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<strong>spectrum</strong><br />

NO. 19 / 1-2009<br />

mAGAZINe OF pulp & pAper<br />

O tIGre Que ruGe<br />

Wu Jialing, Presidente, Hunan Tiger Forest & Paper<br />

Group, China (Página 4)<br />

mOVeNDO e remOVeNDO<br />

Um serviço diferenciado soluciona o problema da<br />

Norske Skogindustrier na Noruega (Página 14)<br />

À FreNte DA curVA<br />

A SCA ativa uma nova máquina de tissue nos<br />

EUA (Página 18)<br />

cArtãO ríGIDO<br />

No Brasil, o CTMP agrega valor aos produtos de<br />

cartão da Klabin (Página 22)


2<br />

3<br />

4<br />

MENSAGEM DA<br />

ADMINISTRAÇÃO<br />

O RUGIDO DO<br />

TIGRE<br />

10 ELEVANDO O<br />

TETO<br />

14 ATUALIZAÇÕES<br />

DINÂMICAS<br />

18<br />

ÍNDICE<br />

À FRENTE DA<br />

CURVA<br />

A Spectrum é uma publicação de:<br />

ANDRITZ AG<br />

Stattegger Strasse 18<br />

A-8045 Graz, Austria<br />

Tel: +4 ( 16) 6902 0<br />

pulpandpaper@andritz.com<br />

Managing Editor: Gudrun Hadolt<br />

gudrun.hadolt@andritz.com<br />

Editor: Robert Puhr<br />

robert.puhr@andritz.com<br />

22 CARTÃO<br />

RÍGIDO<br />

28<br />

32<br />

34<br />

38<br />

MELHORES<br />

CAVACOS?<br />

UMA SITUAÇÃO<br />

PEGAJOSA<br />

ATIVAÇÃO DO<br />

“GRANDE”<br />

NOTÍCIAS DO<br />

MUNDO DA<br />

ANDRITZ<br />

Equipe editorial: Bjørn Hansen, Brigitte Jannach, Matt McGarry, Minna<br />

Heinonen, Sara Koller, Pirjo Nousjoki, Mia Passi, Mareen Triebels, Ursula<br />

Upanne, Manuela Wagner, Elisabeth Wolfond<br />

Redatores colaboradores: Thomas Barbieri, Jody Coleman-Davis, Robert<br />

Puhr<br />

Fotógrafos colaboradores: Lars Behrendt, Bildhauer, Wolfgang Croce, Riku<br />

Isohella, Christopher Rausch, Jim Storm, Thomas Wedderwille,<br />

Mark Wing, Dong Jingyu, Robert Puhr<br />

Projeto gráfico: Gudrun Hadolt<br />

Nesta publicação aparecerão os termos “toneladas” e “tons”: toneladas para unidades métricas e tons para unidades dos<br />

EUA. A Spectrum é publicada em cinco idiomas: inglês, chinês, russo, japonês e português. Copyright © Andritz AG 2009.<br />

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução de qualquer parte desta publicação sem a permissão do editor.<br />

NOVO PRODUTO<br />

ENFARDADEIRA<br />

Em muitas linhas de secagem de celulose,<br />

o equipamento de amarração/<br />

enfardamento é o gargalo. A menor<br />

perturbação (por exemplo, um curvamento<br />

na alimentação do arame) pode<br />

fazer com que o maquinário desligue.<br />

A ANDRITZ está lançando uma nova<br />

linha de máquinas de amarração – que<br />

oferecem maior produção ( 00 fardos/<br />

hora) e maior confiabilidade.<br />

Com funções tais como tratamento<br />

brando dos arames, detecção automática<br />

do final do arame, compactador<br />

de resíduos e alimentação automática<br />

da ponta, os novos BaleBinders,<br />

UnitBinders e StackBinders são os<br />

melhores do mercado.<br />

Para saber mais, entre em contato<br />

com:<br />

tying-equipment@andritz.com<br />

Ainda estamos aí?<br />

Economias caem, economias sobem.<br />

Todos estão fazendo as mesmas perguntas:<br />

Chegamos ao fundo do poço? Saberemos<br />

que é o fundo quando estivermos lá?<br />

Nossa empresa está preparada para o próxi-<br />

mo ciclo de crescimento? As respostas para<br />

essas perguntas dependem da sua estratégia<br />

durante o período atual de declínio:<br />

Restrição. A eficiência operacional e o corte<br />

de custos são a base para a sobrevivência.<br />

Ao extremo isso significa “acocorar-se e es-<br />

perar acabar”. O sucesso dessa estratégia<br />

depende de seus concorrentes, já que muitas<br />

empresas aumentam a participação no mer-<br />

cado oferecendo custos menores e mais ser-<br />

viços durante uma recessão.<br />

Reorganização. “Faz sentido realizar pesqui-<br />

sa e desenvolvimento contra o ciclo”, afirma<br />

Tom Nicholas, professor adjunto no Grupo<br />

de Gestão Empresarial da Harvard Business<br />

School. “As recessões podem realmente ser<br />

oportunidades estratégicas úteis.”<br />

Muitas empresas usam o tempo de inatividade<br />

para desativar máquinas ou fábricas<br />

improdutivas, transferir ativos para outros locais,<br />

reformar o maquinário, alterar o tipo de<br />

produto para atender a demandas futuras e,<br />

em geral, se alinhar para o próximo ciclo de<br />

crescimento.<br />

O planejamento e a execução de uma reforma<br />

(decidir o que manter, o que atualizar e o<br />

que substituir) requer especialização e experiência.<br />

Na ANDRITZ temos essa experiência<br />

e oferecemos serviços completos para a<br />

otimização de linhas, o desgargalamento de<br />

fábricas, a realocação e a modernização de<br />

equipamentos.<br />

Reinvenção. As empresas existentes podem<br />

ter ganhos inacreditáveis durante uma recessão.<br />

De acordo com especialistas, esses ganhos<br />

surgem quando as empresas estão motivadas<br />

a solucionar um problema importante<br />

e beneficiar o mundo.<br />

Humbert Köfler<br />

Membro da Diretoria<br />

Papel e Celulose – Serviços e Unidades<br />

Mensagem da Administração<br />

Qual é o próximo problema importante a so-<br />

lucionar em nosso segmento: é a embala-<br />

gem, ou comunicação, ou higiene, ou, quem<br />

sabe, energia? Em nossa empresa, estamos<br />

fazendo grandes investimentos de P&D em<br />

energia (em especial em processos de bio-<br />

massa para energia e biomassa para líqui-<br />

do). O custo da energia para as empresas é<br />

enorme, mas ainda assim tem o potencial de<br />

gerar receitas significativas para as fábricas<br />

de celulose. Nossa recente instalação de uma<br />

caldeira BioPower para a Ence na Espanha<br />

confirma o potencial.<br />

Sua empresa será aquela que explorará o<br />

pensamento contracíclico para se reorganizar<br />

ou reinventar a fim de lucrar com o próximo<br />

ciclo de crescimento? Em caso positivo,<br />

estamos prontos para sermos seu parceiro<br />

tecnológico.<br />

Ou, se você estiver apenas no modo de so-<br />

brevivência, temos algumas soluções que<br />

também o ajudarão.<br />

Karl Hornhofer<br />

Membro da Diretoria<br />

Papel e Celulose – Sistemas de capital


4 Hunan Tiger Forest & Paper Group Hunan Tiger Forest & Paper Group 5<br />

O rugido do tigre em Hunan<br />

Ao contrário da maioria das regiões da China, a província de Hunan tem<br />

recursos florestais abundantes que são virtualmente intocados. Uma fábrica<br />

greenfield de celulose kraft fornecida pela ANDRITZ é considerada como<br />

“verdadeiramente positiva” – não apenas do ponto de vista empresarial, mas<br />

também como um bom exemplo da industrialização bem sucedida da China.<br />

De acordo com Wu Jialing, Presidente da<br />

Diretoria e Representante Legal da Hunan<br />

Tiger Forest & Paper Group Co., a idéia de<br />

uma fábrica de celulose perto da província de<br />

Hunan surgiu originalmente do governo local.<br />

No entanto, por várias razões, os planos fo-<br />

ram adiados e postergados. “Em 2004, nossa<br />

empresa decidiu construir uma fábrica de ce-<br />

lulose totalmente nova em Huaihua e tivemos<br />

total apoio e aprovação do governo local, junto<br />

com dirigentes da província de Hunan.”<br />

A integração de floresta e papel em um projeto<br />

de fábrica greenfield de propriedade do estado<br />

com a capacidade de 400.000 t/a de celulose<br />

kraft branqueada produzida com madeiras de<br />

fibras longas logo se tornou um dos 10 pro-<br />

jetos mais simbólicos da crescente industriali-<br />

zação nova na província de Hunan. O projeto<br />

consistia na fábrica, em uma estrada de ferro<br />

especial e em uma base florestal de 140.000<br />

ha, estando o investimento total próximo a<br />

RMB 4, bilhões(€ 48 milhões). Como a tecnologia<br />

veio principalmente da ANDRITZ na<br />

Europa e uma quantidade considerável do<br />

equipamento foi fabricada pela ANDRITZ na<br />

China, a Hunan Juntai Pulp & Paper (JTPP)<br />

se tornou um símbolo de excelência no segmento<br />

papeleiro chinês em termos de processos<br />

avançados, equipamentos, automação e<br />

proteção ambiental.<br />

A fábrica greenfield de celulose kraft branqueada<br />

feita a partir de fibras longas com capacidade de<br />

400.000 t/a em Huaihua se tornou um símbolo de<br />

excelência no setor papeleiro chinês em termos de<br />

processos avançados, equipamentos, automação e<br />

proteção ambiental.<br />

“O projeto Huaihua ganhou o<br />

Prêmio Nacional de Avanço em<br />

Ciência e Tecnologia da China.”<br />

Xu Yuanmei, Presidente Assistente, Diretor-Chefe<br />

do projeto Huaihua, Representante Legal da Hunan<br />

Juntai Pulp & Paper<br />

“A ANDRITZ foi escolhida como o parceiro<br />

estratégico para a fábrica de celulose Huaihua<br />

pela experiência anterior, dos equipamentos<br />

tecnologicamente avançados e da cooperação<br />

sólida.”<br />

Wu Jialin, Presidente e Representante Legal da Tiger<br />

Um novo começo em um Ano Novo<br />

Após o Ano Novo chinês em 2007, o trabalho<br />

foi iniciado na JTPP. Em agosto de 2008, o<br />

trabalho na maior fábrica chinesa de kraft<br />

branqueado de madeiras de fibras longas<br />

estava concluído e a produção foi iniciada.<br />

“Tivemos que usar 400 toneladas de explosivos<br />

para preparar o local da nova obra, que<br />

anteriormente consistia em colinas”, explica<br />

Xu Yuanmei, o Comandante Chefe do projeto<br />

Huaihua e Presidente da JTPP.<br />

Como sempre na China, uma cooperação<br />

sólida e com confiança entre o proprietário e<br />

o fornecedor é importante. Quando se considerou<br />

quem seria o principal fornecedor desse<br />

enorme projeto, “a ANDRITZ foi escolhida<br />

como nosso parceiro estratégico pela experiência<br />

e cooperação anterior”, lembra Wu. Tal<br />

experiência inclui todos os equipamentos de<br />

linha para um projeto APMP em Yueyang (a<br />

antiga sede do Tiger Group). Para a ANDRITZ,<br />

a Tiger foi o primeiro cliente na China quando<br />

eles entraram no mercado, em 199 . Um elemento<br />

importante no processo de seleção foi<br />

a comprovada capacidade da ANDRITZ como<br />

fornecedor de linhas completas, demonstrada<br />

por projetos no Brasil e no Uruguai. “A<br />

ANDRITZ tem a especialização para fornecer<br />

não apenas os sistemas de processo, mas<br />

também todas as interconexões entre as ilhas<br />

de processos”, diz Tian Hongying, do<br />

escritório da ANDRITZ em Pequim.<br />

“Durante o processo de licitação, o escopo<br />

de fornecimento da ANDRITZ foi o mais<br />

amplo entre todos os concorrentes”, diz<br />

He Ganghui, Vice-Comandante do projeto<br />

Huaihua. “Pensamos em usar fornecedores<br />

diferentes para departamentos diferentes,<br />

porém as fábricas chinesas tiveram dificuldades<br />

no passado ao usar essa abordagem.<br />

A experiência da ANDRITZ no fornecimento<br />

de linhas completas nos levou a selecioná-los<br />

para garantir a consistência de suporte técnico<br />

e coordenação.”<br />

“Em Huaihua, escolhemos os equipamentos<br />

de produção para a linha completa da<br />

ANDRITZ e esse projeto até foi honrado com<br />

o Prêmio Nacional de Avanço em Ciência e<br />

Tecnologia da China”, diz Xu Yuanmei.<br />

Escopo de fornecimento<br />

O escopo de fornecimento da ANDRITZ compreendia<br />

os equipamentos e as tecnologias


6 Hunan Tiger Forest & Paper Group Hunan Tiger Forest & Paper Group 7<br />

“A ANDRITZ forneceu a mais<br />

moderna e avançada linha de<br />

produção da China.”<br />

Liu Hongbo, Gerente Geral da Hunan<br />

Juntai Pulp & Paper<br />

para manuseio de madeira, linha de fibras,<br />

secagem de celulose e manuseio de fardos,<br />

recuperação química e preparação de licor<br />

branco. O pátio de madeira de Huaihua os-<br />

tenta o primeiro HHQ-Chipper com alimen-<br />

tação horizontal da China, junto com tambor<br />

descascador, peneiras, estocagem de cava-<br />

cos e descarregadores ParaScrew. A linha<br />

de descascamento e picagem foi projetada<br />

para 50 m sob/h. As fibras usadas na fábrica<br />

são principalmente de coníferas (pinheiro<br />

[Pinus massoniana] e abeto), mas ela também<br />

pode produzir celulose branqueada de folhosas.<br />

A linha de fibras em Huaihua é uma das<br />

maiores da China e consiste em um sistema<br />

de alimentação de cavacos TurboFeed® para<br />

um digestor Lo-Solids® com vaso único. No<br />

total, são empregados seis DD Washers para<br />

lavagem, deslignificação por oxigênio e branqueamento<br />

ECF.<br />

A secagem de celulose e a linha de enfardamento<br />

são equipadas com preparação da<br />

massa, máquina de desaguamento para a<br />

mesa formadora de dupla tela, secador com<br />

folha suspensa, cortadeira/mesa acumuladora<br />

e linha de enfardamento automatizada. A<br />

largura da folha na cortadeira é de 4,2 m.<br />

A linha de fibras em Huaihua é uma das maiores na China. (Esquerda) Um total de seis DD<br />

Washers foram empregados para lavagem, deslignificação por oxigênio e branqueamento<br />

ECF. (Direita) Parte do estágio de oxigênio e da linha de branqueamento. A capacidade de<br />

branqueamento é de 1242 admt/d para fibras longas e 1358 admt/d para fibras curtas.<br />

Para os processos de recuperação de químicos,<br />

a ANDRITZ forneceu uma unidade de<br />

evaporação otimizada para eficiência energética<br />

(7+ efeitos de alta densidade), com uma<br />

capacidade de 489 t/h e sólidos secos no licor<br />

a 80%.<br />

O calor do licor fraco quente é usado para a<br />

evaporação. A caldeira de recuperação tem<br />

uma capacidade de 2200 tds/d e opera com<br />

vapor a 490ºC e 92 bar. Dentro da unidade<br />

de licor branco, a Huaihua tem a primeira<br />

planta de caustificação moderna da China,<br />

onde toda a separação sólido/líquido é feita<br />

em filtros sem um único clarificador. O sistema<br />

LimeGreen para filtragem do licor verde é o<br />

primeiro da China. A unidade inclui um sistema<br />

StiroX para oxidação do licor branco.<br />

Tempestades de gelo, pontes caindo,<br />

economia global<br />

Zhou Kunpeng, Engenheiro-Chefe da JTPP,<br />

relaciona três grandes desafios durante o projeto.<br />

O primeiro desafio foi uma tempestade de<br />

gelo que derrubou a ponte Tuojiang, afetando<br />

diretamente a programação de transporte e<br />

causando um atraso de dois meses. Segundo,<br />

houve alguma pressão relacionada ao aspecto<br />

As fibras usadas na fábrica são principalmente de coníferas (pinheiro [Pinus massoni-<br />

ana] e abeto), mas ela também pode produzir celulose branqueada de folhosas (acima). A<br />

fábrica Huaihua ostenta o primeiro HHQ-Chipper com alimentação horizontal da China<br />

