INFORMAQ | Nº 278 | julho de 2023 | Ano XXIII
Publicação de ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ
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ENTREVISTA EXCLUSIVA / P. 10
Deputado Luiz Carlos Hauly e deputado Reginaldo Lopes falam
sobre a importância da aprovação da Reforma Tributária
ARTIGO / JOSÉ VELLOSO / P. 28
POLÍTICA INDUSTRIAL
BASEADA EM MISSÕES
CONTEÚDO
DESTINADO PARA
PRESIDÊNCIA,
DIRETORIA,
DEPARTAMENTOS
TÉCNICOS
E RELAÇÕES
GOVERNAMENTAIS
PUBLICAÇÃO DE ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ - NÚMERO 278 | JULHO DE 2023 | ANO XXIII
Guilherme Martimon/MAPA
GOVERNO ANUNCIA LANÇAMENTO
DO PLANO SAFRA 2023/24
Com o aporte de R$ 364,22 bilhões para a produção agropecuária e R$ 77,7 bilhões para a Agricultura Familiar, o programa conta também
com novas linhas de financiamento que visam aumentar a produtividade no campo e aquecer a indústria nacional. Pág. 18
ABIMAQ EM AÇÃO/ PÁGS. 3 E 7 CÂMARAS SETORIAIS E REGIONAIS/ PÁGS. 14, 15 E 16
DIA DA INDÚSTrIA
Com a participação da ABIMAQ, a data
foi marcada por diálogos voltados para
o setor empresarial, com especialistas
que discutiram o impacto positivo do
crescimento e fortalecimento industrial
nos principais setores da economia.
CNDI
Com o foco em inovação, competitividade e sustentabilidade, o Conselho
de Desenvolvimento Industrial visa contribuir com uma nova política
industrial para o país e vai contar com a participação da ABIMAQ.
rEUNIÃO DO CONSELHO DE HIDrOgÊNIO
Encontro com especialistas discutiu as Potencialidades e Desafios
da Produção de Hidrogênio Verde no Brasil.
FOMENTO DE CrÉDITO NO rIO DE JANEIrO
ABIMAQ e AgeRio assinam acordo de cooperação para fomentar o
setor de máquinas e equipamentos.
ABIMAQ PArTICIPA DO ENCONTrO NACIONAL DE
FErrAMENTArIAS
A 15ª edição da ENAFER debateu o contexto atual do mercado e a
inovação em direção à indústria 4.0.
2 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
EDITOrIAL › GINO PAULUCCI Jr.
Sócio da Polimáquinas e presidente do Conselho
de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ
A IMPOrTÂNCIA DA rEDUÇÃO DOS
JUrOS PArA O SETOr INDUSTrIAL
Aindústria de máquinas e equipamentos
sempre desempenhou um papel crucial
no desenvolvimento econômico do país,
fornecendo os meios necessários para o aumento
da produtividade, aprimoramento da
eficiência e modernização dos processos produtivos
em diversos setores. No entanto, temos
enfrentado desafios significativos com o Custo
Brasil, sendo o mais significativo deles no momento
é a elevada taxa de juros, que trava e limita
a capacidade de investimentos e afeta negativamente
o crescimento do setor, que tem
enfrentado um processo de desindustrialização.
A taxa de juros é um indicador que reflete
o custo do dinheiro no mercado financeiro e,
quando estão elevados, o acesso ao crédito se
torna mais difícil e oneroso para as empresas,
principalmente para as de menor porte.
Nesse contexto, a redução dos juros se
torna uma medida de extrema importância
para o setor industrial, uma vez que influencia
diretamente os investimentos, a produção e a
capacidade de expansão das empresas, que necessitam
de recursos financeiros para estarem
atualizadas com as últimas tendências e avanços
tecnológicos para manterem-se competitivas
em um mercado globalizado.
Com o juro mais baixo, as empresas podem
obter financiamentos a taxas mais atrativas, o
que facilita a aquisição de equipamentos de
última geração. Máquinas modernas oferecem
maior eficiência energética, maior precisão,
maior capacidade produtiva e melhores recursos
tecnológicos, o que resulta em produtos
de melhor qualidade, redução de custos e aumento
da produtividade.
Além dos benefícios para as empresas, a
queda dos juros também resultaria em um
Com taxas de juros mais
atrativas, o país se torna mais
competitivo em relação a outros
mercados, incentivando
empresas estrangeiras a
investirem e estabelecerem suas
operações. Esses investimentos
trazem consigo tecnologia,
conhecimento e expertise,
fortalecendo e impulsionando a
economia nacional.
grande impacto positivo na economia como
um todo, visto que o crescimento desse setor
estimula e impulsiona a demanda por mão de
obra qualificada, o que pode resultar na criação
de novos empregos. Além disso, o aumento da
produção e da eficiência das indústrias resultaria
em maior geração de receitas e impostos,
o que fortaleceria a arrecadação governamental.
As elevadas taxas básicas de juros que presenciamos
atualmente, colocaram os juros de
mercado nas alturas, impactando negativamente
a renda das famílias e das empresas. Ao
analisar os indicadores recentes de atividade
econômica, se observa uma importante desaceleração.
Os investimentos em máquinas e
equipamentos, já em queda no último trimestre
de 2022, registraram queda de 6,5% neste
início de ano, podendo comprometer o futuro
do crescimento do país.
Para que a redução dos juros seja efetiva, é
fundamental que haja uma política governamental
clara e consistente, de modo a garantir
taxas competitivas, a criação de linhas de crédito
específicas e o incentivo à inovação, reduzindo
o Custo Brasil. Dessa forma, a indústria
de máquinas e equipamentos poderá
desempenhar todo o seu potencial como impulsionadora
do desenvolvimento econômico
e tecnológico brasileiro.
Nós estamos passando por uma transformação
digital no mundo e o Brasil tem que
acompanhar e pautar a consolidação de um
ambiente macroeconômico favorável aos investimentos
produtivos para a neo reindustrialização
e para a formação de parcerias internacionais,
que podem abrir novas
oportunidades de negócios. Com taxas de juros
mais atrativas, o país se torna mais competitivo
em relação a outros mercados, incentivando
empresas estrangeiras a investirem e estabelecerem
suas operações. Esses investimentos
trazem consigo tecnologia, conhecimento e
expertise, fortalecendo e impulsionando a economia
nacional.
A redução da taxa SELIC mais as reformas
estruturais em curso, como o novo arcabouço
fiscal e a reforma tributária, deve colocar o
país em um novo patamar de desenvolvimento.
Com esforços conjuntos, é possível superar
os desafios e abrir caminho para um setor
de máquinas e equipamentos mais robusto e
resiliente, capaz de impulsionar o PIB de
forma sustentável, o avanço tecnológico e a
competitividade da indústria brasileira como
um todo.
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Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
INFORMAQ
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AbIMAQ EM AÇÃO
ABIMAQ participa de solenidades em comemoração ao Dia da Indústria
MyKe Sena/Câmara dos Deputados
FRENTE PARLAMENTAR MISTA
DA INDÚSTRIA É LANÇADA NA CÂMARA
DOS DEPUTADOS, EM BRASÍLIA
Com a presença da ABIMAQ e outras entidades
do setor industrial, no último dia 24 de maio,
foi lançada na Câmara dos Deputados, em
Brasília, a Frente Parlamentar Mista da Indústria.
Com apoio e incentivo da ABIMAQ para a criação,
a Frente, que será presidida pelo deputado
José Rocha (União-BA), tem por objetivo trabalhar
em conjunto a aprovação da Reforma Tributária
e demais pautas de interesse do setor que
possam assegurar a retomada da reindustrialização
do Brasil.
“A adoção de políticas públicas é decisiva para
o avanço industrial do Brasil e cabe ao Congresso
Nacional contribuir com essa recuperação e com
a construção de um ambiente mais favorável ao
desenvolvimento do setor por meio de implementação
de medidas que incentivam os investimentos
em pesquisa e inovação”, frisou José Rocha na
oportunidade.
Presente no evento, o vice-presidente da República
e ministro do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin,
afirmou que vai trabalhar em conjunto com
a Frente pela recuperação da indústria e para
construir uma proposta de política industrial. Para
isso, acredita que a aprovação da Reforma Tributária,
a queda dos juros e a redução do Custo
Brasil serão fundamentais para a retomada do
crescimento do setor.
EVENTO COMEMORATIVO PROMOVIDO PELA FIESP DISCUTE O IMPACTO POSITIVO DO
CRESCIMENTO E FORTALECIMENTO DA INDÚSTRIA NOS PRINCIPAIS SETORES DA ECONOMIA
Em comemoração ao Dia Nacional da Indústria, celebrado
em 25 de maio, o evento, realizado na sede
da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo), contou com a participação de renomados
nomes nacionais e internacionais relacionados
ao setor industrial, sendo a ABIMAQ representada
pelo seu Presidente do Conselho de Administração,
Gino Paulucci Jr. e pelo seu Presidente-executivo,
José Velloso, que recebeu o convite pela presidência
da República a comparecer a celebração, após reunião
em Brasília, onde esteve presente no lançamento
da Frente Parlamentar Mista da Indústria ao
lado do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
O primeiro Painel do dia teve como tema A Nova
Política Industrial, e promoveu uma discussão
sobre a experiência internacional das novas políticas
industriais, em consonância com os principais
desafios do desenvolvimento do século 21. O objetivo
foi explorar os mecanismos e instrumentos de
políticas necessárias para sustentar uma indústria
próspera, destacando a importância de otimizar investimentos
públicos e privados.
A Reforma Tributária para o Crescimento
Econômico foi o tema do segundo painel. Na oportunidade,
Bernard Appy - Secretário Extraordinário
da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda,
e o Deputado Federal Reginaldo Lopes - Coordenador
do GT sobre o sistema Tributário Nacional,
debateram as principais diretrizes para a atual Reforma
do Sistema Tributário Nacional.
O terceiro painel falou sobre a Desindustrialização
e os Novos Desafios da Geopolítica e do
Reshoring, e trouxe uma perspectiva sobre as questões
geopolíticas atuais e as experiências internacionais
recentes em políticas industriais, refletindo
sobre os desafios e as oportunidades para a indústria
brasileira.
Financiamento para o Desenvolvimento da
Indústria foi o tema do quarto painel, que discutiu
os papéis dos mercados de capitais, dos bancos de
investimento e dos bancos de desenvolvimento na
promoção da indústria e do crescimento econômico.
O quinto painel debateu o Fortalecimento das
Pequenas e Médias Empresas e tratou dos principais
desafios e os mecanismos necessários para
apoiar e fortalecer as MPME's.
ENCERRAMENTO. O presidente da FIESP - Josué
Gomes da Silva, comentou que os países ocidentais
de grande porte que cresceram e se tornaram
prósperos, foram capazes de promover uma distribuição
de renda equitativa, mas, acima de tudo,
construíram uma classe média forte e robusta, que
desempenharia um papel essencial no fortalecimento
socioeconômico e da democracia, incentivando
assim a criação de oportunidades e a construção
de uma sociedade mais justa e próspera.
“Nós poderemos reindustrializar o Brasil e isso
é fundamental para fortalecermos de novo a classe
média e termos segurança de que a nossa democracia
estará forte e pujante”, explicou o presidente.
Ministro da Fazenda – Fernando Haddad, frisou
que o plano do governo é apoiar a indústria para
o desenvolvimento nacional e que todo o esforço
feito é para dar garantia de estabilidade para os indicadores
macroeconômicos que já respondem favoravelmente.
“Isso nos dá garantia de que estamos no caminho
certo, substituindo uma regra fiscal anacrônica
por uma moderna que atende aos interesses de um
país em desenvolvimento”, acrescentou o Ministro.
“Nosso sistema tributário não é bom e precisa
ser mudado! Se esta é uma realidade nacional,
nos incumbe como obrigação cívica no Congresso
Nacional, aprovarmos a Reforma Tributária
para darmos um novo cenário para o nosso país”,
completou Rodrigo Pachecco – presidente do
Senado Federal.
Finalizando as apresentações Geraldo Alckmin
– vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços
(MDIC), explicou que a Reforma Tributária dará
um salto importante em eficiência, redução de Custo
Brasil, simplificação e fomentará as exportações.
O presidente da República - Luiz Inácio Lula
da Silva (PT), em seu discurso de encerramento,
frisou a necessidade da adoção de uma Política Industrial
competitiva e moderna, que leva em conta
os avanços tecnológicos e a necessidade da transição
energética. “Para ter um país e uma indústria
forte, é preciso ter trabalhadores fortes, ganhando
salários justos e podendo ser consumidores do que
eles produzem”, finalizou.
BNDES ANUNCIA MEDIDAS PARA O FORTALECIMEN-
TO DAS INDÚSTRIAS NACIONAIS. Durante a realização
do Seminário “Indústria Forte, País Forte”,
promovido pela FIESP, o presidente do Banco,
Aloizio Mercadante, anunciou o pacote promovido
pela entidade, que inclui a disponibilização de R$
2 bilhões de recursos na taxa fixa em dólar para as
empresas brasileiras exportadoras com receita em
moeda americana ou atrelada à variação cambial; a
redução dos spreads para financiar a produção de
bens nacionais voltados à exportação; e a disponibilização
de R$ 20 bilhões para o financiamento
dos projetos de inovação, tendo por juros a Taxa
Referencial (TR), com custo de 1,7% ao ano e dois
anos de carência.
“Não existe inovação com TLP (Taxa de Longo
Prazo). Vai ter dinheiro para inovação do BNDES a
custo barato”, afirmou Mercadante.
MENOS JUROS PARA MPMES EXPORTADORAS.
Quanto ao BNDES Exim Pré-Embarque, que financia
a produção de bens nacionais a serem exportados,
o spread cobrado pelo Banco será reduzido em
até 60%. A alteração é resultado do processo de revisão
dos spreads na Política Operacional do
BNDES, que reforça a atuação do Banco em alguns
objetivos prioritários, como o fortalecimento da indústria,
o apoio às MPMEs e o aumento das exportações
brasileiras, em alinhamento com a nova estratégia
geral da instituição.
4 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
AbIMAQ EM AÇÃO
ABIMAQ participa da criação de novas frentes
parlamentares no Estado de São Paulo
Principal objetivo é promover debates e reforçar a união entre o poder público e o setor privado
para alavancar o desenvolvimento estadual.
AABIMAQ, representada por Anita Dedding
(Gerente Divisional de Tecnologia) e João
Alfredo (Diretor de Tecnologia), esteve presente
no lançamento da Frente Parlamentar pelo
Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e sua Integração
com o Mercado de Trabalho, realizado
em 1° de junho.
A Frente Parlamentar tem como objetivo, estruturar
e sugerir um Projeto de Lei e Políticas
Públicas / Privadas que efetivamente aproximem
e aprimorem o relacionamento entre as empresas
e o ecossistema de inovação paulista (Universidades,
Parques Tecnológicos, Laboratórios, Incubadoras
e Aceleradoras de Startups entre outras
Instituições), visando aumentar a competitividade
da economia paulista e apresentar soluções
inovadoras para problemas para as diversas áreas
de nossa sociedade.
A Frente Parlamentar deverá, entre outras,
incentivar:
» A busca de soluções inovadoras para problemas
concretos do cotidiano da população,
em especial às áreas mais vulneráveis: habitação,
saúde, transporte, educação, lazer e
empregos;
» Uma política de geração de empregos qualificados;
» A criação de ambientes voltados para o desenvolvimento
de conhecimentos como observatórios,
inovação tecnológica, integrando
instituições públicas e privadas, startups,
para atender demandas e promover a oferta
para o desenvolvimento econômico e empregabilidade
referenciadas em leis, fundos
e programas de fomento
Para o presidente da Frente Parlamentar, deputado
Luiz Claudio Marcolino (PT), a iniciativa
poderá representar o aumento na competitividade
econômica de São Paulo e o fomento na geração
de novos empregos.
"Queremos construir uma ponte entre o
ecossistema de pesquisa, desenvolvimento e
inovação (PD&I) e a sociedade. Incentivar soluções
inovadoras e geração de empregos qualificados,
especialmente para os segmentos sociais
mais vulneráveis", explicou Marcolino, durante
a solenidade.
» Luiz Claudio Marcolino (PT), coordenador da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento
da Ciência, Tecnologia e sua Integração com o Mercado de Trabalho
Bruna Sampaio
Durante o lançamento, o governador do Estado,
Tarcísio de Freitas, reforçou que o desenvolvimento
econômico e o social são inseparáveis e precisam
caminhar juntos. “Não existem questões isoladas,
todos os desafios se conectam, e temos que promover
o desenvolvimento econômico se quisermos fazer
justiça social”, completou Tarcísio.
O evento realizado dia 07 de junho, no Palácio
dos Bandeirantes, em São Paulo, e coordenado
pela deputada estadual, Carla Morando, contou
com as presenças de José Velloso, que esteve representando
a ABIMAQ; do secretário-chefe da
Casa Civil, Arthur Lima; do secretário-chefe da
Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado,
coronel Henguel Ricardo Pereira; dos secretários
de Estado, Jorge Lima (Desenvolvimento
Econômico); Gilberto Kassab (Governo e Relações
Institucionais); Guilherme Afif Domingos
(Projetos Estratégicos) e Guilherme Derrite (Segurança
Pública); do senador Marcos Pontes; de
parlamentares, prefeitos e líderes de entidades
da indústria, comércio e serviços.
» Tarcísio de Freitas, governador
do Estado de São Paulo
FRENTE PARLAMENTAR DO DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO DO
ESTADO DE SÃO PAULO
A Frente Parlamentar está comprometida a trabalhar
pela aprovação de propostas que facilitem o
empreendedorismo e a desburocratização normativa
e tributária das atividades produtivas em São
Paulo. O grupo reúne 30 integrantes – cinco efetivos
e 25 membros apoiadores – para ampliar o
diálogo entre o poder público e representantes do
setor privado para o fomento do desenvolvimento
econômico, da indústria, do comércio e dos serviços
em São Paulo.
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AbIMAQ EM AÇÃO
Evento apresentou as diretrizes e estratégias do
BNDES para fomentar o crédito nas indústrias
Na oportunidade, Banco Nacional assinou acordo de cooperação para promover e ampliar o acesso de crédito
para às MPMEs
Aimportância das ideias que o
BNDES tem tido para a criação
de linhas de crédito que não
precisam alterar a legislação e que
não mexam com qualquer tipo de
subsídio, foi destacada por José Velloso,
presidente-executivo da ABI-
MAQ, em seminário realizado na sede
da FIESP. No entanto, para Velloso, a
alavancagem de novos recursos para
o fomento às MPMEs passa também
por uma mudança da atual TLP; e a
adoção da fixação do spread nas linhas
indiretas. “Hoje, 80% das máquinas
e equipamentos adquiridos
no Brasil são com capital próprio.
Não existem condições de alavancar
a indústria no país esperando que os
pequenos e o micro empresários
comprem equipamentos e façam in -
vestimentos de capital próprio”,
completou Velloso.
Para o diretor de crédito digital
do BNDES, Alexandre Abreu, uma
das soluções pode ser o tabelamento
dos spreads, e a adoção de um modelo
próximo ao FGI, onde quem
trabalha com uma taxa menor ganha
mais limites. “É preciso fazer algumas
experiências, mas temos que
sair da situação hoje, que o spread é
completamente livre, para algo menos
complicado”.
Promovido pela Federação e o
Centro das Indústrias do Estado de
São Paulo (FIESP e CIESP) e o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), o seminário
“Desafios e Oportunidades de
Crédito com o BNDES” abordou a
atuação do Banco para a retomada da
reindustrialização do Brasil; além dos
desafios, perspectivas e soluções
ofertadas para as micro, pequenas e
médias indústrias.
Presente no evento, o presidente
do BNDES, Aloizio Mercadante, ao
lado do diretor de crédito digital do
Banco, assinou um acordo com a
FIESP e a CIESP, que estreitam a
cooperação entre as entidades, de
modo a promover ações conjuntas no
acesso das MPMEs às linhas e plataformas
digitais do Banco Nacional, a
fim de fomentar investimentos que
aumentem a produtividade e competitividade
das indústrias.
De acordo com Mercadante, os
países que têm bancos e entidades de
fomento são os que mais cresceram
nos últimos anos. “Os bancos públicos
sempre tiveram um papel muito
» Seminário Desafios e Oportunidades de Créditos com BNDES
com a presença do presidente da entidade, Aloizio Mercadante
importante no desenvolvimento do
país, e o BNDES tem muito a contribuir,
pois não se opõe ao setor privado
e pensa a longo prazo.”
