History of Loriga - História de Loriga
História de Loriga. Extratos da obra do historiador António Conde. Este grande Loriguense pesquisa a história de Loriga há décadas, á custa de muito sacrifício e de muitas despesas pessoais, criando uma riquissima obra, da qual se podem ler extratos em muitos sites e em muitas outras publicações, incluíndo o site oficial da Junta de Freguesia de Loriga e no ali citado site Terras de Portugal - Memória Portuguesa, assim como também nos artigos sobre Loriga em inglês e em português existentes na Wikipédia e que foram criados por ele. António Conde age, faz, critica o que está mal apresentando sempre soluções, ama apaixonadamente a sua terra e é alérgico á hipocrisia e ás feiras de vaidades. O eficiente, apesar de discreto, mas fortemente documentado trabalho de pesquisa e divulgação que o historiador António Conde tem feito há décadas, tem dado os seus frutos, e grande parte da informação sobre Loriga divulgada por aí deve-se á iniciativa deste grande Loriguense. Este grande Loriguense criou uma riquissima e extensa obra á qual chamou, História concisa da vila de Loriga - Das origens á extinção do município. António Conde age, faz, critica o que está mal apresentando sempre soluções, defende apaixonadamente a sua terra, contribuíu ativamente para o desenvolvimento da sua querida terra-natal, a sua intensa luta por Loriga está fortemente documentada e já foi publicamente elogiada, incluíndo no jornal Garganta de Loriga do qual foi colaborador durante anos. Loriga deve muito a António Conde, um Loriguense de grande cultura, com muitas e diversificadas capacidades, com um QI superior à média, fazendo portanto parte de uma priviligiada minoria. Para além da sua restante obra por Loriga António Conde também desenhou a heráldica de Loriga com aprovação garantida pelas autoridades legalmente competentes, ou seja a Comissão de Heráldica da AAP, sendo considerada a melhor heráldica para esta vila ele desenhou dezenas de outras propostas alternativas, contendo todas a simbologia considerada ideal para Loriga. É um Loriguense de causas, sempre atento ao que se passa na sua querida terra-natal, sempre lutando coerentemente pelo desenvolvimento e pela divulgação de Loriga, não se coibindo de denunciar quem prejudica esta bela e histórica vila, autoridade é aliás e portanto coisa que não lhe falta, começando pela autoridade moral. http://loriga4.webnode.pt http://sites.google.com/view/loriga
História de Loriga. Extratos da obra do historiador António Conde. Este grande Loriguense pesquisa a história de Loriga há décadas, á custa de muito sacrifício e de muitas despesas pessoais, criando uma riquissima obra, da qual se podem ler extratos em muitos sites e em muitas outras publicações, incluíndo o site oficial da Junta de Freguesia de Loriga e no ali citado site Terras de Portugal - Memória Portuguesa, assim como também nos artigos sobre Loriga em inglês e em português existentes na Wikipédia e que foram criados por ele. António Conde age, faz, critica o que está mal apresentando sempre soluções, ama apaixonadamente a sua terra e é alérgico á hipocrisia e ás feiras de vaidades. O eficiente, apesar de discreto, mas fortemente documentado trabalho de pesquisa e divulgação que o historiador António Conde tem feito há décadas, tem dado os seus frutos, e grande parte da informação sobre Loriga divulgada por aí deve-se á iniciativa deste grande Loriguense. Este grande Loriguense criou uma riquissima e extensa obra á qual chamou, História concisa da vila de Loriga - Das origens á extinção do município. António Conde age, faz, critica o que está mal apresentando sempre soluções, defende apaixonadamente a sua terra, contribuíu ativamente para o desenvolvimento da sua querida terra-natal, a sua intensa luta por Loriga está fortemente documentada e já foi publicamente elogiada, incluíndo no jornal Garganta de Loriga do qual foi colaborador durante anos. Loriga deve muito a António Conde, um Loriguense de grande cultura, com muitas e diversificadas capacidades, com um QI superior à média, fazendo portanto parte de uma priviligiada minoria. Para além da sua restante obra por Loriga António Conde também desenhou a heráldica de Loriga com aprovação garantida pelas autoridades legalmente competentes, ou seja a Comissão de Heráldica da AAP, sendo considerada a melhor heráldica para esta vila ele desenhou dezenas de outras propostas alternativas, contendo todas a simbologia considerada ideal para Loriga. É um Loriguense de causas, sempre atento ao que se passa na sua querida terra-natal, sempre lutando coerentemente pelo desenvolvimento e pela divulgação de Loriga, não se coibindo de denunciar quem prejudica esta bela e histórica vila, autoridade é aliás e portanto coisa que não lhe falta, começando pela autoridade moral. http://loriga4.webnode.pt http://sites.google.com/view/loriga
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<strong>Loriga</strong> | LORIGA - PORTUGAL<br />
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<strong>Loriga</strong> vi<strong>de</strong>os<br />
<strong>Loriga</strong> vi<strong>de</strong>os<br />
<strong>Loriga</strong> vi<strong>de</strong>os
[<strong>Loriga</strong> coat <strong>of</strong> arms and logos.]<br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – Excerpts from the work <strong>of</strong> the historian António<br />
Con<strong>de</strong>, “Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – From the Origins to the<br />
extinction <strong>of</strong> the municipality” | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Extratos da obra do<br />
historiador António Con<strong>de</strong>, “<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Das<br />
origens à extinção do município”<br />
<strong>Loriga</strong> is an ancient, beautiful and historical portuguese town, located in the Serra da<br />
Estrela mountains.<br />
Known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica by the Romans, it is more than 2600 years<br />
old.<br />
Notable people from <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong> Viriathus ( known as Viriato in Portuguese ), a famous<br />
Lusitanian lea<strong>de</strong>r and portuguese national hero.<br />
<strong>Loriga</strong> as enormous touristics potentialities and they are the only ski resort and ski trails<br />
existing in Portugal ( <strong>Loriga</strong> is the Lusian Capital and the capital <strong>of</strong> the snow in Portugal ).<br />
<strong>Loriga</strong> is a town in Portugal located in Guarda District. <strong>Loriga</strong> is 20 km away from Seia,<br />
40 km away from Viseu, 80 km away from Guarda and 320 km from Lisbon. It is nestled in<br />
the Serra da Estrela mountain range. The population is 789 (2015 estimate).<br />
It is known as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape: a town surroun<strong>de</strong>d by<br />
mountains.<br />
Known to be settled by the Lusitanians, the town is more than 2600 years old and was part<br />
<strong>of</strong> the Roman province <strong>of</strong> Lusitania. It was known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica<br />
by the Romans.
<strong>Loriga</strong> became a textile manufacturing center in the begin-19th century. While that<br />
industry has since dissipated, today the town attracts a sizable tourist tra<strong>de</strong> due to its<br />
picturesque scenery and vicinity to the <strong>Loriga</strong> Ski Resort, the only ski center in Portugal,<br />
totally insi<strong>de</strong> the town limits.<br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>, “<strong>História</strong> concisa da vila<br />
<strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Das origens à extinção do município” / <strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – Excerpts from the<br />
work <strong>of</strong> the historian António Con<strong>de</strong>, “Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – From the<br />
Origins to the extinction <strong>of</strong> the municipality”<br />
[The spectacular landscape <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong>.]<br />
Coordinates: 40°1913.69N 7°3958.15W/40.3204694°N 7.6661528°W/40.3204694;<br />
-7.6661528<br />
Civil Parish (Vila) / Vila – Town in portuguese<br />
The valley parish <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> in the shadow <strong>of</strong> the Serra da Estrela /<br />
Official name: <strong>Loriga</strong><br />
Country – Portugal<br />
Region – Centro, Beira Interior, Portugal<br />
Subregion – <strong>Loriga</strong> – Serra da Estrela<br />
District – Guarda<br />
Municipality – Seia<br />
Localities – Fontão, <strong>Loriga</strong><br />
Landmark – Torre (Serra da Estrela)<br />
Rivers – Ribeira <strong>de</strong> São Bento, Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Center <strong>Loriga</strong> – elevation 1,293 m (4,242 ft) – coordinates 40°1913.69N<br />
7°3958.15W / 40.3204694°N 7.6661528°W / 40.3204694; -7.6661528<br />
Length 4.21 km (3 mi), Northwest-Southeast<br />
Width 13.78 km (9 mi), Southwest-Northeast<br />
Area 36.25 km² (14 sq mi)<br />
Population 1,367 (2005) /<br />
Density 37.71 / km² (98 / sq mi)<br />
LAU – Vila/Junta Freguesia – location – Largo da Fonte do Mouro, <strong>Loriga</strong><br />
Timezone – WET (UTC0) – summer (DST)WEST (UTC+1)<br />
ISO 3166-2 co<strong>de</strong>PT-<br />
Postal Zone – 6270-073 <strong>Loriga</strong><br />
Area Co<strong>de</strong> & Prefix(+351) 238 XXX XXX<br />
Demonym – Loriguense or Loricense<br />
Patron Saint – Santa Maria Maior<br />
Parish Address – Largo da Fonte do Mouro - 1019 - 6270-073 <strong>Loriga</strong><br />
( Statistics from INE (2001); geographic <strong>de</strong>tail from Instituto Geográfico<br />
Português
<strong>Loriga</strong> (Portuguese pronunciation: ([loriga]) is a town (Portuguese:<br />
vila) in south-central part <strong>of</strong> the municipality <strong>of</strong> Seia, in central Portugal. Part <strong>of</strong> the district<br />
<strong>of</strong> Guarda, it is 20 km away from Seia, 40 km away from Viseu, 80 km away from Guarda<br />
and 320 km from Lisbon, nestled in the Serra da Estrela mountain range. In 2005,<br />
estimates have the resi<strong>de</strong>nt population at about 1367 inhabitants, in an area <strong>of</strong> 36.25 km²<br />
that inclu<strong>de</strong>s the two localities, the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> and village <strong>of</strong> Fontão.<br />
[Lusitanian Warriors. <strong>Loriga</strong> pri<strong>de</strong>s itself on its ancient Celtic and Lusitanian past, and the<br />
very ancient tradition <strong>of</strong> being the birthplace <strong>of</strong> Viriathus.]
<strong>History</strong><br />
<strong>Loriga</strong> was foun<strong>de</strong>d originally along a column between ravines where today the historic<br />
centre exists. The site was ostensibly selected more than 2600 years ago, owing to its<br />
<strong>de</strong>fensibility, the abundance <strong>of</strong> potable water and asturelands, and lowlands that provi<strong>de</strong>d<br />
conditions to practice both hunting and gathering/agriculture.<br />
[Roman legionary soldier wearing Lorica / <strong>Loriga</strong> armor, origin <strong>of</strong> the name <strong>of</strong> the town,<br />
origin <strong>of</strong> the Loricense / Loriguense gentliche and the main and essential part <strong>of</strong> the coat <strong>of</strong><br />
arms <strong>of</strong> the town. <strong>Loriga</strong> pri<strong>de</strong>s itself on its millennial name, a rare case <strong>of</strong> a name that has<br />
remained virtually unchanged for over two thousand years.]<br />
When the Romans arrived in the region, the settlement was concentrated into two areas.<br />
The larger, ol<strong>de</strong>r and principal agglomeration was situated in the area <strong>of</strong> the main church<br />
and Rua <strong>de</strong> Viriato, fortified with a wall and palisa<strong>de</strong>. The second group, in the Bairro <strong>de</strong><br />
São Ginês, were some small homes constructed on the rocky promintory, which were later<br />
appropriated by the Visigoths in or<strong>de</strong>r to construct a chapel. The 1st century Roman road<br />
and two bridges (the second was <strong>de</strong>stroyed in the 17th century after flooding) connected<br />
the outpost <strong>of</strong> Lorica to the rest <strong>of</strong> their Lusitanian province. The barrio <strong>of</strong> São Ginês (São<br />
Gens), a local ex-libris, is the location <strong>of</strong> the chapel <strong>of</strong> Nossa Senhora do Carmo, an ancient<br />
Visigothic chapel. São Gens, a Celtic saint, martyred in Arles on Gália, during the reign <strong>of</strong><br />
Emperor Diocletian, and over time the locals began to refer to this saint as São Ginês, due<br />
to its easy <strong>of</strong> pronunciation.<br />
Middle Ages<br />
<strong>Loriga</strong> was the municipal seat since the 12th century, receiving forals in 1136 (João Rhânia,<br />
master <strong>of</strong> the Terras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> for over two <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s, during the reign <strong>of</strong> Afonso Henriques),<br />
1249 (during the reign <strong>of</strong> Afonso III), 1474 (un<strong>de</strong>r King Afonso V) and finally in 1514 (by<br />
King Manuel I).<br />
<strong>Loriga</strong> was an ecclesiastical parish <strong>of</strong> the vicarage <strong>of</strong> the Royal Padroado and<br />
its Matriz Church was or<strong>de</strong>red constructed in 1233, by King Sancho II. This<br />
church, was to the invokation <strong>of</strong> Santa Maria Maior, and constructed over the<br />
ancient small Visigothic chapel (there is a lateral block with Visigoth<br />
inscriptions visible). Constructed in the Romanesque-style it consists <strong>of</strong> a<br />
three-nave building, with hints <strong>of</strong> the Sé Velha <strong>of</strong> Coimbra. This structure was<br />
<strong>de</strong>stroyed during the 1755 earthquake, and only portions <strong>of</strong> the lateral walls<br />
were preserved.
LORICA - LUSITANIA --- LORIGA - PORTUGAL --- Land <strong>of</strong> VIRIATHUS<br />
The 1755 earthquake resulted in significant damage to the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong>, <strong>de</strong>stroying<br />
homes and the parcochial resi<strong>de</strong>nce, in addition to opening-up cracks and faults in the<br />
town’s larger buildings, such as the historic municipal council hall (constructed in the 13th<br />
century). An emissary <strong>of</strong> the Marquess <strong>of</strong> Pombal actually visited <strong>Loriga</strong> to evaluate the<br />
damage (something that did not happen in other mountainous parishes, even Covilhã) and<br />
provi<strong>de</strong> support.<br />
The resi<strong>de</strong>nts <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> supported the Absolutionist forces <strong>of</strong> the Infante Miguel<br />
<strong>of</strong> Portugal against the Liberals, during the Portuguese Liberal Wars, which<br />
resulted in <strong>Loriga</strong> being abandoned politically after Miguel’s explusion by his<br />
brother King Peter. In 1855, as a consequence <strong>of</strong> its support, it was stripped<br />
<strong>of</strong> municipal status during the municipal reforms <strong>of</strong> the 19th century. At the<br />
time <strong>of</strong> its municipal <strong>de</strong>mise (October 1855), the municipality <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong>d<br />
the parishes <strong>of</strong> Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim and<br />
Vi<strong>de</strong>, as well as thirty other disincorporated villages.<br />
[The so-called industrial revolution arrived in <strong>Loriga</strong> in the early nineteenth century,<br />
transporting to the mo<strong>de</strong>rn era a woolen handicraft activity that had existed in this town<br />
for more than 500 years. <strong>Loriga</strong> is proud <strong>of</strong> its centenary woolen industry and therefore the<br />
hydraulic wheel is one <strong>of</strong> the fundamental parts <strong>of</strong> its coat <strong>of</strong> arms.]<br />
<strong>Loriga</strong> was an industrial centre for textile manufacturing during the 19th<br />
century. It was one <strong>of</strong> the few industrialized centres in the Beira Interior<br />
region, even supplanting Seia until the middle <strong>of</strong> the 20th century. Only<br />
Covilhã out-preformed <strong>Loriga</strong> in terms <strong>of</strong> businesses operating from its lands;<br />
companies such as Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fân<strong>de</strong>ga, Leitão &<br />
Irmãos, Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral and Lorimalhas, among<br />
others. The main roadway in <strong>Loriga</strong>, Avenida Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, is named for one <strong>of</strong> the<br />
towns most illustrious industrialists. The wool industry started to <strong>de</strong>cline during the last<br />
<strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s <strong>of</strong> the 20th century, a factor that aggravated and accelerated the <strong>de</strong>cline <strong>of</strong> the<br />
region.
[Map and coats <strong>of</strong> localities that belong to the region and old municipality <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong>.]<br />
[Historic center <strong>of</strong> the town on the hill between the two streams where the village was<br />
foun<strong>de</strong>d more than 2600 years ago.]<br />
Geography<br />
Known locally as the “Portuguese Switzerland” due to its landscape that inclu<strong>de</strong>s a<br />
principal settlement nestled in the mountains <strong>of</strong> the Serra da Estrela Natural Park. It is<br />
located in the south-central part <strong>of</strong> the municipality <strong>of</strong> Seia,<br />
along the southeast part <strong>of</strong> the Serra, between several ravines, but specifically<br />
the Ribeira <strong>de</strong> São Bento and Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>; it is 20 kilometres from Seia, 80 kilometres<br />
from Guarda and 300 kilometres from the national capital (Lisbon). A main town is<br />
accessible by the national roadway E.N. 231, that connects directly to the region <strong>of</strong> the<br />
Serra da Estrela by way <strong>of</strong> E.N.338 (which was completed in 2006), or through the E.N.339,<br />
a 9.2 kilometre access that transits some <strong>of</strong> the main elevations (960 metres near Portela<br />
do Arão or Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, and 1650 metres around the Lagoa Comprida).<br />
The region is carved by U-shaped glacial valleys, mo<strong>de</strong>lled by the movement <strong>of</strong><br />
ancient glaciers. The main valley, Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> was carved by longitudanal
abrasion that also created roun<strong>de</strong>d pockets, where the glacial resistance was<br />
minor. Starting at an altitu<strong>de</strong> <strong>of</strong> 1991 metres along the Serra da Estrela the<br />
valley <strong>de</strong>scends abruptly until 290 metres above sea level (around Vi<strong>de</strong>), passing villages<br />
such as Cabeça, Casal do Rei and Muro. The central town, <strong>Loriga</strong>, is seven kilometres from<br />
Torre (the highest point), but the parish is sculpted by cliffs, alluvial plains and glacial<br />
lakes <strong>de</strong>posited during millennia <strong>of</strong> glacial erosion, and surroun<strong>de</strong>d by rare ancient forest<br />
that surroun<strong>de</strong>d the lateral flanks <strong>of</strong> these glaciers.<br />
Economy<br />
Textiles are the principal local export; <strong>Loriga</strong> was a hub the textile and wool industries<br />
during the 19th century, in addition to being subsistence agriculture responsible for the<br />
cultivation <strong>of</strong> corn. The Loriguense economy is based on metallurgical industries, breadmaking,<br />
commercial shops, restaurants and agricultural support services.<br />
While that textile industry has since dissipated, the town began to attract a<br />
tourist tra<strong>de</strong> due to its proximity to the Serra da Estrela and Vodafone Ski<br />
Resort (the only ski center in Portugal), which was constructed within the<br />
parish limits.<br />
[ By the historian António Con<strong>de</strong> ]
40º 19 N 7º 41’O<br />
* Gentílico – Loricense ou loriguense<br />
* Área – 36,52 km²<br />
* Densida<strong>de</strong> – 37,51 hab./km² (2005)<br />
* Orago – Santa Maria Maior<br />
* Código postal – 6270<br />
* Apelidada <strong>de</strong> “Suíça Portuguesa”, é a vila mais alta <strong>de</strong> Portugal.<br />
<strong>Loriga</strong> é uma vila e freguesia portuguesa do distrito da Guarda. Tem<br />
36,52 km² <strong>de</strong> área, e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 37,51 hab/km² (2005). Tem<br />
uma povoação anexa, o Fontão.<br />
[A bela al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> xisto <strong>de</strong> Fontão <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, fundada no século XVI.]<br />
<strong>Loriga</strong> encontra-se a 80km da Guarda e 300km <strong>de</strong> Lisboa. A vila é directamente acessível<br />
pela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso directo à Torre, pela referida<br />
EN338, estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente e pré-projectado<br />
mais <strong>de</strong> quarenta anos antes, com um percurso <strong>de</strong> 9,2 km <strong>de</strong> paisagens <strong>de</strong>slumbrantes,<br />
entre as cotas 960m (Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, também conhecida por Portela do Arão) e 1650m,<br />
acima<br />
da Lagoa Comprida.
[Pormenor noturno do centro histórico da vila, na colina entre as ribeiras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e <strong>de</strong> São<br />
Bento, on<strong>de</strong> a povoação foi fundada há mais <strong>de</strong> 2600 anos. Esta foto ajuda a explicar a<br />
escolha <strong>de</strong>ste local para fundar a povoação que, até á conquista romana, esteve fortificada<br />
com muros e paliçadas]<br />
É conhecida há décadas como a “Suíça Portuguesa” <strong>de</strong>vido à sua<br />
extraordinária paisagem e localização geográfica. Está situada entre os 770m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>,<br />
na sua parte urbana mais baixa, e os cerca <strong>de</strong> 1200m ro<strong>de</strong>ada por montanhas, das quais se<br />
<strong>de</strong>stacam a Penha dos Abutres (1828m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>) e a Penha do Gato (1771m), e é<br />
abraçada por dois cursos <strong>de</strong> água: a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a Ribeira <strong>de</strong> S.Bento, que se unem<br />
<strong>de</strong>pois da E.T.A.R.. A Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> é um dos maiores afluentes do Rio Alva que por sua<br />
vez <strong>de</strong>sagua no Rio Mon<strong>de</strong>go. A montante da vila, a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> recebe também o<br />
Ribeiro da Nave, um afluente que tem um curso extraordinário e passa por uma das zonas<br />
mais belas do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta altitu<strong>de</strong> junto<br />
das quais se encontra uma conhecida quinta. A bela, famosa e premiada praia fluvial da<br />
Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> encontra-se num dos lugares mais espetaculares do vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, no<br />
local conhecido há séculos por Chão da Ribeira.
[A bela e sempre premiada praia fluvial da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Esta praia na Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
está situada num dos locais mais belos do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, no lugar conhecido há séculos por<br />
Chão da Ribeira.]<br />
A vila está dotada <strong>de</strong> uma ampla gama <strong>de</strong> infrastrutras físicas e culturais, que abrangem<br />
todas as àreas e todos os grupos etários, das quais se <strong>de</strong>stacam, por exemplo, o Grupo<br />
Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Socieda<strong>de</strong> Recreativa e Musical Loriguense,<br />
fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, criados em 1982, cujos serviços se<br />
<strong>de</strong>senvolvem na àrea equivalente á fase inicial do antigo concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, a Casa <strong>de</strong><br />
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais <strong>de</strong> relevo, e a Escola C+S Dr. Reis<br />
Leitão.<br />
Ao longo do ano celebram-se <strong>de</strong> maneira especial o Natal, a Páscoa (com a<br />
Amenta das Almas) e festas em honra <strong>de</strong> Santo. António (durante o mês Junho) e São<br />
Sebastião (durante o mês <strong>de</strong> Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o
ponto mais alto das festivida<strong>de</strong>s religiosas é a festa <strong>de</strong>dicada à padroeira dos emigrantes<br />
loricenses, Nossa Senhora da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo <strong>de</strong><br />
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra <strong>de</strong> Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão<br />
<strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
[Pormenor do centro histórico da vila, na colina entre as ribeiras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e <strong>de</strong> São Bento,<br />
on<strong>de</strong> a povoação foi fundada há mais <strong>de</strong> 2600 anos. Esta foto ajuda a explicar a escolha<br />
óbvia <strong>de</strong>ste local para fundar a povoação que, até á conquista romana, esteve fortificada<br />
com muros e paliçadas]<br />
Breve história<br />
Fundada originalmente no alto <strong>de</strong> uma colina entre ribeiras on<strong>de</strong> hoje existe o centro<br />
histórico da vila. O local foi escolhido há mais <strong>de</strong> dois mil e seiscentos anos <strong>de</strong>vido à<br />
facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa (uma colina entre ribeiras), à abundância <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> pastos, bem<br />
como ao facto <strong>de</strong> a as terras mais baixas provi<strong>de</strong>nciarem alguma caça e condições mínimas<br />
para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas <strong>de</strong><br />
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
[Guerreiros Lusitanos. <strong>Loriga</strong> orgulha-se do antigo passado celta e lusitano, e orgulha-se da<br />
muito antiga tradição <strong>de</strong> ser o berço <strong>de</strong> Viriato.]<br />
[Uma sepultura antropomórfica que durante muitos séculos esteve coberta <strong>de</strong> terra e <strong>de</strong><br />
mato. Quando foi “<strong>de</strong>scoberta” no século XIV os loriguenses chamaram-lhe Caixão da<br />
Moura, julgando erradamente tratar-se <strong>de</strong> um vestigio dos mouros. Um nome que se<br />
mantem.]<br />
O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus<br />
habitantes nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os<br />
romanos a porem-lhe o nome <strong>de</strong> Lorica (antiga couraça guerreira), <strong>de</strong> que <strong>de</strong>rivou <strong>Loriga</strong>,<br />
palavra que tem o mesmo significado. Os Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da<br />
Lusitânia. Fosse qual fosse o motivo é um facto que os romanos lhe <strong>de</strong>ram o nome <strong>de</strong><br />
Lorica, e <strong>de</strong>ste nome <strong>de</strong>rivou <strong>Loriga</strong> (<strong>de</strong>rivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o<br />
mesmo significado.
[Soldado legionário romano usando a armadura Lorica / <strong>Loriga</strong>, origem do nome da vila,<br />
origem do gentílico Loricense / Loriguense e a peça principal e imprescindível do brasão da<br />
vila. <strong>Loriga</strong> orgulha-se do seu nome milenar, um caso raro <strong>de</strong> um nome que se mantem<br />
praticamente inalterado há mais <strong>de</strong> dois mil anos.]<br />
É um caso raro, em Portugal, <strong>de</strong> um nome que se mantem praticamente inalterado há mais<br />
<strong>de</strong> dois mil anos, e tal facto contribui para que a Lorica seja a peça principal do brasão da<br />
vila. O brasão antigo da vila era constituído por uma couraça e uma estrela com sete pontas<br />
em ouro, sendo que o escudo era <strong>de</strong> azul escuro.<br />
Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal<br />
atractivo <strong>de</strong> referência. Os socalcos e sua complexa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> irrigação são um dos gran<strong>de</strong>s<br />
ex-libris <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, uma obra gigantesca construída pelos loricenses ao longo <strong>de</strong> muitas<br />
centenas <strong>de</strong> anos e que transformou um vale belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra<br />
que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, fazendo parte do património<br />
histórico da vila e é <strong>de</strong>monstrativa do génio dos seus habitantes.<br />
Em termos <strong>de</strong> património histórico, <strong>de</strong>stacam-se também a ponte e a estrada romanas<br />
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século<br />
XIII,reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o Bairro <strong>de</strong> São Ginês (São<br />
Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua <strong>de</strong> Viriato. A Rua da Oliveira,<br />
pela sua peculiarida<strong>de</strong>, situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda<br />
algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas<br />
pontes (a outra ruiu no século XVI após uma gran<strong>de</strong> cheia na Ribeira <strong>de</strong> S. Bento), com as<br />
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem <strong>de</strong>staque.
[Troço da estrada romana, na área que por isso ficou conhecida por Calçadas]<br />
[Ponte romana sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.]<br />
A tradição local e diversos antigos documentos apontam <strong>Loriga</strong> como berço <strong>de</strong> Viriato, e no<br />
início do século XX existiu mesmo um movimento loricense para lhe erigir um estátua na<br />
vila, e que infelizmente não chegou a concretizar-se. O documento mais conhecido, embora<br />
não seja o mais antigo, que fala <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> como sendo terra-natal <strong>de</strong> Viriato, é o livro<br />
manuscrito <strong>História</strong> da Lusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580. A actual Rua <strong>de</strong><br />
Viriato, na parte mais antiga do centro histórico da vila, já tinha esse nome no século XII. A<br />
Rua <strong>de</strong> Viriato, no troço compreendido entre as antigas se<strong>de</strong>s do G.D.L. e da Casa do Povo,<br />
correspon<strong>de</strong> exatamente a parte da linha <strong>de</strong>fensiva da antiga povoação lusitana.
[Vestígios medievais <strong>de</strong> uma casa senhorial entretanto alterada, mas na qual ainda se<br />
<strong>de</strong>staca a varanda.]<br />
O Bairro <strong>de</strong> São Ginês (São Gens) é um ex-libris <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e nele <strong>de</strong>staca-se a capela <strong>de</strong><br />
Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida visigótica precisamente <strong>de</strong>dicada àquele santo ao<br />
qual os loricenses passaram a chamar São Ginês, talvez por este nome ser mais fácil <strong>de</strong><br />
pronunciar (aliás não existe nenhum santo com o nome Ginês). Os loricenses esqueceram o<br />
culto <strong>de</strong>ste santo, puseram-lhe a alcunha <strong>de</strong> Ginês (em <strong>Loriga</strong> as alcunhas eram correntes),<br />
<strong>de</strong>ixaram arruinar a ermida e <strong>de</strong>pois reconstruiram-na com o atual orago <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />
do Carmo. A última reconstrução é do início do século XX, como aliás indica a data colocada<br />
na fachada, o que induz em erro os visitantes sobre a antiguida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste local <strong>de</strong> culto.<br />
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos.<br />
O maior, mais antigo e principal, situava-se na área on<strong>de</strong> hoje existem a Igreja Matriz e<br />
parte da Rua <strong>de</strong> Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual<br />
Bairro <strong>de</strong> São Ginês (São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório<br />
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tar<strong>de</strong> a referida ermida <strong>de</strong>dicada<br />
àquele santo.
<strong>Loriga</strong> era uma paróquia criada pelos visigodos, pertencente à Diocese <strong>de</strong> Egitânia, e no<br />
início da nacionalida<strong>de</strong> à Vigariaria do Padroado Real, e a Igreja Matriz foi mandada<br />
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o <strong>de</strong> Santa Maria<br />
Maior e que se mantém, foi construída no local <strong>de</strong> outro antigo e pequeno templo visigótico<br />
também <strong>de</strong>dicado a Nossa Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições<br />
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro, e on<strong>de</strong> foi gravada a data<br />
da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha<br />
<strong>de</strong> Coimbra, esta igreja foi <strong>de</strong>struída pelo sismo <strong>de</strong> 1755, <strong>de</strong>la restando apenas partes <strong>de</strong><br />
alvenaria e das pare<strong>de</strong>s laterais.
[Um fontanário exibindo uma data do início do século XIII, e a praça do município datada<br />
do mesmo século na qual se po<strong>de</strong> ver parte do antigo edifício da câmara municipal,<br />
entretanto alterado e adaptado a residência particular. Infelizmente o pelourinho do século<br />
XIII foi <strong>de</strong>molido e o que se vê na imagem é uma reconstrução.]<br />
O sismo <strong>de</strong> 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência<br />
paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas pare<strong>de</strong>s do edifício da Câmara<br />
Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês <strong>de</strong> Pombal esteve em <strong>Loriga</strong><br />
a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localida<strong>de</strong><br />
serrana muito afectada), não chegou do governo <strong>de</strong> Lisboa qualquer auxílio.
[Algumas das antigas instalações industriais <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. A chamada revolução industrial<br />
chegou a <strong>Loriga</strong> no início do século XIX, transportando para a era mo<strong>de</strong>rna uma ativida<strong>de</strong><br />
artesanal <strong>de</strong> lanifícios que já existia nesta vila há mais <strong>de</strong> 500 anos. <strong>Loriga</strong> orgulha-se da<br />
sua centenária indústria <strong>de</strong> lanifícios, e portanto a roda hidráulica é uma das peças<br />
fundamentais do brasão <strong>de</strong>sta vila.]<br />
<strong>Loriga</strong> é uma vila industrial (têxtil) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do século XIX, no entanto esta ativida<strong>de</strong><br />
já existia há séculos na vila em mol<strong>de</strong>s artesanais, existindo referências pelo menos <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o século XIV. Chegou a ser uma das localida<strong>de</strong>s mais industrializadas da Beira Interior, e a<br />
actual se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX.<br />
Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava <strong>Loriga</strong> no número <strong>de</strong> empresas. Nomes <strong>de</strong><br />
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fân<strong>de</strong>ga, Leitão &<br />
Irmãos,Augusto Luis Men<strong>de</strong>s, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,fazem<br />
parte da rica história industrial <strong>de</strong>sta vila. A principal e maior avenida <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> tem o nome<br />
<strong>de</strong> Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, o mais <strong>de</strong>stacado dos antigos industriais loricenses. Apesar <strong>de</strong>,<br />
por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à velhinha estrada romana <strong>de</strong> Lorica, com<br />
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram <strong>Loriga</strong> numa vila industrial<br />
progressiva, o que confirma o seu génio.<br />
Mas, <strong>Loriga</strong> acabou por ser <strong>de</strong>rrotada por um inimigo político e administrativo, local e<br />
nacional, contra o qual teve que lutar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XIX.<br />
A história da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos <strong>de</strong><br />
uma guerra civil po<strong>de</strong>m ter no futuro <strong>de</strong> uma localida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> uma região.<br />
<strong>Loriga</strong> tinha a categoria <strong>de</strong> se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XII, tendo recebido forais em<br />
1136 ( João Rhânia, senhorio das Terras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> durante cerca <strong>de</strong> duas décadas, no<br />
reinado <strong>de</strong> D.Afonso Henriques ), 1249 ( D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 (<br />
D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra<br />
civil portuguesa, teve o castigo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho em 1855. A conspiração<br />
movida por <strong>de</strong>sejos expansionistas da localida<strong>de</strong> que beneficiou com o facto, precipitou os<br />
acontecimentos. Tratou-se <strong>de</strong> um grave erro político e administrativo como se confirma<br />
pela situação <strong>de</strong>sastrosa em que se encontra a vila e região envolvente; foi, no mínimo, um<br />
caso <strong>de</strong> injusta vingança política, numa época em que não existia <strong>de</strong>mocracia e reinavam o<br />
compadrio e a corrupção e assim, começou o <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> toda a região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> (antigo<br />
concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>). No entanto nada mudou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XIX em relação á atuação dos<br />
politicos, como o confirma a “reorganização” das freguesias efetuada em 2013, na qual<br />
cometeram os mesmos erros.
[Mapas e brasões das freguesias atualmente existentes na área do antigo concelho <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>]<br />
A área on<strong>de</strong> existem as actuais freguesias <strong>de</strong> Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,<br />
Teixeira, Valezim, Vi<strong>de</strong>, e as mais <strong>de</strong> trinta povoações anexas, pertenceu ao Município<br />
Loricense. A vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> situa-se a vinte quilómetros da actual se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho e<br />
algumas freguesias da sua região, situam-se a uma distância muito maior.<br />
A Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação <strong>de</strong><br />
Freguesias da Serra da Estrela, com se<strong>de</strong> na vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. <strong>Loriga</strong> e a sua região possuem<br />
enormes potencialida<strong>de</strong>s turísticas e as únicas pistas e estância <strong>de</strong> esqui existentes em<br />
Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
Se nada <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iramente eficaz for feito, começando pela vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, esta região<br />
estará <strong>de</strong>sertificada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> poucas décadas, o que, tal como em relação a outras<br />
relevantes terras históricas do interior do país, será com certeza consi<strong>de</strong>rado como uma<br />
vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência <strong>de</strong> graves e sucessivos erros nas<br />
políticas <strong>de</strong> coesão, administração e or<strong>de</strong>namento do território. Para evitar tal situação,<br />
vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no<br />
papel: <strong>de</strong>senvolver a vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, pólo e centro da região.
[Os três monumentais fontanários erigidos pela Colónia Loriguense <strong>de</strong> Manaus, Brasil. De<br />
sublinhar que a presença dos primeiros loriguenses no Brasil remonta ao século XVI,<br />
havendo portanto muitos brasileiros que <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> naturais <strong>de</strong>sta vila, no entanto<br />
atualmente poucos conhecem ou assumem essa ascendência.]<br />
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca<br />
<strong>de</strong> 100 <strong>de</strong>graus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas<br />
das características urbanas medievais do centro histórico da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
O bairro <strong>de</strong> São Ginês é um bairro do centro histórico <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> cujas caracteristicas o<br />
tornam num dos bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas <strong>de</strong> São João<br />
eram feitas aqui. Como já referido é curioso o facto <strong>de</strong> este bairro do centro histórico da<br />
vila <strong>de</strong>ver o nome a São Gens, um santo <strong>de</strong> origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no<br />
tempo do imperador Diocleciano, orago <strong>de</strong> uma ermida visigótica situada na área, atual<br />
capela <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo.<br />
Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome do santo para São Ginês, talvez<br />
por ser mais fácil <strong>de</strong> pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do<br />
principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.<br />
[<strong>Loriga</strong> celebrou acordo <strong>de</strong> geminação com a vila, actual cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sacavém, no concelho<br />
<strong>de</strong> Loures, em 1 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1996.]
A paróquia e a Igreja Matriz <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Sabe-se que <strong>Loriga</strong> é uma povoação que tem mais <strong>de</strong> dois mil e seiscentos anos <strong>de</strong><br />
existência no exato local on<strong>de</strong> existe o centro histórico da vila, uma colina entre ribeiras,<br />
<strong>de</strong>fensável e perto <strong>de</strong> duas abundantes linhas <strong>de</strong> água. E a propósito do acesso à água, os<br />
habitantes <strong>de</strong>sta plurimilenar povoação tinham ainda disponível uma nascente, hoje<br />
conhecida por Fonte do Vale, e que sabe-se foi também bastante valorizada mais tar<strong>de</strong> nas<br />
épocas romana e medieval. Sabe-se que nessa época a povoação estendia-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
aproximadamente o local on<strong>de</strong> existe a convergência <strong>de</strong> três ruas, e a área on<strong>de</strong> hoje está o<br />
centro <strong>de</strong> dia da ALATI. A povoação era <strong>de</strong>fendida por muros e paliçadas e sabe-se que a<br />
atual Rua <strong>de</strong> Viriato, no troço entre a antiga se<strong>de</strong> do GDL e a antiga Casa do Povo, coinci<strong>de</strong><br />
exatamente com uma parte <strong>de</strong>ssa linha <strong>de</strong>fensiva da povoação. O local on<strong>de</strong> hoje existem o<br />
adro e a igreja era o ponto central <strong>de</strong>ssa povoação, e assim iria permanecer durante muitos<br />
séculos. É portanto completamente natural que com a cristianização da população e com a<br />
chegada dos Visigodos este local fosse eleito para construir o primeiro templo cristão da<br />
então Lorica.<br />
[Aparência atual da antiga ermida visigótica <strong>de</strong> São Gens, como resultado da última<br />
reconstrução efetuada na data indicada na fachada. Infelizmente os visitantes são<br />
enganados pela aparência mo<strong>de</strong>rna e pela referida data porque nada no local informa sobre<br />
a antiguida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste local <strong>de</strong> culto.]<br />
Sabe-se que os Visigodos construiram pelo menos dois templos em Lorica, e digo pelo<br />
menos porque encontrei indícios, que não consegui confirmar da existência <strong>de</strong> mais uma<br />
ermida além daquela que construíram on<strong>de</strong> hoje está a capela <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo<br />
e que era <strong>de</strong>dicada a S. Gens. A dada altura cheguei a pensar tratar-se da ermida <strong>de</strong> S.<br />
Bento, a tal que <strong>de</strong>u nome à area e à ribeira mas essa, embora confirmadamente já<br />
existisse no século XII não é anterior ao século X. Certo é que os visigodos construíram a<br />
ermida <strong>de</strong> S. Gens, e na época era mesmo uma ermida porque aquele local ficava fora da<br />
povoação então existente, e quanto à escolha daquele local não é <strong>de</strong> excluir a hipótese <strong>de</strong><br />
ser um antigo local <strong>de</strong> culto pagão, dadas as suas caraterísticas. Dada a religiosida<strong>de</strong> dos<br />
loriguenses, é no mínimo estranho que uma <strong>de</strong>voção tão antiga a um santo tenha sido<br />
completamente abandonada, que tenham <strong>de</strong>ixado cair em ruínas a sua ermida e <strong>de</strong>pois a<br />
tenham recuperado mas com outro orago. Não consegui encontrar uma explicação, e como<br />
se isso não bastasse e para completar o “anátema” a que os loriguenses con<strong>de</strong>naram o<br />
santo, mudaram-lhe também o nome <strong>de</strong> São Gens para São Ginês, um santo que nunca<br />
existiu. Mas o pormenor da mudança <strong>de</strong> nome po<strong>de</strong> ser facilmente explicado pela passagem<br />
dos séculos, pelo isolamento e pela “adaptação linguística” que ten<strong>de</strong> a inclinar-se para as
formas mais fáceis, e <strong>Loriga</strong> também é conhecida pelas suas “singularida<strong>de</strong>s linguísticas” e<br />
pelo uso massivo <strong>de</strong> alcunhas.<br />
[A igreja matriz <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> após o último restauro, vendo-se a porta com a pedra<br />
aproveitada do antigo templo visigótico on<strong>de</strong> foi gravada a data da construção. Até pela<br />
aparência das pare<strong>de</strong>s notam-se os efeitos da reconstrução e das várias alterações<br />
efetuadas ao longo dos séculos, e as diferenças entre a alvenaria mais antiga e a mais<br />
recente.]<br />
Também é certo que os visigodos construíram um templo <strong>de</strong>dicado a Nossa Senhora no<br />
exato local on<strong>de</strong> hoje existe a Igreja Matriz, tratando-se <strong>de</strong> uma pequena capela cujas<br />
dimensões não andariam longe das que tem a ermida <strong>de</strong> Nossa Senhora da Guia. Sabe-se<br />
também que na época visigótica <strong>Loriga</strong> tinha o estatuto <strong>de</strong> paróquia, que <strong>de</strong>pendia do bispo<br />
<strong>de</strong> Egitânia ( atual Idanha a Velha ), e que a paróquia abrangia uma área aproximadamente<br />
equivalente ao antigo concelho loricense na sua fase maior, que foi atingida em meados do<br />
século XIX. Obviamente foi impossível saber com exatidão a área da paróquia na época<br />
visigótica mas fiquei surpreendido com a <strong>de</strong>scoberta da mesma e com a existência <strong>de</strong><br />
algumas localida<strong>de</strong>s em redor <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, que ainda existem e das quais apenas duas<br />
atingiram o estatuto <strong>de</strong> freguesias. Nestas andanças da pesquisa histórica há muito tempo<br />
que aprendi que até algumas al<strong>de</strong>ias mais pequenas que alguns consi<strong>de</strong>ram insignificantes<br />
po<strong>de</strong>m <strong>de</strong> facto escon<strong>de</strong>r uma história milenar. Em sentido contrário existem localida<strong>de</strong>s<br />
que hoje têm alguma importância e cujos naturais se esforçam por inventar um longo<br />
passado que nunca existiu. Portanto, os tais “casais” referidos nos “pergaminhos”, cujos<br />
habitantes iam à igreja <strong>de</strong> Lorica ouvir missa, já têm uma longa história que nunca foi<br />
registada, e infelizmente uma <strong>de</strong>ssas localida<strong>de</strong>s foi recentemente e injustamente<br />
amputada do seu estatuto <strong>de</strong> freguesia. E digo igreja <strong>de</strong> Lorica porque o uso da atual versão<br />
do nome romano, ou seja <strong>Loriga</strong>, só se consolidou <strong>de</strong>finitivamente na primeira meta<strong>de</strong> do<br />
século XIII. No início da nacionalida<strong>de</strong>, a consolidação, a administração do território e a<br />
necessária fixação das populações implicava a atribuição <strong>de</strong> forais mas também a criação<br />
<strong>de</strong> condições para a prática do culto, e é por isso frequente ao longo da história a<br />
construção <strong>de</strong> igrejas por iniciativa real. E a esse propósito os reis mandavam construir<br />
igrejas em povoações que já eram se<strong>de</strong> <strong>de</strong> município ou em povoações que seriam elevadas<br />
a essa condição, tudo para ajudar a fixar as populações, e outras medidas eram tomadas<br />
nesse sentido, e por exemplo muitos castelos foram feitos também com esse objetivo. O<br />
pormenor a consi<strong>de</strong>rar é que o estatuto <strong>de</strong> município andava sempre a par com o estatuto<br />
<strong>de</strong> paróquia, portanto as localida<strong>de</strong>s que tinham igrejas eram geralmente se<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
concelho, e seria certo se a igreja fosse mandada construir pelo rei. Sabe-se que a Igreja <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> foi mandada construir pelo rei D. Sancho II em cima da construção do já referido<br />
pequeno templo visigótico do qual foi aproveitada a pedra on<strong>de</strong> foi gravada a data da<br />
construção, o ano <strong>de</strong> 1233. Assim, essa pedra colocada por cima <strong>de</strong> uma das portas laterais<br />
virada para o adro, na igreja atual confirma a sua longa existência, correspon<strong>de</strong>ndo à data<br />
da <strong>de</strong>cisão da construção. A <strong>de</strong>cisão real nesse sentido <strong>de</strong>ve-se principalmente ao facto <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> pertencer à Vigariaria do Padroado Real. A Igreja foi <strong>de</strong>dicada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo a Santa<br />
Maria Maior, um orago que se mantem, sendo um templo românico cuja traça e fachada<br />
principal fazia lembrar a Sé Velha <strong>de</strong> Coimbra, embora obviamente sem a monumentalida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sta.<br />
A<br />
igreja tinha três naves e as dimensões eram próximas das atuais, mas para além disso a
atual igreja nada tem a ver com a antiga e o que vemos ali é fruto <strong>de</strong> várias reconstruções e<br />
alterações, sendo que as mais radicais foram consequência do sismo <strong>de</strong> 1755. Já muita<br />
gente se interrogou sobre o porquê das graves consequências do sismo <strong>de</strong> 1755 em <strong>Loriga</strong>,<br />
e por isso ficam aqui algumas explicações. Em primeiro lugar, <strong>Loriga</strong> está situada num local<br />
geologicamente sensível, num sítio <strong>de</strong> transição entre dois blocos rochosos diferentes, <strong>de</strong><br />
um lado o granito e do outro o xisto, facto que é suficiente para provocar gran<strong>de</strong> agitação<br />
em caso <strong>de</strong> sismo. Além disso, e para piorar a situação, a colina entre ribeiras não é muito<br />
sólida porque foi criada com <strong>de</strong>pósitos arrastados pelo antigo glaciar que rasgou o Vale <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>, e por tudo isso é que as consequências do sismo foram tão graves na vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
De sublinhar que os estragos não se limitaram à Igreja Matriz e o terramoto, além dos<br />
estragos provocados em muitas habitações, provocou o <strong>de</strong>sabamento <strong>de</strong> uma das pare<strong>de</strong>s<br />
da residência paroquial e abriu fendas no robusto edifício da Câmara Municipal, construído<br />
no século XIII, e cujas pare<strong>de</strong>s do rés do chão on<strong>de</strong> funcionava a ca<strong>de</strong>ia, tinham uma<br />
espessura <strong>de</strong> quase dois metros. Os loricenses tiveram que lidar com todos os estragos e<br />
não receberam qualquer ajuda externa, apesar <strong>de</strong> o próprio Marquês <strong>de</strong> Pombal ter sido<br />
informado da grave situação. Felizmente não houve, ou pelo menos não há registos <strong>de</strong><br />
mortos nem feridos graves na vila. Após o sismo que provocou a ruína praticamente<br />
completa, a igreja foi reconstruída com estilo barroco, mas po<strong>de</strong>m ser sublinhadas outras<br />
alterações, algumas das quais nada tiveram a ver com esta reconstrução. Por exemplo,<br />
foram acrescentadas duas capelas uma <strong>de</strong> cada lado da capela-mor, uma das quais foi<br />
<strong>de</strong>pois transformada em capela-sacristia e finalmente em apenas sacristia, e ao lado <strong>de</strong>sta<br />
foi acrescentada outra capela. A escadaria e a porta exteriores que dão acesso ao coro<br />
também não existiam e o acesso aos sinos era feito pelo interior da igreja, sendo que estas<br />
últimas alterações foram feitas como consequência do sismo.<br />
Com o tempo foram feitas alterações e restauros por vezes <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sastrosa por quem<br />
não tinha qualquer sensibilida<strong>de</strong> para a preservação do património e por isso a atual igreja,<br />
embora bela não é tão bonita nem é tão valiosa quanto seria sem essas más intervenções.<br />
No século seguinte ao do sismo, em Setembro <strong>de</strong> 1882, novamente se fez sentir no centro<br />
do país um tremor <strong>de</strong> terra e, por conseguinte também muito sentido em <strong>Loriga</strong>, o qual<br />
pareceu, em principio, não ter gran<strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>. Só que as consequências viriam mais<br />
tar<strong>de</strong>, quando todos pareciam já ter esquecido. Em Novembro seguinte, e quando era<br />
celebrada a missa, estalou a viga mestra da igreja tendo, <strong>de</strong> imediato, sido efetuada a<br />
<strong>de</strong>socupação do templo e retirando algumas imagens e outros artigos. Só no fim do dia<br />
aconteceu o <strong>de</strong>sabamento quase completo da cobertura ficando apenas <strong>de</strong> pé a torre, a<br />
capela-mor e as pare<strong>de</strong>s laterais. Dois anos <strong>de</strong>pois foram terminados os trabalhos da<br />
reconstrução da igreja que, tal como acontecera após o sismo <strong>de</strong> 1755, foi feita pela<br />
população local, toda unida, e foi esta última reconstrução que chegou aos tempos atuais<br />
embora, conforme já foi referido, com alguns “restauros” que a empobreceram.
