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Resumo de Trabalhos - COBEM 2009 - Associação Brasileira de ...

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RESUMO DOS TRABALHOS DO<br />

XLVII CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

SUMÁRIO<br />

SEJA BEM VINDO!<br />

APRESENTAÇÃO<br />

TRABALHOS ORAIS<br />

TEMA: CURRÍCULO E METODOLOGIAS DE ENSINO<br />

CRIAÇÃO DE VÍDEOS DIGITAIS PARA O APRENDIZADO DA ANATOMIA: ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO:<br />

ORIM<br />

Mongiovi, V;Nepomuceno, V;Silva, F;Silva, J;Martins, C<br />

INFLUÊNCIA DE ATIVIDADES EXTRACURRICULAR NO PERFIL DO EGRESSO DA FACULDADE DE MEDICINA DE<br />

PETRÓPOLIS ( FMP)<br />

Streit, DS; Puglisi, MA;Araujo, BAC;Silva JÁ;Cruz AUS;Cavalcanti, GZ<br />

ENTENDENDO A RELAÇÃO ENTRE MÉDICOS E PACIENTES ATRAVÉS DA PRODUÇÃO DE VÍDEOS<br />

Atai<strong>de</strong>, FJS;O. Júnior, HM;Costa, GPO<br />

A INTRODUÇÃO DA DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS COMO NOVA METODOLOGIA EM ANATOMIA<br />

Barros, GM;Oliveira, HMNS;Uchoa Júnior, BCM;Porto, BKW<br />

EXPECTATIVAS DOS ESTUDANTES DE 1º PERÍODO DE CURSOS DE MEDICINA EM MINAS GERAIS<br />

Corrêa, RD;Silva, JFM;Teixeira, GHS;Santana, DKR;Silva, TR;Antônio, DN<br />

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE PRECEPTORES: UMA EXPERIÊNCIA EM PROCESSO<br />

Carbone, TR;Monteiro, D;Leher, E;Cerqueira, M.P;Passos, M;Ribeiro, VMB<br />

A IMPORTÂNCIA DA DISSECAÇÃO NO APRENDIZADO DA ANATOMIA HUMANA.<br />

Ga<strong>de</strong>lha, MAD;Ferreira, BRS;Viana, RR;Sucupira, DG;Oliveira, JL;Moura, JRSA<br />

OPINIÃO DE ESTUDANTES DOS CURSOS DE DIREITO E MEDICINA DA UFRN SOBRE O ABORTO NO BRASIL<br />

Me<strong>de</strong>iros, RD;Oliveira, EAA;Araújo, FA;Cavalcanti, FJB;Araújo, GL;Castro, IR<br />

A CONSTRUÇÃO DE PROBLEMAS NOS CURSOS MÉDICOS COM APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS: UMA<br />

REVISÃO SISTEMÁTICA<br />

Soares, TCM;Batista, SHSS<br />

A IMPLANTAÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO CURSO DE MEDICINA DA<br />

UNIVERSIDADE DE MARÍLIA: A PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES NO MÓDULO DE MORFOFISIOLOGIA HUMANA<br />

Araujo, AC;Souza, MSS;Furlan, FA;Guiguer, EL;Corrêa, MESH;Lazarini, CA<br />

DISCIPLINA “CLÍNICA DE TRATAMENTO DAS DOENÇAS PREVALENTES” DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DE SANTA MARIA: AVALIAÇÃO DISCENTE<br />

Baldisserotto, SV;Fonseca, CB;Sperotto, D;Silva, LC;Dal Lago, L;Haeffner, LSB<br />

EXPERIÊNCIA COM O MODELO “DECISÕES CLÍNICAS E OFICINAS DIAGNÓSTICAS (DC/OD)” NA FCM/UNICAMP:<br />

RESULTADOS PRINCIPAIS DE UM ESTUDO PILOTO<br />

Magalhães, LVB;Fernan<strong>de</strong>s, PT;Bastos, RR;Li, LM<br />

LABORATÓRIO DE COMUNICAÇÃO NO CURSO MÉDICO: A EXPERIÊNCIA DOS ESTUDANTES DA ESCOLA<br />

PERNAMBUCANA DE MEDICINA<br />

Soares, DCQ;Cunha, NM;Santos Filho, LMP;Lins Filho, CFR;Guerra, JFP;Falbo, GH<br />

INFLUÊNCIA DA DISCUSSÃO EM PEQUENOS GRUPOS, ORIENTADA POR QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA, NO<br />

APRENDIZADO ACADÊMICO DE ESTUDANTES DE MEDICINA<br />

Cabral, ALS;Carvalho, AD;Felipe, CRA;Homem, CSP;Reis, GA;Oliveira, RPM<br />

FUNDAMENTOS DA INOVAÇÃO PEDAGÓGICA: SIGNIFICADOS PARA A FORMAÇÃO EM SAÚDE<br />

Ferreira, BJ<br />

1<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


CURRÍCULO EM INFORMÁTICA MÉDICA: INTERCÂMBIO BRASIL – ESTADOS UNIDO<br />

Novaes, MA;Ver<strong>de</strong>, FCV;Machiavelli, JL;Mello, MR;Gusmão, CMG<br />

O PAPEL DA FORMAÇÃO MÉDICA NA PERCEPÇÃO DA MORTE E DO MORRER: ESTUDO QUALITATIVO COM<br />

INFECTOLOGISTAS<br />

Shimma, E;Nogueira-Martins, MCF;Nogueira-Martins, LA<br />

AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA ATITUDE DOS ESTUDANTES DE MEDICINA EM RELAÇÃO AO CUIDADO DO<br />

PACIENTE: COMPARAÇÃO ENTRE DUAS ESCOLAS MÉDICAS COM METODOLOGIAS DE ENSINO DIFERENTES,<br />

TRADICIONAL E APRENDIZADO BASEADO EM PROBLEMAS<br />

Peixoto, JM;Ribeiro, MMF;Amaral, CFS<br />

MONITORIA ACADÊMICA EM SEMIOLOGIA MÉDICA DA UFPB: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA ARTICULAÇÃO DE<br />

ENSINO E PESQUISA<br />

Vasconcelos, FRGC;Ronconi, DE;Silva, APF;Athay<strong>de</strong>, GAT;Maroja, JLS;Muñoz, RLS<br />

LABORATÓRIO DE HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA ANAMNESE AMBULATORIAL DOS<br />

ALUNOS DE MEDICINA COM PACIENTES DO PSF<br />

Heringer, JF;Oliveira, T;Dibo, R;Ramos, L;Pezzi, L;Neto, SP<br />

OFICINA DE PROBLEMATIZAÇÃO EM CLÍNICA MÉDICA- CONSTRUINDO UM RACIOCÍNIO OPERACIONAL NA<br />

ABORDAGEM DE SITUAÇÕES REAIS<br />

Gue<strong>de</strong>s, JC;Andra<strong>de</strong>, T<br />

A IMPORTÂNCIA E A UTILIDADE DO IDIOMA ESTRANGEIRO NA GRADUAÇÃO: OPINIÃO DOS ESTUDANTES DE<br />

MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS<br />

Abrahim, SM;Barros, OS;Costa, LC;Me<strong>de</strong>iros, DB;Cardoso, MVC;Avelino, FGS<br />

BLOG DE REUMATOLOGIA: UMA METODOLOGIA INOVADORA DE ENSINO<br />

Bezerra, ELM;Vilar, MJ;Cardoso, MA;Cavalcanti, FJB;Cunha, MA;Pinheiro, LV<br />

METODOLOGIA COMPLEMENTAR AO ENSINO DA PEDIATRIA: PRODUÇÃO DE MULTIMÍDIA<br />

Martins, MA;Cunha, CF;Melo, MCB;Bueno, MC;Schutze, M;Safar, MVB<br />

USODETÉCNICASDEMODELAGEMNOESTUDODOSISTEMANERVOSO<br />

Furlanetto, MP;Menezes, AK;Leão, HZ;Oliva, GP;Oliveira, L;Boeira, J<br />

EXPERIÊNCIA DO USO DA METODOLOGIA DE PROBLEMATIZAÇÃO EM CURSO DE BIOMEDICINA<br />

Sampaio, MX<br />

CONTRIBUIÇÕES DO MÓDULO ELETIVO “APLICAÇÕES DE BIOMATERIAIS” NA FORMAÇÃO ACADÊMICA ............<br />

Moda, M;Leonato, DD;Duek, EAR<br />

VISÃO DISCENTE DA SITUAÇÃO DO ENSINO DE PEDIATRIA E DA POSSIBILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE<br />

METODOLOGIAS ATIVAS<br />

Sugita, TH;Alfaia, R;Oliveira, PHT;Lima, FMLS;Naghettini, AV;Costa, NMSC<br />

APLICABILIDADE DE MODELOS TEÓRICO-PRÁTICOS EMFISIOLOGIAHUMANACOMOFERRAMENTADEENSINO<br />

MÉDICO: 3 ANOS DE VIVÊNCIA<br />

Rezen<strong>de</strong> Filho, FM;Rabêlo, LA;Fonseca, LJS;Oliveira, FJL<br />

NEUROANATOMIA NO CINEMA: ESTRATÉGIA ALTERNATIVA PARA A APRENDIZAGEM<br />

Guerra, LB;Pereira, AH<br />

O PROFESSOR ATUANDO SIMULTANEAMENTE COMO ATOR E AVALIADOR<br />

Davila, R;Cadaval, RAM;Hübner, CVK;Paulo, GR;Rocha, JIP;Gozzano, JOA<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA DISCENTE EM UMA COMUNIDADE DE TIRADORES DE CARANGUEJO NO ESTUÁRIO DO<br />

ESTADO DO PARÁ - INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR.<br />

Bahia, SHA;Monteiro, JCMS;Filgueiras, NKF;Maia, LA;Bezerra, JRN;Dias, DG<br />

O ENSINO DE HABILIDADES PARA O PRIMEIRO ANO DE MEDICINA<br />

D‘Avila, R;Peron, SF;Tritapepe, N;Lanza, LB;Palazzo, C;Maricato, P<br />

SITUAÇÃO DO ENSINO DE PEDIATRIA E RECEPTIVIDADE PARA IMPLANTAÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVAS DE<br />

ENSINO-APRENDIZAGEM SOB PERSPECTIVA DOCENTE<br />

Alfaia, R;Sugita, TH;Lima, FMLS;Naghettini, AV;Costa, NMSC;Carvalho Júnior, PM<br />

O ENCONTRO COM A MORTE NA FORMAÇÃO MÉDICA: À PROCURA DO MESTRE QUÍRON<br />

Silva, GSN;Ayres, JRCM<br />

A INCLUSÃO DA MATÉRIA DE NEUROCIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

Chang, ACR;Maldonado, VC;Konkiewitz, EC<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

2 33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES COMO ESTRATÉGIA DE ENSINAGEM EM CURSO DE FARMACOLOGIA<br />

CLÍNICA<br />

Polimeno, NC;Polimeno, MCAM;Seixas, CA;Lopes, LC<br />

TEMA: CENÁRIOS DE PRÁTICA E INTEGRAÇÃO À REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE<br />

OBSERVAÇÃO DAS PRÁTICAS MÉDICAS: AVALIAÇÃO DAS EXPECTATIVAS DOS ESTUDANTES DO 1O. ANO MÉDICO E<br />

DAS MUDANÇAS DESENCADEADAS PELOS DIFERENTES CENÁRIOS DE PRÁTICA<br />

Iochida, LC;Pelcerman, A;Moraes, JZ;Romanello, M;De Marco, M; Baladi, R<br />

INSERÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA NA PRÁTICA DE SAÚDE COLETIVA EM ALAGOAS<br />

Porto, BKW;Nicácio, AG;Mendonça, ATVS;Porto, AAL;M Júnior, EG;Sales, MLH;<br />

A UTILIZAÇÃO DO SIAB NO LEVANTAMENTO DAS INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO PRIMÁRIA<br />

NO PSF TRÊS POÇOS<br />

Varella, PO;Balbino, VD;Martins, CCMG;Dantas, FMB;Carvalho, LS;Cardoso, GA;<br />

OMC – ORIENTAÇÃO MÉDICA COLETIVA: UMA EXPERIÊNCIA POSITIVA DA DISCIPLINA DE SAÚDE COLETIVA NO<br />

CURSO DE MEDICINA DA FCMS – PUCSP<br />

Anjos, RMP;Cunha, ACG;Correa, PC;Carvalho, DBC;Rodrigues, MP;Queiroz, MM;<br />

A PARTICIPAÇÃO DAS EQUIPES DA SAÚDE DA FAMÍLIA NO ENSINO<br />

Silva, ALB;Garcia, MAA<br />

A PARCERIA DA ACADEMIA COM O SERVIÇO NA PROMOÇÃO DE SAÚDE: OFICINA PROBLEMATIZADORA ............<br />

Tito, LBL;Mota, NM;Jesus, LDM;Lima, APL;Elias, TGA;Franco, CM<br />

O USO DE PARÓDIAS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA EM ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO CONJUNTO<br />

CARMINHA, MACEIÓ/AL<br />

Belo, BS;Silva, MEB;Lima, ACF;Didone, EL;Tavares, GMS;Fernan<strong>de</strong>s, DOA;<br />

O TRABALHO EM EQUIPE PARA A INTEGRALIDADE NO CUIDADO NA PERSPECTIVA DE GESTORES DE SERVIÇOS DE<br />

SAÚDE DE SANTOS<br />

Batista, NA;Couto, M;Rossit, R;Paula, Y;Batista, SH;Tucci, A<br />

HÁ RELAÇÃO ENTRE A PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES EXTRACURRICULARES DURANTE A GRADUAÇÃO E SUCESSO<br />

PROFISSIONAL DE EX-ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA?<br />

Moraes, M;Suzuki, MM;Reinesch, J;Borges, DGS;Del-Ben, CM<br />

GENOGRAMA: FERRAMENTA DE ENSINO PARA ABORDAGEM FAMILIAR<br />

Cavalcante e Silva, A;Morais ALR;Schmitt, IAM;Camilo, IL;Amarante, MMF<br />

AVALIANDOOSCENÁRIOSDEPRÁTICAEMATENÇÃOBÁSICANOINTERNATONOMUNICÍPIODEMACEIÓ..........<br />

Me<strong>de</strong>iros, PM;Tenório, RB;Costa, RC;Cavalcanti, SMS;Vilela, RQB;Cavalcante, JC<br />

SEMENA DE CULTURA E CIDADANIA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS: INTERAÇÃO<br />

ACADEMIA-SERVIÇO-COMUNIDADE<br />

Rezen<strong>de</strong>, RMD;Elias, TGA;Martins, LC;Lima, APL;Carvalho, IGM;Carvalho, GS<br />

EFEITO DA MUDANÇA DE SEMESTRE NA SATISFAÇÃO DO ALUNO DA DISCIPLINA MÉTODOS DE ABORDAGEM EM<br />

SAÚDE COMUNITÁRIA<br />

Miranda, CZ;Neumann, CR;Falk, JW;Pustai, O<br />

PRÁTICAS MÉDICAS ALTERNATIVAS (ACUPUNTURA E HOMEOPATIA) COMO MEIO PARA A FORMAÇÃO DE MÉDICOS<br />

DIFERENCIADOS NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA – BA<br />

Melo, BS;Tôrres, ALB;Oliveira, ENA;Peixoto, MT<br />

PRÁTICAS DE INTEGRAÇÃO, ENSINO, SERVIÇO E COMUNIDADE (PIESC) DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE<br />

ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA (UEFS): UMA FORMAÇÃO VOLTADA PARA ATUAÇÃO DO MÉDICO NO SUS<br />

Oliveira, ENA;Melo, BS;Tôrres, ALB;Peixoto, MT<br />

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DO 1° E 2° ANO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO<br />

AMAZONAS QUANTO À ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE E SIGNIFICADO PARA OS MESMOS DA INSERÇÃO PRECOCE<br />

NAS ATIVIDADES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS)<br />

Costa, LC;Abrahim, SM;Barros, OS;Aguiar, IGS;Avelino, FGS;Avelino, TO<br />

A INSERÇÃO DA HOMEOPATIA NO SUS: REFLEXO DE UM SISTEMA DE SAÚDE INCLUSIVO<br />

Neves, VJR;Men<strong>de</strong>s, LFM;Milagres, RO;Nascimento, RGS;Silva, LLA<br />

O MUNDO DO TRABALHO E O MUNDO DA ESCOLA: OPORTUNIDADES OFERECIDAS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO<br />

DOS FUTUROS PROFISSIONAIS DA SAÚDE<br />

Schmidt, SMS;Backes, VMS;Cartana, MHF;Vargas, L;Isaia, HÁ;Haeffner, LSB<br />

3<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


AS VISITAS DOMICILIARES COMO INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO DE VÍNCULO PROFISSIONAL VIVENCIADO PELO<br />

ESTUDANTE DE MEDICINA DESDE O INÍCIO DA GRADUAÇÃO<br />

Vidal, CT;Sanches, BMR;Tiba, CAH;Almeida, BR;Milan, B;Nogueira, BF<br />

INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO E FATORES DE RISCO À SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA DA COMUNIDADE.<br />

Men<strong>de</strong>s, CSG;Bianchesi, A;Rodrigues, AM;Carvalho, EV;Silva,TC<br />

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

Con<strong>de</strong>, BNSS;Rodrigues, DF;Valente, GB;Ferraz, AF;Cabero, FV;Belo, FM<br />

A IMPORTÂNCIA DOS PROCESSOS DE ESCLARECIMENTO JUNTO À POPULAÇÃO E À EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA<br />

(ESF) SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS DENTRO DE UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE (UBS)<br />

Marinho, MM;Moreira, DA;Lyra, LM;Beilfuss, MFC;Pinheiro, WN<br />

ENSINO AMBULATORIAL SOB A ÓTICA DISCENTE<br />

Nunes, FA;Faria, RMD;Barbosa, RF;Ramos, NN<br />

ANÁLISE DA QUALIDADE DOS REGISTROS DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NOS PRONTUÁRIOS DE<br />

GESTANTES ATENDIDAS PELO PROGRAMA PRÉ-NATAL EM UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: RELATO DE<br />

EXPERIÊNCIA<br />

Oliveira, LRSO;Canedo, MCM;Silveira, JBS;Queiroz, VLA;Castro, MFLM;<br />

RELEVÂNCIA DE AÇÕES BASEADAS EM PROJETOS TERAPÊUTICOS SINGULARES CONSTRUÍDOS POR DISCENTES DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA<br />

Figueiredo, NAL;Oliveira, JS;Machado, PRM;Fernan<strong>de</strong>s, MGB;Melo, SD;Simon, E;<br />

OFICINA “HÁBITOS SAUDÁVEIS DE VIDA” DO PROJETO GERAÇÃO DA SAÚDE<br />

Faria, WML;Almeida, RAM;Gomes, HLF;Cor<strong>de</strong>iro, MACP;Velasquez, PPC;Batista, SRR;<br />

OSTEOARTROSE: EXPERIÊNCIA FOCADA NA EDUCAÇÃO DE PACIENTES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UNIDADE DE<br />

ATENÇÃO PRIMÁRIA<br />

Ribeiro, JTR; Reis, RAS;Espósito, ACC;Sasso,BM;Rottini,T;Giarola,LC;<br />

TEMA: INTERNATO<br />

OPINIÕES DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O PAPEL DE DIFERENTES CATEGORIAS DE SUPERVISORES DO<br />

INTERNATO.<br />

Colares, MFA;Segalla, JP;Troncon, LEA;Maffei, CML<br />

O MODELO IDEAL DE INTERNATO NA PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DO ÚLTIMO ANO DO CURSO DE GRADUAÇÃO<br />

EM MEDICINA: UM ESTUDO QUALITATIVO<br />

Segalla, JP;Colares, MFA;Maffei, CML;Troncon, LEA<br />

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO INTERNATO<br />

Freitas, ICF;Adan, LFF;Silva,CN;Vieira, LA;Kitaoka, EG;Paolilo, RB<br />

AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO REGIONAL DA UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO E REGIÃO DO PANTANAL:<br />

COM A PALAVRA, O ESTUDANTE<br />

Biberg-Salum, TG;Picoli, R;Zanoni, LZ;Macedo, CS;Braga, LM;Gonçalves, JJ<br />

ATENÇÃO BÁSICA E O ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS: UMA ANÁLISE DO INTERNATO DA FACULDADE DE MEDICINA<br />

DA UFAL<br />

Tenório, MNR;Cavalcante, JK;Cavalcanti, SMS;Taveira, MGMM<br />

AVALIAÇÃO DA CURVA DE APRENDIZADO DURANTE O INTERNATO MÉDICO EM OBSTETRÍCIA: EXPERIÊNCIA NO<br />

CURSO DE MEDICINA DA UFPB<br />

Lucena, PAF;Mota, D;Nunes, RJA;Rangel, MA;Paiva, CS;Lima, MD<br />

PERFIL DOS PRECEPTORES DO INTERNATO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO 5º ANO DA FAMED-UFAL<br />

Cavalcante, JK;Taveira, MGMM;Tenório, MNR<br />

DESENVOLVENDO A PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE PIRAÍ/RJ – A<br />

EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM QUESTÃO<br />

Martins, F;Stella, D<br />

TEMA: RESIDÊNCIA MÉDICA E RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL<br />

A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA A ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO IDOSO: A EXPERIÊNCIA<br />

INTERDISCIPLINAR DO NAI –UNATI/UERJ<br />

Motta, LB;Caldas, CP;Assis, M<br />

4<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


IMPLANTAÇÃO DE CURRÍCULO NA RESIDÊNCIA DE ANESTESIOLOGIA BASEADO EM COMPETÊNCIAS. O PROJETO DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC<br />

Fernan<strong>de</strong>s, CR;Farias Filho, A;Gomes, JMA;Gifoni, JMM;Lira, FRS;Marinho, DS<br />

FÓRUM PERMANENTE DE RESIDÊNCIA:PROMOVENDO O ENCONTRO DE PRECEPTORES PARA QUALIFICAR A<br />

PRECEPTORIA<br />

Afonso, DH;Silveira, LMC;Araùjo, MFM;Martins, MS;Pimenta, D<br />

RESIDÊNCIA MÉDICA EM HOMEOPATIA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉE E GUINLE – HUGG/UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO: UMA EXPERIÊNCIA INOVADORA<br />

Freitas, FJ;Fernan<strong>de</strong>s, DAS<br />

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA, SONOLÊNCIA DIURNA E BURNOUT EM MÉDICOS RESIDENTES<br />

Asaiag, PE;Perotta, B;Martins, MA;Tempski, P<br />

INCIDÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM MÉDICOS RESIDENTES DE PRIMEIRO ANO E SUA RELAÇÃO COM<br />

CARACTERÍSTICAS OCUPACIONAIS<br />

Parro-Pires, DB;Cítero, VA;Nogueira-Martins, LA<br />

“AVALIAÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM NA RESIDÊNCIA MÉDICA EM PEDIATRIA DA SANTA CASA DE SÃO PAULO”<br />

Crescíulo, CMS;Sant‘Anna, MJC;Santana, VS<br />

CONHECIMENTO E OBSERVAÇÃO DE SINTOMAS DEPRESSIVOS POR MÉDICOS RESIDENTES EM CLÍNICA MÉDICA NO<br />

PACIENTE IDOSO HOSPITALIZADO<br />

Ramalho, CO;Moreira, IF;Fernan<strong>de</strong>s, BM;Andra<strong>de</strong>, MR;Ronconi, DE;Sousa-Munõz, RL<br />

RESIDÊNCIA MEDICA EM AREAS CLINICAS:ANALISE DA PROCURA ESPONTANEA EM SERIE HISTORICA .CONHECER<br />

PARA AGIR<br />

Abramovich, I;Bollela,VR;Kishima, VC<br />

TEMA: GESTÃO, FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS E COMPROMISSO SOCIAL DA ESCOLA MÉDICA<br />

FACILIDADES E DIFICULDADES NA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO<br />

Mendonça.AP;Garcia,MAA<br />

DIREITOS HUMANOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS (DHSR): O DESAFIO DE EDUCAR PROMOVENDO CIDADANIA .......<br />

Silveira, LMC;A<strong>de</strong>sse, L;Aragão, DM;Me<strong>de</strong>iros, RD;Dantas, G<br />

USO DE PORTFÓLIO COMO INSTRUMENTO DE REFLEXÃO NA CRIAÇÃO DO NÚCLEO DE METODOLOGIAS<br />

PARTICIPATIVAS EM UNIVERSIDADE FEDERAL<br />

Lugarinho,R;Cotta,RMM;<br />

A CONTRIBUIÇÃO DO PROJETO DE AVALIAÇÃO DE TENDÊNCIAS DE MUDANÇAS DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DAS<br />

ESCOLAS MÉDICAS (CAEM) PARA OS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE<br />

(FCMS/JF)<br />

Miguel, SS;Scapim, L;Ricardo, DR;Bechara, RN<br />

TEMA: PROFISSIONALIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DO DOCENTE – EDUCAÇÃO PERMANENTE<br />

EDUCAÇÃO PERMANENTE - ENTRE OUVIR E INTERVIR<br />

Cristel, EC;Pombo, M;Sousa, W<br />

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA ÁREA DA SAÚDE NO ATUAL CONTEXTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS<br />

Ruiz-Moreno, L; Sonzogno, MC<br />

A PRECEPTORIA NA FORMAÇÃO MÉDICA: SUBSÍDIOS PARA INTEGRAR TEORIA E PRÁTICA NA FORMAÇÃO<br />

PROFISSIONAL – O QUE DIZEM OS TRABALHOS NOS CONGRESSOS BRASILEIROS DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

Missaka, H; Ribeiro, VMB;Carbone, TR<br />

O PAPEL DO PSICÓLOGO COMO FACILITADOR DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOCENTE DA FACULDADE<br />

DECIÊNCIASMÉDICASEDASAÚDEDEJUIZDEFORA<br />

Teixeira, LS;Aguilar-da-Silva, RH;Farah, BF;Pereira, SRM<br />

DOCÊNCIA EM SAÚDE: APRENDENDO COM A LITERATURA<br />

Batista, SH;Batista, NA;Seiffert, O;Ruiz-Moreno, L;Yashamiro, C;Abdalla, YG<br />

RELEVÂNCIA DA REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA COMO PERIÓDICO DE PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS<br />

ORIGINAIS<br />

Athay<strong>de</strong>, GAT;Leite, DRC;Leal, RS;Sousa, TTS;Sousa-Muñoz, RL<br />

“SAÚDE E ESPIRITUALIDADE: CONCEPÇÕES DOS DOCENTES QUE UTILIZAM METODOLOGIA ABP”<br />

Bueno, FF;Evangelista, JL;Boin, AC<br />

5<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


EDUCAÇÃO PERMANENTE DE GESTORES DA PREFEITURA DE SOROCABA UTILIZANDO A APRENDIZAGEM BASEADA<br />

EM PROBLEMAS (ABP)<br />

Polimeno, NC;Marsiglia, RMG;Sampaio, LFN;Pinho, LMG;Guimarães, AC;Guerreiro, JM<br />

DOCÊNCIA EM SAÚDE E A PRODUÇÃO CIENTÍFICA NACIONAL (2000 A 2007): UM ESTUDO DOCUMENTAL<br />

Abdalla, IG;Batista, SHSS;Sonzogno, MC;Seiffert, O;Ruiz-Moreno, L<br />

TEMA: AVALIAÇÃO DO CURSO E DA ESCOLA MÉDICA<br />

PROGRAMA NACIONAL DE INCENTIVO A MUDANÇAS CURRICULARES NO CURSO DE MEDICINA: A EXPERIÊNCIA DA<br />

UFG<br />

Veloso, TCMA<br />

A PARTICIPAÇÃO DO DOCENTE DE MEDICINA EM REESTRUTURAÇÕES CURRICULARES<br />

Silva, ALB;Garcia, MAA<br />

POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DAS AVALIAÇÕES DE CURSO<br />

Garcia, MAA;Norato, DYJ;Gonçalves, ML;Simões Neto, J<br />

ESTRESSE OCUPACIONAL E DESEQUILÍBRIO ESFORÇO/RECOMPENSA EM PROFESSORES DE UMA FACULDADE<br />

PÚBLICA DE MEDICINA: DADOS PRELIMINARES<br />

Aranha, FC;Caputo, VG;Na<strong>de</strong>r, SN;Nogueira-Martins, LA<br />

AVALIAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO: AS VOZES DOS ESTUDANTES.<br />

Torres, IHB;Coutinho Neto, OB;Dias, MLCM;Brasileiro, MC;Nascimento, AML;Pessoa, MSVI<br />

PROJETO DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DAS MUDANÇAS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DE<br />

SAÚDE DA CAEM/ABEM: TEMÁTICAS IDENTIFICADAS NA AVALIAÇÃO QUALITATIVA DAS ESCOLAS<br />

Lampert, JB;Aguilar-da-Silva, RH;Costa, NMSC;Abdalla, IG;Stella, RR;Perim, GL<br />

ANÁLISE CRÍTICA DO PROCESSO DE REVALIDAÇÃO DO DIPLOMA MÉDICO ESTRANGEIRO NA UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DO PARÁ.<br />

Brasil, LMBF;Monteiro, MRCC;Bahia, SHA;Rodrigues, SMS;Moreira, SFS<br />

AVALIAÇÃO DOS TRÊS PRIMEIROS ANOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA DA FACULDADE DE MEDICINA<br />

DE BOTUCATU/UNESP: VISÃO DISCENTE<br />

Venditti, VC;Hamamoto Filho, PT;Comes, GT;Abe, EHS;Oliveira, CC;Peraçoli, JC<br />

DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO DOCENTE PELOS DISCENTES DO CURSO DE MEDICINA.<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Marangoni, MA;Navarro, CM;Gea, GN;Pimentel Filho, FR;Lima, AIAO<br />

AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DE UMA UNIDADE EDUCACIONAL DA FAMEMA<br />

Francisco, AM;Tonhom, SFR;Pinheiro, OL;Hafner, MLMB<br />

CURSO DE MEDICINA DA UFT: ENVOLVIMENTO DE ALUNOS E DOCENTES COM UMA PROPOSTA INOVADORA DE<br />

EDUCAÇÃO MÉDICA.<br />

Parreira, BE;Fonseca, TMC;Coutinho, IHILS;Oliveira, NA<br />

EXPERIÊNCIA DOCENTE EM DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO CURRICULAR DO CURSO DE MEDICINA<br />

ANALISADOS ATRAVÉS DE UM GRUPO DE DISCUSSÃO ON-LINE<br />

Barelli, C;Aleluia, IMB;Naghettini, AV;Amorim, AJ;Azevedo, GD;Carvalho Júnior, PM<br />

TEMA: AVALIAÇÃO DE ESTUDANTES NOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM<br />

AVALIAÇÃO DE EMPATIA DOS ALUNOS DA GRADUAÇÃO EM MEDICINA DA UNIFESP<br />

Lucchese AC;DelSant L;Amui N;De Marco MA;Chaves AC<br />

ESTUDANTES DE MEDICINA SABEM CUIDAR DA PRÓPRIA SAÚDE?<br />

Sirimarco, MT;C. Neto, JÁ;Delgado, AAA;Moutinho, BD;Lara, CM<br />

AVALIAÇÃO DA ADESÃO E SATISFAÇÃO DOS ALUNOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ EM RELAÇÃO À<br />

GINCANA VIRTUAL DE HISTOLOGIA<br />

Justa, GCG;Fontenele, NKP;Vale, JS;Nunes, NG;Botelho, KP;Vasconcelos, GC<br />

IMPORTÂNCIA DAS GINCANAS SIMULADAS COMO INSTRUMENTO COMPLEMENTAR AO ESTUDO DA ANATOMIA<br />

Catunda, JF;Cruz, EA;Duarte, IC;Torres, SM;Ferreira, BRS;Ayres, JRSM<br />

AVALIAÇÃO FORMATIVA NA APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS<br />

Oliveira, VTD;Batista, NA<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


ODONTOGÊNÊSE BÁSICO-CLÍNICA: O IMPACTO DA CAPACITAÇÃO TEÓRICO CLÍNICA NO APRENDIZADO DOS<br />

ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ<br />

Araújo, GS;Fontenele, NKP;Justa, GCG;Vasconcelos, GC;Ponte, AML;Oliveira, ES<br />

SINTOMASDEANSIEDADE,DEDEPRESSAOEMECANISMOSDECOPINGDURANTEAEDUCAÇÃOMÉDICA ..........<br />

Baldassin, S;Alves, TCTF;Andra<strong>de</strong>, AG;Nogueira-Martins, LA<br />

O MANEJO DO ESTRESSE NAS AVALIAÇÕES PRÁTICAS<br />

Alencar, EC;Teixeira, MD;Nogueira, EA;Ponte, AML;Vasconcelos, GC;Oliveira, ES<br />

ENSINO-APRENDIZADO E AVALIAÇÃO: ESTUDOS MONITORADOS<br />

Spiandorello, W;Guelfi, CK;Dall‘Agno, ML;Klein, AP;Girardi, R<br />

A PERCEPÇÃO DO ESTUDANTE DE MEDICINA QUANTO AOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM<br />

Silva, CC;Cruz, CDK;Dall Agnol, MA<br />

ESTUDO COMPARATIVO SOBRE O DESEMPENHO, ADESÃO E SATISFAÇÃO PELA GINCANA VIRTUAL DE HISTOLOGIA<br />

ENTRE OS ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA E ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC)<br />

Justa, GCG;Fontenele, NKP;Dantas, GC;Ponte, AML;Oliveira, ES;Vasconcelos, GC<br />

TRANSTORNO MENTAL COMUM (TMC) ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE<br />

(UFS): INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO<br />

Oliva-Costa, EF;Porto, LA;Santos, AS;Rocha, MMV;Sarmento, TB;Andra<strong>de</strong>, TM<br />

MARATONA LOST – AVALIAÇÃO PLANEJADA POR DOCENTES, MONITORES E DISCENTES<br />

Lugarinho, R;Middleton, SR<br />

FEEDBACKEOSCE:UMANOVAPROPOSTAPARAAAVALIAÇÃO DAS HABILIDADES CLÍNICAS E DE COMUNICAÇÃO<br />

Rêgo, C;Bollela, V;Neman, F;Dórea, E;Machado, JLM<br />

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DE IMUNOLOGIA ENTRE ESTUDANTES DO PRIMEIRO ANO MÉDICO USANDO A<br />

TAXONOMIA DE BLOOM<br />

Barreto, CMB; Araújo, MNT<br />

AVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA ANTES E APÓS O ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO EM SAÚDE<br />

COMUNITÁRIA: O QUE MUDOU?<br />

Costa, PJMSC;Soares, VL;Puccini, RF;Strufaldi, MW<br />

ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE: UMA ANÁLISE EM ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UFAM<br />

Oliveira, SLV;Me<strong>de</strong>iros, LJS;Pereira, VL;Oliveira, TS;Maron, SMC;Amaral, AO<br />

EFEITO DA IMPLEMENTAÇÃO DA AVALIAÇÃO TIPO OSCE NAS ATITUDES DE ESTUDANTES E DOCENTES DE UMA<br />

DISCIPLINA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA<br />

Reis, FJC;Cavalli, RC<br />

A AVALIAÇÃO ACADÊMICA INTEGRALIZADORA E PROCESSUAL NO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE<br />

CATÓLICA DE GOIÁS<br />

Carvalho, IGM;Francescantonio, PLC;Carvalho, GS;Chaves, SM<br />

EXPRESSÃO DO CONTEÚDO DAS REFLEXÕES DOS ALUNOS CONTIDAS NO PORTFÓLIO DO PROGRAMA DE<br />

INTEGRAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE - PISCO<br />

Bonanno, AP;Santos, ALD<br />

OSCE COMO METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO NO CICLO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DA FACULDADE DE<br />

MEDICINA DO ABC<br />

Holze, S;Moura, AA;Bezerra, DF;Reato, LFN;Silva, ACCG;Boschini, AC<br />

VISÃO DO DOCENTE SOBRE O PROCESSO SELETIVO FORMATIVO PARA O CURSO DE MEDICINA DA ESCOLA BAHIANA<br />

DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA (EBMSP)<br />

Menezes, MS;Sampaio, MCG;Lima, ML;Soares, JLF;Reis, AC;Rocha, MS<br />

PRODUÇÃO DE FOLDER SOBRE SEPSE NEONATAL DIRIGIDO À COMUNIDADE COMO AVALIAÇÃO NA DISCIPLINA DE<br />

PEDIATRIA III<br />

Perez, CFC;Lopes, EC;Troncoso, LL;Azevedo, LGA;Carvalho, MMA;Tortori, MMRL<br />

AVALIAÇÃO DO PORTFÓLIO COMO FERRAMENTA DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM ATIVO<br />

Valença, DS;Oliveira, FP<br />

DESEMPENHO DE ESTUDANTES DO 6º ANO NA AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS CLÍNICAS NO INTERNATO MÉDICO<br />

Passeri, SMRR;Faria, APM;Ribeiro-Alves, MAVF;Zeferino, AMB<br />

FÓRUM DE MEDICINA: METODOLOGIA INTERDISCIPLINAR E DE AVALIAÇÃO<br />

Alves, R;Busato, V;Futuro Neto, HÁ;Peixoto, E;Matos, PSBA;Alencar, FE<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO BASEADA NO ENSINO COM PESQUISA NO PRIMEIRO ANO DO CURSO DE MEDICINA DA<br />

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE<br />

Rosa MI;Simões, PWTA;Moretti, GP;Steckert Filho, A;Melão, S;Souza, MV<br />

AVALIAÇÃOO DE MAPAS CONCEITUAIS DESENVOLVIDOS A PARTIR DE DISCUSSÕES DO APRENDIZADO BASEADO EM<br />

CASO CLÍNICO<br />

Me<strong>de</strong>iros, FC;Me<strong>de</strong>iros, MAS;Miranda, MC;Wan<strong>de</strong>rley, T;Saraiva, A;Rabelo, CM<br />

AVALIAÇÃO DO PENTÁGONO DE ERASMUS PARA ABORDAGEM DOS CUIDADOS PRIMARIOS DE SAUDE NA SOLUÇÃO<br />

DE CASOS CLÍNICOS<br />

Me<strong>de</strong>iros, FC;Me<strong>de</strong>iros, MAS<br />

INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE ANSIEDADE AUTO-AVALIADO NO DESEMPENHO DE HABILIDADES POR ALUNOS DO<br />

INTERNATO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DA UFMG, AFERIDO PELA METODOLOGIA OSCE<br />

Pereira, AK;Reis, ZSN;Aguiar, RALP;Reis, FM;Freitas, S;Silva, JGC<br />

O DESAFIO DA CONSTRUÇÃO DA AVALIAÇÃO NO MODULO DE SEMIOLOGIA MEDICA<br />

Sari-Eldim, OF;Gonçalves, LT;Bitencourt, PAA;Paula, MJA;Paula, ARA;Pereira, BL<br />

COMPETENCIAS DE INTERNOS E RESIDENTES DE GINECOLOGIA E OBSTETRICIA NA PRESCRIÇÃO RACIONAL NA<br />

SÍNDROME CLIMATÉRICA.<br />

Me<strong>de</strong>iros, MAS;Coutinho, DM;Rabelo, CM;Miranda, MC;Mota, GM;Me<strong>de</strong>iros, FC<br />

UTILIZAÇÃO DE VÍDEO-VINHETAS CLÍNICAS COMO INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DO RACIOCÍNIO CLINICO<br />

(DIAGNÓSTICO INICIAL)<br />

Me<strong>de</strong>iros, FC;Mota, DMC;Mota, GM;Carvalho, ER;Martins, AS;Miranda, MC<br />

DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA VIVÊNCIA PROFISSIONAL NO PROCESSO SELETIVO FORMATIVO PARA O CURSO DE<br />

MEDICINA DA ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA (EBMSP).<br />

Nunes, VL;Menezes, MS;Gonzales D;Soliani, ML;Mascarenhas, AV;Gomes, IN<br />

TEMA: METODOLOGIA DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

AINSERÇÃODEACADÊMICOSNOCONTEXTODAESTRATÉGIADESAÚDEDAFAMÍLIA(ESF):COMPARATIVOENTRE<br />

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS) COM ESF E OUTRA SEM NAS AÇÕES DE CONTROLE DO DIABETES MELLITUS (DM)<br />

Balestrêro, MHS;Ribeiro, SL;Vargas, TB;Teodoro, HCC;Dias, TAOMN;Silva, RA<br />

DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO CLÍNICO EM ESTUDANTES DE MEDICINA: UM ESTUDO QUALITATIVO<br />

Fornaziero, CC;Garanhani, ML;Gordan, PA<br />

FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR EM ESTÁGIO DE MEDICINA INTERNA<br />

NA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU/UNESP<br />

Venditti, VC;Holmo, NF;Godoy, I;Caramori, JCT<br />

REPRESENTATIVIDADE TEMÁTICA DOS TRABALHOS APRESENTADOS NO 46° CONGRESSO BRASILEIRO DE<br />

EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

Oliveira, JS;Athay<strong>de</strong>, GAT;Ronconi, DE;Pereira, GC;Fernan<strong>de</strong>s, BM;Sousa-Muñoz, RL<br />

A REVISÃO SISTEMÁTICA NA DOCÊNCIA EM SAÚDE COMO SUBSÍDIO PARA TOMADA DE DECISÃO: RELATO DE UMA<br />

EXPERIÊNCIA<br />

Araujo, EC;Gerab, IF;Batista, SH<br />

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM AIDS E ATIVIDADE NA PRÁTICA DE ENSINO: RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Silva, RM;Silva, APS;Oliveira, MC;Balata, PHA<br />

TEMA: APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO ESTUDANTE, TUTORIA E MENTORING<br />

NÚCLEO DE APOIO AO ESTUDANTE DE MEDICINA (NAEM): UMA EXPERIÊNCIA DE ACOLHIMENTO AOS<br />

ESTUDANTES INICIANTES DE MEDICINA DA UFPE<br />

Brasileiro, MC;Albuquerque, JF;Ivanise HBT;Teixeira, MLPD;Godoi, JTAM;Silva, JJ<br />

INSATISFAÇÃO COM A CARREIRA E O DESEMPENHO ESTUDANTIL E SUA ASSOCIAÇÃO COM O USO DE ÁLCOOL E<br />

DROGAS EM UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE<br />

Shimada, RN;Fachini, A;Furtado, EF<br />

QUEM SEREI AO ME FORMAR: O IMAGINÁRIO COLETIVO DEESTUDANTESDEMEDICINAACERCADAPROFISSÃODE<br />

MÉDICO<br />

Barreto, MAM;Reis, CN;Jardim, LCR;Miranda, IB;Teixeira, MP<br />

O TUTOR, SUA JORNADA E AS TRANSFORMAÇÕES AO LONGO DO TEMPO: UM ESTUDO QUALITATIVO<br />

Nascimento, MC;Bellodi,PC<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


GRUPOS BALINT: SUPORTE PARA SITUAÇÕES CONFLITUOSAS VIVENCIADAS PELO ACADÊMICO DE MEDICINA<br />

Godoy, GS;Ramos, JB;Bosso, NCC;Branco, RFGR<br />

AMBIENTAÇÃO DE RESIDENTES: ACOLHIMENTO QUE PROMOVE INTEGRAÇÃO E FORTALECE VÍNCULOS.<br />

Silveira, L;Afonso, D;Siviero, M;Pimenta, D;Men<strong>de</strong>s, M;Telacio, R<br />

QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE<br />

UBERLÂNDIA<br />

Paro, HBMS;Morales, NMO;Silva, CHM;Rezen<strong>de</strong>, CHA;Pinto, RMC;Prado, MM<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA: “MAR ADENTRO”, O CINEMA SOB UM NOVO OLHAR<br />

Gualda, LBS;Hishinuma, G;Bonfim, AP;Neves, FM;Carvalho, MDB<br />

QUALIDADE DE VIDA DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DO 1º E 8º SEMESTRES DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE<br />

GOIÁS<br />

Montel, DB;Gontijo, CES;Castro, ACV;Ferreira, AA;Orlando, CP;David, DCR<br />

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DO ESTUDANTE DE MEDICINA EM GOIÂNIA<br />

Borges, TRSA;Duran, FP;Paiva, PAG;Conceição, AS;Ferreira, SHAB;Matos, TO<br />

SEIS ANOS DE PROJETO TUTORIA NA FCM/UERJ – INICIATIVA DE UMA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA<br />

Serra, ST;Oliveira, MB<br />

CONSISTÊNCIA FAMILIAR DE ACADÊMICOS DE MEDICINA: UMA ANÁLISE PERCEPTIVA<br />

Martins, CS;Freitas, CA;Martins, JS;Mazaro e Costa, R<br />

EMOÇÕES INICIAIS DOS ESTUDANTES INGRESSANTES DO CURSO DE MEDICINA DA UNCISAL ENTRE 2006 E 2008.<br />

Oliveira, HMNS;Porto, BKW;Carmo, LMS;Oliveira, HMNS;Daniel, M.I.F;Rapôso, RLS<br />

ESTRESSE E ESTRATÉGIAS PARA SEU ENFRENTAMENTO ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DE SANTA CATARINA(UFSC)<br />

Grosseman, S;Eidt, LB;Batista, GS;Santana, AAM;Wehrmeister, FC;Back, IG<br />

QUALIDADE DE VIDA, ESTRESSE E SAÚDE DE ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA<br />

CATARINA<br />

Eidt, LB;Grosseman, S;Batista, GS;Santana, AAM;Back, IG;Wehrmeister, FC<br />

ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE A PRESENÇA DE SINTOMAS ANSIOSO-DEPRESSIVOS MENORES ENTRE ESTUDANTES<br />

DO CURSO DE MEDICINA ATRAVÉS DE COMPARAÇÃO COM GRUPO SEMELHANTE DO CURSO DE MEDICINA<br />

VETERINÁRIA<br />

Dibo, RPL;Freitas, MR;Ribeiro, RF;Santos, TC;Moitinho, VCS;Salum, VVD<br />

VIDA DE TUTOR<br />

Millan, MPB<br />

TEMA: PÓS-GRADUAÇÃO LATO E STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ<br />

Campos, JJB;Elias, PEM<br />

TEMA: HUMANIZAÇÃO<br />

ACADÊMICOS DE MEDICINA E SUAS CONCEPÇÕES SOBRE “SER MÉDICO”<br />

Oliveira RZ;Gonçalves MB;Bellini, LM;Nunes, CSA<br />

PROJETO AMARTE: UMA RECEITA SEM CONTRA-INDICAÇÃO<br />

Pinto Junior, FEL;Pessoa, BHS;Brito, EAT;Oliveira, AC;Jácome, AHS;Santos Filho, FC<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA DO BENEFÍCIO DA CULTURA NO ESTABELECIMENTO DE UM AMBIENTE HUMANIZADO E<br />

INTEGRADOR NA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Balestrêro, MHS;Vieira, JZ;Bonaldi, HJ;Gama, DAR;Cunha, FG;Pereira, LF<br />

A EXPERIÊNCIA DA MORTE DURANTE A FORMAÇÃO DO MÉDICO<br />

Baulé, CP;Archanjo, LR;Bonow, MP;Rehme, GB<br />

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE EM JUIZ DE FORA<br />

Lima, DA;Nascimento, R;Nascimento, M;Xavier Júnior, JCC;Men<strong>de</strong>s, JO;Brando, KCF<br />

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA VIVÊNCIA EM UMA RODA DE TERAPIA COMUNITÁRIA NO PROCESSO DE<br />

HUMANIZAÇÃO ENTRE ACADÊMICOS DE MEDICINA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, <strong>2009</strong><br />

Mendonça,ME;Moreira, RKM;Machado, RR;Teixeira, DA<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TRANSFORMAÇÕES NO AMBIENTE HOSPITALAR: ATUAÇÃO DO PROJETO BEM-ME-QUER – PROMOVENDO SAÚDE<br />

ATRAVÉS DA SOLIDARIEDADE<br />

Rodrigues, REM;Ferruzzi, EH;Cardoso, MR;Souza, WTI<br />

FUNDAMENTOS HUMANÍSTICOS NA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES DE MEDICINA: RELATO DE CASO<br />

Alexandre, NL;Luz, JP; Queiroz, LA<br />

“A MEDICINA DE MONTEIRO LOBATO”: AÇÃO EDUCATIVA NA COMUNIDADE DE FELIPE CAMARÃO EM NATAL-RN<br />

Santa Cruz, GD;Pessoa, BHS;P. Júnior, FEL;Cobucci, RN;Costa, RD;Bezerra, CM<br />

A INFLUÊNCIA DO PRONTO SORRISO EM ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS<br />

Lima, FMLS;Marques, MS;Barreto, MA;Lima, APL;Lima, LML<br />

“A GENTE VÊ A ALEGRIA DAS CRIANÇAS QUANDO VOCÊS CHEGAM ...” : TERAPIA DO RISO NA PERCEPÇÃO DE<br />

ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO<br />

Mota, GM;Mota, DMC;Salgado, MS;Oliveira, CPV;Arrais, RH;Machado, MMT<br />

CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA MÉDICA (EBMSP-BA) À HUMANIZAÇÃO DA PRÁTICA MÉDICA<br />

Araújo,DGB;Costa,AC<br />

MEDCLOWN: UM JEITO DE COMOVER O ESTUDANTE DE MEDICINA<br />

Fraiz, IC;Archanjo, LR;Folly, PP<br />

HUMANIZA-ICESP: HUMANIZAÇÃO INTEGRADA A GESTÃO<br />

Ribas, EDSR;Nogueira-Martins, MCF;Chiattone, HBC<br />

SEXO E ÁLCOOL NA VIDA DOS ESTUDANTES DE MEDICINA.<br />

Brandão, PC;Silva, EB;Rocha, LLS;Maia, BA;Oliveira, BB;Magalhães, AJ<br />

CASOS MOTIVADORES DE PRÁTICAS SENSIBILIZANTES<br />

Soares, FJP;Calheiros, LHC<br />

APRENDENDO A ENXERGAR: EXERCÍCIO DE VIVÊNCIA APLICADO A ESTUDANTES DE MEDICINA<br />

Vaccari, NL;Mattos, NM;Jesus, AC;Souza, PZ;Diniz, KMP;Saias, ALS;<br />

A MORTE NA FORMAÇÃO MÉDICA: IMPLICAÇÕES PARA HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO<br />

Nogueira da Silva;Ayres, JRCM<br />

TEMA:EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SAÚDE<br />

UMA PROPOSTA PARA EDUCAÇÃO PERMANENTE DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA POR MEIO DA TELESSAÚDE<br />

Machiavelli, JL;Novaes, MA;Couto, J;Rodrigues, TR;Santos, PRT<br />

A POPULAÇÃO E AS INFORMAÇÕES EM SAÚDE: REPERCUSSÕES NO TRATAMENTO E NA RELAÇÃO<br />

MÉDICO-PACIENTE<br />

Soares, GMT;Lima, JV;Beligoli, DA;Mello, CL;C Neto, JÁ;Sirimarco, MT<br />

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS, CONDIÇÕES DE TRABALHO E FORMA DE SE RELACIONAR COMO ELEMENTOS<br />

DIFICULTADORES DO APRENDIZADO HUMANIZADO DA PROFISSÃO MÉDICA: UMA ANÁLISE DOS ESTUDANTES DE<br />

MEDICINA DA UFAL<br />

Azevedo, CC;Gomes-Ribeiro, CEC;Correia, DS;Miranda, MPM;Cavalcanti, SL;Neves Júnior, WA<br />

SEMIOBLOG COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM ALTERNATIVO PARA ESTUDANTES DE MEDICINA<br />

Ramalho, CO;Vinagre, JGP;Fernan<strong>de</strong>s, BM;Silva, APF;Pereira, GC;Sousa-Munõz, RL<br />

FERRAMENTAS GRATUITAS DA INTERNET PARA GERENCIAMENTO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS<br />

Miranda, LEC;Tenório, AL;Maciel, DT;Fernan<strong>de</strong>s, JL;Lima, DL<br />

DIAGNÓSTICO E IMPLEMENTO DA TELEMEDICINA NA UFRN<br />

Diniz Júnior, J;Diniz, RVZD;Bezerra, ELM;Orestes, C;Oliveira, HP;Trinda<strong>de</strong> Neto, PB<br />

USO DO WIKI COMO FERRAMENTA PARA O CONHECIMENTO DO TERRITÓRIO POR GRADUANDO DOS CURSOS DE<br />

MEDICINA E ENFERMAGEM<br />

Espósito,ACC;Garcia,VL;Cyrino,APP;Amaral,VM<br />

WEBFÓLIO COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO CURSO MÉDICO: A EXPERIÊNCIA EM UM MÓDULO<br />

DE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE<br />

Magalhães, GSG;Novaes, MA;Mello, M;Coêlho, RF;Rabello, LP<br />

RELEVÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) PARA O APRENDIZADO<br />

FORMAL E NO REGISTRO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DURANTE A RESIDÊNCIA MÉDICA.<br />

Blaia D´Avila, VLN;Barbo MLP;Santos, NB;Puzzi, MA;Adolfo, B;Cappelletti, IF<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TEMA: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA<br />

PROJETO BANDEIRA CIENTÍFICA: RESPONSABILIDADE SOCIAL A PARTIR DA REFLEXÃO SOBRE AS REALIDADES<br />

REGIONAIS<br />

Silva, LO;Fernan<strong>de</strong>s, AE;Oliveira, CMTN;Berach, FR;Polizio, RP;Yeh, SSK<br />

IMPACTOSOCIALEPROFISSIONALDOCURSOPRÉ-VESTIBULARMEDENSINAREALIZADOPORACADÊMICOS........<br />

Fiorelli, PA;Berach, FR;Ma<strong>de</strong>ira, JLO;Becher, GE;Rocha, CSP;Danti, GV<br />

LIGAS ACADÊMICAS E EDUCAÇÃO MÉDICA: UMA VISÃO DO ESTUDANTE<br />

Araújo, NA;Silva, FO;Meira, FF;Maiato, APA;Bortoncello, AFM<br />

PERCEPÇÃO DA COMUNIDADE DE GOIABEIRAS RELATIVA ÀS CAMPANHAS CONTRA A DENGUE SOB A ÓTICA DO<br />

DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO<br />

Lourenço, AO;Costa, RS<br />

CENTRO DE ESTUDOS DE PROMOÇÃO EM ALTERNATIVAS DE SAÚDE - CEPAS.<br />

Martins, LT;Marianelli, BF;Moraes, NB;Martins, DLN;Fonseca, JAV;Salomão, GHP<br />

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PROPORCIONANDO NOVOS CENÁRIOS PARA APRENDIZAGEM DE ESTUDANTES DE<br />

MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Azevedo, LN;Souto, LM;Monteiro, CH<br />

ANÁLISE CRÍTICA DA IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DO PET-MEDICINA DA UFAM NA V SEMANA NACIONAL DE<br />

CIÊNCIA E TECNOLOGIA.<br />

Pereira, VL;Silva, MAF;Elami<strong>de</strong>, BC;Oliveira, SLV;Almeida, RA;Maron, SMC<br />

NÚCLEO ACADÊMICO SIMERS: NOVA PROPOSTA DE ATIVIDADE DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA<br />

Moreira, M;Wal<strong>de</strong>mar, FS;Neyeloff, JL;Razera, JC;Dutra, PL;Wajner, A<br />

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL E A PREMATURIDADE: UM PASSO<br />

IMPORTANTE PARA SAÚDE DO NEONATO.<br />

Meneses, AR;Almeida, KND;Anjos, FBR;Andra<strong>de</strong>, MM;Barros, LSA;Ramos, RCF<br />

LIGAS ACADÊMICAS: UM PANORAMA ATUAL<br />

Silva, DB;Silva, FD;Kogiso, DH;Aguiar, FJ;Lopes, RMSM;Paes, VR<br />

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: A CO-RESPONSABILIDADE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA CONSOLIDAÇÃO DESTA<br />

POLÍTICA PÚBLICA<br />

Rabelo, NRG;Debs, CNC;Carvalho, LF;Martins, MN;Goulart, PE;Faria, PV<br />

VERIFICAÇÃO DO APRENDIZADO DE ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA APÓS APRESENTAÇÃO DE VÍDEO<br />

DIDÁTICO ELABORADO POR ESTUDANTES DE MEDICINA NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA<br />

Melo, SD;Vasconcelos, FKB;Aguiar, FB;Assis, TS;Morais, LCSL;Carvalho, LL<br />

DESAFIOS E CONQUISTAS DO PROJETO MÉDICOS DA ALEGRIA DA UNESP/BOTUCATU NO ANO DE <strong>2009</strong><br />

Eto, BTP;Ricoboni, IS;Messora, TCC;Bruzos, GAS;Assoni, MP;Giblioli, M<br />

ATUAÇÃO DISCENTE NA COMUNIDADE - PROJETO DIAGNÓSTICO PRECOCE.<br />

Rocha, MAA;Oliveira, HMNS;Silva, JSL;Melo, HEO;Cruz, RD;Presmich, OMA<br />

TEMA: HOSPITAIS DE ENSINO<br />

PERSPECTIVA DISCENTE SOBRE SEU CONTATO INICIAL COM PACIENTES EM AULAS À BEIRA-DO-LEITO NO QUARTO<br />

PERÍODO DE MEDICINA<br />

Vasconcelos, FRGC;Azevedo, MH;Pacheco, PV;Santiago, LD;Silva, BV;Muñoz, RLS<br />

POTENCIAL DE ENFERMARIAS DE CLÍNICA MÉDICA COMO CENÁRIO PRÁTICO DE APRENDIZAGEM PARA<br />

ESTUDANTES DE SEMIOLOGIA MÉDICA<br />

Athay<strong>de</strong>, GAT;Pereira, GCB;Ronconi, DE;Ramalho, CO;Andra<strong>de</strong>, MR;Sousa-Muñoz, RL<br />

DIAGNÓSTICO GERENCIAL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFAL<br />

Uchôa, MT;Freire, CMM;Cavalcanti, MRC;Marques, FJA;Cavalcanti, SMS<br />

TEMA: INTERDISCIPLINARIDADE, TRANSDISCIPLINARIDADE, ATIVIDADES MULTIPROFISSIONAIS<br />

E INTERSETORIALIDADE<br />

ABORDAGEM DA ACESSIBILIDADE NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE: QUESTÃO DAS BARREIRAS GEOGRÁFICAS E<br />

HIPERTENSÃO NO BAIRRO POCINHO, OURO PRETO-MG<br />

Azevedo, HR;Leal, DA;Cunha Junior, E;Moreira, FG;Machado-Coelho, GLL;Figueiredo, AM<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


COMO ENSINAR O MODELO BIOPSICOSSOCIAL? INTERDISCIPLINARIDADE E EQUIPE MULTIPROFISSIONAL PODE SER<br />

UM CAMINHO<br />

Lerman, TG;Abud, CC;De Marco, M;Iochida, LC;Santos, CAF<br />

VIVÊNCIA E EXPERIÊNCIA NO PROJETO CIDADANIA E SOLIDARIEDADE A GRUPOS ESPECIAIS<br />

Costa, RS;Lourenço, AO<br />

FERRAMENTAS DE ANÁLISE HISTÓRICA ENQUANTO INSTRUMENTOS PROMOTORES DE SAÚDE<br />

Sousa, RG;D’Araujo, MC<br />

EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA PARA COMUNIDADES RIBEIRINHAS DO AMAZONAS COM DOCENTES E ACADÊMICOS DA<br />

FACULDADE SÃO LUCAS E PESQUISADORES NACIONAIS<br />

Santiago Máira;Parente, MA;Araújo, EAC;Morais, MA;Camargo, JSAA;Basano, SA<br />

DISCIPLINA ELETIVA SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA NA FAMED/UFAL: AVALIANDO PARA O COMBATE AO RACISMO<br />

E AO RACISMO INSTITUCIONAL.<br />

Riscado, JLS;Flores, LGCT;Barros, DTR;Farias, LPG;Almeida, AAM;Folha Filho, EAC<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NA FORMAÇÃO MÉDICA DOS ALUNOS DA UFAL EM COMUNIDADE<br />

CARENTE DE MACEIÓ-AL<br />

Galvão, MA;Rêgo, LM;Pedrosa, APM<br />

SESSÕES INTERATIVAS EM EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE –SIEPS: INTEGRANDO ENSINO-SERVIÇO E<br />

INTENSIFICANDO O TREINAMENTO DE PROFISSIONAIS E ESTUDANTES-FMP/FASE<br />

Pontes, MAG;Ezequiel, MCDG;Avellar, CMS;Lara, CRS;Rodrigues, PA;Pereira, PR<br />

TEMA: PET-SAÚDE E PRÓ-SAÚDE<br />

CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM UMA UNIDADE PRIMÁRIA DO RIO DE JANEIRO<br />

Farias, S L;Rocha, M;Dantas, JCD;Fiad, SI;Halfoun, VLRC<br />

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE<br />

Campos, FE;Haddad, AE;Fruet, MSB;Brenelli, SL;Passarella, TM;Ribeiro, TCV<br />

PROGRAMA NACIONAL DE REORIENTAÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE<br />

Haddad, AE;Brenelli, SL;Ribeiro, TCV;Passarella, TM;Cury, GC;Campos, FE<br />

O QUÊ É SER DOCENTE NOS CENÁRIOS DE PRÁTICA? O OLHAR DOS PRECEPTORES DO PROJETO PET-SAÚDE DE<br />

PASSO FUNDO/RS<br />

Barelli, C;Araújo, EL;Scherer, JI;Magro, ML;Mocinho, RR;Grando, AN<br />

PRÓ-SAÚDE: UMA PARCERIA BEM SUCEDIDA ENTRE O MINISTÉRIO DA SAÚDE E A OPAS/OMS<br />

Santana, JP;Ribeiro, TCV;Passarella, TM;Brenelli, SL;Haddad, AE;Campos, FE<br />

ABORDAGEM INTEGRADA NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE, POR MEIO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E A<br />

VIVÊNCIA DE PRÁTICAS TUTORIAIS: MONITORANDO O FIO CONDUTOR DE PET-SAÚDE EM PASSO FUNDO, RS<br />

Araujo, EL;Barelli, C;Mocinho, R;Lago, M;Grando, NA;Schere,JI<br />

CASO CLÍNICO COM ENFOQUE MULTIPROFISSIONAL: ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO<br />

Ribeiro, JP;Me<strong>de</strong>iros, KB;Sugita, DM;Peixoto, MKAV;Navarro, JÁ;Pereira, ERS<br />

TEMA: ÉTICA<br />

TRATAMENTO SEM SANGUE: A ÉTICA MÉDICAEORESPEITOÀAUTONOMIADOPACIENTE<br />

Rocha, IJ<br />

A ÉTICA NA FORMAÇÃO MÉDICA: REFLEXÕES SOBRE ATITUDES ACADÊMICAS NO CENÁRIO DE UM HOSPITAL<br />

ESCOLA<br />

Zai<strong>de</strong>n, TCDT;Gomes, RO;Carvalho, IGM<br />

JULGAMENTO SIMULADO SOB O OLHAR DISCENTE<br />

Araújo, NA;Lírio, M;Faria, RA;Camurugy, TC;Thomazini, LM;Neves, NMBC<br />

“POR QUE QUERO SER MÉDICO?”<br />

Ramos, GP;Yamamoto, GYG;Melo, HL;Simões, JC;Tempski, P<br />

DECISÃO MÉDICA EM SITUAÇÃO DE RECURSOS LIMITADOS: QUESTÃO BIOÉTICA<br />

Vasconcellos, MV;Rego, S<br />

O APRENDIZADO DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE E A BIOÉTICA DO COTIDIANO<br />

Brito, RCG;Fi<strong>de</strong>lis, SMB;Oliveira, RT;Carvalho, LN;Neves, SLS;Nehmy, RMQ<br />

DISCUSSÃO OPCIONAL DE TEMAS DE ÉTICA EM UMA DISCIPLINA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA<br />

Barbosa, HF;Cavalli, RC;Duarte, G;Reis, FJC<br />

BIOÉTICA E CINEMA: A ARTE E A ÉTICA EM MOVIMENTO NA FORMAÇÃO DO DOCENTE.<br />

Siqueira-Batista, R;Gomes, AP;Arcuri, MB<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TRABALHOS POSTERES<br />

TEMA: CURRÍCULO E METODOLOGIAS DE ENSINO<br />

UMA PERSPECTIVA PARA O ENSINO DE METODOLOGIA CIENTÍFICA<br />

Carabetta-Júnior, V.<br />

PENSANDO COM HANNAH ARENDT NUM CURSO DE MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.<br />

Nascimento, HAS<br />

IMPLEMENTAÇÃO DE UM NOVO CURRÍCULO DO CURSO DE MEDICINA DO UNIFOA SOB A ÓTICA DO ALUNO<br />

Sodré, CL;Silva, CM;Almeida, CAP<br />

INTEGRAÇÃO DISCIPLINAR: ESTRATÉGIAS PARA FORTALECER UM PROCESSO INTEGRATIVO<br />

Aleluia, IMB;Menezes, M;Lima, ML<br />

DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO DESTINADO A APRENDIZAGEM, TREINAMENTO E AVALIAÇÃO DAS<br />

HABILIDAES EM VÍDEO-CIRÚRGICA<br />

Souza, MCT;Caldi, CC;Martins, CA; Men<strong>de</strong>s, L; Ferreira, MB;Marinho, FL<br />

A UTILIZAÇÃO DE PORTFOLIOS COLETIVOS COMO ESTRATÉGIA INOVADORA DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM<br />

CURRICULOS TRADICIONAIS: VIABILIZANDO DIÁLOGOS ENTRE VELHOS E NOVOS PARADIGMAS<br />

Cotta, RMM;Silva, LS;Lopes, LL;Gomes, KO;Mitre-Cotta, F;Lugarinho, R<br />

ESTIMULANDO CRIATIVIDADE: NOSSAS DESCOBERTAS EM ENFERMARIAS DE ENSINO-CRA/HMNSE-FMP<br />

Ezequiel, MCDG; Barillo,SFAL;Fontes, IS;Mendonça, JAH;Pereira, LCA;Sobrinho, HS<br />

CRIAÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO ATIVO DE TERMOS CIENTÍFICOS<br />

Figueiredo, LT;Barreto, CMB<br />

TREINAMENTO TEÓRICO-PRÁTICO DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS DE EMERGÊNCIA<br />

Segóvia, AB;Ferreira, RA<br />

ENSINO TRANSVERSAL DAS BASES HUMANÍSTICAS NO CURSO DE MEDICINA DO UNIFOA<br />

Fonseca, WLMS;Barreto, MAM;<br />

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO ENSINO DA ANATOMIA HUMANA NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX:<br />

RELATÓRIO SABÓIA<br />

Tavano, PT;Almeida, MI<br />

AULAS PARTICIPATIVAS EM ANATOMIA: ABANDONANDO UMA POSTURA PASSIVA<br />

Barbosa, YT;Hemerly, RA;Soares, MHFB;Figueiredo, ACR<br />

ENSINO DA SAÚDE PÚBLICA NA GRADUAÇÃO EM MEDICINA: CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE (APS)<br />

Couto, RCS<br />

FORMAÇÃO MÉDICA E DENGUE: AVALIAÇÃO DO NOVO CURRÍCULO SEGUNDO ACADÊMICOS DA UFC<br />

Ferreira, BRS;Ga<strong>de</strong>lha, MAD;Melo, IFG;Maia, RCL;Barros, CABS;Bezerra, PRA<br />

A FORMAÇÃO MÉDICA NO CONTEXTO DA MUDANÇA CURRICULAR: A IMPORTANCIA DE PRÁTICAS EM<br />

COMUNIDADES CARENTES<br />

AencarNeto,NR;Sales,RH;Lins,JCPS<br />

MOSTRA “CINEMA E A SAÚDE”: UM NOVO OLHAR PARA A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE.<br />

Hishinuma, G;Gualda, LBS;Bonfim, AP;Carvalho, MDB;Neves, FM<br />

REINVENTANDO O PAPEL DO MONITOR: A EXPERIÊNCIA DA MONITORIA PARA GRUPOS TUTORIAIS NO CURSO DE<br />

MEDICINA<br />

Almeida, MM;Bittencourt, FRB;Porto, RM<br />

ENSINO DA CIRURGIA DA HÉRNIA INGUINAL - COMPARAÇÃO DE TÉCNICAS PEDAGÓGICAS<br />

Jesus, EC;Souza, MCT;Magalhães,TA;Gue<strong>de</strong>s, GAP<br />

OENSINODOESTUDOATRAVÉSDESEMINÁRIOS<br />

Peterman, LL;Purim, KSM<br />

DESENVOLVENDO ATITUDES, HABILIDADES E COMPETÊNCIAS NA PRÁTICA CLÍNICA<br />

Gomes, LN;Scharra, AV;Pires, AC;Oliveira, DJF;Castro, FSCL;Freitas, MAN<br />

CONSTRUÇÃO DE REDE DIGITAL FRENTE AO DESAFIO DA DIVERSIFICAÇÃO DE CENÁRIOS DE APRENDIZAGEM NO<br />

ENSINO MÉDICO<br />

Pires, AC;Goulart, FS;Siquara, GCC;Cor<strong>de</strong>iro, JS;Gomes, LN;Alves, MGM<br />

A PRÁTICA ANTES DA TEORIA: APRENDENDO MORFOFISIOLOGIA<br />

Herculiani, PP; Barbosa, FAF;Lazarini, CA;Correa, MESH<br />

13<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


INCLUSÃO DO ALUNO DISLÉXICO, A PARTIR DA DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA, NA FACULDADE DE MEDICINA<br />

PETRÓPOLIS (FMP) - RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Barillo, SFAL;Midão, CMV<br />

ESTABELECENDO COMPETÊNCIAS EM PNEUMOLOGIA: INTERPRETAÇÃO DE ESPIROMETRIA. AVALIAÇÃO DA<br />

ESTRATÉGIA DE ENSINO<br />

Araujo, RF;Vieira, CAFA;Oliveira, NH;Almeida Jr, AMB;Castro, ES;Pinheiro, VGF<br />

COMPETÊNCIAS EM PNEUMOLOGIA: INTERPRETAÇÃO DE GASOMETRIA ARTERIAL. COMO ESTÃO E O QUE ACHAM<br />

NOSSOS ALUNOS<br />

Vieira, CAFA;Oliveira,NH;Araujo, RF;Almeida Jr, AMA;Castro, ES;Pinheiro, VGF<br />

AVALIAÇÃO QUANTITATIVA E PERFIL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS<br />

QUEPARTICIPAMDEPROJETOSDEINICIAÇÃOCIENTÍFICA<br />

Sampaio, IM;Ferreira, TL;Silva, ACS;Carvalho, LF;Brasil Neto, CG;Ribeiro, TA<br />

NOVA ABORDAGEM DIDÁTICA NA EDUCAÇÃO FARMACOLÓGICA EM MEDICINA<br />

Chichetti, TF;Ferreira, A;Malinowski, FRL;Felippe, LRH;Miller, WP<br />

GRUPO TUTORIAL: UMA NOVA METODOLOGIA DE ENSINO<br />

Teixeira, MD;Alencar, EC;Silva, AP;Oliveira, JL;Vasconcelos, GC;Ponte, AM<br />

O CÍRCULO DE CULTURA COMO MÉTODO DE CAPACITAÇÃO DE UMA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA<br />

Marques, TG;Nogueira, TAG;Zollinger, N;Aleixo, PN;Souza, SRP;Souza, JMR<br />

DISCIPLINADESAÚDEREPRODUTIVA:UMESPAÇOPARADISCUSSÃODETEMASTRANSVERSAISEMMEDICINA......<br />

Me<strong>de</strong>iros, RD;Cunha, JB;Figueiredo, JD;Silva, LCA;Rêgo, LCP;Cavalcante, VMM<br />

UMA VISÃO ANTROPOLÓGICA DO EIXO HABILIDADES: RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Nascimento, HAS;Sarieldim, OF;Alves, R;Peixoto, E;Silva, A.P<br />

IMPORTÂNCIA DA MONITORIA DE FISIOLOGIA PARA OS ESTUDANTES DA UFAM<br />

Me<strong>de</strong>iros, DB;Oliveira, GF;Libório, SEM;Lima, AR;Cardoso, MVC;Albuquerque, JC<br />

DISCUSSÃO DE PROBLEMAS EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA(DPGO). UMA EXPERIÊNCIA DE 9 ANOS COM<br />

PROBLEMATIZAÇÃO INSERIDA EM UM CURRÍCULO TRADICIONAL<br />

Silva, AF;B. Júnior, CA;Pinto, ALT<br />

USO DA SIMULAÇÃO NO ENSINO DA SEMIOLOGIA MÉDICA – O OLHAR DO ALUNO<br />

Quilici, AP;Abrão, KC;Machado, MPC;Abud, MB;Timerman, S<br />

ASATIVIDADESDONÚCLEOACADÊMICOENOVASABORDAGENSPARAACOMPLEMENTAÇÃOCURRICULAR ......<br />

Furquim, L;Dutra, PL;Bordin, ML;Wajner, A;Razera, JC;Mendonça, M<br />

A AVALIAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM<br />

Matsushita, MM;Matsushita, GM;Nakamura, AS;Lazarini, CA;Gazetta, APN<br />

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE PRECEPTORES DO INTERNATO MÉDICO: AMPLIANDO CONTEÚDOS E CONCEITOS NA<br />

REFLEXÃO DA PRÁTICA.<br />

Passos, M;Brant, V;Monteiro, D;Leher, E;Cerqueira, MP;Missaka, H<br />

IMPORTÂNCIA DA INSERÇÃO DO CURSO DE DISSECAÇÃO HUMANA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG)<br />

Carrijo, ENA;Fiuza, T S;Con<strong>de</strong>, BNS;Carneiro, MA;Lopes, TMO;Siqueira, LB<br />

UTILIZAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO ARTÍSTICA COMO INTRUMENTO DE REFLEXÃO E EXPRESSÃO DE CONCEITOS E<br />

PERCEPÇÕES EM SAÚDE PELOS ESTUDANTES DE MEDICINA<br />

Garcia, JNR;Neves, ML;Marangoni, MA<br />

MONITORIA DE FISIOLOGIA DA UFAM: PREPARANDO AULAS PRÁTICAS<br />

Libório, SEM;Lima, AR;Oliveira, GF;Oliveira, SLV;Maron, SMC;Andra<strong>de</strong> , FWP<br />

AVALIAÇÃODOCURSODEMEDICINAATRAVÉSDASISTEMATIZAÇÃO DAS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES<br />

AUXILIANDONACONSTRUÇÃODOCURRÍCULONOVO<br />

Moraes,LR;Bonito,RF;Cardoso,AAL;J.Neto,AD<br />

O ENSINO DA RADIOLOGIA NA ESCOLA DE MEDICINA COM CURRÍCULO MODULAR<br />

Araújo, NEC<br />

UTILIZAÇÃO DA ATIVIDADE LÚDICA “ESCRAVOS DE JÓ” PARA SENSIBILIZAÇÃO DO ACADÊMICO DE MEDICINA<br />

SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL EM EQUIPE.<br />

Garcia, JNR;Neves, ML;Marangoni, MA<br />

ANIMAÇÕES DIGITAIS COMO FERRAMENTA DE ENSINO EM IMUNOBIOLOGIA<br />

Pérez, R;Caputo, A;Graciolli, T;Amaral, VF<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A IMPORTÂNCIA DA DISCUSSÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS NA MONITORIA DE FISIOLOGIA.<br />

Oliveira, GF;Libório, SEM;Lima, AR;Me<strong>de</strong>iros, DBV;Cardoso, MVC;Silva, JCA<br />

DENGUE E ACADÊMICOS DE MEDICINA: AVALIANDO O CONHECIMENTO SOBRE O TRATAMENTO DESTA<br />

PATOLOGIA.<br />

Bezerra, PRA;Maia, RCL;Ferreira, BRS;Ga<strong>de</strong>lha, MAD;Melo, IFS;Matias, MS<br />

INTEGRAÇÃO ENTRE DISCIPLINAS BÁSICAS E A PRÁTICA APLICADA. RELATO DE EXPERIÊNCIA.<br />

Pimentel Filho, FR;Navarro, CM;Costa, HFA;Silva, RCR;Marangoni, MA<br />

LIGA ACADÊMICA DE IMAGINOLOGIA DA UFJF (LAI – UFJF): UMA NOVA CONCEPÇÃO NO ESTUDO DE IMAGEM<br />

Costa, ACP;Gomes, EV;Pacheco, VB;J. Filho, JIT;C. Júnior, OP;Nascimento, ACR<br />

TRANSFORMAÇÃO CURRICULAR DA MEDICINA: A EXPERIÊNCIA DE IMPLANTAÇÃO DOS CINCO PRIMEIROS<br />

SEMESTRES NA FMB/UFBA<br />

Solla, DJF;Formigli, VL;Schnitman, G;Silva, LL;Lima, MAG<br />

MACRO E MICROPOLÍTICA DA TRANSFORMAÇÃO CURRICULAR DA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA/UFBA:<br />

FATORES INTERNOS E EXTERNOS REDEFININDO LIMITES E POSSIBILIDADES<br />

Silva, LL;Schnitman, G;Lima, MAG;Solla, DJF;Formigli, VL<br />

AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM: UMA ESTRATÉGIA PARA INCORPORAÇÃO DA INFORMÁTICA NO<br />

CURRÍCULO DE MEDICINA<br />

Novaes, MA;Machiavelli, JL;Mello, M;Coutinho, O<br />

COMO TIRAR NOTA MÁXIMA NA AVALIAÇÃO CURRICULAR PARA AS PROVAS DE RESIDÊNCIA?<br />

Chehuen Neto, JA;Araújo, FCC;Bicalho, TC;Resen<strong>de</strong>, LO;Balbi, GGM<br />

DESCRIÇÃO DA ROTINA DA MONITORIA DA DISCIPLINA DE TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL DA<br />

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA<br />

Santos, HM;Men<strong>de</strong>s, RRS;Mendonça, LES;Araújo, LL;Cunha, GC<br />

MÉTODO DECISÕES CLÍNICAS E OFICINAS DIAGNÓSTICAS (DC/OD): POR QUE NÃO?<br />

Magalhães, LVB;Fernan<strong>de</strong>s, PT;Junqueira, FEF;Bastos, RR;Li, LM<br />

A APRENDIZAGEM NOS CURRÍCULOS COM METODOLOGIA ATIVA E SEUS RESULTADOS NA FORMAÇÃO MÉDICA:<br />

UMA CONCEPÇÃO DOCENTE.<br />

Almeida, EG;Batista, NA<br />

APLICABILIDADE DAS METODOLOGIAS ATIVAS NA VISÃO DO CORPO DOCENTE DOS CURSOS DE MEDICINA DAS<br />

DUAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DE SÃO LUÍS- MA<br />

Coelho, LC;Gomes, MAC;Coan, CF;Souza, LC;Gonçalves, NN;Coelho LV<br />

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS: APLICABILIDADE NA VISÃO DOS ALUNOS DOS CURSOS DE MEDICINA<br />

DAS DUAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DE SÃO LUÍS- MA<br />

Gomes, MAC;Coelho, LC;Gonçalves, NN;Souza, LC;Coan, CF;Coelho LVI<br />

ABORDANDO A DECLARAÇÃO DE ÓBITO DURANTE A GRADUAÇÃO EM MEDICINA<br />

Thomazini, L.M;Araújo, NA;Ribeiro, AS;Lírio, M;Faria, RA;Neves, NMBC<br />

AVALIAÇÃO DO USO-BENEFÍCIO DO ACERVO BIBLIOGRÁFICO E OUTROS MATERIAIS DIDÁTICOS NO SETOR DE<br />

HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA HUMANAS DA UFC<br />

Dantas, GC;Nogueira, EA;Matos, GDN;Ponte, AML;Vasconcelos, GC;Oliveira, ES<br />

IMPORTÂNCIA DOS LABORATÓRIOS DE HABILIDADES CLÍNICAS PARA A FORMAÇÃO ACADÊMICA<br />

Santiago, AE;Andra<strong>de</strong>, LM;Santiago, LE;Ferreira, SAK;Rosa, DC;Lamas, CVDI<br />

ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO NO CURRÍCULO MÉDICO: AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE<br />

CATÓLICA DE PELOTAS (UCPEL), RS<br />

Chatkin, MN;Lopes, CLS;Farias, JC;Carvalho, GA;Oliveira, SS;Menezes, L<br />

“KINSEY DIALOGA COM FREUD QUE DIALOGA COM FOUCAULT”: ESTRATÉGIA DE ENSINO DA SEXUALIDADE<br />

HUMANANADISCIPLINADEPSICOLOGIAMÉDICANOCURSODEMEDICINAEMOUROPRETO,MINASGERAIS......<br />

Junho, BT;Prais, HAC;<br />

IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO PRÁTICO APÓS MINI-CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS E PREVENÇÃO DE<br />

ACIDENTES, PROMOVIDO PELO PROJETO ALFA-MANAUS<br />

Iamut, MD;Men<strong>de</strong>s, C;Pinto, AL;Tomaz, G;Hada, AL<br />

INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-USUÁRIO: PROBLEMATIZANDO A HIPERTENSÃO E DIABETES<br />

Souza,E;Watanabe,PD;Silva,LC;Francescantonio, ICCM<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


ESTUDO DE PELÍCULAS RADIOLÓGICAS EM AULAS PRÁTICAS COMO ESTRATÉGIA MOTIVADORA NO APRENDIZADO<br />

DA ANATOMIA HUMANA.<br />

Sucupira, DG;Viana, RR;Miranda, DPM;Duarte, IC;Freitas, JC;Moura, JRSA<br />

A REVALIDAÇÃO DO DIPLOMA MÉDICO ESTRANGEIRO NA UFPA: ALGUNS ASPECTOS DA SITUAÇÃO CURRICULAR<br />

DA POPULAÇÃO DEMANDANTE.<br />

Monteiro, MRCC;Brasil, LMBF;Bahia, SHA;Santos, SM;Moreira, SFS<br />

AVALIAÇÃODAMORFOLOGIADOPERICÁRDIOPORCINOPARA A UTILIZAÇÃO EM AULAS DE ANATOMIA HUMANA<br />

DO SISTEMA CARDIOVASCULAR<br />

Weber, GA;Ben<strong>de</strong>r, GL;Giaretton, MWL;Wildner, LM;Almeida, GM;Martini, DT<br />

NOVOS RUMOS DA EDUCAÇÃO MÉDICA: A PROBLEMATIZAÇÃO<br />

Dias, TL;Pereira, FA;Russo, SE;Almeida, HK<br />

AVALIAÇÃO DO PROGRAMA INTEGRADOR NA PERSPECTIVA DOS ESTUDANTES E FACILITADORES DA FACULDADE<br />

DECIÊNCIASMÉDICASEDASAÚDEDEJUIZDEFORA<br />

Farah, BF;Ezequiel, OS;Tibiriçá, SHC;Teixeira, LS<br />

ANÁLISE DA VIVÊNCIA DOS ESTUDANTES DE MEDICINA NA DISCIPLINA DE GERÊNCIA EM MEDICINA<br />

Marinho, FRT;Marinho, DRT;Taveira, MGMM;Cavalcante, CC<br />

MÓDULOS HORIZONTAIS A (MHA) 1 E 2: BUSCANDO REORIENTAR A FORMAÇÃO MÉDICA NA UFPB<br />

Simon, E;Oliveira, FP;Figueiredo, AM;Gomes, LB;Sassi, AP;Pereira, WN<br />

O CONTATO COM O BINÔMIO ÉTICA/HUMANIZAÇÃO DURANTE A GRADUAÇÃO DE MEDICINA<br />

Andra<strong>de</strong>, SC;Deus, JA;Barbosa, ECH;Miziara, RF;Costa, MP<br />

ENSINO DA MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS (MBE): VALIOSA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Costa,ICBO;LisBoa,PM;Porzsolt,F;Thomaz,TG<br />

ESTUDO ANTROPOLÓGICO DA INFLUÊNCIA CULTURAL NA ESCOLHA DA VIA DE PARTO COMO AGENTE FORMADOR<br />

DE VISÃO CRÍTICA E HUMANIZADA NO ACADÊMICO DE MEDICINA<br />

Barreto, J;Lana, BN;Barbosa, MCA;Figueiredo, NSV;Silva, TAS;Passarini, TM<br />

EXPERIÊNCIA COM O ENSINO DE HABILIDADES E SIMULAÇÕES CLÍNICAS EM CIRURGIA<br />

Jucá, MJ;Ban<strong>de</strong>ira, BC;Carvalho, DS;M. Filho, FJA;Secundo, IV;Costa, SC<br />

A IMPORTÂNCIA DA MONITORIA ACADÊMICA NO APRENDIZADO<br />

Sandri, CO;Pinto, NT;Petermann, LL;Purim, KSM;Luz, SR;Oste, CVD<br />

DESAFIOS NA ÁREA DA SAÚDE: REDIMENSIONANDO O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM<br />

Carvalho, MAV;Fornaziero, CC<br />

O ENSINO DA VIGILÂNCIA À SAÚDE NO CURSO MÉDICO: A EXPERIÊNCIA DA DISCIPLINA, O MÉDICO O INDIVÍDUO E<br />

A COMUNIDADE.<br />

Sales, MLH<br />

A COSTRUÇÃO DE BOLETINS EPIDEMIOLÓGICOS NO ENSINO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES EM SAÚDE<br />

Sales, MLH<br />

ENSINO-APRENDIZAGEM ATIVA NA ESCOLA MÉDICA MODERNA: CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS DE DE LA SALLE E<br />

CARL ROGERS.<br />

Rodrigues Neto, JO;Cunha, CS;Souza, MCT;Rodrigues NA;Cunha, CS<br />

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA NOVA VERTENTE DA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Guimarães, FT;Vitorino, RR;Vinha, RM;Cezar, PHN;Siqueira-Batista, R;Costa, JRB<br />

EDUCAÇÃO MÉDICA: NOVAS NECESSIDADES NA DOCÊNCIA E SUA PERCEPÇÃO POR PARTE DO ESTUDANTE<br />

Silva,AP;Teixeira, MD;Rocha, SS;A. Júnior, DA;Ponte,AM;Oliveira, EA<br />

A ENTREVISTA COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM DA CLÍNICA AMPLIADA<br />

Pereira, GAAM; Miranda, MPM;Chaves, GT;Costa, JBR;Paulino, CCF;Silva, DFF<br />

AVALIAÇÃO DA NOVA METODOLOGIA DE ENSINO EM FORMA DE “ESTAÇÕES” NA DISCIPLINA DE HISTOLOGIA E<br />

EMBRIOLOGIA HUMANAS NO CURSO DE FARMÁCIA.<br />

Rocha, SS;Terceiro, IRC;Parente, GC;Leopércio, AMP;Oriá, RB;Leitão, RFC<br />

ADOÇÃO DE ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS NA MONITORIA TUTORIAL DE HISTOLOGIA HUMANA DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS: REFORÇANDO O APRENDIZADO<br />

Menegotto, EMA;Sales, DCS;Arena, AC<br />

A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE MONITORIA PARA O LABORATÓRIO DE<br />

HABILIDADES E SIMULAÇÃO<br />

Vallcorba, BMM;Stutz, L;Pimenta, E;Corsini, L;P. Neto, S;Pezzi, L<br />

16<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


DIAGNÓSTICODASITUAÇÃOATUALDASPRÁTICASEDUCATIVASEMPEDIATRIA.AVISÃODOESTUDANTES.........<br />

Naghettini, AV;Salgado, LMR;Campos, NMSC;Torres, N;Bollela, VR;Lima, FMLS<br />

CURRÍCULO MODULAR INTEGRADO NO CURSO DE MEDICINA<br />

Aragão, JCS;Souza, MCT;Nowak, LD;Santos, MCP<br />

A INTERDISCIPLINARIDADE E A FISIOLOGIA APLICADA A CLÍNICA<br />

Botelho, IV;Amim,BMV<br />

CENÁRIOS BASEADOS EM CASOS CLÍNICOS PARA O TREINAMENTO NO LABORATÓRIO DE HABILIDADES E<br />

SIMULAÇÃO<br />

Soares, LGC;Lima, DS;Brito, LG;Vallcorba, B;Pezzi, L;P. Neto, S<br />

INOVAÇÕES NO PROCESSO SELETIVO : POSSIBILIDADES DE REFLEXÃO COERENTES COM AS MUDANÇAS<br />

CURRICULARES<br />

Aleluia, IM;Daltro, M;Soliani, ML<br />

INCORPORAÇÃO TECNOLÓGICA E MENSURAÇÃO DA AQUISIÇÃO PSICOMOTORA NA ATIVIDADE CIRÚRGICA<br />

Otoch, JP;Aun, F;Mauad Jr., RJ;Figueiredo, LFP<br />

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA INTEGRAÇÃO CURRICULAR EM DOCENTES E DISCENTES DE ESCOLA MÉDICA<br />

Couto, CRO<br />

LIGA DE CIRURGIA DA HÉRNIA INGUINAL<br />

Miranda, LEC;Tenório, AL;Maciel, DT;Fernan<strong>de</strong>s, JL;Lima, DL<br />

ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL USANDO COMO FERRAMENTA DE ENSINO<br />

COMPLEMENTAR VISITA À MATERNIDADE MUNICIPAL DE LONDRINA<br />

Brito,VM;Ruzon, UG;Barbosa, ARG;Thomazatti, FG;B. Filho, E;Salles,MJS<br />

PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DA GRADUAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA DA UFC, NO PERÍODO <strong>2009</strong>.1, EM<br />

RELAÇÃO À CONTRIBUIÇÃO DA DISCIPLINA “DIAGNÓSTICO DE SAÚDE DA COMUNIDADE” PARA SUA FORMAÇÃO.<br />

Mota, ACM;Viana, RR;Rocha, JIX;Mota, MFF<br />

USO DE TECNOLOGIAS DE ENSINO NA DISCIPLINA DE MEDICINA LEGAL DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA<br />

DA UFCSPA<br />

Silva, HTH;Siqueira, GB;Henza, IS;Tavares, K;Brenddler, VP;Rovigatti, VV;<br />

LINGUAGEM VISUAL EM EXAME CARDIOVASCULAR: EXPERIÊNCIA DE PRODUÇÃO DE VÍDEO DIDÁTICO POR<br />

MONITORES DE SEMIOLOGIA MÉDICA<br />

Pereira, GCB;Vinagre, JGP;Silva, APP;Athay<strong>de</strong>, GAT;Ronconi, DE;Sousa-Muñoz, RL<br />

LIGA ACADÊMICA DE HEMATOLOGIA: UMA NOVA PERCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

Soares, GMT;David, FL;Camilo, GB;Riani, LR;Henriques, KMC;Sousa, NA<br />

PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS QUANTO AO ENSINO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE NO INTERNATO DO<br />

CURSO DE MEDICINA<br />

Holzer, S;Silva, ACCG;Reato, LFN;Kayaki, EA;Batistela, VCS<br />

TEORIA VERSUS PRÁTICA: UMA REFLEXÃO SOBRE A DINÂMICA DAS ATIVIDADES TUTORIAIS, NA METODOLOGIA<br />

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMA (ABP), NO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA<br />

DE SANTANA (UEFS).<br />

Tôrres, ALB;Oliveira, ENA;Melo, BS<br />

PROGRAMA DE MONITORIA NA GRADUAÇÃO (PMG) DAS DISCIPLINAS DE PATOLOGIA CLÍNICA (PC) I E II DO<br />

DEPARTAMENTO DE PROPEDÊUTICA COMPLEMENTAR DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL<br />

DE MINAS GERAIS (FMUFMG): UMA EXPERIÊNCIA DE SUCESSO.<br />

Soares, TF;Men<strong>de</strong>s, EM;Resen<strong>de</strong>, LMH;Viana, LG;Vidigal, PG;Faria, RMD<br />

COMPARAÇÃO ENTRE OS SEXOS NA FORMAÇÃO MÉDICA E ATUAÇÃO PROFISSIONAL<br />

Reinesch, J;Suzuki, M;Moraes, M;Borges, DGS;Del-Ben, CM<br />

INOVAÇÃO CURRICULAR NA ÁREA DA SAÚDE:UM ESTUDO EM PERIÓDICOS NACIONAIS<br />

Batista, SH;Gerab, IFS;Sonzogno, MC;Rego C;Abdalla, S;Malachias, L<br />

ABORDAGEM BIOPSICOSSOCIAL NOS PROBLEMAS APRESENTADOS EM UM CURRÍCULO PBL (PROBLEM BASED<br />

LEARNING)<br />

Aguilar-da-Silva, RH;Teixeira, LS;Farah, BF;Pereira, SEM;Ricardo, DR;Bechara, RN<br />

ATIVIDADE TEÓRICO - PRÁTICA EM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DURANTE A GRADUAÇÃO<br />

Melo, NC;Padilla, R;Carvalho, BC;Fonseca, IG;Westphal, DC;Tomaz, G<br />

MODELOS CRIATIVOS DE APRENDIZADO ANÁTOMO-CLÍNICO<br />

Me<strong>de</strong>iros, LEB;Silva, LMN;Lima, PMO<br />

17<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A CONSTRUÇÃO DE MODELOS TRIDIMENSIONAIS NO ENSINO DE NEUROANATOMIA E NEUROFISIOLOGIA<br />

Tesser, RC;Konkiewitz, EC<br />

OFICINA DE INTEGRAÇÃO: APRENDIZADO BASEADO EM LISTA DE PROBLEMAS<br />

Granato, RA;Ramos, RC;Silva, DP;Carvalho, GO;Abi-haila, C;Tavares. RN<br />

O DESAFIO DE MONTAR O MÓDULO TOCOGINECOLOGIA DE 54 HORAS NO CURRÍCULO NUCLEAR, COM<br />

EXPERIÊNCIA DE CURRICULO TRADICIONAL<br />

Maldonado, RJ;Alves, R;Sari-Eldim, OFG;Rafael, JF;Scárdua, APT;Andrikopoulos, LB<br />

INSERÇÃO DO ENSINO DA ACUPUNTURA NO CURRICULUM DA FACULDADE BRASILEIRA – UNIVIX<br />

Monteiro, BVS;Carpes, EP;Delboni, G;Griffo, LS;Sari-Eldim, OF;Sant‘Ana, TC<br />

PRÁTICA MÉDICA E DETERMINANTES DE SAÚDE.<br />

Costa-Lima, AR;Mota, MV;Sousa, JRP;Barbosa, JPA<br />

A QUESTÃO DA CRIAÇÃO<br />

Siepierski, AR;Prove<strong>de</strong>l, DC;Ari<strong>de</strong>, SB;Rafael, JF;Maldonado, R;Sari-Eldim, OFG<br />

MODIFICAÇÕES DIDÁTICAS IMPLEMENTADAS NAS DISCIPLINAS DE FARMACOLOGIA DA UFJF: PEDAGOGIA DA<br />

AUTONOMIA E APRENDIZAGEM BAESADA EM PROBLEMAS<br />

Guerra,DM;Soares,AP;M.Neto,CC;Bonfante,HL;Lucas,NP;Rocha,BS<br />

AVALIAÇÃO DO ENSINO DA HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA HUMANAS DENTRO DO CURRÍCULO BÁSICO DA<br />

FACULDADEDEMEDICINA<br />

Melo, CB;Oliveira, HM;Ponte, AM;Silva, AP<br />

PET MEDICINA E REFORMA CURRICULAR: PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO PRIMEIRO SEMINÁRIO DE<br />

INTEGRAÇÃO DA UFAM – O ENSINO MÉDICO EM DEBATE<br />

Me<strong>de</strong>iros, LJS;Oliveira, SML;Amaral, AO;Maron, SMC;Ferreira, DB;Araújo, ARS<br />

ATIVIDADE CURRICULAR NO MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA DO RIO GRANDE DO SUL: AVALIAÇÃO DE<br />

DOCENTES<br />

Furquim, L;Wajner, A;Wal<strong>de</strong>mar, F. S;Mendonça, M;Moreira, M;Cardoso, P. M<br />

MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA DO RIO GRANDE DO SUL: APROXIMANDO OS ESTUDANTES DE MEDICINA DE<br />

SUA FUTURA PROFISSÃO<br />

Furquim, L;Dutra, PL;Wajner, A;Argollo, P;Cardoso, PM;Wal<strong>de</strong>mar, FS<br />

ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES SOBRE COMPETÊNCIAS E OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM NO MÓDULO<br />

DE ASSISTÊNCIA BÁSICA À SAÚDE (ABS): UMA ETAPA DO PROCESSO DE REFORMULAÇÃO<br />

Araujo, MNT;Ribeiro, MGF;Mota, MV;Sousa, MS;Almeida, YM<br />

IMPORTÂNCIA DAS SESSÕES ÉTICO ANÁTOMO CLÍNICAS NO ENSINO MÉDICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE<br />

UBERLÂNDIA (UFU-MG)<br />

Rezen<strong>de</strong>, CHA;Ferreira, AF;Campos, AR;Lopes, EA;Pereira, HL;Marcelino, PVS<br />

APRENDIZADO ACADÊMICO POR MEIO DE CIRURGIA EXPERIMENTAL EM SUÍNOS<br />

M. Júnior, HO;Oliveira, TS;Vasconcelos, HS;Souza, ARM;Figueiredo, JP;Hada, AL<br />

O MODELO FORENSE NO ESTUDO DA OSTEOLOGIA BÁSICA NO CURSO DE MEDICINA.<br />

Leão, HZ;Furlanetto, MP;Viecelli, A;Menezes, AK;Alarcon, E<br />

O ENSINO DE GERIATRIA EM ESCOLAS MÉDICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO<br />

Povinelli, B;Sonzogno, MC;Cendoroglo, MS<br />

CONTRADIÇÕES IMANENTES AO MÉTODO DE APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS<br />

Queiroz, I;Abreu, J;Rodrigues, A;Santos, J<br />

DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES PARA O CUIDADO DE SI E DO OUTRO: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A<br />

IMPLANTAÇÃO DA DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO E LITERATURA MÉDICA<br />

Aerts, D;Alves, GG;Leitzke, L<br />

O ENSINO DA GENÉTICA MÉDICA E CLÍNICA NO CURSO DE MEDICINA DA UFAL<br />

Cavalcante Júnior, EF;Oliveira, ABT;Araújo, CP;Holanda, DV;Lira, ISA;Porciuncula, CGG<br />

A EVOLUÇÃO DO MÉTODO NAS SESSÕES DE INTEGRAÇÃO BÁSICO-CLÍNICAS<br />

Barros, LM;Barale, AR;Silva, RT;Galvão, MC;Soares, LS<br />

TÉCNICA DE DRAMATIZAÇÃO: INSTRUMENTO ÚTIL NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM<br />

Isaia, HA;Haeffner, LSB;Segabinazzi, MO<br />

METODOLOGIAS CONTEXTUALIZADAS DE ENSINO DE PATOLOGIA NA FACIMED – CACOAL – RO.<br />

Rodrigues, AM;Barreto, RG;Ferrari, FP;Fontes, CJF<br />

18<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


INSERÇÃO DO ENSINO DO ENSINO SOBRE O USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS NA FACULDADE DE MEDICINA<br />

(FAMED) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL)<br />

Wan<strong>de</strong>rley, VE;Vilela, RQB;Dias Neto, CA;Nunes, FAT;Resen<strong>de</strong> Filho, FM;Menegassi, ILF<br />

SENSIBILIZAR PARA TRANSFORMAR: ESTRATÉGIAS PARA ENVOLVER ALUNOS E PRECEPTORES<br />

Teixeira, GHMC;Silva, BRA;Oliveira, DJF;Leão, MS;Simen, RCM<br />

A EXPERIÊNCIA DE UM NÚCLEO CURRICULAR DE INICIAÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA EM UM CURSO DE MEDICINA<br />

– AVALIAÇÃO PELOS ESTUDANTES<br />

Gue<strong>de</strong>s, HTV;Gue<strong>de</strong>s, JC;Souza, LSF<br />

INTEGRAÇÃO ANÁTOMO-CIRÚRGICA NAS AULAS PRÁTICAS DE DISSECAÇÃO DE CADÁVERES DOS ESTUDANTES DO<br />

CURSO DE MEDICINA DA UFC<br />

Viana, RR;Sucupira, DG;Cruz, EA;Torres, SM;Ferreira, BRS;Barreto, JEF<br />

A PARTICIPAÇÃO DOS GRUPOS DE ESTUDOS NO APRENDIZADO EXTRACURRICULAR E NA ESTRUTURAÇÃO DA<br />

POLÍTICA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE<br />

Martins, MN;Gomes, AGR;Ferreira, LS;Gonçalves, MM<br />

AVALIAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE ENSINO EM SAÚDE OCUPACIONAL NO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE<br />

DE FORTALEZA<br />

Rodrigues, NBS;Nascimento, FV;Barros, FC;Messias, KLM<br />

AS DIFERENÇAS ENTRE O 1º E 3º PERIODOS DE MEDICINA EM RELAÇÃO A PERCEPÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA NA<br />

GRADE CURRICULAR<br />

Balestrin, A;Andra<strong>de</strong>, LG;Oliveira, LSC;Silva, TC;Diniz, RC;Cunha, MCLA<br />

O ALUNO RECÉM INGRESSO DA FACULDADE DE MEDICINA COMO AUTOR DE PROJETOS DE PESQUISA: UM ESTUDO<br />

DE CASO<br />

Teixeira, GAPB;Campos, SMN<br />

EXPERIÊNCIAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO PACIENTE HIV<br />

POSITIVO.<br />

Alves, TO;De Paula, RM;Koifman, L<br />

IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ - UM<br />

ESTUDO RETROSPECTIVO<br />

Mostério, RBM;Fujimura , I;Campanaro, CM<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA CAPACITAÇÃO DOS MONITORES NA DISCIPLINA DE PATOLOGIA GERAL<br />

Perez, CFC;Rodrigues, ALB;Simas, CJA<br />

DESENVOLVIMENTO CURRICULAR - EPIDEMIOLOGIA COMO SUPORTE AO DELINEAMENTO PEDAGÓGICO<br />

Souza, SRP;Brenna, SMF;Machado, JLM;Bolella, VR;Vieira, JE<br />

FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA DESENCADEAR O PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO CURRICULAR NA<br />

FACULDADEDEMEDICINADEJUNDIAÍ<br />

Mosterio, RBM;Campanaro, CM<br />

AVALIAÇÃO DO USO DA PROBLEMATIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO EM UMA TURMA DE 15 ESTUDANTES<br />

DE PARASITOLOGIA NO CURSO DE BIOMEDICINA<br />

Sampaio, MX<br />

PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES QUANTO AO ENSINO DE GERIATRIA EM UMA ESCOLA MÉDICA COM METODOLOGIA<br />

CENTRADA NO PACIENTE E BASEADA EM PROBLEMAS<br />

Pinheiro, NF;Rodrigues, NBS;Menezes, RB;Aragão, LP;<br />

PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES DE SEMIOLOGIA SOBREACONTRIBUIÇÃODAINSERÇÃONACOMUNIDADEE<br />

REFLEXÃO SOBRE FORMAÇÃO MÉDICA OPORTUNIZADA PELOS MÓDULOS HORIZONTAIS NO DESEMPENHO DOS<br />

ALUNOS DE MEDICINA EM SUA DISCIPLINA<br />

Santos, KF;Moraes, AD;Marinho, MM;Farias, MP;Araújo, TN;Pinheiro, WN;<br />

REFLEXÕES E VIVÊNCIAS DE ACADÊMICOS DE MEDICINA NA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO A ATENÇÃO BÁSICA<br />

Silva, RMF;Silva, RFP;Nunes, RL;Correa, GVL;Siqueira, GB<br />

PERCEPÇÃO INICIAL DE UM INSTRUMENTO DE CONSULTA RÁPIDA DE AVALIAÇÃO DA SAÚDE DO IDOSO DE<br />

ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA<br />

Pinheiro, NF;Nascimento, FV;Ponte, HJ;Sancho, KFCB;Aragão, LP<br />

O CONTATO PRECOCE DO ACADÊMICO DE MEDICINA COM A COMUNIDADE<br />

Soares, TRC;Teixeira, KS;Cor<strong>de</strong>iro, MAS;Pereira, AS;Lima, H<br />

19<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


PERCEPÇÃO DOS DOCENTES E DISCENTES SOBRE A ATENÇÃO PRIMÁRIA NO CURSO DE MEDICINA DA UFTM<br />

Oliveira, AAO;Fernan<strong>de</strong>z, AL;Oliveira, JAC;Fernan<strong>de</strong>s, FF;Oliveira, COM;Teixeira, LAS<br />

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMA (ABP): ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA COM A<br />

APLICAÇÃO DESSA NOVA ESTRATÉGIA DIDÁTICA-PEDAGÓGICA NOS MÓDULOS DE COLOPROCTOLOGIA DA<br />

DISCIPLINA CLINICA CIRÚRGICA 1<br />

Cardoso, MVC;Me<strong>de</strong>iros, DB;Barros, OS;Silva, ACS;Oliveira, MCL;Avelino, FGS<br />

PSIQUIATRIA EM CENA: USANDO A DRAMATIZAÇÃO COMO FERRAMENTA DE ENSINO<br />

Peixoto, ALA;Rezen<strong>de</strong> Filho, FM;Omena, AEAS;Dias Neto, CA;Menegassi, ILF;Nunes, FAT<br />

EIXO CURRICULAR DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO: A INICIAÇÃO CIENTÍFICA PERMEANDO A FORMAÇÃO<br />

DO MÉDICO DO PRIMEIRO AO DÉCIMO SEGUNDO PERÍODO<br />

Gomes, AP;Pinto, LF;Soranz, DR;Junqueira, TS;Arcuri, MB;Siqueira-Batista, R<br />

IMPLANTAÇÃO DO PROJETO PACIENTE SIMULADO NO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA:<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Giaxa, RRB;Farias, MC;Lima, DPA;Fernan<strong>de</strong>s, VIR;Sá, HLC<br />

A VISÃO DISCENTE EM RELAÇÃO À ENTREVISTA COM O PACIENTE COMO METODOLOGIA DE ENSINO<br />

Paulino, CCF;Costa, JBR;Chaves, GT;Pereira, GAAM;Silva, DFF;Miranda, MPM<br />

AVALIAÇÃO DOS PROBLEMAS DOS MÓDULOS DE IMUNOPATOLOGIA E RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO NA<br />

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS NO 3º SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL<br />

DO CEARÁ<br />

Araújo, MNT;Camara, LMC;Freitas, MVC;Valença Júnior, JT;Chaves, C;Frota, CC<br />

IMPLEMENTAÇÃO DE NOVO MODELO CURRICULAR NO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL<br />

Claus, SM;Silva, ER<br />

TREINAMENTO CURRICULAR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA GRADUAÇÃO MÉDICA<br />

Gusmão, MM;Menezes, MS;Zimmermann, AD;Jesuíno, PA<br />

ABORDAGEM DA SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA NA GRADUAÇÃO NA FACULDADE DE MEDICINA DO ABC.<br />

Aletheia, RRS;Silveira, AFMH;Pfeiffer, ME<br />

A PERCEPEÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA ACERCA DA INSERÇÃO DAS HABILIDADES COMUNICAÇÃO NO<br />

CURRÍCULO DA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Ma<strong>de</strong>ira, IL;Andra<strong>de</strong>, MA;Giaxa, RRB<br />

OBSERVAÇÃO DO IMPACTO DA CRIAÇÃO DE NOVOS ESPAÇOS CURRICULARES NA QUALIDADE DE VIDA DOS<br />

ACADÊMICOS DE MEDICINA.<br />

Vasconcelos, FKB;Melo, SD;Me<strong>de</strong>iros, JGM<br />

DESEMPENHO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA NA REALIZAÇÃO DAS MANOBRAS BÁSICAS DE RESSUSCITAÇÃO<br />

CARDIOPULMONAR APÓS 4 HORAS DE TREINAMENTO<br />

Gonzales, MM;Patrus, M;Geovanini, GR;Pinto, MM;Timerman, S;Quilici, AP<br />

UTILIZAÇÃO DE MATERIAL ÁUDIO-VISUAL PARA APRIMORAMENTO DE TÉCNICAS DE ENTREVISTA MÉDICA<br />

Almeida, MC;Melo, SD;Vasconcelos, FKB;Souza, BL;Me<strong>de</strong>iros, JGM<br />

SESSÃO INTERATIVA: UMA NOVA PROPOSTA DE ENSINO.<br />

Rodrigues, SJP;Passos Filho, AM;Lima, ACL<br />

A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA MÉDICA EM UM DIGNO ATENDIMENTO AO PACIENTE<br />

Oliveira, TS;Amaral, AO;Pereira, VL;Gil, FSM<br />

LIGAS ACADÊMICAS: POR QUÊ? PARA QUE? PARA QUEM?<br />

Caheté, LRC;Carvalho, GM;Pereira, RS<br />

INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO: OS PERCALÇOS PEDAGÓGICOS DE UM MÓDULO TEMÁTICO DO CURSO MÉDICO DA<br />

UFPE<br />

Leão, LMS;<br />

IMPLANTAÇÃO DE UM LABORATÓRIO DE HABILIDADES MÉDICAS EM PEDIATRIA E GINECOLOGIA/OBSTETRÍCIA NA<br />

FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ<br />

Costa, TFDA;Sarmanho. MF;Damasceno, ACA;Rossy, MCNB;Rodrigues, MPCR;Gonçalves, ACG<br />

TEMA: CENÁRIOS DE PRÁTICA E INTEGRAÇÃO À REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE<br />

ESCOLA PROMOTORA DE SAÚDE: DO SONHO À REALIDADE<br />

Souza, GLPC;Bremgartner, HLC;Ribeiro, JPM;Ferro, JSR;Amorim, JLA;Pinto Junior, FEL<br />

20<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


HIPERDIA – AVALIAÇÃO DAS GESTANTES NA UBS<br />

Pinto Junior, FEL;Brito, GPBM;Amorim, JLA;Ribeiro, JPM;Ferro, JSR<br />

PRATICANDO SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO: A VOZ DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE<br />

PÚBLICA DE CAMPINAS SOBRE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE<br />

Godinho,IA;Bastos,SCR;Chaim,FHM;Ferreira, RR;Massuda, A;Pinheiro, FG<br />

APRENDIZAGEM SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO INSTITUCIONALIZADO<br />

Ikuno, MRM;Tamai, LMB;Cândido, DES;Castilho, ECD;Bonifácio, LA;Higa, EFR<br />

A VIVÊNCIA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NA FORMAÇÃO MÉDICA.<br />

Lisboa, RP;Freitas, ACP;Campos, JS<br />

PERCEPÇÃO DISCENTE SOBRE A INTERAÇÃO COMUNITÁRIA NO CURRÍCULO INTEGRADO DO CURSO DE MEDICINA<br />

DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA<br />

Paulino, RM;Cutolo, LRA<br />

INSERÇÃO NA REALIDADE SOCIAL E INTERDISCIPLINARIDADE - ALICERCES DO ENSINO MÉDICO<br />

Pereira, FA;Dias, TL;Farah, BF<br />

IMPACTO HUMANIZADOR DA INTERAÇÃO ESTUDANTES-TRABALHADORES NO CENTRO DE SAÚDE DIC III, NO<br />

MUNICÍPIO DE CAMPINAS/SP<br />

Maia, FHA;Marçal, CRM<br />

PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES SOBRE A VIVÊNCIA EM UM PROJETO DE EXTENSÃO EM UMA COLÔNIA PARA<br />

HANSENIANOS<br />

Costa, DM;Balestrêro, MHS;Nery, LL;Mercier, ALF;Teodoro, HCT;Ma<strong>de</strong>ira, ES<br />

SAUDE COLETIVA E SUA INTERFACE COM A REALIDADE RURAL DE MANAUS: UMA EXPERIËNCIA EM VIGILÂNCIA<br />

EPIDEMIOLÓGICA<br />

Heufemann, NEC;Santos, SHO;Barros, MS;Sousa, MO<br />

NÃO ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO PRESCRITO EM UMA COMUNIDADE: DESAFIO PARA OS<br />

PROFISSIONAIS DA SAÚDE<br />

Morais, BA;Rabelo, ACL;Junqueira, MM;Gomes, RO;Afonso, ET<br />

SEROUNÃOSERADULTO?REFLEXÕESSOBRESEXUALIDADEEADOLESCÊNCIAAPARTIRDOMÉTODOPAIDÉIA.....<br />

Veiga Jr, NN;Carpini, S;Souza, DHS;Kores, RC;Figueiredo, MD;D´Avanzo, WC<br />

A VISITA DOMICILIÁRIA COMO MÉTODO DE INTEGRAÇÃO DO ALUNO COM OS USUÁRIOS DA UNIDADE DE SAÚDE<br />

DA FAMÍLIA<br />

Zollinger, N;Aleixo, PN;Nogueira, TAG;Marques, TG<br />

CORRELAÇAO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO COM AS PRÁTICAS MÉDICAS EDUCACIONAIS EXERCIDAS<br />

COM PACIENTES ACOMETIDOS POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO<br />

Sales, RH;Lins, JCPS;Souza Filho, CAO;Alencar Neto, NR;Alves, ARA;Reys, MFMR<br />

PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR E CLÍNICA AMPLIADA: CENÁRIO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NA<br />

GRADUAÇÃO<br />

Katayama, HT;Marques, GL;Ramos, EB;Fogaça, BJ;Sanches, FD<br />

A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES EDUCATIVAS NA FORMAÇÃO DOS ESTUDANTES DE<br />

MEDICINAENAQUALIDADEDEVIDADACOMUNIDADEASSISTIDA<br />

Souza Filho, CAO;Fernanda, NA;Didoné, EL;Barbosa, CF;Ferreira, ACA<br />

REFORMA CURRICULAR MELHORANDO A VISÃO DA VILA SABIÁ (SOROCABA/SP)<br />

Sawada,MM;Minata,MK;Farias,F;Queiroz,MM<br />

ANÁLISE DE EVENTO SENTINELA CONTRIBUINDO PARA A COMPREENSÃO DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA DE UMA<br />

COMUNIDADE<br />

Guimarães, FG;Nicolua, TC;Pereira, GFA;Bulbol, GA;Vasconcelos, ICS<br />

CAPACITAÇÃO PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE BELO<br />

HORIZONTE/MG<br />

Guimarães, FG<br />

A VISITA DOMICILIAR COMO PROPOSTA PARA ANÁLISE DAS NECESSIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA<br />

ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA<br />

Peternelli, DG;Saldanha, CRM;Carneiro, RS;Souza, MR;Me<strong>de</strong>iros, CS<br />

PROMOÇÃO À SAÚDE EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS DO “PROJETO RECRIAVIDA”, EM MARIANA – MG<br />

Carvalho, NB;Duarte, MTF;Corrêa, CF;Cerqueira, TS;Figueiredo, AM;Galvão, MAM<br />

21<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


EXPERIÊNCIA DE ALUNOS DE MEDICINA NO ACOMPANHAMENTO FAMILIAR<br />

Bastos, MC;Souza, CC<br />

EDUCAÇÃO EM SAÚDE RELACIONANDO ESTILO DE VIDA COM O PROCESSO DE ADOECIMENTO VOLTADO PARA<br />

MULHERES NA ESF RENASCER, OURO PRETO, MINAS GERAIS<br />

Silva, JFM;Teixeira, GHS;Figueiredo, TD;Santana, DK;Albergaria, DA;Sales, ML<br />

AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL DA CRIANÇA: SERVIÇO COMUNITÁRIO E ENSINO MÉDICO<br />

Martins, JV;Daud, MO;Tauro, RLAM;Carmo, CEF;Konkiewitz, EC<br />

EDUCAÇÃO NA PROMOÇÃO À SAÚDE: UMA INTERLOCUÇÃO AFETIVO-SEXUAL COM OS JOVENS DE SANTA RITA<br />

DURÃO<br />

Baumfeld, TS;Araújo, AS;Santos, MO ;Bastos, NB;Diniz, AMH;Bonolo, PF<br />

PROGRAMA DE ESTÁGIO PARA ACADÊMICOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE<br />

DO ESTADO DO AMAZONAS<br />

Silva, ACS;Oliveira, NA;Silva, SO;Adorno, AB;Pérez, ACD;Lobato, LC<br />

O USO DE MAPAS INTELIGENTES NA PRÁTICA INTEGRADA E MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE<br />

Soares, NF;Sant‘ana, FH;Ballester, D<br />

O ENSINO DA MEDICINA DA ADOLESCÊNCIA NA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA:RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Freitas, ICF;Cardozo, DM;Ribeiro, DHA;Paolilo, RB;Vieira, LA;Kitaoka, EG<br />

A VISITA DOMICILIAR COMO INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM E<br />

DE MEDICINA NA FACULDADE DE MEDICINA- UNESP DE BOTUCATU-SP<br />

Yakuwa, MS;Nishiuchi, LN;Baldini,LFS;Fonseca,CRB;Legramandi,OP<br />

PERFIL DE SAÚDE AMBIENTAL E AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO SOB INFLUÊNCIA DO PSF DE<br />

VILA DAVID E JARDIM SÃO MIGUEL, BRAGANÇA PAULISTA/SP<br />

Serra, MMP;Marques, LHS;Santos, KL;Monte, TM<br />

ESTUDO DE FAMÍLIAS NA ATENÇÃO BÁSICA: UM MODELO PEDAGÓGICO PARA O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM<br />

SAÚDE COLETIVA.<br />

Honorato, TZ;Saldanha, CRM<br />

PERFIL DE USUÁRIAS ATENDIDAS EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE POR ALUNOS DE MEDICINA<br />

Cornetta, MCM;Valença, BMO;Jales, RRS;Cobucci, RN<br />

DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO MEIO DE PROMOÇÃO A<br />

SAÚDE EM COMUNIDADE CARENTE DA PERIFERIA DE MACEIÓ, AL<br />

Sales, RF;Alencar, NRA;Flores, LGCT;Almeida, SB;Lins, JCPS;Silva, MEB<br />

INTEGRAÇÃO DA APRENDIZAGEM E INTEGRALIDADE DA SAÚDE NO SUS<br />

Scussel Jr, S<br />

ANÁLISE DO GRAU DE SATISFAÇÃO DOS PACIENTES, COM A INSERÇÃO PRECOCE DOS ALUNOS DE MEDICINA NA<br />

COMUNIDADE<br />

Nunes, RJA;Lucena, PAF;Araujo, IM;Santos, RF<br />

ATIVIDADE COLETIVA EM SALA DE ESPERA DE UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SOBRE O EXAME PREVENTIVO<br />

CITOLÓGICO COM GESTANTES, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Júnior, HMO;Me<strong>de</strong>iros, AUR;Arbati, AMC;Sousa, TVV<br />

ATIVIDADE DE PROBLEMATIZAÇÃO SOBRE O MANEJO DA TUBERCULOSE NA ATENÇÃO BÁSICA COM AGENTES<br />

COMUNITÁRIOS DE SAÚDE, UMA EXPERIÊNCIA.<br />

Júnior,HMO;Sousa,TVV;Cunha,CVL;Arbati,AMC<br />

EXPERIÊNCIA DE AÇÃO INTERVENCIONISTA NO BAIRRO PARQUE VITÓRIA RÉGIA – SOROCABA, SP<br />

Sales, NH;Moda, M;Leonato, DD;Campagnone, WO<br />

RELATO DA EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UNOCHAPECÓ EM MINISTRAR PALESTRAS SOBRE<br />

EDUCAÇÃO SEXUAL PARA A COMUNIDADE<br />

Daga, SR;Szepilowski, A;Biazi, CL;Santin, E;Fernan<strong>de</strong>s, L;Nardi, A<br />

EPIDEMIOLOGIA: APROXIMAÇÃO DO ACADÊMICO DE MEDICINA À REALIDADE DA TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO<br />

DE MANAUS<br />

Freire, CHL;Oliveira, AA;Batista, KKS;Freire, MAC;Alves, BQ;Rocha, RCF<br />

O DIFERENCIAL DA METODOLOGIA PROBLEMATIZADORA E A INTEGRAÇÃO DA ACADEMIA-SERVIÇO NA<br />

PROMOÇÃO DE SAÚDE<br />

Ramos, JB;Aguiar, MTM;De Paula, CCL;Silva, MP;Maçaranduba, BR<br />

22<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O ENSINO MEDICO DA UNIVERSIDADE POTIGUAR E A REDE DE SERVIÇO DE SAÚDE: CONSTRUINDO MAQUETES DE<br />

MICROÁREAS EM PARQUE INDUSTRIAL, PARNAMIRIM/RN<br />

Paiva, EMTM;Santos, MSRA;Soares, IFN<br />

A VISITA DOMICILIAR COMO ESTRATATÉGIA DE INTEGRAÇÃO DA ACADEMIA COM A REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE<br />

Elias, TGA;Rezen<strong>de</strong>, RMD;Lima, APL;Martins, LC;Carvalho, GS<br />

PARASITOSE EM CRIANÇAS: ATIVIDADES DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE<br />

Espósito, ACC;Lousada, APM;Miguel, AC;Garcia, VL<br />

ABORDAGEM DO ALCOOLISMO NOS PERÍODOS INICIAIS DA FORMAÇÃO MÉDICA: CONSTRUÇÃO DO CAMPO E<br />

DESCONSTRUÇÃO DE ESTIGMAS<br />

Fernan<strong>de</strong>z, VS; Koifman, L<br />

AVALIAÇÃO DE SAÚDE INFANTIL E DESEMPENHO ESCOLAR EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO DO DISTRITO<br />

FEDERAL: UMA PROPOSTA DO EIXO EDUCACIONAL INTERAÇÃO ENSINO-SERVIÇOS-COMUNIDADE – IESC<br />

Barbosa, ECH;Andra<strong>de</strong>, SC;Oliveira Júnior,JM;César,BN;Deus,JÁ;Lima,BO<br />

O PROJETO HIPER(SEM)TENSÃO E A ADESÃO ÀS CONDUTAS PREVENTIVAS E TERAPÊUTICAS<br />

Campos, JS;Cavalcante, FPG;Dantas, ML;Almeida, BC;Farias, JM;Landin, BS<br />

O DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO EM<br />

SAÚDE EM COMUNIDADES DE BAIXA RENDA DE MACEIÓ/AL<br />

Lins, JCPS;Alencar Neto, NR;Almeida, SB;Flores, LGCT;Sales, RH;Silva, MEB<br />

POLÍTICA DE SAÚDE NA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Men<strong>de</strong>s, RRS;Santos, RS;Silva, DAR;Rosário, MS;Costa, EA;Xavier, RMF<br />

INTERLOCUÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO MÉDICA E OS SERVIÇOS DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL: O OLHAR<br />

ACADÊMICO<br />

Vieira, DTC;Lessa, FHM;Almeida, CVB<br />

INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE MEDIADA PELO PRÓ-SAÚDE: UM NOVO MODO DE PENSAR E FAZER<br />

A PREVENÇÃO DE TRAUMAS NA INFÂNCIA<br />

Dal Magro, OS;Gomes, LM;Pinto, MF;Araujo, RR;Scherer, JI;Barelli, C<br />

A QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO COMO ENFOQUE DA INTERAÇÃO ENSINO-SERVIÇOS-COMUNIDADE: UMA<br />

EXPERIÊNCIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA<br />

Souza, AG;Deus, JÁ;Andra<strong>de</strong>, SC;Barbosa, ECH;Ferreira, SF;Assis, YLA<br />

PROGRAMA DE RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO UTERINO NOS CENÁRIOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM<br />

Garazzo, VM;Padilha, CS;Romão, GS<br />

O SUS E A EDUCAÇÃO: DISCENTES DE MEDICINA<br />

Torres, MVN;Aragão, JCS;Castro, MA<br />

SAÚDE E CIDADANIA NA AMAZONIA<br />

Brito, DMS;Santos, WA<br />

CONHECIMENTO E ATITUDES EM RELAÇÃO A HIV/AIDS ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DO 5º ANO<br />

Ribeiro, FAH;Almeida, MAS;Morita, I<br />

PALCOS PARA A PRÁTICA EM SAÚDE MENTAL - UMA EXPERIÊNCIA ACADÊMICA<br />

Lessa, FHM;Almeida, CVB;Vieira, DTC;Vaz, FB<br />

PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL: REVISÃO CONCEITUAL DA LITERATURA E REFLEXÃO SOBRE O TEMA NA ATENÇÃO<br />

PRIMÁRIA E ENSINO MÉDICO<br />

Corrêa, MG;Melo, JBC;Rodrigues, AS;Barbosa, GS;Brito, CRL;Prais, HAC<br />

IMPACTO DA EXPERIÊNCIA COM IDOSO INSTITUCIONALIZADO NA FORMAÇÃO ACADÊMICA EM CURSO DE<br />

MEDICINA<br />

Gomes, RO;Franco, CG;Batista, NT;Pina, FP<br />

“AS COISAS BOAS DA VIDA”: PROPOSTA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL EM CACHOEIRA DO CAMPO, OURO<br />

PRETO, MG<br />

Fortes, JCL;Murta, TD;Pereira, LFC;Silva, LAM;Prais, HAC<br />

OFICINA PROBLEMATIZADORA NA ABORDAGEM DA SEXUALIDADE<br />

Bosso, NCC;Godoy, GS;Ramos, JB<br />

MURAL INTERATIVO COMO ESTRATÉGIA DE INTEGRAÇÃO ACADEMIA E SERVIÇO<br />

Barreto, US;Canêdo, D;Francescantonio, ICCM;Almeida, PMP;Duque, CM<br />

23<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A INFLUÊNCIA DO CONTROLE SOCIAL NA RECONFIGURAÇÃO DAS RELAÇÕES ENTRE AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO E<br />

O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE<br />

Ferreira, JBB;Rocha, JSY;Santos, JS<br />

REESCREVENDO HISTÓRIAS (REABILITANDO DOENTES CRÔNICOS)<br />

Costa, EMA;Drumond, JPV;Buraneli, F;Leite, MP;Morais, ATT;Almeida, GM<br />

CONFIABILIDADE NO MÉDICO RELACIONADA AO PEDIDO DE EXAME COMPLEMENTAR<br />

Chehuen, JA;Souza, CF;Pereira, FS;Rocha, FRS<br />

COMPARTILHANDO INFORMAÇÕES EM SAÚDE<br />

Kusano, OS;Santos, TI;Mendonça, VC;Carandina, L;Almeida, MAS<br />

INSERÇÃO DOS INGRESSANTES DE MEDICINA NA RELAÇÃO SERVIÇO-COMUNIDADE<br />

Oliveira, HMNS;Andra<strong>de</strong>, ANVF;Correia, MLF;Calzado, MX;Cavalcante, JK<br />

SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS EM DOIS MODELOS DE ATENÇÃO EM UMA UNIDADE BÁSICA<br />

Halfoun, VLRC;Simas, FS;Bogossian, E<br />

EPIDEMIOLOGIA NA FORMAÇÃO MÉDICA: ANÁLISE DO TIPO DE PARTO REALIZADO NA MATERNIDADE NASCER<br />

CIDADÃO EM GOIÂNIA-GO<br />

Tito, LBL;Lima, APL;Mota, NM;Jesus, LDM;Elias, TGA;Franco, CM<br />

A EXPERIÊNCIA DO BANCO DE LEITE E INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO COMO RECURSO METODOLÓGICO<br />

DO EIXO DA COMUNIDADE PARA OS ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS<br />

Moura, JSD;Carvalho, IGM;Carvalho, GS<br />

A EXPERIÊNCIA DAS REUNIÕES DE PLANEJAMENTO FAMILIAR COMO RECURSO METODOLÓGICO DO EIXO DA<br />

COMUNIDADE PARA OS ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS<br />

Moura, JSD;Carvalho, GS;Carvalho, IGM<br />

PERFIL DOS USUÁRIOS DA UBS N06 E GRAU DE SATISFAÇÃO QUANTO AO ATENDIMENTO RECEBIDO<br />

Souza, AMR;Lima, AR;Silva, TG;Libório, SEM;Kiyoku, E;Feitoza, RIC<br />

A ANÁLISE DO CUIDADO MÉDICO NA PRESCRIÇÃO DE BENZODIAZEPÍNICOS: UMA OBSERVAÇÃO NO CONTEXTO DA<br />

INSERÇÃO DISCENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE<br />

Nóbrega, JV;Júnior, EAA;Simon, E;Mangueira, FPA;Farias, MP;Rodrigues, TFC<br />

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: É POSSÍVEL INTEGRAR ACADÊMICOS DE MEDICINA E COMUNIDADE UTILIZANDO O<br />

PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF) COMO CENÁRIO DE APRENDIZAGEM?<br />

Santos, MAP;Moura,MGM;Pezzi, LHA;Ribeiro, RF;Dibo, RPL;Neto, SP<br />

A INSERÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA ESCOLA PERNAMBUCANA DE SAÚDE NA REDE DE UNIDADES DE<br />

SAÚDE DA FAMÍLIA DO RECIFE – FATORES QUE DIFICULTAM A REALIZAÇÃO DOS ESTÁGIOS<br />

Lima, RB;Inojosa, B;Gantois, C;Bomfim, C;Amorim, D;Lira, I<br />

ESTÁGIOS CURRICULARES EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: A EXPERIÊNCIA DA ESCOLA PERNAMBUCANA DE<br />

SAÚDE AVALIADA PELOS ESTUDANTES<br />

Lima, RB;Inojosa, B;Gantois, C;Bomfim, C;Amorim, D;Farias, I<br />

INTEGRAÇÃO DA TECNOLOGIA ÀS ROTINAS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE: A UTILIZAÇÃO DO GEORREFERENCIAMENTO<br />

NA COMPREENSÃO E NO CONTROLE DAS PARASITOSES EM FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE RISCO EM UMA UNIDADE<br />

BÁSICA DE SAÚDE DE OURO PRETO/MG<br />

Junho, BT;Coelho, GLLM;Figueiredo, AM;Nascimento, FS;Maia, GA;Ramiro, LP<br />

PESQUISA DE OPINIÃO DE ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA DA UNIFOR SOBRE A ESTRATÉGIA DE AÇÕES<br />

INTEGRADAS EM SAÚDE II<br />

Borba, PC;Assunção-Ramos, AV;Chaves, BR;Santos-Lima, JC<br />

PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DOS PRIMEIROS PERÍODOS DO CURSO DE MEDICINA ACERCA DA IMPORTÂNCIA DA<br />

INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE NA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Moura, AS;Vasconcelos, MMA;Pereira, RPA;Dias, RBD;Guimarães, FG;Faria, RMD<br />

VIGILÂNCIA À SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO/SERVIÇO/COMUNIDADE PARA O CONTROLE<br />

DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM UM BAIRRO DE FEIRA DE SANTANA – BAHIA<br />

Silva, MV;Nascimento Sobrinho, CL;Pereira, NB;Laudano, RCS;Rebouças, BS;Costa, JLFR<br />

FIBROMIALGIA NA INTERAÇÃO ESTUDANTE-PSF<br />

Gil, T;Ferreira, MA;Gemignani, EYu Me Yut<br />

TRABALHO COMUNITÁRIO: UMA METODOLOGIA ATIVA NA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO<br />

Lei<strong>de</strong>rsnai<strong>de</strong>r, SCL;Saldanha, CRM;Lima, LS<br />

24<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


SAÚDE E EDUCAÇÃO: APRENDENDO COM A CRIANÇA EM IDADE ESCOLAR<br />

Ramos, LBM;Castro, LAV;Costa, LF;Faria, LM;Machado, LEG<br />

CONCEPÇÃO E GESTAÇÃO: APRENDIZAGEM INTEGRADA E SIGNIFICATIVA<br />

Gullich, I;Gonçalves, VC;Zan, AT;Santos, MML;Sakai, FA<br />

QUEBRANDO PRECONCEITOS : A INTERAÇÃO UNIVERSIDADE SERVIÇO COMUNIDADE E O PROGRAMA DST-AIDS<br />

NUMA ÁREA DE ABRAGÊNCIA DE BOTUCATU-SP<br />

Oliveira, FRC;Silva, F;Pereira, FC;Mattos, FTM<br />

AVALIAÇÃO DE UMA UNIDADE DE SAÚDE PELO USUÁRIO - SERVIÇO DE PRONTO-ATENDIMENTO DO SÃO<br />

RAIMUNDO (MANAUS - AM)<br />

Souza, ARM;Motta, PV;Amaral, AO;Texeira, CLA;Junior, SV;Arnold, TF<br />

PARTICIPAÇÃO DOS LEISHMANÍACOS NO PROJETO CIRCUITO DA CIÊNCIA DO INPA – MANAUS/AM<br />

Nogueira, RW;Vinhote, A;Luange, C;Coelho, A;Pinheiro, FG;Franco, AMR<br />

A ACADEMIA NO SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE: PROPOSTA DE VÍNCULO E PARCERIA<br />

Carvalho, GS;Francescantonio, PLC;Carvalho, IGM;Carvalho, GM;Zago, C;Teles, SP<br />

EXPERIÊNCIA INICIAL COM O ENSINO DE HABILIDADES EM EMERGÊNCIA NO CURSO DE MEDICINA DA FACULDADE<br />

DE CIÊNCIAS MÉDICAS – PUCSP<br />

Moreira, G;Rodrigues, JMS;Souza, ECA;Gazola, AC;Freitas Jr, CS<br />

O PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR COMO PRÁTICA DA CLÍNICA AMPLIADA<br />

Giacomini, E;Bonfim, LGAS<br />

INSERÇÃO DO ESTUDANTE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS NAS PRÁTICAS DE GERÊNCIA<br />

EM SAÚDE.<br />

Galvão, MA;Rêgo, LM;Cavalcanti, SMS<br />

IDENTIFICAÇÃO DE GRUPOS DE RISCO PARA TUBERCULOSE NO CONJUNTO FREITAS NETO A PARTIR DA ANÁLISE DO<br />

MAPA FALANTE – MACEIÓ, <strong>2009</strong><br />

Rocha, MS;Jatobá, MAS;Padilha, IG;Farias, LPG;Me<strong>de</strong>iros, YS;Cavalcante, JK<br />

AVALIAÇÃO DE SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS ATENDIDOS EM HOSPITAIS-ESCOLA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE<br />

CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS EM RELAÇÃO AO PAPEL DO ESTUDANTE DE MEDICINA NOS ATENDIMENTOS<br />

Santos, AMG;Wyszomirska, RMAF<br />

FATORES ASSOCIADOS AO PREDOMÍNIO DE PARTO VAGINAL NAS GESTANTES DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO<br />

DISTRITO DE MARECHAL BORMANN – CHAPECÓ/SC<br />

Batista, PH;Sandrin, CC;Oliveira, PP;Men<strong>de</strong>s, JB;Morandini, G;Schmitt, RLS<br />

O IUSC (INTERAÇÃO UNIVERSIDADE SERVIÇO COMUNIDADE) MOSTRANDO O SUS E COMPLEMENTANDO A<br />

VIVÊNCIA DOS FUTUROS MÉDICOS DE BOTUCATU, SP<br />

Pimente, IS<br />

PERCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA INSERÇÃO EM<br />

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PARA SUA FORMAÇÃO<br />

Jeremias, AKML<br />

Figueiredo, AM;Freire, AD;Menezes, ALM;Silva, SML;Lopes, TH<br />

O FAZER EM SITUAÇÕES REAIS: DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS NA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO<br />

Ma<strong>de</strong>ira, ES<br />

Alves, R;Machado, TM;Mariane, MA;Saither, GN;Leão, MS<br />

EXPERIÊNCIA DE ALUNOS DA FCM -UPE NA INTEGRAÇÃO TEÓRICO-PRATICO EM UM CENÁRIO ONDE PREDOMINA O<br />

ATENDIMENTO A ATENÇÃO SECUNDÁRIA A SAÚDE<br />

Azevedo, MM<br />

Cavalcante, WCP;Oliveira-Filho, MJ;Albuquerque, ACL;Villan<strong>de</strong>r, MBOS<br />

EXPERIENCIA DE CAPACITAÇÃO DOS ALUNOS DA GRADUAÇÃO PELOS PROFISSIONAIS DA REDE B’ASICA<br />

Vaccarezza, GF;Machado, V;Ribeiro, S;Leite, J<br />

O DIAGNÓSTICO DE SAÚDE COMO FERRAMENTA DE APRENDIZADO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA<br />

Rodrigues, AA;Barbieri, G;Carvalho, GA;Moraes, M<br />

OBSERVANDO PROBLEMAS DE AGRAVOS À SAÚDE – UMA EXPERIÊNCIA ENSINO/COMUNIDADE NA CASA DE SAÚDE<br />

INDÍGENA DE RORAIMA, BRASIL<br />

Ferreira, MLS;Luitgards-Moura, JF;Olivares, AIO;Silva, ES;Hayd, RLN<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A INSERÇÃO DO ESTUDANTE DE MEDICINA NO PSF: COMPROMISSO REFORÇADO E ATENDIMENTO DIFERENCIADO<br />

ENTRE GRADUANDOS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU (UNESP)<br />

Ribeiro, MFSA;Fonseca, CRB;Scotton, MF;Meireles, MN<br />

INTEGRAÇÃO ENSINO SERVIÇO:UMA EXPERIÊNCIA COM O FLUXOGRAMA ANALISADOR EM UMA UNIDADE DE<br />

SAÚDE DA FAMÍLIA<br />

Marin, MJS;Tófano,VAC;Oliveira, SEM;Vieira, L;Siemann, FC;Barbosa, JG<br />

A DISCIPLINA INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-SERVIÇO-COMUNIDADE - IUSC E O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES<br />

COMUNICATIVAS.<br />

Souza, AC;Takamoto, AHR;Sá, ALB<br />

SAÚDE DA FAMÍLIA DE MACEIÓ: LIMITES E POSSIBILIDADES DOS CENÁRIOS DE PRÁTICAS DO ENSINO MÉDICO<br />

Costa, RC;Me<strong>de</strong>iros, PM;Tenório, RB;Cavalcanti, SMS;Cavalcante, JC;Vilela, RQB<br />

CONSTRUÇÃO DE NOVOS OLHARES A PARTIR DA INTERAÇÃO ESTUDANTES, EQUIPE E GESTANTES EM UMA<br />

UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA (USF)<br />

Galiano,IW;Giglio, ES;Peres, CP;Francischetti, I<br />

EXPERIÊNCIA ACADÊMICA NO PROGRAMA NACIONAL DE TELESSAÚDE: APROXIMANDO ALUNOS DE GRADUAÇÃO<br />

DA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE POR MEIO DA TECNOLOGIA<br />

Santos, PRT;Souza, FCS;Oliveira, PEL;Novaes, MA;Cruz, ELD;Alvez, DS<br />

LIGA ACADÊMICA DE MEDICINA PERIOPERATÓRIA E DOR (LAMPD): INTEGRANDO TEORIA E PRÁTICA NA<br />

FORMAÇÃO EDUCACIONAL DO ACADÊMICO DE MEDICINA.<br />

Soares, AP;Tirapani, AR;Santiago, AE;Andra<strong>de</strong>, LM;Maia, PM;Chaves, LFM<br />

A INSERÇÃO DAS ESCOLAS MÉDICAS NA REDE SUS POR MEIO DE ESTÁGIOS EXTRACURRICULARES: UM BREVE<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Amaral, AO;Ferreira, DB;Oliveira, SLV;Oliveira, TS;Monteiro, BM;Ribeiro, TA<br />

SÍNDROME DE BURNOUT: UMA VIVÊNCIA NA ESCOLA ESTADUAL MARIA CRISTINA<br />

Lima, KPF;Vieira, JG;Araújo, KRS;Chaves, TIQ;Vitoriano, LM;Lira, LQ<br />

BUSCA ATIVA DE SUSPEITOS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL (HA): UMA ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E<br />

INCENTIVO AO AUTO-CUIDADO<br />

Cardoso, AJN;Oliveira, ENA;Figuerêdo, LM;Melo, BS ;Tôrres, ALB ;Sobrinho, CLN<br />

TEMAS DE SAÚDE ESCOLHIDOS PELA COMUNIDADE PARA DISCUSSÃO EM VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO( RÁDIO<br />

COMUNITÁRIA) NA UNIDADE DE ENGENHO VELHO-SOBRADINHO-DF<br />

Moura, TR;Alves, MM;Oliveira, SEU;Rabelo Júnior, O;Me<strong>de</strong>iros, NS;Betoni, JC<br />

PROJETO PILOTO PARA AVALIAÇÃO DA ADERÊNCIA AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)<br />

E DIABETES MELLITUS (DM) EM PACIENTES DO PROJETO RECRIAVIDA – MARIANA, MG<br />

Leal, SF;Siqueira, LA;Valadares, EM;Ferreira, LCS;Camargos, D<br />

SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA NO BAIRRO DE JURUJUBA, NITERÓI/RJ: UMA EXPERIÊNCIA DE ALUNOS DO<br />

CURSO DE MEDICINA DA UFF<br />

Moura, EC;Sant‘Anna, LP;Lima, MM;Macedo, RA;Anjo, RPP;Pinto, RDB<br />

CARACTERÍSTICAS DOS ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA QUE PENSAM EM ATUAR NA ATENÇÃO BÁSICA DO<br />

CURSO DE MEDICINA DA FACIMED DE CACOAL-RO<br />

Rodrigues, AM;Soares, SCL;Kaiser, ACGCB;Sampaio. MN;Reis, CC;Ferrari, FP<br />

A IMPORTÂNCIA DA RELIGIOSIDADE E DA ESPIRITUALIDADE NA PRÁTICA MÉDICA<br />

Rodrigues, DF;Con<strong>de</strong>, BNSS;Valente, GB;Ferraz, AGC;Coutinho, APN;Belo, FM<br />

INTEGRAÇÃO COM A REDE DE ATENÇÃO BÁSICA E TRABALHO MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE, INVESTIGAÇÃO<br />

SOBRE A SATISFAÇÃO DO USUÁRIO<br />

Nascimento, JS;Rodrigues, AM;Soares, SCL;Kaiser, ACGCB;Sampaio, MN;Ferrari, FP<br />

PERCEPÇÃO DE SAÚDE E NÍVEL SÓCIO-ECONÔMICO ENTRE MULHERES PÓS-MENOPAUSADAS COM FRATURA E SEM<br />

FRATURA VERTEBRAL RESIDENTES DA CIDADE DE CHAPECÓ/SC<br />

Batista, PH;Sandrin, CC ;Oliveira, PP ;Schmitt, RLS ;Ferretti, F<br />

IMPORTÂNCIA DO CONTATO COM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NA FORMAÇÃO MÉDICA EM ATENÇÃO<br />

BÁSICA<br />

Silva, TC;Diniz, RC;Andra<strong>de</strong>, LG;Rodrigues, AM;Men<strong>de</strong>s, CSG;Togoe, AKL<br />

A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO MÉDICO-GRADUANDOS DE MEDICINA PARA A FORMAÇÃO ACADÊMICA NO<br />

CENÁRIO DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE<br />

Blasque, WP;Oliveira, TS;Manoel, CM<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A PRÁTICA DO ACOLHIMENTO E AS REPERCUSSÕES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: APLICAÇÕES AO CONTEXTO DA<br />

UNIDADE VILA SAÚDE<br />

Rodrigues, TFC;Mangueira, FAM;Simon, E<br />

TRABALHANDO COM O TEMA PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS NA INFÂNCIA NA VISITA DOMICILIAR AS<br />

FAMÍLIAS ACOMPANHADAS POR ESTUDANTES DE MEDICINA<br />

Freitas, DF;Molan, DC;Suzuki, CMP;Ferreira, ER;Reis, EP;Pires, EK<br />

O USO DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA POR ESTUDANTES DE MEDICINA PARA TRATAMENTO DE PACIENTES<br />

COM DIABETES MELLITOS TIPO 2<br />

Cunha, JP;Franco, CAGS;Franco, RS<br />

ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DO AMAZONAS: VIVÊNCIAS TEÓRICAS E<br />

PRÁTICAS DE ACADÊMICOS DE MEDICINA<br />

Almeida, RA;Rodrigues, LRL;Moura, AS;Duarte, PLC;Machado, AG;Pérez, LCG<br />

PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA AO NEFROPATA DIABÉTICO - RELATO DE EXPERIÊNCIA: ASSISTENCIALISMO E<br />

EDUCAÇÃO EM NEFROPATIA DIABÉTICA.<br />

Petruccelli, KC;Balata, PHA;Brandão, HCS;Dias, NA;Lima Pereira, V;Pereira, LO<br />

AS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NA VISÃO DE ALUNOS DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA<br />

Menezes, RB;Holanda, IC;Coimbra, LP;Rodrigues, NBS;Pinheiro, NF;Borba, PC<br />

ESTRUTURA E INTEGRAÇÃO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE DAS LIGAS ACADÊMICAS DE MEDICINA DO ESTADO DO<br />

AMAZONAS<br />

Me<strong>de</strong>iros, LJS;Westphal, DC;Oliveira, NA;Silva, ACS;Matos, ICM;Ferreira, DB<br />

GRUPOS BALINT-PAIDÉIA NA EDUCAÇÃO PERMANENTE DE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA<br />

Pereira Júnior, N;Campos, GWS<br />

PLANTÃO ACADÊMICO SUPERVISIONADO EM PRONTO SOCORRO DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: UMA<br />

PROXIMIDADE REAL COM A PRÁTICA MÉDICA<br />

Dias, JCY;Tarasiewich, MJ;Muraguchi, EMO;Zaneti, MM;Angelis, AM;Ribeiro, CS<br />

PERCEPÇÃO DOS PACIENTES DO PSF DO MUNICIPIO DE JOÃO PESSOA SOBRE INSERÇÃO DOS GRADUANDOS DE<br />

MEDICINA DA FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA NO ATENDIMENTO AO USUÁRIO<br />

Lucena,PAF;Sassi,A;Rodrigues,RBE;Oliveira, PC;Cardoso, TN;Ronfi, SR<br />

A ESTRUTURAÇÃO DO CENTRO DE ENSINO E PESQUISA EM ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE (CEPABS) COMO<br />

FERRAMENTA FORMADORA PARA O ALUNO DA FACULDADE DE MEDICINA DE VALENÇA.<br />

Silva, MAM;Lima, LS;Leite, GR;Falani, KS;Rocha, NS<br />

TRABALHANDO COM O TEMA SAÚDE BUCAL NA INFÂNCIA PARA A REALIZAÇÃO DE VISITAS DOMICILIARES NO<br />

PARQUE MARAJOARA, EM BOTUCATU, SP<br />

Pires, EK;Freitas, DF;Suzuki, CMP;Molan, DC;Ferreira, ER;Reis, EP<br />

IMPLEMENTAÇÃO DA LIGA ACADÊMICA DE ESTUDOS DA SAÚDE DA FAMÍLIA (LAESF)<br />

Alves Filho, HL;Inagaki, PM;;Gastaud, ALGS;Utida, ST;Bósio, MAC;Luft, JL<br />

HIGIENE CORPORAL E SAÚDE BUCAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE OFICINAS EM ESCOLA PÚBLICA<br />

Cabero, FV;Miziara DOB;Belo, FM;Mesquita, JN;Batista, SRR<br />

A INTEGRAÇÃO ENSINO – SERVIÇO EVIDENCIADA PELA VIVÊNCIA CURRICULAR: BENEFÍCIOS PARA ESTUDANTES E<br />

PROFISSIONAIS DO SERVIÇO<br />

Carvalho, LL;Fernan<strong>de</strong>s, MGB;Machado, PRM;Silva, VM;Oliveira, JS;Pinheiro, WN<br />

ESTREITANDO OS VÍNCULOS ENTRE ENSINO-SERVIÇO, REALIZAÇÃO DE TRABALHO EM UM HOSPITAL ESCOLA<br />

PSIQUIÁTRICO.<br />

Oliveira, HMNS;Barros,GM;Vilar, IG;Melo, HEO;Rocha,MAA;Sales,MLH<br />

MEDICINA CENTRADA NA PESSOA (MCP). PRATICAMOS O QUE IMAGINAMOS?<br />

Faria, RMD;Moura, AS;Ávila, A;Silva, AM;Silva, CAS ;Arantes, EC<br />

A IMPORTÂNCIA DO PRONTUÁRIO MÉDICO E DA REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE –<br />

AÇÕES EDUCATIVAS JUNTO À EQUIPE DE SAÚDE DO CAIS-MANGABEIRA REALIZADAS NO MÓDULO HORIZONTAL A<br />

DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB)<br />

Fernan<strong>de</strong>s, ACV;Lima, FOF;Moreira, PAA;Pereira, LA;Derks, YM;Pinheiro, WN<br />

SAÚDE COLETIVA: UMA CONTRIBUIÇÃO NA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Mendonca, kG;Costa, FAN;Vieira, AC;Sales, LH<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


INSERÇÃO DO INTERNATO EM PEDIATRIA EM UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DA REDE BÁSICA DE SAÚDE DO<br />

MUNICÍPIODECAXIASDOSUL<br />

Silva, ER;Claus, SM<br />

VIVÊNCIA ACADÊMICA PROBLEMATIZADORA EM PROMOÇÃO DA SAÚDE NO COMBATE À DENGUE<br />

Donadio, NR;Ramos, JB;Carvalho, GS;Carvalho, IGM;Godoy, GS;Jesus, LDM<br />

APRENDENDO SOBRE DIAGNÓSTICO GERENCIAL E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NO CURSO DE MEDICINA DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS<br />

Nunes, PP;Rodrigues, WG;Rodrigues, MMG;Araújo, AS;Oliveira, MS;Cavalcanti, SMS<br />

ATIVIDADES OPERACIONALIZADAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II NA CLÍNICA CIRÚRGICA – HC/UFG<br />

Ribeiro, JP;Peixoto, MKAV;Ribeiro, LCM;Palos, MAP<br />

EDUCAÇÃO POPULAR, PRÁTICAS HUMANIZADAS E ADESÃO À TERAPIA: É POSSÍVEL CONCILIAR TUDO ISSO NO<br />

CUIDADO AO HIPERTENSO?<br />

D‘Agustini, N;Donato, RC;Teixeira, DB;Biolo, H;Men<strong>de</strong>s, NA;Barelli, C<br />

AVALIAÇÃO DE HÁBITOS DE PROTEÇÃO SOLAR ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA NA PARAÍBA.<br />

Brito, LL;Chacon, OH;Gayoso, CW<br />

PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE GENÉTICA CLÍNICA DO HUPAA/UFAL E A CONTRIBUIÇÃO DAS<br />

ATIVIDADES PRÁTICAS NO ENSINO DA GENÉTICA MÉDICA<br />

Holanda, DV;Cavalvante Junior, EF;Araujo, PA;Porciuncula, CGG<br />

AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS EM UM AMBULATÓRIO ESCOLA<br />

Mallmann, AB;Tagliari, AB;Ceratti, AR;Barelli, C;Manzato, LC;Lorenzni, C<br />

CARTOGRAFIA COMO FERRAMENTA DE REORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO E DA FORMAÇÃO EM<br />

SAÚDE<br />

Araújo, IEN;Fonseca, BRB;Soares, LS;Menezes, DA;Oliveira, FP;Figueiredo, NAL<br />

TEMA: RESIDÊNCIA MÉDICA E RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL<br />

O SURGIMENTO DO PRECEPTOR: VISÃO DE DOIS PRECEPTORES EM MOMENTOS DE EXPERIÊNCIA DIFERENTES<br />

Zibetti,G.C;Raposo,M.C.A.;Amancio,A.M.<br />

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NO EXERCÍCIO DA PRECEPTORIA, DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PERMANENTE<br />

Pereira, S. M. P.;Goldwasser, R.;Goldfaber, M.;Almeida, J. R.;Cardoso, M. M.; Silva Junior, L.F.R.F.<br />

PERCEPÇÃO DOS MÉDICOS RESIDENTES SOBRE O PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA: CAMINHO PARA CONSTRUIR<br />

PROPOSTAS E MUDANÇAS<br />

Amancio, A. M.; Bortoluzzo, V.M.M.; Loula, I. G.<br />

O EMPREGO DO OSCE NO CONCURSO DE RESIDÊNCIA MÉDICA<br />

Salerno, M. R.;Costa, B. E. P;Figueiredo, C. E. P.;Lopes, M. H. I. Antonello, I. C. F.; Chatkin, J. M.<br />

A INTERDISCIPLINARIDADE NO EXERCÍCIO DA PRECEPTORIA<br />

Garcia, D.V.;Costa, R.M.A.;Michel, J.; Miranda, L.V.<br />

EXPECTATIVAS E OFERTAS PARA O RESIDENTE EM MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL: A EXPERIÊNCIA DO COLEGIADO<br />

DA RESIDÊNCIA NO DMPS/FCM/UNICAMP<br />

Maia, F.H.A.;Pereira JR, N.;Silva, H.M.M.;Dantas, M.R.; Fernan<strong>de</strong>s Jr, L.C.C.; L’Abbate, S.<br />

MERCADO DE TRABALHO MÉDICO: ASSISTIDO, SUSTENTADO E CONSTRUÍDO<br />

Raimondi, G.A.;Paulino, D. B.;Puga, V. L.;Teixeira, F. B.;Talibert, B. H. B.<br />

RESIDÊNCIA MÉDICA, BURNOUT E PENSAMENTOS SUICIDAS<br />

Silva, M.A.O.;Lopes, T.M.;Ribeiro, M.V.A.;Bueno, T.G.G.;Salgado, T.A.; Júnior, M.P.A.<br />

ANÁLISE DOS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES DO CURSO DE MEDICINA: 2001 A 2008<br />

Garcia, M.A.A;Norato, D.Y.J.;Carvalhal, M.S.<br />

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE MÉDICOS RESIDENTES SOBRE O USO DO SANGUE ALOGÊNICO E SUAS<br />

ALTERNATIVAS<br />

Tomazati,F.S.;Ruzon,U.G.;Santos,G.G.;Natal,D.L.P;Silva,T.A.F;Azevedo,E.M.M.<br />

REFLEXÃO SOBRE A FORMAÇÃO DO MÉDICO QUE ATUA EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE HOSPITAIS<br />

PRIVADOS DE FORTALEZA-CE COM ENFOQUE NOS TEMAS DOR, AGITAÇÃO E DELIRIUM EM PACIENTES CRÍTICOS<br />

Fernan<strong>de</strong>s, C. R;Porto, R. M.;Oliveira, L. S. V.;Valente, B. P.;Coelho, P. H. O.<br />

DURAÇÃO DE 3 ANOS PARA RESIDÊNCIA MÉDICA EM PSIQUIATRIA: A EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL DE CLINICAS DE<br />

PORTO ALEGRE<br />

Massuda R.; Gomes F.G.<br />

28<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A RESIDENCIA DE MEDICINA DE FAMILIA E COMUNIDADE EM ZONA RURAL DE JUAZEIRO BA<br />

Souza, Izaias, FJR;Nogara,O.B.;Gomes,C.A.M.;Vi<strong>de</strong>res,R.<br />

RESIDÊNCIA EM MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE E A EDUCAÇÃO MÉDICA: UMA ESTRATÉGIA INOVADORA<br />

PARA ESTIMULAR A RESPONSABILIDADE SOCIAL NO ESTUDANTE DE MEDICINA<br />

Gomes, C.A.M.;Monteiro, R.;Souza Jr, I.F.<br />

PROCURA ESPONTÂNEA POR VAGAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM SÃO PAULO.UMA REFERENCIA PARA TOMADA DE<br />

DECISÃO<br />

Abramovich,I;Bollela,V.R;Kishima .V.C.<br />

O QUE MUDARIA NO RESULTADO FINAL DE UM CONCURSO DE RESIDÊNCIA MÉDICA SE FOSSE INCLUÍDA A<br />

AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS CLÍNICAS?<br />

Rocha, R.S.P.;Pereira, E.R.S.;Moraes, V.A.;Me<strong>de</strong>iros, K.B.;Sugita, D.M.;Martins, C.S.<br />

A RESIDÊNCIA MÉDICA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA: O REAL E A PERSPECTIVA ATRAVÉS DA<br />

VISÃO DOS RESIDENTES<br />

Velho, M.T.A.C.;Santos, F.G.;Silva, L.C.;Zanardo, C.P.<br />

FORMAÇÃO EM APS NA PERSPECTIVA NA INTEGRALIDADE: EXPERIÊNCIA DO MURIALDO <strong>2009</strong><br />

Farias, E.R;Rossoni, E;Hatzenberger, D.H.C.<br />

FCA X ESPECIALIDADE MÉDICA<br />

Bindá, A.G.L;Souza, A.M.R;Oliveira, T.S;Marques,H.;Fonseca, I.G;Merchak, P.S<br />

TEMA: GESTÃO, FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS E COMPROMISSO SOCIAL DA ESCOLA MÉDICA<br />

REESTRUTURAÇÃO DO CENTRO INTEGRADO DE SAÚDE (CIS) DO UNIFOA COMO AÇÃO INTEGRADORA NO ENSINO,<br />

PESQUISA E NA EXTENSÃO<br />

Veras, JV;Aragão, JCS;Souza, MCT;Carvalho, RF<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE CIDADANIA E COMPROMISSO SOCIAL DO CURSO DE MEDICINA<br />

Vieira, JZ;Moreira, AAFC;Pereira, LF;Lourenço, AO;Cunha, FG;Balestrêro, MHS<br />

PARA ONDE VÃO NOSSOS IDOSOS?<br />

Barbosa, SB;Nobrega, CA;Costa, JC;Vitela, FG;Gonçalves, M<br />

TREINAMENTO DOCENTE<br />

Purim, KSM<br />

COMPROMISSO SOCIAL DA ESCOLA MÉDICA FRENTE À SAÚDE PÚBLICA – RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Silva, FO;Maiato, APA;Figueirêdo, CR;Bittencourt, B;Araújo, AN<br />

RELATORIA: UMA EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS<br />

Pavan, R;Dalben, D;Silva, CC;Muraguchi, E;Vitória, AM<br />

COMITÊ GESTOR DO CENTRO CULTURAL CASA HERCÍLIO ESTEVES: UMA EXPERIÊNCIA DE CO-GESTÃO NA<br />

PROMOÇÃO DE ATIVIDADES CULTURAIS NA FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS – FASE<br />

Tammela, R;Adami-<strong>de</strong>-Sá, FPC;Melquia<strong>de</strong>s, MM;Daher, AC;Tammela, CBC;Ramos, AN<br />

RELATO DA CRIAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO “NÚCLEO ACADÊMICODEPESQUISAEMEDUCAÇÃOMÉDICA”<br />

Hamamoto Filho, PT;Venditti, VC;Miguel, L;Silva, LA;Peraçoli, JC<br />

ESTUDO SOBRE A GESTÃO, PROMOÇÃO E GARANTIA DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE NA MATERNIDADE<br />

NASCER CIDADÃO-GOIÂNIA, GOIÁS<br />

Silva, LAO;Fernan<strong>de</strong>s, BP;Lima, DCN;Leite, LB;Taveira, DLR;Carnelosso, ML<br />

MOVIMENTO SOCIAL E O ENSINO SUPERIOR: UMA RELAÇÃO POSSÍVEL<br />

Sousa, DDC;Sousa, EVA;Leão, LMS;Santos, KV;Nascimento, RD<br />

UMA NOVA ABORDAGEM DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE AUTO ESTIMA NO TRABALHO COM ADOLESCENTES<br />

Zolan<strong>de</strong>k, EM;Lessa, CP;Oliveira, JFC;Loro, LS<br />

UMA NOVA ABORDAGEM DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE DROGADIÇÃO NO TRABALHO COM ADOLESCENTES<br />

Maria, ACMP;Ferrari, EB;Zamin, NT;Alves, RPT<br />

IDENTIDADE E COLETIVIDADE: AS MANIFESTAÇÕES CONTRA O BACHARELADO EM MEDICINA<br />

Mendonça,M;Wal<strong>de</strong>mar,FS;Dutra,PL;Furquim, L;Moreira, P;Wajner, A<br />

TROTE SOLIDÁRIO: COMPROMISSO COM A VIDA ATRAVÉS DA FUNÇÃO SOCIAL DO ESTUDANTE DE MEDICINA<br />

Razera, JC;Wajner, A;Moreira, M;Neyeloff, JL;Furquim, L;Wal<strong>de</strong>mar, FS<br />

INTEGRAÇÃO, CONHECIMENTO E DEBATE: O NÚCLEO ACADÊMICO SIMERS COMO NOVO ESPAÇO PARA<br />

ESTUDANTES DE MEDICINA<br />

Dutra, PL;Wajner, A;Neyeloff, J.L;Moreira, M;Furquim, L;Wal<strong>de</strong>mar, FS<br />

29<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


PROJETO DE EXTENSÃO “SAÚDE E RESPONSABILIDADE SEXUAL”: APRESENTAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O<br />

USO DA CAMISINHA FEMININA EM POPULAÇÕES DE BAIXA RENDA<br />

Gonçalves, NR;Ramos, PHC;Barbosa, PMB;Cabral, RAS;Men<strong>de</strong>s, TC;Quintão, WR<br />

ATITUDES DOS DISCENTES DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFPA DIANTE DAS DIFICULDADES E PROBLEMAS DA<br />

INSTITUIÇÃO<br />

Ramalho, AS;Bahia, SHA;Pereira, BP<br />

GESTÃO E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: A FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS EM SAÚDE NO CURSO DE MEDICINA DA<br />

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS<br />

Cantarelli, GCF;Marques, GIG;Souza, LA;Occhiena, MAN;Ala, VHES;Carnelosso, ML<br />

FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS E O PAPEL SOCIAL DO MÉDICO: MOTIVAÇÕES JUNTO AO NÚCLEO ACADÊMICO SIMERS<br />

Dutra, P;Men<strong>de</strong>s, PA;Brasil, MRA;Wajner, A;Wal<strong>de</strong>mar, FS;Cardoso, PM<br />

RECEPÇÃO DOS CALOUROS NO CURSO DE MEDICINA DO CARIRI, UMA MANEIRA DIFERENTE DE SE TRABALHAR<br />

COMPROMISSO SOCIAL<br />

Cor<strong>de</strong>iro, ES;Kian, LC;Lima, AF;Marques, FM<br />

PROPOSTA DE GESTÃO DO AMBIENTE DE ENSINO-APRENDIZAGEM VISANDO A IMPLANTAÇÃO DAS NOVAS<br />

DIRETRIZES CURRICULARES PARA A ÁREA DA SAÚDE<br />

Miguel, SS;Scapim, L;Aguilar-da-Silva, RH;Ricardo, DR;Leite, SSCM<br />

A FEMINIZAÇÃO DA MEDICINA NA FAMERP : UMA TENDÊNCIA MUNDIAL QUE REQUER REFLEXÃO<br />

Godoy, MF;Fernan<strong>de</strong>s, LM;Ferreira, MM;De Simoni, FHB;Yamazumi, MH;Dalla Pria, OAF<br />

ASPECTOS RELEVANTES DA IMPLEMENTAÇÃO DO REUNI E DAS NORMAS GERAIS DO ENSINO SUPERIOR NA<br />

FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS<br />

Oliveira, MCL;Pereira, RE;Tupinambá, LFS<br />

PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL NO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE<br />

Dino, HRA;Magalhães, DL;Jurema, NL;Albuquerque, MCV;Oliveira, ACFV;Araújo, IB<br />

APRENDENDO SOBRE EMPREENDEDORISMO NO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS<br />

Rêgo, LM;Galvão, MA;Cavalcante, LC;Silva, AO;Taveira, MGMM;Cavalcanti, SMS<br />

TEMA: PROFISSIONALIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DO DOCENTE – EDUCAÇÃO PERMANENTE<br />

AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DE UM PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOCENTE UM ANO APÓS SUA<br />

IMPLANTAÇÃO<br />

Pereira, E.R.S;Moraes, V.A;Rosa, H.;Sugita, D.M.;Me<strong>de</strong>iros, K.B.;Costa, N.C.<br />

EDUCAÇÃO PERMANENTE: UMA FERRAMENTA PARA DESENVOLVIMENTO DOCENTE NA GRADUAÇÃO<br />

Lazarini, C.A;Francischetti I.<br />

EDUCAÇÃO PERMANENTE NA FAMEMA: A PERCEPÇÃO DOS FACILITADORES<br />

Lazarini, C.A;Francischetti, I<br />

A MELHORIA DA QUALIDADE DE ENSINO ATRAVÉS DA CAPACITAÇÃO DOCENTE: UMA VISÃO INSTITUCIONAL<br />

Salerno, M. R.;Costa, B. E. P.;Monteiro, C. C.;Lopes, M. H. I.;Antonello, I. C. F.<br />

SÍNDROME DE BURNOUT EM DOCENTES QUE ATUAM NO LABORATÓRIO DE HABILIDADES MÉDICAS, LH, DA<br />

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA NO FINAL DO SEMESTRE LETIVO<br />

Porto, R.M;Fernan<strong>de</strong>s, C.R;Valente, B.P;Barros, F.C<br />

PESQUISA MÉDICA EM MINAS GERAIS: RELAÇÃO ENTRE FINANCIAMENTO E PRODUTIVIDADE CIENTÍFICA<br />

Men<strong>de</strong>s, A.L.S;Mota-Júnior, L.F;Martelli, D.R.B;Martelli-Júnior, H<br />

CAPACITAÇÃO DE PRECEPTORES: ESTRATÉGIAS PARA MUDANÇA NA FORMAÇÃO EM SAÚDE<br />

Brum, A.K;Sória, D.<strong>de</strong> A.C;Valladão, L.M;Costa, R.M.A;Lombardo,G;Souza, S.R<br />

DOCÊNCIA: AVALIAÇÃO DO PERFIL DOS DOCENTES DO CURSO DO 4º ANO EM CLÍNICA MÉDICA<br />

Barbosa, F.R;Paschoale, H.S;Lichetenstein, A;Carrilho, F.J;Ono-Nita, S.K<br />

ENCONTRO DE PROFESSORES PARA O PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO: UMA FORMA DE PREPARAR PARA A<br />

DOCÊNCIA EM CURSO DE MEDICINA<br />

Figueiredo, A.M;Benevi<strong>de</strong>s, G.P;Galvão, M.A.M;Machado, V.M<br />

RECONHECIMENTO DO PRECEPTOR, VISIBILIDADE E APOIO PARA O EXERCÍCIO DESTA FUNÇÃO<br />

Cardoso, M.M;Loula, I. G;Silva Junior, L. F. R. F;Wuillaume, S. M;Pombo, R<br />

PROCESSO DE CAPACITAÇÃO DOCENTE EM METODOLOGIAS ATIVAS NO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE<br />

DE MARÍLIA - UNIMAR<br />

Corrêa, MESH;Marcal, AA;Gazetta, APN;D‘Almeida, FA<br />

30<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


INICIANDO A EDUCAÇÃO PERMANENTE COM OS PROFESSORES DA 5ª SÉRIE DA FAMEMA<br />

Ilias,M;Higa, E.F.R;Michelone, A.P.C<br />

UMA EXPERIÊNCIA DE CRIATIVIDADE E APRENDIZADO NA FORMAÇÃO DOCENTE EM SAÚDE<br />

Abensur, S.I;Tamosauskas, M.R.G<br />

A DISCIPLINA FORMAÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA EM SAÚDE DA UNIFESP NA PERSPECTIVA DE SEUS ALUNOS<br />

Ferreira-Gerab, I;Batista S.H;Ruiz-Moreno, R;Yamashiro, C.G;Sonzogno, M.C<br />

PERFIL DO CORPO DOCENTE DA FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS (FMP)<br />

Noel, Bárbara K;Noel, Beatriz K;Streit.D.S<br />

TREINAMENTO DE DOCENTES PARA UTILIZAÇÃO DA SIMULAÇÃO COMO METODOLOGIA DE ENSINO – RELATO DE<br />

EXPERIÊNCIA<br />

Quilici, A.P;Sato, S;Pinto, M.M;Timerman, S<br />

ESTÁGIO DE PÓS-GRADUANDOS DO PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO DE ENSINO SOBRE INTEGRAÇÃO<br />

DISCIPLINAR EM GRADUAÇÃO NA FMUSP: RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Nascimento, N.M;Cassenote, A.J.F;Basile, M.A<br />

DISCRIMINAÇÃO IMPESSOAL DE HABILIDADE E CONHECIMENTO DE DISCENTES EM CONJUNTO DE DISCIPLINAS NA<br />

FMUSP<br />

Nascimento, N.M;Basile, M.A;Andra<strong>de</strong> JR, H.F<br />

GRAU DE SATISFAÇÃO DOS DISCENTES E DOCENTES DA FACULDADEDEMEDICINADAUFPACOMSUAESCOLHA<br />

PROFISSIONAL, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA FACULDADE E SEU DESEMPENHO INDIVIDUAL<br />

D‘oliveira, L.M.R;Ramalho, A.S;Pereira, B.P;Bahia, S.H.B<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA – IMPLANTAÇÃO DE REUNIÕES SEMANAIS, POR PERÍODO, ENTRE TUTORES DOS GRUPOS<br />

TUTORIAIS (GT) DO CURSO DE MEDICINA DA UNIFENAS-BH, COMO ESTRATÉGIA PARA AUMENTAR A EFETIVIDADE<br />

DESSES GRUPOS<br />

Junqueira, F.P.F;Nunes, F.A;Moura, A.S;Faria, R.M.D;Barbosa,R.F<br />

DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO DOCENTE CONTINUADA. RELATO DE<br />

EXPERIÊNCIA<br />

Marangoni, M.A;Navarro, C.M;Gea, G.N;Pimentel Filho, F.R;Lima, A.I.A.O<br />

TEMA: AVALIAÇÃO DO CURSO E DA ESCOLA MÉDICA<br />

AVALIAÇÃO DO CURSO PELOS FORMANDOS DE UMA METODOLOGIA PROBLEMATIZADORA<br />

Lazaroni, TLN;Gomes, EC;Costa, MLD;Bernar<strong>de</strong>s, LHG;Junqueira, FPF<br />

EXAME NACIONAL DE PROFICIÊNCIA EM MEDICINA: VISÃO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DO AMAZONAS<br />

Silva, A. C. S.;Carvalho, L. F;Sampaio, I. M.;Ferreira, T. L.;Ribeiro, T. A.;Coutinho, J. C.<br />

AVALIAÇÃO DO RESULTADO DO ENADE POR ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO<br />

AMAZONAS E SUAS PERSPECTIVAS DE MUDANÇA<br />

Carvalho, L.F.;Silva, A.C.S.;Sampaio, I.M.;Coutinho, J.C.;Ferreira, T.L.;Brasil Neto, C.G.<br />

SIGNIFICADOS DO ENSINO NO SUS PARA O DOCENTE DE MEDICINA<br />

Ferronato,F.A.;Ferreira,F.P.;Garcia, M. A. A.<br />

PROJETO DE AVALIAÇÃO DO NOVO CURRÍCULO DE MEDICINA DA UFG: LIMITES E POSSIBILIDADES<br />

Costa, N.M.S.C.;Chaves, S.M.<br />

IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE MEDICINA INTENSIVA NA GRADUAÇÃO<br />

Silva, M.A.O.;Lopes, T.M.O.;Siqueira, L.B.;Ribeiro, M.V.A.;Silva, L.C.;Salgado, T.A.<br />

AVALIAÇÃO ALUNO-TUTOR NO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA: ANÁLISE DA<br />

COMPREENSÃO DO ALUNO<br />

Natal, D. L. P.;Santos, G. G.;Ruzon, U. G.;Souza, T. A. F.;Tomazatti, F. G.;Silva, F. P.<br />

FÓRUM DO CICLO BÁSICO: AVALIAÇÃO DO CURSO PELOS ESTUDANTES<br />

Silva, C.M.;Dias, V.L.;Pinto, J.V.;Soares, A.M.R.;Torres, A.A.R.;Rodrigues, R.V.<br />

ESCOLA MÉDICA FLEXNERIANA: PARTICIPAÇÃO DOS DISCENTES DA ÁREA BÁSICA COMO INSTRUMENTO PARA<br />

OTIMIZAÇÃO DA METODOLOGIA CIENTIFICISTA<br />

Bragiato, E. C.;Mello, A T.;Cyrilli, C. G.;Oliveira, C. C.;Antunes, M. B.;Orlandi, M. M.<br />

PERFIL DOS PROCESSOS DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS DE MÉDICO EM UMA UNIVERSIDADE BRASILEIRA<br />

Cabral, A.L.S.;Pereira, A.K.;Megale, L.;Soares, N.P.;Carneiro, P.R.<br />

31<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


QUESTÃO DA BIOÉTICA NA FORMAÇÃO MÉDICA: O ABORTO<br />

Amorim, F.H.R.;Barobosa, I.A.F;Almeida, M.A.S.;Morita, I.;Dias, A.<br />

ENSINO DA SEXUALIDADE NOS CURSOS DE MEDICINA BRASILEIROS<br />

Silva, T.A.F.;Santos, G.G.;Natal, D.L.P.;Ruzon, U.G.;Neto, D.M.;Azevedo, E.M.M.<br />

SATISFAÇÃO DOS ALUNOS DE MEDICINA DA UFMA EM RELAÇÃO A PRESENÇA DAS ÁREAS LIVRES PARA VIVÊNCIA<br />

ACADÊMICA<br />

Pereira, A.B.;da Silva, A.B.;Bastos, A.A.;Diniz, J.G.;Leite, M.T.O.;Filho, A.G.<br />

MOODLE COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO DO INTERNATO PARA TOMADA DE DECISÃO<br />

Bollela, V.R.;Grec, W.;Matias Jr., A.A.M.;Machado, V.M.P.;Machado, J.L.M<br />

O PERFIL DO EGRESSO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO<br />

PRETO FMRP – USP: SUA FORMAÇÃO E SITUAÇÃO PROFISSIONAL ATUAL<br />

Suzuki, M.M.;Borges, D.S.;Moraes, M.;Reinesch, J.;Del-Ben, C.M.<br />

CONTEXTO DE MUDANÇAS NA FORMAÇÃO EM SAÚDE: INSTITUCIONALIZAÇÃO RECENTE DAS POLÍTICAS DE<br />

EDUCAÇÃO MÉDICA NO BRASIL<br />

Silva, M.R.;Braz, L.S.;Santos, D.F.A.;Monteiro, O.M.;Moura, T.C.M<br />

ANÁLISE DO TESTE DE PROGRESSO: 2001 A 2008<br />

Gonçalves, M. L.;Garcia, M. A. A.;Lima, M. P. J. S.;Norato, D. Y. J.<br />

AVALIAÇÃO DISCENTE SOBRE PROGRAMA CURRICULAR DE URGÊNCIA EMERGÊNCIA EM UM HOSPITAL DE TRAUMA<br />

Gusmão, M.M.;Menezes, M.S.;Jesuíno, P.A.;La<strong>de</strong>ia, R<br />

O PERFIL DO ESTUDANTE DE MEDICINA E SUAS IMPLICAÇÕES<br />

Silva, R.T.;Ambrósio, M.R.;Silva, J.P.C.N.;Silva, D.N.;Tavares, M.P.<br />

AS TRANSFORMAÇÕES NECESSÁRIAS NA DISCIPLINA PEDIATRIANAVISÃODOSESTUDANTESDEMEDICINADAUFG<br />

Costa. D.C.;Sugita, D.;Costa, N.M.S.C.;Oliveira, A.N.;Naghetinni, A.V.<br />

CONSTRUÇÃO DE INDICADORES QUALITATIVOS PARA O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO<br />

DAS ESCOLAS MÉDICAS BRASILEIRAS (CAEM/ABEM)<br />

Lampert, B.L.;Aguila-da-Silva, R.H.;Perim, G.L.;Stella, R.R.;Abdalla, I.G.;Costa, N.M.S.C<br />

AVALIAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS SEGUNDO A PERCEPÇÃO DOS<br />

ACADÊMICOS<br />

Barros, P.S.;Costa, L.C.;Abrahim, S.M.;Brasil, C.G.;Oliveira, M.C.L.;Silva, F.H.<br />

ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DE INTERDISCIPLINARIDADE, PROBLEMATIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO OBSERVADAS ENTRE<br />

ALUNOS COM E SEM CURSO DE GRADUAÇÃO PRÉVIO NOS TRÊS PRIMEIROS SEMESTRES DO CURSO DE MEDICINA DO<br />

IMES/UNIVAÇO, IPATINGA, MG<br />

Gotar<strong>de</strong>lo, D.R.;Bassetti-Soares, E.;Silva, A.P.A.;Oliveira, I.T.;Tavares, W.F.;Paula, I.F.M<br />

ANÁLISE DA PERCEPÇÃO OBSERVADA ENTRE ALUNOS COM E SEM CURSO DE GRADUAÇÃO PRÉVIO A RESPEITO DOS<br />

CONHECIMENTOS E HABILIDADES ADQUIRIDOS NO PRIMEIRO PERÍODO DO PROJETO PEDAGÓGICO IMPLANTADO<br />

NO CURSO DE MEDICINA DO IMES/UNIVAÇO, IPATINGA, MG<br />

Bassetti-Soares, E.;Gotar<strong>de</strong>lo, D.R.;Silva, A.P.A.;Paula, I.F.M.;Oliveira, I.T.;Faria, S.R.A.B.<br />

A IMPORTÂNCIA DO TEMA VIOLÊNCIA INFANTIL NA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Menezes, R.M.;Koifman, L<br />

ANÁLISE DA PROGRESSÃO DE CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA DA FACULDADE DE<br />

CIÊNCIAS MÉDICAS DA PUCSP<br />

Rodrigues, J.M.S.;Nastri, J.T.B.;Forti, M.M.<br />

O PAPEL DAS LIGAS ACADÊMICAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: EXPERIÊNCIA DA LIGA DE<br />

OBSTETRÍCIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFG<br />

Silva-Filho, C.L.;Ferreira, A.L.;Assis, M.R.;Amaral, P.C.;Pina, T.S.;Amaral, W.N.<br />

O CONTEXTO DA FORMAÇÃO MÉDICA: IMPACTO FINANCEIRO DA GRADUAÇÃO NO CURSO DE MEDICINA EM<br />

ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS<br />

Avelino, F.G.S.;Avelino, T.O;Barros, P.S.;COSTA, L.C.;Abrahim, S.M;Ribeiro, I.B.<br />

CONSTRUÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE MUDANÇAS NAS ESCOLAS DA ÁREA DA SAÚDE:<br />

CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES VISITANTES<br />

Abdalla, I. G.;Aguilar-da-Silva, R. H.;Stella, R.;Perim, G. L.;Costa, N. M. C.;Lampert, J. B.<br />

O AMBIENTE ACADÊMICO DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFPA: PERCEPÇÃO DOS FATORES QUE INFLUENCIAM O<br />

DESGASTE DE PROFESSORES E ALUNOS<br />

Bahia, S.H.A.;Ramalho, A.S.;Pereira, B.P.<br />

32<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


AVALIAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE ENSINO DOS MÓDULOS SEQÜENCIAIS DO CURSO DE MEDICINA DA<br />

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA PELOS DISCENTES<br />

Rodrigues, N.B.S;Barros, F.C.;Mota, M.A.L;Morais, R.P.;Gomes, J.M.A.<br />

TEMA: AVALIAÇÃO DE ESTUDANTES NOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM<br />

A FORMAÇÃO DE GRUPOS COMO FERRAMENTA PARA O ESTUDO DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE<br />

Mello, JN;Almeida, CAP;Balassiano, LKA<br />

A MONITORIA DA DISCIPLINA DE ANATOMIA HUMANA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM<br />

Santos, DTA;Campos, CSM<br />

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E ATUAÇÃO ACADÊMICA DOS ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA DO CCMB-PUC-SP<br />

MATRICULADOS ATRAVÉS DO PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS (PROUNI)<br />

Gar<strong>de</strong>nal, CLC;Oliveira, APR;Assis, TRMS<br />

CURSO DE MEDICINA PBL: CORRELAÇÃO ENTRE AS AVALIAÇÕES DISCENTE E DOCENTE<br />

Santos, GG;Ruzon, UG;Thomazatti, FG;Natal, DLP;Souza, TAF;Azevedo, EMM<br />

PREVALÊNCIA DE SÍNDROME DE BURNOUT E SINTOMAS PSICOSSOMÁTICOS ASSOCIADOS EM ACADÊMICOS DE<br />

MEDICINA DA UFJF<br />

Chehuen Neto, JA;Sirimarco, MT;Duarte Neto, JÁ;Nascimento, M;Silva, CP;Gonçalves, MPC<br />

APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM<br />

SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA<br />

Paschoalini, RB;Hirai, H.S;Oliveira, LM;Ferreira, MT;Noda, MC;Candia, TVL<br />

MEDICINA E PSICOLOGIA:A PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O TREINAMENTO EM HABILIDADES<br />

SOCIAIS ATRAVÉS DO ENSINO DE PSICOLOGIA NA DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA MÉDICA<br />

Jardim, AP;Sari-Eldim, OFG;Peixoto, EE;Alves, R;Inaba, AL;Araújo, RR<br />

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TEÓRICO E PRÁTICO EM ALUNOS DO INTERNATO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA<br />

DA UFMG, ATRAVÉS DA METODOLOGIA OSCE<br />

Pereira, AK;Reis, ZSN;Rezen<strong>de</strong>, CAL;Cal<strong>de</strong>ira, LGN;Aguiar, RALP;Silva, JGC<br />

AVALIAÇÃO DO ENSINO DA DISCIPLINA EPIDEMIOLOGIA (MED100) NA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA - UFBA<br />

- NO ANO 2007<br />

Mendonça, LES;Rêgo, RCF;Rêgo, MAV;Carvalho, FM;S Neto, AM<br />

A CORRELAÇÃO ENTRE O DESEMPENHO ACADÊMICO E O HÁBITO DE LEITURA<br />

Costa, BEP;Salerno, MR;Mazzillo, CA;Lopes, MHI;Antonello, ICF<br />

ANÁLISE DO RENDIMENTO DO EXAME CURRICULAR DE PROFICIÊNCIA EM INGLÊS NA FACULDADE DE MEDICINA<br />

Costa, BEP;Salerno, MR;Monteiro, CC;Antonello, ICF;Lopes, MHI<br />

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA INTRODUÇÃO À PATOLOGIA NO ESTÍMULO DO ESTUDO DA HISTOLOGIA<br />

Botelho, KP;Nunes, NG;Vale, JS;Fontenele, NKP;Justa, GCG;Leitão, RFC<br />

ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA: AVALIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS BÁSICOS DE HISTOLOGIA PARA ANÁLISE<br />

HISTOPATOLÓGICA<br />

Vale, JS;Botelho, KP;Nunes, NG;Araújo, GS;Justa, GCG;Leitão, RFC<br />

PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O ENSINO-APRENDIZAGEM DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE<br />

ANTES E DEPOIS DA REFORMA CURRICULAR<br />

Stock, FS;Sisson, MC;Grosseman, S;Ramos, AP;Brelinger, AF<br />

A UTILIZAÇÃO DO MINI-CEX (MINI-CLINICAL EVALUATION EXERCISE) COMO MÉTODO DE AVALIAÇÃO FORMATIVA<br />

PARA INTERNOS DO SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ<br />

Me<strong>de</strong>iros, MTG;Pinheiro, VGF;Lima, JMC<br />

SONOLÊNCIA EXCESSIVA EM ESTUDANTES DE MEDICINA DA UFAM<br />

Tupinambá, LF;Carvalho, FP;Pereira, RE;Oliveira, MCL;Almeida, RA;Elami<strong>de</strong>, BC<br />

PREVALÊNCIA DE HIPERIDROSE NOS ALUNOS DE MEDICINA DA UFAM<br />

Padilha, R;Carvalho, BCN;Westphal, DC;Tomaz, GCS;Melo, NC;Fonseca, IG<br />

ANÁLISE DISCENTE DA DIDÁTICA EMPREGADA NA DISCIPLINA DE ANATOMIA HUMANA DO CURSO DE MEDICINA<br />

DA UFC<br />

Miranda, DPM;Sucupira, DG;Viana, RR;Cruz, EA;Ga<strong>de</strong>lha, MAD;Moura, JRSA<br />

MONITORIA COMO FORMA DE MELHORAR A QUALIDADE DE ENSINO<br />

Souza, CC;Oliveira, EBL<br />

33<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


EXPERIÊNCIA DA OSCE EM UM CURSO DE MEDICINA DA BAHIA<br />

Souza, CC;Oliveira, EBL;Bastos, MC<br />

AVALIAÇÃO DO ENSINO OFERECIDO E DO APRENDIZADO REFERIDO POR ALUNOS DA ESTRATÉGIA HABILIDADES<br />

MÉDICAS DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR<br />

Barros, FC;Porto, RM;Valente, BP;Fernan<strong>de</strong>s, CR<br />

RELAÇÃO ENTRE AS CONDIÇÕES DE ATUAÇÃO DO MONITOR E O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DA<br />

ANATOMIA<br />

Cruz, EA;Catunda, JF;Duarte, IC;Ga<strong>de</strong>lha, MAD;Sucupira, DG;Moura, JRSA<br />

AVALIAÇÃO NO INTERNATO MÉDICO: CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS BASEADOS EM OBJETIVOS DE<br />

APRENDIZAGEM<br />

Miranda, SM;Rosa, MI<br />

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO CLÍNICO NO MODELO BIOPSICOSSOCIAL<br />

Carvalho, GS;Carvalho, IGM;Chaves, SM;Porto, CC<br />

SONO E RENDIMENTO ACADÊMICO DE ESTUDANTES DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL<br />

Melo, IFS;Ferreira, BRS;Souza, RM;Garcia, AVV;Muniz, AV;Mota, TCT<br />

AVALIAÇÃO COMPARATIVA ENTRE A UTILIZAÇÃO DE PEÇAS ANATÔMICAS GLICERINADAS E FORMOLIZADAS NO<br />

PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA ANATOMIA HUMANA NA UFC<br />

Duarte, IC;Catunda, JF;Cruz, EB;Viana, RR;Miranda, DPM;Ayres, JRM<br />

PRÁTICA DISSECATÓRIA E ANATOMIA: O PAPEL QUE A DISSECAÇÃO DESEMPENHA NA ASSIMILAÇÃO DE<br />

CONHECIMENTOS ANATÔMICOS<br />

Ferreira, BRS;Ga<strong>de</strong>lha, MAD;Torres, SM;Miranda, DPM;Oliveira, JL;Moura, JRSA<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE AUTO-AVALIAÇÃO NO MÓDULO DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL III –<br />

UFPE<br />

Lima, LCS;Silva, EAF;Melo, FM;Rocha, JALB;Santos, KB;Chacon, OH<br />

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA ANÁLISE DO DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO<br />

DE ESTUDANTES DE MEDICINA<br />

Marinho, DRT;Cavalcante, CC;Bezerra, MÊS;Assis, TAL;Cavalcante, JK<br />

ANÁLISEDODISCURSODOSUJEITOCOLETIVOCOMOINSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO EM PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO<br />

EM SAÚDE<br />

Cavalcante, CC;Marinho, DRT;Bezerra, MÊS;Cavalcante, HPA;Tavares, GMS;Cavalcante, AMV<br />

MÉTODOS DE ESTUDO E APRENDIZAGEM ADOTADOS PELOS ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DO AMAZONAS<br />

Priante, FC;Pereira, RE;Almeida, RA;Silva, LFT;Elami<strong>de</strong>, BC;Oliveira, MCL<br />

AUTO-AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO PELO DISCENTE E AVALIAÇÃO PRÁTICA PELO DOCENTE NA ESTRATÉGIA<br />

HABILIDADES MÉDICAS DO CURSO DE MEDICINA DA UNIFOR<br />

Barros, FC;Porto, RM;Valente, BP;Fernan<strong>de</strong>s, CR<br />

AVALIANDO A IMPLANTAÇÃO DO EXERCÍCIO PRÁTICO ESTRUTURADO EM CUIDADO COLETIVO<br />

Mazzoni, CJ;Braccialli, LAD;Moraes, MAA;Costa, MCG<br />

AVALIAÇÃODEATITUDESDEESTUDANTESDEMEDICINAFRENTEAOEIXODECOMUNICAÇÃONAESCOLA<br />

SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ESCS – DISTRITO FEDERAL<br />

Barbosa, ECH;Deus, JÁ;Andra<strong>de</strong>, SC;Trinda<strong>de</strong>, EMV<br />

CORRELAÇÃO ENTRE AS AVALIAÇÕES COGNITIVA E FORMATIVA DE ALUNOS DE MEDICINA, DURANTE MÓDULO<br />

TEMÁTICO<br />

Ruzon, UG;Santos, GG;Thomazatti, FG;Natal, DLP;Souza, TAF;Azevedo, EMM<br />

AVALIAÇÃO DE BIOFISICA EM UMA TURMA DE 1º ANO DA FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS: REFLEXÕES<br />

SOBRE DOIS MÉTODOS<br />

Gemelli-Minucci, MV;Dantas Rocha, E;Santos, AJG;Midão, CV<br />

INTEGRAÇÃO BÁSICO-CLÍNICA NO MÓDULO DE NEFROLOGIA<br />

Melo, CB;Oliveira, HM;Franco, LFLG;Ponte, AM;Oliveira, ES;Vasconcelos, GC<br />

CONHECIMENTOS SOBRE IMUNIZAÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DE UMA ESCOLA MÉDICA DA CIDADE DO<br />

RECIFE<br />

Rios, JLL;Maranhão, RC;Araújo, RH;Lima, EJF<br />

34<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO ENSINO DE HOMEOPATIA NA FORMAÇÃO DOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO EM<br />

MEDICINA DA ESCOLA DE MEDICINA E CIRURGIA – EMC DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE<br />

JANEIRO – UNIRIO<br />

Pacheco, LF;Freitas, FJ;Fernan<strong>de</strong>s, DAS;Guimarães, RGM;Zaroni, CP;Haege, DP<br />

INTERDISCIPLINARIDADE: CONCEITOS DE EMBRIOLOGIA APLICADOS À CLÍNICA OBSTÉTRICA<br />

Oliveira, HM;Melo, CB;Silva, AP;Ponte, AML;Vasconcelos, GC;Oliveira, ES<br />

O IMPACTO DA AVALIAÇÃO DISCENTE DO CURRÍCULO MÉDICO: O EXEMPLO DA DISCIPLINA DOENÇAS<br />

INFECTO-PARASITÁRIAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG)<br />

Oliveira, AM;Lemes, AM;Costa, NMSC;Costa, DC;Peleja, AB;Machado, CR<br />

IMPACTO DO USO DOS MAPAS CONCEITUAIS NO APRENDIZADO DA MEDICINA LEGAL<br />

Silva, HTH;Neves, A;Bertuol, M<br />

TESTE PROGRESSIVO: ACOMPANHAMENTO DE UMA COORTE DE ESTUDANTES DO CURSO DE MEDICINA NO<br />

PERÍODO DE 2003 A 2008<br />

Ribeiro, ZMT;Pinheiro, OL;Spa<strong>de</strong>lla, MA;Almeida Filho, OM;Moreira, HM;Hafner, MLMB<br />

AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DA UNIDADE DE PRÁTICA PROFISSIONAL NO CENÁRIO MATERNO INFANTIL DO 5º<br />

ANO DO INTERNATO DA FAMEMA<br />

Higa, EFR;Taipeiro, EF;Carvalho, MHR;Hafner, MLMB<br />

“REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DE MEDICINA COM FOCO NA SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

NA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB)”<br />

Barata, RV;Men<strong>de</strong>s, RFP;Barbosa,TM;Freitas, RO;Machado, LM;França, OS<br />

AVALIAÇÃO INTEGRADA PARA OS CURSOS DE MEDICINA, ENFERMAGEM E ODONTOLOGIA: EXPERIÊNCIA DE UMA<br />

INSTUTUIÇÃO<br />

Badaró, T;Vitorino, RR;Campos, ALC;Carramenha, LL<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A MONITORIA DE ANATOMIA GERAL DO MÓDULO MORFOFUNCIONAL II E SUA<br />

INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE ENSINO – APRENDIZAGEM<br />

Villan<strong>de</strong>r, M;Sá, MPBO<br />

A SATISFAÇÃO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA EM RELAÇÃO AO MÉTODO DE ENSINO APLICADO EM SUA<br />

FACULDADE<br />

Cheikh, MR;Oliveira, ME;Junior, LDT;Almeida, RM;Souza, CS;Bueno, TGG<br />

FUNDOSCOPIA: ATIVIDADE TEÓRICO-PRÁTICA E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO<br />

Franco, LFLG;Silva, AP;Melo, CB;Ponte, AML;Oliveira, ES;Vasconcelos, GC<br />

O “PAREDÃO” - AUTOAVALIAÇÃO E RECEBIMENTO DE DEVOLUTIVA SOBRE O DESEMPENHO DURANTE O ESTÁGIO<br />

HOSPITALAR EM PSIQUIATRIA<br />

Humes, EC;Barria, ACR;Gouvea, FS;Guarniero, FB<br />

CASOS CLÍNICOS: UMA CORRELAÇÃO CLÍNICO PATOLÓGICA<br />

Matos, GDN;Dantas, GC;Coelho, DE;Ponte, AML;Vasconcelos, GC;Oliveira, ES<br />

A QUALIDADE DE VIDA DO ESTUDANTE DE MEDICINA<br />

Costa, SNP;Delgado, MCS;Andra<strong>de</strong>, MM;Roberto, SEM;Tenório, SS;Pires, TB<br />

UTILIZAÇÃO DE CASOS CLÍNICOS DA REGIÃO BUCO-FACIAL COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZADO DA<br />

HISTOFISIOLOGIA DENTO-ALVEOLAR E PERIODONTAL<br />

Correia, FC;Araújo, GS;Vasconcelos, GC;Leitão, RFC;Oliveira, ES;Leopércio, AMP<br />

AVALIANDO O ENSINO DE PSICOLOGIA MÉDICA<br />

Fuzikawa, C;Hatem, A<br />

ELABORAÇÃO DE UM MÉTODO DE AVALIAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO NO LABORATÓRIO DE HABILIDADES E<br />

SIMULAÇÃO<br />

Con<strong>de</strong>, F;Assed, F;Heringer, J;Pezzi, L;Porphirio, R;P Neto, S<br />

PROGRAMA DE APRENDIZAGEM DE ATENÇÃO BÁSICA NA PERCEPÇÃO DO ALUNO<br />

Freire, AD;Trinda<strong>de</strong>, TG;Cornetta, MCM;Martins, ALM;Silva, SML;Jeremias, AKML<br />

AVALIAÇÃO DO ALUNO NO INTERNATO DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS:<br />

VISÃO DOS INTERNOS<br />

Vasconcelos, MVL;Rodarte, RS;Ramos,JEP;Pedrosa,CMS;Bastos,D<br />

AVALIAÇÃO DO ALUNO NO INTERNATO DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS:<br />

VISÃO DOS INTERNOS<br />

Vasconcelos, MVL;Rodarte, RS;Ramos, JER;Pedrosa, CMS;Bastos, D<br />

35<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O ENSINO DE GENÉTICA NAS FACULDADES DE MEDICINA DO SÉCULO XXI: A EXPERIÊNCIA DA UFRGS<br />

Peruzzo, J;Farias, D;Souza, CFM;Flores, RZ;Schuler-Faccini, L;Schwartz, IVD<br />

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A METODOLOGIA ATIVA DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA FORMA DE ‘‘ESTAÇÕES’’ E<br />

A DIDÁTICA TRADICIONAL<br />

Correia, FC;Dantas, GC;Diniz, RMV;Vasconcelos, GC;Oriá, RB;Leopércio, AMP<br />

AVALIAÇÃO DOS ACADÊMICOS AO EXAME TIPO OSCE REALIZADO EM UMA UBS ESCOLA AO FINAL DO CICLO DE<br />

INTERNATO EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE<br />

Silva, ACCG;Holzer, S;Moura, AA;Bezerra, DF;Munekata, RV;Reato, LFN<br />

AVALIAÇÃO DO OSCE POR ALUNOS DE MEDICINA<br />

Bastos, MC;Souza, CC<br />

PORTFÓLIO BASEADO EM CASO CLÍNICO<br />

Miranda, LEC;Tavares, DM;Laurentino, D;Tenório, AL;Ferna<strong>de</strong>s, JL;Villan<strong>de</strong>r, M<br />

ANÁLISE TRANSVERSAL DO CONHECIMENTO SOBRE GENÉTICA COMPORTAMENTAL DOS ACADÊMICOS DE<br />

MEDICINA DA UNIRIO<br />

Masiero, A;Dias, FM;Gebrim, M;Polivanov, R;Simões, R;Lugarinho, R<br />

AVALIAÇÃO NA SESSÃO TUTORIAL:DIFICULDADES DE TUTORES E ESTUDANTES<br />

Oliveira, VTD;Batista, NA<br />

“GINCANA”: AVALIAÇÃO DO ESTRESSE DURANTE A ESPERA<br />

Nogueira, EA;Alencar, EC;Diniz, RMV;Oliveira, ES/Vasconcelos, GC;Ponte, AM<br />

SEMINÁRIOS BASEADOS EM CASOS CLÍNICOS: UMA METODOLOGIA QUE APROXIMA DA FUTURA REALIDADE<br />

PROFISSIONAL<br />

Lavor, DBH;Machado, DRM;Vasconcelos, GC;Ponte, AM;Oliveira, ES;Araújo, SQ<br />

COMPARAÇÃO ENTRE AVALIAÇÃO OBJETIVA E AUTO-AVALIAÇÃO DOS CANDIDATOS À XVI SELEÇÃO DO<br />

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL (PET-MEDICINA) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS<br />

Silva, MAF;Bindá, AGL;Elami<strong>de</strong>, BC;Avelino, FGS;Avelino, TO;Ribeiro, TA<br />

ENTENDENDO A VISÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA COM RELAÇÃO AO PORTFÓLIO<br />

Jeremias, AKML;Figueiredo, AM;Araújo, SC;Figueiredo, KMOB;Costa, RD;Lopes, TH<br />

A IMPORTÂNCIA DO CURRÍCULO PARALELO NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DE MEDICINA<br />

Maldonado, RJ;Alves, R;Sari-Eldim,OFG;Blunck Ari<strong>de</strong>, S;Neves, CR;Rafael, JF<br />

ESTABELECENDO RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA DOCENTE E O APRENDIZADO DE IMUNOLOGIA<br />

Barreto, CMB;Teixeira, GAPB<br />

METODOLOGIA PARTICIPATIVA COMO AVALIAÇÃO PARA TURMA DE MEDICINA EM DISCIPLINA DE PATOLOGIA<br />

GERAL<br />

Rodrigues, ALB;Perez, CFC;Machado, SO;Campo, JSP<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA: ELABORAÇÃO DE FOLDER SOBRE ANOMALIAS CONGÊNITAS À COMUNIDADE ASSISTIDA<br />

COMO MÉTODO DE AVALIAÇÃO EM PEDIATRIA<br />

Marques, BC;Francisco, CEV;Tortori, MMRL<br />

ANÁLISE DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DISCENTE NA DISCIPLINA SAÚDE COLETIVA NA UNIVERSIDADE FEDERAL<br />

DO PARÁ: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA INVESTIGAÇÃO E ELABORAÇÃO DE CASO CLÍNICO NO CONTEXTO DA<br />

SAÚDE DO TRABALHADOR<br />

Bahia, SHA;Soares, CGM;Ramalho, AS;Silva, CCB;Serrão, MJD;Rossy, MB<br />

A ANATOMIA HUMANA NOS CURSOS DE MEDICINA NA CIDADE DE MANAUS – AM<br />

Barros, SR;Vasconcelos, KCF;Harraquian, VC;Gil, FSM;Furtado, SC;Carneiro, ALB<br />

TESTE DE PROGRESSO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Oliveira, PN;Chaves, DO;Araújo, RN;Souza, TV;Ricardo, DR;Bechara, RN<br />

BIOSSEGURANÇA: A PERSISTÊNCIA TRAZ A PERFEIÇÃO<br />

Cunha, FG;Sari-Eldim, OFG;Pacheco, AS;Paula, MJA;Paula, ARPA;Matos, PASBA<br />

FATORES RELACIONADOS AO DESEJO DE DESISTIR DO CURSO EM ESTUDANTES DO CICLO BÁSICO DA FACULDADE<br />

DE MEDICINA DA UFAM<br />

Maia, BA;Frota, YB;Silva, GP;Brandão, PC;Silva, EB;Melo, IB<br />

PERFIL SÓCIO-CULTURAL DOS INGRESSANTES EM MEDICINA NA UNCISAL<br />

Carmo, LMS;Porto, BKW;Oliveira, HMNS;Nicacio, AG;Vilar, IG;Simons, AS<br />

EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO DE ESTUDANTES DE MEDICINA NO APRENDIZADO MORFOFUNCIONAL<br />

Lopes, RS;Pereira, MCF;Souza, SRP;Grec, W;Cricenti, SV<br />

36<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


PERCEPÇÃO DOS RESIDENTES E ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE A MORTE<br />

França, WCSC;Miyazaki, MCOS;Domingos, NAM;Cury, PM<br />

REUNIÕES CIENTÍFICAS DO GRUPO PET MEDICINA UFC: UMA VALIOSA FERRAMENTA DE ENRIQUECIMENTO DO<br />

CONHECIMENTO ACADÊMICO<br />

Rodrigues, EJM;Chagas, DWN;Melo, DLR;Fernan<strong>de</strong>s, TA;Câmara, GMMS;Magalhães, PJC<br />

AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO REFERENTE À RELAÇÃO ENTRE PROCESSO SAÚDE-DOENÇA, PRÁTICA MÉDICA,<br />

POLÍTICAS PÚBLICAS E SISTEMA DE SAÚDE<br />

Severo, LB;Matos, GDN;Dantas, GC;Vale, JS;Nunes, NG;Guimarães, LCA<br />

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA DE ARTIGOS CIENTÍFICOS NA FORMAÇÃO ACADÊMICA NA UNIVERSIDADE FEDERAL<br />

DO AMAZONAS – UFAM<br />

Tomaz, GCS;Carvalho, BCNC;Westphal, DC;Melo, NC;Padilla, R;Fonseca, IG<br />

A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA SOBRE A VIDA HUMANA<br />

Terceiro, IRC;Rocha, SS;Morais, WA;Vasconcelos, GC;Leitão, RFC;Leopércio, AMP<br />

ANÁLISE DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA ACERCA DO DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA<br />

Almeida, RA;Silva, LFS;Elami<strong>de</strong>, BC;Pereira, RE;Priante, FC;Oliveira, MCL<br />

AVALIAÇÃO CONTEXTUALIZADA DE HABILIDADES EM ANATOMIA – EXPERIÊNCIA DE UMA ESCOLA MÉDICA DO<br />

ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL<br />

Guerra, LCM;Martins, ACA;Martins Filho, ED;Martins, C;Mota, BC;Ely, L<br />

USO DE MAPAS CONCEITUAIS NO ENSINO AMBULATORIAL<br />

Nunes, FA;Ramos, NN;Faria, RMD;Barbosa, RF<br />

PORTFOLIO REFLEXIVO NO PROGRAMA DE APRENDIZAGEM EM ATENÇÃO BÁSICA<br />

Trinda<strong>de</strong>, TG;Cornetta, MCM;Freire, AD;Martins, ALM;Silva, SML<br />

TESTE DE PROGRESSO: UM ESTÍMULO PARA CRIAR UMA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE<br />

ENSINO-APRENDIZAGEM<br />

Alencar, FEC;Ma<strong>de</strong>ira, ES;Borges, LHB;Maldonado, RJ;Alves, R;Machado, TM<br />

AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO DO ALUNO NA DISCIPLINA DE IMUNOLOGIA<br />

Ferreira, ER;Silveira, FD;Fernan<strong>de</strong>s, C;Barbosa, IM;Santos, ACB;Câmara, LMC<br />

MEDICINA INTENSIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: VISÃO DISCENTE NA FACULDADE DE MEDICINA DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS<br />

Westphal, DC;Padilla, R;Matos, DC;Luniere, D;Rocha, J;Oliveira, C<br />

A COMPREENSÃO DA PRÁTICA MÉDICA EXPRESSA PELOS INGRESSOS AO CURSO DE MEDICINA – UFC<br />

Mota, MV;Sousa, MS;Lima, ARC;Sousa, JRP<br />

UTILIZAÇÃO DE SITUAÇÕES – PROBLEMAS COMO INSTRUMENTO DE METODOLOGIA ATIVA NA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

DE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA<br />

Fernan<strong>de</strong>s, MGB;OLIVEIRA, JS;Costa, LAL;Carvalho, LL;Machado, PRM;Costa, GPO<br />

O CURRÍCULO PARALELO NO NOVO CURRÍCULO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE<br />

ALAGOAS: CARACTERIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO DAS ATIVIDADES<br />

Nunes, PP;Gue<strong>de</strong>s, AKS;Thomaz, ACP;Tavares, CHF;Nunes, LP;Bomfim, LN<br />

MÉTODOS AVALIATIVOS NO PROGRAMA DE APRENDIZAGEM EM ATENÇÃO BÁSICA<br />

Martins, ALM;Trinda<strong>de</strong>, TG;Silva, SML;Freire, AD;Valença, BMO;Cornetta, MCM<br />

O “CURRÍCULO PARALELO” NO NOVO CURRÍCULO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL<br />

DE ALAGOAS: QUALIDADE E DEDICAÇÃO HORÁRIA DAS ATIVIDADES<br />

Gue<strong>de</strong>s, AKS;Nunes, PP;Tavares, CHF;Thomaz, ACP;Nunes, LP;Bomfim, LN<br />

IMPORTÂNCIA DE SESSÕES ANATOMO-CLÍNICAS PARA FORMAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DE ESTUDANTES E<br />

PROFISSIONAIS DA SAÚDE<br />

Silva, RP;Ferreira, LCL;Almeida, RA;Elami<strong>de</strong>, BC;Oliveira, TS;Ferreira, DB<br />

UM OLHAR SOBRE O AMBIENTE: AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM EM VIGILÂNCIA À SAÚDE NO CURSO DE<br />

MEDICINA DA UFAL<br />

Santos, LO;Araújo, CP;Lamenha, LS;Cavalcante, MLLL;Taveira, MGMM;Cavalcanti, SMS<br />

MONITORIA NO EIXO HUMANÍSTICO: AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE MONITORIA DO MÓDULO DE<br />

FUNDAMENTOS DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE II DO CURSO DE MEDICINA DA UFPE<br />

Ferreira, PNC;Santos, PRT;Leão, LMS<br />

O ESTUDANTE DE MEDICINA DIANTE DA COMUNICAÇÃO DA MÁ NOTÍCIA<br />

Xavier, LSG;Pinheiro, AC;Aguiar, RF;Giaxa, RRB<br />

37<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


PROCESSO SELETIVO FORMATIVO PARA O CURSO DE MEDICINA DA ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE<br />

PÚBLICA (EBMSP) – PONTO DE VISTA DO ESTUDANTE<br />

Menezes, MS;Soliani, ML;Santos, RA;Macambira, SG;Araújo, EE;Sá, CKC<br />

ANÁLISE COMPARATIVA DAS ANAMNESES COLHIDAS POR ALUNOS DE MEDICINA NOS AMBIENTES HOSPITALAR E<br />

AMBULATORIAL<br />

Heringer, JF;Ormay, MS;Leal, TMPB<br />

MAPAS CONCEITUAIS PODE AVALIAR RACIOCÍNIO CLINICO BASEADOS EM CASOS (PBL)?<br />

Me<strong>de</strong>iros, MAS;Me<strong>de</strong>iros, AS;Rabelo, CMR;Wan<strong>de</strong>rley, T;Saraiva, A;Me<strong>de</strong>iros, FC<br />

PORTFOLIO REFLEXIVO: QUANTIFICANDO O QUALITATIVO<br />

Cornetta, MCM;Trinda<strong>de</strong>, T<br />

AVALIAÇÃO COGNITIVA NA ÁREA DE SAÚDE DA CRIANÇA: RESULTADO PRELIMINAR DO TESTE DE PROGRESSO DE<br />

UM CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA<br />

Campos, LK;Souza, L;Morgado, F;Siqueira-Batista, R<br />

TEMA: METODOLOGIA DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO ENTRE ALUNOS DE MEDICINA E SUA CORRELAÇÃO COM A MORADIA NA PRESENÇA<br />

OU NÃO COM FAMILIARES.<br />

Jesus, EC;Souza, MCT;Campos, AP;Ribeiro, A;Coelho, R<br />

APLICAÇÃO PRÁTICA DA METODOLOGIA DA PESQUISA PARA ALUNOS DE GRADUAÇÃO.<br />

Filippini, L.Z;Klein, AP;Guelfi, CK;Dall‘Agno, ML;Girardi, R<br />

A PESQUISA NA FORMAÇÃO MÉDICA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA<br />

MORTALIDADE INFANTIL NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA<br />

David, CF;Franco, CM;Silva, AC;Carvalho, R;Carvalho, IGM;Carvalho, GS<br />

A IMPORTÂNCIA DO PERFIL SOCIOECONÔMICO E CULTURAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA NA ELABORAÇÃO DO<br />

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA DISCIPLINA METODOLOGIA INSTRUMENTAL<br />

Silva, MSV;Lins, L;Cattony, ACE;Caracas, TL<br />

O MÉTODO DA AVALIAÇÃO ESTRUTURADA OBSERVACIONAL NO ENSINO DA OFTALMOLOGIA:DESAFIO ATUAL<br />

Gentil, RM<br />

DESAFIOS PARA A PESQUISA NO ENSINO DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM<br />

QUESTIONÁRIO<br />

Silva, AV;Gerab, IF;Gerab, F;Aguiar, O;Batista, NA<br />

DESENVOLVIMENTO DOCENTE EM CURRÍCULOS ORIENTADOS PELA APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS:<br />

UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA.<br />

Rêgo, C;Batista, SH;<br />

ANÁLISE DOS PROJETOS DE PESQUISA PENDENTES E REPROVADOS APRESENTADOS AO COMITÊ DE ÉTICA EM<br />

PESQUISA DA UNIVERSIDADE POSITIVO DE 2005 A <strong>2009</strong><br />

Borges, BK;Monteiro, FA;Gabardo, LC;Suzuki, SY<br />

TEMA: APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO ESTUDANTE, TUTORIA E MENTORING<br />

QUALIDADE DE VIDA DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UFRN<br />

Luna e Silva, R;Pinto Junior, FEL<br />

PERFIL DO MÉDICO RESIDENTE ATENDIDO NO GRUPO DE ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA AO ALUNO (GRAPAL) DA<br />

FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />

Souza, EM;Gianini, RJ;Azevedo Neto, RS;Eluf Neto, J<br />

ATENDENDO ESTUDANTES DE MEDICINA NA FUNDAÇÃO DO ABC<br />

Baldassin, S;Silva, NR;Sordi, RB;Silva, MAMRT;Andra<strong>de</strong>, AG<br />

FATORES QUE DETERMINARAM A OPÇÃO PELA MEDICINA: UMA PESQUISA QUALITATIVA COM ESTUDANTES DO<br />

INÍCIO DO CICLO PROFISSIONAL.<br />

Leal, SS;Ribeiro, MMF;Bianchi, HÁ;Diamantino, FC<br />

ASSOCIAÇÃO ENTRE ABUSO DE ÁLCOOL E DROGAS E IMAGEM CORPORAL EM UNIVERSITÁRIOS<br />

Leal, FM;Furtado, EF<br />

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE OS ESTUDANTES DE MEDICINA E OS MONITORES DE HISTOLOGIA DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ<br />

Nunes, NG;Botelho, KP;Vale, JS;Fontenele, NKP;Morais, WA;Leitão, RFC<br />

38<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


PROGRAMA DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO AOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL<br />

FLUMINENSE – PAPP – UMA CONTRIBUIÇÃO À FORMAÇÃO INTEGRAL DO MÉDICO<br />

Gabbay, SEM;Claro, LBL;Schroe<strong>de</strong>r, AAM;Carraro, JC;Soares, JCRS;Gomes, RFR<br />

O PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOCENTE DA FAMEMA: DA REFLEXÃO A NOVA PRÁTICA.<br />

Francischetti, I;Corrêa, ACL;Vieira, CM;Rolin, LMG;Soares, MOM<br />

MENTORING SOB A ÓTICA DO ALUNO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ<br />

Bonfim, AP;Hishinuma, G;Gualda, LBS;Esteves, RZ<br />

NÚCLEO DE APOIO AO ESTUDANTE DE MEDICINA(NAEM):UMA EXPERIÊNCIA DE INVESTIMENTO NA PESSOA DO<br />

ESTUDANTE<br />

Albuquerque, JF;Brasileiro, MC;Bezerra Torres, IH;Perez Teixeira, ML;Madruga Godoi, JT;Silva, JJ<br />

EXTENSÃO DE TUTORIA: O ABRAÇO DA MEDICINA<br />

Leite, MCC;Magrinelli, AB;Carmo, CEF;Calado, KLS<br />

ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE MEDICINA DA UFAM<br />

Pereira, RE;Elami<strong>de</strong>, BC;Silva, LFT;Oliveira, MCL;Almeida, RA;Priante, FC<br />

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MONITORES DO CURSO DE MEDICINA<br />

Oliveira, JL;Torres, JNL;Ferreira, BRS;Melo, IFS;Teixeira, MD;Ribeiro, RA<br />

YOU HUPE: A EDUCAÇÃO PERMANENTE NA TELA<br />

Silveira, LM;Martins, MS;Pimenta, D;Araújo, MFM<br />

AVALIAÇÃO DO ESTRESSE DO ESTUDANTE DE MEDICINA EM ANOS SEQUENCIAS NO EXAME CLÍNICO OBJETIVO<br />

ESTRUTURADO (OSCE)<br />

Porto, RM;Fernan<strong>de</strong>s, CR;Montenegro, RB;Marinho, DS;Valente, BP;Barros, FC<br />

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE NA ESCOLA DE MEDICINA DO UNIFOA<br />

Almeida-Silva, JM;Ferolla, BLF;Martins, MFC;Oliveira-Filho, PCF;Freitas, RA;Somera, RC<br />

AVALIAÇÃO DISCENTE DE UMA DISCIPLINA FOCADA NO SOFRIMENTO DE QUEM CUIDA<br />

Luz, JP;Alexandre, NL;Queiroz, LA<br />

DESENVOLVIMENTO PESSOAL: A UTILIZAÇÃO DE GRUPOS BALINT NA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Elias, TGA;Rezen<strong>de</strong>, RMD;Lima, APL;Martins, LC;Carvalho, IGM;Carvalho, GS<br />

ADESÃO A UM PROGRAMA DE MENTORING E BEM ESTAR DO ALUNO: UMA INVESTIGAÇÃO JUNTO A ALUNOS DO 6º<br />

ANO DE MEDICINA.<br />

Bellodi, PL;Leão, PBOS<br />

APRIMORAMENTO DO ATENDIMENTO AO DISCENTE DA FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS – FASE<br />

Sá Earp, MT;Midão, CMV<br />

PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS AFETIVOS E NÍVEIS DE ESTRESSE EM ESTUDANTES DE MEDICINA DE UMA<br />

UNIVERSIDADE PARTICULAR<br />

Castro, AA;Tansini, G;Aquino, RS;Rocha, GC;Fontanella, MC<br />

A EXPERIÊNCIA DO SETOR DE ATENDIMENTO À SAÚDE MENTAL (SAMEDI) DO SERVIÇO DE SAÚDE DO CORPO<br />

DISCENTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ENTRE 2003 E 2008.<br />

Avancine, MATO;Shimomura, FM;Almeida, MT<br />

DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS ESTUDANTES DE MEDICINA DURANTE A GRADUAÇÃO.<br />

Favaretto, RM;Dotto, E;Braga, MB<br />

IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE TUTORIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE DOCENTES TUTORES.<br />

Breigeiron, MK;Souza, AC;Almeida, NA;Trinda<strong>de</strong>, CS;Rabin, EG;Magalhães, CR<br />

ESTRATÉGIAS NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA RESIDÊNCIA MÉDICA DO HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO<br />

–RJ: PROPOSTA DE HUMANIZAÇÃO SEGUNDO OS PRECEITO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.<br />

Cardoso, MM;Porto, SMP;Amâncio, AM<br />

PROCESSOS DE SIGNIFICAÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UFRN DIANTE DA SUA ESCOLHA PROFISSIONAL<br />

E DAS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS NO COTIDIANO ACADÊMICO<br />

Moreira, SNT;Vilar, MJ;Azevedo, GD<br />

OS ESTUDANTES DE MEDICINA E AS DIFICULDADES INICIAIS DO CURSO MÉDICO: O MODELO DA UNIVERSIDADE<br />

ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS (UNCISAL)<br />

Porto, BKW;Oliveira, HMNS;Rocha, MAA;Carmo, LMS;Guizelini, AN<br />

PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DO SEXTO ANO DE MEDICINA : O QUE PODEMOS FAZER PARA DEIXA-LOS MAIS<br />

SEGURO?<br />

Daltro, MR<br />

39<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


MOTIVAÇÃO DE ACADÊMICOS DE MEDICINA: ANÁLISE A PARTIR DAS INSCRIÇÕES DE UM SIMPÓSIO<br />

Loureiro, CMC;Vinhas, CF;Cisneiros, MS;Almeida, NR;Pinheiro, LL;Feitosa-Filho, GS<br />

O TEMA DROGAS É ABORDADO PELOS PROJETOS INSTITUCIONAIS UNIVERSITÁRIOS?<br />

Tamosauskas, MRG;Tamosauskas, FG;Tamosauskas,TG;Andra<strong>de</strong>, AG<br />

O PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO NA FORMAÇÃO MÉDICA E O PROJETO MENTORING NO CURSO DE MEDICINA<br />

LIMA, AS;Gualda, LBS;Carvalho, MDB;Oliveira, RZ<br />

TUTORIA (MENTORING) NA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS – HÁ 7 ANOS CONSTRUINDO UM ESPAÇO<br />

DIALÓGICO PARA OS ALUNOS<br />

Torres, ST;Oliveira, MB<br />

PESQUISA DE DEPRESSÃO EM UMA AMOSTRA ESPECÍFICA<br />

Matos, KJN;Matos, GDN;Dantas, GC;NUNES, NG;Vale, JS;Carneiro, AHS<br />

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL: IMPACTO DO CUMPRIMENTO DE UMA AGENDA MÍNIMA OBRIGATÓRIA NA<br />

FORMAÇÃO DE ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS.<br />

Avelino, FGS;Avelino, TO;Silva, MAF;Me<strong>de</strong>iros, DB;Bindá, AGL;Cardoso, MVC<br />

A ESCOLHA PROFISSIONAL E AS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS PELOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA FACULDADE DE<br />

CIÊNCIAS MEDICAS, UNIFENAS, ALFENAS, MINAS GERAIS.<br />

Chini, HASSoares,G;Chini, G;Jeronimo, CDE;Melo, RR;Rodrigues, RA<br />

RECEPÇÃO DE CALOUROS DO CURSO DE MEDICINA<br />

Lopes, AE;Soares, LS;Ferreira, AF;Campos, AR;Souza, AP;Barros, LM<br />

INTERDISCIPLINARIDADE: PSICOLOGIA MÉDICA NO APOIO AO ESTUDANTE DE MEDICINA NOS PRIMEIROS<br />

CONTATOS COM A SEMIOLOGIA MÉDICA<br />

Machado, PRM;Carvalho, LL;Fernan<strong>de</strong>s, MGB;Oliveira, JS;A. Filho, RVC;Costa, GPO<br />

ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE A PRESENÇA DE SINTOMAS ANSIOSO-DEPRESSIVOS MENORES ENTRE ESTUDANTES<br />

DO CURSO DE MEDICINA ATRAVÉS DE COMPARAÇÃO COM GRUPO SEMELHANTE DO CURSO DE MEDICINA<br />

VETERINÁRIA.<br />

Dibo, RPL;Freitas, MR;Ribeiro, RF;Santos, TC<br />

ACOLHIMENTO DO NOVO ESTUDANTE DE MEDICINA POR MEIO DA MENTORIA DE PARES. EXPERIÊNCIA DO CURSO<br />

DE MEDICINA DA UNIFENAS-BH.<br />

Bernar<strong>de</strong>s, LHG;Ramos, NN ;Faria, RMD<br />

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA (QV): ESTUDO DE COORTE RETROSPECTIVO EM ESTUDANTES DO CURSO DE<br />

MEDICINA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE SOROCABA<br />

Libardi, MC;Caldas, RLRMH;Souza, PD;Senger, MH;Dias, JCR;Bonadio, AC<br />

TEMA: PÓS-GRADUAÇÃO LATO E STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO E DE TRABALHO DOCENTE DOS PÓS-GRADUANDOS DA FACULDADE DE MEDICINA<br />

DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL: 2000-2007<br />

Pedroso, SRS<br />

OS DESAFIOS DA MUDANÇA NAS PÓS-GRADUAÇÕES - CONTRIBUIÇÕES DO MOVIMENTO ESTUDANTIL<br />

Cavalcanti, FOL;Oliveira Neto, A;Rabello, E<br />

POSSÍVEIS ASSOCIAÇÕES ENTRE ATIVIDADES EXTRACURRICULARES DURANTE A GRADUAÇÃO EM MEDICINA E<br />

REALIZAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />

Borges, DGS;Suzuki, MM;Moraes, M;Reinesch, J;Del-Ben, CM<br />

TEMA: HUMANIZAÇÃO<br />

MEDCINE: CINEMA NA EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

Archanjo, LR;Fraiz, IC<br />

AS CIÊNCIAS SOCIAIS NA EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

Archanjo, LR<br />

MORTE: FRACASSO, ACASO OU DESTINO? RELATO DE EXPERIÊNCIA DA OFICINA NO <strong>COBEM</strong> 2008<br />

Santos, ATRA;Orge, AB<br />

PROJETO NOVA IDADE: EXPERIÊNCIA DE GRADUANDOS DOS CURSO DE MEDICINA E ENFERMAGEM EM PROMOVER<br />

AUTONOMIA E QUALIDADE DE VIDA AOS IDOSOS.<br />

Nadai, FR;Figueira, LA<br />

40<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE<br />

Souza, IPMA;Jacobina, RR<br />

EMPATIA NA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE E FORMAÇÃO DE NOVOS MÉDICOS EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA:<br />

UM OLHAR QUALITATIVO<br />

Costa, FD;Azevedo, RCS<br />

PROJETO COMEÇANDO CEDO A RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE<br />

Schwam, JG;Loures, TP;Corso, LM<br />

A TRANSVERSALIDADE DA AÇÃO SOLIDÁRIA NA MEDICINA DA PUCRS<br />

Lopes, MHI;Salerno, MR;Costa, BEP;Sapiro, A;Razera, JC;Costa, SB<br />

PROJETO DE EXTENSÃO BOA NOITE, BOM DIA HUAP – UMA EXPERIÊNCIA DE HUMANIZAÇÃO ATRAVÉS DA ARTE<br />

Claro, LBL;Bragança, FCR;Montezano, VRS;Lanzieri, PG;Oliveira, APF;Silva, CNG<br />

O IMPACTO DA METODOLOGIA DE PROBLEMATIZAÇÃO PARA A AQUISIÇÃO DO PRECEITO HUMANIZADOR NA<br />

MEDICINA: UMA EXPERIÊNCIA ÉTICA, SOCIAL E EDUCACIONAL<br />

Andra<strong>de</strong>, SC;Deus, JÁ<br />

EDUCAÇÃO EM SAÚDE E SUAS VERSÕES NA HISTÓRIA BRASILEIRA<br />

Souza, IPMA;Jacobina, RR<br />

EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO A ATUAÇÃO MÉDICA FRENTE A MORTE POR PARTE DE IDOSOS SAUDÁVEIS E IDOSOS<br />

COM DOENÇA TERMINAL<br />

Guardia, BM;Nogueira-Martins, LA;Abud, CC<br />

APRENDENDO ASPECTOS HUMANISTAS E BIOÉTICOS DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE PELA OBSERVAÇÃO DO<br />

PAPEL DA CRIANÇA NA CONSULTA PEDIÁTRICA<br />

Silva,GCN;Ferreira,GAT;Lima,GO;Souza,GG;Gomes,GM;Rabelo, HKM<br />

SERIADOS MÉDICOS COMO INSTRUMENTO AFETIVO-EFETIVO DE HUMANIZAÇÃO NA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE<br />

Mourão, FC;Torres, JNL;Aires, PA;Cruz Neto, MF;Damasceno, CAR;Leite, AJM<br />

HANSENÍASE: UM MAL QUE AFETA O CORPO E A ALMA<br />

Barros, KGO;Fontana, PN;Souza, RPA;Santos, MC;Azevedo, SRS;Rego, SB<br />

ENSINANDO A MINHA ARTE<br />

Gue<strong>de</strong>s, FS<br />

PRÁTICASPOSSÍVEISDEHUMANIZAÇÃODOENSINOEMSAÚDE<br />

Ferreira, FP;Ferronato, FA;Garcia, MAA<br />

A IMPORTÂNCIA DO PISCO PARA A HUMANIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DA ÁREA DA SAÚDE]<br />

Aleixo, PN;Marques, TG;Nogueira, TAG;Zollinger, N;Teixeira, MR;Domiciano, RAM<br />

PROJETO SORRISO: UMA PROPOSTA DE HUMANIZAÇÃO DA SAÚDE<br />

Kophal, D;Biazi, CL;Domingues, GV;Vitória, AM<br />

DISCIPLINA DE ARTETERAPIA NA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO<br />

Cerqueira, HF;Aires, DMG;Farias, JB;Pinho, CS;Ferreira, RM<br />

A HUMANIZAÇÃO DA MEDICINA E A MEDICINA HUMANÍSTICA<br />

Gue<strong>de</strong>s, FS;Catapani, WR<br />

PIN-UBS CABO FRIO: UMA ESCOLA DO SUS EM LONDRINA; APRENDIZADO PARA A VIDA<br />

Ruzon, UG;Damaceno, DG;Vidotti, K;Reda,CC;Rocha, RJP;Campos, JJB<br />

ATENÇÃO À SAÚDE A PARTIR DE INICIATIVA ACADÊMICA: CONSTRUINDO PROFISSIONAIS HUMANIZADOS<br />

Fiorelli, PA;Silva, ER;Berach, FR;Chaar, LJ;Carra, RB;Liu, GKH<br />

ORTOTANÁSIA: A MODIFICAÇÃO DO DOGMA PELA INFORMAÇÃO<br />

Martinelo, LZ;Toledo, AP;Martinez, CAR;Priolli, DG<br />

ACADÊMICOS DE MEDICINA VÃO AO TEATRO PARA HUMANIZAR-SE ATRAVÉS DA ARTE<br />

Ramos, JB;Godoy, GS;Bosso, NCC;Branco, RFGR<br />

RECEPÇÃO AOS INGRESSANTES DA FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS-FASE: UMA PROPOSTA DE<br />

ACOLHIMENTO<br />

Gol<strong>de</strong>nstein, AHTR;Midão, CMV;Reis, LVT;Earp, MTS;Teodoro, TF<br />

REFLEXÕES SOBRE A ACEITAÇÃO DA ORTOTANÁSIA EM FUTUROS PROFISSIONAIS DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO<br />

JURÍDICO<br />

Martinelo, LZ;Toledo, AP;Martinez, CAR;Priolli, DG<br />

41<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O ENSINO DE LIBRAS COMO PRÁTICA HUMANIZADORA NO CURSO DE MEDICINA-RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Souto, MMM;Alves, ECF<br />

A IMPORTÂNCIA DE UM PROGRAMA DE QUALIDADE DE VIDA COMO FORMA DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS NA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF<br />

Marques, AS<br />

NARRATIVA DE CASOS E VIVÊNCIAS NO INTUITO DE APROFUNDAR O ESTUDO DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE<br />

Mourão, FC;Torres, JNL;Damasceno, CAR;Oliveira, GJ;Cruz Neto, MF Cruz;C Filho, AC; Dias, TL;Pereira, FA;Barbosa, PMA;<br />

Monteiro, RL;Doriguêtto, MS<br />

PERCEPÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AMBIENTE E SAÚDE POR USUÁRIOS DO SUS, NO DISTRITO SANITÁRIO ESCOLA DO<br />

CURSO DE MEDICINA DA UCG<br />

Carvalho, IGM;Carvalho, GM;Carvalho, GS<br />

AMPLIANDO A VISÃO HUMANISTA DO ESTUDANTE DE MEDICINA: A EXPERIÊNCIA DO ABRAÇARTE.<br />

Guimarães, YL;Nehmy, RMQ;Mota, JAC;Silva, SNB;Marques, LFPL;Diniz, PA<br />

I SEMANA DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE(SRMP): UMA NOVA VISÃO SOBRE A CONSULTA MÉDICA.<br />

Cruz Neto, MF;Oliveira, GJ;Torres, JNL;Mourão, FC;Silveira, MD;N Filho, AC<br />

A IMPORTÂNCIA DO SABER HUMANÍSTICO NA GRADUAÇÃO MÉDICA<br />

Torres, MVN;Castro, MA;Aragao, JCS<br />

ESTRATÉGIAS DE COPING EM ESTUDANTES DE MEDICINA - EIXO DO DESENVOLVIMENTO PESSOAL<br />

Carneiro, EA;Branco, RFGR;Lopes, LHM;Faria, RGJ;Souza, TC;Mees, AV<br />

AVALIAÇÃO DA HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE EM UM MUNICÍPIO DA AMAZONIA<br />

Ciantelli, GL;Leonato, DD;Oliveira, AMFF;Torquato, MT;Watanabe, J;Fischer, HZ<br />

TEATRO LÚDICO UMA FORMA DE HUMANIZAR<br />

Chiovatto, RD;Briones, BS;Ignoto, BG;Luccas, LAL;Villanova, P;Ezcurra, TCSP<br />

A VISÃO HUMANÍSTICA DO ALUNO NA IMPLANTAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO SUS PELOS CENTROS DE ATENÇÃO<br />

PSICOSSOCIAL.<br />

Nogueira, TAG;Teixeira, MR;Zollinger, N;Aleixo, PN;Domiciano, RAM;Marques, TG<br />

HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE: ATUAL CONTEXTO<br />

Silvério, LR;Mello, CM;Vieira, KA;Bo<strong>de</strong>van, M;Nishitani, R;Vaucher, RO<br />

POR FAVOR, FALEM-ME DA MORTE<br />

Costa, EMA;Coleti, HM;Marques, HJGG;Fonseca, MS;Cardoso, MCC;Kegel, PVP<br />

EMPATIA, RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE E FORMAÇÃO EM MEDICINA: UM OLHAR QUALITATIVO<br />

Costa, FD;Azevedo, RCS<br />

SESSÕES INTERATIVAS EM EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE –SIEPS: HUMANIZANDO O ATENDIMENTO:<br />

OUVINDO E CUIDANDO DA PESSOA<br />

Ezequiel, MCDG;Pontes, MAG;Bittencourt, SVS;Carstens, LA;Christ, RCC;Vieira, SM<br />

NARRADORES DE PASSAGEM<br />

Abreu, LA;Antonio, MR;Jaskonis, SR;Kaczorowski, E<br />

ESTRATÉGIAS DE INSERÇÃO DA SUBJETIVIDADE DO PACIENTE NA APRENDIZAGEM DA ANAMNESE NA ESCS-DF<br />

Paranaíba, VF;Balduino, PM;Palis, FP;Almeida, HO;Trinda<strong>de</strong>, EMV<br />

PROCURA - A ARTE DA VIDA: CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO DE HUMANIZAÇÃO POR ESTUDANTES DE MEDICINA]<br />

Borges, CR;Bertolini, PA;Staziaki, PV;Santos, MCR;Neves, NN;Azevedo, ER<br />

RELATO DA EXPERIÊNCIA DE ORIENTAR ALUNAS DO INTERNATO DO CURSO DE MEDICINA NUMA LINHA DE<br />

PESQUISA SOBRE HUMANIZAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL<br />

Pereira, SMP;Santos, AVR;Carmo, APAC;Venâncio, LT;Cardoso, LMB;Ma<strong>de</strong>r, MS<br />

PROJETO APROXIME<br />

Lima, DC;S Júnior, JG;Vieira, AC<br />

O ENSINO DE HUMANIDADES NA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO<br />

[DISSERTAÇÃO DE MESTRADO<br />

Kertzman, NTSM;Ribeiro, MCSA<br />

A FORMAÇÃO HUMANÍSTICA DENTRO DAS NOVAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS: REFLEXÕES SOBRE A<br />

FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DE MEDICINA FRENTE AO PACIENTE TERMINAL ONCOLÓGICO<br />

Mansur, M;Novaes, MM;Teixeira, LS<br />

42<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


PREVALÊNCIA DE TRAÇOS DE PERSONALIDADE ENTRE OS ESTUDANTES DE MEDICINA NA PERCEPÇÃO SUBJETIVA<br />

DE SEUS PARES.<br />

Mendonça, ME;Machado, RR;Moreira, RK;Teixeira, DA<br />

A HUMANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE DURANTE A IMPLEMENTAÇÃO DE MÉTODOS ATIVOS DE ENSINO<br />

APRENDIZAGEM<br />

Silva, RHA<br />

MEDICINA E MÚSICA: A EXPANSÃO DE UM PROJETO DE SUCESSO<br />

Ferraz, LMF;Soares, GP;Batista Junior, FFA;Teixeira, ACV;Silva, RL<br />

HUMANIZAÇÃO DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE: É ALGO QUE SE POSSA ENSINAR?<br />

Couto, CRO<br />

O CINEMA NO CENÁRIO DA HUMANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

Borges, CR;Furtado, VF;Cenci, J;Pina, FK;Adriazola, IO;Staziaki, PV<br />

PROJETO MÉDICOS DO RISO: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA EM HUMANIZAÇÃO.<br />

Lana, V;Bal<strong>de</strong>z, CS;Souza-Neto, I;Alvim, RC;Gotar<strong>de</strong>lo, DR<br />

VILA PARAÍSO – UM RELATO MÉDICO<br />

Davanso, SM<br />

FORMAÇÃO MÉDICA MAIS HUMANISTA: ASPECTOS RELEVANTES PERCEBIDOS POR ESTUDANTES DE MEDICINA EM<br />

MACEIÓ.<br />

Azevedo, CC;Ribeiro, CECG;Correia, DS;Miranda, MPM;Cavalcanti, SL<br />

TREINAMENTO CLÍNICO DE ESTUDANTES DE MEDICINA À BEIRA-DO-LEITO: A PERSPECTIVA DO PACIENTE<br />

HOSPITALIZADO NO HULW/UFPB<br />

Pereira, GCB;Santiago, LD;Pacheco, PV;Veloso, BN;Maroja, JLS;Sousa-Muñoz, RL<br />

MEDICINA E ESPIRITUALIDADE: REFLEXÕES SOBRE A MORTE<br />

Franco, LFLG;Silva, AP;Melo, CB;Ponte, AML;Vasconcelos, GC;Oliveira, ES<br />

A ARTE DE RE-CRIAR NOVAS COMPREENSÕES DE SAÚDE<br />

Dametto, CA;Oliveira, MS;Luna, WF;Bettini, RV<br />

ALEGRIA E SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA DE HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR<br />

Castro, DV;Migliorini, TR;Archanjo, LR;Folly, P;Santos, C;Tamura, AS<br />

VISITA E AVALIAÇÃO DOS ATENDIDOS PELO GRUPO DE APOIO À CRIANÇA COM CÂNCER (GACC-AM): MODELO DE<br />

GESTÃO E CUIDADOS A CRIANÇAS COM CÂNCER.<br />

Ribeiro, TA;Bacelar, BRB;Carlos, DS;Thomaz, EOJ;Silva, MAF;Rodrigues, ABO<br />

SEMANA DOS CALOUROS<br />

Pinto, JV;Carmo, ALS;Silva, CM<br />

EM BUSCA DA HUMANIDADE PERDIDA. ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Bertoldi, SG;Braga, FB<br />

QUEROSANGUEDECALOURO<br />

Novaes, MD;Passos, MPP;Oliveira, LB;Pereira, PCM<br />

HUMANIZAÇÃO NAINTERAÇÃO ACADEMIA-SERVIÇO-COMUNIDADE: AEXPERIÊNCIAACADÊMICADO EXAME<br />

DE TOQUE RETAL<br />

Carvalho, GM;Gomes, RO;Zai<strong>de</strong>n, TCDT;Ávila, LP;Carvalho, IGM;Carvalho, GS<br />

PERCEPÇÃO DOS ACOMPANHANTES DOS PACIENTES DA ENFERMARIA PEDIÁTRICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO<br />

ACERCA DAS VISITAS DOS DOUTORES-PALHAÇOS DO PROJETO Y DE RISO, SORRISO E SÁUDE<br />

Oliveira, CPV;Mota, GM;Mota, DMC;Arrais, RH;William, LH;Machado, MMT<br />

O ENSINO DA PSICANÁLISE COMO PROPOSTA PARA PRÁTICAS DE ATENDIMENTO HUMANIZADO<br />

Amaral, AO;Oliveira, TS;Ferreira, DB;Me<strong>de</strong>iros, LJS;Gurgel, FA<br />

PROJETO 90 FACES- FESTIVAL ACADÊMICO DE CULTURA E SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA ACERCA DE PROJETO DE<br />

INTERVENÇÃOARTÍSTICAPARAADISCUSSÃOPOLÍTICANAÁREADASAÚDE.<br />

Lima,VN;Nascimento,HCO;Moura,AA;Monteiro, JCMS;Brabo, BS;Pinto, KD<br />

QUALIHUPE: UM PROJETO DE EXTENSÃO EM BUSCA DE SUA CONSOLIDAÇÃO NO HUPE<br />

Chazan, ACS;Ramos, CHV;Machado, A;Batista, L.P;Marchesi, PP<br />

AS INTERVENÇÕES DA APOIADORA INSTITUCIONAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM PASSO FUNDO: O<br />

TRABALHO EM REDES E AS BASES PARA A CONSTRUÇÃO DO GTH.<br />

Borges, DT<br />

43<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


MYNY-CURSO: UMA PROPOSTA DE DISSEMINAÇÃO DA PALHAÇOTERAPIA COMO FORMA DE HUMANIZAÇÃO DA<br />

MEDICINA.<br />

Mota, DMC;Mota, GM;Nobrega, BN;Oliveira, CPV;Aires, PP;Oliveira, TF<br />

PROJETO MAIS: MANIFESTAÇÕES DE ARTE INTEGRADAS À SAÚDE. A MÚSICA QUE CURA O CORPO , O CORAÇÃO E A<br />

ALMA NA UTI<br />

Almeida, CAV;Maia, LC;Gomes, CEP;Silva, MAB;Sá, CG;Silva, AR<br />

ASPECTOS DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA ENTRE PROFESSORES E ALUNOS DA FACULDADE DE MEDICINA DA<br />

UFPA.<br />

Ramalho, AS;Pereira, BP;Bahia, SHB<br />

PSICOLOGIA MÉDICA E TUTORIA: A IMPORTÂNCIA DA AÇÃO CONJUNTA NA HUMANIZAÇÃO DO ACADÊMICO<br />

Bertoldi, SG;Frozza, AR;Palmeira, GF;Ribeiro, HMF;Domingos, VS;Dussin, V<br />

SINTOMAS DE ESTRESSE ENTRE PROFESSORES E ALUNOS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DO PARÁ.<br />

Pereira, BP;Ramalho, AS;Bahia, SHA<br />

O AMBIENTE ACADÊMICO DA FACULDADE DE MEDICINA E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ESTABELECIDAS ENTRE<br />

PROFESSORES E ALUNOS.<br />

Pereira, BP;Bahia, SHA;Ramalho, AS<br />

A PRÁTICA DOCENTE NA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ SOB O OLHAR DOS<br />

DOCENTES.<br />

D‘Oliveira, LMR;Bahia, SHA;Ramalho, AS;Pereira, BP<br />

ESTRESSE ENTRE MÉDICOS DOCENTES E NÃO DOCENTES DE MACEIÓ<br />

Soares, FJP;Calheiros, LHB;Ferro, DF;Vieira, BB;Cavalcante, ML;Moura, LL<br />

ARTE E LITERATURA NO ENSINO MÉDICO E AS FERRAMENTAS DIGITAIS<br />

Oliveira, CPV;Azevêdo, MFV;Canamary. VT;William, LHW<br />

ANÁILISE DA CONSULTA MÉDICA EM UM AMBULATÓRIO DE ENSINO<br />

Ballester, D;Escobar, AMU<br />

PERFIL DO ALCOOLISMO ENTRE ACADÊMICOS DO TERCEIRO ANO DE MEDICINA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO<br />

AMAZONAS – UFAM<br />

Chaves, AECC;Leite, FM;Rebelo, VR;Silva, FH;Brandão, HCS;Me<strong>de</strong>iros, SGGAM<br />

A ATIVIDADE LÚDICA COMO INSTRUMENTO DE HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR DE<br />

CRIANÇAS ATENDIDAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY<br />

Figueiredo, NAL;Domingues, MA;Pereira, GCB;Ramirez, VDA;Me<strong>de</strong>iros, CF<br />

TROTE NA FACULDADE DE MEDICINA COMO UMA AÇAO AFIRMATIVA<br />

Curado, SCA;Amaral, PH;Kor<strong>de</strong>iro, P;Rocha, J;Amorin, A<br />

PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES ACERCA DO ACOLHIMENTO EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DE JOÃO<br />

PESSOA-PB<br />

Fernan<strong>de</strong>s, MGB; Oliveira, JS; Machado, PRM; Figueiredo, NAL;Vasconcelos, FKB; Simon, E<br />

MODELO PSICOSSOCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA DA UFG COM PACIENTE EM<br />

TRATAMENTO AMBULATORIAL DE LMC<br />

Araùjo, LC;Marçal, LP;Barbosa, US;Bittencourt, KT;Passos, LM;Nogueira, TG<br />

TEMA: EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SAÚDE<br />

FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA PARA A ENVELHECIMENTO ATRAVÉS DO TELESSAÚDE<br />

Motta, LB;Monteiro, A;Taborda, M<br />

TUTORIA PARA RECURSOS ON-LINE COMPLEMENTARES AO ENSINO PRESENCIAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE<br />

Silva, ACCG;Ferreira Jr, M<br />

ANÁLISE DESCRITIVA DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DIGITAIS NO AMBIENTE DO MOODLE PARA O ENSINO EM<br />

MEDICINA: UMA EXPERIÊNCIA PARA AVALIAR A INTERAÇÃO COM OS CONTEÚDOS DA ÁREA DE SAÚDE COLETIVA<br />

Camara, GR<br />

INFORMAÇÃO OU PROPAGANDA? MATÉRIAS SOBRE SAÚDE PUBLICADAS NA REVISTA VEJA<br />

Arrais, IVA;Archanjo, LR<br />

44<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


AVALIAÇÃO DAS INTERAÇÕES DISCENTES NO ENSINO EM MEDICINA MEDIADO POR AMBIENTES VIRTUAIS: TRAÇOS<br />

CARACTERIZADORES DA APRENDIZAGEM<br />

Rocha, JSY;Galvão, MCB;Caccia-Bava, MCGG;Ferreira, JBB<br />

UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DE APRENDIZADO ELETRÔNICO NA ETAPA CLÍNICA POR PROFESSORES E ESTUDANTES<br />

DE MEDICINA<br />

Cintra, ADR;Peres, CM<br />

GINCANA VIRTUAL: UMA ABORDAGEM DIFERENCIADA DO ENSINO DE HISTOLOGIA PARA OS ALUNOS DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ<br />

Fontenele, NKP;Justa, GCG;Botelho, KP;Vale, JS;Nunes, NG;Ponte, AML<br />

INFORMARTE - A INFORMAÇÃO DE DENTRO DO CORAÇÃO<br />

Brito, EAT;Pessoa, BHS;Oliveira, AC; Pinto Junior, FEL;Jácome, AHS;Sousa, TJLM<br />

MEDCASE - AVALIAÇÃO DE UM SOFTWARE EDUCACIONAL PARA ESTUDO DE CASOS CLÍNICOS<br />

Oliani Júnior, H;Pinto, D;Barreto, B;Cardoso, M;Ballester, DA<br />

REAVALIANDO AS INFORMAÇÕES DE SAÚDE DISPONIBILIZADAS NA INTERNET: ATIVIDADE REALIZADA PELOS<br />

ACADÊMICOS DA ÁREA DA SAÚDE<br />

Trinda<strong>de</strong>, CS;Stenzel, LM;Reppold, CT;Rodrigues, BS;Tramontt, CR<br />

FORMAÇÃO DE GRUPOS COOPERATIVOS PARA EDUCAÇÃO À DISTANCIA: DESAFIOS E EXPERIÊNCIA DO GRUPO<br />

COOPERATIVO BRASILEIRO DE SÍNDROME MIELODISPLASICA EM PEDIATRIA<br />

Campanaro, CM;Favoretto, M;Niero, L;Lopes, LF<br />

REPERCUSSÕES ACADÊMICAS DOS DOIS ANOS DE PUBLICAÇÃO DA REVISTA ELETRÔNICA PESQUISA MÉDICA<br />

Fontenele, NKP;Alencar, VTL;Câmara, GMMS;Rodrigues, EJM;Barreto, ARF;Magalhaes, PJC<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A CONSTRUÇÃO DE UM AMBIENTE DIGITAL E ONLINE PARA DISSEMINAÇÃO DE<br />

INFORMAÇÃO (BIBLIOTECA DE RECURSOS DIGITAIS) NA ESCOLA PERNAMBUCANA DE MEDICINA.<br />

Maranhão, RC;Melo, MCM;Falbo Neto, GH<br />

FORMAÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA EM SAÚDE NO AMBIENTE VIRTUAL MOODLE<br />

Ruiz-Moreno, L;Batista, SH;Abdalla,IG;Maia,JÁ;Sonzogno,MC<br />

WWW.UNIVERSIDAIDS.UFAL.BR: A SAÚDE AO ENCONTRO DO POVO NO ESTADO DE ALAGOAS<br />

Riscado, JLS;Oliveira, LJ<br />

LIGA DE TELESSAUDE - A EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DA PUCRS<br />

OlianiJunior,H;Cardoso,RB;Schirmer,CL;DeDavid,CN;Freitas,F;Russomano,T<br />

O AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA DISCIPLINA PSICOLOGIA MÉDICA<br />

(EBMSP – BA)<br />

Casta, AC;Araújo, DGB<br />

O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA E A TERMINOLOGIA MÉDICA<br />

Gotar<strong>de</strong>lo, DR;Silva, APA;Oliveira, IT;Paula, IFM;Faria, SRAB;Tavares, WF<br />

TELEMEDICINA – SESSÕES CLÍNICAS PARA O INTERNATO (TELECLIN)<br />

Pedrosa, CR;Lopes, LR;Albuquerque, NF;Santos, PR;Whestphal, FL;Romano, RJB<br />

ANÁLISE CRÍTICA DA CONTRIBUIÇÃO DA REVISTA DE MEDICINA PARA O ENSINO MÉDICO<br />

Aranha, MR;Bigaton, FJ;Vasconcelos, LM;Pincelli, MS;Paes, VR;Silva, TM<br />

INSERÇÃO DE UM PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DE APRENDIZAGEM DENTRO DO MODELO PBL UTILIZANDO A<br />

METODOLOGIA DE ENSINO À DISTÂNCIA (EAD)<br />

Couto, LB;Reis, R;Atique, JM;Atique, PV;Silva, CP;Volpe, FAP<br />

ALTERNATIVAS PARA VIABILIZAÇÃO DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA: O CASO DO UNISIMERS<br />

Wal<strong>de</strong>mar, FS;Neto, PCS;Moreira, M;Furquim, L;Argollo, P;Wajner, A<br />

EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA DA ESCS COM RÁDIO COMUNITÁRIA<br />

Moura, TR;Alves, MM;Lima, BR;Meireles, MV;Coelho Neto, F;Betoni, JC<br />

TI APLICADA AO DIAGNÓSTICO E À DECISÃO TERAPÊUTICA NO CURSO DE MEDICINA DA UFPE<br />

Belian, RB<br />

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO VIRTUAL DE POLÍTICAS DE SAÚDE<br />

Silva, LGG;Silva Junior, AG;Souza, LN;Menezes, NLL;De Paula, RM;Koifman, L<br />

CURSO DE ENSINO À DISTÂNCIA PARA PROFISSIONAIS ATUANTES EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE<br />

Willrich, K;Rauber, F;Trinda<strong>de</strong>, C;Vitolo, MR<br />

45<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


ESTUDO PRELIMINAR DA UTILIZAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO AUXÍLIO AO DIAGNÓSTICO E<br />

APRENDIZADO DA OSTEOARTRITE DE COLUNA LOMBAR<br />

Veronezi, CCD;Rocha, EL;Steckert Filho, A;Rosa, MI;Simões, PWTA;Santos, RL<br />

RÁDIOS COMUNITÁRIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: É POSSÍVEL UMA COMUNICAÇÃO PARTICIPATIVA E<br />

BASEADA NO CUIDADO?<br />

Oliveira Neto, A;Pinheiro, R<br />

USO DA PLATAFORMA WIKI COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA CURSOS<br />

DE MEDICINA.<br />

Leal, SPB;Câmara, GMMS;Barreto, ARF;Fernan<strong>de</strong>s, TA;Melo, DLR;Magalhães, PJC<br />

TEMA: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA<br />

QUALIDADE DE VIDA DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DA ESCOLA AUGUSTO NUNES – PARNAMIRIM (RN)<br />

Barbosa, JBF; Pinto Junior, FEL; Diniz, GBF; Bremgartner, HLC; Carvalho, IAA; Lopes, J.J.D<br />

INTERAÇÃO ENTRE A LIGA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO AMAZONAS E SOCIEDADE BRASILEIRA DE<br />

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA – REGIONAL AMAZONAS NO EVENTO WORKSHOP DE ORTOPEDIA E<br />

TRAUMATOLOGIA DA LOT-AM<br />

Santos, JHPS; Albuquerque, NF; P Junior, JB; Oliveira, MHO<br />

PARTICIPAÇÃO DA LIGA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA NA SEMANA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA<br />

Santos, JHP;Junior, EAR;Albuquerque, NF; P Junior, JB; Oliveira, MHA<br />

PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA E CONTROLE DA ASMA (PACA): APRENDENDO A LIDAR COM PACIENTES CRÔNICOS NA<br />

PRÁTICA MÉDICA AMBULATORIAL<br />

Priante, FC; Pereira, RE; Silva, RM; Lima, VP; Cardoso, MSL<br />

ORIENTAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA<br />

Cabral,SLA;Alves,KGF;Pessoa,IL;Pontes,IGP;Silva,RGR<br />

ATLAS DIGITAL 3D DE BOLOGIA CELULAR<br />

Benalia, VHC; Ferreira, JMC; Utagawa, CY<br />

LIGAS ACADÊMICAS: EXPERIÊNCIA DO 2º ANO DA LIGA BAIANA DE CIRURGIA PLÁSTICA E SEU PAPEL NA<br />

FORMAÇÃO ACADÊMICA<br />

Mendonça, LES; Men<strong>de</strong>s, RRS; Lima, DSC; Cunha, MS; Meneses, JV<br />

APROXIMANDO O ESTUDANTE DO ENSINO BÁSICO ÀS QUESTÕES RELACIONADAS AO CORAÇÃO<br />

Hemerly, RA; Barbosa, YT; Soares, MHFB; Figueiredo, ACR<br />

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA CONSTRUÇÃO DA PERSONALIDADE INFANTIL<br />

Rosa,MTN;Goulart,RMR;Soares,LS;Campos,AR;Silva,SF;Scalia,G<br />

GRUPO DE ESTUDOS EM ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA DA FAMED/UFAL: VIVÊNCIAS DE EDUCAÇÃO EM<br />

SAÚDE COM USUÁRIOS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES - HUPAA - NO DIA MUNDIAL<br />

DO DIABETES (14/11/2008)<br />

Silva, JÁ; Barros, MC; Sales, NRH;Souza,RF;Silva,SO;Fraga,TS<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA: O CONTATO DO ACADÊMICO DE SAÚDE COM O ATENDIMENTO NO SISTEMA PRISIONAL<br />

NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA-GO<br />

Lemes, AM; Aurione, ACV; Alves, DMR; Silva Filho, CL; Silva, FL; Amaral, WNA<br />

ORGANIZAÇÃO DO XII CURSO BÁSICO DE ONCOLOGIA - RELATO DE EXPERIÊNCIA<br />

Torres, RVA; Rocha, JIX; Cruz, DA; Figueiredo Filho, AC; Vale, JS; Barbosa, JPC<br />

PREVENÇÃO DO TABAGISMO COM ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM ESCOLAS DE BOTUCATU/SP:<br />

EXPERIÊNCIA DA LIGA DE PNEUMOLOGIA DE BOTUCATU<br />

Abe, MH; Viveiros, PG; Santos, KJ; Amorim, FHR; Fukumoto, ECG; Godoy, Irmã<br />

EXPERIÊNCIA DA LIGA DE PNEUMOLOGIA DE BOTUCATU NO PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE CAMPANHA DE<br />

CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE TUBERCULOSE<br />

Viveiros, PG; Abe, MH; Legramandi, OP; Santos, VV; Oliveira, CC; Souza, LR<br />

INOVAÇÕES NAS ATIVIDADES DE MONITORIA NA DISCIPLINA DE FARMACOLOGIA DA UFAM<br />

Pereira, RE; Elami<strong>de</strong>, BC; Almeida, RA; Silva, APS; Costa, LC; Avelino, FGS<br />

A IMPORTÂNCIA DA UNIVERSIDADE NO COMBATE A HANSENÍASE, CAPACITANDO ACADÊMICOS, AGENTES<br />

COMUNITÁRIOS E PROMOVENDO AÇÕES DE RECICLAGEM PARA OUTROS PROFISSIONAIS DE SAÚDE<br />

Melo, DJ; Figueiredo, PVT; Leutenegger, IA; Calheiros, LHB; Silva, RR<br />

46<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


ATENÇÃO ÀS CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS DO ABRIGO MOACIR ALVES: PERSPECTIVAS DA ATIVIDADE<br />

DA LIGA UNIVERSITÁRIA DE NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA DO AMAZONAS<br />

Aguila, MARD; Martins, MS; Delfino, ACG; Matos, DC<br />

MEDENSINA: PROMOVENDO A INCLUSÃO SOCIAL<br />

Barros, HLFG; Carvalho, GM; Quirino, AEL; Carvalho, AT, Sant´ana, ALH<br />

PALESTRAS EDUCATIVAS EM ESCOLAS PÚBLICAS: PROMOÇÃO À SAÚDE COMO ENSINO MÉDICO<br />

Tauro, RLAM; Daud, MO; Konkiewitz, EC<br />

PROMOÇÃO DA SAÚDE DO JOVEM NA ÁREA DA SEXUALIDADE HUMANA<br />

Lavoranti, MI; Lechinewski, LD<br />

LIGA ACADÊMICA DE CLÍNICA MÉDICA: UM COMPLEMENTO ÀS ATIVIDADES ACADÊMICAS DO CURSO MÉDICO<br />

Uchoa Júnior, BCM; Barros, GM<br />

PREVENÇÃO DE CÂNCER DE CAVIDADE ORAL EM IDOSAS<br />

Matos, AMB;Mesquita, C.E.C;Botelho, K.P;Campos, C.P.S;Matos, J.T.P.C.M;Coelho Filho, J.M<br />

GRUPO DE GESTANTES: ESPAÇO DE TROCAS DE CONHECIMENTOS E PROMOÇÃO DE SAÚDE<br />

Aurione, A.C.V;Amaral, P.C;Assis, M.R;Silva-Filho, C.L;Amaral, W.N<br />

REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE CURRICULAR DE EXTENSÃO (ACE) “AÇÕES EDUCATIVAS EM DIABETES MELLITUS COM<br />

ACADÊMICOS DA TERCEIRA IDADE ADULTA”, UFAM<br />

Kiyoku, E;Abensur, R.O;Silva, K.D.L.P;Silva, T.G;Silva, S.R.M.LLima, A.A<br />

A INTERFACE ENSINO-APRENDIZAGEM DA METODOLOGIA DA ATIVIDADE CURRICULAR DE EXTENSÃO (ACE)<br />

DESENVOLVIDA POR ACADÊMICOS DA UFAM<br />

Kiyoku, E;Abensur, R.O;Silva, K.D.L.P;Silva, S.R.M.L;Hashimoto, T.A;Alves, B.Q<br />

PET NAS ESCOLAS : EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PELA SUPERAÇÃO DE LIMITES E EXPANSÃO DE PERSPECTIVAS<br />

Barreto,A.R.F.;Sousa Júnior, J.A;Alencar, V.T.L;Fontenele, N.K.P;Rodrigues,E.J.M.;Magalhães,P.J.C.<br />

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: UM CAMINHO PARA O ENSINO EM MORFOLOGIA<br />

Oliveira, M.M.B;Furtado, S.C;Lima, A.A;Cunha, K.I.M;Mesquita, F.A.S;Coelho, F.L<br />

INTERESSES E EXPECTATIVAS DO ACADÊMICO DE MEDICINA EM PROJETOS DE EXTENSÃO COMO O PROGRAMA DE<br />

ASSISTÊNCIA E CONTROLE DA ASMA (PACA)<br />

Silva, RM;Priante, FC;Pereira, RE;Cardoso, MSL;Lima, VP;Matos, DC<br />

PARTICIPAÇÃO DOS ACADÊMICOS DA UFAM NA ATIVIDADE CURRICULAR DE EXTENSÃO INCENTIVANDO O<br />

CONHECIMENTO DA SAÚDE PREVENTIVA EM ESCOLA PÚBLICA DE MANAUS<br />

Abensur, RO;Kiyoku, E;Silva, K.D.L.P;Hashimoto, T.A;Silva, R.L;Nogueira, L.F<br />

REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE TEÓRICO-PRÁTICA SOBRE QUEIMADURAS PELO PROJETO ALFA-MANAUS: PRIMEIROS<br />

SOCORROS E PREVENÇÃO DE ACIDENTES<br />

Abensur, R.O;Silva, C.M;Melo, N.C;Padilla, R;Lima, A.R;Thomaz, E.O.J<br />

REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE TEÓRICO-PRÁTICA SOBRE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR<br />

Melo, N.C.;Padilla, R.;Silva, C. M.;Barros, P.S.;Junior, H.O.M.;Junior, A. H. M.<br />

GRUPO DE ESTUDO DA ATIVIDADE CURRICULAR DE EXTENSÃO AÇÕES EDUCATIVAS COM ACADÊMICOS DA<br />

TERCEIRA IDADE ADULTA EM DIABETES MELLITUS, MANAUS/AM<br />

Libório, S.R.M;Oliveira, A.A;Kiyoku, E;Freire, M.A.C;Silva, K.D.P;Abensur, R.O<br />

COMUNICA: SAÚDE ALÉM DAS FRONTEIRAS DA UNIVERSIDADE E DA COMUNICAÇÃO<br />

Santos, N.V; Vilela, M.S;Seixas, D.A;Bragança, R.D;Costa, C.R;Guerra, L.B<br />

A ATUAÇÃO DA LIGA ACADÊMICA DE DOENÇAS ENDÓCRINO METABÓLICAS NO APERFEIÇOAMENTO<br />

PROFISSIONAL<br />

Ullmann, R.F.B.;Soares, F.A.E.;Jatene, N.;Neiva, M.A.O.O.;Marques, G.I.G.;Francescantônio, I.C.C.M.<br />

CONSTRUINDO PRÁTICAS DE COLABORAÇÃO E DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO: UMA EXPERIÊNCIA DE<br />

ACADÊMICOS DE MEDICINA DO PROJETO “DISQUE AMAMENTAÇÃO” DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA<br />

Faria, P.V.;Prado, M.;Lopes, E. A.;Oliveira, A.M.M.;Abdallah, V.O.S.<br />

ÁLBUNS SERIADOS: INSTRUMENTO CHAVE PARA O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM INOVADOR<br />

Cotta, R.M.M;Rodrigues, J.F. <strong>de</strong> C.;Reis, R.S.;Campos, A.C.M.;Sant‘Ana, L.F. da R.;Castro, F.A.F <strong>de</strong><br />

A EXPERIÊNCIA DA LIGA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA DE BOTUCATU (LGGB) NA PROMOÇÃO DA FEIRA DO<br />

IDOSO 2008<br />

Miguel, M.M.;Cruvinel,M.C.F.P.;Oliveira, C.C.;D‘Oliveira, C.H.;Thomazi, R.;Boas, J.P.F.V.<br />

47<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


POLUIÇÃO E DOENÇAS CARDIOVASCULARES: O PAPEL DA LIGA DE CARDIOLOGIA NA AMPLIAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

DE APRENDIZAGEM<br />

Alves, T.O.;Giro, C.;Scharra, A.V.;Gava, I.A.;Naveiro, L.T.;Mesquita, E.T.<br />

LIGA UNIVERSITÁRIA DE NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA DO AMAZONAS: ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E<br />

PROMOÇÃO DE ATIVIDADES EXTRA-CURRICULARES NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DOS ALUNOS<br />

Martins, M.S.;Aguila, M.A.R.D.;Delfino, A.C.G.;Matos, D.C.<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NO CIT/AM – ANÁLISE QUANTITATIVA E QUALITATIVA DAS PALESTRAS<br />

ABERTAS REALIZADAS DURANTE O PRIMEIRO SEMESTRE DE 2008<br />

Carlos, D.S.;Ribeiro. T.A.;Machado, E.C.;Simpson, D.C.;Paula, M.S.<br />

PROJETORONDON:CAPACITAÇÃOEMSAÚDEEMUMMUNICÍPIODAAMAZÔNIA<br />

Leonato, D.D.;Ciantelli, G.L.;Silva, T.P.;Torquato, M.T.;Oliveira, A.M.F.F.;Mores, S.G.<br />

O PAPEL DA LIGA ACADÊMICA DE DOENÇAS ENDÓCRINO METABÓLICAS NA FORMAÇÃO DOS ACADÊMICOS DE<br />

CURSOS DA ÁREA DE SAÚDE<br />

Marques, G.I.G.;Ullmann, R.F.B.;Neiva, M.A.O.O.;Jatene, N.;Soares, F.A.E.;Francescantônio, I.C.C.M.<br />

IMPORTÂNCIA DAS OFICINAS DE SAÚDE NO PROJETO ESPAÇO CULTURAL PAGU – ASSENTAMENTO SANTO DIAS<br />

Bonfim, N. C.;Rosa, E. L.;Araújo, H. A. C.;Martins, K.;Silveira, L. B.;Cassin, M.<br />

COMPARAÇÃO DO CONHECIMENTO ENTRE A POPULAÇÃO GERAL E ACADÊMICOS DE MEDICINA SOBRE<br />

TRANSPLANTE DE CÓRNEA E SUA INFLUÊNCIA NO DESEJO DE SER DOADOR<br />

Guerreiro, A.G.;Aguiar, L.P.;Filho, M.A.B.A.;Correia, R.O.;Costa, J.V.G.;Neto, J.F.S.<br />

PROJETO DE EXTENSÃO “PROMOÇÃO DA SAÚDE DO JOVEM E ADOLESCENTE NA ÁREA DE SEXUALIDADE HUMANA”<br />

DIRECIONADO PARA DEFICIENTES AUDITIVOS<br />

Furlan, J. A.;Nogueira, I. R.<br />

EXPERIÊNCIA EM EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA FACULDADE SÃO LUCAS EM PARCERIA COM A UNIVERSIDADE DE<br />

SÃO PAULO EM RONDÔNIA, AMAZÔNIA<br />

Santiago, M.;Parente, MA;Gazola, E;Silva, YPG;Camargo, LMA<br />

LIGA DA MAMA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA PREVENÇÃO E COMBATE<br />

AO CÂNCER DE MAMA<br />

Guimaraes, MR;Santos, RO;Soares, LR;Rodrigues, DCN;Rahal, RMS;Freitas Júnior, R<br />

PROJETO PEQUENOS DOUTORES DE RONDÔNIA<br />

Camargo, LMA;Carvalho, A.A.;Morais, M.A;Araújo, EAC;Leão, ED;Gazola, EA<br />

SAÚDE NA ESCOLA: SABERES COMPARTILHADOS PARA O ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA DO HIV/AIDS<br />

Klink, GA;Alcântara, MM;Guimarães, PSA;Nascimento, CS;Santos, NN;Teixeira, F<br />

EXPERIÊNCIA DA LIGA DE DOR DE SOROCABA COMO ATIVIDADE EXTRACURRICULAR<br />

Moda, M;Leonato, DD;Reis, NI;Inoue, CSL;Secco, MFM;Senne, AM<br />

LIGA DE ESTUDOS EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA: UMA ATUAÇÃO PRÁTICA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA<br />

Mota, G.M.; Almeida, D.P.; Gonçalves, E.R.; Nunes, N.G.; Martins, O.G.; Hyppólito, S.B.<br />

NASCIMENTO DO SHUFFLE - STUDENTS HELP UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE IN LITERATURE EXPORT<br />

Costa,I.C.B.O.;Porzsolt,F.; Thomaz,T.G.<br />

CLUBE DA EVIDÊNCIA<br />

Camargo, N.R.T.;Valente, P.K.;Dusi, R.A.;Vieira, I.V.<br />

O PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DAS LIGAS ACADÊMICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU/UNESP<br />

Hamamoto Filho, P.T.; Venditti, V.C.; Oliveira, C.C.; Vicentini, H.C.; Ribeiro, J.T.R.; Schellini, S.A.<br />

A FEIRA DE SAÚDE COMO FORMA DE APROXIMAÇÃO COM A COMUNIDADE: A EXPERIÊNCIA DA LIGA DE CIRURGIA<br />

DE BOTUCATU (LCB)<br />

Miguel, L.; Men<strong>de</strong>s, D. P.; Braghiroli, K. S.; Silva, L. A.; Silva, P. C. M.; Pajolli, P. I. R.<br />

PARTICIPAÇÃO DA ATIVIDADE CURRICULAR DE EXTENSÃO (ACE) “AÇÕES EDUCATIVAS COM ACADÊMICOS DA<br />

TERCEIRA IDADE ADULTA EM DIABETES MELLITUS” EM PROGRAMA DE TELEVISÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO<br />

AMAZONAS.<br />

Silva, K.D.L.P; Kiyoku, E.; Abensur, R.O.; Libório, S.R.M.; Silva, R.L.; Freire, M.A.C.<br />

LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA DA UNCISAL – APRIMORANDO O CONHECIMENTO E ATUANDO EM PROL DA<br />

COMUNIDADE.<br />

Barros, H. L. F. G.;Carvalho, G. M.;Moreira, S. P. T.; Silva, T. M.; Monteiro, G. P. C.;Montenegro Júnior, J.<br />

SAUDARTE: LINGUAGEM CORPORAL<br />

Amim, S;Amim, B;Oliveira, L ;Amim, P<br />

48<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


SITE DO PET, UMA NOVA FERRAMENTA DE DISSEMINAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS PELO GRUPO<br />

Chagas, DWN;Leite, CAVG;Fontenele, NKP;Guimarães, LSB;Júnior, JAS;Magalhães, PJC<br />

PROJETO ALFA-MANAUS DE PRIMEIROS SOCORROS E PREVENÇÃO DE ACIDENTES: DIVISÃO INTERNA E<br />

FUNCIONAMENTO<br />

Souza, ARM;Lima, AZ;Melo, NC;Padilla, R;Oliveira,TS;Menezes, VL<br />

ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM POPULAÇÕES ESPECÍFICAS (AENPE)<br />

Da Silva, APS;Da Silva, RM;Guimarães, MF;Pereira, LO;Carvalho, ND;Oliveira, MC<br />

LIGA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA DE DOURADOS: A EXPERIÊNCIA ACADÊMICA COM A TERCEIRA IDADE<br />

Menegotto, EMA;Toral, LB<br />

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA FAMEMA: CONCEPÇÃO E MAPEAMENTO DAS DIFICULDADES<br />

Boin, AC;Oliveira, MS;Prohmann, LF;Oliveira, AAS<br />

ATENÇÃO DOMICILIAR EM SAÚDE PARA PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM<br />

ESTUDO DE CASO<br />

Garcia, GB;Athay<strong>de</strong>, RAB;Filho, ERA;Sá, RD;Duarte, SC;Muñoz, RLS<br />

CAMPANHA DE ATENDIMENTO E PREVENÇÃO DE DOENÇAS RENAIS REALIZADA NA CIDADE DE MANAUS EM<br />

COMEMORAÇÃO AO DIA MUNDIAL DO RIM<br />

Leite, FM;Chaves, AECC;Silva, ACS;Me<strong>de</strong>iros, DB;Rebelo, VB;Brandao, HCS<br />

METODOLOGIA DE ENSINO CIRÚRGICO<br />

Sandri, CO;Pinto, NT;Purim, KSM<br />

PROJETO BEIJA-FLOR: ATENÇÃO INTEGRAL AOS PORTADORES INFANTIS DE SÍNDROMES FALCÊMICAS<br />

Soares, GMT;Camilo, GB;David, FL;Riani, LR;Henriques, KMCH;Sousa, NA<br />

PREVENINDO O CÂNCER DE PELE: UM ENFOQUE NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE<br />

Alcantara, BRS;Me<strong>de</strong>iros, ACR;Pinheiro, AC;Frazão, CS;Moura, LP<br />

ATIVIDADES PARA DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS CLÍNICAS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM DOENÇA<br />

CRÔNICA NO PROJETO DE EXTENSÃO CONTINUUM / PROBEX / UFPB<br />

Rolim Filho, AE;Costa, NA;Fernan<strong>de</strong>s, BM;Sá, RD;Silva, IBA;Sousa-Muñoz, RL<br />

PROJETO AMIGO DO CORAÇÃO - PAC<br />

Pedrosa, CR;Souza, JPF;Oliveira, MM;Zanata, MC;Vinhote, SC;Barros, ES<br />

CONTINUIDADE DO CUIDADO E ADESÃO DO PACIENTE COM DOENÇA CRÔNICA: AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE<br />

EM PROJETO DE EXTENSÃO NO HULW/UFPB<br />

Rolim Filho, AE;Fernan<strong>de</strong>s, BM;Andra<strong>de</strong>, NC;Sá, RD;Silva, IBA;Sousa-Muñoz, RL<br />

VISITANDO, INFORMANDO E DEMONSTRANDO AÇÕES DE SAÚDE - V.I.D.A.S<br />

Rêgo, LM;Galvão, MA;Lopes, TH;Barbosa, BECS;Nascimento, A;Pedrosa, APM<br />

AÇÕES DO PROJETO DE EXTENSÃO “AMBULATÓRIO DE EGRESSOS DE INTERNAÇÃO DA CLÍNICA MÉDICA DO<br />

HULW/UFPB PARA CONTINUIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM DOENÇA CRÔNICA”: CONGREGANDO AS<br />

TRÊS DIMENSÕES DO TRABALHO ACADÊMICO<br />

<strong>de</strong> Athay<strong>de</strong>, RAB;Costa, NA;Rolim Filho, AE;Duarte, SC;Silva, IBA;Sousa-Muñoz, RL<br />

REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE TEÓRICO-PRÁTICA SOBRE PARTO DE EMERGÊNCIA PELO PROJETO ALFA-MANAUS<br />

Barros, OS;Melo, NC;Padilla, R;Salem, LAN;Abensur, RO;Souza, ARM<br />

LIGA DE DIABETES MELLITUS DE DOURADOS NO “DIA DO DESAFIO”<br />

Andraus, MP;Andra<strong>de</strong>, PRS;Carmo, CEF;Versage, PFV;Albernaz, RT;Oliveira, GF<br />

PARTICIPAÇÃO DO PROJETO ALFA MANAUS EM AMOSTRA DE EXTENSÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO<br />

AMAZONAS<br />

Veloso, APCC;Melo, EL;Afonso, GL;Burga, MAM;Vieira, RB;De Oliveira, TS<br />

OFICINAS DE ARTE COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM<br />

Mota, LL;Alves, R;Ma<strong>de</strong>ira, ES<br />

LIGA PERNAMBUCANA DE NEUROCIENCIAS<br />

Oliveira-Filho;Albuquerque, ACL;Azevedo-filho;Quinino, SMC;Bezerra-junior, D<br />

LIGA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA DE BOTUCATU (LGGB): PROGRESSO ALCANÇADO EM QUATRO ANOS DA<br />

FEIRA DO IDOSO<br />

Sampaio, MGE;Boas, PJFV;Souza, AC;Takamoto, AHR;Vidal, CT;Congio, LH<br />

A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NO ENSINO MÉDICO – UM CAMINHO PARA INTEGRAÇÃO COM A SOCIEDADE.<br />

Peres, LM;Marinho, SP;Veras, MF;Middleton, SR<br />

49<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NA ESCOLA MUNICIPAL SEBASTIÃO RANGEL – DISTRITO DE TAPUIRAMA<br />

Ramos, LBM;De Rezen<strong>de</strong>, CHA;Marcelino, PVS;Gonçalves, MM;Pereira, HL;Rezen<strong>de</strong>, VF<br />

PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PELE<br />

Pinto, NT;Sandri, CO;Purim, KSM<br />

A ATUAÇÃO DA LIGA AMAZONENSE DE ONCOLOGIA NA CAMPANHA DE COMBATE AO TABAGISMO<br />

Carvalho,BCN;Martins,MS;DelAguila,MAR;Fonseca,IG;Balata,PHA;Souza,GM<br />

FEIRAS DE SAÚDE – PROMOÇÃO DE SAÚDE À POPULAÇÃO E FORMAÇÃO ACADÊMICA EXTRA MUROS<br />

Castro, EC;Gonçalves, MR;Nogueira, MF;Paniz, GR<br />

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM<br />

Carvalho, BCN;Padilla, R;Tomaz, GCS;Westphal, DC;Melo, NC;Fonseca, IG<br />

PERFIL DO PARTICIPANTES DO MINI-CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS <strong>2009</strong><br />

Alves, BQ;Di Tommaso, RAS;Albuquerque, RS;Leal, FS;Atala, LS;Vieira, RB<br />

RELATO DA EXPERIÊNCIA DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO REALIZADAS POR UM GRUPO DE ALUNOS PELA LIGA DE<br />

MEDICINA INTENSIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS<br />

Oliveira, ME;Lopes, TM;Souza, CS;Alves, MV<br />

LIGA ACADÊMICA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE<br />

Ramos, CHV;Azevedo, MFL;Zanconato, JF;Abdalla, P;An<strong>de</strong>rson, MIP;Donato, R<br />

“DIA DA FAMÍLIA SAUDÁVEL”: PROMOÇÃO E PREVENÇÃO PARA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA EM TODAS AS<br />

IDADES - BAIRRO CECAP<br />

Hirai, HS;Fonseca, CRB;Scherer, PC;Modolo, MP;Souza, AC;Marcon<strong>de</strong>s, MB<br />

“FEIRA DE SAÚDE”: PROMOÇÃO DE SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS DO TRABALHO<br />

Hirai, HS;Souza, AC;Marcon<strong>de</strong>s, MB;Antoniolli, FTM;Portásio, LG;Costa, JC<br />

LIGA DE NEUROPSIQUIATRIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO: UMA<br />

FERRAMENTA DE COMPLEMENTAÇÃO DE LACUNAS CURRICULARES E INTEGRAÇÃO À COMUNIDADE<br />

Donato, RC;D‘Agustini, N;Wagner, R;Stangler, GP;Meira, RD;Mallmann, AB<br />

CONTRIBUIÇÃO DOS PROJETOS DE EXTENSÃO À FORMAÇÃO MÉDICA: EXPERIÊNCIA DE INTEGRANTES DO PROJETO<br />

MEDENSINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS NA “SEMANA DE SAÚDE DO CORAÇÃO” REALIZADA<br />

PELA EMPRESA PETROBRÁS<br />

Avelino, TO;Avelino, FGS;Bindá, AGL;Souza Júnior, JCP;Chaves, AECC;Silva, MAF<br />

VISITAS PRÉ-NATAIS, PATOLOGIAS MAIS FREQÜENTES E OS FATORES SOCIOECONÔMICOS OBSERVADOS EM<br />

MATERNIDADES DO RECIFE<br />

Almeida, KND;Meneses, AR;Anjos, FBR;Carvalho, RCX;Ramos, RCF;Ramalho, WCS<br />

CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO: PAPEL E IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Cippiciani,TM;Habrum, FC;Vasconcelos, LV;Lopes, RMSM;Suguikawa, LI;Aguiar, FJ<br />

MEMBROS DO PROJETO ALFA MANAUS REALIZAM ATIVIDADE TEÓRICO PRÁTICAS PARA CUIDADORES DE IDOSOS<br />

NO PARQUE DOS IDOSOS SOBRE PRIMEIROS SOCORROS E PREVENÇÃO DE ACIDENTES<br />

Leal, FS; Di Tommaso, RAS;Alencar, R;Pérez, ACD;Monteiro, TS;Victor, S<br />

LIGA ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA DA UNCISAL: UMA REFLEXÃO SOBRE SEU PAPEL NA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Santos, LO;Oliveira, CP;Sampaio, MR<br />

LIGA DE PEDIATRIA COMUNITÁRIA<br />

Bichaff, P;Silva, DB<br />

TRABALHO VOLUNTÁRIO COMO MEIO DE APRENDIZADO E APLICAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA EM PEDIATRIA<br />

Rodrigues, LRL;Duarte, PLC;Almeida, RA;Silva, LFT;Elami<strong>de</strong>, BC<br />

TRABALHO COMPLEMENTAR TEÓRICO-PRÁTICO DA DISCIPLINA DE SAÚDE COLETIVA PARA AVALIAÇÃO DA<br />

SATISFAÇÃO DO USUÁRIO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE UBS- L23 DO BAIRRO SÃO JOSÉ I NA CIDADE DE MANAUS<br />

Rodrigues, LRL;Almeida, RA;Duarte, PLC;Oliveira, MCL;Priante, FC<br />

LEVANDO A HEMATOLOGIA À COMUNIDADE - LIGA ACADÊMICA DO SANGUE<br />

Rocha, HAL;Vale, JS;Araújo Junior, DA;Marques, CS;Dantas, AMM<br />

A IMPORTÂNCIADA CARTA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DA SAÚDE NA RELAÇÃO PROFISSIONAL/USUÁRIO NO<br />

AMBIENTE HOSPITALAR E NA COMUNIDADE<br />

Prado, M;Ferreira, LS;Gonçalves, MM;Barbosa, PA;Scalia, G;Gomes, AGR<br />

UTILIZAÇÃO DE VÍDEO EDUCACIONAL E REPERCUSSÕES DESTE NO APRENDIZADO DE ALUNOS EM ESCOLA<br />

PÚBLICA<br />

Vasconcelos, FKB;Melo, SD;Carvalho, LL;Aguiar, FB;Assis, TS;Morais, LCSL<br />

50<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A MELHORA DA RELAÇÃO ENSINO-APRENDIZAGEM COM O ADVENTO DAS LIGAS ACADÊMICAS NO ENSINO<br />

MÉDICO<br />

Uchôa Júnior, BCM;Barros, GM<br />

RELATO DA EXPERIÊNCIA DAS ATIVIDADES DE EXTENSÃO REALIZADAS PELA LIGA ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA E<br />

CIRURGIA CARDIOVASCULAR: A IMPORTÂNCIA DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA<br />

Borges, TRSA;Campos Filho, LFCI;Dutra, MVF;Carsoso, RMN;Rodrigues, SV;Silva, MS<br />

LIGA DO TRAUMA E EMERGÊNCIA DA ULBRA: SEGMENTO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA POR<br />

ACADÊMICOS<br />

Abreu, AA;Bigolin, AV;Lenzi, LGS;Gomes, LCD;Schnei<strong>de</strong>r, RF;Leitzke, L<br />

INTEGRAÇÃO ENSINO-PESQUISA-EXTENSÃO EM NEUROLOGIA: A EXPERIÊNCIA DA LIGA ACADÊMICA DE<br />

NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA DE PERNAMBUCO<br />

Barbosa, BJAP;Oliveira, BM;Lima, ALCLA;Santiago, IB;da Silva, RNF;Fontana, PN<br />

LIGA ACADÊMICA DE ONCOLOGIA DO AMAZONAS: ATIVIDADES DE ENSINO E PROMOÇÃO DE SAÚDE<br />

Renanata, MC;Souza, GM;Balata, PHA;Carvalho, JAR;Lima, VP;Me<strong>de</strong>iros, SGGAM<br />

A LIGA DE NEUROCIÊNCIAS DE BOTUCATU NO CONTEXTO DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DAS LIGAS ACADÊMICAS<br />

DAFACULDADEDEMEDICINADEBOTUCATU<br />

Enami, HL;Hamamoto Filho, PT;Schelp, AO<br />

LIGA AMAZONENSE DO TRAUMA (LAT): SEIS ANOS DE INTERAÇÃO ACADÊMICA ENTRE AS FACULDADES MÉDICAS<br />

DE MANAUS<br />

Costa, CA;Haji Junior, AC;Genu, JMR;Scariot, AL;Alves, LMDAS;Me<strong>de</strong>iros, LJS<br />

PREVENÇÃO DE DSTS ATRAVÉS DA CAPACITAÇÃO DE ADOLESCENTES EM UM DISTRITO SANITÁRIO DE CURITIBA<br />

Carvalho Pereira, JF;Ermel, FL;Marin, FL;Lopes, JG<br />

DISCUTINDO ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NO PROJETO<br />

Velásquez, PPC;Alfaia, R;Batista, SRR;Cor<strong>de</strong>iro, MACP;Gomes, HLF<br />

VIVENCIANDO AÇÕES DE SAÚDE ATRAVÉS DA AVALIAÇÃO DA ACUIDADE VISUAL EM PARTICIPANTES DAS<br />

OFICINAS DO PROGRAMA ESCOLA ABERTA, COMUNIDADE SANTA LÚCIA, MACEIÓ/AL, NO PERÍODO DE OUTUBRO<br />

DE 2008 A MAIO DE <strong>2009</strong>, POR ESTUDANTES INSERIDOS NO PROJETO DE EXTENSÃO V<br />

Tavares, GMS;Pedrosa, APM<br />

O ESTUDANTE DE MEDICINA: PEÇA FUNDAMENTAL DO MUSEU DE ANATOMIA HUMANA PROF. OSVALDO DA CRUZ<br />

LEITE<br />

Rodrigues, TMA;Melo, ACS;Silva, KA<br />

BIBLIOTECA SOBRE RODAS<br />

Ricoboni, IS;Eto, BTP<br />

PRÁTICAS E VIVÊNCIAS DE ACADÊMICOS DE MEDICINA EM ATENDIMENTO A COMUNIDADE NO PROJETO<br />

RONDON® - OPERAÇÃO PIRINEUS<br />

Rocha, RSP;Donadio, NR;Melo, APC;Porto, LB;Isac, TM;Borges, MM<br />

CURSINHO POPULAR DA MEDICINA<br />

Nardo, M;Suzuki, MM;Borges, DGS;Moraes, M;Reinech, J;Azevedo, LSL<br />

LIGA DE INFECTOLOGIA DO ESTADO DO AMAZONAS-LINFA<br />

Santos, BS;Duarte, RO;Cavalieri, CV;Martins, AG;Carrilho, LC<br />

CAPACITAÇÃO DE EQUIPES DO PSF DE ALAGOAS NO DIAGNÓSTICO PRECOCE NO CÂNCER INFANTO-JUVENIL:<br />

PROJETO DIAGNÓSTICO PRECOCE<br />

Cruz, RD;Rocha, MAA;Silva, JSL;Melo, HEO;Presmich, OMA<br />

I MINICURSO DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: EXPERIÊNCIA DO PROJETO ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL<br />

A POPULAÇÕES ESPECÍFICAS (AENPE) DA UFAM NA PRÁTICA DA PROMOÇÃO DA SAÚDE<br />

Elami<strong>de</strong>, BC;Almeida, RA;Guimarães, MF;Silva, FH;Pereira, LO;Oliveira, MC<br />

AÇÕES DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE DE MULHERES, CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO LAR FABIANO DE<br />

CRISTO. FACULDADE DE MEDICINA/UFPA<br />

Costa, TFDA;Damasceno, ACA;Sarmanho, MF;Rossy, MCNB;Rodrigues, MPCR;Gonçalves, EAC<br />

TEMA:. HOSPITAIS DE ENSINO<br />

UM HOSPITAL DE ENSINO DO SUS: REPERCUSSÃO DA CERTIFICAÇÃO, MUDANÇAS E PROPOSTAS.<br />

Loula, IG;Amâncio, AM;Ribeiro, ER;Silva Junior, LFRF;Bortoluzzo, VMM<br />

51<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


APRENDENDO SOBRE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM SAÚDE: UMA CONTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS DA<br />

GRADUAÇÃO AO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFAL<br />

Padilha, BG;Miranda, CC;Secundo, IV;Albuquerque, PVV;Cavalcanti, SMS<br />

DESAFIOS NA ORGANIZAÇÃO DE CENÁRIOS DE PRÁTICA NO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE MARÍLIA –<br />

UNIMAR<br />

Corrêa, MESH;Serva, MM;Gazetta, APN;Lazarini,CA;D‘Almeida, FA;Marcal, AA;<br />

GRAU DE CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS E PROFISSIONAIS DA SAÚDE EM RELAÇÃO À DOAÇÃO E AO<br />

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA (HUEC)<br />

Zamin, NT;Maria, ACMP;Godoi, AL;Lessa, CP;Zolan<strong>de</strong>k, EM;Loro, LS<br />

A DIVISÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DO HC IV – INCA. MEDIADORA ENTRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA E A PESQUISA.<br />

Silva, CHS;Fernan<strong>de</strong>s, PL;Muniz, OS;Souza, SC;Peixoto, CE<br />

TREINAMENTO TEÓRICO-PRÁTICO EM DOENÇAS INFECCIOSAS: UM CURSO DE FÉRIAS NO HOSPITAL GISELDA<br />

TRIGUEIRO (HGT)<br />

Freitas, MR;Câmara, MFA;Cunha, JB;Silva, MLNM;Segundo, MRMG;Mendonça, RCM<br />

TEMA: INTERDISCIPLINARIDADE, TRANSDISCIPLINARIDADE, ATIVIDADES<br />

MULTIPROFISSIONAIS E INTERSETORIALIDADE<br />

A INTERSETORIALIDADE E O ENSINO MÉDICO NO CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE<br />

Cosen<strong>de</strong>y, M.A.<br />

A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DA SEMIOLOGIA MÉDICA<br />

Peixoto ,E.E;Sari-Eldim, O.F.G.;Sant‘Ana,T.C;Rocha, M.L;Boni,L.A.;DelPiero, F.S<br />

AVALIAÇÃO DA INTEGRAÇÃO DISCIPLINAR: PONTO DE VISTA DOS ESTUDANTES DO 4º SEMESTRE DE MEDICINA DA<br />

EBMSP<br />

Aleluia, IMB;Santos, E.S.C;Soares, J.L.F;Rocha, M.;Camurugy, T.C<br />

O USO DE FERRAMENTAS DE ABORDAGEM DA FAMÍLIA FAVORECENDO A ELABORAÇÃO DE MELHORES PROPOSTAS<br />

TERAPÊUTICAS<br />

Silva, A.C.T;Oliveira, F.P.D;Martins, D.A<br />

ANÁLISE DOS TEMAS APRESENTADOS NAS SESSÕES CLÍNICAS DO DEPARTAMENTO DE MEDICINA INTERNA<br />

Losekann, A.;Razera, J. C.;Oliveira, F.M.;Lopes,M.H.I;Kupski,C.<br />

O TEATRO DE HUMOR COMO ATIVIDADE EXTRACURRICULAR E INTEGRAÇÃO ACADÊMICA<br />

Corso, L. M;Schwam, J. G.;Loures, T. P<br />

PERCEPÇÃO E ATUAÇÃO DOS DOCENTES DA ÁREA DE SAÚDE COM RELAÇÃO À ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR<br />

AO PACIENTE<br />

Sirimarco, MT;Chehuen Neto, JÁ;Delgado, AAA;Scoralick, ALB;Campos, JD<br />

JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE, O SUS E O ENSINO MÉDICO: REFLEXÕES CRÍTICAS A PARTIR DA AUDIÊNCIA PÚBLICA<br />

DA SAÚDE DO STF<br />

Oliveira, N.A.<br />

CLÍNICA DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA – UM CENÁRIO NATO PARA A INTERDISCIPLINARIDADE<br />

Manhães, M.A.R.;Martins, W.A;Oliveira, M.G;Nogueira, L.S;Quintão, M.M.P;Campos, E.P.<br />

A COMPREENSÃO INTERINSTITUCIONAL A PARTIR DE UMA NECESSIDADE SOCIAL<br />

Sousa, R.G.;Macedo, C.; Alcoforado, V.<br />

ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA EXPERIÊNCIA INTEGRADA<br />

ENTRE SAÚDE E EDUCAÇÃO<br />

Anjos, R.M.P;Souza, S.S;Jordão, M.C;Menezes, A.S.B.M.;Rodrigues, R.S;Kuchinski, G.L<br />

TRANSFERÊNCIAS NA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Lucchese AC;Abud CC;DeMarco MA<br />

REFLEXOS DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELO PROJETO EXTENSÃO MÉDICA<br />

ACADÊMICA NA FORMAÇÃO DE VISÃO INTEGRAL E INTERDISCIPLINAR<br />

Liu, G.K.H.;Carra, R.B.;Chaar, L.J.;Berach, F.R.;Silva, E.R.;Fiorelli, P.A.<br />

FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR E EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ESCOLARES NA COMUNIDADE DENISSON MENEZES,<br />

MACEIÓ-AL<br />

Correia, D.S;Silva, T.E.;Sampaio, J.F;Silva, S.H.B.;Silva, T.K.G.;Mota, P.D.S.<br />

52<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


UMA NOVA PERSPECTIVA DA RECEPÇÃO DE CALOUROS: INTEGRA SAÚDE <strong>2009</strong><br />

Barbosa, D.A;Sallum, F.M;Bisinotto, H.S;Oliveira, L.M.F;Gallo, F.F.;Campos, G.W.S.;<br />

PROJETO EADASC: CONSOLIDANDO PARCERIAS E PROMOVENDO FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR<br />

Sampaio, J.F;Silva, E.T;Mota, P.D.S;Silva, S.H.B;Silva, T.K.G<br />

INTERDISCIPLINARIDADE: CONCEITOS E APLICAÇÕES<br />

Filippini, L.Z;Dall‘Agno, M.L;Klein, A.P;Guelfi, C.G;Girardi, R<br />

MUTIRÃO DA SAÚDE - APRENDIZADO SOCIAL E MULTIDISCIPLINAR<br />

Andra<strong>de</strong>, L.M;Santiago, A.E;Santiago, L.E;Almeida, J.S;Oliveira, T.C.;Melo, R.B<br />

FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO EM SAÚDE: EXPERIÊNCIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE<br />

RIBEIRÃO PRETO, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />

Galvão, M.C.B.;Rocha, J.S.Y.;Ferreira, J.B.B<br />

A TRANSDISCIPLINARIDADE NO MANEJO DOS TRANSTORNOS DE APRENDIZADO E COMPORTAMENTO DA CRIANÇA<br />

Daud, M.O;Tauro, R.L.A.M.;Martins, J.V.;Carmo, C.E.F.;Konkiewitz, E.C<br />

HOMEOPATIA: SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NA 3ª IDADE<br />

Fernan<strong>de</strong>s, D.A.S.;Freitas, F.J.;Fernan<strong>de</strong>s, L.D.;Knupp, L.<br />

FICHA CLINICO-HOMEOPATICA COMO FERRAMENTA COMPLEMENTAR DE ENSINO<br />

Fernan<strong>de</strong>s, D.A.S;Freitas, F.J.;Guimarães, R.G.M.;Garcia, L.C.N.<br />

PROGRAMA HOMEOPATIA: SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA<br />

Freitas, F.J;Fernan<strong>de</strong>s, D.A.S;Guimarães, R.G.M<br />

INSERÇÃO MULTIPROFISSIONAL PRECOCE EM UNIDADE DE PRONTO SOCORRO DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.<br />

RELATO DE EXPERIÊNCIA.<br />

Pimentel Filho, F.R;Castilho, R.C.;Barros, M.N.C;Navarro, C.M.;Marangoni, M.A<br />

IMPLANTAÇÃO DA HOMEOPATIA NA ENFERMARIA DE PEDIATRIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉE E GUINLE<br />

–HUGGDAUNIRIO<br />

Pacheco, L. F;Freitas, F.J;Fernan<strong>de</strong>s, D.A.S.;Dias, J.C.;Borges, R.T.;Almeida, P.F.<br />

CICLO INTERDISCIPLINAR DE PALESTRAS SOBRE ZOONOSES DO TRIANGULO MINEIRO<br />

Rezen<strong>de</strong>, C.H.A;Souza, A.P;Mendonça, M.I.F;Reis, M.L.G;Guardieiro, N.M.;Fernan<strong>de</strong>s, V.C<br />

O TRABALHO MULTIDISCIPLINAR EM UM PROJETO DE PROMOÇÃO DE SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DA BANDEIRA<br />

CIENTÍFICA<br />

Men<strong>de</strong>s, R.F.P;Tanaka, C.B.;Santucci, F;Suda, B.T.R;Osmo, A.;Camargo, B.M<br />

RELAÇÃO ENTRE MÉDICOS E ENFERMEIRO NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS: A<br />

PERSPETIVA DO PROFISSIONAL DE ENFRMAGEM<br />

Oliveira, A.M;.Lemes, AM;Ávila, B.T;Ordones, E;Goetz, H.S;Miranda, J.O.F.M.<br />

A EDUCAÇÃO QUE PRODUZ SAÚDE: CONCEPÇÕES DE ADOLESCENTES SOBRE HIV/AIDS<br />

Costa, D.S.R.;Santos, N.N.;Ferreira, A.F.;Kamimura, L.F;Teixeira, F.B.;Fonseca, G.S.<br />

A IMPORTÂNCIA DA INTERSETORIALIDADE E DA INTERDISCIPLINARIDADE NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DE<br />

MEDICINA.<br />

Farias,M.P;Júnior,E.A.A;Araújo,T.N;Oliveira,F.P.<br />

AVALIAÇÃO DO INTERESSE DOS ALUNOS DO 2º GRAU DO ENSINO MÉDIO NO APRENDIZADO DO SUPORTE BÁSICO<br />

DE VIDA: UMA EXPERIÊNCIA DO LABORATÓRIO DE HABILIDADES E SIMULAÇÃO<br />

Carvalho, P.Jr.;Ferreira, C.A.;Gomes, L.B;Guaraná, M.;Pezzi, L;Pessanha, S.N<br />

INTERDISCIPLINARIDADE NA FORMAÇÃO EDUCACIONAL DO ACADÊMICO DA ÁREA DE SAÚDE: LIGA ACADÊMICA<br />

MULTIDISCIPLINAR DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS<br />

Mesquita, A.D.G.D;Nasciutti, D.G.;Melo, L.N.S;Barbosa, A.P.<br />

EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE: ASPECTOS AVALIATIVOS NA FORMAÇÃO DE<br />

MÉDICOS E ENFERMEIROS<br />

Tsuji, H.;Silva, R.H.A<br />

AATUAÇÃODOESTUDANTEDEMEDICINANACONSTRUÇÃODATENDADASAÚDENOACAMPAMENTO<br />

INTERCONTINENTAL DA JUVENTUDE DO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL <strong>2009</strong><br />

MOURA,A.A;CAJADO,L.C.S;NASCIMENTO,H.C.O;FARIAS,A.A.S;LIMA,V.N;SILVA,K.D.P<br />

INTERDISCIPLINARIDADE: SEIS ANOS DE EXPERIÊNCIA DO NÚCLEO DE BIOINTERAÇÃO/EBMSP EM UM PROCESSO<br />

DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA<br />

Mascarenhas, REM;Ferrer, SR;Rios Grassi, MF;Araujo, MI;Paranhos Silva, M<br />

53<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A LIGA DE EMERGÊNCIA E TRAUMA DE SOROCABA: UMA ATIVIDADE EXTRA-CURRICULAR FACILITANDO O ENSINO<br />

APESQUISAEAEXTENSÃO<br />

Rodrigues, J.M.S;Ciantelli, G.L;Moda, M.;Rodrigues, N.B.;Hada<strong>de</strong>, R.<br />

FICHA DE FOLLOW UP NA UNIDADE DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA DO HU-UFJF: INSTRUMENTO DE<br />

AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO PARA A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA<br />

Soares, G.M.T;David, F.L;Camilo, G.B;Riani, L.R;Henriques, K.M.C;Sousa, N.A.<br />

EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR DE PROMOÇÃO DE SAÚDE NA CIDADE DE JUIZ DE FORA-MG<br />

Bonin, J.E.;Amorim, A.G.;Oliveira, J.G.S.;Tiago, N.G.;Leite, I.C.G<br />

“ONDE ESTÁ QUEM SABE?” – UMA EXPERIÊNCIA CINEMATOGRÁFICA SOBRE SAÚDE E SOCIEDADE<br />

Cajado, L.C.S.;Lima, V.N.;Soares, J.C.M.;Farias, A.A.S.;Cardoso, A.T.;Maracajá, C<br />

PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE COMO ESTRATÉGIA DE DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO<br />

PRECOCE DO SOBREPESO/OBESIDADE<br />

Carvalho, G.M.;Almeida, P.M.P.;Netto, O.O.S ;Sousa, C.M.D;Carvalho, G.S;Pina, F.P<br />

MAPA CONCEITUAL COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA ORGANIZACIONAL EM DISCIPLINA DA FACULDADE DE<br />

MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />

Cassenote, A.J.F.;Abensur, S. I;Basile, M.A.<br />

MEDICINA NAS MINAS GERAIS NO ESCRAVISMO COLONIAL<br />

Silveira, M.E;Ribeiro,J.M.N.D.;Henriques, F.V.;Mao, A.Y.Y.;Galvão, M.A.M.;Figueiredo, T.D.<br />

UMA EXPERIÊNCIA INOVADORA: CRIAÇÃO DE UM NÚCLEO ACADÊMICO DENTRO DA SBDST-GO<br />

Peleja, A.B;Lemes, A.M.;Peleja, S.B.<br />

TRABALHO INTERDISCIPLINAR COMO COMPONENTE CURRICULAR OBRIGATÓRIO. A EXPERIÊNCIA DA FACIMED<br />

Ferrari, F.P;Nascimento, J.S;Menezes, M.P.S.;Cavalcante, A. C.<br />

ABORDAGEM TRANSDISCIPLINAR NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA: “COMO TRABALHAR SOBRE<br />

SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES?”<br />

Mendonça, R. C. A. A;Câmara, M. F. A;Silva, M. L. N. M;Freire, M. S. F.;Segundo, M. R. M. G.;Pimenta, L. L.<br />

PARCERIA UNIVERSIDADE-SERVIÇO-COMUNIDADE PARA IMPLEMENTAÇÃO DA INTERSETORIALIDADE NA<br />

ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA<br />

Lima, J.R.;Rocha, D.G.;Alexandre, V.P.;Marcelo, V.C.;Silva, A.L.A.C.;Cor<strong>de</strong>iro, A.C.A<br />

LIGA DA MAMA: ESPAÇO PARA FORMAÇÃO E INTEGRAÇÃO MULTIDISCIPLINAR<br />

Almeida, N.A.M.;Lima, J.R.;Freitas-Júnior, R.;Coelho, A.S.F.<br />

PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA EM RELAÇÃOANECESSIDADEEADIFICULDADEDESETRABALHAR<br />

EM UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR<br />

Paulo, L.D.;Balestrin, A.;Oliveira, L.S.C.;Lupatini, J.C.R.;Ferrari, F.P.;Rodrigues, A.M.<br />

INTERDISCIPLINARIDADE NA Vª SEMANA DE CULTURA E CIDADANIA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS:<br />

VIVÊNCIA DA LIGA ACADÊMICA DE DOENÇAS ENDÓCRINO-METABÓLICAS<br />

Neiva, M.A.O.O.;Jatene, N.;Carvalho, G.S.;Soares, F.A.E.;Bundchen, R.F.;Marques, G.I.G.<br />

PRODUÇÃO DO CD DE MEDICINA & ARTE: ATIVIDADE DE INTERDISCIPLINARIDADE EM ESCOLA DO NORDESTE<br />

Cavalcanti, F.J.B.;Palhano, P.C.;Azevedo, G.D.;Campos, R.G.;Carvalho, C.P.;Araújo, M.A.<br />

SAÚDE MENTAL E VULNERABILIDADE – EXPERIÊNCIA DISCENTE EM MÓDULO TEÓRICO-PRÁTICO DO CURRÍCULO<br />

MÉDICO UFPE<br />

Barbosa, B.J.A.P;Vieira, L.P;Reis. C;Gouvêa, F.M.;Leão, L.S.<br />

MÚSICA E SAÚDE: UMA NOVA VISÃO PARA A MEDICINA.<br />

Colares, R.P.;Câmara, W.S.;Hespanhol, Vinícius;Costa, W.J.<br />

INTERSETORIALIDADE EM DISCUSSÃO: VISÃO ACADÊMICA DE EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIDAS EM EQUIPAMENTO<br />

SOCIAL LOCAL EM JOÃO PESSOA-PB<br />

Silva, V.M.;Carvalho, L.L.;Fernan<strong>de</strong>s, M.G.B.;Machado, P.R.M.;OLIVEIRA, J.S.;Simon, E.<br />

OPAPELDEUMALIGADESAÚDECOLETIVANAFORMAÇÃOACADÊMICA<br />

Gabriela Vicentini Giacomin;Felipe Sartório Gonçalves<br />

MULTIDISCIPLINARIDADE E INTEGRAÇÃO ENTRE OS CURSOS DA ÁREA DE SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO<br />

AMAZONAS<br />

SALEM, L.A.N;JINKINGS, B.B.;ROCHA, R.C.;GAMA, D.A;Júnior, A.H.M;LIMA, T.C.M<br />

54<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TEMA: PET-SAÚDE E PRÓ-SAÚDE<br />

AMPLIANDO OS CAMINHOS: O INTERNATO ROTATÓRIO EM MEDICINA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA<br />

Teixeira, C;Gomes, MK;Cruz, DSP;Halfoun, VLR<br />

O PET SAÚDE COMO ESPAÇO FORMATIVO – RELATO DA EXPERIÊNCIA DA LINHA DE PESQUISA A EDUCAÇÃO EM<br />

SAÚDE COMO PRÁTICA DE TRANSFORMAÇÃO<br />

Cruz, DSP;Romano, V<br />

RELATO DA VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DE MEDICINA BOLSISTAS DO PET-SAUDE NO SERVIÇO DE VACINAÇÃO DO<br />

CENTRO DE SAÚDE MILIONÁRIOS EM BELO HORIZONTE – MG<br />

Pena,BC;Lima,LG;Lins,VCM;Camara,AMCS<br />

ACOMPANHAMENTO E ENCORAJAMENTO DO CUIDADO A SAÚDE EM FAMÍLIA: IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES<br />

VOLTADAS A PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE DE CRIANÇAS DE ZERO A CINCO ANOS, NA COMUNIDADE DE<br />

MONSENHOR HORTA, MARIANA, MG<br />

Ferreira, DM;Veiga, AS;Nascimento, DA;Oliveira, GAA;Dias, FM;Rocha, BO<br />

PROJETO RECRIAVIDA: APLICAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA NO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE PROMOÇÃO À SAÚDE<br />

PARA UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS DO MUNICÍPIO DE MARIANA, MINAS GERAIS<br />

Rodrigues, AS;Silva, AF;Machado-Coelho, GLL;Junior, MSBS<br />

O DESAFIO DA PESQUISA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA COM GRADUANDOS EM MEDICINA<br />

Teixeira, C;Romano, VF<br />

A CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS E ESTUDANTES PARA UTILIZAR A TÉCNICA DO GRUPO FOCAL NA<br />

IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO PET-SAÚDE<br />

Mesquita, CMB;Jurca, ACK;Cintra, FI;Cascaldi, BG;Cândido, DES;Castilho, ECD<br />

CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS E ESTUDANTES SOBRE INTEGRALIDADE DO CUIDADO PARA O<br />

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO PET- SAÚDE<br />

Higa, EFR;Biffe-Peres, CRF;Yamada, DM;Pecoraro, JP;Ikuno, MRM;Elias-Panaccione, SZ<br />

PRÓ-SAÚDE PARTEII<br />

Cury, GC;Campos, FE;Haddad, AE;Brenelli, SL;Ferreira, JRA;Ribeiro, TCV<br />

PRÓ-SAÚDE PARTE I<br />

Cury, GC;Campos, FE;Haddad, AE;Brenelli, SL;Ribeiro, TCV<br />

EXPERIÊNCIA DE IMPLEMENTAÇÃO DO PET-SAÚDE EM CHAPECÓ – SC<br />

Marcolin, G;Binda, G;Lima, PC;Grellmann, JK;Pelegrine, LR;Abdala, JB<br />

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE (PETSAÚDE) - DOURADOS – MS<br />

Maldonado, VC;Júnior, MGH;Fonseca, IS;Tauro, RLAM;Shinzato, MM<br />

PROMOÇÃO DA SAÚDE, ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR E TRABALHO INTERPROFISSIONAL: CONTRIBUIÇÕES DO<br />

PET-SAÚDE À FORMAÇÃO MÉDICA NA UFMG<br />

Alves, CRL;Alvim, CG;Torres, HOG;Perini, E;Palmier, AC;Wardil, ML<br />

ENSINO E PRÁTICA EM SAÚDE: UM PAPEL A CUMPRIR NA COLETIVIDADE<br />

Ribeiro, BB;Eckert, JB;Galhardi, WP<br />

PERFIL DOS PROFISSIONAIS DAS UNIDADES DE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE VINCULADOS AO PET-SAÚDE DO<br />

MUNICÍPIO DE DOURADOS-MS<br />

Cardoso, MR;Andraus, MP;Muniz, DA;Daud, MO;Andra<strong>de</strong>, PRS;Shinzato, M.M<br />

INTERVENÇÃO DE ALUNOS DA UFCSPA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DE PORTO ALEGRE<br />

Prado, BCO;Müller, LL;Pinto, MEB;Curra, LCD<br />

PET-SAÚDE: O ESTÍMULO PARA A MUDANÇA DE CENÁRIOS DOS ESTÁGIOS NO INTERNATO DO CURSO DE MEDICINA<br />

DA UEL<br />

Turini, B;Muraguchi, EMO;Soares, AE;Marvulle, VL;Larangeira, A;Castro, LK<br />

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA MEDIADA PELO PET-SAÚDE NA UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO E NA ESF<br />

PLANALTINA (PASSO FUNDO/RS): PRIMEIRAS IMPRESSÕES<br />

Borges, DT;Wagner, R;Gelain, A;Garbin, R;Cabral, C;Barelli, C<br />

OFICINAS LOCAIS DA PARCERIA ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: DESAFIOS E POTENCIALIDADES PARA A<br />

IMPLEMENTAÇÃO DO PET-SAÚDE NA UFG<br />

Lima, JR;Alexandre, VP;Cor<strong>de</strong>iro, ACA;Souza, MM<br />

55<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PET-SAÚDE DE BOTUCATU: DESAFIOS PARA UNIVERSIDADE E SERVIÇOS NA<br />

FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA O SUS<br />

Prearo, AY;Cyrino, EG;Romanholi, RMZ;Cyrino, APP;Popim, RC;Villas Boas, PJF<br />

“DIA MUNDIAL DO RIM” UMA REALIZAÇÃO DO PET-SAÚDE SÃO LUIS DE MONTES BELOS<br />

Pereira, ERS;Cardoso, HC;da Mata, JC;Oliveira, JM;Barbosa, MS;Navarro, JA<br />

CONTRIBUINDO COM O PROTAGONISMO ESTUDANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DOS ESTAGIÁRIOS DE MEDICINA<br />

DO PRÓ-SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA<br />

Moreira, D.A;Belmont, B;Alencar, D;Alcoforado, M;Veloso, N;Ramos, S<br />

A SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COMO UMA QUESTÃO SOCIAL<br />

Henriques, FV;Mao, AYY;Ribeiro, JMND;Silveira, ME;Silva, TR;Bonolo, PF<br />

REFLEXÕES SOBRE A ATUAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM ATIVIDADES JUNTO A MONITORAS DO<br />

PET-SAÚDE UFCSPA<br />

Keitel, P;Reis, MCP;Souza, AC;Pinto, MEB<br />

PRÓ-SAÚDE DE PASSO FUNDO/RS: UMA AVALIAÇÃO COM BASE NA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS ATENDIDOS NAS<br />

UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA CONVENIADAS<br />

Tagliari, AB;Ceratti, AR;Barelli, C;Scherer, J;Araújo, EL;Grando, AN<br />

A EXPERIÊNCIA DA DISSEMINAÇÃO DE CONHECIMENTO EM SAÚDE PELO RÁDIO<br />

Peixoto, MKAV;Sugita, DM;Me<strong>de</strong>iros, KB;Ribeiro, JP;Navarro, MMD;Weirich, CF<br />

O TEATRO COMO FERRAMENTA PARA A FORMAÇÃO DE PROTAGONISTAS DA VIDA REAL: DESENVOLVIMENTO DE<br />

ATIVIDADE EM SAÚDE COM ESCOLARES<br />

Domingues, MA;Resen<strong>de</strong>, NV;Vieira, TM;Pessoa, TRRF;Vasconcelos, PF;Braga, CC<br />

A DIFICIL TAREFA DE INTEGRAR OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE<br />

Andra<strong>de</strong>, GN;Nascimento, HCO;Oliveira, SÃO;Oliveira, NM;Santos, POR;Segalla, SB<br />

EXPERIÊNCIA DOS ACADÊMICOS DA ÁREA DE SAÚDE DA UFG EM ZONA RURAL DURANTE O ESTÁGIO<br />

SUPERVISIONADO EM SAÚDE COMUNITÁRIA<br />

Me<strong>de</strong>iros, KB;Weirich, CF;Navarro, JÁ;Sugita, DM;Peixoto, MKAV;Ribeiro, JP<br />

CONSTRUÇÃO DO SABER EM SAÚDE: O NASCER DO CONHECIMENTO NO RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA LÚDICA EM<br />

UM GRUPO DE GESTANTES<br />

Domingues, MA;Fernan<strong>de</strong>s, AC;Vieira, TM;Resen<strong>de</strong>, NV;Vasconcelos, PF;Figueiredo,AM<br />

TEMA: ÉTICA<br />

A FORMAÇÃO DA ÉTICA NO PROFISSIONAL MÉDICO<br />

Freitas, A.C.P;Ferreira,B.F.A<br />

“HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO DO MÉDICO ESTRANGEIRO EM SÃO PAULO: RELATO DE CASO”<br />

Lavisio, E. M.;Gemignani, E. Y, M. Y<br />

A IMPORTÂNCIA DA BIOÉTICA NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DE MEDICINA<br />

Lechinewski, L.D.;Molteni, R.A .;Kuenzer G., P.C;Batista, D.R.;Przybysz, D.G.B<br />

ASSÉDIO MORAL NA GRADUAÇÃO EM MEDICINA EM UMA UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO<br />

Villaça, F.M.;Palácios, M.<br />

OEIXOÉTICO-POLÍTICO-HUMANÍSTICONAFORMAÇÃOMÉDICA:CONSTRUINDOUMDIÁLOGO<br />

Amorim, K.P.C.;Moreira, S.N.T.;Azevedo, G.D.<br />

LIDANDO COM CRIANÇAS COM CONDIÇÕES COMPLEXAS CRÔNICAS: A ÉTICA DO CUIDAR COMO FUNDAMENTO<br />

ÉTICO PARA REFLEXÃO DA PRÁTICA MÉDICA<br />

Oigman-Bellas, G.;Rego, S.<br />

AVALIAÇÃO PRÁTICA DA DISCIPLINA DE ÉTICA MÉDICA E BIOÉTICA SOB A PERSPECTIVA DO MONITOR<br />

Camurugy, T.C.;Thomazini, L.M.;Araújo, A.N.;Ribeiro, A.S.;Lírio, M.;Neves, N.M.B.C.<br />

EUTANÁSIA E SUA ABORDAGEM NA FORMAÇÃO MÉDICA<br />

Ribeiro, A.S.;Araújo, A.N.;Lírio, M.;Faria, R.A.;Camurugy, T.C.;Neves, N.M.B.C.<br />

UTILIZAÇÃO DE CRITÉRIOS SOCIAIS NA TRIAGEM DE PACIENTES EM EMERGÊNCIAS<br />

Lírio, M.;Faria, R.A.;Camurugy, T.C.;Thomazini, L.M.;Araújo, A.N.;Neves, N.M.B.C.<br />

AVALIAÇÃO DAS HABILIDADES SOCIAIS DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA E FATORES INTER-RELACIONADOS<br />

Kloster, M.C.H.;Temspki, P.;Perotta, B.;Hauer, A. J.<br />

QUESTÃO DE PROVA: COMO UM PROFESSOR (DE ÉTICA) PODE AVALIAR (A ÉTICA D) OS SEUS ALUNOS?<br />

Paranhos, F.R.L.<br />

56<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O CINEMA COMO INSTIGADOR DE REFLEXÕES ÉTICAS<br />

Paranhos, F.R.L.<br />

PRÁTICA PROBLEMATIZADORA: CRIAÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA DA<br />

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - UCG<br />

Silva, M.P.;Paula, C. C.L.;Aguiar, M.T.M.;Ramos, J. B.;Carvalho, I.G.M.;Carvalho, G.S.<br />

DILEMAS ÉTICOS EM PEDIATRIA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO<br />

Gue<strong>de</strong>rt, J.M.;Grosseman, S.<br />

ATIVIDADES EDUCACIONAIS SEM O APOIO DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA: O CASO DO RIO GRANDE DO SUL<br />

Wajner, A.;Moreira, M.;Neyeloff, J.L.;Neto, P.C. da S.;Bordin, M.L.;Wal<strong>de</strong>mar, F.S.<br />

EXPERIÊNCIA DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO<br />

AMAZONAS COM O DEBATE TEMÁTICO “VALORIZAÇÃO DA VIDA: ABORTO”<br />

Monteiro, B. M.;Barbosa, A. C. S.;Cunha, K. I. M.;Lima, T. M. O. C.;Ferreira, D. B.;Avelino, F.G.S.<br />

VISÃO DOS RESIDENTES DA UFAM A RESPEITO DO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA<br />

Oliveira, B. B;Silva, E. B<br />

NORMAS PARAPUBLICAÇÃO DE TRABALHOS NAREVISTABRASILEIRADE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA<br />

57<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


SEJA BEM VINDO!<br />

A Araucária é o pinheiro símbolo da Paraná e da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitiba. Esta árvore faz parte da história e da cultura da nossa região.<br />

Suas sementes saborosas foram fonte <strong>de</strong> nutrientes para os indígenas e continuam sendo até hoje parte integrante da nossa alimentação.<br />

Esta árvore milenar nos inspira por ter sempre uma postura ereta sustentando sua copa majestosa, sendo resistente ao fogo, ao<br />

frio, ao vento e outras intempéries. Isso porque seu cerne elaborado ao longo dos anos lhe confere força, resistência e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar<br />

muitas sementes. Asemente da araucária é o pinhão que, apesar <strong>de</strong> pequeno, ao germinar cresce e <strong>de</strong>senvolve sua potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vir a ser uma árvore com mais <strong>de</strong> 50 metros.<br />

Da mesma forma a semente do pensamento é o sonho... Este congresso <strong>de</strong> educação médica foi sonhado e, ao germinar, resultou<br />

no 47º <strong>COBEM</strong> que, como a araucária, <strong>de</strong>verá dar muitos frutos e fazer parte da nossa história.<br />

O momento histórico atual é <strong>de</strong> vivenciar, avaliar e aprofundar as mudanças na educação e suas implicações <strong>de</strong>ntro e fora das<br />

escolas médicas. O <strong>COBEM</strong> <strong>2009</strong> discutirá os aspectos atuais e o futuro da educação médica na graduação e na pós-graduação. O tema<br />

central escolhido é “O SUS COMO ESCOLA” e os temas secundários são: a pesquisa em educação médica, a avaliação e qualida<strong>de</strong> do<br />

ensino médico e a humanização na assistência e no ensino.<br />

O <strong>COBEM</strong> <strong>2009</strong> terá um formato bastante dinâmico, privilegiando ativida<strong>de</strong>s em que as discussões, as trocas <strong>de</strong> experiências e a<br />

construção coletiva sejam <strong>de</strong> fato alcançadas. Este ano receberemos também representantes <strong>de</strong> escolas médicas internacionais, ampliando<br />

assim nossas discussões sobre educação médica.<br />

Se tudo começa com um sonho... e o sonho é uma semente que quando bem cuidada e trabalhada vai germinar na realida<strong>de</strong> e<br />

dar frutos, nós, estudantes e professores, sonhamos com uma educação médica <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, trabalhamos por ela para que seus frutos<br />

sejam a diferença que queremos na saú<strong>de</strong> da nossa população.<br />

Bem vindos ao 47º <strong>COBEM</strong>!<br />

58<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong><br />

PROFESSORA PATRÍCIA TEMPSKI<br />

Presi<strong>de</strong>nte do 47º Congresso<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Educação Médica<br />

ACADÊMICA MAYLA BORBA<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Comissão Estudantil do<br />

47° Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Educação Médica


APRESENTAÇÃO<br />

A educação médica no Brasil tem sido norteada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais. As escolas médicas têm transformado<br />

seus currículos, buscando novos cenários <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, construindo seus conteúdos <strong>de</strong> acordo com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

da comunida<strong>de</strong>, buscando métodos ativos <strong>de</strong> aprendizagem e a formação <strong>de</strong> um médico generalista, ético, crítico, reflexivo e humanista.<br />

Neste contexto as escolas médicas mudaram ou estão em processo <strong>de</strong> mudança, assim como elas, docentes e estudantes também<br />

vêm mudando sua percepção e sendo protagonistas das mudanças. Temos hoje, um novo cenário <strong>de</strong> ensino que exige uma docência<br />

profissionalizada, que consiga formar um médico competente e cidadão como apontam as Diretrizes Curriculares Nacionais.<br />

A<strong>Associação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Educação Médica tem tido papel agregador e indutor <strong>de</strong>sse processo <strong>de</strong> transformação, porque acredita<br />

que transformando o ensino, formará melhores médicos e contribuirá para a melhoria da saú<strong>de</strong> da população. Através dos seus encontros<br />

e congressos a ABEM promove trocas <strong>de</strong> experiências, <strong>de</strong>senvolvimento docente e discussão dos principais temas ligados à saú<strong>de</strong><br />

e a educação.<br />

As ativida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas no <strong>COBEM</strong>, estão relacionadas aos objetivos da ABEM:<br />

� Aprimoramento da educação médica por meio do congraçamento das escolas médicas e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública do Brasil, com vistas a<br />

aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossa socieda<strong>de</strong>;<br />

� Aperfeiçoamento dos métodos <strong>de</strong> ensino nas instituições <strong>de</strong> ensino médico, compreen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o processo <strong>de</strong> ingresso e avaliaçãodoensino-aprendizagem,atéoestudoeoaperfeiçoamento<br />

das teorias <strong>de</strong> educação médica;<br />

� Apoio e aperfeiçoamento da pesquisa científica na área das ciências da saú<strong>de</strong>, específicas e conexas; além do aprimoramento das<br />

pesquisas em educação médica;<br />

� Aperfeiçoamento contínuo dos docentes das Escolas <strong>de</strong> Medicina e <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública e dos profissionais da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> que se <strong>de</strong>dicam a ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino;<br />

� Discussão dos temas fundamentais ligados à Residência Médica;<br />

� Estímulo à elaboração <strong>de</strong> propostas para o aperfeiçoamento dos cursos <strong>de</strong> Medicina tendo como referência as Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais.<br />

59<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong><br />

Prof. Mourad Ibrahim Belaciano<br />

Presi<strong>de</strong>nte da ABEM


TRABALHOS ORAIS<br />

TEMA: CURRÍCULO E METODOLOGIAS DE ENSINO<br />

Criação <strong>de</strong> Ví<strong>de</strong>os Digitais para o Aprendizado da Anatomia: Anatomia do Sistema<br />

Urinário: o Rim<br />

Mongiovi, V1 Nepomuceno, V1 Silva, F1 Silva, J1 Martins, C2 Introdução: O ensino clássico da anatomia esteve pautado, até o momento atual, na transmissão <strong>de</strong> conhecimento através <strong>de</strong> aulas<br />

explicativas, leitura <strong>de</strong> livros-texto, análise da representação do corpo humano em atlas ou mol<strong>de</strong>s coloridos, estudo <strong>de</strong> peças dissecadas ou<br />

dissecção individual. Novas possibilida<strong>de</strong>s tecnológicas representam formas potenciais <strong>de</strong> estimular os alunos e facilitar a aprendizagem,<br />

muitas vezes por agregar todas ou muitas das modalida<strong>de</strong>s do ensino clássico em módulos con<strong>de</strong>nsados e passíveis <strong>de</strong> repetições múltiplas.<br />

Entre essas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stacam-se os ví<strong>de</strong>os anatômicos, como uma estratégia complementar do processo <strong>de</strong> apreensão <strong>de</strong> novas informações.<br />

Quando incorporados ao arsenal pedagógico, os ví<strong>de</strong>os anatômicos digitais possibilitam a difusão da informação, bem como a repetiçãoedirecionamentodoestudopelopróprioeducando.Objetivos:<br />

Normatizar a criação <strong>de</strong> ferramentas didáticas ilustrativas (ví<strong>de</strong>os digitais)<br />

que facilitem a compreensão e o estudo da anatomia macroscópica do rim. Métodos: Acriação <strong>de</strong> um ví<strong>de</strong>o didático partiu da elaboração<br />

<strong>de</strong> um texto-base explanando <strong>de</strong>talhes da estrutura anatômica dos rins, sua irrigação sanguínea, drenagem linfática e relações com outros<br />

órgãos. Foram realizadas imagens fotográficas <strong>de</strong> espécimes cadavéricos e mo<strong>de</strong>los anatômicos do rim, com Câmera Fotográfica Digital Kodak<br />

EasyShare C713 com lente Kodak AF-3X Optical Aspheric Lens 36mm - 108mm em combinação com tripé Manfroto 125b. As imagens<br />

receberam tratamento através dos programas Photo Story 3.0 e Windows Movie Maker para Office 2007. O áudio foi captado com microfone<br />

con<strong>de</strong>nsador M-audio nova e editado no programa Pro Tools LE 7.4.2. Resultados: As imagens fotográficas <strong>de</strong> espécimes cadavéricos e mo<strong>de</strong>los<br />

anatômicos foram dispostas <strong>de</strong> acordo com o script <strong>de</strong> áudio e efeitos especiais, resultando em um ví<strong>de</strong>o digital anatômico da anatomia<br />

macroscópica do rim. Conclusões: Técnicas simples combinadas à aplicação <strong>de</strong> softwares <strong>de</strong> uso rotineiro po<strong>de</strong>m resultar na criação <strong>de</strong> ferramentas<br />

didáticas originais e úteis à compreensão da anatomia macroscópica do rim.<br />

Influência <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Extracurricular no Perfil do Egresso da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

<strong>de</strong> Petrópolis (FMP)<br />

Streit, DS3 Puglisi, MA3 Araujo, BAC3 Silva JÁ3 Cruz AUS3 Cavalcanti, GZ3 Introdução: Além das ativida<strong>de</strong>s complementares curriculares, obrigatórias, previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais,<br />

os estudantes realizam várias ativida<strong>de</strong>s extracurriculares que, também, influenciam seu perfil <strong>de</strong> formação. Objetivos: i<strong>de</strong>ntificar as<br />

ativida<strong>de</strong>s extracurriculares mais realizadas pelos alunos da FMP no ano <strong>de</strong> 2008; agrupá-las em categorias; Estabelecer correlação entre<br />

o perfil do egresso proposto no projeto pedagógico do curso e “<strong>de</strong>sejo” ou “vocação” do estudante. Metodologia: distribuição <strong>de</strong><br />

questionário estruturado, para os alunos do primeiro ao sexto ano do curso, com elenco <strong>de</strong> possíveis ativida<strong>de</strong>s extracurriculares. (culturais,<br />

esportivas, <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong> extensão, na comunida<strong>de</strong>, no ambiente hospitalar, cursos na área médica, cursos fora da área médica,<br />

1 EPS – Faculda<strong>de</strong> Boa Viagem – Instituto Materno Infantil <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

2 Faculda<strong>de</strong> Boa Viagem – Instituto Materno Infantil <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil. IMIP.<br />

3 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petróplolis, RJ, Brasil.<br />

60<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


etc.) Aparticipação era anônima e voluntária e os objetivos do trabalho estavam explicitados no questionário. Resultados: 327 estudantes<br />

respon<strong>de</strong>ram à pesquisa (51% do corpo discente) <strong>de</strong>stes, 19% do primeiro ano; 27% do segundo; 16,5% do terceiro; 16,1% do quarto;<br />

21,4 % do internato. Nos dois primeiro anos do curso é pequena a participação em cursos <strong>de</strong> extensão e ativida<strong>de</strong>s relacionadas ao conhecimento<br />

médico, havendo predomínio <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s culturais, lazer e esporte. Esta tendência inverte gradualmente ao longo do<br />

curso, com predomínio <strong>de</strong> plantões extra curriculares. Todas as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>crescem no internato, principalmente as culturais, <strong>de</strong> lazer<br />

e esportes. O “<strong>de</strong>sejo” por ativida<strong>de</strong>s extracurriculares na comunida<strong>de</strong> é baixo, em todos os ano do curso. Conclusões:. O projeto pedagógico<br />

da FMP aponta um perfil generalista, com inserção na comunida<strong>de</strong> e no SUS <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio do curso, mas, o ingressante vem com<br />

idéia <strong>de</strong> médico especialista, <strong>de</strong> medicina privada, curativa e hospitalar. Embora cumpram as ativida<strong>de</strong>s curriculares, a gran<strong>de</strong> maioria<br />

procura ativida<strong>de</strong>s extracurriculares, complementares, que visam fortalecer sua visão <strong>de</strong> médico e não a do curso. Acreditamos que a<br />

baixa procura por ativida<strong>de</strong>s complementares no internato <strong>de</strong>va-se em gran<strong>de</strong> parte ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> acesso à residência médica<br />

Enten<strong>de</strong>ndo a Relação entre Médicos e Pacientes Através da Produção <strong>de</strong> Ví<strong>de</strong>os<br />

Atai<strong>de</strong>, FJS 4<br />

O. Júnior, HM 4<br />

Costa, GPO 4<br />

Introdução: as situações que permeiam as relações entre médicos e pacientes po<strong>de</strong>m ser trabalhadas através <strong>de</strong> metodologias<br />

ativas que familiarizem o estudante <strong>de</strong> medicina com os problemas e as soluções vivenciadas na prática médica. Objetivos: avaliar a<br />

prática <strong>de</strong> metodologias ativas com ví<strong>de</strong>os no estudo da relação médico-paciente. Métodos: realizou-se um trabalho com participação<br />

ativa <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina na encenação e filmagem <strong>de</strong> situações típicas vivenciadas pelo médico no momento da entrevista clínica.<br />

Ao expor os ví<strong>de</strong>os em sala <strong>de</strong> aula, seguiu-se a discussão sobre o tema entre os próprios discentes e professores no Módulo Horizontal:<br />

Relação Estudante - Paciente. Resultados: a produção <strong>de</strong> cenas sobre o cotidiano do médico no âmbito da entrevista clínica e sua releitura,<br />

permitiu a aproximação dos estudantes com os problemas que envolvem a relação dos médicos com as várias possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

comportamento dos pacientes. Favoreceu o entendimento dos mecanismos que po<strong>de</strong>m ser usados na entrevista para obter informações<br />

e conhecer as características dos pacientes. Esta metodologia permitiu realizar uma avaliação global dos erros e acertos praticados nas<br />

consultas encenadas. Conclusões: quando o estudo do momento <strong>de</strong> contato entre médicos e usuários se faz <strong>de</strong> maneira teatral, o estudante<br />

se aproxima dos problemas vivenciados e problematiza os casos através das filmagens, aumentando a aprendizagem e a visão<br />

auto-crítica que serão fundamentais para o futuro médico.<br />

A Introdução da Discussão <strong>de</strong> Casos Clínicos como Nova Metodologia em Anatomia<br />

Barros, GM5 Oliveira, HMNS5 Uchoa Júnior, BCM5 Porto, BKW5 Introdução: Muitas faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina encontram-se em um processo <strong>de</strong> mudança do antigo currículo <strong>de</strong> ensino (mo<strong>de</strong>lo flexeneriano),<br />

no qual predominava o ensino sem vinculação entre as disciplinas médicas. Baseando-se nas novas Diretrizes Curriculares, algumas<br />

instituições realizaram mudanças na disciplina <strong>de</strong> Anatomia Humana através da introdução da discussão <strong>de</strong> casos clínicos. Objetivos:<br />

I<strong>de</strong>ntificar se há satisfação dos alunos do curso <strong>de</strong> Medicina com a introdução dos casos clínicos na disciplina <strong>de</strong> Anatomia Humana como<br />

metodologia <strong>de</strong> ensino. Além disso, foram avaliados, <strong>de</strong>ntre outros, o <strong>de</strong>senvolvimento do raciocínio clínico e a relação interpessoal e coletiva.<br />

Métodos: Estudo prospectivo e <strong>de</strong>scritivo, com informações obtidas através <strong>de</strong> questionário contendo questões norteadoras estruturadas<br />

especificamente para este estudo (objetivas: sim ou não). Asatisfação do aluno foi medida através da análise quantitativa <strong>de</strong> respostas afirmativas<br />

e negativas, consi<strong>de</strong>rando a nova metodologia <strong>de</strong> ensino como satisfatória quando houver concordância <strong>de</strong> 70% dos alunos ou mais. O<br />

questionário foi aplicado a 41 alunos do segundo ano do curso <strong>de</strong> medicina. Resultados: Das 41 pessoas que respon<strong>de</strong>ram ao questionário,<br />

71% se mostraram satisfeitas com a introdução dos casos clínicos. 100% afirmaram que estes ajudam no <strong>de</strong>senvolvimento do raciocínio, inclusive<br />

clínico; para 93%, estimulam a busca <strong>de</strong> conhecimentos na avaliação <strong>de</strong> hipóteses, no crescimento profissional e são um bom método<br />

avaliativo; 88% acreditam que aprimoram o <strong>de</strong>senvolvimento da comunicação; 83% afirmaram que ajudam na habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmitir in-<br />

4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

5 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

61<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


formações; para 80%, auxiliam na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> potenciais ou dificulda<strong>de</strong>s e no crescimento pessoal; e para 73%, estimulam o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

pessoal. Conclusões: Os estudantes <strong>de</strong> medicina estão satisfeitos com a introdução <strong>de</strong> casos clínicos na disciplina <strong>de</strong> Anatomia. Assim<br />

como na análise <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros FCD (<strong>COBEM</strong> 2005), po<strong>de</strong>mos dizer que os resultados são consistentes e embasam um efeito motivador entre<br />

os estudantes. Portanto, <strong>de</strong>monstra ser válida a continuação <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>.<br />

Expectativas Dos Estudantes <strong>de</strong> 1º Período <strong>de</strong> Cursos <strong>de</strong> Medicina em Minas Gerais<br />

Corrêa, RD6 Silva, JFM6 Teixeira, GHS6 Santana, DKR6 Silva, TR6 Antônio, DN6 Introdução: A esfera da formação em saú<strong>de</strong>, do mesmo modo que a prática profissional, sofreu gran<strong>de</strong>s transformações, ao longo<br />

das duas útimas décadas, em uma fase <strong>de</strong> intensa reestruturação. Adinâmica educacional foi redirecionada para o atendimento das necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população. Essa fase <strong>de</strong> transição introduz diversos temores e expectativas aos discentes que estão alocados nesse sistema.<br />

Verifica-se, assim, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer as aspirações e receios dos graduandos, principalmente em momentos <strong>de</strong> alterações <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> formação, nos quais o aluno <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser espectador no processo <strong>de</strong> aprendizagem e passa a atuar como sujeito ativo nesse processo. Objetivo:<br />

O propósito <strong>de</strong>ste trabalho foi analisar as relações existentes entre temores e esperanças <strong>de</strong> acadêmicos do primeiro período <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong><br />

medicina em diferentes instituições <strong>de</strong> ensino superior (IES) do estado <strong>de</strong> Minas Gerais. Metodologia: Realizou-se estudo comparativo em<br />

cinco IES mineiras, entre estudantes do 1o período. Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário estruturado padronizado, que foi<br />

aplicado ao final do segundo semestre <strong>de</strong> 2008. O critério para inclusão na pesquisa foi ser aluno do 1º período do curso <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> uma<br />

das cinco IES pesquisadas. Resultados: Observam-se que os temores mais prevalentes foram preparação profissional, falta <strong>de</strong> tempo e não<br />

conseguir estudar. Entre as esperanças mais atraentes, ter uma formação generalista foi a mais <strong>de</strong>sejada, seguida por ter uma formação especializada<br />

e ter uma formação mais ética e humana. Conclusão: As comparações apontam para a anuência das tendências atuais da graduação<br />

em medicina, pois a maioria dos entrevistados afirma ter como expectativa uma formação generalista, mesmo quando esta opção não é a que<br />

orienta o projeto pedagógico <strong>de</strong> seu curso. Embora fossem esperadas diferenças entre os futuros médicos, verificam-se muitas semelhanças,<br />

principalmente com relação a temores relatados.<br />

Formação Pedagógica <strong>de</strong> Preceptores: uma Experiência em Processo<br />

Carbone, TR 7<br />

Monteiro, D 8<br />

Leher, E 8<br />

Cerqueira, MP 7<br />

Passos, M 8<br />

Ribeiro, VMB 8<br />

Introdução: O projeto Formação pedagógica dos formadores dos profissionais da saú<strong>de</strong>: a preceptoria dos Internatos em questãoconsisteemintervirnamelhoriadaformaçãomédicapormeiodacapacitação<br />

pedagógica dos preceptores do Internato médico. Foi<br />

<strong>de</strong>senvolvido um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formação, já implementado no Complexo Hospitalar da UFRJ, por 08 preceptores e pesquisadores do<br />

NUTES e da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina. Em dois anos, formaram-se 32 profissionais, médicos, e iniciou-se uma turma com 18 novos, envolvidos<br />

na preceptoria <strong>de</strong> alunos do curso <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>sta universida<strong>de</strong>. Objetivos: criar, implementar e avaliar, no âmbito da<br />

UFRJ, um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> preceptores que, uma vez validado, seja oferecido a outras instituições <strong>de</strong> ensino e aos profissionais<br />

da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços, importante segmento na formação <strong>de</strong> alunos dos cursos médicos. Método: Essa experiência – que integra o método<br />

da problematização em ativida<strong>de</strong>s semi-presenciais, com o uso <strong>de</strong> ferramenta para cursos interativos on line – mostra-se como potente<br />

estratégia para difundir práticas educativas baseadas em metodologias ativas <strong>de</strong> aprendizagem e tecnologias da informação e da co-<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

8 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Núcleo <strong>de</strong> Tecnologia Educacional para a Saú<strong>de</strong>, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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municação para formação pedagógica <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Resultados: Aapropriação crítica do conteúdo <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong><br />

pelos participantes e sua a<strong>de</strong>são às práticas pedagógicas inovadoras – i<strong>de</strong>ntificadas no processo <strong>de</strong> capacitação e nos trabalhos <strong>de</strong> conclusão,<br />

já implementadas em suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> preceptoria – sinalizam a importância <strong>de</strong> dar continuida<strong>de</strong> à proposta e visibilida<strong>de</strong><br />

aos resultados que vêm sendo obtidos, traduzidos em relevante produção <strong>de</strong> conhecimento acerca da função <strong>de</strong> preceptoria. Conclusões:<br />

Foi possível observar importante movimento nas discussões do grupo <strong>de</strong> pesquisadores e preceptores. Os preceptores começam a<br />

trazer informações sobre mudanças em suas rotinas, entre as quais <strong>de</strong>stacam-se: reorientação na condução do <strong>de</strong>bate com alunos; questionamentos<br />

sobre as rotinas <strong>de</strong> avaliação; intensificação <strong>de</strong> críticas e questionamentos sobre organização/funcionamento dos internatos;<br />

construção <strong>de</strong> novas propostas para as rotinas <strong>de</strong> internato.<br />

A Importância da Dissecação no Aprendizado da Anatomia Humana<br />

Ga<strong>de</strong>lha, MAD 9<br />

Ferreira, BRS 9<br />

Viana, RR 9<br />

Sucupira, DG 9<br />

Oliveira, JL 9<br />

Moura, JRSA 9<br />

Introdução: Aevolução da anatomia humana teve gran<strong>de</strong> contribuição da prática dissecatória. Apesar <strong>de</strong>sse gran<strong>de</strong> mérito, as<br />

escolas médicas têm negligenciado esse exercício ao estudante <strong>de</strong> medicina. Em virtu<strong>de</strong> disso, é necessário estimar a opinião <strong>de</strong> acadêmicos<br />

no que diz respeito à relevância da dissecação no aprendizado da anatomia. Objetivos: Avaliar a importância que o acadêmico<br />

<strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>posita na prática <strong>de</strong> dissecação, auxiliada por professores e monitores, com o intuito <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r anatomia humana.<br />

Métodos: Aplicado questionário a 81 acadêmicos <strong>de</strong> Medicina cursando o 1º e 2º semestres, em Junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Os dados obtidos foram<br />

entrecruzados e classificados, utilizando o programa Excel versão 2003. Resultados: 96% dos entrevistados acham que a dissecação auxilia<br />

o aprendizado <strong>de</strong> anatomia. Quando perguntados se preferiam dissecar ou estudar em peças para apren<strong>de</strong>r anatomia, 52% disseram<br />

estudar em peças, 37% respon<strong>de</strong>ram dissecar e 11% ambos. 68% respon<strong>de</strong>ram que a eventual falta da dissecação no curso prejudicaria<br />

o <strong>de</strong>sempenho no aprendizado. Quanto ao número <strong>de</strong> peças e cadáveres, 93% acha insuficiente, e quanto ao número <strong>de</strong> professores<br />

e monitores, 88% disseram ser insuficiente. Finalmente, 65% dos entrevistados acham imprescindível a orientação <strong>de</strong> professores e<br />

monitores no aprendizado da anatomia humana. Conclusões: Po<strong>de</strong>mos inferir que a maioria dos acadêmicos dá extrema relevância à<br />

associação anatomia e dissecação no aprendizado da ciência anatômica. Um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> estudantes também consi<strong>de</strong>ra a orientação<br />

<strong>de</strong> professores e monitores imprescindível à prática dissecatória. Contudo, a maior parte dos acadêmicos prefere estudar em peças<br />

a dissecar. Esse fato po<strong>de</strong> ser atribuído ao reduzido número <strong>de</strong> peças e <strong>de</strong> cadáveres para a dissecação, assim como o pequeno número<br />

<strong>de</strong> professores e monitores para a orientação.<br />

Opinião <strong>de</strong> Estudantes dos Cursos <strong>de</strong> Direito e Medicina da UFRN sobre o Aborto no<br />

Brasil<br />

Me<strong>de</strong>iros, RD 10<br />

Oliveira, EAA 10<br />

Araújo, FA 10<br />

Cavalcanti, FJB 10<br />

Araújo, GL 10<br />

Castro, IR 10<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte (UFRN) vem <strong>de</strong>senvolvendo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, a<br />

disciplina optativa saú<strong>de</strong> reprodutiva, na qual são abordados temas transversais que suscitam o diálogo com outras áreas do conhecimento,<br />

e que contribuem para a formação ética, humanista, crítica e reflexiva do aluno <strong>de</strong> medicina. Dentre essas temáticas <strong>de</strong>staca-se o<br />

aborto, relacionado aos cursos <strong>de</strong> direito e <strong>de</strong> medicina, pois envolve aspectos legais, éticos, biológicos, psicológicos e sociais. Objetivos:<br />

Conhecer e comparar a opinião dos estudantes <strong>de</strong>sses cursos sobre a questão do aborto no Brasil, incluindo sua legislação. Méto-<br />

9 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

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dos: Foi perguntado aos alunos formandos do ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong> dos cursos <strong>de</strong> direito e medicina, através <strong>de</strong> questionário objetivo, em quais<br />

situações o aborto era permitido por lei no nosso país e em quais situações eles eram favoráveis a interrupção legal da gravi<strong>de</strong>z. Resultados:<br />

o questionário foi aplicado a 116 acadêmicos, sendo 52 do curso <strong>de</strong> medicina e 64 do curso <strong>de</strong> direito. Amaioria dos entrevistados<br />

<strong>de</strong>monstrou conhecer a legislação vigente, pois afirmaram que o aborto no Brasil po<strong>de</strong>rá ser realizado nos casos <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> vida da gestante<br />

e na gravi<strong>de</strong>z <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> estupro. Quando questionados em quais situações eram favoráveis ao aborto, a maioria achou que<br />

além das situações previstas na lei, a anencefalia também <strong>de</strong>veria ser uma condição em que o abortamento <strong>de</strong>veria ser permitido. Conclusões:<br />

Aexperiência se mostrou valiosa, pois evi<strong>de</strong>nciou que a maioria dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina e do direito conhece a legislação<br />

brasileira, embora tenha constatado-se que alguns alunos <strong>de</strong>sconhecem tema <strong>de</strong> tamanha importância para a vida profissional. Fato <strong>de</strong><br />

reflexão é que a anencefalia foi <strong>de</strong>fendida como situação em que a interrupção da gravi<strong>de</strong>z <strong>de</strong>va ser permitida por lei, levando-nos a<br />

crer sobre a relevância <strong>de</strong> ampliar esse <strong>de</strong>bate na nossa socieda<strong>de</strong>.<br />

A Construção <strong>de</strong> Problemas nos Cursos Médicos com Aprendizagem Baseada em<br />

Problemas: uma Revisão Sistemática<br />

Soares, TCM 11<br />

Batista, SHSS 11<br />

Introdução: os estudos da psicologia cognitiva e da neurociência do conhecimento vêm <strong>de</strong>monstrando gran<strong>de</strong>s avanços. Pesquisadores<br />

como Willems (1981), Schmidt (1983), Barrows (1985), Norman (1992) têm <strong>de</strong>senvolvido pesquisas sobre como as pessoas<br />

apren<strong>de</strong>m,comoosproblemasestimulamoconhecimentoeoqueéimportante no processo ensino-aprendizagem. Apercepção ampliada<br />

do processo ensino-aprendizagem e a visão <strong>de</strong> que o dia-a-dia das pessoas se caracteriza por resolução <strong>de</strong> problemas têm apoiado<br />

as metodologias educacionais problematizadoras. O Problema relatará fenômenos que no processo <strong>de</strong> aprendizagem em grupo po<strong>de</strong>rá<br />

levar a ativação <strong>de</strong> conhecimentos prévios, a troca <strong>de</strong> experiências, ao raciocínio e, ao interesse pela busca <strong>de</strong> possíveis soluções. Objetivo<br />

geral: empreen<strong>de</strong>r uma revisão sistemática da literatura, no período <strong>de</strong> 1997 a 2008, sobre o processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> problemas em<br />

currículos médicos orientados pela Aprendizagem Baseada em Problemas. Material e método: busca dos artigos nas bases <strong>de</strong> dados<br />

ERIC, MEDLINE e SciELO. Os artigos foram selecionados a partir dos seguintes critérios: 1-terem sido publicados nas bases <strong>de</strong> dados<br />

citadas. 2-terem sido publicados no período <strong>de</strong> 1997 a 2008. 3-referirem-se exclusivamente a cursos médicos que assumam a ABP como<br />

principal orientador curricular. 4-assumirem como tema a construção <strong>de</strong> problemas, estando esta expressão no título, e/ou <strong>de</strong>scritores<br />

i<strong>de</strong>ntificadores, e/ou resumo. Resultados: foram encontrados 5861 artigos <strong>de</strong> acordo com a combinação dos <strong>de</strong>scritores. Destes artigos<br />

somente 22 encontravam-se <strong>de</strong>ntro dos critérios pré-estabelecidos. Estes 22 artigos foram analisados quanto ao país que foram produzidos,<br />

a concentração da produção por periódico, a abordagem da pesquisa, a temática abordada e aos resultados. Dentro da temática<br />

abordada encontramos: concepções sobre problemas, critérios, princípios para a construção <strong>de</strong> problemas, formato, conteúdos e temas<br />

dos problemas. Conclusões: observa-se a existência <strong>de</strong> experiência internacional acumulada sobre a construção <strong>de</strong> problemas, espera-se<br />

com esta pesquisa subsidiar o aprimoramento institucional nesta área.<br />

11 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, Centro <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Ensino Superior em Saú<strong>de</strong>, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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A Implantação <strong>de</strong> Metodologias Ativas <strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem no Curso <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília: a Percepção dos Estudantes no Módulo <strong>de</strong> Morfofisiologia<br />

Humana<br />

Araujo, AC 12<br />

Souza, MSS 12<br />

Furlan, FA 12<br />

Guiguer, EL 12<br />

Corrêa, MESH 12<br />

Lazarini, CA 13<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília (Unimar) recentemente iniciou a implantação <strong>de</strong> metodologias ativas<br />

<strong>de</strong> ensino-aprendizagem. O módulo <strong>de</strong> Morfofisiologia Humana I, presente no primeiro termo, <strong>de</strong>senvolveu uma ativida<strong>de</strong>, relacionada à fisiologia<br />

e farmacologia do sistema nervoso autônomo, que consistiu nas seguintes etapas: distribuição dos estudantes em pequenos grupos<br />

(aproximadamente oito componentes); apresentação <strong>de</strong> dois casos clínicos como agentes <strong>de</strong>flagradores; levantamento <strong>de</strong> conhecimento prévio<br />

e elaboração <strong>de</strong> questões <strong>de</strong> aprendizagem sobre os casos; busca ativa das respostas às questões formuladas; discussão das respostas e<br />

síntese do conteúdo no gran<strong>de</strong> grupo com a participação dos professores. Objetivo: Avaliar a percepção dos estudantes em relação à ativida<strong>de</strong>.<br />

Método: Estudo quantitativo com base em questionário semi-estruturado. Cada estudante, por escrito e sem i<strong>de</strong>ntificação, <strong>de</strong>stacou aspectos<br />

positivos e negativos da ativida<strong>de</strong>, apresentando sugestões para o aprimoramento da mesma. Resultados: Os dois principais pontos<br />

positivos foram: aula mais prazerosa/motivadora e maior integração entre os estudantes. Como pontos negativos, observaram-se: tempo excessivo<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento do conteúdo e barulho em sala que dificultou a ativida<strong>de</strong>. As principais sugestões foram: utilização <strong>de</strong>sta<br />

metodologia para outros conteúdos do módulo, e mesclar esta metodologia ao método tradicional. Conclusão: Os resultados mostraram que<br />

trabalhar em grupo, resolvendo problemas, é mais motivador, proporcionando maior integração entre os estudantes. Mostraram ainda que<br />

os estudantes foram favoráveis à metodologia ativa utilizada, emboratenhamconsi<strong>de</strong>radootempoparasuaexecuçãomuitolongoeolocal<br />

para realização da ativida<strong>de</strong> não ter sido a<strong>de</strong>quado. Isto se <strong>de</strong>ve, possivelmente, ao fato <strong>de</strong> haver muitos grupos na mesma sala durante a ativida<strong>de</strong>.<br />

Comparadas ao método tradicional, sabe-se que metodologias ativas <strong>de</strong>mandam maior tempo para trabalhar conteúdos e isto justifica<br />

a fala dos estudantes. Mesmo tendo apontado fragilida<strong>de</strong>s, os estudantes sugerem a utilização <strong>de</strong>sta metodologia, com a<strong>de</strong>quações, em<br />

outros momentos do módulo e do curso.<br />

Disciplina “Clínica <strong>de</strong> Tratamento das Doenças Prevalentes” do Curso <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria: Avaliação Discente<br />

Baldisserotto, SV14 Fonseca, CB14 Sperotto, D14 Silva, LC14 Dal Lago, L14 Haeffner, LSB14 Introdução: Adisciplina “Clínica <strong>de</strong> Tratamento das Doenças Prevalentes” (CTDP) integra o novo currículo do Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria, em seu quinto semestre. Tem por objetivo o aprendizado dos fatores predisponentes, do<br />

diagnóstico, da terapêutica e da prevenção <strong>de</strong> patologias com alta prevalência populacional. Uma avaliação da disciplina é necessária<br />

para eventuais modificações na metodologia <strong>de</strong> ensino ou no seu programa. Objetivo: Avaliar isoladamente e comparar o <strong>de</strong>sempenho<br />

da disciplina CTDP entre o segundo semestre <strong>de</strong> 2007, o primeiro e o segundo semestre <strong>de</strong> 2008. Método: Para 151 alunos dos três semestres,<br />

foram aplicados questionários <strong>de</strong> avaliação da disciplina, dos professores e <strong>de</strong> auto-avaliação ao término da disciplina CTDP<br />

12 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

13 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.; Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

14 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.<br />

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nos seus respectivos semestres. Foi criado um banco <strong>de</strong> dados no programa Microsoft Office Excel 2003, sendo realizada análise estatística<br />

<strong>de</strong>scritiva e comparativa para as médias e as proporções no programa estatístico Epi Info versão 6,04b; o teste x2 foi utilizado para<br />

análise quantitativa. Resultados: Comparando <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007 com julho <strong>de</strong> 2008, foi encontrada diferença estatisticamente significativa<br />

entre as seguintes variáveis: distribuição das ativida<strong>de</strong>s, motivação para o estudo, orientação do professor, importância da disciplina<br />

e impressão geral. Entre <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007 e julho <strong>de</strong> 2008: relação do professor com pacientes, habilida<strong>de</strong> em realizar o exame clínico<br />

e procura por diagnósticos diferenciais/raciocínio clínico. Entre <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007 e <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008: falta <strong>de</strong> organização/interesse<br />

dos professores e má comunicação entre eles, além <strong>de</strong> poucos temas abordados. As <strong>de</strong>mais variáveis analisadas não apresentaram<br />

diferença estatisticamente significante na comparação dos três semestres. Conclusão: Entre o segundo semestre <strong>de</strong> 2007 e o segundo <strong>de</strong><br />

2008, verificou-se significativa melhora na avaliação global da disciplina <strong>de</strong> CTDP. Isso evi<strong>de</strong>ncia a importância da disciplina CTDP na<br />

transição entre o ciclo básico e clínico do Curso <strong>de</strong> Medicina.<br />

Apoio: Direção <strong>de</strong> Ensino, Pesquisa e Extensão, Hospital Universitário <strong>de</strong> Santa Maria.<br />

Experiência com o Mo<strong>de</strong>lo “Decisões Clínicas e Oficinas Diagnósticas (DC/OD)” Na<br />

FCM/UNICAMP: Resultados Principais <strong>de</strong> um Estudo Piloto<br />

Magalhães, LVB15 Fernan<strong>de</strong>s, PT15 Bastos, RR16 Li, LM15 Introdução: o componente teórico do curso médico no Brasil dispõe <strong>de</strong> poucas metodologias pedagógicas factíveis. As aulas expositivas<br />

tradicionais e suas variantes e a aprendizagem baseada em problemas (ABP) são os mo<strong>de</strong>los mais usados. O mo<strong>de</strong>lo DC/OD constitui-se<br />

<strong>de</strong> um caso real editado <strong>de</strong> acordo com a técnica do inci<strong>de</strong>nte crítico (contornando os inúmeros viéses dos casos tradicionais), seguido<br />

<strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> construção do conhecimento com recursos áudio – visuais (oficinas diagnósticas). Não há estudos para validar e/ou verificar<br />

a eficácia <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo. Objetivos: <strong>de</strong>screver a opinião dos estudantes <strong>de</strong> medicina expostos ao método DC/OD e a avaliação preliminar<br />

do mo<strong>de</strong>lo feita por médicos e docentes. Métodos: o autor principal elaborou três Kits (cada um constituído por uma DC e uma OD) Os<br />

temas foram cefaléia, epilepsias/convulsões e AVC. Este material foi aplicado a 17 alunos do 4o ano <strong>de</strong> medicina da FCM/ Unicamp, que respon<strong>de</strong>ram<br />

questionários <strong>de</strong> avaliação pré-experimental, <strong>de</strong> forma anônima e voluntária. Além disso, cada DC/OD foi avaliada quanto à linguagem,<br />

conteúdo e valor pedagógico por 1 docente <strong>de</strong> clínica (médico clínico), por 1 neurologista geral e por 1 neurologista especialista na<br />

subárea <strong>de</strong> enfoque. Resultados: 17 alunos foram expostos às 3 DC/OD. Destes, 16 (94%) acharam a dinâmica da DC boa, muito boa ou excelente<br />

e 17 (100%) acharam que as oficinas diagnósticas facilitam o aprendizado <strong>de</strong> conteúdos médicos. Aprincipal crítica foi o tempo insuficiente<br />

para o estudo completo das DC/OD. Os docentes e médicos consi<strong>de</strong>raram o mo<strong>de</strong>lo extremamente motivador e abrangente, com linguagem<br />

e conteúdo em geral a<strong>de</strong>quados. A principal sugestão docente foi a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> imagens animadas no material <strong>de</strong> convulsões/epilepsias.<br />

Conclusões: este estudo piloto <strong>de</strong>monstra que o mo<strong>de</strong>lo é viável e bem aceito por docentes e discentes. Está em andamento<br />

um estudo maior para tentar validar o método, comparando-o às aulas tradicionais.<br />

15 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

16 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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Laboratório <strong>de</strong> Comunicação no Curso Médico: a Experiência dos Estudantes da Escola<br />

Pernambucana <strong>de</strong> Medicina<br />

Soares, DCQ17 Cunha, NM17 Santos Filho, LMP17 Lins Filho, CFR17 Guerra, JFP17 Falbo, GH17 Introdução: A comunicação é essencial na medicina, haja vista ser o elemento vital da relação médico-paciente. A Escola Pernambucana<br />

<strong>de</strong> Medicina (EPM) criou o Laboratório <strong>de</strong> Comunicação, on<strong>de</strong> são simulados diversos aspectos da comunicação, para que<br />

os estudantes possam compreen<strong>de</strong>r e saber se comunicar <strong>de</strong> forma eficaz. Objetivos: Descrever a opinião dos estudantes do 4º período<br />

da EPM sobre o processo <strong>de</strong> ensino/aprendizagem da comunicação no curso médico. Métodos: Realizou-se um estudo <strong>de</strong>scritivo <strong>de</strong><br />

corte transversal, em que foram recrutados acadêmicos que cursavam o quarto período, no segundo semestre <strong>de</strong> 2008, e que concluíram<br />

o Laboratório <strong>de</strong> Comunicação. Utilizou-se questionário com perguntas fechadas, em escala LIKERT. Aconfiabilida<strong>de</strong> do questionário<br />

foi mensurada através do coeficiente alpha <strong>de</strong> Cronbach. Verificou-se a concordância ou discordância das questões avaliadas através do<br />

Ranking Médio (RM). Resultados: Participaram 92 estudantes. Aimportância do ensino da comunicação obteve um RM <strong>de</strong> 4,83. Observou-se<br />

um RM <strong>de</strong> 4,43 na assertiva <strong>de</strong> que o estudante <strong>de</strong>senvolve maior senso crítico após o Laboratório, bem como um RM <strong>de</strong> 4,46<br />

quando colocado que o Laboratório contribui para a formação <strong>de</strong> um médico humanista. A afirmação <strong>de</strong> que o Laboratório contribuiu<br />

ao aprimoramento da comunicação interpessoal forneceu um RM <strong>de</strong> 4,3. Contudo, observou-se um RM <strong>de</strong> 4,76 quando afirmado que<br />

as ferramentas do Laboratório po<strong>de</strong>m melhorar a relação aluno-paciente. Acolocação <strong>de</strong> que o Laboratório tornou-os mais aptos a lidar<br />

com o paciente obteve um RM <strong>de</strong> 2,15, enquanto um RM <strong>de</strong> 4,26 foi verificado quando afirmado que os conteúdos expostos no Laboratório<br />

são a<strong>de</strong>quados. A análise da confiabilida<strong>de</strong> do questionário através do alpha <strong>de</strong> Cronbach revelou um coeficiente <strong>de</strong> 0,8071.<br />

Conclusões: Os acadêmicos vêem o Laboratório <strong>de</strong> Comunicação como uma ferramenta a<strong>de</strong>quada e importante ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> uma comunicação eficaz, com consequente estabelecimento <strong>de</strong> uma boa relação estudante-paciente.<br />

Influência da Discussão em Pequenos Grupos, Orientada por Questões <strong>de</strong> Múltipla<br />

Escolha, no Aprendizado Acadêmico <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina<br />

Cabral, ALS18 Carvalho, AD18 Felipe, CRA18 Homem, CSP18 Reis, GA18 Oliveira, RPM18 Introdução: Os pequenos grupos <strong>de</strong> discussão representam estratégia pedagógica <strong>de</strong> baixo custo adotada com freqüência cada<br />

vez maior nas escolas médicas. O programa da monitoria da disciplina Internato em Medicina <strong>de</strong> Urgência e Traumatologia segue essa<br />

proposta, existe há nove anos, e por três vezes já foi premiado como a melhor monitoria da Universida<strong>de</strong>. Objetivos: Avaliar a influência<br />

da discussão em pequenos grupos, orientada por questões <strong>de</strong> múltipla escolha, no aprendizado acadêmico. Métodos:40estudantes<br />

do décimo período do curso <strong>de</strong> medicina foram subdivididos em cinco pequenos grupos <strong>de</strong> discussão. Semanalmente os grupos se reuniram<br />

por período <strong>de</strong> quatro horas, com a ajuda <strong>de</strong> um monitor para cada grupo. Acada semana um gran<strong>de</strong> tema foi discutido, utilizando-se<br />

da estratégia das questões <strong>de</strong> múltipla escolha. Os monitores foram previamente preparados para a discussão dos temas pelo coor<strong>de</strong>nador<br />

do programa. Foram utilizadas oito questões aplicadas nas formas <strong>de</strong> pré e pós-teste, com intervalo <strong>de</strong> 15 dias entre eles. No<br />

sétimo dia após o primeiro teste houve discussão do tema referente ao pré-teste. Sete dias após essa discussão foi aplicado o pós-teste. A<br />

17 Faculda<strong>de</strong> Boa Viagem – Instituto Materno Infantil <strong>de</strong> Pernambuco, Escola Pernambucana <strong>de</strong> Medicina, Recife, PE, Brasil.<br />

18 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

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nota máxima possível nos testes era <strong>de</strong> 8,0 pontos, equivalente ao número máximo <strong>de</strong> acertos possível em cada um dos testes. Resultados:<br />

Amédia das notas do pré-teste foi <strong>de</strong> 2,71 pontos, com pontuação mínima <strong>de</strong> zero e máxima <strong>de</strong> cinco (<strong>de</strong>svio-padrão <strong>de</strong> 1,55 e erro<br />

padrão <strong>de</strong> 0,31). A média das notas apuradas no pós-teste foi <strong>de</strong> 5,3 pontos, com nota mínima <strong>de</strong> dois e máxima <strong>de</strong> oito (<strong>de</strong>svio-padrão<br />

<strong>de</strong> 1,7 e erro-padrão <strong>de</strong> 0,35). Conclusão: Houve significativa diferença na nota dos estudantes após o uso da estratégia <strong>de</strong> ensino por<br />

meio da discussão em pequenos grupos utilizando-se questões <strong>de</strong> múltipla escolha como referência. Mostrou-se como alternativa<br />

complementar eficaz e <strong>de</strong> baixo custo para o ensino da medicina.<br />

Fundamentos da Inovação Pedagógica: Significados para a Formação em Saú<strong>de</strong><br />

Ferreira, BJ 19<br />

Introdução: Analisou-se criticamente o conceito <strong>de</strong> inovação pedagógica <strong>de</strong>fendido por Santos (1989) como “a caracterização<br />

<strong>de</strong> uma ciência emergente, rompendo com o “status quo”, dimensionando os fazeres pedagógicos numa possibilida<strong>de</strong> transformadora”.<br />

Apoiada em autores como Hernán<strong>de</strong>z (1998), Sacristán (2000) e Silva (2002), discute-se as questões centrais <strong>de</strong> concepção, implantação<br />

e gerenciamento <strong>de</strong> um processo pedagógico inovador, <strong>de</strong>stacando-se o papel central do projeto pedagógico como palco favorecedor<br />

da construção curricular e da atuação docente na geração <strong>de</strong> recursos humanos em saú<strong>de</strong>. Objetivos: Analisar os pressupostos tidos<br />

como inovadores na construção <strong>de</strong> um projeto pedagógico estudados à luz da organização do trabalho pedagógico e suas interferências<br />

nos objetivos e práticas avaliativas, conteúdos e métodos e organização curricular. Métodos: Optou-se por uma metodologia<br />

qualitativa, por consi<strong>de</strong>rá-la uma teoria científica em ação. Foi usada uma <strong>de</strong> suas ferramentas, a revisão bibliográfica. Resultados:<br />

Uma prática inovadora nunca começa do zero. Sua origem está vinculada à trajetória <strong>de</strong> cada instituição <strong>de</strong> ensino e das diferentes culturas<br />

pedagógicas e <strong>de</strong> concepção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. A inovação tem uma história, movimento e passa por fases on<strong>de</strong> seu ciclo vital <strong>de</strong> caráter<br />

dialético e <strong>de</strong> confronto <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> vista, práticas e representações evolui com o tempo. Conclusão: Para inovar-se pedagogicamente<br />

é necessário um grupo <strong>de</strong> referências que a impulsione bem como recursos administrativos geradores <strong>de</strong> condições objetivas para garantir<br />

a sustentação da proposta, bem como uma comunicação e envolvimento emocional presente entre os participantes. Avaliar o<br />

grau <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> organizativa e sua repercussão na fluência das <strong>de</strong>cisões. A inovação será enriquecida se for permeável ao<br />

intercâmbio e ao pluralismo. É necessária a reflexão permanente sobre a prática para melhorar sua compreensão, gerar elementos<br />

críticos, favorecendo o processo <strong>de</strong> engajamento permanente dos envolvidos.<br />

Currículo em Informática Médica: Intercâmbio Brasil – Estados Unidos<br />

Novaes, MA 20<br />

Ver<strong>de</strong>, FCV 20<br />

Machiavelli, JL 20<br />

Mello, MR 20<br />

Gusmão, CMG 20<br />

Introdução: Os avanços tecnológicos têm favorecido a incorporação da informática médica como disciplina aos currículos dos<br />

cursos <strong>de</strong> medicina, nacional e internacionalmente. Objetivo: Este trabalho trata do Consórcio Brasil-EUApara Educação em Informática<br />

Médica, aprovado em 2008 pela CAPES-FIPSE, para o intercâmbio e a cooperação internacional entre o Brasil e os EUAem nível <strong>de</strong><br />

graduação, primeiro do gênero no Brasil. Com o Consórcio, preten<strong>de</strong>-se reconhecer mutuamente os créditos acadêmicos e sua portabilida<strong>de</strong><br />

entre os dois países, visando um currículo internacional <strong>de</strong> informática médica. Métodos: O consórcio tem duração <strong>de</strong> quatro<br />

anos. O primeiro ano correspon<strong>de</strong> à fase preparatória; os <strong>de</strong>mais, às missões <strong>de</strong> trabalho dos docentes e <strong>de</strong> estudo dos alunos. São previstas<br />

24 missões <strong>de</strong> estudo do Brasil para os EUA, com duração <strong>de</strong> 6 meses cada; e 8 missões <strong>de</strong> trabalho. Instituições participantes:<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco (lí<strong>de</strong>r brasileira), Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, University of Texas Health Science Center (lí<strong>de</strong>r<br />

americana) e Duke University. Resultados: No primeiro ano, foram realizados: assinatura dos convênios bilaterais; construção do portal<br />

(www.nutes.ufpe.br/star); <strong>de</strong>finição dos critérios para seleção dos alunos; seleção da primeira turma para o intercâmbio (dois alu-<br />

19 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

20 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Hospital das Clínicas, Núcleo <strong>de</strong> Telesaú<strong>de</strong>, Recife, PE, Brasil.<br />

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nos da UFPE e dois da USP); duas missões <strong>de</strong> trabalho internacionais; avaliação preliminar dos currículos médicos das instituições.<br />

Conclusões: As primeiras missões <strong>de</strong> trabalho dos docentes <strong>de</strong>monstraram que o Consórcio contribuirá para o enriquecimento da formação<br />

pessoal e profissional, aprimoramento do processo ensino-aprendizagem, ampliação dos estágios <strong>de</strong> iniciação científica e consolidação<br />

<strong>de</strong> projetos internacionais. Em função das trocas <strong>de</strong> experiências os projetos acadêmicos das instituições envolvidas passarão<br />

por adaptações. Na UFPE, percebe-se que o Consórcio <strong>de</strong>spertou o interesse dos discentes pela área, <strong>de</strong>monstrado pelo número <strong>de</strong><br />

inscritos na disciplina <strong>de</strong> Informática em Saú<strong>de</strong> no último semestre. A exigência da proficiência em inglês é um fator que restringe a<br />

procura pelo intercâmbio.<br />

O Papel da Formação Médica na Percepção da Morte e do Morrer: Estudo Qualitativo com<br />

Infectologistas<br />

Shimma, E 21<br />

Nogueira-Martins, MCF 22<br />

Nogueira-Martins, LA 23<br />

Introdução: Aformação médica influencia o modo pelo qual os médicos enfrentam a morte <strong>de</strong> seus pacientes. Arecusa em aceitar a<br />

finitu<strong>de</strong> po<strong>de</strong> transformar a morte e o morrer em assuntos interditados, em especial numa socieda<strong>de</strong> que nega a morte e numa cultura médica<br />

que ten<strong>de</strong> a percebê-la como falha ou erro. Objetivo: Conhecer como médicos infectologistas da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, que acompanharam/acompanham<br />

pacientes com aids <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da epi<strong>de</strong>mia, percebemainfluênciadaformaçãomédicaemsuavivênciarelacionadaa<br />

morte e ao morrer das pessoas por eles assistidas. Método: Realizada em 2008, a pesquisa adotou a abordagem qualitativa, utilizou como instrumento<br />

a entrevista semi-estruturada, método <strong>de</strong> amostragem snowball e critério <strong>de</strong> saturação <strong>de</strong> informação para a finalização da pesquisa.<br />

Ao todo, 20 infectologistas foram entrevistados. Resultados e Discussão: O tema morte e do morrer foi pouco abordado durante sua graduação.<br />

Alguns referiram ter tido algum contato com o assunto em aulas <strong>de</strong> Psicologia Médica. Outros relataram estranhar a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> frieza<br />

e indiferença que instrutores mostravam frente a situações <strong>de</strong> morte, o que fazia com que eles (alunos) se sentissem “estranhos” ao perceberem,<br />

em si mesmos, sentimentos <strong>de</strong> pesar e tristeza. Os valores relacionados a “ser forte, não fraquejar, suportar as dores” foram estimulados<br />

durante a formação médica. O sistema educacional não facilitou o contato com seus sentimentos durante sua vida acadêmica, dificultando o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mecanismos adaptativos saudáveis para lidar com a questão. Consi<strong>de</strong>rações Finais: I<strong>de</strong>ntificou-se uma lacuna na formação<br />

dos entrevistados no que se refere a discussões sobre a morte e o morrer durante sua formação, o que aponta para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criação<br />

<strong>de</strong> espaços curriculares para compartilhar experiências, frustrações e angústias. Assim, iniciativas ligadas a “cuidar do cuidador” merecem<br />

ser consi<strong>de</strong>radas e implantadas nas escolas médicas.<br />

Avaliação Quantitativa da Atitu<strong>de</strong> dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina em Relação ao Cuidado do<br />

Paciente: Comparação entre duas Escolas Médicas com Metodologias <strong>de</strong> Ensino<br />

Diferentes, Tradicional e Aprendizado Baseado em Problemas<br />

Peixoto, JM 24<br />

Ribeiro, MMF 25<br />

Amaral, CFS 25<br />

Introdução: Este trabalho tem como referência a medicina centrada no paciente. Poucos estudos compararam a atitu<strong>de</strong> dos estudantes<br />

<strong>de</strong> medicina a respeito da relação médico-paciente (AERMP) entre escolas com mo<strong>de</strong>los curriculares diferentes. Objetivo:<br />

Comparar a AERMP entre escolas com mo<strong>de</strong>los curriculares diferentes: currículo tradicional (CT) e aprendizado baseado em problemas<br />

(ABP). Método: Aescala PPOS (Patient-Practitioner Orientation Scale) traduzida e um questionário sócio-<strong>de</strong>mográfico foram apli-<br />

21 Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Centro <strong>de</strong> Referência e Treinamento DST/AIDS, São Paulo, SP, Brasil.<br />

22 Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil ; Instituto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, São Paulo, SP, Brasil.<br />

23 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

24 Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

25 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

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cados a estudantes (20, 50 e 100 períodos) nestas escolas. Para análise dos resultados foram utilizados teste t-Stu<strong>de</strong>nt e ANOVA. O trabalho<br />

foi aprovado pelos comitês <strong>de</strong> ética das instituições. Resultados: 274 estudantes completaram os dados, 71,44% e 32,8% dos alunos<br />

matriculados, respectivamente na escola do ABP e CT. O escore total da PPOS (ETPPOS) para toda amostra da escola ABP foi 4,62 (±<br />

0,46 DP) e da CT 4,45(± 0,43 DP) (p = 0,002), significando atitu<strong>de</strong>s mais centradas no paciente na primeira. Não houve diferença <strong>de</strong> escore<br />

entre as escolas no início do curso. No 5° (p = 0,037) e 10º (p = 0,036) períodos, foi mais elevado na escola do ABP comparada à do CT. A<br />

análise por gênero mostrou que, entre os homens os valores do ETPPOS eram semelhantes no 2° período e mais elevados no 10° período<br />

na escola do ABP em relação à do CT (p = 0,023). Entre as mulheres, o escore manteve-se estável na escola do ABP e apresentou tendência<br />

a elevação na escola CT. Análise <strong>de</strong> regressão multivariada <strong>de</strong>monstrou que os estudantes da escola do ABP apresentaram, em média,<br />

0,19 pontos a mais no ETPPOS em relação aos da escola CT. Não houve associação das variáveis do questionário sócio-<strong>de</strong>mográfico<br />

com os escores da PPOS. Conclusão: O estudo sugere que atitu<strong>de</strong>s mais centradas no paciente na escola do ABP po<strong>de</strong>m ser atribuídas<br />

ao mo<strong>de</strong>lo curricular, pois as escolas diferem essencialmente em relação aos mo<strong>de</strong>los curriculares adotados.<br />

Monitoria Acadêmica em Semiologia Médica da UFPB: Relato <strong>de</strong> Experiência na<br />

Articulação <strong>de</strong> Ensino e Pesquisa<br />

Vasconcelos, FRGC26 Ronconi, DE26 Silva, APF26 Athay<strong>de</strong>, GAT26 Maroja, JLS26 Muñoz, RLS26 Introdução: AMonitoria Acadêmica é um programa consolidado da maior importância para o ensino na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

da Paraíba (UFPB). Em Medicina e Semiologia Médica, o plano <strong>de</strong> trabalho dos monitores tem o objetivo <strong>de</strong> proporcionar a ampliação<br />

do seu conhecimento em exame clínico, <strong>de</strong>spertando o interesse para a docência e <strong>de</strong>senvolvendo aptidões acadêmicas. Além das ativida<strong>de</strong>s<br />

didáticas, <strong>de</strong>ve haver incentivo do interesse pela pesquisa e pensamento científico na programação do monitor. Objetivos: Descrever<br />

as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino e pesquisa <strong>de</strong>senvolvidas pelos monitores <strong>de</strong> Semiologia Médica da UFPB entre 2006 e <strong>2009</strong>. Métodos:<br />

Trata-se <strong>de</strong> um relato <strong>de</strong> experiência no âmbito da Monitoria <strong>de</strong> Semiologia Médica da UFPB. Os dados foram coletados através <strong>de</strong> revisão<br />

das ativida<strong>de</strong>s dos monitores, entrevistas com professores da Disciplina e análise documental, consi<strong>de</strong>rando as ativida<strong>de</strong>s cumpridas<br />

nos anos <strong>de</strong> 2006, 2007 e 2008. Resultados: As ativida<strong>de</strong>s dos monitores nesse período foram: preparação <strong>de</strong> pacientes internados<br />

nas enfermarias para aulas práticas; ativida<strong>de</strong>s com os alunos à beira do leito em plantões <strong>de</strong> revisão; participação do Grupo <strong>de</strong> Estudos<br />

<strong>de</strong> Semiologia Médica; apresentação <strong>de</strong> casos clínicos para os alunos da disciplina; <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa no tema<br />

<strong>de</strong> ensino-aprendizagem em Semiologia; apresentação <strong>de</strong> 23 trabalhos <strong>de</strong> pesquisa em eventos cien tíficos: eventos internacionais (6),<br />

nacionais (5), locais (12); publicação <strong>de</strong> um livro didático sobre técnicas <strong>de</strong> exame clínico; elaboração <strong>de</strong> artigos científicos. Conclusões:<br />

Além <strong>de</strong> essencial para a inserção do estudante <strong>de</strong> Medicina na observação clínica em contexto hospitalar e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s<br />

didáticas, a Monitoria <strong>de</strong> Semiologia tem assumido também o objetivo <strong>de</strong> articular ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino e pesquisa, contribuindo<br />

para a formação acadêmica do monitor. O envolvimento dos monitores em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa também tem gran<strong>de</strong> potencial<br />

didático, cultivando habilida<strong>de</strong>s que lhes serão úteis em sua futura vida profissional.<br />

26 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação no Desenvolvimento da Anamnese<br />

Ambulatorial dos Alunos <strong>de</strong> Medicina com Pacientes do PSF<br />

Heringer, JF 27<br />

Oliveira, T 27<br />

Dibo, R 27<br />

Ramos, L 27<br />

Pezzi, L 27<br />

Neto, SP 27<br />

Introdução: Aanamnese é, ainda hoje, a ferramenta mais importante para o estabelecimento da relação médico-paciente, do diagnóstico<br />

e das condutas terapêuticas. Geralmente o estudante inicia seu aprendizado com uma anamnese formal, mais facilmente<br />

aplicada aos pacientes hospitalizados. No entanto, no ambiente ambulatorial essa lógica se modifica e surgem dificulda<strong>de</strong>s para estabelecer<br />

vínculo com o paciente e obter as informações necessárias para o diagnóstico e intervenção. Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discutir essas barreiras<br />

foi criado o Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação (LHC). Objetivos: Relatar a experiência dos alunos da Universida<strong>de</strong> em<br />

que foi feito este trabalho durante o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s do LHC com pacientes do Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF).<br />

Métodos: Os estudantes do sexto período são divididos em 4 grupos <strong>de</strong> 18 e freqüentam o LHC em encontros semanais. Os pacientes<br />

são selecionados pelos professores na unida<strong>de</strong> do PSF vinculados à instituição. Em uma sala, com equipamento <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> áudio e<br />

ví<strong>de</strong>o, um dos estudantes escolhido aleatoriamente faz uma anamnese, enquanto o restante do grupo assiste em outra sala. Após a ativida<strong>de</strong>,<br />

o grupo discute a entrevista com auxilio dos professores. Resultados: Os estudantes inicialmente resistem à ativida<strong>de</strong>, sentem-se<br />

constrangidos em fazer anamnese sozinhos e assistidos pela turma através da câmera. No entanto, após estarem familiarizados<br />

com a dinâmica torna-se bastante proveitosa, especialmente no momento da reavaliação do resultado final da entrevista (<strong>de</strong>briefing).<br />

Conclusões: Muito se discute sobre o tipo i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> paciente para a ativida<strong>de</strong>: o real ou o simulado. Ao dispor <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> do PSF no<br />

campus, tem-se um bom resultado com estes pacientes, além dos atores, já que possuem uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> patologias e histórias propiciando<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> discussões interessantes. É fundamental a continuida<strong>de</strong> dos estudos sobre atitu<strong>de</strong>s e competências da<br />

entrevista médica durante a fase <strong>de</strong> formação dos futuros médicos.<br />

Oficina <strong>de</strong> Problematização em Clínica Médica- Construindo um Raciocínio Operacional<br />

na Abordagem <strong>de</strong> Situações Reais<br />

Gue<strong>de</strong>s, JC 28<br />

Andra<strong>de</strong>, T 28<br />

Introdução: Decisões, estudos e pesquisas em saú<strong>de</strong> são baseados em problemas, mesmo na incerteza diagnóstica. Aênfase excessiva<br />

nos diagnósticos clínicos, durante o curso médico, exclui a noção <strong>de</strong> riscos, reforça a doença como objeto principal da atenção à<br />

saú<strong>de</strong> e limita atitu<strong>de</strong>s. Objetivos: <strong>de</strong>senvolver em estudantes <strong>de</strong> clinica médica a noção <strong>de</strong> “problema” frente a situações reais. Capacitar<br />

a elaborar uma lista <strong>de</strong> problemas hierarquizada, incluindo aspectos psicossociais e ambientais, com planos <strong>de</strong> intervenção; fomentar<br />

metacognição e autoaprendizado a partir <strong>de</strong> problemas não equacionados. Métodos: 106 estudantes do sétimo semestre do curso <strong>de</strong><br />

medicina tradicional, divididos em 4 turmas, freqüentaram 4 sessões semanais <strong>de</strong> problematização, cada uma com 3 horas <strong>de</strong> duração.<br />

Casos reais foram distribuídos e, durante 2 horas, em grupos <strong>de</strong> 5 alunos sob supervisão <strong>de</strong> dois tutores, os problemas eram discutidos e<br />

listados, com os respectivos planos <strong>de</strong> intervenção educacional, diagnóstica e terapêutica. Na hora final, os grupos apresentavam seus<br />

trabalhos para os <strong>de</strong>mais, com discussão, síntese e levantamento <strong>de</strong> problemas para estudo. As duas sessões subseqüentes foram semelhantes,<br />

com casos reais preparados previamente pelos grupos e trocados em sala. Na última sessão, houve apresentações dos problemas<br />

<strong>de</strong> estudo extra-classe, com coletivização do conhecimento; houve, então, discussão aberta <strong>de</strong> avaliação da oficina. Todos os estudantes<br />

consentiram com o relato da experiência. Resultados: Segundo os estudantes, a oficina instabilizou suas convicções no início da<br />

experiência; mas ao final se sentiram mais seguros a propor intervenções, mesmo sem diagnósticos. Quanto ao conteúdo clinico, houve<br />

menção à redução, com valorização dos aspectos psicossociais; mas com comentários <strong>de</strong> que, pela primeira vez, esses aspectos foram<br />

contextualizados no manejo clinico; e que a problematização organizou o estudo extra-classe. Conclusões: Os objetivos das oficinas foram<br />

alcançados; os estudantes compreen<strong>de</strong>ram o valor da problematização na condução das situações reais e <strong>de</strong> seu estudo.<br />

27 Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

28 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

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A Importância e a Utilida<strong>de</strong> do Idioma Estrangeiro na Graduação: Opinião dos Estudantes<br />

<strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas<br />

Abrahim, SM 29<br />

Barros, PS 29<br />

Costa, LC 29<br />

Me<strong>de</strong>iros, DB 29<br />

Cardoso, MVC 29<br />

Avelino, FGS 29<br />

Introdução: No mundo atual, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimentos <strong>de</strong> uma língua estrangeira é essencial, <strong>de</strong>vido à exigência e competitivida<strong>de</strong><br />

do mercado <strong>de</strong> trabalho. Os idiomas favorecem o relacionamento entre as pessoas e servem para estabelecer elos culturais,<br />

econômicos, sociais e profissionais. Essas informações são fundamentais na carreira médica, pois são utilizadas em vários setores, inclusive<br />

nas leituras <strong>de</strong> livros, revistas e trabalhos científicos. O sucesso profissional no contexto em questão tornou-se sinônimo <strong>de</strong> interaçãocomomundo.Objetivo:<br />

Avaliar a importância e a utilida<strong>de</strong> do idioma estrangeiro durante o curso médico. Métodos: Utilizou-se<br />

questionário fechado contendo 8 quesitos, aplicados com acadêmicos do 1° ao 3° ano da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, durante o mês <strong>de</strong> junho<br />

<strong>de</strong> <strong>2009</strong>. A análise estatística foi realizada por meio do programa Microsoft Excel®. Resultados: Foram analisados os dados <strong>de</strong> 114<br />

estudantes. Em relação aos conhecimentos <strong>de</strong> um segundo idioma, o inglês predominou em 87,72% dos entrevistados, seguido pelo espanhol<br />

com 30,7%, vale ressaltar que 28,01% são trilíngues. Durante a graduação, 94,73% dos acadêmicos já utilizaram tais conhecimentos,<br />

predominando o inglês em 90,35%. Dos entrevistados, 49,07% fazem uso semanalmente. Constatou-se que 97,22% da utilização são<br />

para a leitura <strong>de</strong> artigos científicos. Por sua vez, apenas 37, 96% afirmam o uso na leitura <strong>de</strong> livros. Além disso, 74,07% empregam para<br />

pesquisas na internet. A procura por fontes bibliográficas estrangeiras foi em 63,88% <strong>de</strong>vido à ausência <strong>de</strong> informações em português.<br />

Quanto à necessida<strong>de</strong>, 71,05% relacionam-na a falta <strong>de</strong> estudos recentes em português, alem disso 68,42% afirmam também ser essencial<br />

para pesquisas mais específicas. Observa-se também que há a exigência do mercado <strong>de</strong> trabalho, segundo 58,77% dos universitários.<br />

Conclusão: É essencial que o estudante se atualize e se aventure na bibliografia mais recente, e para isso o domínio <strong>de</strong> outras línguas é<br />

necessário, visando à melhor formação profissional possível.<br />

Blog <strong>de</strong> Reumatologia: uma Metodologia Inovadora <strong>de</strong> Ensino<br />

Bezerra, ELM 30<br />

Vilar, MJ 30<br />

Cardoso, MA 30<br />

Cavalcanti, FJB 30<br />

Cunha, MA 30<br />

Pinheiro, LV 30<br />

Introdução: Nos últimos anos, várias iniciativas <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> novas metodologias em educação médica têm sido feitas, <strong>de</strong>stacando-se<br />

o uso da informática como instrumento no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. A disciplina <strong>de</strong> Reumatologia da nossa universida<strong>de</strong><br />

utilizou um blog para estimular a participação efetiva <strong>de</strong> todos os alunos nos temas abordados, visto que esta é uma forma <strong>de</strong><br />

comunicação bastante difundida entre os jovens. Objetivos: Avaliar o uso do blog, uma metodologia ativa <strong>de</strong> ensino-aprendizagem,<br />

como alternativa ao mo<strong>de</strong>lo dos seminários tradicionais. Métodos: Foi criado um blog sobre Doenças Difusas do Tecido Conjuntivo,<br />

através do qual os alunos discutiram os assuntos por meio <strong>de</strong> comentários, imagens e casos clínicos, finalizando com a postagem <strong>de</strong> um<br />

resumo completo sobre os temas estudados (Esclerose Sistêmica, Dermatopolimiosite, Síndrome <strong>de</strong> Sjögren e Doença Mista do Tecido<br />

Conjuntivo). Após o término da discussão, foi enviado um questionário online para os participantes, para avaliar a satisfação dos mesmos<br />

com o novo método. Resultados: Um total <strong>de</strong> 43/45 alunos participaram da construção do blog. Destes, 31 respon<strong>de</strong>ram ao questionário<br />

<strong>de</strong> avaliação do mesmo e a maioria avaliou a ferramenta como boa (45,2%) ou ótima (38,7%), reforçando sua contribuição significativa<br />

para o aprendizado das doenças. Aeficiência do blog foi consi<strong>de</strong>rada igual (32,3%) ou superior (58,1%) a dos seminários tradicio-<br />

29 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

30 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

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nais na assimilação dos conteúdos, sendo que 26/31 (83,9%) dos acadêmicos utilizaram o blog como fonte <strong>de</strong> estudo. Conclusões: Ainformática<br />

se mostrou um eficiente instrumento no que se refere ao aprendizado e <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> temas médicos, quando comparado às<br />

metodologias convencionais. Esta experiência inicial positiva estimulará a substituição dos seminários tradicionais na disciplina <strong>de</strong><br />

Reumatologia, com crescente a<strong>de</strong>quação às necessida<strong>de</strong>s dos estudantes na construção e aplicação prática <strong>de</strong> seus conhecimentos.<br />

Metodologia Complementar ao Ensino da Pediatria: Produção <strong>de</strong> Multimídia<br />

Martins, MA 31<br />

Cunha, CF 31<br />

Melo, MCB 31<br />

Bueno, MC 31<br />

Schutze, M 31<br />

Safar, MVB 31<br />

Introdução: Estudos <strong>de</strong>monstram que o uso da multimídia é um método útil para o ensino e que sua eficácia é similar ao método<br />

tradicional <strong>de</strong> aula expositiva. O Departamento <strong>de</strong> Pediatria da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFMG ministra a disciplina “Semiologia<br />

Pediátrica” nos ambulatórios e enfermarias do Hospital das Clínicas (HC). Nesses cenários, o professor exerce sua função docente assistencial<br />

com <strong>de</strong>z alunos em aulas teóricas e práticas, junto ao paciente e sua família. Essa metodologia apresenta limitações do ponto <strong>de</strong><br />

vista ético e <strong>de</strong> eficácia como: prolongadas e cansativas <strong>de</strong>monstrações das técnicas <strong>de</strong> exame físico nos pacientes, número excessivo <strong>de</strong><br />

alunos por docente e material didático <strong>de</strong>ficiente. Consi<strong>de</strong>rando a importância do ensino da Semiologia e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos didáticos<br />

mais a<strong>de</strong>quados foi produzido um material <strong>de</strong> multimídia. Objetivo: Produzir material multimídia didático-científico, a ser<br />

disponibilizado no formato <strong>de</strong> CD-ROOM e na plataforma Intranet, com a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> técnicas semiológicas para o ensino da Pediatria,<br />

com ética e qualida<strong>de</strong>. Método: Realização <strong>de</strong> reuniões quinzenais <strong>de</strong> planejamento e avaliação. Provi<strong>de</strong>nciado suporte tecnológico<br />

para as imagens, contato com professores <strong>de</strong> pediatria geral e especialida<strong>de</strong>s e selecionadas as crianças, após assinatura do Termo<br />

<strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclarecido pelos responsáveis. As filmagens foram realizadas nos ambulatórios e enfermarias do HC<br />

com edição e formatação no Centro <strong>de</strong> Tecnologia em Saú<strong>de</strong> – CETES e Escola <strong>de</strong> Arquitetura. Resultados: As crianças foram examinadas<br />

por profissionais e as imagens realizadas <strong>de</strong>ntro dos princípios éticos. O <strong>de</strong>sign gráfico da interface foi <strong>de</strong>senvolvido e produzido<br />

material digital multimídia com as técnicas <strong>de</strong> exame físico normal e alterado <strong>de</strong> todos os sistemas. O material produzido é <strong>de</strong> ótima<br />

qualida<strong>de</strong>, com <strong>de</strong>talhes semiológicos relevantes para o ensino. Conclusão: O material produzido possibilitará uma abordagem mais<br />

ética do paciente, evitando os exames físicos <strong>de</strong>sgastantes e otimizando o ensino.<br />

Uso <strong>de</strong> Técnicas <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>lagem no Estudo do Sistema Nervoso<br />

Furlanetto, MP32 Menezes, AK32 Leão, HZ32 Oliva, GP33 Oliveira, L. 32<br />

Boeira, J32 Introdução: o entendimento tridimensional em Neuroanatomia tem alcançado interesse cada vez maior com o avanço das novas<br />

tecnologias em imagenologia seccional. Objetivo: construir mo<strong>de</strong>los do sistema nervoso, associados com a arquitetura óssea cadavérica,<br />

visando <strong>de</strong>senvolver a percepção tridimensional que orienta no entendimento das imagens adquiridas em tomografia computadorizada<br />

e ressonância magnética. Método: montagem da arquitetura osteológica básica para compor, com uso <strong>de</strong> cordões aramados<br />

e corados, as vias circulatórias <strong>de</strong> irrigação e drenagem (artérias, veias e seios venosos) e nervos (cranianos e raquidianos) que atravessam<br />

a base do crânio ou compõem plexos. Resultados: o trabalho produziu bases cranianas com mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> nervos cranianos co-<br />

31 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

32 Universida<strong>de</strong> Luterana do Brasil, Canoas, RS, Brasil.<br />

33 Centro Universitário Metodista, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

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municando com o esplancnocrânio, círculo arterioso da base do cérebro (polígono <strong>de</strong> Willis) com as artérias associadas, re<strong>de</strong> <strong>de</strong> seios<br />

venosos mostrando confluência para a protuberância occipital interna e para os seios cavernosos; re<strong>de</strong> do plexo braquial associada com<br />

a cintura escapular, ossos do membro superior e artéria central; re<strong>de</strong> do plexo lombossacro associada com a coluna lombar, pelve óssea e<br />

fêmur. O laboratório anatômico compõe, em seu acervo, um grupo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los didáticos para <strong>de</strong>monstração em aula. Conclusões: oenvolvimento<br />

na construção dos mo<strong>de</strong>los estimulou o comportamento investigativo do acadêmico na busca <strong>de</strong> materiais e imagens que<br />

permitissem mimetizar a melhor referência anatômica para o padrão morfológico em montagem. Também permitiu realizar inferências<br />

comaspeçascadavéricaseimagensaxiaisdatomografiacomputadorizada e dos três planos básicos da ressonância magnética.<br />

Experiência do Uso da Metodologia <strong>de</strong> Problematização em Curso <strong>de</strong> Biomedicina<br />

Sampaio, MX 34<br />

Introdução: As diretrizes curriculares nacionais do curso <strong>de</strong> biomedicina estabelecem critérios <strong>de</strong> formação profissional, nos<br />

níveis <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e competências, os quais têm sido freqüentemente pouco explorados, em cursos presenciais tradicionais, por envolverem<br />

<strong>de</strong>mandas metodológicas, que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a revisão do projeto pedagógico dos cursos até a a<strong>de</strong>quação dos meios <strong>de</strong> aprendizagem,<br />

com a <strong>de</strong>vida capacitação dos docentes participantes. Objetivos: Implementar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> problematização na disciplina <strong>de</strong><br />

parasitologia do curso <strong>de</strong> biomedicina. Métodos: Durante o 2º semestre <strong>de</strong> 2008, uma turma contendo 07 estudantes <strong>de</strong> biomedicina, <strong>de</strong><br />

diferentes períodos (5-8) foi apresentada ao mo<strong>de</strong>lo proposto, dispondo-se a executá-lo ao longo do semestre. Resultados: Todososestudantes<br />

concluíram o semestre letivo com aprovação (suficiência), tendo sido executados 03 instrumentos <strong>de</strong> avaliação direta (questionárioaplicadopelodocente,questionáriocriadoeaplicadopelosestudantes,<br />

relatório final), além <strong>de</strong> avaliadas as sínteses individuais e<br />

coletivas, situações-problema criadas, trabalho experimental executado, entre outros elementos, havendo convergência <strong>de</strong> opinião dos<br />

estudantes, quanto à satisfação, riqueza e amplitu<strong>de</strong> da experiência, com recomendação <strong>de</strong> todos <strong>de</strong> que o método continuasse sendo<br />

utilizado na disciplina. Conclusões: A utilização da problematização como metodologia <strong>de</strong> aprendizagem estabeleceu um patamar <strong>de</strong><br />

satisfação e resultados, extremamente maior, do que o mo<strong>de</strong>lo expositivo teórico-prático tradicional, por permitir aos estudantes e docente,<br />

trabalharem no campo das habilida<strong>de</strong>s e competências, tendo a memorização conteudística sido <strong>de</strong>ixada fora dos objetivos <strong>de</strong><br />

aprendizagem, ainda que tenha sido a turma que mais <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>u tempo e esforço em aprofundamento <strong>de</strong> conteúdos, até aquela data.<br />

Houve unanimida<strong>de</strong> por parte dos estudantes, <strong>de</strong> que a metodologia trouxe ganhos aos mesmos em aspectos até então pouco ou não<br />

explorados, no seu transcurso <strong>de</strong> formação, dando suporte ao pensamento crítico e reflexivo, multi, inter e transdisciplinar, enten<strong>de</strong>ndo<br />

a atuação profissional, do ponto <strong>de</strong> vista da integralida<strong>de</strong>.<br />

Contribuições do Módulo Eletivo “Aplicações <strong>de</strong> Biomateriais” na Formação Acadêmica<br />

Moda, M 35<br />

Leonato, DD 35<br />

Duek, EAR 35<br />

Introdução: O novo projeto pedagógico do curso <strong>de</strong> medicina da PUC-SP, iniciado em 2006, oferece, a partir do 2º ano, módulos<br />

eletivos, permitindo uma diferenciação na formação curricular dos alunos. Objetivos: Descrever e avaliar a eletiva “Aplicações <strong>de</strong> Biomateriais”<br />

com o intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar os alunos para ativida<strong>de</strong>s científicas. Métodos: A eletiva foi oferecida a 39 alunos do 2º ano, com<br />

carga horária <strong>de</strong> 60 horas. Os conteúdos abordados foram os aspectos bioquímicos e patológicos das interações biomaterial/tecido na<br />

área <strong>de</strong> cardiologia, neurologia e ortopedia. As ativida<strong>de</strong>s foram <strong>de</strong>senvolvidas através <strong>de</strong> tutorias e sustentações teóricas e aplicadas.<br />

A avaliação somativa foi realizada através da apresentação <strong>de</strong> seminários. Resultados: Todos os alunos respon<strong>de</strong>ram <strong>de</strong> forma anônima<br />

a um questionário que abordava opiniões, críticas e sugestões sobre a eletiva. Em relação à sua escolha, para 36% foi por opção e o<br />

restante a fez <strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> vagas em outras. Sobre o motivo da escolha, 57% dos alunos respon<strong>de</strong>ram que foi por ser um assunto não<br />

abordado na graduação, 36% pela intenção <strong>de</strong> realizar trabalhos científicos e 7% pela multidisciplinarida<strong>de</strong>. Antes do início, a expectativa<br />

era boa para 26%, regular para 38% e ruim para 36%, sendo que <strong>de</strong>stes, 100% não optaram por essa eletiva. Ao término das ativida-<br />

34 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

35 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong>, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


<strong>de</strong>s, em relação aos alunos que apresentaram expectativa regular e ruim, 93% mudaram <strong>de</strong> opinião. O número <strong>de</strong> tutorias e sustentações<br />

teóricas foi a<strong>de</strong>quado para 77% e 69%, respectivamente, sendo que 87% sugeriram maior número <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s práticas. Por fim,<br />

92% consi<strong>de</strong>raram que o conhecimento adquirido foi importante na formação acadêmica. Conclusões: O módulo eletivo<br />

institucionalizado na PUC-SP consiste em uma estratégia <strong>de</strong> flexibilização curricular possibilitando criar novas experiências aos<br />

estudantes. Aeletiva “Aplicação <strong>de</strong> Biomateriais” mostrou-se rica em ativida<strong>de</strong>s teóricas e práticas além <strong>de</strong> possibilitar uma integração<br />

entre várias disciplinas e especialida<strong>de</strong>s.<br />

Visão Discente da Situação do Ensino <strong>de</strong> Pediatria e da Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Implantação <strong>de</strong><br />

Metodologias Ativas<br />

Sugita, TH 36<br />

Alfaia, R 36<br />

Oliveira, PHT 36<br />

Lima, FMLS 36<br />

Naghettini, AV 36<br />

Costa, NMSC 36<br />

Introdução: O Departamento <strong>de</strong> Pediatria da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás (FM-UFG), apesar <strong>de</strong><br />

recentes propostas <strong>de</strong> mudança, utiliza-se <strong>de</strong> tradicionais metodologias <strong>de</strong> ensino-aprendizagem na maioria <strong>de</strong> suas disciplinas. Objetivos:<br />

Levantar a opinião discente sobre o ensino das disciplinas do Departamento <strong>de</strong> Pediatria da FM-UFG e sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

implantação <strong>de</strong> metodologias ativas <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Metodologias: Foram aplicados 30 questionários quali-quantitativos<br />

por ano <strong>de</strong> curso, com questões voltadas à metodologia em vigência e ao grau <strong>de</strong> satisfação dos discentes cursando as diversas disciplinas<br />

pediátricas (3º ao 6º ano). Utilizou-se Escala <strong>de</strong> Likert e ao final <strong>de</strong> cada questão, era permitido redigir comentários a respeito da resposta.<br />

Os dados foram analisados através <strong>de</strong> estatística <strong>de</strong>scritiva, mediante a distribuição <strong>de</strong> freqüências simples e percentuais através<br />

do software Epi Info. Todo o processo <strong>de</strong> avaliação está <strong>de</strong> acordo com as exigências éticas em pesquisa com seres humanos. Resultados:<br />

120 questionários foram respondidos e avaliados. Em geral (75%), os discentes estão satisfeitos com a metodologia <strong>de</strong> ensino adotada.<br />

Nota-se divergência principalmente entre acadêmicos do terceiro e quinto anos (83,4% <strong>de</strong>stes concordam com a metodologia utilizada,<br />

contra 34,7% daqueles). 44,5% pensam que o curso <strong>de</strong> Pediatria <strong>de</strong>veria utilizar metodologias ativas, apesar <strong>de</strong> 49,6% não ter opinião<br />

sobre o assunto. Os comentários, em geral, são positivos e específicos, como: “Amaioria dos professores utiliza um excelente material<br />

expositivo e possuem boa didática”, “Poucas aulas, porém as mesmas são boas” e “O curso está a<strong>de</strong>quado na minha opinião”. Conclusão:<br />

Constata-se uma satisfação dos discentes em relação à metodologia tradicional do ensino <strong>de</strong> pediatria na FM-UFG, apesar <strong>de</strong><br />

algumas falhas e insatisfações apontadas em momentos do currículo, e certa divergência entre períodos. Contudo, para implantar<br />

metodologias ativas, muitas mudanças ainda são necessárias, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da expectativa.<br />

Aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>los Teórico-Práticos em Fisiologia Humana como Ferramenta <strong>de</strong><br />

Ensino Médico: 3 Anos <strong>de</strong> Vivência<br />

Rezen<strong>de</strong> Filho, FM37 Rabêlo, LA37 Fonseca, LJS37 Oliveira, FJL37 Introdução: Afisiologia, enquanto área básica do conhecimento, é fundamental para a formação médica. Nesse campo, as aulas<br />

práticas estão tradicionalmente atreladas à experimentação animal. Contudo, tanto as novas <strong>de</strong>mandas do currículo médico como a<br />

busca pelo uso racional dos animais experimentais requerem novas metodologias <strong>de</strong> ensino dos processos fisiológicos. Objetivos: Relatar<br />

e discutir a construção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los teórico-práticos (MTPs) como ferramenta do processo ensino-aprendizagem em fisiologia. Mé-<br />

36 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

37 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


todos: Com base no plano político-pedagógico do curso médico <strong>de</strong> nossa instituição e conteúdo programático da disciplina <strong>de</strong> fisiologia,<br />

<strong>de</strong>senvolveu-se um protocolo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s para construção <strong>de</strong> MTPs representativos dos processos fisiológicos, incluindo fundamentação<br />

teórica e orientação metodológica dos estudantes. Participaram o segundo e terceiro semestres da graduação, <strong>de</strong> 2006 a <strong>2009</strong>,<br />

divididos em grupos <strong>de</strong> 3-5 acadêmicos. Cada grupo recebeu um tópico em fisiologia cardiovascular ou neurofisiologia, a ser representado<br />

em sistema construído com materiais <strong>de</strong> origem não-animal, e avaliado em evento intitulado “Simpósio <strong>de</strong> Fisiologia Integrada”,<br />

por professores convidados <strong>de</strong> nossa instituição. Realizou-se estudo qualitativo e <strong>de</strong>scritivo <strong>de</strong>ssa abordagem, partindo dos relatos <strong>de</strong><br />

estudantes, monitores e professores envolvidos. Resultados: A metodologia proposta incentivou a participação ativa discente no processo<br />

ensino aprendizagem, valorizando o trabalho em equipe e as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação, e os MTPs elaborados foram eficazes<br />

na <strong>de</strong>monstração dos processos fisiológicos, evi<strong>de</strong>nciando domínio dos conteúdos por parte dos discentes. Assim, obteve-se uma avaliação<br />

formativa, que resultou em 62 MTPs inéditos, 10 apresentações em congressos acadêmicos, 3 prêmios <strong>de</strong> excelência acadêmica<br />

(em 2008, 60% do total recebido pela instituição), 1 proposta <strong>de</strong> patente e um projeto <strong>de</strong> Liga Acadêmica <strong>de</strong> Fisiologia. Conclusão: A<br />

construção <strong>de</strong> MTPs pelos discentes mostrou-se uma ferramenta promissora no processo ensino-aprendizagem da Fisiologia. O<br />

método relatado é capaz <strong>de</strong> estimular a participação ativa discente e compõe uma avaliação formativa, suscitando a curiosida<strong>de</strong><br />

científica e a produção acadêmica.<br />

Neuroanatomia no Cinema: Estratégia Alternativa para a Aprendizagem<br />

Guerra, LB 38<br />

Pereira, AH 38<br />

Introdução: Disciplinas básicas, características do ciclo pré-clínico do curso médico, frequentemente são consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong>sinteressantes<br />

pelos estudantes, ansiosos pelas ativida<strong>de</strong>s clínicas. ANeuroanatomia Médica, ofertada no 2º período do curso na UFMG, tem sido avaliada<br />

como pouco integrada ao ciclo clínico e carente <strong>de</strong> contextualização motivadora. Objetivos: Avaliar estratégia <strong>de</strong> aprendizagem alternativa<br />

na disciplina visando contextualização dos temas abordados e motivação dos alunos. Métodos: Grupos <strong>de</strong> alunos assistiram filmes baseados<br />

em fatos reais ou <strong>de</strong> ficção, nos quais personagens apresentavam quadro neurológico e/ou psiquiátrico. Cada grupo <strong>de</strong>veria ver o filme,<br />

i<strong>de</strong>ntificar correlações neurobiológicas, anatômicas e/ou funcionais, nos quadros/situações clínicas e consultar o Portal CAPES para seleção<br />

<strong>de</strong> artigo que esclarecesse as correlações i<strong>de</strong>ntificadas. Cada grupo foi avaliado pela apresentação do tema neurobiológico motivado pelo filme,<br />

para os <strong>de</strong>mais colegas. Participantes avaliaram a ativida<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>ndo a questionário. Resultados: Aativida<strong>de</strong> foi consi<strong>de</strong>rada método<br />

funcional para aprendizado <strong>de</strong> temas da disciplina por 81% dos alunos. Dos 160 alunos, 76% realizaram a tarefa <strong>de</strong> maneira integral e os<br />

<strong>de</strong>mais, embora tenham visto o filme e colaborado na apresentação do trabalho, não estudaram o assunto. Conquanto consi<strong>de</strong>rada trabalhosa<br />

por meta<strong>de</strong> dos alunos, pon<strong>de</strong>rando tempo <strong>de</strong>dicado à tarefa e aprendizagem obtida, 66% dos participantes julgaram a tarefa muito agradável,<br />

a estratégia pedagógica interessante, eficiente e motivadora da aprendizagem, sugerindo incorporação permanente na disciplina. Um<br />

terço dos estudantes <strong>de</strong>clarou que a ativida<strong>de</strong> não contribuiu para aprendizagem. Conclusões: Autilização das artes, literatura, música, cinema,<br />

como estratégia pedagógica não é inédita. Cinema emociona, estimula associação <strong>de</strong> novas experiências a memórias, concretiza situações,<br />

possibilitando ao estudante perceber que a neuroanatomia funcional fundamenta circunstâncias do cotidiano em geral e não apenas do<br />

dia-a-dia do médico. Aativida<strong>de</strong> favoreceu aprendizagem pela motivação e contextualização, mas tem limitações que <strong>de</strong>mandam investigação,<br />

já que para 33% dos estudantes ela não foi eficiente.<br />

38 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

76<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O Professor Atuando Simultaneamente como Ator e Avaliador<br />

Davila, R 39<br />

Cadaval, RAM 39<br />

Hübner, CVK 39<br />

Paulo, GR 39<br />

Rocha, JIP 39<br />

Gozzano, JOA 39<br />

Introdução: Dentre as habilida<strong>de</strong>s específicas para a formação do médico, <strong>de</strong>staca-se a comunicação com os pacientes. Em nossa<br />

Faculda<strong>de</strong> (mo<strong>de</strong>lo PBL), o aluno inicia contato com o paciente já no primeiro ano, orientado pelos professores <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s. Os<br />

primeiros conceitos <strong>de</strong> comunicação e anamnese são então iniciados. Aavaliação do aprendizado é feita por provas escritas e tipo estações,<br />

incluindo a avaliação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação. Objetivo: Descrever a metodologia avaliativa da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação<br />

dos alunos do primeiro ano, on<strong>de</strong> o professor atuou como simulador e avaliador <strong>de</strong> forma simultânea. Metodologia: Ao final do semestre<br />

os alunos foram avaliados através <strong>de</strong> simulação <strong>de</strong> atendimento em bonecos e através <strong>de</strong> um atendimento ambulatorial simulado.<br />

A simulação dos pacientes era feita pelos próprios docentes avaliadores, que obe<strong>de</strong>ciam a roteiros pré-<strong>de</strong>terminados, mas agiam<br />

como atores, criando situações que permitiam a avaliação das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação. Os docentes também corrigiam <strong>de</strong>feitos observados<br />

e comentavam as atuações ao final <strong>de</strong> cada avaliação. Resultados: Na observação dos professores atores e dos alunos, o uso<br />

<strong>de</strong>ssa metodologia foi um instrumento estimulante e eficiente não só para a avaliação, mas também para a formação dos alunos. Essa<br />

metodologia não visava avaliar a cognição e todos os alunos foram aprovados após a comprovação <strong>de</strong> que a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação<br />

era a<strong>de</strong>quada. Conclusões: Há muito se comenta que todo bom professor é também bom ator. Pusemos em prática essa asserção<br />

ao criarmos, no primeiro ano do nosso curso, uma forma <strong>de</strong> avaliação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação dos alunos baseada em<br />

atendimento on<strong>de</strong> o professor avaliador também simulava ser o paciente. Essa é uma metodologia <strong>de</strong>scomplicada <strong>de</strong> se usar atores<br />

para simulação clínica e possibilita a rápida <strong>de</strong>volutiva ao aluno e o aprendizado, uma vez que a performance do professor po<strong>de</strong> ser<br />

dirigida para caminhos que permitam esses objetivos.<br />

Relato <strong>de</strong> Experiência Discente em uma Comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tiradores <strong>de</strong> Caranguejo no<br />

Estuário do Estado Do Pará - Integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão em Saú<strong>de</strong> do<br />

Trabalhador<br />

Bahia, SHA40 Monteiro, JCMS40 Filgueiras, NKF40 Maia, LA40 Bezerra, JRN40 Dias, DG40 Introdução: A disciplina Saú<strong>de</strong> Coletiva (SC) III na graduação em Medicina da UFPA estuda os <strong>de</strong>terminantes ocupacionais e<br />

ambientais no processo saú<strong>de</strong>-doença no campo da Saú<strong>de</strong> do Trabalhador (ST) no contexto da SC. Assim, além <strong>de</strong> aulas teóricas, seminários,<br />

entrevistas, visitas técnicas orientadas, relatos <strong>de</strong> casos clínicos e colóquio, <strong>de</strong>senvolve-se como avaliação final, estudo epi<strong>de</strong>miológico<br />

sob o formato <strong>de</strong> monografia. Objetivo: Relatar a experiência <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> cinco discentes do 4ª semestre durante a realização<br />

<strong>de</strong> uma pesquisa para a elaboração <strong>de</strong> uma monografia para a disciplina SC III. Métodos: A pesquisa foi realizada pelo grupo, sob<br />

orientação da professora da disciplina, iniciando com a elaboração do projeto <strong>de</strong> pesquisa e encaminhamento ao CEP/ICS/UFPA, sendo<br />

realizados dois <strong>de</strong>slocamentos ao município <strong>de</strong> Marapanim-Pará, para observação das condições <strong>de</strong> moradia, sanitárias, ocupacionais<br />

e sociais, e coleta <strong>de</strong> dados através <strong>de</strong> entrevistas e aplicação <strong>de</strong> questionários validados, em novembro <strong>de</strong> 2008. Resultados: Através<br />

<strong>de</strong> visita in loco em três comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tiradores <strong>de</strong> caranguejo (Araticumirim, Gurajubal e Vista Alegre) nas quais, 54 trabalhado-<br />

39 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

40 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

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es (94,4% do gênero masculino; ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 39,03±13,31 anos) aceitaram participar do estudo, percebeu-se a íntima relação entre a<br />

precarização do trabalho e a ausência <strong>de</strong> políticas públicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e sanitárias, influenciando no processo saú<strong>de</strong>-doença <strong>de</strong>sses trabalhadores,<br />

o que possibilitou a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> queixas ósteomusculares prevalentes em 53,7% da amostra; distúrbios do sono em 53,7%<br />

e alta taxa <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho no último ano (42,6%).Conclusões: Apartir da pesquisa na comunida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>-se vivenciar na prática<br />

da pesquisa-extensão o aprendizado em ST e po<strong>de</strong>-se, ainda, relacionar a influência dos <strong>de</strong>terminantes ocupacionais no processo<br />

saú<strong>de</strong>-doença <strong>de</strong>sses trabalhadores, contudo, por ter sido um estudo transversal, não se pô<strong>de</strong> aprofundar na realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa população<br />

e propor melhorias nas condições <strong>de</strong> vida dos tiradores <strong>de</strong> caranguejo.<br />

O Ensino <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s para o Primeiro Ano <strong>de</strong> Medicina<br />

D‘Avila, R 41<br />

Peron, SF 41<br />

Tritapepe, N 41<br />

Lanza, LB 41<br />

Palazzo, C 41<br />

Maricato, P 41<br />

Introdução: Dentre as habilida<strong>de</strong>s específicas para a formação do médico, <strong>de</strong>staca-se a comunicação com os pacientes. Em nossa Faculda<strong>de</strong><br />

(mo<strong>de</strong>lo PBL), o aluno inicia contato com o paciente já no primeiro ano, orientado pelos professores <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s. Os primeiros<br />

conceitos <strong>de</strong> comunicação e anamnese são então iniciados. Aavaliação do aprendizado é feita por provas escritas e tipo estações, incluindo a<br />

avaliação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação. Objetivo: Descrever a metodologia avaliativa da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação dos alunos do primeiro<br />

ano, on<strong>de</strong> o professor atuou como simulador e avaliador <strong>de</strong> forma simultânea. Metodologia: Ao final do semestre os alunos foram<br />

avaliados através <strong>de</strong> simulação <strong>de</strong> atendimento em bonecos e através <strong>de</strong> um atendimento ambulatorial simulado. Asimulação dos pacientes<br />

era feita pelos próprios docentes avaliadores, que obe<strong>de</strong>ciam a roteiros pré-<strong>de</strong>terminados, mas agiam como atores, criando situações que permitiam<br />

a avaliação das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação. Os docentes também corrigiam <strong>de</strong>feitos observados e comentavam as atuações ao final<br />

<strong>de</strong> cada avaliação. Resultados: Na observação dos professores atores e dos alunos, o uso <strong>de</strong>ssa metodologia foi um instrumento estimulante e<br />

eficiente não só para a avaliação, mas também para a formação dos alunos. Essa metodologia não visava avaliar a cognição e todos os alunos<br />

foram aprovados após a comprovação <strong>de</strong> que a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação era a<strong>de</strong>quada. Conclusões: Há muito se comenta que todo<br />

bom professor é também bom ator. Pusemos em prática essa asserção ao criarmos, no primeiro ano do nosso curso, uma forma <strong>de</strong> avaliação<br />

da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação dos alunos baseada em atendimento on<strong>de</strong> o professor avaliador também simulava ser o paciente. Essa é uma<br />

metodologia <strong>de</strong>scomplicada <strong>de</strong> se usar atores para simulação clínica e possibilita a rápida <strong>de</strong>volutiva ao aluno e o aprendizado, uma vez que<br />

a performance do professor po<strong>de</strong> ser dirigida para caminhos que permitam esses objetivos.<br />

Situação do Ensino <strong>de</strong> Pediatria e Receptivida<strong>de</strong> para Implantação <strong>de</strong> Metodologias Ativas<br />

<strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem sob Perspectiva Docente<br />

Alfaia, R 42<br />

Sugita, TH 42<br />

Lima, FMLS 42<br />

Naghettini, AV 42<br />

Costa, NMSC 42<br />

Carvalho Júnior, PM 43<br />

Introdução: Mesmo com propostas <strong>de</strong> mudança, o Departamento <strong>de</strong> Pediatria da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Goiás (FM-UFG) ainda utiliza-se <strong>de</strong> metodologias tradicionais em gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> suas disciplinas. Objetivos: Analisar a percepção<br />

docente sobre a metodologia atualmente adotada e a receptivida<strong>de</strong> para se implantar metodologias ativas. Metodologias: Apli-<br />

41 Pontifícia Universida<strong>de</strong> católica <strong>de</strong> São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

42 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

43 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


cou-se 18 questionários quali-quantitativos, compostos por questões voltadas à metodologia aplicada pelo docente, ao ensino ministrado<br />

nas diversas disciplinas pediátricas (3º ao 6º ano) e a carga horária da disciplina. A escala <strong>de</strong> Likert foi utilizada e ao final <strong>de</strong> cada<br />

questão, era possível redigir justificativas sobre a resposta escolhida. Os dados foram analisados por meio <strong>de</strong> estatística <strong>de</strong>scritiva, mediante<br />

a distribuição <strong>de</strong> freqüências simples e percentuais através do software Epi Info. Todo o processo <strong>de</strong> pesquisa foi realizado <strong>de</strong><br />

acordocomasexigênciaséticasempesquisacomsereshumanos.Resultados: 100% dos questionários foram respondidos e avaliados.<br />

Em relação à carga horária, há satisfação do corpo docente (88,9% concordam com a carga teórica e 83,3% com a carga prática). Percebe-se<br />

insatisfação quanto ao método ministrado (66,7% insatisfeitos) e também aos recursos didáticos utilizados (66,7% discordam da<br />

satisfação). 94,4% dos docentes são à favor da utilização <strong>de</strong> metodologias ativas nas disciplinas <strong>de</strong> Pediatria. Percebe-se que os comentários,<br />

em sua maioria, favorecem a correlação teórico-prático, com discussão <strong>de</strong> casos: “O método das aulas teóricas po<strong>de</strong>ria permitir<br />

maior interação prática” e “ ...já aplico metodologia <strong>de</strong> discussão por caso semelhante ao PBL”. Conclusão: Os docentes estão<br />

insatisfeitos com a metodologia e os recursos atualmente utilizados nas disciplinas pediátricas, sendo alta a receptivida<strong>de</strong> às<br />

metodologias ativas.<br />

O Encontro com a Morte na Formação Médica: à Procura do Mestre Quíron<br />

Silva, GSN 44<br />

Ayres, JRCM 45<br />

Introdução: Este estudo é um recorte da tese da autora: “Aconstrução do ‘ser médico’ e a morte: implicações e significados para<br />

a humanização do cuidado” Objetivo: Preten<strong>de</strong>u a partir da narrativa <strong>de</strong> estudantes e resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> medicina, compreen<strong>de</strong>r como a<br />

formação acadêmica po<strong>de</strong> ajudá-los a lidar com o processo <strong>de</strong> morte <strong>de</strong> um paciente, o que eles <strong>de</strong>sejam e sugerem neste sentido. Métodos:<br />

Foi realizada uma pesquisa qualitativa com estudantes <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, escolhidos<br />

entre todos os períodos <strong>de</strong> formação. AFenomenologia Existencial,aHermenêuticaGadamerianaeaTeoriadaAçãoComunicativa,<strong>de</strong><br />

Habermas, constituem a base filosófica do trabalho <strong>de</strong> produção e interpretação das narrativas. Foram combinadas duas estratégias tecno-metodológicas:<br />

entrevistas em profundida<strong>de</strong> com roteiro e oficinas com utilização <strong>de</strong> “cenas” projetivas. Resultados e Conclusões:<br />

Os estudantes e resi<strong>de</strong>ntes transitam entre escassos mo<strong>de</strong>los, poucas experiências para nominar e lidar com a morte, e muitos paradoxos.<br />

O mito <strong>de</strong> Quíron traduz a procura dos entrevistados, que reclamam a existência <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los potenciais com os quais possam se<br />

i<strong>de</strong>ntificar e sejam capazes <strong>de</strong> ajudá-los a <strong>de</strong>senvolver suas potencialida<strong>de</strong>s.<br />

A Inclusão da Matéria <strong>de</strong> Neurociências na Educação Médica<br />

Chang, ACR 46<br />

Maldonado, VC 46<br />

Konkiewitz, EC 46<br />

Introdução: a complementação da formação médica com temas complexos, como a Neurociências, faz-se fundamental para o<br />

entendimento do ser humano como um todo atualmente. Estas novas áreas do conhecimento, por serem <strong>de</strong> difícil entendimento, necessitam<br />

<strong>de</strong> métodos mais elaborados para melhor fixação do conteúdo exposto. A inclusão da matéria Neurociências reflete muito na<br />

educação médica, pois atua diretamente na compreensão da relação médico-paciente e no entendimento do corpo <strong>de</strong> uma maneira diferenciada<br />

da que era transmitida em gerações anteriores. Objetivos: <strong>de</strong>senvolver discussões a respeito <strong>de</strong> temas que englobem novas<br />

<strong>de</strong>scobertas em neurociências para acadêmicos do curso <strong>de</strong> medicina; correlacionar com situações do seu cotidiano, com a clínica e <strong>de</strong>spertar<br />

interesse em pesquisa científica nessa nova área. Métodos: confecção e apresentação <strong>de</strong> seminários após uma revisão literária,<br />

com posterior discussão dos temas abordados correlacionando com a clínica, e finalmente, produção <strong>de</strong> um livreto com o compilado<br />

dos temas discutidos. Resultados: acadanovapalestraministradapelosalunospô<strong>de</strong>-se ver o aumento no interesse e entendimento a<br />

respeito do conteúdo. Ao final do curso todos haviam mudado sua visão e preconceitos a respeito da complexida<strong>de</strong> do sistema nervoso,<br />

44 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

45 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

46 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, Dourados, MS, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


e apresentavam-se receptivos e interessados em outras matérias relacionadas a neurociências. Conclusão: o que se espera <strong>de</strong> um curso<br />

<strong>de</strong> neurociências é que <strong>de</strong>senvolva o perfil <strong>de</strong> investigação, pesquisa nos participantes e o interesse por buscar novas respostas. Essa<br />

matéria do novo currículo trouxe mais interesse e entusiasmo para as aulas e discussões, fazendo muitos dos alunos se aproximarem<br />

mais da área e dos estudos do assunto.<br />

Aprendizagem Baseada em Equipes como Estratégia <strong>de</strong> Ensinagem em Curso <strong>de</strong><br />

Farmacologia Clínica<br />

Polimeno, NC47 Polimeno, MCAM47 Seixas, CA47 Lopes, LC48 Introdução: Aeducação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> está no centro das discussões <strong>de</strong> hoje, principalmente em relação às estratégias<br />

<strong>de</strong> ensino-aprendizagem, que melhor se adaptem às suas características e necessida<strong>de</strong>s e que garantam melhor aprendizagem e<br />

aplicação do aprendido à prática. Objetivo: Apresentar estratégia contemporânea e ativa, <strong>de</strong>nominada aprendizagem baseada em<br />

equipes (ABE) como uma alternativa à forma tradicional <strong>de</strong> ensinagem. Método: Utilizou-se a ABE durante curso <strong>de</strong> farmacologia clínica,<br />

antiarrítmicos, em Aracajú-2008 (17 participantes) e Itabuna-<strong>2009</strong> (21). As etapas da ABE são: preleção dialogada sobre eletrofisiologia;<br />

formação <strong>de</strong> quatro equipes que estudarão cada um dos grupos <strong>de</strong> antiarrítmicos; mesclam-se as equipes originais e entregam-se<br />

problemas sobre antiarrítmicos e resolução dialogada dos problemas. O resultado do uso da ABE foi obtido com questionário com 12<br />

indicadores com pontuação <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les segundo a escala <strong>de</strong> Likert. Apontuação <strong>de</strong> cada indicador foi transformada num percentual<br />

e posteriormente numa <strong>de</strong>nominação: ruim, regular, bom, muito bom e excelente. Resultados: A preleção dialogada foi avaliada<br />

como excelente (86,5%). O trabalho em equipe recebeu: <strong>de</strong>dicação ao estudo autodirigido sobre antiarrítmicos = muito boa (78,1%), <strong>de</strong>dicação<br />

à discussão dos problemas sobre arritmias = muito bom (78,8%) e o trabalho em equipe em si = excelente (82,1%). A resolução<br />

dialogada final dos problemas foi excelente (91,2%). Apercepção dos participantes quanto ao ganho <strong>de</strong> conhecimentos foi <strong>de</strong> aproximadamente<br />

33%. A ABE foi avaliada como excelente, motivadora e conseguiu alcançar plenamente os objetivos propostos para o curso.<br />

Discussão/Conclusão: Estratégias interativas, como a ABE, são capazes <strong>de</strong> motivar e incrementar o aprendizado dos profissionais<br />

assim capacitados com melhores resultados em comparação com a educação tradicional.<br />

47 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

48 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sorocaba, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

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TEMA: CENÁRIOS DE PRÁTICA E INTEGRAÇÃO À REDE<br />

DE SERVIÇOS DE SAÚDE<br />

Observação das Práticas Médicas: Avaliação das Expectativas dos Estudantes do 1 o Ano<br />

Médico e das Mudanças Desenca<strong>de</strong>adas pelos Diferentes Cenários <strong>de</strong> Prática<br />

Iochida, LC1 Pelcerman, A1 Moraes, JZ1 Romanello, M1 De Marco, M1 Baladi, R1 Introdução: Adisciplina <strong>de</strong> Observação das Práticas Médicas (OPM) ocorre no 1o. ano do curso médico da UNIFESP <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002. Os<br />

estudantes fazem quatro visitas a cenários <strong>de</strong> prática, que variam <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> emergência a unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (UBS), passando<br />

por centro obstétrico e unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> diagnóstico. Após as visitas ocorre uma discussão das impressões, em grupos <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 15 alunos, com<br />

docentes <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s variadas. A disciplina tem sido bem avaliada por estudantes e docentes, e <strong>de</strong>la surgiu o interesse <strong>de</strong> estudar alguns<br />

tópicos surgidos nas discussões, como as expectativas dos alunos ingressantes sobre a medicina e sua transformação durante o curso.<br />

Objetivo: Conhecer as expectativas dos estudantes sobre a prática da medicina, e avaliar as mudanças causadas pela OPM. Métodos:Questionário<br />

com perguntas abertas e fechadas, aplicado aos 123 alunos do 1o. ano, ao final da disciplina. As respostas foram analisadas qualitativamente.<br />

Resultados: Foram analisados 115 questionários. A faixa etária variou <strong>de</strong> 18 a 26 anos, com 46 alunos do sexo feminino e 69 do sexo<br />

masculino. 44 dos 115 alunos afirmaram que a OPM modificou muito sua visão sobre a medicina, 11 que não mudou em nada e os <strong>de</strong>mais<br />

que houve pouca alteração. As UBS (44), centro cirúrgico (7), centro obstétrico (7), ambulatório <strong>de</strong> genética médica (3) foram alguns dos cenários<br />

mais citados como marcantes. Arelação médico paciente e as discussões também foram citadas como <strong>de</strong>staques na OPM. Conclusões:A<br />

OPM criada para diversificar os cenários <strong>de</strong> prática. Este trabalho mostra que a visão dos estudantes ingressantes sobre a profissão é restrita, e<br />

que a visita a cenários diversos <strong>de</strong> prática tem gran<strong>de</strong> impacto. Sua visão sobre o serviço público era bastante negativa, e as visitas contribuíram<br />

para mostrar que a realida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser diferente do que é divulgado na mídia.<br />

Inserção dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina na Prática <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva em Alagoas<br />

Porto, BKW2 Nicácio, AG2 Mendonça, ATVS2 Porto, AAL2 M Júnior, EG2 Sales, MLH2 Introdução: O Hospital Escola Dr. Hélvio Auto (HEHA) é referência em Alagoas para as doenças infecto-contagiosas. O hospital<br />

conta com o Núcleo <strong>de</strong> Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica (NVE), cujo objetivo é <strong>de</strong>tectar ativamente os agravos, realizando intervenção e<br />

controle. Neste contexto, o curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas (UNCISAL), na disciplina O Médico,<br />

Indivíduo e a Comunida<strong>de</strong> (MIC), busca uma abordagem ativa para aliar a teoria à prática com os conhecimentos <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>miologia, levando<br />

o estudante a sucessivas aproximações do objeto <strong>de</strong> estudo. Objetivo: Traçar o perfil epi<strong>de</strong>miológico dos óbitos ocorridos no<br />

HEHA, construir um boletim epi<strong>de</strong>miológico e aproximar o estudante <strong>de</strong> Medicina à prática <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> coletiva. Método:Oestudofoi<br />

realizado por alunos e professores do Módulo MIC (Medicina-UNCISAL), a partir <strong>de</strong> dados secundários do Sistema <strong>de</strong> Informação <strong>de</strong><br />

Mortalida<strong>de</strong> (SIM) dos casos <strong>de</strong> óbito entre 2006 e 2008. Foram selecionados por procedência, sexo e faixa etária. Resultados:Noperíodo<br />

entre 2006 à 2008 foram registrados um total <strong>de</strong> 926 casos <strong>de</strong> óbitos no referido hospital. Destes, a maior prevalência foi SIDA(Síndrome<br />

da Imuno<strong>de</strong>ficiência Adquirida), sendo responsável por 18,89% dos casos <strong>de</strong> óbito. O número <strong>de</strong> pacientes notificados do sexo mas-<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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culino (68%) foi maior que do sexo feminino (32%). Em relação aos agravos mais freqüentes em cada faixa etária percebe-se que a mais<br />

acometida pela SIDAcorrespon<strong>de</strong> a <strong>de</strong> 30-39 anos (38% do total), Meningite a <strong>de</strong> 1-9 anos (28% do total). Através do estudo percebeu-se<br />

que 51% do total <strong>de</strong> óbitos tinham como procedência Maceió. Os outros 49% eram proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s do interior i<strong>de</strong>ntificadas por<br />

microrregiões. Conclusão: O estudo permitiu caracterizar os óbitos ocorridos no HEHAe perceber a importância da inserção dos estudantes<br />

nos diversos cenários <strong>de</strong> prática e da utilização da epi<strong>de</strong>miologia nos serviços do SUS.<br />

A Utilização do SIAB no Levantamento das Internações por Condições Sensíveis à<br />

Atenção Primária no PSF Três Poços<br />

Varella, PO 3<br />

Balbino, VD 3<br />

Martins, CCMG 3<br />

Dantas, FMB 3<br />

Carvalho, LS 3<br />

Cardoso, GA 3<br />

A Atenção Primária à Saú<strong>de</strong> é um conjunto <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> caráter individual e coletivo situadas no primeiro nível <strong>de</strong> atenção dos<br />

sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, voltadas para a promoção da saú<strong>de</strong>, a prevenção <strong>de</strong> agravos, o tratamento e a reabilitação. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> proposto<br />

pelo Programa Saú<strong>de</strong> da Família prioriza a atenção primária, a integralida<strong>de</strong> da assistência, fortalecendo ações <strong>de</strong> prevenção da<br />

doença e a promoção da saú<strong>de</strong>. Dessa maneira, faz-se necessário avaliar <strong>de</strong>ntro da Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família o impacto da expansão<br />

da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção primária e sua efetivida<strong>de</strong> sobre a situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população. O país conta com uma Lista <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Internações<br />

por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ISAP) e referem-se àquelas em que a atenção ambulatorial efetiva e a tempo po<strong>de</strong>m<br />

evitar internações. Neste trabalho foi realizado um levantamento das internações por condições sensíveis à atenção primária na comunida<strong>de</strong><br />

assistida pelo PSF Três Poços, no município <strong>de</strong> Volta Redonda – RJ, no período <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2007 a Dezembro <strong>de</strong> 2008 e foi utilizado<br />

como instrumento <strong>de</strong> coleta o Sistema <strong>de</strong> Informação da Atenção Básica (SIAB). Em uma população <strong>de</strong> 3483 moradores, houve 178<br />

internações (5,11%) no período <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2007 a Dezembro <strong>de</strong> 2008, 67 (37,64%) <strong>de</strong>stas internações se enquadravam na lista <strong>de</strong> condições<br />

sensíveis à atenção primária e observou-se maior prevalência das Doenças Cerebrovasculares. O resultado do estudo confirmou<br />

o alto custo com internações evitáveis, i<strong>de</strong>ntificou a necessida<strong>de</strong> da reformulação do SIAB, da qualificação dos agentes comunitários e<br />

da utilização das informações obtidas através do SIAB nas reuniões <strong>de</strong> equipe para a melhora da atenção à saú<strong>de</strong>.<br />

OMC – Orientação Médica Coletiva: uma Experiência Positiva da Disciplina <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Coletiva no Curso <strong>de</strong> Medicina da FCMS – PUCSP<br />

Anjos, RMP 4<br />

Cunha, ACG 4<br />

Correa, PC 4<br />

Carvalho, DBC 4<br />

Rodrigues, MP 4<br />

Queiroz, MM 4<br />

Introdução: AOMC – Orientação Médica Coletiva consiste na interação entre os participantes e o médico para estimular o falar,<br />

o ouvir, o discutir e o refletir sobre a promoção da saú<strong>de</strong> na atenção primária. O HIPERDIAé um programa <strong>de</strong> cadastramento e acompanhamento<br />

<strong>de</strong> hipertensos e diabéticos para reduzir a morbi-mortalida<strong>de</strong> associada a essas doenças. O médico participa geralmente<br />

através <strong>de</strong> consultas individuais. Apesar da facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diagnóstico, o controle <strong>de</strong>ssas doenças ainda é um <strong>de</strong>safio. Há baixa efetivida<strong>de</strong><br />

e a disponibilida<strong>de</strong> do tratamento não garante a a<strong>de</strong>são dos usuários. Objetivos: Utilizar a OMC como instrumento da percepção<br />

dos comportamentos da população ligados à saú<strong>de</strong> e a doença. Resultados: Na UBS Vila Sabiá, Sorocaba, existem 3.850 pessoas acompanhadas<br />

no Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família. Destas, 982 estão cadastradas no HIPERDIA. Das cadastradas, foram estudados 383 prontuários<br />

referentes a 311 hipertensos, 18 diabéticos e 54 diabéticos e hipertensos. Os resultados <strong>de</strong>monstraram que não foi atingida a faixa<br />

3 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

4 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> referência da normalida<strong>de</strong> para níveis <strong>de</strong> pressão arterial e glicemia. 86 <strong>de</strong>sses usuários participaram da OMC, executada pela Disciplina<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva da FCMS-PUCSP. 80,2% <strong>de</strong>les apresentaram alteração da pressão arterial e/ou glicemia no momento da ativida<strong>de</strong><br />

e 100% tinham conhecimento parcial a respeito da doença e do seu manejo. Apercepção verbalizada pelos participantes, como por<br />

exemplo: o estresse como causa do aumento da pressão [87,2%], ou a utilização da auto-medicação [90,6%] po<strong>de</strong>m ser utilizadas na elaboração<br />

<strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> intervenção programática. Conclusão: A OMC serve a diferentes propósitos: aborda temas <strong>de</strong> interesse dos<br />

participantes; aproxima a população do médico; enten<strong>de</strong> o contexto no qual ocorrem os seus significados e a importância a eles atribuída;<br />

gera hipóteses a partir da perspectivas dos usuários e revisa o programa e as intervenções implantadas para o planejamento em<br />

saú<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong> local.<br />

A Participação das Equipes da Saú<strong>de</strong> da Família no Ensino<br />

Silva, ALB 5<br />

Garcia, MAA 5<br />

Introdução: O ensino-aprendizagem, no cenário da Atenção Básica e Saú<strong>de</strong> da Família (ABS), permite ampliar a relação discente-docente,<br />

para uma triangulação entre equipe, docente/discentes e usuários, visando à formação <strong>de</strong> profissionais com base nas Diretrizes Curriculares<br />

e princípios do SUS. Objetivos: Descrever como as equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> colaboram no ensino; analisar suas percepções e expectativas<br />

quanto à formação multiprofissional; avaliar as potencialida<strong>de</strong>s e dificulda<strong>de</strong>s da inserção do ensino nos serviços. Métodos: Proce<strong>de</strong>u-se<br />

através <strong>de</strong> entrevistas coletivas com as equipes docente-assistenciais nas UBS que representam os cenários <strong>de</strong> ensino da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina,<br />

aplicando-se roteiro semi-estruturado com gravação das discussões, transcrição e análise qualitativa do material. Resultados:Asequipes<br />

relatam experiências diversificadas quanto à integração ensino-serviço, <strong>de</strong>vido às distintas histórias <strong>de</strong> inserção da Universida<strong>de</strong> em<br />

cada UBS, cursos e infra-estrutura física e <strong>de</strong> pessoal. Destacam-se como aspectos facilitadores: o modo como se dá a parceria entre as instituições,<br />

a participação efetiva do discente e docente junto às equipes, a presença <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nador e funcionários da Universida<strong>de</strong> enquanto integrantes<br />

das equipes, a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cursos que amplia a multiprofissionalida<strong>de</strong>. Apontaram dificulda<strong>de</strong>s relativas ao espaço físico (<strong>de</strong>vido<br />

ao aumento do número <strong>de</strong> pessoas); <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> dos estágios e sua curta duração, dificultando o vínculo dos discentes com a equipe e<br />

usuários; o <strong>de</strong>scompromisso <strong>de</strong> alguns docentes com a gestão da integração; a inexperiência <strong>de</strong> alguns serviços em receber alunos, havendo a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> educação permanente dos envolvidos. Conclusões: Observou-se que o ensino permite ampliar o intercâmbio <strong>de</strong> conhecimentos,<br />

qualificar a atenção (exemplificando-se pelas anotações dos prontuários), aprofundar a interdisciplinarida<strong>de</strong> e a ação multiprofissional<br />

ao inserir profissões que não compõem as equipes <strong>de</strong> referência, ampliando a resolutivida<strong>de</strong> da atenção à saú<strong>de</strong>. Aintegração ensino-serviço<br />

permite viabilizar um mo<strong>de</strong>lo técnico/docente/assistencial em saú<strong>de</strong> que correspon<strong>de</strong> às diretrizes curriculares e ao SUS, contribuindo<br />

na construção da integralida<strong>de</strong>.<br />

A Parceria da Aca<strong>de</strong>mia com o Serviço na Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: Oficina Problematizadora<br />

Tito, LBL 6<br />

Mota, NM 6<br />

Jesus, LDM 6<br />

Lima, APL 6<br />

Elias, TGA 6<br />

Franco, CM 6<br />

Introdução: Ajustificativa <strong>de</strong>ste trabalho se refere à inserção do acadêmico no serviço público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ao estabelecimento <strong>de</strong> estratégias<br />

<strong>de</strong> intervenção e responsabilização dos envolvidos na temática educação e saú<strong>de</strong>. Objetivo: Desenvolver ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção da<br />

saú<strong>de</strong>, utilizando o mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial no cenário prático da comunida<strong>de</strong>-escola, em parceria com o serviço público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Métodos:<br />

Foi proposta aos acadêmicos, como <strong>de</strong>manda da comunida<strong>de</strong>, uma dispersão (quinto elemento do Arco <strong>de</strong> Maguerez) com o tema “prevenção<br />

<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes domésticos”. O cenário prático aconteceu na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atenção Básica à Saú<strong>de</strong> da Família, na Região Noroeste <strong>de</strong> Goiânia,<br />

com o auxílio das enfermeiras da equipe da Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família, para 15 mães e seus filhos com ida<strong>de</strong>s entre 1 e 7 anos. Problematizando<br />

o referido tema foram realizadas três dinâmicas: montagem <strong>de</strong> painéis com figuras que representavam condutas a<strong>de</strong>quadas e ina<strong>de</strong>-<br />

5 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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quadas; roda <strong>de</strong> discussão dirigida por perguntas-chave previamente elaboradas; narração <strong>de</strong> uma história com uma reflexão em seguida.<br />

Resultados: Houve aproximação dos acadêmicos com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong>-escola, possibilitando a integração<br />

e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s. Ainteração com as enfermeiras da equipe foi importante para a realização<br />

da <strong>de</strong>volutiva social. As reflexões acerca da atitu<strong>de</strong> dos pais como principal influência sobre o comportamento e segurança dos filhos<br />

ampliou o senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e a visão <strong>de</strong> causa e efeito nos processos aci<strong>de</strong>ntais domésticos, originando um comportamento preventivo.<br />

Isso justifica e enfatiza a importância da presença oportuna e precoce do acadêmico no contexto social. Conclusão:Aintervençãonoperíodo<br />

<strong>de</strong> pré-patogenicida<strong>de</strong> é essencial para a universalida<strong>de</strong>, integralida<strong>de</strong> e equida<strong>de</strong> na promoção da saú<strong>de</strong>. O trabalho em equipe multiprofissional<br />

e interdisciplinar, no mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial, favorece a compreensão das diferentes dimensões assistenciais e fomenta, na formação<br />

médica, profissionais compromissadas com as coletivida<strong>de</strong>s.<br />

O Uso <strong>de</strong> Paródias como Estratégia Pedagógica em Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Educação em Saú<strong>de</strong> no<br />

