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TRIBUNA DE MINAS<br />
DOMINGO, 22 DE SETEMBRO DE 2019<br />
ESPECIAL EDUCAÇÃO<br />
PATROCÍNIO
apresenta<br />
EDUCAÇÃO<br />
PATROCINADO<br />
Colégio Equipe: compromisso com<br />
formação humanizada e acadêmica<br />
de crianças e adolescentes<br />
EM SEU 15º ANO DE ATIVIDADES EM JUIZ DE FORA, A ESCOLA SEGUE INVESTINDO EM INFRAESTRUTURA E<br />
TECNOLOGIA, FATORES QUE TÊM COLOCADO A INSTITUIÇÃO ENTRE AS MELHORES DO MUNICÍPIO<br />
Uma escola que preza pela qualidade de<br />
ensino e formação de pessoas. Esse é o lema do<br />
Colégio Equipe de Juiz de Fora, que, nos últimos<br />
anos, tem se tornado uma referência na cidade<br />
quando o assunto são práticas inovadoras que<br />
garantem um ensino personalizado, desenvolvimento<br />
pessoal de crianças e adolescentes e reforço<br />
dos laços entre a escola e as famílias. Em seu<br />
15º ano de atividades em Juiz de Fora, o Equipe<br />
segue investindo em infraestrutura e tecnologia,<br />
fatores que têm colocado o colégio em posição<br />
de destaque em pesquisas que ranqueiam as<br />
melhores escolas particulares do município.<br />
O termo “escola particular”, para o Equipe,<br />
nada tem a ver com fato de ser um ensino pago.<br />
O diretor do colégio, José Geraldo Granzinolli,<br />
Método<br />
de ensino<br />
inovador<br />
explica que o termo remete ao trabalho personalizado<br />
e particular junto às demandas de<br />
cada estudante. “A proposta pedagógica do Colégio<br />
Equipe de Juiz de Fora visa ao crescimento<br />
do aluno, observando os processos de desenvolvimento<br />
e de aprendizagem ao longo de sua<br />
permanência na escola. Nos anos iniciais, do 1º<br />
ao 5º ano, quando recebemos alunos vindos de<br />
outras escolas, detectamos se há alguma defasagem<br />
e promovemos o que chamamos de<br />
encontros - que ocorrem no contraturno - para<br />
reforçar o ensino e para nivelar os alunos. Do<br />
6º ao 9º ano, são realizados os ‘Grupos de Estudo’<br />
de Matemática e de Português junto aos<br />
professores, para esclarecimento de dúvidas<br />
e aprofundamento dos conteúdos através de<br />
exercícios. Já no Ensino Médio, temos dois tipos<br />
de grupos: um para suprir as necessidades de<br />
cada turma e outro destinado a estudos avançados”,<br />
pontua.<br />
Outro diferencial do Equipe é desenvolver<br />
seus alunos dentro de suas habilidades e competências.<br />
“Buscamos meios para que o aluno<br />
possa fazer o melhor possível naquilo que ele<br />
não tem habilidade. Já no conteúdo que ele<br />
possui mais facilidade, nós o estimulamos a<br />
fazer ainda melhor. Nosso propósito é ser uma<br />
escola humanista, dando valor ao caminho percorrido<br />
e ao esforço, não apenas à nota. Quando<br />
fazemos isso, valorizamos o ser humano e<br />
contribuímos para a sua autoestima, portanto,<br />
o resultado vem”, afirma o diretor.<br />
OLAVO PRAZERES<br />
Da pré-escola, passando pelo<br />
Ensino Fundamental até o Médio, o<br />
Equipe adota práticas inovadoras de<br />
ensino que contribuem para a formação<br />
acadêmica e cidadã de cada aluno.<br />
Para isso, preocupa-se em criar um<br />
ambiente saudável, pautado na convivência,<br />
adaptando-se à realidade<br />
dos jovens, que se interessam muito<br />
pela tecnologia. “Ao longo da nossa<br />
trajetória, buscamos investir muito<br />
em Tecnologia da Informação, bem<br />
como oferecer um bom acesso à internet,<br />
catracas com radiofrequência<br />
que permitem aos pais saberem, em<br />
tempo real, o horário de chegada e de<br />
saída do filho do colégio, e material<br />
didático digital e interativo. Em nosso<br />
AVA (ambiente virtual de aprendizagem),<br />
que pode ser acessado do computador<br />
e de smartphones, o aluno<br />
realiza exercícios e atividades, além<br />
de ter acesso às videoaulas que são<br />
feitas pelos professores do sistema de<br />
ensino adotado. No Ensino Médio, em<br />
cada capítulo do material tradicional<br />
há um QRcode, o qual dirige o aluno<br />
para assistir a uma videoaula daquele<br />
conteúdo, que pode ser usado para tirar<br />
dúvidas ou como reforço”, destaca<br />
José Geraldo. Somado a isso, estão a<br />
sala de informática, a biblioteca informatizada<br />
e o laboratório de ciências,<br />
que funcionam como ambientes de<br />
estudo, pesquisa, realização de provas<br />
e de aulas, tudo pela plataforma on-line<br />
de ensino.<br />
AMBIENTE AGRADÁVEL<br />
E ACOLHEDOR<br />
A estrutura física do Equipe também<br />
chama atenção. Em, aproximadamente,<br />
4.000 metros quadrados de<br />
área construída, o colégio agrega salas<br />
de aula espaçosas e confortáveis, cada<br />
uma com 60 metros quadrados de área,<br />
