Lançamentos, tendências e - Grafite Feiras

norMan haSSelMeyer,
jornalista holandês
do Trade Channel
gIovannI MIrulla,
do do Ediemme
SRL media
Group, da Itália
Alexandra Albo também ficou bastante impressionada
com a feira e a recepção preparada para
os jornalistas internacionais. Pela primeira vez
em viagem para fora de seu país, disse que só tem
a agradecer pela atenção dispensada pelos organizadores
do evento e que o Brasil é bem visto
no exterior não apenas pelo design, mas também
pela conjuntura vivida no momento.
“A participação da imprensa e de visitantes
internacionais contribui consideravelmente
para a comunicação e divulgação do fato de
que nós, brasileiros, somos capazes de organizar
um evento grandioso e profissional com
padrões de primeiro mundo, mas com a peculiaridade
de mostrar coisas tipicamente nossas,
criando uma identidade diferenciada”, explicou
Frederico Cury, diretor executivo da Grafite
Feiras e Promoções.
Contato
O roteiro elaborado para os estrangeiros
incluiu tour pelo varejo paulistano e jantar de
confraternização no Bar des Arts. “O Retail Tour
permitiu que eles observassem a disposição que
os produtos apresentados na feira ocupam no
mercado final”, explica Frederico Cury, Diretor
Executivo da Grafite Feiras e Promoções. O
jornalista holandês Norman Hasselmeyer se
disse impressionado com o que viu. “Há muitas
peças produzidas aqui sendo vendidas, enquanto
em muitos países o que se vê são basicamente
produtos importados da China. O Brasil é um
gigante com grandes oportunidades. Além disso,
os brasileiros têm um jeito todo especial de se
relacionar com os consumidores”, descreveu.
alexandra albo,
jornalista da
menaje/Ascensores,
da Espanha
“Houve um grande desenvolvimento do
design brasileiro nos últimos anos, assim como
um avanço importante na qualidade dos produtos.
Acho que podemos dizer que já existe um
design brasileiro e que ele é bom”, considerou
Giovanni Mirulla, jornalista italiano do Gruppo
Editoriale.
Apesar da qualidade crescente dos produtos
nacionais, os jornalistas ainda consideram que
o Brasil precisa despertar para o mercado externo
com mais intensidade. Para Bergia, algumas
das empresas brasileiras ainda não sabem como
exportar e não se interessam pelo tema em razão
do grande mercado doméstico. “Provavelmente,
exportar em um primeiro momento não dá as
margens que são obtidas no mercado brasileiro,
mas é uma medida que torna os negócios mais
seguros no longo prazo”, considera, alertando
para o fato de que em locais como os Estados
Unidos há um grande interesse por fornecedores
de fora da China. “O produto brasileiro tem estilo
e qualidade, e só há que se buscar uma forma de
torná-lo ainda mais atraente para os compradores
estrangeiros”, diz.
Para Scheibe, o produto nacional hoje se
divide em dois níveis: as commodities, que vendem
por si só, mas são vulneráveis à variação
cambial; e os que possuem design e inteligência
e, independentemente do custo, vendem pelo
valor agregado. “É esse segundo que se vê na
House & Gift Fair. O comprador americano
que quiser commoditie ainda vai à China, mas
muitos estão fugindo de lá para se diferenciar, e,
por isso, o interesse no Brasil é cada vez maior.
Assim, o País tem grande oportunidade de se
destacar; afinal, inteligência, criatividade, design
e capacidade produtiva vocês já têm”, afirmou.
“Muitos europeus não têm ideia da beleza
da feira, dos estandes, dos produtos que são
feitos no Brasil e na América do Sul. É preciso
que vocês, brasileiros, ampliem a divulgação
para crescer ainda mais. Com a sua população
e sua política, vocês têm a melhor oportunidade
para crescer na América do Sul e no
mundo”, sentenciou Osika.
rEvIstA HG cAsA | outubro dE 2009 57