[Centro histórico da vila, na colina entre as duas ribeiras on<strong>de</strong> foi fundada a povoação há<br />
mais <strong>de</strong> 2600 anos.]
[A Lorica/<strong>Loriga</strong> é a origem do nome da povoação, e é também a origem do gentílico<br />
Loricense/Loriguense, e da principal e insubstituível peça do brasão da vila.]<br />
Vias romanas em Portugal – Vestígios Romanos Georeferenciados em<br />
<strong>Loriga</strong><br />
O nome Lorica aparece como sendo da época romana num documento medieval visigótico<br />
com referências à zona. Foi aliás na época visigótica que a “versão” <strong>Loriga</strong> começou a<br />
substituir o nome latino Lorica que vinha da época romana, mas o nome original dado pelos<br />
romanos só caiu totalmente em <strong>de</strong>suso durante a primeira meta<strong>de</strong> do século XIII.<br />
Depois, aparece novamente em documentos dos séculos X, XI, XII e XIII, principalmente<br />
em documentos do século XII, inclusive quando se fala <strong>de</strong> limites territoriais, on<strong>de</strong> até a<br />
actual Portela do Arão é referida como Portela <strong>de</strong> Lorica, começando mais tar<strong>de</strong> a ser<br />
referida como Portela <strong>de</strong> Aran, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Aarão, e finalmente do Arão.<br />
[Uma imagem da estrada romana na área conhecida propositadamente por Calçadas.]<br />
A estrada romana <strong>de</strong> Lorica era uma espécie <strong>de</strong> estrada estratégica,<strong>de</strong>stinada a ajudar a<br />
controlar os Montes Herminius on<strong>de</strong>, como se sabe, viviam tribos lusitanas muito<br />
aguerridas. Esta estrada ligava entre si duas gran<strong>de</strong>s vias transversais, a que ligava<br />
Conimbriga, a norte, e a que ligava Iaegitania, a sul. Não se sabe quais os locais exactos<br />
dos cruzamentos, mas tudo indica que a norte seria algures perto <strong>de</strong> Ballatucelum, a actual<br />
Boba<strong>de</strong>la.<br />
Quanto aos vestígios da calçada romana original, eles po<strong>de</strong>m encontrar-se na área das<br />
Calçadas, on<strong>de</strong> estiveram na origem <strong>de</strong>ste nome, e dispersos em pequenos vestígios até à<br />
zona da Portela do Arão, tratando-se da mesma estrada.
A título <strong>de</strong> curiosida<strong>de</strong>, informa-se que a estrada romana foi utilizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que foi<br />
construída, provalvelmente por volta <strong>de</strong> finais do século I antes <strong>de</strong> Cristo, até à década <strong>de</strong><br />
trinta do século XX quando entrou em funcionamento a actual EN231. Sem a estrada<br />
romana teria sido impossível o já por si gran<strong>de</strong> feito <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> se tornar um dos maiores<br />
pólos industriais têxteis da Beira Interior durante o século XIX.<br />
– Factos comprovados: Lorica era o antigo nome <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, existiram duas pontes romanas,<br />
uma <strong>de</strong>las ainda existe, e a outra, construída sobre a Ribeira <strong>de</strong> S.Bento, ruiu no século<br />
XVI, e ambas faziam parte da estrada romana que ligava a povoação ao restante império<br />
romano.<br />
A ponte romana que ruiu estava situada a poucas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> metros a jusante da actual<br />
ponte, também construída em pedra mas datada <strong>de</strong> finais do século XIX.<br />
A antiga estrada romana <strong>de</strong>scia pela actual Rua do Porto, subia pela actual Rua do Vinhô,<br />
apanhava parte da actual Rua <strong>de</strong> Viriato passando ao lado da povoação então existente,<br />
subia pelas actuais ruas Gago Coutinho e Sacadura Cabral, passava na actual Avenida<br />
Augusto Luis Men<strong>de</strong>s, na área conhecida por Carreira, seguindo pela actual Rua do Teixeiro<br />
em direcção à ponte romana ainda existente sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
[A ponte romana ainda existente sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.]<br />
Entre a capela <strong>de</strong> São Sebastião e o cemitério, existia um troço <strong>de</strong> Calçada romana bem<br />
conservada que não <strong>de</strong>ixava dúvidas a ninguém sobre a sua verda<strong>de</strong>ira origem, mas<br />
infelizmente uma parte foi <strong>de</strong>struída e a restante soterrada quando fizeram a estrada entre<br />
a Rua do Porto e o cemitério.<br />
Infelizmente o património histórico nunca foi estimado em <strong>Loriga</strong>…<br />
[A ponte sobre a Ribeira <strong>de</strong> São Bento, construída no século XIX para substituir a ponte<br />
romana que ruíu no século XVI após uma gran<strong>de</strong> cheia. A ponte romana foi entretanto<br />
substituída por uma travessia em ma<strong>de</strong>ira, até á construção <strong>de</strong>sta que ficou conhecida por<br />
Ponte do Arrocho. A estrada romana passava por aqui e esteve na origem da contígua Rua<br />
do Porto.]<br />
Numa zona propositadamente conhecida por Calçadas, já afastada da vila, ainda existem<br />
vestígios bem conservados do primitivo pavimento da estrada romana.<br />
[ Citação livre <strong>de</strong> extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>, <strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> – Das origens à extinção do município. ]
[Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong> no site da autarquia local.]
[Brasão <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Coat <strong>of</strong> arms.]<br />
Heráldica Loriguense<br />
Resumo do significado do brasão<br />
Brasão: Escudo <strong>de</strong> azul escuro, uma Lorica/<strong>Loriga</strong> em vermelho realçada <strong>de</strong> prata,entre<br />
duas rodas hidráulicas a negro e realçadas <strong>de</strong> branco; Em chefe uma estrela <strong>de</strong> ouro, e na<br />
base dois montes e duas linhas <strong>de</strong> água.<br />
Coroa mural <strong>de</strong> prata <strong>de</strong> quatro torres. Listel <strong>de</strong> prata,com a legenda a negro:«LORIGA»<br />
[Ban<strong>de</strong>ira da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Flag]<br />
Ban<strong>de</strong>ira: Esquartelada a azul e branco. Cordão e borlas <strong>de</strong> ouro. Haste e lança <strong>de</strong> ouro. O<br />
azul e o branco representam o céu, as àguas límpidas, a neve, a beleza, a pureza e as cores<br />
da ban<strong>de</strong>ira portuguesa no início da nacionalida<strong>de</strong>.<br />
Selo: Redondo, contendo no seu interior os mesmos símbolos do brasão, e com a legenda:<br />
«Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>»<br />
Principal simbologia: Como peça central a Lorica,antiga couraça guerreira, origem do nome<br />
multimilenar, lembra as origens remotas da povoação e a história antiga da vila.<br />
As duas rodas hidráulicas simbolizam a duas vezes centenária indústria loriguense, criada<br />
com o engenho das gentes <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e que fizeram a vila <strong>de</strong>stacar-se ainda mais na região.<br />
Eram as rodas hidráulicas que moviam as primitivas fábricas instaladas ao longo das duas<br />
ribeiras que banham a vila. Esses abundantes recursos hídricos foram também <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
tempos mais remotos aproveitados para mover moínhos.<br />
A estrela <strong>de</strong> ouro simboliza a Serra da Estrela. Po<strong>de</strong> também simbolizar a vila como uma<br />
estrela <strong>de</strong>ntro da Estrela, e o ponto <strong>de</strong> referência dos inúmeros emigrantes loricenses<br />
espalhados pelo mundo.<br />
Os montes na base simbolizam os belos e ver<strong>de</strong>jantes montes, por vezes cobertos <strong>de</strong> neve,<br />
que la<strong>de</strong>iam o belíssimo Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a sua espectacular Garganta <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, uma<br />
alusão à bela e singular paisagem.<br />
Heráldica histórica da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
[O antigo brasão <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> era constituído por uma lorica/loriga e uma estrela <strong>de</strong> sete<br />
pontas em ouro, sobre um escudo azul escuro e dispostas <strong>de</strong>sta forma. A lorica/loriga era<br />
uma alusão á valentia dos naturais traduzida no duas vezes milenar nome da vila, e a<br />
estrela <strong>de</strong> sete pontas simbolizava a Serra da Estrela e os “sete cabeços”. Dizia-se: ”<strong>Loriga</strong><br />
não precisa <strong>de</strong> muralhas porque ninguém consegue <strong>de</strong>rrubar os sete cabeços” (montes que<br />
ro<strong>de</strong>iam a vila).]<br />
[As principais propostas da heráldica <strong>de</strong>senhada por António Con<strong>de</strong> e aprovada pelas<br />
autorida<strong>de</strong>s competentes. O brasão do lado direito é o que está em uso.]
LORICA - LUSITANIA --- LORIGA - PORTUGAL --- Land <strong>of</strong> VIRIATHUS<br />
LORICA - LUSITANIA --- LORIGA - PORTUGAL --- Land <strong>of</strong> VIRIATHUS<br />
A vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> vestida <strong>de</strong> branco<br />
LORICA - LUSITANIA - LORIGA - PORTUGAL - LAND OF VIRIATHUS
Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Serra da Estrela<br />
Vale glaciar <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
--------------------------<br />
<strong>Loriga</strong>'s Docs<br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>,<br />
“<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Das origens à extinção do município”<br />
/ <strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – Excerpts from the work <strong>of</strong> the historian António<br />
Con<strong>de</strong>, “Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – From the Origins to the<br />
extinction <strong>of</strong> the municipality”<br />
Outros sites sobre <strong>Loriga</strong> / Others sites about <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
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<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
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<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
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<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Outros sites sobre <strong>Loriga</strong> / Others sites about <strong>Loriga</strong>
Freguesias da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> [área do antigo Município Loriguense]<br />
[Mapa da área do antigo Município Loricense, das atuais sete freguesias fundadoras da
Associação <strong>de</strong> Freguesias da Serra da Estrela, com se<strong>de</strong> nesta vila.]<br />
Alvoco da Serra<br />
Alvoco da Serra é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 37,57 km² <strong>de</strong> área e<br />
646 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 17,2 hab/km². A freguesia é constituída por cinco<br />
localida<strong>de</strong>s: Alvoco da Serra (se<strong>de</strong> da freguesia), Outeiro da Vinha, Vasco Esteves <strong>de</strong> Baixo,<br />
Vasco Esteves <strong>de</strong> Cima e Aguincho. Alvoco da Serra recebeu foral <strong>de</strong> D. Manuel I em 17 <strong>de</strong><br />
Fevereiro <strong>de</strong> 1514, data em que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> pertencer ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Foi vila e se<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> concelho entre esta data e 1828, ano em que o concelho foi extinto. Tinha, em 1801, 667<br />
habitantes. Entre 1828 e 1855 pertenceu novamente ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, após o que<br />
passou a integrar o concelho <strong>de</strong> Seia.<br />
Cabeça<br />
Cabeça é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 8,55 km² <strong>de</strong> área e 229<br />
habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 26,8 hab/km². Durante muitos anos foi conhecida como São<br />
Romão <strong>de</strong> Cabeça. Até ao século XIX pertenceu ao concelho, à paróquia e à freguesia <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>. A sua população vive em gran<strong>de</strong> parte da agricultura e da pastorícia. António <strong>de</strong><br />
Almeida Santos, ministro em vários Governos, ex-presi<strong>de</strong>nte da Assembleia da República,<br />
filho <strong>de</strong> uma loricense, nasceu em Cabeça, numa época em que a sua mãe dava aulas na<br />
escola primária local.
Sazes da Beira<br />
Sazes da Beira é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 6,39 km² <strong>de</strong> área e<br />
341 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 53,4 hab/km². A primeira fixação <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong>u-se<br />
(supõe-se) no século XV, no lugar chamado <strong>de</strong> “Sazes Velho”. Em 1527 tinha a al<strong>de</strong>ia 65<br />
pessoas. No entanto e continuando à procura <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> da água levou à fundação do<br />
que é hoje a al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Sazes da Beira propriamente dita. Não se sabe a data da fundação da<br />
sua freguesia/paróquia, mas sabe-se que foi no início do século XVIII. Em 1731 é edificada<br />
a sua Igreja Matriz. Des<strong>de</strong> a sua fundação, Sazes pertenceu sempre ao concelho <strong>de</strong><br />
Sandomil até à extinção <strong>de</strong>ste em 1836, data em que passou a pertencer ao município <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>. No meio <strong>de</strong> todas as remo<strong>de</strong>lações administrativas s<strong>of</strong>ridas (em que Sandomil<br />
esteve prestes a pertencer ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>), a freguesia <strong>de</strong> Sazes (correspon<strong>de</strong>nte a<br />
todo o território da sua paróquia) pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até 1855, data em que<br />
este foi extinto.<br />
Teixeira<br />
Teixeira é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 12,88 km² <strong>de</strong> área e 233<br />
habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 18,1 hab/km². Pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até 1514<br />
data em que Alvoco da Serra recebeu foral <strong>de</strong> D. Manuel I, passando <strong>de</strong>pois a fazer parte da<br />
paróquia da Vi<strong>de</strong> no início do século XVII. Voltou a ser incluída plenamente no município <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>, a partir <strong>de</strong> 1828 e até 1855, passando então para o concelho <strong>de</strong> Seia ao qual<br />
pertence actualmente.
Valezim<br />
Valezim é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 10,94 km² <strong>de</strong> área, 382<br />
habitantes (2001) e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 34,9 hab/km².<br />
A hipótese mais aceite é que o nome provém <strong>de</strong> vallecinus (palavra do latim para vale<br />
pequeno). Existe uma lenda sobre a origem do nome, que não faz sentido, mas que tal<br />
como muitas outras lendas teve origem em factos históricos reais. Segundo essa lenda os<br />
mouros terão sido expulsos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e ao chegarem ao local exclamaram: neste vale sim !<br />
De facto a dada altura os mouros foram expulsos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, e até é possível que tenham<br />
fundado a povoação, mas concerteza que não falavam português. As principais activida<strong>de</strong>s<br />
económicas da população estão ligadas à agricultura e pastorícia, turismo <strong>de</strong> habitação e à<br />
construcção civil. O seu primeiro foral é atribuído em 1201, por D. João <strong>de</strong> Foyle. Em 1514 é<br />
renovado por D. Manuel I, e passa constituir um concelho formado apenas pela freguesia da<br />
se<strong>de</strong>. Entre os anos <strong>de</strong> 1836 e 1855 pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Nessa data foi<br />
integrado no concelho <strong>de</strong> Seia, on<strong>de</strong> pertence. A sua maior festivida<strong>de</strong> é em honra <strong>de</strong> Nossa<br />
Senhora da Saú<strong>de</strong>, realizada anualmente, no primeiro Domingo <strong>de</strong> Setembro.<br />
Vi<strong>de</strong><br />
Vi<strong>de</strong> é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 51,25 km² <strong>de</strong> área e 843<br />
habitantes (2001), com uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 16,4 hab/km².<br />
Está situada na zona centro do país, no Parque Natural da Serra da Estrela, a uma distância<br />
<strong>de</strong> 25 Km da Torre. A freguesia engloba as seguintes e pequenas povoações anexas:<br />
Abitureira, Baiol, Balocas, Baloquinhas, Barreira, Barriosa, Barroco da Malhada,<br />
Borracheiras, Carvalhinho, Casal do Rei, Casas Figueiras, Ci<strong>de</strong>, Chão Cimeiro, Couce<strong>de</strong>ira,<br />
Costeiras, Fontes do Ci<strong>de</strong>, Foz da Rigueira, Foz do Vale, Frádigas, Gondufo, Lamigueiras,<br />
Malhada das Silhas, Monteiros, Muro, Obra, Outeiro, Ribeira, Ro<strong>de</strong>ado, Sarnadinha, Silvadal<br />
e Vale do Ci<strong>de</strong>.<br />
Pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até ao início do século XVII, época em que ganhou alguma<br />
autonomia com a promoção a paróquia mas continuando <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e sem nunca<br />
receber foral e consequentemente categoria <strong>de</strong> vila, facto que se reflete no seu brasão.<br />
Essa situação ambigua durou até ao início do século XIX (1834), tendo nessa época sido<br />
reintegrada plenamente no município loriguense até 1855, ano em que foi integrada no<br />
concelho <strong>de</strong> Seia. Em 1801 era constituída apenas pela se<strong>de</strong> e tinha 750 habitantes.<br />
Últimos estudos, levados a cabo em 2002, confirmam que o povoamento do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
em cujo extremo se encontra Vi<strong>de</strong>, remonta aos finais do Paleolítico Superior. Entre as<br />
zonas <strong>de</strong> Entre-águas e <strong>de</strong> Ferradurras, nesta freguesia, há alguns núcleos rochosos que<br />
possuem várias inscrições rupestres, os maiores <strong>de</strong>scobertos até agora, que foram objecto<br />
<strong>de</strong> estudo por parte da Associação Portuguesa <strong>de</strong> Investigação Arqueológica, e que<br />
segundo os traços gerais apresentados, pertencem à Ida<strong>de</strong> do Bronze. No entanto existem<br />
outros vestigios <strong>de</strong>ssa época, que se esten<strong>de</strong>m ao logo do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até ás<br />
proximida<strong>de</strong>s da vila com o mesmo nome. A al<strong>de</strong>ia da Vi<strong>de</strong> tem vários acessos sendo os<br />
principais a EN 230, que vem <strong>de</strong> Oliveira do Hospital e entrontronca com a EN231, e a EN<br />
238, na Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, cruzamento com a EN 231 que une <strong>Loriga</strong> a Seia.
[Mapa da área do antigo Município Loricense, das atuais sete freguesias fundadoras da<br />
Associação <strong>de</strong> Freguesias da Serra da Estrela, com se<strong>de</strong> nesta vila.]
[Limites aproximados do antigo município <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> ao longo da história, entre 1136 e<br />
1855.]<br />
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<strong>Loriga</strong><br />
Vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
LORICA - LUSITANIA | LORIGA - PORTUGAL<br />
<strong>Loriga</strong> - Serra da Estrela - Portugal<br />
Mais <strong>de</strong> 2600 anos <strong>de</strong> existência, vila <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XII e capital da neve em Portugal
município" / <strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> - Excerpts from the work <strong>of</strong> the historian António Con<strong>de</strong>, "Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> - From<br />
40.3204694; -7.6661528<br />
LORIGA - PORTUGAL<br />
<strong>Loriga</strong> is an ancient, beautiful and historic portuguese town, located in the Serra da Estrela mountains.<br />
Known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica by the Romans, it is more than 2600 years old.<br />
Notable people from <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong> Viriathus ( known as Viriato in Portuguese ), a famous Lusitanian lea<strong>de</strong>r and portuguese national hero.<br />
<strong>Loriga</strong> as enormous touristics potentialities and they are the only ski resort and ski trails existing in Portugal ( <strong>Loriga</strong> is the Lusian Capital<br />
and the capital <strong>of</strong> the snow in Portugal ).<br />
<strong>Loriga</strong> is a town in Portugal located in Guarda District. <strong>Loriga</strong> is 20 km away from Seia, 40 km away from Viseu, 80 km away from Guarda<br />
and 320 km from Lisbon. It is nestled in the Serra da Estrela<br />
mountain range. The population is 789 (2015 estimate).<br />
It is known as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape: a town surroun<strong>de</strong>d by mountains.<br />
Known to be settled by the Lusitanians, the town is more than 2600 years old and was part <strong>of</strong> the Roman province <strong>of</strong> Lusitania. It was<br />
known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica by the Romans.<br />
<strong>Loriga</strong> became a textile manufacturing center in the begin-19th century. While that industry has since dissipated, today the town attracts a<br />
sizable tourist tra<strong>de</strong> due to its picturesque scenery and vicinity to<br />
<strong>Loriga</strong> is 20 km away from Seia, 40 km away from Viseu, 80 km away<br />
from Guarda and 320 km from Lisbon. It is nestled in the Serra da Estrela<br />
mountain range.<br />
It is known as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape: a small town<br />
surroun<strong>de</strong>d by mountains.<br />
Known to be settled by the Lusitanians, the town is more than 2600 years old and<br />
was part <strong>of</strong> the Roman province <strong>of</strong> Lusitania. It was known as Lobriga by the<br />
Lusitanians and Lorica by the Romans.<br />
<strong>Loriga</strong> became a textile manufacturing center in the begin-19th century. While that industry has since dissipated, today the town attracts a<br />
sizable tourist tra<strong>de</strong> due to its picturesque scenery and vicinity to<br />
the <strong>Loriga</strong> Ski Resort, the only ski center in Portugal, totally insi<strong>de</strong> the town limits.<br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>, "<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção do<br />
the Origins to the extinction <strong>of</strong> the municipality"<br />
Coordinates: 40°19′13.69″N 7°39′58.15″W / 40.3204694°N 7.6661528°W /<br />
<strong>Loriga</strong><br />
Civil Parish (Vila)<br />
The valley parish <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> in the shadow <strong>of</strong> the Serra da Estrela<br />
Official name: Vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Country - Portugal
40.3204694; -7.6661528<br />
- location - Largo da Fonte do Mouro, <strong>Loriga</strong><br />
vila) in south-central part <strong>of</strong> the municipality <strong>of</strong> Seia, in central<br />
Region - Centro, Portugal<br />
Subregion - Serra da Estrela<br />
District - Guarda<br />
Municipality - Seia<br />
Localities - Fontão, <strong>Loriga</strong><br />
Landmark - Torre (Serra da Estrela)<br />
Rivers - Ribeira <strong>de</strong> São Bento, Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Center <strong>Loriga</strong><br />
- elevation 1,293 m (4,242 ft)<br />
- coordinates 40°19′13.69″N 7°39′58.15″W / 40.3204694°N 7.6661528°W /<br />
Length - 4.21 km (3 mi), Northwest-Southeast<br />
Width - 13.78 km (9 mi), Southwest-Northeast<br />
Area - 36.25 km² (14 sq mi)<br />
Population - 789 (2015)<br />
Density - 21.76 / km² (98 / sq mi)<br />
LAU - Vila/Junta Freguesia<br />
Timezone - WET (UTC0)<br />
- summer (DST)WEST (UTC+1)<br />
ISO 3166-2 co<strong>de</strong>PT-<br />
Postal Zone - 6270-073 <strong>Loriga</strong><br />
Area Co<strong>de</strong> & Prefix - (+351) 238 XXX XXX<br />
Demonym - Loriguense or Loricense<br />
Patron Saint - Santa Maria Maior<br />
Parish Address - Largo da Fonte do Mouro, 1019<br />
6270-073 <strong>Loriga</strong><br />
Statistics from INE (2001); geographic <strong>de</strong>tail from Instituto Geográfico<br />
Português (2010)<br />
<strong>Loriga</strong> (Portuguese pronunciation: [lo ˈɾiɡɐ]) is a town (Portuguese:<br />
Portugal. Part <strong>of</strong> the district <strong>of</strong> Guarda, it is 20 km away from Seia,<br />
40 km away from Viseu, 80 km away from Guarda and 320 km from Lisbon,<br />
nestled in the Serra da Estrela mountain range. In 2015, estimates have the<br />
resi<strong>de</strong>nt population at about 789 inhabitants, in an area <strong>of</strong> 36.25 km² that<br />
inclu<strong>de</strong>s the two localities, the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> and the village <strong>of</strong> Fontão.
areas. The larger, ol<strong>de</strong>r and principal agglomeration was situated in the area <strong>of</strong><br />
Gens), a local ex-libris, is the location <strong>of</strong> the chapel <strong>of</strong> Nossa Senhora do<br />
Carmo, an ancient Visigothic chapel. São Gens, a Celtic saint, martyred in Arles<br />
church, was to the invokation <strong>of</strong> Santa Maria Maior, and constructed over the<br />
<strong>History</strong><br />
<strong>Loriga</strong> was foun<strong>de</strong>d originally along a column between ravines where today the historic<br />
centre exists. The site was ostensibly selected more than 2600 years ago, owing<br />
to its <strong>de</strong>fensibility, the abundance <strong>of</strong> potable water and pasturelands, and<br />
lowlands that provi<strong>de</strong>d conditions to practice both hunting and<br />
gathering/agriculture.<br />
When the Romans arrived in the region, the settlement was concentrated into two<br />
the main church and Rua <strong>de</strong> Viriato, fortified with a wall and palisa<strong>de</strong>. The<br />
second group, in the Bairro <strong>de</strong> São Ginês, were some small homes constructed on<br />
the rocky promintory, which were later appropriated by the Visigoths in or<strong>de</strong>r to<br />
construct a chapel. The 1st century Roman road and two bridges (the second<br />
was <strong>de</strong>stroyed in the 17th century after flooding) connected the outpost <strong>of</strong><br />
Lorica to the rest <strong>of</strong> their Lusitanian province. The barrio <strong>of</strong> São Ginês (São<br />
na Gália, during the reign <strong>of</strong> Emperor Diocletian, and over time the locals began<br />
to refer to this saint as São Ginês, due to its easy <strong>of</strong> pronunciation.<br />
Middle Ages<br />
<strong>Loriga</strong> was the municipal seat since the 12th century,<br />
receiving forals in 1136 (João Rhânia, master <strong>of</strong> the Terras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> for over<br />
two <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s, during the reign <strong>of</strong> Afonso Henriques), 1249 (during the reign <strong>of</strong><br />
Afonso III), 1474 (un<strong>de</strong>r King Afonso V) and finally in 1514 (by King Manuel<br />
I).<br />
<strong>Loriga</strong> was an ecclesiastical parish <strong>of</strong> the vicarage <strong>of</strong> the Royal Padroado and<br />
its Matriz Church was or<strong>de</strong>red constructed in 1233, by King Sancho II. This<br />
ancient small Visigothic chapel (there is a lateral block with Visigoth<br />
inscriptions visible). Constructed in the Romanesque-style it consists <strong>of</strong> a<br />
three-nave building, with hints <strong>of</strong> the Sé Velha <strong>of</strong> Coimbra. This structure was<br />
<strong>de</strong>stroyed during the 1755 earthquake, and only portions <strong>of</strong> the lateral walls<br />
were preserved.<br />
The 1755 earthquake resulted in significant damage to the town<br />
<strong>of</strong> <strong>Loriga</strong>, <strong>de</strong>stroying homes and the parcochial resi<strong>de</strong>nce, in addition to<br />
opening-up cracks and faults in the village's larger buildings, such as the<br />
historic municipal council hall (constructed in the 13th century). An
century. It was one <strong>of</strong> the few industrialized centres in the Beira Interior<br />
region, even supplanting Seia until the middle <strong>of</strong> the 20th century. Only<br />
Seia, 80 kilometres from Guarda and 300 kilometres from the national capital<br />
(Lisbon). A main town is accessible by the national roadway E.N. 231, that<br />
emissary <strong>of</strong> the Marquess <strong>of</strong> Pombal actually visited <strong>Loriga</strong> to evaluate the<br />
damage (something that did not happen in other mountainous parishes, even<br />
Covilhã) and provi<strong>de</strong> support.<br />
The resi<strong>de</strong>nts <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> supported the Absolutionist forces <strong>of</strong> the Infante Miguel<br />
<strong>of</strong> Portugal against the Liberals, during the Portuguese Liberal Wars, which<br />
resulted in <strong>Loriga</strong> being abandoned politically after Miguel's explusion by his<br />
brother King Peter. In 1855, as a consequence <strong>of</strong> its support, it was stripped<br />
<strong>of</strong> municipal status during the municipal reforms <strong>of</strong> the 19th century. At the<br />
time <strong>of</strong> its municipal <strong>de</strong>mise (October 1855), the municipality <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong>d<br />
the parishes <strong>of</strong> Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim and<br />
Vi<strong>de</strong>, as well as thirty other disincorporated villages.<br />
<strong>Loriga</strong> was an industrial centre for textile manufacturing during the 19th<br />
Covilhã out-preformed <strong>Loriga</strong> in terms <strong>of</strong> businesses operating from its lands;<br />
companies such as Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fân<strong>de</strong>ga, Leitão<br />
& Irmãos, Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral and Lorimalhas,<br />
among others. The main roadway in <strong>Loriga</strong>, Avenida Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, is<br />
named for one <strong>of</strong> the towns most illustrious industrialists. The wool industry<br />
started to <strong>de</strong>cline during the last <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s <strong>of</strong> the 20th century, a factor that<br />
aggravated and accelerated the <strong>de</strong>cline <strong>of</strong> the region.<br />
Geography<br />
Known<br />
locally as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape that inclu<strong>de</strong>s a<br />
principal settlement nestled in the mountains <strong>of</strong> the Serra da Estrela Natural<br />
Park. It is located in the south-central part <strong>of</strong> the municipality <strong>of</strong> Seia,<br />
along the southeast part <strong>of</strong> the Serra, between several ravines, but specifically<br />
the Ribeira <strong>de</strong> São Bento and Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>; it is 20 kilometres from<br />
connects directly to the region <strong>of</strong> the Serra da Estrela by way <strong>of</strong> E.N.338 (which<br />
was completed in 2006), or through the E.N.339, a 9.2 kilometre access that<br />
transits some <strong>of</strong> the main elevations (960 metres near Portela do Arão or Portela<br />
<strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, and 1650 metres around the Lagoa Comprida).<br />
The region is carved by U-shaped glacial valleys, mo<strong>de</strong>lled by the movement <strong>of</strong><br />
ancient glaciers. The main valley, Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> was carved by longitudanal<br />
abrasion that also created roun<strong>de</strong>d pockets, where the glacial resistance was
minor. Starting at an altitu<strong>de</strong> <strong>of</strong> 1991 metres along the Serra da Estrela the<br />
cliffs, alluvial plains and glacial lakes <strong>de</strong>posited during millennia <strong>of</strong> glacial<br />
erosion, and surroun<strong>de</strong>d by rare ancient forest that surroun<strong>de</strong>d the lateral<br />
industries, bread-making, commercial shops, restaurants and agricultural support<br />
valley <strong>de</strong>scends abruptly until 290 metres above sea level (around Vi<strong>de</strong>), passing<br />
villages such as Cabeça, Casal do Rei and Muro. The central town, <strong>Loriga</strong>, is<br />
seven kilometres from Torre (the highest point), but the parish is sculpted by<br />
flanks <strong>of</strong> these glaciers.<br />
Economy<br />
Textiles are the principal local export; <strong>Loriga</strong> was a hub the textile and wool industries during the<br />
mid-19th century, in addition to being subsistence agriculture responsible for<br />
the cultivation <strong>of</strong> corn. The Loriguense economy is based on metallurgical<br />
services.<br />
While that textile industry has since dissipated, the town began to attract a<br />
tourist tra<strong>de</strong> due to its proximity to the Serra da Estrela and <strong>Loriga</strong> Ski<br />
Resort (the only ski center in Portugal), which was constructed within the<br />
parish limits.<br />
By António Con<strong>de</strong> - <strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> - Excerpts from the work <strong>of</strong> the historian António Con<strong>de</strong>, "Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> -<br />
From the Origins to the extinction <strong>of</strong> the municipality"<br />
**************************************************************************************************<br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>, "<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção do<br />
município"<br />
LORIGA - LORICA LUSITANORUM<br />
CASTRUM EST - <strong>História</strong> concisa <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>Loriga</strong> é uma vila e freguesia portuguesa, situada<br />
na Serra da Estrela, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² <strong>de</strong> área, e<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 21,60 hab/km² (2015).<br />
<strong>Loriga</strong> encontra-se a 80km da Guarda e 300km <strong>de</strong> Lisboa.<br />
A vila é acessível pela EN 231, e tem acesso à Torre<br />
pela EN 338, seguindo<br />
um traçado projectado décadas atrás, com um percurso <strong>de</strong> 9.2<br />
km <strong>de</strong> paisagens <strong>de</strong>slumbrantes, entre as cotas
Gentílico: Loricense ou loriguense<br />
Orago: Santa Maria Maior<br />
Há décadas foi chamada a "Suíça Portuguesa" <strong>de</strong>vido às<br />
(1771m), e é abraçada por dois cursos <strong>de</strong> água: a<br />
Loricense, a Casa <strong>de</strong> Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais <strong>de</strong> relevo, a<br />
GNR,Correios, serviços bancários, farmácia, Escola EB1 e pré-escolar, praia fluvial, estância <strong>de</strong> esqui (única<br />
960m (Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>) e 1650m, acima da Lagoa<br />
Comprida on<strong>de</strong> entronca com a EN 339.<br />
A àrea urbana da vila encontra-se a uma altitu<strong>de</strong><br />
que varia entre os 770m e os 1200m.<br />
Código Postal: 6270<br />
características da sua belíssima paisagem. Está<br />
situada a partir <strong>de</strong> 770m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>, ro<strong>de</strong>ada por<br />
montanhas,todas com mais <strong>de</strong> 1500m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong><br />
das quais se <strong>de</strong>stacam a Penha dos<br />
Abutres (1828m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>) e a Penha do Gato<br />
Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a Ribeira <strong>de</strong> S.Bento, as quais<br />
se unem <strong>de</strong>pois da E.T.A.R. da vila. A Ribeira <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> é um dos maiores afluentes do Rio Alva.<br />
Vila<br />
A vila está dotada <strong>de</strong> uma ampla gama <strong>de</strong> infrastrutras,como por exemplo,a<br />
Escola C+S Dr.Reis Leitão, a Banda Filarmónica <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, fundada em 1905, o corpo <strong>de</strong> Bombeiros<br />
Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, cujos serviços se <strong>de</strong>senvolvem na àrea do antigo Município<br />
Associação Loriguense <strong>de</strong> Apoio Terceira Ida<strong>de</strong>, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, Posto da<br />
em Portugal), etc .<br />
Ao longo do ano celebram-se <strong>de</strong> maneira especial o Natal, a Páscoa (com a<br />
tradicional Amenta das Almas) e festas em honra <strong>de</strong> S. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião<br />
(durante o mês <strong>de</strong> Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das<br />
festivida<strong>de</strong>s religiosas é a festa <strong>de</strong>dicada NªSrª da Guia, padroeira da diáspora loricense, que se realiza<br />
todos os anos, no primeiro domingo <strong>de</strong> Agosto.<br />
Acordos <strong>de</strong> geminação: <strong>Loriga</strong> celebrou acordo <strong>de</strong> geminação com: A vila, actual cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sacavém, no concelho <strong>de</strong> Loures, em 1 <strong>de</strong><br />
Junho <strong>de</strong> 1996.<br />
________________________________________________<br />
<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
Lorica, foi o nome dado pelos Romanos a Lobriga, povoação que foi, nos<br />
latim, é nome <strong>de</strong> antiga couraça guerreira, <strong>de</strong> que <strong>de</strong>rivou <strong>Loriga</strong>, com o mesmo<br />
significado. Os próprios soldados e legionários romanos usavam Lorica. Os<br />
céltica. Lobriga, foi uma importante povoação fortificada, Celta e<br />
Viriato, natural <strong>de</strong> Lobriga, hoje a villa <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, no cimo da Serra da<br />
Estrêla, Bispado <strong>de</strong> Coimbra, ao qual, aos quarenta annos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, aclamarão<br />
147..." .A rua principal, da àrea mais antiga do centro histórico da vila<br />
a.C.), com que os Romanos ligaram Lorica ao restante império. A ponte romana<br />
Hermínios (actual Serra da Estrela),um forte bastião lusitano contra os<br />
invasores romanos. Os Hermínius foram a maior fortaleza lusitana e Lorica<br />
situada no coração <strong>de</strong>ssa fortaleza, perto do ponto mais alto. Lorica, do<br />
Romanos puseram-lhe tal nome, <strong>de</strong>vido à sua posição estratégica na serra, e<br />
ao seu protagonismo durante a guerra com os Lusitanos (* LORICA LUSITANORUM<br />
CASTRUM EST). É um caso raro em Portugal <strong>de</strong> um nome que se mantém praticamente<br />
inalterado há dois mil anos, sendo altamente significativo da antiguida<strong>de</strong> e<br />
da história da povoação (por isso,a couraça é a peça central e principal do<br />
brasão histórico da vila).<br />
A povoação foi fundada estratégicamente no alto <strong>de</strong> uma colina,entre duas<br />
ribeiras,num belo vale <strong>de</strong> origem glaciar.Desconhece-se,como é evi<strong>de</strong>nte,a<br />
longínqua data da sua fundação,mas sabe-se que a povoação existe há mais<br />
<strong>de</strong> dois mil e seiscentos anos,e surgiu originalmente no mesmo local on<strong>de</strong><br />
hoje está o centro histórico da vila.No Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,on<strong>de</strong> a presença<br />
humana é um facto há mais <strong>de</strong> cinco mil anos,existem actualmente,além da<br />
vila,as al<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Cabeça,Muro,Casal do Rei,e Vi<strong>de</strong>.<br />
Da época pré- romana existe, por exemplo uma sepultura antropomórfica com<br />
mais <strong>de</strong> dois mil anos, num local on<strong>de</strong> existiu um antigo santuário, numa<br />
época em que o nome da povoação era Lobriga, etimologia <strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nte origem<br />
Lusitana, na serra.<br />
A tradição local, e diversos antigos documentos, apontam <strong>Loriga</strong> como tendo<br />
sido berço <strong>de</strong> Viriato, que terá nascido nos Hermínios on<strong>de</strong> foi pastor<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança. É interessante a <strong>de</strong>scrição existente no livro manuscrito<br />
<strong>História</strong> da Luzitânia, do Bispo-Mor do Reino (1580): "...Suce<strong>de</strong>u o pastor<br />
Rey dos Luzitanos, e casou em Évora com huma nobre senhora no anno<br />
<strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, tem o nome <strong>de</strong> Viriato, em sua homenagem.<br />
Ainda hoje existem partes da estrada, e uma das duas pontes (século I<br />
ainda existente, sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, está em bom estado <strong>de</strong><br />
conservação, e é um bom exemplar da arquitectura da época.
(Alpedrinha), Sellium (Tomar), Scallabis (Santarém), Olisipo (Lisboa) e a<br />
(Con<strong>de</strong>ixa) e Aeminium (Coimbra). Era uma espécie <strong>de</strong> estrada estratégica<br />
Viriato, sendo <strong>de</strong>fendido por muros e paliçadas. O outro núcleo, constituído<br />
Hermínios, e que entretanto foram abandonados. Isso aconteceu porque esses<br />
<strong>Loriga</strong>. No século XVIII ainda eram visíveis as ruínas das fundações das<br />
<strong>Loriga</strong>, foi também importante para os Visigodos, os quais criaram a paróquia e <strong>de</strong>ixaram uma<br />
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano. A ermida s<strong>of</strong>reu obras <strong>de</strong><br />
Carmo. Com a passagem dos séculos, os loricenses passaram a conhecer o santo<br />
vila. A actual <strong>de</strong>rivação do nome romano, <strong>Loriga</strong>, começou a ser usada pelos<br />
A estrada romana ligava Lorica a Egitânia (Idanha-a-Velha), Talabara<br />
Longóbriga (Longroiva), Verurium (Viseu), Balatucelum (Boba<strong>de</strong>la), Conímbriga<br />
<strong>de</strong>stinada a ajudar a controlar os montes Hermínios on<strong>de</strong> viviam tribos<br />
lusitanas muito aguerridas.<br />
Quando os romanos chegaram,a povoação estava dividida em dois núcleos<br />
separados por poucas centenas <strong>de</strong> metros. O maior, mais antigo e principal<br />
situava-se na àrea on<strong>de</strong> hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua <strong>de</strong><br />
apenas por algumas habitações, situava-se mais acima j unto a um pequeno<br />
promontório rochoso, em cima do qual mais tar<strong>de</strong> os Visigodos construíram<br />
uma ermida <strong>de</strong>dicada a S.Gens.<br />
Com o domínio romano, cresceu a importância <strong>de</strong> Lorica, uma povoação castreja<br />
que recebeu populações <strong>de</strong> castros existentes noutros locais dos<br />
castros estavam localizados em sítios on<strong>de</strong> a única vantagem existente era<br />
a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa. Sítios que,ao contrário <strong>de</strong> Lorica, eram apenas um<br />
local <strong>de</strong> refúgio, on<strong>de</strong> as habitações estavam afastadas dos recursos<br />
necessários à sobrevivência, tais como àgua e solos aráveis. Um <strong>de</strong>sses<br />
castros abandonados, e cuja população se <strong>de</strong>slocou para Lorica, situava-se no<br />
ainda conhecido Monte do Castelo, ou do Castro, perto da Portela <strong>de</strong><br />
habitações que ali existiram, mas actualmente no local apenas se vêem<br />
pedras soltas. A propósito é completamente errada a i<strong>de</strong>ia criada segundo<br />
a qual os Lusitanos apenas construíam as suas habitações no cimo dos<br />
montes, que <strong>de</strong>ixaram apenas com a chegada dos romanos. Pelo contrário,<br />
eles sabiam escolher os melhores locais e a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa não era<br />
o único critério.<br />
ermida <strong>de</strong>dicada a S.Gens, um santo <strong>de</strong> origem céltica, martirizado em<br />
alteração e o orago foi substituído, passando a ser <strong>de</strong> Nossa Senhora do<br />
por S.Ginês, hoje nome <strong>de</strong> bairro neste local do actual centro histórico da<br />
Visigodos, mas só se impôs <strong>de</strong>finitivamente já no século XIII.
