aspectos clínicos e radiológicos de crianças com sinusopatia
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ASPECTOS CLÍNICOS E RADIOLÓGICOS DE CRIANÇAS<br />
COM SINUSOPATIA<br />
RESUMO<br />
Os autores estudam os <strong>aspectos</strong> <strong>clínicos</strong><br />
e <strong>radiológicos</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>prometimento <strong>de</strong><br />
seios da face em 93 pacientes <strong>com</strong> broncopneumopatias<br />
<strong>de</strong> repetição. Verificam<br />
que a <strong>sinusopatia</strong> po<strong>de</strong> ocorrer inclusive<br />
Os principais objetivos <strong>de</strong>ste estudo retrospectivo<br />
foram:<br />
1. verificar a freqüência do a<strong>com</strong>etimento<br />
dos seios paranasais em <strong>crianças</strong> <strong>com</strong> diferentes<br />
patologias <strong>de</strong> vias aéreas. Esses<br />
pacientes tinham <strong>com</strong>o principal queixa<br />
resfriados e/ou bronquites e broncopneumonias<br />
<strong>de</strong> repetição;<br />
2. conhecer os sintomas e sinais mais <strong>com</strong>uns<br />
associados a <strong>sinusopatia</strong>s nesses<br />
pacientes;<br />
3. elaborar um protocolo para o atendimento<br />
dos casos novos <strong>de</strong> <strong>sinusopatia</strong> na Unida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Pneumologia do Instituto da Criança<br />
e<br />
Instituto da Criança "Prof. Pedro <strong>de</strong> Alcântara" do Hospital das<br />
Clínicas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pneumologia.<br />
1 Médico Assistente<br />
2 Médico Chefe<br />
3 Médico Assistente do Pronto Socorro<br />
4 Médico Assistente do Serviço <strong>de</strong> Radiologia da Escola Paulista<br />
<strong>de</strong> Medicina<br />
Aceito para publicação em 06 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1982.<br />
CLEYDE M. A. NAKAIE 1<br />
TATIANA ROZOV 2<br />
JOSELINA J. A. CARDIERI 1<br />
JOAQUIM CARLOS RODRIGUES 3<br />
HELIO M. KIMURA 3<br />
HENRIQUE LEDERMAN 4<br />
em <strong>crianças</strong> <strong>de</strong> baixa ida<strong>de</strong> e é mais f requente<br />
naquelas <strong>com</strong> manifestações alérgicas.<br />
A evolução <strong>com</strong> recidivas ou para a<br />
cronicida<strong>de</strong> é mais <strong>com</strong>um em pacientes<br />
<strong>com</strong> mucoviscidose, <strong>com</strong> hipertrofia <strong>de</strong><br />
a<strong>de</strong>noi<strong>de</strong>s e nos portadores <strong>de</strong> rinopatias<br />
alérgicas.<br />
4. facilitar o planejamento <strong>de</strong> um estudo<br />
prospectivo a respeito das afecções mais<br />
<strong>com</strong>uns dos seios paranasais.<br />
Casuística<br />
Foram estudados retrospectivamente noventa<br />
e três pacientes, portadores <strong>de</strong> broncopneumopatia<br />
crônica ou <strong>de</strong> repetição, matriculados<br />
na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pneumologia do<br />
Instituto da Criança "Prof. Pedro <strong>de</strong> Alcântara"<br />
do Hospital das Clínicas da FMUSP.<br />
Tais pacientes representam 53% das <strong>crianças</strong><br />
estudadas radiológicamente quanto à<br />
presença <strong>de</strong> <strong>sinusopatia</strong> e que foram matriculadas<br />
na referida Unida<strong>de</strong> até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
1980.<br />
A ida<strong>de</strong> dos pacientes na época do diagnóstico<br />
variou <strong>de</strong> um ano e sete meses a 17<br />
anos, sendo que a faixa etária predominante<br />
foi a pré-escolar, entre dois e sete anos. Cinqüenta<br />
e três pacientes eram do sexo masculino<br />
e quarenta do sexo feminino.
