JC 01 - Jornal Contabil
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<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1<br />
Caderno Especial<br />
sobre EFD<br />
A importância<br />
da Mulher<br />
<strong>Contabil</strong>ista<br />
Novidades sobre<br />
<strong>Contabil</strong>idade<br />
Pública<br />
Conheça<br />
<strong>Contabil</strong>istas de<br />
Sucesso<br />
Marketing<br />
Contábil<br />
Leia estas e outras<br />
matérias especiais<br />
www.jornalcontabil.com.br<br />
Na visão do presidente do CRC SP Domingos Orestes Chiomento<br />
as organizações devem investir “pesado” em treinamentos de sua<br />
equipe. A preparação técnica dos profissionais para o processo de<br />
adaptação das IFRS - e das Ipsas é, sem sombra de dúvidas, o<br />
principal desafio do cenário contábil atualmente. Veja nesta matéria<br />
do <strong>JC</strong> informações relevantes sobre IFRS.<br />
Com o novo código Civil e também o Código de Defesa do<br />
Consumidor, o <strong>Contabil</strong>ista pode responder na justiça por algum<br />
eventual dano causado a seus clientes. O <strong>JC</strong> mostra uma matéria<br />
completa sobre seguros de responsabilidade civil e suas garantias.<br />
Ao contador o que é do contador. Ao software o que é do software.<br />
A quem atribuir responsabilidades sobre as informações que são<br />
repassadas ao Fisco?<br />
A computação nas nuvens, em inglês chamada de “Cloud<br />
computing”, é uma tendência na internet. Mas você sabe o que<br />
significa essa expressão? Acredita-se que em breve ninguém mais<br />
precisará instalar nenhum software em seu computador para<br />
desempenhar qualquer tipo de tarefa, desde edição de imagens e<br />
vídeos até a utilização de programas contábeis, pois tudo isso será<br />
acessível através da internet.<br />
Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas
Pag. 02 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
Editorial<br />
É com<br />
grande satisfação<br />
que<br />
apresentamos<br />
aos leitores<br />
a primeira<br />
edição<br />
impressa do “<strong>Jornal</strong> Contábil”,<br />
proporcionando espaço<br />
democrático e independente<br />
para toda a classe<br />
de contabilistas brasileiros.<br />
Diva Gesualdi<br />
Presidente do CRC-RJ<br />
José Maria Chapina Alcazar<br />
Presidente do Sescon-SP e<br />
Aescon-SP.<br />
Luiz Sallé Karam<br />
Sócio da Moore Stephens<br />
Auditores e Consultores.<br />
Acreditamos estar diante<br />
de um instrumento que,<br />
além de contribuir para o<br />
desenvolvimento do conhecimento<br />
estimulará nossos<br />
colegas contabilistas a<br />
produzir cada vez mais e<br />
compartilhar o saber, que,<br />
neste momento de transformação<br />
e valorização é algo<br />
primordial de praticarmos.<br />
O <strong>JC</strong> (<strong>Jornal</strong> Contábil),<br />
terá inicialmente pe-<br />
Agradecimentos:<br />
Domingos Orestes Chiomento<br />
Presidente do CRC-SP<br />
Claudio Nasajon<br />
Especialista em Estratégia e<br />
Inovação de Negócios,<br />
presidente da Nasajon Sistemas.<br />
Elenito Elias da Costa<br />
Contador, Auditor, Analista<br />
Econômico Financeiro - Professor<br />
Universitário Avaliador do<br />
MEC/INEP do Curso de Bacharelado<br />
em Ciências Contábeis.<br />
riodicidade mensal, chegando<br />
aos contabilistas<br />
sempre na primeira semana<br />
de cada mês.<br />
Esperamos que todos<br />
colaborem com nossos esforços,<br />
enviando suas sugestões<br />
e críticas, assim,<br />
melhorando a cada edição<br />
nosso conteúdo editorial.<br />
A todos, boa leitura!<br />
Ricardo de Freitas<br />
Diretor responsável<br />
Paulo Caetano<br />
Presidente do CRC-PR.<br />
Armando Buchina<br />
CEO Disoft S/A, foi diretor<br />
da Totvs e diretor de TI da<br />
Parmalat.<br />
André Charone<br />
Contador, professor universitário<br />
e articulista do <strong>Jornal</strong><br />
Contábil e diretor acadêmico do<br />
Portal Neo Ensino.<br />
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1<br />
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Os artigos assinados não refletem necessariamente<br />
a opinião do jornal.
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1 Pag. 03 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
Nova tendência da Internet promete tomar<br />
conta da área de Tecnologia da Informação<br />
A computação em nuvem, termo<br />
que em inglês se escreve<br />
Cloud Computing, é uma tendência<br />
de internet. Acredita-se<br />
que futuramente não serão necessários<br />
instalações de software no<br />
seu computador para desempenhar<br />
qualquer tipo de tarefa. Tudo<br />
estará acessível através da rede,<br />
pelos chamados serviços online.<br />
A vantagem é que poderemos<br />
ainda utilizar esses aplicativos de<br />
qualquer computador que tenha<br />
acesso a internet. Mas como<br />
qualquer novidade, a computação<br />
em nuvem vem sendo discutida.<br />
Inclusive já foi criado o termo<br />
Cloud Control (controle da<br />
nuvem).<br />
Para o Instituto Gartner, líder<br />
mundial em pesquisa e aconselhamento<br />
sobre tecnologia, apesar<br />
do cenário favorável da economia<br />
brasileira e da crescente<br />
utilização do modelo de Cloud<br />
Services no mundo, o CIO (Chief<br />
Information Officer) termo<br />
que em português significa o título<br />
dado ao diretor de informática<br />
de uma empresa, ainda está<br />
atrasado na adoção da computação<br />
em nuvem. No fim de 2009,<br />
o Gartner havia identificado com<br />
os principais CIOs do Brasil que<br />
a adoção de Cloud Services estava<br />
na quarta posição de prioridades<br />
para 2<strong>01</strong>0.<br />
Contudo, contrariando as expectativas,<br />
esta previsão para o<br />
uso de sistemas na nuvem ainda<br />
não se tornou realidade. “Hoje,<br />
percebemos nos CIOs a mesma<br />
reação de reticência que eles tiveram<br />
quando a terceirização<br />
começou a ocorrer, há alguns<br />
anos”, afirma o analista e chairman<br />
do instituto, Cassio<br />
Dreyfuss, destacando que 80%<br />
desses profissionais ainda não<br />
têm planos para aplicações<br />
Cloud nos próximos 3 anos. “De<br />
uma maneira geral, serviços na<br />
nuvem fazem tanto sentido para<br />
as empresas que sua adoção é<br />
inevitável, mesmo ante a reticência”,<br />
alerta.<br />
O analista revela também os<br />
três principais motivos para o<br />
atraso do Brasil em relação à<br />
computação em nuvem. O primeiro<br />
é que os provedores não<br />
oferecem no mercado nacional os<br />
mesmos serviços ofertados em<br />
outros países. O segundo é que o<br />
modelo de negócios que as empresas<br />
oferecem ainda é muito<br />
imaturo. Por fim, a gestão dos riscos<br />
ainda não atingiu níveis de<br />
desenvolvimento adequados. Estes<br />
pontos deixam os CIOs com<br />
restrições para adotar o modelo.<br />
Apesar destas limitações<br />
atuais, os serviços na nuvem são<br />
inevitáveis, mas esta adoção automática<br />
pode ser bastante problemática<br />
se não houver o envolvimento<br />
do executivo de TI<br />
(Tecnologia da Informação),<br />
que deve ser o responsável por<br />
conduzi-la de forma eficiente,<br />
com qualidade e com segurança,<br />
trazendo valor real aos negócios.<br />
“É preciso que haja uma<br />
evolução da perspectiva dos<br />
CIOs. Os profissionais com características<br />
somente técnicas<br />
não terão tanta importância no<br />
cenário da nuvem quanto aquele<br />
que se dedicar ao negócio”, revela.<br />
Dreyfuss complementa que<br />
há ainda outra força que está<br />
crescendo e que leva à adoção de<br />
inovação tecnológica, em geral,<br />
e cloud services em particular: a<br />
pressão dos usuários. “As indústrias<br />
seguirão as demandas dos<br />
seus clientes. Se eles precisarem<br />
de tecnologias em nuvem, as organizações<br />
utilizarão o modelo”.<br />
O analista explica ainda, que a<br />
virada desta curva se dará em meados<br />
de 2<strong>01</strong>2. “Certamente o futuro<br />
da TI não está nos modelos<br />
tradicionais de serviço. O Cloud<br />
Services será a grande oportunidade<br />
para as empresas nos próximos<br />
anos”, conclui.<br />
Recentemente, Tony Young,<br />
CIO de uma grande corporação,<br />
observou que, no que diz respeito<br />
a adotar aplicações baseadas<br />
em nuvem (SaaS), é necessário<br />
obter um modelo de governança<br />
e arquitetura para garantir que<br />
decisões apropriadas sejam tomadas.<br />
Segundo uma companhia<br />
de consultoria estratégica, o uso<br />
não-controlado dos serviços neste<br />
meio pode custar mais do que<br />
quando se usa recursos melhor<br />
planejados. Delmar Assis, Arquiteto<br />
de Soluções de uma fornecedora<br />
de softwares de integração<br />
de dados, diz que é importante<br />
prestar atenção em algumas<br />
dicas que norteiam os departamentos<br />
de TI, para que eles não<br />
se envolvam na inevitável transição<br />
para a computação em nuvem<br />
e, sem que esta alternativa<br />
seja vista como um “bicho de sete<br />
cabeças”.<br />
Como em qualquer adaptação<br />
a uma nova tecnologia, primeiro<br />
é necessário determinar se<br />
o modelo de nuvem faz sentido<br />
para o seu negócio. “É muito provável<br />
que faça, mesmo porque<br />
oferece benefícios tangíveis<br />
como: baixo custo de implementação<br />
e autosserviço. Fatores que<br />
são atraentes. Com a economia<br />
atual, garantir que o seu departamento<br />
de TI possa gerar valor<br />
é o mais importante. Trata-se<br />
também de identificar e manter<br />
as suas principais competências”<br />
afirma.<br />
Além disso, cada vez mais<br />
departamentos de TI estão contando<br />
com um arquiteto de dados<br />
para ajudá-los com a sua estratégia<br />
geral de gerenciamento<br />
de informações. Alinhado à equipe<br />
corporativa, que é responsável<br />
pela armazenagem das informações<br />
e soluções de exploração<br />
de dados, o papel deste profissional<br />
é liderar uma estratégia mais<br />
ampla, sem ter que responder diretamente<br />
às necessidades de entrega<br />
diárias ao negócio. O arquiteto<br />
de dados avalia todos os<br />
sistemas e, a partir disso, cria<br />
uma visão unificada para que a<br />
equipe de gerenciamento possa<br />
executar as ações. O estabelecimento<br />
de padrões e governança<br />
e o trabalho próximo ao centro<br />
de competências em integração<br />
(Integration Competency Center<br />
– ICC) são responsabilidadeschave<br />
deste profissional.<br />
Outra dica é a maneira pela<br />
qual a área de TI pode mostrar<br />
valor para o negócio envolvendo-se<br />
na negociação de contratos<br />
de computação em nuvem<br />
junto aos fornecedores, especialmente<br />
porque os benefícios desta<br />
tecnologia (autosserviço, custos<br />
operacionais ante as despesas<br />
de capital, computação elástica<br />
e etc.) têm impacto nos resultados<br />
financeiros. É importante<br />
trabalhar com o jurídico antes<br />
de entrar em um acordo. “Isso<br />
pode ajudar a proteger os ativos<br />
corporativos, evitando potenciais<br />
problemas que poderiam ter sido<br />
considerados nas discussões iniciais.<br />
Esta abordagem colaborativa<br />
é bem recebida pelos executivos<br />
das empresas, causando até<br />
mesmo uma surpresa” assegura.<br />
Assis acredita que as companhias<br />
querem uma nuvem, não<br />
um silo, porém, muitas nuvens estão<br />
se transformando em apenas<br />
mais um conjunto de silos, com<br />
os quais as empresas precisam lidar.<br />
“Assegurar-se de que está<br />
sendo desenvolvida uma estratégia<br />
de nuvem que reconheça a
Pag. 04 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
importância da integração de dados<br />
e da qualidade deles, desde o<br />
início, é essencial. Não fazer esta<br />
ação pode resultar em sistemas<br />
desconectados, com dados fragmentados<br />
e múltiplas versões da<br />
verdade. A integração de dados<br />
em Cloud Computing emerge<br />
como o acesso e a estrada para<br />
aplicações e plataformas em nuvem.<br />
Há uma grande variedade<br />
de abordagens e soluções disponíveis<br />
no mercado atualmente” finaliza.<br />
Uma empresa que vem apostando<br />
na computação em nuvem,<br />
é a Disoft, especialista em produtos<br />
e serviços na área de TI.<br />
No início do ano, a empresa criou<br />
nova unidade de negócios com<br />
foco em sistema de gestão empresarial<br />
– ERP (Enterprise<br />
Resource Planning), especialmente<br />
na modalidade Cloud<br />
Computing. Batizada de Disoft<br />
ERP, a unidade acabou superando<br />
as expectativas da empresa e<br />
está crescendo acima do esperado.<br />
Foram conquistados 15 novos<br />
clientes em quatro meses de<br />
operação, que ajudaram a empresa<br />
a registrar 87% de aumento<br />
no faturamento no primeiro semestre,<br />
em relação ao ano anterior.<br />
Apesar de ser a unidade de<br />
negócios mais recente, a aceitação<br />
da solução de ERP no mercado<br />
está acima das expectativas,<br />
principalmente por ser a única no<br />
mercado brasileiro totalmente<br />
Web. Armando Buchina, CEO<br />
(Chief Executive Officer) da<br />
Disoft, afirma que a oferta do<br />
ERP é um diferencial importante<br />
que tem contribuído para o sucesso<br />
da estratégia da empresa.<br />
“Essa modalidade nos permite<br />
avançar muito rápido, nos dá agilidade<br />
tanto no ciclo de vendas<br />
quanto na implementação do sistema”<br />
revela. Baseada em ambiente<br />
web, a ferramenta garante<br />
acessibilidade e portabilidade,<br />
permitindo a utilização em qualquer<br />
sistema operacional que<br />
rode um navegador web compatível.<br />
Os módulos são totalmente<br />
integrados possibilitando que as<br />
informações sejam refletidas em<br />
tempo real para todas as áreas da<br />
empresa.<br />
Outra surpresa para o executivo<br />
foi o interesse gerado no<br />
mercado contábil pela solução<br />
oferecida. Buchina comenta que<br />
a empresa vem percebendo uma<br />
movimentação das empresas em<br />
buscar ferramentas de TI devido<br />
às exigências da lei, especialmente<br />
com soluções relacionadas a<br />
sistemas de gestão e soluções<br />
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1<br />
para SPED Fiscal, Contábil e<br />
Nota Fiscal Eletrônica. “Desde<br />
que inauguramos a unidade<br />
ERP notamos a aproximação de<br />
uma clientela diferente, profissionais<br />
do setor contábil e empresas<br />
de BPO (Business Process<br />
Outsourcing) que nos procuram<br />
com intuito de resolver os problemas<br />
de seus clientes, que carecem<br />
de soluções completas e facilitadas<br />
para gestão contábil e fiscal”.<br />
Outra solução que liga diretamente<br />
essa nova tendência e as<br />
empresas de contabilidade é um<br />
novo programa criado pela EBS<br />
Sistemas. Chamado de Cordilheira<br />
Gestão Web, ele oferece soluções<br />
nessa área através de um<br />
novo conceito de gestão contábil,<br />
como forma de dinamizar os negócios<br />
e o fluxo de processos utilizando<br />
a internet. Com os módulos:<br />
Tarefas, Relacionamento, Fi-<br />
nanceiro e Faturamento, o programa<br />
atende as demandas de organização,<br />
controle e ganho de tempo<br />
da empresa contábil. Facilita a<br />
geração e alocação de tarefas para<br />
usuários e equipes, oferece rotinas<br />
que permitem customizar a<br />
geração e a execução das tarefas<br />
de cada cliente, disponibiliza soluções<br />
de autoatendimento que diminuem<br />
a necessidade de contato<br />
telefônico ou por e-mail, faz o faturamento<br />
dos itens a receber,<br />
emite e controla notas fiscais de<br />
serviços eletrônicos, gera e mantém<br />
títulos e previsões a pagar/receber,<br />
emite boletos bancários,<br />
fluxos financeiro e de caixa. A utilização<br />
destes módulos associados<br />
reduz consideravelmente o<br />
tempo despedido, atualiza a sua<br />
empresa e melhora a imagem dela<br />
no mercado, principalmente perante<br />
seus clientes.