cadeiras acolchoadas, ar-condicionado<br />
e equipamentos tecnológicos que<br />
tornam o ensino ainda mais eficiente.<br />
Na educação infantil, as salas contam<br />
com solário, piso térmico e banheiros.<br />
Além disso, a escola possui parquinhos,<br />
pátios e brinquedoteca, valorizando o<br />
brincar na infância.<br />
Sobre o Equipe<br />
O Sistema Equipe de Ensino iniciou<br />
sua história no ano de 1975,<br />
como curso pré-vestibular em Viçosa<br />
(MG). O sucesso alcançado<br />
no município vizinho permitiu<br />
sua expansão e criação do primeiro<br />
Colégio Equipe no ano de 1984.<br />
Desde sua origem, o Equipe tem<br />
como compromisso oferecer uma<br />
formação de qualidade, o que fez<br />
do sistema uma das instituições de<br />
ensino mais respeitadas da Zona<br />
da Mata, estando presente em diversos<br />
municípios e atuando nos<br />
segmentos da Educação Infantil,<br />
do Ensino Fundamental, do Ensino<br />
Médio e na preparação de jovens<br />
para o acesso ao Ensino Superior.<br />
Em Juiz de Fora, a unidade foi<br />
inaugurada em 2005 e, desde então,<br />
segue firme em seu propósito<br />
de oferecer um ensino diferenciado,<br />
bem como a preparação para<br />
o Exame Nacional do Ensino Médio<br />
(Enem) e o Programa de Ingresso<br />
Seletivo Misto (PISM) da UFJF, sendo<br />
a única da cidade a oferecer material<br />
didático próprio e exclusivo<br />
para este programa. Todo o conteúdo<br />
do Ensino Médio e simulados<br />
são preparados com base no edital<br />
do PISM. Além disso, a unidade juizforana<br />
conta com espaço moderno<br />
em infraestrutura, dividindo-se em<br />
três sedes: ensino, esportiva e campestre,<br />
que colaboram com o processo<br />
de aprendizagem, convívio<br />
social entre escola e família, desenvolvimento<br />
esportivo e respeito ao<br />
meio ambiente.<br />
José Geraldo Granzinolli,<br />
diretor do Colégio Equipe,<br />
ressalta que a proposta<br />
pedagógica da instituição<br />
visa ao crescimento do aluno,<br />
observando os processos<br />
de desenvolvimento e de<br />
aprendizagem<br />
www.colegioequipejf.com.br<br />
Rua São Mateus, 331,<br />
São Mateus<br />
Telefone: (32) 3232-8686<br />
DOMINGO, 22 DE SETEMBRO DE 2019 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 2
ESPECIAL EDUCAÇÃO<br />
EXPECTATIVAS<br />
Enem passa por transição,<br />
e conteúdos devem<br />
ser mais genéricos<br />
Com recente<br />
mudança<br />
de governo,<br />
especialistas<br />
acreditam<br />
que haverá<br />
alterações<br />
nos assuntos<br />
cobrados;<br />
prova deste<br />
ano deve ser<br />
parâmetro<br />
para próximas<br />
avaliações<br />
Carolina Leonel Repórter<br />
Criado pelo Governo federal em 1998, o Exame<br />
Nacional do Ensino Médio (Enem) buscava,<br />
sobretudo, diagnosticar o desempenho escolar<br />
dos estudantes ao fim do ensino básico, com<br />
vistas a amparar as políticas voltadas para a<br />
Educação. De lá pra cá, no entanto, a avaliação<br />
atraiu investimentos do Ministério da Educação<br />
(MEC). Em 2010, tornou-se pré-requisito para o<br />
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Três<br />
anos depois, o Enem transformou-se na principal<br />
porta de acesso para as instituições públicas<br />
de ensino superior, por meio do Sistema de<br />
Seleção Unificada (Sisu). Ao longo de 21 anos,<br />
o exame assumiu alguns modelos, até que, em<br />
2019, arranjou-se o seu formato atual, com 180<br />
questões objetivas, 45 para cada área de conhecimento,<br />
além da redação.<br />
Portanto, sob a perspectiva histórica, nota-se<br />
que, embora tenha deixado em segundo plano<br />
seu caráter diagnóstico, a aplicação a nível nacional<br />
e os resultados avaliativos do Enem sustentaram<br />
políticas governamentais que garantiram<br />
acesso gradativo ao ensino superior. É o<br />
que observa o professor pesquisador na área de<br />
linguagens, Higor Pifano, que atualmente trabalha<br />
com avaliação educacional em larga escala<br />
no Centro de Políticas Públicas e Avaliação da<br />
Educação (Caed) da Universidade Federal de<br />
Juiz de Fora (UFJF). “O Enem, hoje, assumiu<br />
um caráter menos avaliativo, ganhou um caráter<br />
de exame de credenciamento. Em um aspecto,<br />
perdeu o caráter diagnóstico porque adquiriu o<br />
papel de dar um resultado para algo. Não tem<br />
mais tanto esse olhar para se observar o que está<br />
dando errado nas redes de ensino e auxiliar<br />
na elaboração de estratégias. O exame ganhou<br />
um caráter classificatório.”<br />
Por outro lado, o especialista ressalta a democratização<br />
do acesso ao ensino superior por<br />
meio do Enem. “Ao mesmo tempo, o exame ajudou<br />