O critério para a escolha das <strong>crianças</strong><br />
foi a presença <strong>de</strong> pesquisa radiológica <strong>de</strong> <strong>sinusopatia</strong><br />
e o estudo <strong>de</strong> cada paciente foi<br />
realizado através <strong>de</strong> protocolo previamente<br />
elaborado. Nesse levantamento procurou-se<br />
verificar os sintomas e sinais <strong>clínicos</strong> <strong>de</strong><br />
maior freqüência e as alterações laboratoriais<br />
e radiológicas <strong>de</strong>sses pacientes.<br />
Na maioria das <strong>crianças</strong> foram realizados<br />
exames hematológicos e <strong>de</strong> secreção nasal<br />
para a pesquisa <strong>de</strong> sinais indicativos <strong>de</strong> infecção<br />
e/ou. etiología alérgica. Em alguns pacientes<br />
maiores <strong>de</strong> três anos realizaram-se<br />
testes alérgicos intradérmicos para inalantes.<br />
Nos casos em que havia suspeita clínica,<br />
<strong>de</strong> que a patologia principal po<strong>de</strong>ria ser mucoviscidose,<br />
foi realizada dosagem <strong>de</strong> eletrólitos<br />
no suor (iontoforese por pilocarpina).<br />
Foram consi<strong>de</strong>rados alérgicos os pacientes<br />
que apresentavam algumas das seguintes<br />
manifestações clínicas e laboratoriais <strong>de</strong> alergia:<br />
prurido nasal, rinorréia serosa, obstrução<br />
nasal, espirros em salva, lacrimejamento,<br />
prurido nos olhos e ouvidos, eosinofilia aumentada<br />
no sangue (>500) e na secreção<br />
nasal (>10%) e testes alérgicos positivos<br />
(em <strong>crianças</strong> maiores <strong>de</strong> três anos).<br />
Resultados<br />
O diagnóstico <strong>de</strong> sinusite nesse estudo<br />
foi sempre confirmado radiológicamente.<br />
Dentre os 93 pacientes estudados, 83 apresentavam<br />
dados <strong>clínicos</strong> e <strong>radiológicos</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>sinusopatia</strong> e 10 mostraram-se normais ao<br />
exame radiológico. A distribuição etária dos<br />
83 casos sintomáticos é apresentada na tabela<br />
1; eram <strong>de</strong> sexo masculino 49 <strong>crianças</strong><br />
e <strong>de</strong> sexo feminino 34, respectivamente 59%<br />
e 41%.<br />
O principal sintoma foi tosse seca persistente<br />
ou <strong>com</strong> piora noturna (79%) e eventualmente<br />
emetizante. Obstrução nasal e rinorréia,<br />
traduzida por secreção nasal visível<br />
ou fungação freqüente, eram as queixas mais<br />
<strong>com</strong>uns a seguir. Em 67% dos pacientes encontrou-se<br />
manifestações alérgicas e apenas<br />
7 <strong>crianças</strong> referiam cefaléia (Tabela 2).<br />
Os seios mais freqüentemente <strong>com</strong>prometidos<br />
foram os maxilares (92%) e a seguir<br />
os etmoidais (45%). Os dois pacientes nos<br />
quais se diagnosticou pan<strong>sinusopatia</strong> tinham<br />
ida<strong>de</strong> inferior a dois anos (Tabela 3).<br />
Verifica-se na tabela 4, que o maior contingente<br />
<strong>de</strong> pacientes portadores <strong>de</strong> <strong>sinusopatia</strong><br />
eram alérgicos. Suas manifestações se<br />
traduziram por sintomas atópicos bem <strong>de</strong>finidos,<br />
eosinofilia aumentada na secreção nasal<br />
(em uma ou mais ocasiões), em 33% dos<br />
casos e testes alérgicos para inalantes positivos<br />
em 21 <strong>crianças</strong>. A presença simultânea<br />
<strong>de</strong> velamento e espessamento <strong>de</strong> seios foi<br />
mais <strong>com</strong>um nesses pacientes do que no<br />
grupo sem alergia.<br />
Dentre os 83 pacientes <strong>com</strong> <strong>sinusopatia</strong>,<br />
em 53 foi realizado raio X <strong>de</strong> cavum para a<br />
pesquisa <strong>de</strong> hipertrofia <strong>de</strong> a<strong>de</strong>noi<strong>de</strong>s. A maioria<br />
das <strong>crianças</strong> que apresentavam diminuição<br />
do calibre da coluna aérea pertencia ao<br />
grupo <strong>de</strong> alérgicos (Tabela 5).