As ações previstas no acordo podem
ser divididas em cinco eixos: intercâmbio
de informações para aprimorar
as Políticas Operacionais e os
processos do BNDES voltados às
MPMEs; capacitação das equipes da
FIESP e do CIESP nas linhas de
apoio às MPMEs no âmbito do
BNDES Digital; realização de rodadas
de crédito, na capital e no interior
de São Paulo, com a participação
dos agentes financeiros credenciados
no BNDES; realização de pesquisas
periódicas sobre o crédito do
BNDES para as MPMEs; e divulgação
permanente e atualizada das políticas,
formas de atuação e plataformas
digitais do BNDES para acesso de
MPMEs às linhas de financiamento
do Banco e outras soluções disponíveis
nessas plataformas.
Para o presidente da FIESP em
exercício, Dan Ioschpe, o BNDES
possui um papel fundamental para a
aceleração da indústria e, consequentemente,
do país. “Sem o progresso
da indústria não será possível ter o
avanço socioeconômico esperado para
o país.”
Na visão do presidente do Ciesp,
Rafael Cervone Neto, as ações, que
envolvem o apoio e a quantidade de
recursos disponibilizados pelo
BNDES para o setor, criam uma agenda
positiva para que o Brasil aumente
a geração de renda, emprego, conhecimento
e educação. “É um crescimento
não só para a indústria, mas
para o país como um todo.”
CARTÃO BNDES. Ao destacar o apoio
do BNDES às MPMEs, Mercadante
reforçou que o Banco trabalha para
lançar um novo cartão BNDES nos
próximos meses, e ressaltou o plano
de dobrar os desembolsos da instituição
para 2% do Produto Interno
Bruto (PIB), retomando o patamar
histórico.
De acordo com Alexandre Abreu,
diretor de crédito digital do BNDES,
o novo cartão será uma forma rápida
e acessível para dar crédito aos clientes.
“Será um crédito pré-aprovado
de amplo conhecimento para que as
empresas possam ter mais tranquilidade,”
finalizou.
APOIO DO BNDES ÀS INDÚSTRIAS.
Durante o seminário, o diretor de
Desenvolvimento Produtivo, Comércio
Exterior e Inovação do
BNDES, José Luis Gordon, relembrou
às ações realizadas desde janeiro
pela entidade, como a aprovação
da mudança da taxa de juros para linhas
de inovação e digitalização, e
também o uso da Taxa Referencial
(TR) para investimentos em inovação
com recursos da FINEP (Financiadora
de Estudos e Projetos), e
destacou o princípio estratégico do
Banco em apoio a um setor industrial
verde e sustentável.
Além disso, desde o início do ano,
o Banco efetivou a reabertura das linhas
do Plano Safra, linha criada para
o setor do agronegócio com uma taxa
competitiva; a prorrogação do Fundo
Garantidor para Investimentos
(FGI); e a disponibilização de R$ 5 bilhões
por ano em recursos para financiar
a inovação, utilizando a Taxa Referencial
(TR).
ALTERNATIVAS DE CRÉDITO. Durante
o evento, Renato Corona, superintendente
do Departamento da Micro,
Pequena, Média Indústria e Acelera
Fiesp (Dempi/Acelera) e do Departamento
de Competitividade, Tecnologia
e Inovação (Decomtec) da Fiesp,
apresentou duas pesquisas desenvolvidas
pela entidade sobre as alternativas
de crédito do BNDES, e enfatizou
a importância do cartão BNDES
para os pequenos empresários.
“Quando o cartão sai e entra o
BNDES Finame, nós temos o aumento
do ticket médio das operações.
Precisamos chegar nas empresas e retomar
o cartão, que é algo que está na
mente dos empreendedores”, resumiu
Renato.
6 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
AbIMAQ EM AÇÃO
Fórum de Assuntos
Trabalhistas aborda os
incidentes de segurança
cibernética e a proteção dos
dados pessoais
Evento discutiu a importância da construção de uma
estratégia de resposta cabível a potenciais danos, e o
panorama legislativo referente a regulação da proteção
de dados e do tratamento de informações pessoais
Debatendo os incidentes de segurança
envolvendo os dados
pessoais, uma preocupação cada
vez mais comum no mundo digital
atual, o Fórum de Assuntos Trabalhistas
do mês de junho, evento promovido
pela ABIMAQ/SINDIMAQ e
a ABINEE/SINAEES, trouxe as principais
estratégias para garantir a proteção
de dados dos titulares na figura
dos profissionais responsáveis que
realizam o tratamento dessas informações,
de modo que assegure os direitos
e os ‘quereres’ de todas as partes
envolvidas nessas operações.
De acordo com o advogado Henrique
Rocha, especialista em direito
digital e sócio na Peck Advogados,
graças ao momento legislativo regulatório
que o tema passa, a segurança
das informações pessoais traz riscos
e oportunidades para as organizações.
A lei foi discutida, votada, implementada,
e ensejou na inclusão de
uma Emenda Constitucional 115, que
trata da existência do direito fundamental
à privacidade e à proteção de
dados pessoais.
“Uma legislação que está indo
para o sexto ano e que conta com
uma série de capítulos que foram
construídos com muito esforço por
profissionais e entidades. Recentemente,
em fevereiro de 23, foi publicada
a norma de dosimetria das sanções
envolvendo as multas. Oriunda
da Lei Geral de Proteção de Dados,
isso mostra que temos plena eficácia
e capacidade sancionatória por parte
da autoridade.”
Segundo Henrique Rocha, é preciso
ficar atento e avaliar o artigo 48
da LGPD (Lei Geral de Proteção de
Dados). Nele, determina-se que nos
casos em que haja ou exista, ainda
que sob suspeita, uma alta probabilidade
de risco relevante para o titular,
seja feita uma comunicação dos
fatos para a ANPD (Autoridade Nacional
de Proteção de Dados). Para
isso, algumas características ainda
precisam ser mais esclarecidas e
construídas pela autoridade junto
com a sociedade e associações.
“Será preciso aplicar
características de
segurança, medidas
técnicas, administrativas
e organizacionais,
trabalhando com a
conscientização da
equipe, e implementar um
processo de Gestão de
Risco relacionados à
proteção de dados.”
› Henrique Rocha,
especialista em direito
digital e sócio na Peck
Advogados
LEI 13.709/2018 - LGPD. A aplicação
da lei envolve todo tipo de tratamento
de dados pessoais no território nacional.
Atualmente existe uma previsão
também no tocante ao tratamento
de dados para investigações criminais,
que está em Brasília, para a promoção
do processo legislativo penal.
“Com isso, passamos a ter a criação e
revisão de todas as políticas, normas
e procedimentos das empresas, adequando
os processos operacionais
que envolvam os dados pessoais”,
analisou Henrique.
Para o especialista, o artigo 6,
que trata sobre a segurança e a prevenção,
irá direcionar de forma
substancial o papel das empresas no
tocante e a adequação à legislação.
“Será preciso aplicar características
de segurança, medidas técnicas, administrativas
e organizacionais, trabalhando
com a conscientização da
equipe, e implementar um processo
de Gestão de Risco relacionados à
proteção de dados.”
O processo é de fundamental importância,
pois, de acordo com Rocha,
este tipo de matéria já está sendo
discutido nas cortes superiores para
estabelecer como será feito o entendimento
para o grau de responsabilidade
referente às infrações e responsabilização
oriundas da LGPD. “A
ideia é que as empresas e seus funcionários
tenham uma gestão destes riscos,
observando negócio, informação
e ação, para inibir a existência de vulnerabilidades
e ameaças, diminuindo
o impacto e aumentando as medidas
de segurança, porque assim você consegue
proteger sua companhia.”
PREVENÇÃO ESTRATÉGICA E RES-
POSTAS AOS INCIDENTES. Para Henrique
Rocha, apesar da lei e a série
de recomendações apresentadas pela
APND no decorrer dos anos, é
preciso que as empresas sempre
atualizem e ajustem seus programas
de prevenção à proteção de dados.
Números recentes apontam que o
Brasil, no segundo semestre do ano
passado, superou os Estados Unidos
na quantidade de usuários que tiveram
seus dados violados. “É importante
que todos estejam preparados
para esse tipo de situação. A adoção
de sistemas em nuvem, por exemplo,
pode ajudar, mas não assegura
100% de eficácia. Portanto, realizar
simulações de crise de forma constante
pode ser a melhor saída para a
organização estar apta a enfrentar
um tipo de incidente.”
A resposta que a organização terá
contra qualquer eventualidade,
dependerá muito da dinâmica do incidente,
das contribuições que o
controlador tenha feito, e da própria
agilidade da ANPD sobre o caso.
“Para cada categoria de dado eu tenho
uma base legal, uma forma de
tratar, uma medida mitigatória própria.
Se eu trato de dados pessoais
sensíveis ou de larga escala, por
exemplo, é recomendável a criação
de um relatório de impacto à proteção
de dados pessoais. Por isso que
o investimento nessa área não pode
ser visto como custo, e sim investimento
para o bem da companhia”,
concluiu Rocha, destacando os inúmeros
dilemas e cuidados a serem
refletidos e discutidos sobre como
lidar com esses incidentes.
O evento, que contou ainda
com a participação das advogadas
Anne Angher, Juliana Gonçales e
Camilla Toledo – DPO da ABI-
MAQ/SINDIMAQ; e Fernando Carnavan
e André Saraiva - SINAEES,
está disponível através do link
https://abimaq.org.br/academia.
Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
INFORMAQ
7
AbIMAQ EM AÇÃO
ABIMAQ integra composição do Conselho
de Desenvolvimento Industrial
Portaria publicada no último
dia 19, no Diário Oficial da
União (DOU), pelo Ministério
do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços (MDIC), comandado
pelo vice-presidente da
República, Geraldo Alckmin, definiu
os integrantes e as entidades
industriais, que integrarão o Conselho
Nacional de Desenvolvimento
Industrial (CNDI).
A ABIMAQ, representada por
seu presidente do conselho de administração,
Gino Paulucci, será
uma das associações que irão compor
o conselho, que tem como
principal missão, desenvolver uma
nova política industrial no terceiro
mandato do presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, de
modo a fortalecer o setor e fomentar
a neoindustrialização, a produtividade,
a economia verde e a
transformação digital.
“Com a recriação do CNDI, as
discussões em torno da nova política
industrial brasileira ganharão
mais densidade e um fórum permanente
de diálogo, de ideias e de
sugestões no rumo da inovação, digitalização
e da sustentabilidade”,
afirma Alckmin.
A primeira reunião da CNDI está
prevista para ser realizada no mês
de julho e, de acordo com o ministério,
o conselho terá como mote,
sete pilares fundamentais, de modo
a melhorar não apenas a cadeia produtiva,
mas a vida dos cidadãos:
CADEIAS AGROINDUSTRIAIS
SUSTENTÁVEIS E DIGITAIS PARA A
SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL
Aumentar a produção nacional de
alimentos nutritivos e diversificados;
ampliar e fortalecer a produção
nacional dos bioinsumos; viabilizar
novos bens, serviços e rotas
biotecnológicas no setor alimentício
e na produção agropecuária; reduzir
a dependência externa de máquinas,
implementos agrícolas, fertilizantes
e outros insumos agropecuários;
desenvolver equipamentos
e soluções digitais para a produção
e distribuição de alimentos.
“Com a recriação do CNDI, as discussões em torno
da nova política industrial brasileira ganharão mais
densidade e um fórum permanente de diálogo, de ideias
e de sugestões no rumo da inovação, digitalização
e da sustentabilidade”
› Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e Ministro do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)
COMPLEXO DA SAÚDE RESILIENTE
PARA ASSEGURAR O ACESSO DA
POPULAÇÃO
Expandir e adensar a produção nacional
de produtos e serviços ligados
à saúde, em especial de medicamentos,
vacinas e equipamentos
médicos; desenvolver tecnologias
da informação e comunicação para
o setor de saúde, com domínio nacional
dos micro dados relevantes,
ampliando o acesso da população
brasileira ao SUS. Dominar tecnologias
críticas à produção de bens
e serviços ligados à prevenção e ao
tratamento de doenças e agravos
com maior incidência na população.
Liderar a ciência, a tecnologia
e a produção de bens e serviços ligados
à prevenção e ao tratamento
de doenças endêmicas e negligenciadas
no país e na região.
INFRAESTRUTURA SUSTENTÁVEL
PARA A INTEGRAÇÃO PRODUTIVA
Expandir a infraestrutura de transporte,
de energia e de telecomunicações,
de modo sustentável, com
vistas ao adensamento produtivo.
Desenvolver tecnologias críticas
para a conectividade, integrando
hardware, software e serviços para
5G e tecnologias relacionadas, incluindo
as redes privativas. Ampliar
a pesquisa e o desenvolvimento
em tecnologias avançadas
ligadas à conectividade, como o 6G
ou similares, para fins de produção
nacional. Expandir e adensar as cadeias
regionais de valor e a integração
produtiva e logística com países
vizinhos, em particular para o
beneficiamento e agregação de valor
a minerais estratégicos.
INDÚSTRIA BRASILEIRA PARA A
ECONOMIA DIGITAL
Desenvolver tecnologias digitais
emergentes, em segmentos estratégicos
para a soberania digital e
tecnológica. Aumentar a produtividade
da indústria brasileira por
meio da incorporação de tecnologias
digitais, com ênfase nas pequenas
e médias empresas. Reduzir
a dependência produtiva e tecnológica
do país em produtos nano
e microeletrônicos. Intensificar a
participação de competidores brasileiros
no segmento de plataformas
digitais.
DESCARBONIZAÇÃO DA
INDÚSTRIA, VIABILIZAÇÃO DA
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E
BIOECONOMIA
Consolidar e expandir a produção
nacional de biocombustíveis,
com o domínio de diferentes
rotas tecnológicas, como por
exemplo combustível limpo de
aviação; desenvolver a química
verde e dominar rotas tecnológicas
de hidrogênio de baixo
carbono; ocupar elos na fronteira
de produção de baterias;
adensar a cadeia e dominar tecnologias
críticas à produção de
energia solar e eólica; dominar
tecnologias da economia circular.
ampliar a pesquisa, o desenvolvimento
tecnológico e o uso
da energia nuclear como fonte
energética de forma coordenada
com outras aplicações, com foco
em pequenos reatores e na fusão
nuclear; desenvolver internamente
tecnologias de captura
e armazenamento de carbono
(CCUS).
TECNOLOGIAS E BENS
CRÍTICOS PARA A SOBERANIA
E A DEFESA NACIONAIS
Avançar no domínio de tecnologias
e no adensamento das cadeias
da indústria de defesa, segurança
e aeroespacial, em particular
as de base e nanoeletrônica;
fortalecer e aumentar a competitividade
dos segmentos mais
consolidados empresarialmente;
promover a integração das indústrias
e ICTs de defesa e aeroespacial
com a matriz produtiva
e com o sistema de inovação nacional,
com foco em efeitos de
transbordamento tecnológico.
MORADIA E MOBILIDADE
SUSTENTÁVEIS PARA O BEM-
ESTAR NAS GRANDES CIDADES
Garantir eficiência na produção
e promover a sustentabilidade
ambiental nas cadeias de fornecimento
do Minha Casa Minha
Vida e em obras do Novo Plano
de Investimentos (NPI); desenvolver
a produção doméstica e
empresas líderes em veículos e
peças de transporte sob novas
rotas tecnológicas ligadas à economia
verde; desenvolver softwares
e sistemas integrados para
cidades inteligentes.
8 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
AbIMAQ EM AÇÃO
ABIMAQ lamenta o falecimento de
Alysson Paolinelli, ex-ministro da agricultura
Faleceu em 29 de junho, aos 86
anos, o Sr Alysson Paolinelli
(1936 - 2023), ex-ministro da
agricultura durante o governo de
Ernesto Geisel, e responsável pela
criação da EMBRAPA, maior empresa
de tecnologia agropecuária do
mundo tropical.
Durante sua trajetória, criou
ainda a Empresa Brasileira de Assistência
Técnica e Extensão Rural
(Embrater) e vários programas de
investimento na agricultura e desenvolvimento
regional e acordos
de cooperação internacional, além
de viabilizar a implantação de novas
instituições, políticas e organizações
que viabilizaram a modernização
da agricultura tradicional.
Paolinelli foi Secretário de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento
do Estado de Minas Gerais; Presidente
da Confederação Nacional da
Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA) e Deputado Federal, participante
da Assembleia Nacional
Constituinte, realizando importantes
contribuições para o setor agrário
do país.
Seus esforços e trabalhos em
prol do desenvolvimento da agricultura
brasileira foram reconhecidos
em vida, tendo sido indicado por
dois anos consecutivos (2021 e
2022) ao Prêmio Nobel da Paz, e
homenageado em 2008 pela Agri -
show, que premia a cada edição,
personalidades que tenham prestado
grandes contribuições ao agronegócio
brasileiro.
“Alysson Paolinelli sempre foi
incentivador da pesquisa, ciência e
tecnologia. Foi ministro da Agricultura
no governo de Ernesto Geisel,
de 15 de março de 1974 a 15 de março
de 1979. Nesse período, Paolinelli
modernizou a Embrapa e promoveu
a ocupação econômica do Cerrado.
Em 2006 ganhou o prêmio
World Food Prize, que podemos
considerar o equivalente ao Nobel
da alimentação. É um prêmio dado
a pessoas que ajudaram consideravelmente
a população a melhorar a
qualidade, quantidade ou disponibilidade
de alimentos no mundo.
Foi um homem de grande destaque
em toda sua trajetória acadêmica e
profissional e que só trabalhou em
benefício da agricultura brasileira.
Merece o nosso aplauso”, afirmou
João Carlos Marchesan, 1º vice-presidente
do Conselho de Administração
da ABIMAQ.
Seus esforços e
trabalhos em prol do
desenvolvimento da
agricultura brasileira foram
reconhecidos em vida,
tendo sido indicado por dois
anos consecutivos (2021 e
2022) ao Prêmio Nobel da
Paz, e homenageado em
2008 pela Agri show, que
premia a cada edição,
personalidades que tenham
prestado grandes
contribuições ao
agronegócio brasileiro
“As indicações e homenagens
recebidas em vida por Alysson Paolinelli,
representam o reconhecimento
a uma obra de grande impacto
na vida das pessoas em todo o
mundo. Ele contribuiu decisivamente
para a segurança alimentar
mundial ao promover a agricultura
no cerrado nacional que se tornou
um enorme celeiro a serviço da humanidade.
Atualmente, o país é um
dos maiores exportadores mundiais
de alimentos graças à revolução da
agricultura tropical, fomentada com
base na ciência, capitaneada por este
grande brasileiro”, completou Pedro
Estevão, presidente da Câmara
Setorial de Máquinas e Implementos
Agrícolas (CSMIA).
“Com a sua Revolução Agrícola
Tropical Sustentável, Alysson Paolinelli
transformou o Brasil de país
importador de alimentos a exportador
de grande expressão. Ele não
só trouxe autossuficiência alimentar
para o país, como também levou
o Brasil para o mundo inteiro
por meio do agro. Essas conquistas
envolvem não somente os produtores
rurais, mas também outros
elos da economia, como setores
geradores de ciência e tecnologia,
indústria, serviços, logística, distribuição
e consumidores. Essas indicações
abriram um novo caminho
para o país reforçar uma narrativa
assertiva e consistente para o agro
brasileiro”, resumiu Maurílio Biagi
Filho, membro do Conselho Superior
da ABIMAQ.
Paolinelli estava atualmente como
Presidente Executivo da Associação
Brasileira dos Produtores de
Milho (Abramilho) e do Instituto
Fórum do Futuro, criado por ele,
para ser um grupo de reflexão independente,
voltado para o debate de
questões estruturantes da sociedade
brasileira, a partir da perspectiva
do desenvolvimento sustentável,
destacando e valorizando a plataforma
da Ciência, da Pesquisa, da
Tecnologia e da Inovação, cuja área
central de interesses é a cadeia de
valor do alimento e a Bioenergia.
