24.01.2013 Views

Brasilia Octubre 2005 - Seminário Redemptoris Mater

Brasilia Octubre 2005 - Seminário Redemptoris Mater

Brasilia Octubre 2005 - Seminário Redemptoris Mater

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

SEMINÁRIO MISSIONÁRIO ARQUIDIOCESANO<br />

"REDEMPTORIS MATER"<br />

BRASÍLIA<br />

FONE: (61) 3251 1818 - FAX: - 3367 4759<br />

e-mail adrmater@terra.com.br<br />

Brasília, agosto de 2009.<br />

Queridos irmãos:<br />

Que o Senhor Jesus vos console em todos os vossos trabalhos e vos preceda em vosso<br />

caminho de fé e de evangelização.<br />

Depois de uns dias de descanso e passadas as peregrinações nas quais temos visto, com<br />

grande consolo, a alegria dos irmãos e a disponibilidade dos jovens, recomeçamos o curso cheios de<br />

ânimo e retomamos o contato com todos vós, irmãos e amigos.<br />

Começamos nossas notícias da vida do <strong>Seminário</strong> a partir do ponto em que paramos na carta<br />

anterior, no início do mês de maio. No dia 10, partiu em missão o Pe. Javier Romero, para ajudar os<br />

seminários <strong>Redemptoris</strong> <strong>Mater</strong> da Dinamarca, Zâmbia e Austrália (Sidney).<br />

Entre as alegrias da Ordenação diaconal, que foi verdadeiramente uma liturgia celeste,<br />

tivemos a presença de Gabriel Dawabe, irmão do ordenado Pablo. Ambos nos ofereceram um<br />

digníssimo concerto de violino e piano para o deleite de todos.<br />

Participamos também nas solenidades da padroeira do <strong>Seminário</strong> Conciliar Nossa Senhora<br />

de Fátima, tanto na Eucaristia, em que os formadores representamos toda a comunidade, como nas<br />

atividades desportivas, das quais os seminaristas participam muito, mas não ganham nada, o que<br />

nos vem muito bem para melhorar nossa humildade.<br />

No dia 14, celebramos o aniversário da ordenação do Pe. José Alberto Toni e do Pe. Javier<br />

Romero, ordenados ambos em Madri. A Instituição do Ministério de Leitores foi bem preparada<br />

com um encontro com o Sr. Arcebispo, Dom Joao, no dia 15, com um retiro no dia 22, para<br />

culminar com a celebração presidida pelo Sr. Arcebispo aqui em nossa Capela.<br />

Nesses meses, as visitas de diversos grupos ao <strong>Seminário</strong> foram abundantes. Normalmente,<br />

participam conosco da oração das Laudes, percorrem a casa e são obsequiados com uns biscoitos e<br />

refrigerante. Visitaram-nos 25 jovens do Oratório do Soldado do Setor Militar, 40 catequizandos da<br />

Paróquia Cristo Rei (Ceilândia Sul), os coroinhas da Paróquia Sagrada Família (Taguatinga Norte),<br />

os confirmandos da Paróquia Cristo Redentor (Taguatinga Norte), 30 crianças de primeira<br />

comunhão da Paróquia Perpétuo Socorro, também de Taguatinga-DF. No primeiro semestre, foram<br />

aproximadamente mil e cem pessoas que passaram pela casa recebendo sempre boa acolhida, um<br />

pequeno Kerygma e o obséquio de nossa hospitalidade.<br />

Também foram numerosas as comunidades que, na etapa do Pai Nosso, passaram pelo<br />

<strong>Seminário</strong>. Citamo-las, esperando não esquecermos nenhuma: segunda comunidade de São João<br />

Batista e segunda de São Francisco de Assis de Curitiba, primeira de Nossa Senhora da Paz de<br />

Paranaguá, primeira de Santo Antônio de Bocaiúva do Sul, terceira da Catedral Nossa Senhora<br />

Aparecida de Brasília, comunidade na qual eu mesmo caminho, quarta do Santuário Nossa Senhora<br />

do Perpétuo Socorro de Taguatinga, primeira de Nossa Senhora do Carmo de Xambrê, primeira da<br />

capela do Sagrado Coração de Casa Branca e a primeira de São Pedro de Perobal. Com esses<br />

irmãos, rezamos juntos as Vésperas com adoração ao Santíssimo e trocamos nossos presentes e<br />

dons em um clima formoso de comunhão e de piedade.<br />

Tivemos, ademais, algumas visitas ilustres: o Pe. Rafael e o Sr. Homero, da Opus Dei, Dom<br />

