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EDITORIAL<br />
para Competir (JPC). A iniciativa tem o objetivo<br />
de desenvolver as principais cadeias<br />
produtivas do Estado, por meio de capacitação,<br />
integração e organização dos diferentes<br />
segmentos agropecuários.<br />
A atividade agropecuária é um dos principais<br />
suportes da economia brasileira. Sem a<br />
intenção de fazer qualquer trocadilho, podemos<br />
dizer que ela é a própria “salvação<br />
da lavoura” deste País, que atravessa um<br />
momento de instabilidade econômica e de<br />
insegurança em relação ao futuro. Com expressiva<br />
participação na economia, representando<br />
22,15% do Produto Interno Bruto<br />
(PIB), o agronegócio coloca o País como<br />
um dos líderes mundiais na produção e exportação<br />
de vários produtos. No Rio Grande<br />
do Sul, o setor abocanha 39,51% do PIB.<br />
A vocação natural do Brasil para o agronegócio,<br />
e todas as atividades relacionadas<br />
às suas cadeias produtivas, vem de características<br />
e diversidades, principalmente<br />
encontradas no clima favorável, solo, água,<br />
relevo e luminosidade. Porém, o bom desempenho<br />
alcançado nos últimos anos<br />
não pode ser atribuído apenas à aptidão do<br />
País. A força e a disposição do nosso produtor<br />
rural também merecem destaque neste<br />
contexto positivo em que figura o setor.<br />
Para fortalecer essas vantagens competitivas,<br />
tornando o agronegócio uma atividade<br />
ainda mais atrativa e rentável, a<br />
FARSUL, o SENAR e o <strong>SEBRAE</strong>/RS atuam<br />
em conjunto através do Programa Juntos<br />
Nesta segunda edição da Revista Mais<br />
<strong>SEBRAE</strong>, os leitores podem acompanhar<br />
o que preparamos para uma das maiores<br />
e mais importantes exposições-feiras do<br />
mundo: a Expointer 2015. Através do Juntos<br />
para Competir, estaremos no pavilhão<br />
internacional do Parque de Exposições<br />
Assis Brasil, promovendo inúmeras atividades<br />
com foco em tecnologias que podem<br />
ajudar o produtor rural a melhorar o seu<br />
desempenho, sem descuidar do meio ambiente.<br />
Um dos destaques é uma estufa de<br />
alta tecnologia, onde apresentamos três<br />
situações de produção em cultivo protegido.<br />
Os visitantes podem esclarecer dúvidas<br />
técnicas e custos envolvidos no sistema.<br />
A Vitrine da Carne Gaúcha é outra atração<br />
da Expointer 2015. Idealizada pela Farsul,<br />
este ano tem ainda mais visibilidade, pois<br />
está localizada na entrada do Pavilhão Internacional.<br />
Mais uma vez, realizamos a<br />
demonstração da desossa de carcaças de<br />
bovinos, ovinos e suínos e, na sequência,<br />
o público participante pode degustar as<br />
receitas preparadas.<br />
Empreendedor rural, participe da Expointer,<br />
visite o nosso estande e aproveite todas as<br />
informações disponibilizadas para torná-lo<br />
ainda mais qualificado.<br />
Carlos Rivaci Sperotto<br />
Presidente do Conselho Deliberativo<br />
Estadual do <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
3
CONSELHO DELIBERATIVO<br />
Presidente: Carlos Rivaci Sperotto<br />
• Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A – BANRISUL<br />
Titular: Luiz Gonzaga Veras Mota<br />
Suplente: Irany de Oliveira Sant’Anna Júnior<br />
• Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – FIERGS<br />
Titular: Heitor José Müller<br />
Suplente: Marco Aurélio Paradeda<br />
• Caixa Econômica Federal<br />
Titular: Ruben Danilo de Albuquerque Pickrodt<br />
Suplente: Fábio Müller<br />
• Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – CIERGS<br />
Titular: André Vanoni de Godoy<br />
Suplente: Marlos Davi Schmidt<br />
• Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia – SDECT<br />
Titular: Fábio de Oliveira Branco<br />
Suplente: Gilberto Machado de Pinho<br />
• Banco do Brasil S/A<br />
Titular: Edson Bündchen<br />
Suplente: Elimar Drehmer<br />
• Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do<br />
Sul – FEDERASUL<br />
Titular: Ricardo Russowsky<br />
Suplente: Olmiro Cavazzola<br />
• Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul – FARSUL<br />
Titular: Carlos Rivaci Sperotto<br />
Suplente: Valmir Antônio Susin<br />
• Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande<br />
do Sul – FECOMÉRCIO<br />
Titular: Luiz Carlos Bohn<br />
Suplente: Zildo De Marchi<br />
• Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – <strong>SEBRAE</strong><br />
Titular: José Paulo Dornelles Cairoli<br />
Suplente: André Silva Spínola<br />
• Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI/RS<br />
Titular: César Rangel Codorniz<br />
Suplente: Alexandre De Carli<br />
• Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul – FAPERGS<br />
Titular: Abilio Afonso Baeta Neves<br />
Suplente: Marco Antonio Baldo<br />
• SENAR - RS - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural<br />
Titular: Gilmar Tietböhl Rodrigues<br />
• FCDL- Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul<br />
Titular: Vitor Augusto Koch<br />
Suplente: Fernando Luis Palaoro<br />
• BADESUL Desenvolvimento S/A - Agência de Fomento/RS<br />
Titular: Susana Maria Kakuta<br />
Suplente: Pery Francisco Sperotto Coelho<br />
CONSELHO FISCAL<br />
Titulares<br />
• FEDERASUL: José Benedicto Ledur (Presidente)<br />
• FIERGS: Gilberto Brocco<br />
• FCDL/RS: Jorge Claudimir Prestes Lopes<br />
Suplentes<br />
• FECOMÉRCIO: Ivanir Antonio Gasparin<br />
• Banco do Brasil: Carlomagno Goebel<br />
• Caixa Econômica Federal: Pedro Amar Ribeiro de Lacerda<br />
DIRETORIA EXECUTIVA DO <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
Diretor-Superintendente: Derly Cunha Fialho<br />
Diretor Técnico: Ayrton Pinto Ramos<br />
Diretor de Administração e Finanças: Carlos Alberto Schütz<br />
EXPEDIENTE<br />
É uma publicação trimestral<br />
do <strong>SEBRAE</strong>/RS desenvolvida<br />
pela Gerência de Comunicação<br />
e Marketing.<br />
Coordenação e Edição:<br />
Luciana Bueno Santos<br />
Reportagem:<br />
Elio Bandeira, Josine Haubert<br />
e Renata Cerini<br />
Design Gráfico e Editoração:<br />
Carol Lopes<br />
Foto de Capa:<br />
Fagner Almeida<br />
Revisão Ortográfica:<br />
Plural - Revisão Ltda.<br />
Impressão:<br />
Gráfica Relâmpago<br />
Tiragem:<br />
20 mil exemplares<br />
Aplicativo Mais <strong>SEBRAE</strong>:<br />
Disponível em iOS e Android<br />
FALE COM A REDAÇÃO:<br />
sebraeimprensa@sebrae-rs.com.br<br />
(51) 3216.5165/3216.5182<br />
Contatos com o <strong>SEBRAE</strong>/RS:<br />
• 0800 570 0800 - atendimento<br />
gratuito de segunda a sexta-feira,<br />
das 8h às 20h.<br />
• www.sebrae-rs.com.br<br />
O visitante pode fazer download<br />
de publicações e no link “Agência<br />
<strong>SEBRAE</strong> de Notícias” ficar sabendo<br />
das novidades da instituição<br />
• www.sebrae.com.br - <strong>SEBRAE</strong><br />
Nacional<br />
• Espaço Pesquisa <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
Acervo de livros, revistas, vídeos<br />
e dicas de oportunidades de<br />
negócios enfocando gestão<br />
empresarial. O material pode ser<br />
consultado em todas as regionais.<br />
Em Porto Alegre, na Regional<br />
Metropolitana, Rua General João<br />
Manoel, 282 - Centro ou Rua Antônio<br />
Joaquim Mesquita, 259 - Zona Norte<br />
De segunda a sexta-feira, das<br />
9h às 18h.<br />
4
SUMÁRIO<br />
COMÉRCIO<br />
E SERVIÇOS<br />
Brechós: oportunidade de bons negócios<br />
EMPREENDEDORISMO<br />
Salão do Empreendedor do <strong>SEBRAE</strong>/RS será uma<br />
das atrações da Frinape<br />
06<br />
11<br />
TECNOLOGIAS<br />
A FAVOR DO<br />
CAMPO<br />
INDÚSTRIA<br />
14<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS oportuniza a micro e pequenas<br />
empresas gaúchas acesso a mercados internacionais<br />
EMPREENDEDORISMO<br />
Microempreendedores Individuais que<br />
são um sucesso<br />
INDÚSTRIA<br />
Inovação é o ponto alto da Mercopar 2015<br />
18<br />
24<br />
CAPA<br />
44<br />
Cada vez mais, produtores rurais lançam mão de ferramentas<br />
tecnológicas simples, e até mais complexas,<br />
para melhorar a produtividade e aumentar os lucros,<br />
porém sem descuidar do meio ambiente<br />
GESTÃO<br />
<strong>SEBRAE</strong> mobiliza sociedade gaúcha<br />
para projetar o futuro próximo<br />
30 INOVAÇÃO<br />
50<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS inicia segunda<br />
turma do Programa Startup RS<br />
CASOS DE SUCESSO<br />
Siga o exemplo desses três empresários<br />
34<br />
NOVIDADES E<br />
OPORTUNIDADES<br />
<strong>SEBRAE</strong> Nacional lança o Movimento Compre<br />
do Pequeno Negócio<br />
54<br />
POLÍTICAS PÚBLICAS<br />
36<br />
FATOS E FOTOS<br />
56<br />
REDESIM ganha mais adesões<br />
de municípios gaúchos<br />
ENT<strong>REVISTA</strong> 40<br />
Tallis Gomes, fundador do aplicativo Easy Táxi,<br />
fala sobre sua trajetória como empreendedor<br />
FRASES EM DESTAQUE<br />
58<br />
5
COMÉRCIO E SERVIÇOS<br />
Foto: Giovani Vieira<br />
BRECHÓS:<br />
OPORTUNIDADE DE<br />
BONS NEGÓCIOS<br />
O crescimento deste tipo de loja no Brasil chamou a<br />
atenção do <strong>SEBRAE</strong>, que está atento às necessidades<br />
de formalização e gestão dos empreendedores<br />
6
COMÉRCIO E SERVIÇOS<br />
Brechós chiques, vintage, modernos<br />
ou baratos se espalham pelas<br />
ruas e galerias de capitais e municípios<br />
do interior brasileiro. Populares na<br />
Europa e nos Estados Unidos, essas lojas,<br />
antes vistas como sinônimo de mofo,<br />
traça e naftalina, estão conquistando seu<br />
mercado no País e cresceram expressivos<br />
210% em cinco anos, passando<br />
de 3.691 estabelecimentos em 2007<br />
para 11.469 em 2012, conforme levantamento<br />
do <strong>SEBRAE</strong>.<br />
“Por não representar um mercado de<br />
risco – já que a concorrência ainda<br />
é pequena, ter um público diversificado<br />
e um investimento inicial relativamente<br />
baixo –, os brechós surgem<br />
como oportunidade de negócio para<br />
empreendedores que desejam abrir<br />
uma empresa”, afirma a coordenadora<br />
nacional de projetos de Varejo da<br />
Moda do <strong>SEBRAE</strong>, Wilsa Sette Morais<br />
Figueiredo. O crescimento dos brechós<br />
atraiu a atenção do <strong>SEBRAE</strong> em<br />
2013, que realizou, no ano seguinte,<br />
debates sobre o mercado em quatro<br />
capitais brasileiras.<br />
Este ano, evento semelhante ocorreu<br />
em Porto Alegre e em setembro<br />
ocorre em Campo Grande e Goiânia.<br />
Conforme Wilsa, o objetivo é conhecer<br />
melhor esse mercado, levantar<br />
as principais necessidades e debater<br />
o tema inovação. Estas discussões<br />
subsidiam as ações do <strong>SEBRAE</strong> que<br />
pode apoiar, de forma mais assertiva,<br />
o fortalecimento e a competitividade<br />
dos pequenos negócios desse nicho.<br />
“Inclusive elaboramos uma cartilha<br />
com oito melhores práticas para o<br />
comércio de brechós”, informa. O<br />
material está disponível para consulta<br />
no link http://bit.ly/1HMxLqT.<br />
O Rio Grande do Sul ocupa a terceira<br />
colocação em número de lojas desse<br />
tipo – 1.162 –, perdendo apenas para<br />
São Paulo e Minas Gerais, segundo levantamento<br />
realizado em 2012. “Percebemos<br />
que muitos iniciam suas atividades<br />
de maneira informal, seja nas redes<br />
sociais ou na garagem de casa, e vão,<br />
aos poucos, se profissionalizando. Mas,<br />
como qualquer empresa, estes empresários<br />
precisam estar atualizados quanto<br />
aos movimentos de mercado para<br />
tornarem-se cada vez mais competitivos<br />
e sustentáveis”. No <strong>SEBRAE</strong>/RS, os<br />
empreendedores gaúchos interessados<br />
em se capacitar podem entrar em contato<br />
através da Central de Relacionamento<br />
<strong>SEBRAE</strong> 0800 570 0800.<br />
7
COMÉRCIO E SERVIÇOS<br />
A ordem é reaproveitar<br />
O brechó dos dias atuais comercializa roupas<br />
limpas, bem conservadas e com preços<br />
acessíveis. Além de representar uma economia<br />
que pode chegar a 80% em relação<br />
às lojas tradicionais, estes estabelecimentos<br />
proporcionam o consumo consciente, pois<br />
um artigo que não serve mais para uma<br />
pessoa pode ser reaproveitado por outra.<br />
“Serve como um denominador comum<br />
entre consumo e moda, à medida que os<br />
consumidores podem encontrar peças de<br />
diferentes épocas, montando looks próprios<br />
e autorais”, pondera Wilsa.<br />
Um mercado em expansão para o empresário<br />
que aposta no comércio de seminovos<br />
é o de artigos de luxo. De lojas físicas a<br />
virtuais, os brechós que comercializam esse<br />
tipo de produto atendem a uma demanda<br />
de clientes que buscam roupas, óculos, sapatos<br />
e acessórios de marcas internacionais.<br />
Com preços menores do que os praticados<br />
pelas lojas de luxo que levam a marca, o<br />
brechó funciona como um intermediário<br />
entre o dono do artigo que será vendido e<br />
o comprador. De acordo com estimativas<br />
do mercado, é possível encontrar produtos<br />
de grandes grifes nacionais e internacionais<br />
em bom estado e com descontos que podem<br />
chegar a 70%.<br />
O Brechó Chic, localizado em uma região<br />
nobre de Porto Alegre, prioriza marcas nacionais<br />
e peças que a proprietária denomina<br />