“Agora, diante de tantas crises
globais, tão agudas e de natureza
tão diversa, temos ao mesmo tempo
uma enorme janela de oportunidades
pela frente: precisamos
transformar as crises na proposição
de um novo diálogo, num Pacto
Global do Alimento, que defina
como os povos tropicais vão poder
colaborar nas principais agendas
da humanidade enfrentadas hoje
Isto é bem possível. Juntos já vencemos
etapas importantes. Superamos
todas as expectativas ao
deixar a condição de importadores
de alimentos para ser um player
central da segurança alimentar
planetária. Alimentamos, hoje,
quase 1 bilhão de pessoas. A miséria
e a fome se agravaram. Temos
as tecnologias, mas é preciso fazer
com que cheguem às mãos de
quem precisa. Existem 4,5 milhões
de famílias ainda excluídas dos
avanços do conhecimento e das
tecnologias. Não temos o direito
de esconder essa realidade no biombo
dos 834 mil produtores altamente
tecnificados, grande parte
já inseridos na agenda da sustentabilidade.
Precisamos avançar”,
destacou Alysson Paolinelli, em
seu último texto antes de falecer.
A ABIMAQ manifesta profundo
pesar aos familiares e amigos e lamenta
sua partida, mas agradece a
sua inestimável contribuição e legado
que deixou, que elevou o Brasil
da condição de importador de alimentos
para a liderança no fornecimento
mundial, que beneficiou toda
a cadeia produtiva do setor de
máquinas e implementos agrícolas
de alta tecnologia.
Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
INFORMAQ
9
AbIMAQ EM AÇÃO
ABIMAQ participa de seminário sobre Oportunidades para
a Indústria Nacional, promovido pelo IBP
IBP promoveu, em sua sede, no dia 01 de junho, encontro entre os principais atores do Setor de Petróleo e Gás
Natural, com ênfase na indústria nacional de bens e serviços
AABIMAQ esteve representada pelo Presidente
do Conselho de Óleo e Gás, Idarilho Nascimento,
e pelo Diretor Executivo do Setor,
Alberto Machado, em evento promovido pelo Instituto
Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
– IBP, envolvendo os principais atores
do Setor.
O evento foi mediado pelo Presidente do IBP,
Roberto Ardenghy e contou com a presença do Presidente
da Petrobras, Jean Paul Prates, do diretor
de Engenharia da Estatal, Carlos José Travassos e
das principais lideranças do Sinaval, da Abespetro,
do Instituto Aço Brasil, da Emgepron, do Cluster
Naval, do BNDES, da Transpetro, da ONIP, da Firjan,
da Shell, da Abemi, do CIRJ, da Abeam, além do
Secretário de Energia e Economia do Mar do Estado
do Rio de Janeiro, Hugo Leal, do Deputado Federal
Alexandre Lindenmeyer(PT/RS), de empresários do
Setor e de executivos da Petrobras.
Abrindo o evento, o presidente do IBP ressaltou
as oportunidades de crescimento da indústria de
petróleo e de gás natural, que tem uma carteira de
projetos com investimentos previstos nas atividades
de exploração e produção de 180 bilhões de dólares
e a geração de 445 mil empregos ainda nesta
década. Destacou que o objetivo do IBP é buscar
parceria com a indústria nacional, dentro do contexto
da competitividade, de prazos definidos e com
a qualidade histórica reconhecida da indústria brasileira
e que é um setor com muitos desafios para o
futuro, muito segmentado, sujeito a grande competição
internacional e que demandará produtos cada
vez mais competitivos e descarbonizados.
Jean Paul Prates, por sua vez, comentou as principais
diretrizes na gestão da empresa, quando destacou
que, além da continuidade dos investimentos
em curso, haverá ênfase no refino, incluindo a ampliação
das refinarias existentes, ampliação que será
equivalente a construção de duas Reducs (refinaria
da Petrobras em Caxias/RJ), no bio-refino, na logística,
nas energias solares e fotovoltaicas, na descarbonização
e no descomissionamento das plataformas
que estão no final da vida útil.
Segundo Prates, há uma forte interdependência
entre a Petrobras e a indústria fornecedora de
bens e serviços. É preciso que a Petrobras conheça
essas empresas mais de perto de modo a sinalizar
as demandas futuras. Devido à citada interdependência,
se a Petrobras não contar com fornecedores
nos próximos 30, 40 anos, simplesmente vai
parar de produzir.
Encerrou sua fala ressaltando a longevidade do
Setor de Petróleo e Gás no Brasil, que, por suas características
fará com que “o último petróleo a ser
consumido no mundo seja o brasileiro”.
No evento as diversas entidades presentes fizeram
uso da palavra. A Transpetro e a Shell apresentaram
as oportunidades das respectivas carteiras de
investimentos, o Sinaval e a Abespetro abordaram
os desafios dos estaleiros, canteiros e fornecedores
nacionais, entre outros.
Os representantes da ABIMAQ destacaram a assimetria
causada pelo Repetro, fato que muito prejudica
a competitividade da indústria nacional, a falta
de acesso às informações de demanda em tempo
hábil, a necessidade de que seja dada à indústria nacional
a oportunidade de participação em igualdade
de condições com as empresas internacionais, o
acesso às verbas de PD&I da ANP e ao Fundo de
Marinha Mercante nas mesmas condições ora ofertadas
aos estaleiros.
O Secretário de Energia e Economia do Mar do
RJ, Deputado Federal Hugo Leal, em sua fala, abordou
as iniciativas e ações ligadas à indústria naval,
à transição energética e às aplicações do Gás Natural
no Rio de Janeiro.
No encerramento, Ardenghy reafirmou que o
objetivo do IBP é buscar como auxiliar a indústria
nacional e que estamos diante de um mercado de
muitos desafios para o futuro, mas que há potencial
e capacitação para superá-los.
Coalizão pela Competitividade do Gás Natural como Matéria Prima
Com o objetivo e buscar a viabilização de novos negócios para as associadas, a ABIMAQ passa a integrar a
Coalizão pela competitividade do Gás Natural como Matéria Prima – CCGNMP
Com a liderança da Associação
Brasileira de Engenharia Industrial
- Abemi e com a participação
de diversas entidades públicas e
privadas interessadas no incremento
do uso do gás natural como matéria
prima, a CCGNMP foi instituída para
discutir e propor políticas públicas
para o aumento da competitividade
do gás natural como matéria prima,
com ênfase no desenvolvimento das
indústrias de fertilizantes e químicas/petroquímicas
no Brasil.
Dentre os principais pontos abordados
destacam-se: a viabilização da
implantação de gasodutos de transporte,
a disponibilização de infraestrutura
para distribuição e abastecimento
de gás natural veicular, a utilização do
gás como insumo para outros produtos,
como por exemplo o hidrogênio,
a amônia, a ureia, o aumento dos investimentos
em infraestrutura logística
geral, o desenvolvimento da indústria
de fertilizantes e a retomada da indústria
petroquímica no país.
Como base para os trabalhos, a
PUC/RJ foi contratada para executar
um estudo sobre a real situação das
ofertas de gás natural atuais e futuras,
bem como os óbices para sua utilização
como matéria prima.
A ABIMAQ tem participação ativa
na Coalizão, onde está representada
por seu diretor executivo Alberto Machado,
responsável pelo segmento de
energia na Entidade.
Os primeiros resultados do estudo
já foram apresentados em reuniões no
MDIC e no MME no mês de maio e o
próximo passo será a apresentação do
estudo concluído e propostas de atuação
às autoridades responsáveis pela
condução do setor no Governo.
Além da Abemi e ABIMAQ, integram
a Coalizão: Abiquim, Abdib,
Abegás, TGBC, CNT, Fieb, Fiemg,
Firjan, Onip, Abiplast, Secretaria de
Desenvolvimento Econômico do Estado
de Minas Gerais, Secretaria de
Energia e Economia do Mar do Estado
do Rio de Janeiro e Secretaria de
Desenvolvimento Econômico do Estado
de Sergipe.
10 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
AbIMAQ EM AÇÃO
A Importância da aprovação da reforma Tributária
Em entrevista concedida ao Informaq, Coordenador do GT- Reforma Tributária, Reginaldo Lopes, destaca as
principais mudanças que estão sendo propostas ao sistema tributário
Porque a reforma tributária é
necessária?
Até hoje, o Brasil insistiu em manter
um sistema tributário arcaico e ultrapassado,
que pode ser considerado
o pior do mundo. Baseado na cumulatividade,
na lógica do imposto
sobre imposto, com a incidência de,
no mínimo, cinco tributos: três federais
(PIS, Cofins, IPI), um estadual
(ICMS) e um municipal (ISS). Esse
sistema impede o crescimento e desenvolvimento
do país, onde quem
mais perde é a indústria, que é a
mais prejudicada com os impostos
em cascata.
Quais são os principais objetivos da
reforma tributária em discussão?
O principal objetivo é o Brasil adotar
um sistema tributário similar ao
que é usado em 174 países do mundo.
Baseado na unificação de impostos
em apenas um, o Imposto sobre
Valor Agregado. Estudos demonstram
que uma reforma tributária
nesses moldes gerará um crescimento
adicional da economia de 10
a 20% em uma década.
O novo modelo vai contribuir
também para acabar com a cumulatividade
e multiplicidade de legislações
e competências tributárias, que
causa um estoque do contencioso
judicial no valor, acrescido da dívida
ativa, de R$ 9 trilhões, quase o tamanho
do PIB brasileiro.
Qual é a abordagem do projeto
de reforma tributária em relação
à simplificação do sistema
de impostos?
O relatório aprovado pelo Grupo de
Trabalho apontou que um tributo
único nacional seria o caminho mais
correto para simplificar o sistema,
mas, em diálogos com gestores municipais
e estaduais, o grupo entendeu
a demanda apresentada pela
adoção de uma versão dual dos tributos
sobre o consumo: um de competência
da União e outro compartilhado
entre Estados e municípios. A
tributação será isonômica, alcançando
vendas por meio de plataformas
digitais, inclusive aquelas sediadas
no exterior.
O texto aponta que alíquotas diferenciadas
devem ser aplicadas em
alguns bens e serviços, como é feito
em vários países, como os relacionados
à saúde, educação e transporte
público coletivo urbano, semiurbano
ou metropolitano e aviação regional,
A unificação dos impostos
vai trazer de volta a
equidade fiscal no país. O
atual modelo tributário gerou
uma disputa de incentivos
fiscais entre entes
federados, no qual Estados e
municípios reduzem os
impostos para atrair
empresas, o que gerou a
chamada “guerra fiscal”
bem como a produção rural. Além
destes, deve-se manter o tratamento
diferenciado aos produtos da cesta
básica, assim como a existência de
um tributo específico, denominado
de “Imposto Seletivo”, com o objetivo
de desestimular o consumo de
produtos considerados prejudiciais
à saúde ou ao meio ambiente.
Como a reforma tributária
poderá impactar os diferentes
setores da economia brasileira?
Quais os avanços previstos
para o setor industrial?
Todos os setores vão ganhar com a
reforma, mas o setor industrial será
o mais privilegiado. Não porque
houve uma predileção de nossa parte,
mas simplesmente porque ele hoje
é o mais prejudicado pela cumulatividade
de impostos. Na produção,
os impostos em cadeia vão se acumulando,
aumentando os custos no
produto final. No atual modelo, o
Brasil exporta tributos com produtos
e, em contrapartida, importa
mercadorias com valor agregado,
trazendo um saldo negativo de US$
128 bilhões.
O Brasil está praticamente fora
da disputa global por exportação de
produtos manufaturados. Segundo
dados do Instituto de Estudos para
o Desenvolvimento da Indústria
(IEDI), a participação brasileira fica
na média de 0.5%. Esse tipo de
bem produzido é fundamental para
o desenvolvimento da economia,
pois agrega valor no processo de
produção e gera emprego e renda
em cadeia.
Existem estudos econômicos que
mostram que cada US$ 1 bilhão investidos
em produtos manufaturados
exportados é capaz de gerar 30
mil empregos diretos e indiretos.
Como a reforma tributária pode
ajudar a promover a equidade fiscal
no país?
A unificação dos impostos vai trazer
de volta a equidade fiscal no país. O
atual modelo tributário gerou uma
disputa de incentivos fiscais entre
entes federados, no qual Estados e
municípios reduzem os impostos
para atrair empresas, o que gerou a
chamada “guerra fiscal”. A concessão
de benefícios virou a regra, prejudicando
a arrecadação em geral. Se
antes alguns entes federados ganhavam,
hoje, todos perdem.
Jefferson Rudy/Agência Senado
Como forma de compensar possíveis
perdas que governos terão
com o fim dos benefícios tributários
que oferecem para atrair investimentos,
a proposta de reforma propõe
a criação de um Fundo de Desenvolvimento
Regional. Ele tem o
objetivo de diminuir as desigualdades
regionais e incentivar políticas
para potencializar ou induzir vocações
de determinados Estados ou regiões.
O Fundo de Desenvolvimento
Regional vai criar um modelo federativo
mais colaborativo e menos
competitivo, com um projeto nacional
de crescimento com políticas públicas
de fomento e integração. Uniformizar
o Brasil com a criação de
ferrovias, portos, estradas que se integrem,
para trabalhar nossa produção
com coesão numa perspectiva
em que todos avancem sem concorrência
entre subnacionais.
De que forma a aprovação da
reforma pode afetar a vida dos
cidadãos comuns?
Estudos mostram que caso a reforma
tributária tivesse sido feita há
15 anos, cada brasileiro teria hoje,
em média, R$ 460 a mais de renda
por mês.
Nessa primeira etapa da reforma,
estamos tratando apenas do imposto
sobre consumo. Depois, vamos
tratar do imposto sobre renda e patrimônio.
Mas, já nessa etapa os cidadãos
comuns vão ganhar muito.
Pois ele é mais prejudicado com o
acúmulo de tributos, que gera um
sistema regressivo. Costumo dizer
que o governo ajuda o povo com
programas sociais, como o Bolsa Família,
dando aos beneficiários com
mão esquerda, mas o sistema tributário
atual tira com a mão direita,
através dos impostos.
Para a população mais pobre, a
reforma ainda propõe a criação do
“cashback do povo”, que considero
ser uma de suas medidas mais importantes.
Com ele, os que mais precisam
poderiam ter a restituição dos
impostos pagos em bens essenciais,
como produtos da cesta básica.
No país das injustiças, ele vai
buscar equilíbrio tributário. A realidade
atual é que quem ganha mais
paga menos impostos, e os mais pobres
são penalizados com a alta tributação
nos itens de consumo, onde
investem quase a totalidade da
sua renda.
Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
INFORMAQ
11
Autor da PEC 110,
Luiz Carlos Hauly
comenta sobre a
reforma Tributária
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Porque a reforma tributária é
necessária?
O Brasil foi o país que mais cresceu
no mundo desde a proclamação da
república até 1980. Nos 50 anos que
antecederam a 1980, o Brasil cresceu
6,3%. Nos últimos 40 anos, de 1981
até agora, o Brasil teve o mais pífio
crescimento entre todos emergentes
do mundo, caiu para 2% ao ano e, na
última década, chegando a quase zero
de crescimento, ou seja, zero de
renda per capita e zero de crescimento
econômico. Em uma análise
profunda que eu faço há muitos
anos, eu centrei toda a minha força,
todo meu foco, força e fé no problema
central, que é o mal funcionamento
da nossa economia de mercado,
que está travada por conta do
pior sistema tributário do mundo.
O sistema tributário brasileiro,
hoje, tem um estoque de contencioso
tributário administrativo judicial
de 75% do PIB, ou seja, 7.5 trilhões
de reais. O PIB brasileiro está em 10
trilhões de reais; as dívidas ativas da
União, Estados e Municípios, têm
um estoque de 45% do PIB do governo
que tenha recebido em impostos
declarados e não pagos, isso dá 4.5
trilhões reais. O atual sistema tributário,
que é o único no mundo que
faz esse tipo de concessão, tem 600
bilhões de reais por ano, ou seja, 6%
do PIB é de renúncias fiscais. Isso
tem um custo burocrático de 1% a
2% do PIB, de 100 a 200 bilhões de
reais por ano. Para acumular aquela
dívida de 45% do PIB todos os anos,
de 200 a 300 bilhões de reais são
acrescentados de inadimplência no
pagamento do tributo.
Além disso, como o sistema tributário
é o pior do mundo, o 184ª
pior entre todos os 190 países pesquisados
pelo Banco Mundial, ele
tem uma informalidade estimada
em 25% do PIB, ou seja, em um PIB
informal de 10 trilhões, tem mais 2.5
trilhões em informal. Portanto, o
PIB verdadeiro do Brasil é de 12.5
trilhões de reais. Desses 2.5 trilhões,
deixa-se de arrecadar de 500 a 800
bilhões por ano. A soma de todas essas
iniquidades fez do Brasil um manicômio
tributário jurídico de um
“frankestein” funcional que mata as
empresas, os empregos e o salário líquido
dos trabalhadores. O Brasil é
o país onde o trabalhador leva para
casa o menor salário líquido do
mundo e a empresa paga quase dois
salários para o trabalhador levar um
salário para casa, e mata o poder de
consumo das famílias, porque essa
guerra e essas renúncias fiscais, a
inadimplência, e o custo burocrático,
ficam todos dentro dos preços
relativos a economia de bens e serviços,
ou seja, a população brasileira
Nós queremos que a
cobrança seja feita em
tempo real, no ato da
compra e venda do bem e do
serviço pela população e
pelos demais agentes
econômicos, e deixar neutra
a cadeia produtiva. Com isso,
nós vamos diminuir as
alíquotas, diminuir a
tributação sobre as
empresas e sobre as famílias
brasileiras
acaba pagando também no preço do
bem e serviço, porque todos os impostos,
taxas e contribuições que
existem no Brasil, acabam indo para
os preços dos bens e serviços de
uma forma global. Então por isso
que o Brasil precisa destravar o sistema
tributário, e dentro dessa destrava
nós estamos defendendo um
IVA único na base de consumo de
bens e serviços.
Quais são os principais objetivos da
reforma tributária em discussão?
O primeiro objetivo é destravar a
economia e fazer o Brasil voltar a
crescer e prosperar, e de forma justa
e fraterna, para que tenha um sistema
tributário progressivo. Acabar
com a tributação, que é recessiva e,
com isso, torna-se regressiva, afetando
toda a economia. Então, o
principal ponto é destravar a economia
brasileira e fazer o Brasil voltar
a crescer e prosperar.
Quais as mudanças que estão
sendo propostas ao sistema
tributário atual?
A principal mudança é a eliminação
dos tributos da base de consumo, os
maiores deles, o ISS, ICMS, PIS,
COFINS, e o IPI. Esses 5 tributos representam
quase 40% da arrecadação
nacional, ou seja, 13% do PIB,
uma arrecadação média anual de 1.3
trilhão de reais. Então essa é a principal
mudança, só que este IVA tem
que ser o mais moderno do mundo.
Os cinco impostos por uma cobrança
única, nacional e destino, com
alíquota por fora e eletrônica. Nós
queremos que a cobrança seja feita
em tempo real, no ato da compra e
venda do bem e do serviço pela população
e pelos demais agentes econômicos,
e deixar neutra a cadeia
produtiva. Com isso, nós vamos diminuir
as alíquotas, diminuir a tributação
sobre as empresas e sobre
as famílias brasileiras.
Qual é a abordagem do projeto de
reforma tributária em relação à
simplificação do sistema de
impostos?
A complexidade do sistema tributário
brasileiro na base do consumo
começa em 1965, com a emenda
constitucional 18, quando dividiu a
base do consumo em 3 tributos iniciais:
o serviço para o município, os
bens para o estado, e um adicional
de bens para a união, que é o IPI,
uma excrescência. Essa divisão da
base do consumo foi extremamente
prejudicial à economia brasileira,
porque acabamos tendo uma divisão
de competência da mesma base
tributária, que deveria ter sido um
tributo só. Nesse momento, que foi
criado em 9565, os países da Europa
estavam adotando o IVA, um IVA
único nacional que destina alíquota
por fora, e nós adotamos inicialmente
3 IVA’s, com uma alíquota
por dentro, que é perniciosa.
Ali começaram a acontecer todos
os problemas do sistema tributário
e começamos a ter a inadimplência
e uma guerra fiscal e municipal. A
pressão foi para dentro do governo
federal e eles acabaram criando um
monte de benesses, de benefícios
fiscais para as empresas e não para o
produto, porque um IVA clássico
não dá incentivo para as empresas, e
sim para o bem e o serviço.
Como a reforma tributária
poderá impactar os diferentes
setores da economia brasileira?