Conjunto Carminha, Maceió/AL<br />

Belo, BS 7<br />

Silva, MEB 7<br />

Lima, ACF 7<br />

Didone, EL 7<br />

Tavares, GMS 7<br />

Fernan<strong>de</strong>s, DOA 7<br />

Introdução: No processo <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong>, a educação constitui uma estratégia importante, pois permite o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s individuais e coletivas (empowerment) que tornam os indivíduos mais capazes <strong>de</strong> participar ativamente do autocuidado,<br />

garantindo-lhes o direito <strong>de</strong> acesso à informação sobre cuidados em saú<strong>de</strong> e auxiliando, ainda, no manejo e convívio com doenças crônicas.<br />

Objetivos: Desenvolver e analisar o impacto do uso <strong>de</strong> paródias como estratégia pedagógica em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> em comunida<strong>de</strong>s<br />

carentes. Métodos: As ativida<strong>de</strong>s educativas foram realizadas na Escola Municipal Professor Petrônio Viana e na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

da Família (USF) Dídimo Otto Kümmer, localizadas no Conjunto Carminha, Maceió/Alagoas, no período <strong>de</strong> março a junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Foram<br />

compostas nove paródias por acadêmicos do 3º período, da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFAL, os quais procuraram adaptar músicas populares,<br />

acrescentando à melodia palavras e termos referentes a um tema pre<strong>de</strong>terminado e que incentivasse práticas <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> e<br />

prevenção <strong>de</strong> doenças. Na escola, foram abordados temas como gravi<strong>de</strong>z na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis, drogas e saú<strong>de</strong><br />

bucal; na USF, temas como prevenção da <strong>de</strong>ngue, hipertensão e diabetes, tabagismo e vida saudável. As paródias foram apresentadas<br />

juntamente com outras ativida<strong>de</strong>s educativas. Resultados: Autilização das paródias, com uma linguagem acessível e popular, além <strong>de</strong> ser <strong>de</strong><br />

fácil memorização, permitiu uma maior integração dos moradores da comunida<strong>de</strong> às ativida<strong>de</strong>s educativas. De forma dinâmica, as informações<br />

foram transmitidas e entendidas com maior facilida<strong>de</strong>, promovendo uma melhor a<strong>de</strong>são da comunida<strong>de</strong> às ações <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>.<br />

Conclusão: Observou-se que as paródias constituem uma estratégia pedagógica eficaz na consolidação das informações pelo público-alvo.<br />

Além <strong>de</strong> valorizar a criativida<strong>de</strong> dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina, possibilitou o estabelecimento <strong>de</strong> um maior vínculo entre estes e os<br />

moradores da comunida<strong>de</strong>, divulgando, por meio da música, ações <strong>de</strong> promoção e prevenção em saú<strong>de</strong>.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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O Trabalho em Equipe para a Integralida<strong>de</strong> no Cuidado na Perspectiva <strong>de</strong> Gestores <strong>de</strong><br />

Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santos<br />

Batista, NA 8<br />

Couto, M 8<br />

Rossit, R 8<br />

Paula, Y 8<br />

Batista, SH 8<br />

Tucci, A 8<br />

Introdução: os cursos <strong>de</strong> graduação do Campus Baixada Santista da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo tem como eixo norteadores<br />

a proposta <strong>de</strong> formação profissional para o trabalho em equipe na perspectiva da integralida<strong>de</strong> no cuidado e da educação interprofissional.<br />

Buscando subsidiar este processo, é importante compreen<strong>de</strong>r como a gestão da saú<strong>de</strong> municipal caracteriza e analisa o trabalho<br />

em equipe nos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santos. Objetivo: analisar as concepções <strong>de</strong> gestores dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no município <strong>de</strong><br />

Santos sobre o trabalho em equipe na perspectiva da integralida<strong>de</strong> no cuidado. Metodologia: entrevistas semi-estruturadas realizadas<br />

com 11 gestores na busca <strong>de</strong> caracterizar a composição i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> uma equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, as características, <strong>de</strong>safios e sugestões para um<br />

trabalho em equipe voltado para a integralida<strong>de</strong> no cuidado. Resultados e conclusões: para os gestores, algumas categorias profissionais<br />

se <strong>de</strong>stacam na <strong>de</strong>scrição da equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>: médico, enfermeiro, assistente social, fisioterapeuta e psicólogo embora outros profissionais<br />

tenham sido citados. O trabalho realizado pelas equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve se basear na atuação multiprofissional integrada, <strong>de</strong><br />

modo a compartilhar saberes, opiniões e <strong>de</strong>cisões como o cuidado <strong>de</strong>stinado aos usuários dos serviços articulando os recursos teórico e<br />

técnicos <strong>de</strong> várias áreas <strong>de</strong> conhecimento, entretanto este i<strong>de</strong>al está longe da realida<strong>de</strong> dos serviços. As dificulda<strong>de</strong>s para o trabalho em<br />

equipe estão relacionadas às características dos profissionais que po<strong>de</strong>m favorecer ou dificultar o trabalho em equipe bem como às diferenças<br />

pessoais e aos modos <strong>de</strong> relação entre os profissionais. Aponta-se também a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças relacionadas aos diferentes<br />

setores envolvidos na assistência: os profissionais, os serviços como um todo, os gestores da assistência e os usuários dos serviços.<br />

Configura-se a partir dos dados obtidos um instigante <strong>de</strong>safio para a formação dos estudantes do Campus Baixada Santista<br />

Há Relação entre a Participação em Ativida<strong>de</strong>s Extracurriculares Durante a Graduação e<br />

Sucesso Profissional De Ex-alunos do Curso <strong>de</strong> Medicina?<br />

Moraes, M 9<br />

Suzuki, MM 9<br />

Reinesch, J 9<br />

Borges, DGS 9<br />

Del-Ben, CM 9<br />

Introdução: Freqüentemente o aluno <strong>de</strong> graduação se envolve em ativida<strong>de</strong>s extracurriculares, sob o argumento <strong>de</strong> que tais ativida<strong>de</strong>s<br />

concorreriam para aperfeiçoar seu currículo e lhe confeririam maiores chances <strong>de</strong> obter um bom emprego ou <strong>de</strong> se tornar um<br />

profissional mais qualificado no futuro. No entanto, pouco é conhecido sobre o papel <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s no futuro profissional do estudante.<br />

Objetivos: Verificar a existência <strong>de</strong> possíveis relações entre a prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s extracurriculares durante o curso <strong>de</strong> Medicina<br />

e a situação profissional atual, levando-se em consi<strong>de</strong>ração a renda mensal <strong>de</strong>clarada e a satisfação profissional. Materiais e métodos:<br />

Cada um dos 850 ex-alunos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto-USP, formandos entre 1987 e 1996, recebeu, via correio, um<br />

questionário <strong>de</strong> múltipla escolha composto por 27 questões enfocando dados pessoais e educacionais, ativida<strong>de</strong>s extracurriculares realizadas<br />

durante o curso e aspectos profissionais atuais. Os participantes respon<strong>de</strong>ram também a uma escala visual analógica composta<br />

por sete itens relativos à satisfação em relação a alguns aspectos da prática profissional. Foram obtidas respostas <strong>de</strong> 168 ex-alunos. Resultados:<br />

Melhor remuneração associou-se com ser homem (p


ais. Conclusão: Os dados obtidos neste estudo não confirmam a suposição <strong>de</strong> que o envolvimento em ativida<strong>de</strong>s extracurriculares durante<br />

a graduação aumentaria as chances <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>sempenho profissional e conseqüente sucesso financeiro, uma vez que não foram<br />

observadas influências <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s no que tange à remuneração do médico.<br />

Genograma: Ferramenta <strong>de</strong> Ensino para Abordagem Familiar<br />

Cavalcante e Silva, A10 Morais ALR10 Schmitt, IAM10 Camilo, IL10 Amarante, MMF10 Introdução: O genograma é uma ferramenta que representa o mapeamento gráfico da história familiar, relacionamentos, fatores<br />

<strong>de</strong> riscos estressores, e relação entre estes e o processo saú<strong>de</strong>-doença. I<strong>de</strong>ntifica padrões transgeracionais <strong>de</strong> doenças e <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

apoio psicossocial, possibilitando aplicação <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> tratamento mais a<strong>de</strong>quadas. O genograma tem sido ensinado nos cursos<br />

<strong>de</strong> medicina, estabelecendo maior vínculo entre acadêmicos e pacientes, proporcionando melhor compreensão da evolução das doenças.<br />

Objetivo: Relatar a experiência com a ferramenta genograma no estudo <strong>de</strong> sete famílias <strong>de</strong> mulheres hipertensas. Metodologia:<br />

Pesquisa qualitativa com pacientes hipertensos usuários da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família Frei Tito, município <strong>de</strong> Fortaleza-CE, acompanhados<br />

pela Equipe Coração Saudável. Do total <strong>de</strong> 55 pacientes, foram selecionados sete, através <strong>de</strong> um sorteio randomizado, que<br />

participaram <strong>de</strong> entrevistas semi-estruturadas para a elaboração do genograma. Resultados: O estudo comprovou que a hipertensão<br />

arterial tem caráter genético com influência <strong>de</strong> estressores familiares, coincidindo com a literatura. Isto foi observado pelo genograma,<br />

através da visualização <strong>de</strong> maior número <strong>de</strong> dados sobre as famílias, incluindo sua hereditarieda<strong>de</strong>, riscos a que estão submetidos os<br />

membros das outras gerações, juntamente com influências clínicas, sociais e interacionais. A construção do mapa familiar, juntamente<br />

com os pacientes, permitiu maior vínculo entre esses e os pesquisadores, fortalecendo o conceito <strong>de</strong> atendimento humanizado, conforme<br />

preconiza o ensino ético da medicina. Conclusão: Aaplicabilida<strong>de</strong> do genograma como metodologia <strong>de</strong> ensino nos cursos <strong>de</strong> medicina<br />

é importante para compreen<strong>de</strong>r melhor o processo <strong>de</strong> adoecimento nas famílias, a situação <strong>de</strong> seus membros e suas relações familiares.<br />

Por sua forma gráfica, permite também um acompanhamento longitudinal das famílias, proporcionando melhores escolhas <strong>de</strong><br />

ações preventivas capazes <strong>de</strong> promover a saú<strong>de</strong>. É aconselhável estimular a prática <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> genogramas para outras patologias,<br />

como instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados, para o ensino da saú<strong>de</strong> das famílias.<br />

Avaliando os Cenários <strong>de</strong> Prática em Atenção Básica no Internato no Município <strong>de</strong><br />

Maceió<br />

Me<strong>de</strong>iros, PM 11<br />

Tenório, RB 11<br />

Costa, RC 11<br />

Cavalcanti, SMS 11<br />

Vilela, RQB 11<br />

Cavalcante, JC 11<br />

Introdução: Aefetivação do SUS exigiu o estabelecimento <strong>de</strong> novas estratégias <strong>de</strong> ação voltadas à Atenção Básica. Neste contexto,<br />

surgiram o Programa <strong>de</strong> Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e o Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família, propondo uma substituição do mo<strong>de</strong>lo<br />

convencional <strong>de</strong> atenção básica por um programa centrado na promoção à saú<strong>de</strong> da família. O estudante <strong>de</strong> medicina da UFAL, durante<br />

o internato, integra o cenário <strong>de</strong> prática em saú<strong>de</strong> pública vivenciando a rotina <strong>de</strong> atuação do Programa. Objetivos: Avaliar as Unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família <strong>de</strong> Maceió, verificando se apresentam estrutura física e equipamentos a<strong>de</strong>quados para o acolhimento <strong>de</strong> estudantes.<br />

Metodologia: Estudo quantitativo; aplicado questionário aos diretores médicos das 35 USF <strong>de</strong> Maceió, interrogando sobre estrutura<br />

física e disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> insumos e equipamentos básicos à boa prática da medicina e do ensino médico. Os dados foram ar-<br />

10 Faculda<strong>de</strong> Christus, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

11 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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quivados e avaliados, através do software Epi Info, e comparados ao perfil recomendado pelo Ministério da Saú<strong>de</strong> no Manual <strong>de</strong> Estrutura<br />

Física das Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, publicado em 2008. Resultados: 94.3% das Unida<strong>de</strong>s possuíam equipamentos médicos básicos;<br />

94.1%, equipamentos básicos <strong>de</strong> gineco-obstetrícia; 97.1%, glicosímetro; 91.4%, sonar; 94.3%, materiais <strong>de</strong>scartáveis; 8.8%, oftalmoscópio;<br />

48.6%, otoscópio; 11.4%, fios <strong>de</strong> sutura; 5.7%, materiais <strong>de</strong> pequenas cirurgias. Em 54.3% das Unida<strong>de</strong>s havia sala por médico;<br />

em 80.0%, sala para enfermagem; em 82.9%, sala para odontologia; em 97.1%, sala para vacina; em 88.6%, sala para arquivo; em<br />

42.9%, estacionamento. Conclusão: O ambiente físico no qual o estudante <strong>de</strong> medicina está inserido conta, em sua maioria, com estruturação<br />

e equipamentos compatíveis com o perfil recomendado pelo MS para a boa prática da medicina e do ensino em atenção básica.<br />

Entretanto, a pesquisa <strong>de</strong> campo evi<strong>de</strong>nciou que tal estruturação e equipamentos encontram-se <strong>de</strong>fasados em muitas Unida<strong>de</strong>s,<br />

prejudicando assim o aproveitamento do estágio e a qualida<strong>de</strong> dos serviços prestados.<br />

Semana <strong>de</strong> Cultura e Cidadania da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás: Interação<br />

Aca<strong>de</strong>mia-Serviço-Comunida<strong>de</strong><br />

Rezen<strong>de</strong>, RMD 12<br />

Elias, TGA 12<br />

Martins, LC 12<br />

Lima, APL 12<br />

Carvalho, IGM 12<br />

Carvalho, GS 12<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás (UCG) prioriza a excelência no processo formativo médico<br />

com visão ético-humanística e forte vínculo na contextualização social. A interação universida<strong>de</strong>-serviço-comunida<strong>de</strong> exige compromisso<br />

e inventivida<strong>de</strong> dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina para com a população. AUCG comprometida com a formação profissional e com a<br />

difusão do conhecimento produzido tem, nos últimos anos, sintetizado este compromisso com a realização da Semana <strong>de</strong> Cultura e Cidadania.<br />

Objetivo: Mostrar a importância da Semana <strong>de</strong> Cultura e Cidadania na formação médica e na interação aca<strong>de</strong>mia-serviço-comunida<strong>de</strong>.<br />

Método: As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas na Semana <strong>de</strong> Cultura e Cidadania pelos acadêmicos do curso <strong>de</strong> medicina incluíram<br />

no ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>: triagem e orientação sobre diabetes mellitus tipo 2 e síndrome metabólica, triagem <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> infantil, déficit <strong>de</strong> crescimento,<br />

doença renal, neoplasias, alergias respiratórias, dislipi<strong>de</strong>mia, hipotiroidismo e hepatite C, avaliação ultrassonográfica da tireói<strong>de</strong>,<br />

do abdome, da pelve e obstétrica. Resultado: Na 5ª Semana <strong>de</strong> Cultura e Cidadania 178 acadêmicos <strong>de</strong> medicina da UCG e profissionais<br />

da área da saú<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>ram 12715 pessoas das quais 105 foram encaminhadas para a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiânia.<br />

Conclusão: Nos atendimentos realizados pô<strong>de</strong>-se aplicar os conhecimentos apreendidos sobre a dinâmica da relação médico-paciente.<br />

Técnicas relacionadas a cada oficina foram previamente ensinadas aos acadêmicos participantes das mesmas. Vale ressaltar que<br />

tal projeto permitiu o contato dos acadêmicos com a realida<strong>de</strong> e as necessida<strong>de</strong>s da população assistida, possibilitando promoção da saú<strong>de</strong><br />

e a <strong>de</strong>scoberta precoce <strong>de</strong> doenças levando assim à maior eficácia <strong>de</strong> tratamento.<br />

12 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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Efeito da Mudança <strong>de</strong> Semestre na Satisfação do Aluno da Disciplina Métodos <strong>de</strong><br />

Abordagem em Saú<strong>de</strong> Comunitária<br />

Miranda, CZ13 Neumann, CR13 Falk, JW13 Pustai, O13 Introdução: A integração precoce do estudante à equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> foi uma das medidas adotadas pela FAMED-UFRGS para<br />

adaptar-se as novas diretrizes curriculares. Assim, a disciplina Métodos <strong>de</strong> Abordagem em Saú<strong>de</strong> Comunitária (MASC) cujo objetivo é<br />

discutir o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e oferecer ao aluno a primeira vivência em postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família foi <strong>de</strong>slocada<br />

do 3º. para o 1º.semestre. Objetivos: Avaliar se existe diferença na satisfação do aluno do 1º.e 3º. semestre com a disciplina <strong>de</strong><br />

MASC. Metodologia: Foram estudados os instrumentos <strong>de</strong> avaliação da disciplina dos semestres 2007/2 (alunos <strong>de</strong> 3 semestre),<br />

2008/1 e 2008/2 (alunos <strong>de</strong> 1 e 3 semestres), compostos <strong>de</strong> questões sobre autoavaliação, aprendizado, avaliação geral, tarefas propostas<br />

e professores em escala Lickert. As respostas foram analisadas por teste Mann-Whitney, nível <strong>de</strong> significância 5%. Resultados:Foram<br />

avaliadas as respostas <strong>de</strong> 104 estudantes do 1º e 88 do 3º semestre. Segundo alunos do 1 e 3 semestres a disciplina foi respectivamente:<br />

muito boa 44 (42,7%) e 17 (19,3%); boa 52 (50,5%) e 47(53,4%) e regular ou ruim 7(6,8%) e 24(27,3%); p


Práticas <strong>de</strong> Integração, Ensino, Serviço e Comunida<strong>de</strong> (PIESC) do Curso <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana (UEFS): uma Formação Voltada para Atuação<br />

do Médico no SUS<br />

Oliveira, ENA15 Melo, BS15 Tôrres, ALB15 Peixoto, MT15 Introdução: Centrado na Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) e na Problematização, os pilares do curso <strong>de</strong> medicina<br />

são: Módulos <strong>de</strong> tutoriais; <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Clínicas e Atitu<strong>de</strong>s; e <strong>de</strong> PIESC. Neste, os alunos inserem-se numa comunida<strong>de</strong> e utilizam a<br />

realida<strong>de</strong> local como instrumento <strong>de</strong> educação, tanto em nível primário (PSF) como em secundário (Policlínica), on<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>m a articular<br />

a re<strong>de</strong> do SUS e a melhorar a resolutivida<strong>de</strong> da assistência, praticando habilida<strong>de</strong>s clínicas integrais. Objetivos: Realizar visitas<br />

domiciliares, consultas no ambulatório e na emergência da Policlínica; criar planos terapêuticos individual e familiar; reconhecer as fichas<br />

do sistema; enten<strong>de</strong>r o caminho do usuário na re<strong>de</strong>. Métodos: As duplas <strong>de</strong> alunos são supervisionadas por professores <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Coletiva, Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia. Cada dupla seria responsável por famílias cadastradas no PSF realizando<br />

visitas domiciliares, consultas e ativida<strong>de</strong>s educativas. Os estudantes fazem <strong>de</strong>senvolvimento educacional com os protocolos assistenciais<br />

do adulto, da criança e da mulher. No fim, apresenta-se um caso-família selecionado e avalia-se a qualida<strong>de</strong> das intervenções. Resultados:<br />

Um curso médico <strong>de</strong>ve formar um profissional generalista, apto a diagnosticar e tratar as doenças mais prevalentes e <strong>de</strong> se inserir<br />

numa comunida<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong> melhorar o processo da assistência ao usuário do SUS. Nessa experiência, observou-se uma prática integral<br />

das ações na realida<strong>de</strong> local, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do <strong>de</strong>sejo individual <strong>de</strong> especialização dos alunos. Esta é uma conquista importante,<br />

pois um dos principais problemas do processo <strong>de</strong> assistência é a presença <strong>de</strong> especialistas atuando como generalistas no PSF ou fazendo<br />

plantões em Policlínica sem formação para este tipo <strong>de</strong> trabalho. Conclusões: O PIESC proporcionou aos alunos uma formação voltada<br />

para o SUS e sua organização. Infelizmente encontrou dificulda<strong>de</strong>s: o agendamento <strong>de</strong> consultas com os membros das famílias era incerto;<br />

e a Policlínica não era referência dos PSF’s em que ocorriam as ativida<strong>de</strong>s acadêmicas.<br />

Avaliação do Conhecimento dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina do 1° e 2° Ano da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas Quanto à Atenção Básica em Saú<strong>de</strong> e Significado para os Mesmos da<br />

Inserção Precoce nas Ativida<strong>de</strong>s da Atenção Primária à Saú<strong>de</strong> (APS).<br />

Costa, LC 16<br />

Abrahim, SM 16<br />

Barros, OS 16<br />

Aguiar, IGS 16<br />

Avelino, FGS 16<br />

Avelino, TO 16<br />

Introdução: De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso <strong>de</strong> Medicina, a formação do profissional médico<br />

<strong>de</strong>ve estar em consonância com as necessida<strong>de</strong>s da atenção básica. Essa realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser concretizada através <strong>de</strong> disciplinas obrigatórias<br />

na área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva, <strong>de</strong>senvolvendo ativida<strong>de</strong>s teórico-práticas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do curso <strong>de</strong> graduação em medicina. Objetivos:<br />

Avaliar o conhecimento prévio e os conceitos pré-formados dos acadêmicos do 1° e 2° ano do curso médico da UFAM quanto à<br />

atenção básica em saú<strong>de</strong>, antes <strong>de</strong> terem contado com as disciplinas que abordam saú<strong>de</strong> comunitária. Métodos: Utilizou-se questionário<br />

fechado contendo 9 quesitos, <strong>de</strong>lineado <strong>de</strong> modo a <strong>de</strong>terminar o tema abordado. Os questionários foram distribuídos nas salas <strong>de</strong><br />

aulas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, durante o mês <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. A análise estatística foi realizada por meio do programa Microsoft<br />

Excel®. Resultados: Foram analisados os dados <strong>de</strong> 90 estudantes, dos quais 45,4% relataram ter conhecimento mínimo sobre os princípios<br />

básicos do SUS. Além disso, cerca <strong>de</strong> 85,3% dos estudantes entrevistados consi<strong>de</strong>ram a vivência em uma UBS <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro ano<br />

do curso importante para sua formação acadêmica e atribuem a isso, em sua maior parte, a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer o ambiente <strong>de</strong><br />

uma UBS e o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS), conhecer os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais comuns e adquirir experiência técnica. Quando abor-<br />

15 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana, Feira <strong>de</strong> Santana, BA, Brasil.<br />

16 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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dados sobre qual seria o maior benefício <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong>, os estudantes apresentaram como principais argumentos: conscientizar-se<br />

dos problemas relacionados à saú<strong>de</strong> no âmbito social e estrutural, adquirir postura profissional e consciência da responsabilida<strong>de</strong> médica<br />

com o paciente. Conclusões: Os estudantes <strong>de</strong> medicina do 1° e 2° ano da UFAM, em sua maioria, possuem pouco conhecimento<br />

sobre o SUS, no entanto consi<strong>de</strong>ram ativida<strong>de</strong>s práticas em uma UBS <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro ano do curso importante para a formação do perfil<br />

médico generalista e humanista.<br />

A Inserção da Homeopatia no SUS: Reflexo <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Inclusivo<br />

Neves, VJR17 Men<strong>de</strong>s, LFM17 Milagres, RO17 Nascimento, RGS17 Silva, LLA17 Introdução: Avisão holística que a homeopatia tem do homem contribui para a inserção <strong>de</strong>ssa especialida<strong>de</strong> no SUS, sistema caracterizado<br />

por um atendimento universal, igualitário e integral. Objetivo: Avaliar a disseminação da homeopatia no SUS, bem como a relevância<br />

<strong>de</strong>ssa especialida<strong>de</strong> quanto ao tratamento, custos e atendimento para usuários e sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Metodologia: Análise <strong>de</strong> um compilamento<br />

<strong>de</strong> teses, trabalhos e dados oficiais <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> o SUS utilizou práticas homeopáticas aliada a entrevistas com profissionais da área<br />

para coleta <strong>de</strong> dados. Resultados: A homeopatia tem aumentado sua área <strong>de</strong> atuação. Isso se <strong>de</strong>ve aos baixos custos dos medicamentos e à<br />

menor solicitação <strong>de</strong> exames: tratamentos mais baratos. Ahomeopatia, também, engloba um elevado espectro <strong>de</strong> patologias, o que contribui<br />

para sua expansão. O tratamento, geralmente, é mais <strong>de</strong>morado; apesar disso, tem uma gran<strong>de</strong> aceitação, pois os usuários acreditam que seja<br />

menos nocivo ao organismo e que abranja o indivíduo <strong>de</strong> forma integral. Entretanto, há ainda quem <strong>de</strong>sconheça ou possua conceitos errôneos<br />

acerca da especialida<strong>de</strong>, resultando em uma restrição na busca por ela. Constatou-se que, na homeopatia, a relação médico-paciente é mais<br />

intensa do que na maioria das especialida<strong>de</strong>s médicas, o que gera maior segurança e confiança por parte do paciente no trabalho do homeopata,<br />

aumentando o êxito dos tratamentos. Conclusão: Embora a homeopatia tenha tido uma trajetória marcada por divergências em relação<br />

à alopatia, ten<strong>de</strong>-se a cada vez mais a uma integração <strong>de</strong>ssas vertentes no tratamento dos pacientes. Além disso, mostrou-se ser uma alternativa<br />

viável tanto para o sistema público quanto para o usuário em função dos baixos custos dos tratamentos e da visão holística que tem da<br />

pessoa. Assim, faz-se necessária a inclusão <strong>de</strong> homeopatas no PSF, a fim <strong>de</strong> aproximar a homeopatia da população geral, contribuindo para<br />

<strong>de</strong>smistificar as resistências ainda existentes acerca <strong>de</strong>ssa especialida<strong>de</strong>.<br />

O Mundo do Trabalho e o Mundo da Escola: Oportunida<strong>de</strong>s Oferecidas no Processo <strong>de</strong><br />

Formação dos Futuros Profissionais da Saú<strong>de</strong><br />

Schmidt, SMS 18<br />

Backes, VMS 18<br />

Cartana, MHF 18<br />

Vargas, L 18<br />

Isaia, HÁ 18<br />

Haeffner, LSB 18<br />

Introdução: O mundo do trabalho e o mundo da escola oferecem múltiplas oportunida<strong>de</strong>s e alternativas <strong>de</strong> aprendizagem para<br />

os futuros trabalhadores da saú<strong>de</strong>. É um espaço complexo, com circulação <strong>de</strong> muitos profissionais e informações, com interesses e posturas<br />

diferentes nas ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, com vários problemas a serem enfrentados diariamente, tanto na resolução <strong>de</strong> recursos materiais<br />

como humanos. Para o aproveitamento das oportunida<strong>de</strong>s e para a concretização do processo <strong>de</strong> aprendizagem, é necessário que exista<br />

uma organização conjunta das ações entre esses mundos. Este trabalho é um recorte dos resultados <strong>de</strong> tese <strong>de</strong> doutorado. Objetivo:<br />

Compreen<strong>de</strong>r o processo <strong>de</strong> formação dos futuros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nos cursos <strong>de</strong> graduação em Enfermagem, Medicina e Odontologia<br />

<strong>de</strong> uma Instituição <strong>de</strong> Ensino Fe<strong>de</strong>ral, na atenção básica. Método: Estudo <strong>de</strong> caso, com coleta <strong>de</strong> dados por meio <strong>de</strong> observação<br />

participante, análise dos documentos, e entrevistas com os coor<strong>de</strong>nadores dos cursos e responsável pelas ativida<strong>de</strong>s práticas da Secretaria<br />

Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Resultado: Verificou-se que o Curso <strong>de</strong> Enfermagem e Medicina estão mais avançados na inserção no mundo<br />

17 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

18 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.<br />

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do trabalho referente à atenção básica em saú<strong>de</strong>. Conclusão: Tanto o mundo do trabalho como o da escola apresentam oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> aprendizagem. Essas oportunida<strong>de</strong>s são aproveitadas <strong>de</strong> diferentes maneiras, mas ainda são pouco exploradas diante da diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s oferecidas em cada um. Vários são os fatores que interferem nesse aproveitamento, pois cada mundo possui suas<br />

singularida<strong>de</strong>s, suas dinamicida<strong>de</strong>s e suas intercorrências. Um fator importante no aproveitamento é a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> que as mudanças<br />

ocorram, para que as oportunida<strong>de</strong>s oferecidas sejam realmente exploradas e aproveitadas. É necessário uma co-gestão propiciando<br />

uma aliança entre diferentes atores com um objetivo comum, para que realmente exista a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> superar <strong>de</strong>safios e resolver problemas<br />

a partir do conhecimento adquirido em cada mundo.<br />

As Visitas Domiciliares como Instrumento <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Vínculo Profissional<br />

Vivenciado pelo Estudante <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Início da Graduação<br />

Vidal, CT19 Sanches, BMR19 Tiba, CAH19 Almeida, BR19 Milan, B19 Nogueira, BF19 Introdução: Os estudantes <strong>de</strong> Medicina da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu contam com uma disciplina, do primeiro ao terceiro<br />

ano do curso, intitulada Interação Universida<strong>de</strong> Serviço e Comunida<strong>de</strong> (IUSC), que busca apresentar aos alunos a dinâmica do Sistema Único<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Objetivos: Este estudo visa analisar os resultados do estabelecimento do vínculo entre o estudante <strong>de</strong> Medicina e a família abordada<br />

durante Visitas Domiciliares (VDs) organizadas pelo IUSC. Métodos: A disciplina divi<strong>de</strong> os alunos em grupos, direcionando-os a um<br />

contato direto com a comunida<strong>de</strong> em diferentes regiões <strong>de</strong> Botucatu, abordando através <strong>de</strong> VDs <strong>de</strong> caráter didático e não assistencial, famílias<br />

que se utilizam dos serviços <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>(UBS). Resultados: Notamos que, nos primeiros contatos, muitas famílias e alunos<br />

do nosso grupo se mostraram apreensivos nesta fase introdutória da ativida<strong>de</strong>. No entanto, no <strong>de</strong>correr das visitas, tanto os alunos como<br />

as famílias <strong>de</strong>monstraram maior facilida<strong>de</strong> em comunicar-se, iniciando aí a construção do vínculo citado, baseado no respeito e confiança entre<br />

as partes, possibilitando a partir daí a inserção <strong>de</strong> intervenções <strong>de</strong> caráter educativo, elaborados pelo próprio grupo <strong>de</strong> alunos sob orientação<br />

dos tutores, juntamente com profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da UBS em questão. Conclusões: Observamos que o estabelecimento <strong>de</strong>ssa relação<br />

proporcionou uma rica troca <strong>de</strong> experiências, uma vez que a família recebia a atenção <strong>de</strong> um estudante quanto a questões relacionadas à saú<strong>de</strong><br />

e o aluno <strong>de</strong> Medicina aprendia a abordar um individuo conforme lhe será necessário futuramente em sua carreira. Esta experiência serviu<br />

como um vislumbre do que será a relação médico-paciente que <strong>de</strong>veremos estabelecer. Acreditamos que as ativida<strong>de</strong>s contribuíram para<br />

nossa humanização enquanto alunos e futuros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e mostraram ser imprescindível por parte <strong>de</strong>stes a compreensão da realida<strong>de</strong><br />

em que o paciente se insere.<br />

Integração Ensino-Serviço e Fatores <strong>de</strong> Risco à Saú<strong>de</strong> na Atenção Básica da Comunida<strong>de</strong><br />

Men<strong>de</strong>s, CSG 20<br />

Bianchesi, A 20<br />

Rodrigues, AM 20<br />

Carvalho, EV 20<br />

Silva,TC 20<br />

Introdução: O programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família é uma das principais estratégias para implementação <strong>de</strong> atenção básica qualificada<br />

em nosso país. No sentido <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar a formação dos seus alunos a este novo paradigma assistencial, FACIMED <strong>de</strong> Cacoal, inicia o<br />

projeto interdisciplinar para o ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong> com o intuito <strong>de</strong> cumprir as novas diretrizes curriculares estabelecidas pelo MEC e proporcionar<br />

a seus acadêmicos a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vivenciar essa mudança. Objetivos: Verificar se a parceria aca<strong>de</strong>mia-serviço é capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar<br />

fatores <strong>de</strong> risco na população assistida pela atenção básica municipal. Métodos: Realizou-se um estudo <strong>de</strong>scritivo. Os sujeitos do<br />

estudo foram moradores assistidos pela Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Nova Esperança. Acoleta <strong>de</strong> dados foi realizada por alunos do curso<br />

<strong>de</strong> medicina envolvidos no projeto interdisciplinar promovido pela Instituição <strong>de</strong> Ensino. O instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados foi realiza-<br />

19 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu, Botucatu, SP, Brasil.<br />

20 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Biológicas <strong>de</strong> Cacoal, Cacoal, RO, Brasil.<br />

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do em dois momentos. No primeiro os alunos fizeram o levantamento dos problemas através <strong>de</strong> um questionário com questões fechadas<br />

e, no segundo estes dados foram analisados e cruzados pelos próprios alunos e seus supervisores, em sala <strong>de</strong> aula, para o levantamento<br />

dos principais problemas referidos pela população pesquisada. Resultados: Foram visitadas e entrevistadas 180 famílias. Os<br />

principais fatores <strong>de</strong> risco evi<strong>de</strong>nciados foram: Ausência / precarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> saneamento básico, Doenças crônicas <strong>de</strong>generativas, idosos<br />

acamados, falta <strong>de</strong> equipe Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família. Conclusões: Durante o cruzamento dos dados, os alunos relataram que a população<br />

sentiu-se extremamente entusiasmada em participar da pesquisa, porém observou-se a insatisfação da população com relação<br />

à atenção a saú<strong>de</strong> básica e coletiva. Esses resultados preliminares indicam a necessida<strong>de</strong> que a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> tem em conhecer os problemas<br />

da população assistida e confirmar sua importância para a população. Além <strong>de</strong> proporcionar ao acadêmico uma nova visão assistencial,<br />

os resultados serão encaminhados às autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para as <strong>de</strong>vidas providências.<br />

Práticas Integrativas e Complementares na Educação Médica<br />

Con<strong>de</strong>, BNSS21 Rodrigues, DF21 Valente, GB21 Ferraz, AF21 Cabero, FV21 Belo, FM21 Introdução: A crescente importância das Práticas Integrativas e Complementares tem como responsável a procura da população<br />

por esse serviço, que aumentou bastante na última década. Com uma <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pela Organização mundial <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

uma maneira holística, as Práticas Integrativas e Complementares ganham <strong>de</strong>staque significativo nos sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntais<br />

Objetivo: Avaliar a importância <strong>de</strong> uma maior ênfase em Práticas Integrativas e Complementares na educação médica. Metodologia:<br />

O trabalho consiste na pesquisa pela internet <strong>de</strong> artigos científicos qualificados relacionados à Educação Médica e Práticas Integrativas<br />

e Complementares, analisando dados que indicam a importância da sua introdução nas escolas médicas. Resultados: Revisão <strong>de</strong> Literatura.<br />

Aimplementação <strong>de</strong> Práticas Integrativas e Complementares tem sido eficaz principalmente em populações com baixos indicadores<br />

sociais e culturas religiosas. No Brasil, fitoterapia, consultas e procedimentos <strong>de</strong> acupuntura e homeopatia têm crescido aceleradamente<br />

na última década. Há uma tendência mundial <strong>de</strong> escolas médicas em adicionar na gra<strong>de</strong> curricular o ensino <strong>de</strong> Práticas Integradoras<br />

e Complementares Conclusão: O sistema i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> talvez ainda seja uma realida<strong>de</strong> distante, porém o <strong>de</strong>ver do Estado<br />

em garantir qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da melhor maneira possível <strong>de</strong>ve ser cumprido. A saú<strong>de</strong> é um dos tópicos envolvidos em qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida, e esse quesito é <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> dos Ministérios da Saú<strong>de</strong> e Educação. Assim o governo <strong>de</strong>ve prover aos cidadãos as ferramentas<br />

mais eficazes <strong>de</strong> uma maneira equitativa e universal para a promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como previsto pelo SUS, sendo assim, a implementação<br />

<strong>de</strong> Práticas Integrativas e Complementares no ensino médico se torna um necessária para a formação <strong>de</strong> um profissional que<br />

atenda melhor aos propósitos do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> brasileiro.<br />

A Importância dos Processos <strong>de</strong> Esclarecimento Junto à População e à Equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da<br />

Família (ESF) sobre o Desenvolvimento <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Acadêmicas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s<br />

Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS).<br />

Marinho, MM 22<br />

Moreira, DA 22<br />

Lyra, LM 22<br />

Beilfuss, MFC 22<br />

Pinheiro, WN 22<br />

Introdução: Apartir da implantação do novo projeto político pedagógico do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba<br />

(UFPB) em 2007, fez-se necessária a pactuação entre a secretaria municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a UFPB para que os alunos <strong>de</strong>ssa instituição<br />

pu<strong>de</strong>ssem utilizar as UBS da re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como cenários <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>ntro da nova matriz curricular. Além disso, houve<br />

21 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

22 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar um processo <strong>de</strong> esclarecimento dos benefícios e limitações da presença dos estudantes junto à ESF e à população.<br />

Objetivos: Relatar as principais dificulda<strong>de</strong>s encontradas na relação estudante-equipe-população nas UBS; relatar as ações envolvidas<br />

para esclarecer a população sobre o papel dos estudantes nas UBS. Metodologia:Trata-se<strong>de</strong>umrelato<strong>de</strong>experiência,on<strong>de</strong>éfeita<br />

uma reflexão sobre a importância do esclarecimento para população e para a equipe sobre a atuação dos estudantes na unida<strong>de</strong> básica<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> durante a realização <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro dos Módulos Horizontais Prático-integrativos A. Resultados:Osestudantes<br />

formularam cartazes e panfletos com informes tanto à população quanto à equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a respeito <strong>de</strong> suas atribuições nas unida<strong>de</strong>s<br />

e dos benefícios <strong>de</strong>ssa interação para os usuários, profissionais e estudantes. Os graduandos utilizaram-se ainda <strong>de</strong> conversas informais<br />

com os usuários nas salas <strong>de</strong> espera, bem como promoveram e incentivaram a participação <strong>de</strong> integrantes da equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas oficinas<br />

semestrais <strong>de</strong> avaliação dos módulos. Um problema encontrado no <strong>de</strong>correr do trabalho foi a atuação das equipes que não priorizam<br />

espaços <strong>de</strong> discussão e participação da população nas ativida<strong>de</strong>s das ESF. Conclusões: Com essa vivência, os estudantes perceberam<br />

a importância das pactuações com a gestão, a unida<strong>de</strong> e a população; a necessida<strong>de</strong> da mudança na lógica do trabalho das unida<strong>de</strong>s<br />

para um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atenção integral à saú<strong>de</strong>; e a relevância do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações contínuas nesse processo.<br />

Ensino Ambulatorial sob a Ótica Discente<br />

Nunes, FA 23<br />

Faria, RMD 23<br />

Barbosa, RF 23<br />

Ramos, NN 23<br />

Introdução: As percepções dos estudantes tem sido uma fonte importante <strong>de</strong> avaliação da qualida<strong>de</strong> do ensino. Além disso,<br />

constitui uma medida direta <strong>de</strong> satisfação dos alunos, fornecendo informação útil ao docente sobre as suas práticas e feedback à instituição<br />

para uma gestão mais a<strong>de</strong>quada dos seus recursos. Objetivos: Conhecer o ponto <strong>de</strong> vista dos estudantes sobre o ensino médico ambulatorial<br />

e comparar estas informações com as disponíveis na literatura. Metodologia: 231 alunos do 5 ao 8º período do curso <strong>de</strong> Medicina<br />

foram convidados a participar <strong>de</strong> forma voluntária e anônima, por meio do preenchimento <strong>de</strong> um questionário, elaborado para<br />

avaliação da prática ambulatorial e administrado no último dia letivo do semestre. Este questionário foi baseado no instrumento validado<br />

MED Ed IQ e avaliou <strong>de</strong> forma geral, a atuação dos preceptores durante o semestre <strong>2009</strong>/01, as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem<br />

durante nas ativida<strong>de</strong>s ambulatoriais e a percepção discente sobre o mo<strong>de</strong>lo ambulatorial adotado. Para cada questão foi atribuído uma<br />

pontuação <strong>de</strong> 1 (discordo fortemente) a 5 (concordo plenamente). Resultados: 151 (65,4%) alunos preencheram o questionário. Muitos<br />

estudantes consi<strong>de</strong>raram que foram bem orientados pelos preceptores, receberam instrução a<strong>de</strong>quada e receberam o feedback para<br />

melhorar suas competências. Amaioria dos estudantes consi<strong>de</strong>raram que as ativida<strong>de</strong>s nos ambulatórios foram a<strong>de</strong>quadas no sentido<br />

<strong>de</strong> oferecer chances <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver habilida<strong>de</strong>s e conhecimentos; todos consi<strong>de</strong>raram-se parte da equipe <strong>de</strong> cuidado à saú<strong>de</strong> dos pacientes<br />

e consi<strong>de</strong>raram que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino ambulatorial está integrado com a realida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>. Alguns estudantes criticaram<br />

o questionário já que não era individualizado para cada ambulatório. Os artigos publicados sobre o tema mostraram resultados semelhantes.<br />

Conclusão: Em conformida<strong>de</strong> com a literatura mundial, a avaliação discente e a utilização <strong>de</strong> instrumentos para avaliar a<br />

qualida<strong>de</strong> do ensino ambulatorial po<strong>de</strong>m ser ferramentas na investigação e intervenção para aprimorar o ensino médico neste cenário.<br />

23 Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

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Análise da Qualida<strong>de</strong> dos Registros <strong>de</strong> Doenças Sexualmente Transmissíveis nos<br />

Prontuários <strong>de</strong> Gestantes Atendidas pelo Programa Pré-Natal em Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atenção<br />

Primária à Saú<strong>de</strong>: Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Oliveira, LRSO 24<br />

Canedo, MCM 24<br />

Silveira, JBS 24<br />

Queiroz, VLA 24<br />

Castro, MFLM 24<br />

Introdução: O período gestacional não é isento <strong>de</strong> infecções que comprometem a saú<strong>de</strong> materno-fetal e limitam o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e a vitalida<strong>de</strong> do concepto. O planejamento <strong>de</strong> estratégias eficazes <strong>de</strong> triagem é um <strong>de</strong>safio para a saú<strong>de</strong> pública e o sucesso <strong>de</strong>sse<br />

mo<strong>de</strong>lo contribui para redução da morbi-mortalida<strong>de</strong> materno-fetal e melhores indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Assim, a completitu<strong>de</strong> do prontuário,<br />

além <strong>de</strong> estratégica para o acompanhamento multiprofissional da gestante e apoio à pesquisa é importante critério <strong>de</strong> avaliação<br />

da qualida<strong>de</strong> da prestação <strong>de</strong> serviço em saú<strong>de</strong>. Objetivo: Documentar o déficit <strong>de</strong> informações importantes relativas a doenças sexualmente<br />

transmissíveis (DST) em prontuários <strong>de</strong> gestantes analisando suas possíveis implicações. Metodologia: Relato <strong>de</strong> experiência da<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados em prontuários <strong>de</strong> gestantes, durante ativida<strong>de</strong> acadêmica <strong>de</strong> Interação Ensino Serviço Comunida<strong>de</strong><br />

(IESC). Foram selecionados registros <strong>de</strong> pacientes participantes do pré-natal no centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Samambaia – DF. Aanálise foi feita<br />

no período <strong>de</strong> abril a junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Resultados: Foram encontradas <strong>de</strong>scrições a<strong>de</strong>quadas do exame físico materno e da avaliação do<br />

concepto, datas da última menstruação, dados da ecografia obstétrica e da triagem do HIV. Em contrapartida, <strong>de</strong>tectou-se ausência <strong>de</strong><br />

informações relevantes como datas da primeira consulta, pedidos <strong>de</strong> exames, investigação da vida sexual, <strong>de</strong>talhamento das orientações<br />

médicas e antece<strong>de</strong>ntes pessoais. Conclusão: As informações disponíveis nos prontuários analisados são precárias, impossibilitando<br />

uma avaliação precisa da assistência prestada em relação às DST. Destinando-se também ao ensino e à pesquisa em saú<strong>de</strong>,<br />

prontuários incompletos prejudicam a produção científica e comprometem a continuida<strong>de</strong> da atenção básica à saú<strong>de</strong> conforme<br />

preconizada pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>. Assim, a responsabilida<strong>de</strong> e o compromisso com o preenchimento completo do prontuário<br />

parecem ser os primeiros passos para a conquista <strong>de</strong> uma atenção <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Relevância <strong>de</strong> Ações Baseadas em Projetos Terapêuticos Singulares Construídos por<br />

Discentes da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba<br />

Figueiredo, NAL25 Oliveira, JS25 Machado, PRM25 Fernan<strong>de</strong>s, MGB25 Melo, SD25 Simon, E25 Introdução: O Projeto Terapêutico Singular (PTS) configura-se um conjunto <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> condutas terapêuticas articuladas não<br />

somente no plano biológico, para um sujeito individual ou coletivo, sendo resultado da discussão coletiva <strong>de</strong> uma equipe interdisciplinar.<br />

Nesse contexto, a construção <strong>de</strong> projetos terapêuticos na prática clínica mostra-se uma forma mais integral <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong>. Objetivos:Relatar<br />

a experiência <strong>de</strong> estudantes na realização <strong>de</strong> projetos terapêuticos singulares <strong>de</strong> pacientes acompanhados durante as vivências em Unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USF) <strong>de</strong> João Pessoa, no contexto do módulo “Atenção à Saú<strong>de</strong> da Família” do 5º período do curso <strong>de</strong> medicina<br />

analisando seu impacto para pacientes e estudantes. Métodos: Os pacientes aos quais seria feito o PTS foram escolhidos pelos estudantes,<br />

conforme o vínculo entre eles e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada paciente. Essas escolhas foram discutidas junto aos tutores e à USF. Foram realizadas visitas<br />

semanais aos pacientes, atribuindo ao PTS um caráter longitudinal. Arealização do PTS foi baseada em algumas premissas, como i<strong>de</strong>ntificação,<br />

localização territorial, arranjo familiar, situação com histórico relevante, exames físico, exames complementares, sentimentos e ex-<br />

24 Escola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

25 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa. PB, Brasil.<br />

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pectativas dos sujeitos em relação à situação vivida, ações realizadas e avaliação das vulnerabilida<strong>de</strong>s. Coube também ao estudante articular<br />

junto à Universida<strong>de</strong> ações <strong>de</strong> cunho mais especializado. Resultados: Esse Projeto facilitou a integração <strong>de</strong> pacientes à USF, como também<br />

<strong>de</strong>u aos estudantes oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar ativida<strong>de</strong>s coletivas, <strong>de</strong> buscar e analisar dados sobre as ações realizadas pela unida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> sugerir<br />

e criticar construtivamente, e <strong>de</strong>, realizando uma clínica ampliada, buscar condutas terapêuticas. Conclusão: As ações direcionadas a cada<br />

paciente mostraram-se pautadas na singularida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes, viabilizando a efetivação do processo saú<strong>de</strong>-doença. Os estudantes adquiriram a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lidar com situações complexas e <strong>de</strong> articular com outros profissionais a construção do processo terapêutico. Neste sentido, a<br />

realização do PTS <strong>de</strong>ve ser estimulada e divulgada no meio acadêmico.<br />

Oficina “Hábitos Saudáveis <strong>de</strong> Vida” do Projeto Geração da Saú<strong>de</strong><br />

Faria, WML 26<br />

Almeida, RAM 26<br />

Gomes, HLF 26<br />

Cor<strong>de</strong>iro, MACP 26<br />

Velasquez, PPC 26<br />

Batista, SRR 26<br />

Introdução: a transição <strong>de</strong>mográfico-epi<strong>de</strong>miológica impulsionou o serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> brasileiro a rea<strong>de</strong>quar-se a uma nova realida<strong>de</strong>,<br />

na qual os idosos ocupam a parcela com maior <strong>de</strong>manda em cuidados médicos. Nesse sentido, foi aprovada a Política Nacional<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Pessoa Idosa. As novas diretrizes curriculares também contribuem para essa rea<strong>de</strong>quação, pois incentivam a formação <strong>de</strong><br />

profissionais com conhecimento na prevenção e promoção da saú<strong>de</strong>. Em 2008, graduandos do primeiro ano do curso <strong>de</strong> medicina da<br />

UFG foram vinculados a Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família do Recanto das Minas Gerais para acompanhar ativida<strong>de</strong>s da equipe <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, realizar uma estimativa rápida participativa e eleger problemas prioritários na região: nesse caso, a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção<br />

<strong>de</strong> hábitos <strong>de</strong> vida saudáveis na população idosa. Para isso, criou-se o projeto “Geração da Saú<strong>de</strong>”, cuja primeira oficina, “Hábitos Saudáveis<br />

<strong>de</strong> Vida”, foi realizada em outubro. Objetivos: relatar a experiência dos acadêmicos nessa oficina e os resultados da formação do<br />

projeto Geração da Saú<strong>de</strong>. Métodos: o encontro contou com parcerias <strong>de</strong> comerciantes locais, foi sediado na Igreja Profeta Jeremias e divulgado<br />

através <strong>de</strong> cartazes e convites entregues pelas agentes comunitárias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Depois <strong>de</strong> uma apresentação interativa, cada<br />

idoso sorteava um tema para abrir o <strong>de</strong>bate, entre tabagismo, etilismo, hidratação e proteção solar, <strong>de</strong>scanso e sono, quedas, exercícios<br />

físicos, lazer e saú<strong>de</strong> mental. Resultados: a oficina possibilitou rica troca <strong>de</strong> informações e construção <strong>de</strong> relações sociais entre os acadêmicos<br />

e os idosos, que avaliaram positivamente a ativida<strong>de</strong>. Despertou-se o interesse dos acadêmicos envolvidos em continuar o projeto<br />

com outras ativida<strong>de</strong>s. Conclusão: possibilitou-se maior conhecimento sobre hábitos <strong>de</strong> vida da população idosa segundo seu próprio<br />

ponto <strong>de</strong> vista. Assim, foram atingidos alguns dos objetivos da Política Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Pessoa Idosa e das Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais, contribuindo para a formação mais humana <strong>de</strong> futuros médicos.<br />

Osteoartrose: Experiência Focada na Educação <strong>de</strong> Pacientes e Profissionais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> em<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atenção Primária<br />

Ribeiro, JTR27 Reis, RAS27 Espósito, ACC27 Sasso, BM27 Rottini, T27 Giarola, LC27 Introdução: Ao paciente portador <strong>de</strong> doença crônica, como osteoartrose, restam, como alternativas para melhoria da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida, os tratamentos paliativos para amenizar dores/limitação funcional e obtenção <strong>de</strong> informações sobre sua patologia. Objetivo:<br />

Conhecer a realida<strong>de</strong> dos indivíduos com osteoartrose; i<strong>de</strong>ntificar dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (UBS) da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Botuca-<br />

26 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

27 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu. Botucatu, SP, Brasil.<br />

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tu/SP em diagnosticar, aten<strong>de</strong>r e dar continuida<strong>de</strong> ao tratamento <strong>de</strong>sses pacientes; propor e realizar intervenções que melhorem seus<br />

cuidados. Método: Após estudo bibliográfico, realizaram-se visitas à UBS/COHAB I <strong>de</strong> Botucatu; entrevista com médico e enfermeira<br />

responsável pela unida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> 10 usuários do serviço. Foi <strong>de</strong>senvolvida árvore causal, apontando nós críticos para o problema: <strong>de</strong>sconhecimento<br />

da doença por parte dos pacientes e <strong>de</strong>spreparo da equipe da UBS para o atendimento. Foram propostas duas ações: produção<br />

<strong>de</strong> fol<strong>de</strong>rs, disponibilizados na UBS aos usuários presentes e em pontos estratégicos <strong>de</strong>sta, contendo informações sobre a doença,<br />

suaprevençãoeformas<strong>de</strong>amenizardores;econfecção<strong>de</strong>ummanualinformativo para profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da UBS, sendo apresentadoeentregueàequipe.Resultados:<br />

Os materiais foram distribuídos. Os funcionários sanaram suas dúvidas sobre a patologia; a capacitação<br />

possibilita melhoria no atendimento aos pacientes. Apopulação, agora informada, po<strong>de</strong> fazer uma prevenção a<strong>de</strong>quada e po<strong>de</strong><br />

buscar auxílio se reconhecer os sintomas. Conclusão: Atransmissão <strong>de</strong> informação é frequentemente subestimada pelos setores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

relegando ao paciente o fato <strong>de</strong> ter que conviver com uma doença para a qual não tem apoio, nem mesmo conhecimento para lidar. A<br />

<strong>de</strong>sinformação, junto à falta <strong>de</strong> estrutura específica para seguimento da terapêutica, é fator <strong>de</strong> agravo à doença, levando o paciente ao<br />

abandono do tratamento. A realização <strong>de</strong> campanhas, fol<strong>de</strong>rs informativos e grupos <strong>de</strong> discussão <strong>de</strong>ssas patologias são soluções simples,<br />

muitas vezes negligenciadas pela UBS, <strong>de</strong>vido falta <strong>de</strong> interesse e/ou <strong>de</strong>spreparo da equipe.<br />

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TEMA: INTERNATO<br />

Opiniões dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina Sobre o Papel <strong>de</strong> Diferentes Categorias <strong>de</strong><br />

Supervisores do Internato<br />

Colares, MFA 1<br />

Segalla, JP 1<br />

Troncon, LEA 1<br />

Maffei, CML 1<br />

Introdução: As ativida<strong>de</strong>s dos estudantes <strong>de</strong> Medicina no internato são usualmente supervisionadas por diferentes categorias <strong>de</strong><br />

médicos: resi<strong>de</strong>ntes (ainda em formação), assistentes (atuação médica predominante) e docentes (atuação diversificada: assistência médica,<br />

ensino e pesquisa). Porém, as opiniões dos internos sobre o papel exercido por estes diferentes profissionais é pouco conhecida. Objetivos:<br />

Investigar as percepções dos internos sobre o papel das diferentes categorias <strong>de</strong> supervisores. Métodos: Estudantes <strong>de</strong> Medicina (6o. ano;<br />

N=50) foram convidados a respon<strong>de</strong>r questionário estruturado abrangendo diversos aspectos do internato. Este instrumento continha escalas<br />

Likert <strong>de</strong> cinco pontos (1-“muito ruim”; 5-“muito boa”) para: a) relação interpessoal com supervisores; b) qualida<strong>de</strong> da supervisão das ativida<strong>de</strong>s<br />

práticas e c) a<strong>de</strong>quação da categoria <strong>de</strong> supervisores como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atuação profissional. Foram consi<strong>de</strong>radas como satisfatórias as<br />

opiniões correspon<strong>de</strong>ndo aos pontos “4” e “5” das escalas. As diferenças entre as categorias foram analisadas pelo teste <strong>de</strong> Fisher. Resultados:<br />

Arelação interpessoal com as três categorias <strong>de</strong> supervisores foi consi<strong>de</strong>rada satisfatória por ~70% dos internos, não havendo diferenças<br />

entre resi<strong>de</strong>ntes, assistentes e docentes. Não houve diferença significante entre as proporções <strong>de</strong> internos consi<strong>de</strong>rando satisfatória a qualida<strong>de</strong><br />

da supervisão <strong>de</strong> assistentes e resi<strong>de</strong>ntes (34/50 versus 28/50; p=0,30). Estas proporções foram ambas superiores à dos internos que consi<strong>de</strong>raram<br />

satisfatória a supervisão exercida pelos docentes (12/50; p


am classificados em sete gran<strong>de</strong>s categorias empíricas: a) Natureza da ativida<strong>de</strong>; b) Estrutura e Organização; c) Casuística; d) Cenários<br />

<strong>de</strong> prática; e) Capacitação docente dos supervisores, f) Relacionamento entre Participantes e g) Avaliação. Dado interessante foi que na<br />

categoria Estrutura e Organização, a menção a áreas específicas <strong>de</strong> atuação ou a especialida<strong>de</strong>s médicas ocorreu muito raramente, consolidando<br />

o enfoque na formação do médico generalista nesta etapa e da necessida<strong>de</strong> da capacitação para o atendimento das doenças<br />

mais prevalentes na comunida<strong>de</strong>. Conclusões: As opiniões dos estudantes do último ano <strong>de</strong> Medicina sobre os elementos que<br />

constituem o internato i<strong>de</strong>al são consistentes com as bases mo<strong>de</strong>rnas do planejamento curricular para treinamento em serviço e<br />

<strong>de</strong>veriam ser levadas em consi<strong>de</strong>ração nas proposições <strong>de</strong> organização <strong>de</strong>sta importante etapa da formação médica.<br />

Avaliação da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida no Internato<br />

Freitas, ICF 3<br />

Adan, LFF 3<br />

Silva,CN 3<br />

Vieira, LA 3<br />

Kitaoka, EG 3<br />

Paolilo, RB 3<br />

Introdução: o Internato é o último ciclo do curso <strong>de</strong> Medicina, livre <strong>de</strong> disciplinas acadêmicas, durante o qual o estudante <strong>de</strong>ve<br />

receber treinamento intensivo, sob supervisão docente, em instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Trata-se <strong>de</strong> um período marcado por exigências inerentes<br />

ao curso e também por preocupações e expectativas relacionadas ao futuro profissional, o que po<strong>de</strong> contribuir para um prejuízo<br />

na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (QV) do estudante, a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da sua estrutura <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>, presença ou não <strong>de</strong> suporte social e características<br />

curriculares do treinamento. Objetivos: <strong>de</strong>screver a QV <strong>de</strong> estudantes do Internato. Material e Métodos: corte transversal, realizado<br />

em amostra não probabilística, no período <strong>de</strong> janeiro a abril <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, em duas Instituições (pública e privada) da Bahia. Na coleta <strong>de</strong><br />

dados aplicou-se o questionário WHOQOL-Bref . Foram estudadas as variáveis QV, sexo, ida<strong>de</strong>, estado civil, moradia com familiares,<br />

religião, presença ou não <strong>de</strong> sentimentos negativos. Para a análise dos dados utilizou-se o programa SPSS, versão 13,0. Utilizou-se estatística<br />

<strong>de</strong>scritiva e para verificar associações o teste <strong>de</strong> Qui-Quadrado <strong>de</strong> Pearson ou Exato <strong>de</strong> Fisher, com nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 5%.<br />

Estudo aprovado pelo CEP. Resultados: Foram avaliados 62 indivíduos, 36 (58,1%) do sexo feminino e 32 (51,6%) <strong>de</strong> Instituição Pública.<br />

A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 24+- 0,5 a. 40 discentes (64,5%) moram com os pais, 57 (91,9%) são solteiros,43 (69,4%) têm alguma religião.Em<br />

relação à QV, 43 estudantes (69,3%) referiram-na como boa ou muito boa. Os sentimentos negativos foram registrados por 30 alunos<br />

(47,1%). Houve associação significativa entre boa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e moradia com os pais (p=0,038). Conclusões: na amostra estudada<br />

observou-se um prejuízo da QV semelhante ao encontrado em outros estudos. A presença <strong>de</strong> sentimentos negativos foi elevada, o que<br />

sugere a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte psico-pedagógico ao estudante, em particular, para aqueles que não resi<strong>de</strong>m com familiares.<br />

Avaliação do Estágio Regional da Universida<strong>de</strong> para o Desenvolvimento e Região do<br />

Pantanal: com a Palavra, o Estudante!<br />

Biberg-Salum, TG4 Picoli, R4 Zanoni, LZ4 Macedo, CS4 Braga, LM4 Gonçalves, JJ4 Introdução: o internato do Curso <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong>sta instituição acontece no 9o, 10o, 11o e 12o semestres e caracteriza-se por estágios<br />

integrados e rotativos. Há cinco anos, nos dois últimos semestres, os acadêmicos participam do Estágio Regional (ER), durante 11<br />

semanas, em 4 cida<strong>de</strong>s do interior do estado. Este estágio tem como proposta inserir o estudante na realida<strong>de</strong> do exercício médico, na<br />

3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

4 Universida<strong>de</strong> Para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal, Campo Gran<strong>de</strong>, MS, Brasil.<br />

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perspectiva traçada pelas diretrizes curriculares nacionais. Objetivos: verificar a percepção dos estudantes quanto ao planejamento, a<br />

operacionalização e os resultados do estágio regional. Métodos: trata-se <strong>de</strong> um estudo transversal, <strong>de</strong> caráter quali-quantitativo, segundo<br />

a proposta do Discurso do Sujeito Coletivo. O instrumento utilizado para a coleta <strong>de</strong> dados foi um questionário auto-aplicável, com<br />

questões abertas sobre a relação entre o programa do ER e a formação médica proposta pela instituição; sobre o <strong>de</strong>sempenho dos diferentes<br />

atores envolvidos; sobre a repercussão da experiência vivida; sobre o alcance dos objetivos educacionais e outras. Foram enviados<br />

questionários aos 15 alunos do primeiro rodízio do ER. Resultados: foram respondidos 14 (93,3%) dos instrumentos enviados. Os<br />

acadêmicos acreditam que o programa do ER é coerente com a proposta <strong>de</strong> formação do médico generalista, tendo contribuído para a<br />

aquisição <strong>de</strong> competências como tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, autonomia e <strong>de</strong>senvolvimento do senso crítico. Consi<strong>de</strong>ram que os diferentes papéis<br />

estão bem <strong>de</strong>finidos, porém, nem sempre <strong>de</strong>sempenhados <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada. Concluem que os objetivos educacionais foram<br />

atingidos e que os resultados da experiência vivida foram satisfatórios. Conclusões: Apesar da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazermos a<strong>de</strong>quações<br />

para a otimização da execução do ER, concluímos, diante dos resultados obtidos, pela pertinência do mesmo para a aquisição das<br />

competências, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sejáveis.<br />

Atenção Básica e o Envolvimento dos Alunos: uma Análise do Internato da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina da UFAL<br />

Tenório, MNR 5<br />

Cavalcante, JK 5<br />

Cavalcanti, SMS 5<br />

Taveira, MGMM 5<br />

Introdução: Apartir da celebração <strong>de</strong> convênio com a Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Maceió-Al, para implantar o programa <strong>de</strong> interação<br />

ensino-serviço-comunida<strong>de</strong>, foi criado o internato obrigatório em atenção básica, em 2007, com a inserção dos estudantes do 5º ano<br />

nas equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família, tendo duração <strong>de</strong> 04 meses, em tempointegral.ParacadaESFsão<strong>de</strong>signados<strong>de</strong>01a04estudantespor<br />

preceptor médico. O conteúdo trabalhado durante o internato propõe conhecimentos ascen<strong>de</strong>ntes para que o estudante incorpore gradativamente<br />

um repertório crescente <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e competências, que se inicia pela observação do território e da população adscrita,<br />

bem como da organização do serviço, até po<strong>de</strong>r intervir e propor sugestões no seu dia-a-dia. Objetivo: Analisar o grau <strong>de</strong> envolvimentodosalunosatravésdasintervençõesrealizadase<br />

sugeridas durante o internato em atenção básica. Metodologia: Estudo qualitativo<br />

através da técnica <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> conteúdo <strong>de</strong> 80 diários <strong>de</strong> campo elaborados por 40 alunos, selecionados no início e final do internato.<br />

Categorias propostas: intervenções realizadas e sugeridas. Resultados: <strong>de</strong>stacam-se como Intervenções realizadas: consultas ambulatoriais<br />

(40), palestras educativas (30), visitas domiciliares (30), pré-consultas (24) e imunização (17). Intervenções sugeridas: palestras<br />

nas escolas (06), encaminhamento para especialida<strong>de</strong>s (06), cuidados à saú<strong>de</strong> do homem (02), melhorias na estrutura e equipamentos<br />

(02) e reforço na segurança (01). Conclusão: O internato proporciona ao estudante <strong>de</strong> medicina a chance <strong>de</strong> conhecer e praticar diretamente<br />

na realida<strong>de</strong> da população, tornando-o capaz <strong>de</strong> correlacionar a teoria com a prática, <strong>de</strong> assumir novas atitu<strong>de</strong>s realizando e sugerindo<br />

ações <strong>de</strong> assistência e saú<strong>de</strong> coletiva. Aexperiência contribui <strong>de</strong> fato para <strong>de</strong>spertar o compromisso do estudante com o lugar e<br />

a socieda<strong>de</strong> on<strong>de</strong> vive.<br />

5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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Avaliação da Curva <strong>de</strong> Aprendizado Durante o Internato Médico Em Obstetrícia:<br />

Experiência no Curso <strong>de</strong> Medicina da UFPB<br />

Lucena, PAF6 Mota, D7 Nunes, RJA8 Rangel, MA7 Paiva, CS7 Lima, MD7 Introdução: Temos hoje um período <strong>de</strong> transição entre a formação <strong>de</strong> médicos especialistas e generalistas, tudo isso fruto da<br />

nova lei <strong>de</strong> diretrizes e bases que regem o curso <strong>de</strong> medicina, implantadas em 2001. Sendo assim o foco na formação do curso médico<br />

passou a ser um médico que tenha uma visão ampla e geral dos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Com isto, é importante que durante a graduação<br />

tenhamos espaço para o aprendizado teórico/pratico mais notadamente no internato médico.Já que temos vários artigos e relatos <strong>de</strong><br />

que é durante o internato que o nível <strong>de</strong> conhecimento teórico e aplicabilida<strong>de</strong> clínica dos alunos tem sua maior ascensão. Objetivos:<br />

Avaliar a curva <strong>de</strong> aprendizado durante o internato em obstetrícia no curso <strong>de</strong> Medicina da UFPB. Métodos: A proposta foi avaliar,<br />

através <strong>de</strong> um questionário teórico, contendo um caso clínico e informações básicas <strong>de</strong> pré-natal, e uma avaliação prática, que versava<br />

sobre o exame clinico obstétrico. Sendo esses aplicados no primeiro e último dia do internato em obstetrícia por pesquisadores.E uma<br />

posterior análise <strong>de</strong> dados comparando a evolução <strong>de</strong> cada aluno. Resultados: Participaram em um primeiro momento 15 alunos, on<strong>de</strong><br />

obtiveram notas variando entre 0-13, sendo a pontuação máxima 15, com média geral <strong>de</strong> 7 (53,4% <strong>de</strong> acerto). No segundo momento, os<br />

mesmos tiveram uma variação entre 5-13, com média geral <strong>de</strong> 11 (84,6% <strong>de</strong> acerto). Os discentes obtiveram uma curva <strong>de</strong> crescimento<br />

geral <strong>de</strong> 4 (36%). Foi aplicado o método estatístico <strong>de</strong> Wilcoxon tendo obtido um p=0,0049, ou seja, com significância estatística. Conclusão:<br />

Ficaram evi<strong>de</strong>ntes as falhas no ensino prático durante a graduação. Sendo evi<strong>de</strong>nte que o aprendizado durante o internato médico,<br />

no rodízio <strong>de</strong> Obstetrícia é <strong>de</strong> fundamental importância na formação médica generalista e que, <strong>de</strong>ve cada vez mais ser aperfeiçoado.<br />

Perfil dos Preceptores do Internato na Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família no 5º Ano da<br />

FAMED-UFAL<br />

Cavalcante, JK 9<br />

Taveira, MGMM 9<br />

Tenório, MNR 9<br />

Introdução: Os preceptores <strong>de</strong>senvolvem ativida<strong>de</strong>s docentes baseados em mo<strong>de</strong>los e experiências <strong>de</strong> sua vida, modificados<br />

por valores adquiridos e bom senso. Para conhecê-los, visando o aperfeiçoamento do internato e promover maior aproximação nas relações<br />

escola-serviço, esta pesquisa buscou traçar seu perfil. Objetivo: i<strong>de</strong>ntificar o perfil dos preceptores no internato do 5º ano da<br />

FAMED-UFAL na estratégia saú<strong>de</strong> da família. Metodologia: Pesquisa quali-quantitativa; dados foram obtidos por questionários com<br />

perguntas fechadas e abertas. Sujeitos: 29 médicos preceptores. Análise: freqüência simples e análise <strong>de</strong> conteúdo das questões abertas.<br />

Resultados: os dados quantitativos revelaram composição por gênero 87.5% <strong>de</strong> sujeitos sexo feminino; ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 47.5 anos; instituição<br />

formadora 100% pública; titulação – 87.5% possuem mais <strong>de</strong> uma especialização, 25% fizeram residência médica; média <strong>de</strong> 8.6<br />

anos <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> serviço na estratégia saú<strong>de</strong> da família; 50% têm outra ocupação; média <strong>de</strong> 1.8 anos como preceptor; 62% participam<br />

regularmente <strong>de</strong> congressos, 87.5% <strong>de</strong> cursos e treinamentos ofertados pelo gestor e 25% outros tipos <strong>de</strong> eventos. A análise dos dados<br />

qualitativos revelou categorias emergentes: 1. visão da preceptoria: crescimento profissional, contribuição na formação, construção do<br />

conhecimento e aprendizado mútuo; 2. Perspectivas para a preceptoria: melhorar estrutura física, equipamentos e instrumentais das<br />

USF; maior compromisso do gestor; maior oferta <strong>de</strong> capacitações técnicas; mais apoio dos especialistas; melhorias organização do ser-<br />

6 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

8 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicinas Nova Esperança, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

9 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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viço; 3. Impacto na profissão <strong>de</strong>corrente da preceptoria: renovação, estimulação, valorização, motivação, crescimento pessoal crítico,<br />

aperfeiçoamento pessoal, controle do medo, interação com alunos, aumento da responsabilida<strong>de</strong>, importância do trabalho, partilha conhecimentos.<br />

Conclusão: A participação dos médicos preceptores tem viabilizado o internato na re<strong>de</strong> básica. Fatores como o tempo <strong>de</strong><br />

serviço na estratégia saú<strong>de</strong> da família lhes confere maior experiência; a média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> superior a 40 anos caracteriza maior confiança,<br />

como também sua qualificação acadêmica e atualizações foram citados como facilitadores para o exercício da função docente.<br />

Desenvolvendo a Promoção da Saú<strong>de</strong> na Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família do Município <strong>de</strong><br />

Piraí/RJ – a Educação em Saú<strong>de</strong> em Questão<br />

Martins, F 10<br />

Stella, D 10<br />

Introdução: A Promoção da Saú<strong>de</strong> é ponto bastante valorizado pela política do Ministério da Saú<strong>de</strong>, sendo uma estratégia <strong>de</strong><br />

atuação que pioriza ações <strong>de</strong> Educação em Saú<strong>de</strong>. Devido à evidência <strong>de</strong> que essa foi uma das questões <strong>de</strong> internos em Saú<strong>de</strong> da Família<br />

da UFRJ, no município <strong>de</strong> Piraí/RJ, que mais motivou reflexões e embates, propõem-se uma revisão bibliográfica. Objetivo: Tendo em<br />

vista que o PSF visa ao trabalho na lógica da Promoção da Saú<strong>de</strong>, objetiva-se <strong>de</strong>senvolver a compreeensão da Promoção da Saú<strong>de</strong> como<br />

estratégia <strong>de</strong> atuação, tendo como foco a operacionalização <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> Educação em Saú<strong>de</strong>. O trabalho visa contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong>sse modus operandi <strong>de</strong> pensar e fazer saú<strong>de</strong>. Método: O processo metodológico foi o da análise <strong>de</strong>scritivo-reflexiva <strong>de</strong> literatura<br />

brasileira – tendo em vista o trabalho <strong>de</strong>senvolvido na ESF <strong>de</strong> Piraí. Conclusão: Como conclusão, <strong>de</strong>stacam-se: o trabalho em<br />

equipe exige esforço diário, e, por dar-se na comunida<strong>de</strong>, torna imperativo <strong>de</strong>senvolver resiliência; “a dominância das ações clínicas,<br />

individuais e burocráticas exigidas <strong>de</strong>ntro das Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família” é um entrave que suscita à gestão municipal rever<br />

suas atribuições, previstas pela Política Nacional <strong>de</strong> Promoção da Saú<strong>de</strong>, como forma <strong>de</strong> organizar a gestão do trabalho <strong>de</strong> acordo<br />

com o Pacto <strong>de</strong> Gestão do SUS. A contribuição dos alunos ao processo das práticas <strong>de</strong> Educação em Saú<strong>de</strong> é: ainda que estejam no PSF<br />

transitoriamente, trazem pensamentos e atitu<strong>de</strong>s novos, imbuídos <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> que tentativas incorram em acertos e promovam a saú<strong>de</strong><br />

das pessoas; eles tem o potencial <strong>de</strong> transformar ações e atitu<strong>de</strong>s da gestão municipal, na medida que sua relação é construtiva e<br />

amistosa e po<strong>de</strong> proporcionar e execução <strong>de</strong> discussões entre a gestão e os profissionais da ‘ponta’ que procurem tornar o trabalho em<br />

saú<strong>de</strong> um ‘terreno fértil’ para <strong>de</strong>senvolver um trabalho promotor <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ. Brasil.<br />

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TEMA: RESIDÊNCIA MÉDICA E RESIDÊNCIA<br />

MULTIPROFISSIONAL<br />

A Formação <strong>de</strong> Profissionais para a Atenção Integral à Saú<strong>de</strong> do Idoso: a Experiência<br />

Interdisciplinar do Nai –UNATI/UERJ<br />

Motta, LB 1<br />

Caldas, CP 1<br />

Assis, M 2<br />

Introdução: A capacitação <strong>de</strong> profissionais para atuar na área <strong>de</strong> envelhecimento e saú<strong>de</strong> do idoso é uma das ações prioritárias<br />

da Política Nacional do Idoso no Brasil, em função do acelerado envelhecimento populacional do país. Método: Este trabalho traz o relato<br />

da experiência do Núcleo <strong>de</strong> Atenção ao Idoso, serviço do Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Universida<strong>de</strong> Aberta<br />

da Terceira Ida<strong>de</strong>/UERJ, que <strong>de</strong>senvolve programa <strong>de</strong> ensino nesta área, a partir da experiência assistencial, tendo como eixo a integralida<strong>de</strong><br />

da atenção e o trabalho interdisciplinar. Objetivo: Capacitar profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina, enfermagem, serviço social, nutrição,<br />

fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia e farmácia na atenção à saú<strong>de</strong> do idoso. Resultados: O programa inclui modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

ensino em nível <strong>de</strong> residência, especialização, treinamento profissional e estágio <strong>de</strong> graduação. A programação teórica inclui um curso<br />

<strong>de</strong> Aperfeiçoamento em Saú<strong>de</strong> do Idoso e grupos <strong>de</strong> estudo interdisciplinares. A capacitação teórica e prática específica é coor<strong>de</strong>nada<br />

pelos preceptores das respectivas áreas. As ativida<strong>de</strong>s práticas ocorrem em diferentes cenários, incluindo o acolhimento, a promoção<br />

da saú<strong>de</strong>, a atenção ambulatorial, a hospitalar, atenção domiciliar e a <strong>de</strong> longa permanência. Ainterdisciplinarida<strong>de</strong> é um exercício contínuo<br />

que supõe abertura a estratégias inovadoras. Conclusão: A experiência representa uma contribuição à <strong>de</strong>manda social crescente<br />

<strong>de</strong> capacitação profissional em um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atenção comprometido com princípios do SUS e com o cuidado integral. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

treinamento <strong>de</strong>senvolvido permite a proposição <strong>de</strong> uma Residência Multiprofissional em Saú<strong>de</strong> do Idoso.<br />

Implantação <strong>de</strong> Currículo na Residência <strong>de</strong> Anestesiologia Baseado em Competências. O<br />

Projeto da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará – UFC<br />

Fernan<strong>de</strong>s, CR3 Farias Filho, A3 Gomes, JMA3 Gifoni, JMM3 Lira, FRS3 Marinho, DS3 Competência em Medicina é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> recursos cognitivos e técnicos para diagnosticar, tratar e proporcionar<br />

benefício, menor morbida<strong>de</strong> e menor custo ao doente. O termo competência compreen<strong>de</strong> três qualificações: conhecimento, habilida<strong>de</strong><br />

e atitu<strong>de</strong>. O objetivo é relatar a experiência da Residência em Anestesiologia da UFC, que iniciou a implantação <strong>de</strong> um currículo<br />

baseado em competências, e <strong>de</strong>screver instrumentos <strong>de</strong> avaliação para mensurar a aquisição <strong>de</strong>stas. Competências esperadas ao final<br />

da residência: 1) Relacionamento anestesiologista-paciente: busca estabelecer relação <strong>de</strong> confiança e segurança, visando à equida<strong>de</strong> no<br />

atendimento, tendo como princípios responsabilização, vínculo e visão integral; 2) Relacionamento anestesiologista com outros profissionais<br />

da saú<strong>de</strong> - visa estabelecer relações interprofissionais, respeitando as especificida<strong>de</strong>s e a hierarquia, com o objetivo <strong>de</strong> promover,<br />

com visão integral, o atendimento ao paciente; 3) Uso Racional <strong>de</strong> Tecnologias em Saú<strong>de</strong> - visa uso racional procedimentos, equipamentos,<br />

materiais e medicamentos, obe<strong>de</strong>cendo aos princípios da ética/bioética; 4) Ser capaz <strong>de</strong> registrar <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada os proce-<br />

1 Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

2 Instituto Nacional <strong>de</strong> Câncer, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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dimentos executados; 5) Ser capaz <strong>de</strong> acompanhar o seguimento do paciente no pós-operatório ou até a alta do ato anestésico; 6) Ser capaz<br />

<strong>de</strong> estabelecer o diagnóstico e a conduta terapêutica no perioperatório com responsabilida<strong>de</strong> e compromisso. Para avaliar a aquisição<br />

<strong>de</strong>stas competências utiliza-se os instrumentos: Mini-CEX, avaliação 360 graus e avaliação dos instrutores da residência médica pelos<br />

resi<strong>de</strong>ntes. Projeto em fase <strong>de</strong> implantação. Para aquisição <strong>de</strong> conhecimentos cognitivos – metodologia ativa através <strong>de</strong> seminários e<br />

discussão <strong>de</strong> casos clínicos com objetivos <strong>de</strong> aprendizagem pré-estabelecidos – Avaliação escrita ao final <strong>de</strong> cada ano. Para avaliação<br />

das habilida<strong>de</strong>s técnicas – MiniCex, com check list padrão, aplicado pelos instrutores. Para avaliação das atitutes – MiniCex e avaliação<br />

360º. Nos últimos dois anos, foi notório o avanço que tivemos em relação à aquisão <strong>de</strong> competências relacionadas a especialida<strong>de</strong>, com<br />

qualificação não somente dos resi<strong>de</strong>ntes, também dos instrutores.<br />

Fórum Permanente <strong>de</strong> Residência:Promovendo o Encontro <strong>de</strong> Preceptores para Qualificar<br />

a Preceptoria<br />

Afonso, DH 4<br />

Silveira, LMC 4<br />

Araùjo, MFM 4<br />

Martins, MS 4<br />

Pimenta, D 4<br />

Introdução: O Núcleo <strong>de</strong> Apoio Psicopedagógico ao Resi<strong>de</strong>nte (NAPPRE) da Coor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong> Desenvolvimento Acadêmico<br />

(CDA) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), <strong>de</strong>senvolve <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005 ativida<strong>de</strong>s individuais e coletivas com o objetivo <strong>de</strong><br />

aprimorar a qualificação do resi<strong>de</strong>nte nesta instituição. O NAPPRE enten<strong>de</strong> que para alcançar impacto na formação do Resi<strong>de</strong>nte é imprescindível<br />

incluir nas ativida<strong>de</strong>s aqueles que são co-responsáveis e estão diariamente em contato com o resi<strong>de</strong>nte: os<br />

PRECEPTORES. Neste sentido, em maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, <strong>de</strong>senvolveu o Primeiro encontro do Fórum Permanente <strong>de</strong> Residência do HUPE<br />

com a oficina nomeada (Re) Construindo a Preceptoria Objetivo: Aproximar preceptores dos 8 programas <strong>de</strong> Residência do HUPE<br />

para refletirem e sistematizarem seu processo <strong>de</strong> trabalho. Método: Trabalho em oficina com 6 horas <strong>de</strong> duração, divisão dos 60 preceptores<br />

inscritos em 3 subgrupos, on<strong>de</strong> conceituaram, construíram o perfil <strong>de</strong> competências e as estratégias <strong>de</strong> reconhecimento/visibilida<strong>de</strong><br />

da preceptoria. Resultados:Osprodutosdosgruposapresentamcompetênciasgeraiseespecíficasrelacionadasaotrabalho.Dentre<br />

elas listaram conhecimentos sobre o cenário, políticas públicas e técnicas específicas; habilida<strong>de</strong>s para acolher, comunicar, promover<br />

aprendizagem, avaliar, reconhecer dificulda<strong>de</strong>s/ potencialida<strong>de</strong>s (sua e do educando) e atitu<strong>de</strong>s, embasadas em aspectos morais e éticos,<br />

<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> com a função, relação <strong>de</strong> troca com clareza das funções e papéis. Conclusão: As responsabilida<strong>de</strong>s da preceptoria<br />

i<strong>de</strong>ntificadas no Fórum incluem aspectos relacionados a cuidado, gestão e educação. Evi<strong>de</strong>nciou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

estratégias <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> intra e extra-institucionais assim como a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> encontro entre os preceptores para a<br />

melhoria da função e da Residência em Saú<strong>de</strong><br />

Residência Médica em Homeopatia no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle –<br />

Hugg/Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro – UNIRIO: Uma Experiência<br />

Inovadora<br />

Freitas, FJ 5<br />

Fernan<strong>de</strong>s, DAS 5<br />

Introdução: A Homeopatia, especialida<strong>de</strong> médica utilizada no tratamento <strong>de</strong> quadros agudos e/ou crônicos, trata pacientes <strong>de</strong> forma<br />

integral e atua curativamente e preventivamente. O Serviço <strong>de</strong> Homeopatia do HUGG da UNIRIO tem caráter assistencial e acadêmico,<br />

aten<strong>de</strong>ndo pacientes <strong>de</strong> todas as faixas etárias com diferentes patologias. Objetivo: Relatar a experiência <strong>de</strong> cinco anos da Residência em Homeopatia<br />

na UNIRIO, com a apresentação do programa atual. Metodologia: Avaliação do programa <strong>de</strong> Residência Médica em Homeopatia<br />

4 Universida<strong>de</strong> Estadual do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Hospital Universitário Pedro Ernesto, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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do HUGG (aprovado pela Comissão Nacional <strong>de</strong> Residência Médica e iniciado em fevereiro <strong>de</strong> 2004) pelos preceptores e resi<strong>de</strong>ntes que compõem<br />

o serviço, <strong>de</strong>screvendo as dificulda<strong>de</strong>s encontradas ao longo <strong>de</strong>stes anos e as soluções <strong>de</strong>senvolvidas, que resultaram na sua modificação<br />

gradual, <strong>de</strong> modo a se adaptar à realida<strong>de</strong> existente. Resultados: O programa atual em <strong>de</strong>senvolvimento da residência encontra-se dividido<br />

em dois anos, com 80% das 5.760 horas <strong>de</strong> sua carga horária total direcionada ao treinamento prático, principalmente ambulatorial.<br />

Conclusões:AexperiênciadaResidênciaMédicaemHomeopatiaapontaparaalgumasvantagensnaformaçãodohomeopata<strong>de</strong>ntro<strong>de</strong><br />

uma estrutura universitária hospitalar, <strong>de</strong>stacando-se: a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento a um gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> pacientes com patologias diversas;<br />

a experiência única <strong>de</strong> atendimento a pacientes internados em âmbito universitário; discussão e atualização contínua <strong>de</strong> temas clínicos<br />

e homeopáticos; e a realização <strong>de</strong> pesquisas, culminando em uma formação completa e efetiva do resi<strong>de</strong>nte cumprindo o objetivo <strong>de</strong> formar<br />

um médico homeopata pronto para a prática clínica. Em relação ao serviço <strong>de</strong> Homeopatia do HUGG, a Residência Médica proporcionou<br />

um salto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>monstrado na melhoria da qualida<strong>de</strong> clínica do seu atendimento ambulatorial, no crescimento no inter-relacionamento<br />

com outros serviços, notadamente, Pediatria, Clínica Médica, Obstetrícia, Endocrinologia e Dermatologia na atuação efetiva nas enfermarias<br />

e, por fim, no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas clínicas.<br />

Avaliação da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida, Sonolência Diurna e Burnout em Médicos Resi<strong>de</strong>ntes<br />

Asaiag, PE 6<br />

Perotta, B 6<br />

Martins, MA 7<br />

Tempski, P 6<br />

Introdução: Aresidência médica po<strong>de</strong> gerar sonolência diurna e burnout, que afetam a saú<strong>de</strong> física e mental do médico e prejudicam<br />

sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (QV). Objetivo: Conhecer a QV do médico resi<strong>de</strong>nte e fatores <strong>de</strong> influência. Métodos: Os resi<strong>de</strong>ntes<br />

(n=136) do Hospital Universitário Evangélico <strong>de</strong> Curitiba respon<strong>de</strong>ram a auto-avaliação da QV, WHOQOL– abreviado, escala <strong>de</strong> sonolência<br />

diurna <strong>de</strong> Epworth e inventário <strong>de</strong> Burnout <strong>de</strong> Maslash. Resultados: Observou-se que a nota atribuída à QV na residência foi<br />

mais baixa que a nota da QV geral, 76% dos resi<strong>de</strong>ntes apresentam escores patológicos <strong>de</strong> sonolência diurna, sendo maior no grupo no<br />

primeiro ano e nas mulheres. Na análise <strong>de</strong> Burnout encontraram-se alto nível <strong>de</strong> exaustão emocional (32,1 ± 8,2) e <strong>de</strong> <strong>de</strong>spersonalização<br />

(11,0 ± 6,8), com mo<strong>de</strong>rado nível <strong>de</strong> realização pessoal (33,9 ± 7,0), não houve diferença nos escores <strong>de</strong> Burnout entre os sexos. Obteve-se<br />

correlação negativa entre os escores <strong>de</strong> Epworth, do WHOQOL e da auto-avaliação; e correlação positiva entre sonolência diurna<br />

e a carga horária <strong>de</strong> trabalho. Conclusão: A QV na residência é inferior à QV geral, os resi<strong>de</strong>ntes apresentam nível patológico <strong>de</strong> sonolência,<br />

alta carga <strong>de</strong> trabalho semanal, estresse profissional com alto nível <strong>de</strong> exaustão emocional e <strong>de</strong> <strong>de</strong>spersonalização com<br />

mo<strong>de</strong>rado nível <strong>de</strong> realização pessoal; refletindo a realida<strong>de</strong> do médico resi<strong>de</strong>nte a qual po<strong>de</strong> motivar discussão e mudanças das<br />

práticas educacionais e <strong>de</strong> trabalho.<br />

Incidência <strong>de</strong> Sintomas Depressivos em Médicos Resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Primeiro Ano e Sua<br />

Relação com Características Ocupacionais<br />

Parro-Pires, DB 8<br />

Cítero, VA 8<br />

Nogueira-Martins, LA 8<br />

Introdução: A saú<strong>de</strong> mental e o estresse do resi<strong>de</strong>nte são amplamente discutidos na literatura. Objetivo: Estudar a incidência<br />

<strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos em resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> primeiro ano e sua relação com algumas características ocupacionais. Método:Estudoprospectivo<br />

longitudinal (T1= primeira semana e T2= 16) e questionário≥oitavo mês). Aplicados BDI (<strong>de</strong>pressão provável sócio-ocupacional.<br />

Resultados: De 166 convidados, 111 participaram (67%), ida<strong>de</strong> média 25 anos; 50,5% mulheres, 61,3% <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s clínicas.<br />

Nenhum resi<strong>de</strong>nte pontuou para <strong>de</strong>pressão em T1. Em T2 a incidência <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos foi <strong>de</strong> 9%, com aumento da mediana do<br />

6 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

7 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

8 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo; São Paulo, SP, Brasil.<br />

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BDI<strong>de</strong>2para5(p


Conhecimento E Observação <strong>de</strong> Sintomas Depressivos por Médicos Resi<strong>de</strong>ntes em Clínica<br />

Médica no Paciente Idoso Hospitalizado<br />

Ramalho, CO 10<br />

Moreira, IF 10<br />

Fernan<strong>de</strong>s, BM 10<br />

Andra<strong>de</strong>, MR 10<br />

Ronconi, DE 10<br />

Sousa-Munõz, RL 10<br />

Introdução: Sintomas <strong>de</strong>pressivos em idosos têm gran<strong>de</strong> relevância clínica, mas geralmente não são valorizados por clínicos<br />

generalistas. No problema <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>ste estudo questiona-se se médicos resi<strong>de</strong>ntes em clínica geral conhecem os sintomas <strong>de</strong>pressivos<br />

mais frequentes entre idosos e se reconhecem sua importância na recuperação <strong>de</strong>sses pacientes. Objetivos: Conhecer as opiniões<br />

<strong>de</strong> médicos resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> clínica geral sobre os sintomas <strong>de</strong>pressivos em pacientes idosos e sua importância na recuperação clínica <strong>de</strong>ssa<br />

clientela. Métodos: Estudo observacional e <strong>de</strong>scritivo, <strong>de</strong> abordagem quali-quantitativa. Foram entrevistados 20 médicos resi<strong>de</strong>ntes<br />

em clínica geral do hospital da UFPB através <strong>de</strong> questionário semi-estruturado elaborado pelos autores. Resultados: Os resi<strong>de</strong>ntes afirmaram<br />

que os sintomas <strong>de</strong>pressivos <strong>de</strong>vem influenciar negativamente a recuperação clínica dos pacientes, apontando principalmente<br />

o retardo na melhora da doença <strong>de</strong> base que motivou a hospitalização.Ossintomas<strong>de</strong>pressivosmaismencionadospelosresi<strong>de</strong>ntesforam<br />

anorexia (35%), ansieda<strong>de</strong> (30%), retraimento (30%), pessimismo (25%), labilida<strong>de</strong> emocional (25%), crises <strong>de</strong> choro (20%) e falta <strong>de</strong><br />

diálogo (20%). Doze (60%) respon<strong>de</strong>ram que observaram a presença <strong>de</strong> sintomas psicológicos em pacientes idosos que estavam acompanhando<br />

citando “<strong>de</strong>pressão” em 25% dos casos. Contudo, 95% <strong>de</strong>les não interrogaram seus pacientes idosos sobre a presença <strong>de</strong> sintomas<br />

<strong>de</strong>pressivos no mês prece<strong>de</strong>nte ao dia da entrevista. Conclusão: Verificou-se uma disparida<strong>de</strong> entre o que os médicos resi<strong>de</strong>ntes<br />

consi<strong>de</strong>ram <strong>de</strong> uma perspectiva teórica sobre o assunto e a sua prática no treinamento clínico em serviço no sentido da inexistência <strong>de</strong><br />

uma abordagem ativa <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos no acompanhamento hospitalar <strong>de</strong> idosos. Possivelmente fatores ligados à formação<br />

médica e às características atípicas da apresentação <strong>de</strong>sses sintomas nos idosos tenham contribuído para os resultados obtidos. É importante<br />

que haja inclusão <strong>de</strong> conteúdos <strong>de</strong> geriatria e gerontologia na preparação <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes em clínica médica.<br />

Residência Medica em Areas Clinicas:Analise da Procura Espontanea em Serie Historica.<br />

Conhecer Para Agir<br />

Abramovich, I 11<br />

Bollela,VR 12<br />

Kishima, VC 11<br />

Introdução: O aumento da expectativa <strong>de</strong> vida, associada a maior prevalência <strong>de</strong> doenças crônicas vem mudando o perfil <strong>de</strong><br />

morbida<strong>de</strong> da população, representando um enorme <strong>de</strong>safio para a comunida<strong>de</strong> acadêmica e gestores do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Esse<br />

contexto tem exigido o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mecanismos indutores na formação <strong>de</strong> profissionais da saú<strong>de</strong> em todo o mundo. Atualmente,<br />

a maior parte das especialida<strong>de</strong>s clínicas possui como pré-requisito dois anos <strong>de</strong> residência em Clínica Médica e pouca importância<br />

tem sido dada aos “movimentos migratórios” dos médicos recém formados em busca <strong>de</strong> vagas <strong>de</strong> especialização, como se isso<br />

não tivesse conseqüência para o Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> em futuro não muito distante. Objetivo: Analisar e refletir sobre a tendência na procura<br />

por vagas <strong>de</strong> RM <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s clínicas pelos médicos inscritos no Concurso SUS/SP. Métodos: Estudo <strong>de</strong>scritivo, on<strong>de</strong> foram<br />

analisados os dados referentes às inscrições <strong>de</strong> candidatos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 1997 (série histórica <strong>de</strong> 12 anos), disponibilizados pela Fundação<br />

Carlos Chagas, entida<strong>de</strong> que operacionaliza o processo seletivo. Resultados: Analisando todas as especialida<strong>de</strong>s clínicas que exi-<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

11 Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

12 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil; Fundação para o Avanço da Educação Médica Internacional e Pesquisa, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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gem pré-requisito, observamos uma queda percentual na procura espontânea por especialida<strong>de</strong>s tais como: Gastroenterologia (6,2%<br />

para 1,2%) e Pneumologia (9,0% para 1,4%). Enquanto observamos um consi<strong>de</strong>rável aumento da procura para Cancerologia (2,1% para<br />

22,7%). Nas outras especialida<strong>de</strong>s clínicas observamos uma relativa estabilida<strong>de</strong>. Conclusão: Analisando a série histórica po<strong>de</strong>mos<br />

perceber uma “migração” <strong>de</strong> candidatos para a cancerologia, provavelmente reconhecendo os sinais <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong> nesta área <strong>de</strong> atuação,<br />

motivados pela incorporação tecnológica e o envelhecimento da população. Nesse sentido, cabe <strong>de</strong>staque as ações indutoras da<br />

Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> no Estado <strong>de</strong> São Paulo nos últimos seis anos nesta direção. Esses resultados reforçam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trabalhar junto aos financiadores dos programas <strong>de</strong> residência médica ações <strong>de</strong> indução, <strong>de</strong> acordo com a <strong>de</strong>manda e necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

uma socieda<strong>de</strong> em constante mudança.<br />

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TEMA: GESTÃO, FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS E<br />

COMPROMISSO SOCIAL DA ESCOLA MÉDICA<br />

Facilida<strong>de</strong>s e Dificulda<strong>de</strong>s na Integração Ensino-Serviço<br />

Mendonça. AP 1<br />

Garcia, MAA 1<br />

Introdução:AsDiretrizesCurricularesparaosCursos<strong>de</strong>Graduaçãopropõem a reformulação dos conteúdos e estratégias visando<br />

ao estreitamento das relações entre as instituições formadoras em saú<strong>de</strong> e o SUS, objetivando a excelência da formação. O contato<br />

precoce e duradouro do acadêmico com os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> torna-se fundamental no <strong>de</strong>senvolvimento das competências e a integração<br />

ensino-serviço busca proporcionar a pactuação das relações entre docentes, discentes e equipes, por intermédio dos gestores da universida<strong>de</strong><br />

e Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Objetivos: Analisar a relação ensino-serviço sob a perspectiva <strong>de</strong>stes gestores; conhecer<br />

suas concepções educativas no tocante às práticas em serviço; discutir as informações coletadas, sugerindo indicadores <strong>de</strong> avaliação da<br />

integração ensino-serviço e inserção no SUS. Métodos: Trata-se <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caráter qualitativo com base nos <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> representantes<br />

<strong>de</strong> cada setor e instituição. Resultados: Entre as principais dificulda<strong>de</strong>s na integração ensino-serviço foram indicadas: a<br />

carga horária insuficiente <strong>de</strong> alguns estágios e o <strong>de</strong>scompasso entre os cursos que iniciam em momentos diferentes; a ina<strong>de</strong>quação da<br />

estrutura física dos serviços; o <strong>de</strong>spreparo e a não disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns docentes e equipes para o ensino e atuação multiprofissional;<br />

a <strong>de</strong>svalorização da ABS perante o hospital <strong>de</strong> ensino; a in<strong>de</strong>finição pelo SUS local do mo<strong>de</strong>lo assistencial para a ABS e a carência <strong>de</strong><br />

espaços <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas áreas como a Fonoaudiologia, Fisioterapia, Nutrição. Entre os fatores facilitadores <strong>de</strong>stacou-se: o<br />

aprimoramento dos cursos no tocante as práticas na ABS com a criação <strong>de</strong> vínculos; o incentivo a capacitação dos docentes para o ensino<br />

no SUS; o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> matriciamento na re<strong>de</strong> municipal com participação da Universida<strong>de</strong>; o convênio já solidificado; o<br />

apoio à produção técnico-científica. Conclusão: É possível afirmar que a política <strong>de</strong> integração em curso colabora positivamente para a<br />

formação dos profissionais da saú<strong>de</strong> no sentido da integralida<strong>de</strong> do cuidado em saú<strong>de</strong>.<br />

Direitos Humanos Sexuais e Reprodutivos (DHSR): o Desafio <strong>de</strong> Educar Promovendo<br />

Cidadania<br />

Silveira, LMC 2<br />

A<strong>de</strong>sse, L 2<br />

Aragão, DM 2<br />

Me<strong>de</strong>iros, RD 3<br />

Dantas, G 3<br />

Introdução: IPAS é uma ONG com status <strong>de</strong> órgão consultivo conferido pela ONU que atua <strong>de</strong>senvolvendo ações com o objetivo<br />

<strong>de</strong> contribuir <strong>de</strong> forma ativa para a melhoria das condições <strong>de</strong> assistência a saú<strong>de</strong> reprodutiva das mulheres. Com apoio da Fundação<br />

Ford e articulando instituições <strong>de</strong> ensino do México, Nicarágua, El Salvador e Brasil <strong>de</strong>senvolve um projeto para incluir a temática<br />

dos direitos humanos sexuais e reprodutivos (DHSR) nos currículos e programas das Escolas <strong>de</strong> Medicina e Direito. Objetivo:promover<br />

espaço <strong>de</strong> diálogo entre docentes <strong>de</strong> Medicina e do Direito, favorecer a discussão e a reflexão para a inclusão do tema Direitos Humanos<br />

Sexuais e Reprodutivos (DHSR) <strong>de</strong> forma integrada nestes cursos e discutir estratégias didáticas para a aplicação do mesmo em<br />

diferentes situações <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Metodologia: em formato <strong>de</strong> oficina foi realizado um encontro entre 15 docentes do curso<br />

<strong>de</strong> Medicina e 5 docentes do curso <strong>de</strong> Direito da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte on<strong>de</strong> por meio <strong>de</strong> metodologias ativas<br />

<strong>de</strong> ensino e aprendizagem exercitou-se a construção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s conjuntas para os alunos <strong>de</strong>ste cursos. Resultados: nas discus-<br />

1 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

2 Ipas Brasil, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

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sões percebeu-se questões comuns relacionadas a formação <strong>de</strong> médicos e <strong>de</strong> advogados que reforçou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong><br />

ações que integrassem os dois cursos. Evi<strong>de</strong>nciou-se que a abordagem baseada em direitos humanos possibilita compreen<strong>de</strong>r como<br />

leis, políticas e práticas em saú<strong>de</strong> expressam influenciam a formação e as boas práticas profissionais; esta integração instrumentaliza<br />

profissionais das duas áreas para lidar com temas tabus (violência, abusos, planejamento familiar, gravi<strong>de</strong>z na adolescência, anticoncepção<br />

<strong>de</strong> emergência, aborto) assim como possibilita a aprendizagem da prática interdisciplinar. Conclusão: trata-se<strong>de</strong>ação<br />

educativa integradora <strong>de</strong> Direito e cuidado em saú<strong>de</strong>, que tem por objetivo evi<strong>de</strong>nciar a vinculação <strong>de</strong>ssa temática com a formação e<br />

boas práticas profissionais da Medicina e do Direito.<br />

Uso <strong>de</strong> Portfólio como Instrumento <strong>de</strong> Reflexão na Criação do Núcleo <strong>de</strong> Metodologias<br />

Participativas em Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

Lugarinho, R 4<br />

Cotta, RMM 5<br />

Introdução: O projeto <strong>de</strong> Criação do Núcleo <strong>de</strong> Metodologias Participativas foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> fevereiro/2008 a fevereiro/<strong>2009</strong><br />

e encontra-se em fase <strong>de</strong> implementação e fortalecimento. O Núcleo tem como objetivo <strong>de</strong>senvolver programa <strong>de</strong> educação<br />

continuada para docentes e servidores técnico-administrativos em universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral, utilizando metodologias participativas. O<br />

portfólio é o conjunto da obra individual, uma compilacão dos trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos que sejam entendidos como relevantes no processo<br />

<strong>de</strong> aprendizagem ou <strong>de</strong>senvolvimento pessoal. Po<strong>de</strong> ser utilizado como ferramenta <strong>de</strong> acompanhamento do processo <strong>de</strong> aquisição<br />

<strong>de</strong> conhecimento, compreensão da realida<strong>de</strong> e reflexão. Permite verificar mudanças e ajustes necessários para atingir o objetivo.<br />

Objetivo: Relatar a experiência do uso <strong>de</strong> portfolio para acompanhamento da implantação e implementação <strong>de</strong> projeto. Métodos:Na<br />

etapa <strong>de</strong> planejamento foi estabelecido um mo<strong>de</strong>lo lógico para acompanhamento da implantação do projeto contendo: resultados esperados,<br />

indicadores, fontes <strong>de</strong> dados, metodologia <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados e cronograma. As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas foram documentadas<br />

<strong>de</strong> acordo com as fontes <strong>de</strong> dados previstas: atas <strong>de</strong> reuniões, listas <strong>de</strong> presença, fotos, registro impresso <strong>de</strong> apresentações <strong>de</strong> sli<strong>de</strong>s, avaliação<br />

das ativida<strong>de</strong>s e documentos internos da universida<strong>de</strong>. O portfolio foi organizado em or<strong>de</strong>m cronológica. Resultados:Foiconfeccionado<br />

um portfólio impresso com o registro <strong>de</strong> informações e produções das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas. Este documento permitiu<br />

monitorar o planejamento e a execução das ativida<strong>de</strong>s, estabelecer relações e reflexões. Também foi utilizado para prover informações e<br />

sugestões para pessoas com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, <strong>de</strong>senvolver recomendações para aprimorar os processos, facilitar reuniões e comunicar<br />

resultados. Conclusões: Os encarregados das <strong>de</strong>cisões no gerenciamento <strong>de</strong> projetos com frequência têm menos informações do que<br />

<strong>de</strong>sejam para avaliar. O portfólio é uma ferramenta importante neste processo pois facilita a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s e fatores <strong>de</strong><br />

sucesso e permite uma visao geral do processo, assim como uma visao <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong> suas etapas.<br />

A Contribuição do Projeto <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Tendências <strong>de</strong> Mudanças da Comissão <strong>de</strong><br />

Avaliação das Escolas Médicas (CAEM) para os Cursos <strong>de</strong> Graduação da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> (FCMS/JF)<br />

Miguel, SS 6<br />

Scapim, L 6<br />

Ricardo, DR 6<br />

Bechara, RN 6<br />

Introdução: A Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> a<strong>de</strong>riu em 2008 ao projeto <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> tendências <strong>de</strong> mudanças<br />

dos cursos <strong>de</strong> graduação das Escolas Médicas <strong>Brasileira</strong>s, gerenciado pela Comissão <strong>de</strong> Avaliação das Escolas Médicas (CAEM). Sua<br />

participação com os cinco cursos constitui-se em uma iniciativa pioneira e revela a obstinação <strong>de</strong> uma instituição jovem em alcançar a<br />

excelência na formação <strong>de</strong> profissionais na área da Saú<strong>de</strong>, através da auto-avaliação, do aperfeiçoamento <strong>de</strong> seus projetos e nas ações<br />

4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa, Viçosa, MG, Brasil.<br />

6 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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concretas. Nesse sentido, a proposta do projeto veio a somar-se às <strong>de</strong>mais avaliações realizadas pela faculda<strong>de</strong>. Objetivos: Avaliar e<br />

discutir os resultados preliminares emitidos pela CAEM, da análise dos instrumentos propostos para os cursos: Medicina, Enfermagem,<br />

Farmácia, Fisioterapia e Odontologia. Métodos: As respostas <strong>de</strong> cada curso foram comparadas e <strong>de</strong>monstradas em gráficos que<br />

<strong>de</strong>linearam uma tendência institucional e suas variantes. Resultados: Há um predomínio <strong>de</strong> ações inovadoras nos cinco cursos avaliados,<br />

com o avanço em todos os eixos. As maiores fragilida<strong>de</strong>s encontram-se no eixo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento docente, especialmente quanto<br />

à atualização técnico-científica e em alguns cursos, no vetor apoio e tutoria. Embora a percepção dos atores seja semelhante em todos<br />

os cursos, observamos que em alguns eixos/vetores não há uma percepção uniforme <strong>de</strong> todos, apesar da realida<strong>de</strong> avaliada pertencer a<br />

um tronco institucional comum. Quanto ao instrumento, por ter sido construído inicialmente para o curso médico, necessita ser adaptado<br />

para a aplicação aos outros cursos da área da saú<strong>de</strong>, pois não pô<strong>de</strong> ser preenchido em sua totalida<strong>de</strong> ou em alguns aspectos, apresentou-se<br />

ina<strong>de</strong>quado. Conclusões: Aavaliação das tendências <strong>de</strong> mudanças dos cursos da FCMS/JF realizada pela CAEM, embora sendo<br />

parte <strong>de</strong> um processo avaliativo maior, tem uma gran<strong>de</strong> importância nos rumos adotados pela Faculda<strong>de</strong>, por se tratar, especialmente,<br />

<strong>de</strong> um processo externo, o que possibilitou a sua própria reflexão.<br />

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TEMA: PROFISSIONALIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DO<br />

DOCENTE – EDUCAÇÃO PERMANENTE<br />

Educação Permanente - entre Ouvir e Intervir<br />

Cristel, EC 1<br />

Pombo, M 1<br />

Sousa, W 1<br />

Introdução: As DC do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina preconizam a atuação <strong>de</strong> um professor facilitador e mediador do processo<br />

ensino-aprendizagem. Seguindo essa lógica, na implantação do Currículo baseado em Metodologias Ativas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> agosto/2005, tem sido<br />

utilizada a estratégia da Educação Permanente como forma <strong>de</strong> lidar com situações novas. Este relato refere-se ao oitavo período do curso.<br />

Objetivo: Demonstrar a potencialida<strong>de</strong> da EP no sentido <strong>de</strong> monitorar o processo e instrumentalizar os gestores. Método: Dez tutores, coor<strong>de</strong>nador<br />

do período e facilitador, durante o primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, tiveram, semanalmente, dois encontros <strong>de</strong> 50 minutos, para validar as<br />

situações-problema (SP) e trabalhar assuntos específicos indicados pelo grupo. Em algumas ocasiões, foram utilizadas dinâmicas capazes <strong>de</strong><br />

provocar posicionamentos dos tutores diante dos temas. O registro das falas foi feito pelo facilitador. Resultados: A diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> olhares<br />

dos membros do grupo permitiu que temáticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m metodológica, organizacional e situacional fossem abordadas e houvesse construção<br />

pedagógica no sentido do aprimoramento do processo. Aavaliação, ao final do período apontou as seguintes necessida<strong>de</strong>s: a) organizar<br />

melhor o tempo do encontro <strong>de</strong> modo a garantir espaço para assuntos mais focais (validação das SP, etc) e a seguir, abrir questões mais reflexivas,<br />

evitando tornar a reunião “burocrática”; b) utilizar o espaço da EP para partilhar as dificulda<strong>de</strong>s do cotidiano dos tutores e do coor<strong>de</strong>nador<br />

do período, <strong>de</strong> forma aberta e clara; c) procurar trazer o retorno das questões colocadas no âmbito da EP e que envolvam diretamente a<br />

gestão; d) garantir que a validação das SPocorra com a <strong>de</strong>vida antecedência para que seja observada, no grupo, a sintonia <strong>de</strong>stas com o Currículo;<br />

e) contratualizar formalmente a pontualida<strong>de</strong> e participação dos membros do grupo. Conclusão: Aintencionalida<strong>de</strong> da EP foi contemplada<br />

e ajustes indicados na avaliação serão implantados .<br />

Formação <strong>de</strong> Professores da Área da Saú<strong>de</strong> no Atual Contexto <strong>de</strong> Políticas Públicas<br />

<strong>Brasileira</strong>s<br />

Ruiz-Moreno, L 2<br />

Sonzogno, MC 2<br />

Introdução: O processo <strong>de</strong> mudanças nas políticas públicas tem motivado rea<strong>de</strong>quações nas Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior (IES).<br />

Neste contexto, as Diretrizes Curriculares constituem um marco na formação dos profissionais da área da saú<strong>de</strong> e consequentemente nos<br />

processos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores. Objetivo: Analisar as concepções e práticas sobre aspectos didático-pedagógicos dos posgraduandos<br />

participantes da disciplina “Formação Didático-Pedagógica em Saú<strong>de</strong>” oferecida pelo Centro <strong>de</strong> Desenvolvimento do Ensino Superior em<br />

Saú<strong>de</strong> – CEDESS, da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo. Métodos: Para a coleta <strong>de</strong> dados foram utilizados questionários, relatos, mensagens<br />

postadas em fóruns <strong>de</strong> discussão no ambiente virtual Moodle e o planejamento educacional elaborado em pequenos grupos <strong>de</strong> três turmas,<br />

totalizando 100 alunos. As concepções e práticas sobre currículo, mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial, formação docente, ensino-aprendizagem e avaliação<br />

constituíram os eixos orientadores da análise dos dados. Resultados: Indagados sobre o mo<strong>de</strong>lo curricular vivenciado na graduação, os<br />

posgraduandos, formados em diversos cursos da saú<strong>de</strong>, relataram o predomínio do mo<strong>de</strong>lo tradicional disciplinar. Porém, como consequência<br />

das atuais políticas públicas relatam inovações e maior aproximação à prática profissional. Sobre ensinar, apren<strong>de</strong>r, formar e avaliar<br />

também houve diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> concepções, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aquelas com centralida<strong>de</strong> no docente no papel <strong>de</strong> transmissor <strong>de</strong> informações e caráter punitivo<br />

da avaliação até aquelas que refletem centralida<strong>de</strong> no aluno e dimensão formativa da avaliação. A maioria dos temas escolhidos nos<br />

Planejamentos Educacionais reflete ainda visões reducionistas do processo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>-doença embora tenha sido possível i<strong>de</strong>ntificar avanços<br />

1 Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo,.SP, Brasil.<br />

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elacionados à diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> práticas e cenários <strong>de</strong> aprendizagem em ambientes comunitários. Conclusões: As concepções e práticas dos<br />

posgraduandos refletem o momento <strong>de</strong> transição das IES on<strong>de</strong> atualmente convivem abordagens baseadas no mo<strong>de</strong>lo biomédico e na pedagogia<br />

tradicional com inovações ainda incipientes sobre as quais é preciso <strong>de</strong>bater <strong>de</strong> forma reflexiva e crítica, no sentido <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar a formação<br />

docente às <strong>de</strong>mandas do contexto político e social.<br />

A Preceptoria na Formação Médica: Subsídios para Integrar Teoria e Prática na Formação<br />

Profissional – o que Dizem os <strong>Trabalhos</strong> nos Congressos Brasileiros <strong>de</strong> Educação Médica<br />

Missaka, H 3<br />

Ribeiro, VMB 3<br />

Carbone, TR 3<br />

Introdução: Transformações na educação e no sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> brasileiros repercutiram nas instituições <strong>de</strong> ensino médico exigindo<br />

um novo perfil <strong>de</strong> profissional: mais crítico, humanista, reflexivo e ético. O preceptor tem importante papel na formação médica,<br />

ao integrar teoria e prática durante o Internato, mas não existe capacitação específica para <strong>de</strong>senvolver as qualida<strong>de</strong>s requeridas para o<br />

exercício da preceptoria. Analisaram-se 102 trabalhos dos Congressos Brasileiros <strong>de</strong> Educação Médica (<strong>COBEM</strong>) referentes à preceptoria,<br />

à ativida<strong>de</strong> exercida, formação e capacitação. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar o conceito <strong>de</strong> preceptoria na formação médica nos trabalhos do<br />

<strong>COBEM</strong>; caracterizar e analisar a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preceptoria e sua capacitação. Métodos: Análise segundo revisão abrangente do termo<br />

<strong>de</strong> BOTTI e REGO, comparando os papéis do preceptor/supervisor/tutor/mentor, seus pressupostos pedagógicos e a<strong>de</strong>quação à função<br />

na formação médica. Resultados: Dentre 1619 trabalhos aprovados nos <strong>COBEM</strong>-2007/2008, os termos preceptor/preceptoria foram<br />

citados em 102 trabalhos (34 em 2007 e 68 em 2008), analisados neste estudo. Apreceptoria é discutida em 72% dos eixos temáticos.<br />

28 trabalhos <strong>de</strong>screvem as tarefas do preceptor na formação do aluno na assistência. Afalta <strong>de</strong> preceptores capacitados é relatada em 18<br />

trabalhos. Em 2007, a preceptoria envolvia o Internato e a Residência. Já em 2008 envolve cenários em Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>,<br />

Emergência e algumas especialida<strong>de</strong>s. Aformação e capacitação <strong>de</strong> preceptores são discutidas em 2 trabalhos. Um mo<strong>de</strong>lo para capacitação<br />

pedagógica foi proposto em um estudo. Conclusões: Os conceitos preceptor/preceptoria i<strong>de</strong>ntificados reuniram as características<br />

<strong>de</strong>scritas por BOTTI e REGO e estão sendo progressivamente discutidos nos <strong>COBEM</strong>. A maioria dos trabalhos <strong>de</strong>screve relatos <strong>de</strong><br />

experiências em estágio prático sob coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> preceptores, levantam problemas e <strong>de</strong>safios. Ressaltam como atributos: compromisso<br />

com aprendizagem, conhecimento do seu papel como formador e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incentivar o aluno para aprendizagem, mas a<br />

capacitação para exercer as tarefas atribuídas ainda é pouco estudada.<br />

O Papel do Psicólogo como Facilitador do Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento Docente da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora<br />

Teixeira, LS4 Aguilar-da-Silva, RH5 Farah, BF4 Pereira, SRM4 Introdução: O programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento docente é o responsável pela capacitação focalizando a construção <strong>de</strong> instrumentos<br />

pedagógicos e <strong>de</strong> uma cultura reflexiva que possibilite a releitura <strong>de</strong> suas concepções e práticas profissionais. Intenciona ainda a<br />

<strong>de</strong>sconstrução <strong>de</strong> representações internas advindas do mo<strong>de</strong>lo biologicista pela confrontação <strong>de</strong> sua a<strong>de</strong>quação à realida<strong>de</strong> do mundo<br />

do trabalho e à elaboração <strong>de</strong> novas práticas pedagógicas que visam assegurar a integralida<strong>de</strong> do cuidado. É coor<strong>de</strong>nado por um psicólogo<br />

especialista em psicopedagogia, um médico com experiência em métodos ativos <strong>de</strong> ensino/aprendizagem, ambos docentes da<br />

instituição e uma assessoria pedagógica externa. Utiliza-se da teoria e da prática como dois referenciais: a teoria <strong>de</strong> grupos operativos<br />

<strong>de</strong> Pichon Revière e o método ativo <strong>de</strong> ensino aprendizagem da problematização (Bor<strong>de</strong>nave & Pereira, 1991). Objetivos: Apresentar o<br />

trabalho do programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento docente da faculda<strong>de</strong>, utilizando os referenciais teóricos e o perfil dos docentes; discutir os<br />

3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Núcleo <strong>de</strong> Tecnologia Educacional para a Saú<strong>de</strong>, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil<br />

4 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciência Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

5 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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elementos surgidos das reflexões críticas do grupo, ressaltando o papel do psicólogo como mediador <strong>de</strong>sse processo. Métodos:Através<br />

da observação participante foi possível acompanhar, registrar e avaliar o trabalho <strong>de</strong> capacitação. Foram 18 meses e os encontros eram<br />

semanais. As avaliações foram realizadas por outros docentes, através <strong>de</strong> grupos focais. Resultados: A experiência tem se mostrado<br />

muito enriquecedora para todos, mas exige muita <strong>de</strong>dicação. Vários tipos <strong>de</strong> resistências têm surgido e a maior dificulda<strong>de</strong> é que a tarefa<br />

a ser realizada está condicionada ao tempo real e o tempo do grupo obe<strong>de</strong>ce a outras leis. Conclusões: Acolaboração do psicólogo na<br />

educação permanente po<strong>de</strong> ser um diferencial no manejo das situações que emergem nos processos grupais. Aconstrução e a manutenção<br />

do vínculo frente a um objetivo comum é um <strong>de</strong>safio a ser perseguido, pois fortalece o sentimento <strong>de</strong> pertencimento e <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

que passa a ser do grupo e não das pessoas isoladamente.<br />

Docência em Saú<strong>de</strong>: Apren<strong>de</strong>ndo com a Literatura<br />

Batista, SH 6<br />

Batista, NA 6<br />

Seiffert, O 6<br />

Ruiz-Moreno, L 6<br />

Yashamiro, C 6<br />

Abdalla, YG 6<br />

Introdução: no âmbito do projeto “Docência, inovação curricular e formação: da produção científica nacional (1997-2007) a propostas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento docente em saú<strong>de</strong>”, realiza-se uma análise documental em periódicos nacionais, tendo como um dos objetivos<br />

analisar artigos publicados em periódicos nacionais que abor<strong>de</strong>m a temática docência universitária e inovações curriculares em saú<strong>de</strong><br />

nos cursos <strong>de</strong> graduação, no período <strong>de</strong> 1997 a 2007. Objetivo: caracterizar os artigos i<strong>de</strong>ntificados no eixo “docência: concepções e<br />

práticas” . Metodologia: a partir da utilização das bases Scielo e Lilacs, foram capturados 98 artigos nos 11 periódicos selecionados, utilizando-se<br />

como <strong>de</strong>scritores, docencia, sau<strong>de</strong>, formacao docente, <strong>de</strong>senvovlimento docente. Resultados e discussão: a publicação centra-se<br />

nos anos <strong>de</strong> 2002 a 2007. Os artigos trazem como autores pesquisadores, principalmente, da região su<strong>de</strong>ste do país, com significativa<br />

incidência <strong>de</strong> estudos no campo do ensino Médico e do ensino em Enfermagem. Um achado importante refere-se à natureza qualitativa<br />

dos estudos. No âmbito das temáticas emergiram: ensino <strong>de</strong> graduação em saú<strong>de</strong> e as DCNs, mudanças <strong>de</strong> cenário <strong>de</strong> ensino-aprendizagem,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento docente, metodologias ativas <strong>de</strong> aprendizagem e avaliação. Conclusão: Os dados analisados permitem<br />

reconhecer o campo da docência em saú<strong>de</strong> como um campo temático significativo, trazendo enfoques a serem <strong>de</strong>scortinados e<br />

<strong>de</strong>mandando uma interface consistente entre educação e saú<strong>de</strong> para a compreensão dos processos <strong>de</strong> constituição da docência em cursos<br />

superiores da área da saú<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong> uma perspectiva complexida<strong>de</strong> e multireferenciada.<br />

Relevância da Revista <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Educação Médica como Periódico <strong>de</strong> Publicações<br />

Científicas Originais<br />

Athay<strong>de</strong>, GAT7 Leite, DRC7 Leal, RS7 Sousa, TTS7 Sousa-Muñoz, RL7 Introdução: Publicada há mais <strong>de</strong> 30 anos, a Revista <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Educação Médica (RBEM) tem nível Qualis Nacional A. Sua<br />

missão é a <strong>de</strong> publicar <strong>de</strong>bates, análises e resultados <strong>de</strong> pesquisas sobre temas relevantes para a Educação Médica. Interroga-se qual seria<br />

sua dimensão como periódico <strong>de</strong> publicações científicas, consi<strong>de</strong>rando-se que o número médio i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> artigos para a área da saú<strong>de</strong><br />

é em média <strong>de</strong> 15 por fascículo, 60 por ano e que artigos originais e/ou <strong>de</strong> revisão sistemática <strong>de</strong>vem correspon<strong>de</strong>r a, no mínimo, 50%<br />

dos trabalhos. Objetivos: Avaliar o número e os tipos <strong>de</strong> artigos publicados pela RBEM no período <strong>de</strong> 2000 a 2008 Métodos:Pesquisa<br />

documental com revisão dos artigos publicados pela RBEM no referido período. Consi<strong>de</strong>rou-se como artigo original a publicação com<br />

resultados primários <strong>de</strong> pesquisa científica. Resultados: Entre janeiro <strong>de</strong> 2000 e <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008, publicaram-se 330 artigos em 30 fascículos<br />

(média <strong>de</strong> 11 por edição). O número <strong>de</strong> artigos por ano variou <strong>de</strong> 28 a 61, com média <strong>de</strong> 36,7. Artigos originais representaram<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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15,7% das publicações. Os artigos mais frequentes foram revisões narrativas com 84 (25,4%), seguidas por relatos <strong>de</strong> experiência (55/<br />

16,7%), resumos <strong>de</strong> teses (39/11,8%), estudos <strong>de</strong>scritivos (36/10,9%), revisões sistemáticas (17/5,1%), pesquisa-ação (5/1,5%), relato <strong>de</strong><br />

caso (4/1,9%), estudo <strong>de</strong> coorte (3/0,9%), estudos caso-controle (3/0,9%), meta-análise (1/ 0,3%) e experimental (1/0,3%). Conclusão:<br />

De acordo com os critérios adotados, a RBEM apresentou nos últimos oito anos uma produção científica menor que a consi<strong>de</strong>rada i<strong>de</strong>al<br />

para periódicos <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>ra-se que estudos com maior aprofundamento <strong>de</strong>vem ser realizados levando em consi<strong>de</strong>ração<br />

mérito científico. Pesquisas <strong>de</strong>ssa natureza são relevantes por possibilitarem o <strong>de</strong>senvolvimento da área e indicar lacunas, contribuindo<br />

assim para a disseminação e a qualida<strong>de</strong> do conhecimento em educação médica.<br />

“Saú<strong>de</strong> e Espiritualida<strong>de</strong>: Concepções dos Docentes que Utilizam Metodologia ABP”<br />

Bueno, FF8 Evangelista, JL8 Boin, AC8 Introdução: Observa-se um crescente interesse científico com relação à implicação da espiritualida<strong>de</strong> na saú<strong>de</strong>, trazendo à tona<br />

a discussão da abordagem <strong>de</strong>sse tema na práxis da educação médica, <strong>de</strong>formaaprepararosestudantesamelhoraten<strong>de</strong>ràsnecessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> seus pacientes <strong>de</strong> forma integral. No Brasil, ainda não existem estudos em faculda<strong>de</strong>s que adotam metodologias ativas envolvendo<br />

essa temática. Objetivos:O estudo visa conhecer e <strong>de</strong>screver o perfil das concepções, dificulda<strong>de</strong>s, habilida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>mandas específicas<br />

que os docentes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília (Famema), apresentam em relação ao tema saú<strong>de</strong> e espiritualida<strong>de</strong>. Métodos:Foi<br />

realizado um estudo transversal prospectivo sendo aplicado um questionário contendo 12 questões objetivas aos docentes da<br />

Famema. Os dados foram analisados no EPIINFO. Resultados:Foram respondidos 47 questionários. Quando questionados se as crenças<br />

espirituais fazem parte da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do paciente, 84,3% dos docentes escolheram a opção bastante ou muitíssimo, contrastando<br />

com os 2% que respon<strong>de</strong>ram nem um pouco. Além disso, 61,5% consi<strong>de</strong>ram que as crenças religiosas ou espirituais dos pacientes<br />

inflenciam positiva e negativamente no enfrentamento da doença, enquanto apenas 1,9% acredita não haver influência das crenças.<br />

57,7% dizem abordar bastante ou mais ou menos os temas saú<strong>de</strong> e espiritualida<strong>de</strong> com os discentes, enquanto 35,3% acreditam não<br />

estarem nem um pouco preparados para capacitar os acadêmicos nos temas relacionados a crenças religiosas ou espirituais, embora<br />

70% dos docentes consi<strong>de</strong>rem importante que o estudante seja preparado para discutir tais temas. Conclusões:Demodogeral,osdocentes<br />

reconhecem como importante a abordagem com os acadêmicos <strong>de</strong> temas envolvendo saú<strong>de</strong> e espiritualida<strong>de</strong>, sendo que parcela<br />

significativa refere já fazer essa abordagem. Infere-se assim maior necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capacitação docente nos temas envolvendo saú<strong>de</strong> e<br />

espiritualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> modo que possam incentivar os estudantes do método ABP a refletir sobre a importância da abordagem <strong>de</strong>sse tema<br />

na elaboração das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dos pacientes.<br />

Educação Permanente <strong>de</strong> Gestores da Prefeitura <strong>de</strong> Sorocaba Utilizando a Aprendizagem<br />

Baseada em Problemas (ABP)<br />

Polimeno, NC 9<br />

Marsiglia, RMG 9<br />

Sampaio, LFN 9<br />

Pinho, LMG 10<br />

Guimarães, AC 10<br />

Guerreiro, JM 10<br />

Introdução: Como parte do acordado no PRÓ-SAÚDE a Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo – Campus <strong>de</strong> Sorocaba<br />

(PUC-Sorocaba), em parceria com a Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Sorocaba (SSPMS) pactuaram a necessida<strong>de</strong> da<br />

educação permanente dos gestores municipais. Métodos: Inicialmente todos os gestores da SSPMS foram convidados para uma reunião,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> aqueles que atuam a nível central bem como aqueles que trabalham junto á população, seja em unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

8 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

9 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

10 Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sorocaba, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

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ou programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família. Os participantes se reuniram em quatro grupos nos quais os integrantes pu<strong>de</strong>ram apontar suas necessida<strong>de</strong>s<br />

educacionais. Aprodução dos grupos foi sistematizada por uma equipe menor composta por um representante <strong>de</strong> cada um dos<br />

grupos originais, três representantes da SSPMS e dois coor<strong>de</strong>nadores da PUC-Sorocaba e separados conforme sua categoria em: conhecimentos,<br />

habilida<strong>de</strong>s, atitu<strong>de</strong>s e relacionamento interpessoal. Finalmente formatou-se o curso em quatro módulos, dois se <strong>de</strong>senvolveriam<br />

com a estratégia da ABP e dois com a problematização. Resultados: Apresentamos aqui os resultados do módulo I, que utilizou<br />

a ABP e os gestores participantes foram distribuídos em cinco grupos que tiveram cada um <strong>de</strong>les um docente da PUC-Sorocaba, habilitado<br />

e com experiência, como tutor. O curso se <strong>de</strong>senvolveu entre os meses <strong>de</strong> outubro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008. Discutiram-se nos grupos<br />

seis problemas cuja temática foi extraída, principalmente do pacto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do município e <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s do cotidiano das unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> encontradas nas atas <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong>sses gestores em 2008. Conclusões: Aanálise do questionário respondido pelos gestores e<br />

tutores, evi<strong>de</strong>ncia que a estratégia da ABP se presta à educação permanente <strong>de</strong> adultos, pois <strong>de</strong>u conta <strong>de</strong> aprofundar a discussão e o<br />

aprendizado <strong>de</strong> como resolver diversos pontos críticos da saú<strong>de</strong> do município.<br />

Docência em Saú<strong>de</strong> E a Produção Científica Nacional (2000 a 2007): um Estudo<br />

Documental<br />

Abdalla, IG 11<br />

Batista, SHSS 11<br />

Sonzogno, MC 11<br />

Seiffert, O 11<br />

Ruiz-Moreno, L 11<br />

Introdução: Este trabalho inscreve-se no âmbito do projeto “Docência, inovação curricular e formação: da produção científica<br />

nacional (1997-2007) a propostas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento docente em saú<strong>de</strong>” (CNPq). Assume-se que a docência em saú<strong>de</strong> articula teoria e<br />

prática, mediando a construção <strong>de</strong> saberes na interface <strong>de</strong> duas complexas e abrangentes práticas sociais - a Saú<strong>de</strong> e a Educação. Parte-se<br />

<strong>de</strong> uma concepção <strong>de</strong> docência que imbrica os processos <strong>de</strong> produção, construção e apropriação <strong>de</strong> conhecimentos numa perspectiva<br />

histórico social, consi<strong>de</strong>rando os condicionantes culturais e políticos do processo do adoecer implicados na assistência, compreen<strong>de</strong>ndo<br />

esta como prática social que revela as complexas relações presentes no cuidado à saú<strong>de</strong>. Como a produção científica nacional tem<br />

abordado e investigado sobre a docência em saú<strong>de</strong>? Esta questão orientou a construção da pesquisa em foco. Objetivo: I<strong>de</strong>ntificar e caracterizar<br />

artigos publicados em periódicos nacionais que abor<strong>de</strong>m a temática docência em saú<strong>de</strong> nos cursos <strong>de</strong> graduação, no período<br />

<strong>de</strong> 1997 a 2007. Metodologia: O processo <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados envolveu localização dos artigos através dos i<strong>de</strong>ntificadores <strong>de</strong> assunto docência,<br />

formação, saú<strong>de</strong>, em 11 periódicos nacionais que estão in<strong>de</strong>xados nas bases <strong>de</strong> dados LILACS e SciELO. Resultados:Mapeou-se<br />

88 artigos publicados em 10 periódicos. A produção <strong>de</strong> publicações centra-se nos anos <strong>de</strong> 2002 a 2007. As temáticas abordadas foram:<br />

Trabalho docente em saú<strong>de</strong> e as Diretrizes Curriculares Nacionais, mudanças da postura do professor frente ao cenário <strong>de</strong> ensino e<br />

aprendizagem, <strong>de</strong>senvolvimento docente e metodologias ativas <strong>de</strong> aprendizagem. Discussão e Conclusões: Os dados analisados permitem<br />

reconhecer o campo da docência em saú<strong>de</strong> como um campo temático significativo, trazendo enfoques a serem <strong>de</strong>scortinados e<br />

<strong>de</strong>mandando uma interface consistente entre educação e saú<strong>de</strong> para a compreensão dos processos <strong>de</strong> constituição da docência em<br />

cursos superiores da área da saú<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong> uma perspectiva <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> e multireferenciada.<br />

11 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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TEMA: AVALIAÇÃO DO CURSO E DA ESCOLA MÉDICA<br />

Programa Nacional <strong>de</strong> Incentivo a Mudanças Curriculares no Curso <strong>de</strong> Medicina: a<br />

Experiência da UFG<br />

Veloso, TCMA 1<br />

Introdução: Integrando a Linha <strong>de</strong> Pesquisa Estado e Política Educacional, do Programa <strong>de</strong> Pós Graduação em Educação da<br />

UFG, este estudo tem como objeto a Política <strong>de</strong> Reorientação da GraduaçãonaÁreadaSaú<strong>de</strong>,dosMinistériosdaSaú<strong>de</strong>edaEducação,<br />

com enfoque no Programa Nacional <strong>de</strong> Incentivo a Mudanças Curriculares no Curso <strong>de</strong> Medicina (PROMED), buscando analisar os resultados<br />

do programa no curso <strong>de</strong> Medicina da UFG. Método:Apesquisa,dotipoestudo<strong>de</strong>caso,trabalhoucomométododoconhecimento<br />

praxiológico, o conceito <strong>de</strong> campo e <strong>de</strong> habitus <strong>de</strong> Pierre Bourdieu como referencial <strong>de</strong> análise na organização e compreensão dos<br />

dados, obtidos <strong>de</strong> fontes documentais e <strong>de</strong> entrevistas semi-estruturadas, com participantes do PROMED. Resultados:Sobreaimplementação<br />

do Programa na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, po<strong>de</strong>ríamos indicar que o habitus da formação do médico se manifesta por meio da<br />

resistência <strong>de</strong> parte <strong>de</strong> seu corpo docente para o processo <strong>de</strong> transformação da formação médica, <strong>de</strong>terminantes para que a Faculda<strong>de</strong><br />

em alguns eixos/vetores do programa consiga inovar e em outros apenas realizar mudanças. Enfatiza a formação pedagógica do corpo<br />

docente e <strong>de</strong> tutores da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntre as estratégias do Programa reconhecendo a importante participação <strong>de</strong>sses agentes<br />

no processo <strong>de</strong> mudança na formação <strong>de</strong> seus graduados. Conclusão: A conclusão aponta a transformação na formação médica<br />

como um processo que, mesmo já oportunizada a indução <strong>de</strong> mudanças na graduação e promovida a discussão da responsabilida<strong>de</strong><br />

institucional frente às Políticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, transcen<strong>de</strong> a vigência do PROMED.<br />

A Participação do Docente <strong>de</strong> Medicina em Reestruturações Curriculares<br />

Silva, ALB 2<br />

Garcia, MAA 2<br />

Introdução: Espera-se que o professor seja um mediador, ouça, dialogue e instigue a reflexão por parte do discente, superando a<br />

transmissão <strong>de</strong> informações. As instituições <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>vem avaliar a eficácia <strong>de</strong> seus programas, instituir “escutas” das práticas <strong>de</strong>senvolvidas<br />

e investir numa formação sólida e crítica. Objetivos: Realizar a <strong>de</strong>scrição do perfil dos docentes, abordar suas expectativas<br />

referentes ao Projeto Pedagógico (PP) e à formação médica, fomentar a discussão acerca da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças no fazer pedagógico,<br />

estimular a participação na reorientação curricular, visando à expansão do ensino no e para o SUS. Métodos: Instrumentos<br />

semi-estruturados, distribuídos ao universo <strong>de</strong> 138 docentes, por meio <strong>de</strong> diferentes estratégias: pessoalmente, encaminhamento <strong>de</strong><br />

mensagem eletrônica e disponibilização nos escaninhos, obtendo-se resposta <strong>de</strong> 72 indivíduos. Tabulação e análise quantitativa através<br />

do Excel e SPSS, categorização e análise qualitativa das respostas abertas. Resultados: Apesar das dificulda<strong>de</strong>s relativas ao vínculo precário<br />

e <strong>de</strong>dicação parcial à escola e falta <strong>de</strong> uma estrutura organizacional substitutiva aos <strong>de</strong>partamentos inexistentes, a maioria dos docentes<br />

mostrou-se: aberta aos <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> uma reforma curricular estrutural, participante <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino regulares, extracurriculares,<br />

administrativas, <strong>de</strong> pesquisa e extensão. Denotou-se a maturida<strong>de</strong> do corpo docente em respon<strong>de</strong>r à complexida<strong>de</strong> da docência<br />

no nível superior, pela multiplicida<strong>de</strong> e diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino e a atuação em diversos períodos e cenários, que pressupõe<br />

um <strong>de</strong>terminado perfil <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e formação. Conclusões: Aa<strong>de</strong>são parcial dos docentes <strong>de</strong> medicina às reformas curriculares<br />

e pesquisas correlatas tem sido recorrente e explicada pela não profissionalização da função docente, o <strong>de</strong>sinteresse, temores,<br />

insegurança, corporativismo, resistências e outras questões que merecem reflexões. Reformas implicam em novos e profundos<br />

<strong>de</strong>safios. É preciso exercitar a reflexão sobre a prática, para que esta seja uma referência para interpelação e transformação das formas<br />

tradicionais <strong>de</strong> conceber as práticas e o ensino em saú<strong>de</strong>.<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia,GO, Brasil.<br />

2 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

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Potencialida<strong>de</strong>s e Fragilida<strong>de</strong>s das Avaliações <strong>de</strong> Curso<br />

Garcia, MAA 3<br />

Norato, DYJ 3<br />

Gonçalves, ML 3<br />

Simões Neto, J 3<br />

Introdução: Com a implantação do novo currículo do Curso Médico em 2001 fez-se necessária a introdução <strong>de</strong> uma avaliação<br />

unificada que contemplasse a integração entre disciplinas e o aprimoramento do ensino-aprendizagem e, mais especificamente, a introdução<br />

<strong>de</strong> metodologias ativas. Objetivos: Analisar os resultados dos questionários aplicados <strong>de</strong> 2001 a 2007 quanto as potencialida<strong>de</strong> e<br />

fragilida<strong>de</strong>s dos instrumentos e estratégias, aprimorando-os e revendo-os para a realização do PROAVI – Programa <strong>de</strong> Auto-avaliação<br />

Institucional. Métodos: VisandoaocumprindodosobjetivosdoPRÓ-SAÚDEnotocante aos eixos orientação teórica e pedagógica,<br />

proce<strong>de</strong>u-se ao estudo dos resultados dos questionários <strong>de</strong>senvolvidos para cada disciplina do 1º ao 12º períodos, quanto aos objetivos,<br />

conteúdos e habilida<strong>de</strong>s; avaliação das metodologias; auto-avaliação dos estudantes e avaliação <strong>de</strong> cada docente e condições <strong>de</strong> ensino.<br />

Analisou-se as informações quantitativas por meio <strong>de</strong> quartis e medianas, e as observações abertas, por meio <strong>de</strong> análise qualitativa. Resultados<br />

Simulando os resultados da avaliação dos docentes <strong>de</strong> duas disciplinas, A e B, respeitando o sigilo das informações, po<strong>de</strong>-se<br />

observar que a Disciplina B, foi sempre bem avaliada (mediana mínima <strong>de</strong> 4) e a Disciplina Aapresentou mudanças <strong>de</strong> um ano a outro,<br />

tendo-se em 2001 medianas <strong>de</strong> 1 e 2, com melhora significativa nos anos <strong>de</strong> 2002 e 2003 (medianas <strong>de</strong> 4 e 5) e oscilações nos anos seguintes,<br />

o que i<strong>de</strong>ntifica a substituição <strong>de</strong> docentes nestes períodos. Quanto às avaliações do 4º ano, observou-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se reverem<br />

as competências <strong>de</strong> todos os períodos, exigindo a educação permanente dos docentes, como também a remo<strong>de</strong>lação dos cenários<br />

<strong>de</strong> ensino. Conclusões Tomados os <strong>de</strong>vidos cuidados éticos, este estudo respon<strong>de</strong> aos anseios do curso no aprimoramento do Projeto<br />

Pedagógico enquanto movimento dialético que exige a avaliação contínua da realida<strong>de</strong> e dos múltiplos contextos que o constituem e<br />

implica num trabalho coletivo <strong>de</strong> todos os envolvidos.<br />

Estresse Ocupacional e Desequilíbrio Esforço/Recompensa em Professores <strong>de</strong> uma<br />

Faculda<strong>de</strong> Pública <strong>de</strong> Medicina: dados Preliminares<br />

Aranha, FC 4<br />

Caputo, VG 4<br />

Na<strong>de</strong>r, SN 4<br />

Nogueira-Martins, LA 5<br />

Introdução: O estresse ocupacional está associado a fatores relacionados tanto a ativida<strong>de</strong> ocupacional como a predisposição<br />

individual, po<strong>de</strong>ndo afetar a saú<strong>de</strong> física e mental dos profissionais. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar a existência <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrio entre esforço e<br />

recompensa no trabalho em professores <strong>de</strong> uma faculda<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> Medicina e <strong>de</strong>screver o perfil epi<strong>de</strong>miológico da amostra; Conhecer<br />

o campo <strong>de</strong> pesquisa (relacionado a amostra, aos instrumentos utilizados e aos procedimentos <strong>de</strong> coleta), para ampliação <strong>de</strong>ste primeiro<br />

estudo exploratório. Método: Estudo piloto transversal com 23 professores (total <strong>de</strong> 270), selecionados aleatoriamente. Foram<br />

utilizados dois instrumentos: 1) Questionário sócio <strong>de</strong>mográfico; 2) Versão brasileira do Effort Reward Imbalance (ERI), que analisa a<br />

prevalência <strong>de</strong> alto esforço e baixa recompensa no trabalho, pontuando o supercomprometimento por meio da soma <strong>de</strong> 04 sub-escalas:<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprovação; competitivida<strong>de</strong>; irritabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sproporcional; incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligar-se do trabalho. Pontuação acima<br />

<strong>de</strong> 19 caracteriza risco <strong>de</strong> estresse ocupacional. Resultados: Dentre os 23 pesquisados, 04 (17,6%) apresentaram <strong>de</strong>sequilíbrio entre esforço<br />

e recompensa no trabalho, com o seguinte perfil socio-ocupacional: todos eram casados; 03 eram homens; 03 estavam na faixa etária<br />

<strong>de</strong> 41-55 anos; 03 com <strong>de</strong>dicação integral; 03 com tempo <strong>de</strong> serviçoentre11e15anos.Meta<strong>de</strong>daamostratinha<strong>de</strong>04a05<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />

trabalhava em 04 locais diferentes e realizava plantões noturnos e qualificou suas condições <strong>de</strong> trabalho como pouco satisfatórias.<br />

Não foi i<strong>de</strong>ntificado risco <strong>de</strong> estresse ocupacional pelo escore obtido nas soma das sub-escalas. Discussão: Mesmo com 17,4% dos pro-<br />

3 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

4 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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fessores apresentando <strong>de</strong>sequilíbrio entre esforço e recompensa no trabalho, não foram i<strong>de</strong>ntificados índices para estresse ocupacional,<br />

o que po<strong>de</strong> estar associado ao pequeno número <strong>de</strong> professores estudados nesse primeiro momento. Conclusões: Oestudofoi<br />

importante como etapa prévia, mostrando sua viabilida<strong>de</strong> em campo para ampliação e execução da pesquisa com a população total <strong>de</strong><br />

professores da instituição, já em andamento.<br />

Avaliação do Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco: as Vozes dos<br />

Estudantes<br />

Torres, IHB 6<br />

Coutinho Neto, OB 6<br />

Dias, MLCM 6<br />

Brasileiro, MC 6<br />

Nascimento, AML 6<br />

Pessoa, MSV 6<br />

Introdução: a avaliação periódica do curso na percepção discente é muito importante para analisar o impacto do projeto político<br />

pedagógico implantado na reforma curricular, em 2003, na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, na formação do estudante, potencial<br />

agente estimulador <strong>de</strong> mudanças, para melhoria do curso e <strong>de</strong> sua formação. Objetivo: avaliar o curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco a partir da percepção dos estudantes e, o potencial <strong>de</strong>sta avaliação para o processo <strong>de</strong> transformação curricular.<br />

Métodos: relato <strong>de</strong> experiência dos resultados obtidos na avaliação do curso. Foi elaborado e aplicado um questionário semiestruturado<br />

aos estudantes, respondido <strong>de</strong> forma espontânea e anônima, do primeiro ao oitavo períodos dos doze períodos do curso <strong>de</strong><br />

Medicina, no final do segundo semestre letivo <strong>de</strong> 2008, enfocando o conhecimento do projeto pedagógico e <strong>de</strong>senvolvimento do curso<br />

(11 indicadores), <strong>de</strong>sempenho dos docentes (14 indicadores), análise dos módulos e áreas <strong>de</strong> conhecimento (11 indicadores) e, condições<br />

<strong>de</strong> infraestrutura disponibilizada para o ensino (11 indicadores). Em uma questão aberta os estudantes <strong>de</strong>ram sugestões para solucionar<br />

os problemas i<strong>de</strong>ntificados. Resultados: O questionário foi respondido por 496 (88,2%) dos estudantes, entre o primeiro e oitavo<br />

períodos, com uma variação <strong>de</strong> 71,6% a 100% entre os períodos. O gran<strong>de</strong> interesse <strong>de</strong>spertado pelos resultados da avaliação entre docentes<br />

e estudantes motivou um fórum <strong>de</strong> discussão no qual foram i<strong>de</strong>ntificados os problemas mais relevantes do curso e, elaboradas<br />

propostas <strong>de</strong> intervenção pensando a integração do curso. Conclusões: a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior integração entre módulos e áreas <strong>de</strong> conhecimento<br />

e, no processo <strong>de</strong> avaliação do estudante foi i<strong>de</strong>ntificada como nós críticos que dificultavam garantir a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atuação<br />

do médico egresso do curso. A avaliação propiciou maior aproximação <strong>de</strong> professores e estudantes assim como a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

boa qualificação pedagógica dos docentes e integração entre os mesmos.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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Projeto <strong>de</strong> Avaliação e Acompanhamento das Mudanças nos Cursos De Graduação da Área <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> da Caem/Abem: Temáticas I<strong>de</strong>ntificadas na Avaliação Qualitativa das Escolas<br />

Lampert, JB 7<br />

Aguilar-da-Silva, RH 8<br />

Costa, NMSC 9<br />

Abdalla, IG 10<br />

Stella, RR 7<br />

Perim, GL 11<br />

Introdução: O Projeto <strong>de</strong> Avaliação e acompanhamento das mudanças nos cursos <strong>de</strong> graduação da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da<br />

CAEM/ABEM é circunstanciado pelo Sistema Nacional <strong>de</strong> Avaliação da Educação Superior e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.<br />

Iniciado em 2006 obteve financiamento do Ministério da Saú<strong>de</strong> e conta com 55 escolas que a<strong>de</strong>riram ao Projeto. Além da medicina, conta<br />

com cursos <strong>de</strong> enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição e odontologia. Busca proporcionar que cada escola realize um exercício<br />

<strong>de</strong> visualizar sua unida<strong>de</strong>, compreen<strong>de</strong>r e acompanhar o conjunto <strong>de</strong> ações para as mudanças curriculares. Desenvolvido em três momentos,<br />

visa auxiliar a escola na construção <strong>de</strong> processo auto-avaliativo <strong>de</strong> caráter contínuo, participativo e construtivo. Este estudo<br />

propõe uma investigação avaliativa por triangulação <strong>de</strong> métodos que consiste em um <strong>de</strong>sdobramento metodológico e prático que busca<br />

combinar e cruzar múltiplos pontos <strong>de</strong> vista, em tarefa conjunta <strong>de</strong> pesquisadores com formação diferenciada. Objetivo: Apresentar<br />

temáticas i<strong>de</strong>ntificadas na avaliação qualitativa das escolas. Método: No terceiro momento do Projeto, professores visitantes em dupla<br />

cumpriram uma agenda <strong>de</strong> pesquisadores qualitativos em vinte escolas. Fizeram uma observação planejada e informal, realizaram reuniões<br />

com vários atores, grupos focais, entrevistas individuais e visitas aos cenários <strong>de</strong> prática encaminhando relatórios e gravações.<br />

Com leitura <strong>de</strong> todos os registros da visita e da transcrição das gravações dos grupos focais os pesquisadores buscam compreensão global<br />

e i<strong>de</strong>ntificam núcleos <strong>de</strong> sentido e as temáticas, em torno das quais os dados são analisados e discutidos. Resultados: Mostram as<br />

temáticas para foco <strong>de</strong> atenção institucional <strong>de</strong> cada escola e conjunto. Conclusões: Avisita in loco possibilitou uma integração objetiva<br />

no processo <strong>de</strong> pesquisa incluindo observadores participantes que em interação com a escola lançam um olhar externo diferenciado.<br />

Análise Crítica do Processo <strong>de</strong> Revalidação do Diploma Médico Estrangeiro na<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará<br />

Brasil, LMBF 12<br />

Monteiro, MRCC 12<br />

Bahia, SHA 12<br />

Rodrigues, SMS 12<br />

Moreira, SFS 12<br />

Introdução: o Brasil estabeleceu suas diretrizes curriculares para os cursos <strong>de</strong> medicina, mas não há ainda uma regulamentação para<br />

a revalidação do diploma médico estrangeiro (RDME) obtido em instituição <strong>de</strong> ensino estrangeira, ficando a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>sses critérios ao encargo<br />

<strong>de</strong> cada escola médica. Objetivos: consi<strong>de</strong>rando a necessida<strong>de</strong> urgente que o país tem em estabelecer critérios, em nível nacional, para<br />

a RDME, objetivou-se neste relato fazer uma análise crítica do processo <strong>de</strong> revalidação, na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina (FM) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

do Pará (UFPA). Métodos: antes <strong>de</strong> ser encaminhado à comissão <strong>de</strong> revalidação da FM, o Centro <strong>de</strong> Registro e Indicadores Acadêmicos<br />

da UFPAfez uma análise documental <strong>de</strong> cada processo (452), e somente aqueles que estavam com a documentação completa foram encaminhados<br />

à comissão (332). Todas as informações incluídas neste relato foram retiradas dos pareceres emitidos pela comissão <strong>de</strong> RDME da FM<br />

da UFPAanalisados no período <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007 a fevereiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Resultados: a falta <strong>de</strong> controle nacional do processo <strong>de</strong> RDME pos-<br />

7 <strong>Associação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Educação Médica, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

8 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília. SP, Brasil.<br />

9 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, SP, Brasil.<br />

11 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

12 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém. PA, Brasil.<br />

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sibilita ao candidato inscrever-se em vários locais, aumentando, assim a <strong>de</strong>manda nas escolas, que já convivem com escassez <strong>de</strong> recursos humanos.<br />

Em algumas instituições estrangeiras, os cursos possuem diretrizes, conteúdos e cargas horárias bastante diversificadas, itens muitas<br />

vezes distantes das diretrizes curriculares nacionais para os cursos <strong>de</strong> medicina. Há escolas médicas com carga horária extensa <strong>de</strong> ensino religioso.<br />

Conclusões: consi<strong>de</strong>rando as divergências expressivas encontradas entre os currículos das diversas escolas médicas, urge que os Ministérios<br />

da Saú<strong>de</strong> e Educação, em parceria com as universida<strong>de</strong>s públicas brasileiras e entida<strong>de</strong>s representativas da categoria estabeleçam<br />

normas para a revalidação dos diplomas estrangeiros <strong>de</strong> médico.<br />

Avaliação dos Três Primeiros Anos do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina <strong>de</strong> Botucatu/UNESP: Visão Discente<br />

Venditti, VC13 Hamamoto Filho, PT13 Comes, GT13 Abe, EHS13 Oliveira, CC13 Peraçoli, JC13 Introdução: Aopinião <strong>de</strong> estudantes, participantes ativos do processo formativo, po<strong>de</strong> fornecer informações sobre falhas curriculares<br />

e apontar possíveis correções. Objetivos: Avaliar os três primeiros anos do curso <strong>de</strong> graduação em medicina da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina <strong>de</strong> Botucatu/Unesp (FMB/Unesp) sob o ponto <strong>de</strong> vista discente. Metodologia: O Núcleo Acadêmico <strong>de</strong> Pesquisa em Educação<br />

Médica realizou estudo prospectivo observacional transversal, por meio <strong>de</strong> questionário quanti-qualitativo aplicado aos alunos<br />

dos três primeiros anos do curso <strong>de</strong> medicina da FMB/Unesp. O questionário abordava em cada disciplina dos referidos anos: esclarecimento<br />

sobre seus objetivos, existência <strong>de</strong> integração teórico-prática, orientação do conteúdo para a formação do médico geral, coerência<br />

da avaliação com o conteúdo, relação professor-aluno, ativida<strong>de</strong>s e módulos, pontos fracos e fortes e sugestões para melhoria. Resultados:<br />

Ataxa <strong>de</strong> respostas foi <strong>de</strong> 69%. Os alunos referem receber as informações sobre os objetivos e conteúdos das disciplinas quando<br />

<strong>de</strong> seu início. Sobre integração entre teoria e prática há disparida<strong>de</strong> entre as disciplinas, observando-se mais respostas afirmativas no<br />

3.o ano (quando há disciplinas <strong>de</strong> Semiologia). Disciplinas práticas ten<strong>de</strong>m a ser melhor avaliadas. Também há disparida<strong>de</strong> no enfoque<br />

<strong>de</strong> algumas disciplinas quanto à formação geral do médico. Em geral, há coerência da avaliação com os conteúdos ministrados. Aavaliação<br />

da relação professor-aluno mostra críticas frequentes a <strong>de</strong>terminados professores. Alguns problemas são comuns a todos os anos<br />

avaliados. Conclusão: A heterogeneida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respostas entre disciplinas e para as mesmas disciplinas po<strong>de</strong> ser explicada por percepções<br />

distintas dos alunos, notadamente quando organizadas em pequenos grupos, sugerindo a <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> tutores/preceptores<br />

para o bom aproveitamento das mesmas. Asatisfação geral com o curso aumenta com o avançar dos anos. Os alunos têm percepções nítidas<br />

sobre os problemas curriculares e sugerem modificações que valorizem a graduação <strong>de</strong>ntro da instituição.<br />

Desenvolvimento <strong>de</strong> Instrumento <strong>de</strong> Avaliação do Docente pelos Discentes do Curso <strong>de</strong><br />

Medicina. Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Marangoni, MA14 Navarro, CM14 Gea, GN14 Pimentel Filho, FR14 Lima, AIAO14 Introdução: Aavaliação institucional <strong>de</strong>ve ser realizada pelos discentes, docentes e funcionários da universida<strong>de</strong>. Usualmente<br />

os discentes costumam ser excluídos do processo <strong>de</strong> avaliação, não colaborando com suas impressões a respeito da qualida<strong>de</strong> docente.<br />

Objetivo: O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é apresentar a experiência e as impressões da universida<strong>de</strong> na elaboração <strong>de</strong> instrumento para avaliação<br />

do docente pelo discente no curso <strong>de</strong> medicina. Metodologia: Houve a criação <strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> estudos para discutir os aspectos relevantes<br />

que <strong>de</strong>veriam ser avaliados pelos discentes quanto à a<strong>de</strong>quada atuação do corpo docente, culminando com o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

13 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu. Botucatu, SP, Brasil.<br />

14 Universida<strong>de</strong> do Oeste Paulista, Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte, SP, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> um instrumento <strong>de</strong> avaliação que foi validado junto aos alunos e aplicado. Resultados: Obteve-se instrumento padrão para avaliação,<br />

no qual os alunos foram orientados a atribuir escores com os seguintes significados: 5 (excelente), 4 (muito bom), 3 (a<strong>de</strong>quado), 2<br />

(abaixo do <strong>de</strong>sejado) e 1 (péssimo). As questões, seguidas <strong>de</strong> pequenas explicações aos alunos, foram: 1- O docente domina a matéria? 2-<br />

Desperta a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r? 3- Tem boa didática? 4- Aborda conteúdo apropriado 5- Mostra habilida<strong>de</strong> em comunicação? 6- Demonstra<br />

compromisso com sua formação profissional? Após, os alunos foram convidados a fazer uma avaliação global entre 0 e 10 para<br />

o professor, a respon<strong>de</strong>r se gostaria <strong>de</strong> ter aulas novamente com o mesmo e a escrever observações livres e espontâneas em espaço reservado.<br />

O instrumento foi aplicado sem dificulda<strong>de</strong>s e rapidamente, o que permitiu o início <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> avaliação no curso <strong>de</strong> medicina,<br />

auxiliou na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria do curso e culminou com a elaboração <strong>de</strong> programa <strong>de</strong> capacitação docente<br />

continuada na instituição. Conclusão: A avaliação dos docentes pelos discentes é prática importante, simples <strong>de</strong> ser realizada e po<strong>de</strong><br />

auxiliar na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria e na indicação <strong>de</strong> aspectos importantes para a capacitação docente, visando à<br />

melhoria da qualida<strong>de</strong> do ensino.<br />

Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong> Educacional da Famema<br />

Francisco, AM 15<br />

Tonhom, SFR 15<br />

Pinheiro, OL 15<br />

Hafner, MLMB 15<br />

Introdução: A segunda série dos Cursos <strong>de</strong> Medicina e Enfermagem busca dar continuida<strong>de</strong> ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> recursos<br />

nas áreas do cuidado individual, cuidado coletivo e <strong>de</strong> gestão dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, na lógica da vigilância em saú<strong>de</strong>, com ênfase na<br />

atenção primária, já iniciados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira série. Sua estrutura é composta pela Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Prática Profissional, Unida<strong>de</strong> Educacional<br />

Sistematizada, Unida<strong>de</strong> Educacional Eletiva e o Laboratório <strong>de</strong> Prática Profissional. Existe uma tentativa <strong>de</strong> articulação das unida<strong>de</strong>s,<br />

por meio <strong>de</strong> tarefas realizadas no cenário da prática e que, também, são discutidas na UES, proporcionando uma reflexão teórica<br />

que subsidiem a UPP/LPP. Objetivos/justificativa: Avaliar as questões <strong>de</strong> aprendizagem (QA) elaboradas pelos grupos <strong>de</strong> tutoria confrontando-as<br />

com a proposta da série. Metodologia: Ametodologia baseou-se na análise da taxonomia <strong>de</strong> Bloom para o domínio cognitivo<br />

e da integração biopsicossocial da totalida<strong>de</strong> das QAelaboradas durante as discussões dos 18 problemas educacionais confrontando<br />

os resultados com a proposta da série no ano <strong>de</strong> 2008. Resultados/Conclusões: De modo geral as QAnos grupos <strong>de</strong> medicina e enfermagem<br />

foram fundamentalmente <strong>de</strong> domínio biológico, prevalecendo questões <strong>de</strong> baixa taxonomia, sendo que em alguns grupos <strong>de</strong><br />

medicina predominaram questões <strong>de</strong> taxonomia mais elevada. Os problemas educacionais do 1º semestre permitiram, na sua maioria,<br />

apenas questões <strong>de</strong> baixa taxonomia, com um problema proporcionando QA<strong>de</strong> taxonomia mais elevada, sendo que esse panorama foi<br />

modificado com os problemas do 2º semestre, os quais já permitiram a elaboração <strong>de</strong> QA<strong>de</strong> taxonomia mais elevada, com cinco problemas.<br />

Essa situação mostra a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estimular e capacitar tutores e estudantes a elaborarem questões com taxonomia mais elevada,<br />

que enfoquem raciocínio e não apenas memória. Tendo em vista o baixo índice <strong>de</strong> questões com enfoque nos domínios psicológicos<br />

e social, a equipe <strong>de</strong> construção da unida<strong>de</strong> também po<strong>de</strong>ria realizar ações para modificar este panorama.<br />

15 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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Curso <strong>de</strong> Medicina da UFT: Envolvimento <strong>de</strong> Alunos e Docentes com uma Proposta<br />

Inovadora <strong>de</strong> Educação Médica<br />

Parreira, BE 16<br />

Fonseca, TMC 16<br />

Coutinho, IHILS 16<br />

Oliveira, NA 16<br />

Introdução: A criação do curso <strong>de</strong> medicina em uma universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral nova, no mais novo estado da fe<strong>de</strong>ração, constitui<br />

oportunida<strong>de</strong> estratégica. Para isso, entretanto, é preciso conhecer, tanto o contexto histórico <strong>de</strong>ssa região e universida<strong>de</strong>, quanto o que<br />

vem acontecendo em termos <strong>de</strong> mudança no processo da formação médica, ora em curso. Sintonizado com a missão da Universida<strong>de</strong>,<br />

que é inserir-se e comprometer-se com o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sse estado e da Amazônia, o projeto pedagógico do curso <strong>de</strong><br />

medicina da mesma contempla a compreensão <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminantes sociais, culturais, éticos, comportamentais, psicológicos, ecológicos e<br />

históricos-legais do processo saú<strong>de</strong>-doença <strong>de</strong>ssa região. Objetivos: Este estudo objetivou levantar e analisar o conhecimento atual <strong>de</strong><br />

alunos e docentes <strong>de</strong>sse curso, sobre seus propósitos, confrontando-o com a idéia prévia que tinham ao chegarem à instituição. Métodos:<br />

Realizamos levantamento bibliográfico e documental, além <strong>de</strong> observação participante, e aplicamos um questionário para alguns<br />

docentes e parte dos alunos, contemplando aspectos característicos da proposta <strong>de</strong>sse curso. Resultados: Dentre os resultados, alunos e<br />

docentes reconhecem o projeto do curso <strong>de</strong> medicina como uma proposta inovadora em aspectos pedagógicos e sócio-políticos; tem<br />

foco na formação <strong>de</strong> um profissional com visão crítica, humanista, diferenciado, que atue em equipe e que se reconheça como médico e<br />

como educador e promotor <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. A concepção anterior da maioria <strong>de</strong>sses alunos e docentes, quando comparada à proposta <strong>de</strong>ste<br />

curso, mostra contun<strong>de</strong>ntes diferenças, principalmente ao que, hoje, ambos conhecem e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m como importante na formação médica.<br />

Conclusões: Uma primeira e importante conclusão é que o <strong>de</strong>senvolvimento do projeto <strong>de</strong>ste curso guarda sintonia com as características<br />

e <strong>de</strong>mandas da saú<strong>de</strong>, dos serviços e da população <strong>de</strong>ssa região, bem como com os esforços <strong>de</strong> mudanças que, em nível nacional,<br />

o ensino médico vem experimentando nos últimos anos.<br />

Experiência Docente em Desenvolvimento e Avaliação Curricular do Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

Analisados Através <strong>de</strong> um Grupo <strong>de</strong> Discussão On-line<br />

Barelli, C 17<br />

Aleluia, IMB 18<br />

Naghettini, AV 19<br />

Amorim, AJ 20<br />

Azevedo, GD 21<br />

Carvalho Júnior, PM 22<br />

Introdução: As mudanças ocorridas nos últimos anos pelas Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Medicina, em <strong>de</strong>corrência das DCN (MEC, 2001)<br />

produziram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> avaliação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas instituições pela análise dos currículos <strong>de</strong>senvolvidos.<br />

Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre <strong>de</strong>senvolvimento curricular em grupo <strong>de</strong> discussão eletrônica dos participantes <strong>de</strong> um programa<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento docente para educadores médicos. Métodos: Em março/<strong>2009</strong> foi disponibilizado em ambiente eletrônico um<br />

questionário sobre a experiência <strong>de</strong> cada participante do programa na temática avaliação <strong>de</strong> currículo, juntamente com artigo científico<br />

16 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Tocantins, Palmas, TO, Brasil.<br />

17 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil; Fundação para o Avanço da Educação Médica Internacional e Pesquisa, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

18 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil; Fundação para o Avanço da Educação Médica Internacional e Pesquisa, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

19 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil; Fundação para o Avanço da Educação Médica Internacional e Pesquisa, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

20 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil; Fundação para o Avanço da Educação Médica Internacional e Pesquisa, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

21 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil; Fundação para o Avanço da Educação Médica Internacional e Pesquisa, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

22 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil; Fundação para o Avanço da Educação Médica Internacional e Pesquisa, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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que propiciasse reflexão e discussão sobre o tema. Após as respostas iniciais foram enviados outros artigos para estimular o <strong>de</strong>bate e as<br />

resposta foram compiladas. Resultados: Dos 75 integrantes do programa 51 (68%) se manifestaram na discussão e vários indivíduos<br />

participaram da implantação <strong>de</strong> novos currículos em suas instituições. Inúmeras ferramentas foram utilizadas na avaliação e <strong>de</strong>stacadas<br />

pelos docentes: uso <strong>de</strong> questionários; plataforma Moodle; grupos focais; avaliação <strong>de</strong> módulos/disciplinas; mapa conceitual; portfólios;<br />

teste do progresso; avaliação externa; avaliação do perfil do egresso. Destacou-se a maior facilida<strong>de</strong> no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e avaliação curricular quando a instituição estava realmente envolvida. Outras reflexões surgiram sobre os obstáculos que fazem<br />

parte do cotidiano <strong>de</strong>stes professores, talvez reflexo da formação <strong>de</strong>ficiente dos docentes neste campo, o que impediria o planejamento,<br />

a criação, a produção e a avaliação do projeto curricular <strong>de</strong>sejado/necessário. Conclusões: A participação <strong>de</strong> todos os envolvidos na<br />

mudança curricular é fundamental, e <strong>de</strong>ve ser um processo contínuo, com reajustes no programa sempre que necessário, já que a idéia<br />

<strong>de</strong> um currículo vivo, integrado, dinâmico em constante transformação foi prepon<strong>de</strong>rante. Os participantes enten<strong>de</strong>ram que a dinâmica<br />

da discussão virtual foi bastante proveitosa e enriquecedora, com reflexão sobre o que está acontecendo em cada instituição e qual o<br />

papel <strong>de</strong> cada docente no processo <strong>de</strong> mudança curricular.<br />

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TEMA: AVALIAÇÃO DE ESTUDANTES NOS PROCESSOS<br />

DE ENSINO-APRENDIZAGEM<br />

Avaliação <strong>de</strong> Empatia dos Alunos da Graduação em Medicina da UNIFESP<br />

Lucchese AC 1<br />

DelSant L 1<br />

Amui N 1<br />

De Marco MA 1<br />

Chaves AC 1<br />

Introdução: A empatia é uma habilida<strong>de</strong> social que tem sido relacionada a melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, a relações interpessoais<br />

mais gratificantes, a maior realização pessoal e ao sucesso profissional. Diversos estudos relacionam empatia com a maior satisfação e<br />

com a maior a<strong>de</strong>são dos pacientes. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação em médicos tem sido apontado como uma necessida<strong>de</strong><br />

e uma competência fundamental para o exercício da medicina. Objetivos: Avaliar a empatia <strong>de</strong> estudantes recém-ingressos<br />

no curso médico e compará-los com resultados <strong>de</strong> estudos realizados em nosso meio. Método: Foi aplicado o Inventário <strong>de</strong> Empatia<br />

(Falcone, 2008) em 102 alunos do primeiro ano do Curso <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> uma Universida<strong>de</strong> em <strong>2009</strong>. O inventário avalia os quatro fatores<br />

que compõem a habilida<strong>de</strong> empática: 1) Tomada <strong>de</strong> Perspectiva (TP): capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o ponto <strong>de</strong> vista e os sentimentos<br />

da outra pessoa; 2) Flexibilida<strong>de</strong> Interpessoal (FI): capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aceitar perspectivas diferentes das próprias; 3) Altruísmo (AL): capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> suspen<strong>de</strong>r temporariamente as próprias necessida<strong>de</strong>s em função do outro; 4) Sensibilida<strong>de</strong> Afetiva (SA): sentimento <strong>de</strong> compaixão<br />

e <strong>de</strong> preocupação com o outro. Resultados: Foram entrevistados 102 alunos, sendo 58% do sexo masculino, com ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong><br />

19,4 anos, [min 17- max 25 anos e DP= 2,64]. Amédia encontrada para cada um dos fatores do Inventário foi: FI=31,32 e SA35,85 (ambos<br />

no percentil 50); TP=42,21 (percentil 60) e AL= 32,67 (percentil 99). Conclusões: Os resultados sugerem que o maior índice encontrado<br />

no fator Altruísmo esteja associado ao perfil das pessoas que procuram a carreira médica, já que o aumento esteve presente tanto em<br />

alunos recém-ingressos como nos médicos formados há mais tempo. São necessários mais estudos para avaliar qual o impacto da<br />

educação médica nessa questão.<br />

Estudantes <strong>de</strong> Medicina Sabem Cuidar da Própria Saú<strong>de</strong>?<br />

Sirimarco, MT2 C. Neto, JÁ2 Delgado, AAA2 Moutinho, BD2 Lara, CM2 Introdução: De acordo com a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, saú<strong>de</strong> é um estado <strong>de</strong> completo bem-estar físico, mental e social,<br />

e não apenas a ausência <strong>de</strong> doença. Vários estudos no mundo tem mostrado que os estudantes universitários tem adotado um estilo <strong>de</strong><br />

vida pouco saudável. Objetivo: Estudar o estilo <strong>de</strong> vida / hábitos dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina da UFJF e suas repercussões no estado<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dos mesmos. Método: Utilizamos o questionário da National College Health Risk Behavior Survey (NCHRBS) - Estados Unidos,<br />

1995, validado, <strong>de</strong>senvolvido pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention), em colaboração com representantes <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s,<br />

renomadas organizações norte-americanas e outras agência fe<strong>de</strong>rais do governo dos Estados Unidos. Aplicamos os questionários<br />

em quatro turmas <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora (4º, 5º, 7º e 9º períodos), totalizando amostra <strong>de</strong> 321 estudantes<br />

(estudo observacional transversal). Resultados: Cerca <strong>de</strong> 75% dos entrevistados tem plano <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; 9% já pensaram em suicídio;<br />

95% já experimentaram bebida alcoólica; 25% já experimentaram droga ilícita, sendo 64% antes <strong>de</strong> ingressar na faculda<strong>de</strong>; 45% não<br />

usaram ou usaram raramente preservativo nos últimos 30 dias; 19% consumiram alimentos não saudáveis como sanduíches e 58% tam-<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, Centro <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Ensino Superior em Saú<strong>de</strong>, São Paulo, SP, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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ém consumiram alimentos saudáveis como verduras por mais <strong>de</strong> 20 dias nos últimos 30 dias; 51% consi<strong>de</strong>raram que sua alimentação<br />

piorou após ingresso na faculda<strong>de</strong>; 43% não realizaram qualquer ativida<strong>de</strong> física nos últimos 30 dias; 36% tiveram sonolência diurna<br />

por mais <strong>de</strong> 20 dias nos últimos 30 dias. Conclusões: A qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos estudantes foi consi<strong>de</strong>rada não satisfatória sendo<br />

necessárias medidas <strong>de</strong> intervenção que melhorem a compreensão das boas práticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, mesmo entre pessoas que estão sendo<br />

formadas para cuidar da saú<strong>de</strong> da população. Sob o ponto <strong>de</strong> vista técnico <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, os estudantes <strong>de</strong> medicina da UFJF<br />

tem muitos pontos a melhorar.<br />

Avaliação da A<strong>de</strong>são e Satisfação dos Alunos da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará em<br />

Relação à Gincana Virtual <strong>de</strong> Histologia<br />

Justa, GCG3 Fontenele, NKP3 Vale, JS3 Nunes, NG3 Botelho, KP3 Vasconcelos, GC3 Introdução: a disciplina <strong>de</strong> Histologia tem sido ensinada aos alunos da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará (UFC) através <strong>de</strong> aulas teóricas<br />

e práticas em laboratório, nas quais os alunos utilizam microscópios para a visualização <strong>de</strong> lâminas com cortes histológicos. Porém, em<br />

boa parte dos cursos on<strong>de</strong> a disciplina é lecionada, os alunos encontram dificulda<strong>de</strong>s para assimilar todo o conteúdo nos horários das aulas,<br />

necessitando da ajuda <strong>de</strong> monitores para reforçar o aprendizado. Pensando nisso, foi criada a gincana virtual, na qual os alunos po<strong>de</strong>m aperfeiçoar<br />

seus conhecimentos através da internet. Objetivo: avaliar a a<strong>de</strong>são e a satisfação dos discentes <strong>de</strong> Histologia pela gincana virtual. Métodos:<br />

lâminas do Departamento <strong>de</strong> Morfologia da UFC foram digitalizadas através <strong>de</strong> fotografia digital e, com elas, foram formuladas gincanas<br />

formativas acerca <strong>de</strong> seus conteúdos. Cada gincana continha entre 10 e 15 questões, dispostas em sli<strong>de</strong>s do PowerPoint®, com intervalo<br />

<strong>de</strong> 30 segundos entre cada sli<strong>de</strong>, que abordavam todo o conteúdo ministrado pelos professores. As gincanas, bem como seus gabaritos que<br />

incluíam resumos da matéria, foram postadas individualmente em um site <strong>de</strong> download para os alunos da Medicina e Enfermagem. Após a<br />

realização das gincanas, foi aplicado um questionário aos alunos, através do qual se avaliou o número <strong>de</strong> alunos que realizaram a gincana virtual<br />

e o grau <strong>de</strong> satisfação <strong>de</strong>stes com o novo método <strong>de</strong> ensino. Resultados: 85,23% dos alunos (n=88) realizaram a gincana virtual. Desses,<br />

82,67% realizaram 2 ou mais gincanas. 70,67% consi<strong>de</strong>raram a gincana ótima, 97,33% consi<strong>de</strong>raram as perguntas claras e objetivas e 100%<br />

consi<strong>de</strong>raram que a gincana <strong>de</strong>ve continuar sendo aplicada nos anos seguintes. Conclusão: a gincana virtual foi amplamente aceita pelos<br />

alunos da disciplina <strong>de</strong> Histologia. Amaioria dos alunos respon<strong>de</strong>u à gincana virtual e todos consi<strong>de</strong>raram que esse método <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>ve<br />

continuar a ser aplicado aos alunos nos anos seguintes.<br />

Importância das Gincanas Simuladas como Instrumento Complementar ao Estudo da<br />

Anatomia<br />

Catunda, JF 4<br />

Cruz, EA 4<br />

Duarte, IC 4<br />

Torres, SM 4<br />

Ferreira, BRS 4<br />

Ayres, JRSM 4<br />

Introdução: Devido à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diferentes abordagens didáticas para um melhor aprendizado da Anatomia Humana, os<br />

monitores <strong>de</strong>ssa disciplina organizam regularmente gincanas simuladas para complementar o ensino. Elas são realizadas dias antes da<br />

prova prática, abordam conteúdo semelhante, porém mais aprofundado, e ocorrem no mesmo estilo da prova, entretanto se exige maior<br />

número <strong>de</strong> estruturas anatômicas em um menor tempo. Após a gincana, os alunos têm a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rever as peças anatômicas e<br />

3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> tirar dúvidas com os monitores. Objetivos: avaliar a importância dada pelos estudantes às gincanas simuladas; comparar seu <strong>de</strong>sempenho<br />

nas provas práticas <strong>de</strong> Anatomia após participarem ou não das gincanas e analisar quais as principais motivações dos alunos<br />

para <strong>de</strong>las participar. Métodos: Foram aplicados questionários com perguntas objetivas para os alunos do primeiro semestre dos cursos<br />

<strong>de</strong> Enfermagem e Odontologia e para os do primeiro e segundo semestres do curso <strong>de</strong> Medicina. Resultados: Após análise dos dados<br />

obtidos com o questionário, contatou-se que 86,52% dos estudantes, incluindo aqueles que afirmaram não se interessar muito pela Anatomia,<br />

consi<strong>de</strong>raram as gincanas simuladas fundamentais para o seu aprendizado. 57,92% afirmaram que após a gincana se sentiam<br />

mais seguros para a realização da prova prática, enquanto que 50,60% disseram apren<strong>de</strong>r através da gincana aquilo que não tinham<br />

dado tanta importância durante as aulas. 75,60% dos estudantes afirmaram que participam das gincanas para testar seus conhecimentos<br />

e ver o quanto ainda precisam estudar. Além disso, a gincana foi consi<strong>de</strong>rada instrumento <strong>de</strong> orientação ao estudo da Anatomia por<br />

64,02% dos estudantes. 60,41% <strong>de</strong>les relataram queda no <strong>de</strong>sempenho na prova prática quando não haviam participado anteriormente<br />

da gincana simulada. Conclusão: As gincanas simuladas são importantes instrumentos para o aprendizado da Anatomia, pois<br />

permitem a avaliação do que já se apren<strong>de</strong>u e servem como orientação aos próximos estudos <strong>de</strong> Anatomia.<br />

Avaliação Formativa na Aprendizagem Baseada em Problemas<br />

Oliveira, VTD 5<br />

Batista, NA 6<br />

Introdução:Estetrabalhotrazcomoobjeto<strong>de</strong>pesquisaaAvaliaçãoFormativa, referenciada a critério, que acontece durante as sessões<br />

tutoriais <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> medicina na metodologia PBL. A Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Montes Claros foi a instituição se<strong>de</strong> da pesquisa,<br />

pois, no ano 2002 foi implantada a metodologia Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem Based Learning – PBL) no curso <strong>de</strong> medicina.<br />

A aproximação da temática acontece durante as minhas ativida<strong>de</strong>s como Tutora na Unimontes, vivenciando esse processo <strong>de</strong> mudança.<br />

Objetivos: Apreen<strong>de</strong>r as concepções <strong>de</strong> discentes e docentes sobre a avaliação na sessão tutorial. Métodos: Os sujeitos da pesquisa foram 11<br />

tutores e 45 discentes do sétimo período do curso. Os dados foram coletados por meio <strong>de</strong> questionário com assertivas relacionadas à temática<br />

pesquisada e análise do grau <strong>de</strong> concordância e/ou discordância que foram quantificados, tabulados e dispostos em gráficos. Para o aprofundamento<br />

dos dados, utilizamos a entrevista semiestruturada, cujos dados foram submetidos à Análise Temática. Resultado:Umapequena<br />

parte dos entrevistados relaciona o processo avaliativo realizado na sessão tutorial a uma avaliação como verificação <strong>de</strong> aprendizagem,<br />

traduzindo uma visão tradicional da avaliação. No entanto, a maior parte dos entrevistados apresenta uma visão inovadora, reconhecendo a<br />

proposta formativa da avaliação na sessão tutorial, <strong>de</strong>finindo-a como processual, reflexiva, dialógica, diagnóstica; enfatizam a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> feedback como fator motivador e <strong>de</strong>terminante para solucionar as <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong>tectadas e reforçar as potencialida<strong>de</strong>s percebidas. Aavaliação<br />

interpares é compreendida como expressão <strong>de</strong>sse momento avaliativo, que em conjunto com a autoavaliação propiciam a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> confrontar em um mesmo momento, visões diferentes da atuação do estudante. Conclusão: Os resultados apontam que não houve<br />

apenas a implantação <strong>de</strong> um novo sistema avaliativo nas sessões tutoriais do curso <strong>de</strong> medicina na Unimontes, mas um entendimento por<br />

parte dos docentes e discentes acerca <strong>de</strong> uma nova concepção do avaliar.<br />

5 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Montes Claros, Montes Claros, MG, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, Centro <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Ensino Superior em Saú<strong>de</strong>, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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Odontogênêse Básico-Clínica: o Impacto da Capacitação Teórico Clínica no Aprendizado<br />

dos Acadêmicos <strong>de</strong> Odontologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará<br />

Araújo, GS 7<br />

Fontenele, NKP 7<br />

Justa, GCG 7<br />

Vasconcelos, GC 7<br />

Ponte, AML 7<br />

Oliveira, ES 7<br />

Introdução: Ametodologia <strong>de</strong> ensino da disciplina <strong>de</strong> Histologia e Embriologia requer aperfeiçoamentos para complementar o<br />

processo <strong>de</strong> aprendizagem dos acadêmicos <strong>de</strong> Odontologia.Tal questão incentivou os monitores <strong>de</strong>ssa disciplina a capacitarem os discentes,<br />

no que tange a abordagem clínica da Odontogênese. Objetivo: Avaliar a opinião dos estudantes acerca da execução da capacitação<br />

teórica clínica do conteúdo <strong>de</strong> Odontogênese. Metodologia: Uma aula teórica foi elaborada no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> sli<strong>de</strong>s para os alunos <strong>de</strong><br />

Odontologia no período <strong>2009</strong>.1. Essa capacitação contemplou inúmeros casos clínicos inerentes a anomalias relacionadas à Odontogênese.<br />

Posteriormente à capacitação, fora aplicado para os 40 alunos um questionário <strong>de</strong> 8 questões, avaliando seu <strong>de</strong>sempenho. O estudo<br />

presente <strong>de</strong>teve caráter quantitativo e qualitativo, um <strong>de</strong>lineamento transversal e os pesquisadores tiveram caráter observacional<br />

durante o estudo. Resultados: No primeiro quesito, 55% não tiveram muitas dificulda<strong>de</strong>s quanto ao conteúdo e 35% enten<strong>de</strong>ram literalmente<br />

o conteúdo exposto. No segundo quesito, 72,5% avaliaram como excelente a capacitação e 27,5% como ótima. No terceiro quesito,<br />

92,5% afirmaram ser fundamental essa relevância clínica e 7,5% avaliaram que o conteúdo teórico e prático são suficientes. No<br />

quarto quesito 100% afirmaram ser imprescindível essa abordagem baso-clínica.No quinto quesito, 90% afirmaram ser necessário o recurso<br />

radiográfico apesar <strong>de</strong> não terem cursado ainda a disciplina <strong>de</strong> Radiologia e 10% não conseguiram interpretar algumas radiografias.No<br />

sexto quesito 97,5% afirmaram que os próximos semestres <strong>de</strong>veriam ser contemplados por esta ativida<strong>de</strong> e 2,5% não acharam<br />

necessário.No sétimo quesito 85% afirmaram priorizar aulas teóricas e práticas com seminários <strong>de</strong> capacitação clínica, enquanto 15%<br />

afirmaram somente aulas teóricas e práticas suficientes. Alguns alunos sugeriram a abordagem <strong>de</strong> outras patologias relacionadas a<br />

Odontogênese. Conclusão: A busca pela inovação da abordagem do conteúdo foi alcançada com a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capacitação<br />

teórico-clínica realizada, tendo sido constatado a relevância e o impacto <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong> nos resultados obtidos.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Depressao e Mecanismos <strong>de</strong> Coping Durante a Educação<br />

Médica<br />

Baldassin, S 8<br />

Alves, TCTF 8<br />

Andra<strong>de</strong>, AG 8<br />

Nogueira-Martins, LA 9<br />

Objetivos: Avaliar sintomas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão, <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e estratégias <strong>de</strong> coping durante o curso médico. Métodos:UmquestionáriocontendoasescalasInventário<strong>de</strong>Depressão<strong>de</strong>Beck(IDB),Inventário<strong>de</strong>Ansieda<strong>de</strong>Traço<strong>de</strong>Spielberg(IDATE-T)eInventário<br />

<strong>de</strong> Estratégias <strong>de</strong> Enfrentamento (IEE) e perguntas sobre dados pessoais e áreas <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s foram aplicados a 601 estudantes <strong>de</strong><br />

medicina. Resultados: Do total <strong>de</strong> 481 estudantes que respon<strong>de</strong>ram, a maioria (78.9%) apontou Estudos e Lazer como sendo as áreas <strong>de</strong><br />

maiores dificulda<strong>de</strong>s; 64 (13,3%) estudantes preencheram os critérios para <strong>de</strong>pressão mo<strong>de</strong>rada e grave e 444 (99,8%) para ansieda<strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>rada e alta. Os maiores escores <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão e <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> ocorreram no Internato. O cluster afetivo do IDB mostrou associação<br />

com dificulda<strong>de</strong>s com lazer e relacionamento com colegas. O cluster somático do IDB revelou associação com dificulda<strong>de</strong>s nos estudos<br />

e relacionamento com os pacientes. Ser estudante do sexo feminino (p = 0.020), não ter um dos pais médico (p = 0,016), ser do segundo<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

8 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.<br />

9 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, Centro <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Ensino Superior em Saú<strong>de</strong>, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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ano (p = 0,013) e do internato (5º e 6º [p = 0,028 e p = 0,001, respectivamente]) foram fatores <strong>de</strong> risco para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sintomas<br />

<strong>de</strong>pressivos. Estudantes que pontuaram na faixa <strong>de</strong> sintomas disfóricos e <strong>de</strong>pressivos assim como <strong>de</strong> alta ansieda<strong>de</strong> utilizaram estratégias<br />

<strong>de</strong> enfrentamento semelhantes. Homens e mulheres revelaram diferenças em relação às estratégias <strong>de</strong> enfrentamento. Conclusões:<br />

Os dados encontrados neste estudo po<strong>de</strong>m ter implicações importantes tanto para serviços <strong>de</strong> assistência à saú<strong>de</strong> mental dos<br />

estudantes <strong>de</strong> medicina, como para servir <strong>de</strong> subsídios para orientar professores em relação a eventuais vulnerabilida<strong>de</strong>s psicológicas<br />

<strong>de</strong> certos grupos <strong>de</strong> estudantes e quanto a períodos críticos do curso médico.<br />

O Manejo do Estresse nas Avaliações Práticas<br />

Alencar, EC 10<br />

Teixeira, MD 10<br />

Nogueira, EA 10<br />

Ponte, AML 10<br />

Vasconcelos, GC 10<br />

Oliveira, ES 10<br />

Introdução: As avaliações práticas, geralmente, são ativida<strong>de</strong>s permeadas <strong>de</strong> angústia e ansieda<strong>de</strong>. Os acadêmicos da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Medicina entram em contato, já no primeiro ano do curso, com essa forma <strong>de</strong> avaliação que vai acompanhá-los ao longo <strong>de</strong> toda<br />

graduação. Os alunos aguardam para serem submetidos à avaliação prática em uma sala contigua ao local em que a prova é aplicada.<br />

Objetivo: Averiguar como se po<strong>de</strong>ria utilizar esse tempo <strong>de</strong> espera para minimizar o estresse dos alunos. Métodos: Foram convidados<br />

a participar da ativida<strong>de</strong> 75 alunos do primeiro ano da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina. Dentre os convidados, 55 se dispuseram a participar.<br />

Enquanto esperavam para realizar a prova prática, foram projetados sli<strong>de</strong>s com mensagens relaxantes e tranqüilizadoras. O tempo <strong>de</strong><br />

espera variou <strong>de</strong> <strong>de</strong>z a trinta minutos, sendo os sli<strong>de</strong>s projetados continuamente. Depois da avaliação, foi aplicado um formulário com<br />

questões pré-estabelecidas. Resultados: Dentre os entrevistados, 53% afirmaram que se sentem ansiosos, 11% nervosos, 4% inseguros e<br />

32% calmos, enquanto esperam pela avaliação prática. Quando questionados sobre o que costumam fazer enquanto esperam: 44% estudam<br />

com colegas, 41% conversam sobre outros assuntos, 12% estudam individualmente, 3% realizam outras ativida<strong>de</strong>s. Dentre os acadêmicos<br />

entrevistados, 57% acreditam que ativida<strong>de</strong>s específicas introduzidas durante a espera po<strong>de</strong>riam ajudar a minimizar seu estresse,<br />

enquanto 43% afirmam que isso não é possível. Quanto às sugestões <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas durante a espera: 53%<br />

propuseram que fossem organizadas revisões sobre a matéria da avaliação, 29% preferem que nenhuma ativida<strong>de</strong> específica seja realizada,<br />

e 18% sugerem que continuem a ser utilizados sli<strong>de</strong>s com mensagens relaxantes. Conclusão: A espera pela prova prática é um<br />

momento <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> para a maior parte dos entrevistados. Professores e monitores <strong>de</strong>vem pensar em estratégias para ajudar os<br />

alunos a manejar esse estresse, a fim <strong>de</strong> que isso não atrapalhe seu <strong>de</strong>sempenho na avaliação.<br />

Ensino-Aprendizado e Avaliação: Estudos Monitorados<br />

Spiandorello, W11 Guelfi, CK11 Dall‘Agno, ML11 Klein, AP11 Girardi, R11 Introdução: Emprega-se a teoria que provas avaliam conhecimentos. Essas avaliações se baseiam em amostragens <strong>de</strong> perguntas<br />

sobre o conteúdo das disciplinas e o estabelecimento <strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> corte <strong>de</strong> valores que separa o conhecimento suficiente do insuficiente:<br />

geralmente nota seis. No entanto, a amostragem está sujeita ao acaso e po<strong>de</strong> classificar erroneamente. O IC <strong>de</strong> 95% sobre “média”<br />

seis, com 20 questões, é <strong>de</strong> 3,6 a 8,1. Alguns consi<strong>de</strong>ram antiético permitir “chutes” nas provas, enquanto que o chute, para o Código<br />

<strong>de</strong> Ética Médica, é imperícia. Há teoria que perguntas promovem o aprendizado. Objetivos: Testar a hipótese da factibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

avaliação e <strong>de</strong> ensino concomitante <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina. Método: Realizar provas (estudos monitorados [EM]) por censo, isto é<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil<br />

11 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, Brasil.<br />

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sobre o conteúdo da matéria; usar o computador para realização e correção das provas, e acompanhar os resultados; permitir e estimular<br />

a pesquisa e o <strong>de</strong>bate das perguntas entre alunos durante os EM; impedir o “chute”; permitir ao aluno contestar os gabaritos com suporte<br />

em teorias científicas e valorizar as argumentações; propiciar pesquisas durante as provas; tornar as perguntas educativas (quatro<br />

respostas corretas e uma incorreta); realizar múltiplas provas em horários convenientes para os alunos; utilizar vários critérios <strong>de</strong> avaliação:<br />

proporções <strong>de</strong> acertos, respostas corretas cumulativas e incorretas; perguntas não respondidas; tempo <strong>de</strong> realização das provas;<br />

índices <strong>de</strong> acerto e erros. Atribuir muito valor a orientação e menos a nota. Manter ritmo constante <strong>de</strong> estudo. Resultados:Dozealunos<br />

foram seguidos durante um ano. Além <strong>de</strong> o método ser educativo e avaliador foi possível quantificar o conhecimento, acompanhar e<br />

auxiliar o aluno no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizado, tornar as avaliações interessantes e agradáveis para os alunos e professores e<br />

facilitar o trabalho dos professores. Conclusão: Foi factível avaliar e ensinar concomitantemente alunos sob os princípios críticos do<br />

conhecimento científico e ético.<br />

A Percepção do Estudante <strong>de</strong> Medicina Quanto aos Instrumentos <strong>de</strong> Avaliação da<br />

Aprendizagem<br />

Silva, CC 12<br />

Cruz, CDK 12<br />

Dall Agnol, MA 12<br />

Introdução: A avaliação da aprendizagem possibilita a obtenção <strong>de</strong> informações que subsidiam a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e, freqüentemente,<br />

traz conseqüências para a vida do estudante. Isso implica na busca <strong>de</strong> justiça na aplicação dos instrumentos e na interpretação dos resultados,<br />

ainda mais no caso do estudante <strong>de</strong> Medicina, on<strong>de</strong> a avaliação <strong>de</strong>ve contemplar não somente o conhecimento adquirido, mas também<br />

habilida<strong>de</strong>s específicas e elementos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m afetiva. Assim, para que o processo seja efetivo, <strong>de</strong>vem-se utilizar instrumentos <strong>de</strong> avaliação<br />

que levem em conta a percepção dos estudantes na sua construção. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar a percepção dos estudantes <strong>de</strong> Medicina da<br />

Unochapecó quanto à efetivida<strong>de</strong> dos instrumentos <strong>de</strong> avaliação da aprendizagem. Métodos: Foi aplicado um questionário contendo questões<br />

abertas e fechadas a estudantes <strong>de</strong> todos os períodos do Curso <strong>de</strong> Medicina da Unochapecó. A amostra foi composta por 25 estudantes<br />

<strong>de</strong> cada turma, num total <strong>de</strong> cem estudantes. Resultados: Para 51% dos entrevistados a prova escrita composta por questões com respostas<br />

restritas é o melhor instrumento para avaliar conhecimentos cognitivos. Para 39 % dos entrevistados as provas objetivas são o melhor instrumento<br />

<strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> conteúdos teóricos e 29% da amostra sugeriram que provas práticas e orais são o melhor método <strong>de</strong> avaliação dos conhecimentos<br />

procedimentais. Para 80% dos entrevistados a auto-avaliação é importante no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem e 73% dos estudantes<br />

manifestaram-se a favor da utilização <strong>de</strong> instrumentos que avaliem atitu<strong>de</strong>s. Conclusões: Os estudantes manifestaram a preferência<br />

por provas escritas com respostas restritivas para avaliar os aspectos cognitivos e provas práticas e orais para avaliarem conhecimentos<br />

procedimentais. Observou-se também que a auto-avaliação e a avaliação <strong>de</strong> aspectos atitudinais foram consi<strong>de</strong>radas importantes para formação<br />

médica. Esses dados são importantes instrumentos <strong>de</strong> orientação para o trabalho docente, revelando a percepção dos estudantes e servindo<strong>de</strong>guiaparaaconstruçãodotrabalhopedagógico.<br />

12 Universida<strong>de</strong> Comunitária Regional <strong>de</strong> Chapecó<br />

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Estudo Comparativo sobre o Desempenho, A<strong>de</strong>são e Satisfação a Gincana Virtual <strong>de</strong><br />

Histologia entre os Alunos do Curso <strong>de</strong> Medicina e Enfermagem da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

do Ceará (UFC)<br />

Justa, GCG 13<br />

Fontenele, NKP 13<br />

Dantas, GC 13<br />

Ponte, AML 13<br />

Oliveira, ES 13<br />

Vasconcelos, GC 13<br />

Introdução: Os alunos dos diversos cursos da UFC possuem métodos diferentes <strong>de</strong> estudo. Na disciplina <strong>de</strong> Histologia as aulas<br />

teóricas e práticas são ministradas <strong>de</strong> maneira semelhante. Entretanto, nos horários <strong>de</strong> estudo livre, existem vários materiais extras, que<br />

agradam mais a alguns alunos do que a outros. Objetivo: Comparar o <strong>de</strong>sempenho, o grau <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são e satisfação dos alunos da Medicina<br />

e Enfermagem pela gincana virtual <strong>de</strong> histologia. Métodos: Lâminas do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> morfologia da UFC foram digitalizadas<br />

através <strong>de</strong> fotografia digital e, com elas, foram formuladas gincanas formativas. Cada gincana continha entre 10 e 15 questões, dispostas<br />

em diapositivos do PowerPoint®, com intervalo <strong>de</strong> 30 segundos entre cada, que abordavam todo o conteúdo ministrado pelos professores.<br />

As gincanas, bem como seus gabaritos que incluíam resumos da matéria, foram postadas individualmente em um site <strong>de</strong> download<br />

para os alunos da Medicina e Enfermagem. Após a realização das gincanas, foi aplicado um questionário aos alunos, através do<br />

qual foi comparado, entre os dois cursos, o número <strong>de</strong> alunos que realizaram a gincana e o grau <strong>de</strong> satisfação entre eles. Resultados:<br />

Enquanto 97,56% dos alunos da enfermagem (n=41) realizaram a gincana virtual, apenas 74,47% dos alunos da medicina (n=47) a fizeram.<br />

Desses, 77,50% dos alunos da enfermagem e 62,86% dos alunos da medicina a consi<strong>de</strong>raram ótima. Enquanto 67,64% dos alunos<br />

<strong>de</strong> Medicina acertaram mais <strong>de</strong> 75% das questões da gincana virtual, apenas 26,83% dos alunos <strong>de</strong> Enfermagem obtiveram o mesmo<br />

<strong>de</strong>sempenho. 100% dos alunos dos dois cursos consi<strong>de</strong>raram que a gincana <strong>de</strong>ve continuar sendo aplicada nos próximos semestres.<br />

Conclusão: A a<strong>de</strong>são dos alunos da enfermagem pela gincana virtual e o grau <strong>de</strong> satisfação com ela foram superior à dos alunos da<br />

medicina. Estes, entretanto, obtiveram melhor <strong>de</strong>sempenho na gincana virtual. Ambos os cursos consi<strong>de</strong>ram importante o envio da<br />

gincana virtual aos alunos.<br />

Transtorno Mental Comum (TMC) entre Estudantes <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Sergipe (UFS): Investigação e Prevenção<br />

Oliva-Costa, EF14 Porto, LA14 Santos, SA14 Rocha, MMV14 Sarmento, TB14 Andra<strong>de</strong>, TM14 Introdução: TMC caracteriza-se por sintomas ansiosos, <strong>de</strong>pressivos e somatoformes que po<strong>de</strong>m comprometer o <strong>de</strong>sempenho acadêmico<br />

dos estudantes, sendo bastante relevantes pesquisas que visem sua <strong>de</strong>tecção precoce para a prevenção rápida e eficaz. Objetivos:<br />

Calcular a prevalência <strong>de</strong> TMC e fatores <strong>de</strong> risco associados, além <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar principais fontes <strong>de</strong> prazer/<strong>de</strong>sprazer e estratégias <strong>de</strong>fensivas<br />

em alunos <strong>de</strong> Medicina/UFS, para sugerir medidas preventivas a<strong>de</strong>quadas. Metodologia: Estudo qualitativo e transversal por inquéritos<br />

repetidos com estudantes <strong>de</strong> curso médico tradicional, das turmas ingressantes em 2006/1 (n=40) e 2004/1 (n=35), investigados no 1°, 3°,<br />

5° e 7°, 9°, 11° semestres do curso, respectivamente, com coleta <strong>de</strong> dados iniciada em 2006-1 e repetida a cada ano, sendo finalizada em <strong>2009</strong>-1,<br />

utilizando um questionário específico e o SRQ-20, além <strong>de</strong> seis grupos focais, sendo um com cada turma a cada ano. Os dados quantitativos<br />

foram analisados através do SPSS versão 16.0 nas etapas: estatística <strong>de</strong>scritiva e analítica, enquanto que os qualitativos, através da análise <strong>de</strong><br />

13 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil<br />

14 Universida<strong>de</strong> Comunitária Regional <strong>de</strong> Chapecó, Chapecó, SC, Brasil.<br />

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conteúdo temática e interpretação psicodinâmica dos dados dos grupos focais. Resultados: A prevalência <strong>de</strong> TMC nos semestres investigados<br />

foi: 12,5%(1°), 15,2%(3°), 36,1%(5°), 33,3%(7°), 54,8%(9°), 40,7%(11°), sendo que os principais fatores <strong>de</strong> risco estiveram associados à variáveis<br />

relacionadas ao processo ensino-aprendizagem e vivências psicoemocionais individuais, enquanto que os dados qualitativos complementam<br />

e reforçam os dados quantitativos. Conclusões: Aprevalência <strong>de</strong> TMC aumentada ao longo do curso, embora não sendo linear, <strong>de</strong>monstra<br />

que o problema é relevante e que medidas preventivas <strong>de</strong>vem ser instituídas, tais como: criação <strong>de</strong> Serviço <strong>de</strong> apoio psico-pedagógico<br />

ao estudante e reformulação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino médico tradicional, pois a <strong>de</strong>tecção precoce dos sintomas e a elaboração das angústias<br />

geradas no confronto com os gran<strong>de</strong>s temores da humanida<strong>de</strong>: dor e morte, possibilita a formação <strong>de</strong> médicos mais saudáveis, melhor preparados<br />

a lidarem com os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>.<br />

Maratona Lost – Avaliação Planejada por Docentes, Monitores e Discentes<br />

Lugarinho, R 15<br />

Middleton, SR 15<br />

Introdução: Adisciplina <strong>de</strong> Genética é ministrada no 3° período do curso <strong>de</strong> medicina e tem, em média, 70 estudantes matriculados.<br />

Em 2008.2 e <strong>2009</strong>.1 uma das avaliações realizadas foi <strong>de</strong>nominada Maratona Lost e consistiu na apresentação oral <strong>de</strong> <strong>de</strong>z grupos<br />

no período <strong>de</strong> quatro horas. Esta avaliação teve como objetivo estimular a busca ativa <strong>de</strong> conhecimento e as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> planejamento<br />

e comunicação. Objetivo: Relatar experiência <strong>de</strong> avaliação planejada em conjunto por docentes, monitores e estudantes, sua realização<br />

e avaliação. Métodos: Para o planejamento foi utilizado o Jogo do Plano <strong>de</strong> Grove. As turmas foram divididas em três grupos, que<br />

escolheram: lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> discussão, gerente <strong>de</strong> tempo, relator e anotador. Os grupos apresentaram sua produção e o planejamento final foi<br />

coletivo envolvendo estudantes, monitores e professoras. Os critérios <strong>de</strong> avaliação foram acordados no planejamento. Os <strong>de</strong>z grupos<br />

formados para as apresentações receberam um tema motivador para estudo: artigo científico ou reportagem <strong>de</strong> revista/jornal. Foi acordado<br />

que haveria busca <strong>de</strong> bibliografia complementar e que as apresentações teriam formato livre, com estímulo à criativida<strong>de</strong>. Resultados:<br />

A ativida<strong>de</strong> foi realizada conforme o planejamento. As apresentações foram criativas, os estudos bem realizados, e os grupos<br />

cumpriram o tempo pré-estabelecido. As apresentações foram avaliadas por professores e monitores da disciplina e professores convidados.<br />

Aavaliação da Maratona Lost foi realizada por escrito, em folhas <strong>de</strong> papel A3 afixadas na sala com os títulos: “Que bom!”, “Que<br />

pena!” e “Que tal?” para que os discentes expressassem suas impressões e sugestões. Os estudantes <strong>de</strong>stacaram ter gostado <strong>de</strong> planejar<br />

sua própria avaliação, <strong>de</strong> exercitar sua criativida<strong>de</strong> e consi<strong>de</strong>raram ter aprendido mais do que com provas tradicionais. Conclusões:A<br />

participação do estudante no planejamento <strong>de</strong> todas as etapas da avaliação foi consi<strong>de</strong>rada motivadora, <strong>de</strong>stacando-se o estímulo para<br />

a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolha da forma <strong>de</strong> abordar o tema proposto.<br />

Feedback e Osce: uma Nova Proposta para a Avaliação das Habilida<strong>de</strong>s Clínicas e <strong>de</strong><br />

Comunicação<br />

Rêgo, C 16<br />

Bollela, V 16<br />

Neman, F 16<br />

Dórea, E 16<br />

Machado, JLM 16<br />

Introdução: O OSCE (exame clínico objetivo estruturado) é reconhecido como método <strong>de</strong> avaliação das habilida<strong>de</strong>s clínicas e<br />

<strong>de</strong>comunicação.Estegeralmentecontacom5a8estações,comduraçãomédia<strong>de</strong>6a8minutos/estaçãoeosprofessoresavaliadoresseguem<br />

um check-list pré-estabelecido. Cabe ressaltar, que os docentes não recebem como instrução: dar ou não um feedback para o estudante<br />

ao final da estação. Objetivo: apreen<strong>de</strong>r as concepções <strong>de</strong> estudantes da 9ª e 10 ª etapa <strong>de</strong> um curso médico sobre o feedback na<br />

prova do OSCE. Metodologia: Aplicamos um questionário aberto com os 2 grupos <strong>de</strong> estudantes com as seguintes perguntas: Você recebeu<br />

feedback do professor ao final da estação? Gostaria que o feedback fosse feito? Resultados: Cerca <strong>de</strong> 94% dos estudantes da 9ª, e<br />

80% da 10ª etapa respon<strong>de</strong>ram que haviam recebido feedback. E 96% dos estudantes <strong>de</strong> ambas as turmas afirmaram que gostariam <strong>de</strong><br />

15 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

16 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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eceber o feedback. Com a análise <strong>de</strong> conteúdo apreen<strong>de</strong>ndo 58 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> contexto com os estudantes da 9ª e 69 com os da 10ª etapa.<br />

Após convergência constituí-se 9 núcleos temáticos: ajuda i<strong>de</strong>ntificar falha/erros, otimiza e direciona a aprendizagem, ajuda a diminuir<br />

stress, aumenta segurança/confiança, aprendizagem significativa, excelente/bom, importante/pertinente, direciona o raciocínio,<br />

orienta objetivos da avaliação. Conclusão: O feedback apresentava-se ora caracterizado por orientar o ensino ora por orientar o aprendizado,<br />

neste sentido os diferentes olhares apontam para esta ferramenta como um caminho que auxilia no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizado.<br />

Assim, enten<strong>de</strong>mos que reconhecer a complexida<strong>de</strong> e as possibilida<strong>de</strong>s da avaliação no ensino é um primeiro passo para percorrer<br />

e arriscar novos caminhos com o compromisso <strong>de</strong> resignificar o processo do ensino.<br />

Avaliação da Aprendizagem <strong>de</strong> Imunologia entre Estudantes do Primeiro Ano Médico<br />

Usando a Taxonomia <strong>de</strong> Bloom<br />

Barreto, CMB 17<br />

Araújo, MNT 18<br />

Introdução: As diretrizes curriculares nacionais apontam 22 competências que <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>senvolvidas na formação do médico.<br />

Entre elas <strong>de</strong>stacamos a seguinte - “dominar os conhecimentos científicos básicos da natureza biopsicosocio-ambiental subjacentes à<br />

prática médica e ter raciocínio crítico na interpretação dos dados”. Para tal, é necessário que o conhecimento do conteúdo das disciplinas<br />

científicas seja aprendido pelos graduandos <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada. Objetivo: Avaliar os níveis <strong>de</strong> aprendizagem alcançados pelos estudantes<br />

submetidos ao ensino <strong>de</strong> imunologia por professores sem formação pedagógica e pouca experiência. Método:Foramformuladas<br />

três perguntas baseadas nos diferentes níveis <strong>de</strong> aprendizagem (compreensão, análise, síntese, aplicação e resolução <strong>de</strong> problemas)<br />

no âmbito cognitivo, postulados por Benjamim Bloom. Elas compuseram a verificação <strong>de</strong> aprendizagem da disciplina imunobiologia<br />

aplicada a 88 alunos. As respostas foram avaliadas qualitativamente através da análise do conteúdo com i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> categorias,<br />

que foram quantificadas. Resultados: Verificamos que 60% das respostas dadas à questão, que envolvia o comentário sobre um conceito<br />

ina<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> imunida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>monstraram capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise dos alunos. Entretanto, nenhum alcançou o nível <strong>de</strong> compreensão.<br />

Em vez disso, o significado <strong>de</strong> imunida<strong>de</strong> foi confundido com resposta, sistema e mecanismos imunológicos. 30% das respostas<br />

dos estudantes sobre o conceito <strong>de</strong> hipersensibilida<strong>de</strong>, cumpriram os critérios <strong>de</strong>terminantes <strong>de</strong> síntese, porém, 100% <strong>de</strong>las não alcançaram<br />

o nível <strong>de</strong> compreensão. O significado <strong>de</strong> hipersensibilida<strong>de</strong> foi impropriamente entendido pelos alunos como resposta imunológica<br />

exacerbada. Através das respostas dadas a pergunta sobre a importância da i<strong>de</strong>ntificação da interação antígeno-anticorpo verificamos<br />

que 61% dos estudantes <strong>de</strong>monstraram compreensão, revelada no âmbito do diagnóstico e investigação. Entretanto, a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemas ficou limitada à meta<strong>de</strong> dos alunos e apenas 25% <strong>de</strong> suas respostas alcançaram os critérios <strong>de</strong> aplicação.<br />

Conclusão: Estes resultados revelam <strong>de</strong>ficiências no alcance dos diferentes níveis cognitivos <strong>de</strong> aprendizagem, principalmente quanto<br />

ao conhecimento a<strong>de</strong>quado e compreensão <strong>de</strong> conceitos básicos.<br />

Avaliação dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina Antes e Após o Estágio Supervisionado<br />

Obrigatório em Saú<strong>de</strong> Comunitária: o que Mudou?<br />

Costa, PJMSC 19<br />

Soares, VL 19<br />

Puccini, RF 20<br />

Strufaldi, MW 20<br />

Introdução: As diretrizes curriculares orientam para a aproximação do aluno à prática profissional <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do curso, sendo<br />

a atenção básica o cenário privilegiado para estas ativida<strong>de</strong>s. Assim, espera-se que o egresso <strong>de</strong> medicina adquira uma compreensão<br />

a<strong>de</strong>quada do SUS e esteja qualificado para trabalhar nesse sistema. Nesta Universida<strong>de</strong>, os alunos do 5º ano fazem um estágio <strong>de</strong> 14 semanas<br />

em UBS, estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família, tendo cursado disciplinas teóricas com conteúdos relacionados ao SUS e à atenção básica.<br />

Objetivo: Avaliar o conhecimento e a expectativa <strong>de</strong> aprendizado sobre atenção básica do estudante <strong>de</strong> medicina antes e após o estágio<br />

em medicina comunitária. Métodos: Pesquisa qualitativa. Utilizou questionário aplicado aos estudantes antes e após o estágio, en-<br />

17 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil.<br />

18 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

19 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

20 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, Centro <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Ensino Superior em Saú<strong>de</strong>, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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tre fevereiro e maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Aanálise <strong>de</strong> conteúdo (Bardin) foi a técnica empregada, consi<strong>de</strong>rando análise por categorias (investigação<br />

por temas). Resultados: Antes do estágio havia confusão entre princípios e conceituação do SUS, e um olhar sobre a atenção básica apenas<br />

voltada para a prevenção <strong>de</strong> agravos, com ênfase na triagem para outros serviços. No final, ocorreu o entendimento da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong>, havendo sistematização do conhecimento. Porém, não houve a compreensão do nível <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>, e permaneceu<br />

a idéia <strong>de</strong> triagem, não havendo referência à atenção integral, ainda que houvesse citação sobre a acessibilida<strong>de</strong> e ao gerenciamento<br />

em saú<strong>de</strong>. Amaioria das ativida<strong>de</strong>s do serviço é <strong>de</strong> assistência/prevenção e poucas <strong>de</strong> promoção, explicando, em parte, a confusão<br />

<strong>de</strong> conceitos. A expectativa do aprendizado foi atendida quanto à assistência ambulatorial, relação médico-paciente e trabalho em<br />

equipe; <strong>de</strong>ixando lacunas no que se refere ao gerenciamento e educação em saú<strong>de</strong>. Conclusão: O conhecimento e a expectativa do estudante<br />

<strong>de</strong> medicina foram avaliados, havendo necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se trabalhar alguns conceitos fundamentais para compreensão da atenção<br />

básica e seu papel no SUS.<br />

Especialização Precoce: uma Análise em Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina da UFAM<br />

Oliveira, SLV 21<br />

Me<strong>de</strong>iros, LJS 21<br />

Pereira, VL 21<br />

Oliveira, TS 21<br />

Maron, SMC 21<br />

Amaral, AO 21<br />

Introdução: Aespecialização precoce (EP) é uma opção por uma especialida<strong>de</strong> durante ou mesmo antes da graduação, que restringe<br />

a formação holística do médico. As diretrizes curriculares estabelecidas pelo Ministério da Educação e Cultura prevêem que o<br />

médico <strong>de</strong>ve ter uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva na graduação. AEP prejudica tal formação médica e verifica-se<br />

que este processo tem se disseminado entre alunos <strong>de</strong> medicina. Objetivos: Analisar e discutir a presença da EP entre os acadêmicos <strong>de</strong><br />

medicina na UFAM e o seu impacto na formação médica. Métodos: Foi aplicado questionário semi-estruturado em 137 acadêmicos <strong>de</strong><br />

medicina do primeiro ao terceiro ano, contendo 11 questões abrangendo aspectos quanto à escolha da especialida<strong>de</strong>, como momento e<br />

fatores associados. Os dados obtidos foram cruzados e analisados através do programa Microsoft® Excel. Resultados: A pesquisa evi<strong>de</strong>nciou<br />

que 98% dos acadêmicos preten<strong>de</strong>m cursar residência médica e que já na primeira meta<strong>de</strong> do curso 38% escolheram uma especialida<strong>de</strong><br />

ou estão em dúvida entre duas ou mais. Daqueles que já optaram por uma especialida<strong>de</strong> (18% do total): 59% o fizeram antes<br />

<strong>de</strong> ingressar na Universida<strong>de</strong>; 21% sofreram alguma influência familiar; 33% já <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> participar <strong>de</strong> eventos científicos porque<br />

não eram da área médica visada; 42% dos acadêmicos do 3º ano não se <strong>de</strong>dicaram a alguma disciplina por pensarem não ser importante<br />

na área que preten<strong>de</strong> seguir. Quanto às Ligas acadêmicas, 86% as consi<strong>de</strong>ram forma <strong>de</strong> incentivo à EP, sendo que 26% dos acadêmicos<br />

são ligantes. Entre aqueles que não escolheram a meta<strong>de</strong> (51%) não preten<strong>de</strong> escolher ao término do curso quando se espera que possuirá<br />

conhecimento prático <strong>de</strong> todas as áreas. Conclusão: A ocorrência da EP na primeira meta<strong>de</strong> do curso <strong>de</strong> medicina da UFAM é freqüente<br />

e po<strong>de</strong> prejudicar a formação médica, logo medidas educacionais <strong>de</strong>vem ser implementadas para reverter esta situação.<br />

Efeito da Implementação da Avaliação Tipo Osce nas Atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Estudantes e Docentes<br />

<strong>de</strong> uma Disciplina <strong>de</strong> Ginecologia e Obstetrícia<br />

Reis, FJC 22<br />

Cavalli, RC 22<br />

Introdução: a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho durante disciplinas do curso <strong>de</strong> medicina é um dos aspectos críticos para a formação<br />

do futuro médico. Diversos métodos têm sido empregados e nenhum parece ser completo. Objetivo: Relatar a experiência e a a análise<br />

qualitativa do efeito da introdução da avaliação <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s práticas através <strong>de</strong> estações no mo<strong>de</strong>lo exame clínico objetivo estruturado<br />

(OSCE) em uma disciplina <strong>de</strong> ginecologia e obstetrícia ministradaparaoquartoanodocursomédicodaFMRP-USP.Métodos:Em<br />

2005 introduzimos o a avaliação tipo OSCE ao final <strong>de</strong> uma disciplina <strong>de</strong> ginecologia e obstetrícia com 4 semanas <strong>de</strong> duração em tempo<br />

integral. Aavaliação é composta por 5 estações com 5 minutos cada, sempre uma anamnese, um exame físico, um procedimento, a interpretação<br />

<strong>de</strong> um exame complementar e a orientação <strong>de</strong> uma paciente. Resultados: Duas conseqüências pu<strong>de</strong>ram ser observadas <strong>de</strong> for-<br />

21 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

22 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu, Botucatu, SP, Brasil.<br />

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ma bastante consistente e consolidada a partir da implantação do OSCE: a <strong>de</strong>manda dos estudantes por ativida<strong>de</strong>s práticas e a sistematização<br />

da forma <strong>de</strong> tutoria pelos docentes durante as ativida<strong>de</strong>s práticas da disciplina. Os estudantes passaram a freqüentar todas as<br />

ativida<strong>de</strong>s práticas previstas e <strong>de</strong>mandar dos tutores a utilização integral do tempo previsto, em situações on<strong>de</strong> anteriormente preferiam<br />

ser dispensados mais cedo, agora “exigem” utilização total do tempo mesmo que seja com simulações <strong>de</strong> atendimentos quando do<br />

término do atendimento <strong>de</strong> pacientes. Por outro lado, os tutores passaram a encarar o <strong>de</strong>sempenho do estudante no OSCE como um parâmetro<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para sua prática docente e <strong>de</strong> certa forma passaram a utilizar a avaliação como um guia para a sistematização<br />

das práticas ministradas aos estudantes. Conclusões: Em nossa experiência é evi<strong>de</strong>nte o efeito <strong>de</strong> se realizar uma avaliação<br />

<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s clinicas sobre a qualida<strong>de</strong> das ativida<strong>de</strong>s da disciplina. O processo <strong>de</strong> avaliação é um forte <strong>de</strong>terminante na motivação<br />

tanto para estudantes <strong>de</strong> medicina quanto para docentes.<br />

A Avaliação Acadêmica Integralizadora e Processual no Curso <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás<br />

Carvalho, IGM23 Francescantonio, PLC23 Carvalho, GS23 Chaves, SM24 Introdução: A avaliação discente tem sido alvo <strong>de</strong> constantes discussões em todos os níveis educacionais. Avaliar é uma forma<br />

<strong>de</strong> verificar se os objetivos propostos foram alcançados, para traçar novas estratégias e intervenções. Na formação médica, numa perspectiva<br />

biopsicossocial, os objetivos <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong>vem contemplar diferentes dimensões e a avaliação, consequentemente, englobar<br />

essa diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s, essenciais para a materialização das diretrizes curriculares. Objetivo:<br />

Descrever o processo avaliativo utilizado no curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, com <strong>de</strong>staque para a integração<br />

entre as unida<strong>de</strong>s do conhecimento na formação médica. Métodos: O projeto do curso apresenta a proposta <strong>de</strong> avaliação integralizadora,<br />

baseada na aquisição do conhecimento e também <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s, realizada continuamente, pelos docentes e discentes. As<br />

ativida<strong>de</strong>s avaliativas são realizadas semanalmente, nas diferentes unida<strong>de</strong>s temáticas visando o cuidado permanente com o cumprimento<br />

dos objetivos educacionais, assegurando uma formação <strong>de</strong> profissionais crítico-reflexivos, cientes <strong>de</strong> sua posição como atores integrantes<br />

no processo <strong>de</strong> transformação da realida<strong>de</strong> social. Resultados: Na perspectiva da aquisição <strong>de</strong> conhecimentos, essa forma <strong>de</strong><br />

avaliação possibilita a docentes e discentes a verificação semanal da aprendizagem. Paralelamente são avaliados também o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s específicas e <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s, assegurando uma formação integral. O sistema <strong>de</strong> avaliação adotado exige ao menos<br />

duas notas semestrais, cada uma composta a partir <strong>de</strong> média geométrica <strong>de</strong> avaliações parciais <strong>de</strong> cada unida<strong>de</strong> temática, ao longo <strong>de</strong><br />

cada módulo. Assim, a avaliação se materializa <strong>de</strong> forma inter e transdisciplinar, processual e integral. Conclusões: As mudanças <strong>de</strong><br />

paradigma na formação médica requerem também novas formas <strong>de</strong> avaliar o processo, consi<strong>de</strong>rando todos os atores envolvidos. A<br />

avaliação contínua e <strong>de</strong> diferentes aspectos permite a i<strong>de</strong>ntificação dos sucessos, bem como <strong>de</strong> pontos a serem corrigidos, “rotas a serem<br />

invertidas”, possibilitando a ressignificação do processo <strong>de</strong> educação médica.<br />

Expressão do Conteúdo das Reflexões dos Alunos Contidas no Portfólio do Programa <strong>de</strong><br />

Integração em Saú<strong>de</strong> na Comunida<strong>de</strong>-Pisco<br />

Bonanno, AP 25<br />

Santos, ALD 25<br />

Introdução: O Curso <strong>de</strong> Medicina da UNICID, iniciado em 2002 tem como mo<strong>de</strong>lo pedagógico a metodologia ativa no processo<br />

<strong>de</strong> ensino-aprendizagem, baseado em módulos temáticos, interdisciplinares, que abordam toda construção dos sistemas orgânicos, ciclos<br />

<strong>de</strong> vida, integrando um conjunto nuclear <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s que são <strong>de</strong>senvolvidos como objetivos educacionais,<br />

MACHADO (2002). Além disso, <strong>de</strong>senvolve um módulo, <strong>de</strong>nominado PISCO – Programa <strong>de</strong> integração em Saú<strong>de</strong> da Comunida<strong>de</strong><br />

inserido em serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF). EM 2006 introduziu-se o portfólio no PISCO para avalia-<br />

23 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

24 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

25 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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ção do aluno. Segundo Chaves (2000) o portfólio é, simultaneamente, uma estratégia que facilita a aprendizagem e permite a avaliação<br />

da mesma. Objetivos: O estudo teve como objetivo analisar o conteúdo das reflexões do aluno contidas no portfólio do PISCO. Métodos:<br />

O estudo contemplou a metodologia qualitativa, utilizando o portfólio e a técnica <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> conteúdo Minayo (1994). Para obtenção<br />

<strong>de</strong> dados da pesquisa foram avaliados portfólios <strong>de</strong> alunos dos oito períodos do PISCO <strong>de</strong> uma UBS, do primeiro semestre <strong>de</strong><br />