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1 Pag. 05 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
O Brasil, em 2<strong>01</strong>1, tem a<br />
previsão de crescer 4%, de<br />
acordo com informações do<br />
Banco Mundial. A instituição<br />
financeira elaborou um relatório<br />
sobre “Perspectivas Econômicas<br />
Globais” e um dos destaques<br />
é a afirmação que os<br />
países da América Latina, com<br />
especial atenção ao Brasil, saíram<br />
da crise econômica, iniciada<br />
em meados de 2008, e<br />
que ainda abala países da Europa<br />
e os Estados Unidos.<br />
Os dados positivos não param<br />
por aí. Em 2<strong>01</strong>0, nosso<br />
país apresentou o melhor desempenho<br />
dos últimos 25 anos,<br />
com um crescimento na faixa<br />
dos 8%. O capital fixo, que representa<br />
investimentos em<br />
construção civil, máquinas e<br />
equipamentos, cresceu 20,2%.<br />
Com uma economia em franco<br />
desenvolvimento, os olhos do<br />
mundo voltados para as oportunidades<br />
de negócios e o mercado<br />
em expansão, o Brasil<br />
não poderia deixar de dar um<br />
passo à frente também na contabilidade.<br />
A Lei nº 11.638, promulgada<br />
em 28 de dezembro de<br />
2007, causou uma espécie de<br />
revolução na profissão de contabilista,<br />
por adotar para o<br />
Brasil, as Normas Internacionais<br />
de <strong>Contabil</strong>idade (IFRS).<br />
Depois de sete anos tramitando<br />
no Congresso Nacional, o<br />
novo código chegou para modificar<br />
a Lei nº 6.404/1976,<br />
conhecida como Lei das S.A.<br />
(Sociedade por Ações) e determina<br />
que as demonstrações<br />
contábeis de todas as empresas,<br />
a partir desse momento,<br />
devem ser feitas com base nas<br />
IFRS.<br />
Países da União Europeia,<br />
a China, Rússia, Hong Kong,<br />
África do Sul e Austrália já<br />
aderiram a esse modelo. Atualmente,<br />
as IFRS são as mais<br />
aceitas no mundo. Até mesmo<br />
os Estados Unidos, que têm<br />
como norma as US Gaap (United<br />
States Generally Accepted<br />
Accounting Principles – Normas<br />
Contábeis dos Estados<br />
Unidos), entende as IFRS<br />
como um padrão na área da<br />
contabilidade. A adoção dessas<br />
normas internacionais alinha<br />
o Brasil com os mercados<br />
mais importantes do planeta,<br />
VANTAGEM PARA O BRASIL,<br />
DESAFIO PARA A CONTABILIDADE<br />
pois trazem em seu bojo os critérios<br />
de comparabilidade e a<br />
transparência que as empresas<br />
globalizadas exigem para aderir<br />
aos negócios.<br />
Do mesmo modo, outra tecnologia<br />
vem gerando interesse<br />
do Conselho Federal de <strong>Contabil</strong>idade,<br />
o (CFC) e do Comitê<br />
de Pronunciamentos Contábeis<br />
(CPC). É o XBRL (Extensible<br />
Business Reporting<br />
Language – Padrão Internacional<br />
para Demonstrações Contábeis)<br />
que produz informações<br />
que podem ser reutilizadas<br />
em qualquer lugar do mundo.<br />
Esforços já estão sendo desenvolvidos<br />
para implantá-lo<br />
no Brasil.<br />
Porém, assim que a Lei nº<br />
11.638/2007 foi divulgada, os<br />
profissionais da área passaram<br />
a questionar a validade de se<br />
adotar um padrão contábil que<br />
praticamente obrigaria os contabilistas<br />
a “começar tudo de<br />
novo”. Segundo Domingos<br />
Orestes Chiomento, presidente<br />
do CRC-SP (Conselho Regional<br />
de <strong>Contabil</strong>idade do Estado<br />
de São Paulo), com as<br />
IFRS, a contabilidade brasileira<br />
ascende a um novo patamar<br />
e impele os profissionais a um<br />
novo ciclo de conhecimentos.<br />
Até mesmo as instituições de<br />
ensino devem começar a repensar<br />
e atualizar o currículo<br />
do curso de Ciências Contábeis.<br />
“Embora haja percalços,<br />
o Brasil jamais poderia deixar<br />
de oferecer, para as empresas<br />
que queiram investir no mercado<br />
nacional, a melhoria na<br />
qualidade das informações<br />
proporcionadas pelas IFRS.<br />
Uma comunicação financeira<br />
uniforme atrai os negociadores,<br />
pois oferece confiabilidade,<br />
consistência e segurança”<br />
argumenta.<br />
A internacionalização dessa<br />
linguagem é tão importante,<br />
que também a área pública<br />
passará a adotar as IFRS em<br />
2<strong>01</strong>2, para as demonstrações<br />
contábeis da União e dos Estados,<br />
e em 2<strong>01</strong>3 para os municípios.<br />
A adesão do Brasil às<br />
normas internacionais destaca<br />
o papel dos profissionais da<br />
contabilidade brasileira, fortalece<br />
e chancela a importância<br />
do CFC e da sua participação<br />
no Comitê de Pronunciamen-<br />
tos Contábeis. “As IFRS trouxeram<br />
um novo alento para a<br />
área contábil, modernizando e<br />
realçando para os empresários,<br />
para os governos e a sociedade,<br />
o quanto é essencial, inovador<br />
e necessária a participação<br />
dos profissionais da contabilidade<br />
para o país. Sabese<br />
que talvez não seja fácil assimilar<br />
tantos conceitos novos,<br />
mas os contabilistas já deram<br />
inúmeros exemplos de adaptação<br />
a exigências legais que se<br />
modificam quase que diariamente.<br />
Além disso, o Sistema<br />
CFC/CRCs tem contribuído<br />
para a divulgação desses novos<br />
conceitos, organizando<br />
inúmeras atividades, como palestras,<br />
seminários e intervenções<br />
na mídia. Um trabalho<br />
com as instituições de ensino<br />
vem sendo feito também para<br />
que os currículos levem em<br />
conta a nova realidade da profissão”<br />
conclui.<br />
Na visão de Chiomento, as<br />
organizações devem investir<br />
em treinamento de sua equipe.<br />
A preparação técnica dos profissionais,<br />
para o processo de<br />
adaptação das IFRS e das IP-<br />
SAS (International Public<br />
Sector Accounting Standards<br />
- Norma Internacional de <strong>Contabil</strong>idade<br />
para o Setor Público),<br />
é o principal desafio do<br />
cenário contábil atualmente.<br />
As novas normas contábeis<br />
passaram a ser obrigatórias<br />
este ano para as empresas brasileiras.<br />
Em 2<strong>01</strong>2, é a vez dos
Pag. 06 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
governantes das três esferas se<br />
adaptarem aos novos padrões<br />
da contabilidade pública.<br />
Chiomento acredita que as<br />
organizações devem “reter<br />
seus talentos frente a um grande<br />
assédio na área, uma vez<br />
que o valor dos salários aumentou<br />
e a competitividade é<br />
grande”, explica, salientando<br />
que o contabilista atual deve<br />
estar preparado para uma rotina<br />
de trabalho cada vez mais<br />
exigente e complexa. “É importante<br />
salientar que onde há<br />
desafios, há maiores oportunidades.<br />
A área contábil está<br />
aproveitando muito bem esse<br />
cenário para ganhar mais espaço<br />
e valorização a nível nacional”,<br />
afirma o presidente.<br />
Segundo Chiomento, o<br />
novo modelo de contabilidade<br />
requer produtividade imediata<br />
e rigorosa qualidade.<br />
“Os contabilistas que já estão<br />
no mercado de trabalho, bem<br />
como os estudantes, tanto do<br />
curso técnico, quanto das faculdades,<br />
devem ter em mente<br />
que a evolução dos marcos<br />
legais e a modernização da<br />
profissão, ajudam na expansão<br />
dos negócios. A sociedade<br />
está cada vez mais exigente<br />
e com a comunicação cada<br />
vez mais integrada e globalizada,<br />
a pressão vivenciada<br />
pelas empresas é grande, e<br />
logo, isso será repassado aos<br />
profissionais”.<br />
O cenário macroeconômico,<br />
o maior interesse de investidores<br />
estrangeiros no país, o<br />
crescimento das exportações e<br />
a busca das empresas pelo<br />
novo mercado, são alguns dos<br />
fatores que influenciam essa<br />
mudança. Na opinião de Chiomento,<br />
os contabilistas precisam<br />
estar dispostos às mudanças,<br />
principalmente os funcionários<br />
antigos. “Profissionais<br />
inflexíveis inevitavelmente<br />
acabam sendo deixados para<br />
trás. Essa mudança está muito<br />
mais relacionada a hábitos e<br />
costumes”, finaliza.<br />
Oportunidades para<br />
mudanças<br />
Anderson Thomaz, que é<br />
arquiteto de soluções de uma<br />
empresa provedora de serviços<br />
de TI (Tecnologia da Informação),<br />
nos diz que frequentemente,<br />
os órgãos reguladores<br />
determinam normas<br />
comuns para as instituições<br />
financeiras, que as analisam,<br />
especificam e direcionam a<br />
área de TI, responsável por<br />
implementá-las. Para ele, as<br />
IFRS não devem ser encaradas<br />
apenas como mais uma<br />
norma dentre tantas outras, e<br />
sim como um novo padrão<br />
contábil. Não serão feitas<br />
apenas mudanças no layout<br />
de dados ou definidos relatórios<br />
para serem apresentados.<br />
Na prática, serão efetuadas<br />
mudanças em um processo<br />
contínuo, que é submetido a<br />
todas as áreas das instituições<br />
financeiras. As mudanças<br />
atingirão as formas de<br />
avaliar os instrumentos, tratarão<br />
as perdas e contingências,<br />
demonstrarão os relacionamentos<br />
com outras instituições<br />
e com os próprios colaboradores,<br />
evidenciando<br />
todo o processo da contabilidade.<br />
Ao longo do tempo, diante<br />
de tantas normas vindas dos<br />
órgãos reguladores, as áreas de<br />
TI das instituições financeiras<br />
foram obrigadas a se remodelar,<br />
tornando possível que, no<br />
final do processo, todas as<br />
obrigações legais fossem atendidas.<br />
“Desta forma, criou-se<br />
um ambiente tão heterogêneo<br />
e complexo, que dificultou a<br />
identificação do começo e do<br />
término de um determinado<br />
processo. Por meio do IFRS,<br />
não é possível apenas reunir os<br />
dados para a geração de relatórios,<br />
pois é preciso repensar<br />
alguns processos. É onde podemos<br />
identificar as novas<br />
Maior desafio para<br />
adaptação dos IFRS<br />
e IPSAS é a<br />
preparação técnica<br />
dos profissionais.<br />
oportunidades” afirma Thomaz.<br />
A maioria dos sistemas<br />
voltados para os instrumentos<br />
financeiros está ligada a<br />
lançamentos contábeis. Sendo<br />
assim, o resultado final<br />
dessas arquiteturas é transmitido<br />
para o sistema de contabilidade,<br />
por meio dos saldos<br />
de contas. Porém, Anderson<br />
faz questionamentos importantes.<br />
“Como é possível<br />