visigóticas, aproveitada <strong>de</strong> um antigo pequeno templo existente no local<br />
Coimbra, tinha o tecto e abóbada pintados com frescos e, quando foi<br />
Vasco. Da primitiva igreja românica do século XIII restam partes das<br />
<strong>Loriga</strong>, que foi criada aliás pelos visigodos pertencendo então á diocese da Egitânia<br />
arredores, vinham à vila assistir aos serviços religiosos. Alguns <strong>de</strong>sses<br />
lugares, hoje freguesias, foram, a partir do século XVI, adquirindo alguma<br />
1136, <strong>de</strong> D.Afonso III em 1249, <strong>de</strong> D.Afonso V em 1474, e recebeu foral novo <strong>de</strong><br />
1477, e mais tar<strong>de</strong> por D.Manuel I. No entanto, após a morte do referido<br />
fidalgo, a vila voltou <strong>de</strong>finitivamente para os bens da Coroa. No século<br />
XII, o concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> abrangia a àrea compreendida entre a Portela <strong>de</strong><br />
Lavradas, incluindo as àreas das actuais freguesias <strong>de</strong> Alvoco da<br />
Serra, Cabeça, Teixeira, e Vi<strong>de</strong>. Na primeira meta<strong>de</strong> do século XIX, em 1836, o<br />
Beira. Valezim, actual al<strong>de</strong>ia histórica, recebeu foral em 1201, e o concelho<br />
A Igreja Matriz tem, numa das portas laterais, uma pedra com inscrições<br />
quando da construção datada <strong>de</strong> 1233. A antiga igreja, era um templo românico<br />
com três naves, a traça exterior era semelhante à da Sé Velha <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>struída pelo sismo <strong>de</strong> 1755, possuía nas pare<strong>de</strong>s, quadros da escola <strong>de</strong> Grão<br />
pare<strong>de</strong>s laterais e outra alvenaria.<br />
Des<strong>de</strong> a reconquista cristã, que <strong>Loriga</strong> pertenceu à Coroa e à<br />
Vigariaria do Padroado Real, e foi o próprio rei (na época D.Sancho II) que<br />
mandou construír a Igreja Matriz, cujo orago era, tal como hoje, <strong>de</strong> Santa<br />
Maria Maior. Na segunda meta<strong>de</strong> do século XII já existia a paróquia <strong>de</strong><br />
(mais tar<strong>de</strong> transferida para a Guarda), e os fieis dos então poucos e pequenos lugares ou "casais" dos<br />
autonomia "religiosa", começando por Alvoco, e seguindo-se Vi<strong>de</strong>, Cabeça e<br />
Teixeira.<br />
A vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, recebeu forais <strong>de</strong> João Rhânia (senhorio das Terras <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> durante cerca <strong>de</strong> duas décadas, no tempo <strong>de</strong> D. Afonso Henriques) em<br />
D.Manuel I em 1514.<br />
Com D. Afonso III, a vila recebeu o primeiro foral régio (dado diretamente pelo rei), e em 1474, D. Afonso<br />
V doou <strong>Loriga</strong> ao fidalgo Àlvaro Machado, her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Luís Machado, que era<br />
também senhor <strong>de</strong> Oliveira do Hospital e <strong>de</strong> Sandomil, doação confirmada em<br />
<strong>Loriga</strong> (hoje também conhecida por Portela do Arão) e Pedras<br />
concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> passou a incluír Valezim e Sazes da<br />
foi extinto em 1836, passando a pertencer ao <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Alvoco da Serra<br />
recebeu foral em 1514 e Vi<strong>de</strong> gozou <strong>de</strong> alguma autonomia no século XVII<br />
e foi elevada a paróquia, mas sem nunca ter recebido foral ou categoria <strong>de</strong> vila e<br />
isso reflete-se no seu brasão, mas voltaram a<br />
ser incluídas plenamente no concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> em 1828 e 1834 respectivamente,também
<strong>Loriga</strong>. Essas freguesias constituem também a Associação <strong>de</strong> Freguesias da<br />
<strong>Loriga</strong>, é uma vila industrializada (têxtil) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do século<br />
XIX, quando "a<strong>de</strong>riu" à chamada revolução industrial, mas, já no século XVI os<br />
Irmãos, Redondinha, Tapadas, Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, Moura<br />
Cabral, Lorimalhas, Lages Santos, Nunes Brito, etc, fazem parte da rica<br />
Mas, <strong>Loriga</strong> acabou por ser <strong>de</strong>rrotada por um inimigo político e<br />
administrativo, local e<br />
portuguesa, teve o castigo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho em 1855<br />
no início do século XIX.As sete freguesias que ocupam a àrea do antigo<br />
município loricense, constituem actualmente a <strong>de</strong>nominada Região <strong>de</strong><br />
Serra da Estrela,com se<strong>de</strong> na vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
loricenses produziam bureis e outros panos <strong>de</strong> lã. <strong>Loriga</strong>, chegou a ser uma<br />
das localida<strong>de</strong>s mais industrializadas da Beira Interior, e a actual se<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
concelho só conseguiu ultrapassá-la em meados do século XX.Tempos houve em<br />
que só a Covilhã ultrapassava <strong>Loriga</strong> em número <strong>de</strong> empresas. Demonstrativo<br />
da genialida<strong>de</strong> dos loricenses, é que tudo isso aconteceu apesar dos acessos<br />
difíceis à vila, os quais até à década <strong>de</strong> trinta do século XX, se resumiam à<br />
velhinha estrada romana <strong>de</strong> Lorica, contruída no século I antes <strong>de</strong><br />
Cristo. Nomes <strong>de</strong> empresas, tais como Regato, Fân<strong>de</strong>ga, Leitão &<br />
história industrial <strong>de</strong>sta vila. A maior e principal avenida <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> tem o<br />
nome <strong>de</strong> Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, o mais <strong>de</strong>stacado dos antigos industriais<br />
loricenses.<br />
Mais tar<strong>de</strong>, a metalurgia,a pastelaria, e mais recentemente, o turismo (<strong>Loriga</strong><br />
tem enormes potencialida<strong>de</strong>s turisticas), passaram a fazer parte dos pilares<br />
da economia da vila.<br />
Outra prova do génio loricense é um dos exlíbris <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, os inúmeros<br />
socalcos e a sua complexa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> irrigação, construídos ao longo <strong>de</strong> muitas<br />
centenas <strong>de</strong> anos, e que transformaram um vale belo mas rochoso, num vale<br />
fértil.<br />
nacional, contra o qual teve que lutar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> meados do século XIX.<br />
A história da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> é, aliás, um exemplo das consequências que os<br />
confrontos <strong>de</strong> uma guerra civil po<strong>de</strong>m ter no futuro <strong>de</strong> uma localida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />
uma região. <strong>Loriga</strong> tinha a<br />
categoria <strong>de</strong> se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XII, tendo mas, por ter<br />
apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil<br />
quando da reforma administativa em curso. A conspiração movida<br />
por <strong>de</strong>sejos expansionistas da localida<strong>de</strong> que beneficiou com o facto,
política, numa época em que não existia <strong>de</strong>mocracia e reinavam o compadrio<br />
romana, mas o nome original dado pelos romanos só caiu totalmente em<br />
precipitou os acontecimentos. Tratou-se <strong>de</strong> um grave erro<br />
político e administrativo como tem vindo a confirmar-se; foi, no mínimo,<br />
um caso <strong>de</strong> inj usta vingança<br />
e a corrupção, e assim começou o <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> toda a região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
(antigo concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>).<br />
Se nada <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iramente eficaz for feito, começando pela vila <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>, esta região estará <strong>de</strong>sertificada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> poucas décadas, o que,<br />
tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do<br />
país, será com certeza consi<strong>de</strong>rado como uma vergonha nacional.<br />
Confirmaria também a óbvia existência <strong>de</strong> graves e sucessivos erros nas<br />
políticas <strong>de</strong> coesão, administração e or<strong>de</strong>namento do território, para não<br />
dizer inexistência. Para evitar tal situação, vergonhosa para o país, é<br />
necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:<br />
<strong>de</strong>senvolver a vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, pólo e centro da região. Infelizmente<br />
constata-se que os politicos não mudaram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XIX nem<br />
apren<strong>de</strong>ram com os erros, como se confirmou com a "reforma administrativa" <strong>de</strong> 2013.<br />
Em <strong>Loriga</strong> existem a única estância e pistas <strong>de</strong> esqui existentes em<br />
Portugal.<strong>Loriga</strong>,é a capital da neve em Portugal.<br />
VIAS ROMANAS EM PORTUGAL - Vestígios Romanos Georeferenciados em <strong>Loriga</strong><br />
O nome Lorica aparece como sendo da época romana num documento medieval<br />
visigótico com referências à zona. Foi aliás na época visigótica que<br />
a "versão" <strong>Loriga</strong> começou a substituir o nome Lorica que vinha da época<br />
<strong>de</strong>suso durante a primeira meta<strong>de</strong> do século XIII.<br />
Depois, aparece novamente em documentos dos séculos X, XI, XII e XIII,<br />
principalmente em documentos do século XII, inclusive quando se fala <strong>de</strong><br />
limites territoriais, on<strong>de</strong> até a actual Portela do Arão é referida como<br />
Portela <strong>de</strong> Lorica, começando mais tar<strong>de</strong> a ser referida como Portela <strong>de</strong><br />
Aran, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Aarão, e finalmente do Arão.<br />
A estrada romana <strong>de</strong> Lorica era uma espécie <strong>de</strong> estrada estratégica,<br />
Destinada a ajudar a controlar os Montes Herminios on<strong>de</strong>, como se sabe, viviam tribos<br />
lusitanas muito aguerridas. Esta estrada ligava entre si duas gran<strong>de</strong>s vias<br />
transversais, a que ligava Conimbriga, a norte, e a que ligava Iaegitania,<br />
a sul. Não se sabe os locais exactos dos cruzamentos, mas tudo indica que a<br />
norte seria algures perto da actual Boba<strong>de</strong>la.<br />
Quanto aos vestígios da calçada romana original, eles po<strong>de</strong>m encontrar-se
- Factos comprovados: Lorica era o antigo nome <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, existiram duas<br />
vila, ainda existem vestígios bem conservados do primitivo pavimento da<br />
medieval. Sabe-se que nessa época a povoação estendia-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aproximadamente o local on<strong>de</strong> existe a convergência <strong>de</strong> três ruas, e a<br />
Na área das Calçadas, on<strong>de</strong> estiveram na origem <strong>de</strong>ste nome, e dispersos em<br />
pequenos vestígios até à zona da Portela do Arão, tratando-se da mesma<br />
estrada.<br />
A título <strong>de</strong> curiosida<strong>de</strong>, a estrada romana foi utilizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que foi construída, provalvelmente por volta <strong>de</strong> finais do século I antes<br />
<strong>de</strong> Cristo, até à década <strong>de</strong> trinta do século XX quando entrou em<br />
funcionamento a actual EN231. Sem a estrada romana teria sido impossível o já por si<br />
gran<strong>de</strong> feito <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> se tornar um dos maiores pólos industriais têxteis da<br />
Beira Interior durante o século XIX.<br />
pontes romanas, uma <strong>de</strong>las ainda existe, e a outra, construída sobre a<br />
Ribeira <strong>de</strong> S.Bento, ruiu no século XVI, e ambas faziam parte da estrada<br />
romana que ligava a povoação ao restante império romano.<br />
A ponte romana que ruiu estava situada a poucas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> metros a<br />
Jusante da actual ponte, também construída em pedra mas datada <strong>de</strong> finais do<br />
Século XIX. A antiga estrada romana <strong>de</strong>scia pela actual Rua do Porto, subia pela<br />
actual Rua do Vinhô, apanhava parte da actual Rua <strong>de</strong> Viriato passando<br />
ao lado da povoação então existente, subia pelas actuais ruas Gago<br />
Coutinho e Sacadura Cabral, passava na actual Avenida Augusto Luis Men<strong>de</strong>s, na área<br />
conhecida por Carreira, seguindo pela actual Rua do Teixeiro em<br />
direcção à ponte romana sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, também conhecida por Ribeira da<br />
Nave e Ribeira das Courelas.<br />
Entre a capela <strong>de</strong> S.Sebastião e o cemitério, existia um troço <strong>de</strong><br />
Calçada romana bem conservada que não <strong>de</strong>ixava dúvidas a ninguém sobre a sua<br />
verda<strong>de</strong>ira origem, mas infelizmente uma parte foi <strong>de</strong>struída e a<br />
restante soterrada quando fizeram a estrada entre a Rua do Porto e o cemitério.<br />
O património histórico nunca foi estimado em <strong>Loriga</strong>...<br />
Numa zona propositadamente conhecida por Calçadas, já afastada da<br />
estrada romana.<br />
A Paróquia e a Igreja Matriz da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Sabe-se que <strong>Loriga</strong> é uma povoação que tem mais <strong>de</strong> dois mil e seiscentos anos <strong>de</strong> existência no exato local on<strong>de</strong> existe o centro<br />
histórico da vila, uma colina entre ribeiras, <strong>de</strong>fensável e perto <strong>de</strong> duas abundantes linhas <strong>de</strong> água.<br />
E a propósito do acesso à água, os habitantes <strong>de</strong>sta plurimilenar povoação tinham ainda disponível uma nascente, hoje conhecida por<br />
Fonte do Vale, e que sabe-se foi também bastante valorizada mais tar<strong>de</strong> nas épocas romana e<br />
área on<strong>de</strong> hoje está o centro <strong>de</strong> dia da ALATI. A povoação era <strong>de</strong>fendida por muros e
Matriz, tratando-se <strong>de</strong> uma pequena capela cujas dimensões não andariam longe das que<br />
registada, e infelizmente uma <strong>de</strong>ssas localida<strong>de</strong>s foi recentemente e inj ustamente amputada do seu estatuto <strong>de</strong> freguesia. E digo igreja<br />
rei. Sabe-se que a Igreja <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> foi mandada construir pelo rei D. Sancho II em cima da construção do já referido pequeno templo<br />
paliçadas e sabe-se que a atual Rua <strong>de</strong> Viriato, no troço entre a antiga se<strong>de</strong> do GDL e a antiga Casa do Povo, coinci<strong>de</strong> exatamente com<br />
uma parte <strong>de</strong>ssa linha <strong>de</strong>fensiva da povoação. O local on<strong>de</strong> hoje existem o adro e a igreja era<br />
o ponto central <strong>de</strong>ssa povoação, e assim iria permanecer durante muitos séculos. É portanto completamente natural que com a<br />
cristianização da população e com a chegada dos Visigodos este local fosse eleito para construir o<br />
primeiro templo cristão da então Lorica.Sabe-se que os Visigodos construiram pelo menos dois templos em Lorica, e digo pelo menos<br />
porque encontrei indícios, que não consegui confirmar da existência <strong>de</strong> mais uma ermida<br />
além daquela que construíram on<strong>de</strong> hoje está a capela <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo e que era <strong>de</strong>dicada a S. Gens. A dada altura cheguei<br />
a pensar tratar-se da ermida <strong>de</strong> S. Bento, a tal que <strong>de</strong>u nome à area e à ribeira mas essa,<br />
embora confirmadamente já existisse no século XII não é anterior ao século X. Certo é que os visigodos construíram a ermida <strong>de</strong> S. Gens,<br />
e na época era mesmo uma ermida porque aquele local ficava fora da povoação então<br />
existente, e quanto à escolha daquele local não é <strong>de</strong> excluir a hipótese <strong>de</strong> ser um antigo local <strong>de</strong> culto pagão, dadas as suas caraterísticas.<br />
Dada a religiosida<strong>de</strong> dos loriguenses, é no mínimo estranho que uma <strong>de</strong>voção tão antiga<br />
a um santo tenha sido completamente abandonada, que tenham <strong>de</strong>ixado cair em ruínas a sua ermida e <strong>de</strong>pois a tenham recuperado mas<br />
com outro orago. Não consegui encontrar uma explicação, e como se isso não bastasse e<br />
para completar o "anátema" a que os loriguenses con<strong>de</strong>naram o santo, mudaram-lhe também o nome <strong>de</strong> São Gens para São Ginês, um<br />
santo que nunca existiu. Mas o pormenor da mudança <strong>de</strong> nome po<strong>de</strong> ser facilmente<br />
explicado pela passagem dos séculos, pelo isolamento e pela "adaptação linguística" que ten<strong>de</strong> a inclinar-se para as formas mais fáceis, e<br />
<strong>Loriga</strong> também é conhecida pelas suas "singularida<strong>de</strong>s linguísticas" e pelo uso massivo<br />
<strong>de</strong> alcunhas.Também é certo que os visigodos construíram um templo <strong>de</strong>dicado a Nossa Senhora no exato local on<strong>de</strong> hoje existe a Igreja<br />
tem a ermida <strong>de</strong> Nossa Senhora da Guia. Sabe-se também que na época visigótica <strong>Loriga</strong> tinha o estatuto <strong>de</strong> paróquia, que <strong>de</strong>pendia do<br />
bispo <strong>de</strong> Egitânia ( atual Idanha a Velha ), e que a paróquia abrangia uma área<br />
aproximadamente equivalente ao antigo concelho loricense na sua fase maior, que foi atingida em meados do século XIX. Obviamente foi<br />
impossível saber com exatidão a área da paróquia na época visigótica mas fiquei<br />
surpreendido com a <strong>de</strong>scoberta da mesma e com a existência <strong>de</strong> algumas localida<strong>de</strong>s em redor <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, que ainda existem e das quais<br />
apenas duas atingiram o estatuto <strong>de</strong> freguesias. Nestas andanças da pesquisa histórica há<br />
muito tempo que aprendi que até algumas al<strong>de</strong>ias mais pequenas que alguns consi<strong>de</strong>ram insignificantes po<strong>de</strong>m <strong>de</strong> facto escon<strong>de</strong>r uma<br />
história milenar. Em sentido contrário existem localida<strong>de</strong>s que hoje têm alguma importância<br />
e cujos naturais se esforçam por inventar um longo passado que nunca existiu. Portanto, os tais "casais" referidos nos "pergaminhos", cujos<br />
habitantes iam à igreja <strong>de</strong> Lorica ouvir missa, já têm uma longa história que nunca foi<br />
<strong>de</strong> Lorica porque o uso da atual versão do nome romano, ou seja <strong>Loriga</strong>, só se consolidou<br />
<strong>de</strong>finitivamente na primeira meta<strong>de</strong> do século XIII. No início da nacionalida<strong>de</strong>, a consolidação, a administração do território e a necessária<br />
fixação das populações implicava a atribuição <strong>de</strong> forais mas também a criação <strong>de</strong><br />
condições para a prática do culto, e é por isso frequente ao longo da história a construção <strong>de</strong> igrejas por iniciativa real. E a esse propósito<br />
os reis mandavam construir igrejas em povoações que já eram se<strong>de</strong> <strong>de</strong> município ou em<br />
povoações que seriam elevadas a essa condição, tudo para aj udar a fixar as populações, e outras medidas eram tomadas nesse sentido,<br />
e por exemplo muitos castelos foram feitos também com esse objetivo. O pormenor a<br />
consi<strong>de</strong>rar é que o estatuto <strong>de</strong> município andava sempre a par com o estatuto <strong>de</strong> paróquia, portanto as localida<strong>de</strong>s que tinham igrejas<br />
eram geralmente se<strong>de</strong>s <strong>de</strong> concelho, e seria certo se a igreja fosse mandada construir pelo<br />
visigótico do qual foi aproveitada a pedra on<strong>de</strong> foi gravada a data da construção, o ano <strong>de</strong><br />
1233. Assim, essa pedra colocada por cima <strong>de</strong> uma das portas laterais virada para o adro, na igreja atual confirma a sua longa existência,<br />
correspon<strong>de</strong>ndo à data da <strong>de</strong>cisão da construção. A <strong>de</strong>cisão real nesse sentido <strong>de</strong>ve-se<br />
principalmente ao facto <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> pertencer à Vigariaria do Padroado Real. A Igreja foi <strong>de</strong>dicada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo a Santa Maria Maior, um orago<br />
que se mantem, sendo um templo românico cuja traça e fachada principal fazia lembrar a
Sé Velha <strong>de</strong> Coimbra, embora obviamente sem a monumentalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta.A igreja tinha três naves e as dimensões eram próximas das<br />
atuais, mas para além disso a atual igreja nada tem a ver com a antiga e o que vemos ali é fruto<br />
<strong>de</strong> várias reconstruções e alterações, sendo que as mais radicais foram consequência do sismo <strong>de</strong> 1755. Já muita gente se interrogou<br />
sobre o porquê das graves consequências do sismo <strong>de</strong> 1755 em <strong>Loriga</strong>, e por isso ficam aqui<br />
algumas explicações. Em primeiro lugar, <strong>Loriga</strong> está situada num local geologicamente sensível, num sítio <strong>de</strong> transição entre dois blocos<br />
rochosos diferentes, <strong>de</strong> um lado o granito e do outro o xisto, facto que é suficiente para<br />
provocar gran<strong>de</strong> agitação em caso <strong>de</strong> sismo. Além disso, e para piorar a situação, a colina entre ribeiras não é muito sólida porque foi<br />
criada com <strong>de</strong>pósitos arrastados pelo antigo glaciar que rasgou o Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, e por tudo<br />
isso é que as consequências do sismo foram tão graves na vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. De sublinhar que os estragos não se limitaram à Igreja Matriz e o<br />
terramoto, além dos estragos provocados em muitas habitações, provocou o<br />
<strong>de</strong>sabamento <strong>de</strong> uma das pare<strong>de</strong>s da residência paroquial e abriu fendas no robusto edifício da Câmara Municipal, construído no século<br />
XIII, e cujas pare<strong>de</strong>s do rés do chão on<strong>de</strong> funcionava a ca<strong>de</strong>ia, tinham uma espessura <strong>de</strong><br />
quase dois metros. Os loricenses tiveram que lidar com todos os estragos e não receberam qualquer aj uda externa, apesar <strong>de</strong> o próprio<br />
Marquês <strong>de</strong> Pombal ter sido informado da grave situação. Felizmente não houve, ou pelo<br />
menos não há registos <strong>de</strong> mortos nem feridos graves na vila. Após o sismo que provocou a ruína praticamente completa, a igreja foi<br />
reconstruída com estilo barroco, mas po<strong>de</strong>m ser sublinhadas outras alterações, algumas das<br />
quais nada tiveram a ver com esta reconstrução. Por exemplo, foram acrescentadas duas capelas uma <strong>de</strong> cada lado da capela-mor, uma<br />
das quais foi <strong>de</strong>pois transformada em capela-sacristia e finalmente em apenas sacristia, e ao<br />
lado <strong>de</strong>sta foi acrescentada outra capela. A escadaria e a porta exteriores que dão acesso ao coro também não existiam e o acesso aos<br />
sinos era feito pelo interior da igreja, sendo que estas últimas alterações foram feitas como<br />
consequência do sismo.Com o tempo foram feitas alterações e restauros por vezes <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sastrosa por quem não tinha qualquer<br />
sensibilida<strong>de</strong> para a preservação do património e por isso a atual igreja, embora bela não é tão<br />
bonita nem é tão valiosa quanto seria sem essas más intervenções. No século seguinte ao do sismo, em Setembro <strong>de</strong> 1882, novamente se<br />
fez sentir no centro do país um tremor <strong>de</strong> terra e, por conseguinte também muito sentido<br />
em <strong>Loriga</strong>, o qual pareceu, em principio, não ter gran<strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>. Só que as consequências viriam mais tar<strong>de</strong>, quando todos pareciam já<br />
ter esquecido. Em Novembro seguinte, e quando era celebrada a missa, estalou a viga<br />
mestra da igreja tendo, <strong>de</strong> imediato, sido efetuada a <strong>de</strong>socupação do templo e retirando algumas imagens e outros artigos. Só no fim do<br />
dia aconteceu o <strong>de</strong>sabamento quase completo da cobertura ficando apenas <strong>de</strong> pé a torre e a<br />
capela-mor. Dois anos <strong>de</strong>pois foram terminados os trabalhos da reconstrução da igreja que, tal como acontecera após o sismo <strong>de</strong> 1755, foi<br />
feita pela população local, toda unida, e foi esta última reconstrução que chegou aos<br />
tempos atuais embora, conforme já foi referido, com alguns "restauros" que a empobreceram.<br />
Esta é uma citação livre do historiador António Con<strong>de</strong> e <strong>de</strong> extratos da sua obra, <strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção<br />
do município.<br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>, "<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção do<br />
município"<br />
( Apontamento conciso sobre a história da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> )<br />
<strong>Loriga</strong>@site2002<br />
LORIGA - INSTITUIÇÕES E ASSOCIAÇÕES DE LORIGA<br />
INSTITUIÇÕES E ASSOCIAÇÕES LORICENSES<br />
Algumas das instituições e associações mais emblemáticas <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
almas, aqueles que <strong>de</strong>senvolvem permanentemente um imenso trabalho pessoal ou colectivo (conforme a<br />
opção) pela terra que os viu nascer. A A.N.A.L.O.R publica um jornal, o Garganta <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, que é um importante meio <strong>de</strong> comunicação<br />
até sites <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> nível cultural. Durante mais <strong>de</strong> vinte e cinco anos, o Sr. António Con<strong>de</strong> fez uma pesquisa<br />
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,é uma das mais prestigiadas e importantes associações loricenses.<br />
Fundada em 16 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1982, a sua criação veio satisfazer uma necessida<strong>de</strong> há muito sentida nesta vila<br />
industrial, assim como numa região como é a <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
Socieda<strong>de</strong> Recreativa e Musical Loriguense<br />
Esta prestigiada associação loricense, é uma das que mais tem contribuído para, através <strong>de</strong> música da mais alta qualida<strong>de</strong>, interpretada<br />
pela sua Banda Filarmónica, levar o nome <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a rica cultura loricense a todo o país e ao estrangeiro.<br />
Fundada em 1 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1905, esta associação tem a sua se<strong>de</strong> num solar do século XVII, o Solar dos Men<strong>de</strong>s.<br />
Escola C+S <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
As origens da Escola C+S <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> remontam a 1968 com a criação da então chamada Escola Preparatória. A sua se<strong>de</strong> funcionou no Solar<br />
dos Men<strong>de</strong>s, local on<strong>de</strong> estavam também a maioria das salas <strong>de</strong> aulas,e as instalações eram<br />
complementadas pelo antigo edifício da Escola Primária, on<strong>de</strong> hoje é a se<strong>de</strong> da autarquia. As instalações foram sempre precárias e<br />
insuficientes.Entretanto a escola foi reclassificada, tendo sido montados pavilhões pré-fabricados para albergar os<br />
alunos que consequentemente aumentaram <strong>de</strong> número, mas as instalações continuavam insuficientes e cada vêz mais <strong>de</strong>gradadas. O<br />
<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> instalações próprias e condignas, existente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1968,fazia-se sentir com mais intensida<strong>de</strong>. Em<br />
Novembro <strong>de</strong> 1996, foi finalmente inaugurado um edifício novo e emblemático da nova Escola Reis Leitão, instalações cujo único <strong>de</strong>feito é<br />
não possuírem pavilhão gimno<strong>de</strong>sportivo.<br />
Centro <strong>de</strong> Assistência Paroquial <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
O Centro <strong>de</strong> Assistência Paroquial <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,fundado em 25 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1952,presta relevantes serviços no apoio social,à infância e à<br />
terceira ida<strong>de</strong>. Pertencem a esta instituição, a creche, o infantário, e o lar <strong>de</strong> idosos da Casa <strong>de</strong> Repouso <strong>de</strong><br />
Nossa Senhora da Guia.<br />
Associação Loriguense <strong>de</strong> Apoio à Terceira Ida<strong>de</strong><br />
A Associação Loriguense <strong>de</strong> Apoio à Terceira Ida<strong>de</strong> foi fundada em 12 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1990, e tal como o nome indica, <strong>de</strong>stina-se<br />
essencialmente ao apoio aos idosos,principalmente aos mais <strong>de</strong>sfavorecidos. Possui um centro <strong>de</strong> dia no centro histórico<br />
da vila, e presta apoio domiciliário.<br />
Grupo Desportivo Loriguense<br />
O Grupo Desportivo Loricense foi fundado em 8 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1934,transformando-se rápidamente numa importante e carismática<br />
associação <strong>de</strong>sportiva, mas também cultural.<br />
Associação dos Naturais e Amigos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Esta prestigiada associação foi fundada em 1987 por loricenses dos tais que, por conta própria ou <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> qualquer instituição ou<br />
associação loricense, trabalham incansavelmente para promover a sua terra-natal e contribuir para a resolução<br />
dos poblemas que a afectam. <strong>Loriga</strong> <strong>de</strong>ve muito a estes loricenses que, embora não residam na vila, têm lá os seus corações e as suas<br />
entre os loricenses espalhados pelo país e pelo mundo. Através dos artigos <strong>de</strong> António Con<strong>de</strong>, um conhecido<br />
historiador e benfeitor <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, publicados nesse jornal, os loricenses acordaram para o conhecimento da sua história mais remota. Aliás,<br />
<strong>Loriga</strong> e a sua história têm sido divulgadas pelo Sr. Con<strong>de</strong> através dos mais diversos meios <strong>de</strong> comunicação<br />
portugueses e estrangeiros e nos mais diversos sites, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Wikipédia (on<strong>de</strong> ele criou o artigo sobre <strong>Loriga</strong> em português e em inglês)<br />
minuciosa sobre a história antiga da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, percorrendo arquivos e recolhendo dados e documentos preciosos que compilou<br />
numa obra a que chamou, <strong>História</strong> Concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção do município. No entanto a<br />
sua pesquisa tem continuado, acumulando mais dados e documentos sobre a história da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, e tudo foi feito muitas vezes com<br />
prej uízo da sua vida pessoal, familiar e financeira, que foram aliás muito prej udicadas, mas tudo foi feito pelo<br />
gran<strong>de</strong> amor que este gran<strong>de</strong> loriguense tem à terra que o viu nascer.<br />
Irmanda<strong>de</strong> do Santíssimo Sacramento e das Almas <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
Esta instituição, <strong>de</strong> carácter religioso, é histórica e as suas origens mais remotas encontram-se no século XIV, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> finais do século XVI<br />
que tem o nome e os mol<strong>de</strong>s actuais. Noutros tempos chegou a funcionar como se fosse a Santa Casa da<br />
Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, embora nunca tivesse esse nome.<br />
Centro Loriguense <strong>de</strong> Belém do Pará<br />
Esta foi a primeira associação loricense criada fora <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,e foi também a primeira a ser criada no estrangeiro. Foi fundada em 4 <strong>de</strong><br />
Julho <strong>de</strong> 1937 no seio da importante colónia loricense, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XIX existia em Belém, mas também<br />
em Manaos, havendo também loricenses noutras partes do Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XVII. Aliás foi a colónia <strong>de</strong> Manaos que construíu os<br />
monumentais fontanários que po<strong>de</strong>m admirar-se na vila.<br />
Freguesias da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> [área<br />
do antigo Município Loricense]<br />
As seis freguesias que ro<strong>de</strong>iam <strong>Loriga</strong>, que fazem parte da Associação <strong>de</strong> Freguesias da Serra da Estrela,com se<strong>de</strong> nesta vila, e que<br />
outrora fizeram parte do Município Loricense.<br />
Alvoco da Serra<br />
Alvoco da Serra é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 37,57 km² <strong>de</strong> área e 646 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 17,2<br />
hab/km².<br />
A freguesia é constituída por cinco localida<strong>de</strong>s: Alvoco da Serra (se<strong>de</strong> da freguesia), Outeiro da Vinha, Vasco Esteves <strong>de</strong> Baixo, Vasco<br />
Esteves <strong>de</strong> Cima e Aguincho.<br />
Alvoco da Serra recebeu foral <strong>de</strong> D. Manuel I em 17 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1514,data em que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> pertencer ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Foi vila<br />
e se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho entre esta data e 1828, ano em que o concelho foi extinto. Tinha, em 1801, 667<br />
habitantes. Entre 1828 e 1855 pertenceu novamente ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, após o que passou a integrar o concelho <strong>de</strong> Seia.<br />
Cabeça<br />
Cabeça é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 8,55 km² <strong>de</strong> área e 229 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 26,8 hab/km².<br />
Durante muitos anos foi conhecida como São Romão <strong>de</strong> Cabeça.Até ao século XIX pertenceu ao concelho,à<br />
paróquia e à freguesia <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
A sua população vive em gran<strong>de</strong> parte da agricultura e da pastorícia.<br />
António <strong>de</strong> Almeida Santos, ministro em vários Governos, ex-presi<strong>de</strong>nte da Assembleia da República, filho <strong>de</strong> uma loricense, nasceu em<br />
Cabeça, numa época em que a sua mãe dava aulas na escola primária local.<br />
Sazes da Beira<br />
Sazes da Beira é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 6,39 km² <strong>de</strong> área e 341 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 53,4 hab/km².<br />
A primeira fixação <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong>u-se (supõe-se) no século XV, no lugar chamado <strong>de</strong> "Sazes Velho".<br />
Em 1527 tinha a al<strong>de</strong>ia 65 pessoas. No entanto e continuando à procura <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> da água levou à fundação do que é hoje a al<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> Sazes da Beira propriamente dita. Não se sabe a data da fundação da sua freguesia/paróquia, mas sabese<br />
que foi no início do século XVIII.Em 1731 é edificada a sua Igreja Matriz.<br />
Des<strong>de</strong> a sua fundação, Sazes pertenceu sempre ao concelho <strong>de</strong> Sandomil até à extinção <strong>de</strong>ste em 1836, data em que passou a pertencer<br />
ao município <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.No meio <strong>de</strong> todas as remo<strong>de</strong>lações administrativas s<strong>of</strong>ridas (em que Sandomil esteve<br />
prestes a pertencer ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>), a freguesia <strong>de</strong> Sazes (correspon<strong>de</strong>nte a todo o território da sua paróquia) pertenceu ao<br />
concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até 1855,data em que este foi extinto.<br />
Teixeira<br />
Teixeira é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 12,88 km² <strong>de</strong> área e 233 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 18,1 hab/km².<br />
Pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até 1514 data em que Alvoco da Serra recebeu foral <strong>de</strong> D. Manuel I, passando <strong>de</strong>pois a fazer parte da<br />
freguesia <strong>de</strong> da Vi<strong>de</strong> no início do século XVII.
<strong>Loriga</strong>, Valezim e Alvoco, e isso traduz-se no seu brasão. Essa situação ambígua <strong>de</strong> autonomia durou até 1834, tendo nessa época<br />
ida<strong>de</strong>, aclamaram Rei dos Lusitanos e casou em Évora com uma nobre<br />
Voltou a ser incluída no município <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com a reinclusão plena <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong> em 1834, e até 1855, no concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Passa então para<br />
o concelho <strong>de</strong> Seia ao qual pertence actualmente.<br />
Valezim<br />
Valezim é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 10,94 km² <strong>de</strong> área, 382 habitantes (2001) e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 34,9<br />
hab/km².<br />
A hipótese mais aceite é que o nome provém <strong>de</strong> vallecinus (palavra do latim para vale pequeno). Curiosamente, uma antiga lenda sobre a<br />
origem do nome <strong>de</strong> Valezim nasceu <strong>de</strong> um facto histórico real relacionado com <strong>Loriga</strong>. Diz a lenda: "Tendo<br />
sido expulsos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, os mouros chegaram àquele vale e exclamaram: Neste vale sim! As duas palavras foram unidas dando origem ao<br />
nome Valesim." De facto os mouros foram expulsos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, mas não falavam português.<br />
As principais activida<strong>de</strong>s económicas da população estão ligadas à agricultura e pastorícia, turismo <strong>de</strong> habitação e à construcção civil.<br />
O seu primeiro foral é atribuído em 1201, por D. João <strong>de</strong> Foyle. Em 1514 é renovado por D. Manuel I, e passa constituir um concelho<br />
formado apenas pela freguesia da se<strong>de</strong>. Entre os anos <strong>de</strong> 1836 e 1855 pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
Nessa data foi integrado no concelho <strong>de</strong> Seia, on<strong>de</strong> pertence.<br />
A sua maior festivida<strong>de</strong> é em honra <strong>de</strong> Nossa Senhora da Saú<strong>de</strong>, realizada anualmente, no primeiro Domingo <strong>de</strong> Setembro.<br />
Vi<strong>de</strong><br />
Vi<strong>de</strong> é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 51,25 km² <strong>de</strong> área e 843 habitantes (2001), com uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional<br />
<strong>de</strong> 16,4 hab/km².<br />
Está situada na zona centro do país, no Parque Natural da Serra da Estrela, a uma distância <strong>de</strong> 25 Km da Torre.<br />
A freguesia engloba as seguintes e pequenas povoações anexas:<br />
Abitureira,Baiol,Balocas,Baloquinhas,Barreira,Barriosa,<br />
Barroco da Malhada,Borracheiras,Carvalhinho,Casal do Rei,Casas Figueiras,Ci<strong>de</strong>, Chão Cimeiro,Couce<strong>de</strong>ira,Costeiras,Fontes do Ci<strong>de</strong>,Foz<br />
da Rigueira,Foz do Vale,Frádigas,Gondufo,Lamigueiras,Malhada das Cilhas,Monteiros,Muro<br />
,Obra,Outeiro,Ribeira,Ro<strong>de</strong>ado,Sarnadinha,Silvadal e Vale do Ci<strong>de</strong>.<br />
Pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até ao início do século XVII, época em que recebeu alguma autonomia como paróquia mas sem que isso<br />
se tivesse traduzido num foral, da forma como é entendido, portanto nunca teve categoria <strong>de</strong> vila como<br />
passado a pertencer novamente e plenamente ao município loriguense até 1855, ano em que foi integrado no<br />
concelho <strong>de</strong> Seia. Em 1801 era constituído apenas pela freguesia da se<strong>de</strong> e tinha 750 habitantes.<br />
Últimos estudos, levados a cabo em 2002, confirmam que o povoamento do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> em cujo extremo se encontra Vi<strong>de</strong>, remonta<br />
aos finais do Paleolítico Superior.<br />
Entre as zonas <strong>de</strong> Entre-águas e <strong>de</strong> Ferradurras, nesta freguesia, há alguns núcleos rochosos que possuem várias inscrições rupestres, os<br />
maiores <strong>de</strong>scobertos até agora, que foram objecto <strong>de</strong> estudo por parte da Associação Portuguesa <strong>de</strong><br />
Investigação Arqueológica, e que segundo os traços gerais apresentados, pertencem à Ida<strong>de</strong> do Bronze. A al<strong>de</strong>ia da Vi<strong>de</strong> tem vários<br />
acessos sendo os principais a EN 230, que vem <strong>de</strong> Oliveira do Hospital, e a EN 238, na Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,<br />
cruzamento com a EN 231 que liga <strong>Loriga</strong> a Seia.<br />
LORIGA - TERRA DE VIRIATO -<br />
Viriathus was born in <strong>Loriga</strong><br />
VIRIATO<br />
"...Suce<strong>de</strong>u o pastor Viriato, natural <strong>de</strong> Lobriga, hoje a vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, no<br />
cimo na Serra da Estrela, Bispado <strong>de</strong> Coimbra; Ao qual, tendo quarenta anos <strong>de</strong>
Toledo. Reforçou-se o dito capitão, e dando batalha j unto <strong>de</strong> Évora, pren<strong>de</strong>u<br />
Reino, 1580, "traduzida" do português arcaico para o actual). Entre os diversos<br />
*** -"Viriato,um lusitano <strong>de</strong> nascimento,sendo pastor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança nas<br />
vencendo, pondo em fuga, subj ugando exércitos <strong>de</strong> Pretores, e Cônsules<br />
*** -"Viriato,nascido e criado nas mais altas montanhas* da Lusitânia, on<strong>de</strong><br />
*** -"...Este Viriato era originário dos Lusitanos... Sendo pastor <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
criança, estava habituado a uma vida dura nas altas montanhas*... Famoso<br />
humanismo, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, e a sua gran<strong>de</strong> visão <strong>de</strong> estratega<br />
Lusitanos, antepassados dos portugueses, os romanos só conseguiram vencer<br />
Senhora, no ano 147.<br />
Pren<strong>de</strong>u em batalha, ao Pretor romano Caio Vetílio e lhe <strong>de</strong>golou 4000<br />
soldados;A Caio Lucitor, daí a uns dias, matou 6000.<br />
Ao capitão Caio Plaucio , matou Viriato mais <strong>de</strong> 4000 j unto <strong>de</strong><br />
4000 soldados.<br />
No ano 146, o Pretor Cláudio Unimano lhe <strong>de</strong>u batalha e <strong>de</strong> todo foi<br />
<strong>de</strong>struído por Viriato, que repartiu os <strong>de</strong>spojos pelos soldados, pondo nos<br />
montes mais altos da Lusitânia, os estendartes romanos..."<br />
(Página do livro manuscrito <strong>História</strong> da Lusitânia, do Bispo Mor do<br />
documentos que falam <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> como berço <strong>de</strong> Viriato, este é o mais curioso.<br />
__________________________________________________________________________________________________________<br />
__<br />
-Algumas citações <strong>de</strong> alguns dos mais importantes antigos historiadores<br />
romanos:<br />
altas montanhas*, foi para todos os Romanos motivo do maior terror. A<br />
princípio armando emboscadas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>vastando províncias, por último<br />
romanos." (Orósio(5.4.1)<br />
foi pastor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança, conseguiu reunir o apoio <strong>de</strong> todo o seu povo para<br />
sacudir o j ugo romano e fundar uma gran<strong>de</strong> nação livre na<br />
Hispânia" (Floro(1.33)<br />
entre as populações,foi por eles escolhido como chefe... (Diodoro<br />
Sículo (33.1.1-4)....<br />
*Hermínius,actual Serra da Estrela<br />
__________________________________________________________________________________________________________<br />
__<br />
-Todos os gran<strong>de</strong>s historiadores, começando pelos romanos antigos, elogiam as<br />
gran<strong>de</strong>s qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Viriato. Nelas se <strong>de</strong>stacam, a inteligência, o<br />
militar e político. A este gran<strong>de</strong> homem, que li<strong>de</strong>rou os<br />
recorrendo à vergonhosa traição cobar<strong>de</strong>. Este homem,tal como outros que<br />
ficaram na história, tinha origens humil<strong>de</strong>s, provando-se na época,tal como
contrário, alguns pseudointelectuais e pseudohistoriadores "elitistas" e<br />
Viriato, era apenas um pastor, habituado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança a percorrer as<br />
serra. A Lobriga,sua terra-natal,um povoado fortificado situado<br />
enemy, the Lusitanians elect one <strong>of</strong> their own and hand him absolute<br />
power. Born in Lobriga, Lusitania, Lorica for the Romans, current <strong>Loriga</strong> in<br />
armies, led a greater part <strong>of</strong> the iberian peoples into revolt and was<br />
Viriathus, is consi<strong>de</strong>red the first Lusian figure, and also national hero in<br />
Portugal. It was born without a doubt in the Hermínius,current Serra da<br />
Estrela, wehere he was shepherd since child,more precisely in<br />
Viriathus, was praised had to is great qualities human beings, and <strong>of</strong> great<br />
hoje,que as capacida<strong>de</strong>s individuais não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do estrato social, nem das<br />
habilitações académicas. Apesar das inúmeras lições da história em sentido<br />
preconceituosos continuam a achar que é improvável que alguém com origens<br />
humil<strong>de</strong>s se torne uma gran<strong>de</strong> figura histórica, e então inventaram teorias<br />
ridículas no sentido <strong>de</strong> atribuír "sangue azul" e origens "nobres" a Viriato.<br />
montanhas dos Herminius (actual Serra da Estrela), on<strong>de</strong> nasceu, e que<br />
conhecia como as palmas das suas mãos,inclusivé as povoações lusitanas da<br />
estratégicamente próximo do ponto mais alto da serra, os romanos puseram o<br />
nome <strong>de</strong> Lorica (antiga couraça guerreira).<br />
__________________________________________________________________________________________________________<br />
___<br />
VIRIATHUS WAS BORN IN LORIGA<br />
In 147 b.C.,thousands <strong>of</strong> Lusitanian warriors found themselves surroun<strong>de</strong>d<br />
by the military forces <strong>of</strong> magistrate Caio Vetílio. At first this seemed<br />
like j ust another Roman attempt to seize the Iberian Península in the on<br />
going war in which the Roman Republic had led for years.But pursued by the<br />
Portugal, this man, who for seven will taunt the Romans, is called Viriathus.<br />
Between 147 and 139, the year in which he was killed (mur<strong>de</strong>r by Romans,he<br />
was assassinated while sleeping), Viriathus successively <strong>de</strong>feated Roman<br />
responsible for the beginning <strong>of</strong> the war <strong>of</strong> Numância.<br />
After the mur<strong>de</strong>r, the Lusitanian guerrilla was continued to resist, "the<br />
women boke arms with the men, who died wiht a will,not a man <strong>of</strong> them<br />
showing his back,or uttering a cry. Of the women who were captured some<br />
killed themselves, others slew their children also with their own<br />
hands, consi<strong>de</strong>ring <strong>de</strong>ath preferable to captivity".<br />
Lobriga, Lorica for the Romans,current <strong>Loriga</strong>,in Portugal.
historians. Viriathus, proved that at the time, such as today,the individual<br />
qualifications. Viriathus,was only one shepherd, accustomed since child to<br />
Viriathus, lea<strong>de</strong>r that it directed with effectiveness the resistence <strong>of</strong> the<br />
Lusitanians, ancestors <strong>of</strong> the Portugueses, against a powerful inva<strong>de</strong>r, is<br />
diplomat. But, moreover, he was the <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r <strong>of</strong> a world asphyxiated by the<br />
strategist to military and diplomat, inclusively for the old Romans<br />
capacities do not <strong>de</strong>pend on the social estratum nor <strong>of</strong> the aca<strong>de</strong>mical<br />
cover mountains <strong>of</strong> the heart <strong>of</strong> the Lusitania.<br />
Roman,the superpower <strong>of</strong> the time, only obtained to arrange away it to<br />
win,resort to the shameful and dishonourable treason coward!Curiously,it<br />
was after an act <strong>of</strong> high treason <strong>of</strong> the part <strong>of</strong> the Romans, wich cost the<br />
life the thousand <strong>of</strong> disarmed Lusitanians, that Viriathus was elect to<br />
lea<strong>de</strong>r for is compatriots.<br />
consi<strong>de</strong>red since its time an example to follow.<br />
Viriathus,was a true military genious,politician and<br />
great Roman dominion. The world in which he very roots <strong>of</strong> Portugal are<br />
implanted.<br />
Viriathus, is a real portuguese national hero.<br />
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__<br />
LORIGA<br />
<strong>Loriga</strong> is an ancient, beautiful and historic portuguese town, located<br />
in the Serra da Estrela mountains.<br />
Known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica by the Romans, it is more<br />
than 2600 years old.<br />
Notable people from <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong> Viriathus ( known as Viriato in<br />
Portuguese ), a famous Lusitanian lea<strong>de</strong>r and portuguese national hero.<br />
<strong>Loriga</strong> as enormous touristics potentialities and they are the only ski<br />
resort and ski trails existing in Portugal ( <strong>Loriga</strong> is the Lusian Capital<br />
and the capital <strong>of</strong> the snow in Portugal ).<br />
<strong>Loriga</strong> is a town in Portugal located in Seia Municipality, Guarda District.<br />
<strong>Loriga</strong> is 20 km away from Seia, 40 km away from Viseu, 80 km away<br />
from Guarda and 320 km from Lisbon. It is nestled in the Serra da Estrela<br />
mountain range. The population is 789 (2015 estimate).<br />
It is known as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape: a town<br />
surroun<strong>de</strong>d by mountains.<br />
Known to be settled by the Lusitanians, the town is more than 2600 years old and<br />
was part <strong>of</strong> the Roman province <strong>of</strong> Lusitania. It was known as Lobriga by the
Lusitanians and Lorica by the Romans.<br />
<strong>Loriga</strong> became a textile manufacturing center in the begin-19th century. While that<br />
industry has since dissipated, today the town attracts a sizable tourist tra<strong>de</strong><br />
due to its picturesque scenery and vicinity to the Vodafone Ski Resort, the only<br />
ski center in Portugal, totally insi<strong>de</strong> the town limits.<br />
( By the historian António Con<strong>de</strong> )<br />
Pelo historiador António Con<strong>de</strong> - <strong>Loriga</strong>. Extratos da sua obra "<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção do município",<br />
fruto <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> trinta anos <strong>de</strong> pesquisa que tem sido sempre contínua.<br />
By historian António Con<strong>de</strong> - <strong>Loriga</strong>. Excerpts from his work "Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the Town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> - From Origins to the extinction <strong>of</strong> the<br />
municipality ", the result <strong>of</strong> more than thirty years <strong>of</strong> research that has always been continuous.<br />
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<strong>Loriga</strong><br />
Sobre | About<br />
Lorica - Lusitania | <strong>Loriga</strong> - Portugal<br />
<strong>História</strong> resumida <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Detalhes da história da<br />
Vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² <strong>de</strong> área, 1 367 habitantes (2005) e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 37,51 hab/km². Tem uma povoação<br />
<strong>Loriga</strong><br />
Gentílico - Loriguense ou Loricense<br />
Concelho - Seia<br />
Área - 36,52 km²<br />
População - 1 367 hab. (2005)<br />
Densida<strong>de</strong> - 37,51 hab./km²<br />
Orago - Santa Maria Maior<br />
Código postal - 6270<br />
Apelidada <strong>de</strong> "Suíça Portuguesa", é a vila mais alta <strong>de</strong> Portugal.<strong>Loriga</strong> (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho <strong>de</strong><br />
anexa, o Fontão.<br />
<strong>Loriga</strong> encontra-se a 20 km <strong>de</strong> Seia, 80km da Guarda e 300km <strong>de</strong> Lisboa. A vila é acessível pela EN 231, e tem acesso directo ao ponto<br />
mais alto da Serra da Estrela pela EN338, estrada concluída em 2006 segundo um projeto existente há décadas, com um percurso <strong>de</strong> 9,2<br />
km <strong>de</strong> paisagens <strong>de</strong>slumbrantes, entre as cotas 960m (Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> ou Portela <strong>de</strong> Arão) e 1650m, acima da Lagoa Comprida, on<strong>de</strong> se<br />
liga com a EN339.<br />
<strong>Loriga</strong> é conhecida como a "Suíça Portuguesa" <strong>de</strong>vido à sua extraordinária paisagem e localização geográfica. Está situada a cerca <strong>de</strong><br />
770m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> na sua área urbana mais baixa, ro<strong>de</strong>ada por montanhas, das quais se <strong>de</strong>stacam a Penha dos Abutres (1828m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>)<br />
e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos <strong>de</strong> água: a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a Ribeira <strong>de</strong> S.Bento, que <strong>de</strong>sagua naquela. A<br />
Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> é um dos maiores afluentes do Rio Alva.<br />
Está dotada <strong>de</strong> uma ampla gama <strong>de</strong> infrastrutras físicas e socio-culturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se <strong>de</strong>stacam,<br />
por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Socieda<strong>de</strong> Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os<br />
Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, criados em 1982, cujos serviços abrangem a área aproximadamente equivalente aos limites do antigo<br />
Concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, a Casa <strong>de</strong> Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais <strong>de</strong> relevo, e a Escola C+S Dr. Reis Leitão. Em<br />
Março <strong>de</strong> 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, e já completadas, um edifício essencial para ajudar a<br />
completar as infraestruturas necessárias à vila.<br />
Ao longo do ano celebram-se <strong>de</strong> maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos noturnos masculinos, que evocam<br />
as almas <strong>de</strong> entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra <strong>de</strong> Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último<br />
Domingo <strong>de</strong> Julho), com as respetivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festivida<strong>de</strong>s religiosas é a festa <strong>de</strong>dicada à<br />
padroeira dos emigrantes <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo <strong>de</strong> Agosto. No segundo<br />
Domingo, tem lugar a festa em honra <strong>de</strong> Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
<strong>História</strong><br />
Fundada originalmente no alto <strong>de</strong> uma colina entre ribeiras on<strong>de</strong> hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais <strong>de</strong><br />
dois mil e seiscentos anos <strong>de</strong>vido à facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa (uma colina entre ribeiras), à abundância <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> pastos, bem como ao facto<br />
<strong>de</strong> as terras mais baixas provi<strong>de</strong>nciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas<br />
as condições mínimas <strong>de</strong> sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.<br />
O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos Hermínios (atual Serra da Estrela) na<br />
resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome <strong>de</strong> Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios eram o coração e a<br />
maior fortaleza da Lusitânia, e certo é que este nome existe <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a ocupação romana. Deste nome <strong>de</strong>rivou <strong>Loriga</strong> (<strong>de</strong>rivação iniciada<br />
pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado. É um caso raro, em Portugal, <strong>de</strong> um nome bimilenar, sendo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância<br />
histórica, e a sua antiguida<strong>de</strong> basta para justificar que a Lorica seja a peça central e principal do brasão da vila.<br />
Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atrativo <strong>de</strong> referência. Os socalcos e a sua complexa<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> irrigação são um dos gran<strong>de</strong>s ex-libris <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, uma obra gigantesca construída pelos loriguenses ao longo <strong>de</strong> muitas centenas<br />
<strong>de</strong> anos e que transformou um vale belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>, fazendo parte do património histórico da vila e é <strong>de</strong>monstrativa do génio dos seus habitantes.<br />
Em termos <strong>de</strong> património histórico, <strong>de</strong>stacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século<br />
VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o Bairro <strong>de</strong> São Ginês (São Gens) com origem<br />
anterior à chegada dos romanos e a Rua <strong>de</strong> Viriato, heroi lusitano que a tradição local e alguns documentos apontam como sendo natural<br />
<strong>de</strong>sta antiquíssima povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiarida<strong>de</strong>, situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda<br />
algumas das características urbanas da época medieval.<br />
A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma gran<strong>de</strong> cheia na Ribeira <strong>de</strong> S. Bento), com as quais os<br />
romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem <strong>de</strong>staque. Esta estrada foi usada durante mais <strong>de</strong> dois mil anos até à<br />
construção da EN 231, e foi fundamental para o <strong>de</strong>senvolvimento da vila, principalmente na sua fase industrial.
