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Jefferson Del Rios

2015-jdr-ourinhos

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Os detalhes desse acerto aparecem na indicação do vereador Vieira<br />

de Figueiredo, autor do projeto de desapropriação. Ele propõe agora um<br />

pagamento de 5.500$000 (cinco contos e quinhentos mil réis) a Jacintho<br />

Sá pela “venda de 15 alqueires de terra de sua propriedade a esta municipalidade”.<br />

Mas, na sessão seguinte, a 31 de junho de 1913, o vereador<br />

José Rosa apresenta emenda indicando que os terrenos comprados a Jacintho<br />

Sá tinham um alqueire e meio e não 15 alqueires “como estava<br />

escrito por engano na ata”.<br />

Não foi um mal negócio para Jacintho, que, três anos antes, comprara<br />

1230 alqueires da Fazenda das Furnas por 20.000$000 (vinte contos<br />

de réis). Ele teria outras vantagens no acordo com Salto Grande. Na<br />

sessão de 12 de setembro foi lida uma carta sua “declarando-se de acordo<br />

em conceder um terreno para o posto policial na povoação de Ourinho,<br />

com a condição de a Câmara conceder-lhe isenção de impostos municipais<br />

por dois anos”. A exigência foi aceita.<br />

Mas nos anos que precedem a emancipação de Ourinhos a Câmara<br />

de Salto Grande cuidaria também de assuntos menos graves. O ano de<br />

1914 se inicia com um pedido da sra. Lybia Arantes Roma para ser nomeada<br />

professora da escola mista de Ourinhos criada pela Assembleia<br />

Legislativa, em 23 de dezembro de 1910. Em 1913 o vereador João Júlio<br />

havia sugerido uma gratificação de 50 mil réis mensais a dona Lybia por<br />

seu trabalho como professora particular, o que a levou a pleitear a nomeação<br />

oficial. Dona Lybia Arantes Roma, de quem nunca mais se ouviu<br />

falar, é com esse nome incomum a pioneira conhecida do ensino em Ourinhos.<br />

O processo de autonomia ourinhense acelera-se em 1915 com a<br />

instalação do Distrito de Paz. Para comemorar o evento, artistas da terra,<br />

reunidos na Corporação Musical Sete de Setembro, mandaram ofício à<br />

Câmara de Salto Grande “solicitando um auxílio de no mínimo 500 mil<br />

réis para a aquisição do instrumental para que a mesma se torne definitivamente<br />

constituída”. Salto Grande alegou falta de verba e recusou o<br />

pedido.<br />

Um novo avanço ocorreu em 1917, quando a Câmara, a 15 de janeiro,<br />

nomeia como subprefeito de Ourinhos o médico Américo Marinho<br />

de Azevedo. O escolhido renuncia três meses depois, alegando “seguir<br />

de mudança para a capital”. Seu nome, nos anos que se seguiram, apareceria<br />

na seção de anúncios médicos do jornal O Estado de S. Paulo. Foi<br />

substituído, quase um ano mais tarde, por Fernando Foschini, escolhido<br />

a 15 de janeiro de 1918. Foschini renunciou em agosto do mesmo ano,<br />

véspera da elevação de Ourinhos a município. Seu lugar foi ocupado por<br />

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