensa da feira informam

que as importações iranianas de máquinas

de processamento e embalagem de alimentos

totalizaram 121 milhões de euros em 2021, com as

importações iranianas de tecnologia agrícola tendo

crescido em média 15,8% ao ano, nos últimos

cinco anos, o que coloca o mercado iraniano de

tecnologia agrícola em primeiro lugar no Oriente

Médio, dividindo essa posição com a Arábia Saudita”,

completa Paulo.


Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

25

COMÉrCIO EXTErIOr

Com o apoio do programa Brazil Machinery Solutions, empresas

estimam USD 6 MI após participação na feira ITMA 2023

Fabricantes de máquinas e equipamentos para a cadeia do têxtil acumulam USD 11 MI em negócios neste

primeiro semestre, como resultado das ações do BMS

No primeiro semestre de 2023,

as empresas apoiadas pelo

Programa Brazil Machinery

Solutions (BMS) movimentaram

mais de USD 11 milhões, resultado

de participação nas feiras COLOM-

BIATEX e ITMA. As empresas Avanço

e Delta Máquinas Têxteis foram

representantes do Brasil na feira italiana,

considerada a mais importante

do mundo para o setor de máquinas

têxteis, matérias-primas, tecidos

e vestuário, realizada em Milão,

Itália, de 8 a 14 de junho. Com o

apoio do programa BMS, resultado

da parceria entre a ApexBrasil e a

ABIMAQ, a presença das empresas

no evento fortaleceu a posição do

país como um importante player no

mercado global e impulsionou as

exportações no setor têxtil. Durante

o evento, foram realizadas negociações

no valor de USD 1,7 milhão e

espera-se que sejam concluídos negócios

no valor de USD 4 milhões

nos próximos 12 meses, totalizando

cerca de USD 6 milhões em negócios

internacionais.

Fábio Kreutzfeld, CEO da Delta

Máquinas Têxteis e presidente da

CSMAT, expressou satisfação com os

resultados alcançados. "Estamos

muito felizes com tudo o que a ITMA

2023 nos proporcionou. Atendemos

19 países e 40% das visitas geraram

propostas. Além dos negócios pontuais,

temos ainda previsão de novos

fechamentos em breve. O evento, como

um todo, nos proporcionou a

oportunidade de rever grandes amigos

e clientes e conquistar números

bem positivos!", reforça.

De acordo com os dados de exportação

do BMS, um terço dos

mais de USD 66 milhões alcançados

em negócios internacionais em

2022 foram para a Europa, principalmente

Alemanha, Itália e Polônia,

que importaram um total de

USD 21,154 milhões em máquinas e

equipamentos têxteis brasileiros, o

equivalente a 32%.

“A Europa é considerada um dos

berços da alta costura. Cidades como

Milão, que sediou o evento, Paris

e Londres, costumam atrair os

olhares do mundo quando o assunto

é moda. Por isso, a demanda por novas

tecnologias para apoiar esta indústria

é tão latente”, contextualiza

Paulo Guerra, Gerente de Relações

Institucionais e Promoção Comercial

da ABIMAQ.

Além da participação na ITMA

2023, as empresas apoiadas pelo

BMS e com atuação no setor têxtil

estiveram na Colombiatex de Las

Américas, realizada em Medellín,

Colômbia, no mês de janeiro. Durante

essa feira, foram realizados

negócios no valor de USD 778,4 mil

e projetados outros USD 4,9 milhões

para os próximos meses, envolvendo

países como Equador, Peru,

Venezuela, Guatemala, República

Dominicana, Uruguai, México e

Colômbia. Com isso, a projeção total

para exportações nos últimos

seis meses é de mais de USD 11 milhões,

com foco nos destinos europeus

e latino-americanos.

Silvio de Paiva, Diretor Comercial

da Avanço, considera a participação

na ITMA como uma vitrine

estratégica para a cadeia têxtil como

um todo. "Nosso mercado de exportação

é voltado aos países latinos,

mas essa é uma feira que todos visitam

e sempre fazemos negócios

com novos clientes", diz.

“A participação das empresas

brasileiras na ITMA, com o apoio

do BMS, reforçou o compromisso

do país em ser um fornecedor confiável

e competitivo, contribuindo

para o crescimento e desenvolvimento

da indústria têxtil tanto no

Brasil quanto no mercado internacional”,

afirma Patrícia Gomes, Diretora

de Mercado Externo da ABI-

MAQ e gestora do projeto BMS. “O

evento atraiu milhares de visitantes,

incluindo profissionais, especialistas

e tomadores de decisão da

indústria têxtil global, o que reforça

sua posição de acontecimento

mais importante para o setor”,

completa Patrícia.