de “atemporais”. “Prefiro as roupas com<br />
características mais modernas e, sobretudo,<br />
em ótimo estado de conservação”, afirma<br />
Iris do Céu Oliveira, que há quatro anos<br />
abriu a loja na capital gaúcha. A inspiração<br />
para esta atividade surgiu durante a licença-<br />
-maternidade de Iris, que já trabalhava em<br />
uma loja multimarcas. “Comecei vendendo<br />
as roupas usadas das minhas clientes e<br />
logo tive que incluir as minhas. Uma vez por<br />
mês, aos domingos, reunia um grupo no<br />
meu apartamento e também atendia com<br />
hora marcada”, relata. O sucesso foi tanto<br />
que Iris largou o emprego para se dedicar<br />
apenas ao brechó e não demorou muito<br />
para abrir a primeira loja. “Peguei toda mercadoria<br />
que tinha, fui para Garopaba (SC)<br />
aproveitar o movimento do verão e fazer<br />
um capital financeiro para abrir a minha loja<br />
em Porto Alegre”, relata.<br />
O Brechó Chic comercializa peças que<br />
variam entre R$ 10,00 e R$ 98,00, ficando<br />
para as peças em couro e pele os valores<br />
mais altos. “Não ultrapasso os três dígitos”,<br />
garante a empresária. Para as clientes, só há<br />
vantagens: elas compram roupas de marca<br />
com preços 10% a 20% mais baratos, em<br />
comparação com as lojas tradicionais, e<br />
Fotos: Giovani Vieira<br />
8
COMÉRCIO E SERVIÇOS<br />
têm a possibilidade de vender artigos que<br />
já não utilizam mais. Para montar as araras<br />
de seu brechó, Iris é exigente e não delega<br />
para ninguém. “Minhas análises demoram<br />
de dois a três dias porque acredito que a<br />
boa captação e apresentação das peças é<br />
fundamental para o sucesso”, revela. Embora<br />
já pense em expandir os negócios para a<br />
Zona Sul de Porto Alegre, a empreendedora<br />
é parcimoniosa: “Sei que a região é carente<br />
deste tipo de loja, mas o Brechó Chic<br />
ainda precisa muito de mim”.<br />
Fotos: Giovani Vieira<br />
Também tem para os pequenos<br />
Outro segmento que pode ser explorado<br />
no varejo de produtos de segunda mão é<br />
o de artigos infantis. Alguns fatores influem<br />
positivamente para o lojista que pretende<br />
atuar nesse ramo: roupas infantis são caras<br />
e usadas por um curto período de tempo.<br />
Esse último fator é essencial para o brechó,<br />
que terá acesso a artigos seminovos em<br />
bom estado e que normalmente não têm<br />
mais serventia para os pais da criança.<br />
“Minhas análises demoram<br />
de dois a três dias porque<br />
acredito que a boa captação<br />
e apresentação das<br />
peças é fundamental para<br />
o sucesso.”<br />
Iris do Céu Oliveira,<br />
proprietária do Brechó Chic<br />
9
COMÉRCIO E SERVIÇOS<br />
O Nelly Poppe Brechó<br />
Infantil está há mais de<br />
cinco anos no mercado<br />
de Porto Alegre. Localizado<br />
no bairro Bom Fim,<br />
surgiu após a proprietária,<br />
Anise Pope, ler uma reportagem<br />
sobre uma mãe<br />
de gêmeos que começou<br />
a vender as roupas deixadas<br />
pelos filhos, já que não<br />
conseguia sair para trabalhar<br />
e precisava aumentar<br />
a renda. “Meu foco está<br />
em roupas mais transadas<br />
e diferentes e, dependendo do estado<br />
de conservação, muitas peças são vendidas<br />
por menos da metade do preço<br />
das lojas convencionais”. Para Anise, o<br />
segmento de brechós está crescendo<br />
e conquistando mais respeito do público.<br />
“Sabendo administrar, vale muito<br />
a pena empreender com este tipo de<br />
loja”, ressalta.<br />
“Meu foco está em roupas<br />
mais transadas e diferentes<br />
e, dependendo do estado<br />
de conservação, muitas<br />
peças são vendidas por<br />
menos da metade do preço<br />
das lojas convencionais”.<br />
Anise Pope,<br />
proprietária do Nelly Poppe Brechó Infantil<br />
Fotos: arquivo pessoal<br />
DICAS PARA QUEM JÁ ESTÁ OU DESEJA ENTRAR PARA ESTE SEGMENTO:<br />
• Conhecer bem o seu público: o que gostam de comprar, por que, com<br />
que frequência, quando, qual sua faixa etária, qual sua classe social, sexo, etc.;<br />
• Saber comprar: escolher as roupas e demais produtos que mais se identificam<br />
com seu público, seu estado de conservação e limpeza, etc.;<br />
• Saber apresentar o produto: montar looks atuais dentro das tendências<br />
da moda, expor e destacar os produtos no interior da loja para<br />
que atraiam a visão do cliente, montar vitrines atrativas e que sejam<br />
atualizadas, no mínimo, a cada 15 dias;<br />
• Fazer a gestão básica do negócio: o que inclui controle financeiro,<br />
gestão de estoques, pessoas, atendimento e compras.<br />
10
COMÉRCIO EMPREENDEDORISMO<br />
E SERVIÇOS<br />
Empreendedorismo em<br />
destaque em Erechim<br />
Salão do Empreendedor do <strong>SEBRAE</strong>/RS será uma das<br />
atrações da Frinape, maior feira da Região do Alto<br />
Uruguai, de 7 a 15 de novembro<br />
Quem sonha em abrir o próprio negócio ou busca<br />
novas opções para melhorar a sua empresa encontrará<br />
um mundo de oportunidades em Erechim, de<br />
07 a 15 de novembro. Neste período, o <strong>SEBRAE</strong>/RS realizará<br />
o Salão do Empreendedor no município. O evento será<br />
uma das atrações da Frinape, tradicional feira da Região do<br />
Alto Uruguai, que é promovida pela Associação Comercial,<br />
Cultural e Industrial (ACCIE) e pela Prefeitura de Erechim.<br />
“Nos aliamos a este grande evento que é a Frinape para levar<br />
até os empreendedores do interior do Estado todas as<br />
soluções do <strong>SEBRAE</strong>/RS e oportunidades de<br />
negócio capazes de promover a economia<br />
local”, destaca a gerente de Atendimento<br />
Individual do <strong>SEBRAE</strong>/RS, Viviane Ferran.<br />
Foto: Divulgação Prefeitura de Erechim<br />
11
EMPREENDEDORISMO<br />
“Nos aliamos a este grande<br />
evento que é a Frinape para<br />
levar até os empreendedores<br />
do interior do Estado<br />
todas as soluções do<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS e oportunidades<br />
de negócio capazes de promover<br />
a economia local”.<br />
Viviane Ferran,<br />
gerente de Atendimento Individual<br />
do <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
As atrações do Salão do Empreendedor<br />
irão desde o atendimento do <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
no auxílio para criação e gestão de pequenos<br />
negócios, área exclusiva para desenvolvimento<br />
do modelo de negócios<br />
na metodologia Canvas, palestras, oficinas<br />
e workshops para quem quer qualificar-se.<br />
Aqueles que querem empreender<br />
mas tem dúvida sobre qual é o negócio<br />
ideal também encontrarão soluções no<br />
evento, como o estande de Ideias de<br />
Negócios que será realizado em parceria<br />
com a revista Pequenas Empresas<br />
Grandes Negócios e o Salão de Franquias,<br />
onde mais de 10 franqueadoras<br />
apresentarão suas propostas. “Também<br />
estamos preparando espaços conceito<br />
em ambientes virtuais com foco nos<br />
varejistas que nos visitarão”, salienta<br />
a técnica do <strong>SEBRAE</strong>/RS responsável<br />
pelo Salão do Empreendedor, Adriana<br />
Hartmann.<br />
A gerente do <strong>SEBRAE</strong>/RS na região<br />
Norte, Silvana Berguemmaier, explica<br />
que os visitantes do Salão do Empreendedor<br />
também encontrarão oportunidades<br />
de negócio focadas na região,<br />
com destaque para a cadeia de leite no<br />
agronegócio, o varejo voltado para a<br />
terceira idade e mídias digitais e a indústria<br />
de moda e calçados. “A região<br />
de Erechim concentra 15% dos Produtores<br />
Rurais gaúchos, 4% dos Microempreendedores<br />
Individuais, 4% das<br />
Microempresas e 4% das Empresas de<br />
Pequeno Porte do Estado. Este público<br />
encontrará muitas soluções de qualificação<br />
e gestão no Salão do Empreendedor”,<br />
destaca Silvana.<br />
Frinape<br />
A Frinape é um evento multissetorial que<br />
reúne indústria, comércio, serviços, agropecuária,<br />
tecnologia e artesanato e ações<br />
culturais, como shows e amostras tecnológicas.<br />
A Feira é realizada desde 1966<br />
em Erechim com o objetivo de valorizar<br />
e potencializar o desenvolvimento da região<br />
Alto Uruguai e alavancar negócios.<br />
“Também estamos preparando<br />
espaços conceito<br />
em ambientes virtuais<br />
com foco nos varejistas<br />
que nos visitarão”.<br />
Adriana Hartmann,<br />
técnica do <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
12
EMPREENDEDORISMO<br />
REGIÃO DE ERECHIM:<br />
Microempreendedores<br />
Individuais do Estado<br />
Produtores<br />
Rurais gaúchos<br />
do Estado<br />
Microempresas<br />
do Estado<br />
4%<br />
4%<br />
4%<br />
15%<br />
Fonte: <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
Empresas de<br />
Pequeno Porte<br />
do Estado<br />
ATRAÇÕES SALÃO DO EMPREENDEDOR<br />
• Assessoria em gestão empresarial<br />
• Esclarecimento sobre abertura de empresas<br />
• Apoio para registro de empresas<br />
• Informações sobre cursos e consultorias<br />
• Acesso ao Crédito<br />
• Canvas<br />
• Oportunidades de Negócios<br />
• Espaços Conceito Virtuais<br />
• Arena Empreendedora<br />
• Capacitações<br />
13
INDÚSTRIA<br />
PREPARADOS<br />
PARA O MUNDO<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS oportuniza<br />
a micro e pequenas<br />
empresas gaúchas acesso<br />
a mercados internacionais<br />
Foto: Banco de Imagens<br />
Estar preparado para enfrentar a concorrência<br />
internacional. Foi com<br />
este objetivo de tornar a sua empresa<br />
mais competitiva em um mercado<br />
globalizado que Fábio Santini, CEO da<br />
NetEye, de São Leopoldo, embarcou para<br />
um período de três meses de imersão<br />
no Vale do Silício, nos Estados Unidos. O<br />
Programa de Aceleração, promovido pelo<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS, através do projeto de Negócios<br />
Internacionais para Empresas de<br />
Tecnologia da Informação (TI), levou oito<br />
empresários ao principal polo de inovação<br />
do mundo para que eles pudessem<br />
conhecer a experiência de negócios do<br />
mercado norte-americano, fazer contatos<br />
e impulsionar suas empresas. A experiência,<br />
classifica Santini, representa um<br />
divisor de águas profissional e pessoal<br />
para o grupo. “Não só pela ampla aceitação<br />
que meu produto teve lá, o que é<br />
maravilhoso, mas também pela vivência<br />
cultural enriquecedora”, afirma.<br />
A NetEye desenvolve um software de<br />
mesmo nome que gerencia a forma<br />
como as pessoas usam os computadores<br />
e garante maior controle de tempo<br />
e segurança das informações. A empresa<br />
atua no mercado brasileiro há 11 anos<br />
e não tem planos de exportação a curto<br />
prazo. “Quero usar o conhecimento que<br />
adquiri no Vale do Silício para alavancar<br />
meu negócio aqui no Brasil, num primeiro<br />
momento”, afirma o empresário,<br />
mencionando as capacitações, consultorias,<br />
mentorias, visitas técnicas e reuniões<br />
com potenciais investidores que o<br />
grupo gaúcho teve acesso nos Estados<br />
Unidos. As agendas foram organizadas e<br />
prospectadas pelo <strong>SEBRAE</strong>/RS, em parceria<br />
com a empresa Outsource Brasil e<br />
a GSV Labs, aceleradora norte-americana<br />
que recebeu os representantes dos empreendimentos<br />
gaúchos. Cada empresa<br />
participante recebeu subsídio para as<br />
passagens aéreas e para cobrir os custos<br />
14
INDÚSTRIA<br />
Foto: Arquivo pessoal<br />
“Quero usar o conhecimento<br />
que adquiri no Vale do Silício<br />
para alavancar meu negócio<br />
aqui no Brasil, num primeiro<br />
momento.”<br />
Fábio Santini,<br />
CEO da NetEye, de São Leopoldo<br />
Foto: Divulgação <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
de todas as atividades. Na volta ao Brasil,<br />
os empresários serão mentores de outras<br />
empresas participantes do Projeto de Negócios<br />
Internacionais de TI do <strong>SEBRAE</strong>/RS.<br />
A coordenadora estadual de TI e Startups<br />
do <strong>SEBRAE</strong>/RS, Débora Chagas, destaca<br />
que a experiência deixou as empresas aptas<br />
a competir em qualquer mercado. “Entrar<br />
no mercado norte-americano é muito difícil<br />
e o grupo sentiu isso quando chegou lá.<br />
Ao longo do processo e através da vivência<br />
local e dos contatos, estas barreiras foram<br />
superadas e hoje eles estão preparados para<br />
competir aqui no Brasil ou fora”, ressalta.<br />
Entrega dos certificados às empresas participantes<br />
Petróleo, gás e energia<br />
A ação no Vale do Silício é focada em empresas<br />
de TI, mas quem não atua neste<br />
segmento encontra no <strong>SEBRAE</strong>/RS diversas<br />
outras opções de internacionalização<br />
– seja para exportar e importar, seja para<br />
estar preparado para competir globalmente.<br />
Com este pensamento, recentemente<br />
um grupo liderado pela instituição<br />
embarcou em uma missão de prospecção<br />
de mercados na Colômbia e no Peru.<br />
De acordo com o gestor da carteira de<br />
Petróleo, Gás e Energia do <strong>SEBRAE</strong>/RS,<br />
Guilherme Menezes, o objetivo dessa<br />
ação não era fazer negócios de imediato,<br />
mas entender<br />
como funcion<br />
a<br />
o mercado dos<br />
dois países e, assim,<br />
encontrar<br />
possibilidades<br />
fu-<br />
turas de atuação<br />
com eles. As reuni-<br />
ões ocorreram<br />
