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Jefferson Del Rios

2015-jdr-ourinhos

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Artigo 1° – É criado, no território do Distrito de Paz de Ourinho, o município<br />

do mesmo nome, na Comarca de Santa Cruz do Rio Pardo.<br />

Artigo 2° – As divisas do novo município serão as mesmas do atual Distrito<br />

de Paz, a saber: começam na foz do rio Pardo com o rio Paranapanema, até<br />

frontear o espigão do lado direito do córrego do Lageadinho e daí rumo até o<br />

quilômetro 511 da Estrada de Ferro Sorocabana; daí seguem a procurar o<br />

espigão do lado esquerdo do córrego Barreirinho ou Barreiro e pelo cume<br />

deste espigão descem até o ponto onde este terminar; e daí seguem rumo até<br />

a Ponte Preta, sobre o rio Pardo, e daí descem pelo rio Pardo até a foz do Paranapanema,<br />

ponto de partida.<br />

Artigo 3º – Revogam-se as disposições em contrário. Sala das Sessões, 3 de<br />

dezembro de 1917.<br />

O documento leva a assinatura dos deputados Gabriel Rocha,<br />

Américo de Campos (relator) e Laurindo Minhoto.<br />

Ourinhos estava a caminho da emancipação. O projeto entrou em<br />

discussão na Câmara dos Deputados e, se aprovado, passaria ao Senado<br />

Estadual. Até a Revolução de 1930, os estados possuíam as duas casas<br />

legislativas. O Congresso Estadual paulista funcionava em um casarão<br />

no bairro da Liberdade. O local foi reurbanizado para dar lugar à praça<br />

João Mendes.<br />

Os deputados se manifestaram na sessão de 7 de dezembro, ocasião<br />

em que o deputado Raphael Prestes tomou a defesa de Ourinhos:<br />

Acabo de verificar, do parecer da ilustrada Comissão de Estatística e dos<br />

papéis do respectivo processo, que a Câmara Municipal de Salto Grande do<br />

Paranapanema, que superintende aquele Distrito de Paz, está a exercer sobre<br />

ele pressão indevida [...]. A Comissão de Estatística verificou [...] que a<br />

Câmara Municipal de Salto Grande do Paranapanema não escriturou em separado<br />

a verba da receita e da despesa do distrito de Ourinhos e nem mesmo<br />

a consigna no seu orçamento de 1916 para 1917. Quanto ao orçamento de<br />

1917 para 1918 [...] a coisa é mais séria: ele nem foi ainda publicado. Dãose<br />

ainda outras circunstâncias peculiares e significativas: Ourinhos, que é<br />

um distrito de terras fortes e de franca prosperidade, está privado de comunicação<br />

com a sede do município por estrada de rodagem, pois só tem comunicação<br />

por estrada de ferro. E além de tudo isso a Câmara Municipal de<br />

Salto, Grande recusou ao Congresso do Estado, dignamente representado<br />

pela Comissão de Estatística, as informações que se lhe pediram relativamente<br />

à criação do novo município.<br />

Todos estes fatos querem dizer, em resumo, que Ourinhos está debaixo de<br />

pressão de um poder mais importante, o da sede do município, e assim sendo<br />

torna-se necessário que o Congresso e os altos poderes estaduais socorram<br />

oportunamente essa localidade, a fim de que ela possa desenvolver como<br />

merece, com sua autonomia, a sua prosperidade.<br />

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