expansão. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha <strong>de</strong> Coimbra, embora sem a monumentalida<strong>de</strong><br />
pronunciar, esqueceram a <strong>de</strong>voção a este santo, <strong>de</strong>ixaram caír em ruínas a sua capela, e finalmente substituíram o orago pelo <strong>de</strong> Nº Sº do<br />
Carmo. A data que ali se vê correspon<strong>de</strong> à última reconstrução. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais<br />
O Bairro <strong>de</strong> São Gens é um ex-libris <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e nele <strong>de</strong>staca-se a capela <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo, construída no local <strong>de</strong> uma antiga<br />
ermida visigótica precisamente <strong>de</strong>dicada àquele santo ao qual os loricenses <strong>de</strong>ram a "alcunha" <strong>de</strong> São Ginês, um santo que nunca existiu.<br />
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área on<strong>de</strong> hoje<br />
existem a Igreja Matriz e parte da Rua <strong>de</strong> Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. A parte da Rua <strong>de</strong> Viriato compreendida<br />
entre as antigas se<strong>de</strong>s da Casa do Povo e do Grupo Desportivo Loriguense correspon<strong>de</strong> exatamente ao traçado <strong>de</strong> parte <strong>de</strong>ssa linha<br />
<strong>de</strong>fensiva da antiga povoação. No local do atual Bairro <strong>de</strong> São Ginês (São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao<br />
promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tar<strong>de</strong> uma ermida <strong>de</strong>dicada àquele santo.<br />
<strong>Loriga</strong> era uma paróquia criada pelos visigodos e no incio da nacionalida<strong>de</strong> pertencia à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi<br />
mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o <strong>de</strong> Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no<br />
local <strong>de</strong> outro antigo e pequeno templo visigótico, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na<br />
porta lateral virada para o adro, e on<strong>de</strong> foi gravada a data da construção. A paróquia <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> foi criada na época dos visigodos,<br />
pertencia à diocese <strong>de</strong> Egitânia, e abrangia uma área superior à que seria mais tar<strong>de</strong> o Município Loricense na fase da sua maior<br />
daquela, esta igreja foi <strong>de</strong>struída pelo sismo <strong>de</strong> 1755, <strong>de</strong>la restando apenas partes das pare<strong>de</strong>s laterais.<br />
Este sismo provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e<br />
espessas pare<strong>de</strong>s do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês <strong>de</strong> Pombal esteve em <strong>Loriga</strong> a<br />
avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localida<strong>de</strong> serrana muito afetada), não chegou do governo <strong>de</strong><br />
Lisboa qualquer auxílio.<br />
<strong>Loriga</strong> é uma vila industrial (têxtil) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira meta<strong>de</strong> do século XIX, em termos <strong>de</strong> indústria mo<strong>de</strong>rna, sendo também influenciada<br />
pela chamada revolução industrial. No entanto, já no século XV os loriguenses se <strong>de</strong>dicavam aos lanifícios, embora <strong>de</strong> forma artesanal,<br />
produzindo grosseiros panos <strong>de</strong> lã. Chegou a ser uma das localida<strong>de</strong>s mais industrializadas da Beira Interior, e a atual se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho<br />
só conseguiu suplantá-la em meados do século XX.<br />
<strong>Loriga</strong> é um exemplo das consequências que uma guerra civil po<strong>de</strong>m ter no futuro <strong>de</strong> uma localida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> uma região. <strong>Loriga</strong> tinha a<br />
categoria <strong>de</strong> se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> durante<br />
cerca <strong>de</strong> duas décadas, no reinado <strong>de</strong> D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I).<br />
Apoiou os Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa e isso contribuíu para <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho em 1855 após a<br />
aplicação do plano <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que <strong>de</strong>u origem aos<br />
Distritos. A partir da primeira meta<strong>de</strong> do século XIX, como já foi mencionado, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta,<br />
com a implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em <strong>de</strong>clínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à<br />
<strong>de</strong>sertificação da Vila, facto que afeta <strong>de</strong> maneira geral as regiões interiores <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong>vido às inexistentes, insuficentes e erradas<br />
políticas <strong>de</strong> coesão locais e nacionais.<br />
Se nada <strong>de</strong> eficaz for feito, começando por colocar na prática o que já é reconhecido no papel sobre a importância <strong>de</strong>sta vila, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
poucas décadas <strong>Loriga</strong> será pouco mais que uma vila fantasma e toda a região sul do concelho <strong>de</strong> Seia estará <strong>de</strong>serta.<br />
A área on<strong>de</strong> existem as atuais freguesias <strong>de</strong> Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vi<strong>de</strong>, e as mais <strong>de</strong> trinta<br />
povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.<br />
A Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, área do antigo Município Loriguense, constitui também a Associação <strong>de</strong> Freguesias da Serra da Estrela, com se<strong>de</strong> na<br />
vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
<strong>Loriga</strong> e a sua região possuem enormes potencialida<strong>de</strong>s turísticas e as únicas pistas e estância <strong>de</strong> esqui existentes em Portugal estão<br />
localizadas na área da freguesia da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca <strong>de</strong> 100 <strong>de</strong>graus em granito, o que lhe dá<br />
características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro histórico da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
O bairro <strong>de</strong> São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> cujas carateristicas o tornam num dos bairros mais conhecidos<br />
e típicos da vila. As melhores festas <strong>de</strong> São João eram feitas aqui. Curioso é o facto <strong>de</strong> este bairro do centro histórico da vila <strong>de</strong>ver o<br />
nome a São Gens, um santo <strong>de</strong> origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago <strong>de</strong> uma ermida<br />
visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês, talvez por ser mais fácil <strong>de</strong><br />
antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.<br />
Acordos <strong>de</strong> geminação<br />
<strong>Loriga</strong> celebrou acordo <strong>de</strong> geminação com a vila, atual cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sacavém (Loures), em 1 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1996.<br />
VIAS ROMANAS EM PORTUGAL - Vestígios Romanos Georeferenciados em <strong>Loriga</strong>
omana, mas o nome original dado pelos romanos só caiu totalmente em<br />
- Factos comprovados: Lorica era o antigo nome <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, existiram duas<br />
O nome Lorica aparece como sendo da época romana num documento medieval<br />
visigótico com referências à zona. Foi aliás na época visigótica que<br />
a "versão" <strong>Loriga</strong> começou a substituir o nome Lorica que vinha da época<br />
<strong>de</strong>suso durante a primeira meta<strong>de</strong> do século XIII.<br />
Depois, aparece novamente em documentos dos séculos X, XI, XII e XIII,<br />
principalmente em documentos do século XII, inclusive quando se fala <strong>de</strong><br />
limites territoriais, on<strong>de</strong> até a actual Portela do Arão é referida como<br />
Portela <strong>de</strong> Lorica, começando mais tar<strong>de</strong> a ser referida como Portela <strong>de</strong><br />
Aran, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Aarão, e finalmente do Arão.<br />
A estrada romana <strong>de</strong> Lorica era uma espécie <strong>de</strong> estrada estratégica,<br />
Destinada a ajudar a controlar os Montes Herminius on<strong>de</strong>, como se sabe, viviam tribos<br />
lusitanas muito aguerridas. Esta estrada ligava entre si duas gran<strong>de</strong>s vias<br />
transversais, a que ligava Conimbriga, a norte, e a que ligava Iaegitania,<br />
a sul. Não se sabe os locais exactos dos cruzamentos, mas tudo indica que a<br />
norte seria algures perto da actual Boba<strong>de</strong>la.<br />
Quanto aos vestígios da calçada romana original, eles po<strong>de</strong>m encontrar-se<br />
Na área das Calçadas, on<strong>de</strong> estiveram na origem <strong>de</strong>ste nome, e dispersos em<br />
pequenos vestígios até à zona da Portela do Arão, tratando-se da mesma<br />
estrada.<br />
A título <strong>de</strong> curiosida<strong>de</strong>, informo que a estrada romana foi utilizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que foi construída, provalvelmente por volta <strong>de</strong> finais do século I antes<br />
<strong>de</strong> Cristo, até à década <strong>de</strong> trinta do século XX quando entrou em<br />
funcionamento a actual EN231. Sem a estrada romana teria sido impossível o já por si<br />
gran<strong>de</strong> feito <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> se tornar um dos maiores pólos industriais têxteis da<br />
Beira Interior durante o século XIX.<br />
pontes romanas, uma <strong>de</strong>las ainda existe, e a outra, construída sobre a<br />
Ribeira <strong>de</strong> S.Bento, ruiu no século XVI, e ambas faziam parte da estrada<br />
romana que ligava a povoação ao restante império romano.<br />
A ponte romana que ruiu estava situada a poucas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> metros a<br />
Jusante da actual ponte, também construída em pedra mas datada <strong>de</strong> finais do<br />
Século XIX. A antiga estrada romana <strong>de</strong>scia pela actual Rua do Porto, subia pela<br />
actual Rua do Vinhô, apanhava parte da actual Rua <strong>de</strong> Viriato passando<br />
ao lado da povoação então existente, subia pelas actuais ruas Gago<br />
Coutinho e Sacadura Cabral, passava na actual Avenida Augusto Luis Men<strong>de</strong>s, na área<br />
conhecida por Carreira, seguindo pela actual Rua do Teixeiro em<br />
direcção à ponte romana sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.
vila, ainda existem vestígios bem conservados do primitivo pavimento da<br />
Gens, e na época era mesmo uma ermida porque aquele local ficava fora da povoação então existente, e quanto à escolha daquele local<br />
Entre a capela <strong>de</strong> S.Sebastião e o cemitério, existia um troço <strong>de</strong><br />
Calçada romana bem conservada que não <strong>de</strong>ixava dúvidas a ninguém sobre a sua<br />
verda<strong>de</strong>ira origem, mas infelizmente uma parte foi <strong>de</strong>struída e a<br />
restante soterrada quando fizeram a estrada entre a Rua do Porto e o cemitério.<br />
O património histórico nunca foi estimado em <strong>Loriga</strong>...<br />
Numa zona propositadamente conhecida por Calçadas, já afastada da<br />
estrada romana.<br />
A paróquia e a Igreja Matriz da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Sabe-se que <strong>Loriga</strong> é uma povoação que tem mais <strong>de</strong> dois mil e seiscentos anos <strong>de</strong> existência no exato local on<strong>de</strong> existe o centro<br />
histórico da vila, uma colina entre ribeiras, <strong>de</strong>fensável e perto <strong>de</strong> duas abundantes linhas <strong>de</strong> água. E a propósito do acesso à água, os<br />
habitantes <strong>de</strong>sta plurimilenar povoação tinham ainda disponível uma nascente, hoje conhecida por Fonte do Vale, e que sabe-se foi<br />
também bastante valorizada mais tar<strong>de</strong> nas épocas romana e medieval. Sabe-se que nessa época a povoação estendia-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
aproximadamente o local on<strong>de</strong> existe a convergência <strong>de</strong> três ruas, e a área on<strong>de</strong> hoje está o centro <strong>de</strong> dia da ALATI. A povoação era<br />
<strong>de</strong>fendida por muros e paliçadas e sabe-se que a atual Rua <strong>de</strong> Viriato, no troço entre a antiga se<strong>de</strong> do GDL e a antiga Casa do Povo,<br />
coinci<strong>de</strong> exatamente com uma parte <strong>de</strong>ssa linha <strong>de</strong>fensiva da povoação. O local on<strong>de</strong> hoje existem o adro e a igreja era o ponto central<br />
<strong>de</strong>ssa povoação, e assim iria permanecer durante muitos séculos. É portanto completamente natural que com a cristianização da<br />
população e com a chegada dos Visigodos este local fosse eleito para construir o primeiro templo cristão da então Lorica.<br />
Sabe-se que os Visigodos construiram pelo menos dois templos em Lorica, e digo pelo menos porque encontrei indícios, que não<br />
consegui confirmar da existência <strong>de</strong> mais uma ermida além daquela que construíram on<strong>de</strong> hoje está a capela <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo<br />
e que era <strong>de</strong>dicada a S. Gens. A dada altura cheguei a pensar tratar-se da ermida <strong>de</strong> S. Bento, a tal que <strong>de</strong>u nome à area e à ribeira mas<br />
essa, embora confirmadamente já existisse no século XII não é anterior ao século X. Certo é que os visigodos construíram a ermida <strong>de</strong> S.<br />
não é <strong>de</strong> excluir a hipótese <strong>de</strong> ser um antigo local <strong>de</strong> culto pagão, dadas as suas caraterísticas. Dada a religiosida<strong>de</strong> dos loriguenses, é no<br />
mínimo estranho que uma <strong>de</strong>voção tão antiga a um santo tenha sido completamente abandonada, que tenham <strong>de</strong>ixado cair em ruínas a<br />
sua ermida e <strong>de</strong>pois a tenham recuperado mas com outro orago. Não consegui encontrar uma explicação, e como se isso não bastasse e<br />
para completar o "anátema" a que os loriguenses con<strong>de</strong>naram o santo, mudaram-lhe também o nome <strong>de</strong> São Gens para São Ginês, um<br />
santo que nunca existiu. Mas o pormenor da mudança <strong>de</strong> nome po<strong>de</strong> ser facilmente explicado pela passagem dos séculos, pelo<br />
isolamento e pela "adaptação linguística" que ten<strong>de</strong> a inclinar-se para as formas mais fáceis, e <strong>Loriga</strong> também é conhecida pelas suas<br />
"singularida<strong>de</strong>s linguísticas" e pelo uso massivo <strong>de</strong> alcunhas.<br />
Também é certo que os visigodos construíram um templo <strong>de</strong>dicado a Nossa Senhora no exato local on<strong>de</strong> hoje existe a Igreja Matriz,<br />
tratando-se <strong>de</strong> uma pequena capela cujas dimensões não andariam longe das que tem a ermida <strong>de</strong> Nossa Senhora da Guia. Sabe-se<br />
também que na época visigótica <strong>Loriga</strong> tinha o estatuto <strong>de</strong> paróquia, que <strong>de</strong>pendia do bispo <strong>de</strong> Egitânia ( atual Idanha a Velha ), e que a<br />
paróquia abrangia uma área aproximadamente equivalente ao antigo concelho loricense na sua fase maior, que foi atingida em meados do<br />
século XIX. Obviamente foi impossível saber com exatidão a área da paróquia na época visigótica mas fiquei surpreendido com a<br />
<strong>de</strong>scoberta da mesma e com a existência <strong>de</strong> algumas localida<strong>de</strong>s em redor <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, que ainda existem e das quais apenas duas<br />
atingiram o estatuto <strong>de</strong> freguesias. Nestas andanças da pesquisa histórica há muito tempo que aprendi que até algumas al<strong>de</strong>ias mais<br />
pequenas que alguns consi<strong>de</strong>ram insignificantes po<strong>de</strong>m <strong>de</strong> facto escon<strong>de</strong>r uma história milenar. Em sentido contrário existem localida<strong>de</strong>s<br />
que hoje têm alguma importância e cujos naturais se esforçam por inventar um longo passado que nunca existiu. Portanto, os tais "casais"<br />
referidos nos "pergaminhos", cujos habitantes iam à igreja <strong>de</strong> Lorica ouvir missa, já têm uma longa história que nunca foi registada, e<br />
infelizmente uma <strong>de</strong>ssas localida<strong>de</strong>s foi recentemente e injustamente amputada do seu estatuto <strong>de</strong> freguesia. E digo igreja <strong>de</strong> Lorica<br />
porque o uso da atual versão do nome romano, ou seja <strong>Loriga</strong>, só se consolidou <strong>de</strong>finitivamente na primeira meta<strong>de</strong> do século XIII. No<br />
início da nacionalida<strong>de</strong>, a consolidação, a administração do território e a necessária fixação das populações implicava a atribuição <strong>de</strong><br />
forais mas também a criação <strong>de</strong> condições para a prática do culto, e é por isso frequente ao longo da história a construção <strong>de</strong> igrejas por<br />
iniciativa real. E a esse propósito os reis mandavam construir igrejas em povoações que já eram se<strong>de</strong> <strong>de</strong> município ou em povoações que<br />
seriam elevadas a essa condição, tudo para ajudar a fixar as populações, e outras medidas eram tomadas nesse sentido, e por exemplo<br />
muitos castelos foram feitos também com esse objetivo. O pormenor a consi<strong>de</strong>rar é que o estatuto <strong>de</strong> município andava sempre a par com<br />
o estatuto <strong>de</strong> paróquia, portanto as localida<strong>de</strong>s que tinham igrejas eram geralmente se<strong>de</strong>s <strong>de</strong> concelho, e seria certo se a igreja fosse<br />
mandada construir pelo rei. Sabe-se que a Igreja <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> foi mandada construir pelo rei D. Sancho II em cima da construção do já<br />
referido pequeno templo visigótico do qual foi aproveitada a pedra on<strong>de</strong> foi gravada a data da construção, o ano <strong>de</strong> 1233. Assim, essa<br />
pedra colocada por cima <strong>de</strong> uma das portas laterais virada para o adro, na igreja atual confirma a sua longa existência, correspon<strong>de</strong>ndo à
situação, a colina entre ribeiras não é muito sólida porque foi criada com <strong>de</strong>pósitos arrastados pelo antigo glaciar que rasgou o Vale <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>, e por tudo isso é que as consequências do sismo foram tão graves na vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. De sublinhar que os estragos não se limitaram<br />
à Igreja Matriz e o terramoto, além dos estragos provocados em muitas habitações, provocou o <strong>de</strong>sabamento <strong>de</strong> uma das pare<strong>de</strong>s da<br />
reconstrução. Por exemplo, foram acrescentadas duas capelas uma <strong>de</strong> cada lado da capela-mor, uma das quais foi <strong>de</strong>pois transformada<br />
intervenções. No século seguinte ao do sismo, em Setembro <strong>de</strong> 1882, novamente se fez sentir no centro do país um tremor <strong>de</strong> terra e, por<br />
data da <strong>de</strong>cisão da construção. A <strong>de</strong>cisão real nesse sentido <strong>de</strong>ve-se principalmente ao facto <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> pertencer à Vigariaria do<br />
Padroado Real. A Igreja foi <strong>de</strong>dicada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo a Santa Maria Maior, um orago que se mantem, sendo um templo românico cuja traça e<br />
fachada principal fazia lembrar a Sé Velha <strong>de</strong> Coimbra, embora obviamente sem a monumentalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta.<br />
A igreja tinha três naves e as dimensões eram próximas das atuais, mas para além disso a atual igreja nada tem a ver com a antiga e o que<br />
vemos ali é fruto <strong>de</strong> várias reconstruções e alterações, sendo que as mais radicais foram consequência do sismo <strong>de</strong> 1755. Já muita gente<br />
se interrogou sobre o porquê das graves consequências do sismo <strong>de</strong> 1755 em <strong>Loriga</strong>, e por isso ficam aqui algumas explicações. Em<br />
primeiro lugar, <strong>Loriga</strong> está situada num local geologicamente sensível, num sítio <strong>de</strong> transição entre dois blocos rochosos diferentes, <strong>de</strong> um<br />
lado o granito e do outro o xisto, facto que é suficiente para provocar gran<strong>de</strong> agitação em caso <strong>de</strong> sismo. Além disso, e para piorar a<br />
residência paroquial e abriu fendas no robusto edifício da Câmara Municipal, construído no século XIII, e cujas pare<strong>de</strong>s do rés do chão<br />
on<strong>de</strong> funcionava a ca<strong>de</strong>ia, tinham uma espessura <strong>de</strong> quase dois metros. Os loricenses tiveram que lidar com todos os estragos e não<br />
receberam qualquer ajuda externa, apesar <strong>de</strong> o próprio Marquês <strong>de</strong> Pombal ter sido informado da grave situação. Felizmente não houve,<br />
ou pelo menos não há registos <strong>de</strong> mortos nem feridos graves na vila. Após o sismo que provocou a ruína praticamente completa, a igreja<br />
foi reconstruída com estilo barroco, mas po<strong>de</strong>m ser sublinhadas outras alterações, algumas das quais nada tiveram a ver com esta<br />
em capela-sacristia e finalmente em apenas sacristia, e ao lado <strong>de</strong>sta foi acrescentada outra capela. A escadaria e a porta exteriores que<br />
dão acesso ao coro também não existiam e o acesso aos sinos era feito pelo interior da igreja, sendo que estas últimas alterações foram<br />
feitas como consequência do sismo.<br />
Com o tempo foram feitas alterações e restauros por vezes <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sastrosa por quem não tinha qualquer sensibilida<strong>de</strong> para a<br />
preservação do património e por isso a atual igreja, embora bela não é tão bonita nem é tão valiosa quanto seria sem essas más<br />
conseguinte também muito sentido em <strong>Loriga</strong>, o qual pareceu, em principio, não ter gran<strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>. Só que as consequências viriam<br />
mais tar<strong>de</strong>, quando todos pareciam já ter esquecido. Em Novembro seguinte, e quando era celebrada a missa, estalou a viga mestra da<br />
igreja tendo, <strong>de</strong> imediato, sido efetuada a <strong>de</strong>socupação do templo e retirando algumas imagens e outros artigos. Só no fim do dia<br />
aconteceu o <strong>de</strong>sabamento quase completo da cobertura ficando apenas <strong>de</strong> pé a torre e a capela-mor. Dois anos <strong>de</strong>pois foram terminados<br />
os trabalhos da reconstrução da igreja que, tal como acontecera após o sismo <strong>de</strong> 1755, foi feita pela população local, toda unida, e foi esta<br />
última reconstrução que chegou aos tempos atuais embora, conforme já foi referido, com alguns "restauros" que a empobreceram.<br />
Esta é uma citação livre <strong>de</strong> António Con<strong>de</strong> e <strong>de</strong> extratos da sua obra, <strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção do<br />
município.<br />
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Brasão <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Heráldica da vila<br />
Heráldica Loriguense<br />
Resumo do significado do brasão<br />
Brasão:Escudo <strong>de</strong> azul,uma Lorica em vermelho realçada <strong>de</strong> prata,entre<br />
duas rodas hidráulicas a negro e realçadas <strong>de</strong> branco;Em chefe<br />
uma estrela <strong>de</strong> ouro,e na base dois montes <strong>de</strong> branco e duas linhas <strong>de</strong> àgua.<br />
Coroa mural <strong>de</strong> prata <strong>de</strong> quatro torres.Listel <strong>de</strong> prata,com a legenda a<br />
negro:«LORIGA»<br />
Ban<strong>de</strong>ira da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Ban<strong>de</strong>ira:Esquartelada a azul e branco.Cordão e borlas <strong>de</strong> ouro.Haste<br />
e lança <strong>de</strong> ouro. O azul e o branco representam o céu, as àguas límpidas,<br />
a neve, a beleza, a pureza e as cores do início da nacionalida<strong>de</strong> portuguesa.<br />
Selo:Redondo,contendo no seu interior os mesmos símbolos do brasão,e<br />
com a legenda:«Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>»<br />
Simbologia:Como peça central a Lorica,antiga couraça<br />
guerreira,origem do nome multimilenar,lembra as origens remotas da
povoação e a história antiga da vila.<br />
As duas rodas hidráulicas simbolizam a duas vezes centenária<br />
indústria loriguense,criada com o engenho das gentes <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e que<br />
fizeram a vila <strong>de</strong>stacar-se ainda mais na região.Eram as rodas<br />
hidráulicas que moviam as primitivas fábricas instaladas ao longo<br />
das duas ribeiras que banham a vila.Esses abundantes recursos<br />
hídricos foram em tempos mais remotos aproveitados também para mover<br />
moínhos.<br />
A estrela <strong>de</strong> ouro simboliza a Serra da Estrela.Po<strong>de</strong> também<br />
simbolizar a vila como uma estrela <strong>de</strong>ntro da Estrela,e o ponto <strong>de</strong><br />
referência dos inúmeros emigrantes loricenses espalhados pelo mundo.<br />
Os montes na base simbolizam os belos e ver<strong>de</strong>jantes montes que<br />
la<strong>de</strong>iam o belíssimo Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a sua espectacular Garganta <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>.<br />
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LORIGA - INSTITUIÇÕES E ASSOCIAÇÕES DE LORIGA<br />
INSTITUIÇÕES E ASSOCIAÇÕES LORICENSES<br />
Algumas das instituições e associações mais emblemáticas <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,é uma das mais prestigiadas e importantes associações loricenses.<br />
Fundada em 16 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1982, a sua criação veio satisfazer uma necessida<strong>de</strong> há muito sentida nesta vila industrial, assim como numa<br />
região como é a <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
Socieda<strong>de</strong> Recreativa e Musical Loriguense<br />
Esta prestigiada associação loricense, é uma das que mais tem contribuído para, através <strong>de</strong> música da mais alta qualida<strong>de</strong>, interpretada<br />
pela sua Banda Filarmónica, levar o nome <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a rica cultura loricense a todo o país e ao estrangeiro. Fundada em 1 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong><br />
1905, esta associação tem a sua se<strong>de</strong> num solar do século XVII, o Solar dos Men<strong>de</strong>s.<br />
Escola C+S <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
As origens da Escola C+S <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> remontam a 1968 com a criação da então chamada Escola Preparatória. A sua se<strong>de</strong> funcionou no Solar<br />
dos Men<strong>de</strong>s, local on<strong>de</strong> estavam também a maioria das salas <strong>de</strong> aulas,e as instalações eram complementadas pelo antigo edifício da<br />
Escola Primária, on<strong>de</strong> hoje é a se<strong>de</strong> da autarquia. As instalações foram sempre precárias e insuficientes.Entretanto a escola foi<br />
reclassificada, tendo sido montados pavilhões pré-fabricados para albergar os alunos que consequentemente aumentaram <strong>de</strong> número,<br />
mas as instalações continuavam insuficientes e cada vêz mais <strong>de</strong>gradadas. O <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> instalações próprias e condignas, existente <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
1968,fazia-se sentir com mais intensida<strong>de</strong>. Em Novembro <strong>de</strong> 1996, foi finalmente inaugurado um edifício novo e emblemático da nova<br />
Escola Reis Leitão, instalações cujo único <strong>de</strong>feito é não possuírem pavilhão gimno<strong>de</strong>sportivo.<br />
Centro <strong>de</strong> Assistência Paroquial <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
O Centro <strong>de</strong> Assistência Paroquial <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,fundado em 25 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1952,presta relevantes serviços no apoio social,à infância e à<br />
terceira ida<strong>de</strong>. Pertencem a esta instituição, a creche, o infantário, e o lar <strong>de</strong> idosos da Casa <strong>de</strong> Repouso <strong>de</strong> Nossa Senhora da Guia.<br />
Associação Loriguense <strong>de</strong> Apoio à Terceira Ida<strong>de</strong><br />
A Associação Loriguense <strong>de</strong> Apoio à Terceira Ida<strong>de</strong> foi fundada em 12 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1990, e tal como o nome indica, <strong>de</strong>stina-se<br />
essencialmente ao apoio aos idosos,principalmente aos mais <strong>de</strong>sfavorecidos. Possui um centro <strong>de</strong> dia no centro histórico da vila, e presta<br />
apoio domiciliário.<br />
Grupo Desportivo Loriguense
afectam. <strong>Loriga</strong> <strong>de</strong>ve muito a estes loricenses que, embora não residam na vila, têm lá os seus corações e as suas almas, aqueles que<br />
mundo. Através dos artigos <strong>de</strong> António Con<strong>de</strong>, um conhecido historiador e benfeitor <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, publicados nesse jornal, os loricenses<br />
cultural. Tudo o que se sabe e está divulgado sobre a história <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> anterior ao século XIX <strong>de</strong>ve-se á pesquisa e á divulgação <strong>de</strong><br />
O Grupo Desportivo Loricense foi fundado em 8 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1934,transformando-se rápidamente numa importante e carismática<br />
associação <strong>de</strong>sportiva, mas também cultural.<br />
Associação dos Naturais e Amigos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Esta prestigiada associação foi fundada em 1987 por loricenses dos tais que, por conta própria ou <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> qualquer instituição ou<br />
associação loricense, trabalham incansavelmente para promover a sua terra-natal e contribuir para a resolução dos poblemas que a<br />
<strong>de</strong>senvolvem permanentemente um imenso trabalho pessoal ou colectivo (conforme a opção) pela terra que os viu nascer. A A.N.A.L.O.R<br />
publica um jornal, o Garganta <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, que é um importante meio <strong>de</strong> comunicação entre os loricenses espalhados pelo país e pelo<br />
acordaram para o conhecimento da sua história mais remota. Aliás, <strong>Loriga</strong> e a sua história têm sido divulgadas pelo Sr. Con<strong>de</strong> através dos<br />
mais diversos meios <strong>de</strong> comunicação portugueses e estrangeiros e nos mais diversos sites, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Wikipédia até sites <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> nível<br />
António Con<strong>de</strong>.<br />
Irmanda<strong>de</strong> do Santíssimo Sacramento e das Almas <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Esta instituição, <strong>de</strong> carácter religioso, é histórica e as suas origens mais remotas encontram-se no século XIV, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> finais do século XVI<br />
que tem o nome e os mol<strong>de</strong>s actuais. Noutros tempos chegou a funcionar como se fosse a Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, embora<br />
nunca tivesse esse nome.<br />
Centro Loriguense <strong>de</strong> Belém do Pará<br />
Esta foi a primeira associação loricense criada fora <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,e foi também a primeira a ser criada no estrangeiro. Foi fundada em 4 <strong>de</strong><br />
Julho <strong>de</strong> 1937 no seio da importante colónia loricense, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XIX existia em Belém, mas também em Manaos, havendo<br />
também loricenses noutras partes do Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XVII. Aliás foi a colónia <strong>de</strong> Manaos que construíu os monumentais fontanários<br />
que po<strong>de</strong>m admirar-se na vila.<br />
___________________________________________________________________<br />
Freguesias da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> [área<br />
do antigo Município Loricense]<br />
As seis freguesias que ro<strong>de</strong>iam <strong>Loriga</strong>,e que fazem parte da Associação <strong>de</strong> Freguesias da Serra da Estrela,com se<strong>de</strong> nesta vila.<br />
Alvoco da Serra<br />
Alvoco da Serra é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 37,57 km² <strong>de</strong> área e 646 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 17,2<br />
hab/km².<br />
A freguesia é constituída por cinco localida<strong>de</strong>s: Alvoco da Serra (se<strong>de</strong> da freguesia), Outeiro da Vinha, Vasco Esteves <strong>de</strong> Baixo, Vasco<br />
Esteves <strong>de</strong> Cima e Aguincho.<br />
Alvoco da Serra recebeu foral <strong>de</strong> D. Manuel I em 17 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1514,data em que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> pertencer ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Foi vila<br />
e se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho entre esta data e 1828, ano em que o concelho foi extinto. Tinha, em 1801, 667 habitantes. Entre 1828 e 1855<br />
pertenceu novamente ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, após o que passou a integrar o concelho <strong>de</strong> Seia.<br />
Cabeça<br />
Cabeça é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 8,55 km² <strong>de</strong> área e 229 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 26,8 hab/km².<br />
Durante muitos anos foi conhecida como São Romão <strong>de</strong> Cabeça.Até ao século XIX pertenceu ao concelho,à paróquia e à freguesia <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>.<br />
A sua população vive em gran<strong>de</strong> parte da agricultura e da pastorícia.<br />
António <strong>de</strong> Almeida Santos, ministro em vários Governos, ex-presi<strong>de</strong>nte da Assembleia da República, filho <strong>de</strong> uma loricense, nasceu em<br />
Cabeça, numa época em que a sua mãe dava aulas na escola primária local.<br />
Sazes da Beira<br />
Sazes da Beira é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 6,39 km² <strong>de</strong> área e 341 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 53,4 hab/km².<br />
A primeira fixação <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong>u-se (supõe-se) no século XV, no lugar chamado <strong>de</strong> "Sazes Velho".<br />
Em 1527 tinha a al<strong>de</strong>ia 65 pessoas. No entanto e continuando à procura <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> da água levou à fundação do que é hoje a al<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> Sazes da Beira propriamente dita. Não se sabe a data da fundação da sua freguesia/paróquia, mas sabe-se que foi no início do século<br />
XVIII.Em 1731 é edificada a sua Igreja Matriz.
Des<strong>de</strong> a sua fundação, Sazes pertenceu sempre ao concelho <strong>de</strong> Sandomil até à extinção <strong>de</strong>ste em 1836, data em que passou a pertencer<br />
ao município <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.No meio <strong>de</strong> todas as remo<strong>de</strong>lações administrativas s<strong>of</strong>ridas (em que Sandomil esteve prestes a pertencer ao<br />
concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>), a freguesia <strong>de</strong> Sazes (correspon<strong>de</strong>nte a todo o território da sua paróquia) pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até<br />
1855,data em que este foi extinto.<br />
Teixeira<br />
Teixeira é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 12,88 km² <strong>de</strong> área e 233 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 18,1 hab/km².<br />
Pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até 1514 data em que Alvoco da Serra recebeu foral <strong>de</strong> D. Manuel I, passando <strong>de</strong>pois a fazer parte do<br />
novo concelho, e mais tar<strong>de</strong> á freguesia e á paróquia <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong>.<br />
Voltou a ser incluída no município <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> em 1834, e até 1855. Passa então para o concelho <strong>de</strong> Seia ao qual pertence actualmente.<br />
Valezim<br />
Valezim é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 10,94 km² <strong>de</strong> área, 382 habitantes (2001) e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 34,9<br />
hab/km².<br />
A hipótese mais aceite é que o nome provém <strong>de</strong> vallecinus (palavra do latim para vale pequeno). Curiosamente, uma antiga lenda sobre a<br />
origem do nome <strong>de</strong> Valezim nasceu <strong>de</strong> um facto histórico real relacionado com <strong>Loriga</strong>. Diz a lenda: "Tendo sido expulsos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, os<br />
mouros chegaram àquele vale e exclamaram: Neste vale sim! As duas palavras foram unidas dando origem ao nome Valesim." De facto os<br />
mouros foram expulsos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, mas não falavam português.<br />
As principais activida<strong>de</strong>s económicas da população estão ligadas à agricultura e pastorícia, turismo <strong>de</strong> habitação e à construcção civil.<br />
O seu primeiro foral é atribuído em 1201, por D. João <strong>de</strong> Foyle. Em 1514 é renovado por D. Manuel I, e passa constituir um concelho<br />
formado apenas pela freguesia da se<strong>de</strong>. Entre os anos <strong>de</strong> 1836 e 1855 pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Nessa data foi integrado no<br />
concelho <strong>de</strong> Seia, on<strong>de</strong> pertence.<br />
A sua maior festivida<strong>de</strong> é em honra <strong>de</strong> Nossa Senhora da Saú<strong>de</strong>, realizada anualmente, no primeiro Domingo <strong>de</strong> Setembro.<br />
Vi<strong>de</strong><br />
Vi<strong>de</strong> é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 51,25 km² <strong>de</strong> área e 843 habitantes (2001), com uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional<br />
<strong>de</strong> 16,4 hab/km².<br />
Está situada na zona centro do país, no Parque Natural da Serra da Estrela, a uma distância <strong>de</strong> 25 Km da Torre.<br />
A freguesia engloba as seguintes e pequenas povoações anexas: Abitureira,Baiol,Balocas,Baloquinhas,Barreira,Barriosa, Barroco da<br />
Malhada,Borracheiras,Carvalhinho,Casal do Rei,Casas Figueiras,Ci<strong>de</strong>, Chão Cimeiro,Couce<strong>de</strong>ira,Costeiras,Fontes do Ci<strong>de</strong>,Foz da<br />
Rigueira,Foz do Vale,Frádigas,Gondufo,Lamigueiras,Malhada das Cilhas,Monteiros,Muro ,Obra,Outeiro,Ribeira,Ro<strong>de</strong>ado,Sarnadinha,Silvadal<br />
e Vale do Ci<strong>de</strong>.<br />
Pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até ao início do século XVII,época em que recebeu alguma autonomia mas sem nunca ter sido elevada a<br />
vila (isso reflete-se no brasão) nem se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho (como aconteceu com <strong>Loriga</strong>, Valesim e Alvoco) até ao início do século XIX (1834),<br />
tendo nessa época passado a pertencer plenamente ao município loriguense até 1855, ano em que foi integrado no concelho <strong>de</strong> Seia. Em<br />
1801 era constituída apenas pela freguesia da se<strong>de</strong> e tinha 750 habitantes. Portanto nunca foi um município pleno, no verda<strong>de</strong>iro sentido<br />
do termo, nem vila tal como como foram Valezim ou<br />
Alvoco da Serra<br />
Últimos estudos, levados a cabo em 2002, confirmam que o povoamento do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> em cujo extremo se encontra Vi<strong>de</strong>, remonta<br />
aos finais do Paleolítico Superior.<br />
Entre as zonas <strong>de</strong> Entre-águas e <strong>de</strong> Ferradurras, nesta freguesia, há alguns núcleos rochosos que possuem várias inscrições rupestres, os<br />
maiores <strong>de</strong>scobertos até agora, que foram objecto <strong>de</strong> estudo por parte da Associação Portuguesa <strong>de</strong> Investigação Arqueológica, e que<br />
segundo os traços gerais apresentados, pertencem à Ida<strong>de</strong> do Bronze. A al<strong>de</strong>ia da Vi<strong>de</strong> tem vários acessos sendo os principais a EN 230,<br />
que vem <strong>de</strong> Oliveira do Hospital, e a EN 238, na Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, cruzamento com a EN 231 que liga <strong>Loriga</strong> a Seia.<br />
----------------------------------------------------------<br />
LORIGA -PORTUGAL<br />
<strong>Loriga</strong> is an ancient, beautiful and historical portuguese town,
40.3204694; -7.6661528<br />
- coordinates40°19′13.69″N 7°39′58.15″W / 40.3204694°N 7.6661528°W /<br />
located in the Serra da Estrela mountains.<br />
Known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica by the Romans,<br />
it is more than 2600 years old.<br />
Notable people from <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong> Viriathus ( known as Viriato in<br />
Portuguese ), a famous Lusitanian lea<strong>de</strong>r and portuguese national hero.<br />
<strong>Loriga</strong> as enormous touristics potentialities and they are the only<br />
ski resort and ski trails existing in Portugal ( <strong>Loriga</strong> is the Lusian Capital and the<br />
capital <strong>of</strong> the snow in Portugal ).<br />
<strong>Loriga</strong> is a historical town in Portugal located in Guarda District.<br />
<strong>Loriga</strong> is 20 km away from Seia, 40 km away from Viseu, 80 km away<br />
from Guarda and 320 km from Lisbon. It is nestled in the Serra da Estrela<br />
mountain range.<br />
It is known as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape: a town<br />
surroun<strong>de</strong>d by mountains.<br />
Known to be settled by the Lusitanians, the town is more than 2600 years old and<br />
was part <strong>of</strong> the Roman province <strong>of</strong> Lusitania. It was known as Lobriga by the<br />
Lusitanians and Lorica by the Romans.<br />
<strong>Loriga</strong> became a textile manufacturing center in the begin-19th century. While that<br />
industry has since dissipated, today the town attracts a sizable tourist tra<strong>de</strong><br />
due to its picturesque scenery and vicinity to the Serra da Estrela Ski Resort, the only<br />
ski center in Portugal, totally insi<strong>de</strong> the town limits.<br />
Coordinates: 40°19′13.69″N 7°39′58.15″W / 40.3204694°N 7.6661528°W /<br />
<strong>Loriga</strong><br />
Civil Parish (Vila)<br />
The valley parish <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> in the shadow <strong>of</strong> the Serra da Estrela<br />
Official name: Vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Country - Portugal<br />
Region - Centro, Portugal<br />
Subregion - Serra da Estrela<br />
District - Guarda<br />
Municipality - Seia<br />
Localities - Fontão, <strong>Loriga</strong><br />
Landmark - Torre (Serra da Estrela)<br />
Rivers - Ribeira <strong>de</strong> São Bento, Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Center <strong>Loriga</strong><br />
- elevation1,293 m (4,242 ft)
40.3204694; -7.6661528<br />
- location - Largo da Fonte do Mouro, <strong>Loriga</strong><br />
vila) in south-central part <strong>of</strong> the municipality <strong>of</strong> Seia, in central<br />
Portugal. Part <strong>of</strong> the district <strong>of</strong> Guarda, it is 20 km away from the city <strong>of</strong><br />
areas. The larger, ol<strong>de</strong>r and principal agglomeration was situated in the area <strong>of</strong><br />
Length4.21 km (3 mi), Northwest-Southeast<br />
Width13.78 km (9 mi), Southwest-Northeast<br />
Area36.25 km² (14 sq mi)<br />
Population1,367 (2005)<br />
Density37.71 / km² (98 / sq mi)<br />
LAU - Vila/Junta Freguesia<br />
Timezone - WET (UTC0)<br />
- summer (DST)WEST (UTC+1)<br />
ISO 3166-2 co<strong>de</strong>PT-<br />
Postal Zone - 6270-073 <strong>Loriga</strong><br />
Area Co<strong>de</strong> & Prefix(+351) 238 XXX XXX<br />
Demonym - Loriguense or Loricense<br />
Patron Saint - Santa Maria Maior<br />
Parish Address - Largo da Fonte do Mouro, 1019<br />
6270-073 <strong>Loriga</strong><br />
Statistics from INE (2001); geographic <strong>de</strong>tail from Instituto Geográfico<br />
Português (2010)<br />
<strong>Loriga</strong> (Portuguese pronunciation: [loˈɾiɡɐ]) is a historical town (Portuguese:<br />
Seia, 40 km away from Viseu, 80 km away from Guarda and 320 km from Lisbon,<br />
nestled in the Serra da Estrela mountain range. In 2005, estimates have the<br />
resi<strong>de</strong>nt population at about 1367 inhabitants, in an area <strong>of</strong> 36.25 km² that<br />
inclu<strong>de</strong>s the two localities, the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> and the village <strong>of</strong> Fontão.<br />
<strong>History</strong><br />
<strong>Loriga</strong> was<br />
foun<strong>de</strong>d originally along a column between ravines where today the historic<br />
centre exists. The site was ostensibly selected more than 2600 years ago, owing<br />
to its <strong>de</strong>fensibility, the abundance <strong>of</strong> potable water and pasturelands, and<br />
lowlands that provi<strong>de</strong>d conditions to practice both hunting and<br />
gathering/agriculture.<br />
When the Romans arrived in the region, the settlement was concentrated into two<br />
the main church and Rua <strong>de</strong> Viriato, fortified with a wall and palisa<strong>de</strong>. The<br />
second group, in the Bairro <strong>de</strong> São Ginês, were some small homes constructed on<br />
the rocky promintory, which were later appropriated by the Visigoths in or<strong>de</strong>r to
Gens), a local ex-libris, is the location <strong>of</strong> the chapel <strong>of</strong> Nossa Senhora do<br />
Carmo, an ancient Visigothic chapel. São Gens, a Celtic saint, martyred in Arles<br />
church, was to the invokation <strong>of</strong> Santa Maria Maior, and constructed over the<br />
construct a chapel. The 1st century Roman road and two bridges (the second<br />
was <strong>de</strong>stroyed in the 17th century after flooding) connected the outpost <strong>of</strong><br />
Lorica to the rest <strong>of</strong> their Lusitanian province. The barrio <strong>of</strong> São Ginês (São<br />
na Gália, during the reign <strong>of</strong> Emperor Diocletian, and over time the locals began<br />
to refer to this saint as São Ginês, due to its easy <strong>of</strong> pronunciation.<br />
Middle Ages<br />
<strong>Loriga</strong> was the municipal seat since the 12th century,<br />
receiving forals in 1136 (João Rhânia, master <strong>of</strong> the Terras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> for over<br />
two <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s, during the reign <strong>of</strong> Afonso Henriques), 1249 (during the reign <strong>of</strong><br />
Afonso III), 1474 (un<strong>de</strong>r King Afonso V) and finally in 1514 (by King Manuel<br />
I).<br />
<strong>Loriga</strong> was an ecclesiastical parish <strong>of</strong> the vicarage <strong>of</strong> the Royal Padroado and<br />
its Matriz Church was or<strong>de</strong>red constructed in 1233, by King Sancho II. This<br />
ancient small Visigothic chapel (there is a lateral block with Visigoth<br />
inscriptions visible). Constructed in the Romanesque-style it consists <strong>of</strong> a<br />
three-nave building, with hints <strong>of</strong> the Sé Velha <strong>of</strong> Coimbra. This structure was<br />
<strong>de</strong>stroyed during the 1755 earthquake, and only portions <strong>of</strong> the lateral walls<br />
were preserved.<br />
The 1755 earthquake resulted in significant damage to the town<br />
<strong>of</strong> <strong>Loriga</strong>, <strong>de</strong>stroying homes and the parcochial resi<strong>de</strong>nce, in addition to<br />
opening-up cracks and faults in the town's larger buildings, such as the<br />
historic municipal council hall (constructed in the 13th century). An<br />
emissary <strong>of</strong> the Marquess <strong>of</strong> Pombal actually visited <strong>Loriga</strong> to evaluate the<br />
damage (something that did not happen in other mountainous parishes, even<br />
Covilhã) and provi<strong>de</strong> support.<br />
The resi<strong>de</strong>nts <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> supported the Absolutionist forces <strong>of</strong> the Infante Miguel<br />
<strong>of</strong> Portugal against the Liberals, during the Portuguese Liberal Wars, which<br />
resulted in <strong>Loriga</strong> being abandoned politically after Miguel's explusion by his<br />
brother King Peter. In 1855, as a consequence <strong>of</strong> its support, it was stripped<br />
<strong>of</strong> municipal status during the municipal reforms <strong>of</strong> the 19th century. At the<br />
time <strong>of</strong> its municipal <strong>de</strong>mise (October 1855), the municipality <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong>d<br />
the parishes <strong>of</strong> Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim and<br />
Vi<strong>de</strong>, as well as thirty other disincorporated villages.<br />
<strong>Loriga</strong> was an industrial centre for textile manufacturing during the 19th
century. It was one <strong>of</strong> the few industrialized centres in the Beira Interior<br />
region, even supplanting Seia until the middle <strong>of</strong> the 20th century. Only<br />
Seia, 80 kilometres from Guarda and 300 kilometres from the national capital<br />
(Lisbon). A main town is accessible by the national roadway E.N. 231, that<br />
minor. Starting at an altitu<strong>de</strong> <strong>of</strong> 1991 metres along the Serra da Estrela the<br />
cliffs, alluvial plains and glacial lakes <strong>de</strong>posited during millennia <strong>of</strong> glacial<br />
erosion, and surroun<strong>de</strong>d by rare ancient forest that surroun<strong>de</strong>d the lateral<br />
industries, bread-making, commercial shops, restaurants and agricultural support<br />
Covilhã out-preformed <strong>Loriga</strong> in terms <strong>of</strong> businesses operating from its lands;<br />
companies such as Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fân<strong>de</strong>ga, Leitão<br />
& Irmãos, Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral and Lorimalhas,<br />
among others. The main roadway in <strong>Loriga</strong>, Avenida Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, is<br />
named for one <strong>of</strong> the towns most illustrious industrialists. The wool industry<br />
started to <strong>de</strong>cline during the last <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s <strong>of</strong> the 20th century, a factor that<br />
aggravated and accelerated the <strong>de</strong>cline <strong>of</strong> the region.<br />
Geography<br />
Known<br />
locally as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape that inclu<strong>de</strong>s a<br />
principal settlement nestled in the mountains <strong>of</strong> the Serra da Estrela Natural<br />
Park. It is located in the south-central part <strong>of</strong> the municipality <strong>of</strong> Seia,<br />
along the southeast part <strong>of</strong> the Serra, between several ravines, but specifically<br />
the Ribeira <strong>de</strong> São Bento and Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>; it is 20 kilometres from<br />
connects directly to the region <strong>of</strong> the Serra da Estrela by way <strong>of</strong> E.N.338 (which<br />
was completed in 2006), or through the E.N.339, a 9.2 kilometre access that<br />
transits some <strong>of</strong> the main elevations (960 metres near Portela do Arão or Portela<br />
<strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, and 1650 metres around the Lagoa Comprida).<br />
The region is carved by U-shaped glacial valleys, mo<strong>de</strong>lled by the movement <strong>of</strong><br />
ancient glaciers. The main valley, Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> was carved by longitudanal<br />
abrasion that also created roun<strong>de</strong>d pockets, where the glacial resistance was<br />
valley <strong>de</strong>scends abruptly until 290 metres above sea level (around Vi<strong>de</strong>), passing<br />
villages such as Cabeça, Casal do Rei and Muro. The central town, <strong>Loriga</strong>, is<br />
seven kilometres from Torre (the highest point), but the parish is sculpted by<br />
flanks <strong>of</strong> these glaciers.<br />
Economy<br />
Textiles are the principal<br />
local export; <strong>Loriga</strong> was a hub the textile and wool industries during the<br />
mid-19th century, in addition to being subsistence agriculture responsible for<br />
the cultivation <strong>of</strong> corn. The Loriguense economy is based on metallurgical
( By the historian António Con<strong>de</strong> )<br />
Pelo historiador António Con<strong>de</strong> - <strong>Loriga</strong>. Extratos da sua obra "<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção<br />
services.<br />
While that textile industry has since dissipated, the town began to attract a<br />
tourist tra<strong>de</strong> due to its proximity to the Serra da Estrela and <strong>Loriga</strong> Ski<br />
Resort (the only ski center in Portugal), which was constructed within the<br />
parish limits.<br />
do município", fruto <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> trinta anos <strong>de</strong> pesquisa que tem sido sempre contínua.<br />
By historian António Con<strong>de</strong> - <strong>Loriga</strong>. Excerpts from his work "Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the Town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> - From Origins to the extinction <strong>of</strong> the<br />
municipality ", the result <strong>of</strong> more than thirty years <strong>of</strong> research that has always been continuous.