(direita superior). Toras sendo carregadas no tambor descascador ANDRITZ. A capacidade<br />

de proteção ambiental: durante as operações<br />

de teste, o sistema não estava estável e precisou<br />

de mais ajustes. E, finalmente, tão logo<br />

o projeto foi colocado em operação, o mundo<br />

sofreu a crise financeira global e o preço da<br />

celulose diminuiu, tendo um forte impacto sobre<br />

a capacidade do projeto de atingir seus<br />

possíveis benefícios plenos.<br />

“Apesar de todas as dificuldades, levamos<br />

apenas 10 meses efetivos de trabalho no local<br />

da obra para finalizar o projeto”, diz Xu<br />

Yuanmei. “Os primeiros 100 dias foram para<br />

as obras civis, os segundos 100 dias, para a<br />

instalação, e os terceiros 100 dias para comissionamento<br />

e start-up. Nossa velocidade foi<br />

tão grande que os gerentes de projeto da<br />

ANDRITZ não conseguiam acreditar!”<br />

Gerenciamento por padrão<br />

“Sob a influência da crise financeira, o preço<br />

da celulose caiu ao ponto mais baixo em cerca<br />

de 20 anos”, diz Zhou Kunpeng. “Portanto,<br />

era realmente necessário fazer com que a taxa<br />

de produção, a qualidade, o consumo, a proteção<br />

ambiental e a taxa de operação dos equipamentos<br />

atingissem as metas projetadas<br />

rapidamente.”<br />

Xu Yuanmei conta que eles seguiram um programa<br />

chamado “gerenciamento por padrão”,<br />

no qual o projeto, a construção e as melhores<br />

práticas internacionais foram padronizados e<br />

da linha de descascamento/picagem é de 350 m3 sob/h (direita inferior).<br />

incluídos. “Apenas 90 dias após o start-up,<br />

nossa produção de fibras longas alcançou a<br />

média de 114 t/d, e em um dos dias chegou<br />

a 1 20 toneladas”, ele diz. “Segundo<br />

nossos cálculos, mesmo que o projeto da fábrica<br />

fosse 400,000 t/a, achamos que atingir<br />

450.000 toneladas não seria um problema.”<br />

Wu Jialing coloca a meta ainda mais além.<br />

A estratégia atual do Tiger Group é chegar a<br />

uma produção de dois milhões de toneladas<br />

por ano e, no futuro, até mesmo três milhões.<br />

“Para essa meta, estamos procurando desenvolver<br />

e expandir nosso relacionamento e cooperação<br />

com a ANDRITZ”, ele diz.<br />

Os melhores valores de<br />

consumo da China<br />

De acordo com Xu Yuanmei, a qualidade da<br />

polpa da Tiger está muito próxima da polpa<br />

importada. “Temos que competir com eles<br />

e, por isso, temos um padrão equivalente de<br />

qualidade”, ele diz. “Temos também um padrão<br />

de consumo, que inclui o consumo de<br />

água, energia, eletricidade e vários produtos<br />

químicos. No momento, nossos valores de<br />

consumo são os melhores da China e nossos<br />

custos de produção são satisfatórios. “O<br />

sistema inteiro foi projetado e está operando<br />

no mais avançado equipamento disponível em<br />

termos de tecnologia científica, o que reflete<br />

em nosso gerenciamento por padrão e, assim,<br />

superamos nossos concorrentes locais.”<br />

A caldeira de recuperação de Huaihua tem uma<br />

capacidade de 2200 tds/d. A unidade de recuperação<br />

ANDRITZ assegura a conformidade com os<br />

padrões internacionais de emissões.


8 Hunan Tiger Forest & Paper Group Hunan Tiger Forest & Paper Group 9<br />

“Apesar da grande tempestade de gelo que derrubou<br />

a ponte Tuojiang, movimentamo-nos com grande<br />

velocidade para finalizar o projeto. O objetivo<br />

é cumprir continuamente todos os padrões de<br />

eficiência, qualidade e ambientais.”<br />

Zhou Kunpeng, Engenheiro-Chefe da Hunan Juntai Pulp & Paper<br />

Ele diz que, em termos gerais, foi uma expe-<br />

riência excelente trabalhar com a ANDRITZ.<br />

“Não importa o que façamos, sempre há es-<br />

paço para a melhoria”, explica Xu Yuanmei. “A<br />

ANDRITZ é uma grande empresa. Em um pro-<br />

jeto desse tamanho, com tecnologia vinda de<br />

diferentes países, diferentes personalidades<br />

e diferentes culturas, leva algum tempo para<br />

tudo se unir de forma eficiente.”<br />

He Ganghui, o Vice-Comandante do projeto<br />

Huaihua, acrescenta: “Alguns dos depar-<br />

tamentos da ANDRITZ fizeram arranjos óti-<br />

mos, como o projeto de polpa destintada de<br />

Yueyang e a linha de secagem de celulose aqui<br />

em Huaihua.”<br />

A chave para o entendimento mútuo<br />

Liu Hongbo, Gerente Geral da JTPP, acha que<br />

os chineses também poderiam aprender com<br />

o projeto. “Deveríamos ter seguido rigida-<br />

mente as instruções, sugestões e conselhos<br />

dos supervisores da ANDRITZ desde o início”,<br />

ele diz. “Isso teria nos ajudado a avançar<br />

com mais eficácia e poderia ter economizado<br />

tempo, e custos adicionais. Percebemos que<br />

a boa comunicação e o entendimento mútuo<br />

são as questões mais importantes devido às<br />

nossas culturas diferentes.”<br />

O fato é que, afirma Liu Hongbo, a ANDRITZ<br />

forneceu a linha de produção mais avançada e<br />

modernizada da China, que agora opera com<br />

perfeição. “Esperamos ter o suporte contí-<br />

nuo da ANDRITZ, em especial para os testes<br />

de desempenho”, diz Liu Hongbo. “Temos<br />

0.000 toneladas de polpa estocadas e esperamos<br />

que o retorno do investimento não<br />

demore muito.” De acordo com o Supervisor<br />

da Obra da ANDRITZ, Wolfgang Schweinzger,<br />

sua empresa cumpriu a promessa de fornecer<br />

os equipamentos mais avançados e modernos<br />

e ele observou que a administração da Tiger<br />

cumpriu sua promessa de produzir o produto<br />

da melhor qualidade e ter melhor desempenho<br />

na operação da fábrica.<br />

“Embora para a ANDRITZ a principal missão<br />

tenha sido completada, ambos os parceiros<br />

continuarão a cooperar para garantir e manter<br />

o desempenho da fábrica de tal modo que<br />

atenda aos padrões internacionais de operação<br />

da fábrica”, diz Schweinzger. “Um<br />

tópico ficou claro, de acordo com o êxito do<br />

start-up e da operação da fábrica Huaihua:<br />

podemos fornecer fábricas verdes, energeticamente<br />

eficientes e com o maior avanço<br />

tecnológico a clientes chineses e clientes em<br />

todo o mundo.”<br />

Huaihua tem a primeira planta de caustificação mo-<br />

derna da China, onde toda a separação sólido/líquido<br />

é feita em filtros sem um único clarificador. Ao fundo,<br />

o forno de cal, com um queimador LimeFire e um<br />

resfriador LimeCool.<br />

Sendo um cidadão corporativo<br />

bom e responsável<br />

“Na China, há boas oportunidades de aumentar<br />

a quantidade de investimentos e melhorar<br />

o nível de tecnologia no setor de papel e celulose,<br />

já que o consumo de papel per capita<br />

na China ainda está bem aquém do resto do<br />

mundo”, diz Laura Han, Gerente do Escritório<br />

da Obra do Projeto Huaihua ANDRITZ. “Há<br />

também o caso da tecnologia, em comparação<br />

com o nível internacional, em especial<br />

nas questões ambientais, cuja importância<br />

está sendo crescente.<br />

“No projeto Huaihua, a comunicação e o entendimento<br />

entre um fornecedor estrangeiro e<br />

o cliente chinês local foram questões bastante<br />

críticas e cruciais. Estou certo de que com a<br />

experiência bem sucedida do projeto Huaihua,<br />

a Tiger e a ANDRITZ poderão melhorar em<br />

ambos os lados. Estamos ansiosos pela<br />

continuidade de uma cooperação benéfica<br />

no campo de papel e celulose.”<br />

O teor seco da celulose de mercado de Huaihua<br />

é de 90% (maior que o dos fornecedores domés-<br />

ticos da China). Isso economiza dinheiro no custo<br />

de transporte e energia. À direita é mostrada a<br />

cortadeira/mesa acumuladora com folhas de celu-<br />

lose cortadas entrando na linha de enfardamento<br />

A ANDRITZ forneceu a linha completa de secagem<br />

de celulose para a fábrica de celulose de mercado<br />

(da preparação da massa até a linha de enfardamento<br />

automatizada). A largura da folha na cortadeira é de<br />

4,2 m e a produção é de cerca de 1350 admt/d. A<br />

foto mostra a máquina de celulose com sua mesa<br />

formadora de dupla tela.<br />

automatizada.<br />

Uma vista da folha de celulose seca ao sair da má-<br />

quina de secagem ANDRITZ e entrar na cortadeira/<br />

mesa acumuladora.<br />

“A experiência da ANDRITZ no<br />

fornecimento de linhas completas<br />

nos levou a selecioná-los para<br />

garantir a consistência de suporte<br />

técnico e coordenação.”<br />

Sr. He Ganghui, Vice-Diretor do projeto Huaihua


10 Celulose Beira Industrial (Celbi) S.A.<br />

11<br />

Elevando o teto<br />

Podemos reconstruir totalmente e duplicar a capacidade de uma linha de<br />

secagem dentro de um prédio existente no decorrer de quatro semanas? Não<br />

sem a ajuda de anjos. E, no caso da fábrica da Celbi em Portugal, os “anjos”<br />

estavam acoplados às extremidades de quatro guindastes enormes à medida<br />

que eles desciam através do telhado do prédio.<br />

“É simples”, diz João Mota, Diretor de Projeto<br />

da principal expansão da Celbi, quando fala<br />

do escopo do projeto de reconstrução da linha<br />

de secagem. “Mantenha as paredes do prédio<br />

e retire todo o resto.”<br />

Mota está brincando, é claro. Ele sabe, por<br />

seus anos de experiência, que há possíveis di-<br />

ficuldades em tirar o telhado de um prédio, re-<br />

tirar o equipamento antigo e instalar uma nova<br />

linha, tudo no decorrer de um mês. “Tínhamos<br />

que nos perguntar se a ANDRITZ conseguiria<br />

fazer isso”, ele diz. “Mas, é claro, eles tinham<br />

um plano extremamente detalhado e uma<br />

abordagem sobre como fazê-lo, e nós con-<br />

fiamos neles.”<br />

Aumento de competitividade<br />

A Celbi iniciou suas atividades em 1967 como<br />

uma fábrica de polpa seca para dissolução<br />

perto de Leirosa, uma pequena vila pesqueira<br />

cerca de 180 km ao norte de Lisboa. Em<br />

cinco anos, a produção foi convertida para<br />

Kraft (capacidade 120.000 t/a). Ao longo<br />

dos anos, a empresa mudou de mãos e, mais<br />

recentemente, foi vendida ao Grupo Altri, em<br />

2006. A Altri é uma empresa portuguesa com<br />

ações na bolsa e interesses em celulose, pa-<br />

pel, fabricação de aços para usos especiais<br />

e energia.<br />

“Desde o momento da aquisição, foi tomada<br />

a decisão de desenvolver essa fábrica”, diz F.<br />

Silva Gomes, Diretor da Fábrica e Membro da<br />

Diretoria. “A principal meta é aumentar a com-<br />

petitividade. O projeto basicamente duplica<br />

nossa capacidade, de 25.000 para 600.000<br />

t/a. Com um investimento total de EUR 50<br />

milhões, nosso custo de capital por tonelada<br />

ficará em um patamar entre os melhores do<br />

mundo.”<br />

“Identificamos cada gargalo e começamos<br />

a corrigi-los”, diz Mota. “O projeto inclui um<br />

retrofit da linha de fibras, uma reconstrução/<br />

atualização total da linha de secagem, uma<br />

nova linha de manuseio de madeira, uma nova<br />

recuperação química e um novo turbogerador<br />

com contra-pressão.” Paralelo a isso, a EDP<br />

Bioeléctrica montou uma unidade de biomassa<br />

termoelétrica de 0 MW. Essa unidade gera<br />

eletricidade usando 70% de cascas e 0% de<br />

outras biomassas, e representa um investimento<br />

adicional de EUR 75 milhões.<br />

Uma máquina nova dentro de um prédio<br />

antigo<br />

“Essa foi nossa primeira reconstrução total<br />

de máquinas em EPC”, diz Jürgen Wilding,<br />

Gerente de Projeto da ANDRITZ. “A meta da<br />

Celbi era aumentar a capacidade de secagem<br />

de cerca de 900-1000 t/d ao nível de 1815<br />

t/d.”<br />

A largura da tela da máquina nova é de 5250<br />

mm e a velocidade projetada é de 202 m/min.<br />

Durante um teste de velocidade realizado em<br />

março deste ano, a linha operou a uma velocidade<br />

de 205 m/min na cortadeira. “O projeto<br />

definido para a linha é de 540.000 t/a e nós já<br />

sabemos que podemos alcançar níveis mais<br />

altos com esta máquina”, diz Mota.<br />

Sim, a nova linha parece impressionante com<br />

“Estamos muito contentes com a<br />

ANDRITZ e a excelente<br />

cooperação.”<br />

F. Silva Gomes, Diretor da Fábrica e Membro da<br />

Diretoria<br />

A fim de cumprir um cronograma apertado, a<br />

ANDRITZ montou o secador de celulose sobre uma<br />

fundação temporária do lado de fora do prédio<br />

existente (foto superior). O telhado do prédio foi<br />

retirado e cada módulo do secador foi içado e<br />

posicionado sobre a nova fundação dentro do prédio<br />

(foto inferior).<br />

No total, foram feitos 21 içamentos em menos de<br />

quatro dias.