e m<br />
Lima, Bogotá e<br />
Cartagena.<br />
15
INDÚSTRIA<br />
Durante seis dias, foram realizados 39 contatos<br />
com instituições e empresas. “Queríamos<br />
entender, por exemplo, a política de<br />
contratação de fornecedores, a logística,<br />
as negociações e a mão de obra para o<br />
caso de algum negócio avançar definirmos<br />
a melhor forma de atuar”, ressaltou<br />
Menezes. O gestor revela que a Colômbia<br />
não vislumbra o Brasil como competidor,<br />
mas sim como um investidor. “O conhecido<br />
potencial tecnológico e competitivo<br />
da indústria brasileira revelou-se um ponto<br />
positivo para os empresários”, disse.<br />
Na Colômbia, foi detectado que não há<br />
regulação em offshore como a existente<br />
no Brasil para a exploração e produção de<br />
petróleo. Além disso, conforme o relatório<br />
de resultados, o país é carente em tecnologia,<br />
o que abre diversas oportunidades.<br />
No Peru, a principal característica é a falta<br />
de industrialização, ou seja, existe muita<br />
importação. Menezes conta que os pontos<br />
fortes da economia são a mineração<br />
e o setor agrícola. “Muitas plantações estão<br />
localizadas na base da Cordilheira dos<br />
Andes, o que obriga as máquinas a operarem<br />
em posição irregular, causando avarias<br />
constantes. Porém, eles não têm uma<br />
indústria para reposição de peças”, disse,<br />
destacando que a cadeia metalmecânica<br />
no Rio Grande do Sul é consolidada e reconhecida.<br />
Com relação aos dois países, o<br />
próximo passo é analisar os dados obtidos<br />
e traçar estratégias para 2016, entre elas,<br />
a participação em feiras locais. A ideia é<br />
buscar parcerias no Estado para promover<br />
iniciativas de médio e longo prazos.<br />
Foto: Divulgação <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
“O conhecido potencial<br />
tecnológico e competitivo<br />
da indústria brasileira revelou-se<br />
um ponto positivo<br />
para os empresários.”<br />
Guilherme Menezes,<br />
gestor da carteira de Petróleo, Gás e<br />
Energia do <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
Missão em viagem pela América Latina<br />
16
INDÚSTRIA<br />
Gaúchos na Offshore<br />
Technology Conference<br />
Com o apoio do <strong>SEBRAE</strong>/RS, representantes<br />
de 12 empresas que integram o projeto<br />
Qualimundi visitaram a feira Offshore<br />
Technology Conference (OTC) em Houston,<br />
nos Estados Unidos. O evento é considerado<br />
um dos maiores do mundo para<br />
o setor, com mais de 90 mil visitantes.<br />
A coordenadora de Internacionalização<br />
do <strong>SEBRAE</strong>/RS, Marcia Thier, relata que<br />
esta edição contou com uma participação<br />
expressiva de empresas brasileiras,<br />
com duas áreas específicas na feira com<br />
estandes de empresas e instituições. A<br />
delegação, que foi a primeira comitiva<br />
gaúcha para a OTC, contou com apoio<br />
da Federação das Indústrias do Estado<br />
do Rio Grande do Sul (Fiergs) e Rede Brasileira<br />
dos Centros Internacionais de Negócios<br />
(Rede CIN). “É importante destacar<br />
que, através do Qualimundi, foi feito<br />
um grande trabalho de preparação com<br />
esses empresários nos três meses que<br />
antecederam a OTC. Eles receberam<br />
diversas consultorias para realizar a elaboração<br />
do material de apoio, definição<br />
do foco de participação, identificação<br />
do público-alvo na feira e, consequentemente,<br />
um melhor aproveitamento do<br />
evento”, conta.<br />
Cada empresa gaúcha pesquisou entre<br />
os mais de dois mil expositores para encontrar<br />
os que mais se adequavam ao<br />
seu negócio. “Essa organização resultou<br />
em 300 contatos pré-agendados com<br />
empresas de 25 países. O resultado disso<br />
foi muito positivo. Dez empresas identificaram<br />
possibilidades de parcerias ou<br />
joint ventures, nove identificaram produtos<br />
para importação, cinco encontraram<br />
oportunidades para exportar e 11 afirmaram<br />
detectar novas tecnologias aplicáveis<br />
à sua empresa”, comemora.<br />
Foto: Divulgação <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
Comitiva que compareceu à feira Offshore Technology Conference nos Estados Unidos<br />
17
EMPREENDEDORISMO<br />
Microempreendedores<br />
Individuais que são<br />
um sucesso<br />
Em seis anos de existência, a figura jurídica do<br />
Microempreendedor Individual ajudou a tirar<br />
5 milhões de brasileiros da informalidade.<br />
São pessoas como Ubirajara Rosa e<br />
Delci Lutz que estão crescendo e<br />
tendo melhores condições de<br />
vida como microempresários<br />
POR JOSINE HAUBERT<br />
Foto: Giovani Vieira Fotografia<br />
18
EMPREENDEDORISMO<br />
“<br />
Pensar pequeno ou pensar<br />
grande dá o mesmo trabalho,<br />
então, pense grande.” A frase<br />
não é de autoria de Ubirajara Rosa,<br />
nem de Israel Rosa, mas poderia ser.<br />
Pai e filho transformaram a carrocinha<br />
de pipoca em uma verdadeira empresa<br />
de sucesso, com controle financeiro e<br />
de estoque, padronização de receitas<br />
e programa de fidelidade. Em menos<br />
de um ano, tornaram-se referência no<br />
centro de Porto Alegre e já dão palestras<br />
para grandes empresas sobre<br />
encantamento de clientes. “Quando<br />
começamos a pensar em ter a nossa<br />
própria carrocinha de pipoca, eu falei<br />
que não me importaria em trabalhar na<br />
rua, desde que não fosse para ser pipoqueiro.<br />
Queria ser empresário e entregar<br />
uma experiência diferenciada para<br />
o cliente”, lembra Israel, 30 anos, que<br />
abandonou o trabalho em uma grande<br />
empresa de softwares para empreender<br />
com o pai, o Bira, que dá nome ao<br />
negócio da família.<br />
19
EMPREENDEDORISMO<br />
Em meados de 2014, após anos lutando<br />
para conseguir o alvará junto à<br />
Prefeitura, a Pipoca do Bira entrou em<br />
operação na Rua dos Andradas, no<br />
Centro Histórico de Porto Alegre. Desde<br />
o começo, apresentou diferenciais,<br />
como a padronização de receitas para<br />
que os clientes sempre encontrem o<br />
mesmo produto. Foi o primeiro passo<br />
do processo de fidelização da clientela,<br />
que deu origem ao cartão de fidelidade<br />
Smilhos — Coma Pipoca e Acumule<br />
Milhos. “Foi uma grande brincadeira<br />
que criamos para divulgar o negócio,<br />
mas deu tão certo que já estamos na<br />
segunda etapa do Smilhos, agora com<br />
a meta de fortalecer a marca”, destaca<br />
Israel. Outra inovação da Pipoca do Bira<br />
é receber pedidos pelo aplicativo WhatsApp:<br />
é o “tele-Whats”, como diz Israel,<br />
que reforça outras ações de marketing<br />
do negócio, como a fanpage (página<br />
de fãs) da Pipoca do Bira no Facebook<br />
e a panfletagem nas ruas do Centro.<br />
Em novembro, durante a Feira do Livro<br />
de Porto Alegre, pai e filho confeccionaram<br />
um marcador de livro que vinha<br />
como brinde para quem comprasse as<br />
pipocas. Foi nesta época que Bira percebeu<br />
o potencial do negócio e formalizou-se<br />
como Microempreendedor<br />
Individual (MEI).<br />
Com a formalização, veio o apoio do<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS na gestão do negócio. “Graças<br />
ao <strong>SEBRAE</strong>/RS, hoje temos ideia de<br />
custo, do quanto precisamos vender<br />
para pagar a produção do mês e qual<br />
o lucro real. Tudo planilhado. Até aplicativo<br />
de caixa registradora temos no<br />
celular”, destaca Bira. De acordo com<br />
o empreendedor, é esta organização<br />
que está permitindo à Pipoca do Bira<br />
manter os mesmos preços praticados<br />
no ano passado. “Tudo aumentou e as<br />
pessoas estão sentindo isso. Reduzimos<br />
nossa margem de lucro para não<br />
repassar mais este aumento de preço<br />
para o cliente”, analisa Bira.<br />
“Graças ao <strong>SEBRAE</strong>/RS,<br />
hoje temos ideia de<br />
custo, do quanto precisamos<br />
vender para pagar<br />
a produção do mês e<br />
qual o lucro real. Tudo<br />
planilhado. Até aplicativo<br />
de caixa registradora<br />
temos no celular.”<br />
Ubirajara Rosa,<br />
Microempreendedor Individual<br />
Israel Rosa recebe pedidos pelo celular<br />
Foto: Giovani Vieira Fotografia<br />
20
EMPREENDEDORISMO<br />
Todas estas ações já transformaram a<br />
Pipoca do Bira em um caso de sucesso<br />
de empreendedorismo. Mas eles não<br />
pretendem parar por aí. Em breve, será<br />
possível comprar pipoca produzida a<br />
partir de milho orgânico na carrocinha<br />
do Bira. Quem preferir fazer pedido<br />
pela tele-entrega (ou WhatsApp entrega)<br />
receberá o lanche em sacolas ecológicas.<br />
“Vamos nos tornar referência<br />
no assunto em Porto Alegre. Queremos<br />
que quem pense em pipoca pense<br />
na Pipoca do Bira”, projeta o empreendedor.<br />
Com o sucesso conquistado em<br />
um ano, alguém duvida do potencial<br />
desta dupla?<br />
As fantasias que criaram<br />
uma nova realidade<br />
Espetáculos de teatro e dança ficam ainda<br />
mais bonitos graças ao trabalho de<br />
Delci Lutz. A costureira de 48 anos é responsável<br />
pelos figurinos de artistas profissionais<br />
e amadores de Novo Hamburgo e<br />
região. A atividade garante o sustento da<br />
família há um ano, desde que Delci formalizou-se<br />
como Microempreendedora Individual<br />
(MEI). Desde então, a renda mensal<br />
da empresária passou de meio saláriomínimo<br />
para cerca de R$ 2 mil. “Trabalho<br />
com costura desde 1986, mas antes<br />
não tinha muita segurança em apresentar<br />
meu trabalho. A qualificação me deu esta<br />
confiança e os clientes sentiram a diferença”,<br />
conta Delci, referindo-se aos cursos<br />
de desenho de roupas e calçados que<br />
participou através do Programa Nacional<br />
de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego<br />
(Pronatec) antes da formalização. Na época,<br />
Delci era beneficiária do Bolsa Família,<br />
auxílio que dispensou em 2014 a partir da<br />
melhoria da renda da família.<br />
Foto: Giovani Vieira Fotografia<br />
Israel e Bira no Centro Histórico de Porto Alegre<br />
O MEI pode ter um<br />
empregado que receba<br />
o salário-mínimo ou<br />
o piso.<br />
Mais qualificada em sua atividade e com<br />
seu negócio legalizado, Delci viu o ritmo<br />
de sua produção aumentar muito a partir<br />
de encomendas que não param de chegar.<br />
“Escolas são grandes clientes que eu deixava<br />
de atender por não ter como emitir<br />
nota fiscal. Hoje não perco mais este tipo<br />
de trabalho”, comemora a costureira, que<br />
precisou comprar duas máquinas industriais<br />
para aumentar o ritmo da produção.<br />
“Escolas são grandes<br />
clientes que eu deixava<br />
de atender por não ter<br />
como emitir nota fiscal.<br />
Hoje não perco mais<br />
este tipo de trabalho.”<br />
Delci Lutz,<br />
costureira figurinista de Novo Hamburgo<br />
21
EMPREENDEDORISMO<br />
A clientela hoje inclui, ainda, atletas profissionais<br />
e amadores que precisam de<br />
figurinos para suas produções e até candidatas<br />
a miss no Rio Grande do Sul. O<br />
crescimento do negócio também criou<br />
a necessidade de qualificar a gestão e<br />
foi aí que o <strong>SEBRAE</strong>/RS entrou na vida<br />
de Delci. “Às vezes, a conta não fecha.<br />
Os cursos do <strong>SEBRAE</strong>/RS foram fundamentais<br />
para minha qualificação como<br />
administradora do negócio Delci Figurinista”,<br />
afirma.<br />
Todo este processo de crescimento que o<br />
negócio de Delci passou nos últimos anos a<br />
fez ser a escolhida para representar os cinco<br />
milhões de empreendedores brasileiros que<br />
trabalham por conta própria. A cerimônia,<br />
realizada no Palácio do Planalto, em Brasília,<br />
contou com a presença da presidenta<br />
da República, Dilma Rousseff; do ministro<br />
da Secretaria de Micro e Pequena Empresa,<br />
Guilherme Afif Domingos, e do presidente<br />
do <strong>SEBRAE</strong>, Luiz Barretto. O evento reforçou<br />
a importância desse tipo de empresa<br />
para a economia brasileira.<br />
Delci Lutz, representando os cinco milhões de MEIs em cerimônia no Palácio do Planalto<br />
22
EMPREENDEDORISMO<br />
O MEI<br />
A figura jurídica do Microempreendedor<br />
Individual foi criada no Brasil<br />
em 2009 para garantir que trabalhadores<br />
informais estejam dentro<br />
da legalidade e tenham acesso a<br />
benefícios previdenciários, como<br />
auxílio-maternidade, auxílio-doença<br />
e aposentadoria, e à cidadania<br />
empresarial, como CNPJ (Cadastro<br />
Nacional de Pessoa Jurídica),<br />
nota fiscal e acesso a crédito.<br />
Quem pode ser MEI<br />
Enquadra-se nesta categoria de empresário<br />
quem fatura até R$ 60 mil por ano<br />
(R$ 5 mil por mês) e não tem participação<br />
em outra empresa como sócio ou titular.<br />
Impostos<br />
MEIs têm carga reduzida de impostos:<br />
de até R$ 45,40: 5% do salário-mínimo<br />
de INSS + R$ 1,00 de ICMS (Indústria/<br />
Comércio) e/ou R$ 5,00 de ISS (Serviços).<br />
Motivos que levam os MEIs a buscarem a formalização:<br />
• Ter uma empresa formal – 43%<br />
• Benefícios do INSS – 22%<br />
• Emitir nota fiscal – 9%<br />
• Crescer mais como empresa – 8%<br />
• Facilidade para abrir empresa – 5%<br />
• Fazer compras mais baratas – 4%<br />
• Conseguir empréstimo – 3%<br />
