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Identificação de gargalos tecnológicos da agricultura familiar - Ipardes

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ<br />

ROBERTO REQUIÃO - Governador<br />

SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL<br />

REINHOLD STEPHANES - Secretário<br />

SECRETARIA DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO - SEAB<br />

ORLANDO PESSUTI - Secretário<br />

INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - IPARDES<br />

JOSÉ MORAES NETO - Diretor-Presi<strong>de</strong>nte<br />

NEI CELSO FATUCH - Diretor Administrativo-Financeiro<br />

MARIA LÚCIA DE PAULA URBAN - Diretora do Centro <strong>de</strong> Pesquisa<br />

SACHIKO ARAKI LIRA - Diretora do Centro Estadual <strong>de</strong> Estatística<br />

THAÍS KORNIN - Diretora do Centro <strong>de</strong> Treinamento para o Desenvolvimento<br />

INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ - IAPAR<br />

JOSÉ AUGUSTO TEIXEIRA DE FREITAS PICHETI - Diretor-Presi<strong>de</strong>nte<br />

ALFREDO OTÁVIO DE CARVALHO - Diretor <strong>de</strong> Recursos Humanos<br />

ÉSIO DE PÁDUA FONSECA - Diretor <strong>de</strong> Administração e Finanças<br />

ANTONIO COSTA - Diretor Técnico-Científico<br />

PROJETO "IDENTIFICAÇÃO DE GARGALOS TECNOLÓGICOS DA AGRICULTURA FAMILIAR:<br />

SUBSÍDIOS E DIRETRIZES PARA UMA POLÍTICA PÚBLICA"<br />

Marisa Sugamosto - IPARDES (Coor<strong>de</strong>nadora)<br />

Equipe Técnica<br />

Augusto Guilherme <strong>de</strong> Araújo - IAPAR<br />

Paulo Roberto Abreu <strong>de</strong> Figueiredo - IAPAR<br />

Rafael Figueiredo - Pesquisador externo<br />

Ronaldo Rossetto - IAPAR<br />

Editoração<br />

Maria Laura Zocolotti - Coor<strong>de</strong>nação<br />

Cristiane Bachmann - Revisão <strong>de</strong> texto<br />

Ana Rita Barzick Nogueira - Editoração eletrônica<br />

I19i <strong>I<strong>de</strong>ntificação</strong> <strong>de</strong> <strong>gargalos</strong> <strong>tecnológicos</strong> <strong>da</strong> <strong>agricultura</strong> <strong>familiar</strong>:<br />

subsídios e diretrizes para uma política pública : relatório 2: i<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>da</strong>s inovações tecnológicas <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pela <strong>agricultura</strong> <strong>familiar</strong> /<br />

Instituto Paranaense <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social, Instituto<br />

Agronômico do Paraná. – Curitiba : IPARDES, 2005.<br />

107 p.<br />

1.Agricultura <strong>familiar</strong>. 2.Inovação tecnológica. 3.Desenvolvimento<br />

tecnológico. 4.Paraná. I.Título. II. Instituto Paranaense <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Econômico e Social. III.Instituto Agronômico do Paraná.<br />

ii<br />

CDU 631.2/.3:332.25(816.2)


APRESENTAÇÃO<br />

O presente relatório constitui uma compilação <strong>da</strong>s inovações tecnológicas<br />

cria<strong>da</strong>s e <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelos agricultores <strong>familiar</strong>es e pequenas indústrias do Estado<br />

do Paraná e consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s relevantes, pelos agentes locais, para serem difundi<strong>da</strong>s<br />

para outros produtores.<br />

O levantamento <strong>da</strong>s inovações teve, como instrumento operacional,<br />

roteiros pré-elaborados e ocorreu em duas etapas: na primeira, as organizações<br />

envolvi<strong>da</strong>s com a Agricultura Familiar foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s e convi<strong>da</strong><strong>da</strong>s a participar<br />

<strong>de</strong> um seminário para esclarecimento e <strong>de</strong>finição do instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>da</strong>s<br />

informações do ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong> oferta tecnológica.<br />

Os formulários foram, em segui<strong>da</strong>, consoli<strong>da</strong>dos, e as equipes locais,<br />

treina<strong>da</strong>s para seu preenchimento. Nesse momento também foi estabeleci<strong>da</strong> a <strong>da</strong>ta<br />

<strong>de</strong> recolhimento do material <strong>de</strong> pesquisa. Para facilitar o preenchimento do material<br />

<strong>de</strong> campo, membros <strong>da</strong> equipe realizaram uma visita <strong>de</strong> apoio às organizações<br />

responsáveis pela coleta <strong>da</strong>s informações.<br />

Na segun<strong>da</strong> etapa realizaram-se sete encontros regionais estaduais, reunindo<br />

as instituições e organizações responsáveis pelo levantamento e a equipe do projeto.<br />

Os encontros regionais tiveram o objetivo <strong>de</strong> apresentar os resultados <strong>da</strong> coleta <strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>dos e entrevistas.<br />

A sistematização do material se <strong>de</strong>u no <strong>de</strong>bate e na apresentação <strong>de</strong><br />

propostas. Os encontros regionais também tiveram a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> construir um catálogo<br />

<strong>da</strong>s inovações e/ou invenções que possam otimizar a Agricultura Familiar e a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>sse segmento <strong>da</strong> população. A<strong>de</strong>mais, os encontros regionais foram<br />

preparatórios para o encontro estadual a ser realizado no encerramento do projeto.<br />

Após a segun<strong>da</strong> etapa <strong>de</strong>scrita, as inovações i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s foram seleciona<strong>da</strong>s<br />

pela equipe do projeto para serem <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>s por meio <strong>de</strong> visitas a campo.<br />

iii


O levantamento inicial i<strong>de</strong>ntificou 168 inovações em todo o Estado e,<br />

<strong>de</strong>ntre estas, a equipe selecionou 82 que, no seu enten<strong>de</strong>r, caracterizavam <strong>de</strong> fato<br />

inovações <strong>de</strong> interesse geral para a Agricultura Familiar.<br />

Estas inovações foram então visita<strong>da</strong>s visando ao seu <strong>de</strong>talhamento,<br />

consi<strong>de</strong>rando quatro aspectos principais: <strong>de</strong>scrição do funcionamento, utili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

originali<strong>da</strong><strong>de</strong> e economici<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

As visitas permitiram um entendimento amplo <strong>da</strong>s inovações e resultaram<br />

na eliminação <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>las e na incorporação <strong>de</strong> outras novas.<br />

O relatório apresenta, portanto, os resultados <strong>da</strong>s visitas compreen<strong>de</strong>ndo<br />

uma <strong>de</strong>scrição sintética <strong>de</strong> 54 inovações seleciona<strong>da</strong>s e distribuí<strong>da</strong>s <strong>da</strong> seguinte<br />

maneira: 7 na região Norte, 19 nas regiões Oeste e Sudoeste, 6 nas regiões <strong>de</strong><br />

Curitiba e Litoral, 15 nas regiões Central e Su<strong>de</strong>ste e 7 no Noroeste do Estado.<br />

Além <strong>da</strong> <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> inovação, é mostrado, também, um conjunto <strong>de</strong><br />

imagens, <strong>de</strong> modo a permitir uma melhor compreensão do seu funcionamento e <strong>da</strong><br />

sua importância.<br />

Espera-se que, a partir <strong>da</strong> <strong>de</strong>scrição e <strong>da</strong> análise <strong>da</strong>s imagens, os agricultores<br />

<strong>familiar</strong>es e <strong>de</strong>mais interessados tenham elementos suficientes para avaliar a a<strong>de</strong>quação<br />

<strong>da</strong>s inovações a seu sistema <strong>de</strong> produção.<br />

iv


Nome <strong>da</strong> inovação: CANHÃO BANANEIRO<br />

Nome do inventor: Fernando Teixeira <strong>de</strong> Oliveira.<br />

Profissão do inventor: extensionista local <strong>da</strong> Emater.<br />

Local: Andirá, PR.<br />

Telefones e e-mail para contato: (43) 3538-4504; (43) 3538-3251 (Metalúrgica Rodrigues);<br />

fetiol@uol.com.br<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: a idéia surgiu em uma visita a Santa Catarina, em 1994, quando foi<br />

verificado um equipamento similar em operação. A partir <strong>de</strong> fotos, foi criado o primeiro<br />

canhão bananeiro em Andirá. Os testes em campo mostraram, posteriormente, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> modificações na estrutura e tubulação.<br />

Fabricante: Metalúrgica Rodrigues, em Andirá, cujo proprietário é o senhor Sérgio<br />

Rodrigues Nogueira.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: a<strong>da</strong>ptação <strong>de</strong> um atomizador, do tipo canhão,<br />

constituí<strong>da</strong> pela colocação <strong>de</strong> um tubo longo para distribuição <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas<br />

acima <strong>da</strong>s plantas <strong>de</strong> bananeira, ou seja, entre 6,0 e 6,5 m <strong>de</strong> altura em relação ao nível do<br />

solo. O atomizador a<strong>da</strong>ptado restringe-se à marca Berthoud e ao mo<strong>de</strong>lo montado no<br />

sistema hidráulico do trator, com 400 litros <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> do tanque, uma vez que outras<br />

marcas não apresentaram <strong>de</strong>sempenho a<strong>de</strong>quado. Além do aumento no comprimento do<br />

tubo, há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reforço na estrutura do equipamento original e <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong><br />

novos elementos estruturais para sustentação <strong>da</strong> parte mais alta do tubo. Há, também, um<br />

sistema com catracas e cabos <strong>de</strong> aço, acionado pelo operador, para facilitar a montagem e<br />

<strong>de</strong>smontagem <strong>da</strong> parte superior do tubo. A rotação <strong>da</strong> turbina é aumenta<strong>da</strong> <strong>de</strong> duas a três<br />

vezes em relação ao mo<strong>de</strong>lo original, para compensar o aumento <strong>da</strong> altura <strong>de</strong> pulverização<br />

e o maior comprimento do tubo. A turbina e a bomba centrífuga utiliza<strong>da</strong>s são originais <strong>da</strong><br />

fábrica. O atomizador a<strong>da</strong>ptado atinge uma largura <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 18 metros, o<br />

que <strong>de</strong>fine o espaçamento entre os carreadores por on<strong>de</strong> o equipamento se <strong>de</strong>sloca. O<br />

sentido <strong>da</strong> aplicação é único, ou seja, apenas para um dos lados em relação ao carreador.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: a inovação permitiu a exploração <strong>da</strong> bananicultura na<br />

região, uma vez que a aplicação aérea <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos, a qual constitui a única alternativa<br />

à inovação <strong>de</strong>scrita, não é possível <strong>de</strong> ser adota<strong>da</strong>, em virtu<strong>de</strong> do tamanho relativamente<br />

pequeno <strong>da</strong>s áreas explora<strong>da</strong>s.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: a a<strong>da</strong>ptação é a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para plantas <strong>de</strong><br />

bananeiras com 4 a 5 metros <strong>de</strong> altura e o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> operação é muito influenciado<br />

pela veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> do vento, a qual <strong>de</strong>ve ser equivalente a uma brisa ligeira, ou seja, entre 3<br />

e 6 km/h. A veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> trabalho <strong>da</strong> máquina <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> 5 km/h, para evitar o<br />

excesso <strong>de</strong> vibrações no tubo e o risco <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos à estrutura.<br />

1


A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o preço <strong>da</strong> a<strong>da</strong>ptação do equipamento é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />

R$ 800,00, enquanto um atomizador usado, completo e em boas condições, custa entre<br />

R$ 1.000,00 e R$ 1.300,00. A manutenção exigi<strong>da</strong> é simples e comum à <strong>de</strong> outros<br />

pulverizadores, cabendo <strong>de</strong>stacar apenas a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> troca periódica <strong>de</strong> correias<br />

<strong>de</strong> transmissão para a turbina, <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>sgaste excessivo. Atualmente, há mais <strong>de</strong> 50<br />

canhões bananeiros construídos em Andirá e em uso na região e no Estado, comprovando<br />

a a<strong>de</strong>quação <strong>da</strong> inovação para este público.<br />

Figura 1 - Vistas traseira (esquer<strong>da</strong>) e frontal (direita) do canhão bananeiro acoplado ao trator<br />

Figura 2 - Vista <strong>de</strong> carreador em bananal comercial on<strong>de</strong><br />

opera o canhão bananeiro<br />

2


Nome <strong>da</strong> inovação: MOINHO PARA KINAKO<br />

Nome do inventor: Julio Komatsu.<br />

Profissão do inventor: produtor rural.<br />

Local: Uraí, PR.<br />

Telefones para contato: (43) 3541-1797 / 99241097<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: em 2004, o produtor solicitou a uma empresa em Londrina, que faz<br />

manutenção em moinhos <strong>de</strong> café, a a<strong>de</strong>quação do disco <strong>de</strong>sse moinho para operar com<br />

soja e passou a usá-la.<br />

Fabricante: empresa localiza<strong>da</strong> próxima ao Parque Ney Braga, em Londrina, cujo proprietário<br />

é o senhor Francisco.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: é um moinho <strong>de</strong> café comercial que foi<br />

a<strong>da</strong>ptado para moer soja torra<strong>da</strong>, conheci<strong>da</strong> comercialmente como Kinako. A soja torra<strong>da</strong><br />

em grão é alimenta<strong>da</strong> manualmente pela parte superior do moinho, por meio <strong>de</strong> um<br />

bocal, e é então conduzi<strong>da</strong>, por meio <strong>de</strong> uma rosca sem-fim, para o espaço entre dois<br />

discos ranhurados, on<strong>de</strong> é prensa<strong>da</strong>. O produto moído é empurrado pelo material que<br />

entra e sai pela parte inferior do equipamento, por gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> e por meio <strong>de</strong> uma bica,<br />

sendo então recolhido em uma embalagem apropria<strong>da</strong>. Os discos moedores são<br />

acionados por um motor elétrico.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: aumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do trabalho na moagem <strong>da</strong><br />

soja em relação ao uso <strong>de</strong> um moedor <strong>de</strong> carne tradicional, o qual também foi a<strong>da</strong>ptado<br />

pelo produtor para esta aplicação. O rendimento <strong>da</strong> operação é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1,0 a 1,5 kg<br />

por minuto. A uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto final também é melhor com este equipamento.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: é necessário limpar todos os componentes<br />

mecânicos do moinho, após ca<strong>da</strong> lote <strong>de</strong> material moído, uma vez que a permanência <strong>de</strong><br />

resíduos no seu interior facilita a criação <strong>de</strong> microrganismos que po<strong>de</strong>m prejudicar a<br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do material a ser moído no futuro. Outra exigência é <strong>de</strong> que a soja a ser moí<strong>da</strong><br />

esteja isenta <strong>de</strong> outros materiais, tais como folhas e terra, para que o produto final apresente<br />

alta quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Isso exige, segundo o produtor, que a soja seja colhi<strong>da</strong> manualmente.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o preço pago pelo produtor foi <strong>de</strong> R$ 400,00 para um<br />

moinho reformado (mas em ótimo estado <strong>de</strong> conservação), sendo que o motor elétrico<br />

utilizado tem 2 Hp. O mercado potencial <strong>de</strong> Kinako é gran<strong>de</strong>, porém o consumo ain<strong>da</strong><br />

é limitado.<br />

3


Figura 3 - Vistas gerais do moinho para Kinako<br />

Figura 4 - Vistas dos discos ranhurados a<strong>da</strong>ptados para moagem <strong>de</strong> Kinako<br />

4


Nome <strong>da</strong> inovação: COLHEDORA DE RAMOS DE AMOREIRA À TRAÇÃO ANIMAL<br />

Nome do inventor: Wan<strong>de</strong>r Rodrigues <strong>de</strong> Matos.<br />

Profissão do inventor: técnico em sericicultura <strong>da</strong> Kanebo Silk.<br />

Local: Nova Esperança, PR.<br />

Telefone para contato: (44) 252-5152<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: a idéia surgiu a partir do projeto <strong>da</strong> colhedora à tração mecânica<br />

(trator), também a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> e já em uso na região <strong>de</strong> Nova Esperança, e os primeiros<br />

testes a campo iniciaram-se no final <strong>de</strong> 2003.<br />

Fabricantes: um reduzido número <strong>de</strong> máquinas está em uso e foi produzido por pequenas<br />

indústrias locais.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: trata-se <strong>da</strong> a<strong>da</strong>ptação <strong>de</strong> uma estrutura<br />

metálica, composta por motor à gasolina, barra <strong>de</strong> corte e assento lateral, disposta na<br />

parte frontal <strong>de</strong> uma carroça tradicional traciona<strong>da</strong> por um eqüino. O condutor <strong>da</strong> carroça<br />

opera juntamente com um auxiliar, que se encontra no assento e cuja função é a <strong>de</strong><br />

segurar os ramos <strong>de</strong> amoreira, à medi<strong>da</strong> que vão sendo cortados pela barra <strong>de</strong> corte, e<br />

formar os feixes dos mesmos. Quando o volume do material cortado é suficiente para<br />

formar um feixe, o auxiliar avisa ao condutor, que interrompe o <strong>de</strong>slocamento e permite<br />

que o feixe seja colocado lateralmente e sobre a carroça. A barra <strong>de</strong> corte é aciona<strong>da</strong><br />

pelo motor mediante uma transmissão do tipo biela-manivela. A carroça <strong>de</strong>sloca-se nas<br />

entrelinhas <strong>da</strong>s plantas <strong>de</strong> amoreira, mas a barra <strong>de</strong> corte e o assento, que são dispostos<br />

na lateral direita <strong>da</strong> carroça, <strong>de</strong>slocam-se na mesma direção <strong>da</strong> linha <strong>da</strong>s plantas,<br />

cortando-as. A altura <strong>de</strong> corte dos ramos po<strong>de</strong> variar entre 0 e 0,60 m, em relação à<br />

superfície do solo; o espaçamento entrelinhas <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> 1,40 m, embora a máquina<br />

possa ser ajusta<strong>da</strong> para outros espaçamentos, e a largura <strong>de</strong> operação é <strong>de</strong> 1,0 metro.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: aumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do trabalho <strong>da</strong> operação <strong>de</strong><br />

colheita <strong>de</strong> ramos em pelo menos 50%, além <strong>da</strong> redução <strong>da</strong> penosi<strong>da</strong><strong>de</strong> do trabalho. Há,<br />

também, uma melhoria na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> nutricional <strong>da</strong> amoreira, <strong>de</strong>vido à menor taxa <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sidratação do material (menos tempo entre o corte e o armazenamento/fornecimento<br />

no barracão).<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: a principal limitação para o uso <strong>da</strong> inovação é a<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> treinamento do animal, uma vez que nem todo animal <strong>de</strong> tração consegue<br />

a<strong>da</strong>ptar-se a esse tipo <strong>de</strong> serviço, o qual requer para<strong>da</strong>s freqüentes, além do incômodo ao<br />

animal causado pelos sons gerados pelo motor e pela barra <strong>de</strong> corte. Outro problema<br />

constatado pelos usuários diz respeito à segurança do auxiliar que vai sentado na máquina,<br />

pois, uma vez que ele se encontra próximo à barra <strong>de</strong> corte e com as mãos ocupa<strong>da</strong>s em<br />

segurar os ramos, há o risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, caso ocorra alguma situação anormal (falha no<br />

5


corte dos ramos; impactos laterais; para<strong>da</strong>s bruscas, etc.). A limitação <strong>da</strong> largura <strong>da</strong><br />

touceira <strong>de</strong> amoreira a no máximo 90 cm representa outra restrição <strong>da</strong> máquina.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o preço estimado <strong>da</strong> a<strong>da</strong>ptação é <strong>de</strong> R$ 1.500,00, sem<br />

o motor, o qual po<strong>de</strong> ser substituído por mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> potências e tamanhos variados, que,<br />

em geral, encontram-se disponíveis nas pequenas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s. O baixo preço e a<br />

significativa adoção na região evi<strong>de</strong>nciam a a<strong>de</strong>quação <strong>da</strong> inovação à Agricultura<br />

Familiar. Como não possui um similar, representa a única alternativa técnica para<br />

aqueles produtores que não têm tratores e que queiram mecanizar a produção do bicho<strong>da</strong>-se<strong>da</strong>.<br />

Entretanto, a adoção pelos "porcenteiros", ou seja, aqueles produtores que<br />

arren<strong>da</strong>m a terra e as instalações para a criação do bicho-<strong>da</strong>-se<strong>da</strong> e que pagam uma<br />

fração <strong>da</strong> produção ao proprietário, ain<strong>da</strong> não é importante, uma vez que o custo <strong>da</strong><br />

inovação é alto para este tipo <strong>de</strong> produtor. A manutenção <strong>da</strong> inovação é simples e<br />

acessível ao produtor <strong>familiar</strong>, consistindo principalmente na manutenção do motor.<br />

Figura 5 - Vista geral <strong>da</strong> colhedora à tração animal com o<br />

operador no assento<br />

Figura 6 - Vista do motor e sistema <strong>de</strong> transmissão <strong>da</strong><br />

barra <strong>de</strong> corte (biela-manivela)<br />

Figura 7 - Detalhe do assento e posição <strong>da</strong> barra <strong>de</strong> corte Figura 8 - Vista posterior <strong>da</strong> colhedora com <strong>de</strong>staque para<br />

a carroça<br />

6


Nome <strong>da</strong> inovação: SISTEMA DE LIMPEZA DE RESÍDUOS DO BARRACÃO DE CRIAÇÃO<br />

DE BICHO-DA-SEDA<br />

Nome do informante: Wan<strong>de</strong>r Rodrigues <strong>de</strong> Matos e Osvaldo <strong>da</strong> Silva Pádua.<br />

Profissão do informante: técnico em sericicultura <strong>da</strong> Kanebo Silk e técnico local <strong>da</strong> Emater,<br />

respectivamente.<br />

Local: Nova Esperança, PR.<br />

Telefones para contato: (44) 252-5152 (Kanebo) e 252-3184 (Emater).<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: não foi possível i<strong>de</strong>ntificar a época <strong>da</strong> criação <strong>da</strong> inovação nem seu<br />

inventor, uma vez que a mesma vem sendo utiliza<strong>da</strong> há bastante tempo no Estado.<br />

Fabricantes: a inovação é simples e po<strong>de</strong> ser feita pelo produtor, requerendo apenas a<br />

aquisição <strong>de</strong> materiais facilmente encontrados no mercado.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: trata-se <strong>de</strong> um processo para retira<strong>da</strong> dos<br />

resíduos <strong>da</strong>s plantas <strong>de</strong> amoreira (cama) do barracão após o término <strong>da</strong> criação do<br />

bicho-<strong>da</strong>-se<strong>da</strong>. Antes <strong>da</strong> chega<strong>da</strong> <strong>da</strong>s lagartas nos barracões, segmentos <strong>de</strong> cor<strong>da</strong> são<br />

dispostos transversalmente em relação às camas e ao longo <strong>de</strong> todo o comprimento<br />

<strong>de</strong>las a intervalos <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2 a 3 m <strong>de</strong> distância entre si. Depois <strong>da</strong> retira<strong>da</strong> dos<br />

casulos, as duas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s cor<strong>da</strong>s, previamente coloca<strong>da</strong>s, são amarra<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

modo a comprimir os resíduos, formando um feixe contínuo <strong>de</strong> material. Em segui<strong>da</strong>,<br />

uma corrente é fixa<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as cor<strong>da</strong>s na parte central e superior do feixe, e sua<br />

extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> é engata<strong>da</strong> em um trator ou animal <strong>de</strong> tração para, então, transportar o feixe<br />

para fora do barracão e utilizá-lo, em geral, como matéria orgânica na fertilização do<br />

amoreiral. O barracão requer aberturas a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s na sua parte frontal, as quais <strong>de</strong>vem<br />

ser alinha<strong>da</strong>s com as camas, <strong>de</strong> modo a facilitar a operação <strong>de</strong> retira<strong>da</strong> do material, além<br />

<strong>de</strong> ser necessário, também, espaço suficiente para transporte do feixe até o campo. Um<br />

barracão padrão possui, em geral, 30 m <strong>de</strong> comprimento com as camas dividi<strong>da</strong>s em<br />

duas partes com 15 m ca<strong>da</strong>, para facilitar a retira<strong>da</strong>, <strong>de</strong> acordo com o procedimento<br />

<strong>de</strong>scrito. Existem, porém, outras alternativas para disposição do barracão e <strong>da</strong>s caixas,<br />

possíveis a serem adota<strong>da</strong>s no sistema <strong>de</strong> limpeza <strong>de</strong> resíduos.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: redução significativa no tempo requerido e no custo <strong>da</strong><br />

operação <strong>de</strong> limpeza do barracão. Estima-se que, para um barracão com 6 caixas, o<br />

processo <strong>de</strong>scrito requer <strong>de</strong> 3 a 4 horas, enquanto sistema tradicional são necessários<br />

