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a empurrou contra a parede. Eu disse: – O que aconteceu, mamãe? – Ela replicou: – Não sei. – A presença do Senhor quase a
fez cair.
Meus irmãos irão contar sobre as vezes em que se aproximavam de mim e não sabiam o que estava acontecendo, mas sentiam
alguma coisa extraordinária.
Com o passar do tempo, perdi a vontade de sair com os jovens da igreja só para me divertir. Eu queria ficar com o Senhor,
dizendo muitas vezes: – Senhor, prefiro isto a qualquer coisa que o mundo possa oferecer.
– Eles podiam ter os seus jogos, suas diversões, seu futebol – eu não precisava disso.
O que eu quero, eu já tenho – eu disse ao Senhor. – O que quer que seja, não permita que vá embora. Comecei a compreender
melhor o desejo do apóstolo Paulo pela “comunhão do Espírito”.
Henry, Mary, Sammy e Willie Agora, até os membros de minha família tinham começado a fazer perguntas. O Espírito Santo
permeou de tal forma nossa casa, que meus irmão e irmãs começaram a demonstrar sede espiritual.
Um a um, eles me procuravam para fazer indagações. Eles diziam: – Benny, tenho observado você. Esse Jesus é real, não e?
Minha irmã Mary entregou seu coração ao Senhor. E em poucos meses me irmãozinho Sammy foi salvo. Depois veio o Willie.
Tudo o que eu podia fazer era gritar: “Aleluia!”. Estava acontecendo, e eu nem sequer começara a pregar.
A essa altura meu pai estava praticamente insano, estaria perdendo a família inteira para Jesus? Ele não sabia como enfrentar
a situação. Mas 47
não havia dúvidas de que minha mãe e meu pai podiam ver a transformação que ocorrera em mim, em meus dois irmãos e em
Mary.
Quando dei minha vida ao Senhor, tive alguns encontros maravilhosos com Ele.
Mas eles nada significavam em comparação com o meu andar diário com o Espírito Santo.
O Senhor visitava agora realmente o meu quarto. A glória enchia aquele lugar. Alguns dias eu orava de joelhos, adorando ao
Senhor, durante oito, nove ou dez horas seguidas. O ano de 1974 derramou um fluxo sem fim do poder de Deus em minha vida.
Bastava eu dizer: – Bom dia, Espírito Santo – e tudo começava. A glória do Senhor permaneceu comigo.
Certo dia, no mês de abril, eu pensei: – Deve haver uma razão para isso . – Perguntei, então: – Senhor, por que está fazendo
tanto para mim?
– Eu sabia que Deus não proporciona piqueniques espirituais para as pessoas para sempre.
Comecei então a orar e foi isto que Deus me revelou: Vi alguém de pé em minha frente. As chamas o rodeavam completamente
e ele se movia sem qualquer controle. Seus pés tocavam o solo. A boca desse ser abria e fechava – à semelhança do que a
palavra descreve como “ranger de dentes”.
Nesse momento o Senhor falou comigo, em voz audível, dizendo: – Pregue o evangelho.
Minha resposta foi, naturalmente: – Mas, Senhor, não sei falar.
Duas noites mais tarde o Senhor me deu um segundo sonho. Eu vi um anjo. Ele tinha uma corrente na mão, presa a uma porta
que parecia 48
encher todo o céu. Ele a abriu, e lá dentro havia uma multidão incontável. Almas. Elas estavam se movendo em direção a um
vale grande e profundo, e o vale era um inferno de fogo crepitante.
Dava medo. Vi milhares de pessoas caindo naquele fogo. As da primeira fila tentavam lutar, mas o peso da multidão os
empurrava para as chamas.