Dialogo Social parte 1- 31-08-2006 - Portal de Participación Social ...

Ante a realidade dos processos desiguais e assimétricos da globalização, que não contém
mecanismos de auto-correção, e a indubitável emergência de poderes fáticos de alcance internacional,
protegidos por interesses geopolíticos, a sociedade civil do México e de todas as nações, decidiu
deixar de ser espectadora passiva das decisões não consensuais que se adotam através dos mecanismos
formais das relações inter-governamentais.
A participação representativa, plural, abrangente de todas as instâncias sociais e expressões
culturais, socioeconômicas e étnicas, é condição iniludível para assegurar que os interesses das
maiorias sejam incorporados e governados por uma ordem ética e institucional que garanta na
realidade, a vigência universal dos direitos humanos.
As propostas derivadas do Diálogo Social se apresentam em cada um dos capítulos do texto.
Desejamos destacar algumas de las:
• Assegurar uma participação social permanente, transparente e estratégica, que deverá ser
plural, organizada, devidamente estruturada e que considere aos atores sociais representativos
(organizações da sociedade civil, organizações sindicais e profissionais,
organizações empresariais, grupos étnicos, instituições de pesquisa e educação);
• Coadjuvar a forjar uma estrutura governamental aberta ao diálogo com a sociedade, em
temas essenciais, com visão pró-ativa e transversal e com mecanismos claros e eficientes;
• Contribuir ao fortalecimento de uma institucionalidade governamental com uma visão de
longo prazo e integral da Política Exterior, e que reduza a sua subordinação a temas ou
interesses parciais,
• Contar com uma Política Exterior de Estado, com capacidade de enfrentar os novos desafios
da globalização com base às tradições e princípios constitucionais do México, adaptando
a sua instrumentação às circunstâncias prevalecentes e futuras.
• Os princípios básicos deverão considerar de maneira prioritária o respeito aos direitos
humanos (civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais) tanto em nosso
país como no exterior, com ênfase na pessoa e a comunidade,
• Se requer a aplicação conseqüente e consensual de uma Política Exterior de longo prazo
para o crescimento econômico e o progresso social; que seja integral e coerente, permanente
e transparente. Que se concilie o internacional com o interno, o econômico com o
social, o político com o econômico, e o privado com o público.
• Definir uma política exterior soberana, quer dizer, conseqüente e eficaz na obtenção de
objetivos estratégicos nacionais, pendente das repercussões da ação dos outros atores
internacionais, garantindo a dignidade do país e vinculada indissoluvelmente à política
interior.
• Dar resposta pró-ativa e estratégica, desde a perspectiva dos interesses e a soberania
nacional, até as iniciativas e ações do entorno internacional e aos processos de globalização
econômica.
• Assegurar uma Política Exterior com presença dinâmica e pró-positiva nos organismos
internacionais como instrumentos da construção de uma nova ordem multipolar que procure
sua democratização e eficácia, que contribua na construção de elementos jurídicos
sólidos e assinale as tendências na colocação de agendas particulares como preeminentes,
ou criar poderes paralelos,
Ao longos destes meses, não foi tão fácil romper as resistências existentes na sociedade e em
alguns funcionários públicos para uma participação da sociedade sobre questões essenciais e em
particular para definir nossos interesses nacionais ante o entorno internacional em uma visão de
longo prazo.
26