2 dias <strong>de</strong> trabalho. Há, também, um benefício importante relacionado à saú<strong>de</strong> do produtor,<br />

uma vez que a movimentação direta <strong>de</strong> material por ele é bastante reduzi<strong>da</strong>, em relação<br />

ao sistema tradicional, e, portanto, o risco <strong>de</strong> doenças respiratórias e outras é menor.<br />

7


Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: requer a<strong>da</strong>ptação na construção do barracão,<br />

principalmente quanto às aberturas na parte frontal e nas caixas. O transporte do feixe<br />

po<strong>de</strong> facilitar a disseminação <strong>de</strong> doenças se houver inóculos no material. A distribuição<br />

dos feixes no campo é, às vezes, difícil, pois nem sempre o espaçamento entrelinhas <strong>da</strong>s<br />

plantas permite o posicionamento a<strong>de</strong>quado do material, ou seja, é necessário a<strong>de</strong>quar o<br />

espaçamento ao sistema <strong>de</strong> limpeza.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o custo <strong>da</strong> inovação é baixo e composto basicamente<br />

pelas cor<strong>da</strong>s e correntes, além <strong>de</strong> não exigir manutenção. A larga disseminação <strong>da</strong><br />

tecnologia na região comprova sua a<strong>de</strong>quação aos produtores <strong>familiar</strong>es.<br />

Figura 9 - Aberturas para retira<strong>da</strong> dos resíduos pela parte<br />

frontal do barracão<br />

Figura 11 - Amarração dos resíduos, com as cor<strong>da</strong>s, para<br />

formação dos feixes<br />

Figura 10 - Disposição transversal <strong>da</strong>s cor<strong>da</strong>s em relação<br />

às camas<br />

Figura 12 - Retira<strong>da</strong> do feixe com trator<br />

8


Figura 13 - Retira<strong>da</strong> do feixe com tração animal Figura 14 - Disposição dos resíduos na área cultiva<strong>da</strong> com<br />

amoreira<br />

Figura 15 - Disposição final dos resíduos nas entrelinhas<br />

9


Nome <strong>da</strong> inovação: AFOFADOR DE SOLO PARA ARRANQUIO DE MANDIOCA<br />

Nome do inventor: João Marques, empresa Marquesfund JMS Cia Lt<strong>da</strong>.<br />

Profissão do inventor: empresário.<br />

Local: Distrito <strong>da</strong> Graciosa, no município <strong>de</strong> Paranavaí.<br />

Telefone para contato: (44) 3428-1207<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: iniciou em 1991, quando o inventor ain<strong>da</strong> era funcionário <strong>da</strong> In<strong>de</strong>mil.<br />

Fabricante: Marquesfund JMS Cia Lt<strong>da</strong>.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: não solicitou.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: afofador para 2 linhas <strong>de</strong> mandioca, constituído<br />

por uma haste com duas asas laterais e cinco <strong>de</strong>ntes dispostos ao longo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>las.<br />

A largura <strong>de</strong> trabalho é <strong>de</strong> 1,80 m, e os <strong>de</strong>ntes são espaçados a 0,45 m <strong>de</strong> distância entre<br />

si. A estrutura é fabrica<strong>da</strong> em aço 1020, e as hastes, lâminas e <strong>de</strong>ntes são fabricados<br />

com aços especiais. Possui, ain<strong>da</strong>, um sistema <strong>de</strong> molas vibratórias para facilitar a<br />

operação <strong>de</strong> afofamento do solo e uma ro<strong>da</strong> guia e disco <strong>de</strong> corte à frente <strong>da</strong> haste, a<br />

qual tem a função <strong>de</strong> cortar os restos culturais e limitar a profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> operação. É<br />

acoplado ao sistema <strong>de</strong> levante hidráulico do trator e requer potência <strong>de</strong> tração entre 65 e<br />

90 cv para profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho entre 0,20 e 0,30 m, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo <strong>de</strong> solo.<br />

A produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do trabalho é <strong>de</strong> 2,5 ha/dia para linhas <strong>de</strong> mandioca espaça<strong>da</strong>s a<br />

0,90 metros.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: po<strong>de</strong>-se trabalhar em solo úmido ou seco; a máquina<br />

afofa o solo com gran<strong>de</strong> rapi<strong>de</strong>z pela ação <strong>da</strong>s molas vibratórias, as quais permitem<br />

ajuste para operação em solos com diferentes texturas.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: foram solucionados após as primeiras<br />

avaliações a campo. A principal mu<strong>da</strong>nça, em relação ao projeto original, foi a colocação<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes nas asas laterais para quebrar a estrutura do solo, o que possibilitou a redução<br />

na força <strong>de</strong> tração.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma comunitária por vários<br />

produtores. O preço do equipamento é <strong>de</strong> R$ 3.450,00, e tem sido adquirido por pequenos<br />

agricultores, inclusive <strong>de</strong> outros estados, comprovando sua a<strong>de</strong>quação a este público.<br />

10


Figura 16 - Vista frontal do afofador <strong>de</strong> solo para mandioca Figura 17 - Vista lateral do afofador <strong>de</strong> solo para mandioca<br />

Figura 18 - Detalhes <strong>da</strong> mola vibratória (esquer<strong>da</strong>) e dos <strong>de</strong>ntes do afofador<br />

11


Nome <strong>da</strong> inovação: COLHEDORA DE MILHO VERDE<br />

Nome do inventor: Mauro Albert Junges.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Distrito <strong>de</strong> Dom Armando, no município <strong>de</strong> Missal.<br />

Telefone para contato: (45) 3260-1147<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> em 2000 para aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> pequenos<br />

produtores <strong>de</strong> milho ver<strong>de</strong>. Atualmente, duas máquinas trabalham para pequenos produtores<br />

<strong>da</strong>s Cooperativas Coopavel e LAR na região.<br />

Fabricantes: foram produzidos dois equipamentos <strong>de</strong> colheita.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos, mas tem interesse.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: na colheita<strong>de</strong>ira SLC 2000, ano 86, retirou-se<br />

o sistema <strong>de</strong> trilha, retrilha e limpeza, aumentando o <strong>de</strong>pósito para colocar espigas. São<br />

usa<strong>da</strong>s 5 linhas para colheita, tendo sido aumentado o comprimento <strong>da</strong> máquina em<br />

0,5 m para colocar o sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga no <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> espiga. O eixo traseiro foi<br />

substituído por um <strong>de</strong> caminhão, e o motor foi <strong>de</strong>slocado para a frente. A veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trabalho é <strong>de</strong> até 4 km por hora, com produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> até 8 ton/hora, po<strong>de</strong>ndo ser<br />

colhidos até 10 ha/dia. Possui sistema <strong>de</strong> esteira para <strong>de</strong>scarga diretamente no caminhão.<br />

A indústria na região <strong>de</strong>man<strong>da</strong> 40 ton/dia <strong>de</strong> milho ver<strong>de</strong> para congelamento e 80 ton/dia<br />

para conserva.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: maior rendimento do trabalho, menor compactação do<br />

solo e menor consumo <strong>de</strong> combustível em relação às máquinas chama<strong>da</strong>s espiga<strong>de</strong>iras,<br />

com 1 ou 2 linhas. Além disso, reduz a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra na proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>, nessa<br />

operação, e permite controle eficiente <strong>da</strong> colheita e <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do milho ver<strong>de</strong>.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: foram necessários alguns ajustes, já realizados,<br />

tais como a troca do eixo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga, a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> uma lona <strong>de</strong> borracha no lugar <strong>de</strong><br />

corrente para a esteira do pescoço, e o motor ficou no lugar do graneleiro.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: apesar <strong>da</strong> inovação não ser especificamente volta<strong>da</strong><br />

para pequenos produtores, seu <strong>de</strong>senvolvimento foi resultado <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong>sse<br />

tipo <strong>de</strong> produtor em conseqüência <strong>da</strong> instalação <strong>de</strong> uma indústria processadora na região.<br />

Sua utilização resolveu o problema <strong>da</strong> colheita manual <strong>de</strong> milho ver<strong>de</strong>, operação altamente<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong>dora <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, e <strong>de</strong>ve ser proposta para um consórcio ou associação <strong>de</strong><br />

produtores <strong>familiar</strong>es, prestando serviço para um número gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s, como<br />

vem ocorrendo na região. O custo estimado para a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong>s máquinas usa<strong>da</strong>s é <strong>de</strong><br />

R$ 60.000,00, contudo, é possível a a<strong>da</strong>ptação <strong>de</strong> uma máquina nova, para 5 linhas, no<br />

valor estimado <strong>de</strong> R$ 300.000,00.<br />

12


Figura 19 - Vista geral <strong>da</strong> colhedora <strong>de</strong> espigas <strong>de</strong> milho ver<strong>de</strong> Figura 20 - Vista superior <strong>da</strong> plataforma <strong>de</strong> colheita <strong>de</strong><br />

milho ver<strong>de</strong><br />

Figura 21 - Espigas no <strong>de</strong>pósito <strong>da</strong> colhedora <strong>de</strong> milho ver<strong>de</strong> Figura 22 - Depósito <strong>de</strong> espigas <strong>da</strong> colhedora <strong>de</strong> milho ver<strong>de</strong><br />

13


Nome <strong>da</strong> inovação: CULTIVADOR À TRAÇÃO MANUAL<br />

Nome do inventor: João Magieiro.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Chácara 316 A, Altônia.<br />

Telefone para contato: (44) 3659-1480<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: o produtor possuía um equipamento à tração animal, mas, em<br />

algumas situações, era inviável o uso do animal, principalmente em canteiros <strong>de</strong><br />

olerícolas. Desse modo, procurou <strong>de</strong>senvolver uma inovação que permitisse realizar o<br />

serviço sem a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do animal.<br />

Fabricantes: o próprio produtor construiu para seu uso, mas já existem muitos outros<br />

utilizando o mesmo equipamento construído em pequenas oficinas locais.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: o cultivador possui uma estrutura metálica com<br />

uma ro<strong>da</strong> <strong>de</strong> bicicleta, sem pneu, fixa na sua parte frontal, e uma haste cultivadora atrás<br />

<strong>da</strong> ro<strong>da</strong>. A outra extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> estrutura apresenta 2 rabiças para o operador controlar<br />

a posição <strong>de</strong> trabalho do cultivador e empurrá-lo. A haste usa<strong>da</strong> po<strong>de</strong> ser do tipo asa <strong>de</strong><br />

andorinha, ou outro tipo qualquer, com diferentes tamanhos, e sua profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trabalho po<strong>de</strong> ser ajusta<strong>da</strong> por meio <strong>de</strong> um suporte <strong>da</strong> haste disposto na posição vertical.<br />

A estrutura do cultivador é metálica e tubular, com diâmetro <strong>de</strong> ¾", o que o torna leve<br />

e resistente.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: em relação ao cultivo manual com enxa<strong>da</strong>, o<br />

rendimento do trabalho é muito maior, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 1,5 dia/alqueire com a inovação e 3<br />

dias/alqueire com a enxa<strong>da</strong>. O equipamento tem rendimento semelhante ao <strong>de</strong> tração<br />

animal, com a vantagem <strong>de</strong> fazer o serviço em canteiros e pequenos arremates <strong>de</strong> ruas<br />

<strong>de</strong> café e outros on<strong>de</strong> o animal não po<strong>de</strong> ser usado. O equipamento funciona perfeitamente<br />

na eliminação <strong>de</strong> plantas <strong>da</strong>ninhas com até três pares <strong>de</strong> folhas, e a haste po<strong>de</strong> ser<br />

substituí<strong>da</strong> conforme a variação <strong>de</strong> terreno e plantas ocorrentes. O serviço ren<strong>de</strong> muito<br />

mais, capinando-se vários canteiros trocando apenas a haste <strong>de</strong> cultivo.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: não foram i<strong>de</strong>ntificados problemas, uma vez<br />

que o cultivo po<strong>de</strong> ser realizado in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong> e do tipo <strong>de</strong> solo.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o custo <strong>da</strong> inovação gira em torno <strong>de</strong> R$ 100,00; é fácil<br />

<strong>de</strong> manusear e eficiente, o que a torna muito a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> à Agricultura Familiar, seja em<br />

culturas <strong>de</strong> grãos, em lavouras <strong>de</strong> café, seja, especialmente, para canteiros <strong>de</strong> olerícolas,<br />

po<strong>de</strong>ndo vir a ter um amplo mercado.<br />

14


Figura 23 - Vista geral (esquer<strong>da</strong>) e posterior do cultivador (direita)<br />

Figura 24 - Espigas no <strong>de</strong>pósito <strong>da</strong> colhedora <strong>de</strong> milho ver<strong>de</strong><br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: ESCARIFICADOR E CULTIVADOR MANUAL<br />

Nome do inventor: Valdir Luchmann.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Rua Getúlio Vargas 364, Verê, PR.<br />

Telefone para contato: (46) 3535-1119 (Centro <strong>de</strong> Apoio ao Pequeno Agricultor – Capa)<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: <strong>de</strong>senvolvido pelo pai <strong>de</strong> Valdir, senhor Frido Luchmann, há 12 anos,<br />

para uso na proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Marechal Cândido Rondon. Inicialmente, possuía apenas um<br />

rolo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, sendo posteriormente aperfeiçoado por Valdir com o acréscimo <strong>de</strong> um<br />

rolo a mais <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. O escarificador é usado para limpeza, eliminando plantas<br />

in<strong>de</strong>sejáveis; no preparo do solo <strong>de</strong> canteiros para semear cenoura, beterraba e outras; e<br />

como cultivador em olerícolas.<br />

Fabricantes: apenas divulgado para vizinhos.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: são 2 cilindros <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, com diâmetro <strong>de</strong><br />

10 cm ca<strong>da</strong>, com 15 pregos (17x27) fixados em sua superfície, dispostos em 3 linhas<br />

longitudinais, igualmente espaça<strong>da</strong>s, e com 5 pregos em ca<strong>da</strong> linha. Os pregos ficam,<br />

aproxima<strong>da</strong>mente, 5 cm para fora dos cilindros e são dispostos um à frente do outro, <strong>de</strong><br />

modo que os pregos dos dois cilindros fiquem <strong>de</strong>salinhados. Há um cabo inclinado <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira, fixado na estrutura do conjunto, e usado pelo operador para empurrar o<br />

equipamento. Ao ser empurrado, os cilindros giram em contato com a superfície e os<br />

pregos realizam uma mobilização do solo, controlando as ervas e realizando uma<br />

escarificação leve. O operador caminha lateralmente e fora do canteiro, empurrando o<br />

equipamento. Para um canteiro <strong>de</strong> hortaliças <strong>de</strong> 300 m 2 , com ervas com no máximo 2<br />

pares <strong>de</strong> folhas, são <strong>de</strong>man<strong>da</strong><strong>da</strong>s 2 horas <strong>de</strong> trabalho além <strong>de</strong> alguns minutos<br />

complementares para limpeza por meio <strong>da</strong> catação manual.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: é alta a eficiência <strong>da</strong> limpeza quando as ervas têm até<br />

2 pares <strong>de</strong> folhas; além disso, a operação é muito fácil e rápi<strong>da</strong>.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: há limitações que impe<strong>de</strong>m o uso do<br />

equipamento se o terreno estiver muito seco ou muito úmido. Por certo, não funciona com<br />

ervas com mais <strong>de</strong> 2 pares <strong>de</strong> folhas.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: é próprio para produtores <strong>familiar</strong>es <strong>de</strong> hortaliças. O<br />

custo <strong>de</strong> construção é baixo, pois se aproveita ma<strong>de</strong>ira existente nas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s rurais.<br />

16


Figura 25 - Vista geral do cultivador com <strong>de</strong>staque para<br />

os pregos<br />

Figura 26 - Cultivador em operação observando-se o<br />

controle <strong>de</strong> ervas e a escarificação do solo<br />

17


Nome <strong>da</strong> inovação: ESTUFA COM BEIRAL<br />

Nome do inventor: Valdir Luchmann e Décio Capnine.<br />

Profissão dos inventores: agricultores.<br />

Local: Aveni<strong>da</strong> Getúlio Vargas 364, Verê, PR.<br />

Telefone para contato: (46) 3535-1119<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> em 2002, em Marechal Cândido Rondon, e<br />

aperfeiçoa<strong>da</strong> pelo senhor Décio, em 2004, acrescentando o beiral, uma extensão do<br />

próprio material <strong>da</strong> estufa.<br />

Fabricantes: há outros produtores <strong>da</strong> região utilizando este mo<strong>de</strong>lo, tendo sido feita uma<br />

maquete <strong>de</strong>monstrativa, a qual se encontra no Centro <strong>de</strong> Apoio ao Pequeno Agricultor<br />

(Capa) em Marechal Cândido Rondon.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: trata-se <strong>de</strong> uma extensão lateral <strong>da</strong> cobertura<br />

plástica, utiliza<strong>da</strong> nas estufas convencionais <strong>de</strong> olerícolas, com cerca <strong>de</strong> 0,3 a 0,4 m <strong>de</strong><br />

comprimento, e que serve para evitar o respingo <strong>de</strong> água <strong>de</strong> chuva para <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> estufa.<br />

Este beiral localiza-se na parte superior <strong>da</strong> estufa e, além <strong>de</strong>le, há outra proteção na<br />

parte inferior, também para evitar respingos <strong>de</strong> chuva <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> estufa. O tamanho<br />

recomen<strong>da</strong>do <strong>da</strong> estufa é <strong>de</strong> 5 x 21 m, uma vez que o aproveitamento do material é<br />

melhor, ou seja, utilizando-se uma barra <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> 6 m <strong>de</strong> comprimento, restam 0,5 m<br />

para ca<strong>da</strong> lado. Os pilares são mourões <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>, com 2,10 a 2,20 m <strong>de</strong> altura e<br />

espaçados <strong>de</strong> 3 m. Os arcos possuem 6 m <strong>de</strong> comprimento, ficando com 5 m <strong>de</strong> vão, após<br />

curvá-los, e uma travessa, disposta por cima dos arcos, serve para travar a estufa. Na<br />

parte superior, tanto na frente como no fundo, há espaços para janelas que servem para<br />

retirar o ar quente.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: melhora a ventilação interna na estufa, por ser mais<br />

estreita; favorece a rotação <strong>de</strong> hortaliças; evita <strong>da</strong>nos causados por respingos internos,<br />

nos canteiros; resiste mais aos ventos; e tem maior durabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: não foram verificados problemas.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: perfeitamente a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, sendo que o custo do material<br />

varia <strong>de</strong> R$ 8,00 a R$ 15,00 por m 2 , po<strong>de</strong>ndo-se reduzir se for utilizado material próprio.<br />

18


Figura 27 - Vista <strong>da</strong> estufa com <strong>de</strong>staque para a extensão<br />

lateral (beiral)<br />

Figura 28 - Detalhe <strong>da</strong> extensão lateral (beiral)<br />

19


Nome <strong>da</strong> inovação: PLANTADORA DE MANDIOCA<br />

Nome do inventor: João Marques.<br />

Profissão do inventor: proprietário <strong>da</strong> Marquesfund JMS Cia Lt<strong>da</strong>., empresa do ramo<br />

<strong>de</strong> fundição.<br />

Local: Distrito Graciosa, Paranavaí, PR.<br />

Telefone para contato: (44) 3429-1207<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: em 1991, ain<strong>da</strong> como funcionário <strong>da</strong> In<strong>de</strong>mil, empresa que faz parte<br />

do grupo Yoki, ajudou a <strong>de</strong>senvolver a máquina e, posteriormente, conseguiu a licença<br />

para a produção do equipamento pela Marquesfund.<br />

Fabricante: Marquesfund JMS.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: patentea<strong>da</strong> pela In<strong>de</strong>mil; direito passado para Marquesfund.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: plantadora com 2 linhas para engate no<br />

levante hidráulico do trator ou com 4 linhas para arrasto, possuindo disco <strong>de</strong> corte<br />

guilhotinhado para abertura <strong>de</strong> sulco com diâmetro <strong>de</strong> 14", caixa para 100 kg <strong>de</strong> adubo,<br />

plataforma para armazenamento <strong>de</strong> ramas e bancos para os operadores que alimentam<br />

as ramas nos dosadores. A plataforma é dimensiona<strong>da</strong> para plantio <strong>de</strong> 2 m 3 <strong>de</strong> rama <strong>de</strong><br />

mandioca, e o rendimento <strong>de</strong> plantio é <strong>de</strong> 1,6 ha/hora para a máquina <strong>de</strong> 4 linhas e <strong>de</strong><br />

0,8 a 1,0 ha/hora para a <strong>de</strong> 2 linhas. É necessário um operador por linha <strong>de</strong> plantio, ou<br />

seja, 2 e 4 operadores para os mo<strong>de</strong>los com 2 e 4 linhas, respectivamente.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: os operadores trabalham sentados em bancos<br />

almofa<strong>da</strong>dos; a distribuição <strong>de</strong> ramas (manivas) é uniforme; é possível regular o tamanho<br />

<strong>da</strong>s ramas, e estas po<strong>de</strong>m ser planta<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sencontra<strong>da</strong> entre as linhas<br />

vizinhas. Possui sistema opcional para pulverização <strong>de</strong> fungici<strong>da</strong>s e insetici<strong>da</strong>s no sulco<br />

<strong>de</strong> plantio e permite, ain<strong>da</strong>, regular o espaçamento <strong>da</strong>s linhas <strong>de</strong> plantio entre 0,80 m<br />

e 1,20 m.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: o corte <strong>da</strong>s ramas com uma serra as <strong>da</strong>nificava,<br />

o que levou à mu<strong>da</strong>nça para o sistema <strong>de</strong> guilhotina. Outra mu<strong>da</strong>nça foi o posicionamento<br />

do <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> ramas à frente do operador, pois, anteriormente, havia muita queixa <strong>de</strong><br />

dores nas costas, <strong>de</strong>vido ao movimento lateral que os operadores faziam. O sistema<br />

<strong>de</strong> corte <strong>da</strong>s ramas foi, também, alterado, <strong>de</strong> modo que elas são inseri<strong>da</strong>s em apenas<br />

um tubo por linha <strong>de</strong> plantio, sendo, então, corta<strong>da</strong>s automaticamente, o que facilitou<br />

a operação.<br />

20


A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: mo<strong>de</strong>lo para levante hidráulico, com 2 linhas, tem o<br />

preço <strong>de</strong> R$ 8.600,00, e o <strong>de</strong> arrasto com 4 linhas, <strong>de</strong> R$ 20.000,00 (maio <strong>de</strong> 2005). Em<br />

virtu<strong>de</strong> dos valores relativamente altos para a Agricultura Familiar, recomen<strong>da</strong>-se a aquisição<br />

comunitária <strong>de</strong>stas máquinas por um grupo <strong>de</strong> produtores, uma vez que a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do trabalho é alta e a janela <strong>de</strong> plantio <strong>de</strong> mandioca é ampla. A máquina adquiri<strong>da</strong> <strong>de</strong>ssa<br />

forma po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong>, também, para prestação <strong>de</strong> serviços a outros produtores.<br />

Figura 29 - Vistas dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> 2 (esquer<strong>da</strong>) e 4 linhas <strong>da</strong> plantadora <strong>de</strong> mandioca (direita)<br />

Figura 30 - Vistas laterais dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> 2 (esquer<strong>da</strong>) e <strong>de</strong> 4 linhas (direita)<br />

21


Figura 31 - Disco <strong>de</strong> corte para abertura do sulco <strong>de</strong> plantio (esquer<strong>da</strong>), ro<strong>da</strong> compactadora e discos ateradores <strong>de</strong> sulco (direita)<br />

Figura 32 - Detalhe do tubo <strong>de</strong> alimentação e corte <strong>da</strong>s manivas<br />

22


Nome <strong>da</strong> inovação: PLANTADEIRA TRAÇÃO ANIMAL<br />

Nome do inventor: Francisco Sgarbossa.<br />

Profissão do inventor: mecânico <strong>de</strong> máquinas e empresário.<br />

Local: Rodovia BR 277 km 615, no município <strong>de</strong> Santa Tereza do Oeste.<br />

Telefones para contato: (45) 3231-1231 e 99668767<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: a planta<strong>de</strong>ira foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> há 12 anos, quando a indústria passou<br />

a buscar e fazer a<strong>da</strong>ptações visando ao plantio direto.<br />

Fabricante: empresa do próprio senhor Sgarbossa.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: ain<strong>da</strong> em processo, pois fabricante concorrente, a Triton, também<br />

requereu patente <strong>de</strong> equipamento semelhante.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: planta<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> tração a cavalo ou boi, <strong>de</strong> 2 linhas,<br />

com caixas <strong>de</strong> polietileno e rosca-sem-fim para adubo, caixa <strong>de</strong> adubo para 100kg, caixa<br />