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<strong>Loriga</strong><br />
Vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
LORICA - LUSITANIA | LORIGA - PORTUGAL<br />
<strong>Loriga</strong> - Serra da Estrela - Portugal<br />
Mais <strong>de</strong> 2600 anos <strong>de</strong> existência, vila <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XII e capital da neve em Portugal
município" / <strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> - Excerpts from the work <strong>of</strong> the historian António Con<strong>de</strong>, "Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> - From<br />
40.3204694; -7.6661528<br />
LORIGA - PORTUGAL<br />
<strong>Loriga</strong> is an ancient, beautiful and historic portuguese town, located in the Serra da Estrela mountains.<br />
Known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica by the Romans, it is more than 2600 years old.<br />
Notable people from <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong> Viriathus ( known as Viriato in Portuguese ), a famous Lusitanian lea<strong>de</strong>r and portuguese national hero.<br />
<strong>Loriga</strong> as enormous touristics potentialities and they are the only ski resort and ski trails existing in Portugal ( <strong>Loriga</strong> is the Lusian Capital<br />
and the capital <strong>of</strong> the snow in Portugal ).<br />
<strong>Loriga</strong> is a town in Portugal located in Guarda District. <strong>Loriga</strong> is 20 km away from Seia, 40 km away from Viseu, 80 km away from Guarda<br />
and 320 km from Lisbon. It is nestled in the Serra da Estrela<br />
mountain range. The population is 789 (2015 estimate).<br />
It is known as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape: a town surroun<strong>de</strong>d by mountains.<br />
Known to be settled by the Lusitanians, the town is more than 2600 years old and was part <strong>of</strong> the Roman province <strong>of</strong> Lusitania. It was<br />
known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica by the Romans.<br />
<strong>Loriga</strong> became a textile manufacturing center in the begin-19th century. While that industry has since dissipated, today the town attracts a<br />
sizable tourist tra<strong>de</strong> due to its picturesque scenery and vicinity to<br />
<strong>Loriga</strong> is 20 km away from Seia, 40 km away from Viseu, 80 km away<br />
from Guarda and 320 km from Lisbon. It is nestled in the Serra da Estrela<br />
mountain range.<br />
It is known as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape: a small town<br />
surroun<strong>de</strong>d by mountains.<br />
Known to be settled by the Lusitanians, the town is more than 2600 years old and<br />
was part <strong>of</strong> the Roman province <strong>of</strong> Lusitania. It was known as Lobriga by the<br />
Lusitanians and Lorica by the Romans.<br />
<strong>Loriga</strong> became a textile manufacturing center in the begin-19th century. While that industry has since dissipated, today the town attracts a<br />
sizable tourist tra<strong>de</strong> due to its picturesque scenery and vicinity to<br />
the <strong>Loriga</strong> Ski Resort, the only ski center in Portugal, totally insi<strong>de</strong> the town limits.<br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>, "<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção do<br />
the Origins to the extinction <strong>of</strong> the municipality"<br />
Coordinates: 40°19′13.69″N 7°39′58.15″W / 40.3204694°N 7.6661528°W /<br />
<strong>Loriga</strong><br />
Civil Parish (Vila)<br />
The valley parish <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> in the shadow <strong>of</strong> the Serra da Estrela<br />
Official name: Vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Country - Portugal
40.3204694; -7.6661528<br />
- location - Largo da Fonte do Mouro, <strong>Loriga</strong><br />
vila) in south-central part <strong>of</strong> the municipality <strong>of</strong> Seia, in central<br />
Region - Centro, Portugal<br />
Subregion - Serra da Estrela<br />
District - Guarda<br />
Municipality - Seia<br />
Localities - Fontão, <strong>Loriga</strong><br />
Landmark - Torre (Serra da Estrela)<br />
Rivers - Ribeira <strong>de</strong> São Bento, Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Center <strong>Loriga</strong><br />
- elevation 1,293 m (4,242 ft)<br />
- coordinates 40°19′13.69″N 7°39′58.15″W / 40.3204694°N 7.6661528°W /<br />
Length - 4.21 km (3 mi), Northwest-Southeast<br />
Width - 13.78 km (9 mi), Southwest-Northeast<br />
Area - 36.25 km² (14 sq mi)<br />
Population - 789 (2015)<br />
Density - 21.76 / km² (98 / sq mi)<br />
LAU - Vila/Junta Freguesia<br />
Timezone - WET (UTC0)<br />
- summer (DST)WEST (UTC+1)<br />
ISO 3166-2 co<strong>de</strong>PT-<br />
Postal Zone - 6270-073 <strong>Loriga</strong><br />
Area Co<strong>de</strong> & Prefix - (+351) 238 XXX XXX<br />
Demonym - Loriguense or Loricense<br />
Patron Saint - Santa Maria Maior<br />
Parish Address - Largo da Fonte do Mouro, 1019<br />
6270-073 <strong>Loriga</strong><br />
Statistics from INE (2001); geographic <strong>de</strong>tail from Instituto Geográfico<br />
Português (2010)<br />
<strong>Loriga</strong> (Portuguese pronunciation: [lo ˈɾiɡɐ]) is a town (Portuguese:<br />
Portugal. Part <strong>of</strong> the district <strong>of</strong> Guarda, it is 20 km away from Seia,<br />
40 km away from Viseu, 80 km away from Guarda and 320 km from Lisbon,<br />
nestled in the Serra da Estrela mountain range. In 2015, estimates have the<br />
resi<strong>de</strong>nt population at about 789 inhabitants, in an area <strong>of</strong> 36.25 km² that<br />
inclu<strong>de</strong>s the two localities, the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> and the village <strong>of</strong> Fontão.
areas. The larger, ol<strong>de</strong>r and principal agglomeration was situated in the area <strong>of</strong><br />
Gens), a local ex-libris, is the location <strong>of</strong> the chapel <strong>of</strong> Nossa Senhora do<br />
Carmo, an ancient Visigothic chapel. São Gens, a Celtic saint, martyred in Arles<br />
church, was to the invokation <strong>of</strong> Santa Maria Maior, and constructed over the<br />
<strong>History</strong><br />
<strong>Loriga</strong> was foun<strong>de</strong>d originally along a column between ravines where today the historic<br />
centre exists. The site was ostensibly selected more than 2600 years ago, owing<br />
to its <strong>de</strong>fensibility, the abundance <strong>of</strong> potable water and pasturelands, and<br />
lowlands that provi<strong>de</strong>d conditions to practice both hunting and<br />
gathering/agriculture.<br />
When the Romans arrived in the region, the settlement was concentrated into two<br />
the main church and Rua <strong>de</strong> Viriato, fortified with a wall and palisa<strong>de</strong>. The<br />
second group, in the Bairro <strong>de</strong> São Ginês, were some small homes constructed on<br />
the rocky promintory, which were later appropriated by the Visigoths in or<strong>de</strong>r to<br />
construct a chapel. The 1st century Roman road and two bridges (the second<br />
was <strong>de</strong>stroyed in the 17th century after flooding) connected the outpost <strong>of</strong><br />
Lorica to the rest <strong>of</strong> their Lusitanian province. The barrio <strong>of</strong> São Ginês (São<br />
na Gália, during the reign <strong>of</strong> Emperor Diocletian, and over time the locals began<br />
to refer to this saint as São Ginês, due to its easy <strong>of</strong> pronunciation.<br />
Middle Ages<br />
<strong>Loriga</strong> was the municipal seat since the 12th century,<br />
receiving forals in 1136 (João Rhânia, master <strong>of</strong> the Terras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> for over<br />
two <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s, during the reign <strong>of</strong> Afonso Henriques), 1249 (during the reign <strong>of</strong><br />
Afonso III), 1474 (un<strong>de</strong>r King Afonso V) and finally in 1514 (by King Manuel<br />
I).<br />
<strong>Loriga</strong> was an ecclesiastical parish <strong>of</strong> the vicarage <strong>of</strong> the Royal Padroado and<br />
its Matriz Church was or<strong>de</strong>red constructed in 1233, by King Sancho II. This<br />
ancient small Visigothic chapel (there is a lateral block with Visigoth<br />
inscriptions visible). Constructed in the Romanesque-style it consists <strong>of</strong> a<br />
three-nave building, with hints <strong>of</strong> the Sé Velha <strong>of</strong> Coimbra. This structure was<br />
<strong>de</strong>stroyed during the 1755 earthquake, and only portions <strong>of</strong> the lateral walls<br />
were preserved.<br />
The 1755 earthquake resulted in significant damage to the town<br />
<strong>of</strong> <strong>Loriga</strong>, <strong>de</strong>stroying homes and the parcochial resi<strong>de</strong>nce, in addition to<br />
opening-up cracks and faults in the village's larger buildings, such as the<br />
historic municipal council hall (constructed in the 13th century). An
century. It was one <strong>of</strong> the few industrialized centres in the Beira Interior<br />
region, even supplanting Seia until the middle <strong>of</strong> the 20th century. Only<br />
Seia, 80 kilometres from Guarda and 300 kilometres from the national capital<br />
(Lisbon). A main town is accessible by the national roadway E.N. 231, that<br />
emissary <strong>of</strong> the Marquess <strong>of</strong> Pombal actually visited <strong>Loriga</strong> to evaluate the<br />
damage (something that did not happen in other mountainous parishes, even<br />
Covilhã) and provi<strong>de</strong> support.<br />
The resi<strong>de</strong>nts <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> supported the Absolutionist forces <strong>of</strong> the Infante Miguel<br />
<strong>of</strong> Portugal against the Liberals, during the Portuguese Liberal Wars, which<br />
resulted in <strong>Loriga</strong> being abandoned politically after Miguel's explusion by his<br />
brother King Peter. In 1855, as a consequence <strong>of</strong> its support, it was stripped<br />
<strong>of</strong> municipal status during the municipal reforms <strong>of</strong> the 19th century. At the<br />
time <strong>of</strong> its municipal <strong>de</strong>mise (October 1855), the municipality <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong>d<br />
the parishes <strong>of</strong> Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim and<br />
Vi<strong>de</strong>, as well as thirty other disincorporated villages.<br />
<strong>Loriga</strong> was an industrial centre for textile manufacturing during the 19th<br />
Covilhã out-preformed <strong>Loriga</strong> in terms <strong>of</strong> businesses operating from its lands;<br />
companies such as Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fân<strong>de</strong>ga, Leitão<br />
& Irmãos, Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral and Lorimalhas,<br />
among others. The main roadway in <strong>Loriga</strong>, Avenida Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, is<br />
named for one <strong>of</strong> the towns most illustrious industrialists. The wool industry<br />
started to <strong>de</strong>cline during the last <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s <strong>of</strong> the 20th century, a factor that<br />
aggravated and accelerated the <strong>de</strong>cline <strong>of</strong> the region.<br />
Geography<br />
Known<br />
locally as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape that inclu<strong>de</strong>s a<br />
principal settlement nestled in the mountains <strong>of</strong> the Serra da Estrela Natural<br />
Park. It is located in the south-central part <strong>of</strong> the municipality <strong>of</strong> Seia,<br />
along the southeast part <strong>of</strong> the Serra, between several ravines, but specifically<br />
the Ribeira <strong>de</strong> São Bento and Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>; it is 20 kilometres from<br />
connects directly to the region <strong>of</strong> the Serra da Estrela by way <strong>of</strong> E.N.338 (which<br />
was completed in 2006), or through the E.N.339, a 9.2 kilometre access that<br />
transits some <strong>of</strong> the main elevations (960 metres near Portela do Arão or Portela<br />
<strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, and 1650 metres around the Lagoa Comprida).<br />
The region is carved by U-shaped glacial valleys, mo<strong>de</strong>lled by the movement <strong>of</strong><br />
ancient glaciers. The main valley, Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> was carved by longitudanal<br />
abrasion that also created roun<strong>de</strong>d pockets, where the glacial resistance was
minor. Starting at an altitu<strong>de</strong> <strong>of</strong> 1991 metres along the Serra da Estrela the<br />
cliffs, alluvial plains and glacial lakes <strong>de</strong>posited during millennia <strong>of</strong> glacial<br />
erosion, and surroun<strong>de</strong>d by rare ancient forest that surroun<strong>de</strong>d the lateral<br />
industries, bread-making, commercial shops, restaurants and agricultural support<br />
valley <strong>de</strong>scends abruptly until 290 metres above sea level (around Vi<strong>de</strong>), passing<br />
villages such as Cabeça, Casal do Rei and Muro. The central town, <strong>Loriga</strong>, is<br />
seven kilometres from Torre (the highest point), but the parish is sculpted by<br />
flanks <strong>of</strong> these glaciers.<br />
Economy<br />
Textiles are the principal local export; <strong>Loriga</strong> was a hub the textile and wool industries during the<br />
mid-19th century, in addition to being subsistence agriculture responsible for<br />
the cultivation <strong>of</strong> corn. The Loriguense economy is based on metallurgical<br />
services.<br />
While that textile industry has since dissipated, the town began to attract a<br />
tourist tra<strong>de</strong> due to its proximity to the Serra da Estrela and <strong>Loriga</strong> Ski<br />
Resort (the only ski center in Portugal), which was constructed within the<br />
parish limits.<br />
By António Con<strong>de</strong> - <strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> - Excerpts from the work <strong>of</strong> the historian António Con<strong>de</strong>, "Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> -<br />
From the Origins to the extinction <strong>of</strong> the municipality"<br />
**************************************************************************************************<br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>, "<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção do<br />
município"<br />
LORIGA - LORICA LUSITANORUM<br />
CASTRUM EST - <strong>História</strong> concisa <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>Loriga</strong> é uma vila e freguesia portuguesa, situada<br />
na Serra da Estrela, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² <strong>de</strong> área, e<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 21,60 hab/km² (2015).<br />
<strong>Loriga</strong> encontra-se a 80km da Guarda e 300km <strong>de</strong> Lisboa.<br />
A vila é acessível pela EN 231, e tem acesso à Torre<br />
pela EN 338, seguindo<br />
um traçado projectado décadas atrás, com um percurso <strong>de</strong> 9.2<br />
km <strong>de</strong> paisagens <strong>de</strong>slumbrantes, entre as cotas
Gentílico: Loricense ou loriguense<br />
Orago: Santa Maria Maior<br />
Há décadas foi chamada a "Suíça Portuguesa" <strong>de</strong>vido às<br />
(1771m), e é abraçada por dois cursos <strong>de</strong> água: a<br />
Loricense, a Casa <strong>de</strong> Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais <strong>de</strong> relevo, a<br />
GNR,Correios, serviços bancários, farmácia, Escola EB1 e pré-escolar, praia fluvial, estância <strong>de</strong> esqui (única<br />
960m (Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>) e 1650m, acima da Lagoa<br />
Comprida on<strong>de</strong> entronca com a EN 339.<br />
A àrea urbana da vila encontra-se a uma altitu<strong>de</strong><br />
que varia entre os 770m e os 1200m.<br />
Código Postal: 6270<br />
características da sua belíssima paisagem. Está<br />
situada a partir <strong>de</strong> 770m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>, ro<strong>de</strong>ada por<br />
montanhas,todas com mais <strong>de</strong> 1500m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong><br />
das quais se <strong>de</strong>stacam a Penha dos<br />
Abutres (1828m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>) e a Penha do Gato<br />
Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a Ribeira <strong>de</strong> S.Bento, as quais<br />
se unem <strong>de</strong>pois da E.T.A.R. da vila. A Ribeira <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> é um dos maiores afluentes do Rio Alva.<br />
Vila<br />
A vila está dotada <strong>de</strong> uma ampla gama <strong>de</strong> infrastrutras,como por exemplo,a<br />
Escola C+S Dr.Reis Leitão, a Banda Filarmónica <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, fundada em 1905, o corpo <strong>de</strong> Bombeiros<br />
Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, cujos serviços se <strong>de</strong>senvolvem na àrea do antigo Município<br />
Associação Loriguense <strong>de</strong> Apoio Terceira Ida<strong>de</strong>, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, Posto da<br />
em Portugal), etc .<br />
Ao longo do ano celebram-se <strong>de</strong> maneira especial o Natal, a Páscoa (com a<br />
tradicional Amenta das Almas) e festas em honra <strong>de</strong> S. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião<br />
(durante o mês <strong>de</strong> Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das<br />
festivida<strong>de</strong>s religiosas é a festa <strong>de</strong>dicada NªSrª da Guia, padroeira da diáspora loricense, que se realiza<br />
todos os anos, no primeiro domingo <strong>de</strong> Agosto.<br />
Acordos <strong>de</strong> geminação: <strong>Loriga</strong> celebrou acordo <strong>de</strong> geminação com: A vila, actual cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sacavém, no concelho <strong>de</strong> Loures, em 1 <strong>de</strong><br />
Junho <strong>de</strong> 1996.<br />
________________________________________________<br />
<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
Lorica, foi o nome dado pelos Romanos a Lobriga, povoação que foi, nos<br />
latim, é nome <strong>de</strong> antiga couraça guerreira, <strong>de</strong> que <strong>de</strong>rivou <strong>Loriga</strong>, com o mesmo<br />
significado. Os próprios soldados e legionários romanos usavam Lorica. Os<br />
céltica. Lobriga, foi uma importante povoação fortificada, Celta e<br />
Viriato, natural <strong>de</strong> Lobriga, hoje a villa <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, no cimo da Serra da<br />
Estrêla, Bispado <strong>de</strong> Coimbra, ao qual, aos quarenta annos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, aclamarão<br />
147..." .A rua principal, da àrea mais antiga do centro histórico da vila<br />
a.C.), com que os Romanos ligaram Lorica ao restante império. A ponte romana<br />
Hermínios (actual Serra da Estrela),um forte bastião lusitano contra os<br />
invasores romanos. Os Hermínius foram a maior fortaleza lusitana e Lorica<br />
situada no coração <strong>de</strong>ssa fortaleza, perto do ponto mais alto. Lorica, do<br />
Romanos puseram-lhe tal nome, <strong>de</strong>vido à sua posição estratégica na serra, e<br />
ao seu protagonismo durante a guerra com os Lusitanos (* LORICA LUSITANORUM<br />
CASTRUM EST). É um caso raro em Portugal <strong>de</strong> um nome que se mantém praticamente<br />
inalterado há dois mil anos, sendo altamente significativo da antiguida<strong>de</strong> e<br />
da história da povoação (por isso,a couraça é a peça central e principal do<br />
brasão histórico da vila).<br />
A povoação foi fundada estratégicamente no alto <strong>de</strong> uma colina,entre duas<br />
ribeiras,num belo vale <strong>de</strong> origem glaciar.Desconhece-se,como é evi<strong>de</strong>nte,a<br />
longínqua data da sua fundação,mas sabe-se que a povoação existe há mais<br />
<strong>de</strong> dois mil e seiscentos anos,e surgiu originalmente no mesmo local on<strong>de</strong><br />
hoje está o centro histórico da vila.No Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,on<strong>de</strong> a presença<br />
humana é um facto há mais <strong>de</strong> cinco mil anos,existem actualmente,além da<br />
vila,as al<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Cabeça,Muro,Casal do Rei,e Vi<strong>de</strong>.<br />
Da época pré- romana existe, por exemplo uma sepultura antropomórfica com<br />
mais <strong>de</strong> dois mil anos, num local on<strong>de</strong> existiu um antigo santuário, numa<br />
época em que o nome da povoação era Lobriga, etimologia <strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nte origem<br />
Lusitana, na serra.<br />
A tradição local, e diversos antigos documentos, apontam <strong>Loriga</strong> como tendo<br />
sido berço <strong>de</strong> Viriato, que terá nascido nos Hermínios on<strong>de</strong> foi pastor<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança. É interessante a <strong>de</strong>scrição existente no livro manuscrito<br />
<strong>História</strong> da Luzitânia, do Bispo-Mor do Reino (1580): "...Suce<strong>de</strong>u o pastor<br />
Rey dos Luzitanos, e casou em Évora com huma nobre senhora no anno<br />
<strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, tem o nome <strong>de</strong> Viriato, em sua homenagem.<br />
Ainda hoje existem partes da estrada, e uma das duas pontes (século I<br />
ainda existente, sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, está em bom estado <strong>de</strong><br />
conservação, e é um bom exemplar da arquitectura da época.
(Alpedrinha), Sellium (Tomar), Scallabis (Santarém), Olisipo (Lisboa) e a<br />
(Con<strong>de</strong>ixa) e Aeminium (Coimbra). Era uma espécie <strong>de</strong> estrada estratégica<br />
Viriato, sendo <strong>de</strong>fendido por muros e paliçadas. O outro núcleo, constituído<br />
Hermínios, e que entretanto foram abandonados. Isso aconteceu porque esses<br />
<strong>Loriga</strong>. No século XVIII ainda eram visíveis as ruínas das fundações das<br />
<strong>Loriga</strong>, foi também importante para os Visigodos, os quais criaram a paróquia e <strong>de</strong>ixaram uma<br />
Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano. A ermida s<strong>of</strong>reu obras <strong>de</strong><br />
Carmo. Com a passagem dos séculos, os loricenses passaram a conhecer o santo<br />
vila. A actual <strong>de</strong>rivação do nome romano, <strong>Loriga</strong>, começou a ser usada pelos<br />
A estrada romana ligava Lorica a Egitânia (Idanha-a-Velha), Talabara<br />
Longóbriga (Longroiva), Verurium (Viseu), Balatucelum (Boba<strong>de</strong>la), Conímbriga<br />
<strong>de</strong>stinada a ajudar a controlar os montes Hermínios on<strong>de</strong> viviam tribos<br />
lusitanas muito aguerridas.<br />
Quando os romanos chegaram,a povoação estava dividida em dois núcleos<br />
separados por poucas centenas <strong>de</strong> metros. O maior, mais antigo e principal<br />
situava-se na àrea on<strong>de</strong> hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua <strong>de</strong><br />
apenas por algumas habitações, situava-se mais acima j unto a um pequeno<br />
promontório rochoso, em cima do qual mais tar<strong>de</strong> os Visigodos construíram<br />
uma ermida <strong>de</strong>dicada a S.Gens.<br />
Com o domínio romano, cresceu a importância <strong>de</strong> Lorica, uma povoação castreja<br />
que recebeu populações <strong>de</strong> castros existentes noutros locais dos<br />
castros estavam localizados em sítios on<strong>de</strong> a única vantagem existente era<br />
a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa. Sítios que,ao contrário <strong>de</strong> Lorica, eram apenas um<br />
local <strong>de</strong> refúgio, on<strong>de</strong> as habitações estavam afastadas dos recursos<br />
necessários à sobrevivência, tais como àgua e solos aráveis. Um <strong>de</strong>sses<br />
castros abandonados, e cuja população se <strong>de</strong>slocou para Lorica, situava-se no<br />
ainda conhecido Monte do Castelo, ou do Castro, perto da Portela <strong>de</strong><br />
habitações que ali existiram, mas actualmente no local apenas se vêem<br />
pedras soltas. A propósito é completamente errada a i<strong>de</strong>ia criada segundo<br />
a qual os Lusitanos apenas construíam as suas habitações no cimo dos<br />
montes, que <strong>de</strong>ixaram apenas com a chegada dos romanos. Pelo contrário,<br />
eles sabiam escolher os melhores locais e a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa não era<br />
o único critério.<br />
ermida <strong>de</strong>dicada a S.Gens, um santo <strong>de</strong> origem céltica, martirizado em<br />
alteração e o orago foi substituído, passando a ser <strong>de</strong> Nossa Senhora do<br />
por S.Ginês, hoje nome <strong>de</strong> bairro neste local do actual centro histórico da<br />
Visigodos, mas só se impôs <strong>de</strong>finitivamente já no século XIII.
visigóticas, aproveitada <strong>de</strong> um antigo pequeno templo existente no local<br />
Coimbra, tinha o tecto e abóbada pintados com frescos e, quando foi<br />
Vasco. Da primitiva igreja românica do século XIII restam partes das<br />
<strong>Loriga</strong>, que foi criada aliás pelos visigodos pertencendo então á diocese da Egitânia<br />
arredores, vinham à vila assistir aos serviços religiosos. Alguns <strong>de</strong>sses<br />
lugares, hoje freguesias, foram, a partir do século XVI, adquirindo alguma<br />
1136, <strong>de</strong> D.Afonso III em 1249, <strong>de</strong> D.Afonso V em 1474, e recebeu foral novo <strong>de</strong><br />
1477, e mais tar<strong>de</strong> por D.Manuel I. No entanto, após a morte do referido<br />
fidalgo, a vila voltou <strong>de</strong>finitivamente para os bens da Coroa. No século<br />
XII, o concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> abrangia a àrea compreendida entre a Portela <strong>de</strong><br />
Lavradas, incluindo as àreas das actuais freguesias <strong>de</strong> Alvoco da<br />
Serra, Cabeça, Teixeira, e Vi<strong>de</strong>. Na primeira meta<strong>de</strong> do século XIX, em 1836, o<br />
Beira. Valezim, actual al<strong>de</strong>ia histórica, recebeu foral em 1201, e o concelho<br />
A Igreja Matriz tem, numa das portas laterais, uma pedra com inscrições<br />
quando da construção datada <strong>de</strong> 1233. A antiga igreja, era um templo românico<br />
com três naves, a traça exterior era semelhante à da Sé Velha <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>struída pelo sismo <strong>de</strong> 1755, possuía nas pare<strong>de</strong>s, quadros da escola <strong>de</strong> Grão<br />
pare<strong>de</strong>s laterais e outra alvenaria.<br />
Des<strong>de</strong> a reconquista cristã, que <strong>Loriga</strong> pertenceu à Coroa e à<br />
Vigariaria do Padroado Real, e foi o próprio rei (na época D.Sancho II) que<br />
mandou construír a Igreja Matriz, cujo orago era, tal como hoje, <strong>de</strong> Santa<br />
Maria Maior. Na segunda meta<strong>de</strong> do século XII já existia a paróquia <strong>de</strong><br />
(mais tar<strong>de</strong> transferida para a Guarda), e os fieis dos então poucos e pequenos lugares ou "casais" dos<br />
autonomia "religiosa", começando por Alvoco, e seguindo-se Vi<strong>de</strong>, Cabeça e<br />
Teixeira.<br />
A vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, recebeu forais <strong>de</strong> João Rhânia (senhorio das Terras <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> durante cerca <strong>de</strong> duas décadas, no tempo <strong>de</strong> D. Afonso Henriques) em<br />
D.Manuel I em 1514.<br />
Com D. Afonso III, a vila recebeu o primeiro foral régio (dado diretamente pelo rei), e em 1474, D. Afonso<br />
V doou <strong>Loriga</strong> ao fidalgo Àlvaro Machado, her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Luís Machado, que era<br />
também senhor <strong>de</strong> Oliveira do Hospital e <strong>de</strong> Sandomil, doação confirmada em<br />
<strong>Loriga</strong> (hoje também conhecida por Portela do Arão) e Pedras<br />
concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> passou a incluír Valezim e Sazes da<br />
foi extinto em 1836, passando a pertencer ao <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Alvoco da Serra<br />
recebeu foral em 1514 e Vi<strong>de</strong> gozou <strong>de</strong> alguma autonomia no século XVII<br />
e foi elevada a paróquia, mas sem nunca ter recebido foral ou categoria <strong>de</strong> vila e<br />
isso reflete-se no seu brasão, mas voltaram a<br />
ser incluídas plenamente no concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> em 1828 e 1834 respectivamente,também
<strong>Loriga</strong>. Essas freguesias constituem também a Associação <strong>de</strong> Freguesias da<br />
<strong>Loriga</strong>, é uma vila industrializada (têxtil) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do século<br />
XIX, quando "a<strong>de</strong>riu" à chamada revolução industrial, mas, já no século XVI os<br />
Irmãos, Redondinha, Tapadas, Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, Moura<br />
Cabral, Lorimalhas, Lages Santos, Nunes Brito, etc, fazem parte da rica<br />
Mas, <strong>Loriga</strong> acabou por ser <strong>de</strong>rrotada por um inimigo político e<br />
administrativo, local e<br />
portuguesa, teve o castigo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho em 1855<br />
no início do século XIX.As sete freguesias que ocupam a àrea do antigo<br />
município loricense, constituem actualmente a <strong>de</strong>nominada Região <strong>de</strong><br />
Serra da Estrela,com se<strong>de</strong> na vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
loricenses produziam bureis e outros panos <strong>de</strong> lã. <strong>Loriga</strong>, chegou a ser uma<br />
das localida<strong>de</strong>s mais industrializadas da Beira Interior, e a actual se<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
concelho só conseguiu ultrapassá-la em meados do século XX.Tempos houve em<br />
que só a Covilhã ultrapassava <strong>Loriga</strong> em número <strong>de</strong> empresas. Demonstrativo<br />
da genialida<strong>de</strong> dos loricenses, é que tudo isso aconteceu apesar dos acessos<br />
difíceis à vila, os quais até à década <strong>de</strong> trinta do século XX, se resumiam à<br />
velhinha estrada romana <strong>de</strong> Lorica, contruída no século I antes <strong>de</strong><br />
Cristo. Nomes <strong>de</strong> empresas, tais como Regato, Fân<strong>de</strong>ga, Leitão &<br />
história industrial <strong>de</strong>sta vila. A maior e principal avenida <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> tem o<br />
nome <strong>de</strong> Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, o mais <strong>de</strong>stacado dos antigos industriais<br />
loricenses.<br />
Mais tar<strong>de</strong>, a metalurgia,a pastelaria, e mais recentemente, o turismo (<strong>Loriga</strong><br />
tem enormes potencialida<strong>de</strong>s turisticas), passaram a fazer parte dos pilares<br />
da economia da vila.<br />
Outra prova do génio loricense é um dos exlíbris <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, os inúmeros<br />
socalcos e a sua complexa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> irrigação, construídos ao longo <strong>de</strong> muitas<br />
centenas <strong>de</strong> anos, e que transformaram um vale belo mas rochoso, num vale<br />
fértil.<br />
nacional, contra o qual teve que lutar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> meados do século XIX.<br />
A história da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> é, aliás, um exemplo das consequências que os<br />
confrontos <strong>de</strong> uma guerra civil po<strong>de</strong>m ter no futuro <strong>de</strong> uma localida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />
uma região. <strong>Loriga</strong> tinha a<br />
categoria <strong>de</strong> se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XII, tendo mas, por ter<br />
apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil<br />
quando da reforma administativa em curso. A conspiração movida<br />
por <strong>de</strong>sejos expansionistas da localida<strong>de</strong> que beneficiou com o facto,
política, numa época em que não existia <strong>de</strong>mocracia e reinavam o compadrio<br />
romana, mas o nome original dado pelos romanos só caiu totalmente em<br />
precipitou os acontecimentos. Tratou-se <strong>de</strong> um grave erro<br />
político e administrativo como tem vindo a confirmar-se; foi, no mínimo,<br />
um caso <strong>de</strong> inj usta vingança<br />
e a corrupção, e assim começou o <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> toda a região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
(antigo concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>).<br />
Se nada <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iramente eficaz for feito, começando pela vila <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>, esta região estará <strong>de</strong>sertificada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> poucas décadas, o que,<br />
tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do<br />
país, será com certeza consi<strong>de</strong>rado como uma vergonha nacional.<br />
Confirmaria também a óbvia existência <strong>de</strong> graves e sucessivos erros nas<br />
políticas <strong>de</strong> coesão, administração e or<strong>de</strong>namento do território, para não<br />
dizer inexistência. Para evitar tal situação, vergonhosa para o país, é<br />
necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:<br />
<strong>de</strong>senvolver a vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, pólo e centro da região. Infelizmente<br />
constata-se que os politicos não mudaram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XIX nem<br />
apren<strong>de</strong>ram com os erros, como se confirmou com a "reforma administrativa" <strong>de</strong> 2013.<br />
Em <strong>Loriga</strong> existem a única estância e pistas <strong>de</strong> esqui existentes em<br />
Portugal.<strong>Loriga</strong>,é a capital da neve em Portugal.<br />
VIAS ROMANAS EM PORTUGAL - Vestígios Romanos Georeferenciados em <strong>Loriga</strong><br />
O nome Lorica aparece como sendo da época romana num documento medieval<br />
visigótico com referências à zona. Foi aliás na época visigótica que<br />
a "versão" <strong>Loriga</strong> começou a substituir o nome Lorica que vinha da época<br />
<strong>de</strong>suso durante a primeira meta<strong>de</strong> do século XIII.<br />
Depois, aparece novamente em documentos dos séculos X, XI, XII e XIII,<br />
principalmente em documentos do século XII, inclusive quando se fala <strong>de</strong><br />
limites territoriais, on<strong>de</strong> até a actual Portela do Arão é referida como<br />
Portela <strong>de</strong> Lorica, começando mais tar<strong>de</strong> a ser referida como Portela <strong>de</strong><br />
Aran, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Aarão, e finalmente do Arão.<br />
A estrada romana <strong>de</strong> Lorica era uma espécie <strong>de</strong> estrada estratégica,<br />
Destinada a ajudar a controlar os Montes Herminios on<strong>de</strong>, como se sabe, viviam tribos<br />
lusitanas muito aguerridas. Esta estrada ligava entre si duas gran<strong>de</strong>s vias<br />
transversais, a que ligava Conimbriga, a norte, e a que ligava Iaegitania,<br />
a sul. Não se sabe os locais exactos dos cruzamentos, mas tudo indica que a<br />
norte seria algures perto da actual Boba<strong>de</strong>la.<br />
Quanto aos vestígios da calçada romana original, eles po<strong>de</strong>m encontrar-se
- Factos comprovados: Lorica era o antigo nome <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, existiram duas<br />
vila, ainda existem vestígios bem conservados do primitivo pavimento da<br />
medieval. Sabe-se que nessa época a povoação estendia-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aproximadamente o local on<strong>de</strong> existe a convergência <strong>de</strong> três ruas, e a<br />
Na área das Calçadas, on<strong>de</strong> estiveram na origem <strong>de</strong>ste nome, e dispersos em<br />
pequenos vestígios até à zona da Portela do Arão, tratando-se da mesma<br />
estrada.<br />
A título <strong>de</strong> curiosida<strong>de</strong>, a estrada romana foi utilizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que foi construída, provalvelmente por volta <strong>de</strong> finais do século I antes<br />
<strong>de</strong> Cristo, até à década <strong>de</strong> trinta do século XX quando entrou em<br />
funcionamento a actual EN231. Sem a estrada romana teria sido impossível o já por si<br />
gran<strong>de</strong> feito <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> se tornar um dos maiores pólos industriais têxteis da<br />
Beira Interior durante o século XIX.<br />
pontes romanas, uma <strong>de</strong>las ainda existe, e a outra, construída sobre a<br />
Ribeira <strong>de</strong> S.Bento, ruiu no século XVI, e ambas faziam parte da estrada<br />
romana que ligava a povoação ao restante império romano.<br />
A ponte romana que ruiu estava situada a poucas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> metros a<br />
Jusante da actual ponte, também construída em pedra mas datada <strong>de</strong> finais do<br />
Século XIX. A antiga estrada romana <strong>de</strong>scia pela actual Rua do Porto, subia pela<br />
actual Rua do Vinhô, apanhava parte da actual Rua <strong>de</strong> Viriato passando<br />
ao lado da povoação então existente, subia pelas actuais ruas Gago<br />
Coutinho e Sacadura Cabral, passava na actual Avenida Augusto Luis Men<strong>de</strong>s, na área<br />
conhecida por Carreira, seguindo pela actual Rua do Teixeiro em<br />
direcção à ponte romana sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, também conhecida por Ribeira da<br />
Nave e Ribeira das Courelas.<br />
Entre a capela <strong>de</strong> S.Sebastião e o cemitério, existia um troço <strong>de</strong><br />
Calçada romana bem conservada que não <strong>de</strong>ixava dúvidas a ninguém sobre a sua<br />
verda<strong>de</strong>ira origem, mas infelizmente uma parte foi <strong>de</strong>struída e a<br />
restante soterrada quando fizeram a estrada entre a Rua do Porto e o cemitério.<br />
O património histórico nunca foi estimado em <strong>Loriga</strong>...<br />
Numa zona propositadamente conhecida por Calçadas, já afastada da<br />
estrada romana.<br />
A Paróquia e a Igreja Matriz da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Sabe-se que <strong>Loriga</strong> é uma povoação que tem mais <strong>de</strong> dois mil e seiscentos anos <strong>de</strong> existência no exato local on<strong>de</strong> existe o centro<br />
histórico da vila, uma colina entre ribeiras, <strong>de</strong>fensável e perto <strong>de</strong> duas abundantes linhas <strong>de</strong> água.<br />
E a propósito do acesso à água, os habitantes <strong>de</strong>sta plurimilenar povoação tinham ainda disponível uma nascente, hoje conhecida por<br />
Fonte do Vale, e que sabe-se foi também bastante valorizada mais tar<strong>de</strong> nas épocas romana e<br />
área on<strong>de</strong> hoje está o centro <strong>de</strong> dia da ALATI. A povoação era <strong>de</strong>fendida por muros e
Matriz, tratando-se <strong>de</strong> uma pequena capela cujas dimensões não andariam longe das que<br />
registada, e infelizmente uma <strong>de</strong>ssas localida<strong>de</strong>s foi recentemente e inj ustamente amputada do seu estatuto <strong>de</strong> freguesia. E digo igreja<br />
rei. Sabe-se que a Igreja <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> foi mandada construir pelo rei D. Sancho II em cima da construção do já referido pequeno templo<br />
paliçadas e sabe-se que a atual Rua <strong>de</strong> Viriato, no troço entre a antiga se<strong>de</strong> do GDL e a antiga Casa do Povo, coinci<strong>de</strong> exatamente com<br />
uma parte <strong>de</strong>ssa linha <strong>de</strong>fensiva da povoação. O local on<strong>de</strong> hoje existem o adro e a igreja era<br />
o ponto central <strong>de</strong>ssa povoação, e assim iria permanecer durante muitos séculos. É portanto completamente natural que com a<br />
cristianização da população e com a chegada dos Visigodos este local fosse eleito para construir o<br />
primeiro templo cristão da então Lorica.Sabe-se que os Visigodos construiram pelo menos dois templos em Lorica, e digo pelo menos<br />
porque encontrei indícios, que não consegui confirmar da existência <strong>de</strong> mais uma ermida<br />
além daquela que construíram on<strong>de</strong> hoje está a capela <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo e que era <strong>de</strong>dicada a S. Gens. A dada altura cheguei<br />
a pensar tratar-se da ermida <strong>de</strong> S. Bento, a tal que <strong>de</strong>u nome à area e à ribeira mas essa,<br />
embora confirmadamente já existisse no século XII não é anterior ao século X. Certo é que os visigodos construíram a ermida <strong>de</strong> S. Gens,<br />
e na época era mesmo uma ermida porque aquele local ficava fora da povoação então<br />
existente, e quanto à escolha daquele local não é <strong>de</strong> excluir a hipótese <strong>de</strong> ser um antigo local <strong>de</strong> culto pagão, dadas as suas caraterísticas.<br />
Dada a religiosida<strong>de</strong> dos loriguenses, é no mínimo estranho que uma <strong>de</strong>voção tão antiga<br />
a um santo tenha sido completamente abandonada, que tenham <strong>de</strong>ixado cair em ruínas a sua ermida e <strong>de</strong>pois a tenham recuperado mas<br />
com outro orago. Não consegui encontrar uma explicação, e como se isso não bastasse e<br />
para completar o "anátema" a que os loriguenses con<strong>de</strong>naram o santo, mudaram-lhe também o nome <strong>de</strong> São Gens para São Ginês, um<br />
santo que nunca existiu. Mas o pormenor da mudança <strong>de</strong> nome po<strong>de</strong> ser facilmente<br />
explicado pela passagem dos séculos, pelo isolamento e pela "adaptação linguística" que ten<strong>de</strong> a inclinar-se para as formas mais fáceis, e<br />
<strong>Loriga</strong> também é conhecida pelas suas "singularida<strong>de</strong>s linguísticas" e pelo uso massivo<br />
<strong>de</strong> alcunhas.Também é certo que os visigodos construíram um templo <strong>de</strong>dicado a Nossa Senhora no exato local on<strong>de</strong> hoje existe a Igreja<br />
tem a ermida <strong>de</strong> Nossa Senhora da Guia. Sabe-se também que na época visigótica <strong>Loriga</strong> tinha o estatuto <strong>de</strong> paróquia, que <strong>de</strong>pendia do<br />
bispo <strong>de</strong> Egitânia ( atual Idanha a Velha ), e que a paróquia abrangia uma área<br />
aproximadamente equivalente ao antigo concelho loricense na sua fase maior, que foi atingida em meados do século XIX. Obviamente foi<br />
impossível saber com exatidão a área da paróquia na época visigótica mas fiquei<br />
surpreendido com a <strong>de</strong>scoberta da mesma e com a existência <strong>de</strong> algumas localida<strong>de</strong>s em redor <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, que ainda existem e das quais<br />
apenas duas atingiram o estatuto <strong>de</strong> freguesias. Nestas andanças da pesquisa histórica há<br />
muito tempo que aprendi que até algumas al<strong>de</strong>ias mais pequenas que alguns consi<strong>de</strong>ram insignificantes po<strong>de</strong>m <strong>de</strong> facto escon<strong>de</strong>r uma<br />
história milenar. Em sentido contrário existem localida<strong>de</strong>s que hoje têm alguma importância<br />
e cujos naturais se esforçam por inventar um longo passado que nunca existiu. Portanto, os tais "casais" referidos nos "pergaminhos", cujos<br />
habitantes iam à igreja <strong>de</strong> Lorica ouvir missa, já têm uma longa história que nunca foi<br />
<strong>de</strong> Lorica porque o uso da atual versão do nome romano, ou seja <strong>Loriga</strong>, só se consolidou<br />
<strong>de</strong>finitivamente na primeira meta<strong>de</strong> do século XIII. No início da nacionalida<strong>de</strong>, a consolidação, a administração do território e a necessária<br />
fixação das populações implicava a atribuição <strong>de</strong> forais mas também a criação <strong>de</strong><br />
condições para a prática do culto, e é por isso frequente ao longo da história a construção <strong>de</strong> igrejas por iniciativa real. E a esse propósito<br />
os reis mandavam construir igrejas em povoações que já eram se<strong>de</strong> <strong>de</strong> município ou em<br />
povoações que seriam elevadas a essa condição, tudo para aj udar a fixar as populações, e outras medidas eram tomadas nesse sentido,<br />
e por exemplo muitos castelos foram feitos também com esse objetivo. O pormenor a<br />
consi<strong>de</strong>rar é que o estatuto <strong>de</strong> município andava sempre a par com o estatuto <strong>de</strong> paróquia, portanto as localida<strong>de</strong>s que tinham igrejas<br />
eram geralmente se<strong>de</strong>s <strong>de</strong> concelho, e seria certo se a igreja fosse mandada construir pelo<br />
visigótico do qual foi aproveitada a pedra on<strong>de</strong> foi gravada a data da construção, o ano <strong>de</strong><br />
1233. Assim, essa pedra colocada por cima <strong>de</strong> uma das portas laterais virada para o adro, na igreja atual confirma a sua longa existência,<br />
correspon<strong>de</strong>ndo à data da <strong>de</strong>cisão da construção. A <strong>de</strong>cisão real nesse sentido <strong>de</strong>ve-se<br />
principalmente ao facto <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> pertencer à Vigariaria do Padroado Real. A Igreja foi <strong>de</strong>dicada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo a Santa Maria Maior, um orago<br />
que se mantem, sendo um templo românico cuja traça e fachada principal fazia lembrar a
Sé Velha <strong>de</strong> Coimbra, embora obviamente sem a monumentalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta.A igreja tinha três naves e as dimensões eram próximas das<br />
atuais, mas para além disso a atual igreja nada tem a ver com a antiga e o que vemos ali é fruto<br />
<strong>de</strong> várias reconstruções e alterações, sendo que as mais radicais foram consequência do sismo <strong>de</strong> 1755. Já muita gente se interrogou<br />
sobre o porquê das graves consequências do sismo <strong>de</strong> 1755 em <strong>Loriga</strong>, e por isso ficam aqui<br />
algumas explicações. Em primeiro lugar, <strong>Loriga</strong> está situada num local geologicamente sensível, num sítio <strong>de</strong> transição entre dois blocos<br />
rochosos diferentes, <strong>de</strong> um lado o granito e do outro o xisto, facto que é suficiente para<br />
provocar gran<strong>de</strong> agitação em caso <strong>de</strong> sismo. Além disso, e para piorar a situação, a colina entre ribeiras não é muito sólida porque foi<br />
criada com <strong>de</strong>pósitos arrastados pelo antigo glaciar que rasgou o Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, e por tudo<br />
isso é que as consequências do sismo foram tão graves na vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. De sublinhar que os estragos não se limitaram à Igreja Matriz e o<br />
terramoto, além dos estragos provocados em muitas habitações, provocou o<br />
<strong>de</strong>sabamento <strong>de</strong> uma das pare<strong>de</strong>s da residência paroquial e abriu fendas no robusto edifício da Câmara Municipal, construído no século<br />
XIII, e cujas pare<strong>de</strong>s do rés do chão on<strong>de</strong> funcionava a ca<strong>de</strong>ia, tinham uma espessura <strong>de</strong><br />
quase dois metros. Os loricenses tiveram que lidar com todos os estragos e não receberam qualquer aj uda externa, apesar <strong>de</strong> o próprio<br />
Marquês <strong>de</strong> Pombal ter sido informado da grave situação. Felizmente não houve, ou pelo<br />
menos não há registos <strong>de</strong> mortos nem feridos graves na vila. Após o sismo que provocou a ruína praticamente completa, a igreja foi<br />
reconstruída com estilo barroco, mas po<strong>de</strong>m ser sublinhadas outras alterações, algumas das<br />
quais nada tiveram a ver com esta reconstrução. Por exemplo, foram acrescentadas duas capelas uma <strong>de</strong> cada lado da capela-mor, uma<br />
das quais foi <strong>de</strong>pois transformada em capela-sacristia e finalmente em apenas sacristia, e ao<br />
lado <strong>de</strong>sta foi acrescentada outra capela. A escadaria e a porta exteriores que dão acesso ao coro também não existiam e o acesso aos<br />
sinos era feito pelo interior da igreja, sendo que estas últimas alterações foram feitas como<br />
consequência do sismo.Com o tempo foram feitas alterações e restauros por vezes <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sastrosa por quem não tinha qualquer<br />
sensibilida<strong>de</strong> para a preservação do património e por isso a atual igreja, embora bela não é tão<br />
bonita nem é tão valiosa quanto seria sem essas más intervenções. No século seguinte ao do sismo, em Setembro <strong>de</strong> 1882, novamente se<br />
fez sentir no centro do país um tremor <strong>de</strong> terra e, por conseguinte também muito sentido<br />
em <strong>Loriga</strong>, o qual pareceu, em principio, não ter gran<strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>. Só que as consequências viriam mais tar<strong>de</strong>, quando todos pareciam já<br />
ter esquecido. Em Novembro seguinte, e quando era celebrada a missa, estalou a viga<br />
mestra da igreja tendo, <strong>de</strong> imediato, sido efetuada a <strong>de</strong>socupação do templo e retirando algumas imagens e outros artigos. Só no fim do<br />
dia aconteceu o <strong>de</strong>sabamento quase completo da cobertura ficando apenas <strong>de</strong> pé a torre e a<br />
capela-mor. Dois anos <strong>de</strong>pois foram terminados os trabalhos da reconstrução da igreja que, tal como acontecera após o sismo <strong>de</strong> 1755, foi<br />
feita pela população local, toda unida, e foi esta última reconstrução que chegou aos<br />
tempos atuais embora, conforme já foi referido, com alguns "restauros" que a empobreceram.<br />
Esta é uma citação livre do historiador António Con<strong>de</strong> e <strong>de</strong> extratos da sua obra, <strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção<br />
do município.<br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>, "<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção do<br />
município"<br />
( Apontamento conciso sobre a história da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> )<br />
<strong>Loriga</strong>@site2002<br />
LORIGA - INSTITUIÇÕES E ASSOCIAÇÕES DE LORIGA<br />
INSTITUIÇÕES E ASSOCIAÇÕES LORICENSES<br />
Algumas das instituições e associações mais emblemáticas <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
almas, aqueles que <strong>de</strong>senvolvem permanentemente um imenso trabalho pessoal ou colectivo (conforme a<br />
opção) pela terra que os viu nascer. A A.N.A.L.O.R publica um jornal, o Garganta <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, que é um importante meio <strong>de</strong> comunicação<br />
até sites <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> nível cultural. Durante mais <strong>de</strong> vinte e cinco anos, o Sr. António Con<strong>de</strong> fez uma pesquisa<br />
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,é uma das mais prestigiadas e importantes associações loricenses.<br />
Fundada em 16 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1982, a sua criação veio satisfazer uma necessida<strong>de</strong> há muito sentida nesta vila<br />
industrial, assim como numa região como é a <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
Socieda<strong>de</strong> Recreativa e Musical Loriguense<br />
Esta prestigiada associação loricense, é uma das que mais tem contribuído para, através <strong>de</strong> música da mais alta qualida<strong>de</strong>, interpretada<br />
pela sua Banda Filarmónica, levar o nome <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a rica cultura loricense a todo o país e ao estrangeiro.<br />
Fundada em 1 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1905, esta associação tem a sua se<strong>de</strong> num solar do século XVII, o Solar dos Men<strong>de</strong>s.<br />
Escola C+S <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
As origens da Escola C+S <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> remontam a 1968 com a criação da então chamada Escola Preparatória. A sua se<strong>de</strong> funcionou no Solar<br />
dos Men<strong>de</strong>s, local on<strong>de</strong> estavam também a maioria das salas <strong>de</strong> aulas,e as instalações eram<br />
complementadas pelo antigo edifício da Escola Primária, on<strong>de</strong> hoje é a se<strong>de</strong> da autarquia. As instalações foram sempre precárias e<br />
insuficientes.Entretanto a escola foi reclassificada, tendo sido montados pavilhões pré-fabricados para albergar os<br />
alunos que consequentemente aumentaram <strong>de</strong> número, mas as instalações continuavam insuficientes e cada vêz mais <strong>de</strong>gradadas. O<br />
<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> instalações próprias e condignas, existente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1968,fazia-se sentir com mais intensida<strong>de</strong>. Em<br />
Novembro <strong>de</strong> 1996, foi finalmente inaugurado um edifício novo e emblemático da nova Escola Reis Leitão, instalações cujo único <strong>de</strong>feito é<br />
não possuírem pavilhão gimno<strong>de</strong>sportivo.<br />
Centro <strong>de</strong> Assistência Paroquial <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
O Centro <strong>de</strong> Assistência Paroquial <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,fundado em 25 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1952,presta relevantes serviços no apoio social,à infância e à<br />
terceira ida<strong>de</strong>. Pertencem a esta instituição, a creche, o infantário, e o lar <strong>de</strong> idosos da Casa <strong>de</strong> Repouso <strong>de</strong><br />
Nossa Senhora da Guia.<br />
Associação Loriguense <strong>de</strong> Apoio à Terceira Ida<strong>de</strong><br />
A Associação Loriguense <strong>de</strong> Apoio à Terceira Ida<strong>de</strong> foi fundada em 12 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1990, e tal como o nome indica, <strong>de</strong>stina-se<br />
essencialmente ao apoio aos idosos,principalmente aos mais <strong>de</strong>sfavorecidos. Possui um centro <strong>de</strong> dia no centro histórico<br />
da vila, e presta apoio domiciliário.<br />
Grupo Desportivo Loriguense<br />
O Grupo Desportivo Loricense foi fundado em 8 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1934,transformando-se rápidamente numa importante e carismática<br />
associação <strong>de</strong>sportiva, mas também cultural.<br />
Associação dos Naturais e Amigos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Esta prestigiada associação foi fundada em 1987 por loricenses dos tais que, por conta própria ou <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> qualquer instituição ou<br />
associação loricense, trabalham incansavelmente para promover a sua terra-natal e contribuir para a resolução<br />
dos poblemas que a afectam. <strong>Loriga</strong> <strong>de</strong>ve muito a estes loricenses que, embora não residam na vila, têm lá os seus corações e as suas<br />
entre os loricenses espalhados pelo país e pelo mundo. Através dos artigos <strong>de</strong> António Con<strong>de</strong>, um conhecido<br />
historiador e benfeitor <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, publicados nesse jornal, os loricenses acordaram para o conhecimento da sua história mais remota. Aliás,<br />
<strong>Loriga</strong> e a sua história têm sido divulgadas pelo Sr. Con<strong>de</strong> através dos mais diversos meios <strong>de</strong> comunicação<br />
portugueses e estrangeiros e nos mais diversos sites, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Wikipédia (on<strong>de</strong> ele criou o artigo sobre <strong>Loriga</strong> em português e em inglês)<br />
minuciosa sobre a história antiga da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, percorrendo arquivos e recolhendo dados e documentos preciosos que compilou<br />
numa obra a que chamou, <strong>História</strong> Concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção do município. No entanto a<br />
sua pesquisa tem continuado, acumulando mais dados e documentos sobre a história da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, e tudo foi feito muitas vezes com<br />
prej uízo da sua vida pessoal, familiar e financeira, que foram aliás muito prej udicadas, mas tudo foi feito pelo<br />
gran<strong>de</strong> amor que este gran<strong>de</strong> loriguense tem à terra que o viu nascer.<br />
Irmanda<strong>de</strong> do Santíssimo Sacramento e das Almas <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
Esta instituição, <strong>de</strong> carácter religioso, é histórica e as suas origens mais remotas encontram-se no século XIV, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> finais do século XVI<br />
que tem o nome e os mol<strong>de</strong>s actuais. Noutros tempos chegou a funcionar como se fosse a Santa Casa da<br />
Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, embora nunca tivesse esse nome.<br />
Centro Loriguense <strong>de</strong> Belém do Pará<br />
Esta foi a primeira associação loricense criada fora <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,e foi também a primeira a ser criada no estrangeiro. Foi fundada em 4 <strong>de</strong><br />
Julho <strong>de</strong> 1937 no seio da importante colónia loricense, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XIX existia em Belém, mas também<br />
em Manaos, havendo também loricenses noutras partes do Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XVII. Aliás foi a colónia <strong>de</strong> Manaos que construíu os<br />
monumentais fontanários que po<strong>de</strong>m admirar-se na vila.<br />
Freguesias da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> [área<br />
do antigo Município Loricense]<br />
As seis freguesias que ro<strong>de</strong>iam <strong>Loriga</strong>, que fazem parte da Associação <strong>de</strong> Freguesias da Serra da Estrela,com se<strong>de</strong> nesta vila, e que<br />
outrora fizeram parte do Município Loricense.<br />
Alvoco da Serra<br />
Alvoco da Serra é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 37,57 km² <strong>de</strong> área e 646 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 17,2<br />
hab/km².<br />
A freguesia é constituída por cinco localida<strong>de</strong>s: Alvoco da Serra (se<strong>de</strong> da freguesia), Outeiro da Vinha, Vasco Esteves <strong>de</strong> Baixo, Vasco<br />
Esteves <strong>de</strong> Cima e Aguincho.<br />
Alvoco da Serra recebeu foral <strong>de</strong> D. Manuel I em 17 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1514,data em que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> pertencer ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Foi vila<br />
e se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho entre esta data e 1828, ano em que o concelho foi extinto. Tinha, em 1801, 667<br />
habitantes. Entre 1828 e 1855 pertenceu novamente ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, após o que passou a integrar o concelho <strong>de</strong> Seia.<br />
Cabeça<br />
Cabeça é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 8,55 km² <strong>de</strong> área e 229 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 26,8 hab/km².<br />
Durante muitos anos foi conhecida como São Romão <strong>de</strong> Cabeça.Até ao século XIX pertenceu ao concelho,à<br />
paróquia e à freguesia <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
A sua população vive em gran<strong>de</strong> parte da agricultura e da pastorícia.<br />
António <strong>de</strong> Almeida Santos, ministro em vários Governos, ex-presi<strong>de</strong>nte da Assembleia da República, filho <strong>de</strong> uma loricense, nasceu em<br />
Cabeça, numa época em que a sua mãe dava aulas na escola primária local.<br />
Sazes da Beira<br />
Sazes da Beira é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 6,39 km² <strong>de</strong> área e 341 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 53,4 hab/km².<br />
A primeira fixação <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong>u-se (supõe-se) no século XV, no lugar chamado <strong>de</strong> "Sazes Velho".<br />
Em 1527 tinha a al<strong>de</strong>ia 65 pessoas. No entanto e continuando à procura <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> da água levou à fundação do que é hoje a al<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> Sazes da Beira propriamente dita. Não se sabe a data da fundação da sua freguesia/paróquia, mas sabese<br />
que foi no início do século XVIII.Em 1731 é edificada a sua Igreja Matriz.<br />
Des<strong>de</strong> a sua fundação, Sazes pertenceu sempre ao concelho <strong>de</strong> Sandomil até à extinção <strong>de</strong>ste em 1836, data em que passou a pertencer<br />
ao município <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.No meio <strong>de</strong> todas as remo<strong>de</strong>lações administrativas s<strong>of</strong>ridas (em que Sandomil esteve<br />
prestes a pertencer ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>), a freguesia <strong>de</strong> Sazes (correspon<strong>de</strong>nte a todo o território da sua paróquia) pertenceu ao<br />
concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até 1855,data em que este foi extinto.<br />
Teixeira<br />
Teixeira é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 12,88 km² <strong>de</strong> área e 233 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 18,1 hab/km².<br />
Pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até 1514 data em que Alvoco da Serra recebeu foral <strong>de</strong> D. Manuel I, passando <strong>de</strong>pois a fazer parte da<br />
freguesia <strong>de</strong> da Vi<strong>de</strong> no início do século XVII.