12 Celulose Beira Industrial (Celbi) S.A. Celulose Beira Industrial (Celbi) S.A.<br />

1<br />

suas novas telas de pressão, a nova caixa de<br />

entrada, a avançada mesa formadora de tela<br />

dupla, de caixa de sopragem a vapor, a tecno-<br />

logia da prensa de sapata, o secador com folha<br />

suspensa ANDRITZ, a nova cortadeira/mesa<br />

acumuladora, a nova linha de enfardamento e<br />

a reforma da linha de enfardamento existente.<br />

Porém, o mais impressionante é como todos<br />

esses equipamentos foram içados e depois<br />

montados no prédio antigo.<br />

A produção na fábrica continuou em ritmo to-<br />

tal enquanto as atividades de instalação do<br />

primeiro estágio eram completadas. A meta<br />

era desmontar a máquina antiga e instalar o<br />

equipamento novo durante uma parada de um<br />

mês, em setembro de 2008. Para cumprir esse<br />

cronograma, a ANDRITZ montou o secador de<br />

folha suspensa ANDRITZ sobre uma fundação<br />

temporária do lado de fora do prédio existente.<br />

A montagem começou em março de 2008, de<br />

acordo com Peter Sorenby, Gerente de Obra<br />

para a instalação do secador.<br />

“Sempre há um desafio quando se mistura e-<br />

quipamentos antigos e novos”, diz Sorenby, “e<br />

fazer o trabalho de montagem fora, à mercê do<br />

clima, aumenta o desafio. Estando perto da<br />

costa do Atlântico, tivemos alguns dias com<br />

ventos fortes, mas conseguimos montar todos<br />

os módulos do secador a tempo.”<br />

O telhado do prédio foi removido antes da<br />

parada real para a preparação dos içamentos<br />

com guindaste. “Operamos a linha antiga por<br />

15 dias sem o telhado no prédio”, conta Pedro<br />

Baptista, Gerente de Projeto da Celbi para<br />

a reconstrução da linha de secagem. “Por<br />

sorte, o clima cooperou.”<br />

Quando a parada da fábrica começou, as<br />

equipes entraram rapidamente no prédio e<br />

iniciaram o trabalho de desmontagem. “Foi<br />

incrível ver a rapidez com que a máquina an-<br />

tiga foi desmontada e retirada”, diz Gomes.<br />

“Esse trabalho foi concluído em cerca de qua-<br />

tro dias.”<br />

“Tínhamos que nos perguntar se<br />

a ANDRITZ conseguiria fazer isso.<br />

Mas, é claro, eles tinham um<br />

plano extremamente detalhado e<br />

nós confiamos neles.”<br />

João Mota, Diretor de Projeto<br />

“Nossa meta era aumentar a<br />

capacidade de secagem de cerca<br />

de 900-1000 t/d até 1815 t/d.”<br />

Pedro Baptista, Gerente de Projeto da Celbi para<br />

a linha de secagem (direita), com Jürgen Wilding,<br />

Gerente de Projeto da ANDRITZ, na frente da<br />

máquina de secagem de celulose.<br />

Aí começou o trabalho de instalação.<br />

“Estávamos com quatro guindastes enormes<br />

em um espaço bastante pequeno”, diz Sorenby.<br />

“Foram feitos 21 içamentos, pegando cada<br />

módulo do secador da área externa e colo-<br />

cando-os em sua posição sobre a fundação<br />

permanente. O içamento mais pesado foi de<br />

65 t e todos os içamentos foram completados<br />

em menos de quatro dias.”<br />

Depois, era uma questão de juntar tudo den-<br />

tro do prédio, comissionar e realizar o start-<br />

up. “A ANDRITZ fez esse trabalho de forma<br />

bastante profissional”, afirma Mota. “Tudo foi<br />

bem planejado e bem executado.<br />

Forno de cal EPC<br />

A Celbi também escolheu a ANDRITZ para for-<br />

necer uma linha de produção de cal “começan-<br />

do no silo de lama de cal até a estocagem de<br />

cal queimado”, segundo Jorge Braz, Gerente<br />

de Projeto da Celbi para o projeto do forno.<br />

O trabalho foi realizado totalmente em EPC,<br />

sendo a primeira vez que a ANDRITZ executou<br />

um contrato desse tipo para um fornecimento<br />

de forno da Europa. “Nossa intenção era ad-<br />

quirir o máximo possível de pacotes em regime<br />

de EPC, pois tínhamos uma equipe bastante<br />

pequena do nosso lado”, diz Braz.<br />

De acordo com Erkki Osmonsalo, Gerente de<br />

Projeto da ANDRITZ para o forno de cal, “for-<br />

necemos o detalhamento, as obras civis, os<br />

prédios, a instalação de todos os equipamen-<br />

tos e a automação como parte desse forneci-<br />

mento. A conclusão mecânica ocorreu em<br />

novembro de 2008 e o start-up da unidade<br />

em janeiro de 2009.”<br />

O forno antigo da Celbi foi fornecido pela<br />

Ahlstrom na década de 1960. “Ele foi original-<br />

mente projetado para 100 t/d, mas chegamos<br />

à operação a 200 t/d”, diz Braz. “Foi uma<br />

boa referência interna daquilo que a ANDRITZ<br />

poderia fazer.”<br />

O projeto foi programado para 22 meses<br />

da efetivação do contrato até o start-up e<br />

a ANDRITZ cumpriu esse compromisso de<br />

prazo. “O projeto do forno de cal transcorreu<br />

muito bem”, diz Mota, Diretor de Projeto geral<br />

da Celbi. “Ele começou exatamente no prazo,<br />

de acordo com o contrato.”<br />

O detalhe atípico dessa instalação, de acordo<br />

com Braz, é que o forno tem dois precipita-<br />

dores eletrostáticos (ESPs) instalados. “Isso é<br />

incomum”, afirma Braz. “Queremos nos cer-<br />

tificar de que atenderemos a todas as regula-<br />

mentações ambientais, mesmo se um dos<br />

ESPs estiver com defeito.”<br />

“Tivemos algumas paradas da fábrica para<br />

a instalação da caldeira de recuperação<br />

que fizaram com que déssemos a partida e<br />

parássemos”, conta Braz. “Porém, depois<br />

disso, a produção tem sido, em geral, estável<br />

e boa.”<br />

Qualidade superior, espaço para crescer<br />

A marca de celulose Celbi PP é reconhecida<br />

por sua qualidade, em particular sua resistên-<br />

cia, alvura e porosidade. A fonte de fibras<br />

(Eucalyptus globulus) contribui para isso,<br />

segundo Gomes, e também ajuda a impul-<br />

sionar o rendimento. “Essas características<br />

são boas para papéis de impressão e escrita,<br />

papéis decorativos laminados e papéis de em-<br />

balagem com impressão de alta qualidade”,<br />

ele afirma.<br />

“Estamos muito felizes e bastante orgulhosos<br />

do trabalho que foi desenvolvido durante esse<br />

projeto”, diz Gomes, “e estamos muito con-<br />

tentes com a ANDRITZ e a excelente coope-<br />

ração. Conseguimos fazer um ótimo trabalho<br />

juntos.”<br />

A ANDRITZ também forneceu um forno de cal<br />

em regime total de EPC (foto superior). Jorge Braz,<br />

Gerente de Projeto da Celbi para o projeto do forno<br />

(foto inferior).<br />

Ao fundo, o novo forno de cal ANDRITZ. À direita<br />

do novo forno, o antigo forno Ahlstrom fornecido na<br />

década de 1960. “Foi uma boa referência interna<br />

daquilo que a ANDRITZ poderia fazer”, diz Braz.


14 Norske Skogindustrier Norske Skogindustrier<br />

15<br />

Mover (e remover) melhora o<br />

branqueamento para a NSI<br />

A fábrica de Saugbrugs da Norske Skog, na Noruega, foi aprovada no teste do<br />

tempo. Neste ano, ela comemora seu 150o aniversário. Nos últimos dois anos,<br />

a empresa atualizou os sistemas de branqueamento para suas máquinas de<br />

papel números 4 e 5 usando algumas abordagens exclusivas - inventadas e<br />

implementadas em cooperação com a ANDRITZ.<br />

Nessa economia, a Norske Skogindustrier<br />

(NSI) está tentando atualizar continuamente<br />

suas eficiências sem desembolsar grandes<br />

somas de capital. As atualizações dos dois<br />

sistemas de branqueamento para a fábrica<br />

de Saugbrugs são bons exemplos disso. O<br />

projeto mais impressionante dos dois foi a re-<br />

moção de um sistema completo de branquea-<br />

mento da antiga fábrica da NSI Union, seu<br />

transporte para Saugbrugs e a remontagem<br />

lá. A ANDRITZ foi o parceiro de serviço para a<br />

realização da realocação, reconstrução, insta-<br />

lação e start-up desse equipamento.<br />

O primeiro projeto (remontagem do sistema de<br />

branqueamento para PM4), em comparação,<br />

foi mais fácil. O objetivo da fábrica era diminuir<br />

a demanda química de oxigênio (DQO) no eflu-<br />

ente e aumentar a capacidade. Para atender a<br />

esses requisitos, a ANDRITZ modificou a torre<br />

de branqueamento e aumentou a consistência<br />

de alimentação da torre com a atualização de<br />

uma prensa de dupla tela para uma maior con-<br />

sistência de saída. Ela foi atualizada com uma<br />

linha de contato de prensa do rolo acionador<br />

e um novo acionamento individual.<br />

Para elevar a capacidade para necessidades<br />

futuras, a ANDRITZ também atualizou a caixa<br />

de entrada e a cunha flutuante de uma prensa<br />

de dupla tela usada para a lavagem pós-bran-<br />

queamento (convertendo de baixa consistên-<br />

cia para consistência média).<br />

“A reconstrução realizada pela<br />

ANDRITZ seguiu o cronograma,<br />

com um start-up sem problemas<br />

e o desempenho tem atendido às<br />

expectativas. O serviço oferecido<br />

pela equipe da ANDRITZ foi<br />

perfeito!”<br />

Ben-Johan Gottberg, Gerente de Projeto Sênior em<br />

Saugbrugs (atualmente aposentado)<br />

Além disso, a química de branqueamento foi<br />

alterada. O resultado de tudo isso foi uma<br />

redução na necessidade de químicos para o<br />

branqueamento. Isso reduziu a DQO no eflu-<br />

ente descarregado no rio Tista.<br />

Os principais fornecimentos da ANDRITZ fo-<br />

ram uma nova parte inferior da torre de bran-<br />

queamento (para um volume maior) e uma<br />

nova descarga da torre de média consistên-<br />

cia, que permitiu um layout compacto (com<br />

menos uso de espaço).<br />

Cronograma apertado, todas as<br />

promessas cumpridas<br />

As entregas dos equipamentos da ANDRITZ<br />

começaram em agosto de 2008. Um dos prin-<br />

cipais desafios era o cronograma apertado: o<br />

layout, fornecimento, reconstrução e start-up<br />

foram todos conduzidos no período de um<br />

ano. O layout era bastante complicado, devido<br />

à localização da torre de branqueamento, que<br />

ficava muito perto de uma torre existente.<br />

“Foi necessária apenas mais uma rosca trans-<br />

portadora e o projeto compacto da descarga<br />

da torre de alta consistência/média con-<br />

sistência com a bomba de média consistên-<br />

cia integrada possibilitou lidar com o pequeno<br />

espaço disponível”, diz Josef Liendl, Gerente<br />

de Vendas da ANDRITZ. “Tivemos várias dis-<br />

cussões boas com a NSI antes do conceito e<br />

layout finais serem definidos. No final, con-<br />

seguimos colocar nosso equipamento em<br />

uma elevação mais baixa, que permite um<br />

volume maior na torre.”<br />

A solução trouxe ao cliente uma outra vanta-<br />

gem: foram necessários pouquíssimos equi-<br />

pamentos. O novo layout permitiu o uso de<br />

todas as roscas transportadoras existentes e<br />

o misturador de alta consistência existente já<br />

estava projetado para uma capacidade maior.<br />

Outro ponto positivo: foi necessária apenas<br />

uma parada curta na produção, já que a maior<br />

parte da montagem da torre de branquea-<br />

mento podia ser feita durante as operações<br />

normais da fábrica.<br />

Ben-Johan Gottberg, Gerente de Projeto<br />

Sênior em Saugbrugs (atualmente aposen-<br />

tado) tem uma opinião bastante positiva.<br />

“A reconstrução feita pela ANDRITZ seguiu<br />

exatamente o cronograma acertado”, diz<br />

Gottberg. “O start-up prosseguiu sem pro-<br />

Desempenho sólido. (e-d) Ben-Johan Gottberg,<br />

da NSI, Josef Liendl, da ANDRITZ, Andreas Kvitvang,<br />

da NSI e Rikhard Blomqvist, da ANDRITZ, confi-<br />

aram na boa comunicação para tratar dos detalhes<br />

complexos dos dois projetos de branqueamento em<br />

Saugbrugs.<br />

O layout permitiu o acesso do guindaste para<br />

posicionar as prensas de tela dupla reformadas (mos-<br />

tradas) e realocar a torre de branqueamento trazida<br />

da fábrica Union nas proximidades.


16 Norske Skogindustrier Norske Skogindustrier<br />

17<br />

blemas. O desempenho da unidade está den-<br />

tro das expectativas desde o start-up. Não<br />

precisamos parar para fazer correções. O<br />

serviço oferecido pela equipe da ANDRITZ foi<br />

perfeito!”<br />

As metas para redução da DQO foram atendi-<br />

das e, na verdade, excedidas em 0-40%.<br />

O segundo projeto envolveu uma logística<br />

mais complexa e delicada, de acordo com<br />

Gottberg. A linha de branqueamento existente<br />

para a PM5 para papéis SC++ em Saugbrugs<br />

usava apenas ditionita e não podia produzir a<br />

alvura que a fábrica desejava.<br />

Agora, mover uma torre de<br />

branqueamento<br />

A torre de branqueamento que a NSI desejava<br />

reconstruir estava localizada na fábrica Union<br />

em Skien, na costa oposta do Oslofjord. A NSI<br />

fechou a fábrica Union alguns anos atrás. A<br />

unidade de branqueamento com peróxido de<br />

alta consistência da fábrica Union era exata-<br />

mente o que Saugbrugs precisava.<br />

“A torre da fábrica Union tinha que ser des-<br />

montada e transportada para Saugbrugs. O<br />

transporte começou por caminhão, depois<br />

seguiu por barca e voltou novamente às es-<br />

tradas estreitas. Finalmente, a torre com 5 m<br />

de diâmetro tinha que passar pela passagem<br />

estreita entre a colina e a fábrica. Devido à<br />

restrição do espaço, cada centímetro teve<br />

que ser calculado e medido com perfeição”,<br />

conta Ewald Kulhanek, Gerente de Produto<br />

da ANDRITZ.<br />

“A ANDRITZ fez a movimentação inteira”, diz<br />

Kjell-Arve Kure, Gerente de Produção em<br />

Saugbrugs. “Sabíamos o que ia acontecer<br />

e monitoramos pelas laterais, porém não nos<br />

envolvemos. Achávamos que eles poderiam<br />

ter problemas com os espaços reduzidos,<br />

mas não tiveram nenhum. Todas as partes<br />

desse serviço prometidas pela ANDRITZ ocor-<br />

reram exatamente conforme o planejado.”<br />

Para tornar as coisas mais interessantes,<br />

havia pouquíssimo espaço em Saugbrugs<br />

para depósito e instalação da torre e de ou-<br />

tros equipamentos. “Isso é esperado quando<br />

se faz serviços de reconstrução em fábricas<br />

existentes”, diz Kulhanek. O equipamento<br />

incluía duas prensas de dupla tela, cujas<br />

caixas de entrada foram convertidas de baixa<br />

consistência para média consistência e cujas<br />

linhas de contato foram convertidas de S-<br />

Rolls fixos para linhas de contato de prensa<br />

S-Roll. Além disso, também vieram de Skien<br />

um misturador e três roscas transportadoras.<br />

Os novos equipamentos da ANDRITZ incluíam<br />

três roscas transportadoras, novas coifas de<br />

vapor para as prensas, um novo sistema de<br />

descarga de média consistência e a parte in-<br />

ferior da torre de branqueamento. “A unidade<br />

de branqueamento da fábrica Union tinha o<br />

dobro da capacidade que precisávamos em<br />

Saugbrugs”, conta Kure. “Como havia duas<br />

prensas de dupla tela em paralelo em Union,<br />

decidimos usar uma delas a montante do<br />

misturador de alta consistência e da torre<br />

de branqueamento e a outra para a lavagem<br />

pós-branqueamento.”<br />

Até agora, tudo bem<br />

Onde colocar o equipamento? Novamente,<br />

o layout foi a parte mais difícil do projeto.<br />

“Concordamos em um layout ‘quase perfei-<br />

to’, que permitisse o acesso do guindaste às<br />

prensas de dupla tela e achasse espaço para<br />

a torre de branqueamento na área apertada<br />

entre um prédio e uma fachada de pedra ao<br />

longo da fábrica que não pode ser deslocada”,<br />

diz Andreas Kvitvang, Gerente de Processo<br />

em Saugbrugs.<br />

A cooperação entre a ANDRITZ e a Saugbrugs<br />

foi boa e estreita durante todo o projeto.<br />

Graças às comunicações próximas, as cor-<br />

reções necessárias foram detectadas com<br />

antecedência e corrigidas conforme a neces-<br />

sidade, sem incidentes.<br />

Durante os períodos mais frenéticos do comis-<br />

sionamento e do start-up, reuniões breves fo-<br />

ram programadas pela manhã e à noite. A<br />

segurança dos trabalhadores era uma grande<br />

preocupação para a NSI. “Conseguimos evitar<br />

acidentes”, Kure observa, com satisfação.<br />

Uma combinação perfeita<br />

A PM6 é uma unidade de branqueamento<br />

com peróxido construída na década de 1990.<br />

Como os processos da PM5 e da PM6 são<br />

bastante idênticos, há a necessidade de usar<br />

a mesma qualidade de polpa, com o mesmo<br />

nível básico de alvura. O caso é o seguinte:<br />

Saugbrugs pode fornecer a seus clientes uma<br />

qualidade idêntica de papel da PM5 e da PM6<br />

– papel para rotogravura SCA de alta printabi-<br />

lidade e alta alvura.<br />

“A ANDRITZ fez a movimentação<br />

inteira. Achávamos que poderiam<br />

ocorrer problemas, mas não<br />

houve nenhum. Todas as partes<br />

desse serviço prometidas pela<br />

ANDRITZ ocorreram exatamente<br />

conforme o planejado.”<br />

Kjell-Arve Kure, Gerente de Produção em Saugbrugs<br />

“Todas as três máquinas de papel agora têm<br />

unidades de branqueamento com peróxido<br />

com prensas ANDRITZ”, explica Gottberg.<br />

“A construção das prensas é bastante sólida<br />

e robusta. Isso proporciona uma disponibi-<br />

lidade muito alta, excelente confiabilidade e<br />

pouquíssimas perturbações devido a falhas<br />

mecânicas.”<br />

E, com o branqueamento similar em todas<br />

as três máquinas, “as propriedades da água<br />

branca são quimicamente semelhantes”, diz<br />

Gottberg. “Isso estabiliza a produção em to-<br />

das as máquinas.”<br />

Rikhard Blomqvist, Gerente de Vendas de<br />

Serviços da ANDRITZ, atribui todo o crédito<br />

à cooperação entre os dois parceiros durante<br />

os projetos: “Tivemos discussões francas e<br />

uma um bom relacionamento entre a NSI e<br />

a ANDRITZ. O projeto da PM4 foi uma boa<br />

base para o projeto da PM5 - uma transição<br />

natural.” Ele diz que mesmo para a ANDRITZ,<br />

o projeto da PM5 foi especial, já que a unidade<br />

de branqueamento foi deslocada de outra fá-<br />

brica e combina sistemas existentes com e-<br />

quipamentos novos. “Isso mostra a força da<br />

ANDRITZ”, diz Blomqvist.<br />

Kulhanek concorda. “A tendência é de que as<br />

fábricas realoquem equipamentos usados de<br />

outras fábricas para obter soluções de baixo<br />

custo” ele afirma. “Usamos nossa experiência<br />

para ajudar os clientes a decidir o que realo-<br />

car, o que reconstruir e o que substituir. Com<br />

bastante frequência, podemos atualizar com-<br />

ponentes para produzir um sistema de ponta.<br />

Além disso, fazemos o comissionamento e o<br />

start-up do equipamento e conseguimos que<br />

tudo trabalhe sem maiores problemas. No<br />

caso de Saugbrugs, o start-up de ambas as<br />

unidades de branqueamento foi bom e elas<br />

atenderam aos valores garantidos.”<br />

“A tendência é de que as fábricas adquiram<br />

e realoquem equipamentos usados. Nossas<br />

equipes de serviço são especializadas na<br />

realocação, reconstrução, atualização e startup<br />

de equipamentos usados a um custo<br />

compensador.”<br />

Ewald Kulhanek, Gerente de Produto da ANDRITZ<br />

Um espaço apertado. A torre de branqueamento re-<br />

alocada da fábrica Union para a PM5 em Saugbrugs<br />

foi montada entre o prédio e uma parede de rocha ao<br />

longo da fábrica, que não pode ser deslocada.<br />

Através do telhado. A torre de branqueamento<br />

reconstruída para a PM4 foi içada e abaixada com<br />

cuidado através do telhado do prédio da unidade de<br />

branqueamento.<br />

O novo equipamento de descarga de média con-<br />

sistência e a porção inferior reconstruída da torre de<br />

branqueamento para a PM4.