<strong>de</strong> semente para 40 kg, disco <strong>de</strong> corte, sulcador, disco <strong>de</strong>sencontrado para semente e<br />

ro<strong>da</strong> compactadora, sistema <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> câmbio/recâmbio <strong>de</strong> 32 engrenagens.<br />

Usa pneu aro 13, sistema <strong>de</strong> bucha <strong>de</strong> nylon, ro<strong>da</strong> e disco limitador para profundi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

com rolamento blin<strong>da</strong>do. Peso <strong>da</strong> planta<strong>de</strong>ira vazia é 290 kg. Possui, ain<strong>da</strong>, assento para<br />

o operador entre as duas caixas <strong>de</strong> semente. O espaçamento máximo é <strong>de</strong> 1,80 m, para<br />

2 linhas <strong>de</strong> milho a 0,90 m <strong>de</strong> espaçamento entrelinhas, po<strong>de</strong>ndo ser ajustado à cultura.<br />

Com boi, é possível plantar 2 alqueires em 10 horas diárias, rendimento este que é um<br />

pouco aumentado quando se traciona com cavalo.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: é leve para tração animal, fácil <strong>de</strong> manobrar e possui<br />

<strong>de</strong>sengate automático do sistema <strong>de</strong> distribuição. Como referência, vale citar que as prefeituras<br />

<strong>de</strong> Rio Bonito do Iguaçu e Nova Laranjeiras adquiriram-na para os assentamentos rurais.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: não foram registrados problemas.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: a tração animal é a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>familiar</strong>es.<br />

O preço <strong>da</strong> planta<strong>de</strong>ira é <strong>de</strong> R$ 4.800,00 com 2 linhas, sendo que a <strong>de</strong> apenas 1 linha<br />

fica por R$ 2.300,00.<br />

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Figura 33 - Vista frontal <strong>da</strong> planta<strong>de</strong>ira à tração animal Figura 34 - Vista lateral <strong>da</strong> planta<strong>de</strong>ira à tração animal<br />

Figura 35 - Sistema <strong>de</strong> câmbio para regulagem <strong>da</strong> dosagem<br />

<strong>de</strong> fertilizantes<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: PRODUÇÃO DE MEL DIRETO NO VIDRO<br />

Nome do inventor: Nilo Deliberali.<br />

Profissão do inventor: extensionista rural <strong>de</strong> Santa Lucia.<br />

Local: Travessa Pio Xll 95, Bairro Cancelli, em Cascavel.<br />

Telefones para contato: (45) 3222-9921 e 3288-1144 (Prefeitura <strong>de</strong> Santa Lúcia).<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: processo <strong>de</strong>senvolvido em 1998 e divulgado pela Emater no Show<br />

Rural Coopavel, foi passado a muitas pessoas que solicitaram por carta e publicado pela<br />

revista Globo Rural. O produtor Antonio Junges está usando essa técnica no município<br />

<strong>de</strong> Floresta, on<strong>de</strong> foram obti<strong>da</strong>s as fotos.<br />

Fabricantes: o processo está sendo utilizado em vários municípios do Oeste do Paraná e<br />

outras regiões <strong>da</strong> Brasil.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: não foi feito registro ou patente. A <strong>de</strong>scrição do processo foi<br />

encaminha<strong>da</strong> para a Biblioteca Pública do Rio <strong>de</strong> Janeiro, para assegurar a autoria e<br />

garantir direito histórico.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: sobre a melgueira, coloca-se uma tábua <strong>de</strong> 41<br />

x 51 cm com 20 orifícios para suportar os vidros <strong>de</strong> conservas vegetais, os quais já estão<br />

previamente preparados com cera alveola<strong>da</strong>. O período i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> colocação é em meados<br />

<strong>da</strong> primavera, no mês <strong>de</strong> outubro. Em Floresta, o senhor Antonio tem obtido mel em duas<br />

flora<strong>da</strong>s, em meados <strong>de</strong> janeiro e fevereiro com a soja e em setembro com rubim. Ca<strong>da</strong><br />

vidro possui entre 450 e 500 g <strong>de</strong> mel.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: nos vidros não há per<strong>da</strong>s; praticamente evita-se<br />

qualquer contaminação; o acondicionamento é i<strong>de</strong>al; o favo no vidro é muito atrativo e<br />

tem o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> bem maior. Ca<strong>da</strong> frasco é vendido a R$ 8,00, sendo que o preço<br />

do mel gira em torno <strong>de</strong> R$ 8,00 por kg. Assim, o valor <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> é bastante compensador<br />

e atrativo ao consumidor, ain<strong>da</strong> que a produção <strong>de</strong> mel tenha uma pequena diminuição,<br />

quando feita no vidro. Não há manipulação alguma por parte do produtor, pois a<br />

embalagem fecha<strong>da</strong> está pronta para comércio, não requerendo o processo <strong>de</strong> centrifugação.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: o processo <strong>de</strong>man<strong>da</strong> diversos cui<strong>da</strong>dos. Há<br />

colméias que não aceitam a técnica e, por isso, a escolha tem que ser inicialmente por<br />

tentativa, i<strong>de</strong>ntificando aquelas que produzem o mel no vidro. O fato <strong>de</strong> o vidro ser<br />

colocado sem tampa induz à cristalização na rosca, pela abelha, provocando uma<br />

pequena contaminação do mel na hora <strong>da</strong> retira<strong>da</strong>, o que foi solucionado envolvendo-se<br />

a rosca do vidro com plástico.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: a apicultura é muito apropria<strong>da</strong> à Agricultura Familiar e,<br />

particularmente, esse processo é interessante como alternativa para diversificar os<br />

produtos no mercado e garantir a quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

25


Figura 36 - Aspecto final <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> mel direto no vidro<br />

Figura 37 - Detalhe <strong>da</strong> tábua perfura<strong>da</strong> para colocação dos vidros sobre a melgueira<br />

26


Nome <strong>da</strong> inovação: PULVERIZADOR COM BASE EM CARRIOLA<br />

Nome do inventor: Livar Kaiser.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Linha Belmonte, município <strong>de</strong> Marechal Cândido Rondon.<br />

Telefone para contato: (45) 3254-2820<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: há 2 anos, o senhor Livar criou essa alternativa ao pulverizador<br />

costal, <strong>de</strong> 20 litros, o qual <strong>de</strong>man<strong>da</strong>va muito tempo e muita mão-<strong>de</strong>-obra para as 5 estufas<br />

<strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Fabricantes: apenas o senhor Livar está utilizando o equipamento, embora o Capa tenha<br />

interesse em divulgar para outros produtores.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: o equipamento é montado sobre um chassi <strong>de</strong><br />

carriola, com um tanque <strong>de</strong> 50 litros e uma bomba <strong>de</strong> 2/3 Hp, a qual tem a função, também,<br />

<strong>de</strong>, com o retorno, agitar a cal<strong>da</strong>. A carriola facilita o transporte do pulverizador, o qual é<br />

utilizado com uma mangueira compri<strong>da</strong> e 3 bicos, mo<strong>de</strong>lo caneta, o que permite aplicar<br />

50 litros em uma área <strong>de</strong> 300 m 2 , o que equivale a 2 estufas e meia (20 litros por estufa).<br />

Em relação à produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do trabalho, com o equipamento gastam-se 20 minutos por<br />

estufa, enquanto com o pulverizador costal o tempo requerido é <strong>de</strong> 50 minutos.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: ganha-se tempo no transporte e na aplicação; a<br />

pulverização é mais prática e homogênea e diminui o esforço, em comparação ao<br />

pulverizador costal.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: o rotor teve <strong>de</strong>sgaste e foi trocado, indicando<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> constante reposição.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: a inovação é bastante a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> ao trabalho <strong>de</strong><br />

agricultores <strong>familiar</strong>es em estufas, sendo o preço estimado em R$ 400,00, se to<strong>da</strong>s as<br />

peças forem compra<strong>da</strong>s novas.<br />

27


Figura 38 - Vista lateral do pulverizador Figura 39 - Motor elétrico usado no pulverizador<br />

Figura 40 - Bicos pulverizadores<br />

28


Nome <strong>da</strong> inovação: PULVERIZADOR PARA PINTAR AVIÁRIOS E OUTRAS INSTALAÇÕES<br />

Nome do inventor: Ronaldo Glesse.<br />

Profissão do inventor: empresário.<br />

Local: Rua Brasília 975, em Missal.<br />

Telefone para contato: (45) 3244-1147<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: <strong>de</strong>senvolvido em 2000, por solicitação <strong>de</strong> um agricultor <strong>da</strong> região<br />

que queria o equipamento para pintar aviário ou chiqueiro com tinta à base <strong>de</strong> cal.<br />

Fabricante: a Missagro, empresa do senhor Ronaldo, tem fabricado e vendido várias<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: <strong>de</strong> tração manual, possui tanque <strong>de</strong> 200 litros,<br />

ro<strong>da</strong>s para transporte, bomba <strong>de</strong> 1Hp para produtos químicos e motor elétrico monofásico.<br />

Gera pressão para pintar até o telhado por meio <strong>de</strong> um bico tipo leque com abertura <strong>de</strong><br />

40 cm, sendo que, pela regulagem do retorno, se ajusta a pressão <strong>de</strong> pulverização.<br />

O material usado é ABS anticorrosivo e fibra <strong>de</strong> vidro.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: as principais vantagens são a maior facili<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pintura e a menor <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> tempo em relação ao trabalho manual,<br />

com broxa.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: não foram citados problemas.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: muito interessante para pintura <strong>de</strong> aviários, chiqueiros<br />

e barracões em geral, com cal<strong>da</strong>s à base <strong>de</strong> cal. A estimativa <strong>de</strong> preço é <strong>de</strong> R$ 1.000,00,<br />

que é compatível com a Agricultura Familiar, consi<strong>de</strong>rando a utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> inovação.<br />

Figura 41 - Vista lateral do pulverizador para pintar aviários<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: PULVERIZADOR COM BOMBA ELÉTRICA<br />

Nome do inventor: Carlos Mileske Gouveia.<br />

Profissão do inventor: agricultor e funcionário público municipal.<br />

Local: Jardim Paulista, na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Paranavaí.<br />

Telefones para contato: (44) 3423-7505 e 99742301<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: <strong>de</strong>senvolvido em 2002, em Paranavaí, para suprir a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

aplicação <strong>de</strong> bocakshi, que é uma cal<strong>da</strong> ver<strong>de</strong> com EM 4 (microrganismos) e aplica<strong>da</strong> na<br />

cultura <strong>da</strong> mandioca.<br />

Fabricante: não há fabricantes industriais.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: carrinho <strong>de</strong> movimentação manual, puxado<br />

pelo operador, que opera montado sobre um cavalo, construído em estrutura tubular e<br />

chapa <strong>de</strong> 2"1/2", utiliza pneu <strong>de</strong> moto, possui tanque <strong>de</strong> 50 litros e bomba elétrica<br />

(a mesma usa<strong>da</strong> para combustível em automóveis), aciona<strong>da</strong> por bateria 12 volts. A<br />

bomba possui retorno para o excesso <strong>de</strong> cal<strong>da</strong>, funcionando, assim, como agitador <strong>da</strong><br />

mistura. O gatilho do pulverizador costal manual é usado junto à barra, facilitando o<br />

controle pelo operador <strong>da</strong> área pulveriza<strong>da</strong>. O operador também liga e <strong>de</strong>sliga a bomba<br />

conforme a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, por meio <strong>de</strong> um interruptor que se encontra próximo à sua mão.<br />

O carrinho tem 0,60 m <strong>de</strong> largura e trabalha com 2 ou 3 linhas <strong>de</strong> pulverização; no<br />

entanto, po<strong>de</strong> ser mais largo, <strong>de</strong> acordo com o espaçamento <strong>da</strong> cultura.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: maior produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> operação <strong>de</strong> pulverização;<br />

redução do esforço do trabalho; maior autonomia em relação ao pulverizador costal (20 l);<br />

e maior facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte, <strong>de</strong>vido às ro<strong>da</strong>s.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: o terreno precisa ser o mais nivelado possível<br />

para viabilizar que o operador trabalhe montado em cavalo.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o custo do equipamento po<strong>de</strong> ser bastante reduzido<br />

se forem utiliza<strong>da</strong>s bateria e bomba usa<strong>da</strong>s. Uma bomba nova <strong>de</strong> combustível <strong>de</strong>ve<br />

custar R$ 500,00.<br />

30


Figura 42 - Vista posterior do pulverizador Figura 43 - Vista superior do pulverizador<br />

Figura 44 - Barra com bicos pulverizadores<br />

31


Nome <strong>da</strong> inovação: PULVERIZADOR TRAÇÃO ANIMAL<br />

Nome do inventor: Francisco Sgarbossa.<br />

Profissão do inventor: mecânico <strong>de</strong> máquinas e empresário.<br />

Local: Rodovia BR 277 km 615, em Santa Tereza do Oeste.<br />

Telefones para contato: (45) 3231-1231 e 99668767<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: a empresa iniciou suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s prestando serviços mecânicos,<br />

em geral em São Francisco, distrito <strong>de</strong> Vera Cruz do Oeste, passando posteriormente a<br />

fazer a<strong>da</strong>ptações <strong>de</strong> máquinas para plantio direto. Desenvolveu esse equipamento há 12<br />

anos em Santa Tereza do Oeste. Além <strong>de</strong>sse equipamento, a indústria também produz<br />

uma planta<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> 1 e 2 linhas <strong>de</strong> tração animal e outra, tratoriza<strong>da</strong>, <strong>de</strong> 6 linhas.<br />

Fabricante: o próprio senhor Francisco Sgarbossa.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: o pulverizador possui uma barra <strong>de</strong> 7 metros<br />

com 14 bicos antigotejo, 2 pistões com <strong>de</strong>sengate automático, válvula para controle <strong>da</strong><br />

pressão, com manômetro e filtro <strong>de</strong> linha, além <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> regulagem <strong>de</strong> altura <strong>da</strong><br />

barra e do assento do operador. O tanque possui 250 litros, e a bomba, <strong>de</strong> fabricação<br />

própria, ain<strong>da</strong> não foi patentea<strong>da</strong>. Com tração bovina, pulveriza 3,5 alqueires por dia,<br />

mas, com cavalo, atinge 5,5 alq./dia. Utilizado em culturas anuais, tais como soja e milho,<br />

e vem sendo a<strong>da</strong>ptado para algodão.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: <strong>de</strong>sengate automático caso o animal venha a se<br />

afastar e peso <strong>de</strong> 140 kg sem água. O operador fica sentado à frente do tanque e distante<br />

<strong>da</strong> barra. O manuseio é fácil e prático.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: o pulverizador já vem sendo comercializado<br />

há bastante tempo e não foram citados problemas pelos usuários.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: a tração animal ain<strong>da</strong> é usual na Agricultura Familiar, o<br />

que comprova a a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong>sse pulverizador. O preço atual é <strong>de</strong> R$ 2.800,00.<br />

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Figura 45 - Vista frontal do pulverizador com barras levanta<strong>da</strong>s Figura 46 - Assento do operador, regulador <strong>de</strong> pressão e<br />

estabilizador do pulverizador<br />

Figura 47 - Bombas <strong>de</strong> pistão do pulverizador<br />

33


Nome <strong>da</strong> inovação: RASPADOR DE RAMA DE VASSOURA CAIPIRA<br />

Nome do inventor: Rubens Cracco.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Sítio Estra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Paineira, em Altônia.<br />

Telefone para contato: (44) 3659-1555 (Sindicato Rural <strong>de</strong> Altônia)<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: aperfeiçoamento <strong>de</strong> equipamento usado há mais <strong>de</strong> 10 anos, e que<br />

torna mais prático e rápido remover os grãos <strong>de</strong> sorgo-vassoura <strong>da</strong> rama.<br />

Fabricante: o produtor tem fabricado artesanalmente vários equipamentos, que se encontram<br />

em uso na vizinhança.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira com dimensões <strong>de</strong> 1,50<br />

x 0,60 x 0,80 m, que suporta um cilindro <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira com 15 cm <strong>de</strong> diâmetro contendo 5<br />

fileiras <strong>de</strong> pregos, ca<strong>da</strong> qual com 4 a 5 pregos alinhados, curvados em forma <strong>de</strong> "L" e<br />

sem as cabeças, para não estraçalhar as ramas. O cilindro é acionado por um motor à<br />

gasolina <strong>de</strong> 1 Hp e um par <strong>de</strong> polias. A rama <strong>de</strong> vassoura é introduzi<strong>da</strong> por cima <strong>da</strong> caixa<br />

e sobre o cilindro em rotação.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: o rendimento é muito maior, comparado à operação <strong>de</strong><br />

raspagem manual, atingindo 150 vassouras por dia contra 30 no método tradicional.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: não foram citados problemas, e a operação é<br />

muito segura.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o uso disseminado comprova a a<strong>de</strong>quação <strong>da</strong> inovação,<br />

sendo o custo muito baixo e limitado, basicamente, à aquisição do motor, o qual, muitas<br />

vezes, já se encontra disponível nas pequenas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

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Figura 48 - Vista geral do raspador <strong>de</strong> rama <strong>de</strong> vassoura Figura 49 - Vista lateral do raspador <strong>de</strong> rama <strong>de</strong> vassoura<br />

Figura 50 - Detalhe do cilindro com pregos do raspador<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: SEMEADORA DE BETERRABA E OUTRAS HORTALIÇAS<br />

Nome do inventor: Ampelio Parzianello.<br />

Profissão do inventor: agricultor, produtor <strong>de</strong> hortaliças e técnico do Ministério <strong>da</strong> Agricultura,<br />

Pecuária e Abastecimento (MAPA).<br />

Local: São Jorge do Oeste.<br />

Telefones para contato: (46) 3534-1532 e 3534-1524 (Seab)<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> em 2001, visando diminuir o esforço e evitar dores<br />

nas costas, além <strong>de</strong> ganhar tempo e melhorar a uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s plantas.<br />

Fabricantes: equipamento <strong>de</strong> uso individual, já bastante disseminado.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: a semeadora possui, como <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> sementes,<br />

um cilindro metálico, que po<strong>de</strong> ser uma lata comum, o qual é centralizado por 1 parafuso<br />

longo em 1 ro<strong>da</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> 30 cm <strong>de</strong> diâmetro. O parafuso fixa, também, o cabo <strong>da</strong><br />

semeadora ao <strong>de</strong>pósito. Depen<strong>de</strong>ndo do tamanho <strong>da</strong>s sementes (beteraba, cenoura, cebola,<br />

almeirão, etc.) e <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> semeadura <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>, po<strong>de</strong>-se abrir ou fechar os furos no<br />

cilindro, por on<strong>de</strong> são dosa<strong>da</strong>s as sementes. O rendimento é <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 400 m 2<br />

por hora, o que correspon<strong>de</strong> a 5 pessoas distribuindo as sementes manualmente.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: economiza tempo, melhora a distribuição e a uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>s plantas, reduz a penosi<strong>da</strong><strong>de</strong> do trabalho na semeadura e, muitas vezes, dispensa a<br />

operação <strong>de</strong> raleio.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: não foram citados problemas.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: equipamento típico para a Agricultura Familiar, <strong>de</strong> custo<br />

baixíssimo e <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> pratici<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Figura 51 - Cilindro dosador <strong>da</strong> semeadora com <strong>de</strong>staque<br />

para os furos<br />

Figura 52 - Semeadora em operação<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: SEGADEIRA DE PASTAGENS PARA PEQUENOS PRODUTORES<br />

Nome do inventor: Edio Joce Finardi<br />

Profissão do inventor: empresário <strong>da</strong> Missagro.<br />

Local: Rua Brasília 975, em Missal.<br />

Telefone para contato: (45) 3244-1147<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: baseado na experiência e interesse <strong>de</strong>monstrado pelos produtores<br />

<strong>da</strong> região por uma máquina para corte <strong>de</strong> pastagens produzi<strong>da</strong>, há anos atrás, por uma<br />

indústria local, o empresário <strong>de</strong>senvolveu um equipamento para a mesma função.<br />

Fabricante: a Missagro possui estrutura industrial e ven<strong>de</strong> para a região e para o Paraguai.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: patente requeri<strong>da</strong> em 2002, com registro MU 8400620 no Inpi.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: sega<strong>de</strong>ira para corte <strong>de</strong> gramíneas, autopropeli<strong>da</strong><br />

com motor à gasolina <strong>de</strong> 5,5 Hp, possui rabiças com o operador caminhando atrás <strong>da</strong><br />

máquina, barra <strong>de</strong> corte <strong>de</strong> 1 m <strong>de</strong> largura <strong>de</strong> trabalho, enleirador e chassi em aço<br />

tubular. O rendimento <strong>de</strong> corte é <strong>de</strong> 1.000 m 2 por hora, e o consumo é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 600 ml<br />

<strong>de</strong> gasolina por hora. A lubrificação à graxa requer baixa manutenção e evita a<br />

contaminação <strong>da</strong> forragem pelo óleo. Está em fase experimental para ser usa<strong>da</strong> no corte<br />

<strong>de</strong> feijão.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: bom rendimento <strong>de</strong> corte e enleiramento; baixa<br />

manutenção; facilita o aproveitamento <strong>da</strong>s forrageiras, sendo útil no corte <strong>de</strong> diversas<br />

espécies <strong>de</strong> gramíneas e outras plantas <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s à alimentação <strong>de</strong> bovinos, eqüí<strong>de</strong>os<br />

e outros.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: já houve necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reforço na barra <strong>de</strong><br />

corte, <strong>de</strong>vido a problemas <strong>de</strong> resistência mecânica e vibração. Segundo o inovador, po<strong>de</strong><br />

cortar caules com espessura máxima <strong>de</strong> 1,5 cm.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o equipamento é apropriado para quem tem mão-<strong>de</strong>obra<br />

<strong>familiar</strong>, uma vez que executa apenas a operação <strong>de</strong> corte e não elimina as <strong>de</strong>mais<br />

operações requeri<strong>da</strong>s na produção <strong>de</strong> forragem (carregamento e transporte). O atual<br />

preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> é <strong>de</strong> R$ 4.900,00, mas po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma comunitária.<br />

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Figura 53 - Vista posterior <strong>da</strong> sega<strong>de</strong>ira com <strong>de</strong>staque para<br />

o motor<br />

Figura 55 - Detalhe <strong>da</strong> barra <strong>de</strong> corte <strong>da</strong> sega<strong>de</strong>ira<br />

Figura 54 - Vista frontal com <strong>de</strong>staque para a barra <strong>de</strong> corte<br />

38


Nome <strong>da</strong> inovação: SEMEADORA PARA MICROTRATOR<br />

Nome do inventor: Marco Rogério Toschi.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Estra<strong>da</strong> Alvora<strong>da</strong>, Sítio São José, Gleba 01, Distrito Carajá, município <strong>de</strong> Jesuítas.<br />

Telefones para contato: (44) 91290151 e 99813940<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> em 2002, para plantio <strong>de</strong> culturas intercala<strong>da</strong>s ao café<br />

a<strong>de</strong>nsado. Não tem sido ain<strong>da</strong> difundi<strong>da</strong> para outros produtores, mas há interessados.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: tem interesse em requerer patente.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: semeadora traciona<strong>da</strong> por microtrator do tipo<br />

Tobatta, com 5 linhas e discos duplos, com caixa <strong>de</strong> sementes para 60 litros, a qual é<br />

dividi<strong>da</strong> em 3 compartimentos para semeadura <strong>de</strong> espécies em consórcio e com rotor<br />

canelado para dosagem <strong>de</strong> sementes. A largura <strong>de</strong> trabalho é <strong>de</strong> 70 cm, o que permite<br />

semear 2,5 alqueires em 4 horas <strong>de</strong> trabalho no café. Para um rendimento similar seriam<br />

necessários 4 trabalhadores com matraca. A veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> operação equivale à 4. a<br />

marcha reduzi<strong>da</strong> a 1.600 rpm. O operador trabalha sentado sobre a caixa <strong>de</strong> semente.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: permite tanto o plantio convencional como o plantio<br />

direto na entrelinha do café a<strong>de</strong>nsado, agilizando o plantio <strong>de</strong> culturas como nabo, arroz,<br />

feijão e leguminosas para adubação ver<strong>de</strong>, milho, aveia, etc.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: a principal limitação é o custo <strong>da</strong>s peças<br />

novas para construir a semeadora, além do fato <strong>de</strong> requerer um microtrator. Já a<strong>da</strong>ptou o<br />

sistema hidráulico para levantar as linhas, superando o problema inicial <strong>de</strong> manobra do<br />

equipamento.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: aumenta o rendimento <strong>da</strong> semeadura na entrelinha do<br />

café a<strong>de</strong>nsado, cultura <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para a Agricultura Familiar.<br />

39


Figura 56 - Vistas gerais <strong>da</strong> semeadora para microtrator<br />

Figura 57 - Depósito <strong>de</strong> sementes com três compartimentos (esquer<strong>da</strong>) e discos duplos sulcadores com barra niveladora (direita)<br />

