Encontro, criatividade, espontaneidade, encantamento, faz-de-conta, utopia, perfeição, construção,trabalho criativo, justiça, liberdade, libertação.Viagem aos confins da imaginação, presença contínua no país da música e da dança, arte queatravessa o cotidiano e se instala nas entrelinhas das ruas e das árvores.Ética que se apodera de cada um, perguntando sempre o que é o bem. Onde ele está e <strong>com</strong>o me unoaos outros para realizá-lo?“Quando procuramos oferecer aos jovens uma visualização da beleza e da grandiosidade destemundo, decerto temos também a expectativa de estar despertando neles o interesse pelos seus elos ecorrelações internas.” (K. Lorenz, A Demolição do Homem. São Paulo, Brasiliense, 1986).A ORIGEM DOS PROJETOSUtopia, construção, criatividade, viagem aos confins da imaginação.A informática pode ser instrumento para fazer dessas palavras mais do que um amontoado dedesejos. Um dos aspectos singulares dos <strong>com</strong>putadores, aquele algo mais que os tornam máquinasrealmente diferenciadas, é que são ferramentas de manipular símbolos. Números, línguas, lógicas,fractais, tudo servindo para modelar a realidade, para criar o virtual e assim torná-lo concreto.Com os <strong>com</strong>putadores conseguimos “ir” onde parecia impossível, podemos “manipular” o que éintangível, “ver” o que de tão diminuto é invisível. Podemos diminuir ou acelerar a velocidade dosacontecimentos, podemos recuar no tempo e no espaço. Isso é realmente inusitado para o homem, sãocoisas que antes do <strong>com</strong>putador só eram possíveis na imaginação de cada um. Hoje, <strong>com</strong> o auxíliodessas máquinas de materializar sonhos, são representáveis, <strong>com</strong>partilháveis e, por isso, estão sujeitasà análise e à crítica.Com os <strong>com</strong>putadores nas escolas podemos construir mundos, planetas, sistemas estelares, bem<strong>com</strong>o construir fazendas, formigueiros, cidades, civilizações!O software Civilization, criado por Sid Meier e editado pela MicroProse, que neste software é representadano Brasil pela Byte & Brothers, é excelente exemplo dessa possibilidade.Civilization é antes de tudo um jogo. Cuidado para não perder muitas noites frente à telinha e aomundo fantástico que ela ilumina em nossas mentes. É <strong>com</strong>um viver dias e dias de intenso envolvimento<strong>com</strong> as possibilidades do micromundo criado por Civilization.Vêem-se muitos adolescentes seduzidos por essa simulação. É quase certo que aprenderam muitomais História <strong>com</strong> esse jogo do que em muitos anos de aulas convencionais. É certo, também, queaprimoraram a capacidade de entender a História depois de conhecerem Civilization.Ocorre que em Civilization a História é vivida intensamente, os protagonistas estão vivos e interagem<strong>com</strong> o usuário. O usuário é obrigado a tomar decisões que repercutirão no desenvolvimento de suacivilização. É a História viva. Para alunos acostumados a ver e entender a História <strong>com</strong>o “coisa dopassado”, é uma experiência desestruturante perceber que a civilização que se constrói hoje é reflexode decisões passadas. Essas decisões faziam sentido naquele contexto histórico e é preciso conhecer ocontexto para entender por que foram tomadas. Assim poderemos entender por que estamos dessejeito. Além disso, mostra que as decisões presentes devem considerar a dimensão histórica, devem terum <strong>com</strong>promisso <strong>com</strong> o futuro.Convenhamos, não é nada fácil perceber isso aos 12, 14, 16 anos de idade, apenas abstraindo,18 APRENDENDO COM PROJETOS
lendo o acontecido sem ter a oportunidade de vivenciar, até pela curta história de vida, as forças quelevaram a determinada direção o desenvolvimento ou término de uma civilização.O manual de Civilization, <strong>com</strong>o deve ser um manual voltado para aplicações pedagógicas, é bastante<strong>com</strong>pleto (183 páginas), embora não precise ser lido integralmente para que se possa iniciar ojogo. Como os bons softwares, possui uma interface gráfica poderosa que pode ser dominada progressivamenteà medida que é utilizada. Como em um jogo de xadrez, Civilization exige que o usuárioconheça apenas algumas poucas regras básicas para poder <strong>com</strong>eçar a usufruir de seu ambiente. Contudo,logo se percebe que há muito para aprender. Ainda bem!Como está escrito na introdução do manual, “tanto você <strong>com</strong>o seus oponentes (outras civilizações)<strong>com</strong>eçam <strong>com</strong> um pequeno grupo de colonos cercados pelos riscos e atrativos dos territóriosinexplorados. Toda decisão que você tomar poderá ter importantes conseqüências posteriores. Deve-secriar uma cidade no litoral ou em numa ilha? É melhor concentrar-se na produção bélica ou nodesenvolvimento agrícola? Se você mostrar-se um líder <strong>com</strong>petente, sua civilização crescerá e ficaráainda mais interessante governá-la.”Assim <strong>com</strong>eça a grande aventura de sua civilização, em meio a um mundo hostil e atraente,cheio de surpresas e mistérios. Após um relato introdutório, quando o cenário é explicado, vemos aseguinte tela:É assim que o mundo parece no início de sua civilização: uma grande área desconhecida, representadana parte esquerda da tela pela janela preta <strong>com</strong> uma pequenina porção de terra conhecida euma representação dos ancestrais da sua civilização. Na janela superior à direita, uma imagem mostraa parcela de todo o planeta desconhecido que pode ser visualizada na janela maior, da esquerda.E agora? O que fazer? Fundar uma cidade ou mover-se em direção ao desconhecido, em busca deuma condição melhor de terreno, de recursos minerais e animais...COMO SE CONSTRÓI UM PROJETO ?19
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