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216 LOS RECURSOS NATURALES COMO PALANCA DEL DESARROLLO EN AMÉRICA DEL SUR: ¿FICCIÓN O REALIDAD?
É mais um exemplo de que a abundância de recursos naturais gera tensões de
difícil resolução em entidades federativas.
2.2.4. Evidências e sintomas de doença holandesa no Brasil
Esta seção destina-se a apresentar um conjunto de indicadores que informa o
debate atual sobre doença holandesa no Brasil. Os indicadores relacionam-se a
quatro pontos fundamentais: (i) evolução do câmbio real e da rentabilidade das
exportações; (ii) mudanças na composição da pauta de exportações em termos de
tipos de produtos e de países/regiões de destino; (iii) evolução dos coeficientes de
comércio exterior; e (iv) evolução do produto industrial e de outros indicadores
capazes de apontar evidências de “desindustralização” da economia brasileira.
2.2.4.1 Câmbio real e rentabilidade das exportações
De 2004 a 2011 o câmbio real brasileiro, utilizando o índice de preços ao consumidor
como deflator, apresentou valorização quase contínua, brevemente interrompida
nos meses imediatamente posteriores à eclosão da crise financeira
internacional, em setembro de 2008. Neste período de sete anos, a valorização
real acumulada do câmbio foi de quase 40%. Quando se considera a relação câmbio-salário,
a perda foi ainda mais expressiva (-53%), tendo em vista que houve
importante aumento dos salários reais no país neste período.
Gráfico 3. Câmbio real, índice de rentabilidade das exportações e relação câmbio
efetivo-salário (dezembro de 2003=100)
145
140
135
130
125
120
115
110
105
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
Câmbio Real IPC
Índice de rentabilidade
Câmbio efetivo-salário
ene-99
jul-99
ene-00
jul-00
ene-01
jul-01
ene-02
jul-02
ene-03
jul-03
ene-04
jul-04
ene-05
jul-05
ene-06
jul-06
ene-07
jul-07
ene-08
jul-08
ene-09
jul-09
ene-10
jul-10
ene-11
jul-11
Fontes: Funcex e IPEA.