Figura 58 - Operação <strong>da</strong> semeadora nas entrelinhas <strong>de</strong> café a<strong>de</strong>nsado<br />

40


Nome <strong>da</strong> inovação: SEMEADORA DE HORTALIÇAS<br />

Nome do inventor: Darci Delmar Tomm.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Linha Belmonte, Distrito Novo Horizonte, Marechal Cândido Rondon, PR.<br />

Telefone para contato: (45) 99786538<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: equipamento <strong>de</strong>senvolvido em 2003, pelo senhor Darci, com o<br />

objetivo <strong>de</strong> reduzir o tempo e a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra na semeadura.<br />

Fabricante: foi construí<strong>da</strong> apenas uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: semeadora <strong>de</strong> 6 linhas à tração mecânica ou<br />

manual, com disco dosador apropriado para ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong> semente e acionado por 1 ro<strong>da</strong><br />

com garras e 1 correia <strong>de</strong> transmissão, sendo que ca<strong>da</strong> linha tem sua própria ro<strong>da</strong><br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais, facilitando a realização <strong>de</strong> curvas. Na tração manual são<br />

necessários 2 operadores, 1 <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lado, puxando o equipamento. O <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong><br />

sementes tem capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para 15 g e só <strong>de</strong>ve ser preenchido até a meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> total para assegurar o bom <strong>de</strong>sempenho do dosador. A cobertura do sulco <strong>de</strong><br />

semeadura é feita pela mesma ro<strong>da</strong> acionadora, bem como por uma corrente que se<br />

arrasta sobre o solo. A largura útil <strong>de</strong> operação é <strong>de</strong> 1 m, o que <strong>de</strong>termina uma<br />

produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do trabalho <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 9 minutos para um canteiro com 100 m <strong>de</strong><br />

comprimento. O tempo requerido para a mesma operação realiza<strong>da</strong> manualmente é <strong>de</strong><br />

80 minutos.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: reduz o tempo <strong>de</strong> trabalho, uma vez que abre o sulco,<br />

semeia e cobre a semente na mesma operação, além <strong>de</strong> manter a uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> plantio.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: o maior problema encontrado foi <strong>de</strong>finir a<br />

melhor geometria do disco dosador para ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong> semente, sendo que, atualmente,<br />

essa informação já é conheci<strong>da</strong> pelo inovador.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o custo é <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente R$ 800,00, muito mais baixo<br />

em relação às semeadoras existentes no mercado, que atingem até R$ 6.000,00. Assim,<br />

equipamentos <strong>de</strong>sse tipo são muito interessantes para agricultores <strong>familiar</strong>es, facilitando o<br />

trabalho e propiciando melhor uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> e distribuição <strong>da</strong>s plantas nos canteiros.<br />

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Figura 59 - Vistas lateral (esquer<strong>da</strong>) e frontal (direita) <strong>da</strong> semeadora<br />

Figura 60 - Sulcadores do tipo disco duplo (esquer<strong>da</strong>) e ro<strong>da</strong>s acionadoras e cobridoras <strong>de</strong> sulco (direita)<br />

Figura 61 - Depósito <strong>de</strong> sementes (esquer<strong>da</strong>) e disco dosador interno (direita)<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: ENFARDADEIRA MANUAL DE FENO<br />

Nome do inventor: Nivaldo Pinheiro <strong>da</strong> Rocha.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Aveni<strong>da</strong> Souza Naves, 893, Lindoeste (en<strong>de</strong>reço <strong>da</strong> Cressol)<br />

Telefone para contato: (45) 3237-1201<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: enfar<strong>da</strong><strong>de</strong>ira manual cria<strong>da</strong> em 2004 e usa<strong>da</strong> para feno <strong>de</strong> Tifton,<br />

visando à alimentação <strong>de</strong> vacas leiteiras.<br />

Fabricante: foi construí<strong>da</strong> apenas uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: trata-se <strong>de</strong> uma caixa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira contendo<br />

apenas pare<strong>de</strong>s laterais, com dimensões internas <strong>de</strong> 0,80 x 0,60 x 0,30 m, apresentando<br />

pequenos sulcos nas pare<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> são colocados barbantes para amarrar o fardo. A<br />

grama é corta<strong>da</strong> 1 dia antes <strong>da</strong> compactação, <strong>de</strong> modo a atingir o ponto <strong>de</strong> secagem, e<br />

então é compacta<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> caixa por meio do pisoteio <strong>de</strong> uma pessoa em 3 ou 4<br />

feixes <strong>de</strong> plantas. Consi<strong>de</strong>rando a operação <strong>de</strong> compactação e amarração do fardo, o<br />

rendimento diário <strong>de</strong> uma pessoa é <strong>de</strong> 30 fardos <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 20 kg ca<strong>da</strong>.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: a compactação e amarração do feno em feixes evita a<br />

<strong>de</strong>terioração rápi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s plantas, permitindo utilizá-lo na alimentação do gado leiteiro no<br />

período <strong>de</strong> inverno.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: a simplici<strong>da</strong><strong>de</strong> do processo não <strong>de</strong>ixa<br />

qualquer evidência <strong>de</strong> problemas, ain<strong>da</strong> que as dimensões e benefícios limitem-se a<br />

servir a poucas vacas produtoras <strong>de</strong> leite, indicando que a inovação é, <strong>de</strong> fato, apropria<strong>da</strong><br />

à pequena produção <strong>familiar</strong>.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o custo estimado <strong>de</strong> fabricação <strong>da</strong> caixa <strong>de</strong> enfar<strong>da</strong>r<br />

feno é reduzido, pois sempre existe ma<strong>de</strong>ira na proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>familiar</strong>, bem como as<br />

ferramentas e outros materiais requeridos. De conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com parâmetros técnicos <strong>de</strong><br />

produção leiteira e correspon<strong>de</strong>nte necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> feno, é possível construir<br />

quantas caixas <strong>de</strong> enfar<strong>da</strong>r forem necessárias em uma proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>familiar</strong>.<br />

43


Figura 62 - Enfar<strong>da</strong><strong>de</strong>ira manual <strong>de</strong>stacando os barbantes<br />

para amarrar os fardos<br />

Figura 63 - Fardo <strong>de</strong> feno amarrado<br />

44


Nome <strong>da</strong> inovação: SECADOR DE PLANTAS MEDICINAIS<br />

Nome do inventor: Irineu Vojssczack.<br />

Profissão do inventor: extensionista Rural <strong>da</strong> Emater.<br />

Local: Aveni<strong>da</strong> Iguaçu, 430, Capitão Leôni<strong>da</strong>s Marques, PR.<br />

Telefone para contato: (45) 3286-1234<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: <strong>de</strong>senvolvido pelo senhor Irineu, <strong>da</strong> Emater, em 2003.<br />

Fabricantes: já foram fabrica<strong>da</strong>s 2 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, sob orientação do senhor Irineu na<br />

Metalúrgica J.V., no mesmo município.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: o secador possui um queimador que opera<br />

com gás, lenha ou eletrici<strong>da</strong><strong>de</strong>, além <strong>de</strong> uma turbina para sucção do ar quente do forno<br />

para a câmara <strong>de</strong> secagem, on<strong>de</strong> as plantas ficam acondiciona<strong>da</strong>s em ban<strong>de</strong>jas <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira e tela <strong>de</strong> sombrite. Durante a secagem, a temperatura na câmara atinge entre 35<br />

e 40 o C, conforme o tipo <strong>de</strong> planta a ser seca<strong>da</strong>, e o tempo <strong>de</strong> secagem varia entre 4 e 8<br />

horas, po<strong>de</strong>ndo ser seca<strong>da</strong>s salsinha e cebolinha, por exemplo. O equipamento tem<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> secar 10 kg <strong>de</strong> plantas, obtendo-se cerca <strong>de</strong> 3 kg <strong>de</strong> plantas secas. Um<br />

botijão <strong>de</strong> gás permite operar por, aproxima<strong>da</strong>mente, 7 dias e 8 horas <strong>de</strong> uso diário,<br />

sendo o consumo observado semelhante ao <strong>de</strong> uma boca <strong>de</strong> um fogão comum. A turbina<br />

é aciona<strong>da</strong> por um motor elétrico <strong>de</strong> ¾ Hp.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: maior volume <strong>de</strong> material secado em relação ao<br />

método tradicional <strong>de</strong> secagem solar em lona; melhoria do padrão <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />

plantas, uma vez que a cor <strong>de</strong>las se mantém; e não há per<strong>da</strong> dos ingredientes ativos,<br />

<strong>de</strong>vido à temperatura constante <strong>de</strong> secagem.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: por ter um queimador <strong>de</strong> fogo direto, a<br />

fumaça do gás vai para <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> câmara <strong>de</strong> secagem, po<strong>de</strong>ndo prejudicar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do material; a correia, bem como a turbina, faz muito barulho, porém, substituindo esta<br />

última por um exaustor, o ruído diminui consi<strong>de</strong>ravelmente.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o equipamento tem custo <strong>de</strong> fabricação e implantação<br />

em torno <strong>de</strong> R$ 800,00. Tem sido utilizado por outros produtores <strong>familiar</strong>es que produzem<br />

plantas medicinais e condimentares e que necessitam <strong>de</strong> secagem <strong>da</strong>s mesmas.<br />

45


Figura 64 - Vista frontal do secador <strong>de</strong> plantas medicinais<br />

mostrando as ban<strong>de</strong>jas<br />

Figura 65 - Vista lateral <strong>da</strong> câmara <strong>de</strong> secagem (esquer<strong>da</strong>) e do queimador e <strong>da</strong> turbina <strong>de</strong> ar (direita)<br />

46


Nome <strong>da</strong> inovação: COBERTURA MÓVEL PARA TERREIRO SUSPENSO DE CAFÉ<br />

Nome do informante: Marcos Rogério Toschi.<br />

Profissão do informante: produtor rural.<br />

Local: Distrito <strong>de</strong> Carajá, Jesuítas, PR.<br />

Telefones para contato: (44) 99813940 e 91290151<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: é uma invenção do produtor, <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> em 2002, visando à<br />

maior rapi<strong>de</strong>z no recolhimento <strong>da</strong> lona <strong>de</strong> cobertura <strong>de</strong> café durante a secagem em<br />

terreiros suspensos.<br />

Fabricantes: não há produção industrial.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: a lona <strong>de</strong> cobertura do terreiro é enrola<strong>da</strong> em<br />

um eixo colocado na extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> do terreiro e na posição transversal a este. O eixo é<br />

acionado manualmente por uma manivela, para facilitar o procedimento <strong>de</strong> cobertura do<br />

terreiro com lona e seu recolhimento. A largura <strong>da</strong> lona é <strong>de</strong> 3 metros.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: maior rapi<strong>de</strong>z na cobertura do terreiro, na ocorrência<br />

<strong>de</strong> chuvas, requerendo apenas cerca <strong>de</strong> 5 minutos para cobrir o terreiro e calçar a lona.<br />

O eixo facilita, também, o recolhimento <strong>da</strong> lona, quando comparado com a dobra manual.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: o manejo <strong>da</strong> lona é difícil quando há vento<br />

forte, sendo necessárias, nesse caso, pelo menos 3 pessoas para cobertura do terreiro.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> ao agricultor <strong>familiar</strong>, uma vez que os materiais<br />

requeridos são, em geral, <strong>de</strong> baixo custo e disponíveis nas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

47


Figura 66 - Vista geral (esquer<strong>da</strong>) e <strong>de</strong>talhe do eixo na extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> do terreiro (direita)<br />

Figura 67 - Cobertura móvel sendo enrola<strong>da</strong> Figura 68 - Vista frontal do terreiro suspenso e <strong>de</strong> sua<br />

cobertura móvel<br />

Figura 69 - Operação <strong>de</strong> recolhimento <strong>da</strong> cobertura<br />

48


Nome <strong>da</strong> inovação: DISPOSITIVO PARA COLOCAÇÃO DE ROLHA EM GARRAFAS<br />

Nome do inventor: Marco Rogério Toschi.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Estra<strong>da</strong> Alvora<strong>da</strong>, Sítio São José, Gleba 01, distrito Carajá, Jesuítas, PR.<br />

Telefones para contato: (44) 91290151 e 99813940<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> em 1995, para uso <strong>da</strong> família.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: não foi requeri<strong>da</strong> patente.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: constituído por 1 cilindro <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira vazado, com<br />

cerca <strong>de</strong> 30 cm <strong>de</strong> comprimento, sendo que uma <strong>de</strong> suas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s possui um bico, com<br />

formato interno cônico, que se encaixa na boca <strong>da</strong> garrafa, e a outra possui um pegador para<br />

movimentar uma haste interna na direção vertical. A rolha, previamente aqueci<strong>da</strong> na água, é<br />

coloca<strong>da</strong> na extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> cônica e, por meio <strong>da</strong> haste, é pressiona<strong>da</strong> contra o bico <strong>da</strong><br />

garrafa. Ao ser aqueci<strong>da</strong>, a rolha murcha e facilita sua colocação na boca <strong>da</strong> garrafa.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: facilita e agiliza o fechamento <strong>de</strong> garrafas e evita a<br />

quebra do bico <strong>da</strong> garrafa na operação. Além disso, reduz o <strong>de</strong>sconforto do manuseio<br />

<strong>da</strong>s rolhas aqueci<strong>da</strong>s em relação ao processo manual.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: não foram i<strong>de</strong>ntificados problemas.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o custo <strong>da</strong> inovação é relativo ao trabalho <strong>de</strong> torneamento<br />

<strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira para construção do dispositivo, o que é compatível ao pequeno produtor.<br />

Figura 70 - Vista do dispositivo (esquer<strong>da</strong>) e <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>talhe interno (direita)<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: ESPARRAMADOR DE CAFÉ NO TERREIRO PARA TRATOR DE<br />

RABIÇAS<br />

Nome do informante: Marcos Antonio Marques Pereira.<br />

Profissão do informante: produtor <strong>de</strong> café filiado à Cooperativa dos Agricultores Solidários<br />

<strong>de</strong> Lerroville (Coasol).<br />

Local: Água <strong>da</strong> Limeira, Lerroville, PR.<br />

Telefone para contato:<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: o produtor adquiriu há alguns anos um trator <strong>de</strong> rabiças, do tipo<br />

Tobatta, para operações na cultura <strong>de</strong> café e, em 2001, <strong>de</strong>senvolveu um esparramador<br />

para movimentação do café no terreiro durante a secagem.<br />

Fabricantes: não há fabricantes conhecidos.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: trata-se <strong>de</strong> uma estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />

acopla<strong>da</strong> na dianteira do trator, similar a uma lâmina, usa<strong>da</strong> para agilizar o processo <strong>de</strong><br />

esparramação e amontoa <strong>de</strong> café no terreiro. Tem aproxima<strong>da</strong>mente 1,80 m <strong>de</strong> largura.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: maior rapi<strong>de</strong>z nas operações <strong>de</strong> movimentação,<br />

facilitando o manejo principalmente sob condições <strong>de</strong> chuva e quando o café encontra-se<br />

ver<strong>de</strong>, pois se torna mais pesado e escorregadio para a movimentação manual. Requer<br />

entre 6 e 7 minutos <strong>de</strong> uma pessoa para esparramar no terreiro, enquanto com a "vaca"<br />

(equipamento manual tradicional) necessitam-se cerca <strong>de</strong> 2 horas com 3 a 4 pessoas.<br />

A amontoa é feita em 30 minutos com 2 pessoas, o que na vaca requer o trabalho <strong>de</strong><br />

3 pessoas em 2 horas. O produtor estima que, em média, o esparramador aumenta em<br />

6 vezes a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do trabalho. O consumo <strong>de</strong> combustível é, em média, <strong>de</strong><br />

5 litros/semana.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: ocorre uma leve <strong>de</strong>spolpa do café, <strong>de</strong>vido ao<br />

atrito dos pneus.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: equipamento simples, barato e bastante acessível ao<br />

pequeno produtor.<br />

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Figura 71 - Vista frontal do esparramador Figura 72 - Vista geral<br />

Figura 73 - Vista lateral do esparramador e seu engate no<br />

microtrator<br />

51


Nome <strong>da</strong> inovação: FURADOR DE COVAS PARA TRATOR DE RABIÇAS<br />

Nome do informante: Marcos Rogério Toschi.<br />

Profissão do informante: produtor rural.<br />

Local: Distrito <strong>de</strong> Carajá, Jesuítas, PR.<br />

Telefones para contato: (44) 99813940 e 91290151<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: é uma invenção do produtor <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> em 2003 para plantio <strong>de</strong><br />

mu<strong>da</strong>s <strong>de</strong> café.<br />

Fabricantes: não há produção industrial.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: trata-se <strong>de</strong> uma pequena estrutura metálica<br />

que suporta uma transmissão por engrenagens cônicas, as quais são conecta<strong>da</strong>s na<br />

toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> potência do trator, por meio <strong>de</strong> 2 juntas universais, e no eixo <strong>de</strong> que aciona a<br />

broca. Permite o uso <strong>de</strong> brocas com 15 ou 25 cm <strong>de</strong> diâmetro e com eixo <strong>da</strong> mesma <strong>de</strong><br />

70 cm <strong>de</strong> altura. Possui, também, 1 varão <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira conectado ao trator, cuja função é<br />

<strong>de</strong>finir o espaçamento entrelinhas <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>s <strong>de</strong> café. O furador requer 2 operadores,<br />

sendo um para operar o trator e outro para posicionar o furador e suportá-lo durante a<br />

operação <strong>de</strong> abertura <strong>da</strong>s covas. Em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong>s articulações <strong>da</strong>s juntas, o furador não<br />

requer que o trator interrompa seu <strong>de</strong>slocamento enquanto a cova é aberta, agilizando,<br />

assim, o trabalho.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: maior rapi<strong>de</strong>z na abertura <strong>de</strong> covas para plantio <strong>de</strong><br />

mu<strong>da</strong>s e para colocação <strong>de</strong> mourões <strong>de</strong> cerca no solo. No procedimento manual <strong>de</strong><br />

abertura <strong>de</strong> covas, com enxadão, são necessárias, aproxima<strong>da</strong>mente, 3 horas/homem<br />

para 120 covas, enquanto o furador requer apenas 30 minutos.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: não foram relatados.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o custo aproximado <strong>de</strong> construção do furador é <strong>de</strong><br />

R$ 300,00, sendo necessário que o produtor disponha do trator <strong>de</strong> rabiças. A única<br />

exigência <strong>de</strong> manutenção é a lubrificação <strong>da</strong>s engrenagens e mancais.<br />

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Figura 74 - Vista geral do furador <strong>de</strong> covas Figura 75 - Detalhe do eixo do furador e <strong>da</strong> junta <strong>da</strong> transmissão<br />

53


Nome <strong>da</strong> inovação: EQUIPAMENTO PARA HIDRÓLISE DE CANA-DE-AÇÚCAR<br />

(KIT HIDROCANA)<br />

Nome dos informantes: Gustavo e Eduardo Cal<strong>de</strong>ron.<br />

Profissão dos informantes: produtores rurais e empresários.<br />

Local: Fazen<strong>da</strong> Santa Cruz em Londrina e Fazen<strong>da</strong> Mutuca em Tapejara, PR.<br />

Telefones para contato: (43) 3323-1059 e (44) 3677-1335<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: os produtores iniciaram os primeiros testes <strong>de</strong> hidrólise <strong>da</strong> cana<br />

com so<strong>da</strong> caústica em 1993, em Londrina, visando à redução <strong>de</strong> custo e à melhoria <strong>da</strong><br />

digestibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> cana para arraçoamento animal. Em 1999, criaram a Hidrocana,<br />

visando explorar comercialmente o equipamento. No entanto, a elevação do custo do<br />

hidróxido <strong>de</strong> sódio levou à necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> busca por uma fonte <strong>de</strong> matéria-prima<br />

alternativa e compatível. Em 2001, obtiveram-se os primeiros resultados bem-sucedidos<br />

com o uso <strong>de</strong> hidróxido <strong>de</strong> cálcio, tendo, como fonte, cal virgem.<br />

Fabricantes: Hidrocana Indústria e Comércio <strong>de</strong> Equipamentos Agrícolas Lt<strong>da</strong>., Londrina, PR.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: o Kit Hidrocana tem a função <strong>de</strong> dosificar<br />

proporcionalmente o produto a ser inoculado na forragem, po<strong>de</strong>ndo ser utilizado tanto<br />

para hidrólise <strong>da</strong> cana com cal como para inoculação <strong>de</strong> silagens ou, ain<strong>da</strong>, para<br />

aplicação <strong>de</strong> uréia no trato ver<strong>de</strong>. Permite, ain<strong>da</strong>, uma perfeita homogeneização –<br />

aspecto importante quando se necessita inocular forragens ou hidrolisar. É constituído<br />

por um reservatório <strong>de</strong> cal com suporte, bomba agitadora com acionamento elétrico e<br />

válvula dosadora automática com graduador <strong>de</strong> vazão. O Kit é acoplado à colhedora <strong>de</strong><br />

forragem e é comercializado em 3 mo<strong>de</strong>los, com reservatórios <strong>de</strong> 50 litros (1,3 ton/carga),<br />

100 litros (2,6 ton/carga) e 200 litros (52 ton/carga). Na entra<strong>da</strong> do picador <strong>de</strong> forragem<br />

<strong>da</strong> colhedora há 1 sensor que aciona o dosador, o qual libera o volume <strong>da</strong> cal<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

acordo com a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> material colhido (Disponível em: www.hidrocana.com.br.<br />

Acesso em: 05/07/2005).<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: baixo custo <strong>de</strong> tratamento (entre R$ 2 e R$ 3); a cana<br />

trata<strong>da</strong> é conserva<strong>da</strong> por até 3 dias, o ganho <strong>de</strong> peso dos animais se dá com maior<br />

rapi<strong>de</strong>z. O equipamento permite gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> volumoso tratado sem interferir no<br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> pica<strong>de</strong>ira ou forra<strong>de</strong>ira. O Kit é <strong>de</strong> fácil utilização, <strong>de</strong> simples funcionamento<br />

e dá aos funcionários segurança, não permitindo <strong>de</strong>rivas durante o tratamento.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: o sistema requer cui<strong>da</strong>do na sua regulagem.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o preço varia entre R$ 2.700,00 e R$ 3.500,00,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> colhedora <strong>de</strong> forragem na qual o Kit será acoplado. A exigência <strong>de</strong><br />

manutenção é reduzi<strong>da</strong>, limitando-se à limpeza do conjunto após a operação no campo.<br />

54


Figura 76 - Colhedora <strong>de</strong> forragem com o kit para hidrólise Figura 77 - Kit 200 litros para hidrólise <strong>de</strong> forragem<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: MOVIMENTADOR PARA TERREIRO SUSPENSO DE CAFÉ<br />

Nome do informante: Marcos Rogério Toschi.<br />

Profissão do informante: produtor rural.<br />

Local: Distrito <strong>de</strong> Carajá, Jesuítas, PR.<br />

Telefones para contato: (44) 99813940 e 91290151<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: é uma invenção do produtor, <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> em 2002, para movimentação<br />

<strong>de</strong> café durante a secagem em terreiros suspensos.<br />

Fabricantes: não há produção industrial.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: constituído por uma viga <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira com 2,5<br />

m <strong>de</strong> largura (equivalente à largura do terreiro), on<strong>de</strong> são fixa<strong>da</strong>s várias barras <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira com 0,2 m <strong>de</strong> altura e cerca <strong>de</strong> 0,05 m <strong>de</strong> largura e espaça<strong>da</strong>s a 0,12 m entre si.<br />

O movimentador, também chamado <strong>de</strong> pente, é puxado por 2 pessoas, 1 em ca<strong>da</strong> lado,<br />

por meio <strong>de</strong> 1 haste lateral. Após a movimentação em um sentido, o pente é <strong>de</strong>slocado<br />

alguns centímetros para um dos lados e é passado novamente no sentido oposto.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: agiliza a movimentação <strong>de</strong> café no terreiro suspenso,<br />

economizando tempo na operação. Requer cerca <strong>de</strong> 2 minutos com o pente e cerca <strong>de</strong><br />

35 minutos no processo tradicional com o rodo, para um terreiro com 50 metros <strong>de</strong><br />

comprimento.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: não foram citados.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: baixo custo, uma vez que a ma<strong>de</strong>ira é disponível<br />

nas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

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Figura 78 - Vista geral do pente para movimentação do café Figura 79 - Pente em operação sobre o terreiro suspenso<br />

Figura 80 - Detalhe dos <strong>de</strong>ntes do pente<br />

57


Nome <strong>da</strong> inovação: PENEIRA DE PLÁSTICO PARA COLHEITA DE CAFÉ<br />

Nome do informante: Luis Costa <strong>de</strong> Souza e Renzo Gorreta Hugo.<br />