a unificar as condições de acesso ao ensino<br />
superior. Com o Sisu, as universidades começaram<br />
a usar a nota do Enem como principal medida<br />
para ingresso. Então, na minha avaliação, a<br />
função da prova tem seus prós e contras. Apesar<br />
de continuar fazendo um diagnóstico, esse não<br />
é o principal propósito atualmente. Hoje ele<br />
tem um caráter muito mais voltado para essa<br />
parte do credenciamento superior, em que você<br />
está medindo quem sabe mais e quem sabe<br />
menos.”<br />
MUDANÇAS<br />
Neste sentido, diante de mudanças no governo<br />
federal, no primeiro ano de mandato do<br />
presidente Jair Bolsonaro, e da percepção das<br />
finalidades da prova, pode-se esperar alterações<br />
no Enem a partir dos próximos anos. Para<br />
Pifano, o exame passa, atualmente, por uma<br />
transição. Apesar disso, ele aponta que, estruturalmente,<br />
a prova continuará no formato, até<br />
então, conhecido pelos candidatos. “A gente ainda<br />
está em um processo incerto em relação ao<br />
MEC, e o governo ainda está se desenhando na<br />
área da educação. O que nós da área educacional<br />
observamos é que, talvez, o Enem não seja<br />
tão social como no ano passado.”<br />
Em termos de conteúdo, o pesquisador afirma<br />
que o quadro também é de incerteza. “Acredito<br />
que esse ano será parâmetro para os próximos.<br />
Se as alterações forem muito significativas,<br />
irá se manter o nível para as próximas provas.”<br />
O professor aposta, ainda, que serão cobrados<br />
conteúdos mais genéricos. “Acredito que os conteúdos<br />
cobrados vão ser mais tradicionais, algo<br />
mais voltado para os aspectos genéricos, menos<br />
ideológicos. Mas com certeza igual ao nível do<br />
ano passado não será, em termos de abordagem<br />
de assunto. Talvez o exame até aborde questões<br />
culturais brasileiras, mas a prova não vai entrar<br />
em temas que possam suscitar debates socialmente<br />
controversos.”<br />
PEDRO SALGADO<br />
“Acredito que<br />
os conteúdos<br />
cobrados<br />
vão ser mais<br />
tradicionais,<br />
algo mais<br />
voltado para<br />
os aspectos<br />
genéricos,<br />
menos<br />
ideológicos”<br />
Higor Pifano,<br />
Pesquisador na área de<br />
linguagens<br />
Professores frisam que candidato precisa ter curiosidade, pesquisar e estar ciente do que acontece<br />
ao seu redor para ir bem no Enem<br />
‘Quem não possui o mínimo de conhecimento<br />
não consegue mais fazer a prova’<br />
Professor de Redação e Língua Portuguesa<br />
do Colégio Equipe, Victor Barroso<br />
Cruz acompanha as aplicações do Enem<br />
há anos. Na avaliação dele, quanto a 2019, o<br />
aluno poderá ficar tranquilo, pois não deve<br />
haver mudanças significativas em relação à<br />
prova do ano passado. “No entanto, aquele<br />
critério de interpretação, de uma prova mais<br />
ampla, com os enunciados grandes, está diminuindo,<br />
assim como a ideia de uma prova<br />
simplesmente interpretativa. Quem não possui<br />
o mínimo de conhecimento não consegue<br />
mais fazer a prova”, pontua.<br />
“Alguns têm a ideia de que podem fazer a<br />
prova sem ter estudado nada, somente lendo<br />
enunciado. Nem para Português e Literatura<br />
isso está valendo. Tem que ter o mínimo de<br />
conhecimento gramatical e as especificações<br />
de cada gênero textual, por exemplo”, assinala.<br />
“Acho que forçar o ensino tecnicista e não<br />
somente acadêmico é uma tendência, porque<br />
ele prepara o estudante para entrar mais rápido<br />
no mercado de trabalho. Isso tem acontecido<br />
em países desenvolvidos, e eu acredito<br />
que o caminho do Brasil tende a ser parecido”.<br />
ORIENTAÇÕES<br />
Mesmo que neste ano as questões possam<br />
se apresentar de forma mais objetiva, os<br />
professores frisam a necessidade de atenção<br />
e de estar atualizado ao que acontece no país.<br />
“O estudante precisa ter sempre curiosidade,<br />
pesquisar, conhecer e sempre estar ciente do<br />
que está ocorrendo ao redor dele. É preciso<br />
ouvir, ler. No caso das provas, ele precisa ler<br />
com muita atenção, selecionar as informações<br />
e os pontos principais que estão sendo<br />
abordados naquela questão para construir a<br />
“Acho que<br />
forçar o ensino<br />
tecnicista e<br />
não somente<br />
acadêmico é<br />
uma tendência,<br />
porque ele<br />
prepara o<br />
estudante<br />
para entrar<br />
mais rápido no<br />
mercado de<br />
trabalho”<br />
Victor Barroso Cruz,<br />
professor de Redação e<br />
Língua Portuguesa do<br />
Colégio Equipe<br />
resposta dele”, sugere Higor Pifano.<br />
Para as questões que envolvem cálculos, o<br />
professor orienta os estudantes a analisarem<br />
os dados que serão postos e estarem atentos<br />