18 SCA Barton<br />

SCA Barton 19<br />

Bem à frente da curva em Barton<br />

Com start-up em outubro de 2008, as novas unidades de destintamento e<br />

máquina de tissue em Barton, Alabama, estão prontas para a produção plena.<br />

“Talvez não tenha sido tão excitante quanto a<br />

fábrica greenfield em 2004, mas com certeza<br />

a sensação de ter um start-up com êxito é<br />

boa”, afirma Jim Haeffele, gerente do projeto<br />

de expansão das operações da SCA Tissue<br />

em Barton e VP de Tecnologia de Tissue da<br />

empresa.<br />

Haeffele está falando sobre a nova unidade<br />

de destintamento ANDRITZ de 50 t/d e<br />

a máquina de tissue com largura de 5,5 m<br />

PrimeLine CrescentFormer ANDRITZ, que aumentaram<br />

consideravelmente a capacidade e<br />

as aptidões da fábrica de Barton. A expansão<br />

de 145 milhões de dólares alavancou a capacidade<br />

de produção em Barton de 70.000<br />

tons para 180.000 t/a.<br />

“O projeto é aprovado, a<br />

tecnologia testada e o<br />

acréscimo constante tem sido<br />

impressionante.”<br />

Jim Haeffele, Diretor de Projeto da SCA Tissue<br />

“Com a PrimeLine CrescentFormer, você obtém uma folha muito boa e bem distribuída para<br />

papéis leves”, afirma Jim Haeffele. A imagem acima mostra a nova PM 14 – uma máquina de tissue<br />

da ANDRITZ com 5,5 m de largura e 2000 m/min.<br />

“O projeto é aprovado, a tecnologia testada<br />

e o acréscimo constante tem sido impressionante”,<br />

diz Haeffele. “A formação da folha é perfeita<br />

e a qualidade do produto é excelente.”<br />

Mark Phiscator, VP de Engenharia e<br />

Manutenção, acrescenta que a fábrica está<br />

“bem avançada na curva do start-up. A linha<br />

de produção está superando o planejado<br />

em cerca de 20% por mês. Estamos quase<br />

no dobro do que planejamos em termos de<br />

eficiências.”<br />

Preenchendo uma lacuna<br />

A abertura de Barton foi o primeiro start-up<br />

de uma primeira fábrica de papel greenfield<br />

plena da SCA no mundo (veja a matéria “From<br />

cotton field to greenfield” na edição 2-2005<br />

da FiberSpectrum). As operações em Barton<br />

abrigaram a PM 12 − a primeira máquina de<br />

tissue PrimeLine da ANDRITZ na América do<br />

Norte. A PM 12 produz toalhas mais pesadas<br />

e guardanapos para dispensers a partir<br />

de 17-5 gsm. A largura útil da máquina é de<br />

5,5 m e a velocidade máxima é de cerca de<br />

1800 m/min.<br />

“Ficamos muito satisfeitos com o start-up e o<br />

desempenho da PM 12”, diz Phiscator. “Não<br />

precisamos ir muito longe para obter uma boa<br />

referência da ANDRITZ.”<br />

De acordo com Marty Ferguson, Diretor de<br />

Operações para o Sudeste da SCA Tissue, a<br />

nova PM 14 “preenche uma lacuna” na marca<br />

Tork® da SCA Tissue North America e em<br />

“A PM 14 preenche uma lacuna<br />

em nossa marca Tork® de tissue<br />

leve e produtos de guardanapos<br />

de folha dupla. Agora podemos<br />

produzir cerca de 95% de nossos<br />

produtos internamente, perto de<br />

nossos clientes.”<br />

guardanapos com folha dupla na faixa de 14-<br />

25 gsm. “A força motriz era que tínhamos<br />

uma deficiência de 70.000 t/a na produção<br />

de tissue leve”, diz Ferguson. “Estávamos<br />

adquirindo um percentual alto de rolos-mães<br />

e queríamos ter um equilíbrio maior entre a<br />

fabricação de papel e a conversão. A PM 14<br />

é parte de nossa estratégia de aproximação<br />

com o cliente. Agora podemos produzir cerca<br />

de 85% de nossos produtos internamente.<br />

Estamos basicamente operando para atender<br />

a pedidos. Isso nos ajuda a otimizar nossa<br />

programação, mantendo os estoques baixos<br />

e aumentando nosso nível de serviço.”<br />

Seguindo o plano<br />

“A principal justificativa era melhorar nossa<br />

capacidade de suporte a nossos clientes no<br />

sudeste dos EUA. A aprovação da diretoria<br />

para o projeto ocorreu em fevereiro de 2007,<br />

a construção começou em agosto de 2007 e<br />

o start-up da máquina foi realizado em outubro<br />

de 2008.”<br />

Marty Ferguson, Diretor de Operações para o<br />

Sudeste dos EUA da SCA Tissue<br />

Na verdade, a nova linha de produção foi<br />

planejada desde o primeiro dia, diz Phiscator.<br />

“O projeto da PM 14 seguiu a mesma filoso-<br />

“O start-up foi rotineiro.” Digo<br />

isso como um elogio.”<br />

Mark Phiscator, Vice-Presidente de Engenharia e<br />

Manutenção da SCA Tissue<br />

fia básica de projeto da PM 12”, ele conta.<br />

“Desde o princípio, esta fábrica foi projetada<br />

para a expansão. Conectores T, amarras, linhas<br />

e outros itens extras de tubulação foram<br />

instalados para que novos equipamentos e<br />

sistemas pudessem ser acrescentados.”<br />

O projeto total da PM 14 segue o da linha<br />

existente no princípio de que a unidade de<br />

destintamento e a máquina de tissue são<br />

consideradas como uma unidade. “A PM 12<br />

tem sua própria unidade de destintamento<br />

e máquina de tissue e uma equipe cuida da<br />

operação inteira”, diz Phiscator. “Fizemos exatamente<br />

o mesmo para a PM 14.”<br />

Andy Chorney, da SCA Tissue, assumiu a liderança<br />

da parte mecânica na equipe de projeto.<br />

“Gastamos mais tempo nos estágios iniciais<br />

para fazer certo”, diz Chorney. “O projeto<br />

levou 18 meses, da engenharia ao start-up.<br />

Na área de projetos, tempo é dinheiro. Quanto<br />

mais cedo a máquina gerar receita para nós,<br />

melhor ficaremos.”<br />

Chorney ficou satisfeito com a transição dos<br />

desenhos de engenharia para a realidade.


20 SCA Barton<br />

SCA Barton 21<br />

“A qualidade do papel usado<br />

é uma meta móvel. O papel<br />

usado hoje é mais contaminado<br />

e os adesivos são mais<br />

problemáticos.”<br />

Tony Epie, Superintendente Assistente<br />

Tony Epie (esquerda), Superintendente Assistente<br />

para a unidade de destintamento da PM 14, com<br />

Richard Turnbull (Representante Regional da<br />

ANDRITZ) em frente das células de destintamento.<br />

Tim Fulmer (esquerda), Líder Elétrico da SCA,<br />

consulta Andy Chorney, Líder Mecânico da SCA<br />

Tissue, sobre o deck de um filtro a disco ANDRITZ<br />

na área de preparação da massa.<br />

“Tudo parece bem no papel”, ele diz. “Só<br />

quando chegamos no campo é que se vê o<br />

quanto o projeto realmente é bom. Neste<br />

caso, fizemos muitas coisas certas. Tivemos<br />

que fazer algumas modificações em tempo<br />

real, mas elas foram mínimas, na verdade. A<br />

cooperação e a coordenação de todos en-<br />

volvidos foram ótimas.”<br />

Desempenho garantido<br />

A SCA Tissue escolheu um fornecedor, a<br />

ANDRITZ, para fornecer a unidade de destin-<br />

tamento e a máquina de tissue.Haeffele expli-<br />

ca: “Ao limitar a quantidade de fornecedores,<br />

conseguimos melhores garantias de desem-<br />

penho e um melhor desempenho. É mais fácil<br />

administrar o projeto com menos interfaces e<br />

os fornecedores se tornam parceiros reais em<br />

nosso sucesso.”<br />

“A ANDRITZ foi muito flexível no trabalho conos-<br />

co para modificar o processo e a máquina<br />

do jeito que queríamos”, diz Sarah Freeman,<br />

Superintendente Assistente responsável pela<br />

PM 14. “Por exemplo, pedimos algumas me-<br />

lhorias no sistema de chuveiros e na seção da<br />

bobina. Tivemos uma experiência muito boa<br />

com a ANDRITZ na PM 12. Esta máquina é<br />

como a primeira, qualidade muito alta e cons-<br />

trução robusta.”<br />

De acordo com Haeffele, “fizemos alguns<br />

aprimoramentos que tornaram essa máquina<br />

CrescentFormer ideal para a produção de tis-<br />

sue leve a altas velocidades. A PM 14 tem<br />

uma caixa de entrada de duas camadas, em<br />

comparação com a caixa de entrada de cama-<br />

da única da PM 12. O excelente perfil trans-<br />

versal é conseguido pelo controle do perfil de<br />

diluição (peso), combinado com o controle de<br />

umidade por meio de uma caixa de vapor lo-<br />

calizada no rolo de pressão de sucção. Com<br />

a PrimeLine CrescentFormer, você obtém uma<br />

folha muito boa e bem distribuída para papéis<br />

leves. Quando se está fazendo uma folha cuja<br />

espessura é de apenas uma fibra e meia, ela<br />

tem que ser bem distribuída. Também não há<br />

transferência da tela para o feltro, o que me-<br />

lhora drasticamente o desempenho sob altas<br />

velocidades.”<br />

Desafios do fluxo de resíduos<br />

“Fazemos produtos 100% reciclados a partir<br />

de mais de 250.000 tons de papel usado<br />

por ano”, afirma Tony Epie, Superintendente<br />

Assistente responsável pela unidade de des-<br />

tintamento da PM 14. “A PM 14 não alterna de<br />

papéis marrons para brancos como a PM 12,<br />

então escolhemos o desagregador de tambor<br />

FibreFlow®. Com isso obtemos um melhor<br />

rendimento e os principais contaminantes são<br />

depurados em uma etapa inicial do processo”,<br />

Epie diz.<br />

A qualidade do papel usado é uma meta<br />

móvel. “O papel usado hoje é mais contami-<br />

nado e os adesivos são mais problemáticos”,<br />

afirma Epie. “O papel reciclado de escritório<br />

em geral é picado e contém muitos clipes de<br />

papel, CDs, plásticos variados e, algumas<br />

vezes, um alto percentual de pasta mecânica.<br />

Ensinamos nossos técnicos a identificar vi-<br />

sualmente e remover as principais fontes de<br />

adesivos antes mesmo que o resíduo entre em<br />

nosso sistema.”<br />

Além disso, a SCA opera o primeiro circuito<br />

a uma temperatura bem mais fria que na PM<br />

12. “Isso nos proporciona uma chance melhor<br />

de remover os adesivos antes que o calor do<br />

processo torne a tarefa mais difícil”, explica<br />

Epie.<br />

Flexível e robusta<br />

“A unidade de destintamento ANDRITZ incor-<br />

pora um alto grau de flexibilidade e robustez”,<br />

diz Epie. “Ela pode lidar com uma ampla va-<br />

riedade de fluxos de resíduos. A principal<br />

meta é fornecer à máquina uma massa pronta<br />

com baixa quantidade de cinzas sem compro-<br />

meter a produção. Nossa meta está abaixo<br />

de 4% de cinzas nas torres de alta densidade.<br />

Escolhemos uma lavagem agressiva para re-<br />

mover cinza, argila e tintas. A massa pronta é<br />

100% branqueada, variando de 68 a 75 ISO.<br />

O rendimento é de cerca 70% na unidade de<br />

destintamento e 67% no geral.”<br />

“A ANDRITZ foi muito flexível no trabalho conosco.<br />

Tivemos uma experiência ótima com eles na PM 12.<br />

O start-up da PM 14 foi muito tranquilo.”<br />

Sarah Freeman, Superintendente Assistente da SCA para a PM 14<br />

Rotineiro?<br />

“O start-up na fábrica de Barton da SCA<br />

foi rotineiro”, diz Phiscator. Rotineiro − para<br />

um projeto de expansão de 145 milhões de<br />

dólares?<br />

“Digo isso como um elogio.”<br />

“Eu diria que foi muito tranquilo”, acrescenta<br />

Freeman. “Selecionamos quatro de nossos<br />

melhores técnicos para preparar o treina-<br />

mento para a PM 14. Eles elaboraram os ma-<br />

teriais, coordenaram as sessões com os for-<br />

necedores e fizeram o treinamento cruzado de<br />

todos os operadores. Estávamos muito bem<br />

preparados para o start-up em outubro.”<br />

Ferguson observa que uma das principais me-<br />

didas da SCA é o que eles chamam de Top<br />

Speed Non Stop (TSNS). “Se pudéssemos<br />

operar à velocidade plena sempre, o escore<br />

seria de 100”, diz ele. “Nossos escores TSNS<br />

estão melhorando – e temos conseguido<br />

números muito bons da linha da PM 14.”<br />

“A máquina da ANDRITZ é muito bem cons-<br />

truída e tem uma qualidade excelente”, afirma<br />

Phiscator. “Ela é capaz de atingir velocidades<br />

O sistema DIP para papel reciclado de escritório<br />

(MOW) da ANDRITZ para a fábrica da SCA em Barton<br />

tem especificação de uma produção de 50 bdst/d<br />

para a PM 14. No primeiro circuito, os aceites do<br />

desagregador a tambor FibreFlow® passam por dois<br />

estágios de limpadores de alta densidade, três estágios<br />

de depuração grossa, três estágios de centrilimpadores<br />

de fluxo para frente e uma limpeza fina de três estágios.<br />

O segundo circuito é o circuito de branqueamento, que<br />

tem flotação e dois estágios de branqueamento.<br />

altas e permanecer estável. A máquina definitivamente<br />

está operando à frente do planejado<br />

neste momento.”<br />

Tim Fulmer, líder elétrico do projeto, foi responsável<br />

pela seleção dos controles do processo,<br />

da automação e dos controles da máquina.<br />

“Tivemos os problemas normais que temos<br />

em todos os projetos”, conta Fulmer. “Porém<br />

o start-up foi excelente. Todos nós fizemos<br />

um bom trabalho no comissionamento dos<br />

sistemas.”<br />

“O start-up foi tranquilo”, diz John Schamell,<br />

Diretor de Projeto da ANDRITZ e chefe da<br />

área de máquinas de papel da empresa na<br />

América do Norte. “Atribuo isso a três fatores<br />

principais. Primeiro, você tem uma máquina<br />

padronizada bem projetada. Segundo, na<br />

obra tínhamos pessoas extremamente qualificadas<br />

para comissionar a máquina e resolver<br />

qualquer problema. E, provavelmente<br />

o mais importante, tínhamos um cliente que<br />

conhece seu negócio. Os operadores e a<br />

supervisão aqui eram altamente treinados e<br />

qualificados. A SCA é um dos melhores clientes<br />

de se trabalhar. Eles são razoáveis,<br />

justos e bastante abertos a discussões<br />

construtivas.”