Profissão do informante: produtor <strong>de</strong> café e engenheiro agrônomo, respectivamente.<br />

Local: Sítio Nossa Senhora, Bairro <strong>da</strong> Água <strong>da</strong> Laranja Aze<strong>da</strong>, Lerroville, PR.<br />

Telefone para contato: (43) 3376-2464<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: é uma invenção do próprio produtor, <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> em 2003.<br />

Fabricantes: a inovação é bastante simples e po<strong>de</strong> ser construí<strong>da</strong> na proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>, requerendo<br />

apenas ma<strong>de</strong>ira e plástico.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: é uma estrutura retangular <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira com<br />

dimensões <strong>de</strong> 1,0 x 0,8 m na qual é fixa<strong>da</strong> uma lona plástica e que possui, ain<strong>da</strong>, um<br />

pequeno entalhe na região central em um dos lados. A peneira é coloca<strong>da</strong> sob o pé <strong>de</strong><br />

café, e os grãos colhidos são jogados sobre o plástico, ficando retidos pela estrutura<br />

lateral <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. O tamanho <strong>da</strong> peneira é a<strong>de</strong>quado para 1 pessoa carregá-la.<br />

A pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira próxima ao operador é mais alta que as <strong>de</strong>mais para evitar que os<br />

grãos caiam fora <strong>da</strong> peneira ao puxá-la.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: substitui com eficiência o pano na colheita <strong>de</strong> café, já que<br />

requer apenas 1 pessoa, enquanto o pano requer 2. É vantajoso também em relação ao uso<br />

<strong>da</strong> peneira tradicional. É cerca <strong>de</strong> 20 a 25% mais rápido que o pano e <strong>de</strong> 30 a 40% mais<br />

rápido que a peneira. Segundo o produtor, a adoção <strong>de</strong>ve-se à colheita seleciona<strong>da</strong><br />

(catança) realiza<strong>da</strong> individualmente (só 1 pessoa colhendo). Às vezes, exclui a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> abanar o material colhido, uma vez que, pelo tamanho, facilita a retira<strong>da</strong> <strong>da</strong>s folhas. Outra<br />

vantagem é a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> colher com solo mais úmido em relação à colheita com pano.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aceitação <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças pelos<br />

trabalhadores nos métodos tradicionais <strong>de</strong> colheita.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: inovação simples, barata e totalmente acessível.<br />

Figura 81 - Vista geral <strong>da</strong> peneira <strong>de</strong> plástico após a<br />

colheita <strong>de</strong> café<br />

Figura 82 - Operação <strong>de</strong> colheita manual com uso <strong>da</strong><br />

peneira <strong>de</strong> plástico<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: PULVERIZADOR PARA TRATOR DE RABIÇAS<br />

Nome do inventor: Marco Rogério Toschi.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Estra<strong>da</strong> Alvora<strong>da</strong>, Sítio São José, Gleba 01, distrito Carajá, Jesuítas, PR.<br />

Telefones para contato: (44) 91290151 e 99813940<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> em 2002, para uso na área com café a<strong>de</strong>nsado.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: não foi requeri<strong>da</strong> patente.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: pulverizador construído para café a<strong>de</strong>nsado,<br />

com 2 tanques estreitos, <strong>de</strong> 50 litros ca<strong>da</strong>, barra <strong>de</strong> pulverização com 8 bicos tipo leque e<br />

na forma <strong>de</strong> "Y" e bomba <strong>de</strong> pistões, com 2 cilindros, aciona<strong>da</strong> pela toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> força do<br />

microtrator. A barra <strong>de</strong> pulverização é disposta na posição vertical com 6 bicos (3 em<br />

ca<strong>da</strong> lado) jogando lateralmente, e 2 na posição mais alta e inclina<strong>da</strong> <strong>da</strong> barra. A bomba<br />

é a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> <strong>de</strong> outro equipamento possuindo regulador <strong>de</strong> pressão.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: maior rapi<strong>de</strong>z na aplicação <strong>de</strong> produtos no café a<strong>de</strong>nsado,<br />

além <strong>de</strong> permitir o uso <strong>de</strong> produtos orgânicos. A produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do trabalho é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />

3.000 litros/dia, o que correspon<strong>de</strong> a 5 alqueires <strong>de</strong> café. Comparativamente, são requeri<strong>da</strong>s<br />

4 pessoas e 2 dias <strong>de</strong> trabalho para a pulverização manual <strong>de</strong> uma área similar.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: não foram i<strong>de</strong>ntificados problemas.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: a manutenção exigi<strong>da</strong> é a limpeza do tanque e filtros<br />

após ca<strong>da</strong> aplicação. O custo estimado para construção <strong>da</strong> inovação é <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente<br />

R$ 1.100,00.<br />

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Figura 83 - Vistas lateral (esquer<strong>da</strong>) e posterior do pulverizador (direita)<br />

Figura 84 - Barra <strong>de</strong> pulverização (esquer<strong>da</strong>) e bomba <strong>de</strong> pistões do pulverizador (direita)<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: SEPARADOR E LAVADOR DE CAFÉ<br />

Nome dos informantes: Antonio Luis Porto, Mauro Vieira e Silva, Sérgio Lopes e Renzo<br />

Gorreta Hugo.<br />

Profissão dos informantes: produtores <strong>de</strong> café (os dois primeiros), engenheiro agrônomo<br />

(escritório local <strong>de</strong> Centenário do Sul) e engenheiro agrônomo, consultor <strong>da</strong> Casol,<br />

respectivamente.<br />

Local: Chácara Santa Júlia, em Centenário do Sul, e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> do senhor Mauro, em<br />

Lerroville, PR.<br />

Telefones para contato: (43) 36751031 (Emater <strong>de</strong> Centenário do Sul) e 33762464 (Renzo)<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: informações <strong>de</strong> diferentes fontes indicam que a inovação foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong><br />

por um produtor <strong>de</strong> café <strong>de</strong> Pitangueiras e, mediante a Emater, difundiu-se para to<strong>da</strong> a<br />

região <strong>da</strong> cafeicultura paranaense. Há diversas variações <strong>da</strong> idéia inicial, algumas bem<br />

simples, como o uso <strong>de</strong> 1 lata perfura<strong>da</strong> e 1 caixa d'água, ou mais elabora<strong>da</strong>s, que<br />

utilizam 1 tanque <strong>de</strong> alvenaria e 1 <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> grãos construído com tela metálica.<br />

Fabricantes: os mo<strong>de</strong>los mais simples po<strong>de</strong>m ser construídos pelo produtor, e os mais<br />

elaborados requerem serviços <strong>de</strong> pedreiro e metalurgia.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: o princípio é utilizar a água como meio <strong>de</strong><br />

separação dos grãos <strong>de</strong> café cereja e ver<strong>de</strong> (os quais afun<strong>da</strong>m, por serem mais pesados)<br />

dos grãos secos que bóiam (também chamados grãos "bóia"). Consiste em um<br />

reservatório <strong>de</strong> água <strong>de</strong>ntro do qual é colocado um outro reservatório, com café, cujas<br />

pare<strong>de</strong>s laterais e inferior permitem o escoamento <strong>da</strong> água. Assim, ao mergulhar o<br />

reservatório, com café proveniente do campo, na água, a diferença <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />

grãos secos faz com que eles subam e boiem, enquanto os <strong>de</strong>mais grãos ficam no fundo<br />

do reservatório. Os grãos "bóia" são, então, recolhidos com uma peneira ou outro<br />

dispositivo manual e colocados separa<strong>da</strong>mente para secagem no terreiro. Após a retira<strong>da</strong><br />

do café "bóia", o reservatório com grãos cereja e ver<strong>de</strong> é retirado <strong>da</strong> água e vai, também,<br />

para o terreiro. Para evitar o contato do café com a terra que acumula no fundo do<br />

reservatório <strong>de</strong> água, é recomendável haver um espaço no fundo, entre os dois<br />

<strong>de</strong>pósitos, assim como é necessário haver uma fonte <strong>de</strong> água próxima e um dreno para<br />

escoamento <strong>da</strong> água após o término <strong>da</strong> separação. O reservatório <strong>de</strong> café po<strong>de</strong> ser<br />

construído a partir <strong>de</strong> diferentes materiais, tais como sombrite e tela metálica.<br />

O separador <strong>de</strong> Centenário do Sul tem aproxima<strong>da</strong>mente 1 x 2 m com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para<br />

2 sacos <strong>de</strong> café por carga, com uma lâmina <strong>de</strong> 30 a 40 cm <strong>de</strong> água, sendo necessário<br />

cerca <strong>de</strong> 10 minutos para todo o processo. Uma variação mais simples emprega 1 lata<br />

comum perfura<strong>da</strong> e 1 caixa d'água, sendo o café <strong>de</strong>spejado na caixa, e o "bóia", recolhido<br />

com uma peneira, e o café cereja, com a lata.<br />

61


Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do café pela separação, na<br />

secagem, <strong>de</strong> grãos em diferentes estágios <strong>de</strong> maturação.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: o dimensionamento <strong>de</strong>ve ser a<strong>de</strong>quado para<br />

facilitar a operação <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarregamento dos grãos cereja e ver<strong>de</strong>.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: dos mo<strong>de</strong>los analisados, o maior e mais caro apresenta<br />

custo aproximado <strong>de</strong> R$ 500,00, constituindo um investimento acessível aos produtores<br />

<strong>de</strong> café que visam à seleção <strong>de</strong> grãos para a comercialização.<br />

Figura 85 - Vista geral do separador em alvenaria e terreiro<br />

ao fundo com grãos <strong>de</strong> café em diferentes<br />

estágios <strong>de</strong> secagem<br />

Figura 86 - Detalhes do separador e reservatórios em alvenaria e metálico<br />

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Figura 87 - Separador em alvenaria com formato circular (esquer<strong>da</strong>) e <strong>de</strong>talhe do reservatório <strong>de</strong> café em tela metálica (direita)<br />

Figura 88 - Separador simples com caixa d’água, peneira comum (esquer<strong>da</strong>) e lata perfura<strong>da</strong> (direita)<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: TERREIRO SUSPENSO PARA SECAGEM DE CAFÉ<br />

Nome dos informantes: Carlos Roberto Nunes e Sérgio Lopes.<br />

Profissão dos informantes: produtor <strong>de</strong> café e engenheiro agrônomo do escritório local <strong>da</strong><br />

Emater, respectivamente.<br />

Local: Centenário do Sul, PR.<br />

Telefone para contato: (43) 3675-1031 (Emater)<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: o produtor conheceu, em 2000, o terreiro suspenso do senhor<br />

Joaquim Brito, em Centenário do Sul, e <strong>de</strong>cidiu fazer um similar, com algumas modificações<br />

na forma <strong>de</strong> fixação do sombrite.<br />

Fabricantes: a inovação é relativamente simples, po<strong>de</strong>ndo ser construí<strong>da</strong> pelo produtor ou por<br />

profissional especializado, requerendo a aquisição <strong>de</strong> materiais disponíveis no mercado.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: é uma estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira constituí<strong>da</strong> por pilares<br />

enterrados no solo e vigas laterais, com formato retangular, on<strong>de</strong> é presa uma manta <strong>de</strong><br />

sombrite, sobre a qual são colocados os grãos <strong>de</strong> café para secagem natural. As dimensões<br />

utiliza<strong>da</strong>s pelo produtor foram <strong>de</strong> 3 m <strong>de</strong> largura por 25 m <strong>de</strong> comprimento, que é o tamanho<br />

comercial <strong>da</strong> manta. A estrutura tem cerca <strong>de</strong> 40 cm <strong>de</strong> altura, em relação à superfície do<br />

solo, para facilitar, segundo o produtor, a movimentação manual do café durante a secagem.<br />

A fixação do sombrite na estrutura é importante para assegurar seu esticamento a<strong>de</strong>quado.<br />

O produtor adotou um sistema <strong>de</strong> esticamento composto por catracas esticadoras <strong>de</strong> arame<br />

<strong>de</strong> cerca, as quais esticam as vigas on<strong>de</strong> o sombrite é preso. Em outro secador que<br />

construiu, passou a adotar um esticador constituído por parafusos sem fim. Além dos<br />

esticadores, são colocados arames na direção longitudinal do secador e por baixo do<br />

sombrite, a intervalos <strong>de</strong> 15 cm, para aju<strong>da</strong>r a suportar o peso do café. Ca<strong>da</strong> terreiro suporta<br />

até 90 sacos <strong>de</strong> café não beneficiado em uma cama<strong>da</strong> grossa <strong>de</strong> secagem.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: o secador suspenso tem como principal vantagem a<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> enleirar e cobrir rapi<strong>da</strong>mente o café, durante a secagem, no caso <strong>de</strong><br />

ocorrência <strong>de</strong> chuvas, o que não é possível no terreiro do tipo ladril (tradicional).<br />

O sombrite suporta muito peso, tendo sido relatado que, por <strong>de</strong>scuido, uma vaca já subiu<br />

no secador e não causou <strong>da</strong>no.<br />

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Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: a secagem é um pouco mais <strong>de</strong>mora<strong>da</strong> em<br />

relação ao terreiro tradicional. Segundo o produtor, no tradicional a secagem requer entre<br />

3 e 4 dias, enquanto no suspenso, po<strong>de</strong> levar até 7 dias. O controle do mato embaixo do<br />

secador é difícil, pois não há espaço para a operação. Embora o produtor veja como<br />

vantajosa a presença do mato, uma vez que, segundo ele, este aju<strong>da</strong> a suportar parte do<br />

peso do café, a ventilação dos grãos certamente é prejudica<strong>da</strong>.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: a inovação é vantajosa para pequenos produtores e<br />

acessível do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> custo. O sombrite custa cerca <strong>de</strong> R$ 450,00, e a ma<strong>de</strong>ira<br />

está, em geral, disponível nas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Há, no município, três produtores adotando<br />

o terreiro suspenso, embora seja muito mais comum em outras regiões do Estado. Não<br />

há nenhuma exigência especial quanto à manutenção.<br />

Figura 89 - Vista frontal do terreiro suspenso com café<br />

coberto por lona<br />

65


Figura 90 - Estrutura em ma<strong>de</strong>ira do terreiro suspenso com pilares e sombrite (esquer<strong>da</strong>) e esticadores <strong>de</strong> arame que<br />

suportam o sombrite (direita)<br />

Figura 91 - Vista do terreiro com apenas parte em uso para<br />

secagem <strong>de</strong> café<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: PRODUÇÃO DE ÁCIDO PIROLENHOSO<br />

Nome do inventor: Olivo Pontes Gonçalves.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Faxinal dos Ribeiros, Quinhão 1G, CEP 86170-000, Pinhão, PR.<br />

Edson (trabalha na Cresol): rua Sete <strong>de</strong> Setembro 231, Pinhão, PR.<br />

Telefone para contato: (42) 3677-1749 (Cresol)<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: as carvoarias constituem, há <strong>de</strong>z anos, importante fonte <strong>de</strong> ren<strong>da</strong><br />

para os agricultores e para o município, mas a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> está praticamente encerra<strong>da</strong>,<br />

porque é rígido o controle para evitar o corte <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> mata nativa. Hoje, só se<br />

po<strong>de</strong> fazer carvão <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira velha, caí<strong>da</strong> e podre. O ácido pirolenhoso começou a ser<br />

coletado há três anos e poucas famílias efetuam essa coleta. O inventor conheceu o<br />

processo por intermédio <strong>de</strong> seu filho, Edson <strong>de</strong> Moraes Gonçalves, que estudou no Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

Fabricantes: o próprio agricultor aproveitando chaminés industrializa<strong>da</strong>s.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: não requereu o privilégio e, aparentemente, trata-se <strong>de</strong> processo<br />

em domínio público.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: o forno <strong>de</strong> carvão <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> do senhor<br />

Olivo possui 3,40 m <strong>de</strong> diâmetro e cerca <strong>de</strong> 2,50 m <strong>de</strong> altura total. A porta do forno é <strong>de</strong><br />

0,70 m, constituí<strong>da</strong> por 2 pilares <strong>de</strong> 1,50 m <strong>de</strong> altura e 0,30 m <strong>de</strong> largura. O forno possui<br />

várias pequenas saí<strong>da</strong>s laterais, por on<strong>de</strong> sai a fumaça quando o forno está em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Nestas saí<strong>da</strong>s, são instala<strong>da</strong>s pequenas chaminés, sempre com inclinação <strong>de</strong> 30 graus,<br />

sem o que a con<strong>de</strong>nsação do ácido não ocorre. Para reduzir custos, o senhor Olivo fez<br />

chaminés com ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> forro usando ripas <strong>de</strong> 10 cm. O ácido se con<strong>de</strong>nsa na parte<br />

mais alta <strong>da</strong> chaminé e escorre, sendo coletado em abertura próxima à pequena boca <strong>de</strong><br />

fumaça. Po<strong>de</strong>-se obter até 3 litros <strong>de</strong> ácido pirolenhoso por boca <strong>de</strong> saí<strong>da</strong> <strong>de</strong> fumaça.<br />

Uma forna<strong>da</strong> po<strong>de</strong> chegar a 20 litros <strong>de</strong> ácido pirolenhoso, aproveitando somente parte<br />

<strong>da</strong>s saí<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a lenha seja a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para a queima (o produtor possui um<br />

estoque gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira pronta para queimar para carvão, mas afirma que ma<strong>de</strong>ira<br />

caí<strong>da</strong> e apodreci<strong>da</strong> nem vale a pena coletar, pois a produção é reduzi<strong>da</strong>). Seu forno tem<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para 18 m 3 <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: o ácido pirolenhoso é usado como repelente <strong>de</strong> insetos<br />

nas lavouras e hortaliças, bem como para nutrição <strong>da</strong>s plantas, seja por pulverização<br />

sobre elas, seja aplicado ao solo. Não foi informa<strong>da</strong> a composição e a concentração do<br />

produto, mas o produtor informa que a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s plantas melhora muito e uniformiza<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>s <strong>de</strong> hortaliças e <strong>de</strong> outras.<br />

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Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: a operação <strong>de</strong> coleta não é simples.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o ácido pirolenhoso <strong>de</strong>monstra gran<strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> para<br />

produtores orgânicos <strong>de</strong> hortaliças. É necessário estu<strong>da</strong>r a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> produção <strong>de</strong><br />

carvão com manejo <strong>de</strong> bracatingais e plantio <strong>de</strong> eucaliptos ou outras espécies que<br />

possam ser queima<strong>da</strong>s, para viabilizar a produção. Sem as carvoarias, hoje quase<br />

<strong>de</strong>sativa<strong>da</strong>s, não há como obter o ácido pirolenhoso.<br />

Figura 92 - Pequena saí<strong>da</strong> lateral por on<strong>de</strong> sai a fumaça do<br />

forno e on<strong>de</strong> são instala<strong>da</strong>s chaminés para<br />

extração do ácido pirolenhoso<br />

Figura 93 - Vista interna do forno com as saí<strong>da</strong>s laterais<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: ADUBADORA TRATORIZADA PARA CULTURA DE FUMO<br />

Nome do inventor: Márcio José Bucco Coelho (Metalúrgica Coelho).<br />

Profissão do inventor: plantador <strong>de</strong> fumo, mecânico e metalúrgico.<br />

Local: Rua Bronislaw Wronski s/n., CEP 84560-000, Rio Azul, PR.<br />

Telefone para contato:<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: visando melhorar e acelerar a operação <strong>de</strong> adubação do fumo, feita<br />

manualmente e, na maioria <strong>da</strong>s vezes, distribuindo o adubo granulado com um tubo<br />

similar a um regador manual, o inventor passou, a partir <strong>de</strong> 2002, a a<strong>da</strong>ptar semeadoras<br />

sucatea<strong>da</strong>s <strong>da</strong> marca Jumil (plantio convencional <strong>de</strong> grãos) <strong>de</strong> 11 ou 13 linhas.<br />

Fabricante: Metalúrgica Coelho.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: não requereu, mas tem gran<strong>de</strong> interesse, pois já vem sendo copiado<br />

por outros.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: traciona<strong>da</strong> por pequenos tratores, possui<br />

engrenagens especiais a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s para dosagem do adubo em 3 linhas, além <strong>de</strong> dois<br />

discos invertidos, os quais movimentam o solo em ca<strong>da</strong> linha aduba<strong>da</strong> e misturam o<br />

adubo ao formar o camaleão que receberá as mu<strong>da</strong>s <strong>de</strong> fumo. A máquina realiza a<br />

operação <strong>de</strong> adubação em 30 litros <strong>de</strong> terreno (uni<strong>da</strong><strong>de</strong> local, em que 1 litro equivale a<br />

605 m 2 ) em, aproxima<strong>da</strong>mente, 1 hora <strong>de</strong> trabalho, o que 3 pessoas fariam em 2 dias <strong>de</strong><br />

trabalho manual. O adubador tem cerca <strong>de</strong> 2,40 m <strong>de</strong> largura, com uma largura efetiva <strong>de</strong><br />

3 linhas <strong>de</strong> 1,20 m (3,60 m total). As 2 caixas <strong>de</strong> adubo comportam 250 kg, geralmente<br />

suficientes para 5 mil pés <strong>de</strong> fumo (normalmente são distribuídos 50 g por pé <strong>de</strong> fumo ou<br />

em 2 vezes <strong>de</strong> 25 g, nesse caso com uma adubação manual <strong>de</strong> cobertura).<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: a operação <strong>de</strong> adubação, anterior ao plantio, feita<br />

rapi<strong>da</strong>mente, permite o plantio com umi<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>. Além disso, tratores menores<br />

são capazes <strong>de</strong> tracioná-la, e, on<strong>de</strong> o terreno é aci<strong>de</strong>ntado e o trator entra com a gra<strong>de</strong>, é<br />

viável usar este equipamento. É mais eficiente que o equipamento comercial e similar, <strong>de</strong><br />

2 linhas, que alguns produtores compraram e verificaram que não suporta o peso do<br />

adubo, retorcendo os suportes. A engrenagem cria<strong>da</strong> nessa inovação propiciou a<br />

dosagem <strong>de</strong>man<strong>da</strong><strong>da</strong> pela cultura do fumo, em maior quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> do que a semeadora<br />

original po<strong>de</strong> realizar.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: não prejudica a adubação, mas como a<br />

semeadora tem que ser a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> para apenas adubar, 2 linhas <strong>de</strong> adubo distribuem<br />

sobre a linha <strong>de</strong> plantio <strong>de</strong> fumo. Embora não seja problema, está procurando a<strong>da</strong>ptá-la<br />

<strong>de</strong> tal forma que apenas 1 cordão <strong>de</strong> adubo caia sobre a linha que formará o camaleão<br />

para plantio. Requer limpeza com água sob pressão e secamento a<strong>de</strong>quado <strong>da</strong> máquina<br />

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após seu uso, pois todo o mecanismo é <strong>de</strong> metal, po<strong>de</strong>ndo sofrer rápi<strong>da</strong> corrosão pelo<br />

adubo. Ultimamente, está difícil obter semeadoras sucatea<strong>da</strong>s, o que leva à necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> buscá-las no Norte do Paraná ou no Mato Grosso do Sul, se o fumo voltar a<br />

apresentar preços lucrativos para o agricultor.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: existem produtores <strong>de</strong> fumo que compram o equipamento,<br />

geralmente, em grupos <strong>de</strong> 4 ou 5 agricultores, com, em média, 60 mil pés ca<strong>da</strong> um. A cultura<br />

<strong>de</strong> fumo é, normalmente, rentável para agricultores <strong>familiar</strong>es, existindo inclusive um bom<br />

número <strong>de</strong> arren<strong>da</strong>tários fumicultores que sobrevivem com arren<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> áreas bem<br />

pequenas. Já ven<strong>de</strong>u 15 adubadoras e possui encomen<strong>da</strong> <strong>de</strong> outros 4 equipamentos<br />

para 2005. O preço do equipamento é <strong>de</strong> R$ 3.000,00, com garantia <strong>de</strong> 2 anos.<br />

Figura 94 - Vista <strong>da</strong> adubadora <strong>de</strong> fumo e seus discos<br />

enleiradores<br />

Figura 95 - Depósito <strong>de</strong> adubo e mecanismos dosadores<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: CALCARIADORA À TRAÇÃO ANIMAL<br />

Nome do inventor: Francisco Brudnick.<br />

Profissão do inventor: ferreiro e serralheiro.<br />

Local: Bairro Água Branca (Ferraria), CEP: 83900-000, São Mateus do Sul, PR.<br />