ApexBrasil lança o Programa Mulheres e Negócios Internacionais

Iniciativa visa incluir mais empresas lideradas por mulheres no comércio internacional e contou com o

acompanhamento de representantes da ABIMAQ

Em 02 de junho, a Agência Brasileira de Exportações

e Investimentos (ApexBrasil) lançou,

na cidade de São Paulo, o programa Mulheres

e Negócios Internacionais, que contou com

a participação do presidente da Agência, Jorge

Viana, e da diretora de negócios, Ana Paula Repezza,

da secretária de comércio exterior, Tatiana

Prazeres, além de outros representantes do governo

federal.

O evento apresentou iniciativas para incluir

no comércio global mais empresas lideradas por

mulheres, como o programa de mentoria “Elas

Exportam”, uma parceria do Ministério do Desenvolvimento,

Indústria, Comércio e Serviços

(Mdic) e ApexBrasil, além de dar conhecimento

a trajetória de mulheres que atuam no comércio

internacional.

Uma das trajetórias apresentada foi a da empresária

Luciane Fornari, da empresa Fornari Indústria,

associada de Santa Catarina da ABIMAQ,

que destacou a importância da atuação das mulheres

nas entidades setoriais para contar com o

apoio no processo de internacionalização. A Fornari

Indústria é membro do Brazil Machinery Solutions,

uma parceria da Associação com a Apex-

Brasil. Quer saber mais sobre, clique aqui

https://brazilmachinery.com/.

Com o programa Mulheres e Negócios Internacionais,

a ApexBrasil busca apoiar a participação

de empresas lideradas por mulheres nos mercados

internacionais, por meio de ações de inteligência

comercial e qualificação para desenvolvimento

de competências e competitividade para

exportação, expansão internacional e investimentos,

reforçando o compromisso da Agência com a

equidade de gênero. Saiba mais clicando aqui

https://tinyurl.com/2bbw4epz.


26 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

COMÉrCIO EXTErIOr

MDIC abre consulta pública sobre Comércio

e Desenvolvimento Sustentável

Manifestações poderão ser enviadas até dia 04 de agosto

No dia 05 de junho de 2023,

Dia Mundial do Meio Ambiente,

foi publicada no Diário

Oficial da União a CIRCULAR

Nº 1, DE 1° que abre a Consulta Pública

sobre a interação entre Comércio

e Desenvolvimento Sustentável

em negociações comerciais

internacionais. As manifestações a

respeito do tema “Crescente interação

entre Comércio e Desenvolvimento

Sustentável em negociações

comerciais internacionais.”

poderão ser elaboradas por membros

da sociedade civil, pesquisadores,

servidores públicos, empresas,

associações, entidades de classe, federações,

confederações, associações

de consumidores e organizações

não governamentais.

A Consulta Pública tem como finalidade

utilizar os comentários recebidos

para orientar os representantes

do país em negociações comerciais

internacionais e nos debates

em organismos internacionais

relacionados ao assunto que está

em pauta nas esferas internacionais.

A Consulta Pública tem como finalidade utilizar os

comentários recebidos para orientar os representantes do

país em negociações comerciais internacionais e nos

debates em organismos internacionais relacionados ao

assunto que está em pauta nas esferas internacionais.

Ela foi estruturada em seções temáticas,

como preocupações e interesses

relacionados a medidas ambientais,

barreiras às exportações brasileiras,

medidas sustentáveis para

promover o comércio exterior brasileiro,

medidas para promoção do

comércio de produtos da economia

circular, alternativas que promovam

o comércio ambientalmente sustentável

de plásticos, entre outros

tópicos relevantes.

A iniciativa consolida a visão da

Secretaria de Comércio Exterior de

que os temas de sustentabilidade

têm impacto direto sobre competitividade

dos exportadores brasileiros

e que medidas implementadas

por parceiros comerciais do Brasil

podem constituir barreiras de acesso

a mercados internacionais. Em linha

com essas preocupações, a Câmara

de Comércio Exterior (Camex)

constituiu, em maio, um Grupo

de Trabalho interministerial para

ajudar na coordenação dos vários

órgãos de governo que têm atribuição

neste tema, entre eles o MDIC,

que conta com a Secretaria de Comércio

Exterior, a Secretaria de

Economia Verde, a Secretaria de

Desenvolvimento Industrial, Inovação,

Comércio e Serviços e Secretaria-Executiva

da Câmara de Comércio

Exterior.