Quais os avanços previstos para o
setor industrial?
O principal ponto desta discussão,
que já se estende por 30 anos ou
mais, é mostrar ao país, aos empresários,
aos advogados tributaristas,
e a todos, de que um sistema tributário
clássico como o IVA, o seu
grande objetivo é deixar neutra a cadeia
produtiva para que as empresas
e as atividades econômicas fiquem
neutras dos impostos, ou seja, desde
a matéria prima que começa no
meio rural, passando pela manufatura,
indústria, atacadista, transportadora,
até o comércio final de bens
e serviços, esses tributos cobrados
intermediariamente, que hoje são
muitos, será um só. Todo o imposto
que as empresas pagaram, ela terá
que receber de volta, isso chama
neutralidade na cadeia produtiva.
E quem é que paga então o imposto?
O consumidor final, mas sem
os problemas que nós temos no sistema
tributário hoje. Você tem dezenas
de efeitos indesejáveis no
atual sistema. Então, a agricultura e
todas as atividades do agro, mineral,
vegetal, animal, piscicultura, silvicultura,
todas elas terão a devolução
dos créditos financeiros dos impostos
que eles pagaram na aquisição
dos seus insumos para a sua produção.
Quando ele vender esse bem e
o serviço que ele produziu, quem
comprar vai pagar o imposto relativo
à sua compra, e quando ele vender,
ele vai receber de volta o imposto
que ele pagou. E quando o varejista,
seja ele do comércio ou de serviço
de qualquer outra atividade,
vender para o consumidor final, ele
12 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
AbIMAQ EM AÇÃO
recebe de volta o imposto que ele
pagou das suas aquisições. Em resumo,
no final, se a alíquota foi de
20%, só vai pagar 20% no preço final
para o consumidor final.
Em relação ao segmento industrial,
hoje o setor é muito maltratado
no Brasil. Assim como outros setores
e o produtor rural brasileiro, é muito
maltratado pelo sistema tributário,
porque ele tem uma cumulatividade
de impostos que ele não recebe de
12%, que são os resíduos tributários,
uma cumulatividade que é nociva à
economia. Com o nosso novo modelo
de IVA 5.0, um só imposto de bem
e serviço para todo o Brasil, nós teremos
um sistema simples, tecnológico
5.0, e ainda poderemos fazer a devolução
do imposto de forma individualizada.
Ao invés de você dar renúncia
fiscal para algum setor, você
pode fazer a devolução do imposto
para as famílias de baixa renda inicialmente
e, gradativamente, ir aumentando
essa devolução de imposto,
e aí tem toda uma discussão.
Então o importante é que a reforma
não seja só boa para um setor,
tem que ser boa para o produtor rural,
para todo setor de manufatura,
indústria, para todo setor de serviço,
que é intermediário, pois a maior
parte é intermediária da produção
de bens e de serviços para a economia
brasileira; e tem que ser boa para
todo setor de comércio, varejista,
todo prestador de serviço e, principalmente,
para o consumidor final,
que vai pagar o imposto menor sem
guerra fiscal, renúncia fiscal, inadimplência
e sem burocracia.
O Brasil trata muito mal o
consumidor de baixa renda,
porque segundo as
pesquisas que nós temos em
mãos, as famílias e pessoas
que ganham até dois salários
mínimos, pagam 53,9% de
impostos do seu ganho.
Se ele ganha mil, ele paga
R$ 539,00 de impostos, e as
famílias que ganham acima
de 30 salários, eles pagam só
29% de impostos, ou seja, nós
temos que promover
a admissão da regressividade
e aumentar
a progressividade
Como a reforma tributária pode
ajudar a promover a equidade fiscal
no país?
O Brasil trata muito mal o consumidor
de baixa renda, porque segundo
as pesquisas que nós temos em mãos
do IPEA, do Governo Federal, da FI-
PE São Paulo, e da própria FIESP, as
famílias e pessoas que ganham até
dois salários mínimos, pagam 53,9%
de impostos do seu ganho. Se ele ganha
mil, ele paga R$ 539,00 de impostos,
e as famílias que ganham acima
de 30 salários, eles pagam só 29% de
impostos, ou seja, nós temos que promover
a admissão da regressividade
e aumentar a progressividade. Mas
como? Isso não é feito pelo imposto
de renda? Como o imposto de renda
é muito difícil de mexer e ficou para
o segundo semestre, eu venho defendendo
que com o modelo de cobrança
automático 5.0 e com a possibilidade
da devolução personalizada para
as famílias de baixa renda, através
do cashback, com o dinheiro de volta
através da nota fiscal eletrônica.
O doutor Miguel Abuhab, que é
um engenheiro do ITA consagrado,
afirma que o Brasil tem o mais robusto
sistema de nota fiscal eletrônica do
mundo, tanto que tem até o aplicativo
para nota fiscal no telefone celular,
que foi desenvolvido pelo CONFAZ.
E o Brasil tem o mais robusto sistema
financeiro bancário do mundo. Acontece
que a nota fiscal, seja eletrônica
ou não, ela não conversa hoje com o
boleto de pagamento da compra. Eles
são descasados.
Então o que se propõe é que a nota
fiscal e o boleto sejam linkados um
no outro. Com isto é possível fazer a
cobrança automática em tempo real,
gerando um crédito financeiro em
tempo real, como é feito no depósito
de saques bancários. Esse é o maior
exemplo. Se o sistema bancário pode
fazer isso, por que que a receita federal,
estados e municípios, unidos, não
podem fazer o mesmo procedimento
de débito e crédito automático, com
devolução do crédito financeiro para
as empresas, daquilo que ele realmente
comprou e pagou, e acabar com a
excrescência do crédito escritural e
declaratório para pagar os impostos.
As empresas têm que ter o mesmo
tratamento para estabelecer a
Marcos Oliveira/Agência Senado
verdadeira economia de mercado, para
que elas, entre elas, negociem os
seus bens e serviços sem os impostos,
assim como é feito na maioria dos
países do mundo. Eles compram e
vendem bens e serviços sem os impostos,
porque o imposto é cobrado
à parte. Essa é a ideia que nós temos
e estamos defendendo na reforma tributária
da PEC 45, e da 110.
De que forma a aprovação da
reforma pode afetar a vida dos
cidadãos comuns?
Como o Brasil não cresce, e há dez
anos está com crescimento zero e há
quarenta anos crescendo por volta de
2% ao ano, o que mal repõe o crescimento
da população brasileira, ao fazer
a simplificação da base de consumo,
a cobrança eletrônica 5.0, e a devolução
do imposto personalizado
com o cashback, o que vai acontecer
é um zerar a guerra fiscal. Vai acabar
com a guerra fiscal e não haverá mais
renúncias fiscais, a não ser algumas
poucas que são fundamentais para
aprovação do projeto.
A reforma acabará também com a
inadimplência, reduzirá mais de 90%
da inadimplência, que é a declaração
e o não pagamento do imposto, reduzirá
mais de 90% do contencioso administrativo
e tributário, fará uma cobrança
de forma ágil, e acabará também
com grande parte da sonegação.
Com isto a economia vai voltar a
crescer e prosperar, vai gerar mais
emprego, vai diminuir o custo de produção,
e diminuirá o custo também
de contratação, porque é possível o
IVA acolher também a contribuição
previdenciária patronal, como já faz
hoje com os 17 setores da economia
que pagam sob a receita bruta, só que
terão crédito, porque hoje pagam um
monofásico que não tem crédito.
Então é possível, com isso, aumentar
o lucro das empresas, o número
de empregos, e o poder aquisitivo
do salário, levando ao aumento
do poder aquisitivo das famílias.
Haverá um novo ciclo, um círculo
virtuoso de renda e consumo, com
aumento da potencialidade econômica
brasileira. O Brasil tem o quinto
maior território do mundo, a sexta
maior população do mundo, as
terras mais férteis e mais ricas do
mundo, clima ameno, consegue fazer
de duas até três safras por ano,
e toda essa riqueza que é expressada
no superávit da balança comercial,
ela não está retornando à população.
Então eu acredito que com a
aprovação da reforma do IVA inicialmente
e fazendo com que ele diminua
a regressividade e elimine todos
esses efeitos indesejáveis e iniquidades
que tem o nosso sistema
tributário, o Brasil vai crescer e
prosperar como os tigres asiáticos.
Então todos ganharão, porque terão
mais emprego, melhores salários
e maior poder de compra, o empresário
vai ganhar, e o Governo Federal,
estados e municípios terão uma arrecadação
maior com o crescimento
econômico e com a diminuição da sonegação.
Essa é a minha avaliação que
eu tenho feito ao longo de mais de
trinta anos de estudo e experiência, e
de quem fez o Super Simples, que está
consagrado no Brasil com o maior
projeto de inclusão econômica da história
do país, e de quem fez a lei de exportação,
que desonerou as exportações
de semi-elaborado em manufaturado,
que acabou ajudando o Brasil
a ser um dos maiores produtores de
comida e de commodities do mundo,
e maior exportador do mundo.
Considerações finais
Eu quero reafirmar que o IVA vem
tarde, ele vem com 70 anos de atraso.
O IVA será uma ferramenta importante
para o Brasil e não podemos
ter medo da mudança. Nós temos
que entender que já é uma experiência
comprovada no mundo,
do mesmo tratamento para bens e
serviços, e não há divisão de tributação
para bens e serviços em nenhum
lugar do mundo.
É possível avançarmos com essa
nova proposta que estamos fazendo,
da PEC 45 e 110. Tenha confiança, vamos
ajudar a finalizar a aprovação do
projeto para todo segmento da economia.
Mesmo aqueles que estão relutantes,
que estão fazendo projeções
equivocadas, eu estou à disposição
para poder ajudar a esclarecer e mostrar
que nenhuma empresa ou segmento
econômico terá prejuízo e todos
terão ganho. Então, já existe esse
entendimento na discussão da PEC
45 e 110, que tem duas regras de ouro:
o não aumento da carga tributária para
a população; e a questão de não
mexer na partilha da União, Estados
e Municípios.
Quanto aos setores da economia:
agricultura, indústria, comércio, serviços,
eles terão um tratamento isonômico
em que terão ganhos, porque
eles vão melhorar o seu ambiente de
negócios e poderão crescer em bases
justas e competitivas. Ainda temos
um adicional que alguns setores, como
as micro e pequenas empresas,
estarão protegidos. O ato cooperativo
estará protegido e alguns setores como
a educação, saúde, alimentação e
transporte público urbano, poderão
ter um tratamento diferenciado.
Com esse entendimento, eu
posso afirmar, do alto dos meus 50
anos de vida pública, estudando e
trabalhando esta matéria, que é
muito bem-vindo esta reforma tributária,
que vai reformar a base de
consumo, que é a pior e a mais tributada
no mundo, com mais de
90% do contencioso.
Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
INFORMAQ
13
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
Tendências no Setor de Mineração
são apresentadas em reunião
Digitalização e sustentabilidade na Mineração e seu impacto a longo prazo foram os temas debatidos em
encontro híbrido, realizado em 14 de junho, na sede da ABIMAQ, em São Paulo
De acordo com as projeções das Nações Unidas, a
população global pode atingir 8,5 bilhões em 2030, e 9,7
bilhões em 2050, impulsionando a demanda crescente por
metais e minerais que apoiam e capacitam praticamente
todos os setores globalmente.
AS TENDÊNCIAS DE MINERAÇÃO
“Neste ano, 10 tendências enfatizam o
valor indispensável das empresas de
mineração e metais, com isso, queremos
mostrar para o mundo, o quão
importante é essa indústria e esse setor.
Estamos falando de 50% da economia
global sendo movida por essa
categoria e nosso objetivo é salientar
o valor indispensável que os metais e
os minerais têm para o nosso futuro,
a fim de atingirmos os nossos objetivos”,
explicou Patricia Muricy Burridge
– Sócia da Deloitte | Líder de Global
Risk Advisory para o setor de Mineração
& Metais em início à reunião.
De acordo com as projeções das
Nações Unidas, a população global pode
atingir 8,5 bilhões em 2030, e 9,7 bilhões
em 2050, impulsionando a demanda
crescente por metais e minerais
que apoiam e capacitam praticamente
todos os setores globalmente.
Segundo Patrícia, que apresentou
algumas tendências dentro das
questões mais críticas para a mineração
nos próximos 18 meses, como:
valorização da natureza, circularidade
consciente, redução de carbono
incorporado em metais, colaboração,
construção de cadeias de suprimentos
resilientes, mudança mais
holística, caminhos de talentos externos
e segurança em camadas para
maior sustentabilidade; a mineração
sustenta, aproximadamente, metade
da economia global e tem o
maior potencial de qualquer indústria
para influenciar positivamente
o desenvolvimento social, ambiental
e econômico.
DIGITALIZAÇÃO E
SUSTENTABILIDADE NA MINERAÇÃO
Emerson Gajardoni – Gerente de
Contas na Mineração e Comércio da
Siemens, trouxe um estudo sobre Digitalização
e Sustentabilidade na Mineração
nacional, que envolve a mineração
sustentável, soluções de baixo
carbono, disciplina financeira e mobilidade
elétrica.
“Pensar no futuro da digitalização
é mais fácil quando se tem um
caminho a ser trilhado. Todo novo
investimento tem de ter foco no sucesso
da digitalização, ou seja, ter
dados disponíveis para um gerenciamento
correto”, explicou Emerson,
concluindo que, hoje em dia, a digitalização
chegou a um nível em que
tudo é passível de ser digitalizado,
desde documentação, equipamentos
e processos.
De acordo com Rodrigo Franceschini,
o Brasil já sabe quais são as tendências,
porém, é necessário saber o
‘time’ de como o país entrará nisso.
“Ficamos na expectativa disso acontecer
para que possa virar commodities”,
comentou Rodrigo Franceschini,
presidente do Conselho de Metalurgia
e Mineração.
Câmara Setorial de Fornos e
Estufas tem novo nome
COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA
PRESIDENTE
» Ralph Trigueros - Industrial Heating
Equipamentos e Comp. LTDA
Câmara Setorial de Fornos e Estufas Industriais
(CSFEI) da ABIMAQ, alterou sua nomenclatura
para Câmara Setorial de Equipamentos,
Componentes e Serviços de Aquecimento
Industrial (CSFEI).
Criada em 1987, suas principais atividades
incluem a atualização nas orientações para contestação
de consultas de pleitos de ex-tarifário
e importações de bens usados, a consultoria tributária
sobre benefícios fiscais de ICMS, a participação
nas alterações do Simples Nacional,
principalmente as regras de reparcelamento de
débitos.
A CSFEI também disponibiliza periodicamente,
análises sobre a conjuntura setorial econômica
e o ambiente de negócios para o setor.
Para Ralph Trigueros, presidente da câmara,
a mudança da terminologia vem de encontro à
ampliação do escopo para contemplar a cadeia
produtiva de fornos industriais.
A Câmara Setorial de Equipamentos, Componentes
e Serviços de Aquecimento Industrial é
uma das 41 câmaras que integram a ABIMAQ. O
propósito desses órgãos é reunir fabricantes e
fornecedores de cada subsetor que envolve a indústria
de máquinas e equipamentos.
GERENTE EXECUTIVO
» Gustavo Marcelo
ASSISTENTE
» Isabela Trevizam
VICE-PRESIDENTES
» Giovano Bett Ghizoni - Jamo Equipamentos
Ltda.
» Moreno Magon - Glaston South America
» Adilson Oliveira de Souza - Weishaupt do
Brasil Ind. e Com. Ltda.
14 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
Ministro do Trabalho destaca a importância da reforma Tributária
para reverter o processo de desindustrialização do país
Fala ocorreu na 15ª edição da ENAFER, evento organizado pela ABINFER, que contou com a participação da
ABIMAQ e autoridades ligadas ao setor ferramental
“N
ós temos gargalos muito
sérios que precisam ser
resolvidos. O arcabouço
fiscal é um passo importante desse
processo, mas depois temos a reforma
tributária, que precisamos aproveitar
e fazer um debate muito sério
para inverter um processo cruel e
perverso de um acúmulo de riqueza
sendo apropriado por poucas pessoas.
Portanto, é necessário também
um movimento da sociedade para
que nós façamos uma Reforma Tributária
que de fato traga a diminuição
do peso da carga tributária para
a produção e para as famílias de baixa
renda, para que possamos pensar
na reindustrialização e neoindustrialização
do país”, declarou o Ministro
do Trabalho do Governo Federal,
Luiz Marinho, durante o início
da ENAFER 2023.
Durante o evento, que teve como
principal objetivo fomentar a discussão
entre os empresários e órgãos
governamentais, sobre o contexto
atual do mercado ferramenteiro
nacional e a inovação em direção
à indústria 4.0, o ministro destacou
que o processo de reindustrialização
do setor passa necessariamente
por eventos como o promovido pela
ABINFER, importante para discutir,
refletir e organizar conhecimentos,
para reverter o processo de desindustrialização
observada nos últimos
anos.
De acordo com Marinho, o setor
precisa enfrentar importantes gargalos
para que consiga alcançar a
meta de estar entre as cinco principais
cadeias produtivas. “Temos um
gargalo importante na questão da
educação. Talvez esteja na hora de
pensarmos o período integral para o
ensino médio e iniciar uma forte
presença da qualificação profissional
para que os jovens saiam do ensino
médio preparado para enfrentar
os desafios de um mercado de
trabalho competitivo”, observou
Luiz Marinho, ressaltando o compromisso
do governo para o avanço
das ferramentarias.
“O vice-presidente, Geraldo
Alckmin, irá liderar um processo para
trazer todos os setores do governo
que tenham afinidade com esse
debate para criar as devidas condições
das políticas públicas e responder
a esse desafio. O Brasil chegou a
ser a 6ª economia do mundo durante
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
os mandatos do governo Lula e Dilma,
mas retrocedemos ao longo dos
anos. Portanto, nós temos o direito
e as condições que geram essa oportunidade
de colocarmos a economia
e o setor ferramental entre os cinco
do mundo.”, finalizou Marinho.
POLÍTICA INDUSTRIAL. “Nós não vamos
reindustrializar o Brasil com
aquelas tecnologias que nós tínhamos
no passado. Nós temos que fazer
uma política industrial no país
olhando para as tecnologias do futuro,
o meio ambiente, a transformação
verde, a transformação digital,
e um olhar muito importante sobre
o social, sobre os trabalhadores
e as novas formas de tornar os processos
com mais produtividade”,
destacou Velloso.
De acordo com o presidenteexecutivo
da ABIMAQ, não existe
indústria sem a ferramentaria. “A
ABINFER começou esse trabalho
que nós estamos apoiando, o Sansão
Cadengue, que é o presidente da
nossa Câmara de Ferramentaria,
vem acompanhando esse trabalho,
É necessário também um movimento da sociedade para que
nós façamos uma Reforma Tributária que de fato traga a
diminuição do peso da carga tributária para a produção e
para as famílias de baixa renda, para que possamos pensar
na reindustrialização e neoindustrialização do país”
› Luiz Marinho, Ministro do Trabalho do Governo Federal
que visa modernizar as nossas ferramentarias,
capacitá-las, resolver
os seus problemas financeiros, e,
principalmente, atuar na criação de
novos profissionais.”
Além do trabalho de capacitação
das empresas e recapacitação dos
profissionais das companhias, José
Velloso reforçou a importância da
aprovação do arcabouço fiscal e da
reforma tributária para o avanço da
reindustrialização e a neoindustrialização
brasileira.
“É muito importante que o Brasil
crie um cenário para os investidores
e um clima positivo para que
possamos aumentar a nossa taxa de
investimento, que é muito baixa.”
ABINFER. Destacando os cinco pilares
de atuação da ABINFER, que
são a sustentabilidade, a tributação,
o mercado, a tecnologia, e a capacitação
do setor ferramental, o
presidente da entidade, Christian
Dihlmann pontuou as ações que estão
desenvolvendo junto ao governo,
que visa a alavancagem do setor
no Brasil. “Hoje nós ocupamos
uma incerta 14ª a 16ª posição no cenário
mundial, mas nós vamos,
com determinação e planejamento,
chegar aos cinco melhores do mundo
nos próximos 10 anos. Para isso
precisamos unir as mãos e trabalhar
juntos. A participação da ABI-
MAQ e sua Câmara Setorial de Ferramentaria
sempre foi, é, e será determinante
para o sucesso dessa
missão. Com a união dessas entidades,
podemos chegar muito longe”,
frisou Dihlmann.