à ação que é enunciada. Na área de Literatura,<br />
o pesquisador reforça a importância dos<br />
alunos terem conhecimento de temas atuais<br />
e clássicos. De modo geral, é preciso pensar<br />
nas especificidades do Enem. “O principal é<br />
selecionar informações, focar em responder<br />
perguntas de diferentes graus de dificuldades,<br />
até por conta da metodologia estatística<br />
do Enem, da teoria de resposta ao item, que<br />
acompanha justamente o conjunto e padrão<br />
das respostas dadas. Então, tentar responder<br />
o maior número de respostas de diferentes<br />
graus de dificuldades, partindo sempre, claro,<br />
daquilo que se tem certeza. O candidato<br />
tem, principalmente, que saber organizar o<br />
tempo dele”.<br />
DOMINGO, 22 DE SETEMBRO DE 2019 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 3
SAIBA COMO SE PREPARAR<br />
Manter-se atualizado<br />
se dar bem na r<br />
Para<br />
professores<br />
de Redação<br />
e Língua<br />
Portuguesa,<br />
tema não é<br />
o fator mais<br />
importante<br />
para tirar<br />
nota mil;<br />
candidatos<br />
devem se<br />
preocupar<br />
com o gênero<br />
textual e<br />
treinar<br />
Carolina Leonel Repórter<br />
Redigir um bom texto,<br />
muitas vezes, pode ser um<br />
desafio. E quando se trata da<br />
redação do Exame Nacional<br />
do Ensino Médio (Enem), o<br />
estudante tende a ficar preocupado<br />
só de pensar em como<br />
irá articular suas ideias e<br />
conhecimentos a respeito de<br />
um tema ainda ignorado por<br />
ele, a fim de elaborar uma<br />
dissertação que lhe garanta<br />
uma nota satisfatória, dentro<br />
de um determinado limite<br />
de tempo. Exatamente<br />
por isso, a redação é um dos<br />
tópicos mais temidos pelos<br />
candidatos que vão prestar<br />
o exame. No entanto, professores<br />
e especialistas na área<br />
assinalam que é possível o<br />
aluno se preparar de modo a<br />
garantir um bom desempenho.<br />
Para isso, é imprescindível<br />
manter-se atualizado,<br />
além de estabelecer uma<br />
rotina com simulados e leituras.<br />
A professora de redação<br />
e de Língua Portuguesa da<br />
Oficina das Letras e doutoranda<br />
em Linguística pela<br />
Universidade Federal de<br />
Juiz de Fora (UFJF), Alice<br />
Queiroz Frascaroli, acredita<br />
que a redação é temida por<br />
muitos estudantes porque,<br />
à ela, é atribuído o valor de<br />
mil pontos - fator que faz<br />
com que o peso da nota seja<br />
bastante relevante ao fim da<br />
avaliação.<br />
Alice frisa que a preparação<br />
textual pressupõe uma<br />
maior organização e mais<br />
treinamento por parte do<br />
candidato, o que nem sempre<br />
acontece. “A produção<br />
textual demanda uma preparação<br />
muito maior para<br />
ser realizada. Em uma questão<br />
de múltipla escolha, por<br />
exemplo, se o aluno se sentir<br />
despreparado, ele terá uma<br />
alternativa para escolher<br />
sem ter preparo nenhum.<br />
Na redação não existe essa<br />
possibilidade; o texto, de fato,<br />
exige maiores habilidades<br />
de elaboração”, avalia.<br />
Por esse motivo, é ressaltada<br />
a importância de o aluno<br />
praticar e compreender a<br />
estrutura textual, conforme<br />
reforça Victor Barroso Cruz,<br />
professor de Redação e Língua<br />
Portuguesa do Colégio<br />
Equipe. “É importante que<br />
o aluno pratique. Ele precisa<br />
encarar a redação com a<br />
mesma credibilidade e seriedade<br />
com que encara as<br />
matérias de exatas. A leitura<br />
habitual é uma característica<br />
fundamental para quem<br />
quer elaborar um bom texto,<br />
atrelada à aquisição do léxico<br />
desenvolvido e da prática<br />
constante”.<br />
.<br />
COMPETÊNCIAS<br />
NECESSÁRIAS<br />
O que diz o Inep<br />
• Demonstrar domínio da<br />
modalidade escrita formal da<br />
Língua Portuguesa<br />
• Compreender a proposta<br />
de redação e aplicar<br />
conceitos das várias áreas de<br />
conhecimento para desenvolver o<br />
tema, dentro dos limites estruturais<br />
do texto dissertativo-argumentativo<br />
em prosa<br />
• Selecionar, relacionar,<br />
organizar e interpretar<br />
informações, fatos, opiniões e<br />
argumentos em defesa de um<br />
ponto de vista<br />
• Demonstrar<br />
conhecimento dos mecanismos<br />
linguísticos necessários para a<br />
construção da argumentação<br />
• Elaborar proposta de intervenção<br />
para o problema abordado,<br />
respeitando os direitos<br />
humanos<br />
Fonte: Inep<br />
“É importante<br />
que o aluno<br />
pratique.<br />
Ele precisa<br />
encarar a<br />
redação com<br />
a mesma<br />
credibilidade<br />
e seriedade<br />
com que<br />
encara as<br />
matérias de<br />
exatas”<br />
Victor Barroso Cruz,<br />