Telefone para contato: (42) 99635248<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: há cerca <strong>de</strong> oito anos, os técnicos locais <strong>da</strong> Emater Claus e Eloir<br />

procuraram a ferraria em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> agricultores localizados em terrenos<br />

aci<strong>de</strong>ntados.<br />

Fabricante: o próprio Francisco Brudnick.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: não foi requeri<strong>da</strong>.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: o <strong>de</strong>pósito <strong>da</strong> calcariadora tem capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

para 500 kg com 1,50 m <strong>de</strong> comprimento e 0,55 m <strong>de</strong> largura. Possui 2 ro<strong>da</strong>s laterais,<br />

sendo que uma <strong>de</strong>las aciona um eixo interno, que, por sua vez, movimenta o calcário e<br />

permite sua distribuição pela parte inferior e perfura<strong>da</strong> do <strong>de</strong>pósito. O eixo metálico tem<br />

diâmetro <strong>de</strong> 0,04 m e 1,40 m <strong>de</strong> comprimento e nele são sol<strong>da</strong>dos 4 arames <strong>de</strong> 9 mm <strong>de</strong><br />

diâmetro, com o mesmo comprimento do eixo, mas a 30 mm <strong>de</strong> distância <strong>de</strong>ste. Sobre a<br />

base perfura<strong>da</strong> do <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong>sloca-se, na direção horizontal, 1 chapa metálica, também<br />

perfura<strong>da</strong>, a qual permite regular o volume <strong>de</strong> calcário aplicado pela máquina. As ro<strong>da</strong>s<br />

são metálicas, com 0,64 m <strong>de</strong> diâmetro, e fabrica<strong>da</strong>s na própria ferraria. É tracionado<br />

normalmente por dois cavalos.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: permite aplicar diferentes dosagens <strong>de</strong> calcário e<br />

opera em áreas com <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> acentua<strong>da</strong>.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: os problemas inicialmente ocorridos foram<br />

superados. Por exemplo, i<strong>de</strong>ntificou-se que a ro<strong>da</strong>-guia, muitas vezes, dificultava a<br />

operação ao arrastar o solo (não girava), e, por isso, as últimas máquinas foram feitas<br />

apenas com o cabeçalho. A calcariadora exige limpeza após o seu uso, pois os restos <strong>de</strong><br />

calcário po<strong>de</strong>m corroer o mecanismo <strong>de</strong> distribuição, além <strong>de</strong> outras peças metálicas.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: é um equipamento a<strong>de</strong>quado para a Agricultura<br />

Familiar. Ultimamente, a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por esse tipo <strong>de</strong> equipamento vem se reduzindo,<br />

talvez porque muitos agricultores adquiriram pequenos tratores e não têm utilizado tração<br />

animal nos terrenos mais aci<strong>de</strong>ntados ou por não mais ter havido apoio para sua<br />

aquisição. As calcariadoras sempre foram financia<strong>da</strong>s por programas governamentais e<br />

adquiri<strong>da</strong>s por pequenos grupos <strong>de</strong> produtores. Aproxima<strong>da</strong>mente 50 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s foram<br />

vendi<strong>da</strong>s, principalmente para os municípios <strong>de</strong> Antônio Olinto, Bituruna, Paulo Frontin e<br />

Paula Freitas. O custo <strong>da</strong> calcaria<strong>de</strong>ira está em torno <strong>de</strong> R$ 600,00 (a incorporação do<br />

calcário é feita com gra<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes rústicas, <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou <strong>de</strong> cantoneiras).<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: CARIJO PARA SECAGEM DE ERVA-MATE E PLANTAS MEDICINAIS<br />

Nome do inventor: Olivo Pontes Gonçalves.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Faxinal dos Ribeiros, Quinhão 1G, CEP: 86170-000, Pinhão, PR.<br />

Telefone para contato: (42) 3677-1749 (Cresol)/Edson <strong>de</strong> Moraes Gonçalves (filho)<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Estado <strong>de</strong> origem do produtor, esse tipo <strong>de</strong><br />

carijo é bastante comum. O senhor Olivo instalou-o há três anos.<br />

Fabricante: o próprio senhor Olivo.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: não parece ser viável, por ser um conhecimento tradicional, embora<br />

apresente potencial, se a<strong>da</strong>ptado, para uso por outros produtores que <strong>de</strong>man<strong>da</strong>m secagem<br />

<strong>de</strong> outros produtos, especialmente <strong>de</strong> plantas medicinais.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: apenas abrindo um buraco no barranco já se<br />

faz a fornalha que recebe e queima a lenha. Sobre esse buraco se coloca uma chapa <strong>de</strong><br />

latão que vai transmitir o calor para uma ban<strong>de</strong>ja sobre ele. No caso, nem há pare<strong>de</strong>s<br />

protetoras. Um <strong>de</strong>talhe especial e que valoriza a inovação é uma valeta com inclinação<br />

<strong>de</strong> 30 graus que solta a fumaça entre 4 e 5 metros <strong>da</strong> fornalha. A cobertura é feita <strong>de</strong><br />

esteira <strong>de</strong> taquara, para aju<strong>da</strong>r a reter o calor, o que po<strong>de</strong> ser aperfeiçoado sem aumento<br />

significativo <strong>de</strong> custo. A ban<strong>de</strong>ja <strong>de</strong> suporte possui 1 x 1 m. O carijo ren<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 15 kg<br />

<strong>de</strong> erva soca<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong> 60 kg <strong>de</strong> erva ver<strong>de</strong>, num curto espaço <strong>de</strong> tempo.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: muito prático e simples, tem a característica especial<br />

<strong>de</strong> secar sem fumaça, a qual altera o sabor <strong>da</strong> erva-mate. Para uso na secagem <strong>de</strong><br />

plantas medicinais é fun<strong>da</strong>mental evitar o contato com a fumaça.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: se não limpar bem as folhas secas, há perigo<br />

<strong>de</strong> pegar fogo na próxima operação. Em virtu<strong>de</strong> do local <strong>de</strong> sua instalação, só po<strong>de</strong> ser<br />

usado em dias sem chuva.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o custo é muito baixo. Se forem usados tijolos, o custo<br />

máximo fica em torno <strong>de</strong> R$ 100,00.<br />

Figura 96 - Vista frontal do carijo para secagem <strong>da</strong> erva-mate<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: CENTRÍFUGA DE MEL<br />

Nome do inventor: Nicolau Laty.<br />

Profissão do inventor: agricultor e serralheiro aposentado.<br />

Local: Rua Genauro Pacheco Gomes, Casa 16, CEP: 85155-000, Inácio Martins, PR.<br />

Telefone para contato: (42) 3667-1132<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: o filho produzia e comercializava mel e trazia as preocupações dos<br />

<strong>de</strong>mais produtores com quem mantinha relações comerciais. Há 6 anos, trouxe para o pai<br />

um mo<strong>de</strong>lo antigo <strong>de</strong> centrífuga, a partir <strong>da</strong> qual o senhor Nicolau <strong>de</strong>senvolveu seus<br />

primeiros protótipos, até chegar ao equipamento atual, o qual julga aten<strong>de</strong>r totalmente à<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos produtores <strong>de</strong> mel. A centrífuga retira fácil e completamente o mel dos<br />

favos, com eficiência superior aos equipamentos industriais, os quais também têm sido<br />

modificados por ele, visando ao melhor <strong>de</strong>sempenho (um comerciante local adquiriu, há 2<br />

anos, um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> centrífugas comerciais, mas logo nas primeiras ven<strong>da</strong>s os<br />

produtores reclamaram, só sendo possível ven<strong>de</strong>r o restante após o senhor Nicolau<br />

modificá-las totalmente, aproveitando apenas o tambor).<br />

Fabricante: somente o senhor Nicolau, pois as máquinas existentes no mercado, segundo ele,<br />

não funcionam a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente, quebrando os favos e não retirando todo o mel possível.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: não foi requeri<strong>da</strong>, embora seja urgente proteger a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

intelectual nesse caso, pois os mecanismos criados pelo senhor Nicolau po<strong>de</strong>m ser<br />

requeridos pela indústria. É claro, também, há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma parceria com a<br />

indústria, <strong>de</strong> forma a proteger o seu trabalho criativo e que disponibilize sua invenção<br />

para um público mais amplo.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: com pequeno esforço, gira-se manualmente a<br />

polia (<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira) com 28 cm <strong>de</strong> diâmetro, a qual transmite a rotação para outra polia,<br />

menor (diâmetro <strong>de</strong> 5 cm), por meio <strong>de</strong> correia, e fixa<strong>da</strong> no eixo <strong>da</strong> centrífuga. Segundo o<br />

inventor, o diâmetro <strong>da</strong> polia aciona<strong>da</strong> manualmente é maior em comparação ao <strong>da</strong>quela<br />

usa<strong>da</strong> nas centrífugas comerciais, constituindo essa característica um dos diferenciais<br />

importantes <strong>da</strong> inovação. O <strong>de</strong>pósito <strong>da</strong> centrífuga é construído aproveitando-se tambores<br />

<strong>de</strong> latão, os quais são cortados <strong>de</strong> modo a se obter um cilindro <strong>de</strong> 60 cm <strong>de</strong> altura. O<br />

<strong>de</strong>pósito possui 3 apoios laterais e uma altura em relação ao solo <strong>de</strong> 38 cm. No interior do<br />

<strong>de</strong>pósito é encaixa<strong>da</strong> uma estrutura metálica vaza<strong>da</strong>, com forma prismática e 50 cm <strong>de</strong><br />

altura por 35 cm <strong>de</strong> lado. Sua função é suportar os caixilhos <strong>de</strong> mel no <strong>de</strong>pósito durante o<br />

movimento <strong>de</strong> rotação. Segundo o inventor, a forma prismática operando <strong>de</strong>ntro do cilindro<br />

resulta em melhor ventilação e ação <strong>da</strong> força centrífuga para retira<strong>da</strong> do mel, sem quebrar<br />

os favos. Cabe <strong>de</strong>stacar que o equipamento comercial modificado pelo inventor vem <strong>de</strong><br />

fábrica com estrutura cilíndrica, acompanhando o formato do <strong>de</strong>pósito e, segundo ele, retira<br />

73


menos mel e, muitas vezes, quebra o favo. Após a centrifugação, o mel retirado dos favos<br />

escorre até a parte inferior do <strong>de</strong>pósito, on<strong>de</strong> é <strong>de</strong>scarregado, por meio <strong>de</strong> uma abertura,<br />

em latas <strong>de</strong> 18 litros (equivalente a cerca <strong>de</strong> 25 kg <strong>de</strong> mel). A centrífuga comporta 8<br />

caixilhos (<strong>de</strong> 48 cm <strong>de</strong> altura por 15 cm <strong>de</strong> comprimento), que são processados em 15<br />

minutos, incluindo a troca <strong>de</strong> lado dos caixilhos, para retira<strong>da</strong> total do mel. É razoável<br />

estimar em 6 litros <strong>de</strong> mel em ca<strong>da</strong> centrifuga<strong>da</strong> <strong>de</strong> 8 caixilhos. O equipamento <strong>de</strong> fábrica<br />

vem com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para 16 caixilhos, mas é modificado pelo senhor Nicolau para 12<br />

caixilhos (3 em ca<strong>da</strong> lado do prisma).<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: a <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acionamento e a maior<br />

eficiência na retira<strong>da</strong> do mel, aumentando e qualificando o produto, são as características<br />

principais <strong>de</strong>sse equipamento. A limpeza e a colocação <strong>de</strong> graxa no rolamento <strong>da</strong> polia<br />

são procedimentos simples <strong>de</strong> manutenção.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: o senhor Nicolau diz que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 6 anos<br />

<strong>de</strong> aperfeiçoamentos, a centrífuga produzi<strong>da</strong> atualmente é perfeita. Nem mesmo a<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> instalar um motorzinho parece ser atrativa para esse equipamento, tão<br />

eficiente quanto prático para movimentar.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: a centrífuga é comercializa<strong>da</strong> pelo inventor por<br />

R$ 300,00, o que representa um valor baixo e acessível para os pequenos produtores <strong>de</strong><br />

mel. Não há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma centrífuga por produtor, pois po<strong>de</strong> ser compra<strong>da</strong> por<br />

pequenos grupos.<br />

74


Figura 97 - Detalhe do caixilho (esquer<strong>da</strong>) e do cilindro <strong>da</strong> centrífuga com polia <strong>de</strong> acionamento manual (direita)<br />

Figura 98 - Cilindro <strong>da</strong> centrífuga com suporte prismático<br />

dois caixilhos<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: DEFUMADOR À LENHA<br />

Nome do inventor: Sergio Cláudio Schafranski.<br />

Profissão do inventor: industrial <strong>da</strong> carne.<br />

Local: Rua Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Guarapuava, 1.032, CEP: 84.400-000, Pru<strong>de</strong>ntópolis, PR.<br />

Telefone para contato: (42) 3446-1767<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: já trabalha com <strong>de</strong>fumados há 25 anos. Em 2004, com o apoio <strong>da</strong><br />

Emater e do Paraná 12 Meses, construiu uma série <strong>de</strong> seis <strong>de</strong>fumadores <strong>de</strong> alvenaria,<br />

com controle <strong>de</strong> fechamento <strong>da</strong> chaminé e porta totalmente isola<strong>da</strong> e hermética.<br />

Fabricante: construído pelo próprio senhor Sergio.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: não foi solicita<strong>da</strong>; talvez possa ser interessante para garantir certas<br />

características <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>fumador.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alvenaria possui 2,5 m <strong>de</strong><br />

comprimento por 1,2 m <strong>de</strong> largura e apresenta uma cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> central, por on<strong>de</strong> se coloca a<br />

lenha ou o carvão para queimar. A temperatura no <strong>de</strong>fumador varia <strong>de</strong> 40 a 75°C,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo <strong>de</strong> carne a ser <strong>de</strong>fuma<strong>da</strong>. Alguns produtos requerem 4 horas <strong>de</strong> fumaça<br />

para preparo, enquanto outros, mais <strong>de</strong> 36 horas. Importante <strong>de</strong>stacar o uso <strong>de</strong> 1 porta com<br />

2 cama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> alumínio e intercala<strong>da</strong> por lã <strong>de</strong> vidro, para isolar a câmara interna do<br />

ambiente externo. Uma laje sustenta a chaminé, que é construí<strong>da</strong> bem no centro, fechandose<br />

gra<strong>da</strong>tivamente por tijolo e, no final, por metal, com possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> abrir ou fechar,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> temperatura obti<strong>da</strong>. Atualmente, as carnes são fixa<strong>da</strong>s em vigas<br />

transversais, sobre o fogo, a altura variável. No futuro, adquirindo-se vagonetes, as carnes<br />

serão coloca<strong>da</strong>s do lado <strong>de</strong> fora, empurrando os vagonetes para <strong>de</strong>ntro do <strong>de</strong>fumador. Do<br />

lado externo, monitora-se a temperatura, por meio <strong>de</strong> um termômetro com sensor interno.<br />

Ca<strong>da</strong> módulo do <strong>de</strong>fumador tem capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para 170 kg <strong>de</strong> carne <strong>de</strong>fuma<strong>da</strong>.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: a eficiência e a uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fumação e <strong>de</strong> assar<br />

parcialmente as carnes são, segundo o inovador, incomparavelmente melhores em relação<br />

aos <strong>de</strong>fumadores <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira tradicionalmente usados. A exigência <strong>de</strong> manutenção<br />

restringe-se à limpeza <strong>da</strong> cinza antes <strong>da</strong> reposição <strong>da</strong> lenha e <strong>da</strong>s carnes. Após mais <strong>de</strong><br />

um ano <strong>de</strong> funcionamento, não foi necessária a limpeza <strong>da</strong> chaminé. A <strong>de</strong>fumação<br />

natural, por meio <strong>da</strong> lenha e do carvão, confere um sabor característico e muito agradável<br />

ao pala<strong>da</strong>r. Essa porta especial evita a dispersão <strong>de</strong> calor que ocorria com a porta <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira. Na chaminé, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> temperatura, controla-se a abertura por on<strong>de</strong><br />

saem a fumaça e o ar aquecido. Em <strong>de</strong>fumadores tradicionais é mais difícil o trabalho,<br />

pois <strong>de</strong>man<strong>da</strong>m muita movimentação <strong>da</strong> carne para se obter uma <strong>de</strong>fumação uniforme.<br />

76


Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: as restrições para o consumo <strong>de</strong> lenha<br />

exigem avaliações <strong>de</strong> materiais alternativos, tais como serragem e maravalha.<br />

Atualmente, o metro cúbico <strong>de</strong> lenha custa R$ 30,00, e o carvão também teve seu preço<br />

majorado acentua<strong>da</strong>mente. Durante o funcionamento do <strong>de</strong>fumador, o observador <strong>de</strong>ve<br />

verificar o processo em intervalos <strong>de</strong> 30 a 40 minutos, o que não chega a constituir um<br />

problema, uma vez que é uma exigência <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Para operações noturnas, a<br />

<strong>de</strong>fumação <strong>de</strong>ve ser planeja<strong>da</strong> <strong>de</strong> tal forma que a energia (quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lenha) e,<br />

conseqüentemente, a temperatura <strong>de</strong>seja<strong>da</strong> não atinjam valores extremos que<br />

comprometam a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> carne, embora muitas vezes se faça necessário avaliar o<br />

processo durante a madruga<strong>da</strong>.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o senhor Sérgio possui uma indústria <strong>de</strong> <strong>de</strong>fumados e<br />

também os ven<strong>de</strong> no seu açougue anexo, além <strong>de</strong> processar gran<strong>de</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

carne para supermercados e açougues <strong>da</strong> região. Assim, o seu exemplo serve para<br />

pequenos grupos <strong>de</strong> agricultores <strong>familiar</strong>es, os quais po<strong>de</strong>riam construir, inicialmente,<br />

apenas um módulo do <strong>de</strong>fumador, com base na experiência do inovador e com o apoio<br />

<strong>da</strong> Emater e do governo (a maior parte do custo ele está pagando ain<strong>da</strong>, em parcelas).<br />

Ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong> seus seis <strong>de</strong>fumadores custa em torno <strong>de</strong> R$ 1.500,00.<br />

Figura 99 - Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fumação com carnes prontas para o processamento (esquer<strong>da</strong>) e conjunto <strong>de</strong> várias uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

com <strong>de</strong>staque para as chaminés individuais (direita)<br />

77


Nome <strong>da</strong> inovação: TANQUE DE ESTERILIZAÇÃO DE VIDROS E COZIMENTO DE MINI-<br />

PEPINOS E DOCES<br />

Nome do inventor: Wilson José Stecki (participou <strong>da</strong> entrevista a senhora Ilze Stecki,<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Associação).<br />

Profissão do inventor: produtor <strong>de</strong> fumo e hortaliças.<br />

Local: Associação Agroleão, Cerro do Leão, CEP: 84630-000, Paula Freitas, PR.<br />

Telefone para contato: (42) 3562 1475<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: numa excursão à Canoinhas/SC, observou-se um esterilizador a<br />

gás e <strong>de</strong>cidiu-se construir um similar, em 2000, contudo, usando lenha como fonte <strong>de</strong><br />

calor, <strong>de</strong>vido à sua disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. As primeiras produções <strong>de</strong> conservas<br />

foram envasa<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> esteriliza<strong>da</strong>s e cozi<strong>da</strong>s em panelas. Atualmente, a<br />

Associação cumpre contrato importante com uma empresa <strong>de</strong> alimentos <strong>de</strong> São José dos<br />

Pinhais, que fornece os vidros e os insumos, como sal e vinagre apropriados.<br />

Fabricantes: o tanque <strong>de</strong> aço inox e a cesta que abriga os vidros foram fabricados por<br />

indústrias metalúrgicas <strong>de</strong> União <strong>da</strong> Vitória. A estrutura <strong>de</strong> alvenaria do tanque, o forno e<br />

os dutos <strong>de</strong> calor e fumaça foram construídos pelo senhor Wilson.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: não foi requeri<strong>da</strong>, e há dúvi<strong>da</strong>, pelo inovador, se há algum direito a<br />

ser preservado.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: constituído por um tanque <strong>de</strong> aço inox <strong>de</strong> 1,5 m<br />

<strong>de</strong> comprimento por 1,0 m <strong>de</strong> largura e 1 m <strong>de</strong> altura, fixado em estrutura <strong>de</strong> alvenaria com<br />

área total <strong>de</strong> 2,0 por 1,3 m, sendo sua base reforça<strong>da</strong> com chapa <strong>de</strong> ferro fundido para<br />

suportar o peso durante o cozimento, sempre em banho-maria, <strong>de</strong> até 200 vidros <strong>de</strong><br />

tamanho convencional para conserva, com cerca <strong>de</strong> 600 g ca<strong>da</strong>. A estrutura que suporta<br />

os vidros também é <strong>de</strong> aço inox, para evitar o enferrujamento <strong>de</strong>vido ao contato prolongado<br />

com água quente. A estrutura é movimenta<strong>da</strong> por meio <strong>de</strong> 1 rol<strong>da</strong>na e 1 corrente, apoia<strong>da</strong>s<br />

no teto <strong>da</strong> sala, visando facilitar as operações <strong>de</strong> imersão e a retira<strong>da</strong> <strong>de</strong>ssa estrutura,<br />

cheia com vidros, <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do tanque. O ar quente, produzido por um forno externo,<br />

circula sob o tanque em dutos <strong>de</strong> alvenaria, aquecendo a água <strong>de</strong> esterilização ou<br />

cozimento. A fumaça resultante do aquecimento <strong>da</strong> água não circula <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> sala <strong>de</strong><br />

esterilização, e são utilizados exaustores para a<strong>de</strong>quar a temperatura interna, para evitar<br />

que a fumaça entre <strong>de</strong> fora. No período <strong>de</strong> uso mais intenso, especialmente <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> pepino especial, são esterilizados 1.200 vidros cozidos por dia, incluindo carga,<br />

<strong>de</strong>scarga e uma ou duas trocas diárias <strong>de</strong> água. Para esterilização, a temperatura <strong>de</strong>ve ser<br />

<strong>de</strong> 150°C, permanecendo ca<strong>da</strong> carga <strong>de</strong> 200 vidros por uma hora <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> água. Já no<br />

caso do cozimento, a temperatura exigi<strong>da</strong> é menor, e o tempo varia entre 30 e 40 minutos,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> o produto ser fruta ou pepino especial.<br />

78


Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: sem o tanque, seria impossível aten<strong>de</strong>r e cumprir o<br />

contrato durante o período <strong>de</strong> produção, e os produtores ganhariam muito pouco pelo<br />

pepino e por outros produtos. Vale <strong>de</strong>stacar que muitos jovens e mulheres <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

trabalham temporariamente na agroindústria durante o período <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> mais intensa,<br />

melhorando significativamente a ren<strong>da</strong> <strong>familiar</strong>.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: geralmente, os homens estão trabalhando na<br />

colheita ou em outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo, e alguns <strong>de</strong>les precisam comparecer para<br />

fazer a colocação e a retira<strong>da</strong> <strong>da</strong> estrutura com vidros, a qual fica muito pesa<strong>da</strong>, apesar<br />

<strong>da</strong> rol<strong>da</strong>na. É preciso melhorar o sistema <strong>de</strong> movimentação <strong>da</strong> estrutura, <strong>de</strong> modo a<br />

facilitar essas operações. Foi necessário reforçar a estrutura <strong>de</strong> alvenaria após a primeira<br />

safra em uso.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: somente por financiamento ou subsídio <strong>de</strong> governo (no<br />

caso, foram recursos do Paraná 12 Meses e <strong>da</strong> Fábrica do Produtor) é possível viabilizar<br />

uma agroindústria como essa para associações <strong>de</strong> produtores. A agroindústria possui um<br />

gran<strong>de</strong> salão, outras salas menores anexas e todo equipamento <strong>de</strong>man<strong>da</strong>do (a Associação<br />

ain<strong>da</strong> está pagando parcelas <strong>de</strong> parte do recurso investido). A estrutura <strong>de</strong> inox custa<br />

aproxima<strong>da</strong>mente R$ 600,00, e o tanque <strong>de</strong> inox custou cerca <strong>de</strong> R$ 1.200,00.<br />

Informações complementares:<br />

- a falta <strong>de</strong> balança eletrônica induz a colocar no vidro uma maior quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produto,<br />

para não haver dúvi<strong>da</strong>s quanto ao peso mínimo do conteúdo, já que a balança pequena<br />

usa<strong>da</strong> não oferece a precisão <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>;<br />

- por não ter câmara fria, to<strong>da</strong> a produção tem que ser processa<strong>da</strong> no dia <strong>de</strong> colheita,<br />

exigindo entrar pela madruga<strong>da</strong> para cumprir as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s;<br />

- autoclave e fogão industrial são outros equipamentos planejados para melhorar o<br />

processamento;<br />

- no campo, os produtores trabalham sem irrigação, o que aumentará a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

quando viabiliza<strong>da</strong>;<br />

- quando a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> supera a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> do tanque <strong>de</strong> esterilização, os vidros também<br />

são trabalhados em 3 cubas em seqüência <strong>de</strong> solução 12% <strong>de</strong> hipoclorito, enxágüe e<br />

escorrimento;<br />

- atualmente, possuem um lavador tubular industrial para limpeza do pepino e <strong>de</strong> outros<br />

produtos que chegam <strong>da</strong> roça e, também, outro equipamento adquirido para <strong>de</strong>scascar<br />

beterraba e cebola. No início, lavavam os mini-pepinos e outros legumes e tubérculos<br />

com buchinhas individuais, <strong>da</strong>quelas <strong>de</strong> limpar as pontas dos <strong>de</strong>dos e unhas;<br />