gerar o cálculo de custo<br />
amortizado, da taxa efetiva e<br />
do valor justo com o nível de<br />
detalhamento exigido pelo<br />
IFRS, se o que se recebe ul-<br />
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1<br />
timamente são apenas saldos<br />
em contas contábeis? Qual<br />
gestor de TI nunca teve problemas<br />
com sistemas que<br />
apresentam cálculos ou lançamentos<br />
incorretos, que nunca<br />
puderam ser efetivamente corrigidos<br />
ou substituídos, devido<br />
à falta de orçamento, tempo<br />
ou mesmo recursos humanos?”.<br />
Mesmo diante dessas dúvidas,<br />
ele ainda acredita que<br />
é possível encontrar oportunidades<br />
a partir do IFRS. “Este<br />
é o momento para discutir<br />
com as demais áreas envolvidas<br />
uma estratégia eficiente e<br />
capaz de atender ao órgão regulador<br />
e, além disso, reestruturar<br />
uma área vital das instituições,<br />
que muitas vezes tem<br />
processos e sistemas fragmentados,<br />
criados apenas para resolver<br />
problemas de outros<br />
sistemas” assegura.<br />
Nesse caso, outra questão<br />
importante deve ser avaliada.<br />
Como discutir a redução do<br />
valor recuperável de ativos<br />
(impairment) sem ter o controle<br />
total sobre a garantia<br />
atrelada ao contrato? Thomaz<br />
nos diz que este pode parecer<br />
um desafio, mas é a oportunidade<br />
para iniciar uma discussão<br />
sobre o redesenho de um<br />
processo existente, para uma<br />
forma simplificada. Outro<br />
ponto é a contabilidade por si<br />
só. Quase todas as obrigações<br />
impostas pelo IFRS têm a sua<br />
evidenciação na contabilidade.<br />
Porém, para efeito de fisco,<br />
teremos uma contabilidade<br />
nos padrões atuais e outra<br />
no formato IFRS.<br />
Mas será que a estrutura<br />
contábil das instituições está<br />
pronta para este novo modelo?<br />
Quem nunca pensou em ter uma<br />
contabilidade “multibalanço”,<br />
capaz de conciliar de forma automática<br />
a contabilidade gerencial<br />
com a contabilidade financeira?<br />
“Ao invés de criarmos<br />
ajustes sob ajustes para atendermos<br />
a um único ponto, as<br />
obrigações oriundas do IFRS<br />
geram, sim, a oportunidade de<br />
rever grandes processos e ajustar<br />
itens fragmentados ao longo<br />
do tempo” finaliza.<br />
Por fim, há uma série de relatórios<br />
gerados por meio das<br />
obrigações do IFRS e, consequentemente,<br />
uma extensa variedade<br />
de dados gerados, o que<br />
torna quase impossível não pensar<br />
em uma plataforma de Inteligência<br />
de Negócios (BI), capaz<br />
de potencializar o uso de<br />
todas estas informações para as<br />
instituições financeiras. Quem<br />
tem o domínio da informação<br />
não apenas está à frente da concorrência,<br />
como tem a agilidade<br />
para reagir às oscilações do<br />
mercado.<br />
É claro que existem outras<br />
oportunidades a serem discutidas<br />
e que também não são simples<br />
ou de fácil mensuração de<br />
retorno. Como estas mudanças<br />
são definitivas, certamente as<br />
instituições financeiras terão<br />
que rever seus processos, seja<br />
neste momento, para a adoção<br />
do IFRS, ou em breve, para a<br />
correção de caminhos adotados<br />
pela interpretação incorreta das<br />
mesmas. Essa é uma discussão<br />
que deve acontecer em todas as<br />
instituições financeiras.
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1 Pag. 07 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
1 -Quais os principais aspectos<br />
das Normas Brasileiras<br />
de <strong>Contabil</strong>idade Pública?<br />
Com a aprovação das Normas<br />
Brasileiras de <strong>Contabil</strong>idade<br />
Aplicada ao Setor Público –<br />
(NBCASP) – o Conselho Federal<br />
de <strong>Contabil</strong>idade dá inicio a<br />
uma verdadeira revolução na<br />
<strong>Contabil</strong>idade Governamental<br />
Brasileira.<br />
A ênfase passa a ser o patrimônio<br />
como objeto de estudo da<br />
contabilidade enquanto ciência.<br />
O orçamento deixa de ser o protagonista<br />
da histórica da administração<br />
pública para se tornar<br />
um coadjuvante importante que<br />
trata do fluxo de caixa do Governo<br />
com base em autorização<br />
legislativa para arrecadar receitas<br />
e realizar despesas.<br />
Será obrigatório a publicação<br />
de novos relatórios, sendo o demonstrativo<br />
de fluxo de caixa e<br />
da demonstração do resultado<br />
econômico. No sistema atual, a<br />
União, Estados e Municípios<br />
possuem modelos de gerenciamento<br />
financeiro próprios, o que<br />
dificulta obter dados consolidados<br />
de arrecadação e gastos.<br />
Na questão do Imobilizado,<br />
além dos ativos como prédios,<br />
participações em empresas, máquinas,<br />
equipamentos, móveis e<br />
terrenos, as NBCASP também<br />
preveem que os bens de uso público<br />
como praças, florestas, rios<br />
e rodovias tenham seu valor calculado<br />
e registrado no balanço<br />
dos Municípios.<br />
2 - De que forma o setor<br />
público precisa se adaptar a<br />
essas Normas?<br />
O setor precisa atender às<br />
normas. Para isso deve procurar<br />
profissionais que tenham<br />
conhecimento para aplicabilidade<br />
das mesmas. Os Contadores<br />
Públicos deverão buscar frenquente<br />
atualização através de<br />
cursos e seminários, enfim o ensino<br />
continuado será um diferencial<br />
para o profissional que<br />
queira destacar e buscar novas<br />
oportunidade no mercado.<br />
3 - Haverá dificuldades a<br />
serem enfrentadas?<br />
Com certeza. É uma mudança<br />
de cultura. O profissional<br />
desta área estava acostumado a<br />
não observar as Normas Brasileiras<br />
de <strong>Contabil</strong>idade<br />
(NBCT), pois pensavam que era<br />
apenas para a contabilidade comercial.<br />
As normas deverão ser<br />
aplicadas para aqueles fatos contábeis<br />
ocorridos a partir do exercício<br />
de 2<strong>01</strong>0, pois o objetivo<br />
principal é que o patrimônio reflita<br />
a realidade do Municipio.<br />
4 - O setor já está se mobilizando<br />
para essa adaptação?<br />
Os Municípios e demais entidades<br />
públicas estão se mobilizando<br />
de forma muito morosa<br />
para adequação das Normas.<br />
Nas orientações e acompanhamentos<br />
que fazemos diariamente<br />
aos Contadores Públicos, percebe-se<br />
que muitos profissionais<br />
estão aguardando a exigência do<br />
Tribunal de Contas em cobrar o<br />
atendimento às regulamentações.<br />
Porém é de suma importância<br />
explicar que, as Normas Técnicas<br />
são editadas para disciplinar<br />
o profissional contábil, bem<br />
como a penalidade pelo não<br />
cumprimento é ao Contador ou<br />
Técnico em <strong>Contabil</strong>idade. Portanto,<br />
é orientado que o profissional<br />
seja mais pró ativo para<br />
a adequação de suas rotinas às<br />
exigência das NBCASP.<br />
5 - A quais entes são aplicadas<br />
essas Normas?<br />
As Normas são aplicadas a<br />
toda Administração Direta e Indireta,<br />
bem como a todas as<br />
empresas que recebem e movimentam<br />
recursos públicos. Aplicarão<br />
Integralmente, pelo menos,<br />
as entidades governamentais,<br />
inseridas nos orçamentos<br />
fiscal e de seguridade social,<br />
sendo: Prefeituras, Câmaras,<br />
Assembléias, Estado, Autarquias,<br />
Fundações Públicas, Serviços<br />
Sociais e os Conselhos Profissionais<br />
e demais órgãos públicos<br />
e parcialmente, no que<br />
couber, as demais entidades do<br />
setor público, para garantir procedimentos<br />
suficientes de prestação<br />
de contas e instrumentali-<br />
<strong>Contabil</strong>idade Pública<br />
zação do controle social,<br />
sendo:ONGS, OSCIPs, OS,<br />
empresas privadas que recebem<br />
subvenção econômica.<br />
6 - Como está composto o<br />
Sistema Contábil Público?<br />
O Sistema Contábil Público<br />
é constituido por uma estrutura<br />
de informações que tem como<br />
função a identificação, mensuração,<br />
avaliação, registro, controle<br />
e evidenciação dos atos e<br />
dos fatos da gestão do patrimônio<br />
público. O objetivo de orientar<br />
e suprir o processo de decisão,<br />
a prestação de contas e a<br />
instrumentalização do controle<br />
social. Está estruturado nos seguintes<br />
subsistemas de informações:<br />
Orçamentário; Financeiro;<br />
Patrimonial; Custos e Compensação.<br />
7 - Como deve ser feito o<br />
registro contábil das transações<br />
do setor público?<br />
O registro contábil do<br />
setor público, ou mesmo do setor<br />
privado, são iguais. Deve ser<br />
registrado por meio de partidas<br />
dobradas.<br />
O patrimônio das entidades<br />
do setor público, o orçamento e<br />
sua execução e os atos administrativos<br />
que provoquem efeitos<br />
de caráter econômico e financeiro<br />
no patrimônio devem<br />
ser mensurados ou avaliados<br />
monetariamente e registrados<br />
pela contabilidade.<br />
8 - De que forma a <strong>Contabil</strong>idade<br />
precisa ficar atenta a<br />
esses registros?<br />
Os registros devem ser realizados<br />
e os seus efeitos evidenciados<br />
nas demonstrações do período<br />
com os quais se relacionam,<br />
reconhecidos, portanto, pelos respectivos<br />
fatos geradores, independentemente<br />
do momento da<br />
execução orçamentária.<br />
9 - Quais as demonstrações<br />
contábeis definidas no campo<br />
de aplicação das entidades do<br />
setor público?<br />
A NBC T 16.6 estabelece que<br />
as Demonstrações Contábeis a<br />
serem elaboradas e divulgadas<br />
pelas entidades públicas: Balanço<br />
Patrimonial; Balanço Orçamentário;<br />
Balanço Financeiro;<br />
Demonstração das Variações Patrimoniais;<br />
Demonstração dos<br />
Fluxos de Caixa; e Demonstração<br />
do Resultado Econômico.<br />
Nesse sentido, a norma além<br />
de atender o disposto no art. 1<strong>01</strong><br />
da Lei Federal nº 4.320/64, onde<br />
determina a publicação dos Balanços<br />
Orçamentário, Financeiro<br />
e Patrimonial e da Demonstração<br />
das Variações Patrimoniais,<br />
traz como inovação a Demonstração<br />
do Fluxo de Caixa<br />
e a Demonstração do Resultado<br />
Econômico, ampliando o rol de<br />
demonstrativos a serem elaborados<br />
pela <strong>Contabil</strong>idade.<br />
Em termos formais, o demonstrativo<br />
financeiro de uma<br />
entidade do setor público vai se<br />