Impacto após a formalização:<br />
• 68% aumentaram as vendas<br />
• 78% melhoraram condições de compra junto aos fornecedores<br />
• 50% passaram a vender para outras empresas<br />
Fonte: Perfil do MEI/<strong>SEBRAE</strong><br />
23
INDÚSTRIA<br />
Inovação é o ponto alto da<br />
Mercopar 2015<br />
A 24ª edição do evento terá como destaques<br />
o Desafio de Robótica, laboratório para<br />
desenvolvimento de protótipos rápidos,<br />
oficinas que estimulam a criatividade,<br />
além de um espaço sobre eficiência energética<br />
Foto: Fagner Almeida<br />
24
A<br />
força da Feira de Subcontratação<br />
e Inovação Industrial (Mercopar)<br />
no desenvolvimento do cenário<br />
industrial brasileiro volta a figurar em<br />
mais uma edição do evento, que ocorre<br />
de 6 a 9 de outubro, em Caxias do<br />
Sul. Promovida pelo <strong>SEBRAE</strong>/RS e pela<br />
Hannover Fairs Sulamerica, empresa do<br />
grupo Deutsche Messe AG, a feira atrai<br />
um público seleto, formado por empresários,<br />
compradores, vendedores, fornecedores,<br />
representantes e distribuidores,<br />
ligados aos setores de automação industrial,<br />
borracha, eletroeletrônico, energia<br />
e meio ambiente, metalmecânico, movimentação<br />
e armazenagem de materiais,<br />
plástico e serviços industriais.<br />
Para a gestora da Mercopar no <strong>SEBRAE</strong>/RS,<br />
Sheila Wainer, o cenário atual recomenda<br />
que é preciso estar por dentro de toda e<br />
qualquer oportunidade de negócio e a feira<br />
enquadra-se como um evento apropriado,<br />
tanto para os expositores como para os visitantes.<br />
“O ambiente de negócios gerado<br />
pelo evento é importantíssimo, com o lançamento<br />
de produtos, inovações, contatos<br />
com fornecedores e possibilidade de se<br />
abrir novos mercados”.<br />
INDÚSTRIA<br />
A tecnologia, proporcionada por centenas<br />
de expositores que apresentam seus<br />
principais produtos e lançamentos, estará<br />
ainda mais atrativa no evento. O Salão<br />
da Inovação ocupará 312m² com atividades<br />
variadas que colocarão o público<br />
em contato com ideias, projetos, equipamentos<br />
e iniciativas que podem ser utilizadas<br />
pelas empresas já estabelecidas e<br />
por futuros empreendedores.<br />
Entre as atrações em destaque, está o<br />
Desafio de Robótica, desenvolvido em<br />
parceria com o Polo Marista de Formação<br />
Tecnológica, de Porto Alegre. A tarefa<br />
das equipes participantes será construir<br />
um artefato que “encaixe” o motor<br />
de um caminhão no chassi. Já o espaço<br />
Fab Lab será composto por uma pequena<br />
oficina e um laboratório, onde os<br />
participantes da Mercopar poderão desenvolver<br />
protótipos rápidos, utilizando<br />
equipamentos como impressora 3D e<br />
fresadora, entre outros, com a orientação<br />
de técnicos. O assunto “criatividade”<br />
será abordado de forma mais específica<br />
em oficinas com temáticas sobre Storytelling,<br />
Gamificação, Geração de Ideias,<br />
Arduíno e Prototipagem 3D.<br />
Desafio de Robótica:<br />
• Construir um<br />
artefato que<br />
“encaixe” o motor<br />
do caminhão no<br />
chassi<br />
• Encaixar a<br />
cabine no<br />
chassi<br />
• Separar caixas por<br />
cores e carregar no<br />
caminhão<br />
• Sistema que<br />
fecha tampas do<br />
caminhão<br />
1º dia 2º dia 3º dia<br />
Missão coringa<br />
(se sobrar tempo)<br />
25
INDÚSTRIA<br />
“Serão muitas atividades<br />
realizadas ao<br />
mesmo tempo e que<br />
estarão disponíveis a<br />
expositores e visitantes<br />
da feira. O objetivo é<br />
mostrar o que já está<br />
acontecendo no mercado,<br />
as novidades,<br />
tendências e oportunidades”,<br />
ressalta o técnico<br />
da Gerência de<br />
Inovação e Tecnologia<br />
do <strong>SEBRAE</strong>/RS, Gustavo<br />
Schneck Moreira.<br />
Exemplos de criatividade<br />
também poderão<br />
ser vistos de perto junto<br />
a expositores que participam de projetos<br />
de inovação do <strong>SEBRAE</strong>, através dos programas<br />
ALI (Agentes Locais de Inovação)<br />
e Inova Pequena Empresa RS. O Salão de<br />
Inovação contará, ainda, com um lounge<br />
que permitirá o network entre os participantes.<br />
Eficiência energética<br />
O consumo de energia elétrica é um dos<br />
principais custos das empresas e este é um<br />
dos motivos pelos quais a Mercopar irá explorar<br />
o tema durante sua 24ª edição. Na feira,<br />
irão ocorrer assessorias individuais sobre o<br />
tema e os visitantes também poderão realizar<br />
avaliações gratuitas para identificar oportunidades<br />
de melhoria na gestão de energia da<br />
empresa, além de verificar o potencial para<br />
a implantação de sistema fotovoltaico, termossolar<br />
e eólico. Serão realizados seis tipos<br />
de diagnósticos on-line: Gestão de Energia,<br />
Equipamentos, Potencial Termossolar, Potencial<br />
Fotovoltaico, Potencial Eólico e Potencial<br />
de Certificação de Edificação.<br />
Espaço de Inovação estará presente na nova edição<br />
“Serão muitas atividades<br />
realizadas ao mesmo<br />
tempo e que estarão<br />
disponíveis a expositores<br />
e visitantes da feira.<br />
O objetivo é mostrar<br />
o que já está acontecendo<br />
no mercado, as<br />
novidades, tendências<br />
e oportunidades.”<br />
Gustavo Schneck Moreira,<br />
técnico da Gerência de Inovação e<br />
Tecnologia do <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
Neste espaço, haverá, ainda, bancadas<br />
demonstrativas e consultores que irão explicar<br />
o funcionamento e as vantagens da<br />
adoção de práticas para melhorar a eficiência<br />
da energia nas indústrias. São elas:<br />
Foto: João Alves<br />
26
INDÚSTRIA<br />
• Bancada demonstrativa de sistema<br />
fotovoltaico – apresentação de placas<br />
fotovoltaicas, simulação de geração de<br />
energia e orientação sobre custo-benefício<br />
de adoção do sistema.<br />
• Bancada de motores – simula consumo<br />
energético de motores rebobinados,<br />
comparados com motores novos, orientação<br />
sobre dimensionamento e eficiência<br />
de motores e seus impactos no consumo<br />
de energia.<br />
• Painel de iluminação – com auxílio de um<br />
luxímetro, o consultor fará comparação de<br />
intensidade luminosa e consumo de energia<br />
dos diferentes tipos de lâmpadas.<br />
• Telão para apresentação da ferramenta<br />
Plant Simulation – apresentação de ferramenta<br />
de simulação que auxilia a criação<br />
de modelos digitais de sistemas logísticos<br />
(por exemplo, produção) para que seja<br />
possível explorar as características dos<br />
sistemas e otimizar seu desempenho. A<br />
otimização de desempenho permite a redução<br />
do consumo de energia.<br />
• Câmera termográfica – a termografia<br />
como método preventivo na indústria<br />
permite: detectar maus apertos ou corrosões<br />
nos contatos elétricos; análise<br />
de quadros elétricos; detecção de maus<br />
contatos, relés defeituosos, ventiladores<br />
defeituosos; detecção de problemas relacionados<br />
com sobrecargas e qualidade<br />
de energia; detecção de problemas<br />
elétricos em motores.<br />
27
INDÚSTRIA<br />
Mercopar abre espaço<br />
para os food trucks<br />
A culinária diferenciada, que vai desde o<br />
cardápio regionalizado da Serra Gaúcha<br />
até a gastronomia mexicana, pode conviver<br />
harmonicamente em um espaço<br />
ocupado por máquinas, equipamentos e<br />
milhares de visitantes que buscam novidades<br />
nos setores de subcontratação e<br />
inovação industrial. É neste clima que cinco<br />
operações de food trucks estarão presentes,<br />
pela primeira vez, na Mercopar.<br />
A iniciativa surgiu a partir de um grupo de<br />
empreendedores que formam a Associação<br />
Caxiense de Food Trucks, integrante<br />
do Polo Gastronômico do <strong>SEBRAE</strong>/RS.<br />
“Tenho certeza de que será um sucesso,<br />
pois trata-se de uma alternativa de alimentação<br />
rápida e ao mesmo tempo de<br />
qualidade no próprio ambiente da feira,<br />
evitando deslocamentos e potencializando<br />
o tempo disponível para visitação ao<br />
evento”, acredita o gestor de projetos do<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS, Gustavo Angelo Rech.<br />
“Tenho certeza de que<br />
será um sucesso, pois<br />
trata-se de uma alternativa<br />
de alimentação rápida e<br />
ao mesmo tempo de<br />
qualidade no próprio<br />
ambiente da feira,<br />
evitando deslocamentos<br />
e potencializando o<br />
tempo disponível para<br />
visitação ao evento.”<br />
Gustavo Angelo Rech,<br />
gestor de projetos do <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
Foto: Divulgação<br />
Mr. Waffle tem cardápio variado<br />
Cartel Andante será atração este ano<br />
28
INDÚSTRIA<br />
CONFIRA OS CARDÁPIOS E AS<br />
EMPRESAS QUE IRÃO PARTICIPAR:<br />
Polentruck – oferece opções da culinária regional, a começar<br />
pela polenta frita com parmesão. O Polentruck também<br />
firmou parceria com uma conhecida vinícola para<br />
comercializar vinhos e espumantes.<br />
Cartel Andante Food Truck – são porções de<br />
nachos (tortilhas de milho com molhos diversos),<br />
chilli dog e burrito, todos do cardápio mexicano.<br />
Mr. Waffle – oferece waffles de vários tipos, doces<br />
e salgados. O prato, tipicamente belga, tornou-se<br />
conhecido através da cultura americana.<br />
El Loko Californian Food – trabalha com a culinária<br />
californiana: chilli fried, burrito e churros com doce de leite.<br />
Foto: Divulgação<br />
Il Refúgio Del Gourmet – são pratos típicos<br />
como porco desossado servido com pão<br />
e a tripada romana.<br />
Agende-se!<br />
O que: 24ª edição da Mercopar<br />
Quando: 6 a 9 de outubro<br />
Onde: Centro de Feiras e Eventos da Festa da Uva, em Caxias do Sul<br />
Horário: das 14h às 21h<br />
Mais informações: www.mercopar.com.br<br />
Outras atrações:<br />
Rodadas de Negócio – 7 e 8 de outubro<br />
- Empresas Expositoras<br />
- Salão de Negócios<br />
(Central de Oportunidades, Painel de Compras Públicas e Painel de Oportunidades)<br />
29
GESTÃO<br />
<strong>SEBRAE</strong> mobiliza<br />
sociedade gaúcha<br />
para projetar<br />
o futuro próximo<br />
Encontros promovidos<br />
em todas as regiões do<br />
Estado levantaram<br />
oportunidades e<br />
necessidades com<br />
o objetivo de<br />
impulsionar os<br />
pequenos negócios<br />
e o desenvolvimento<br />
regional<br />
Foto: Eduardo Rocha<br />
30
GESTÃO<br />
Os projetos e as atividades<br />
que serão colocados em prática<br />
pelo <strong>SEBRAE</strong>/RS entre os anos de 2016 e<br />
2019 contarão com a contribuição de mais de 500 lideranças<br />
institucionais e empresariais de todas as regiões<br />
do Estado. Para estruturar seu Planejamento Plurianual<br />
(PPA), a instituição priorizou a participação da sociedade<br />
gaúcha por meio de encontros que ocorreram nos<br />
municípios de Pelotas, Santa Maria, Porto Alegre, São<br />
Leopoldo, Caxias do Sul, Erechim, Passo Fundo, Ijuí e<br />
Santa Cruz do Sul.<br />
Através destas reuniões, os participantes foram<br />
estimulados a discutir e registrar suas opiniões,<br />
elencando projetos, ações e segmentos a serem<br />
trabalhados pela instituição com foco nos<br />
setores do Agronegócio, Comércio, Indústria e<br />
Serviços. “Cada região tem características e vocações<br />
específicas que devem ser levadas em consideração<br />
para que nossas iniciativas junto às micro e pequenas<br />
empresas (MPEs) possam, realmente, trazer benefícios<br />
ao empreendedor”, afirma o diretor-superintendente<br />
do <strong>SEBRAE</strong>/RS, Derly Cunha Fialho.<br />
Para planejar suas ações futuras, o <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
realiza discussões e análises do ambiente<br />
interno e externo, considerando, também,<br />
as estratégias nacionais de atuação escolhidas<br />
pela instituição. “Para este ciclo, achamos<br />
adequado ouvir as lideranças regionais, pois<br />
são elas que conhecem, com mais propriedade,<br />
as oportunidades e necessidades locais”,<br />
afirma Fialho, acrescentando que esta iniciativa<br />
tem o objetivo de consolidar parcerias<br />
e alianças estratégicas em todo<br />
o Estado.<br />
31
GESTÃO<br />
Foto: Eduardo Rocha<br />
Em agosto, a instituição encerrou a construção<br />
do seu PPA com a formulação dos<br />
projetos e das atividades que serão colocados<br />
em prática pela instituição a partir<br />
de 2016.<br />
Conheça algumas ações elencadas em<br />
cada região:<br />
Região Sul<br />
- Incentivar a indústria criativa/tecnológica;<br />
- Estimular o uso racional da água na cadeia<br />
do cultivo do arroz;<br />
- Explorar o potencial turístico aliado ao<br />
comércio dos municípios.<br />
Região Centro<br />
- Incentivar para que os jovens permaneçam<br />
ou retornem ao campo (fortalecendo<br />
a agroindústria familiar);<br />
- Elaborar ações que criem um olhar mais<br />
apurado para a cadeia da construção civil (explorando<br />
o potencial da população itinerante);<br />
- Promover a integração entre empreendedores<br />
e a produção acadêmica.<br />
Região Metropolitana<br />
- Promover ações sustentáveis (aproveitamento<br />
de resíduos das indústrias, educação<br />
ambiental e redução de desperdícios);<br />
- Promover o engajamento de jovens no<br />
ramo do agronegócio, por meio de startups<br />