A fim <strong>de</strong> avaliar a evolução <strong>de</strong>ssas <strong>crianças</strong><br />
foram utilizados critérios <strong>clínicos</strong> e eventualmente<br />
laboratoriais e <strong>radiológicos</strong>. A<br />
maior parte dos casos que evoluíram para cronicida<strong>de</strong><br />
ou <strong>com</strong> recidivas pertencia ao grupo<br />
<strong>de</strong> alérgicos. Em 41 pacientes os dados obtidos<br />
eram insuficientes para se avaliar a evolução<br />
do processo (Tabela 6).<br />
As patologias mais <strong>com</strong>uns nos pacientes<br />
selecionados para esse levantamento e<br />
que provavelmente foram o motivo da matrícula<br />
<strong>de</strong>ssas <strong>crianças</strong> na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pneumologia<br />
eram principalmente: quadros bronquíticos,<br />
rinite alérgica, broncopneumonias <strong>de</strong><br />
repetição e quadros supurativos pulmonares<br />
(Tabela 7).<br />
Comentários<br />
A estrutura óssea na criança é mais tênue<br />
e mais diplóica do que no adulto e assim<br />
facilita uma rápida difusão da infecção para<br />
os tecidos mais profundos. Por outro lado, o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento vascular e linfático <strong>de</strong> estruturas<br />
nasais é também mais intenso na<br />
criança, o que contribui para uma maior predisposição<br />
à disseminação <strong>de</strong> infecções. É<br />
bem estabelecido que as rinopatias virais e<br />
bacterianas são freqüentes nos primeiros<br />
anos <strong>de</strong> vida e po<strong>de</strong>m levar ao a<strong>com</strong>etimento<br />
dos seios paranasais. Isto justifica a alta<br />
incidência <strong>de</strong> <strong>sinusopatia</strong>s na infância.<br />
No recém-nascido as células etmoidais<br />
já estão bem <strong>de</strong>senvolvidas e os seios maxi-<br />
lares já estão presentes apesar <strong>de</strong> não <strong>com</strong>pletamente<br />
pneumatizados. As células esfenoidais,<br />
embora presentes ao nascimento, têm<br />
a sua pneumatização em torno do quarto ano<br />
<strong>de</strong> vida e os frontais somente mais tar<strong>de</strong>, a<br />
partir do quinto ou sexto ano. Portanto, se<br />
ocorrer o <strong>com</strong>prometimento dos seios paranasais<br />
antes dos cinco anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> será<br />
provavelmente etmoidal e maxilar, uma vez<br />
que, o restante dos seios não tem ainda seu<br />
<strong>com</strong>pleto <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
Verificamos em nossa casuística um número<br />
importante <strong>de</strong> pacientes <strong>de</strong> baixa ida-
<strong>de</strong>, inclusive menores <strong>de</strong> dois anos. Esse fato<br />
<strong>de</strong>veria alertar os pediatras para o diagnóstico<br />
<strong>de</strong> <strong>sinusopatia</strong> mesmo em lactentes.<br />
Os seios mais freqüentemente a<strong>com</strong>etidos<br />
foram os maxilares e etmoidais <strong>com</strong>o<br />
citado em literatura 4 ' 7 e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
da faixa etária.<br />
O quadro clínico mais <strong>com</strong>um em nossos<br />
pacientes po<strong>de</strong> ser resumido na tría<strong>de</strong>: tosse<br />
persistente ou <strong>com</strong> piora noturna, rinorréia<br />
constante e obstrução nasal, concordando<br />
<strong>com</strong> os dados <strong>de</strong> literatura 3 ' 7 - 8 . Nos casos<br />