parecer mais com aquele publicado<br />
pelas empresas nos jornais,<br />
com balanço patrimonial, demonstração<br />
de resultado do<br />
exercício e demonstração de<br />
mutação do patrimônio líquido.<br />
Assim como é feito pelas empresas,<br />
as receitas e despesas serão<br />
lançadas obrigatoriamente pelo<br />
regime de competência e não de<br />
caixa. Hoje o setor público usa<br />
um sistema misto, que combina<br />
os dois modelos, com prevalência<br />
do regime de caixa para as<br />
receitas.<br />
10 - O que a <strong>Contabil</strong>idade<br />
pública representa para a<br />
sociedade?<br />
A contabilidade (tanto a pública<br />
quanto a privada) tem por<br />
objetivo fornecer informações<br />
aos usuários internos e externos.<br />
Desta forma, a contabilidade<br />
pública deve permitir a extração<br />
de relatórios, informações para<br />
fornecer à sociedade a situação<br />
da entidade pública. Receitas e<br />
despesas, o que está sendo gasto<br />
e como está sendo gasto. Enfim,<br />
trazer informações de forma<br />
transparente e clara, como<br />
o dinheiro do cidadão está sendo<br />
gasto.<br />
11 - Como deve ser a atuação<br />
da Classe Contábil frente<br />
a essas Normas?<br />
* FABIANA FERREIRA<br />
PASCOALOTO<br />
Os profissionais do setor<br />
público precisam começar a tomar<br />
consciência que a contabilidade<br />
está sofrendo alterações,<br />
em virtude da padronização internacional<br />
(convergência às<br />
normas internacionais), e buscar<br />
se atualizar sempre.<br />
12 - Quais os benefícios que<br />
Normas Brasileiras de <strong>Contabil</strong>idade<br />
Pública proporcionarão à<br />
sociedade e à <strong>Contabil</strong>idade?<br />
Em sentido amplo as novas<br />
normas são um instrumento<br />
para elevar a eficácia e efetividade<br />
das Leis quanto aos seus<br />
objetivos de promover o planejamento,<br />
a transparência e responsabilidade<br />
da gestão fiscal.<br />
A expectativa é que a implementação<br />
das normas provoque<br />
uma melhoria nos controles internos<br />
para a proteção do patrimônio<br />
público, além de apresentar<br />
maior transparência à aplicação<br />
de recursos da sociedade.<br />
O que se espera é eliminar a<br />
“contabilidade criativa”, dando<br />
lugar à transparência do Estado<br />
e a suas responsabilidades.<br />
* Multiplicadora credenciada<br />
do novo modelo de <strong>Contabil</strong>idade<br />
Pública, através do Curso em<br />
<strong>Contabil</strong>idade Aplicada ao Setor<br />
Público, ministrado pela STN –<br />
Secretaria do Tesouro Nacional<br />
* Pós-Graduada em<br />
“Administração e Planejamento<br />
Público Municipal”, pela UNESP<br />
Universidade Estadual de São Paulo<br />
– SP<br />
* Bacharel em Ciências<br />
Contábeis
Pag. 08 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1<br />
Responsabilidade civil: Veja como se proteger<br />
1. Como funciona o seguro<br />
de RCP para contabilistas?<br />
O seguro de Responsabilidade<br />
Civil Profissional (RCP) para<br />
<strong>Contabil</strong>istas visa cobrir para<br />
danos causados a terceiros em<br />
decorrência de falha profissional<br />
do segurado. O objetivo do seguro<br />
é garantir, até o valor limite<br />
de importância segurada contratado,<br />
o pagamento de indenizações<br />
aos clientes dos escritórios<br />
de contabilidade por eventuais<br />
falhas que possam vir a ocorrer.<br />
A apólice de RCP é à base de reclamação.<br />
Ou seja, para que a<br />
indenização seja paga, exige que<br />
haja formalização da reclamação<br />
por parte de um terceiro.<br />
Exemplificando, caso um escritório<br />
de contabilidade cometa<br />
uma falha na apuração de Imposto<br />
sobre Circulação de Mercadorias<br />
e Serviços (ICMS) no período<br />
de 12 meses, gerando créditos<br />
indevidos, arcará com um<br />
prejuízo de R$ 50 mil reais para<br />
o seu cliente. Este, por sua vez,<br />
sentindo-se lesado em virtude do<br />
ocorrido, apresenta sua reclamação<br />
ao segurado, pleiteando o<br />
pagamento de indenização pelos<br />
danos causados em decorrência<br />
de falha cometida na prestação<br />
de serviço. O segurado, que possui<br />
uma apólice de R$ 100 mil<br />
reais, comunicará a seguradora<br />
do ocorrido, a qual pagará a indenização<br />
ao terceiro lesado,<br />
mediante a apresentação uma<br />
sentença judicial transitada em<br />
julgado condenando o segurado<br />
ou acordo extrajudicial.<br />
O Seguro de RCP é uma segurança<br />
garantida aos contabilistas<br />
para o exercício de suas atividades,<br />
que não correm o risco<br />
de comprometer os seus respectivos<br />
patrimônios. Por se tratar<br />
de uma atividade que exige alto<br />
grau de especialização, os escritórios<br />
não estão isentos de cometer<br />
alguma falha, prejudicando<br />
assim o seu cliente. A contratação<br />
se dá de maneira simplificada.<br />
Por meio de um questionário<br />
preenchido pelo segurado, a<br />
seguradora avalia o risco que<br />
cada escritório apresenta. Neste<br />
questionário informa questões<br />
referentes ao porte do escritório,<br />
dos contratos que celebra, número<br />
de funcionários, áreas de atuação,<br />
além de outros dados, como<br />
a importância segurada pretendida.<br />
Com base nessas informações,<br />
a seguradora pode mensurar<br />
o risco que cada contabilista<br />
representa. A partir dessa análise,<br />
a seguradora apresenta a cotação,<br />
informando os valores de<br />
prêmio praticados para o risco a<br />
ela apresentado.<br />
Observação: o seguro de RCP<br />
é também conhecido pela sigla<br />
E&O (Erros & Omissions).<br />
2. Cite valores aproximados<br />
Cada escritório de contabilidade<br />
apresenta um risco diferente,<br />
por vezes único. Por isso, cada<br />
caso demanda uma análise criteriosa<br />
e os valores de contratação<br />
costumam sempre variar.<br />
No entanto, podemos estimar<br />
que um seguro de RCP contratado<br />
para um limite de importância<br />
segurada de R$ 100.000,00<br />
costuma oscilar entre R$1.000,00<br />
e R$ 2.300,00, dependendo do<br />
porte, capacidade, e volume dos<br />
contratos celebrados pelo contabilista.<br />
O valor do pagamento é<br />
anual, com opção de parcelamento<br />
em até sete vezes.<br />
3. Coberturas<br />
O Seguro de RCP para <strong>Contabil</strong>istas<br />
da ACE Seguradora<br />
oferece indenização em caso de<br />
condenação por danos materiais<br />
e morais causados pelo segurado<br />
em decorrência de negligência,<br />
imprudência ou imperícia cometida<br />
durante a prestação de serviço.<br />
A cobertura se estende às perdas<br />
financeiras, incluindo os lucros<br />
cessantes, bem como perda,<br />
roubo e extravio de documentos<br />
do cliente em responsabilidade<br />
do segurado.<br />
Também estão cobertos os<br />
custos de defesa com advogados<br />
e demais despesas relacionadas<br />
ao processo e à defesa do segurado,<br />
de maneira que nessa cobertura<br />
não há cobrança de franquia.<br />
Ressalte-se ainda que a seguradora<br />
não impõe ao seu segurado<br />
um advogado específico, facultando-se<br />
a ele a escolha do defensor<br />
que melhor atender às suas<br />
pretensões.<br />
4. Outras informações úteis<br />
A contratação do seguro,<br />
além de trazer segurança ao patrimônio<br />
da empresa, serve como<br />
um diferencial do próprio contabilista<br />
em relação aos seus concorrentes<br />
de mercado. Afinal,<br />
torna-se mais fácil a comercialização<br />
de seus produtos quando o<br />
contratante sabe que, na ocorrência<br />
de alguma eventualidade, a<br />
apólice securitária é a garantia<br />
de que será ressarcido por quaisquer<br />
danos a que possa estar sujeito.<br />
A ACE possui alta solidez financeira,<br />
contando com uma capacidade<br />
para contratação de limites<br />
de até R$ 20 milhões.<br />
Pelo fato de cada empresa<br />
apresentar um risco diferente, há<br />
uma flexibilidade para customi-<br />
zação dos riscos específicos assumidos.<br />
Isso é possível pelo fato<br />
da ACE ser uma seguradora com<br />
alto grau de conhecimento técnico<br />
no ramo, uma das razões<br />
que a colocou como a seguradora<br />
líder de mercado no seguimento<br />
de RC Profissional no ano de<br />
2<strong>01</strong>0, segundo dados da Superintendência<br />
de Seguros Privados<br />
(SUSEP).<br />
ACE Seguradora<br />
Fundada em 1985, a ACE<br />
atua em áreas específicas do<br />
mercado de seguros, buscando<br />
especialização constante nesses<br />
nichos. Posicionada dessa maneira,<br />
a empresa se diferencia<br />
por oferecer soluções inovadoras<br />
e sob medida para seus clientes.<br />
Com sede na Suíça, a companhia<br />
de origem americana<br />
possui cerca de 10 mil funcionários,<br />
está presente em 50 países<br />
e conduz negócios em 140<br />
nações. O seu crescimento vem<br />
ocorrendo de forma intensa,<br />
sustentado em grandes margens<br />
de lucro.<br />
A ACE está consolidada no<br />
Brasil entre as grandes, sólidas<br />
e eficientes seguradoras do mercado,<br />
mesmo sem qualquer atuação<br />
no ramo de automóvel. A<br />
empresa chegou a multiplicar<br />
por 13 o seu faturamento entre<br />
2000 e 2<strong>01</strong>0 no país, alcançando<br />
R$ 785 milhões, em um processo<br />
de expansão contínua.<br />
Em 2<strong>01</strong>0, pelo terceiro ano<br />
seguido, a ACE foi posicionada<br />
no mais alto nível do rating da<br />
agência de classificação de riscos<br />
Moody´s, que concedeu para<br />
a companhia o conceito AAA<br />
em escala nacional. De acordo<br />
com a agência, esta avaliação da<br />
ACE se baseia principalmente na<br />
alta lucratividade, na diversificação<br />
da carteira, na solidez da gestão<br />
financeira e por contar com<br />
“produtos seguráveis com rápido<br />
pagamento e pouca exposição<br />
a perdas em catástrofes”.<br />
Rodrigo Santos, Underwriter<br />
de E&O (Errors & Omissions)<br />
da ACE Seguradora. Hoje<br />
a ACE se destaca como uma das<br />
maiores companhias de seguros<br />
e resseguros do mundo. Em<br />
2<strong>01</strong>0, o seu faturamento mundial<br />
alcançou o montante de<br />
US$ 20 bilhões. Em razão de seu<br />
desempenho no Brasil a ACE foi<br />
considerada em 2009 a melhor<br />
empresa especialista do mercado<br />
nacional, conforme avaliação<br />
da Fundação Getúlio Vargas.