22 Klabin<br />

2<br />

A CTMP na camada<br />

intermediária do papelão<br />

da Klabin acrescenta<br />

bulk e rigidez.<br />

Cartão rígido: ativos líquidos em<br />

Monte Alegre<br />

A Klabin do Brasil tomou a decisão estratégica de se concentrar em cartão de<br />

alto valor e papéis para embalagem. Um grande investimento na fábrica de Monte<br />

Alegre permitiu à Klabin diminuir a gramatura e melhorar a rigidez e a printabilidade<br />

do cartão. No centro disso está a produção da nova unidade de celulose CTMP.<br />

A ANDRITZ forneceu aquela que hoje é a maior fábrica de CTMP de eucalipto do mundo: 140.000 t/a. É também a<br />

primeira a produzir CTMP a partir de 100% de eucalipto para cartão para embalagens de líquidos.<br />

A viagem de três horas entre a sede da<br />

ANDRITZ em Curitiba e a fábrica da Klabin de<br />

Monte Alegre, em Telêmaco Borba, passa por<br />

plantações de araucária, pinus e eucalipto. “A<br />

fábrica, que foi fundada em 1946, quando o<br />

governo brasileiro iniciou um plano de incen-<br />

tivo para desenvolver a indústria local, é um<br />

complexo que se espalha pelo alto de uma<br />

colina íngreme entre dois rios.<br />

No total, a Klabin possui cerca de 449.000<br />

hectares de florestas, dos quais 224.000 são<br />

plantações. Essa mistura de fibras é uma van-<br />

tagem competitiva, de acordo com Francisco<br />

Razzolini. “Usamos fibras curtas e longas jun-<br />

tas em combinações que nos proporcionam<br />

vantagens técnicas e de custo.”<br />

Razzolini foi o Diretor de Projeto para o pro-<br />

jeto MA-1100 (“MA” é a abreviatura de Monte<br />

Alegre e “1100” se refere aos 1,1 milhões<br />

de toneladas por dia da produção de pa-<br />

pel/cartão). Esse foi o maior investimento<br />

da Klabin até hoje, totalizando 2,2 bilhões de<br />

reais (EUR 719 milhões). Esse é o primeiro<br />

projeto mundial com foco em equipamentos<br />

para fabricação de cartão para a embalagens<br />

de líquidos.<br />

Grupo selecionado de fornecedores<br />

Em 200 , a Klabin concentrou seu foco em<br />

papéis para embalagem e em produtos de<br />

cartão revestido com maior valor agregado –<br />

cartões para embalagens de líquidos, papelão<br />

para caixas dobráveis e carrier board. “Nossa<br />

estratégia é produzir produtos de papel e<br />

cartão de alto valor agregado, onde os ciclos<br />

são menos severos”, diz Arthur Canhisares,<br />

Diretor Industrial da Klabin. “Quando você<br />

se desloca para os produtos com maior valor<br />

agregado, em geral a estabilidade é muito<br />

maior e há menos concorrência.”<br />

A Klabin tem uma história de 25 anos no<br />

fornecimento de cartões para embalagens<br />

de líquidos à Tetra Pak. Canhisares lembra<br />

quando tudo começou – uma época em que<br />

os fornecimentos totalizavam cerca de 6000<br />

toneladas por ano. Neste ano, a meta é de<br />

400.000 t/a. “Nossos investimentos são sig-<br />

nificativos, para continuarmos nesse grupo<br />

seleto de fornecedores”, afirma Canhisares.<br />

Além do mais, a Klabin acaba de concluir um<br />

programa de seis anos que levou ao Prêmio<br />

de Gestão Produtiva Total (TPM) do governo<br />

japonês. Foi a primeira empresa brasileira do<br />

setor de papel e celulose a obter essa certifi-<br />

cação. Esse foco e o desejo intenso de “fazer<br />

o melhor cartão do mundo” levaram ao projeto<br />

MA-1100.<br />

Projeto MA-1100<br />

Na verdade, o projeto foi concebido como MA-<br />

900 (produção de 900.000 t/a), mas, como<br />

sempre, a equipe da Klabin encontrou manei-


24 Klabin<br />

Klabin 25<br />

ras de elevar a meta – e cumprir o objetivo<br />

maior. Razzolini explica: “Nós basicamente<br />

instalamos uma nova fábrica dentro da existente:<br />

novo pátio de madeira, nova fábrica<br />

de celulose CTMP, upgrades dos digestores<br />

kraft e da planta de branqueamento, planta<br />

de CLO2, nova máquina de cartão, cozinha<br />

de tinta, forno de cal, caldeiras de recuperação<br />

e de força, turbogerador, automação,<br />

distribuição elétrica, expansão da expedição<br />

e duplicação de nossa unidade de tratamento<br />

de efluentes.”<br />

A logística foi bastante complicada. Um problema<br />

era como lidar com a mão-de-obra.<br />

“Em média, tínhamos 4500 operários da<br />

construção na obra, com um pico de 7000”,<br />

diz Razzolini. “Construímos alojamentos para<br />

000 pessoas, criamos restaurantes para fornecer<br />

refeições e administramos o transporte<br />

por ônibus para as pessoas que trabalhavam<br />

no projeto.”<br />

“Nosso principal desafio foi instalar todo esse<br />

equipamento no meio de uma fábrica operando<br />

à capacidade plena”, diz João Braga,<br />

“Nosso principal desafio foi instalar<br />

todo esse equipamento no<br />

meio de uma fábrica operando à<br />

capacidade plena.”<br />

João Braga, Gerente de Projeto da Klabin<br />

Gerente de Projeto. “O plano era não perturbar<br />

a produção e elevar a capacidade de<br />

700.000 para 1,1 milhões de toneladas por<br />

ano em 22 meses.” Com uma única exceção,<br />

o cronograma foi cumprido e o start-up iniciou<br />

em setembro de 2007.<br />

CTMP de alto rendimento é o segredo<br />

“Com a instalação da nova máquina de cartão,<br />

tivemos que decidir se iríamos aprimorar o<br />

processo de fabricação de celulose existente<br />

ou usar uma nova fibra na composição do<br />

cartão”, diz Jorge Mudri, Gerente da Linha de<br />

Fibras em Monte Alegre. “Buscávamos em<br />

primeiro lugar o aumento de nossa capacidade<br />

existente de produção de celulose kraft.”<br />

De acordo com Mudri, a celulose kraft é uma<br />

parte importante da mistura, “porém há um<br />

requisito especial para nosso cartão”. “A principal<br />

qualidade que desejamos aprimorar em<br />

nossos cartões é a rigidez. Isso permite que<br />

os clientes segurem a embalagem de suco ou<br />

leite sem que ela desmonte.”<br />

A polpa quimotermomecânica (CTMP) algumas<br />

vezes é usada para dar corpo (bulk)<br />

Jorge Mudri, Gerente da Linha de Fibras<br />

em Monte Alegre (esquerda) com Giani Valent,<br />

Gerente de Projeto da ANDRITZ, em frente à<br />

prensa de cavacos MSD.<br />

Marcos Freitas, especialista técnico da ANDRITZ<br />

Automation no Brasil, com o analisador de celulose<br />

on line FiberVision.<br />

ao cartão, propriedade que está relacionada<br />

com os índices de rigidez ou curvamento do<br />

produto final.<br />

“Primeiro, adquirimos a CTMP do Canadá<br />

para o papel cartão”, diz Mudri. “Depois,<br />

fizemos um teste na fábrica com a Tetra Pak<br />

usando CTMP em cartões para embalagens<br />

de líquidos na nossa máquina de cartão existente.”<br />

Satisfeita com os resultados iniciais,<br />

a Klabin quis realizar testes mais sofisticados<br />

com a intenção de instalar seu próprio processo<br />

CTMP. “Fizemos ensaios com diferentes<br />

tipos de CTMP no laboratório da ANDRITZ<br />

em Springfield, Ohio, em 2004 e 2005”,<br />

conta Mudri. “Decidimos que 100% de eucalipto<br />

para a CTMP era o que adotaríamos.”<br />

“Quando começamos, a ANDRITZ foi bastante<br />

cooperativa”, diz Razzolini. “Eles abriram sua<br />

unidade piloto para nós. Juntos, encontramos<br />

um processo que atendia a nossas necessidades.<br />

O desenvolvimento foi intenso e<br />

produtivo e a solução de processo resultante<br />

foi muito boa.”<br />

A primeira no mundo<br />

A ANDRITZ forneceu aquela que hoje é a maior<br />

fábrica de CTMP de eucalipto do mundo:<br />

140.000 t/a (capacidade de projeto de 4 2<br />

t/d). É também a primeira a produzir CTMP<br />

a partir de 100% de eucalipto para cartão<br />

para embalagens de líquidos. A unidade foi<br />

fornecida em regime de EPC, com a Klabin<br />

realizando as obras civis/estruturais. Além da<br />

unidade CTMP, a ANDRITZ também forneceu<br />

um evaporador de efluentes, uma prensa<br />

desaguadora e um refinador de rejeitos para<br />

a linha de celulose kraft.<br />

O prédio que abrigaria a nova unidade CTMP<br />

era ocupado por uma antiga unidade de pasta<br />

mecânica pedras de rotativas, que foi fechada<br />

em 200 . Dentro dele havia 15 desfibradores<br />

grandes. “Foi um desafio, pois tivemos que<br />

planejar o layout interno de modo que se ajustasse<br />

à estrutura”, diz Maurice Garvie, Diretor<br />

de Projeto da ANDRITZ. O trabalho da Klabin<br />

foi substancial: desmontar os equipamentos<br />

antigos, reforçar a estrutura e abrir espaço<br />

para os equipamentos novos. “Foi um desafio<br />

muito, muito grande para nós, para ANDRITZ,<br />

e para os subcontratados da construção civil”,<br />

diz Razzolini. “Porém, conseguimos administrar<br />

a situação de forma positiva.”<br />

Giani Valent, Gerente de Projeto do escritório<br />

da ANDRITZ em Curitiba, relembra a complexidade:<br />

“Começamos a montagem mecânica<br />

do lado de fora, com o evaporador MVR, em<br />

novembro de 2006; à medida que cada área<br />

interna do prédio era liberada, rapidamente<br />

movíamos nossos equipamentos para dentro”,<br />

diz Valent. “Foi necessária muita co-<br />

ordenação e comunicação para manter o<br />

cronograma.”<br />

Conforme o cronograma, os primeiros fardos<br />

de celulose da prensa desaguadora saíram<br />

da nova unidade CTMP em 27 de setembro<br />

de 2007.<br />

Na unidade CTMP, os estágios básicos do<br />

processo são a lavagem de cavacos; a impregnação<br />

com uma prensa de cavacos MSD;<br />

a refinação principal (dois refinadores single<br />

disc de 70 polegadas S2070 com motores de<br />

14 MW cada); depuração; refinação de rejeitos<br />

(Twin Flo); engrossamento (filtro a disco) e<br />

lavagem em três estágios (prensas de rosca).<br />

Mudri diz que a lavagem é muito importante.<br />

“O cartão para embalagens de líquidos não<br />

pode ter resinas ou odores”, explica.<br />

O evaporador de efluentes MVR (Mechanical<br />

Vapour Recompression) tem como função<br />

reduzir a carga ambiental da unidade CTMP.<br />

Quando a Klabin solicitou as licenças ambientais<br />

para a expansão da fábrica, concordou<br />

em não aumentar as emissões, apesar<br />

do aumento de produção. “A descarga da<br />

unidade CTMP não é feita para a unidade de<br />

tratamento de efluentes”, diz Valent. “O efluente<br />

da CTMP é 1% sólido. É evaporado no<br />

MVR para cerca de 20% e enviado aos evaporadores<br />

principais.<br />

21 horas por dia<br />

“O consumo de energia específica dos refinadores<br />

é uma consideração importante para<br />

nós” , afirma Mudri.<br />

“Com o equipamento da ANDRITZ, produzi-<br />

“Quando começamos o<br />

desenvolvimento da CTMP,<br />

a ANDRITZ foi bastante<br />

cooperativa. Juntos,<br />

encontramos um processo que<br />

atendia a nossas necessidades.”<br />

Francisco Razzolini, Diretor de Projeto<br />

“Os investimentos são significativos,<br />

pois você deve desenvolver<br />

a qualidade e a tecnologia e<br />

investir nas pessoas para fazer<br />

parte desse grupo seleto de fornecedores.”<br />

Arthur Canhisares, Diretor Industrial


26 Klabin<br />

Klabin 27<br />

“A confiabilidade da unidade de CTMP é ótima.<br />

A manutenção é fácil. Mesmo sendo<br />

uma tecnologia nova para nós, tivemos<br />

um treinamento ótimo antes do start-up e<br />

nosso pessoal está bem preparado.”<br />

Arnaldo Jasinski, Coordenador de Manutenção<br />

Como as fibras usadas no cartão para embalagens de líquidos deve atender a rígidos<br />

padrões de limpeza, a ANDRITZ forneceu um sistema no qual a polpa passa através<br />

de um filtro a disco e um sistema de lavagem com prensas de rosca de três estágios.<br />

Abaixo é mostrada uma das prensas de rosca e o refinador de rejeitos.<br />

Daniel Scigo, Supervisor Analítico da Sindus<br />

Andritz, verifica a calibração da instrumentação<br />

digital na nova unidade de CTMP. A Sindus Andritz<br />

tem 40 profissionais trabalhando no complexo fabril<br />

de Monte Alegre.<br />

Jean Baril (em pé), Engenheiro Sênior de Processo<br />

da ANDRITZ, trabalha com um operador na sala<br />

de controle da Klabin. Baril foi fundamental na<br />

engenharia de processo, comissionamento e startup,<br />

e orientou os operadores da Klabin à medida em<br />

que eles aprendiam a nova tecnologia CTMP.<br />

SOBRE A<br />

SINDUS ANDRITz<br />

Em 2007, a ANDRITZ adquiriu 50% da<br />

Sindus Human Technology, uma empresa<br />

brasileira especializada em serviços<br />

de manutenção para os setores de celulose,<br />

papel e outros. A Sindus passou<br />

a fornecer serviços de manutenção<br />

de instrumentação e de sistemas de<br />

controle no início da década de 1990.<br />

mos uma qualidade consistente com custos<br />

variáveis menores.”<br />

A unidade de CTMP segue uma programação<br />

rígida de partida e parada todos os dias.<br />

“A energia é um grande custo variável para<br />

Monte Alegre, já que 5% dela é comprada”,<br />

diz Mudri. “No Brasil, temos horários de pico<br />

cinco dias por semana ( horas por dia), nos<br />

quais o preço da energia é de cerca de cinco a<br />

seis vezes mais alto que a média. Projetamos<br />

a unidade CTMP para atingir nossa produção<br />

necessária trabalhando 21 horas por dia.”<br />

Os operadores da Klabin se capacitaram<br />

para ativar e parar o processo com eficiência.<br />

“Uma decisão importante foi usar o Simulador<br />

IDEAS”, diz Guilherme Sprung, Gerente de<br />

Projeto da Klabin para as áreas de energia e<br />

automação. “Nossos operadores não tinham<br />

experiência com o processo CTMP ou com a<br />

caldeira de força CFB, então decidimos usar<br />

o Simulador para essas áreas. Nossos operadores<br />

aprenderam com bastante rapidez<br />

como controlar a produção com o treinamento<br />

que fizeram durante a simulação.”<br />

Operação boa e estável<br />

“Durante a fase comercial, a ANDRITZ fez um<br />

excelente trabalho e nos ofereceu um investimento<br />

muito atraente”, diz Razzolini. “Durante<br />

a instalação, o projeto foi muito bem e o startup<br />

foi tranquilo. Posso dizer que estamos<br />

muitíssimo satisfeitos com os resultados que<br />

obtivemos do projeto e com a qualidade do<br />

A Sindus Andritz contrata, treina, fornece<br />

pessoal e realiza todos os trabalhos relacionados<br />

a manutenção e reparos na<br />

fábrica. Atualmente, são cerca de 700<br />

funcionários no Brasil, trabalhando em<br />

15 locais estratégicos. A Sindus Andritz<br />

trabalha com todos os principais produtores<br />

de papel e celulose do Brasil.<br />

produto, e também com o desempenho da<br />

unidade CTMP como um todo.”<br />

“Pode-se dizer muito a respeito de um fornecedor<br />

por suas ações durante um projeto”,<br />

diz Braga. “O comportamento da ANDRITZ foi<br />

ótimo. A reação aos problemas foi extremamente<br />

rápida. Cada ação se concentrou na<br />

resolução do problema, não em procurar culpados<br />

ou discutir sobre quem iria pagar.”<br />

“Embora tivéssemos trabalhado com a<br />

ANDRITZ em instalações menores, esse foi<br />

nosso primeiro grande projeto com<br />

eles”, diz Mudri. “O desempenho da<br />

tecnologia é melhor do que os ensaios<br />

que fizemos e estamos muitíssimo<br />

satisfeitos com os resultados que estamos<br />

obtendo da CTMP de eucalipto.”<br />

O que começou com uma quantidade<br />

pequena de CTMP na camada intermediária<br />

do cartão de alto valor da Klabin aumentou<br />

significativamente por causa do bulk e rigidez<br />

excelentes. “Nossa meta para o bulk é de ,2<br />

cm /g, porém estamos conseguindo consistentemente<br />

valores acima de 4,0 cm /g”, diz<br />

Mudri. “Hoje produzimos os mesmos tipos de<br />

cartão com a mesma qualidade, ou até melhor,<br />

que antes”, afirma Mudri. “Mas, agora,<br />

nossa gramatura é menor. Isso quer dizer que<br />

nossos clientes têm pelo menos 5% a mais de<br />

superfície com a mesma tonelagem – o que<br />

significa aumento de lucros para eles.”


