Criativa Magazine | Fevereiro 2024
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
contexto atual dos juros e das notícias
a procura continua elevada.
E porque é que a construção não
acompanhou o ritmo?
Porque fruto da crise do subprime que
infelizmente levou à falência muitos
construtores a actividade de construção
reduziu drasticamente e só voltaram
a acordar em 2018, momento
em que as câmaras já não estavam
preparadas nem dimensionadas para
o novo ritmo de pedidos de licenciamento
e porque também não evoluíram
tecnologicamente.
Espera-se que o simplex da habitação
contribua para que os processos
de licenciamento não sejam o calvário
atual, que incrementam custos de
forma tremenda, não só pelo tempo
como pelo custo de oportunidade e
que trava muito investimento pela incerteza
dos prazos do seu retorno.
A segunda fatia é que temos uma
ocupação habitacional desajustada
às reais necessidades. 61,4%
das habitações nos Açores têm uma
ocupação menor que a sua capacidade,
e isto é uma questão cultural,
tendencialmente compramos casas
com mais 1 ou 2 divisões do que as
necessárias, o que leva a um desperdício
de recursos com consumos e
gastos de manutenção desnecessários.
Felizmente estamos já a observar
uma tendência no maior ajuste
da habitação das casas as reais necessidades
o que vai gerar rotação de
imóveis e contribuir para uma maior
sustentabilidade da habitação.
A terceira fatia, o desajuste da oferta
à capacidade económica da maioria
da população. Hoje a grande franja
da população que tem dificuldade na
aquisição de casa são os jovens em
início de vida, pois não encontram
produto a preços compatíveis com as
suas capacidades de financiamento,
especialmente nas condições atuais,
sabendo que as casas não vão aparecer
num estalar de dedos é fundamental
pensar em soluções financeiras,
como já existiram no passado,
para os jovens.
E uma quarta fatia que é a importância
de uma abordagem holística
à sustentabilidade da construção,
tem que começar a ser muito mais
do que só a questão ambiental, têm
que existir incentivos à modernização
e industrialização dos métodos
construtivos para se conseguirem
verdadeiros benefícios, que são muitos,
desde logo na captação e qualificação
de mão de obra, que tornando-se
mais fácil, reduz o drama atual
da falta de mão de obra no setor, em
ambiente fabril a qualidade e custos
são mais controlados desde logo
pela redução de desperdícios e otimização
do processo produtivo, isto em
conjunto com o simplex do processo
de licenciamento contribuirá para
conseguimos ter habitação a preços
mais acessíveis.
Assim sendo, embora as taxas Euribor
comecem a baixar ou a ter aumentos
cada vez menores, como a
procura continua a ser muito superior
à oferta, e o sector da construção civil
não está a conseguir dar resposta às
solicitações de constução, pode ser
que haja um abrandamento do crescimento
dos preços, mas não uma
diminuição, para já.
Também se assiste a alguma procura
por parte de emigrantes? No caso,
emigrantes que nasceram e até viveram
cá? ou também de segundas gerações
já nascidas fora dos Açores?
Sim, existe esta procura por parte de
emigrantes de 1.ª, 2.ª geração e até 3.ª
geração, no entanto, muito longe do
potencial e desejável no futuro. Este
tipo de cliente será muito importante
para a Região Autónoma dos Açores
a vários níveis. As comunidades açorianas
radicadas no exterior são um
ativo potencial de relevante importância
estratégica que projeta e valoriza a
própria Região e é importante manter
a âncora às suas origens, tradições,
costumes e língua. Estes clientes, ao
contrário dos estrangeiros, normalmente
procuram comprar imóveis nas
freguesias onde nasceram e onde, por
vezes, ainda têm família. No entanto,
também existem emigrantes que haviam
comprado segundas habitações
cá para férias e que, com o avançar
da idade, acabam por vender por não
tencionarem regressar mais à ilha e
viver os últimos anos junto dos seus.
Podemos até dizer que os Açores estão
na moda?
Sem dúvida que a promoção dos Açores
nunca foi tão grande e o destino
tornou-se muito mais conhecido um
pouco por todo o mundo, mas nunca
poderão ser a moda, porque serão
sempre únicos; um cantinho mágico
no meio do Atlântico e, como tal, temos
este grande desafio e responsabilidade
de proteger esta magia de um
local de qualidade, seguro, sustentável
e único no mundo.
criativaDESIGN
PROGRAMA DE APOIO AO ARRENDAMENTO
EM PONTA DELGADA DECORRE ESTE MÊS
As candidaturas ao Programa
de Apoio ao Arrendamento para
Fins Habitacionais da Câmara
Municipal de Ponta Delgada já
estão abertas e decorrem durante
todo o mês de fevereiro.
Este é um programa que visa a
atribuição de um apoio económico
ao arrendamento urbano
para fins habitacionais, a agregados
familiares residentes no
Concelho de Ponta Delgada, há
mais de 6 meses.
Concretamente, este programa
enquadra-se na política municipal
de desenvolvimento social
e habitacional, destinando-se
21.999€
CITROEN DS5 2.0 HDI HYBRID4
2013 | Híbrido/Diesel - 163 Cv | 116.138 KM
15.999€
BMW SERIE 5 525D
2005 | Diesel - 177 Cv | 145.597 KM
à comparticipação parcial do
montante da renda devida e decorrente
de contrato de arrendamento
urbano habitacional.
As candidaturas podem ser
entregues através do e-mail
geral@mpdelgada.pt, dos serviços
online, por carta registada
com aviso de receção para
o Largo Dr. Manuel Carreiro,
nº 24, São José ou presencialmente
no Departamento de
Desenvolvimento Social, Educação
Juventude e Desporto
da Câmara Municipal de Ponta
Delgada, das 8h30 às 12h30 e
das 13h30 às 16h30.
17.999€
FIAT TIPO 1.3 M-JET LOUNGE
2019 | Diesel - 95 Cv | 74.269 KM
18.499€
PEUGEOT PARTNER 1.5 BLUEHDI
PRO STANDARD 3L
2020 | Diesel - 75 Cv | 89.764 KM
22.999€
TOYOTA AYGO X 1.0 PULSE
2023 | Gasolina - 72 Cv | 139 KM (2 unidades)
31.999€
JEEP WRANGLER 2.8 CRD SPORT 2L
2012 | Diesel - 177 Cv | 81.848KM
22
criativa magazine - fevereiro 2024
criativa magazine - janeiro 2024
23