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RODRIGUESIA Revista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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168 Gomes, F. P. & Mello-Silva. R.<br />

lateralmente comprimi<strong>do</strong>s, uncina<strong>do</strong>s, ca. 2 mm<br />

compr. Infrutescência ver<strong>de</strong>-clara passan<strong>do</strong> a<br />

amarelada, raro alaranjada quan<strong>do</strong> madura;<br />

pedúnculo, (6-)8-15(-20) cm compr.; espádice<br />

2,5-4,5(-5,5) cm compr., 1-2,5 cm diâm.;<br />

tépalas conatas, rotundadas, ápice levemente<br />

recurva<strong>do</strong>. Sementes alaranjadas, estreitoelípticas,<br />

translúcidas, ca. 1 mm compr.; testa<br />

impresso-reticulada e foveolada.<br />

Baixio, 22.VIII.1994 (fl) Sothers, C. A. 123 (INPA);<br />

Barro Branco, 2.XI. 1994 (fr) Ribeiro, J. E. L S. et ai.<br />

1481 (INPA); Baixio, 18.XII. 1997 (fr) Souza, M. A. D.<br />

& Assunção, P. A. C. L 505 (INPA SPF); Igarapé<br />

Barro Branco, 5.IV. 1998 (st) Gomes, F.P.34 (INPA);<br />

id., Baixio, 15.1.1998 (st) Gomes, F. P. 35 (INPA);<br />

Igarapé <strong>do</strong>Tinga, 14. VIII. 1993 (fl) Ribeiro, J. E. L S.<br />

et ai. 1149 (INPA); trilha para área 3, sain<strong>do</strong> <strong>do</strong> campo<br />

<strong>de</strong> futebol, 16.1.1998 (fr) Gomes, F.P.et ai. 6 (INPA);<br />

si, 19.1.1996 (fr) Costa, M. A. S. et ai. 724 (INPA).<br />

Evodianthus funifer foi <strong>de</strong>scrita por<br />

Poiteau (1822) em Lu<strong>do</strong>via. Logo após, foi<br />

transferida para Salmia por Sprengel (1826) e<br />

para Carlu<strong>do</strong>vica por Kunth (1841).<br />

Posteriormente, Evodianthus foi cria<strong>do</strong> para<br />

abrigá-la (Lindman 1900). Evodianthus<br />

angustifolius Oerst., E. freyreisii Lindm.,<br />

Carlu<strong>do</strong>vica oerstedii Hemsley, C. cfieli<strong>do</strong>nura<br />

Dru<strong>de</strong>, C. coronata Gleason, C. trailiana<br />

Dru<strong>de</strong> e C. heterophylla Mart. ex Dru<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />

várias localida<strong>de</strong>s das Américas <strong>do</strong> Sul e<br />

Central, foram todas sinonimizadas em E. funifer<br />

por Harling (1958). Já Lu<strong>do</strong>via subacaulis<br />

Poit. foi consi<strong>de</strong>ra um sinônimo duvi<strong>do</strong>so<br />

(Harling 1958). Esta espécie, cujo tipo<br />

<strong>de</strong>sapareceu, foi <strong>de</strong>scrita como terrestre, <strong>de</strong><br />

caule muito curto e com flores similares às <strong>de</strong><br />

E. funifer. Dada a variabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> E. funifer,<br />

é possível que as duas sejam mesmo sinônimos.<br />

Evodianthus funifer po<strong>de</strong> ser reconhecida<br />

pelo perianto das flores masculinas simétrico<br />

e disposto em <strong>do</strong>is verticilos, com os lobos<br />

recurva<strong>do</strong>s sobre os estames. O porte da planta<br />

e a forma e dimensões das folhas, embora<br />

característicos, são bastante variáveis. Harling<br />

(1958) <strong>de</strong>screveu três subespécies, além da<br />

típica, basea<strong>do</strong> nestes caracteres: E. funifer<br />

ssp. fendleranus, E. funifer ssp. peruvianus<br />

e E. funifer ssp. trailianus. Difereriam entre<br />

si na proporção entre a parte inteira e a parte<br />

bífida da lâmina foliar e nas medidas <strong>do</strong>s<br />

segmentos. As populações da Reserva Ducke<br />

abrangem toda a variação utilizada na<br />

<strong>de</strong>limitação das subespécies e, assim, elas não<br />

foram aqui reconhecidas. Evodianthus funifer<br />

ocorre na América Central, Amazônia e sul<br />

da Bahia.<br />

4. Lu<strong>do</strong>via<br />

Lu<strong>do</strong>via Brongn., Ann. Sei. Nat., Bot., sér. 4,<br />

15:361.1861.<br />

Epífitas ou lianas, raro terrestres; caule<br />

longo nas lianas, ou muito curto nas epífitas.<br />

Folhas dísticas; pecíolo mais curto que a lâmina,<br />

ala<strong>do</strong>, lâmina foliar inteira, plicada apenas na<br />

prefoliação, sub-coriácea, lanceolada, ápice<br />

crena<strong>do</strong>; nervura principal única, muito<br />

conspícua, atingin<strong>do</strong> o ápice. Inflorescência<br />

axilar; pedúnculo muito curto; espatas 3, raro<br />

4, lanceoladas a ovadas, dísticas, nunca<br />

congestas, dispostas na meta<strong>de</strong> distai <strong>do</strong><br />

pedúnculo; espádice cilíndrico a fusiforme.<br />

Flores estaminadas simétricas, curtopediceladas<br />

a sésseis; receptáculo afunila<strong>do</strong>;<br />

lobos <strong>do</strong> perianto 20-30, esbranquiça<strong>do</strong>s,<br />

portan<strong>do</strong> glândulas; estames muito numerosos;<br />

pólen monossulca<strong>do</strong>. Flores pistiladas conatas;<br />

tépalas reduzidas a quatro linhas <strong>de</strong>limitan<strong>do</strong><br />

cada flor; estigmas sésseis, uncina<strong>do</strong>s;<br />

placentação subapical. Sementes esféricas a<br />

levemente oblongas, pequenas, castanhas.<br />

Lu<strong>do</strong>via tem duas espécies, reconhecíveis<br />

pelo hábito. Lu<strong>do</strong>via integrifolia (Woodson)<br />

Harling é liana <strong>de</strong> folhas curtas que ocorre no<br />

Panamá, Colômbia e Equa<strong>do</strong>r (Croat 1978) e<br />

L. lancifolia, única epífita verda<strong>de</strong>ira da<br />

família, tem folhas longas e caule muito curto.<br />

4.1 Lu<strong>do</strong>via lancifolia Brongn., Ann. Sei. Nat.,<br />

Bot., ser. 4, 15: 363. 1861. Fig. 2 a-d<br />

Herbácea, epífita, raro terrestre, até 150<br />

cm compr.; raízes aéreas ausentes; raízes<br />

grampiformes muito abundantes forman<strong>do</strong> um<br />

aglomera<strong>do</strong> na base da planta; caule ca. 40<br />

cm compr., 3-7 cm diâm. Folhas 5-12, ver<strong>de</strong>escuras,<br />

brilhantes, eretas, bainha conduplicada.<br />

Rodhaue.ua 57 (2): 159-170. 2006

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