2008, após assinatura do termo consentimento livre e esclarecido. A análise contemplou os conteúdos das reflexões dos alunos sobre o<br />

aprendizado com as ativida<strong>de</strong>s realizadas. Resultados: Após análise <strong>de</strong> 46 portfólios foram i<strong>de</strong>ntificadas as seguintes categorias temáticas:<br />

relação equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> – usuário, que revelou aspectos positivos e negativos; percepção do aluno dos cuidados do usuário pela<br />

sua saú<strong>de</strong>, também com conteúdos positivos e negativos; humanização do aluno; ativida<strong>de</strong>s com correlação da teoria e prática, do<br />

PISCO, tutoria e habilida<strong>de</strong>s médicas. Conclusões: Compreen<strong>de</strong>mos a importância do portfólio como instrumento <strong>de</strong> aprendizado do<br />

aluno e avaliação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s em cenários <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com PSF, e também a concordância com Centra (1994), afirmando<br />

que o portfólio vem sendo apontado como uma das mais recentes contribuições para uma avaliação eficaz do ensino.<br />

Osce como Metodologia <strong>de</strong> Avaliação no Ciclo <strong>de</strong> Atenção Primária à Saú<strong>de</strong> da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Medicina do ABC<br />

Holze, S 26<br />

Moura, AA 26<br />

Bezerra, DF 26<br />

Reato, LFN 26<br />

Silva, ACCG 26<br />

Boschini, AC 26<br />

Introdução: O Ciclo <strong>de</strong> Atenção Primária à Saú<strong>de</strong> (CAPS) em <strong>2009</strong> passou a constituir o quinto ciclo do internato. Ainserção do<br />

ensino da APS encontra obstáculos na comunida<strong>de</strong> acadêmica, pois a formação hospitalocentrica está incorporada ao curso médico.<br />

Com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expandir este paradigma, as coor<strong>de</strong>nações têm procurado incorporar mo<strong>de</strong>los didático-pedagógicas diferenciados<br />

ao ciclo. A realização do OSCE <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma das UBS escola é uma <strong>de</strong>ssas propostas. Objetivo: relatar a experiência <strong>de</strong> utilização<br />

do OSCE na avaliação do CAPS como proposta pedagógica inovadora, pela utilização <strong>de</strong> recursos físicos e humanos <strong>de</strong> uma UBS. Metodologia:<br />

Foram realizadas estações <strong>de</strong>: pediatria com tema <strong>de</strong> antropometria e análise <strong>de</strong> vacinas; clínica/GO: sobre avaliação e orientação<br />

<strong>de</strong> exames <strong>de</strong> rotina e tabagismo e ortopedia: atendimento básico <strong>de</strong> fratura. As estações <strong>de</strong>moravam 10 minutos e aconteceram<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma das UBS, com a participação dos funcionários como atores e da equipe <strong>de</strong> preceptores da re<strong>de</strong>, como elaboradores e/ou<br />

observadores das estações. Resultados: Encontramos: 56,0% e 59,2% das habilida<strong>de</strong>s - técnicas e <strong>de</strong> comunicação - realizadas a<strong>de</strong>quadamente.<br />

Observou-se que o <strong>de</strong>sempenho em pediatria, GO e ortopedia foi significativamente melhor que os <strong>de</strong> clínica médica. Os alunos<br />

avaliaram <strong>de</strong> forma satisfatória a nova proposta. Os atores gostaram da experiência e mostraram interesse em participar novamente,<br />

já para os preceptores a percepção foi <strong>de</strong> que a metodologia possibilitou a avaliação não apenas dos acadêmicos, más também do<br />

conteúdo e aspectos didáticos abordados no ciclo. Conclusão: a aprovação dos estudantes, a possibilida<strong>de</strong> da avaliação da aquisição <strong>de</strong><br />

habilida<strong>de</strong>s e competências, assim como, <strong>de</strong> fornecer um feedback quanto o cumprimento das propostas educacionais, mostrou que o<br />

OSCE <strong>de</strong>ve ser incorporado como metodologia <strong>de</strong> avaliação do CAPS.<br />

26 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.<br />

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Visão do Docente sobre o Processo Seletivo Formativo para o Curso <strong>de</strong> Medicina da Escola<br />

Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública (EBMSP).<br />

Menezes, MS27 Sampaio, MCG27 Lima, ML27 Soares, JLF27 Reis, AC27 Rocha, MS27 Introdução: O processo seletivo tradicional para acesso ao curso privilegia aspectos <strong>de</strong> memorização em <strong>de</strong>trimento da reflexão.<br />

O processo <strong>de</strong> mudança incluiu a ativa participação <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> docentes na vivência profissional. Objetivo: Analisar o perfil e<br />

a opinião dos docentes sobre o processo seletivo formativo para acesso ao curso <strong>de</strong> medicina da EBMSP <strong>2009</strong>.2. Métodos: Aplicado<br />

questionário, com questões objetivas <strong>de</strong> resposta breve e subjetivas, para docentes que participaram da fase vivencial do processo seletivo<br />

formativo. Resultados: Dos 24 questionários enviados, 23 (95,8%) foram preenchidos e analisados. Dos docentes 15 (65,2%) eram<br />

dosexofeminino,compredomíniodafaixaetária<strong>de</strong>41a50anos, 12 (52,2%), 14 (63,6%) médicos, 11 (47,8%) com mestrado e 7 (30,4%)<br />

com mestrado e doutorado. Quanto à necessida<strong>de</strong> da mudança no processo seletivo, predominaram as respostas que remetem à i<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>de</strong> outras habilida<strong>de</strong>s e possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> profissionais mais a<strong>de</strong>quados, em especial no aspecto humanista. Quanto ao<br />

perfil do estudante que espera que sejam selecionados com a nova metodologia, a maioria das respostas apontam para a seleção <strong>de</strong> indivíduos<br />

mais comprometidos com questões sociais, humanistas e éticos, reflexivos, bons tecnicamente, seguros da sua escolha profissional,<br />

melhor adaptados aos novos métodos <strong>de</strong> ensino aprendizagem e à instituição e dinâmicos. Quando perguntado se gostaria <strong>de</strong> participar<br />

novamente do processo seletivo, a maioria <strong>de</strong>monstrou interesse em voltar a participar. Que foi uma experiência muito gratificante<br />

apesar <strong>de</strong> trabalhosa, muitos valorizaram o trabalho em equipe com os <strong>de</strong>mais docentes. Conclusões: Houve uma boa aceitação e<br />

compreensão do processo seletivo por parte dos docentes, sendo consi<strong>de</strong>rado um processo estimulante e com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impacto<br />

para a escolha <strong>de</strong> indivíduos mais a<strong>de</strong>quados ao curso médico.<br />

Produção <strong>de</strong> Fol<strong>de</strong>r sobre Sepse Neonatal Dirigido à Comunida<strong>de</strong> como Avaliação na<br />

Disciplina <strong>de</strong> Pediatria III<br />

Perez, CFC 28<br />

Lopes, EC 28<br />

Troncoso, LL 28<br />

Azevedo, LGA 28<br />

Carvalho, MMA 28<br />

Tortori, MMRL 28<br />

Introdução: Para estimular a prática <strong>de</strong> metodologias inovadoras <strong>de</strong> ensino-aprendizagem e a função social dos discentes, a<br />

disciplina <strong>de</strong> Pediatria III <strong>de</strong>senvolveu uma avaliação participativa. Nesta, houve a elaboração <strong>de</strong> fol<strong>de</strong>res com temas <strong>de</strong> interesse,<br />

como sepse neonatal, para pais do serviço <strong>de</strong> neonatologia do Hospital Universitário. Objetivos: Relatar a experiência da confecção <strong>de</strong><br />

material educativo sobre sepse neonatal voltado para pais <strong>de</strong> neonatos do hospital e tornar reprodutível o método inovador <strong>de</strong> avaliação<br />

aplicado. Métodos: A disciplina <strong>de</strong> Pediatria III utilizou uma avaliação participativa através da elaboração <strong>de</strong> um fol<strong>de</strong>r com linguagem<br />

acessível à comunida<strong>de</strong>, visando a informar/educar os pais <strong>de</strong> neonatos atendidos no serviço. Para sua realização a turma foi<br />

dividida em grupos, <strong>de</strong> aproximadamente sete estudantes, a cada um foi atribuído um tema. Foi disponibilizado espaço na gra<strong>de</strong> horária<br />

da disciplina e contou-se com supervisão da docente responsável pela ativida<strong>de</strong>. Outros tópicos também foram abordados: icterícia<br />

neonatal, aleitamento materno e prematurida<strong>de</strong>. Na confecção do fol<strong>de</strong>r <strong>de</strong> sepse neonatal foram utilizados livros técnicos <strong>de</strong> neonatologia<br />

e artigos científicos, sendo os tópicos abordados: <strong>de</strong>finição, fatores <strong>de</strong> risco, sinais e sintomas, conduta e profilaxia. O produto ini-<br />

27 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

28 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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cial foi apresentado à turma e à professora, originando um <strong>de</strong>bate sobre possíveis modificações. Resultados: Dentre as vantagens <strong>de</strong>ssa<br />

metodologia, <strong>de</strong>stacam-se o incentivo à função social do discente <strong>de</strong> Medicina e a consolidação <strong>de</strong> conhecimentos específicos. Dentre as<br />

dificulda<strong>de</strong>s, o uso <strong>de</strong> uma linguagem leiga e a formatação a<strong>de</strong>quada ao tamanho padrão <strong>de</strong> um fol<strong>de</strong>r. Conclusões: Ametodologia utilizada<br />

enfatiza o aprendizado centrado na participação ativa, reflexiva e contínua, uma finalida<strong>de</strong> da educação superior prevista pelas<br />

Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina. A metodologia relatada, portanto, contribui para melhorar o<br />

processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem e evi<strong>de</strong>ncia a importância da intencionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada docente e o perfil profissional que a<br />

Universida<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> formar.<br />

Avaliação do Portfólio como Ferramenta do Processo <strong>de</strong> Aprendizagem Ativo<br />

Valença, DS 29<br />

Oliveira, FP 29<br />

Introdução: Em 2007 a UFPB implantou um novo currículo para o curso <strong>de</strong> Medicina, baseada nas Diretrizes Curriculares <strong>de</strong><br />

2001. Des<strong>de</strong> então foi implantado o Modulo Pratico-Integrativo Horizontal (MHA) que se caracteriza por ser longitudinal e promover<br />

um espaço <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> todas ativida<strong>de</strong>s curriculares. Esse Módulo tem como “papel” introduzir o aluno <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro período<br />

à realida<strong>de</strong> social através <strong>de</strong> visitas às famílias <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> João Pessoa, com vivências problematizadas no Portfólio. O aluno<br />

<strong>de</strong>ve se aprofundar teoricamente nas experiências vivenciadas na comunida<strong>de</strong> e assim construir seu próprio aprendizado baseado na<br />

realida<strong>de</strong>. Objetivo: Discutir a utilização <strong>de</strong>sse método <strong>de</strong> avaliação e importância do mesmo para construir o aprendizado do estudante<br />

<strong>de</strong> Medicina. Métodos: Método <strong>de</strong>scritivo-analítico da avaliação através do Portfólio. Após as visitas na comunida<strong>de</strong>, o aluno<br />

<strong>de</strong>ve escolher as vivências mais significativas, do ponto <strong>de</strong> vista social, cultural e do âmbito organizacional do SÚS; a partir daí aprofundar<br />

teoricamente, com pesquisa <strong>de</strong> textos e artigos sobre o assunto escolhido pelo mesmo, além <strong>de</strong> expressar suas opiniões diante da vivência.<br />

O Portfólio, diferente <strong>de</strong> uma avaliação pontual, é construído ao longo do curso e pertence ao estudante, que consegue acompanhar<br />

seu crescimento ao longo dos períodos, revivendo e reapren<strong>de</strong>ndo com as experiências anteriores. Resultados:Duranteaelaboração<br />

do Portfólio o estudante se torna construtor do saber e protagonista da formação. Através das visitas o aluno <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar o<br />

usuário como ser integral. Os conhecimentos adquiridos durante a produção do Portfólio documentam o aprendizado não apenas teórico,<br />

mas social e profissional que o aluno tem nas visitas. Conclusão: Essa avaliação formativa tem papel transformador no processo<br />

ensino-aprendizagem do estudante <strong>de</strong> Medicina, tornando-o autor <strong>de</strong> sua formação, possibilitando o aprendizado continuo e a<br />

avaliação <strong>de</strong> acordo com suas experiências e vivências, estimulando o aprofundamento teórico e o saber integrativo.<br />

Desempenho <strong>de</strong> Estudantes do 6º Ano na Avaliação <strong>de</strong> Competências Clínicas no<br />

Internato Médico<br />

Passeri, SMRR 30<br />

Faria, APM 30<br />

Ribeiro-Alves, MAVF 30<br />

Zeferino, AMB 30<br />

Introdução: Verificar e avaliar o <strong>de</strong>sempenho do estudante na prática médica tem sido um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios na formação<br />

durante o curso. Adiscussão <strong>de</strong> casos ambulatoriais à beira do leito, conceito sobre comportamento e atitu<strong>de</strong>s já é uma prática instituída<br />

mas que não contemplava a observação do “fazer”. Esta dificulda<strong>de</strong> nos fez introduzir outras formas <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007. Objetivo:<br />

avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> estudantes do internato médico em situações práticas simuladas. Metodologia: o estudante é exposto a situações<br />

clínicas simuladas nas cinco gran<strong>de</strong>s áreas (Cirurgia, Clínica Médica, Pediatria, GO e Saú<strong>de</strong> Coletiva), realizando tarefas propostas<br />

diante <strong>de</strong> um avaliador. Este faz uso <strong>de</strong> um “check-list” específico em cada estação observando o <strong>de</strong>sempenho do estudante diante<br />

<strong>de</strong> um paciente simulado e com “feedback” nos últimos dois minutos do total <strong>de</strong> <strong>de</strong>z. Os pacientes são do curso <strong>de</strong> artes cênicas da<br />

universida<strong>de</strong>. Em cada estação, o avaliador assinala os itens do questionário estruturado que compõe o “check-list” e com base na pon-<br />

29 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

30 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

137<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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tuação <strong>de</strong>finida para cada item é emitido um conceito final. Resultados:Nas5provaspráticasrealizadasforamselecionadosapenasos<br />

estudantes do 6º ano (n=508). Nossa hipótese era <strong>de</strong> que haveria evolução nas médias das turmas, uma vez que a prova <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser<br />

novida<strong>de</strong> e que sua elaboração foi aperfeiçoada no <strong>de</strong>correr do tempo. Esta hipótese não foi confirmada uma vez que não houve tendência<br />

ao aumento do conceito geral (média das 5 estações) e nem específico <strong>de</strong> cada especialida<strong>de</strong> médica. O sucesso <strong>de</strong>ste sistema <strong>de</strong><br />

avaliação resultou na inclusão <strong>de</strong>sta metodologia no processo seletivo para acesso a Residência Médica e tornou-se uma prática regular<br />

no Curso <strong>de</strong> Graduação. Conclusão: a prova prática tem sido um importante indicativo sobre as <strong>de</strong>ficiências a serem superadas e<br />

conceitos a serem melhor abordados durante o curso.<br />

Fórum <strong>de</strong> Medicina: Metodologia Interdisciplinar e <strong>de</strong> Avaliação<br />

Alves, R31 Busato, V31 Futuro Neto, HÁ31 Peixoto, E31 Matos, PSBA31 Alencar, FE31 Introdução: Abusca crítica da informação, o trabalho em equipe, habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> síntese e <strong>de</strong> apresentação e o diálogo na avaliação,<br />

<strong>de</strong>vem ser ativida<strong>de</strong>s frequentes do curso médico. Objetivo: relatar o Fórum do Curso Médico, que ocorre ao final <strong>de</strong> cada semestre,<br />

integrando os conteúdos dos módulos/disciplinas do período. Metodologia: Os estudantes, em grupos <strong>de</strong> 10, realizam o Plano <strong>de</strong><br />

Trabalho estabelecido por período, com sorteio dos temas. 1º período: Práticas médicas e paradigmas; 2º: Problematização; 3º: Projeto<br />

<strong>de</strong> pesquisa; 4º: Resultados dos projetos <strong>de</strong> pesquisa; 5º: Construindo a anamnese; 6º: Medicina Baseada em Narrativa; 7º: Revisão sistemática<br />

da literatura médica; 8º: Painéis multidisciplinares. Os estudantes do 3º período apresentam ainda Diagnóstico da Família na Visita<br />

Domiciliar. Cada trabalho tem uma banca <strong>de</strong> 2a4docentes.Emalgumas<strong>de</strong>las,hádiscenteserepresentantesdoserviço,<strong>de</strong>nível<br />

Central ou da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, incluindo o Agente Comunitário. Aavaliação do trabalho escrito e da apresentação oral é feita através<br />

<strong>de</strong> lista <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> itens (checklist) e gera uma nota única para todos os integrantes do grupo, máxima <strong>de</strong> 1,0 (um) na nota do 2º bimestre.<br />

Resultados: No Fórum <strong>2009</strong>/1, cerca <strong>de</strong> 50 trabalhos foram apresentados, na forma escrita, com apresentações orais com data<br />

show ou pôster. Amédia das notas foi <strong>de</strong> 0,8. As notas dos profissionais dos serviços foram sempre maiores do que as dos docentes e as<br />

dos discentes foram semelhantes às notas dos docentes. As notas dos docentes variaram <strong>de</strong> acordo com o seu envolvimento no período<br />

e com a análise do trabalho. Conclusões: O Fórum permite o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências, assim como o diagnóstico, com<br />

correção <strong>de</strong> lacunas no campo <strong>de</strong> conhecimentos do período.<br />

Estratégia <strong>de</strong> Avaliação Baseada no Ensino com Pesquisa no Primeiro Ano do Curso <strong>de</strong><br />

Medicina da Universida<strong>de</strong> do Extremo Sul Catarinense<br />

Rosa MI32 Simões, PWTA32 Moretti, GP32 Steckert Filho, A32 Melão, S32 Souza, MV32 Introdução: A estratégia <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> ensino com pesquisa preconiza utilizar os princípios do ensino associados aos da pesquisa,<br />

e principalmente à concepção <strong>de</strong> conhecimento e ciência em que a dúvida e a crítica sejam elementos fundamentais. Objetivos:<br />

Descrever o processo interdisciplinar <strong>de</strong> avaliação baseado na estratégia <strong>de</strong> ensino com pesquisa realizado nas duas primeiras fases do<br />

curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> do Extremo Sul Catarinense(UNESC). Métodos: Na primeira fase foi realizado um estudo trans-<br />

31 UNIVIX – Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

32 UNESC – Universida<strong>de</strong> do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, Brasil.<br />

138<br />

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versal com aplicação <strong>de</strong> questionário sobre os hábitos <strong>de</strong> vida e principais problemas enfrentados pela população <strong>de</strong> Criciúma(SC) em<br />

bairros pré-selecionados on<strong>de</strong> funcionam os Ambulatórios <strong>de</strong> Interação Comunitária. O banco <strong>de</strong> dados foi <strong>de</strong>senvolvido no software<br />

Excelenasegundafase,apesquisaabordouaextração<strong>de</strong>informações pelo Datasus (Informática Médica). Nas duas fases o estudo finalizou<br />

com a análise <strong>de</strong> dados, interpretação e inferências(Epi<strong>de</strong>miologia/Bioestatística). Os resumos foram submetidos on-line pelo sistema<br />

Conftool. O resultado foi divulgado em um evento científico próprio(Workshop) para socialização do conhecimento com apresentação<br />

dos posteres e três apresentações orais, pré-selecionados. Ao final, os anais do evento <strong>de</strong>vem ser encaminhados à Secretaria <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> como indicador dos temas abordados. Resultados: Esta estratégia está sendo abordada nas duas primeiras fases do curso <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o primeiro semestre <strong>de</strong> 2008 totalizando 74 pesquisas. Na primeira fase os bairros escolhidos foram Ana Maria, Mineira Nova e Gran<strong>de</strong><br />

Próspera(2008/1), Mina do Mato(2008/2), São Luiz e Michel(<strong>2009</strong>/2). A 2ª fase abordou questões como saneamento básico, perfil dos<br />

estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>(2008/1), indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> morbimortalida<strong>de</strong>(2008/2), e sugeridos pela re<strong>de</strong> RIPSA(<strong>2009</strong>/2). Conclusões:<br />

A experiência apresentou-se como uma boa estratégia, com maior valorização das ativida<strong>de</strong>s realizadas nas disciplinas<br />

envolvidas. Os acadêmicos tiveram uma experiência formal <strong>de</strong> pesquisa no início da graduação, característica rara na maioria dos<br />

cursos <strong>de</strong> graduação das universida<strong>de</strong>s brasileiras, com contribuição para a produção científica médica.<br />

Avaliação <strong>de</strong> Mapas Conceituais Desenvolvidos a Partir <strong>de</strong> Discussões do Aprendizado<br />

Baseado em Caso Clínico<br />

Me<strong>de</strong>iros, FC 33<br />

Me<strong>de</strong>iros, MAS 34<br />

Miranda, MC 33<br />

Wan<strong>de</strong>rley, T 33<br />

Saraiva, A 33<br />

Rabelo, CM 33<br />

Introdução: O mapeamento conceitual é uma estratégia <strong>de</strong> ensino efetiva para o <strong>de</strong>senvolvimento das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pensamento<br />

crítico e solução <strong>de</strong> problema. Para criar um mapa o estudante <strong>de</strong>ve conectar os significados dos conceitos e precisa ter uma percepção<br />

completa da situação <strong>de</strong> fatos fragmentados da memória remota. Requer que o estudante procure e apresenta dados <strong>de</strong> uma forma<br />

lógica, or<strong>de</strong>nada e preciso. Objetivo: avaliar os mapas conceituais através da rubrica <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> mapas conceituais da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Minnesota. Métodos: Um caso clínico <strong>de</strong> câncer cervical uterino é discutido <strong>de</strong> forma tutorial e a solução apresentada em formato<br />

<strong>de</strong> mapa conceitual por 29 alunos. Os mapas foram avaliados por dois monitores e dois faculties, subjetivamente quanto à estrutura,<br />

relações, complexida<strong>de</strong> e comunicação, cada item qualificado em excelente, bom, a<strong>de</strong>quado, marginal e inaceitável. Investigaram-se<br />

os estudantes quanto a utilida<strong>de</strong> dos mapas no aprendizado do raciocínio clinico através <strong>de</strong> pergunta aberta. Resultados: População<br />

constou <strong>de</strong> 17 mulheres e 12 homens com ida<strong>de</strong> media <strong>de</strong> 23a. Num total <strong>de</strong> 116 avaliações obtivemos 38,8% boa e excelente para complexida<strong>de</strong>,<br />

36,2% para comunicação, 44% para estrutura, 46,6% para relações; 26,7% a<strong>de</strong>quada para complexida<strong>de</strong>, 27,6% a<strong>de</strong>quada<br />

para comunicação; 25% para estrutura e 24% para as relações. Quando subdivididos por gênero o feminino recebeu qualificações significativamente<br />

superiores que os homens na complexida<strong>de</strong>, na comunicação, na estrutura e nas relações. Os avaliadores monitores foram<br />

mais rígidos e mais divergentes nas avaliações quando comparados aos faculties e entre estes houve maior concordância que entre<br />

os monitores. Dezoito alunos respon<strong>de</strong>ram a pergunta aberta, 3 (16,6%) acharam não produtivo ou indiferente enquanto 15 (83,3%)<br />

acharam importante, válido, estimulante, interessante para sintetizar idéias, para treinar o raciocínio clinico, concatenar idéias,<br />

proporcionar pensamento critico e fixação do assunto. Conclusão: A avaliação dos mapas conceituais na sua gran<strong>de</strong> maioria os mapas<br />

conceituais foram avaliados como a<strong>de</strong>quados e bons.<br />

33 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

34 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

139<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Avaliação do Pentágono <strong>de</strong> Erasmus para Abordagem dos Cuidados Primarios <strong>de</strong> Sau<strong>de</strong><br />

na Solução <strong>de</strong> Casos Clínicos<br />

Me<strong>de</strong>iros, FC 35<br />

Me<strong>de</strong>iros, MAS 36<br />

Introdução: Engel acreditava que para enten<strong>de</strong>r e respon<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>quadamente ao sofrimento dos pacientes - e dá-los um senso <strong>de</strong> serem<br />

entendidos – os médicos <strong>de</strong>vem aten<strong>de</strong>r as dimensões biológicas, psicológicas e sociais da doença. No método clinico a história da queixa<br />

principal e sintomas, história pregressa e familiar são feitas na consulta. Ahistória, seguida pelo exame clínico produzem evidências para<br />

formulação do diagnóstico e diagnósticos diferenciais. O método pentagonal <strong>de</strong> resolver problemas é um mo<strong>de</strong>lo andragógico <strong>de</strong>senvolvido<br />

por Erasmus et al. (1997) a partir do mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial <strong>de</strong> Engel, on<strong>de</strong> os componentes da saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>, da família e da pessoa<br />

se associam à avaliação clinica clássica levando em consi<strong>de</strong>ração os aspectos éticos. Objetivo: verificar os componentes do pentágono biopsicossocial<br />

na solução <strong>de</strong> casos clínicos no módulo <strong>de</strong> ginecologia da UFC. Métodos: um caso clinico <strong>de</strong> câncer do colo uterino é discutido <strong>de</strong><br />

forma tutorial e a solução <strong>de</strong>ve ser apresentada em formato <strong>de</strong> mapa conceitual por 29 alunos.Os componentes do pentágono <strong>de</strong> Erasmus foram<br />

investigadas. Resultados: População estudada constou <strong>de</strong> 17 mulheres e 12 homens com ida<strong>de</strong> media <strong>de</strong> 23 anos. Todos abordaram as<br />

questões clínicas e nenhum os aspectos éticos. Apenas 6,9% <strong>de</strong> todos os avaliados abordou a questão macro (saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>), sendo<br />

todos estes do gênero feminino (11,8% do gênero). Da mesma forma 10,3% abordou as questões micro (saú<strong>de</strong> da família) sendo também todas<br />

do gênero feminino (17,6% do gênero). As questões da saú<strong>de</strong> individual foram abordadas por 76,5% das mulheres e por 58,3% dos homens<br />

(total <strong>de</strong> 69% da população estudada). Conclusão: dimensões éticas e da saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong> não foram contempladas por ambos os<br />

gêneros enquanto o feminino está mais atento as questões da saú<strong>de</strong> da família e individual. Um olhar sobre a construção dos casos ou da condução<br />

dos tutores po<strong>de</strong> esclarecer os resultados.<br />

Influência do Nível <strong>de</strong> Ansieda<strong>de</strong> Auto-Avaliado no Desempenho <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s por Alunos<br />

do Internato <strong>de</strong> Ginecologia e Obstetrícia da UFMG, Aferido pela Metodologia Osce<br />

Pereira, AK37 Reis, ZSN37 Aguiar, RALP37 Reis, FM37 Freitas, S37 Silva, JGC37 Introdução: Após um ano <strong>de</strong> preparo envolvendo a Comissão Permanente <strong>de</strong> Avaliação do Colegiado do Curso Médico e os<br />

<strong>de</strong>partamentos afins, a metodologia OSCE foi implantada na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFMG para avaliar habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s dos<br />

alunos do Internato. Durante os dois trmestres <strong>de</strong> implantação, uma questão preocupante foi verificar o grau <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> dos alunos<br />

no <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>sta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliação e seu impacto no resultado final da avaliação. Objetivo: Avaliar a influência da ansieda<strong>de</strong><br />

do acadêmico do curso <strong>de</strong> medicina na avaliação final <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s para atendimento básico em Ginecologia e Obstetrícia. Metodologia:<br />

Cento e sessenta e seis alunos foram avaliados quanto ao seu <strong>de</strong>sempenho teórico e prático no internato <strong>de</strong> Ginecologia e<br />

Obstetrícia, no primeiro e segundo trimestres <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. O internato tem a duração <strong>de</strong> 3 meses. Aavaliação <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s exigidas<br />

na disciplina foi realizada através da metodologia OSCE. Em cada estação o aluno era avaliado por professor entre 0 e 20 pontos.<br />

Estações com cenários <strong>de</strong> atendimento simulado foram montados, empregando-se atores em 4 das 9 estações. Ao final da prova, o aluno<br />

preenchia questionário <strong>de</strong> auto-avaliação incluindo o grau <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> por estação, empregando-se escala <strong>de</strong> zero (nenhum) a<br />

nove (máxima). Ainfluência do grau <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> no <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s foi pesquisada por analise <strong>de</strong> regressão. Resultados:<br />

745 questões foram avaliadas em 166 alunos, nos 2 trimestres. O <strong>de</strong>sempenho dos estudantes, por estação, variou <strong>de</strong> 1 a 20 pontos, com<br />

média 2,9. Não houve±3,2. O grau <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> médio, por estação, foi 5,2±15,5 correlação entre o <strong>de</strong>sempenho no teste prático e o grau<br />

<strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> autoavaliado (r=0,0, p-valor: 0,55). Conclusões: O grau <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> dos alunos não foi fator <strong>de</strong> importância no <strong>de</strong>sempenho<br />

das habilida<strong>de</strong>s exigidas no atendimento em ginecologia e obstetrícia, avaliado pelo OSCE.<br />

35 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

36 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

37 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

140<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O Desafio da Construção da Avaliação no Modulo <strong>de</strong> Semiologia Medica<br />

Sari-Eldim, OF 38<br />

Gonçalves, LT 38<br />

Bitencourt, PAA 38<br />

Paula, MJA 38<br />

Paula, ARA 38<br />

Pereira, BL 38<br />

Introdução: avaliação e o ensino caminham juntos, a metodologia usada pelo docente favorece no pensar e na construção do conhecimento<br />

do aluno, assim, o instrumento <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>ve seguir essa metodologia na busca <strong>de</strong> um objetivo. Na avaliação, atribui-se<br />

uma qualida<strong>de</strong> ou ação para o direcionamento ou redirecionamento do aluno, portanto visa sua inclusão continua. Objetivo:<br />

<strong>de</strong>screver experiência <strong>de</strong> quatro semestres sobre as formas <strong>de</strong> avaliação do módulo <strong>de</strong> Semiologia I. Metodologia: estudo <strong>de</strong>scritivo, retrospectivo,<br />

da aplicação da semiologia médica, analisando as modificações que ocorreram ao longo <strong>de</strong> quatro períodos. Resultados:<br />

estudantes eram avaliados com conceitos pré-estabelecidos e equivalentes a <strong>de</strong>terminada nota atribuída pelo professor. Nos semestres<br />

seguintes aprimoramos e <strong>de</strong>talhamos critérios <strong>de</strong> cada conceito - semiotécnica, manobras com domínio anatômico, técnicas <strong>de</strong> entrevista,<br />

linguagem condizente, biossegurança, minimizamos a subjetivida<strong>de</strong> das avaliações práticas e das correções das anamneses com<br />

critérios <strong>de</strong> correção, execução <strong>de</strong> exame físico uniformizado e criamosprovaspráticasmensais.Nasprimeirasavaliaçõeshouveexcessos<br />

para ambos os lados, concessões <strong>de</strong> notas <strong>de</strong>snecessárias e permissivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vido à inexperiência, cobranças excessivas e falta <strong>de</strong><br />

direcionamento nas correções. Optamos nesse último semestre pela entrega facultativa. Conclusão: observamos que mesmo tendo número<br />

menor <strong>de</strong> entregas das anamneses para correção, não houve diferença no rendimento em relação ao semestre anterior, quando era<br />

exigido. Ainda temos muito a apren<strong>de</strong>r quanto á avaliação e tentamos, a cada semestre, aprimorar conhecimento técnico da disciplina<br />

em conjunto com conhecimento avaliativo; aplicando-o com compromisso e com a vivência do dia a dia do estudante a beira do leito.<br />

Mesmo mantendo o mesmo rigor na avaliação, acreditamos que o fator <strong>de</strong> avanço se <strong>de</strong>ve à integração da equipe <strong>de</strong> professores,<br />

coor<strong>de</strong>nação da disciplina e do curso, pois quando se fala em uníssono, conquistamos a credibilida<strong>de</strong> e confiança do estudante,<br />

imprescindível no processo <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

Competencias <strong>de</strong> Internos e Resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Ginecologia e Obstetricia Na Prescrição<br />

Racional na Síndrome Climatérica<br />

Me<strong>de</strong>iros, MAS 39<br />

Coutinho, DM 40<br />

Rabelo, CM 40<br />

Miranda, MC 40<br />

Mota, GM 40<br />

Me<strong>de</strong>iros, FC 40<br />

Introdução:. Aexpectativa <strong>de</strong> vida para as mulheres está aumentando e a média <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong> é <strong>de</strong> aproximadamente 80 anos.<br />

O <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> esterói<strong>de</strong>s sexuais no climatério e menopausa leva a alterações fisiológicas e psicológicas que po<strong>de</strong>m interferir na qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida. Objetivo:. Avaliar a competência <strong>de</strong> internos e resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Ginecologia e Obstetrícia (G&O) quanto a prescrição racional<br />

para a síndrome climatérica. Pessoas e Métodos: Resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> G&O e 11 internos (I) foram avaliados. Um ví<strong>de</strong>ocaso real foi gravado e<br />

projetado, on<strong>de</strong> a paciente apresentava sintomas clássicos da síndrome climatérica. Paciente permanececomútero.Pedia-separasefazer<br />

uma prescrição. Resultados e Discussão: <strong>de</strong>scumprimento dos itens necessários para uma receita. 90,9% dos I, 71,4% dos R1, 33,3%<br />

R2 e 66,7% dos R3 não i<strong>de</strong>ntificaram a paciente; 36,4% dos I, 28,6% dos R1, e 50% dos R3 não <strong>de</strong>screveram a via <strong>de</strong> administração; 36,4%<br />

dos I, 14,3% dos R1, 16,7% dos R2 e 33,3% dos R3 não <strong>de</strong>screveram a posologia; 30,4% dos I, 30,4% dos R1, 21,7% dos R2 e 17,4% dos R3<br />

não <strong>de</strong>screveram a duração do tratamento e não houve i<strong>de</strong>ntificação do prescritor em 33,3% dos I, 29,2% dos R1, 16,7% dos R2 e 20,8%<br />

dosR3.Das30prescriçõeshouve21variações<strong>de</strong>associaçõesmedicamentosas, vias <strong>de</strong> administração e doses. Das prescrições, 36% fo-<br />

38 UNIVIX – Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

39 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

40 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

141<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


am justificadas e 26,6% racionais. Consi<strong>de</strong>ramos racionais as prescrições a<strong>de</strong>quadas e dirigidas aos anseios da paciente em questão (fogachos,<br />

insônia e secura vaginal) e correspon<strong>de</strong> ao experimentado por 70% das mulheres nessa fase da vida. Apesar <strong>de</strong> uma varieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> tratamentos para os sintomas climatéricos, existe necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se padronizar opções terapêuticas seguras e efetivas para mulheres<br />

que fazem opção <strong>de</strong> tratamentos hormonais ou não. Faz-se necessáriooensinodousoracionaledaelaboração<strong>de</strong>receitasmédicas.<br />

Utilização <strong>de</strong> Ví<strong>de</strong>o-Vinhetas Clínicas como Instrumentos <strong>de</strong> Avaliação do Raciocínio<br />

Clinico (Diagnóstico Inicial)<br />

Me<strong>de</strong>iros, FC 41<br />

Mota, DMC 41<br />

Mota, GM 41<br />

Carvalho, ER 41<br />

Martins, AS 41<br />

Miranda, MC 41<br />

Introdução: Uma ferramenta <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> casos em formato <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o baseados em vinhetas clinicas e respondidas por questionários<br />

<strong>de</strong> scripts diagnósticos é <strong>de</strong>monstrada como testes <strong>de</strong> raciocínio clinico. Vinhetas clínicas tem sido pesquisadas há 30 anos<br />

para medir condutas diagnósticas. Os ví<strong>de</strong>os têm levado os alunos a criarem uma visão mental realística, a ver pacientes como pessoas.<br />

São altamente apropriados para uso em diferentes cenários <strong>de</strong> aprendizagem. Objetivos: Analisar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> graduandos <strong>de</strong><br />

medicina a fazerem diagnósticos após assistirem a ví<strong>de</strong>o-clips <strong>de</strong> vinhetas <strong>de</strong> doenças. Metodologia: Um ví<strong>de</strong>o <strong>de</strong> 1’46” sobre mioma<br />

uterino foi projetado durante avaliação teórico-prática do módulo <strong>de</strong> Ginecologia da FAMED-UFC em junho/09. Os estudantes foram<br />

avaliado por questionário <strong>de</strong> script <strong>de</strong> doença. Foram divididos em grupos <strong>de</strong> alto (AD) e baixo (BD) <strong>de</strong>sempenho para cálculo do índice<br />

<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> discriminação da questão (Ebel, 1965). Comparou-se o <strong>de</strong>sempenho com notas teóricas e com notas práticas no<br />

mesmo período. Os resultados foram avaliados segundo testes estatísticos, usando software SPSS v16.0. Resultados: Os índices <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong> discriminação da questão foram <strong>de</strong> 77% e 0,27, significando uma questão fácil, mas <strong>de</strong> bom índice <strong>de</strong> discriminação. Verificou-se<br />

diferença (p = 0,002) entre os valores das médias das provas teóricas (7,81 ± 0,66) e práticas (8,43 ± 1,07). Não houve diferença significativa<br />

entre a percentagem <strong>de</strong> acertos <strong>de</strong> alunos AD e BD quanto as médias das teoricas (p = 0,186). No grupo classificado segundo a<br />

nota prática, os alunos acima da média (7,5) apresentaram maior proporção <strong>de</strong> acertos diagnósticos das vinhetas (p = 0,022). Conclusões:<br />

Os alunos tem melhor <strong>de</strong>sempenho nas avaliações práticas do que em teóricas. O fato <strong>de</strong> acertos ocorrerem mais relacionados com<br />

o índice <strong>de</strong> prova prática reforça que para o diagnóstico inicial, o processo é automatico, sem esforço <strong>de</strong> conexão entre a informação clínica<br />

e biomédica no caso <strong>de</strong> conhecimento armazenado previamente.<br />

Descrição e Análise da Vivência Profissional no Processo Seletivo Formativo para o Curso<br />

<strong>de</strong> Medicina da Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública (EBMSP)<br />

Nunes, VL42 Menezes, MS42 Gonzales D42 Soliani, ML42 Mascarenhas, AV42 Gomes, IN42 Introdução: no processo seletivo para o curso <strong>de</strong> medicina da EBMSP, incluiu-se, além da avaliação teórica, momento vivencial,<br />

aplicado aos candidatos selecionados na proporção <strong>de</strong> 3:1 vaga, e composto por três ativida<strong>de</strong>s, uma das quais a vivência profissional.<br />

Objetivos: <strong>de</strong>screver a vivência profissional e analisar a sua influência sobre a concepção do significado <strong>de</strong> “ser médico” para candidatos<br />

participantes do processo seletivo <strong>de</strong> Medicina na EBMSP em <strong>2009</strong>.2. Métodos: formaram-se grupos <strong>de</strong> 10 candidatos e dois docentes,<br />

que <strong>de</strong>senvolveram a vivência em estações ambientadas em salas <strong>de</strong> aula. Os candidatos eram recebidos pelos docentes com um<br />

caso problema envolvendo uma doença <strong>de</strong> recente importância epi<strong>de</strong>miológica. Em seguida, os grupos eram divididos em dois cenári-<br />

41 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

42 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

142<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


os, para dramatizar o caso apresentado. Um dos cenários ocorria em ambiente da atenção primária/ remoção/regulação, e outro na secundária/terciária.<br />

Aseguir, todos voltavam a se reunir para discutir a experiência, solicitado que assinalassem <strong>de</strong>pois suas impressões<br />

pessoais em breve questionário, que incluía questão aberta sobre o significado <strong>de</strong> ser médico. De 325 questionários, foram selecionados,<br />

<strong>de</strong> forma aleatória, 111, e analisadas as categorias: integralida<strong>de</strong>, humanismo, relação médico-paciente e comunicação, relacionadas<br />

com os objetivos da vivência. Resultados: observou-se que 72,97% dos estudantes incluíram em suas respostas aspectos relacionados<br />

com pelo menos uma das categorias empregadas, com a seguinte distribuição: 45,05% - uma categoria, 22,52% - duas e 5,4%- três. De<br />

acordo com o tipo <strong>de</strong> categoria, 50,45% do total <strong>de</strong> alunos incluíram aspectos relativos à humanização da prática médica, 35,53% ao<br />

princípio da integralida<strong>de</strong>, 14,41% à relação médico-paciente, e 7,2% à comunicação. Conclusões:Osresultadosobtidossugeremque<br />

os objetivos da vivência foram bem sucedidos, tendo ela funcionado como uma experiência formativa para os participantes, fazendo-os<br />

refletir a respeito do perfil médico a<strong>de</strong>quado às atuais necessida<strong>de</strong>s dos pacientes e das populações.<br />

143<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TEMA: METODOLOGIA DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO<br />

MÉDICA<br />

A Inserção <strong>de</strong> Acadêmicos no Contexto da Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (ESF):<br />

Comparativo entre Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS) com ESF e Outra sem nas Ações <strong>de</strong><br />

Controle do Diabetes Mellitus (DM)<br />

Balestrêro, MHS1 Ribeiro, SL1 Vargas, TB1 Teodoro, HCC1 Dias, TAOMN1 Silva, RA1 Introdução: O DM, doença crônica caracterizada por glicemia <strong>de</strong> jejum superior a 126 mg/dl, acomete 7,6 % da população entre<br />

30 a 69 anos, segundo Senso Nacional, 1988. Devido o comprometimento da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e custos com complicações, a ESF, que<br />

atua em promoção e prevenção, é ferramenta importante no controle da doença. Assim, além <strong>de</strong> favorecer melhor formação, pesquisas<br />

realizadas por alunos sobre o ESF no DM auxiliam no melhor direcionamento das ações. Objetivo: Avaliar as ações <strong>de</strong> controle do DM<br />

nas UBS Jardim da Penha (com ESF) e Jabour (sem), Vitória – ES. Método: Coorte histórico <strong>de</strong> 128 prontuários, obe<strong>de</strong>cendo os critérios<br />

<strong>de</strong> inclusão/exclusão (ambos os sexos, vivos, inscritos entre 2000 e 2006, <strong>de</strong> 15 a 75 anos, sendo DM a doença <strong>de</strong> base). Analisou-se onze<br />

variáveis: duas relativas a i<strong>de</strong>ntificação dos sujeitos (sexo e faixa etária); Nove relacionadas ao objetivo (regularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consulta, exames<br />

<strong>de</strong> rotina, encaminhamento a grupos, controle da Hipertensão Arterial, relatos <strong>de</strong> pé diabético, retinopatia diabética, obesida<strong>de</strong>,<br />

DM na família e ficha do HiperDia). Apesquisa submeteu-se ao comitê <strong>de</strong> ética em pesquisa. Resultados: Não houve diferença nas frequência<br />

<strong>de</strong> consultas e relatos <strong>de</strong> retinopatia. Jardim da Penha apresentou melhores resultados no encaminhamento a grupos, existência<br />

<strong>de</strong> obesida<strong>de</strong>, DM na família, pé diabético e ficha do HiperDia. Jabour apresentou melhor regularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consultas e controle da<br />

Hipertensão Arterial. Houve diferenças no sexo e faixa etária atendidos. Porém, todas as avaliações ficaram abaixo do esperado em ambas<br />

as UBS. Houve dificulda<strong>de</strong>s na leitura e falta <strong>de</strong> informação dos prontuários. Conclusão: No geral, a ESF favoreceu o melhor acompanhamento,<br />

porém a falta <strong>de</strong> dados nos prontuários <strong>de</strong> ambas as UBS dificultou uma análise mais precisa. Para os alunos, a pesquisa<br />

serviu ainda para alertar da importância dos prontuários na construção <strong>de</strong> conhecimento.<br />

Desenvolvimento do Raciocínio Clínico em Estudantes <strong>de</strong> Medicina: um Estudo<br />

Qualitativo<br />

Fornaziero, CC 2<br />

Garanhani, ML 2<br />

Gordan, PA 2<br />

Introdução: um dos aspectos mais relevantes nas atuais discussões sobre estratégias <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> impacto na prática clínica<br />

é a forma como os médicos elaboram o raciocínio clínico. Objetivo: compreen<strong>de</strong>r o processo <strong>de</strong> raciocínio clínico <strong>de</strong>senvolvido pelos internos<br />

do curso <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> pública. Métodos: trata-se <strong>de</strong> uma pesquisa com abordagem quantitativa e qualitativa. Aamostra<br />

foi formada por 16 internos, representantes dos 14 grupos <strong>de</strong> estágios do internato. O corpus do estudo abrangeu a filmagem da resolução<br />

<strong>de</strong> 10 casos clínicos relacionados a temas discutidos durante o curso e prevalentes na prática clínica (05 casos consi<strong>de</strong>rados fáceis e 05 consi<strong>de</strong>rados<br />

difíceis, por 03 juízes) e a realização <strong>de</strong> entrevistas. Para a primeira etapa, os internos respon<strong>de</strong>ram individualmente aos 10 casos clínicos,<br />

apresentados em um notebook com webcam. Eles foram instruídos a verbalizar todo pensamento utilizado durante a resolução dos problemas<br />

para o registro das falas. As entrevistas foram realizadas no segundo momento abordando a concepção e a prática do raciocínio clínico.<br />

Para a análise do material coletado foi realizada a escuta do relato oral do estudante, transcrição das falas, observação da filmagem e tabu-<br />

1 UNIVIX, Universida<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

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lação da metodologia empregada. Os dados quantitativos foram avaliados por percentual simples e os dados <strong>de</strong>scritivos por análise <strong>de</strong> discurso.<br />

Resultados: entre as 160 resoluções <strong>de</strong> casos clínicos, tivemos 106 (66.2%) por raciocínio analítico - formulação <strong>de</strong> hipóteses e 54 (33.8%)<br />

por raciocínio não analítico - script da doença. Estes resultados foram relacionados à <strong>de</strong>scrição dos procedimentos utilizados pelos estudantes<br />

e aos significados <strong>de</strong> raciocínio clínico expressos. Conclusões: a análise qualitativa e quantitativa da <strong>de</strong>scrição do raciocínio clínico pelos estudantes,<br />

através <strong>de</strong> som e imagem, permite obter dados que po<strong>de</strong>m levar a melhor compreensão <strong>de</strong>ste processo e po<strong>de</strong>m contribuir para o <strong>de</strong>senho<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> treinamento formal em Raciocínio Clínico.<br />

Ferramenta <strong>de</strong> Avaliação Sistemática da Ativida<strong>de</strong> Interdisciplinar em Estágio <strong>de</strong><br />

Medicina Interna na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu/UNESP<br />

Venditti, VC 3<br />

Holmo, NF 3<br />

Godoy, I 3<br />

Caramori, JCT 3<br />

Introdução: Interdisciplinarida<strong>de</strong> é questão <strong>de</strong>batida no âmbito da educação. O conhecimento atingido por <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> “estudos <strong>de</strong> casos clínicos” (ECC) requer muitos conhecimentos para plena conclusão, abordagem ampla e as discussões produzidas<br />

na evolução revestem-se <strong>de</strong> caráter interdisciplinar. Objetivo: Desenvolver o método para analisar resultados <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> interdisciplinar<br />

em Medicina Interna na perspectiva <strong>de</strong> professores e alunos. Metodologia: Avaliar os produtos da prática interdisciplinar em estágio<br />

do 5º ano médico, on<strong>de</strong> um ECC é apresentado e acompanhado por um professor, durante 2-3 semanas, em que a finalização da<br />

ativida<strong>de</strong> ocorre em reunião com três professores <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s distintas. Acoleta <strong>de</strong> dados será realizada ao término da apresentação<br />

<strong>de</strong> conclusão por dois professores da ativida<strong>de</strong> (A e B); e um aluno pesquisador (C), que observará a apresentação e entrevistará os<br />

alunos. Será analisada também a apresentação audiovisual gerada pelos pesquisadores A, B e C. Resultados: Aaplicação da ferramenta<br />

teve início em <strong>2009</strong> ocorrendo no momento <strong>de</strong> conclusão na ativida<strong>de</strong>. Apesquisa é do tipo participativo: o pesquisador Aregistra as informações<br />

do <strong>de</strong>sempenho do grupo e do tutor quanto à participação <strong>de</strong> ambos e à abordagem <strong>de</strong> transdisciplinarida<strong>de</strong> atingida. O<br />

pesquisador B avalia a metodologia <strong>de</strong>senvolvida pelos alunos, baseada no <strong>de</strong>senvolvimento do ECC e nas questões apresentadas ao<br />

longo do processo. O pesquisador C, após entrevistar os alunos, registra as etapas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do ECC. Aanálise da apresentação<br />

expositiva final reforçará o conhecimento adquirido. As conclusões serão atribuídas às quatro fontes. Conclusões: Aativida<strong>de</strong> ECC<br />

e a ferramenta <strong>de</strong> avaliação são trabalhos pioneiros em nosso meio acadêmico e o <strong>de</strong>senvolvimento trouxe expectativas <strong>de</strong> aprimoramento.<br />

A formação docente permanece ancorada em paradigmas disciplinares. A inexistência <strong>de</strong> contrapontos teóricos e práticos, que<br />

compensem a forte ênfase disciplinar torna as práticas interdisciplinares uma aventura perigosa e evitada pelos professores <strong>de</strong><br />

medicina.<br />

Representativida<strong>de</strong> Temática dos <strong>Trabalhos</strong> Apresentados no 46° Congresso Brasileiro <strong>de</strong><br />

Educação Médica<br />

OLIVEIRA, JS 4<br />

Athay<strong>de</strong>, GAT 4<br />

Ronconi, DE 4<br />

Pereira, GC 4<br />

Fernan<strong>de</strong>s, BM 4<br />

Sousa-Muñoz, RL 4<br />

Introdução: O Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Educação Médica (<strong>COBEM</strong>), realizado anualmente há 43 anos, é o maior evento nessa<br />

área do conhecimento realizado no Brasil. A apresentação <strong>de</strong> temas livres durante o <strong>COBEM</strong> representa importante fonte <strong>de</strong> informação<br />

sobre o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas na área <strong>de</strong> educação médica no país. Objetivos: Analisar quantitativa e qualitativamente as<br />

temáticas dos trabalhos apresentados no 46° <strong>COBEM</strong>, em 2008. Métodos: Estudo observacional e transversal, com revisão documental<br />

dos Anais do 460 <strong>COBEM</strong> realizado em 2008 e participação presencial no evento. Resultados: Foram apresentados 815 trabalhos cientí-<br />

3 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu, Botucatu, SP, Brasil.<br />

4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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ficos no <strong>COBEM</strong> 2008, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 19 eixos temáticos. As temáticas com maior número <strong>de</strong> trabalhos foram: (1) Os cenários <strong>de</strong> prática e integração<br />

à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; e (2) Currículo e metodologias <strong>de</strong> ensino. Depois <strong>de</strong>stes, as áreas (3) Extensão Universitária, (4)<br />

Humanização e Ética, (5) Apoio psico-pedagógico ao estudante e (6) Saú<strong>de</strong> coletiva na graduação foram eixos com alto número <strong>de</strong> trabalhos.<br />

Esses temas indicam que currículo e cenários <strong>de</strong> aprendizagem prática parecem exigir mais atenção dos pesquisadores no campo<br />

da educação médica neste momento <strong>de</strong> implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais. A tendência atual <strong>de</strong> integração da formação<br />

médica com a atenção primária parece ser corroborada também pelo enfoque <strong>de</strong>stacado em extensão universitária no congresso.<br />

O <strong>de</strong>staque <strong>de</strong> temas humanísticos no evento também indica a atual necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resgate da humanização na prática clínica contemporânea.<br />

Conclusões: Asimples análise quantitativa das temáticas apresentadas no <strong>COBEM</strong> 2008 não permite conclusões explicativas,<br />

contudo é indicativo da tendência temática na produção <strong>de</strong> trabalhos na área <strong>de</strong> educação médica no Brasil atualmente. As mudanças<br />

curriculares, a aprendizagem prática na comunida<strong>de</strong> e a formação humanística do estudante <strong>de</strong> medicina constituíram os temas mais<br />

focalizados nesse congresso, o que parece refletir o reconhecimento dos elementos faltantes da formação médica contemporânea.<br />

A Revisão Sistemática na Docência em Saú<strong>de</strong> como Subsídio para Tomada <strong>de</strong> Decisão:<br />

Relato <strong>de</strong> uma Experiência<br />

Araujo, EC 5<br />

Gerab, IF 5<br />

Batista, SH 5<br />

Introdução: a revisão sistemática é uma técnica <strong>de</strong> pesquisa muito utilizada na área da saú<strong>de</strong>. Sua utilização tem sido ampliada<br />

para outras áreas como a educação <strong>de</strong>vido à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> evidências para solucionar problemas sociais bem como para a tomada <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão no campo das políticas públicas. Objetivo: analisar um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> revisão sistemática utilizado no âmbito da pesquisa qualitativa<br />

para caracterizar a produção científica nacional sobre docência em saú<strong>de</strong> no período <strong>de</strong> 1997 a 2007. Metodologia: <strong>de</strong>finiu-se a<br />

questão <strong>de</strong> pesquisa, elaborou-se um protocolo com etapas para obtenção do material <strong>de</strong> análise, <strong>de</strong>finição do teste <strong>de</strong> inclusão e exclusão,<br />

palavras chaves, bases <strong>de</strong> dados e previsão <strong>de</strong> coleta e análise <strong>de</strong> dados. O material localizado foi submetido ao teste <strong>de</strong> relevância<br />

<strong>de</strong>finindo-se os artigos a serem analisados por categorização do conteúdo. Resultados e Conclusões: oprimeiro<strong>de</strong>safiofoiarestrição<br />

da busca a artigos <strong>de</strong> periódicos nacionais relacionados á docência em saú<strong>de</strong>. Enten<strong>de</strong>-se que, ao contrário dos <strong>de</strong>lineamentos tradicionais<br />

<strong>de</strong> revisão sistemática, temos uma limitação que sugere a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> colaborativa para a construção <strong>de</strong> bases que<br />

permitam a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> capítulos <strong>de</strong> livros e teses com texto completo, comuns na pesquisa sobre o ensino em saú<strong>de</strong>, mas <strong>de</strong> difícil<br />

localização. Outro <strong>de</strong>safio foi a <strong>de</strong>finição dos i<strong>de</strong>ntificadores <strong>de</strong> assunto educação, docente e saú<strong>de</strong> utilizados nas bases LILACS e<br />

SciELO totalizando 548 publicações. O teste <strong>de</strong> relevância possibilitou a seleção <strong>de</strong> 76 artigos para análise <strong>de</strong> seu conteúdo, que foi caracterizado<br />

quanto à origem do estudo, periódico <strong>de</strong> origem, profissão do autor, abordagem <strong>de</strong> pesquisa e temática abordada. A partir<br />

do conteúdo dos artigos, viabilizou-se a sistematização <strong>de</strong> subsídios para a elaboração <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento docente<br />

corroborando a potencia <strong>de</strong>sta ferramenta para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica em Aids e Ativida<strong>de</strong> na Prática <strong>de</strong> Ensino: Relato <strong>de</strong><br />

Experiência<br />

Silva, RM 6<br />

Silva, APS 6<br />

Oliveira, MC 6<br />

Balata, PHA 6<br />

Introdução: Doenças crônicas como a Síndrome da Imuno<strong>de</strong>ficiência Adquirida (AIDS) são <strong>de</strong> notificação compulsória no Brasil.<br />

O número <strong>de</strong> infectados por HIV atualmente é <strong>de</strong> 33,2 milhões no mundo, 620.000 no Brasil e mais <strong>de</strong> 2.000 no Amazonas. Por isso é<br />

importante o contato do acadêmico <strong>de</strong> medicina com a prática em vigilância epi<strong>de</strong>miológica. Objetivos: Demonstrar e analisar os casos<br />

5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP. Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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inci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> HIV/AIDS na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Manaus como forma <strong>de</strong> aprendizado no processo <strong>de</strong> levantamento <strong>de</strong> dados. Métodos: Coleta<br />

<strong>de</strong> dados sistemáticos na Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Manaus – SEMSA, no setor <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica <strong>de</strong> AIDS e no banco<br />

<strong>de</strong> dados on-line do SUS – DataSUS. Foram montadas tabelas consi<strong>de</strong>rando-se o sexo, a ida<strong>de</strong>, o tipo <strong>de</strong> relação sexual e a categoria<br />

<strong>de</strong> exposição dos casos <strong>de</strong> AIDS notificados entre 1986 e 2007. Utilizou-se do Microsoft Office Excel 2007 para formatação <strong>de</strong> tabelas e<br />

gráficos e do Microsoft Office Word 2007 para formatação textual. Resultados: Com a coleta <strong>de</strong> dados pô<strong>de</strong>-se enten<strong>de</strong>r melhor como<br />

são feitas as notificações <strong>de</strong> AIDS no Brasil e no estado do Amazonas, e como os dados <strong>de</strong>ssa doença estão distribuídos epi<strong>de</strong>miologicamente.<br />

Os dados da SEMSAsão absolutos e referem-se aos casos inci<strong>de</strong>ntes no estado do Amazonas. No trabalho, pô<strong>de</strong>-se traçar o perfil<br />

dos pacientes com AIDS em Manaus <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro caso notificado em 1986 até os 326 casos registrados em 2007. Conclusões: Ainclusão<br />

do estudante <strong>de</strong> medicina em setores <strong>de</strong> pesquisa da SEMSA propiciou melhor entendimento dos processos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados,<br />

notificação e pesquisa <strong>de</strong> tais serviços. Além disso, notou-se maior compreensão por parte <strong>de</strong>sses acadêmicos sobre a importância da<br />

notificação <strong>de</strong> doenças compulsórias tanto para a realização do levantamento epi<strong>de</strong>miológico das doenças, quanto para as estratégias<br />

<strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.<br />

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TEMA: APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO ESTUDANTE,<br />

TUTORIA E MENTORING<br />

Núcleo <strong>de</strong> Apoio ao Estudante <strong>de</strong> Medicina (NAEM): uma Experiência <strong>de</strong> Acolhimento<br />

aos Estudantes Iniciantes <strong>de</strong> Medicina da UFPE<br />

Brasileiro, MC1 Albuquerque, JF1 Ivanise HBT1 Teixeira, MLPD1 Godoi, JTAM1 Silva, JJ1 Introdução: os estudantes <strong>de</strong> medicina são submetidos a uma gran<strong>de</strong> carga <strong>de</strong> estresse, pelas peculiarida<strong>de</strong>s inerentes ao curso<br />

e isto se reflete no seu processo <strong>de</strong> aprendizagem e no relacionamento com os pacientes, colegas e professores. Objetivo: O Núcleo <strong>de</strong><br />

Apoio ao Estudante <strong>de</strong> Medicina (NAEM) propõe-se a acolher os alunos iniciantes e dar suporte psicopedagógico ao longo do curso,<br />

contribuindo para que os mesmos adquiram maior segurança no enfrentamento dos novos <strong>de</strong>safios. Metodologia: o acolhimento inicia-se<br />

na primeira semana do primeiro período do curso <strong>de</strong> medicina com palestras e leituras relacionadas às características do curso. A<br />

partir <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.1, iniciou-se a aplicação <strong>de</strong> questionários semiestruturados pelo NAEM, objetivando traçar o perfil dos alunos recém admitidos<br />

no curso. Resultados: foram entrevistados 68 alunos (41,2% rapazes e 58,8% moças), 63,2% adolescentes, 67,6% proce<strong>de</strong>ntes do<br />

Recife, 91,2% resi<strong>de</strong>m com familiares; 98,5% sem renda própria, 76,5% fizeram mais <strong>de</strong> um vestibular para medicina; 26,5% têm um dos<br />

genitores atuando na área da saú<strong>de</strong> (50% médico). Escolha do curso: 43,8%, influência dos familiares e amigos médicos, 28,8% po<strong>de</strong>r cuidar/ajudar<br />

pessoas e porque gostam <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e 17,8%, realização <strong>de</strong> um sonho. Expectativas: 54,0% estão ansiosos<br />

e apreensivos, 34,0% tem boas expectativas e é uma realização pessoal e profissional. Em relação ao NAEM, todos consi<strong>de</strong>raram<br />

uma iniciativa ótima/excelente, 87,3% acharam importante apoio principalmente na fase <strong>de</strong> adaptação. Conclusões: expectativas, medos<br />

e ansieda<strong>de</strong>s são gran<strong>de</strong>s no início do curso. Os alunos são jovens <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes financeiramente dos pais, cientes <strong>de</strong> que irão enfrentar<br />

um curso <strong>de</strong> longa duração, com jornada elevada <strong>de</strong> trabalho e exigindo gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sprendimento. É previsível o surgimento <strong>de</strong><br />

sintomas ansiosos e <strong>de</strong>pressivos, medo e até mesmo distúrbios comportamentais frente a uma realida<strong>de</strong> que precisa ser amenizada<br />

através <strong>de</strong> um suporte psicoeducacional preconizado pelo NAEM.<br />

Insatisfação com a Carreira e o Desempenho Estudantil e sua <strong>Associação</strong> com o Uso <strong>de</strong><br />

Álcool e Drogas em Universitários da Área da Saú<strong>de</strong><br />

Shimada, RN 2<br />

Fachini, A 2<br />

Furtado, EF 2<br />

Introdução: O contexto da experiência estudantil universitária compreen<strong>de</strong> uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aspectos que po<strong>de</strong>m influenciar<br />

o uso <strong>de</strong> álcool e outras drogas. Apartir <strong>de</strong> estudos sobre o uso <strong>de</strong> álcool e drogas entre estudantes universitários da área da saú<strong>de</strong> levantam-se<br />

questões sobre o papel da percepção subjetiva <strong>de</strong> satisfação com a vivência acadêmica, como fator associado e sua relevância<br />

para prevenção. Objetivo: Avaliar a associação entre o uso <strong>de</strong> álcool e drogas ilícitas com a experiência estudantil, que abrange a satisfação<br />

com a carreira, o curso, o <strong>de</strong>sempenho acadêmico e a participação em ativida<strong>de</strong>s estudantis. Metodo: Estudo transversal com 506<br />

estudantes (177 homens) <strong>de</strong> todos os anos dos cursos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto (FMRP). Foi utilizado um questionário<br />

contendo questões estruturadas para avaliar os aspectos envolvidos na experiência estudantil e os instrumentos <strong>de</strong> pesquisa AUDIT<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil<br />

2 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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(Alcohol Use Disor<strong>de</strong>rs I<strong>de</strong>ntification Test) e DUSI (Drug Use Screening Inventory) para avaliar o uso <strong>de</strong> álcool e drogas ilícitas, respectivamente.<br />

Resultado: 83,5% e 42,8% dos estudantes consumiram álcool e drogas ilícitas no ano, respectivamente. Houve correlação<br />

significativa apenas entre o uso <strong>de</strong> drogas ilícitas e a insatisfação com carreira (X² = 5,8; p = 0,01) e com <strong>de</strong>sempenho (X² = 5,3; p = 0,02).<br />

Conclusão: Este quadro do uso <strong>de</strong> álcool e drogas ilícitas entre os estudantes da área da saú<strong>de</strong> merece especial atenção, uma vez que serão<br />

esses futuros profissionais que transmitirão as noções básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> à comunida<strong>de</strong>. A associação positiva entre drogas ilícitas e<br />

insatisfação com aspectos da vida estudantil indicam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações preventivas que privilegiem a dimensão psicopedagógica<br />

do estudante no contexto <strong>de</strong> sua formação acadêmica.<br />

Quem Serei ao me Formar: o Imaginário Coletivo <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina Acerca da<br />

Profissão <strong>de</strong> Médico<br />

Barreto, MAM3 Reis, CN3 Jardim, LCR3 Miranda, IB3 Teixeira, MP3 Introdução: Muitos trabalhos vêm sendo <strong>de</strong>senvolvidos sobre a conduta <strong>de</strong> jovens. Dentre eles <strong>de</strong>stacamos as investigações sobre<br />

a escolha profissional que consi<strong>de</strong>ramos uma vivência intrinsecamente relacionada a <strong>de</strong>terminantes lógico-emocionais. Estes produzem<br />

os sentidos que sustentam as condutas assumidas e são originadas em uma coletivida<strong>de</strong>. Fazendo parte do meio acadêmico médico,<br />

como docente e discentes, percebemos que muitos estudantes <strong>de</strong> medicina permanecem em uma consi<strong>de</strong>ração i<strong>de</strong>alizada da profissão,<br />

levando a frustrações, dúvidas, insegurança, sentimentos que po<strong>de</strong>m prejudicar, sobremaneira, o <strong>de</strong>sempenho profissional <strong>de</strong><br />

quem lida com a vida humana. Objetivos: Consi<strong>de</strong>rar o imaginário coletivo <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina acerca da profissão <strong>de</strong> médico.<br />

Produzir conhecimento que possa trazer subsídios para uma atuação psicoprofilática. Método: Foi usado o Procedimento Desenho-Estória<br />

com Tema abordado pelo método psicanalítico. Trata-se <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> iniciação científica em que foram realizados encontros<br />

coletivos com alunos voluntários <strong>de</strong> primeiro período e internato <strong>de</strong> curso <strong>de</strong> Medicina, do interior do Rio <strong>de</strong> Janeiro. O material clínico<br />

foi consi<strong>de</strong>rado visando a captação dos <strong>de</strong>terminantes lógico-emocionais que sustentam o imaginário coletivo como conduta. Resultados:<br />

Foram obtidos 59 <strong>de</strong>senhos-estórias, sendo escolhidos os 8 dos alunos do internato que participaram. Apareceram conteúdos<br />

relacionados à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração das vivências profissionais e das expectativas futuras, mas, principalmente, em relação à dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> escolher e <strong>de</strong>finir quem ser quando se formar; à i<strong>de</strong>alização constante da profissão revelada na repetição <strong>de</strong> referências teóricas<br />

que não aparecem integradas na prática, já presente na formação acadêmica e à preocupação com retorno financeiro. Chama a<br />

atenção, a falta <strong>de</strong> ênfase na relação médico-paciente. Conclusões: Como um todo, a pesquisa em andamento vem revelando a<br />

i<strong>de</strong>alização da profissão. Há indícios da não responsabilização necessária para uma escolha real. Numa perspectiva psicoprofilática, o<br />

quadro que está sendo <strong>de</strong>lineado indica a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reapropriação da própria escolha, integrando o ser o e fazer.<br />

O Tutor, sua Jornada e as Transformações ao Longo do Tempo: um Estudo Qualitativo<br />

Nascimento, MC 4<br />

Bellodi,PC 4<br />

Introdução: Na tutoria, a relação <strong>de</strong> mentoring po<strong>de</strong> promover mudanças nos alunos e também nos tutores. Estudos da área, entretanto,<br />

pouco abordam as dificulda<strong>de</strong>s e as transformações dos próprios tutores ao longo do tempo. Objetivos: Compreen<strong>de</strong>r as percepções e<br />

o significado atribuído pelos tutores à sua experiência no Programa Tutores, enfocando as mudanças que os tutores percebem em si mesmos<br />

aolongodotempo.Método: Estudo retrospectivo qualitativo e <strong>de</strong>scritivo. 14 tutores, selecionados por varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> tipos (sexo, ida<strong>de</strong>, tempo<br />

<strong>de</strong> programa, a<strong>de</strong>são dos alunos, etc), respon<strong>de</strong>ram a uma entrevista semidirigida. Este trabalho analisa o conteúdo das respostas para a 1ª<br />

questão da entrevista: “Você está no Programa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> (personalizado) e com certeza, tem muito a contar sobre essa jornada. Como você se percebe,<br />

como tutor, no início <strong>de</strong>ssa caminhada e agora?” As respostas foram agrupadas a partir dos temas emergentes, formando núcleos temá-<br />

3 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

4 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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ticos. Resultados: As mudanças percebidas pelos tutores dizem respeito tanto a si próprios quanto ao papel <strong>de</strong> tutor. Parte <strong>de</strong>les refere mudanças<br />

positivas, caminhando <strong>de</strong> um estado inicial <strong>de</strong> apreensão para maior tranqüilida<strong>de</strong> no estar com os alunos. Reconhecem o papel <strong>de</strong><br />

tutor como menos diretivo e mais fraterno. Outros referem ter caminhado da motivação para a frustração, especialmente <strong>de</strong>vido à a<strong>de</strong>são dos<br />

alunos. Há aqueles que não observam mudanças: para estes, ser tutor é algo vocacional, anteriormente presente em suas relações informais<br />

ou acadêmicas com os alunos. Conclusões: A compreensão da a<strong>de</strong>são dos alunos à ativida<strong>de</strong> mostrou ser fundamental nas transformações<br />

referidas pelos tutores. Aqueles que consi<strong>de</strong>ram a participação como uma escolha do aluno, e reconhecem seus limites frente ao <strong>de</strong>sejo do outro,<br />

se apresentam mais satisfeitos consigo mesmos e com o potencial real da tutoria. Aprofundar a discussão sobre a natureza das relações interpessoais<br />

e suas limitações é aspecto essencial na formação <strong>de</strong> tutores.<br />

Grupos Balint: Suporte para Situações Conflituosas Vivenciadas pelo Acadêmico <strong>de</strong><br />

Medicina<br />

Godoy, GS 5<br />

Ramos, JB 5<br />

Bosso, NCC 5<br />

Branco, RFGR 5<br />

Introdução: O conhecimento e exercício da relação médico-paciente é o diferencial no currículo do acadêmico <strong>de</strong> medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás. Os grupos Balint, legado <strong>de</strong> Michael Balint, inseridos na proposta pedagógica do curso, consistem em<br />

grupos <strong>de</strong> reflexão em que os acadêmicos coor<strong>de</strong>nados por profissionais com experiência em psicanálise¸ visam à discussão <strong>de</strong> histórias<br />

clínicas vivenciadas com abordagem em aspectos psicossociais. Objetivos: Relatar a importância dos Grupos Balint na formação médica<br />

humanizada. Métodos: Na Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás trabalha-se com aproximadamente vinte pessoas. Forma-se um grupo<br />

interno, no qual o caso é relatado e discutido; e um grupo externo que observa e analisa o caso. Ao final, o mediador articula uma reflexão<br />

sobre a importância do caso na prática médica. Resultados: Com a inserção dos Grupos Balint na rotina acadêmica, percebe-se crescimento<br />

ético e emocional que reflete na relação estabelecida com pacientes. No Grupo Balint, é possível analisar pessoas e situações por<br />

ângulos diversos e compartilhar a vivência <strong>de</strong> cada acadêmico. Assim, apren<strong>de</strong>-se a aplicar a medicina humana pela abordagem psicossocial<br />

do paciente, sem per<strong>de</strong>r a competência técnico-científica do profissional da saú<strong>de</strong>. A oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compartilhar a vivência,<br />

a angústia e o medo mostra que lidar com as emoções <strong>de</strong>ntro da medicina é complicado. Apartir do momento em que as limitações<br />

são reconhecidas, tornam-se passíveis <strong>de</strong> discussão e geram crescimento para o acadêmico. Discussão: Aexperiência nos Grupos Balint<br />

impossibilita enxergar apenas doença nos pacientes. Reconhecer sofrimento, apelo por ajuda e carência torna-se atitu<strong>de</strong> involuntária e,<br />

assim, a relação com o paciente fica mais humana e digna <strong>de</strong> confiança. Conclusão: Ainserção dos grupos Balint como eixo temático no<br />

currículo acadêmico possibilita a formação <strong>de</strong> médicos humanizados, que muito beneficiarão a socieda<strong>de</strong>.<br />

Ambientação <strong>de</strong> Resi<strong>de</strong>ntes: Acolhimento que Promove Integração e Fortalece Vínculos<br />

Silveira, L 6<br />

Afonso, D 6<br />

Siviero, M 6<br />

Pimenta, D 6<br />

Men<strong>de</strong>s, M 6<br />

Telacio, R 6<br />

Introdução: No Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ) há oito programas <strong>de</strong> residência: enfermagem, fisioterapia,<br />

fonoaudiologia, medicina, nutrição, odontologia, psicologia e serviço social. Apresentamos a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>nominada Ambientação<br />

<strong>de</strong> Resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>senvolvida pela Coor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong> Desenvolvimento Acadêmico e o Núcleo <strong>de</strong> Apoio Psicopedagógico ao Resi<strong>de</strong>nte<br />

CDA/NAPPRE para acolher o resi<strong>de</strong>nte recém ingresso na instituição. Objetivo: esta ativida<strong>de</strong> visa receber, acolher, informar e integrar<br />

os resi<strong>de</strong>ntes para que conheçam as instalações e ambientes on<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolverão a formação em serviço; normas da Residência;<br />

propostas pedagógicas dos programas; estrutura da CDA e o NAPPRE. Metodologia: em <strong>2009</strong>, após experimentar diferentes mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005, optou-se por uma Ambientação com uma semana <strong>de</strong> duração, ativida<strong>de</strong>s em horários estratégicos e programação que in-<br />

5 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Hospital Universitário Pedro Ernesto, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


cluía exposições dialogadas e ativida<strong>de</strong>s interativas que permitissem ao recém ingresso interagir com a instituição como um todo e entre<br />

si. O primeiro dia ocupou tempo integral; nos subseqüentes as ativida<strong>de</strong>s aconteceram no horário do almoço com oferta <strong>de</strong> lanche. A<br />

inclusão dos R2, preceptores e coor<strong>de</strong>nadores como facilitadores nas ativida<strong>de</strong>s favoreceu a comunicação entre os diferentes profissionais,<br />

tornou o ambiente mais acolhedor, focou a discussão na tarefa facilitando sua sistematização. Uma das tarefas realizadas foi a<br />

construção em grupo <strong>de</strong> um documentário <strong>de</strong> 10 minutos sobre o tema “Viagem ao centro do HUPE”. Resultados:Nesteformato<strong>de</strong>recepção<br />

comprovou-se que o horário escolhido foi estratégico, que as tarefas estimularam o contato com a instituição, que o ví<strong>de</strong>o promoveu<br />

conhecimento e possibilitou a integração dos diferentes profissionais aproximando os resi<strong>de</strong>ntes dos diversos atores e cenários<br />

do HUPE. Conclusão: Acolher com cuidado e criativida<strong>de</strong> o resi<strong>de</strong>nte que chega é propiciar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início a abertura <strong>de</strong> um canal <strong>de</strong> comunicação<br />

com a Instituição e os que lá <strong>de</strong>senvolvem suas práticas.<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida Relacionada à Saú<strong>de</strong> dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia<br />

Paro, HBMS 7<br />

Morales, NMO 7<br />

Silva, CHM 7<br />

Rezen<strong>de</strong>, CHA 7<br />

Pinto, RMC 7<br />

Prado, MM 7<br />

Introdução: A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> profissionais capazes <strong>de</strong> promover a saú<strong>de</strong> do ser humano em seu sentido holístico<br />

estimulou interesse pela saú<strong>de</strong> mental e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida relacionada à saú<strong>de</strong> (QVRS) dos estudantes <strong>de</strong> medicina. Objetivos: Avaliar<br />

a QVRS dos estudantes do primeiro ao sexto anos do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia (UFU) por meio do Medical<br />

Outcomes Survey 36-Item Short Form Health Survey (SF-36). Métodos: Estudantes do curso <strong>de</strong> medicina da UFU respon<strong>de</strong>ram<br />

<strong>de</strong> maneira auto-aplicada ao SF-36 e ao Inventário <strong>de</strong> Depressão <strong>de</strong> Beck. A confiabilida<strong>de</strong> do SF-36 foi <strong>de</strong>terminada por meio do alfa<br />

Cronbach. Os escores do SF-36 foram comparados segundo ano <strong>de</strong> estudo, presença <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos e sexo. O tamanho do efeito<br />

(TE) foi calculado para as diferenças com o grupo <strong>de</strong> ingressantes ou do primeiro ano. Resultados: Foram recrutados 352 estudantes<br />

entre o primeiro e sexto anos do curso e 38 ingressantes. A ida<strong>de</strong> média do grupo <strong>de</strong> estudo foi 22,3 (+ 2,42), sendo 61,6% mulheres. A<br />

prevalência <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos foi <strong>de</strong> 36,3% entre o grupo <strong>de</strong> estudo e 15,7% entre os ingressantes (p=0,01). O alfa Cronbach variou<br />

<strong>de</strong> 0,7 a 0,9. Escores dos estudantes do terceiro e quarto anos foram menores que dos ingressantes e do primeiro ano em domínios físicos<br />

e mentais (p


Amenábar, 2004) e evi<strong>de</strong>nciar quais os principais aspectos positivos relevantes <strong>de</strong>ssa reunião à formação do estudante. Métodos: Asessão foi<br />

organizada pelos alunos do centro acadêmico <strong>de</strong> medicina com supervisão <strong>de</strong> uma professora do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> fundamentos <strong>de</strong> educação.<br />

Foi mediada e comentada por um professor com experiência na área <strong>de</strong> bioética. Resultados: Asessão obteve participação não somente<br />

<strong>de</strong> profissionais na área da saú<strong>de</strong>, como <strong>de</strong> outras áreas, o que proporcionou olhares diferentes sobre a abordagem <strong>de</strong> alguns tópicos. Muito<br />

além da esperada discussão sobre os aspectos afins a área da saú<strong>de</strong>, como aspectos da bioética (eutanásia, ortotanásia, distanásia) e sofrimento<br />

psicológico do paciente com <strong>de</strong>ficiência física, houve relevante discussão sobre temas essenciais como: relação médico paciente, a empatia<br />

do profissional da saú<strong>de</strong> e o doente e a autonomia do ser humano sobre seu corpo. Conclusões: O filme “Mar A<strong>de</strong>ntro” não somente propiciou<br />

terreno fértil para abordagem <strong>de</strong> temas indispensáveis para a formação dos profissionais da saú<strong>de</strong> como possibilitou o surgimento <strong>de</strong> vários<br />

outros temas, não esperados, relacionados também a área médica. Isso mostra como o cinema e esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> projeto po<strong>de</strong>m se enquadrar<br />

como uma área <strong>de</strong> maior exploração ao aprimoramento do ensino médico.<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina do 1º E 8º Semestres da Universida<strong>de</strong><br />

Católica <strong>de</strong> Goiás<br />

Montel, DB 9<br />

Gontijo, CES 9<br />

Castro, ACV 9<br />

Ferreira, AA 9<br />

Orlando, CP 9<br />

David, DCR 9<br />

Introdução: De acordo com a OMS Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida (QV) é a percepção do indivíduo <strong>de</strong> sua posição na vida no contexto da cultura<br />

e sistema <strong>de</strong> valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Este trabalho se justifica <strong>de</strong>vido<br />

às freqüentes queixas dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina frente à baixa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no curso e à escassez <strong>de</strong> pesquisas locais sobre o assunto.<br />

Este trabalho tem como objetivo conhecer e avaliar a QV <strong>de</strong> alunos do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás (UCG). Métodos:<br />

O presente estudo teve como população alvo os alunos do primeiro e oitavo semestres do curso <strong>de</strong> medicina da UCG. Foram aplicados 2<br />

questionários: o WHOQOL-Bref e um questionário sócio-<strong>de</strong>mográfico complementar para a amostra nesse quesito. Os dados <strong>de</strong> 72 entrevistados<br />

foram analisados com auxilio do software SPSS e a comparação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos grupos comprovada pelo teste t <strong>de</strong> stu<strong>de</strong>nt.<br />

Objetivos: Avaliar a QV dos estudantes <strong>de</strong> medicina da UCG e analisar o perfil sócio-<strong>de</strong>mográfico dos mesmos Resultados: Dos sujeitos,<br />

34,8% eram homens e 65,2% mulheres. Amédia geral da QV foi <strong>de</strong> 65,856% (DP=11,652), assim 68,26% dos inquiridos encontravam-se em região<br />

<strong>de</strong> in<strong>de</strong>finição ou <strong>de</strong> sucesso. Não foi verificada queda da QV do primeiro para o oitavo período. Estudantes que frequentaram “cursinho”<br />

obtiveram, em relação aos que não frequentaram, média inferior no domínio SOCIAL (P=0,034). Os que se mantinham com bolsas <strong>de</strong><br />

estudos, no domínio AMBIENTAL, alcançaram menor média do que os <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> recursos dos pais (p=0,025). Os <strong>de</strong> renda familiar<br />

maior que R$ 3.735,00 tiveram, no domínio AMBIENTAL, média superior aos que estão abaixo <strong>de</strong> tal valor (P=0,030). Conclusão:Oestudo<br />

verificou que a renda familiar e o cursinho pré-vesibular influenciam a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do estudante <strong>de</strong> medicina.<br />

Avaliação da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida do Estudante <strong>de</strong> Medicina em Goiânia<br />

Borges, TRSA 10<br />

Duran, FP 10<br />

Paiva, PAG 10<br />

Conceição, AS 10<br />

Ferreira, SHAB 10<br />

Matos, TO 10<br />

Introdução: Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (QV) é entendida como sendo a percepção do indivíduo <strong>de</strong> sua posição na vida, no contexto da cultura<br />

e sistema <strong>de</strong> valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Na área médica há muito interesse<br />

sobre esse tema pela influência das condições sabidamente estressantes vividas pelos acadêmicos <strong>de</strong>sta área na sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Objetivos: Avaliar a QV dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> duas faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Goiânia, Goiás, sendo uma pública e outra privada, bem como<br />

9 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


verificar se há diferença significativa da QV entre dois diferentes métodos <strong>de</strong> ensino, o clássico e o aprendizado baseado em problema. Métodos:<br />

Estudo <strong>de</strong>scritivo, transversal e com abordagem quantitativa, cujos instrumentos foram o WHOQOL-bref e uma ficha sócio-<strong>de</strong>mográfica<br />

aplicados a 468 alunos do terceiro ao oitavo períodos. Os dados foram analisados por testes paramétricos e não-paramétricos para comparar<br />

as médias dos escores obtidos na amostra estudada, com p


questão 07 (“Meus familiares servem como bons mo<strong>de</strong>los em minha vida”) obteve maior percentual <strong>de</strong> quase sempre ou sempre em todos<br />

os anos (exemplo: 78% no 1º ano). Em todas as questões, em ambos os sexos, predominou sempre ou quase sempre, mas, no sexo<br />

masculino a resposta ás vezes teve freqüência elevada (30%). Pela Escala Likert, acadêmicos do 1° ano apresentaram resultados melhores<br />

quanto à Consistência, já alunos do 3° ano, piores. Quanto ao sexo não houve diferenças. Os dados permitem inferir que ao ingressar<br />

na universida<strong>de</strong> a percepção da consistência familiar é mais a<strong>de</strong>quada, contudo não se po<strong>de</strong> afirmar que reduz ao longo do curso.<br />

Emoções Iniciais dos Estudantes Ingressantes do Curso <strong>de</strong> Medicina da Uncisal Entre<br />

2006 e 2008<br />

Oliveira, HMNS 13<br />

Porto, BKW 13<br />

Carmo, LMS 13<br />

Oliveira, HMNS 14<br />

Daniel, M.I.F 13<br />

Rapôso, RLS 13<br />

Introdução: Os testes aplicados pela Gerência <strong>de</strong> Apoio Psicopedagógico avaliam no início do ano letivo os alunos do primeiro<br />

ano do curso <strong>de</strong> medicina. O teste Psicométrico <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Go<strong>de</strong>ardo Baquero tem por objetivo analisar o estado dos alunos<br />

ao entrarem na Universida<strong>de</strong>, já que muitos per<strong>de</strong>ram um pouco sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido aos períodos <strong>de</strong> estresse em cursinhos e reprovações<br />

anteriores em vestibulares. Também é aplicado o INVENTÁRIO FATORIALDE PERSONALIDADE, <strong>de</strong> Luiz Pasquali e colaboradores,<br />

utilizado como instrumento para pesquisar, aconselhar e investigar traços <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes discentes, além <strong>de</strong> estimular<br />

discussões sobre as relações interpessoais e planos educacionais, o que subsidia a i<strong>de</strong>ntificação das principais necessida<strong>de</strong>s dos acadêmicos.<br />

Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar e avaliar traços da personalida<strong>de</strong>, que geram as emoções iniciais encontradas nos alunos <strong>de</strong> medicina.<br />

Métodos: Este estudo é uma análise <strong>de</strong> dados, limitado às informações obtidas pelos testes (psicométrico e IFP) aplicados aos ingressantes<br />

<strong>de</strong> medicina entre 2006 e 2008. Foi realizado a partir da avaliação dos relatórios finais disponibilizados pela Gerência <strong>de</strong> Apoio<br />

Psicopedagógico. Os traços analisados foram: <strong>de</strong>sequilíbrio, equilíbrio, autoritarismo, submissão, extroversão, introversão, <strong>de</strong>cisão, in<strong>de</strong>cisão,<br />

intracepção (sentimentos e inclinações difusas), afiliação (<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> dar e receber afeto dos amigos), <strong>de</strong>negação (admiração pelos<br />

superiores), dominância, <strong>de</strong>sempenho, exibição, or<strong>de</strong>m e persistência. As apresentações dos resultados são dadas por valores <strong>de</strong><br />

freqüências dos traços analisados. Resultados: Detectou-se que a maioria dos alunos apresentou um maior <strong>de</strong>sequilíbrio, submissão,<br />

introspecção e insegurança. Avaliaram-se também a intracepção (80% dos discentes tiveram índice entre 46- 100%), afiliação (90% entre<br />

o índice 61-100%), dominância e exibição (equilíbrio nos percentuais), <strong>de</strong>sempenho (55% com índice 81-100%), <strong>de</strong>negação (51% <strong>de</strong>ntre<br />

61-100%), or<strong>de</strong>m (51% variando <strong>de</strong> 0-45%), persistência (55% nos índices entre 61-100%). Conclusões: As emoções percebidas nos alunos<br />

foram: sensibilida<strong>de</strong>, pouca vonta<strong>de</strong> e autonomia, insegurança, busca <strong>de</strong> aceitação e <strong>de</strong> afeto pelo grupo.<br />

Estresse e Estratégias para seu Enfrentamento entre Estudantes <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina (UFSC)<br />

Grosseman, S15 Eidt, LB15 Batista, GS15 Santana, AAM15 Wehrmeister, FC15 Back, IG15 Introdução: Aalta prevalência <strong>de</strong> estresse entre estudantes <strong>de</strong> medicina(EM)esuapossívelinfluêncianegativasobreelesgerou<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se pesquisar este contexto nos acadêmicos <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina (UFSC). Objetivo:<br />

Analisar estresse e fatores a ele associados entre estudantes <strong>de</strong> medicina (EM) da UFSC. Método:Esteestudoéparte<strong>de</strong>pesquisaqua-<br />

13 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

14 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

15 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


li/quantitativa, transversal, exploratória, investigando a percepção <strong>de</strong> EM sobre sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, saú<strong>de</strong>, estresse e fatores que os<br />

influenciam. Utilizou-se questionário auto-aplicado com questões abertas e fechadas, incluindo percepção do estresse na fase (Likert) e<br />

Brief COPE, instrumento para i<strong>de</strong>ntificar estratégias <strong>de</strong> enfrentamento <strong>de</strong> estresse. Coleta <strong>de</strong> dados em 2008, após aprovação pelo comitê<br />

<strong>de</strong> ética. Análise: chi2 <strong>de</strong> Pearson ou teste exato <strong>de</strong> Fisher, quando oportuno. Resultados: Do universo <strong>de</strong> 591 estudantes, 394 respon<strong>de</strong>ram<br />

ao questionário. Aprevalência <strong>de</strong> estresse foi 38,7% (IC 95%: 33,8–43,6), igual entre gêneros. Os fatores estressantes mais apontados<br />

foram relacionados ao curso: excesso <strong>de</strong> carga horária/informação, <strong>de</strong>sorganização do cronograma e falta <strong>de</strong> tempo. Aativida<strong>de</strong> física<br />

foi a estratégia mais citada para alívio do estresse. Entre as estratégias <strong>de</strong> enfrentamento <strong>de</strong> estresse (Brief Cope), as mais prevalentes<br />

em EM menos estressados abrangeram pensamento positivo e planejamento/ação para melhorar/resolver a situação; em EM mais<br />

estressados abrangeram brigar/discutir e não conseguir se comunicar bem com pessoas. Entre mulheres, aceitação da situação prevaleceu<br />

nas menos estressadas; entre homens, autocontrole prevaleceu nos menos estressados, enquanto <strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> enfrentar o problema<br />

prevaleceu nos mais estressados. Conclusão: O estresse é alto nos EM avaliados e fatores ligados ao curso são percebidos como seu<br />

principal causador. A ativida<strong>de</strong> física, estratégia mais utilizada para seu alívio, <strong>de</strong>ve ser estimulada; estratégias <strong>de</strong> enfrentamento do<br />

estresse <strong>de</strong>senvolvidas por estudantes menos estressados <strong>de</strong>vem ser valorizadas; e, apoio psicopedagógico <strong>de</strong>veria ser consi<strong>de</strong>rado.<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida, Estresse e Saú<strong>de</strong> De Estudantes <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Santa Catarina<br />

Eidt, LB16 Grosseman, S16 Batista, GS16 Santana, AAM16 Back, IG16 Wehrmeister, FC16 Introdução: Consi<strong>de</strong>rando a piora da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (QV) e saú<strong>de</strong> e o aumento do estresse entre estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

(EM) na literatura, um dos objetivos do curso <strong>de</strong> medicina da UFSC é o aprendizado <strong>de</strong> autocuidado e promoção do próprio bem-estar<br />

pelos estudantes, fundamentais na avaliação do curso. Objetivo: Analisar qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, saú<strong>de</strong> e estresse entre estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

ao longo do curso. Método: Este estudo é parte <strong>de</strong> pesquisa quali/quantitativa, transversal, exploratória, avaliando percepção<br />

do EM sobre sua QV, saú<strong>de</strong> e estresse e fatores que os influenciam, realizada na UFSC em 2008, após aprovação pelo comitê <strong>de</strong> ética,<br />

com questionário auto-aplicado incluindo dados socio<strong>de</strong>mográficos e percepção dos estudantes sobre QV, saú<strong>de</strong> e estresse atual (Likert<br />

e nota). Análise: teste t e Anova, pos-hoc Tukey-Kramer. Resultados: Dos 591 estudantes, 394 (66,7%) a<strong>de</strong>riram à pesquisa (55,3% mulheres;<br />

44,4% homens): 64,2% da primeira meta<strong>de</strong> do curso e 35,8% da segunda. A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 22,08 anos (DP: 2,45). A média<br />

da nota atribuída à QV atual foi 7,32 (DP:1,50), pior na 8ª, 3ª e 11ª fases e melhor na 5ª e 2ª, nessa or<strong>de</strong>m. A média da nota do estresse foi<br />

5,29 (DP: 2,36), menor nos homens [4,82 (DP=2,43)] do que nas mulheres [5,68 (DP: 2,24)]; p


Estudo Exploratório sobre a Presença <strong>de</strong> Sintomas Ansioso-Depressivos Menores entre<br />

Estudantes do Curso <strong>de</strong> Medicina Através <strong>de</strong> Comparação com Grupo Semelhante do<br />

Curso <strong>de</strong> Medicina Veterinária<br />

Dibo, RPL 17<br />

Freitas, MR 17<br />

Ribeiro, RF 17<br />

Santos, TC 17<br />

Moitinho, VCS 17<br />

Salum, VVD 17<br />

Introdução: A <strong>de</strong>pressão é uma condição exclusivamente humana, cujas características clínicas <strong>de</strong>correm <strong>de</strong> alterações no humor<br />

vital, acompanhadas <strong>de</strong> alterações qualitativas no afeto, na cognição e na capacida<strong>de</strong> intelectiva. Leva à inibição psíquica e ao sofrimento<br />

moral, e relaciona-se à presença <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes, como sofrimento ou estresse psicológico. Os estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

constituem uma população jovem e exposta a inúmeras exigências e estressores, especialmente sujeita à <strong>de</strong>pressão. Em função do <strong>de</strong>scrito<br />

acima e da observação empírica da presença freqüente <strong>de</strong> sintomas psiquiátricos leves (ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão) nos acadêmicos <strong>de</strong><br />

medicina, <strong>de</strong>cidiu-se investigar esta questão no presente estudo. Objetivo: Avaliar sintomas ansiosos <strong>de</strong>pressivos menores entre acadêmicos<br />

do curso <strong>de</strong> medicina e medicina veterinária da Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá-RJ. Material e métodos: Estudo transversal realizado<br />

com 396 universitários dos cursos <strong>de</strong> medicina e medicina veterinária da Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá- RJ. Utilizou-se questionário<br />

auto-aplicável Self Reporting Questionnaire ( SRQ-20) para quantificação da avaliação. Resultados: participaram 290 alunos, sendo 166<br />

<strong>de</strong> medicina e 124 <strong>de</strong> medicina veterinária. Com ponto <strong>de</strong> corte 8 afirmativas positivas,os valores para os estudantes <strong>de</strong> medicina foram<br />

19,29%, 31,37%, 43,24% e 52,38% para 1°,4°,9°e 12°períodos respectivamente. Para veterinária os valores foram 20%, 19,64% e 17,35%<br />

para 1°,4° e 9° períodos respectivamente. O percentual <strong>de</strong> sintomas em medicina foi comparativamente maior que o <strong>de</strong> medicina veterinária.<br />

Conclusão: É <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância mostrar a necessida<strong>de</strong> da criação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> suporte psicológico aos alunos <strong>de</strong><br />

graduação em medicina <strong>de</strong> todas as séries, objetivando oferecer suporte para lidarem com as situações <strong>de</strong> sofrimento psíquico.<br />

Vida <strong>de</strong> Tutor<br />

Millan, MPB 18<br />

Introdução: os tutores da FMUSP são muitos e diversos. Porém, a indagação sobre o que há <strong>de</strong> comum entre todos eles é importante<br />

e <strong>de</strong>manda reflexão. Objetivo: A partir <strong>de</strong> reuniões mensais <strong>de</strong> supervisão do trabalho dos tutores nos últimos três anos e meio,<br />

pretendo discutir os <strong>de</strong>sejos e angústias dos tutores diante <strong>de</strong> seus tutorandos e da difícil tarefa <strong>de</strong> orientar sem induzir, <strong>de</strong> apoiar sem<br />

subestimar e <strong>de</strong> aceitar sem con<strong>de</strong>nar. Metodologia: releitura dos relatórios das supervisões, análise dos temas discutidos, reflexão à<br />

luzdateoriapsicanalítica.Resultados: Temas mais freqüentes: presença dos alunos na tutoria; possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>r mudanças<br />

no curso e no funcionamento da faculda<strong>de</strong>; assuntos pessoais diversos (ativida<strong>de</strong> docente, história <strong>de</strong> vida, família, viagens, etc.). O <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> ajudar da melhor maneira possível gravita em torno da angústia <strong>de</strong> não ser suficientemente bom para tal tarefa. Apesar <strong>de</strong> serem<br />

profissionais competentes em suas respectivas áreas <strong>de</strong> atuação os tutores duvidam da efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua ação junto aos alunos. As oscilações<br />

da presença <strong>de</strong> alunos nas reuniões mobilizam sentimentos <strong>de</strong> insegurança e o temor <strong>de</strong> ter falhado na condução da ativida<strong>de</strong>.<br />

O médico necessita usar mecanismos reparatórios e sublimatórios incessantemente. Significa que precisa cuidar e ter sucesso como cuidador,<br />

ou seja, ter a confirmação <strong>de</strong> que o seu cuidado propiciou reais benefícios. Essa <strong>de</strong>monstração raramente se apresenta <strong>de</strong> forma<br />

clara e manifesta pelos alunos, o que mobiliza sentimentos <strong>de</strong> fracasso e impotência nos tutores. Conclusão: a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tutor, por<br />

um lado gratificante ao proporcionar o contato próximo com futuros médicos, muitas vezes torna-se frustrante e faz com que o tutor<br />

realize questionamentos quanto à efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua função. O principal fator <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante <strong>de</strong>sses sentimentos é a inconstância da<br />

presença dos alunos e a falta <strong>de</strong> retorno quanto ao aproveitamento da tutoria.<br />

17 Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

18 Universida<strong>de</strong> Paulista, São Paulo, SP, Brasil.<br />

156<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TEMA: PÓS-GRADUAÇÃO LATO E STRICTO SENSU EM<br />

EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

O Ensino da Saú<strong>de</strong> Coletiva na Graduação Médica: Estudo <strong>de</strong> Caso em Três<br />

Universida<strong>de</strong>s do Paraná<br />

Campos, JJB 1<br />

Elias, PEM 2<br />

Introdução: as diferentes concepções <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva influenciaram tanto no ensino específico <strong>de</strong>ste campo do saber como na formação<br />

geral do médico. Objetivos: estudar o ensino da Saú<strong>de</strong> Coletiva na graduação médica, buscando apreen<strong>de</strong>r suas configurações e as<br />

conseqüentes implicações nas propostas curriculares <strong>de</strong> três universida<strong>de</strong>s do Paraná: UEL, UFPR e UnicenP. Constituíram-se também em<br />

eixos <strong>de</strong> investigação, além das concepções <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva, a relação ensino-aprendizagem, as ênfases assumidas pelo programa e os vínculos<br />

com os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Métodos: a pesquisa qualitativa foi realizada com base na análise documental dos projetos pedagógicos (os<br />

cursos instituídos) consi<strong>de</strong>rando como eles são efetivamente vividos, <strong>de</strong> acordo com a ótica dos agentes envolvidos. Para tanto, foram feitas<br />

entrevistas com 11 gestores, 18 professores, e foram constituídos 4 gruposfocais<strong>de</strong>estudantes,consi<strong>de</strong>radosatores-chavenostrêscursos<strong>de</strong><br />

Medicina. Resultados: Os resultados evi<strong>de</strong>nciaram a inserção <strong>de</strong> 5% a 20% da área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva nos currículos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das estratégias<br />

<strong>de</strong> ensino, mas sempre em abordagens acadêmicas fortemente vinculadas aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, uma realida<strong>de</strong> que é fortalecida pelo<br />

grau <strong>de</strong> consolidação do SUS em ambas as cida<strong>de</strong>s (Curitiba e Londrina). Conclusões: in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da natureza da universida<strong>de</strong>, da<br />

configuração organizacional e acadêmica do curso e dos diferentes modos <strong>de</strong> inserção docente, a Saú<strong>de</strong> Coletiva se faz presente e se assume<br />

com consi<strong>de</strong>rável relevância para a formação médica. Ainda que não se constitua um eixo articulador da graduação em dois casos estudados,<br />

a área traz à dimensão técnica do saber médico o equilíbrio necessário representado pela consciência dos <strong>de</strong>safios e o compromisso com a realida<strong>de</strong>.<br />

De modo inverso, em função da complexida<strong>de</strong> da formação, a presença maciça da Saú<strong>de</strong> Coletiva ao longo <strong>de</strong> um curso não garante<br />

necessariamente o i<strong>de</strong>al da profissionalização médica.<br />

1 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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TEMA: HUMANIZAÇÃO<br />

Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina e suas Concepções Sobre “Ser Médico”<br />

Oliveira RZ 1<br />

Gonçalves MB 1<br />

Bellini, LM 1<br />

Nunes, CSA 1<br />

Introdução: Ai<strong>de</strong>alização da escola, a valorização das aspirações, os <strong>de</strong>safios e frustrações enfrentados pelos estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

no <strong>de</strong>correr do curso, são aspectos que certamente interessam aos educadores, especialmente àqueles engajados nas propostas<br />

<strong>de</strong> transformação do ensino médico. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo, i<strong>de</strong>ntificar as expectativas, pré-conceitos e sentimentos<br />

experimentados pelos acadêmicos relacionados à sua vivência com o curso <strong>de</strong> medicina, na Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá –<br />

Maringá, PR, no período <strong>de</strong> 2006 a 2008. Método: Trata-se <strong>de</strong> uma pesquisa qualitativa em que o objeto <strong>de</strong> estudo foi o <strong>de</strong>poimento escrito<br />

<strong>de</strong> alunos que ingressaram na disciplina <strong>de</strong> “Saú<strong>de</strong> Pública” oferecida na quarta série do curso. O instrumento utilizado para coleta<br />

dos dados foi um questionário constituído <strong>de</strong> duas perguntas abertas, aplicadas voluntariamente aos alunos no primeiro dia <strong>de</strong> aula,<br />

nos três anos citados. Aprimeira pergunta indagava sobre o que os alunos pensavam em relação à formação e profissão médica antes <strong>de</strong><br />

entrar no curso <strong>de</strong> medicina e a segunda, o que pensavam quando iniciavam a quarta série do curso. Resultados: Aanálise dos 73 <strong>de</strong>poimentos<br />

escritos gerou cinco categorias: a amiza<strong>de</strong> e o coleguismo como fundamentos no curso, a docência médica, a escola e o <strong>de</strong>senrolar<br />

do curso, o médico e sua prática e as impressões sobre si mesmo. Conclusão: Este estudo mostrou que a i<strong>de</strong>alização inicial do ingresso<br />

na escola médica foi <strong>de</strong>rrotada. No quarto ano enten<strong>de</strong>m melhor o significado do curso. Continuam comprometidos e preocupados<br />

com a formação e transferem para os próximos dois anos do internato, a expectativa <strong>de</strong> um aprendizado conciliador. Embora mais<br />

maduros e satisfeitos com a escolha, é possível i<strong>de</strong>ntificar acadêmicos que não encontraram estratégias para lidar com as adversida<strong>de</strong>s<br />

surgidasduranteestesanos<strong>de</strong>escola.<br />

Projeto Amarte: uma Receita sem Contra-indicação<br />

Pinto Junior, FEL2 Pessoa, BHS2 Brito, EAT2 Oliveira, AC2 Jácome, AHS2 Santos Filho, FC2 Introdução: O escritor Mario <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> dizia que “a arte é uma insatisfação humana”. E foi <strong>de</strong>vido a insatisfação ocasionada<br />

ao término da disciplina <strong>de</strong> medicina, arte e espiritualida<strong>de</strong> (MAE), que um grupo <strong>de</strong> alunos, juntamente com o seu professor – responsável<br />

pela MAE-, resolveram se reunir para formarem o grupo “Amigos Médicos Amantes da Arte” (AMARTE) – que hoje, tornou-se<br />

um projeto <strong>de</strong> extensão-, com o intuito <strong>de</strong> manter viva essa união (Medicina e arte) tão fundamental, que os gregos sabiamente colocaramnumúnico<strong>de</strong>us–Apolo-paraseroguardião<strong>de</strong>las.Objetivo:<br />

Estimular os alunos na criação das diversas manifestações artísticas<br />

(música, literatura, cinema, pintura...), para os pacientes internados, e seus acompanhantes, nos hospitais do SUS. Métodos:Asreuniões<br />

acontecem a cada 15 dias, inclusive no período <strong>de</strong> férias, nas sextas-feiras, à tar<strong>de</strong>: assistimos a filmes, discutimos os mais variados<br />

temas (eutanásia, suicídio, amor, ética, literatura, religião, etc.), com cada componente <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo o seu ponto <strong>de</strong> vista; por fim, programamos<br />

as ativida<strong>de</strong>s artísticas (encenações, música, oficinas, pinturas e filmes), que serão realizadas pelo grupo, nos hospitais do<br />

SUS. Resultados: O grupo é composto por 26 componentes, inclusive com alunos<strong>de</strong>outrasfaculda<strong>de</strong>s.Jáfizemosváriasintervenções<br />

nos hospitais <strong>de</strong> câncer, como a páscoa na pediatria e o CINEMARTE para os pacientes internados. Medir ou quantificar a arte é limitá-la.<br />

Assim, os resultados aparecem nas pequenas mudanças <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>, na sensibilização <strong>de</strong> um membro do grupo, na <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong><br />

1 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, Maringá, PR, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil<br />

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um ponto <strong>de</strong> vista jamais imaginado, num sorriso <strong>de</strong> um paciente: no reconhecimento <strong>de</strong>le sobre nosso trabalho, quando uma pequena<br />

atitu<strong>de</strong> nossa, faz a diferença na sua vida. Conclusão: Amedicina e a arte têm que andar <strong>de</strong> mãos dadas – como queriam os gregos – pois<br />

não há melhor forma <strong>de</strong> nos tornamos humanos, <strong>de</strong>masiados e belamente humanos.<br />

Relato <strong>de</strong> Experiência do Benefício da Cultura no Estabelecimento <strong>de</strong> um Ambiente<br />

Humanizado e Integrador na Formação Médica<br />

Balestrêro, MHS3 Vieira, JZ3 Bonaldi, HJ3 Gama, DAR3 Cunha, FG3<br />

Pereira, LF3 Introdução: O estudante <strong>de</strong> medicina muito se atém aos livros técnicos, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado, muitas vezes, aspectos culturais,<br />

como a arte. Essa realida<strong>de</strong>, por vezes, culmina em uma formação pouco humanista e preocupada com os fatores sociais da população,<br />

dificultando até mesmo a relação médico-paciente, que é imprescindível para a a<strong>de</strong>são do paciente ao tratamento e, assim, importante<br />

fator para um <strong>de</strong>sfecho favorável <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Visando a maior humanização na formação, foi <strong>de</strong>senvolvido o projeto Som da Saú<strong>de</strong>.<br />

Objetivos: Oportunizar e fomentar a relação interpessoal, favorecendo a integralida<strong>de</strong> e a interdisciplinarida<strong>de</strong>, utilizando à cultura<br />

como ferramenta integradora. Método: Professores, acadêmicos e <strong>de</strong>mais funcionários da instituição foram convidados a apresentar algum<br />

número musical, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do gênero, ou assistir às apresentações. As ativida<strong>de</strong>s foram realizadas mensalmente, durante um<br />

ano, em dia útil, na própria instituição e fora do horário letivo. Resultados: Os acadêmicos, professores e <strong>de</strong>mais funcionários que se<br />

apresentaram interagiram positivamente com o público, propiciando um ambiente agradável e <strong>de</strong>scontraído. Em todas as sessões realizadas<br />

houve bom público e, no geral, os relatos colhidos reportam a importância da iniciativa em propiciar um ambiente favorável para<br />

a relação interpessoal fora do contexto <strong>de</strong> aulas. Conclusão: A avaliação da experiência foi positiva e utilizou-se como parâmetro o respeito,<br />

a maior interação e a paciência na relação cotidiana dos alunos, participantes do projeto, com professores e funcionários e<br />

vice-versa. A interação promovida pelo projeto vem propiciando, ainda, o surgimento <strong>de</strong> parcerias, como a formação <strong>de</strong> grupos<br />

musicais e times para a práticas <strong>de</strong> esportes. Assim, acreditamos que estes resultados apontam uma formação mais a<strong>de</strong>quada, uma<br />

relação estudante-funcionários-professores mais saudável e condizente com a necessida<strong>de</strong> dos futuros médicos.<br />

A Experiência da Morte Durante a Formação do Médico<br />

Baulé, CP 4<br />

Archanjo, LR 4<br />

Bonow, MP 4<br />

Rehme, GB 4<br />

Introdução: Amorte na nossa socieda<strong>de</strong> é um tabu, pouco se fala sobre o assunto e esta tem se distanciado cada vez mais da realida<strong>de</strong><br />

das pessoas, uma vez que o processo <strong>de</strong> morte foi transferido <strong>de</strong> casa para os hospitais. O médico se <strong>de</strong>para com esta contradição,<br />

tendo que vivenciar muito mais o momento da morte <strong>de</strong> pacientes sem, no entanto, ter sido preparado para isso. Os cursos <strong>de</strong> medicina<br />

geralmente enfocam muito mais o preparo técnico científico do que as questões ligadas à condição humana. Assim, formam-se médicos<br />

com bom conhecimento técnico, mas com gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s para lidar com questões emocionais e humanas. Isso se torna ainda<br />

mais evi<strong>de</strong>nte quando a questão é a morte, o que resulta em maior sofrimento para o paciente em fase terminal, para a família e para o<br />

médico. Objetivos: Discutir a experiência que acadêmicos do último ano dos quatro cursos <strong>de</strong> medicina da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitiba tiveram<br />

com a morte. Métodos: A pesquisa, numa abordagem qualitativa, utiliza a técnica <strong>de</strong> entrevista aberta para os acadêmicos relatarem<br />

suas experiências pessoais com a morte <strong>de</strong> pacientes e as dificulda<strong>de</strong>s que enfrentaram no processo. Resultados:Osresultadosparciais<br />

3 UNIVIX- Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil<br />

4 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

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apontam que, geralmente, o tema da morte não foi abordado durante o curso <strong>de</strong> forma sistemática, sendo eventualmente enfocado em<br />

ativida<strong>de</strong>s extracurriculares. Os acadêmicos ressaltam que o amadurecimento com relação à morte ocorre <strong>de</strong> forma individual e que o<br />

tema <strong>de</strong>veria ser abordado no <strong>de</strong>correr do curso, pois traria mais segurança para lidar com a situação. Conclusões: A pesquisa em<br />

andamento aponta que a morte também é tabu nos cursos <strong>de</strong> medicina e isso gera angústia nos acadêmicos, <strong>de</strong>spreparados para lidar<br />

com a morte dos pacientes, com o sofrimento dos familiares e o seu.<br />

Avaliação da Relação Médico-Paciente em Juiz <strong>de</strong> Fora<br />

Lima, DA5 Nascimento, R5 Nascimento, M5 Xavier Júnior, JCC5 Men<strong>de</strong>s, JO5 Brando, KCF5 Introdução: É notória a perda, pelos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> valores éticos e humanos. Arelação médico-paciente está dificultada<br />

por fatores externos como sucateamento dos hospitais e enfermarias superlotadas e falta <strong>de</strong> recursos e avanço tecnológico e científico.<br />

Os pacientes que, anteriormente, confiavam em seus médicos, hoje os criticam e os processam. Objetivo: O estudo objetivou avaliar<br />

a qualida<strong>de</strong> da relação médico-paciente em três hospitais <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora. Métodos:Estudo<strong>de</strong>scritivotransversalrealizadonoHospital<br />

Universitário da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Hospital Monte Sinai, Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia, <strong>de</strong> re<strong>de</strong> pública, particular,<br />

mista, respectivamente. Foram entrevistados pacientes acima <strong>de</strong> 12 anos, internados na enfermaria ou que aguardavam consulta<br />

ambulatorial. Utilizou-se questionário <strong>de</strong> auto-preenchimento entre janeiro e abril <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, referentes à qualida<strong>de</strong> do atendimento, características<br />

observadas no médico, receita médica e avaliação do SUS. Dados analisados no Epi-Info. Resultados: Analisou-se 130 pacientes.<br />

58,3% dos pacientes consi<strong>de</strong>raram as explicações dadas pelo médico como algo mais valorizado na consulta. 23,6% valorizam<br />

mais o exame físico (p


da em sala <strong>de</strong> aula e respon<strong>de</strong>rem pergunta aberta sobre sua percepção da experiência. Resultados: Embora alguns acadêmicos relatassem<br />

resistência inicial diante da proposta da realização <strong>de</strong> uma roda <strong>de</strong> TC em sala <strong>de</strong> aula, a maioria revelou que a experiência suscitou<br />

sentimentos <strong>de</strong> “união e fraternida<strong>de</strong>”, expressão emocional e humanização, promovendo “acolhimento”, “vínculo”, “empatia”,<br />

“compaixão”, “respeito” e “solidarieda<strong>de</strong>” entre estudantes. Aroda levou à percepção <strong>de</strong> que seus problemas são menores do que pareciam,<br />

proporcionou o fortalecimento das relações humanas e a construção <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio social na turma analisada. Conclusão:<br />

A partir da análise <strong>de</strong>sta experiência, na percepção <strong>de</strong>stes alunos, po<strong>de</strong>mos sugerir que a prática <strong>de</strong> TC em sala <strong>de</strong> aula, <strong>de</strong> maneira geral,<br />

muito po<strong>de</strong> contribuir no processo <strong>de</strong> humanização, facilitando cuidado e auto-cuidado solidário, com consciência que dividindo<br />

problemas diminui o sofrimento, surgem soluções e multiplicam-se as esperanças. ATC favorece uma nova leitura da condição humana<br />

e das relações com seus conflitos, sofrimentos, dores e prazeres.<br />

Transformações no Ambiente Hospitalar: Atuação do Projeto Bem-me-quer – Promovendo<br />

Saú<strong>de</strong> Através da Solidarieda<strong>de</strong><br />

Rodrigues, REM 7<br />

Ferruzzi, EH 7<br />

Cardoso, MR 7<br />

Souza, WTI 7<br />

Introdução: Pacientes <strong>de</strong>svalorizados pelo atendimento médico e já inseridos em um ambiente hostil, <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong> e hospitalização,<br />

po<strong>de</strong>m sofrer ainda mais com distúrbios afetivos e emocionais. Por isto, estratégias técnico-científicas e cuidados com o bem-estar são requisitos<br />

essenciais para o pleno funcionamento <strong>de</strong> uma clínica ou instituição hospitalar. O problema é que ações <strong>de</strong>sta natureza, muitas vezes,<br />

são negligenciadas. Aapresentação do palhaço como médico no ambiente <strong>de</strong> dor e sofrimento, melhora a relação do profissional com o paciente,<br />

auxilia na recuperação e reduz o estresse. Objetivos: Alcançar as transformações possíveis no ambiente hospitalar e colaborar com a recuperação<br />

do paciente. Sensibilizar os acadêmicos quanto à importância do atendimento humanizado. Metodologia: O projeto é composto<br />

<strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> acadêmicos participantes, palestras e oficinas preparatórias. Já capacitados, eles iniciam os encontros no hospital aos domingos<br />

à tar<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> caracterizados <strong>de</strong> “palhaço” realizam ativida<strong>de</strong>s lúdicas. O público-alvo são pacientes internados nas Enfermarias <strong>de</strong> Pediatria,<br />

Clínicas Médica e Cirúrgica, além dos acompanhantes, visitantes e funcionários. Participam alunos das faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Medicina, Ciências Sociais,<br />

Letras, Pedagogia, História e Gestão Ambiental. Resultados: Durante suas ativida<strong>de</strong>s no hospital em 2008, o projeto impactou cerca <strong>de</strong><br />

8.000 pessoas. A redução do estresse, sofrido com a doença e internação hospitalar, foi averiguada pela interação dos pacientes e acompanhantes.<br />

Houve uma resposta positiva à metodologia lúdica aplicada e os resultados foram sorrisos e troca <strong>de</strong> experiências. Conclusão:Édifícil<br />

mensurar o alcance da presença do acadêmico “palhaço médico” pelo cunho subjetivo do trabalho. Porém, foi possível avaliar os resultados<br />

no ambiente e no público-alvo, através da alteração <strong>de</strong> humor. Pela análise dos acadêmicos participantes e da equipe hospitalar, somado<br />

à recepção e aceitação do público-alvo, po<strong>de</strong>-se concluir que o projeto tem conseguido aumentar o bem-estar geral. Ainda falta um trabalho<br />

que comprove as transformações no ambiente hospitalar.<br />

Fundamentos Humanísticos na Formação <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina: Relato <strong>de</strong> Caso.<br />

Alexandre, NL8 Luz, JP8 Queiroz, LA8 Introdução: Amedicina vem conquistando alto po<strong>de</strong>r tecnológico, imprescindível para muitos diagnósticos e tratamentos atuais.<br />

Por outro lado, observa-se o distanciamento do médico do que <strong>de</strong>ve ser seu instrumento <strong>de</strong> trabalho: a pessoa. AEscola Bahiana <strong>de</strong><br />

Medicina vem implementando ações que visam integrar o estudante aos elementos subjetivos da prática médica, através <strong>de</strong> matérias<br />

como a Psicodinâmica da Clínica Médica. Objetivos: retratar a realida<strong>de</strong> do ensino da matéria Psicodinâmica na Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina<br />

e Saú<strong>de</strong> Pública; avaliar o <strong>de</strong>sempenho da matéria semestre do curso <strong>de</strong> medicina da Escola Bahiana°Psicodinâmica, ministrada<br />

no 7 <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador-BA, bem como a necessida<strong>de</strong> do ensino <strong>de</strong> fundamentos humanísticos perante a comunida<strong>de</strong><br />

discente <strong>de</strong>ssa escola. Métodos: Estudo <strong>de</strong> caso realizado através <strong>de</strong> análise documental, entrevista com professor da matéria e<br />

aplicação <strong>de</strong> questionário. Após aprovação do Comitê <strong>de</strong> ética, aplicaram-se questionários contendo sexo, ida<strong>de</strong>, ano do curso, pergun-<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, Dourados, MS, Brasil<br />

8 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

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tas referentes aos assuntos <strong>de</strong>senvolvidos na matéria tais quais relação médico-paciente, morte e morrer, vocação médica e humanização<br />

etc. Resultados: o objetivo da psicodinâmica é propiciar uma visão integral do paciente. Quanto aos questionários, foram respondidos<br />

por 124 alunos distribuídos entre as 4ª, 5ª e 6ª séries. 88,7% concordam que a matéria forneceu bases para estabelecer uma relação<br />

médico-paciente eficaz. 91,2% concordam que a matéria chamou atenção para o aspecto terapêutico que po<strong>de</strong> ter a relação médico-paciente.<br />

99,2% concordam que para aten<strong>de</strong>r com humanida<strong>de</strong> é preciso primeiro, humanizar-se. 71% dos alunos concordam que a matéria<br />

ajudou a diminuir a angústia e a culpa por não po<strong>de</strong>r curar todos seus pacientes. 86,3% dos alunos concordam com a necessida<strong>de</strong> do ensino<br />

<strong>de</strong> fundamentos humanísticos durante todo o curso. Conclusões: A Psicodinâmica da Clínica médica vem atingindo os objetivos<br />

propostos. Há necessida<strong>de</strong> do ensino <strong>de</strong> fundamentos humanísticos durante todo curso <strong>de</strong> medicina .<br />

“A Medicina <strong>de</strong> Monteiro Lobato”: Ação Educativa na Comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Felipe Camarão em<br />

Natal-RN<br />

Santa Cruz, GD 9<br />

Pessoa, BHS 9<br />

P. Júnior, FEL 9<br />

Cobucci, RN 9<br />

Costa, RD 9<br />

Bezerra, CM 9<br />

Introdução: O <strong>de</strong>spertar para o reconhecimento da saú<strong>de</strong>, como um processo dinâmico e sujeito a múltiplos fatores, representou<br />

uma condição imprescindível para a mudança <strong>de</strong> paradigmas experimentada, pelo ramo das ciências médicas. É fundamental que<br />

o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> suas competências, exerça a função <strong>de</strong> educador e orientador, compreen<strong>de</strong>ndo a saú<strong>de</strong> no seu contexto<br />

holístico, como a fase <strong>de</strong> equilíbrio biopsicossocial e <strong>de</strong> sucesso adaptativo no meio em que vive. Sabedor disso, os alunos do projeto<br />

AMARTE (Amigos Médicos Amantes da Arte), da Universida<strong>de</strong> Potiguar - e que fazem parte do projeto “Fazer Crescer”-, através da<br />

dramatização da obra literária “Jeca tatu”, <strong>de</strong> Monteiro Lobato, realizou ação educativa, buscando orientar a população sobre noções <strong>de</strong><br />

higiene. Objetivo: Utilizar a arte, como meio <strong>de</strong> atingir a população, para prevenção e promoção à saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>. Método:Imediatamente,<br />

após o término da peça, <strong>de</strong> “Jeca Tatu”, <strong>de</strong> Monteiro Lobato, foi utilizado um questionário, elaborado pelos acadêmicos <strong>de</strong><br />

medicina envolvidos no projeto e que contava <strong>de</strong> oito questões fechadas, com o intuito <strong>de</strong> verificar o quanto da mensagem transmitida<br />

foi assimilada pela população. Resultados: Dentre as 52 pessoas que participaram da ação educativa, 85,2% dos alunos submetidos ao<br />

questionário, não lavavam as mãos nem antes e nem após, <strong>de</strong> irem ao banheiro. No entanto, 92,3% dos entrevistados tomavam banho<br />

todos os dias e 77,8% escovavam os <strong>de</strong>ntes, pelo menos duas vezes ao dia. Conclusão: Medicina é antes <strong>de</strong> tudo arte. E o artista, como<br />

diz o cancioneiro, “tem <strong>de</strong> ir aon<strong>de</strong> o povo está”. Portanto, levar conhecimentos <strong>de</strong> prevenção e promoção da saú<strong>de</strong> à população é tarefa<br />

do médico e que <strong>de</strong>ve ser estimulada, nas escolas médicas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> sua formação.<br />

A Influência do Pronto Sorriso em Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás<br />

Lima, FMLS 10<br />

Marques, MS 10<br />

Barreto, MA 10<br />

Lima, APL 11<br />

Lima, LML 12<br />

Introdução: O Pronto Sorriso (PS) é uma disciplina, <strong>de</strong> Núcleo Livre da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás<br />

(UFG). Consiste num projeto multidisciplinar que agrega alunos e professores das diversas áreas do conhecimento, favorecendo a<br />

formação holística dos acadêmicos. Os alunos apren<strong>de</strong>m técnicas teatrais, expressão corporal e jogos lúdicos, que favorecerão a relação<br />

9 Universida<strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil.<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

11 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

12 Universida<strong>de</strong> Evangélica <strong>de</strong> Anápolis, Anápolis, GO, Brasil.<br />

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acadêmico-paciente. Com esta dinâmica cria-se um ambiente favorável e <strong>de</strong>scontraído, que interferirá na recuperação, no sofrimento e<br />

no <strong>de</strong>sconforto dos pacientes e cuidadores. Objetivos: Verificar se a participação no projeto PS interfere na formação profissional e pessoal<br />

dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina envolvidos. Método: Trata-se <strong>de</strong> um estudo transversal qualitativo, cujos instrumentos <strong>de</strong> coleta foram:<br />

aplicação <strong>de</strong> dois questionários e realização <strong>de</strong> um grupo focal. Aamostra foi composta por <strong>de</strong>zessete alunos <strong>de</strong> medicina que freqüentaramoPSporumano.Resultados:<br />

Antes do PS os acadêmicos não penetravam no mundo lúdico, tinham visão adulta e racional<br />

sobre os “clowns”; na primeira intervenção, se projetavam como uma figura onírica <strong>de</strong> bem, tinham uma visão <strong>de</strong> médico impessoal.<br />

Depois <strong>de</strong> participarem do PS, os acadêmicos penetraram no mundo lúdico das crianças, apresentavam sentimentos <strong>de</strong> alegria, segurança<br />

e satisfação nas intervenções, ampliaram conceitos e os aplicaram em suas vidas. Conclusão: A participação no PS colaborou na<br />

formação profissional e pessoal dos acadêmicos, tornando-os mais aptos a lidarem com seus próprios limites, promovendo mudanças<br />

na forma <strong>de</strong> se trabalhar o processo saú<strong>de</strong>-doença e na relação acadêmico-paciente.<br />

“A Gente vê a Alegria das Crianças quando vocês Chegam ...” : Terapia do Riso na<br />

Percepção <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Graduação<br />

Mota, GM 13<br />

Mota, DMC 13<br />

Salgado, MS 13<br />

Oliveira, CPV 13<br />

Arrais, RH 13<br />

Machado, MMT 13<br />

Introdução: O Projeto Y <strong>de</strong> Riso Sorriso e Saú<strong>de</strong> é um projeto <strong>de</strong> extensão criado na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará em 2005.<br />

Através <strong>de</strong> recursos lúdicos, como o “clown”, propõe a humanização do contexto hospitalar ao tentar reduzir o estresse e a ansieda<strong>de</strong><br />

dos pacientes internados. Integra 13 estudantes <strong>de</strong> medicina, enfermagem e psicologia, que realizam visitas semanais à Enfermaria Pediátrica<br />

do Hospital Universitário Walter Cantídio- EPHUWC e do Hospital do Câncer do Ceará. Objetivos: Descrever a percepção <strong>de</strong><br />

estudantes <strong>de</strong> medicina e psicologia sobre a atuação do Projeto Y na EPHUWC. Métodos: Estudo com abordagem qualitativa realizado<br />

em Fortaleza-Ce em nov/2008-maio/<strong>2009</strong>. Realizaram-se entrevistas individuais aprofundadas, com gravação e transcrição das falas<br />

na íntegra. Utilizou-se a análise interpretativa, com <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> categorias centrais: Conhecimento dos alunos acerca do grupo; Percepção<br />

do projeto no ambiente hospitalar; Projeto Y na formação acadêmica; Humanização da assistência no olhar dos alunos. Resultados:<br />

A amostra pesquisada consistiu em 7 estudantes <strong>de</strong> medicina e 3 <strong>de</strong> psicologia que à época estagiavam na EPHUWC. Observou-se a<br />

partir do discurso que os palhaços influenciam <strong>de</strong> forma positiva no ambiente hospitalar, ajudando as crianças a aceitarem o tratamento.<br />

Os estudantes passaram a refletir mais sobre a sua atuação diante do cuidado, a partir da observação da vivência dos doutores-palhaços.<br />

Os alunos do curso <strong>de</strong> Medicina – mesmo aqueles que viram melhora na formação oferecida ao longo do tempo – consi<strong>de</strong>raram<br />

que a formação humanitária dada na graduação ainda é <strong>de</strong>ficitária. Critica-se a distância entre o discurso e a prática que observam na<br />

faculda<strong>de</strong>. O projeto Y seria uma aplicação prática da humanização. Conclusão: O Projeto Y propiciou aos alunos uma reflexão sobre as<br />

práticas <strong>de</strong> cuidado às crianças assistidas na EPHUWC. Há aceitação e solicitação para a expansão <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> estratégia como forma<br />

<strong>de</strong> interação profissional-paciente numa abordagem lúdica, dialógica e interativa.<br />

Contribuição da Psicologia Médica (EBMSP-BA) à Humanização da Prática Médica<br />

Araújo, DGB 14<br />

Costa, AC 14<br />

Introdução: a Política Nacional <strong>de</strong> Humanização, instituída pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a valorização da dimensão subjetiva e<br />

social em todas as práticas da atenção e gestão no SUS, o que implica na adoção <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s e valores humanísticos por parte dos profissionais<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Adisciplina Psicologia Médica, oferecida a alunos do primeiro semestre na Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública (EBMSP),<br />

13 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza CE, Brasil.<br />

14 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

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tem como um dos seus objetivos trabalhar valores envolvidos em uma relação humanizada com o paciente. Objetivo: avaliar a sensibilização<br />

dos alunos <strong>de</strong> Psicologia Médica em relação a valores éticos e humanísticos implicados na relação médico-paciente. Métodos:afonte<strong>de</strong>dados<br />

foi questionário <strong>de</strong> avaliação final da disciplina preenchido por 91 alunos da EBMSPem junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Utilizaram-se duas questões abertas,<br />

uma referente ao perfil <strong>de</strong> médico que o estudante <strong>de</strong>seja <strong>de</strong>senvolver ao longo <strong>de</strong> sua formação, a outra, aos principais valores trabalhados<br />

na disciplina (máximo <strong>de</strong> 5). Resultados: analisando-se aspectos <strong>de</strong>scritos na <strong>de</strong>finição do perfil profissional, observou-se que 95,55%<br />

dos alunos referiram características condizentes com uma postura ético-humanística na relação médico-paciente. Como atributos mais presentes<br />

nas <strong>de</strong>scrições dos estudantes estavam: humano (43,33%), atencioso (20%), capaz <strong>de</strong> ouvir (16,66%), cuidadoso (8,88%) e respeitoso<br />

(8,88%). Em termos dos valores, 81,82% dos alunos apresentaram pelo menos um <strong>de</strong>les especificamente concernente à relação médico-paciente,<br />

sendo os mais referidos: humanização (40,91%), respeito (35,23%), atenção (14,77%) e cuidado (10,23%). A disciplina foi consi<strong>de</strong>rada<br />

muito boa por 70% dos alunos, e boa por 30%. Conclusões: os alunos <strong>de</strong> Psicologia Médica se mostraram predispostos a <strong>de</strong>senvolver uma<br />

postura ético-humanística na relação médico-paciente, e reconheceram que a disciplina trabalhou valores envolvidos neste relacionamento.<br />

As características <strong>de</strong>scritas no perfil do futuro médico foram coerentes com os valores trabalhados durante o semestre, sugerindo que a disciplina<br />

influenciou na concepção do perfil profissional.<br />

Medclown: um Jeito <strong>de</strong> Comover o Estudante <strong>de</strong> Medicina<br />

Fraiz, IC 15<br />

Archanjo, LR 15<br />

Folly, PP 15<br />

Introdução: O grupo MedClown surgiu a partir <strong>de</strong> uma oficina on<strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>senvolveram técnicas <strong>de</strong> clown<br />

(tipo <strong>de</strong> palhaço <strong>de</strong> essência cômica) que lhes possibilitasse abordar, <strong>de</strong> forma criativa e divertida, crianças internadas em instituições<br />

hospitalares. Aatuação do grupo se insere no projeto pedagógico do curso <strong>de</strong> medicina à medida que é uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promoção da<br />

saú<strong>de</strong> que contribui para a formação humanística do estudante. Objetivo: Enfocar o processo <strong>de</strong> transformação que a participação no<br />

grupo MedClown vem produzindo nas estudantes analisando a contribuição do projeto para a educação médica. Metodologia: Numa<br />

abordagem qualitativa este trabalho utiliza como fontes <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> estudantes antes e durante a participação no grupo<br />

e registros do projeto na instituição. Resultados: Semanalmente o grupo MedClown visita a ala pediátrica <strong>de</strong> um hospital público da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitiba. Os momentos mágicos que proporcionam a crianças, adolescentes e acompanhantes vêm repercutindo intensamente<br />

na vida das integrantes do grupo. A abordagem com performances <strong>de</strong> clown tem possibilitado às estudantes olhar <strong>de</strong> outra forma<br />

a si mesmas, ao ambiente hospitalar e à realida<strong>de</strong> dos pacientes internados e seus acompanhantes. Este novo olhar possibilita ver as<br />

pessoas, além dos sintomas e diagnósticos, e encontrar nelas aspectos saudáveis, como a alegria e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> brincar. Os <strong>de</strong>poimentos<br />

apontam para os <strong>de</strong>safios e as conquistas <strong>de</strong> cada estudante ao <strong>de</strong>senvolver o trabalho assumindo uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> clown. Conclusão:<br />

O estudo aponta que a interação com crianças, acompanhantes e profissionais através <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> clown têm <strong>de</strong>senvolvido<br />

nas estudantes respeito, <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za e sensibilida<strong>de</strong> em relação ao outro e, consequentemente, um outro olhar sobre a saú<strong>de</strong>.<br />

Humaniza-Icesp: Humanização Integrada a Gestão<br />

Ribas, EDSR16 Nogueira-Martins, MCF17 Chiattone, HBC18 Introdução: O Instituto do Câncer do Estado <strong>de</strong> São Paulo (ICESP) foi inaugurado em maio <strong>de</strong> 2008. Des<strong>de</strong> o início, a Humanização<br />

esteve presente na estrutura organizacional, já que a Coor<strong>de</strong>nação está inserida no Organograma Institucional como Assessoria<br />

da Diretoria Executiva. Objetivo: Relatar o processo <strong>de</strong> implantação e a configuração atual do Humaniza-ICESP. Método: Os passos<br />

15 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

16 Instituto do Câncer do Estado <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

17 Instituto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, São Paulo, SP, Brasil.<br />

18 Hospital do Briga<strong>de</strong>iro, São Paulo, SP, Brasil; Hospital do Servidor Público Estadual, São Paulo, SP, Brasil; Instituto do Câncer do Estado <strong>de</strong> São Paulo, São<br />

Paulo, SP, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


percorridos foram: Mapeamento dos serviços e li<strong>de</strong>ranças da instituição; Composição da Comissão Geral e Subcomissões Temáticas;<br />

Levantamento <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s e saberes nas diversas áreas; Proposição e implantação das ações. Resultados: A. AComissão Geral coor<strong>de</strong>na<br />

o trabalho <strong>de</strong> duas Subcomissões, das quais participam, ao todo, 50 funcionários, entre componentes e convidados: 1. Subcomissão<br />

<strong>de</strong> Apoio aos Usuários e <strong>de</strong> Relações Externas; 2. Subcomissão <strong>de</strong> Integração e Apoio aos Profissionais. Os participantes das<br />

Subcomissões são provenientes dos setores: Enfermagem; Serviço Social; Psicologia; Hotelaria; Arquivo Médico; Atendimento Rápido;<br />

Financeiro; Voluntariado; Ouvidoria; Comunicação; Nutrição; Almoxarifado; Administração; Relações Institucionais; Engenharia; Comunicação.<br />

As Subcomissões, a cada ação a ser implantada/monitorada/avaliada, verificam aspectos intrínsecos à mesma: condições<br />

<strong>de</strong> espaço físico/ necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reforma; compatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> horários dos envolvidos; gastos necessários; papel da hotelaria; participação<br />

dos voluntários; estabelecimento <strong>de</strong> fluxo; divulgação interna das ações para funcionários. B. As 62 ações, <strong>de</strong>senvolvidas sistematicamente,<br />

são classificadas em duas gran<strong>de</strong>s categorias: 1. Para usuários e familiares: Acolhimento; Direitos do usuário; Integração<br />

para o exercício interdisciplinar; Educação para a Saú<strong>de</strong>; Ativida<strong>de</strong>s lúdicas; Projetos especiais. 2. Para funcionários: Ativida<strong>de</strong>s culturais,<br />

educacionais e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer; Espaços <strong>de</strong> participação e integração; Projetos especiais. C. Indicadores e metas estão<br />

sendo construídos. Pesquisa (quantitativa e qualitativa) <strong>de</strong> satisfação <strong>de</strong> usuário está sendo realizada. Consi<strong>de</strong>rações finais:A<br />

experiência aponta para a importância da integração da Humanização na gestão hospitalar. A estrutura das Subcomissões tem<br />

garantido a transversalida<strong>de</strong> e a capilarida<strong>de</strong> institucional das ações.<br />

Sexo e Álcool na Vida dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina<br />

Brandão, PC 19<br />

Silva, EB 19<br />

Rocha, LLS 19<br />

Maia, BA 19<br />

Oliveira, BB 19<br />

Magalhães, AJ 19<br />

Introdução: O período em que os estudantes passam na faculda<strong>de</strong> é uma fase <strong>de</strong> muitas <strong>de</strong>scobertas. São realizadas novas experiências<br />

tanto na área profissional quanto pessoal. Contudo, a carga horária dos estudantes <strong>de</strong> medicina é bastante elevada, e esse fator<br />

afeta diretamente a vida sexual dos estudantes da área médica, levando-os muitas vezes a assumirem comportamentos <strong>de</strong> risco.<br />

Além disso, o consumo <strong>de</strong> álcool também po<strong>de</strong> funcionar como medidas <strong>de</strong> combate ao estresse. Objetivos: Avaliar a influência da ativida<strong>de</strong><br />

acadêmica na vida sexual dos estudantes <strong>de</strong> medicina e o consumo <strong>de</strong> álcool por parte dos mesmos. Métodos:Foiaplicadoum<br />

questionário com perguntas objetivas, anônimo e <strong>de</strong> autopreenchimento. Avaliou-se 76 alunos do 1º ao 3º período do curso <strong>de</strong> medicina<br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas. Resultados: 42,1% dos estudantes eram homens. Quanto à vida sexual, 35,5% são virgens, <strong>de</strong>stes<br />

55,5% são do 1º período. 77,5% iniciaram a vida sexual entre os 15 e 20 anos. 100% das mulheres iniciaram com parceiro fixo contra<br />

33,3% dos homens. 79,6% usaram camisinha na 1º vez e 71,4% sempre usam camisinha. 63,2% praticam menos <strong>de</strong> 3 relações por semana.<br />

38,7% já fizeram teste para HIV. Quanto ao consumo <strong>de</strong> bebidas alcoólicas, 72,2% do 3º período bebem contra 58,3% do 1º, um total<br />

<strong>de</strong> 59,2%. 68,9% começaram a consumir álcool entre os 15 e 20 anos. 66,7% possuem familiares que consomem álcool. 73,3% alegam que<br />

os pais têm conhecimento sobre o consumo <strong>de</strong> bebidas. Conclusões: Apesquisa mostrou que o ingresso na faculda<strong>de</strong> constitui um momento<br />

<strong>de</strong> amadurecimento dos jovens estudantes. É durante esse período que alguns iniciam sua vida sexual e começam a consumir<br />

bebidas alcoólicas. Também <strong>de</strong>monstra que a carga horária elevada afeta a vida sexual e mais da meta<strong>de</strong> dos estudantes realizam sexo<br />

seguro, porém, poucos realizam exames para <strong>de</strong>tectar HIV.<br />

19 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Casos Motivadores <strong>de</strong> Práticas Sensibilizantes<br />

Soares, FJP 20<br />

Calheiros, LHC 20<br />

Introdução: a aprendizagem em grupo com os casos motivadores tem proporcionado um campo <strong>de</strong> reflexão amplo sobre a gestão<br />

do trabalho em equipe, processos <strong>de</strong> avaliação, construção <strong>de</strong> cidadania, em conformida<strong>de</strong> com as diretrizes curriculares. No entanto,<br />

docentes e discentes queixam-se <strong>de</strong> tensão permanente nos grupos e da dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior integração entre os membros. Aliteratura<br />

é conflitante quantos aos resultadoshumanizantesdoscurrículosinovadores.Objetivos: integrar conhecimentos e práticas culturais<br />

e artísticas ao trabalho em grupo com casos motivadores para reduzir a tensão e ampliar a interação nos grupos. Métodos:técnica<br />

<strong>de</strong> sensibilização para a busca ativa simultânea <strong>de</strong> conhecimentos culturais e artísticos interelacionados aos bio-psico-éticos. Casos sensibilizadores:<br />

a cada novo caso motivador era solicitado que os alunos manifestassem livremente na sessão <strong>de</strong> finalização suas visões,<br />

percepções artísticas sobre aspectos da situação clínica apresentada para estudo semanal. Resultados: pequena resistência inicial e a<strong>de</strong>são<br />

total na segunda semana, com maior integração e motivação para estudar; revelação <strong>de</strong> talentos; diminuição da tensão e da competitivida<strong>de</strong>.<br />

Conclusões: técnicas <strong>de</strong> sensibilização para interação grupal associadas aos momentos <strong>de</strong> aprendizagem são motivadoras e<br />

redutoras <strong>de</strong> tensão. É preciso criar espaços e momentos para a sublimação dos aspectos psicóticos da personalida<strong>de</strong> (raiva, inveja,<br />

ódio, frustração) permitindo livre trânsito à criativida<strong>de</strong> e à expressão emocional individual e grupal.<br />

Apren<strong>de</strong>ndo a Enxergar: Exercício <strong>de</strong> Vivência Aplicado a Estudantes <strong>de</strong> Medicina<br />

Vaccari, NL 21<br />

Mattos, NM 21<br />

Jesus, AC 21<br />

Souza, PZ 21<br />

Diniz, KMP 21<br />

Saias, ALS 21<br />

Introdução: Ao longo da história da Medicina, o papel <strong>de</strong> cuidador do médico <strong>de</strong>senvolveu-se no sentido científico-tecnológico,<br />

porém, paulatinamente, vem se observando distanciamento das relações humanas. O setor <strong>de</strong> Visão Sub-Normal da Disciplina <strong>de</strong><br />

Oftalmologia da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC promove, há 5 anos, um exercício <strong>de</strong> vivência em cegueira para médicos resi<strong>de</strong>ntes e<br />

colaboradores. Baseado nessa experiência, foi <strong>de</strong>senvolvido projeto direcionado aos estudantes para melhor entendimento das situações<br />

vivenciadas pelos pacientes. Objetivos: inserir o acadêmico <strong>de</strong> medicina em situações cotidianas <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficientes visuais. Métodos:<br />

a amostra foi constituída <strong>de</strong> alunos do 4º. ano que participaram <strong>de</strong> exercíco <strong>de</strong> simulação em dois momentos: um como pseudocego e<br />

outro como vi<strong>de</strong>nte (homo-lumen). Como pseudocego, tiveram que executar ativida<strong>de</strong>s do dia-a-dia como lavar as mãos e subir escadas,<br />

sempre com a orientação do vi<strong>de</strong>nte. Ao final, foi aplicado questionário sobre a ativida<strong>de</strong> e realizado grupo <strong>de</strong> discussão. Resultados:<br />

As respostas foram unanimes quanto a importância <strong>de</strong> agregar práticas <strong>de</strong> humanização à formação médica e a mudança na forma<br />

<strong>de</strong> enxergar o paciente oftalmológico. Os acadêmicos relataram medo ao serem colocados na condição <strong>de</strong> pseudocego e referiram dificulda<strong>de</strong><br />

para orientar, no papel <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>nte. Conclusões: O estudante foi capaz <strong>de</strong> sentir as dificulda<strong>de</strong>s tanto <strong>de</strong> quem não enxerga<br />

como <strong>de</strong> quem orienta. A comunicação com o ambiente e as pessoas ao seu redor <strong>de</strong>vem ser adaptadas, principalmente utilizando<br />

outros órgãos do sentido. O conhecimento técnico-científico quando <strong>de</strong>sagregado do respeito à individualida<strong>de</strong> do paciente torna-se<br />

avesso ao maior objetivo da atenção médica: a qualida<strong>de</strong> da assistência à saú<strong>de</strong>.<br />

20 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

21 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A Morte na Formação Médica: Implicações para Humanização do Cuidado<br />

Nogueira da Silva 22<br />

Ayres, JRCM 23<br />

Introdução e Objetivos: Apartir da narrativa <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina e resi<strong>de</strong>ntes da UFRN, buscou-se compreen<strong>de</strong>r o processo<br />

<strong>de</strong> construção do “ser médico“ e sua relação com o fenômeno da morte, com o intuito <strong>de</strong> investigar em que medida essa relação contribui<br />

para promover o distanciamento entre as tecnociências médicas e os processos dialógicos do cuidar no cotidiano da prática médica. Método:<br />

Pesquisa qualitativa com combinação duas estratégias tecno-metodológicas: entrevistas semi-estrutura com roteiro e oficinas com utilização<br />

<strong>de</strong> “cenas” projetivas. AFenomenologia Existencial, a Hermenêutica Gadameriana e a Teoria da Ação Comunicativa, <strong>de</strong> Habermas, constituem<br />

a base filosófica do trabalho <strong>de</strong> produção e interpretação das narrativas. Resultados: O “ser médico” é ancorado em um i<strong>de</strong>al que representa<br />

ser um médico técnico e humano na doença e na morte. Apesar <strong>de</strong> inseridos em uma cultura social e institucional <strong>de</strong> negação da morte,<br />

os entrevistados <strong>de</strong>monstram sensibilida<strong>de</strong> à re-humanização do processo <strong>de</strong> morrer. Essas concepções também estão presentes na proposta<br />

do currículo novo, mas encontra tensões diante do mo<strong>de</strong>lo biomédico em que estão inseridos. A iniciação na Anatomia <strong>de</strong>fine um tipo <strong>de</strong><br />

percurso a ser trilhado, baseado na expropriação da subjetivida<strong>de</strong> para se obter a garantia do conhecimento objetivo. Conclusão:Osestudantes<br />

e resi<strong>de</strong>ntes transitam entre os dois cenários, com escassos mo<strong>de</strong>los, poucas experiências para nominar e lidar com a morte, e muitos paradoxos.<br />

No seu encontro com o paciente à morte, esse cuidador se <strong>de</strong>para com as dificulda<strong>de</strong>s para não promover a distância entre intenção e<br />

gesto em suas interações. Por fim, os futuros médicos reclamam e revelam pistas que po<strong>de</strong>m contribuir para a transformação do ensino médico,<br />

na direção <strong>de</strong> tornar-se capaz <strong>de</strong> lidar com a relação razão e emoção; médico e paciente; técnica e cuidado; vida e morte, promovendo um<br />

cuidado humanizado e integral no saber–fazer em medicina, em saú<strong>de</strong>.<br />

22 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

23 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TEMA: EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, TECNOLOGIA DE<br />

INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SAÚDE<br />

Uma Proposta para Educação Permanente das Equipes <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família por Meio da<br />

Telessaú<strong>de</strong><br />

Machiavelli, JL1 Novaes, MA1 Couto, J1 Rodrigues, TR1 Santos, PRT1 Introdução: O dinamismo dos processos saú<strong>de</strong>-doença e a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> novas tecnologias <strong>de</strong>terminam a revisão permanente dos<br />

processos <strong>de</strong> trabalho em saú<strong>de</strong>. Paralelamente, a educação permanente das equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família (ESFs) é um <strong>de</strong>safio, pois muitas<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> estão distantes dos centros educacionais. Objetivando qualificar as ESFs e melhorar a resolubilida<strong>de</strong> na atenção primária<br />

do SUS, o Ministério da Saú<strong>de</strong> implantou o Programa Telessaú<strong>de</strong> Brasil, que oferece serviços <strong>de</strong> tele-educação e tele-assistência às ESFs. Em<br />

Pernambuco, o Programa é coor<strong>de</strong>nado pelo Núcleo <strong>de</strong> Telesaú<strong>de</strong> da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco e atualmente beneficia aproximadamente<br />

259 ESFs em 79 municípios, contemplando especialmente o interior do estado. Objetivos: Apresentar os serviços <strong>de</strong> telessaú<strong>de</strong><br />

oferecidos em Pernambuco e sua integração com a universida<strong>de</strong>. Métodos: A tele-educação ocorre mediante os Seminários por Webconferência:<br />

sessões expositivas abordando temáticas <strong>de</strong>finidas por meio das <strong>de</strong>mandas das ESFs e dos gestores parceiros, e do perfil epi<strong>de</strong>miológico<br />

estadual. Logo após, inicia-se o serviço <strong>de</strong> Dúvidas Clínicas por Webconferência: sessões interativas que permitem às ESFs discutir e esclarecer<br />

dúvidas sobre o tema abordado. Atele-assistência ocorre mediante a Segunda Opinião a Distância, que possibilita a discussão <strong>de</strong> casos<br />

clínicos entre ESFs e teleconsultores. Para isso, são oferecidos três canais <strong>de</strong> comunicação: formulário eletrônico, webconferência e o HealthNet<br />

(sistema <strong>de</strong> prontuário eletrônico). Todos os serviços contam com apoio <strong>de</strong> teleconsultores da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco<br />

e <strong>de</strong> outras instituições. Resultados: Entre janeiro e junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, ocorreram 71 seminários, com média <strong>de</strong> 49 participantes por sessão e 11<br />

municípios conectados remotamente. Durante os seminários, foram esclarecidas 590 dúvidas clínicas. Na tele-assistência, foram discutidos<br />

64 casos clínicos. Conclusões: Atelessaú<strong>de</strong> mostra-se como uma alternativa eficiente, eficaz e <strong>de</strong> baixo custo para a capacitação das ESFs, permitindo<br />

a aproximação entre o SUS e a universida<strong>de</strong>, além da socialização do conhecimento.<br />

A População e as Informações em Saú<strong>de</strong>: Repercussões no Tratamento e na Relação<br />

Médico-Paciente<br />

Soares, GMT 2<br />

Lima, JV 2<br />

Beligoli, DA 2<br />

Mello, CL 2<br />

C Neto, JÁ 2<br />

Sirimarco, MT 2<br />

Introdução: O amplo <strong>de</strong>senvolvimento dos meios <strong>de</strong> informação e o maior acesso pela população abre, atualmente, um novo campo<br />

na relação médico-paciente, contemplando vários aspectos que po<strong>de</strong>m influenciar o atendimento médico. Objetivo: Avaliar a busca <strong>de</strong> informações<br />

sobre saú<strong>de</strong> e doença pelo paciente e suas possíveis repercussões no tratamento da sua enfermida<strong>de</strong> e na relação médico-paciente.<br />

Métodos: Foi aplicado questionário com 10 questões objetivas e discursivas a 494 habitantes <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora-MG <strong>de</strong> abril a maio <strong>de</strong> 2008. Aseleção<br />

aleatória <strong>de</strong> um bairro por zona visou a contemplação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>mográficas diferentes e níveis socioeconômicos diversos. Apesquisa<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Hospital das Clínicas, Núcleo <strong>de</strong> Telesaú<strong>de</strong>, Recife, PE, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


teve um IC <strong>de</strong> 95%. Resultados: 64% dos participantes eram do sexo feminino. Amaioria(57,3%) tinha entre 18 e 27 anos. 31,57% apresentam<br />

ensino superior. 24,7% têm renda familiar mensal entre mil e dois mil reais. O atendimento <strong>de</strong> 43,9% é feito pelo SUS. 87% já pesquisaram ao<br />

menos uma vez informações em saú<strong>de</strong>. O interesse pelo tema saú<strong>de</strong> e prevenção <strong>de</strong> doenças (49%) foi a principal motivação à pesquisa. As<br />

principais fontes <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> informação foram Internet (74,61%) e TV (37%). 50% compartilham com o médico as informações adquiridas,<br />

sendo a prevenção em saú<strong>de</strong> (43,1%) e o tratamento proposto (42,1%) os principais temas compartilhados. 47,66% já obtiveram informações<br />

contraditórias às do médico, e, caso enfrentassem essa situação, 58% procurariam uma segunda opinião médica. 62% não conhecem fontes<br />

especializadas em informações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e 89% gostariam que o médico as indicasse. Conclusões: A maioria dos pacientes <strong>de</strong>sconhece<br />

fontes especializadas e apresenta dificulda<strong>de</strong>s na interpretação da linguagem médico-científica, recorrendo a sites <strong>de</strong> busca e programas <strong>de</strong><br />

TV, que não raro apresentam conceitos equivocados em fontes não científicas. O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve conhecer fontes confiáveis e com<br />

linguagem <strong>de</strong> fácil interpretação para estar apto a indicá-las ao paciente.<br />

Estratégias Pedagógicas, Condições <strong>de</strong> Trabalho e Forma <strong>de</strong> se Relacionar como Elementos<br />

Dificultadores do Aprendizado Humanizado da Profissão Médica: uma Análise dos<br />

Estudantes <strong>de</strong> Medicina da UFAL<br />

Azevedo, CC 3<br />

Gomes-Ribeiro, CEC<br />

Correia, DS<br />

Miranda, MPM<br />

Cavalcanti, SL<br />

Neves Júnior, WA<br />

Introdução: Atualmente a humanização vem sendo buscada na área da saú<strong>de</strong> com mais intensida<strong>de</strong>. A formação médica, nas relações<br />

diárias entre estudantes e docentes, preceptores e outros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, incluem cenários on<strong>de</strong> os estudantes têm se <strong>de</strong>parado<br />

com um conjunto <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s e condutas por parte <strong>de</strong>sses profissionais que os tem levado a se sentirem atônitos, inseguros, maltratados ou revoltados<br />

com a maneira como ensinam a assistir aos pacientes. Objetivos: Conhecer o que discentes <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>screveram<br />

como estratégias pedagógicas, condições <strong>de</strong> trabalho e forma <strong>de</strong> se relacionar, dificultadoras do aprendizado humanizado do fazer medicina<br />

e como isso tem afetado a sua visão da profissão; Procedimentos Metodológicos: O estudo foi qualitativo e se utilizou a técnica do grupo focal.<br />

Foram registradas as falas <strong>de</strong> 73 estudantes, analisadas posteriormente através do referencial sobre as práticas discursivas. Resultados:<br />

Os discentes ressaltaram situações existentes na formação e prática médica, observando que professores e preceptores, em sua maioria, carecem<br />

<strong>de</strong> competências pedagógicas mais <strong>de</strong>senvolvidas, <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> ensino e trabalho mais a<strong>de</strong>quados. Referiram casos <strong>de</strong> tratamento<br />

<strong>de</strong>sumanizado com os pacientes que foram referidos como <strong>de</strong>smotivadores para a continuida<strong>de</strong> do interesse por algumas especialida<strong>de</strong>s e<br />

até pela profissão como um todo. Exemplos negativos percebidos pelos discentes chegam a ser produtores <strong>de</strong> doenças emocionais, tais como<br />

ansieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pressão e baixa auto-estima. Disseram que não adianta mudar apenas as disciplinas, mas também as condições <strong>de</strong> trabalho do<br />

docente e do preceptor, que são reconhecidos também como submetidos a situações <strong>de</strong>sumanizadoras.Questionaram ainda o fato dos docentes<br />

objetivarem ensinar humanismo, praticando atos <strong>de</strong>sumanos na escola e outros cenários <strong>de</strong> prática Conclusões: Arelação entre humanização<br />

e formação médica é composta <strong>de</strong> contradições o que faz refletir que <strong>de</strong>cidir por uma formação médica mais humanizadora requer<br />

uma revisão profunda das práticas <strong>de</strong> docentes e preceptores.<br />

3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

169<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Semioblog como Espaço <strong>de</strong> Aprendizagem Alternativo para Estudantes <strong>de</strong> Medicina<br />

Ramalho, CO 4<br />

Vinagre, JGP 4<br />

Fernan<strong>de</strong>s, BM 4<br />

Silva, APF 4<br />

Pereira, GC 4<br />

Sousa-Munõz, RL 4<br />

Introdução: Os weblogs são um recurso da Internet que vêm gradativamente ganhando espaço como ferramenta pedagógica<br />

na universida<strong>de</strong>, incluindo a área <strong>de</strong> Medicina. Objetivos: Relatar a experiência <strong>de</strong> produção do “Semioblog”, um weblog educativo do<br />

Grupo <strong>de</strong> Estudos em Semiologia Médica (GESME)/UFPB. Métodos: O Semioblog foi criado em março <strong>de</strong> 2008 para estimular a comunicação<br />

entre os alunos <strong>de</strong> Semiologia, valorizar a produção textual <strong>de</strong>sses alunos através da publicação <strong>de</strong> seus escritos na Internet, fomentar<br />

um apoio eletrônico para a disciplina <strong>de</strong> Semiologia da UFPB e criar um espaço <strong>de</strong> organização da produção dos alunos, monitores<br />

e professores <strong>de</strong> Semiologia Médica. Resultados: Os objetivos acima têm sido alcançados, com publicação <strong>de</strong> textos <strong>de</strong> aulas, exercícios<br />

<strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> Semiologia, relato das ativida<strong>de</strong>s dos estudantes <strong>de</strong> Medicina que participam do GESME, divulgação <strong>de</strong> textos produzidos<br />

por monitores e alunos <strong>de</strong> Semiologia Médica da UFPB e <strong>de</strong> textos <strong>de</strong> apoio para aulas <strong>de</strong>ssa disciplina e do GESME. Usando o<br />

weblog como ambiente <strong>de</strong> aprendizagem, os estudantes e professores <strong>de</strong> Semiologia Médica têm empregado a Internet como uma tecnologia<br />

enriquecedora <strong>de</strong> sua vivência acadêmica, possibilitando um espaço para a emergência da autoria e que se manifesta quando os<br />

alunos produzem seus próprios textos, exercendo o pensamento crítico e retomando e reinterpretando conceitos e práticas. Conclusão:<br />

O “Semioblog” tem sido uma experiência pedagógica em Semiologia Médica, possibilitando aos alunos publicarem seus textos e interagirem,<br />

tornando-se construtores do conhecimento <strong>de</strong> forma colaborativa. Associar o weblog a ativida<strong>de</strong>s acadêmicas do GESME<br />

po<strong>de</strong> contribuir para o estímulo do discente na sua habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escrever, comunicar e interagir em um espaço aberto entre universitários<br />

da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, com ampla abrangência informativa e interativa.<br />

Ferramentas Gratuitas da Internet para Gerenciamento <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Acadêmicas<br />

Miranda, LEC 5<br />

Tenório, AL 5<br />

Maciel, DT 5<br />

Fernan<strong>de</strong>s, JL 5<br />

Lima, DL 5<br />

Introdução: AInternet oferece ferramentas gratuitas que permitem o gerenciamento <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong> ensino e aprendizagem eficientes,<br />

sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mediação do setor <strong>de</strong> Tecnologia da Informação(TI) da Universida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma individualizada e eficiente.<br />

Objetivos: Demonstrar o uso <strong>de</strong> ambientes virtuais, exemplificados pelas ferramentas GOOGLE, para gerenciamento <strong>de</strong> módulos do<br />

curso <strong>de</strong> medicina Métodos: O ambiente eletrônico Google possue tutoriais online <strong>de</strong> fácil entendimento e execução. Contém ferramentas<br />

como: i) Google-site – permite a construção <strong>de</strong> páginas. A página principal oferece recados, informações, barra <strong>de</strong> pesquisa na<br />

internet e links para páginas secundárias: documentos referentes ao módulo, seção imagem da vez e um link para artigos e livros selecionados<br />

pelo docente. Também há um link para: ii) grupo <strong>de</strong> discussão, um fórum virtual para discussão dos casos apresentados na secção<br />

“imagem da vez”. Nesse ambiente docentes e estudantes po<strong>de</strong>m propor artigos, questões, casos clínicos etc. Cada ambiente recebe<br />

100MB <strong>de</strong> informações, po<strong>de</strong>ndo ser criadas outras páginas, interligadas, tornando a oferta <strong>de</strong> megabytes ilimitada; iii) Google-analytics<br />

– gerencia informações <strong>de</strong> cada uma das páginas: número <strong>de</strong> visitas diárias, permanência na página, origem das visitas etc. iv) Google-docs<br />

– oferece testes por via eletrônica, inquéritos eletrônicos <strong>de</strong> avaliação do curso etc. A planilha é alimentada automaticamente<br />

cada vez que um estudante ou professor respon<strong>de</strong> ao e-mail com o inquérito que lhe foi enviado. Resultados: Os recursos discutidos<br />

permitem o auto-gerenciamento eficiente, ilimitado e gratuito <strong>de</strong> módulos do binômio ensino-aprendizado. Po<strong>de</strong>m ser usados para gerenciamento<br />

ou para ativida<strong>de</strong>s práticas/teóricas <strong>de</strong> todo o curso. Conclusão: Recursos da internet po<strong>de</strong>m ser usados por gerentes <strong>de</strong><br />

módulo <strong>de</strong> ensino-aprendizado sem a mediação <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> TI e sem investimento <strong>de</strong> recursos. Representam uma ferramenta po<strong>de</strong>rosa<br />

ao alcance dos gestores e alunos <strong>de</strong> qualquer ativida<strong>de</strong> acadêmica, e são caracterizados pela simplicida<strong>de</strong> e absoluta<br />

in<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> ação do docente responsável.<br />

4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

5 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Diagnóstico e Implemento da Telemedicina na UFRN<br />

Diniz Júnior, J 6<br />

Diniz, RVZD 6<br />

Bezerra, ELM 6<br />

Orestes, C 6<br />

Oliveira, HP 6<br />

Trinda<strong>de</strong> Neto, PB 6<br />

Introdução: Aintegração dos 2 (dois) hospitais <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>s distintas através da Telemedicina, promoveu uma maior troca<br />

<strong>de</strong> conhecimentos entre a Área da Saú<strong>de</strong> integrando a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses hospitais universitários com o <strong>de</strong>senvolvimento e aplicação<br />

dos conhecimentos <strong>de</strong> informática na aquisição, padronização e informações médicas fundamentais para o ensino, pesquisa e assistência<br />

médica, além <strong>de</strong> ter permitido uma integração com outras instituições do país. Possibilitou assim o intercâmbio entre profissionais<br />

<strong>de</strong> centros terciários e unida<strong>de</strong>s básicas do SUS, representando um importante subsidio para educação permanente e capacitação dos<br />

profissionais e alunos da graduação. Objetivos: Implementar uma re<strong>de</strong> integrada <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> inter-hospitalar, reunindo os 2 hospitais da<br />

instituição, sendo um da atenção primária e outro <strong>de</strong> alta complexida<strong>de</strong>. Método: Foi aplicado questionários aos docentes, preceptores,<br />

discentes locais e realizado visita aos centros. Detectados os problemas partimos para i<strong>de</strong>ntificação dos serviços que po<strong>de</strong>m integrar a<br />

re<strong>de</strong>, via telemedicina. Resultados: <strong>de</strong>scobrimos as maiores <strong>de</strong>mandas por principais especialida<strong>de</strong>s, sendo a endocrinologia, psiquiatria,<br />

reumatologia e otorrinonaringologia as selecionadas para o trabalho. Conclusão: Acreditamos que nosso projeto certamente<br />

contribuiu para ampliar o ensino da Medicina, capacitou os profissionais e integrou os diversos níveis <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong><br />

Uso do Wiki como Ferramenta para o Conhecimento do Território por Graduando dos<br />

Cursos <strong>de</strong> Medicina e Enfermagem<br />

Espósito, ACC 7<br />

Garcia, VL 7<br />

Cyrino, APP 7<br />

Amaral, VM 7<br />

Introdução: A disciplina Interação Universida<strong>de</strong>-Serviço-Comunida<strong>de</strong> (IUSC) busca propiciar ao aluno, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> sua<br />

formação em medicina e enfermagem, a compreensão das condições <strong>de</strong> vida e saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>, mediante ativida<strong>de</strong>s que integrem<br />

universida<strong>de</strong>, serviço e comunida<strong>de</strong>. Des<strong>de</strong> 2008, a plataforma Moodle tem sido usada para fins educacionais nessa disciplina,<br />

como facilitadora da pesquisa grupal, nos intercâmbios professor-aluno e aluno-aluno. Objetivo: Elaborar uma página sobre o território<br />

estudado, utilizando a ferramenta WIKI na plataforma Moodle como elemento <strong>de</strong> construção coletiva do conhecimento e <strong>de</strong> reflexão.<br />

Método: Aárea <strong>de</strong> abrangência estudada foi o Jardim Cristina (Botucatu, SP). O projeto foi constituído por: pesquisa bibliográfica e<br />

documental em imprensa escrita, Internet, documentos da Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Botucatu, registros históricos da comunida<strong>de</strong> e relatórios<br />

produzidos por alunos do IUSC (2008); reconhecimento, observação e caracterização do território e sua população por meio <strong>de</strong><br />

diferentes mídias (fotografia/áudio/ví<strong>de</strong>o); <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> página WIKI na Plataforma Moodle, disponibilizada aos alunos do<br />

IUSC <strong>2009</strong> como espaço <strong>de</strong> registro, produção coletiva <strong>de</strong> conhecimento, acúmulo e troca <strong>de</strong> informações. Resultados:ApáginaWIKI<br />

construída reuniu um compilado do material pesquisado/produzido, obtendo-se uma visão holística e integradora dos aspectos geográficos,<br />

naturais, culturais, econômicos, políticos, e, especialmente, dos equipamentos sociais do território. A página foi formatada e<br />

disponiblizada aos alunos do 1º ano do IUSC <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. A página também publicizada no site http://www.wiki.fmb.unesp.br e iniciou-se<br />

processo <strong>de</strong> construção coletiva. Conclusão: Educar com as novas Tecnologias <strong>de</strong> Informação e Comunicação (TICs) é um <strong>de</strong>safio<br />

ainda não profundamente enfrentado, mas neste trabalho se mostraram facilitadoras no intercâmbio <strong>de</strong> conhecimento e construção<br />

coletiva do mesmo, estabelecendo relações <strong>de</strong>scentralizadas e horizontalizadas entre os participantes. Acontribuição da comunida<strong>de</strong> à<br />

página WIKI mostrou-se promissora.<br />

Apoio: FAPESP e UNESP.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu, Botucatu, SP, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Webfólio como Estratégia <strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem no Curso Médico: a Experiência em<br />

um Módulo <strong>de</strong> Atenção Básica à Saú<strong>de</strong><br />

Magalhães, GSG8 Novaes, MA8 Mello, M8 Coêlho, RF8 Rabello, LP8 Introdução: O Webfólio, como estratégia <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, possibilita o acompanhamento da construção do conhecimento<br />

do estudante durante todo o processo através <strong>de</strong> uma plataforma web. Esta permite um intercâmbio em tempo real das informações<br />

entre professor e estudante pela internet. Aexperiência aqui relatadatevecomocenárioomódulo<strong>de</strong>FundamentosdaAtençãoBásica<br />

à Saú<strong>de</strong> I (FABS I), o qual é <strong>de</strong>senvolvido no 3º período do curso <strong>de</strong> medicina da UFPE com o objetivo <strong>de</strong> apresentar aos estudantes<br />

o conhecimento teórico-prático da atenção primária à saú<strong>de</strong> (APS) no contexto do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, com o enfoque na promoção<br />

eprevenção.Objetivos: O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é avaliar a implantação e utilização do Webfólio como estratégia <strong>de</strong> ensino-aprendizagem<br />

em FABS I. Para isso foi fundamental a colaboração <strong>de</strong> vários atores da UFPE: da Residência <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Família e Comunida<strong>de</strong><br />

através do módulo <strong>de</strong> Iniciação à Docência, do Grupo <strong>de</strong> Tecnologias da Informação em Saú<strong>de</strong> (TIS), do Núcleo <strong>de</strong> Telessaú<strong>de</strong><br />

(NUTES) e da Coor<strong>de</strong>nação do Curso Médico (CCM). Métodos: Foi utilizada a análise <strong>de</strong> questionário semi-estruturado respondido<br />

por estudantes e <strong>de</strong> relatos dos professores/tutores nos encontros do módulo <strong>de</strong> Iniciação à Docência. Resultados:Foramencontradas<br />

opiniões semelhantes entre os estudantes e professores/tutores. Quanto às dificulda<strong>de</strong>s, ambos os grupos relataram um excesso <strong>de</strong><br />

tempo <strong>de</strong>dicado à elaboração e avaliação do Webfólio. Em relação às potencialida<strong>de</strong>s, emergiram diversos pontos, entre eles a efetivida<strong>de</strong><br />

do instrumento <strong>de</strong> avaliação, assim como o incentivo à articulação teórico-prática e ao autoconhecimento do estudante. Conclusões:<br />

Po<strong>de</strong>-se concluir que o Webfólio é uma potente ferramenta para o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem no curso médico. Seu valor é<br />

evi<strong>de</strong>nciado ainda mais no cenário complexo da atenção primária à saú<strong>de</strong>, quando elementos subjetivos da vivência do estudante po<strong>de</strong>m<br />

ser contemplados em uma avaliação formativa, em tempo real.<br />

Relevância da Utilização <strong>de</strong> Tecnologias <strong>de</strong> Informação e Comunicação (Tic) para o<br />

Aprendizado Formal e no Registro <strong>de</strong> Práticas Pedagógicas Durante a Residência Médica.<br />

Blaia D´Avila, VLN9 Barbo MLP9 Santos, NB9 Puzzi, MA9 Adolfo, B9 Cappelletti, IF9 Introdução: A residência em Clinica Médica conforme resolução CNRM Nº02/2006 tem como requisitos mínimos Cursos <strong>de</strong><br />

Epi<strong>de</strong>miologia Clínica, Biologia Molecular Aplicada e Organização <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. A organização <strong>de</strong>stas ativida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> cunho<br />

multidisciplinar, é sempre <strong>de</strong>safiadora, por envolver preceptores <strong>de</strong> diversas áreas. Optamos por um novo formato <strong>de</strong> estudo, ampliando<br />

a participação dos resi<strong>de</strong>ntes nas discussões, com a apresentação dos temas com estudo <strong>de</strong> casos-problemas reais e promovendo discussões<br />

presenciais com preceptores. Objetivo: <strong>de</strong>monstrar a utilização <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> TIC no ensino aprendizagem para a residência<br />

<strong>de</strong> clínica médica. Material e Métodos: As ativida<strong>de</strong>s teórico-práticas <strong>de</strong>senvolvidas pelos resi<strong>de</strong>ntes foram inseridas na plataforma<br />

Moodle, disponibilizando estudo em ambiente virtual em tempo real. O registro multidisciplinar dos conteúdos estudados foi enriquecido<br />

com contribuições dos docentes participantes. As questões para avaliação do aprendizado, com resolução online, <strong>de</strong>volutivas au-<br />

8 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

9 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


tomáticas e reapresentação para nova resolução, foram disponibilizadas pelos docentes O método <strong>de</strong> estudo e aprendizado foi avaliado<br />

com questionário específico, utilizando-se escala Likert. Resultados: O acesso ao registro das ativida<strong>de</strong>s foi maior entre os médicos resi<strong>de</strong>ntes<br />

R2. Aavaliação formativa <strong>de</strong>monstrou um índice <strong>de</strong> acerto <strong>de</strong> 8.0 e 9,8 em 10, na primeira e segunda tentativa, respectivamente.<br />

Discussão: Aproposta foi bem aceita pelos médicos resi<strong>de</strong>ntes. Abusca <strong>de</strong> informações técnicas tem sido feita tanto nos links do espaço<br />

Moodle como em busca individualizada. A avaliação formativa do aprendizado mostrou-se a<strong>de</strong>quada, com alto índice <strong>de</strong> acerto das<br />

questões <strong>de</strong> diferentes graus <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>. Os docentes envolvidos <strong>de</strong>monstraram interesse na participação e no registro das ativida<strong>de</strong>s,<br />

sendo necessária, entretanto, uma capacitação para a utilização da plataforma. Com os resultados positivos obtidos, esta metodologia<br />

será estendida também aos alunos do internato.<br />

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TEMA: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA<br />

Projeto Ban<strong>de</strong>ira Científica: Responsabilida<strong>de</strong> Social a Partir da Reflexão Sobre as<br />

Realida<strong>de</strong>s Regionais<br />

Silva, LO1 Fernan<strong>de</strong>s, AE2 Oliveira, CMTN1 Berach, FR1 Polizio, RP1 Yeh, SSK1 Introdução: Tendo em vista a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar as condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> estrutura em âmbito nacional, a equipe multidisciplinar<br />

da Ban<strong>de</strong>ira Científica faz uma expedição anual a municípios carentes. A experiência nestes locais acarreta uma formação<br />

acadêmica mais completa e oferece às cida<strong>de</strong>s melhores condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e infra-estrutura.Objetivos: Estimular a responsabilida<strong>de</strong><br />

social através da atuação multidisciplinar e interação com a comunida<strong>de</strong>, tendo como bases assistência, educação continuada e pesquisa.<br />

Métodos: Os acadêmicos <strong>de</strong> engenharia, odontologia, medicina, nutrição, fisioterapia, agronomia, psicologia e comunicação organizam<br />

e executam a intervenção a cada ano em um município previamente selecionado <strong>de</strong> acordo com IDH, população e cobertura do<br />

PSF, principalmente. São realizadas pré-visitas para averiguar as necessida<strong>de</strong>s da cida<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>vem ser balanceadas com a infra-estrutura<br />

mínima para realização do projeto. Apartir disto há atuação para conter a <strong>de</strong>manda reprimida e para <strong>de</strong>senvolver projetos <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>.<br />

O financiamento do Projeto provém da Universida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> patrocinadores. Resultados: Através das ativida<strong>de</strong>s realizadas –<br />

atendimentos, doações (óculos, medicamentos, próteses), oficinas, palestras, exames – há a produção <strong>de</strong> pesquisas epi<strong>de</strong>miológicas e<br />

cientificas que resultam em relatórios técnicos e estruturais em beneficio do local. Esses são usados pelos alunos, que avaliam e sistematizam<br />

as condutas mais a<strong>de</strong>quadas, em parceria com a cida<strong>de</strong> e universida<strong>de</strong>s locais para aprimorar os recursos ambientais, humanos e<br />

estruturais. Conclusão: O projeto permite ao aluno interagir com uma realida<strong>de</strong> distinta e atuar em uma equipe multidisciplinar. Também<br />

oferece a resolução <strong>de</strong> problemas individuais, populacionais e estruturais, baseando-se em evidências científicas e comunicação<br />

direta com comunida<strong>de</strong> e po<strong>de</strong>r locais. Há o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> compromisso e responsabilida<strong>de</strong> social e a consciência da<br />

importância da educação continuada através da capacitação <strong>de</strong> multiplicadores. A principal limitação do projeto consiste na<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compromisso da cida<strong>de</strong> e universida<strong>de</strong>s locais para dar continuida<strong>de</strong> à intervenção.<br />

Impacto Social e Profissional do Curso Pré-Vestibular Medicina Realizado por<br />

Acadêmicos<br />

Fiorelli, PA 3<br />

Berach, FR 3<br />

Ma<strong>de</strong>ira, JLO 3<br />

Becher, GE 3<br />

Rocha, CSP 3<br />

Danti, GV 3<br />

Introdução: Uma preocupação relevante dos jovens é a escolha <strong>de</strong> sua carreira e faculda<strong>de</strong>. Todavia, para muitas pessoas <strong>de</strong> baixa<br />

renda essa preocupação se torna ainda maior <strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> acesso a uma formação escolar <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>. Este fato reduz drasticamente<br />

a porcentagem daqueles que conseguem cursar uma universida<strong>de</strong>. Objetivos: O projeto tem a finalida<strong>de</strong> não só <strong>de</strong> transmitir<br />

conhecimento, mas também <strong>de</strong> incentivar o relacionamento professores/alunos, impulsionando a cultura, educação e compartilha-<br />

1 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, São Paulo, SP, Brasil.<br />

3 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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mento <strong>de</strong> experiências. Métodos: Em 2002, universitários organizaram um cursinho pré-vestibular sem fins lucrativos para incentivar e<br />

auxiliar a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> baixa renda a ter a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atingir um curso superior. O curso é organizado por alunos voluntários<br />

da Medicina, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional que atuam como professores, plantonistas e diretores. Sua estrutura<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> predominantemente <strong>de</strong> doações, como o material do Curso Objetivo, sendo a inscrição a única taxa cobrada no ano. O cursinho<br />

oferece aulas regulares noturnas <strong>de</strong> segunda à sexta-feira para um total <strong>de</strong> 190 alunos. Há também ativida<strong>de</strong>s extras como reforços,<br />

filmes, simulados, tutoria, plantões e outros eventos, alguns realizados aos sábados. Resultados: Em <strong>2009</strong> houve cerca <strong>de</strong> 40 aprovações<br />

em diversos vestibulares (FUVEST, UNIFESP, UNICAMP, UNESP etc.) <strong>de</strong>ntre outras conquistas. Além disso, os acadêmicos se beneficiaram<br />

da experiência pelo <strong>de</strong>senvolvimento da didática e oratória, comprovado pela avaliação dos alunos, bem como do auto-aprendizado,<br />

que favorece a educação continuada do graduando e o estudo <strong>de</strong> matérias frequentemente não retomadas no curso médico,<br />

oferecendo uma visão ampliada do mundo, importante para o profissional. Conclusões: Este projeto <strong>de</strong> caráter pedagógico <strong>de</strong>monstra<br />

a iniciativa e autonomia dos alunos a complementarem sua formação com cidadania, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação<br />

e responsabilida<strong>de</strong> social. Há a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amadurecer, juntamente com seus alunos do cursinho, estimulando a educação e<br />

contribuindo para uma formação humanista e reflexiva.<br />

Ligas Acadêmicas e Educação Médica: uma Visão do Estudante<br />

Araújo, AN 4<br />

Silva, FO 4<br />

Meira, FF 4<br />

Maiato, APA 4<br />

Bortoncello, AFM 4<br />

Introdução: Liga Acadêmica, LA, constitui uma entida<strong>de</strong> essencialmente estudantil, sob orientação <strong>de</strong> docentes, que visa contemplar<br />

os três pilares da universida<strong>de</strong>: ensino, pesquisa e extensão. Atualmente, as LA ocupam espaço significativo no cenário educacional do<br />

país, principalmente na formação médica. A Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, EBMSP, conta com 25 LA, e este recente aumento<br />

<strong>de</strong>ve ser objeto <strong>de</strong> atenção para que não haja distorção nas reais finalida<strong>de</strong>s das Ligas. Objetivos: Avaliar a participação dos acadêmicos <strong>de</strong><br />

medicina da EBMSP em LA. Métodos: Trata-se <strong>de</strong> um estudo quantitativo, realizado através da análise dos dados <strong>de</strong> questionários estruturados,<br />

aplicados entre alunos do 5º ao 8º período da EBMSPem maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Foram excluídos questionários incompletos e selecionados randomicamente<br />

50 por período. Resultados: Dos 200 questionários, 64% eram do gênero feminino e 36%, masculino, com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

22,15 anos. Do total, 37% afirmaram que nunca participaram <strong>de</strong> LA, mas preten<strong>de</strong>m participar futuramente. Apenas 9% nunca participaram<br />

e não preten<strong>de</strong>m participar. Dos alunos, 54% já participaram ou participam <strong>de</strong> LA, predominando Infectologia, Oncologia e Trauma. Houve<br />

aumento progressivo da participação dos alunos no <strong>de</strong>correr do curso, chegando a 82% no 8º período. Dentre os motivos citados para participação,<br />

89,5% respon<strong>de</strong>ram “aprofundar conhecimento em área especifica”; 62% “aproximar-se da prática médica através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s oferecidas<br />

pela Liga”; 47,3% “aprimorar currículo para futuras seleções”; 41,2% “tentativa <strong>de</strong> preencher lacunas curriculares”; 21,4% “preenchimento<br />

<strong>de</strong> horas extras exigidas pela Faculda<strong>de</strong>” e 13,7% “integrar-se com colegas <strong>de</strong> outros períodos do curso”. Conclusões:Hámarcanteinteresse<br />

dos discentes em LA, comprovado pela ampla participação ou anseio <strong>de</strong> participar futuramente. Diversas justificativas são apontadas<br />

pelos alunos como motivação, entretanto, a LAnão <strong>de</strong>ve focar-se apenas em “ensino” e “pesquisa”: a “extensão” <strong>de</strong>ve ser contemplada para<br />

quesecompleteotripéqueestruturaasLigas.<br />

4 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Percepção da Comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiabeiras Relativa às Campanhas Contra a Dengue sob a<br />

Ótica do Discurso do Sujeito Coletivo<br />

Lourenço, AO 5<br />

Costa, RS 5<br />

Indrodução: A <strong>de</strong>ngue é uma virose transmitida pelo Ae<strong>de</strong>s aegypti e possui altos índices <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong> em todo o Brasil por<br />

conter ambiente favorável à procriação do vetor. É importante que a populaçãoseatenteparaasformas<strong>de</strong>evitarsuaproliferaçãoesaiba<br />

seus principais sinais e sintomas, contribuindo com o controle das epi<strong>de</strong>mias. Com esse propósito, são lançadas nas diversas mídias<br />

campanhas contra a <strong>de</strong>ngue e, sendo essas dispendiosas, é <strong>de</strong> extrema importância saber se realmente atingem a população <strong>de</strong> maneira<br />

eficiente, para que, <strong>de</strong>sse modo, auxiliem no controle da doença. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar, através da metodologia do Discurso do Sujeito<br />

Coletivo (DSC), que contribuição a mídia traz no conhecimento sobre a <strong>de</strong>ngue em um bairro <strong>de</strong> Vitória/ES. Métodos: O estudo foi realizado<br />

durante o primeiro semestre <strong>de</strong> 2008, caracterizando-se em um estudo <strong>de</strong>scritivo, exploratório e qualitativo. Os dados foram coletados<br />

após aprovação pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa. As entrevistas foram realizadas com informantes-chave, selecionados segundo<br />

o Método da Estimativa Rápida Participativa; foram gravadas, transcritas e analisadas, extraindo-se <strong>de</strong> cada uma as Idéias Centrais<br />

e suas correspon<strong>de</strong>ntes Expressões Chave, a partir das quais foram compostos discursos-síntese <strong>de</strong>nominados DSC. Resutados:<br />

Evi<strong>de</strong>nciou-se um suficiente grau <strong>de</strong> compreensão sobre as questões da prevenção, gravida<strong>de</strong>, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conscientização, sinais e<br />

sintomas da doença, <strong>de</strong>monstrando que a população já possui conhecimento suficiente sobre tal doença. Como já era esperado, a televisão,<br />

rádio e jornais foram as principais fontes <strong>de</strong> informação relatadas, refletindo certa influência da mídia, entretanto, os sujeitos <strong>de</strong>monstraram<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> metanóia. Fato inusitado foi a menção das agentes comunitárias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como partícipes nesse processo.<br />

Conclusões: As campanhas nas mídias informaram os sujeitos da pesquisa sobre a doença, portanto, contribuíram para disseminar o<br />

conhecimento sobre a <strong>de</strong>ngue, mas não se mostraram capazes <strong>de</strong> mudar paradigmas cotidianos das condutas pessoais.<br />

Centro <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Promoção em Alternativas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> - CEPAS<br />

Martins, LT 6<br />

Marianelli, BF 6<br />

Moraes, NB 6<br />

Martins, DLN 6<br />

Fonseca, JAV 6<br />

Salomão, GHP 6<br />

Introdução: há 25 anos, o CEPAS atua em uma comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> risco social, com se<strong>de</strong> no cenário <strong>de</strong> ação, promovendo cuidados<br />

primários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, seguindo a filosofia <strong>de</strong> Alma-Ata. Além das ativida<strong>de</strong>s extensionistas, recebe alunos do 2º período <strong>de</strong> Medicina<br />

para a realização do trabalho <strong>de</strong> campo da disciplina <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Objetivos: aplicação prática <strong>de</strong> conhecimentos <strong>de</strong> Semiologia,<br />

Epi<strong>de</strong>miologia e Relação Médico-Paciente in loco; criação <strong>de</strong> política educacional voltada para promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>;<br />

capacitação <strong>de</strong> universitários para cuidados primários e formação <strong>de</strong> equipe multidisciplinar; conscientização a respeito da realida<strong>de</strong><br />

social e sua implicação na prática médica. Métodos: <strong>de</strong>senvolvimento, junto à comunida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> reuniões semanais, abordando planejamento<br />

familiar e atenção à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> crianças e adultos; cadastramentos - baseados na ficha técnica da OPAS - e visitas domiciliares que<br />

abrangem, <strong>de</strong>ntre outros, controle da pressão arterial e orientações básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Resultados: há, atualmente, 937 famílias cadastradas,<br />

abrangendo 2848 pessoas, servindo tais dados como base para estudos <strong>de</strong>mográficos. São atendidas mensalmente, em média, 275<br />

famílias, seja em domicilio ou em reuniões na se<strong>de</strong>. O extensionista adquire experiência em ações <strong>de</strong> promoção e prevenção <strong>de</strong>ntro da<br />

realida<strong>de</strong> social do paciente, capacitando-o ao exercício <strong>de</strong> uma visão holística na pratica clínica. Percebe-se maior <strong>de</strong>senvoltura dos<br />

alunos participantes, no contato inicial e na comunicação com o paciente. Conclusões: mediante contato com a comunida<strong>de</strong>, estudantes<br />

promovem estilos <strong>de</strong> vida saudáveis e conciliam as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pacientes e da comunida<strong>de</strong>. Desta forma, tornam-se agentes <strong>de</strong><br />

transformação social, consoante orientação das Diretrizes Curriculares. Por fim, as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas corroboram com a estratégia<br />

do SUS, buscando complementar a ação do PSF nos quesitos <strong>de</strong> promoção e prevenção, conforme a proposta <strong>de</strong> formação <strong>de</strong><br />

médicos generalistas.<br />

5 UNIVIX – Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória ES, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Extensão Universitária Proporcionando Novos Cenários para Aprendizagem <strong>de</strong><br />

Estudantes <strong>de</strong> Medicina: Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Azevedo, LN 7<br />

Souto, LM 7<br />

Monteiro, CH 7<br />

Introdução: A extensão universitária é um dos instrumentos que po<strong>de</strong>m auxiliar nas mudanças curriculares, que visam entre<br />

outros aspectos uma mudança na formação do estudante centrada numa concepção hospitalocêntrica. Objetivo:Esterelato<strong>de</strong>experiência<br />

visa <strong>de</strong>screver as vivências <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina em um projeto <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong>senvolvido na comunida<strong>de</strong> junto à equipe<br />

saú<strong>de</strong> da família. Metodologia: As ações <strong>de</strong> extensão eram <strong>de</strong>senvolvidas na sala <strong>de</strong> espera da USF e por meio <strong>de</strong> reuniões nos próprios<br />

lares dos usuários, através <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> pautadas na humanização e na capacida<strong>de</strong> crítico-reflexiva dos usuários<br />

visando aprendizagem em lidar com seus problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a busca <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> solução. Resultados: Visando <strong>de</strong>spertar o interesse<br />

para o cuidado da própria saú<strong>de</strong>, foram utilizadas técnicas <strong>de</strong> jogos interativos, confecção <strong>de</strong> materiais educativos, oficinas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senho, abordando temas em saú<strong>de</strong>, escolhidos pelos próprios sujeitos, proporcionando troca <strong>de</strong> saberes entre estudantes e comunida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s, melhor entendimento do processo saú<strong>de</strong>-doença, compreensão da visão do usuário da USF<br />

quanto à saú<strong>de</strong> e do bem-estar como fundamental para a saú<strong>de</strong>. Conclusão: A extensão permitiu que os graduandos <strong>de</strong> medicina<br />

vivenciassem momentos <strong>de</strong> reflexão e avanços no cuidado à saú<strong>de</strong>, vencendo a visão curativa da medicina e <strong>de</strong>senvolvendo promoção<br />

à saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> permitir o exercício da criativida<strong>de</strong>, do trabalho em grupo e a formação humanizada do profissional em saú<strong>de</strong>.<br />

Análise Crítica da Importância da Participação do Pet-Medicina da UFAM na V Semana<br />

Nacional <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia<br />

Pereira, VL 8<br />

Silva, MAF 8<br />

Elami<strong>de</strong>, BC 8<br />

Oliveira, SLV 8<br />

Almeida, RA 8<br />

Maron, SMC 8<br />

Introdução: O PET- Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas (UFAM) participa da Semana Nacional <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia<br />

(SNC&T) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004. O principal objetivo <strong>de</strong>sse evento é mobilizar crianças e jovens, em torno <strong>de</strong> temas e ativida<strong>de</strong>s que valorizem<br />

a atitu<strong>de</strong> científica e a inovação. Preten<strong>de</strong> contribuir para que a população possa conhecer a relevância e o impacto das pesquisas<br />

científicas e suas aplicações. Evolução e a Biodiversida<strong>de</strong> foram a temática da V SNC&T, abordada pelo PET-Medicina em 2008 através<br />

da criação do “Observatório do DNA”, on<strong>de</strong> apresentou-se <strong>de</strong> maneira teatral um ví<strong>de</strong>o interativo sobre a origem do DNA, evolução e<br />

diversida<strong>de</strong> dos seres humanos. Objetivo: Analisar criticamente a participação do PET-Medicina UFAM na V SNC&T. Metodologia:<br />

Foram realizadas reuniões para criação e edição do ví<strong>de</strong>o apresentado no Observatório do DNAe nas escolas da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> ensino.<br />

As ativida<strong>de</strong>s foram divulgadas através <strong>de</strong> cartazes pela UFAM e realizadas em associação com o grupo Re<strong>de</strong>s da Universida<strong>de</strong> Paulista<br />

(UNIP) e funcionários do Instituto Euvaldo Lodi – Amazonas ( IEL–AM). Resultados: Foram realizadas 40 sessões entre os dias 13 e<br />

17 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008 durante as quais foi apresentado o ví<strong>de</strong>o, narrado e encenado pelos graduandos vinculados ao PET com público<br />

estimado em 1200 participantes. Além das ativida<strong>de</strong>s realizadas no Clube do trabalhador, no período diurno, também se executou diversas<br />

escolas públicas, durante a noite, ampliando, <strong>de</strong>sta maneira, a abrangência <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>. O projeto <strong>de</strong>senvolveu vínculos com<br />

a comunida<strong>de</strong>, proporcionando um novo ambiente para prática <strong>de</strong> educação. Conclusão: O Observatório estimulou a criativida<strong>de</strong>, o<br />

trabalho interinstitucional e a capacida<strong>de</strong> administrativa e <strong>de</strong> planejamento dos participantes. O projeto instigou a mente dos<br />

expectadores <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, <strong>de</strong>vido a sua magnitu<strong>de</strong>, complexida<strong>de</strong> e pioneirismo, ampliando assim o conhecimento científico <strong>de</strong><br />

todos participantes, por meio <strong>de</strong> uma didática inovadora e interativa.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

8 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Núcleo Acadêmico Simers: Nova Proposta <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Extensão Universitária<br />

Moreira, M 9<br />

Wal<strong>de</strong>mar, FS 10<br />

Neyeloff, JL 9<br />

Razera, JC 11<br />

Dutra, PL 12<br />

Wajner, A 10<br />

Introdução: Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão universitária são parte, ainda que eletiva, do curso <strong>de</strong> graduação e <strong>de</strong>vem contribuir para<br />

abordar vivências não inclusas no currículo. Entretanto, ainda observa-se uma escassez <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. O Núcleo Acadêmico<br />

SIMERS (NA), formado por um grupo <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> diferentes faculda<strong>de</strong>s do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e fomentado<br />

pelo Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, surge como uma alternativa a esse cenário. Objetivos: Relatar a experiência do NA como<br />

órgão promotor <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> extensão universitária <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, nos âmbitos acadêmico, social ou cultural. Métodos:Existeumplanejamento<br />

para que os acadêmicos apresentem treinamento e habilida<strong>de</strong> para exercer ativida<strong>de</strong>s sociais e <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, aprimoramento<br />

da oratória, estímulo a realizarem-se contatos com li<strong>de</strong>ranças acadêmicas, ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> iniciação científica, contato e treinamento em<br />

educação médica à distância (EAD) Resultados: Nestes 1,5 ano do NA, as principais ações construídas foram: criação dos sites do NAe<br />

do UNISIMERS (site <strong>de</strong> EAD), envio <strong>de</strong> trabalhos científicos para congressos brasileiros, palestras proferida pelos acadêmicos em 3 Semanas<br />

Acadêmicas em diferentes universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais, discussão e organização da manifestação contra o bacharelado em medicina,<br />

promoção <strong>de</strong> cursos teórico-práticos, como os <strong>de</strong> eletrocardiograma, <strong>de</strong> investimentos financeiros, palestras abordando temas não<br />

prestigiados pelos currículos acadêmicos (Lei dos Estágios, Serviço Militar, Residência Médica...). O NAtem colaborado também com o<br />

trote solidário que, só no primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, arrecadou mais <strong>de</strong> 22 toneladas <strong>de</strong> alimentos e produtos em faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todo o<br />

Estado. Todas essas ativida<strong>de</strong>s, a exemplo da manifestação contra o bacharelado que reuniu mais <strong>de</strong> 2000 mil estudantes <strong>de</strong> medicina,<br />

têm sido exitosas. Propõem-se a permanente participação <strong>de</strong> acadêmicos <strong>de</strong> medicina no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong><br />

seus pares, para que se <strong>de</strong>senvolvam ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão capazes <strong>de</strong> agregar valores e experiência.<br />

Extensão Universitária: a Importância da Assistência Pré-Natal e a Prematurida<strong>de</strong>: um<br />

Passo Importante para Saú<strong>de</strong> do Neonato<br />

Meneses, AR 13<br />

Almeida, KND 13<br />

Anjos, FBR 13<br />

Andra<strong>de</strong>, MM 13<br />

Barros, LSA 13<br />

Ramos, RCF 13<br />

Introdução: A viabilida<strong>de</strong> fetal é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobrevivência do indivíduo durante a vida intra-uterina. A assistência obstétrica<br />

e neonatal atua por meio das abordagens multidisciplinares, na saú<strong>de</strong> materno fetal. No <strong>de</strong>correr da gestação, durante o 2º e 3º trimestres,<br />

o ganho <strong>de</strong> peso se torna essencial para o <strong>de</strong>senvolvimento do feto, variando <strong>de</strong> acordo com o estado nutricional <strong>de</strong> cada gestante.<br />

Objetivos: O presente estudo visou avaliar as estratégias usadas pela maternida<strong>de</strong> Professor Ban<strong>de</strong>ira Filho, durante o pré-natal.<br />

Métodos: Para tanto, foram entrevistadas 900 gestantes com ida<strong>de</strong> variando entre 14 a 37 anos, nos períodos <strong>de</strong> 2007 e 2008. Os parâmetros<br />

avaliados foram: o peso e a dieta e as vacinações realizadas na unida<strong>de</strong>, empregando o programa estatístico SPSS, com nível <strong>de</strong> significância<br />

<strong>de</strong> 0,05%. Resultados: Os resultados <strong>de</strong>monstraram que 48,9% das grávidas ganharam peso durante a gestação, 37,6 per<strong>de</strong>ram<br />

peso e 13,5% não souberam informar. Sobre a dieta 33,2% das entrevistadas consumiam alimentos ricos em carboidratos, 4,9% laticínios<br />

e 61,9% consumiam alimentos diversificados. Em relação à vacinação 82% <strong>de</strong>las estavam com a carteira <strong>de</strong> vacinação em dia e<br />

18% não haviam se vacinado porque estavam realizando a primeira consulta pré-natal na unida<strong>de</strong>. Conclusão: Estes dados ressaltam a<br />

9 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

10 Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

11 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

12 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

13 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


importância do pré-natal, na i<strong>de</strong>ntificação dos fatores <strong>de</strong> risco, possibilitando ao médico assistente intervir precocemente e evitar complicações<br />

na gravi<strong>de</strong>z. As literaturas mundiais ressaltam que as taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> e morbida<strong>de</strong> materno-infantil têm diminuído<br />

drasticamente nos últimos trinta anos e estas respostas são produto do número <strong>de</strong> consultas e da ida<strong>de</strong> gestacional do início do pré-natal.<br />

A maternida<strong>de</strong> estudada rotineiramente realiza palestras na busca da conscientização da boa gestação. Dentro <strong>de</strong>sta filosofia, a<br />

equipe que acompanha o projeto, atua reforçando a importância <strong>de</strong>stes cuidados, corroborando para a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

dos que necessitam do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS).<br />

Ligas Acadêmicas: um Panorama Atual<br />

Silva, DB14 Silva, FD14 Kogiso, DH14 Aguiar, FJ14 Lopes, RMSM14 Paes, VR14 Introdução: Os precários estudo e literatura sobre o papel e a importância das Ligas Acadêmicas (LA) constituem verda<strong>de</strong>ira lacuna<br />

na avaliação da formação do estudante <strong>de</strong> Medicina. Assim, o Departamento Científico (DC), entida<strong>de</strong> acadêmica responsável<br />

pela regulamentação e fiscalização das LA da faculda<strong>de</strong>, elabora o seguinte painel sobre o quadro atual das LA, baseado na sua experiência<br />

<strong>de</strong> 78 anos <strong>de</strong>sse gerenciamento. Atualmente, existem 70 ligas <strong>de</strong>vidamente cadastradas, das mais diversas especialida<strong>de</strong>s e subespecialida<strong>de</strong>s.<br />

Objetivos: Apresentar um panorama atual das LA e avaliar as ativida<strong>de</strong>s por elas <strong>de</strong>senvolvidas. Métodos: Análise<br />

<strong>de</strong>scritiva das informações obtidas pelo cadastro compulsório das LA junto ao DC, realizado nos meses <strong>de</strong> fevereiro e março <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, e<br />

dos registros arquivado no Departamento. Resultados: Existem 70 ligas <strong>de</strong>vidamente cadastradas no DC no ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, sendo 51 <strong>de</strong><br />

caráter clínico e 19 <strong>de</strong> caráter cirúrgico. 70% <strong>de</strong>las apresentam ativida<strong>de</strong>s ambulatoriais, 38,6% possuem trabalhos <strong>de</strong> iniciação científica,<br />

100% possuem ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cunho teórico e 93% realizam Curso Introdutório a sua matéria. Observa-se uma tendência, ao longo<br />

dos anos, da crescente especialização dos temas das LA, apesar <strong>de</strong> algumas percorrerem o caminho inverso, adotando temais mais generalistas.<br />

Conclusões: As LAse alinham com os <strong>de</strong>terminantes das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina,<br />

atuando como importante ferramenta <strong>de</strong> extensão. O gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> Ligas e o grau <strong>de</strong> especialização refletem uma importante<br />

<strong>de</strong>manda social por essas especialida<strong>de</strong>s, também comprovado pela alta porcentagem <strong>de</strong> atendimentos ambulatoriais, além <strong>de</strong><br />

revelar uma possível especialização precoce dos estudantes, indicando uma formação <strong>de</strong> currículos ten<strong>de</strong>nciosos para <strong>de</strong>terminada especialida<strong>de</strong>.<br />

Aatual análise possibilitou a elaboração e o início <strong>de</strong> um estudo sistemático para <strong>de</strong>terminar o impacto das LAna formação<br />

médica, estudo esse que indique os benefícios e malefícios que tal prática po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar no estudante <strong>de</strong> Medicina.<br />

Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: a Co-Responsabilida<strong>de</strong> dos Profissionais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na<br />

Consolidação <strong>de</strong>sta Política Pública<br />

Rabelo, NRG 15<br />

Debs, CNC 15<br />

Carvalho, LF 15<br />

Martins, MN 15<br />

Goulart, PE 15<br />

Faria, PV 15<br />

Introdução: O Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) é uma política construída pela mobilização <strong>de</strong> vários setores sociais brasileiros, inclusive<br />

dos trabalhadores da saú<strong>de</strong>. Nós o reconhecemos como principal política pública <strong>de</strong> inclusão social e que está em constante reelaboração,<br />

exigindo assim permanente comprometimento <strong>de</strong>sses trabalhadores. Paradoxalmente, observamos a fragilida<strong>de</strong> das discussões<br />

sobre o SUS na formação dos profissionais da saú<strong>de</strong> e nos currículos da graduação. Atemática, quando apresentada, é restrita a<br />

um único aspecto <strong>de</strong> sua representação no Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> brasileiro. Objetivo: Diante disso, elaboramos o Projeto Sistema Único <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>: a co-responsabilida<strong>de</strong> dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na consolidação <strong>de</strong>sta Política Pública, que prioriza a capacitação dos profissi-<br />

14 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

15 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia,Uberlândia, MG, Brasil.<br />

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onais da área da saú<strong>de</strong> como sujeitos capazes <strong>de</strong> colaborar na consolidação do SUS. Metodologia: Propusemos um curso <strong>de</strong> atualização<br />

com 120 vagas <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> modo semipresencial. Este se estruturou em encontros quinzenais aos sábados com duração <strong>de</strong> quatro<br />

horas cada, durante oito meses, totalizando 64 horas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s presenciais. Outras 36 horas foram <strong>de</strong>stinadas às ativida<strong>de</strong>s vivenciais,<br />

cujas ações focalizaram-se na educação em saú<strong>de</strong>, privilegiando a divulgação e a discussão da Carta dos Usuários da Saú<strong>de</strong> com a<br />

população geral. Resultados: Diversos foram os indícios <strong>de</strong> que esta discussão interessa aos profissionais da saú<strong>de</strong>: os inscritos ultrapassaram<br />

950, houve gran<strong>de</strong> freqüência nas ativida<strong>de</strong>s e numerosas questões foram trazidas pelos participantes, apontando um conhecimento<br />

parcial sobre a Política <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, mesmo por aqueles que <strong>de</strong>sempenham função <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadores/administradores em diferentes<br />

pontos da re<strong>de</strong>. Recebemos <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> novas temáticas e planejamos novo curso para 2010. Conclusões: As ações mais <strong>de</strong>scentralizadas<br />

e as estratégias direcionadas à atenção básica fortalecem o SUS e provocam mudanças no foco da assistência e, assim, na<br />

percepção dos profissionais da saú<strong>de</strong>, trazendo novos <strong>de</strong>safios e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se conhecer mais sobre o essa política pública.<br />

Verificação do Aprendizado <strong>de</strong> Alunos <strong>de</strong> uma Escola Pública Após Apresentação <strong>de</strong> Ví<strong>de</strong>o<br />

Didático Elaborado por Estudantes <strong>de</strong> Medicina na Extensão Universitária<br />

Melo, SD16 Vasconcelos, FKB16 Aguiar, FB16 Assis, TS16 Morais, LCSL16 Carvalho, LL16 Introdução: A utilização <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o educacional substituindo aulas convencionais representa importante instrumento <strong>de</strong> trabalho<br />

para o professor e fornece ao aluno maior eficácia na aquisição do conhecimento. Além disso, o ví<strong>de</strong>o po<strong>de</strong> ser retransmitido <strong>de</strong><br />

acordo com a necessida<strong>de</strong> do aluno, em diferentes momentos e em tempo hábil, condições essenciais para o uso <strong>de</strong>sse material em instituições<br />

públicas. Assim, a utilização em escolas públicas <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os fabricados pela extensão universitária sobre temas abordados no ensino<br />

médio se constitui como trabalho benéfico para ambas as comunida<strong>de</strong>s. Objetivos: O trabalho objetiva verificar a efetivida<strong>de</strong> da<br />

utilização do ví<strong>de</strong>o educacional no processo <strong>de</strong> aprendizagem em aulas <strong>de</strong> fisiologia humana na escola pública Lyceu Paraibano em<br />

João Pessoa. Métodos: O trabalho foi realizado no ano <strong>de</strong> 2008 com seis turmas do 3º ano do ensino médio, totalizando 135 alunos do<br />

LyceuParaibano.Osalunosextensionistasdoprojeto“Produção<strong>de</strong>material audiovisual para ensino <strong>de</strong> fisiologia humana nas escolas<br />

públicas”, sempre acompanhados <strong>de</strong> um professor <strong>de</strong> fisiologia, aplicavam pré-testes compostos <strong>de</strong> sete questões <strong>de</strong> múltipla escolha<br />

com cinco alternativas cada, sobre “Tipos <strong>de</strong> músculos”, o tema do ví<strong>de</strong>o. Após isso, apresentavam o ví<strong>de</strong>o e aplicavam pós-testes contendo<br />

as mesmas questões e alternativas, com or<strong>de</strong>nação modificada. Dessa forma, foram respondidas 945 questões em cada uma das<br />

etapas. Os dados obtidos no pré e pós-teste foram analisados estatisticamente. Resultados: No pré-teste, ocorreram 295 acertos<br />

(31,21%) e 650 erros (68,79%), enquanto que no pós-teste o número <strong>de</strong> acertos foi 530 (56,08%) e o <strong>de</strong> erros foi 415(43,92%). Conclusões:<br />

Como exposto acima, o número <strong>de</strong> acertos no pré-teste foi consi<strong>de</strong>ravelmente menor que os acertos no pós-teste, após a exposição do ví<strong>de</strong>o.<br />

Dessa forma, acreditamos ser esta uma maneira efetiva <strong>de</strong> melhorar o aprendizado <strong>de</strong>sses alunos, atuando <strong>de</strong> forma positiva na socieda<strong>de</strong>,<br />

como i<strong>de</strong>aliza o projeto da extensão universitária.<br />

Desafios e Conquistas do Projeto Médicos da Alegria da UNESP/Botucatu no Ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong><br />

Eto, BTP 17<br />

Ricoboni, IS 17<br />

Messora, TCC 17<br />

Bruzos, GAS 17<br />

Assoni, MP 17<br />

Giblioli, M 17<br />

Introdução: A criança hospitalizada é afastada <strong>de</strong> sua rotina, <strong>de</strong> seu convívio social, tem sua auto-estima afetada e seu <strong>de</strong>senvolvimento<br />

prejudicado. Torna-se essencial que essa seja assistida integral e multiprofissionalmente, e que, acima <strong>de</strong> tudo, sejam consi-<br />

16 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

17 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu, Botucatu, SP, Brasil.<br />

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<strong>de</strong>rados sua necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> brincar, e seus medos e angústias frente à internação. Objetivos: O Projeto preten<strong>de</strong> oferecer um ambiente<br />

menos hostil para as crianças durante sua internação, aliviando-as dos possíveis sofrimentos advindos <strong>de</strong> seu tratamento e, também,<br />

instigar nos profissionais envolvidos um comportamento mais humano na relação com os pacientes. Métodos: Os participantes realizam<br />

ativida<strong>de</strong>s lúdicas com as crianças e seus familiares no Hospital das Clínicas da UNESP. Para sua capacitação e continuida<strong>de</strong> no<br />

projeto é realizado um curso <strong>de</strong> ingresso a cada seis meses. Para o acompanhamento psicológico dos participantes há reuniões mensais<br />

com psicólogas do Serviço <strong>de</strong> Apoio Psicológico ao Estudante da Saú<strong>de</strong>. Atualmente busca-se aprimorar o treinamento dos participantes<br />

através da criação <strong>de</strong> oficinas lúdicas esporádicas. Está em andamento um projeto <strong>de</strong> pesquisa que visa conhecer o impacto causado<br />

nas crianças e seus familiares. Resultados: O projeto atinge anualmente em torno <strong>de</strong> 2.000 crianças e seus familiares. Proporciona que os<br />

acadêmicos participantes do projeto <strong>de</strong>senvolvam autoconfiança, habilida<strong>de</strong> para lidar com o público e situações <strong>de</strong> improviso, e estabelecer<br />

relações humanizadas com o paciente. Conclusão: Através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s lúdicas complementa a formação acadêmica segundo<br />

as diretrizes <strong>de</strong> humanização e integralida<strong>de</strong>. Os próximos passos objetivam atenuar as fragilizadas do projeto, referentes à: validação<br />

científica dos benefícios <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> sua realização, aproximação <strong>de</strong>ssa iniciativa à assistência hospitalar oferecida através da<br />

conscientização do corpo docente, discente e funcionários da instituição, e sanar a falta <strong>de</strong> investimentos para cursos <strong>de</strong> treinamento<br />

visando maior profissionalismo para os participantes.<br />

Atuação Discente na Comunida<strong>de</strong> - Projeto Diagnóstico Precoce<br />

Rocha, MAA18 Oliveira, HMNS18 Silva, JSL18 Melo, HEO18 Cruz, RD18 Presmich, OMA18 Introdução: No Brasil, cerca <strong>de</strong> 70% das crianças com câncer po<strong>de</strong>m ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas em<br />

centros especializados. Em 2008, foi criado o Projeto Diagnóstico Precoce, visando capacitar equipes <strong>de</strong> PSF alagoanas com relação ao<br />

diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil. Foi estabelecida uma parceria entre <strong>Associação</strong> dos Pais e Amigos dos Leucêmicos <strong>de</strong><br />

Alagoas (APALA), Liga Acadêmica <strong>de</strong> Oncologia da Uncisal (LAO-UNCISAL), Secretaria <strong>de</strong> Estado da Saú<strong>de</strong> (SESAU) e Conselho <strong>de</strong><br />

Secretarias Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (CONSEMS) para por em prática o projeto. Objetivos: Relatar a importância da atuação dos discentes,<br />

como co-participantes no serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, na capacitação <strong>de</strong> profissionais com visão diferenciada em relação ao diagnóstico precoce<br />

do câncer infanto-juvenil. Métodos: O projeto teve início no município <strong>de</strong> Arapiraca, alguns discentes da UNCISAL, componentes da<br />

LAO participaram como facilitadores <strong>de</strong>ssa capacitação profissional. O curso foi dividido em módulos durante 2008, concomitantemente<br />

à criação do Ambulatório <strong>de</strong> Triagem em Oncopediatria. As equipes, compostas por agentes e acadêmicos, foram instruídas a<br />

executarem ações propondo o diagnóstico <strong>de</strong> agentes químicos como contribuintes para o surgimento do câncer, o que permitiu maior<br />

integração e fomentou contato e discussões entre os participantes. Resultados: Foram capacitados 598 profissionais em Arapiraca além<br />

da criação do Ambulatório <strong>de</strong> Triagem, on<strong>de</strong> um especialista recebe os pacientes <strong>de</strong>vidamente encaminhados pelas equipes capacitadas.<br />

Como fruto do sucesso do projeto, o mesmo curso está sendo realizado com os 738 componentes das equipes <strong>de</strong> PSF maceioenses, o<br />

que vem permitindo a diminuição no intervalo entre diagnóstico e tratamento, aumentando a cura. Conclusões: Foi possível perceber a<br />

importância da integração entre profissionais, serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e acadêmicos na construção <strong>de</strong> um melhor mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> assistência à<br />

saú<strong>de</strong>. A LAO-UNCISAL, como co- participante <strong>de</strong>ste projeto, auxilia na monitorização, capacitação dos profissionais e levantamento<br />

<strong>de</strong> dados para registro <strong>de</strong> base populacional.<br />

18 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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TEMA: HOSPITAIS DE ENSINO<br />

Perspectiva Discente sobre seu Contato Inicial com Pacientes em Aulas à Beira-do-leito no<br />

Quarto Período <strong>de</strong> Medicina<br />

Vasconcelos, FRGC1 Azevedo, MH1 Pacheco, PV1 Santiago, LD1 Silva, BV1 Muñoz, RLS1 Introdução: O principal intuito da disciplina <strong>de</strong> Semiologia Médica é treinar os alunos nas técnicas <strong>de</strong> entrevista e exame físico<br />

dos pacientes, proporcionando também o aprendizado dos primórdios da relação médico-paciente. O programa prático da disciplina<br />

no hospital da UFPB promove aulas à beira-do-leito para alunos do quarto período envolvendo pacientes internados nas enfermarias<br />

<strong>de</strong> Clínica Médica. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar a percepção discente sobre a interação estudante-paciente na sua fase <strong>de</strong> aprendizado prático<br />

inicial do exame clínico nas enfermarias do Hospital Universitário Lauro Wan<strong>de</strong>rley (HULW)/UFPB. Métodos: Pesquisa observacional<br />

e <strong>de</strong>scritiva com entrevistas diretas com alunos que cursaram a Semiologia Médica na UFPB nos períodos letivos <strong>de</strong> 2006.2 e 2007.1.<br />

Realizou-se auto-aplicação <strong>de</strong> um questionário semi-estruturado elaborado pelos autores e pré-testado. Resultados: Participaram do<br />

estudo 85 alunos com ida<strong>de</strong> entre 20 e 27 (22±1,7) anos, 54,1% masculinos. A maioria <strong>de</strong>clarou dificulda<strong>de</strong> na abordagem clínica inicial<br />

do doente (70/82,4%); 63 (74,1%) referiram insegurança/medo. Não houve associação entre dificulda<strong>de</strong> na abordagem inicial do paciente<br />

e gênero. Quarenta e quatro alunos (51,8%) relataram constrangimento ao questionar sobre temas <strong>de</strong> natureza íntima, o que foi significativamente<br />

mais frequente nos alunos do sexo masculino. A maioria respon<strong>de</strong>u que, no currículo tradicional, teria sido mais a<strong>de</strong>quado<br />

cursar a disciplina <strong>de</strong> Psicologia Médica antes <strong>de</strong> Semiologia (69/81,2%). Conclusões: Ainiciação ao exame clínico, com o contato<br />

com o paciente hospitalizado, provoca sentimentos <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e insegurança nos alunos. Os achados <strong>de</strong>sse estudo reforçam a proposta<br />

<strong>de</strong> que o currículo <strong>de</strong> medicina da UFPB inclua a discussão <strong>de</strong> questões éticas e psicológicas e que a metodologia <strong>de</strong> abordagem<br />

do paciente na disciplina não fique restrita a técnicas físicas. Os resultados observados indicam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reflexão sobre aspectos<br />

ético-humanísticos para aprimorar a metodologia da disciplina <strong>de</strong> Semiologia Médica.<br />

Potencial <strong>de</strong> Enfermarias <strong>de</strong> Clínica Médica como Cenário Prático <strong>de</strong> Aprendizagem para<br />

Estudantes <strong>de</strong> Semiologia Médica<br />

Athay<strong>de</strong>, GAT 2<br />

Pereira, GCB 2<br />

Ronconi, DE 2<br />

Ramalho, CO 2<br />

Andra<strong>de</strong>, MR 2<br />

Sousa-Muñoz, RL 2<br />

Introdução: Estudos <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong> hospitalar em serviços universitários são relevantes não somente por fornecerem dados sobre as<br />

doenças prevalentes na clientela atendida, mas também permitem avaliar cenários <strong>de</strong> aprendizagem para estudantes da área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

Objetivos: Avaliar o perfil da clientela adulta hospitalizada nas enfermarias <strong>de</strong> clínica médica do HULW e o potencial do serviço como cenário<br />

prático <strong>de</strong> aprendizagem para estudantes <strong>de</strong> Semiologia Médica. Métodos: Estudo <strong>de</strong>scritivo, com amostra constituída pelos pacientes<br />

maiores <strong>de</strong> 18 anos internados nas enfermarias <strong>de</strong> Clínica Médica do HULW. Acoleta <strong>de</strong> dados foi feita por revisão dos prontuários e exame<br />

clínico dos pacientes pelos monitores <strong>de</strong> Semiologia, através <strong>de</strong> formulário elaborado para verificação das variáveis clínicas (sintomas, diag-<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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nósticos, permanência hospitalar, consentimento e condição clínica <strong>de</strong> participação participação dos pacientes nas aulas). Resultados: Avaliaram-se 34 papacientes <strong>de</strong> 18 a 78 anos (43,8 ± 16,6), internados por 27,3 dias em média. Os diagnósticos prevalentes foram insuficiência cardíaca congestiva e<br />

lupus eritematoso sistêmico. Os diagnósticos foram <strong>de</strong>finitivos em 24 (71%). Amédia <strong>de</strong> sintomas no interrogatório dirigido foi <strong>de</strong> 9. Os achados<br />

do exame físico predominantes foram em abdome (n=15), sistemas respiratório (n = 10) e cardiovascular (n = 10). Concordaram em participar<br />

<strong>de</strong> aulas 28 pacientes (82,4%) e estes tinham condições clínicas para participação. Conclusões: Ida<strong>de</strong>, doenças prevalentes, permanência<br />

hospitalar e diagnósticos <strong>de</strong>finitivos são compatíveis com um perfil <strong>de</strong> doenças crônicas e <strong>de</strong> alta complexida<strong>de</strong>. Os achados semiológicos<br />

mais frequentes correspon<strong>de</strong>m aos exames fundamentais ao aprendizado da semiologia médica geral. Amaioria dos pacientes foi receptiva e<br />

tinha condições <strong>de</strong> participar <strong>de</strong> aulas práticas. Embora o ensino da semiologia não se restrinja à semiotécnica, esta contribui <strong>de</strong>cisivamente<br />

para a formação médica e, portanto, existe um cenário favorável ao aprendizado <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> Semiologia nas enfermarias do HULW<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s psicomotoras.<br />

Diagnóstico Gerencial do Hospital Universitário da UFAL<br />

Uchôa, MT 3<br />

Freire, CMM 3<br />

Cavalcanti, MRC 3<br />

Marques, FJA 3<br />

Cavalcanti, SMS 3<br />

Introdução: O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) é um órgão suplementar da UFAL, que possui<br />

ações em ensino, pesquisa e assistência exclusiva aos usuários do SUS, os quais são provenientes <strong>de</strong> Maceió e do interior <strong>de</strong> Alagoas,<br />

sendo um hospital <strong>de</strong> referência. Com ênfase em excelência, humanização e compromisso social, prioriza a formação e capacitação <strong>de</strong><br />

profissionais da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, contribuindo para o fortalecimento do SUS. Objetivos: Caracterizar a estrutura física e político-organizacional<br />

do HUPAA; <strong>de</strong>finir a população atendida no HUPAAe os serviços prestados a esta; verificar e <strong>de</strong>screver quais os recursos disponíveis<br />

e como eles são organizados para alcançar as metas do hospital. Métodos: Tratou-se <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong>scritivo, observacional <strong>de</strong><br />

corte transversal, que se instituiu através <strong>de</strong> visitas ao HUPAAnos dias 09 <strong>de</strong> março e 20 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Durante estas, foram entrevistados<br />

trabalhadores dos setores administrativo, recursos humanos e almoxarifado sobre ativida<strong>de</strong>s e objetivos da Unida<strong>de</strong>, vínculo político-administrativo,<br />

estrutura organizacional, características da população, serviços e ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ofertados e sistema <strong>de</strong> direção. A<br />

partir das informações adquiridas, <strong>de</strong>senvolveu-se uma análise crítica, comparando a realida<strong>de</strong> encontrada com o preconizado na literatura.<br />

Resultados: O HUPAA é dirigido por um Diretor Geral, eleito por funcionários, mas possui Conselho Gestor Participativo, que<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>liberar algumas <strong>de</strong>cisões. Possui estrutura organizacional fragmentada, com limitações <strong>de</strong> recursos financeiro, humano e material,<br />

dificultando a eficiência dos serviços. Porém, a maioria dos usuários - mulheres jovens, resi<strong>de</strong>ntes em Maceió, com baixa renda familiar-<br />

<strong>de</strong>monstra está satisfeita com seu atendimento. Conclusões: O HUPAA sofre com limitações <strong>de</strong> recursos financeiro, material e<br />

humano, fruto da política nacional neo-liberal, e com o <strong>de</strong>sestímulo dos profissionais <strong>de</strong>vido a salários baixos. Para superar tais<br />

adversida<strong>de</strong>s, busca-se a adaptação com novos processos gerenciais, que conservam o HUPAA como a maior instituição pública <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> do estado.<br />

3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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TEMA: INTERDISCIPLINARIDADE,<br />

TRANSDISCIPLINARIDADE, ATIVIDADES<br />

MULTIPROFISSIONAIS E INTERSETORIALIDADE<br />

Abordagem da Acessibilida<strong>de</strong> na Assistência à Saú<strong>de</strong>: Questão das Barreiras Geográficas e<br />

Hipertensão no Bairro Pocinho, Ouro Preto-MG<br />

Azevedo, HR 1<br />

Leal, DA 1<br />

Cunha Junior, E 1<br />

Moreira, FG 1<br />

Machado-Coelho, GLL 1<br />

Figueiredo, AM 1<br />

Introdução: o acesso aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> está relacionado em parte ao tipo <strong>de</strong> gestão administrativa e também com a forma<br />

com que a população atendida está distribuída em seu entorno. O Sistema <strong>de</strong> Informações Geográficas (SIG) po<strong>de</strong> ser uma ferramenta<br />

útil para as Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atenção Básica (UAB) por melhorar o conhecimento sobre a área geográfica, possibilitando uma melhor gestão<br />

<strong>de</strong> seus recursos e propiciando uma melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida para a população. A alta prevalência da hipertensão arterial na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Ouro Preto, principalmente nos bairros mais carentes motivou a realização <strong>de</strong>sse trabalho no bairro Pocinho. Objetivos: avaliar a<br />

importância do georreferenciamento na resolução <strong>de</strong> problemas dos serviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>monstrando a funcionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa<br />

ferramenta na melhoria da qualida<strong>de</strong> e eficiência no atendimento. Métodos: busca <strong>de</strong> suporte ao trabalho nas bases <strong>de</strong> dados do<br />

SCIELO e PUBMED, que reportassem as experiências interdisciplinares com o SIG. Levantamento junto à UAB das <strong>de</strong>mandas locais e<br />

recursos oferecidos por en<strong>de</strong>reço. Obtenção das coor<strong>de</strong>nadas geodésicas e altitu<strong>de</strong> dos domicílios e serviços através do Sistema <strong>de</strong> Posicionamento<br />

Global (GPS) e criação <strong>de</strong> mapas temáticos no programa MapInfo®. Resultados: as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso foram percebidas<br />

na primeira visita ao bairro e evi<strong>de</strong>nciadas na análise dos mapas. Além da localização dos casos <strong>de</strong> hipertensão arterial, foram i<strong>de</strong>ntificados<br />

os domicílios localizados nas áreas mais aci<strong>de</strong>ntadas. Afragilida<strong>de</strong> na organização do Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família local foi<br />