<strong>de</strong> infecção aguda havia secreção nasal purulenta<br />
e, às vezes, febre. A cefaléia, sintoma<br />
clássico na sinusite do adulto, foi uma<br />
queixa pouco freqüente e em nosso estudo<br />
menor ainda do que o <strong>de</strong>scrito em literatura<br />
para a ida<strong>de</strong> pediátrica 7 ' 8 ' 9 . Entretanto, essa<br />
porcentagem, pequena, po<strong>de</strong>ria estar relacionada<br />
<strong>com</strong> a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão <strong>de</strong><br />
sintomas nos pacientes mais jovens.<br />
Devido a elevada incidência <strong>de</strong> bronquite<br />
entre os pacientes, o chiado figurou também<br />
entre as queixas mais freqüentes. Nesse sentido,<br />
verificou-se o a<strong>com</strong>etimento simultâneo<br />
dos seios paranasais e vias aéreas inferiores<br />
em 45 pacientes (54%). Alguns <strong>de</strong>sses foram<br />
consi<strong>de</strong>rados <strong>com</strong>o portadores <strong>de</strong> síndrome<br />
sinobronquial mas a maioria <strong>com</strong>o alérgicos<br />
somente. Na realida<strong>de</strong>, a associação dos processos<br />
alérgicos ou infecciosos das vias aéreas<br />
inferiores <strong>com</strong> rinos<strong>sinusopatia</strong>s é altamente<br />
significativa. Sem dúvida, a fisiopatologia<br />
<strong>de</strong>ssa associação não se limita a infecções<br />
puras mas a múltiplos fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes,<br />
principalmente alérgicos 3 , aumentando<br />
a formação <strong>de</strong> secreções em vias respiratórias<br />
e o seu acúmulo levando à obstrução<br />
e infecções <strong>de</strong> repetição. Outro fator importante<br />
em sua fisiopatologia é a continuida<strong>de</strong><br />
da mucosa sinobronquial <strong>com</strong>o já <strong>de</strong>monstrado<br />
através <strong>de</strong> estudos <strong>radiológicos</strong><br />
que observam o transporte <strong>de</strong> contraste entre<br />
as vias aéreas superiores e inferiores.<br />
Em relação ao tratamento e evolução dos<br />
pacientes, os dados obtidos não foram <strong>com</strong>pletos<br />
pela dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> seguimento e por<br />
ser um estudo retrospectivo. Na literatura, os<br />
agentes etiológicos mais freqüentemente<br />
i<strong>de</strong>ntificados são S. pneumoniae, H. influenzae,<br />
Streptococcus sp. e Staphylococcus sp.<br />
Por este motivo, o antibiótico <strong>de</strong> escolha para<br />
o tratamento foi uma das penicilinas 1 (ampicilina<br />
ou amoxicilina), que apresentasse boa<br />
penetração em seios paranasais 265 e utilizada<br />
por um período mínimo <strong>de</strong> duas semanas,<br />
a<strong>com</strong>panhada <strong>de</strong> um antiinflamatório<br />
não hormonal na primeira semana e um <strong>de</strong>scongestionante<br />
sistêmico nos últimos sete<br />
dias. Durante o tratamento era feita lavagem<br />
nasal <strong>com</strong> soro fisiológico, sob forma <strong>de</strong> ¡nstilação<br />
para <strong>crianças</strong> pequenas e aspiração<br />
nas maiores.<br />
Nos pacientes revistos neste estudo não<br />
foi realizada cultura e antibiograma <strong>de</strong> secreção<br />
nasal; esse item provavelmente será<br />
incluso no protocolo a ser elaborado para o<br />
seguimento ambulatória! dos novos casos <strong>de</strong><br />
<strong>sinusopatia</strong>.<br />