José Mukala, bispo de Kohima-Nagaland (Índia), com os Padres Anthony e Jesudhas, e diversos<br />

presbíteros, formados nesta casa, que passaram para presidir nossa eucaristia: Pe. Cássio Augusto,<br />

Pe. Iosif Conyaric, Pe. Elio Nino, Pe. Marcos Tavoni, reitor do <strong>Seminário</strong> Interdiocesano Divino<br />

Espírito Santo de Palmas. Também presidiu a eucaristia com beija-mãos o recém ordenado Pe.<br />

Lúcio, do <strong>Seminário</strong> <strong>Redemptoris</strong> <strong>Mater</strong> de Castellón, que foi enviado como seminarista desde<br />

Brasília.


Nos fins de maio, recebemos a visita da imagem itinerante de São Paulo que, durante o ano<br />

paulino, foi percorrendo todas e cada uma das paróquias da diocese. Nessa mesma época,<br />

celebramos com muito carinho o 60º aniversário de ordenação presbiteral do Sr. Cardeal, Arcebispo<br />

Emérito de Brasília, Dom José Freire Falcao. A primeira celebraçao tivemos na intimidade de nossa<br />

capela, com um beija-mãos emocionante, escutando as lembranças históricas de quem fez possível a<br />

existência deste <strong>Seminário</strong>. Em junho, tivemos a celebração eucarística organizada pela diocese, em<br />

companhia de muitos presbíteros e amigos.<br />

O mês de maio acabou com a Vigília de Pentecostes e, no dia 31, tivemos as solenes<br />

vésperas em que foi apagado o círio pascal, fechando assim uma cinquentena marcada pela alegria<br />

da Páscoa. No dia 30, foi dedicada, com grande solenidade, a Igreja da Santa Mãe de Deus, de<br />

Santa Maria, onde os padres formados neste <strong>Seminário</strong> estão realizando uma excelente missão.<br />

Nesse mesmo dia, tivemos um almoço de irmandade com o Sr. Arcebispo os presbíteros que<br />

havíamos participado na convivência de Porto San Giorgio, para ofecer-lhe nossa experiência, como<br />

mostra de comunhão. Fizemo-lo na residência de Giuseppe e Francesca que puseram, uma vez<br />

mais, sua formosa casa a nossa disposição.<br />

Nos primeiros dias de junho, celebrou-se em nossa casa a Formação Permanente do Clero,<br />

sob o tema do XVI Congresso Eucarístico Nacional, que se celebrará em nossa Arquidiocese no<br />

próximo ano. Participou de forma ativa nosso Pe. Vice-reitor, que é um dos três presbíteros que<br />

elaboraram o texto-base e que participa ativamente na preparação do Congresso e do Simpósio<br />

Teológico que o acompanhará.<br />

No dia 11, participamos com mais de 75.000 fiéis da festividade do Corpus Christi na<br />

Esplanada dos Ministérios. É um momento de manifestação pública de nossa fé, com mais motivos<br />

neste ano sacerdotal, que nos anima a um amor mais profundo pela Santa Eucaristia.<br />

As irmãs Salesianas dos Sagrados Corações, durante o tempo de seus Exercícios Espirituais,<br />

este ano pregados por nosso Reitor, visitaram o <strong>Seminário</strong>, tiveram a Scrutatio no Santuário da<br />

Palavra e almoçaram conosco, em um clima festivo e de grande comunhão.<br />

Ao celebrar o aniversário de Marilene, aproveitamos para despedir-nos dela, junto com<br />

Edena. Elas trabalharam com amor a serviço do <strong>Seminário</strong>, substituindo Carmen, que estava<br />

acabando o Neocatecumenato com sua comunidade de Zaragoza (Espanha) e enquanto esperávamos<br />

Maria Jesus, nossa nova irmã itinerante que Deus nos enviou para completar o quadro de quatro<br />

irmãs servindo ao Senhor e à evangelização em nossa casa.<br />

No mês de Julho, estiveram nos visitando Dom Terra com o reitor e vice-reitor do <strong>Seminário</strong><br />