Realizado nos dias 25 e 26 de
maio, no teatro do SENAI Mário
Amato, em São Bernardo do Campo,
o evento proporcionou o relacionamento
mútuo de aproximadamente
350 profissionais do setor industrial
e de serviços, debatendo questões
como os problemas para a evolução
tecnológica e gerencial do setor e
implicações diretas no desenvolvimento
da cadeia produtiva; as ações
para a sustentabilidade do setor ferramenteiro
nacional e mundial; os
formatos de capacitação técnica e
administrativa; e a situação atual do
programa ROTA 2030.
“Nós temos que fazer uma política industrial no país
olhando para as tecnologias do futuro, o meio
ambiente, a transformação verde, a transformação
digital, e um olhar muito importante sobre o social,
sobre os trabalhadores e as novas formas de tornar os
processos com mais produtividade”
› José Velloso, presidente-executivo da ABIMAQ
Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
INFORMAQ
15
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
» raul Sanson, Tatiana Oliver e Bruno Galhardo
ABIMAQ e Agerio assinam acordo
de cooperação para o fomento do
setor no estado do rio de Janeiro
Parceria tem como objetivo apoiar as empresas
associadas da ABIMAQ sediadas no Rio de Janeiro e
seus clientes
Reforçando a parceria iniciada em 2013 entre a
ABIMAQ e a AgeRio (Agência de Fomento do
Estado do Rio de Janeiro), as entidades renovaram,
no último dia 30 de maio, durante o evento
“Fomento de Crédito no Rio de Janeiro”, um termo
de cooperação que prevê a disponibilidade de créditos
de até R$ 30 milhões, com condições diferenciadas
para as indústrias associadas da ABIMAQ no
estado carioca.
O encontro, realizado na Sede Regional no Rio de
Janeiro, contou com a participação dos parceiros Finep
– Financiadora de Estudos e Projetos e AgeRio –
Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro,
além da Assessora de Relações Federativas e Organismos
Internacionais na Secretaria de Energia e
Economia do Mar, Julieta Verleun.
“Dentro das ferramentas que temos para melhorar
a competitividade da indústria, estão os dois pontos
principais: a tecnologia, através da Finep e a parte
financeira como capital de giro com a AgeRio. Na
pauta da ABIMAQ, sempre lutamos para estarmos
com grande participação no PIB, como foi na década
de 80”, ressaltou Raul Sanson, vice-presidente da
ABIMAQ/RJ, durante abertura do evento.
“Um dos DNAs da ABIMAQ é fazer a promoção
da cadeia produtiva que a Entidade representa, somos
aproximadamente 1.700 associados de indústrias
que geram valor ao Brasil, com faturamento de
mais de R$ 100 bilhões por ano. Temos parceria
com a AgeRio desde 2013 e a ideia é reforçar cada
vez mais para que os associados possam usufruir”,
resumiu Bruno Galhardo, vice-presidente Adjunto
da ABIMAQ RJ e vice-presidente da Câmara Setorial
de Equipamentos Navais, Offshore e Onshore.
A renovação do termo de Cooperação entre a
ABIMAQ e AgeRio foi assinado pela Diretora Tatiana
Oliver e pelo lado da entidade Raul Sanson e Bruno
Galhardo, que tem como objetivo a disponibilização
de linhas de crédito, com vistas à promoção do desenvolvimento
econômico do Estado do Rio de Janeiro,
para os associados e seus clientes.
OPORTUNIDADES DE FINANCIAMENTO PARA EMPRE-
SAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Para apresentar
como a AgeRio pode apoiar as empresas localizadas
no Estado do Rio de Janeiro, Raphaela Rocha, Gerente
Executiva de Operações Estruturadas explana sobre
as linhas de crédito da Agência de Fomento.
Destacamos a AgeRio Investimentos com recursos
da própria Agência que financia projetos de
investimento, incluindo máquinas e equipamentos.
Em seu portifólio, possuem linhas para capital de
giro, projetos sustentáveis com prazo de pagamento
podendo chegar em até dez anos. Já para inovação,
são repassadores de recursos da Finep.
Nas garantias exigidas podem ser utilizadas aval,
imóveis, equipamentos, fiança bancária, seguro fiança,
garantia de terceiros e os Fundos Garantidores,
FGI e FAMPE que complementa 80%.
INOVAÇÃO COM JUROS REDUZIDOS. “Nosso negócio
é o apoio através de instrumentos reembolsáveis e
não reembolsáveis, a ciência, pesquisa, tecnologia e
inovação” explica o Gustavo Barcelos, Gerente de
Operações Descentralizadas da Finep.
As operações descentralizadas são aquelas via
agentes parceiros, como no caso da Agerio. Foram
R$ 2,8 bilhões em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento
e Inovação apoiados, sendo mais de 1.000
empresas apoiadas.
O indexador para os financiamentos descentralizados
da Finep é em Taxa Referencial – TR. “Quando
falamos de TR é um indexador barato, extremamente
estável comparado com todos outros que utilizamos,
para linhas de financiamento com prazo de
amortização extenso e a estabilidade é um ponto fundamental”,
relata Barcelos.
SERVIÇOS DO DEPARTAMENTO DE FINANCIAMENTOS
DA ABIMAQ. Giselle Rezende, Gerente do departamento
apresentou os serviços disponibilizados pela
equipe, para esclarecimentos e orientações as empresas
associadas e seus clientes, sobre linhas de financiamentos
para comercialização de máquinas e
equipamentos no mercado interno e externo, capital
de giro, pesquisa em P&D, inclusive. 4.0, oferendo
treinamento sobre as linhas de crédito para a equipe
de vendas e também apoia no cadastro de integradores
e soluções de digitalização junto a Finep.
Atua como Posto de Informações do BNDES facilitando
as informações das linhas do banco, auxilio
nos desembaraços de operações de financiamento e
dando ênfase para a orientação no cadastro de máquinas
e equipamentos no Finame, Cartão BNDES e
Produtos/Serviços 4.0.
Disponibiliza materiais específicos de apoio aos
associados, como o Guia de Financiamentos Industrial,
Agro, Inovação e Projetos Sustentáveis e o Manual
de Credenciamento.
AGERIO INVESTIMENTOS
Linha de crédito destinada a empresas estabelecidas no Estado do Rio de
Janeiro com mais de três anos de atuação ou nascentes ou com
expansão de portfólio de negócios
Taxa Prazo Carência Crédito
FINEP
FINEP INOVACRED
» Desenvolvimento de novos
produtos/processos/serviços
» Aprimoramento dos já existentes
FINEP INOVACRED 4.0
» Financiamento a MPMEs para
adoção de tecnologias habilitadoras
da Indústria 4.0
a partir
SELIC+3,25% a.a.
até
60 meses
até
18 meses
R$ 500 mil
a R$ 30 milhões
» Valor do financiamento: até R$15 milhões
» Taxas: TR + 4,2% ou TR + 5,5%
» Carência: até 2 anos
» Prazo Total: até 8 anos
» Faturamento: R$ 0 a 300 milhões
ITENS FINANCIÁVEIS:
» capital de giro (até 30%)
» obras civis,
» instalações e mobiliários,
» máquinas e equipamentos,
» softwares,
» treinamentos,
» consultorias, certificações e
patentes
» expansão,
» sustentabilidde,
» inovação
» franquias, entre outros.
» Equipe Própria
» Softwares
» Máquinas e equipamentos
Nacionais e Importados
» Logística, Distribuição e Mkt
» Consultoria / Serviço de
Terceiros
» Aquisições de empresas para
absorção tecnológica
» Obras civis e Instalações
16 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS
Potencialidades e Desafios da Produção
de Hidrogênio Verde no Brasil
Nos últimos três anos, muitos
estados entraram na era do
hidrogênio e trouxeram
planos e empreendimentos
para essa energia com ações
no Piauí, Bahia, Paraná, São
Paulo, Minas Gerais e Ceará.
Conselho de Hidrogênio da ABI-
MAQ realizou um encontro online
com Nelson Siffert – Pesquisador
de Hidrogênio Verde no Gesel
– Grupo de Estudo do Setor Elétrico
da UFRJ, para apresentar as
perspectivas de mercado dessa importante
fonte de energia de baixo
carbono, considerada o combustível
do futuro.
Abrindo a reunião, Marcelo Veneroso
– Coordenador do Conselho de
Hidrogênio da ABIMAQ, relatou que
“Muitas empresas se entusiasmaram
e começaram a fazer projetos com a
possibilidade da geração do Hidrogênio
Verde (produzido a partir de fontes
renováveis), ideias que surgiram
há cerca de três anos com a “onda”
de energia de baixo carbono. Muitos
projetos já saíram do papel e esperamos
muita coisa nova a partir do segundo
semestre deste ano. Temos
também, no campo das indústrias, diversas
empresas estudando projetos
com um campo promissor e que, em
breve, teremos muitos projetos em
andamento, pois as coisas estão realmente
acontecendo e com potencial
muito interessante”
Ainda de acordo com Veneroso,
nos últimos três anos, muitos estados
entraram na era do hidrogênio e
trouxeram planos e empreendimentos
para essa energia com ações no
Piauí, Bahia, Paraná, São Paulo, Minas
Gerais e Ceará. “Temos um grupo
muito grande se movimentando
e descobrindo que essa é uma energia
que vai ter repercussão em termos
de negócios para o Brasil”, comemorou
Veneroso.
Como exemplo da relevância do
assunto, segundo anúncio do governo
japonês, será injetado U$ 220 bilhões
no Japão para o desenvolvimento da
economia do hidrogênio, o que deixa
uma ameaça para o parque industrial
brasileiro, pois ao mesmo tempo que
estão investindo em projetos de geração
de hidrogênio, também vão investir
na indústria local. Assim, o Brasil
precisa investir na indústria nacional
para acompanhar o ritmo do mercado
mundial e dele participar.
Na visão de Nelson Siffert , o que
motiva a questão do hidrogênio é a
necessidade de descarbonizar os processos
produtivos, com a conversão
para matrizes energéticas renováveis
e de baixa emissão de gases de efeito
estufa. “O Brasil apresenta posição
competitiva: disponibilidade de energia
elétrica renovável, demanda potencial
de Hidrogênio Verde e parque
industrial instalado com potencial para
atender as demandas futuras”, explicou
Nelson, destacando que, embora
o hidrogênio venha sendo utilizado
há mais de 50 anos, o Hidrogênio
Verde é uma indústria nascente,
pois mais de 90% do hidrogênio hoje
consumido vem do gás natural e é
identificado como hidrogênio cinza.
Segundo dados da Agência Internacional
de Energia (IEA), a produção
de Hidrogênio de baixo carbono hoje,
no mundo, é em torno de 94 milhões
de toneladas por ano e até 2050 pode
crescer de cinco a seis vezes, atingindo
mais de 500 milhões de toneladas.
De acordo com Nelson, existem
obstáculos a serem observados para
esse cenário se materializar. A questão
da competitividade do Hidrogênio
Verde em relação ao Cinza, por
exemplo, faz ser necessário encontrar
novos modelos de negócios e políticas
públicas para que essa indústria
ganhe escala e tenha uma expressiva
redução de custos.
“Da parte de eletrólise e de reforma
de hidrogênio, está havendo bastante
redução de custos e temos
perspectiva de uma redução bem significativa
com o aumento de escala e
veremos isso posteriormente refletido
no custo do hidrogênio”, ponderou
Veneroso.
Na visão da ABIMAQ, segundo Alberto
Machado, diretor executivo da
entidade, é importante estar atento
aos desafios tecnológicos, à necessidade
de contratos de longo prazo de
compra e à demanda industrial que
atualmente é baixa, mas com alto potencial
de crescimento.
“O papel do Conselho de Hidrogênio
é justamente atuar no Setor de
Hidrogênio desde o começo, com envolvimento
efetivo no que se diz respeito
à regulamentação, ao desenvolvimento
da tecnologia e à toda a área
de divulgação do processo.”, completou
Alberto, reiterando a necessidade
de olhar outras possibilidades de
energia de baixo carbono disponíveis
no Brasil e que caminharão em paralelo
ao hidrogênio.
Planos de investimento do Grupo Águas do Brasil
são apresentados para associados
R
$ 330 milhões de investimentos
para o ano de 2023, relacionados
ao setor de saneamento básico
ambiental que envolvem diretamente
as 110 empresas que compõem o SIN-
DESAM e outras câmaras da ABI-
MAQ, como: Câmara Setorial de
Bombas e Motobombas (CSBM) e a
Câmara Setorial de Válvulas Industriais
(CSVI), foram anunciados pela
Diretora de Relações Institucionais e
ESG do Grupo Águas do Brasil – Marilene
Ramos, no encontro realizado
em 15 de junho, na sede da ABIMAQ,
em São Paulo.
De acordo com a diretora, em linhas
gerais, o Grupo Águas do Brasil
tem expectativa de investir entre R$
30 e 40 bilhões nos próximos anos.
Organizado por Estela Testa, presidente
do SINDESAM - Sistema Nacional
das Indústrias de Equipamentos
para Saneamento Básico e Ambiental,
foi importante trazer aos associados,
as perspectivas de investimento
da empresa do setor de concessões
privadas, prestadora de serviços
de abastecimento de água, coleta
e tratamento de esgotos no país,
Águas do Brasil.
Segundo Marilene, atualmente, as
15 concessionárias e duas sociedades
operacionais do Grupo atendem 32
municípios em três estados brasileiros,
com gestão total ou parcial dos
serviços de água e esgoto em todas as
suas fases. Só no Rio de Janeiro, por
exemplo, são 17 municípios e 22 bairros
na Zona Oeste do estado, investimentos
concentrados nos Sistemas
de Esgotamento e Combate de Perdas,
que totalizam R$ 2,9 bilhões.
No segmento privado, o Grupo
também gerencia o tratamento de
água e efluentes industriais, contribuindo
para a cadeia de sustentabilidade
de empresas e conta com 95 estações
de tratamento de esgoto e 117
estações de tratamento de água. “Neste
momento, o saneamento parece
decolar no Brasil e quem acompanha
o setor, nunca viu um avanço tão
grande em tão pouco tempo”, completou
Marilene.
Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
INFORMAQ
17
WEbINAr
Workshop de
Crédito em MG
abordou opções
para empresas
e clientes
O Departamento de
Financiamentos e a
ABIMAQ Minas Gerais,
em conjunto,
promoveram um
encontro no dia 21 de
junho, para tratar de
oportunidades de crédito
que estão disponíveis no
mercado e para fomentar
a região. O evento
aconteceu em parceria
com o BDMG – Banco de
Desenvolvimento de
Minas Gerais, Sicoob
Divicred – Cooperativa de
Crédito e Finep –
Financiadora de Estudos
e Projetos.
ABIMAQ
A abertura do evento foi conduzida
pela Gerente Executiva ABIMAQ Minas
Gerais – Regiane Nascimento e
pela Gerente do Departamento de Financiamentos
– Giselle Rezende.
Além de apresentar as linhas de
crédito industriais disponíveis no
mercado, como apoio à capital de giro,
aquisição de máquinas, equipamentos
e bens industrializados, a
Analista de Financiamentos, Helen
Ribeiro, também relatou sobre as novidades
anunciadas recentemente pelo
BNDES acerca dos temas de inovação
e nova opção de custo financeiro.
As parcerias com as Cooperativas de
Crédito, Agencias de Fomento e Bancos
de Desenvolvimento, também foram
destaques na apresentação da
ABIMAQ.
Cabe salientar que o Departamento
de Financiamentos da ABI-
MAQ cumpre o papel de esclarecer
e orientar empresas associadas e
seus clientes, sobre as linhas de financiamento
disponíveis no mercado
para diversas finalidades.
BDMG
O BDMG, representado na ocasião
pelo Gerente de Negócios, Rodrigo
Teixeira Neves, é um banco que contribui
com o desenvolvimento de Minas
Gerais e atende micro, pequenas,
médias e grandes empresas.
“Trabalhamos também para impulsionar
a atuação no desenvolvimento
sustentável, com efeitos ambientais
e sociais, além de ser parceiro
das empresas mineiras apoiando
seu crescimento e garantindo investimentos’’,
pontuou ele.
Rodrigo explicou que o banco
conta com financiamentos para diversas
finalidades e setores, e apresentou
as opções voltadas à sustentabilidade,
ao agronegócio, para aquisição
de maquinário, recursos para o
dia a dia das empresas e projetos de
investimento e inovação.
SICOOB DIVICRED - CONDIÇÕES
FINALIDADE
Capital de Giro
Bens e Serviços
Energia Fotovoltaica
SICOOB DIVICRED
As Cooperativas de Crédito são instituições
financeiras que oferecem
produtos e serviços financeiros segundo
o negócio e necessidade dos
cooperados (pessoa física e jurídica).
Dentro do Sistema Sicoob, são diversas
cooperativas disponíveis para
atendimento regional e a Divicred é
uma delas. Possui 32 instalações
distribuídas em diversos municípios
dos estados de Minas Gerais (Belo
Horizonte, Betim, Carmo do Cajuru,
Contagem, Divinópolis, Juiz de Fora
e Tiradentes) e de São Paulo (Ribeirão
Preto, Santo André, Jaú, São B. do
Campo e São Carlos).
Na ocasião, os Gerentes Nereu Siqueira
e Raffael Silva participaram representando
a Cooperativa, onde foram
abordados temas como capital
de giro, energia fotovoltaica, financiamento
de bens e serviços, e também
cobrança bancária. ‘’O mercado cooperativista
tem 9% do mercado financeiro
e somos a 9ª instituição financeira
do país em ativos e o sétimo em
operações de crédito’’, expôs Nereu.
Vale lembrar que a ABIMAQ e a
Divicred firmaram uma parceria recentemente,
com intuito de oferecer
produtos e serviços diferenciados aos
associados e seus clientes. Confira algumas
das condições no quadro.
FINEP
Para pautar sobre as oportunidades
de apoio à inovação que a Finep viabiliza,
a Gerente Regional do Sudeste,
Andréa Bentes Leal, esteve presente
e trouxe esclarecimentos.
“Entendemos como inovação
qualquer desenvolvimento ou aperfeiçoamento
de um produto, processo
de negócio ou serviço, novo
ou melhorado (ou combinação deles)’’,
pontuou.
Nas operações descentralizadas
da Finep, os processos de análise,
contratação, acompanhamento e
prestação de contas são realizados
pelos agentes financeiros credenciados,
que assumem o risco da
operação.
No âmbito do crédito descentralizado,
Andrea abordou os financiamentos
apoiados voltados para o desenvolvimento
de produtos, processos
e serviços, adoção de tecnologias
4.0 e serviços de ICTs, e também
aquisição de equipamentos e componentes
nacionais. Além disso, a Finep
mencionou acerca de outras agendas
como o apoio a Startups e Subvenção
Econômica.
TAXA DE JUROS
A partir de 0,5% a.m. + variação CDI
A partir de 0,5% a.m. + variação CDI
A partir de 0,3% a.m. + variação CDI
Obs.: Todas as condições estão sujeitas a alteração e a aprovação de crédito pela Sicoob Divicred.
BDMG - MAPA DE NAVEGAÇÃO
› CRÉDITO PARA EMPRESAS DE TODOS OS PORTES E SETORES DA ECONOMIA MINEIRA
CAPITAL DE GIRO
MODERNIZAÇÃO
EXPANSÃO
IMPLANTAÇÃO
AGRONEGÓCIO
CRÉDITO
DIRECIONADO
SUSTENTABILIDADE
INOVAÇÃO
CAPITAL DE GIRO
ESTRATÉGICO
CRÉDITO DIGITAL
PARA PMEs
Repasses
FINAME AUTOMÁTICO,
OUTROS
LINHAS PRÓPRIAS
Máquinas
Equipamentos
Investimento fixo
FUNCAFÉ
PLANO SAFRA
LINHAS PRÓPRIAS
COMERCIALIZAÇÃO E
INDUSTRIALIZAÇÃO
FDNE
FUNGETUR
GERAÇÃO DE
ENERGIA
AUTOCONSUMO
FAZENDA SOLARES
EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA
Repasses
INOVACRED,
OUTROS
LINHAS PRÓPRIAS
com FAPEMIG
18 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
PLANO SAFrA
AbIMAQ esteve em brasília para anúncio
do lançamento do novo Plano Safra
Governo anunciou o aporte de R$ 364,22 bilhões para o apoio a produção agropecuária nacional, um aumento
de 27% em relação ao plano anterior (22/23). Agricultura Familiar contará com o valor de R$ 77,7 bilhões
“E
ste é um Plano Safra robusto
e muito bom para o Brasil e
para a agricultura, uma vez
que o país abastece grande parte do
mundo com alimentos. O que foi
anunciado foi muito positivo, e nós
vamos torcer pra que o clima nos favoreça
também. Temos tudo pra produzirmos
uma safra melhor do que a
safras anteriores”, considerou Gino
Paulucci, presidente do Conselho de
Administração da ABIMAQ, presente
durante a cerimônia.