28 Stora Enso<br />

Stora Enso 29<br />

Os melhores cavacos do mundo?<br />

Quando chegou o momento de modernizar o pátio de madeira da fábrica de<br />

Varkaus, não era cedo demais. O equipamento antigo foi substituído pela<br />

mais recente tecnologia da ANDRITZ, com resultados extraordinários. “Agora,<br />

talvez tenhamos os melhores cavacos do mundo”, afirma o superintendente de<br />

produção da fábrica de celulose.<br />

As raízes da fábrica em Varkaus na Finlândia<br />

remontam a 18 0. A produção de celulose<br />

inclui ECF a cerca de 225.000 t/a, TMP a cerca<br />

de 250.000 t/a, e de fibras recicladas a cerca<br />

de 100.000 t/a. Até recentemente, o pátio<br />

de madeira lutava para manter a produção<br />

de cavacos para as linhas de TMP e Kraft,<br />

além de processar as cascas para a caldeira<br />

de força.<br />

“A parte mais antiga de nosso pátio de madeira<br />

foi instalada na década de 1950”, conta<br />

Ville Varis, Diretor de Produção da fábrica de<br />

celulose. “Embora tenhamos conseguido<br />

fazer alguns pequenos investimentos para<br />

reformar parte da unidade usando a tecnologia<br />

das décadas de 1970-1980, os equipamentos<br />

estavam, basicamente, no fim de suas<br />

vidas úteis.”<br />

Alto risco<br />

“Estávamos tendo muitas paradas para realizar<br />

reparos”, explica Varis, “e havia o risco<br />

de que a produção de papel fosse prejudicada.”<br />

A Varkaus também foi a última fábrica do<br />

Grupo a operar sem um sistema de degelo de<br />

toras. “Toras congeladas não são descascadas<br />

de forma adequada”, diz Jouni Hiltunen,<br />

Superintendente de Produção da fábrica de<br />

celulose . “Encontrávamos marcas escuras no<br />

papel durante o inverno por causa do descascamento<br />

ruim.” A distribuição de tamanho<br />

dos cavacos variava bastante, para dizer o<br />

mínimo. “Havia muita variação de tamanho,<br />

o que afetava nossa linha de fibras”, explica<br />

Hiltunen. “E tínhamos até % em perdas de<br />

madeira apenas no processo de peneiramento<br />

de cavacos.”<br />

Em resumo, o pátio de madeira tinha se tornado<br />

um potencial de alto risco. “Estávamos<br />

suportando da melhor forma possível”, conta<br />

Varis, “mas sabíamos que seriam necessários<br />

investimentos de porte nos dois anos seguintes<br />

somente para reparar os equipamentos<br />

antigos do pátio de madeira.”<br />

A diretoria da Stora Enso aprovou o investimento<br />

para um novo pátio de madeira em<br />

março de 2006. Os equipamentos principais<br />

foram adquiridos da ANDRITZ em junho<br />

daquele ano.<br />

“Passamos por muitas inovações junto com a<br />

ANDRITZ”, afirma Varis. A fábrica Varkaus é<br />

o local de instalação do primeiro tambor descascador<br />

acionado por fricção, da primeira<br />

peneira rotativa, do desenvolvimento do sistema<br />

de degelo, do teste do primeiro picador,<br />

do primeiro sistema de branqueamento<br />

por deslocamento e do primeiro sistema de<br />

evaporação de efluentes Zedivap® .<br />

A tendência é ser pequeno<br />

Por que a ANDRITZ? “Eles garantiam as menores<br />

perdas de madeira”, diz Varis. “Visitamos<br />

uma instalação de referência em Joutseno que<br />

foi bastante convincente. Eles demonstraram<br />

que podiam controlar com precisão a qualidade<br />

dos cavacos à medida que as condições<br />

“Recebemos uma grande melhoria<br />

de eficiência com um investimento<br />

único.”<br />

Ville Varis, Diretor de Produção da Fábrica de Celulose<br />

na fábrica de Varkaus da Stora Enso<br />

(Da esquerda para a direita) Jouni Hiltunen,<br />

Superintendente de Produção, Pekka Kokko,<br />

Engenheiro-Chefe do Pátio de Madeira da ANDRITZ,<br />

e Ville Varis, Diretor de Produção da Fábrica de<br />

Celulose, supervisio-nam uma das linhas de<br />

descascamento.<br />

O pátio de madeira da ANDRITZ em Varkaus consiste em uma operação com descascamento de duas linhas, picagem e peneiramento. A capacidade<br />

para madeiras de fibras longas é de 350 m3 sólidos com casca/hora, e a capacidade para madeiras de fibras curtas é de 250 m3 sólidos<br />

com casca/hora.<br />

“Agora talvez tenhamos os melhores<br />

cavacos do mundo.”<br />

Jouni Hiltunen, Superintendente de Produção da<br />

Fábrica de Celulose<br />

mudavam. Nós realmente queríamos um nível<br />

de flexibilidade assim em Varkaus.”<br />

Essa flexibilidade é especialmente importante<br />

por causa das recentes tendências de colheita<br />

da madeira. “Devido aos pesados impostos<br />

de exportação para toras brutas da Rússia”,<br />

conta Varis, “estávamos em busca de uma vi-<br />

rada drástica para tamanhos menores de tron-<br />

cos na Finlândia. “Há uma grande proporção<br />

de primeiros desbastes, madeira jovem e<br />

troncos de pequeno diâmetro, em geral. São<br />

necessários mais troncos – e mais descasca-<br />

mento – para atingir apenas o mesmo volume<br />

de produção.”<br />

De desgastado para deslumbrante<br />

O trabalho de construção no local começou em<br />

1 de julho de 2006. “Trabalhamos durante um<br />

inverno frio na Finlândia”, diz Varis. “Pode-se<br />

imaginar os desafios de realizar uma construção<br />

civil em solo congelado!” A ANDRITZ<br />

começou a instalar o maquinário principal em<br />

março de 2007. O comissionamento iniciou<br />

em agosto e o start-up em 7 de setembro de<br />

2007, conforme o cronograma acertado. O<br />

pátio de madeira de Varkaus representa as<br />

tecnologias mais modernas e eficientes de<br />

processamento de madeira para climas frios,<br />

segundo Pekka Kokko, Engenheiro-Chefe<br />

da área de Processamento de Madeira da<br />

ANDRITZ. Há uma unidade de descascamento<br />

de duas linhas com degelo (PowerFeed),<br />

dois HHQ-Chippers grandes, sistemas<br />

de separação e peneiramento de cavacos<br />

JetScreen e analisadores de qualidade dos<br />

cavacos ChipScan. A capacidade para madeiras<br />

de fibras longas é de 50 m sólidos<br />

com casca/hora, e a capacidade para madeiras<br />

de fibras curtas é de 250 m sólidos com<br />

casca/hora.<br />

Os troncos de abeto (spruce) vão diretamente<br />

para a serraria adjacente. Os cavacos da serraria<br />

vão para a linha TMP junto com os cavacos<br />

de madeira de abeto processados no<br />

sistema ANDRITZ. As cascas da serraria são<br />

misturadas com as cascas do pátio de madeira<br />

e vão para a caldeira de força. A madeira<br />

para produção segue para o sistema ANDRITZ


0 Stora Enso<br />

Stora Enso 1<br />

O esturjão tem estado sob uma pressão<br />

cerrada de pesca pelas ovas da fêmea e<br />

sua carne. A Carelian Caviar Oy cria esturjões<br />

Siberiano e Beluga usando técnicas<br />

ambientalmente sustentáveis, que<br />

ajudam a proteger o esturjão selvagem,<br />

até certo ponto. A criação de peixes<br />

em Varkaus recircula o calor da fábrica<br />

Varkaus da Stora Enso, mantendo as<br />

condições ideais para o esturjão durante<br />

todo o ano. Os maiores Belugas podem<br />

pesar acima de 1500 kg e viver mais de<br />

100 anos. O caviar dessa espécie é o<br />

mais delicado e caro do mundo.<br />

Jani Rantula da Carelian Caviar Oy segura um esturjão<br />

Siberiano, que está sendo cultivado em uma<br />

criação de peixes adjacente à fábrica Varkaus na<br />

Finlândia. A criação de peixes aquece a água para<br />

os enormes tanques usando o excesso de calor da<br />

fábrica de Varkaus.<br />

da linha Kraft. O digestor de 800 t/d alterna<br />

com bastante frequência entre fibras curtas<br />

(hardwood) e fibras longas (pinho e abeto à<br />

proporção de 80/20), com uma campanha<br />

que dura de meio dia a dois dias.<br />

“Uma das minhas preocupações antes do projeto<br />

era a de que melhoraríamos a qualidade<br />

dos cavacos, mas o tamanho dos cavacos seria<br />

grande demais” conta Varis. Não foi esse o<br />

caso. “Controlamos gradualmente o tamanho<br />

dos cavacos de 28 para 0 para 2 mm em um<br />

ano. Estamos obtendo cozimentos melhores<br />

O gargalo da linha de fibras da fábrica de Varkaus<br />

era o sistema de alimentação de cavacos. Em<br />

novembro de 2007, a ANDRITZ instalou um silo de<br />

cavacos Diamondback® e um sistema de alimentação<br />

de cavacos TurboFeed®. “Janeiro e fevereiro<br />

de 2008 foram dois de nossos melhores meses para<br />

a produção desde que estou nesta fábrica”, diz Varis.<br />

“Em geral, os meses de inverno são muito difíceis<br />

para nós, mas a melhor qualidade dos cavacos e o<br />

novo sistema de alimentação têm sido excelentes.”<br />

Toras sendo carregadas em uma das esteiras de alimentação<br />

PowerFeed em Varkaus. A fábrica agora<br />

conta com um eficiente degelo, com duas zonas de<br />

temperatura e a capacidade de carregar feixes de<br />

toras longas e curtas sem obstruções.<br />

no digestor, com menos rejeitos.”<br />

“Um benefício colateral da tecnologia de des-<br />

cascamento seco da ANDRITZ é que a quali-<br />

dade de combustível (casca) da caldeira de<br />

força melhorou significativamente” diz Hiltunen.<br />

“Tivemos uma redução de 60% nas águas<br />

residuais do pátio de madeira e uma redução<br />

enorme de fósforo e DQO.”<br />

Melhorias imensas de eficiência<br />

Com o pátio de madeira totalmente ope-<br />

racional em novembro de 2007, a fábrica<br />

Varkaus começou a ver resultados de ime-<br />

diato. “Tivemos uma grande melhoria de<br />

eficiência com um investimento único”, afir-<br />

ma Varis. “Quando vim para esta fábrica em<br />

1999, 55 pessoas trabalhavam no manuseio<br />

da madeira. Hoje, são 1 . Um segundo ponto<br />

é que testemunhamos uma redução drástica<br />

dos custos de manutenção. Em terceiro, as<br />

economias resultantes de melhorias na eficiência<br />

dos materiais (perdas de madeira reduzidas,<br />

maior produção da polpação química,<br />

etc.) são substanciais .”<br />

“Usamos o analisador ChipScan no processo<br />

para obter dados precisos sobre o comprimento,<br />

espessura e variabilidade dos cavacos”,<br />

explica Hiltunen. “Antes de adotarmos<br />

o sistema ANDRITZ, nossa distribuição era 50<br />

a 62% no tamanho ideal de cavacos aceitos<br />

e cerca de 20% no menor tamanho de ca-<br />

vaco aceito. Agora estamos conseguindo um<br />

tamanho de cavaco ideal 80% do tempo e<br />

apenas 10% de aceites pequenos. Enquanto<br />

isso, reduzimos os cavacos subdimensiona-<br />

dos e os finos de 9% para 1,8% e nossas<br />

perdas de peneiramento são cerca de 1/10<br />

do que tínhamos no sistema antigo. São re-<br />

sultados bastante extraordinários.”<br />

Hiltunen foi extremamente positivo em re-<br />

lação às tecnologias no pátio de madeira. “A<br />

alimentação do PowerFeed transporta os<br />

feixes de toras ao tambor descascador sem<br />

obstruções em qualquer condição climática”,<br />

diz ele. “Há um degelo eficiente e o baixo<br />

grau de abastecimento no tambor resulta em<br />

forças de massa menores e reduz nossas per-<br />

das de madeira. As cascas e a areia são re-<br />

movidas com eficiência. O JetScreen facilita<br />

a otimização da qualidade de cavacos para o<br />

digestor. A qualidade dos cavacos é ajustada<br />

simplesmente pela regulagem da pressão do<br />

ar. A peneira não sobrecarrega (overflow) du-<br />

rante os períodos de sobrecarga. O HQ-Sizer<br />

converte cerca de 80% dos cavacos com ex-<br />

cesso de espessura e sobredimensionados<br />

em aceites.”<br />

Cavacos melhores, polpa melhor<br />

“Há uma melhoria bastante clara na operação<br />

da linha de fibras após o start-up do novo<br />

pátio de madeira”, afirma Varis. “Levou al-<br />

gum tempo para ajustarmos o processo para<br />

o tamanho maior de cavacos e a proporção<br />

maior de cavacos ideais – e ainda estamos<br />

melhorando-o a cada semana.”<br />

O gargalo da linha de fibras era o sistema de<br />

alimentação de cavacos, principalmente com<br />

madeiras de fibras longas. Assim, durante o<br />

desligamento de duas semanas em novem-<br />

bro de 2007, a ANDRITZ instalou um silo de<br />

cavacos Diamondback ® e um sistema de ali-<br />

mentação de cavacos TurboFeed ® no digestor<br />

de Varkaus.<br />

“Após a reativação da linha de fibras em<br />

dezembro, ficamos muito contentes por não<br />

termos mais um gargalo na alimentação de<br />

cavacos”, diz Varis. “É difícil dizer quanto<br />

benefício estamos obtendo da qualidade dos<br />

cavacos e quanto estamos obtendo da pré-<br />

impregnação de vapor e alimentação. Porém,<br />

posso dizer que janeiro e fevereiro de 2008<br />

foram dois de nossos melhores meses para a<br />

produção desde que estou nesta fábrica. Em<br />

geral, os meses de inverno são muito difíceis<br />

para nós, mas a melhor qualidade dos cava-<br />

cos e o novo sistema de alimentação têm sido<br />

excelentes.”<br />

O analisador ChipScan no processo fornece aos<br />

operadores dados precisos sobre o comprimento, es-<br />

pessura e variabilidade dos cavacos em tempo real.<br />

A peneira JetScreen facilita a otimização da<br />

qualidade de cavacos para o digestor. A qualidade<br />

dos cavacos é ajustada simplesmente pela regu-<br />

lagem da pressão do ar dentro da unidade.