professor de Redação e<br />
Língua Portuguesa do<br />
Colégio Equipe<br />
Compreender a<br />
estrutura é o ideal<br />
Preparar-se e estar seguro a respeito<br />
da estrutura textual da redação,<br />
portanto, é essencial. “O aluno<br />
precisa sim se preocupar com o<br />
tema, mas isso não é o principal. O<br />
ideal é se preocupar com a estrutura<br />
da redação, porque, mesmo<br />
que o tema seja horripilante, ele é<br />
capaz de fazer uma estrutura adequada<br />
e garantir uma nota em um<br />
patamar elevado”, orienta o professor<br />
especialista em redação do curso<br />
Aporia, Waldyr Imbroisi.<br />
Para tanto, o estudante precisa<br />
ter estudado, ao longo dos anos<br />
escolares, a produção de um texto<br />
do tipo dissertativo-argumentativo,<br />
e estar ciente sobre temas de ordem<br />
social, científica, cultural ou<br />
política. Conforme o Instituto Nacional<br />
de Estudos e Pesquisas Educacionais<br />
Anísio Teixeira (Inep),<br />
órgão responsável pela elaboração<br />
e correção do exame, o texto deverá<br />
evidenciar que o aluno tem domínio<br />
de cinco competências (ver<br />
quadro) para que a dissertação seja<br />
bem avaliada. Na redação, o aluno<br />
Para professores e especialis<br />
leitura para garantir bom des<br />
deverá defender uma<br />
nião a respeito do tem<br />
-, apoiada em argume<br />
tentes, estruturados co<br />
e coesão, formando u<br />
textual. O texto deverá<br />
de acordo com a moda<br />
ta formal da Língua Po<br />
estudante também dev<br />
uma proposta de inte<br />
cial para o problema a<br />
no desenvolvimento d<br />
respeite os direitos hum<br />
“Até pelos próprio<br />
a prova fornece, sabem<br />
um percentual muito<br />
nos, todos os anos, que<br />
ção porque não conhe<br />
gia do texto, ou seja, nã<br />
estruturado na tese, en<br />
isso é muito recorrent<br />
do Enem tem caracter<br />
peculiares que as outr<br />
de vestibular. Por exe<br />
de que a tese tem de<br />
tiva, o aluno precisa p<br />
solução sobre a questã<br />
professora Alice Frasca<br />
DOMINGO, 22 DE SETEMBRO DE 2019
ESPECIAL EDUCAÇÃO<br />
é receita para<br />
edação do Enem<br />
PEDRO SALGADO<br />
“Eu<br />
apostaria em<br />
discussões<br />
de temas<br />
mais<br />
abstratos ou<br />
genéricos.<br />
Acredito que<br />
será cobrado<br />
um daqueles<br />
temas em<br />
que não há<br />
muito como<br />
construir<br />
polêmicas”<br />
Waldyr Imbroisi,<br />
professor especialista<br />
em redação do curso<br />
Aporia<br />
tas, é imprescindível manter-se atualizado e estabelecer rotina de simulados e<br />
empenho na redação<br />
tese - opia<br />
proposto<br />
ntos consism<br />
coerência<br />
ma unidade<br />
ser redigido<br />
lidade escrirtuguesa.<br />
O<br />
erá elaborar<br />
rvenção sopresentado<br />
o texto, que<br />
anos.<br />
s dados que<br />
os que tem<br />
alto de aluzera<br />
a redace<br />
a tipoloo<br />
faz o texto<br />
tão também<br />
e. E a prova<br />
ísticas mais<br />
as redações<br />
mplo o fato<br />
ser proposiropor<br />
uma<br />
o”, pontua a<br />
roli.<br />
Professores apostam em temas<br />
mais genéricos e menos polêmicos<br />
Apesar de defender que o domínio da estrutura<br />
do texto é o fator mais importante para<br />
se dar bem na redação do Enem, o professor<br />
Waldyr compreende que o tema do texto<br />
é uma das preocupações dos candidatos, especialmente<br />
na edição deste ano, por ser a primeira<br />
do governo do presidente Jair Bolsonaro.<br />
Mas, para o professor, esse não deveria ser<br />
o maior temor dos candidatos. “Tem quem sofra<br />
muito, quem está muito preocupado com o<br />
tema que vai cair, mas isso nunca foi o grande<br />
problema do Enem. A partir do momento que<br />
você aprende a escrever na estrutura do exame,<br />
o tema é o menor problema”, afirma.<br />
No entanto, ele palpita: “Eu apostaria em<br />
discussões de temas mais abstratos ou genéricos.<br />
Acredito que será cobrado um daqueles<br />
temas em que não há muito como construir<br />
polêmicas. É difícil selecionar, escolher um<br />
ou outro, mas se olharmos temas como doação<br />
de órgãos e adoção, que são mais fáceis,<br />
ou abuso sexual infantil, por exemplo, que<br />
não existe como ser a favor, são assuntos menos<br />
polêmicos. Então esses tipos de discussões<br />
devem ser privilegiadas. Ao que me parece, a<br />
tendência é que se tente fugir de debates que<br />
suscitam divergências ideológicas”, pontua o<br />
especialista em redação.<br />
O professor Victor Barroso Cruz, do Colégio<br />
Equipe, compartilha da mesma opinião.<br />
Para ele, questões político-ideológicas também<br />
não devem ser abordadas. Apesar de não<br />
