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10 livros que estragaram o mund - Benjamin Wiker

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INTRODUÇÃO“NIDÉIAS TÊM CONSEQÜÊNCIASão há nada tão absurdo”, caçoava Cícero, filósofo e estadista da antiga Roma, “quenão possa ser dito por um filósofo”. Infelizmente, os absurdos dos filósofos não se limitam àsaulas de sofística e às suas especulações excêntricas. Eles perfazem todo o caminho editorialaté serem despejados no público. Eles podem ser – e têm sido – tão perigosos e nocivosquanto doenças mortais. E, como doenças, tais idéias letais podem infectar as pessoas sem queelas percebam. Essas idéias, geralmente não identificadas, pairam no ar intelectual querespiramos.Se dermos uma boa e sóbria olhada nos efeitos horríveis dessas idéias mortíferas, sópoderemos chegar a uma conclusão: há livros que realmente estragaram o mundo; livros semos quais estaríamos bem melhor agora.Isso não deveria ser nada chocante, exceto àqueles que não crêem que as idéias têmconseqüências. O eminente ensaísta escocês Thomas Carlyle, também filósofo, foirepreendido uma vez num jantar festivo porque não parava de tagarelar sobre livros: “Idéias,sr. Carlyle, idéias, nada além de idéias!”. Ele respondeu: “Houve uma vez um homemchamado Rousseau que escreveu um livro contendo nada além de idéias. A segunda edição foiimpressa na pele daqueles que riram da primeira”. Carlyle estava certo. Jean-JacquesRousseau escreveu um livro que inspirou a crudelíssima Revolução Francesa (e coisas aindamais destrutivas depois dela).O bom senso e um pouco de lógica nos advertem que, se idéias têm conseqüências, entãomás idéias têm más conseqüências. E, ainda mais óbvio: más idéias, escritas em livros,tornam-se muito mais duráveis, infectam gerações e mais gerações e ampliam a miséria domundo.Eu afirmo, portanto, que o mundo seria um lugar demonstravelmente melhor hoje se oslivros que estamos prestes a discutir jamais tivessem sido escritos. Meio século atrás (e até hávinte anos, entre a elite acadêmica), era possível continuar afirmando que o marxismo era umaforça positiva atuante na história. Porém, desde que sua capa protetora implodiu toda a UniãoSoviética – e deixou a China despedaçada, para dizer o mínimo –, ninguém, ao ver reveladasdezenas de milhões de corpos em de composição, pode concluir alguma coisa além doseguinte: se o Manifesto do Partido Comunista jamais tivesse sido escrito, um tanto enormede sofrimento teria sido evitado. O mesmo vale para o Minha luta, de Hitler, e para todos osoutros livros dessa lista, ainda que, às vezes, o massacre seja de tipo diferente e mais sutil.Mas, e agora? Devemos queimar os livros? É claro que não! Uma reação como essa éinsustentável, no mínimo ambientalmente falando. Como eu aprendi há muito tempo, a melhor

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