2<br />

Da esquerda para a direita: Roland de la Pille (Diretor de Vendas de Área da ANDRITZ Küsters), José<br />

Mendia, da FNMT, e José Corominola, da Copapres, representante local da ANDRITZ, ao lado da estação de<br />

revestimento/calandragem.<br />

Fábrica Nacional de Moneda y Timbre<br />

Solucionando uma situação pegajosa<br />

Um exemplo perfeito de trabalho próximo a um cliente para desenvolver<br />

a solução técnica correta é a cooperação entre a ANDRITZ Küsters e um<br />

fabricante de papel único em Burgos, na Espanha.<br />

Cerca de segurança dupla ao redor do<br />

perímetro; passagem pelo detector de<br />

metais; máquina de raio X para bagagens<br />

de mão; guardas com pistolas carregadas.<br />

Estamos em uma fábrica de papel ou no<br />

aeroporto?<br />

A placa diz Fábrica Nacional de Moneda<br />

y Timbre (FNMT), a fábrica nacional para<br />

produção de papel moeda e selos. Então,<br />

devemos estar no lugar certo. A FNMT<br />

concentra-se na produção de papel para<br />

notas de dinheiro, selos, bilhetes de loteria<br />

e outros produtos com propriedades autoadesivas.<br />

Esses papéis, chamados de<br />

“papéis especiais de segurança”, parecem<br />

exigir seu próprio nível de alta segurança.<br />

Evitando uma confusão grudenta<br />

Os dias de lamber selos postais e depois<br />

fazer uma careta por causa do gosto<br />

ruim em breve serão uma lembrança dis-<br />

“A calandra é a chave para a qualidade do novo papel.”<br />

José Mendia, Gerente de Engenharia e Manutenção, Fábrica de Papel FNMT<br />

tante. Agora, os selos são autoadesivos<br />

e vêm em livretos, sendo destacados da<br />

folha de suporte. No entanto, não é fácil<br />

produzi-los.<br />

Ambos os lados do selo postal devem<br />

ter revestimento e acabamento uniforme<br />

- porém com substâncias totalmente diferentes.<br />

“O lado superior deve permitir<br />

a impressão e as funções de segurança<br />

necessárias”, José Mendia, Gerente de<br />

Engenharia e Manutenção da Fábrica de<br />

Papel FNMT. “O lado inferior contém um<br />

adesivo, que no entanto só fica pegajoso<br />

depois que o selo é retirado da folha de<br />

suporte.”<br />

Tentativas e tentativas<br />

“A pós-produção do papel para selos requer<br />

o domínio de pelo menos duas habilidades:<br />

revestimento e acabamento”, diz Roland de<br />

la Pille, Diretor de Vendas da Área de sistemas<br />

de acabamento de papel da ANDRITZ<br />

Küsters. “Revestir ambos os lados e depois<br />

calandrar o papel sem reativar o adesivo<br />

pegajoso foi um desafio interessante.”<br />

Como calandrar o papel sem que ele grude<br />

nos rolos? “Você não calandra… pelo<br />

menos não da primeira vez!” de la Pille<br />

diz, com uma gargalhada sincera. “Foi<br />

assim que a ANDRITZ Küsters e a FNMT<br />

se tornaram bons parceiros de trabalho.<br />

Em conjunto chegamos a uma solução<br />

que foi melhor do que qualquer outra que<br />

pudéssemos conseguir de forma independente.<br />

Foram necessárias várias tentativas<br />

em nosso centro técnico na Alemanha,<br />

porém conseguimos encontrar a solução<br />

perfeita juntos.”<br />

Para fora do laboratório e para<br />

dentro da fábrica<br />

Mendia está bastante satisfeito com o resultado.<br />

“A calandra é a chave para a qualidade<br />

do novo papel”, ele afirma. “Embora o<br />

desenvolvimento do meio de revestimento<br />

possa ser inovador, seu uso depende dos<br />

Uma nova bobina de papel está sendo carregada<br />

no sistema de revestimento ANDRITZ BMB, que é<br />

seguido pela calandragem no equipamento ANDRITZ<br />

Küsters.<br />

Detalhe da calandra, mostrando o PrimeRoll S<br />

EdgeTrim (superior e inferior) e o rolo aquecido<br />

(centro), dando os toques finais no papel adesivo<br />

para selos.<br />

Calandra PrimeCal ProSoft ANDRITZ Küster (fundo)<br />

com estação de revestimento BMB<br />

resultados oferecidos pela calandragem.”<br />

Após as tentativas, a instalação de uma<br />

calandra Prime Cal ProSoft em Burgos<br />

começou em maio de 2008. A calandra está<br />

em linha com uma estação completa de<br />

revestimento fornecida anteriormente pela<br />

BMB (atualmente uma empresa ANDRITZ e<br />

parte do mesmo grupo de Acabamento de<br />

Papel). A calandra contém três rolos – um<br />

PrimeRoll S EdgeTrim nas posições superior<br />

e inferior e um rolo térmico no meio. Os<br />

rolos superior e inferior têm zonas especiais<br />

abastecidas com óleo, que corrigem a deformação<br />

de perfil. “Além do mais, aqui,<br />

na FNMT, os rolos de abaulamento variável<br />

têm elementos que removem as forças de<br />

deflexão nas bordas, de modo que o perfil<br />

do papel permaneça plano ao longo de<br />

toda a largura”, diz de la Pille.<br />

“O rolo do meio é o rolo aquecido”, continua<br />

de la Pille. “Nós o operamos a uma temperatura<br />

menor para papéis com adesivo<br />

no verso, para que o adesivo não seja reativado.”<br />

É a interação entre a temperatura<br />

do rolo e a umidade residual que possibilita<br />

que a massa de revestimento pegajosa cole<br />

no papel e não nos rolos. “Também instalamos<br />

o sistema de automação MultiMaster<br />

para proporcionar à FNMT um controle de<br />

processo bastante eficiente”, afirma de<br />

la Pille. “Eles conseguem pré-programar<br />

determinadas configurações, economizando<br />

um tempo valioso ao trocar ou ajustar<br />

produtos.”<br />

Fábrica Nacional de Moneda y Timbre<br />

“A ANDRITZ Küsters tem sido um parceiro<br />

ótimo no desenvolvimento de novas receitas<br />

de revestimento e em suas adaptações<br />

à calandra”, conta Javier Baraja, Gerente de<br />

Produção em Burgos. Baraja explica que<br />

a FNMT com frequência precisa adaptar os<br />

processos de acordo com especificações<br />

de clientes individuais. A versatilidade técnica<br />

da calandra proporciona a chance de<br />

otimizar ativamente os produtos em cooperação<br />

com os clientes.<br />

Valor, não volume<br />

As quantidades anuais de pedido da FNMT<br />

variam significativamente, dependendo<br />

do cliente, porém a tonelagem é pequena<br />

quando comparada a papéis de uso geral.<br />

“Temos que ser altamente especializados<br />

e altamente flexíveis para satisfazer às demandas<br />

de nossos clientes de modo lucrativo,<br />

a despeito dos volumes comparativamente<br />

pequenos”, diz Antonio Olmos,<br />

Diretor-Geral da Fábrica de Papel FNMT.<br />

“Uma das maneiras de fazermos isso é investir<br />

regularmente em novas tecnologias.”<br />

A recente modernização da FNMT é um<br />

bom exemplo disso. A fábrica melhora sua<br />

produtividade pela combinação da estação<br />

de revestimento e da calandra em uma única<br />

unidade. Melhora a qualidade devido ao<br />

revestimento de precisão e ao acabamento<br />

preciso do papel.<br />

“Estamos muito, muito satisfeitos com<br />

o desempenho dos equipamentos da<br />

ANDRITZ”, conclui Mendia. “Essa tem sido<br />

uma parceria bastante forte e boa.”


4 Sappi<br />

Sappi 5<br />

Ativação do “BIG ONE”(o Grande)<br />

em Durban<br />

O projeto Amakhulu da Sappi Saiccor na fábrica KwaZulu-Natal (Amakhulu<br />

significa “o grande” em Zulu) alavancou a produção, preservou a cultura e<br />

melhorou a qualidade de vida ao redor da fábrica em Durban, localidade na<br />

África do Sul.<br />

A Sappi Saiccor é maior produtor mundial de<br />

pasta de celulose química (dissolução) para<br />

os mercados de têxteis e usos especiais.<br />

De acordo com Alan Tubb, CEO da Saiccor,<br />

os sonhos de expansão da fábrica Saiccor<br />

começaram em 2005, com um aumento da<br />

demanda do mercado e a conclusão com<br />

êxito de um projeto de desafogamento que<br />

foi o precedente de Amakhulu. Além do aumento<br />

de capacidade, um grande motivador<br />

foram as oportunidades de alavancagem para<br />

reduzir os volumes de emissão da fábrica e a<br />

dependência de combustíveis fósseis.<br />

“Com o investimento na melhor tecnologia,<br />

conseguimos aumentar nossa margem de lucro<br />

e diminuir nosso impacto ambiental”, explica<br />

Tubb. A fábrica reduziu sua dependência<br />

nos combustíveis sólidos significativamente e<br />

têm passado por uma redução substancial de<br />

efluentes sólidos dissolvidos. A Saiccor também<br />

conseguiu manter o mesmo consumo<br />

“O Projeto Amakhulu nos deu a<br />

oportunidade de aumentar nossa<br />

liderança de mercado.”<br />

Gary Bowles, Gerente Geral da Sappi Saiccor<br />

de água, apesar da capacidade adicional de<br />

200.000 toneladas de polpa.<br />

A contribuição da ANDRITz em<br />

Amakhulu<br />

O Diretor do Projeto e Chefe de Tecnologia<br />

do Grupo Sappi, Andrea Rossi, explica que<br />

o envolvimento da ANDRITZ no projeto de<br />

expansão de Mkomazi em 199 -1994 foi um<br />

grande motivador para escolher novamente a<br />

empresa como o principal fornecedor para o<br />

pátio de madeira, branqueamento, secagem e<br />

evaporador para Amakhulu. “A ANDRITZ tem<br />

uma presença técnica local muito boa”, diz<br />

Rossi. O escritório local contratou funcionários<br />

para a obra, segurança, qualidade, compras<br />

e programação, e forneceu muitos dos outros<br />

materiais, plataformas, suportes, tubulação,<br />

tanques e vasos, além dos contratados para<br />

montagem mecânica e da tubulação.<br />

“A ANDRITZ oferece uma cesta de tecnologia”,<br />

diz Gary Bowles, Gerente-Geral da Sappi<br />

Saiccor, “que dinamiza muito mais nossa<br />

interface.”<br />

A contribuição foi além da tecnologia. Apoiada<br />

no suporte financeiro da ANDRITZ e de outros<br />

fornecedores de EPC´s, a Saiccor estabeleceu<br />

uma escola de treinamento na comunidade local.<br />

Em combinação com os 100 empregos<br />

temporários e permanentes oferecidos pelo<br />

projeto, as condições de vida de boa parte da<br />

população local melhoraram.<br />

Nova tecnologia de pátio de madeira<br />

para a Sappi<br />

A ANDRITZ forneceu um pátio de madeira<br />

turnkey – mesa de recebimento de toras, sistema<br />

de lavagem de toras, picador, sistema<br />

de empilhamento de cavacos com correia,<br />

recuperação de cavacos e transportadores.<br />

Com esse pátio, a fábrica é capaz de usar um<br />

volume maior de toras com até 6 m de comprimento.<br />

O HHQ-Chipper, o primeiro de seu<br />

tipo na África do Sul, trabalha com toras de<br />

grande diâmetro.<br />

Quando indagado o porquê das fábricas<br />

sulafricanas terem levado tanto tempo para<br />

investir na tecnologia de picagem com alimentação<br />

horizontal, Tony Neave, Gerente da<br />

Fábrica para Preparação de Polpa da Saiccor,<br />

explica que sempre foi difícil se afastar de uma<br />

tecnologia já aprovada. No entanto, desde<br />

que se lançou ao projeto, a Saiccor atingiu<br />

uma taxa de picagem 10% maior que a taxa<br />

projetada original. Em termos de manejabilidade,<br />

o picador é menos problemático que os<br />

picadores existentes da Saiccor e muito mais<br />

fácil de usar.<br />

Superando as metas projetadas na<br />

unidade de branqueamento e na linha de<br />

secagem<br />

A tecnologia ANDRITZ inclui o fornecimento de<br />

depuração fina, estágio de oxigênio e unidade<br />

de branqueamento ECF de quatro estágios. A<br />

base da unidade foi principalmente a Unidade<br />

de Branqueamento da fábrica, fornecida<br />

pela ANDRITZ em 1994-1995, que inclui 6 filtros<br />

a vácuo convencionais para lavagem de<br />

polpa marrom e a unidade de branqueamento.<br />

A nova unidade de branqueamento tem operado<br />

a 1020 admt/d – já ultrapassando a meta<br />

projetada.<br />

A ANDRITZ também instalou uma linha de<br />

secagem de celulose turnkey que inclui o sistema<br />

de fluxo de massa antes da máquina,<br />

a máquina de celulose, secador com folha<br />

suspensa, uma prensa de densificação, uma<br />

cortadeira/mesa acumuladora e uma linha<br />

automatizada de enfardamento. O que mais<br />

impressiona no fornecimento da ANDRITZ é a<br />

tecnologia de formação com tela dupla (uma<br />

tecnologia nova para a Saiccor) e a inclusão<br />

de uma prensa de sapata PrimePress X da<br />

ANDRITZ Küsters na seção de prensagem. A<br />

PrimePress X reduz os custos operacionais<br />

A ANDRITZ forneceu um pátio de madeira turnkey, incluindo o primeiro HHQ-Chipper da África do Sul. O projeto da unidade de<br />

branqueamento ECF se baseou na Unidade de Branqueamento 3 da fábrica, fornecida pela ANDRITZ em 1994-1995. A nova unidade<br />

de branqueamento têm operado a 1020 admt/d – já superando sua meta de projeto.<br />

da Saiccor usando uma extração com maior<br />

umidade, que requer menos vapor na unidade<br />

de secagem.<br />

O próximo elemento da linha é o secador com<br />

folha suspensa ANDRITZ pulp dryer com um<br />

sistema de recuperação de calor. Após o se-<br />

cador, é usada uma PrimeCal Hard ANDRITZ<br />

Küsters como prensa de densificação para<br />

aplanar o perfil de densidade antes da cor-<br />

tadeira. A ANDRITZ forneceu a cortadeira/<br />

mesa acumuladora e a linha de enfardamento<br />

automatizada (enfardamento, estocagem de<br />

fardos e tratamento de fardos ruins), que inclui<br />

o sistema de controle BaleMatic.<br />

“Esse projeto foi um desafio para nós”, afirma<br />

Bernd Asbeck, gerente de projeto da ANDRITZ<br />

para a unidade de secagem. “A secagem de<br />

polpa seca para dissolução foi um processo<br />

novo para nós”, diz Asbeck. “O projeto físico<br />

foi significativamente influenciado pelo baixo<br />

pH da massa tratada. Tivemos que reprojetar<br />

a máquina inteira para adequar a engenharia<br />

à fabricação com os materiais especiais exigi-<br />

dos para o ambiente corrosivo.”<br />

“Qualquer melhoria obtida no pátio<br />

de madeira acaba por beneficiar<br />

o produto final.”<br />

Tony Neave, Gerente da Unidade, Preparação de<br />

Polpa<br />

Os preços do aço inoxidável para uso espacial<br />

foram um grande dreno financeiro no projeto<br />

Amakhulu. “Estávamos competindo não ape-<br />

nas com a demanda internacional dos mate-<br />

riais, mas também com uma forte demanda<br />

local gerada pelo início das obras para a Copa<br />

do Mundo de 2010”, explica Rossi.<br />

Além dos desafios técnicos, Asbeck e sua<br />

equipe encontraram os desafios habituais de<br />

projeto. “O maior desafio foi o tempo”, conta<br />

Asbeck. “Tínhamos um cronograma apertado,<br />

com o início da instalação em maio de 2007<br />

e o start-up um ano mais tarde. Estávamos<br />

fazendo a montagem completa dos sistemas<br />

da linha de secagem, não apenas supervisio-<br />

nando a montagem. Concentramo-nos em<br />

encontrar subfornecedores com a mentali-<br />

dade de qualidade correta, dentro e fora da<br />

África do Sul, e documentar os programas de<br />

GQ deles.”<br />

Além disso, os “terrenos” dentro da fábrica<br />

estavam a prêmio. “Havia apenas pequenas<br />

áreas para depósito e preparação da monta-<br />

gem, pois a fábrica estava em operação total<br />

PÁTIO DE MADEIRA. Fornecimento turn-<br />

key de linha de processamento de eucalipto<br />

e do primeiro HHQ-Chipper com alimen-<br />

tação horizontal da África do Sul. Projetado<br />

para 00 m³ sub/h.<br />

LINHA DE FIBRAS. Depuração fina,<br />

deslignificação por oxigênio e unidade de<br />

branqueamento ECF para processo de cozimento<br />

com sulfito de magnésio. Projetada<br />

para 870 admt/d.<br />

RECUPERAÇÃO. Fornecimento turnkey<br />

de um evaporador de 6 efeitos (o maior do<br />

mundo para processo de sulfito de magnésio)<br />

com destilação de condensados<br />

e liquefação de metanol. Projetado para<br />

evaporação de 70 t/h.<br />

SECAGEM DE POLPA. Fornecimento<br />

turnkey de sistema de fluxo de massa antes<br />

da máquina, desaguamento da polpa,<br />

secagem e linha de enfardamento. Largura<br />

de trabalho de 4,06 m. Projetada para 9 0<br />

t/d. Prensa de sapata PrimePress X da<br />

ANDRITZ Küsters.<br />

SIMULAÇÃO. IDEAS Simulator para<br />

processos de recuperação de químicos.