<strong>de</strong>tectada e, i<strong>de</strong>ntificados alguns fatores agravantes da fragilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa população. Conclusão: acreditamos que a utilização do SIG<br />

auxiliou no entendimento <strong>de</strong> parte dos dilemas da atenção básica, pois correlaciona as informações do paciente ao meio no qual se<br />

insere, permitindo uma visualização menos simplista do indivíduo.<br />

Como Ensinar o Mo<strong>de</strong>lo Biopsicossocial? Interdisciplinarida<strong>de</strong> E Equipe Multiprofissional<br />

po<strong>de</strong> ser um Caminho<br />

Lerman, TG 2<br />

Abud, CC 2<br />

De Marco, M 2<br />

Iochida, LC 2<br />

Santos, CAF 2<br />

Introdução: a Psicologia Médica estimula uma relação médico-paciente que englobe os aspectos biopsicossociais do ser humano,<br />

respeite o corpo do paciente e suas manifestações, história <strong>de</strong> vida, subjetivida<strong>de</strong>, contexto socioeconômico e cultural. Percebe-se<br />

hoje a importância do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e competências mais humanas na formação médica ao lado do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

tecnológico e científico das ciências em saú<strong>de</strong>. Entre essas habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stacam-se as relacionadas à comunicação em saú<strong>de</strong> que<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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po<strong>de</strong> ser abordada no ensino da anamnese médica. Objetivo: discutir a interação entre diferentes áreas da saú<strong>de</strong> na produção <strong>de</strong> um roteiro<br />

que instrumentaliza o aluno na realização da anamnese clínica, seguindo o mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial. Método: grupo <strong>de</strong> discussão<br />

sobre a estruturação do curso Semiologia Integrada do segundo ano do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo<br />

(UNIFESP), e integração das especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada área (pediatria, clinica médica, ginecologia e obstetrícia, geriatria, psiquiatria e<br />

psicologia) visando o ensino da realização da anamnese segundo o mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial. Resultados: a partir das discussões criamos<br />

um roteiro que auxiliará o aluno a fazer uma anamnese estruturada em termos da i<strong>de</strong>ntificação, queixa e duração, história pregressa da<br />

moléstia atual, antece<strong>de</strong>ntes pessoais e familiares, e interrogatório sobre os diversos aparelhos, como também história <strong>de</strong> vida, dados<br />

sobre a família, o trabalho, o grupo social, relação com as instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>scrição da comunicação não-verbal, e verbal, exame<br />

psíquico, mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa. O roteiro inclui ainda compreen<strong>de</strong>r o funcionamento psíquico, personalida<strong>de</strong>, forma <strong>de</strong> relacionar-se<br />

com os outros, com a equipe e com a própria saú<strong>de</strong>, integrar a doença manifesta e o contexto psicossocial e buscar compreen<strong>de</strong>r o<br />

significado afetivo da doença. Conclusão: o trabalho em equipe interdisciplinar e multiprofissional mostrou-se viável e muito profícuo,<br />

apontando a possibilida<strong>de</strong> do ensino e prática do mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial.<br />

Vivência e Experiência no Projeto Cidadania e Solidarieda<strong>de</strong> a Grupos Especiais<br />

Costa, RS 3<br />

Lourenço, AO 3<br />

Introdução: O Hospital Doutor Pedro Fontes, localizado no município <strong>de</strong> Cariacica-ES, inaugurado em 1937, promoveu o isolamento<br />

<strong>de</strong> portadores <strong>de</strong> hanseníase <strong>de</strong>vido à ausência <strong>de</strong> uma terapêutica eficaz. Muitos dos internos per<strong>de</strong>ram o contato com familiares, propiciando<br />

a formação <strong>de</strong> vínculos afetivos entre os mesmos e a constituição <strong>de</strong> novas famílias. Em função do conhecimento <strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong>, em<br />

2008 professores da instituição propuseram o Projeto, convidando acadêmicos <strong>de</strong>ssa instituição a participarem.Objetivos: Aten<strong>de</strong>r à comunida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>senvolvendo ações que visam promover e cuidar da saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> estimular a cidadania e a reabilitação psicossocial. Métodos:<br />

Nas idas, bimestrais, acadêmicos dos cursos <strong>de</strong> medicina, enfermagem, farmácia e psicologia foram organizados em grupos interdisciplinares,<br />

realizando diagnóstico situacional da área, diagnóstico das famílias, atendimento médico supervisionado, palestras e oficinas. Aescolha<br />

dos participantes se <strong>de</strong>u pelo <strong>de</strong>sempenho acadêmico ocasionando, por parte <strong>de</strong> alguns, insuficiente grau <strong>de</strong> interesse nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas<br />

e no objetivo do projeto. Resultados: O contato junto à comunida<strong>de</strong>, feito <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do curso <strong>de</strong> medicina, possibilitou o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s que iam além <strong>de</strong> prestar atendimento médico aos pacientes. Diferenciados pelo grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação ao projeto, alguns<br />

acadêmicos procuravam interagir com as <strong>de</strong>mais disciplinas em busca <strong>de</strong> crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma nova visão, voltada para o<br />

ser humano e a socieda<strong>de</strong> em sua totalida<strong>de</strong>, o que gerou maior atenção aos moradores. Conclusões: Além <strong>de</strong> proporcionar carga horária<br />

curricular, esse projeto gerou também experiências <strong>de</strong> trabalhos interdisciplinares, os quais fomentaram uma reflexão crítica sobre a prática<br />

dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, muito importante para a formação dos estudantes. Salienta-se, também, a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um contato real com<br />

os diversos olhares, a partir dos quais foi possível pensar e compreen<strong>de</strong>r os variados fatores que interferem nesse meio, assim como proporcionar<br />

o estabelecimento <strong>de</strong> uma melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida para a comunida<strong>de</strong>.<br />

Ferramentas <strong>de</strong> Análise Histórica Enquanto Instrumentos Promotores <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Sousa, RG 4<br />

D’Araujo, MC 4<br />

Introdução: essa pesquisa é parte da dissertação apresentada em <strong>2009</strong>, no CPDOC-FGV, com título “Memórias <strong>de</strong> Trabalhadores<br />

do Vital Brazil: um diálogo entre a saú<strong>de</strong> e a comunida<strong>de</strong>”. O eixo do estudo são observações feitas pela médica <strong>de</strong> família no seu cotidiano,<br />

a partir <strong>de</strong> performances da comunida<strong>de</strong>. Como existia um potencial <strong>de</strong>scritivo e analítico dos fenômenos observados e esses<br />

evi<strong>de</strong>nciavam uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliar os conhecimentos para que o observado fosse compreendido, a autora procurou ferramentas<br />

<strong>de</strong> análise nas ciências humanas. Ainclusão <strong>de</strong> outros saberes trouxe como resultado uma percepção da comunida<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong> suas<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> origem. Esse resultado evi<strong>de</strong>nciou padrões familiares e comunitários que reorientaram a prática em saú<strong>de</strong> naquele terri-<br />

3 UNIVIX- Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

4 Fundação Getúlio Vargas, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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tório, potencializando ações em saú<strong>de</strong> condizentes com as necessida<strong>de</strong>s locais e com a proposta do sistema único <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivos:<br />

analisar as produções do uso <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> outras ciências na prática em saú<strong>de</strong>. Métodos: revisão bibliográfica, análise documental.<br />

Resultados: pelas famílias do morro Vital Brazil terem em sua origem trabalhadores da fábrica <strong>de</strong> medicamentos do Instituto <strong>de</strong> Higiene,<br />

Soroterapia, Veterinária do RJ, atual Instituto Vital Brazil, existem i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s que se aproximam dos princípios norteadores do<br />

SUS (como uma a<strong>de</strong>quação weberiana). Seria participação social, construída pelo trabalhador urbano; território do morro compreendido<br />

na organização do SUS; e família base da política em saú<strong>de</strong> e ponto-chave no entendimento <strong>de</strong>ssa comunida<strong>de</strong> e suas performances.<br />

As análises do cenário, reflexões e propostas <strong>de</strong> ações somente aconteceram após uso <strong>de</strong> ferramentas das ciências humanas: na forma <strong>de</strong><br />

proposição metodológica, com uso da história oral; na participação <strong>de</strong> uma cientista política na construção do projeto; e no uso <strong>de</strong><br />

autores ditos pertencentes ao estudo da sociologia. Conclusões: a plasticida<strong>de</strong> da prática em saú<strong>de</strong> possibilitou o uso <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong><br />

outras ciências pelos profissionais do SUS aproximando serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e necessida<strong>de</strong>s sociais.<br />

Expedição Científica para Comunida<strong>de</strong>s Ribeirinhas do Amazonas com Docentes e<br />

Acadêmicos da Faculda<strong>de</strong> São Lucas e Pesquisadores Nacionais<br />

Santiago Máira 5<br />

Parente, MA 5<br />

Araújo, EAC 5<br />

Morais, MA 5<br />

Camargo, JSAA 5<br />

Basano, SA 6<br />

Introdução: a expedição científica para lábrea-am atuou em várias áreas como assistência à saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas científicas<br />

e a integração acadêmico-docente para disseminação <strong>de</strong> conhecimentos práticos. durante as ativida<strong>de</strong>s os acadêmicos pu<strong>de</strong>ram conhecer<br />

a realida<strong>de</strong> das comunida<strong>de</strong>s ribeirinhas, respeitando sua diversida<strong>de</strong> cultural e valores. Objetivos: a-) promoção da saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>,<br />

b-) prevenção e diagnóstico <strong>de</strong> agravos na comunida<strong>de</strong>, c-) <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas científicas, d-) capacitação <strong>de</strong> acadêmicos<br />

dos cursos <strong>de</strong> medicina, enfermagem e biomedicina, e-) aprimoramento da relação médico-paciente. Metodologia: a equipe com 21 pessoas<br />

composta <strong>de</strong> professores, acadêmicos e pesquisadores, permaneceu durante os 11 dias <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s (31 <strong>de</strong> janeiro a 8 <strong>de</strong> fevereiro) em um<br />

barco-hospital disponibilizado pela prefeitura <strong>de</strong> lábrea-am e com fomento da fapesp e ministério da saú<strong>de</strong>. o barco estava equipado com<br />

medicamentos a serem fornecidos durante as consultas, e com equipamentos para realização <strong>de</strong> exames laboratoriais. os acadêmicos tutorados<br />

pelos professores realizaram ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisa científica, atendimentos nas comunida<strong>de</strong>s ribeirinhas e atuaram na prevenção, diagnóstico<br />

e tratamento <strong>de</strong> doenças. Resultados: foram ao todo 6 comunida<strong>de</strong>s atendidas e aproximadamente 350 pessoas receberam assistência<br />

médica e odontológica. <strong>de</strong>ste total, 226 pessoas realizaram exames como hemograma, enzimas hepáticas, marcadores renais, sorologia<br />

para hepatite b, hemoscopia para filária. além disso, foram realizados 24 citologias oncóticas. Conclusão: a experiência permitiu a percepção<br />

do complexo contexto sócio-econômico-cultural local, auxiliando no aprimoramento da relação médico-paciente e permitindo que as condutas<br />

a serem adotadas pu<strong>de</strong>ssem ser aplicáveis. neste primeiro contato, o estudante apren<strong>de</strong> a ver o “doente” em sua complexida<strong>de</strong> e individualida<strong>de</strong>,<br />

e não somente sua “doença”. a arte <strong>de</strong> curar é uma prática que exige tempo, discernimento, competência e sensibilida<strong>de</strong>, pois necessita<br />

<strong>de</strong> constante aperfeiçoamento e aplicação diária.<br />

Apoio: FAPESP2007/000531-5<br />

5 Faculda<strong>de</strong> São Lucas, Porto Velho, RO, Brasil.<br />

6 Faculda<strong>de</strong> São Lucas, Porto Velho, RO, Brasil; Centro <strong>de</strong> Medicina Tropical <strong>de</strong> Rondônia, Porto Velho, RO, Brasil.<br />

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Disciplina Eletiva Saú<strong>de</strong> da População Negra na Famed/UFAL: Avaliando para o<br />

Combate ao Racismo e ao Racismo Institucional<br />

Riscado, JLS 7<br />

Flores, LGCT 7<br />

Barros, DTR 7<br />

Farias, LPG 7<br />

Almeida, AAM 7<br />

Folha Filho, EAC 7<br />

Introdução: Discrepâncias visíveis são verificadas a partir <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> tanto no que concerne aos segmentos branco<br />

e negro da população. Os dados <strong>de</strong> pesquisas, principalmente universitárias, revelam que o próprio SUS, enquanto sistema nacional <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, não guarda a mesma igualda<strong>de</strong>, integralida<strong>de</strong>, eqüida<strong>de</strong> e universalida<strong>de</strong> para todos os segmentos. No estado <strong>de</strong> Alagoas as<br />

mulheres negras morrem <strong>de</strong>z vezes mais que as mulheres brancas, por parto e puerpério. O estudo diz ainda que homens pardos e pretos<br />

entre quinze e vinte e quatro anos morrem quatro vezes mais por causas externas. Objetivo: promover uma avaliação do alunado<br />

sobre o significado da disciplina para sua vida acadêmica e profissional. Metodologia: trata-se <strong>de</strong> uma disciplina eletiva ofertada pela<br />

faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina na perspectiva <strong>de</strong> atendimento ao PAAF da UFAL constituída <strong>de</strong> 40 horas em módulos: sociologia e antropologia<br />

da população negra e epi<strong>de</strong>miologia da anemia falciforme, <strong>de</strong>ficiência G6PD, glaucoma, diabetes mellitus e hipertensão arterial,<br />

etc. Resultados: “foi importante em minha formação acadêmica por mudar alguns conceitos assim como por <strong>de</strong>spertar minha curiosida<strong>de</strong><br />

a respeito da cultura negra tanto no que diz respeito a seus costumes como na importância da mesma na formação étnica brasileira”.<br />

(D, 3ºP Med UFAL). “Os aspectos positivos foram integração entre o conhecimento do processo histórico e cultural com os dados<br />

epi<strong>de</strong>miológicos atuais; aproximação e reconhecimento da cultura afro-brasileira; visita <strong>de</strong> campo ao terreiro <strong>de</strong> Mãe Vera e a <strong>de</strong>smistificação<br />

da religiosida<strong>de</strong> africana”. (L1, 3ºP Med UFAL). “A <strong>de</strong>smistificação <strong>de</strong> conceitos errôneos aprendidos em estágios escolares anteriores<br />

ao universitário; reconhecimento <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s prejudiciais para com a população negra e o entendimento da importância <strong>de</strong><br />

políticas públicas afirmativas que visem ao combate da iniqüida<strong>de</strong>”. (L2, 3ºP Med UFAL). Lições aprendidas: a disciplina enquanto<br />

processo tem procurado minimizar a discriminação, o racismo e o racismo institucional.<br />

Relato <strong>de</strong> Experiência Multiprofissional na Formação Médica dos Alunos da UFAL em<br />

Comunida<strong>de</strong> Carente <strong>de</strong> Maceió-AL<br />

Galvão, MA 8<br />

Rêgo, LM 8<br />

Pedrosa, APM 8<br />

Introdução: As equipes multiprofissionais <strong>de</strong>vem atuar em uma perspectiva interdisciplinar para compensar as ações parciais<br />

que nem sempre solucionam as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população. Os membros da equipe articulam suas práticas e saberes na resolução<br />

<strong>de</strong> cada situação i<strong>de</strong>ntificada para propor soluções conjuntamente e intervir <strong>de</strong> maneira a<strong>de</strong>quada já que todos conhecem a problemática.<br />

Objetivos: 1) Relatar a experiência <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> sete cursos em ativida<strong>de</strong>s multiprofissionais <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> em comunida<strong>de</strong><br />

carente; 2) Analisar o significado da experiência do trabalho em equipe para os alunos. Metodologia: Aproposta do trabalho<br />

baseou-se na inclusão <strong>de</strong> uma equipe interdisciplinar <strong>de</strong> discentes na comunida<strong>de</strong> carente Vila Sombra dos Eucaliptos em Maceió-AL.<br />

No primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, foram selecionados alunos dos cursos <strong>de</strong> Medicina, Enfermagem, Odontologia, Educação Física, Farmácia,<br />

Nutrição e Serviço Social <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>s públicas e privadas. Semanalmente, os alunos visitavam a comunida<strong>de</strong> com o objetivo <strong>de</strong><br />

promover educação em saú<strong>de</strong> e respondiam a um questionário semi-estruturado sobre as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas para que cada integrante<br />

relatasse sua experiência vivenciada. Resultados: O contato próximo com as famílias permitiu melhor intervenção nos problemas<br />

mais freqüentes da comunida<strong>de</strong>, cujas ações envolvem atendimento individualizado e educação em saú<strong>de</strong> em grupo. Os questionários<br />

respondidos revelaram que a integração entre alunos <strong>de</strong> diferentes cursos é <strong>de</strong>morada e exige a adaptação e <strong>de</strong>dicação ao traba-<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Maceió, AL, Brasil.<br />

8 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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lho em grupo para <strong>de</strong>finir as ativida<strong>de</strong>s mais relevantes. É fundamental a interação entre todos os membros, embora haja diferenças <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ologias e condutas. Conclusão: Pô<strong>de</strong>-se discutir a relevância do trabalho em equipe <strong>de</strong> forma que a integração entre os alunos<br />

permitisse a troca <strong>de</strong> conhecimentos relacionados às famílias para tomar a conduta a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> acordo com cada necessida<strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificada. Quando todos os membros da equipe participam do processo, a abordagem acontece <strong>de</strong> maneira mais eficaz.<br />

Sessões Interativas em Educação Permanente em Saú<strong>de</strong> –SIEPS: Integrando<br />

Ensino-Serviço e Intensificando o Treinamento <strong>de</strong> Profissionais e Estudantes-FMP/FASE<br />

Pontes, MAG9 Ezequiel, MCDG9 Avellar, CMS9 Lara, CRS9 Rodrigues, PA9 Pereira, PR9 Introdução: AFaculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis/Faculda<strong>de</strong> Arthur Sá Earp Neto (FMP/FASE) totalmente favorável às Diretrizes<br />

Curriculares (2001) investiu em 5 Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USF) como cenários <strong>de</strong> formação. A estratégia <strong>de</strong> Educação<br />

Permanente em Saú<strong>de</strong> EPS (2003) veio ao encontro da necessida<strong>de</strong> da transformação da prática atualizando e instrumentalizando profissionais<br />

para a produção <strong>de</strong> conhecimentos a partir da prática cotidiana revertendo em <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> comportamentos e atitu<strong>de</strong>s<br />

éticas e o entendimento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como bem público <strong>de</strong> relevância social. Foram criadas ativida<strong>de</strong>s que associassem acolhimento,<br />

vínculo, integralida<strong>de</strong> do cuidado, interdisciplinarida<strong>de</strong>, trabalho em equipe e a aquisição <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s<br />

permanentemente referidas às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dos usuários. Surgiram então as SIEPS nas cinco USF-FMP/FASE. Objetivos:<br />

Possibilitar a formação em saú<strong>de</strong> fundamentada em condições concretas <strong>de</strong> vida; Investir em atualizações do conhecimento em saú<strong>de</strong>;<br />

Fazer com que estudantes percebam que aprendizagem po<strong>de</strong> ser concebida respon<strong>de</strong>ndo às necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>mandas sociais; Ser um<br />

espaço <strong>de</strong> maior acessibilida<strong>de</strong> e resolutivida<strong>de</strong> da atenção e do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Método: Foram feitas reuniões com equipes multiprofissionais<br />

<strong>de</strong> caráter inter e transdisciplinar problematizando casos reais da comunida<strong>de</strong> com a participação ativa <strong>de</strong> estudantes, docentes<br />

profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, gestores, convidados, o usuário e seus familiares, com duração <strong>de</strong> três a quatro horas semanalmente fazendo<br />

rodízio em 5USF FMP/FASE; revertendo em treinamento e benefícios para o trabalho e melhorias no atendimento à comunida<strong>de</strong>.Seguimos<br />

os fundamentos do arco <strong>de</strong> Marguerez (BORDENAVE,2005). Resultados: Foram três anos, 104 encontros multiprofissionais<br />

interdisciplinares, 91 casos discutidos e 13 sessões <strong>de</strong> treinamentos segundo necessida<strong>de</strong>s dos grupos. Pariciparam 1487 pessoas.<br />

Sete apresentações sobre o tema entre: Semanas Científicas da FMP/FASE, <strong>COBEM</strong>, FAIMER-BRASIL, PRÓ-SAÚDE , PET-SAÚDE.<br />

Consi<strong>de</strong>rações Finais: As SIEPS estão evoluindo com o trabalho <strong>de</strong> muitos em equipe multiprofissional e hoje são consi<strong>de</strong>radas uma<br />

ferramenta potente <strong>de</strong> EP na FMP/FASE.<br />

9 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

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TEMA: PET-SAÚDE E PRÓ-SAÚDE<br />

Controle da Hipertensão Arterial em uma Unida<strong>de</strong> Primária do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Farias, S L1 Rocha, M1 Dantas, JCD1 Fiad, SI1 Halfoun, VLRC1 Introdução: São escassos os estudos sobre o atendimento básico dos hipertensos no Rio <strong>de</strong> Janeiro. Objetivo: Estudar o controle<br />

e tipo <strong>de</strong> tratamento medicamentoso <strong>de</strong>sses pacientes com acompanhamento médico isolado (A) e por equipe multidisciplinar (B), em<br />

unida<strong>de</strong> básica do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Metodologia: Foram avaliados 90 hipertensos do A e 104 do B, escolhidos aleatoriamente, classificados<br />

segundo gravida<strong>de</strong> da hipertensão arterial (HA) pelas V Diretrizes <strong>Brasileira</strong>s <strong>de</strong> Hipertensão Arterial e acompanhados por 5 anos. Foram<br />

i<strong>de</strong>ntificados quanto ao número <strong>de</strong> drogas usadas e os que na última consulta tiveram bom controle (PA menor que 140/90 mmHg). Foram<br />

comparadas médias e medianas, pelos testes <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt e Mann Whitney e as freqüências, pelo teste do qui quadrado. O teste <strong>de</strong> Spearman<br />

foi utilizado para correlacionar as medianas das PAS e PAD iniciais e finais entre os grupos. Resultados:Osgruposeramhomogêneos<br />

e comparáveis quanto à ida<strong>de</strong> (p = 0,20), à escolarida<strong>de</strong> (p = 0,17), ao sexo (p = 0,89), à PAS inicial (p = 0,23) e à PAD inicial (p = 0,11).<br />

Houve diferença significativa na classificação <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> da HApredominando pacientes com hipertensão mo<strong>de</strong>rada no A, leve e severa<br />

no B. Quarenta e cinco por cento dos pacientes do B estavam controlados em comparação ao A(30%) (p=0,05) ao final do estudo. As medianas<br />

das PAS e PAD da última consulta também variaram significativamente entre A e B (PS: PAS=140mmHg X PAS=130mmHg p =<br />

0,004; PAD = 90mmHg X PAD = 80 mmHg p = 0,0007, respectivamente). Aqueda da PAS e PAD foi significativa entre os grupos (p


iências pedagógicas, contribuindo para a reorientação da formação e implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais. Já foram<br />

disponibilizadas 16.757 bolsas, referentes às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas em abril, maio e junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Conclusões: como uma das ações<br />

intersetoriais direcionadas para o fortalecimento da APS, o PET-Saú<strong>de</strong> configura-se em importante estratégia <strong>de</strong> indução da gestão fe<strong>de</strong>ral<br />

no que se refere ao rompimento da dicotomia teoria-prática e à integração ensino-serviço-comunida<strong>de</strong>.<br />

Programa Nacional <strong>de</strong> Reorientação da Formação Profissional em Saú<strong>de</strong><br />

Haddad, AE4 Brenelli, SL4 Ribeiro, TCV5 Passarella, TM4 Cury, GC4 Campos, FE4 Introdução: a formação superior na área da saú<strong>de</strong> requer comprometimento das Instituições <strong>de</strong> Ensino com as necessida<strong>de</strong>s<br />

dos usuários do SUS. O Ministério da Saú<strong>de</strong>, por meio da Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, implementou, em<br />

conjunto com Ministério da Educação e com a OPAS, o Programa Nacional <strong>de</strong> Reorientação da Formação Profissional em Saú<strong>de</strong>. Objetivos:<br />

integração ensino-serviço, visando à reorientação da formação profissional e abordagem integral do processo saú<strong>de</strong>-doença com<br />

ênfase na Atenção Básica. Métodos: foram selecionados, em 2005, por meio <strong>de</strong> edital público, 90 cursos, com impacto sobre aproximadamente<br />

46 mil estudantes <strong>de</strong> graduação da Medicina, Odontologia, Enfermagem. O Pró-Saú<strong>de</strong> foi ampliado para os <strong>de</strong>mais cursos <strong>de</strong><br />

graduação da área da saú<strong>de</strong> e em 2008 foram selecionados 68 Projetos, incluindo 265 cursos, com impacto sobre aproximadamente<br />

97.000 alunos das 14 áreas envolvidas. O Programa trabalha a reorientação da formação em distintos eixos: orientação teórica, cenários<br />

<strong>de</strong> prática e orientação pedagógica. É estratégico para o monitoramento acompanhar a gestão local, a mudança nos currículos e no processo<br />

<strong>de</strong> articulação interna das IES e finalmente, a relação da aprendizagem com os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, além da interação com os gestores<br />

do SUS. Resultados: a atenção básica, on<strong>de</strong> é mais institucionalizada a adscrição da clientela e o cuidado longitudinal, abordagens<br />

sistêmicas das famílias e vínculo, é progressivamente reconhecida como um lócus privilegiado para as mudanças no processo <strong>de</strong> formação.<br />

Esta prática está levando mais alunos a optarem por estágios na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção básica. Está em curso uma pesquisa quanti-qualitativa<br />

para avaliação do Programa. Conclusões: com a implementação do Pró-Saú<strong>de</strong>, busca-se intervir no processo formativo para<br />

que a graduação <strong>de</strong>sloque o atual eixo <strong>de</strong> formação, centrado na assistência individual, para um processo sintonizado com as necessida<strong>de</strong>s<br />

sociais, consi<strong>de</strong>rando as dimensões históricas, econômicas e culturais da população.<br />

O quê é Ser Docente nos Cenários <strong>de</strong> Prática? O Olhar dos Preceptores do Projeto<br />

Pet-Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo/RS<br />

Barelli, C 6<br />

Araújo, EL 6<br />

Scherer, JI 6<br />

Magro, ML 6<br />

Mocinho, RR 6<br />

Grando, AN 7<br />

Introdução: Aincorporação dos cenários <strong>de</strong> prática na graduação em saú<strong>de</strong> exigida pelas DCN, além <strong>de</strong> dar o toque <strong>de</strong> realida<strong>de</strong><br />

do mundo do trabalho aos profissionais egressos, requer formação docente dos profissionais que irão compor esta relação <strong>de</strong> ensino-aprendizagem<br />

com os estudantes. O PET-Saú<strong>de</strong>, estratégia fomentadora <strong>de</strong> educação permanente e <strong>de</strong> iniciação ao trabalho é mais<br />

uma iniciativa dos Ministérios da Educação e da Saú<strong>de</strong> neste sentido. Objetivo: I<strong>de</strong>ntificar a percepção dos preceptores do Projeto<br />

PET-Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo/RS sobre a docência e <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> formação pedagógica. Métodos: Em junho/<strong>2009</strong> foi aplicado um questionário<br />

semi-estruturado aos preceptores do PET-Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo/RS para i<strong>de</strong>ntificar a percepção sobre docência, quais as ca-<br />

4 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Departamento <strong>de</strong> Gestão da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

5 Organização Pan-Americana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Organização Mundial da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

7 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

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acterísticas imprescindíveis para exercê-la e os temas que gostariam <strong>de</strong> aprofundar em oficinas <strong>de</strong> formação pedagógica. Os dados foram<br />

analisados por estatística <strong>de</strong>scritiva. Resultados: Dos 24 preceptores da equipe, 23 participaram, sendo 09 homens e 14 mulheres,<br />

das categorias profissionais: médicos(07), enfermeiros(08), cirurgiões <strong>de</strong>ntistas(05) e farmacêuticos(03). A maioria(82,6%) enten<strong>de</strong> que<br />

docente é o professor ou o profissional que atua no processo <strong>de</strong> formação do estudante. As três características mais citadas como imprescindíveis<br />

no exercício da docência foram: experiência técnica/profissional(23,9%), atualização científica(21,1%) e bom relacionamento<br />

com os acadêmicos(15,5%). Os temas mais elegidos para aprofundamento foram: elaboração <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> pesquisa(11%); metodologias<br />

ativas <strong>de</strong> ensino-aprendizagem(9,9%); li<strong>de</strong>rança e trabalho em equipe(9,3%); avaliação e monitoramento da ESF(8,7%); gestão<br />

do trabalho em saú<strong>de</strong>(8,1%). Formação pedagógica ficou em 4º lugar como característica essencial ao docente, contudo, aparece nos<br />

temas <strong>de</strong> formação como 2ª opção, reforçando priorida<strong>de</strong> nesta <strong>de</strong>manda. Conclusões: Estas impressões iniciais dos preceptores revelam<br />

o potencial que o PET-Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>sperta nas equipes, gerando possibilida<strong>de</strong>s/caminhos <strong>de</strong> aprimoramento não só na aca<strong>de</strong>mia,<br />

como também nos serviços, corroborando com o impacto social almejado pelas políticas <strong>de</strong> formação na área da saú<strong>de</strong>, por meio da<br />

efetiva integração ensino-serviço-comunida<strong>de</strong>.<br />

Pró-Saú<strong>de</strong>: Uma Parceria bem Sucedida entre o Ministério da Saú<strong>de</strong> e a OPAS/OMS<br />

Santana, JP 8<br />

Ribeiro, TCV 8<br />

Passarella, TM 9<br />

Brenelli, SL 9<br />

Haddad, AE 9<br />

Campos, FE 9<br />

Introdução: a Organização Pan-Americana da Saú<strong>de</strong> – OPAS/Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – OMS é um organismo internacional<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública com um século <strong>de</strong> experiência. AOPAS no Brasil possui um expressivo sinergismo entre as priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

do Estado e da socieda<strong>de</strong> brasileira, conformadas no Plano <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 2008/2011 e no Pacto pela Saú<strong>de</strong> 2007. Uma parceria bem sucedida<br />

entre o Ministério da Saú<strong>de</strong> - MS/Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong> - SGTES e OPAS tem sido ações direcionadas<br />

à reorientação da graduação em saú<strong>de</strong>, tendo início com a implantação do Programa <strong>de</strong> Incentivo às Mudanças Curriculares<br />

dos Cursos <strong>de</strong> Medicina – PROMED, e mais recentemente com o Programa Nacional <strong>de</strong> Reorientação da Formação Profissional em Saú<strong>de</strong><br />

– PRÓ-SAÙDE. Objetivos: implantar uma experiência nacional que possa ser replicada nos processos <strong>de</strong> cooperação regional da<br />

OPAS. Métodos: foram firmados Termos <strong>de</strong> Cooperação entre o Ministério da Saú<strong>de</strong> e OPAS com <strong>de</strong>staque para o bloco programático<br />

da reorientação da formação profissional em saú<strong>de</strong>. Atualmente há aproximadamente 90 cartas acordo formalizadas entre a OPAS e<br />

Instituições <strong>de</strong> Ensino para execução dos projetos selecionados para o Pró-Saú<strong>de</strong>. Resultados: fortalecimento da cooperação técnica entre<br />

OPAS e MS, com a mobilização <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> Instituições <strong>de</strong> Ensino e Pesquisa do País para a execução <strong>de</strong>scentralizada <strong>de</strong> projetos<br />

<strong>de</strong> interesse dos gestores do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Destaca-se também a apresentação do Programa em outros países, como na <strong>Associação</strong><br />

Peruana <strong>de</strong> Educação Médica, reunião anual da Global Alliance Task Force for Health Human Resources, em Kampalla e participações<br />

em publicações da OMS. Conclusões: Trata-se, portanto, <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> cooperação complexo e <strong>de</strong>safiador, com a maior experiência<br />

em curso no mundo, no qual a participação da OPAS apresenta contribuições técnicas e operacionais, além <strong>de</strong> garantir legitimida<strong>de</strong><br />

e continuida<strong>de</strong> para os processos <strong>de</strong> mudança na graduação.<br />

8 Organização Pan-Americana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Organização Mundial da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

9 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Departamento <strong>de</strong> Gestão da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

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Abordagem Integrada na Atenção Básica Em Saú<strong>de</strong>, por Meio da Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da<br />

Família e a Vivência <strong>de</strong> Práticas Tutoriais: Monitorando o Fio Condutor <strong>de</strong> Pet-Saú<strong>de</strong> Em<br />

Passo Fundo, RS<br />

Araujo, EL 10<br />

Barelli, C 10<br />

Mocinho, R 10<br />

Lago, M 10<br />

Grando, AN 11<br />

Schere,J 10<br />

Introdução. A ESF <strong>de</strong>ve atuar privilegiando ABS ao contrário do paradigma curativo e fragmentado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que dificulta a<br />

prática da integralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações. Redirecionando a formação dos profissionais da saú<strong>de</strong>, é possível incluir os profissionais que atuam<br />

na re<strong>de</strong> publica recebendo alunos no ensino-serviço. Este trabalho exige monitoramento e avaliação do <strong>de</strong>senvolvimento do PET-Saú<strong>de</strong><br />

através <strong>de</strong> equipes tutoriais. Objetivo: O objetivo é conhecer e compreen<strong>de</strong>r os serviços da ESF, analisando e discutindo o impacto <strong>de</strong><br />

sua implantação nos últimos 5 anos em Passo Fundo/Rs. Metodologia: A metodologia quali-quantitativa com pesquisa-ação aten<strong>de</strong> a<br />

participação ativa <strong>de</strong> 4 grupos <strong>de</strong> PET-Saú<strong>de</strong> com os cursos <strong>de</strong> enfermagem, farmácia, medicina e odontologia da UPF/Rs e a re<strong>de</strong> pública<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do município, em 14 UBS, em <strong>2009</strong>. Apesquisa <strong>de</strong>senvolve-se em três fases: 1 Mapeamento das condições <strong>de</strong> vida e saú<strong>de</strong><br />

da comunida<strong>de</strong> da área <strong>de</strong> abrangência <strong>de</strong>ste projeto, comparando os dados apresentados pelas equipes <strong>de</strong> ESF e necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

da população. 2 Implementação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s indicadas pelo diagnóstico com <strong>de</strong>bates sobre protocolos, uso racional <strong>de</strong> recursos e<br />

<strong>de</strong> tecnologias, infraestrutura física, recursos humanos e doenças prevalentes na comunida<strong>de</strong>. 3 Monitoramento e avaliação da prática<br />

tutorial como ação impactante para qualificação da ESF. Resultados: Dados parciais indicam <strong>de</strong>sencontro <strong>de</strong> informações oficiais<br />

(SIAB/IBGE/DATASUS) e os levantados pela estimativa rápida nas UBS. Apontam necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação às equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e integração<br />

entre IES e ensino-serviço. Oportunizam reflexões e premente atuação interdisciplinar/multipofissional no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos programas e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Fortalece vínculos entre IES e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> potencializando ações do PRÓ-SAÚDE. Propiciam<br />

integração ensino/pesquisa/extensão entre os cursos envolvidos qualificando o trabalho em saú<strong>de</strong> no município, sinalizando nós<br />

críticos, lacunas e necessida<strong>de</strong>s da ABS para aten<strong>de</strong>r a população.<br />

Caso Clínico com Enfoque Multiprofissional: Estratégia <strong>de</strong> Avaliação<br />

Ribeiro, JP 12<br />

Me<strong>de</strong>iros, KB 12<br />

Sugita, DM 12<br />

Peixoto, MKAV 12<br />

Navarro, JÁ 12<br />

Pereira, ERS 12<br />

Introdução: Os acadêmicos dos cursos <strong>de</strong> Enfermagem, Medicina e Odontologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás têm a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver, durante quatro semanas, ações voltadas à atenção básica <strong>de</strong> municípios conveniados (Firminópolis e São Luís<br />

<strong>de</strong> Montes Belos) <strong>de</strong> maneira multiprofissional, através do Estágio Supervisionado em Saú<strong>de</strong> Comunitária, fortalecido, este ano, pelo<br />

projeto do PET-SAÚDE. Ao final do estágio, os acadêmicos <strong>de</strong>vem apresentar aos seus preceptores um caso clínico colhido na comunida<strong>de</strong>,<br />

em uma abordagem multiprofissional. Objetivos: Relatar a experiência da apresentação e discussão <strong>de</strong> caso clínico, com enfoque<br />

multiprofissional, como estratégia <strong>de</strong> avaliação. Métodos: Os estagiários selecionam um caso clínico da comunida<strong>de</strong> acolhida pelo<br />

Estágio Supervisionado e, com orientação dos preceptores, preparam uma apresentação do caso clínico para posterior discussão, com<br />

enfoque multiprofissional. Resultados: As reuniões entre os acadêmicos das três profissões da saú<strong>de</strong> para elaboração da apresentação<br />

10 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

11 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

12 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> caso clínico permitiram a troca não apenas <strong>de</strong> conhecimentos técnicos, mas também <strong>de</strong> experiências e opiniões. Adiscussão posterior<br />

à apresentação <strong>de</strong> caso clínico possibilitou uma reflexão mais profunda sobre o papel <strong>de</strong> cada profissional na equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a situação<br />

atual da saú<strong>de</strong> pública, ampliando uma discussão meramente científica, <strong>de</strong> maneira a abranger questões sociais, éticas e profissionais.<br />

Conclusões: A ativida<strong>de</strong> possibilitou aos estagiários notar a importância do trabalho <strong>de</strong> cada profissão da saú<strong>de</strong> no contexto da<br />

saú<strong>de</strong> pública, bem como as virtu<strong>de</strong>s e vicissitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>las. A proposta configura-se como interessante estratégia <strong>de</strong><br />

avaliação para um estágio comunitário <strong>de</strong> caráter multiprofissional.<br />

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TEMA: ÉTICA<br />

Tratamento sem Sangue: a Ética Médica e o Respeito à Autonomia do Paciente<br />

Rocha, IJ 1<br />

Introdução: a evolução da ciência médica possibilitou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tratamentos e cirurgias sem a utilização <strong>de</strong> sangue, <strong>de</strong><br />

sorte que a transfusão já não é consi<strong>de</strong>rada como a única terapêutica capaz <strong>de</strong> salvar a vida do paciente que <strong>de</strong>la necessite. Objetivo: o presente<br />

trabalho revisa as alternativas médicas à terapia com sangue, trazendo uma discussão sobre os conflitos éticos e legais envolvidos na recusa<br />

ao tratamento médico pelo paciente objetor <strong>de</strong> consciência. Métodos: foram utilizadas fontes jurídicas do direito nacional, internacional e<br />

comparado, sendo elas legislação, doutrina e jurisprudência; e as não jurídicas, compostas, basicamente, <strong>de</strong> estudos sociológicos, históricos,<br />

filosóficos e artigos científicos acessados pelos bancos <strong>de</strong> dados: Periódico CAPES, Lilacs, PubMed, Scielo, Bireme e Medscape. Aabordagem<br />

da questão foi feita à luz da garantia constitucional à liberda<strong>de</strong> individual, respeito à autonomia do paciente e do consentimento informado,<br />

analisando o direito <strong>de</strong> escolha ao tratamento sem sangue. Resultados: a interpretação <strong>de</strong> um texto bíblico é um limite, assim como é também<br />

o ensinamento <strong>de</strong> um livro texto <strong>de</strong> medicina. Asabedoria que <strong>de</strong>ve prevalecer é a que concilia o íntimo do paciente com o argumento científico.<br />

Nisso se insere a terapia sem sangue, que se apresenta como alternativa eficaz e segura. Conclusões: respeitar a autonomia do paciente,<br />

para que ele <strong>de</strong>termine sua conduta diante <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong>s médicas, optando por um ou outro tratamento, <strong>de</strong> acordo com suas mais íntimas<br />

convicções, sejam elas religiosas ou não, é permitir-lhe concretizar sua dignida<strong>de</strong>. Cabe ao indivíduo sopesar os direitos fundamentais “vida”<br />

e “liberda<strong>de</strong> religiosa”, <strong>de</strong>cidindo a qual <strong>de</strong>les irá imputar maior valor. Menosprezar a autonomia, por sua vez, violenta a dignida<strong>de</strong> do paciente,<br />

arrasa sua esfera moral e massacra os direitos do ser humano.<br />

A Ética na Formação Médica: Reflexões sobre Atitu<strong>de</strong>s Acadêmicas no Cenário <strong>de</strong> um<br />

Hospital Escola<br />

Zai<strong>de</strong>n, TCDT 2<br />

Gomes, RO 2<br />

Carvalho, IGM 2<br />

Introdução: Ética significa modo <strong>de</strong> ser ou caráter. Na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, esta tem que estar voltada para a centralida<strong>de</strong> da pessoa<br />

enferma, respeitando sua dignida<strong>de</strong>, reconhecendo seus valores, suas necessida<strong>de</strong>s materiais e seus sentimentos morais e religiosos.<br />

Objetivos: Descrever estratégias pedagógicas ativas utilizadas e discutir casos reais vivenciados em um hospital escola durante a formação<br />

médica com relação à temática da ética. Métodos: Estudo <strong>de</strong>scritivo observacional enfatizando a metodologia problematizadora,<br />

com aplicação das cinco etapas do “Arco <strong>de</strong> Charles Maguerez” (observação da realida<strong>de</strong>, levantamento dos pontos-chave, teorização,<br />

hipóteses <strong>de</strong> soluções e retorno para comunida<strong>de</strong>). Utilizou-se o Caso do Eixo Teórico-prático Integrado como estratégia para integrar<br />

a teoria e a prática. Neste, há a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> casos-problema pelos acadêmicos, seguido da escolha <strong>de</strong> um dos casos pelos docentes,<br />

com posterior discussão do caso por alunos e professores. Aequipe divi<strong>de</strong>-se em pequenos grupos, sendo cada docente responsável<br />

por um; i<strong>de</strong>ntificam-se os eixos norteadores que serão a base para as próximas discussões. A partir daí, os encontros subseqüentes são<br />

<strong>de</strong>dicados à construção do quadro teórico necessário à solução do caso-problema. Foram realizadas oito sessões e discutidos sete<br />

sub-eixos; sendo que o eixo principal foi a conduta <strong>de</strong> acadêmicos <strong>de</strong> medicina no hospital escola (serviço). Resultados: As discussões<br />

resultaram em propostas <strong>de</strong>mocráticas para a <strong>de</strong>volutiva na comunida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>cidiu-se então pela realização <strong>de</strong> um evento <strong>de</strong> integração<br />

entre aca<strong>de</strong>mia (docentes e discentes) e hospital escola. Conclusões: Percebeu-se que diversos fatores contribuíram para a insatisfação<br />

no processo aprendizagem, <strong>de</strong>ntre eles: a escassa fonte bibliográfica sobre a conduta <strong>de</strong> acadêmicos no hospital escola, a falta <strong>de</strong> tempo<br />

do estudante para o aprofundamento <strong>de</strong> temas amplos, as questões estruturais e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> relações interpessoais sólidas.<br />

Entretanto, as discussões foram enriquecedoras, principalmente no sentido <strong>de</strong> permitir a autocrítica, suscitar a reflexão e aprimorar o<br />

autoconhecimento.<br />

1 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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Julgamento Simulado sob o Olhar Discente<br />

Araújo, NA 3<br />

Lírio, M 3<br />

Faria, RA 3<br />

Camurugy, TC 3<br />

Thomazini, LM 3<br />

Neves, NMBC 3<br />

Introdução: O freqüente surgimento <strong>de</strong> questionamentos éticos torna necessário reestruturar o mo<strong>de</strong>lo clássico do ensino da Ética<br />

nas Escolas Médicas, objetivando aprendizado sólido e visão crítica dos graduandos. Neste contexto, o Julgamento Simulado (JS) surge como<br />

recurso metodológico, através do qual se po<strong>de</strong> vivenciar a aplicação do Código <strong>de</strong> Ética Médica. Na Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública<br />

(EBSMP) esta didática é adotada como parte integrante da disciplina Ética Médica e Bioética. Objetivos: Avaliar a opinião dos estudantes<br />

do 2º período da EBMSPsobre o JS como estratégia diferenciada <strong>de</strong> ensino da Ética Médica. Métodos:OJSfoirealizadonoConselhoRegional<br />

<strong>de</strong> Medicina da Bahia (CREMEB) baseado em um processo ético-profissional real, alterando-se datas e nomes para preservar a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

dos envolvidos. Os alunos participaram como conselheiros, <strong>de</strong>nunciados, <strong>de</strong>nunciantes e relatores. Ao final da ativida<strong>de</strong>, os estudantes<br />

foram convidados a avaliá-la através <strong>de</strong> questionário anônimo, semi-estruturado e auto-aplicável. Foram excluídos questionários incompletos.<br />

Resultados: Dos 73 questionários respondidos, 65,8% eram do gênero feminino com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 20,3 anos. 98,6% dos alunos afirmaram<br />

que preferiram o JS em relação a uma aula teórica. Dentre os motivos citados estavam “maior aproximação com a realida<strong>de</strong>”; “envolvimento<br />

maior da turma” e “melhor absorção do conteúdo”. Apenas um aluno preferia aula teórica, afirmando que, <strong>de</strong>sta forma, “mais casos<br />

po<strong>de</strong>riam ser abordados”. Todos os alunos, entretanto, consi<strong>de</strong>raram o JS produtivo. 90,4% dos alunos acreditam ser fundamental a realização<br />

da ativida<strong>de</strong> no CREMEB, citando como motivos “maior veracida<strong>de</strong>”, “promover primeiro contato e familiarização com a instituição” e<br />

“conferir mais serieda<strong>de</strong> ao JS”. Conclusões: Os alunos avaliaram positivamente o JS por torna o conteúdo mais claro, possibilitando o entendimento<br />

do aluno sobre as responsabilida<strong>de</strong>s médicas. Permite ainda discussões plurais, com maior participação dos discentes, o que os torna<br />

sujeitos ativos na construção do aprendizado.<br />

“Por que Quero ser Médico?”<br />

Ramos, GP4 Yamamoto, GYG4 Melo, HL4 Simões, JC4 Tempski,,P4 Introdução: A prática médica foi através da história motivada por diferentes necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sobrevivência, religião, cultura,<br />

solidarieda<strong>de</strong>, e até mesmo por interesses capitalistas. Objetivos: Analisar os principais motivadores que levaram os estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

a escolherem a profissão e as diferenças <strong>de</strong>sta escolha entre os sexos Métodos: Estudo transversal, quantitativo, utilizou um<br />

questionário auto-informe, não i<strong>de</strong>ntificado, elaborado pelos autores, que foi aplicado aos acadêmicos <strong>de</strong> medicina dos dois primeiros<br />

anos do curso. Resultados: Participaram da amostra 178 estudantes, <strong>de</strong> 232 matriculados, com ida<strong>de</strong> variando entre 16 e 29 anos, sendo<br />

87 do sexo masculino e 91 do feminino. Amaioria (45%) afirmou ter o fator vocação como principal motivador para escolha da profissão<br />

médica; seguido pelo altruísmo (24,2%) e questões financeiras (14,5%). Entre os respon<strong>de</strong>ntes 10,1% não souberam apontar seus motivos<br />

. Agran<strong>de</strong> maioria afirma que sua <strong>de</strong>cisão foi tomada principalmente durante infância (27,5%) e adolescência (42,7%) e teve influência<br />

dos pais (29,8%) e parentes (10,1%), 43,3% afirma não ter sofrido influência nenhuma. A mídia teve influência reconhecida na escolha<br />

<strong>de</strong> 5,6% dos estudantes. Acomparação entre os sexos <strong>de</strong>monstra que 52,7% das mulheres não sofreram influência externa enquanto<br />

nos homens somente 33,3%. Os dados <strong>de</strong>monstram que entre os estudantes que assinalaram como <strong>de</strong>terminante o altruísmo 60% eram<br />

do sexo feminino e 40% do masculino. Entre os que optaram pelas motivações financeiras 80% eram do sexo masculino e 20% do feminino.<br />

Conclusões: A vocação ainda é a principal razão que <strong>de</strong>termina a escolha da profissão médica, além <strong>de</strong> fatores como altruísmo e financeiro.<br />

Os homens mostram-se mais estimulados por razões financeiras, enquanto as mulheres pelo altruísmo. Os dados <strong>de</strong>monstram<br />

que os estudantes recebem influência maior por parte <strong>de</strong> parentes e amigos do que pela mídia e que a escolha da profissão médica<br />

acontece cedo nas suas vidas.<br />

3 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

4 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Decisão Médica em Situação <strong>de</strong> Recursos Limitados: Questão Bioética<br />

Vasconcellos, MV 5<br />

Rego, S 5<br />

Introdução: Recursos disponibilizados para financiamento e acesso a assistência são limitados e tornam-se escassos diante da<br />

diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> frentes para investimentos e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indivíduos a aten<strong>de</strong>r. No Brasil escolhas e priorida<strong>de</strong>s na assistência relacionadas<br />

à aplicação individual <strong>de</strong> recursos são responsabilida<strong>de</strong> dos médicos envolvidos no atendimento ao paciente, que têm liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> escolha, o que permite a <strong>de</strong>cisão médica ser baseada em conhecimento técnico, princípios éticos ou valores pessoais. Objetivo:I<strong>de</strong>ntificar<br />

e analisar questões éticas vivenciadas por médicos nas <strong>de</strong>cisões com relação à micro alocação <strong>de</strong> recursos. Método: Realizada revisão<br />

bibliográfica buscando artigos publicados em periódicos in<strong>de</strong>xados em bancos <strong>de</strong> dados através do MEDLINE, SciELO, PubMed<br />

e LILACS. Descritores utilizados: bioética, ética, alocação <strong>de</strong> recursos, dotação <strong>de</strong> recursos para cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão,<br />

emergência e terapia intensiva, para procurar trabalhos clássicos e autores recentes, sobre tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões dos médicos, e seu preparo<br />

na vida acadêmica para enfrentar questões que envolvam ética, economia na saú<strong>de</strong> e justiça. Resultados: Médicos, responsáveis por<br />

essas <strong>de</strong>cisões não têm preparo específico para estes enfrentamentos durante a vida acadêmica, o que gera ansieda<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong> no<br />

profissional que busca amparo em critérios técnicos ou econômicos para fundamentar sua <strong>de</strong>cisão, sem justificativas através <strong>de</strong> análise<br />

ética. Conclusões: Aquestão <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> e como <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser tema <strong>de</strong> discussão e reflexão nas escolas médicas. Médicos não são<br />

preparados para administrar recursos e pensar em termos <strong>de</strong> escassez e a influencia <strong>de</strong> restrições a sua prática profissional. Anecessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> escolher pessoas leva à reflexão ética para fundamentar <strong>de</strong>cisões. A formação em Bioética <strong>de</strong>ve possibilitar discutir processos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisões médicas mais eficientes e justos, na busca <strong>de</strong> melhores critérios <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> recursos e ter como um <strong>de</strong> seus objetivos<br />

<strong>de</strong>senvolverem sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões baseadas no raciocínio crítico e na ética.<br />

O Aprendizado da Relação Médico-Paciente e a Bioética do Cotidiano<br />

Brito, RCG 6<br />

Fi<strong>de</strong>lis, SMB 6<br />

Oliveira, RT 6<br />

Carvalho, LN 6<br />

Neves, SLS 6<br />

Nehmy, RMQ 6<br />

Introdução: Diretrizes curriculares para a educação médica incluem a adoção <strong>de</strong> metodologias ativas <strong>de</strong> ensino-aprendizagem<br />

e formação geral, crítica e humanista. Em relação ao aprendizado <strong>de</strong> princípios bioéticos, há dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> abordá-los aplicados a situações<br />

práticas. Objetivo: Introduzir iniciantes do curso na reflexão sobre as sutilezas da relação médico-paciente com referência na literatura<br />

sobre interação social e princípios bioéticos <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong>, confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong>, respeito ao pudor e autonomia do paciente, através<br />

da observação <strong>de</strong> consultas conduzidas por colegas-veteranos. Metodo: Estudantes-iniciantes são distribuídos pelos consultórios e<br />

participam como observadores das consultas durante um período do dia, seguindo roteiro baseado na analogia sociológica da encenação<br />

teatral, na qual diferentes participantes são vistos como atores que representam papéis sociais. Resultado: No ambulatório, calouros<br />

<strong>de</strong> jaleco branco, vivenciam situações <strong>de</strong>monstrativas da autorida<strong>de</strong> social do médico, somente pelo uso da indumentária, quando<br />

notam receber “mais respeito das pessoas”. Determinados acontecimentos <strong>de</strong>spertam a atenção <strong>de</strong>sses observadores, como: estudante-veterano<br />

<strong>de</strong>tendo seu olhar no roteiro <strong>de</strong> anamnese, raramente dirigindo-o ao paciente ou ao acompanhante; estudantes em constante<br />

trânsito pela sala, perturbando a interação social; ânsia dos calouros para experimentar técnicas <strong>de</strong> ausculta ou <strong>de</strong> exame do ouvido<br />

no paciente e o respeito dos veteranos pelo pudor do adolescente no exame físico. Conclusão: Conclui-se que a estratégia utilizada<br />

sensibiliza estudantes-iniciantes a não repetir <strong>de</strong>svios observados pelos colegas e os predispõem a valorizar a sociabilida<strong>de</strong> da relação<br />

humana e o respeito aos princípios bioéticos. Apesar <strong>de</strong> seu impacto, a iniciativa prática-reflexiva se mantém como experiência isolada<br />

sem abarcar todos os alunos e sem retomada durante o curso.<br />

5 Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública Sergio Arouca, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Discussão Opcional <strong>de</strong> Temas <strong>de</strong> Ética em uma Disciplina <strong>de</strong> Ginecologia e Obstetrícia<br />

Barbosa, HF 7<br />

Cavalli, RC 7<br />

Duarte, G 7<br />

Reis, FJC 7<br />

Introdução: O contato do estudante <strong>de</strong> medicina com uma situação real <strong>de</strong> assistência po<strong>de</strong> vir recheada <strong>de</strong> conflitos éticos que<br />

exigirão do estudante capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reflexão, alicerçada no conhecimento dos princípios bioéticos e da legislação pertinente à ativida<strong>de</strong><br />

médica. O estudante do quarto curso <strong>de</strong> medicina da FMRP-USP tem a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciar, <strong>de</strong> forma mais intensiva, o atendimento<br />

<strong>de</strong> mulheres com queixas ginecológicas e obstétricas. Objetivos: Relatar a experiência <strong>de</strong> discutir aspectos éticos do atendimento<br />

à paciente ginecológica e obstétrica pelo estudante do quarto ano <strong>de</strong> medicina, em no âmbito do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS).<br />

Métodos: Os estudantes do quarto ano médico da disciplina <strong>de</strong> Ginecologia da FMRP-USP foram divididos em 3 turmas (33-35 estudantes<br />

por turma), e convidados a participar <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> opcional, com a tutoria <strong>de</strong> três docentes e um médico assistente, e duração<br />

<strong>de</strong> duas horas. Após breves consi<strong>de</strong>rações, exemplos <strong>de</strong> situações práticas foram apresentados aos estudantes, que foram estimulados<br />

a emitirem suas opiniões, com a mo<strong>de</strong>ração dos tutores. Os temas abordados incluíram relação médico-paciente, aspectos éticos do<br />

exame ginecológico, sigilo médico, direitos do paciente usuário do SUS e responsabilida<strong>de</strong> do estudante <strong>de</strong> medicina.<br />

Resultados: Houve um comparecimento expressivo à ativida<strong>de</strong>, apesar <strong>de</strong> não obrigatória; os estudantes participaram ativamente da<br />

discussão, <strong>de</strong>monstrando, no mais das vezes, resolverem conflitos éticos utilizando predominantemente o senso comum, em <strong>de</strong>trimento<br />

dos princípios bioéticos e da legislação pertinente.<br />

Conclusão: Nesta experiência o estudante do quarto ano médico se mostrou bastante interessado em discutir aspectos éticos <strong>de</strong><br />

situações prováveis <strong>de</strong> serem enfrentadas por ele no cotidiano <strong>de</strong> seu aprendizado. Entretanto, um grupo <strong>de</strong> no máximo 10 estudantes<br />

tornaria a discussão mais proveitosa, com a participação mais efetiva dos mesmos.<br />

Bioética e Cinema: a Arte e a Ética em Movimento na Formação do Docente<br />

Siqueira-Batista, R 8<br />

Gomes, AP 9<br />

Arcuri, MB 9<br />

Introdução: Autilização da arte no “ensino” <strong>de</strong> (bio)ética tem se tornado extremamente relevante no atual cenário da educação<br />

médica, reconhecendo-se sua aplicabilida<strong>de</strong> na formação discente e docente. Ganha <strong>de</strong>staque, neste âmbito, o emprego do cinema, estratégia<br />

que permite a formulação <strong>de</strong> reflexões acerca da atuação ética em medicina, compreen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a relação médico-paciente<br />

até temas como a moralida<strong>de</strong> das pesquisas envolvendo seres humanos e da relação homem-ambiente. Objetivos: Apresentar relato <strong>de</strong><br />

experiência <strong>de</strong> utilização do cinema em oficinas <strong>de</strong> educação continuada do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina do UNIFESO, sobre temas<br />

<strong>de</strong> bioética. Métodos: Foram realizadas quatro oficinas – com dois encontros cada –, as quais contaram com a participação <strong>de</strong> 15 a<br />

20 docentes por oficina. Na primeira houve a apresentação <strong>de</strong> um filme com abordagem afim à bioética: (1) Cobaias, (2) Invasões Bárbaras,<br />

(3) Mar a<strong>de</strong>ntro e (4) O Segredo <strong>de</strong> Vera Drake. Na segunda, o grupo foi dividido aleatoriamente em três subgrupos – acusadores,<br />

<strong>de</strong>fensores e juízes – para realização <strong>de</strong> um júri simulado, acerca das questões éticas <strong>de</strong> cada filme. Resultados: Houve gran<strong>de</strong> a<strong>de</strong>são<br />

dos docentes à proposta. Apercepção dos organizadores das oficinas – os quais assinam o presente trabalho –, durante a avaliação realizada<br />

ao final das mesmas, foi bastante positiva: a ativida<strong>de</strong> foi consi<strong>de</strong>rada agradável e capaz <strong>de</strong> permitir a reflexão e a teorização necessárias<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento da competência <strong>de</strong> julgamento em bioética. Os docentes enfatizaram a importância das oficinas e o impacto<br />

favorável na própria atuação, nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas com os estudantes. Mudanças com relação à extensão da ativida<strong>de</strong><br />

foram sugeridas. Conclusões: A utilização do cinema – em associação à estratégia do júri simulado – como método dirigido ao<br />

aprimoramento da “formação” dos docentes para o <strong>de</strong>bate bioético mostrou-se eficaz, permitindo o efetivo estudo e aprofundamento<br />

dos conceitos teóricos pertinentes.<br />

7 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

8 Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ, Brasil; Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação, Ciência e Tecnologia do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Nilópolis, RJ, Brasil.<br />

9 Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TRABALHOS POSTERES<br />

TEMA: CURRÍCULO E METODOLOGIAS DE ENSINO<br />

Uma Perspectiva para o Ensino <strong>de</strong> Metodologia Científica<br />

Carabetta Júnior, V 1<br />

Introdução: A análise curricular das escolas médicas <strong>de</strong>monstra que a disciplina Metodologia Científica geralmente aparece<br />

nas séries iniciais, tendo, em linhas gerais, o objetivo <strong>de</strong> ensinar os procedimentos necessários à pesquisa científica <strong>de</strong>senvolvendo nos<br />

alunos a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> selecionar informações e fundamentar o pensamento baseado no raciocínio lógico em um contexto teórico metodológico<br />

condizente ao rigor científico. No entanto, sabemos que este objetivo não po<strong>de</strong> ser pretendido em um único momento da escolarida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>vendo subsidiar todo o curso por meio <strong>de</strong> uma prática educativa que estabeleça uma nova relação entre professor-conhecimento-aluno,<br />

<strong>de</strong>spertando nos alunos a curiosida<strong>de</strong>, o interesse, a reflexão, o questionamento e a dialogia para atribuir significado ao<br />

que está apren<strong>de</strong>ndo. Há que se consi<strong>de</strong>rar, também, que essa nova relação precisa agregar diferentes disciplinas que, num processo interativo,<br />

possibilitem a ampliação e interrelação <strong>de</strong> conhecimentos. Objetivo: Tornar o ensino <strong>de</strong> Metodologia Científica significativo,<br />

interrelacionado com outras áreas do conhecimento para a elaboração <strong>de</strong> projetos e trabalhos <strong>de</strong> pesquisas condizentes às necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da realida<strong>de</strong> local. Método: Por meio <strong>de</strong> uma pedagogia <strong>de</strong> tendência progressista libertadora - <strong>de</strong> inspiração freiriana - na integração<br />

das disciplinas <strong>de</strong> Metodologia Científica e Saú<strong>de</strong> Pública, professores e alunos, mediatizados pela problematização <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

da região, elencam os conteúdos para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos e trabalhos <strong>de</strong> pesquisa com o intuito <strong>de</strong> resolver ou amenizar os<br />

principais problemas encontrados. Neste contexto, outras disciplinas comparecem para análise e interpretação dos casos estudados.<br />

Resultado: A prática pedagógica adotada tem produzido projetos e trabalhos voltados para a assistência e controle dos principais<br />

problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da região. Conclusão: Pela metodologia problematizadora, a integração <strong>de</strong> Metodologia Científica com Saú<strong>de</strong><br />

Pública vem permitindo que os alunos cheguem a um nível mais crítico <strong>de</strong> conhecimento dos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> local, bem como<br />

garantindo uma interferência positiva sobre eles.<br />

Pensando com Hannah Arendt num Curso <strong>de</strong> Medicina: Relato <strong>de</strong> Experiência.<br />

Nascimento, HAS 2<br />

Introdução: Trata-se <strong>de</strong> um relato <strong>de</strong> experiência acerca da inserção da proposta teórica <strong>de</strong> Hannah Arendt, na disciplina <strong>de</strong> Bioética.<br />

Objetivo: Apresentar alguns dos resultados da inserção do arcabouço teórico <strong>de</strong> Arendt no curso <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> uma faculda<strong>de</strong><br />

particular, em Vitória/ES. Métodos: Aulas expositivas/dialogadas e análise <strong>de</strong> filmes (O julgamento <strong>de</strong> Nuremberg e Miss Ever’s<br />

Boys) e situações vivenciadas no cotidiano, a partir <strong>de</strong> conceitos centrais <strong>de</strong> Arendt: banalida<strong>de</strong> do mal, dignida<strong>de</strong> humana, o pensar e o<br />

julgar. Resultados: A receptivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa proposta teórica é ambígua, pois os alunos estranham, mas percebem a importância <strong>de</strong>sse<br />

mo<strong>de</strong>lo teórico à sua formação. As ligações com casos do cotidiano ajudam na aceitação <strong>de</strong>sse pensamento por parte dos alunos. Valoriza-se<br />

a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> situações do dia a dia médico e que <strong>de</strong>safiam a capacida<strong>de</strong> do profissional em dar respostas que levem em conta a<br />

dimensão ética do fazer médico. Como suporte para a reflexão bioética, <strong>de</strong>staca-se a importância do ‘pensar’ nesse esquema teórico. O<br />

‘pensar’, nos termos arendtianos, assume gran<strong>de</strong> importância no contexto das transformações tecnológicas verificadas na medicina.<br />

Para além do ‘conhecer’ – que se limita a acumular conteúdos e informações – o ‘pensar’ busca o significado dos eventos em suas dimensões<br />

gerais, <strong>de</strong>sconstruindo i<strong>de</strong>ias e certezas. Cabe ao ‘pensar’ apontar novas possibilida<strong>de</strong>s e alternativas para a ação humana,<br />

com vistas à construção <strong>de</strong> uma or<strong>de</strong>m social fundada sobre bases humanísticas, e comprometida com a manutenção da vida em todas<br />

as suas formas. Assim <strong>de</strong>finido, ele funciona como um antídoto para o ‘mal’, evitando que os seres humanos se transformem em ‘máquinas<br />

falantes’ que agem <strong>de</strong> forma mecânica e por meio <strong>de</strong> clichês. Conclusão: Tal concepção serve <strong>de</strong> baliza para as ações <strong>de</strong><br />

humanização da saú<strong>de</strong>, centradas no resgate da palavra e na singularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sofredores e curadores no processo terapêutico.<br />

1 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santo Amaro, São Paulo, SP, Brasil<br />

2 UNIVIX – Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Implementação <strong>de</strong> um novo Currículo do Curso <strong>de</strong> Medicina do UNIFOA sob a Ótica do<br />

Aluno<br />

Sodré, CL 3<br />

Silva, CM 3<br />

Almeida, CAP 3<br />

Introdução: a instituição <strong>de</strong> diretrizes curriculares no Brasil incentivou mudanças no currículo dos cursos superiores da área <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>. Estes passaram a buscar uma formação voltada para as diversas instâncias do sistema único <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (SUS). Dessa forma, a graduação<br />

atual tem como objetivo formar um profissional capaz <strong>de</strong> promover a saú<strong>de</strong> integral do ser humano. Neste contexto, o Centro<br />

Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda (UniFOA) está tentando mo<strong>de</strong>rnizar seu currículo do curso <strong>de</strong> Medicina. Enquadrando, portanto, nas<br />

necessida<strong>de</strong>s atuais para a preparação do profissional da área médica. Objetivo: mostrar a visão do aluno acerca da implantação <strong>de</strong> um<br />

novo currículo do curso <strong>de</strong> Medicina do UniFOA e verificar o grau <strong>de</strong> conhecimento na atual realida<strong>de</strong> das reformas curriculares. Método:<br />

a análise foi processada através <strong>de</strong> questionários aplicados a 189 alunos que cursam 3º e 4º períodos sendo 93 alunos da gra<strong>de</strong> curricular<br />

antiga e 96 da gra<strong>de</strong> nova. O instrumento <strong>de</strong> pesquisa foi aprovado pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa em Seres Humanos<br />

(CoEPS) da instituição pelo parecer nº 165/07, no dia 23 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2007. Resultados: a maioria dos alunos da nova gra<strong>de</strong> (52) disse<br />

estar satisfeita com a mudança da matriz curricular. Dos 189 alunos, 152 acharam importante o aprendizado do prontuário eletrônico<br />

e 96 aprovaram a inserção <strong>de</strong> Inglês Técnico, embora muitos (47) revelaram que já tinham conhecimento suficiente; 138 não souberam<br />

<strong>de</strong>finir gestão em saú<strong>de</strong>. Os alunos da nova gra<strong>de</strong> se sentem mais seguros em aferir a pressão arterial <strong>de</strong> um paciente, entretanto apenas<br />

9 sabiam a rotina pré operatória contrapondo-se a 80 da gra<strong>de</strong> antiga. Conclusão: este estudo marca as alterações trazidas pela inserção<br />

ou alteração <strong>de</strong> matérias e contribui para o processo <strong>de</strong> validação da nova proposta institucional<br />

Integração Disciplinar: Estratégias para Fortalecer um Processo Integrativo<br />

Aleluia, IMB 4<br />

Menezes, M 4<br />

Lima, ML 4<br />

Introdução: Aintegração do conhecimento é <strong>de</strong> fundamental importância na formação do futuro médico, <strong>de</strong>sta forma, a utilização<br />

<strong>de</strong> técnicas que facilitem este processo para os professores e estudantes, ganha importância e se impõe como necessida<strong>de</strong>. No intuito<br />

<strong>de</strong> aprofundar a integração disciplinar entre a Semiologia II e a Farmacologia no sexto semestre do curso <strong>de</strong> Medicina, foi estimulado<br />

o envolvimento efetivo dos professores <strong>de</strong> farmacologia no processo <strong>de</strong> integração disciplinar, além do uso do ambiente virtual, com a<br />

Plataforma Moodle, favorecendo a participação docente-discente na discussão <strong>de</strong> casos clínicos, aumentando a profundida<strong>de</strong> do conhecimento<br />

do estudante. Objetivos: Aprofundar a integração da farmacologia com a semiologia II, a fim <strong>de</strong> que as bases terapêuticas<br />

clínicas sejam alcançadas e sedimentadas pelos estudantes. Estimular a discussão interdisciplinar, além <strong>de</strong> favorecer a avaliação e a interação<br />

docente-discente. Métodos: Reuniões com os professores <strong>de</strong> ambas disciplinas para construção conjunta dos casos clínicos a serem<br />

utilizados na plataforma moodle pelos discentes, bem como das provas , para melhor avaliação do <strong>de</strong>senvolvimento dos estudantes.<br />

Aplicado um questionário <strong>de</strong> satisfação nos alunos. Resultados: Todos os casos foram revisados, com participação efetiva dos professores,<br />

em quatro reuniões. Todas as avaliações foram preparadas em conjunto com os professores das duas disciplinas, conforme a<br />

previsão inicial. 94 alunos respon<strong>de</strong>ram ao questionário; apenas 14,9% discordou que o ambiente virtual facilitou a integração disciplinar<br />

e 7,4% discordou que a discussão virtual contribuiu para seu crescimento acadêmico. Conclusão: O trabalho conjunto dos professores<br />

gerou maior integração disciplinar, com produção e discussão ampla do material utilizado na plataforma moodle e nas avaliações<br />

realizadas. Isto enriqueceu e sedimentou o envolvimento dos professores <strong>de</strong> farmacologia na integração disciplinar, fazendo com que o<br />

objetivo proposto fosse alcançado. Os alunos, na maioria, concordaram que houve ganho com o processo.<br />

3 Centro Univeristário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil.<br />

4 scola Bahiana <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, Bahia, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Desenvolvimento <strong>de</strong> Protótipo Destinado a Aprendizagem, Treinamento e Avaliação das<br />

Habilidaes em Ví<strong>de</strong>o-Cirúrgica<br />

Souza, MCT 5<br />

Caldi, CC 5<br />

Martins, CA 5<br />

Men<strong>de</strong>s, L 5<br />

Ferreira, MB 5<br />

Marinho, FL 5<br />

Introdução: Atualmente o uso <strong>de</strong> animais <strong>de</strong>stinados ao treinamento acadêmico tem sofrido profundas. Métodos alternativos<br />

ao ensino da técnica cirúrgica/habilida<strong>de</strong>s médicas tem se mostrados necessários. Assim buscamos <strong>de</strong>senvolver um protótipo que permita<br />

não só a aprendizagem, como também o treinamento e a avaliação do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s em ví<strong>de</strong>o-cirurgia. Metodologia:<br />

O presente trabalho foi realizado no UniFOA. O mo<strong>de</strong>lo foi composto utilizando uma placa <strong>de</strong> alumínio jateado <strong>de</strong> 50x35 cm,<br />

apoiada sobre quatro pés <strong>de</strong> metal e fixada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um manequim ôco, cujas pare<strong>de</strong>s são <strong>de</strong> fibra <strong>de</strong> vidro. Sobre a placa foram criados<br />

6 cenários: Cenário A: um parafuso em forma <strong>de</strong> gancho fixado. Cenário B: artefato <strong>de</strong> alumínio composto por 3 hastes com 15 cm <strong>de</strong><br />

comprimento cada uma; em suas extremida<strong>de</strong>s superiores as mesmas se unem a um círculo <strong>de</strong> alumínio <strong>de</strong> forma a simulares um cilindro.Cenário<br />

C: Duas peças <strong>de</strong> alumínio <strong>de</strong> forma que fiquem eqüidistantes 15 cm uma da outra. Estas placas possuem 5 orifícios em<br />

cada uma. Cenário D: um orifício com 10 cm <strong>de</strong> diâmetro foi feito na superfície da placa. Cenário D: Quatro pequenos orifícios serão realizados<br />

na superfície da placa, dispostos a formar um retângulo <strong>de</strong> 15x10 cm. Cenário E: Quatro hastes flexíveis foram fixadas em sua<br />

extremida<strong>de</strong> inferior na placa, e em suas extremida<strong>de</strong>s superiores serão fixados um garra-jacaré em cada uma. Na pare<strong>de</strong> anterior do<br />

manequim (simulando a pare<strong>de</strong> anterior do abdome)foram ealizados cinco orifícios, para simular os pontos <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> trocarteres,<br />

e micro-câmera, em ví<strong>de</strong>o-cirurgia. Resultados: todos os alunos que se submeram à avaliação/validação <strong>de</strong>sta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino-aprendizagem<br />

relataram como excelente oportunida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s em ví<strong>de</strong>o-cirurgia. Conclusão:Como<br />

ferramenta pedagógica inovadora no ensino-aprendizagem das habilida<strong>de</strong>s em ví<strong>de</strong>io-cirurgia no UniFOA, esta se mostrou eficaz no<br />

ensino dos princípios básicos da ví<strong>de</strong>o-cirurgia.<br />

A Utilização <strong>de</strong> Portfolios Coletivos como Estratégia Inovadora <strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem<br />

em Curriculos Tradicionais: Viabilizando Diálogos entre Velhos e Novos Paradigmas<br />

Cotta, RMM 6<br />

Silva, LS 6<br />

Lopes, LL 6<br />

Gomes, KO 6<br />

Mitre-Cotta, F 7<br />

Lugarinho, R 8<br />

Introdução: O cenário atual exige a formação <strong>de</strong> profissionais crítico-reflexivos e com capacida<strong>de</strong> para trabalhar em equipes; o<br />

que requer novas metodologias <strong>de</strong> ensino-aprendizagem que permitam ao discente à apropriação crítica do conhecimento, na perspectiva<br />

dialógica e interdisciplinar, tendo na problematização um instrumento <strong>de</strong> transformação. Objetivo: apresentar o relato <strong>de</strong> uma experiência<br />

inovadora utilizando a construção <strong>de</strong> portfólios coletivos como instrumento <strong>de</strong> aprendizagem e mudança <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s na formação<br />

<strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> graduação, em um contexto <strong>de</strong> estrutura curricular tradicional e por disciplinas. Metodos: Estudo exploratório<br />

<strong>de</strong>scritivo, com abordagem quali-quatitativa, fundamentado na análise dos portfólios (n= 9) construídos pelos acadêmicos da disciplina<br />

<strong>de</strong> Políticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da UFV, e complementado por grupos focais e aplicação <strong>de</strong> questionário aberto aos alunos que cursaram a referida<br />

disciplina (n=58), <strong>de</strong>stacando-se a apreensão e percepção dos discentes sobre o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Resultados:<br />

5 Centro Univeristário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa, Viçosa, RJ, Brasil.<br />

7 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Barbacena, Barbacena, MG, Brasil.<br />

8 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

200<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


57,1% dos alunos avaliaram positivamente a experiência <strong>de</strong> utilização do portfólio como instrumento <strong>de</strong> avaliação e aprendizagem, enquanto<br />

41,1% apontaram pontos negativos. O exercício da negociação e pactuação, na divisão <strong>de</strong> tarefas e seleção do material que comporia<br />

os portfolios, foram citados como estratégias <strong>de</strong> superação das dificulda<strong>de</strong>s. A associação do portfólio com o trabalho em equipe<br />

foi retratada pela oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração, vínculo e amiza<strong>de</strong> entre os membros do grupo, o que aponta para uma atitu<strong>de</strong> favorável<br />

ao novo processo <strong>de</strong> aprendizagem. A visão do portfólio enquanto espaço concedido para a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão -“os aSUStados”;<br />

“as DEScentralizadas”, “InterAGIR”, “SUStentação”, ResSUScitando” - foi relacionada à oportunida<strong>de</strong> dos alunos participarem ativamente<br />

do processo ensino-aprendizagem. Conclusões: A utilização <strong>de</strong> portfólios coletivos mobilizou nos discentes o pensamento<br />

crítico-reflexivo sobre a política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> brasileira - o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> -, valorizando o trabalho em equipe e a busca ativa na<br />

construção do conhecimento, <strong>de</strong>stacando-se os exercícios da alterida<strong>de</strong>, resiliência e empo<strong>de</strong>ramento.<br />

Estimulando Criativida<strong>de</strong>: Nossas Descobertas em Enfermarias <strong>de</strong><br />

Ensino-Cra/HMNSE-FMP<br />

Ezequiel, MCDG9 Barillo,SFAL9 Fontes, IS9 Mendonça, JAH9 Pereira, LCA9 Sobrinho, HS9 Introdução: Em busca <strong>de</strong> estímulos para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> senso crítico, reflexão, criativida<strong>de</strong>, interesse médico, percepção<br />

semiológica mais aguçada, raciocínio clínico, trabalho em equipe, <strong>de</strong>senvolvemos uma ativida<strong>de</strong> prática à beira do leito. Nela estudantes<br />

além da anamnese e exame físico, acompanham pacientes, discutem em pequenos grupos, no máximo seis para cada caso, tiram fotos<br />

<strong>de</strong> acontecimentos e achados <strong>de</strong> exame físico e ou exames complementares e organizam-nos sistematizando-os com pequenas legendas<br />

explicativas em CD. Nessa ativida<strong>de</strong> os estudantes divi<strong>de</strong>m tarefas, assumem e trocam <strong>de</strong> papéis, treinam li<strong>de</strong>rança, a escuta e o<br />

respeito ao colega, além da busca ativa pela construção do conhecimento.Objetivo: Desenvolver em estudantes do 4º ano <strong>de</strong> medicina o<br />

interesse semiotécnico, o raciocínio clínico, com compromisso e responsabilida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> criativa, que une teoria e prática<br />

em enfermarias <strong>de</strong> ensino. Método: Essa ativida<strong>de</strong> vem sendo <strong>de</strong>senvolvida no Centro <strong>de</strong> Recuperação <strong>de</strong> Adultos (CRA-HMNSE)<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, <strong>de</strong> forma crescente. Não é obrigatória e estudantes que tiverem interesse em <strong>de</strong>senvolvê-la procuram seus instrutores, formam<br />

seu grupo e executam as tarefas supervisionados até a construção <strong>de</strong> CD. Eles participam ativamente da elaboração dos casos <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o primeiro dia <strong>de</strong> aula, com críticas e reflexões, fazem escolhas, exercitam li<strong>de</strong>rança.Utilizamos a problematização como metodologia<br />

ativa do processo ensino-aprendizagem Resultados: De fevereiro a agosto <strong>de</strong> 2008 passaram pelo CRA 87 estudantes e <strong>de</strong>sses 61<br />

(70,11%) participaram ativamente do processo. Construímos CD com 90 sli<strong>de</strong>s, 50 fotos, 31 casos. Consi<strong>de</strong>rações finais: Essa ativida<strong>de</strong><br />

é <strong>de</strong> simples execução, estimulante, incentiva à busca ativa pelo conhecimento, é centrada no estudante, no seu interesse, na sua<br />

responsabilida<strong>de</strong> com ele próprio, com os pacientes, seus colegas e com seus professores. Respon<strong>de</strong> às Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais do Curso <strong>de</strong> Medicina, (2001) estimulando, também, o interesse nos estudantes pela iniciação científica.<br />

Criação <strong>de</strong> Recursos Didáticos para o Ensino Ativo <strong>de</strong> Termos Científicos<br />

Figueiredo, LT 10<br />

Barreto, CMB 10<br />

Introdução: A construção do saber <strong>de</strong>ve ocorrer <strong>de</strong> forma ativa, através <strong>de</strong> práticas pedagógicas que exijam raciocínio crítico e<br />

lógico. Aliada a essa premissa, para haver aprendizado <strong>de</strong> novos conhecimentos é necessária a compreensão da linguagem científica.<br />

Objetivos: Criar recurso pedagógico, lúdico, que auxilie no aprendizado ativo <strong>de</strong> termos científicos e promova interativida<strong>de</strong> e cooperação<br />

entre os estudantes. Métodos: I<strong>de</strong>alização e elaboração <strong>de</strong> um jogo, com cartas, sobre assunto <strong>de</strong> relevância científica no campo da<br />

9 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

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iotecnologia - produção <strong>de</strong> anticorpos in vitro. Alinguagem usada para a conceituação dos termos técnicos, incomuns ao repertório do<br />

aluno, foi cuidadosamente selecionada. O jogo contém 10 pares (20 peças) <strong>de</strong> cartas, não idênticos. Numa peça encontra-se um termo científico<br />

e a sua representação gráfica, enquanto que na peça complementar encontra-se o respectivo conceito. Para jogar, divi<strong>de</strong>-se a turma<br />

em dois grupos. Acada jogada, qualquer componente do grupo <strong>de</strong>verá se manifestar para discutir, comparar ou refletir sobre o conceito<br />

da carta escolhida. O primeiro grupo seleciona duas peças. Caso forme o par correto, tem direito à nova jogada, caso contrário é<br />

passada a vez ao outro grupo. O jogo foi aplicado a um total <strong>de</strong> 80 alunos em quatro turmas dos cursos <strong>de</strong> medicina e farmácia. Resultados:<br />

Durante o jogo houve intensa troca <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> forma organizada e cooperativa entre os alunos. A análise das respostas dadas ao<br />

questionário <strong>de</strong> avaliação da ativida<strong>de</strong> com o jogo indicou resultado positivo. Todos os alunos atribuíram nota 10 aos aspectos: incentivo<br />

à construção <strong>de</strong> conceitos em grupo e linguagem utilizada acessível. Tendo 80% dos alunos atribuído nota 10 ao aspecto: interesse e<br />

participação da turma. Conclusões:Ousopedagógicodojogo<strong>de</strong>senvolvidopromoveualcance dos objetivos educacionais propostos,<br />

além <strong>de</strong> agradar aos alunos. Portanto, consi<strong>de</strong>ramos uma ferramenta a<strong>de</strong>quada e eficiente para o ensino ativo.<br />

Treinamento Teórico-Prático <strong>de</strong> Procedimentos Cirúrgicos <strong>de</strong> Emergência<br />

Segóvia, AB 11<br />

Ferreira, RAI 12<br />

Introdução: A formação acadêmica do médico ocorre através <strong>de</strong> conhecimentos teóricos e práticos. É evi<strong>de</strong>nte a busca do acadêmico<br />

pela participação em setores <strong>de</strong> emergência hospitalar como parte do seu treinamento prático. A disciplina <strong>de</strong> Cirurgia Geral,<br />

na faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, inicia-se no 7º período, sendo ministrada através <strong>de</strong> aulas teóricas, aliadas<br />

ao acompanhamento prático no Hospital Universitário Antônio Pedro. Aproximadamente nesse período os acadêmicos iniciam o<br />

contato com as emergências hospitalares, e apresentam muitas inseguranças e receios provindos em gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>fasagem<br />

teórica da prática vivenciada. Objetivo: Oferecer treinamento para suporte teórico-prático mínimo relacionado a procedimentos cirúrgicos<br />

<strong>de</strong> emergência visando aprimorar a formação acadêmica e minimizar os seus anseios. Métodos: Produção <strong>de</strong> material <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o<br />

realizada em emergências hospitalares sobre a abordagem técnica e materiais utilizados <strong>de</strong> procedimentos cirúrgicos básicos <strong>de</strong> emergência.<br />

Exposição <strong>de</strong>sse material sob forma <strong>de</strong> aulas práticas supervisionadas, concomitante à discussão teórica, dadas durante o curso<br />

<strong>de</strong> cirurgia geral pelo monitor da disciplina. Levar ao contato do aluno os materiais necessários para tais procedimentos e permitir<br />

,quando possível, o treinamento em manequins e objetos especiais. Resultado: As aulas foram ministradas com duração <strong>de</strong> uma hora,<br />

havendo extrema interação entre alunos e monitor proporcionando aprendizado a ambos.Aexposição dos ví<strong>de</strong>os e o contato com o material<br />

contribuiu <strong>de</strong> forma prática para minimizar a insegurança do aluno, embasar o seu discernimento e ajudar na conquista do seu espaço<br />

quando <strong>de</strong>parado com situações reais nas emergências hospitalares. Conclusão: O treinamento do acadêmico <strong>de</strong> medicina no<br />

setor <strong>de</strong> cirurgia em emergência hospitalar ocorre com maior estímulo e segurança quando há um contato prévio do mesmo com a<br />

abordagem teórico- prática dos procedimentos cirúrgicos <strong>de</strong> emergência, sendo importante, portanto, a atuação da faculda<strong>de</strong> visando<br />

garantir o aprimoramento e a confiança do aluno em treinamento.<br />

Ensino Transversal das Bases Humanísticas no Curso <strong>de</strong> Medicina do UNIFOA<br />

Fonseca, WLMS 13<br />

Barreto, MAM 13<br />

Introdução: como docentes do curso <strong>de</strong> Medicina, vimos notando que o curso exige nova abordagem <strong>de</strong> ensino, como muitas<br />

escolas vêm empreen<strong>de</strong>ndo. Antecipando uma reforma curricular no Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda – UniFOA que implantará<br />

um mo<strong>de</strong>lo estruturado em módulos, em substituição ao atual, dividido em ciclos, <strong>de</strong>partamentos e disciplinas, realizamos uma pesquisa<br />

exploratória das bases humanísticas, com alunos <strong>de</strong> internato, que também serviu <strong>de</strong> subsídio para dissertação <strong>de</strong> mestrado <strong>de</strong><br />

um dos autores. Objetivos: <strong>de</strong>monstrar que o ensino transversal da ética e das bases humanísticas da medicina é insatisfatório num<br />

11 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

12 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil; Hospital dos Servidores do Estado, Divisão <strong>de</strong> Ensino e pesquisa, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

13 Centro Univeristário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil.<br />

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currículo médico tradicional, fragmentado e compartimentalizado pelas disciplinas. Apresentar, como alternativa, o ensino integrado e<br />

transversal das bases humanísticas. Método: foi aplicado um questionário semi estruturado, com questões abertas e fechadas a oito alunos<br />

do curso <strong>de</strong> medicina do Unifoa, que estavam cursando o Internato e que tinham estudado os oito primeiros períodos no Curso <strong>de</strong><br />

Medicina <strong>de</strong>sta Instituição. O questionário foi submetido e aprovado pelo Comitê <strong>de</strong> Ética. Resultados: <strong>de</strong>monstrou-se a ina<strong>de</strong>quação<br />

do ensino da ética e das bases humanísticas num currículo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo flexneriano, o que ficou caracterizado, principalmente, pela incapacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> respostas refletidas aos quesitos abertos. Conclusões: mostra-se fundamental a criação <strong>de</strong> um eixo transdisciplinar, que se<br />

estenda do primeiro ao último semestre e integre os conhecimentos técnicos e científicos com os saberes éticos e humanísticos, através<br />

da vivência <strong>de</strong> situações problemas e a exposição a situações reais.<br />

Consi<strong>de</strong>rações Acerca do Ensino da Anatomia Humana na Segunda Meta<strong>de</strong> do Século<br />

XIX: Relatório Sabóia<br />

Tavano, PT 14<br />

Almeida, MI 15<br />

Introdução: nos anos 1800 o ensino médico no Brasil, e por conseqüência da anatomia humana dada a proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes, passapordoisperíodos<strong>de</strong>influência<strong>de</strong>teoriasepráticas<strong>de</strong>ensino:inicialmente<br />

o mo<strong>de</strong>lo francês, anatomoclínico, e, ao final do século, o<br />

mo<strong>de</strong>lo alemão, experimental. Sob a direção <strong>de</strong> Vicente <strong>de</strong> Sabóia, a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do Rio <strong>de</strong> Janeiro reforma seu currículo e<br />

direciona-se pelas influências alemãs. O Relatório Sabóia é uma produção <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong>ste diretor, que retrata as condições <strong>de</strong> ensino-aprendizado<br />

nos anos <strong>de</strong> 1880 que po<strong>de</strong> nos aproximar do cotidiano universitário do importante período histórico, e torna-se referência,<br />

pois o momento retratado por este é consi<strong>de</strong>rado um marco no avanço e nas melhorias das condições <strong>de</strong> ensino da citada faculda<strong>de</strong>.<br />

Objetivos: <strong>de</strong>linear as características do ensino da anatomia humana no século XIX, tendo por referência o exposto no documento<br />

oficial <strong>de</strong>signado Relatório Sabóia <strong>de</strong> 1884. Métodos: revisão bibliográfica <strong>de</strong> textos <strong>de</strong> ambientação da história do ensino da anatomia<br />

no Brasil; análise <strong>de</strong> documentos oficiais do século XIX, referenciado no Relatório Sabóia. Resultados: relata-se gra<strong>de</strong> curricular<br />

com a disciplina <strong>de</strong> anatomia presente em diversas frentes; ausência maciça dos estudantes às aulas, com necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> buscá-los em<br />

outras turmas para a realização dos exames; freqüência livre às aulas; con<strong>de</strong>scendência dos lentes e preparadores em aceitar peças cadavéricas<br />

preparadas pelos estudantes <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> técnica; disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> peças cadavéricas que em gran<strong>de</strong> parte do ano ficavam<br />

intocadas. Conclusões: os anos 1880 apresentaram o binômio teoria/prática para ensino da anatomia em prática e método semelhante<br />

aos séculos anteriores, com exposições teóricas, mo<strong>de</strong>los e mol<strong>de</strong>s anatômicos, preparações para estudo e dissecações pelos estudantes,<br />

porém, relatando <strong>de</strong>sinteresse dos estudantes e pouco estímulo dos lentes. A mudança do mo<strong>de</strong>lo francês para o alemão ainda<br />

não reflete positivamente no ensino da anatomia humana.<br />

Aulas Participativas em Anatomia: Abandonando uma Postura Passiva<br />

Barbosa, YT 16<br />

Hemerly, RA 16<br />

Soares, MHFB 16<br />

Figueiredo, ACR 16<br />

Introdução: aulas <strong>de</strong> anatomia, em algumas universida<strong>de</strong>s, são baseadas numa aprendizagem mecânica, no quadro negro, por<br />

meio da memorização. Os alunos se portam <strong>de</strong> forma passiva e o professor torna-se mero “transmissor” <strong>de</strong> conceitos. Assim, as aulas<br />

são monótonas e cansativas, dificultando a construção <strong>de</strong> conhecimentos sólidos. A importância <strong>de</strong> estratégias que <strong>de</strong>spertem raciocínio<br />

e participação ativa dos alunos po<strong>de</strong> tornar o professor um facilitador da aprendizagem. Objetivos: propor um método participativo<br />

<strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> conceitos em anatomia, diminuindo a unilateralida<strong>de</strong> da comunicação entre professor e aluno, promovendo uma<br />

aprendizagem dinâmica, estruturada e questionadora. Métodos: a aula participativa e exploratória ocorreu numa turma <strong>de</strong> 31 alunos<br />

do primeiro ano do curso <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> pública. Aaula foi planejada com oito questionamentos que levariam à discussão<br />

do funcionamento e anatomia do coração. Consi<strong>de</strong>rou-se o conhecimento prévio dos alunos, como proposto por Masini (2001).<br />

14 Centro Universitário Anhanguera, Leme, SP, Brasil.<br />

15 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

16 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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Os questionários foram avaliados por meio da análise <strong>de</strong> conteúdo (Bardin, 1999). Resultados: iniciado os questionamentos, houve um<br />

estranhamento da turma, pois esperavam uma aula tradicional. Houve uma resposta positiva, porque a maioria participou da aula respon<strong>de</strong>ndo<br />

e fazendo novas perguntas. Geralmente seus conhecimentos eram <strong>de</strong> senso comum, oriundos <strong>de</strong> pré-vestibulares e mídias<br />

diversas. Ficaram estimulados expondo seus conhecimentos, isto é, a estratégia utilizada quebra barreiras <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r entre professor e<br />

aluno. Ao final da aula, <strong>de</strong>bateram sobre a importância das questões propostas para apren<strong>de</strong>r as estruturas anatômicas do coração e da<br />

fisiologia. Os alunos acharam a aula mais dinâmica e que exigia seu raciocínio. Conclusões: o ensino <strong>de</strong> anatomia po<strong>de</strong> ser reformulado<br />

com aulas participativas, possibilitando ao aluno apren<strong>de</strong>r cada estrutura, sua importância, associando ao seu conhecimento prévio<br />

(Piaget, 1988). Desperta-se na turma, uma visão coerente do corpo humano, i<strong>de</strong>ntificando novos problemas e revisando postulados<br />

comumente aceitos como óbvios <strong>de</strong> forma mais crítica.<br />

Ensino da Saú<strong>de</strong> Pública na Graduação em Medicina: Contexto da Atenção Primária <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (APS)<br />

Couto, RCS 17<br />

Introdução: A preocupação com o ensino da Saú<strong>de</strong> Pública não é nova. A Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> tem recomendado<br />

mudanças na educação médica, recomendando enfatizar o ensino da Saú<strong>de</strong> Pública. Enten<strong>de</strong>mos que um médico bem formado com<br />

enfase na Saú<strong>de</strong> Pública|Atenção Primária será um profissional apto a promover a saú<strong>de</strong> da população.Objetivos: Analisar as evidências<br />

na literatura do ensino da Saú<strong>de</strong> Pública na graduação em Medicina no contexto da APS. Métodos: Foram pesquisados nas bases<br />

PubMed e LILACS, artigos publicados usando os seguintes <strong>de</strong>scritores: saú<strong>de</strong> pública, graduação em medicina, atenção primária. Foram<br />

i<strong>de</strong>ntificados 55 artigos, <strong>de</strong>sses 35 fundamentaram o presente trabalho. Resultados: Aliteratura consultada evi<strong>de</strong>ncia algumas experiências<br />

internacionais bem sucedidas, sobre o ensino da Saú<strong>de</strong> Pública no contexto da APS. Nos Estados Unidos, várias escolas médicas<br />

reforçaram o ensino da Saú<strong>de</strong> Pública, integrando com o ensino da clínica. No Reino Unido, recentes iniciativas tem enfatizado a<br />

importância do ensino da Saú<strong>de</strong> Pública nas escolas médicas. No Canadá, esse movimento culminnou com a criação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

educadores em Saú<strong>de</strong> Pùblica, on<strong>de</strong> essas questões tem sido encaminhadas. Em Cuba, a preocupação com o ensino da Medicina tem reforçado<br />

a formação <strong>de</strong> médicos <strong>de</strong> família. No Brasil, a partir da implementação do Pro-Saú<strong>de</strong>, a APS tem sido um cenário privilégiado<br />

paraaformaçãomédica.Conclusões: O ensino da Saú<strong>de</strong> Pùblica na graduação em Medicina tem sido valorizado em diversos países.<br />

Através do ensino da Saú<strong>de</strong> Pública no contexto da APS diferentes estratégias curriculares tem sido implementadas no sentido <strong>de</strong> integrar<br />

os diversos conteúdos do ensino médico relacionando saú<strong>de</strong> pública com a clínica, fazendo com que os esudantes <strong>de</strong> medicina se<br />

envolvam mais com a saú<strong>de</strong> da população e consequentemente reforcem os sistemas nacionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Formação Médica e Dengue: Avaliação do Novo Currículo Segundo Acadêmicos da UFC<br />

Ferreira, BRS 18<br />

Ga<strong>de</strong>lha, MAD 18<br />

Melo, IFG 18<br />

Maia, RCL 18<br />

Barros, CABS 18<br />

Bezerra, PRA 18<br />

Introdução: A reforma curricular da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará prioriza a nosologia regional,<br />

dando ênfase à relevância e à prevalência <strong>de</strong> tais agravos à saú<strong>de</strong> pública, bem como estimulando a integração do corpo acadêmico na<br />

comunida<strong>de</strong>. Dengue é, portanto, uma das doenças que merecem gran<strong>de</strong> atenção do aparelho formador. Objetivos: Verificar como a<br />

comunida<strong>de</strong> acadêmica comportou-se diante <strong>de</strong> um surto <strong>de</strong> Dengue, bem como estimar como estudantes consi<strong>de</strong>ram a preparação da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina em relação a essa doença. Métodos: Aplicado questionário a 286 acadêmicos <strong>de</strong> Medicina cursando do 1º ao 8º<br />

semestres, em Maio e Junho <strong>de</strong> 2008, em Fortaleza. Os dados obtidos foram entrecruzados e classificados utilizando os programas Excel<br />

versão 2003 e Epi Info versão 6.04. Resultados: Quando perguntados se orientavam outras pessoas a como combater a proliferação do<br />

vetor, a resposta “Sim, raramente” foi a mais freqüente em todos os semestres – 54% do total, contra 30% que assinalaram “Sim, freqüentemente”<br />

e 14,4% “Nunca”. Porém, o 6°, 7° e 8° semestres analisados, quando comparados aos <strong>de</strong>mais, tiveram uma maior quantida<strong>de</strong><br />

17 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

18 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> participantes que assinalaram “Sim, freqüentemente”: 40,6%, 42,5% e 41.4%, respectivamente. Quando perguntados “Diante do atual<br />

surto, você aprofundou os seus conhecimentos sobre a doença?”, com exceção do S7, a resposta mais comum nos semestres analisados<br />

foi “Sim, um pouco”, enquanto 80% dos estudantes do S7 assinalaram “Sim, muito”. Conclusões: Os resultados refletem a satisfação<br />

dos participantes com os módulos <strong>de</strong> Medicina Preventiva e <strong>de</strong> Doenças Infecciosas, ministrados no 7º semestre, visto que S7 e S8<br />

consi<strong>de</strong>ram satisfatória a preparação da faculda<strong>de</strong> no tocante a doença em questão, bem como interagem com a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira<br />

mais significativa no combate a proliferação do mosquito transmissor.<br />

A Formação Médica no Contexto da Mudança Curricular: a Importancia <strong>de</strong> Práticas em<br />

Comunida<strong>de</strong>s Carentes<br />

Alencar Neto, NR19 Sales, RH19 Lins, JCPS19 Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina (2001) objetivam a gênese <strong>de</strong> um profissional<br />

médico com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a atuar como promotor da saú<strong>de</strong> integral do ser humano.<br />

Com a criação do Núcleo <strong>de</strong> Ensino Médico da UFAL e a formulação do Projeto <strong>de</strong> Reestruturação do Curso Médico, instalou-se<br />

uma mudança curricular em oposição ao mo<strong>de</strong>lo vigente até 2005 on<strong>de</strong> a Medicina era centrada na doença, sem tendência multidisciplinar<br />

e integral. Objetivos: Relacionar as práticas nas comunida<strong>de</strong>s com a nova proposta curricular e como estas influenciam na formação<br />

médica. Métodos: O estudo foi realizado na Comunida<strong>de</strong> Freitas Neto, pertencente ao VII Distrito Sanitário, no período <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong><br />

agosto a 26 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2008. Foram aplicados: Instrumento <strong>de</strong> Acompanhamento da Mulher em Ida<strong>de</strong> Fértil (12 a 49 anos); Instrumento<br />

<strong>de</strong> Acompanhamento do Homem Adulto (20 a 60 anos); Instrumento <strong>de</strong> Acompanhamento do Idoso (mais <strong>de</strong> 60 anos); Instrumento<br />

<strong>de</strong> Acompanhamento da Criança (do 1º ao 5º ano). Além disso, foram realizados ativida<strong>de</strong>s no setor <strong>de</strong> vacinas, curativos e esterilização<br />

e observação <strong>de</strong> consultas médicas no posto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Resultados: As ativida<strong>de</strong>s realizadas na comunida<strong>de</strong> nos permitiram<br />

conhecer as condições sociais, econômicas e culturais em que a população convive e os fatores <strong>de</strong> risco aos quais está exposta, contribuindo<br />

assim para o entendimento do processo saú<strong>de</strong> doença <strong>de</strong>sta região; além <strong>de</strong> nos proporcionar a correlação dos conhecimentos teóricos<br />

com a prática, e a realização <strong>de</strong> procedimentos básicos das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Conclusão:Aspráticasrealizadasnascomunida<strong>de</strong>s,<br />

iniciadas com a mudança curricular proposta pela FAMED/UFAL, aproximam os alunos do cotidiano <strong>de</strong> populações carentes e<br />

contribuem para o processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> profissionais médicos mais humanistas e críticos, aproximando os mesmos <strong>de</strong> uma relação<br />

horizontal com a população.<br />

Mostra “Cinema e a Saú<strong>de</strong>”: um Novo Olhar para a Formação do Profissional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Hishinuma, G 20<br />

Gualda, LBS 20<br />

Bonfim, AP 20<br />

Carvalho, MDB 20<br />

Neves, FM 20<br />

Introdução: O cinema na educação <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> consiste em uma metodologia inovadora e efetiva, especialmente<br />

útil para o ensino/aprendizagem nas áreas <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> família, <strong>de</strong>senvolvimento neuropsicomotor, questões legais em medicina, assuntos<br />

pluriculturais e relação médico-paciente. A partir disso, o centro acadêmico buscou uma alternativa no aprimoramento da educação<br />

médica acadêmica utilizando o projeto mostra “cinema e a saú<strong>de</strong>”. Objetivos: Proporcionar discussões significativas, responsivida<strong>de</strong><br />

emocional e auto-reflexão. Permitir a manifestação e troca, <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> opiniões com ampliação do senso crítico<br />

e da capacida<strong>de</strong> analítica. Métodos: O projeto é coor<strong>de</strong>nado pelos alunos do centro acadêmico, profissionais da saú<strong>de</strong> voluntários e<br />

uma professora do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> fundamentos <strong>de</strong> educação. De início reuniram-se os coor<strong>de</strong>nadores do projeto a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar<br />

data e local para a realização dos encontros e seleção dos filmes a serem exibidos. Primeiramente assiste-se ao filme e logo <strong>de</strong>pois um<br />

professor convidado, da área da saú<strong>de</strong>, diferente a cada sessão, faz os comentários iniciais do filme e as discussões prosseguem. Resul-<br />

19 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

20 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, Maringá, Paraná, Brasil.<br />

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tados: Amostra <strong>de</strong> filmes tem ocorrido nas últimas sextas-feiras <strong>de</strong> cada mês, fora do horário <strong>de</strong> aulas regulares, na sala do bloco didático<br />

do hospital universitário para facilitar a presença dos acadêmicos. Nos primeiros encontros a maioria dos participantes se mostrou<br />

apreensivo na manifestação <strong>de</strong> opiniões, provavelmente ao <strong>de</strong>frontarem uma situação <strong>de</strong> exposição pouco explorada em seu currículo.<br />

Porém, com o prosseguir do encontro e pelo incentivo inicial <strong>de</strong> temas levantados pelo comentarista, os participantes gradativamente<br />

per<strong>de</strong>ram a inibição sentindo-se estimulados para participar, o que tornou a sessão bastante interativa. Conclusões:Esteprojetopo<strong>de</strong><br />

contribuir <strong>de</strong> forma relevante à formação do profissional da saú<strong>de</strong>, uma vez que foge aos paradigmas metodológicos comuns das salas<br />

<strong>de</strong> aulas e propõe formas novas <strong>de</strong> aprendizado por meio da discussão <strong>de</strong> temas polêmicos <strong>de</strong>ntro da área médica.<br />

Reinventando o Papel do Monitor: a Experiência da Monitoria Para Grupos Tutoriais no<br />

Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

Almeida, MM21 Bittencourt, FRB21 Porto, RM21 Introdução: A aprendizagem em pequenos grupos é um dos núcleos da aprendizagem baseada em problemas (PBL). No entanto,<br />

essa mesma característica do método torna o papel do aluno-monitor um <strong>de</strong>safio no acompanhamento das ativida<strong>de</strong>s dos grupos tutoriais.<br />

Objetivos: Visando amenizar esta limitação e criar novos recursos didáticos eficientes, foram instituídas sessões semanais <strong>de</strong> “Estudos Monitorizados”<br />

no módulo <strong>de</strong> Abrangência das Ações <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, coor<strong>de</strong>nadas por um monitor, sob supervisão do professor-orientador. Metodologia:<br />

as sessões foram divididas entre aquelas <strong>de</strong> livre <strong>de</strong>manda, e as que possuíam temas previamente estipulados. Os estudantes avaliaram<br />

estas ativida<strong>de</strong>s através <strong>de</strong> formulário eletrônico semi-estruturado. Foi analisada a disponibilida<strong>de</strong> do monitor, a organização das sessões<br />

tutoriais, o nível <strong>de</strong> apropriação do monitor em relação ao conteúdo do módulo, o nível <strong>de</strong> integração das sessões com as outras ativida<strong>de</strong>s<br />

do módulo e o papel das sessões como facilitador da aprendizagem. As perguntas eram respondidas através <strong>de</strong> uma adaptação da escala<br />

<strong>de</strong> Likert. Resultados: as ativida<strong>de</strong>s da monitoria foram aprovadas globalmente pelos alunos, com a maioria dos itens sendo avaliados como<br />

“Excelente” por mais <strong>de</strong> 50% dos respon<strong>de</strong>ntes. Afacilitação da aprendizagem e a disponibilida<strong>de</strong> do monitor foram os itens melhor avaliados,<br />

apresentando <strong>de</strong>sempenhos excelente, segundo 70% e 61,5% dos alunos, respectivamente. Apenas o site do módulo e a apropriação do<br />

monitor em relação ao conteúdo foram categorizados como “bons” pela maioria (40%). Conclusão: as sessões <strong>de</strong> estudos monitorizados colaboraram<br />

para a facilitação da aprendizagem da maioria dos alunos, apesar da apropriação do monitor em relação ao conteúdo ter sido comprometida<br />

<strong>de</strong>vido à insegurança do próprio em relação a alguns temas <strong>de</strong> Epi<strong>de</strong>miologia Clínica abordados neste semestre, os quais não<br />

eram abordados nos semestres anteriores. Necessitando, portanto, <strong>de</strong> treinamento prévio mais intenso do monitor nestas temáticas, visando<br />

o aprimoramento <strong>de</strong>sta ferramenta no processo ensino-aprendizagem.<br />

Ensino da Cirurgia da Hérnia Inguinal - Comparação <strong>de</strong> Técnicas Pedagógicas<br />

Jesus, EC 22<br />

Souza, MCT 22<br />

Magalhães,TA 22<br />

Gue<strong>de</strong>s, GAP 22<br />

Introdução: Partindo do pressuposto teórico metodológico que para que a Educação Superior cumprir sua missão, o plano <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento institucional <strong>de</strong>ve abranger medidas importantes como a inovações didático-pedagógicas e o uso das novas tecnologias<br />

no ensino, este estudo propõe a utilização <strong>de</strong> oficinas sobre a anatomia cirúrgicas das hérnias inguinais em busca do conceito central<br />

da teoria da aprendizagem <strong>de</strong> David Ausubel: aprendizagem significativa. Objetivos: Comparar a eficácia das seguintes técnicas<br />

<strong>de</strong> ensino da anatomia cirúrgica das hérnias inguinais: aula teórica expositiva e a oficina pedagógicaemcomplementoàaulaexpositiva.<br />

Avaliar a aceitação dos alunos à uma nova ferramenta metodológica <strong>de</strong> ensino. Métodos: Trata-se <strong>de</strong> uma pesquisa qualitativa realizada<br />

no Uni-FOA. Aamostra foi constituída <strong>de</strong> alunos do 7 período <strong>de</strong> Medicina. Procedimentos: uma semana após a aula teoria expo-<br />

21 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

22 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

206<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


sitiva <strong>de</strong> cirurgia das hérnias inguinais, realizou-se uma oficina com um tutor construindo uma maquete da região inguinal com os vários<br />

tipos <strong>de</strong> hérnias.Utilizou-se material emborrachado <strong>de</strong> cores variadas, representando diferentes estruturas anatômicas, espuma e<br />

plástico. O material foi colado com cola <strong>de</strong> sapateiro e palito <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. O instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados foi um questionário estruturado<br />

com 10 perguntas objetivas sobre cirurgia das hérnias inguinais aplicado em meta<strong>de</strong> da turma antes da oficina e meta<strong>de</strong> da turma<br />

após a oficina. Todos respon<strong>de</strong>ram após término das ativida<strong>de</strong>s um novo questionário aberto para avaliar a aceitação à nova ferramenta<br />

<strong>de</strong> ensino. Resultados: Não houve diferença significativa entre as notas dos grupos avaliados antes e <strong>de</strong>pois da oficina (p>0,05). Os alunos<br />

foram unânimes em suas avaliações, que a oficina é um facilitador do aprendizado das hérnias. Conclusões: Ambas as técnicas<br />

pedagógicas foram eficazes e a oficina foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> aceitação por todos os alunos. A busca <strong>de</strong> métodos <strong>de</strong> ensino inovadores <strong>de</strong>ve ser<br />

incentivada para o ensino da cirurgia.<br />

O Ensino do Estudo Através <strong>de</strong> Seminários<br />

Peterman, LL 23<br />

Purim, KSM 23<br />

Introdução: O acadêmico precisa <strong>de</strong>senvolver o hábito <strong>de</strong> estudo regular e sistemático durante sua formação médica. Seminários<br />

po<strong>de</strong>m envolver estratégias e criação <strong>de</strong> ambientes favoráveis ao aprendizado individual e coletivo. Objetivo: Relato <strong>de</strong> experiência<br />

com seminários em uma turma <strong>de</strong> medicina. Metodos: Experiência realizada com 49 estudantes do terceiro ano <strong>de</strong> medicina, divididos<br />

em subgrupos <strong>de</strong> cinco componentes para realização <strong>de</strong> seminários percorrendo campos temáticos que envolviam: eczemas, micoses,<br />

hanseníase e câncer <strong>de</strong> pele. Todos foram orientados como planejar e organizar o estudo, <strong>de</strong>terminar objetivos, selecionar fontes <strong>de</strong> pesquisa<br />

e revisão bibliográfica, horários e ambiente a<strong>de</strong>quado, organizar as informações, montar apresentação oral e fazer avaliação <strong>de</strong><br />

compreensão do assunto através <strong>de</strong> questionário auto-aplicado. Cada grupo recebeu pontuação pelos colegas e professora, segundo<br />

critérios previamente estabelecidos. Resultados: As principais vantagens do método, citada pelos acadêmicos nos questionários, foi no<br />

aspecto“participação,integraçãoefixaçãodoconteúdo”e“estímulo ao estudo”. A dificulda<strong>de</strong> apontada foi “falta <strong>de</strong> interesse inicial<br />

pelo tema”. Os índices percentuais <strong>de</strong> satisfação nos seminários realizados se concentraram nas dimensões que abordaram a condição<br />

da pesquisa, bem como, estímulo ao pensamento ampliado e crítico da prática médica. Conclusão: O seminário facilitou a apropriação<br />

do conhecimento e se mostrou uma importante ferramenta no ensino médico e avaliação da aprendizagem. Esta experiência foi<br />

fundamental para incorporar o seminário no currículo da disciplina <strong>de</strong> <strong>de</strong>rmatologia.<br />

Desenvolvendo Atitu<strong>de</strong>s, Habilida<strong>de</strong>s e Competências na Prática Clínica<br />

Gomes, LN 24<br />

Scharra, AV 24<br />

Pires, AC 24<br />

Oliveira, DJF 24<br />

Castro, FSCL 24<br />

Freitas, MAN 24<br />

Introdução: O estudante <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>senvolver o espírito crítico, a criativida<strong>de</strong>, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discernimento, <strong>de</strong> planejamento<br />

e <strong>de</strong> ação, através da observação, <strong>de</strong>scrição e análise da realida<strong>de</strong> social e da vivência do atendimento à população no SUS.<br />

Porém, encontram-se constantemente limitações que não permitem garantir uniformemente aos alunos vivência clínica e análise das<br />

ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> relacionadas. Objetivos: Oferecer subsídios para uma análise crítica e para discussão das práticas observadas; promover<br />

uniformida<strong>de</strong> mínima na vivência clínica dos alunos, garantindo-lhes cenários para sua formação. Métodos: Elaborou-se um texto<br />

contendo uma adaptação do protocolo S-P-I-K-E-S direcionada para o atendimento clínico, técnicas para uma anamnese habilidosa e o<br />

roteiro <strong>de</strong> anamnese abrangente, visando fornecer base teórica para a coleta da história do paciente através <strong>de</strong> casos clínicos simulados.<br />

Estes foram sistematizados em doenças crônico-<strong>de</strong>generativas, doenças infecto-contagiosas, intercorrências fisiológicas, saú<strong>de</strong> mental<br />

e causas externas <strong>de</strong> agravo à saú<strong>de</strong>. Aexperiência foi testada em um grupo piloto <strong>de</strong> 14 alunos, separados em 3 grupos: pacientes, mé-<br />

23 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

24 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

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dicos e observadores. Pacientes receberam um roteiro a ser seguido; médicos e observadores, o texto citado. Para garantir bases mais<br />

consistentes para a dramatização, programou-se uma reunião para introduzir/rever anamnese e <strong>de</strong>terminantes primários do comportamento.<br />

Resultados: O projeto, sujeito à validação por representantes discentes, foi avaliado positivamente. A simulação foi eficiente<br />

em sensibilizar e treinar inicialmente os alunos para a análise metódica das práticas <strong>de</strong> atendimento a ser observadas na realida<strong>de</strong> do<br />

SUS. Entretanto, o tempo <strong>de</strong> implantação é insuficiente para avaliação sobre maiores impactos <strong>de</strong>sta experiência na formação médica.<br />

Conclusões: Propõe-se a simulação <strong>de</strong> práticas da relação médico-paciente vivenciadas no SUS com a intenção <strong>de</strong> proporcionar uma<br />

prática observacional e crítica da realida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Preten<strong>de</strong>-se garantir a formação <strong>de</strong> profissionais analíticos, críticos e<br />

capazes <strong>de</strong> encontrar alternativas para solucionar os <strong>de</strong>safios da prática médica.<br />

Construção <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> Digital Frente ao Desafio da Diversificação <strong>de</strong> Cenários <strong>de</strong><br />

Aprendizagem no Ensino Médico<br />

Pires, AC 25<br />

Goulart, FS 25<br />

Siquara, GCC 25<br />

Cor<strong>de</strong>iro, JS 25<br />

Gomes, LN 25<br />

Alves, MGM 25<br />

Introdução: Numa disciplina construída a partir <strong>de</strong> diferentes cenários <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, articulada com eixo prático-conceitual<br />

e com trabalhadores da área da saú<strong>de</strong> em seus locais <strong>de</strong> inserção busca-se promover o contato, a vivência e a reflexão em relação aos diversos<br />

espaços institucionais <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Por outro lado, tornam-se necessários espaços <strong>de</strong> interação entre os diversos atores.<br />

Objetivos: Com vistas a produzir a interação necessária, buscou-se <strong>de</strong>senvolver página na internet como recurso pedagógico complementar<br />

com o fim <strong>de</strong>: a) facilitar o contato do aluno com os preceptores, monitores e profissionais das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo; b) disponibilizar a ementa<br />

da disciplina; c) expandir e homogeneizar o conteúdo <strong>de</strong> informações que constituem o conhecimento a ser construído a partir da disciplina;<br />

d) fornecer instrumento que permita o processo <strong>de</strong> avaliação individual, da disciplina e dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> utilizados como campo <strong>de</strong> práticas.<br />

Métodos: Alunos e monitores criaram uma página na internet com os seguintes links: Apresentação da disciplina (objetivos, metodologia,<br />

programa, ativida<strong>de</strong>s e avaliação), Cenários <strong>de</strong> prática (informações sobre as diferentes unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>), Roteiros (<strong>de</strong> competências e<br />

habilida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas), Bibliografia (referencial teórico básico e complementar), Links relacionados e Contatos (coor<strong>de</strong>nador,<br />

professores, monitores e alunos). Resultados: O sítio eletrônico foi sujeito à validação por representantes dos grupos <strong>de</strong> alunos e professores<br />

que atuam na disciplina; a avaliação foi positiva. Foram feitas sugestões no sentido <strong>de</strong> melhorar a performance da ferramenta, como a criação<br />

<strong>de</strong> um fórum <strong>de</strong> discussão, que já estão sendo implementadas. Conclusões: O uso <strong>de</strong> ferramentas como sítios eletrônicos mostraram-se potentes<br />

no sentido <strong>de</strong> promover a interação entre atores do processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem e <strong>de</strong>vem ser avaliadas e aperfeiçoadas continuamente<br />

no sentido <strong>de</strong> sua utilização plena.<br />

A Prática Antes da Teoria: Apren<strong>de</strong>ndo Morfofisiologia<br />

Herculiani, PP 26<br />

Barbosa, FAF 26<br />

Lazarini, CA 26<br />

Correa, MESH 26<br />

Introdução: A literatura mostra que o uso <strong>de</strong> metodologias ativas, utilizando recursos que <strong>de</strong>spertem a curiosida<strong>de</strong> dos acadêmicos,<br />

aumenta o entendimento e a fixação <strong>de</strong> conceitos, pois os colocam num lugar <strong>de</strong> sujeitos na construção <strong>de</strong> seus conhecimentos.<br />

Neste sentido, o módulo <strong>de</strong> Morfofisiologia III da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília – UNIMAR propôs o estudo histológico<br />

do sistema digestório trabalhando a prática antes da teoria. Setenta estudantes (3º termo) foram estimulados a observar as lâminas<br />

histológicas para i<strong>de</strong>ntificar estruturas já conhecidas e buscar as <strong>de</strong>sconhecidas, utilizando material didático <strong>de</strong> apoio. Em segui-<br />

25 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

26 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

208<br />

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da, os estudantes participaram da discussão da parte teórica com os professores da disciplina, utilizando os conhecimentos levantados<br />

anteriormente, <strong>de</strong> acordo com as estruturas reconhecidas nas lâminas. Objetivo: I<strong>de</strong>ntificar a opinião dos estudantes sobre o uso da<br />

aula prática como <strong>de</strong>flagradora na aprendizagem teórica <strong>de</strong> Histologia. Método: Estudo quantitativo com base em questionário<br />

semi-estruturado aplicado aos estudantes no final do módulo, respeitando-se o anonimato. Resultados: Esta proposta foi consi<strong>de</strong>rada<br />

satisfatória por 62,9% dos estudantes. Quanto ao ganho <strong>de</strong> conhecimento adquirido ao longo do curso, a maioria classificou-o como<br />

médio (41,4%) e gran<strong>de</strong> (50%). Os dois principais pontos consi<strong>de</strong>rados positivos foram: “estímulo a busca” e “melhor fixação dos conhecimentos”.<br />

Já os dois principais pontos consi<strong>de</strong>rados negativos foram: “dificulda<strong>de</strong> maior nas aulas práticas” e “pouco tempo <strong>de</strong><br />

duração das ativida<strong>de</strong>s”. Discussão: Os resultados mostram que a maioria dos estudantes avaliou esta proposta como eficiente no ganho<br />

<strong>de</strong> conhecimentos, apesar <strong>de</strong> sentirem uma dificulda<strong>de</strong> maior com as aulas práticas e necessitarem <strong>de</strong> um tempo maior para a realização<br />

das mesmas. Possivelmente, estes pontos consi<strong>de</strong>rados como fragilida<strong>de</strong>s estão relacionados à falta <strong>de</strong> hábito na utilização <strong>de</strong><br />

metodologias mais participativas. Por outro lado, esta metodologia promoveu uma participação mais ativa dos estudantes na construção<br />

<strong>de</strong> seus conhecimentos, fortalecendo a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta proposta.<br />

Inclusão do Aluno Disléxico, a Partir da Disciplina <strong>de</strong> Semiologia, na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina Petrópolis (FMP) - Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Barillo, SFAL 27<br />

Midão, CMV 27<br />

Introdução: Como professoras <strong>de</strong> Semiologia várias vezes, ao corrigir as anamneses, nos <strong>de</strong>paramos com alunos que apresentam erros<br />

ortográficos básicos, vocabulário pobre, disgrafia, lentidão em terminar suas tarefas e <strong>de</strong>sorganização. Esse fato nos levou a questionar o<br />

que acontece com tais alunos, que muitas das vezes são brilhantes à beira do leito, mas fracassam nas provas escritas e nas transcrições <strong>de</strong> suas<br />

anamneses e exames físicos. Fazendo uma revisão dos diversos distúrbios <strong>de</strong> aprendizagem observamos que a maioria <strong>de</strong>stes alunos po<strong>de</strong>riam<br />

ser disléxicos. Objetivo: Promover a inclusão do aluno disléxico na FMP, possibilitando o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> todas as suas potencialida<strong>de</strong>s,<br />

através do esclarecimento e treinamento do corpo docente. Métodos: Alunos que apresentam alguma dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem na<br />

disciplina <strong>de</strong> Semiologia são selecionados, convocados para encontrocomaCoor<strong>de</strong>naçãoeencaminhadosaoNúcleoPedagógicoafim<strong>de</strong><br />

que sejam orientados a procurar serviços especializados no diagnóstico dos distúrbios <strong>de</strong> aprendizagem. Uma vez com o diagnóstico selado<br />

são utilizadas técnicas <strong>de</strong> ensino e avaliação fundamentadas na literatura sobre inclusão escolar do disléxico. Segundo Shaywitz (2006), o leitor<br />

disléxico, necessita <strong>de</strong> estratégias específicas <strong>de</strong> ensino que permitam a ele atingir seu potencial, pois são catalisadoras do sucesso.” Resultados:<br />

Apartir da nossa análise obtivemos aprovação do Conselho da IES, que em reunião autorizou que os alunos com dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem<br />

pu<strong>de</strong>ssem ser avaliados com as adaptações que coubessem ao caso, tais como: mais tempo para a realização das provas, uso <strong>de</strong> computador,<br />

uso <strong>de</strong> calculadora, questões elaboradas <strong>de</strong> forma clara e objetiva e/ou ledor para as avaliações. Conclusão: Os alunos diagnosticados<br />

e submetidos a treinamento e avaliações diferenciadas tiveram um rendimento igual aos não disléxicos; alguns dos alunos incluídos já se<br />

formaram e exercem a profissão com sucesso.<br />

27 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

209<br />

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Estabelecendo Competências em Pneumologia: Interpretação <strong>de</strong> Espirometria. Avaliação<br />

da Estratégia <strong>de</strong> Ensino<br />

Araujo, RF28 Vieira, CAFA28 Oliveira, NH28 Almeida Jr, AMB28 Castro, ES28 Pinheiro, VGF28 Introdução: A espirometria é exame importante na avaliação funcional respiratória e na prática médica. O Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

da UFC estabeleceu como competência clínica, capacitar alunos para a interpretação da espirometria, durante o módulo <strong>de</strong> Pneumologia<br />

e Cirurgia Torácica, ministrado no 5º semestre. Aestratégia <strong>de</strong> ensino foi montada em grupos <strong>de</strong> discussão (GD), utilizando texto padrão<br />

elaborado por docentes e monitores, seguido <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração prática e discussão <strong>de</strong> exames selecionados relacionados a casos<br />

clínicos, além <strong>de</strong> disponibilização <strong>de</strong> material bibliográfico complementar. Objetivos: Analisar a impressão discente sobre o método<br />

utilizado e a auto-avaliação dos alunos quanto à competência <strong>de</strong> interpretação e aplicação prática do exame através da metodologia<br />

aplicada. Método: Em <strong>2009</strong>.1 foram avaliados 41 alunos. Os GDs duraram 4h, <strong>de</strong>ntro da carga total do módulo (96h) para grupos <strong>de</strong> 20<br />

alunos, sob supervisão <strong>de</strong> professor e 4 monitores. Ao final foi aplicado questionário padronizado, utilizando a escala <strong>de</strong> Likert, com<br />

perguntas sobre o método e o conhecimento dos alunos antes e após o GD. Os itens péssimo/ruim, bem como bom/ótimo foram agrupados<br />

no resultado. Resultados: Do total <strong>de</strong> alunos, 85,3% consi<strong>de</strong>raram o tema relevante para a formação profissional e 95,1% relevante<br />

no S5. 80,4% dos alunos consi<strong>de</strong>raram que o GD cumpriu os objetivos e 85,3% que o tempo foi suficiente e o grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>. Foi<br />

a<strong>de</strong>quado para 85,3%. Houve interação docente/monitor/discente para 93,8%. Antes do GD, 73,1% consi<strong>de</strong>ravam-se péssimos/ruins,<br />

após o GD 85,3% julgaram-se aptos para interpretar uma espirometria. Conclusões: O GD <strong>de</strong> espirometria foi consi<strong>de</strong>rado oportuno e<br />

relevante para os alunos do 5° semestre. 100% dos alunos consi<strong>de</strong>raram <strong>de</strong> regular a ótima a sua competência na interpretação <strong>de</strong> espirometria<br />

após treinamento. A avaliação discente <strong>de</strong>monstrou que esta metodologia é altamente eficiente na aquisição <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e<br />

competências exigidas na interpretação <strong>de</strong> espirometria <strong>de</strong>ntro do curso médico.<br />

Competências em Pneumologia: Interpretação <strong>de</strong> Gasometria Arterial. Como estão eoque<br />

Acham nossos Alunos<br />

Vieira, CAFA29 Oliveira,NH29 Araujo, RF29 Almeida Jr, AMA29 Castro, ES29 Pinheiro, VGF29 Introdução: O Curso <strong>de</strong> Medicina da UFC estabeleceu como competência clínica, capacitar alunos para a interpretação e aplicação<br />

da gasometria arterial, exame complementar importante na compreensão da fisiopatologia pulmonar, durante o módulo <strong>de</strong> Pneumologia<br />

e Cirurgia Torácica, ministrado no 5º semestre. A estratégia <strong>de</strong> ensino foi montada em grupos <strong>de</strong> discussão (GD), utilizando<br />

texto padrão elaborado por docentes e monitores, seguido <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> casos clínicos estruturados. Além <strong>de</strong> bibliografia complementar<br />

disponibilizada. Objetivos: Analisar a impressão discente sobre o método utilizado e a auto-avaliação dos alunos quanto à sua<br />

competência <strong>de</strong> interpretação e aplicação prática do exame através da metodologia aplicada. Método: Foram avaliados 46 alunos durante<br />

<strong>2009</strong>.1. Grupos <strong>de</strong> 20 alunos foram distribuídos para os GDs com duração <strong>de</strong> 4h, <strong>de</strong>ntro da carga total do módulo (96h). Ao final<br />

foi aplicado questionário padronizado, utilizando a escala <strong>de</strong> Likert, abrangendo perguntas referentes ao método e ao grau <strong>de</strong> conhecimento<br />

dos alunos antes e após o GD. Os itens péssimo/ruim, bem como bom/ótimo foram agrupados para o resultado. Resultados:Do<br />

total <strong>de</strong> alunos, 93,4% consi<strong>de</strong>raram o tema relevante para a formação profissional e 80,4% relevante no S5. 69,5% dos alunos consi<strong>de</strong>ra-<br />

28 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

29 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

210<br />

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am que o GD alcançou os objetivos propostos e 54,3% que o tempo foi suficiente. Foi boa a interação docente/discente para 73,9%.<br />

89,1% julgaram regular/bom o grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>. Pre GD, 69,5% dos alunos consi<strong>de</strong>ravam-se péssimos/ruins, após o GD 39,1% julgaram-se<br />

regular e 56,5% aptos para interpretar uma gasometria. Conclusões: O GD <strong>de</strong> Gasometria foi consi<strong>de</strong>rado oportuno e relevante<br />

para alunos do 5° semestre. 95,6% dos alunos consi<strong>de</strong>raram regular a ótima a sua competência na interpretação <strong>de</strong> gasometria<br />

após treinamento. Aavaliação discente <strong>de</strong>monstrou que esta metodologia é eficiente na aquisição <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e competências na interpretação<br />

<strong>de</strong> gasometria arterial, cujo aprendizado é <strong>de</strong> importância na formação profissional.<br />

Avaliação Quantitativa e Perfil dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />

Amazonas que Participam <strong>de</strong> Projetos <strong>de</strong> Iniciação Científica<br />

Sampaio, IM 30<br />

Ferreira, TL 30<br />

Silva, ACS 30<br />

Carvalho, LF 30<br />

Brasil Neto, CG 30<br />

Ribeiro, TA 30<br />

Introdução: AIniciação Cientifica é um instrumento <strong>de</strong> formação que permite introduzir os estudantes <strong>de</strong> graduação na pesquisa cientifica.<br />

É a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colocar o aluno em contato direto com a ativida<strong>de</strong> científica e engajá-lo na pesquisa. Traz como benefícios o crescimento<br />

pessoal, melhora da concentração e da organização. Estimula o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> espírito crítico e da criativida<strong>de</strong> e permite maior<br />

troca <strong>de</strong> informações entre aluno e professor. Além disso, incentiva estudantes a participar <strong>de</strong> eventos e congressos sobre sua área, proporcionando<br />

um conhecimento adicional. Objetivo: Verificar a ocorrência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> iniciação científica nos alunos do Curso <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas do 3° ao 9° período. Métodos: A abordagem dos alunos foi realizada através <strong>de</strong> um questionário composto<br />

por 6 questões acerca <strong>de</strong> sua participação em projetos <strong>de</strong> iniciação científica, bem como da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> seus principais interesses<br />

com sua realização. Participaram <strong>de</strong>ste estudo 140 acadêmicos regularmente matriculados no curso, sendo 20 <strong>de</strong> cada período. Resultados:<br />

De acordo com os dados, verifica-se que cerca <strong>de</strong> 37,1% dos alunos participa atualmente <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> iniciação científica, tendo a maioria<br />

iniciado essa ativida<strong>de</strong> apenas na meta<strong>de</strong> do curso (6° período-17,8%). A maioria dos entrevistados participa <strong>de</strong> tal ativida<strong>de</strong> como bolsista<br />

(22,1%) e afirma que o motivo pelo qual realizam-na é o enriquecimento do currículo a fim <strong>de</strong> obter pontos na prova <strong>de</strong> residência médica<br />

(22,8%). Conclusão: De acordo com o exposto po<strong>de</strong>-se inferir que a maioria do docentes se interessa pela pesquisa apenas nos períodos mais<br />

avançados o que indica que seu amadurecimento/conhecimento acerca <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong> progri<strong>de</strong> com o passar dos períodos. Nesta perspectiva,<br />

a iniciação científica caracteriza-se como instrumento <strong>de</strong> apoio teórico e metodológico à realização <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> pesquisa e constitui<br />

um canal a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> auxílio para a formação <strong>de</strong> uma nova mentalida<strong>de</strong> no aluno.<br />

Nova Abordagem Didática na Educação Farmacológica em Medicina<br />

Chichetti, TF31 Ferreira, A31 Malinowski, FRL31 Felippe, LRH31 Miller, WP31 Introdução: geralmente o acadêmico <strong>de</strong> medicina recebe formação na área farmacológica voltada mais ou somente à farmacocinética<br />

e a farmacodinâmica das drogas; algo um tanto quanto distante da realida<strong>de</strong> dos pacientes leigos nessas áreas, que buscam alternativas<br />

muitas vezes financeiramente facilitadas: a automedicação. Prática tão comum em nossa comunida<strong>de</strong>, com tantos riscos para os<br />

próprios pacientes e não muito valorizada no aprendizado médico. Objetivos: colocar alunos do curso <strong>de</strong> medicina a par dos riscos da<br />

automedicação praticada na socieda<strong>de</strong>, e estimular os mesmos a prevenir e reconhecer suas principais formas. Métodos: apresentação<br />

<strong>de</strong> seminários pelos alunos do quarto ano <strong>de</strong> medicina matriculados na disciplina <strong>de</strong> Farmacologia II da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná,<br />

supervisionados pelo professor Herbert. Os seminários consistiram em relatos <strong>de</strong> casos clínicos vivenciados pelos próprios acadêmicos<br />

durante aulas práticas <strong>de</strong> outras disciplinas no Hospital <strong>de</strong> Clínicas da mesma Universida<strong>de</strong>. Resultados: a automedicação prati-<br />

30 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

31 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

211<br />

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cada pelos pacientes nos casos relatados tiveram conseqüências <strong>de</strong>sastrosas: escon<strong>de</strong>ram uma doença <strong>de</strong> maior morbida<strong>de</strong>, aumentaram<br />

o risco <strong>de</strong> uma doença pré existente, ou até mesmo pioraram o quadro da doença atual. Em alguns casos a medicação usada estava<br />

correta, mas houve o equívoco <strong>de</strong> se esquecer alguma associação necessária <strong>de</strong> outra droga, em outras situações o equivoco foi a dose e<br />

duração do tratamento. Conclusões: para o acadêmico <strong>de</strong> medicina é importante reconhecer os riscos da automedicação como profissional<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para saber orientar a população <strong>de</strong> modo geral a sempre procurar um médico antes <strong>de</strong> iniciar qualquer tratamento, assegurando<br />

assim um correto diagnóstico e um tratamento supervisionado, diminuindo a morbi-mortalida<strong>de</strong> das doenças, e<br />

enriquecendo o saber público sobre o assunto.<br />

Grupo Tutorial: uma Nova Metodologia <strong>de</strong> Ensino<br />

Teixeira, MD32 Alencar, EC32 Silva, AP32 Oliveira, JL32 Vasconcelos, GC32 Ponte, AM32 Introdução: Na metodologia do PBL(“Problem Based Learning”), o aluno exerce um papel ativo no processo <strong>de</strong> aprendizagem, por<br />

meio <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que estimulam o <strong>de</strong>senvolvimento e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciativa e <strong>de</strong>scobrimento. Entretanto, nem sempre os alunos vêem<br />

esse método <strong>de</strong> forma positiva. Objetivos: Verificar como os alunos avaliam a importância do método PBLno seu aprendizado para o entendimento<br />

da prática clínica. Metodologia: 75 estudantes <strong>de</strong> Medicina do segundo semestre <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> foram submetidos a uma ativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Grupo Tutorial, que consistiu num caso clínico entregue aos alunos, permitindo que eles pu<strong>de</strong>ssem estudar e pesquisar sobre o assunto,<br />

integrando Histologia, Anatomia, Fisiologia e Clínica. Posteriormente, eles foram divididos em grupos <strong>de</strong> 8, cada um acompanhado<br />

por um professor (tutor) para a discussão do caso. Em seguida, aplicou-se um questionário contendo 7 perguntas objetivas e 1 subjetiva a 70%<br />

dos acadêmicos. Apesquisa é do tipo quantitativa <strong>de</strong>scritiva, e os dados levantados foram analisados utilizando o programa Excel 2003. Resultados:<br />

Dos 53 estudantes analisados, 80% avaliaram a experiência e o aprendizado como sendo ótimos ou bons. 83% consi<strong>de</strong>raram que<br />

ocorreu uma integração das 4 disciplinas. 55% classificaram seu <strong>de</strong>senvolvimento pessoal como bom e 30% como razoável ou ruim. 79% consi<strong>de</strong>raram<br />

a existência <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong> como muito importante ou importante. Entretanto, 95% acham que ela não substitui a aula teórica.<br />

Muitos alunos sugeriram que em cada módulo <strong>de</strong>veria ocorrer 1 Grupo Tutorial, que seria aberto no primeiro dia e encerrado no último.<br />

Conclusão: Observamos que a existência <strong>de</strong>sses Grupos Tutoriais integrando as 4 disciplinas é importante para o aprendizado e é vista <strong>de</strong><br />

forma positiva pelos alunos. Concluímos também que as aulas teóricas e práticas não <strong>de</strong>vem ser reduzidas e que essa ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser organizada<br />

objetivando oferecer mais tempo e estímulo para o <strong>de</strong>senvolvimento individual do aluno.<br />

O Círculo <strong>de</strong> Cultura como Método <strong>de</strong> Capacitação <strong>de</strong> uma Equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família<br />

Marques, TG 33<br />

Nogueira, TAG 33<br />

Zollinger, N 33<br />

Aleixo, PN 33<br />

Souza, SRP 33<br />

Souza, JMR 33<br />

Introdução: O método círculo <strong>de</strong> cultura é dinâmico e dispensa hierarquia entre os participantes, possibilitando ambiente <strong>de</strong><br />

educação mais eficiente e agradável. Os alunos do sétimo semestre <strong>de</strong> medicina adotaram-no para capacitar uma Equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da<br />

Família (ESF) sobre hanseníase (HAN). O tema foi sugerido pelos integrantes da ESF, pois estes relataram muitas dúvidas sobre a doença.<br />

Objetivos: Capacitar integrantes <strong>de</strong> uma ESF sobre HAN, sanando as dúvidas dos participantes e colocando-os em condições suficientes<br />

para informar a comunida<strong>de</strong> sobre a doença, prevenindo-a nessa área <strong>de</strong> abrangência. Métodos: Ametodologia utilizada foi o círculo<br />

<strong>de</strong> cultura, que foi realizado apenas um encontro divido em duas etapas: na primeira, os participantes foram estimulados a expor<br />

suas dúvidas sobre HAN, que foram anotadas pelos alunos; na segunda, os alunos sanaram as dúvidas anotadas <strong>de</strong> acordo com o que<br />

32 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

33 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

212<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


estudaram sobre o assunto, atuando apenas nas falhas do conhecimento dos integrantes sobre o tema. Para avaliar a efetivida<strong>de</strong> do método<br />

e a qualida<strong>de</strong> das informações fornecidas na ativida<strong>de</strong>, foram aplicados dois questionários fechados sobre HAN: um antes e outro<br />

<strong>de</strong>pois do encontro. Resultados: Os integrantes participaram da discussão e contribuíram para atingir os objetivos, pois estes <strong>de</strong>monstraram<br />

suas dúvidas a serem sanadas, permitindo a atuação apenas nas falhas do conhecimento sobre HAN. O objetivo da ativida<strong>de</strong> foi<br />

atingido. Conclusões: A metodologia escolhida permitiu um vínculo maior entre os alunos e os profissionais da ESF, fazendo com que<br />

os objetivos da ativida<strong>de</strong> sejam atingidos mais facilmente. Com a quebra <strong>de</strong> hierarquização, há um ambiente <strong>de</strong> aprendizado mais<br />

<strong>de</strong>scontraído, fazendo com que os participantes se expressem mais e <strong>de</strong>monstrem suas dúvidas e os alunos atuem diretamente nas<br />

dúvidas a apresentadas, contribuindo efetivamente na informação da ESF sobre HAN e atuação na prevenção da doença no local.<br />

Disciplina <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Reprodutiva: um Espaço para Discussão <strong>de</strong> Temas Transversais em<br />

Medicina<br />

Me<strong>de</strong>iros, RD 34<br />

Cunha, JB 34<br />

Figueiredo, JD 34<br />

Silva, LCA 34<br />

Rêgo, LCP 34<br />

Cavalcante, VMM 34<br />

Introdução: Aformação médica <strong>de</strong>ve pautar-se no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s. De acordo com<br />

as Diretrizes Curriculares Nacionais, a estrutura curricular do curso médico necessita promover as potencialida<strong>de</strong>s do discente enquanto<br />

pessoa e cidadão além do ensino técnico-científico. Dessa forma, em algumas universida<strong>de</strong>s brasileiras tem-se <strong>de</strong>senvolvido<br />

iniciativas que busquem a discussão <strong>de</strong> questões relacionadas à saú<strong>de</strong> e cidadania, reduzindo o distanciamento entre formação acadêmica<br />

e as necessida<strong>de</strong>s da população. Objetivos: Relatar a experiência da disciplina <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Reprodutiva da UFRN, <strong>de</strong>senvolvida<br />

como incremento à formação ética e humanista do médico, trabalhando temas essenciais que, muitas vezes, são excluídos da estrutura<br />

curricular obrigatória do curso. Métodos: Os autores participaram da disciplina e, após a experiência, esse relato foi <strong>de</strong>senvolvido. A<br />

disciplina utilizou diferentes estratégias pedagógicas para intercambiar conhecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> sexual e reprodutiva <strong>de</strong> forma multidisciplinar,<br />

entre elas: exposições dialogadas, dinâmicas <strong>de</strong> grupo, seminários, rodas <strong>de</strong> conversa, sessões <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o e <strong>de</strong>bates. Foram<br />

trabalhados temas como: direitos humanos sexuais e reprodutivos (DHSR), sexualida<strong>de</strong>, gênero, concepção e contracepção, aborto,<br />

mortalida<strong>de</strong>, violência, DSTs e AIDS, humanização da atenção à saú<strong>de</strong>, saú<strong>de</strong> masculina, entre outros. Ao final do semestre, os discentes,<br />

divididos em grupos, elaboraram um trabalho para fins <strong>de</strong> avaliação, escolhendo uma das temáticas já discutidas, bem como a forma<br />

<strong>de</strong> apresentação. Resultados: Adisciplina teve boa aceitação entre os participantes, os quais relataram que os métodos utilizados estimularam<br />

a pesquisa e a reflexão sobre os temas. Observou-se que, após cursarem-na, os alunos estavam mais abertos para lidar com<br />

temas transversais em medicina, <strong>de</strong> maneira crítica, reflexiva e sem conceitos pré-formados. Conclusões:Verifica-se,então,aimportância<br />

<strong>de</strong> iniciativas como essa na formação médica, que proporcionem a discussão e a avaliação <strong>de</strong> questões relevantes na atenção à saú<strong>de</strong><br />

e na atitu<strong>de</strong> profissional, mas ainda pouco priorizados nos cursos da saú<strong>de</strong>.<br />

34 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN,Brasil.<br />

213<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Uma Visão Antropológica do Eixo Habilida<strong>de</strong>s: Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Nascimento, HAS 35<br />

Sarieldim, OF 35<br />

Alves, R 35<br />

Peixoto, E 35<br />

Silva, A.P 35<br />

Introdução: Diante das profundas transformações verificadas na prática médica, constatamos que o mo<strong>de</strong>lo convencional <strong>de</strong><br />

relação médico/paciente, firmado no tecnicismo, vem sendo questionado não apenas por muitos médicos, mas, sobretudo pelos próprios<br />

usuários dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, obrigando a medicina a realinhar sua prática e seus valores na atual conjuntura. Objetivo:apresentar<br />

os resultados da inserção <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> Antropologia no eixo habilida<strong>de</strong>s, ministrado no curso <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> uma faculda<strong>de</strong><br />

particular <strong>de</strong> Vitória/ES. Metodologia: utilização <strong>de</strong> textos <strong>de</strong> apoio, dinâmicas <strong>de</strong> grupo e exibição <strong>de</strong> filmes como disparadores <strong>de</strong><br />

discussão. Resultados: Os temas abordados no eixo são: relação médico/paciente, ética/bioética; biossegurança; prontuário médico e<br />

anamnese. Uma leitura antropológica do eixo habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>staca algumas peculiarida<strong>de</strong>s da condição humana, enfatizando elementos<br />

do existir que apontam para a complexida<strong>de</strong> presente no homem. A faculda<strong>de</strong> do ‘pensar’ é apontada como central no contexto da<br />

prática clínica, por neutralizar boa parte <strong>de</strong> erros e <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rações pelo ‘outro’, tão comuns na medicina tecnicista e mercadológica. O<br />

tema da ética aparece como norte para todas as discussões do eixo e como baliza para a humanização da assistência. Quanto à percepção<br />

dos alunos, observamos que nos momentos iniciais da abordagem eles não conseguem ainda visualizar o que é discutido em sala <strong>de</strong><br />

aula como algo que fará parte permanente <strong>de</strong> seu cotidiano como médico(a). Conclusão: Por trazerem <strong>de</strong> antemão uma visão técnica da<br />

medicina, os alunos ten<strong>de</strong>m a estranhar o teor das discussões. Todavia, com o tempo isso diminui, sobretudo, se essa abordagem vem<br />

acoplada com situações vivenciadas no cotidiano, apontando à instrumentalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse conhecimento, uma vez que eles percebem<br />

que tal enfoque não se limita a ser uma mera discussão esvaziada <strong>de</strong> aplicação prática, mas uma importante ferramenta a ser utilizada<br />

em vários momentos <strong>de</strong> sua ativida<strong>de</strong> como futuro profissional da medicina.<br />

Importância da Monitoria <strong>de</strong> Fisiologia para os Estudantes da UFAM<br />

Me<strong>de</strong>iros, DB 36<br />

Oliveira, GF 36<br />

Libório, SRM 36<br />

Lima, AR 36<br />

Cardoso, MVC 36<br />

Albuquerque, JC 36<br />

Introdução: Com o objetivo <strong>de</strong> aprimorar o <strong>de</strong>senvolvimento acadêmico do discente, através do tripé pesquisa, ensino e extensão,<br />

as monitorias existem como opção útil para o aluno. Amonitoria <strong>de</strong> fisiologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas (UFAM) tem<br />

atendido a esse requisito, através <strong>de</strong> diversas ativida<strong>de</strong>s didáticas. Objetivo: Relatar as ativida<strong>de</strong>s realizadas durante um período na<br />

monitoria <strong>de</strong> Fisiologia da UFAM. Métodos: Os monitores são ensinados a lecionar os assuntos da matéria. O enriquecimento vem também<br />

através da pesquisa <strong>de</strong> artigos científicos <strong>de</strong> fisiologia e exposição para os <strong>de</strong>mais monitores e professores. Há também a realização<br />

<strong>de</strong> aulas práticas. Para o auxílio dos alunos, os monitores se comprometem a dar revisões <strong>de</strong> todos os módulos da matéria. Resultados:<br />

O benefício foi evi<strong>de</strong>nte para os monitores que fixaram os assuntos <strong>de</strong> forma bastante eficaz, e apren<strong>de</strong>ram a transmitir o conteúdo para<br />

os <strong>de</strong>mais alunos contribuindo <strong>de</strong> forma auxiliar para o aprendizado dos módulos da disciplina. Os monitores foram preparados para a<br />

ativida<strong>de</strong> docente e se atualizaram bastante quanto à fisiologia humana, através da apresentação <strong>de</strong> artigos científicos recentes, contribuindo<br />

para o crescimento científico da universida<strong>de</strong>. As ativida<strong>de</strong>s práticas serviram como método alternativo <strong>de</strong> lecionar fisiologia,<br />

visando o melhor aprendizado da disciplina. Conclusões: As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> monitoria em muito contribuem para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

acadêmico dos monitores, crescimento científico da universida<strong>de</strong> além <strong>de</strong> ser muito útil para os alunos do período em andamento. A<br />

monitoria <strong>de</strong> fisiologia vem atuando nesse sentido, através do treinamento <strong>de</strong> discentes em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino e atualizações acerca<br />

das ciências fisiológicas.<br />

35 UNIVIX - Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

36 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

214<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Discussão <strong>de</strong> Problemas em Ginecologia e Obstetrícia (DPGO). Uma Experiência <strong>de</strong> 9<br />

Anos com Problematização Inserida em um Currículo Tradicional<br />

Silva, AF 37<br />

B. Júnior, CA 37<br />

Pinto, ALT 37<br />

Introdução: Incluir uma metodologia ativa baseada em problematização <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma Instituição com currículo tradicional<br />

baseado em disciplinas no intuito <strong>de</strong>senvolver a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> raciocínio clínico discente utilizando-se <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> problematização.<br />

Objetivos: Integrar os diferentes conteúdos da disciplina <strong>de</strong> Tocoginecologia sobre uma ótica mais dinâmica e que estimulasse a leitura<br />

e o raciocínio clínico através <strong>de</strong> uma técnica que <strong>de</strong>nominamos Discussão <strong>de</strong> problemas em Ginecologia e Obstetrícia(DPGO). Método:<br />

Durante o Curso <strong>de</strong> Tocoginecologia, o aluno tem 7 passagens por essa metodologia, on<strong>de</strong> o tutor elabora um ou mais casos clínicos,conjugando<br />

o conteúdo discutido ao longo do curso e temas <strong>de</strong> áreabásicaindispensáveisparaacompreensãodoconteúdodocurso.Antes<br />

<strong>de</strong> cada DPG0, eles recebem o(s) caso(s) com algumas perguntas as quais eles respon<strong>de</strong>m individualmente sendo <strong>de</strong>pois discutido<br />

em grupo sobre a supervisão do tutor. Acada DPGO se atribui uma nota que será utilizada no cálculo da média final do aluno.<br />

Conclusão: Na nossa experiência <strong>de</strong> 9 anos com a metodologia, tanto os alunos quanto os tutores avaliam <strong>de</strong> forma positiva, como uma<br />

técnica <strong>de</strong> estímulo ao estudo individual e melhor fixação do conteúdo administrado.<br />

Uso da Simulação no Ensino da Semiologia Médica – o Olhar do Aluno<br />

Quilici, AP 38<br />

Abrão, KC 38<br />

Machado, MPC 38<br />

Abud, MB 38<br />

Timerman, S 38<br />

Introdução: O ensino superior nas profissões da área da saú<strong>de</strong> e, em especial, o ensino da Medicina, pela sua própria natureza,<br />

caracteriza-se por gran<strong>de</strong> dinamismo. Nesse contexto, o emprego <strong>de</strong> simulações clínicas permite ao aluno inúmeras possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

aperfeiçoamento na formação como médico. Objetivo: Avaliar a contribuição das técnicas <strong>de</strong> simulação <strong>de</strong> anamnese e exame físico no<br />

aprendizado da semiologia médica, sob o ponto <strong>de</strong> vista do aluno. Metodologia: Foram enviados questionários aos alunos do segundo<br />

ano do curso médico <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> privada, cuja metodologia <strong>de</strong> ensino da semiologia engloba técnicas <strong>de</strong> simulação <strong>de</strong> anamnese<br />

com atores; simulação do exame físico em manequins apropriados e também simulação aluno-com-aluno. As questões versavam<br />

sobre a contribuição <strong>de</strong> tais técnicas na aprendizagem da anamnese e exame físico. Para cada questão apresentada, os alunos po<strong>de</strong>riam<br />

classificar o aspecto mencionado como: ótimo, bom, regular ou fraco. Resultados: Dos 96 alunos do segundo ano, 61 (63,5%) retornaram<br />

os questionários. Houve boa avaliação da experiência com simulação, sendo que em relação às técnicas <strong>de</strong> anamnese, 85% respon<strong>de</strong>ram<br />

que a contribuição foi boa ou ótima. Nas questões sobre exame físico em manequins e aluno-com-aluno, 90% e 95%, respectivamente,<br />

classificaram como boa ou ótima. Sobre o uso <strong>de</strong> checklists <strong>de</strong> exame físico, 88,5% dos alunos referiram sentir-se mais seguros<br />

em simular o exame físico utilizando tais recursos nas aulas práticas. O auxílio da simulação para o entendimento da aplicabilida<strong>de</strong> prática<br />

<strong>de</strong> conceitos obtidos em aulas teóricas foi avaliada como boa ou ótima por 82% dos estudantes. Apesar disso, apenas 47% dos<br />

alunos relataram que as aulas com simulação os estimulavam para estudo posterior. Conclusão: Do ponto <strong>de</strong> vista do aluno, houve<br />

avaliação positiva da contribuição das técnicas <strong>de</strong> simulação no ensino da semiologia médica.<br />

37 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

38 Universida<strong>de</strong> Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil.<br />

215<br />

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As Ativida<strong>de</strong>s do Núcleo Acadêmico e Novas Abordagens para a Complementação<br />

Curricular<br />

Furquim, L 39<br />

Dutra, PL 39<br />

Bordin, ML 40<br />

Wajner, A 41<br />

Razera, JC 40<br />

Mendonça, M 39<br />

Introdução: Aformação <strong>de</strong> um médico requer aprendizagem e compreensão <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> compêndio <strong>de</strong> informações. Apesar<br />

da extensa carga horária e das recentes mudanças curriculares, as Faculda<strong>de</strong>s ainda apresentam <strong>de</strong>ficiências na sua gra<strong>de</strong> curricular,<br />

não conseguindo suplantar todo conteúdo científico necessário para uma melhor formação médica. Em vista disso, surgiu o Núcleo<br />

Acadêmico do Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (SIMERS) para suprir as carências dos estudantes <strong>de</strong> medicina e tentar prepará-los<br />

para o futuro mercado <strong>de</strong> trabalho. Objetivos: aprimorar o conhecimento <strong>de</strong> conteúdos médicos através <strong>de</strong> cursos e ativida<strong>de</strong>s<br />

científicas, incentivar a iniciação científica e a participação em congressos, servindo como alternativa <strong>de</strong> abordagem a temas pouco explorados<br />

durante a graduação das faculda<strong>de</strong>s médicas. Além disso, promover o conhecimento dos direitos da classe médica e dos acadêmicos<br />

<strong>de</strong> medicina, propiciando um ambiente <strong>de</strong> discussão acerca <strong>de</strong> temas relacionados ao ensino médico. Métodos:ONúcleoAcadêmico<br />

proporciona aos estudantes <strong>de</strong> medicina um espaço fora da universida<strong>de</strong> congregando acadêmicos <strong>de</strong> várias faculda<strong>de</strong>s do<br />

Estado para a elaboração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s científicas sem o apoio da indústria farmacêutica e <strong>de</strong> cursos com temas sugeridos pelos próprios<br />

acadêmicos; além da elaboração <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> iniciação científica e a participação em congressos e encontros estudantis. Resultados:<br />

Des<strong>de</strong> 2007, realização <strong>de</strong> 21 ativida<strong>de</strong>s científicas e <strong>de</strong> 3 cursos como <strong>de</strong> ECG e <strong>de</strong> noções financeiras palestradas por profissionais renomados<br />

da área médica. Participação <strong>de</strong> 5 Congressos <strong>de</strong> Educação Médica e <strong>de</strong> Medicina Hospitalar regionais, nacionais e até mesmo<br />

internacionais. Conclusões: O Núcleo Acadêmico, realizando ativida<strong>de</strong>s extracurriculares, está contribuindo para preencher as<br />

lacunas da formação médica. Dessa forma, torna-se uma ferramenta <strong>de</strong> disseminação <strong>de</strong> conhecimento médico, proporcionando aos<br />

estudantes <strong>de</strong> medicina uma maior preparação teórica e uma melhor visão das realida<strong>de</strong>s que o futuro profissional enfrentará.<br />

A Avaliação como Estratégia <strong>de</strong> Aprendizagem<br />

Matsushita, MM 42<br />

Matsushita, GM 42<br />

Nakamura, AS 42<br />

Lazarini, CA 42<br />

Gazetta, APN 42<br />

Introdução: “É péssimo ser avaliado por outros, mas é ótimo se auto-avaliar”. Com esta premissa, apresentada em uma palestra<br />

sobre telemedicina, lançou-se um <strong>de</strong>safio para os estudantes na forma <strong>de</strong> avaliação pela internet. Ao conseguir respon<strong>de</strong>r corretamente<br />

todas as questões o estudante foi bonificado na média. Objetivos: Relatar a percepção dos docentes se a premissa apresentada é verda<strong>de</strong>ira,<br />

utilizando-se a internet, como estímulo para estudo. Metodologia: Por um ano, alunos das 2ª e 3ª séries da disciplina <strong>de</strong> Anatomia<br />

Patológica do curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília – UNIMAR foram incentivados a realizar uma avaliação não obrigatória,<br />

pela internet. Essa avaliação utilizou um banco <strong>de</strong> dados com 466 perguntas elaboradas pelos professores <strong>de</strong>sta disciplina na forma<br />

<strong>de</strong> testes <strong>de</strong> múltipla escolha. Um programa selecionava 20 questões aleatórias daquele banco <strong>de</strong> dados, que envolviam tanto temas<br />

curriculares da disciplina como não curriculares (temas do cotidiano, incluindo músicas, filmes e personagens <strong>de</strong> livros). Uma alternativa<br />

“não sei” era ainda oferecida ao aluno, po<strong>de</strong>ndo este lançar mão <strong>de</strong>ste recurso até três vezes em cada prova. Não havia limite no número<br />

<strong>de</strong> avaliações que cada aluno po<strong>de</strong>ria fazer, mas a disponibilida<strong>de</strong> da mesma era limitada a uma semana. As avaliações foram rea-<br />

39 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RG, Brasil.<br />

40 Pontifícia Universida<strong>de</strong> do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

41 Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

42 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília, Marília, São Paulo, Brasil.<br />

216<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


lizadas em 5 momentos distintos, com média <strong>de</strong> 100,4 alunos inscritos em cada momento. Resultados: Realizaram-se 3974 avaliações<br />

(média 794,8), das quais 168 tiveram todas as questões certas (média 33,6). Conclusões: A premissa parece verda<strong>de</strong>ira. A reação dos estudantes<br />

frente ao <strong>de</strong>safio sugere que uma avaliação po<strong>de</strong> ser um processo estimulante, e não <strong>de</strong>sgastante. Curiosamente, alguns<br />

alunos continuaram a fazer provas mesmo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> terem obtido a bonificação. Outro fato que surpreen<strong>de</strong>u foi a inicitativa dos<br />

estudantes na realização <strong>de</strong> fóruns on-line para discutir as questões. Um aspecto negativo, entretanto, foi a “compra” <strong>de</strong> resultados por<br />

alguns estudantes.<br />

Formação Pedagógica <strong>de</strong> Preceptores do Internato Médico: Ampliando Conteúdos e<br />

Conceitos na Reflexão da Prática<br />

Passos, M 43<br />

Brant, V 43<br />

Monteiro, D 43<br />

Leher, E 43<br />

Cerqueira, MP 43<br />

Missaka, H 43<br />

Introdução: Aexperiência é produto do projeto Formação pedagógica dos formadores dos profissionais da saú<strong>de</strong>: a preceptoria<br />

dos Internatos em questão que visa promover a capacitação pedagógica por meio <strong>de</strong> um curso na modalida<strong>de</strong> semi-presencial que usa<br />

como estratégia a metodologia da problematização. A dinâmica implementada é a proposição <strong>de</strong> situações-problema com questões<br />

norteadoras e disparadoras da busca ativa <strong>de</strong> textos sobre os temas que a situação envolve. O curso é <strong>de</strong>senvolvido em três módulos sobre<br />

os eixos temáticos educação, trabalho e saú<strong>de</strong>. Ao final <strong>de</strong> cada módulo são elaboradas sínteses individuais e coletivas, abrangendo<br />

os conteúdos e textos estudados. Objetivos: i<strong>de</strong>ntificar nas sínteses as origens dos textos usados pelos participantes, na tentativa <strong>de</strong> situar<br />

o processo <strong>de</strong> apropriação do campo da educação em saú<strong>de</strong>. Método: das sínteses individuais foram recortadas as referências e<br />

i<strong>de</strong>ntificadas e classificadas as fontes dos textos usados. Resultados: No primeiro módulo 59,26% das referências utilizadas tratavam<br />

especificamente do ensino <strong>de</strong> medicina à beira do leito. No segundo e no terceiro módulos 86,75% e 59,73%, respectivamente, dos textos<br />

consultadostinhamorigememoutroscampos<strong>de</strong>saber.Conclusões: Com base nos resultados numéricos e na evolução conceitual verificadas<br />

nas sínteses, é possível afirmar que o curso <strong>de</strong> formação pedagógica para preceptores do internato médico proporcionou a apropriação<br />

do campo da educação em saú<strong>de</strong>, ampliando o olhar <strong>de</strong>stes profissionais para questões dos eixos propostos no curso (educação,<br />

trabalho e saú<strong>de</strong>). Não se trata do abandono das fontes <strong>de</strong> consulta específicas da área médica, mas da incorporação <strong>de</strong> autores,<br />

conteúdos e conceitos <strong>de</strong> outros campos <strong>de</strong> saber que qualificam a reflexão da prática <strong>de</strong>stes profissionais.<br />

Importância da Inserção do Curso <strong>de</strong> Dissecação Humana na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Goiás (UFG)<br />

Carrijo, ENA 44<br />

Fiuza, T S 44<br />

Con<strong>de</strong>, BNS 44<br />

Carneiro, MA 44<br />

Lopes, TMO 44<br />

Siqueira, LB 44<br />

Introdução: A dissecação do cadáver humano, prática indispensável na formação geral e especializada dos médicos e instrumento<br />

fundamental na didática médica, foi retirada da graduação no curso <strong>de</strong> medicina da UFG, após reforma curricular em 2003. Em<br />

virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa lacuna na formação curricular, o Curso <strong>de</strong> Dissecação do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> morfologia (DMORF) surgiu como uma oportunida<strong>de</strong><br />

para os alunos <strong>de</strong> medicina apren<strong>de</strong>r as técnicas <strong>de</strong> dissecação, tão importantes na prática cirúrgica. Objetivos: Verificar a importância<br />

da dissecação na formação médica profissional, no <strong>de</strong>senvolvimento da habilida<strong>de</strong> manual e correlação entre as estruturas<br />

anatômicas e as imagens dos atlas. Métodos: 14 alunos do Curso <strong>de</strong> Dissecação foram entrevistados através <strong>de</strong> um questionário conten-<br />

43 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

44 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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do questões subjetivas abordando: (1) a contribuição do curso no conhecimento anatômico, (2) a correlação entre os atlas e as peças anatômicas,<br />

(3) a influência do curso no <strong>de</strong>senvolvimento da habilida<strong>de</strong> manual e no manuseio <strong>de</strong> instrumentos cirúrgicos e (4) a influência<br />

e/ou contribuição do curso na formação acadêmica. Resultados: 92,85% dos alunos respon<strong>de</strong>ram que o curso ampliou os conhecimentos<br />

anatômicos e permitiu revisão sistemática da disciplina <strong>de</strong> anatomia, e um participante relatou que a contribuição foi pequena <strong>de</strong>vido<br />

à curta duração do curso. Todos os alunos revelaram ter aprimorado a habilida<strong>de</strong> manual e a <strong>de</strong>streza com instrumentos cirúrgicos e<br />

consi<strong>de</strong>raram a correlação entre os atlas e as peças anatômicas como fundamental para reconhecimento e preservação <strong>de</strong> estruturas. De<br />

acordo com os entrevistados, o curso foi mais direcionado para as ativida<strong>de</strong>s cirúrgicas (42,85%), seguido <strong>de</strong> pesquisa e estudos anatômicos<br />

(28,57%). 70,42% dos alunos respon<strong>de</strong>ram que o curso estimulou a busca individualizada do conhecimento. Conclusões:Conclui-se<br />

que o Curso <strong>de</strong> Dissecação é um importante instrumento na complementação dos estudos anatômicos, com influência tanto na<br />

vida acadêmica quanto na escolha profissional.<br />

Utilização da Representação Artística como Intrumento <strong>de</strong> Reflexão e Expressão <strong>de</strong><br />

Conceitos e Percepções em Saú<strong>de</strong> pelos Estudantes <strong>de</strong> Medicina.<br />

Garcia, JNR 45<br />

Neves, ML 45<br />

Marangoni, MA 45<br />

Introdução: O uso <strong>de</strong> artes em medicina tem sido reportado com o intuito <strong>de</strong> sensibilizar e discutir a prática médica, em especial<br />

no que diz respeito à relação médico-paciente. A dramaturgia tem sido a arte mais utilizada, tanto através da visualização <strong>de</strong> filmes,<br />

como pela dramatização <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> atendimento. Autilização <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos e colagens ainda é restrita como ferramenta <strong>de</strong> incentivo<br />

à reflexão e <strong>de</strong> ensino. Objetivo: O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é mostrar a utilização <strong>de</strong> colagens e <strong>de</strong>senhos como instrumento para expressão<br />

e reflexão sobre percepções e conceitos em saú<strong>de</strong> pelos alunos do curso <strong>de</strong> medicina. Metodologia: Os alunos foram convidados<br />

à refletir e expressar seus conceitos e percepções à respeito <strong>de</strong>: conceito <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, conceito <strong>de</strong> doença, fatores que influenciam a saú<strong>de</strong><br />

e a doença, como intervir nos problemas levantados e o que é vigilância sanitária, qual seu papel e como e on<strong>de</strong> atua. Foram fornecidos<br />

materiais (cartolinas, papéis, revistas, cola, lápis coloridos, canetas hidrográficas e fitas a<strong>de</strong>sivas) para a realização <strong>de</strong> colagem e <strong>de</strong>senhos<br />

à mão livre. Os alunos foram divididos em grupos por afinida<strong>de</strong> com 6 participantes. Cada ativida<strong>de</strong> contemplou um dos temas<br />

propostos e teve a duração <strong>de</strong> 4 horas. Após a construção, os trabalhos foram expostos em sala <strong>de</strong> aula e as idéias contidas, frutos da reflexão<br />

do grupo, foram explicadas. Aexposição permaneceu por 2 semanas. Resultados:Houveaprodução<strong>de</strong>12trabalhosporaula.O<br />

grupo mostrou gran<strong>de</strong> comprometimento, interesse e satisfação em participar da ativida<strong>de</strong>. Este projeto evi<strong>de</strong>nciou a importância do<br />

trabalho em grupo e do respeito entre os colegas e incentivou a reflexão e discussão <strong>de</strong> aspectos muito relevantes à atuação médica.<br />

Conclusão: A utilização da representação artística dos conceitos e percepções a respeito <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> envolve, motiva e leva à reflexão os<br />

alunos do curso <strong>de</strong> medicina e <strong>de</strong>ve ser prática encorajada.<br />

Monitoria <strong>de</strong> Fisiologia da UFAM: Preparando Aulas Práticas<br />

Libório, SRM 46<br />

Lima, AR 46<br />

Oliveira, GF 46<br />

Oliveira, SLV 46<br />

Maron, SMC 46<br />

Andra<strong>de</strong> , FWP 46<br />

Introdução: A Monitoria <strong>de</strong> Fisiologia tem como finalida<strong>de</strong> ser um importante instrumento <strong>de</strong> apoio docente e incentivo à docência<br />

do ensino superior. Uma das ativida<strong>de</strong>s obrigatórias da monitoria é auxiliar os professores na preparação das aulas práticas.<br />

Objetivos: Preparar aulas práticas para os alunos da disciplina <strong>de</strong> fisiologia, aumentando o conhecimento teórico e prático dos monitores.<br />

Métodos: Sob direção da orientadora da monitoria, os monitores preparam os materiais que serão utilizados. De acordo com o correr<br />

do curso, aulas práticas referentes aos módulos do sistema nervoso, sistema endócrino, sistema cardiovascular e sistema respirató-<br />

45 Universida<strong>de</strong> do Oeste Paulista, Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte, SP, Brasil.<br />

46 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manuas, AM, Brasil.<br />

218<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


io são auxiliadas pelos monitores. As aulas são organizadas em três partes: uma pequena parte teórica, uma parte prática e uma prova<br />

sobre o assunto ministrado. Resultados: As aulas práticas permitem aos monitores um alargamento <strong>de</strong> suas bases teóricas e práticas do<br />

conteúdo das ciências fisiológicas. Os monitores ganham também uma maior segurança, acostumando-se a preparar e ministrar aulas.<br />

Além disso, as aulas práticas proporcionam, aos alunos que cursam a disciplina, a visualização da fisiologia na prática, facilitando assimafixaçãodoconteúdoteórico.Conclusões:<br />

A realização <strong>de</strong> aulas práticas pelos monitores é <strong>de</strong> fundamental importância para os<br />

alunos que cursam a disciplina, acabando com a comum separação teórico-prática existente na mente dos acadêmicos. Além disso, a<br />

preparação e o oferecimento das aulas acrescenta muito aos monitores, tanto em segurança para ministrar aulas teóricas e práticas,<br />

como em bases teóricas para suas ativida<strong>de</strong>s na monitoria e durante toda a vida acadêmica e médica.<br />

Avaliação do Curso <strong>de</strong> Medicina Através da Sistematização das Ativida<strong>de</strong>s<br />

Extracurriculares Auxiliando na Construção do Currículo Novo<br />

Moraes, LR 47<br />

Bonito, RF 47<br />

Cardoso, AAL 47<br />

J. Neto, AD 47<br />

Introdução:O presente projeto preten<strong>de</strong> organizar melhor as Ativida<strong>de</strong>s Complementares do curso <strong>de</strong> graduação em Medicina<br />

da FAMED/UFU, estimulando docentes e discentes a buscarem tais ativida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> modo a promover a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tal<br />

curso. Objetivos:Sendo assim, este trabalho tem como principal objetivo investigar, no curso <strong>de</strong> Medicina da FAMED – UFU, as vivências,<br />

peculiarida<strong>de</strong>s e o papel das ativida<strong>de</strong>s extracurriculares na formação médica atual, visando contribuir com a melhoria do curso<br />

médico através da construção, na prática, do currículo novo; <strong>de</strong> uma maior autonomia dos discentes; do aumento da reflexão por parte<br />

dos docentes e discentes e da proposição <strong>de</strong> ações transformadoras ao Colegiado do curso. Método:Para isso, é necessária a criação <strong>de</strong><br />

uma comissão formada por discentes e docentes que registre e acompanhe as Ativida<strong>de</strong>s Complementares com vista ao novo currículo<br />

e à complementação do atual, bem como à proposição da consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s pela Comissão <strong>de</strong> Residência da<br />

FAMED/UFU. Resultados: Através da análise <strong>de</strong> questionários preenchidos pelos próprios alunos à respeito das ativida<strong>de</strong>s complementares<br />

que realizavam, foi possível ter-se uma visão geral das ativida<strong>de</strong>s extracurriculares <strong>de</strong>sempenhadas pelos alunos do 1º ao 9º<br />

período do curso <strong>de</strong> medicina da UFU, além <strong>de</strong> possibilitar uma análise das principais ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas em cada período e do<br />

perfil <strong>de</strong> cada sala. Por exemplo, nos primeiros períodos, a ativida<strong>de</strong> mais realizada pelos alunos foi esporte, a partir do 4º até o 8º período,<br />

a ativida<strong>de</strong> predominante foi a participação em Ligas acadêmicas e no 8ºe 9º períodos, a monitoria foi a ativida<strong>de</strong> mais realizada.<br />

Conclusão:. A análise <strong>de</strong>sses dados será útil à criação do novo currículo e à complementação do atual, além do que servirá também à<br />

Comissão <strong>de</strong> Residência da FAMED/UFU.<br />

O Ensino da Radiologia na Escola <strong>de</strong> Medicina com Currículo Modular<br />

Araújo, NEC 48<br />

Introdução: No currículo modular promove-se a integração entre as escolas médicas e o SUS. Este tem um papel fundamental<br />

como cenário, através da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Apresentamos nossa experiência curricular <strong>de</strong> integração ensinoaprendizado junto<br />

à UniFOA, no município <strong>de</strong> Volta Redonda - RJ. Objetivo: O ensino da radiologia atualmente ressalta a pouca atenção dada à assistência<br />

primária no curso <strong>de</strong> graduação. É fundamental, que sejam revistas as <strong>de</strong>cisões sobre o ensino clínicoradiológico, tendo em vista<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se adquirir conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s à assistência <strong>de</strong> pacientes extra-hospitalares. Métodos: Enten<strong>de</strong>mos que o<br />

ensino aprendizado em radiologia no currículo modular tem duas fases. A primeira: O Conhecimento Morfológico da Formação da<br />

Imagem. São os conhecimentos sobre as modificações morfológicas dos órgãos e estruturas, como resposta às doenças e a produção das<br />

imagens características que representam essas alterações, buscando uma estreita correlação entre a anatomia radiológica, e a radioanatomopatologia.<br />

A segunda fase, a busca pelo ensinoaprendizado será feita através da integração interdisplinar. Os pontos <strong>de</strong> partida<br />

47 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

48 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


são os temas escolhidos para gerar as Habilida<strong>de</strong>s Médicas. Resultados: O aprendizado é imediatamente colocado em prática no ambiente<br />

extrahospitalar em que se encontra, contribuindo formalmente com as Habilida<strong>de</strong>s Médicas propostas para aquele módulo. Conclusão:<br />

Essa metodologia <strong>de</strong> ensino promove a a<strong>de</strong>quada integração da Radiologia com as outras especialida<strong>de</strong>s evitando o<br />

diagnóstico expressivo das doenças somente através da opção por serviços <strong>de</strong> alta complexida<strong>de</strong> da medicina hospitalar.<br />

Utilização da Ativida<strong>de</strong> Lúdica “Escravos <strong>de</strong> Jó” para Sensibilização do Acadêmico <strong>de</strong><br />

Medicina sobre a Importância da Atuação Profissional em Equipe<br />

Garcia, JNR 49<br />

Neves, ML 49<br />

Marangoni, MA 49<br />

Introdução: “Escravos <strong>de</strong> Jó” é uma ativida<strong>de</strong> lúdica popular infantil caracterizada por canção rítmica e que integra gestual coor<strong>de</strong>nado<br />

e inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte entre os participantes do grupo. Consi<strong>de</strong>rando-se que a ativida<strong>de</strong> laborativa em saú<strong>de</strong> requer o trabalho<br />

integrado entre diversos atores envolvidos com a promoção da saú<strong>de</strong>, atuando <strong>de</strong> forma organizada, coor<strong>de</strong>nada e inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte,<br />

propos-se a utilização <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> lúdica para sensibilizar e discutir estes aspectos com o discente do curso <strong>de</strong> medicina. Objetivo:<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste relato é mostrar a utilização da ativida<strong>de</strong> lúdica “escravos <strong>de</strong> Jó” com a intenção <strong>de</strong> sensibilizar, promover a auto-reflexão<br />

e discutir sobre a importância do trabalho em equipe e <strong>de</strong> suas características principais. Metodologia: Os alunos foram orientados<br />

a se dividirem em grupos e a se sentarem em círculo munidos <strong>de</strong> um instrumento <strong>de</strong> julguem importante para realização <strong>de</strong> sua ativida<strong>de</strong><br />

laborativa. Aativida<strong>de</strong> foi explicada, garantindo a a<strong>de</strong>quada compreensão das regras e dinâmicas <strong>de</strong> “Escravos <strong>de</strong> Jó”. Durante a ativida<strong>de</strong>,<br />

cada evento ocorrido foi i<strong>de</strong>ntificado e os professores encorajaram a reflexão e discussão, fazendo uma analogia com situações<br />

semelhantes que ocorrem com a prática diária <strong>de</strong> trabalho em grupo. Resultados: Durante a ativida<strong>de</strong> os discentes perceberam a importância<br />

do acolhimento, da organização, do respeito com os colegas, da importância da li<strong>de</strong>rança, da compreensão dos diferentes ritmos<br />

<strong>de</strong> trabalho entre os envolvidos e as dificulda<strong>de</strong>s em incluir e excluir participantes <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> trabalho. Houve gran<strong>de</strong> comprometimento,<br />

interesse e satisfação em participar da ativida<strong>de</strong>. A principal dificulda<strong>de</strong> foi o <strong>de</strong>sconhecimento prévio, por gran<strong>de</strong><br />

parte dos alunos, da dinâmica da brinca<strong>de</strong>ira (ativida<strong>de</strong>) proposta. Conclusão: Autilização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s lúdicas, como esta, envolve e<br />

<strong>de</strong>sperta a reflexão dos alunos quanto aos diversos aspectos envolvidos no trabalho em grupo dos futuros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Animações Digitais como Ferramenta <strong>de</strong> Ensino em Imunobiologia<br />

Pérez, R 50<br />

Caputo, A 51<br />

Graciolli, T 50<br />

Amaral, VF 50<br />

Introdução: a ampla difusão da informática nos últimos anos tem influenciado todas as áreas do conhecimento, na criação <strong>de</strong><br />

softwares educativos, expandindo e difundindo informações, produzindo controvérsias e incentivando novas formas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

materiais <strong>de</strong> ensino. A apresentação <strong>de</strong> hipertextos e <strong>de</strong> imagens precisa aten<strong>de</strong>r aos quesitos <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação visual, tornando-se atrativos<br />

e compreensíveis aos alunos, além <strong>de</strong> permitirem que cada indivíduo, ao acessar a apresentação, tenha a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ‘navegar’<br />

da forma que <strong>de</strong>sejar, respeitando o seu tempo <strong>de</strong> aprendizagem (Tarouco et al., 2005). Uma mudança qualitativa no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem<br />

acontece quando conseguimos integrar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma visão inovadora todas as tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais,<br />

as textuais, as orais, musicais, lúdicas e corporais (Moran et al., 2000). Objetivo: confeccionar um material <strong>de</strong> apoio didático<br />

através <strong>de</strong> objetos digitais para a aula sobre migração celular durante a inflamação e <strong>de</strong>senvolver estratégias para seu uso pedagógico.<br />

Métodos: a equipe <strong>de</strong> trabalho contou com um docente/pesquisador da área <strong>de</strong> Imunologia, um monitor bolsista, e dois estudantes/pesquisadores<br />

um <strong>de</strong> medicina e outro <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho Industrial. As tecnologias aplicadas para o <strong>de</strong>senvolvimento da animação envolveram<br />

o uso <strong>de</strong> softwares <strong>de</strong> autoria (FlashMX®) e <strong>de</strong> editor <strong>de</strong> imagem (Photoshop®). Após a aula teórica, apresentou-se o ví<strong>de</strong>o e<br />

49 Universida<strong>de</strong> do Oeste Paulista, Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte, SP, Brasil.<br />

50 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

51 Universida<strong>de</strong> Gama Filho, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ,Brasil.<br />

220<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


foi aplicado um caso clínico relacionado ao tema. Aplicou-se, então, um questionário avaliativo para que os alunos pu<strong>de</strong>ssem mensurar<br />

a contribuição do ví<strong>de</strong>o na facilitação do aprendizado. Comparou-se também o índice <strong>de</strong> acerto na questão sobre o assunto na prova entre<br />

os que assistiram ou não o mo<strong>de</strong>lo. Resultados: após a aplicação <strong>de</strong>ste recurso tecnológico associado a estratégias pedagógicas, os<br />

acadêmicos tiveram melhor compreensão do conteúdo disciplinar que os que não receberam este apoio pedagógico. Conclusão:osresultados<br />

positivos incentivam a extensão <strong>de</strong>sta metodologia <strong>de</strong> suporte ao ensino-aprendizagem a outras disciplinas.<br />

A Importância da Discussão <strong>de</strong> Artigos Científicos na Monitoria <strong>de</strong> Fisiologia<br />

Oliveira, GF 52<br />

Libório, SEM 52<br />

Lima, AR 52<br />

Me<strong>de</strong>iros, DB 52<br />

Cardoso, MVC 52<br />

Silva, JCA 52<br />

Introdução: O Programa <strong>de</strong> Monitoria tem por objetivo iniciar discentes dos cursos <strong>de</strong> graduação nas diversas tarefas que compõem<br />

a docência <strong>de</strong> nível superior. Na monitoria <strong>de</strong> fisiologia várias ativida<strong>de</strong>s são realizadas como orientação acadêmica, auxílio nas<br />

aulas práticas, e entre elas, reuniões com apresentação e discussão <strong>de</strong> artigos científicos entre os monitores e professores orientadores.<br />

Objetivos: Aprofundar o conhecimento teórico na área das ciências fisiológicas, e <strong>de</strong>senvolver uma análise crítica entre os monitores,<br />

revisando temas específicos na literatura. Métodos: São realizadas reuniões mensais entre os monitores e os professores orientadores<br />

para a apresentação <strong>de</strong> artigos. É feita uma escala, <strong>de</strong> modo que cada monitor faça no mínimo duas apresentações durante o semestre.<br />

Estas po<strong>de</strong>m ser feitas a partir <strong>de</strong> artigos científicos, relatos <strong>de</strong> caso e artigos <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> literatura, todos <strong>de</strong> publicação recente, selecionados<br />

pelos orientadores, os quais abordam diversos temas relacionados a fisiologia humana. Após a apresentação do artigo é realizado<br />

discussão sobre o tema, <strong>de</strong>stacando novos achados, e <strong>de</strong>bate através <strong>de</strong> perguntas. Resultados: Os resultados obtidos são <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />

qualitativa, no qual os monitores apren<strong>de</strong>m a ler e analisar um artigo científico com senso crítico, saber apresentar os seus principais resultados<br />

e discutir a sua relevância atual. Conclusões: Muitos benefícios são adquiridos através <strong>de</strong>sta prática no programa <strong>de</strong> monitoria,<br />

<strong>de</strong> forma a contribuir para o processo ensino-aprendizagem e na graduação dos acadêmicos, que além <strong>de</strong> adquirir conhecimento científico,<br />

apren<strong>de</strong>m a como apresentar um trabalho e analisá-lo <strong>de</strong> forma crítica.<br />

Dengue e Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina: Avaliando o Conhecimento sobre o Tratamento <strong>de</strong>sta<br />

Patologia<br />

Bezerra, PRA53 Maia, RCL53 Ferreira, BRS53 Ga<strong>de</strong>lha, MAD53 Melo, IFS53 Matias, MS53 Introdução: Surtos repetidos <strong>de</strong> Dengue em várias cida<strong>de</strong>s brasileiras têm causado preocupação tanto em gestores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

quanto na população em geral. Um bom grau <strong>de</strong> conhecimento no tratamento <strong>de</strong>sta doença permite que sejam evitadas mortes, principalmente<br />

em locais com pequena disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos. Objetivos: Avaliar a assimilação e evolução do conhecimento <strong>de</strong> acadêmicos<br />

<strong>de</strong> Medicina sobre o tratamento da Dengue nos 8 primeiros semestres do curso. Métodos: Aplicação <strong>de</strong> questionário a 286 (<strong>de</strong> um<br />

total estimado em 600) acadêmicos <strong>de</strong> Medicina cursando do 1º ao 8º semestre, em Maio e Junho <strong>de</strong> 2008. Os participantes assinalaram<br />

como verda<strong>de</strong>ira ou falsa 4 sentenças (itens) que versavam sobre o tratamento da doença. Os dados obtidos foram entrecruzados e classificados,<br />

utilizando os programas Excel versão 2003 e Epi Info versão 6.04. Resultados: 64,3% dos participantes acertaram todos os<br />

itens. Participantes a partir do 4º semestre obtiveram média <strong>de</strong> acerto superior a 75% <strong>de</strong> todas as sentenças. Os itens “Apenas pacientes<br />

com hipotensão <strong>de</strong>vem receber hidratação imediata” e “Antitérmicos e analgésicos são usados no tratamento”, ambos falsos, obtiveram<br />

taxa <strong>de</strong> acerto mínima <strong>de</strong> 75,8% e 76,2% respectivamente. O item falso “Antiinflamatórios não hormonais, como Salicilatos, são<br />

52 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

53 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


usados no tratamento” foi o que obteve maior índice <strong>de</strong> acerto com percentagem <strong>de</strong> 89% no total. Conclusões: O Módulo Abordagem<br />

do Paciente e Bases Fisiopatológicas e Terapêuticas das Principais Síndromes, ministrado no 4º semestre, é muito importante para a assimilação<br />

dos conhecimentos acerca do tratamento da Dengue, comprovando-se isso com o alto índice <strong>de</strong> acerto <strong>de</strong> acadêmicos que<br />

cursam a partir <strong>de</strong>sse semestre. O elevado índice <strong>de</strong> acerto do item “Antiinflamatórios não hormonais, como Salicilatos, são usados no<br />

tratamento”, inclusive nos semestres mais incipientes, po<strong>de</strong> ser atribuído à forte vinculação da mídia na contra-indicação <strong>de</strong> medicamentos<br />

que contém essa substância em casos <strong>de</strong> suspeita <strong>de</strong> Dengue.<br />

Integração entre Disciplinas Básicas e a Prática Aplicada. Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Pimentel Filho, FR54 Navarro, CM54 Costa, HFA54 Silva, RCR54 Marangoni, MA54 Introdução: Classicamente as ciências básicas fazem parte dos anos introdutórios dos cursos médicos. Elas teriam a função <strong>de</strong><br />

preparar o indivíduo para a<strong>de</strong>quada compreensão das doenças e suas manifestações quando os alunos forem iniciados na prática clínica.<br />

Esta dicotomia acaba afastando o interesse dos alunos da compreensão dos mecanismos fisiológicos, patológicos e farmacológicos<br />

envolvidos na atuação clínica, levando à formação <strong>de</strong> médicos repetidores <strong>de</strong> condutas padronizadas frente a diagnósticos clássicos e<br />

evitando a percepção <strong>de</strong> características próprias entre os diversos indivíduos, o que reduz a eficácia da atuação profissional. Objetivo:<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é mostrar a experiência do <strong>de</strong>senvolvimento do núcleo <strong>de</strong> integração básico-aplicada da disciplina <strong>de</strong> clínica<br />

médica, que visa discutir e integrar os aspectos clínicos, fisiológicos, patológicos e farmacológicos <strong>de</strong> síndromes clínicas muito prevalentes.<br />

Metodologia: Durante o nono e décimo semestre do curso <strong>de</strong> medicina os alunos participam, durante quatro horas semanais, <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong> integrativa sobre as temáticas: hipertensão arterial, emergência hipertensiva, tramboembolismo pulmonar, insuficiência cardíaca<br />

congestiva, insuficiência coronariana e dislipi<strong>de</strong>mias. Estas reuniões congregam alunos e os professores <strong>de</strong> fisiologia, patologia,<br />

farmacologia e clínica médica, quando ocorre a apresentação <strong>de</strong> casos clínicos que são seguidos por discussão e breves exposições sobre<br />

a temática por cada um dos atores docentes envolvidos no processo. Resultados: Como resultado <strong>de</strong>sta integração, vimos <strong>de</strong>spertar no<br />

aluno a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integrar as diversas áreas <strong>de</strong> conhecimento médico e a importância da apreciação multidisciplinar para compreen<strong>de</strong>r<br />

a individualização da abordagem terapêutica. Além disso, levamos a uma valorização <strong>de</strong> disciplinas básicas do curso médico,<br />

muitas vezes discutidas fora do contexto em que são mais relevantes. A maior dificulda<strong>de</strong> do processo é a organização do encontro entre<br />

os docentes, o que foi contornado com a inclusão curricular da ativida<strong>de</strong> em dias e horárias previamente <strong>de</strong>terminados. Conclusão:<br />

A inclusão <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> integrativa é importante e <strong>de</strong>ve ser encorajada durante o curso <strong>de</strong> medicina.<br />

Liga Acadêmica <strong>de</strong> Imaginologia da UFJF (LAI – UFJF): uma Nova Concepção no Estudo<br />

<strong>de</strong> Imagem<br />

Costa, ACP 55<br />

Gomes, EV 55<br />

Pacheco, VB 55<br />

J. Filho, JIT 55<br />

C. Júnior, OP 55<br />

Nascimento, ACR 55<br />

Introdução: ALiga Acadêmica <strong>de</strong> Imaginologia, fundamentada em Maio <strong>de</strong> 2008, é uma associação <strong>de</strong> alunos da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina<br />

da UFJF, sem fins lucrativos, com o objetivo <strong>de</strong> aprofundamento dos estudos teóricos e práticos em Imaginologia associados à Clínica<br />

Médica, tendo sempre em vista o estudo da importância e <strong>de</strong>manda dos exames <strong>de</strong> imagem para a população e a compreensão, por parte da<br />

comunida<strong>de</strong> acadêmica, da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se avaliar corretamente um exame <strong>de</strong> imagem em qualquer área da medicina, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a atenção<br />

primária em saú<strong>de</strong> até áreas mais avançadas. Objetivos: Desenvolver ativida<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadas a uma ampla concepção <strong>de</strong> Universida<strong>de</strong>, contemplando<br />

o tripé: Extensão, Pesquisa e Ensino, enfocando aspectos relacionados às abordagens da Imaginolologia, através: Da capacitação<br />

54 Universida<strong>de</strong> do Oeste Paulista, Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte, Brasil.<br />

55 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


teórica e prática dos acadêmicos; Da atuação integrada e comprometida com a comunida<strong>de</strong>; Do fomento à produção científica. Método:As<br />

ativida<strong>de</strong>s iniciaram-se a partir da 1ª Jornada Acadêmica da LAI - UFJF, por meio da qual foram selecionados os <strong>de</strong>mais membros integrantes.<br />

Aliga <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s teóricas, práticas além <strong>de</strong> pesquisa. Aprogramação teórica é realizada <strong>de</strong> forma interativa, através da participação<br />

dos alunos na construção do conhecimento, evitando que se tornem meras exposições. Adinâmica <strong>de</strong> aprendizado é baseada na discussão<br />

<strong>de</strong> casos clínicos e artigos científicos relacionados ao tema Imaginologia e sempre orientada por um professor. As ativida<strong>de</strong>s práticas<br />

são <strong>de</strong>senvolvidas na forma <strong>de</strong> estágio nos serviços <strong>de</strong> radiologia do Hospital Universitário da UFJF e da Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> Juiz<br />

<strong>de</strong> Fora. Resultados:Comumano<strong>de</strong>fundaçãoaLigaagrega13integrantesqueparticipam <strong>de</strong> estágio, projetos <strong>de</strong> iniciação científica, e encontros<br />

quinzenais para estudos teóricos. Os projetos <strong>de</strong> extensão já estão escritos mais ainda não entraram em vigor. Conclusão:ALAI-<br />

UFJF constitui uma alternativa eficaz para aprofundar conhecimentos em Imaginologia.<br />

Transformação Curricular da Medicina: a Experiência <strong>de</strong> Implantação dos Cinco<br />

Primeiros Semestres na FMB/UFBA<br />

Solla, DJF 56<br />

Formigli, VL 56<br />

Schnitman, G 56<br />

Silva, LL 56<br />

Lima, MAG 56<br />

Introdução: o novo currículo da FMB/UFBAteve início em 2007 e foi aprovado pela Câmara <strong>de</strong> Graduação da UFBAem março<br />

<strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Objetivo: <strong>de</strong>screver o processo <strong>de</strong> implantação, tomando como referência as características <strong>de</strong>finidas para o novo projeto. Métodos:<br />

análise documental e <strong>de</strong> relatos <strong>de</strong> observação participante. Resultados: As principais características do novo projeto político-pedagógico<br />

são (i) Modularização e Integração. Houve a constituição <strong>de</strong> módulos interdisciplinares, com integração <strong>de</strong> conteúdos e<br />

práticas, e está ocorrendo maior articulação entre os ciclos básico e profissionalizante; (ii) Tendência à orientação por competências.<br />

Como passo preliminar, está se fazendo revisão e atualização dos objetivos, ementas e programas <strong>de</strong> todos os componentes curriculares;<br />

(iii) Dimensões Técnico-Científica, Ético-Humanística e <strong>de</strong> Formação em Pesquisa. O ensino técnico-científico foi acrescido do Eixo<br />

Ético-Humanístico, que se constitui num espaço <strong>de</strong> reflexão ético-social, e do Eixo <strong>de</strong> Formação em Pesquisa, que possibilitou a introdução<br />

precoce <strong>de</strong> ferramentas metodológicas <strong>de</strong> investigação; (iv) Inserção dos estudantes em campos <strong>de</strong> prática integrados ao SUS, especialmente<br />

na atenção básica. Os alunos estão atuando, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do curso, junto a comunida<strong>de</strong>s e unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família<br />

<strong>de</strong> Salvador; (v) Práticas pedagógicas que valorizem atitu<strong>de</strong> crítica e reflexiva pelo estudante, com diversificação <strong>de</strong> métodos, técnicas e<br />

ambientes <strong>de</strong> aprendizado. Houve introdução <strong>de</strong> estratégias pedagógicas mais dinâmicas e participativas em componentes curriculares<br />

do curso; (vi) Avaliação pedagógica como instrumento <strong>de</strong> acompanhamento sistemático da aprendizagem do aluno. O novo currículo<br />

alterou o processo avaliativo, com melhor elaboração dos instrumentos em alguns componentes curriculares. Conclusões:Asmudanças<br />

já trazem avanços na formação médica. Permanecem como <strong>de</strong>safios a conquista da a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> maior número <strong>de</strong> docentes e discentes<br />

ao processo, institucionalização dos mecanismos <strong>de</strong> gestão do novo currículo, capacitação pedagógica dos professores, aprofundamento<br />

da integração dos conteúdos curriculares e fortalecimento da articulação com os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Macro e Micropolítica da Transformação Curricular da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da<br />

Bahia/UFBA: Fatores Internos e Externos Re<strong>de</strong>finindo Limites e Possibilida<strong>de</strong>s<br />

Silva, LL 57<br />

Schnitman, G 57<br />

Lima, MAG 57<br />

Solla, DJF 57<br />

Formigli, VL 57<br />

Introdução: Processos <strong>de</strong> mudança das escolas médicas, inseridos num contexto histórico-político, são <strong>de</strong>terminados pela interação<br />

dinâmica entre elementos objetivos e subjetivos. Atransformação curricular da FMB/UFBAnão foge à regra. Objetivo: Apresen-<br />

56 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

57 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

223<br />

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tar a dinâmica política da transformação curricular da FMB/UFBA, consi<strong>de</strong>rando fatores internos e externos que têm impulsionado ou<br />

dificultado a efetivação <strong>de</strong> operações e re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> cenários. Método: Relato <strong>de</strong> experiência orientado por elementos do planejamento<br />

estratégico, utilizando como fontes <strong>de</strong> dados documentos produzidos pela FMB/UFBA, projeto CINAEM, Ministérios da Saú<strong>de</strong> e<br />

Educação. Resultados: São valorizados marcos históricos como o movimento da Reforma Sanitária, projeto CINAEM, nova LDB e Diretrizes<br />

Curriculares para o ensino <strong>de</strong> Medicina. Internamente, <strong>de</strong>stacam-se a greve estudantil e a criação <strong>de</strong> Grupo <strong>de</strong> Trabalho da<br />

Transformação Curricular, em 2004, a aprovação do projeto pelo PRÓ-SAUDE, em 2005 e, em 2006, a construção técnica e política da<br />

transformação curricular, com início do novo currículo em 2007. Desafios têm sido enfrentados, como a conformação do novo Projeto<br />

Político Pedagógico e sua aprovação na Câmara <strong>de</strong> Graduação da UFBA; a participação docente, discente, <strong>de</strong> funcionários e das instâncias<br />

colegiadas e <strong>de</strong>partamentos; o enfrentamento do resultado da avaliação do ENADE, boicotado pelos estudantes; a avaliação pela<br />

comissão do MEC; a discussão para assinatura do Termo <strong>de</strong> Saneamento <strong>de</strong> Deficiências do MEC/SESu para a FMB/UFBA; a ampliação<br />

<strong>de</strong> parcerias junto às gestões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Conclusão: As inter-relações entre fatores internos e externos garantem vitalida<strong>de</strong> à transformação<br />

curricular da FMB/UFBA, re<strong>de</strong>finindo cotidianamente seus rumos. Estratégias têm sido necessárias para fortalecer o aspecto<br />

micropolítico e, no plano macro, consi<strong>de</strong>ra-se fundamental maior envolvimento da FMB com a re-estruturação do SUS/Bahia e<br />

Salvador, a fim <strong>de</strong> viabilizar campos <strong>de</strong> prática a<strong>de</strong>quados ao novo currículo.<br />

Ambiente Virtual <strong>de</strong> Aprendizagem: uma Estratégia para Incorporação da Informática no<br />

Currículo <strong>de</strong> Medicina<br />

Novaes, MA58 Machiavelli, JL58 Mello, M58 Coutinho, O59 Introdução: A informática médica é uma das práticas que se incorporou aos currículos <strong>de</strong> medicina num cenário <strong>de</strong> mudanças<br />

<strong>de</strong> paradigma, incluindo a informação, a comunicação e a inovação tecnológica como agentes <strong>de</strong> mudança. Ela tem o potencial <strong>de</strong> enriquecer<br />

a formação dos futuros profissionais ao prepará-los para um mercado <strong>de</strong> trabalho em que as tecnologias da informação e das comunicações<br />

são imprescindíveis para melhorar a assistência à população. Objetivo: Apresentar o Ambiente Virtual <strong>de</strong> Aprendizagem<br />

para Medicina (AVAMED), criado para docentes e discentes do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco. Métodos:<br />

O projeto para criação do AVAMED foi elaborado pelos professores da disciplina <strong>de</strong> Informática em Saú<strong>de</strong>, aprovado pela coor<strong>de</strong>nação<br />

do curso <strong>de</strong> medicina e custeado com recursos do Pró-Saú<strong>de</strong>, conforme o previsto no eixo C (vetor mudança metodológica) e na ativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> otimização dos recursos metodológicos para fortalecer o processo ensino-aprendizagem. Utilizou-se o Moodle como ferramenta<br />

para implementação. Resultados: O AVAMED passou a funcionar em julho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, quando se iniciou a sensibilização dos professores<br />

para incentivar sua utilização em todos os módulos do curso. Atualmente, o AVAMED encontra-se em processo <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> conteúdo<br />

e tem previsão <strong>de</strong> ser utilizado por quatro disciplinas em <strong>2009</strong>.2. Conclusões: Espera-se certa resistência para utilização do<br />

AVAMED, principalmente entre docentes acostumados com técnicas convencionais <strong>de</strong> ensino. Mas se reconhece que seu uso po<strong>de</strong>rá<br />

trazer inúmeros benefícios, como: integrar objetos multimídia, os quais enriquecerão os conteúdos das disciplinas; disponibilizar permanentemente<br />

conteúdos em qualquer local com acesso à Internet; facilitar o gerenciamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s; implementar ativida<strong>de</strong>s<br />

extra-classe; sistematizar cursos e promover a interação entre os usuários do sistema (coor<strong>de</strong>nadores, docentes, discentes e monitores).<br />

Acredita-se que a incorporação <strong>de</strong> novas tecnologias no dia a dia dos docentes e discentes contribuirá na melhoria do currículo do curso<br />

e na formação dos futuros profissionais.<br />

58 Núcleo <strong>de</strong> Telesaú<strong>de</strong> – NUTES, Recife, PE, Brasil; Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

59 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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Como Tirar Nota Máxima na Avaliação Curricular para as Provas <strong>de</strong> Residência?<br />

Chehuen Neto, JA60 Araújo, FCC60 Bicalho, TC60 Resen<strong>de</strong>, LO60 Balbi, GGM60 Introdução: Durante o curso <strong>de</strong> graduação, o acadêmico <strong>de</strong> medicina tem acesso a ativida<strong>de</strong>s extracurriculares, que são importantíssimas<br />

para a construção <strong>de</strong> um currículo capaz <strong>de</strong> conseguir a nota máxima no processo seletivo para a Residência Médica. Mas<br />

quão informados estão os estudantes <strong>de</strong> medicina a respeito <strong>de</strong>ssa importância? Como estas ativida<strong>de</strong>s são avaliadas na entrevista?<br />

Objetivos: Apurar o grau <strong>de</strong> informação e o status atual na formação <strong>de</strong> currículo para a argüição na entrevista no concurso <strong>de</strong> residência<br />

médica, fornecendo um roteiro fundamental para excelente pontuação, em diversas instituições. Métodos: Pesquisa do tipo aplicada,<br />

natureza original, objetivo exploratório, procedimento <strong>de</strong> campo e abordagem quali-quantitativa. De maio a junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong> aplicamos<br />

um questionário em 212 alunos do 3º, 5º e 9º períodos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFJF. Resultados: 45,75% dos estudantes <strong>de</strong>clararam<br />

ter baixo conhecimento sobre o processo seletivo da residência médica. Amaior parte das informações sobre esse tema são obtidas<br />

<strong>de</strong> fontes não oficiais: 75,94% citaram os colegas <strong>de</strong> curso, e 33,49% a internet, constituindo-se assim as duas principais fontes. Os<br />

professores foram citados em apenas 15,57% dos questionários. Conclusões: É preocupante a qualida<strong>de</strong> das informações obtidas sobre<br />

a avaliação curricular. AFaculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, através <strong>de</strong> seus professores, po<strong>de</strong>ria ser a principal formadora <strong>de</strong> opinião neste campo<br />

<strong>de</strong> interesse, assumindo uma postura proativa. O status do conhecimento dos alunos sobre o processo <strong>de</strong> avaliação é baixo. Há uma <strong>de</strong>sinformação<br />

generalizada, com grave distorção quanto ao que diz saber e o que realmente conhece sobre o tema. O mo<strong>de</strong>lo atual <strong>de</strong><br />

avaliação curricular é complexo e <strong>de</strong>talhista, abrindo brechas para diferentes pontuações num mesmo item do currículo. Há uma<br />

dissociação entre a política estatal, <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> médicos generalistas, e o perfil <strong>de</strong> interesse do acadêmico, que quase em sua<br />

totalida<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> ingressar em uma especialização.<br />

Descrição da Rotina da Monitoria da Disciplina <strong>de</strong> Técnica Operatória e Cirurgia<br />

Experimental da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Bahia<br />

Santos, HM 61<br />

Men<strong>de</strong>s, RRS 61<br />

Mendonça, LES 61<br />

Araújo, LL 61<br />

Cunha, GC 61<br />

Introdução: A disciplina <strong>de</strong> Técnica Operatória e Cirurgia Experimental (TOCE), da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral da Bahia (UFBA), com o intuito <strong>de</strong> investir no aperfeiçoamento dos seus alunos e monitores, têm passado constantemente por<br />

repaginações das técnicas <strong>de</strong> ensino e produção científica. Objetivos: Apresentar a experiência <strong>de</strong> ensino empregada na monitoria da<br />

disciplina <strong>de</strong> TOCE, na faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFBA, avaliando sua eficácia e aplicabilida<strong>de</strong>. Métodos: A rotina da monitoria <strong>de</strong><br />

TOCE é constituída <strong>de</strong> encontros semanais <strong>de</strong> todo o grupo <strong>de</strong> professores-orientadores e monitores, nos quais são discutidos os problemas,<br />

revisadas as técnicas <strong>de</strong> ensino e as temáticas que serão abordadas durante as aulas semanais da disciplina. Nesse momento, os<br />

monitores também têm a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer mais profundamente técnicas <strong>de</strong> confecção <strong>de</strong> trabalhos científicos e bases em Estatística.<br />

Semanalmente, ainda, grupos menores <strong>de</strong> monitores se encontram a fim <strong>de</strong> aperfeiçoar e uniformizar as técnicas <strong>de</strong> ensino a serem<br />

empregadas durante as aulas para os monitorandos, além <strong>de</strong> discutirem a confecção <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> revisão sistemática sobre temas<br />

escolhidos livremente. No início e ao término <strong>de</strong> cada semestre letivo, os monitores são submetidos à avaliação sobre temas que serão/foram<br />

abordados durante o período. Resultados: As notas obtidas pelos monitores na avaliação realizada ao final do semestre letivo<br />

<strong>de</strong>monstram que há um ganho do conhecimento dos mesmos acerca dos assuntos abordados. Além disso, a gran<strong>de</strong> maioria dos mo-<br />

60 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

61 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

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nitores concorda que a confecção <strong>de</strong> trabalhos científicos, como as revisões sistemáticas, é uma ativida<strong>de</strong> bastante positiva. Conclusões:<br />

Nossa experiência sugere que as reuniões semanais, bem como a ambientação com conteúdos em produção científica e o estímulo às<br />

práticas <strong>de</strong> ensino, são maneiras importantes <strong>de</strong> fomentar o aprofundamento científico dos monitores. Constituem-se, <strong>de</strong>sse modo,<br />

ferramentas fundamentais na formação <strong>de</strong> futuros pesquisadores e professores das próximas gerações <strong>de</strong> médicos.<br />

Método Decisões Clínicas e Oficinas Diagnósticas (DC/OD): Por Que Não?<br />

Magalhães, LVB 62<br />

Fernan<strong>de</strong>s, PT 62<br />

Junqueira, FEF 62<br />

Bastos, RR 63<br />

Li, LM 62<br />

Introdução: na imensa maioria das escolas médicas brasileiras, o componente teórico é ministrado através do mo<strong>de</strong>lo tradicional<br />

(aulas expositivas, seminários e discussões <strong>de</strong> “casos <strong>de</strong> livro”). Há um grupo minoritário <strong>de</strong> escolas que utiliza a aprendizagem baseada<br />

em problemas (ABP ou PBL). Poucas são as alternativas factíveis a estas propostas, que sabidamente têm inúmeras <strong>de</strong>svantagens<br />

em nosso meio. Objetivo: apresentar à comunida<strong>de</strong> discente e docente uma terceira opção para o componente teórico da graduação<br />

médica, o método “<strong>de</strong>cisões clínicas e oficinas diagnósticas (DC/OD)”. Métodos: apresentação, fundamentação e resultados preliminares<br />

do método DC/OD, com dados obtidos <strong>de</strong> questionários, preenchidos por alunos do 4o ano <strong>de</strong> medicina da FCM/Unicamp, <strong>de</strong><br />

modo voluntário e anônimo. Resultados: o mo<strong>de</strong>lo DC/OD se inicia pela <strong>de</strong>finição da proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> um tema (que atenda às diretrizes<br />

curriculares). A seguir, o docente edita um caso real usando a técnica do inci<strong>de</strong>nte crítico (as “Decisões Clínicas”), contornando os<br />

viéses dos casos tradicionais (especialida<strong>de</strong>, coleta <strong>de</strong> dados, rarida<strong>de</strong>s/casos clássicos, <strong>de</strong>cisões e o viés do conhecimento factual). O<br />

caso é divulgado com antecedência, e há referências (melhores evidências científicas disponíveis) para embasar as respostas dos alunos.<br />

Estas serão apresentadas numa ampla discussão. Em seguida, é feita a oficina diagnóstica (OD) sobre o tema cuja necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado<br />

foi levantada a partir da DC. AOD é um programa <strong>de</strong> construção do conhecimento, com recursos áudio – visuais. Há um gabarito<br />

ao final, repleto <strong>de</strong> pós-referências. Vantagens constatadas: ótima aceitabilida<strong>de</strong>, praticida<strong>de</strong> (po<strong>de</strong> ser feito em uma única disciplina<br />

ou módulo), baixo custo, formação <strong>de</strong> clínicos-docentes e <strong>de</strong> indivíduos pró – ativos (estímulo à prática informativa e avaliativa do<br />

exercício profissional). Como <strong>de</strong>svantagens, é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> logística (pequenos grupos), <strong>de</strong> motivação docente e comprometimento<br />

discente. Conclusões: o método DC/OD parece ser uma alternativa viável aos mo<strong>de</strong>los existentes, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo principalmente <strong>de</strong><br />

motivação docente para ser implementado.<br />

A Aprendizagem nos Currículos com Metodologia Ativa e seus Resultados na Formação<br />

Médica: uma Concepção Docente.<br />

Almeida, EG 64<br />

Batista, NA 65<br />

Introdução: A expansão <strong>de</strong> escolas médicas que tem adotado currículos com metodologia ativa (PBL) em parte é <strong>de</strong>corrente da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> formar profissionais com perfil diferenciado, com habilida<strong>de</strong>s crítica e comunicacional, capazes <strong>de</strong> resolver problemas multidimensionais<br />

e com compromisso social. Esta nova abordagem <strong>de</strong> aprendizagem vem sendo acompanhada <strong>de</strong> calorosa discussão e tem suscitado<br />

inúmeras pesquisas a cerca <strong>de</strong> seus resultados na formação. É justo investigar as concepçõespercepções que perpassam a aprendizagem<br />

ativa com vistas à formação médica. Objetivos: Investigar na ótica dos docentes a aprendizagem na dinâmica dos currículos com metodologias<br />

ativas com vistas à formação médica. Métodos: A abordagem qualitativa nesta pesquisa voltou-se para a aprendizagem ativa (PBL) e a<br />

formação, no dia a dia da universida<strong>de</strong>, buscou compreen<strong>de</strong>r os significadossentidos das concepções docentes. Dois instrumentos <strong>de</strong> investi-<br />

62 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

63 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

64 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil; Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Montes Claros, Montes Claros, MG,Brasil.<br />

65 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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gação: questionário que permitiu a análise situacional e entrevista semi-estruturada, que aprofundou nos dados. Os dados do questionário<br />

foram tabulados e expressos em gráficos e percentis Likert. A entrevista gravada e transcrita integralmente e submetida à análise <strong>de</strong> conteúdo.<br />

Resultados: Aaprendizagem ativa é reconhecida pelos docentes como base para atuação profissional futura. Na análise do núcleo direcionador,<br />

aprendizagem ativa e formação médica emergiram seis categorias <strong>de</strong> campo: Desenvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s para educação permanente,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemas, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s para o trabalho em equipe, <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> raciocínio, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s relacionado com a prática médica propriamente dita e geração <strong>de</strong><br />

capacida<strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quada. Os resultados foram finalizados e iniciamos o diálogo com a literatura pertinente. Conclusões: Esta pesquisa, ao<br />

apreen<strong>de</strong>r as concepções docentes sobre a aprendizagem ativa que têm orientado os currículos para a formação médica, po<strong>de</strong> produzir novos<br />

saberes, entendimentos e reconhecimentos da repercussão <strong>de</strong>sta na formação profissional, além <strong>de</strong> possibilitar comparações com outros<br />

métodos educacionais ou sua melhor caracterização e <strong>de</strong>lineamento.<br />

Aplicabilida<strong>de</strong> das Metodologias Ativas na Visão do Corpo Docente dos Cursos <strong>de</strong><br />

Medicina das Duas Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>de</strong> São Luís- MA<br />

Coelho, LC 66<br />

Gomes, MAC 66<br />

Coan, CF 67<br />

Souza, LC 67<br />

Gonçalves, NN 66<br />

Coelho LV 66<br />

Introdução: Propõe-se atualmente para a educação médica, uma formação comprometida com o processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> um<br />

novo paradigma em saú<strong>de</strong>. Neste contexto, as instituições formadoras são convidadas a mudarem suas práticas pedagógicas. Destaca-se<br />

nesse cenário a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). O docente nessa perspectiva, <strong>de</strong>nominado tutor, necessita <strong>de</strong>senvolver<br />

novas habilida<strong>de</strong>s, como a vonta<strong>de</strong> e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> permitir ao discente participar ativamente <strong>de</strong> seu processo <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

Objetivos: Caracterizar o corpo docente quanto a sua visão sobre a aplicabilida<strong>de</strong> da metodologia ABP e comparar as variáveis<br />

entre docentes do curso <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> duas instituições, em São Luís-Ma. Métodos: Estudo <strong>de</strong>scritivo prospectivo que avaliou a aplicabilida<strong>de</strong><br />

da ABP com os docentes, do segundo período dos cursos <strong>de</strong> medicina das instituições privada e pública em São Luís, Maranhão,<br />

no período <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2007 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008. Foram coletados dados que avaliaram a visão dos docentes sobre as metodologias<br />

ativas, através <strong>de</strong> questionário, mediante assinatura <strong>de</strong> termo <strong>de</strong> consentimento. Resultados: Dos 22 docentes incluídos na pesquisa,<br />

12 eram da instituição privada e 10 da pública. Particular: 10% referiram um melhor aprendizado com a metodologia aplicada, na pública<br />

50%. Na particular, 90% disseram que a metodologia estimula o conhecimento por meio da pesquisa, na pública, 75%. Todos os docentes<br />

das duas instituições concordaram que o método propicia o trabalho em grupo. Noventa por cento dos professores da particular<br />

citaram que a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimento era suficiente para um bom aprendizado, enquanto na pública, 25%; com relação à quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conhecimento, a maioria, tanto da particular (60%) quanto da pública (25%) respon<strong>de</strong>ram ser suficiente. Conclusões:Amaioria<br />

dos professores consi<strong>de</strong>ra a ABP uma metodologia motivadora. Vários pontos positivos foram citados como a facilida<strong>de</strong> no<br />

aprendizado, estímulo a pesquisa, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança e trabalho em grupo.<br />

66 Centro Universitário do Maranhão, São Luis, MA, Brasil.<br />

67 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão, São Luis, MA, Brasil.<br />

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Aprendizagem Baseada em Problemas: Aplicabilida<strong>de</strong> na Visão dos Alunos dos Cursos <strong>de</strong><br />

Medicina das Duas Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>de</strong> São Luís- MA<br />

Gomes, MAC68 Coelho, LC68 Gonçalves, NN68 Souza, LC69 Coan, CF69 Coelho LV68 Introdução: Aeducação médica teve <strong>de</strong> ser repensada, através dos anos, tendo em vista as necessida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong> e o preparo <strong>de</strong><br />

novos médicos com conhecimento e habilida<strong>de</strong>s articulados aos novos <strong>de</strong>safios. Em metodologias ativas, como a Aprendizagem Baseada<br />

em Problemas (APB), o estudante precisa assumir um papel cada vez mais ativo, <strong>de</strong>scondicionando-se da atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> mero receptor <strong>de</strong> conteúdos,<br />

buscando conhecimentos relevantes aos problemas e aos objetivos da aprendizagem. Objetivo: Verificar a aplicabilida<strong>de</strong> da ABPna visão<br />

dos discentes e comparar as variáveis entre os alunos dos cursos <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> duas instituições, em São Luís-MA. Métodos:Estudo<br />

<strong>de</strong>scritivo prospectivo que avaliou a aplicabilida<strong>de</strong> da ABP com os discentes, do segundo período dos cursos <strong>de</strong> medicina das instituições<br />

privada e pública em São Luís, Maranhão, no período <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2007 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008. Foram coletados dados que avaliaram a visão dos<br />

alunos sobre as metodologias ativas, através <strong>de</strong> questionário, mediante assinatura <strong>de</strong> termo <strong>de</strong> consentimento. Resultado: Foram entrevistados<br />

95 alunos, 52 da instituição privada e 43 da pública. Setenta e sete por cento dos alunos da particular referiram ter facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r<br />

com a metodologia, na pública, 51%. Amaioria dos discentes <strong>de</strong> ambas instituições disseram que a metodologia aplicada estimula o conhecimento<br />

por meio da pesquisa. Na particular, 97% dos alunos concordaram que o método propicia a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho em grupo, na<br />

pública, 84%. Sessenta e três por cento dos discentes da pública e 75% da particular respon<strong>de</strong>u que o método propicia a auto-aprendizagem.<br />

A maioria dos alunos da particular (69%) e da pública (84)% referiram que a metodologia aplicada permite o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

no grupo. Conclusão: O corpo discente das duas instituições consi<strong>de</strong>rou a ABP uma metodologia que estimula a auto-aprendizagem, estimula<br />

a pesquisa, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança e o trabalho em grupo.<br />

Abordando a Declaração <strong>de</strong> Óbito Durante a Graduação em Medicina<br />

Thomazini, L.M70 Araújo, AN70 Ribeiro, AS70 Lírio, M70 Faria, RA70 Neves, NMBC70 Introdução: O correto preenchimento da <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> óbito (DO) é importante não só por tratar-se do documento-padrão para a coleta<br />

das informações sobre mortalida<strong>de</strong> do Brasil, mas também por seu caráter jurídico, sendo indispensável para a lavratura da Certidão <strong>de</strong><br />

Óbito. Contudo, tem-se verificado que os atestados não estão sendo corretamente preenchidos. Em São Paulo, no período 1962/1963, uma<br />

avaliação da qualida<strong>de</strong> da DO observou que apenas 5,5% dos atestados tinham seqüência lógica e todos os itens preenchidos. Também verificou<br />

que somente 67,6% dos atestados continham a verda<strong>de</strong>ira causa básica. Um estudo sobre mortalida<strong>de</strong> neonatal realizado em Maceió nos<br />

anos 2001 e 2002 observou que em 22% dos casos o médico não assinalou se o óbito foi fetal, além <strong>de</strong> não completar campos como sexo e ida<strong>de</strong><br />

materna. Objetivo: Abordar a importância do conhecimento sobre DO durante a graduação médica. Métodos: Relato <strong>de</strong> experiência sobre<br />

introdução do tema no currículo da disciplina <strong>de</strong> Ética Médica e Bioética da Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública. Resultados:Este<br />

conteúdo foi introduzido há dois anos no currículo da disciplina, por perceber que o mesmo não era abordado em nenhum outro momento<br />

da graduação. Apesar <strong>de</strong> esta abordagem ocorrer no início do curso médico, foi possível apresentar aos alunos as <strong>de</strong>finições “causas <strong>de</strong> morte”<br />

e “causa básica <strong>de</strong> morte” contidas na Constituição da Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, gerando importantes discussões e reflexões entre<br />

68 Centro Universitário do Maranhão, São Luis, MA, Brasil.<br />

69 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão, São Luis, MA, Brasil.<br />

70 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

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os alunos. Segundo o Ministério da Saú<strong>de</strong>, o correto preenchimento da DO é um imperativo ético. No entanto, dados da literatura referem<br />

sub-registro e preenchimento ina<strong>de</strong>quado das DO, embora as normas <strong>de</strong>vessem ser do conhecimento obrigatório <strong>de</strong> todos os médicos. Conclusão:<br />

Iniciativas como esta são importantes pois permitem a reflexão <strong>de</strong> temas <strong>de</strong> relevância pública e ajudam a diminuir a lacuna existente<br />

na capacitação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no país.<br />

Avaliação do Uso-Benefício do Acervo Bibliográfico e Outros Materiais Didáticos no Setor<br />

<strong>de</strong> Histologia e Embriologia Humanas da UFC<br />

Dantas, GC 71<br />

Nogueira, EA 71<br />

Matos, GDN 71<br />

Ponte, AML 71<br />

Vasconcelos, GC 71<br />

Oliveira, ES 71<br />

Introdução: A disciplina <strong>de</strong> Histologia e Embriologia Humanas é conhecida por seus vários métodos <strong>de</strong> ensino, fazendo o aluno<br />

uso <strong>de</strong> muitos meios <strong>de</strong> aprendizado. É importante avaliar o <strong>de</strong>sempenho dos estudantes atrelado aos materiais que estes utilizam.<br />

Objetivos: Mostrar quais materiais didáticos são mais usados pelos discentes, bem como uma avaliação individual <strong>de</strong>stes, visando saber<br />

quais necessitam inovações. Expor sugestões que melhorem o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Métodos: Foram utilizados questionários<br />

com 9 questões objetivas, aplicados nos cursos <strong>de</strong> Medicina e Enfermagem no final do semestre, po<strong>de</strong>ndo, assim, obter uma<br />

melhor avaliação da disciplina. No total, 81 estudantes respon<strong>de</strong>ram ao questionário, 48 da Medicina e 33 da Enfermagem. Resultados:<br />

Quanto aos materiais mais utilizados para o aprendizado, 56% dos alunos afirmam ser o livro texto e 25% usam mais sites <strong>de</strong> histologia.<br />

Com esse perfil, a média do <strong>de</strong>sempenho dos discentes na disciplina foi 8,1. Em escala <strong>de</strong> 0-5, o livro texto foi avaliado em 4,0; as aulas<br />

em 3,7 e as gincanas e revisões dos monitores em 4,6. Quanto às sugestões para melhorar as aulas, 62% querem implementação <strong>de</strong> melhores<br />

recursos <strong>de</strong> imagens nas práticas. 91% utilizam sites para estudo e 74% usam o site dos monitores. Destes, 60% avaliam-no didático<br />

e com informações suficientes e 37% afirmam ser didático, mas com informações insuficientes. Conclusão: Observamos que o livro<br />

texto é o mais utilizado, existindo também uma parcela significativa que utiliza mais os sites e gincanas. De um modo geral, avaliação<br />

do livro texto, das aulas e revisões dos monitores foi satisfatória. Para melhorá-las, a maioria <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o uso <strong>de</strong> ‘‘data show’’ nas práticas.<br />

O site feito pelos monitores precisa ser mais divulgado e acrescentado mais informações para enriquecê-lo, <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong><br />

porcentagem <strong>de</strong> estudantes que o utilizam.<br />

Importância dos Laboratórios <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Clínicas para a Formação Acadêmica<br />