- todos esses itens evi<strong>de</strong>nciam a árdua luta <strong>da</strong> Associação, mas <strong>de</strong>monstram o que é<br />

possível almejar e conseguir com trabalho solidário, que a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> Cerro do Leão faz<br />

questão <strong>de</strong> mostrar, abrindo todo conhecimento adquirido para quem <strong>de</strong>sejar, muito além<br />

<strong>de</strong> divulgar somente o esterilizador ou outro equipamento existente.<br />

79


Figura 100 - Tanque em aço inox sobre estrutura <strong>de</strong> alvenaria (esquer<strong>da</strong>) e estrutura em inox para colocação dos vidros e<br />

suspensa por rol<strong>da</strong>na e talha (direita)<br />

Figura 101 - Estruturas <strong>de</strong> movimentação e lavagem <strong>de</strong> vidros (esquer<strong>da</strong>) e fornalha para aquecimento <strong>da</strong> água (direita)<br />

80


Nome <strong>da</strong> inovação: LAVADOR DE LEGUMES, TUBÉRCULOS E COGUMELO DOSOL<br />

Nome do inventor: idéia original <strong>de</strong> Emmanuel Sanchez, que <strong>de</strong>senvolveu inicialmente<br />

em ma<strong>de</strong>ira, tendo sido a<strong>da</strong>ptado posteriormente, pelo senhor Romualdo Furlan, que<br />

foi entrevistado.<br />

Profissão do inventor: servidor público aposentado e, atualmente, produtor <strong>de</strong> hortaliças.<br />

Local: Rua João Otávio Neto 10, Bairro Bom Sucesso, CEP: 85045-060, Guarapuava, PR.<br />

Telefone para contato: (42) 3624-2850<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: o senhor Romualdo conheceu, em 2003, o equipamento <strong>de</strong>senvolvido<br />

por Emmanuel para lavagem <strong>de</strong> cogumelo-do-sol e, por incentivo <strong>de</strong>ste e com o apoio <strong>de</strong><br />

um serralheiro, aperfeiçoou o equipamento em 2004.<br />

Fabricante: só foi produzido um equipamento.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: na<strong>da</strong> foi encaminhado, mas, para esse equipamento, parece<br />

interessante requerer a proteção após a realização <strong>de</strong> testes com legumes e tubérculos,<br />

po<strong>de</strong>ndo vir a ser fabricado em parceria com alguma indústria.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: trata-se <strong>de</strong> uma ban<strong>de</strong>ja metálica com fundo<br />

perfurado (peneira), on<strong>de</strong> o material vegetal a ser lavado é disposto, a qual recebe<br />

movimento <strong>de</strong> oscilação por meio <strong>de</strong> 1 alavanca fixa<strong>da</strong> a 1 eixo excêntrico ("canhoto",<br />

segundo o inventor). Tal movimento é gerado por um motor elétrico <strong>de</strong> 0,5 Hp e 2 polias<br />

aciona<strong>da</strong>s por correias. O material vegetal é borrifado com água durante a movimentação<br />

<strong>da</strong> ban<strong>de</strong>ja por meio <strong>de</strong> 2 barras <strong>de</strong> pulverização dispostas acima <strong>de</strong>la, com 6 bicos comuns<br />

<strong>de</strong> pulverizador em ca<strong>da</strong> barra. A pressão para lavagem é gera<strong>da</strong> por 1 compressor<br />

comum para lavagem <strong>de</strong> pisos. Em geral, faz-se uma primeira lavagem com uma<br />

mangueira e bico tipo regador para retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> material mais grosseiro, e nas <strong>de</strong>mais se<br />

utiliza a barra <strong>de</strong> pulverização. O processo inicialmente adotado para lavagem limitou-se<br />

à instalação <strong>de</strong> 3 torneiras comuns com 3 pessoas trabalhando em pé em uma pia<br />

compri<strong>da</strong> para lavagem manual dos produtos. Em segui<strong>da</strong>, evoluiu para o uso <strong>de</strong> 3 bicos<br />

<strong>de</strong> pulverização, na mesma pia compri<strong>da</strong>, conectados a uma mangueira embuti<strong>da</strong><br />

na pare<strong>de</strong> e a um compressor. Essa solução reduziu o consumo <strong>de</strong> água, tem baixo<br />

custo e facilitou o trabalho, mostrando ser uma boa alternativa para pequenas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> processamento.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: embora o equipamento esteja pronto, poucos testes<br />

foram realizados até o momento e nem mesmo com cogumelo seu <strong>de</strong>sempenho pô<strong>de</strong><br />

ser avaliado.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: apesar do pouco uso, acredita-se que, para o<br />

cogumelo, é necessária uma proteção para evitar <strong>da</strong>nos no produto nas bor<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

81


peneira metálica. Da mesma forma, se usado com cenoura, beterraba, batata, batatadoce,<br />

mandioquinha, cenoura, etc., será necessário avaliar a eficiência <strong>de</strong> limpeza e o<br />

atrito resultante <strong>da</strong> oscilação entre o material vegetal e a peneira metálica.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o equipamento tem um custo aproximado <strong>de</strong> R$ 800,00,<br />

usando materiais novos, mas é muito prático e apropriado para lavar a produção <strong>familiar</strong><br />

<strong>de</strong> legumes. Estruturas <strong>de</strong> lavagem com bicos <strong>de</strong> pulverização como esta merecem ser<br />

divulga<strong>da</strong>s junto a produtores do Estado do Paraná, uma vez que é comum a adoção <strong>de</strong><br />

procedimentos manuais <strong>de</strong> lavagem, os quais são <strong>de</strong>morados, penosos, consomem<br />

muita água e, por conseqüência, tornam-se caros, inviabilizando projetos agroindustriais<br />

voltados a este público.<br />

Figura 102 - Vista geral do lavador <strong>de</strong> legumes com <strong>de</strong>staque<br />

para a ban<strong>de</strong>ja metálica, bico regador com<br />

mangueira para lavagem inicial e bicos<br />

pulverizadores<br />

Figura 103 - Sistema <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> movimento<br />

oscilatório para a ban<strong>de</strong>ja<br />

Figura 104 - Compressor comum usado para gerar pressão<br />

para lavagem dos legumes<br />

82


Nome <strong>da</strong> inovação: MONGE SIMPLES DE PVC<br />

Nome do inventor: Camilo Witte.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Chácara <strong>da</strong>s Araucárias, Vila Cal<strong>da</strong>s, CEP: 851700-000, Pinhão, PR.<br />

Telefone para contato:<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: o senhor Camilo fez o monge simples, em 2001, sem ter visto<br />

outros semelhantes. Também é sempre visitado para mostrar o monge.<br />

Fabricante: não há fabricantes industriais.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: aparentemente não há o que proteger, pois é uma técnica tradicional.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: após a construção do aterro para a barragem,<br />

inicia-se a instalação do monge abrindo-se uma valeta, próxima ao fundo do tanque,<br />

on<strong>de</strong> é colocado um tubo <strong>de</strong> 100 mm <strong>de</strong> diâmetro e comprimento suficiente para atingir o<br />

outro lado <strong>da</strong> barragem (no caso, com 6 m). Na extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> do tubo que fica no lado <strong>de</strong><br />

fora do tanque é instala<strong>da</strong> uma curva para fixar outro tubo vertical, também <strong>de</strong> 100 mm<br />

<strong>de</strong> diâmetro e com até 2 m <strong>de</strong> comprimento, o qual é fixado por um palanque <strong>de</strong> mesma<br />

altura, <strong>de</strong> modo a ficar acima do nível <strong>da</strong> água do tanque. Ao girar o tubo vertical, a água<br />

do tanque começa a escoar por ele quando seu nível fica acima <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do tubo.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: o controle <strong>de</strong> saí<strong>da</strong> se dá fora do tanque, sem<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> o operador entrar na água.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: a facili<strong>da</strong><strong>de</strong> para esgotar o tanque propicia a<br />

ação <strong>de</strong> vân<strong>da</strong>los.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: seu custo é baixo e <strong>de</strong> fácil construção, exigindo<br />

apenas a compra <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong> PVC. Às vezes, po<strong>de</strong> entupir parcialmente, especialmente<br />

nas curvas, mas alguns movimentos feitos a partir <strong>da</strong> boca externa são suficientes para<br />

liberar todos os resíduos.<br />

83


Figura 105 - Vistas do monge com tubo <strong>de</strong> PVC, à esquer<strong>da</strong>, palanque <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira como suporte do tubo no lado <strong>de</strong> fora<br />

do tanque e, à direita, extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> superior do tubo com barragem ao fundo<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: PICADOR DE PLANTAS MEDICINAIS<br />

Nome do inventor: Clei<strong>de</strong> Maria Batista (entrevista<strong>da</strong>).<br />

Profissão do inventor: produtores <strong>de</strong> horta e plantas medicinais.<br />

Local: Sítio no Alto Turvo, Rua Expedicionários, Casa 916, CEP: 85150-000, Turvo, PR.<br />

Telefone para contato: (42) 3642-1801 (casa <strong>da</strong> mãe <strong>de</strong> Clarice, na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>).<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: originalmente usado para picar forragem, provavelmente o picador<br />

foi trazido, há muitos anos, pelos colonos do RS ou <strong>de</strong> SC e resgatados para uso em<br />

plantas medicinais.<br />

Fabricantes: pequenas indústrias, com uma gran<strong>de</strong> polia <strong>de</strong> ferro fundido.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: ao a<strong>da</strong>ptar e aperfeiçoar o equipamento para plantas medicinais,<br />

será necessário informar se há patente já obti<strong>da</strong>.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: uma manivela aciona a polia, a qual possui<br />

cerca <strong>de</strong> 0,70 cm <strong>de</strong> diâmetro, além <strong>de</strong> duas lâminas <strong>de</strong> corte fixa<strong>da</strong>s com parafusos na<br />

região interna <strong>da</strong>quela. Ao ser aciona<strong>da</strong>, movimenta dois rolos, que puxam as plantas a<br />

serem corta<strong>da</strong>s sem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> empurrá-las com as mãos. Apenas uma pessoa<br />

abastece a canaleta, a qual possui 20 cm <strong>de</strong> abertura e mais ou menos 1,5 m <strong>de</strong><br />

comprimento até os rolos. Uma transmissão com duas engrenagens, aciona<strong>da</strong>s pelo<br />

mesmo eixo <strong>da</strong> polia, permite ajustar a veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentação do material a ser<br />

cortado. O tempo necessário para o corte <strong>de</strong> 100 kg <strong>de</strong> carqueja é <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente<br />

1 hora <strong>de</strong> operação, enquanto com tesoura o trabalho requer 1 dia <strong>de</strong> 2 pessoas. Para<br />

cavalinha o tempo é semelhante, e para capim-limão é ain<strong>da</strong> mais rápido.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: reduzido esforço <strong>de</strong> acionamento, pois a manivela e a<br />

polia movem-se com facili<strong>da</strong><strong>de</strong>; melhor uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> corte; maior produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

trabalho em relação ao corte tradicional com tesoura <strong>de</strong> mão.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: equipamento pesado (com mais <strong>de</strong> 100 kg) e<br />

<strong>de</strong> difícil movimentação. Requer cui<strong>da</strong>do na afiação <strong>da</strong>s lâminas e na regulagem <strong>da</strong><br />

entra<strong>da</strong> do material para que o corte ocorra sem <strong>da</strong>nificá-lo. É comum algumas espécies<br />

se esfiaparem, principalmente cavalinha e capim-limão. As lâminas são afia<strong>da</strong>s <strong>de</strong> um só<br />

lado (junto à entra<strong>da</strong>) ou, então, <strong>de</strong>sparafusa<strong>da</strong>s e leva<strong>da</strong>s à oficina. Alguns componentes<br />

têm <strong>de</strong> ser engraxados com regulari<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: muitos picadores similares a esse são ou foram utilizados<br />

no passado no corte <strong>de</strong> forrageiras para os bovinos, e não <strong>de</strong>ve ser difícil encontrá-los<br />

abandonados nas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou, ain<strong>da</strong>, como sucata. Parece evi<strong>de</strong>nte que alguns<br />

aperfeiçoamentos possam tornar muito práticos e acessíveis esses cortadores.<br />

85


Figura 106 - Canaleta <strong>de</strong> alimentação do material vegetal a ser cortado (esquer<strong>da</strong>) e polia <strong>de</strong> acionamento manual para corte (direita)<br />

Figura 107 - Lâminas <strong>de</strong> corte acopla<strong>da</strong>s à polia manual (esquer<strong>da</strong>) e material vegetal cortado e embalado (direita)<br />

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Figura 108 - Outro mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> picador a<strong>da</strong>ptado para corte<br />

<strong>de</strong> plantas medicinais<br />

Figura 109 - Sistema <strong>de</strong> transmissão do picador com engrenagem variável para regulagem <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentação<br />

do material vegetal (esquer<strong>da</strong>) e <strong>de</strong>talhe do rolo <strong>de</strong> alimentação do material a ser cortado (direita)<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: PULVERIZADOR TRAÇÃO MANUAL<br />

Nome dos inventores: José Paulo Knapki e Gilberto Knapki (entrevistados).<br />

Profissão dos inventores: industriais.<br />

Local: Rua Alfredo Metzler 480, CEP: 89400-000, Porto União, SC.<br />

Telefone para contato: (42) 3522-2789<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: em 1996, o senhor Aires Niedielski, produtor orgânico <strong>de</strong> hortaliças,<br />

solicitou um equipamento que viesse a facilitar a aplicação <strong>de</strong> infusões e cal<strong>da</strong>s utiliza<strong>da</strong>s<br />

na produção <strong>de</strong> alface, pepino e outros.<br />

Fabricante: a indústria Knapki, que produz e comercializa, em média, cerca <strong>de</strong> 150<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s por mês para vários Estados, sendo, atualmente, Minas Gerais um dos<br />

principais compradores.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: o referido equipamento já é <strong>de</strong> domínio público.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: apenas 1 pessoa puxa, <strong>de</strong> costas, as 2 barras<br />

<strong>de</strong> tração e movimenta a ro<strong>da</strong> <strong>de</strong> bicicleta, com 68 cm <strong>de</strong> diâmetro, a qual, por sua vez,<br />

aciona o pistão <strong>da</strong> bomba do pulverizador (Jacto) <strong>de</strong> 20 litros. A pressão gera<strong>da</strong> pela<br />

bomba alimenta a barra <strong>de</strong> pulverização <strong>de</strong> 3 m e com 6 bicos <strong>de</strong> baixa vazão.<br />

O pulverizador possui 2 transmissões por correntes e por engrenagens. O pulverizador<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong> cerca <strong>de</strong> 2 horas <strong>de</strong> trabalho para a pulverização <strong>de</strong> uma área <strong>de</strong> 1 ha,<br />

consi<strong>de</strong>rando um volume <strong>de</strong> 130 l/ha.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: o pulverizador po<strong>de</strong> operar em qualquer condição <strong>de</strong><br />

terreno on<strong>de</strong> o homem opera com o pulverizador costal, além <strong>de</strong> fazer pulverizações com<br />

qualquer tipo <strong>de</strong> cal<strong>da</strong>, seja para produção convencional, seja para orgânica. Invertendose<br />

a posição <strong>de</strong> tração (o homem é que empurra), faz-se a aplicação <strong>de</strong> herbici<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>ssecante em plantas <strong>de</strong> baixo porte, o que requer a a<strong>da</strong>ptação <strong>de</strong> protetor contra<br />

<strong>de</strong>riva. Outra evolução foi a criação do mecanismo, que permite dobrar o suporte <strong>da</strong> ro<strong>da</strong>,<br />

facilitando o transporte do equipamento (vale <strong>de</strong>stacar que todos os equipamentos<br />

fabricados são compactos ou dobráveis, sempre enviados por transportadora). A barra <strong>de</strong><br />

pulverização para café, com apenas um lado <strong>da</strong> linha, foi outra a<strong>da</strong>ptação interessante.<br />

Talvez possa também ser usa<strong>da</strong> ou a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> para várias frutíferas.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: durante os vários anos, o equipamento<br />

recebeu vários aperfeiçoamentos.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o custo final para o produtor é <strong>de</strong> R$ 700,00 ou cerca<br />

<strong>de</strong> R$ 500,00, caso possua um pulverizador costal em boas condições.<br />

88


Figura 110 - Vista do pulverizador em operação (esquer<strong>da</strong>) e do conjunto com as barras ergui<strong>da</strong>s (direita)<br />

Figura 111 - Vista posterior do pulverizador com as barras em posição <strong>de</strong> operação (esquer<strong>da</strong>) e com protetor contra<br />

<strong>de</strong>riva (direita)<br />

89


Nome <strong>da</strong> inovação: RISCADOR PARA AFOFAR O TERRENO DE CANTEIROS<br />

Nome do inventor: Romualdo Furlan.<br />

Profissão do inventor: servidor aposentado e agricultor.<br />

Local: Rua João Otávio Neto 10, Bairro Bom Sucesso, CEP: 85045-060, Guarapuava, PR.<br />

Telefone para contato: (42) 3624-2850<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: há dois anos, o senhor Romualdo <strong>de</strong>senvolveu este riscador a partir<br />

<strong>de</strong> uma visita a Porto União, on<strong>de</strong> um equipamento similar era tracionado por cavalo e,<br />

por isso, incompatível para pequenos canteiros.<br />

Fabricante: só há esse exemplar.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: é um equipamento simples, <strong>de</strong> uso em várias regiões e <strong>de</strong> domínio<br />

público.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: duas pessoas trabalham na operação, uma<br />

puxando um tubo <strong>de</strong> ½" por 1,50 m <strong>de</strong> comprimento, e a outra atrás, segurando outro<br />

tubo fixado a 90º em relação ao primeiro e com 80 cm <strong>de</strong> comprimento. Uma mola plana,<br />

com 50 cm <strong>de</strong> comprimento, é fixa<strong>da</strong> na extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> do primeiro tubo, po<strong>de</strong>ndo operar<br />

até 30 cm <strong>de</strong> profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>. A profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mola é ajusta<strong>da</strong> por um parafuso, que a<br />

fixa no tubo. Para preparar um canteiro <strong>de</strong> 40 x 1,30 m <strong>de</strong>man<strong>da</strong> 10 minutos <strong>de</strong> trabalho,<br />

enquanto 2 pessoas, com enxadão, levam 40 minutos.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: o baixo custo e a facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> operação em terrenos<br />

<strong>de</strong> canteiro já preparados. Também favorece o crescimento <strong>de</strong> cenouras, se passado<br />

sobre o risco <strong>de</strong> plantio.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: inexistentes para o uso proposto.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: totalmente a<strong>de</strong>quado para o manejo <strong>de</strong> canteiro <strong>de</strong><br />

hortaliças. Seu custo não chega a R$ 50,00.<br />

Figura 112 - Vista geral do riscador com os operadores em<br />

posição <strong>de</strong> trabalho<br />

Figura 113 - Detalhe <strong>da</strong> mola usa<strong>da</strong> para riscar e afofar o solo<br />

90


Nome <strong>da</strong> inovação: SECADOR DE FEIJÃO E MILHO<br />

Nome do inventor: José Bertolino S. Novakoski.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Bairro Mourão, CEP: 83900-000, São Mateus do Sul, PR.<br />

Telefone para contato: (42) 99630313 e Sindicato dos Trabalhadores Rurais <strong>de</strong> São<br />

Mateus do Sul.<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: esse tipo <strong>de</strong> secador foi conhecido pelo agricultor em excursão <strong>da</strong><br />

Emater/Paraná 12 Meses, no ano <strong>de</strong> 2000. O secador foi subsidiado pelo mesmo<br />

programa e é utilizado por vários produtores <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. O inventor o instalou em<br />

sua proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> junto à estrutura para processamento <strong>de</strong> fumo (informações do filho,<br />

João Carlos Novakoski).<br />

Fabricantes: os próprios agricultores construíram.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: parece não haver necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção intelectual.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: é uma obra relativamente gran<strong>de</strong>, <strong>de</strong> 9,20 m<br />

<strong>de</strong> comprimento por 2,80 m <strong>de</strong> largura e 3,50 m <strong>de</strong> altura, instala<strong>da</strong> junto à estufa <strong>de</strong><br />

fumo na proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> do senhor Bertolino, que a ce<strong>de</strong>u para um grupo <strong>de</strong> produtores <strong>da</strong><br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. O calor é obtido por forno externo e conduzido por tubos metálicos <strong>de</strong><br />

100 mm <strong>de</strong> diâmetro, que contornam to<strong>da</strong> a extensão <strong>da</strong> tela, que recebe o feijão já<br />

beneficiado e úmido. Essa forma <strong>de</strong> secagem é igual à <strong>de</strong> estufa <strong>de</strong> fumo. As ripas <strong>de</strong><br />

sustentação <strong>da</strong> tela <strong>de</strong> peneira que ampara os grãos a secar são fixa<strong>da</strong>s em vigotes,<br />

<strong>de</strong>ixando espaço <strong>de</strong> 2 cm entre uma e outra. É possivel secar cerca <strong>de</strong> 40 sacos <strong>de</strong> 60 kg<br />

em 8 horas <strong>de</strong> operação, sendo o feijão disposto em cama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 5 cm e o milho <strong>de</strong> 8 cm.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: permite a colheita e trilha dos grãos ain<strong>da</strong> com<br />

umi<strong>da</strong><strong>de</strong> alta; aumenta o rendimento <strong>de</strong> secagem, permitindo que vários produtores<br />

façam a secagem em poucos dias; mantém a uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> temperatura e garante<br />

uma boa homogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> secagem para o feijão ou milho; po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> para ervamate<br />

e outros produtos vegetais.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: as ripas fixa<strong>da</strong>s no sentido do comprimento<br />

dificultam a retira<strong>da</strong> dos grãos secos, porque a tela ce<strong>de</strong> no espaço entre as ripas<br />

formando <strong>de</strong>pósito, o que dificulta puxar os grãos para fora do secador.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>sse secador apresenta vários aspectos<br />

similares ao secador encontrado no município <strong>de</strong> Turvo, para plantas medicinais, o qual<br />

também possui duto <strong>de</strong> transporte do ar aquecido, mas somente no sentido longitudinal.<br />

Por isso, estruturas menores que essa po<strong>de</strong>m ser a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s para pequenos grupos <strong>de</strong><br />

produtores ou até para algum caso individual. Esse secador teve apoio <strong>de</strong> um programa<br />

<strong>de</strong> governo, com custo aproximado <strong>de</strong> R$ 4.000,00.<br />

91


Figura 114 - Vistas internas do secador e <strong>da</strong> base <strong>de</strong> sustentação <strong>da</strong> tela sobre a qual o produto a ser secado é disposto e<br />

por on<strong>de</strong> flui o ar quente<br />

Figura 115 - Fornalha para aquecimento do ar (esquer<strong>da</strong>) e tubulação <strong>de</strong> condução do ar aquecido para a câmara <strong>de</strong><br />

secagem (direita)<br />

Figura 116 - Vista externa do secador conjugado à estufa <strong>de</strong> fumo<br />

92


Nome <strong>da</strong> inovação: SECADOR DE PLANTAS MEDICINAIS<br />

Nome do inventor: A entrevista foi feita com a senhora Roseli Eurich, presi<strong>de</strong>nte do<br />

Instituto Agroflorestal Bernardo Hakvoort (IAF) e moradora <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> Arvoredo.<br />

Várias pessoas que produzem plantas medicinais participaram do processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento, inclusive com assessoramento parcial do professor Emmanuel<br />

Sanchez, <strong>de</strong> Guarapuava, e <strong>de</strong> outras enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionais.<br />

Profissão do inventor: não há propriamente um inventor, mas vários agricultores, num<br />

grupo em que se <strong>de</strong>stacam as mulheres, se envolveram no processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

plantas medicinais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o plantio até a comercialização final.<br />

Locais: várias comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, centraliza<strong>da</strong>s no IAF - Aveni<strong>da</strong> Nossa Senhora Apareci<strong>da</strong> 903,<br />

CEP: 85150-000, Turvo, PR.<br />

Telefone e e-mail para contato: (42) 3642-1318 e iaf@hacknet.com.br<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: em 1998, a partir <strong>de</strong> um forno rústico instalado por uma produtora,<br />

aproveitando uma encosta, na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> Carriel, o grupo passou a aperfeiçoá-lo e<br />

chegou ao mo<strong>de</strong>lo atual, que foi financiado por um programa estadual para 23 <strong>da</strong>s 94<br />

famílias que produzem plantas medicinais no município. Os que não possuem o secador,<br />

secam em fogões à lenha <strong>da</strong> própria casa, colocando as plantas já corta<strong>da</strong>s em estrutura<br />

