empórios - Apas
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Capa EMPÓRIOS<br />
mas não virou moda. Os <strong>empórios</strong> mais antigos tiveram de se<br />
renovar até porque antes não tinham a concorrência que têm<br />
atualmente”, comenta Carvalhal Júnior.<br />
A consultora de varejo da Beluzzi & Associados, Stella Beluzzi,<br />
diz que esse novo momento dos <strong>empórios</strong> ocorre em sintonia<br />
com o desenvolvimento da economia e a ascensão da classe<br />
média. “As pessoas estão saindo do consumo de subsistência<br />
para um consumo mais sofisticado. Ainda não é um consumo<br />
de luxo, mas com certeza é mais refinado”, enfatiza.<br />
O diretor do curso de MBA em Gestão do Luxo da Fundação<br />
Armando Álvares Penteado (Faap), professor Silvio Passarelli,<br />
destaca dois fatores que explicam a retomada dos <strong>empórios</strong>.<br />
“Primeiro, as pessoas recebem mais visitas em casa, ao contrário<br />
do que acontecia no passado, e preparam alimentos e bebidas;<br />
segundo, a imprensa fala muito de gastronomia e enologia, o<br />
que torna a demanda mais sofisticada.” Por conta disso, ele<br />
empório<br />
casarão<br />
LocaL: Goiânia (Go)<br />
34 n SuperVarejo | abril 2010<br />
Gastronomia em potencial no Centro-oeste<br />
A história do Empório Casarão<br />
começa em 1984 com a abertura<br />
de frutaria em Cuiabá (MS). O<br />
trabalho com produtos naturais<br />
cresceu e deu origem ao empório<br />
dedicado à venda de gêneros alimentícios<br />
sofisticados. Em 1997 a empresa<br />
levou o conceito para Goiânia (GO), onde se instalou definitivamente.<br />
“Quando abrimos o empório em Goiânia, era<br />
uma ideia nova na região, porque levamos uma proposta de<br />
qualidade com vinhos, queijos, bacalhau, frutas exóticas”,<br />
ressalta o proprietário, Edson Cazas Ribeiro (foto).<br />
O hortifruti está no DNA da empresa e hoje é a principal<br />
seção da loja. “Carregamos três vezes por semana em São<br />
Paulo. Além disso, contratamos uma equipe, também de São<br />
Paulo, para trabalhar com frutas e promover degustação.<br />
Então o cliente se sente como se estivesse no mercadão, experimentando<br />
frutas, não importa se é uma maçã ou uma<br />
fruta exótica.”<br />
Dos 10 mil itens à disposição do cliente, 70% são importados.<br />
“Não vendemos produtos da cesta básica. Temos<br />
temperos, pães, queijos e azeites de todas as<br />
Fundação: 1984<br />
Área de vendas: 750 m 2<br />
FuncionÁrios: 90<br />
Carvalhal<br />
jÚnior, da Casa<br />
Flora: <strong>empórios</strong><br />
se renovam para<br />
sobreviver no<br />
mercado divulgação<br />
regiões do mundo, massas italianas, produtos orientais, bebidas,<br />
entre outros.”<br />
Essa variedade tem o objetivo de atender ao perfil dos<br />
consumidores da região. “O público de Goiânia é muito<br />
exigente. Atendemos pessoas que viajam muito e são bem<br />
informadas. São amantes da gastronomia e que se reúnem<br />
para cozinhar”, comenta Ribeiro.<br />
Percebendo esse potencial gastronômico da região, Ribeiro<br />
se prepara para a expansão da empresa. Com um investimento<br />
de R$ 6 milhões, está prevista para agosto a abertura<br />
da segunda loja Casarão, com 1,8 mil metros quadrados<br />
de área de vendas, em um bairro nobre da cidade. “Vai ser<br />
uma espécie de mercadão 24 horas combinando patisserie,<br />
boulangerie, além de um restaurante com 280 lugares, uma<br />
paisagem bonita e muito conforto. Nesse local o foco será a<br />
gastronomia”, expõe Ribeiro.<br />
O crescimento do Empório Casarão é estável e constante.<br />
Desde que foi fundada, a empresa cresce entre 10% e 15%<br />
ao ano. Os ganhos não são no volume, mas na venda no<br />
serviço. “Trabalhamos com 80% do sortimento de produtos<br />
perecíveis e o consumidor tem confiança em nossa loja, que<br />
é sinônimo de qualidade na região.”<br />
fotos: divulgação