Santiago, AE 72<br />

Andra<strong>de</strong>, LM 72<br />

Santiago, LE 72<br />

Ferreira, SAK 72<br />

Rosa, DC 72<br />

Lamas, CVD 72<br />

Introdução: Laboratórios <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Clínicas (LHC) são espaços para treinamento específico <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> entrevista e<br />

exame físico, criados em 1999. Até março/2008 integravam a disciplina <strong>de</strong> semiologia no 4º e 5º períodos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora (UFJF) e a partir <strong>de</strong> então implantou-se o projeto <strong>de</strong> universalização dos LHC, objetivando estendê-los<br />

aos períodos que antece<strong>de</strong>m o internato. Atualmente foram implantados nos três primeiros períodos. Objetivos:Prepararoaluno<br />

da graduação <strong>de</strong> forma generalista, <strong>de</strong>senvolvendo suas habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> entrevista e exame físico; estabelecer ligação entre os ciclos<br />

básico e profissionalizante. Método: Os LHC foram divididos <strong>de</strong> acordo com o conteúdo ministrado em cada um dos períodos. A“Des-<br />

71 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

72 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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coberta dos membros superiores e inferiores” acompanha o conteúdo da anatomia do 1° período e integra a disciplina <strong>de</strong> “Introdução à<br />

Prática Médica”; no 2º temos “A Descoberta Neurológica”, complementando a disciplina <strong>de</strong> “Atenção Primária à Saú<strong>de</strong>” e acompanhando<br />

neuroanatomia e neurofisiologia; a “Descoberta Cardiovascular” integra e acompanha a fisiologia do 3º período; os Laboratórios<br />

do 4º abordam a fundoscopia e o aparelho respiratório, e do 5° o “Exame Físico <strong>de</strong> Abordagem”, ambos complementando a semiologia.<br />

A partir do 6º período serão aplicados “Laboratórios Diagnósticos”, <strong>de</strong> acordo com as disciplinas dos períodos correspon<strong>de</strong>ntes.<br />

Resultado: Os LHC já implementados abordaram temas osteomusculares, neurológicos e cardiovasculares, familiarizando o aluno do<br />

ciclo básico com a rotina médica, tornando o curso mais atrativo. Assim, foi notório o interesse dos alunos pelo projeto e pelas disciplinas<br />

que o complementam. Além disso, o método clínico ensinado gradualmente, oferece ao aluno maior tempo <strong>de</strong> treinamento e<br />

fixação, resultando em excelentes <strong>de</strong>sempenhos nas avaliações. Conclusão: Os LHC <strong>de</strong>spertaram maior <strong>de</strong>dicação dos alunos não só<br />

na disciplina <strong>de</strong> semiologia, o que é <strong>de</strong> extrema importância para uma execução do método cínico e formação acadêmica satisfatórias.<br />

Administração e Planejamento no Currículo Médico: Avaliação da Experiência da<br />

Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Pelotas (UCPEL), RS<br />

Chatkin, MN 73<br />

Lopes, CLS 73<br />

Farias, JC 73<br />

Carvalho, GA 73<br />

Oliveira, SS 73<br />

Menezes, L 73<br />

Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos <strong>de</strong> Medicina indicam, entre as competências a serem<br />

<strong>de</strong>senvolvidas pelo profissional médico, a administração e o gerenciamento da força <strong>de</strong> trabalho, dos recursos físicos, materiais e <strong>de</strong> informação,<br />

da mesma forma que <strong>de</strong>vem estar aptos a ser empreen<strong>de</strong>dores, gestores, empregadores ou li<strong>de</strong>ranças na equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O<br />

curso <strong>de</strong> Medicina da UCPel, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001, vem implantando alterações no projeto pedagógico para alcançar a formação <strong>de</strong>sejada do<br />

egresso. Foi criada a disciplina Administração e Planejamento em Saú<strong>de</strong> com o objetivo <strong>de</strong> proporcionar oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências nesta área. Objetivos: <strong>de</strong>screver o processo <strong>de</strong> implantação da disciplina e a sua primeira<br />

avaliação ao final do primeiro semestre. Métodos: A disciplina, teórico-prática, foi integrada ao currículo em <strong>2009</strong>/1. Ao final do semestre<br />

foi solicitado aos alunos uma avaliação sobre a mesma. Os professores avaliaram a disciplina durante reuniões docentes. Resultados:<br />

Nas aulas teóricas são ministrados conteúdos pertinentes e na tutoria, a partir <strong>de</strong> relatórios <strong>de</strong> atendimentos trazidos pelos acadêmicos,<br />

é <strong>de</strong>batida a organização do sistema, i<strong>de</strong>ntificando falhas e propondo atitu<strong>de</strong>s que possam dinamizar o processo <strong>de</strong> evolução<br />

do paciente <strong>de</strong>ntro da hierarquia do SUS. Os alunos <strong>de</strong>monstraram reconhecimento da importância <strong>de</strong> conhecer os conteúdos propostos,<br />

sugestão <strong>de</strong> maior integração dos tópicos teóricos nas tutorias, alguns acharam as discussões repetitivas, pois “os problemas do<br />

SUS são sempre os mesmos”, e sensação <strong>de</strong> impotência perante os mesmos. Conclusões: A proposta da disciplina é inovadora e uma<br />

forma dinâmica <strong>de</strong> construir um conhecimento a respeito <strong>de</strong> administração e gestão em saú<strong>de</strong>, no entanto, as avaliações mostraram que<br />

faltam subsídios teóricos para as discussões na tutoria, que po<strong>de</strong>riam ser sanados pelas aulas teóricas.<br />

73 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.<br />

230<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


“Kinsey Dialoga com Freud que Dialoga com Foucault”: Estratégia <strong>de</strong> Ensino da<br />

Sexualida<strong>de</strong> Humana na Disciplina <strong>de</strong> Psicologia Médica no Curso <strong>de</strong> Medicina em Ouro<br />

Preto, Minas Gerais<br />

Junho, BT 74<br />

Prais, HAC 74<br />

Introdução: Há ainda bastantes lacunas no ensino da sexualida<strong>de</strong> humana na formação médica. Tais lacunas repercutem em uma<br />

inabilida<strong>de</strong> no reconhecimento e tratamento dos transtornos sexuais, bem como na formação <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> médica com insuficiente<br />

compreensão do tema e <strong>de</strong> seus elementos estruturadores e ou <strong>de</strong>sestruturadores do aparato psíquico, tanto na vida do médico em formação<br />

quanto do paciente. O contato com as diferentes teorias sobre o assunto po<strong>de</strong>, e <strong>de</strong>ve ser abordado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da formação médica, visandoàpromoçãodasaú<strong>de</strong>sexual.Objetivo:<br />

construir um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino da sexualida<strong>de</strong> humana baseado na compreensão <strong>de</strong> sua complexida<strong>de</strong>,<br />

com o intuito <strong>de</strong> propiciar a formação da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> médica voltada à promoção da saú<strong>de</strong> sexual. Métodos: Utilizou-se a comparação<br />

dos pensamentos <strong>de</strong> Freud, Foucault e Kinsey sobre a sexualida<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> aulas expositivas, filmes e seminários. Resultados:observou-se<br />

uma boa compreensão das teorias abordadas <strong>de</strong> modo geral. Os alunos <strong>de</strong>monstraram maior familiarida<strong>de</strong> com os conceitos freudianos,<br />

bem como maior <strong>de</strong>senvoltura no entendimento das idéias <strong>de</strong> Kinsey. Maior dificulda<strong>de</strong> foi observada na assimilação das teorias <strong>de</strong><br />

Foucault. Conclusão: apesar <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s pontuais na compreensão das teorias acerca da sexualida<strong>de</strong> humana <strong>de</strong>senvolvidas por Freud,<br />

Kinsey e Foucault, pon<strong>de</strong>ra-se a importância <strong>de</strong> seu ensino na formação médica, visando à construção <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> médica e, por conseguinte,<br />

<strong>de</strong> uma relação médico-paciente menos dogmática e mais libertadora acerca da sexualida<strong>de</strong> humana.<br />

Importância do Treinamento Prático Após Mini-Curso <strong>de</strong> Primeiros Socorros e Prevenção<br />

<strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes, Promovido pelo Projeto Alfa-Manaus<br />

Iamut, MD 75<br />

Men<strong>de</strong>s, C 75<br />

Pinto, AL 75<br />

Tomaz, G 75<br />

Hada, AL 75<br />

Introdução: A cada seis meses, o projeto Alfa-Manaus promove um mini-curso <strong>de</strong> primeiros socorros para a comunida<strong>de</strong> em<br />

geral, a qual vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> leigos até profissionais da área da saú<strong>de</strong>. O mini-curso tem a duração <strong>de</strong> uma semana, na qual quatro dias são ministradas<br />

palestras e, no último dia, um treinamento prático, ambos ministrados pelos membros do projeto. Objetivo: O objetivo do treinamento<br />

prático é analisar, estatisticamente, o quão os expectadores apren<strong>de</strong>ram durante as palestras ministradas e, colocar em prática<br />

tudo o que sabem sobre os temas abordados durante o mini-curso. Métodos: Durante o treinamento prático, os membros do projeto<br />

Alfa-Manaus se fantasiam <strong>de</strong> vítimas politraumatizadas, utilizando recursos do próprio projeto, como máscaras, maquiagens, roupas<br />

velhas, material hospitalar e <strong>de</strong> improviso, entre outros. Esses se divi<strong>de</strong>m em bases, on<strong>de</strong> cada uma contém uma história diferente <strong>de</strong><br />

assuntos ministrados durante o mini-curso. A partir <strong>de</strong>ssas histórias, os participantes, divididos em grupos, vão colocar em ação o que<br />

apren<strong>de</strong>ram nas palestras, como se eles fossem os socorristas. Resultados: Para se obter o resultado almejado, são realizados dois testes:<br />

um antes e um após o treinamento prático. Foram avaliados 131 participantes, dos quais apenas 34% <strong>de</strong>les tiveram nota acima <strong>de</strong> cinco<br />

e, nenhum alcançou nota máxima, 10. No pós-teste esta porcentagem subiu para 98%, sendo que 10% conseguiram atingir nota máxima.<br />

Conclusão: Através <strong>de</strong>stes testes, chega-se a conclusão <strong>de</strong> que in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> quão boa é a palestra e o curso teórico, é<br />

através da prática que se po<strong>de</strong> notar um melhor aprendizado. Sem exercitar, não se conseguirá lembrar do que se apren<strong>de</strong>u na teoria,<br />

organizar as idéias e agir com rapi<strong>de</strong>z frente a uma situação real <strong>de</strong> primeiros-socorros.<br />

74 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

75 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

231<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Integração Ensino-Serviço-Usuário: Problematizando a Hipertensão e Diabetes<br />

Souza,E76 Watanabe,PD76 Silva,LC76 Francescantonio, ICCM76 Introdução: o curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás (UCG) referenciado nas Diretrizes Curriculares Nacionais<br />

paraaárea<strong>de</strong>saú<strong>de</strong>eaten<strong>de</strong>ndoaoperfildoprofissionalquese<strong>de</strong>seja formar, trabalha com metodologias ativas, e visa a inserção precoce<br />

do aluno na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a problematização <strong>de</strong> situações que serão enfrentadas, exercitando a ca<strong>de</strong>ia dialética <strong>de</strong> ação-reflexão-ação,<br />

seguindo o Arco <strong>de</strong> Maguerez. Objetivo: promover a integração do acadêmico nos programas e equipes da UABSF- Vila Mutirão,<br />

além <strong>de</strong> uma aproximação com o usuário portador <strong>de</strong> diabetes (DM) e/ou hipertensão arterial (HAS) Metodologia:osusuários<br />

foram divididos em três grupos <strong>de</strong> cinco pessoas que passaram por três oficinas: da PA, da Glicemia e do Prato. Foi feita a aferição da<br />

pressão arterial <strong>de</strong> cada usuário e no final explicado aos presentes o que era hipertensão, suas causas e consequências usando balões. Foi<br />

feita a glicemia em ponta <strong>de</strong> <strong>de</strong>do e orientações sobre diabetes e importância dos hábitos <strong>de</strong> vida saudáveis, focando principalmente na<br />

orientação alimentar usando a seguinte metodologia: em uma mesa no centro da sala foram colocadas figuras <strong>de</strong> vários alimentos e aos<br />

usuários foram entregues pratos. Em seguida, cada pessoa montou seu prato <strong>de</strong> acordo com a refeição habitual e posteriormente se discutiu<br />

sobre a qualida<strong>de</strong> e combinações dos alimentos colocados em cada prato Resultados: os usuários participaram ativamente das<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong>monstrando bastante interesse nas informações apresentadas e manifestaram disposição para seguir as<br />

orientações apresentadas. Os acadêmicos e funcionários da unida<strong>de</strong> trabalharam juntos e bem integrados. Conclusão: asoficinas<br />

problematizadoras proporcionaram um ambiente <strong>de</strong> trocas <strong>de</strong> experiências e conhecimentos entre os acadêmicos, funcionários da<br />

unida<strong>de</strong> e os usuários em um trabalho <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Estudo De Películas Radiológicas Em Aulas Práticas Como Estratégia Motivadora No<br />

Aprendizado Da Anatomia Humana<br />

Sucupira, DG 77<br />

Viana, RR 77<br />

Miranda, DPM 77<br />

Duarte, IC 77<br />

Freitas, JC 77<br />

Moura, JRSA 77<br />

Introdução: Tendo como <strong>de</strong>safio tornar o estudo da anatomia cada vez mais atual, prático e interessante em tempos <strong>de</strong> <strong>de</strong>svalorização<br />

<strong>de</strong> disciplinas tradicionais, realizou-se uma associação entre as aulas práticas <strong>de</strong> anatomia e estudo <strong>de</strong> material radiológico.<br />

Objetivos: Procurou-se avaliar se a integração <strong>de</strong> radiologia às aulas práticas <strong>de</strong> anatomia aumentou o interesse do estudante pela disciplina,<br />

questionando-se uma possível alteração da motivação dos discentes pelas aulas em questão. Foram, ainda, pesquisados como o<br />

estudante avalia sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar exames <strong>de</strong> imagem e sua percepção quanto à importância dos conhecimentos anatômicos<br />

em sua futura prática médica. Método: Aplicou-se um questionário a 52 alunos do segundo semestre <strong>de</strong> Medicina cursando o módulo<br />

<strong>de</strong> sistema gênito-urinário com perguntas relativas ao interesse pelo estudo da anatomia após uma aula prática <strong>de</strong> dissecação <strong>de</strong><br />

cadáveres, ministrou-se um aula prática <strong>de</strong> anatomia integrada à radiologia e após esta aplicou-se novamente questionário semelhante,<br />

o qual foi respondido por 33 alunos. Resultados: Observou-se uma elevação <strong>de</strong> 47,2% para 60,6% dos estudantes muito interessados<br />

pelo estudo da anatomia e <strong>de</strong> 50,9% para 81,8% dos estudantes com médio ou alto grau <strong>de</strong> motivação para participar das aulas práticas.<br />

Mais <strong>de</strong> 84% dos estudantes consi<strong>de</strong>ram alta a importância da anatomia na prática médica, e todos consi<strong>de</strong>ram <strong>de</strong> alta ou média importância<br />

a integração da radiologia nas aulas práticas, embora mais da meta<strong>de</strong> nunca ou raramente associem ambos estudos. 90,9% <strong>de</strong>les<br />

se sentiram mais motivados a estudar anatomia <strong>de</strong> forma integrada com a radiologia após a aula. Conclusão: Aintrodução <strong>de</strong> conceitos<br />

76 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

77 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

232<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


adiológicos se mostra extremamente eficiente em elevar o interesse pelo estudo da anatomia e a motivação para participar <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

pedagógicos tradicionais em práticas <strong>de</strong> estudo anatômico, sendo sua integração na metodologia <strong>de</strong> ensino extremamente necessária<br />

para tornar ainda mais atual é útil o estudo do cadáver.<br />

A Revalidação do Diploma Médico Estrangeiro na UFPA: Alguns Aspectos da Situação<br />

Curricular da População Demandante<br />

Monteiro, MRCC 78<br />

Brasil, LMBF 78<br />

Bahia, SHA 78<br />

Santos, SM 78<br />

Moreira, SFS 78<br />

Introdução: embora no Brasil estejam estabelecidas diretrizes curriculares para os cursos <strong>de</strong> medicina, mas não há uma normalização<br />

específica para a revalidação do diploma médico estrangeiro, ficando a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>sses critérios ao encargo das escolas médicas.<br />

Objetivo: consi<strong>de</strong>rando a necessida<strong>de</strong> em estabelecer critérios <strong>de</strong> análise da equivalência curricular para revalidação dos diplomas<br />

estrangeiros, objetivou-se neste relato <strong>de</strong>screver aspectos curriculares dos solicitantes <strong>de</strong> revalidação na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará,<br />

e que po<strong>de</strong>m contribuir na discussão <strong>de</strong>sse processo no país. Métodos: as informações aqui incluídas foram retiradas dos pareceres<br />

emitidos pela Comissão que fez a análise da equivalência. Estão <strong>de</strong>scritas nacionalida<strong>de</strong>; país, universida<strong>de</strong>, carga horária e duração do<br />

curso; carga horária, duração e disciplinas no internato e outras ausentes do currículo, consi<strong>de</strong>rando o curso da UFPA, e realização do<br />

TCC. Resultados: <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro/2007 a fevereiro/<strong>2009</strong> avaliaram-se 332 processos. As nacionalida<strong>de</strong>s mais encontradas: brasileira,<br />

62,3%; boliviana, 25,6%; peruana, 5,4% e cubana, 2,4%. Quanto ao país <strong>de</strong> realização do curso, os mais freqüentes: Bolívia, 68,4%; Cuba,<br />

14,2%; México, 7,2%; Argentina, 3,3% e Peru, 3,0%. Das cinco escolas com mais solicitantes, quatro eram bolivianas e uma cubana. Quanto<br />

à carga horária, 3,9% possuíam menos <strong>de</strong> 7.200 horas; 66,8% tinham entre 7.200h e 12.000h e 1,2% acima <strong>de</strong> 12.000h. A duração do<br />

cursofoi6anospara43,0%;7a8anospara37,2%enoveoumaisanospara16,5%.Realizaraminternato98,2%eacarga<strong>de</strong>stefoimenor<br />

que 3.200h para 38,0% dos solicitantes; Cursaram cinco disciplinas no internato 78,6%. Cursaram medicina legal 92,2%; metodologia científica<br />

55,4%; bioética 54,5%; realizaram trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso 50,6%. Conclusões: consi<strong>de</strong>rando as divergências<br />

encontradas entre os currículos <strong>de</strong>ssas escolas médicas, urge que os Ministérios da Saú<strong>de</strong> e Educação, junto com universida<strong>de</strong>s<br />

públicas brasileiras e entida<strong>de</strong>s da categoria estabeleçam critérios para revalidação <strong>de</strong> diploma estrangeiro no país.<br />

Avaliação da Morfologia do Pericárdio Porcino para a Utilização em Aulas <strong>de</strong> Anatomia<br />

Humana do Sistema Cardiovascular<br />

Weber, GA 79<br />

Ben<strong>de</strong>r, GL 79<br />

Giaretton, MWL 79<br />

Wildner, LM 79<br />

Almeida, GM 79<br />

Martini, DT 79<br />

Introdução: a aquisição <strong>de</strong> peças anatômicas humanas é um processo difícil e caro no Brasil, o que dificulta que universida<strong>de</strong>s mantenham<br />

seu acervo <strong>de</strong> cadáveres em boa qualida<strong>de</strong>. Assim, pensa-se em soluções alternativas, como a utilização <strong>de</strong> peças anatômicas <strong>de</strong> outras<br />

espécies, entre elas o porco. Objetivos: avaliar a morfologia do pericárdio porcino para a sua utilização em aulas <strong>de</strong> anatomia humana do sistema<br />

cardiovascular. Métodos: dissecou-se um coração suíno conservado em formol a 10%, utilizando-se pinças, tesouras, bisturis e lupa. Removeu-se<br />

a camada <strong>de</strong> gordura extrapericárdica e, posteriormente, proce<strong>de</strong>u-se à separação das camadas do pericárdio. Obtiveram-se imagens<br />

com máquina digital <strong>de</strong> 8.1 megapixels. Aavaliação foi feita comparando a morfologia do pericárdio com a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> anato-<br />

78 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

79 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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mia humana pesquisados. O trabalho faz parte <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> ensino aprovado pelo comitê <strong>de</strong> ética e pesquisa da instituição. Resultados:<br />

a região do pericárdio dissecado situa-se na face anterior do coração, sobreposta ao átrio esquerdo. Aestratigrafia do pericárdio estudado, da<br />

camada mais externa até o miocárdio, foi: espessa camada <strong>de</strong> gordura extrapericárdica; pericárdio fibroso; gordura intrapericárdica, com dois<br />

nervos e um gânglio nervoso; lâmina parietal do pericárdio seroso; gordura intracavitária pericárdica; lâmina visceral do pericárdio seroso;<br />

gordura subepicárdica e miocárdio. Conclusões: o pericárdio suíno dissecado neste estudo possuía tecido adiposo em <strong>de</strong>nso volume (gordura<br />

extrapericárdica) e em variados locais (gorduras intrapericárdica e intracavitária pericárdica). Esse achado difere dos dados <strong>de</strong>scritos na literatura<br />

consultada sobre morfologia humana. Entretanto, as outras características do pericárdio suíno, como a presença <strong>de</strong> pericárdio fibroso<br />

e lâminas parietal e visceral do seroso, são muito similares às do pericárdio humano, possibilitando que o pericárdio porcino seja utilizado<br />

em aulas <strong>de</strong> anatomia humana do sistema cardiovascular.<br />

Novos Rumos da Educação Médica: a Problematização<br />

Dias, TL 80<br />

Pereira, FA 81<br />

Russo, SE 80<br />

Almeida, HK 80<br />

Introdução: Os alunos do terceiro período da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora vivenciaram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

início <strong>de</strong> <strong>2009</strong> uma nova maneira <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> conhecimento que lançou mão da problematização para o aprendizado significativo. Novas<br />

formas <strong>de</strong> aprendizado <strong>de</strong> medicina se tornaram necessárias diante das tendências <strong>de</strong> mudança mundiais que refletem-se diretamente na saú<strong>de</strong>,<br />

frente as quais o estudante <strong>de</strong> medicina precisa não somente memorizar informações mas saber utilizá-las para resolver problemas na<br />

realida<strong>de</strong>. Aproblematização visa o processo <strong>de</strong> aprendizado por <strong>de</strong>scoberta, em que os problemas <strong>de</strong>vem ser explorados, relacionados com<br />

conhecimentos prévios e utilizados para assimilar novos conhecimentos e em que o aluno é o principal atuante, não apenas receptor <strong>de</strong> informações.<br />

Essa metodologia permite o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e o <strong>de</strong>senvolvimento do raciocínio in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, necessário para a<br />

educação continuada. Objetivo: Relatar a experiência dos alunos do terceiro período com a problematização no ensino da medicina. Métodos:<br />

Os alunos foram divididos em grupos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z, sob a orientação <strong>de</strong> um professor. Foram realizadas três reuniões: na primeira o caso foi conhecido<br />

e perguntas foram formuladas para a pesquisa individual. Essas perguntas foram respondidas na segunda reunião e na terceira toda<br />

a turma discutiu o caso, questões foram compartilhadas e respondidas. Resultados: As situações psicológica, familiar e social do paciente<br />

apresentado no caso foram amplamente discutidas além da abordagem dos aspectos biológicos do caso. As ações do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que<br />

recebeu esse paciente tiveram um <strong>de</strong>staque importante, levando a uma contraposição da atuação i<strong>de</strong>al do sistema com o que realmente aconteceu.<br />

Conclusões: Aexperiência culminou em uma interdisciplinarida<strong>de</strong> que reuniu em um “paciente” os aspectos biopsicossociais, que representam<br />

melhor a realida<strong>de</strong> que os médicos vivenciam diariamente.<br />

Avaliação do Programa Integrador na Perspectiva dos Estudantes e Facilitadores da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora<br />

Farah, BF 82<br />

Ezequiel, OS 82<br />

Tibiriçá, SHC 82<br />

Teixeira, LS 82<br />

Introdução: o Programa Integrador (PI) é componente central da estrutura curricular dos cursos. Visa integrar estudantes ao meio social<br />

local e a integração entre os cursos. O processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem é estruturado a partir dos eixos: Saú<strong>de</strong> Individual, Saú<strong>de</strong> Coletiva,<br />

Processo <strong>de</strong> Trabalho e Educação em Saú<strong>de</strong>. É <strong>de</strong>senvolvido a partir da percepção das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. É realizado nas Unida<strong>de</strong>s<br />

Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS) do Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família. Ametodologia <strong>de</strong> ensino é a problematização. O ciclo pedagógico é composto por:<br />

80 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora,MG, Brasil<br />

81 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

82 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

234<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


confronto experiencial, síntese provisória, nova síntese e avaliação. Objetivo: avaliar a implantação do novo <strong>de</strong>senho operacional e metodológico<br />

do PI. Método: foram utilizados quatro instrumentos <strong>de</strong> avaliação: do aluno, do facilitador, dos cenários <strong>de</strong> práticas e registro do ciclo<br />

pedagógico e grupo focal. Sujeitos: 20% dos estudantes do PI 1 e 2 totalizando 56 estudantes e 16 facilitadores. Resultados: fortalezas i<strong>de</strong>ntificadas:<br />

pelos estudantes: a importância <strong>de</strong> estarem na comunida<strong>de</strong> para sua formação ética, humanística; conhecer a comunida<strong>de</strong> local. Os facilitadores<br />

i<strong>de</strong>ntificaram: vivência e riqueza do processo <strong>de</strong> construção dos conhecimentos pelos estudantes; satisfação em dominar a metodologia<br />

ativa do PI. Desafios: os estudantes relataram: melhorar a comunicação com a família; criar vínculos com as famílias e equipes; acesso<br />

as microáreas; compreen<strong>de</strong>r a metodologia ativa; compreen<strong>de</strong>r os múltiplos fatores <strong>de</strong>terminantes do processo saú<strong>de</strong>-doença; realização do<br />

portfólio. Para os facilitadores: superar a resistência dos estudantes com a metodologia ativa; orientar os estudantes em UBS cujo processo <strong>de</strong><br />

trabalho ainda é tradicional; domínio da metodologia ativa; infraestrutura ina<strong>de</strong>quada das UBS. Conclusão: os estudantes e facilitadores se<br />

vêem confrontados entre os paradigmas da saú<strong>de</strong>Xdoença; ensino através da transmissãoXapren<strong>de</strong>r-apren<strong>de</strong>r. Dessa forma, transformar estudantes<br />

em cidadãos ativos no processo <strong>de</strong> transformação social e não meramente agentes passivos do processo <strong>de</strong> mudanças é um <strong>de</strong>safio<br />

a ser realizado a longo prazo.<br />

Análise da Vivência dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina na Disciplina <strong>de</strong> Gerência em Medicina<br />

Marinho, FRT 83<br />

Marinho, DRT 83<br />

Taveira, MGMM 83<br />

Cavalcante, CC 83<br />

Introdução: As novas Diretrizes Curriculares do Ministério da Educação para os cursos <strong>de</strong> Medicina visam uma formação mais<br />

completa do estudante para a futura prática profissional. Apoiado nesta idéia, foi instituída a disciplina <strong>de</strong> Gerência em Medicina no sétimo<br />

período da gra<strong>de</strong> curricular <strong>de</strong>ste curso, na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas (UFAL). Baseado nisto, o seguinte trabalho preten<strong>de</strong><br />

analisar a vivência dos estudantes <strong>de</strong>ste período nesta disciplina, com base em relatos dos mesmos. Objetivos: Avaliar a experiência<br />

dos estudantes durante as aulas da disciplina <strong>de</strong> Gerência em Medicina. Métodos: Adisciplina foi realizada por meio <strong>de</strong> aulas expositivas,<br />

discussões em grupo e confecção <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> negócios, on<strong>de</strong> os estudantes simulavam em grupo a criação <strong>de</strong> um empreendimento<br />

próprio, com orientação <strong>de</strong> professores da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Economia, Administração e Contabilida<strong>de</strong> da UFAL. Ao final do período,<br />

os estudantes foram estimulados a emitir sua opinião acerca da mesma. Para a construção <strong>de</strong>ste trabalho, foram analisados os relatos<br />

dos estudantes acerca das vivências acima citadas. Resultados: A disciplina forneceu informações relevantes aos estudantes sobre<br />

aspectos a serem consi<strong>de</strong>rados no planejamento <strong>de</strong> um empreendimento na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. No entanto, <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> não existir experiência<br />

prévia com a disciplina por parte dos professores, esta foi <strong>de</strong>masiadamente teórica, afastando-se em alguns momentos da<br />

prática empreen<strong>de</strong>dora, assumindo uma conotação puramente econômica. Conclusões: Apesar da disciplina não ter seguido<br />

rigorosamente os objetivos teorizados, ela proporcionou aos estudantes o entendimento <strong>de</strong> todo o processo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> um<br />

empreendimento, tanto suas dificulda<strong>de</strong>s como a solução para estas.<br />

Módulos Horizontais a (MHA) 1e2:Buscando Reorientar a Formação Médica na UFPB<br />

Simon, E84 Oliveira, FP84 Figueiredo, AM84 Gomes, LB84 Sassi, AP84 Pereira, WN84 Introdução: Areforma curricular do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba (UFPB) foi efetivada em 2007, após<br />

10 anos <strong>de</strong> discussões, infleciada pela comissão CINAEM, pelas diretrizes curriculares <strong>de</strong> 2001 e pela experiência <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> extensão<br />

da UFPB, contando com ativa participação estudantil. Objetivos: Relatar a implantação <strong>de</strong> dois módulos no contexto da reforma<br />

83 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

84 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


curricular, em 2008. Métodos: Relato <strong>de</strong> experiência por parte do corpo docente. Resultados: O MHA1 – Módulo Horizontal A1 (“Saú<strong>de</strong><br />

da Comunida<strong>de</strong>”) e o MHA2 (“Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: Atenção Básica”) ocorrem no primeiro e segundo semestres do curso, pertencendo<br />

ao eixo prático-integrativo do novo currículo, que conta também com um eixo <strong>de</strong> formação humanística e com os módulos verticais, estes<br />

<strong>de</strong> abordagem mais teórica. Ambos MHA1 e 2 têm carga horária <strong>de</strong> 96 horas, distribuídas em tutorias teóricas na universida<strong>de</strong> e práticas<br />

nas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família <strong>de</strong> João Pessoa/PB. Foram <strong>de</strong>senhados a partir da experiência <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> extensão orientados<br />

pela Educação Popular e Saú<strong>de</strong>. Nos cenários <strong>de</strong> prática, os estudantes foram divididos em duplas mesclando estudantes do primeiro<br />

e segundo períodos, que acompanharam duas a três famílias ao longo dos módulos, responsabilizando-se por elas, <strong>de</strong>senvolvendo<br />

vínculos e propondo intervenções compatíveis. Os conteúdos foram trabalhados a partir da problematização das vivências. Pelo<br />

acompanhamento das famílias, o contato maior dos estudantes, além do professor-tutor, <strong>de</strong>u-se com os Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

Conclusões: Professores, estudantes e profissionais vivenciam cotidianamente, nestes módulos, o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> enxergar as necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a partir do ponto <strong>de</strong> vista dos usuários, o que tem instigado interessantes <strong>de</strong>bates e reflexões.Destaca-se a ênfase na<br />

importância <strong>de</strong> se relacionar com o outro na perspectiva da transformação social, valorizando a Educação Popular no currículo <strong>de</strong><br />

Medicina para formar um novo profissional, comprometido com o SUS.<br />

O Contato com o Binômio Ética/Humanização Durante a Graduação <strong>de</strong> Medicina<br />

Andra<strong>de</strong>, SC 85<br />

Deus, JA 85<br />

Barbosa, ECH 85<br />

Miziara, RF 85<br />

Costa, MP 85<br />

Introdução: a prática médica envolve não apenas técnica, mas também atitu<strong>de</strong> humanística e ética tanto do estudante quanto<br />

do profissional. Aimportância <strong>de</strong>sse preceito ético po<strong>de</strong> ser evi<strong>de</strong>nciada na relação médico-paciente, vínculo que permeia aspectos importantes<br />

como: a produção <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong>s, compartilhamento das <strong>de</strong>cisões terapêuticas e prevenção <strong>de</strong> iatrogenias. Neste contexto,<br />

<strong>de</strong>staca-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que o binômio ética/humanização seja sedimentado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da graduação, possibilitando a formação<br />

<strong>de</strong> profissionais mais preparados para lidar com os pacientes no âmbito biológico e psicossocial. Objetivos: ressaltar a importância<br />

do conhecimento ético na relação médico-paciente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a graduação. Descrever o processo <strong>de</strong> integração teoria/prática da<br />

ESCS como via <strong>de</strong> conscientização humana e ética na prática da Medicina. Metodologia: revisão bibliográfica em base <strong>de</strong> dados Lilacs,<br />

Scielo e PubMed em associação com o Projeto Pedagógico da Escola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> – ESCS, buscando analisar a inserção<br />

<strong>de</strong> preceitos éticos no currículo do curso <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong>ssa instituição. Resultados: na ESCS os alunos entram em contato com o paciente<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do curso, com visitas freqüentes aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a partir do Eixo Educacional Interação Ensino-Serviços-Comunida<strong>de</strong><br />

e do internato nos dois últimos anos. Além disso, são <strong>de</strong>senvolvidas ativida<strong>de</strong>s do Eixo Habilida<strong>de</strong>s e Atitu<strong>de</strong>s em Comunicação,<br />

nas quais são abordados temas sobre ética e a comunicação médico-paciente. Essa metodologia pedagógica vem sido seguida<br />

por várias escolas em todo o mundo visando agregar conhecimentos teóricos e técnicos a uma prática humanizada, ética e reflexiva.<br />

Conclusão: ética médica pressupõe respeito e responsabilida<strong>de</strong> para com o paciente. A apreensão <strong>de</strong>ssa premissa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a graduação<br />

contribui para que médicos mais humanizados sejam formados. AESCS privilegia o mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial em seu currículo inovador,<br />

pois consi<strong>de</strong>ra o paciente em sua totalida<strong>de</strong>, e a formação do compromisso com as necessida<strong>de</strong>s da população.<br />

85 Escola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

236<br />

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Ensino da Medicina Baseada em Evidências (MBE): Valiosa Contribuição para a<br />

Formação Médica<br />

Costa,ICBO 86<br />

Lisboa,PM 86<br />

Porzsolt,F 87<br />

Thomaz,TG 86<br />

Introdução: O conceito <strong>de</strong> MBE é antigo mas ainda hoje está em processo <strong>de</strong> consolidação. Nesse sentido cada vez mais a prática<br />

médica <strong>de</strong>ve, sempre que possível, ser baseada em evidências. Ao mesmo tempo em que muito se fala sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> médicos<br />

e estudantes se manterem sempre atualizados, sabe-se também que a velocida<strong>de</strong> com o que o conhecimento se renova é imensa. No<br />

entanto, em meio a tantas disciplinas tradicionais, a maioria das faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina ainda não se mo<strong>de</strong>rnizou no sentido <strong>de</strong> oferecer<br />

aos seus alunos ferramentas para correta interpretação <strong>de</strong> artigos. Acreditamos que a melhor maneira <strong>de</strong> se conseguir atualização <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> é ensinando como interpretar criticamente um artigo científico através <strong>de</strong> uma disciplina <strong>de</strong> MBE. Objetivo:Oferecerum<br />

curso <strong>de</strong> MBE na UFF. Métodos: Para qualificação dos possíveis docentes <strong>de</strong>ste curso foi convidado o Professor Porzsolt (UU), especialista<br />

com reconhecida experiência em MBE, através do convênio UFF - ULM. A visita teve apoio institucional do DAAD, CAPES e<br />

FAPERJ. Nessa oportunida<strong>de</strong> iniciamos o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> vários projetos em comum, entre eles o investimento no capital humano,<br />

no sentido <strong>de</strong> qualificação continuada. Resultados: Atualmente o grupo se reúne semanalmente, quando prepara as aulas que serão<br />

ministradas no curso, baseadas principalmente no livro <strong>de</strong> MBE (prática e ensino) <strong>de</strong> David Sackett. Além disso se aprofunda no estudo<br />

da MBE, assessorado à distância pelo Professor Porzsolt. Outro componente importante das nossas reuniões é a análise crítica <strong>de</strong> artigos<br />

científicos, já que essa ativida<strong>de</strong> constituirá o componente prático do curso. Conclusões: A visita do Professor Porzsolt resultou na<br />

elaboração <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> extensão para viabilizar a realização <strong>de</strong>umcursoanual<strong>de</strong>MBEcujopúblicoalvoéconstituídoporalunos<br />

do curso <strong>de</strong> Medicina, mas abrigando também médicos e professores da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Estudo Antropológico da Influência Cultural na Escolha da Via <strong>de</strong> Parto como Agente<br />

Formador <strong>de</strong> Visão Crítica e Humanizada no Acadêmico <strong>de</strong> Medicina<br />

Barreto, J88 Lana, BN88 Barbosa, MCA88 Figueiredo, NSV88 Silva, TAS88 Passarini, TM88 Introdução: é papel da educação médica estimular nos acadêmicos capacida<strong>de</strong> crítica e reflexiva, permitindo que avaliem a influência<br />

<strong>de</strong> interesses político-econômicos e do contexto sócio-cultural na saú<strong>de</strong> para quando médicos po<strong>de</strong>rem se posicionar a<strong>de</strong>quadamente<br />

frente a eles. Po<strong>de</strong>m ser assim entendidas as mudanças históricas sofridas pelo processo parturitivo das “parteiras” do século<br />

XIX e a valorização do parto natural, ao mo<strong>de</strong>lo hospitalocêntrico atual <strong>de</strong> medicalização da saú<strong>de</strong>. Objetivos: através da realização <strong>de</strong><br />

um estudo antropológico, fomentar a capacida<strong>de</strong> crítica e reflexiva dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina a respeito das interfaces entre saú<strong>de</strong>,<br />

cultura e socieda<strong>de</strong>, além da valorização da humanização na saú<strong>de</strong>. Métodos: como ativida<strong>de</strong> prática da disciplina curricular <strong>de</strong> Antropologia<br />

Médica, o estudo antropológico com abordagem qualitativa permitiu a acadêmicos <strong>de</strong> medicina da UFJF entrevistar gestantes<br />

<strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora-MG por meio <strong>de</strong> gravador <strong>de</strong> voz, bem como anotar suas próprias percepções dos encontros. Das entrevistas foram selecionados<br />

temas para discussão. Resultados: os acadêmicos <strong>de</strong> medicina pu<strong>de</strong>ram conhecer a influência da cultura na saú<strong>de</strong>. A experiência<br />

<strong>de</strong> realizar entrevistas com gestantes utilizando abordagem pouco comum no currículo <strong>de</strong> medicina permitiu que exercitassem<br />

o contato com a subjetivida<strong>de</strong> do paciente – fator tão importante quanto a esfera estritamente biológica. Mais ainda, incentivou a cons-<br />

86 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

87 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ulm, Alemanha.<br />

88 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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trução <strong>de</strong> senso crítico em relação aos interesses político-econômico-culturais envolvidos no processo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados<br />

ao paciente <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> parâmetros humanos e éticos. Conclusões: As escolas médicas têm papel <strong>de</strong>stacado ao garantir uma formação<br />

mais integral dos acadêmicos, pautada no fomento <strong>de</strong> uma visão social crítica dos fatores que interagem com e refletem na<br />

saú<strong>de</strong>, como as questões político-econômicas e culturais. Além disso, <strong>de</strong>ve incentivar a valorização da humanização. Assim,<br />

contribui-se para que os futuros médicos possam ser mais conscientes <strong>de</strong> seu papel na socieda<strong>de</strong> e mais humanos.<br />

Experiência com o Ensino <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s e Simulações Clínicas em Cirurgia<br />

Jucá, MJ 89<br />

Ban<strong>de</strong>ira, BC 89<br />

Carvalho, DS 89<br />

M. Filho, FJA 89<br />

Secundo, IV 89<br />

Costa, SC 89<br />

Introdução: O ensino médico <strong>de</strong>ve visar o aprendizado não apenas <strong>de</strong> conhecimentos, mas <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s, preparando<br />

o estudante para o exercício técnico e intelectual <strong>de</strong> sua futura profissão, sempre pautado nos preceitos da bioética. O treinamento<br />

através <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s técnicas em manequins ou em atores, como também dramatizações que simulam situações clínicas comuns proporcionam<br />

a transferência <strong>de</strong> conhecimentos, principalmente no que consiste o <strong>de</strong>senvolvimento do raciocínio clínico. Esta experiência,<br />

<strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong>ssa maneira, treina, estimula, testa, <strong>de</strong>safia, constrói e faz re<strong>de</strong>finir mo<strong>de</strong>los mentais docentes e discentes assistenciais.<br />

Objetivos: Relatar a experiência <strong>de</strong> ensino-aprendizagem através <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e simulações em cirurgia pelo Grupo <strong>de</strong> Estudos<br />

em Cirurgia da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas. Métodos: Os estudantes participaram <strong>de</strong> reuniões científicas<br />

semanais, aon<strong>de</strong> foram apresentadas as técnicas e procedimentos a serem <strong>de</strong>senvolvidos. Houve transferências <strong>de</strong> conhecimentos<br />

teóricos e organização <strong>de</strong> roteiros <strong>de</strong> situações clínicas comuns a serem dramatizadas. Elaboraram estações <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s técnicas em<br />

cirurgia do trauma. Resultados: A experiência relatada neste estudo foi <strong>de</strong>senvolvida por cinco alunos do 6º período e um docente.<br />

Observou-se o amadurecimento do grupo à medida que se executaram as ativida<strong>de</strong>s com alternância <strong>de</strong> papéis. Habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação<br />

médico/paciente/familiar, treino <strong>de</strong> anamnese, elaboração <strong>de</strong> hipóteses diagnósticas, <strong>de</strong>cisões terapêuticas foram<br />

aperfeiçoadas e discutidas sob orientação. Conclusão : A inserção <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e simulações no processo ensino-aprendizagem em<br />

cirurgia é uma ferramenta facilitadora à formação do estudante <strong>de</strong> medicina.<br />

A Importância da Monitoria Acadêmica no Aprendizado<br />

Sandri, CO90 Pinto, NT90 Petermann, LL90 Purim, KSM90 Luz, SR90 Oste, CVD90 Introdução: As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação acadêmica como a monitoria, fazem parte da flexibilização dos currículos <strong>de</strong> medicina e<br />

<strong>de</strong>vem contemplar a articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão. Objetivo:Relatar experiência com o programa <strong>de</strong> monitoria<br />

acadêmica na Disciplina <strong>de</strong> Dermatologia. Métodos: Após um concurso realizado pela Universida<strong>de</strong>, foi permitido ao aluno aprovado<br />

no programa, auxiliar a professora nas tarefas didáticas, participar das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> Dermatologia nos diversos ambientes<br />

<strong>de</strong> ensino-aprendizagem, colaborar no atendimento clínico-cirúrgico ambulatorial e <strong>de</strong> enfermaria, como também, em ativida<strong>de</strong>s técnicas-científicas<br />

complementares da disciplina. Ametodologia utilizada seguiu as etapas i<strong>de</strong>alizadas por George Miller que incluem: o<br />

“conhecimento”, o “como fazer”, o “saber fazer” e o “fazer”. Resultados: O monitor foi o sujeito do seu processo formativo, participando<br />

ativamente nas tarefas didáticas <strong>de</strong> assistência e <strong>de</strong> pesquisa, atuando o preceptor como um supervisor, orientador, motivador e faci-<br />

89 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

90 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

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litador do mesmo. As avaliações parciais do processo foram realizadas bimensalmente possibilitando correção <strong>de</strong> rumos durante os semestres<br />

letivos, compreen<strong>de</strong>ndo aspectos <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s, procedimentos e conceitos. Este acompanhamento do processo ensino-aprendizagem<br />

e a avaliação constante pela professora tiveram como objetivo a apropriação crítica dos conhecimentos e superação das dificulda<strong>de</strong>s<br />

específicas <strong>de</strong> cada monitora. As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas estabeleceram uma integração ensino-serviço-pesquisa, possibilitando<br />

um campo <strong>de</strong> atuação teórico-prático, para enriquecer a formação acadêmica profissional dos estudantes. Conclusões: Amonitoria<br />

incentivou o <strong>de</strong>senvolvimento do aprendizado e favoreceu a aquisição <strong>de</strong> raciocínio crítico, propiciando oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interação<br />

entre as alunas e a professora, através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s teóricas-práticas e experiências pedagógicas supervisionadas, realizadas por cada<br />

uma das monitoras <strong>de</strong> forma individual ou conjunta, otimizando o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem.<br />

Desafios na Área da Saú<strong>de</strong>: Redimensionando o Processo Ensino-Aprendizagem<br />

Carvalho, MAV 91<br />

Fornaziero, CC 91<br />

Introdução: A evolução da educação faz emergir a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suscitar reflexões sobre a prática pedagógica, em processo<br />

que <strong>de</strong>ve ser discutido por educadores e profissionais da saú<strong>de</strong>. Neste contexto, o ensino da Anatomia Humana precisa ser repensado<br />

visando correspon<strong>de</strong>r às expectativas <strong>de</strong>ste novo e atual momento. Objetivo: Avaliar a utilização <strong>de</strong> metodologia inovadora no processo<br />

ensino-aprendizagem por meio <strong>de</strong> articulação com um projeto <strong>de</strong> extensão e alunos do ensino fundamental. Métodos:Princípiosda<br />

pesquisa-ação, com conjugação <strong>de</strong> diferentes ações dialogadas, envolvendo métodos alternados. As ativida<strong>de</strong>s contemplaram: 1) estudo<br />

<strong>de</strong> órgãos do corpo humano (normais e patológicos) e suas relações com o meio ambiente, com foco na educação ambiental; 2) execução<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s a fim <strong>de</strong> promover uma sensibilização e incorporação <strong>de</strong> modos <strong>de</strong> olhar e <strong>de</strong> agir diferenciados para o próprio corpo<br />

e para o meio ambiente; 3) planejamento e execução <strong>de</strong> oficinas, com participação da direção da escola, professores e funcionários. Resultados:<br />

Com o uso <strong>de</strong> instrumentos diferenciados proce<strong>de</strong>mos uma avaliação dos estudantes universitários, dos alunos da escola e<br />

professores. De forma geral, os pontos positivos foram: a) elaboração <strong>de</strong> conteúdos numa visão articulada com a educação ambiental; b)<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da atitu<strong>de</strong> crítica para vencer <strong>de</strong>safios e criativida<strong>de</strong> para a elaboração <strong>de</strong> material didático alternativo e complementar;<br />

c) uso <strong>de</strong> diferentes metodologias como suporte para a disseminação do conhecimento; d) ruptura <strong>de</strong> métodos tradicionais <strong>de</strong> ensino;<br />

e) motivação dos estudantes para serem agentes do seu próprio processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Como fator negativo foi referido<br />

o tempo <strong>de</strong> contato com os alunos, que po<strong>de</strong>ria ter sido ampliado. Conclusões: A inserção <strong>de</strong> metodologias inovadoras no processo <strong>de</strong><br />

ensino-aprendizagem da Anatomia Humana é extremamente <strong>de</strong>safiadora, cujos resultados indicam perspectivas positivas.<br />

O Ensino da Vigilância à Saú<strong>de</strong> no Curso Médico: a Experiência da Disciplina, o Médico<br />

o Indivíduo e a Comunida<strong>de</strong><br />

Sales, MLH 92<br />

Introdução: O Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas (UNCISAL) é estruturado em módulos<br />

Verticais e Horizontais. Os Horizontais tem como característica principal a transversalida<strong>de</strong> dos conteúdos através da aprendizagem<br />

significativa. O Médico o Indivíduo e a Comunida<strong>de</strong> (MIC I, II, III), atravessa o currículo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro ano com a aproximação do<br />

estudante ao Território, á Família e a Comunida<strong>de</strong>, no segundo ano se estuda a Vigilância no contexto do SUS e a Epi<strong>de</strong>miologia na Prática<br />

dos Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> culminando no terceiro ano com a atuação nos Eixos da Atenção Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. O MIC II na sua concepção<br />

pedagógica trabalha com pequenos grupos, utilizando estudos <strong>de</strong> casos, associando a teoria à prática, com momentos <strong>de</strong> dispersão e<br />

concentração, levando os estudantes a uma aproximação <strong>de</strong> sua prática <strong>de</strong> forma contextualizada e participativa. Objetivo: Favorecer a<br />

integração Ensino Serviço com o acompanhamento direto do docente associando os conhecimentos adquiridos à rotina dos serviços <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>. Metodologia: O estudo foi realizado com 100 alunos que cursaram o MIC II no período <strong>de</strong> 2007 à 2008. 87% avaliaram como positiva<br />

a aprendizagem através da contextualização <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> casos; 94% aprovaram o uso <strong>de</strong> metodologias ativas como forma <strong>de</strong> estimular<br />

o estudante na construção do seu próprio conhecimento; 91% dos estudantes afirmaram que quatro horas semanais é suficiente<br />

91 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

92 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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para sedimentar os conhecimentos; e 89% relataram que a disciplina proporcionou conhecimentos necessários à sua formação em Vigilância<br />

à Saú<strong>de</strong>. Conclusão: Aexperiência mostrou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundar estudos que fortalecam a dinâmica do ensino da saú<strong>de</strong><br />

coletiva, com métodos inovadores e ativida<strong>de</strong>s práticas <strong>de</strong> promoção e prevenção, buscando contribuir com a formação generalista do<br />

futuro profissional Médico.<br />

A Costrução <strong>de</strong> Boletins Epi<strong>de</strong>miológicos no Ensino dos Sistemas <strong>de</strong> Informações em<br />

Saú<strong>de</strong><br />

Sales, MLH 93<br />

Introdução: O Sistema <strong>de</strong> informação em saú<strong>de</strong> faz parte dos conteúdos estudados na disciplina O Médico, o Indivíduo e a Comunida<strong>de</strong><br />

do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas (UNCISAL). É conteúdo fundamental na prática<br />

médica pois envolve diretamente informações <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong>,mortalida<strong>de</strong>, natalida<strong>de</strong>, informações da atenção básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, das internações<br />

hospitalares , atendimentos ambulatoriais , e outras que são fundamentais para o conhecimento da realida<strong>de</strong> e as medidas<br />

oportunas <strong>de</strong> intervenção e controle. Objetivo: Desenvolver no estudante <strong>de</strong> medicina a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o funcionamento<br />

e a utilização da informação em saú<strong>de</strong> através dos principais Sistemas e Elaborar boletins epi<strong>de</strong>miológicos, a partir da experiência Ensino<br />

Serviço. Metodologia: Foram realizadas visitas com grupos <strong>de</strong> cinco estudantes aos setores <strong>de</strong> Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica do Hospital<br />

Escola Portugal Ramalho (HEPR), Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USF) do Pontal e USF Caic<br />

Dique Estrada, com a autorização da direção <strong>de</strong> cada serviço, no primeiro bimestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong> e coletados os dados secundários do Sistema<br />

<strong>de</strong> Informação <strong>de</strong> Mortalida<strong>de</strong>, (SIM), Agravos Notificáveis (SINAN), Nascimentos (SINASC) e da Atenção Básica (SIAB) e dados <strong>de</strong><br />

autorização <strong>de</strong> internação hospitalar e atendimento ambulatorial.( SIH) e (SIA). Resultados: Os estudantes construíram os boletins epi<strong>de</strong>miológicos<br />

com a caracterização dos serviços estudados, as ações ofertadas e o perfil dos principais atendimentos. Agruparam por<br />

sexo, faixa etária, procedência, período e outras variáveis <strong>de</strong> acordo com o tipo <strong>de</strong> sistema estudado.Conclusão: Os boletins foram<br />

apresentados através <strong>de</strong> seminários com a participação <strong>de</strong> todos os alunos, com a construção coletiva do conhecimento, os estudantes<br />

aprimoraram a experiência para apresentação em congressos da categoria, no sentido <strong>de</strong> estimular o uso <strong>de</strong> metodologias significativas<br />

no processo ensino aprendizagem.<br />

Ensino-Aprendizagem Ativa na Escola Médica Mo<strong>de</strong>rna: Concepções Pedagógicas <strong>de</strong> De<br />

La Salle e Carl Rogers.<br />

Rodrigues Neto, JO94 Cunha, CS94 Souza, MCT94 Rodrigues AN94 Cunha, CS94 Introdução:O século XX foi marcado por dois movimentos <strong>de</strong> intensa mudança no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem da escola<br />

médica. Com a abertura da universida<strong>de</strong> e a entrada <strong>de</strong> uma enorme massa <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> diferentes categorias sociais e culturais, o<br />

mo<strong>de</strong>lo tradicional foi questionado na formação do novo médico. Muitas <strong>de</strong>ssas premissas são <strong>de</strong>rivadas do trabalho do psicológo<br />

americano Carl Rogers, <strong>de</strong>scritas nos anos sessenta do século XX. Porém, trezentos anos antes, no século XVII, João Baptista <strong>de</strong> La Salle<br />

já estabelecera a afetivida<strong>de</strong> como fator relevante para o ensino aprendizagem. Objetivos: Correlacionar a obra pedagógica <strong>de</strong> De La<br />

Salle com a <strong>de</strong> Rogers i<strong>de</strong>ntificando seus pontos em comum, correlacioanando-as com a premissas da aprendizagem ativa da escola<br />

médica. Métodos: Trata-se <strong>de</strong> pesquisa qualitativa realizada por levantamento bibliográfico na literatura especializada, fazendo-se a<br />

compilação dos resultados com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às questões i<strong>de</strong>ntificadas nos objetivos gerais e específicos. Resultados:In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da justificativa utilizada; religiosa ou psicológica, po<strong>de</strong>m-se encontrar vários pontos em comum em ambas as concepções<br />

pedagógicas: o amor, o respeito e a empatia na relação professor-aluno; a educação como forma <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> um cidadão ple-<br />

93 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

94 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

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no; o profundo conhecimento do aluno por parte do professor; a experiência embasando a concepção pedagógica; o ensino em grupos<br />

homogêneos, as concepções humanistas (o humanismo cristão e a psicologia humanística), <strong>de</strong>ntre outros. Ao se constatar esta verda<strong>de</strong>,<br />

cabe indagar, então: por que La Salle não figura na lista <strong>de</strong> referências das metodologias ativas <strong>de</strong> ensino-aprendizagem para a escola<br />

médica mo<strong>de</strong>rna? Justo (2003), acredita que enten<strong>de</strong> o motivo do esquecimento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s pedagogos, com sólidas contribuíções para<br />

a pedagogia mo<strong>de</strong>rna: “são esquecidos pela omissão <strong>de</strong> quem os <strong>de</strong>veria divulgar e pela superação do “novo” sobre o antigo”.<br />

Conclusões: com trezentos anos <strong>de</strong> antecedência o educador religioso <strong>de</strong> La Salle estabeleceu as bases educacionais para metodologias<br />

ativas encontradas na escola médica <strong>de</strong> hoje.<br />

Educação Ambiental: uma Nova Vertente da Formação Médica<br />

Guimarães, FT95 Vitorino, RR95 Vinha, RM95 Cezar, PHN95 Siqueira-Batista, R95 Costa, JRB95 Introdução: a Educação Ambiental (EA) assume configuração política no Brasil na década <strong>de</strong> 80, em meio às discussões sobre a<br />

tendência <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição antropogênica dos sistemas ecológicos e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> condutas sustentáveis. No entanto, a EAnão ficou estanque<br />

na esfera geopolítica, projetando-se como temática indissociável da política educacional brasileira com sua inclusão nos Parâmetros<br />

Curriculares Nacionais e com a promulgação da lei que estabelece a Política <strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Educação Ambiental. Dessa forma,<br />

nasce um novo paradigma <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong>, com o propósito <strong>de</strong> prover o direito do ser humano <strong>de</strong> viver em ambiente salubre, baseado<br />

na relação ambiente-saú<strong>de</strong>-doença. Metodologia: revisão sistemática na fonte <strong>de</strong> base <strong>de</strong> dados SCIELO (Scientific Eletronic Library<br />

Online) e consulta em livros textos. Resultados: as discussões sobre a EAtem se ampliado em proporção aos avanços rumo a sustentabilida<strong>de</strong>,<br />

abrangendo, inclusive, a formação médica. A percepção dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e da população acerca da dinâmica entre o<br />

fenômeno do adoecimento e as condições ambientais, assim como a importante <strong>de</strong>terminação antropogênica <strong>de</strong>ssa relação causal, é imprescindível<br />

para o usufruto <strong>de</strong> uma vida saudável. Assim, a EA configura uma estratégia na formação <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que<br />

<strong>de</strong>ve ser melhor <strong>de</strong>batida como forma <strong>de</strong> enfrentar os <strong>de</strong>safios que se <strong>de</strong>scortinam no início <strong>de</strong>ste século. Conclusões:emboraaEAnão<br />

esteja consolidada no que concerne à sua inclusão na formação <strong>de</strong> médicos, as mudanças curriculares no curso <strong>de</strong> graduação em<br />

medicina já implicam em uma visão holística sobre o adoecimento. Esses avanços permitem uma maior atenção ao ambiente como fator<br />

<strong>de</strong>terminante do aparecimento das doenças.<br />

Educação Médica: Novas Necessida<strong>de</strong>s na Docência e sua Percepção por Parte do<br />

Estudante<br />

Silva,AP 96<br />

Teixeira, MD 96<br />

Rocha, SS 96<br />

A. Júnior, DA 96<br />

Ponte,AM 96<br />

Oliveira, EA 96<br />

Introdução: A necessida<strong>de</strong> das mudanças no âmbito da formação <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda um novo perfil <strong>de</strong> competências<br />

para a docência no ensino superior. Torna-se necessária uma nova parametrização para a seleção <strong>de</strong> assuntos, a<strong>de</strong>quando-os<br />

aos novos <strong>de</strong>safios que se apresentam à profissão. Objetivos: Apresentar uma análise acerca da integração <strong>de</strong> conteúdos básicos durante<br />

a graduação na área da saú<strong>de</strong>. Avaliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> um conhecimento prévio no raciocínio clínico. Mensurar a aceita-<br />

95 Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ, Brasil.<br />

96 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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ção do treinamento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s. Metodologia: Foram apresentados casos clínicos a estudantes do primeiro semestre do Curso <strong>de</strong><br />

Medicina. Fizemos o uso <strong>de</strong> imagens das alterações morfológicas macro e microscópicas das doenças e explanamos a sintomatologia.<br />

Aplicamos um questionário para avaliar a apresentação nos quesitos didática, clareza, integração Histologia-Clínica e importância da<br />

apresentação. Resultados: Respon<strong>de</strong>ram ao questionário 54 estudantes, dos quais 11% consi<strong>de</strong>raram a didática da apresentação ótima,<br />

52% boa e 37% regular. Em relação ao fato <strong>de</strong> o conteúdo ser transmitido claramente, para 37% esse objetivo foi alcançado, para 11% apenas<br />

em partes e para 52% não foi alcançado. Quanto à importância <strong>de</strong> integrar o estudo da Histologia com os achados clínicos, 63% afirmaram<br />

ser muito importante, 33% importante e 4% pouco importante. Para 15%, a apresentação foi muito importante, para 59% importante<br />

e para 26% pouco importante. Eles alegaram ainda não ter estudado patologia e semiologia, por isso, tiveram dificulda<strong>de</strong>s para<br />

compreen<strong>de</strong>r os casos clínicos. Conclusão: Concluímos que os alunos enten<strong>de</strong>m a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interligar o estudo da Histologia e <strong>de</strong><br />

outras disciplinas básicas com os achados clínicos das doenças. Para tanto, faz-se necessário que as instituições <strong>de</strong> educação superior<br />

incorporem nos seus Projetos Político-Pedagógicos (PPPs) novas metodologias ativas <strong>de</strong> ensino-aprendizagem e que estabeleçam<br />

coerência entre a proposta pedagógica e a forma <strong>de</strong> recrutamento, contratação e capacitação do corpo docente.<br />

A Entrevista como Instrumento <strong>de</strong> Aprendizagem da Clínica Ampliada<br />

Pereira, GAAM 97<br />

Miranda, MPM 97<br />

Chaves, GT 97<br />

Costa, JBR 97<br />

Paulino, CCF 97<br />

Silva, DFF 97<br />

Introdução: A entrevista é parte fundamental da prática médica, sendo ponto <strong>de</strong> partida para o diagnóstico, o tratamento e a<br />

prevenção. Por seu intermédio se cria a relação médico-paciente, da qual <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> a integralida<strong>de</strong> da assistência. Objetivo: Relatar o<br />

papel facilitador <strong>de</strong> entrevistas livres com pacientes na construção <strong>de</strong> competências para uma prática clínica ampliada, em alunos do 2o<br />

ano <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas. Método: Relato das experiências vividas pelos alunos na disciplina <strong>de</strong> Semiologia<br />

Integrada, em entrevistas abertas com os pacientes do Hospital Universitário abordando o adoecer, busca <strong>de</strong> tratamentos e história<br />

<strong>de</strong> vida do paciente. Os alunos elaboraram um relatório <strong>de</strong> suas entrevistas, contendo: (1) reflexões sobre o paciente e (2) reflexões sobre<br />

o impacto emocional do contato em si e no paciente. As experiências foram então discutidas nas aulas <strong>de</strong> Psicologia Médica e enriquecidas<br />

por leituras. Resultados: Os relatos trouxeram 4 temas principais: inter-relações entre doença e características psicossociais dos pacientes;<br />

inter-relações entre contatos médicos anteriores e atitu<strong>de</strong>s do pacientes para com o tratamento atual; mobilização emocional<br />

dos alunos e habilida<strong>de</strong>s para a anamnese. A ansieda<strong>de</strong> quanto à recepção dos entrevistados aos seus questionamentos <strong>de</strong>u lugar, ao<br />

longo da entrevista, à satisfação por haver conseguido um bom contato e a colaboração da maioria dos pacientes, gerando sentimentos<br />

<strong>de</strong> segurança para a próxima abordagem <strong>de</strong> um paciente. A maioria mostrou-se surpresa e sensibilizada com a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso a<br />

conteúdos íntimos dos pacientes, proporcionada pelo papel <strong>de</strong> profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. A angústia por não conseguir esclarecer dúvidas<br />

médicas dos pacientes, motivou a busca <strong>de</strong> conhecimentos. Conclusão: A entrevista livre com pacientes favoreceu competências clínicaseforneceuelementosparaoautoconhecimentodofuturomédicoemsuaexposiçãoàintimida<strong>de</strong>eaosofrimentodopaciente.<br />

97 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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Avaliação da Nova Metodologia <strong>de</strong> Ensino em Forma <strong>de</strong> “Estações” na Disciplina <strong>de</strong><br />

Histologia e Embriologia Humanas no Curso <strong>de</strong> Farmácia<br />

Rocha, SS98 Terceiro, IRC98 Parente, GC98 Leopércio, AMP98 Oriá, RB98 Leitão, RFC98 Introdução: Anova metodologia <strong>de</strong> ensino em forma <strong>de</strong> “estações” na disciplina <strong>de</strong> Histologia e Embriologia Humanas no curso <strong>de</strong><br />

Farmácia consiste em dividir a turma em três grupos, cada grupo realizando uma ativida<strong>de</strong> diferente: Estação A- aula <strong>de</strong> caráter teórico-prática<br />

no laboratório. Estação B- estudo-dirigido em que os alunos observam as lâminas e respon<strong>de</strong>m às questões referentes à aula. Estação Cprova<br />

interativa <strong>de</strong> caráter teórico-prática sobre o conteúdo abordado na aula anterior. Ao concluir uma ativida<strong>de</strong>, os alunos <strong>de</strong> uma estação<br />

passam para a estação seguinte, <strong>de</strong> modo que contemplem cada uma das três ativida<strong>de</strong>s como em um rodízio. Objetivos: Avaliar a opinião<br />

dos alunos do curso <strong>de</strong> Farmácia, sobre a nova metodologia <strong>de</strong> ensino em forma <strong>de</strong> “estações”. Métodos: Realizou-se um questionário quantitativo<br />

com 40 alunos do curso <strong>de</strong> Farmácia, sobre a avaliação da nova metodologia, o índice <strong>de</strong> aproveitamento das aulas, o tempo <strong>de</strong> duração<br />

das aulas, a importância do estudo-dirigido e a escolha da melhor metodologia. Resultados: Avaliação da nova metodologia: 35% ótimo,<br />

47,5% bom, 17,5% regular. Índice <strong>de</strong> aproveitamento das aulas teórico-práticas: 5% ótimo, 47,5% bom, 37,5% regular, 5% ruim, 5% péssimo.<br />

Tempo <strong>de</strong> duração das aulas teórico-práticas: 5% muito satisfatório, 27,5% satisfatório, 42,5% parcialmente satisfatório, 25% insatisfatório.<br />

Contribuição do estudo-dirigido para o <strong>de</strong>sempenho na prova: 92,5% fundamental para o <strong>de</strong>sempenho, 7,5% pouco contribui, 0% não contribui.<br />

Escolha da melhor metodologia: 2,5% tradicional, 62,5% em forma <strong>de</strong> rodízio, 32,5% sem a divisão <strong>de</strong> turmas e 2,5% tanto faz. Conclusões:<br />

Os alunos aprovaram a metodologia <strong>de</strong> ensino, sendo apontada como a melhor <strong>de</strong>ntre outras sugeridas. Entretanto, a maioria afirmou<br />

que o tempo é parcialmente satisfatório para abordar o conteúdo previsto, o que sugere que haja uma mudança no tempo das aulas teórico-práticas<br />

para um melhor aproveitamento da disciplina.<br />

Adoção <strong>de</strong> Roteiro <strong>de</strong> Aulas Práticas na Monitoria Tutorial <strong>de</strong> Histologia Humana da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados: Reforçando o Aprendizado<br />

Menegotto, EMA99 Sales, DCS99 Arena, AC99 Introdução: A disciplina <strong>de</strong> histologia é <strong>de</strong> fundamental importância paracursosdaáreadasaú<strong>de</strong>,contribuindoparaoentendimento<br />

<strong>de</strong> disciplinas afins que o aluno cursará no <strong>de</strong>correr da graduação. Através <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> ensino da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

da Gran<strong>de</strong> Dourados (UFGD), criou-se a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar um roteiro <strong>de</strong> aulas práticas, e com sua utilização, avaliar a aplicabilida<strong>de</strong><br />

no reforço do conhecimento em aquisição na disciplina. Objetivos: Relatar a maneira como a adoção <strong>de</strong> um roteiro <strong>de</strong> aulas práticas<br />

para as monitorias tutoriais <strong>de</strong> histologia humana facilitou a consolidação do aprendizado teórico. Métodos: Elaboração <strong>de</strong> um roteiro<br />

para acompanhamento das aulas práticas <strong>de</strong> histologia através <strong>de</strong> revisão do conteúdo pertinente, <strong>de</strong>scrição e fotografias das lâminas<br />

histológicas disponíveis no laboratório <strong>de</strong> histologia da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da UFGD. Utilização durante as aulas <strong>de</strong><br />

apoio das monitorias tutoriais dirigidas aos alunos do primeiro ano do curso <strong>de</strong> medicina. Resultados: Aresposta ao método foi bastante<br />

positiva, pois os acadêmicos elogiaram o material <strong>de</strong>senvolvido. Observou-se que o roteiro passou a ser utilizado pelos alunos também<br />

durante as aulas práticas, o que facilitou o seu entendimento. Juntamente com as aulas <strong>de</strong> apoio, a adoção <strong>de</strong>ste roteiro propiciou<br />

uma significativa melhora no <strong>de</strong>sempenho obtido pelos alunos nas avaliações. Pelo resultado positivo obtido no curso <strong>de</strong> medicina,<br />

este passou a ser utilizado também durante as aulas práticas do curso <strong>de</strong> nutrição. Conclusões: Conclui-se que a adoção <strong>de</strong> um roteiro<br />

<strong>de</strong> aulas práticas é bastante favorável ao aprendizado, pois se observou crescente interesse e participação dos alunos durante as<br />

98 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

99 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, Dourados, MS, Brasil.<br />

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monitorias, por estarem mais envolvidos e compreen<strong>de</strong>ndo melhor conteúdo, conforme indicam seus <strong>de</strong>sempenhos nas avaliações.<br />

Vale ressaltar que a experiência foi gratificante por ter possibilitado esses resultados e apóia-se a continuida<strong>de</strong> da metodologia, visto<br />

que sua aplicabilida<strong>de</strong> foi confirmada.<br />

A Importância do Desenvolvimento <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Monitoria para o Laboratório <strong>de</strong><br />

Habilida<strong>de</strong>s e Simulação<br />

Vallcorba, BMM100 Stutz, L100 Pimenta, E100 Corsini, L100 P. Neto, S100 Pezzi, L100 Introdução: O Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong> e Simulação (LHS), como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio pedagógico, visa o <strong>de</strong>senvolvimento e<br />

aprimoramento <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s da prática médica, atuando como uma ativida<strong>de</strong> antecipatória <strong>de</strong> treinamento das habilida<strong>de</strong>s que serão realizadas<br />

com o paciente. Para o funcionamento <strong>de</strong> um LHS é <strong>de</strong> suma importância um espaço físico a<strong>de</strong>quado, a aquisição <strong>de</strong> manequins<br />

e equipamentos, funcionários e docentes envolvidos, porém a seleção <strong>de</strong> uma equipe <strong>de</strong> monitores é <strong>de</strong> fundamental importância<br />

para auxílio dos docentes durante as aulas práticas, revisões e avaliações. Objetivos: Discutir a relevância da criação <strong>de</strong> um programa<br />

<strong>de</strong> monitoria estruturado com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atingir os objetivos educacionais esperados na utilização do LHS no curso <strong>de</strong> Medicina.<br />

Métodos: O programa inclui a seleção dos monitores, a partir <strong>de</strong> um curso preparatório teórico-prático com carga horária total <strong>de</strong> 24 horas,<br />

em que se avaliam conhecimentos, atitu<strong>de</strong>s e habilida<strong>de</strong>s. O monitor <strong>de</strong>ve dispor <strong>de</strong> 10 horas semanais para <strong>de</strong>dicar ao LHS, distribuídas<br />

em tutorias, contribuição na elaboração <strong>de</strong> material didático, auxílio aos docentes durante avaliações e realização <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong><br />

pesquisa. Acompanhar o rendimento dos monitores durante as ativida<strong>de</strong>s é fundamental a fim <strong>de</strong> garantir padronização das informações,<br />

assiduida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> do apoio dado aos estudantes. Resultados: Verificamos que com a implementação <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong><br />

monitoria específica e atuante para o LHS é possível dispor <strong>de</strong> um maior número <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s práticas, revisões, além <strong>de</strong> otimizar a<br />

produção científica. Conclusões: Auxiliando na elaboração e discussão das guias e check-lists, para aulas e avaliações, esses monitores<br />

extrapolam para sua vida acadêmica o aprendizado no LHS, por estarem estudando e atualizando-se constantemente para auxiliarem<br />

os estudantes nos estudos <strong>de</strong> anatomia-clínica, procedimentos médicos e semiologia.<br />

Diagnóstico da Situação Atual das Práticas Educativas em Pediatria. a Visão do<br />

Estudantes<br />

Naghettini, AV101 Salgado, LMR101 Campos, NMSC101 Torres, N101 Bollela, VR102 Lima, FMLS101 Introdução: As Diretrizes curriculares Nacionais (MEC-2001), propõem que os currículos médicos sejam baseados em competências<br />

e para tanto é importante inicialmente i<strong>de</strong>ntificar e caracterizar a situação das práticas educativas atuais. Objetivo: Diagnosticar<br />

e compreen<strong>de</strong>r a situação atual do processo ensino e aprendizagem das disciplinas e do internato <strong>de</strong> Pediatria do Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

sob a ótica dos discentes. Metodologia: Pesquisa qualitativa que preten<strong>de</strong> avaliar a percepção dos estudantes a respeito das práticas pedagógicas<br />

atualmente utilizadas nos estágios <strong>de</strong> Pediatria. Como técnica <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados utilizou-se o grupo focal com discentes que<br />

100 Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

101 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

102 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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cursaram as disciplinas ministradas pelo Departamento <strong>de</strong> Pediatria. As questões disparadoras foram: processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem<br />

atual, objetivos da disciplina, satisfação com a metodologia <strong>de</strong> ensino, métodos <strong>de</strong> avaliação, sugestões para aperfeiçoamento. Resultados:<br />

Até o momento realizamos dois grupos focais com a participação <strong>de</strong> seis alunos em cada. As falas dos estudantes a respeito<br />

das disciplinas pré-internato sugerem uma falta <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s práticas e a uma discordância em relação às dinâmicas usadas em sala <strong>de</strong><br />

aula (muita teoria) além do gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> seminários e consi<strong>de</strong>ram a carga horária <strong>de</strong> Pediatria excessiva. Os estudantes que já<br />

cumpriram estágios no internato reconhecem a importância das ativida<strong>de</strong>s práticas dos estágios e valorizaram muito o OSCE (exame<br />

clínico objetivo e estruturado) que foi realizado no final do ano passado. Mereceu <strong>de</strong>staque também o feedback proporcionado aos estudantes<br />

ao final <strong>de</strong> cada estação durante o OSCE. De modo geral os estudantes se queixaram que os objetivos dos estágios são pouco claros<br />

e reforçaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma avaliação continuada nos cenários <strong>de</strong> prática e discussão dos resultados. Conclusão: Aavaliação<br />

do programa <strong>de</strong> pediatria tem possibilitado a discussão sobre as disciplinas e estágios do internato e <strong>de</strong>ve, juntamente com a avaliação<br />

dos docentes, contribuir para o aprimoramento do Curso <strong>de</strong> Medicina da UFG.<br />

Currículo Modular Integrado no Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

Aragão, JCS 103<br />

Souza, MCT 103<br />

Nowak, LD 103<br />

Santos, MCP 103<br />

Introdução: O Curso <strong>de</strong> Medicina, em consonância com os preceitos emanados pela pedagogia construtivista, reforçados pelas<br />

orientações da ABEM e pelos Ministérios da Educação e da Saú<strong>de</strong>, optou pela aplicação da metodologia ativa <strong>de</strong> aprendizagem em um<br />

currículo modular transversal integrado. Objetivos: Desenvolver e aplicar uma Matriz Curricular que propicie ao aluno aprendizado<br />

integral, capaz <strong>de</strong> dar ao profissional uma visão dos processos relativos à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> indivíduos e comunida<strong>de</strong>s. Método:OColegiado<strong>de</strong><br />

curso, com apoio do seu Núcleo Docente Estruturante, promoveu discussão sobre o ensino e formas <strong>de</strong> integração do currículo, possibilitando<br />

ao aluno um papel ativo no processo ensino-aprendizagem. Resultados: Anova Matriz Curricular propicia ao aluno aprendizagem<br />

em eixos temáticos permeados por linhas transversais integradoras que contemplam as áreas do saber: Bases Humanísticas da Medicina<br />

e Saú<strong>de</strong> e Comunida<strong>de</strong>. O Eixo I contempla uma abordagem morfofuncionalida<strong>de</strong> do corpo humano, agrupado em 03 módulos<br />

com duração <strong>de</strong> 01 semestre cada. O Eixo II, composto por 02 módulos, se <strong>de</strong>dica o estudo e vivência dos mecanismos <strong>de</strong> agressão, reparo<br />

e <strong>de</strong>fesa do Ser Humano em que diferentes aspectos do seu relacionamento com o ambiente são contrapostos com o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e senescência do indivíduo. O Eixo III é constituido por 03 módulos também estruturados em linhas <strong>de</strong> Cuidado, a saber: Atenção à<br />

Saú<strong>de</strong> da Mulher, da Criança, do Adulto e do Idoso. Estes eixos são permeados pelas linhas <strong>de</strong> Bases Humanísticas e Saú<strong>de</strong> e Comunida<strong>de</strong>,<br />

que integram os conhecimentos teóricos com a prática clínica e suas implicações sócio-político-filosóficas, permitindo ao aluno<br />

construir criticamente o conhecimento profissional. Conclusões: A integração das diferentes áreas <strong>de</strong> conhecimento propicia ao aluno<br />

uma formação capaz <strong>de</strong> incutir a integralida<strong>de</strong> dos cuidados em saú<strong>de</strong> nos futuros profissionais, além <strong>de</strong> possibilitar ao docente uma<br />

prática educativa voltada para a interdisciplinarida<strong>de</strong>.<br />

A Interdisciplinarida<strong>de</strong> e a Fisiologia Aplicada a Clínica<br />

Botelho, IV 104<br />

Amim,BMV 104<br />

Introdução: O Ensino Médico <strong>de</strong>ve formar o médico generalista, humanista e crítico, promotor da saú<strong>de</strong> integral humana; para<br />

tal, há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças na abordagem da aprendizagem visando uma postura mais ativa e com maior facilida<strong>de</strong> em solucionar<br />

os problemas que farão parte do seu cotidiano profissional. Com base nesta constatação, há 5 anos a disciplina “Fisiologia aplicada a<br />

clínica”, oferecida no quinto período, se fundamenta no Ensino Baseado em Problemas, através <strong>de</strong> casos clínicos. Objetivo: Analisar se<br />

a metodologia do “ensino baseado em problemas” foi um facilitador para a aprendizagem, para o trabalho em equipe e para a formação<br />

103 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

104 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

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profissional generalista prevista nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Metodologia: Através do ensino baseado em problemas (EBP),<br />

os encontros semanais buscaram discutir casos clínicos – formulados por docentes e discentes e aplicados para grupos <strong>de</strong> três alunos –<br />

que integram conteúdos dos ciclos básico e profissional, incluindo a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Após os encontros, foi oferecido referencial teórico<br />

com respostas aos problemas, disponibilizado via e-mail ou CD; disciplina e metodologia foram avaliadas por questionário qualitativo,<br />

aplicado à turma, e dinâmica <strong>de</strong> grupo, que objetivaram registrar opiniões sobre esta interação/integração. Aanálise dos dados é<br />

indutiva, assim, o importante são as perspectivas dos participantes. Resultados: a análise gerou temas: 1) Aprendizagem ativa através<br />

do EBP; 2) Relação com tutores; 3) Importância do trabalho coletivo; 4) Entraves à interdisciplinarida<strong>de</strong>. Ação e reflexão <strong>de</strong>spontaram<br />

como elementos indispensáveis ao apren<strong>de</strong>r. O benefício da proximida<strong>de</strong> com alunos, que propiciou influência mútua, on<strong>de</strong> tutor e<br />

aluno fizeram trocas, foi sentido. Foram i<strong>de</strong>ntificados obstáculos: o caráter inovador da interdisciplinarida<strong>de</strong> e a resistência dos alunos<br />

como sujeitos ativos na aprendizagem. Conclusão: I<strong>de</strong>ntificou-se, finalmente, este método como instrumento facilitador da<br />

aprendizagem e condição para melhoria do ensino, mediante superação da fragmentação, visando à formação do generalista orientado<br />

às necessida<strong>de</strong>s da população.<br />

Cenários Baseados em Casos Clínicos para o Treinamento no Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s e<br />

Simulação<br />

Soares, LGC 105<br />

Lima, DS 105<br />

Brito, LG 105<br />

Vallcorba, B 105<br />

Pezzi, L 105<br />

P. Neto, S 105<br />

Introdução: O Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s e Simulação (LHS), <strong>de</strong>ntre outros objetivos educacionais, permite <strong>de</strong>senvolver o treinamento<br />

da propedêutica e dos procedimentos utilizados na prática médica. No entanto, é necessário o uso do LHS <strong>de</strong> forma estruturada<br />

e assistida. Objetivo: Relatar a experiência do LHS do curso <strong>de</strong> Medicina no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias para estimular a revisão<br />

dos procedimentos e da propedêutica, ensinados durante as aulas da disciplina <strong>de</strong> anatomia durante o módulo <strong>de</strong> sistema nervoso.<br />

Metodologia: São construídos cenários, baseados em casos clínicos, relacionados aos temas abordados nas aulas <strong>de</strong> neuroanatomia do<br />

curso <strong>de</strong> Medicina. Essa ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> revisão das aulas práticas, realizada pelos monitores no LHS, foi <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> “skills”. São discutidas<br />

as guias (roteiros) <strong>de</strong> otoscopia, oftalmocospia, pares cranianos, punção lombar e os testes cerebelares, meníngeos e medulares.<br />

Os skills são aplicados <strong>de</strong> segunda-feira a sexta-feira, nos horários <strong>de</strong> 12:00 às 13:30h e <strong>de</strong> 17:00 às 18:30h pelos monitores do LHS. Aturma<br />

<strong>de</strong> 80 estudantes é dividida em grupos <strong>de</strong> 6 para cada sessão <strong>de</strong> skills. Cada estudante <strong>de</strong>ve revisar todos os temas pelo menos uma<br />

vez, com controle <strong>de</strong> freqüência. Após a discussão dos cenários clínicos, os estudantes respon<strong>de</strong>m perguntas referentes ao caso, as guias<br />

e treinam as habilida<strong>de</strong>s adquiridas, supervisionados pelos monitores. Resultados: A experiência amplia a metodologia <strong>de</strong> avaliação<br />

dos estudantes ao consi<strong>de</strong>rar a presença efetiva no laboratório e principalmente o envolvimento com disciplina. O problema da procura<br />

pelo LHS ser mais significativa na véspera das avaliações foi resolvido, pois as revisões passaram a ser semanais e <strong>de</strong>spertaram o interesse<br />

espontâneo do estudante. Conclusões: Verificamos que essa metodologia modificou o comportamento dos estudantes que, ao<br />

organizar melhor seus estudos, evitam acúmulo do conteúdo. Observa-se uma gran<strong>de</strong> aceitação dos estudantes pela nova metodologia<br />

(skills) e resultou na melhora significativa do <strong>de</strong>sempenho dos estudantes nas avaliações.<br />

105 Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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Inovações no Processo Seletivo : Possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Reflexão Coerentes com as Mudanças<br />

Curriculares<br />

Aleluia, IM 106<br />

Daltro, M 106<br />

Soliani, ML 106<br />

Introdução: Propostas <strong>de</strong> reformulações curriculares com ênfase na humanização e integralida<strong>de</strong> no cuidado em saú<strong>de</strong> têm se<br />

configurado uma alternativa para enfrentar criativamente a crise que se instalou nesse campo da Educação Médica.Na perspectiva <strong>de</strong><br />

uma educação transformadora a Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública – EBMSP modificou o sistema <strong>de</strong> seleção para ingresso no<br />

Curso Médico e agregou a seu mo<strong>de</strong>rno projeto pedagógico um processo seletivo coerente com suas mudanças curriculares, Processo<br />

Formativo Seletivo – PFS está baseado nos referenciais <strong>de</strong> metodologias ativas, refere-se a uma experiência avaliativa inovadora aplicada<br />

ao exame <strong>de</strong> vestibular, que agrega a um sistema classificatório - prova <strong>de</strong> conhecimentos gerais - uma experiência formativa - discussões,<br />

reflexões pertinentes a prática profissional e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> socialização e integração referentes a habilida<strong>de</strong>s interpessoais. Esse<br />

processo seletivo insere o estudante numa experiência <strong>de</strong> aprendizagem que estimula a reflexão sobre a futura profissão e valores éticos<br />

e humanos, consi<strong>de</strong>rados necessários à constituição i<strong>de</strong>ntitária do médico. Objetivo: Descrever as categorias <strong>de</strong> reflexão, emergentes<br />

na etapa Discussão <strong>de</strong> Filme do PFS cujo objetivo era possibilitar a reflexão sobre ética, estética, capacida<strong>de</strong> crítica, valores humanos, e<br />

prática profissional. Metodologia: Durante o PFS foi exibido um filme sobre a trajetória <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> Michel Jackson em seguida os estudantes<br />

respon<strong>de</strong>ram a um questionário com 4 questões abertas, e o conteúdo do discurso <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>la, analisado e categorizado. Resultados:<br />

05 categorias emergiram: Reflexões sobre a Vida e a Morte, Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida, I<strong>de</strong>ais Estéticos e Socieda<strong>de</strong>, O Ídolo, Ética e Medicina.<br />

Conclusão: O PFS cumpre seus objetivos reflexivos amplia sua função seletiva e possibilita ao candidato refletir sobre: saú<strong>de</strong><br />

como processo multi<strong>de</strong>terminado , formação profissional e as questões subjetivas envolvidas nessa, assim como conhecer as diretrizes<br />

que norteiam o trabalho da instituição.<br />

Incorporação Tecnológica e Mensuração da Aquisição Psicomotora na Ativida<strong>de</strong> Cirúrgica<br />

Otoch, JP 107<br />

Aun, F 107<br />

Mauad Jr., RJ 107<br />

Figueiredo, LFP 107<br />

Introdução: a mensuração da aquisição <strong>de</strong> conhecimento psicomotor na prática do ensino <strong>de</strong> cirurgia sempre foi um <strong>de</strong>safio<br />

pela falta <strong>de</strong> metodologias reprodutíveis. Com a agregação do ensino <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>ocirurgia nas aulas práticas da disciplina <strong>de</strong> técnica cirúrgica<br />

do 5o ano curricular medico houve a possibilida<strong>de</strong> da criação <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo no qual foi possível instituir treino pratico com avaliações<br />

<strong>de</strong> objetivos. Material e método: <strong>de</strong>senvolvemos um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> manequim com função <strong>de</strong> simulador <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>ocirurgia, com custo<br />

acessível, para ser utilizado por grupos <strong>de</strong> três alunos, com objetivo <strong>de</strong> permitir o treino <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> visão limitada e em tela plana.<br />

Neste mo<strong>de</strong>lo associamos a utilização do clássico jogo “resta um”. Os alunos, com tempo e regras <strong>de</strong>terminadas, tinham seu <strong>de</strong>sempenho<br />

anotados no primeiro e no ultimo dia <strong>de</strong> aulas. Resultados: os dados foram analisados tendo cada aluno como seu próprio controle<br />

e submetidos ao teste estatístico do qui-quadrado. Conclusão: a avaliação estatística dos resultados mostrou uma aquisição comprovada<br />

<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong> psicomotora com o <strong>de</strong>correr da realização dos treinos em aulas práticas. Alem disto não houve diferença entre os<br />

alunos que tinham manifestado uma tendência a prosseguirem em áreas cirúrgicas e os <strong>de</strong>mais.<br />

106 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA<br />

107 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina. Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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Representações Sociais da Integração Curricular em Docentes e Discentes <strong>de</strong> Escola Médica<br />

Couto, CRO 108<br />

Introdução: Aten<strong>de</strong>r às Diretrizes Curriculares <strong>de</strong> 2001, quando ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> currículos médicos integrados e vivenciados<br />

no cotidiano, tem sido o principal e <strong>de</strong>safiador movimento do ensino da medicina no Brasil. Objetivo: Objetivou-se com este trabalho promover<br />

estratégias <strong>de</strong> integração curricular em escola médica do nor<strong>de</strong>ste brasileiro, através da análise das representações sociais <strong>de</strong> docentes<br />

e discentes acerca do currículo integrado (CI). Método: Constituiu-se <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> campo, com abordagem qualitativa, on<strong>de</strong> 4 grupos focais<br />

<strong>de</strong> docentes e alunos discutiram como tem sido a vivência do CI proposto pelo Projeto Pedagógico da Instituição(PPI), a partir <strong>de</strong> uma situação<br />

problema. Ametodologia utilizada foi a Análise <strong>de</strong> Conteúdo <strong>de</strong> Bardin, com amparo na Teoria das Representações Sociais <strong>de</strong> Moscovici.<br />

Resultado: Os docentes possuem como representações do atual currículo: ênfase no conteúdo biologicista; avaliações fragmentadoras do<br />

conhecimento; necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas metodologias <strong>de</strong> ensino; docentes pouco sintonizados com o CI ou com o PPI; dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir<br />

conteúdos necessários à formação do generalista. Docentes e discentes apontam como avanço, o contato com pacientes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do curso.<br />

Os discentes apresentam as seguintes representações: excesso <strong>de</strong> avaliações cognitivas, cenários <strong>de</strong> práticas diferentes nos diversos módulos,<br />

dificultando vínculo e coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> cuidados. Docentes sugerem sensibilização do corpo docente para o CI, promoção <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong><br />

encontro entre docentes e alunos e programa <strong>de</strong> educação permanente. Os discentes sugerem revisão dos cenários <strong>de</strong> prática especializados e<br />

estruturação <strong>de</strong> um único hospital escola. Conclusão: Os alunos <strong>de</strong>sejam uma <strong>de</strong>manda diversificada <strong>de</strong> pacientes, mas não visualizam o cenário<br />

da APS como o espaço i<strong>de</strong>al, e sim um hospital. De forma geral há pouca aproximação com o CI, bem como dúvidas e inseguranças <strong>de</strong><br />

docentes e discentes em relação às mudanças metodológicas necessárias, apontando para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundamento das discussões e<br />

<strong>de</strong> implementação imediata <strong>de</strong> estratégias integradoras.<br />

Liga <strong>de</strong> Cirurgia da Hérnia Inguinal<br />

Miranda, LEC 109<br />

Tenório, AL 109<br />

Maciel, DT 109<br />

Fernan<strong>de</strong>s, JL 109<br />

Lima, DL 109<br />

Introdução: Aformação cirúrgica dos estudantes <strong>de</strong> medicina está freqüentemente aquém das necessida<strong>de</strong>s da assistência primária.<br />

Casos simples, que po<strong>de</strong>riam ser tratados pelo médico da família são rotineiramente encaminhados ao cirurgião. Objetivo:Propor<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino das bases da técnica cirúrgica baseado no atendimento <strong>de</strong> casos simples <strong>de</strong> pacientes portadores <strong>de</strong> hérnia inguinal.Métodos:<br />

Pacientes do SUS portadores <strong>de</strong> hérnia inguinal não complicada são atendidos por estudantes <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua<br />

primeira consulta ambulatorial até a alta ambulatorial, orientados integralmente pelo professor <strong>de</strong> cirurgia. Os estudantes são responsáveis<br />

pelo atendimento pré-operatório integral, internamento, participam do ato cirúrgico, anestesia, alta hospitalar e seguimento ambulatorial<br />

pós-cirúrgico; todos os atos sob responsabilida<strong>de</strong> do professor. Após admissão na Liga os estudantes recebem orientações sobre<br />

técnicas cirúrgicas básicas e do funcionamento do SUS. Os estudantes também se responsabilizam pela or<strong>de</strong>nação das medidas burocráticas<br />

referentes ao atendimento hospitalar e ambulatorial. Exigem-se compromisso, tratamento humano e individualizado aos doentes,<br />

pontualida<strong>de</strong>, assiduida<strong>de</strong> e postura rigorosamente profissional mediante o serviço e o doente. À medida que <strong>de</strong>monstram competência<br />

e responsabilida<strong>de</strong>, os estudantes passam a ter oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> participar efetivamente do ato cirúrgico. Resultados:15estudantes<br />

foram atendidos pela Liga em 18 meses <strong>de</strong> funcionamento. Aproximadamente 100 pacientes foram operados. Os resultados<br />

dos pacientes operados são compatíveis aos resultados publicados na literatura. Os estudantes <strong>de</strong>monstraram as qualida<strong>de</strong>s exigidas<br />

pela Liga, apren<strong>de</strong>ram efetivamente as rotinas do SUS referentes a pacientes cirúrgicos, <strong>de</strong>monstraram-se capazes <strong>de</strong> avaliar a evolução<br />

pós-operatória dos pacientes e <strong>de</strong> reconhecer e tratar as complicações cirúrgicas mais simples. Demonstraram-se satisfeitos com os ensinamentos<br />

referentes a técnicas cirúrgicas básicas e com a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> praticá-los sob supervisão. Conclusão: O mo<strong>de</strong>lo proposto<br />

permite preparar estudantes <strong>de</strong> Medicina com formação e experiência cirúrgica mínima para aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s dos profissionais<br />

da assistência básica a saú<strong>de</strong>.<br />

108 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

109 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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Estudo do Desenvolvimento Embrionário e Fetal Usando como Ferramenta <strong>de</strong> Ensino<br />

Complementar Visita à Maternida<strong>de</strong> Municipal <strong>de</strong> Londrina<br />

Brito,VM 110<br />

Ruzon, UG 110<br />

Barbosa, ARG 110<br />

Thomazatti, FG 110<br />

B. Filho, E 110<br />

Salles,MJS 110<br />

Introdução: A literatura mostra que a inserção precoce do estudante no contexto <strong>de</strong> prática favorece o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem<br />

durante a formação médica. Objetivos: Complementar o estudo do <strong>de</strong>senvolvimento embrionário e fetal por meio<br />

<strong>de</strong> uma visita à maternida<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> Londrina on<strong>de</strong> os estudantes tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrevistar pacientes no puerpério,<br />

assistir à realização <strong>de</strong> partos e <strong>de</strong> exames pré-natais. Métodos: quali-quantitativamente utilizou-se um questionário semi-estruturado,<br />

aplicado aos estudantes amostrados (79) da 10série do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina em maio-junho <strong>de</strong><br />

<strong>2009</strong>. Os quesitos analisados relacionaram-se com os aspectos positivos e negativos da ativida<strong>de</strong>. Para análise dos dados foram utilizados:<br />

a distribuição <strong>de</strong> freqüência relativa e a análise <strong>de</strong> conteúdo. Resultados: Sobre os aspectos positivos da ativida<strong>de</strong> (56,96%) dos<br />

participantes consi<strong>de</strong>raram que a visita à maternida<strong>de</strong>, contribuiu para a formação <strong>de</strong> postura médica ressaltando o contato com os pacientes,<br />

(36,7%) possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistir a um parto ou acompanhar exames e (6,2%) conhecer a estrutura <strong>de</strong> uma maternida<strong>de</strong>. Por conseguinte,<br />

(53,16%) dos estudantes afirmaram que não houve aspectos negativos na ativida<strong>de</strong>. Com relação à entrevista (77,21%) dos estudantes<br />

sentiram-se confortáveis com a interação aluno-paciente e (22,78%) afirmaram insegurança para <strong>de</strong>senvolver a prática. Conclusão:<br />

Os dados mostraram que a visita à maternida<strong>de</strong> <strong>de</strong>spertou nos estudantes maior interesse pelo estudo da embriologia. Também<br />

a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação e atitu<strong>de</strong> profissional perante os pacientes exigida durante a visita assegurou ao estudante o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> sua postura médica. Esse primeiro contato com o paciente apresentou-se como <strong>de</strong>safio aos primeiro-anistas inexperientes que<br />

instigados com a situação se estimularam para per<strong>de</strong>r a inibição e o receio para com a relação médico-paciente. A comunicação com as<br />

mães levou a uma reflexão do aspecto biopsicossocial, o que corrobora para a formação do perfil atitudinal do futuro médico.<br />

Percepção dos Acadêmicos da Graduação do Curso <strong>de</strong> Medicina da UFC, no Período<br />

<strong>2009</strong>.1, em Relação à Contribuição da Disciplina “Diagnóstico <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Comunida<strong>de</strong>”<br />

para sua Formação<br />

Mota, ACM 111<br />

Viana, RR 111<br />

Rocha, JIX 111<br />

Mota, MFF 111<br />

Introdução: Des<strong>de</strong> a implantação da Reforma Curricular no curso <strong>de</strong> Medicina em 2001, o Módulo <strong>de</strong> Atenção Básica em Saú<strong>de</strong><br />

agrega temas relacionados ao SUS. “Diagnóstico <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Comunida<strong>de</strong> (DSC)”, a segunda disciplina <strong>de</strong>sse Módulo, oferece ao aluno<br />

os princípios para o <strong>de</strong>senvolvimento do diagnóstico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>, discutindo práticas <strong>de</strong> promoção/proteção em saú<strong>de</strong>,<br />

indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> coletiva, sistemas <strong>de</strong> informação e princípios do PSF. Propõem-se três momentos didáticos: aulas teóricas <strong>de</strong><br />

Epi<strong>de</strong>miologia, aulas práticas nas Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e construção <strong>de</strong> uma Sala <strong>de</strong> Situação <strong>de</strong> municípios cearenses. Objetivos:<br />

Conhecer a contribuição <strong>de</strong>ssa disciplina para a formação dos acadêmicos. Métodos: Realizou-se estudo <strong>de</strong>scritivo com abordagem<br />

quantitativa. Os sujeitos da pesquisa foram 46 estudantes (60,52%) do segundo semestre. O instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados foi um<br />

questionário com questões objetivas. Resultados: 93,48% dos entrevistados consi<strong>de</strong>raram essa disciplina necessária para o currículo da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, porém 56,52% <strong>de</strong>clararam que há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outra abordagem. 73,91% disseram ter aprendido o que são e<br />

para que servem os indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. 91,3% consi<strong>de</strong>raram as aulas práticas importantes para a disciplina, porém 73,91% gostariam<br />

110 Univerisda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Londrina, Londina, PR, Brasil.<br />

111 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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que essas aulas fossem mais organizadas. 52,70% consi<strong>de</strong>raram a construção da Sala <strong>de</strong> Situação fundamental para o aprendizado, enquanto<br />

34,78% a consi<strong>de</strong>raram <strong>de</strong>snecessária e 13,04% disseram que <strong>de</strong>veria ser construída posteriormente. Conclusão:Osestudantes<br />

tiveram bom rendimento <strong>de</strong> aprendizado e concordaram com as aulas nas UBASFs e com a construção da Sala <strong>de</strong> Situação. Os aspectos<br />

a melhorar são: abordagem ampliada dos conteúdos das aulas teóricas e organização das aulas práticas. Isso po<strong>de</strong> acontecer com maior<br />

participação dos monitores e/ou mais compromisso/aproximação das UBASFs com a Faculda<strong>de</strong>.<br />

Uso <strong>de</strong> Tecnologias <strong>de</strong> Ensino na Disciplina <strong>de</strong> Medicina Legal do Curso <strong>de</strong> Graduação em<br />

Medicina da UFCSPA<br />

Silva, HTH 112<br />

Siqueira, GB 112<br />

Henza, IS 112<br />

Tavares, K 112<br />

Brenddler, VP 112<br />

Rovigatti, VV 112<br />

Introdução: o uso das tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação (TICs) tem alterado significativamente a metodologia <strong>de</strong> ensino-aprendizagem.<br />

Na disciplina <strong>de</strong> Medicina Legal, do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre<br />

(UFCSPA), concorrem para essa alteração a utilização <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> ensino como a plataforma <strong>de</strong> aprendizagem Moodle(Modular<br />

Object-Oriented Dynamic Learning Environment), prova prática on-line com reprodução <strong>de</strong> imagens, ví<strong>de</strong>o <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssensibilização<br />

para visita ao necrotério do Departamento Médico-Legal, seminários sobre casos <strong>de</strong> repercussão da mídia e seriados cinemáticos com<br />

abordagem médico-legal. Objetivos: <strong>de</strong>screver retrospectivamente o uso <strong>de</strong> TICs na disciplina <strong>de</strong> Medicina Legal da UFCSPAquanto à<br />

aquisição e utilização <strong>de</strong> tecnologias educacionais em saú<strong>de</strong>, motivadores do processo ensino-aprendizagem e avaliar a aceitação <strong>de</strong>ssas<br />

pelos discentes. Métodos: planos <strong>de</strong> ensino da disciplina foram revisados avaliando-se a inclusão das TICs na disciplina nos últimos<br />

10 anos. Aos discentes da disciplina do primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong> foi aplicado questionário abordando a avaliação da exibição <strong>de</strong><br />

seriados, apresentação <strong>de</strong> seminário, uso do Moodle, exibição <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o para <strong>de</strong>ssensibilização e prova prática. on-line. Resultados:a<br />

análise mostrou um crescente uso <strong>de</strong> TICs na disciplina. Quanto à aceitação das TICs utilizadas os discentes (68,29%) afirmaram que os<br />

seriados cinemáticos auxiliaram na consolidação do conhecimento; 82,93% consi<strong>de</strong>raram bom ou excelente utilizar os seminários para<br />

a fixação <strong>de</strong> conteúdo e 78,04% que assistir a apresentação é uma boa estratégia para a fixação <strong>de</strong> conteúdo; 100% consi<strong>de</strong>raram ser o<br />

uso do moodle bom ou excelente como ferramenta didático-pedagógica; 56,09% consi<strong>de</strong>raram exibição do ví<strong>de</strong>o <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssensibilização<br />

um excelente recurso e 64,10% afirmaram que a prova prática on-line avaliou satisfatoriamente o conhecimento apreendido. Conclusão:<br />

o uso das TICs na disciplina <strong>de</strong> Medicina Legal acarretou maior consolidação dos conteúdos programáticos e sua acessibilida<strong>de</strong><br />

tornou as aulas mais atrativas e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> aceitação pelos discentes.<br />

Linguagem Visual em Exame Cardiovascular: Experiência <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> Ví<strong>de</strong>o Didático<br />

por Monitores <strong>de</strong> Semiologia Médica<br />

Pereira, GCB 113<br />

Vinagre, JGP 113<br />

Silva, APP 113<br />

Athay<strong>de</strong>, GAT 113<br />

Ronconi, DE 113<br />

Sousa-Muñoz, RL 113<br />

Introdução: Na pedagogia médica, a linguagem visual geralmente proporciona bons resultados sobre a assimilação dos estudantes.<br />

O ensino <strong>de</strong> Medicina sempre utilizou a imagem em diversas disciplinas, apresentando fotos e ilustrações nas aulas. Hodiernamente,<br />

os ví<strong>de</strong>os didáticos também são usados como auxílio audiovisual, contudo seu potencial ainda é pouco explorado no ensino médico.<br />

Envolvidos com a melhoria da formação semiotécnica no curso <strong>de</strong> graduação, os monitores <strong>de</strong> Semiologia Médica propuseram a<br />

112Fundação Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

113Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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inclusão do recurso do ví<strong>de</strong>o didático na programação <strong>de</strong>ste módulo. Objetivos: Apresentar e discutir a experiência <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

material áudio visual didático sobre exame clínico do aparelho cardiovascular pelos monitores <strong>de</strong> Semiologia Médica, bem como a contribuição<br />

do ví<strong>de</strong>o no aprendizado da disciplina. Métodos: Foi escolhido o exame cardiovascular para realizar a experiência. A produção<br />

do ví<strong>de</strong>o foi realizada com uma linguagem audiovisual experimental, resultante da discussão no grupo <strong>de</strong> monitores. Dividiram a<br />

produção, após a <strong>de</strong>finição do tema, nas seguintes etapas: confecção do roteiro, preparação do texto narrado, captura <strong>de</strong> imagens com<br />

câmera digital; e escolha <strong>de</strong> sons e efeitos sonoros. Os próprios monitores atuaram como examinador, narrador, paciente e operador <strong>de</strong><br />

câmera. Após filmagem, foram inseridos sons cardiovasculares no áudio e <strong>de</strong> créditos com auxílio <strong>de</strong> um software. Resultados:Foiproduzido<br />

material audiovisual didático <strong>de</strong> exame clínico do aparelho cardiovascular, com duração <strong>de</strong> aproximadamente 15 minutos.<br />

Conclusões: Através <strong>de</strong> seu potencial pedagógico, o ví<strong>de</strong>o foi utilizado não sóparareforçaroquefoiensinadopeloprofessoremsala<strong>de</strong><br />

aula, mas para exemplificá-lo e ativar os sentidos dos alunos <strong>de</strong> Semiologia, sendo um instrumento complementar <strong>de</strong> aprendizado clínico.<br />

O material é passível <strong>de</strong> divulgação pela Internet, tornando-se acessível aos estudantes <strong>de</strong> outras escolas médicas. Esta experiência<br />

ensejou, ainda, a idéia <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> uma vi<strong>de</strong>oteca <strong>de</strong> Semiologia Médica pelos monitores.<br />

Liga Acadêmica <strong>de</strong> Hematologia: uma Nova Percepção <strong>de</strong> Educação Médica<br />

Soares, GMT114 David, FL114 Camilo, GB114 Riani, LR114 Henriques, KMC114 Sousa, NA114 Introdução: O Projeto “Ligas Acadêmicas” está inserido no contexto da produção <strong>de</strong> conhecimento, pesquisa e projetos <strong>de</strong> extensão<br />

relacionados a uma <strong>de</strong>terminada área da saú<strong>de</strong>. As ativida<strong>de</strong>s são realizadas por acadêmicos coor<strong>de</strong>nados por um profissional<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com experiência na área. A Liga Acadêmica <strong>de</strong> Hematologia (LAH) foi criada no final do ano <strong>de</strong> 2004, a partir da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> um programa continuado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> educacional, voltado ao transplante <strong>de</strong> medula óssea. Hoje a LAH tem um caráter mais abrangente,<br />

realizando projetos junto à comunida<strong>de</strong>, promovendo trabalhos científicos e relatos <strong>de</strong> casos, além <strong>de</strong> estágios realizados no<br />

HU-UFJF, Fundação Hemominas e Hospital Ascomcer. Objetivos: Inserir os acadêmicos <strong>de</strong> Medicina e Enfermagem da UFJF em projetos<br />

na área <strong>de</strong> Hematologia junto à socieda<strong>de</strong>, incentivando a produção <strong>de</strong> trabalhos científicos e uma maior integração entre o<br />

HU-UFJF e a Fundação Hemominas. Métodos: Os alunos acompanham ambulatórios realizados na Fundação Hemominas-JF e no<br />

Hospital Universitário da UFJF, realizam encontros quinzenais para discussão <strong>de</strong> temas e casos clínicos específicos em Hematologia,<br />

privilegiando as enfermida<strong>de</strong>s mais prevalentes. Realizam palestras com o tema “Doe Medula sem medo”, voltadas à comunida<strong>de</strong> da<br />

macrorregião da Zona da Mata Mineira. Realizam ainda avaliação do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> crianças falcêmicas e campnhas <strong>de</strong> conscientização<br />

sobre o câncer infantil junto a profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Resultados: Durante o projeto, 66% dos participantes tiveram seu primeiro<br />

contato com ativida<strong>de</strong> científica, 55% realizaram seu primeiro projeto <strong>de</strong> extensão, 66% obtiveram o primeiro estágio extracurricular.<br />

Conclusões: ALiga Acadêmica <strong>de</strong> Hematologia é um instrumento valioso na educação médica, na medida em que complementa o currículo<br />

nuclear na abordagem da prática médica, na realização <strong>de</strong> trabalhos multidisciplinares e ativida<strong>de</strong>s junto à socieda<strong>de</strong>.<br />

114 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil<br />

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Percepção dos Acadêmicos Quanto ao Ensino da Atenção Primária em Saú<strong>de</strong> no Internato<br />

do Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

Holzer, S 115<br />

Silva, ACCG 115<br />

Reato, LFN 115<br />

Kayaki, E A 115<br />

Batistela, VCS 115<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> medicina baseando-se nas DCN e estando inserido no Pró-Saú<strong>de</strong>, vem incorporando o ensino da APS<br />

em seu currículo. Em <strong>2009</strong> o Ciclo <strong>de</strong> Atenção Primária a Saú<strong>de</strong> (CAPS) passou a constituir o quinto ciclo <strong>de</strong> internato, com ativida<strong>de</strong>s<br />

no PSF e UBS. Objetivo:conhecerapercepçãodosalunosdointernatoquantoaoensinodaAPS.Metodologia: estudo <strong>de</strong>scritivo, qualitativo<br />

aplicado aos alunos do 5º ano (n=46), com 2 questões centrais: Qual sua opinião sobre o ensino da APS na FMABC? e Na sua atuação<br />

como médico, on<strong>de</strong> serão utilizados os conhecimentos adquiridos no CAPS. As repostas foram analisadas para i<strong>de</strong>ntificação dos temas<br />

recorrentes. Resultados:. 31 (69%) dos 46 acadêmicos (Grupo-1) não haviam passado pelo ciclo, <strong>de</strong>stes 35,5% não sabem o que esperar<br />

do CAPS e/ou sentiram <strong>de</strong>ficiência do ensino <strong>de</strong> APS no curriculum; 30% acreditam que vão ampliar conhecimentos e ter uma<br />

nova abordagem; 13,3% colocam que o CAPS só tem importância para o SUS e Instituição <strong>de</strong> Ensino. Para 15 alunos (31%) Grupo-2, que<br />

respon<strong>de</strong>ram ao questionário após o ciclo: 33% avaliaram os conhecimentos adquiridos como fundamentais; 40% referem mudanças<br />

em conceitos, principalmente resolutivida<strong>de</strong> e integralida<strong>de</strong>. Para a 2ª questão, no G1 encontramos que 19,3% referem que utilizarão os<br />

conhecimentos na relação médico X paciente; e 64,5% na prática diária <strong>de</strong> médico. Para o G2 tivemos 100% <strong>de</strong> respostas para a utilização<br />

dos conhecimentos na prática diária <strong>de</strong> médico. Vale comentar o <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> um dos acadêmicos “...os conhecimentos serão utilizados<br />

tanto na minha vida profissional quanto na minha vida pessoal, apren<strong>de</strong>ndo a lidar melhor com os pacientes e com as pessoas”.<br />

Conclusão: a percepção dos acadêmicos quanto ao ensino da APS apresenta uma mudança após o rodízio no ciclo, confirmando que a<br />

proposta vem atingindo seus objetivos pedagógicos, principalmente quanto à integralida<strong>de</strong> e humanização.<br />

Teoria Versus Prática: uma Reflexão sobre a Dinâmica das Ativida<strong>de</strong>s Tutoriais, na<br />

Metodologia Aprendizagem Baseada em Problema (ABP), no Curso <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana (UEFS).<br />

Tôrres, ALB116 Oliveira, ENA116 Melo, BS116 Introdução: O ABP, experimentado originalmente em 1969, na universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> McMaster, Canadá, é centrado no aluno e faz da<br />

problematização sua estratégia <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Está sedimentado no tripé: ativida<strong>de</strong>s tutorias, inserção do estudante na comunida<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s. O Tutorial correspon<strong>de</strong> ao propulsor do processo <strong>de</strong> ensino/aprendizagem.<br />

Preocupa-se com a aquisição <strong>de</strong> competências que permitam ao futuro profissional interagir com o paciente e enxergá-lo holisticamente,<br />

perpassando pelo <strong>de</strong>senvolvimento da objetivida<strong>de</strong>, clareza, oratória, ética, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crítica, <strong>de</strong> trabalho em grupo, da busca do<br />

conhecimento, etc. Como facilitador <strong>de</strong>sse processo existe um professor tutor com disposição para respeitar e acreditar no potencial do<br />

discente, <strong>de</strong>vendo dar suporte para sua evolução. Objetivo: Refletir sobre a dinâmica das ativida<strong>de</strong>s tutoriais. Metodologia: Foi utilizada<br />

como base para este relato, a experiência vivenciada pelos autores, estudantes <strong>de</strong> medicina da UEFS, em grupos tutoriais por quatro<br />

anos. Resultados: Em nossa experiência observamos uma gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> em praticar o que se espera do tutorial. O conhecimento<br />

parcial do que se propõe o ABP, associado à capacitação insuficiente <strong>de</strong> profissionais educados na metodologia tradicional (flexeneriana)<br />

po<strong>de</strong>m ser os principais problemas responsáveis pelo não <strong>de</strong>senvolvimento das competências esperadas. Isso po<strong>de</strong> gerar:<br />

distorções <strong>de</strong> avaliação, semelhante ao da metodologia tradicional; o não acompanhamento do aluno, que sem apoio psicopedagógico,<br />

possui dificulda<strong>de</strong> no seu <strong>de</strong>senvolvimento; problemas mal formulados; discussões dissertativas sobre o um tema ao invés <strong>de</strong> resoluti-<br />

115 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.<br />

116 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana, Feira <strong>de</strong> Santana, BA, Brasil.<br />

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va do problema apresentado. Aspectos que culminam em <strong>de</strong>sinteresse e até mesmo evitação do tutorial pelos envolvidos. Conclusão:<br />

O ato <strong>de</strong> ensinar-apren<strong>de</strong>r, proposto pelo ABP, <strong>de</strong>ve ser um conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s articuladas para compartilhar responsabilida<strong>de</strong>s e<br />

comprometimento. A maior capacitação dos professores sobre o que é o ABP, maior assistência aos estudantes e o continuo<br />

aprimoramento da prática é vista como fundamental para o pleno aproveitamento <strong>de</strong>sta importante ferramenta.<br />

Programa <strong>de</strong> Monitoria na Graduação (PMG) das Disciplinas <strong>de</strong> Patologia Clínica (PC) I<br />

e II do Departamento <strong>de</strong> Propedêutica Complementar da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais (FMUFMG): uma Experiência <strong>de</strong> Sucesso.<br />

Soares, TF 117<br />

Men<strong>de</strong>s, EM 117<br />

Resen<strong>de</strong>, LMH 117<br />

Viana, LG 117<br />

Vidigal, PG 117<br />

Faria, RMD 117<br />

Introdução: O PMG da PC I e II da FMUFMG <strong>de</strong>stina-se aos discentes que <strong>de</strong>sejam experimentar ativida<strong>de</strong>s do universo acadêmico<br />

docente, numa disciplina que possui forte caráter integrador no currículo médico, colaborando para a formação <strong>de</strong> futuros docentes.<br />

Objetivo: Descrever o PMG da PC I e II. Metodologia: As disciplinas <strong>de</strong> PC I e II acontecem no 6º e 7º períodos, respectivamente. As<br />

vagas no PMG/PC são ofertadas anualmente para estudantes a partir do 7º período, selecionados por teste escrito e entrevista. Os monitores<br />

possuem bolsa e atuam por dois semestres consecutivos, sob supervisão dos coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> disciplina e chefia do <strong>de</strong>partamento.<br />

No período analisado (2006/<strong>2009</strong>) doze monitores foram admitidos no programa, <strong>de</strong>senvolvendo as seguintes ativida<strong>de</strong>s: 1)<br />

busca <strong>de</strong> casos clínicos utilizados como estratégia educacional; 2) formatação dos casos clínicos em mídia eletrônica; 3) condução <strong>de</strong> aulas,<br />

sob supervisão docente, na disciplina “Tópicos em Medicina Laboratorial; 4) seleção <strong>de</strong> material biológico e preparo <strong>de</strong> aulas práticas;<br />

5) elaboração dos manuais <strong>de</strong> Procedimento Operacional Padrão das ativida<strong>de</strong>s práticas; 6) participação na análise dos resultados<br />

da avaliação institucional; 7) contribuição nas reformas curriculares (PROMED), 8) orientação aos alunos. Resultados e Discussão:Os<br />

concursos para o PMG da PC têm sido concorridos e revelam elevado nível dos candidatos. O Programa é bem avaliado pelos monitores<br />

por contribuir na formação médica e motivar a docência; em alguns casos, <strong>de</strong>finiu a escolha da Patologia Clínica como especialida<strong>de</strong>.<br />

Aativida<strong>de</strong> mais elogiada tem sido a <strong>de</strong>senvolvida na disciplina “Tópicos em Medicina Laboratorial”. Conclusões: Percebe-se uma<br />

preferência dos monitores às ativida<strong>de</strong>s que mais os aproximam do exercício da docência, o que possibilita ao PMG da PC incrementar<br />

as ativida<strong>de</strong>s que propiciem aquisições <strong>de</strong> competências em metodologias <strong>de</strong> aprendizagem. Entretanto, é preciso maior envolvimento<br />

dos docentes do <strong>de</strong>partamento no programa, hoje restrito aos coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> disciplina e <strong>de</strong>partamento.<br />

Comparação entre os Sexos na Formação Médica e Atuação Profissional<br />

Reinesch, J 118<br />

Suzuki, M 118<br />

Moraes, M 118<br />

Borges, DGS 118<br />

Del-Ben, CM 118<br />

Introdução: São conhecidas as diferenças na inserção e remuneração <strong>de</strong> homens e mulheres no mercado <strong>de</strong> trabalho. Estudos<br />

realizados com o apoio <strong>de</strong> associações e faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina indicam que ainda há predomínio masculino no exercício da profissão.<br />

Objetivo: Verificar diferenças na formação <strong>de</strong> homens e mulheres egressos do curso <strong>de</strong> medicina quanto à realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s extracurriculares<br />

durante a graduação e analisar a influência <strong>de</strong>stas na situação profissional atual <strong>de</strong>sses médicos. Métodos: Aamostra foi<br />

composta por 168 alunos (103 homens e 65 mulheres) formados na FMRP-USP no período <strong>de</strong> 1987 a 1996, que respon<strong>de</strong>ram a questionário<br />

enfocando dados pessoais e educacionais, ativida<strong>de</strong>s extracurriculares realizadas durante a graduação e aspectos profissionais<br />

atuais. Resultados: Não houve diferença significativa entre os sexos quanto à realização <strong>de</strong> ligas, centro acadêmico, cursos <strong>de</strong> línguas<br />

117 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

118 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto. Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

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ou música, ativida<strong>de</strong>s remuneradas, comissão <strong>de</strong> formatura, monitoria <strong>de</strong> disciplinas, representação discente ou <strong>de</strong> classe. Porém verificou-se<br />

maior participação masculina na prática <strong>de</strong> esportes (69,9% dos homens; 49,2% das mulheres) e na diretoria da associação atlética<br />

(75,8% homens). Todavia, maior número <strong>de</strong> mulheres realizou iniciação científica (64,6% das mulheres; 44,7% dos homens). Quanto<br />

à situação profissional atual, a maioria das mulheres atua na área <strong>de</strong> clínica médica (41,5%) ou pediatria (30,8%), enquanto que homens<br />

seguem predominantemente as carreiras cirúrgica (40,4%) ou clínica (31,3%). Dos 36,2% <strong>de</strong> médicos que trabalham em 3 ou mais locais,<br />

apenas 20,0% são mulheres e, dos 52,1% que têm renda mensal maior que R$10.000 por mês, 80,5% são homens Conclusões:Apesardas<br />

semelhanças na formação extracurricular dos homens e mulheres, observaram-se diferenças na situação profissional atual, com mulheres<br />

reportando menor remuneração. Esse fato po<strong>de</strong> ser atribuído à escolha da gran<strong>de</strong> área, algumas tradicionalmente menos remuneradas,<br />

bem como à menor jornada <strong>de</strong> trabalho cumprida.<br />

Inovação Curricular na Área da Saú<strong>de</strong>: um Estudo em Periódicos Nacionais<br />

Batista, SH119 Gerab, IFS119 Sonzogno, MC119 Rego C119 Abdalla, S119 Malachias, L119 Introdução: no âmbito do projeto “Docência, inovação curricular e formação: da produção científica nacional (1997-2007) a propostas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento docente em saú<strong>de</strong>”, realiza-se uma análise documental em periódicos nacionais, tendo como um dos objetivos<br />

analisar artigos publicados em periódicos nacionais que abor<strong>de</strong>m a temática docência universitária e inovações curriculares em saú<strong>de</strong><br />

nos cursos <strong>de</strong> graduação, no período <strong>de</strong> 1997 a 2007. Objetivo: caracaterizar os artigos que abordam tematicas no eixo “inovações<br />

curriculares.” Metodologia: a partir da utilização das bases Scielo e Lilacs, foram capturados 114 artigos nos 11 periódicos, utilizando-se<br />

os <strong>de</strong>scritores curriculo, inovacao e mudanca curricular. Resultados e discussão: publicação centra-se nos anos <strong>de</strong> 2001 a 2007. Os<br />

artigos trazem como autores pesquisadores, principalmente, da região su<strong>de</strong>ste do país, com significativa incidência <strong>de</strong> estudos no campo<br />

do ensino Médico e do ensino em Enfermagem. Um achado importante refere-se à natureza qualitativa dos estudos. No âmbito das<br />

temáticas emergiram: articulação ensino-serviços, metodologias problematrizadoras, Diretrizes Curriculares nacionais e as mudanças<br />

noscenários<strong>de</strong>prática.Conclusão: os dados analisados permitem reconhecer as inovações curriculares em saú<strong>de</strong> constituem um campo<br />

temático importante na atual configuração do ensino superior em saú<strong>de</strong> no país, evi<strong>de</strong>nciando o gran<strong>de</strong> impacto trazido pelo <strong>de</strong>safio<br />

<strong>de</strong> aproximar e articular a universida<strong>de</strong> e os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, além da complexida<strong>de</strong> que reveste a concretização dos novos cenários<br />

<strong>de</strong> aprendizagem em saú<strong>de</strong>, privilegiando os espaços da atenção básica.<br />

Abordagem Biopsicossocial nos Problemas Apresentados em um Currículo PBL (Problem<br />

Based Learning)<br />

Aguilar-da-Silva, RH120 Teixeira, LS121 Farah, BF120 Pereira, SRM120 Ricardo, DR120 Bechara, RN120 Introdução: A publicação das diretrizes curriculares nacionais, ao estabelecer o perfil do egresso, impulsionou mudanças nas<br />

estratégias <strong>de</strong> ensino compatíveis com a tarefa <strong>de</strong> formar esse profissional. Uma <strong>de</strong>ssas estratégias é a implantação <strong>de</strong> um currículo PBL<br />

baseado nos problemas sócio-sanitários da comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> funcionam os cursos, pois os estudantes precisam conhecer a realida<strong>de</strong><br />

social para que haja um fortalecimento <strong>de</strong> seu compromisso com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> das pessoas. A faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ciências médicas<br />

e da saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> juiz <strong>de</strong> fora possibilita, através do programa integrador, o contato dos estudantes <strong>de</strong> medicina, enfermagem, fisiotera-<br />

119 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

120 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

121 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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pia, odontologia e farmácia com a comunida<strong>de</strong> a partir do 2º período, tomando as necessida<strong>de</strong>s como centro das intervenções e práticas,<br />

enfocando os eixos da saú<strong>de</strong> individual; coletiva; processo <strong>de</strong> trabalho e educação em saú<strong>de</strong>, valorizando as dimensões biopsicossociais.<br />

A problematização é trabalhada nos ciclos pedagógicos. Objetivos: Verificar se as dimensões biopsicossociais são a<strong>de</strong>quadamente<br />

trabalhadas nos problemas apresentados pelos estudantes. Metodologia: Foram realizadas análises qualitativas, a partir dos documentos<br />

<strong>de</strong> avaliação dos estudantes nos ciclos pedagógicos e pelos relatos dos docentes na educação permanente. A pesquisa foi<br />

aprovada pelo CEP da FCMS/JF. Resultados: Apesar da eficácia do método, conferido a partir <strong>de</strong> diversas experiências e publicações<br />

em artigos científicos, observa-se que as maiores dificulda<strong>de</strong>s na sua implantação, referem-se à mudança do lugar docente, que passa<br />

<strong>de</strong> transmissor <strong>de</strong> seu saber para o lugar <strong>de</strong> facilitador, bem como, pela dificulda<strong>de</strong> em trabalhar a<strong>de</strong>quadamente as dimensões psicossociais,<br />

valorizando apenas à dimensão biológica e, portanto, à doença e não à pessoa doente, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da formação do professor.<br />

Conclusões: Assim sendo, a integração da abordagem biopsicossocial requer a conjunção <strong>de</strong> múltiplos saberes, sobretudo, da participação<br />

ativa do psicólogo no trabalho <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos docentes a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertá-los para o entendimento dos mecanismos psicológicos<br />

implicados nos processos vitais dos indivíduos.<br />

Ativida<strong>de</strong> Teórico - Prática em Hospital Psiquiátrico Durante a Graduação<br />

Melo, NC 122<br />

Padilla, R 122<br />

Carvalho, BC 122<br />

Fonseca, IG 122<br />

Westphal, DC 122<br />

Tomaz, G 122<br />

Introdução: Adisciplina <strong>de</strong> psiquiatria, obrigatória no curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas - UFAM é oferecida<br />

durante o sétimo período do curso. Possui carga horária <strong>de</strong> 90 horas divididas em duas aulas teóricas semanais e uma ativida<strong>de</strong> prática <strong>de</strong><br />

quatro horas semanais no Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro. Objetivo: Relatar experiência <strong>de</strong> contato com pacientes psiquiátricos vivenciada<br />

durante a graduação. Métodos: Durante 10 semanas os alunos freqüentaram o hospital psiquiátrico sobre a orientação do professor<br />

da disciplina, on<strong>de</strong> acompanharam atendimentos ambulatoriais, <strong>de</strong> emergência e evolução <strong>de</strong> pacientes internados. No ambulatório e pronto<br />

atendimento os acadêmicos acompanhavam a avaliação do paciente participando através <strong>de</strong> perguntas dirigidas a ele e aos acompanhantes.<br />

Na enfermaria os alunos colhiam a história clínica dos internados <strong>de</strong>vendo sugerir hipóteses diagnósticas sem acesso prévio ao prontuário.<br />

Ao final <strong>de</strong> cada aula as informações obtidas bem como as condutas sugeridas pelos alunos eram comparadas às do prontuário do paciente<br />

e discutidas com o professor orientador. Resultados: A hipóteses diagnósticas sugeridas pelos acadêmicos geralmente correspondiam<br />

às do prontuário, com raras exceções, já as condutas apresentaram maior divergência. Dentre os pacientes do pronto atendimento e da enfermaria<br />

as doenças <strong>de</strong> maior freqüência foram transtorno bipolar e esquizofrenia. No ambulatório houve predomínio <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão e síndrome<br />

do pânico. Conclusões: Aparticipação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssa natureza durante a graduação é extremamente válida para a formação clínica do<br />

acadêmico, pois além <strong>de</strong> ampliar seus conhecimentos sobre as doenças psiquiátricas, permite um maior contato com a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses pacientes<br />

e conseqüentemente, construção <strong>de</strong> uma abordagem médico-paciente mais a<strong>de</strong>quada.<br />

Mo<strong>de</strong>los Criativos <strong>de</strong> Aprendizado Anátomo-Clínico<br />

Me<strong>de</strong>iros, LEB 123<br />

Silva, LMN 122<br />

Lima, PMO 122<br />

Introdução: A proposta <strong>de</strong>senvolvida pela disciplina <strong>de</strong> Anatomia Topográfica foi criada para minimizar o aprendizado insatisfatório<br />

mediante a indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cadáveres suficientes para dissecação, bem como para aliar correlações clínicas ao estudo <strong>de</strong><br />

anatomia humana. Para tanto, foi solicitado aos alunos a realização <strong>de</strong> uma maquete criativa e original envolvendo a clínica e sua anatomia<br />

correlata. Tal idéia segue a tendência <strong>de</strong> integração básico-clínica intrínseca à reforma curricular no curso médico. Objetivos:Aelaboração<br />

das maquetes visa otimizar o aprendizado <strong>de</strong> procedimentos e situações cotidianamente presentes na clínica médica e que são<br />

melhor compreendidas quando aliadas a um embasamento anatômico. Além disso, as maquetes <strong>de</strong>veriam ser economicamente viáveis<br />

122 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

123 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

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e <strong>de</strong> fácil compreensão, uma vez que também se encontrava entre os objetivos do projeto o compartilhamento com os <strong>de</strong>mais colegas do<br />

conteúdo informativo inerente a cada maquete. Por fim, havia o intuito <strong>de</strong> ser uma alternativa inovadora à avaliação normativa tradicional.<br />

Métodos: O projeto consistiu na confecção, por parte <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> estudantes, <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los esquemáticos da situação clínica escolhida<br />

e respectiva anatomia, utilizando materiais simples e acessíveis. Em seguida, houve a apresentação <strong>de</strong> cada projeto, que <strong>de</strong>veria<br />

consistir <strong>de</strong> um paralelo entre os subsídios teóricos e o mecanismo funcional da maquete. Após cada explanação, os espectadores atuavam<br />

como avaliadores, relatando pontos positivos e negativos, bem como os conhecimentos adquiridos. Resultados:Osresultadosobtidosforamamplamentesatisfatórios,tantodoponto<strong>de</strong>vistadoaprendizadoquantodoestímuloaotrabalhoemequipe.A<strong>de</strong>mais,foi<br />

incitada a criativida<strong>de</strong> e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autocrítica do corpo discente. Conclusões: A realização do projeto consistiu numa alternativa<br />

inovadora que dinamizou o aprendizado acadêmico, incentivando a constante busca pela interdisciplinarida<strong>de</strong> anátomo-clínica, <strong>de</strong><br />

fundamental importância para a formação dos profissionais <strong>de</strong>ssaárea.Osalunossetornaramautores da revolução pedagógica,<br />

produzindo conhecimento e o difundido para os <strong>de</strong>mais colegas.<br />

A Construção <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>los Tridimensionais no Ensino <strong>de</strong> Neuroanatomia e Neurofisiologia<br />

Tesser, RC 124<br />

Konkiewitz, EC 123<br />

Introdução: para o exercício prático da neurologia é fundamental que o médico tenha um conhecimento sólido das relações neuroanatômicas<br />

e neurofisiológicas, pois só assim po<strong>de</strong>rá realizar os diagnósticos sindrômico, anatômico e etiológico. No entanto, <strong>de</strong>vido à sua<br />

inerente complexida<strong>de</strong> a transmissão <strong>de</strong>stes conhecimentos representa um difícil processo e se mostra muitas vezes <strong>de</strong>ficitária durante a graduação.<br />

Em uma tentativa <strong>de</strong> facilitar este processo foi <strong>de</strong>senvolvido um projeto <strong>de</strong> ensino que se constituiu na elaboração <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los tridimensionais<br />

e interativos do sistema nervoso central pelos alunos. Objetivos: os objetivos foram: estabelecer condições para um aprendizado<br />

mais significativo da neuroanatomia e da neurofisiologia, incentivando uma postura mais ativa na aquisição <strong>de</strong> conhecimento; propiciar o<br />

aprendizado do trabalho em equipe e a criativida<strong>de</strong> na busca autônoma <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> representação plástica. Métodos: uma classe do segundo<br />

ano do curso <strong>de</strong> medicina foi dividida em doze grupos <strong>de</strong> quatro alunos, sendo que cada grupo po<strong>de</strong>ria escolher um tema para representar.<br />

Estes temas correspondiam a unida<strong>de</strong>s funcionais específicas do sistema nervoso central. Durante a apresentação dos mo<strong>de</strong>los a avaliação<br />

era feita <strong>de</strong> acordo com o nível <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong>monstrado pelos alunos, o potencial didático, a interativida<strong>de</strong> e a criativida<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo.<br />

Resultados: os mo<strong>de</strong>los representam diferentes estruturas do sistema nervoso central, como os núcleos da base, o sistema límbico e os<br />

circuitos cerebelares. Houve gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> materiais utilizados, sendo que muitos grupos se utilizaram da montagem <strong>de</strong> circuitos elétricos<br />

para representar as conexões do sistema nervoso central. As apresentações orais permitiram avaliar o conhecimento adquirido pelos<br />

alunos. Conclusões: a construção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los tridimensionais do sistema nervoso central representou um <strong>de</strong>safio para os alunos e estimulou<br />

uma postura <strong>de</strong> busca ativa <strong>de</strong> conhecimento. Foi necessário que diversos conceitos fossem assimilados, estruturados cognitivamente para<br />

que pu<strong>de</strong>ssem ser transformados, pelo aluno, em uma linguagem nova e original.<br />

Oficina <strong>de</strong> Integração: Aprendizado Baseado em Lista <strong>de</strong> Problemas<br />

Granato, RA 125<br />

Ramos, RC 124<br />

Silva, DP 124<br />

Carvalho, GO 124<br />

Abi-haila, C 124<br />

Tavares. RN 124<br />

Introdução: O processo ensino-aprendizagem, na maioria dos cursos médicos, acontece em aulas expositivas, leitura <strong>de</strong> livros,<br />

textos <strong>de</strong> mídia eletrônica, etc. Aintegração e aplicação dos diversos conteúdos necessitam, entretanto, <strong>de</strong> outras metodologias pedagógicas.<br />

Criamos uma ativida<strong>de</strong> que, ale disto, <strong>de</strong>senvolve o raciocínio clínico e possibilita tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Como instrumento, casos<br />

clínicos são elaborados. Objetivos: Integrar teórica e prática, sedimentar conteúdos indispensáveis a formação e prática médicas; <strong>de</strong>-<br />

124 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, Dourados, MS, Brasil.<br />

125 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

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senvolver e treinar raciocínio clínico; criar banco <strong>de</strong> dados para pesquisa; possibilitar chegada ao diagnóstico e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão; e<br />

construir aprendizagem em grupo. Método: Casos clínicos são construídos pelos monitores, sob orientação dos professores, integrando<br />

conteúdos teórico-práticos prevalentes ou relevantes, ministrados nos três períodos anteriores ao internato, valorizando anamnese e<br />

exame físico. Eles são trabalhados com os alunos agrupados em trios, em quatro encontros. No primeiro, os grupos recebem a anamnese<br />

e exame físico do caso. Elaboram então uma lista <strong>de</strong> problemas do paciente. No segundo, discutem suas listas e solicitam exames, julgados<br />

necessários, para elucidação diagnóstica. No terceiro, recebem os resultados e, à luz <strong>de</strong>stes, constroem nova lista comentada dos<br />

problemas, cujos itens são agrupados, facilitando o raciocínio e interpretação, levando às hipóteses diagnósticas. Este banco <strong>de</strong> dados é<br />

pesquisado para, então, formularem o diagnóstico final. No último, todo o caso é discutido com os alunos, pelos monitores e professores,<br />

revisando-se as diversas etapas da construção do raciocínio clínico até o diagnóstico final, e as melhores condutas para o paciente.<br />

Resultados: Esta metodologia não teve ainda avaliação formativa ou diagnóstica. Entretanto, o <strong>de</strong>sempenho dos monitores, quando<br />

comparados ao dos seus colegas <strong>de</strong> turma, mostra que os objetivos estão sendo alcançados. Conclusão: Diferentemente <strong>de</strong> outras, esta<br />

metodologia reproduz a prática médica, <strong>de</strong>senvolve o raciocínio clínico, a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, aborda o paciente como indivíduo<br />

integral, obe<strong>de</strong>cendo as diretrizes curriculares.<br />

O Desafio <strong>de</strong> Montar o Módulo Tocoginecologia <strong>de</strong> 54 horas no Currículo Nuclear, com<br />

Experiência <strong>de</strong> Curriculo Tradicional<br />

Maldonado, RJ126 Alves, R125 Sari-Eldim, OFG125 Rafael, JF125 Scárdua, APT125 Andrikopoulos, LB125 Introdução: Influenciado pelas mudanças que ocorriam na Europa, o relatório Flexner impulsionou a reforma das escolas médicas<br />

gerando gran<strong>de</strong> repercussão para a formação médica. Objetivo: Relatar a experiência na estruturação do módulo tocoginecologia,<br />

pontuando as fragilida<strong>de</strong>s e fortalezas encontradas no caminho do currículo nuclear sendo os docentes formados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />

currículo tradicional. Metodologia: Descrição da estruturação do módulo <strong>de</strong> tocoginecologia, com 54 horas divididas em 16 horas teóricas<br />

e 32 horas práticas para o oitavo período do curso <strong>de</strong> graduação em medicina, avaliando as fragilida<strong>de</strong>s e fortalezas ao final da primeira<br />

turma <strong>de</strong> 40 alunos. Resultados Fragilida<strong>de</strong>s: (1) Perfil do docente - nova visão <strong>de</strong> comprometimento com novo estilo <strong>de</strong> ensinar;<br />

(2) Integração inicial entre dois conteúdos na carga horária <strong>de</strong>finida. Fortalezas: (1) Melhor entendimento do aluno ao ser apresentado<br />

aos dois conteúdos; (2) Uso do laboratório <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s para treinamento nos manequins; (3) Número reduzido <strong>de</strong> alunos (quatro)<br />

nas ativida<strong>de</strong>s práticas para acompanhamento e execução da consulta sob supervisão docente; (4) Implantação da avaliação prática<br />

com gincana <strong>de</strong> sli<strong>de</strong>s e Mini-Cex, o que resultou em um feedback extremamente proveitoso para os dois lados; (5) Satisfação - O aluno<br />

sentiu-se totalmente integrado na disciplina por vivenciar na prática todo o conteúdo teórico. Conclusão: As mudanças são sempre<br />

muito difíceis e trabalhosas, mas a gratificação em observar o crescimento <strong>de</strong>stes estudantes nos leva a crer que estamos no caminho<br />

certo para uma melhor formação na área <strong>de</strong> tocoginecologia, fundamental à boa prática clínica no futuro.<br />

126 UNIVIX- Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

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Inserção do Ensino da Acupuntura no Curriculum Da Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong> – UNIVIX<br />

Monteiro, BVS 127<br />

Carpes, EP 126<br />

Delboni, G 126<br />

Griffo, LS 126<br />

Sari-Eldim, OF 126<br />

Sant‘Ana, TC 126<br />

Introdução: acupuntura é uma técnica terapêutica oriental <strong>de</strong> existência milenar que faz parte da Medicina Tradicional Chinesa<br />

(MTC). Em acupuntura, o entendimento do binômio saú<strong>de</strong>/doença parte da compreensão <strong>de</strong> que tudo na natureza é cíclico, inclusive<br />

as mudanças que ocorrem no ser humano. No Brasil, a acupuntura é reconhecida como especialida<strong>de</strong> médica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995, através da resolução<br />

1634/2002 do Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Medicina. O Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) pela resolução do Conselho Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

nº 371/2007 coloca a acupuntura como uma das práticas integrativas e complementares do SUS. Objetivos: avaliar o conhecimento e o<br />

interesse dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> uma instituição privada do município <strong>de</strong> Vitória, Espírito Santo, em relação à especialida<strong>de</strong><br />

médica <strong>de</strong> acupuntura, assim como, os aspectos pedagógicos <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong>ssa disciplina na gra<strong>de</strong> curricular em diferentes instituições.<br />

Metódos: a pesquisa tem como público alvo acadêmicos <strong>de</strong> medicina com ida<strong>de</strong> entre 18 e 30 anos, <strong>de</strong> ambos os sexos. Foi realizada<br />

na forma <strong>de</strong>scritiva <strong>de</strong> campo, mediante um questionário auto-aplicável o qual será instrumento <strong>de</strong> avaliação do conhecimento e interesse<br />

dos acadêmicos em relação à especialida<strong>de</strong> médica <strong>de</strong> acupuntura, assim como a utilização da acupuntura em indivíduos próximos<br />

ao entrevistado. Foram empregadas análises paramétricas ou não-paramétricas, <strong>de</strong> acordo com as características dos dados, sendo<br />

adotado um nível á<strong>de</strong>significância estatística <strong>de</strong> 5% (ZAR, 1999). Resultados: há interesse significativo do estudante <strong>de</strong> medicina sobre<br />

o conhecimento da acupuntura (92,9%); o estudante prefere que a disciplina seja oferecida <strong>de</strong> forma opcional (91,9%); conhece pessoas<br />

próximas que se submeteram à acupuntura (66%). Conclusões: é importante que as instituições <strong>de</strong> ensino ofereçam a medicina alternativa<br />

em seus currículos para ampliar o conhecimento do estudante <strong>de</strong> medicina, bem como estimular os futuros médicos a consi<strong>de</strong>rarem<br />

a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolher a acupuntura como sua futura especialida<strong>de</strong>.<br />

Prática Médica e Determinantes <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Costa-Lima, AR 128<br />

Mota, MV 127<br />

Sousa, JRP 127<br />

Barbosa, JPA 127<br />

Introdução: Há um ano, adota-se metodologia para <strong>de</strong>terminação do processo saú<strong>de</strong>-doença, em disciplina ministrada no 1º<br />

semestre do Curso <strong>de</strong> Medicina da UFC, que inicia módulo longitudinal <strong>de</strong> Atenção Básica à Saú<strong>de</strong> e que se esten<strong>de</strong> até o Internato.<br />

Objetivos: Incentivar a compreensão <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pela apreensão da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>terminantes; propor a abordagem <strong>de</strong><br />

problemas coerente ao conceito ampliado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; estimular a interação profissional, em equipe e com a comunida<strong>de</strong>, na gestão estratégica<br />

e participativa da vigilância e da atenção à saú<strong>de</strong>, integrados no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas públicas. Métodos:Grupos<strong>de</strong>trabalho,<br />

com cinco alunos cada, realizam visitas domiciliares, entrevistam profissionais, gerência e informantes–chave, e selecionam um<br />

problema <strong>de</strong> população adscrita a uma Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Fortaleza. Em laboratório, <strong>de</strong>claram, <strong>de</strong>screvem e explicam o problema,<br />

construindo sua re<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>terminação (fluxograma situacional-FS). Elegem pontos <strong>de</strong> atuação, como nós críticos, para resolução<br />

do problema, estabelecem uma agenda <strong>de</strong> trabalho (visitas ao território, novas entrevistas, pesquisa em várias fontes, acompanhados<br />

pelo professor e/ou pelos monitores) e esboçam um plano para enfrentar o problema. Estudam Processo Saú<strong>de</strong>-Doença, Evolução<br />

Histórica da Prática Médica, Políticas Públicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Sistema e Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Atenção Básica e Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família,<br />

Níveis <strong>de</strong> Atenção e Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong>. Investigam o problema, interpretam suas pesquisas e expõem criticamente FS e Plano<br />

<strong>de</strong> Ação. Resultados: Aavaliação dos próprios discentes, <strong>de</strong> docentes e <strong>de</strong> monitores, sobre essa metodologia <strong>de</strong> aprendizagem, aponta<br />

para um satisfatório alcance dos objetivos pretendidos. Conclusão: Com este método po<strong>de</strong>-se estimular a prática médica que supere o<br />

diagnóstico e a terapêutica restritos ao corpo, <strong>de</strong>senvolvendo ações <strong>de</strong> promoção, proteção, restauração e reabilitação da saú<strong>de</strong>, junto a<br />

cada pessoa, que estimulem a autonomia, melhorem o atendimento <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s, e respondam às aspirações da coletivida<strong>de</strong>.<br />

127 UNIVIX- Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

128 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil<br />

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A Questão da Criação<br />

Siepierski, AR 129<br />

Prove<strong>de</strong>l, DC 128<br />

Ari<strong>de</strong>, SB 128<br />

Rafael, JF 128<br />

Maldonado, R 128<br />

Sari-Eldim, OFG 128<br />

Introdução:Do entendimento dos vários tempos do mecanismo <strong>de</strong> parto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> a boa prática obstétrica. Des<strong>de</strong> a insinuação<br />

(encaixamento) até o <strong>de</strong>spreendimento, o feto trilha o <strong>de</strong>sfila<strong>de</strong>iro pélvico lançando mão do assinclitismo. Através <strong>de</strong>ste mecanismo <strong>de</strong><br />

lateralização o feto vai passo a passo vencendo barreiras até o nascimento. Objetivo: Baseado na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter que enten<strong>de</strong>r os aspectos<br />

práticos <strong>de</strong>ste mecanismo <strong>de</strong> parto (MP) e da dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r os livros textos, alunos da disciplina <strong>de</strong> tocoginecologia<br />

<strong>de</strong>senvolveram uma técnica <strong>de</strong> aprendizagem para suprir esta lacuna. É nosso objetivo <strong>de</strong>screver o instrumento criado e utilizado<br />

por eles no estudo prático da disciplina.Metodologia: Para enten<strong>de</strong>r as fases do MP, com ênfase as varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apresentação e rotação,<br />

foi confeccionado um instrumento constituído <strong>de</strong> duas partes: a primeira, <strong>de</strong>senvolvida em papel cartolina, continha todas as estruturas<br />

da pelve, referenciando pontos <strong>de</strong> referência maternos e linhas <strong>de</strong> orientação. Tal peça continha uma abertura central representando<br />

a vagina dilatada. Na segunda, construída com uma bola <strong>de</strong> isopor representando a cabeça fetal, estavam <strong>de</strong>senhadas as suturas<br />

e fontanelas do feto. Esta peça <strong>de</strong> isopor encaixava-se perfeitamente na peça <strong>de</strong> cartolina, <strong>de</strong> forma que podíamos girar uma na outra,<br />

<strong>de</strong>monstrando assim, a evolução do trabalho <strong>de</strong> parto. Resultados: Este simples dispositivo permitiu o entendimento e a compreensão<br />

da dinâmica do trabalho <strong>de</strong> parto, funcionando como um fator facilitador no aprendizado <strong>de</strong>stes alunos. Conclusões:Através<strong>de</strong>um<br />

instrumento simples e <strong>de</strong> fácil execução pu<strong>de</strong>mos avaliar não só a criativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes estudantes, mas também como a simplicida<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong> levar ao preenchimento <strong>de</strong> lacunas que necessitam fundamentalmente serem preenchidas para um aprendizado a<strong>de</strong>quado.<br />

Modificações Didáticas Implementadas nas Disciplinas <strong>de</strong> Farmacologia da UFJF:<br />

Pedagogia da Autonomia e Aprendizagem Baesada em Problemas<br />

Guerra, DM 130<br />

Soares, AP 129<br />

M. Neto, CC 129<br />

Bonfante, HL 129<br />

Lucas, NP 129<br />

Rocha, BS 129<br />

Introdução: Observando o baixo interesse e produtivida<strong>de</strong> que o ensino pautado no fluxo unidirecional <strong>de</strong> conhecimento impõe<br />

ao discente, foram implementadas em 2001 modificações didáticas nas disciplinas <strong>de</strong> farmacologia da UFJF, afim <strong>de</strong> facilitar o processo<br />

<strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Objetivos: Essas mudanças visam <strong>de</strong>spertar a visão crítica e facilitar a produção do conhecimento através<br />

da aprendizagem baseada em problemas. Objetiva-se também obter o crescimento do aluno através da otimização das relações interpessoais<br />

(professor-aluno e aluno-aluno) e da capacitação em fazer relatos teóricos sucintos publicamente. Métodos:Oconteúdoé<br />

previamente <strong>de</strong>terminado pelo docente para estudo e elaboração <strong>de</strong> resumo em casa. Durante a aula os alunos são divididos em 4 grupos<br />

<strong>de</strong> aproximadamente 6, para discussão e entendimento dos temas propostos, é escolhido um aluno-relator que representará o grupo<br />

fazendo um relato oral do tema discutido. Posteriormente, eles são reorganizados visando esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas e partilha do<br />

conhecimento adquirido. Por fim, todos se reúnem para ouvir os relatoresesãodiscutidasasconclusõesdasfasesanterioresdotrabalho.<br />

Durante todo o processo o docente está presente, havendo livros e monitores que auxiliam na compreensão do conteúdo e esclarecimento<br />

das dúvidas. O aprendizado é avaliado pelos seguintes critérios: pontualida<strong>de</strong>, resumos elaborados, dúvidas levantadas, participação<br />

e solidarieda<strong>de</strong>, não havendo avaliação formal por provas. Resultados: A relação professor-aluno foi otimizada, extrapolou o<br />

simples repassar <strong>de</strong> conhecimento sendo estabelecidos laços <strong>de</strong> confiança, solidarieda<strong>de</strong> e amiza<strong>de</strong>. Tem-se observado aumento do in-<br />

129 UNIVIX - Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

130 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

259<br />

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teresse e participação do aluno, que passa a dominar o conteúdo abordado, adquirindo espírito crítico e autônomo capaz <strong>de</strong> lidar com<br />

as dificulda<strong>de</strong>s futuras. Conclusão: Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino mostrou-se eficaz quanto aos objetivos propostos. Porém, por ter sua<br />

eficiência relacionada a grupos pequenos <strong>de</strong> alunos torna-se inviável em muitas faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina. Outra dificulda<strong>de</strong> é a<br />

adaptação inicial dos alunos, acostumados aos mol<strong>de</strong>s tradicionais.<br />

Avaliação do Ensino da Histologia e Embriologia Humanas <strong>de</strong>ntro do Currículo Básico da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

Melo, CB 131<br />

Oliveira, HM 130<br />

Ponte, AM 130<br />

Silva, AP 130<br />

Introdução: a Histologia e Embriologia Humanas são <strong>de</strong> fundamental importância no currículo básico da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina,<br />

sendo ministrada no primeiro ano <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>. Os estudantes <strong>de</strong>vem ter uma aprendizagem cada vez melhor, focada na valorização do estudo<br />

da disciplina para a prática profissional e sua inter-relação com outras áreas da Medicina. Objetivos: avaliar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas<br />

durante o módulo para que se possam <strong>de</strong>senvolver melhorias. Métodos: foi aplicado um questionário a 36 alunos do 2º semestre, no dia<br />

daúltimaprova<strong>de</strong>Histologia.Osestudantesatribuíramnotas<strong>de</strong>0a5paraativida<strong>de</strong>sjáexistentes,julgaramseadisciplinafoivista<strong>de</strong>forma<br />

integradora com outras áreas da Medicina, além <strong>de</strong> indicarem quais novas ativida<strong>de</strong>s realizadas pelos monitores po<strong>de</strong>riam ser incluídas <strong>de</strong>finitivamente<br />

na disciplina. Resultados: as aulas teóricas obtiveram média 2,5, enquanto as aulas práticas obtiveram média 3,5. Agincana simulada<br />

e a apresentação <strong>de</strong> casos clínicos nas aulas teóricas, ativida<strong>de</strong>s organizadas pelos monitores, obtiveram média 4,7 e 4,0,respectivamente.<br />

69 % dos avaliados consi<strong>de</strong>raram que a Histologia foi abordada <strong>de</strong> maneira integrada com outras áreas da Medicina, principalmente<br />

a Patologia e a Fisiologia. As ativida<strong>de</strong>s dos monitores mais votadas para incluírem <strong>de</strong>finitivamente a disciplina foram apresentação <strong>de</strong> casos<br />

clínicos nas aulas teóricas, revisão teórica e visita à maternida<strong>de</strong> escola. Conclusões: as aulas teóricas precisam ser reavaliadas, a fim <strong>de</strong> se tornarem<br />

mais atrativas para os estudantes. As aulas práticas também <strong>de</strong>vem ser mais valorizadas, pois constituem a maior ferramenta <strong>de</strong><br />

aprendizagem da Histologia. Aapresentação <strong>de</strong> casos clínicos obteve boa avaliação, mostrando que realmente a integração da disciplina com<br />

a Clínica Médica estimula os alunos a estudarem. Por fim, as atribuições da monitoria <strong>de</strong>vem passar a incluir, além da gincana simulada, a<br />

qual é muito apreciada pelos alunos, as ativida<strong>de</strong>s mais votadas no questionário, como a revisão teórica.<br />

Pet Medicina e Reforma Curricular: Participação e Organização do Primeiro Seminário <strong>de</strong><br />

Integração da UFAM – o Ensino Médico em Debate<br />

Me<strong>de</strong>iros, LJS 132<br />

Oliveira, SML 131<br />

Amaral, AO 131<br />

Maron, SMC 131<br />

Ferreira, DB 131<br />

Araújo, ARS 131<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas (UFAM) está passando por um processo <strong>de</strong> reforma curricular<br />

visando à melhoria do ensino, haja vista exigências feitas pelo Ministério <strong>de</strong> Educação e Cultura <strong>de</strong>correntes do <strong>de</strong>sempenho insatisfatório<br />

da instituição em avaliações pregressas. Com isso a coor<strong>de</strong>nação do curso <strong>de</strong> medicina em parceria com o PET Medicina organizou um<br />

evento para discussão sobre a melhor maneira <strong>de</strong> realizar a reforma curricular. Objetivos: Analisar a contribuição do PET Medicina da<br />

UFAM ao primeiro seminário <strong>de</strong> Integração para discussão do ensino médico. Métodos: O PET auxiliou na organização do evento atuando<br />

em áreas como divulgação, inscrição, recepção <strong>de</strong> convidados, cre<strong>de</strong>nciamento, apoio técnico ao palestrante e ao evento. Foram realizadas reuniões<br />

anteriores para a sua organização. Além disso, os petianos participaram ativamente das discussões como representantes discentes no<br />

131 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil<br />

132 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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evento, haja vista a pouca presença e participação <strong>de</strong> outros acadêmicos. Resultados: O evento ocorreu nos dias 9 e 10 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2009</strong> e contou<br />

com a participação <strong>de</strong> acadêmicos, professores do ciclo básico e clínico, representantes dos <strong>de</strong>partamentos, médicos <strong>de</strong> diversas especialida<strong>de</strong>s<br />

do hospital universitário, representantes políticos como secretários municipal e estadual <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, reitora, presi<strong>de</strong>nte do Conselho Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Medicina, diretório acadêmico e representantes <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> outros estados que passaram recentemente pelo processo <strong>de</strong> reforma<br />

curricular. Ele constitui-se <strong>de</strong> mesas redondas, palestras, conferências e painel integrado e totalizou cerca <strong>de</strong> 180 participantes. Apesar <strong>de</strong><br />

intercorrências, o evento ocorreu <strong>de</strong> forma satisfatória e propiciou um ambiente rico em discussões sobre educação médica no contexto <strong>de</strong> reforma<br />

curricular. Aparticipação do PET foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia e os petianos trabalharam <strong>de</strong> forma integrada e organizada contribuindo significativamente<br />

para o sucesso do evento. Conclusão: O PET-medicina adquiriu experiência na organização <strong>de</strong> eventos e houve <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> senso crítico sobre a importância da reforma curricular.<br />

Ativida<strong>de</strong> Curricular no Museu <strong>de</strong> História da Medicina do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul: Avaliação<br />

<strong>de</strong> Docentes<br />

Furquim, L 133<br />

Wajner, A 134<br />

Wal<strong>de</strong>mar, F. S 133<br />

Mendonça, M 132<br />

Moreira, M 135<br />

Cardoso, P. M 133<br />

Introdução:É <strong>de</strong> fundamental importância discutir mudanças curriculares em cursos <strong>de</strong> medicina em relação aos conteúdos<br />

que tratam da memória e história médica. Com o objetivo <strong>de</strong> contribuir neste contexto, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008, o Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul – SIMERS, através do Núcleo Acadêmico SIMERS, estabeleceu uma parceria com as três faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> Porto Alegre/RS<br />

para a promoção <strong>de</strong> visitações <strong>de</strong> alunos dos semestres iniciais ao Museu <strong>de</strong> História da Medicina do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul<br />

(MUHM). Objetivo: Apresentar a avaliação <strong>de</strong> docentes/coor<strong>de</strong>nadores sobre a importância das visitas <strong>de</strong> alunos do curso <strong>de</strong> medicina<strong>de</strong>PortoAlegreaoMUHMnaformaçãomédica.Metodologia:<br />

Aplicou-se roteiro <strong>de</strong> entrevista junto aos coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> disciplinas<br />

<strong>de</strong> prática e tutoria em Medicina nas três faculda<strong>de</strong>s médicas <strong>de</strong> Porto Alegre-RS (Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica – PUC/RS, Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul - UFRGS e Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre - UFCSPA). Foi perguntado<br />

sobre o papel das visitas na formação acadêmica/ profissional, na formatação <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> coletiva. Resultados:Osdocentes<br />

associam à importância <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong>, a i<strong>de</strong>ntificação das condições do progresso da medicina, sendo essencial, o estabelecimento<br />

<strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> profissional através do conhecimento sobre o passado. É apontado que, por ser uma novida<strong>de</strong> recente no currículo,<br />

não há como avaliar mudanças dos alunos em relação a uma condição mais crítica da profissão. Para ampliar as discussões junto aos<br />

alunos, i<strong>de</strong>ntifica-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> envolvimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>mais docentes do curso <strong>de</strong> medicina. Conclusões: As mudanças curriculares<br />

são necessárias para aprofundar o <strong>de</strong>bate sobre a carreira médica. Implantada há pouco no currículo tradicional, e com <strong>de</strong>safios a superar,<br />

as visitações <strong>de</strong>senvolvidas no MUHM são percebidas como mecanismos <strong>de</strong> apresentação da história médica, consequentemente,<br />

da ampliação da consciência coletiva e crítica sobre a profissão e seu papel na socieda<strong>de</strong>.<br />

133Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

134Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

135Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

261<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Museu <strong>de</strong> História da Medicina do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul: Aproximando os Estudantes <strong>de</strong><br />

Medicina <strong>de</strong> sua Futura Profissão<br />

Furquim, L 136<br />

Dutra, PL 135<br />

Wajner, A 137<br />

Argollo, P 136<br />

Cardoso, PM 136<br />

Wal<strong>de</strong>mar, FS 136<br />

Introdução: Observa-se, em muitas Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Medicina do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, a introdução <strong>de</strong> disciplinas <strong>de</strong> História da<br />

Medicina no seu currículo inicial. Entretanto, como as aulas, na maior parte do tempo, ten<strong>de</strong>m a ser teóricas, existe uma tendência que<br />

se <strong>de</strong>senvolva um <strong>de</strong>sinteresse dos jovens estudantes. Assim seria fundamental criarem-se métodos alternativos <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>stas disciplinas.<br />

Objetivos: Relatar os resultados da troca <strong>de</strong> experiências entre o Museu <strong>de</strong> História da Medicina do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (MUHM)<br />

eosestudantes<strong>de</strong>medicina<strong>de</strong>PortoAlegre-RS.Método: Descrição e análise das visitas dos estudantes <strong>de</strong> diferentes universida<strong>de</strong>s ao<br />

MUHM. Resultados: Inaugurado em outubro <strong>de</strong> 2007 pelo Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (SIMERS), o MUHM possui um importante<br />

papel na preservação do patrimônio histórico-cultural médico que se encontrava ameaçado <strong>de</strong> extinção. O MUHM vem estimulando<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007 a aproximação com professores e alunos das Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Porto Alegre. Nos anos <strong>de</strong> 2008 e <strong>2009</strong>, houve a visita<br />

<strong>de</strong> 176 acadêmicos <strong>de</strong> medicina da disciplina <strong>de</strong> Práticas em Saú<strong>de</strong> da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre<br />

(UFCSPA). Ainda, participaram cerca <strong>de</strong> 140 estudantes da disciplina <strong>de</strong> História da Medicina da Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (PUCRS) e mais 140 estudantes da disciplina <strong>de</strong> Introdução à Prática Médica da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul (UFRGS), todos do 1° semestre. Conclusões: Deve-se preservar e divulgar a memória médica, estimulando a aca<strong>de</strong>mia e a comunida<strong>de</strong><br />

em geral a ter um crescente interesse pela História da Medicina. Essa estratégia é fundamental para <strong>de</strong>monstrar aos alunos como<br />

foi a construção da categoria médica frente às mudanças históricas. Através <strong>de</strong>ssa experiência, <strong>de</strong>monstra-se que as universida<strong>de</strong>s<br />

po<strong>de</strong>m procurar estratégias alternativas para ampliar o aprendizado e o interesse <strong>de</strong> seus alunos pela carreira escolhida.<br />

Análise da Percepção dos Estudantes sobre Competências e Objetivos <strong>de</strong> Aprendizagem no<br />

Módulo <strong>de</strong> Assistência Básica à Saú<strong>de</strong> (ABS): uma Etapa do Processo <strong>de</strong> Reformulação<br />

Araujo, MNT 138<br />

Ribeiro, MGF 137<br />

Mota, MV 137<br />

Sousa, MS 137<br />

Almeida, YM 137<br />

Introdução: No currículo da FM/UFC, o módulo longitudinal <strong>de</strong> ABS tem 11 disciplinas, incluindo o internato em Saú<strong>de</strong> Comunitária.<br />

A inserção dos estudantes na atenção básica é fundamental para a formação do médico. Avaliações realizadas têm indicado<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reestruturação ampla do módulo <strong>de</strong> ABS. O processo <strong>de</strong> reestruturação iniciou-se pela <strong>de</strong>finição das competências (C)<br />

e respectivos objetivos <strong>de</strong> aprendizagem a serem <strong>de</strong>senvolvidos pelo conjunto das disciplinas: C1: Compreensão do processo saú<strong>de</strong>-doença<br />

e seus <strong>de</strong>terminantes (11 objetivos); C2: I<strong>de</strong>ntificação e <strong>de</strong>scrição do processo saú<strong>de</strong>-doença no território (10 objetivos); C3:<br />

Atuação no processo Saú<strong>de</strong>-Doença, na perspectiva da promoção, proteção e recuperação (30 objetivos). Objetivo: averiguar se as disciplinas<br />

do módulo ABS aten<strong>de</strong>m aos objetivos propostos, visando orientar sua reestruturação. Métodos: Elaborou-se um formulário<br />

contendo as competências e objetivos e os estudantes foram solicitados a assinalar as disciplinas on<strong>de</strong> cada objetivo foi abordado, atribuíndo-se<br />

1 ponto por indicação. Foram recuperados <strong>de</strong>zenove formulários, entre os 75 estudantes que concluiram o internato em Saú<strong>de</strong><br />

Comunitária no momento do estudo. Resultados: Os dados mostraram baixa pontuação /objetivo /disciplina, variando <strong>de</strong> zero a<br />

13, com predomínio <strong>de</strong> zero e um ponto. Analisando-se a soma dos pontos dos objetivos <strong>de</strong> cada competência, verificou-se que: C1 rece-<br />

136Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

137Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil<br />

138Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


eu maior pontuação em Fundamentos da Assistência Médica (66) e no internato (46); C2 recebeu maiores pontuações em Diagnóstico<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Comunida<strong>de</strong>, Epi<strong>de</strong>miologia, Medicina Preventiva e Internato (22 a 30); C3 recebeu 168 pontos no internato, 15 a 28 nas <strong>de</strong>mais<br />

disciplinas, exceto Epi<strong>de</strong>miologia e Saú<strong>de</strong> Cultura, Ambiente e Trabalho (1 e 4). Conclusões: os resultados confirmam a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> reformulação das disciplinas. A continuida<strong>de</strong> do processo requer uma reflexão conjunta, envolvendo professores e estudantes,<br />

para distribuição harmoniosa dos objetivos propostos nos semestres e revisão da metodologia utilizada, <strong>de</strong> modo a facilitar o alcance<br />

dos objetivos do módulo ABS.<br />

Importância das Sessões Ético Anátomo Clínicas no Ensino Médico da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia (UFU-MG)<br />

Rezen<strong>de</strong>, CHA 139<br />

Ferreira, AF 138<br />

Campos, AR 138<br />

Lopes, EA 138<br />

Pereira, HL 138<br />

Marcelino, PVS 138<br />

Introdução: Aformação médica integral <strong>de</strong>ve conjugar planos epistemológico e prático <strong>de</strong> aprendizagem. No nível epistemológico,<br />

i<strong>de</strong>ntifica-se que apren<strong>de</strong>r articula cognição, afeto e cultura. No plano prático, a aprendizagem do aluno <strong>de</strong>ve se vincular à experiência<br />

e ao cotidiano, evi<strong>de</strong>nciando que apren<strong>de</strong>r e fazer apresentam dinâmicas <strong>de</strong> conexão e complementarida<strong>de</strong>. Dessa forma, encoraja-se<br />

a melhoria do ensino com estímulo à participação dos estudantes, nas discussões que po<strong>de</strong>m suscitar dúvidas variadas, inclusive<br />

no campo ético. Objetivos: Oferecer ao estudante <strong>de</strong> medicina um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> aprendizado contextual, por meio das discussões <strong>de</strong><br />

casos clínicos que ressaltem e dissertem acerca <strong>de</strong> aspectos do aprendizado do Ciclo Clínico correlatos ao caso em discussão. Auxiliar na<br />

formação da conduta ética, por meio da proposição <strong>de</strong> reflexões sobre os aspectos que possam gerar dúvidas nesse âmbito. Método:Os<br />

casos são selecionados <strong>de</strong> modo que os estudantes envolvidos no projeto têm a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auxiliar na construção da história,<br />

disponibilizando as informações necessárias para a construção do caso. Aescolha do caso, preferencialmente, <strong>de</strong>ve envolver algum aspecto<br />

polêmico que levante discussões a respeito da condução ética Resultados: As Sessões Ético-Anátomo-Clínicas apresentaram resultados<br />

positivos em relação à integração entre teoria e prática. Outro ponto positivo é que a inserção do enfoque ético nas sessões já<br />

apresenta resultados concretos, como a constatação <strong>de</strong> que os participantes consi<strong>de</strong>ram tal mudança um gran<strong>de</strong> salto qualitativo, em<br />

vista <strong>de</strong> que a abordagem ética, apesar <strong>de</strong> indispensável, não existia anteriormente. Conclusões: Aestratégia <strong>de</strong> aprendizagem utilizada<br />

nas sessões proporciona maior integração entra as aulas teóricas e práticas oferecidas pela graduação, <strong>de</strong> forma que os estudantes<br />

sentem-se estimulados à busca do conhecimento <strong>de</strong> forma ativa quando confrontados com as discussões práticas que abrangem aspectos<br />

<strong>de</strong> seu aprendizado das disciplinas que lhes são apresentadas em sala <strong>de</strong> aula, assim como a conduta ética a<strong>de</strong>quada.<br />

Aprendizado Acadêmico por meio <strong>de</strong> Cirurgia Experimental em Suínos<br />

M. Júnior, HO 140<br />

Oliveira, TS 139<br />

Vasconcelos, HS 139<br />

Souza, ARM 139<br />

Figueiredo, JP 139<br />

Hada, AL 139<br />

Introdução: ativida<strong>de</strong>s práticas na disciplina <strong>de</strong> Fundamentos <strong>de</strong> Cirurgia e Anestesia (FCA) tornam-se necessárias para complementação<br />

da teoria apresentada em sala <strong>de</strong> aula, a fim <strong>de</strong> implementar a aprendizagem médica. As cirurgias experimentais almejam<br />

ampliar os conhecimentos <strong>de</strong> tal área, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> anatomia básica até procedimentos no ambiente cirúrgico, on<strong>de</strong> os próprios discentes atuam<br />

como cirurgiões e realizam cirurgias experimentais em animais com auxílio <strong>de</strong> monitores, <strong>de</strong>senvolvendo então as técnicas operatórias<br />

aprendidas na disciplina. Objetivos: relatar a ativida<strong>de</strong> acadêmica envolvendo a cirurgia experimental em suínos. Métodos:foram<br />

139 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

140 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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ealizadas cirurgias experimentais, utilizando suínos, com alunos do 5° período da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />

Amazonas durante o 1° semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. A ativida<strong>de</strong> foi feita por manifestação espontânea, utilizando os discentes <strong>de</strong> recursos financeiros<br />

próprios. Antes das cirurgias realizou-se uma aula teórica ministrada por monitores, on<strong>de</strong> foram revisadas e exemplificadas através<br />

<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os técnicas operatórias fundamentais. Os discentes dividiram-se em grupos <strong>de</strong> três para cada animal. Após anestesia geral<br />

aplicada pelos monitores, os acadêmicos preparam-se realizando os procedimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>germação e paramentação. Em seguida realizaram-se<br />

três cirurgias previamente estipuladas (flebotomia, drenagem <strong>de</strong> tórax e traqueostomia), cabendo um procedimento para<br />

cada aluno como cirurgião, sendo os <strong>de</strong>mais auxiliar e instrumentador. No <strong>de</strong>correr dos procedimentos, três monitores atuaram como<br />

circulantes, supervisionando e dando instruções necessárias. Resultados: ao fim dos procedimentos, os alunos relataram haver consolidado<br />

o ensino teórico adquirido no <strong>de</strong>correr da disciplina, obtendo excelente aproveitamento no aprendizado teórico-prático sobre cirurgia<br />

e técnicas operatórias básicas. Conclusão: a união do aproveitamento teórico da FCA e sua aplicação prática por cada aluno<br />

mostrou-se muito importante para a consolidação conhecimento adquirido, on<strong>de</strong> estes implementaram aprendizado praticado. Como<br />

outro aspecto positivo, a ativida<strong>de</strong> proporcionou o primeiro contato prático com a cirurgia para muitos dos estudantes, <strong>de</strong>spertando<br />

maior interesse neles para aprofundarem conhecimentos nesta área médica.<br />

O Mo<strong>de</strong>lo Forense no Estudo da Osteologia Básica no Curso <strong>de</strong> Medicina.<br />

Leão, HZ 141<br />

Furlanetto, MP 140<br />

Viecelli, A 140<br />

Menezes, AK 140<br />

Alarcon, E 140<br />

Introdução: a osteologia básica nos cursos da Saú<strong>de</strong> tem dispensado energia para reconhecer os ossos do corpo humano e memorizar<br />

seus aci<strong>de</strong>ntes ósseos. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo que privilegie a percepção <strong>de</strong> lateralida<strong>de</strong> e componha o reconhecimento <strong>de</strong><br />

pertencer a um corpo com ida<strong>de</strong>, estatura, gênero, etnia e particularida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>ve estimular o acadêmico associar padrões biotípicos.Objetivos:<br />

habilitar o acadêmico a reconhecer padrões personalizados no esqueleto humano em estudo, permitindo a construção <strong>de</strong> conceitos organizados<br />

em um contexto humano coerente. Exercitar o reconhecimento dos ossos e seus processos, com vistas à lateralida<strong>de</strong>. Método: montagem<br />

forense <strong>de</strong> ossada humana personalizada (pertencente ao mesmo indivíduo), tomada <strong>de</strong> medidas antropométricas, avaliação dos aspectos<br />

antropológicos e elaboração <strong>de</strong> relatório com sugestões <strong>de</strong> gênero, ida<strong>de</strong>, estatura, etnia, particularida<strong>de</strong>s e variações anatômicas.<br />

Conclusões: o estímulo investigativo do acadêmico para compor a história <strong>de</strong> uma personalida<strong>de</strong>, baseada nos registros do esqueleto, fomenta<br />

a busca <strong>de</strong> conhecimento e garante o estabelecimento <strong>de</strong> critérios para sugerir parâmetros antropológicos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação. Ai<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>de</strong> ossos isolados e seus aci<strong>de</strong>ntes ganham contexto e permitem uma memória baseada em uma arquitetura humana.<br />

O Ensino <strong>de</strong> Geriatria em Escolas Médicas do Estado <strong>de</strong> São Paulo<br />

Povinelli, B 142<br />

Sonzogno, MC 141<br />

Cendoroglo, MS 141<br />

Introdução: Trata-se <strong>de</strong> uma pesquisa realizada junto a escolas médicas do Estado sobre o ensino <strong>de</strong> geriatria. Objetivo:Analisarasituaçãoatualdoensino<strong>de</strong>geriatria/envelhecimentonocurso<br />

<strong>de</strong> graduação em medicina das instituições <strong>de</strong> ensino superior do<br />

Estado, a partir da óptica dos coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> curso ou disciplina / módulo <strong>de</strong> geriatria. Metodologia: caracteriza-se como um estudo<br />

qualitativo e quantitativo, <strong>de</strong> caráter <strong>de</strong>scritivo, realizado junto a 28 faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina, e foram sujeitos os coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong><br />

curso ou <strong>de</strong> disciplina. Dois instrumentos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados: a)Formulário, para <strong>de</strong>tectar a existência <strong>de</strong> conteúdos <strong>de</strong> geriatria e b) Questionário,<br />

construído a partir da proposta <strong>de</strong> três socieda<strong>de</strong>s internacionais <strong>de</strong> geriatria, no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> escala likert. Resultados e Conclusões:<br />

Apesar <strong>de</strong> conteúdos <strong>de</strong> geriatria existirem na maior parte das instituições analisadas, ainda há <strong>de</strong>ficiências em alguns aspec-<br />

141 Universida<strong>de</strong> Luterana do Brasil, Canoas, RS, Brasil.<br />

142 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil<br />

264<br />

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tos do currículo,tais como questões éticas, <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s em relação ao paciente e <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong><br />

serviços <strong>de</strong> suporte e <strong>de</strong> atenção básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Deve-se colocar em discussão a interdisciplinarida<strong>de</strong> a atuação em equipe, a formação<br />

docente e do aluno <strong>de</strong> medicina para o cuidado ao idoso.<br />

Contradições Imanentes ao Método <strong>de</strong> Aprendizagem Baseada em Problemas<br />

Queiroz, I 143<br />

Abreu, J 142<br />

Rodrigues, A 142<br />

Santos, J 142<br />

Introdução: na tentativa <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às mudanças qualitativas e quantitativa ocorridas na formação médica, a metodologia <strong>de</strong>nominada<br />

Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) vem firmando-se como tendência <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Nesta metodologia cabe ao<br />

professor, o papel <strong>de</strong> facilitador, abolindo aulas expositivas e colocando o estudante com centro do processo do aprendizado auto-dirigido. A<br />

busca <strong>de</strong> atendimento no serviço <strong>de</strong> atendimento psicopedagógico, tendo como queixa dificulda<strong>de</strong> com essa metodologia, levou-nos a investigar<br />

suas causas.Objetivo geral: analisar a metodologia do ABP relacionando com as queixas <strong>de</strong> estudantes que procuraram atendimento<br />

clínico. Metodologia: foram elencados, partir da revisão <strong>de</strong> prontuário, casos para estudo pela relevância do discurso apresentado. Foram<br />

levantadas as principais queixas referentes à metodologia, ao tempo que se investigou o perfil psicológico dos estudantes em questão. Apartir<br />

<strong>de</strong>ssa escuta, os profissionais do serviço refletiram com supervisores, professores, além <strong>de</strong> inserirem-se em sala <strong>de</strong> aula para acompanhar<br />

algumas tutorias. Paralelamente, aprofundaram os estudos sobre o método APB. Resultados: no perfil psicológico dos estudantes que apresentaram<br />

dificulda<strong>de</strong>s no processo são recorrentes: o enfrentamento <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s situacionais, timi<strong>de</strong>z, ansieda<strong>de</strong>, insegurança. Arevisão<br />

<strong>de</strong> literatura revelou contradições no embasamento teórico da metodologia, pois o ABP supõe um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relação professor estudante nas<br />

bases rogerianas da aprendizagem que não é mantida nos procedimentos avaliativos. Além disso, propõe-se como uma modalida<strong>de</strong> construtivista<br />

<strong>de</strong> aprendizagem, que não visa a centralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nenhum dos atores envovidos no processo. Conclusão: as contradições das bases<br />

teóricas do método ABP, quando confrontadas com o perfil dos casos estudados <strong>de</strong>monstram como isso inci<strong>de</strong> na relação dos estudantes com<br />

a aprendizagem. Afalta <strong>de</strong> mediação, característica do construtivismo e ausente na ABP, <strong>de</strong>ixa-os mais vulneráveis por possuírem perfis que<br />

se correlacionam aos <strong>de</strong>scritos no resultado.<br />

Desenvolvimento <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s para o Cuidado <strong>de</strong> si e do outro: Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

sobre a Implantação da Disciplina <strong>de</strong> Comunicação e Literatura Médica<br />

Aerts, D 144<br />

Alves, GG 143<br />

Leitzke, L 143<br />

Introdução: O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s para as relações humanas encontra, tradicionalmente, pouco espaço nos currículos<br />

médicos. Quando acontece, enfatiza a relação médico-paciente-RMP. No entanto, sabe-se da importância do uso da pessoa do médico<br />

e do vínculo estabelecido com seu paciente. Em função disso, o Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Luterana do Brasil-ULBRA<br />

implantou a disciplina <strong>de</strong> Comunicação e Literatura Médica, com o objetivo <strong>de</strong>senvolver conhecimentos, atitu<strong>de</strong>s e habilida<strong>de</strong>s em comunicação<br />

e expressão para as relações humanas e produções científicas. Objetivo: Relatar a experiência da implantação da disciplina<br />

<strong>de</strong> Comunicação e Literatura Médica da ULBRA-Canoas, em 2008. Resultados: Foi implantada em 2008/1, com docentes das ciências<br />

sociais e medicina. As habilida<strong>de</strong>s para a comunicação e expressão são <strong>de</strong>senvolvidas com textos da saú<strong>de</strong> e literatura, abordando a temática<br />

do cuidado e auto-cuidado; questões culturais que permeiam as RMP; relação entre linguagem popular/científica; importância<br />

do vínculo. Também são oferecidas informações para elaboração <strong>de</strong> pôsteres e apresentações orais como forma <strong>de</strong> comunicação científica.<br />

O conteúdo é trabalhado em aulas expositivas, leitura <strong>de</strong> textos; elaboração <strong>de</strong> resumos/resenhas; discussão <strong>de</strong> filmes/seriados <strong>de</strong><br />

TV abordando a RMP; <strong>de</strong>bates integrando os conteúdos à realida<strong>de</strong> dos acadêmicos e problemas/necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dos usuários<br />

143 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

144 Universida<strong>de</strong> Luterana do Brasil, Canoas, RS, Brasil.<br />

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do SUS. Nas apresentações orais, os alunos são estimulados a <strong>de</strong>senvolverem suas habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educadores, buscando clareza, simplicida<strong>de</strong><br />

e a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> linguagem. É reforçada a atitu<strong>de</strong> crítica, já que a avaliação dos trabalhos é feita também pelos acadêmicos.<br />

Pelo envolvimento <strong>de</strong>sses e nível <strong>de</strong> participação, acredita-se que os objetivos vêm sendo alcançados. Ressalta-se como dificulda<strong>de</strong>, o<br />

caráter inusitado da disciplina no currículo médico e a pouca familiarida<strong>de</strong> dos acadêmicos com a reflexão crítica. Conclusão:<br />

Acredita-se que o médico é, antes <strong>de</strong> tudo, um educador. Para <strong>de</strong>sempenhar esse papel, é fundamental que o acadêmico qualifique seu<br />

processo comunicação e expressão, <strong>de</strong>senvolvendo também sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auto-cuidado.<br />

O Ensino da Genética Médica e Clínica no Curso <strong>de</strong> Medicina da UFAL<br />

Cavalcante Júnior, EF145 Oliveira, ABT144 Araújo, CP144 Holanda, DV144 Lira, ISA144 Porciuncula, CGG144 Introdução: O marco do ensino da genética na área médica foi o “Short Course in Medical Genetics”, nos Estados Unidos, em<br />

1960. Em 1961, a OMS promoveu, em Genebra, a discussão sobre a genética na medicina. No Brasil, a genética na medicina iniciou na<br />

USP em 1959, com uma disciplina <strong>de</strong> Genética Humana. Em 1963, criou-se o Departamento <strong>de</strong> Genética Médica da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências<br />

Médicas da Unicamp. Em 1976, criou-se a residência médica em genética, na USP <strong>de</strong> Ribeirão Preto. Em 2003, o CFM inclui a genética<br />

como especialida<strong>de</strong>. Em 2004, uma avaliação do ensino da genética no país mostrou poucas escolas com a disciplina <strong>de</strong> genética médica<br />

e clínica. Agenética na medicina da UFALiniciou na década <strong>de</strong> 1970 no Departamento <strong>de</strong> Biologia. Objetivo: Avaliar a evolução do<br />

ensino da genética na medicina da UFAL e sua a<strong>de</strong>quação às diretrizes curriculares vigentes. Metodologia: estudo retrospectivo a partir<br />

dos planos <strong>de</strong> ensino das disciplinas <strong>de</strong> genética no curso <strong>de</strong> medicina nas últimas 4 décadas, avaliando: vinculação administrativa,<br />

localização no curso, conteúdos teóricos/práticos, carga horária e titulação docente. Resultados: por três décadas a genética esteve vinculada<br />

ao Departamento <strong>de</strong> Biologia; atualmente é um setor da FAMED. Nas duas primeiras décadas integrava o ciclo básico, com conteúdos<br />

teóricos <strong>de</strong> Genética Humana e Médica, ministrada no CCBi; nas duas últimas décadas integra o ciclo profissional, com conteúdos<br />

<strong>de</strong> Genética Médica e Clínica, com ativida<strong>de</strong> prática <strong>de</strong> atendimento ambulatorial no Serviço <strong>de</strong> Genética Clínica do HU. A carga<br />

horária variou entre 30-160 horas. Amaioria dos docentes tiveram formação médica e pós-graduação em genética. Conclusão:oensino<br />

da genética no curso <strong>de</strong> medicina da UFAL está bem estabelecido, direcionado para a prática médica e articulado à proposta das<br />

diretrizes curriculares, com conteúdos <strong>de</strong> genética necessários à formação do médico generalista.<br />

A Evolução do Método nas Sessões <strong>de</strong> Integração Básico-Clínicas<br />

Barros, LM 146<br />

Barale, AR 145<br />

Silva, RT 145<br />

Galvão, MC 145<br />

Soares, LS 145<br />

Introdução: A formação médica integral está vinculada à interdisciplinarida<strong>de</strong>, referente a uma inter<strong>de</strong>pendência entre diversos<br />

ramos do conhecimento, fundamentais na estruturação do pensamento crítico e na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões eficazes dos problemas <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> no seu contexto biopsicossocial. As Sessões <strong>de</strong> Integração Básico-Clínicas (SIBCs) <strong>de</strong>senvolvem-se a partir da proposta <strong>de</strong> discutir<br />

situações reais da população regional visando contextualizar, concomitantemente, o aprendizado das disciplinas básicas com as da<br />

prática médica. No entanto, percebeu-se a necessida<strong>de</strong> da escolha criteriosa dos casos clínicos para serem a<strong>de</strong>quados à integração com<br />

os conteúdos das disciplinas iniciais do curso promovendo motivação e envolvimento precoce para formação profissional. Objetivos:<br />

Sistematização da pesquisa <strong>de</strong> prontuários para escolha <strong>de</strong> casos bem documentados e <strong>de</strong> maior relevância na comunida<strong>de</strong>, visando à<br />

145 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

146 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

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integração vertical e horizontal das disciplinas do ciclo básico com as da prática clínica. Métodos: Pesquisa nosológica prévia aten<strong>de</strong>ndo<br />

uma lista <strong>de</strong> doenças com base na Classificação Estatística Internacional <strong>de</strong> Doenças (CID10), utilizando acesso remoto ao Sistema <strong>de</strong><br />

Informações Hospitalares (SIH) do Hospital Universitário conveniado ao SUS. Resultados: Aotimização do método <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> casos<br />

clínicos construiu uma lista maior <strong>de</strong> casos disponíveis e aumentou a frequência <strong>de</strong> apresentação das sessões, <strong>de</strong> bimestral para mensal.<br />

Observou-se o aumento do interesse dos graduandos em participarem das SIBCs, que passaram a ter presença média <strong>de</strong> 50 alunos por<br />

sessão. Embora o interesse dos graduandos do ciclo básico ter sido maior, foi consi<strong>de</strong>rável a aceitação dos estudantes dos 7° e 9° períodos<br />

do curso. A discussão dos casos permitiu tanto a integração vertical quanto horizontal entre disciplinas da formação médica.<br />

Conclusões: O mo<strong>de</strong>lo das SIBCs reafirma a interdisciplinarida<strong>de</strong> para conscientização precoce da formação profissional, ao promover<br />

discussões sobre temas atuais e regionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública integrando disciplinas básicas e clínicas.<br />

Técnica <strong>de</strong> Dramatização: Instrumento Útil no Processo <strong>de</strong> Aprendizagem<br />

Isaia, HÁ 147<br />

Haeffner, LSB 146<br />

Segabinazzi, MO 146<br />

Introdução: O módulo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento humano, na matriz curricular, tem como objetivo compreen<strong>de</strong>r as bases biopsicossociais<br />

do ciclo vital. Adisciplina Adulto, Idoso e Contexto inserida no módulo e ministrada no terceiro semestre do Curso <strong>de</strong> Medicina, da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria, visando observar as relações familiares, emocionais e culturais, incluindo a fase final. Objetivos:Relatar a experiência<br />

da aplicação da técnica <strong>de</strong> dramatização como um instrumento pedagógico útil no processo <strong>de</strong> aprendizagem. Métodos:Osalunos<br />

foram divididos em três grupos sendo sorteado para cada um a representação das características das faixas etárias: adulto jovem, adulto <strong>de</strong><br />

meia ida<strong>de</strong> e idoso. Cada grupo <strong>de</strong>cidiu a forma <strong>de</strong> representação. Uma banca composta por três professores estava presente no momento da<br />

apresentação. Resultados: O primeiro grupo representou situações <strong>de</strong> conflito familiares, sociais e do trabalho vivenciadas pelos adultos jovens.<br />

O segundo se subdividiu em 4 e cada um representou uma situação vivenciada pelos adultos <strong>de</strong> meia ida<strong>de</strong>. O terceiro optou por apresentar<br />

entrevistas com idoso autônomos e idosos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e seus cuidadores. Conclusões: No primeiro momento houve resistência por<br />

parte dos alunos, por ser esta uma metodologia com a qual não estavam habituados. No entanto, a experiência mostrou-se positiva, porque<br />

favoreceu os vínculos entre os integrantes dos grupos, proporcionou a experiência <strong>de</strong> se colocar no lugar do outro, estimulando a compreensão<br />

<strong>de</strong> sua problemática e possibilitando um olhar mais humanizado. As diretrizes curriculares nacionais <strong>de</strong> 2001 têm estimulado a aplicação<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s práticas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeiros anos do curso que promovam competências e habilida<strong>de</strong>s tais como, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisão,<br />

a melhor comunicação, a li<strong>de</strong>rança e o trabalho em equipe, observadas na realização <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>. Além disso, com a técnica pedagógica<br />

da dramatização observou-se o favorecimento da aprendizagem significativa.<br />

Metodologias Contextualizadas <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Patologia na Facimed – Cacoal – RO<br />

Rodrigues, AM 148<br />

Barreto, RG 147<br />

Ferrari, FP 147<br />

Fontes, CJF 147<br />

Introdução: A ruptura do paradigma flexneriano <strong>de</strong> ensino médico é um <strong>de</strong>safio para os cursos <strong>de</strong> medicina e seus docentes.<br />

Dentro dos curriculos disciplinarizados cabe aos docentes o uso <strong>de</strong> metodologias inovadoras e contextualizadas para ensinar todo o<br />

processo saú<strong>de</strong>-doença, integrado à realida<strong>de</strong> epi<strong>de</strong>miológica e profissional, proporcionando a integralida<strong>de</strong> das ações. Objetivos:<br />

Descrever os processos e resultados alcançados com a metodologia aplicada ao ensino da Patologia Geral e Patologia Clínica na<br />

FACIMED. Métodos:Estudo qualitativo. Resultados: Há 2 semestres as disciplinas <strong>de</strong> Patologia Geral e Patologia Clínica são ensinadas<br />

com a mudança <strong>de</strong> foco do ensino da anatomia patológica puramente morfológica para a utilização <strong>de</strong> metodologias mais contextualizadas<br />

baseadas em casos clínicos que orientam discussões e <strong>de</strong>bates em sala da aula estimulando o interesse dos alunos para disciplina<br />

<strong>de</strong> patologia, estimulando a pesquisa e solução <strong>de</strong> situações reais da prática, integrando as disciplinas <strong>de</strong> patologia às disciplina clí-<br />

147 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Mato Grosso do Sul, Campo Gran<strong>de</strong>, MS, Brasil.<br />

148 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Biológicas <strong>de</strong> Cacoal, Cacoal, RO, Brasil.<br />

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nicas. Durante tal processo foi fundamental a mudança da visão dos docentes quanto ao papel das suas disciplinas na formação médica,<br />

privilegiando a contextualização dos conteúdos com foco nas ativida<strong>de</strong>s clínicas, passando a utilizar a consagrada prática <strong>de</strong> laboratório<br />

em caráter complementar. Conclusões: Embora as disciplinas Patologia Geral e Patologia Clínica sejam disciplinas tradicionalmente<br />

relacionadas a práticas pedagógicas dissociadas da ativida<strong>de</strong> assistencial e <strong>de</strong>mais disciplinas do curriculum do curso médico, é possível,<br />

com a mudança <strong>de</strong> valores dos docentes realizar a<strong>de</strong>quações significativas <strong>de</strong> caráter metodológico que privilegiam integração e<br />

contextualização da patologia com as <strong>de</strong>mais disciplinas do curso médico.<br />

Inserção do Ensino do Ensino sobre o Uso Racional <strong>de</strong> Medicamentos na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina (FAMED) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas (UFAL)<br />

Wan<strong>de</strong>rley, VE 149<br />

Vilela, RQB 148<br />

Dias Neto, CA 148<br />

Nunes, FAT 148<br />

Resen<strong>de</strong> Filho, FM 148<br />

Menegassi, ILF 148<br />

Introdução: Anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior ênfase no ensino sobre o uso racional <strong>de</strong> medicamentos no curso <strong>de</strong> medicina da UFALadvém<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiências para a estruturação da boa prescrição <strong>de</strong> medicamentos, por parte dos estudantes, evi<strong>de</strong>nciada em estudo realizado<br />

por Wan<strong>de</strong>rley at al., em 2007. Apartir <strong>de</strong> 2008, o Uso Racional <strong>de</strong> Medicamentos (URM) passou a fazer parte do Novo Currículo da<br />

Faculda<strong>de</strong>. Objetivo: Relatar a experiência advinda da implantação, do processo ensino-aprendizagem do URM, contribuindo com<br />

sua divulgação, no incentivo e valorização para outras escolas médicas. Métodos: Os conteúdos são ministrados em dois módulos <strong>de</strong><br />

40 horas, nos 5º e 7º períodos da graduação, paralelamente às áreas clínicas correlatas. Os conteúdos da Farmacologia e do URM se completam<br />

na inter-relação com a terapêutica das áreas clínicas correspon<strong>de</strong>ntes. Tais informações remetem a um embasamento cognitivo,<br />

que leva a reflexão crítica e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tomar atitu<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadas para o paciente e sua coletivida<strong>de</strong>. Avaliações formativas contribuem<br />

para o ensino, valorizando o aprendizado e redirecionando as falhas. Resultados: Apesar da implantação recente, os resultados<br />

constatados nas avaliações formativas, são bastante relevantes. 1) Mais <strong>de</strong> 80% dos estudantes apresentam aproveitamento bom e excelente<br />

em todas as avaliações e reconhecem o aprendizado como adquirido. Entretanto, ainda se faz necessária uma avaliação do conhecimento<br />

acumulado, no final da formação (12 período); 2) Maior integração entre a clínica e a farmacologia <strong>de</strong>ntro da proposta curricular.<br />

Conclusões: Com a abordagem estruturada proposta, o processo ensino-aprendizagem do URM torna-se mais efetivo, favorecendo<br />

uma visão holística, com senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> profissional, social e do trabalho em equipe. Além disso, a inter-relação entre a farmacologia<br />

e a clínica, <strong>de</strong>ntro do paradigma do URM, fornece subsídios necessários para a prática do médico, sujeito ativo no processo<br />

saú<strong>de</strong>-doença, inserido nos diversos cenários.<br />

Sensibilizar para Transformar: Estratégias para Envolver Alunos e Preceptores<br />

Teixeira, GHMC150 Silva, BRA149 Oliveira, DJF149 Leão, MS149 Simen, RCM149 Introdução: Uma disciplina do eixo prático-conceitual, voltada para a atenção básica, busca <strong>de</strong>senvolver no médico em formação a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover e recuperar a saú<strong>de</strong>. Porém, encontram-se dificulda<strong>de</strong>s para alcançarmos esses objetivos. Objetivos:Comaintrodução<br />

da monitoria, busca-se reconhecer a realida<strong>de</strong> dos campos e <strong>de</strong>senvolver estratégias para transformação das práticas <strong>de</strong> alunos/preceptores.<br />

Métodos: Criaram-se questionários <strong>de</strong> avaliação da disciplina, aplicados a alunos/preceptores. As respostas revelaram a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> esclarecer as práticas <strong>de</strong> ensino-aprendizagem e <strong>de</strong> promover a integração teoria-prática. Em 2006 realizaram-se encontros com alunos/preceptores<br />

para esclarecimento dos objetivos da disciplina; construiu-se formulário para avaliação do estudante; e médicos <strong>de</strong> família<br />

149 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

150 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

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foram alocados como preceptores. Em 2007 aconteceram as “Oficinas <strong>de</strong> Transformação” (Integração Curricular, Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atenção Básica e<br />

Prática em Saú<strong>de</strong>). Em 2008 realizaram-se: recepção aos alunos - para que, conhecendo os objetivos da disciplina, pu<strong>de</strong>ssem atuar como<br />

transformadores do seu aprendizado; reunião com os preceptores para avaliação do processo <strong>de</strong> trabalho; e visitas dos monitores aos campos,<br />

dando continuida<strong>de</strong> à avaliação da disciplina. Em <strong>2009</strong> prosseguem essas visitas, e na reunião <strong>de</strong> preceptores do primeiro semestre apresentaram-se<br />

o roteiro <strong>de</strong> conteúdos teórico-<strong>de</strong>monstrativos e a metodologia da problematização. Resultados: A avaliação dos campos mostra<br />

dificulda<strong>de</strong>s para o aluno “fazer sob observação”, em vez <strong>de</strong> observar. Contudo, os alunos reconhecem a importância da disciplina na sua<br />

formação. Paulatinamente os encontros dos preceptores estão se constituindocomoumespaçopermanente<strong>de</strong>construção<strong>de</strong>estratégiaspara<br />

conduzir suas ativida<strong>de</strong>s. Arecepção aos alunos mostrou-se eficiente, pois aumentou o interesse <strong>de</strong>les pela disciplina. Aa<strong>de</strong>são ao formulário<br />

<strong>de</strong> avaliação vem crescendo. Conclusões: A maior dificulda<strong>de</strong> é garantir que os alunos aprendam fazendo, como propõe a disciplina.<br />

Apresentar a metodologia da problematização pareceu-nos necessário, mas não sabemos o impacto <strong>de</strong>ssa iniciativa. Continuamos buscando<br />

caminhos para tornar o aluno sujeito ativo do seu aprendizado.<br />

A Experiência <strong>de</strong> um Núcleo Curricular <strong>de</strong> Iniciação à Pesquisa Científica em um Curso<br />

<strong>de</strong> Medicina – Avaliação pelos Estudantes<br />

Gue<strong>de</strong>s, HTV 151<br />

Gue<strong>de</strong>s, JC 150<br />

Souza, LSF 150<br />

Introdução: É imprescindível capacitar estudantes <strong>de</strong> Medicina para a auto-educação permanente. Construir um projeto <strong>de</strong><br />

pesquisa e executá-lo é uma forma ativa <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r. Nosso Curso <strong>de</strong> Medicina inclui iniciação à pesquisa no currículo, do primeiro ao<br />

oitavo semestres, finalizando com o “Trabalho <strong>de</strong> Conclusão do Curso” (TCC). Apresentamos a avaliação do núcleo <strong>de</strong> pesquisa pelos<br />

estudantes da primeira turma concluinte <strong>de</strong> TCC. Objetivos: Conhecer a avaliação dos estudantes sobre o eixo <strong>de</strong> Pesquisa Científica;<br />

I<strong>de</strong>ntificar pontos positivos e negativos atribuídos à Pesquisa Científica curricular; I<strong>de</strong>ntificar os problemas referidos inerentes ao TCC.<br />

Métodos: Estudo <strong>de</strong> metodologia mista: qualitativa e quantitativa. Um questionário estruturado foi aplicado aos 42 estudantes da turma<br />

(100%); 12 (28,57%) selecionados aleatoriamente participaram <strong>de</strong> 2 entrevistas semi-estruturadas. A primeira era gravada; na segunda,<br />

o conteúdo sistematizado era avaliado e confirmado ou modificado. Todos consentiram em participar. Resultados: 22 (52,4%)<br />

estudantes eram do sexo masculino; 3 (7,14%) ingressaram por transferência. Apenas 2 (4,76%) não obtiveram suficiência para apresentação<br />

do TCC. O conhecimento sobre metodologia da pesquisa foi apontado por 37(88,1%) estudantes como ponto positivo; seguido<br />

pela oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreensão e consequente utilização <strong>de</strong> artigos científicos, referido por 31(73,8%); 27 (64,28%) estudantes não<br />

relataram ponto negativo; 13 (35,71%) apontaram a não aceitação <strong>de</strong> revisão bibliográfica como ponto negativo do TCC; no entanto, 19<br />

(45,24%) relataram essa particularida<strong>de</strong> como positiva e 39 (92,86%) consi<strong>de</strong>raram muito importante a experiência <strong>de</strong> pesquisa curricular,<br />

para sua prática no Internato. Conclusões: Tanto os dados quantitativos, quanto a análise das entrevistas <strong>de</strong>monstram que a ativida<strong>de</strong><br />

curricular <strong>de</strong> pesquisa científica contribuiu para estimular a criticida<strong>de</strong>, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atualização e sistematização da prática médica,<br />

já no Internato. As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa e a elaboração do TCC contribuem para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas capacida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vendo<br />

ser aprimoradas a partir dos resultados <strong>de</strong>ssa experiência inicial.<br />

151 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tecnologia e Ciências, Salvador, BA,Brasil<br />

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Integração Anátomo-Cirúrgica nas Aulas Práticas <strong>de</strong> Dissecação <strong>de</strong> Cadáveres Dos<br />

Estudantes do Curso <strong>de</strong> Medicina da UFC<br />

Viana, RR 152<br />

Sucupira, DG 151<br />

Cruz, EA 151<br />

Torres, SM 151<br />

Ferreira, BRS 151<br />

Barreto, JEF 151<br />

Introdução: No <strong>de</strong>safio da formação médica, o conhecimento da anatomia humana é impreterível. A dissecação do cadáver<br />

proporciona ao aluno um momento ímpar na estratégia do ensino. As <strong>de</strong>scobertas das estruturas anatômicas po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser aplicadas<br />

aos outros conhecimentos médicos, notadamente à cirurgia, à radiologia e à semiologia. As ví<strong>de</strong>os-aulas e sites especializados<br />

exercem uma sedução pedagógica no ensino da anatomia humana, mas esses métodos são impessoais e têm resultados pouco concretos,<br />

pergunta-se então qual o melhor método <strong>de</strong> ensino e aprendizagem da anatomia humana. As tradicionais aulas e práticas <strong>de</strong> dissecação<br />

<strong>de</strong> cadáver no curso <strong>de</strong> Medicina tentam resgatar o conhecimento anatômico aplicado.Objetivos: Demonstrar a importância do<br />

contato direto com o cadáver nas aulas práticas <strong>de</strong> anatomia topográfica, <strong>de</strong>spertando a atenção, a curiosida<strong>de</strong> e o interesse dos discentes<br />

pela anatomia aplicada. Metodologia: Pequenas práticas <strong>de</strong> introdução e simulação sobre cirurgia, suporte básico e avançado <strong>de</strong><br />

vida foram introduzidas nas aulas dos alunos do primeiro e segundo semestre <strong>de</strong> Medicina no semestre <strong>2009</strong>.1. Depois que os estudantes<br />

foram orientados sobre o respeito com relação aos cadáveres, <strong>de</strong>monstraram-se, em práticas orientadas, tipos <strong>de</strong> sutura (epidérmicas<br />

e intradérmicas), venóclise, acessos venosos periférico e central, bloqueio regional (plexo braquial e lombar), intubação orotraqueal,<br />

cricotireoidostomia, traqueostomia, drenagem <strong>de</strong> tórax, toracocentese, pericardiocentese, sondagem nasogástrica e vesical em cadáveres.<br />

Resultados: Observou-se uma acentuada elevação do interesse dos estudantes pelo estudo da anatomia e um alto grau <strong>de</strong> motivação<br />

e participação nas aulas práticas <strong>de</strong> dissecação. Conclusões: Reafirma-se, portanto, a extrema importância do contato direto dos estudantescomcorposhumanosnadissecação<strong>de</strong>cadáveresparaoaprendizadodaanatomia,comomeio<strong>de</strong>introduçãoàpráticamédica<br />

e à reflexão sobre sua responsabilida<strong>de</strong> sobre a vida e a morte.<br />

A Participação dos Grupos <strong>de</strong> Estudos no Aprendizado Extracurricular e na Estruturação<br />

da Política Nacional <strong>de</strong> Plantas Medicinais e Fitoterápicos no Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Martins, MN 153<br />

Gomes, AGR 152<br />

Ferreira, LS 152<br />

Gonçalves, MM 152<br />

Introdução: Em 1978, a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> reconheceu o uso <strong>de</strong> fitoterápicos com finalida<strong>de</strong> profilática, curativa,<br />

paliativa ou com fins <strong>de</strong> diagnóstico e recomendou a difusão dos conhecimentos para o seu uso. Em 2006, foram publicadas a portaria<br />

nº. 971, que aprova a Política Nacional <strong>de</strong> Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e prevê a inserção, no<br />

SUS, das Plantas Medicinais e Fitoterapia, e o <strong>de</strong>creto nº. 5.813 que aprova a Política Nacional <strong>de</strong> Plantas Medicinais e Fitoterápicos (Ministério<br />

da Saú<strong>de</strong>, <strong>2009</strong>). Nesse contexto, insere-se o Grupo <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Plantas Medicinais, vinculado à Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Uberlândia, para suprir uma <strong>de</strong>ficiência curricular do curso <strong>de</strong> Medicina, cuja abordagem não satisfaz às necessida<strong>de</strong>s da população e<br />

da saú<strong>de</strong> pública. Objetivos: Incentivar a pesquisa para aproveitar a biodiversida<strong>de</strong> visando ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> fitoterápicos nacionais<br />

e difundir o uso <strong>de</strong>sses e das plantas medicinais, ampliando sua aplicabilida<strong>de</strong> nas re<strong>de</strong>s públicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Métodos:Ogrupoé<br />

aberto a alunos, profissionais e <strong>de</strong>mais membros da comunida<strong>de</strong> interessados pelo tema. Os componentes reúnem-se toda semana para<br />

apresentação <strong>de</strong> seminários sobre temas específicos, envolvendo o uso <strong>de</strong> plantas medicinais e <strong>de</strong> fitoterápicos nas áreas da saú<strong>de</strong>, além<br />

<strong>de</strong> aspectos botânicos. Resultados: O grupo foi um instrumento extracurricular e multidisciplinar que possibilitou uma ampla abordagem<br />

relacionada ao uso <strong>de</strong>sses medicamentos e como isso implica positivamente sobre a saú<strong>de</strong> da população. Também resgatou a cul-<br />

152 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

153 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

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tura brasileira <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> plantas medicinais e o elevado potencial da flora nacional. Conclusões: Pensando na interdisciplinarida<strong>de</strong> e no<br />

aprendizado extracurricular que o grupo proporcionou, é importante que se mantenha ativida<strong>de</strong>s que estabeleçam forte interação entre<br />

os integrantes, em que haja prazer em dividir o conhecimento adquirido. Todos os conhecimentos obtidos, além <strong>de</strong> contribuírem para a<br />

atuação no SUS, po<strong>de</strong>m ser utilizados para a resolução <strong>de</strong> problemas reais.<br />

Avaliação das Estratégias <strong>de</strong> Ensino em Saú<strong>de</strong> Ocupacional no Curso <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza<br />

Rodrigues, NBS 154<br />

Nascimento, FV 153<br />

Barros, FC 153<br />

Messias, KLM 153<br />

Introdução: Tendo-se como referência as diretrizes da Resolução 1.488/98, sabe-se que os cursos <strong>de</strong> formação médica <strong>de</strong>vem<br />

<strong>de</strong>senvolver nos seus discentes competências – conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s – para lidar com as relações trabalho-saú<strong>de</strong>-doença.<br />

Objetivo: Avaliar a metodologia do ensino em Saú<strong>de</strong> Ocupacional no curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza<br />

(UNIFOR), segundo a visão atual da atuação médica na relação trabalho-saú<strong>de</strong>-doença. Metodologia: As estratégias utilizadas em Saú<strong>de</strong><br />

Ocupacional, no Módulo <strong>de</strong> Ações Integradas em Saú<strong>de</strong>, vêm sendo <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do curso, nas turmas do 4º semestre,<br />

segundo carga horária <strong>de</strong> 20 horas semestrais. Três turmas já participaram <strong>de</strong>stas estratégias. Dentre estas, citam-se: ministração<br />

<strong>de</strong> aulas teóricas na faculda<strong>de</strong> e em instituições <strong>de</strong> referência em Saú<strong>de</strong> Ocupacional (CEREST – Centro <strong>de</strong> Referência em Saú<strong>de</strong> do<br />

Trabalhador); visitas ao ambiente <strong>de</strong> prática <strong>de</strong> trabalhadores em algumas empresas, para imersão nos riscos a que tais profissionais estão<br />

expostos; aplicação <strong>de</strong> um instrumento <strong>de</strong> anamnese ocupacional em tais ambientes, <strong>de</strong> forma tanto a compreen<strong>de</strong>r a abordagem<br />

clínica das doenças ocupacionais e sua importância no Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) como avaliar os riscos e a percepção <strong>de</strong>stes pelos<br />

trabalhadores; apresentação <strong>de</strong> seminários pelos discentes, com o intuito <strong>de</strong> uma troca <strong>de</strong> experiências, percepções e consolidação dos<br />

conhecimentos em Saú<strong>de</strong> do Trabalhador; avaliação dos conhecimentos dos discentes pelo docente em um teste cognitivo, após a ministraçãodoconteúdo<strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>doTrabalhador.Resultados:<br />

Desenvolveram-se estudos e trabalhos na faculda<strong>de</strong> a respeito dos riscos<br />

e da percepção <strong>de</strong>stes pelos trabalhadores nas empresas, <strong>de</strong> caráter científico, a partir <strong>de</strong> iniciativa conjunta dos discentes e docentes.<br />

Recentemente, os estudos estão sendo inseridos em congressos científicos. Conclusão: Observou-se que os discentes ampliaram sua<br />

compreensão do processo trabalho-saú<strong>de</strong>-doença, da qual conclui-se que as estratégias <strong>de</strong> ensino em Saú<strong>de</strong> Ocupacional estão cumprindo<br />

os objetivos propostos, contribuindo para uma melhor formação médica.<br />

As Diferenças entre o 1º E 3º Periodos <strong>de</strong> Medicina em Relação a Percepção da Atenção<br />

Básica na Gra<strong>de</strong> Curricular<br />

Balestrin, A 155<br />

Andra<strong>de</strong>, LG 154<br />

Oliveira, LSC 154<br />

Silva, TC 154<br />

Diniz, RC 154<br />

Cunha, MCLA 156<br />

Introdução: O Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) evolui <strong>de</strong>ntro dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, tornando-se necessário uma melhor integração<br />

no processo ensino-aprendizagem sobre esse sistema nos cursos <strong>de</strong> medicina. As disciplinas <strong>de</strong> atenção básica aproximam o futuro<br />

médico das estratégias do SUS. Compreen<strong>de</strong>r como os futuros médicos vêem a atenção básica na gra<strong>de</strong> curricular é necessário para a<br />

busca <strong>de</strong> melhorias. Objetivo: Verificar a percepção dos acadêmicos do 1º e 3º período do curso <strong>de</strong> medicina em relação à atenção básica.<br />

Métodos: Trata-se <strong>de</strong> um método quantitativo analítico on<strong>de</strong> foram aplicados questionários objetivos no 1º e 3º período do curso <strong>de</strong><br />

medicina que tiveram disciplina <strong>de</strong> atenção básica e participaram do projeto interdisciplinar. Resultados:Quantoaoseacharaptopara<br />

154 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

155 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Biológicas <strong>de</strong> Cacoal, Cacoal, RO, Brasil.<br />

156 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cacoal, Cacoal, RO, Brasil<br />

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trabalhar na Atenção Básica 23 acadêmicos (77%) do 1º período dizem estar aptos, enquanto 7 acadêmicos (23%) dizem não estar aptos,<br />

e 13 acadêmicos (45%) do 3º período dizem estar aptos, enquanto que 16 acadêmicos (55%) relatam não estar. Quanto à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

se realizarem mais ativida<strong>de</strong>s práticas na disciplina <strong>de</strong> Atenção Básica 20 acadêmicos (67%) do 1º período e 11 acadêmicos (38%) acham<br />

necessário mais ativida<strong>de</strong>s práticas, enquanto que 10 acadêmicos (33%) do 1º período e 18 acadêmicos (62%) do 3º período não acham<br />

necessário mais ativida<strong>de</strong>s práticas na Atenção Básica. Na participação voluntaria em projetos multidisciplinares 21 acadêmicos (70%)<br />

do 1º período e 6 acadêmicos (21%) do 3º período dizem que participariam <strong>de</strong> outros projetos multidisciplinares, e 9 acadêmicos (30%)<br />

do 1º período e 23 acadêmicos (79%) do 3º período <strong>de</strong>sejam participar. Conclusão: O interesse pela participação na Atenção Básica e a<br />

busca <strong>de</strong> maiores iniciativas é mais evi<strong>de</strong>nte entre os acadêmicos do 1º período em relação aos acadêmicos do 3º período. Estes achados<br />

auxiliam na formatação dos períodos vindouros do curso <strong>de</strong> medicina.<br />

O Aluno Recém Ingresso da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina como Autor <strong>de</strong> Projetos <strong>de</strong> Pesquisa:<br />

um Estudo <strong>de</strong> Caso<br />

Teixeira, GAPB 157<br />

Campos, SMN 158<br />

Introdução: Adisciplina <strong>de</strong> Iniciação Científica I do curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense foi implementada com<br />

a reformulação curricular. Esta disciplina visa estimular os graduandos a se inserirem na pesquisa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da graduação. Objetivos:<br />

Capacitar cada aluno a <strong>de</strong>senvolver um projeto <strong>de</strong> pesquisa construindo-o COM o aluno e não PARAo aluno a partir <strong>de</strong> uma pergunta-problemaquesejapensadapelopróprioaluno.Metodologia:<br />

Apresentação da disciplina Aplicação <strong>de</strong> um questionário com 3 perguntas que<br />

buscou saber dos alunos suas concepções sobre o que é Ciência, a semelhança entre Cientista e Artista e porquê <strong>de</strong> se fazer uma pesquisa.<br />

Analise das respostas dos questionários pelos alunos. Elaboração dos projetos: foi solicitado a cada aluno que elaborasse uma pergunta do<br />

seu interesse. Apartir <strong>de</strong>sta pergunta foi mostrado como estruturar um projeto, on<strong>de</strong> buscar a bibliografia, o que são objetivos, quais os métodos<br />

necessários para aten<strong>de</strong>r os objetivos, o que são metas e resultados esperados como estabelecer o cronograma. Apresentação dos projetos<br />

na forma <strong>de</strong> comunicação oral. Resultados: Aanálise das perguntas iniciais permitiu discutir o que é ciência. Os alunos chegaram a conclusão<br />

<strong>de</strong> que é difícil estabelecer um conceito único necessitando apoio <strong>de</strong> diversas áreas do conhecimento. Asolicitação <strong>de</strong> elaborar uma pergunta<br />

a partir da qual foi estruturado o projeto gerou muitas dúvidas e angústias iniciais, porém a busca pelo “querer <strong>de</strong>scobrir” superou as dificulda<strong>de</strong>s.<br />

Conclusão: Constatou-se que o paradigma utilizado no Ensino Básico, baseado no Ensino Tradicional traz gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s aos<br />

universitários quando se <strong>de</strong>pararam com uma situação nova <strong>de</strong> aprendizagem. Porem a estratégia questionador-interativo associado a estratégia<br />

<strong>de</strong> fazer COM e não PARA o aluno, <strong>de</strong>monstra a necessida<strong>de</strong> da diversificação do ensino, bem como o <strong>de</strong> construir junto com o aluno<br />

torna o processo educacional mais produtivo e enriquecedor.<br />

Experiências no Processo <strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem em um Serviço <strong>de</strong> Atendimento ao<br />

Paciente HIV Positivo<br />

Alves, TO 159<br />

De Paula, RM 158<br />

Koifman, L 158<br />

Introdução: Os médicos formados pelos currículos tradicionais não aten<strong>de</strong>m satisfatoriamente às complexas necessida<strong>de</strong>s da população.<br />

Faz-se necessário incorporar <strong>de</strong>mandas sociais ao processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, introduzindo, no ensino básico, conhecimentos<br />

relativos ao adoecimento e à relação médico-paciente, para que os profissionais egressos das escolas médicas possam aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s<br />

do paciente <strong>de</strong> forma integral. Objetivos: Relatar a experiência vivenciada em um serviço <strong>de</strong> atendimento ao paciente HIV positivo em uma<br />

disciplina <strong>de</strong> visita ao campo das práticas em saú<strong>de</strong>, abordando alguns dos aspectos inerentes às discussões sobre HIV/AIDS e a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> um atendimento multidisciplinar e integral, <strong>de</strong>stacando a importância <strong>de</strong>ssa experiência no processo <strong>de</strong> formação dos alunos. Metodolo-<br />

157 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

158 Centro Universitário Metodista Bennett, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil<br />

159 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

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gia: Adisciplina em questão busca a diversificação dos cenários <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, a partir da articulação <strong>de</strong> disciplinas teóricas com o<br />

campo <strong>de</strong> prática das profissões da área da saú<strong>de</strong>. Aturma é dividida em grupos entre os quais os temas e os campos a serem estudados são<br />

divididos. O referido serviço <strong>de</strong> atendimento ao paciente HIV positivo é uma resposta governamental que se aproxima do princípio da integralida<strong>de</strong>,<br />

o que justifica a sua escolha como campo para estudo dos conceitos que a disciplina se propõe a abordar. Atualmente, nesse serviço,<br />

são <strong>de</strong>senvolvidas ações diversificadas que incluem diversos atendimentos ambulatoriais, ativida<strong>de</strong>s educativas com os pacientes, com<br />

alunos e com a equipe, além <strong>de</strong> pesquisas científicas. Resultados: Avivência precoce nesse campo prático possibilitou a ampliação da percepção<br />

do aluno acerca das relações saú<strong>de</strong>/doença e da complexida<strong>de</strong> encontrada nessa área <strong>de</strong> atuação, além <strong>de</strong> ter propiciado a abordagem <strong>de</strong><br />

questões como preconceito, vaida<strong>de</strong>, insegurança e responsabilida<strong>de</strong>, contribuindo para a compreensão do conceito <strong>de</strong> integralida<strong>de</strong>. Conclusão:<br />

Os alunos consi<strong>de</strong>raram a vivência no campo importante para a sua formação, pois facilitou a criação <strong>de</strong> vínculo, propiciando o entendimento<br />

do paciente como um todo.<br />

I<strong>de</strong>ntificação do Perfil dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Jundiaí -<br />

um Estudo Retrospectivo<br />

Mostério, RBM 160<br />

Fujimura , I 159<br />

Campanaro, CM 159<br />

Introdução: Com a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos <strong>de</strong> Medicina e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação<br />

curricular das escolas, buscando formar profissionais capazes <strong>de</strong> atuar <strong>de</strong> forma crítica e humanizada frente à realida<strong>de</strong> social na qual<br />

vivemos, observamos a necessida<strong>de</strong> e a importância <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar o perfil sócio- econômico-cultural dos nossos estudantes, afim <strong>de</strong><br />

conseguir abordá-los da forma mais a<strong>de</strong>quada possível, estimulando-os para o estudo e para a integração às ativida<strong>de</strong>s propostas durante<br />

o curso. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar as principais características sócio-econômicas e culturais do estudante <strong>de</strong> medicina da FMJ. Metodologia:<br />

respostas a questionários sobre procedência e renda familiar; critérios <strong>de</strong> escolha do curso e da IES; ativida<strong>de</strong>s culturais e vida<br />

acadêmica, entre outros dados. Os questionários foram aplicados entre os anos <strong>de</strong> 2003 e 2008, abrangendo os ingressantes dos seis anos<br />

da graduação. Resultados: Respon<strong>de</strong>ram espontaneamente os questionários, 310 estudantes <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 396. O levantamento dos<br />

dados revelou: predomínio <strong>de</strong> famílias com 4 pessoas, classe média alta, com mo<strong>de</strong>rado e forte impacto dos custos do curso na dinâmica<br />

familiar; escolarida<strong>de</strong> materna e paterna acima <strong>de</strong> 50% com nível superior completo; 52% dos pais com atuação na área da saú<strong>de</strong>. A<br />

procedência maior dos estudantes é do interior <strong>de</strong> São Paulo (36%); cursos fundamental (79%) e médio (92%) em escolas particulares;<br />

moradia atual em repúblicas, próximas à FMJ, cinema como entretenimento principal; fonte <strong>de</strong> atualização técnica baseada no acervo<br />

da biblioteca e internet e <strong>de</strong> conhecimentos gerais, a televisão. Conclusões: o estudante <strong>de</strong> medicina da FMJ inicia o curso com a idéia <strong>de</strong><br />

profissional liberal, sem noções básicas sobre o funcionamento do SUS e a realida<strong>de</strong> social, o que reforça a importância da reforma curricular,<br />

visando seu preparo a<strong>de</strong>quado à inserção social e no mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />

Relato <strong>de</strong> Experiência da Capacitação dos Monitores na Disciplina <strong>de</strong> Patologia Geral<br />

Perez, CFC 161<br />

Rodrigues, ALB 160<br />

Simas, CJA 160<br />

Introdução: ADisciplina <strong>de</strong> Patologia Geral conta com monitores bolsistas e voluntários, cujas ativida<strong>de</strong>s se divi<strong>de</strong>m em monitorias<br />

<strong>de</strong> macroscopia, microscopia, estudos dirigidos, casos clínicos e na orientação para elaboração do pôster sobre assunto pré <strong>de</strong>terminado.<br />

Para isso, passam por um intenso processo <strong>de</strong> capacitação pelos docentes. Objetivos: Relatar a capacitação dos monitores na<br />

disciplina <strong>de</strong> Patologia Geral Métodos: A Patologia Geral utiliza metodologias participativas no processo <strong>de</strong> capacitação dos monitores.<br />

Consta <strong>de</strong> duas reuniões semanais, uma com monitores e docentes <strong>de</strong>batendo sobre dificulda<strong>de</strong>s encontradas e novas idéias, <strong>de</strong>monstração<br />

e explicação das peças macroscópicas. Outra sobre as lâminas <strong>de</strong> microscopia, realizada em grupos menores, sempre visando<br />

a próxima monitoria. Na elaboração do Estudo Dirigido, os docentes indicam os tópicos relevantes. Nos casos clínicos, o tema é esta-<br />

160 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Jundiaí, Jundiaí, SP, Brasil.<br />

161 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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elecido pelo docente. Para a elaboração do pôster é indicado o artigo: O pôster em encontros científicos, Lorenzoni PJ et col. 31<br />

(3):304-309;2007. Há a realização <strong>de</strong> um material didático em formato eletrônico, por monitores e professores, com fotos e <strong>de</strong>scrições<br />

que auxiliam na aprendizagem. Resultados: Dentre as vantagens <strong>de</strong>ssa metodologia, <strong>de</strong>stacam-se o aprofundamento e a consolidação<br />

<strong>de</strong> conhecimentos específicos e a elaboração <strong>de</strong> trabalhos científicos. Dentre as dificulda<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>stacam-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo pelos<br />

discentes e docentes para as reuniões e as ativida<strong>de</strong>s e a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos materiais (datashow, computadores). Conclusões:A<br />

monitoria <strong>de</strong> Patologia Geral prioriza a capacitação constante e eficiente dos monitores ao seguir a linha participativa permitindo um<br />

aprendizado ativo, reflexivo e contínuo dos participantes, uma das finalida<strong>de</strong>s da educação superior prevista pela Lei <strong>de</strong> Diretrizes e<br />

Bases da Educação Nacional. Essa ativida<strong>de</strong> contribui para melhoria do processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem ao viabilizar uma maior<br />

confiança no monitor, ao estimular o multiprofissionalismo e a integração social entre os discentes da universida<strong>de</strong>.<br />

Desenvolvimento Curricular - Epi<strong>de</strong>miologia como Suporte ao Delineamento Pedagógico<br />