Em <strong>crianças</strong> <strong>com</strong> sintomas e sinais <strong>de</strong><br />
alergia nas quais a <strong>sinusopatia</strong> teve recidivas<br />
freqüentes, utilizou-se, algumas vezes, o cromoglicato<br />
dissódico <strong>com</strong> bons resultados.<br />
Os casos <strong>de</strong> difícil controle, geralmente<br />
associados a causas obstrutivas, <strong>com</strong>o hipertrofia<br />
<strong>de</strong> a<strong>de</strong>noi<strong>de</strong>s, foram encaminhados<br />
para o otorrinolaringologista a fim <strong>de</strong> analisar<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outros tipos <strong>de</strong> abordagem<br />
terapêutica.<br />
Não observamos <strong>com</strong>plicações <strong>de</strong> sinusite<br />
em nossas <strong>crianças</strong>, <strong>com</strong>o osteomielite,<br />
envolvimento orbital, meningite etc. 6 .<br />
Nos pacientes em que foi possível um<br />
seguimento criterioso, a evolução para cronicida<strong>de</strong><br />
ou recidiva foi mais importante em<br />
duas situações: nas rinopatias alérgicas 10 e<br />
nas hipertrofias a<strong>de</strong>noidianas. Nessas <strong>crianças</strong>,<br />
em todos os retornos ambulatoriais, verificou-se<br />
obstrução nasal e alterações na<br />
mucosa local <strong>com</strong> secreção em retrofaringe<br />
e hipertrofia do tecido linfói<strong>de</strong> das pare<strong>de</strong>s<br />
faríngeas.<br />
Em relação às doenças associadas às<br />
<strong>sinusopatia</strong>s além dos quadros <strong>de</strong> bronquites<br />
e alergia, a mucoviscidose é relacionada à<br />
<strong>sinusopatia</strong> crônica por diversos autores 8 ,<br />
<strong>com</strong> uma incidência <strong>de</strong> 90 a 100% <strong>de</strong> <strong>sinusopatia</strong><br />
entre grupos <strong>de</strong> mucoviscidóticos.<br />
Em estudo anterior (a ser publicado) envolvendo<br />
18 pacientes <strong>com</strong> mucoviscidose,<br />
do ambulatório <strong>de</strong> Pneumologia do Instituto<br />
da Criança, encontrou-se 13 que apresentaram<br />
sinais clínico-<strong>radiológicos</strong> <strong>de</strong> sinusite<br />
crônica,<br />
A freqüência das <strong>sinusopatia</strong>s na infância<br />
não <strong>de</strong>ve surpreen<strong>de</strong>r o pediatra: em qualquer<br />
condição inflamatoria catarral das vias<br />
aéreas, po<strong>de</strong>-se antecipar um possível envoi-
vimento dos seios paranasais. É importante<br />
ressaltar que o quadro clínico <strong>de</strong> sinusite na<br />
infância po<strong>de</strong> ser inespecífico, confundido<br />
<strong>com</strong> outros diagnósticos ou mesmo passar<br />
por um simples resfriado.<br />
SUMMARY<br />
Clinical and radiologic aspects of<br />
children with sinusopathy<br />
The authors have studied some clinical<br />
and radiological aspects in sinusitis from<br />
93 patientes with frequent low respiratory<br />
tract infections. They observed that the<br />
sinusitis may also occur in infants and that<br />
its is more frequent in allergic patients. In<br />
children with cystic fibrosis, a<strong>de</strong>noidltis<br />
and allergic rinitis, the evolution has been<br />
usually chronic.<br />
En<strong>de</strong>reço para correspondência:<br />
Instituto da Criança "Prof. Pedro <strong>de</strong> Alcantara"<br />
Hospital das Clínicas<br />
Av. Dr. Enéias <strong>de</strong> Carvalho, 647<br />
São Paulo - SP - CEP 05403<br />
Brasil<br />
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