Os interessados poderão enviar

suas manifestações até o dia

04 de agosto, 60 dias da sua publicação

no Diário Oficial, por meio

da plataforma "Participa + Brasil",

localizada no endereço eletrônico:

https://tinyurl.com/3xrxutzx

retirada da oferta do Brasil em compras

governamentais no GPA da OMC

Brasil encerra processo de acessão ao Acordo de Compras Governamentais

No dia 30 de maio de 2023 o Brasil retirou da

Organização Mundial do Comércio (OMC) a

oferta de abertura para empresas estrangeiras

participarem do mercado de compras governamentais

no país, comunicando aos países membros do

Acordo de Contratações Governamentais (Government

Procurement Agreement - GPA, em inglês)

sua decisão.

O GPA é um conjunto de medidas que garante

tratamento igualitário perante a lei de licitações públicas

nas compras de bens, serviços e obras públicas.

Que tem o objetivo de abrir portas para que

empresas estrangeiras acessem o mercado nacional

de compras públicas e da mesma maneira, fazendo

com que as empresas brasileiras exportem produtos

e serviços aos governos dos países estrangeiros

membros do acordo, facilitando a transação comercial

e aumentando a competitividade.

O Acordo de Contratações Governamentais

abrange 48 países e em maio de 2020 o Brasil solicitou

sua adesão, e em junho do mesmo ano apresentou

a oferta final de acesso ao seu mercado de

compras públicas, ampliando a lista completa de todos

os bens e serviços que estariam cobertos pelas

regras do acordo contendo também todas as exigências

para sua entrada em vigor.

A ampla abertura do mercado brasileiro de compras

públicas levantou uma preocupação em relação

à falta dessa preferência comercial como um fator

para negociar acordos bilaterais. Isso significa

que, ao não ter essa preferência, o Brasil poderia estar

em desvantagem ao estabelecer acordos com

outros países.

Outro receio por parte do atual governo seria

em relação à incerteza de uma contrapartida clara

ao acesso aos mercados de outros países, colocando

em dúvida os benefícios concretos que o Brasil teria

com sua entrada no acordo, a possibilidade de uma

competição injusta de empresas estrangeiras dentro

do país, também foi um motivo de decisivos para

a decisão, pois acabaria afetando negativamente

a competitividade dos produtos brasileiros, comprometendo

a economia do Brasil e indo contra as

políticas atuais adotadas para impulsionar a indústria

nacional.

Esses fatores, combinados, foram determinantes

para a decisão de retirar a oferta do Brasil e encerrar

as negociações para sua entrada no GPA até

o momento. O governo busca garantir condições

mais favoráveis e seguras para a participação do

Brasil em acordos internacionais, assegurando que

haja uma contrapartida clara e vantajosa, bem como

uma competição justa e equilibrada no mercado

global visando proteger os interesses nacionais.


Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

INFORMAQ

27

ECONOMIA

» Departamento de competitividade, economia e estatística

Acesse as pesquisas e estudos especiais do setor. » Tel.: (11) 5582-6347

» Site: https://bit.ly/2TRFF5z » E-mail: deee@abimaq.org.br

Apesar do resultado positivo no mês de maio,

o setor de máquinas e equipamentos mantém

resultado negativo no ano

› QUADRO GERAL

Dados até o mês de maio, da pesquisa indicadores

conjunturais da ABIMAQ, indicam continuidade

da desaceleração dos investimentos em máquinas

e equipamentos no Brasil. Apesar do crescimento

de 10,5% no mês de maio ante o mês de abril, ou

2,9% com ajuste sazonal, o mês de maio registrou

queda de 15,6% na comparação com igual mês do

ano passado, ampliando a queda no acumulada

no ano e nos últimos 12 meses. No ano ( janmai),

em relação ao mesmo período de 2022,

houve queda de 8,5% nas receitas líquidas de

máquinas e equipamento. Nos últimos doze

meses, a queda acumulada foi de 7,3%, a 10ª

neste tipo de comparação.

O setor fabricante de máquinas e

equipamentos exportou US$ 1,3 bilhões no mês de

maio/23, crescimento de 35,7% sobre o mês de

abril, que havia encolhido 21,2% em relação a

mar/2023. A alta do mês de maio reforçou o bom

desempenho do indicador em 2023. Em relação ao

mesmo mês de 2022, o crescimento foi se 22,2%.

No ano ( jan/mai) a indústria de máquinas e

equipamentos acumulou crescimento de 23,0%

nas suas exportações. O que, mais uma vez,

ajudou a suavizar a queda nas vendas no mercado

doméstico. No período, segundo dados da

Funcex, as exportações medidas em quantidade

registraram crescimento de 11,0%.

