Anuário do Prêmio Destaque Empresarial Sul

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Crédito Fotos: Freepik
Espírito Santo: celeiro de
rochas ornamentais
A abundância de jazidas e pedreiras faz com que o
Estado seja líder nacional na extração e produção
desses recursos naturais
Com uma das maiores reservas de mármore e granito do
Brasil, o Espírito Santo é líder nacional na extração e produção
de rochas ornamentais, conquistando o status internacional
de uma das maiores fontes fornecedoras do segmento
no País e no mundo. Só em 2019, o Estado exportou pedras
para 106 países, sendo Estados Unidos, China, Itália e Canadá
alguns dos principais destinos.
Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais,
Cal e Calcários do Estado do Espírito Santo (Sindirochas)
e Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas
Ornamentais (Centrorochas), de janeiro a março de 2020, a
exportação brasileira de rochas contabilizou um faturamento
de cerca de US$ 200 milhões. Desse montante, US$ 164 milhões
foram produzidos apenas pelo Espírito Santo. Neste
mesmo período, o mercado capixaba exportou, entre blocos
e chapas de granito, mármore, ardósia e similares, um total
de 327 toneladas.
A importância do Estado para este segmento fica
ainda mais evidente com as feiras internacionais
Cachoeiro Stone Fair e Vitória Stone Fair, esta
última considerada a maior feira de mármore e
granito das Américas.
Cachoeiro de Itapemirim, diga-se de passagem, foi eleita a
capital brasileira do mármore. A instalação de sua primeira
marmoraria aconteceu em 1930, no local em que, atualmente,
funciona o Sindirochas. Na época, ainda não existia extração
de blocos e a matéria-prima para seu funcionamento era importada
de outras regiões. O pioneirismo da atividade se deu
através dos nomes Horácio Scaramussa e Og Dias de Oliveira.
Rochas exigem cuidados
Por possuírem um aspecto estético-decorativo muito forte,
as rochas ornamentais são bastante utilizadas para dar um
toque de charme e sofisticação aos projetos arquitetônicos.
Com características próprias, granitos, mármores e quartzitos
podem ser utilizados para revestir paredes e fachadas,
pisos, bancadas e até em formato de cubas, saboneteiras e difusores
de ambiente.
Ao aplicá-las nos ambientes, no entanto, é preciso levar em
consideração a composição mineral de cada pedra. Um dos
principais fatores a ser observado é se elas apresentam uma
selagem de qualidade, um revestimento capaz de reduzir a
absorção de líquidos, o que possibilita a maior durabilidade
do material e conservação da estética.
Durante a obra, o ideal é armazenar o material em local seco
e limpo para que não esteja em contato com as impurezas,
resíduos de entulhos, massas e matérias químicos dos canteiros
de obra. Líquidos como café, vinho, detergentes alcalinos,
ácidos, água sanitária, sabão em pó, solvente, querosene
e produtos oleosos são um risco para a conservação de mármores
e granitos, portanto, é necessário deixá-los longe do
material.
Resíduos de palha de aço ou outros materiais compostos de
alumínio, ferro ou aço podem enferrujar e, se deixados sobre
as rochas, podem acabar manchando-as. Acima de tudo,
orienta-se sempre que a instalação seja realizada por profissionais
especializados para evitar desníveis e possíveis erros.