Diocesano São Carlos Borromeu, o Pároco e o vice-pároco da Paróquia Santo Antônio Abade, de<br />

Lugano (Suíça). Também Dom Werner Siebenbrock, Bispo de Governador Valadares-MG, com<br />

alguns de seus familiares. Estiveram também as Irmãs Pias Operárias de São José com algumas<br />

vocacionadas de São Bernardo do Campo-SP.<br />

Também o Pe. Antônio José, que volta de Roma, onde cursou seus estudos de filosofia, vai<br />

enriquecer o claustro de professores e formadores para este segundo semestre.<br />

Como vedes, muitas atividades, sabendo que não colocamos aqui a vida “normal” do<br />

<strong>Seminário</strong> com suas aulas, suas liturgias, suas reuniões de garantes, de presbíteros e diáconos,<br />

adoração perpétua, etc. São riquezas que não merecemos e que o Senhor nos presenteia com<br />

abundância. Pedimos vossa oração por esta casa, pelos formadores e seminaristas, pelos presbíteros<br />

em missão. De modo especial queremos encomendar-vos Pe. Higinio, que tem o estado de saúde<br />

delicado. Esperemos que o Senhor lhe ajude a viver estes momentos com uma fé viva e verdadeira.<br />

Agradecemos, como sempre, vossa colaboração, também econômica. Já o Pe. Toni se<br />

encarregará de seguir avivando vosso desejo de ajudar-nos com os projetos que cada ano temos que<br />

empreender para a manutenção da casa. Que a Virgem Maria vos guarde e nos conserve sempre na<br />

mesma comunhão.<br />

Um forte abraço,<br />

Pe. Paulo de Matos Félix Pe. Juan José Armendáriz Lerga<br />

Vice-reitor Reitor


Carta do seminarista Marcos Sabater.<br />

Caros irmãos em Cristo:<br />

A paz e a alegria de Jesus Cristo ressuscitado estejam sempre convosco.<br />

Escrevo de Concepción (Chile), onde me encontro com a minha irmã Francisca. Neste ano,<br />

Deus me está surpreendendo pelas férias que estou vivendo. Até eu mesmo fico admirado da minha<br />

capacidade de surpresa diante das maravilhas da criação (llamas, lobos de mar, moluscos, mariscos,<br />

vulcões, cordilheiras, montanhas, mares, rios e lagos, meu Deus! Quanta beleza!).<br />

Na primeira semana, fiquei em Santiago acolhido na casa de uma família encantadora que<br />

me levou a conhecer a cidade que se estende aos pés dos impressionantes Andes. Isso me ajudou a<br />

relembrar e atualizar os conhecimentos sobre a história da Espanha, especialmente dos três últimos<br />

séculos com motivo da independência dos países colonizados.<br />

Nessa mesma semana, começou a convivência de itinerantes do Chile, perto de Santiago,<br />

num centro jesuíta onde viveu os seus últimos dias o Pe. Hurtado, santo canonizado pela Igreja pela<br />

sua defesa dos mais pobres e desfavorecidos (pelos escritos que li dele, um verdadeiro expoente e<br />

garante da Doutrina Social da Igreja).<br />

Bom, como estava dizendo, Juan e Maritere (os catequistas da nação) me convidaram para<br />

participar, assim fui. Não sabeis, irmãos, quanto me ajudaram as experiências dos itinerantes e,<br />

especialmente, a lembrança dos anos de itinerância que vivi e que guardo como ouro em pano.<br />

Na celebração penitencial, Deus me fez ver o perigo que corro hoje de querer manipular a<br />

vocação e amanhã, se Deus quiser, talvez o ministério para trazer as pessoas até mim e não levá-las<br />

a Jesus Cristo, ou seja, a tentação da história e dos ídolos. Mas fiquei muito agradecido ao Espírito<br />

Santo só pelo fato de iluminar-me isso que antes eu só enxergava nos outros e nunca em mim.<br />

Realmente me dou conta de que preciso fazer-me pequeno para que Ele apareça, que eu não seja<br />

para que Ele seja, que eu morra para que Ele viva. E isso, irmãos, me deu muita alegria.<br />

Além disso, a presença na convivência do Pe. José Ángel, formado no <strong>Seminário</strong><br />