ter apontado temas específicos, ele acredita<br />
que podem ser abordados temas com discussões<br />
“básicas para uma realidade nacional”.<br />
“Naturalmente, existe uma preocupação com<br />
o social, com temas que tragam preocupação<br />
humana.<br />
Alice Frascaroli, no entanto, acredita não<br />
ser viável dizer “que aposta em tema tal”, devido<br />
ao grande número de possibilidades. “Pode<br />
ser que caiam temas específicos ou abrangentes,<br />
ou mesmo relacionados a fatos pontuais<br />
do ano”, considera. Apesar de também<br />
acreditar que será cobrado um assunto mais<br />
genérico e que evite questões político-ideológicas,<br />
ela não descarta a possibilidade de ser<br />
abordado algo controverso. “Questões polêmicas<br />
sempre caíram no Enem, e a argumentação<br />
pressupõe polêmica, posições diferentes.<br />
Além disso, hoje, todos os temas se tornaram<br />
muito polêmicos.” Ela aproveita para reforçar<br />
que focar na estrutura do texto é essencial.<br />
“Mais importante que tema é saber a estrutura,<br />
estar bem informado e ter bastante conteúdo<br />
para conseguir desenvolver o texto”.<br />
RETA<br />
FINAL<br />
Dicas para se atualizar<br />
• Assistir a filmes baseados<br />
em fatos reais: é uma forma divertida<br />
de estudar e pode proporcionar, inclusive,<br />
que dados históricos sejam citados na<br />
dissertação<br />
• Ler o edital: muitos estudantes negligenciam<br />
o edital e vão fazer a prova sem saber<br />
exatamente o que é cobrado. O ideal<br />
é fazer uma leitura atenta do<br />
documento<br />
• Ler redações que alcançaram a nota<br />
máxima<br />
• Ter referência de correção: o aluno precisa<br />
submeter seus textos a uma avaliação<br />
individual. Reservar um tempo<br />
com o professor de redação ou<br />
Língua Portuguesa é o recomendado para<br />
que o estudante tire suas dúvidas e saiba<br />
exatamente em que precisa melhorar<br />
• Leituras diversas<br />
• Conhecer contexto de referências e<br />
citações<br />
Fonte: Professores Alice Queiroz Frascaroli,<br />
Victor Barroso Cruz e Waldyr Imbroisi<br />
| tribunademinas.com.br | • PÁGINAS 4 E 5
ESPECIAL EDUCAÇÃO<br />
ESTUDO<br />
Saiba como se preparar para<br />
prestar o Pism e o Enem<br />
Apesar de<br />
serem provas<br />
com estilos<br />
diferentes,<br />
é possível<br />
estudar<br />
para ambas<br />
ao mesmo<br />
tempo; para<br />
especialistas,<br />
é necessário<br />
se planejar e<br />
aproveitar o<br />
tempo<br />
Leticya Bernadete Repórter<br />
Nos dias 3 e 10 de novembro,<br />
cerca de cinco milhões de pessoas<br />
devem realizar as provas do<br />
Exame Nacional do Ensino Médio<br />
(Enem) de 2019. Depois de<br />
20 dias, é a vez de mais de 40 mil<br />
estudantes participarem do Programa<br />
de Ingresso Seletivo Misto<br />
(Pism) 2020 da Universidade<br />
Federal de Juiz de Fora (UFJF).<br />
Os exames são a porta de entrada<br />
para o ensino superior, mas,<br />
com um período curto entre duas<br />
provas tão distintas, como se<br />
preparar para as duas avaliações?<br />
Educadores ouvidos pela Tribuna<br />
afirmam que os conteúdos<br />
são complementares, mas é necessário<br />
se planejar e aproveitar<br />
melhor o tempo, especialmente o<br />
intervalo entre os exames.<br />
Enquanto o Enem é formado<br />
apenas por questões objetivas -<br />
além da redação -, o Pism conta<br />
com questões discursivas. Os exames<br />
também se diferem na maneira<br />
em que o conhecimento dos<br />
participantes é cobrado, em perfis<br />
distintos de avaliação, de acordo<br />
com o professor e coordenador do<br />
ensino médio do Colégio Equipe,<br />
Jaime Pires. Apesar das diferenças,<br />
os conteúdos de ambos os exames<br />
se relacionam. “Um exemplo na<br />
Matemática é probabilidade, conteúdo<br />
do Pism III muito frequente,<br />
também, no Enem.”<br />
Segundo a professora de reforço<br />
escolar, Kalu Neves, os conteúdos<br />
dos exames são complementares,<br />
porém, a educadora<br />
reitera a diferença do perfil das<br />
provas. “O Pism III tem um perfil<br />
em que há um processo seletivo<br />
exclusivo da UFJF, com um conteúdo<br />
programático executado<br />
pelos colégios com essa finalidade.<br />
É uma prova mais específica”,<br />
afirma. “O Enem é um exame a<br />
nível nacional, mas ele tem o seu<br />
conteúdo também preso ali no<br />
terceiro ano do ensino médio. Porém,<br />
é um exame interdisciplinar.<br />
O aluno tem que estar muito atualizado<br />
das informações, mas em<br />
nenhum momento ele fica desvinculado<br />
do conteúdo que ele se<br />
preparou para o Pism III.”<br />
OLAVO PRAZERES<br />
“O Pism III<br />
tem um perfil<br />
em que há<br />
um processo<br />
seletivo<br />