<strong>Loriga</strong>, Valezim e Alvoco, e isso traduz-se no seu brasão. Essa situação ambígua <strong>de</strong> autonomia durou até 1834, tendo nessa época<br />
ida<strong>de</strong>, aclamaram Rei dos Lusitanos e casou em Évora com uma nobre<br />
Voltou a ser incluída no município <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com a reinclusão plena <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong> em 1834, e até 1855, no concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Passa então para<br />
o concelho <strong>de</strong> Seia ao qual pertence actualmente.<br />
Valezim<br />
Valezim é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 10,94 km² <strong>de</strong> área, 382 habitantes (2001) e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 34,9<br />
hab/km².<br />
A hipótese mais aceite é que o nome provém <strong>de</strong> vallecinus (palavra do latim para vale pequeno). Curiosamente, uma antiga lenda sobre a<br />
origem do nome <strong>de</strong> Valezim nasceu <strong>de</strong> um facto histórico real relacionado com <strong>Loriga</strong>. Diz a lenda: "Tendo<br />
sido expulsos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, os mouros chegaram àquele vale e exclamaram: Neste vale sim! As duas palavras foram unidas dando origem ao<br />
nome Valesim." De facto os mouros foram expulsos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, mas não falavam português.<br />
As principais activida<strong>de</strong>s económicas da população estão ligadas à agricultura e pastorícia, turismo <strong>de</strong> habitação e à construcção civil.<br />
O seu primeiro foral é atribuído em 1201, por D. João <strong>de</strong> Foyle. Em 1514 é renovado por D. Manuel I, e passa constituir um concelho<br />
formado apenas pela freguesia da se<strong>de</strong>. Entre os anos <strong>de</strong> 1836 e 1855 pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
Nessa data foi integrado no concelho <strong>de</strong> Seia, on<strong>de</strong> pertence.<br />
A sua maior festivida<strong>de</strong> é em honra <strong>de</strong> Nossa Senhora da Saú<strong>de</strong>, realizada anualmente, no primeiro Domingo <strong>de</strong> Setembro.<br />
Vi<strong>de</strong><br />
Vi<strong>de</strong> é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 51,25 km² <strong>de</strong> área e 843 habitantes (2001), com uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional<br />
<strong>de</strong> 16,4 hab/km².<br />
Está situada na zona centro do país, no Parque Natural da Serra da Estrela, a uma distância <strong>de</strong> 25 Km da Torre.<br />
A freguesia engloba as seguintes e pequenas povoações anexas:<br />
Abitureira,Baiol,Balocas,Baloquinhas,Barreira,Barriosa,<br />
Barroco da Malhada,Borracheiras,Carvalhinho,Casal do Rei,Casas Figueiras,Ci<strong>de</strong>, Chão Cimeiro,Couce<strong>de</strong>ira,Costeiras,Fontes do Ci<strong>de</strong>,Foz<br />
da Rigueira,Foz do Vale,Frádigas,Gondufo,Lamigueiras,Malhada das Cilhas,Monteiros,Muro<br />
,Obra,Outeiro,Ribeira,Ro<strong>de</strong>ado,Sarnadinha,Silvadal e Vale do Ci<strong>de</strong>.<br />
Pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até ao início do século XVII, época em que recebeu alguma autonomia como paróquia mas sem que isso<br />
se tivesse traduzido num foral, da forma como é entendido, portanto nunca teve categoria <strong>de</strong> vila como<br />
passado a pertencer novamente e plenamente ao município loriguense até 1855, ano em que foi integrado no<br />
concelho <strong>de</strong> Seia. Em 1801 era constituído apenas pela freguesia da se<strong>de</strong> e tinha 750 habitantes.<br />
Últimos estudos, levados a cabo em 2002, confirmam que o povoamento do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> em cujo extremo se encontra Vi<strong>de</strong>, remonta<br />
aos finais do Paleolítico Superior.<br />
Entre as zonas <strong>de</strong> Entre-águas e <strong>de</strong> Ferradurras, nesta freguesia, há alguns núcleos rochosos que possuem várias inscrições rupestres, os<br />
maiores <strong>de</strong>scobertos até agora, que foram objecto <strong>de</strong> estudo por parte da Associação Portuguesa <strong>de</strong><br />
Investigação Arqueológica, e que segundo os traços gerais apresentados, pertencem à Ida<strong>de</strong> do Bronze. A al<strong>de</strong>ia da Vi<strong>de</strong> tem vários<br />
acessos sendo os principais a EN 230, que vem <strong>de</strong> Oliveira do Hospital, e a EN 238, na Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>,<br />
cruzamento com a EN 231 que liga <strong>Loriga</strong> a Seia.<br />
LORIGA - TERRA DE VIRIATO -<br />
Viriathus was born in <strong>Loriga</strong><br />
VIRIATO<br />
"...Suce<strong>de</strong>u o pastor Viriato, natural <strong>de</strong> Lobriga, hoje a vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, no<br />
cimo na Serra da Estrela, Bispado <strong>de</strong> Coimbra; Ao qual, tendo quarenta anos <strong>de</strong>
Toledo. Reforçou-se o dito capitão, e dando batalha j unto <strong>de</strong> Évora, pren<strong>de</strong>u<br />
Reino, 1580, "traduzida" do português arcaico para o actual). Entre os diversos<br />
*** -"Viriato,um lusitano <strong>de</strong> nascimento,sendo pastor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança nas<br />
vencendo, pondo em fuga, subj ugando exércitos <strong>de</strong> Pretores, e Cônsules<br />
*** -"Viriato,nascido e criado nas mais altas montanhas* da Lusitânia, on<strong>de</strong><br />
*** -"...Este Viriato era originário dos Lusitanos... Sendo pastor <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
criança, estava habituado a uma vida dura nas altas montanhas*... Famoso<br />
humanismo, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, e a sua gran<strong>de</strong> visão <strong>de</strong> estratega<br />
Lusitanos, antepassados dos portugueses, os romanos só conseguiram vencer<br />
Senhora, no ano 147.<br />
Pren<strong>de</strong>u em batalha, ao Pretor romano Caio Vetílio e lhe <strong>de</strong>golou 4000<br />
soldados;A Caio Lucitor, daí a uns dias, matou 6000.<br />
Ao capitão Caio Plaucio , matou Viriato mais <strong>de</strong> 4000 j unto <strong>de</strong><br />
4000 soldados.<br />
No ano 146, o Pretor Cláudio Unimano lhe <strong>de</strong>u batalha e <strong>de</strong> todo foi<br />
<strong>de</strong>struído por Viriato, que repartiu os <strong>de</strong>spojos pelos soldados, pondo nos<br />
montes mais altos da Lusitânia, os estendartes romanos..."<br />
(Página do livro manuscrito <strong>História</strong> da Lusitânia, do Bispo Mor do<br />
documentos que falam <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> como berço <strong>de</strong> Viriato, este é o mais curioso.<br />
__________________________________________________________________________________________________________<br />
__<br />
-Algumas citações <strong>de</strong> alguns dos mais importantes antigos historiadores<br />
romanos:<br />
altas montanhas*, foi para todos os Romanos motivo do maior terror. A<br />
princípio armando emboscadas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>vastando províncias, por último<br />
romanos." (Orósio(5.4.1)<br />
foi pastor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança, conseguiu reunir o apoio <strong>de</strong> todo o seu povo para<br />
sacudir o j ugo romano e fundar uma gran<strong>de</strong> nação livre na<br />
Hispânia" (Floro(1.33)<br />
entre as populações,foi por eles escolhido como chefe... (Diodoro<br />
Sículo (33.1.1-4)....<br />
*Hermínius,actual Serra da Estrela<br />
__________________________________________________________________________________________________________<br />
__<br />
-Todos os gran<strong>de</strong>s historiadores, começando pelos romanos antigos, elogiam as<br />
gran<strong>de</strong>s qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Viriato. Nelas se <strong>de</strong>stacam, a inteligência, o<br />
militar e político. A este gran<strong>de</strong> homem, que li<strong>de</strong>rou os<br />
recorrendo à vergonhosa traição cobar<strong>de</strong>. Este homem,tal como outros que<br />
ficaram na história, tinha origens humil<strong>de</strong>s, provando-se na época,tal como
contrário, alguns pseudointelectuais e pseudohistoriadores "elitistas" e<br />
Viriato, era apenas um pastor, habituado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança a percorrer as<br />
serra. A Lobriga,sua terra-natal,um povoado fortificado situado<br />
enemy, the Lusitanians elect one <strong>of</strong> their own and hand him absolute<br />
power. Born in Lobriga, Lusitania, Lorica for the Romans, current <strong>Loriga</strong> in<br />
armies, led a greater part <strong>of</strong> the iberian peoples into revolt and was<br />
Viriathus, is consi<strong>de</strong>red the first Lusian figure, and also national hero in<br />
Portugal. It was born without a doubt in the Hermínius,current Serra da<br />
Estrela, wehere he was shepherd since child,more precisely in<br />
Viriathus, was praised had to is great qualities human beings, and <strong>of</strong> great<br />
hoje,que as capacida<strong>de</strong>s individuais não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do estrato social, nem das<br />
habilitações académicas. Apesar das inúmeras lições da história em sentido<br />
preconceituosos continuam a achar que é improvável que alguém com origens<br />
humil<strong>de</strong>s se torne uma gran<strong>de</strong> figura histórica, e então inventaram teorias<br />
ridículas no sentido <strong>de</strong> atribuír "sangue azul" e origens "nobres" a Viriato.<br />
montanhas dos Herminius (actual Serra da Estrela), on<strong>de</strong> nasceu, e que<br />
conhecia como as palmas das suas mãos,inclusivé as povoações lusitanas da<br />
estratégicamente próximo do ponto mais alto da serra, os romanos puseram o<br />
nome <strong>de</strong> Lorica (antiga couraça guerreira).<br />
__________________________________________________________________________________________________________<br />
___<br />
VIRIATHUS WAS BORN IN LORIGA<br />
In 147 b.C.,thousands <strong>of</strong> Lusitanian warriors found themselves surroun<strong>de</strong>d<br />
by the military forces <strong>of</strong> magistrate Caio Vetílio. At first this seemed<br />
like j ust another Roman attempt to seize the Iberian Península in the on<br />
going war in which the Roman Republic had led for years.But pursued by the<br />
Portugal, this man, who for seven will taunt the Romans, is called Viriathus.<br />
Between 147 and 139, the year in which he was killed (mur<strong>de</strong>r by Romans,he<br />
was assassinated while sleeping), Viriathus successively <strong>de</strong>feated Roman<br />
responsible for the beginning <strong>of</strong> the war <strong>of</strong> Numância.<br />
After the mur<strong>de</strong>r, the Lusitanian guerrilla was continued to resist, "the<br />
women boke arms with the men, who died wiht a will,not a man <strong>of</strong> them<br />
showing his back,or uttering a cry. Of the women who were captured some<br />
killed themselves, others slew their children also with their own<br />
hands, consi<strong>de</strong>ring <strong>de</strong>ath preferable to captivity".<br />
Lobriga, Lorica for the Romans,current <strong>Loriga</strong>,in Portugal.
historians. Viriathus, proved that at the time, such as today,the individual<br />
qualifications. Viriathus,was only one shepherd, accustomed since child to<br />
Viriathus, lea<strong>de</strong>r that it directed with effectiveness the resistence <strong>of</strong> the<br />
Lusitanians, ancestors <strong>of</strong> the Portugueses, against a powerful inva<strong>de</strong>r, is<br />
diplomat. But, moreover, he was the <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r <strong>of</strong> a world asphyxiated by the<br />
strategist to military and diplomat, inclusively for the old Romans<br />
capacities do not <strong>de</strong>pend on the social estratum nor <strong>of</strong> the aca<strong>de</strong>mical<br />
cover mountains <strong>of</strong> the heart <strong>of</strong> the Lusitania.<br />
Roman,the superpower <strong>of</strong> the time, only obtained to arrange away it to<br />
win,resort to the shameful and dishonourable treason coward!Curiously,it<br />
was after an act <strong>of</strong> high treason <strong>of</strong> the part <strong>of</strong> the Romans, wich cost the<br />
life the thousand <strong>of</strong> disarmed Lusitanians, that Viriathus was elect to<br />
lea<strong>de</strong>r for is compatriots.<br />
consi<strong>de</strong>red since its time an example to follow.<br />
Viriathus,was a true military genious,politician and<br />
great Roman dominion. The world in which he very roots <strong>of</strong> Portugal are<br />
implanted.<br />
Viriathus, is a real portuguese national hero.<br />
__________________________________________________________________________________________________________<br />
__<br />
LORIGA<br />
<strong>Loriga</strong> is an ancient, beautiful and historic portuguese town, located<br />
in the Serra da Estrela mountains.<br />
Known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica by the Romans, it is more<br />
than 2600 years old.<br />
Notable people from <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong> Viriathus ( known as Viriato in<br />
Portuguese ), a famous Lusitanian lea<strong>de</strong>r and portuguese national hero.<br />
<strong>Loriga</strong> as enormous touristics potentialities and they are the only ski<br />
resort and ski trails existing in Portugal ( <strong>Loriga</strong> is the Lusian Capital<br />
and the capital <strong>of</strong> the snow in Portugal ).<br />
<strong>Loriga</strong> is a town in Portugal located in Seia Municipality, Guarda District.<br />
<strong>Loriga</strong> is 20 km away from Seia, 40 km away from Viseu, 80 km away<br />
from Guarda and 320 km from Lisbon. It is nestled in the Serra da Estrela<br />
mountain range. The population is 789 (2015 estimate).<br />
It is known as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape: a town<br />
surroun<strong>de</strong>d by mountains.<br />
Known to be settled by the Lusitanians, the town is more than 2600 years old and<br />
was part <strong>of</strong> the Roman province <strong>of</strong> Lusitania. It was known as Lobriga by the
Lusitanians and Lorica by the Romans.<br />
<strong>Loriga</strong> became a textile manufacturing center in the begin-19th century. While that<br />
industry has since dissipated, today the town attracts a sizable tourist tra<strong>de</strong><br />
due to its picturesque scenery and vicinity to the Vodafone Ski Resort, the only<br />
ski center in Portugal, totally insi<strong>de</strong> the town limits.<br />
( By the historian António Con<strong>de</strong> )<br />
Pelo historiador António Con<strong>de</strong> - <strong>Loriga</strong>. Extratos da sua obra "<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Das origens à extinção do município",<br />
fruto <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> trinta anos <strong>de</strong> pesquisa que tem sido sempre contínua.<br />
By historian António Con<strong>de</strong> - <strong>Loriga</strong>. Excerpts from his work "Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the Town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> - From Origins to the extinction <strong>of</strong> the<br />
municipality ", the result <strong>of</strong> more than thirty years <strong>of</strong> research that has always been continuous.<br />
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<strong>Loriga</strong> vi<strong>de</strong>os
[<strong>Loriga</strong> coat <strong>of</strong> arms and logos.]<br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – Excerpts from the work <strong>of</strong> the historian António<br />
Con<strong>de</strong>, “Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – From the Origins to the<br />
extinction <strong>of</strong> the municipality” | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Extratos da obra do<br />
historiador António Con<strong>de</strong>, “<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Das<br />
origens à extinção do município”<br />
<strong>Loriga</strong> is an ancient, beautiful and historical portuguese town, located in the Serra da<br />
Estrela mountains.<br />
Known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica by the Romans, it is more than 2600 years<br />
old.<br />
Notable people from <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong> Viriathus ( known as Viriato in Portuguese ), a famous<br />
Lusitanian lea<strong>de</strong>r and portuguese national hero.<br />
<strong>Loriga</strong> as enormous touristics potentialities and they are the only ski resort and ski trails<br />
existing in Portugal ( <strong>Loriga</strong> is the Lusian Capital and the capital <strong>of</strong> the snow in Portugal ).<br />
<strong>Loriga</strong> is a town in Portugal located in Guarda District. <strong>Loriga</strong> is 20 km away from Seia,<br />
40 km away from Viseu, 80 km away from Guarda and 320 km from Lisbon. It is nestled in<br />
the Serra da Estrela mountain range. The population is 789 (2015 estimate).<br />
It is known as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape: a town surroun<strong>de</strong>d by<br />
mountains.<br />
Known to be settled by the Lusitanians, the town is more than 2600 years old and was part<br />
<strong>of</strong> the Roman province <strong>of</strong> Lusitania. It was known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica<br />
by the Romans.
<strong>Loriga</strong> became a textile manufacturing center in the begin-19th century. While that<br />
industry has since dissipated, today the town attracts a sizable tourist tra<strong>de</strong> due to its<br />
picturesque scenery and vicinity to the <strong>Loriga</strong> Ski Resort, the only ski center in Portugal,<br />
totally insi<strong>de</strong> the town limits.<br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>, “<strong>História</strong> concisa da vila<br />
<strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Das origens à extinção do município” / <strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – Excerpts from the<br />
work <strong>of</strong> the historian António Con<strong>de</strong>, “Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – From the<br />
Origins to the extinction <strong>of</strong> the municipality”<br />
[The spectacular landscape <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong>.]<br />
Coordinates: 40°1913.69N 7°3958.15W/40.3204694°N 7.6661528°W/40.3204694;<br />
-7.6661528<br />
Civil Parish (Vila) / Vila – Town in portuguese<br />
The valley parish <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> in the shadow <strong>of</strong> the Serra da Estrela /<br />
Official name: <strong>Loriga</strong><br />
Country – Portugal<br />
Region – Centro, Beira Interior, Portugal<br />
Subregion – <strong>Loriga</strong> – Serra da Estrela<br />
District – Guarda<br />
Municipality – Seia<br />
Localities – Fontão, <strong>Loriga</strong><br />
Landmark – Torre (Serra da Estrela)<br />
Rivers – Ribeira <strong>de</strong> São Bento, Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Center <strong>Loriga</strong> – elevation 1,293 m (4,242 ft) – coordinates 40°1913.69N<br />
7°3958.15W / 40.3204694°N 7.6661528°W / 40.3204694; -7.6661528<br />
Length 4.21 km (3 mi), Northwest-Southeast<br />
Width 13.78 km (9 mi), Southwest-Northeast<br />
Area 36.25 km² (14 sq mi)<br />
Population 1,367 (2005) /<br />
Density 37.71 / km² (98 / sq mi)<br />
LAU – Vila/Junta Freguesia – location – Largo da Fonte do Mouro, <strong>Loriga</strong><br />
Timezone – WET (UTC0) – summer (DST)WEST (UTC+1)<br />
ISO 3166-2 co<strong>de</strong>PT-<br />
Postal Zone – 6270-073 <strong>Loriga</strong><br />
Area Co<strong>de</strong> & Prefix(+351) 238 XXX XXX<br />
Demonym – Loriguense or Loricense<br />
Patron Saint – Santa Maria Maior<br />
Parish Address – Largo da Fonte do Mouro - 1019 - 6270-073 <strong>Loriga</strong><br />
( Statistics from INE (2001); geographic <strong>de</strong>tail from Instituto Geográfico<br />
Português
<strong>Loriga</strong> (Portuguese pronunciation: ([loriga]) is a town (Portuguese:<br />
vila) in south-central part <strong>of</strong> the municipality <strong>of</strong> Seia, in central Portugal. Part <strong>of</strong> the district<br />
<strong>of</strong> Guarda, it is 20 km away from Seia, 40 km away from Viseu, 80 km away from Guarda<br />
and 320 km from Lisbon, nestled in the Serra da Estrela mountain range. In 2005,<br />
estimates have the resi<strong>de</strong>nt population at about 1367 inhabitants, in an area <strong>of</strong> 36.25 km²<br />
that inclu<strong>de</strong>s the two localities, the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> and village <strong>of</strong> Fontão.<br />
[Lusitanian Warriors. <strong>Loriga</strong> pri<strong>de</strong>s itself on its ancient Celtic and Lusitanian past, and the<br />
very ancient tradition <strong>of</strong> being the birthplace <strong>of</strong> Viriathus.]
<strong>History</strong><br />
<strong>Loriga</strong> was foun<strong>de</strong>d originally along a column between ravines where today the historic<br />
centre exists. The site was ostensibly selected more than 2600 years ago, owing to its<br />
<strong>de</strong>fensibility, the abundance <strong>of</strong> potable water and asturelands, and lowlands that provi<strong>de</strong>d<br />
conditions to practice both hunting and gathering/agriculture.<br />
[Roman legionary soldier wearing Lorica / <strong>Loriga</strong> armor, origin <strong>of</strong> the name <strong>of</strong> the town,<br />
origin <strong>of</strong> the Loricense / Loriguense gentliche and the main and essential part <strong>of</strong> the coat <strong>of</strong><br />
arms <strong>of</strong> the town. <strong>Loriga</strong> pri<strong>de</strong>s itself on its millennial name, a rare case <strong>of</strong> a name that has<br />
remained virtually unchanged for over two thousand years.]<br />
When the Romans arrived in the region, the settlement was concentrated into two areas.<br />
The larger, ol<strong>de</strong>r and principal agglomeration was situated in the area <strong>of</strong> the main church<br />
and Rua <strong>de</strong> Viriato, fortified with a wall and palisa<strong>de</strong>. The second group, in the Bairro <strong>de</strong><br />
São Ginês, were some small homes constructed on the rocky promintory, which were later<br />
appropriated by the Visigoths in or<strong>de</strong>r to construct a chapel. The 1st century Roman road<br />
and two bridges (the second was <strong>de</strong>stroyed in the 17th century after flooding) connected<br />
the outpost <strong>of</strong> Lorica to the rest <strong>of</strong> their Lusitanian province. The barrio <strong>of</strong> São Ginês (São<br />
Gens), a local ex-libris, is the location <strong>of</strong> the chapel <strong>of</strong> Nossa Senhora do Carmo, an ancient<br />
Visigothic chapel. São Gens, a Celtic saint, martyred in Arles on Gália, during the reign <strong>of</strong><br />
Emperor Diocletian, and over time the locals began to refer to this saint as São Ginês, due<br />
to its easy <strong>of</strong> pronunciation.<br />
Middle Ages<br />
<strong>Loriga</strong> was the municipal seat since the 12th century, receiving forals in 1136 (João Rhânia,<br />
master <strong>of</strong> the Terras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> for over two <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s, during the reign <strong>of</strong> Afonso Henriques),<br />
1249 (during the reign <strong>of</strong> Afonso III), 1474 (un<strong>de</strong>r King Afonso V) and finally in 1514 (by<br />
King Manuel I).<br />
<strong>Loriga</strong> was an ecclesiastical parish <strong>of</strong> the vicarage <strong>of</strong> the Royal Padroado and<br />
its Matriz Church was or<strong>de</strong>red constructed in 1233, by King Sancho II. This<br />
church, was to the invokation <strong>of</strong> Santa Maria Maior, and constructed over the<br />
ancient small Visigothic chapel (there is a lateral block with Visigoth<br />
inscriptions visible). Constructed in the Romanesque-style it consists <strong>of</strong> a<br />
three-nave building, with hints <strong>of</strong> the Sé Velha <strong>of</strong> Coimbra. This structure was<br />
<strong>de</strong>stroyed during the 1755 earthquake, and only portions <strong>of</strong> the lateral walls<br />
were preserved.
LORICA - LUSITANIA --- LORIGA - PORTUGAL --- Land <strong>of</strong> VIRIATHUS<br />
The 1755 earthquake resulted in significant damage to the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong>, <strong>de</strong>stroying<br />
homes and the parcochial resi<strong>de</strong>nce, in addition to opening-up cracks and faults in the<br />
town’s larger buildings, such as the historic municipal council hall (constructed in the 13th<br />
century). An emissary <strong>of</strong> the Marquess <strong>of</strong> Pombal actually visited <strong>Loriga</strong> to evaluate the<br />
damage (something that did not happen in other mountainous parishes, even Covilhã) and<br />
provi<strong>de</strong> support.<br />
The resi<strong>de</strong>nts <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> supported the Absolutionist forces <strong>of</strong> the Infante Miguel<br />
<strong>of</strong> Portugal against the Liberals, during the Portuguese Liberal Wars, which<br />
resulted in <strong>Loriga</strong> being abandoned politically after Miguel’s explusion by his<br />
brother King Peter. In 1855, as a consequence <strong>of</strong> its support, it was stripped<br />
<strong>of</strong> municipal status during the municipal reforms <strong>of</strong> the 19th century. At the<br />
time <strong>of</strong> its municipal <strong>de</strong>mise (October 1855), the municipality <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong>d<br />
the parishes <strong>of</strong> Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim and<br />
Vi<strong>de</strong>, as well as thirty other disincorporated villages.<br />
[The so-called industrial revolution arrived in <strong>Loriga</strong> in the early nineteenth century,<br />
transporting to the mo<strong>de</strong>rn era a woolen handicraft activity that had existed in this town<br />
for more than 500 years. <strong>Loriga</strong> is proud <strong>of</strong> its centenary woolen industry and therefore the<br />
hydraulic wheel is one <strong>of</strong> the fundamental parts <strong>of</strong> its coat <strong>of</strong> arms.]<br />
<strong>Loriga</strong> was an industrial centre for textile manufacturing during the 19th<br />
century. It was one <strong>of</strong> the few industrialized centres in the Beira Interior<br />
region, even supplanting Seia until the middle <strong>of</strong> the 20th century. Only<br />
Covilhã out-preformed <strong>Loriga</strong> in terms <strong>of</strong> businesses operating from its lands;<br />
companies such as Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fân<strong>de</strong>ga, Leitão &<br />
Irmãos, Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral and Lorimalhas, among<br />
others. The main roadway in <strong>Loriga</strong>, Avenida Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, is named for one <strong>of</strong> the<br />
towns most illustrious industrialists. The wool industry started to <strong>de</strong>cline during the last<br />
<strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s <strong>of</strong> the 20th century, a factor that aggravated and accelerated the <strong>de</strong>cline <strong>of</strong> the<br />
region.
[Map and coats <strong>of</strong> localities that belong to the region and old municipality <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong>.]<br />
[Historic center <strong>of</strong> the town on the hill between the two streams where the village was<br />
foun<strong>de</strong>d more than 2600 years ago.]<br />
Geography<br />
Known locally as the “Portuguese Switzerland” due to its landscape that inclu<strong>de</strong>s a<br />
principal settlement nestled in the mountains <strong>of</strong> the Serra da Estrela Natural Park. It is<br />
located in the south-central part <strong>of</strong> the municipality <strong>of</strong> Seia,<br />
along the southeast part <strong>of</strong> the Serra, between several ravines, but specifically<br />
the Ribeira <strong>de</strong> São Bento and Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>; it is 20 kilometres from Seia, 80 kilometres<br />
from Guarda and 300 kilometres from the national capital (Lisbon). A main town is<br />
accessible by the national roadway E.N. 231, that connects directly to the region <strong>of</strong> the<br />
Serra da Estrela by way <strong>of</strong> E.N.338 (which was completed in 2006), or through the E.N.339,<br />
a 9.2 kilometre access that transits some <strong>of</strong> the main elevations (960 metres near Portela<br />
do Arão or Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, and 1650 metres around the Lagoa Comprida).<br />
The region is carved by U-shaped glacial valleys, mo<strong>de</strong>lled by the movement <strong>of</strong><br />
ancient glaciers. The main valley, Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> was carved by longitudanal
abrasion that also created roun<strong>de</strong>d pockets, where the glacial resistance was<br />
minor. Starting at an altitu<strong>de</strong> <strong>of</strong> 1991 metres along the Serra da Estrela the<br />
valley <strong>de</strong>scends abruptly until 290 metres above sea level (around Vi<strong>de</strong>), passing villages<br />
such as Cabeça, Casal do Rei and Muro. The central town, <strong>Loriga</strong>, is seven kilometres from<br />
Torre (the highest point), but the parish is sculpted by cliffs, alluvial plains and glacial<br />
lakes <strong>de</strong>posited during millennia <strong>of</strong> glacial erosion, and surroun<strong>de</strong>d by rare ancient forest<br />
that surroun<strong>de</strong>d the lateral flanks <strong>of</strong> these glaciers.<br />
Economy<br />
Textiles are the principal local export; <strong>Loriga</strong> was a hub the textile and wool industries<br />
during the 19th century, in addition to being subsistence agriculture responsible for the<br />
cultivation <strong>of</strong> corn. The Loriguense economy is based on metallurgical industries, breadmaking,<br />
commercial shops, restaurants and agricultural support services.<br />
While that textile industry has since dissipated, the town began to attract a<br />
tourist tra<strong>de</strong> due to its proximity to the Serra da Estrela and Vodafone Ski<br />
Resort (the only ski center in Portugal), which was constructed within the<br />
parish limits.<br />
[ By the historian António Con<strong>de</strong> ]
40º 19 N 7º 41’O<br />
* Gentílico – Loricense ou loriguense<br />
* Área – 36,52 km²<br />
* Densida<strong>de</strong> – 37,51 hab./km² (2005)<br />
* Orago – Santa Maria Maior<br />
* Código postal – 6270<br />
* Apelidada <strong>de</strong> “Suíça Portuguesa”, é a vila mais alta <strong>de</strong> Portugal.<br />
<strong>Loriga</strong> é uma vila e freguesia portuguesa do distrito da Guarda. Tem<br />
36,52 km² <strong>de</strong> área, e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 37,51 hab/km² (2005). Tem<br />
uma povoação anexa, o Fontão.<br />
[A bela al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> xisto <strong>de</strong> Fontão <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, fundada no século XVI.]<br />
<strong>Loriga</strong> encontra-se a 80km da Guarda e 300km <strong>de</strong> Lisboa. A vila é directamente acessível<br />
pela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso directo à Torre, pela referida<br />
EN338, estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente e pré-projectado<br />
mais <strong>de</strong> quarenta anos antes, com um percurso <strong>de</strong> 9,2 km <strong>de</strong> paisagens <strong>de</strong>slumbrantes,<br />
entre as cotas 960m (Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, também conhecida por Portela do Arão) e 1650m,<br />
acima<br />
da Lagoa Comprida.
[Pormenor noturno do centro histórico da vila, na colina entre as ribeiras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e <strong>de</strong> São<br />
Bento, on<strong>de</strong> a povoação foi fundada há mais <strong>de</strong> 2600 anos. Esta foto ajuda a explicar a<br />
escolha <strong>de</strong>ste local para fundar a povoação que, até á conquista romana, esteve fortificada<br />
com muros e paliçadas]<br />
É conhecida há décadas como a “Suíça Portuguesa” <strong>de</strong>vido à sua<br />
extraordinária paisagem e localização geográfica. Está situada entre os 770m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>,<br />
na sua parte urbana mais baixa, e os cerca <strong>de</strong> 1200m ro<strong>de</strong>ada por montanhas, das quais se<br />
<strong>de</strong>stacam a Penha dos Abutres (1828m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>) e a Penha do Gato (1771m), e é<br />
abraçada por dois cursos <strong>de</strong> água: a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a Ribeira <strong>de</strong> S.Bento, que se unem<br />
<strong>de</strong>pois da E.T.A.R.. A Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> é um dos maiores afluentes do Rio Alva que por sua<br />
vez <strong>de</strong>sagua no Rio Mon<strong>de</strong>go. A montante da vila, a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> recebe também o<br />
Ribeiro da Nave, um afluente que tem um curso extraordinário e passa por uma das zonas<br />
mais belas do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta altitu<strong>de</strong> junto<br />
das quais se encontra uma conhecida quinta. A bela, famosa e premiada praia fluvial da<br />
Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> encontra-se num dos lugares mais espetaculares do vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, no<br />
local conhecido há séculos por Chão da Ribeira.
[A bela e sempre premiada praia fluvial da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Esta praia na Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
está situada num dos locais mais belos do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, no lugar conhecido há séculos por<br />
Chão da Ribeira.]<br />
A vila está dotada <strong>de</strong> uma ampla gama <strong>de</strong> infrastrutras físicas e culturais, que abrangem<br />
todas as àreas e todos os grupos etários, das quais se <strong>de</strong>stacam, por exemplo, o Grupo<br />
Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Socieda<strong>de</strong> Recreativa e Musical Loriguense,<br />
fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, criados em 1982, cujos serviços se<br />
<strong>de</strong>senvolvem na àrea equivalente á fase inicial do antigo concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, a Casa <strong>de</strong><br />
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais <strong>de</strong> relevo, e a Escola C+S Dr. Reis<br />
Leitão.<br />
Ao longo do ano celebram-se <strong>de</strong> maneira especial o Natal, a Páscoa (com a<br />
Amenta das Almas) e festas em honra <strong>de</strong> Santo. António (durante o mês Junho) e São<br />
Sebastião (durante o mês <strong>de</strong> Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o
ponto mais alto das festivida<strong>de</strong>s religiosas é a festa <strong>de</strong>dicada à padroeira dos emigrantes<br />
loricenses, Nossa Senhora da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo <strong>de</strong><br />
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra <strong>de</strong> Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão<br />
<strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
[Pormenor do centro histórico da vila, na colina entre as ribeiras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e <strong>de</strong> São Bento,<br />
on<strong>de</strong> a povoação foi fundada há mais <strong>de</strong> 2600 anos. Esta foto ajuda a explicar a escolha<br />
óbvia <strong>de</strong>ste local para fundar a povoação que, até á conquista romana, esteve fortificada<br />
com muros e paliçadas]<br />
Breve história<br />
Fundada originalmente no alto <strong>de</strong> uma colina entre ribeiras on<strong>de</strong> hoje existe o centro<br />
histórico da vila. O local foi escolhido há mais <strong>de</strong> dois mil e seiscentos anos <strong>de</strong>vido à<br />
facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa (uma colina entre ribeiras), à abundância <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> pastos, bem<br />
como ao facto <strong>de</strong> a as terras mais baixas provi<strong>de</strong>nciarem alguma caça e condições mínimas<br />
para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas <strong>de</strong><br />
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
[Guerreiros Lusitanos. <strong>Loriga</strong> orgulha-se do antigo passado celta e lusitano, e orgulha-se da<br />
muito antiga tradição <strong>de</strong> ser o berço <strong>de</strong> Viriato.]<br />
[Uma sepultura antropomórfica que durante muitos séculos esteve coberta <strong>de</strong> terra e <strong>de</strong><br />
mato. Quando foi “<strong>de</strong>scoberta” no século XIV os loriguenses chamaram-lhe Caixão da<br />
Moura, julgando erradamente tratar-se <strong>de</strong> um vestigio dos mouros. Um nome que se<br />
mantem.]<br />
O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus<br />
habitantes nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os<br />
romanos a porem-lhe o nome <strong>de</strong> Lorica (antiga couraça guerreira), <strong>de</strong> que <strong>de</strong>rivou <strong>Loriga</strong>,<br />
palavra que tem o mesmo significado. Os Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da<br />
Lusitânia. Fosse qual fosse o motivo é um facto que os romanos lhe <strong>de</strong>ram o nome <strong>de</strong><br />
Lorica, e <strong>de</strong>ste nome <strong>de</strong>rivou <strong>Loriga</strong> (<strong>de</strong>rivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o<br />
mesmo significado.
[Soldado legionário romano usando a armadura Lorica / <strong>Loriga</strong>, origem do nome da vila,<br />
origem do gentílico Loricense / Loriguense e a peça principal e imprescindível do brasão da<br />
vila. <strong>Loriga</strong> orgulha-se do seu nome milenar, um caso raro <strong>de</strong> um nome que se mantem<br />
praticamente inalterado há mais <strong>de</strong> dois mil anos.]<br />
É um caso raro, em Portugal, <strong>de</strong> um nome que se mantem praticamente inalterado há mais<br />
<strong>de</strong> dois mil anos, e tal facto contribui para que a Lorica seja a peça principal do brasão da<br />
vila. O brasão antigo da vila era constituído por uma couraça e uma estrela com sete pontas<br />
em ouro, sendo que o escudo era <strong>de</strong> azul escuro.<br />
Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal<br />
atractivo <strong>de</strong> referência. Os socalcos e sua complexa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> irrigação são um dos gran<strong>de</strong>s<br />
ex-libris <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, uma obra gigantesca construída pelos loricenses ao longo <strong>de</strong> muitas<br />
centenas <strong>de</strong> anos e que transformou um vale belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra<br />
que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, fazendo parte do património<br />
histórico da vila e é <strong>de</strong>monstrativa do génio dos seus habitantes.<br />
Em termos <strong>de</strong> património histórico, <strong>de</strong>stacam-se também a ponte e a estrada romanas<br />
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século<br />
XIII,reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o Bairro <strong>de</strong> São Ginês (São<br />
Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua <strong>de</strong> Viriato. A Rua da Oliveira,<br />
pela sua peculiarida<strong>de</strong>, situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda<br />
algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas<br />
pontes (a outra ruiu no século XVI após uma gran<strong>de</strong> cheia na Ribeira <strong>de</strong> S. Bento), com as<br />
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem <strong>de</strong>staque.
[Troço da estrada romana, na área que por isso ficou conhecida por Calçadas]<br />
[Ponte romana sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.]<br />
A tradição local e diversos antigos documentos apontam <strong>Loriga</strong> como berço <strong>de</strong> Viriato, e no<br />
início do século XX existiu mesmo um movimento loricense para lhe erigir um estátua na<br />
vila, e que infelizmente não chegou a concretizar-se. O documento mais conhecido, embora<br />
não seja o mais antigo, que fala <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> como sendo terra-natal <strong>de</strong> Viriato, é o livro<br />
manuscrito <strong>História</strong> da Lusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580. A actual Rua <strong>de</strong><br />
Viriato, na parte mais antiga do centro histórico da vila, já tinha esse nome no século XII. A<br />
Rua <strong>de</strong> Viriato, no troço compreendido entre as antigas se<strong>de</strong>s do G.D.L. e da Casa do Povo,<br />
correspon<strong>de</strong> exatamente a parte da linha <strong>de</strong>fensiva da antiga povoação lusitana.
[Vestígios medievais <strong>de</strong> uma casa senhorial entretanto alterada, mas na qual ainda se<br />
<strong>de</strong>staca a varanda.]<br />
O Bairro <strong>de</strong> São Ginês (São Gens) é um ex-libris <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e nele <strong>de</strong>staca-se a capela <strong>de</strong><br />
Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida visigótica precisamente <strong>de</strong>dicada àquele santo ao<br />
qual os loricenses passaram a chamar São Ginês, talvez por este nome ser mais fácil <strong>de</strong><br />
pronunciar (aliás não existe nenhum santo com o nome Ginês). Os loricenses esqueceram o<br />
culto <strong>de</strong>ste santo, puseram-lhe a alcunha <strong>de</strong> Ginês (em <strong>Loriga</strong> as alcunhas eram correntes),<br />
<strong>de</strong>ixaram arruinar a ermida e <strong>de</strong>pois reconstruiram-na com o atual orago <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />
do Carmo. A última reconstrução é do início do século XX, como aliás indica a data colocada<br />
na fachada, o que induz em erro os visitantes sobre a antiguida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste local <strong>de</strong> culto.<br />
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos.<br />
O maior, mais antigo e principal, situava-se na área on<strong>de</strong> hoje existem a Igreja Matriz e<br />
parte da Rua <strong>de</strong> Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual<br />
Bairro <strong>de</strong> São Ginês (São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório<br />
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tar<strong>de</strong> a referida ermida <strong>de</strong>dicada<br />
àquele santo.
<strong>Loriga</strong> era uma paróquia criada pelos visigodos, pertencente à Diocese <strong>de</strong> Egitânia, e no<br />
início da nacionalida<strong>de</strong> à Vigariaria do Padroado Real, e a Igreja Matriz foi mandada<br />
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o <strong>de</strong> Santa Maria<br />
Maior e que se mantém, foi construída no local <strong>de</strong> outro antigo e pequeno templo visigótico<br />
também <strong>de</strong>dicado a Nossa Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições<br />
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro, e on<strong>de</strong> foi gravada a data<br />
da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha<br />
<strong>de</strong> Coimbra, esta igreja foi <strong>de</strong>struída pelo sismo <strong>de</strong> 1755, <strong>de</strong>la restando apenas partes <strong>de</strong><br />
alvenaria e das pare<strong>de</strong>s laterais.
[Um fontanário exibindo uma data do início do século XIII, e a praça do município datada<br />
do mesmo século na qual se po<strong>de</strong> ver parte do antigo edifício da câmara municipal,<br />
entretanto alterado e adaptado a residência particular. Infelizmente o pelourinho do século<br />
XIII foi <strong>de</strong>molido e o que se vê na imagem é uma reconstrução.]<br />
O sismo <strong>de</strong> 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência<br />
paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas pare<strong>de</strong>s do edifício da Câmara<br />
Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês <strong>de</strong> Pombal esteve em <strong>Loriga</strong><br />
a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localida<strong>de</strong><br />
serrana muito afectada), não chegou do governo <strong>de</strong> Lisboa qualquer auxílio.