O mês de maio registrou alta nas importações

de máquinas e equipamentos, tanto na

comparação mensal (+27,0%), como na interanual

(4,8%), ao atingir mais de US$ 2,6 bilhões. No ano

( jan-mai/23) as importações cresceram 13,0% em

relação ao mesmo período de 2022. A variável

preço, tem exercido influência importante nos

resultados das importações nos últimos meses.

No período, o crescimento dos preços foi de 5,9%,

enquanto o número de unidades físicas

importadas cresceu 6,4%.

O consumo aparente nacional de máquinas e

equipamentos, resultado da soma da aquisição de

bens produzidos localmente com os importados,

no mês de maio registrou alta, com ajuste sazonal,

de 2,5% ante o mês de abril. Ainda assim, em

relação ao mesmo mês do ano de 2022 o consumo

de máquinas ficou 10,7% abaixo. O valor

acumulado no ano ( jan/mai) foi de R$ 149 bilhões,

8,4% inferior ao do ano anterior. O período foi

DESEMPENHO MENSAL • RECEITA LÍQUIDA

PERÍODOS SELECIONADOS - EM R$ BILHÕES

R$ bilhões constantes

Mês / Mês anterior = +10,6% (+8,1% CAS)

Mês / Mês do ano anterior = -15,6%

Média 2010 - 2013 Média 2016 - 2017 2021 2022 2023

38,75

21,46

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

marcado pela queda na aquisição de bens

produzidos localmente. Os bens importados,

quando medidos em reais e deflacionados,

registraram crescimento de 2,0%.

29,52

28,69

24,91

› NUCI, PEDIDOS e EMPREGOS

O nível de utilização da capacidade instalada da

indústria brasileira de Máquinas e Equipamentos

registrou alta de 0,2% no mês de maio, atingindo

75,0% em 2023. Mesmo com o crescimento na

ponta, em relação ao maio de 2022, o nível de

utilização recente da capacidade instalada ficou

3,7% abaixo. A carteira de pedidos no mês

maio/23 voltou a cair (-2,8%) anulando parte da

recuperação do mês de abr23 e atingiu 10,7

semanas de atividade, valor 6,7% abaixo do

resultado do mesmo período de 2022. Abaixo

Ano / Ano anterior = -8,5%

12 meses / 12 meses anteriores = -7,3%

› 2023 = -33% contra a média de 2010-2013

Fonte: DCEE/ABIMAQ. Nota: Deflator utilizado – coluna 32 – FGV

também da certeira média de 2022, que foi no

período equivalente a 11,4 semanas de atividades.

A desaceleração das atividades nos setores

fabricantes de máquinas e equipamentos nos

últimos meses, levou a novas demissões no setor,

a segunda em 2023. O número de pessoas

ocupadas na indústria brasileira de máquinas e

equipamentos encolheu no mês de maio 0,1% e

atingiu um total de 393.286 colaboradores. Apesar

do fechamento de quase 300 postos de trabalho

em maio, em relação ao mês de dez/22, mês que

ocorreu forte demissão, o setor manteve um

adicional de 2.971 pessoas em atividade. Em

relação ao mês de setembro de 2022, por outro

lado, mês que registrou número recorde de

pessoas no setor, o quadro de pessoal encolheu

em 6 mil pessoas.

TrEINAMENTOS AbIMAQ

» Confira abaixo a programação de treinamentos disponíveis

para o mês de julho de 2023.

» Site: www.abimaq.org.br/cursos » Tel.: (11) 5582-6321/5703 » E-mail: capacitacao@abimaq.org.br

10/07 das 9h às 18h → PRESENCIAL - Liderança:

Capacitando Equipes para Gerar

Resultados

14/07 das 9h às 17h → ONLINE - Gestão

& Administração de Almoxarifado

21/07 das 09h às 16h → PRESENCIAL -

Planejamento Estratégico

24 a 26/07 das 9h às 18h → PRESEN-

CIAL - Implantação, Interpretação e Auditor

Interno da Norma ISO 14001:2015 -

Sistema de Gestão Ambiental


28 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023

rEFLEXÃO › JOSÉ VELLOSO

Engenheiro mecânico, administrador de empresas e presidente executivo da ABIMAQ

POLÍTICA INDUSTrIAL

BASEADA EM MISSÕES

A Política Industrial, se

integrada à Política de

Comércio Exterior, bem

como à Política

Macroeconômica de forma

estratégica e objetiva,

contribuirá de forma mais

assertiva ao

desenvolvimento da

economia nacional, focado

no processo de mudança

tecnológica, inclusão social,

e nas preocupações

relacionadas aos efeitos da

mudança climática

Élouvável que o Governo Federal tenha

reativado o Conselho Nacional de Desenvolvimento

Industrial (CNDI), grupo vinculado

à Presidência da República, que não se

reunia há 7 anos. O CNDI será responsável

por debater e elaborar a nova política industrial

para o Brasil e, já na primeira reunião de

seu Comitê Executivo, definiu 7 missões para

política industrial.

