Lançamentos, tendências e - Grafite Feiras

marketing de varejo
Heloísa omine
Sócia-diretora da
Shopfitting
empresa
especializada em
store design, visual
merchandising e
marketing sensorial.
12 rEvIstA HG cAsA | outubro dE 2009
Equação de sucesso: construir
histórias para seus clientes
As marcas hoje contam suas histórias
aos consumidores: sobre
produtos, novidades e soluções.
Isso gera curiosidade e instiga a imaginação,
resultando em expectativas de
consumo e satisfação. Cabe então à loja
torná-las reais, cumprir as promessas feitas.
Mas como atender às expectativas?
Construindo cenários para contar uma
boa história. E como se constrói cenário?
O primeiro passo é planejar, estruturar
histórias que sejam inovadoras, surpreendam
e, ao mesmo tempo, que tenha final
feliz, ou melhor, histórias de satisfação
comprovada e retorno garantido. Essas
são as soluções que o consumidor espera
que sejam realizadas pelas lojas.
A construção de cenários para uma boa
história envolve três etapas: planejar,
desenvolver e positivar.
O princípio da construção
da história é a entrada
da loja. Portanto, prepare
as vitrines. Uma
vitrine bem estruturada,
que cumpra seu objetivo,
deve ser pensada
como um espaço capaz
de capturar a atenção das
pessoas. Afinal, é preciso
que elas se enamorem da vitrine
para parar e olhar com mais
atenção. Crie temas que sirvam de inspiração
para o seu cliente. Esse tema pode
surgir de um assunto ou fato marcante do
momento – os programas de TV, o cinema,
as revistas são fontes importantes de
inspiração. É muito bom ficar atento ao
que acontece ao nosso redor.
Outro fator a ser considerado é a pesquisa
de novos materiais para a construção
do tema de vitrine, que também
podem ser definidos com base em um
lançamento, uma nova marca no portfólio
da loja, uma campanha de comunicação
– que representam possibilidades de executar
o tema de maneira diferente e com
pouco investimento.
Mas para uma vitrine sedutora e fle-
As vitrines são áreas especiais de grande
impacto para as lojas, e é essencial
que sejam atraentes, pois configuram
o primeiro contato do cliente
xível, é preciso que ela seja pensada a
partir de sua infraestrutura, ou seja, as
condições atuais de iluminação, suportes
de exposição de produtos, manutenção e
limpeza. Em alguns casos, os próprios fornecedores
poderão desenvolver e implantar
estas estruturas de vitrine, o que pode
tornar o espaço mais dinâmico e versátil,
com a possibilidade de variar o assunto e a
ambientação.
Lembrando que vitrines
são áreas especiais de
grande impacto para as
lojas, é essencial que
tenham atratividade,
pois configuram
o primeiro contato
do cliente: é a vitrine
quem vai convencê-lo
a entrar na loja, seduzido
por algo exposto que
chamou sua atenção.
E a história continua.
Ao entrar na loja, o que o cliente encontrará?
Além dos produtos e das marcas que o
atraíram e convenceram a entrar, o ambiente
interno precisa propiciar a oportunidade
de conhecer outros produtos,
outras marcas, outras opções. Para tanto,
pensamos na organização do piso de
venda, ou melhor, na setorização, que são
áreas destinadas a cada grupo de categorias
de produtos. Para essas áreas temos
de planejar as ambientações cenográficas.
Portanto, planeje cada setor como se fosse
uma grande vitrine, criando exposições de
forma a realçar as composições e características
de uso dos produtos, permitindo
ao cliente visualizar sugestões de uso e
motivando-o a comprar a maior parte dos
itens expostos. Trata-se de trabalhar com
cross-merchandising.
Outra possibilidade é sinalizar as principais
marcas e, a partir delas, reforçar a
imagem de toda a categoria em exposição.
Um lembrete: fazer o cliente degustar os
produtos em uso é um forte argumento
para convencê-lo a comprar, facilitando a
assimilação das informações de aplicação
e uso, mostrando a utilidade e o manuseio,
entre outros.
Os espaços de ambientação resultam
em reconhecimento para a loja. Elas reforçam
a percepção de bom atendimento,
prestação de serviço, qualidade superior
e tratamento diferenciado dado aos produtos
– qualquer item passa a ter valor
maior se exposto com cuidado e conforto
para o cliente.
Constatando que é por meio das lojas
que os produtos ficam próximos dos
clientes, e que são as lojas que devem criar
os desejos e as motivações de consumo
e construir oportunidades de compra, a
criação de cenários passa a ser fundamental
para gerar essa proximidade entre a
promessa e a concretização. Pensar dessa
forma faz toda a diferença ao preparar a
loja para vender. Essa diferença acontece
no momento em que o cliente se sente
atraído pela vitrine, é estimulado a entrar
na loja e convencido a percorrer todo o
ambiente com prazer, sendo permitido
tocar e degustar os produtos.
Portanto, podemos considerar a loja
como o último ponto de contato do consumidor,
cabendo só a ela propiciar a
conversão ou não. Então, bons cenários e
boas vendas!