[Algumas das antigas instalações industriais <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. A chamada revolução industrial<br />
chegou a <strong>Loriga</strong> no início do século XIX, transportando para a era mo<strong>de</strong>rna uma ativida<strong>de</strong><br />
artesanal <strong>de</strong> lanifícios que já existia nesta vila há mais <strong>de</strong> 500 anos. <strong>Loriga</strong> orgulha-se da<br />
sua centenária indústria <strong>de</strong> lanifícios, e portanto a roda hidráulica é uma das peças<br />
fundamentais do brasão <strong>de</strong>sta vila.]<br />
<strong>Loriga</strong> é uma vila industrial (têxtil) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do século XIX, no entanto esta ativida<strong>de</strong><br />
já existia há séculos na vila em mol<strong>de</strong>s artesanais, existindo referências pelo menos <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o século XIV. Chegou a ser uma das localida<strong>de</strong>s mais industrializadas da Beira Interior, e a<br />
actual se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX.<br />
Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava <strong>Loriga</strong> no número <strong>de</strong> empresas. Nomes <strong>de</strong><br />
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fân<strong>de</strong>ga, Leitão &<br />
Irmãos,Augusto Luis Men<strong>de</strong>s, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,fazem<br />
parte da rica história industrial <strong>de</strong>sta vila. A principal e maior avenida <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> tem o nome<br />
<strong>de</strong> Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, o mais <strong>de</strong>stacado dos antigos industriais loricenses. Apesar <strong>de</strong>,<br />
por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à velhinha estrada romana <strong>de</strong> Lorica, com<br />
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram <strong>Loriga</strong> numa vila industrial<br />
progressiva, o que confirma o seu génio.<br />
Mas, <strong>Loriga</strong> acabou por ser <strong>de</strong>rrotada por um inimigo político e administrativo, local e<br />
nacional, contra o qual teve que lutar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XIX.<br />
A história da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos <strong>de</strong><br />
uma guerra civil po<strong>de</strong>m ter no futuro <strong>de</strong> uma localida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> uma região.<br />
<strong>Loriga</strong> tinha a categoria <strong>de</strong> se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XII, tendo recebido forais em<br />
1136 ( João Rhânia, senhorio das Terras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> durante cerca <strong>de</strong> duas décadas, no<br />
reinado <strong>de</strong> D.Afonso Henriques ), 1249 ( D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 (<br />
D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra<br />
civil portuguesa, teve o castigo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho em 1855. A conspiração<br />
movida por <strong>de</strong>sejos expansionistas da localida<strong>de</strong> que beneficiou com o facto, precipitou os<br />
acontecimentos. Tratou-se <strong>de</strong> um grave erro político e administrativo como se confirma<br />
pela situação <strong>de</strong>sastrosa em que se encontra a vila e região envolvente; foi, no mínimo, um<br />
caso <strong>de</strong> injusta vingança política, numa época em que não existia <strong>de</strong>mocracia e reinavam o<br />
compadrio e a corrupção e assim, começou o <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> toda a região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> (antigo<br />
concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>). No entanto nada mudou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XIX em relação á atuação dos<br />
politicos, como o confirma a “reorganização” das freguesias efetuada em 2013, na qual<br />
cometeram os mesmos erros.
[Mapas e brasões das freguesias atualmente existentes na área do antigo concelho <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>]<br />
A área on<strong>de</strong> existem as actuais freguesias <strong>de</strong> Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,<br />
Teixeira, Valezim, Vi<strong>de</strong>, e as mais <strong>de</strong> trinta povoações anexas, pertenceu ao Município<br />
Loricense. A vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> situa-se a vinte quilómetros da actual se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho e<br />
algumas freguesias da sua região, situam-se a uma distância muito maior.<br />
A Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação <strong>de</strong><br />
Freguesias da Serra da Estrela, com se<strong>de</strong> na vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. <strong>Loriga</strong> e a sua região possuem<br />
enormes potencialida<strong>de</strong>s turísticas e as únicas pistas e estância <strong>de</strong> esqui existentes em<br />
Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
Se nada <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iramente eficaz for feito, começando pela vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, esta região<br />
estará <strong>de</strong>sertificada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> poucas décadas, o que, tal como em relação a outras<br />
relevantes terras históricas do interior do país, será com certeza consi<strong>de</strong>rado como uma<br />
vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência <strong>de</strong> graves e sucessivos erros nas<br />
políticas <strong>de</strong> coesão, administração e or<strong>de</strong>namento do território. Para evitar tal situação,<br />
vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no<br />
papel: <strong>de</strong>senvolver a vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, pólo e centro da região.
[Os três monumentais fontanários erigidos pela Colónia Loriguense <strong>de</strong> Manaus, Brasil. De<br />
sublinhar que a presença dos primeiros loriguenses no Brasil remonta ao século XVI,<br />
havendo portanto muitos brasileiros que <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> naturais <strong>de</strong>sta vila, no entanto<br />
atualmente poucos conhecem ou assumem essa ascendência.]<br />
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca<br />
<strong>de</strong> 100 <strong>de</strong>graus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas<br />
das características urbanas medievais do centro histórico da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
O bairro <strong>de</strong> São Ginês é um bairro do centro histórico <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> cujas caracteristicas o<br />
tornam num dos bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas <strong>de</strong> São João<br />
eram feitas aqui. Como já referido é curioso o facto <strong>de</strong> este bairro do centro histórico da<br />
vila <strong>de</strong>ver o nome a São Gens, um santo <strong>de</strong> origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no<br />
tempo do imperador Diocleciano, orago <strong>de</strong> uma ermida visigótica situada na área, atual<br />
capela <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo.<br />
Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome do santo para São Ginês, talvez<br />
por ser mais fácil <strong>de</strong> pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do<br />
principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.<br />
[<strong>Loriga</strong> celebrou acordo <strong>de</strong> geminação com a vila, actual cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sacavém, no concelho<br />
<strong>de</strong> Loures, em 1 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1996.]
A paróquia e a Igreja Matriz <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Sabe-se que <strong>Loriga</strong> é uma povoação que tem mais <strong>de</strong> dois mil e seiscentos anos <strong>de</strong><br />
existência no exato local on<strong>de</strong> existe o centro histórico da vila, uma colina entre ribeiras,<br />
<strong>de</strong>fensável e perto <strong>de</strong> duas abundantes linhas <strong>de</strong> água. E a propósito do acesso à água, os<br />
habitantes <strong>de</strong>sta plurimilenar povoação tinham ainda disponível uma nascente, hoje<br />
conhecida por Fonte do Vale, e que sabe-se foi também bastante valorizada mais tar<strong>de</strong> nas<br />
épocas romana e medieval. Sabe-se que nessa época a povoação estendia-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
aproximadamente o local on<strong>de</strong> existe a convergência <strong>de</strong> três ruas, e a área on<strong>de</strong> hoje está o<br />
centro <strong>de</strong> dia da ALATI. A povoação era <strong>de</strong>fendida por muros e paliçadas e sabe-se que a<br />
atual Rua <strong>de</strong> Viriato, no troço entre a antiga se<strong>de</strong> do GDL e a antiga Casa do Povo, coinci<strong>de</strong><br />
exatamente com uma parte <strong>de</strong>ssa linha <strong>de</strong>fensiva da povoação. O local on<strong>de</strong> hoje existem o<br />
adro e a igreja era o ponto central <strong>de</strong>ssa povoação, e assim iria permanecer durante muitos<br />
séculos. É portanto completamente natural que com a cristianização da população e com a<br />
chegada dos Visigodos este local fosse eleito para construir o primeiro templo cristão da<br />
então Lorica.<br />
[Aparência atual da antiga ermida visigótica <strong>de</strong> São Gens, como resultado da última<br />
reconstrução efetuada na data indicada na fachada. Infelizmente os visitantes são<br />
enganados pela aparência mo<strong>de</strong>rna e pela referida data porque nada no local informa sobre<br />
a antiguida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste local <strong>de</strong> culto.]<br />
Sabe-se que os Visigodos construiram pelo menos dois templos em Lorica, e digo pelo<br />
menos porque encontrei indícios, que não consegui confirmar da existência <strong>de</strong> mais uma<br />
ermida além daquela que construíram on<strong>de</strong> hoje está a capela <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo<br />
e que era <strong>de</strong>dicada a S. Gens. A dada altura cheguei a pensar tratar-se da ermida <strong>de</strong> S.<br />
Bento, a tal que <strong>de</strong>u nome à area e à ribeira mas essa, embora confirmadamente já<br />
existisse no século XII não é anterior ao século X. Certo é que os visigodos construíram a<br />
ermida <strong>de</strong> S. Gens, e na época era mesmo uma ermida porque aquele local ficava fora da<br />
povoação então existente, e quanto à escolha daquele local não é <strong>de</strong> excluir a hipótese <strong>de</strong><br />
ser um antigo local <strong>de</strong> culto pagão, dadas as suas caraterísticas. Dada a religiosida<strong>de</strong> dos<br />
loriguenses, é no mínimo estranho que uma <strong>de</strong>voção tão antiga a um santo tenha sido<br />
completamente abandonada, que tenham <strong>de</strong>ixado cair em ruínas a sua ermida e <strong>de</strong>pois a<br />
tenham recuperado mas com outro orago. Não consegui encontrar uma explicação, e como<br />
se isso não bastasse e para completar o “anátema” a que os loriguenses con<strong>de</strong>naram o<br />
santo, mudaram-lhe também o nome <strong>de</strong> São Gens para São Ginês, um santo que nunca<br />
existiu. Mas o pormenor da mudança <strong>de</strong> nome po<strong>de</strong> ser facilmente explicado pela passagem<br />
dos séculos, pelo isolamento e pela “adaptação linguística” que ten<strong>de</strong> a inclinar-se para as
formas mais fáceis, e <strong>Loriga</strong> também é conhecida pelas suas “singularida<strong>de</strong>s linguísticas” e<br />
pelo uso massivo <strong>de</strong> alcunhas.<br />
[A igreja matriz <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> após o último restauro, vendo-se a porta com a pedra<br />
aproveitada do antigo templo visigótico on<strong>de</strong> foi gravada a data da construção. Até pela<br />
aparência das pare<strong>de</strong>s notam-se os efeitos da reconstrução e das várias alterações<br />
efetuadas ao longo dos séculos, e as diferenças entre a alvenaria mais antiga e a mais<br />
recente.]<br />
Também é certo que os visigodos construíram um templo <strong>de</strong>dicado a Nossa Senhora no<br />
exato local on<strong>de</strong> hoje existe a Igreja Matriz, tratando-se <strong>de</strong> uma pequena capela cujas<br />
dimensões não andariam longe das que tem a ermida <strong>de</strong> Nossa Senhora da Guia. Sabe-se<br />
também que na época visigótica <strong>Loriga</strong> tinha o estatuto <strong>de</strong> paróquia, que <strong>de</strong>pendia do bispo<br />
<strong>de</strong> Egitânia ( atual Idanha a Velha ), e que a paróquia abrangia uma área aproximadamente<br />
equivalente ao antigo concelho loricense na sua fase maior, que foi atingida em meados do<br />
século XIX. Obviamente foi impossível saber com exatidão a área da paróquia na época<br />
visigótica mas fiquei surpreendido com a <strong>de</strong>scoberta da mesma e com a existência <strong>de</strong><br />
algumas localida<strong>de</strong>s em redor <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, que ainda existem e das quais apenas duas<br />
atingiram o estatuto <strong>de</strong> freguesias. Nestas andanças da pesquisa histórica há muito tempo<br />
que aprendi que até algumas al<strong>de</strong>ias mais pequenas que alguns consi<strong>de</strong>ram insignificantes<br />
po<strong>de</strong>m <strong>de</strong> facto escon<strong>de</strong>r uma história milenar. Em sentido contrário existem localida<strong>de</strong>s<br />
que hoje têm alguma importância e cujos naturais se esforçam por inventar um longo<br />
passado que nunca existiu. Portanto, os tais “casais” referidos nos “pergaminhos”, cujos<br />
habitantes iam à igreja <strong>de</strong> Lorica ouvir missa, já têm uma longa história que nunca foi<br />
registada, e infelizmente uma <strong>de</strong>ssas localida<strong>de</strong>s foi recentemente e injustamente<br />
amputada do seu estatuto <strong>de</strong> freguesia. E digo igreja <strong>de</strong> Lorica porque o uso da atual versão<br />
do nome romano, ou seja <strong>Loriga</strong>, só se consolidou <strong>de</strong>finitivamente na primeira meta<strong>de</strong> do<br />
século XIII. No início da nacionalida<strong>de</strong>, a consolidação, a administração do território e a<br />
necessária fixação das populações implicava a atribuição <strong>de</strong> forais mas também a criação<br />
<strong>de</strong> condições para a prática do culto, e é por isso frequente ao longo da história a<br />
construção <strong>de</strong> igrejas por iniciativa real. E a esse propósito os reis mandavam construir<br />
igrejas em povoações que já eram se<strong>de</strong> <strong>de</strong> município ou em povoações que seriam elevadas<br />
a essa condição, tudo para ajudar a fixar as populações, e outras medidas eram tomadas<br />
nesse sentido, e por exemplo muitos castelos foram feitos também com esse objetivo. O<br />
pormenor a consi<strong>de</strong>rar é que o estatuto <strong>de</strong> município andava sempre a par com o estatuto<br />
<strong>de</strong> paróquia, portanto as localida<strong>de</strong>s que tinham igrejas eram geralmente se<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
concelho, e seria certo se a igreja fosse mandada construir pelo rei. Sabe-se que a Igreja <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> foi mandada construir pelo rei D. Sancho II em cima da construção do já referido<br />
pequeno templo visigótico do qual foi aproveitada a pedra on<strong>de</strong> foi gravada a data da<br />
construção, o ano <strong>de</strong> 1233. Assim, essa pedra colocada por cima <strong>de</strong> uma das portas laterais<br />
virada para o adro, na igreja atual confirma a sua longa existência, correspon<strong>de</strong>ndo à data<br />
da <strong>de</strong>cisão da construção. A <strong>de</strong>cisão real nesse sentido <strong>de</strong>ve-se principalmente ao facto <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> pertencer à Vigariaria do Padroado Real. A Igreja foi <strong>de</strong>dicada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo a Santa<br />
Maria Maior, um orago que se mantem, sendo um templo românico cuja traça e fachada<br />
principal fazia lembrar a Sé Velha <strong>de</strong> Coimbra, embora obviamente sem a monumentalida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sta.<br />
A<br />
igreja tinha três naves e as dimensões eram próximas das atuais, mas para além disso a
atual igreja nada tem a ver com a antiga e o que vemos ali é fruto <strong>de</strong> várias reconstruções e<br />
alterações, sendo que as mais radicais foram consequência do sismo <strong>de</strong> 1755. Já muita<br />
gente se interrogou sobre o porquê das graves consequências do sismo <strong>de</strong> 1755 em <strong>Loriga</strong>,<br />
e por isso ficam aqui algumas explicações. Em primeiro lugar, <strong>Loriga</strong> está situada num local<br />
geologicamente sensível, num sítio <strong>de</strong> transição entre dois blocos rochosos diferentes, <strong>de</strong><br />
um lado o granito e do outro o xisto, facto que é suficiente para provocar gran<strong>de</strong> agitação<br />
em caso <strong>de</strong> sismo. Além disso, e para piorar a situação, a colina entre ribeiras não é muito<br />
sólida porque foi criada com <strong>de</strong>pósitos arrastados pelo antigo glaciar que rasgou o Vale <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>, e por tudo isso é que as consequências do sismo foram tão graves na vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
De sublinhar que os estragos não se limitaram à Igreja Matriz e o terramoto, além dos<br />
estragos provocados em muitas habitações, provocou o <strong>de</strong>sabamento <strong>de</strong> uma das pare<strong>de</strong>s<br />
da residência paroquial e abriu fendas no robusto edifício da Câmara Municipal, construído<br />
no século XIII, e cujas pare<strong>de</strong>s do rés do chão on<strong>de</strong> funcionava a ca<strong>de</strong>ia, tinham uma<br />
espessura <strong>de</strong> quase dois metros. Os loricenses tiveram que lidar com todos os estragos e<br />
não receberam qualquer ajuda externa, apesar <strong>de</strong> o próprio Marquês <strong>de</strong> Pombal ter sido<br />
informado da grave situação. Felizmente não houve, ou pelo menos não há registos <strong>de</strong><br />
mortos nem feridos graves na vila. Após o sismo que provocou a ruína praticamente<br />
completa, a igreja foi reconstruída com estilo barroco, mas po<strong>de</strong>m ser sublinhadas outras<br />
alterações, algumas das quais nada tiveram a ver com esta reconstrução. Por exemplo,<br />
foram acrescentadas duas capelas uma <strong>de</strong> cada lado da capela-mor, uma das quais foi<br />
<strong>de</strong>pois transformada em capela-sacristia e finalmente em apenas sacristia, e ao lado <strong>de</strong>sta<br />
foi acrescentada outra capela. A escadaria e a porta exteriores que dão acesso ao coro<br />
também não existiam e o acesso aos sinos era feito pelo interior da igreja, sendo que estas<br />
últimas alterações foram feitas como consequência do sismo.<br />
Com o tempo foram feitas alterações e restauros por vezes <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sastrosa por quem<br />
não tinha qualquer sensibilida<strong>de</strong> para a preservação do património e por isso a atual igreja,<br />
embora bela não é tão bonita nem é tão valiosa quanto seria sem essas más intervenções.<br />
No século seguinte ao do sismo, em Setembro <strong>de</strong> 1882, novamente se fez sentir no centro<br />
do país um tremor <strong>de</strong> terra e, por conseguinte também muito sentido em <strong>Loriga</strong>, o qual<br />
pareceu, em principio, não ter gran<strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>. Só que as consequências viriam mais<br />
tar<strong>de</strong>, quando todos pareciam já ter esquecido. Em Novembro seguinte, e quando era<br />
celebrada a missa, estalou a viga mestra da igreja tendo, <strong>de</strong> imediato, sido efetuada a<br />
<strong>de</strong>socupação do templo e retirando algumas imagens e outros artigos. Só no fim do dia<br />
aconteceu o <strong>de</strong>sabamento quase completo da cobertura ficando apenas <strong>de</strong> pé a torre, a<br />
capela-mor e as pare<strong>de</strong>s laterais. Dois anos <strong>de</strong>pois foram terminados os trabalhos da<br />
reconstrução da igreja que, tal como acontecera após o sismo <strong>de</strong> 1755, foi feita pela<br />
população local, toda unida, e foi esta última reconstrução que chegou aos tempos atuais<br />
embora, conforme já foi referido, com alguns “restauros” que a empobreceram.
[Centro histórico da vila, na colina entre as duas ribeiras on<strong>de</strong> foi fundada a povoação há<br />
mais <strong>de</strong> 2600 anos.]
[A Lorica/<strong>Loriga</strong> é a origem do nome da povoação, e é também a origem do gentílico<br />
Loricense/Loriguense, e da principal e insubstituível peça do brasão da vila.]<br />
Vias romanas em Portugal – Vestígios Romanos Georeferenciados em<br />
<strong>Loriga</strong><br />
O nome Lorica aparece como sendo da época romana num documento medieval visigótico<br />
com referências à zona. Foi aliás na época visigótica que a “versão” <strong>Loriga</strong> começou a<br />
substituir o nome latino Lorica que vinha da época romana, mas o nome original dado pelos<br />
romanos só caiu totalmente em <strong>de</strong>suso durante a primeira meta<strong>de</strong> do século XIII.<br />
Depois, aparece novamente em documentos dos séculos X, XI, XII e XIII, principalmente<br />
em documentos do século XII, inclusive quando se fala <strong>de</strong> limites territoriais, on<strong>de</strong> até a<br />
actual Portela do Arão é referida como Portela <strong>de</strong> Lorica, começando mais tar<strong>de</strong> a ser<br />
referida como Portela <strong>de</strong> Aran, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Aarão, e finalmente do Arão.<br />
[Uma imagem da estrada romana na área conhecida propositadamente por Calçadas.]<br />
A estrada romana <strong>de</strong> Lorica era uma espécie <strong>de</strong> estrada estratégica,<strong>de</strong>stinada a ajudar a<br />
controlar os Montes Herminius on<strong>de</strong>, como se sabe, viviam tribos lusitanas muito<br />
aguerridas. Esta estrada ligava entre si duas gran<strong>de</strong>s vias transversais, a que ligava<br />
Conimbriga, a norte, e a que ligava Iaegitania, a sul. Não se sabe quais os locais exactos<br />
dos cruzamentos, mas tudo indica que a norte seria algures perto <strong>de</strong> Ballatucelum, a actual<br />
Boba<strong>de</strong>la.<br />
Quanto aos vestígios da calçada romana original, eles po<strong>de</strong>m encontrar-se na área das<br />
Calçadas, on<strong>de</strong> estiveram na origem <strong>de</strong>ste nome, e dispersos em pequenos vestígios até à<br />
zona da Portela do Arão, tratando-se da mesma estrada.
A título <strong>de</strong> curiosida<strong>de</strong>, informa-se que a estrada romana foi utilizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que foi<br />
construída, provalvelmente por volta <strong>de</strong> finais do século I antes <strong>de</strong> Cristo, até à década <strong>de</strong><br />
trinta do século XX quando entrou em funcionamento a actual EN231. Sem a estrada<br />
romana teria sido impossível o já por si gran<strong>de</strong> feito <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> se tornar um dos maiores<br />
pólos industriais têxteis da Beira Interior durante o século XIX.<br />
– Factos comprovados: Lorica era o antigo nome <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, existiram duas pontes romanas,<br />
uma <strong>de</strong>las ainda existe, e a outra, construída sobre a Ribeira <strong>de</strong> S.Bento, ruiu no século<br />
XVI, e ambas faziam parte da estrada romana que ligava a povoação ao restante império<br />
romano.<br />
A ponte romana que ruiu estava situada a poucas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> metros a jusante da actual<br />
ponte, também construída em pedra mas datada <strong>de</strong> finais do século XIX.<br />
A antiga estrada romana <strong>de</strong>scia pela actual Rua do Porto, subia pela actual Rua do Vinhô,<br />
apanhava parte da actual Rua <strong>de</strong> Viriato passando ao lado da povoação então existente,<br />
subia pelas actuais ruas Gago Coutinho e Sacadura Cabral, passava na actual Avenida<br />
Augusto Luis Men<strong>de</strong>s, na área conhecida por Carreira, seguindo pela actual Rua do Teixeiro<br />
em direcção à ponte romana ainda existente sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
[A ponte romana ainda existente sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.]<br />
Entre a capela <strong>de</strong> São Sebastião e o cemitério, existia um troço <strong>de</strong> Calçada romana bem<br />
conservada que não <strong>de</strong>ixava dúvidas a ninguém sobre a sua verda<strong>de</strong>ira origem, mas<br />
infelizmente uma parte foi <strong>de</strong>struída e a restante soterrada quando fizeram a estrada entre<br />
a Rua do Porto e o cemitério.<br />
Infelizmente o património histórico nunca foi estimado em <strong>Loriga</strong>…<br />
[A ponte sobre a Ribeira <strong>de</strong> São Bento, construída no século XIX para substituir a ponte<br />
romana que ruíu no século XVI após uma gran<strong>de</strong> cheia. A ponte romana foi entretanto<br />
substituída por uma travessia em ma<strong>de</strong>ira, até á construção <strong>de</strong>sta que ficou conhecida por<br />
Ponte do Arrocho. A estrada romana passava por aqui e esteve na origem da contígua Rua<br />
do Porto.]<br />
Numa zona propositadamente conhecida por Calçadas, já afastada da vila, ainda existem<br />
vestígios bem conservados do primitivo pavimento da estrada romana.<br />
[ Citação livre <strong>de</strong> extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>, <strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> – Das origens à extinção do município. ]
[Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong> no site da autarquia local.]
[Brasão <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Coat <strong>of</strong> arms.]<br />
Heráldica Loriguense<br />
Resumo do significado do brasão<br />
Brasão: Escudo <strong>de</strong> azul escuro, uma Lorica/<strong>Loriga</strong> em vermelho realçada <strong>de</strong> prata,entre<br />
duas rodas hidráulicas a negro e realçadas <strong>de</strong> branco; Em chefe uma estrela <strong>de</strong> ouro, e na<br />
base dois montes e duas linhas <strong>de</strong> água.<br />
Coroa mural <strong>de</strong> prata <strong>de</strong> quatro torres. Listel <strong>de</strong> prata,com a legenda a negro:«LORIGA»<br />
[Ban<strong>de</strong>ira da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Flag]<br />
Ban<strong>de</strong>ira: Esquartelada a azul e branco. Cordão e borlas <strong>de</strong> ouro. Haste e lança <strong>de</strong> ouro. O<br />
azul e o branco representam o céu, as àguas límpidas, a neve, a beleza, a pureza e as cores<br />
da ban<strong>de</strong>ira portuguesa no início da nacionalida<strong>de</strong>.<br />
Selo: Redondo, contendo no seu interior os mesmos símbolos do brasão, e com a legenda:<br />
«Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>»<br />
Principal simbologia: Como peça central a Lorica,antiga couraça guerreira, origem do nome<br />
multimilenar, lembra as origens remotas da povoação e a história antiga da vila.<br />
As duas rodas hidráulicas simbolizam a duas vezes centenária indústria loriguense, criada<br />
com o engenho das gentes <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e que fizeram a vila <strong>de</strong>stacar-se ainda mais na região.<br />
Eram as rodas hidráulicas que moviam as primitivas fábricas instaladas ao longo das duas<br />
ribeiras que banham a vila. Esses abundantes recursos hídricos foram também <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
tempos mais remotos aproveitados para mover moínhos.<br />
A estrela <strong>de</strong> ouro simboliza a Serra da Estrela. Po<strong>de</strong> também simbolizar a vila como uma<br />
estrela <strong>de</strong>ntro da Estrela, e o ponto <strong>de</strong> referência dos inúmeros emigrantes loricenses<br />
espalhados pelo mundo.<br />
Os montes na base simbolizam os belos e ver<strong>de</strong>jantes montes, por vezes cobertos <strong>de</strong> neve,<br />
que la<strong>de</strong>iam o belíssimo Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a sua espectacular Garganta <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, uma<br />
alusão à bela e singular paisagem.<br />
Heráldica histórica da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
[O antigo brasão <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> era constituído por uma lorica/loriga e uma estrela <strong>de</strong> sete<br />
pontas em ouro, sobre um escudo azul escuro e dispostas <strong>de</strong>sta forma. A lorica/loriga era<br />
uma alusão á valentia dos naturais traduzida no duas vezes milenar nome da vila, e a<br />
estrela <strong>de</strong> sete pontas simbolizava a Serra da Estrela e os “sete cabeços”. Dizia-se: ”<strong>Loriga</strong><br />
não precisa <strong>de</strong> muralhas porque ninguém consegue <strong>de</strong>rrubar os sete cabeços” (montes que<br />
ro<strong>de</strong>iam a vila).]<br />
[As principais propostas da heráldica <strong>de</strong>senhada por António Con<strong>de</strong> e aprovada pelas<br />
autorida<strong>de</strong>s competentes. O brasão do lado direito é o que está em uso.]
LORICA - LUSITANIA --- LORIGA - PORTUGAL --- Land <strong>of</strong> VIRIATHUS<br />
LORICA - LUSITANIA --- LORIGA - PORTUGAL --- Land <strong>of</strong> VIRIATHUS<br />
A vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> vestida <strong>de</strong> branco<br />
LORICA - LUSITANIA - LORIGA - PORTUGAL - LAND OF VIRIATHUS
Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Serra da Estrela<br />
Vale glaciar <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
--------------------------<br />
<strong>Loriga</strong>'s Docs<br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>,<br />
“<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Das origens à extinção do município”<br />
/ <strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – Excerpts from the work <strong>of</strong> the historian António<br />
Con<strong>de</strong>, “Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – From the Origins to the<br />
extinction <strong>of</strong> the municipality”<br />
Outros sites sobre <strong>Loriga</strong> / Others sites about <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
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<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Outros sites sobre <strong>Loriga</strong> / Others sites about <strong>Loriga</strong>
Freguesias da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> [área do antigo Município Loriguense]<br />
[Mapa da área do antigo Município Loricense, das atuais sete freguesias fundadoras da
Associação <strong>de</strong> Freguesias da Serra da Estrela, com se<strong>de</strong> nesta vila.]<br />
Alvoco da Serra<br />
Alvoco da Serra é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 37,57 km² <strong>de</strong> área e<br />
646 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 17,2 hab/km². A freguesia é constituída por cinco<br />
localida<strong>de</strong>s: Alvoco da Serra (se<strong>de</strong> da freguesia), Outeiro da Vinha, Vasco Esteves <strong>de</strong> Baixo,<br />
Vasco Esteves <strong>de</strong> Cima e Aguincho. Alvoco da Serra recebeu foral <strong>de</strong> D. Manuel I em 17 <strong>de</strong><br />
Fevereiro <strong>de</strong> 1514, data em que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> pertencer ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Foi vila e se<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> concelho entre esta data e 1828, ano em que o concelho foi extinto. Tinha, em 1801, 667<br />
habitantes. Entre 1828 e 1855 pertenceu novamente ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, após o que<br />
passou a integrar o concelho <strong>de</strong> Seia.<br />
Cabeça<br />
Cabeça é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 8,55 km² <strong>de</strong> área e 229<br />
habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 26,8 hab/km². Durante muitos anos foi conhecida como São<br />
Romão <strong>de</strong> Cabeça. Até ao século XIX pertenceu ao concelho, à paróquia e à freguesia <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>. A sua população vive em gran<strong>de</strong> parte da agricultura e da pastorícia. António <strong>de</strong><br />
Almeida Santos, ministro em vários Governos, ex-presi<strong>de</strong>nte da Assembleia da República,<br />
filho <strong>de</strong> uma loricense, nasceu em Cabeça, numa época em que a sua mãe dava aulas na<br />
escola primária local.
Sazes da Beira<br />
Sazes da Beira é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 6,39 km² <strong>de</strong> área e<br />
341 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 53,4 hab/km². A primeira fixação <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong>u-se<br />
(supõe-se) no século XV, no lugar chamado <strong>de</strong> “Sazes Velho”. Em 1527 tinha a al<strong>de</strong>ia 65<br />
pessoas. No entanto e continuando à procura <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> da água levou à fundação do<br />
que é hoje a al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Sazes da Beira propriamente dita. Não se sabe a data da fundação da<br />
sua freguesia/paróquia, mas sabe-se que foi no início do século XVIII. Em 1731 é edificada<br />
a sua Igreja Matriz. Des<strong>de</strong> a sua fundação, Sazes pertenceu sempre ao concelho <strong>de</strong><br />
Sandomil até à extinção <strong>de</strong>ste em 1836, data em que passou a pertencer ao município <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>. No meio <strong>de</strong> todas as remo<strong>de</strong>lações administrativas s<strong>of</strong>ridas (em que Sandomil<br />
esteve prestes a pertencer ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>), a freguesia <strong>de</strong> Sazes (correspon<strong>de</strong>nte a<br />
todo o território da sua paróquia) pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até 1855, data em que<br />
este foi extinto.<br />
Teixeira<br />
Teixeira é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 12,88 km² <strong>de</strong> área e 233<br />
habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 18,1 hab/km². Pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até 1514<br />
data em que Alvoco da Serra recebeu foral <strong>de</strong> D. Manuel I, passando <strong>de</strong>pois a fazer parte da<br />
paróquia da Vi<strong>de</strong> no início do século XVII. Voltou a ser incluída plenamente no município <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>, a partir <strong>de</strong> 1828 e até 1855, passando então para o concelho <strong>de</strong> Seia ao qual<br />
pertence actualmente.
Valezim<br />
Valezim é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 10,94 km² <strong>de</strong> área, 382<br />
habitantes (2001) e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 34,9 hab/km².<br />
A hipótese mais aceite é que o nome provém <strong>de</strong> vallecinus (palavra do latim para vale<br />
pequeno). Existe uma lenda sobre a origem do nome, que não faz sentido, mas que tal<br />
como muitas outras lendas teve origem em factos históricos reais. Segundo essa lenda os<br />
mouros terão sido expulsos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e ao chegarem ao local exclamaram: neste vale sim !<br />
De facto a dada altura os mouros foram expulsos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, e até é possível que tenham<br />
fundado a povoação, mas concerteza que não falavam português. As principais activida<strong>de</strong>s<br />
económicas da população estão ligadas à agricultura e pastorícia, turismo <strong>de</strong> habitação e à<br />
construcção civil. O seu primeiro foral é atribuído em 1201, por D. João <strong>de</strong> Foyle. Em 1514 é<br />
renovado por D. Manuel I, e passa constituir um concelho formado apenas pela freguesia da<br />
se<strong>de</strong>. Entre os anos <strong>de</strong> 1836 e 1855 pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Nessa data foi<br />
integrado no concelho <strong>de</strong> Seia, on<strong>de</strong> pertence. A sua maior festivida<strong>de</strong> é em honra <strong>de</strong> Nossa<br />
Senhora da Saú<strong>de</strong>, realizada anualmente, no primeiro Domingo <strong>de</strong> Setembro.<br />
Vi<strong>de</strong><br />
Vi<strong>de</strong> é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 51,25 km² <strong>de</strong> área e 843<br />
habitantes (2001), com uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 16,4 hab/km².<br />
Está situada na zona centro do país, no Parque Natural da Serra da Estrela, a uma distância<br />
<strong>de</strong> 25 Km da Torre. A freguesia engloba as seguintes e pequenas povoações anexas:<br />
Abitureira, Baiol, Balocas, Baloquinhas, Barreira, Barriosa, Barroco da Malhada,<br />
Borracheiras, Carvalhinho, Casal do Rei, Casas Figueiras, Ci<strong>de</strong>, Chão Cimeiro, Couce<strong>de</strong>ira,<br />
Costeiras, Fontes do Ci<strong>de</strong>, Foz da Rigueira, Foz do Vale, Frádigas, Gondufo, Lamigueiras,<br />
Malhada das Silhas, Monteiros, Muro, Obra, Outeiro, Ribeira, Ro<strong>de</strong>ado, Sarnadinha, Silvadal<br />
e Vale do Ci<strong>de</strong>.<br />
Pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até ao início do século XVII, época em que ganhou alguma<br />
autonomia com a promoção a paróquia mas continuando <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e sem nunca<br />
receber foral e consequentemente categoria <strong>de</strong> vila, facto que se reflete no seu brasão.<br />
Essa situação ambigua durou até ao início do século XIX (1834), tendo nessa época sido<br />
reintegrada plenamente no município loriguense até 1855, ano em que foi integrada no<br />
concelho <strong>de</strong> Seia. Em 1801 era constituída apenas pela se<strong>de</strong> e tinha 750 habitantes.<br />
Últimos estudos, levados a cabo em 2002, confirmam que o povoamento do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
em cujo extremo se encontra Vi<strong>de</strong>, remonta aos finais do Paleolítico Superior. Entre as<br />
zonas <strong>de</strong> Entre-águas e <strong>de</strong> Ferradurras, nesta freguesia, há alguns núcleos rochosos que<br />
possuem várias inscrições rupestres, os maiores <strong>de</strong>scobertos até agora, que foram objecto<br />
<strong>de</strong> estudo por parte da Associação Portuguesa <strong>de</strong> Investigação Arqueológica, e que<br />
segundo os traços gerais apresentados, pertencem à Ida<strong>de</strong> do Bronze. No entanto existem<br />
outros vestigios <strong>de</strong>ssa época, que se esten<strong>de</strong>m ao logo do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até ás<br />
proximida<strong>de</strong>s da vila com o mesmo nome. A al<strong>de</strong>ia da Vi<strong>de</strong> tem vários acessos sendo os<br />
principais a EN 230, que vem <strong>de</strong> Oliveira do Hospital e entrontronca com a EN231, e a EN<br />
238, na Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, cruzamento com a EN 231 que une <strong>Loriga</strong> a Seia.
[Mapa da área do antigo Município Loricense, das atuais sete freguesias fundadoras da<br />
Associação <strong>de</strong> Freguesias da Serra da Estrela, com se<strong>de</strong> nesta vila.]
[Limites aproximados do antigo município <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> ao longo da história, entre 1136 e<br />
1855.]<br />
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<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – Excerpts from the work <strong>of</strong> the historian António<br />
Con<strong>de</strong>, “Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – From the Origins to the<br />
extinction <strong>of</strong> the municipality” | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Extratos da obra do<br />
historiador António Con<strong>de</strong>, “<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Das<br />
origens à extinção do município”<br />
<strong>Loriga</strong> is an ancient, beautiful and historical portuguese town, located in the Serra da<br />
Estrela mountains.<br />
Known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica by the Romans, it is more than 2600 years<br />
old.<br />
Notable people from <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong> Viriathus ( known as Viriato in Portuguese ), a famous<br />
Lusitanian lea<strong>de</strong>r and portuguese national hero.<br />
<strong>Loriga</strong> as enormous touristics potentialities and they are the only ski resort and ski trails<br />
existing in Portugal ( <strong>Loriga</strong> is the Lusian Capital and the capital <strong>of</strong> the snow in Portugal ).<br />
<strong>Loriga</strong> is a town in Portugal located in Guarda District. <strong>Loriga</strong> is 20 km away from Seia,<br />
40 km away from Viseu, 80 km away from Guarda and 320 km from Lisbon. It is nestled in<br />
the Serra da Estrela mountain range. The population is 789 (2015 estimate).<br />
It is known as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape: a town surroun<strong>de</strong>d by<br />
mountains.<br />
Known to be settled by the Lusitanians, the town is more than 2600 years old and was part<br />
<strong>of</strong> the Roman province <strong>of</strong> Lusitania. It was known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica<br />
by the Romans.
<strong>Loriga</strong> became a textile manufacturing center in the begin-19th century. While that<br />
industry has since dissipated, today the town attracts a sizable tourist tra<strong>de</strong> due to its<br />
picturesque scenery and vicinity to the <strong>Loriga</strong> Ski Resort, the only ski center in Portugal,<br />
totally insi<strong>de</strong> the town limits.<br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>, “<strong>História</strong> concisa da vila<br />
<strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Das origens à extinção do município” / <strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – Excerpts from the<br />
work <strong>of</strong> the historian António Con<strong>de</strong>, “Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – From the<br />
Origins to the extinction <strong>of</strong> the municipality”<br />
[The spectacular landscape <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong>.]<br />
Coordinates: 40°1913.69N 7°3958.15W/40.3204694°N 7.6661528°W/40.3204694;<br />
-7.6661528<br />
Civil Parish (Vila) / Vila – Town in portuguese<br />
The valley parish <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> in the shadow <strong>of</strong> the Serra da Estrela /<br />
Official name: <strong>Loriga</strong><br />
Country – Portugal<br />
Region – Centro, Beira Interior, Portugal<br />
Subregion – <strong>Loriga</strong> – Serra da Estrela<br />
District – Guarda<br />
Municipality – Seia<br />
Localities – Fontão, <strong>Loriga</strong><br />
Landmark – Torre (Serra da Estrela)<br />
Rivers – Ribeira <strong>de</strong> São Bento, Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Center <strong>Loriga</strong> – elevation 1,293 m (4,242 ft) – coordinates 40°1913.69N<br />
7°3958.15W / 40.3204694°N 7.6661528°W / 40.3204694; -7.6661528<br />
Length 4.21 km (3 mi), Northwest-Southeast<br />
Width 13.78 km (9 mi), Southwest-Northeast<br />
Area 36.25 km² (14 sq mi)<br />
Population 1,367 (2005) /<br />
Density 37.71 / km² (98 / sq mi)<br />
LAU – Vila/Junta Freguesia – location – Largo da Fonte do Mouro, <strong>Loriga</strong><br />
Timezone – WET (UTC0) – summer (DST)WEST (UTC+1)<br />
ISO 3166-2 co<strong>de</strong>PT-<br />
Postal Zone – 6270-073 <strong>Loriga</strong><br />
Area Co<strong>de</strong> & Prefix(+351) 238 XXX XXX<br />
Demonym – Loriguense or Loricense<br />
Patron Saint – Santa Maria Maior<br />
Parish Address – Largo da Fonte do Mouro - 1019 - 6270-073 <strong>Loriga</strong><br />
( Statistics from INE (2001); geographic <strong>de</strong>tail from Instituto Geográfico<br />
Português
<strong>Loriga</strong> (Portuguese pronunciation: ([loriga]) is a town (Portuguese:<br />
vila) in south-central part <strong>of</strong> the municipality <strong>of</strong> Seia, in central Portugal. Part <strong>of</strong> the district<br />
<strong>of</strong> Guarda, it is 20 km away from Seia, 40 km away from Viseu, 80 km away from Guarda<br />
and 320 km from Lisbon, nestled in the Serra da Estrela mountain range. In 2005,<br />
estimates have the resi<strong>de</strong>nt population at about 1367 inhabitants, in an area <strong>of</strong> 36.25 km²<br />
that inclu<strong>de</strong>s the two localities, the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> and village <strong>of</strong> Fontão.<br />
[Lusitanian Warriors. <strong>Loriga</strong> pri<strong>de</strong>s itself on its ancient Celtic and Lusitanian past, and the<br />
very ancient tradition <strong>of</strong> being the birthplace <strong>of</strong> Viriathus.]
<strong>History</strong><br />
<strong>Loriga</strong> was foun<strong>de</strong>d originally along a column between ravines where today the historic<br />
centre exists. The site was ostensibly selected more than 2600 years ago, owing to its<br />
<strong>de</strong>fensibility, the abundance <strong>of</strong> potable water and asturelands, and lowlands that provi<strong>de</strong>d<br />
conditions to practice both hunting and gathering/agriculture.<br />
[Roman legionary soldier wearing Lorica / <strong>Loriga</strong> armor, origin <strong>of</strong> the name <strong>of</strong> the town,<br />
origin <strong>of</strong> the Loricense / Loriguense gentliche and the main and essential part <strong>of</strong> the coat <strong>of</strong><br />
arms <strong>of</strong> the town. <strong>Loriga</strong> pri<strong>de</strong>s itself on its millennial name, a rare case <strong>of</strong> a name that has<br />
remained virtually unchanged for over two thousand years.]<br />
When the Romans arrived in the region, the settlement was concentrated into two areas.<br />
The larger, ol<strong>de</strong>r and principal agglomeration was situated in the area <strong>of</strong> the main church<br />
and Rua <strong>de</strong> Viriato, fortified with a wall and palisa<strong>de</strong>. The second group, in the Bairro <strong>de</strong><br />
São Ginês, were some small homes constructed on the rocky promintory, which were later<br />
appropriated by the Visigoths in or<strong>de</strong>r to construct a chapel. The 1st century Roman road<br />
and two bridges (the second was <strong>de</strong>stroyed in the 17th century after flooding) connected<br />
the outpost <strong>of</strong> Lorica to the rest <strong>of</strong> their Lusitanian province. The barrio <strong>of</strong> São Ginês (São<br />
Gens), a local ex-libris, is the location <strong>of</strong> the chapel <strong>of</strong> Nossa Senhora do Carmo, an ancient<br />
Visigothic chapel. São Gens, a Celtic saint, martyred in Arles on Gália, during the reign <strong>of</strong><br />
Emperor Diocletian, and over time the locals began to refer to this saint as São Ginês, due<br />
to its easy <strong>of</strong> pronunciation.<br />
Middle Ages<br />
<strong>Loriga</strong> was the municipal seat since the 12th century, receiving forals in 1136 (João Rhânia,<br />
master <strong>of</strong> the Terras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> for over two <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s, during the reign <strong>of</strong> Afonso Henriques),<br />
1249 (during the reign <strong>of</strong> Afonso III), 1474 (un<strong>de</strong>r King Afonso V) and finally in 1514 (by<br />
King Manuel I).<br />
<strong>Loriga</strong> was an ecclesiastical parish <strong>of</strong> the vicarage <strong>of</strong> the Royal Padroado and<br />
its Matriz Church was or<strong>de</strong>red constructed in 1233, by King Sancho II. This<br />
church, was to the invokation <strong>of</strong> Santa Maria Maior, and constructed over the<br />
ancient small Visigothic chapel (there is a lateral block with Visigoth<br />
inscriptions visible). Constructed in the Romanesque-style it consists <strong>of</strong> a<br />
three-nave building, with hints <strong>of</strong> the Sé Velha <strong>of</strong> Coimbra. This structure was<br />
<strong>de</strong>stroyed during the 1755 earthquake, and only portions <strong>of</strong> the lateral walls<br />
were preserved.
LORICA - LUSITANIA --- LORIGA - PORTUGAL --- Land <strong>of</strong> VIRIATHUS<br />
The 1755 earthquake resulted in significant damage to the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong>, <strong>de</strong>stroying<br />
homes and the parcochial resi<strong>de</strong>nce, in addition to opening-up cracks and faults in the<br />
town’s larger buildings, such as the historic municipal council hall (constructed in the 13th<br />
century). An emissary <strong>of</strong> the Marquess <strong>of</strong> Pombal actually visited <strong>Loriga</strong> to evaluate the<br />
damage (something that did not happen in other mountainous parishes, even Covilhã) and<br />
provi<strong>de</strong> support.<br />
The resi<strong>de</strong>nts <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> supported the Absolutionist forces <strong>of</strong> the Infante Miguel<br />
<strong>of</strong> Portugal against the Liberals, during the Portuguese Liberal Wars, which<br />
resulted in <strong>Loriga</strong> being abandoned politically after Miguel’s explusion by his<br />
brother King Peter. In 1855, as a consequence <strong>of</strong> its support, it was stripped<br />
<strong>of</strong> municipal status during the municipal reforms <strong>of</strong> the 19th century. At the<br />
time <strong>of</strong> its municipal <strong>de</strong>mise (October 1855), the municipality <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> inclu<strong>de</strong>d<br />
the parishes <strong>of</strong> Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim and<br />
Vi<strong>de</strong>, as well as thirty other disincorporated villages.<br />
[The so-called industrial revolution arrived in <strong>Loriga</strong> in the early nineteenth century,<br />
transporting to the mo<strong>de</strong>rn era a woolen handicraft activity that had existed in this town<br />
for more than 500 years. <strong>Loriga</strong> is proud <strong>of</strong> its centenary woolen industry and therefore the<br />
hydraulic wheel is one <strong>of</strong> the fundamental parts <strong>of</strong> its coat <strong>of</strong> arms.]<br />
<strong>Loriga</strong> was an industrial centre for textile manufacturing during the 19th<br />
century. It was one <strong>of</strong> the few industrialized centres in the Beira Interior<br />
region, even supplanting Seia until the middle <strong>of</strong> the 20th century. Only<br />
Covilhã out-preformed <strong>Loriga</strong> in terms <strong>of</strong> businesses operating from its lands;<br />
companies such as Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fân<strong>de</strong>ga, Leitão &<br />
Irmãos, Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral and Lorimalhas, among<br />
others. The main roadway in <strong>Loriga</strong>, Avenida Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, is named for one <strong>of</strong> the<br />
towns most illustrious industrialists. The wool industry started to <strong>de</strong>cline during the last<br />
<strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s <strong>of</strong> the 20th century, a factor that aggravated and accelerated the <strong>de</strong>cline <strong>of</strong> the<br />
region.
[Map and coats <strong>of</strong> localities that belong to the region and old municipality <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong>.]<br />
[Historic center <strong>of</strong> the town on the hill between the two streams where the village was<br />
foun<strong>de</strong>d more than 2600 years ago.]<br />
Geography<br />
Known locally as the “Portuguese Switzerland” due to its landscape that inclu<strong>de</strong>s a<br />
principal settlement nestled in the mountains <strong>of</strong> the Serra da Estrela Natural Park. It is<br />
located in the south-central part <strong>of</strong> the municipality <strong>of</strong> Seia,<br />
along the southeast part <strong>of</strong> the Serra, between several ravines, but specifically<br />
the Ribeira <strong>de</strong> São Bento and Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>; it is 20 kilometres from Seia, 80 kilometres<br />
from Guarda and 300 kilometres from the national capital (Lisbon). A main town is<br />
accessible by the national roadway E.N. 231, that connects directly to the region <strong>of</strong> the<br />
Serra da Estrela by way <strong>of</strong> E.N.338 (which was completed in 2006), or through the E.N.339,<br />
a 9.2 kilometre access that transits some <strong>of</strong> the main elevations (960 metres near Portela<br />
do Arão or Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, and 1650 metres around the Lagoa Comprida).<br />
The region is carved by U-shaped glacial valleys, mo<strong>de</strong>lled by the movement <strong>of</strong><br />
ancient glaciers. The main valley, Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> was carved by longitudanal
abrasion that also created roun<strong>de</strong>d pockets, where the glacial resistance was<br />
minor. Starting at an altitu<strong>de</strong> <strong>of</strong> 1991 metres along the Serra da Estrela the<br />
valley <strong>de</strong>scends abruptly until 290 metres above sea level (around Vi<strong>de</strong>), passing villages<br />
such as Cabeça, Casal do Rei and Muro. The central town, <strong>Loriga</strong>, is seven kilometres from<br />
Torre (the highest point), but the parish is sculpted by cliffs, alluvial plains and glacial<br />
lakes <strong>de</strong>posited during millennia <strong>of</strong> glacial erosion, and surroun<strong>de</strong>d by rare ancient forest<br />
that surroun<strong>de</strong>d the lateral flanks <strong>of</strong> these glaciers.<br />
Economy<br />
Textiles are the principal local export; <strong>Loriga</strong> was a hub the textile and wool industries<br />
during the 19th century, in addition to being subsistence agriculture responsible for the<br />
cultivation <strong>of</strong> corn. The Loriguense economy is based on metallurgical industries, breadmaking,<br />
commercial shops, restaurants and agricultural support services.<br />
While that textile industry has since dissipated, the town began to attract a<br />
tourist tra<strong>de</strong> due to its proximity to the Serra da Estrela and Vodafone Ski<br />
Resort (the only ski center in Portugal), which was constructed within the<br />
parish limits.<br />
[ By the historian António Con<strong>de</strong> ]
40º 19 N 7º 41’O<br />
* Gentílico – Loricense ou loriguense<br />
* Área – 36,52 km²<br />
* Densida<strong>de</strong> – 37,51 hab./km² (2005)<br />
* Orago – Santa Maria Maior<br />
* Código postal – 6270<br />
* Apelidada <strong>de</strong> “Suíça Portuguesa”, é a vila mais alta <strong>de</strong> Portugal.<br />
<strong>Loriga</strong> é uma vila e freguesia portuguesa do distrito da Guarda. Tem<br />
36,52 km² <strong>de</strong> área, e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 37,51 hab/km² (2005). Tem<br />
uma povoação anexa, o Fontão.<br />
[A bela al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> xisto <strong>de</strong> Fontão <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, fundada no século XVI.]<br />
<strong>Loriga</strong> encontra-se a 80km da Guarda e 300km <strong>de</strong> Lisboa. A vila é directamente acessível<br />
pela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso directo à Torre, pela referida<br />
EN338, estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente e pré-projectado<br />
mais <strong>de</strong> quarenta anos antes, com um percurso <strong>de</strong> 9,2 km <strong>de</strong> paisagens <strong>de</strong>slumbrantes,<br />
entre as cotas 960m (Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, também conhecida por Portela do Arão) e 1650m,<br />
acima<br />
da Lagoa Comprida.