exclusivo da<br />
UFJF, com um<br />
conteúdo<br />
programático<br />
executado<br />
pelos colégios<br />
com essa<br />
finalidade. É<br />
uma prova mais<br />
específica”<br />
Kalu Neves<br />
professora de reforço<br />
escolar<br />
PEDRO SALGADO<br />
INTERVALO ENTRE AS PROVAS<br />
Após participarem do Enem,<br />
os estudantes têm mais 20 dias<br />
até a realização do Pism. Esse intervalo<br />
é fundamental - especialmente<br />
para os alunos que irão<br />
fazer a prova do terceiro módulo.<br />
“Até o Enem, o aluno deve focar<br />
em um conteúdo mais geral.<br />
Após o Enem, já deve começar a<br />
se preocupar com o conteúdo específico<br />
do Pism”, diz Jaime Pires.<br />
Além de aproveitar melhor o<br />
período entre os exames, a professora<br />
Kalu Neves reforça que<br />
é importante que os alunos se<br />
empenhem para ambos. “Não<br />
é porque você fez o Enem que<br />
você vai deixar o Pism de lado.<br />
É preciso tomar um fôlego e garantir<br />
que, de um para o outro,<br />
com essa diferença de quase<br />
um mês, também se aproveite<br />
esse tempo para continuar estudando<br />
no mesmo ritmo que<br />
para a primeira prova.”<br />
Orientação é aproveitar o intervalo de cerca de 20 dias entre Pism e Enem para focar no<br />
conteúdo específico do exame exclusivo da UFJF<br />
“Até o Enem, o aluno deve focar em um conteúdo mais<br />
geral. Após o Enem, já deve começar a se preocupar com<br />
o conteúdo específico do Pism”<br />
Jaime Pires<br />
professor e coordenador do ensino médio do<br />
Colégio Equipe<br />
DOMINGO, 22 DE SETEMBRO DE 2019 | tribunademinas.com.br | • PÁGINA 6
ESPECIAL EDUCAÇÃO<br />
ORIENTAÇÕES<br />
Tempo pode ser aliado na<br />
hora de encarar as provas<br />
Para<br />
psicopedagoga,<br />
simulados<br />
podem auxiliar<br />
na preparação<br />
física e<br />
psicológica<br />
para lidar com a<br />
pressão, já que<br />
reproduzem<br />
condições dos<br />
exames<br />
Renan Ribeiro Repórter<br />
Albert Einstein impactou a história do<br />
mundo ao elaborar a Lei da Relatividade Geral,<br />
que comprova que tempo e espaço são<br />
relativos e estão intimamente ligados. Segundo<br />
o físico, o tempo varia de acordo com o<br />
ponto de vista do observador. Obviamente, a<br />
explicação sobre essa teoria não caberia em<br />
alguns parágrafos. Porém, é um bom ponto<br />
de partida para falar sobre o tempo de prova<br />
para quem vai prestar o Exame Nacional do<br />
Ensino Médio (Enem) e o Programa de Ingresso<br />
Seletivo Misto (Pism) da Universidade<br />
Federal de Juiz de Fora (UFJF).<br />
As duas provas são muitos distintas, assim<br />
como o tempo para resolvê-las. O Enem concentra<br />
uma quantidade muito maior de questões<br />
e tem um tempo de prova mais longo. Ao<br />
todo, os dois dias de exame somam 10 horas e<br />
30 minutos. Por concentrar um volume de informação<br />
que toma como base o conteúdo de<br />
três anos do ensino médio, além das atualidades,<br />
a prova exige um nível de atenção elevado.<br />
O estudante precisa ficar concentrado, mas<br />
não pode perder de vista que não é indicado<br />
dedicar tempo excessivo às questões, porque<br />
isso pode atrapalhar a finalização da prova.<br />
“O tempo do Enem diz também sobre o<br />
tempo em que o cérebro consegue responder.<br />
Se ele é suficiente para fazer todas as questões<br />
com excelência depende do aluno, do<br />
dia da prova, das habilidades dele e das competências<br />
exigidas naquelas questões”, afirma<br />
a psicopedagoga e professora de Língua Portuguesa<br />
do Colégio Equipe, Gisela Marques.<br />
Essa relação se torna ainda mais intensa<br />
quando o aluno está fazendo o exame pela<br />
primeira vez. Por isso, para que o estudante<br />
tenha mais confiança na sua preparação, deve<br />
procurar professores e coordenadores em<br />
busca de orientações.<br />
PEDRO SALGADO<br />
“O aluno precisa<br />
se alimentar<br />
bem e estar<br />
descansado<br />
para que o tempo<br />
passe, e ele não<br />
se desconcentre,<br />
não sinta fome<br />
na hora errada,<br />
porque tudo<br />
isso vai interferir<br />
na didática do<br />
processo de<br />
prova”<br />
Psicopedagoga orienta que candidatos levem os simulados feitos pelas escolas a sério, pois eles<br />
proporcionam oportunidade de autoconhecimento<br />
Como usar o tempo<br />
a favor no Enem<br />
Para lidar com esse tempo<br />
de maneira mais amigável,<br />
a psicopedagoga recomenda<br />
que os estudantes levem<br />
os simulados feitos pelas<br />
escolas a sério, porque eles<br />
proporcionam uma oportunidade<br />
de autoconhecimento.<br />
“O simulado reproduz as<br />
condições de prova, entre<br />
elas, o próprio tempo.” Outros<br />