Anunciado pelo Governo Federal
em 27 de junho, no Palácio do Planalto,
em Brasília, o novo Plano Safra visa
apoiar a produção agropecuária no
país com a concessão de empréstimos
com juros mais acessíveis. Já o Plano
Safra Agricultura Familiar, anunciado
em 28 de junho, tem como objetivo,
melhorar a qualidade de vida dos agricultores
familiares, aumentar a produtividade
no campo e aquecer a indústria
nacional.
JUROS PARA INVESTIMENTO. Uma
das novidades para o investimento foi
o Moderfrota Pronamp, que retoma
o financiamento de máquinas e implementos
agrícolas, com taxas de
10,5% ao ano, pleito atendido da
ABIMAQ. “Os agricultores estavam
INVESTIMENTO
2022/2023 2023/2024
Recursos Taxa de Recursos Taxa de
Programados Juros de até Programados Juros de até
PROGRAMAS (R$ bilhões) (% a.a.) (R$ bilhões) (% a.a.)
Moderfrota 10,16 12,5 9,49 12,5
Moderfrota Pronamp - - 2,37 10,5
Moderagro 2,43 10,5 2,85 10,5
Proirriga 1,95 10,5 2,37 10,5
RenovAgro - Demais 6,19 8,5 4,75 8,5
RenovAgro - Ambiental 6,19 7 0,28 7
RenovAgro - Recuperação/Conversão - - 1,9 7
PCA 2,36 8,5 3,8 8,5
PCA até 6.000 toneladas 1,57 7 2,85 7
Inovagro 3,51 10,5 3,8 10,5
Prodecoop 2,22 11,5 1,9 11,5
Procap-Agro Giro 2,03 11,5 0,95 11,5
Pronamp (inclusive 6-2) 6,09 8 9,27 8
Investimento Empresarial 2,4 10,5 2,37 10,5
sem o PRONAMP, linha muito importante
para vendas de máquinas agrícolas.
Com a volta dessa linha, notamos
uma sensibilidade do governo
em aumentar recursos de investimento,
com taxas mais competitivas e
atrativas para os pequenos e médios
produtores”, avaliou Pedro Estevão,
Fonte: MAPA
presidente da Câmara Setorial de Máquinas
e Implementos Agrícolas da
entidade, ressaltando otimismo com
a direção do Plano Safra anunciado.
Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
INFORMAQ
19
VOLUME DE RECURSOS - BENEFICIÁRIO (EM R$ BILHÕES)
FINALIDADE 2022/2023 2023/2024 VARIAÇÃO
Pronamp 43,75 61,14 39,7%
Demais produtores
e cooperativas 243,41 303,08 24,5%
» Controlados 98,23 125,28 27,5%
» Livres 145,18 177,8 22,0%
TOTAL 287,16 364,22 26,8%
Fonte: MAPA
» “Quero parabenizar este
governo e toda a equipe
econômica pelo brilhante
Plano Safra que foi
apresentado. Estamos
muito satisfeitos e
entendemos que foi um
plano suficiente e que vai
atender a demanda da
agricultura e da pecuária
brasileira”. João Carlos
Marchesan 1º vicepresidente
do Conselho de
Administração da ABIMAQ
Já para incentivar a construção de
armazéns nas propriedades, serão destinados
R$ 6,65 bilhões, com intuito de
aumentar a capacidade estática instalada
de armazenagem, na linha PCA.
“As duas vias do PCA que vieram
anunciadas no Plano Safra desse ano
estão com 30% a mais de recursos, como
linhas de crédito para até dois
anos de carência e ainda contempla
estruturas de armazenagem, principalmente
de grãos. Acreditamos que
é um bom avanço, embora o Brasil demande
de recursos maiores do que esse.
Estamos bastante otimistas de que
isso impactará positivamente na expansão
da capacidade de armazenagem
de grãos”, considerou Paulo Bertolini,
presidente da Câmara Setorial
de Equipamentos para Armazenagem
de Grãos da ABIMAQ.
Outro destaque é o aumento de
30% nos valores destinados Proirriga,
que financia os investimentos relacionados
com todos os itens inerentes
aos sistemas de irrigação, inclusive
infraestrutura elétrica e para a construção
do reservatório de água.
O RenovAgro é o novo nome do
Programa ABC, com a inovação deste
ano, o Programa amplia o apoio à recuperação
de pastagens degradadas,
com foco na sua conversão para a produção
agrícola, com a menor taxa de
juros da agricultura empresarial: 7% ao
ano. Mas não é só o RenovAgro que financia
práticas sustentáveis de produção.
Outros programas, como o Inovagro,
o Proirriga, o Moderfrota e o
Moderagro também têm em sua concepção
o incentivo à produção agropecuária
de baixa emissão de carbono.
No Pronamp o limite de renda
bruta anual para o enquadramento
passa de R$ 2,4 milhões para R$ 3
milhões. A mudança leva em consideração
a elevação dos preços dos
produtos agrícolas. O limite de financiamento
de investimentos passa
de R$ 430 mil para R$ 600 mil por
beneficiário/ano.
JUROS PARA CUSTEIO E COMERCIALI-
ZAÇÃO. As taxas de juros para custeio
e comercialização serão de 8% ao
ano para os produtores enquadrados
no Pronamp e de 12% a.a. para os demais
produtores.
AGRICULTURA FAMILIAR. Serão destinados
R$ 71,6 bilhões ao crédito rural
para agricultura familiar, o Pronaf, cujo
volume é 34% superior ao anunciado
na safra passada e o maior da série
histórica. No total, quando somadas
outras ações anunciadas para a agricultura
familiar, o volume investido
chega a R$ 77,7 bilhões.
Na cerimônia, foi assinado Decreto
nº 11.584 que recria o Programa
Mais Alimentos que visa estimular
a produção e aquisição de máquinas
e implementos agrícolas específicos
para a agricultura familiar.
Os juros na linha foram reduzidos
de 6% para 5% ao ano. O programa
será coordenado pelo Ministério do
Desenvolvimento Agrário e Agricultura
Familiar (MDA) em parceria
com os ministérios do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços
(MDIC) e da Ciência, Tecnologia
e Inovação (MCTI).
EXPOSIÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPA-
MENTOS INDUSTRIAIS PARA AGRICUL-
TURA FAMILIAR. Durante o anúncio
do Programa Mais Alimentos, lançado
pelo Ministério do Desenvolvimento
Agrário e Agricultura Familiar
(MDA), a ABIMAQ, em conjunto
com mais de 20 empresas associadas
da entidade, produtoras de máquinas
e equipamentos industriais para agricultura
familiar no Brasil, realizou,
em frente ao Palácio do Planalto,
uma exposição com mais de 60 máquinas
do setor com o intuito de demonstrar
a aptidão da ABIMAQ e
suas empresas associadas, para atender
toda a demanda do mercado nacional
e internacional.
“O lançamento do Plano Safra para
a Agricultura Familiar é muito importante.
A agricultura precisa se modernizar
por meio de pesquisas e órgãos
como a Embrapa e com maquinários
adequados e modernos, e
adaptá-los às suas condições de trabalho.
As máquinas que estamos expondo
são modernas, duráveis, e com
uma produtividade bastante adequada.
Com isso, a ABIMAQ espera que a
agricultura familiar com o Plano Safra
possa adquirir toda essa tecnologia e
fazer um bom uso dela”, observou Gino
Paulucci.
IMPORTANTE! A vigência do Plano Safra
23/24 inicia a partir de 1º de julho/23
a 30 de junho de 2024. As novas
condições de financiamento entrarão
em vigor mediante a publicação da
Resolução do Conselho Monetário
Nacional – CMN, publicação da Portaria
de Pagamento de Equalização de
juros do crédito, além dos Normativos
do BNDES.
» Agricultura familiar: A ABIMAQ, em
conjunto com mais de 20 empresas
associadas, realizou em frente ao
Palácio do Planalto uma exposição
com mais de 60 máquinas
20 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
FINANCIAMENTOS
BB disponibilizará
r$ 240 bilhões para apoiar
a Safra 23/24
Volume é superior ao anunciado na safra
passada e reforça do compromisso do
Banco com o agro brasileiro
Com valor 27% superior ao anunciado no Plano anterior, o
Banco do Brasil destinará R$ 240 bilhões para a Safra
2023/24. Desse montante, R$ 48 bilhões serão destinados a
Agricultores Familiares e Médios Produtores, R$ 139 bilhões para
a Agricultura Empresarial e R$ 53 bilhões em títulos agro e giro.
Para custeio, serão destinados R$ 121 bilhões. Operações de
investimento receberão R$ 42 bilhões, comercialização e industrialização
R$ 24 bilhões e títulos, crédito agroindustrial e
giro terão R$ 53 bilhões.
Os recursos disponibilizados tratam-se de recursos do governo
(exigibilidades e equalização) e também próprios do Banco.
Produtores agropecuários já podem encaminhar as propostas
ao Banco.
Confira no quadro abaixo o valor destinado a cada finalidade
de crédito.
NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS. O Banco reafirma seu compromisso
com a agricultura sustentável, finalizando março/23 com saldo
de R$ 150 bilhões em saldo de carteira de negócios sustentáveis
agro, crescimento de 23% nos últimos doze meses. A carteira é
composta por operações de crédito e empréstimos para os setores
de energias renováveis, eficiência energética, entre outros.
SAFRA 2022/23 TEM RECORDE DE DESEMBOLSO. Na Safra anterior,
o Banco do Brasil aplicou R$ 188 bilhões na distribuição
e destinação dos recursos. O BB reforça o compromisso com o
desenvolvimento do produtor rural, atendendo desde o pequeno
agricultor à grandes empresários e industrias. A carteira agro
do Banco tem saldo de R$ 322 bilhões, fechando o primeiro trimestre
de 2023. Já são mais de 1,7 milhão de operações ativas
com financiamento rural na carteira agro do Banco, sendo 1,2
milhão para agricultores familiares.
“É o maior volume de recursos que uma instituição financeira
destina aos produtores rurais e empresas do agronegócio.
O apoio ao campo é prioridade para o Banco do Brasil”, destaca
a presidente Tarciana Medeiros.
PROGRAMA MAIS ALIMENTOS – ACORDO RENOVADO COM A ABI-
MAQ. Paulo Teixeira, Ministro do Desenvolvimento Agrário e
Agricultura Familiar, falou durante a transmissão sobre o Acordo
renovado com a ABIMAQ, para o Programa Mais Alimentos,
que visa beneficiar o pequeno produtor e a agricultura familiar.
Com a renovação, poderá ser adquirido máquinas e implementos
agrícolas, garantido mais produtividade.
SAFRA 2023/24 - FINALIDADES
» Custeio
R$ 121 bilhões
» Comercialização
e industrialização
R$ 24 bilhões
R$ 240 bilhões
» Investimento
R$ 42 bilhões
» Títulos, Crédito
Agroindustrial e Giro
R$ 53 bilhões
TFBD – Taxa Fixa BNDES em Dólar
Opção de taxa de juros no Finame e
BNDES Automático
Recentemente, o BNDES – Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico
e Social, anunciou a inclusão da
Taxa Fixa BNDES em Dólar – TFBD dentre
as referências de custo financeiro admitidos
no Banco.
A princípio, a medida somente abrangia
operações no âmbito do Crédito Rural
para a aquisição de máquinas e
equipamentos agrícolas.
Entretanto, em função da ampliação
e diversificação de alternativas de crédito
a custos mais competitivos, o Banco
anunciou também a inclusão da TFBD
no Finame e BNDES Automático.
Nesse caso, os clientes tomadores do
crédito que possuem receitas/contratos
em dólar ou atrelados à variação cambial,
podem utilizar a opção da TFBD como
Custo Financeiro nas operações.
FINAME - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
BNDES AUTOMÁTICO - PROJETO DE INVESTIMENTO
CAPITAL DE GIRO
CONDIÇÕES PARA USO DA TFBD
» A TFBD corresponde à parcela do custo
financeiro na taxa de juros, composta por
uma taxa fixa até a quitação do financiamento
e um componente referente à variação
do dólar.
» A taxa de juros final inclui, ainda, as
remunerações (spreads) do BNDES e do
agente financeiro credenciado, que são somadas
ao componente fixo.
» As operações em TFBD podem ter o
componente fixo definido na data do protocolo
feita pelo agente financeiro no
BNDES ou na data da contratação da operação.
Todas as operações em TFBD precisam
ser liberadas em até 120 dias após a data
de definição do componente fixo (seja
protocolo ou contratação).
» O componente fixo da TFBD terá
três variações conforme o prazo total
do financiamento:
• Até 24 meses (TFBD-24.120);
• Acima de 24 meses e até 72 meses
(TFBD-72.120);
• Acima de 72 meses e até 120 meses
(TFBD-120.120).
• As taxas mudam diariamente, porém
com pouca oscilação, acesse o link
https://tinyurl.com/msddcsst.
» O prazo máximo para protocolo do pedido
de liberação do recurso pelo agente financeiro
ao BNDES será de até 120 meses.
» No produto BNDES Automático, a
TFBD se aplicará somente para empresas
cuja Classificação Nacional de Atividades
Econômicas seja Indústria de Transformação,
código CNAE “C”.
Confira as condições no quadro abaixo.
IMPORTANTE! Não se trata de uma nova
linha de crédito à exportação do BNDES,
mas sim, a possibilidade de que clientes
exportadores habilitados para a linha,
possam tomar o crédito a um custo mais
competitivo no mercado interno.
Modalidade Custo Remuneração Remuneração Prazo/
Financeiro BNDES A. F Carência
BK Aquisição e 1,15% a.a. Negociado Até 120 meses /
Comercialização TFBD, TFB, Até 24 meses
Máquinas 4.0 TLP ou Selic 0,95% a.a.
Baixo Carbono 0,95% a.a. Até 3,5% a.a. Até 120 meses /
Até 24 meses
Modalidade Custo Remuneração Remuneração Prazo/
Financeiro BNDES A. F Carência
Projeto de TFBD, TFB, 1,15% a.a. Negociado Até 20 anos/
Investimento TLP ou Selic Até 36 meses
Modalidade Custo Remuneração Remuneração Prazo/
Financeiro BNDES A. F Carência
Crédito Pequenas 1,25% a.a. Negociado Até 60 meses /
empresas TFBD, TFB, Até 12 meses
Materiais TLP ou Selic 1,15% a.a. Negociado Até 84 meses /
Industrializados
Até 24 meses
Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
INFORMAQ
21
FINANCIAMENTOS
Conselho de Financiamentos aborda
a eficiência energética e inovação
OConselho de Financiamentos da ABIMAQ,
reuniu, no dia 13 de junho, membros do Programa
PotencializEE – Investimentos
Transformadores de Eficiência Energética na Indústria,
e a equipe do Departamento de Financiamentos
da ABIMAQ para trazer informações de
crédito à inovação.
Pelo PotencializEE, estiveram presentes o Diretor
do PotencializEE – Marco Schiewe, o Diretor do
Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Elétricos
de Potência, Prof. Marco Chagas e o Assessor Técnico,
Luiz Lubi. Do lado da ABIMAQ, a reunião foi
conduzida pelo Diretor de Financiamentos Hiroyuki
Sato e pela equipe do Departamento, Helen Ribeiro
e Carolina Lopes.
O PotencializEE tem o objetivo de fomentar
o crescimento do mercado de eficiência energética
industrial no Brasil e viabilizar investimentos
em pequenas e médias empresas industriais
no Estado de São Paulo. É um Programa de Cooperação
para o Desenvolvimento Sustentável, liderado
pelo MME (Ministério de Minas e Energia) e
coordenado por meio da GIZ (Deutsche Gesellschaft
für Internationale Zusammenarbeit), Agência
Alemã de Cooperação Internacional.
“A indústria brasileira responde por mais de
32% do consumo final de energia e 17% das emissões
de gases de efeito estufa da matriz energética
do país’’, explanou Luiz Lubi. Também conta com
apoio de Fundos Garantidores para facilitar acesso
ao crédito.
Além disso, Luiz mencionou que o Programa
engloba parceiros estratégicos. No nível federal,
são parceiros o MME (Ministério das Minas e Energia)
e EPE (Empresa de Pesquisa Energética). No
setor da indústria e energia, participam do Programa
o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial) com apoio da FIESP (Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo), e também ABES-
CO (Associação Brasileira das Empresas de Serviços
de Conservação de Energia). E entre os parceiros
financeiros estão a Desenvolve São Paulo e
o BNDES.
Para cadastro dos produtos no catálogo de tecnologias
do PotencializEE a empresa pode ser de
PROCESSO DE INOVAÇÃO
AQUISIÇÃO DE
CONHECIMENTOS
AQUISIÇÃO DE
EQUIPAMENTOS
TEMPO
DESENVOLVIMENTO
EQUIPE EXECUTORA
INOVAÇÃO DE
PRODUTO
INOVAÇÃO DE
PROCESSO
qualquer região do país desde que possa atender
empresas no Estado de São Paulo. Abaixo o fluxo
do Programa.
O Departamento de Financiamentos da Entidade
trouxe o tema de inovação como um dos destaques
do encontro, além de informes sobre as medidas
anunciadas recentemente pelo BNDES.
Helen Ribeiro apresentou sobre: (I) a redução
da remuneração básica do BNDES para as micro,
pequenas e médias empresas exportadoras na linha
BNDES Exim Pré-Embarque, que apoia a produção
de bens para exportação; (II) implementação da Taxa
Fixa BNDES em Dólar (TFBD) para as linhas
BNDES FINAME e BNDES Automático a partir de
29 de junho e (III) a inclusão da Taxa Referencial
(TR) em operações de inovação tecnológica e digitalização
de empresas, ao invés da TLP.
Para falar dos financiamentos provenientes da
FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos, Carolina
Lopes explicou a inovação, do ponto de vista
da Empresa, como sendo: “produto ou processo
de negócio, novo ou melhorado (ou combinação
deles), que difere significativamente dos produtos
ou processos anteriores da unidade’’.
A FINEP conta com uma variada gama de linhas
de financiamento e é uma das principais instituições
públicas de fomento financeiro à ciência, tecnologia
e inovação. Na ocasião, foram aprofundadas
duas delas, conforme quadro.
FINEP Inovacred: desenvolvimento de novos
produtos, processos, serviços e/ou aprimoramento
dos já existentes. Essa linha tem foco no projeto, ou
seja, o tomador do crédito precisa apresentar um
projeto à uma instituição financeira para se beneficiar
do financiamento. Nesse sentido, o projeto pode
englobar a junção da aquisição de conhecimento
(consultorias, treinamentos, equipe própria) e a
aquisição de equipamentos (equipamentos nacionais,
obras e instalações).
FINEP Inovacred 4.0: estimular a adoção de tecnologias
habilitadoras da Indústria 4.0. As tecnologias
habilitadoras apoiadas no âmbito do Finep Inovacred
4.0 estão alinhadas nos seguintes temas: Internet
das coisas; Computação na nuvem; Big Data;
Segurança digital; Manufatura aditiva; Manufatura
digital; Integração de sistemas; Digitalização; Sistema
de simulação; Robótica avançada; e Inteligência
artificial. (https://tinyurl.com/4fmwzysr)
› SAIBA MAIS
Os interessados nos referidos temas, poderão contatar
o Departamento de Financiamentos da ABIMAQ para
maiores esclarecimentos, podendo as dúvidas serem
enviadas pelo: defi@abimaq.org.br
FLUXO DO PROGRAMA PARA PMES INDUSTRIAIS POTENCIALIZEE
1
2
3
4
5
6
Inscrição no
programa
Realização de prédiagnóstico
gratuito
Diagnóstico e elaboração
do projeto com subsídios
Avaliação técnica e
validação independente
Investimento com
exigências de garantia
reduzida
Implementação
do projeto
Apoio técnico e tomada de decisão
Definição da instituição
financeira pela PME via site
Suporte na contratação e
compra de tecnologias
(processo agilizado)
PME via Site do
PotencializEE
SENAI ou ESCO
(especialista)
SENAI ou ESCO
(especialista)
Submissão do
projeto via site
Grupo Consultivo de
Investimentos (GCI)
Desenvolve SP ou
Banco participante
SENAI ou ESCO
(especialista)
Instalações e
substituição de
equipamentos M&V
(medição e verificação
da economia de energia)
22 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
FINANCIAMENTOS
Como atuam as
Cooperativas de
Crédito SICOOB,
SICrEDI e AILOS
As Cooperativas de Crédito é uma instituição
financeira que oferecem produtos e
serviços financeiros segundo o negócio e
necessidade dos cooperados (pessoa física e jurídica),
como pagamentos de contas por aplicativo,
empréstimos, financiamentos e aplicações. Nada
mais é do que uma associação de pessoas, que
nela ingressam voluntariamente (se tornando sócias)
e fazem suas movimentações financeiras
através dela.