[Pormenor noturno do centro histórico da vila, na colina entre as ribeiras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e <strong>de</strong> São<br />
Bento, on<strong>de</strong> a povoação foi fundada há mais <strong>de</strong> 2600 anos. Esta foto ajuda a explicar a<br />
escolha <strong>de</strong>ste local para fundar a povoação que, até á conquista romana, esteve fortificada<br />
com muros e paliçadas]<br />
É conhecida há décadas como a “Suíça Portuguesa” <strong>de</strong>vido à sua<br />
extraordinária paisagem e localização geográfica. Está situada entre os 770m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>,<br />
na sua parte urbana mais baixa, e os cerca <strong>de</strong> 1200m ro<strong>de</strong>ada por montanhas, das quais se<br />
<strong>de</strong>stacam a Penha dos Abutres (1828m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>) e a Penha do Gato (1771m), e é<br />
abraçada por dois cursos <strong>de</strong> água: a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a Ribeira <strong>de</strong> S.Bento, que se unem<br />
<strong>de</strong>pois da E.T.A.R.. A Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> é um dos maiores afluentes do Rio Alva que por sua<br />
vez <strong>de</strong>sagua no Rio Mon<strong>de</strong>go. A montante da vila, a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> recebe também o<br />
Ribeiro da Nave, um afluente que tem um curso extraordinário e passa por uma das zonas<br />
mais belas do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta altitu<strong>de</strong> junto<br />
das quais se encontra uma conhecida quinta. A bela, famosa e premiada praia fluvial da<br />
Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> encontra-se num dos lugares mais espetaculares do vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, no<br />
local conhecido há séculos por Chão da Ribeira.
[A bela e sempre premiada praia fluvial da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Esta praia na Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
está situada num dos locais mais belos do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, no lugar conhecido há séculos por<br />
Chão da Ribeira.]<br />
A vila está dotada <strong>de</strong> uma ampla gama <strong>de</strong> infrastrutras físicas e culturais, que abrangem<br />
todas as àreas e todos os grupos etários, das quais se <strong>de</strong>stacam, por exemplo, o Grupo<br />
Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Socieda<strong>de</strong> Recreativa e Musical Loriguense,<br />
fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, criados em 1982, cujos serviços se<br />
<strong>de</strong>senvolvem na àrea equivalente á fase inicial do antigo concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, a Casa <strong>de</strong><br />
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais <strong>de</strong> relevo, e a Escola C+S Dr. Reis<br />
Leitão.<br />
Ao longo do ano celebram-se <strong>de</strong> maneira especial o Natal, a Páscoa (com a<br />
Amenta das Almas) e festas em honra <strong>de</strong> Santo. António (durante o mês Junho) e São<br />
Sebastião (durante o mês <strong>de</strong> Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o
ponto mais alto das festivida<strong>de</strong>s religiosas é a festa <strong>de</strong>dicada à padroeira dos emigrantes<br />
loricenses, Nossa Senhora da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo <strong>de</strong><br />
Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra <strong>de</strong> Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão<br />
<strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
[Pormenor do centro histórico da vila, na colina entre as ribeiras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e <strong>de</strong> São Bento,<br />
on<strong>de</strong> a povoação foi fundada há mais <strong>de</strong> 2600 anos. Esta foto ajuda a explicar a escolha<br />
óbvia <strong>de</strong>ste local para fundar a povoação que, até á conquista romana, esteve fortificada<br />
com muros e paliçadas]<br />
Breve história<br />
Fundada originalmente no alto <strong>de</strong> uma colina entre ribeiras on<strong>de</strong> hoje existe o centro<br />
histórico da vila. O local foi escolhido há mais <strong>de</strong> dois mil e seiscentos anos <strong>de</strong>vido à<br />
facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa (uma colina entre ribeiras), à abundância <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> pastos, bem<br />
como ao facto <strong>de</strong> a as terras mais baixas provi<strong>de</strong>nciarem alguma caça e condições mínimas<br />
para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas <strong>de</strong><br />
sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.
[Guerreiros Lusitanos. <strong>Loriga</strong> orgulha-se do antigo passado celta e lusitano, e orgulha-se da<br />
muito antiga tradição <strong>de</strong> ser o berço <strong>de</strong> Viriato.]<br />
[Uma sepultura antropomórfica que durante muitos séculos esteve coberta <strong>de</strong> terra e <strong>de</strong><br />
mato. Quando foi “<strong>de</strong>scoberta” no século XIV os loriguenses chamaram-lhe Caixão da<br />
Moura, julgando erradamente tratar-se <strong>de</strong> um vestigio dos mouros. Um nome que se<br />
mantem.]<br />
O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus<br />
habitantes nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os<br />
romanos a porem-lhe o nome <strong>de</strong> Lorica (antiga couraça guerreira), <strong>de</strong> que <strong>de</strong>rivou <strong>Loriga</strong>,<br />
palavra que tem o mesmo significado. Os Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da<br />
Lusitânia. Fosse qual fosse o motivo é um facto que os romanos lhe <strong>de</strong>ram o nome <strong>de</strong><br />
Lorica, e <strong>de</strong>ste nome <strong>de</strong>rivou <strong>Loriga</strong> (<strong>de</strong>rivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o<br />
mesmo significado.
[Soldado legionário romano usando a armadura Lorica / <strong>Loriga</strong>, origem do nome da vila,<br />
origem do gentílico Loricense / Loriguense e a peça principal e imprescindível do brasão da<br />
vila. <strong>Loriga</strong> orgulha-se do seu nome milenar, um caso raro <strong>de</strong> um nome que se mantem<br />
praticamente inalterado há mais <strong>de</strong> dois mil anos.]<br />
É um caso raro, em Portugal, <strong>de</strong> um nome que se mantem praticamente inalterado há mais<br />
<strong>de</strong> dois mil anos, e tal facto contribui para que a Lorica seja a peça principal do brasão da<br />
vila. O brasão antigo da vila era constituído por uma couraça e uma estrela com sete pontas<br />
em ouro, sendo que o escudo era <strong>de</strong> azul escuro.<br />
Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal<br />
atractivo <strong>de</strong> referência. Os socalcos e sua complexa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> irrigação são um dos gran<strong>de</strong>s<br />
ex-libris <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, uma obra gigantesca construída pelos loricenses ao longo <strong>de</strong> muitas<br />
centenas <strong>de</strong> anos e que transformou um vale belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra<br />
que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, fazendo parte do património<br />
histórico da vila e é <strong>de</strong>monstrativa do génio dos seus habitantes.<br />
Em termos <strong>de</strong> património histórico, <strong>de</strong>stacam-se também a ponte e a estrada romanas<br />
(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século<br />
XIII,reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o Bairro <strong>de</strong> São Ginês (São<br />
Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua <strong>de</strong> Viriato. A Rua da Oliveira,<br />
pela sua peculiarida<strong>de</strong>, situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda<br />
algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas<br />
pontes (a outra ruiu no século XVI após uma gran<strong>de</strong> cheia na Ribeira <strong>de</strong> S. Bento), com as<br />
quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem <strong>de</strong>staque.
[Troço da estrada romana, na área que por isso ficou conhecida por Calçadas]<br />
[Ponte romana sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.]<br />
A tradição local e diversos antigos documentos apontam <strong>Loriga</strong> como berço <strong>de</strong> Viriato, e no<br />
início do século XX existiu mesmo um movimento loricense para lhe erigir um estátua na<br />
vila, e que infelizmente não chegou a concretizar-se. O documento mais conhecido, embora<br />
não seja o mais antigo, que fala <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> como sendo terra-natal <strong>de</strong> Viriato, é o livro<br />
manuscrito <strong>História</strong> da Lusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580. A actual Rua <strong>de</strong><br />
Viriato, na parte mais antiga do centro histórico da vila, já tinha esse nome no século XII. A<br />
Rua <strong>de</strong> Viriato, no troço compreendido entre as antigas se<strong>de</strong>s do G.D.L. e da Casa do Povo,<br />
correspon<strong>de</strong> exatamente a parte da linha <strong>de</strong>fensiva da antiga povoação lusitana.
[Vestígios medievais <strong>de</strong> uma casa senhorial entretanto alterada, mas na qual ainda se<br />
<strong>de</strong>staca a varanda.]<br />
O Bairro <strong>de</strong> São Ginês (São Gens) é um ex-libris <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e nele <strong>de</strong>staca-se a capela <strong>de</strong><br />
Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida visigótica precisamente <strong>de</strong>dicada àquele santo ao<br />
qual os loricenses passaram a chamar São Ginês, talvez por este nome ser mais fácil <strong>de</strong><br />
pronunciar (aliás não existe nenhum santo com o nome Ginês). Os loricenses esqueceram o<br />
culto <strong>de</strong>ste santo, puseram-lhe a alcunha <strong>de</strong> Ginês (em <strong>Loriga</strong> as alcunhas eram correntes),<br />
<strong>de</strong>ixaram arruinar a ermida e <strong>de</strong>pois reconstruiram-na com o atual orago <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />
do Carmo. A última reconstrução é do início do século XX, como aliás indica a data colocada<br />
na fachada, o que induz em erro os visitantes sobre a antiguida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste local <strong>de</strong> culto.<br />
Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos.<br />
O maior, mais antigo e principal, situava-se na área on<strong>de</strong> hoje existem a Igreja Matriz e<br />
parte da Rua <strong>de</strong> Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual<br />
Bairro <strong>de</strong> São Ginês (São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório<br />
rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tar<strong>de</strong> a referida ermida <strong>de</strong>dicada<br />
àquele santo.
<strong>Loriga</strong> era uma paróquia criada pelos visigodos, pertencente à Diocese <strong>de</strong> Egitânia, e no<br />
início da nacionalida<strong>de</strong> à Vigariaria do Padroado Real, e a Igreja Matriz foi mandada<br />
construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o <strong>de</strong> Santa Maria<br />
Maior e que se mantém, foi construída no local <strong>de</strong> outro antigo e pequeno templo visigótico<br />
também <strong>de</strong>dicado a Nossa Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições<br />
visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro, e on<strong>de</strong> foi gravada a data<br />
da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha<br />
<strong>de</strong> Coimbra, esta igreja foi <strong>de</strong>struída pelo sismo <strong>de</strong> 1755, <strong>de</strong>la restando apenas partes <strong>de</strong><br />
alvenaria e das pare<strong>de</strong>s laterais.
[Um fontanário exibindo uma data do início do século XIII, e a praça do município datada<br />
do mesmo século na qual se po<strong>de</strong> ver parte do antigo edifício da câmara municipal,<br />
entretanto alterado e adaptado a residência particular. Infelizmente o pelourinho do século<br />
XIII foi <strong>de</strong>molido e o que se vê na imagem é uma reconstrução.]<br />
O sismo <strong>de</strong> 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência<br />
paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas pare<strong>de</strong>s do edifício da Câmara<br />
Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês <strong>de</strong> Pombal esteve em <strong>Loriga</strong><br />
a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localida<strong>de</strong><br />
serrana muito afectada), não chegou do governo <strong>de</strong> Lisboa qualquer auxílio.
[Algumas das antigas instalações industriais <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. A chamada revolução industrial<br />
chegou a <strong>Loriga</strong> no início do século XIX, transportando para a era mo<strong>de</strong>rna uma ativida<strong>de</strong><br />
artesanal <strong>de</strong> lanifícios que já existia nesta vila há mais <strong>de</strong> 500 anos. <strong>Loriga</strong> orgulha-se da<br />
sua centenária indústria <strong>de</strong> lanifícios, e portanto a roda hidráulica é uma das peças<br />
fundamentais do brasão <strong>de</strong>sta vila.]<br />
<strong>Loriga</strong> é uma vila industrial (têxtil) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do século XIX, no entanto esta ativida<strong>de</strong><br />
já existia há séculos na vila em mol<strong>de</strong>s artesanais, existindo referências pelo menos <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o século XIV. Chegou a ser uma das localida<strong>de</strong>s mais industrializadas da Beira Interior, e a<br />
actual se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX.<br />
Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava <strong>Loriga</strong> no número <strong>de</strong> empresas. Nomes <strong>de</strong><br />
empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fân<strong>de</strong>ga, Leitão &<br />
Irmãos,Augusto Luis Men<strong>de</strong>s, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,fazem<br />
parte da rica história industrial <strong>de</strong>sta vila. A principal e maior avenida <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> tem o nome<br />
<strong>de</strong> Augusto Luís Men<strong>de</strong>s, o mais <strong>de</strong>stacado dos antigos industriais loricenses. Apesar <strong>de</strong>,<br />
por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à velhinha estrada romana <strong>de</strong> Lorica, com<br />
dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram <strong>Loriga</strong> numa vila industrial<br />
progressiva, o que confirma o seu génio.<br />
Mas, <strong>Loriga</strong> acabou por ser <strong>de</strong>rrotada por um inimigo político e administrativo, local e<br />
nacional, contra o qual teve que lutar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XIX.<br />
A história da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos <strong>de</strong><br />
uma guerra civil po<strong>de</strong>m ter no futuro <strong>de</strong> uma localida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> uma região.<br />
<strong>Loriga</strong> tinha a categoria <strong>de</strong> se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XII, tendo recebido forais em<br />
1136 ( João Rhânia, senhorio das Terras <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> durante cerca <strong>de</strong> duas décadas, no<br />
reinado <strong>de</strong> D.Afonso Henriques ), 1249 ( D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 (<br />
D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra<br />
civil portuguesa, teve o castigo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho em 1855. A conspiração<br />
movida por <strong>de</strong>sejos expansionistas da localida<strong>de</strong> que beneficiou com o facto, precipitou os<br />
acontecimentos. Tratou-se <strong>de</strong> um grave erro político e administrativo como se confirma<br />
pela situação <strong>de</strong>sastrosa em que se encontra a vila e região envolvente; foi, no mínimo, um<br />
caso <strong>de</strong> injusta vingança política, numa época em que não existia <strong>de</strong>mocracia e reinavam o<br />
compadrio e a corrupção e assim, começou o <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> toda a região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> (antigo<br />
concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>). No entanto nada mudou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XIX em relação á atuação dos<br />
politicos, como o confirma a “reorganização” das freguesias efetuada em 2013, na qual<br />
cometeram os mesmos erros.
[Mapas e brasões das freguesias atualmente existentes na área do antigo concelho <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>]<br />
A área on<strong>de</strong> existem as actuais freguesias <strong>de</strong> Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira,<br />
Teixeira, Valezim, Vi<strong>de</strong>, e as mais <strong>de</strong> trinta povoações anexas, pertenceu ao Município<br />
Loricense. A vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> situa-se a vinte quilómetros da actual se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho e<br />
algumas freguesias da sua região, situam-se a uma distância muito maior.<br />
A Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação <strong>de</strong><br />
Freguesias da Serra da Estrela, com se<strong>de</strong> na vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. <strong>Loriga</strong> e a sua região possuem<br />
enormes potencialida<strong>de</strong>s turísticas e as únicas pistas e estância <strong>de</strong> esqui existentes em<br />
Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
Se nada <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iramente eficaz for feito, começando pela vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, esta região<br />
estará <strong>de</strong>sertificada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> poucas décadas, o que, tal como em relação a outras<br />
relevantes terras históricas do interior do país, será com certeza consi<strong>de</strong>rado como uma<br />
vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência <strong>de</strong> graves e sucessivos erros nas<br />
políticas <strong>de</strong> coesão, administração e or<strong>de</strong>namento do território. Para evitar tal situação,<br />
vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no<br />
papel: <strong>de</strong>senvolver a vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, pólo e centro da região.
[Os três monumentais fontanários erigidos pela Colónia Loriguense <strong>de</strong> Manaus, Brasil. De<br />
sublinhar que a presença dos primeiros loriguenses no Brasil remonta ao século XVI,<br />
havendo portanto muitos brasileiros que <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> naturais <strong>de</strong>sta vila, no entanto<br />
atualmente poucos conhecem ou assumem essa ascendência.]<br />
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca<br />
<strong>de</strong> 100 <strong>de</strong>graus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas<br />
das características urbanas medievais do centro histórico da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
O bairro <strong>de</strong> São Ginês é um bairro do centro histórico <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> cujas caracteristicas o<br />
tornam num dos bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas <strong>de</strong> São João<br />
eram feitas aqui. Como já referido é curioso o facto <strong>de</strong> este bairro do centro histórico da<br />
vila <strong>de</strong>ver o nome a São Gens, um santo <strong>de</strong> origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no<br />
tempo do imperador Diocleciano, orago <strong>de</strong> uma ermida visigótica situada na área, atual<br />
capela <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo.<br />
Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome do santo para São Ginês, talvez<br />
por ser mais fácil <strong>de</strong> pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do<br />
principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.<br />
[<strong>Loriga</strong> celebrou acordo <strong>de</strong> geminação com a vila, actual cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sacavém, no concelho<br />
<strong>de</strong> Loures, em 1 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1996.]
A paróquia e a Igreja Matriz <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
Sabe-se que <strong>Loriga</strong> é uma povoação que tem mais <strong>de</strong> dois mil e seiscentos anos <strong>de</strong><br />
existência no exato local on<strong>de</strong> existe o centro histórico da vila, uma colina entre ribeiras,<br />
<strong>de</strong>fensável e perto <strong>de</strong> duas abundantes linhas <strong>de</strong> água. E a propósito do acesso à água, os<br />
habitantes <strong>de</strong>sta plurimilenar povoação tinham ainda disponível uma nascente, hoje<br />
conhecida por Fonte do Vale, e que sabe-se foi também bastante valorizada mais tar<strong>de</strong> nas<br />
épocas romana e medieval. Sabe-se que nessa época a povoação estendia-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
aproximadamente o local on<strong>de</strong> existe a convergência <strong>de</strong> três ruas, e a área on<strong>de</strong> hoje está o<br />
centro <strong>de</strong> dia da ALATI. A povoação era <strong>de</strong>fendida por muros e paliçadas e sabe-se que a<br />
atual Rua <strong>de</strong> Viriato, no troço entre a antiga se<strong>de</strong> do GDL e a antiga Casa do Povo, coinci<strong>de</strong><br />
exatamente com uma parte <strong>de</strong>ssa linha <strong>de</strong>fensiva da povoação. O local on<strong>de</strong> hoje existem o<br />
adro e a igreja era o ponto central <strong>de</strong>ssa povoação, e assim iria permanecer durante muitos<br />
séculos. É portanto completamente natural que com a cristianização da população e com a<br />
chegada dos Visigodos este local fosse eleito para construir o primeiro templo cristão da<br />
então Lorica.<br />
[Aparência atual da antiga ermida visigótica <strong>de</strong> São Gens, como resultado da última<br />
reconstrução efetuada na data indicada na fachada. Infelizmente os visitantes são<br />
enganados pela aparência mo<strong>de</strong>rna e pela referida data porque nada no local informa sobre<br />
a antiguida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste local <strong>de</strong> culto.]<br />
Sabe-se que os Visigodos construiram pelo menos dois templos em Lorica, e digo pelo<br />
menos porque encontrei indícios, que não consegui confirmar da existência <strong>de</strong> mais uma<br />
ermida além daquela que construíram on<strong>de</strong> hoje está a capela <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo<br />
e que era <strong>de</strong>dicada a S. Gens. A dada altura cheguei a pensar tratar-se da ermida <strong>de</strong> S.<br />
Bento, a tal que <strong>de</strong>u nome à area e à ribeira mas essa, embora confirmadamente já<br />
existisse no século XII não é anterior ao século X. Certo é que os visigodos construíram a<br />
ermida <strong>de</strong> S. Gens, e na época era mesmo uma ermida porque aquele local ficava fora da<br />
povoação então existente, e quanto à escolha daquele local não é <strong>de</strong> excluir a hipótese <strong>de</strong><br />
ser um antigo local <strong>de</strong> culto pagão, dadas as suas caraterísticas. Dada a religiosida<strong>de</strong> dos<br />
loriguenses, é no mínimo estranho que uma <strong>de</strong>voção tão antiga a um santo tenha sido<br />
completamente abandonada, que tenham <strong>de</strong>ixado cair em ruínas a sua ermida e <strong>de</strong>pois a<br />
tenham recuperado mas com outro orago. Não consegui encontrar uma explicação, e como<br />
se isso não bastasse e para completar o “anátema” a que os loriguenses con<strong>de</strong>naram o<br />
santo, mudaram-lhe também o nome <strong>de</strong> São Gens para São Ginês, um santo que nunca<br />
existiu. Mas o pormenor da mudança <strong>de</strong> nome po<strong>de</strong> ser facilmente explicado pela passagem<br />
dos séculos, pelo isolamento e pela “adaptação linguística” que ten<strong>de</strong> a inclinar-se para as
formas mais fáceis, e <strong>Loriga</strong> também é conhecida pelas suas “singularida<strong>de</strong>s linguísticas” e<br />
pelo uso massivo <strong>de</strong> alcunhas.<br />
[A igreja matriz <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> após o último restauro, vendo-se a porta com a pedra<br />
aproveitada do antigo templo visigótico on<strong>de</strong> foi gravada a data da construção. Até pela<br />
aparência das pare<strong>de</strong>s notam-se os efeitos da reconstrução e das várias alterações<br />
efetuadas ao longo dos séculos, e as diferenças entre a alvenaria mais antiga e a mais<br />
recente.]<br />
Também é certo que os visigodos construíram um templo <strong>de</strong>dicado a Nossa Senhora no<br />
exato local on<strong>de</strong> hoje existe a Igreja Matriz, tratando-se <strong>de</strong> uma pequena capela cujas<br />
dimensões não andariam longe das que tem a ermida <strong>de</strong> Nossa Senhora da Guia. Sabe-se<br />
também que na época visigótica <strong>Loriga</strong> tinha o estatuto <strong>de</strong> paróquia, que <strong>de</strong>pendia do bispo<br />
<strong>de</strong> Egitânia ( atual Idanha a Velha ), e que a paróquia abrangia uma área aproximadamente<br />
equivalente ao antigo concelho loricense na sua fase maior, que foi atingida em meados do<br />
século XIX. Obviamente foi impossível saber com exatidão a área da paróquia na época<br />
visigótica mas fiquei surpreendido com a <strong>de</strong>scoberta da mesma e com a existência <strong>de</strong><br />
algumas localida<strong>de</strong>s em redor <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, que ainda existem e das quais apenas duas<br />
atingiram o estatuto <strong>de</strong> freguesias. Nestas andanças da pesquisa histórica há muito tempo<br />
que aprendi que até algumas al<strong>de</strong>ias mais pequenas que alguns consi<strong>de</strong>ram insignificantes<br />
po<strong>de</strong>m <strong>de</strong> facto escon<strong>de</strong>r uma história milenar. Em sentido contrário existem localida<strong>de</strong>s<br />
que hoje têm alguma importância e cujos naturais se esforçam por inventar um longo<br />
passado que nunca existiu. Portanto, os tais “casais” referidos nos “pergaminhos”, cujos<br />
habitantes iam à igreja <strong>de</strong> Lorica ouvir missa, já têm uma longa história que nunca foi<br />
registada, e infelizmente uma <strong>de</strong>ssas localida<strong>de</strong>s foi recentemente e injustamente<br />
amputada do seu estatuto <strong>de</strong> freguesia. E digo igreja <strong>de</strong> Lorica porque o uso da atual versão<br />
do nome romano, ou seja <strong>Loriga</strong>, só se consolidou <strong>de</strong>finitivamente na primeira meta<strong>de</strong> do<br />
século XIII. No início da nacionalida<strong>de</strong>, a consolidação, a administração do território e a<br />
necessária fixação das populações implicava a atribuição <strong>de</strong> forais mas também a criação<br />
<strong>de</strong> condições para a prática do culto, e é por isso frequente ao longo da história a<br />
construção <strong>de</strong> igrejas por iniciativa real. E a esse propósito os reis mandavam construir<br />
igrejas em povoações que já eram se<strong>de</strong> <strong>de</strong> município ou em povoações que seriam elevadas<br />
a essa condição, tudo para ajudar a fixar as populações, e outras medidas eram tomadas<br />
nesse sentido, e por exemplo muitos castelos foram feitos também com esse objetivo. O<br />
pormenor a consi<strong>de</strong>rar é que o estatuto <strong>de</strong> município andava sempre a par com o estatuto<br />
<strong>de</strong> paróquia, portanto as localida<strong>de</strong>s que tinham igrejas eram geralmente se<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
concelho, e seria certo se a igreja fosse mandada construir pelo rei. Sabe-se que a Igreja <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> foi mandada construir pelo rei D. Sancho II em cima da construção do já referido<br />
pequeno templo visigótico do qual foi aproveitada a pedra on<strong>de</strong> foi gravada a data da<br />
construção, o ano <strong>de</strong> 1233. Assim, essa pedra colocada por cima <strong>de</strong> uma das portas laterais<br />
virada para o adro, na igreja atual confirma a sua longa existência, correspon<strong>de</strong>ndo à data<br />
da <strong>de</strong>cisão da construção. A <strong>de</strong>cisão real nesse sentido <strong>de</strong>ve-se principalmente ao facto <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> pertencer à Vigariaria do Padroado Real. A Igreja foi <strong>de</strong>dicada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo a Santa<br />
Maria Maior, um orago que se mantem, sendo um templo românico cuja traça e fachada<br />
principal fazia lembrar a Sé Velha <strong>de</strong> Coimbra, embora obviamente sem a monumentalida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sta.<br />
A<br />
igreja tinha três naves e as dimensões eram próximas das atuais, mas para além disso a
atual igreja nada tem a ver com a antiga e o que vemos ali é fruto <strong>de</strong> várias reconstruções e<br />
alterações, sendo que as mais radicais foram consequência do sismo <strong>de</strong> 1755. Já muita<br />
gente se interrogou sobre o porquê das graves consequências do sismo <strong>de</strong> 1755 em <strong>Loriga</strong>,<br />
e por isso ficam aqui algumas explicações. Em primeiro lugar, <strong>Loriga</strong> está situada num local<br />
geologicamente sensível, num sítio <strong>de</strong> transição entre dois blocos rochosos diferentes, <strong>de</strong><br />
um lado o granito e do outro o xisto, facto que é suficiente para provocar gran<strong>de</strong> agitação<br />
em caso <strong>de</strong> sismo. Além disso, e para piorar a situação, a colina entre ribeiras não é muito<br />
sólida porque foi criada com <strong>de</strong>pósitos arrastados pelo antigo glaciar que rasgou o Vale <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>, e por tudo isso é que as consequências do sismo foram tão graves na vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
De sublinhar que os estragos não se limitaram à Igreja Matriz e o terramoto, além dos<br />
estragos provocados em muitas habitações, provocou o <strong>de</strong>sabamento <strong>de</strong> uma das pare<strong>de</strong>s<br />
da residência paroquial e abriu fendas no robusto edifício da Câmara Municipal, construído<br />
no século XIII, e cujas pare<strong>de</strong>s do rés do chão on<strong>de</strong> funcionava a ca<strong>de</strong>ia, tinham uma<br />
espessura <strong>de</strong> quase dois metros. Os loricenses tiveram que lidar com todos os estragos e<br />
não receberam qualquer ajuda externa, apesar <strong>de</strong> o próprio Marquês <strong>de</strong> Pombal ter sido<br />
informado da grave situação. Felizmente não houve, ou pelo menos não há registos <strong>de</strong><br />
mortos nem feridos graves na vila. Após o sismo que provocou a ruína praticamente<br />
completa, a igreja foi reconstruída com estilo barroco, mas po<strong>de</strong>m ser sublinhadas outras<br />
alterações, algumas das quais nada tiveram a ver com esta reconstrução. Por exemplo,<br />
foram acrescentadas duas capelas uma <strong>de</strong> cada lado da capela-mor, uma das quais foi<br />
<strong>de</strong>pois transformada em capela-sacristia e finalmente em apenas sacristia, e ao lado <strong>de</strong>sta<br />
foi acrescentada outra capela. A escadaria e a porta exteriores que dão acesso ao coro<br />
também não existiam e o acesso aos sinos era feito pelo interior da igreja, sendo que estas<br />
últimas alterações foram feitas como consequência do sismo.<br />
Com o tempo foram feitas alterações e restauros por vezes <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sastrosa por quem<br />
não tinha qualquer sensibilida<strong>de</strong> para a preservação do património e por isso a atual igreja,<br />
embora bela não é tão bonita nem é tão valiosa quanto seria sem essas más intervenções.<br />
No século seguinte ao do sismo, em Setembro <strong>de</strong> 1882, novamente se fez sentir no centro<br />
do país um tremor <strong>de</strong> terra e, por conseguinte também muito sentido em <strong>Loriga</strong>, o qual<br />
pareceu, em principio, não ter gran<strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>. Só que as consequências viriam mais<br />
tar<strong>de</strong>, quando todos pareciam já ter esquecido. Em Novembro seguinte, e quando era<br />
celebrada a missa, estalou a viga mestra da igreja tendo, <strong>de</strong> imediato, sido efetuada a<br />
<strong>de</strong>socupação do templo e retirando algumas imagens e outros artigos. Só no fim do dia<br />
aconteceu o <strong>de</strong>sabamento quase completo da cobertura ficando apenas <strong>de</strong> pé a torre, a<br />
capela-mor e as pare<strong>de</strong>s laterais. Dois anos <strong>de</strong>pois foram terminados os trabalhos da<br />
reconstrução da igreja que, tal como acontecera após o sismo <strong>de</strong> 1755, foi feita pela<br />
população local, toda unida, e foi esta última reconstrução que chegou aos tempos atuais<br />
embora, conforme já foi referido, com alguns “restauros” que a empobreceram.
[Centro histórico da vila, na colina entre as duas ribeiras on<strong>de</strong> foi fundada a povoação há<br />
mais <strong>de</strong> 2600 anos.]
[A Lorica/<strong>Loriga</strong> é a origem do nome da povoação, e é também a origem do gentílico<br />
Loricense/Loriguense, e da principal e insubstituível peça do brasão da vila.]<br />
Vias romanas em Portugal – Vestígios Romanos Georeferenciados em<br />
<strong>Loriga</strong><br />
O nome Lorica aparece como sendo da época romana num documento medieval visigótico<br />
com referências à zona. Foi aliás na época visigótica que a “versão” <strong>Loriga</strong> começou a<br />
substituir o nome latino Lorica que vinha da época romana, mas o nome original dado pelos<br />
romanos só caiu totalmente em <strong>de</strong>suso durante a primeira meta<strong>de</strong> do século XIII.<br />
Depois, aparece novamente em documentos dos séculos X, XI, XII e XIII, principalmente<br />
em documentos do século XII, inclusive quando se fala <strong>de</strong> limites territoriais, on<strong>de</strong> até a<br />
actual Portela do Arão é referida como Portela <strong>de</strong> Lorica, começando mais tar<strong>de</strong> a ser<br />
referida como Portela <strong>de</strong> Aran, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Aarão, e finalmente do Arão.<br />
[Uma imagem da estrada romana na área conhecida propositadamente por Calçadas.]<br />
A estrada romana <strong>de</strong> Lorica era uma espécie <strong>de</strong> estrada estratégica,<strong>de</strong>stinada a ajudar a<br />
controlar os Montes Herminius on<strong>de</strong>, como se sabe, viviam tribos lusitanas muito<br />
aguerridas. Esta estrada ligava entre si duas gran<strong>de</strong>s vias transversais, a que ligava<br />
Conimbriga, a norte, e a que ligava Iaegitania, a sul. Não se sabe quais os locais exactos<br />
dos cruzamentos, mas tudo indica que a norte seria algures perto <strong>de</strong> Ballatucelum, a actual<br />
Boba<strong>de</strong>la.<br />
Quanto aos vestígios da calçada romana original, eles po<strong>de</strong>m encontrar-se na área das<br />
Calçadas, on<strong>de</strong> estiveram na origem <strong>de</strong>ste nome, e dispersos em pequenos vestígios até à<br />
zona da Portela do Arão, tratando-se da mesma estrada.
A título <strong>de</strong> curiosida<strong>de</strong>, informa-se que a estrada romana foi utilizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que foi<br />
construída, provalvelmente por volta <strong>de</strong> finais do século I antes <strong>de</strong> Cristo, até à década <strong>de</strong><br />
trinta do século XX quando entrou em funcionamento a actual EN231. Sem a estrada<br />
romana teria sido impossível o já por si gran<strong>de</strong> feito <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> se tornar um dos maiores<br />
pólos industriais têxteis da Beira Interior durante o século XIX.<br />
– Factos comprovados: Lorica era o antigo nome <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, existiram duas pontes romanas,<br />
uma <strong>de</strong>las ainda existe, e a outra, construída sobre a Ribeira <strong>de</strong> S.Bento, ruiu no século<br />
XVI, e ambas faziam parte da estrada romana que ligava a povoação ao restante império<br />
romano.<br />
A ponte romana que ruiu estava situada a poucas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> metros a jusante da actual<br />
ponte, também construída em pedra mas datada <strong>de</strong> finais do século XIX.<br />
A antiga estrada romana <strong>de</strong>scia pela actual Rua do Porto, subia pela actual Rua do Vinhô,<br />
apanhava parte da actual Rua <strong>de</strong> Viriato passando ao lado da povoação então existente,<br />
subia pelas actuais ruas Gago Coutinho e Sacadura Cabral, passava na actual Avenida<br />
Augusto Luis Men<strong>de</strong>s, na área conhecida por Carreira, seguindo pela actual Rua do Teixeiro<br />
em direcção à ponte romana ainda existente sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
[A ponte romana ainda existente sobre a Ribeira <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.]<br />
Entre a capela <strong>de</strong> São Sebastião e o cemitério, existia um troço <strong>de</strong> Calçada romana bem<br />
conservada que não <strong>de</strong>ixava dúvidas a ninguém sobre a sua verda<strong>de</strong>ira origem, mas<br />
infelizmente uma parte foi <strong>de</strong>struída e a restante soterrada quando fizeram a estrada entre<br />
a Rua do Porto e o cemitério.<br />
Infelizmente o património histórico nunca foi estimado em <strong>Loriga</strong>…<br />
[A ponte sobre a Ribeira <strong>de</strong> São Bento, construída no século XIX para substituir a ponte<br />
romana que ruíu no século XVI após uma gran<strong>de</strong> cheia. A ponte romana foi entretanto<br />
substituída por uma travessia em ma<strong>de</strong>ira, até á construção <strong>de</strong>sta que ficou conhecida por<br />
Ponte do Arrocho. A estrada romana passava por aqui e esteve na origem da contígua Rua<br />
do Porto.]<br />
Numa zona propositadamente conhecida por Calçadas, já afastada da vila, ainda existem<br />
vestígios bem conservados do primitivo pavimento da estrada romana.<br />
[ Citação livre <strong>de</strong> extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>, <strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong> – Das origens à extinção do município. ]
[Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong> no site da autarquia local.]
[Brasão <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Coat <strong>of</strong> arms.]<br />
Heráldica Loriguense<br />
Resumo do significado do brasão<br />
Brasão: Escudo <strong>de</strong> azul escuro, uma Lorica/<strong>Loriga</strong> em vermelho realçada <strong>de</strong> prata,entre<br />
duas rodas hidráulicas a negro e realçadas <strong>de</strong> branco; Em chefe uma estrela <strong>de</strong> ouro, e na<br />
base dois montes e duas linhas <strong>de</strong> água.<br />
Coroa mural <strong>de</strong> prata <strong>de</strong> quatro torres. Listel <strong>de</strong> prata,com a legenda a negro:«LORIGA»<br />
[Ban<strong>de</strong>ira da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Flag]<br />
Ban<strong>de</strong>ira: Esquartelada a azul e branco. Cordão e borlas <strong>de</strong> ouro. Haste e lança <strong>de</strong> ouro. O<br />
azul e o branco representam o céu, as àguas límpidas, a neve, a beleza, a pureza e as cores<br />
da ban<strong>de</strong>ira portuguesa no início da nacionalida<strong>de</strong>.<br />
Selo: Redondo, contendo no seu interior os mesmos símbolos do brasão, e com a legenda:<br />
«Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>»<br />
Principal simbologia: Como peça central a Lorica,antiga couraça guerreira, origem do nome<br />
multimilenar, lembra as origens remotas da povoação e a história antiga da vila.<br />
As duas rodas hidráulicas simbolizam a duas vezes centenária indústria loriguense, criada<br />
com o engenho das gentes <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e que fizeram a vila <strong>de</strong>stacar-se ainda mais na região.<br />
Eram as rodas hidráulicas que moviam as primitivas fábricas instaladas ao longo das duas<br />
ribeiras que banham a vila. Esses abundantes recursos hídricos foram também <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
tempos mais remotos aproveitados para mover moínhos.<br />
A estrela <strong>de</strong> ouro simboliza a Serra da Estrela. Po<strong>de</strong> também simbolizar a vila como uma<br />
estrela <strong>de</strong>ntro da Estrela, e o ponto <strong>de</strong> referência dos inúmeros emigrantes loricenses<br />
espalhados pelo mundo.<br />
Os montes na base simbolizam os belos e ver<strong>de</strong>jantes montes, por vezes cobertos <strong>de</strong> neve,<br />
que la<strong>de</strong>iam o belíssimo Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e a sua espectacular Garganta <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, uma<br />
alusão à bela e singular paisagem.<br />
Heráldica histórica da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
[O antigo brasão <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> era constituído por uma lorica/loriga e uma estrela <strong>de</strong> sete<br />
pontas em ouro, sobre um escudo azul escuro e dispostas <strong>de</strong>sta forma. A lorica/loriga era<br />
uma alusão á valentia dos naturais traduzida no duas vezes milenar nome da vila, e a<br />
estrela <strong>de</strong> sete pontas simbolizava a Serra da Estrela e os “sete cabeços”. Dizia-se: ”<strong>Loriga</strong><br />
não precisa <strong>de</strong> muralhas porque ninguém consegue <strong>de</strong>rrubar os sete cabeços” (montes que<br />
ro<strong>de</strong>iam a vila).]<br />
[As principais propostas da heráldica <strong>de</strong>senhada por António Con<strong>de</strong> e aprovada pelas<br />
autorida<strong>de</strong>s competentes. O brasão do lado direito é o que está em uso.]
LORICA - LUSITANIA --- LORIGA - PORTUGAL --- Land <strong>of</strong> VIRIATHUS<br />
LORICA - LUSITANIA --- LORIGA - PORTUGAL --- Land <strong>of</strong> VIRIATHUS<br />
A vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> vestida <strong>de</strong> branco<br />
LORICA - LUSITANIA - LORIGA - PORTUGAL - LAND OF VIRIATHUS
Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> - Serra da Estrela<br />
Vale glaciar <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
--------------------------<br />
<strong>Loriga</strong>'s Docs<br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Extratos da obra do historiador António Con<strong>de</strong>,<br />
“<strong>História</strong> concisa da vila <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> – Das origens à extinção do município”<br />
/ <strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – Excerpts from the work <strong>of</strong> the historian António<br />
Con<strong>de</strong>, “Concise <strong>History</strong> <strong>of</strong> the town <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> – From the Origins to the<br />
extinction <strong>of</strong> the municipality”<br />
Outros sites sobre <strong>Loriga</strong> / Others sites about <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> | <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>
<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
<strong>History</strong> <strong>of</strong> <strong>Loriga</strong> / <strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
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Freguesias da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> [área do antigo Município Loriguense]<br />
[Mapa da área do antigo Município Loricense, das atuais sete freguesias fundadoras da
Associação <strong>de</strong> Freguesias da Serra da Estrela, com se<strong>de</strong> nesta vila.]<br />
Alvoco da Serra<br />
Alvoco da Serra é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 37,57 km² <strong>de</strong> área e<br />
646 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 17,2 hab/km². A freguesia é constituída por cinco<br />
localida<strong>de</strong>s: Alvoco da Serra (se<strong>de</strong> da freguesia), Outeiro da Vinha, Vasco Esteves <strong>de</strong> Baixo,<br />
Vasco Esteves <strong>de</strong> Cima e Aguincho. Alvoco da Serra recebeu foral <strong>de</strong> D. Manuel I em 17 <strong>de</strong><br />
Fevereiro <strong>de</strong> 1514, data em que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> pertencer ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Foi vila e se<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> concelho entre esta data e 1828, ano em que o concelho foi extinto. Tinha, em 1801, 667<br />
habitantes. Entre 1828 e 1855 pertenceu novamente ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, após o que<br />
passou a integrar o concelho <strong>de</strong> Seia.<br />
Cabeça<br />
Cabeça é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 8,55 km² <strong>de</strong> área e 229<br />
habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 26,8 hab/km². Durante muitos anos foi conhecida como São<br />
Romão <strong>de</strong> Cabeça. Até ao século XIX pertenceu ao concelho, à paróquia e à freguesia <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>. A sua população vive em gran<strong>de</strong> parte da agricultura e da pastorícia. António <strong>de</strong><br />
Almeida Santos, ministro em vários Governos, ex-presi<strong>de</strong>nte da Assembleia da República,<br />
filho <strong>de</strong> uma loricense, nasceu em Cabeça, numa época em que a sua mãe dava aulas na<br />
escola primária local.
Sazes da Beira<br />
Sazes da Beira é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 6,39 km² <strong>de</strong> área e<br />
341 habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 53,4 hab/km². A primeira fixação <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong>u-se<br />
(supõe-se) no século XV, no lugar chamado <strong>de</strong> “Sazes Velho”. Em 1527 tinha a al<strong>de</strong>ia 65<br />
pessoas. No entanto e continuando à procura <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> da água levou à fundação do<br />
que é hoje a al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Sazes da Beira propriamente dita. Não se sabe a data da fundação da<br />
sua freguesia/paróquia, mas sabe-se que foi no início do século XVIII. Em 1731 é edificada<br />
a sua Igreja Matriz. Des<strong>de</strong> a sua fundação, Sazes pertenceu sempre ao concelho <strong>de</strong><br />
Sandomil até à extinção <strong>de</strong>ste em 1836, data em que passou a pertencer ao município <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>. No meio <strong>de</strong> todas as remo<strong>de</strong>lações administrativas s<strong>of</strong>ridas (em que Sandomil<br />
esteve prestes a pertencer ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>), a freguesia <strong>de</strong> Sazes (correspon<strong>de</strong>nte a<br />
todo o território da sua paróquia) pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até 1855, data em que<br />
este foi extinto.<br />
Teixeira<br />
Teixeira é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 12,88 km² <strong>de</strong> área e 233<br />
habitantes (2001). Densida<strong>de</strong>: 18,1 hab/km². Pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até 1514<br />
data em que Alvoco da Serra recebeu foral <strong>de</strong> D. Manuel I, passando <strong>de</strong>pois a fazer parte da<br />
paróquia da Vi<strong>de</strong> no início do século XVII. Voltou a ser incluída plenamente no município <strong>de</strong><br />
<strong>Loriga</strong>, a partir <strong>de</strong> 1828 e até 1855, passando então para o concelho <strong>de</strong> Seia ao qual<br />
pertence actualmente.
Valezim<br />
Valezim é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 10,94 km² <strong>de</strong> área, 382<br />
habitantes (2001) e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 34,9 hab/km².<br />
A hipótese mais aceite é que o nome provém <strong>de</strong> vallecinus (palavra do latim para vale<br />
pequeno). Existe uma lenda sobre a origem do nome, que não faz sentido, mas que tal<br />
como muitas outras lendas teve origem em factos históricos reais. Segundo essa lenda os<br />
mouros terão sido expulsos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e ao chegarem ao local exclamaram: neste vale sim !<br />
De facto a dada altura os mouros foram expulsos <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, e até é possível que tenham<br />
fundado a povoação, mas concerteza que não falavam português. As principais activida<strong>de</strong>s<br />
económicas da população estão ligadas à agricultura e pastorícia, turismo <strong>de</strong> habitação e à<br />
construcção civil. O seu primeiro foral é atribuído em 1201, por D. João <strong>de</strong> Foyle. Em 1514 é<br />
renovado por D. Manuel I, e passa constituir um concelho formado apenas pela freguesia da<br />
se<strong>de</strong>. Entre os anos <strong>de</strong> 1836 e 1855 pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>. Nessa data foi<br />
integrado no concelho <strong>de</strong> Seia, on<strong>de</strong> pertence. A sua maior festivida<strong>de</strong> é em honra <strong>de</strong> Nossa<br />
Senhora da Saú<strong>de</strong>, realizada anualmente, no primeiro Domingo <strong>de</strong> Setembro.<br />
Vi<strong>de</strong><br />
Vi<strong>de</strong> é uma freguesia portuguesa da Região <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, com 51,25 km² <strong>de</strong> área e 843<br />
habitantes (2001), com uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong> 16,4 hab/km².<br />
Está situada na zona centro do país, no Parque Natural da Serra da Estrela, a uma distância<br />
<strong>de</strong> 25 Km da Torre. A freguesia engloba as seguintes e pequenas povoações anexas:<br />
Abitureira, Baiol, Balocas, Baloquinhas, Barreira, Barriosa, Barroco da Malhada,<br />
Borracheiras, Carvalhinho, Casal do Rei, Casas Figueiras, Ci<strong>de</strong>, Chão Cimeiro, Couce<strong>de</strong>ira,<br />
Costeiras, Fontes do Ci<strong>de</strong>, Foz da Rigueira, Foz do Vale, Frádigas, Gondufo, Lamigueiras,<br />
Malhada das Silhas, Monteiros, Muro, Obra, Outeiro, Ribeira, Ro<strong>de</strong>ado, Sarnadinha, Silvadal<br />
e Vale do Ci<strong>de</strong>.<br />
Pertenceu ao concelho <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até ao início do século XVII, época em que ganhou alguma<br />
autonomia com a promoção a paróquia mas continuando <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> e sem nunca<br />
receber foral e consequentemente categoria <strong>de</strong> vila, facto que se reflete no seu brasão.<br />
Essa situação ambigua durou até ao início do século XIX (1834), tendo nessa época sido<br />
reintegrada plenamente no município loriguense até 1855, ano em que foi integrada no<br />
concelho <strong>de</strong> Seia. Em 1801 era constituída apenas pela se<strong>de</strong> e tinha 750 habitantes.<br />
Últimos estudos, levados a cabo em 2002, confirmam que o povoamento do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
em cujo extremo se encontra Vi<strong>de</strong>, remonta aos finais do Paleolítico Superior. Entre as<br />
zonas <strong>de</strong> Entre-águas e <strong>de</strong> Ferradurras, nesta freguesia, há alguns núcleos rochosos que<br />
possuem várias inscrições rupestres, os maiores <strong>de</strong>scobertos até agora, que foram objecto<br />
<strong>de</strong> estudo por parte da Associação Portuguesa <strong>de</strong> Investigação Arqueológica, e que<br />
segundo os traços gerais apresentados, pertencem à Ida<strong>de</strong> do Bronze. No entanto existem<br />
outros vestigios <strong>de</strong>ssa época, que se esten<strong>de</strong>m ao logo do Vale <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> até ás<br />
proximida<strong>de</strong>s da vila com o mesmo nome. A al<strong>de</strong>ia da Vi<strong>de</strong> tem vários acessos sendo os<br />
principais a EN 230, que vem <strong>de</strong> Oliveira do Hospital e entrontronca com a EN231, e a EN<br />
238, na Portela <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, cruzamento com a EN 231 que une <strong>Loriga</strong> a Seia.
[Mapa da área do antigo Município Loricense, das atuais sete freguesias fundadoras da<br />
Associação <strong>de</strong> Freguesias da Serra da Estrela, com se<strong>de</strong> nesta vila.]
[Limites aproximados do antigo município <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> ao longo da história, entre 1136 e<br />
1855.]<br />
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<strong>História</strong> <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong><br />
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