<strong>Redemptoris</strong> <strong>Mater</strong> de Brasília, produziu-me certa satisfação por ver a fidelidade do Senhor para<br />

com os presbíteros. Isso foi para mim como uma promessa na minha caminhada. José Ángel, que é<br />

catequista no Porto (Portugal), estará no sul de Chile mais de um mês ajudando a equipe daquela<br />

região.<br />

A mim, tudo isso fez nascer no coração um profundo desejo de conversão constante e um<br />

zelo pelo anúncio do Evangelho, ainda mais quando percebo a falta de presbíteros e,<br />

principalmente, de presbíteros santos. Eu vejo que Deus me levou à convivência para renovar em<br />

mim a disponibilidade de partir a qualquer parte do mundo e, ainda mais, para deixar que Ele faça<br />

comigo e em mim o que Ele quiser. E o melhor de tudo é que eu posso ter esse espírito dentro do<br />

<strong>Seminário</strong>. O primeiro semestre se foi e passou a pertencer ao Senhor.<br />

Mas hoje tudo é novo, e isso é magnífico se se vive na sinceridade, tal como o tenho<br />

contemplado no testemunho de uma irmã que já terminou o neocatecumenato e que hoje vive a<br />

noite mais escura da sua vida aqui no Chile como moça em missão. Lembrei da madre Teresa de<br />

Calcutá, porque esta irmã não sofria tanto pelos seus pecados nem estava sendo purificada por causa<br />

das penas do pecado, mas estava sofrendo para amar ainda mais a Cristo numa situação bem difícil<br />

e aparentemente sem sentido, ou seja, no sofrimento, ela estava fazendo experiência de Deus.<br />

Bem, como podeis imaginar, estou muito contente. Aproveito as férias para estar com a<br />

minha irmã e a sua equipe em missão (composta por dois presbíteros, um casal com dois filhos e<br />

outra moça), conversar e fazer novas e santas amizades, anunciar o amor de Deus às pessoas que<br />

vou conhecendo, e também para ler, escrever, passear e viajar (não vão acreditar: percorri mais de<br />

1.200 quilômetros em carro de norte a sul do Chile: Santiago – Concepción – Monte Montt e<br />

retorno). Nenhum artista poderá igualar-se a Deus em beleza! Envio-vos algumas fotos para que<br />

vejais que não estou mentindo.<br />

Bem, caros irmãos, rezem por mim que sou um pecador e, especialmente, na terça-feira, que<br />

estarei viajando de avião desde Santiago até Brasília fazendo escala em Montevidéu e São Paulo.<br />

Que a Virgem vos proteja e ampare.<br />

No amor de Cristo,<br />

Marcos.


Carta do seminarista Maciej, itinerante em Mato Grosso do Sul.<br />

Dourados, 20 de Julho de 2009.<br />

Caro Padre Juanjo e toda a equipe formativa: A paz de Cristo esteja com todos vocês.<br />

O último tempo tem sido muito bom para mim. No período em que minha equipe estava<br />

peregrinando à Jerusalém com a primeira comunidade da Catedral de Dourados, e depois dela o Pe.<br />

Sandro fazia a terceira etapa do “Pai Nosso” com a sua comunidade de Brasília, eu fiquei na Paróquia<br />

de São João Batista em Bataguassu, acompanhando Pe. Victor, Pe. Declair e o seminarista Fernando.<br />

Nessa pequena cidade, eu me senti muito amado por Deus e também pelas pessoas que sempre<br />

me acolheram com muito carinho. Eu me alegro que Deus tenha levado tudo isso à frente, porque,<br />

apesar de ter algumas provas e dificuldades, estou contente. Eu agradeço a Deus, que me faz capaz de<br />

sair com a iniciativa e tentar conversar com os coroinhas e jovens durante as palestras organizadas em<br />

cada sábado à tarde na nossa Paróquia. Isso é bom, porque mostrou que ainda não domino a língua. Por<br />

isso falei sobre certas dificuldades que me acompanham, porém confio que também o Espírito Santo<br />

participa em tudo isso e supre as minhas falhas. Agora estou percebendo a graça que Deus tem me<br />

permitido por estar no <strong>Seminário</strong>, pois muitas coisas que tenho aprendido, através dos nossos<br />