voltadas para o setor;<br />
- Fomentar o encadeamento produtivo<br />
local com projetos focados em microrregiões.<br />
Região Vale dos Sinos, Caí e Paranhana<br />
- Incentivar a criação de parques industriais<br />
para os pequenos negócios;<br />
- Criar selo de qualidade para o setor<br />
de serviços;<br />
- Fomentar aproximação entre produtores<br />
rurais e empresas de gastronomia<br />
para estimular negócios.<br />
32
GESTÃO<br />
Região Serra Gaúcha<br />
- Mapear oportunidades de negócios, feiras<br />
e missões internacionais (mostrar o<br />
que está sendo produzido na Serra);<br />
- Incentivar o uso de ferramentas tecnológicas<br />
para gestão e divulgação de produtos<br />
e serviços das empresas de gastronomia;<br />
- Estimular a produção orgânica com<br />
certificações (indicações geográficas e<br />
boas práticas);<br />
- Investir no comércio de bairro.<br />
- Auxiliar os produtores a definirem, com<br />
clareza, os seus negócios rurais e integrar<br />
as rotas turísticas já existentes (Missões,<br />
Rio Uruguai, Salto do Yucumã).<br />
Região Vales do Taquari e Rio Pardo<br />
- Qualificar a gestão das propriedades rurais;<br />
- Estimular a formalização dos empreendedores<br />
do comércio, mapear as oportunidades e<br />
necessidades da cadeia da indústria regional;<br />
- Aperfeiçoar os serviços de beira de estrada.<br />
Região Norte<br />
- Aproveitar o público da terceira idade (que<br />
compõe 50% da população local) no comércio<br />
e no turismo;<br />
- Formalizar e organizar roteiros turísticos<br />
voltados para as peculiaridades da região<br />
(rural, religioso, lazer);<br />
- Incluir visitas técnicas às indústrias nos<br />
currículos escolares;<br />
- Capacitar os produtores rurais com foco<br />
na comercialização de seus produtos (promovendo<br />
abertura de mercado).<br />
Região Planalto<br />
- Desenvolver e prestar assessoria para a cadeia<br />
de moda e joias;<br />
- Criar ferramentas de aproximação entre a<br />
grande e a pequena indústria;<br />
- Auxiliar nas certificações de produtos<br />
(principalmente a erva-mate).<br />
Região Noroeste<br />
- Criar campanhas promocionais que estimulem<br />
a população a comprar em seus<br />
municípios;<br />
- Fortalecer a cadeia do leite (a Região Noroeste<br />
é a segunda maior produtora do Estado);<br />
Fotos: Eduardo Rocha<br />
33
CASOS DE SUCESSO<br />
SIGA O EXEMPLO<br />
“Participo de atividades desenvolvidas pelo <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
desde o início dos anos 2000. Nossa loja tem mais de<br />
duas décadas, fundada por minha mãe, e enfrentamos<br />
dificuldades como a falta de linhas de telefone e internet.<br />
Com os auxílios pontuais do <strong>SEBRAE</strong>/RS e apoio<br />
dos Agentes Locais de Inovação (ALI), implementamos<br />
a gestão na empresa e ampliamos o nosso negócio.<br />
Participei de diversas capacitações, entre elas, destaco<br />
a oficina Elaborando um Plano de Negócio e o<br />
curso Empretec. Também fui convidada a participar do<br />
Prêmio <strong>SEBRAE</strong> Mulher de Negócios, a fim de ter um<br />
diagnóstico sobre o meu grau de empreendedorismo.<br />
Além disso, com o apoio da instituição, implementamos<br />
um outro negócio, ligado à loja, sobre consultoria<br />
de moda e imagem. Se não fosse o incentivo do<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS, especialmente nos últimos três anos, não<br />
teria alcançado os resultados que obtive.”<br />
Tatiane Herrmann - Cruzeiro do Sul<br />
Lojas Paty’s<br />
“Nossa relação com o <strong>SEBRAE</strong>/RS já dura mais de quatro<br />
anos. Desde que começamos nossas atividades no<br />
Tecnosinos, até nossa atual sede, em Novo Hamburgo,<br />
participamos de vários cursos oferecidos pela instituição,<br />
entre eles, o Como Vender Mais e Melhor, Estratégias<br />
Empresariais, Indicadores de Desempenho e Gestão<br />
Empresarial e o Gestão Financeira na Medida. Também<br />
recebemos as orientações dos Agentes Locais de Inovação<br />
(ALI) e participamos de feiras como a Fimec, em Novo<br />
Hamburgo. As orientações e capacitações do <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
nos ajudaram a formalizar mais os processos, trabalhar<br />
cada vez mais com inovação e melhorar nosso sistema<br />
de capacitação interna. Desenvolvemos um sistema de<br />
incentivo à inovação, chamado de PI²TEC, no qual os<br />
colaboradores lançam ideias e, se elas forem aplicadas<br />
na empresa, revertem em premiações. Isso faz com<br />
que a equipe se mobilize e apresente ideias dentro do<br />
planejamento. Como resultado, fomos reconhecidos<br />
em um prêmio nacional de inovação.”<br />
Evandro Becker - Novo Hamburgo<br />
TECSISTEL<br />
34
CASOS DE SUCESSO<br />
Empretec 6D<br />
A ação tem como meta estimular e desenvolver<br />
as características individuais<br />
do empreendedor, de forma a propiciar<br />
sua competitividade e permanência no<br />
mercado, por meio de metodologia vivencial<br />
especialmente desenvolvida para<br />
este fim. Este programa fixa a imagem do<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS como principal instituição de<br />
fomento ao empreendedorismo.<br />
Duração: 60h<br />
Investimento:<br />
R$ 1.000,00 - Pessoa Jurídica<br />
R$ 1.300,00 - Pessoa Física<br />
Gestão Financeira Na Medida<br />
Objetiva compreender a importância<br />
de implantar e analisar os controles<br />
financeiros e econômicos para uma<br />
gestão mais eficaz da sua empresa,<br />
reconhecer a importância de que,<br />
para formar preço de produto ou<br />
serviço, é fundamental considerar<br />
custo e mercado, comprometer-se<br />
em registrar as informações financeiras<br />
e econômicas nos Controles<br />
de Caixa e de Resultado, analisar os<br />
preços praticados pela empresa, predispor-se<br />
a tomar decisões a partir<br />
da análise dos indicadores de desempenho<br />
financeiro e econômico<br />
da empresa, efetuar o registro de<br />
forma organizada das informações<br />
econômicas e financeiras da sua<br />
empresa e analisar os indicadores<br />
de desempenho.<br />
Duração: 16 horas<br />
Investimento:<br />
R$ 180,00 - Pessoa Jurídica<br />
R$ 230,00 - Pessoa Física<br />
Acesse nossa<br />
agenda de cursos<br />
e veja quando eles<br />
serão realizados na<br />
sua região:<br />
“Começamos um trabalho com o <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
ainda na década de 1990, no Programa de<br />
Qualidade Total. Desde aquela época, participei<br />
de vários projetos que contribuíram para o<br />
nosso negócio. Com a orientação recebida,<br />
participei de feiras na Alemanha e nos Estados<br />
Unidos. Esses eventos permitem alinhar a visão<br />
de uma solução mais contemporânea do que<br />
a gente pratica aqui. Recentemente, participei<br />
do curso Ferramentas de Gestão Avançada<br />
(FGA), que permite uma abordagem de 360<br />
graus da empresa. Além de ser um catalisador<br />
de várias entidades, acredito que o <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
é multiplicador de esforços para trazer resultados<br />
para as empresas.”<br />
Antonio Harb - Porto Alegre<br />
Confeitaria Maomé<br />
Ferramentas de Gestão Avançada (FGA)<br />
Tem como objetivo melhorar o desempenho,<br />
impulsionando o crescimento e<br />
a obtenção de resultados diferenciados,<br />
aplicação imediata dos conhecimentos<br />
adquiridos, de forma clara e objetiva, por<br />
meio da implantação de ações concretas,<br />
alavancar a competitividade da empresa,<br />
implantar modelos avançados de<br />
gestão empresarial, capacitar os líderes<br />
da empresa a utilizar e dominar as tecnologias<br />
e ferramentas de gestão, possibilitar<br />
o controle da operação da empresa e<br />
acompanhar sistematicamente os indicadores<br />
e as metas do plano empresarial.<br />
Duração: 211 horas<br />
Investimento: R$ 4.500,00<br />
35
POLÍTICAS PÚBLICAS<br />
CAMINHO PARA<br />
DESBUROCRATIZAR<br />
REDESIM ganha mais adesões de municípios gaúchos<br />
POR ELIO BANDEIRA<br />
Criada com o objetivo de desburocratizar<br />
a formalização de empresas,<br />
a Rede Nacional para a Simplificação<br />
do Registro e da Legalização<br />
de Empresas e Negócios (REDESIM), aos<br />
poucos, vai se tornando realidade no Rio<br />
Grande do Sul. Coordenada no Estado por<br />
meio de uma parceria entre o <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
e a Junta Comercial do Estado do Rio<br />
Grande do Sul (Jucergs), a iniciativa<br />
começou a tomar corpo em<br />
2014, quando começaram<br />
os trabalhos em 16 municípios.<br />
Neste ano,<br />
três cidades se integraram à rede nos sete<br />
primeiros meses: Esteio (maio), Garibaldi<br />
(junho) e Lajeado (julho). A meta definida<br />
pelas duas entidades é mobilizar outras<br />
30 prefeituras até o final deste ano.<br />
Reconhecida como um passo importante<br />
para desburocratizar o processo de registro<br />
e licenciamento de empresas, a REDESIM<br />
encurta etapas e prevê uma entrada única<br />
de dados, evitando que o empresário tenha<br />
que percorrer diversos órgãos municipais<br />
para formalizar seu negócio. A metodologia<br />
adotada pelo <strong>SEBRAE</strong>/RS e pela Jucergs<br />
nas cidades gaúchas<br />
está atraindo interessados<br />
de fora do<br />
território regional.<br />
No início de julho,<br />
chegou ao Estado<br />
uma missão técnica,<br />
formada por representantes<br />
do <strong>SEBRAE</strong><br />
Nacional e das Juntas<br />
Comerciais de<br />
Mato Grosso<br />
do Sul e de<br />
Foto: Banco de Imagens<br />
36
POLÍTICAS PÚBLICAS<br />
Tocantins, além do Departamento de Registro<br />
Empresarial e Integração (Drei) da<br />
Secretaria da Micro e Pequena Empresa<br />
(SMPE). O grupo participou de uma reunião<br />
com as duas instituições em Porto Alegre<br />
e depois visitou Garibaldi, na Serra Gaúcha,<br />
segunda cidade a adotar a inovação.<br />
A gestora estadual do projeto pelo<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS, Janaina Zago Medeiros,<br />
salientou que, a partir do trabalho feito<br />
com 16 municípios na fase inicial, foram<br />
necessários alguns ajustes. “Avaliamos a<br />
metodologia e identificamos pontos que<br />
poderiam ser melhorados. Iniciamos este<br />
ano com o método aperfeiçoado e os resultados<br />
foram tão positivos que atraíram<br />
o interesse de outros estados”, observou.<br />
O novo processo de implementação da<br />
REDESIM em um município pode ser<br />
considerado rápido, segundo Janaina.<br />
São necessários apenas dois meses para<br />
que a rede passe a fazer parte do dia a<br />
dia das prefeituras e dos empresários.<br />
São três etapas: a primeira, de sensibilização;<br />
a segunda, que consiste em um<br />
workshop com todas as secretarias e órgãos<br />
envolvidos, e a última, que prevê<br />
uma consultoria de processo e de tecnologia<br />
da informação. Com a finalização<br />
destas fases, o município está pronto<br />
para integrar a REDESIM.<br />
Para o presidente da Jucergs, Paulo<br />
Mazzardo, a REDESIM é uma realidade<br />
no RS. “O <strong>SEBRAE</strong>/RS é fundamental na<br />
sensibilização dos municípios e na organização<br />
dos fluxos necessários para que<br />
todos os órgãos envolvidos passem a<br />
ter processos únicos de registro e licenciamento”,<br />
disse. Mazzardo acrescentou<br />
“Avaliamos a metodologia<br />
e identificamos pontos que<br />
poderiam ser melhorados.<br />
Iniciamos este ano com o<br />
método aperfeiçoado e os<br />
resultados foram tão positivos<br />
que atraíram o interesse<br />
de outros estados.”<br />
Janaina Zago Medeiros,<br />
gestora estadual do projeto pelo<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
que esse é um caminho sem volta. “Não<br />
temos mais como recuar. A REDESIM<br />
vai facilitar a vida de todos os empresários<br />
gaúchos”, salientou.<br />
Em Garibaldi, onde a REDESIM foi adotada<br />
no final de maio, 33 empresas se<br />
tornaram viáveis para integrar o sistema.<br />
Até julho, o prazo de tramitação do<br />
processo caiu cerca de 70%, conforme<br />
a secretária municipal de Planejamento,<br />
Indústria e Comércio do município,<br />
Rosangela Bavaresco dos Santos.<br />
“A REDESIM é uma experiência única e<br />
veio ao encontro dos problemas que<br />
estávamos enfrentando e para os quais<br />
buscávamos soluções. A rede está sendo<br />
imprescindível”, reforçou.<br />
37
POLÍTICAS PÚBLICAS<br />
Foto: Divulgação<br />
Cerimônia oficial de implantação da REDESIM em Esteio<br />
“A REDESIM é uma experiência<br />
única e veio ao encontro<br />
dos problemas que<br />
estávamos enfrentando e<br />
para os quais buscávamos<br />
soluções. A rede está sendo<br />
imprescindível.”<br />
Rosangela Bavaresco dos Santos,<br />
secretária municipal de Planejamento,<br />
Indústria e Comércio de Garibaldi<br />
No caso do Mato Grosso do Sul, o Projeto<br />
REDESIM teve início em maio deste ano. A<br />
pesquisa de viabilidade foi implantada no<br />
município de Corumbá, mas o objetivo é<br />
que a rede esteja disponível em 11 cidades<br />
que possuem escritório da Junta Comercial<br />
local. Em Corumbá, de novembro do<br />
ano passado até julho deste ano, 550 empresas<br />
foram beneficiadas.<br />
A delegação que visitou o Rio Grande<br />
do Sul avaliou como positiva a troca de<br />