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1 Pag. 09 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
Integração entre sistemas aumenta<br />
a agilidade do trabalho e garante a<br />
segurança das informações<br />
Usar sistemas de gestão integrados<br />
é fundamental para<br />
garantir a segurança das informações<br />
e poupar o tempo dos<br />
contadores. A redigitação é um<br />
dos grandes vilões da contabilidade<br />
e uma das principais<br />
causas de erros. Uma vírgula no<br />
lugar errado e pronto: a conta<br />
não bate e o contabilista precisa<br />
refazer seus cálculos. Quando<br />
se fala da área comercial,<br />
esse problema torna-se ainda<br />
mais grave.<br />
Nos dias de hoje, é impossível<br />
pensar a profissão contábil<br />
sem levar em consideração<br />
os sistemas Enterprise Resource<br />
Planning (ERP). A ‘era dos<br />
livros’ acabou, dando lugar à<br />
‘era do software integrado’.<br />
Imagine um contador, responsável<br />
pela folha de pagamento<br />
de 15 clientes, sendo que cada<br />
um deles possui mais de 100<br />
funcionários. Agora imagine a<br />
rotina de trabalho desse contador,<br />
sem a utilização de um software.<br />
Complicado, né? Pois é.<br />
E folha de pagamento é só uma<br />
das muitas atividades que esses<br />
verdadeiros ‘heróis’ desempenham.<br />
Uma das atividades mais<br />
complexas, trabalhosas e importantes<br />
está relacionada aos lançamentos<br />
contábeis e obrigações<br />
fiscais e tributárias. O contador<br />
precisa receber as informações<br />
de seus clientes, passá-las para<br />
o sistema e processá-las, de forma<br />
que possa gerar declarações<br />
para o fisco, apurar tributos entre<br />
outras tarefas. Quando a informação<br />
chega do cliente por<br />
meio de um sistema integrado<br />
com o do contador, basta a importação<br />
dos dados e pronto: todas<br />
as informações estão ali,<br />
prontas para serem trabalhadas.<br />
Em agosto, a Nasajon Sistemas,<br />
empresa presente no mercado<br />
há 29 anos e que desenvolve<br />
sistemas de gestão contábil,<br />
financeira e automação comercial,<br />
apresentou para seus clientes<br />
um workshop, voltado exclusivamente<br />
para a integração<br />
dos sistemas, com foco na área<br />
contábil. Segundo o instrutor<br />
do curso e analista de suporte<br />
da Nasajon, Thomás Araújo, o<br />
objetivo do curso é mostrar os<br />
diversos recursos e as vantagens<br />
da integração entre os sistemas.<br />
“Uma vez que o cliente da<br />
Nasajon já tenha seus dados<br />
lançados em um dos nossos sistemas,<br />
seja ele de folha de pagamento,<br />
seja de escrituração<br />
fiscal ou automação comercial,<br />
basta que ele importe esses dados<br />
para a contabilidade, sem<br />
a necessidade de digitação. Isso<br />
evita o retrabalho e minimiza<br />
os erros. Quanto mais integrado<br />
o sistema estiver, mais segurança<br />
o usuário tem nos dados”,<br />
afirma.<br />
Os riscos da digitação envolvem<br />
até multas, uma vez<br />
que as informações inseridas<br />
nos sistemas são necessárias<br />
para apuração de diversos<br />
tributos e para a geração de<br />
declarações para o fisco.<br />
“Hoje em dia, os processos<br />
na área comercial, por exemplo,<br />
estão muito mais automatizados,<br />
por conta da Nota<br />
Fiscal Eletrônica (NF-e). São<br />
muitos detalhes, que se o<br />
contador deixar para digitar,<br />
ele pode ter problemas com<br />
o fisco, com declarações sendo<br />
entregues de forma errada,<br />
tributos recolhidos in-<br />
corretamente, então, quanto<br />
mais o processo for automatizado,<br />
melhor. Trabalhando de<br />
forma integrada, esse problema<br />
não existe, pois as informações<br />
da nota são importadas direto<br />
da receita ou pelo próprio Documento<br />
Auxiliar de Nota Fiscal<br />
Eletrônica (DANFE). Cada<br />
vez mais, as empresas são exigidas<br />
pelo fisco e os erros humanos<br />
estão resultando em<br />
multas grandes”, destaca.<br />
Contador autônomo e usuário<br />
dos sistemas da Nasajon há<br />
12 anos, Elmo Oliveira ressalta<br />
as palavras de Thomás e<br />
acrescenta:<br />
“A integração evita que o<br />
contador tenha muito trabalho<br />
de digitação, sobrando tempo<br />
para outras tarefas mais estratégicas.<br />
Gostei muito do<br />
workshop e das explicações do<br />
Thomás”.<br />
Essa também é a opinião do<br />
técnico de contabilidade Niraldo<br />
Bezerra:<br />
“A utilização de sistemas<br />
integrados melhora muito a dinâmica<br />
no nosso trabalho. Se<br />
não fosse a integração, nós teríamos<br />
todo um trabalho ‘braçal’<br />
e um retrabalho. A utilização<br />
de sistemas integrados é<br />
importante não só para o escritório<br />
contábil como também<br />
para os clientes desse escritório.”<br />
Como prospectar em<br />
tempos de Google?<br />
Se eu quero um serviço, eu<br />
vou “googlar”, se eu quero um<br />
produto, eu vou “googlar”; até<br />
se eu quiser saber sobre onde<br />
passar minhas férias, eu vou<br />
“googlar”. Esse neologismo<br />
reafirma a era Google que influencia<br />
o comportamento de<br />
clientes que hoje preferem procurar<br />
a serem procurados. Desta<br />
forma, como vou prospec-<br />
tar estes clientes? Vou ter que<br />
esperar que eles me procurem?<br />
Para responder estes questionamentos,<br />
façamos a seguinte<br />
reflexão: se uma empresa<br />
comunica-se oferecendo um<br />
produto ou um serviço que<br />
você já pensou ou está querendo,<br />
ou então desperta o seu interesse<br />
com condições atraentes<br />
voltadas para suas necessidades<br />
ou seus desejos, qual<br />
será o seu comportamento?<br />
Certamente, você vai querer<br />
aprofundar este primeiro contato.<br />
Portanto, ter relevância e ser<br />
pertinente são requisitos primordiais<br />
para a conquista de<br />
novos clientes. Saber o que eles<br />
querem, como pensam e, principalmente,<br />
como compram,<br />
refletem ações mais direcionadas<br />
na conversão destes prospects.<br />
E, desta forma, eis que se<br />
torna imprescindível a utilização<br />
do marketing direto em<br />
suas ações, afinal, falar com<br />
quem interessa, conhecendo<br />
de antemão o perfil de seu pú-<br />
*Por Juliana Cantanhêde<br />
blico-alvo, além de evitar que<br />
você “mire com bala de canhão<br />
numa mosca”, permite<br />
que você alcance suas metas.<br />
O que torna ainda mais<br />
atraente a utilização do marketing<br />
direto, é que este poderoso<br />
aliado é acessível a<br />
qualquer tipo de negócio e a<br />
qualquer tamanho de empresa,<br />
desde sistemas mais sim-<br />
ples aos mais complexos. Basta<br />
que tenha a matéria-prima<br />
que o sustenta: informação!<br />
Para tanto, é necessário<br />
transformar dados em informações<br />
valiosas, ou seja, dados<br />
demográficos e dados<br />
transacionais só se tornarão<br />
informações valiosas se utilizados<br />
para compreender o seu<br />
público e nortear suas ações<br />
de vendas, com a abordagem<br />
certa e a oferta adequada ao<br />
perfil.<br />
Assim, dar funcionalidade<br />
ao seu banco de dados, deixando<br />
que este seja um mero<br />
cadastro, vai lhe permitir atingir<br />
duas metas: vendas e redução<br />
de custos.<br />
E, por fim, “GOOGLAR”<br />
também! Já que se somos pesquisados<br />
para saber o que oferecemos,<br />
por que não pesquisar<br />
para saber o que eles procuram?<br />
* Juliana Figueiredo<br />
Cantanhêde é gerente de contas<br />
estratégicas da ZipCode, uma das<br />
principais empresas especializadas<br />
em marketing direto.
Pag. 10 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
1. Introdução<br />
A Escrituração Fiscal Digital<br />
do Programa de Integração<br />
Social/Contribuição por<br />
Financiamento de Seguridade<br />
Social(EFD-PIS/CO-<br />
FINS) é uma das mais recentes<br />
obrigações acessórias estabelecida<br />
pela Receita Federal.<br />
Instituída através da Instrução<br />
Normativa 1.052/<br />
2<strong>01</strong>0, tem como finalidade<br />
demonstrar claramente os<br />
lançamentos de PIS e CO-<br />
FINS de forma que sua apuração<br />
(créditos e débitos) seja<br />
evidenciada com transparência<br />
à Receita Federal.<br />
Sua obrigatoriedade aplica-se<br />
às empresas sujeitas a<br />
tributação com base no Lucro<br />
Real, Lucro Presumido e<br />
Arbitrado, não se estendendo<br />
às empresas tributadas no regime<br />
do Simples Nacional.<br />
2. Obrigatoriedade<br />
Estão obrigadas a adotar<br />
a EFD-PIS/COFINS:<br />
- As pessoas jurídicas sujeitas<br />
a acompanhamento<br />
econômico-tributário diferenciado<br />
com tributação com<br />
base no lucro real, em rela-<br />
ção aos fatos geradores ocorridos<br />
a partir de <strong>01</strong> de abril<br />
de 2<strong>01</strong>1;<br />
- As demais pessoas jurídicas<br />
sujeitas à tributação<br />
com base no lucro real, em<br />
relação aos fatos geradores<br />
ocorridos a partir de <strong>01</strong> de<br />
julho de 2<strong>01</strong>1;<br />
- Em relação aos fatos geradores<br />
ocorridos a partir de<br />
<strong>01</strong> de janeiro de 2<strong>01</strong>2, as demais<br />
pessoas jurídicas sujeitas<br />
à tributação com base no<br />
lucro presumido ou arbitrado.<br />
Nota: As demais pessoas<br />
jurídicas não obrigadas<br />
poderão apresentar a EFD-<br />
PIS/COFINS em relação<br />
aos fatos contábeis ocorridos<br />
a partir de <strong>01</strong> de abril<br />
de 2<strong>01</strong>1.<br />
3. Arquivo EFD PIS/<br />
COFINS<br />
São obrigadas a geração<br />
do arquivo EFD-PIS/CO-<br />
FINS as pessoas jurídicas<br />
de direito privado em geral<br />
e as equiparadas pela legislação<br />
do Imposto de Renda,<br />
que apuram a Contribuição<br />
para o PIS e a CO-<br />
FINS com base no faturamento<br />
mensal.<br />
4. Escrituração<br />
O empresário, a sociedade<br />
empresária e demais pessoas<br />
jurídicas devem escriturar<br />
e prestar as informações<br />
referentes às suas operações,<br />
de natureza fiscal e/<br />
ou contábil, representativas<br />
de seu faturamento mensal,<br />
assim entendido o total das<br />
receitas auferidas pela pessoa<br />
jurídica, independentemente<br />
de sua denominação<br />
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1<br />
EFD-PIS/COFINS<br />
Escrituração Fiscal Digital do PIS/Pasep e da COFINS<br />
Aspectos da Legislação<br />
ou classificação contábil,<br />
correspondente à receita bruta<br />
da venda de bens e serviços<br />
nas operações em conta<br />
própria ou alheia e todas as<br />
demais receitas auferidas<br />
pela pessoa jurídica, bem<br />
como em relação às operações<br />
de natureza fiscal e/ou<br />
contábil, representativas de<br />
aquisições de bens para revenda,<br />
bens e serviços utilizados<br />
como insumos e demais<br />
custos, despesas e encargos,<br />
sujeitas à incidência<br />
e apuração de créditos pró-<br />
prios do regime não-cumulativo,<br />
de créditos presumidos<br />
da agroindústria e de<br />
outros créditos previstos na<br />
legislação da Contribuição<br />
para o Programa de Integração<br />
Social/Programa de Formação<br />
de Patrimônio de Servidor<br />
(PIS/Pasep) e da CO-<br />
FINS.<br />
Devem também ser escriturados<br />
os valores retidos na<br />
fonte em cada período, outras<br />
deduções utilizadas e,<br />
em relação às sociedades cooperativas,<br />
no caso de sua
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1 Pag. 11 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
incidência concomitante com<br />
a contribuição incidente sobre<br />
a receita bruta, a Contribuição<br />
para o PIS/Pasep<br />
sobre a Folha de Salários.<br />
5. Assinatura Digital<br />
A geração de arquivo da<br />
EFD da Contribuição para o<br />
PIS/Pasep e da COFINS<br />
deve ter a validação de seu<br />
conteúdo, assinatura digital<br />
(com certificado de segurança<br />
mínima A3) e transmissão<br />
obrigatória em relação aos<br />
fatos geradores e contribuintes<br />
definidos nos termos, cronograma<br />
e condições estabelecidos<br />
pela Secretaria da<br />
Receita Federal do Brasil –<br />
RFB.<br />
6. Prazo de Entrega<br />
Em regra geral a EFD-<br />
PIS/COFINS será transmitida<br />
mensalmente ao SPED<br />
até o 5º (quinto) dia útil do<br />
2º (segundo) mês subsequente<br />
a que se refira a escrituração,<br />
no entanto, há uma exceção<br />
à regra trazida pela<br />
Instrução Normativa RFB nº<br />
1.161/2<strong>01</strong>1, nas hipóteses<br />
abaixo:<br />
1) Em relação às pessoas<br />
jurídicas sujeitas a acompanhamentoeconômico-tributário<br />
diferenciado, nos termos<br />
da Portaria RFB nº<br />
2.923, de 16 de dezembro de<br />
2009 os demonstrativos referente<br />
aos meses de abril à<br />
dezembro de 2<strong>01</strong>1 serão entregues<br />
até o 5º (quinto) dia<br />
útil do mês de fevereiro de<br />
2<strong>01</strong>2;<br />
2) Em relação às demais<br />
pessoas jurídicas sujeitas à<br />
tributação do Imposto sobre<br />
a Renda com base no Lucro<br />
Real os demonstrativos referente<br />
aos meses de julho à dezembro<br />
de 2<strong>01</strong>1 serão entregues,<br />
excepcionalmente, até<br />
o 5º (quinto) dia útil do mês<br />
de fevereiro de 2<strong>01</strong>2.<br />
7. Penalidade Pelo<br />
Descumprimento da<br />
Obrigação<br />
A não apresentação no<br />
prazo fixado acarretará a<br />
aplicação de multa no valor<br />
de R$ 5.000,00 por mês-calendário<br />
ou fração.<br />
O contribuinte sujeito à<br />
Escrituração Fiscal Digital<br />
está obrigado a prestar informações<br />
fiscais em meio<br />
digital.<br />
O arquivo digital de escrituração<br />
da Contribuição<br />
para o PIS/Pasep e da CO-<br />
FINS será gerado de forma<br />
centralizada pelo estabelecimento<br />
matriz da pessoa jurídica,<br />
em função do disposto<br />
no art. 15, da Lei nº 9.779,<br />
de 19 de janeiro de 1999, e<br />
submetido ao programa disponibilizado<br />
para validação<br />
de conteúdo, assinatura digital,<br />
transmissão e visualização.<br />
7.1 Situações Especiais<br />
O arquivo não deverá<br />
conter fração de mês, exceto<br />
nos casos de abertura, extinção,<br />
cisão, fusão ou incorporação.<br />
Nos casos de cisão, fusão<br />
e incorporação as sociedades<br />
compreendidas nesses pro-<br />
cessos deverão apresentar<br />
arquivos, como segue:<br />
- Inicio de Atividades: arquivos<br />
que contemplem as<br />
operações a partir da data de<br />
ocorrência do evento; e<br />
- Encerramento de Atividades:<br />
arquivos que contemplem<br />
as operações até a data<br />
da ocorrência do evento.<br />
A obrigatoriedade de<br />
geração de arquivo não se<br />
aplica à incorporadora, nos<br />
casos em que as pessoas jurídicas,<br />
incorporadora e incorporada,<br />
estiverem sob o<br />
mesmo controle societário<br />
desde o ano-calendário anterior<br />
ao do evento.<br />
O contribuinte poderá<br />
efetuar a remessa de arquivo<br />
em substituição ao arquivo<br />
anteriormente remetido,<br />
observando-se a permissão,<br />
as regras e prazos estabelecidos<br />
pela Secretaria da Receita<br />
Federal do Brasil.<br />
A substituição de arquivos<br />
entregues deverá ser feita<br />
na sua íntegra, não se aceitando<br />
arquivos complementares<br />
para o mesmo período<br />
informado.<br />
A assinatura digital será<br />
verificada quanto a sua existência,<br />
prazo e validade para<br />
o contribuinte identificado<br />
na EFD, no início do processo<br />
de transmissão do arquivo<br />
digital.<br />
8. Retificação<br />
A EFD-PIS/COFINS<br />
entregue poderá ser substituída<br />
mediante transmissão<br />
de novo arquivo digital validado<br />
e assinado, que substituirá<br />
integralmente o arquivo<br />
anterior, para inclusão,<br />
alteração ou exclusão<br />
de documentos ou operações<br />
da escrituração fiscal,<br />
ou para efetivação de alteração<br />
nos registros representativos<br />
de créditos e<br />
contribuições e outros valores<br />
apurados.<br />
O arquivo retificador da<br />
EFD-PIS/COFINS poderá ser<br />
transmitido até o último dia útil<br />
do mês de junho do ano calendário<br />
seguinte a que se refere a<br />
escrituração substituída, desde<br />
que não tenha sido a pessoa jurídica,<br />
em relação às respectivas<br />
contribuições sociais do período<br />
da escrituração em referência:<br />
- objeto de exame em procedimento<br />
de fiscalização ou de reconhecimento<br />
de direito creditório<br />
de valores objeto de Pedido<br />
de Ressarcimento ou de Declaração<br />
de Compensação;<br />
- intimada de início de procedimento<br />
fiscal; ou<br />
- cujos saldos a pagar constantes<br />
e relacionados na EFD-<br />
PIS/COFINS em referência já<br />
não tenham sido enviados à Procuradoria-<br />
Geral da Fazenda Nacional<br />
(PGFN) para inscrição<br />
em Dívida Ativa da União<br />
(DAU), nos casos em que importe<br />
alteração desses saldos.