fatores que contribuem<br />
para uma boa execução do<br />
exame também podem ser<br />
testados nos dias de simulado,<br />
conforme Gisela, como<br />
a alimentação. “O aluno<br />
precisa se alimentar bem e<br />
estar descansado para que<br />
o tempo passe, e ele não se<br />
desconcentre, não sinta fome<br />
na hora errada, porque tudo<br />
isso vai interferir na didática<br />
do processo de prova.” Além<br />
de toda a preparação, outro<br />
fator preponderante é manter<br />
a rotina de exercícios físicos.<br />
“Quem faz atividade lida<br />
melhor com o tempo. Quem<br />
não faz cansa mais rápido,<br />
podendo render menos”,<br />
alerta a psicopedagoga.<br />
O estudo diário também<br />
é essencial na preparação.<br />
Se desde o início do ano o<br />
estudante não mantém uma<br />
média diária de horas de estudo<br />
semelhante à da prova,<br />
a dificuldade para lidar com<br />
o tempo pode ser maior. “É<br />
como se a pessoa se preparasse<br />
para uma corrida. Um<br />
competidor não consegue<br />
completar três horas se ele<br />
só corre uma hora no treino.<br />
O candidato só vai conseguir<br />
fazer o que estiver<br />
preparado para fazer. Isso<br />
inclui manter esse ritmo diário<br />
constante. Não adianta<br />
pensar que vai conseguir de<br />
uma hora para outra, porque<br />
o cérebro não deixa.”<br />
Sabendo que os enunciados<br />
do Enem são longos e<br />
envolvem muitos assuntos,<br />
há uma sobrecarga de informação.<br />
“Acontece, frequentemente,<br />
quando lemos três,<br />
quatro vezes a mesma questão,<br />
de termos a sensação<br />
de que não a entendemos”,<br />
exemplifica. Por isso, a necessidade<br />
de treino, que ajuda<br />
o candidato a responder<br />
melhor até mesmo sentindo<br />
exaustão física, de acordo<br />
com a professora.<br />
E a redação?<br />
No primeiro dia de provas do Enem,<br />
o estudante encontra questões de Ciências<br />
Humanas, Linguagens e Códigos e<br />
a temida redação. A professora Gisela<br />
Marques aconselha que o estudante comece,<br />
justamente, pelo texto. Segundo<br />
ela, é interessante tirar os 40 minutos<br />
iniciais para ler a proposta, preparar o<br />
mapa mental e deixar o esqueleto da<br />
Foco no conteúdo<br />
Para lidar com esse tempo de maneira<br />
mais amigável, a psicopedagoga<br />
recomenda que os estudantes levem os<br />
simulados feitos pelas escolas a sério,<br />
porque eles proporcionam uma oportunidade<br />
de autoconhecimento. “O simulado<br />
reproduz as condições de prova,<br />
entre elas, o próprio tempo.” Outros<br />
fatores que contribuem para uma boa<br />
execução do exame também podem<br />
ser testados nos dias de simulado, conforme<br />
Gisela, como a alimentação. “O<br />
aluno precisa se alimentar bem e estar<br />
descansado para que o tempo passe, e<br />
ele não se desconcentre, não sinta fome<br />
na hora errada, porque tudo isso vai interferir<br />
na didática do processo de prova.”<br />
Além de toda a preparação, outro<br />
fator preponderante é manter a rotina<br />
de exercícios físicos. “Quem faz atividade<br />
lida melhor com o tempo. Quem<br />
não faz cansa mais rápido, podendo<br />
render menos”, alerta a psicopedagoga.<br />
Em relação ao tempo de prova, o<br />
Gisela Marques,<br />
psicopedagoga<br />
e professora de<br />
Língua Portuguesa<br />
do Colégio Equipe<br />
redação pronto no rascunho. Depois disso,<br />
o estudante deve focar nas questões,<br />
sem se esquecer de deixar um tempo final<br />
para passar a redação a limpo e para<br />
fazer a marcação do cartão de respostas,<br />
lembrando que pode ser preciso voltar<br />
em alguma questão que tenha ficado<br />
para trás.<br />
Pism tende a ser mais amigável, de<br />
acordo com a professora de reforço escolar,<br />
Kalu Neves. A duração total da<br />
prova é de nove horas, divida em dois<br />
dias, com quatro horas e meia em cada<br />
um. O terceiro módulo do Pism vale<br />
140 pontos e é composto por duas provas,<br />
com questões objetivas, iguais para<br />
todos os candidatos, e discursivas, nas<br />
áreas de conhecimento do curso escolhido<br />
pelo candidato.<br />
“O conteúdo está dentro do programa<br />
da Universidade. Quem mora em<br />
Juiz de Fora ainda tem ‘vantagem’, porque<br />
os colégios da cidade direcionam<br />
o conteúdo para o Pism, então, ele dá<br />
continuidade exatamente ao que a escola<br />
está fazendo.” Com isso, o tempo<br />
de estudo na reta final, segundo Kalu,<br />
pode ser investido na revisão das matérias<br />
trabalhadas em aula. “Se é um<br />
aluno que está bem no colégio, consequentemente,<br />
vai estar bem no Pism,<br />
mantendo o foco nos estudos.”<br />
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