formadores, eu tentava passar aos jovens da nossa Paróquia. As minhas provas estão sendo com as<br />

brasileiras, etc. Por isso, às vezes, me surpreende isto: Deus colocou-me, um pobre pecador, justamente<br />

neste país, cheio de morenas.<br />

Eu estou contente também porque o Senhor tem me dado a graça de me conhecer, pouco a<br />

pouco, nesse tempo. Desde antes , através do Pe. Sandro, meu companheiro de equipe, tenho sido<br />

iluminado de que estou levando um falso conceito de humildade, pensando que o homem humilde é<br />

aquele que fica quieto sem falar nada, independentemente de ter razão naquilo que pensa. Por isso vejo<br />

meus pecados da omissão que não me ajudam a quebrar o meu orgulho. Mas isso aos poucos, penso eu,<br />

pode acontecer só com ajuda de Deus mesmo, porque quebrar a cara não é fácil. Sendo tão afetivo como<br />

eu, falar a verdade me leva ao sofrimento. Lembro, por exemplo, certa situação, quando em Presidente<br />

Prudente, numa livraria diocesana, que fica do lado da Catedral, o seminarista Fernando e eu chamamos<br />

a atenção da dona da livraria, que permite a venda dos livros de Dan Brown: “Código da Vinci” ou<br />

“Anjos e Demônios”. Ela tentava explicar que os padres daqui deixam os jovens lerem esses livros para<br />

que tenham bom conhecimento daquilo que está, agora, na moda. “Será que os jovens têm a consciência<br />

de que estes livros são totalmente contra a Igreja?” - Nós perguntamos a ela. Ela respondeu que acha<br />

que sim, e foi esperta perguntando se nós tínhamos lido esses livros. Então, se eu sei que uma comida é<br />

venenosa e pode me fazer mal à saúde, será que eu preciso prová-la para experimentar que realmente é<br />

assim? Aquela situação me mostrou que não é fácil dizer o que se pensa sobre algum tema que foi<br />

lançado e hoje é muito forte nesse mundo.<br />

Além disso, eu estava aprendendo castelhano, com ajuda de Deus, cada dia, com uma professora<br />

do Paraguai, mãe do nosso pároco Pe. Victor, que apesar de ter oitenta e dois anos, está muito bem de<br />

saúde. Naturalmente, todos os dias, ela toma seu “tereré”. Às vezes, ela me lembra a minha avó e a<br />

única coisa que lhe faz sofrer é a dor de joelhos, por isso anda muito devagar. Mas ela tem tanto apetite<br />

que nem eu posso olhar tanta comida. Todos os dias, estou escutando: “Mati, o que vamos a comer?”<br />

Ela se acostumou a falar para mim assim, porque meu nome em castelhano é simplesmente Matias, mas<br />

ela só fala Mati. Duas semanas atrás, um casal da primeira comunidade da nossa Paróquia me deu como<br />

presente um livro com os dois CD’s da língua castelhana e também o dicionário português-espanhol,<br />

espanhol-português, e isso nos facilita o estudo. Cada dia, após as laudes, nós estudamos com ajuda dos<br />

livros e, à tarde, ouvimos no CD aquilo que aprendemos de manhã. Às vezes, quando antes das laudes<br />

não consigo tomar banho e quero fazer isso depois, ela me chama a estudar. E, quando eu falo: “Deixame<br />

só tomar banho, rapidinho”. Ela responde: “Para que tomar banho? Vamos estudar castelhano”.<br />

Acredite, padre, de vez em quando é muito engraçado! Na última aula, nós aprendemos o verbo “pegar”,<br />

“agarrar”, isto é, “coger”, como o senhor sabe muito bem, em castelhano. É interessante que esse verbo,<br />

como ela disse, em Paraguai, Argentina, e, se não me engano, no Uruguai também tem outro sentido. Eu<br />

tive diante de meus olhos o sorriso dela por ter conjugado este verbo. Infelizmente ela já viajou para sua<br />

casa e não pude continuar as aulas.<br />

Se Deus quiser, daqui a duas semanas, faremos a peregrinação à Curitiba.<br />

Um abraço às famílias e às irmãs em missão, a Daniel e a todos os seminaristas.<br />

Seminarista Maciej Pawel

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!