Pag. 12 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
Nestes dias tive uma reunião<br />
com cliente na qual o<br />
principal ponto de discussão<br />
foi sobre responsabilidades<br />
envolvendo o software, gestão<br />
interna e a assessoria contábil<br />
externa. Conversávamos<br />
sobre uma melhoria em tecnologia<br />
e a atualização para uma<br />
nova solução em seu software<br />
de gestão. Durante a conversa,<br />
ele extremamente preocupado<br />
com a gestão tributária,<br />
me apresentou várias situações<br />
corriqueira, dúvidas<br />
dos próprios gestores das áreas<br />
internas, além das do escritório<br />
de contabilidade que<br />
o assessora, mas principalmente<br />
a influência que o assunto<br />
tem sobre o sucesso das<br />
empresas do seu segmento.<br />
Até aqui nada de novo, afinal,<br />
em nosso país questões<br />
tributárias tiram o sono de<br />
muitos gestores e contabilistas.<br />
Com a proposta de ajudar<br />
no controle dos dados e facilitar<br />
a gestão como um todo,<br />
não só das informações contábeis<br />
e fiscais, os softwares<br />
de gestão são ferramentas importantes.<br />
Porém neste ponto<br />
é importante pensarmos em<br />
duas palavras: processo e procedimento.<br />
Estes termos, que<br />
confundem muitas pessoas,<br />
são básicos para termos esclarecimentos<br />
muito importantes<br />
sobre as responsabilidades<br />
que envolvem a polêmica<br />
vivência empresarial de<br />
softwares e usuários, de<br />
quem são as responsabilidades<br />
sobre dados e quem deve<br />
fazer o que.<br />
A palavra processo significa<br />
o ato de proceder, de andar,<br />
ou seja, exprime uma série<br />
de ações sistemáticas que<br />
buscam alcançar algum resultado.<br />
Já o termo procedimento<br />
está contido na explicação<br />
do primeiro. O procedimento<br />
é a forma de proce-<br />
der, é a sistemática das ações<br />
realizadas ou a serem realizadas.<br />
Ai você que lê este<br />
artigo agora se pergunta: o<br />
que isso tudo tem haver com<br />
o tema? Tudo. O entendimento<br />
entre a diferença do que é<br />
o que, é a base para dar ‘no-<br />
mes aos bois’, para que se<br />
compreendam os papéis.<br />
Numa analogia muito<br />
simples temos a conhecida<br />
fábula do lenhador e seu machado.<br />
Com ela penso que podemos<br />
facilmente identificar<br />
o que vem a ser o processo e<br />
o procedimento. O fato de o<br />
homem ter desenvolvido experiência<br />
e conhecer cada<br />
tipo de madeira, seus veios e<br />
como encravar a ferramenta<br />
dá a ele apenas parte do que<br />
é necessário para realizar seu<br />
trabalho eficientemente. O<br />
que determina se o trabalho<br />
será produtivo e bem feito é<br />
o conjunto complementado<br />
por uma boa ferramenta, firme<br />
e afiada. Aliada ao conhecimento<br />
do lenhador um bom<br />
machado é importante para<br />
formar o conjunto entre processos<br />
e procedimentos que<br />
envolvem o trabalho de rachar<br />
a lenha.<br />
Assim também todos os<br />
profissionais precisam ter<br />
boas ferramentas e conhecer<br />
as formas de boa aplicação.<br />
Neste sentido o software é o<br />
machado de profissionais que<br />
gerenciam as empresas. A partir<br />
daqui consegui conversar<br />
e me entender melhor com<br />
meu cliente. Conseguimos traçar<br />
claramente até onde vai o<br />
poder da ferramenta e onde<br />
está o fator humano.<br />
Nas dúvidas geradas sobre<br />
as responsabilidades na<br />
geração, validação e conferência<br />
das informações ao<br />
Fisco, precisamos entender<br />
quais são os processos que os<br />
procedimentos, o que é machado,<br />
lenha e lenhador.<br />
Igualmente à fábula, o resultado<br />
da história bem sucedida<br />
é composto por um conjunto<br />
de fatores.<br />
Os softwares de gestão<br />
empresarial, também conhecidos<br />
como ERPs (do inglês<br />
Enterprise Resource Planning)<br />
em suma são aplicativos<br />
que integram os dados<br />
dos mais variados setores da<br />
organização. Nos suprimentos,<br />
tudo que passa pelo recebimento<br />
é lançado como<br />
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1<br />
Ao contador o que é do contador.<br />
Ao software o que é do software<br />
A quem atribuir responsabilidades sobre as informações que são repassadas ao Fisco?<br />
entrada na empresa. Quando<br />
de uma venda, a saída é registrada<br />
no faturamento. Todas<br />
estas ações geram dados<br />
que um sistema integrado utiliza<br />
para formar as demais<br />
movimentações, como a contábil.<br />
A ferramenta, neste caso<br />
o software, é apenas a base<br />
para que os processos sejam<br />
bem executados. O software<br />
é desenvolvido com base nos<br />
procedimentos que devem ser<br />
aplicados pera uma boa gestão,<br />
porém para que sejam realmente<br />
eficientes é necessário<br />
que os processos também<br />
sejam executados de forma<br />
correta.<br />
Os procedimentos por si<br />
só não garantem que o resultado<br />
será satisfatório, tão<br />
pouco é possível realizar<br />
processos sem ter procedimentos<br />
bem preparados e<br />
adequados. A responsabilidade<br />
pela correta manutenção<br />
das informações fiscais<br />
que passam pela geração,<br />
validação e conferência dos<br />
dados deve ser compartilhada<br />
pelo conjunto formado<br />
pela boa ferramenta e o bom<br />
lenhador.<br />
Softwares houses que oferecem<br />
aplicativos de gestão<br />
devem ter analistas capazes<br />
de entender os procedimentos<br />
previstos pela Legislação e<br />
transformar todos os pontos<br />
em ferramentas afiadas e capazes<br />
de atender as necessidades<br />
das pessoas que os operam.<br />
Já as empresas devem ter<br />
usuários treinados e com conhecimentos<br />
sobre o que fazer<br />
com estas ferramentas.<br />
Mais especificamente os contabilistas,<br />
que fazem a finalização<br />
dos processos, devem<br />
saber como utilizar a ferramenta<br />
da melhor forma possível,<br />
e até mesmo orientar a<br />
utilização aos demais usuários<br />
da empresa, para que se<br />
alcancem os objetivos.<br />
Daniel Germano Scheidt<br />
é gerente de Marketing da<br />
Delsoft Sistemas, empresa<br />
brasileira com expertise de<br />
cerca de 20 anos em softwares<br />
de gestão que tem em seu<br />
portfólio soluções integradas<br />
de ERP, RH, CRM, TMS<br />
e BI par segmentos como<br />
metalomecânico, moveleiro,<br />
transportes, clubes e agronegócios.<br />
A Delsoft Sistemas atua<br />
há 20 anos no mercado de<br />
desenvolvimento de aplicações<br />
para a gestão de negócios<br />
tornando mais ágeis os<br />
processos administrativos.
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1 Pag. 13 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
Talvez nenhum de vocês<br />
acredite, mas eu, quando menino,<br />
brincava de contador.<br />
Não, você não entendeu errado<br />
não, eu brincava, menino,<br />
que era contador e ficava mexendo<br />
e remexendo papéis daqui<br />
pra lá, cuidando de assuntos<br />
que só existiam na minha imaginação.<br />
Nem sabia o que era<br />
contabilidade, mas brincava de<br />
ser contador. Vai entender!<br />
Acabei crescendo fascinado<br />
por aquela ideia, e formei minha<br />
carreira, que já está para<br />
completar 30 anos, em cima<br />
daquela minha brincadeira de<br />
criança. Resultado: eu ainda<br />
hoje, com mais de 40 anos, continuo<br />
brincando todos os dias.<br />
Contei esta pequena história,<br />
porque quero dizer a vocês<br />
que ninguém consegue ter sucesso<br />
em sua profissão, seja ela<br />
qual for, se não for apaixonado<br />
pelo que faz, se não der um pouco<br />
de si e de sua paixão em seu<br />
trabalho.<br />
Não estou aqui para dar<br />
nenhuma receita de bolo, em<br />
que você junta 300 ml de<br />
paixão pela profissão, mais<br />
400 gramas de estudo e aprimoramento,<br />
mais 250 gramas<br />
de recursos tecnológicos<br />
e mistura tudo em um recipiente<br />
grande, previamente<br />
forrado de muita dedicação<br />
e voilá: está feito um profissional<br />
de sucesso.<br />
Sevilha <strong>Contabil</strong>idade<br />
A bem da verdade é imperioso<br />
até, que eu diga que, em<br />
primeiro lugar, não acredito<br />
em uma receita para isto, um<br />
profissional de sucesso não se<br />
faz seguindo receitas, e, em<br />
segundo lugar é preciso esclarecer,<br />
logo de princípio, que<br />
se eu estiver errado, e existir<br />
uma receita para um profissional<br />
de sucesso, eu não a tenho.<br />
Agora que está tudo em sua<br />
correta perspectiva, dá para eu<br />
avançar apresentando algumas<br />
características que, se não compõe<br />
a fórmula dos profissionais<br />
de sucesso, também não vão fazer<br />
mal nenhum.<br />
1º. Tenha o foco no cliente:<br />
2º. Não pense só em ganhar<br />
dinheiro<br />
3º. Seja ético<br />
4º. Não fique esperando o<br />
sucesso vir até você<br />
5º. Acredite: sempre dá<br />
para fazer melhor<br />
6º. Trabalhe em equipe<br />
7º. Acredite no marketing<br />
Seja feliz!<br />
O Autor:<br />
Vicente Sevilha Junior é fundador<br />
da Sevilha <strong>Contabil</strong>idade<br />
Ltda. (www.sevilha.com.br), autor<br />
do livro “Assim Nasce Uma<br />
Empresa” Editora Brasport –<br />
(www.assimnasceumaempresa.com.br), e<br />
palestrante.