Na cooperativa o cliente é o dono do negócio,
ajudando a eleger os dirigentes, para buscar
com todos os cooperados os serviços financeiros
mais vantajosos, até porque as cooperativas não
visam o lucro. O resultado positivo da cooperativa
é repartido entre os cooperados proporcionalmente
às operações realizadas por cada um.
Assim como os bancos, as cooperativas são
uma opção segura para seus depósitos, são supervisionadas
pelo Banco Central do Brasil para proteger
os usuários de serviços financeiros, além
disso, as cooperativas contam com proteção de
um Fundo Garantidor de Crédito (FGCoop), garantindo
os depósitos e os créditos mantidos nas
cooperativas singulares de crédito e nos bancos
cooperativos em caso de intervenção ou liquidação
extrajudicial dessas instituições.
Assim, para garantir a diversidade no crédito,
a ABIMAQ possui parceria com algumas cooperativas
que atuam de forma independente e regionalmente,
com o objetivo de ofertar produtos e
serviços financeiros com condições de crédito diferenciadas
para os associados da entidade e seus
clientes.
CONFIRA AS COOPERATIVAS
PARCEIRAS DA ABIMAQ:
Cooperativa Área de
atuação
SICREDI Vale do Piquiri ABCD, SP e PR
Parque das
Araucárias
PR/SC/SP
Iguaçu PR/SC/SP
Campos Gerais PR/SP
SICOOB Credicitrus SP/MG
SISTEMA
AILOS
Divicred
Unicentro BR
Acredicoop
SP/MG
SP/GO/MG
DF/TO
PR, SC, RS
› SAIBA MAIS
Caso as cooperativas listadas acima não atendam a
sua área de atuação ou de seu cliente, entre em contato
com o Departamento de Financiamentos pelo e-mail
defi@abimaq.org.br ou telefone (11) 5582-6361.
FEIrAS
Expo Usipa acontece com extensa
programação de conteúdo tecnológico
Nesta edição o evento contará com 68 palestras técnicas gratuitas
A33ª edição da Expo Usipa, um
dos maiores eventos do setor
da indústria, comércio e
prestação de serviços do Brasil,
acontecerá de 18 a 21 de julho, em
Ipatinga – MG e acaba de anunciar a abertura
das inscrições para as aguardadas palestras técnicas,
que nesta edição serão 68 ao todo.
Com uma programação repleta de especialistas
e profissionais experientes, a Expo Usipa,
através dos seus expositores, oferece uma
oportunidade imperdível para ampliar conhecimentos
e aprimorar habilidades profissionais
gratuitamente.
O evento, reconhecido por trazer insights
valiosos sobre as mais recentes tendências e
avanços tecnológicos da indústria, ocorrerá na
Fiemg Vale do Aço, em Ipatinga - MG. Durante
Ocredenciamento para a maior
feira da inovação industrial
do Espírito Santo, MEC
SHOW 2023, já está aberto. A expectativa
dos organizadores é receber
mais de 15 mil visitantes nos
três dias de evento com uma megaexposição de
produtos e serviços de pequenas, médias e
grandes empresas em um só lugar.
A Feira aborda esse ano o tema “A evolução
pra quem não para”, com a expectativa de gerar
R$150 milhões em negócios. O ambiente
ideal para profissionais que desejam investir
em melhorias e desvendar novos horizontes
no setor industrial. A feira também tem o intuito
de fomentar o debate sobre tecnologia
para o futuro das empresas. A abertura do credenciamento
foi feita durante a realização do
evento “Cenário ES, Perspectivas e Oportunidades”
promovido pela Federação das Indústrias
do Espírito Santo, parceira da Mec show.
A Mec Show 2023 está praticamente com
área de exposição esgotada e este ano vai ocupar
todos os pavilhões da área do parque de
Exposições Carapina, no município da Serra,
no Espírito Santo. A expectativa é ultrapassar
os números com números e dimensões da última
edição, em 2022, que já foi recorde. Estão
sendo aguardados até 17 mil visitantes,
confirmadas 300 marcas expositoras, e rodada
de negócios que devem chegar a R$ 150 milhões.
Superarmos todas as expectativas no
quatro dias consecutivos, de 18/07
(terça-feira) a 21/07 (sexta-feira),
das 9h às 17h, os participantes terão
a oportunidade de desfrutar
de um ambiente propício ao
aprendizado e à troca de conhecimentos.
Os interessados poderão escolher entre
uma variedade de palestras ministradas por especialistas
da indústria. As inscrições podem
ser feitas diretamente no site da Expo Usipa, no
menu “Palestras Técnicas”. O cadastro é necessário,
devido ao limite de participantes por sala
e também para poder emitir o certificado de
participação.
A feira de negócios da indústria, comércio e
prestação de serviços é realizada pela Usipa e
conta com o apoio da ABIMAQ e várias entidades
do segmento.
Mec Show 2023 tem expectativa
de receber mais de 15 mil visitantes
O credenciamento já está aberto para participação no evento que
acontece de 8 a 10 de agosto, no Pavilhão de Carapina
ano passado e estamos trabalhando
para sermos ainda melhores
este ano. Vamos oferecer uma
feira maior e com muitas novidades
para quem prestigiar”, anuncia
Marcos Milanez, diretor da
Milanez e Milaneze, empresa realizadora da
MEC SHOW.
A MEC SHOW 2023 mais uma vez vai reunir
o que há de mais moderno no setor industrial,
sendo uma oportunidade única para estar
conectado com os avanços e perto de profissionais
com extrema expertise na área. Em
agosto, a feira promete impulsionar ainda
mais a geração de negócios, além de proporcionar
uma forte conexão entre a indústria e
os fornecedores de produtos e serviços.
O visitante pode entrar no site oficial da
MEC SHOW (www.mecshow/credenciamento)
e realizar o credenciamento online de forma
fácil e rápida. Serão 300 marcas nacionais
e internacionais expondo o que há de mais novo
nos segmentos industriais. O acesso é gratuito
para profissionais da indústria.
A feira acontecerá de 08 a 10 de agosto, das
15h às 21h, para maiores de 16 anos, no Pavilhão
de Carapina, município da Serra, dirigida a empresários
e profissionais do setor industrial.
Apoiadora do evento, a ABIMAQ mais uma
vez estará presente com mais 11 empresas em
uma ilha da entidade e diversas outras associadas
participam com estande próprio.
Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
INFORMAQ
23
TECNOLOgIA
» B&Z INTErNACIONAL » CENTrO DE BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA (CBA) » FUNDAÇÃO PAULO FEITOZA (FPF Tech).
ABIMAQ presente no Polo Industrial de Manaus
Situado no Centro-Oeste do Estado
da Amazônia, o Polo Industrial
de Manaus é um dos mais
modernos centros tecnológicos em
toda a América Latina, reunindo mais
de 500 indústrias de ponta nos segmentos
eletroeletrônico, duas rodas,
naval, mecânico, metalúrgico e termoplástico,
entre outros, gera cerca
de meio milhão de empregos diretos
e indiretos, com faturamento
anual superior a 120 bilhões. A produção
do Polo é destinada principalmente
para atender o mercado brasileiro,
e apenas 5% é exportada para
mercados da América Latina, Europa
e Estados Unidos.
A ABIMAQ Norte Nordeste e o
IPDMAQ estiveram, entre os dias 23
e 26 de maio/23, junto a 9 importantes
players no estado do Amazonas promovendo
institucionalmente a atuação
da ABIMAQ em prol do fortalecimento
e crescimento da indústria,
com foco na inovação tecnológica e na
geração de negócios e na sua capacidade
de articulação e influências políticas
e econômicas.
Buscando uma integração com as
empresas do setor de máquinas e
equipamentos da região norte, a ABI-
MAQ quer se fazer presente em diferentes
iniciativas, que sejam em distintos
temas e em parcerias com instituições
e órgãos atuantes na região Norte,
e que deverá se estender para o Estado
do Pará, com foco na mineração,
Roraima e Rondônia promovendo o
Programa Mais Alimentos.
B&Z INTERNACIONAL. Em visita à empresa
associada B&Z International, a
ABIMAQ foi recebida pelo seu Diretor
e fundador Alexandre Damasceno.
Atua em projetos de automação
industrial, células robotizadas e construção
de máquinas inteligentes, engenharia
reversa e gravação e corte a
laser, possui um centro de manufatura
aditiva, para a otimização de recursos
e processos no contexto da indústria
4.0. Com atividades abrangentes,
como desenvolvimento de produtos
e projetos, automação industrial, a
empresa busca atender às necessidades
do mercado.
CENTRO DE BIOTECNOLOGIA DA AMA-
ZÔNIA (CBA). Visando conhecer as
pesquisas, o desenvolvimento de
projetos e inovação na Amazônia
desenvolvidas pelo CBA, representantes
da ABIMAQ foram recebidos
por Elias Moraes de Araújo, Diretor
Executivo da Fundação Universitas
de Estudos Amazônicos e do
Centro de Biotecnologia da Amazônia
(CBA) e tem como missão, contribuir
com o desenvolvimento da
bioeconomia na Amazônia, de forma
autônoma e com o apoio de parceiros
públicos e privados.
FUNDAÇÃO PAULO FEITOZA (FPF
Tech). Recebidos pelo Diretor Executivo
da FPFTech, Roberto Garcia,
uma importante oportunidade para
aproximar a ABIMAQ deste Instituto
de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico
de Manaus, fundada em
1998, voltada para a geração de soluções
de inovação nas áreas de Automação
Industrial, Tecnologias Móveis
e Assistivas, Internet, Qualidade de
Software e Capacitação Tecnológica,
com estreita cooperação com Universidades.
Possui competências em Indústria
4.0, Automação e Robótica,
Inteligência Artificial, Realidade Aumentada,
Cloud Computing, Internet
das Coisas, Segurança Cibernética,
Big Data, entre outras.
FLEX INDUSTRIES. Recebidos pelo Diretor
da Flex-AM, Paulo Ronaldo
Bomfim D'Oliveira a ABIMAQ teve
oportunidade de conhecer a empresa
amazonense do setor eletroeletrônico,
que conta com 1700 colaboradores, e
tem como principal atividade a montagem
de placas de circuitos impressos
e a fabricação de produtos eletroeletrônico,
incluindo produtos para a
área de áudio/vídeo. A Flex possui parcerias
tecnológicas com universidades
do Estado do Amazonas (UEA, ICTS
e CITS) para projetos de pesquisa e
desenvolvimento.
VALGROUP AMAZONIA. Flávio Souza,
diretor industrial da Valgroup, recepcionou
os representantes da ABIMAQ
para conhecerem uma das maiores
produtoras, transformadoras e recicladoras
de plástico, com operações no
Brasil, Espanha, Estados Unidos, Itália,
México e Uruguai. A Valgroup AM,
conta com mais de 6.500 colaboradores
em 4 plantas e oferecem diversas
soluções em embalagens plásticas para
aplicações industriais, para alimentos,
higiene e limpeza, produtos agrícolas,
cuidados pessoais, pet food, filmes
adesivos, máquinas envolvedoras,
além da produção de compostos, resinas
recicladas, masterbatches.
LÓGICA AMAZONIA. A ABIMAQ pôde
conhecer os principais projetos especiais
da Lógica Amazonia, apresentados
pelo diretor José Oscar do
Nascimento. Empresa de projetos
e fabricação de máquinas industriais,
dispositivos e acessórios e
prestação de serviços. São elas: máquinas
de brasagem automática, máquinas
de parafusamentos, elevador
de carga e máquinas para teste de estanqueidade,
ainda postos de solda
manual, ignitores eletrônicos para
acendimento de maçaricos e maçaricos
especiais.
GOLDEN ELEVADORES. O Diretor da
Golden Elevadores, Francisco Chagas
Jr, recebeu os representantes da
ABIMAQ para conhecerem o processo
de fabricação de elevadores de
passageiros e elevadores cargueiros
e plataforma elevadora para deficiente
físico. A empresa atua há mais de
20 anos no mercado, também é especialista
em manutenções de elevadores
e escadas rolantes, modernização/instalação
e manutenção corretiva/preventiva.
FEIRA NAVALSHORE AM 2023. Neste
mesmo período, a diretoria da Câmara
Setorial de Equipamentos Navais,
Offshore e Onshore – CSENO da
ABIMAQ, representada pelo Bruno
Galhardo, participou da Feira Navalshore
AM 2023 (24 a 26 de maio
2023) e destacou a aproximação com
indústria e estaleiros locais durante
a Navalshore AM, reforçando a necessidade
de ações da Câmara/ABI-
MAQ na região Norte.
» VALGrOUP AMAZONIA » LÓGICA AMAZONIA » FEIrA NAVALSHOrE AM 2023
24 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
TECNOLOgIA
COMÉrCIO EXTErIOr
Em retorno à feira Iran Agrofood, Brazil
Machinery Solutions marca presença
em ação coordenada pelo MAPA
BMS se junta a outras 9 empresas brasileiras para reforçar
tecnologia e indústria nacional no Irã, durante a 30ª edição da maior
feira de alimentos e agroindústria do país
» Luis Eduardo Accordi Ferrari – Associada
John Deere, Anita Tereza Dedding – Gerente
Divisional de Tecnologia e Inovação da ABIMAQ,
Leoni de Souza Leite - Associada Jacto,
Douglas Sinji Tsujikawa Associada Caterpilar,
Karoline T. Pereira –Associada Caterpillar e
Eduardo Fábio de Carvalho Loyolla, Chefe
Serviço de Comunicação Social do INPE
Visita ao
Instituto de
Pesquisas
Espaciais
Representantes da ABIMAQ, John Deere,
Jacto e Caterpilar realizaram no
dia 18 de maio, uma visita ao Instituto
de Pesquisas Espaciais (INPE), sendo recebidos
em audiência, pelo seu Diretor Clezio
Marcos de Nardin, e pelo Coordenador de
Gabinete Oswaldo Duarte Miranda.
Teve como objetivo, conhecer o âmbito
de atuação do instituto e a infraestrutura tecnológica
existente.
O INPE é uma unidade de pesquisa vinculada
ao Ministério da Ciência e Tecnologia
e Inovação (MCTI), criado em 1961 e sediado
em São José dos Campos, e tem como objetivo
produzir ciência e tecnologia nas áreas
espacial e do ambiente terrestre e oferecer
produtos e serviços singulares para o Brasil.
O grupo teve oportunidade para conhecer
o complexo do Laboratório de Integração
e Testes (LIT) do INPE, voltado para entre
outros a realização ensaios de Compatibilidade
Eletromagnética, possuem duas Câmaras
Blindadas Anecoicas com dimensões
de 15,4 x 7,7 x 7,7 (m) e 28,0 x 15,0 x 12,0 (m)
e infraestrutura necessária para garantir que
um sistema, equipamento ou dispositivo eletroeletrônico
não provoque perturbações ou
sofra uma interferência eletromagnética,
quando submetido aos níveis de severidade
de perturbações eletromagnéticas.
Entre os dias 16 e 19 de junho, o Ministério da
Agricultura e Pecuária (MAPA), em parceria
com o Ministério das Relações Exteriores
(MRE), coordenou a participação brasileira na Feira
Iran Agrofood 2023, em Teerã, capital do Irã. A
Iran Agrofood é a feira líder da indústria agropecuária
iraniana, chegando a sua trigésima edição
no ano de 2023. Neste ano, mais de 45.000 visitantes
e profissionais dos setores alimentício, embalagens
e agropecuário puderam fazer negócios
com os mais de 700 expositores vindos de 16 países,
e que expuseram seus produtos e tecnologias
em 18 pavilhões diferentes.
“A 30ª edição da feira Iran Agrofood foi bastante
especial. Em alguns países, a diversidade de feiras
para diferentes segmentos é substituída por
grandes eventos que reúnem diversos setores da
indústria, como no caso do Irã. Depois de uma participação
prévia em 2018, é possível afirmar que a
feira continua vital para a economia iraniana. No
caso do BMS, como representante do projeto setorial
que tem como foco a indústria de máquinas
e equipamentos, é possível afirmar que o setor de
máquinas para a indústria de embalagens, alimentícia
e agrícola tem muito espaço na feira”, afirma
Paulo Guerra, Gerente de Relações Institucionais
e Promoção Comercial da ABIMAQ.
Organizada pela Fairtrade e Palar Samaneh, a
30ª edição aconteceu no Tehran International, espaço
dedicado e com infraestrutura para acomodar
grandes exposições. Além do Brasil, Áustria,
China, Dinamarca, França, Alemanha, Índia, Itália,
Coréia, Holanda, Polônia, Rússia, Tailândia, Turquia
e Emirados Árabes Unidos contaram com estruturas
nos diferentes pavilhões do evento, apresentando
produtos, tecnologias adaptadas e soluções
nas áreas de agricultura, produção vegetal,
processamento e embalagem de alimentos e bebidas,
ingredientes, alimentação e food service.
Um detalhe especial da feira é a sua segmentação
em 4 feiras distintas e que compõem a Iran
Agrofood: Iran agro, Iran food + bev tec, Iran
food ingredients e Iran food + hospitality, sendo
assim capaz de abranger toda a cadeia de valor,
do campo à mesa. Com uma população de 86 milhões
de habitantes, o Irã tem sido o maior mercado
de alimentos do Oriente Médio. As despesas
no setor de alimentos e bebidas crescem constantemente,
e a produção de alimentos e bebidas é
de longe o maior segmento da indústria de processamento
iraniana.
Consequentemente, a demanda por ingredientes
e tecnologia para beneficiamento, processamento
e embalagens, por exemplo, segue crescendo.
“Dados da assessoria de imprensa da feira informam
que as importações iranianas de máquinas
de processamento e embalagem de alimentos
totalizaram 121 milhões de euros em 2021, com as
importações iranianas de tecnologia agrícola tendo
crescido em média 15,8% ao ano, nos últimos
cinco anos, o que coloca o mercado iraniano de
tecnologia agrícola em primeiro lugar no Oriente
Médio, dividindo essa posição com a Arábia Saudita”,
completa Paulo.
Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
INFORMAQ
25
COMÉrCIO EXTErIOr
Com o apoio do programa Brazil Machinery Solutions, empresas
estimam USD 6 MI após participação na feira ITMA 2023
Fabricantes de máquinas e equipamentos para a cadeia do têxtil acumulam USD 11 MI em negócios neste
primeiro semestre, como resultado das ações do BMS
No primeiro semestre de 2023,
as empresas apoiadas pelo
Programa Brazil Machinery
Solutions (BMS) movimentaram
mais de USD 11 milhões, resultado
de participação nas feiras COLOM-
BIATEX e ITMA. As empresas Avanço
e Delta Máquinas Têxteis foram
representantes do Brasil na feira italiana,
considerada a mais importante
do mundo para o setor de máquinas
têxteis, matérias-primas, tecidos
e vestuário, realizada em Milão,
Itália, de 8 a 14 de junho. Com o
apoio do programa BMS, resultado
da parceria entre a ApexBrasil e a
ABIMAQ, a presença das empresas
no evento fortaleceu a posição do
país como um importante player no
mercado global e impulsionou as
exportações no setor têxtil. Durante
o evento, foram realizadas negociações
no valor de USD 1,7 milhão e
espera-se que sejam concluídos negócios
no valor de USD 4 milhões
nos próximos 12 meses, totalizando
cerca de USD 6 milhões em negócios
internacionais.
