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COMUNICAÇÕES 249 - SANDRA MAXIMIANO: UMA GESTORA DE EQUILÍBRIOS À FRENTE DA ANACOM

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negocios 54 contentes por ter parceiros locais, que nos ajudem na concretização da nossa missão de manter a nossa plataforma segura”. Na sequência do recente anúncio do grupo de que está a intensificar a luta contra as fake news nas eleições, o TikTok já tomou medidas para combater a desinformação nas recentes legislativas nacionais de 10 de março. Assim, fez uma parceria com o Polígrafo, que ajudou a garantir que a informação da plataforma era fiável. “O Polígrafo ajudou-nos a compreender que tipo de conteúdo é desinformação e, assim, a remover de forma consistente e precisa a desinformação sobre as eleições”, refere a diretora de Políticas Públicas e Relações Governamentais do TikTok Portugal e Espanha. Tomaram ainda outras medidas, como informar os utilizadores sobre conteúdos não verificados, rotulando -os e pedindo-lhes que reconsiderassem antes de partilharem informações potencialmente enganadoras. Ou informar o criador para que soubesse que estava a criar conteúdos não verificados. Ou ainda a disponibilizar um “guia de pesquisa”, onde os utilizadores pudessem aceder a informações e recursos fiáveis em português. A plataforma não permitiu ainda promoção política paga, publicidade política ou angariação de fundos por parte de políticos e Para combater a desinformação nas recentes eleições legislativas, o TikTok fez uma parceria com o Polígrafo partidos políticos e uma “política robusta” para contas de políticos ou partidos, com várias restrições. “Em todos os momentos eleitorais, a nossa principal preocupação é combater a desinformação no contexto eleitoral, assegurando que o TikTok continua a ser um local criativo, seguro e civilizado para a nossa comunidade”, destaca Yasmina Laraudogoitia. Para preparar as eleições para o Parlamento Europeu, em junho, já foi criado na plataforma um Centro Eleitoral, de forma a que os utilizadores de cada Estado-membro possam perceber claramente o que é informação credível e fidedigna. Acrescem “as mais de 6 mil pessoas dedicadas à moderação de conteúdos, que são nativas nas línguas europeias. As nossas equipas trabalham em conjunto com a tecnologia, para garantir que estamos a aplicar de forma coerente as nossas regras para detetar e eliminar a desinformação, as operações de influência encobertas e outros conteúdos e comportamentos que podem aumentar durante um período eleitoral”. Continuarão ainda a trabalhar com organizações de verificação de factos em vários Estados-membros, assim como a investir em campanhas de literacia como estratégia de combate à desinformação. Como destaca, “em 2023, colaborámos com verificadores de factos para lançar campanhas de literacia mediática em 18 países europeus, gerando mais de 220 milhões de impressões e atingindo cerca de 50 milhões de pessoas no TikTok. Este trabalho continuará este ano, estando previsto o lançamento de nove campanhas adicionais em 2024”. MAIS E MAIS SEGURANÇA E TRANSPARÊNCIA “A segurança e a transparência são dois pilares do Tik- Tok. São áreas em que trabalhamos constantemente para introduzir melhorias. Estamos muito confiantes no trabalho que temos estado a desenvolver e que vamos continuar a fazer. São áreas em constante mutação, que exigem dedicação permanente e é isso que estamos a fazer”, assegura a responsável, quando questionada sobre as novas regras europeias para as grandes plataformas, no âmbito do Digital Services Act (DSA), pelo qual foi designada como ‘Very Large Online Platform’ (VLOP). Aliás, e para cumprir as regras, agora bastante mais apertadas, de proteção dos dados dos utilizadores europeus, o TikTok lançou há pouco mais de um ano o Projeto Clover. Representando um investimento de 12 mil milhões de euros para a próxima década, com a abertura de três centros de dados, a sua implementação já mostra “progressos significativos”. O primeiro centro de dados foi aberto na Irlanda e está a decorrer a migração e a armazenagem dos dados dos utilizadores europeus. Também o centro da Noruega está numa fase

A responsável para Portugal e Espanha garante que “segurança e transparência são dois pilares. São áreas em que trabalhamos constantemente para introduzir melhorias. Estão em constante mutação, exigem dedicação permanente e é isso que estamos a fazer” de desenvolvimento avançada, prevendo-se que esteja em funcionamento ainda este ano. Mas a plataforma foi ainda mais longe e, no âmbito do Projecto Clover, anunciou ter contratado a NCC Group, líder em cibersegurança, como fornecedor independente de segurança. Tem como missão auditar os controlos e salvaguardas de dados, monitorizar os fluxos de dados, fornecer uma verificação independente aos protocolos de segurança e comunicar quaisquer incidentes. “O trabalho da NCC Group já começou. Para nós, esta supervisão independente e consistente, assim como as verificações dos nossos processos de segurança de dados, não terão precedentes entre os nossos concorrentes. E enquanto os nossos centros de dados ainda não estão totalmente concluídos, criámos um enclave seguro dedicado aos dados dos nossos utilizadores europeus, alojado nos EUA. Aplicamos ainda restrições adicionais ao acesso aos dados dos utilizadores europeus, incluindo o não acesso a dados restritos armazenados no nosso novo enclave de dados europeu por parte de funcionários na China”, assegura a responsável do TikTok. A plataforma está, desta forma, a responder não só às novas exigências no espaço comunitário, mas também aos receios, que surgiram, já em 2020, em torno da segurança de dados. É que, tendo em conta que é detida pelo grupo chinês ByteDance e as ligações deste a Pequim, os dados dos utilizadores poderão estar a ser partilhados com o governo chinês. Têm, desde então, surgido várias proibições à sua utilização, com destaque para os Estados Unidos, onde está em curso o processo de aprovação de um projeto de lei que visa obrigar a dona do TikTok a vender a plataforma num prazo de 180 dias, por colocar em causa a segurança nacional. Caso contrário, deixará de estar acessível naquele país. Para o TikTok, trata-se de uma proibição. E adverte para o impacto da decisão na economia, nos “sete milhões de pequenas empresas e nos 170 milhões de americanos que utilizam o serviço”. É que, apesar de todas as medidas e receios, a adesão à plataforma não pára de crescer.• 55

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