A planta de mirtilo - Morfologia e Fisiologia - INRB
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A <strong>planta</strong> <strong>de</strong> <strong>mirtilo</strong><br />
<strong>Morfologia</strong> e fisiologia<br />
arenosos ou franco arenosos, não pedregosos e ricos em matéria<br />
orgânica. Este tipo <strong>de</strong> solos também é mais a<strong>de</strong>quado à proliferação dos<br />
fungos que vivem em simbiose com as raízes e <strong>de</strong>sempenham um papel<br />
fundamental na absorção.<br />
Os solos arenosos claros, em condições mediterrânicas, têm tendência a<br />
aquecer, pelo que muito rapidamente a temperatura po<strong>de</strong> ficar, durante<br />
a maior parte do dia, em valores superiores a 20 ºC. Na prática <strong>de</strong>ve<br />
recorre-se ao empalhamento com casca <strong>de</strong> pinheiro, serraduras,<br />
polietileno, etc., como forma <strong>de</strong> ensombrar o solo para manter as<br />
temperaturas na faixa <strong>de</strong> maior activida<strong>de</strong> radicular e, simultaneamente,<br />
garantir uma uniformida<strong>de</strong> na humida<strong>de</strong> do solo.<br />
Os valores <strong>de</strong> pH <strong>de</strong>vem variar entre os 4,5 e os 5,5. Este facto resulta<br />
<strong>de</strong> no habitat natural das principais espécies <strong>de</strong> <strong>mirtilo</strong> utilizadas no<br />
melhoramento, os solos serem turfosos. Estes solos são extremamente<br />
ricos em matéria orgânica e pH baixo, o que é consentâneo com a fraca<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> penetração das raízes, com o estabelecimento <strong>de</strong><br />
simbioses com fungos e está associado com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não<br />
ocorrerem gran<strong>de</strong>s e sistemáticas variações nas disponibilida<strong>de</strong>s<br />
hídricas.<br />
4.3. Ramos<br />
Os <strong>mirtilo</strong>s cultivados do tipo “highbush” ou gigante americano, são<br />
arbustos caducifólios, cuja altura varia entre 0,9 m para alguns híbridos<br />
“highbush x lowbush” e os 2,5 metros para a maior parte das cultivares<br />
comercialmente cultivadas.<br />
O crescimento vegetativo inicia-se pelo abrolhamento dos gomos, na<br />
Primavera e prossegue com o crescimento dos ramos até ao fim do<br />
verão.<br />
Os ramos têm origem em gomos da coroa, ou seja na zona <strong>de</strong> transição,<br />
em que o sistema vascular apresenta uma estrutura morfológica<br />
intermédia entre o sistema vascular das raízes e o dos ramos. Estes<br />
ramos constituem a estrutura da <strong>planta</strong>. Existem ainda ramos laterais<br />
que se formam a partir <strong>de</strong> gomos existentes na axila das folhas.<br />
Os ramos com origem na coroa e os laterais mais ou menos erectos,<br />
apresentam um crescimento do tipo simpodial, com fluxos <strong>de</strong> rápido<br />
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