Fábio Kreutzfeld, CEO da Delta
Máquinas Têxteis e presidente da
CSMAT, expressou satisfação com os
resultados alcançados. "Estamos
muito felizes com tudo o que a ITMA
2023 nos proporcionou. Atendemos
19 países e 40% das visitas geraram
propostas. Além dos negócios pontuais,
temos ainda previsão de novos
fechamentos em breve. O evento, como
um todo, nos proporcionou a
oportunidade de rever grandes amigos
e clientes e conquistar números
bem positivos!", reforça.
De acordo com os dados de exportação
do BMS, um terço dos
mais de USD 66 milhões alcançados
em negócios internacionais em
2022 foram para a Europa, principalmente
Alemanha, Itália e Polônia,
que importaram um total de
USD 21,154 milhões em máquinas e
equipamentos têxteis brasileiros, o
equivalente a 32%.
“A Europa é considerada um dos
berços da alta costura. Cidades como
Milão, que sediou o evento, Paris
e Londres, costumam atrair os
olhares do mundo quando o assunto
é moda. Por isso, a demanda por novas
tecnologias para apoiar esta indústria
é tão latente”, contextualiza
Paulo Guerra, Gerente de Relações
Institucionais e Promoção Comercial
da ABIMAQ.
Além da participação na ITMA
2023, as empresas apoiadas pelo
BMS e com atuação no setor têxtil
estiveram na Colombiatex de Las
Américas, realizada em Medellín,
Colômbia, no mês de janeiro. Durante
essa feira, foram realizados
negócios no valor de USD 778,4 mil
e projetados outros USD 4,9 milhões
para os próximos meses, envolvendo
países como Equador, Peru,
Venezuela, Guatemala, República
Dominicana, Uruguai, México e
Colômbia. Com isso, a projeção total
para exportações nos últimos
seis meses é de mais de USD 11 milhões,
com foco nos destinos europeus
e latino-americanos.
Silvio de Paiva, Diretor Comercial
da Avanço, considera a participação
na ITMA como uma vitrine
estratégica para a cadeia têxtil como
um todo. "Nosso mercado de exportação
é voltado aos países latinos,
mas essa é uma feira que todos visitam
e sempre fazemos negócios
com novos clientes", diz.
“A participação das empresas
brasileiras na ITMA, com o apoio
do BMS, reforçou o compromisso
do país em ser um fornecedor confiável
e competitivo, contribuindo
para o crescimento e desenvolvimento
da indústria têxtil tanto no
Brasil quanto no mercado internacional”,
afirma Patrícia Gomes, Diretora
de Mercado Externo da ABI-
MAQ e gestora do projeto BMS. “O
evento atraiu milhares de visitantes,
incluindo profissionais, especialistas
e tomadores de decisão da
indústria têxtil global, o que reforça
sua posição de acontecimento
mais importante para o setor”,
completa Patrícia.
ApexBrasil lança o Programa Mulheres e Negócios Internacionais
Iniciativa visa incluir mais empresas lideradas por mulheres no comércio internacional e contou com o
acompanhamento de representantes da ABIMAQ
Em 02 de junho, a Agência Brasileira de Exportações
e Investimentos (ApexBrasil) lançou,
na cidade de São Paulo, o programa Mulheres
e Negócios Internacionais, que contou com
a participação do presidente da Agência, Jorge
Viana, e da diretora de negócios, Ana Paula Repezza,
da secretária de comércio exterior, Tatiana
Prazeres, além de outros representantes do governo
federal.
O evento apresentou iniciativas para incluir
no comércio global mais empresas lideradas por
mulheres, como o programa de mentoria “Elas
Exportam”, uma parceria do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços
(Mdic) e ApexBrasil, além de dar conhecimento
a trajetória de mulheres que atuam no comércio
internacional.
Uma das trajetórias apresentada foi a da empresária
Luciane Fornari, da empresa Fornari Indústria,
associada de Santa Catarina da ABIMAQ,
que destacou a importância da atuação das mulheres
nas entidades setoriais para contar com o
apoio no processo de internacionalização. A Fornari
Indústria é membro do Brazil Machinery Solutions,
uma parceria da Associação com a Apex-
Brasil. Quer saber mais sobre, clique aqui
https://brazilmachinery.com/.
Com o programa Mulheres e Negócios Internacionais,
a ApexBrasil busca apoiar a participação
de empresas lideradas por mulheres nos mercados
internacionais, por meio de ações de inteligência
comercial e qualificação para desenvolvimento
de competências e competitividade para
exportação, expansão internacional e investimentos,
reforçando o compromisso da Agência com a
equidade de gênero. Saiba mais clicando aqui
https://tinyurl.com/2bbw4epz.
26 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
COMÉrCIO EXTErIOr
MDIC abre consulta pública sobre Comércio
e Desenvolvimento Sustentável
Manifestações poderão ser enviadas até dia 04 de agosto
No dia 05 de junho de 2023,
Dia Mundial do Meio Ambiente,
foi publicada no Diário
Oficial da União a CIRCULAR
Nº 1, DE 1° que abre a Consulta Pública
sobre a interação entre Comércio
e Desenvolvimento Sustentável
em negociações comerciais
internacionais. As manifestações a
respeito do tema “Crescente interação
entre Comércio e Desenvolvimento
Sustentável em negociações
comerciais internacionais.”
poderão ser elaboradas por membros
da sociedade civil, pesquisadores,
servidores públicos, empresas,
associações, entidades de classe, federações,
confederações, associações
de consumidores e organizações
não governamentais.
A Consulta Pública tem como finalidade
utilizar os comentários recebidos
para orientar os representantes
do país em negociações comerciais
internacionais e nos debates
em organismos internacionais
relacionados ao assunto que está
em pauta nas esferas internacionais.
A Consulta Pública tem como finalidade utilizar os
comentários recebidos para orientar os representantes do
país em negociações comerciais internacionais e nos
debates em organismos internacionais relacionados ao
assunto que está em pauta nas esferas internacionais.
Ela foi estruturada em seções temáticas,
como preocupações e interesses
relacionados a medidas ambientais,
barreiras às exportações brasileiras,
medidas sustentáveis para
promover o comércio exterior brasileiro,
medidas para promoção do
comércio de produtos da economia
circular, alternativas que promovam
o comércio ambientalmente sustentável
de plásticos, entre outros
tópicos relevantes.
A iniciativa consolida a visão da
Secretaria de Comércio Exterior de
que os temas de sustentabilidade
têm impacto direto sobre competitividade
dos exportadores brasileiros
e que medidas implementadas
por parceiros comerciais do Brasil
podem constituir barreiras de acesso
a mercados internacionais. Em linha
com essas preocupações, a Câmara
de Comércio Exterior (Camex)
constituiu, em maio, um Grupo
de Trabalho interministerial para
ajudar na coordenação dos vários
órgãos de governo que têm atribuição
neste tema, entre eles o MDIC,
que conta com a Secretaria de Comércio
Exterior, a Secretaria de
Economia Verde, a Secretaria de
Desenvolvimento Industrial, Inovação,
Comércio e Serviços e Secretaria-Executiva
da Câmara de Comércio
Exterior.
Os interessados poderão enviar
suas manifestações até o dia
04 de agosto, 60 dias da sua publicação
no Diário Oficial, por meio
da plataforma "Participa + Brasil",
localizada no endereço eletrônico:
https://tinyurl.com/3xrxutzx
retirada da oferta do Brasil em compras
governamentais no GPA da OMC
Brasil encerra processo de acessão ao Acordo de Compras Governamentais
No dia 30 de maio de 2023 o Brasil retirou da
Organização Mundial do Comércio (OMC) a
oferta de abertura para empresas estrangeiras
participarem do mercado de compras governamentais
no país, comunicando aos países membros do
Acordo de Contratações Governamentais (Government
Procurement Agreement - GPA, em inglês)
sua decisão.
O GPA é um conjunto de medidas que garante
tratamento igualitário perante a lei de licitações públicas
nas compras de bens, serviços e obras públicas.
Que tem o objetivo de abrir portas para que
empresas estrangeiras acessem o mercado nacional
de compras públicas e da mesma maneira, fazendo
com que as empresas brasileiras exportem produtos
e serviços aos governos dos países estrangeiros
membros do acordo, facilitando a transação comercial
e aumentando a competitividade.
O Acordo de Contratações Governamentais
abrange 48 países e em maio de 2020 o Brasil solicitou
sua adesão, e em junho do mesmo ano apresentou
a oferta final de acesso ao seu mercado de
compras públicas, ampliando a lista completa de todos
os bens e serviços que estariam cobertos pelas
regras do acordo contendo também todas as exigências
para sua entrada em vigor.
A ampla abertura do mercado brasileiro de compras
públicas levantou uma preocupação em relação
à falta dessa preferência comercial como um fator
para negociar acordos bilaterais. Isso significa
que, ao não ter essa preferência, o Brasil poderia estar
em desvantagem ao estabelecer acordos com
outros países.
Outro receio por parte do atual governo seria
em relação à incerteza de uma contrapartida clara
ao acesso aos mercados de outros países, colocando
em dúvida os benefícios concretos que o Brasil teria
com sua entrada no acordo, a possibilidade de uma
competição injusta de empresas estrangeiras dentro
do país, também foi um motivo de decisivos para
a decisão, pois acabaria afetando negativamente
a competitividade dos produtos brasileiros, comprometendo
a economia do Brasil e indo contra as
políticas atuais adotadas para impulsionar a indústria
nacional.
Esses fatores, combinados, foram determinantes
para a decisão de retirar a oferta do Brasil e encerrar
as negociações para sua entrada no GPA até
o momento. O governo busca garantir condições
mais favoráveis e seguras para a participação do
Brasil em acordos internacionais, assegurando que
haja uma contrapartida clara e vantajosa, bem como
uma competição justa e equilibrada no mercado
global visando proteger os interesses nacionais.
Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
INFORMAQ
27
ECONOMIA
» Departamento de competitividade, economia e estatística
Acesse as pesquisas e estudos especiais do setor. » Tel.: (11) 5582-6347
» Site: https://bit.ly/2TRFF5z » E-mail: deee@abimaq.org.br
Apesar do resultado positivo no mês de maio,
o setor de máquinas e equipamentos mantém
resultado negativo no ano
› QUADRO GERAL
Dados até o mês de maio, da pesquisa indicadores
conjunturais da ABIMAQ, indicam continuidade
da desaceleração dos investimentos em máquinas
e equipamentos no Brasil. Apesar do crescimento
de 10,5% no mês de maio ante o mês de abril, ou
2,9% com ajuste sazonal, o mês de maio registrou
queda de 15,6% na comparação com igual mês do
ano passado, ampliando a queda no acumulada
no ano e nos últimos 12 meses. No ano ( janmai),
em relação ao mesmo período de 2022,
houve queda de 8,5% nas receitas líquidas de
máquinas e equipamento. Nos últimos doze
meses, a queda acumulada foi de 7,3%, a 10ª
neste tipo de comparação.
O setor fabricante de máquinas e
equipamentos exportou US$ 1,3 bilhões no mês de
maio/23, crescimento de 35,7% sobre o mês de
abril, que havia encolhido 21,2% em relação a
mar/2023. A alta do mês de maio reforçou o bom
desempenho do indicador em 2023. Em relação ao
mesmo mês de 2022, o crescimento foi se 22,2%.
No ano ( jan/mai) a indústria de máquinas e
equipamentos acumulou crescimento de 23,0%
nas suas exportações. O que, mais uma vez,
ajudou a suavizar a queda nas vendas no mercado
doméstico. No período, segundo dados da
Funcex, as exportações medidas em quantidade
registraram crescimento de 11,0%.
O mês de maio registrou alta nas importações
de máquinas e equipamentos, tanto na
comparação mensal (+27,0%), como na interanual
(4,8%), ao atingir mais de US$ 2,6 bilhões. No ano
( jan-mai/23) as importações cresceram 13,0% em
relação ao mesmo período de 2022. A variável
preço, tem exercido influência importante nos
resultados das importações nos últimos meses.
No período, o crescimento dos preços foi de 5,9%,
enquanto o número de unidades físicas
importadas cresceu 6,4%.
O consumo aparente nacional de máquinas e
equipamentos, resultado da soma da aquisição de
bens produzidos localmente com os importados,
no mês de maio registrou alta, com ajuste sazonal,
de 2,5% ante o mês de abril. Ainda assim, em
relação ao mesmo mês do ano de 2022 o consumo
de máquinas ficou 10,7% abaixo. O valor
acumulado no ano ( jan/mai) foi de R$ 149 bilhões,
8,4% inferior ao do ano anterior. O período foi
DESEMPENHO MENSAL • RECEITA LÍQUIDA
PERÍODOS SELECIONADOS - EM R$ BILHÕES
R$ bilhões constantes
Mês / Mês anterior = +10,6% (+8,1% CAS)
Mês / Mês do ano anterior = -15,6%
Média 2010 - 2013 Média 2016 - 2017 2021 2022 2023
38,75
21,46
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
marcado pela queda na aquisição de bens
produzidos localmente. Os bens importados,
quando medidos em reais e deflacionados,
registraram crescimento de 2,0%.
29,52
28,69
24,91
› NUCI, PEDIDOS e EMPREGOS
O nível de utilização da capacidade instalada da
indústria brasileira de Máquinas e Equipamentos
registrou alta de 0,2% no mês de maio, atingindo
75,0% em 2023. Mesmo com o crescimento na
ponta, em relação ao maio de 2022, o nível de
utilização recente da capacidade instalada ficou
3,7% abaixo. A carteira de pedidos no mês
maio/23 voltou a cair (-2,8%) anulando parte da
recuperação do mês de abr23 e atingiu 10,7
semanas de atividade, valor 6,7% abaixo do
resultado do mesmo período de 2022. Abaixo
Ano / Ano anterior = -8,5%
12 meses / 12 meses anteriores = -7,3%
› 2023 = -33% contra a média de 2010-2013
Fonte: DCEE/ABIMAQ. Nota: Deflator utilizado – coluna 32 – FGV
também da certeira média de 2022, que foi no
período equivalente a 11,4 semanas de atividades.
A desaceleração das atividades nos setores
fabricantes de máquinas e equipamentos nos
últimos meses, levou a novas demissões no setor,
a segunda em 2023. O número de pessoas
ocupadas na indústria brasileira de máquinas e
equipamentos encolheu no mês de maio 0,1% e
atingiu um total de 393.286 colaboradores. Apesar
do fechamento de quase 300 postos de trabalho
em maio, em relação ao mês de dez/22, mês que
ocorreu forte demissão, o setor manteve um
adicional de 2.971 pessoas em atividade. Em
relação ao mês de setembro de 2022, por outro
lado, mês que registrou número recorde de
pessoas no setor, o quadro de pessoal encolheu
em 6 mil pessoas.
TrEINAMENTOS AbIMAQ
» Confira abaixo a programação de treinamentos disponíveis
para o mês de julho de 2023.
» Site: www.abimaq.org.br/cursos » Tel.: (11) 5582-6321/5703 » E-mail: capacitacao@abimaq.org.br
10/07 das 9h às 18h → PRESENCIAL - Liderança:
Capacitando Equipes para Gerar
Resultados
14/07 das 9h às 17h → ONLINE - Gestão
& Administração de Almoxarifado
21/07 das 09h às 16h → PRESENCIAL -
Planejamento Estratégico
24 a 26/07 das 9h às 18h → PRESEN-
CIAL - Implantação, Interpretação e Auditor
Interno da Norma ISO 14001:2015 -
Sistema de Gestão Ambiental
28 INFORMAQ Ano XXIII • nº 278 • Julho de 2023
rEFLEXÃO › JOSÉ VELLOSO
Engenheiro mecânico, administrador de empresas e presidente executivo da ABIMAQ
POLÍTICA INDUSTrIAL
BASEADA EM MISSÕES
A Política Industrial, se
integrada à Política de
Comércio Exterior, bem
como à Política
Macroeconômica de forma
estratégica e objetiva,
contribuirá de forma mais
assertiva ao
desenvolvimento da
economia nacional, focado
no processo de mudança
tecnológica, inclusão social,
e nas preocupações
relacionadas aos efeitos da
mudança climática
Élouvável que o Governo Federal tenha
reativado o Conselho Nacional de Desenvolvimento
Industrial (CNDI), grupo vinculado
à Presidência da República, que não se
reunia há 7 anos. O CNDI será responsável
por debater e elaborar a nova política industrial
para o Brasil e, já na primeira reunião de
seu Comitê Executivo, definiu 7 missões para
política industrial.
Também é louvável saber que “a indústria
será o fio condutor de uma política econômica
voltada para a geração de renda e de empregos
mais intensivos em conhecimento” como dizem
o Presidente Lula e o Vice Presidente Alckmin,
no artigo “Neoindustrialização para o Brasil
que queremos” recentemente publicado no
jornal O Estado de São Paulo, já que a situação
da indústria brasileira há décadas preocupa.
Em 1985, a indústria de transformação representava
35,9% do PIB e hoje apenas 12,9%.
Por si só este quadro seria motivo de preocupação,
mas trouxe consigo a perda de importância
de bens de média-alta e alta intensidade
tecnológica na sua estrutura e o encolhimento
do seu nível de produtividade. Dados da FGV
mostram que entre 1995 e 2022 o desempenho
da produtividade da indústria de transformação
foi negativo em 0,9%.
Os impactos deste processo na economia
brasileira foram duramente sentidos nas últimas
crises internacionais. A ausência de cadeias
bem estruturadas para a produção de bens estratégicos
como medicamentos, equipamentos
hospitalares, fertilizantes, componentes eletroeletrônicos
entre outros, aprofundaram a
crise ao impedir o pleno abastecimento do mercado
produtor e consumidor.
Essa falha no mercado, provocada pelo aumento
da dependência de um único ou principal
fornecedor internacional, mostrou a fragilidade
das cadeias de suprimentos. Ocorreu não só no
Brasil e provocou uma onda de reavaliação das
estratégias nas principais economias, trazendo
novamente a importância da Política Industrial
desta vez focada em ações que pretendem mudar
o futuro da indústria e o seu desenvolvimento
inclusivo e sustentável.
Neste contexto, o CNDI ao estabelecer as
missões e desafios a serem enfrentados pela
neoindustrialização, colocou o Brasil em alinhamento
com as nações que vêm aderindo a
essa tendência. É necessário priorizar o desenvolvimento
de instrumentos e políticas públicas
que garantirão as oportunidades e desafios
aos investimentos e expansão de
fronteiras tecnológicas.
Estas políticas precisam de ação contínua,
dispor de um sistema robusto de acompanhamento
e de avaliação de desempenho em horizontes
de médio e longo prazo visando permitir,
sempre que necessário, adequações aos
objetivos propostos. Precisam ter tempo para
começar e para terminar e metas quantificáveis
para serem atingidas.
A Política Industrial, se integrada à Política
de Comércio Exterior, bem como à Política
Macroeconômica de forma estratégica e objetiva,
contribuirá de forma mais assertiva ao
desenvolvimento da economia nacional, focado
no processo de mudança tecnológica, inclusão
social, e nas preocupações relacionadas
aos efeitos da mudança climática.
Se focada adicionalmente na eliminação das
assimetrias que tiram a competitividade da indústria
nacional, que passa pela resolução dos
problemas estruturais que resultam no “Custo
Brasil”, abrirá espaço para desarmar a armadilha
da renda média que prende o país na categoria
de “em desenvolvimento” há décadas.
As missões estratégicas definidas para serem
percorridas tem o potencial de desenvolver
e transbordar conhecimento por toda a
cadeia de valor a ela relacionada, na direção
das necessidades do país.
Também tem o potencial de impulsionar,
no país, a pesquisa, desenvolvimento e engenharia
de produto e processo, modernizando
e ampliando a complexidade do parque industrial,
incluindo a integração com serviços sofisticados.
Todas as missões precisam caminhar
para o domínio de rotas tecnológicas
estratégicas e, adicionalmente, ganhos de produtividade,
contando com aumento do estoque
de capital por trabalhador, que é historicamente
baixo, e de competitividade. Tudo
isso refletirá certamente em aumento na participação
da indústria no PIB, mas, principalmente,
no crescimento econômico.
As 7 missões, tendo a indústria como foco
e abrangendo áreas onde temos vantagens
comparativas, são um bom caminho para juntos
trilharmos, setor privado e público, num
pacto pela produtividade e pelo tão sonhado
desenvolvimento com inovação, sustentabilidade
e inclusão social.