Souza, SRP 162<br />

Brenna, SMF 161<br />

Machado, JLM 161<br />

Bolella, VR 161<br />

Vieira, JE 161<br />

Introdução: <strong>Trabalhos</strong> recentes <strong>de</strong>stacam a importância <strong>de</strong> promover mudanças inovadoras no processo e estrutura da educação<br />

médica. Estes artigos sugerem que a formação <strong>de</strong>ve estar voltada para preparar os médicos para as necessida<strong>de</strong>s e expectativas da<br />

socieda<strong>de</strong>. As diretrizes para Educação Médica tem claramente estabelecido o que <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senvolvido em termos <strong>de</strong> conteúdo e habilida<strong>de</strong>s,<br />

entretanto não há a mesma clareza quanto às priorida<strong>de</strong>s para os temas nucleares. Objetivos: Apresentar proposta metodológica<br />

para planejamento <strong>de</strong> diretriz <strong>de</strong> conteúdo mais a<strong>de</strong>quado as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação dos estudantes. Métodos:Osdados<strong>de</strong><br />

mortalida<strong>de</strong> e morbida<strong>de</strong> do município <strong>de</strong> São Paulo foram obtidos nas bases do DATASUS. Os dados foram inseridos em planilha eletrônica.<br />

As colunas representavam freqüências <strong>de</strong> óbitos e internações e as linhas categorias da CID-10. Foram construídas, para cada<br />

gênero,4planilhascorrespon<strong>de</strong>ndoacriança(0a9anos),adolescente(10a19anos),adulto(20a49anos)eadultomaduro/idoso(50<br />

anos e mais). Foi feita a padronização das freqüências e <strong>de</strong>terminada probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento hospitalar por certa doença e probabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> óbito em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>sta doença. O escore é a média geométrica <strong>de</strong>stas probabilida<strong>de</strong>s. A classificação final apontou o<br />

quartil mais alto e foi revisada para recuperar qualquer condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> abaixo <strong>de</strong>sse quartil, mas consi<strong>de</strong>rada importante para a formação<br />

médica. Resultados: Acategoria “adulto” resultou em 74 condições: Traumatismo Intracraniano (100%); Pneumonia (99%); Desor<strong>de</strong>ns<br />

mentais e <strong>de</strong> comportamento relacionadas ao uso <strong>de</strong> álcool (97%); Doenças renais (49% - limite <strong>de</strong> quartil). Tétano estava abaixo<br />

do quartil, mas foi consi<strong>de</strong>rada importante e recuperada. Conclusões: A freqüência das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a sua análise possibilitaram<br />

a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> temas que po<strong>de</strong>m constituir-se em necessida<strong>de</strong>s na Educação Médica e o estabelecimento <strong>de</strong> limites entre os tópicos<br />

que <strong>de</strong>vem ser aprofundados e aqueles que <strong>de</strong>vem ser mais sucintos.<br />

Fatores que Contribuíram para Desenca<strong>de</strong>ar o Processo <strong>de</strong> Transformação Curricular na<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Jundiaí<br />

Mosterio, RBM 163<br />

Campanaro, CM 162<br />

Introdução: Implantar mudanças curriculares voltadas para a formação <strong>de</strong> profissionais médicos para além do enfoque biológico,<br />

tendo em vista aspectos do processo saú<strong>de</strong>-doença, nem sempre é tarefa fácil. As estratégias adotadas pela FMJ, entretanto, mostram-se<br />

positivas. A socialização <strong>de</strong>ssa experiência com outras escolas médicas po<strong>de</strong> possibilitar a troca <strong>de</strong> sugestões para consolidar a<br />

formação <strong>de</strong> futuros médicos que atendam às <strong>de</strong>mandas contemporâneas <strong>de</strong> cuidados com a saú<strong>de</strong>. Objetivos: Partilhar experiências,<br />

consi<strong>de</strong>radas inovadoras, tendo em vista a aproximação com as tendências <strong>de</strong> mudanças das escolas médicas brasileiras e o alinhamento<br />

com os princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais. Metodologia: ADireção da FMJ, em parceria com a Coor<strong>de</strong>nação do Curso<br />

<strong>de</strong> Medicina, professores voluntários, representantes <strong>de</strong> estudantes e Assessoria Pedagógica, <strong>de</strong>senvolveu estratégias articuladas com<br />

a intenção <strong>de</strong> promover as transformações curriculares necessárias ao curso médico. Das estratégias eleitas pelo grupo po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>s-<br />

162 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

163 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Jundiaí, Jundiaí, SP, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


tacadas, entre outras: três fóruns sobre Educação Médica, reuniões com grupos focais envolvendo professores e estudantes para avaliação<br />

do trabalho pedagógico <strong>de</strong>senvolvido, questionários sequenciais para levantamento do perfil e das expectativas dos ingressantes,<br />

complementados por um questionário <strong>de</strong> avaliação do curso pelos egressantes, além da participação na pesquisa da CAEM-ABEM.<br />

Resultados: O estudo longitudinal dos fatores <strong>de</strong>scritos subsidiou as reflexões dos integrantes do Núcleo <strong>de</strong> Apoio Didático e Pedagógico<br />

e impulsionou propostas <strong>de</strong> reforma curricular implantadas em <strong>2009</strong> nos quatro primeiros anos do curso. A reforma prevê inclusão,<br />

alteração e integração <strong>de</strong> disciplinas da Matriz Curricular, o trabalho com pequenos grupos e maior disponibilida<strong>de</strong> do corpo docente<br />

para atendimento aos discentes. Conclusões: Espera-se que as atuais propostas sejam o início <strong>de</strong> uma mudança mais profunda,<br />

sintonizada na formação <strong>de</strong> médicos com um perfil que atenda cada vez mais às expectativas daqueles que ingressam no curso <strong>de</strong> Medicina<br />

e as <strong>de</strong>mandas sociais na área da saú<strong>de</strong>.<br />

Avaliação do uso da Problematização como Estratégia <strong>de</strong> Ensino em uma Turma <strong>de</strong> 15<br />

Estudantes <strong>de</strong> Parasitologia no Curso <strong>de</strong> Biomedicina<br />

Sampaio, MX 164<br />

Introdução: As diretrizes curriculares nacionais do curso <strong>de</strong> biomedicina estabelecem critérios <strong>de</strong> formação profissional, nos níveis<br />

<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e competências, os quais têm sido freqüentemente pouco explorados, em cursos presenciais tradicionais, por envolverem <strong>de</strong>mandas<br />

metodológicas. <strong>Trabalhos</strong> em pequenos grupos <strong>de</strong> até 10 estudantes por facilitador estão <strong>de</strong>ntro das premissas metodológicas da<br />

problematização. Objetivos: Executar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> problematização na disciplina <strong>de</strong> parasitologia do curso <strong>de</strong> biomedicina, com 15 estudantes<br />

inscritos, avaliando o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> aprendizagem dos estudantes neste cenário. Métodos: Durante o 1º semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, uma turma<br />

contendo 15 estudantes <strong>de</strong> biomedicina, <strong>de</strong> diferentes períodos (6-9), foi apresentada ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> problematização, dispondo-se a executá-lo<br />

ao longo do semestre. Um dos estudantes abandonou o curso ao longo do semestre. Resultados: Todos os estudantes concluíram o semestre<br />

letivo com aprovação (suficiência). Foi implementada uma matriz <strong>de</strong> avaliação que consi<strong>de</strong>rou, tanto as ativida<strong>de</strong>s presenciais como<br />

as realizadas a distância (internet), executando-se 02 instrumentos <strong>de</strong> avaliação direta por escrito (questionário aplicado pelo docente, questionário<br />

criado e aplicado pelos estudantes), além das avaliadas das sínteses individuais e coletivas, situações-problema criadas, participação<br />

presencial e a distância, entrevistas individuais <strong>de</strong> acompanhamento e orientação, busca ativa, entre outros elementos, havendo convergência<br />

<strong>de</strong> opinião dos estudantes, quanto à satisfação, riqueza e amplitu<strong>de</strong> da experiência, com reconhecimento dos 14 concluintes <strong>de</strong> que a atuação<br />

do docente atingiu as expectativas. Conclusões: A avaliação dos estudantes e do docente i<strong>de</strong>ntificou a questão do tamanho da turma<br />

(proporção aluno/professor) como um complicador, consi<strong>de</strong>rando que uma turma menor potencializaria muitas ativida<strong>de</strong>s, reduzindo a sobrecarga<br />

e <strong>de</strong>sgaste do facilitador. Aavaliação conjunta, porém, foi <strong>de</strong> que as dificulda<strong>de</strong>s e eventuais prejuízos vivenciados, não foram suficientes<br />

para o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> retorno à tradicional metodologia passiva <strong>de</strong> aprendizagem, já que todos pu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>terminar tanto ganhos <strong>de</strong> aquisição<br />

<strong>de</strong> conteúdos, como <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e competências.<br />

Percepção dos Estudantes Quanto ao Ensino <strong>de</strong> Geriatria em uma Escola Médica com<br />

Metodologia Centrada no Paciente e Baseada em Problemas<br />

Pinheiro, NF 165<br />

Rodrigues, NBS 164<br />

Menezes, RB 164<br />

Aragão, LP 164<br />

Introdução: Existe uma crescente mudança no ensino médico das instituições educacionais no Brasil. O PBL(Problem Based Learning)<br />

é uma metodologia que está sendo implantada com ênfase no contexto clínico com discussões baseadas em problemas, beneficiando<br />

as competências e habilida<strong>de</strong>s dos estudantes. Assim, o ensino da geriatria está sendo aperfeiçoado no aprendizado centrado no<br />

paciente integrando teoria e prática. Objetivos: avaliar a percepção dos estudantes quanto ao ensino <strong>de</strong> geriatria em uma universida<strong>de</strong><br />

com metodologia PBL. Métodos: No terceiro semestre do curso <strong>de</strong> medicina da UNIFOR, existem dois módulos longitudinais baseados<br />

em habilida<strong>de</strong>s e práticas no sistema local <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e módulos verticais contendo discussões baseadas em problemas, on<strong>de</strong> os estudantes<br />

são submetidos ao ensino <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da mulher, da criança e do idoso. No módulo <strong>de</strong> prática das habilida<strong>de</strong>s em geriatria, os aca-<br />

164Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

165Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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dêmicos são alocados em uma instituição <strong>de</strong> longa permanência para entrevistar um idoso. No primeiro contato, eles têm que colher a<br />

história <strong>de</strong> vida e no segundo e terceiro, fazer a avaliação cognitiva e funcional, respectivamente. No final, eles respon<strong>de</strong>m um questionário<br />

sobre suas percepções das práticas no segundo semestre <strong>de</strong> 2008. Resultados: Amaior parte, 63%, referiu que as ativida<strong>de</strong>s na instituição<br />

<strong>de</strong> longa permanência foram as melhores do semestre, justificando existir estreita relação entre módulos teóricos e práticos. A<br />

relação entre o acadêmico e o idoso é outro aspecto que eles relacionaram importante para sua aprendizagem. Aexperiência <strong>de</strong> vida dos<br />

idosos foi gratificante e estimulante para melhorar a sensibilida<strong>de</strong> dos acadêmicos sobre o envelhecimento. Conclusão:Oensino<strong>de</strong><br />

geriatria está sendo implantado nos currículos das escolas médicas, as quais estão se submetendo a mudanças na metodologia <strong>de</strong><br />

ensino. A integração entre teoria e prática é priorida<strong>de</strong> para obter uma melhor aprendizagem e aperfeiçoamento das habilida<strong>de</strong>s dos<br />

estudantes no conhecimento na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do idoso.<br />

Percepção dos Professores <strong>de</strong> Semiologia sobre a Contribuição da Inserção na Comunida<strong>de</strong><br />

e Reflexão sobre Formação Médica Oportunizada pelos Módulos Horizontais no<br />

Desempenho dos Alunos <strong>de</strong> Medicina em sua Disciplina<br />

Santos, KF 166<br />

Moraes, AD 165<br />

Marinho, MM 165<br />

Farias, MP 165<br />

Araújo, TN 165<br />

Pinheiro, WN 165<br />

Introdução: Des<strong>de</strong> 2007, com a mudança curricular do curso <strong>de</strong> medicina da UFPB, implementaram-se os Módulos Horizontais<br />

(MH), inseridos no eixo prático-integrativo e que objetivam <strong>de</strong>senvolver habilida<strong>de</strong>s na execução <strong>de</strong> procedimentos da atenção básica<br />

à saú<strong>de</strong> e refletir sobre a formação médica. No MHA, o estudante é inserido, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro período, nas comunida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> interage<br />

com a equipe da atenção primária e seus usuários. No MHB, abordam-se temas como: relação médico-estudante-paciente, ética<br />

médica, contato com a morte. Os MH´s visam melhorar as habilida<strong>de</strong>s do estudante no contato com o paciente e no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da entrevista médica, incluindo a prática <strong>de</strong> uma medicina mais humana e ética. Adisciplina <strong>de</strong> Semiologia Médica objetiva formar estudantes<br />

aptos a realizar anamnese e exame físico autonomamente, estabelecer diálogo satisfatório com o paciente e diagnosticar síndromes.<br />

Objetivo: Levantar opinião dos professores <strong>de</strong> semiologia sobre os MH’s, a contribuição <strong>de</strong>stes para sua disciplina e registrar<br />

sua percepção sobre a influência <strong>de</strong>sses módulos no <strong>de</strong>sempenho dos estudantes do novo currículo. Método: Pesquisa qualitativa com<br />

análise <strong>de</strong> conteúdo <strong>de</strong> entrevistas semi-estruturadas, realizadas junto aos professores <strong>de</strong> semiologia. Resultados: Todos os entrevistados<br />

acompanharam a mudança curricular e a consi<strong>de</strong>raram importante e necessária. Segundo eles, durante a disciplina, os alunos <strong>de</strong>vem<br />

estabelecer um diálogo satisfatório com o paciente, coletar anamnese e realizar exame físico. Afirmaram haver muitas mudanças<br />

<strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s dos alunos, relacionando-as com a inserção dos MH’s no currículo. Como pontos negativos citaram a diminuição da carga<br />

horária <strong>de</strong> semiologia, e como positivos relataram maior facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contato e compreensão integral do paciente. Os alunos do novo<br />

currículo estão mais maduros, comprometidos e <strong>de</strong>sinibidos, além <strong>de</strong> terem um bom embasamento teórico. Conclusão:Ocontatodos<br />

alunos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo do curso com os usuários contribuiu para um maior amadurecimento e um melhor <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>ntro da<br />

disciplina <strong>de</strong> semiologia.<br />

166 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

276<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Reflexões e Vivências <strong>de</strong> Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina na Disciplina <strong>de</strong> Introdução a Atenção<br />

Básica<br />

Silva, RMF 167<br />

Silva, RFP 166<br />

Nunes, RL 168<br />

Correa, GVL 169<br />

Siqueira, GB 166<br />

Introdução: O Programa Nacional <strong>de</strong> Incentivo a Mudanças Curriculares nos Cursos <strong>de</strong> Medicina (Portaria nº 610, 2002) procurou<br />

incentivar mudanças nos currículos das escolas médicas, propondo <strong>de</strong>slocar a formação centrada na assistência individual para outra,<br />

em que haja sintonia com o SUS, consi<strong>de</strong>rando as dimensões do processo <strong>de</strong> adoecimento humano. Algumas escolas vêm adotando<br />

estratégias para alcançar esses objetivos, assim, o relato <strong>de</strong>ssas experiências vem contribuir para a reflexão e avaliação <strong>de</strong>ssas medidas.<br />

Objetivos: Esse trabalho procura relatar, na perspectiva <strong>de</strong> acadêmicos, a experiência na disciplina <strong>de</strong> Introdução a Atenção Básica, na<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Rondônia, no curso <strong>de</strong> Medicina. Adisciplina objetiva a compreensão do SUS e seus princípios, e das particularida<strong>de</strong>s<br />

do sistema na região. Métodos: A disciplina era dividida em aulas teóricas – compostas por aulas expositivas, com leitura <strong>de</strong><br />

artigos, <strong>de</strong>bate e compreensão <strong>de</strong> conceitos- e aulas práticas. Os alunos visitavam uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que seria o alvo das reflexões.<br />

Foi utilizado um instrumento com diversas perguntas construído pelos alunos voltado aos profissionais e usuários. Resultados:Asaulas<br />

teóricas fomentaram a discussão e compreensão dos conceitos e as práticas possibilitaram o entendimento da dinâmica da unida<strong>de</strong> e<br />

contato com usuários e profissionais. Esse contato possibilitou coletar dos usuários suas impressões sobre o SUS e seus direitos e <strong>de</strong>veres.<br />

Com os profissionais da unida<strong>de</strong>, o instrumento proporcionou um diálogo acerca da humanização, integralida<strong>de</strong>, acolhimento, das<br />

dificulda<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>safios do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O diálogo com os gestores possibilitou uma visão global do funcionamento da unida<strong>de</strong> e<br />

aspectos como repasse <strong>de</strong> verbas e educação continuada dos profissionais. Conclusão: Adisciplina promoveu uma discussão acerca do<br />

SUS e a vivência prática <strong>de</strong> seus princípios, além da melhor compreensão do processo saú<strong>de</strong>-doença. Dessa forma, po<strong>de</strong> ser vista como<br />

uma estratégia satisfatória para auxiliar na mudança do perfil do profissional egresso.<br />

Percepção Inicial <strong>de</strong> um Instrumento <strong>de</strong> Consulta Rápida <strong>de</strong> Avaliação da Saú<strong>de</strong> do Idoso<br />

<strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza<br />

Pinheiro, NF170 Nascimento, FV169 Ponte, HJ169 Sancho, KFCB169 Aragão, LP169 Introdução: Instrumentos <strong>de</strong> consulta rápida são bastante utilizados na prática médica. Na abordagem da saú<strong>de</strong> do idoso, é comum<br />

a aplicação <strong>de</strong> testes e escalas <strong>de</strong> avaliação global do seu estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O cartão <strong>de</strong> bolso <strong>de</strong> geriatria é um instrumento criado<br />

por acadêmicos e professores do curso <strong>de</strong> medicina da UNIFOR para auxiliar o aprendizado e facilitar a aplicação <strong>de</strong>sses testes realizados<br />

em pacientes idosos. Este cartão contém escalas <strong>de</strong> avaliação do estado mental e funcional. Para avaliar a percepção <strong>de</strong>sse instrumento,<br />

foi realizado um questionário <strong>de</strong> avaliação, o qual foi aplicado aos acadêmicos <strong>de</strong> medicina que estavam cursando o módulo <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> do idoso. Objetivo: Avaliar a percepção dos alunos sobre o cartão <strong>de</strong> bolso utilizado na avaliação dos idosos em práticas realizadas<br />

com idosos. Métodos: Estudo quantitativo realizado através <strong>de</strong> um questionário contendo questões para avaliação da parte estética<br />

e funcional do cartão <strong>de</strong> bolso, com cinco e <strong>de</strong>z perguntas respectivamente. O questionário foi aplicado a 48 alunos do terceiro semestre<br />

<strong>de</strong> medicina da UNIFOR no último dia <strong>de</strong> prática. O terceiro semestre tem como um dos objetivos <strong>de</strong> aprendizagem avaliar o idoso em<br />

167Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

168Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Triangulo Mineiro, Uberaba, MG, Brasil.<br />

169Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Roraima, Porto Velho, RO, Brasil.<br />

170Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


uma instituição <strong>de</strong> longa permanência, utilizando parte da avaliação geriátrica. Resultados: Em relação à parte funcional, a maior parte<br />

dos alunos consi<strong>de</strong>rou ter facilida<strong>de</strong> no manuseio do cartão e 87% consi<strong>de</strong>raram correta a disposição das escalas <strong>de</strong> avaliação. Quarenta<br />

alunos acham o cartão útil na prática na instituição <strong>de</strong> longa permanência. Em relação à parte estética, 75% consi<strong>de</strong>raram o tamanho do<br />

cartão a<strong>de</strong>quado. Quanto à disposição das escalas <strong>de</strong> avaliação, 60% consi<strong>de</strong>raram ótima. Conclusão: O cartão <strong>de</strong> bolso <strong>de</strong> geriatria foi<br />

consi<strong>de</strong>rado um útil instrumento para auxilio dos estudantes nas práticas <strong>de</strong> avaliação do idoso. Dessa forma, esse instrumento po<strong>de</strong>rá<br />

ajudar bastante os acadêmicos, internos e médicos ao longo da prática médica.<br />

O Contato Precoce do Acadêmico <strong>de</strong> Medicina com a Comunida<strong>de</strong><br />

Soares, TRC171 Teixeira, KS170 Cor<strong>de</strong>iro, MAS170 Pereira, AS170 Lima, H170 Introdução: AFaculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da <strong>Associação</strong> Educativa Evangélica (Unievangélica) tem produzido mudanças curriculares<br />

expressivas através da implementação <strong>de</strong> uma metodologia <strong>de</strong> ensino que utiliza a aprendizagem baseada em problemas (APB) e<br />

a Problematização. A mudança no perfil profissional e pessoal dos profissionais da saú<strong>de</strong>, visando à melhoria do atendimento à população,<br />

é uma necessida<strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nte. Para tanto, o Curso <strong>de</strong> Medicina busca <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s teóricas integradas com ativida<strong>de</strong>s<br />

práticas e estágios em Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, hospitais e na comunida<strong>de</strong>; propiciando <strong>de</strong> maneira precoce o contato do acadêmico<br />

com a realida<strong>de</strong> encontrada no exercício da profissão médica. Objetivo: Mostrar ativida<strong>de</strong>s realizadas pelos acadêmicos <strong>de</strong> medicina<br />

da Unievangélica na comunida<strong>de</strong> Vila Fabril em Anápolis-GO e a sua importânciaparaacomunida<strong>de</strong>enaformaçãodoperfilprofissional<br />

e pessoal <strong>de</strong>sses acadêmicos. Métodos: Em grupos <strong>de</strong> oito alunos acompanhados <strong>de</strong> um preceptor, realizaram-se visitas semanais à<br />

comunida<strong>de</strong>, pesagem <strong>de</strong> crianças, entrevistas, acompanhamento <strong>de</strong> consultas pré-natais, realização <strong>de</strong> palestras educativas em escolas<br />

e creches da região e visitas domiciliares com aplicação <strong>de</strong> questionário-entrevista. Resultados: Foram realizadas visitas domiciliares<br />

com a aplicação <strong>de</strong> questionário e entrevistas com lí<strong>de</strong>res políticos e religiosos da região, além <strong>de</strong> ações educativas em escolas e creches<br />

da região. Juntamente com as agentes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, os acadêmicos participaram da pesagem <strong>de</strong> crianças e acompanharam consultas<br />

pré-natais realizadas pelo médico da Unida<strong>de</strong> Básica local. Conclusões: Tais ativida<strong>de</strong>s têm o objetivo <strong>de</strong> propiciar um progressivo<br />

amadurecimento pessoal e profissional do acadêmico, uma vez que sua inserção precoce na comunida<strong>de</strong> permite o contato com a realida<strong>de</strong><br />

local, bem como a participação direta na atenção primária a saú<strong>de</strong>. Percebe-se facilmente que a inserção precoce do acadêmico na<br />

comunida<strong>de</strong> é <strong>de</strong> suma importância na construção do perfil humanizado dos novos profissionais da saú<strong>de</strong> e também um notável<br />

mecanismo <strong>de</strong> fixação do conhecimento teórico adquirido.<br />

Percepção dos Docentes e Discentes sobre a Atenção Primária no Curso <strong>de</strong> Medicina da UFTM<br />

Oliveira, AAO 172<br />

Fernan<strong>de</strong>z, AL 171<br />

Oliveira, JAC 171<br />

Fernan<strong>de</strong>s, FF 171<br />

Oliveira, COM 171<br />

Teixeira, LAS 171<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> Medicina da UFTM vem participando do processo <strong>de</strong> reestruturação curricular preconizado pelas Diretrizes<br />

Curriculares Nacionais. Por isso, torna-se importante o levantamento da opinião e <strong>de</strong> sugestões sobre perspectivas <strong>de</strong> uma mudança<br />

curricular. Objetivos: Avaliar a percepção <strong>de</strong> docentes e discentes do Curso <strong>de</strong> Medicina da UFTM em relação ao conceito <strong>de</strong><br />

atenção primária em saú<strong>de</strong> (APS), sua inserção curricular e relevância na formação médica. Levantar sugestões <strong>de</strong> docentes e discentes<br />

paraajustesnomo<strong>de</strong>locurricular,emrelaçãoàAPS.Métodos: Foi utilizado um questionário entregue pelos pesquisadores <strong>de</strong>ntro do<br />

ambiente universitário, sendo mantido sigilo dos questionários repondidos. Resultados: Respon<strong>de</strong>ram o questionário 80 acadêmicos e<br />

32 docentes. Verificamos que tanto acadêmicos quanto docentes consi<strong>de</strong>ram a atenção primária como <strong>de</strong> menor complexida<strong>de</strong>, mas<br />

171 Universida<strong>de</strong> Evangélica <strong>de</strong> Anápolis, Anápolis, GO, Brasil.<br />

172 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Triangulo Mineiro, Uberaba, MG, Brasil.<br />

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não menos importante por isso. Amaioria dos acadêmicos concorda parcilamente com uma reforma curricular que priorize o ensino da<br />

atenção primária, mas ao mesmo tempo consi<strong>de</strong>ra a distribuição <strong>de</strong> carga horária i<strong>de</strong>al para o curso <strong>de</strong> 20%, 20% e 60% para os atendimentos<br />

primário, secundário e terciário respectivamente. Já entre os docentes, a maioria concorda com a reforma que priorize atenção<br />

primária e atribui a carga horária i<strong>de</strong>al em 40%, 40%, e 20%. Houve divergências significativas entre as respostas <strong>de</strong> docentes e acadêmicos.<br />

Conclusão: Nossos dados sugerem que uma reforma curricular que vise priorizar a atenção primária encontrará docentes e acadêmicosdaUFTMrazoavelmenteorientadosquantoaoconceito<strong>de</strong>atenção<br />

primária e sensibilizados para sua importância . No entanto,<br />

o ensino voltado para o atendimento terciário ainda é consi<strong>de</strong>rado prioritário para a maioria dos acadêmicos, e, por isso, os mesmos<br />

ten<strong>de</strong>m a rejeitar a proposta <strong>de</strong> reforma.<br />

Aprendizagem Baseada em Problema (ABP): Análise da Experiência <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong><br />

Medicina com a Aplicação <strong>de</strong>ssa Nova Estratégia Didática-Pedagógica nos Módulos <strong>de</strong><br />

Coloproctologia da Disciplina Clinica Cirúrgica 1<br />

Cardoso, MVC 173<br />

Me<strong>de</strong>iros, DB 172<br />

Barros, OS 172<br />

Silva, ACS 172<br />

Oliveira, MCL 172<br />

Avelino, FGS 172<br />

Introdução: O método Aprendizado Baseado em Problemas (ABP) surge como uma estratégia <strong>de</strong> ensino inovadora no curso <strong>de</strong> medicina<br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas (UFAM).Objetivo: Avaliar o grau <strong>de</strong> satisfação dos estudantes do 3° ano <strong>de</strong> medicina da<br />

UFAM quanto a esse novo método <strong>de</strong> aprendizagem utilizado nos módulos <strong>de</strong> Coloproctologia da disciplina Clínica Cirúrgica 1. Métodos:<br />

Estudo <strong>de</strong>scritivo realizado com base na aplicação <strong>de</strong> um questionário fechado contendo 15 quesitos, aplicados aos acadêmicos do 3° ano da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, durante o mês <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Os dados foram tabulados e o cálculo das freqüências foi feito no programa Microsoft<br />

Excel®. Resultados: Foram analisados dados <strong>de</strong> 34 alunos. Em relação às vantagens do novo método: os alunos foram unânimes em afirmar<br />

que o método permitiu <strong>de</strong>senvolver a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura crítica dos livros textos, bem como a obtenção eficiente <strong>de</strong> informação <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos da internet; uma parcela significativa (77%) também concordou que o método permitiu estreitar a relação professor-aluno;<br />

mais que 70% dos estudantes afirmaram que o método promoveu atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> auto-aprendizado, raciocínio científico e capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> integrar conhecimentos <strong>de</strong> diversas áreas; outras vantagens também referidas foram: a interação com colegas e professores para a resolução<br />

eficiente dos problemas clínicos (86%), além do estímulo a produção científica (63%). Mais que 80% dos alunos afirmaram que o mo<strong>de</strong>lo<br />

tradicional adotado pela universida<strong>de</strong> privilegia a memorização <strong>de</strong> nomes e fenômenos sem que haja as <strong>de</strong>sejáveis correlações com a prática<br />

clínica. A gran<strong>de</strong> maioria dos alunos (68%) sugere a adoção do método pela faculda<strong>de</strong> somente em algumas das disciplinas, 23% em todas.<br />

Conclusão: Com essa experiência recomendamos a adoção do método ABP por acreditar que este contribui mais para formação <strong>de</strong> profissionais<br />

médicos mais críticos e com maior aptidão para apren<strong>de</strong>r a apren<strong>de</strong>r.<br />

Psiquiatria em Cena: Usando a Dramatização como Ferramenta <strong>de</strong> Ensino<br />

Peixoto, ALA 174<br />

Rezen<strong>de</strong> Filho, FM 173<br />

Omena, AEAS 173<br />

Dias Neto, CA 173<br />

Menegassi, ILF 173<br />

Nunes, FAT 173<br />

Introdução: o ser humano possui capacida<strong>de</strong> latente <strong>de</strong> projetar seus conflitos sob forma visual, sendo o mundo interno do paciente<br />

psiquiátrico representado das mais variadas maneiras pela arte (Nise da Silveira). Aidéia <strong>de</strong> utilizar a arte da dramatização com os objetivos<br />

<strong>de</strong> avaliar a retenção e compreensão do conhecimento das doenças mentais; estimular as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação e auxiliar na utilização<br />

173 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

174 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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da técnica da empatia possibilitAao estudante <strong>de</strong> medicina participar ativamente do processo ensino aprendizagem. Objetivo: relatar o uso<br />

da dramatização como ferramenta útil no processo ensino-aprendizagem da psiquiatria em nossa instituição. Metodologia:baseadonoplano<br />

político-pedagógico do curso médico <strong>de</strong> nossa instituição e nas técnicas psicodramáticas, foi proposta uma forma alternativa <strong>de</strong> avaliação<br />

discente,pormeio<strong>de</strong>umaapresentaçãoteatral.Osestudantesreuniram-seemgrupos<strong>de</strong>3a5eescolheramumapatologiapsiquiátricacomo<br />

tema para a apresentação. Elaboraram-se roteiros para encenações <strong>de</strong> até 20 minutos. Após as peças, cada grupo <strong>de</strong> alunos foi submetido a<br />

questionamentos pela platéia. No término das ativida<strong>de</strong>s da disciplina, realizou-se avaliação qualitativa e <strong>de</strong>scritiva baseada em relatos <strong>de</strong><br />

professores e estudantes. Resultados: através <strong>de</strong> bons roteiros e interpretações, a dramatização permitiu entendimento satisfatório em relação<br />

aos temas teóricos abordados, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar potenciais criativos e artísticos nos estudantes, importante para o <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação. Ficou evi<strong>de</strong>nte também o empenho e interesse dos alunos durante as aulas teórico-práticas da disciplina, bem<br />

como o aperfeiçoamento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s em comunicação, trabalho em equipe e empatia. Conclusão: A dramatização surge como um elemento<br />

<strong>de</strong> expressão artística dos alunos, que explorando suas potencialida<strong>de</strong>s, buscam embasamento teórico significativo e contato com portadores<br />

<strong>de</strong> patologias psiquiátricas. O uso <strong>de</strong>sta metodologia mostrou-se eficaz para o ensino-aprendizado da Psiquiatria, refletindo a pluralida<strong>de</strong><br />

e dinamismo da formação médica.<br />

Eixo Curricular <strong>de</strong> Construção do Conhecimento: a Iniciação Científica Permeando a<br />

Formação do Médico do Primeiro AO Décimo Segundo Período<br />

Gomes, AP 175<br />

Pinto, LF 176<br />

Soranz, DR 175<br />

Junqueira, TS 174<br />

Arcuri, MB 174<br />

Siqueira-Batista, R 177<br />

Introdução: A construção do conhecimento é um dos âmbitos centrais no currículo do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina do<br />

UNIFESO, domínio afim ao expresso nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Para tal foi concebido o Eixo Curricular <strong>de</strong> Construção do<br />

Conhecimento (ECCC), o qual permeia todos os 12 períodos e que tem como competência final esperada para os estudantes: “atuar na<br />

sua prática profissional, incorporando os fundamentos da pesquisa científica em saú<strong>de</strong>, agindo com base na ética / bioética, a fim <strong>de</strong><br />

contribuir para a melhoria do estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do indivíduo e da coletivida<strong>de</strong>”. Objetivos: Relatar a experiência da ativida<strong>de</strong> ECCC do<br />

UNIFESO. Métodos: Foram realizadas sete oficinas para discussão dos diferentes aspectos envolvidos na construção do conhecimento<br />

– no âmbito da reforma curricular do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina do UNIFESO –, envolvendo docentes, discentes e gestores institucionais.<br />

O produto final – organizado em termos <strong>de</strong> um ECCC – foi discutido e aprovado no colegiado do curso. Resultados:Asativida<strong>de</strong>s<br />

do ECCC se <strong>de</strong>senvolvem do 1º ao 12º período. As competências previstas para o final do curso são: (1) i<strong>de</strong>ntifica necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para investigação e elabora um esboço da introdução <strong>de</strong> um trabalho científico, com ênfase na promoção da saú<strong>de</strong>; (2) <strong>de</strong>senvolve<br />

análise da situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> um município, baseando-se no conceito ampliado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ênfase nos <strong>de</strong>terminantes do processo<br />

<strong>de</strong> adoecimento; (3) <strong>de</strong>senvolve e apresenta revisão sistemática da literatura científica na área da saú<strong>de</strong>, a partir <strong>de</strong> um dos temas da<br />

Agenda Nacional <strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Pesquisa em Saú<strong>de</strong>; e (4) elabora e <strong>de</strong>senvolve projeto <strong>de</strong> pesquisa clínica e (5)<strong>de</strong>senvolve o<br />

trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso. Conclusões: Após dois semestres <strong>de</strong> plena implantação, o ECCC é consi<strong>de</strong>rado um sucesso por<br />

docentes e estudantes, tendo produzido incremento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> na formação científica dos discentes do curso.<br />

175 Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ, Brasil.<br />

176 Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ, Brasil.; Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

177 Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ, Brasil; Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil..<br />

280<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Implantação do Projeto Paciente Simulado no Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Fortaleza: Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Giaxa, RRB178 Farias, MC177 Lima, DPA177 Fernan<strong>de</strong>s, VIR177 Sá, HLC177 Introdução: O curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza (UNIFOR) tem seu projeto pedagógico centrado no aluno como<br />

sujeito da aprendizagem, privilegiando a aprendizagem baseada em problemas. Partindo <strong>de</strong> uma dinâmica ação-reflexão-ação, o aluno<br />

vivencia novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> construção do conhecimento, agregando ao processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação e relação entre os pares. Para tanto, a utilização <strong>de</strong> pacientes simulados torna-se recurso metodológico<br />

fundamental nas práticas <strong>de</strong>senvolvidas em Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Médicas (LHM). Objetivos:Estetrabalhoéorelatodaexperiência<br />

construída ao longo <strong>de</strong> seis meses, com a implantação <strong>de</strong> um projeto institucional, vinculado à Vice-Reitoria <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Graduação<br />

para <strong>de</strong>senvolvimento e utilização <strong>de</strong> pacientes simulados em prática profissional no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, do<br />

curso <strong>de</strong> medicina da UNIFOR. Métodos: Em relatórios mensais foram registradas as ativida<strong>de</strong>s para treinamento e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos 12 (doze) bolsistas do projeto, além da aplicação <strong>de</strong> instrumentos para avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho dos atores e das práticas pelos professores<br />

e alunos. Resultados: Reuniões semanais para discussão e treinamento <strong>de</strong> roteiros, aulas <strong>de</strong> comunicação, relação médico-paciente,<br />

sinais e sintomas das doenças mais comuns, além das práticas em sala <strong>de</strong> aula e em contexto <strong>de</strong> avaliação (OSCE) foram algumas<br />

das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas no projeto. Os professores e alunos mostraram-se satisfeitos com a evolução dos atores, apontando a fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong><br />

das encenações e a verossimilhança com pacientes reais. Algumas dificulda<strong>de</strong>s foram encontradas no âmbito do treinamento<br />

e da operacionalização das práticas. Discussão: A inserção <strong>de</strong>sta estratégia pedagógica tem se mostrado efetiva para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competência na área clínica. Os gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios que sugerem a implantação <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong>ste porte tem sido<br />

instigantes e abrem possibilida<strong>de</strong>s para o aprofundamento <strong>de</strong> pesquisas sobre o impacto <strong>de</strong>sta prática no contexto da formação médica.<br />

A Visão Discente em Relação à Entrevista com o Paciente como Metodologia <strong>de</strong> Ensino<br />

Paulino, CCF 179<br />

Costa, JBR 178<br />

Chaves, GT 178<br />

Pereira, GAAM 178<br />

Silva, DFF 178<br />

Miranda, MPM 178<br />

Introdução: A entrevista médica representa importante habilida<strong>de</strong> clínica, sendo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse tanto para o estudante<br />

como para o profissional médico o domínio das técnicas necessárias para que ela seja realizada <strong>de</strong> maneira eficaz. Objetivo: Relatar a visão<br />

discente dos estudantes do 2º ano <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas em relação a entrevistas com pacientes discutidas<br />

nas aulas <strong>de</strong> Psicologia Médica. Método: Relato das experiências vividas pelos alunos na disciplina <strong>de</strong> Semiologia Integrada, em<br />

entrevistas abertas com os pacientes do Hospital Universitário abordando a psicologia individual <strong>de</strong> cada paciente. Os alunos elaboraram<br />

um relatório <strong>de</strong> suas entrevistas, dando atenção especial às reflexões do próprio paciente em relação a sua saú<strong>de</strong> e às reflexões sobre<br />

o impacto emocional do contato em si e no paciente. As experiências foram então discutidas nas aulas <strong>de</strong> Psicologia Médica, tendo também<br />

como base leituras indicadas pela professora da disciplina. Resultados: Os relatos mostraram uma íntima relação entre a doença e<br />

os fatores psicossociais dos pacientes, além do po<strong>de</strong>r que o médico possui <strong>de</strong> inibir o paciente caso não consiga <strong>de</strong>ixá-lo à vonta<strong>de</strong>.<br />

Alguns aspectos relatados pelos estudantes dificultaram o aprendizado na entrevista: constrangimento inicial do aluno, imaturida<strong>de</strong><br />

psicológica do aluno em relação ao paciente e disposição do paciente entrevistado. Porém, no <strong>de</strong>correr das entrevistas, esse quadro modificava-se,<br />

dando espaço à segurança do paciente em relação ao entrevistador. Houve satisfação tanto por parte dos pacientes como<br />

178 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

179 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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dos discentes ao término das entrevistas, pois a entrevista serviu <strong>de</strong> ajuda mútua. Arealização das entrevistas foi muito gratificante <strong>de</strong>vido<br />

à colaboração da maioria dos pacientes. Conclusão: A experiência da entrevista servirá como referência para os alunos nos seus<br />

próximos contatos com o paciente. Dessa forma, essa prática foi relevante para a formação médica por conseguir ampliar a visão dos<br />

discenteseprepará-losparaafuturaatuação.<br />

Avaliação dos Problemas dos Módulos <strong>de</strong> Imunopatologia e Relação Parasito-Hospe<strong>de</strong>iro<br />

na Aprendizagem Baseada em Problemas no 3º Semestre do Curso <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará<br />

Araújo, MNT180 Camara, LMC179 Freitas, MVC179 Valença Júnior, JT179 Chaves, C179 Frota, CC179 Introdução: Na metodologia da aprendizagem baseada em problemas a qualida<strong>de</strong> do Problema é um dos fatores <strong>de</strong> maior importância<br />

para que o Grupo tutorial seja bem sucedido. Objetivos: Avaliar os problemas (P) utilizados nos módulos <strong>de</strong> Imunopatologia<br />

e Relação parasito-hospe<strong>de</strong>iro Metodologia: um questionário com 10 itens foi aplicado após cada problema. Utilizando uma escala <strong>de</strong> 0<br />

a 4 (discordo completamente a concordo completamente) o aluno avaliou itens referentes aos 7 passos da metodologia, enumerou as<br />

horas <strong>de</strong> estudo individual, as fontes consultadas e <strong>de</strong>u uma nota ao problema. Resultados: no Módulo Imunopatologia, 6 problemas<br />

foram analisados e 6 GTs respon<strong>de</strong>ram ao questionário (mediana 43 alunos). No Módulo Relação parasito-hospe<strong>de</strong>iro, 10 problemas foram<br />

analisados e 5 GTs respon<strong>de</strong>ram ao questionário (mediana 43 alunos). Na análise, consi<strong>de</strong>ramos o coeficiente <strong>de</strong> variação (CV) <strong>de</strong><br />

cada item (<strong>de</strong>svio-padrão/média em %), separando-os em 4 categorias: baixo 30%.<br />

Os problemas do Módulo Imunopatologia apresentaram um maior número <strong>de</strong> itens com CV baixos e médios, enquanto no Módulo Relação<br />

parasito-hospe<strong>de</strong>iro, houve um maior número <strong>de</strong> itens cujo CV foi alto ou muito alto. No Módulo Imunopatologia, o P6 apresentou<br />

o melhor <strong>de</strong>sempenho (todos os itens com CV baixo) e a maior nota 8,9, e o P3 apresentou o pior <strong>de</strong>sempenho (itens com CV médio/alto)<br />

e a menor nota 8,2. Já no Módulo Relação parasito-hospe<strong>de</strong>iro, o perfil dos problemas foi ruim, pois 7/10 apresentaram itens<br />

com CV alto ou muito alto, com exceção do P10 que apresentou o melhor <strong>de</strong>sempenho (CV médios) e a maior nota 9,1. O item sobre as<br />

fontes consultadas o que apresentou os maiores CV. Conclusões: I<strong>de</strong>ntificamos os problemas que <strong>de</strong>vem ser reformulados, os pontos<br />

<strong>de</strong> maior heterogeneida<strong>de</strong> entre os GTs, e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estimular diferentes fontes <strong>de</strong> consulta.<br />

Implementação <strong>de</strong> Novo Mo<strong>de</strong>lo Curricular no Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Caxias do Sul<br />

Claus, SM 181<br />

Silva, ER 180<br />

Introdução: O Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caxias do Sul (UCS) encontra-se em fase <strong>de</strong> implementação do seu novo<br />

currículo e novas dificulda<strong>de</strong>s vêm se colocando neste processo. Objetivo: Discutir sumariamente a estrutura geral do novo currículo<br />

do curso <strong>de</strong> medicina da UCS, com suas dificulda<strong>de</strong>s e potencialida<strong>de</strong>s. Método: Descrição sumária do processo <strong>de</strong> implementação do<br />

novo currículo, assim como <strong>de</strong> seus princípios norteadores. Resultados: O Plano <strong>de</strong> Execução Curricular contempla o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ensino Médico (UEM) em três ciclos <strong>de</strong> estudos: a) Ciclo 1: estudos interdisciplinares gerais biomédicos e humanísticos;<br />

b) Ciclo 2: estudos interdisciplinares com verticalização nas áreas <strong>de</strong> medicina interna, clínica cirúrgica, pediatria, tocoginecologia e<br />

atenção primária à saú<strong>de</strong>; c) Ciclo 3: estudos interdisciplinares em regime <strong>de</strong> internato. Portanto, trata-se <strong>de</strong> uma estrutura curricular<br />

que se configura num <strong>de</strong>senvolvimento espiral, capaz <strong>de</strong> expor constantemente o aluno e o professor a todos os três ciclos, sem, no en-<br />

180 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

181 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, Brasil.<br />

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tanto, consi<strong>de</strong>rá-los somente como estratos superpostos. Em cada UEM são contempladas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> observação e/ou interação<br />

e/ou experimentação e/ou intervenção nos diferentes níveis <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong>. Prioriza-se o estudo preventivo, diagnóstico e terapêutico<br />

das doenças prevalentes na comunida<strong>de</strong> regional, e ao mesmo tempo, o conhecimento <strong>de</strong> temas/situações não prevalentes<br />

(quando integrados à situações-problema). Conclusões: É necessário que a interação entre professores e alunos seja ativa bilateralmente,<br />

e que os programas das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ensino Médico levem em consi<strong>de</strong>ração a interdisciplinarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida pelo diálogo<br />

constante entre todos os atores nos múltiplos cenários <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Preten<strong>de</strong>-se que a integralização curricular somente<br />

ocorra com a necessária articulação inter-UEMs e interciclos, na medida em que a compreensão e a intervenção na realida<strong>de</strong>, por parte<br />

do aluno e do professor, requererão o resgate <strong>de</strong> saberes/práticas já construídos/vivenciados para, não apenas repetí-los ou aplicá-los,<br />

mas reestruturá-los numa nova dimensão.<br />

Treinamento Curricular <strong>de</strong> Urgência e Emergência na Graduação Médica<br />

Gusmão, MM182 Menezes, MS181 Zimmermann, AD181 Jesuíno, PA181 Introdução: Doenças cardiovasculares e trauma são as principais causas <strong>de</strong> morte no Brasil e no mundo. Situações <strong>de</strong> urgência e<br />

emergência estão presentes nos diversas áreas e em todas as fases do ciclo biológico. Objetivo: Estabelecer no currículo programa que atenda<br />

à formação médica em urgência e emergência durante a graduação. Métodos: No 1º ano do curso componente curricular <strong>de</strong> Primeiros Socorros,<br />

com ênfase no suporte básico <strong>de</strong> vida. No 3º ano laboratório <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s (LH) em suturas e sondagem. No 4º ano LH <strong>de</strong> imobilização<br />

<strong>de</strong> fraturas e curso teórico-prático <strong>de</strong> 30 horas <strong>de</strong> temas <strong>de</strong> urgência e emergência. No 5º ano plantões semanais <strong>de</strong> 12 horas em hospital estadual<br />

<strong>de</strong> referência em trauma, que também envolve a triagem clínica, durante 6 meses, além <strong>de</strong> plantões em pediatria e obstetrícia durante os<br />

módulos correspon<strong>de</strong>ntes. No hospital <strong>de</strong> trauma os estudantes são incorporados às equipes <strong>de</strong> plantão, acompanhados pelo chefe <strong>de</strong> equipe<br />

<strong>de</strong> cada dia e Setor <strong>de</strong> RH do hospital e monitorados pela Coor<strong>de</strong>nação da Escola Médica (EM). Resultados: Algumas dificulda<strong>de</strong>s são frequentemente<br />

sinalizadas como: 1) Ausência <strong>de</strong> preceptoria contratada pela EM nos campos <strong>de</strong> estágio da emergência – dificultada pela dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> professores como assistentes no hospital e impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contratação das equipes <strong>de</strong> assistentes como professores;<br />

2) Falta <strong>de</strong> capacitação a<strong>de</strong>quada das equipes <strong>de</strong> médicas do hospital – dificulda<strong>de</strong> da EM interferir na capacitação e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> condutas<br />

no hospital; 3) Falta <strong>de</strong> acolhimento <strong>de</strong> alguns profissionais das equipes do hospital, que não se sentem compromissados com o ensino –<br />

falta <strong>de</strong> plano <strong>de</strong> carreira privilegiando o ensino nas unida<strong>de</strong>s públicas. Conclusões: Apesar das dificulda<strong>de</strong>s encontradas o treinamento no<br />

“mundo real” é importante para a formação médica. O risco <strong>de</strong> induzir ao conformismo ou <strong>de</strong>salento ou mesmo aprendizado ina<strong>de</strong>quado,<br />

po<strong>de</strong> ser minimizado com acompanhamento próximo dos estudantes.<br />

Abordagem da Saú<strong>de</strong> da População Negra na Graduação na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC<br />

Aletheia, RRS 183<br />

Silveira, AFMH 182<br />

Pfeiffer, ME 184<br />

Introdução: Um dos <strong>de</strong>safios do SUS é a promoção da equida<strong>de</strong> no serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Atualmente, os negros representam 45%<br />

da população brasileira e enfrentam barreiras <strong>de</strong> acesso a bens e serviços, relacionadas a processos <strong>de</strong> exclusão social. Suas condições <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> sofrem, portanto, efeitos negativos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> sua inserção social. De acordo com a Política Nacional Integral <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da População<br />

Negra, o ensino representa uma das ações centrais para efetivação da promoção da saú<strong>de</strong> a essa população. Ainserção da saú<strong>de</strong><br />

da população negra no currículo escolar representa uma medida importante superação das iniqüida<strong>de</strong>s. Objetivo:Estapesquisaobjetivou<br />

verificar se a saú<strong>de</strong> da população negra é abordada no currículo médico da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC e como é feita essa<br />

abordagem. Metodologia: Foi optado, como método, uma enquete com acadêmicos do curso <strong>de</strong> Medicina, do segundo ao sexto ano,<br />

182 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

183 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.<br />

184 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

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através <strong>de</strong> um questionário estruturado. Foram selecionadas variáveis relacionadas à percepção dos alunos sobre o tema, sua opinião<br />

sobre a forma como a faculda<strong>de</strong> aborda e a visibilida<strong>de</strong> dada às especificida<strong>de</strong>s, em saú<strong>de</strong>, da população negra. Os resultados obtidos<br />

foram apresentados, sob a forma <strong>de</strong> tabelas, em termos <strong>de</strong> suas freqüências absolutas e relativas. Resultados: Apenas, 3,9 % dos alunos<br />

entrevistados são negros, 83,5% dos alunos consi<strong>de</strong>ram importante a inclusão do quesito cor/raça nos prontuários dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

e 52,1% dos acadêmicos respon<strong>de</strong>ram que o tema não é abordado em sala <strong>de</strong> aula. É <strong>de</strong> ressaltar a abertura dos estudantes para essa<br />

discussão sobre a questão em pauta. Conclusões: A população negra tem especificida<strong>de</strong>s em relação à saú<strong>de</strong>. Sendo a FMABC uma<br />

instituição <strong>de</strong> ensino e pesquisa, voltada para a saú<strong>de</strong> e, em razão da abertura <strong>de</strong>monstrada por acadêmicos, se conclui da importância<br />

<strong>de</strong> constituir essa instituição em aliada na promoção à saú<strong>de</strong> da população negra.<br />

A Percepeção dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina Acerca da Inserção das Habilida<strong>de</strong>s<br />

Comunicação no Currículo da Formação Médica<br />

Ma<strong>de</strong>ira, IL 185<br />

Andra<strong>de</strong>, MA 184<br />

Giaxa, RRB 184<br />

Introdução: Diversas escolas médicas têm inserido em suas gra<strong>de</strong>s curriculares temas que objetivam o <strong>de</strong>senvolvimento precoce<br />

das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação entre docentes e acadêmicos, esses entre si e com os pacientes. Objetivo:Este estudo foi realizado<br />

junto aos estudantes do primeiro semestre do Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, entre fevereiro a junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, para<br />

verificação da percepção dos estudantes acerca da importância do <strong>de</strong>senvolvimento das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação - a partir das ativida<strong>de</strong>s<br />

curriculares do semestre - na formação médica. Métodos: Foi aplicado um questionário em 38 alunos do primeiro semestre ao<br />

final do período letivo. Acoleta dos dados foi seguida <strong>de</strong> uma análise qualitativa. Resultados: Observamos que <strong>de</strong>ntre todas as práticas<br />

realizadas para <strong>de</strong>senvolvimento das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação, a ativida<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rada mais proveitosa foi a simulação com pacientes-atores.<br />

Cerca <strong>de</strong> 50% dos alunos pu<strong>de</strong>ram perceber mudanças em suas relações interpessoais, e todos consi<strong>de</strong>raram que a inserção<br />

das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação foi importante para seu currículo <strong>de</strong> formação médica. Discussão: A partir da percepção dos alunos,<br />

a inserção das práticas em comunicação na gra<strong>de</strong> curricular do primeiro semestre do curso tem alcançado seu objetivo maior, o <strong>de</strong><br />

introdução e <strong>de</strong>senvolvimento da comunicação e da relação interpessoal entre acadêmicos <strong>de</strong> medicina, seus professores e<br />

pacientes-atores, contribuindo com o aprimoramento <strong>de</strong> uma competência relacional a ser empregada na prática médica.<br />

Observação do Impacto da Criação <strong>de</strong> Novos Espaços Curriculares na Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida<br />

Dos Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina<br />

Vasconcelos, FKB186 Melo, SD185 Me<strong>de</strong>iros, JGM185 Introdução: Anatureza estressante da formação médica e os aspectos psicodinâmicos do processo que conduzem à carreira médica<br />

são apontados, por alguns estudos, como fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes <strong>de</strong> distúrbios emocionais em estudantes <strong>de</strong> medicina. Estudos<br />

também <strong>de</strong>monstram que já no primeiro ano <strong>de</strong> curso, os alunos apresentam significativas mudanças nos seus hábitos para se adaptarem<br />

à escola médica. A fim <strong>de</strong> diminuir os anseios dos estudantes e buscar maior maturida<strong>de</strong> do profissional médico para enfrentar os<br />

conflitos emocionais da profissão, o currículo do Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, implantou os Módulos<br />

Horizontais B (MHB). Objetivos: Avaliar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong>ntro da organização curricular para <strong>de</strong>bates entre alunos<br />

e professores acerca dos anseios da formação médica, buscando maior qualida<strong>de</strong> física e mental dos estudantes <strong>de</strong> medicina. Métodos:<br />

São realizados encontros semanais, em cinco turmas, nos horários <strong>de</strong>stinados aos MHB. Para fomentar os <strong>de</strong>bates sobre as dificulda<strong>de</strong>s<br />

vivenciadas pelos estudantes e suas repercussões na formação médica, utilizam-se variadas metodologias didáticas: análise e preparação<br />

<strong>de</strong> materiais audiovisuais (ví<strong>de</strong>os, entrevistas), apresentação <strong>de</strong> seminários, simulações <strong>de</strong> situações-problemas e leituras textuais.<br />

185 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

186 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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Resultados: Nos <strong>de</strong>bates realizados nas turmas do primeiro ao quinto período, percebemos haver concordância geral acerca do caráter<br />

estressante do curso <strong>de</strong> medicina. Contudo, há maior somatização das angústias em alunos novatos. Dentre os sentimentos mais frequentemente<br />

relatados, observamos tristeza, insatisfação, sensação <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>silusão com os obstáculos do curso. Também é<br />

consenso que módulos estimuladores <strong>de</strong> discussões sobre estes temas, como o MHB, são extremamente importantes para superação<br />

<strong>de</strong>ssas dificulda<strong>de</strong>s. Conclusões: Ao observar o estado emocional dos alunos do quarto e quinto período, notamos neles uma maior<br />

adaptação ao estresse que nos calouros, o que nos leva a acreditar que as ativida<strong>de</strong>s promovidas pelos Módulos Horizontais B trazem<br />

mais conforto e bem-estar à vida dos acadêmicos.<br />

Desempenho dos Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina na Realização das Manobras Básicas <strong>de</strong><br />

Ressuscitação Cardiopulmonar Após 4 horas <strong>de</strong> Treinamento<br />

Gonzales, MM 187<br />

Patrus, M 186<br />

Geovanini, GR 186<br />

Pinto, MM 186<br />

Timerman, S 186<br />

Quilici, AP 186<br />

Introdução: Aproximadamente 250 mil mortes súbitas acontecem nos Estados Unidos por ano, número aproximado <strong>de</strong>ve<br />

acontecer no Brasil. A sobrevida tem aumentado na última década após programas <strong>de</strong> treinamento <strong>de</strong> pessoas leigas em ressuscitação<br />

cardiopulmonar Objetivos: Avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> acadêmicos <strong>de</strong> medicina do primeiro ano na realização das manobras básicas <strong>de</strong><br />

ressuscitação cardiopulmonar após treinamento prático <strong>de</strong> 4 horas. Material e Métodos: Foi realizado um treinamento em ressuscitação<br />

cardiopulmonar, baseado nas diretrizes internacionais <strong>de</strong> emergências cardiovasculares da American Heart Association para 106<br />

alunos <strong>de</strong> primeiro ano <strong>de</strong> medicina na disciplina <strong>de</strong> praticas Medicas I do Curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Anhembi Morumbi . O<br />

treinamento foi realizado em 4 horas dividido em duas secções com intervalo <strong>de</strong> 1 semana e utilizando manequins <strong>de</strong> suporte básico <strong>de</strong><br />

vida. Duas semanas após a última seção, foi realizada avaliação individual dos alunos a traves <strong>de</strong> check list.. Resultados: Foram treinados<br />

e avaliados 106 alunos e na avaliação realizada, 81% dos alunos verificaram a segurança do local, 90% avaliaram o nível <strong>de</strong> consciência<br />

do paciente, 86% solicitaram ajuda (solicitaram para ligar 192 e um DEA), 100 % realizaram abertura das vias aéreas, 99% realizaram<br />

2 ventilações <strong>de</strong> resgate, 100 % colocaram a<strong>de</strong>quadamente as mãos no tórax para realizar as compressões torácicas, 100 % realizaram<br />

ciclos <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> 30 compressões e duas ventilações e 69 % colocaram o paciente na posição <strong>de</strong> recuperação após o retorno a<br />

circulação. Conclusão: Treinamento <strong>de</strong> 4 horas foi efetivo para adquirir habilida<strong>de</strong>s na realização <strong>de</strong> manobras básicas <strong>de</strong> ressuscitação<br />

cardiopulmonar em acadêmicos <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> primeiro ano. Todos os alunos posicionaram a<strong>de</strong>quadamente as mãos no tórax do<br />

paciente e realizaram ciclos a<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> compressão ventilação (30:2) como preconizado pela diretriz.<br />

Utilização <strong>de</strong> Material Áudio-Visual para Aprimoramento <strong>de</strong> Técnicas <strong>de</strong> Entrevista Médica<br />

Almeida, MC188 Melo, SD187 Vasconcelos, FKB187 Souza, BL187 Me<strong>de</strong>iros, JGM187 Introdução: A entrevista médica representa uma importante habilida<strong>de</strong> clínica, sendo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse para os estudantes<br />

<strong>de</strong> medicina dominar as técnicas necessárias para realizá-la. Contudo, alguns aspectos dificultam o aprendizado, tais como: constrangimento<br />

natural do aluno iniciante, sua imaturida<strong>de</strong> psicológica e a falta <strong>de</strong> capacitação a<strong>de</strong>quada dos professores. Assim, <strong>de</strong>vido à importância<br />

<strong>de</strong>sses ensinamentos, buscamos um modo inovador <strong>de</strong> aprimorar as técnicas <strong>de</strong> entrevista dos estudantes <strong>de</strong> Medicina, atra-<br />

187 Universida<strong>de</strong> Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil.<br />

188 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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vés do ví<strong>de</strong>o. Objetivos: Avaliar o aprimoramento das técnicas <strong>de</strong> entrevista dos alunos do Módulo MHB-4, cuja temática é “o estudante<br />

<strong>de</strong> medicina e o paciente”, que se encontram no 2o ano da Graduação em Medicina, utilizando recursos audiovisuais. Métodos:Aexperiência<br />

foi realizada entre Novembro <strong>de</strong> 2008 a Abril <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba. Inicialmente proce<strong>de</strong>mos com a<br />

gravação em ví<strong>de</strong>o <strong>de</strong> uma entrevista médica, com a participação<strong>de</strong>umalunodoMóduloMHB-4e<strong>de</strong>umpacientedoHospitalUniversitário<br />

Lauro Wan<strong>de</strong>rley. Em seguida, o ví<strong>de</strong>o foi analisado pelo docente da disciplina e pelos monitores, e <strong>de</strong>pois exibido à turma do<br />

MHB-4 2008.2. Ao final, solicitamos aos alunos uma avaliação por escrito da ativida<strong>de</strong>. Resultados: Autilização do instrumento tornou<br />

o assunto mais atrativo e receptivo, além <strong>de</strong> proporcionar uma maior assimilação do tema. O ví<strong>de</strong>o permitiu pausar a entrevista e reiniciá-la<br />

diversas vezes, o que facilitou a fluência das discussões. Houve também maior concentração dos alunos, permitindo-os vivenciar<br />

melhor as sensações e percepções dos participantes da entrevista. Conclusões: A utilização do ví<strong>de</strong>o possibilitou o comentário da<br />

entrevista médica com um público maior e promoveu um melhor aprendizado dos alunos. Além <strong>de</strong> ser uma ativida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong> ser<br />

explorada em outros momentos. Desta forma, acreditamos que o objetivo foi atingido, permitindo aprimorar as técnicas <strong>de</strong> entrevista<br />

médica dos alunos do curso <strong>de</strong> medicina da UFPB.<br />

Sessão Interativa: Uma Nova Proposta <strong>de</strong> Ensino<br />

Rodrigues, SJP 189<br />

Passos Filho, AM 188<br />

Lima, ACL 188<br />

Introdução: Asessão interativa (SI) é uma estratégia <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>senvolvida pela docente Sarah Jane, responsável pela disciplina <strong>de</strong><br />

patologia geral do curso <strong>de</strong> medicina/UFRN, visando a participação ativa do aluno na construção do aprendizado. Aativida<strong>de</strong> consiste em<br />

um jogo que utiliza recursos audiovisuais avançados no Powerpoint (hiperlinks, músicas, disparadores e animações personalizadas) e baseia-se<br />

em questionamentos sobre temas <strong>de</strong> patologia, acoplando a isso idéias <strong>de</strong> jogos amplamente conhecidos (jogo da velha e imagem&ação).<br />

Os alunos estudam previamente os assuntos e elaboram questões que serão selecionadas pela professora. O “duelo” ocorre em<br />

sala <strong>de</strong> aula com a turma dividida em dois gran<strong>de</strong>s grupos, com direito a discussão para uma resposta <strong>de</strong> consenso. Após cada pergunta, segue-se<br />

explanação complementar ao tema. A SI é uma ativida<strong>de</strong> avaliativa e exibe forte a<strong>de</strong>são por parte dos discentes promovendo um<br />

aprendizado <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> uma maneira ousada, mas não menos resolutiva. Objetivos: Reconhecendo a importância e a originalida<strong>de</strong><br />

que a SI exibe <strong>de</strong>ntro do ensino da disciplina <strong>de</strong> patologia, <strong>de</strong>monstraremos como a mesma funciona e exporemos a visão da docente e dos<br />

discentes que já participaram <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong> reafirmá-la como um mo<strong>de</strong>lo eficiente <strong>de</strong> ensino, po<strong>de</strong>ndo ser aplicado em diferentes<br />

contextos e disciplinas. Métodos: Foram realizados uma entrevista com a professora com e um questionário “on-line” para os alunos com<br />

perguntas simples e objetivas. Montamos também uma pequena “preview” do que vem a ser a ativida<strong>de</strong>, para ser apresentada no congresso.<br />

Resultados: Cem alunos respon<strong>de</strong>ram ao questionário. A professora e 90% dos discentes afirmaram que a ativida<strong>de</strong> é uma aprendizagem<br />

válida e que mais ativida<strong>de</strong>s como esta <strong>de</strong>veriam existir ao longo do curso, em outros contextos. Conclusões: Aativida<strong>de</strong> é eficiente tanto na<br />

visão da docente quanto dos discentes, sendo, portanto, uma excelente alternativa <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> avaliação.<br />

A Contribuição da Psicologia Médica em um Digno Atendimento ao Paciente<br />

Oliveira, TS 190<br />

Amaral, AO 189<br />

Pereira, VL 189<br />

Gil, FSM 189<br />

Introdução: A psicologia médica (PM) constitui um meio para aprendizado <strong>de</strong> técnicas a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> abordagem ao paciente.<br />

AFaculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas (FM-UFAM) possibilita nas práticas <strong>de</strong>sta disciplina visitas semanais<br />

a pacientes das enfermarias do Hospital Universitário Getúlio Vargas, sob a orientação <strong>de</strong> psicólogos, on<strong>de</strong> há construção do saber sobre<br />

o mínimo que um médico po<strong>de</strong> fornecer ao seu paciente: um atendimento humanizado. Objetivo: Avaliar a disciplina <strong>de</strong> psicologia<br />

189 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil;<br />

190 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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médica como instrumento para humanização dos futuros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da FM-UFAM. Métodos: Foram aplicados questionários<br />

estruturados (fechado: sim ou não) em 30 alunos da FM-UFAM que cursaram a disciplina <strong>de</strong> psicologia médica no 1º semestre em<br />

<strong>2009</strong>. Utilizou-se o programa Microsoft Excel 2007® para armazenamento, processamento <strong>de</strong> dados e criação <strong>de</strong> gráficos. Os resultados<br />

obtidos foram submetidos à análise estatística e selecionadas variáveis <strong>de</strong> interesse. Resultados: A disciplina, na visão da maioria dos<br />

alunos (81%), contribuiu para se tornarem mais comprometidos com o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> humanização preconizado pelo SUS, sendo que <strong>de</strong>stes,<br />

uma minoria (12%) afirma não estar preparada para aplicar os ensinamentos da disciplina em sua futura atuação. Com relação à nova<br />

experiência <strong>de</strong> lidar com pacientes na graduação, o aluno se <strong>de</strong>para com dificulda<strong>de</strong>s, receios e/ou conflitos internos, atestado em boa<br />

parte dos entrevistados (67%). Deste grupo, 80% afirma que as práticas <strong>de</strong> psicologia ajudaram a elaborar seus questionamentos na relação<br />

médico-paciente. Conclusões: De acordo com os resultados obtidos, a disciplina contribuiu para a formação médica mais humanizada<br />

entre a maioria dos alunos da pesquisa, aten<strong>de</strong>ndo a <strong>de</strong>manda do SUS para formação <strong>de</strong> médicos engajados em ver o paciente<br />

como um todo, além do seu acometimento físico. Deve-se ainda ressaltar o valor da psicologia médica no auxílio à reflexão e elaboração<br />

<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s comuns do graduando em sua inserção na relação médico-paciente.<br />

Ligas Acadêmicas: Por Quê? Para Que? Para Quem?<br />

Caheté, LRC 191<br />

Carvalho, GM 190<br />

Pereira, RS 190<br />

Introdução: As escolas médicas se encontram em processo <strong>de</strong> transição curricular prezando por um médico mais generalista,<br />

crítico e socialmente referenciado. Alguns entraves, porém, <strong>de</strong>stacam-se nessa transição: aulas teóricas e práticas <strong>de</strong>ficientes e a não<br />

abordagem <strong>de</strong> assuntos específicos. Assim “currículos paralelos” como as Ligas Acadêmicas (LA) vêm aumentando, po<strong>de</strong>ndo acarretar<br />

conseqüências negativas na formação discente: o não-protagonismo estudantil e a idéia da especialização precoce, contrapondo-se<br />

as novas diretrizes curriculares. As LA po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>sempenhar um importante papel no âmbito social, ampliando-se a prática<br />

médica, envolvendo além dos aspectos biológicos, psicossociais, culturais e ambientais. Objetivos: compreen<strong>de</strong>r a formação e o funcionamento<br />

das LA do Estado <strong>de</strong> Pernambuco rediscutindo e possivelmente ampliando seu conceito. Métodos: Utilizou-se abordagem<br />

metodológica indutiva, procedimento <strong>de</strong>scritivo e reflexivo. Foram entrevistadas 12 das 18 ligas existentes das universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>ral e<br />

estadual <strong>de</strong> Pernambuco. Foi aplicado um questionário com 13 itens subjetivos, analisando qualitativamente os dados obtidos que<br />

abordavam: processo seletivo, objetivos, funcionalida<strong>de</strong>, sustentabilida<strong>de</strong> financeira, ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas, compromisso social<br />

das LA. Resultados: a maioria das LA <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s que não estão <strong>de</strong> acordo com as necessida<strong>de</strong>s sociais; apenas duas LA<br />

apresentavam caráter multidisciplinar; <strong>de</strong>ntre os motivos para a participação nas LA <strong>de</strong>staca-se: suprir as falhas curriculares das escolas<br />

médicas e a pretensão <strong>de</strong> atuar futuramente em <strong>de</strong>terminada área da medicina; gran<strong>de</strong> parte das LAé reconhecida legalmente <strong>de</strong>vido<br />

à associação com o diretório acadêmico <strong>de</strong> alguma universida<strong>de</strong> do estado, entretanto, uma minoria mantém contato ou exerce ativida<strong>de</strong>s<br />

em conjunto com o mesmo; quanto ao processo seletivo,constata-se uma crescente escolha pela prova objetiva em uma única<br />

etapa. Conclusões: para que a proliferação das LA não aconteça sem critérios e não venham a cumprir os seus reais objetivos, <strong>de</strong>ve<br />

haver um maior controle por parte dos diretórios acadêmicos e das universida<strong>de</strong>s sobre as mesmas.<br />

Integração Ensino-Serviço: os Percalços Pedagógicos <strong>de</strong> um Módulo Temático do Curso<br />

Médico da UFPE<br />

Leão, LMS 192<br />

Introdução: No caminho da reforma curricular, o plano político pedagógico do curso médico da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco<br />

(UFPE) é enfático ao afirmar a importância <strong>de</strong> um currículo que contemple um campo <strong>de</strong> práticas diversificado que congregue<br />

as ações e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do SUS, assim como aqueles disponíveis em organizações e movimentos sociais. Objetivos: Apresentar<br />

o processo pedagógico construído ao longo <strong>de</strong> dois anos do módulo intitulado Fundamentos da Atenção Básica II, oferecido no 4º<br />

191 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

192 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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período do curso médico da UFPE, consi<strong>de</strong>rando o cenário político-i<strong>de</strong>ológico da implementação <strong>de</strong> um novo currículo. Métodos:<br />

Avaliação do módulo realizada pelos estudantes durante quatro semestres; análise das atas das reuniões <strong>de</strong> monitoria e a participação<br />

do Núcleo Pedagógico Estruturador (Nuped) - espaço <strong>de</strong> discussão entre a gestão, os docentes e os discentes, criado pela nova coor<strong>de</strong>naçãodocursomédico.Resultados<br />

e Discussão: A abordagem sobre os segmentos sociais vulneráveis, como saú<strong>de</strong> da população negra<br />

e das pessoas acometidas pela hanseníase foi avaliada positivamente pelos estudantes; a sub-divisão dos grupos responsáveis por<br />

práticas e temas específicos foi questionada pela restrição do aprendizado; a bibliografia e a realização das resenhas, ora foi relatado<br />

como uma iniciativa importante, ora como cansativa e trabalhosa. As ativida<strong>de</strong>s práticas foram consi<strong>de</strong>radas bem organizadas e responsáveis,<br />

para alguns, pela ressignificação da realida<strong>de</strong> investigada. A minhas inserções nos encontros institucionais, por sua vez, foram<br />

fundamentais para a reflexão <strong>de</strong> cada passo adotado e revisto no módulo. Conclusões: O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um módulo que sublinha<br />

os <strong>de</strong>terminantes sociais da saú<strong>de</strong> e que imprime força à vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> segmentos marginalizados representa um gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>safio em um curso marcado pelo saber biomédico. Assim, atrelar um <strong>de</strong>bate contra-hegemônico a uma metodologia que contempla o<br />

trabalho das organizações sociais, necessita <strong>de</strong> discussão e continuida<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong> fomentar uma formação mais crítica, cidadã e integral.<br />

Implantação <strong>de</strong> um Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Médicas em Pediatria e<br />

Ginecologia/Obstetrícia na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará<br />

Costa, TFDA 193<br />

Sarmanho. MF 193<br />

Damasceno, ACA 193<br />

Rossy, MCNB 193<br />

Rodrigues, MPCR 193<br />

Gonçalves, ACG 193<br />

Introdução: Aformação médica <strong>de</strong>manda sólido domínio <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s clínicas fundamentais, como diálogo com o paciente,<br />

exame físico, raciocínio clínico e escolha <strong>de</strong> medidas diagnósticas e terapêuticas. Aproficiência nessas habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do a<strong>de</strong>quado<br />

aprendizado e da prática reiterada, as quais envolvem a participação <strong>de</strong> pessoas, sejam elas pacientes ou voluntários saudáveis, ou<br />

então objetos e manequins que simulam a situação <strong>de</strong>sejada para <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong> a ser aprendida.Objetivo: Relatar a<br />

implantação <strong>de</strong> um laboratório <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s médicas em pediatria e ginecologia e obstetrícia, na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Pará. Métodos: As ativida<strong>de</strong>s iniciaram em junho <strong>de</strong> 2008, a princípio foi realizada uma oficina <strong>de</strong> capacitação docente<br />

sobre a utilização <strong>de</strong>ste cenário <strong>de</strong> prática e formas <strong>de</strong> avaliação. O treinamento é ofertado aos discentes das disciplinas Saú<strong>de</strong> da Mulher<br />

e da Criança I e II (Pediatria) e Saú<strong>de</strong> da Mulher I e II (Ginecologia e Obstetrícia), diariamente, nos turnos da manhã e tar<strong>de</strong>. No período<br />

<strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2008 a junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong> foram treinados e avaliados cerca <strong>de</strong> 160 alunos <strong>de</strong> pediatria e 160 alunos <strong>de</strong> ginecologia e obstetrícia.<br />

Resultados: Após um ano <strong>de</strong> implantação do laboratório <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s, percebe-se a importância <strong>de</strong>ste espaço no treinamento<br />

prático dos estudantes <strong>de</strong> graduação, para o <strong>de</strong>senvolvimento das competências médicas. Conclusão: Os avanços no ensino-aprendizagem<br />

requerem que o estudante protagonize seu aprendizado <strong>de</strong> forma autônoma, com capacida<strong>de</strong> analítica, habilida<strong>de</strong> para o<br />

trabalho em equipe, possibilitando o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> práticas clínicas durante a graduação e posterior <strong>de</strong>sempenho profissional<br />

a<strong>de</strong>quado. Nesse sentido o laboratório <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s vem se mostrando uma importante alternativa metodológica.<br />

193 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

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TEMA: CENÁRIOS DE PRÁTICA E INTEGRAÇÃO À REDE<br />

DE SERVIÇOS DE SAÚDE<br />

Escola Promotora <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: do Sonho à Realida<strong>de</strong><br />

Souza, GLPC1 Bremgartner, HLC1 Ribeiro, JPM1 Ferro, JSR1 Amorim, JLA1 Pinto Junior, FEL1 Introdução: Aescola promotora <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é uma proposta inovadora <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>, que visa efetivar ações em um trabalho<br />

interdisciplinar voltado para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> condutas e atitu<strong>de</strong>s dirigidas para a prática da saú<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong> escolar.<br />

Neste contexto, através da disciplina PAAB (programa <strong>de</strong> aprendizagem em atenção básica) foi possível realizar intervenções, avaliando-se<br />

o IMC e a acuida<strong>de</strong> visual dos alunos da escola Prof. José Augusto Nunes, da re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> Parnamirim/RN. Objetivo: I<strong>de</strong>ntificar<br />

e prevenir os riscos que afetam o processo <strong>de</strong> aprendizagem da criança no ambiente escolar, especificamente problemas visuais e<br />

distúrbios <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m alimentar e/ou metabólica. Método: Os alunos foram submetidos à pesagem e medição <strong>de</strong> altura para o cálculo do<br />

índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC), em seguida, passaram pelo teste da “Escala <strong>de</strong> SNELLEN” para avaliação visual. Os dados foram compilados<br />

em uma tabela e uma análise estatística <strong>de</strong>scritiva foi realizada. O critério <strong>de</strong> exclusão adotado foi o <strong>de</strong>sconhecimento do alfabeto.<br />

Resultados: Foram avaliados 66 alunos do 4º e 5º ano do fundamental, sendo 65,2% do sexo masculino. Com relação aos escolares do<br />

4º ano, dos 31 alunos apenas 01 apresentou sobrepeso - num universo <strong>de</strong> crianças com ida<strong>de</strong> entre 09 a 12 anos - e o teste <strong>de</strong> acuida<strong>de</strong>,<br />

20% apresentaram dificulda<strong>de</strong> visual. Já no 5º ano, 11,4% estavam com sobrepeso e 8,57% apresentaram obesida<strong>de</strong>. Tratando-se da acuida<strong>de</strong>,<br />

17,14% não apresentaram boa visão. Conclusão: A ativida<strong>de</strong> da escola promotora <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> foi satisfatória para o grupo, pois foi<br />

um trabalho que visou não somente a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>ntro da escola, mas também estimulou a relação médico-paciente entre os<br />

acadêmicos, <strong>de</strong>notando a importância prepon<strong>de</strong>rante da humanização na formação <strong>de</strong>stes futuros médicos.<br />

Um Hiperdia – Avaliação das Gestantes na UBS<br />

Pinto Junior, FEL 2<br />

Brito, GPBM 2<br />

Amorim, JLA 2<br />

Ribeiro, JPM 2<br />

Ferro, JSR 2<br />

Introdução:O Hiperdia é um sistema informatizado do SUS que permite o cadastramento e acompanhamento <strong>de</strong> portadores <strong>de</strong> Hipertensão<br />

Arterial e/ou Diabetes Mellitus nas Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>(UBS). Conforme a conveniência, muitas Equipes do Programa <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) <strong>de</strong>senvolvem grupos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s com os pacientes do referido sistema, nos quais são tratados assuntos úteis aos integrantes,principalmente<br />

no que diz respeito a prevenção e promoção a saú<strong>de</strong>. Nesse Contexto, os acadêmicos do segundo período do Curso<br />

<strong>de</strong> Medicina, através da Disciplina Programa <strong>de</strong> Aprendizagem em Atenção Básica (PAAB), tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participar <strong>de</strong> um<br />

verda<strong>de</strong>iro Hiperdia com as gestantes da UBS do Jóquei Clube no Município <strong>de</strong> Parnamirim-RN. Objetivo: Intervir <strong>de</strong> maneira positiva no<br />

grupo, buscando <strong>de</strong>smistificar velhos tabus sobre o binômio Hipertensão-Diabetes, bem como enfocar a importância dos cuidados preventivos.<br />

Método: Os alunos apresentaram peça teatral e palestras sobre temas como: diabete gestacional, hipertensão juvenil, hipertensão gestacional,<br />

a importância do acompanhamento pré-natal e planejamento familiar. Além disso, as pessoas presentes passaram por teste <strong>de</strong> glicemia<br />

capilar (HGT), e aferição da P.A(pressão arterial). Resultados: As gestantes tinham faixa etária <strong>de</strong> 15 a 34 anos, ida<strong>de</strong> gestacional entre 2 e<br />

1 Universida<strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil.<br />

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8 meses, P.A. entre 90x60 e 120x80 mmhg e HGT entre 80 e 138 mg/dl. Dentre elas haviam históricos <strong>de</strong> diabetes na família. As participantes<br />

do encontro voltaram satisfeitas para suas casa e dispostas a seguir as recomendações recebidas. Conclusão: Ao mesmo tempo em que era feito<br />

um trabalho <strong>de</strong> esclarecimento e conscientização com as futuras mães, os estudantes <strong>de</strong> medicina eram beneficiados, não apenas com seu<br />

estudo prévio antes do encontro, mas também com a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolverem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer um diálogo com o paciente,<br />

permitindo assim, uma melhor relação médico-paciente.<br />

Praticando Saú<strong>de</strong> Coletiva na Graduação: a Voz <strong>de</strong> Alunos do Ensino Fundamental da<br />

Re<strong>de</strong> Pública <strong>de</strong> Campinas sobre Gravi<strong>de</strong>z na Adolescência e Sexualida<strong>de</strong><br />

Godinho, IA 3<br />

Bastos, SCR 3<br />

Chaim, FHM 3<br />

Ferreira, RR 3<br />

Massuda, A 4<br />

Pinheiro, FG 3<br />

Introdução: Relata-se experiência <strong>de</strong> Educação em Saú<strong>de</strong> sobre “Gravi<strong>de</strong>z na adolescência e Sexualida<strong>de</strong>”, realizada por estudantes<br />

do primeiro ano <strong>de</strong> medicina, em disciplina do DMPS/FCM/UNICAMP. Na disciplina, aborda-se teorias sobre Saú<strong>de</strong> Coletiva<br />

Ampliada e Compartilhada, Atenção Básica e SUS; e realizam-se práticas <strong>de</strong> territorialização, reconhecimento <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<br />

organização dos Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (CS), bem como projetos <strong>de</strong> intervenção compartilhados sobre temas i<strong>de</strong>ntificados como relevantes.<br />

Objetivos: Aativida<strong>de</strong> visou co-construir autonomia nos jovens e aproximar CS e Escola para abordagem da questão. Métodos: Oprojeto<br />

partiu da <strong>de</strong>manda da diretora da Escola Municipal Odila Maia Rocha Brito, localizada na área do CS São Domingos, sendo elaborado<br />

por estudantes <strong>de</strong> medicina, com participação <strong>de</strong> profissionais do CS e da Escola. Foram realizados seis encontros, nos quais se trabalhou<br />

com dinâmicas <strong>de</strong> grupo buscando valorizar a escuta, fortalecer o vinculo e diminuir o constrangimento entre os envolvidos.<br />

Além disso, realizaram-se palestras e <strong>de</strong>bates sobre métodos contraceptivos e DST, gravi<strong>de</strong>z na adolescência, projetos <strong>de</strong> vida, homossexualismo,<br />

respeito e reconhecimento do próprio corpo. Resultados: Participaram 45 alunos, entre 13 e 17 anos, da oitava série. Verificou-se<br />

gran<strong>de</strong> interesse dos jovens no assunto, apesar da maioria referir não haver iniciado vida sexual. Relataram ainda acreditar que<br />

gravi<strong>de</strong>z na adolescência é um transtorno, <strong>de</strong>vendo existir um momento correto para se ter filho. Por outro lado, <strong>de</strong>monstraram dificulda<strong>de</strong><br />

quanto ao conhecimento do próprio corpo e dos métodos <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> doenças e gravi<strong>de</strong>z. Conclusão: Os achados diferem da<br />

visão prévia da Escola e do CS, o que po<strong>de</strong> ser atribuído à dificulda<strong>de</strong> que ambos tem para abordar o tema com os adolescentes. Por<br />

outro lado, o vínculo estabelecido foi consi<strong>de</strong>rado fundamental para criar condições <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong> para troca <strong>de</strong> informações sobre<br />

um tema que ainda é um tabu e que precisa ser tratado intersetorialmente.<br />

Aprendizagem sobre a Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida do Idoso Institucionalizado<br />

Ikuno, MRM 5<br />

Tamai, LMB 5<br />

Cândido, DES 5<br />

Castilho, ECD 5<br />

Bonifácio, L.A 5<br />

Higa, EFR 5<br />

Introdução: Nos dois primeiros anos <strong>de</strong> graduação <strong>de</strong>senvolvemos ativida<strong>de</strong>s na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção básica na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

da Família Vila Hípica em Marília, responsável pelos moradores do asilo Casa do Caminho, motivando-nos ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta<br />

pesquisa. Segundo IBGE, os idosos no Brasil representam aproximadamente 10% da população. Des<strong>de</strong> 2003, o Estatuto do Idoso preconiza<br />

que a institucionalização adote tais princípios: preservação dos vínculos familiares; atendimento personalizado e em pequenos<br />

3 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

5 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

290<br />

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grupos; manutenção se possível na mesma instituição; participação nas ativida<strong>de</strong>s comunitárias; observância dos direitos e garantias;<br />

preservação da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e oferecimento <strong>de</strong> ambiente digno e respeitoso. A qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (QV) está também relacionada à felicida<strong>de</strong>,<br />

saú<strong>de</strong>, moradia, educação, lazer, liberda<strong>de</strong> e auto-estima. Objetivos: caracterizar o idoso da Casa do Caminho; i<strong>de</strong>ntificar fatores<br />

que interferem na QV segundo sua visão; <strong>de</strong>screver suas ativida<strong>de</strong>s cotidianas. Metodologia: pesquisa exploratória e <strong>de</strong>scritiva que<br />

conduz ao aprofundamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada realida<strong>de</strong>. Projeto autorizado pelo diretor do asilo e pelo Conselho <strong>de</strong> Ética em Pesquisa da<br />

FAMEMA. Amostra <strong>de</strong> 40 pessoas. Dados coletados com questionário fundamentado no WHOQOL-100 (OMS, 1998). Resultados: foram<br />

excluídos 28 institucionalizados: um recusou-se a participar; nove possuem ida<strong>de</strong> inferior a 60 anos; <strong>de</strong>zesseis possuem distúrbios<br />

neuropsiquiátricos. A maioria dos participantes não apresenta limitações nas ativida<strong>de</strong>s cotidianas, consegue vestir-se, <strong>de</strong>ambular-se,<br />

ir ao banheiro e banhar-se sozinho; ninguém requer ajuda para se alimentar; 83,3% não são responsáveis pela medicação; 58,3% estão<br />

satisfeitos com sua vida sexual e 41,7% não possuem dinheiro suficiente para suas necessida<strong>de</strong>s. Quanto ao lazer: conversar com amigos<br />

e assistir à TV foram citadas por 50%; ativida<strong>de</strong>s raramente realizadas são artesanato, jogos e leitura.Conclusão: apesar dos fatores<br />

biológicos influenciarem na QV, os idosos apontaram que os fatores psicossociais são igualmente relevantes à sua QV. A principal<br />

aprendizagem refere-se à importância da assistência multidisciplinar e biopsicossocial ao idoso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a graduação.<br />

A Vivência na Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na Formação Médica<br />

Lisboa, RP 6<br />

Freitas, ACP 6<br />

Campos, JS 6<br />

Introdução: Aformação dos profissionais médicos <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> vigente no país, a atenção integral à saú<strong>de</strong><br />

em um sistema regionalizado e hierarquizado com referência e contra-referência e o trabalho em equipe multidisciplinar. O ISEC<br />

(Integração, Serviço, Ensino e Comunida<strong>de</strong>) tem como objetivo proporcionar ao estudante <strong>de</strong> medicina a vivência no programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

da família, inserindo o estudante numa unida<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, proporcionando vivências em situações variadas <strong>de</strong> atendimento<br />

ambulatorial e domiciliar e em grupos comunitários. Aexperiência permite viver a realida<strong>de</strong> do que é visto na exposição teórica. Objetivos:<br />

Analisar as experiências vividas durante as visitas supervisionadas pelos médicos do Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família durante as<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas no módulo ISEC – organizadas pelos professores/orientadores. Métodos: Os alunos são capacitados na Faculda<strong>de</strong><br />

Christus com aulas ministradas sobre os princípio e diretrizes do SUS, o funcionamento da unida<strong>de</strong> básica e do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

comunicação, ética e humanização na relação paciente/médico, entre outros temas. Foram também ministradas aulas teóricas sobre<br />

as doenças mais prevalentes, intercaladas com visitas à unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. As ativida<strong>de</strong>s são acompanhadas por registro no Ca<strong>de</strong>rno<br />

ISEC e avaliadas em reunião com participação dos alunos e orientadores. Resultados: A vivência proporcionou aos alunos o conhecimento<br />

das diferentes necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população nos seus respectivos territórios, bem como do uso das informações e modo<br />

<strong>de</strong> agir para a solução <strong>de</strong>sses problemas. Permitiu a percepção sobre a conquista da confiança a partir do respeito e da comunicação<br />

apropriada, e também a satisfação do sentimento <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social. Conclusões: Essa ativida<strong>de</strong> é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

importância para a formação universitária dos profissionais envolvidos em melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e a saú<strong>de</strong> das pessoas,<br />

tornando-os mais próximos da comunida<strong>de</strong> assistida, sobretudo em relação ao esclarecimento sobre atitu<strong>de</strong>s promotoras <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Percepção Discente sobre a Interação Comunitária no Currículo Integrado do Curso <strong>de</strong><br />

Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina<br />

Paulino, RM 7<br />

Cutolo, LRA 7<br />

Introdução: De acordo com as diretrizes curriculares nacionais do curso <strong>de</strong> Medicina homologadas em 2001, o perfil do profissional<br />

médico formado pelas escolas brasileiras iniciou a ser modificado. Com a implementação do currículo integrado, a UFSC trocou a<br />

velha estrutura disciplinar por módulos e introduziu um novo cenário <strong>de</strong> prática como eixo integrador, a Interação Comunitária. Obje-<br />

6 Faculda<strong>de</strong> Christus, Fortaleza, CE, Brasil<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.<br />

291<br />

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tivos: Verificar a percepção discente sobre o processo <strong>de</strong> reforma curricular, <strong>de</strong>terminar a idéia individual sobre comunida<strong>de</strong>, averiguar<br />

a importância dada à IC bem como o papel da mesma na formação médica e quais mudanças po<strong>de</strong>m ser observadas no futuro médico a<br />

ser formado. Métodos: Aabordagem foi realizada através <strong>de</strong> entrevista semi-estruturada com análise do conteúdo <strong>de</strong> fala dos sujeitos,<br />

caracterizando uma pesquisa.qualitativa. Resultados: Em posse dos dados obtidos, verificou-se que todos os estudantes entrevistados<br />

reconhecem a IC como um importante instrumento em uma formação mais completa, contudo a idéia que cada um tem sobre comunida<strong>de</strong><br />

reflete um Estilo <strong>de</strong> Pensamento <strong>de</strong>ntro dos mol<strong>de</strong>s positivistas, que compõem a formação do paradigma flexneriano que <strong>de</strong>veria<br />

ser superado com a reforma. Conclusões: A postura do profissional médico a ser formado por essa Universida<strong>de</strong> já apresenta elementos<br />

consi<strong>de</strong>rados inovadores e as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> registro explicitam que alguns aspectos já foram agregados à fala dos estudantes. O paradigma<br />

da integralida<strong>de</strong>, porém, ainda não foi alcançado e somente com o entendimento dos sujeitos participantes como agentes<br />

transformadores da realida<strong>de</strong>, o que implicaria compromisso com uma avaliação permanente do processo <strong>de</strong> mudança, é que se<br />

po<strong>de</strong>rá pensar em uma modificação realmente profunda que altere não apenas a matriz curricular, mas todo o pensamento hegemônico<br />

que insiste em continuar.<br />

Inserção na Realida<strong>de</strong> Social e Interdisciplinarida<strong>de</strong> - Alicerces do Ensino Médico<br />

Pereira, FA 8<br />

Dias, TL 9<br />

Paiva, SP 8<br />

Farah, BF 8<br />

Introdução: O Programa Integrador (P.I.) constitui um dos pilares da educação médica na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da<br />

Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora. Criado em parceria com a Prefeitura <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, tem como alvo ampliar o conhecimento dos alunos sobre a<br />

realida<strong>de</strong> social, integrando-os, precocemente, em comunida<strong>de</strong>s atendidas pelo Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) com o foco na Atenção<br />

Primária em Saú<strong>de</strong>. Objetivos: Ressaltar a importância da inserção do aluno na realida<strong>de</strong> social e da interdisciplinarida<strong>de</strong> na formação<br />

médica. Métodos: O P.I. tem início no segundo período e envolve os cursos <strong>de</strong> Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Odontologia e Farmácia.<br />

No <strong>de</strong>correr dos seus cincos semestres letivos os alunos são organizados em grupos interdisciplinares e inseridos em contextos<br />

reais <strong>de</strong> aprendizagem teórica e prática. Durante esse período os alunos tem contato com uma comunida<strong>de</strong>, com o funcionamento do<br />

SUS e através <strong>de</strong> ferramentas como o ecomapa e o genograma fazem diagnósticos sociais <strong>de</strong> famílias locais. Adquirem conhecimento<br />

teórico e prático sobre as vigilâncias em saú<strong>de</strong>, ambiental e epi<strong>de</strong>miológica, e sobre planejamento estratégico situacional. A interdisciplinarida<strong>de</strong><br />

do P.I. se estabelece <strong>de</strong> forma constante durante sua realização aten<strong>de</strong>ndo plenamente novas tendências no âmbito do ensino<br />

médico. Resultados: Graças à interdisciplinarida<strong>de</strong> e à inserção precoce na realida<strong>de</strong> social os alunos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ínico do curso, compreen<strong>de</strong>m<br />

a importância da abordagem multiprofissional do paciente, além <strong>de</strong> conhecerem, na prática, o funcionamento do SUS. Conclusão:<br />

Conclui-se que com o P.I. há <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um apurado senso crítico da realida<strong>de</strong> social aliado à valorização <strong>de</strong><br />

profissionais da saú<strong>de</strong> não-médicos, fundamentais para a formação <strong>de</strong> um médico consciente, com sua visão ampliada sobre o processo<br />

saú<strong>de</strong>-doença e capaz <strong>de</strong> atuar plenamente em quaisquer áreas da medicina, <strong>de</strong> maneira integrada com uma equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

multidisciplinar.<br />

8 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

9 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

292<br />

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Impacto Humanizador da Interação Estudantes-Trabalhadores no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> DIC<br />

III, no Município <strong>de</strong> Campinas/SP<br />

Maia, FHA 10<br />

Marçal, CRM 11<br />

Introdução:Ainteração entre os estudantes do 5º ano <strong>de</strong> medicina e os trabalhadores do centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> DIC III acontece <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2005. Esse processo ocorre por 10 dias úteis, que totalizam 40 horas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s. Nesse processo, <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, o trabalhador<br />

da saú<strong>de</strong> é incentivado em seu papel formador, enquanto o estudante é incentivado como protagonista nesse processo, sendo o serviço<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e sua área <strong>de</strong> abrangência o principal espaço da aprendizagem. Geralmente, é apresentado um “caso” do centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

e é solicitado aos estudantes a elaboração <strong>de</strong> um Projeto Terapêutico Singular (PTS) em parceria com os trabalhadores. Resultados e<br />

Conclusões Objetivos: Avaliar o potencial humanizador da interação, tanto na formação dos estudantes, quanto na “transformação”<br />

da prática dos trabalhadores do centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Métodos:Análise do <strong>de</strong>poimento dos trabalhadores e dos estudantes, avaliando a interação,<br />

e seus efeitos gerados, após o contato nesse módulo. Resultados: Ainteração acadêmicos/trabalhadores é complexa, po<strong>de</strong>ndo<br />

resultar em conflito, ou em verda<strong>de</strong>iras alianças. Quando a interação é positiva, as discussões e problematizações ocorridas servem tanto<br />

para a humanização da formação, pois os acadêmicos têm contato com o trabalho em equipe, e vivenciam aspectos da clínica ampliada<br />

e da intersetorialida<strong>de</strong>, quanto para a humanização do trabalho da equipe, visto que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia mudanças no processo <strong>de</strong> trabalho,<br />

mudando a forma que a equipe enxerga os casos, e como interage com a população. Quando geram conflitos, evi<strong>de</strong>nciam ainda os<br />

limites do trabalhador do SUS enquanto formador, e da formação acadêmica extra-muros da universida<strong>de</strong>. Conclusões: Ainserçãodos<br />

estudantes <strong>de</strong> graduação do 5º ano <strong>de</strong> medicina em centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campinas <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia uma série <strong>de</strong> mudanças, conflituosas e<br />

reveladoras para os estudantes e para os trabalhadores que os recebem. Nesse sentido, é fundamental ampliar esse tipo <strong>de</strong> estratégia,<br />

possibilitando maior impacto na formação.<br />

Percepção dos Estudantes sobre a Vivência em um Projeto <strong>de</strong> Extensão em uma Colônia<br />

para Hansenianos<br />

Costa, DM12 Balestrêro, MHS12 Nery, LL12 Mercier, ALF12 Teodoro, HCT12 Ma<strong>de</strong>ira, ES12 Introdução: A educação médica <strong>de</strong>ve favorecer o <strong>de</strong>senvolvimento do aluno em cenários diversificados e ativida<strong>de</strong>s complementares,<br />

como projetos <strong>de</strong> extensão, propiciam situações privilegiadas para a aprendizagem, por serem voluntários e expressarem o<br />

<strong>de</strong>sejo dos alunos em <strong>de</strong>senvolverem essas ativida<strong>de</strong>s. Objetivo: Relatar processo ensino-aprendizagem percebido por estudantes do<br />

projeto <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong>senvolvido na Colônia Pedro Fontes, Cariacica/ES, antigamente <strong>de</strong>stinada ao isolamento <strong>de</strong> portadores <strong>de</strong> hanseníase.<br />

Metodologia: Visitas bimestrais à Colônia, quando estudantes distribuídos em equipes multidisciplinares realizam tarefas comuns<br />

com uma visão integral do paciente, como diagnóstico situacional, oficinas artesanais, exibição <strong>de</strong> filmes, visitas domiciliares e<br />

palestras educativas. Desenvolvem também, segundo o curso e período, tarefas específicas <strong>de</strong> sua futura categoria profissional, como<br />

consultas médicas, cuidados ao pacientes nas enfermarias e elaboração <strong>de</strong> plano <strong>de</strong> cuidados. Todas sob supervisão docente. Posteriormente,<br />

os estudantes refletem sobre a experiência, i<strong>de</strong>ntificam aspectos positivos e negativos e fazem sugestões para a melhoria da<br />

atenção prestada à comunida<strong>de</strong>, consolidando o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Resultados: Foi propiciada aproximação com a realida<strong>de</strong><br />

do exercício da medicina, o contato com uma prática humanizadora e com o trabalho em equipe, além <strong>de</strong> significar o conteúdo<br />

das disciplinas estudadas. Essa vivência da medicina fora do contexto <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula contribuiu para o entendimento das necessida<strong>de</strong>s<br />

10 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

11 Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

12 UNIVIX - Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

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dos usuários e para um maior conhecimento do processo <strong>de</strong> trabalho médico e <strong>de</strong>mais profissionais. Conclusão: Aparticipação em projeto<br />

<strong>de</strong> cunho social foi percebida pelos estudantes como uma importante ferramenta na sua formação, pois ampliou o conceito <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> dos mesmos, melhorou a compreensão do SUS e seus princípios, e os levou a refletir sobre as questões sociais que envolvem a<br />

maior parte da população, dificilmente <strong>de</strong>monstradas nas aula ou no seu cotidiano social, favorecendo a aprendizagem do SER um<br />

agente <strong>de</strong> transformação social, conforme proposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais.<br />

A Sau<strong>de</strong> Coletiva e sua Interface com a Realida<strong>de</strong> Rural <strong>de</strong> Manaus: uma Experiëncia em<br />

Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica<br />

Heufemann, NEC13 Santos, SHO13 Barros, MS13 Sousa, MO13 Introdução: AVigilância Epi<strong>de</strong>miológica (VE) correspon<strong>de</strong> a um complexo <strong>de</strong> ações individuais e coletivas; coletando, processando<br />

e analisando informações, visando mudanças dos padrões condicionantes e <strong>de</strong>terminantes das enfermida<strong>de</strong>s e no mo<strong>de</strong>lo técnico-assistencial<br />

(MTA). Deste modo é importante um estudo sobre VE em uma Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Rural (UBSR), o envolvimento<br />

da Saú<strong>de</strong> Coletiva como campo <strong>de</strong> atuação em uma proposta vigilante acerca da realida<strong>de</strong> social e do SUS. Analisar a atuação dos profissionais,<br />

bem como a comparação <strong>de</strong> informações da UBSR com as do nível central (GVE) são os objetivos <strong>de</strong>ste levantamento. Metodologia:<br />

Foi realizado um estudo observacional do tipo <strong>de</strong>scritivo na UBSR da Comunida<strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima, através <strong>de</strong> visitas<br />

semanais, no período <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008 a janeiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Foi utilizado formulário versando <strong>de</strong> questões do tipo fechado sobre VE<br />

aplicado aos profissionais da UBSR, para avaliação do conhecimento dos mesmos sobre o tema; caracterização da UBSR quanto a equipamentos<br />

e insumos. Foram solicitados dados sobre notificações pela UBSR à GVE para posterior comparação com os dados locais. Resultados:<br />

Não foi possível implementar o formulário sobre VE <strong>de</strong>vido à ausência dos profissionais na UBSR. Na caracterização da<br />

UBSR, foi possível a constatação da existência <strong>de</strong> linha telefônica e números das autorida<strong>de</strong>s sanitárias. Segundo funcionários, havia<br />

uma sala com computador sem conexão com internet. Não foi visualizada a Lista Nacional <strong>de</strong> Doenças <strong>de</strong> Notificação Compulsória.<br />

Em relação aos dados obtidos na GVE, não se obteve dados específicos da comunida<strong>de</strong> em foco, mas sim da <strong>de</strong>nominada área rural <strong>de</strong><br />

Manaus. Conclusão: O <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> operacionalizar o SUS na área rural <strong>de</strong> Manaus é patente e instigante. O <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> um MTA<br />

distinto e vigilante está distante da realida<strong>de</strong> local. Referente aos dados obtidos na GVE impossibilitam o estabelecimento do perfil<br />

epi<strong>de</strong>miológico na área estudada.<br />

Não A<strong>de</strong>são ao Tratamento Medicamentoso Prescrito em uma Comunida<strong>de</strong>: Desafio para<br />

os Profissionais da Saú<strong>de</strong><br />

Morais, BA 14<br />

Rabelo, ACL 14<br />

Junqueira, MM 14<br />

Gomes, RO 14<br />

Afonso, ET 14<br />

Introdução: A<strong>de</strong>são terapêutica é o grau com que o paciente segue o plano terapêutico. Apromoção do uso racional <strong>de</strong> medicamentos<br />

confere aos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> um papel importante na saú<strong>de</strong> populacional, ampliando possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> ações relacionadas à a<strong>de</strong>são e ao cuidado com a utilização dos medicamentos, seu armazenamento e no combate à automedicação.<br />

Objetivos: Apresentar a não a<strong>de</strong>são aos tratamentos medicamentosos como situação-problema i<strong>de</strong>ntificada em uma comunida<strong>de</strong> e<br />

contribuir para melhora do uso <strong>de</strong> medicamentos nesta população. Métodos: Estudo <strong>de</strong>scritivo por relato <strong>de</strong> experiência com foco na<br />

interação ensino-serviço-comunida<strong>de</strong>. Construiu- se o trabalho a partir <strong>de</strong> vivências <strong>de</strong> um grupo acadêmico <strong>de</strong> Medicina, durante o<br />

Eixo Temático Saú<strong>de</strong> da Comunida<strong>de</strong>, no ano <strong>de</strong> 2008. O cenário <strong>de</strong> prática é a Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atenção Básica à Saú<strong>de</strong> da Família (UABSF)<br />

da Vila Mutirão, Região Noroeste <strong>de</strong> Goiânia. Entre as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas, em conjunto com agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, rea-<br />

13 Universida<strong>de</strong> do Estado do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

14 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiana, GO, Brasil.<br />

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lizou-se visitas domiciliares. Resultados: Anão a<strong>de</strong>são ao tratamento aparece <strong>de</strong> maneira significativa. As causas percebidas foram: ausência<br />

familiar no auxílio do tratamento, falta <strong>de</strong> medicamentos, dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento aos postos <strong>de</strong> atendimento, esquecimento,<br />

diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicamentos tomados, falta <strong>de</strong> expectativa <strong>de</strong> cura, interpretação errada das indicações médicas, negação da enfermida<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong>pressão. Conclusões: A a<strong>de</strong>são ao uso <strong>de</strong> medicamentos representa um dos aspectos relacionados à utilização <strong>de</strong>stes. Outros<br />

como a automedicação, prescrições erradas e efeitos adversos são citados na literatura, o que justifica o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas<br />

objetivando um uso racional dos mesmos. O grupo propõe como medidas <strong>de</strong> intervenção: a sensibilização da aca<strong>de</strong>mia, profissionais<br />

do serviço e usuários da UABSF para o tema; acolhimento dos usuários pelos profissionais com intuito <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são aos tratamentos<br />

propostos; inclusão e implementação do tema nas reuniões dos grupos existentes na unida<strong>de</strong>.<br />

Ser ou não ser Adulto? Reflexões sobre Sexualida<strong>de</strong> e Adolescência a Partir do Método<br />

Paidéia<br />

Veiga Jr, NN 15<br />

Carpini, S 15<br />

Souza, DHS 15<br />

Kores, RC 15<br />

Figueiredo, MD 15<br />

D´Avanzo, WC 15<br />

Introdução: Realizado por alunos do 1º ano <strong>de</strong> medicina em estágio numa Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, este projeto partiu das necessida<strong>de</strong>s<br />

do território e da <strong>de</strong>manda da equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Consistiu <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> junto a alunos <strong>de</strong> 8ª série <strong>de</strong><br />

uma escola estadual, focando a sexualida<strong>de</strong> na adolescência. Objetivos: Experimentar uma metodologia para projetos em Saú<strong>de</strong> Coletiva;<br />

Facilitar a <strong>de</strong>smistificação da sexualida<strong>de</strong>; Informar sobre métodos contraceptivos e prevenção <strong>de</strong> DSTs/AIDS; Auxiliar na<br />

co-construção <strong>de</strong> autonomia; Enriquecer o vínculo entre adolescentes, escola e UBS. Método: O projeto baseou-se no Método Paidéia<br />

(Campos, 2003), que consiste em ampliar a participação da comunida<strong>de</strong> no planejamento da intervenção, na gestão e na avaliação das<br />

ações, consi<strong>de</strong>rando a singularida<strong>de</strong> e a autonomia da comunida<strong>de</strong>. Cada um dos quatro grupos <strong>de</strong> quinze adolescentes foi coor<strong>de</strong>nado<br />

por quatro graduandos em parceria com uma Agente <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Foram levantados temas <strong>de</strong> interesse e estabelecidos contratos <strong>de</strong><br />

trabalho. Elaborou-se um cronograma comum para os encontros semanais, porém as dinâmicas eram diferentes em cada grupo para<br />

respeitar suas características, e incluíam jogos e dramatizações. Resultados: Observou-se interesse e participação. A periodicida<strong>de</strong> e o<br />

vínculo favoreceram o <strong>de</strong>bate e a a<strong>de</strong>são ao projeto. O apoio dos graduandos permitiu a expressão <strong>de</strong> dúvidas e troca <strong>de</strong> experiências,<br />

possibilitando apropriação da importância e uso correto dos métodos contraceptivos e <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> DSTs/AIDS. Conclusão: Oprojeto<br />

foi potente para <strong>de</strong>smistificar a sexualida<strong>de</strong>, informar e orientar os adolescentes, estimulando sua autonomia. Os resultados foram<br />

favorecidos pela metodologia, que valorizou o saber, a experiência e a singularida<strong>de</strong> dos grupos. O projeto propiciou aos graduandos<br />

contato com visões <strong>de</strong> mundo diferentes, reflexão sobre os próprios mitos e preconceitos, aquisição <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s para <strong>de</strong>senvolver<br />

projetos compartilhados em Saú<strong>de</strong> Coletiva e aproximação ao trabalho do profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na Atenção Básica.<br />

Título: a Visita Domiciliária como Método <strong>de</strong> Integração do Aluno com os Usuários da<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família<br />

Zollinger, N 16<br />

Aleixo, PN 16<br />

Nogueira, TAG 16<br />

Marques, TG 16<br />

Introdução: A Visita Domiciliária (VD) é um instrumento que a Equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (ESF) utiliza para conhecer as condições<br />

<strong>de</strong> vida e saú<strong>de</strong> das famílias da área da abrangência da qual a Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família é responsável. O curso <strong>de</strong> medicina<br />

da Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (UNICID) possui o Programa <strong>de</strong> Integração da Saú<strong>de</strong> em Comunida<strong>de</strong> (PISCO), on<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong><br />

convênios com Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USF), os alunos realizam ativida<strong>de</strong>s junto a ESF, entre elas a VD. Objetivos: Demonstrar<br />

15 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

16 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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a importância da VD como instrumento <strong>de</strong> integração do aluno com a comunida<strong>de</strong>. Métodos: Relato <strong>de</strong> experiência <strong>de</strong> alunos e a realização<br />

<strong>de</strong> VDs pelos mesmos, acompanhados pelos Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. AVD possui diversas etapas: planejamento, on<strong>de</strong><br />

são selecionadas famílias a serem visitadas; execução, on<strong>de</strong> realizam-se entrevista com a família, bem como procedimentos previstos;<br />

registro <strong>de</strong> dados, que é feito através <strong>de</strong> um relatório escrito pelos alunos sobre a VD que <strong>de</strong>ve ser anexados junto ao prontuário; e avaliação<br />

do processo, on<strong>de</strong> o aluno junto com a ESF estabelece o passo seguinte na assistência à família visitada. Resultados: AVD possibilita<br />

maior integração dos alunos com os usuários da USF, pois realizamos visitas semestrais, retornando à famílias já acompanhadas em<br />

semestres passados e visitando famílias novas. Assim, é possível conhecer novos usuários e manter o vínculo dos alunos com os antigos<br />

pacientes.Conclusões: A VD tem o intuito <strong>de</strong> subsidiar a intervenção do processo saú<strong>de</strong> doença <strong>de</strong> indivíduos ou planejamento <strong>de</strong><br />

ações visando à promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da coletivida<strong>de</strong>. Ela possibilita o aluno conhecer o contexto da vida do usuário do serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

e a constatação <strong>de</strong> suas reais condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e habitação, além <strong>de</strong> suas relações familiares.<br />

Correlaçao entre Ensino, Pesquisa e Extensão com as Práticas Médicas Educacionais<br />

Exercidas com Pacientes Acometidos por Aci<strong>de</strong>nte Vascular Encefálico<br />

Sales, RH 17<br />

Lins, JCPS 17<br />

Souza Filho, CAO 17<br />

Alencar Neto, NR 17<br />

Alves, ARA 17<br />

Reys, MFMR 18<br />

Introdução: No Brasil, cerca <strong>de</strong> 700.000 pessoas são acometidas, anualmente, por Aci<strong>de</strong>nte Vascular Encefálico (AVE), que é um<br />

déficit neurológico focal agudo provocado por um distúrbio vascular que lesa o tecido cerebral, cujos fatores <strong>de</strong> risco são: ida<strong>de</strong>, gênero,<br />

doenças cardiovasculares, hipercolesterolemia e diabetes mellitus, apresentando elevadas taxas <strong>de</strong> morbimortalida<strong>de</strong>. Conhecimentos<br />

estes discutidos nos anos iniciais da formação médica. Objetivo: Consolidar o conhecimento adquirido nos dois primeiros anos do curso<br />

<strong>de</strong> Medicina, correlacionando ensino, pesquisa e extensão com as práticas exercidas com pacientes crônicos e a importância das equipes<br />

multidisciplinares em atendimento <strong>de</strong> alta complexida<strong>de</strong>. Métodos: Estudo <strong>de</strong>scritivo, analítico, longitudinal <strong>de</strong> corte, baseado na<br />

avaliação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida em pacientes hemiparéticos, espásticos e acometidos por AVE. Os dados foram coletados a partir do<br />

Questionário <strong>de</strong> Barthel e do Instrumento SF-36, entre 26 <strong>de</strong> fevereiro e 15 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong> no Centro <strong>de</strong> Reabilitação e Medicina Física<br />

Gerônimo Ciqueira. Resultados: Pela análise do SF-36, dos 43 pacientes, 95% apresentaram redução da capacida<strong>de</strong> funcional e 67 % <strong>de</strong>monstraram<br />

alterações emocionais,e pelo Barthel, 65% apresentaram <strong>de</strong>pendência leve, 19% <strong>de</strong>pendência mo<strong>de</strong>rada,7% <strong>de</strong>pendência<br />

grave,7% <strong>de</strong>pendência total e 2% in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Esse estudo permitiu um contato com o ambiente <strong>de</strong> reabilitação, proporcionando a<br />

observação do funcionamento da equipe multidisciplinar, a orientação <strong>de</strong> mudanças no hábito <strong>de</strong> vida, além <strong>de</strong> relacionar aspectos<br />

práticos com o embasamento teórico, avaliando capacida<strong>de</strong> neurológica e a hipertensão arterial. Conclusão: Essa vivência está diretamente<br />

relacionada com a mudança curricular implementada nos últimos 4 anos, que visa a formação <strong>de</strong> profissionais capacitados a<br />

lidar com as necessida<strong>de</strong>s sociais do meio em que estão inseridos. Além disso, favoreceu uma aproximação com metodologia <strong>de</strong><br />

pesquisa na área médica, permitindo a construção prática do conhecimento científico, assim como possibilitou a a<strong>de</strong>quação da<br />

linguagem e do comportamento perante a fragilida<strong>de</strong> funcional e emocional no momento do acompanhamento <strong>de</strong>sses pacientes.<br />

17 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Macio, AL, Brasil.<br />

18 <strong>Associação</strong> dos Deficientes Físicos <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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Projeto Terapêutico Singular e Clínica Ampliada: Cenário <strong>de</strong> Atenção Primária à Saú<strong>de</strong><br />

na Graduação<br />

Katayama, HT 19<br />

Marques, GL 19<br />

Ramos, EB 19<br />

Fogaça, BJ 19<br />

Sanches, FD 19<br />

Introdução: Na visão atual da Atenção Primária em Saú<strong>de</strong> (APS), a multidisciplinarida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sponta como uma das principais<br />

evoluções. Somando-se a isso o princípio <strong>de</strong> integralida<strong>de</strong> do SUS, o Projeto Terapêutico Singular (PTS) ten<strong>de</strong> a ganhar cada vez mais<br />

espaço, e o seu aprendizado foi um dos principais objetivos da disciplina <strong>de</strong> Antenção Integral a Saú<strong>de</strong> I (AIS-I). Neste trabalho, relata-se<br />

uma forma <strong>de</strong> integrar ativida<strong>de</strong>s práticas que facilitam o aprendizado <strong>de</strong> uma parte da Saú<strong>de</strong> Comunitária que muitos consi<strong>de</strong>ram<br />

excessivamente teórica. Objetivos: Tendo em vista o artigo 12 da resolução CNE/CES nº4, o objetivo foi seguir os passos do planejamento<br />

<strong>de</strong> um PTS, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> um paciente cuja situação <strong>de</strong>man<strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> intervenção, até a reavaliação, seguindo o<br />

conceito <strong>de</strong> clínica ampliada. Métodos: Os alunos, um grupo <strong>de</strong> 5 sob a supervisão <strong>de</strong> um dos médicos da UBS Vila Machado, escolheram<br />

um paciente cujo caso justificava a confecção <strong>de</strong> um PTS. Seguiu-se a visita domiciliar, em que foram i<strong>de</strong>ntificados os fatores <strong>de</strong> risco<br />

e <strong>de</strong> proteção na moradia e nos hábitos diários do paciente. Finalmente, os alunos criaram o PTS <strong>de</strong>ste paciente. O paciente comparecia<br />

à UBS periodicamente, para reavaliação e acompanhamento. Foram feitas três apresentações ao professor da disciplina, em períodos<br />

distintos, para que possíveis equívocos fossem corrigidos. Resultados: Verificou-se melhora da queixa principal do paciente, constipação<br />

intestinal, após reeducação alimentar. Sobretudo, houve substancial melhora na sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, após informação e conscientização<br />

sobre o uso <strong>de</strong> fármacos e hábitos saudáveis. Conclusão: Para a educação médica, percebeu-se tanto pela apresentação final,<br />

como pelos resultados da prova que houve um bom entendimento do conceito <strong>de</strong> PTS, <strong>de</strong> clínica ampliada e <strong>de</strong> sua utilização na APS.<br />

Não só isso, os bons resultados para o paciente <strong>de</strong>veriam encorajar não só os professores da AIS-I, mas todo o sistema <strong>de</strong> ensino.<br />

A Importância do Desenvolvimento <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Educativas na Formação dos<br />

Estudantes <strong>de</strong> Medicina e na Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida da Comunida<strong>de</strong> Assistida<br />

Souza Filho, CAO20 Fernanda, AN20 Didoné, EL20 Barbosa, CF20 Ferreira, ACA20 Introdução: A educação em saú<strong>de</strong> é composta <strong>de</strong> combinações <strong>de</strong> experiências <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong>lineadas com vista a facilitar<br />

a participação da população nas ações relacionadas à saú<strong>de</strong>. Ativida<strong>de</strong>s educativas em saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem atuar sobre o conhecimento<br />

das pessoas, para que elas <strong>de</strong>senvolvam juízo crítico e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção sobre suas vidas e o ambiente com o qual interagem,<br />

criando condições para se apropriarem <strong>de</strong> sua existência. Para que essas ativida<strong>de</strong>s sejam efetivas, é necessária uma a<strong>de</strong>quação da linguagem<br />

e recursos utilizados. Objetivos: Desenvolver uma visão crítica com relação aos métodos educacionais existentes e relatar as<br />

práticas educativas realizadas na comunida<strong>de</strong> como estratégia <strong>de</strong> promoção à saú<strong>de</strong>. Métodos: Foram realizadas oito ativida<strong>de</strong>s educativas<br />

pelos acadêmicos <strong>de</strong> medicina do terceiro período da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, sendo quatro na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da<br />

Família (USF) Dídimo Otto Kümmer e quatro na Escola Petrônio Viana, ambas situadas no conjunto Carminha na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maceió/AL.<br />

Estas ativida<strong>de</strong>s ocorreram entre março e junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Na escola foram abordados os temas: higiene bucal, gravi<strong>de</strong>z na adolescência,<br />

DSTs, drogas e seus riscos para os jovens. Na USF os temas foram: hipertensão e diabetes, pré-natal, vida saudável/controle<br />

do tabagismo e combate à <strong>de</strong>ngue. Para realização <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s, foram utilizadas diferentes estratégias visando uma melhor apredizagem<br />

pelo público alvo, sendo um dos pontos altos a criação <strong>de</strong> nove paródias. Resultados e Conclusões: Essas ativida<strong>de</strong>s educati-<br />

19 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

20 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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vas colaboraram para que os grupos alvos pu<strong>de</strong>ssem <strong>de</strong>senvolver um senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> sobre sua saú<strong>de</strong> e a sau<strong>de</strong> da sua comunida<strong>de</strong>.<br />

A combinação das ativida<strong>de</strong>s educativas com as ações multidisciplinares <strong>de</strong>senvolvidas na USF po<strong>de</strong> contribuir para<br />

potencializar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população assistida. As ativida<strong>de</strong>s educativas possibilitaram também a aproximação dos<br />

estudantes <strong>de</strong> medicina com a comunida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolvendo a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação, através do uso <strong>de</strong> uma linguagem<br />

apropriada pelos estudantes.<br />

Reforma Curricular Melhorando a Visão da Vila Sabiá (Sorocaba/SP)<br />

Sawada, MM 21<br />

Minata, MK 21<br />

Farias, F 21<br />

Queiroz, MM 21<br />

Introdução: a nova reforma curricular que substituiu o mo<strong>de</strong>lo flexorianopelométodo<strong>de</strong>ensinobaseadoemproblemas(APB)<br />

possui em sua organização curricular o módulo <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong> (PAS), no qual os alunos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro ano do curso<br />

<strong>de</strong> medicina, atuam nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção primária com o intuito <strong>de</strong> elaborar projetos para interferir nos problemas da comunida<strong>de</strong>. No<br />

bairro Vila Sabiá, os estudantes constataram baixo número <strong>de</strong> moradores que utilizavam lentes corretivas, um gran<strong>de</strong> contingente <strong>de</strong><br />

guias <strong>de</strong> referências oftalmológicas e atraso nas consultas que chegavam a dois anos <strong>de</strong> espera. Objetivo: fazer uma triagem <strong>de</strong> acuida<strong>de</strong><br />

visual da população da Vila Sabiá e encaminhar os pacientes que apresentaram alguma patologia ao Hospital Santa Lucinda <strong>de</strong> Sorocaba,<br />

respeitando <strong>de</strong>ssa forma o princípio da universalida<strong>de</strong> do SUS. Método: na consulta foi feito uma triagem que consistia <strong>de</strong> uma<br />

anamnese sucinta, acuida<strong>de</strong> visual pela tabela <strong>de</strong> Snellen e inspeção das pálpebras, dos cílios e pupila. Por fim, os pacientes eram encaminhados<br />

para o Centro Hospitalar <strong>de</strong> Sorocaba, com espera <strong>de</strong> uma semana. Resultados: no período <strong>de</strong> dois meses foram convocadas<br />

89 pessoas para triagem, comparecendo 45 pessoas (50,56%). A ida<strong>de</strong> média da população que compareceu era <strong>de</strong> 43,4 anos e constatou-sequeaúltimavezquepassaramnooftalmologistaforahácinco<br />

anos. A principal queixa foi diminuição da acuida<strong>de</strong> visual<br />

(55,55%), seguido <strong>de</strong> prurido ocular (35,55%) e cefaléia (22,22%). Conclusão: apesar do pequeno número <strong>de</strong> pessoas que compareceram<br />

nas consultas, houve significativa diminuição <strong>de</strong> guias <strong>de</strong> referência e tempo <strong>de</strong> espera para consulta com especialista. Assim, a reforma<br />

curricular ajudou a interferir precocemente na UBS, melhorando a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população e incentivando o aprendizado dos<br />

alunos envolvidos.<br />

Análise <strong>de</strong> Evento Sentinela Contribuindo para a Compreensão do Processo Saú<strong>de</strong>-Doença<br />

<strong>de</strong> uma Comunida<strong>de</strong><br />

Guimarães, FG 22<br />

Nicolua, TC 22<br />

Pereira, GFA 22<br />

Bulbol, GA 22<br />

Vasconcelos, ICS 22<br />

Introdução: Um dos conceitos utilizados para <strong>de</strong>finir evento sentinela é a ocorrência <strong>de</strong> doença, invali<strong>de</strong>z ou morte evitáveis<br />

com a tecnologia médica disponível. Os alunos do terceiro período do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano<br />

(UNIFENAS-BH) tiveram como uma <strong>de</strong> suas tarefas analisar um evento sentinela relacionado à saú<strong>de</strong> da mulher ou da criança na área<br />

<strong>de</strong> abrangência <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS). Objetivos: Analisar um evento sentinela, compreen<strong>de</strong>r dificulda<strong>de</strong>s para o cuidado<br />

à mulher e à criança, discutir estas dificulda<strong>de</strong>s com as equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família (ESF) e propor um plano <strong>de</strong> cuidados para o<br />

caso estudado. Metodologia: Análise crítica do prontuário, entrevista com os membros da ESF responsável pela família e visita ao domicílio<br />

do paciente. Resultados: O caso escolhido foi <strong>de</strong> uma paciente portadora <strong>de</strong> paralisia cerebral <strong>de</strong>vido à toxoplasmose congênita.<br />

Apaciente pertence a uma família com diversos outros problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, como uma irmã que é portadora <strong>de</strong> psicose grave. Trata-se<br />

<strong>de</strong> família disfuncional, que sobrevive da coleta <strong>de</strong> material reciclável, com <strong>de</strong>mandas complexas e um grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência excessiva<br />

21 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, Sorocaba, Sp, Brasil.<br />

22 Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano, Alfenas, MG, Brasil.<br />

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da UBS. Conclusão: A análise <strong>de</strong>sse caso possibilitou uma discussão sobre o cuidado à saú<strong>de</strong> da mulher e da criança, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> planejamento<br />

familiar, pré-natal e vigilância das doenças <strong>de</strong> transmissão vertical até puericultura e acompanhamento longitudinal da criança<br />

cronicamente doente. Os alunos pu<strong>de</strong>ram entrar em contato com a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> com alto grau <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social<br />

através da visita domiciliar, realizada com a ESF. Foi possível enten<strong>de</strong>r o papel da atenção domiciliar no cuidado longitudinal à<br />

saú<strong>de</strong> e compreen<strong>de</strong>r melhor o processo <strong>de</strong> adoecimento <strong>de</strong>sta família. O plano <strong>de</strong> cuidados construído em conjunto com a ESF<br />

permitiu uma abordagem integral à paciente e favoreceu a inserção dos alunos às ativida<strong>de</strong>s da UBS on<strong>de</strong> a disciplina é ministrada.<br />

Capacitação para Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> em Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belo<br />

Horizonte/MG<br />

Guimarães, FG 23<br />

Introdução: Os alunos do terceiro período do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano (UNIFENAS-BH)<br />

têm como uma <strong>de</strong> suas tarefas conduzir uma ativida<strong>de</strong> educativa voltada para a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ou para a comunida<strong>de</strong> adscrita à unida<strong>de</strong><br />

básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (UBS) na qual fazem estágio. Aescolha <strong>de</strong> qual ativida<strong>de</strong> será efetuada pelos alunos é feita com base na avaliação<br />

do cuidado à saú<strong>de</strong> da criança e da mulher que é trabalhada durante o semestre letivo. No primeiro semestre letivo <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, uma das observações<br />

realizadas pelos alunos foi a <strong>de</strong> que havia, por parte dos Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ACS), uma <strong>de</strong>manda por conhecimentos<br />

específicos relacionados ao cuidado à mulher e à criança. Objetivo: Descrever a experiência dos alunos na capacitação dos ACS<br />

<strong>de</strong> UBS do Distrito Sanitário Norte da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belo Horizonte em temas relacionados à saú<strong>de</strong> da mulher e da criança. Metodologia:<br />

Após ouvirem os ACS para estabelecer os temas <strong>de</strong> maior interesse, os alunos se dividiram em grupos e realizaram a capacitação em<br />

dois momentos. Foram feitas apresentações e dinâmicas <strong>de</strong> grupo, utilizando técnicas <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> adultos. Cada encontro teve<br />

a duração <strong>de</strong> 3 horas. Resultados: Compareceram à capacitação trinta ACS <strong>de</strong> cinco UBS. Os relatos dos participantes foram extremamente<br />

positivos. Foram <strong>de</strong>stacadas a metodologia participativa utilizada e a interação conseguida a partir <strong>de</strong>la. Durante todo o tempo<br />

foi valorizada a sabedoria popular e os costumes locais. Conclusão: Alinguagem acessível e a disponibilida<strong>de</strong> dos alunos permitiram a<br />

criação <strong>de</strong> um ambiente agradável <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> conhecimentos. Faz-se necessário planejar momentos <strong>de</strong> discussão da prática diária com<br />

os ACS, valorizando a participação <strong>de</strong>stes como membros efetivos da Equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família.<br />

Título: a Visita Domiciliar como Proposta para Análise das Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da<br />

Família: uma Estratégia Pedagógica do Estágio Supervisionado em Saú<strong>de</strong> Coletiva<br />

Peternelli, DG 24<br />

Saldanha, CRM 24<br />

Carneiro, RS 24<br />

Souza, MR 24<br />

Me<strong>de</strong>iros, CS 24<br />

Introdução: Para a OMS, a Assistência Domiciliar é a provisão <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> por prestadores formais e informais com<br />

objetivo <strong>de</strong> promover, restaurar e manter o conforto, função e saú<strong>de</strong> das pessoas num nível máximo, incluindo cuidados para uma morte<br />

digna. A realização do atendimento domiciliar continuado e longitudinal pelas equipes <strong>de</strong> APS em pacientes com problemas crônicos<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é muito importante, evitando o estresse e as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes da internação hospitalar, tendo o ambiente familiar<br />

papel fundamental no processo <strong>de</strong> humanização do atendimento. Objetivo: Demonstrar a importância da visita domiciliar como estratégia<br />

pedagógica e <strong>de</strong> melhoria do cuidado <strong>de</strong> pacientes crônicos e acamados. Método: Relato <strong>de</strong> experiência vivenciada durante o estagio<br />

<strong>de</strong> medicina da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora-MG. Caso-J.I.S, 79 anos, hipertensa, casada, mãe <strong>de</strong> 8 filhos,<br />

foi diagnosticada há 11 anos uma doença hepática com ascite o que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou problemas psicológicos. Logo após iniciou quadro<br />

<strong>de</strong> arritmia cardíaca o que fez aumentar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fármacos a serem utilizados. Apresentou gran<strong>de</strong> perda <strong>de</strong> peso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio<br />

do processo, e junto com isso, veio a inapetência sendo que hoje encontra-se caquética. Hoje, a usuária permanece em casa aos cuida-<br />

23 Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano, Alfenas, MG, Brasil.<br />

24 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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dos da filha mais velha e por não sair <strong>de</strong> casa, a visita domiciliar é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância no acompanhamento <strong>de</strong> sua doença, e controle<br />

dos seus sintomas. Ainclusão do estudante neste cenário permite a capacitação <strong>de</strong>ste no cuidado domiciliar continuado <strong>de</strong>ntro da realida<strong>de</strong><br />

do paciente. Resultado: A visita ao domicílio permite ao estudante perceber não apenas as doenças mas também o contexto do<br />

usuário e, sob uma visão crítica e reflexiva, suas necessida<strong>de</strong>s individuais e coletivas possibilitando realizar atenção continuada com<br />

prática <strong>de</strong> ações, para a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> seus integrantes.<br />

Promoção à Saú<strong>de</strong> em uma População <strong>de</strong> Idosos do “Projeto Recriavida”, em Mariana – MG<br />

Carvalho, NB 25<br />

Duarte, MTF 25<br />

Corrêa, CF 25<br />

Cerqueira, TS 25<br />

Figueiredo, AM 25<br />

Galvão, MAM 25<br />

Introdução: É uma prerrogativa atual das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos <strong>de</strong> Medicina, que os alunos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os primeiros períodos, mantenham contato com os serviços e os profissionais da área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma a aplicar dinamicamente teorias<br />

e conhecimentos <strong>de</strong>senvolvidos em sala <strong>de</strong> aula. Baseando-se nisso, foi proposta uma atuação no Projeto Recriavida, da Prefeitura <strong>de</strong><br />

Mariana-MG. Esse Projeto tem como objetivo a promoção à saú<strong>de</strong> do idoso; conta com 615 participantes, que lá <strong>de</strong>senvolvem diversas<br />

ativida<strong>de</strong>s como artesanato, ginástica e fisioterapia. Objetivos: Promover ações que visavam a conscientização, seguida da melhoria na<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos participantes do Projeto, baseadas na mais nova proposta <strong>de</strong> Promoção à Saú<strong>de</strong> do Ministério da Saú<strong>de</strong>, enfocando<br />

a prática da Educação Popular em Saú<strong>de</strong>. Métodos: Os objetivos do trabalho foram expostos aos participantes do Recriavida, e <strong>de</strong>finiu-se<br />

o universo <strong>de</strong> pesquisa baseado no interesse individual – documentado pelo Termo <strong>de</strong> Esclarecimento e Consentimento. A fim<br />

<strong>de</strong> esclarecer acerca das doenças crônico-<strong>de</strong>generativas que acometem os idosos, foram realizadas quatro dinâmicas: simulação da circulação<br />

sangüínea e seus agravos, utilizando-se um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> artéria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s dimensões para explicar o mecanismo <strong>de</strong> ocorrência<br />

da hipertensão e da dislipi<strong>de</strong>mia; conscientização da importância da atuação conjunta do paciente e do Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> para melhoria<br />

da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida; teatro sobre diabetes mellitus tipo I e tipo II e como a auto-estima elevada atua no combate à <strong>de</strong>pressão. Resultados:<br />

Durante as dinâmicas, observou-se <strong>de</strong>sconhecimento do mecanismo <strong>de</strong> ocorrência das patologias pelos idosos. As perguntas realizadas<br />

comprovaram o interesse em enten<strong>de</strong>r melhor sobre o que acontece no corpo humano. Conclusões: As dinâmicas foram, a nosso<br />

ver, uma atuação eficaz na perspectiva da Educação Popular em Saú<strong>de</strong> por aproximar os alunos dos pacientes, possibilitando a troca <strong>de</strong><br />

conhecimento e contribuindo para a a<strong>de</strong>são ao tratamento por parte dos pacientes.<br />

Experiência <strong>de</strong> Alunos <strong>de</strong> Medicina no Acompanhamento Familiar<br />

Bastos, MC 26<br />

Souza, CC 26<br />

Introdução: As Práticas <strong>de</strong> Integração, Ensino, Serviço e Comunida<strong>de</strong> (PIESC) constituem uma ativida<strong>de</strong> curricular <strong>de</strong> um curso<br />

<strong>de</strong> medicina, com duração <strong>de</strong> quatro anos. O intuito <strong>de</strong>sta matéria é motivar um contato precoce e íntimo com a comunida<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong><br />

formar médicos mais humanos e comprometidos com a realida<strong>de</strong> na qual serão inseridos. Objetivos: Descrever a experiência <strong>de</strong> alunos<br />

<strong>de</strong> medicina no acompanhamento familiar através das PIESCs III e IV. Metodologia: Inicialmente foram selecionadas famílias da comunida<strong>de</strong><br />

consi<strong>de</strong>rando alguns critérios: família intergeracional, relevância epi<strong>de</strong>miológica do problema, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção e<br />

receptivida<strong>de</strong> da família. As famílias escolhidas foram acompanhadas em visitas domiciliares, atendimentos médicos em saú<strong>de</strong> da família,<br />

pediatria e ginecologia no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> três semestres. Nas visitas domiciliares foram diagnosticados os problemas mais relevantes<br />

<strong>de</strong> cada família, servindo como base para os trabalhos subseqüentes nas visitas e consultas. Resultados: A partir do conhecimento<br />

dos problemas apresentados, os alunos conseguiram uma melhor a<strong>de</strong>são terapêutica dos pacientes por meio da verificação e <strong>de</strong>scarte<br />

25 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

26 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana, Feira <strong>de</strong> Santana, BA, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> fármacos vencidos, organização <strong>de</strong> tomadas <strong>de</strong> medicamentos e troca <strong>de</strong> remédios mais onerosos por similares, facilitando a aquisição<br />

dos mesmos. No âmbito da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, incentivaram a realização <strong>de</strong> exercício físico e dieta equilibrada e conseguiram encaminhamento<br />

para a fisioterapia, psicólogo e centro <strong>de</strong> apoio psico-social em álcool e drogas (CAPSad), quando necessário. Conclusão:<br />

Aativida<strong>de</strong> comunitária <strong>de</strong>senvolve um olhar crítico e humano nos acadêmicos, fundamental para formar médicos que compreen<strong>de</strong>m<br />

a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira ampla no contexto biopsicossocial. Além disso, é possível ampliar o vínculo entre a população, a unida<strong>de</strong> da saú<strong>de</strong><br />

da família e universida<strong>de</strong>. Neste contexto, po<strong>de</strong>mos ainda apontar o benefício dado aos indivíduos acompanhados durante o trabalho,<br />

que tiveram a atenção integral à saú<strong>de</strong> e melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Educação em Saú<strong>de</strong> Relacionando Estilo <strong>de</strong> Vida com o Processo <strong>de</strong> Adoecimento Voltado<br />

para Mulheres na Esf Renascer, Ouro Preto, Minas Gerais<br />

Silva, JFM27 Teixeira, GHS27 Figueiredo, TD27 Santana, DK27 Albergaria, DA27 Sales, ML27 Introdução: Aeducação popular apresenta-se como estratégia utilizada na Atenção Primária para que a comunida<strong>de</strong> seja inserida na<br />

dinâmica da saú<strong>de</strong>. Projetos educativos em saú<strong>de</strong> da mulher tornam-se necessida<strong>de</strong>, atualmente, pois po<strong>de</strong>m estabelecer maior contato entre<br />

a equipe <strong>de</strong> Atenção Primária e a família, fortalecendo re<strong>de</strong>s sociais. Além disso, trabalhos educativos com mulheres são importantes pelo<br />

fato <strong>de</strong> que elas são acometidas por várias patologias e doenças crônico-<strong>de</strong>generativas. Objetivos: Estreitar vínculos entre um grupo <strong>de</strong> mulheres<br />

e a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atenção Primária, incentivar o auto-cuidado e fortalecer re<strong>de</strong>s sociais. Metodologia: O projeto foi realizado por alunos<br />

do curso <strong>de</strong> medicina na Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família Renascer (Ouro Preto – MG), mediante grupos operativos <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> com<br />

mulheres da comunida<strong>de</strong>. Subsequentemente, aplicou-se questionários sobre satisfação e mudança <strong>de</strong> estilo <strong>de</strong> vida diante dos assuntos<br />

abordados. Resultados: Gran<strong>de</strong> aceitação e freqüência das mulheres da comunida<strong>de</strong> aos grupos realizados. Momentos propícios para exposição<br />

<strong>de</strong> questões pessoais e vivências pelas mulheres. A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> das participantes foi <strong>de</strong> 50 anos. Relatos <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> estilo <strong>de</strong><br />

vida pelas mesmas. Amaioria das mulheres aprovou o trabalho e acha que projetos semelhantes <strong>de</strong>vem ser levados a mulheres <strong>de</strong> outras localida<strong>de</strong>s.<br />

Conclusões: Projetos <strong>de</strong> educação popular têm gran<strong>de</strong> aceitação pela comunida<strong>de</strong> por proporcionar maior acessibilida<strong>de</strong> na<br />

Atenção Primária. Ocorreu aproximação das mulheres da população com a equipe da ESF, além <strong>de</strong> aproximação entre comunida<strong>de</strong> e universida<strong>de</strong>.<br />

Assim, acredita-se que ocorreu fortalecimento <strong>de</strong> vínculos e das re<strong>de</strong>s sociais. Houve discussão <strong>de</strong> dúvidas, nos grupos, que <strong>de</strong>monstrou<br />

a importância <strong>de</strong> trabalhos que esclareçam questões pertinentes ao cotidiano <strong>de</strong>ssas mulheres. Observou-se também relatos das participantes<br />

sobre a consciência da importância <strong>de</strong> hábitos saudáveis. O estímulo ao auto-cuidado presente nesses projetos é importante para que<br />

as pessoas possam assumir o domínio <strong>de</strong> sua própria saú<strong>de</strong>.<br />

Ambulatório <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Mental da Criança: Serviço Comunitário e Ensino Médico<br />

Martins, JV 28<br />

Daud, MO 28<br />

Tauro, RLAM 28<br />

Carmo, CEF 28<br />

Konkiewitz, EC 28<br />

Introdução: O atendimento à criança com transtornos <strong>de</strong> aprendizado e comportamento envolve consultas ambulatoriais <strong>de</strong> âmbito<br />

multiprofissional, visto que abrange uma situação complexa que envolve o ambiente familiar, socioeconômico, a estrutura pedagógico-escolar,<br />

e fatores neurobiológicos. Sabendo-se que a Educação Médica necessita <strong>de</strong> métodos <strong>de</strong> aprendizagem efetivos para a consolidação do co-<br />

27 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

28 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, Dourados, MS, Brasil.<br />

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nhecimento, tal ambulatório constitui-se em excelente laboratório <strong>de</strong> práticas ativas <strong>de</strong> ensino e aprendizagem, contemplando uma abordagem<br />

humanística a essa população atendida. Objetivos: O ambulatório visa <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino-aprendizagem dos acadêmicos<br />

<strong>de</strong> Medicina, com abrangência biopsicossocial, propedêutica e terapêutica, frente aos transtornos <strong>de</strong> aprendizado e comportamento da<br />

criança. Métodos: O ambulatório é o exercício <strong>de</strong> uma prática clínica com discussões dos casos, análise crítica, busca <strong>de</strong> conhecimentos e atualizações.<br />

As crianças são atendias pelos acadêmicos sob tutoria <strong>de</strong> profissionais médicos da área da saú<strong>de</strong> mental. Nesse atendimento é realizado:<br />

anamnese; exame físico geral; exame clínico-neurológico; aplicação <strong>de</strong> escalas <strong>de</strong> avaliação clínica; indicação e solicitação <strong>de</strong> exames;<br />

orientação dos pais (e professores); prescrição <strong>de</strong> medicação; encaminhamento para terapias específicas <strong>de</strong> acordo com a necessida<strong>de</strong> individual,<br />

como fonoaudiologia e psicoterapia. Resultados: As práticas ambulatoriais proporcionam ao estudante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s<br />

importantes para a formação médica como: postura ética, comunicação, relação médico-paciente, raciocínio clínico, habilida<strong>de</strong>s técnicas<br />

e reflexão, além <strong>de</strong> estimular uma visão <strong>de</strong> atendimento multidisciplinar e humanística. Conclusões: Os acadêmicos verificam que o ambulatório<br />

colabora muito com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma visão humanística sobre a assistência da saú<strong>de</strong> mental, contemplando o paciente<br />

como um todo com suas facetas biopsicossociais. Isso traz à tona a importância da multiprofissionalida<strong>de</strong>. Essa ativida<strong>de</strong> contribuiu com o<br />

serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, aumentando o fluxo <strong>de</strong> pacientes atendidos.<br />

Educação na Promoção à Saú<strong>de</strong>: uma Interlocução Afetivo-Sexual com os Jovens <strong>de</strong> Santa<br />

Rita Durão<br />

Baumfeld, TS 29<br />

Araújo, SA 29<br />

Santos, MO 29<br />

Bastos, NB 29<br />

Diniz, AMH 29<br />

Bonolo, PF 29<br />

Introdução: Des<strong>de</strong> o lançamento do Programa Nacional <strong>de</strong> Reorientação da Formação Profissional em Saú<strong>de</strong> (Pró-Saú<strong>de</strong>), as escolas<br />

médicas foram estimuladas a criar cenários <strong>de</strong> práticas nos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Nesse contexto, realizou-se uma pesquisa-ação em conjunto<br />

com o Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e a escola <strong>de</strong> Santa Rita Durão, um distrito <strong>de</strong> Mariana-MG. Doze alunos da escola, entre 13 e 16 anos (verificando-se<br />

uma maior proporção <strong>de</strong> mulheres), que já haviam participado previamente do Programa Educacional Afetivo-Sexual (PEAS), com maior<br />

enfoque na afetivida<strong>de</strong>, participaram <strong>de</strong> seis encontros semanais em seqüência, no segundo semestre <strong>de</strong> 2008. Objetivo: Aumentar o número<br />

e equalizar a proporção entre os gêneros dos integrantes do PEAS; ampliar a discusão da sexualida<strong>de</strong> e intercambiar consciências com os<br />

mesmos integrantes; se integrar à comunida<strong>de</strong>. Metodologia: Utilizou-se <strong>de</strong> dados estatísticos da região, entrevistas com informantes-chave,<br />

questionário, dinâmicas afetivo-sexuais e grupo focal como ativida<strong>de</strong>s diagnósticas, <strong>de</strong> avaliação e <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> mudanças no perfil e na<br />

consciência dos participantes do PEAS. Resultados: O número <strong>de</strong> participantes aumentou ao longo do <strong>de</strong>senvolvimento da intervenção,<br />

chegando a 83% <strong>de</strong> aumento no último encontro (22 participantes). O número inicial <strong>de</strong> participantes homens aumentou <strong>de</strong> um para três no<br />

último encontro. Asexualida<strong>de</strong> foi discutida <strong>de</strong> forma mais aprofundada, <strong>de</strong> acordo com relato do grupo focal: “Foi bom tratar mais <strong>de</strong> sexualida<strong>de</strong>,<br />

era mais auto-estima”. Criou-se um cenário pleno <strong>de</strong> integração com a população. Conclusão: Apesar da efemerida<strong>de</strong> da intervenção,<br />

do pequeno número <strong>de</strong> participantes e da pequena modificação da proporção entre os gêneros, viu-se que um novo olhar sobre o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do PEAS foi levado à escola: um olhar mais freiriano. Essa pesquisa-ação foi relevante no que tange a formação médica dos autores,<br />

pois permitiu uma interlocucão universida<strong>de</strong>-comunida<strong>de</strong>-escola-centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong>flagrou a significância da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se trabalhar<br />

com Educação Popular em Saú<strong>de</strong>.<br />

29 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Programa <strong>de</strong> Estágio para Acadêmicos em Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva do Serviço<br />

Público <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Estado do Amazonas<br />

Silva, ACS 30<br />

Oliveira, NA 30<br />

Silva, SO 30<br />

Adorno, AB 31<br />

Pérez, ACD 30<br />

Lobato, LC 30<br />

Introdução: Estágio é um instrumento complementar <strong>de</strong> construção do perfil profissional, através da aplicação teórico-prática <strong>de</strong> conhecimentos<br />

e do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aptidões e habilida<strong>de</strong>s necessárias ao atendimento médico. Com base nisso, a Fundação Hospital<br />

Adriano Jorge (FHAJ) criou o estágio não remunerado para acadêmico em Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva (UTI), o qual se constitui uma ativida<strong>de</strong><br />

extracurricular pioneira no Estado do Amazonas uma vez que essa área não é a<strong>de</strong>quadamente explorada durante o curso <strong>de</strong> Medicina.<br />

Objetivos: Proporcionar aos estudantes da área da saú<strong>de</strong> a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vivenciar o processo <strong>de</strong> trabalho em UTI sob supervisão contínua<br />

e realizar a integração entre ensino, serviço e assistência ao paciente crítico. Métodos: Foi realizado pela FHAJ, durante o mês <strong>de</strong> Fevereiro<br />

<strong>de</strong> <strong>2009</strong>, um curso <strong>de</strong> atualização em UTI e um processo seletivo para estágio em 4 UTI <strong>de</strong> hospitais <strong>de</strong> referência do SUS Amazonas: Hospital<br />

Universitário Dona Francisca Men<strong>de</strong>s, Maternida<strong>de</strong> Balbina Mestrinho, Hospital Beneficente Português do Amazonas e FHAJ. Resultados:<br />

O curso <strong>de</strong> atualização em UTI atingiu um público alvo <strong>de</strong> aproximadamente 130 estudantes do 6° ao 11° período, dos quais 35 foram<br />

selecionados para a realização do estágio, o qual tem uma carga horária semanal <strong>de</strong> 12 horas e duração total <strong>de</strong> 12 meses. Além do próprio estágio,<br />

os alunos, sob orientação dos médicos e resi<strong>de</strong>ntes, apresentaram seminários em reuniões científicas, cerca <strong>de</strong> 2 por mês, a respeito dos<br />

casosclínicosmaisrelevantesobservadosemcadaUTI.Conclusão: Avisão dos acadêmicos acerca das ativida<strong>de</strong>s realizadas em UTI foi significativamente<br />

ampliada, uma vez que o curso oferecido pela FHAJ forneceu uma atualização em medicina intensiva. Além disso, este estágio<br />

é uma proposta que <strong>de</strong>ve ser aprimorada, baseada nesta primeira experiência, e oferecida a mais estudantes, para proporcionar-lhes esta<br />

rica aprendizagem em UTI do serviço público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

O Uso <strong>de</strong> Mapas Inteligentes na Prática Integrada e Multidisciplinar em Saú<strong>de</strong><br />

Soares, NF 32<br />

Sant‘ana, FH 32<br />

Ballester, D 32<br />

Introdução: o uso <strong>de</strong> técnicas provenientes da Geografia no trabalho em saú<strong>de</strong> tem sido cada vez mais intensivo, especialmente<br />

após o enfoque <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> baseado no território. Os mapas inteligentes são ferramentas que po<strong>de</strong>m auxiliar na prática das equipes<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, nos diversos níveis <strong>de</strong> atenção, inclusive na atenção básica. Objetivos: relatar a experiência <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> prática integrada<br />

e multidisciplinar, formado por estudantes <strong>de</strong> medicina e enfermagem da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina-PR, no uso <strong>de</strong> mapas<br />

inteligentes em uma unida<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Londrina, refletindo sobre a utilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses instrumentos no ensino e<br />

na assistência à população. Métodos: foram realizadas visitas <strong>de</strong> campo, para i<strong>de</strong>ntificar equipamentos sociais e outros aspectos físicos<br />

da comunida<strong>de</strong> do bairro Jardim do Sol, em Londrina-PR, seguidas do mapeamento cartográfico das áreas <strong>de</strong> abrangência da Unida<strong>de</strong><br />

Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e inclusão dos equipamentos e eventos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no mapa. Resultados: o mapeamento permitiu i<strong>de</strong>ntificar áreas <strong>de</strong> risco<br />

social e sanitário, <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> atuação dos estudantes junto aos agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, servindo ao planejamento<br />

<strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> busca ativa <strong>de</strong> faltosos do programa <strong>de</strong> hipertensão arterial sistêmica; outras ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rão ser planejadas<br />

a partir da construção do mapa. Conclusões: o uso <strong>de</strong> mapas inteligentes proporcionou a discussão sobre as ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no território<br />

e a reflexão sobre as barreiras <strong>de</strong> acesso ao serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; a partir <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> busca ativa <strong>de</strong> hipertensos na comunida<strong>de</strong>,<br />

apoiados por um instrumento <strong>de</strong> fácil construção e utilização pela equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, os estudantes <strong>de</strong> medicina e enfermagem<br />

interagem com os agentes comunitários e a comunida<strong>de</strong>; este cenário facilita uma aprendizagem crítica sobre suas próprias<br />

experiências no contato com as pessoas da comunida<strong>de</strong> e uma visão abrangente das relações na equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

30 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

31 Universida<strong>de</strong> do Estado do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

32 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

303<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O Ensino da Medicina da Adolescência na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Bahia:Relato <strong>de</strong><br />

Experiência<br />

Freitas, ICF 33<br />

Cardozo, DM 33<br />

Ribeiro, DHA 33<br />

Paolilo, RB 33<br />

Vieira, LA 33<br />

Kitaoka, EG 33<br />

Introdução:a adolescência representa um período <strong>de</strong> transição entre a infância e a vida adulta marcada por transformações<br />

bio-psico-sociais.. Objetivos:relatar a experiência do ensino da Medicina da Adolescência na FMB/UFBAMétodos:relato <strong>de</strong> experiência,<br />

ocorrido no período <strong>de</strong> 1997 a <strong>2009</strong>, na Instituição. Resultados:Em 1997 foi criada na FMB a disciplina optativa Medicina da Adolescência,<br />

oferecida aos alunos dos diversos semestres do curso. A criação da mesma permitiu a capacitação <strong>de</strong> docentes, a criação <strong>de</strong> ambulatórios<br />

didático-assistenciais com ênfase na abordagem do adolescente e a aproximação dos alunos com esta área <strong>de</strong> atuação da Pediatria.<br />

Algumas metodologias ativas como a aprendizagem baseada em problemas e realização <strong>de</strong> prova sob consulta em domicílio<br />

<strong>de</strong>spertou nos alunos o interesse em cursar a disciplina. A mesma passou a ser oferecida também para alunos especiais (médicos interessados<br />

em reciclagem). Consi<strong>de</strong>rando-se que o numero <strong>de</strong> discentes regulares era pequeno: 10 vagas/semestre, optou-se posteriormente<br />

pela implantação <strong>de</strong> seminários com o tema abordagem do adolescente na disciplina Pediatria Preventiva e Social, oferecida<br />

para todos os alunos do 6º semestre, em pequenos grupos, com discussão <strong>de</strong> algumas situações clínicas. Posteriormente, os ambulatórios<br />

foram oferecidos para treinamento <strong>de</strong> internos <strong>de</strong> Pediatria e também dos resi<strong>de</strong>ntes, aten<strong>de</strong>ndo as exigências da SBP. Criou-se as<br />

sessões científicas <strong>de</strong> Medicina da Adolescência aberta aos estudantes, resi<strong>de</strong>ntes e também aos médicos interessados em se atualizar<br />

sobre os temas, bem como o estágio nesta área. Em 2007, a prática ambulatorial ultrapassou os muros do Hospital Universitário e ganhou<br />

espaço na unida<strong>de</strong> didático-assistencial da Saú<strong>de</strong> da Família, no Terreiro <strong>de</strong> Jesus, trazendo para os docentes e discentes novas<br />

vivências a serem trabalhadas. Conclusões: po<strong>de</strong>mos afirmar que há um interesse crescente pela prática do atendimento ao<br />

adolescente na Instituição, o que contribui para <strong>de</strong>smistificar muitos medos relacionados à abordagem ao adolescente e melhorar a<br />

formação dos novos médicos.<br />

A Visita Domiciliar como Instrumento <strong>de</strong> Formação Profissional dos Estudantes <strong>de</strong><br />

Enfermagem e <strong>de</strong> Medicina na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina- UNESP De Botucatu-SP<br />

Yakuwa, MS 34<br />

Nishiuchi, LN 34<br />

Baldini, LFS 34<br />

Fonseca, CRB 34<br />

Legramandi, OP 34<br />

Introdução:O Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) é responsável por garantir o acesso universal e igualitário aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

para promoção, proteção e recuperação. Visando a integralida<strong>de</strong> do cuidado, as Visitas Domiciliares (VDs) são instrumentos <strong>de</strong> abordagem<br />

da família, suas características bio-psico-sociais, culturais e ambientais e auxiliam no vínculo entre a família e o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Para os acadêmicos <strong>de</strong> Enfermagem e Medicina que nos primeiros anos <strong>de</strong> Graduação pouco fazem pela população em geral <strong>de</strong>vido<br />

ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino que não prioriza esta prática, a Visita Domiciliar é um instrumento <strong>de</strong> formação acadêmica que propicia o contato<br />

precoce com a população, e gera conhecimentos que fogem dos padrões teóricos da sala <strong>de</strong> aula. Objetivo: Relatar as experiências <strong>de</strong><br />

alunos do segundo ano <strong>de</strong> enfermagem e medicina ao realizar Visitas Domiciliares, para a criação <strong>de</strong> vínculos com os moradores dos bairros<br />

<strong>de</strong> Botucatu, e a promoção do conhecimento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta população. Metodologia: As ativida<strong>de</strong>s foram baseadas na<br />

observação da família como um todo e na integralida<strong>de</strong> do cuidado. Para um completo entendimento do tema, foram aplicados três<br />

33 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

34 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP, Brasil.<br />

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frentes <strong>de</strong> estudo: palestras, discussões em grupo, e atuações em campo através das VDs, no Bairro Santa Elisa, área <strong>de</strong> risco socioeconômico<br />

da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Botucatu. Resultados: As VDs possibilitaram a troca <strong>de</strong> saber entre os alunos e as famílias, através <strong>de</strong> orientações sobre<br />

aci<strong>de</strong>ntes domésticos, saú<strong>de</strong> bucal e higiene pessoal. Promoveram um contato do futuro profissional com a população, enfocando a<br />

pessoa na sua integralida<strong>de</strong> e tornando o atendimento mais individualizado e humanizado. Conclusões: As VDs são importantes na<br />

formação dos estudantes da área da saú<strong>de</strong>, pois promove o contato precoce com a população e sua realida<strong>de</strong> social, forma profissionais<br />

para o cuidado na sua integralida<strong>de</strong>, a partir do bom vínculo com as famílias e do conhecimento abrangente da realida<strong>de</strong>.<br />

Perfil <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Ambiental e Avaliação da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida da População sob Influência<br />

do PSF <strong>de</strong> Vila David e Jardim São Miguel, Bragança Paulista/SP<br />

Serra, MMP 35<br />

Marques, LHS 35<br />

Santos, KL 35<br />

Monte, TM 35<br />

Introdução: Problemas ambientais e sua interface com a saú<strong>de</strong> estão sempre presentes nos discursos e práticas sanitárias. Atualmente,<br />

discute-se a relação entre saú<strong>de</strong> e saneamento, situando-a no contexto do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento social. Sabe-se que os<br />

serviços <strong>de</strong> saneamento são <strong>de</strong> vital importância para proteger a saú<strong>de</strong> da população, minimizar as consequências da pobreza e proteger<br />

o meio ambiente. Objetivos: Este trabalho possibilitou o diagnóstico das condições ambientais através do perfil <strong>de</strong> saneamento da<br />

área sob influência dos Programas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) <strong>de</strong> Vila David e Jardim São Miguel em Bragança Paulista/SP. Tal diagnóstico<br />

teve por finalida<strong>de</strong> fornecer indicadores que servissem <strong>de</strong> suporte ao planejamento <strong>de</strong> políticas públicas e administrativas e, <strong>de</strong> forma<br />

geral, avaliar as ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ambiental do local. Métodos: Realizado em Maio <strong>de</strong> 2007, este trabalho consolidou-se sob dois eixos<br />

fundamentais: pesquisa <strong>de</strong> campo e coleta <strong>de</strong> dados epi<strong>de</strong>miológicos sobre o saneamento básico, procurando-se verificar o impacto das<br />

condições ambientais sobre a saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>. Resultados: Em Vila David, constatou-se um cenário complexo. A infra-estrutura<br />

fornecida pelas políticas públicas locais mostrou-se a<strong>de</strong>quada frente aos serviços <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água, coleta <strong>de</strong> lixo e <strong>de</strong> esgotos,<br />

porém existem áreas cujas condições ecológicas harmônicas foram ameaçadas por um crescimento urbano-industrial mal planejado.<br />

Em São Miguel, apenas 57,7% da população é servida pela re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> esgotos e o problema com o lixo foi uma variável<br />

preocupante. Conclusões: A construção <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> vigilância ambiental a<strong>de</strong>quado às necessida<strong>de</strong>s locais é <strong>de</strong> extrema<br />

importância. Recomendou-se a organização <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> promoção e prevenção, enfocando na qualida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> saneamento,<br />

oferecendo subsídios para um <strong>de</strong>senvolvimento sustentável para uma melhora na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das populações atendidas pelos<br />

PSFs <strong>de</strong> Vila David e Jardim São Miguel.<br />

Estudo <strong>de</strong> Famílias na Atenção Básica: um Mo<strong>de</strong>lo Pedagógico para o Estágio<br />

Supervisionado em Saú<strong>de</strong> Coletiva<br />

Honorato, TZ 36<br />

Saldanha, CRM 36<br />

Introdução: A partir da Conferencia <strong>de</strong> Alma Ata a atenção básica foi preconizada como forma <strong>de</strong> aproximar o serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da<br />

população. Esta proximida<strong>de</strong> fez com que os profissionais conhecessem profundamente as famílias, suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e sociais e,<br />

com isso, foi preciso investir na formação <strong>de</strong> profissionais para lidar com essa realida<strong>de</strong>. AFaculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz<br />

<strong>de</strong> Fora, consi<strong>de</strong>rando essa prerrogativa, construiu o Estagio Supervisionado em Saú<strong>de</strong> Coletiva num mo<strong>de</strong>lo que aproxima o estudante do<br />

usuário e tem como uma das formas <strong>de</strong> avaliação a apresentação da família a partir dos eixos: necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> individual, necessida<strong>de</strong><br />

coletiva, gestão dos processos <strong>de</strong> trabalho em saú<strong>de</strong> e educação para saú<strong>de</strong>. Objetivo: Relatar o caso, <strong>de</strong>monstrando a importância da inserção<br />

<strong>de</strong>ste estudante na comunida<strong>de</strong> e o uso do genograma como facilitador na visualização dos riscos familiares. Método: Oestudante<strong>de</strong>verá<br />

“adotar” uma família que visitará algumas vezes e construirá seu genograma. Ao final do estágio o estudante <strong>de</strong>verá não apenas conhecer<br />

35 Universida<strong>de</strong> São Francisco, Bragança Paulista, SP, Brasil.<br />

36 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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a família, mas, também traduzir seu contexto <strong>de</strong> uma forma didática mas, com a emoção do vínculo criado pelo convívio. A família: M, 69<br />

anos, hipertensa, diabética, obesa. Paciente muito triste com a doença do filho (HIV + tuberculose), apresentou sangramento vaginal importante<br />

e foi diagnosticado câncer <strong>de</strong> endométrio. Mostrava-se insegura e sem saber o que estava acontecendo. Em sucessivas visitas a acadêmica<br />

auxiliou a paciente na retirada <strong>de</strong> dúvidas, ofereceu medicação fornecida pelo SUS para diminuição dos custos, aconselhou quanto às<br />

atitu<strong>de</strong>s preventivas em relação à AIDS e sobre os serviços, oferecidos pelo SUS, para portadores do HIV. Conclusão: A aproximação estudante/usuário<br />

permite maior entendimento das necessida<strong>de</strong>s do paciente e a construção <strong>de</strong> uma prática mais humanizada contribuindo<br />

para um aprendizado baseado na realida<strong>de</strong> e mais coerente com o SUS.<br />

Perfil <strong>de</strong> Usuárias Atendidas em Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> por Alunos <strong>de</strong> Medicina<br />

Cornetta, MCM 37<br />

Valença, BMO 37<br />

Jales, RRS 37<br />

Cobucci, RN 37<br />

Introdução: Vários fatores como menarca, menopausa e doenças mais presentes em algum momento da vida da mulher, influenciam<br />

sua busca pelo serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Acoitarca é fator também importante, pois expõe a mulher a doenças sexualmente transmissíveis<br />

e sabe-se que algumas infecções vaginais predispõem a aquisição do vírus HIV. Objetivo: Definir o perfil das usuárias atendidas<br />

por estudantes <strong>de</strong> medicina nas unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, no período <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2008 a maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Métodos: Estudo quantitativo,<br />

retrospectivo, <strong>de</strong>scritivo, utilizando prontuários médicos da Universida<strong>de</strong>, aplicados por estudantes do terceiro período do curso<br />

<strong>de</strong> medicina, no cenário <strong>de</strong> prática da disciplina Programa <strong>de</strong> Aprendizagem em Atenção Básica, cujo tema central é saú<strong>de</strong> da mulher.<br />

Foram coletados dados <strong>de</strong> anamnese <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 139 prontuários, e armazenados em planilha eletrônica. Critérios <strong>de</strong> inclusão: mulheres<br />

que procuraram o serviço ginecológico <strong>de</strong> duas unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, atendidas pelos estudantes. Critérios <strong>de</strong> exclusão:<br />

mulheres grávidas e as não atendidas pelos acadêmicos. Resultados: As usuárias atendidas nas UBS, em sua maioria têm entre 20 e 49<br />

anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (78.4%), são do lar (53.2%), cursaram o 1º grau (62.6%), e tiveram um companheiro (71.2%). Apenas 14.3% <strong>de</strong>las são tabagistas,<br />

contrastando com 76.2% que informaram etilismo na pesquisa dos hábitos <strong>de</strong> vida. A maior parte (77%) referiu coitarca na adolescência,<br />

teve apenas um parceiro sexual (44%), possui até 3 filhos (59%), teve parto vaginal (68%) e amamentou (73%). O principal motivo<br />

da consulta foi realização <strong>de</strong> exame citológico (34%), seguido <strong>de</strong> dor pélvica (17%) e corrimento vaginal (14%), embora este estivesse<br />

presente em 54% dos casos. Conclusões: As usuárias do presente estudo procuraram os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> principalmente para<br />

realizar citologia oncológica. A coitarca precoce e elevada freqüência <strong>de</strong> corrimento vaginal tornam as mulheres <strong>de</strong>ste estudo mais<br />

expostas a doenças sexualmente transmissíveis.<br />

Desafios do Desenvolvimento <strong>de</strong> Ações <strong>de</strong> Educação e Comunicação como Meio <strong>de</strong><br />

Promoção a Saú<strong>de</strong> em Comunida<strong>de</strong> Carente da Periferia <strong>de</strong> Maceió, AL<br />

Sales, RF 38<br />

Alencar, NRA 38<br />

Flores, LGCT 38<br />

Almeida, SB 38<br />

Lins, JCPS 38<br />

Silva, MEB 38<br />

Introdução: Aampliação da autonomia, das capacida<strong>de</strong>s e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escolha das pessoas, é a categoria central e o critério<br />

<strong>de</strong>finidor da atuação em promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Um dos caminhos para tal é o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> práticas educativas libertadoras na<br />

qual existe a participação ativa da comunida<strong>de</strong>, que proporciona informação, e aperfeiçoa as atitu<strong>de</strong>s indispensáveis para a vida e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da solidarieda<strong>de</strong> e cidadania. Objetivos: Gerar o entendimento por parte dos alunos do papel da comunida<strong>de</strong> como su-<br />

37 Universida<strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil.<br />

38 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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jeito não como objeto das ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolver a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saber se comunicar e realizar ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong><br />

com vista à promoção a saú<strong>de</strong>. Métodos: Durante o período <strong>de</strong> março a junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, alunos do 3º período da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas realizaram oito ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação e comunicação em saú<strong>de</strong> nas comunida<strong>de</strong>s Freitas Neto e<br />

Selma Ban<strong>de</strong>ira, na disciplina Saú<strong>de</strong> e Socieda<strong>de</strong> III. Os temas abordados foram: Higiene Corporal, Drogas, Gravi<strong>de</strong>z na Adolescência,<br />

Doenças Sexualmente Transmissíveis, Hipertensão/Diabetes, Pré-Natal, Vida Saudável/Controle do Tabagismo e Dengue. A análise<br />

foi feita com base na participação nestas ativida<strong>de</strong>s, em rodas <strong>de</strong> conversa e na leitura dos diários <strong>de</strong> campo preenchidos pelos acadêmicos.<br />

Resultados: A crescente motivação dos estudantes <strong>de</strong> medicina na execução <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s em saú<strong>de</strong> pública e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> uma relação horizontal entre os alunos e a comunida<strong>de</strong>. Conclusão: A realização <strong>de</strong> ações educativas e comunicativas a<strong>de</strong>quadas é<br />

fundamental no <strong>de</strong>senvolvimento da autonomia da população sobre suas condições <strong>de</strong> vida. A inserção dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina<br />

nesta realida<strong>de</strong> favorece a formação humanizada, crítica e construtiva. Deixamos como reflexão que educar não é um ato <strong>de</strong> doação <strong>de</strong><br />

conhecimento, mas um processo que se realiza no contato do homem com o mundo vivenciado, reconhecendo neste o seu papel.<br />

Integração da Aprendizagem e Integralida<strong>de</strong> da Saú<strong>de</strong> no SUS<br />

Scussel Jr, S 39<br />

Introdução:fundamentadonasDCNetendocomoreferencialaconstruçãodoperfil,inserimososalunos<strong>de</strong>s<strong>de</strong>oprimeiroperíodo<br />

na unida<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> municipal conveniada, campo <strong>de</strong> prática dos cursos da área da saú<strong>de</strong> que ali atuam <strong>de</strong> forma interdisciplinar<br />

<strong>de</strong>ntro do SUS, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano 2000. Objetivo:refletir sobre a experiência com alunos do quarto período médico na prática em ubs e<br />

com equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família visando a integralida<strong>de</strong> da atenção à saú<strong>de</strong> no acolhimento, em seguimentos domiciliares e junto ao<br />

grupo <strong>de</strong> envelhecimento saudável. Métodos: pesquisa participante utilizando ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> campo, relatos <strong>de</strong> experiência, construção<br />

<strong>de</strong> histórias clinicas, grupos <strong>de</strong> discussão e seminários <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004.Os alunos são divididos em cinco turmas com prática semanal; uma<br />

turma para cada dia da semana e permanecem por todo o semestre na mesma ativida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> vínculo e responsabilização.<br />

No acolhimento, participam da organização da <strong>de</strong>manda espontânea aplicando os princípios doutrinários e organizativos do<br />

SUS; no grupo do envelhecimento saudável trabalham em equipe interdisciplinar em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong>; e, no seguimento<br />

domiciliar, <strong>de</strong>senvolvem a técnica <strong>de</strong> visita planejada e constroem a história clinica <strong>de</strong> pessoa moradora do bairro e cadastrada<br />

na ESF com condição crônica complexa. O foco não está na ativida<strong>de</strong> em si, mas na busca da integralida<strong>de</strong> do cuidado. Ao final do semestre,<br />

todos escrevem o relato da experiência segundo a metodologia científica e as diversas experiências são compartilhadas em um<br />

seminário. Resultados:perplexida<strong>de</strong> pela distancia entre o i<strong>de</strong>al e a prática; sofrimento pelas falhas da atenção nas condições crônicas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; comprensão dos problemas da gestão e do trabalho em equipe; percepção e satisfação pela participação pessoal e colaboração<br />

em equipe. Conclusões:a busca pela integralida<strong>de</strong> da atenção permite apren<strong>de</strong>r a ser, a apren<strong>de</strong>r, a conviver a fazer e a conhecer.<br />

Análise do Grau <strong>de</strong> Satisfação dos Pacientes, com a Inserção Precoce dos Alunos <strong>de</strong><br />

Medicina na Comunida<strong>de</strong><br />

Nunes, RJA 40<br />

Lucena, PAF 41<br />

Araujo, IM 40<br />

Santos, RF 42<br />

Introdução: A introdução precoce do aluno <strong>de</strong> medicina nos ambientes <strong>de</strong> prática, sempre foi vista por docentes e discentes<br />

como positivo, além disso, essa medida foi estimulada após a reforma curricular proposta pelo MEC para os cursos médicos. Na<br />

FAMENE (Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Nova Esperança) a vivência no SUS é feita <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro semestre e, neste trabalho propusemos a<br />

avaliação pelo usuário do SUS sob esta inserção precoce. Objetivos: O objetivo da pesquisa foi promover uma analise a partir da percepção<br />

dos pacientes, quanto a inserção precoce dos alunos <strong>de</strong> graduação em medicina na atenção primaria à saú<strong>de</strong>, junto a equipe <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> da família. Métodos: A analise foi feita a partir da aplicação <strong>de</strong> um questionário com quatro questões, pesquisa essa <strong>de</strong> caráter<br />

quantitativo, o mesmo foi aplicado aos pacientes <strong>de</strong> 70 famílias que são atendidas na USF(Centro) do município <strong>de</strong> Cabe<strong>de</strong>lo-PB, pes-<br />

39 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Uberaba, Uberaba, MG, Brasil.<br />

40 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Nova Esperança, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

41 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

42 Universida<strong>de</strong> Estadual da Paraíba, Campina Gran<strong>de</strong>, PB, Brasil.<br />

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quisa essa aplicada durante o mês <strong>de</strong> Junho/<strong>2009</strong> após o encerramento do semestre letivo. Resultados: Os resultados obtidos foram<br />

que 100% das famílias avaliam como muito importante a presença dos alunos na comunida<strong>de</strong>. Assim como 100% <strong>de</strong>las não se sente incomodadas<br />

com as visitas em seu domicilio. E quanto a melhora no atendimento da USF após a inserção dos alunos, apenas 28,5% das<br />

famílias admitiram perceber uma melhora, enquanto 71,5% não percebeu nenhuma melhora. Conclusão: Diante do exposto, fica evi<strong>de</strong>nte<br />

que à comunida<strong>de</strong> acha positivo a participação dos alunos no ambiente <strong>de</strong> prática, assim como não se sentiram incomodados<br />

com a presença dos mesmo. Mas ao exporem a não melhora na atenção à saú<strong>de</strong> após a participação dos alunos, nos faz refletir que as<br />

instituições <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>vem participar <strong>de</strong> forma mais ativa com às equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, no intuito <strong>de</strong> melhorar o atendimento prestado.<br />

Ativida<strong>de</strong> Coletiva em Sala <strong>de</strong> Espera <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> sobre o Exame<br />

Preventivo Citológico com Gestantes, um Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Júnior, HMO 43<br />

Me<strong>de</strong>iros, AUR 43<br />

Arbati, AMC 43<br />

Sousa, TVV 43<br />

Introdução: com a inserção precoce do estudante <strong>de</strong> medicina nas unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, muitas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino são elaboradas<br />

para integração acadêmica nas funções típicas da atenção primária; sendo o trabalho coletivo uma vertente importante <strong>de</strong>vido a associação<br />

com a prevenção <strong>de</strong> doenças nas comunida<strong>de</strong>s.Objetivo: compreen<strong>de</strong>r o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> trabalho coletivo dos estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

com gestantes na atenção básica. Metodologia: realizou-se uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> espera, enfatizando-se a realização do exame preventivo<br />

citologia cérvico-vaginal por gestantes, em sala <strong>de</strong> espera da unida<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Maria <strong>de</strong> Nazaré, no município <strong>de</strong> João Pessoa;<br />

com a participação ativa <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina e gestantes da comunida<strong>de</strong>. Resultados: como parte dos trabalhos coletivos na atenção<br />

básica, os estudantes <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>senvolveram uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> espera sobre a prevenção <strong>de</strong> agravos a saú<strong>de</strong> da mulher gestante,<br />

relacionados ao exame citológico cérvico-vaginal. Nos pródomos da ativida<strong>de</strong>, buscamos coletar saberes populares e experiências <strong>de</strong> mulheres<br />

com gestações anteriores, para a consolidação <strong>de</strong> informações que seriam apresentadas ulteriormente. Sendo uma prática <strong>de</strong> contato direto<br />

com grupo <strong>de</strong> pacientes, estivemos envolvidos na construção da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lidar com a saú<strong>de</strong> preventiva ligada a trabalhos comunitários<br />

e a educação em saú<strong>de</strong>, apren<strong>de</strong>ndo sobre os meios para ligar os pacientes aos objetivos coletivos da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Conclusão: oenvolvimento<br />

com práticas coletivas em grupos <strong>de</strong> gestantes são importantes para o aprendizado do acadêmico em lidar com os saberes populares<br />

e o processo contínuo <strong>de</strong> cuidado e prevenção aos agravos a saú<strong>de</strong> na atenção primária. Sendo enfatizado ao futuro médico, a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> apoiar os clientes na tentativa <strong>de</strong> busca por melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Problematização sobre o Manejo da Tuberculose na Atenção Básica com<br />

Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, uma Experiência<br />

Júnior, HMO 44<br />

Sousa, TVV 44<br />

Cunha, CVL 44<br />

Arbati, AMC 44<br />

Introdução: a integração entre agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e estudantes <strong>de</strong> medicina no trabalho coletivo nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> é fundamental para a construção multiprofissional do acadêmico e no acompanhamento familiar da tuberculose. Objetivos:<br />

compreen<strong>de</strong>r a efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discussões e a permuta <strong>de</strong> saberes sobre tuberculose entre estudantes <strong>de</strong> medicina e agentes comunitários<br />

na atenção básica. Metodologia: como proposta <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> coletiva dos estudantes <strong>de</strong> medicina, foi formado um grupo <strong>de</strong> discussão<br />

com os agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> sobre o tema tuberculose, na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Vila Saú<strong>de</strong>, no Município <strong>de</strong> João Pessoa-PB.<br />

Resultados: o <strong>de</strong>senvolvimento da ativida<strong>de</strong> coletiva com agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (ACS) teve uma evolução produtiva, através<br />

da coleta <strong>de</strong> experiências e dúvidas dos ACS sobre o manejo <strong>de</strong> famílias acometidas pela tuberculose na atenção básica. Aênfase na bus-<br />

43 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

44 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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ca ativa e no trabalho multidisciplinar para consolidar a a<strong>de</strong>são ao tratamento <strong>de</strong>ssa moléstia foram os principais focos <strong>de</strong> discussão e<br />

que nos direcionaram para a problematização através <strong>de</strong> casos em famílias da própria comunida<strong>de</strong>. Partimos da troca <strong>de</strong> saberes e experiências<br />

entre estudantes e profissionais, elaborando novos paradigmas para lidar com uma doença, <strong>de</strong> impacto familiar, cujo principal<br />

problema é a falta <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são ao tratamento. Conclusão: aênfasenaintegraçãodofuturomédicocomosprofissionaisdoSUSenas<br />

práticas coletivas do estudante é fundamental para <strong>de</strong>senvolver a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> combater as moléstias associadas às condições sociais,<br />

tendo um enfoque direto nas famílias através do trabalho dos agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Experiência <strong>de</strong> Ação Intervencionista no Bairro Parque Vitória Régia – Sorocaba, SP<br />

Sales, NH 45<br />

Moda, M 45<br />

Leonato, DD 45<br />

Campagnone, WO 45<br />

Introdução: No curso <strong>de</strong> medicina da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> da Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo,<br />

alunos do segundo ano são inseridos em áreas carentes do município <strong>de</strong> Sorocaba a fim <strong>de</strong> conhecer o funcionamento das Unida<strong>de</strong>s<br />

Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e realizar visitas domiciliares. A partir <strong>de</strong> suas vivências, 24 alunos introduzidos no bairro Parque Vitória Régia realizaram<br />

um levantamento <strong>de</strong> dados sobre aci<strong>de</strong>ntes domésticos. Objetivo: Relatar a experiência da elaboração <strong>de</strong> um projeto estatístico e<br />

intervencionista na atenção primária. Métodos: Foi proposta pelos preceptores a realização <strong>de</strong> um estudo transversal no qual se optou<br />

pela aplicação <strong>de</strong> um inquérito domiciliar sobre aci<strong>de</strong>ntes domésticos na população local. Durante os meses <strong>de</strong> junho, agosto e setembro<br />

do ano <strong>de</strong> 2008 aplicou-se um questionário para obtenção <strong>de</strong> dados como: i<strong>de</strong>ntificação do informante (nome, sexo, ida<strong>de</strong>, telefone e<br />

relação com o aci<strong>de</strong>ntado); características da residência; informações sobre o aci<strong>de</strong>ntado (ida<strong>de</strong>, Estado <strong>de</strong> nascimento, raça, estado civil,<br />

escolarida<strong>de</strong> e situação no mercado <strong>de</strong> trabalho) e distinção dos tipos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes. A informação só foi colhida em aci<strong>de</strong>ntes que<br />

ocorreram <strong>de</strong>ntro dos últimos dois anos. Resultados: A partir dos 86 questionários pô<strong>de</strong>-se constatar que 62,8% dos aci<strong>de</strong>ntados eram<br />

do sexo masculino. Afaixa etária predominante foi <strong>de</strong> 21 a 30 anos. Os aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> maior incidência foram: 45,6% provenientes <strong>de</strong> quedas,<br />

24,6% relacionados a queimaduras e 17,5% relacionados a cortes. Desses aci<strong>de</strong>ntados, 62,5% procuraram atendimento médico. Finalmente,<br />

cartilhas ilustrativas, abordando os três principais aci<strong>de</strong>ntes encontrados, foram confeccionadas e distribuídas na comunida<strong>de</strong>.<br />

Conclusões: Pô<strong>de</strong>-se exercitar a elaboração <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> campo, com a compreensão <strong>de</strong> sua dinâmica e dificulda<strong>de</strong>s. O acesso<br />

<strong>de</strong> estudantes em uma ação intervencionista através do contato com uma realida<strong>de</strong> diferente daquela encontrada nos cenários <strong>de</strong><br />

ensino tradicional proporcionou uma rica experiência acadêmica.<br />

Relato da Experiência <strong>de</strong> Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina da Unochapecó em Ministrar Palestras<br />

Sobre Educação Sexual para a Comunida<strong>de</strong><br />

Daga, SR46 Szepilowski, A46 Biazi, CL46 Santin, E<br />

Fernan<strong>de</strong>s, L46 Nardi, A46 Introdução: Segundo o DATASUS, no Brasil, o parto representa a primeira causa <strong>de</strong> internação <strong>de</strong> meninas no sistema público<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Em Chapecó, <strong>de</strong> janeiro/2008 à abril/<strong>2009</strong> foram internadas, por este motivo, 47 meninas <strong>de</strong> 10-14 anos e 802 <strong>de</strong> 15-19 anos.<br />

Além disso, a incidência <strong>de</strong> AIDS também vêm crescendo no município. Ciente <strong>de</strong>ssa problemática, e por estar convivendo com situações<br />

acima expostas, a direção da Escola <strong>de</strong> Educação Básica Druziana Sartori (EEBDS) solicitou palestras informativas para seus alunos.<br />

Objetivos: Informar os jovens a respeito <strong>de</strong> sexo, sanando suas dúvidas, ensinando-lhes a que estão sujeitos em uma relação <strong>de</strong>s-<br />

45 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

46 Universida<strong>de</strong> Comunitária Regional <strong>de</strong> Chapecó, Chapecó, SC, Brasil.<br />

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protegida e mostrando-lhes artifícios para sua proteção. Metodologia: Acadêmicos se dispuseram a preparar palestras sobre: gravi<strong>de</strong>z<br />

na adolescência, métodos contraceptivos e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) para ministrar aos estudantes da EEBDS, com<br />

ida<strong>de</strong>s entre 15-18 anos. Foi realizada uma revisão bibliográfica e montou-se uma apresentação fundamentada em explanação teórica e<br />

<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> como <strong>de</strong>vem ser colocados os preservativos masculino e feminino. Posteriormente foi aplicado um questionário a 41<br />

alunos. Resultados: Observou-se que 78% eram sexualmente ativos e 39% iniciaram ativida<strong>de</strong> sexual antes dos 15 anos. O método <strong>de</strong><br />

excelência usado na primeira relação foi o preservativo masculino (56,1%) e 17,1% não usaram nenhum método. Aproximadamente<br />

10% revelaram já ter engravidado ou estar grávida. Conclusão: Tendo em vista que os jovens, atualmente, estão iniciando a vida sexual<br />

cada vez mais cedo, ressalta-se o fato <strong>de</strong> atuarmos na prevenção <strong>de</strong> DSTs, gravi<strong>de</strong>z precoce e aborto. Portanto, a inserção dos acadêmicos<br />

<strong>de</strong> medicina na comunida<strong>de</strong> trás benefícios para ambas as partes, pois se trata <strong>de</strong> um meio <strong>de</strong> levar informações qualificadas aos<br />

cidadãos e ainda contribui para a formação médica no sentido <strong>de</strong> preparar melhor os alunos em sua inserção comunitária, além <strong>de</strong><br />

estimular o estudo, pesquisa e atualização dos mesmos.<br />

Epi<strong>de</strong>miologia: Aproximação do Acadêmico <strong>de</strong> Medicina à Realida<strong>de</strong> da Tuberculose no<br />

Município <strong>de</strong> Manaus<br />

Freire, CHL 47<br />

Oliveira, AA 47<br />

Batista, KKS 47<br />

Freire, MAC 47<br />

Alves, BQ 47<br />

Rocha, RCF 47<br />

Introdução: A disciplina <strong>de</strong> Epi<strong>de</strong>miologia do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas é um curso prático-teórico<br />

com ênfase na aproximação do estudante à re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e conhecimento da realida<strong>de</strong> do Estado e município <strong>de</strong> Manaus.<br />

Nesse contexto, a tuberculose teve total atenção pelos estudantes juntamente à Policlínica Pública Cardoso Fontes. Em conjunto<br />

foi traçado o perfil epi<strong>de</strong>miológico no município <strong>de</strong> Manaus nos anos <strong>de</strong> 2006, 2007 e 2008. Objetivo: Adquirir conhecimento prático<br />

em concordância com o sistema público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e traçar o perfil epi<strong>de</strong>miológico da tuberculose em Manaus anos <strong>de</strong> 2006, 2007 e 2008.<br />

Métodos: Foram feitas visitas à policlínica, que é referência em pneumologia sanitária, num período <strong>de</strong> quatro semanas, o que possibilitou<br />

a aproximação e o contato com pacientes infectados. Semanalmente eram ministradas palestras sobre a doença seguidas <strong>de</strong> discursão<br />

<strong>de</strong> casos entre os alunos. Nesse mesmo período, os alunos acompanharam entrevistas e triagem <strong>de</strong> pacientes, avaliações físicas e<br />

toda a sistemática <strong>de</strong> exames para diagnostico. Também houve acesso ao banco <strong>de</strong> dados, o que possibilitou fazer o levantamento <strong>de</strong><br />

dados, avaliar e traça o perfil epi<strong>de</strong>miológico do município <strong>de</strong> Manaus. Resultados: Foi realizado o levantamento <strong>de</strong> dados e se constatou<br />

1474 casos <strong>de</strong> tuberculose em 2006; 1423 em 2007; e 1657 em 2008. Mesmo com uma estrutura especializada e uma equipe bem treinada,<br />

campanhas <strong>de</strong> divulgação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> combate houve aumento <strong>de</strong> 183 casos em 2008 em relação a 2006.<br />

A<strong>de</strong>mais, o número <strong>de</strong> recidivas da doença também foi maior 2008 com 101 casos; em 2007, 78; e em 2006, 79 casos. Conclusão: Ainteração<br />

entre estudante <strong>de</strong> medicina e o serviço público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> foi essencial para traçar o perfil epi<strong>de</strong>miológico da Tuberculose em Manaus.<br />

Essa relação é salutar e permite o crescimento tanto acadêmico quanto pessoal.<br />

47 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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O Diferencial da Metodologia Problematizadora e a Integração da Aca<strong>de</strong>mia-Serviço na<br />

Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Ramos, JB 48<br />

Aguiar, MTM 48<br />

De Paula, CCL 48<br />

Silva, MP 48<br />

Maçaranduba, BR 48<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás tem na gra<strong>de</strong> curricular o Caso do Eixo-Teórico-Prático-Integrado,<br />

unida<strong>de</strong> responsável pela operacionalização da metodologia problematizadora apoiada no Arco <strong>de</strong> Maguerez. A experiência<br />

do contato precoce do acadêmico com a comunida<strong>de</strong>, leva à reflexão sobre os principais problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e favorece experiências<br />

<strong>de</strong> trabalho em equipe multidisciplinar. Os acadêmicos <strong>de</strong>senvolvem capacida<strong>de</strong> crítica em relação ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> vigente<br />

e a situação sócio-econômica da população, favorecendo a formação <strong>de</strong> profissionais médicos conscientes da multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores<br />

causadores das doenças. A integração ensino-comunida<strong>de</strong>-serviço tem a função <strong>de</strong> formar profissionais com visão biopsicossocial<br />

do ser humano. Objetivo: Realizar campanha <strong>de</strong> higiene domiciliar aos moradores da Vila Mutirão, bairro do distrito sanitário escola,<br />

como estratégia <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> à luz da alternativa metodológica problematizadora. Métodos: Com base nas cinco etapas do<br />

Arco <strong>de</strong> Maguerez, o ponto <strong>de</strong> partida foi a realida<strong>de</strong> observada pelos acadêmicos, seguido por reflexões, teorizações e hipóteses <strong>de</strong> solução,<br />

finalizando com retorno para o ambiente da prática. Os acadêmicos realizaram visitas domiciliares acompanhados <strong>de</strong> agentes<br />

comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e i<strong>de</strong>ntificaram más condições <strong>de</strong> higiene domiciliar. Após reflexões sobre os <strong>de</strong>terminantes sociais, foram propostas<br />

soluções. A <strong>de</strong>volutiva para a comunida<strong>de</strong> foi através <strong>de</strong> panfletos com orientações sobre o cuidado com a moradia, entregues<br />

durante visitas domiciliares. Resultados: Ao percorrer todas as etapas do Arco, observou-se que os moradores da Vila Mutirão apontaram<br />

conquistas, adotaram novos hábitos e transformaram, mesmo que parcialmente, a realida<strong>de</strong> na qual estão inseridos. Conclusão: A<br />

aplicação da metodologia problematizadora <strong>de</strong>monstrou uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atuação inovadora, sendo o diferencial na<br />

conscientização da comunida<strong>de</strong> pela ação transformadora no período <strong>de</strong> pré-patogenicida<strong>de</strong> dos hábitos diários dos moradores. O<br />

processo ação/reflexão/ação foi materializado, levando a prática médica a um contexto social e conscientizando futuros médicos com<br />

visão diferenciada da Medicina.<br />

O Ensino Medico da Universida<strong>de</strong> Potiguar e a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: Construindo<br />

Maquetes <strong>de</strong> Microáreas em Parque Industrial, Parnamirim/RN<br />

Paiva, EMTM 49<br />

Santos, MSRA 50<br />

Soares, IFN 51<br />

Introdução: Na ESF, territorialização e mapeamento <strong>de</strong> microáreas facilita o planejamento e ações em saú<strong>de</strong>, ajudando na integração<br />

ensino-serviço. Objetivos: Conhecer a microárea <strong>de</strong> cada ACS e contribuir para a atualização do mapa, i<strong>de</strong>ntificar e visualizar equipamentos<br />

sociais e áreas <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong>, valorizar o trabalho do ACS e ensino-aprendizagem, fomentar o trabalho em equipe e a socialização multiprofisional.<br />

Métodos: De natureza qualitativa <strong>de</strong>scritiva, integra o Programa <strong>de</strong> Aprendizagem em Atenção Básica em práticas <strong>de</strong> inserção do<br />

aluno na comunida<strong>de</strong>, conforme PPC-Medicina/Institucional e Diretrizes Curriculares/MEC. Percorreu-se e registraram-se ruas, equipamentos<br />

sociais, referenciais comunitários da Área 34, Parque Industrial, Parnamirim/RN, em 2008-<strong>2009</strong>, sem preocupações com exatidão<br />

matemáticas ou proporcionalida<strong>de</strong>s. Comparou-se esboço às imagens ópticas obtidas por satélite (Google Earth), e com a planta cadastral da<br />

cida<strong>de</strong>. Foi construído o elemento cartográfico tridimensional, informativo e didático, na forma <strong>de</strong> maquete, da microárea <strong>de</strong> responsabilida-<br />

48 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiana, GO, Brasil.<br />

49 Universida<strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil; Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil; Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte,<br />

Mossoró, RN, Brasil.<br />

50 Universida<strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil.<br />

51 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Paranamirim, Parnamirim, RN, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> do ACS. Resultados: O mapeamento coletivo vem facilitando relações interpessoais e <strong>de</strong> planejamento ensino-serviço em Atenção Básica,<br />

naquela UBS. No último ano, o mapeamento foi trabalhado em forma <strong>de</strong> maquete, enfatizando referenciais comunitários associados à <strong>de</strong>marcação<br />

territorial do ACS, facilitando o planejamento <strong>de</strong> ações em saú<strong>de</strong>, i<strong>de</strong>ntificando locais para atuação do aluno e o interesse ensino-aprendizagem,<br />

em microárea <strong>de</strong>finida. Valorizou-se o trabalho do ACS e a atualização do seu mapa, conforme o PACS. Conclusões: O<br />

mapeamento <strong>de</strong> microáreas é importante ferramenta para o planejamento <strong>de</strong> ações em saú<strong>de</strong>, facilita o trabalho do ACS e da equipe multiprofissional,<br />

e estabelece melhorias nas relações ensino-serviço. Na construção <strong>de</strong> maquetes, utilizaram-se elementos cartográficos tridimensional,<br />

informativo e didático. É incentivador para o ACS, ter valorizado o seu trabalho, ver sua microárea em maquete, apontando-se para<br />

um <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> forma objetiva e organizada. Aconstrução <strong>de</strong> maquete ajuda na socialização e integração ensino-serviço dos alunos, e no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suas habilida<strong>de</strong>s manuais.<br />

A Visita Domiciliar como Estratatégia <strong>de</strong> Integração da Aca<strong>de</strong>mia com a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviços<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Elias, TGA 52<br />

Rezen<strong>de</strong>, RMD 52<br />

Lima, APL 52<br />

Martins, LC 52<br />

Carvalho, GS 52<br />

Introdução: Enten<strong>de</strong>ndo o território como local <strong>de</strong>limitado e constituído por relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e com formas diversificadas <strong>de</strong><br />

enfocar o seu uso através <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais complexas, a Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família (ESF) tem, na visita domiciliar, uma importante ação<br />

voltada para este vínculo e a compreensão <strong>de</strong> territorialida<strong>de</strong>. A inserção precoce do acadêmico da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás<br />

(UCG) no contexto social cumpre a estratégia <strong>de</strong> vivenciar as políticas públicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, em parceria com o trabalho multiprofissional<br />

da ESF, atentos aos <strong>de</strong>terminantes e situações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>. Objetivo: Descrever os benefícios da visita domiciliar realizada<br />

pelos acadêmicos <strong>de</strong> medicina da UCG, como proposta <strong>de</strong> interação aca<strong>de</strong>mia e serviço. Métodos: No <strong>de</strong>senvolvimento do Módulo III,<br />

terceiro semestre do curso, uma das <strong>de</strong>mandas propostas foi a realização <strong>de</strong> visitas domiciliares na Região Noroeste <strong>de</strong> Goiânia. De<br />

acordo com essa metodologia, mensalmente, cada Agente Comunitário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, acompanhou três acadêmicos em visitas domiciliares<br />

(VD). Resultados: Este estudo evi<strong>de</strong>nciou que a VD é um instrumento <strong>de</strong> compreensão do viver familiar que permite ao profissional<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ao acadêmico estarem mais próximos das famílias, possibilitando conhecer e interpretar o modo <strong>de</strong> vida, cultura, crenças e<br />

padrões <strong>de</strong> comportamento. Permitiu a avaliação dos fatores <strong>de</strong>terminantes da saú<strong>de</strong> daquela população. Assim, os acadêmicos em<br />

parceria com os profissionais do serviço foram capazes <strong>de</strong> programar ações para o controle das doenças <strong>de</strong> forma mais efetiva e resolutiva.<br />

Conclusões: A intervenção na pré-patogenicida<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias voltadas à universalida<strong>de</strong>, integralida<strong>de</strong> e<br />

equida<strong>de</strong> na promoção da saú<strong>de</strong>, são princípios doutrinários para a saú<strong>de</strong> das coletivida<strong>de</strong>s. A VD quando indicada como método<br />

curricular, traz benefícios educacionais, assistenciais e para pesquisa. O trabalho em equipe multiprofissional e interdisciplinar, no<br />

mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial, favorece a formação <strong>de</strong> profissionais éticos, humanísticos e compromissados com as realida<strong>de</strong>s sociais.<br />

Parasitose em Crianças: Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Prevenção e Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Espósito, ACC 53<br />

Lousada, APM 54<br />

Miguel, AC 54<br />

Garcia, VL 54<br />

Introdução: Higiene é temática recorrente da educação em saú<strong>de</strong>, sendo essencial à sua abordagem a interação entre dimensões<br />

família e escola, seja para prática do cuidado, ou construção da formação/conhecimento nessa área. A integração entre as disciplinas<br />

Parasitologia e Interação Universida<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>-Comunida<strong>de</strong> permitiu análise holística do tema: daquela se obteve diagnóstico dos níve-<br />

52 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

53 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Botucatu, SP, Brasil.<br />

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is <strong>de</strong> parasitoses e <strong>de</strong>ssa, reflexão sobre o tema e posterior atuação na comunida<strong>de</strong>. Objetivo: Realizar exames coprológicos em crianças<br />

- dois a seis anos -, em duas creches (interior <strong>de</strong> São Paulo), e promover ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> com essas e suas mães. Metodologia:<br />

Distribuiu-se 180 kits <strong>de</strong> exames às famílias que a<strong>de</strong>riram à proposta. Na análise, utilizou-se método Faust et al. (diluição, homogeneização,<br />

filtração, centrifugação, preparação e análise das lâminas). Emitiram-se laudos e encaminhou-se crianças parasitadas à<br />

Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS). Aetapa posterior – prevenção primária em higiene pessoal, parasitoses e hábitos alimentares saudáveis<br />

– <strong>de</strong>u-se por ativida<strong>de</strong>s lúdicas com as crianças e roda <strong>de</strong> conversa com mães. Resultados: Retornaram 102 kits: quatorze positivos<br />

para seis diferentes parasitoses. As porcentagens encontradas confirmam a literatura. Nas ativida<strong>de</strong>s com crianças abordou-se promoção<br />

da saú<strong>de</strong>, utilizando-se o lúdico, indicando incorporação <strong>de</strong> várias atitu<strong>de</strong>s positivas da temática abordada. Com mães, rodas <strong>de</strong><br />

conversa, respeitando e compartilhando o saber, propiciaram discutir práticas e necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Conclusão: Intervir no processo<br />

saú<strong>de</strong>-doença <strong>de</strong> parasitoses exige ações em parceria e <strong>de</strong> construção do conhecimento junto à comunida<strong>de</strong>. Mesmo pontual, exames<br />

coprológicos foram forma <strong>de</strong> promover prevenção secundária, sendo uma parceria universida<strong>de</strong>-comunida<strong>de</strong> importante na<br />

aprendizagem, integração com UBS e melhoria das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da área. Aprevenção primária promoveu conhecimento mútuo<br />

dialogicamente: a criança/adulto constrói seu conceito, quando relaciona-se nas brinca<strong>de</strong>iras/conversa e o graduando enten<strong>de</strong> a visão<br />

da comunida<strong>de</strong> do tema. Recomenda-se estruturação <strong>de</strong> programa sistemático <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> nas creches.<br />

Abordagem do Alcoolismo nos Períodos Iniciais da Formação Médica: Construção do<br />

Campo e Desconstrução <strong>de</strong> Estigmas<br />

Fernan<strong>de</strong>z, VS 54<br />

Koifman, L 54<br />

Introdução: O abuso <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas substâncias pelo homem têm alcançado proporções <strong>de</strong>strutivas e <strong>de</strong>sagregadoras. Políticas<br />

<strong>de</strong> controle e prevenção às drogas vêm sendo planejadas e implantadas diante dos números alarmantes divulgados por pesquisas<br />

nacionais e internacionais. Este alarme diz respeito não só ao quantitativo maior <strong>de</strong> sujeitos usuários, mas também ao reconhecimento<br />

das conseqüências diretas (co-morbida<strong>de</strong>s) e indiretas (violência, aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito) do consumo exacerbado. Diante da caracterização<br />

do alcoolismo como uma questão <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, o tema foi inserido como assuntos da disciplina Trabalho <strong>de</strong> Campo Supervisionado<br />

1 do curso <strong>de</strong> Medicina da UFF, visando, entre outras coisas, discutir as diferentes formas <strong>de</strong> inserção, utilização e <strong>de</strong>stinação (cultural,<br />

religiosa, terapêutica) <strong>de</strong> bebidas alcoólicas em grupos sociais numa perspectiva sócio-histórica; influências no comportamento<br />

contemporâneo; o impacto da <strong>de</strong>pendência do álcool na saú<strong>de</strong> pública; medidas governamentais para prevenção e tratamento; mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> tratamento. Objetivos: Discutir relevância e viabilida<strong>de</strong> da abordagem do assunto nos períodos iniciais da formação médica em<br />

disciplina específica. Métodos: Relato <strong>de</strong> construção do campo e articulação com re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> Niterói e organizações afins participantes<br />

das ativida<strong>de</strong>s da disciplina, análise dos trabalhos <strong>de</strong> conclusão da disciplina apresentados pelos alunos. Resultados: Apreensão<br />

dos principais eixos da discussão por parte dos grupos <strong>de</strong> alunos; possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negociação com a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e organizações<br />

afins; materialização da proposta <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> danos ainda controversa entre alguns profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Conclusões:<br />

Aanálise <strong>de</strong>monstrou viabilida<strong>de</strong> e relevância da discussão no início da formação médica como estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconstrução do estigma<br />

social a que pacientes <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> álcool geralmente estão sujeitos, principalmente em serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Espera-se contribuir para<br />

reflexão <strong>de</strong> tratamento e acolhimento afastado <strong>de</strong> juízos morais, estimulando a participação do paciente no tratamento, com vistas à<br />

melhora da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e prevenção <strong>de</strong> outras doenças.<br />

54 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

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Avaliação <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Infantil e Desempenho Escolar em uma Instituição <strong>de</strong> Ensino do<br />

Distrito Fe<strong>de</strong>ral: uma Proposta do Eixo Educacional Interação<br />

Ensino-Serviços-Comunida<strong>de</strong> – IESC<br />

Barbosa, ECH55 Andra<strong>de</strong>, SC55 Oliveira Júnior, JM55 César, BN55 Deus, JA55 Lima, BO55 Introdução: a infância é um período importante para a formação sociocultural e psíquica do ser humano. O ambiente escolar<br />

configura, assim, um local <strong>de</strong> relevante influência sobre as perspectivas <strong>de</strong> futuro do estudante. AEscola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong><br />

valoriza a promoção <strong>de</strong> ações básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, integrando os acadêmicos ao nível primário <strong>de</strong> atenção pelo eixo educacional IESC.<br />

Objetivo: observar aspectos da saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> escolares <strong>de</strong> Sobradinho II - DF, correlacionando-os a fatores que influenciem o<br />

<strong>de</strong>sempenho escolar. Desenvolver ações para o saneamento das principais carências i<strong>de</strong>ntificadas. Metodologia: foi utilizada a metodologia<br />

<strong>de</strong> problematização, segundo o Arco <strong>de</strong> Maguerez. O grupo-alvo foi selecionado aleatoriamente pela diretora da escola. A observação<br />

da realida<strong>de</strong> ocorreu por meio da aplicação <strong>de</strong> questionário estruturado que procurou avaliar a saú<strong>de</strong> física, mental e social da<br />

criança. Resultados: o grupo-alvo continha 33 crianças entre nove e treze anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Aanálise dos dados <strong>de</strong>monstrou que 53,1 % <strong>de</strong>las<br />

possuíam baixa acuida<strong>de</strong> visual, segundo a Escala Optométrica <strong>de</strong> Snellen. Aimportância <strong>de</strong>ste dado <strong>de</strong>terminou sua escolha como<br />

ponto chave do trabalho. Nesta ocasião, os acadêmicos foram informados <strong>de</strong> que o grupo-alvo era composto por escolares com dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> aprendizado. Um oftalmologista ratificou os resultados, realizando um exame minucioso em <strong>de</strong>zoito crianças, prescrevendo<br />

óculos para nove e encaminhando outras duas para acompanhamento hospitalar avançado. Os estudantes contaram com a ajuda <strong>de</strong><br />

uma óptica, que se propôs à manufatura <strong>de</strong> óculos que foram entregues posteriormente. Conclusões: os resultados do trabalho seguiram<br />

a tendência observada na revisão bibliográfica, que relaciona déficit visual e baixo <strong>de</strong>sempenho escolar. Foi possível elucidar<br />

causas e oferecer soluções a pais e educadores a fim <strong>de</strong> sanar o déficit <strong>de</strong> aprendizagem. A imersão dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina na<br />

comunida<strong>de</strong> local <strong>de</strong>sperta, assim, o interesse pela promoção básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

O Projeto Hiper(Sem)Tensão e a A<strong>de</strong>são às Condutas Preventivas e Terapêuticas<br />

Campos JS56 Cavalcante FPG56 Dantas ML56 Almeida BC56 Farias JM56 Landin BS56 Introdução: A manutenção dos níveis da pressão arterial permanece um <strong>de</strong>safio mundial, pois seu controle <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

complexa relação entre os sistemas humanos. Por ser uma doença cuja maior parte do tempo cursa assintomática, seu diagnóstico e tratamento<br />

são, frequentemente, negligenciados, existindo baixa a<strong>de</strong>são do paciente às orientações medicamentosas, dietéticas ou comportamentais.<br />

UNGARI, 2008, e outros pesquisadores mostram que a ausência <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são ao tratamento ultrapassa 50% dos hipertensos.<br />

O Projeto hiper(sem)tensão, criado com a proposta intervencional <strong>de</strong> esclarecimento à comunida<strong>de</strong> hipertensa, observou parâmetros<br />

que influenciaram na a<strong>de</strong>são dos pacientes às condutas preventivas e terapêuticas. Objetivo: Conhecer a motivação dos hipertensos<br />

para a<strong>de</strong>são às orientações do grupo <strong>de</strong> trabalho. Métodos: Estudo qualitativo realizado por meio <strong>de</strong> entrevistas gravadas, segundo<br />

roteiro <strong>de</strong>finido, na comunida<strong>de</strong> São Vicente <strong>de</strong> Paula com pacientes adscritos à Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, que foram acompanhados,<br />

<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008 a junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, por um grupo <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> Medicina do 3º semestre, integrantes do projeto. Resultados: Acategori-<br />

55 Escola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

56 Faculda<strong>de</strong> Christus, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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zação das entrevistas mostra que os pacientes freqüentam a unida<strong>de</strong>, recebem visitas domiciliares e são bem tratados. As falas evi<strong>de</strong>nciam,<br />

entretanto, insuficiência <strong>de</strong> profissionais vista como empecilho ao diálogo e às orientações por reduzir o tempo <strong>de</strong> contato. “Adiferença<br />

do Posto pra vocês é que no Posto ninguém conversa com ninguém”; “Vocês têm paciência <strong>de</strong> explicar”; “Se o Posto fizesse palestras<br />

como vocês...”; “Eu tinha ansieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e fazer o certo”; “O aprendizado foi fora do sério!”; “Voltei a tomar os remédios”;<br />

“Diminui o sal e a gordura por causa das explicações”. Conclusão: A interligação <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong>termina o baixo nível <strong>de</strong> informações e,<br />

consequentemente, baixa a<strong>de</strong>são às recomendações. Há, portanto, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoiar mais o hipertenso e seus familiares <strong>de</strong> forma<br />

humanizada, oferecendo-lhes esclarecimentos que os motivem a seguir as orientações.<br />

O Discurso do Sujeito Coletivo como Instrumento <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Estratégias <strong>de</strong><br />

Educação em Saú<strong>de</strong> em Comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Baixa Renda <strong>de</strong> Maceió/AL<br />

Lins, JCPS57 Alencar Neto, NR57 Almeida, SB57 Flores, LGCT57 Sales, RH57 Silva, MEB57 Introdução: ODiscursodoSujeitoColetivo(DSC)éummétodoqueconsiste em um conjunto <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> tabulação e<br />

organização <strong>de</strong> dados discursivos, provenientes <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos reais. Trata-se <strong>de</strong> um instrumento <strong>de</strong> pesquisa que visa à obtenção <strong>de</strong><br />

resultados qualitativos. Objetivos: Relatar à percepção <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> Medicina acerca das ativida<strong>de</strong>s educativas com vistas a promoção<br />

a saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolvidas em comunida<strong>de</strong> carente. Métodos: O DSC foi <strong>de</strong>senvolvido a partir <strong>de</strong> reflexões sobre ativida<strong>de</strong>s educativas<br />

<strong>de</strong>senvolvidas na Comunida<strong>de</strong> Freitas Neto, pertencente ao VII Distrito Sanitário <strong>de</strong> Maceió, no período <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Março a 01 <strong>de</strong> Junho<br />

<strong>de</strong> <strong>2009</strong>, em Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da Família e na Escola Estadual Francisco Melo. Aanálise foi baseada na leitura dos diários <strong>de</strong> campo<br />

preenchidos ao final <strong>de</strong> cada ativida<strong>de</strong> contendo os seguintes tópicos: aspectos mais relevantes vivenciados, pontos positivos e negativos,<br />

principais chances <strong>de</strong> aprendizagem, intervenções realizadas, observações adicionais e intervenções sugeridas. Resultados: O<br />

DSC sintetizou as percepções e análises dos alunos sobre as ativida<strong>de</strong>s educativas <strong>de</strong>senvolvidas. Tornou possível avaliar a eficiência e<br />

efetivida<strong>de</strong> das estratégias <strong>de</strong> ensino-aprendizagem realizadas. Apartir dos pontos positivos e negativos dos diários <strong>de</strong> campo <strong>de</strong> cada<br />

intervenção realizada verificamos quais aspectos são válidos e eficientes na aproximação médico-paciente e na construção do conhecimento<br />

coletivo, e quais impe<strong>de</strong>m o <strong>de</strong>senvolvimento a<strong>de</strong>quado das ativida<strong>de</strong>s propostas. Conclusão: O DSC nos permitiu analisar e<br />

criticar <strong>de</strong> maneira construtiva as ativida<strong>de</strong>s educativas <strong>de</strong>senvolvidas na comunida<strong>de</strong> Freitas Neto. As estratégias pedagógicas utilizadas<br />

nas práticas educativas privilegiaram a participação ativa da comunida<strong>de</strong> e dos grupos (gestantes, hipertensos, adolescentes).<br />

Um outro ponto <strong>de</strong>stacado foi a aproximação dos estudantes com a comunida<strong>de</strong>. Tal ocorrência está <strong>de</strong> acordo com as Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina (2001) que objetivam, entre outros requisitos, a gênese <strong>de</strong> um profissional<br />

médico com formação crítica e reflexiva.<br />

57 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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Política <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na Formação Médica<br />

Men<strong>de</strong>s, RRS 58<br />

Santos, RS 58<br />

Silva, DAR 58<br />

Rosário, MS 58<br />

Costa, EA 59<br />

Xavier, RMF 59<br />

Introdução: A disciplina Política <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> é oferecida pelo Instituto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva da UFBA aos alunos do curso médico,<br />

como componente curricular obrigatório. Seu conteúdo abrange a análise da situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e das políticas públicas que buscam dar<br />

resposta aos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> enfrentados pela população brasileira, e inclui o processo <strong>de</strong> reorganização das ações e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Adisciplina contempla a realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> prática em torno da formulação e implementação <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada política <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>. Objetivo: Relatar a experiência <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina, segundo semestre 2008, no <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s práticas<br />

da disciplina Política <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, realizadas com o Programa Nacional <strong>de</strong> Controle da Dengue (PNCD), na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador-BA. Metodologia:<br />

Devido à situação epidêmica da <strong>de</strong>ngue, foi <strong>de</strong>cidido pelo grupo <strong>de</strong>senvolver como ativida<strong>de</strong> prática a análise do PNCD, nos<br />

componentes ações integradas <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>, comunicação e mobilização social, e capacitação <strong>de</strong> recursos humanos. Realizou-se<br />

visitas ao campo e entrevistas com informantes-chave selecionados. Os achados foram analisados comparando-os com objetivosemetasdoprograma.Resultados:<br />

Evi<strong>de</strong>nciou-se a importância da <strong>de</strong>scentralização no combate à <strong>de</strong>ngue e das ações educativas<br />

junto à comunida<strong>de</strong>; i<strong>de</strong>ntificou-se fragilida<strong>de</strong>s e êxitos na implementação do PNCD e necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mudanças e melhoramentos.<br />

Conclusão: Além da avaliabilida<strong>de</strong> do PNCD, a prática possibilitou contato direto com uma política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, exatamente no curso <strong>de</strong><br />

uma situação epidêmica da doença, objeto <strong>de</strong>ssa política. Avivência em campo permitiu <strong>de</strong>bate e reflexão sobre a formulação e a implementação<br />

<strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Aexperiência foi relevante no processo ensino-aprendizagem, aliando conceitos teóricos e práticos.<br />

Tais ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem ser estimuladas, pois favorecem a criação <strong>de</strong> um senso crítico sobre as políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, os <strong>de</strong>safios à sua<br />

implementação, o que po<strong>de</strong>rá influenciar diretamente na vida profissional <strong>de</strong> estudantes, futuros médicos.<br />

Interlocução entre a Formação Médica e os Serviços <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong> Mental: o Olhar<br />

Acadêmico<br />

Vieira, DTC 60<br />

Lessa, FHM 60<br />

Almeida, CVB 60<br />

Introdução: Aformação arraigada em práticas, saberes, valores culturais e sociais já estabelecidos que cercam o olhar ao paciente<br />

psiquiátrico contribui para uma visão distorcida e uma atenção distanciada da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acolhimento e inserção social <strong>de</strong>ste<br />

usuário do sistema público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivos: Favorecer a integração entre os aspectos teóricos e práticos da assistência em saú<strong>de</strong>,<br />

contribuindo com a formação do estudante <strong>de</strong> medicina, inserindo-o no contexto da realida<strong>de</strong> e da reforma psiquiátrica atual no país,<br />

buscando evi<strong>de</strong>nciar aspectos que visam a importância da humanização na Atenção, do contexto familiar e das dificulda<strong>de</strong>s vivenciadas.<br />

Métodos: Discussão <strong>de</strong> material bibliográfico, através <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates em sala <strong>de</strong> aula, norteado pelo componente curricular Integração,<br />

Serviço, Ensino e Comunida<strong>de</strong> – ISEC V em interlocução com visitas ao Centro <strong>de</strong> Atenção Psicossocial (CAPS) em Cabe<strong>de</strong>lo on<strong>de</strong><br />

foram realizadas entrevistas junto às famílias e usuários. Resultados: Questões levantadas quanto à prática médica no contexto da saú<strong>de</strong><br />

mental mostraram a insuficiência na formação <strong>de</strong>ste profissional <strong>de</strong>notando que a lacuna <strong>de</strong>ixada durante a formação acadêmica reflete<br />

na humanização do atendimento e na lenta caminhada junto a Reforma Psiquiátrica. Percebe-se ainda, o papel da família como um<br />

dos pilares <strong>de</strong> apoio no auxilio a conduta terapêutica e ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinstitucionalização hospitalar, favorecendo práticas diferenciadas<br />

frente à realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada paciente e sua reinserção no contexto social. Conclusões: No entanto, a inserção do aluno nesta realida<strong>de</strong><br />

permite uma reflexão crítica sobre o sentido <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, doença e cuidado que norteiam posições pessoais e prática profissional, o que<br />

58 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina. Salvador, BA, Brasil.<br />

59 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia. Instituto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva, Salvador, BA, Brasil.<br />

60 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Nova Esperança, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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epercute na formação acadêmica e no olhar diferenciado quanto à necessida<strong>de</strong> da inserção social do paciente <strong>de</strong> forma a priorizar o<br />

processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sospitalização buscando um sentido para além da terapêutica farmacológica rotulada diante da história da medicina.<br />

Integração Ensino-serviço-comunida<strong>de</strong> Mediada pelo Pró-saú<strong>de</strong>: Um Novo Modo <strong>de</strong><br />

Pensar e Fazer a Prevenção <strong>de</strong> Traumas na Infância<br />

Dal Magro, PS 61<br />

Gomes, LM 61<br />

Pinto, MF 61<br />

Araujo, RR 61<br />

Scherer, JI 61<br />

Barelli, C 61<br />

Introdução: Intoxicações e reações adversas po<strong>de</strong>m provocar danos à saú<strong>de</strong> humana quando agentes tóxicos são ingeridos, inalados<br />

ou absorvidos. Medicamentos, agrotóxicos e domissanitários são os mais prevalentes entre as intoxicações no RS sendo as crianças<br />

mais vulneráveis. Assim, intervenções educativas sobre prevenção <strong>de</strong> traumas relacionados à ingestão/inalação <strong>de</strong> substâncias estranhas<br />

são necessárias. Objetivo: Descrever a experiência dos alunos do 1ºano da Faculda<strong>de</strong> Medicina/UPF, na realização <strong>de</strong> uma oficina<br />

<strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> traumas com alunos <strong>de</strong> 8-9 anos <strong>de</strong> uma escola pública, situada na área <strong>de</strong> uma ESF conveniada com o<br />

PRÓ-SAÚDE I. Métodos: Foi realizada uma oficina com alunos <strong>de</strong> 3ª/4ª séries, sobre Ingestão e inalação <strong>de</strong> substâncias estranhas; aplicado<br />

pré-teste, com auxílio <strong>de</strong> imagens para avaliar o grau <strong>de</strong> conhecimento pré-existente. O conteúdo foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> forma expositivo-dialógica,<br />

promovendo a conscientização e prevenção sobre o tema, com recursos audiovisuais e fotográficos. Foi aplicado<br />

pós-teste e distribuído um fol<strong>de</strong>r, elaborado pelos acadêmicos. Resultados: Participaram 85 alunos, <strong>de</strong>monstrando conhecimento prévio<br />

a<strong>de</strong>quado, porém apresentaram insegurança quanto ao modo <strong>de</strong> agir frente aos aci<strong>de</strong>ntes. A intervenção teve impacto positivo,<br />

com 70% <strong>de</strong> acertos no pós-teste, evi<strong>de</strong>nciando uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem durante a oficina, mas o tempo exíguo e o espaço<br />

físico foram limitantes. Conclusões: Aintervenção realizada nessa escola representa que a educação em saú<strong>de</strong>, quando extendida a comunida<strong>de</strong>,<br />

tem por objetivo <strong>de</strong>scentralizar o conhecimento antes restrito aos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, enfatizando sua importância e<br />

seus métodos preventivos. A saída dos estudantes da aca<strong>de</strong>mia para escolas e comunida<strong>de</strong>s oportuniza colocar em prática o que é<br />

estudado na teoria. Isso faz com que estudantes e comunida<strong>de</strong> ganhem em termos <strong>de</strong> informações. De modo geral, qualquer<br />

intervenção realizada na saú<strong>de</strong> publica é válida para o ensino-aprendizagem dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e para incrementar e orientar as<br />

campanhas <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> traumas que envolvam agentes tóxicos.<br />

A Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida do Idoso como Enfoque da Interação Ensino-serviços-comunida<strong>de</strong>:<br />

uma Experiência na Atenção Primária<br />

Souza, AG 62<br />

Deus, JA 62<br />

Andra<strong>de</strong>, SC 62<br />

Barbosa, ECH 62<br />

Ferreira, SF 62<br />

Assis, YLA 62<br />

Introdução: a atenção primária tem como premissa a promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, sendo o estilo <strong>de</strong> vida uma <strong>de</strong> suas vertentes. Esse fator<br />

influi <strong>de</strong> forma relevante na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do idoso, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações que englobem não só aspectos biológicos, mas também<br />

o convívio social. O currículo da Escola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> procura edificar esse i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> integralida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro<br />

ano <strong>de</strong> graduação. Objetivos: estimular a aquisição <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida aos idosos, incentivando ativida<strong>de</strong> física e mental, dieta<br />

saudável, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> nova fonte <strong>de</strong> renda e segurança contra aci<strong>de</strong>ntes domiciliares. Metodologia: utilizou-se metodologia<br />

<strong>de</strong> problematização, segundo o Arco <strong>de</strong> Maguerez. Acoleta <strong>de</strong> dados ocorreu por meio <strong>de</strong> um questionário semi-estruturado abordan-<br />

61 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

62 Escola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

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do: família e relacionamentos interpessoais, ativida<strong>de</strong>s diárias, área financeira e vida pessoal. O público-alvo englobou 20 idosos, escolhidos<br />

aleatoriamente entre os freqüentadores da Aca<strong>de</strong>mia Comunitária <strong>de</strong> Sobradinho II – DF. Resultados: o público-alvo possuía entre<br />

61 e 81 anos, sendo a maioria mulheres. A incidência <strong>de</strong> doenças crônico-<strong>de</strong>generativas foi <strong>de</strong> 80%. Muitos consi<strong>de</strong>ravam sua residência<br />

insegura contra aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> locomoção. Observou-se boa relação familiar e interpessoal, além do anseio por uma nova profissão.<br />

Organizou-se, então, uma <strong>de</strong>volutiva, com aferição <strong>de</strong>: pressão arterial, freqüência cardíaca e glicemia. Um cartão foi entregue aos<br />

participantes com todos os resultados, enquanto oferecíamos um lanche saudável. Os estudantes proferiram palestras sobre alimentação,<br />

segurança no lar, estatuto do idoso e auto-estima. Uma artesã ensinou os idosos a confeccionarem um chaveiro. Conclusão: éimportante<br />

a percepção <strong>de</strong> que o envelhecimento saudável é construído pela interação multidimensional entre saú<strong>de</strong> física e mental, autonomia,<br />

integração social e suporte familiar. O equilíbrio <strong>de</strong>ssas dimensões atua como alicerce para o seu bem-estar. As escolas médicas<br />

têm papel <strong>de</strong> suma relevância na construção <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong>, atuando <strong>de</strong> forma resolutiva junto à comunida<strong>de</strong>.<br />

Programa De Rastreamento do Câncer <strong>de</strong> Colo Uterino nos Cenários <strong>de</strong><br />

Ensino-aprendizagem<br />

Garazzo, VM 63<br />

Padilha, CS 63<br />

Romão, GS 64<br />

Introdução: O Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) do município <strong>de</strong> Serrana (SP) representa importante cenário <strong>de</strong> ensino-aprendizagem<br />

dos alunos do Curso <strong>de</strong> Medicina da UNAERP durante o estágio do PISC (Programa <strong>de</strong> Integração Saú<strong>de</strong> - Comunida<strong>de</strong>).<br />

As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas incluem territorialização, visitas domiciliárias, atendimento individual, além <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s comunitárias.<br />