<strong>de</strong> ban<strong>de</strong>jas ou em outros fornos rústicos, nem sempre obtendo o padrão necessário<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong>do pelas indústrias que adquirem os produtos (por exemplo, a Natura adquire<br />

folha <strong>de</strong> pitanga e macelinha-do-campo para uso em cosméticos, i<strong>de</strong>ntificando a<br />

procedência <strong>de</strong> Turvo em catálogos <strong>de</strong> seus produtos).<br />

Fabricantes: o secador é construído pelos próprios produtores ou por marceneiros contratados;<br />

os dutos <strong>de</strong> condução do calor e as chaminés existem no mercado, bem como as telas<br />

<strong>de</strong> peneira, pregos, lâminas <strong>de</strong> latão e chapas usa<strong>da</strong>s nas ban<strong>de</strong>jas e nos fornos.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: Dona Roseli chama a atenção para a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> evitar-se que<br />

alguma indústria venha a patentear e aumentar os custos para as famílias que ain<strong>da</strong> não<br />

possuem o secador e que preten<strong>de</strong>m adquiri-lo.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: são similares a pequenas casas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong> 4 m por 3 m <strong>de</strong> largura ou menores, também com forro <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira (on<strong>de</strong> se instala<br />

uma abertura com tela, para circulação do ar quente), geralmente <strong>de</strong> chão batido. O calor<br />

vem <strong>de</strong> forno externo, <strong>de</strong> alvenaria, por queima <strong>de</strong> lenha, e o ar quente é conduzido por<br />

dutos <strong>de</strong> 100 mm <strong>de</strong> diâmetro que atravessam longitudinalmente a construção, soltando<br />

a fumaça em chaminé externa e no lado oposto. As ban<strong>de</strong>jas <strong>de</strong> tela <strong>de</strong> peneira, <strong>de</strong> 1 m 2 ,<br />

ficam suspensas em estrutura <strong>de</strong> ripas coloca<strong>da</strong> sobre o duto <strong>de</strong> aquecimento. São<br />

muitas ban<strong>de</strong>jas, e até po<strong>de</strong>m ser seca<strong>da</strong>s mais <strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong> planta, com<br />

acompanhamento constante do ponto <strong>de</strong> secagem. Os secadores mais aperfeiçoados<br />

93


possuem uma antecâmara, que facilita a operação <strong>de</strong> ensacamento do material já seco e<br />

pronto para ser levado para a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Algumas espécies <strong>de</strong>man<strong>da</strong>m pouco mais <strong>de</strong><br />

2 dias <strong>de</strong> secagem. Em média, é preciso garantir a temperatura constante <strong>de</strong> 40 o C.<br />

Carqueja exige secagem com temperatura mais alta e <strong>de</strong>mora mais, enquanto a melissa<br />

é uma espécie que chega no ponto <strong>de</strong> secagem muito rapi<strong>da</strong>mente. Normalmente, 70 kg<br />

<strong>de</strong> plantas já pica<strong>da</strong>s produzem 20 a 30 kg <strong>de</strong> produto seco e pronto, quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s estas<br />

variáveis <strong>de</strong> acordo com a espécie.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: secagem sem <strong>da</strong>nos à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos vegetais;<br />

proporciona melhor uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cor, geralmente secando sem alterar a cor <strong>da</strong><br />

maioria <strong>da</strong>s folhas; permite maior facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliação periódica do processo <strong>de</strong><br />

secagem e fácil movimentação <strong>da</strong>s ban<strong>de</strong>jas quando a temperatura volta ao normal, após<br />

o término <strong>da</strong> secagem.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: o duto <strong>de</strong> calor po<strong>de</strong> ter algumas curvas, <strong>de</strong><br />

modo a aumentar a eficiência na transmissão do calor. A boca do forno é muito baixa,<br />

exigindo que os trabalhadores operem agachados, o que aumenta a penosi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Na<br />

época <strong>de</strong> safra, é inevitável o revezamento para colocar lenha e monitorar, visual e<br />

manualmente, a secagem no período noturno. Isso indica a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>de</strong><br />

termômetros e <strong>de</strong>terminadores <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> modo a facilitar e uniformizar os<br />

procedimentos nesse período. O consumo <strong>de</strong> lenha vem se tornando ca<strong>da</strong> vez mais<br />

restrito, o que leva à necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> novas fontes <strong>de</strong> energia, sendo a<br />

serragem uma alternativa interessante.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: os secadores foram adquiridos com apoio do Projeto<br />

Paraná 12 meses, pois o custo <strong>de</strong> R$ 2.000,00 inviabiliza instalações individuais<br />

(há equipamentos mais rústicos e baratos, que po<strong>de</strong>m ser úteis às famílias do município<br />

<strong>de</strong> Turvo).<br />

94


Figura 117 - Vistas gerais dos secadores po<strong>de</strong>ndo-se observar a fornalha (esquer<strong>da</strong>) e seu interior (direita)<br />

Figura 118 - Vista do tubo e chaminé externa <strong>de</strong> saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> fumaça <strong>da</strong> fornalha (esquer<strong>da</strong>) e <strong>da</strong>s ban<strong>de</strong>jas <strong>de</strong> secagem (direita)<br />

Figura 119 -Ban<strong>de</strong>jas com plantas medicinais secando (esquer<strong>da</strong>) e abertura superior com tela para circulação do ar<br />

quente (direita)<br />

95


Nome <strong>da</strong> inovação: SEMENTEIRA DE VERDURAS TIPO PISCINA<br />

Nome do inventor: Camilo Witte (entrevistado).<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: senhor Camilo, Chácara <strong>da</strong>s Araucárias, Vila Cal<strong>da</strong>s, CEP: 85170-000, Pinhão, PR; e<br />

senhor Romualdo, Rua João Otávio Neto 10, CEP: 85045-060, Guarapuava, PR.<br />

Telefone para contato: (42) 3624-2850 (senhor Romualdo).<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: senhor Camilo observou a inovação em excursão à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

senhor Romualdo Furlan, em Guarapuava, em 2002.<br />

Fabricantes: os próprios agricultores.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: não parece pertinente, pela simplici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> idéia.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: trata-se <strong>da</strong> colocação <strong>de</strong> uma lona <strong>de</strong> plástico<br />

grossa abaixo do solo dos canteiros, <strong>de</strong> modo a modificar o manejo <strong>da</strong> irrigação, na<br />

sementeira <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>s. Uma vez que o solo fica úmido por mais tempo, facilita a retira<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>s do substrato para o replantio. O rendimento operacional do transplante é<br />

superior ao do canteiro convencional, permitindo ganhar tempo e eficiência.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: possibilita molhar bastante o substrato, garantindo<br />

transplante sem que a terra <strong>de</strong>sboroe, pois fica muito molha<strong>da</strong> e, por isso, também facilita<br />

o transporte, a fixação e o crescimento no canteiro <strong>de</strong>finitivo.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: exige cui<strong>da</strong>do para evitar o encharcamento,<br />

na sementeira, do período <strong>da</strong> emergência até o momento do transplante.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: simples e prático, sempre que a semeadura é feita<br />

visando ao transplante.<br />

Figura 120 -Duas sementeiras do tipo piscina <strong>de</strong>stacando<br />

a lona sob os mesmos<br />

Figura 121 - Mu<strong>da</strong> com solo agregado retira<strong>da</strong> com<br />

facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> sementeira tipo piscina<br />

96


Nome <strong>da</strong> inovação: MODIFICAÇÃO DE UMA ARRANCADORA DE BATATA INGLESA<br />

PARA ARRANQUIO DE BATATA-SALSA<br />

Nome do inventor: Adão Statou.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Mato Branco, em Conten<strong>da</strong>, PR.<br />

Telefone para contato: (41) 3625-1475<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: a modificação no implemento se <strong>de</strong>u há cerca <strong>de</strong> dois anos, em<br />

Conten<strong>da</strong>, pela necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do trabalho <strong>da</strong> arrancadora <strong>de</strong><br />

batata-inglesa na função <strong>de</strong> arranquio <strong>da</strong> batata-salsa. O trabalho realizado pelo implemento,<br />

na sua forma original, mostrou-se ina<strong>de</strong>quado, proporcionando muitas per<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mandiocasalsa,<br />

principalmente pelas quebras que causava no tubérculo.<br />

Fabricantes: como foi uma a<strong>da</strong>ptação realiza<strong>da</strong> numa pequena oficina, não houve<br />

motivação <strong>de</strong> se difundir a tecnologia e <strong>de</strong> fabricá-la.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: a principal contribuição do implemento que<br />

possibilitou um melhor <strong>de</strong>sempenho diz respeito ao seu órgão ativo. A modificação<br />

consistiu basicamente na introdução <strong>de</strong> uma lâmina que corta e solta o solo abaixo dos<br />

tubérculos, fazendo com que o arranquio seja facilitado. A ferramenta que atua na<br />

subsuperfície do solo é a meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> um disco <strong>de</strong> arado, com uma curvatura maior do que<br />

o disco original e com 50 cm <strong>de</strong> largura. A profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho é ajusta<strong>da</strong> em função<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s plantas, ou seja, sempre alguns centímetros abaixo <strong>da</strong>s plantas<br />

que apresentam maior profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>. O inventor relatou que a a<strong>da</strong>ptação não apresentou<br />

<strong>da</strong>nos à batata-salsa quando o trabalho foi realizado com esse implemento, porém, quando<br />

realizado na sua forma original para arranquio <strong>de</strong> batata-inglesa, os <strong>da</strong>nos foram significativos,<br />

sendo esta a principal motivação <strong>da</strong> iniciativa para efetuar as alterações no implemento.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: a gran<strong>de</strong> vantagem, em relação ao arranquio manual,<br />

é que a produção equivalente ao trabalho <strong>de</strong> 30 pessoas/ha requer apenas 5 pessoas por<br />

ha/dia com o novo implemento. Outro benefício observado é a gran<strong>de</strong> redução na<br />

penosi<strong>da</strong><strong>de</strong> do trabalho humano, pois, sem a máquina, o serviço é realizado com o<br />

enxadão. O implemento realiza, também, uma <strong>de</strong>scompactação do solo, o que explica a<br />

diferença <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> entre a produção manual e com o emprego do implemento.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: do ponto <strong>de</strong> vista do agricultor que realizou a<br />

modificação, não foi verificado até o presente momento nenhuma necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoria.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: a modificação é bastante apropria<strong>da</strong> para a Agricultura<br />

Familiar, pois o custo <strong>da</strong> a<strong>da</strong>ptação o <strong>de</strong> apenas R$ 100,00.<br />

97


Nome <strong>da</strong> inovação: PULVERIZADOR ADAPTADO NA CARROÇA<br />

Nome do inventor: Benedito Roberto Pinto.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Bairro Pedra Alta, Lapa, PR.<br />

Telefone para contato: (41) 99956347<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: a criação se <strong>de</strong>u em 1998, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se obter um pulverizador<br />

barato que pu<strong>de</strong>sse ser tracionado por um animal e sem problema <strong>de</strong> se movimentar em<br />

áreas <strong>de</strong>clivosas e com presença <strong>de</strong> pedras, tanto em lavouras como em pomares.<br />

Fabricantes: como foi uma a<strong>da</strong>ptação realiza<strong>da</strong> numa pequena oficina, não houve motivação<br />

<strong>de</strong> se difundir a tecnologia nem <strong>de</strong> fabricá-la.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: trata-se <strong>de</strong> um sistema para aplicação <strong>de</strong><br />

agroquímicos montado sobre uma carroça. Possui como fonte <strong>de</strong> potência um conjunto<br />

moto-bomba, o qual é acoplado a um tambor <strong>de</strong> plástico <strong>de</strong> 200 litros e com uma barra<br />

<strong>de</strong> bambu <strong>de</strong> 7 metros <strong>de</strong> comprimento, que suporta as mangueiras e os bicos <strong>de</strong><br />

pulverização. A barra <strong>de</strong> bambu po<strong>de</strong> ter uma dobradiça no centro para facilitar as<br />

manobras. O pulverizador <strong>de</strong>stina-se a aplicar produtos químicos em lavouras <strong>de</strong><br />

pequenas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s, em áreas com ou sem pedras, e, com auxílio <strong>de</strong> uma pistola,<br />

realiza a aplicação <strong>de</strong> agroquímicos em pomares. O emprego <strong>de</strong> uma carroça foi<br />

necessário para que o operador possa, no caso dos pomares, realizar a aplicação sem<br />

contato com o jato do agroquímico, reduzindo, também, a penosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho,<br />

melhorando a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> aplicação, pois não há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se fazer esforço para<br />

o seu <strong>de</strong>slocamento. Por ter uma largura <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>do estreita, a pulverização po<strong>de</strong> ser feita<br />

com as plantas em avançado estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, com <strong>da</strong>no mínimo.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: mais barata; e oferece menos risco <strong>de</strong> contaminação<br />

ao operador, <strong>de</strong>vido à posição <strong>de</strong>ste em relação à direção <strong>de</strong> pulverização.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: a principal alteração proposta pelo inventor<br />

foi a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> colocar dobradiças nas varas <strong>de</strong> bambu para facilitar as manobras e<br />

passar em lugares estreitos sem ser preciso <strong>de</strong>smontar a barra <strong>de</strong> aplicação.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o custo total <strong>da</strong> a<strong>da</strong>ptação está em torno <strong>de</strong> R$ 1.000,00,<br />

sendo que a carroça e o animal <strong>de</strong> tração são, normalmente, encontrados nas pequenas<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

98


Figura 122 - Vista geral do pulverizador a<strong>da</strong>ptado na<br />

carroça mostrando o motor à gasolina e<br />

tanque <strong>de</strong> pulverização<br />

Figura 123 - Barra <strong>de</strong> pulverização acopla<strong>da</strong> na carroça (esquer<strong>da</strong>) e <strong>de</strong>talhe do bico pulverizador (direita)<br />

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Nome <strong>da</strong> inovação: ESPALHADOR DE ESTERCO<br />

Nome do inventor: A<strong>de</strong>lmo Escher.<br />

Profissão do inventor: agricultor orgânico.<br />

Local: Campo Magro, PR.<br />

Telefone para contato: (41) 99868229<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: <strong>de</strong>senvolvido em 2004.<br />

Fabricante: João Kaspresk.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: trata-se <strong>de</strong> um <strong>de</strong>pósito metálico no formato<br />

<strong>de</strong> "V" com um eixo longitudinal <strong>de</strong>ntado, na sua parte inferior, acionado pelas ro<strong>da</strong>s,<br />

também <strong>de</strong>nta<strong>da</strong>s, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> promover a mobilização do esterco <strong>de</strong> modo a<br />

conduzi-lo para as aberturas no fundo do <strong>de</strong>pósito, caindo por gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>. A geometria do<br />

<strong>de</strong>pósito e o dispositivo <strong>de</strong> mobilização do material são muito semelhantes aos <strong>de</strong> um<br />

distribuidor comum <strong>de</strong> calcário, com a diferença <strong>de</strong> que foi necessário aumentar o<br />

<strong>de</strong>pósito, colocando-se tábuas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, porque a <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> do adubo orgânico é<br />

muito baixa e os volumes para distribuição são elevados. O <strong>de</strong>pósito possui largura <strong>de</strong><br />

2,7 m com altura <strong>de</strong> 1,5 m e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 600 kg <strong>de</strong> esterco curtido. Possui 3 saí<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

esterco. Coinci<strong>de</strong>ntes com estas aberturas estão localizados os três bicos <strong>de</strong> pato para a<br />

abertura dos sulcos, que são utilizados, opcionalmente, para algumas culturas. A operação<br />

do distribuidor geralmente é realiza<strong>da</strong> com a 3. a marcha reduzi<strong>da</strong>, o que confere ao<br />

conjunto trator-implemento uma veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong> <strong>de</strong> 10 km/h.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: a principal vantagem está no aumento do rendimento<br />

do trabalho, uma vez que, no processo tradicional, a operação é realiza<strong>da</strong> em duas<br />

etapas, sendo a primeira para a abertura do sulco com tração animal, e a segun<strong>da</strong>, para<br />

distribuir manualmente o esterco.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: a principal dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> encontra-se no ponto<br />

<strong>de</strong> cura do esterco. Para que o distribuidor funcione a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente o esterco tem que<br />

estar bem curtido, pois, caso contrário, o material apresentará alta coesão e elevado<br />

ângulo <strong>de</strong> repouso, o que dificulta a ação do mecanismo <strong>de</strong> mobilização e a movimentação<br />

do material para as aberturas <strong>de</strong> saí<strong>da</strong>.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: o equipamento é relativamente barato, sendo que o<br />

<strong>de</strong>pósito metálico custou cerca <strong>de</strong> R$ 1.500,00. O mesmo fabricante já produziu outras<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s do implemento.<br />

100


Figura 124 - Vista geral do espalhador <strong>de</strong> esterco (esquer<strong>da</strong>) e <strong>de</strong> seu abridor <strong>de</strong> sulco (direita)<br />

Figura 125 - Depósito <strong>de</strong> esterco com eixo dosador na sua parte inferior (esquer<strong>da</strong>) e ro<strong>da</strong> <strong>de</strong>nta<strong>da</strong> acionadora do eixo (direita)<br />

101


Nome <strong>da</strong> inovação: SECADOR DE BANANA<br />

Nome do inventor: Agenor Macari Júnior.<br />

Profissão do inventor: professor.<br />

Local: Guaraqueçaba.<br />

Telefone para contato: (41) 3423-2552<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: o secador foi <strong>de</strong>senvolvido em 1994.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: o secador constitui-se <strong>de</strong> um <strong>de</strong>pósito<br />

fechado, em alvenaria, similar a uma câmara <strong>de</strong> secagem, on<strong>de</strong> são coloca<strong>da</strong>s as<br />

bananas corta<strong>da</strong>s ao meio, na direção longitudinal, para secagem em ban<strong>de</strong>jas. Na parte<br />

externa estão localizados os sistemas <strong>de</strong> aquecimento e ventilação força<strong>da</strong> do ar quente,<br />

usado para secagem. O sistema <strong>de</strong> aquecimento do ar é realizado por queimadores a<br />

gás. A capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> secagem está entre 100 e 120 kg <strong>de</strong> banana seca a ca<strong>da</strong> 48 horas.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: antes do secador, a única possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

banana era in natura, o que acarretava muitas per<strong>da</strong>s por amadurecimento, <strong>de</strong>vido à<br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso. Com o secador, a banana "passa" po<strong>de</strong> ser armazena<strong>da</strong>.<br />

Atualmente, há um selo orgânico que permite sua exportação com preço <strong>de</strong> U$ 2,25 por<br />

pacote <strong>de</strong> 250 gramas. Houve a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se constituir uma associação, a qual<br />

emprega 7 pessoas diretamente. O secador propiciou melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto,<br />

aumentar o rendimento operacional, além <strong>de</strong> minorar o preço.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: o maior problema é o custo do gás, pois para<br />

se obter 120 kg <strong>de</strong> banana seca são necessários 90 kg <strong>de</strong> gás.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: é a<strong>de</strong>quado, pois possibilita a melhoria <strong>da</strong>s condições<br />

<strong>de</strong> produção com custo acessível.<br />

102


Figura 126 - Vista interior do secador <strong>de</strong> banana mostrando<br />

a câmara <strong>de</strong> secagem on<strong>de</strong> ficam as ban<strong>de</strong>jas<br />

com as bananas corta<strong>da</strong>s ao meio<br />

103<br />

Figura 127 - Vista externa do secador <strong>de</strong> banana mostrando o<br />

queimador e o sistema <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> ar<br />

quente


Nome <strong>da</strong> inovação: DESPOLPADOR DE FRUTAS<br />

Nome do inventor: José Wilson Malucelli.<br />

Profissão do inventor: metalúrgico.<br />

Local: Morretes, PR.<br />

Telefone para contato: (41) 3462-1526<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> há mais <strong>de</strong> 20 anos, visando aumentar o rendimento<br />

do trabalho.<br />

Fabricantes: o próprio Wilson Malucelli possui uma pequena fábrica, que produz os <strong>de</strong>spolpadores<br />

<strong>de</strong> acordo com as encomen<strong>da</strong>s.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: constitui-se basicamente <strong>de</strong> 1 recipiente<br />

cilíndrico metálico <strong>de</strong> aço inoxidável fixado a uma estrutura também metálica. A estrutura<br />

possui um mecanismo acionado por 1 motor elétrico que gira um eixo vertical, o qual<br />

possui na sua extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> 1 hélice, que é o órgão ativo que realiza o trabalho <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spolpamento. O fundo do recipiente cilíndrico é perfurado, o que permite que o suco <strong>da</strong><br />

fruta escoe e que fiquem retidos os caroços <strong>da</strong>s frutas. O preço do produto é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />

R$ 1.500,00.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: alto rendimento e melhor quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: não foi relatado nenhum problema.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: a inovação é a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para a Agricultura Familiar, pois<br />

aumenta o rendimento <strong>de</strong> trabalho, reduz a penosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e agrega valor aos produtos. Com o<br />

processamento, gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> polpa po<strong>de</strong> ser armazena<strong>da</strong> em baixas temperaturas,<br />

por longos períodos e, assim, assegurar melhores condições <strong>de</strong> preço aos produtos.<br />

104


Figura 128 - Vistas gerais do <strong>de</strong>spolpador <strong>de</strong> frutas (esquer<strong>da</strong>) com <strong>de</strong>staque para o cilindro inox (direita)<br />

Figura 129 -Detalhe <strong>da</strong> hélice responsável pela <strong>de</strong>spolpa <strong>da</strong>s frutas (esquer<strong>da</strong>) e do sistema <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> movimento<br />

para seu eixo (direita)<br />

105


Nome <strong>da</strong> inovação: TACHO MOVIDO À ELETRICIDADE PARA MEXER E COZINHAR DOCES<br />

Nome do inventor: Senibaldo Fumaneri.<br />

Profissão do inventor: agricultor.<br />

Local: Morretes, PR.<br />

Telefone para contato: (41) 3462-1567<br />

Histórico <strong>da</strong> inovação: é <strong>de</strong> 2004.<br />

Fabricante: não há fabricantes industriais.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> industrial: direitos não requeridos.<br />

Descrição do funcionamento <strong>da</strong> inovação: a inovação constitui-se <strong>de</strong> uma fornalha, que<br />

aquece um tacho <strong>de</strong> cobre, o qual possui um mecanismo agitador <strong>da</strong>s frutas durante o<br />

cozimento, sendo acionado por um motor. As peças mais caras são o motor e o redutor,<br />

pois uma vez que o volume <strong>de</strong> doce no interior do tacho é gran<strong>de</strong>, sistemas mais simples<br />

e artesanais apresentam baixa durabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Apresenta baixa exigência <strong>de</strong> manutenção,<br />

pois requer apenas trocas periódicas do óleo do redutor.<br />

Principais vantagens <strong>da</strong> inovação: a inovação apresenta duas vantagens importantes.<br />

A primeira está relaciona<strong>da</strong> à redução do esforço humano e ao aumento do rendimento<br />

do trabalho, e a segun<strong>da</strong>, à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto produzido. Para fazer o cozimento sem<br />

o tacho mecânico o operador responsável pela i<strong>de</strong>ntificação do ponto do cozimento, na<br />

sua fase final, está em geral cansado e com sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> reduzi<strong>da</strong> para apurar o<br />

produto. Com a introdução do tacho mecânico, há condições <strong>de</strong> se <strong>da</strong>r maior atenção à<br />

técnica <strong>de</strong> apuramento do cozimento, aumentando, assim, a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto final.<br />

Houver ganhos, também, nas condições <strong>de</strong> higiene, pois, sem a inovação, as frutas eram<br />

mexi<strong>da</strong>s por dois homens, que, naturalmente, precisavam estar muito próximos e fazendo<br />

gran<strong>de</strong> esforço físico.<br />

Problemas verificados no uso <strong>da</strong> inovação: foi verifica<strong>da</strong> a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> se a<strong>de</strong>quar uma<br />

tampa para melhorar as condições <strong>de</strong> higiene.<br />

A<strong>de</strong>quação à Agricultura Familiar: a inovação é a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> à Agricultura Familiar comunitária,<br />

uma vez que seu custo total está em torno <strong>de</strong> R$ 3.000,00.<br />

106


Figura 130 - Vista geral <strong>da</strong> instalação do tacho para<br />

cozinhar doces<br />

Figura 131 -Detalhe do sistema <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> movimento para o eixo vertical do tacho com redutor (esquer<strong>da</strong>) e do<br />

mecanismo mexedor dos doces no interior do tacho (direita)<br />

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