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COMUNICAÇÕES 247 - PEDRO DOMINGUINHOS O GUARDIÃO DO PRR

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negocios 42 Dados

negocios 42 Dados revelados recentemente no relatório “Threat Landscape Report”, da empresa de serviços de cibersegurança S21sec, comprovam as piores suspeitas para Portugal: nos primeiros seis meses de 2023, 11 empresas portuguesas foram alvo de ciberataques graves. Uma realidade igualmente patente no “Relatório Cibersegurança em Portugal – Riscos & Conflitos”, do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), que deixa claro que há uma perceção elevada de risco de cibersegurança em Portugal. Estará o país preparado para lidar com esta nova realidade? Temos profissionais munidos das competências necessárias para enfrentar este desafio hercúleo? O mercado parece dizer que não. O diretor-geral da Cisco Portugal, Miguel Almeida olha com preocupação para a escassez de recursos humanos na área da cibersegurança do nosso país. “A pandemia trouxe uma enorme mudança no paradigma da cibersegurança, em termos das suas ofertas e implementações, mas também levou a um salto exponencial de ataques”, contextualiza. “Hoje há uma maior preocupação com esta temática, que caminha lado a lado com uma enorme escassez de recursos humanos especializados em segurança. Os profissionais que temos são claramente insuficientes para as necessidades do mercado”, lamenta o responsável da Cisco. Com olhos postos no futuro, a empresa líder em Tecnologias de Informação a nível mundial acaba de lançar a Cisco Cybersecurity Academy, que promete ser uma enorme mais-valia para a criação de um pipeline de especialistas em cibersegurança no país. Ao longo de seis meses, 18 alunos terão acesso a um curriculum diversificado, elaborado com um ecossistema variado de organizações, incluindo universidades técnicas e parceiros-chave na área da cibersegurança. A formação será vital para preparar as certificações exigidas pelo mercado, como CCNA (Cisco Certified Networking Associate), CyberOps Associate & Security Networking com Cisco Firepower, entre outras. “Além do conhecimento adquirido em aula, é igualmente vital a partilha de conhecimentos dos players do mercado em contexto real, bem como a aprendizagem de soft “Os atuais profissionais de cibersegurança são claramente insuficientes para as necessidades do mercado português” skils ou a audição de TED talks dos melhores profissionais do setor”, elucida Miguel Almeida. “Tenho a certeza de que daremos ao mercado profissionais altamente capacitados para defender o país na área da cibersegurança”, afirma, com entusiasmo. AINDA HÁ UM LONGO CAMINHO A PERCORRER Se não restam dúvidas de que mais profissionais qualificados são uma necessidade urgente para o setor, outras questões de resolução mais complexa teimam em permanecer, na altura de resolver a complexa equação da cibersegurança em Portugal e no mundo. E se é verdade que estamos num caminho mais estratificado, com conhecimento cada vez mais especializado na área, a ideia de que esta realidade “só acontece aos outros” continua a persistir tanto na esfera empresarial e estatal, como na privada. “É vital criar awareness para este tema. É urgente quebrar esta ideia de ‘isso não é um problema para mim, não me afeta’, porque sabemos hoje que nada pode estar mais longe da verdade. Esta questão afetar-nos-á. Só não sabemos quando”, afirma Miguel Almeida, convictamente. E é essa inevitabilidade do ataque que parece estar a surtir efeito na crescente preocupação das empresas e organismos públicos em Portugal. O estudo “A visão das empresas portuguesas sobre os riscos”, lançado recentemente pela consultora Marsh Portugal, e que ouviu mais de 130 líderes nacionais, assim o comprova: os ataques cibernéticos são a principal preocupação dos gestores (46%), superando a instabilidade política ou social (45%) e a inflação (39%). “A tal ideia de que só acontece aos outros vai adiando investimentos, por força de outras prioridades, mas a verdade é que se olharmos para as empresas de média dimensão há uma crescente preocupação com a segurança e isso é bom sinal”, diz Miguel Almeida. Duas razões parecem destacar-se para este acréscimo: a necessária proteção de dados de clientes, informação vital para qualquer empresa, e a maior consciência do tremendo impacto negativo que um simples ataque pode provocar no negócio. Os números parecem dar razão aos que olham para a cibersegurança como uma prioridade imediata. 2022 ficou marcado como o ano com maior número de ataques cibernéticos alguma vez registados em Portugal, em vários setores da economia, banca, media, saúde e

transportes. Terão os organismos públicos, o tecido empresarial e o cidadão comum ferramentas para travar esta luta? O primeiro passo para este esforço conjunto foi dado recentemente pelo Estado, com o Secretário de Estado da Digitalização, Mário Campolargo, a anunciar que a Nova Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço está em fase de elaboração. “A cooperação feita hoje entre o tecido empresarial, as entidades estatais – caso do Centro Nacional de Segurança ou do Ministério da Defesa –, e das universidades públicas, é a prova de que só com uma estratégia conjunta é possível cerrar fileiras contra os ataques que, sejamos realistas, farão cada vez mais parte da nossa realidade. Se a isto juntarmos especialistas habilitados e capacitados para salvaguardar as infraestruturas que são vitais para o país, temos uma enorme mais-valia para o bem comum”, conclui Miguel Almeida.• Miguel Almeida encara com entusiasmo o recente lançamento da Cisco Cibersecurity Academy. Está convicto que será uma enorme mais-valia para a formação de profissionais altamente capacitados para defender o país na área da cibersegurança NOVA OFERTA FORMATIVA A transformação digital, seus benefícios e vantagens, mas também os enormes desafios que acarreta, é uma realidade cada vez mais presente no tecido empresarial português. Empenhada na procura de soluções efetivas e duradoras em cibersegurança, a Competitive Intelligence & Information Warfare Association (CIIWA) criou uma formação para garantir talento especializado e qualificado nesta área. Com uma oferta formativa inovadora, o curso abordará o tema da cibersegurança numa perspetiva de gestão e centrada no fator humano. Para além da completa componente técnica lecionada por um corpo docente de elevada experiência e domínio técnico, os diferentes módulos abordam a cibersegurança numa visão integradora, reunindo boas práticas, profissionais experientes e um método ativo de formação. Associados APDC contam com preços especiais. • 43

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