Também é louvável saber que “a indústria

será o fio condutor de uma política econômica

voltada para a geração de renda e de empregos

mais intensivos em conhecimento” como dizem

o Presidente Lula e o Vice Presidente Alckmin,

no artigo “Neoindustrialização para o Brasil

que queremos” recentemente publicado no

jornal O Estado de São Paulo, já que a situação

da indústria brasileira há décadas preocupa.

Em 1985, a indústria de transformação representava

35,9% do PIB e hoje apenas 12,9%.

Por si só este quadro seria motivo de preocupação,

mas trouxe consigo a perda de importância

de bens de média-alta e alta intensidade

tecnológica na sua estrutura e o encolhimento

do seu nível de produtividade. Dados da FGV

mostram que entre 1995 e 2022 o desempenho

da produtividade da indústria de transformação

foi negativo em 0,9%.

Os impactos deste processo na economia

brasileira foram duramente sentidos nas últimas

crises internacionais. A ausência de cadeias

bem estruturadas para a produção de bens estratégicos

como medicamentos, equipamentos

hospitalares, fertilizantes, componentes eletroeletrônicos

entre outros, aprofundaram a

crise ao impedir o pleno abastecimento do mercado

produtor e consumidor.

Essa falha no mercado, provocada pelo aumento

da dependência de um único ou principal

fornecedor internacional, mostrou a fragilidade

das cadeias de suprimentos. Ocorreu não só no

Brasil e provocou uma onda de reavaliação das

estratégias nas principais economias, trazendo

novamente a importância da Política Industrial

desta vez focada em ações que pretendem mudar

o futuro da indústria e o seu desenvolvimento

inclusivo e sustentável.

Neste contexto, o CNDI ao estabelecer as

missões e desafios a serem enfrentados pela

neoindustrialização, colocou o Brasil em alinhamento

com as nações que vêm aderindo a

essa tendência. É necessário priorizar o desenvolvimento

de instrumentos e políticas públicas

que garantirão as oportunidades e desafios

aos investimentos e expansão de

fronteiras tecnológicas.

Estas políticas precisam de ação contínua,

dispor de um sistema robusto de acompanhamento

e de avaliação de desempenho em horizontes

de médio e longo prazo visando permitir,

sempre que necessário, adequações aos

objetivos propostos. Precisam ter tempo para

começar e para terminar e metas quantificáveis

para serem atingidas.

A Política Industrial, se integrada à Política

de Comércio Exterior, bem como à Política

Macroeconômica de forma estratégica e objetiva,

contribuirá de forma mais assertiva ao

desenvolvimento da economia nacional, focado

no processo de mudança tecnológica, inclusão

social, e nas preocupações relacionadas

aos efeitos da mudança climática.

Se focada adicionalmente na eliminação das

assimetrias que tiram a competitividade da indústria

nacional, que passa pela resolução dos

problemas estruturais que resultam no “Custo

Brasil”, abrirá espaço para desarmar a armadilha

da renda média que prende o país na categoria

de “em desenvolvimento” há décadas.

As missões estratégicas definidas para serem

percorridas tem o potencial de desenvolver

e transbordar conhecimento por toda a

cadeia de valor a ela relacionada, na direção

das necessidades do país.

Também tem o potencial de impulsionar,

no país, a pesquisa, desenvolvimento e engenharia

de produto e processo, modernizando

e ampliando a complexidade do parque industrial,

incluindo a integração com serviços sofisticados.

Todas as missões precisam caminhar

para o domínio de rotas tecnológicas

estratégicas e, adicionalmente, ganhos de produtividade,

contando com aumento do estoque

de capital por trabalhador, que é historicamente

baixo, e de competitividade. Tudo

isso refletirá certamente em aumento na participação

da indústria no PIB, mas, principalmente,

no crescimento econômico.

As 7 missões, tendo a indústria como foco

e abrangendo áreas onde temos vantagens

comparativas, são um bom caminho para juntos

trilharmos, setor privado e público, num

pacto pela produtividade e pelo tão sonhado

desenvolvimento com inovação, sustentabilidade

e inclusão social.

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