experiências e o contato com o procedimento<br />
gaúcho. Segundo a assistente<br />
da Unidade de Desenvolvimento Territorial<br />
e Políticas Públicas do <strong>SEBRAE</strong>/MS,<br />
Cyndi Rangel Hahn, o método gaúcho<br />
permitirá uma melhoria no trabalho<br />
desenvolvido naquele estado. “A metodologia<br />
apresentada nos forneceu um<br />
norte para ter uma sequência de etapas<br />
na implantação para que o processo<br />
não fique solto. Já nos adequamos<br />
para a utilização de alguns passos desse<br />
sistema”, afirmou.<br />
Em Tocantins, a REDESIM é mais antiga.<br />
O termo de adesão foi assinado em julho<br />
de 2012, por meio da Junta Comercial<br />
do Estado do Tocantins (Jucetins).<br />
O projeto está implantado parcialmente<br />
38
POLÍTICAS PÚBLICAS<br />
“A metodologia apresentada<br />
nos forneceu<br />
um norte para ter uma<br />
sequência de etapas na<br />
implantação para que o<br />
processo não fique solto.<br />
Já nos adequamos para<br />
a utilização de alguns<br />
passos desse sistema.”<br />
Cyndi Rangel Hahn,<br />
assistente da Unidade de Desenvolvimento<br />
Territorial e Políticas Públicas<br />
do <strong>SEBRAE</strong>/MS<br />
na região, com funcionalidades iguais às<br />
adotadas no Rio Grande do Sul, como:<br />
consulta de viabilidade para todo o Estado;<br />
integração com a Receita Federal<br />
por meio do Cadastro Sincronizado Nacional<br />
(CadSinc) e pesquisa de endereço<br />
para os municípios integrados.<br />
Conforme o analista em Tecnologia da<br />
Informação da Jucetins, Helivan Araújo<br />
Lopes, ainda neste ano, a meta é implantar<br />
o projeto em Palmas, capital do<br />
Estado, em parceria com o <strong>SEBRAE</strong>/TO.<br />
“Também queremos integrar mais 12 dos<br />
maiores municípios de Tocantins”, disse.<br />
A REDESIM<br />
A Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas<br />
e Negócios foi instituída pela Lei nº 11.598/2007 e atualmente está<br />
vinculada à Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE).<br />
BENEFÍCIOS PARA O MUNICÍPIO:<br />
• Base de dados centralizada e compartilhada;<br />
• Incremento dos impostos municipais, através do aumento de formalização<br />
de empresas;<br />
• Redução do custo operacional das partes envolvidas;<br />
• Maior desenvolvimento do município.<br />
BENEFÍCIOS PARA O USUÁRIO:<br />
• Entrada única de dados cadastrais e documentos;<br />
• Redução do tempo para registro e legalização de empresas;<br />
• Extinção da duplicidade de exigências;<br />
• Redução da burocracia através da modernização da gestão municipal;<br />
• Durante o processo de legalização de empresas, a informação é que<br />
circulará e não mais o cidadão.<br />
39
ENT<strong>REVISTA</strong><br />
TALLIS GOMES,<br />
FUNDADOR DO<br />
EASY TÁXI<br />
“EMPREENDEDOR<br />
TEM QUE SER<br />
MALUCO”<br />
40
ENT<strong>REVISTA</strong><br />
Em 2011, o mercado de smartphones e aplicativos<br />
ainda era incipiente no Brasil. Não para o<br />
jovem Tallis, que estava prestes a apresentar sua<br />
proposta de aplicativo de ônibus, que ofereceria<br />
uma espécie de mapeamento do transporte<br />
urbano no Startup Farm. Faltando dois dias para<br />
a sua apresentação, descobriu que o Google já<br />
estava projetando uma ferramenta parecida. O<br />
insight para o Easy Táxi nasceu naquele fim de<br />
tarde, enquanto esperava por um táxi debaixo<br />
de uma chuva torrencial no Rio de Janeiro.<br />
Ele tem apenas 28 anos e<br />
já criou uma empresa avaliada<br />
em R$ 1 bilhão. Não<br />
é à toa que o mineiro Tallis<br />
Gomes é considerado um<br />
prodígio do empreendedorismo.<br />
Entre os meses<br />
de maio e julho, o fundador<br />
do Easy Táxi circulou<br />
pelo Rio Grande do Sul<br />
falando sobre a sua trajetória.<br />
A palestra foi um dos<br />
pontos altos do Seminário<br />
Desafios do Crescimento,<br />
evento que o <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
promove para pequenas<br />
empresas (saiba mais sobre<br />
o Seminário ao final da<br />
entrevista).<br />
Daí até transformar o aplicativo em uma empresa<br />
avaliada em R$ 1 bilhão, presente em mais<br />
de 35 países de quatro continentes, Tallis percorreu<br />
um breve, mas nada fácil, caminho: “Tive<br />
todos os incentivos possíveis para desistir. Recebi<br />
feedbacks que diziam que se a ideia fosse<br />
boa mesmo alguém já teria feito nos Estados<br />
Unidos. Mas empreendedor tem que ser maluco<br />
mesmo. ‘Remar’ contra 99% das opiniões,<br />
ter coração e estômago fortes para aguentar a<br />
pressão”, disse em entrevista exclusiva à revista<br />
Mais <strong>SEBRAE</strong>. Segundo Tallis, ele persistiu, pois<br />
acreditava muito na ideia. “Tinha um propósito,<br />
não estava pensando em dinheiro e foi isso que<br />
acabou trazendo o retorno financeiro”, analisa.<br />
Antes do Easy Táxi, Tallis já tinha criado três<br />
negócios. O primeiro, uma revenda de telefones<br />
celulares, aos 14 anos, a partir da necessidade<br />
de comprar uma bateria para sua banda<br />
de rock. Anos depois, já no Rio de Janeiro,<br />
criou a E-Spartan, startup de gamificação em<br />
mídias sociais. A empresa quebrou em menos<br />
de um ano. Aos 24 anos, Tallis criou, junto<br />
com outros dois sócios, a TechSamurai, uma<br />
plataforma e sistema de gestão de projetos<br />
que existe até hoje.<br />
41
ENT<strong>REVISTA</strong><br />
Mais <strong>SEBRAE</strong>: Você começou<br />
a empreender<br />
muito cedo (aos 14 anos).<br />
De onde vem esta veia<br />
empreendedora?<br />
Tallis Gomes – Minha<br />
mãe e meu avô são empreendedores:<br />
ela cabeleireira<br />
e ele revendedor<br />
de carros. Cresci com o<br />
tema empreendedorismo<br />
muito presente na minha<br />
vida, mas não foi por isso<br />
que decidi vender celulares<br />
na internet. A decisão<br />
partiu de uma necessidade,<br />
que era comprar uma<br />
bateria. Ninguém ia me<br />
dar uma, então dei um<br />
jeito de comprar.<br />
Mais <strong>SEBRAE</strong>: Recentemente,<br />
você deixou o comando<br />
da Easy Táxi. Por<br />
que tomou esta decisão?<br />
Tallis Gomes – Comecei<br />
a pensar em sair do comando<br />
da Easy Táxi em<br />
outubro de 2013, pois<br />
percebi que já havia dado<br />
minha contribuição para<br />
a companhia e estava na<br />
zona de conforto. Acredito<br />
que era muito cedo<br />
para eu desempenhar o<br />
papel de CEO, que representa<br />
a empresa e vai<br />
a reuniões de conselho.<br />
Eu gosto mesmo é de<br />
criar empresas, resolver<br />
os problemas das pessoas,<br />
então decidi deixar o<br />
comando da empresa e<br />
usei o ano de 2014 para<br />
preparar esta saída.<br />
Mais <strong>SEBRAE</strong>: Você considera<br />
que já atingiu o sucesso?<br />
Se não, qual a sua<br />
ideia de sucesso?<br />
Tallis Gomes – Minha<br />
ideia de sucesso e objetivo<br />
de vida é impactar positivamente<br />
um bilhão de pessoas.<br />
Eu ainda não acredito<br />
que atingi o sucesso, pois<br />
não vendi nenhuma empresa,<br />
só criei. Por exemplo,<br />
se uma cooperativa de táxi<br />
tivesse me oferecido um<br />
bom valor pelo Easy Táxi lá<br />
em 2012, talvez eu tivesse<br />
vendido. Mas o Brasil ainda<br />
é muito incipiente neste<br />
aspecto de investir em empresas<br />
inovadoras, o que<br />
vemos muito nos Estados<br />
Unidos, por isso que as startups<br />
se perpetuam por lá.<br />
Mais <strong>SEBRAE</strong>: Quais dicas<br />
você daria para quem<br />
está pensando em empreender<br />
uma startup?<br />
Tallis Gomes – Empreender<br />
nada mais é do que resolver<br />
o problema de alguém<br />
e ganhar dinheiro com isso.<br />
Se não dá retorno financeiro,<br />
não é empresa, é ONG<br />
(Organização Não Governamental).<br />
Minha dica para<br />
quem tem uma ideia e quer<br />
transformá-la em um negócio<br />
é preocupar-se com<br />
a execução desta ideia e<br />
testar muito, em diversos<br />
canais. Não tenha certeza<br />
até que o mercado decida<br />
pagar por ela.<br />
35 países<br />
420 cidades<br />
Mais de 1300<br />
empregados diretos<br />
Mais de 400 mil<br />
taxistas usando<br />
Mais de 18 milhões<br />
de usuários<br />
Maior frota<br />
de táxis do mundo<br />
“Empreender<br />
nada mais é do<br />
que resolver o<br />
problema de<br />
alguém e ganhar<br />
dinheiro com isso.<br />
Se não dá retorno<br />
financeiro, não é<br />
empresa, é ONG<br />
(Organização Não<br />
Governamental).”<br />
42
ENT<strong>REVISTA</strong><br />
Mais <strong>SEBRAE</strong>: Como você<br />
enxerga o mercado de startups<br />
no Rio Grande do Sul?<br />
Tallis Gomes – Vejo os<br />
gaúchos com a cabeça<br />
tão aberta para inovação<br />
quanto os empreendedo-<br />
res de Minas Gerais, que<br />
é um berço de startups<br />
no Brasil. Foi uma grata<br />
surpresa perceber isso e<br />
quebrar o paradigma de<br />
que o gaúcho é um povo<br />
conservador.<br />
- DESAFIOS DO CRESCIMENTO -<br />
Entre maio e julho, o <strong>SEBRAE</strong>/RS, através do programa <strong>SEBRAE</strong> Mais, realizou o ciclo<br />
2015 do Seminário Desafios do Crescimento. O evento, voltado para empresários<br />
de pequenas empresas, contabilizou mais de 1,8 mil participantes nas edições de<br />
Pelotas, Santa Maria, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Passo Fundo e Porto Alegre.<br />
Mais do que ouvir palestras, o evento buscou estimular os participantes a refletir e debater<br />
a temática da inovação aplicada ao empreendedorismo em oficinas de Storytelling,<br />
Design Thinking e Gamificação. A programação incluiu as palestras de Luciana<br />
Stein, jornalista que se especializou em tendências de consumo e é uma das líderes<br />
para a América Latina do bureau de tendências trendwatching.com, e Tallis Gomes.<br />
STORYTELLING<br />
É a capacidade de contar<br />
histórias relevantes para<br />
despertar curiosidade e<br />
causar engajamento.<br />
GAMIFICACAO<br />
Gamificação é a<br />
aplicação de elementos<br />
e mecânicas de design<br />
de jogos em outros contextos,<br />
que não os jogos<br />
eletrônicos.<br />
DESIGN THINKING<br />
Novo jeito de pensar e abordar<br />
problemas ou, dito de<br />
outra forma, um modelo<br />
de pensamento centrado<br />
nas pessoas.<br />
43
CAPA<br />
TECNOLOGIAS A<br />
FAVOR DO CAMPO<br />
POR RENATA CERINI<br />
Cada vez mais, produtores rurais lançam mão<br />
de ferramentas tecnológicas simples, e até mais<br />
complexas, para melhorar a produtividade<br />
e aumentar os lucros, porém, sem descuidar<br />
do meio ambiente<br />
44
CAPA<br />
Foi-se a época em que a enxada e<br />
o carro de boi eram os parcos instrumentos<br />
de trabalho do homem<br />
que vivia e trabalhava no campo. Do princípio<br />
da agricultura até a atualidade, práticas<br />
como plantar, colher ou criar animais<br />
transformaram-se, acompanhando a<br />
evolução de um setor considerado hoje<br />
estratégico para a economia brasileira. O<br />
agronegócio representa 22% do Produto<br />
Interno Bruto (PIB) da nação, e pode ser,<br />
em 2015, o único setor com crescimento<br />
mais expressivo diante da crise da indústria<br />
e dos serviços em processo de exaustão.<br />
Produtor de ovinos em Santa Maria, Gilberto<br />
Ilha Pozzobom alcançou um diferencial<br />
de mercado bem significativo graças a<br />
uma consultoria que possibilita o acompanhamento<br />
técnico e gerencial de seus<br />
rebanhos. O atendimento realizado por<br />
médicos veterinários, consultores credenciados<br />
pelo do <strong>SEBRAE</strong>/RS, ocorrem<br />
em três momentos: antes do período<br />
reprodutivo do rebanho (avaliação reprodutiva<br />
e do estado de saúde dos animais<br />
pré-acasalamento), durante a gestação<br />
(identificação dos animais prenhes e organização<br />
da parição) e no desmame<br />
(avaliação e organização dos lotes de<br />
cordeiros produzidos).<br />
O coordenador dos projetos de ovinocultura<br />
no <strong>SEBRAE</strong>/RS, Roberto Grecellé,<br />
explica que o objetivo da “Consultoria<br />
em Ovinocultura” é melhorar a eficiência<br />
reprodutiva dos rebanhos, elevando a<br />
quantidade e a qualidade dos animais produzidos<br />
e comercializados. “Esse manejo<br />
adequado da reprodução possibilita que<br />
o produtor tenha lotes de cordeiros para<br />
atender ao mercado consumidor praticamente<br />
o ano todo e com alto valor agregado”,<br />
diz.<br />
É o caso de Pozzobom, que aumentou de<br />
100 para 130 cordeiros nascentes ao ano<br />
com as mesmas 90 matrizes (ovelhas reprodutoras).<br />
Além disso, aproximadamente<br />
40% de seus animais têm partos gemelares<br />
(duplos). “Dessa forma agrego valor e<br />
cubro vazios de mercado, reduzindo muito<br />
a sazonalidade, já que o mais comum<br />
é ter cordeiros para comercializar no final<br />
do ano, entre novembro e janeiro”, destaca<br />
o produtor que participa da consultoria<br />
desde o ano passado.<br />
Conforme o técnico do <strong>SEBRAE</strong>/RS,<br />
mais de 400 produtores de ovinos tiveram<br />
acesso a esta consultoria em 2014,<br />
na forma de atendimentos individuais,<br />
como uma ação do programa Juntos<br />
para Competir, desenvolvido por FAR-<br />
SUL, SENAR e <strong>SEBRAE</strong>/RS. “Os avanços<br />
“Dessa forma, agrego<br />
valor e cubro vazios de<br />
