5 perguntas FERNANDO BRAZ: A prioridade é a inovação responsável Combinada com dados e automação, a IA tem um enorme potencial para as empresas. A Salesforce aposta forte numa oferta à medida, para transformar as organizações. Fernando Braz, country leader da Salesforce Portugal, garante que o mercado está a crescer. Texto de Isabel Travessa| Fotos de Vítor Gordo/ Syncview 12 Liderou o processo de entrada da Salesforce em Portugal, em meados de 2020, primeiro com um escritório e, um ano depois, com a criação de uma subsidiária. Que balanço faz da operação? A região EMEA é a que tem demonstrado um maior crescimento na empresa. Dentro desta região, a zona sul da Europa lidera o crescimento e os mercados de Itália, Espanha e Portugal são os que demonstram maior dinamismo. O mercado ibérico tem vindo a crescer, acompanhando a visão da empresa de chegar aos 50 mil milhões de dólares de faturação até ao ano fiscal de 2026. A aceleração tecnológica é uma realidade e a IA está a revolucionar tudo. O que é que está a trazer de novo à vossa oferta para o mercado, nos vários segmentos onde atuam? Estamos a testemunhar uma revolução na IA que está a acelerar o crescimento dos negócios, a mudar a forma como trabalhamos, a melhorar as nossas capacidades e a imaginar novas fronteiras. Mas não basta apenas possibilitar as capacidades tecnológicas da IA generativa. Devemos dar prioridade à inovação responsável, para ajudar a orientar a forma como esta tecnologia pode e deve ser utilizada. A estratégia de IA de uma empresa é tão boa quanto a sua estratégia de dados. Dados, IA e automação, quando combinados, têm o potencial de transformar e melhorar a eficiência e a produtividade de empresas de todos os setores e de qualquer dimensão. Do ponto de vista prático, estamos a olhar para cada vertical e a adaptar a oferta para as necessidades de cada um, com a cloud específica desse setor, seja vendas, serviços, marketing, retalho, financeiro, energia ou setor público. Como define a estratégia atual da Salesforce para o mercado nacional? A estratégia orientada a nível global passa pela verticalização da oferta dos produtos Salesforce, para que respondam às necessidades específicas de cada um. Em todos, a base passa por combinar o trio mais importante IA + Dados + CRM, envoltos por aquilo a que chamamos o ‘Einstein Trust Layer’, que protege dados sensíveis e permite que as empresas possam confiar nos dados criados pelas respostas de IA generativa. Quais são as suas metas para o ano fiscal que se iniciou em fevereiro? A política da Salesforce não permite partilhar dados de mercados específicos. Mas estamos todos alinhados, acompanhando a visão da empresa de chegar aos 50 mil milhões de dólares de faturação global, até ao ano fiscal de 2026. Olhando para o tecido empresarial nacional, quais considera serem as grandes metas, particularmente nas PME, para garantir o futuro? O foco deve estar no ganho de produtividade, para que se tornem em empresas mais ágeis e competitivas, crescendo em dimensão e atuação. A Salesforce acredita que os dados, a IA e a automação, quando combinados, têm o potencial de transformar e melhorar a eficiência e a produtividade, independentemente do setor de atividade e dimensão. Por exemplo, dados da McKinsey revelam que, até 2030, a integração da IA generativa nas empresas permitirá que 30% do tempo dos colaboradores possa ser libertado para outras tarefas, aumentando assim a produtividade dos profissionais de vários setores.•
Para Fernando Braz, “não basta apenas possibilitar as capacidades tecnológicas da IA generativa. Devemos dar prioridade à inovação responsável, para ajudar a orientar a forma como esta tecnologia pode e deve ser utilizada” 13