Pag. 14 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
Há quase dois anos à frente<br />
do Conselho Regional de <strong>Contabil</strong>idade<br />
do Estado do Rio de Janeiro<br />
(CRCRJ), acompanho a<br />
movimentação de um mercado em<br />
transformação, que vem se abrindo<br />
e avançando enormemente.<br />
Nós, contabilistas, estamos nos desenvolvendo<br />
como nunca no que<br />
se refere à qualidade técnica e à<br />
valorização como profissionais<br />
decisivos no cotidiano das empresas,<br />
no Brasil.<br />
A valorização do papel feminino<br />
na contabilidade, assim<br />
como em outros segmentos, trouxe<br />
mudanças claras para o panorama<br />
profissional nas últimas<br />
décadas. Nossa participação<br />
crescente na cadeia produtiva não<br />
só alterou as relações do mercado<br />
de trabalho como permitiu,<br />
em uma evolução que se mostra<br />
constante, a criação de uma nova<br />
dinâmica social baseada na<br />
igualdade de oportunidades.<br />
O desafio que foi posto às<br />
mulheres há alguns anos era o de<br />
superar os obstáculos e fazer com<br />
que nossos pares assumissem,<br />
O CRM (Customer<br />
Relationship Management)<br />
e Marketing One to One<br />
Conceitos de CRM<br />
Antes de qualquer conceituação<br />
é importante entender<br />
que CRM não é apenas um<br />
software, um programa de<br />
milhagem, muito menos uma<br />
atividade exclusiva do setor<br />
Diva Gesualdi<br />
Presidente CRC/RJ<br />
definitivamente, que a riqueza se<br />
encontra nas diferenças, na busca<br />
pelo consenso, na integração<br />
e na harmonia. Um dos sinais de<br />
que nossa área conquistou essa<br />
relação saudável é fato de que<br />
nunca sofri nenhum tipo de preconceito<br />
no decorrer da minha<br />
carreira e não tenho conhecimento,<br />
felizmente, de nenhum caso<br />
desta natureza com minhas colegas<br />
de profissão.<br />
Desafios<br />
Para derrubar os preconceitos<br />
que se escondiam sob a sombra<br />
da tradição, a mulher venceu<br />
barreiras sociais, familiares e<br />
profissionais para se firmar e ser<br />
reconhecida como um dos alicerces<br />
de uma nova sociedade. Neste<br />
processo, com idas e vindas,<br />
descobrimos, homem e mulher,<br />
lado a lado, – como deve ser – o<br />
valor do trabalho em conjunto.<br />
O mercado de trabalho, com<br />
a presença cada vez maior da colaboração<br />
feminina, ganhou em<br />
qualidade e em competitividade,<br />
e o atraso, lentamente, começou<br />
a ceder terreno à garra e à competência.<br />
Hoje, as exigências por<br />
resultados e por qualidade fazem<br />
com que o mérito se torne a principal<br />
fonte de desenvolvimento e<br />
de reconhecimento profissional.<br />
Primeiros grandes passos<br />
Na presidência do CRCRJ,<br />
sou testemunha do quanto estamos<br />
contribuindo para nossos<br />
setores de atuação. No dia a dia,<br />
sinto uma enorme satisfação em<br />
acompanhar o crescimento da<br />
contabilidade e a natural e benéfica<br />
sinergia que vem ocorrendo<br />
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1<br />
O papel da mulher na contabilidade atual<br />
de atendimento, mas também<br />
um processo holístico de antecipar<br />
e satisfazer as expectativas<br />
dos clientes.<br />
Se uma organização estiver<br />
procurando afinar todos<br />
os pontos de contato com a<br />
marca, integrando pessoas,<br />
processos e tecnologia do<br />
ponto de vista do cliente, resultando<br />
em valor de longo<br />
prazo para a marca, para a<br />
lealdade do cliente e rentabilidade,<br />
pode ter certeza de<br />
que ela está entendendo o que<br />
significa CRM.<br />
Um termo ainda pouco divulgado<br />
no mundo do marketing<br />
é o conceito one to one,<br />
que aliados as ferramentas de<br />
CRM pode ser um grande<br />
trunfo das empresas de qualquer<br />
tipo.<br />
O conceito de marketing<br />
one to one (ou marketing individualizado)<br />
consiste na<br />
venda de tantos produtos e<br />
serviços quanto seja possível<br />
a cada cliente – o chamado<br />
conjunto alargado de necessidades<br />
– por uma vida inteira,<br />
em vez da venda de um<br />
produto ou serviço de cada<br />
vez para o maior número possível<br />
de consumidores. Este<br />
conceito serve, sobretudo,<br />
para obter a lealdade dos clientes.<br />
Este conceito foi criado<br />
no início da década pelo consultor<br />
americano Don Peppers,<br />
presidente da Marketing<br />
1:1, uma consultora com<br />
entre nossos profissionais homens<br />
e mulheres.<br />
Em um momento histórico no<br />
qual elegemos a primeira mulher<br />
presidente do Brasil, empresas,<br />
autarquias, governos e instituições<br />
se acostumam com a liderança<br />
feminina. Atualmente, apenas<br />
no Estado do Rio de Janeiro,<br />
três importantes entidades contábeis<br />
são presididas por mulheres:<br />
o nosso Conselho, o Sescon-RJ e<br />
o Sindicont. Há pouco, a Unipec<br />
também era liderada por uma<br />
mulher, que fez um brilhante trabalho<br />
em sua gestão.<br />
Números<br />
O equilíbrio quantitativo revela-se<br />
a cada pesquisa sobre a<br />
divisão da força de trabalho brasileira<br />
por gênero. No caso do<br />
setor contábil, o avanço é significativo.<br />
De acordo com dados do<br />
Conselho Federal de <strong>Contabil</strong>idade<br />
(CFC), atualizados em agosto<br />
de 2<strong>01</strong>1, a nossa categoria conta<br />
com mais de 490 mil profissionais,<br />
destes 41% são mulheres.<br />
sede em Stanford, Connecticut,<br />
Estados Unidos. Peppers<br />
e a sua sócia Martha Rogers<br />
publicaram vários livros sobre<br />
este conceito dos quais se<br />
destacam “Enterprise One to<br />
One” e “Marketing One to<br />
One”.<br />
No marketing “one to<br />
one” (um cliente por vez) podemos<br />
utilizar a técnica IDIP<br />
= Identificar, Diferenciar, Interagir<br />
e Personalizar (adaptando<br />
um produto ou serviço<br />
ao cliente). Os clientes são<br />
identificados por seu valor, e<br />
através de recursos de TI<br />
(Tecnologia da Informação),<br />
isto pode estender-se para milhões<br />
de clientes. Uma vez<br />
identificado o grupo valoroso,<br />
efetua-se um contrato no<br />
Em números absolutos, mais de<br />
288 mil homens e 2<strong>01</strong> mil mulheres<br />
trabalham para impulsionar<br />
a prática contábil em nosso<br />
país.<br />
Atribuo a consolidação da<br />
presença feminina na contabilidade<br />
à determinação e ao comprometimento,<br />
baseado, antes de<br />
tudo, no respeito pelo próximo.<br />
O resultado deste processo já é<br />
visível: os bons profissionais foram<br />
fortalecidos e as relações de<br />
trabalho foram equilibradas.<br />
Termino com uma constatação<br />
fundamental, fruto de observações<br />
feitas durante toda a minha<br />
carreira: não somos e não precisamos<br />
ser iguais. O desafio está<br />
no respeito mútuo e contínuo à diferença.<br />
A partir dessa premissa,<br />
a busca pela excelência passa a<br />
ser racional e objetiva, independendo<br />
do gênero, da cor ou qualquer<br />
outra característica da pessoa.<br />
O mercado, assim como a sociedade,<br />
está amadurecendo e a<br />
nossa missão é fazer parte desse<br />
processo, contribuindo com o que<br />
temos de melhor.<br />
CRM e Marketing Pessoal<br />
sentido de buscar mais informações<br />
e, com os resultados,<br />
diferenciá-los pelas necessidades.<br />
WIN BACK OR SAVE (recuperar<br />
clientes que tenham<br />
deixado ou estejam deixando<br />
o relacionamento);<br />
PROSPECTING (realizar<br />
a prospecção de novos clientes);<br />
LOYALTY (criar lealdade<br />
entre os clientes existentes);<br />
CROSS-SELL/UP-SELL<br />
(realizar maiores vendas ou<br />
vendas casadas).<br />
Voltando a Ferramenta<br />
de CRM<br />
Em termos de TI, o CRM<br />
é um software que captura,<br />
processa, analisa e distribu-
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1 Pag. 15 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
em dados, como nos outros<br />
sistemas, porém o cliente é o<br />
centro do modelo de dados e<br />
todos os relatórios e consultas<br />
têm o cliente como porta<br />
de entrada, integrando os módulos<br />
de automação de vendas,<br />
gerência de vendas, telemarketing<br />
e televendas,<br />
serviço de atendimento e suporte<br />
ao cliente, automação<br />
de marketing, ferramentas<br />
para informações gerenciais,<br />
Web e comércio eletrônico,<br />
possibilitando traçar estratégias<br />
de negócios voltadas<br />
para o entendimento e antecipação<br />
das necessidades dos<br />
clientes atuais e potenciais de<br />
uma empresa.<br />
A globalização e a evolução<br />
da TI têm mudado radicalmente<br />
a forma como as<br />
empresas e seus consumidores<br />
se relacionam. Os consumidores<br />
têm um leque de opções<br />
de produtos e serviços<br />
nunca vistos. Além de oferecer<br />
qualidade e preço competitivo,<br />
as organizações precisam<br />
estabelecer relacionamentos<br />
de longo tempo com<br />
os clientes, visando um maior<br />
aproveitamento do LTV<br />
(Lifetime Value) de cada cliente.<br />
CMV (CLIENTES MAIS<br />
VALIOSOS) para os quais<br />
se devem empregar a estratégia<br />
de retenção, utilizando<br />
programas de reconhecimento<br />
e a possibilidade de uso<br />
de canais de comunicação<br />
exclusivos recompensando o<br />
alto valor gerado;<br />
CMP (CLIENTES DE<br />
MAIOR POTENCIAL) para<br />
os quais é necessário desenvolver<br />
esses clientes através<br />
de incentivos;<br />
BZs (BELOW ZEROS)<br />
que representam valor negativo<br />
para a organização;<br />
GRUPO DE CLIENTES<br />
INTERMEDÁRIOS, mas<br />
que são lucrativos, porém<br />
sem grande expressão.<br />
Utilizando uma ferramenta<br />
gerencial, as organizações<br />
terão informação<br />
com maior qualidade, auxiliando<br />
a ação de tomada de<br />
foco a ser atingido, oferecen-<br />
do algo a mais a seus clientes,<br />
especialmente os de maior<br />
valor, e evitando a migração<br />
de sua base de clientes<br />
para a concorrência.<br />
Portanto, para uma organização<br />
os benefícios se darão<br />
com a implementação do<br />
programa que facilitará a<br />
identificação dos clientes,<br />
diferenciados pelo valor e<br />
comportamento (segmentação),<br />
pela interação, quando<br />
se pode saber que suas necessidades<br />
e preferências,<br />
conduzindo à personalização<br />
ou adequação às necessidades<br />
expressas pelo cliente. A<br />
grande vantagem da TI é permitir<br />
que isto possa ser feito<br />
em larga escala.<br />
Fazendo um pequeno resumo<br />
para utilização de uma<br />
empresa contábil, o CRM<br />
significa conhecer a fundo<br />
seus clientes, mas também a<br />
possibilidade de agregar valores<br />
aos mesmos, quando<br />
falamos em marketing one<br />
to one, estamos querendo<br />
dizer que é possível manter<br />
e alavancar novos serviços<br />
aos clientes, como integração<br />
de software, consultoria,<br />
auditoria, implementação<br />
de ferramentas fiscais<br />
como Nota Fiscal Eletrônica<br />
e sistemas de análises<br />
críticas, alguns softwares<br />
contábeis conseguem filtrar<br />
informações relevantes aos<br />
clientes, que são chamados<br />
muitas vezes de BI (inteligência<br />
de negócios) que podem<br />
ser de grande utilidade<br />
na contabilidade gerencial,<br />
isso significa que não basta<br />
apenas aumentarmos a carteira<br />
de clientes, mas também<br />
agregar novos serviços<br />
que poderão impactar sobre<br />
o faturamento das Empresas.<br />
Já falamos até agora de<br />
diversas ações internas que<br />
podem ajudar sua empresa<br />
em vários âmbitos. Nos próximos<br />
posts vamos interagir<br />
com o mundo da internet e<br />
rede sociais, mostrando de<br />
forma objetiva como expandir<br />
sua empresa e ao mesmo<br />
tempo fidelizar seus clientes.<br />
Marketing Pessoal e<br />
Capacidade Profissional<br />
De todas as habilidades<br />
que você pode ter, nenhuma<br />
lhe ajudará a atingir o sucesso<br />
tão bem quanto “SABER<br />
COMO VENDER-SE”.<br />
O apagar do século XX<br />
foi o fim de muitas formas<br />
de se lidar com o sucesso<br />
pessoal. Nessa época, as<br />
ideias tinham uma estruturação<br />
mais lógica e fazer sucesso<br />
era mais uma questão<br />
de encontrar e seguir uma<br />
fórmula preestabelecida, que<br />
envolvia a formação acadêmica,<br />
a busca por um emprego<br />
e um plano de carreira<br />
para toda a vida profissional,<br />
que terminaria no cargo mais<br />
alto da organização ou o mais<br />
próximo possível a ele.Foi<br />
assim no século passado.<br />
Atualmente, os profissionais<br />
mais conectados devem<br />
procurar por outras ações<br />
que possam levá-los ao sucesso<br />
que desejam. De todas<br />
as habilidades que você pode<br />
ter – como falar de forma envolvente<br />
e convincente como<br />
um grande apresentador de<br />
TV ou vestir-se com a elegância<br />
e sobriedade de um<br />
locutor de telejornal – nenhuma<br />
lhe ajudará a atingir<br />
o sucesso tão bem quanto<br />
“saber como vender-se”.<br />
Todo empreendimento,<br />
seja uma indústria, comércio<br />
ou serviço, sobrevive e prospera<br />
pela virtude de suas<br />
vendas. As pessoas também.<br />
Entretanto, uma pessoa não<br />
é um produto ou um serviço.<br />