mercado, reduzindo<br />
muito a sazonalidade, já<br />
que o mais comum é ter<br />
cordeiros para comercializar<br />
no final do ano, entre<br />
novembro e janeiro.”<br />
Gilberto Pozzobom,<br />
produtor de ovinos em Santa Maria<br />
45
CAPA<br />
obtidos em cada propriedade, além de<br />
exigir compromisso do produtor em<br />
cumprir com as orientações repassadas<br />
pelos médicos veterinários, são possíveis<br />
graças aos equipamentos modernos utilizados<br />
em alguns procedimentos”. Neste<br />
atendimento, cada propriedade recebe<br />
visitas individuais, em que são utilizadas<br />
técnicas e aparelhos como o ultrassom<br />
reprodutivo, eletroestimulação para coleta<br />
de sêmen, microscópio óptico e<br />
outros equipamentos laboratoriais que<br />
viabilizam respostas mais precisas, facilitando<br />
a tomada de decisões para um<br />
melhor gerenciamento da propriedade”,<br />
analisa.<br />
Proteger para produzir mais<br />
O cultivo protegido é uma forma de<br />
agricultura que permite ao produtor<br />
rural controlar alguns elementos do<br />
clima e, por isso, obter qualidade diferenciada<br />
nos produtos. Desta forma, é<br />
possível antecipar ou atrasar um cultivo<br />
em relação ao pico de safra, garantindo,<br />
nas duas situações, maior remuneração<br />
pelo produto. Esse tipo de<br />
técnica é realizada, normalmente, em<br />
estufas, que podem ser do tipo túnel<br />
ou capela, construídas em estruturas<br />
de madeira ou de aço. De acordo com<br />
o engenheiro agrônomo e instrutor do<br />
SENAR-RS, Paulo Cezar Fernandes da<br />
Rosa, as principais culturas produzidas<br />
em ambiente protegido no Brasil são:<br />
folhosas, morango, tomate, pimentão,<br />
uva e maçã. Esta tecnologia é desenvolvida<br />
em projetos de horticultura geridos<br />
pelo Programa Juntos para Competir<br />
no Estado.<br />
Foto: Fagner Almeida<br />
46
CAPA<br />
João Antônio da Silva, de 22 anos, produz<br />
morangos semi-hidropônicos (em substrato)<br />
em ambiente protegido. Na localidade<br />
de Costa da Serra, interior de Montenegro,<br />
o jovem produtor rural é responsável pelas<br />
três estufas da família Silva, que também<br />
trabalha com frango e gado de corte. Silva<br />
conta que começou sua produção de morangos<br />
(3,6 mil pés) há três anos para diversificar<br />
a propriedade. Hoje está com 10 mil<br />
pés plantados e espera continuar produzindo<br />
a média de 700 gramas de fruta por pé.<br />
“Este sistema possibilita um ciclo maior de<br />
produção, de cerca de nove meses ao ano,<br />
em comparação com a forma tradicional,<br />
em que a muda da planta é fixada diretamente<br />
no chão”, explica.<br />
produção, fazendo com que tenhamos<br />
um produto mais saudável, sem contaminação<br />
por agentes químicos”, analisa o<br />
engenheiro agrônomo.<br />
“Este sistema possibilita<br />
um ciclo maior de produção,<br />
cerca de nove meses<br />
ao ano, em comparação<br />
com a forma tradicional,<br />
em que a muda da planta<br />
é fixada diretamente<br />
no chão.”<br />
João Antônio da Silva,<br />
produtor de morangos em Montenegro<br />
Os morangos do João Antônio da Silva se<br />
desenvolvem em uma sacola plástica de<br />
um metro por 33 centímetros de largura,<br />
onde são plantadas cerca de nove mudas.<br />
“Os pés e as frutas crescem fora da sacola,<br />
não permitindo contato com o substrato,<br />
no qual utilizamos composto por húmus<br />
de celulose e casca de arroz carbonizada”.<br />
Segundo o produtor, a primeira estufa já<br />
está paga e dando lucro. “O custo de cada<br />
uma varia entre R$ 10 e R$ 11 mil, investimento<br />
que tem retorno”, garante o empresário,<br />
que comercializa a fruta para clientes<br />
de municípios vizinhos e à beira da RS 411,<br />
que liga Montenegro a Brochier e Maratá.<br />
Tanto o cultivo hidropônico (sem solo)<br />
como o semi-hidropônico (em substrato)<br />
são viáveis e facilitados em ambiente<br />
protegido. “Esse tipo de cultivo elimina a<br />
ação de fungos presentes no solo, que inviabilizam<br />
algumas culturas ou fazem aumentar<br />
a carga de defensivos agrícolas na<br />
Fotos: Fagner Almeida<br />
47
CAPA<br />
No bairro Belém Novo, em Porto Alegre,<br />
está a propriedade de Rosane De Marco.<br />
Com duas estufas, uma de 1.200m²<br />
e outra de 300m², a empresária produz<br />
pimentões coloridos (vermelho<br />
e amarelo), berinjela, tomate-cereja e<br />
italiano, pepino, alface e rúcula. Entre<br />
um legume e outro, todos agroecológicos,<br />
Rosane cultiva ervas como<br />
manjericão, alecrim e arruda. “Elas<br />
também servem como repelentes ao<br />
ataque de pragas, em virtude do perfume<br />
que exalam”, afirma a empreendedora,<br />
que, inicialmente, tinha interesse<br />
na produção de flores.<br />
Segundo Rosane, o investimento para<br />
a construção de uma estufa é alto, mas<br />
vale a pena. “Graças a essa técnica,<br />
conseguimos produzir de cinco a seis<br />
quilos de pimentão por pé, a cada safra,<br />
que geralmente é bianual”, comenta.<br />
Fotos: Banco de Imagens<br />
“Graças a essa técnica,<br />
conseguimos produzir<br />
de cinco a seis quilos de<br />
pimentão por pé, a cada<br />
safra, que geralmente<br />
é bianual.”<br />
Rosane De Marco,<br />
produtora de pimentões coloridos<br />
em Porto Alegre<br />
48
CAPA<br />
Estufa de alta tecnologia<br />
na Expointer 2015<br />
Durante a 37ª edição da Expointer, o programa<br />
Juntos para Competir estará no pavilhão<br />
internacional do Parque Assis Brasil<br />
com uma estufa de alta tecnologia,<br />
onde apresentará três situações de<br />
produção em cultivo protegido:<br />
sistema hidropônico sem solo<br />
(folhosas), sistema semi-hidropônico<br />
(morangos em substrato)<br />
e cultivo de tomates em potes.<br />
Imagens meramente ilustrativas<br />
Todos os sistemas contarão com automação<br />
dos processos de irrigação e fertirrigação,<br />
controlados por central computadorizada.<br />
Além disso, será comprovada a possibilidade<br />
de captar água da chuva em<br />
cisterna que será recolhida do teto da<br />
própria estufa e a possibilidade de se<br />
utilizar energia solar para o bombeamento.<br />
Técnicos estarão presentes<br />
para passar informações aos visitantes<br />
e esclarecer dúvidas e custos envolvidos<br />
no sistema. As visitas guiadas terão<br />
duração de 30 minutos.<br />
O estande do Juntos para Competir contará,<br />
ainda, com espaço destinado à eficiência energética,<br />
atendimento institucional e eventos temáticos<br />
que irão explorar a carne de cordeiro,<br />
harmonizadas com vinho e cervejas artesanais.<br />
Mais de 500 produtores rurais de diversas regiões<br />
do Estado participarão de visitas técnicas<br />
à feira, que ocorre entre os dias 29 de<br />
agosto e 6 de setembro, em Esteio.<br />
A Vitrine da Carne Gaúcha, idealizada<br />
pela Farsul, tem ainda mais visibilidade<br />
este ano, pois está localizada na entrada<br />
do Pavilhão Internacional.<br />
tomates<br />
em potes<br />
sistema<br />
hidropônico<br />
sistema<br />
semi-hidropônico<br />
49
INOVAÇÃO<br />
IMPULSIONANDO A<br />
COMPETITIVIDADE<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS inicia segunda turma<br />
do Programa Startup RS<br />
50
INOVAÇÃO<br />
Em franca expansão, o mercado de<br />
startups gaúchas ganhou um apoio<br />
significativo neste ano, com o início<br />
das atividades do Programa Startup<br />
RS, desenvolvido pelo <strong>SEBRAE</strong>/RS. Entre<br />
outros objetivos, estão o de aumentar a<br />
competitividade das empresas do setor<br />
e fomentar o empreendedorismo digital<br />
no Estado. A primeira turma do programa,<br />
que contou com 20 empresas selecionadas,<br />
concluiu seu trabalho em julho.<br />
No mesmo mês, foram escolhidas as<br />
novas 20 participantes, selecionadas de<br />
um total de 79 inscritas, que farão parte<br />
de uma intensa programação até dezembro.<br />
Assim como ocorreu com a primeira<br />
turma, o ponto culminante do projeto é<br />
o Demoday, dia em que as participantes<br />
apresentam seus negócios a potenciais<br />
investidores.<br />
Lançado em dezembro de 2014, o programa<br />
Startup RS tem como metas promover<br />
a capacitação empreendedora, o fortalecimento<br />
empresarial, fomentar o empreendedorismo<br />
digital no Estado, prospectar<br />
e difundir o conhecimento sobre as<br />
melhores práticas aplicáveis às startups<br />
locais e também promover a aproximação<br />
com possíveis investidores, buscando<br />
a aceleração e a captação de recursos.<br />
O programa é composto por uma aula<br />
inaugural, consultorias, workshops sobre<br />
temas importantes ao desenvolvimento<br />
das empresas, como perfil empreendedor,<br />
modelagem de negócios, testes de<br />
mercado, investimentos, marketing digital,<br />
vendas e pitch para investidores. Além<br />
destas ações, as startups recebem mentorias<br />
com profissionais do mercado e participam<br />
de eventos e meetups.<br />
A coordenadora estadual do Programa<br />
Startup RS no <strong>SEBRAE</strong>/RS, Débora Chagas,<br />
salienta que as 20 empresas que<br />
compõem a segunda turma participarão<br />
de um processo de pré-aceleração. “Ao<br />
longo de quatro meses, esses empreendedores<br />
passarão por atividades para<br />
contribuir com o aumento da competitividade<br />
por meio da melhoria de seus<br />
modelos de negócios e do fomento à<br />
captação de investimentos”, explica.<br />
O balanço dos resultados da primeira turma<br />
é altamente positivo, conforme ressalta<br />
Débora. Segundo ela, 50% das empresas já<br />
possuem faturamento, sendo que, no início<br />
do programa, eram apenas 15%. “Além disso,<br />
cinco empresas foram aprovadas em processos<br />
de aceleração e incubação e diversas<br />
outras estão em negociação, enquanto<br />
que outras duas receberam investimentos”,<br />
afirma. Entre outros benefícios da primeira<br />
fase, estão a aproximação das startups com<br />
os Projetos Setoriais do <strong>SEBRAE</strong>, gerando<br />
oportunidades de negócios, e o contato<br />
com aceleradoras e potenciais investidores.<br />
Como parte do programa, o <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
promoveu, no dia 14 de julho, no Parque<br />
Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), o Demoday,<br />
data em que os participantes do<br />
projeto apresentaram suas ideias a empresas<br />
e potenciais investidores. No evento,<br />
as empresas fizeram um pitch (apresentação<br />
rápida de apenas quatro minutos cada<br />
para defender seus negócios), conforme<br />
explica o gestor do projeto pelo <strong>SEBRAE</strong>/RS,<br />
João Pinheiro Neto. “Com base nesse<br />
momento, eles tiveram a oportunidade de<br />
apresentar seus negócios aos investidores<br />
presentes”, informa.<br />
51
INOVAÇÃO<br />
Ao final do Demoday, foi escolhida a empresa<br />
mais bem colocada entre a primeira<br />
turma. O primeiro lugar coube à Makadu, que<br />
ganhou uma viagem para o Vale do Silício,<br />
em outubro, uma viagem para participar da<br />
Rio Info 2015, em setembro, além de cortesias<br />
do curso Empretec, do <strong>SEBRAE</strong>/RS; e um<br />
mês de pré-aceleração na Wow. A segunda<br />
e terceira colocadas, Tribo Viva e Sistemas<br />
Opti, receberam cortesias do Empretec<br />
e um mês de pré-aceleração na Wow e<br />
Ventiur, respectivamente. O Demoday da<br />
segunda turma está marcado para o dia 08<br />
de dezembro.<br />
A versão inicial de testes da Makadu foi lançada<br />
em outubro do ano passado. Em março,<br />
a empresa foi formalizada e, em abril,<br />
saiu a versão 1.0 do aplicativo. “As aulas e<br />
mentorias foram essenciais para colocarmos<br />
a empresa no caminho certo, aprendemos<br />
muito durante o programa. A dinâmica<br />
proposta, intercalando aulas com mentorias<br />
individuais, foi muito proveitosa. As aulas ensinaram<br />
diversas metodologias interessantes<br />
e as mentorias serviram para colocá-las em<br />
prática no nosso caso concreto”, afirmou<br />
Eros Carrasco, um dos sócios. Além disso,<br />
ele destacou a participação no Demoday:<br />
“Foi muito interessante para vermos a evolução<br />
dos colegas da primeira turma desde<br />
a primeira reunião, onde as startups se apresentaram<br />
ao coletivo, até o final do programa.<br />
A evolução de todas foi notável. A banca<br />
foi muito bem qualificada também, fazendo<br />
perguntas pertinentes após os pitches e dando<br />
insights às startups”, ressaltou.<br />
A Tribo Viva existe há cerca de um ano e quatro<br />
meses. A empresa é uma rede de consumo<br />
colaborativo que permite que os consumidores<br />
adquiram seus alimentos orgânicos<br />
diretamente dos pequenos produtores locais,<br />
sem atravessadores. Para um dos diretores<br />
da empresa, Marcos Delgado, a participação<br />
no programa foi muito importante para<br />
o desenvolvimento da companhia. “Ele nos<br />
permitiu que tenhamos conseguido amadurecer<br />
e avançar em vários aspectos do nosso<br />
planejamento. Além dos módulos, as mentorias<br />
individuais prestadas foram muito importantes<br />
nesse processo: era ali que discutíamos<br />
e decidíamos qual o próximo passo a<br />
seguir, sempre que tínhamos alguma dúvida<br />
quanto ao que fazer”, afirmou. Segundo ele,<br />