6 Sappi<br />

Sappi 7<br />

durante nosso trabalho de construção e instalação”,<br />

recorda Asbeck. Apesar de estar sob<br />

prazos apertados e em um local geográfico<br />

ainda mais apertado, com acesso limitado<br />

para a construção civil, a linha de secagem<br />

foi concluída dois dias antes do cronograma.<br />

Desde a produção do primeiro fardo em 1<br />

de maio de 2008, a linha de secagem de celulose<br />

tem “excedido muitas expectativas”,<br />

diz Krish Naidu, Gerente de Área da Fábrica<br />

para Branqueamento e Secagem. “Temos<br />

um relacionamento de trabalho ótimo com a<br />

ANDRITZ. Eles são motivados ao trabalho de<br />

equipe e orientados ao cliente em termos de<br />

satisfazer às suas necessidades.”<br />

Conquistando o grande evaporador<br />

A ANDRITZ também forneceu o mais recente<br />

evaporador da Saiccor, que é atualmente o<br />

maior de seu tipo para aplicações com sulfito<br />

de magnésio. A unidade concentra o licor negro<br />

de entrada (12,5% de sólidos secos) para<br />

um conteúdo de 58% de sólidos secos antes<br />

da queima na caldeira de recuperação.<br />

As unidades são especialmente construídas<br />

para o processo de cozimento com sulfito de<br />

magnésio, em ênfase maior na produção de<br />

condensados reutilizáveis limpos. A unidade<br />

está equipada com um sistema de liquefação<br />

de metanol para destilar gases voláteis, que<br />

são então queimados na caldeira. A tecnologia<br />

da ANDRITZ é muito diferente dos evapo-<br />

radores de recompressão de vapor existentes<br />

na Saiccor – uma troca motivada pela maior<br />

confiabilidade de um evaporador multiefeito.<br />

Os evaporadores existentes requerem paradas<br />

frequentes para limpeza mecânica da<br />

incrustação acumulada, ao passo que os<br />

novos evaporadores contam com lavagem<br />

aquecida da superfície interna nos estágios<br />

de licor de sulfito. O transporte e a montagem<br />

do evaporador foram um desafio. “A ANDRITZ<br />

certamente foi forçada a pensar de forma inovadora,<br />

o que fizeram sem reclamar”, reflete<br />

Rossi. Cinco efeitos do evaporador foram<br />

transportados inteiros, embora as restrições<br />

de peso em estradas nacionais da África do<br />

Sul tenham forçado a desmontagem do efeito<br />

maior, sua reconstrução em peças menores e<br />

depois o transporte rodoviário. Os vasos foram<br />

posicionados com um guindaste de 450<br />

toneladas - um dos maiores da África do Sul.<br />

A unidade de evaporação ainda precisa ser<br />

comissionada, embora tenha operado com<br />

êxito durante curtos períodos de tempo. Um<br />

atraso na unidade do digestor foi induzido<br />

quando foi detectado, em outubro, um vazamento<br />

do gás dióxido de enxofre em uma tubulação<br />

recém-comissionada, de acordo com<br />

Colin Reddy, Gerente de Área da Fábrica para<br />

Evaporação e Recuperação. Embora a falha<br />

de funcionamento tenha sido rapidamente<br />

isolada pela equipe técnica, os digestores<br />

tiveram que sofrer uma parada para que fosse<br />

feita uma investigação mais completa.<br />

A unidade de evaporação ANDRITZ é atualmente a maior de seu tipo para aplicações com<br />

sulfito de magnésio. Colin Reddy (esquerda), Gerente de Área da Fábrica para Evaporação e<br />

Recuperação, com Ryno Eksteen, Diretor Executivo da ANDRITZ (Pty.) Ltd. na África do Sul.<br />

“A linha de secagem de polpa<br />

excedeu muitas expectativas. A<br />

ANDRITZ é motivada ao trabalho<br />

de equipe e orientada ao cliente<br />

em termos de satisfazer às<br />

nossas necessidades.”<br />

Krish Naidu, Gerente de Área da Fábrica para Branqueamento<br />

e Secagem<br />

A ANDRITZ forneceu uma linha de secagem de celulose turnkey que inclui o sistema de<br />

fluxo de massa antes da máquina, a máquina de celulose, um secador com folha suspensa,<br />

uma prensa de densificação, uma cortadeira/mesa acumuladora e uma linha automatizada de<br />

enfardamento. A máquina de celulose (acima) usa a tecnologia de formação de tela dupla e<br />

uma prensa de sapata PrimePress X.<br />

“A secagem da polpa seca para<br />

dissolução foi um processo novo<br />

para nós. Tivemos que reprojetar<br />

a máquina para acomodar os materiais<br />

especiais exigidos para o<br />

ambiente corrosivo de baixo pH.”<br />

Bernd Asbeck, Gerente de Projeto da ANDRITZ para<br />

a unidade de secagem<br />

“A simulação dinâmica é o<br />

caminho a seguir”<br />

O fornecimento incluía um Ideas Simulator da<br />

ANDRITZ Automation, que permite à Saiccor<br />

fazer testes lógicos e do circuito – e treinar<br />

operadores – para seus processos de recupe-<br />

ração de químicos e da caldeira. Colin Reddy<br />

e sua equipe conseguiram isolar e eliminar<br />

problemas na configuração do DCS antes do<br />

start-up. O Simulator foi inestimável no treina-<br />

mento de 200 funcionários novos e existentes<br />

na fábrica. “O Ideas foi extremamente útil para<br />

o start-up e o treinamento dos operadores”,<br />

diz Rossi. “Com os níveis de habilidade ex-<br />

istentes na África do Sul, a simulação dinâmi-<br />

ca é o caminho a seguir.”<br />

Desafios do projeto<br />

Para a diretoria, o maior desafio ao projeto de<br />

expansão era o congestionamento resultante<br />

e os dilemas logísticos de expandir uma obra<br />

brownfield. Com mais de 00 pessoas na<br />

obra durante o pico da construção, o esforço<br />

dedicado ao treinamento de segurança foi tremendo.<br />

Isso certamente valeu a pena, pois<br />

a taxa de frequência de lesões foi de apenas<br />

0,2% e o índice de frequência de tempo perdido<br />

foi de 0,18, para oito milhões de horashomem<br />

trabalhadas durante o projeto.<br />

Com as fábricas ao redor do mundo sendo<br />

forçadas a fechar suas portas, poderia-se<br />

pensar que a recessão global seria um grande<br />

desafio para Amakhulu. Entretanto, a expansão<br />

estava quase concluída antes que a África<br />

do Sul fosse afetada pela recessão. Embora a<br />

unidade tenha sido obrigada a operar a cerca<br />

de 70% da capacidade durante alguns meses<br />

devido a aspectos relacionados ao projeto,<br />

“atualmente ela está voltando à capacidade<br />

plena”, diz Bowles.<br />

O suporte da ANDRITZ facilitou as primeiras<br />

operações de produção bem sucedidas da<br />

fábrica atualizada da Sappi Saiccor. Como<br />

Rossi explica, “ficamos extremamente felizes<br />

de termos trabalhado com todos os membros<br />

da equipe da ANDRITZ. Eles tiveram<br />

uma atitude bastante positiva e estavam<br />

dispostos a encontrar soluções para assegurar<br />

que atendêssemos aos requisitos de<br />

desempenho.”


8 Notícias do mundo da ANDRITz<br />

Notícias do mundo da ANDRITz 9<br />

lINHAs cOmpletAs<br />

Fujian Nanping Paper<br />

Nanping, Fujian, China<br />

Sistema TMP RT-RTS<br />

Destaques de<br />

Kartonsan Karton Sanayi ve Ticaret<br />

Izmit, Kocaeli, Turquia<br />

Linha OCC 227 t/d completa; reforma do sistema de<br />

fluxo de massa antes da máquina de cartão<br />

Saigon Binh Dinh Paper<br />

Vietnã<br />

Máquina de tissue PrimeLine Compact (largura de trabalho<br />

de 2850 mm na enroladeira e velocidade projetada<br />

de 1650 m/min) com Yankee de aço, preparação de<br />

massa e automação<br />

eQuIpAmeNtOs prINcIpAIs,<br />

AtuAlIZAÇÕes e mODerNIZAÇÕes<br />

Mondi Steti<br />

Steti, República Tcheca<br />

Sibstituição do tambor descascador, construção de anel<br />

com suporte hidrostático Waplan<br />

MCC Meili Paper Industry<br />

Zhongwei, Ningxia, China<br />

Equipamentos para deslignificação por oxigênio e<br />

branqueamento<br />

lINHAs cOmpletAs<br />

Destaques de<br />

Australian Paper<br />

Maryvale, Victoria, Austrália<br />

Modernização de cozimento e depuração. Novos<br />

processos de lavagem, deslignificação por oxigênio e<br />

branqueamento<br />

VCP-MS Celulose Sul-Matogrossense<br />

Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, Brasil<br />

A maior linha de fibras com linha única do mundo (cozimento,<br />

lavagem, deslignificação por oxigênio, depuração<br />

e branqueamento) e unidade completa de licor branco<br />

Ence Group<br />

Navia, Espanha<br />

Nova caldeira de recuperação e caldeira de força de<br />

biomassa (primeira fornecida pela ANDRITZ), atualização<br />

da unidade de evaporação; atualização para linha<br />

de secagem de celulose, incluindo prensa de sapata<br />

PrimePress X<br />

Celulose Beira Industrial (Celbi)<br />

Leirosa, Portugal<br />

Atualização de mesa formadora de dupla tela, prensa<br />

de sapata PrimePress X, novo secador de celulose,<br />

cortadeira/mesa acumuladora e linha de enfardamento,<br />

fornecimento em EPC de LimeKiln<br />

PF Louisenthal<br />

Cliente final confidencial<br />

Unidade de branqueamento para celulose de algodão<br />

Phong Khe Paper<br />

Bac Ninh, Bac Ninh, Vietnã<br />

Sistema de fluxo de massa antes da máquina e de refino<br />

para máquina de papel<br />

Henan Yinge Industrial Investment Holding<br />

Luohe, Henan, China<br />

Complete 640 t/d OCC line<br />

PEDIDOS<br />

eQuIpAmeNtOs prINcIpAIs,<br />

AtuAlIZAÇÕes e mODerNIZAÇÕes<br />

DTE Energy<br />

Cassville, WI, EUA<br />

Grelha mecânica para manipulação de biomassa<br />

Fortum Termest<br />

Pärnu, Estônia<br />

Sistema de alimentação para caldeira de biomassa e<br />

tratamento de cinzas<br />

Södra Cell Värö<br />

Värö, Suécia<br />

Resfriador de gás de combustão, retrofit de caldeira de<br />

recuperação<br />

Weyerhaeuser<br />

New Bern, NC, EUA<br />

Retrofit de caldeira de recuperação<br />

Stora Enso Oyi<br />

Imatra, Finlândia<br />

Prensa de sapata PrimePress X<br />

Fripa<br />

Miltenberg, Alemanha<br />

Atualização “dinâmica” da preparação da massa e sistemas<br />

de automação da máquina de tissue<br />

NOVOS START-UPS<br />

lINHAs cOmpletAs<br />

Lee & Man (Jiangsu) Paper<br />

Changshu, Jiangsu, China<br />

Linha de papel reciclado de escritório (MOW) de 250 t/d<br />

completa<br />

Lee & Man (Dongguan) Paper<br />

Dongguan, Guangdong, China<br />

Linha OCC de 1000 t/d completa<br />

Hengan Holding<br />

China<br />

Máquina de tissue PrimeLine com caixa de entrada<br />

de duas camadas e sistema de perfil de diluição,<br />

preparação de massa de fibras virgens e sistemas de<br />

recuperação de fibras. Com esse start-up, a ANDRITZ<br />

tornou-se a principal fornecedora do segmento de tissue<br />

chinês (nova máquinas em operação).<br />

Hebei Yongxin Paper<br />

Tangshan, Hebei<br />

Linha de produção integrada de cartão para embalagem:<br />

máquina PrimeLine com prensa de sapata dupla<br />

PrimePress X, calandra PrimeCal Hard, três sistemas de<br />

alimentação PrimeFeeder (incluindo quatro JetBelts), uma<br />

bobinadeira; linha OCC (1000 t/d), linha AOCC (250 t/d),<br />

automação completa da unidade.<br />

Anhui Shanying Paper<br />

Maanshan, Anhui, China<br />

Linha OCC de 1000 t/d completa<br />

Papeles y Cartones (Member of the Smurfit<br />

Kappa Group)<br />

Barbosa, Columbia<br />

Linha OCC de 350 t/d completa<br />

eQuIpAmeNtOs prINcIpAIs,<br />

AtuAlIZAÇÕes e mODerNIZAÇÕes<br />

JTI Yelets<br />

Província de Lipetsk, Rússia<br />

Seção de prensagem para máquina de papel<br />

Domtar<br />

Kamloops, BC, Canadá<br />

Retrofit de caldeira de recuperação<br />

pAINÉIs<br />

XinJiang Jin Yang Mei Jia Wood Industry<br />

Miquan, Xinjiang, China<br />

Sistema de refino pressurizado para MDF de 60 t/d<br />

Fujian Yongan Forestry (Group)<br />

Yong’An, Fujian, China<br />

Sistema de refino pressurizado para MDF de 720 t/d<br />

Sichuan Guodong Construction<br />

Chengdu, Sichuan, China<br />

Dois sistemas de refino pressurizado para MDF de 720<br />

t/d<br />

Yingang (Chengde) Wood Based Panel<br />

Chengde, Hebei, China<br />

Sistema de refino pressurizado para MDF de 864 t/d<br />

eQuIpAmeNtOs prINcIpAIs,<br />

AtuAlIZAÇÕes e mODerNIZAÇÕes<br />

Stora Enso Fors<br />

Fors, Suécia<br />

Calandra PrimeCal Hard, PrimeFeeder, reforma da seção<br />

de secagem<br />

Guangxi Laibin Dongtang Paper<br />

Laibin, Guangxi, China<br />

Duas linhas de depuração de polpa marrom<br />

Papierfabriken Cham-Tenero<br />

Cham, Suíça<br />

Revestidora PrimeCoat Curtain com uma forma multi-<br />

camada fornecida em uma máquina de revestimentos<br />

especiais off-line. Largura de trabalho da máquina de<br />

280 mm e velocidade da máquina de 1000 m/min.<br />

Verso Paper<br />

Sartell, Minnesota, EUA<br />

Atualização de DCS, controle do refinador primário e<br />

atualizações do sistema hidráulico<br />

pAINÉIs<br />

Industria de Compensados Guararapes<br />

Palmas, Brasil<br />

Sistema de refino pressurizado para MDF de 84 t/d<br />

Pfleiderer Holzwerkstoffe Nidda<br />

Nidda, Alemanha<br />

Sistema de refino pressurizado para MDF de 528 t/d<br />

Industria de Compensados Sudati<br />

Palmas, Brasil<br />

Sistema de refino pressurizado para MDF de 84 t/d<br />

ANDRITZ<br />

NOVIDADES<br />

O Centro de Serviços mantém o<br />

fluxo de clientes nos EUA<br />

Manter o fluxo das coisas é um grande<br />

desafio em uma fábrica de papel. Com<br />

orçamentos apertados, as fábricas es-<br />

tão se concentrando em obter o máximo<br />

de vida útil e desempenho dos equipa-<br />

mentos existentes.<br />

Os profissionais da ANDRITZ Küsters<br />

Roll Service Center em Spartanburg, SC,<br />

EUA são especialistas no reparo, recon-<br />

dicionamento e mesmo atualização do<br />

PRÓXIMA EDIÇÃO<br />

SPECTRUM<br />

A Hebei Yongxin Paper<br />

inaugura uma nova linha<br />

de papel de embalagem<br />

A cerimônia oficial ocorreu em abril para<br />

comemorar o start-up de uma linha com-<br />

pleta para papel de embalagem ANDRITZ<br />

na China, na Hebei Yongxin Paper Co.<br />

Ltd.<br />

“O start-up foi bastante tranquilo, graças à<br />

avançada tecnologia da ANDRITZ e nossa<br />

boa cooperação”, diz Wu San Luo, Gerente<br />

Geral.<br />

A Andritz forneceu a linha inteira: unidade<br />

de preparação da massa, máquina de pa-<br />

pel, bobinadeira e a automação total da<br />

unidade. A linha foi projetada para produzir<br />

400.000 toneladas de kraft para forro e pa-<br />

pelão ondulado por ano – tornando a Hebei<br />

Yongxin Paper o maior produtor de cartão<br />

para embalagens do norte da China.<br />

A próxima edição da SPECTRUM trará en-<br />

trevistas com o principal cliente e o pessoal<br />

da ANDRITZ sobre esse projeto importante<br />

e interessante.<br />

desempenho de rolos convencionais e<br />

controlados por deflexão (sem importar<br />

o fabricante original).<br />

Para saber mais sobre as habilidades<br />

do Spartanburg Roll Service Center ou<br />

para receber uma cópia de nosso novo<br />

catálogo, envie um e-mail para<br />

glenn.livingston@andritz.com<br />

ou ligue para +1 (864) 587 4848.


PP.s.19.port.09.09<br />

Mantenha a capacidade e a qualidade de fibras,<br />

diminuindo seus custos de energia<br />

O desafio: Manter a capacidade e a qua-<br />

lidade das fibras e, ao mesmo tempo,<br />

diminuir os custos de energia. A apli-<br />

cação corretas das placas de refinador<br />

pode auxiliar os produtores de papel<br />

e celulose no esforço para diminuir o<br />

consumo de energia em suas fábricas,<br />

conseguindo ou mesmo melhorando a<br />

www.andritz.com<br />

qualidade das fibras. Como você sabe<br />

quais placas usar na operação? Os es-<br />

pecialistas Durametal da ANDRITZ o<br />

ajudam a analisar seu processo e apre-<br />

sentam recomendações. Eles podem<br />

auxiliá-lo, trabalhando lado a lado, rea-<br />

lizando comparativos para comprovar<br />

o desempenho.<br />

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