É um ser com sentimentos,<br />
desejos e sonhos.<br />
Para vender-se, portanto,<br />
é necessário estar atento<br />
àquilo que se está vendendo.<br />
A capacidade<br />
O que você vende hoje<br />
não é seu conhecimento, pois<br />
ele está abundante em todos<br />
os lugares por meio da Internet.<br />
Muito menos sua formação<br />
acadêmica, por que todos<br />
os anos milhares de pessoas<br />
se formam nas mais diversas<br />
áreas em todo o pla-<br />
neta. Sua experiência também<br />
pode ser irrelevante,<br />
uma vez que as tecnologias<br />
de comunicação e informática<br />
colocaram todos no mesmo<br />
início de era e ninguém<br />
teve anteriormente a experiência<br />
de lidar com uma economia<br />
em que o dinheiro virou<br />
pura energia e circula em<br />
todo o mundo a todo instante.<br />
Se pararmos para pensar,<br />
as coisas e nós mesmos passamos<br />
e existir num espaço<br />
novo e até o nosso endereço<br />
mais relevante não é o da<br />
nossa casa, mas o eletrônico.<br />
O que você deve aprender<br />
a vender é sua capacidade!<br />
As empresas e governos não<br />
sabiam que teriam de lidar<br />
com dinheiro digital e o que<br />
elas querem saber é: quem é<br />
capaz de administrá-lo? O direito<br />
não foi reescrito para a<br />
era de crimes via Internet.<br />
Quem será capaz de fazê-lo<br />
ou interpretá-lo nesse contexto?<br />
Também não se sabe o<br />
que ocorrerá com a telefonia<br />
via internet. Quem é capaz de<br />
gerar lucros com ela?<br />
Para vender sua capacidade,<br />
você precisa que pessoas<br />
relevantes o conheçam.<br />
Aí começa o problema para<br />
a maioria dos profissionais.<br />
O mundo não foi feito de forma<br />
justa e o empreendedor<br />
ou empresário que poderia<br />
contratá-lo para determinada<br />
tarefa não possui um sistema<br />
de seleção infalível que<br />
acessa uma base universal de<br />
profissionais. Aí está algo<br />
que se procura em alguém<br />
capaz de fazê-lo. Essas pessoas<br />
relevantes conversam<br />
com outras que possam ser<br />
quem elas precisam ou que<br />
indiquem alguém. Se essa<br />
pessoa o conhecesse, você<br />
seria o indicado. Você pode<br />
não gostar muito da ideia da<br />
indicação porque lhe foi ensinado<br />
a não gostar disso.<br />
Entretanto, o que não lhe<br />
ensinaram é que você não<br />
tem credibilidade para falar<br />
sobre si mesmo. É preciso<br />
que outra pessoa o faça. Alguém<br />
de grande credibilidade<br />
frente ao mercado.<br />
Muitas pessoas imaginam<br />
que, para fazer marketing<br />
pessoal, devem saber apresentar-se,<br />
falar bem e conhecer<br />
as regras de etiqueta. Essas<br />
são as partes mais fáceis<br />
e aprendidas individualmente.<br />
O que não se aprende sozinho<br />
é a se relacionar com<br />
pessoas. Alguns indivíduos<br />
passam pela vida adquirindo<br />
mais conhecimento, fazendo<br />
mais cursos e indo cada<br />
vez mais para dentro de si.<br />
Entretanto, marketing é uma<br />
ciência e ela ocorre, na realidade,<br />
nas outras pessoas.<br />
Mais precisamente, o que<br />
se está lidando é com a percepção<br />
das outras pessoas a<br />
seu respeito. Para que isso<br />
esteja a seu alcance, você<br />
deve ser capaz de comunicar-se<br />
com elas e inspirá-las<br />
a envolverem-se no seu projeto<br />
de vida profissional. Se<br />
as pessoas sabem do que<br />
você é capaz de fazer, quando<br />
conhecerem alguém ou se<br />
virem diante de uma situação<br />
que sua capacidade é demandada,<br />
irão chamá-lo.<br />
Desde que você tenha<br />
aprendido a inspirá-las.<br />
Porém antes de pensar em<br />
seu marketing pessoal, sugiro<br />
que pense em ter primeiro um<br />
bom desenvolvimento pessoal,<br />
ou seja, a sua capacidade de<br />
estar na presença de outros seres<br />
humanos, inclusive na de<br />
si mesmo, seus desejos e sonhos.<br />
O desenvolvimento pessoal<br />
precede o marketing na<br />
construção de seres humanos<br />
de sucesso. Uma vez que você<br />
terá de lidar com pessoas para<br />
poder comunicar sua capacidade,<br />
esse desenvolvimento será<br />
cada vez mais relevante.<br />
Aprender continuamente<br />
novas capacidades com todos<br />
os seus riscos, inclusive<br />
emocionais, e saber comunicar-se<br />
de forma inspiradora,<br />
para que um número crescente<br />
de pessoas relevantes<br />
saibam delas. Estas são as<br />
ações mais importantes para<br />
o desenvolvimento de seu<br />
marketing pessoal.<br />
www.ricardodefreitas.com.br
Pag. 16 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1 Pag. 17 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas
Pag. 18 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
Guia nacional de empresas contábeis<br />
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ISMAEL PINHEIRO DA SILVA<br />
<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1<br />
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ENDEREÇO: RUA CORONEL ALFREDO<br />
FLAQUER 517 - SALA <strong>01</strong><br />
TELEFONE: (11) 3438-8263<br />
BAIRRO: CENTRO<br />
CIDADE: SANTO ANDRE<br />
ESTADO: SP<br />
CEP: 09.020-031<br />
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NOME: NATANAEL COSTA PRIMO<br />
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NATANAEL COSTA PRIMO<br />
ENDEREÇO: AV. CASPER LIBERO, 623 APTO 161<br />
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BAIRRO: CENTRO<br />
CIDADE: SÃO PAULO<br />
ESTADO: SP<br />
NOME: SIGAT CONTABILIDADE<br />
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DA COSTA, 133<br />
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BAIRRO: CENTRO<br />
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ESTADO: SP<br />
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PEROSSI<br />
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CONTABILIDADE LTDA/CONTABILIDADE<br />
CAMPOS ELISEOS<br />
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<strong>Jornal</strong> Contábil edição Impressa – Ano 1 – Número <strong>01</strong> – Setembro de 2<strong>01</strong>1 Pag. 19 - Exemplar de Assinante – Não é Vendido em bancas<br />
<strong>Contabil</strong>idade, transparência e controle<br />
interno, menor risco empresarial<br />
No momento em que estamos<br />
passando, com a adoção dos princípios<br />
internacionais de contabilidade,<br />
com as inovações tecnológicas<br />
tributárias, implementação<br />
de controle de transparência<br />
das contribuições previdências e<br />
trabalhistas, com a globalização,<br />
com a elevação geométrica dos juros<br />
e da inflação, com a utilização<br />
das redes sociais em evidência,<br />
e demais fatos que exige uma<br />
maior prudência da gestão empresarial<br />
no tocante ao desenvolvimento<br />
das demonstrações contábeis<br />
e financeiras, se torna factível<br />
que tenhamos no mínimo uma<br />
reflexa eclética sobre o tema do<br />
presente artigo.<br />
Atualmente não podemos<br />
mais afirmar: “O que vem de baixo<br />
ao me atinge” (Veja a situação<br />
da sociedade carioca com a explosão<br />
das tampas de bueiros)<br />
“Tenho total controle da minha<br />
gestão empresarial” (Ver escândalos<br />
econômicos e políticos<br />
atuais Ex: Banco Pan-americano,<br />
corrupção política, etc.).<br />
“Na dúvida, prefiro reduzir<br />
tributos” (Ver artigos anteriores<br />
do autor que escreve, sobre sonegação<br />
fiscal).<br />
“Na minha empresa tenho<br />
controle de tudo” (Sem comentário<br />
pela irracionalidade do referido<br />
adágio).<br />
“Tenho o melhor contador e<br />
melhor auditor do Brasil” (Para<br />
seu conhecimento nenhum deles<br />
se tornaram santo).<br />
Os paradigmas citados estão,<br />
caindo por terra, não podemos<br />
acreditar que as práticas adotadas<br />
anteriormente tenham a mesma<br />
validade no ambiente atual ou que<br />
sua CONTABILIDADE atenda<br />
perfeitamente as exigências atuais.<br />
O presente artigo visa simplesmente<br />
chamar sua atenção especial<br />
na gerência de sua contabilidade,<br />
pois, os escândalos existentes<br />
e os futuros têm como base<br />
circunstancial a ausência da transparência<br />
e de controle interno, fatos<br />
incontestes exarados na veracidade<br />
de modalidade lícita e probo,<br />
evitando RISCO que possam<br />
atingir números nababescos, talvez,<br />
insuportáveis ao seu patrimônio.<br />
Servindo, portanto o presente<br />
artigo para lhe asseverar recursos<br />
que possam evitar ônus pecuniários<br />
e mudança de seu domicílio<br />
para um “Hotel Público”,<br />
seja profissional, executivo, gestor<br />
ou empreendedor.<br />
Se essa é a sua credibilidade<br />
em sua CONTABILIDADE, temo<br />
que na sua gestão empresarial inexistam<br />
os princípios básicos que<br />
possam lhe assegurar com clarividência<br />
a ausência de indébitos fiscais<br />
em sua gestão contábil.<br />
Você já executou um DIAG-<br />
NÓSTICO EMPRESARIAL de<br />
sua empresa, contratando outra<br />
empresa de contabilidade, assessoria,<br />
consultoria ou auditoria?<br />
Você tem em exercício o seu<br />
PES – Planejamento Estratégico<br />
Sustentável, que possa ser flexível<br />
e usual em situações extremas?<br />
Você acha que tem TRANS-<br />
PARÊNCIA de sua Gestão Empresarial<br />
devidamente refletida em<br />
sua CONTABILIDADE?<br />
Você acha que tem exímio<br />
CONTROLE INTERNO de<br />
compras, vendas, custos, despesas,<br />
investimentos, ativo imobilizado,<br />
do impacto dos tributos<br />
(federal, estadual e municipal), do<br />
impacto dos custos trabalhistas e<br />
demais?<br />
Você acha que pelo fato de<br />
atender na vigência determinadas<br />
obrigações tributárias e trabalhistas,<br />
elas não serão objeto de aferição<br />
pelo fisco?<br />
Você acha que aquela Conta<br />
Corrente Bancária, que está fora<br />
dos registros contábeis, ela não<br />
será descoberta pelo fisco?<br />
Caça Palavras<br />
FABIO - Faculdade de Biociências.<br />
FACA - Faculdade de Ciências Aeronálticas.<br />
FACE - Faculdade de Administração, <strong>Contabil</strong>idade<br />
e Economia.<br />
FACED - Faculdade de Educação.<br />
FACIN - Faculdade de Informática<br />
FADIR - Faculdade de Direito<br />
FAENFI - Faculdade de Enfermagem, Fisioterapia<br />
e Nutrição<br />
FAFIS - Faculdade de Física<br />
FALE - Faculdade de Letras.<br />
FAMAT - Faculdade de Matemática<br />
FAMECOS - Faculdade de Comunicação Social.<br />
Você acha que aquela transação<br />
(importação/exportação),<br />
cujo pagamento foi registrado<br />
através de encontro de contas, não<br />
será objeto de aferição?<br />
Você acha que aquele bem<br />
(móvel/imóvel) adquirido em<br />
nome de terceiros, jamais será descoberto?<br />
Você acha que aquele Adiantamento<br />
de Lucro, ou equivalente,<br />
jamais será descoberto?<br />
Você acha que aquela transação<br />
de Empréstimos, se reveste<br />
das formalidades legais?<br />
Você acha que aquela Nota<br />
Fiscal de compra ou de venda, que<br />
foi “extraviada” e não está inserida<br />
nos registros fiscais, o fisco jamais<br />
irá perceber?<br />
Você acha que as fiscalizações<br />
futuras ainda serão objeto de negociatas?<br />
Você acha que sua CONTA-<br />
BILIDADE é transparente e obedece<br />
aos preceitos legais vigentes?<br />
Você acha que o erro de IN-<br />
CONSISTÊNCIA CONTÁBIL,<br />
só atingirá as grandes empresas?<br />
Você já se perguntou, por que<br />
seu CONTADOR tem SEGURO<br />
contra erros?<br />
Você já teve a sensibilidade<br />
pessoal de indagar a seu CON-<br />
TADOR se o mesmo se sente<br />
qualificado e capacitado para se<br />
responsabilizar por sua contabilidade?<br />
Que conhecimento seu contador<br />
tem do CPC (Comitê de Pronunciamentos<br />
Contábeis), do<br />
IFRS, IASB, USGAAP, FASB?<br />
Que conhecimento gestor e<br />
contador têm do atual Código Civil?<br />
Você se sente seguro com sua<br />
CONTABILIDADE atual?<br />
Você tem conhecimento dos<br />
preceitos legais vigentes que preconizam<br />
responsabilidade penal<br />
e criminal, dos ERROS/DOLOS<br />
que possam existir na sua contabilidade?<br />
Na dúvida é melhor apoiar a<br />
flexibilidade das penas alternativas<br />
e ter conhecimento sobre o<br />
ambiente carcerário, somente a título<br />
de informação, pois o futuro<br />
é incerto.<br />
Caso deseje conhecer meus artigos<br />
anteriores e livros publicados<br />
que tratam do assunto todos<br />
eles estão publicados em toda internet<br />
e de fácil acesso, mas caso<br />
sua inépcia o iniba nessa prévia<br />
tomada de decisão, não se preocupe,<br />
acredito que tempo não lhe<br />
faltará em sua nova pousada, na<br />
hipótese de ser essa a sua atividade<br />
econômica.<br />
O entendimento dos meus artigos<br />
exige uma seleta capacitação<br />
e qualificação educacional e<br />
cultural para sua efetiva compreensão.<br />
ELENITO ELIAS DA COSTA<br />
FAMED - Faculdade de Medicina<br />
FAPSI - Faculdade de Psicologia<br />
FAQUI - Faculdade de Química<br />
FATEO - Faculdade de Teologia<br />
FAU - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo<br />
FEFID - Faculdade de Educação Física e Ciências<br />
do Desporto.<br />
FENG - Faculdade de Engenharia.<br />
FFARM - Faculdade de Farmácia<br />
FFCH - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas<br />
FO - Faculdade de Odontologia<br />
FSS - Faculdade de Serviço Social