o Demoday foi uma boa experiência. “Foi<br />
decisivo como fator motivacional para chegarmos<br />
no pitch definitivo da nossa empresa<br />
e nos deu muita experiência sobre como devemos<br />
nos apresentar em eventos em público<br />
no futuro”, disse.<br />
O Programa Startup RS conta com parceiros<br />
como as aceleradoras Wow, Estarte.me<br />
e Ventiur, Fundacity Investiment<br />
Clubs, Tecnosinos e Tecnopuc, Semente<br />
de Negócios e Nós Coworking, além da<br />
Federação das Indústrias do Estado do<br />
Rio Grande do Sul (Fiergs) e Associação<br />
Gaúcha de Startups (AGS).<br />
As informações completas<br />
do programa estão no site<br />
www.sebrae-rs.com.br/startups.<br />
52
INOVAÇÃO<br />
As selecionadas para a 2ª Turma do Programa Startup RS:<br />
1. Aegro – Porto Alegre<br />
2. Citae.vc – Porto Alegre<br />
3. Control Milk – Teutônia<br />
4. Estande.me – Novo Hamburgo<br />
5. Finanças Pessoais – Porto Alegre<br />
6. Fornece Fácil – Porto Alegre<br />
7. Ludific Sistemas Ltda – Porto Alegre<br />
8. Meerkat – Porto Alegre<br />
9. Parknet – Pelotas<br />
10. Pé Baixo – Canoas<br />
11. Peipa – Caxias do Sul<br />
12. Plantões Médicos – Canela<br />
13. Rótulo Artesanal – Novo Hamburgo<br />
14. Safeat – Porto Alegre<br />
15. Shoptutor – Porto Alegre<br />
16. Sire Systems – Gramado<br />
17. Sou Mãe – Porto Alegre<br />
18. Torre PRO – Porto Alegre<br />
19. Urbtotip – Pelotas<br />
20. Wdream – Porto Alegre<br />
VANTAGENS PARA AS STARTUPS<br />
QUE PARTICIPAM DO PROGRAMA:<br />
• Capacitação, consultoria e mentoria;<br />
• Acesso a investidores através de evento de Demoday;<br />
• Ideias constantes para melhoria do modelo de negócio;<br />
• Maior visibilidade na imprensa que cobre a cena de startups;<br />
• Apoio em marketing, vendas, finanças, pessoas, gestão e estratégia;<br />
• Capacitação do time de empreendedores da startup;<br />
• Espaço de coworking durante o projeto conforme agendamento<br />
com os parceiros;<br />
• Acesso e participação em eventos, feiras e congressos.<br />
COMO SE INSCREVER:<br />
As startups se inscrevem através do site www.sebrae-rs.com.br/startups.<br />
Após, todas as startups são avaliadas por uma banca on-line através da<br />
plataforma do Fundacity considerando três critérios: equipe, mercado e<br />
inovação. As 40 startups mais pontuadas são novamente avaliadas por<br />
uma banca de parceiros que se reúne no <strong>SEBRAE</strong> considerando os<br />
mesmos critérios. Participam das duas bancas representantes de todos<br />
os parceiros do Programa.<br />
53
NOVIDADES E OPORTUNIDADES<br />
ESSE NEGÓCIO<br />
TAMBÉM É SEU<br />
#COMPREDOPEQUENO<br />
Em momentos de crise, a união de<br />
forças é uma das principais soluções<br />
para superar as dificuldades<br />
e continuar avançando. No quadro<br />
atual da economia brasileira, apoiar os<br />
pequenos negócios é valorizar quem<br />
mais gera empregos no País. Com<br />
esse pensamento, o <strong>SEBRAE</strong> Nacional<br />
lançou, no mês de agosto, sua nova<br />
campanha institucional, o Movimento<br />
Compre do Pequeno Negócio. O objetivo<br />
é mostrar a relevância do ato<br />
de comprar dos pequenos negócios<br />
e lembrar as pessoas de que a padaria<br />
da esquina, o mercadinho do<br />
bairro, a borracharia, a lanchonete,<br />
a loja de calçados e uma infinidade<br />
de outros produtos e serviços estão<br />
sempre perto de casa, tornando o<br />
nosso dia mais simples. A campanha<br />
terá uma data símbolo: 5 de outubro,<br />
Dia da Micro e Pequena Empresa. A<br />
intenção é destacar um ato que pode<br />
mudar a realidade do País.<br />
Para mobilizar consumidores e população<br />
em geral, o <strong>SEBRAE</strong> está dando início<br />
a uma grande campanha de divulgação<br />
em todos os estados brasileiros por meio<br />
de mídia e redes sociais, além de ações<br />
locais. A intenção é mostrar que, por ser<br />
especialista em pequenos negócios, a instituição<br />
quer estar cada vez mais próxima<br />
dos empreendedores brasileiros. “O momento<br />
é de cautela, não de paralisação”,<br />
salienta o presidente nacional do <strong>SEBRAE</strong>,<br />
Luiz Barreto.<br />
Atualmente, o Brasil conta com mais de<br />
10,2 milhões de micro e pequenas empresas,<br />
além de 5,3 milhões de microempreendedores<br />
individuais e 4,2 milhões de<br />
produtores rurais. A participação no Produto<br />
Interno Bruto (PIB) desse segmento<br />
da economia corresponde a 27% e a 52%<br />
dos empregos formais. No Rio Grande do<br />
Sul, são 1,2 milhão de empresas, responsáveis<br />
por 66% dos postos de trabalho na<br />
região, cuja participação no PIB é de 33%.<br />
54
NOVIDADES E OPORTUNIDADES<br />
Para o <strong>SEBRAE</strong>, comprar do pequeno negócio<br />
local faz o dinheiro ficar no bairro, possibilitando<br />
criar novas oportunidades, gerar<br />
mais empregos e distribuir melhor a renda.<br />
Além disso, valorizar o pequeno negócio da<br />
vizinhança na hora da compra é uma decisão<br />
que resulta em menos deslocamentos<br />
pela cidade, menos estresse no trânsito e<br />
menos poluição ambiental. Além disso, pequenos<br />
negócios valorizados movimentam<br />
o comércio local e promovem o desenvolvimento<br />
social. Ao comprar da pequena<br />
empresa, o consumidor ajuda os pequenos<br />
negócios a se fortalecerem. Isso estimula a<br />
empresa a inovar, a melhorar o seu desempenho,<br />
a diversificar a oferta de produtos e<br />
serviços, a atender melhor o cliente.<br />
Com o movimento, o <strong>SEBRAE</strong> quer reforçar<br />
que o consumidor tem o poder de escolha.<br />
Eleger o pequeno negócio na hora<br />
da compra ajuda a fortalecer esses segmentos<br />
e impulsiona a economia. Portanto,<br />
a sua decisão de comprar dos pequenos<br />
negócios é um ato que pode transformar<br />
o País: ganha o pequeno negócio, ganha<br />
o consumidor, ganha o cidadão, ganha o<br />
Brasil. Ou seja: comprar do pequeno negócio<br />
é um grande negócio para todos.<br />
Confira mais informações e o vídeo<br />
da campanha no site:<br />
www.compredopequeno.com.br.<br />
55
FATOS E FOTOS<br />
O professor e consultor Fernando<br />
Schüler, o diretor-superintendente do<br />
Senar-RS, Gilmar Tietböhl, o economista<br />
Marcelo Portugal e o diretor-superintendente<br />
do <strong>SEBRAE</strong>/RS, Derly Fialho,<br />
no Fórum Estadual que apresentou os<br />
resultados do Encontro com Lideranças<br />
Regionais aos representantes das 15<br />
entidades que compõem o Conselho<br />
Deliberativo Estadual do <strong>SEBRAE</strong>/RS.<br />
Foto: Glauco Arent Foto: Mathias Cramer<br />
Foto: Charles Damasceno<br />
Foto Giovani Vieira dos Santos<br />
Jonas Ramos, do Jornal Pioneiro, de<br />
Caxias do Sul, venceu a etapa nacional<br />
do Prêmio <strong>SEBRAE</strong> de Jornalismo<br />
na categoria Imagem Jornalística. O<br />
reconhecimento foi entregue no dia<br />
10 de junho, na Sede do <strong>SEBRAE</strong> Nacional,<br />
em Brasília.<br />
O II Seminário de Beleza, promovido pelo<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS, reuniu mais de 900 empresários<br />
do segmento em Porto Alegre na tarde de<br />
6 de julho. As principais atrações do evento<br />
foram a maquiadora profissional e blogueira<br />
Alice Salazar (foto) e a hairstylist Wanda Alves,<br />
que é especialista em coloração com 28<br />
anos de carreira e que dá aulas em todo o<br />
Brasil ensinando técnicas novas de coloração,<br />
corte e design de cor.<br />
O diretor técnico do <strong>SEBRAE</strong>/RS,<br />
Ayrton Pinto Ramos, o diretor-superintendente<br />
do <strong>SEBRAE</strong>/RS, Derly Fialho,<br />
o presidente do Conselho Superior do<br />
PGQP, Jorge Gerdau Johannpeter, e<br />
o diretor de Administração e Finanças<br />
do <strong>SEBRAE</strong>/RS, Carlos Schütz, com<br />
o “Oscar da Qualidade” na categoria<br />
prata, conquistado pela segunda vez<br />
consecutiva pelo <strong>SEBRAE</strong>/RS.<br />
56
FATOS E FOTOS<br />
O diretor técnico do <strong>SEBRAE</strong>/RS,<br />
Ayrton Pinto Ramos, foi o palestrante<br />
do evento Bom Dia Associado, promovido<br />
pela Federasul no dia 14<br />
de julho, em Porto Alegre. Com o<br />
tema Gestão para Micro e Pequenas<br />
Empresas, Ayrton Ramos abordou<br />
motivos que levam ao sucesso<br />
dos pequenos negócios.<br />
Foto: Mathias Cramer Foto: <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
O presidente do Conselho Deliberativo<br />
Estadual do <strong>SEBRAE</strong>/RS, Carlos Rivaci<br />
Sperotto, participou da apresentação<br />
do anteprojeto que propõe a criação do<br />
Estatuto Estadual da Micro e Pequena<br />
Empresa. O evento ocorreu em 18 de<br />
maio e reuniu mais de 80 líderes de entidades<br />
empresariais e sindicatos, senadores,<br />
deputados federais e estaduais,<br />
que lotaram a sala Diplomata do Hotel<br />
Embaixador, em Porto Alegre.<br />
Foto: Eduardo Rocha<br />
Foto: Juliano Dutra<br />
O diretor-superintendente do <strong>SEBRAE</strong>/RS,<br />
Derly Fialho, foi um dos palestrantes da<br />
abertura do 16º Congresso Internacional da<br />
Gestão, promovido pelo Programa Gaúcho<br />
de Qualidade e Produtividade (PGQP), em<br />
Porto Alegre. No painel Negócios: estratégias,<br />
parcerias e a causa que nos une, Fialho<br />
apresentou um panorama das pequenas<br />
empresas no País e no Estado e falou sobre<br />
as diretrizes de atuação do <strong>SEBRAE</strong>/RS.<br />
O <strong>SEBRAE</strong>/RS inaugurou, dia 24 de junho,<br />
seu 20º Ponto de Atendimento no Rio<br />
Grande do Sul. O espaço está localizado na<br />
Secretaria Municipal de Desenvolvimento<br />
Econômico de Rosário do Sul, rua Amaro<br />
Souto, 2075. O diretor-superintendente do<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS, Derly Fialho, o prefeito municipal<br />
Luis Henrique Oliveira Antonello e outras<br />
60 lideranças da região participaram do<br />
evento, que oficializou o início das atividades<br />
do ponto no município.<br />
57
FRASES EM DESTAQUE<br />
“No Rio Grande do Sul, 99,1% do total<br />
de empresas são de micro e pequeno<br />
porte, ou seja, todos os esforços a serem<br />
realizados pela sustentação, qualificação<br />
e aprimoramento são válidos<br />
para garantir a continuidade do crescimento,<br />
da renda e do trabalho de milhares<br />
de pessoas, no Estado e no País.”<br />
CARLOS RIVACI SPEROTTO,<br />
presidente do Conselho Deliberativo do<br />
<strong>SEBRAE</strong>/RS, no café da manhã promovido<br />
pelo <strong>SEBRAE</strong>/RS e a Frente Parlamentar das<br />
Micro e Pequenas Empresas da Assembleia<br />
Legislativa do RS<br />
“As pequenas empresas têm um<br />
papel social muito importante nas<br />
cidades onde estão instaladas e o<br />
desafio do <strong>SEBRAE</strong>/RS é fazer com<br />
que elas sejam sustentáveis.”<br />
DERLY FIALHO, diretor-superintendente<br />
do <strong>SEBRAE</strong>/RS, durante palestra de abertura<br />
do 16º Congresso Internacional da Gestão,<br />
promovido pelo Programa Gaúcho de<br />
Qualidade e Produtividade (PGQP).<br />
“Nossa interação com o <strong>SEBRAE</strong>/RS<br />
é muito próxima desde o início do<br />
nosso negócio, há cerca de cinco<br />
anos. A partir do projeto Varejo<br />
em Ação, pude verificar o quanto<br />
o conhecimento tem impacto no<br />
desempenho da empresa.”<br />
MARA GUTERRES, proprietária da Alicia<br />
Moda Feminina, em depoimento durante<br />
evento do <strong>SEBRAE</strong>/RS na Feira Brasileira<br />
do Varejo (Febravar).<br />
“O descarte, a organização e a limpeza<br />
da propriedade tornaram o meu trabalho<br />
mais fácil no dia a dia. Sou formada<br />
em administração, e todo conteúdo<br />
novo só agrega. Iniciativas como essa,<br />
que estimulam o produtor rural, contribuem<br />
para continuarmos no campo.<br />
Valoriza nosso trabalho.”<br />
VANESSA LANFREDI,<br />
produtora rural em Getúlio Vargas, referindo-se<br />
aos programas D’Olho na Qualidade Rural e<br />
Qualidade Total Rural.<br />
“Nossa empresa se preparou durante<br />
três anos para conquistar o MPE Brasil.<br />
Melhoramos muito a nossa gestão<br />
e conseguimos entender melhor os<br />
números, o que influenciou positivamente<br />
nas tomadas de decisões e no<br />
planejamento de metas.”<br />
LUCIANO RIZZOTO, proprietário da Lycos<br />
Equipamentos, em depoimento ao governador<br />
José Ivo Sartori, que recebeu comitiva dos<br />
vencedores nacionais do MPE Brasil ciclo 2014.<br />
“A formalização da Central do Empreendedor<br />
e a integração à REDESIM<br />
representam um marco para o desenvolvimento<br />
da economia de Lajeado. A<br />
inovação deverá incentivar um número<br />
maior de empreendedores à formalização<br />
e o novo sistema vem garantir mais<br />
agilidade na emissão do CNPJ e, no processo<br />
de registro de empresas e na<br />
obtenção do alvará junto à prefeitura.”<br />
IVANETE FRACARO, secretária de<br />
Desenvolvimento Econômico e Inovação<br />
(Sedei) de Lajeado durante evento que oficializou<br />
a integração do município à REDESIM.<br />
58
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ESTE NEGÓCIO TAMBÉM É SEU.<br />
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21 a 26 de setembro<br />
SEMANA DE CAPACITAÇÃO<br />
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