São José em Dados 2012 - Prefeitura Municipal de São José dos ...
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I - Aspectos Históricoshistórico<strong>de</strong> SãoJosé <strong>dos</strong>CamposParte do que hoje é o território joseenseteria sido ocupado por uma fazenda<strong>de</strong> gado às margens do Rio Comprido,hoje divisa natural entre São José <strong>dos</strong>Campos e Jacareí, por padres jesuítasno final do século 16 a partir daconcessão <strong>de</strong> sesmarias. A criação <strong>de</strong>fazendas era um artifício usado pelosjesuítas para evitar uma maior intervençãopor parte <strong>de</strong> Portugal.A legislação <strong>de</strong> 1611, que regulamentavaa administração <strong>de</strong> al<strong>de</strong>amentos<strong>de</strong> índios dispersos, administra<strong>dos</strong>por religiosos, transformou oficialmentea fazenda <strong>em</strong> missão <strong>de</strong> catequese.Os colonos paulistas viram-seentão prejudica<strong>dos</strong>, pois <strong>de</strong>pendiamda exploração <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra escravaindígena, o que culminou no conflito<strong>em</strong> que os jesuítas foram expulsos e osal<strong>de</strong>ãos espalha<strong>dos</strong>.Os jesuítas retornariam alguns anosmais tar<strong>de</strong>, instalando-se <strong>em</strong> umaplanície a 15 quilômetros da antigaal<strong>de</strong>ia, on<strong>de</strong> fica hoje o centro da cida<strong>de</strong>.Do novo local tinha-se uma visãoprivilegiada da área que circundava aal<strong>de</strong>ia, garantindo maior segurançacontra invasões, enchentes e permitindoboa ventilação e insolação. Mesmosendo uma nova missão, era oficialmentetratada como fazenda <strong>de</strong> gado.Sabe-se ainda que a organização urbanano plano teórico e prático da al<strong>de</strong>iaé obra atribuída ao padre jesuíta Manoel<strong>de</strong> Leão, cuja principal ocupaçãoera a <strong>de</strong> administrador. Em São Paulo<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1663, ele estava à frente das fazendasmais r<strong>em</strong>otas. Entre estas, figuravao al<strong>de</strong>amento <strong>em</strong> solo joseense.Nos documentos, a al<strong>de</strong>ia aparece como nome <strong>de</strong> Residência do Paraíba doSul, <strong>em</strong> 1692, e Residência <strong>de</strong> São José,<strong>em</strong> 1696. Com a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> ouro nasminas gerais, no início do século 18, oal<strong>de</strong>amento passa por sérias dificulda<strong>de</strong>spor causa da saída <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obrapara o trabalho na mineração.Após a expulsão <strong>dos</strong> jesuítas do Brasil,<strong>em</strong> 1759, to<strong>dos</strong> os bens <strong>de</strong>ssa ord<strong>em</strong>religiosa – como fazendas, colégios eal<strong>de</strong>ias – passaram para a custódia damonarquia portuguesa. Esta <strong>de</strong>terminouao governador da província, LuísAntonio <strong>de</strong> Souza Botelho Mourão,conhecido como Morgado <strong>de</strong> Mateus,a incumbência <strong>de</strong> tornar produtivasas novas proprieda<strong>de</strong>s da Coroa, enten<strong>de</strong>ndo-secomo tal a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> ampliar a arrecadação <strong>de</strong> impostos.Morgado <strong>de</strong> Mateus recebeu a permissãodo vice-rei para criar freguesias e vilas,pois assim po<strong>de</strong>riam ser tributadas.Em 27 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1767, ainda antes<strong>de</strong> se tornar freguesia, a al<strong>de</strong>ia foielevada à categoria <strong>de</strong> Vila, com a<strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> São José do Paraíba.Levantou-se, então, o pelourinho naatual Rua Vilaça, próximo ao c<strong>em</strong>itério,e proce<strong>de</strong>u-se à eleição da Câmara,o que caracterizava a nova condição.A <strong>em</strong>ancipação à categoria <strong>de</strong> Vila nãofoi um fator <strong>de</strong>terminante para o <strong>de</strong>senvolvimentolocal, pois por muitosanos quase nenhum progresso foi notado.A principal dificulda<strong>de</strong> apontadaera o fato <strong>de</strong> a Estrada Real passarfora <strong>dos</strong> domínios da Vila.Em mea<strong>dos</strong> do Século 19, São José doParaíba já d<strong>em</strong>onstrava alguns sinais<strong>de</strong> crescimento econômico, com a evoluçãoda agricultura. Em 1864, a Vilafoi elevada à categoria <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> e <strong>em</strong>1871 recebeu a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> SãoJosé <strong>dos</strong> Campos. Isso se <strong>de</strong>ve, <strong>em</strong> parte,à expressiva produção <strong>de</strong> algodão,atingida durante a década <strong>de</strong> 1860que era quase toda absorvida pelomercado inglês. Também o <strong>de</strong>senvolvimentoquase simultâneo da culturacafeeira no Vale do Paraíba contribuiupara esse surto <strong>de</strong> progresso pelo qualpassou o município.Apesar <strong>de</strong> São José ter ocupado posiçãoperiférica no contexto valeparaibanonesse período, <strong>em</strong> 1886 atingiuo auge produtivo, quando a cida<strong>de</strong>era servida pela estrada <strong>de</strong> ferro, quefora inaugurada <strong>em</strong> 1877, mantendoainda alguma expressão até por volta<strong>de</strong> 1930. A pecuária leiteira começoua ser introduzida com mais intensida<strong>de</strong>a partir <strong>de</strong> 1918, após uma gran<strong>de</strong>geada ocorrida no município, e v<strong>em</strong> s<strong>em</strong>antendo com relativa importânciaaté a atualida<strong>de</strong>.No início do Século 20, começou atornar-se perceptível a procura <strong>de</strong> SãoJosé <strong>dos</strong> Campos para o tratamento<strong>de</strong> tuberculose, <strong>de</strong>vido às condiçõesclimáticas supostamente favoráveis.Gradativamente, foi sendo criadauma estrutura <strong>de</strong> atendimento, coma construção <strong>de</strong> pensões e repúblicas.Em 1924, foi inaugurado o SanatórioVicentina Aranha, o maior do paísna época. Com a transformação <strong>em</strong>estância climatérica e hidromineral,<strong>em</strong> 1935, o município pô<strong>de</strong> investir<strong>em</strong> infraestrutura, principalmente naárea <strong>de</strong> saneamento básico.No futuro, isso viria a ser <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>importância para a atração <strong>de</strong> investimentos<strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> ao <strong>de</strong>senvolvimentoindustrial, que começa a seacentuar a partir do <strong>de</strong>clínio da funçãosanatorial da cida<strong>de</strong>, pois a tuberculosepassou a receber tratamento ambulatorialcom o advento da penicilina,na década <strong>de</strong> 1940.Durante o período <strong>de</strong> 1935 a 1959, acida<strong>de</strong> foi administrada por prefeitossanitaristas, nomea<strong>dos</strong> pelo GovernoFe<strong>de</strong>ral. Em 1958, São José <strong>dos</strong> Camposganhou autonomia política , quefoi perdida <strong>em</strong> 1967 e novamente recuperada<strong>em</strong> 1977.Na intenção <strong>de</strong> atrair investimentos industriaispara a cida<strong>de</strong>, a Lei <strong>Municipal</strong>4, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1920, concedia isen-Pôr do Sol no Banhado10 SÃo josÉ EM DADOSSÃo josÉ EM DADOS 11