Para o planejamento <strong>de</strong>stas ativida<strong>de</strong>s é necessário conciliar as necessida<strong>de</strong>s acadêmicas à <strong>de</strong>manda da comunida<strong>de</strong> local, <strong>de</strong>terminada<br />

a partir <strong>de</strong> levantamento <strong>de</strong> dados e indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Objetivo: Avaliar a cobertura e os resultados do Programa <strong>de</strong> Rastreamento<br />

do Câncer <strong>de</strong> Colo Uterino na população feminina adscrita ao PSF <strong>de</strong> Serrana (SP) e a partir <strong>de</strong>ste levantamento dirimir futuras<br />

ações em saú<strong>de</strong> a serem <strong>de</strong>senvolvidas pelo PISC. Pacientes e Métodos: 154 laudos <strong>de</strong> exames citopatológicos realizados entre Janeiro<br />

e Dezembro <strong>de</strong> 2008 foram avaliados em relação aos dados sócio-<strong>de</strong>mográficos das pacientes, flora vaginal predominante e presença<br />

<strong>de</strong> atipias, sendo excluídas <strong>de</strong>sta análise os laudos incompletos. Resultados: 12% das mulheres tinha ida<strong>de</strong> abaixo <strong>de</strong> 20 anos,<br />

33% <strong>de</strong> 20 à 29 anos, 29% <strong>de</strong> 30 à 39 anos, 12% <strong>de</strong> 40 à 49 anos, 6% <strong>de</strong> 50 à 59 anos e 8% <strong>de</strong> 60 anos ou mais. 77% das mulheres não fazia uso<br />

<strong>de</strong> nenhum método contraceptivo. APresença <strong>de</strong> lactobacilos foi i<strong>de</strong>ntificada em 79% das amostras e a presença <strong>de</strong> outros microrganismos<br />

em 68%. No diagnóstico <strong>de</strong>scritivo foi encontrado inflamação em 14% e atrofia em 5%, não sendo verificada atipia em nenhum dos<br />

laudos. Conclusão: Apartir da análise <strong>de</strong>stes resultados i<strong>de</strong>ntificamos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumento da cobertura do exame citopatológico<br />

em mulheres na faixa etária <strong>de</strong> 40 a 49 anos, além <strong>de</strong> intensificar a a<strong>de</strong>rência aos métodos contraceptivos em todas as faixas etárias. Todas<br />

estas ativida<strong>de</strong>s serão concretizadas nas ações em saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvidas pelos alunos e professores do PISC.<br />

O SUS e a Educação: Discentes <strong>de</strong> Medicina<br />

Torres, MVN 65<br />

Aragão, JCS 65<br />

Castro, MA 65<br />

Introdução: O Ministério da Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 2004, propõe a reorientação dos cursos <strong>de</strong> graduação da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, para<br />

o que oferece cooperação técnica, operacional e financeira para que esses cursos possam realizar um trabalho articulado com a gestão,<br />

com os serviços do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) e com a população. Objetivos: Aintegralida<strong>de</strong> na formação médica exige que preceitos<br />

<strong>de</strong> ética, humanismo e responsabilida<strong>de</strong> social perpassem, <strong>de</strong> forma transversal, todo o processo <strong>de</strong> treinamento dos estudantes<br />

para os capacitar para o exercício da profissão <strong>de</strong> forma mais competente e a<strong>de</strong>quada às necessida<strong>de</strong>s e anseios da socieda<strong>de</strong>. Nesse<br />

sentido, os discentes <strong>de</strong> medicina e médicos resi<strong>de</strong>ntes precisam compor com os profissionais <strong>de</strong> todas as categorias que trabalham na<br />

saú<strong>de</strong>, compreen<strong>de</strong>r as dificulda<strong>de</strong>s e as possibilida<strong>de</strong>s das práticas conjugadas e viver o cotidiano do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS).<br />

Nesse contexto, a percepção do discente <strong>de</strong> Medicina acerca da importância <strong>de</strong>ssas mudanças e <strong>de</strong> um trabalho cada vez mais articula-<br />

63 Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família III (Chavans) da Prefeitura <strong>de</strong> Serrana, Serrana, SP, Brasil.<br />

64 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

65 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

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do com o SUS e com os Hospitais públicos e conveniados assume conotação especial. Métodos: Para analisar as perspectivas com as<br />

mudanças, foram distribuídos 1000 questionários com questões semi-abertas, on<strong>de</strong> foram questionados sobre a relação entre médicos e<br />

pacientes e sua integração com SUS. Resultados: De 325 questionários respondidos, 280 (80%) consi<strong>de</strong>raram fundamental a parceria<br />

entre nossa instituição e a Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, para a sua formação integral; os mesmos 280 (80%) enten<strong>de</strong>ram a importância do conhecimento<br />

das estratégias do SUS para o exercício da Medicina; 201 (60%) consi<strong>de</strong>raram que têm recebido uma formação mais humanizada,<br />

pois participam ativamente dos problemas da comunida<strong>de</strong>. Conclusões: Oestudoconcluiuqueaintegraçãoentreoensinomédico,<br />

a comunida<strong>de</strong> e o SUS po<strong>de</strong> ser fundamental para a formação do médico, inserido na realida<strong>de</strong> e ciente <strong>de</strong> seu papel na socieda<strong>de</strong>.<br />

Saú<strong>de</strong> e Cidadania na Amazonia<br />

Brito, DMS 66<br />

Santos, WA 66<br />

Introdução: O cenário <strong>de</strong>sta prática é a região oeste do Pará, centro da Amazônia brasileira, on<strong>de</strong> a concentração <strong>de</strong> médicos é<br />

baixa e os Municípios, não conseguem fixá-los. Neste contexto, o programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, elaborados em Brasília, tem que sofrer gran<strong>de</strong>s<br />

adaptações para funcionarem. Temos então baixa cobertura em todos os programas e consequentemente carência crônica pelas dificulda<strong>de</strong>s<br />

da região. Neste cenário, introduzimos a prática dos nossos alunos, com equipe multidisciplinar ampliada. Objetivo: oportunizar<br />

o conhecimento das dificulda<strong>de</strong>s e carência da região, e a realizar a prática médica em equipe multiprofissional, seguindo as normas<br />

e protocolos oficiais. Métodos: os alunos <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> do Estado do Pará compõem uma equipe <strong>de</strong> seis universitários,<br />

sendo dois <strong>de</strong> medicina, dois <strong>de</strong> fisioterapia e dois <strong>de</strong> enfermagem quese<strong>de</strong>slocamcomapreceptoramédicaparaoMunicípio<strong>de</strong>Prainha,<br />

e <strong>de</strong>senvolvem ativida<strong>de</strong> prática em serviço e <strong>de</strong> pesquisa, nos rios, em barcos regionais, aten<strong>de</strong>ndo a população ribeirinha, avaliando<br />

crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento, busca ativa <strong>de</strong> diabéticos e hipertensos, <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> doenças infecto contagiosas como Tuberculose<br />

e Hanseníase, exames preventivos <strong>de</strong> câncer cérvico uterino; avaliam gestantes e vacinam população suscetível junto com as equipes<br />

das Unida<strong>de</strong>s locais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Realizam ainda palestras e treinamentos <strong>de</strong> agentes comunitários. Resultados: Foram atendidos no período<br />

<strong>de</strong> março a junho 1530 pessoas, com os mais diversos procedimentos. Há três pesquisas em <strong>de</strong>senvolvimento, e os alunos avaliam<br />

as ativida<strong>de</strong>s como uma experiência importantíssima para aquisição <strong>de</strong> conhecimentos, responsabilida<strong>de</strong> profissional e prática <strong>de</strong> cidadania.<br />

Conclusões: a experiência realizada serviu para valorizar a prática na realida<strong>de</strong> da região, avaliarmos o conhecimento do aluno,<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interação na equipe multidisciplinar, e treiná-los no exercício da cidadania com respeito às tradições e cultura local,<br />

além <strong>de</strong> oportunizar a realização <strong>de</strong> pesquisas <strong>de</strong> interesse para a região.<br />

Conhecimento e Atitu<strong>de</strong>s em Relação a Hiv/Aids entre Estudantes <strong>de</strong> Medicina do 5º Ano<br />

Ribeiro, FAH67 Almeida, MAS67 Morita, I67 Introdução: Asíndrome da imuno<strong>de</strong>ficiência adquirida acomete milhões <strong>de</strong> pessoas. Em conseqüência da gravida<strong>de</strong> da epi<strong>de</strong>mia<br />

a prevenção é a medida mais eficaz a ser assumida no intuito <strong>de</strong> impedir a progressão da doença. Para isso <strong>de</strong>ve-se dar gran<strong>de</strong> importância<br />

à educação em saú<strong>de</strong> que consiste em um dos instrumentos básicos para conscientizar e informar as pessoas. Objetivo: I<strong>de</strong>ntificar<br />

o conhecimento e as atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina do 5º ano em relação ao HIV/AIDS e analisar possíveis <strong>de</strong>ficiências e/ou<br />

qualida<strong>de</strong>s no ensino. Método: Foi aplicado um questionário a 60 alunos do quinto ano médico, dividido em duas partes: uma <strong>de</strong>stinada<br />

à caracterização e outra composta <strong>de</strong> onze questões com respostas discursivas a respeito do conhecimento e atitu<strong>de</strong>s frente à doença.<br />

Resultados: Dos entrevistados, 50% são homens e 50% mulheres, com ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 21 a 27 anos, todos solteiros, e seus pais têm alta escolarida<strong>de</strong>.<br />

Encontrou-se uma auto-avaliação positiva sobre o conhecimento em relação ao HIV/AIDS; este está fortemente atrelado a formação<br />

adquirida durante a graduação; mas também foi expressiva a somatória das influências trazidas <strong>de</strong> conhecimentos prévios, adquiridos<br />

através da mídia e estudo dito pessoal. Também <strong>de</strong>ixaram claro a importância da aprendizagem prática além da teórica no<br />

campo <strong>de</strong> atuação médica, mencionando disciplinas que contribuíram para esse processo, sentindo-se seguros em aten<strong>de</strong>r paciente<br />

com HIV/AIDS e <strong>de</strong> promoverem a prevenção. O uso <strong>de</strong> Equipamento <strong>de</strong> Proteção Individual ocorreu em 88 % dos alunos, e 92% conhecem<br />

protocolo a ser seguido em caso <strong>de</strong> exposição a material potencialmente contaminado. Conclusão: Os resultados apresentados<br />

66 Universida<strong>de</strong> do Estado do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

67 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Julio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Botucatu, SP, Brasil.,<br />

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mostraram que a escola médica <strong>de</strong>sse espaço amostral é responsável pela consciência crítica capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver a prevenção como a<br />

melhor forma <strong>de</strong> controlar a doença. Tal consciência torna o profissional habilitado a tratar a doença, e também estimula a promover a<br />

prevenção e a responsabilida<strong>de</strong> social.<br />

Palcos para a Prática em Saú<strong>de</strong> Mental - uma Experiência Acadêmica<br />

Lessa, FHM68 Almeida, CVB68 Vieira, DTC68 Vaz, FB68 Introdução: diante da necessida<strong>de</strong> da formação <strong>de</strong> profissionais integrados com a problemática atual relacionada à saú<strong>de</strong> pública,<br />

a disciplina Integração, Serviço, Ensino e Comunida<strong>de</strong>- ISEC da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Nova Esperança - FAMENE surge com<br />

intuito <strong>de</strong> estreitar as relações estudantes-população eserviços<strong>de</strong>saú<strong>de</strong>eapresentá-losàpráticamédica.Objetivo: superar as fronteiras<br />

disciplinares na atenção voltada ao paciente psiquiátrico i<strong>de</strong>ntificando a inserção <strong>de</strong>sses na socieda<strong>de</strong>. Métodos: foram realizadas<br />

visitas semanais <strong>de</strong> fevereiro até o início <strong>de</strong> junho ao Complexo Hospitalar Juliano Moreira – João Pessoa. Durante as quais se realizou<br />

entrevistas com pacientes usuários, tendo como foco aplicar a semiologia psiquiátrica e obter dados e informações para análises <strong>de</strong> casos.<br />

E, também, entrevista com Psicólogo, através <strong>de</strong> roteiro com questões abertas, em uma clinica <strong>de</strong> acompanhamento psicoterapêutico.<br />

Resultados: a partir das sessões/entrevistas realizadas no hospital, observou-se como é realizada a semiologia/anamnese psiquiátrica,<br />

suas técnicas <strong>de</strong> abordagem e a importância da entrevista nesse momento. I<strong>de</strong>ntificou-se a facilida<strong>de</strong> na inserção dos pacientes<br />

com problemas <strong>de</strong> menor complexida<strong>de</strong> no convívio social, inclusive na família, o que não foi observado nos internos do complexo hospitalar.<br />

Debateu-se a reforma psiquiátrica, suas vantagens e problemas a serem enfrentados, correlacionando-os com a experiência vivenciada<br />

na prática. Conclusões: a maneira a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> se relacionar com o paciente pressupõe a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um arcabouço técnico<br />

que o profissional <strong>de</strong>ve possuir.Vê-se a importância <strong>de</strong> sensibilizar e trazer a família para assumir a responsabilida<strong>de</strong> na evolução<br />

positiva do caso e resposta ao tratamento. As estratégias/instrumentos <strong>de</strong> inserção social previsto pela Reforma Psiquiátrica <strong>de</strong>vem ser<br />

ativamente verificados com intuito <strong>de</strong> reabilitação do paciente.Faz-se inexorável a obtenção <strong>de</strong> múltiplos olhares sobre o significado da<br />

prática médica, estabelecendo uma diretriz na complexida<strong>de</strong> entre ensinar, apren<strong>de</strong>r e cuidar em saú<strong>de</strong> mental.<br />

Promoção da Saú<strong>de</strong> Mental: Revisão Conceitual da Literatura e Reflexão sobre o Tema na<br />

Atenção Primária e Ensino Médico<br />

Corrêa, MG 69<br />

Melo, JBC 69<br />

Rodrigues, AS 69<br />

Barbosa, GS 69<br />

Brito, CRL 69<br />

Prais, HAC 69<br />

Introdução: Conceitualmente, a saú<strong>de</strong> mental está contemplada na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da OMS, sendo bastante conhecida a<br />

correlação entre saú<strong>de</strong> física e mental, que compartilham muitos <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>terminantes sociais, econômicos e ambientais. Também observa-se<br />

a importância da saú<strong>de</strong> mental na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> da OMS. Entretanto, a promoção da saú<strong>de</strong> mental em si é,<br />

freqüentemente, pouco enfatizada como parte integrante das práticas <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> na atenção primária e nos currículos médicos.<br />

Objetivos: realizar uma revisão do conceito <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> mental na literatura, procurando evi<strong>de</strong>nciar suas relações<br />

com as práticas <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> na atenção primária bem como sua importância no ensino médico. Métodos: utilizando os bancos<br />

<strong>de</strong> dados do Medline, Psycoinfo e Lilacs, os autores levantaram os principais conceitos associados aos <strong>de</strong>scritores ”promoção da saú<strong>de</strong><br />

mental” e “psiquiatria preventiva” em português, inglês, espanhol e francês. Foi dada ênfase aos estudos em atenção primária à saú<strong>de</strong><br />

e que envolvessem ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina. Resultados: <strong>de</strong> maneira geral, os conceitos levantados associam a pro-<br />

68 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Nova Esperança, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

69 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


moção da saú<strong>de</strong> mental às estratégias <strong>de</strong> promoção do bem-estar psíquico para aqueles que não apresentam riscos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

transtornos mentais, para aqueles que os apresentam e para aqueles que sofrem ou se recuperam <strong>de</strong>stes. Raros estudos mostraram a integração<br />

da saú<strong>de</strong> física e mental e poucos estudos sublinharam a importância da promoção da saú<strong>de</strong> mental no ensino médico. Conclusões:<br />

apesar <strong>de</strong> bem <strong>de</strong>finida conceitualmente, há poucos trabalhos na literatura sobre estratégias <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> mental,<br />

integrada às praticas <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> em geral, principalmente no âmbito da comunida<strong>de</strong> e associada a atuação da equipe <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e ao ensino médico. É <strong>de</strong> fundamental importância a inclusão <strong>de</strong> tais práticas no currículo médico, visando romper a idéia <strong>de</strong><br />

promoção da saú<strong>de</strong> vinculada apenas à saú<strong>de</strong> física.<br />

Impacto da Experiência com Idoso Institucionalizado na Formação Acadêmica em Curso<br />

<strong>de</strong> Medicina<br />

Gomes, RO 70<br />

Franco, CG 70<br />

Batista, NT 70<br />

Pina, FP 70<br />

Introdução: O aumento da expectativa <strong>de</strong> vida no Brasil permitiu que as instituições <strong>de</strong> longa permanência para idosos constituíssem<br />

um espaço cada vez mais freqüente na população, necessitando <strong>de</strong> preparação profissional. Assim, para lidar com este novo panorama,<br />

foram <strong>de</strong>senvolvidos projetos pedagógicos com experiências inovadoras na reorientação da formação em saú<strong>de</strong>, em especial, a saú<strong>de</strong> do idoso<br />

institucionalizado. Neste contexto, observa-se que a concepção da velhice envolve sensações orgânicas que são percebidas e interpretadas<br />

<strong>de</strong> modo particular em relação à faixa etária e às experiências pessoais <strong>de</strong> cada indivíduo. Objetivos: Analisar a concepção do significado da<br />

velhice entre acadêmicos <strong>de</strong> medicina a partir das experiências em instituição <strong>de</strong> longa permanência, na região noroeste <strong>de</strong> Goiânia, cenário<br />

<strong>de</strong> prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s acadêmicas do módulo IV, “Ambiente, Saú<strong>de</strong> e Doença”. Métodos: Descritivo observacional do tipo relato <strong>de</strong> experiência.<br />

Resultados: Observou-se um impacto inicial em todos os acadêmicos, traduzidos em palavras como “chocante, triste”, ao mesmo<br />

tempo em que <strong>de</strong>spertou na maioria vonta<strong>de</strong> e força para melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>ssas pessoas. O idoso, inicialmente, representou<br />

conotação negativa e positiva ao mesmo tempo; marcado por ensinamento e experiência <strong>de</strong> vida, associados às perdas funcionais e necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> cuidados especiais. Posteriormente, observou-se mudança na concepção da velhice entre os acadêmicos, relatando o idoso <strong>de</strong> forma<br />

mais positiva e encarando a experiência com idoso institucionalizado como reavaliação <strong>de</strong> conceitos e novo olhar sobre a vida. Conclusões:<br />

Práticas <strong>de</strong> ensino que inserem o acadêmico em novos campos <strong>de</strong> atuação como a saú<strong>de</strong> do idoso são benéficas e necessárias para o crescimento<br />

profissional e humanização em saú<strong>de</strong>, pois como os próprios acadêmicos relataram, a experiência amplia a dimensão <strong>de</strong> vida e a valorização<br />

das pessoas, permitindo uma maior reflexão sobre o futuro.<br />

Título: “As Coisas Boas da Vida”: Proposta <strong>de</strong> Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Mental em Cachoeira<br />

do Campo, Ouro Preto, MG<br />

Fortes, JCL 71<br />

Murta, TD 71<br />

Pereira, LFC 71<br />

Silva, LAM 71<br />

Prais, HAC 71<br />

Introdução: os transtornos mentais mais comuns na comunida<strong>de</strong> são <strong>de</strong>pressões, transtornos <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>, queixas somáticas<br />

como expressão <strong>de</strong> sofrimento psíquico e insônia. Apesar <strong>de</strong> ser parte integrante da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da OMS, pouca ênfaseédadaàpromoçãodasaú<strong>de</strong>mentalnaatençãoprimáriacomoestratégiadasaú<strong>de</strong>dafamília.Objetivo:<br />

<strong>de</strong>screver uma proposta <strong>de</strong><br />

promoção da saú<strong>de</strong> mental que extrapole a assistência médico-curativa por meio <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> práticas na comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro<br />

das estratégias da saú<strong>de</strong> da família. Métodos: diante da <strong>de</strong>manda das equipes do programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família do distrito <strong>de</strong> Cachoei-<br />

70 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

71 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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a do Campo em Ouro Preto, Minas Gerais, em trabalhar com “grupos <strong>de</strong> <strong>de</strong>primidos”, os autores propuseram um projeto <strong>de</strong> promoção<br />

da saú<strong>de</strong> mental na comunida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> práticas voltadas ao bem-viver e ao empo<strong>de</strong>ramento dos conceitos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental. Partindo-se<br />

<strong>de</strong> temas como lazer, qualida<strong>de</strong> do sono, relações interpessoais e alimentação, sugeridas pelo grupo como “As Coisas Boas da<br />

Vida”, realizaram-se visitas ao distrito, nas quais <strong>de</strong>senvolveram-seativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>reconhecimentodolocal,apresentaçãodoprojetoà<br />

comunida<strong>de</strong> e às equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e divulgação nos dois programas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família da região. Resultados: foram realizadas quatro<br />

intervenções junto à comunida<strong>de</strong> com participação dos acadêmicos do curso <strong>de</strong> medicina e artes cênicas, contando com o apoio da paróquia<br />

local, da escola primária e das equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família. Nos quatro encontros priorizou-se a discussão da saú<strong>de</strong> e do prazer<br />

<strong>de</strong> dormir, alimentar-se com saú<strong>de</strong>, relacionar-se com o outro e divertir-se, contrapondo-se à <strong>de</strong>manda original <strong>de</strong> abordar a saú<strong>de</strong><br />

mental da comunida<strong>de</strong> via “grupo <strong>de</strong> <strong>de</strong>primidos”. Conclusões: estratégias simples e com ênfase na saú<strong>de</strong> mental e não na doença po<strong>de</strong>m<br />

ser integradas ás práticas <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvidas pelo programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família.<br />

Oficina Problematizadora na Abordagem da Sexualida<strong>de</strong><br />

Bosso, NCC 72<br />

Godoy, GS 72<br />

Ramos, JB 72<br />

Introdução: O Projeto Político Pedagógico do curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás aten<strong>de</strong> às Diretrizes Nacionais<br />

Curriculares ao propor uma estrutura curricular flexível, condicionando a inserção precoce do acadêmico com a realida<strong>de</strong> social e<br />

com os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás visa à formação <strong>de</strong> médicos comprometidos com a<br />

comunida<strong>de</strong> e com a saú<strong>de</strong>, que propõem soluções com recursos disponíveis e conhecem o funcionamento da re<strong>de</strong> pública. Des<strong>de</strong> o início,<br />

o acadêmico passa a conviver com a realida<strong>de</strong> social dos usuários da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atenção Básica da Saú<strong>de</strong> da Família da Vila Mutirão,<br />

no Distrito Sanitário da Região Noroeste <strong>de</strong> Goiânia, visualizando problemas e participando ativamente na busca <strong>de</strong> soluções.<br />

Objetivos: Desempenhar uma oficina problematizadora sobre sexualida<strong>de</strong> com adolescentes da Vila Mutirão. Métodos: Apartir<strong>de</strong>casos<br />

clínicos coletados pelos acadêmicos na referida comunida<strong>de</strong>, observou-se alta freqüência <strong>de</strong> gestantes adolescentes na região. Com<br />

base em dados epi<strong>de</strong>miológicos que evi<strong>de</strong>nciam a gravi<strong>de</strong>z na adolescência como um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública do Brasil, os acadêmicos<br />

propuseram a realização <strong>de</strong> uma oficina <strong>de</strong> educação sexual em um colégio da região. O Colégio Estadual Edmundo Rocha foi selecionado<br />

pelos acadêmicos por não possuir ativida<strong>de</strong>s curriculares <strong>de</strong> educação sexual. Resultados: Na oficina realizada, os adolescentes<br />

receberam uma breve explanação sobre sexualida<strong>de</strong> e, através <strong>de</strong> uma dinâmica, foram questionados sobre alguns métodos contraceptivos<br />

e doenças sexualmente transmissíveis. Durante a ativida<strong>de</strong>, foi possível olhá-los e ouvi-los <strong>de</strong> forma peculiar, compreen<strong>de</strong>ndo<br />

melhor seus sentimentos, inquietações e dúvidas. Conclusão: Mais que uma oficina educativa, esta ativida<strong>de</strong>, através da metodologia<br />

participativa, abriu espaço para posicionamento dos adolescentes e construção coletiva do conhecimento, fatores indispensáveis<br />

para uma ação transformadora da socieda<strong>de</strong> em relação à sexualida<strong>de</strong>. Houve aumento no nível <strong>de</strong> informações dos adolescentes<br />

participantes, favorecendo a adoção <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> comportamento preventivo.<br />

Mural Interativo como Estratégia <strong>de</strong> Integração Aca<strong>de</strong>mia e Serviço<br />

Barreto, US73 Canêdo, D73 Francescantonio, ICCM73 Almeida, PMP73 Duque, CM73 Introdução: ASaú<strong>de</strong> da Família é entendida como uma estratégia <strong>de</strong> reorientação do mo<strong>de</strong>lo assistencial, operacionalizada mediante<br />

a implantação <strong>de</strong> equipes multiprofissional em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atenção Básica Saú<strong>de</strong> da Família - UABSF. Nesse contexto, baseando-se<br />

na Metodologia Problematizadora do Curso Médico, surge entre os Acadêmicos do terceiro semestre <strong>de</strong>ste curso, uma proposta<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma ativida<strong>de</strong> para Educação em Saú<strong>de</strong> dos usuários, funcionários e dos próprios acadêmicos dos outros semetres na<br />

UABSF Vila Mutirão, no período <strong>de</strong> 2008/2, utilizando um Mural, que estava em <strong>de</strong>suso. Objetivo: Problematizar a cerca das questões<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, expondo no mural, artigos e notícias oriundas <strong>de</strong> fontes fi<strong>de</strong>dignas sobre diversos temas para motivar os acadêmicos, usuári-<br />

72 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

73 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

322<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


os e funcionários da unida<strong>de</strong> a se expressarem escrevendo em um espaço <strong>de</strong>stinado no mural, suas opiniões, sugestões ou comentários<br />

após a leitura. Métodos: Selecionaram-se diversos artigos científicos que discorriam sobre aspectos da saú<strong>de</strong> no Brasil e no Mundo. Foram<br />

abordados temas como o Dengue, Células-Tronco, Aborto, DST/AIDS, Anorexia, Obesida<strong>de</strong>, Uso <strong>de</strong> Drogas, <strong>de</strong>ntre outros. As ativida<strong>de</strong>s<br />

ocorriam sempre 30 minutos antes do inicio dos trabalhos na UABSF, e ao término <strong>de</strong>stes. Os acadêmicos se reuniam para selecionar<br />

os artigos pesquisados, respon<strong>de</strong>r dúvidas, críticas ou sugestões dos leitores, e anexar novos artigos no Mural. Resultados:<br />

Observou-se através das diversas respostas, <strong>de</strong>ixadas no Mural, uma atitu<strong>de</strong> problematizadora <strong>de</strong> quem lia os assuntos abordados, <strong>de</strong>monstrando<br />

uma atitu<strong>de</strong> reflexiva com relação ao processo saú<strong>de</strong>-doença, fato que contribuiu para promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>.<br />

Conclusão: A aplicação na comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conhecimentos, Habilida<strong>de</strong>s, e Atitu<strong>de</strong>s adquiridos no curso médico, possibilita além<br />

do acesso a informação, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> disseminá-la proporcionando uma maior interação entre acadêmicos e usuários do serviço.<br />

A Influência do Controle Social na Reconfiguração das Relações entre as Instituições <strong>de</strong><br />

Ensino e o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Ferreira,JBB 74<br />

Rocha. JSY 74<br />

Santos, JS 74<br />

Introdução: O Conselho Municipal da Saú<strong>de</strong> (CMS) <strong>de</strong> Ribeirão Preto-SP, motivado pela iniciativa <strong>de</strong> Ministério da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

induzir a reorientação da formação médica (PROMED), iniciou em 2003, discussões sobre os fundamentos da relação entre a Secretaria<br />

Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SMS) e as Instituições <strong>de</strong> Ensino (IE) o que, posteriormente, veio ao encontro das políticas nacionais (<br />

PRÓ-SAÚDE e PET-SAÚDE). Objetivos: Registrar o processo <strong>de</strong> elaboração dos convênios entre a SMS e as IE. Métodos: ASMSrealizou<br />

painéis para discutir a criação dos Distritos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Escola (DSE) nos aspectos jurídicos, administrativos e assistenciais. Aparticipação<br />

dos trabalhadores, do ministério público, do conselho <strong>de</strong> medicina, do sindicato dos servidores, do Departamento Regional <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> XIII, das IE e do CMS produziu material que fundamentou a elaboração dos convênios. Resultados: Os relatórios dos painéis<br />

subsidiaram as oficinas dos Distritos Sanitários com as IE e produziu-se uma minuta <strong>de</strong> convênio. Após <strong>de</strong>bates e conflitos com os sindicatos<br />

e o po<strong>de</strong>r legislativo, o CMS aprovou a minuta que resultou emLeiautorizativaparaacelebração<strong>de</strong>convêniodaSMScomas<br />

IE, discriminando as contrapartidas econômico-financeira e as co-responsabilida<strong>de</strong>s no <strong>de</strong>sempenho assistencial, educacional e <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> conhecimento. Conclusões: A experiência expôs os interesses corporativos, políticos e econômicos dos agentes envolvidos, a<br />

ina<strong>de</strong>quação da organização da atenção básica para favorecer as mudanças das práticas. Ainda revelou que as IE precisam <strong>de</strong>senvolver<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> das pessoas, dos coletivos e das práticas <strong>de</strong> gestão e não só <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong><br />

doenças. O controle social e a co-gestão mostraram-se potentes para consolidação das instâncias <strong>de</strong>mocráticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão do SUS e<br />

apontaram o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> regular e avaliar o impacto <strong>de</strong>sses convênios por meio <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> pesquisa e dos índices <strong>de</strong><br />

satisfação dos usuários.<br />

Reescrevendo Histórias (Reabilitando Doentes Crônicos)<br />

Costa, EMA 75<br />

Drumond, JPV 75<br />

Buraneli, F 75<br />

Leite, MP 75<br />

Morais, ATT 75<br />

Almeida, GM 75<br />

Introdução: A OMS objetivou, para o século XXI, a promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para todos, ou seja, uma vida mais longa e <strong>de</strong> superior<br />

qualida<strong>de</strong>.O aumento da população idosa, porém, está associado à prevalência elevada <strong>de</strong> doenças crônicas. O <strong>de</strong>safio consiste em se<br />

<strong>de</strong>scobrir como estabelecer um relacionamento com a cronicida<strong>de</strong> utilizando o que o paciente possui <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e não se ater somente à<br />

história das doenças presentes em sua narrativa. Objetivos: Comentar experiência <strong>de</strong> abordagem <strong>de</strong> doenças crônicas que evita que a<br />

vida do paciente se resuma às suas patologias. Metodologia: Acadêmicos <strong>de</strong> medicina , sob supervisão docente, através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

74 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto. Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

75 Universida<strong>de</strong> Severino Sombra, Vassouras, RJ, Brasil.<br />

323<br />

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nos domicílios ou Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, proce<strong>de</strong>m ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>si<strong>de</strong>ntificação do paciente com suas patologias e i<strong>de</strong>ntificam<br />

habilida<strong>de</strong>s preservadas, para, através <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> apoio, musicoterapia, ativida<strong>de</strong>s físicas, jogos , arteterapia, etc. re<strong>de</strong>scobrirem possibilida<strong>de</strong>s,<br />

sonhos e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver . Através <strong>de</strong> abordagem colaborativa, colocam as pessoas como autoras <strong>de</strong> uma nova história <strong>de</strong><br />

vida. Resultados: Aumento da auto-estima dos pacientes, diminuição <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong>s, melhoria do relacionamento com a equipe <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e maior interesse dos acadêmicos nas ativida<strong>de</strong>s com doentes crônicos. Conclusões: Compreen<strong>de</strong>r a<br />

condição <strong>de</strong> cronicida<strong>de</strong> permite equilibrar limitações causadas pela doença com resgate <strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e é<br />

necessário para a promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Confiabilida<strong>de</strong> no Médico Relacionada ao Pedido DE Exame Complementar<br />

Chehuen, JA 76<br />

Souza, CF 76<br />

Pereira, FS 76<br />

Rocha, FRS 76<br />

Introdução: Aprática médica é continuamente atualizada com a introdução <strong>de</strong> novos exames e métodos <strong>de</strong> diagnostico e tratamento.<br />

À medida que novas tecnologias são introduzidas, a anamnese e o exame físico são <strong>de</strong>svalorizados e eventualmente, observa-se<br />

inversão <strong>de</strong> valores na prática do profissional médico. Objetivo: I<strong>de</strong>ntificar a relação entre a confiança no exercício médico e a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> confirmação do diagnóstico por exames complementares (ECs). Métodos: Acoleta <strong>de</strong> dados foi realizada através <strong>de</strong> um questionário<br />

elaborado o qual foi aplicado a 200 usuários do Posto <strong>de</strong> Atendimento – PAM MARECHAL, SUS / Juiz <strong>de</strong> Fora – MG. O programa<br />

Microsoft Access foi usado para a montagem do banco <strong>de</strong> dados. Aanálise estatística foi feita <strong>de</strong> forma quanti-qualitativa e <strong>de</strong>scritiva.<br />

Resultados: Quanto à confiança <strong>de</strong>positada nas informações dadas pelo médico em uma consulta, 52,5% dos entrevistados confiam<br />

plenamente. Os motivos que mais suscitam confiança no paciente são o médico ouvi-lo com atenção (67,5%) e solicitar-lhe ECs (60,5%).<br />

Esses percentuais são maiores do que aqueles relacionados às razões como perguntar seguramente (33,0%) e/ou ao examinar no consultório<br />

(33,5%). A postura mediante um diagnóstico médico baseado apenas na consulta, para 55,0% dos indivíduos entrevistados, é<br />

não acreditar no diagnóstico sem a realização <strong>de</strong> exames médicos subsidiários. Quanto à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retorno após consulta sem solicitação<br />

<strong>de</strong> ECs, 76,5% das pessoas questionadas afirmam que não retornariam, sendo que 91,5% dos entrevistados acreditam que o<br />

pedido dos mesmos seja necessário. Conclusão: Apesar do alto grau <strong>de</strong> confiança na atuação do profissional, a população percebe a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exames complementares como meio confirmação da opinião médica.<br />

Compartilhando Informações em Saú<strong>de</strong><br />

Kusano, PS 77<br />

Santos, TI 77<br />

Mendonça, VC 77<br />

Carandina, L 77<br />

Almeida, MAS 77<br />

Introdução: Para o a<strong>de</strong>quado planejamento em saú<strong>de</strong> é necessário que os municípios tenham informações associadas às características<br />

da sua população, <strong>de</strong>sagregadas no nível <strong>de</strong> área <strong>de</strong> abrangência <strong>de</strong> suas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. É importante também que, os<br />

Conselhos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Municipais ou <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s, ao representarem o fórum da participação social na saú<strong>de</strong>, tenham acesso a essas informações.<br />

Objetivos: O presente projeto tem procurado estimar e sistematizar anualmente, dados populacionais segundo as áreas <strong>de</strong><br />

abrangências das Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família do município <strong>de</strong> Botucatu, bem como divulgar as informações<br />

e indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> junto à Secretaria e Conselho Municipal, Conselhos das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (Conus) e nas UBS e USF.<br />

Método: Foram processados os dados populacionais <strong>de</strong> 2007 e <strong>de</strong> óbitos e nascimentos para o período <strong>de</strong> 2005 a 2007, utilizando os bancos<br />

<strong>de</strong> dados SIM, SINASC, DATASUS e IBGE. Resultado: Os dados apontam para a heterogeneida<strong>de</strong> existente entre as diferentes áreas<br />

do município, seja na mortalida<strong>de</strong> proporcional, na população segundo ida<strong>de</strong> e sexo, na razão <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência ou nas características<br />

76 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

77 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Botucatu, SP, Brasil.<br />

324<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


ligadas ao nascimento como: ida<strong>de</strong> da mãe, tipo <strong>de</strong> parto e consultas pré-natal. As informações obtidas foram divulgadas na internet,<br />

distribuídas em panfletos nas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e informes ao Conselho Municipal. Conclusão: O presente projeto possibilita aos<br />

Conselhos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Municipais dispor <strong>de</strong> informações mais precisas sobre as condições <strong>de</strong> vida da população das diferentes áreas <strong>de</strong><br />

abrangência das UBS/USF para a formulação <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma mais equânimes e, aos graduandos <strong>de</strong> medicina, a aplicação<br />

direta do conhecimento <strong>de</strong>mográfico e epi<strong>de</strong>miológico da Saú<strong>de</strong> Coletiva, a participação em diferentes espaços <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da área da<br />

saú<strong>de</strong> (Po<strong>de</strong>r municipal, Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Socieda<strong>de</strong> organizada-comunida<strong>de</strong>), além <strong>de</strong> uma inserção e reflexão à realida<strong>de</strong> da<br />

Atenção Primária a Saú<strong>de</strong>.<br />

Inserção dos Ingressantes <strong>de</strong> Medicina na Relação Serviço-comunida<strong>de</strong><br />

Oliveira, HMNS 78<br />

Oliveira, HMNS 79<br />

Andra<strong>de</strong>, ANVF 78<br />

Correia, MLF 78<br />

Calzado, MX 78<br />

Cavalcante, JK 78<br />

Introdução: O Eixo <strong>de</strong> Aproximação à Prática Médica e Comunida<strong>de</strong> da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Alagoas tem como proposta permitir aos discentes conhecer o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> - SUS, através da aproximação dos acadêmicos<br />

às equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e, grupo social local no exercício prático da Epi<strong>de</strong>miologia. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar e compreen<strong>de</strong>r a importância da<br />

inserção precoce dos acadêmicos <strong>de</strong> Medicina na comunida<strong>de</strong>. Métodos: Foi analisada a experiência vivenciada pelos alunos ingressantes<br />

no primeiro semestre <strong>de</strong> 2008, através da expressão dos sentimentos, reflexão crítica, responsabilida<strong>de</strong> social e consciência <strong>de</strong> cidadania<br />

dos mesmos, baseando-se nas visitas realizadas à comunida<strong>de</strong> Freitas Neto, no Conjunto Benedito Bentes II, Maceió, nos dois<br />

semestres <strong>de</strong> 2008 e primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Resultados: Percebeu-se a aquisição <strong>de</strong> conhecimentos, por parte dos alunos, em Saú<strong>de</strong><br />

Coletiva e Educação em Saú<strong>de</strong>, além do aprofundamento <strong>de</strong> conceitos básicos do SUS, já que se puseram em prática as informações adquiridas<br />

em sala <strong>de</strong> aula. Houve também, participação com ativida<strong>de</strong>s educativas, informações gerais e visitas domiciliares; permitindo<br />

maior integração com o grupo comunitário, e assim uma formação humanística pautada na vivência da realida<strong>de</strong> local. Conclusões:<br />

Os discentes perceberam a importância da inserção precoce no serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, já que esta vivência permite uma conscientização sobre<br />

o papel do SUS, a percepção das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cuidado (promoção e prevenção); sempre consi<strong>de</strong>rando as dimensões sociais e<br />

culturais da população envolvida, além <strong>de</strong> permitir a troca <strong>de</strong> experiências e conhecimentos. O Eixo <strong>de</strong> Aproximação à Prática Médica e<br />

Comunida<strong>de</strong> tem conseguido atingir o objetivo <strong>de</strong> inserir o aluno precocemente neste contexto social.<br />

Satisfação dos Usuários em dois Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Atenção em uma Unida<strong>de</strong> Básica<br />

Halfoun, VLRC80 Simas,FS80 Bogossian, E80 Introdução: A hipertensão arterial é uma doença <strong>de</strong> elevada prevalência na população mundial, sendo fator <strong>de</strong> risco para aterosclerose,<br />

influenciando a mortalida<strong>de</strong> por doenças cardiovasculares. No nosso país o Programa Nacional <strong>de</strong> Hipertensão Arterial<br />

vem evoluindo com altas taxas <strong>de</strong> abandono às consultas e baixa a<strong>de</strong>rência às medidas gerais e medicamentosas. Asatisfação dos usuários<br />

com a atenção prestada pelo sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> ser um indicador <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> dos serviços, é um po<strong>de</strong>roso instrumento<br />

para melhorar a a<strong>de</strong>são e reduzir o abandono. Com esta hipótese, foram organizados dois mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção em uma unida<strong>de</strong> básica<br />

do Município do Rio <strong>de</strong> Janeiro: grupo A, multiprofissional; grupo B , centrado na consulta médica . Avaliou-se a satisfação dos usuários<br />

nos dois mo<strong>de</strong>los após 1 ano <strong>de</strong> acompanhamento, não havendo diferenças na satisfação, apesar da maior motivação da equipe multiprofissional.<br />

Objetivos: avaliar a satisfação nos dois mo<strong>de</strong>los após 5 anos <strong>de</strong> acompanhamento. Metodologia: Aplicou-se um questio-<br />

78 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

79 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

80 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

325<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


nário estruturado e validado, abordando temas: acesso, qualida<strong>de</strong> das consultas, realização <strong>de</strong> exames complementares e satisfação,<br />

em geral, com a unida<strong>de</strong>. O questionário foi aplicado pela mesma pessoa, alheia ao estudo.O método estatístico utilizado para a análise<br />

foioquiquadrado.Resultados: houve maior percentual <strong>de</strong> pacientes extremamente e/ou bastante satisfeitos no Aem relação ao B (97,2<br />

X 78% p


Assim, têm a chance <strong>de</strong> incentivar a prática do aleitamento e estabelecer contato precoce com as usuárias do SUS. Objetivos: Demonstrar<br />

o grau <strong>de</strong> satisfação das usuárias do SUS com a implantação do Banco <strong>de</strong> Leite e participação dos acadêmicos do Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

da UCG no mesmo. Métodos: Ainserção do acadêmico na comunida<strong>de</strong> ocorre no Distrito Sanitário da Região Noroeste <strong>de</strong> Goiânia, Goiás.<br />

Os estudantes têm uma carga horária <strong>de</strong> três horas semanais na Maternida<strong>de</strong> Nascer Cidadão, on<strong>de</strong> entram em contato com a realida<strong>de</strong><br />

local. Assim, no sexto módulo, realizam: acompanhamento na sala <strong>de</strong> pré-natal, pré-parto, reuniões <strong>de</strong> planejamento familiar,<br />

Banco <strong>de</strong> Leite e visitas as puérperas e recém-nascidos. É feito o rodízio nestes cenários, para que todos tenham participações ativas. No<br />

Banco <strong>de</strong> Leite os alunos retiram suas duvidas sobre funcionamento, estabelecem contato com as receptoras e doadoras <strong>de</strong> leite, compreen<strong>de</strong>m<br />

os critérios para inserção e a dinâmica local. Resultados: Com o Banco <strong>de</strong> Leite, a satisfação da usuária da Maternida<strong>de</strong> Nascer<br />

Cidadão cresceu <strong>de</strong>vido à maior possibilida<strong>de</strong> assistência ao recém-nascido, bem como do processo <strong>de</strong> humanização da relação profissional.<br />

Conclusões: Aexistência do Banco <strong>de</strong> Leite com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumentar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> assistência ao recém-nascido e<br />

patrocinar um contato precoce com a usuária, estimula a relação médico-paciente e aumenta a postura ético-humanística, aumentando<br />

o grau <strong>de</strong> satisfação da usuária e formando médicos compromissados com as coletivida<strong>de</strong>s.<br />

A Experiência das Reuniões <strong>de</strong> Planejamento Familiar como Recurso Metodológico do<br />

Eixo da Comunida<strong>de</strong> para os Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás<br />

Moura, JSD 83<br />

Carvalho, GS 83<br />

Carvalho, IGM 83<br />

Introdução: O Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás (UCG) visa a formação <strong>de</strong> um profissional crítico-reflexivo,<br />

atento às necessida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong> e incorporado ao Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Des<strong>de</strong> o primeiro módulo o estudante tem participação<br />

na comunida<strong>de</strong>, e no sexto, participa, em trios, das reuniões <strong>de</strong> planejamento familiar, que incentivam o conhecimento sobre os métodos<br />

contraceptivos e o planejamento da natalida<strong>de</strong> individual. Nesse encontro os acadêmicos compreen<strong>de</strong>m a dinâmica local. Assim,<br />

têm a chance <strong>de</strong> incentivar a prática do planejamento familiar e estabelecer contato precoce com os usuários do SUS. Objetivos: Demonstrar<br />

o grau <strong>de</strong> satisfação dos usuários do SUS com a implantação do Planejamento Familiar e participação dos acadêmicos do Curso<br />

<strong>de</strong> Medicina da UCG no mesmo. Métodos: Ainserção do acadêmico na comunida<strong>de</strong> ocorre no Distrito Sanitário da Região Noroeste<br />

<strong>de</strong> Goiânia, Goiás. Os estudantes têm uma carga horária <strong>de</strong> três horas semanais na Maternida<strong>de</strong> Nascer Cidadão, on<strong>de</strong> entram em contato<br />

com a realida<strong>de</strong> local. Assim, no sexto módulo, realizam: acompanhamento na sala <strong>de</strong> pré-natal, pré-parto, reuniões <strong>de</strong> planejamento<br />

familiar, Banco <strong>de</strong> Leite e visitas as puérperas e recém-nascidos. É feito o rodízio nestes cenários, para que todos tenham participações<br />

ativas. No Planejamento Familiar os alunos acompanham as explicações sobre os métodos contraceptivos existentes no SUS, dialogam<br />

com os usuários retirando suas duvidas e incentivando as praticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> individuais e coletivas. Resultados: Com o Planejamento<br />

Familiar, a satisfação dos usuários da Maternida<strong>de</strong> Nascer Cidadão cresceu <strong>de</strong>vido à maior possibilida<strong>de</strong> assistência a família,<br />

bem como do processo <strong>de</strong> humanização da relação profissional. Conclusões: A existência do Planejamento Familiar com a finalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aumentar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> assistência a contracepção do usuário patrocina um contato precoce com os mesmos, estimulando a<br />

relação médico-paciente e aumentando a postura ético-humanística, o que aumenta o grau <strong>de</strong> satisfação dos usuários e possibilita<br />

formar médicos compromissados com as coletivida<strong>de</strong>s.<br />

83 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Perfil dos Usuários da UBS N06 e Grau <strong>de</strong> Satisfação Quanto ao Atendimento Recebido<br />

Souza, AMR 84<br />

Lima, AR 84<br />

Silva, TG 84<br />

Libório, SRM 84<br />

Kiyoku, E 84<br />

Feitoza, RIC 84<br />

Introdução: sendo a Atenção Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> eficaz e a<strong>de</strong>quada para a promoção da saú<strong>de</strong> e consi<strong>de</strong>rando-se as dificulda<strong>de</strong>s<br />

enfrentadas pelos profissionais da saú<strong>de</strong> para a realização do seu trabalho tornam-se necessários estudos retratando a população atingida<br />

e sua avaliação quanto ao atendimento recebido. Objetivo: <strong>de</strong>linear o perfil da população assistida pela Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

(UBS) N06 e a satisfação do seu usuário. Metodologia: aplicaram-se, aos usuários <strong>de</strong>sta UBS, questionários com 51 questões objetivas e<br />

subjetivas i<strong>de</strong>ntificando a UBS, colhendo dados sócio-econômicos do usuário, opinião sobre agente comunitário <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (ACS), equipe<br />

<strong>de</strong> enfermagem, médico e o atendimento na UBS como um todo. Os entrevistadores foram levados às residências pelos ACS e liam as<br />

perguntas aos usuários. Concretizadas as entrevistas, construiu-se um banco <strong>de</strong> dados. Resultados: entrevistaram-se 246 famílias entre<br />

os dias 27 <strong>de</strong> março e 22 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, às sextas-feiras pela manhã, durante a prática da disciplina Saú<strong>de</strong> Coletiva. Constatou-se que<br />

82,11% dos entrevistados eram mulheres, 25,71% são adultos jovens e 75,21% correspon<strong>de</strong>m a pessoas com ocupação informal. 52,85%<br />

classificaram como bom o atendimento na UBS, 78,7% relataram nunca terem sido mal-atendidos na unida<strong>de</strong>. Percebeu-se relação entre<br />

a freqüência <strong>de</strong> visitas e o grau <strong>de</strong> satisfação, o tempo <strong>de</strong> conhecimento da UBS e o nível <strong>de</strong> satisfação do atendimento da sua equipe, entre<br />

outros. Conclusão: este levantamento retrata o trabalho <strong>de</strong>senvolvido pela Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família na UBS N06 como um gran<strong>de</strong><br />

colaborador para a melhoria na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos seus usuários, cuja maioria mostrou-se satisfeita com os profissionais, porém,<br />

apontando as dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas. Percebe-se, como fator relevante na opinião dos usuários, a falta <strong>de</strong> conhecimento sobre o significado<br />

da atenção básica. As entrevistas permitiram maior entendimento acerca do funcionamento <strong>de</strong> uma UBS, assim como maior<br />

aproximação à comunida<strong>de</strong> e conhecimento <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s.<br />

A Análise do Cuidado Médico na Prescrição <strong>de</strong> Benzodiazepínicos: uma Observação no<br />

Contexto da Inserção Discente na Atenção Primária à Saú<strong>de</strong><br />

Nóbrega, JV85 Júnior, EAA85 Simon, E85 Mangueira, FPA85 Farias, MP85 Rodrigues, TFC85 Introdução: a reforma curricular do curso <strong>de</strong> Medicina, implantada em 2007 na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, introduziu<br />

novos eixos <strong>de</strong> formação, entre eles o Prático-Integrativo, visando formar profissionais dotados <strong>de</strong> consciência social e capazes <strong>de</strong> enxergar<br />

o paciente integralmente. Neste eixo se inclui o Módulo Horizontal A (MHA), cujo objetivo é introduzir os alunos em novos cenários<br />

<strong>de</strong> prática, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do curso. Deste modo, os estudantes foram inseridos na comunida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> acompanharam as dinâmicas<br />

familiares associadas ao funcionamento da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família. Com a convivência, e a conseqüente criação <strong>de</strong> vínculo<br />

com as famílias, através do diálogo com os profissionais da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e durante as rodas <strong>de</strong> conversa após as visitas domiciliares,<br />

observou-se elevado número <strong>de</strong> usuários <strong>de</strong> ansiolíticos, sobretudo benzodiazepínicos. Objetivos: analisar o cuidado e o acompanhamento<br />

médico no tocante à prescrição dos benzodiazepínicos nas unida<strong>de</strong>s visitadas durante o MHA. Métodos: estudo qualitativo,<br />

utilizando-se como instrumentos o diálogo e a observação; as entrevistas foram gravadas e registradas no ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> campo, para melhor<br />

aproveitamento das informações. Resultados: as principais razões <strong>de</strong> uso citadas foram ansieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pressão, insônia e epilepsia.<br />

A maioria dos pacientes não apresentava real necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização, havendo possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adoção <strong>de</strong> outras condutas, a saber:<br />

aconselhamento, terapias <strong>de</strong> grupo, estímulo à autonomia. Quanto à orientação fornecida durante a prescrição, verificou-se que a maioria<br />

foi informada sobre os efeitos colaterais; no entanto, poucos foram alertados sobre risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência pelo uso prolongado. As<br />

84 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

85 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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pessoas que receberam orientação para interrupção do tratamento foram acompanhadas pelo médico que atua em uma das unida<strong>de</strong>s,<br />

evi<strong>de</strong>nciando uma postura diferenciada <strong>de</strong>ste profissional. Conclusões: embora as orientações sejam escassas e o acompanhamento<br />

<strong>de</strong>ficiente, ainda existem profissionais interessados na promoção da saú<strong>de</strong>, buscando novas alternativas <strong>de</strong> tratamento, valorizando o<br />

paciente como sujeito ativo no processo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>-doença.<br />

Educação em Saú<strong>de</strong>: é Possível Integrar Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina e Comunida<strong>de</strong><br />

Utilizando o Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) como Cenário <strong>de</strong> Aprendizagem?<br />

Santos, MAP 86<br />

Moura,MGM 86<br />

Pezzi,LHA 86<br />

Ribeiro,RF 86<br />

Dibo,RPL 86<br />

Neto, SP 86<br />

Introdução: Ainserção precoce do aluno <strong>de</strong> medicina na comunida<strong>de</strong> em que está integrado vem sendo fortemente estimulada<br />

pelas diretrizes curriculares nos últimos anos. O presente trabalho consiste no relato <strong>de</strong> experiência <strong>de</strong> graduandos <strong>de</strong> medicina do 1°,<br />

6º e 7º períodos, sendo os últimos integrantes do programa <strong>de</strong> monitoria do Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s e Simulação, na comunida<strong>de</strong><br />

adstrita ao Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) no bairro da Lapa – Rio <strong>de</strong> Janeiro, que está inserida na instituição on<strong>de</strong> foi feito este trabalho<br />

através <strong>de</strong> um convênio com a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Esta unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> torna-se um ambiente propício para o processo<br />

<strong>de</strong> ensino-aprendizagem dos acadêmicos, que realizam ações <strong>de</strong> promoção e prevenção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, possibilitando sua inserção no<br />

campo prático da atenção primária em saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da sua formação. Objetivo: Relatar a experiência dos alunos na construção<br />

<strong>de</strong> estratégias para estreitar os laços entre eles e comunida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> uma prática <strong>de</strong> promoção à saú<strong>de</strong>, proporcionando uma reflexão<br />

sobre a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Metodologia: O tema escolhido para a ativida<strong>de</strong> foi: “Alimentação saudável e Hipertensão Arterial Sistêmica<br />

(HAS)”. Apartir <strong>de</strong> uma abordagem reflexiva, realizou-se uma ativida<strong>de</strong> comunitária baseada em dinâmica <strong>de</strong> grupo na qual foi<br />

problematizado o tema <strong>de</strong>scrito. Durante o encontro aferiu-se a pressão arterial, utilizou-se material informativo e ao final, houve um<br />

lanche saudável. Resultados: Percebemos a importância da troca <strong>de</strong> informações entre alunos e comunida<strong>de</strong>. Observamos ainda, gran<strong>de</strong><br />

sensibilização com o tema HAS, ocorrendo a sugestão <strong>de</strong> uma posterior abordagem sobre Diabetes Mellitus. Conclusões: Desta forma,éperceptívelqueavivênciadapráticamédicaconstituiamelhor<br />

forma <strong>de</strong> aprendizagem, justificando a inserção precoce dos graduandos<br />

em ativida<strong>de</strong>s comunitárias a fim <strong>de</strong> colaborar para uma reflexão mais humanizada e realização <strong>de</strong> projetos com foco na<br />

promoção e prevenção da saú<strong>de</strong>.<br />

A Inserção dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina da Escola Pernambucana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na Re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família do Recife – Fatores que Dificultam a Realização dos<br />

Estágios<br />

Lima, RB87 Inojosa, B88 Gantois, C88 Bomfim, C88 Amorim, D88 Lira, I88 Introdução: a Escola Pernambucana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (EPS) busca a formação <strong>de</strong> profissionais generalistas, a<strong>de</strong>quados às necessida<strong>de</strong>s<br />

do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Para isso promove a inserção dos estudantes em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USF) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro semestre<br />

da graduação, sob supervisão dos profissionais <strong>de</strong>stas unida<strong>de</strong>s. Estes estágios necessitam <strong>de</strong> acompanhamento e avaliação<br />

constantes por parte <strong>de</strong> todos os atores envolvidos no processo, principalmente em relação à sua a<strong>de</strong>quação com o conteúdo programá-<br />

86 Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

87 Prefeitura do Recife, Recife, PE, Brasil.<br />

88 Escola Pernambucana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Recife, PE, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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tico proposto pela faculda<strong>de</strong>. Objetivos: i<strong>de</strong>ntificar entre estudantes <strong>de</strong> medicina da EPS características dos estágios que dificultem a<br />

aprendizagem em serviço. Métodos: análise <strong>de</strong> relatos <strong>de</strong> estudantes elaborados através <strong>de</strong> instrumento aberto. Resultados: em relação<br />

aos estágios nas USF, as principais dificulda<strong>de</strong>s apontadas pelos estudantes foram o número insuficiente <strong>de</strong> USF disponíveis para os estágios,<br />

a estrutura física ina<strong>de</strong>quada para acomodar estudantes, a heterogeneida<strong>de</strong> do grupo <strong>de</strong> preceptores (sendo alguns dispostos ao<br />

ensino e outros sem interesse nos estágios) e a falta <strong>de</strong> integração entre os objetivos <strong>de</strong> aprendizagem do semestre e as ativida<strong>de</strong>s realizadas<br />

nas USF. Como soluções foram propostas a busca <strong>de</strong> mais USF para receber estudantes para <strong>de</strong>safogar as que já recebem, estruturação<br />

das USF pela faculda<strong>de</strong> (infra-estrutura, equipamentos e material), adoção <strong>de</strong> política <strong>de</strong> incentivo à preceptoria (incluindo ativida<strong>de</strong>s<br />

científicas, educação permanente e capacitação pedagógica) e planejamento dos objetivos <strong>de</strong> aprendizagem em integração com a<br />

rotina das USF. Conclusões: os estudantes da EPS enten<strong>de</strong>m que é necessária uma maior integração entre a instituição e as USF, criando<br />

parcerias que incluam os profissionais das USF na rotina acadêmica e alinhem os objetivos acadêmicos com os objetivos assistenciais.<br />

Estágios Curriculares em Unida<strong>de</strong>s De Saú<strong>de</strong> da Família: a Experiência da Escola<br />

Pernambucana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Avaliada pelos Estudantes<br />

Lima, RB 89<br />

Inojosa, B 90<br />

Gantois, C 90<br />

Bomfim, C 90<br />

Amorim, D 90<br />

Farias, I 90<br />

Introdução: a Escola Pernambucana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (EPS) promove a inserção dos estudantes em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família<br />

(USF) com o objetivo <strong>de</strong> formar profissionais generalistas i<strong>de</strong>ntificados com as necessida<strong>de</strong>s do Sistema único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS). Os estágios<br />

são supervisionados pelos profissionais lotados nas USF, e têm início já no primeiro semestre da graduação. Como há uma heterogeneida<strong>de</strong><br />

no universo <strong>de</strong> USF que servem como campo <strong>de</strong> práticas, é importante i<strong>de</strong>ntificar as experiências exitosas <strong>de</strong> estágios para<br />

que estas sirvam como mo<strong>de</strong>lo para as <strong>de</strong>mais. Objetivos: apontar aspectos positivos dos estágios nas USF a partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos dos<br />

estudantes que vivenciaram estas experiências. Métodos: análise <strong>de</strong> relatos <strong>de</strong> estudantes voluntários, elaborados através <strong>de</strong> instrumento<br />

aberto. Resultados: os estágios são vistos como meio importante para que o estudante se familiarize com o ambiente <strong>de</strong> trabalho,<br />

incluindo o contato com pessoas <strong>de</strong> realida<strong>de</strong> socioeconômica diferente dos estudantes, o que segundo estes permite uma melhor compreensão<br />

das necessida<strong>de</strong>s da população. Aparticipação em pequenos procedimentos, consultas, visitas domiciliares e ativida<strong>de</strong>s educativas<br />

também foram bem avaliadas. Os estudantes apontam ainda a importância do trabalho em equipe e a integração entre profissionais<br />

<strong>de</strong> categorias diferentes. As USF foram vistas ainda como campo <strong>de</strong> prática <strong>de</strong> uma atenção à saú<strong>de</strong> mais humanizada e próxima<br />

da realida<strong>de</strong> das pessoas. Foi também avaliada positivamente a visão integral do processo saú<strong>de</strong>-doença, segundo os estudantes mais<br />

fácil <strong>de</strong> perceber nas USF. Conclusões: os estudantes da EPS i<strong>de</strong>ntificam como aspectos positivos dos estágios as características mais relacionadas<br />

aos princípios da Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família (trabalho em equipe interdisciplinar, longitudinalida<strong>de</strong>, integralida<strong>de</strong>, eqüida<strong>de</strong>).<br />

A EPS <strong>de</strong>ve trabalhar institucionalmente no sentido <strong>de</strong> reforçar estas características dos estágios, visto que são bem avaliadas e<br />

permitem a compreensão da Estratégia.<br />

89 Prefeitura do Recife. Recife, PE, Brasil.<br />

90 Escola Pernambucana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Recife, PE, Brasil.<br />

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Integração da Tecnologia às Rotinas dos Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: a Utilização do<br />

Georreferenciamento na Compreensão e no Controle das Parasitoses em Famílias em<br />

Situação <strong>de</strong> Risco em uma Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ouro Preto/MG<br />

Junho, BT91 Coelho, GLLM91 Figueiredo, AM91 Nascimento, FS91 Maia, GA91 Ramiro, LP91 Introdução: O sistema <strong>de</strong> informações geográficas (SIG) é uma ferramenta <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> na i<strong>de</strong>ntificação e no planejamento<br />

<strong>de</strong> ações para a promoção e proteção da saú<strong>de</strong> das populações. Na integração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s educativas junto a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços,<br />

observou-se que esta ferramenta não era utilizada pela equipe na unida<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (UBS). Objetivos: Construir mo<strong>de</strong>lo georreferenciado<br />

da prevalência <strong>de</strong> parasitoses entre crianças menores <strong>de</strong> 5 anos da população adscrita à UBS em Ouro Preto/MG, no segundo<br />

semestre <strong>de</strong> 2008. Além <strong>de</strong> avaliar a utilização <strong>de</strong>ssa tecnologia associada a um SIG com a participação <strong>de</strong> toda a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Métodos: Observação, entrevistas e análises documentais combinados ao geoprocessamento da carta topográfica dos casarios da região,<br />

com o auxílio do programa Map Info. Resultados e Conclusões: O georrefenciamento dos dados sócio-econômicos auxiliou na<br />

<strong>de</strong>terminação da distribuição das parasitoses e na <strong>de</strong>cisão quanto a forma <strong>de</strong> intervenção que aten<strong>de</strong>ria as necessida<strong>de</strong>s da população.<br />

A ferramenta permitiu levantar a hipótese <strong>de</strong> correlação da prevalência <strong>de</strong> parasitoses intestinais com as condições ambientais da creche<br />

freqüentada pelas crianças e do reservatório que distribui a água. Foi <strong>de</strong>monstrada a potencialida<strong>de</strong> da tecnologia associada ao geoprocessamento<br />

para a i<strong>de</strong>ntificação e para a construção <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia explicativa dos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>, criando<br />

subsídios para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

Pesquisa <strong>de</strong> Opinião <strong>de</strong> Alunos do Curso <strong>de</strong> Medicina da UNIFOR sobre a Estratégia <strong>de</strong><br />

Ações Integradas em Saú<strong>de</strong> II<br />

Borba, PC92 Assunção-Ramos, AV92 Chaves, BR92 Santos-Lima, JC92 Introdução: O Curso <strong>de</strong> Medicina da Unifor integra conhecimentos, práticas e atitu<strong>de</strong>s nos eixos humanístico-profissional, técnico-científico<br />

e comunitário-assistencial, <strong>de</strong> acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina. Ferramenta<br />

pedagógica principal: Aprendizagem Baseada em Problemas. Ações Integradas em Saú<strong>de</strong>(AIS): estratégia educacional longitudinal que<br />

insere o aluno no cenário do SUS, enfatizando a Atenção Primária à Saú<strong>de</strong>(APS). Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar a percepção dos alunos do segundo<br />

semestre sobre a importância do AIS, das ativida<strong>de</strong>s realizadas e do alcance dos objetivos <strong>de</strong> aprendizagem. Metodologia: Alunos que assinaram<br />

o TCLE respon<strong>de</strong>ram questionário contemplando dados pessoais e aspectos relacionados ao AIS2. Aestratégia foi avaliada com notas<br />

(0 a 10). Resultados: Participação:49 alunos(87,5% da turma). Média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> 20,3 anos, 59% sexo feminino, 61,2% entraram no Curso em até<br />

duas tentativas no vestibular, 24,5% cursaram pelo menos um semestre <strong>de</strong> outro curso.90% dos alunos consi<strong>de</strong>ram a estratégia AIS importante.<br />

Avisita ao Projeto Comunitário 4 Varas foi consi<strong>de</strong>rada excelente ou interessante por 87,8%. Outras ativida<strong>de</strong>s bem avaliadas: observação<br />

<strong>de</strong> consultas na APS(73,5%), oficina sobre sistemas <strong>de</strong> informações em saú<strong>de</strong>(67,3%), seminário sobre promoção e educação em saú<strong>de</strong>(59,2%)<br />

e ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interação com profissionais e alunos do Curso <strong>de</strong> Nutrição(57,1%). As conferências sobre Cuidados Primários em<br />

Saú<strong>de</strong>, Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família e Sistemas <strong>de</strong> Informações foram bem avaliadas por 75,5%, 73,5% e 71,4% dos alunos, respectivamente.<br />

Objetivos <strong>de</strong> aprendizagem consi<strong>de</strong>rados bem alcançados: compreen<strong>de</strong>r o conceito <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> e a importância da mesma para a<br />

saú<strong>de</strong> das coletivida<strong>de</strong>s humanas e dos indivíduos(87,8%), compreen<strong>de</strong>r os indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>(81,6%) e conhecer as etapas <strong>de</strong> planejamento<br />

<strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> intervenção comunitária(79,6%). Anota média para o AIS2:7,5; mínima:3,5; máxima:9,7. Conclusão: Há gran<strong>de</strong> variação<br />

na percepção dos alunos sobre o AIS2. Ativida<strong>de</strong>s e objetivos que utilizam metodologias ativas <strong>de</strong> ensino-aprendizagem parecem <strong>de</strong>spertar<br />

mais interesse nos alunos.<br />

91 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

92 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

331<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Percepção dos Alunos dos Primeiros Períodos do Curso <strong>de</strong> Medicina Acerca Da<br />

Importância Da Integração Ensino-serviço-comunida<strong>de</strong> na Formação Médica<br />

Moura, AS93 Vasconcelos, MMA93 Pereira, RPA93 Dias, RBD93 Guimarães, FG93 Faria, RMD93 Introdução: Apesar do ensino da atenção primária à saú<strong>de</strong> (APS) e a integração ensino-serviço-comunida<strong>de</strong> serem preconizados<br />

pelas diretrizes curriculares, torná-las motivadoras <strong>de</strong> forma que o aluno perceba sua importância é um <strong>de</strong>safio. Visando a inserção<br />

oportuna do estudante no contexto da APS, a estratégia educacional Prática Médica na Comunida<strong>de</strong> (PMC) no curso <strong>de</strong> medicina da<br />

Unifenas-BH tem como objetivo, nos primeiros períodos, proporcionar aos alunos o aprendizado dos princípios da APS e <strong>de</strong> ferramentas<br />

<strong>de</strong> medicina da família. Com carga horária semanal <strong>de</strong> quatro horas, os alunos alternam visitas supervisionadas por docente às UBS<br />

com oficinas <strong>de</strong> trabalho na Universida<strong>de</strong>. Objetivo: Avaliar a percepção dos alunos dos primeiros períodos do curso <strong>de</strong> medicina da<br />

Unifenas-BH acerca da importância da estratégia PMC na formação médica. Metodologia: Análise <strong>de</strong>scritiva e reflexiva da resposta a<br />

um instrumento <strong>de</strong> avaliação semi-estruturado preenchido por alunos dos três primeiros períodos do curso <strong>de</strong> medicina da Unifenas-BH.<br />

Resultados: Dos 234 alunos que respon<strong>de</strong>ram ao questionário, analisou-se uma amostra aleatória <strong>de</strong> 94 alunos. A principal<br />

contribuição para a formação percebida pelos alunos é <strong>de</strong> que a PMC ajuda a conhecer a realida<strong>de</strong> sócio-econômica da maior parte da<br />

população e o trabalho na UBS (33%), melhora a relação médico-paciente (23%), contribui para formação <strong>de</strong> um médico humanizado<br />

(20%), ajuda a esclarecer o papel da APS e do SUS (11%) e ajuda a dar maturida<strong>de</strong> ao aluno (9%). Apenas 4% dos alunos relatou que não<br />

vê importância para sua formação. Em relação à utilização <strong>de</strong> “log book”paraestimularareflexãosobreaprática,76%dosalunosoconsi<strong>de</strong>rou<br />

útil. Conclusão: A estratégia PMC vem sendo percebida <strong>de</strong> forma positiva pelos alunos, estimulando principalmente o<br />

conhecimento da realida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong> adscrita e do funcionamento da UBS, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação e<br />

a percepção do paciente <strong>de</strong> forma mais integral.<br />

VIGILÂNCIA À SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO<br />

ENSINO/SERVIÇO/COMUNIDADE PARA O CONTROLE DA HIPERTENSÃO<br />

ARTERIAL EM UM BAIRRO DE FEIRA DE SANTANA – BAHIA<br />

Silva, MV94 Nascimento Sobrinho, CL94 Pereira, NB94 Laudano, RCS94 Rebouças, BS94 Costa, JLFR94 Introdução: Apartir do reconhecimento da hipertensão arterial (HA) como problema relevante <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pela população do Bairro<br />

Novo Horizonte, município <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana, Bahia, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong> das Práticas <strong>de</strong> Integração Ensino, Serviço e<br />

Comunida<strong>de</strong>, do Curso <strong>de</strong> Medicina da UEFS, <strong>de</strong>cidiu-se implementar práticas <strong>de</strong> prevenção à doença e suas complicações. Objetivo:<br />

Habilitar os estudantes <strong>de</strong> medicina a <strong>de</strong>senvolver ações <strong>de</strong> vigilância à saú<strong>de</strong>, enfocando HA, na área <strong>de</strong> atuação da Equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

da Família (ESF) do referido bairro; <strong>de</strong>tectar, precocemente, indivíduos com ida<strong>de</strong> igual ou superior a 18 anos “suspeitos” <strong>de</strong> HA(PAS ≥<br />

140 e/ou PAD ≥ 90mmHg) em uma micro-área <strong>de</strong>ste bairro. Métodos: Foi elaborado um questionário contendo informações sobre características<br />

sócio-<strong>de</strong>mográficas, história familiar <strong>de</strong> HA, conhecimento sobre HA, hábitos <strong>de</strong> vida (uso <strong>de</strong> tabaco, bebida alcoólica e realização<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física), aferição da pressão arterial pelo método auscultatório, medida do peso e estatura. O trabalho <strong>de</strong>senvol-<br />

93 Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

94 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana, Feira <strong>de</strong> Santana, BA, Brasil.<br />

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veu-se a partir <strong>de</strong> visitas domiciliares. Foram produzidos e distribuídos folhetos educativos e realizada a ativida<strong>de</strong> lúdico-educativa<br />

“Forró do Hipertenso”. Resultados: Os dados analisados revelaram que, dos 108 entrevistados, 30,6% foram hipertensos referidos.<br />

Destes, 42,4% eram fumantes ou ex-fumantes; 18,2% consumiam bebida alcoólica; 42,4% tinham histórico familiar <strong>de</strong> HA; 12,1% praticavam<br />

ativida<strong>de</strong> física e 66,7% estavam acima do peso. Cerca <strong>de</strong> 23% apresentaram PA elevada no momento da aferição e 5,5% foram<br />

consi<strong>de</strong>rados suspeitos <strong>de</strong> possuir HA. Conclusões: Aprática revelou-se original e criativa, permitindo aprendizado mútuo (professores/estudantes/ESF/população)<br />

e possibilitou a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> alguns “suspeitos” <strong>de</strong> HA na população estudada. Os resultados<br />

estimulam a continuida<strong>de</strong> das práticas interdisciplinares <strong>de</strong> ensino, integrando ensino/serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>/comunida<strong>de</strong> na busca <strong>de</strong><br />

uma formação em medicina socialmente comprometida e eticamente responsável.<br />

Fibromialgia Na Interação Estudante-PSF<br />

Gil, T 95<br />

Ferreira, MA 95<br />

Gemignani, EYu Me Yut 95<br />

Introdução: Ao longo <strong>de</strong> varias décadas, muitos diagnósticos abordaram processos dolorosos idiopáticos, correlacionando-os<br />

com varias teorias. Mas somente a partir <strong>de</strong> 1976 (Smythe e Moldofsky) convergiu-se para a patologia cuja gênese ainda não esta bem<br />

esclarecida, embora sabe-se que fatores como ansieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pressão e predisposição individual, corroboram para a ocorrência da fibromialgia<br />

(FM), síndrome caracterizada por <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m musculoesquelética dolorosa, clinicamente <strong>de</strong>finida por dor crônica, difusa e com<br />

pontos dolorosos. Objetivo: Atuar na facilitação do reconhecimento <strong>de</strong>sta enfermida<strong>de</strong>, na educação médica, uma vez que, seu diagnostico<br />

é puramente clinico, <strong>de</strong>monstrando ao aluno um paciente holístico e <strong>de</strong> diagnóstico multifatorial. Metodologia: Foi realizada<br />

pelos alunos do 5° semestre da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina da UNICID, uma visita domiciliária à paciente da USF Jardim Fernão Dias em<br />

Mairiporã-SP, acompanhada pela agente comunitária <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> foram feitas anamnese e exame físico pertinentes. Resultados: Diante<br />

da situação-problema inserido no contexto educacional <strong>de</strong>sta enfermida<strong>de</strong>, foi possível evi<strong>de</strong>nciar a importância do pensamento<br />

clinico direcionado para moléstias multifatoriais. Demonstrando aos futuros médicos, a importância <strong>de</strong> estar atento à vários sintomas<br />

relacionados com dor crônica e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> convergência para o diagnostico <strong>de</strong> FM, adquirindo esta habilida<strong>de</strong> para uso outros<br />

cenários clínicos, Ratificando assim, o valor da pratica médica sobre exames complementares e do pensamento sobre um paciente poliqueixoso.<br />

Conclusão: Dentro do aspecto <strong>de</strong> educação médica, concluímos que a exposição orientada à FM, direciona o pensamento<br />

clinico do aluno à enfermida<strong>de</strong>s multifatoriais e <strong>de</strong> diagnostico difuso, sobretudo em <strong>de</strong>corrência do caráter clinico do diagnostico e<br />

não laboratorial.. Evi<strong>de</strong>nciando a soberania da clinica sobre exames complementares, outro fato importante no ensino médico.<br />

Trabalho Comunitário: uma Metodologia Ativa na Integração Ensino-serviço<br />

Lei<strong>de</strong>rsnai<strong>de</strong>r, SCL96 Saldanha, CRM96 Lima, LS96 Introdução: A diretriz curricular da Medicina orienta a formação do médico generalista, exigindo práticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com aproximação<br />

do ensino às reais necessida<strong>de</strong>s da população assistida. Adisciplina <strong>de</strong> Atenção Básica Integrada da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong><br />

Valença no quinto período propôs o ensino baseado em problemas na prática comunitária. A problematização potencializa a realida<strong>de</strong><br />

social, estabelece o diagnóstico permitindo intervenções <strong>de</strong> prevenção e promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Tal prática fortalece o aprendizado <strong>de</strong><br />

competências <strong>de</strong>sejáveis ao profissional médico. Objetivo: Relatar uma experiência <strong>de</strong> integração ensino-serviço. Método: Estudo<br />

transversal on<strong>de</strong> os alunos visitaram domicílios no município <strong>de</strong> Rio das Flores-RJ e realizaram anamnese individual e familiar. A seguir<br />

as vivências eram discutidas em sala i<strong>de</strong>ntificando as necessida<strong>de</strong>s individuais e coletivas construindo estratégias <strong>de</strong> intervenção.<br />

Resultado: Foram i<strong>de</strong>ntificados diabetes, hipertensão arterial; alcoolismo; idosos analfabetos com dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização da medicação.<br />

As ações realizadas visaram esclarecer preferencialmente a importância do uso a<strong>de</strong>quado dos medicamentos, da dieta e da práti-<br />

95 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

96 Centro <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>de</strong> Valença. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Valença, Valença, RJ, Brasil.<br />

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ca <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s físicas regulares. Para os idosos analfabetos o trabalho foi realizado individualmente organizando os medicamentos,<br />

utilizando símbolos que indicavam o período do dia em que a medicação <strong>de</strong>veria ser tomada. O alcoolismo foi abordado com estudantes<br />

do ensino fundamental conscientizando-os dos efeitos abusivos do álcool para transformá-los em multiplicadores junto aos seus familiares,<br />

através <strong>de</strong> um jogo elaborado pelos estudantes associando o álcool a aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trânsito, gravi<strong>de</strong>z, doenças sexualmente<br />

transmissíveis, <strong>de</strong>sagregação familiar e violência. Noutra ação abordaram-se os familiares <strong>de</strong> alcoólatras apresentando o trabalho dos<br />

Alcoólicos Anônimos e Al-Anon como ajuda na superação da doença. Conclusão: O contato com a realida<strong>de</strong> social <strong>de</strong>spertou no<br />

estudante reflexões úteis na sua formação humana e acadêmica. Na oportunida<strong>de</strong> aprofundaram-se os conceitos <strong>de</strong> acolhimento,<br />

trabalho em equipe e respeito ao saber popular nas ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, estreitando ainda mais a relação da faculda<strong>de</strong> com a população.<br />

Saú<strong>de</strong> e Educação: Apren<strong>de</strong>ndo com a Criança em Ida<strong>de</strong> Escolar<br />

Ramos, LBM 97<br />

Castro, LAV 97<br />

Costa, LF 97<br />

Faria, LM 97<br />

Machado, LEG 97<br />

Introdução: A disciplina <strong>de</strong> Medicina Preventiva e Comunitária III (MPC III) do oitavo período da graduação, atua há 25 anos no<br />

Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Escolar (PSE). Os estudantes, durante um semestre letivo, atuam em uma Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS) e em 2 (duas)<br />

Escolas Públicas da área <strong>de</strong> abrangência. Desenvolvem uma visão crítica dos <strong>de</strong>terminantes biológicos, culturais, econômicos, políticos e institucionais<br />

do processo saú<strong>de</strong>-adoecimento-cuidado, e vivenciam a realida<strong>de</strong> da criança em ida<strong>de</strong> escolar, à partir <strong>de</strong> uma visão histórica e dinâmica<br />

das inter-relações existentes entre Educação e Saú<strong>de</strong>. Objetivos: Desenvolver, no cenário da Atenção Primária à Saú<strong>de</strong>, habilida<strong>de</strong>s<br />

na abordagem da criança em ida<strong>de</strong> escolar. Métodos: Realização <strong>de</strong> um Rastreamento Escolar das crianças matriculadas na primeira série do<br />

Ensino Fundamental. O instrumento utilizado é um Roteiro com perguntas e Exame Físico <strong>de</strong>talhados. Neste trabalho foram consolidados os<br />

dados relativos ao atendimento no cenário da Escola Pública atendida. Resultados: Foram atendidas oitenta e seis crianças <strong>de</strong> março a julho<br />

<strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Amaioria das crianças tinha seis anos e eram do sexo feminino. Dentre os problemas <strong>de</strong>tectados, o mais comum foi a alteração visual,<br />

ressaltando a utilização em todos os casos <strong>de</strong> um Teste <strong>de</strong> Triagem. Os distúrbios <strong>de</strong> comportamento relacionados à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado<br />

foram o segundo diagnóstico mais encontrado. As condutas variaram entre encaminhamentos à UBS – serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> escolar ou psicologia<br />

escolar - ou o caso era resolvido na própria escola. Conclusões: As crianças atendidas tinham ida<strong>de</strong> compatível ao ingresso no Ensino<br />

Fundamental. A <strong>de</strong>tecção precoce dos distúrbios visuais e da dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado qualificam a prática dos estudantes <strong>de</strong> Medicina<br />

em serviços <strong>de</strong> atenção básica e nas Escolas que integram o Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Escolar.<br />

Concepção e Gestação: Aprendizagem Integrada e Significativa<br />

Gullich, I98 Gonçalves, VC98 Zan, AT98 Santos, MML98 Sakai, FA98 Introdução: a realização <strong>de</strong> um programa que tenha uma base teórica e um envolvimento prático e didático <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro<br />

ano, possibilita ao aluno um aprimoramento na aprendizagem da relação médico-paciente e concretiza os conhecimentos teóricos adquiridos.<br />

Objetivos: o objetivo <strong>de</strong>sse trabalho é oferecer aos alunos do primeiro ano da graduação em medicina o conhecimento e a<br />

compreensão da concepção e da gestação em todos os sentidos: anatômico, fisiológico, embriológico, socioeconômico, ético e psicológico.<br />

Além disso, esta disciplina visa sensibilizar os alunos para a necessida<strong>de</strong> do envolvimento <strong>de</strong>stes na comunida<strong>de</strong>, assumindo o papel<br />

<strong>de</strong> orientador e comunicador em saú<strong>de</strong>. Métodos: durante o ano letivo são administradas aulas teóricas e práticas nos ambulatórios<br />

do HU-FURG, concomitante ao acompanhamento <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> gestantes, consultas ambulatoriais e plantões obstétricos. O acompanhamento<br />

<strong>de</strong> gestantes acontece nos seguintes grupos: portadoras <strong>de</strong> HIV, pré- natal <strong>de</strong> alto e baixo risco, adolescentes e <strong>de</strong> grávidas <strong>de</strong><br />

97 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

98 Fundação Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong>, Rio Gran<strong>de</strong>, RS, Brasil.<br />

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postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Esse seguimento <strong>de</strong> cada gestante é realizado por dois alunos e consta <strong>de</strong>: consultas <strong>de</strong> pré-natal, visitas domiciliares,<br />

acompanhamento à maternida<strong>de</strong> e observação do primeiro mês <strong>de</strong> puerpério. No final <strong>de</strong> cada mês é redigido e apresentado um relatório.<br />

Resultados: esse trabalho oferece uma visão ampla do período gestacional, do parto e do início do puerpério. Além <strong>de</strong> proporcionar<br />

a gestante acompanhada uma valorização <strong>de</strong>sta etapa da vida, com o apoio, a segurança e a afetivida<strong>de</strong> oferecida pelos estudantes. Ainda,<br />

permite aos alunos terem contato com a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus futuros pacientes e, a inserção precoce em ativida<strong>de</strong>s práticas os faz vivenciar<br />

situações variadas <strong>de</strong> vida, os ensina a importância do trabalho em equipe multiprofissional e elucida a organização do SUS. Conclusões:<br />

esta disciplina privilegia a participação ativa do aluno na construção do conhecimento, na integração entre os conteúdos<br />

<strong>de</strong>senvolvidos e no exercício da cidadania.<br />

Quebrando Preconceitos : a Interação Universida<strong>de</strong> Serviço Comunida<strong>de</strong> e o Programa<br />

Dst-Aids Numa Área <strong>de</strong> Abragência <strong>de</strong> Botucatu-SP<br />

Oliveira, FRC99 Silva, F99 Pereira, FC99 Mattos, FTM99 Introdução: Adisciplina IUSC visa aumentar a aproximação dos estudantes com a população Botucatuense <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da graduação.<br />

Uma das priorida<strong>de</strong>s do IUSC é aproximar os alunos e a população local. Objetivos: A<strong>de</strong>quar a educação médica às novas diretrizes<br />

curriculares, <strong>de</strong>senvolvendo a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dialogar dos graduandos com seus futuros pacientes. Métodos: O diálogo é melhorado através<br />

<strong>de</strong> visitas domiciliares e reconhecimento do território das áreas <strong>de</strong> abrangência. Uma das particularida<strong>de</strong>s da área do CECAP é a gran<strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> profissionais do sexo e usuários <strong>de</strong> droga injetáveis, o que levou à instalação do programa DST-AIDS. O projeto DST- AIDS,<br />

através <strong>de</strong> um trabalho livre <strong>de</strong> preconceitos, distribui - aos profissionais do sexo – géis lubrificantes e preservativos. Aos usuários <strong>de</strong> drogas,<br />

soro para diluição, seringas e papel apropriado para consumo <strong>de</strong> cocaína num trabalho <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> danos. Aconscientização também é feita<br />

em relação às DST‘s e sobre o perigo do compartilhamento <strong>de</strong> materiais. Os alunos foram previamente preparados para acompanhar a interação<br />

dos agentes com a comunida<strong>de</strong>. Resultados: Foi realizada uma visita a um parque itinerante instalado nas proximida<strong>de</strong>s da UBS. Os<br />

funcionários do estabelecimento tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber as orientações a respeito das formas corretas <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> preservativosedosprincipaissinaisesintomasdasDSTsmaisprevalentes.Destacou-se<br />

a importância da ativida<strong>de</strong> por ter como alvo uma população<br />

<strong>de</strong> risco – migratória e com acesso restrito aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> – e com alto potencial <strong>de</strong> ser fonte <strong>de</strong> contaminações para a comunida<strong>de</strong> local.<br />

Os alunos tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhar a interação e a atualização das carteiras <strong>de</strong> vacinação, que também foi realizada na mesma<br />

ocasião. Conclusão: Ainteração com o grupo DST-AIDS aproximou os alunos <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> risco usualmente excluídos dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

com os quais virão a trabalhar no futuro.<br />

Avaliação <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> pelo Usuário - Serviço <strong>de</strong> Pronto-Atendimento do<br />

São Raimundo (Manaus - AM)<br />

Souza, ARM 100<br />

Motta, PV<br />

Amaral, AO 100<br />

Texeira, CLA 100<br />

Junior, SV 100<br />

Arnold, TF 100<br />

Introdução: Há uma preocupação quanto à melhoria do atendimento aos usuários do serviço público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, sempre consi<strong>de</strong>rando<br />

a ótica <strong>de</strong>les. Por isso, faz-se necessária a realização <strong>de</strong> trabalhosnosquaisosusuáriosparticipememitindosuasopiniões,avaliando<br />

os serviços prestados, proporcionando assim bases para melhorias do sistema público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivos: Descrever o perfil<br />

social dos usuários, analisar os tipos <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ofertados, medir a qualida<strong>de</strong> do atendimento nos setores do Serviço <strong>de</strong> Pronto-Atendimento<br />

(SPA), e avaliar a resolutivida<strong>de</strong> nos serviços prestados. Métodos: Realizaram-se entrevistas voluntárias com usuários<br />

99 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP. Brasil.<br />

100 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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do SPA do São Raimundo, localizado na zona Centro-Oeste <strong>de</strong> Manaus, em que eles respondiam aos questionários com três tópicos<br />

principais: i<strong>de</strong>ntificação do usuário, motivo <strong>de</strong> procura, e avaliação da unida<strong>de</strong>. Estabeleceu-se como amostra 280 usuários. A coleta<br />

dos dados ocorreu semanalmente no turno matutino nos meses <strong>de</strong> outubro e novembro <strong>de</strong> 2008. Também foi feita uma entrevista ao diretor<br />

do SPA objetivando averiguar a estrutura organizacional da instituição a fim <strong>de</strong> concluir se o SPA estava padronizado <strong>de</strong> acordo<br />

com o estabelecido pelo SUS. Resultados: Pela análise dos gráficos: a maioria dos usuários tem baixa escolarida<strong>de</strong>; a maioria avaliou o<br />

atendimento da enfermagem como sendo bom e a qualida<strong>de</strong> do atendimento médico como boa ou excelente; a indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns<br />

serviços/procedimentos <strong>de</strong>terminou maior índice <strong>de</strong> não solução dos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Conclusão: Apesquisa feita no SPAfoi<br />

muito compensadora para a formação profissional <strong>de</strong> nós acadêmicos <strong>de</strong> Medicina. Através <strong>de</strong>la foi possível estar em contato direto<br />

com pacientes <strong>de</strong> diferentes meios sociais, ouvindo a opinião, sugestões e críticas acerca dos diferentes aspectos dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

prestados. O bom atendimento e <strong>de</strong>sempenho profissional possibilitam <strong>de</strong>senvolver uma credibilida<strong>de</strong> do serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com o<br />

usuário, criando neles a tão importante confiança no cuidado da saú<strong>de</strong>.<br />

Participação dos Leishmaníacos no Projeto Circuito da Ciência do INPA – Manaus/AM<br />

Nogueira, RW 101<br />

Vinhote, A 101<br />

LUANGE, C 102<br />

Coelho, A 102<br />

Pinheiro, FG 102<br />

Franco, AMR 102<br />

Introdução: Os leishmaníacos são acadêmicos <strong>de</strong> graduação, pós-graduação e técnicos do Laboratório <strong>de</strong> Leishmaniose e Doença<br />

<strong>de</strong> Chagas do Instituto Nacional <strong>de</strong> Pesquisa do Amazonas (INPA) que apresentam há dois anos, nos primeiros e últimos sábados<br />

do mês no projeto Circuito da Ciência, as ativida<strong>de</strong>s realizadas nos laboratórios <strong>de</strong> forma dinâmica e educativa. Objetivos: Conscientizar<br />

a população sobre a segunda doença parasitária <strong>de</strong> maior ocorrência no Estado e que ainda é negligenciada pela socieda<strong>de</strong>, prestar<br />

informações e orientações sobre prevenção, diagnóstico, tratamento e os riscos que elas conferem à saú<strong>de</strong>. Métodos: Aativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida<br />

consta <strong>de</strong> momentos explicativos, observação <strong>de</strong> parasitas ao microscópio, visualização dos insetos vetores <strong>de</strong> ambas doenças<br />

(LeishmanioseeDoença<strong>de</strong>Chagas)eapresentação<strong>de</strong>teatro<strong>de</strong>fantoches. Apopulação alvo é caracterizada por crianças do ensino fundamental,<br />

médio e adultos. Resultados: Apalestradosleishmaníacosabordatemas<strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>Pública<strong>de</strong>formaclaraesucintaparaque<br />

todos os níveis educacionais consigam apren<strong>de</strong>r e evitar a infecção. Levam a pesquisa do laboratório à comunida<strong>de</strong> ao fazer jogos educativos<br />

sobre a doença e informar também através <strong>de</strong> fol<strong>de</strong>rs. O Teatro com fantoches envolve três personagens que são caracterizados<br />

pelo médico (Dr. Pereba), o inseto (Cangalhinha) e a criança (Mariazinha). Os fantoches além <strong>de</strong> alegrar as crianças, explicam em 20 minutos<br />

como ocorre a transmissão da doença, característica da forma clínica e sua cura. Conclusão: A participação dos leishmaníacos é<br />

proveitosa, pois <strong>de</strong> forma didática, educativa e criativa obtém-se o envolvimento do público em todas as etapas das ativida<strong>de</strong>s.<br />

101 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

102 Instituto Nacional <strong>de</strong> Pesquisa Amazônica, Manaus, AM, Brasil.<br />

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A Aca<strong>de</strong>mia no Serviço Público <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: Proposta <strong>de</strong> Vínculo e Parceria<br />

Carvalho, GS 103<br />

Francescantonio, PLC 103<br />

Carvalho, IGM 103<br />

Carvalho, GM 103<br />

Zago, C 104<br />

Teles, SP 104<br />

Introdução: O Projeto do Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás (UCG) tem uma mescla <strong>de</strong> duas metodologias<br />

problematizadoras (PBL e Problematização). O Distrito Sanitário Noroeste <strong>de</strong> Goiânia é o distrito escola <strong>de</strong>s<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2005. O cumprimento<br />

das diretrizes curriculares direciona para uma inserção aca<strong>de</strong>mia e serviço <strong>de</strong> forma gradual, transparente e parceira. Objetivo:<br />

Descrever as estratégias utilizadas pelo Curso <strong>de</strong> Medicina da UCG para a interação no serviço público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Métodos: a) análise<br />

do projeto político-pedagógico no eixo da comunida<strong>de</strong>; b) vivência no Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e compreensão dos seus princípios<br />

doutrinários e organizacionais; c) estabelecimento <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s, potencialida<strong>de</strong>s e estrangulamentos transformados em <strong>de</strong>safios e<br />

metas; d) i<strong>de</strong>ntificação dos parceiros institucionais com aptidões para a docência e formação médica; e) respeito aos verda<strong>de</strong>iros interesses<br />

da comunida<strong>de</strong>, do serviço e dos objetivos da proposta pedagógica. Resultados: partindo da expertise metodológica, houve a<br />

programação compartilhada com convergência dos objetivos das semanas pedagógicas com os eixos temáticos <strong>de</strong>senvolvidos na Estratégia<br />

Saú<strong>de</strong> da Família (ESF). Os programas e ativida<strong>de</strong>s da comunida<strong>de</strong> escola foram transformados em ativida<strong>de</strong>s curriculares e extra-curriculares<br />

do curso <strong>de</strong> medicina da UCG. Após a i<strong>de</strong>ntificação dos profissionais do serviço envolvidos com a formação médica,<br />

três foram convidados para a docência universitária. Cumprindo com os reais interesses da comunida<strong>de</strong>, representantes dos docentes<br />

foram incluídos como prestadores <strong>de</strong> serviço no Conselho Local <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e no Fórum do Distrito Sanitário Noroeste <strong>de</strong> Goiânia, como<br />

forma <strong>de</strong> apoio acadêmico no controle social. Conclusão: Como saú<strong>de</strong> pública é a ciência e a arte <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a atuar, ser, fazer e<br />

conviver em prol da vida e da sua valorização, o caminho aponta para um <strong>de</strong>stino on<strong>de</strong> educação e saú<strong>de</strong> façam a diferença na<br />

dinâmica das coletivida<strong>de</strong>s, com profissionais éticos, competentes e com habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s voltadas para o holos social.<br />

Experiência Inicial com o Ensino <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s em Emergência no Curso <strong>de</strong> Medicina Da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas – PUCSP<br />

Moreira, G 105<br />

Rodrigues, JMS 105<br />

Souza, ECA 105<br />

Gazola, AC 105<br />

Freitas Jr., CS 105<br />

Introdução: Dentro do processo <strong>de</strong> reforma curricular da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas, em <strong>2009</strong> iniciamos a quarta série do<br />

novo currículo. Inseridos no sub-eixo <strong>de</strong> emergência, coube-nos o planejamento e a execução das ativida<strong>de</strong>s práticas [habilida<strong>de</strong>s], <strong>de</strong><br />

acordo com o nosso projeto pedagógico que prioriza as metodologias ativas <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Consi<strong>de</strong>ramos obrigatório avaliar<br />

a nossa prática docente na ativida<strong>de</strong>, verificando se as nossas escolhas foram corretas, através da avaliação dos alunos, para i<strong>de</strong>ntificar<br />

os problemas e as oportunida<strong>de</strong>s para a correção do percurso e melhorar o aprendizado. Objetivos: Analisar se os objetivos <strong>de</strong><br />

aprendizagem propostos e os conhecimentos adquiridos através do ensino <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s foram atingidos e se existem outras oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> aprendizado não exploradas. Métodos: Aplicou-se um questionário, enviado eletronicamente aos 51 alunos que cursaram<br />

habilida<strong>de</strong>s em emergência no primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Foram investigados sete temas dos objetivos gerais e <strong>de</strong>zessete habilida<strong>de</strong>s<br />

em ativida<strong>de</strong>s práticas, incluindo nove outras possíveis oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem. O cenário <strong>de</strong> prática foi a Unida<strong>de</strong> Regional<br />

<strong>de</strong> Emergência do Conjunto Hospitalar <strong>de</strong> Sorocaba, referência terciária para 48 municípios. Resultados: Dos 51 alunos, 32 [62,7%] respon<strong>de</strong>ram<br />

ao questionário. Os resultados alcançados foram consi<strong>de</strong>rados ótimos por 33,5%, bons por 37,5%, regulares por 24,1% e pés-<br />

103 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

104 Secretaria Municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiânia, Goiânia, GO, Brasil.<br />

105 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong>, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

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simos por 4,9% dos alunos para os sete objetivos <strong>de</strong> aprendizagem avaliados. Nas ativida<strong>de</strong>s práticas, 46,1% dos alunos consi<strong>de</strong>raram<br />

os resultados ótimos, 30,9% bons, 15,6% regulares e 7,4% péssimos, para as oito habilida<strong>de</strong>s propostas inicialmente. Para as nove habilida<strong>de</strong>s<br />

não propostas, houve 70,5% <strong>de</strong> regulares ou péssimos. Conclusões: A avaliação global foi consi<strong>de</strong>rada boa. Na discussão<br />

especifica por item, a pesquisa i<strong>de</strong>ntificou que há dois objetivos que merecem maior atenção dos docentes. Quanto às habilida<strong>de</strong>s,<br />

observa-se que os itens pior classificados são justamente os que não estavam previstos inicialmente, <strong>de</strong>monstrando que po<strong>de</strong>mos<br />

explorar outras oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem nas ativida<strong>de</strong>s práticas.<br />

O Projeto Terapêutico Singular como Prática da Clínica Ampliada<br />

Giacomini, E 106<br />

Bonfim, LGAS 106<br />

Introdução: O entendimento do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS), <strong>de</strong> suas interfaces e princípios torna-se, muitas vezes, excessivamente<br />

teórico e árido por parte dos acadêmicos <strong>de</strong> Medicina. O trajeto por bibliografias dificilistas e extremamente conceituais é alvo constante <strong>de</strong><br />

crítica por parte <strong>de</strong>sses alunos, quando a disciplina em foco compreen<strong>de</strong> a Saú<strong>de</strong> Coletiva. Cria-se então, nesse ensejo, a dualida<strong>de</strong> entre a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> criação <strong>de</strong> práticas em saú<strong>de</strong> coletiva e a dificulda<strong>de</strong> em compreen<strong>de</strong>r o sistema – por uma via assim, teórica – e, a partir disso,<br />

planejar ações. Com tais dificulda<strong>de</strong>s, o acadêmico <strong>de</strong> Medicina acaba, freqüentemente, afastando-se da realida<strong>de</strong> do SUS e <strong>de</strong> seu papel nele,<br />

enquanto o que se <strong>de</strong>seja é que ele seja capaz <strong>de</strong> apropriar-se <strong>de</strong>le, assumindo a sua parcela <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> na gestão em saú<strong>de</strong>. Objetivos:<br />

Discutir como é possível apropriar-se da vivência da Atenção Primária em uma Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, a partir <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s pautadas<br />

na prática da Clínica Ampliada. Métodos: Acompanhamento semanal, em equipe, da prática clínica em uma Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

vinculada à Instituição <strong>de</strong> Ensino Superior e à disciplina em questão. Elaboração <strong>de</strong> um caso clínico, aos mol<strong>de</strong>s do Projeto Terapêutico Singular<br />

– ferramenta do conceito <strong>de</strong> Clínica Ampliada. Apresentação e discussão <strong>de</strong> tais casos, entre grupos <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> diversas Unida<strong>de</strong>s<br />

Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, proporcionando intercâmbio <strong>de</strong> experiências. Resultados: Aprática da vivência foi capaz <strong>de</strong>, naturalmente, evi<strong>de</strong>nciar características<br />

tanto universais como regionais do SUS. O enfrentamento das dificulda<strong>de</strong>s e a aproximação e compreensão do paciente como<br />

sujeito forma instigadores da moção acadêmica. Conclusões: o método proposto tornou mais aprazível a discussão dos conceitos anteriormente<br />

referidos, assim como mobilizou e, efetivamente, sensibilizou os acadêmicos <strong>de</strong> Medicina por uma formação médica mais fundamentada<br />

na Clínica Ampliada e mais comprometida com o SUS.<br />

Inserção do Estudante <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas nas Práticas <strong>de</strong><br />

Gerência em Saú<strong>de</strong><br />

Galvão, MA 107<br />

Rêgo, LM 107<br />

Cavalcanti, SMS 107<br />

Introdução: O gestor é responsável pela formulação <strong>de</strong> políticas/planejamento, financiamento, coor<strong>de</strong>nação, avaliação e prestação<br />

direta <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Neste contexto, a disciplina <strong>de</strong> Gestão em Saú<strong>de</strong> do 3º ano do curso <strong>de</strong> Medicina da UFAL, inseriu os<br />

alunos na administração e gerenciamento da saú<strong>de</strong> pública. Objetivos: 1) I<strong>de</strong>ntificar e <strong>de</strong>screver a população da área <strong>de</strong> abrangência do<br />

Mini-Pronto Assis Chateaubriand e seus problemas gerenciais; 2) Avaliar o funcionamento da unida<strong>de</strong> na visão dos profissionais; 3)<br />

Observar métodos <strong>de</strong> humanização e satisfação da população. Metodologia: Foram realizadas cinco visitas ao Mini-Pronto Socorro<br />

Assis Chateaubriand, localizado em Maceió-AL, entre os meses <strong>de</strong> agosto e <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008. Os questionários semi-estruturados foram<br />

aplicados à diretora, funcionários e usuários para compreen<strong>de</strong>r o funcionamento e contemplar os objetivos da ativida<strong>de</strong>. Houve<br />

coleta <strong>de</strong> dados nos arquivos da unida<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong> ser realizado um relatório <strong>de</strong> pesquisa com análise da situação local. Resultados: A<br />

área possui uma população superior a 200 mil habitantes, caracterizada por baixa renda e escolarida<strong>de</strong>, condições precárias <strong>de</strong> saneamento<br />

e elevado índice <strong>de</strong> violência. Não há conselho gestor e as <strong>de</strong>cisões são tomadas <strong>de</strong> forma participativa entre gerente e profissionais.Asprincipaisfalhasobservadaspelosalunosforam:estruturafísica<br />

pequena, inexistência <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> capacitação profissional,<br />

106 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

107 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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falta <strong>de</strong> humanização, <strong>de</strong>mora no atendimento médico e inexistência <strong>de</strong> mecanismos para triagem. Os usuários saem satisfeitos por terem<br />

sido “curados”; entretanto, é notável a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um atendimento mais prestativo pela equipe <strong>de</strong>sse serviço. Conclusão:<br />

Através da análise burocrática, estrutural e satisfação do usuário, os alunos conheceram o seu funcionamento, as necessida<strong>de</strong>s da<br />

população atendida e as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gerenciamento. Diante do aprendizado, sugeriram cursos <strong>de</strong> preparação e atualização para os<br />

profissionais; reforma da estrutura física; realizar triagem no atendimento; e incentivo aos usuários a participarem na melhoria da<br />

qualida<strong>de</strong> dos serviços.<br />

I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Grupos <strong>de</strong> Risco para Tuberculose no Conjunto Freitas Neto a Partir da<br />

Análise do Mapa Falante – Maceió, <strong>2009</strong><br />

Rocha, MS 108<br />

Jatobá, MSA 108<br />

Padilha, IG 108<br />

Farias, LPG 108<br />

Me<strong>de</strong>iros, YS 108<br />

Cavalcante, JK 108<br />

Introdução: Diante dos elevados índices <strong>de</strong> tuberculose presentes em <strong>de</strong>terminadas regiões socio<strong>de</strong>mográficas, é evi<strong>de</strong>nte a<br />

mobilização para a construção <strong>de</strong> medidas que visem a uma melhor <strong>de</strong>finição do território <strong>de</strong> atuação no âmbito da promoção à saú<strong>de</strong><br />

juntamente com a compreensão das características dinâmicas que prevalecem num espaço físico. Regulado pela portaria Nº 648/GM<br />

<strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2006 na política nacional <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> atenção básica, a construção <strong>de</strong> um Mapa Falante proporciona um melhor<br />

monitoramento das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, bem como <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> risco que po<strong>de</strong>m ser aplicadas ao estudo da tuberculose.<br />

Objetivos: Analisar o mapa falante com abordagem para as áreas <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> tuberculose, estabelecendo relações entre estas e a busca<br />

<strong>de</strong> comunicantes resi<strong>de</strong>ntes em uma comunida<strong>de</strong> na periferia <strong>de</strong> Maceió – AL. Métodos: Estudos <strong>de</strong> caso a partir da análise dos Instrumentos<br />

para Acompanhamento <strong>de</strong> Tuberculosos preenchidos durante as ativida<strong>de</strong>s práticas do módulo <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva da disciplina<br />

Saú<strong>de</strong> Coletiva III na comunida<strong>de</strong> Freitas Neto, Maceió-AL, no primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, para <strong>de</strong>terminação da disposição geográfica<br />

dos casos referidos e análise das áreas <strong>de</strong> risco através do mapa falante. Resultados: Dentre os 3 casos pesquisados, observou-se a<br />

<strong>de</strong>lineação <strong>de</strong> uma área <strong>de</strong> risco, além <strong>de</strong> uma ênfase na importância da busca <strong>de</strong> comunicantes, pois os casos referiam-se a vizinho, mãe<br />

e filho. Conclusões: Aavaliação ativa em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo é <strong>de</strong> suma importância para a consolidação das informações adquiridas,<br />

principalmente no tocante a doenças infecciosas, como a tuberculose possibilitando, assim, o estabelecimento <strong>de</strong> parâmetros para uma<br />

a<strong>de</strong>quação das políticas públicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> à real necessida<strong>de</strong> da população.<br />

Avaliação <strong>de</strong> Satisfação dos Usuários Atendidos em Hospitais-escola da Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas em Relação ao Papel do Estudante <strong>de</strong> Medicina<br />

nos Atendimentos<br />

Santos, AMG 109<br />

Wyszomirska, RMAF 109<br />

Introdução: É crescente a importância do reconhecimento sobre a perspectiva do usuário quando se aborda a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ensino. O seu papel como protagonista do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, em especial em hospitais <strong>de</strong> ensino, tem impacto direto na<br />

melhoria da relação entre ele, o serviço e a aca<strong>de</strong>mia. Assim, é fundamental conhecer a opinião do usuário quanto ao atendimento do<br />

aluno, refletindo as práticas profissionais e a organização dos serviços. Objetivo: Avaliar o nível <strong>de</strong> satisfação dos usuários atendidos<br />

em Hospitais-Escola da UNCISAL em relação ao papel dos estudantes <strong>de</strong> Medicina nos atendimentos. Métodos: Foram selecionados<br />

50 pacientes no Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), 50 pacientes no Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR) e 50 pacientes na Maternida<strong>de</strong><br />

Escola Santa Mônica (MESM). Através <strong>de</strong> formulário padronizado, os pacientes foram questionados sobre a satisfação do<br />

108 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

109 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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atendimento prestado a eles por estudantes do internato da UNCISAL. Resultados: No HEHA foram entrevistados 20 pacientes homens<br />

e 30 mulheres. Todos os usuários consi<strong>de</strong>raram o atendimento entre bom e excelente. Na MESM, como todas as pacientes foram<br />

do sexo feminino, 11 consi<strong>de</strong>raram o atendimento excelente, enquanto que para 12 foi bom e 27 classificaram como regular. No HEPR<br />

foram entrevistados 44 homens e 6 mulheres, observando-se que 39 homens e as 06 mulheres acharam o atendimento excelente e 4 bom.<br />

Conclusões: No HEHAa carga horária do internato é em enfermaria, on<strong>de</strong> o contato como paciente é diário, justificando-se uma maior<br />

satisfação do usuário. Fato semelhante ocorre no hospital dia do HPR, no qual gran<strong>de</strong> parte do estágio é em contato com o paciente. Na<br />

MESM, os internos ficam em vários cenários, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> ambulatórios, plantão, sala <strong>de</strong> parto, até as enfermarias, on<strong>de</strong> exames ginecológicos<br />

são realizados por alunos, o que ser a justificativa para uma parcela <strong>de</strong> usuárias estarem insatisfeitas.<br />

Fatores Associados ao Predomínio <strong>de</strong> Parto Vaginal nas Gestantes da Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> do Distrito <strong>de</strong> Marechal Bormann – Chapecó/SC<br />

Batista, PH 110<br />

Sandrin, CC 110<br />

Oliveira, PP 110<br />

Men<strong>de</strong>s, JB 110<br />

Morandini, G 110<br />

Schmitt, RLS 110<br />

Introdução: Nos últimos anos tem-se observado um aumento progressivo das taxas <strong>de</strong> cesárea em quase todos os países. Porém,<br />

o parto normal po<strong>de</strong> ser uma experiência enriquecedora para a mulher e sua família, se atendido <strong>de</strong> forma humanizada, com fundamentação<br />

em evidências científicas e sem intervenções <strong>de</strong>snecessárias.Ascesáreasaumentamriscos<strong>de</strong>morte,lesõesaci<strong>de</strong>ntais,reações<br />

à anestesia, infecções e hemorragias das usuárias, e <strong>de</strong> prematurida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sconforto respiratório, <strong>de</strong> seus bebês. Objetivos: Verificar<br />

qual tipo <strong>de</strong> parto predominou nas parida<strong>de</strong>s anteriores, correlacionando-o com a altura e nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, das atuais gestantes<br />

da Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS) do distrito <strong>de</strong> Marechal Bormann – Chapecó/SC. Métodos: Estudo retrospectivo com análise dos<br />

prontuários das mulheres que se encontravam gestantes no referido período na UBS do Distrito <strong>de</strong> Marechal Bormann – Chapecó/SC<br />

na primeira quinzena <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2007. Resultados: Foram pesquisados dados dos prontuários <strong>de</strong> 25 gestantes, com predomínio <strong>de</strong> um<br />

maior número <strong>de</strong> gestantes com 25 e 32 anos. As ida<strong>de</strong>s variaram entre 16 e 46 anos. Incluíram-se mulheres nulíparas e multíparas, com<br />

predomínio <strong>de</strong> nulíparas 32%. Ataxa <strong>de</strong> parto vaginal entre as multíparas foi <strong>de</strong> 64,7%, com estatura média <strong>de</strong> 1,57 m e 47,1% <strong>de</strong>las não<br />

concluíramo1ºGraudoensinofundamental.Conclusões: Observamos um predomínio <strong>de</strong> parto vaginal entre as multíparas, sendo <strong>de</strong>terminada<br />

em parte pela classe social menos favorecida e baixo nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>. Outro fato que po<strong>de</strong> ter contribuído para a<br />

realização <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> parto foi a estatura elevada das gestantes, o que não evi<strong>de</strong>ncia a indicação <strong>de</strong> parto cesáreo por <strong>de</strong>sproporção<br />

pélvica. Portanto, esse estudo não apóia a idéia <strong>de</strong> predomínio do parto cesáreo em <strong>de</strong>trimento do vaginal nas gestantes nesta UBS.<br />

Título: o IUSC (Interação Universida<strong>de</strong> Serviço Comunida<strong>de</strong>) Mostrando o SUS e<br />

Complementando a Vivência dos Futuros Médicos <strong>de</strong> Botucatu, SP<br />

Pimente, IS 111<br />

Introdução: O IUSC (Interação Universida<strong>de</strong> Serviço Comunida<strong>de</strong>) é uma disciplina que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003, leva alunos dos três primeiros<br />

anos do curso médico à comunida<strong>de</strong> da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Botucatu, SP. Conceitos sobre o funcionamento e os princípios do SUS e vivências<br />

na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência primária foram o foco da disciplina para discentes do 2º ano, já que o reconhecimento da área com que trabalham<br />

foi feito no primeiro ano. Objetivos: As ativida<strong>de</strong>s objetivaram uma maior interação dos alunos com famílias da comunida<strong>de</strong> e o<br />

conhecimento <strong>de</strong> alguns aspectos importantes do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, como a divisão entre três níveis <strong>de</strong> atenção, os princípios <strong>de</strong><br />

integralida<strong>de</strong>, universalida<strong>de</strong> e equida<strong>de</strong>. Métodos: Os alunos, em pequenos grupos tutorados, realizaram visitas domiciliares mensais,<br />

nas quais mantinham conversas com os moradores do local e obtinham informações sobre o modo <strong>de</strong> vida e as relações familiares da-<br />

110 Universida<strong>de</strong> Comunitária Regional <strong>de</strong> Chapecó, Chapecó, SC, Brasil.<br />

111 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP, Brasil.<br />

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queles indivíduos. Além <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s práticas, os discentes também fizeram leituras <strong>de</strong> textos e artigos sobre os princípios básicos<br />

<strong>de</strong> estruturação e atuação do SUS, os quais foram amplamente discutidos pelos tutores para que os alunos se familiarizassem com o<br />

tema. Resultados: As visitas tiveram boa aceitação na população botucatuense e entre os alunos, que as consi<strong>de</strong>raram boas para a melhoria<br />

<strong>de</strong> sua abordagem com os pacientes. Estes também apreciaram o conteúdo dos textos ministrados, afirmando que sua noção sobre<br />

o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> vigente no país melhorou e que sua visão global sobre a saú<strong>de</strong> foi ampliada. Conclusões: Com os resultados<br />

apresentados, po<strong>de</strong>-se observar que os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos no 2º ano letivo foram eficazes no <strong>de</strong>senvolvimento educacional dos<br />

discentes envolvidos, já que atualmente eles possuem mais <strong>de</strong>senvoltura no que diz respeito à relação médico-paciente e po<strong>de</strong>m<br />

distinguir quais serviços são fornecidos nos níveis <strong>de</strong> atenção e o que propõem os princípios do SUS.<br />

Percepção e Avaliação dos Alunos do Curso <strong>de</strong> Medicina sobre a Importância da Inserção<br />

em Atenção Primária à Saú<strong>de</strong> para sua Formação<br />

Jeremias, AKML 112<br />

Figueiredo, AM 113<br />

Freire, AD 112<br />

Menezes, ALM 112<br />

Silva, SML 112<br />

Lopes, TH 112<br />

Introdução: O Programa <strong>de</strong> Aprendizagem em Atenção Básica-PAAB é parte do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Potiguar<br />

<strong>de</strong> Natal-RN, estando distribuído em 8 módulos, que perpassam os primeiros 4 anos <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>.Esse programa foi elaborado <strong>de</strong> acordo<br />

com as novas Diretrizes Curriculares do Curso <strong>de</strong> Medicina, e baseia-se em ativida<strong>de</strong>s práticas na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do município <strong>de</strong><br />

Parnamirim,sendo <strong>de</strong>senvolvidas em grupos <strong>de</strong> 10 alunos orientados por um tutor. Objetivos: Nosso estudo tem como objetivo compreen<strong>de</strong>r<br />

como os alunos avaliam a importância do PAAB para o aprendizado.Além disso,verificar as vantagens e dificulda<strong>de</strong>s encontradas<br />

pelos alunos para que se possa aprimorá-lo. Métodos: Com esse intuito, foi realizado um questionário semi-estruturado, aplicado<br />

a estudantes do primeiro e segundo ano, excluindo-se os autores.175 alunos respon<strong>de</strong>ram a esse questionário aplicado no final do<br />

período. Resultados: Segundo os alunos,o PAAB apresenta aspectos negativos e positivos,com o predomínio <strong>de</strong>stes.Alguns alunos<br />

consi<strong>de</strong>ram sua importância, principalmente,em relação ao contato com o paciente e a comunida<strong>de</strong> e à vivência na prática sobre o cotidiano<br />

do profissional médico na atenção básica.Outros percebem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos institucionais para melhoria das UBSs, <strong>de</strong><br />

planejamento das ativida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> articulação com a UBS.Parte dos alunos vêem relevância na humanização no atendimento, no trabalho<br />

em equipe, na atuação na prevenção e na transmissão <strong>de</strong> experiência dos tutores. Conclusões: Percebe-se que após o PAAB,o aluno<br />

passou a dar mais importância aos aspectos sociais e econômicos do paciente e a avaliá-lo como um ser biopsicossocial.Há uma percepção<br />

<strong>de</strong> que muitas ações são pontuais e pouco eficientes, pois é preciso avançar na integração ensino serviço para que se consiga alterar a<br />

realida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong> em termos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Esse estudo forneceu subsídios para o aperfeiçoamento do programa.Além disso,mostrou<br />

as principais mudanças positivas que essa vivência produziu nos alunos,que consi<strong>de</strong>ram o PAAB um diferencial do seu curso, por<br />

ampliar o olhar dos estudantes em relação à saú<strong>de</strong>.<br />

112 Universida<strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil.<br />

113 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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O Fazer em Situações Reais: Desenvolvimento <strong>de</strong> Competências na Integração<br />

Ensino-serviço<br />

Ma<strong>de</strong>ira, ES 114<br />

Alves, R 114<br />

Machado, TM 114<br />

Mariane, MA 114<br />

Saither, GN 114<br />

Leão, MS 115<br />

Introdução: Os cenários <strong>de</strong> práticas curriculares <strong>de</strong>vem estar voltados para o apren<strong>de</strong>r e ensinar em situações reais e um <strong>de</strong>safio<br />

é compatibilizar o calendário acadêmico com a <strong>de</strong>manda do serviço, possibilitando ao estudante compreen<strong>de</strong>r o exercício da medicina<br />

como prática social e os serviços como espaço para o enfrentamento dos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população. Objetivo: Relatar a integração<br />

do módulo Saú<strong>de</strong> Pública à re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vitória-ES. Metodologia: Reuniões periódicas envolvendo a secretaria <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, coor<strong>de</strong>nações das unida<strong>de</strong>s e docentes; <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que atendam às necessida<strong>de</strong>s dos estudantes e da unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (US); apresentação dos resultados para os profissionais das unida<strong>de</strong>s e avaliação periódica com encontros entre profissionais<br />

da secretaria <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e das US, docentes e estudantes. Resultados: As ativida<strong>de</strong>s foram norteadas pelas necessida<strong>de</strong>s da população<br />

constando da participação dos estudantes em reuniões <strong>de</strong> conselhos locais, na i<strong>de</strong>ntificação da opinião do usuário sobre o processo<br />

saú<strong>de</strong>-doença e sobre a unida<strong>de</strong>, além da percepção do profissional sobre o seu trabalho em saú<strong>de</strong>. Atuação na Campanha Nacional <strong>de</strong><br />

Vacinação Contra a Rubéola, com busca ativa do público alvo, construção do vacinômetro e realização do monitoramento rápido após<br />

conclusão da campanha, além do diagnóstico situacional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>, com classificação <strong>de</strong> risco das micro-áreas e das famílias;<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> nas escolas da região, cadastramento <strong>de</strong> mulheres da comunida<strong>de</strong> com vistas<br />

à prevenção do câncer <strong>de</strong> útero e visitas a famílias consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> risco, com orientações. Conclusão: As ativida<strong>de</strong>s aproximaram os<br />

estudantes <strong>de</strong> situações reais <strong>de</strong> vida, contribuindo com a formação do perfil profissional proposto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.<br />

Essa prática foi possível pela integração fortalecida e <strong>de</strong>mocrática entre ensino e serviço que possibilitou a vivência do estudante<br />

em um processo <strong>de</strong> ensinagem baseado nas necessida<strong>de</strong>s da população do território <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Experiência <strong>de</strong> Alunos da FCM -UPE na Integração Teórico-Pratico em um Cenário On<strong>de</strong><br />

Predomina o Atendimento a Atenção Secundária a Saú<strong>de</strong><br />

Azevedo, MM 116<br />

Cavalcante, WCP 116<br />

Oliveira-Filho, MJ 116<br />

Albuquerque, ACL 116<br />

Villan<strong>de</strong>r, MBO 116<br />

Introdução: Aexperiência prática na Atenção secundária a saú<strong>de</strong>, no eixo teórico <strong>de</strong>monstrativo, esta baseada na integração ao<br />

cenário <strong>de</strong> atendimento realizado pelo Serviço <strong>de</strong> Atendimento Móvel <strong>de</strong> Urgência (SAMU), pelo Hospital da Restauração – SES/ PE e<br />

pelas policlínicas. Por meio <strong>de</strong> plantões po<strong>de</strong>-se vivenciar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o atendimento pré-hospitalar e o resgate, ate o encaminhamento para<br />

uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> crescente on<strong>de</strong> se realizará medidas curativas. Objetivos: Avaliar a contribuição da experiência prática,<br />

vivenciada através <strong>de</strong> plantões realizados no HR – SES/PE e SAMU, no processo <strong>de</strong> ensino aprendizagem. Métodos: Este estudo baseia-se<br />

na <strong>de</strong>scrição da experiência obtida pelos autores na prática do acompanhamentodoatendimentorealizadopelosServiçosacima-citados<br />

no primeiro simestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Resultados: O acompanhamento <strong>de</strong> tais serviços mostrou-se <strong>de</strong> extrema valia, pois forneceu<br />

meios para o aprendizado na i<strong>de</strong>ntificação e na diferenciação das situações <strong>de</strong> risco a vida; permitiu o conhecimento <strong>de</strong> quais os procedimentos<br />

necessários a partir <strong>de</strong>ssa i<strong>de</strong>ntificação; possibilitou o acompanhamento da realização <strong>de</strong> tais procedimentos. Conclusões:<br />

Observou-se que o acompanhamento prático integrado ao eixo teórico possibilita ao aluno um instrumento valioso <strong>de</strong> aprendizagem,<br />

pois lhe confere alem do embasamento acadêmico orientação quanto à adoção <strong>de</strong> condutas profissionais a<strong>de</strong>quadas preservando a<br />

ética no exercício médico.<br />

114 UNIVIX, Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

115 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vitória, Vitória, ES, Brasil.<br />

116 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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EXPERIENCIA DE CAPACITAÇÃO DOS ALUNOS DA GRADUAÇÃO PELOS<br />

PROFISSIONAIS DA REDE B’ASICA<br />

Vaccarezza, GF117 Machado, V117 Ribeiro, S118 Leite, J118 Introdução: Algumas políticas públicas criadas para que o ensino da medicina possa apoiar-se na construção do conhecimento<br />

a partir da realida<strong>de</strong> e na participação ativa do estudante no processo ensino-aprendizagem, bem como no seu envolvimento na transformação<br />

da mesma. Objetivo: Descrever os resultados obtidos da articulação entre ensino e serviço em uma unida<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

do município <strong>de</strong> São Paulo. Métodos: Apartir do “Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> atenção básica envelhecimento e saú<strong>de</strong> da pessoa idosa”,foram selecionados<br />

ostestes que <strong>de</strong>veriam ser aplicados aos moradores do conjunto habitacional Pari I Armando Ama<strong>de</strong>u - Vila dos Idosos. Após<br />

esta seleção a profissional da re<strong>de</strong> realizou a capacitação dos alunos da graduação <strong>de</strong> medicina para que eles realizassem as avaliações<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Todas as avaliações foram realizadas na própria Vila dos Idosos, <strong>de</strong> março à junho. Afunção cognitiva foi avaliada através do<br />

MEEM. A in<strong>de</strong>pendência funcional através do In<strong>de</strong>x <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vida diária <strong>de</strong> Katz e escala <strong>de</strong> Lawton também<br />

foi utilizada a escala <strong>de</strong> avaliação do equilíbrio e da marcha <strong>de</strong> Tinneti. Foram levantadas informações sobre ida<strong>de</strong>, sexo, escolarida<strong>de</strong>,<br />

número <strong>de</strong> medicações. A estratificação dos resultados obtidos baseou-se em ida<strong>de</strong> e em anos <strong>de</strong> estudo. Resultados: Todos tinhamrenda<strong>de</strong>1a3saláriosmínimos.Dos109avaliados67erammulheres.Aida<strong>de</strong>variou<strong>de</strong>60a94anos.Osresultadosdasavaliações<br />

foram traduzidos em cinco resumos <strong>de</strong> congresso e um artigo para publicação. Todos os acadêmicos envolvidos neste processo atingiram<br />

os objetivos <strong>de</strong> aprendizado, tanto nas avaliacoes do pacinte geriatrico como na percepção da atenção primária no SUS. Conclusão:<br />

Os acadêmicos sentiram se úteis alem do que incrementaram a produção cientifica. A avaliacao <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dos moradores da vila dos<br />

idosos foi r ealizada, o que era uma <strong>de</strong>manda da re<strong>de</strong>.<br />

O Diagnóstico <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> como Ferramenta <strong>de</strong> Aprendizado na Atenção Primária<br />

Rodrigues, AA 119<br />

Barbieri, G 119<br />

Carvalho, GA 119<br />

Moraes, M 119<br />

Introdução: Expõe-se neste trabalho a experiência do diagnóstico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> realizado pelos acadêmicos do primeiro ano <strong>de</strong> medicina<br />

da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Pelotas (UCPEL). O projeto <strong>de</strong>senvolve-se junto à população das Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS)<br />

assistidas pela UCPELe faz parte das ativida<strong>de</strong>s curriculares do curso <strong>de</strong> medicina. As informações pesquisadas, a saber, características<br />

socioeconômicas e <strong>de</strong>mográficas, serviram para a aproximação dos acadêmicos com a realida<strong>de</strong> das comunida<strong>de</strong>s assistidas, almejando<br />

<strong>de</strong>spertar uma percepção ampliada sobre as questões relevantes para a saú<strong>de</strong> coletiva. Objetivos: Realizar o diagnóstico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

em quatro comunida<strong>de</strong>s assistidas pelas UBS da UCPEL, bem como avaliar a participação dos estudantes e suas reflexões sobre a proposta<br />

curricular. Metodologia: O mo<strong>de</strong>lo preconizado para diagnósticos em saú<strong>de</strong> do sistema <strong>de</strong> informações em atenção básica serviu<br />

<strong>de</strong> parâmetro para o questionário utilizado nesse projeto. Cem alunos ingressantes no curso <strong>de</strong> medicina da UCPEL foram os aplicadores<br />

<strong>de</strong>sse instrumento. A população-alvo foi constituída pelos moradores das comunida<strong>de</strong>s assistidas pela UBS da UCPEL. Resultados:<br />

Foram obtidas as seguintes características da população adstrita: sexo, ida<strong>de</strong>, grau <strong>de</strong> alfabetização, ocupação, doenças referidas,<br />

situação <strong>de</strong> moradia e saneamento, referências <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e meios <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong> transporte usados. Os dados se encontram<br />

em fase <strong>de</strong> tabulação e análise. Conclusões: Acaracterização da ativida<strong>de</strong> como curricular pretendia expandir a inserção dos acadêmicos<br />

nas ativida<strong>de</strong>s dos serviços <strong>de</strong> atenção primária, (re) significando o entendimento sobre as <strong>de</strong>mandas pertinentes à saú<strong>de</strong> coletiva.<br />

Os dados obtidos realmente contribuirão para a melhoria da gestão e atenção dos serviços, porém percebeu-se um limitado comprometimento<br />

dos acadêmicos e professores com a ativida<strong>de</strong> proposta, o que diminuiu o impacto da mesma. Uma problematização<br />

conjunta é necessária para a avaliação da aplicação do diagnóstico enquanto ativida<strong>de</strong> curricular.<br />

117 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

118 <strong>Associação</strong> Saú<strong>de</strong> da Família, São Paulo, SP, Brasil.<br />

119 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Observando Problemas <strong>de</strong> Agravos à Saú<strong>de</strong> – uma Experiência Ensino/Comunida<strong>de</strong> na<br />

Casa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Indígena <strong>de</strong> Roraima, Brasil<br />

Ferreira, MLS120 Luitgards-Moura, JF120 Olivares, AIO120 Silva, ES120 Hayd, RLN120 Introdução: Apesar da Amazônia brasileira ocupar mais <strong>de</strong> 50% da área do país e <strong>de</strong> sua população humana representar apenas<br />

12% do total brasileiro, <strong>de</strong> lá provêm índices recor<strong>de</strong>s <strong>de</strong> diversas doenças endêmicas. O afã <strong>de</strong> integrar a região ao Brasil, resultou em<br />

gran<strong>de</strong>s alterações do espaço amazônico nas últimas 3 décadas. Doenças antes circunscritas à focos ou ciclos silvestres, tornaram-se<br />

prevalentes nos gran<strong>de</strong>s contingentes humanos que migraram para uma Amazônia carente <strong>de</strong> infra-estrutura básica mínima. Roraima,<br />

um dos 8 estados da Amazônia Legal, não é exceção a esse cenário, pois apresenta uma população indígena com cerca <strong>de</strong> 11% do estado.<br />

Objetivo: Realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> com a finalida<strong>de</strong> reflexiva da real necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inserção do acadêmico com a saú<strong>de</strong> indígena no<br />

modulo do 2º ano do curso <strong>de</strong> medicina no módulo do 2º ano do Curso <strong>de</strong> Medicina. Método: Participaram <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> 30 acadêmicos<br />

<strong>de</strong> medicina na Casa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Indígena <strong>de</strong> Roraima durante o período <strong>de</strong> seis semanas com as seguintes atribuições: interagir com a<br />

administração da Casai; conhecer a estrutura organizacional; interagir com os indígenas buscando contextualização do adoecer através<br />

<strong>de</strong> ajuda <strong>de</strong> intérpretes da Casai/RR. Resultados: Foram elaborados portifólios reflexivos a respeito da estrutura da Casai/RR bem<br />

como dos indígenas por ela atendidos suas respectivas etnias e particularida<strong>de</strong>s. Conclusão: A experiência ofereceu uma interação da<br />

Comunida<strong>de</strong> Casai com os acadêmicos do curso, professores e proporcionou uma experiência impar expressa através <strong>de</strong> portifólios.<br />

Uma ferramenta que propõe que os acadêmicos possam expor os seus aprendizados, sentimentos e propor numa auto-avaliação sugestões<br />

para que esta ativida<strong>de</strong> possa ser repetida ou não e se necessário realizar modificações.<br />

A Inserção do Estudante <strong>de</strong> MedicinA NO PSF: Compromisso Reforçado e Atendimento<br />

Diferenciado entre Graduandos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu (UNESP)<br />

Ribeiro, MFSA 121<br />

Fonseca, CRB 121<br />

Scotton, MF 121<br />

Meireles, MN 121<br />

Introdução: Aelevada carga <strong>de</strong> disciplinas teóricas durante o ciclo básico po<strong>de</strong> ser responsável pela falta <strong>de</strong> estímulo e <strong>de</strong> compromisso<br />

envolvendo graduandos. Esses fatores são agravados pela carência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s práticas, envolvendo contato com a população<br />

e relação médico-paciente. Também é necessária a inserção e instrução acerca da realida<strong>de</strong> socioeconômica da população local, visando<br />

atendê-la da maneira mais a<strong>de</strong>quada e humanizada. Objetivando aten<strong>de</strong>r a essas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolveu-se a disciplina <strong>de</strong><br />

Interação-Universida<strong>de</strong>-Serviço-Comunida<strong>de</strong>. Objetivos: Inserção precoce dos estudantes <strong>de</strong> Medicina em ativida<strong>de</strong>s práticas visando<br />

melhor relação médico-paciente e promoção <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>, já no ciclo básico. Realização <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rando<br />

a realida<strong>de</strong> sócio-econômica e cultural da população local. Vinculação com a população, compreensão e conhecimento do SUS.<br />

Formação profissional com responsabilida<strong>de</strong>, compromisso, e entusiasmo pelo curso. Materiais e Métodos: As ativida<strong>de</strong>s propostas<br />

em parceria com as Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USF) incluem: visitas domiciliares realizadas por alunos a famílias fixas e discussão<br />

<strong>de</strong> problemas com a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Preparação teórica e discussões das experiências entre os diferentes grupos e professores. Resultados<br />

e Conclusões: As avaliações orais e <strong>de</strong> relatórios <strong>de</strong>monstraram o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s voltadas à humanização do<br />

atendimento e ao cuidado centrado no paciente. Além do resgate do compromisso com a população e entusiasmo pela futura profissão,<br />

através da aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conteúdos. Ainserção precoce <strong>de</strong> estudantes em USF, o acompanhamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s práticas, o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> relações interpessoais, e o conhecimento das realida<strong>de</strong>s locais, propiciou um acúmulo <strong>de</strong> experiências compondo o<br />

aprendizado e promovendo mudança <strong>de</strong> comportamento. O maior comprometimento com a obtenção do conhecimento técnico e com<br />

a aplicação <strong>de</strong>ste <strong>de</strong> modo especial para cada paciente, <strong>de</strong>monstram esta mudança.<br />

120 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Roraima, Boa Vista, RR, Brasil.<br />

121 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP. Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Integração Ensino Serviço:uma Experiência com o Fluxograma Analisador em uma<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família<br />

Marin, MJS122 Tófano,VAC122 Oliveira, EMS122 Vieira, L122 Siemann, FC122 Barbosa, JG122 Introdução: Os estudantes da primeira e segunda séries dos cursos <strong>de</strong> Enfermagem e Medicina da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília(FAMEMA),<br />

ao serem inseridos em uma equipe da Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família do município, <strong>de</strong>senvolvem ativida<strong>de</strong>s voltadas para o<br />

cuidado individual, coletivo, gestão e organização dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.O processo <strong>de</strong> ensino/aprendizagem pauta-se nos princípios da pedagogia<br />

crítica. Nessa perspectiva, visando compreen<strong>de</strong>r a organização e funcionamento da unida<strong>de</strong>, construiu-se,<strong>de</strong> forma articulada com<br />

a equipe, um fluxograma analisador da <strong>de</strong>manda espontânea, conforme proposto por Franco e Merhy (2007). Objetivo: apresentar o fluxograma<br />

construído, i<strong>de</strong>ntificar os entraves no atendimento e possíveis encaminhamentos. Metodologia: Aconstrução do fluxograma <strong>de</strong>u-se a<br />

partir das reuniões <strong>de</strong> equipe que acontecem semanalmente com a participação dos estudantes. Resultados: Constatou-se que os entraves<br />

encontrados pela equipe durante o fluxo <strong>de</strong> atendimento à <strong>de</strong>manda espontânea estão na dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso da população ao nível secundário<br />

<strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong>, especialmente no que se referem aos encaminhamentos para especialistas, nas cotas para exames subsidiários e na<br />

falta <strong>de</strong> contra-referência.Frente ao quadro,articulou-se a compreensão do funcionamento do nível <strong>de</strong> atenção secundário, por meio <strong>de</strong> reuniões<br />

com as chefias dos ambulatórios e serviços <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s. Além disso, propôs-se uma discussão com o grupo gestor da Secretaria<br />

Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um efetivo sistema <strong>de</strong> referência e contra-referência. Conclusão: O fluxograma constitui em importante<br />

instrumento para análise das necessida<strong>de</strong>s do serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão além <strong>de</strong> estratégia básica para que os estudantes<br />

compreendam a organização e funcionamento dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> prestados à comunida<strong>de</strong> e i<strong>de</strong>ntifiquem as fragilida<strong>de</strong>s do sistema<br />

<strong>de</strong> forma participativa no processo junto ao trabalho da equipe.<br />

A Disciplina Interação Universida<strong>de</strong>-serviço-comunida<strong>de</strong> - IUSC e o Desenvolvimento De<br />

Habilida<strong>de</strong>s Comunicativas<br />

Souza, AC123 Takamoto, AHR123 Sá, ALB123 Introdução: O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s comunicativas tem sido enfocado na educação médica. O uso apropriado <strong>de</strong>stas<br />

habilida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong> ser aprendido, ou seja, são áreas <strong>de</strong> capacitação e elementos a serem <strong>de</strong>senvolvidos na formação do médico. Objetivo:<br />

Refletir sobre a experiência oportunizada pela disciplina IUSC oferecida aos alunos do 2º ano dos cursos <strong>de</strong> Medicina e <strong>de</strong> Enfermagem,<br />

dando ênfase a discussão das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação. Metodologia: Na disciplina foram ministradas palestras sobre o<br />

tema com posterior discussão tutorada e problematizadora em pequeno grupo, ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> role play, planejamento e entrevistas com<br />

profissionais da saú<strong>de</strong> e processo longitudinal <strong>de</strong> visitas domiciliares. Resultados: Tais ativida<strong>de</strong>s possibilitaram ampliar a escuta e<br />

compreen<strong>de</strong>r através das entrevistas realizadas nas visitas domiciliares, para além <strong>de</strong> aspectos biológicos. Foi importantes <strong>de</strong>senvolver<br />

habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escuta e <strong>de</strong> entrevista voltadas também para questões relacionadas ao modo <strong>de</strong> viver e adoecer <strong>de</strong>ssas pessoas, resgatando<br />

sua historicida<strong>de</strong> em termos <strong>de</strong> aspectos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, políticos, culturais, ambientais e sociais on<strong>de</strong> estavam inseridas as famílias. À<br />

medida que o processo <strong>de</strong> visitas domiciliares foi sendo <strong>de</strong>senvolvido se observou maior compreensão <strong>de</strong>sse contexto familiar, assim<br />

como, amadurecimento do vínculo aluno-família e maior relação dos alunos com a unida<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na qual estavam inseridos.<br />

Conclusões: As habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação mostraram-se necessárias e importantes <strong>de</strong> serem <strong>de</strong>senvolvidas para a capacitação do<br />

aluno frente à família, equipe multiprofissional e comunida<strong>de</strong>. A experiência no início do curso na atenção básica propiciou também<br />

uma prática voltada para a compreensão dos princípios do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, particularmente da integralida<strong>de</strong>.<br />

122 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

123 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP. Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Saú<strong>de</strong> da Família <strong>de</strong> Maceió: Limites e Possibilida<strong>de</strong>s dos Cenários <strong>de</strong> Práticas do Ensino<br />

Médico<br />

Costa, RC 124<br />

Me<strong>de</strong>iros, PM 124<br />

Tenório, RB 124<br />

Cavalcanti, SMS 124<br />

Cavalcamte, JC 124<br />

Vilela, RQB 124<br />

Introdução: O PSF consolidou-se como estratégia <strong>de</strong> organização da atenção primária à saú<strong>de</strong> no Brasil propondo mudanças no mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> atenção na direção da melhoria das condições <strong>de</strong> vida. O estudante <strong>de</strong> medicina da UFALéinserido nas comunida<strong>de</strong>s e Unida<strong>de</strong>s Básicasdo1ºao8ºperíodo,emaulaspráticas,e,no5ºano,noPSFpelointernato<br />

obrigatório, vivenciando a atuação das equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivos:<br />

I<strong>de</strong>ntificar e analisar fatores dificultadores do <strong>de</strong>sempenho das Equipes do PSF e possíveis consequências no processo <strong>de</strong> aprendizagem<br />

na atenção básica. Metodologia: Estudo qualitativo; aplicado questionário semi-estruturado com 427 profissionais <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> PSF<br />

das 35 USF <strong>de</strong> Maceió. Proce<strong>de</strong>u-se análise <strong>de</strong> conteúdo do material coletado, classificando-se os extratos das entrevistas por categorias <strong>de</strong><br />

entrada para o processamento das evidências consi<strong>de</strong>rando as repetições <strong>de</strong> opiniões e as discordâncias no interior dos discursos. Resultados:<br />

Nas categorias emergentes <strong>de</strong>stacam-se qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no trabalho, condições <strong>de</strong> trabalho, trabalho em equipe, educação contínua,<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atenção, referência e contra-referência, apoio logístico e condições sócio-econômico-culturais da população. Como fatores dificultadores<br />

do <strong>de</strong>sempenho: estrutura física ina<strong>de</strong>quada; falta <strong>de</strong> medicamentos e insumos; baixa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no trabalho, evi<strong>de</strong>nciada<br />

pelo adoecimento <strong>de</strong> profissionais no serviço, escassez <strong>de</strong> água para consumo no expediente e ambientes ina<strong>de</strong>quadamente mobiliados. A<br />

falta <strong>de</strong> apoio logístico <strong>de</strong>monstrada pela <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> transporte para micro-áreas, dificultando estratégias <strong>de</strong> busca ativa, e a incompreensão<br />

da população sobre práticas assistenciais adotadas sugerem baixa eficiência e efetivida<strong>de</strong> do PSF como pontos relevantes. Conclusão: Dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>smotivam os profissionais e trazem prejuízos ao <strong>de</strong>sempenhodoMo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong>atençãoeaaprendizagemnoqueserefereàsconcepções<br />

sobre práticas em Atenção Primária adotadas no curso. Há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervir nesses fatores como condição para melhorar a satisfação<br />

das equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ampliar o aprendizado nas práticas e estágio obrigatório.<br />

Construção <strong>de</strong> Novos Olhares a Partir da Interação Estudantes, Equipe e Gestantes em<br />

Uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USF)<br />

Galiano,IW 125<br />

Giglio, ES 125<br />

Peres, CP 125<br />

Francischetti, I 125<br />

Introdução: Estudantes e docentes do primeiro ano <strong>de</strong> medicina e enfermagem da Famema, pertencentes a um grupo da Unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Prática Profissional, consi<strong>de</strong>rando os pressupostos <strong>de</strong> ampliar a promoção em saú<strong>de</strong>, prevenção <strong>de</strong> agravos, educação em saú<strong>de</strong><br />

e o contexto da USF, o qual era caracterizado por alto número <strong>de</strong> gestantes, baixa a<strong>de</strong>são ao pré-natal e puericultura, criaram um curso<br />

para gestantes. Objetivo: Divulgar e fortalecer práticas <strong>de</strong> promoção e prevenção em saú<strong>de</strong> durante a gestação e no primeiro ano <strong>de</strong><br />

vida do recém nascido entre gestantes da área <strong>de</strong> abrangência; possibilitar maior interação dos estudantes e da equipe com a comunida<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> vínculo e confiança melhorando a relação profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>-paciente. Material e método: Discussões sistematizadas<br />

a partir <strong>de</strong> temas sugeridos pela equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família, buscando-se problematizar as dúvidas mais freqüentes das<br />

usuárias.As gestantes participaram das discussões expondo seu entendimento prévio sobre o assunto, contando suas próprias experiências<br />

e tirando dúvidas. Os temas foram divididos em: modificações físicas e psicológicas na gestante; pré-natal e cuidados na gestação;<br />

parto normal, cesárea e suas indicações; a mulher puérpera; amamentação; cuidados com o recém-nascido; cuidados com os <strong>de</strong>ntes<br />

do bebê e planejamento familiar. As ativida<strong>de</strong>s foram finalizadas com uma visita à maternida<strong>de</strong>. Os enfoques das discussões foram dados<br />

segundo as necessida<strong>de</strong>s do grupo. Resultados: O curso proporcionou lidar com os medos e preconceitos advindos da <strong>de</strong>sinformação<br />

e favoreceu que as gestantes esclarecessem dúvidas e ainda que passassem a utilizar o que a USF po<strong>de</strong> oferecer, se sentissem mais<br />

seguras para o cuidado do recém-nascido já que era gran<strong>de</strong> o número <strong>de</strong> gestantes adolescentes e <strong>de</strong> primigestas.Os estudantes ao mesmo<br />

tempo que melhoraram o vínculo com as participantes, <strong>de</strong>senvolveram maiores conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s nas áreas <strong>de</strong> ginecologia,<br />

obstetrícia, pediatria, comunicação, melhoraram seus instrumentos <strong>de</strong> escuta e entendimento da comunida<strong>de</strong>.<br />

124 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

125 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Experiência Acadêmica no Programa Nacional <strong>de</strong> Telessaú<strong>de</strong>: Aproximando Alunos <strong>de</strong><br />

Graduação da Realida<strong>de</strong> do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Por Meio da Tecnologia<br />

Santos, PRT 126<br />

Souza, FCS 126<br />

Oliveira, PEL 126<br />

Novaes, MA 126<br />

Cruz, ELD 126<br />

Alvez, DS 126<br />

Introdução: OProgramaTelessaú<strong>de</strong>BrasildoMinistériodaSaú<strong>de</strong>visa à capacitação permanente das equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família<br />

(ESFs) por meio da tele-educação e tele-assistência. Em Pernambuco, é coor<strong>de</strong>nado pelo Núcleo <strong>de</strong> Telesaú<strong>de</strong> da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco. Os serviços oferecidos incluem seminários por webconferência e segunda opinião a distância, cuja implementação<br />

conta com apoio <strong>de</strong> estagiários do curso <strong>de</strong> medicina. Objetivos: Apresentar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos estagiários e os<br />

benefícios para sua formação. Métodos: O estágio é voluntário e tem duração <strong>de</strong> seis meses. Compreen<strong>de</strong>: visitas periódicas às unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família (USFs) para conhecer sua estrutura e necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacitação das ESFs, elaboração da agenda <strong>de</strong> seminários<br />

com foco em atenção primária e busca <strong>de</strong> teleconsultores para apresentação, mo<strong>de</strong>ração das sessões, produção <strong>de</strong> relatórios sobre o<br />

serviço, e apresentação dos resultados do Programa em eventos científicos. Resultados: Estagiar é uma oportunida<strong>de</strong> para colocar em<br />

prática os conhecimentos adquiridos durante a graduação e conhecer áreas pouco exploradas no curso, tal como a telessaú<strong>de</strong>. Atelessaú<strong>de</strong><br />

permite aproximar o aluno <strong>de</strong> inúmeras USFs distantes e com realida<strong>de</strong>s bastante diferentes. A organização e participação nos seminários<br />

possibilita aprofundar o conhecimento sobre atenção primária e enten<strong>de</strong>r as principais dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pelas ESFs<br />

nas suas ativida<strong>de</strong>s. Aparticipação nos eventos científicos, além do aprimoramento curricular, permite a troca <strong>de</strong> experiências. Conclusão:<br />

Já foi evi<strong>de</strong>nciada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> médicos generalistas com conhecimentos aprofundados sobre atenção primária.<br />

Este estágio mostra que a telessaú<strong>de</strong> é uma alternativa para a integração dos alunos do curso <strong>de</strong> medicina com o serviço público <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> em nível primário, o que contribui para a formação <strong>de</strong> recursos humanos com os conhecimentos que o Sistema <strong>de</strong> Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

requer e a<strong>de</strong>quados às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> brasileira.<br />

Liga Acadêmica <strong>de</strong> Medicina Perioperatória e Dor (LAMPD): Integrando Teoria e Prática<br />

na Formação Educacional do Acadêmico <strong>de</strong> Medicina<br />

Soares, AP 127<br />

Tirapani, AR 127<br />

Santiago, AE 127<br />

Andra<strong>de</strong>, LM 127<br />

Maia, PM 127<br />

Chaves, LFM 128<br />

Introdução: As disciplinas que abordam os temas <strong>de</strong> anestesiologia, terapia intensiva e dor na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFJF<br />

são ministradas com enfoque teórico. Visando uma formação mais prática, foi <strong>de</strong>senvolvido em janeiro <strong>de</strong> 2007 um estágio extracurricular,<br />

<strong>de</strong> duração mínima <strong>de</strong> seis meses, realizado no próprio hospital universitário da faculda<strong>de</strong> e em um hospital particular da região<br />

conveniado com a UFJF. Em agosto <strong>de</strong> 2007 foi criada a Liga Acadêmica <strong>de</strong> Medicina Perioperatória e Dor (LAMPD) que incorporou às<br />

suas ativida<strong>de</strong>s o estágio <strong>de</strong>scrito, acrescentou reuniões teóricas quinzenais e incentivou a realização <strong>de</strong> trabalhos científicos. Objetivos:<br />

ALAMPD visa à formação mais abrangente do acadêmico, complementado a parte teórica das disciplinas curriculares e priorizando<br />

o enfoque prático. Métodos: Em agosto <strong>de</strong> 2007 a LAMPD promoveu um simpósio, a seleção dos membros foi feita por prova teórica<br />

acerca dos temas abordados no mesmo. As ativida<strong>de</strong>s práticas do estágio foram divididas em uma escala <strong>de</strong> 12 horas semanais por<br />

membro, com duração <strong>de</strong> um ano. As ativida<strong>de</strong>s práticas se constituíram do acompanhamento do anestesiologista em salas cirúrgicas e<br />

126 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PB, Brasil.<br />

127 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

128 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora. Hospital Universitário, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


UTI’s. Quanto às ativida<strong>de</strong>s teóricas, os acadêmicos participaram <strong>de</strong> aulas e discussões <strong>de</strong> casos clínicos. As ativida<strong>de</strong>s científicas envolveram<br />

a participação na elaboração e realização <strong>de</strong> trabalhos científicos, bem como na promoção <strong>de</strong> um simpósio, ao final <strong>de</strong> um ano<br />

<strong>de</strong> estágio, para a seleção <strong>de</strong> novos membros da liga. Resultados: Através da LAMPD seus membros pu<strong>de</strong>ram aperfeiçoar o conteúdo<br />

teórico proposto nas disciplinas curriculares e <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s práticas e científicas. Tornaram-se hábeis no manejo prático, dominando<br />

temas básicos da especialida<strong>de</strong> anestésica. Nem todos os objetivos foram alcançados, os projetos <strong>de</strong> pesquisa ainda estão em<br />

andamento. Conclusões: Apesar das dificulda<strong>de</strong>s encontradas durante sua existência, a LAMPD cumpriu o principal papel <strong>de</strong> aproximar<br />

teoria e prática na formação educacional do acadêmico <strong>de</strong> medicina.<br />

A Inserção das Escolas Médicas na Re<strong>de</strong> SUS por Meio <strong>de</strong> Estágios Extracurriculares: um<br />

Breve Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Amaral, AO 129<br />

Ferreira, DB 129<br />

Oliveira, SLV 129<br />

Oliveira, TS 129<br />

Monteiro, BM 129<br />

Ribeiro, TA 129<br />

Introdução: Os estágios extracurriculares são instrumento para aprofundamento <strong>de</strong> estudos e meio para <strong>de</strong>scoberta do futuro ambiente<br />

<strong>de</strong> trabalho ao acadêmico <strong>de</strong> medicina, bem como para sua inserção no SUS logo ao início da graduação. Além disso, contribuem como<br />

elemento motivacional <strong>de</strong> graduandos do ciclo básico, oferecendo contato com o paciente e ainda constituem complemento para o futuro internato.<br />

Objetivo: Analisar a experiência em estágios extracurriculares da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina/Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas<br />

(FM/UFAM) em <strong>2009</strong>/1. Métodos: Através do Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial da FM/UFAM realizaram-se parcerias em que graduandos<br />

tiveram práticas extracurriculares em unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (Ouro Preto - MG), serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e hospitais (PS da Criança Zona Sul,<br />

Fundação CECON, em Manaus – AM; Hospital Municipal da Criança <strong>de</strong> Ariquemes - RO) durante o recesso acadêmico. O tutor do grupo intermediou<br />

o contato dos estudantes com as instituições e preceptores, além <strong>de</strong> orientá-los na produção <strong>de</strong> uma monografia e relatório final <strong>de</strong><br />

estágio. O foco <strong>de</strong> análise se <strong>de</strong>u sobre os recursos para inserção discente nos estágios e as contribuições dos estágios na formação dos alunos.<br />

Resultados: Houve produção científica orientada, com avaliações por banca examinadora, e inclusive a participação <strong>de</strong> aluno do programa<br />

<strong>de</strong> intercâmbio da universida<strong>de</strong> (UniPiaget - Luanda/Angola), que pô<strong>de</strong> conhecer o sistema brasileiro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. A<strong>de</strong>mais, os conhecimentos<br />

aprendidos durante o curso foram contextualizados, com aquisição <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s em equipes multidisciplinares e em ambientes <strong>de</strong> aprendizagem<br />

diferentes; e a experiência é mo<strong>de</strong>lo pedagógico para o planejamento do curso. Conclusões: Os estágios extracurriculares fomentaram<br />

multiplicação <strong>de</strong> conhecimento e reflexão sobre suas implicações no ensino médico, <strong>de</strong> modo a proporcionar a interação com o projeto<br />

pedagógico do curso, servindo como uma experiência-mo<strong>de</strong>lo para novo método <strong>de</strong> aprendizagem no planejamento pedagógico <strong>de</strong> 2010 da<br />

FM-UFAM, <strong>de</strong> modo a se aten<strong>de</strong>r às diretrizes curriculares nacionais do MEC.<br />

Síndrome <strong>de</strong> Burnout: uma Vivência na Escola Estadual Maria Cristina<br />

Lima, KPF130 Vieira, JG130 Araújo, KRS130 Chaves, TIQ130 Vitoriano, LM130 Lira, LQ130 Introdução: a Síndrome <strong>de</strong> Burnout na educação é um fenômeno complexo resultante da interação entre aspectos individuais e<br />

oambiente<strong>de</strong>trabalho.Objetivo: diante <strong>de</strong>sses aspectos que acometem a saú<strong>de</strong> do professor e do seu estresse oriundo <strong>de</strong> sua dinâmica<br />

laboral, o nosso estudo buscou verificar as condições <strong>de</strong> trabalho e as diferenças significativas nos níveis e no processo da Síndrome <strong>de</strong><br />

Burnout dos funcionários da Escola Estadual Maria Cristina, no município <strong>de</strong> Parnamirim no Rio Gran<strong>de</strong> do Norte. Metodologia: veri-<br />

129 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

130 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil.<br />

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ficamos se as variáveis como: peso, altura, índice <strong>de</strong> massa corporal, aferição da pressão arterial, função exercida, tempo <strong>de</strong> serviço, sasatisfação profissional, presença <strong>de</strong> doenças ocupacionais, incidência <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho e comportamentais se associavam ao Burnout<br />

<strong>de</strong> forma diferenciada. E para complementar a avaliação da Síndrome <strong>de</strong> Burnout foi utilizado o MBI – Maslach Burnout Inventory<br />

– elaborado e adaptado por Chafic Jbeili. Resultados: Os resultados obtidos não confirmam a primeira variável do estudo, em relação<br />

ao Índice <strong>de</strong> Massa Corporal (IMC), uma vez que não foi encontrada diferença entre funcionárias com peso normal e sobrepeso com<br />

relação aos níveis do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Burnout. Já que a pressão arterial estava no índice <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong>, nenhuma alterada.<br />

Observamos que quanto mais elevada é a ida<strong>de</strong> do tempo <strong>de</strong> serviço, maior é o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver a doença <strong>de</strong> Burnout. Na<br />

segunda variável, verificamos que as funcionárias possuem ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> serviço entre 02 e 28 anos e <strong>de</strong>stas, 80% possuem algum<br />

problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; apenas 10% sofreu algum tipo <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte no trabalho; 40% apresentam a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver a Síndrome<br />

<strong>de</strong> Burnout e 60% estão na fase inicial da doença. Conclusão: notamos, portanto, que a maioria dos funcionários já está em fase inicial da<br />

síndrome <strong>de</strong> Burnout, o que nos leva a orientá-los quanto à promoção da saú<strong>de</strong>.<br />

Busca Ativa <strong>de</strong> Suspeitos <strong>de</strong> Hipertensão Arterial (HA): uma Estratégia <strong>de</strong> Educação em<br />

Saú<strong>de</strong> e Incentivo AO Auto-cuidado<br />

Cardoso, AJN131 Oliveira, ENA131 Figuerêdo, LM131 Melo, BS131 Tôrres, ALB131 Sobrinho, CLN131 Introdução: AHArepresenta um fator <strong>de</strong> risco para doença cardiovascular. Os módulos <strong>de</strong> Práticas <strong>de</strong> Integração, Ensino, Serviço<br />

e Comunida<strong>de</strong> (PIESC) utilizam o método <strong>de</strong> Problematização, no qual a realida<strong>de</strong> vivenciada orienta o aprendizado estudantil.<br />

Em 2007, a população resi<strong>de</strong>nte na área <strong>de</strong> abrangência do PSF III do Feira X, sua equipe e os estudantes i<strong>de</strong>ntificaram HAcomo o agravo<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais prevalente através do Planejamento e Programação Local em Saú<strong>de</strong> (PPLS). Objetivos: Buscar os suspeitos <strong>de</strong> HA<br />

numa microárea <strong>de</strong>scoberta; encaminhá-los para acompanhamentonaUSF;<strong>de</strong>screveraprevalência<strong>de</strong>“suspeitos”<strong>de</strong>HAnaárea.Métodos:<br />

Este é um relato <strong>de</strong> experiência das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 2007. Decidiu-se: capacitar os estudantes para aferição da TA, método auscutatório;<br />

elaborar instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados e folheto explicativo; realizar visitas domiciliares; i<strong>de</strong>ntificar “suspeitos” <strong>de</strong> HA (TAD ≥<br />

90 mmHg e TAS ≥ 140 mmHg) através <strong>de</strong> duas aferições em ≥ 18 anos; orientá-las sobre HAe encaminhar os “suspeitos” ao PSF; analisar<br />

os dados no programa SPSS. Resultados: O conhecimento sobre HA permitiu ao grupo intervir com mais proprieda<strong>de</strong> sobre as questões<br />

relacionadas a essa doença na comunida<strong>de</strong>. Através da produção <strong>de</strong> tecnologias leves, procurou-se conscientizar a população trabalhada<br />

sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prevenir fatores <strong>de</strong> risco da doença. Das 126 pessoas avaliadas, a prevalência <strong>de</strong> “suspeitos” <strong>de</strong> HA foi<br />

<strong>de</strong> 28,6%. Destes, 83,3% tinham 40 anos ou mais, colocando a ida<strong>de</strong> como importante fator <strong>de</strong> risco para a doença. Conclusões: Os alunos<br />

<strong>de</strong>senvolveram habilida<strong>de</strong>s interpessoais, discutiram propostas <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> problemas e interagiram com sujeitos sociais com<br />

respeito e ética. O apoio <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças comunitárias estimulou a população a <strong>de</strong>senvolver sua autonomia no enfrentamento das questões<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. A busca ativa norteou uma intervenção mais integral na realida<strong>de</strong> sócio-sanitária da comunida<strong>de</strong> no ano seguinte.<br />

131 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana, Feira <strong>de</strong> Santana, BA, Brasil.<br />

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Temas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Escolhidos pela Comunida<strong>de</strong> para Discussão em Veículo <strong>de</strong> Comunicação<br />

(Rádio Comunitária) na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenho Velho-sobradinho-DF<br />

Moura, TR132 Alves, MM132 Oliveira, SEU132 Rabelo Júnior, O132 Me<strong>de</strong>iros, NS132 Betoni, JC132 Introdução: Ter conhecimento dos temas relacionados à saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> interesse da comunida<strong>de</strong>, é essencial para obtenção <strong>de</strong> maior a<strong>de</strong>são<br />

aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e, por conseguinte, ampliar o meio <strong>de</strong> acesso à informação. Objetivos: Propor uma comunicação mais a<strong>de</strong>quada<br />

entre o que o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> visa e os anseios da população; ressaltar a importância <strong>de</strong> conhecer os assuntos relacionados à saú<strong>de</strong> que mais<br />

interessam à população; elevar a a<strong>de</strong>são da população às ações realizadas pela Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família <strong>de</strong> Engenho Velho. Métodos:<br />

Houve distribuição aleatória <strong>de</strong> 181 inquéritos em domicílio, por conveniência, com termo <strong>de</strong> consentimento oral( participação espontânea e<br />

anônima). Critérios <strong>de</strong> exclusão: menores <strong>de</strong> 12 anos e moradores que se recusaram a participar. Foram pesquisados: temas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ida<strong>de</strong>,<br />

sexo e escolarida<strong>de</strong>. Resultados: Aamostra <strong>de</strong> entrevistados apresentou ida<strong>de</strong> entre 12 e 70 anos, 85% do sexo feminino, estão incluídos <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

analfabetos até pessoas com ensino superior completo. Os seis temas mais freqüentes foram, respectivamente: assistência em saú<strong>de</strong>( 39%),<br />

DST( 18%), HAS( 13%), diabetes mellitus( 12%), asma( 9%), <strong>de</strong>pressão( 9%). Conclusões: Com os dados obtidos, percebeu-se que as ações <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, que se valem principalmente dos dados epi<strong>de</strong>miológicos, nem sempre condizem com os interesses da população. Acredita-se ter encontrado<br />

um excelente método <strong>de</strong> trabalho e mobilização pública, através da interação com a comunida<strong>de</strong>, da linguagem simples e da atenção<br />

ao que os usuários do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> tinham intenção e curiosida<strong>de</strong> em saber.<br />

Projeto Piloto para Avaliação da A<strong>de</strong>rência ao Tratamento da Hipertensão Arterial<br />

Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) em Pacientes do Projeto Recriavida –<br />

Mariana, MG<br />

Leal, SF 133<br />

Siqueira, LA 133<br />

Valadares, EM 133<br />

Ferreira, LCS 133<br />

Camargos, D 133<br />

Introdução: Estudou-se a intervenção na melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida/saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> idosos com DM/HAS, vinculados ao Projeto –<br />

que visa promoção da saú<strong>de</strong> com intervenção na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida para controle dos <strong>de</strong>terminantes das doenças crônico-<strong>de</strong>generativas.<br />

Objetivos: Investigar a influência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s sócio-recreativas na promoção da saú<strong>de</strong>; i<strong>de</strong>ntificar e analisar os motivos da não-a<strong>de</strong>são/a<strong>de</strong>são<br />

ao tratamento; avaliar a vivência do paciente mediante situação crônica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Métodos: Questionários baseados também no<br />

Teste Morisky-Green, envolvendo idosos com DM/HAS e médicos. Com isso, fez-se um projeto piloto sem fins estatísticos. Resultados: A<br />

maioria dos pacientes revelou uso da medicação. Os <strong>de</strong>scuidos <strong>de</strong>correm <strong>de</strong>: <strong>de</strong>satenção, excesso <strong>de</strong> tarefas e turnos do uso. Aos sinais <strong>de</strong><br />

melhora ou piora, alguns interrompem o tratamento. Quanto à dieta prescrita e sua importância, todos reconhecem-na e seguem-na. Alguns<br />

assumiram que, às vezes, <strong>de</strong>scumprem-na. Com relação à influência do Projeto na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, todos observaram melhoria; uns afirmaram<br />

que antes <strong>de</strong> freqüentá-lo já seguiam as prescrições médicas. Alguns pacientes se sentem mal <strong>de</strong>vido às restrições físicas e alimentares;<br />

o restante afirma que com remédios melhora. Para a maioria, é o conjunto médico-paciente responsável pelo êxito do tratamento. Para os<br />

médicos, o <strong>de</strong>terminante é a relação médico-paciente, com: linguagem clara, informações esclarecedoras da doença, efeitos colaterais, terapêutica.<br />

Todos concordam que existem obstáculos para tratamento/acompanhamento: preço <strong>de</strong> fármacos não oferecidos pelo SUS, acesso<br />

aos consultórios, <strong>de</strong>scrições ina<strong>de</strong>quadas sobre tratamento, entendimento da prescrição, efeitos colaterais in<strong>de</strong>sejados, mudança <strong>de</strong> hábitos<br />

132 Escola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

133 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

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do paciente. Quanto à influência da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no tratamento, todos apontam íntima relação: aumento do bem-estar causa entusiasmo<br />

na terapêutica, aumenta a<strong>de</strong>são, ampliando o êxito no tratamento e promovendo a saú<strong>de</strong>. Conclusão: Os fatores influenciadores da a<strong>de</strong>são<br />

<strong>de</strong>vem ser garantidos por estratégias individuais e coletivas: vínculo médico-paciente, convivência paciente-paciente, estímulo a ativida<strong>de</strong>s<br />

e processos educativos para entendimento da doença.<br />

Sexualida<strong>de</strong> na Adolescência no Bairro <strong>de</strong> Jurujuba, Niterói/RJ: Uma Experiência <strong>de</strong><br />

Alunos do Curso <strong>de</strong> Medicina da UFF<br />

Moura, EC 134<br />

Sant‘Anna, LP 134<br />

Lima, MM 134<br />

Macedo, RA 134<br />

Anjo, RPP 134<br />

Pinto, RDB 134<br />

Introdução: Adisciplina Trabalho <strong>de</strong> Campo Supervisionado visa uma inserção dos alunos nos diversos campos da prática médica.<br />

Sob a ótica da integralida<strong>de</strong>, os alunos buscam uma análise crítica <strong>de</strong> suas experiências em campo, o que colabora para a formação<br />

e amadurecimento dos mesmos como profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Como campo <strong>de</strong> trabalho, foi escolhido a sexualida<strong>de</strong> na adolescência,<br />

por <strong>de</strong>manda imediata da comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jurujuba, justificada pelo aumento da frequência <strong>de</strong> DST e gravi<strong>de</strong>z não planejada entre adolescentes.<br />

Objetivos: O trabalho objetiva relatar a análise da atenção à sexualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adolescentes <strong>de</strong> Jurujuba (Niterói/RJ) em ação<br />

conjunta ao Colégio Estadual Fernando Magalhães, o PMF <strong>de</strong> Jurujuba e as famílias, a partir da percepção dos alunos, e a importância<br />

<strong>de</strong>ssas experiências na formação médica. Métodos: O estudo foi realizado com alunos da 8ª série do CEFEM. Utilizando metodologia<br />

participativa, foram realizadas dinâmicas <strong>de</strong> grupo com reflexão <strong>de</strong> comportamentos, sentimentos e conhecimentos dos adolescentes,<br />

professores, profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e famílias sobre sexualida<strong>de</strong>. Todos os eventos foram ministrados por alunos do 3º período do curso<br />

<strong>de</strong> medicina. Suas experiências foram discutidas e analisadas também por dinâmica <strong>de</strong> grupo. Resultados: Foipossívelobservarqueos<br />

adolescentes possuíam informações equivocadas. Para os professores, o problema não é falta <strong>de</strong> informação, sendo mais por uma questão<br />

social. Os pais sentem-se <strong>de</strong>sconfortáveis em lidar com o tema. Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> anseiam por uma melhor habilitação em lidar<br />

com adolescentes, exigindo maior capacitação. Conclusão: Verificou-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma nova abordagem sobre a sexualida<strong>de</strong><br />

do adolescente. Há uma evi<strong>de</strong>nte falta <strong>de</strong> preparo dos professores, pais e profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em lidar com o assunto. Sendo<br />

necessário, portanto, um “olhar” diferenciado sobre a educação sexual nas escolas, nos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, no convívio familiar e na<br />

educação médica, começando pelas universida<strong>de</strong>s com a inserção <strong>de</strong> alunos em campo.<br />

Características dos Alunos do Curso <strong>de</strong> Medicina que Pensam em Atuar na Atenção<br />

Básica do Curso <strong>de</strong> Medicina da FACIMED <strong>de</strong> Cacoal-RO<br />

Rodrigues, AM135 Soares, SCL135 Kaiser, ACGCB135 Sampaio. MN135 Reis, CC135 Ferrari, FP135 Introdução: A necessida<strong>de</strong> da expansão do sistema único <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em direção à atenção básica exigirá a formação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

contingentes <strong>de</strong> médicos para atuarem neste nível <strong>de</strong> atenção a saú<strong>de</strong> nos últimos anos. Pouco entretanto tem sido investigado quanto<br />

ao perfil dos alunos <strong>de</strong> medicina e suas expectativas quanto à atuação na atenção básica. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar características dos alunos<br />

da FACIMED <strong>de</strong> Cacoal relacionadas ao <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> atuar na Atenção Básica. Métodos: No primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong> um projeto interdisciplinar<br />

integrou os cursos da saú<strong>de</strong> na atenção básica em nosso município, envolvendo alunos do 2º e 4º períodos do curso <strong>de</strong> me-<br />

134 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

135 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Biomédicas <strong>de</strong> Cacoal, Cacoal, RO, Brasil.<br />

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dicina. Após o término do semestre foi realizada uma pesquisa anônima sobre o projeto, a experiência pedagógica e suas expectativas<br />

sobre atuação na atenção básica foram levantadas. Uma das perguntas arguia se o aluno <strong>de</strong>seja atuar na atenção básica. Aresposta a esta<br />

pergunta (sim ou não) foi cruzada com as seguintes características dos alunos do curso <strong>de</strong> medicina: sexo, ida<strong>de</strong>, período do curso, conclusão<br />

do ensino médio em escola pública ou privada, integrar programa fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> financiamento (FIES) ou custeio(PROUNI) do curso<br />

superior e se o aluno <strong>de</strong>seja ou não trabalhar no serviço público. Resultados: Entre as várias características pesquisadas a ida<strong>de</strong>, com<br />

estudantes mais velhos <strong>de</strong>sejando atuar na atenção básica(p=0,026) e a conclusão do ensino médio em escola pública (p=0,03) estiveram<br />

associadas ao <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> atuar na atenção básica. Nenhuma das outras características associou-se estatisticamente ao <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> atuar na<br />

atenção básica, como integrar algum programa <strong>de</strong> financiamento ou custeio(p=0,09), sexo(p=0,92), período(p=0,93) e <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> trabalhar<br />

no serviço público(p=0,89). Conclusões: Apenas a ida<strong>de</strong> e a origem do ensino médio estiveram associadas ao <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> atuar na<br />

atenção básica. Este perfil auxilia na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> alunos mais sensíveis à atuação na atenção básica.<br />

A Importância Da Religiosida<strong>de</strong> E Da Espiritualida<strong>de</strong> na Prática Médica<br />

Rodrigues, DF136 Con<strong>de</strong>, BNSS136 Valente, GB136 Ferraz, AGC136 Coutinho, APN136 Belo, FM136 Introdução: Nos últimos anos muito se tem falado sobre os benefícios da espiritualida<strong>de</strong> na vida pessoal. Aimportância do aprofundamento<br />

dos estudos sobre espiritualida<strong>de</strong> se concretiza no fato <strong>de</strong> que vários estudos já provaram que a prática espiritual, religiosa ou não,<br />

geralmente beneficia os seres humanos como um fator protetor da saú<strong>de</strong> ou mesmo como um auxílio na terapêutica e no enfrentamento da<br />

morte. No site <strong>de</strong> publicações Pubmed as palavras-chave saú<strong>de</strong> (health) e espiritualida<strong>de</strong> (spirituality) resultam numa lista <strong>de</strong> 2496 artigos<br />

publicados, o que ilustra a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se investir na pesquisa sobre as relações entre os temas. Objetivo: Avaliar a importância da espiritualida<strong>de</strong><br />

e da religiosida<strong>de</strong> na prática médica. Métodos: A pesquisa consistiu na revisão <strong>de</strong> literatura que aborda relações entre espiritualida<strong>de</strong>,<br />

religiosida<strong>de</strong> e saú<strong>de</strong>, buscando apresentar o impacto do uso <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> terapia na prática médica. Resultados: Muitos estudos que<br />

relacionam saú<strong>de</strong> e espiritualida<strong>de</strong> apontam melhores indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental e adaptação ao estresse em pessoas que praticam ativida<strong>de</strong>s<br />

ditas religiosas. Outros estudos mostram que pessoas engajadas em práticas religiosas e espirituais são fisicamente mais saudáveis,<br />

têm estilo <strong>de</strong> vida mais equilibrado e usam menos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Conclusões: A espiritualida<strong>de</strong> e a religiosida<strong>de</strong> têm muito a auxiliar a<br />

prática médica, sendo uma alternativa pouco dispendiosa, tanto <strong>de</strong> recursos financeiros quanto <strong>de</strong> tempo e recursos humanos, <strong>de</strong> fácil aplicação<br />

e que apresenta inclusive benefícios para os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Apesar <strong>de</strong> os estudos sobre espiritualida<strong>de</strong> e saú<strong>de</strong> serem abordagens<br />

relativamente inéditas, percebe-se o gran<strong>de</strong> avanço <strong>de</strong>ssa área, que ocorre também com auxílio da ciência mo<strong>de</strong>rna.<br />

Integração com a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atenção Básica e Trabalho Multidisciplinar em Saú<strong>de</strong>,<br />

Investigação sobre a Satisfação do Usuário<br />

Nascimento, JS 137<br />

Rodrigues, AM 137<br />

Soares, SCL 137<br />

Kaiser, ACGCB 137<br />

Sampaio, MN 137<br />

Ferrari, FP 137<br />

Introdução: A integração ensino-serviço no Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> em diferentes ambientes <strong>de</strong> prática é uma das atuais diretrizes<br />

da formação médica no Brasil. Em <strong>2009</strong> AFACIMED formulou um projeto interdisciplinar <strong>de</strong> integração serviço-ensino baseado na imersão<br />

<strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> diferentes cursos da área da saú<strong>de</strong> em áreas com diferentes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção. Aconfrontação do aluno com as diferentes situações<br />

<strong>de</strong> atendimento e o estímulo à pesquisa e abordagem crítica dos dados levantados sobre a situação durante as ativida<strong>de</strong>s constituíram<br />

136 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

137 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Biomédicas <strong>de</strong> Cacoal, Cacoal, RO, Brasil.<br />

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elementos da avaliação. Aos alunos do curso <strong>de</strong> medicina coube além da participação da elaboração do questionário e coleta <strong>de</strong> dados, a análise<br />

estatística e crítica dos mesmos. Objetivos: Relatar resultados <strong>de</strong> investigação sobre serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, realizada por alunos <strong>de</strong> diferentes<br />

cursos da saú<strong>de</strong>, e utilizada como elemento como elemento <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> aproveitamento. I<strong>de</strong>ntificar a percepção da comunida<strong>de</strong> atendida<br />

quanto à modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> atenção básica. Métodos:Quantitativo analitico Resultados: Foram investigadas 681 família, sendo<br />

510(74,9%) atendidas pelo PSF (Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família) e 171 (25,1%) atendidas pelo PACS (Programa <strong>de</strong> Agentes Comunitários <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>) famílias resi<strong>de</strong>ntes no município <strong>de</strong> Cacoal – RO e atendidas por Agentes Comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ligados a duas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

equipe <strong>de</strong> Atenção básica – PACS ou PSF. Asatisfação dos usuários i<strong>de</strong>ntificada por questionário aplicado diretamente pelos alunos do projeto<br />

<strong>de</strong>monstrou a satisfação dos usuários é significantemente maior com a modalida<strong>de</strong> PSF que a modalida<strong>de</strong> PACS. OR=1,50<br />

IC95%(1,04-2,18) p=0.023. Conclusões: As modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> atenção básica que incorporam equipes multidisciplinares proporcionam<br />

maior satisfação dos usuários. Autilização <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> ensino que põe o aluno em contato com esta realida<strong>de</strong>, estimulando a pesquisa<br />

geram informações úteis aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e contribuir para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino e avaliação.<br />

Percepção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Nível Sócio-econômico entre Mulheres Pós-menopausadas com<br />

Fratura e sem Fratura Vertebral Resi<strong>de</strong>ntes da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Chapecó/SC<br />

Batista, PH 138<br />

Sandrin, CC 138<br />

Oliveira, PP 138<br />

Schmitt, RLS 138<br />

Ferretti, F 138<br />

Introdução: Aocorrência <strong>de</strong> fraturas na população idosa po<strong>de</strong> acarretar uma série <strong>de</strong> complicações, levando à incapacida<strong>de</strong> física,<br />

limitações funcionais, perda da in<strong>de</strong>pendência, comprometimento da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e percepção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivos: Verificar<br />

a relação entre a percepção da própria saú<strong>de</strong>, o nível sócio-econômico e a existência <strong>de</strong> fraturas vertebrais entre mulheres pós-menopausadas<br />

resi<strong>de</strong>ntes na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Chapecó/SC. Métodos: Estudo caso-controle <strong>de</strong>senvolvido com mulheres resi<strong>de</strong>ntes na cida<strong>de</strong> Chapecó/SC,<br />

com ida<strong>de</strong> superior a 60 anos, na pós-menopausa <strong>de</strong> raça branca ou caucasói<strong>de</strong>, divididas em dois grupos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da<br />

existência ou não <strong>de</strong> fraturas na radiografia <strong>de</strong> coluna. Resultados: As mulheres com fratura tinham ida<strong>de</strong> entre 60 e 87 anos ( = 70,00 +<br />

7,75) e as sem fraturas entre 62 e 67 anos ( = 67,88 + 4,45). Dentre as mulheres com fratura 28,6% referiram seu estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> muito<br />

bom e bom; já nas sem fraturas esse nível foi 40%. Não houve correlação significativa entre percepção do estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ida<strong>de</strong>, história<br />

prévia <strong>de</strong> fraturas ou classe social no grupo sem fratura. No grupo com fratura houve correlação significativa entre percepção do estado<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e classe social, ou seja, a classe mais baixa referiu pior percepção do estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (r=0,381; p=0,24). Conclusões:<br />

Observamos que a classe social e a ocorrência <strong>de</strong> fraturas estão estritamente relacionadas com a percepção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Isto talvez <strong>de</strong>va ao<br />

acesso restrito aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer das mulheres com classe social mais baixa, além das limitações <strong>de</strong>correntes<br />

das fraturas. Assim, evi<strong>de</strong>ncia-se a importância <strong>de</strong> garantir aos idosos uma sobrevida maior e também a prática <strong>de</strong> medidas preventivas,<br />

terapêuticas e <strong>de</strong> reabilitação, visando uma melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

138 Universida<strong>de</strong> Comunitária Regional <strong>de</strong> Chapecó, Chapecó, SC, Brasil.<br />

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Importância do Contato com Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na Formação Médica Em<br />

Atenção Básica<br />

Silva, TC 139<br />

Diniz, RC 139<br />

Andra<strong>de</strong>, LG 139<br />

Rodrigues, AM 139<br />

Men<strong>de</strong>s, CSG 139<br />

Togoe, AKL 139<br />

Introdução: Aincorporação <strong>de</strong> docentes com formação <strong>de</strong> pós-graduação strictu senso é consi<strong>de</strong>rada como parâmetro <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

para as instituições <strong>de</strong> ensino. A introdução <strong>de</strong> novos cenários <strong>de</strong> aprendizagem orientados para a atenção básica em serviços estruturados<br />

junto às comunida<strong>de</strong>s tem exigido a parceria com os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e possibilitado o contato com outros profissionais que<br />

po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sempenhar papéis significativos no processo <strong>de</strong> ensino. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar a percepção dos alunos <strong>de</strong> medicina sobre a<br />

importância do contato com agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na formação médica em atenção básica. Métodos: No primeiro semestre <strong>de</strong><br />

<strong>2009</strong> um projeto interdisciplinar integrou os cursos da saú<strong>de</strong> na atenção básica em nosso município com a re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> atenção básica,<br />

envolvendo alunos do 2º e 4º períodos do curso <strong>de</strong> medicina e propiciando o contato sistemático e contínuo dos alunos com os<br />

agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do PACS e PSF. Após o término do semestre foi realizada uma pesquisa anônima sobre o projeto, a experiência<br />

pedagógica e suas expectativas sobre atuação na atenção básica foram levantadas. Um aspecto levantado foi se os alunos acreditavam<br />

que o contato com os agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> havia acrescentado conhecimentos sobre a atenção básica. Resultados: Um<br />

total <strong>de</strong> 59 alunos do 2ºe 4º períodos respon<strong>de</strong>ram o questionário. Destes, 42 (71,2%) acreditavam que o contato com ACS acrescentou<br />

conhecimentos para a sua formação na atenção básica. Conclusões: O contato dos alunos e medicina com agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

acrescenta conhecimentos na visão dos estudantes <strong>de</strong> medicina.<br />

A Importância da Relação Médico-graduandos <strong>de</strong> Medicina para a Formação Acadêmica<br />

no Cenário da Atenção Básica à Saú<strong>de</strong><br />

Blasque, WP 140<br />

Oliveira, TS 140<br />

Manoel, CM 140<br />

Introdução: A disciplina Integração Universida<strong>de</strong>-Serviço-Comunida<strong>de</strong> (IUSC) tem como objetivo inserir alunos <strong>de</strong> Medicina<br />

e Enfermagem na re<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong>. Os alunos são divididos em pequenos grupos e <strong>de</strong>signados para Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (UBS) ou Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USF) do município <strong>de</strong> Botucatu, buscando compreen<strong>de</strong>r a realida<strong>de</strong> da população, do<br />

serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> seus profissionais, através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s na UBS/USF, na comunida<strong>de</strong> e visitas domiciliares. Objetivos: Relatar a<br />

experiência do grupo inserido na USF do Jardim Iolanda, em sua relação com o médico da Unida<strong>de</strong> e o reflexo na formação dos acadêmicos<br />

<strong>de</strong> Medicina. Métodos: Foram realizados encontros na USF com participação do médico, que contribui com as discussões, ministra<br />

pequenas aulas, requisita tarefas, auxilia na leitura dos prontuários e convida os alunos para participar <strong>de</strong> suas consultas <strong>de</strong> maneira<br />

“não-passiva” (pedindo opiniões, mostrando procedimentos e discutindo o caso após a consulta). Resultados: Aparticipação do médico<br />

da USF nas ativida<strong>de</strong>s neste grupo <strong>de</strong> alunos foi um importante diferencial <strong>de</strong>vido ao seu papel ativo na programação das ativida<strong>de</strong>s<br />

realizadas na Unida<strong>de</strong> e na comunida<strong>de</strong>, fazendo com que <strong>de</strong>mandas da comunida<strong>de</strong> e necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizado dos alunos se encontrassem.<br />

Essa iniciativa <strong>de</strong> possibilitar abertura para uma maior atuação dos alunos na Unida<strong>de</strong> propiciou experiências únicas que<br />

permitiram um aprendizado que exce<strong>de</strong>u as expectativas da disciplina. Conclusão: O vínculo estabelecido com um profissional já formado<br />

e exercendo a profissão possibilitou aos alunos uma melhor compreensão do papel do médico na re<strong>de</strong> básica do SUS e na<br />

comunida<strong>de</strong>. Também foi possível aprofundar os conhecimentos sobre o SUS e sobre diversos aspectos teóricos e práticos da Medicina.<br />

Estar inserido no cenário <strong>de</strong> atuação do médico fornece exemplos importantes para a formação dos alunos, pois permite um contato<br />

prévio com situações a serem vivenciadas futuramente.<br />

139 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Biomédicas <strong>de</strong> Cacoal, Cacoal, RO, Brasil.<br />

140 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP, Brasil.<br />

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A Prática do Acolhimento e as Repercussões na Atenção Primária: Aplicações Ao<br />

Contexto da Unida<strong>de</strong> Vila Saú<strong>de</strong><br />

Rodrigues, TFC141 Mangueira, FAM141 Simon, E141 Introdução: Em 2007, a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba implantou a reforma curricular do curso <strong>de</strong> Medicina, introduzindo<br />

novos eixos curriculares, entre os quais o eixo prático -integrativo. Neste, enquadra-se o Módulo Horizontal A, que visa inserir o aluno<br />

em cenários <strong>de</strong> prática. Assim, estudantes do quarto período atuam na unida<strong>de</strong> integrada Vila Saú<strong>de</strong>, para conhecer a dinâmica <strong>de</strong>ste<br />

serviço e compreen<strong>de</strong>r integralmente o atendimento na Atenção Primária. Nesta unida<strong>de</strong>, houve implantação do serviço do acolhimento,<br />

que realiza a primeira escuta ao usuário. As ações são executadas diariamente por um profissional <strong>de</strong> cada equipe, que ouve as<br />

queixas e proce<strong>de</strong> conforme a situação. Objetivo:. Analisar o acolhimento realizado na unida<strong>de</strong> Vila Saú<strong>de</strong>, ressaltando a responsabilização<br />

e o planejamento <strong>de</strong> ações que visem correspon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s dos usuários. Metodologia: Acompanhamento do acolhimento<br />

e diálogo com usuários, com posterior reflexão acerca das situações vivenciadas. Resultados:. Aprática do acolhimento tem possibilitado<br />

a escuta qualificada e evitado as “filas madrugadoras”. Por outro lado, a superlotação das agendas <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda<br />

levou-o a funcionar, praticamente, como uma triagem dos casos agudos, induzindo a formação das “filas matinais”. Os usuários não<br />

atendidos são orientados para agendamento, retorno em novo acolhimento ou encaminhados para outro nível <strong>de</strong> atenção. Casos consi<strong>de</strong>radosmaisurgentessãoencaminhadosparaserviçosambulatoriais<br />

e pronto-atendimentos, especialmente quando o “limite” <strong>de</strong> pacientes<br />

a ser atendidos é atingido. Observou-se que, apesar das dificulda<strong>de</strong>s, os profissionais procuram trabalhar <strong>de</strong> forma integrada<br />

entre si e com outros serviços. Conclusão:. Para que o acolhimento não funcione apenas como triagem <strong>de</strong> casos que chegam à unida<strong>de</strong>,<br />

os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem realizar uma escuta qualificada norteada principalmente pelo princípio da eqüida<strong>de</strong>, i<strong>de</strong>ntificando as<br />

necessida<strong>de</strong>s e expectativas dos usuários e possibilitando, assim, maior resolutivida<strong>de</strong>. Uma melhor distribuição do território po<strong>de</strong>ria<br />

reduzir a sobrecarga e possibilitar melhor acesso ao serviço.<br />

Trabalhando com o Tema Prevenção <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes Domésticos na Infância na Visita<br />

Domiciliar as Famílias Acompanhadas por Estudantes <strong>de</strong> Medicina<br />

Freitas, DF142 Molan, DC142 Suzuki, CMP142 Ferreira, ER142 Reis, EP142 Pires, EK142 Introdução: Na FMB, a disciplina IUSC, ministrada conjuntamente para alunos <strong>de</strong> medicina e enfermagem, prioriza a integralida<strong>de</strong><br />

do cuidado, consi<strong>de</strong>rando que ações <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> se traduzam em maior autonomia e emancipação do sujeito. Como estratégia,<br />

realiza-se Visita Domiciliar (VD), on<strong>de</strong> são abordados temas, a partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas das famílias. Objetivo: Apresentar estudo e<br />

intervenção sobre aci<strong>de</strong>ntes domésticos na infância no IUSC do segundo ano, salientando o papel dos estudantes no dialogo com famílias<br />

para prevenção dos mesmos. Metodologia: Após a percepção do tema aci<strong>de</strong>ntes na infância como questão relevante na VD, realizou-se<br />

leitura e discussão <strong>de</strong> caso verídico <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte envolvendo criança em ambiente doméstico com <strong>de</strong>sfecho <strong>de</strong> falecimento. Foi<br />

elaborado conjuntamente roteiro sobre os principais riscos e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prevenção, a partir <strong>de</strong> contribuições teóricas <strong>de</strong> todos.<br />

Resultados: Nas visitas analisaram-se fatores <strong>de</strong> risco da moradia. Em cada residência, individualmente, trabalhou-se temas gerais<br />

como quedas, cortes e peculiarida<strong>de</strong>s como presença <strong>de</strong> animais peçonhentos, <strong>de</strong> estimação e <strong>de</strong> criação, como cães e cabras e do “andador”<br />

em locais com <strong>de</strong>graus. O diálogo entre famílias e estudantes foi consi<strong>de</strong>rado um espaço <strong>de</strong> aprendizagem para todos, notando-se<br />

que algumas famílias já estavam conscientes dos cuidados a serem tomados e outras foram alertadas para aumentar os cuidados. Nem<br />

141 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

142 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP, Brasil.<br />

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todas as famílias mostraram o mesmo entusiasmo para com o tema, notando-se em certos momentos a visão <strong>de</strong> fatalida<strong>de</strong>. Os estudantes<br />

perceberam o tema abrangente e necessário a ser abordado no cuidado a crianças e famílias. Aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estar na casa possibilitou<br />

uma visão da realida<strong>de</strong> e salientar pontos, as vezes pouco valorizados pela família,como cães bravos no quintal ou tanques <strong>de</strong><br />

lavar roupa não cimentados.Consi<strong>de</strong>rações: Por se tratar <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>, pela alta prevalência, o tema é relevante na educação médica,<br />

sendo possível intervir, ampliar os conhecimentos e pôr em prática sua prevenção.<br />

O Uso da Abordagem Centrada na Pessoa Por Estudantes <strong>de</strong> Medicina para Tratamento<br />

<strong>de</strong> Pacientes com Diabetes Mellitos Tipo 2<br />

Cunha, JP 143<br />

Franco, CAGS 143<br />

Franco, RS 143<br />

Introdução: na pratica em atenção primaria(AP) o método mais apropriado para o cuidado é a abordagem centrada na pessoa<br />

(ACP). Com a nova reforma curricular orientada pelo MEC, os graduandos <strong>de</strong> medicina estão mais ativos e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeiros semestres<br />

em contato com a prática. O intuito dos graduandos fazerem estágios na AP é aproximar o aluno a prática médica, alem <strong>de</strong> humanizar<br />

o ensino médico. Objetivo: relatar a importância da abordagem realizada por alunos do 5 período do curso <strong>de</strong> medicina no tratamento<br />

(a<strong>de</strong>são) <strong>de</strong> diabéticos tipo 2. Métodos: através <strong>de</strong> uma abordagem abrangente do paciente com diabetes, utilizando o metodo<br />

<strong>de</strong> registro SOAP e com os principios da ACP os alunos do 5º periododo curso <strong>de</strong> medicina aten<strong>de</strong>m sistemamente pacientes com diagnostico<br />

<strong>de</strong> diabetes mellitus tipo 2 na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (US), avaliando sua necessida<strong>de</strong>s, crenças, cultura, po<strong>de</strong>r socio-economico,<br />

preconceitos, com supervisão direta <strong>de</strong> todos os casos. Resultados: após seleção <strong>de</strong> pacientes para o atendimento, em consulta foram<br />

observada as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada pessoa, em especial pacientes com preconceito quanto ao uso <strong>de</strong> insulinoterapia, mesmo mediante a<br />

necessida<strong>de</strong>. Nos casos em que a introdução <strong>de</strong> insulina foi proposta, a a<strong>de</strong>são ao tratamento aconteçeu com redução significativa nos<br />

valores da glicemia <strong>de</strong> jejum, HbA1c e nos hemoglicotestes semanais. Conclusões: os alunos estão inseridos em unida<strong>de</strong>s ESF , as equipes<br />

selecionam pacientes diabeticos com mau controle glicemico, ou por má a<strong>de</strong>são , ou por refratarieda<strong>de</strong> ao tratamento, por acreditar<br />

que o seguimento realizado pelos acadêmicos e preceptor tem uma abordagem diferenciada. Observa-se nos alunos a mudança <strong>de</strong><br />

postura com a ACP e os pacientes percebem este olhar diferenciado, influenciando na a<strong>de</strong>são dos pacientes ao tratamento.<br />

Estágio Supervisionado na Fundação <strong>de</strong> Medicina Tropical do Amazonas: Vivências<br />

Teóricas e Práticas <strong>de</strong> Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina<br />

Almeida, RA 144<br />

Rodrigues, LRL 144<br />

Moura, AS 144<br />

Duarte, PLC 144<br />

Machado, AG 144<br />

Pérez, LCG 144<br />

Introdução: AFundação <strong>de</strong> Medicina Tropical é um centro <strong>de</strong> referência em diagnóstico e terapêutica <strong>de</strong> doenças infecto-contagiosas<br />

no Amazonas. Des<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 2001, disponibiliza vagas para estágios a estudantes <strong>de</strong> medicina, que <strong>de</strong>sejem atuar <strong>de</strong> modo supervisionado<br />

na triagem e acompanhamento médico da instituição. Estágios supervisionados são fundamentais para a formação do estudante<br />

<strong>de</strong> medicina, pois possibilitam a aquisição <strong>de</strong> conhecimentos teórico-práticos e permitem uma visão mais ampla acerca da profissão<br />

médica. Objetivo: Descrever experiência <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> atendimento ambulatorial supervisionado por profissionais da saú<strong>de</strong>, em<br />

um centro <strong>de</strong> tratamento, diagnóstico e controle <strong>de</strong> doenças infecciosas e parasitárias. Métodos: Todos os anos são disponibilizadas um<br />

total 28 vagas para estágio, <strong>de</strong>stas 7 são para alunos internos e 21 vagas para acadêmicos no nível profissionalizante. O estágio possui<br />

carga horária <strong>de</strong> 12 horas semanais, e consiste no acompanhamento <strong>de</strong> procedimentos realizados na instituição. Ao estagiário é dispo-<br />

143 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

144 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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nibilizado acesso ao “Manual <strong>de</strong> Rotinas da Fundação <strong>de</strong> Medicina Tropical”, material didático-pedagógico que <strong>de</strong>screve procedimentos<br />

padrões da instituição. Resultados: Os alunos participam <strong>de</strong> toda interação entre equipe médica e os <strong>de</strong>mais profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

bem como, do acompanhamento ambulatorial do paciente, realizando anamnese e exame físico. Todos os doentes são reexaminados<br />

pelo preceptor (médico plantonista), que discute cada caso e esclarece dúvidas dos acadêmicos acerca das doenças e dos procedimentos<br />

a serem realizados. Os acadêmicos, ainda, participam da vista aos pacientes internados, e junto aos médicos avaliam as evoluções, solicitam<br />

exames complementares e ajudam a esclarecer duvidas dos pacientes. Conclusão: Os alunos participantes <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> têm a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colocar em prática o conhecimento teórico adquirido na faculda<strong>de</strong>. Além disto, dada às características da instituição é<br />

possível vivenciar na prática o perfil <strong>de</strong> prevalência <strong>de</strong> doenças infecciosas e parasitárias na região, possibilitando uma formação mais<br />

integrada com a realida<strong>de</strong> local.<br />

Programa <strong>de</strong> Assistência ao Nefropata Diabético - Relato <strong>de</strong> Experiência: Assistencialismo<br />

e Educação em Nefropatia Diabética<br />

Petruccelli, KC 145<br />

Balata, PHA 145<br />

Brandão, HCS 145<br />

Dias, NA 145<br />

Lima Pereira, V 145<br />

Pereira, LO 145<br />

Introdução: O Programa <strong>de</strong> Assistência ao Nefropata Diabético (PANEDI) foi fundado há três anos, a partir da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudantes<br />

em orientar e acompanhar pacientes nefropatas diabéticos atendidos a nível ambulatorial. Atualmente, o programa é formado<br />

por acadêmicos <strong>de</strong> medicina que já cursaram a matéria <strong>de</strong> semiologia médica. Objetivo: O principal objetivo do PANEDI é orientar e<br />

acompanhar pacientes nefropatas diabéticos atendidos em ambulatórios da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Manaus, conscientizando-os sobre a importância<br />

da a<strong>de</strong>são ao tratamento da doença e evitando assim a evolução <strong>de</strong>stes pacientes para uma perda renal progressiva. Metodologia:<br />

Além do contato com pacientes nefropatas diabéticos a nível ambulatorial sob supervisão <strong>de</strong> médico nefrologista, o programa incentiva<br />

a participação dos membros em campanhas <strong>de</strong> conscientização <strong>de</strong> doenças renais. Nesses trabalhos realizamos palestras, distribuição<br />

<strong>de</strong> material informativo, panfletos e cartazes. E <strong>de</strong>stacamos no ano <strong>de</strong> 2008 o Dia Internacional do Rim. Nosso projeto conta ainda com<br />

reuniões quinzenais, nas quais são discutidas diretrizes, artigos e apresentação <strong>de</strong> temas que envolvam Diabetes Mellitus e Doenças Renais.<br />

Resultados: Observamos a satisfação do paciente em a<strong>de</strong>rir a ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prevenção da IRC, bem como sanar eventuais dúvidas<br />

e o maior empenho dos alunos na busca <strong>de</strong> conhecimento no que envolve doenças renais e diabetes. Conclusão: Notamos uma maior<br />

humanização dos estudantes <strong>de</strong> medicina no que se refere ao atendimento ambulatorial, bem como um <strong>de</strong>senvolvimento saudável da<br />

relação médico-paciente. Observamos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> políticas públicas que visem tratar e informar sobre o risco<br />

do Diabetes não tratado. Muitos <strong>de</strong>sses pacientes <strong>de</strong>sconhecem a doença e os que conhecem por muitas vezes fazem mal o seu tratamento,<br />

seja pela falta <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são ou falta <strong>de</strong> capacitação profissional.<br />

145 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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As Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na Visão <strong>de</strong> Alunos <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Fortaleza<br />

Menezes, RB146 Holanda, IC146 Coimbra, LP146 Rodrigues, NBS146 Pinheiro, NF146 Borba, PC146 Introdução: A inserção do aluno <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do curso em ativida<strong>de</strong>s práticas relevantes para a sua futura vida<br />

profissional é importante para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> análise crítica da relação teoria-prática, possibilitando uma efetiva melhoria do<br />

Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS), na prática. Os alunos do 5º e 6º semestres do Curso <strong>de</strong> Medicina têm levantado muitas discussões em relação<br />

à adoção dos princípios do SUS nas unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> on<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvem ativida<strong>de</strong>s práticas. Objetivo: Descrever a percepção<br />

<strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> medicina em relação ao cumprimento dos princípios do SUS nas unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> on<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvem ativida<strong>de</strong>s<br />

práticas. Metodologia: Foram analisados os dados <strong>de</strong> um questionário com questões fechadas aplicado aos alunos que voluntariamente<br />

aceitaram participar. Os dados foram processados no EpiInfo. Resultados: Participantes: 21 alunos (66,7% do sexo feminino);<br />

13,9% das questões foram respondidas como “não percebidas” pelos alunos. 69,2% foram percebidas pela maioria dos respon<strong>de</strong>ntes<br />

(69,8%, em média) como não compatíveis com os princípios do SUS, <strong>de</strong>stacando-se a falta <strong>de</strong>: vínculo entre a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a população<br />

(52,4%); acolhimento a<strong>de</strong>quado (61,9%), planejamento sistemático (57,1%); consulta ampliada (61,9%); contra-referência<br />

(76,2%); apoio diagnóstico em tempo hábil (81%) e i<strong>de</strong>ntificação das condições familiares e sociais no prontuário (66,7%). 85,7% respon<strong>de</strong>ram<br />

que a população utiliza a unida<strong>de</strong> como porta <strong>de</strong> entrada para o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e 52,4% acham que o encaminhamento <strong>de</strong> pacientes<br />

a outro nível <strong>de</strong> atenção é feito com interesse pelos médicos. 66,7% acham que as informações sobre o paciente são registradas a<strong>de</strong>quadamente<br />

no prontuário, porém 66,7% consi<strong>de</strong>ram que essas informações não são facilmente i<strong>de</strong>ntificadas no prontuário.<br />

Conclusão: Apesar <strong>de</strong> certa dificulda<strong>de</strong> para perceber claramente a funcionalida<strong>de</strong> do serviço, os princípios dos SUS foram percebidos<br />

como não cumpridos nas unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pela maioria dos respon<strong>de</strong>ntes.<br />

Estrutura e Integração aos Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> das Ligas Acadêmicas <strong>de</strong> Medicina do<br />

Estado do Amazonas<br />

Me<strong>de</strong>iros, LJS 147<br />

Westphal, DC 147<br />

Oliveira, NA 147<br />

Silva, ACS 147<br />

Matos, ICM 147<br />

Ferreira, DB 147<br />

Introdução: As ligas acadêmicas funcionam como espaço para aperfeiçoar o aprendizado teórico e prático em <strong>de</strong>terminada área, sob<br />

orientação docente, a fim <strong>de</strong> integrar os acadêmicos aos serviços hospitalares, ambulatoriais e em atenção básica na respectiva área, através <strong>de</strong><br />

serviços públicos ou privados. Objetivos: Analisar e discutir a estrutura da ligas acadêmicas no Amazonas para propor melhorias e contribuir<br />

para a formação <strong>de</strong> novas organizações. Métodos: Estudo transversal <strong>de</strong>scritivo, realizado através <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> questionário semi-estruturado<br />

aos coor<strong>de</strong>nadores docentes abordando temas como ativida<strong>de</strong>s realizadas, estrutura organizacional e integração da liga aos sistemas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Participaram da pesquisa ligas inscritas em uma das três faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina existentes no Amazonas. Resultados: Foram avaliadas<br />

15 ligas acadêmicas, que juntas possuem a participação <strong>de</strong> 352 acadêmicos da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Universida<strong>de</strong> do<br />

Estado Amazonas ou Centro Universitário Nilton Lins. Verificou-se que 94% das ligas têm como meio <strong>de</strong> ingresso único ou integrante a realização<br />

<strong>de</strong> prova, 67% possuem como pré-requisito estar cursando ou ter cursado <strong>de</strong>terminada disciplina. Quanto à integração, 87% das ligas<br />

146 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

147 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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são abertas às três faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina, mas apenas 13% são abertas a outros cursos, o que <strong>de</strong>monstra uma falta <strong>de</strong> interdisciplinarida<strong>de</strong><br />

na área da saú<strong>de</strong>. No aspecto integração aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> 87% possuem práticas em hospitais, dos quais apenas um não é no Sistema<br />

Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, 80% possuem prática a nível ambulatorial, 67% atuam na atenção primária ou medicina preventiva e 40% possuem a participação<br />

<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes. Apenas 40% possuem publicações no último ano. Conclusão: As ligas acadêmicas no Amazonas propiciam em sua maioria<br />

aos acadêmicos uma integração não apenas ao SUS e serviços especializados, como também entre os ligantes das diferentes faculda<strong>de</strong>s,<br />

corroborando as ligas como meio <strong>de</strong> aprendizagem no contexto da educação médica. Contudo, verificou-se que elas necessitam implementar<br />

maior interdisciplinarida<strong>de</strong> e produção científica.<br />

Grupos Balint-paidéia na Educação Permanente <strong>de</strong> Profissionais da Atenção Básica<br />

Pereira Júnior, N 148<br />

Campos, GWS 148<br />

Introdução: AAtenção Básica à Saú<strong>de</strong> é consi<strong>de</strong>rada eixo estruturante das políticas públicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Entretanto, os profissionais<br />

não são a<strong>de</strong>quadamente formados para esta realida<strong>de</strong>. Experiências nacionais e internacionais disputam a hegemonia do mo<strong>de</strong>lo<br />

biomédico, curativo-individual e hospitalocêntrico <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Dentre essas alternativas propõe-se a metodologia<br />

<strong>de</strong> Grupos Balint-Paidéia. Objetivos: Formação <strong>de</strong> trabalhadores e gestores da ABS para exercerem nova prática clínica e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

coletiva ampliada e compartilhada entre os trabalhadores e com os usuários. Desenvolver capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação, planejamento<br />

e avaliação, <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> co-gestão. Método: Desenvolvimento <strong>de</strong> curso <strong>de</strong> extensão no CS Jardim Aeroporto, do município<br />

<strong>de</strong> Campinas/SP, oferecido pelo Departamento <strong>de</strong> Medicina Preventiva e Social da FCM/UNICAMP utilizando-se a metodologia Balint-Paidéia.<br />

Definiu-se como participantes os profissionais da unida<strong>de</strong> que se interessassem pela oferta. São eleitos temas clínico-institucionais,<br />

com apresentação <strong>de</strong> diagnósticos situacionais por grupos-tarefa, discussão <strong>de</strong> textos, ofertas teóricas feitas pelos apoiadores<br />

dos grupos e levantamento <strong>de</strong> propostas e encaminhamentos. Resultado: A formação <strong>de</strong> grupos heterogêneos ampliou a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> análise dos temas abordados e possibilitou a construção <strong>de</strong> estratégias mais efetivas para a resolução dos problemas. Porém notamos<br />

intervenções mais constantes dos profissionais universitários em <strong>de</strong>trimento dos profissionais não-universitários. Evi<strong>de</strong>nciou-se a postura<br />

passiva dos trabalhadores-alunos, mesmo utilizando-se metodologia ativa <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Este comportamento <strong>de</strong>corre,<br />

entre outros fatores, da formação vertical e centrada no docente na maioria das instituições <strong>de</strong> ensino do país. Conclusões: Torna-se<br />

necessário e indispensável a priorização <strong>de</strong> política <strong>de</strong> educação permanente para os trabalhadores em saú<strong>de</strong>. Entretanto as metodologias<br />

tradicionais <strong>de</strong> ensino-aprendizagem apenas reforçam o mo<strong>de</strong>lo hegemônico <strong>de</strong> clínica e saú<strong>de</strong> coletiva. A qualificação das equipes<br />

multidisciplinares passa por estratégias que valorizem a prática cotidiana, estimule ações interdisciplinares e aumente a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise e intervenção na realida<strong>de</strong>.<br />

Plantão Acadêmico Supervisionado em Pronto Socorro <strong>de</strong> Hospital Universitário: uma<br />

Proximida<strong>de</strong> Real com a Prática Médica<br />

Dias, JCY149 Tarasiewich, MJ149 Muraguchi, EMO149 Zaneti, MM149 Angelis, AM149 Ribeiro, CS149 Introdução: O curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina (UEL) tem proposta pedagógica <strong>de</strong> inserção precoce<br />

dos estudantes com os pacientes, e os estágios <strong>de</strong> pronto socorro são importante cenário <strong>de</strong> aprendizado, mas só ocorriam durante o internato<br />

médico. As avaliações do curso apontavam pouca integração do internato médico com as primeiras séries. Objetivo: <strong>de</strong>screver<br />

a experiência <strong>de</strong> estágios voluntários para os estudantes da 2ª. à 5ª. série nos setores vinculados ao pronto socorro cirúrgico do Hospital<br />

Universitário. Métodos: Os estudantes vinculados à Liga do Trauma <strong>de</strong> Londrina e à Liga Acadêmica <strong>de</strong> Clínica Cirúrgica realizaram<br />

curso preparatório, com 12 horas, teórico-prático, com docentes do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> cirurgia, os quais ministraram palestras com te-<br />

148Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas. Departamento <strong>de</strong> Medicina Preventiva e Social, Campinas, SP, Brasil.<br />

149Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

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mas compatíveis com o que os alunos encontrariam na rotina do pronto socorro. Após o curso, os estudantes passaram a realizar plantões<br />

<strong>de</strong> 12 horas, sendo nos dias <strong>de</strong> semana apenas noturnos, conforme escala pré-<strong>de</strong>terminada. Os estudantes realizam procedimentos<br />

compatíveis com cada série, como anamnese, exame físico, realização <strong>de</strong> curativos e suturas em feridas, além <strong>de</strong> assistirem às cirurgias.<br />

As ativida<strong>de</strong>s são acompanhadas e supervisionadas pelos médicos resi<strong>de</strong>ntes em cirurgia geral e especialida<strong>de</strong>s, assim como pelos médicos<br />

plantonistas. Asupervisão direta pelo resi<strong>de</strong>nte permite ao mesmo expor seus conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s médicas, e também o<br />

iniciam na arte hipocrática <strong>de</strong> orientar e ensinar. Resultado: Aexperiência expõe os acadêmicos a situações reais e diárias da prática clínica<br />

e tem importância única na complementação da formação teórica, prática, ética e moral. O estágio também aumenta a integração<br />

das primeiras séries com o internato médico, estimula a aquisição <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s profissionais, auxiliando, assim, em sua formação<br />

médica. Os pacientes atendidos futuramente pelos estudantes que fizeram estes estágios antes do internato com certeza terão sua<br />

assistência melhorada, referenciando ainda mais a instituição <strong>de</strong> ensino e o serviço hospitalar.<br />

PERCEPÇÃO DOS PACIENTES DO PSF DO MUNICIPIO DE JOÃO PESSOA<br />

SOBRE INSERÇÃO DOS GRADUANDOS DE MEDICINA DA FACULDADE DE<br />

CIENCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA NO ATENDIMENTO AO USUÁRIO<br />

Lucena, PAF150 Sassi, A150 Rodrigues, RBE150 Oliveira, PC150 Cardoso, TN150 Ronfi, SR150 Introdução: As novas diretrizes curriculares proposta pelo Ministério <strong>de</strong> Educação e Cultura (MEC), orienta para que tenhamos uma<br />

maior integração entre ensino e serviço.Essa inserção precoce induz mudanças nos profissionais que fazem a atenção primaria, refletindo assim<br />

no atendimento ao usuário. Objetivo: Avaliar o impacto da inserção dos graduandos em medicina nas ativida<strong>de</strong>s do Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

da Família (PSF), sob a visão dos pacientes. Material e método: Foi aplicado, com os usuários <strong>de</strong> 4 unida<strong>de</strong>s do PSF no município <strong>de</strong> João Pessoa,<br />

um questionário qualitativo e quantitativo, composto <strong>de</strong> cinco perguntas objetivas e uma subjetiva, para avaliar a percepção dos pacientes<br />

das unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a respeito da participação <strong>de</strong> graduandos em medicina. Resultados: Do pequeno grupo amostral, cem por<br />

cento (10) dos pacientes acham importante a participação do alunado no PSF, acham positivo o atendimento em conjunto com os profissionais<br />

e relatam que gostariam <strong>de</strong> ser novamente atendidos pelo binômio estudante – profissional. Constamos, ainda, que todos os entrevistados<br />

sentem-se incomodados quando da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expor sua intimida<strong>de</strong>. Entretanto, os mesmos afirmam que a presença dos estudantes<br />

não atrapalham o andamento dos serviços. Conforme po<strong>de</strong>mos observar no relado <strong>de</strong> um <strong>de</strong>les ao dizer: “Acho melhor, pois o atendimento é<br />

mais <strong>de</strong>talhado com a presença do estudante”. Conclusão: Apresença do estudante mostrou-se positiva, uma vez que o atendimento acadêmico<br />

é mais completo. No qual o paciente tem a sensação <strong>de</strong> maior cuidado, além <strong>de</strong> contribuir para a formação <strong>de</strong> um profissional seguro,<br />

conhecedor <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong> e, consequentemente, capaz <strong>de</strong> promover mudanças. Trata-se <strong>de</strong> um projeto piloto <strong>de</strong> pequena amostragem e<br />

com perspectiva <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> a fim do aumento da amostra e posterior avaliação do real impacto causado com a presença do estudante<br />

na Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, segundo a ótica do paciente.<br />

150 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

360<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A Estruturação do Centro <strong>de</strong> Ensino e Pesquisa em Atenção Básica à Saú<strong>de</strong> (CEPABS)<br />

como Ferramenta Formadora para o Aluno da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Valença<br />

Silva, MAM 151<br />

Lima, LS 151<br />

Leite, GR 151<br />

Falani, KS 151<br />

Rocha, NS 151<br />

Introdução: A proposta contemporânea <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> um novo paradigma que reconfigurasse a área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, reorganizando<br />

sua prática no contexto dos problemas da socieda<strong>de</strong>, levou o Estado, em parceria com as Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior, a tomarem iniciativas<br />

que privilegiassem o usuário do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, tornando-o o protagonista das ações, e melhorasse a formação acadêmica, ancorando<br />

as políticas públicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e educacionais. Objetivos: Descrever o momento histórico da estruturação do CEPABS – Centro <strong>de</strong> Ensino e<br />

Pesquisa em Atenção Básica à Saú<strong>de</strong>, no contexto <strong>de</strong> formação do aluno do curso <strong>de</strong> Medicina da Fundação Dom André Arcover<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stacando<br />

sua contribuição para uma formação discente articulada com os cenários do SUS, on<strong>de</strong> esta irá orientar e <strong>de</strong>linear seu processo <strong>de</strong><br />

aprendizagem. Metodologia: Utilizou-se um relato <strong>de</strong> experiência para <strong>de</strong>monstrar a estratégia encontrada pela Fundação Dom André<br />

Arcover<strong>de</strong>, por um lado para qualificar a Atenção Básica à Saú<strong>de</strong> municipal, proporcionando aos recursos humanos inseridos na Estratégia<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família, treinamento e capacitação para o melhor <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, qualificando assim, o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e as<br />

políticas que o sustentam; e por outro, para melhorar a formação do aluno do curso <strong>de</strong> Medicina inserido nos estágios supervisionados extramurais.<br />

Resultados: O papel integrador entre a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Valença e a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, assumido pelo<br />

CEPABS, proporcionou uma melhor orientação da formação discente, melhor qualida<strong>de</strong> das ações <strong>de</strong> preceptoria acadêmica no âmbito da<br />

Atenção Básica à Saú<strong>de</strong>, e contribuiu para a formação do profissional do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> local, por meio <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong> educação continuada.<br />

Conclusão: Concluiu-se ser necessário mediar a integração ensino/serviço para qualificar a relação estabelecida, aten<strong>de</strong>ndo às necessida<strong>de</strong>s<br />

do aprendizado discente, sem contudo, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar as <strong>de</strong>mandas dos serviços públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Trabalhando com o Tema Saú<strong>de</strong> Bucal na Infância para a Realização <strong>de</strong> Visitas<br />

Domiciliares no Parque Marajoara, em Botucatu, SP<br />

Pires, EK152 Freitas, DF152 Suzuki, CMP152 Molan, DC152 Ferreira, ER152 Reis, EP152 Introdução: Com o intuíto <strong>de</strong> aumentar a esfera <strong>de</strong> influência da disciplina IUSC sob a saú<strong>de</strong> da criança, <strong>de</strong>cidiu-se abordar o<br />

tema Saú<strong>de</strong> Bucal na Infância. Métodos: Inicialmente foram ministradas aulas preparatórias para os alunos <strong>de</strong> medicina por profissionais<br />

da área, <strong>de</strong>ntistas e orto<strong>de</strong>ntistas, para que fossem adiquiridos tanto o conhecimento do tema abordado, quanto a linguagem necessária<br />

para atingir a comunida<strong>de</strong> visitada. Posteriormente foi entregue aos alunos materiais como escovas <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte para recém nascidos<br />

e gases. Preparados para as visitas, cada dupla se dirigiu a sua casa, e iniciou-se o trabalho <strong>de</strong> ensinamento às mães em relação à saú<strong>de</strong><br />

bucal <strong>de</strong> seus filhos. Medidas para a prevenção <strong>de</strong> cáries, assim como os malefícios do uso <strong>de</strong> chupeta e do <strong>de</strong>do na boca, foram assuntos<br />

recorrentes nas diversas casas acompanhadas. Resultados: O assunto foi bem apreciado pelas famílias, que se mostraram interessadas<br />

e dispostas a implantar as técnicas aprendidas. O presente da escova <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte foi um gesto <strong>de</strong> carinho que aumentou o contentamento<br />

das mães. Conclusão: Foi um trabalho educativo e prazeroso, que trouxe satisfação tanto aos alunos, por estarem lidando com<br />

um assunto interdisciplinar,diferente e prático, quanto para as famílias, que se mostraram interessadas e satisfeitas.<br />

151 Centro <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>de</strong> Valença. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Valença, Valença, RJ, Brasil.<br />

152 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Implementação da Liga Acadêmica <strong>de</strong> Estudos da Saú<strong>de</strong> da Família (LAESF)<br />

Alves Filho, HL 153<br />

Inagaki, PM 153<br />

Gastaud, ALGS 153<br />

UTIDA, ST 153<br />

BÓSIO, MAC 153<br />

LUFT, JL 153<br />

Introdução: A LAESF foi criada por acadêmicos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Mato Grosso do Sul<br />

(UFMS) para aperfeiçoamento <strong>de</strong> conhecimentos e prática em relação à Saú<strong>de</strong> da Família, estratégia prioritária da Atenção Básica do<br />

Ministério da Saú<strong>de</strong> e das novas diretrizes curriculares do Ministério da Educação. A coor<strong>de</strong>nação tem representação acadêmica e do<br />

Departamento <strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong> Alimentos e Saú<strong>de</strong> Pública. Objetivos: Proporcionar vivências teórico-práticas principalmente, <strong>de</strong><br />

promoção e prevenção em saú<strong>de</strong>, contribuindo ainda para qualificação das ativida<strong>de</strong>s e educação continuada na Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>(UBS),parceira<strong>de</strong>projetos.Métodos:<br />

na orientação <strong>de</strong> elaboração dos trabalhos. Inicialmente ocorreu seleção dos 20 integrantes e<br />

proposta à equipe da UBS, resultando em convênio com a Secretária <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do município <strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong>. Ocorrem semanalmente<br />

seminários, somente com alunos, para aprofundamento <strong>de</strong> temas relevantes a Saú<strong>de</strong> da Família e avaliação do trabalho. Desenvolvem-se<br />

Projetos <strong>de</strong> Extensão <strong>de</strong> “Capacitação <strong>de</strong> Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>” e <strong>de</strong> “Construção do Perfil Epi<strong>de</strong>miológico <strong>de</strong> Crianças<br />

<strong>de</strong> Baixo Peso”. Resultados: Verifica-se, nos encontros quinzenais, alcance <strong>de</strong> objetivos relacionados à educação continuada, com<br />

reflexões teóricas sobre temática construída com agentes comunitários, dificulda<strong>de</strong>s da prática e alternativas para resolvê-las. Na ação<br />

com crianças <strong>de</strong> baixo peso encontram-se mais limites, pois se trabalha com “famílias <strong>de</strong> risco”. A LAESF tem uma restrição quanto ao<br />

ritmo <strong>de</strong> trabalho, uma vez que se configura como ativida<strong>de</strong> extracurricular e tem que ocorrer sem trazer prejuízos a ações da UBS. Conclusão:<br />

Constata-se que a LAESF atinge seus objetivos, pois oportuniza aos alunos vivenciarem diretrizes curriculares, para formação<br />

<strong>de</strong> médico generalista, humanista, com uma visão crítica e reflexiva na área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública. Sendo reconhecida pela <strong>Associação</strong> Sul<br />

Matogrossense <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Família, representa, ainda, a possibilida<strong>de</strong> da Universida<strong>de</strong> Pública contribuir na qualificação das<br />

políticas públicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e na saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong> atingida.<br />

Higiene Corporal e Saú<strong>de</strong> Bucal: Relato <strong>de</strong> Experiência <strong>de</strong> Oficinas em Escola Pública<br />

Cabero, FV 154<br />

Miziara DOB 154<br />

Belo, FM 154<br />

Mesquita, JN 154<br />

Batista, SRR 154<br />

Introdução: Abordar o tema “Higiene Corporal e Saú<strong>de</strong> Bucal” com alunos do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental da Escola<br />

Estadual Dom Fernando II, em Goiânia-GO, foi um projeto <strong>de</strong>senvolvido na disciplina Introdução à Saú<strong>de</strong> Coletiva da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina (FM) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás (UFG). Aescolha <strong>de</strong> tal tema surgiu após Estimativa Rápida Participativa do Distrito<br />

Sanitário Leste realizada pelos acadêmicos do 1º ano da FM/UFG através da qual se percebeu a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> educar as crianças sobre<br />

cuidados básicos com a saú<strong>de</strong> pessoal <strong>de</strong> maneira a contribuir com a promoção da saú<strong>de</strong>. Notou-se ainda que a falta <strong>de</strong> orientação dos<br />

pais, visto que passam o dia todo trabalhando, era suprimida com o direcionamento correto sobre tais assuntos pela escola. Objetivos:<br />

Relatar a experiência dos acadêmicos da UFG ao ministrarem oficinas para alunos do 1º ao 4º ano na Escola Municipal Dom Fernando II<br />

sobre“HigienecorporaleSaú<strong>de</strong>Bucal”.Métodos: No projeto foram elaboradas oficinas com explicações, <strong>de</strong>monstrações e brinca<strong>de</strong>iras<br />

(adaptadas <strong>de</strong> acordo com a faixa etária), com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar atenção e interesse dos alunos. Para isso, cartazes ilustrativos,<br />

mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes e escova <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte, ví<strong>de</strong>os <strong>de</strong> animações <strong>de</strong> curta duração, jogo da memória e outras ativida<strong>de</strong>s lúdicas foram utilizados.<br />

Resultados: As ativida<strong>de</strong>s conseguiram chamar a atenção das crianças que participaram voluntariamente das dinâmicas. As<br />

oficinas duraram em média 30min em cada série. Percebeu-se que, <strong>de</strong> forma geral, as crianças apresentam noção básica dos cuidados<br />

153 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Mato Grosso do Sul, Campo Gran<strong>de</strong>, MS, Brasil.<br />

154 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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que se <strong>de</strong>vem ter com o corpo, entretanto, aspectos ligados à saú<strong>de</strong> bucal mereceram maior atenção. Conclusão: Conclui-se que a<br />

atuação dos acadêmicos junto à comunida<strong>de</strong> alcançou o objetivo <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a necessida<strong>de</strong> da mesma e trouxe experiência <strong>de</strong> vivência<br />

com a realida<strong>de</strong> social existente, além do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong>. Estratégias junto aos pais são necessárias.<br />

A Integração Ensino – Serviço Evi<strong>de</strong>nciada pela Vivência Curricular: Benefícios para<br />

Estudantes e Profissionais do Serviço<br />

Carvalho, LL155 Fernan<strong>de</strong>s, MGB155 Machado, PRM155 Silva, VM155 Oliveira, JS155 Pinheiro, WN155 Introdução: O processo <strong>de</strong> ensino através da integração ensino-serviço vem se consolidando diante das transformações pelas<br />

quais passa o processo <strong>de</strong> formação dos profissionais da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Nesse contexto, o Módulo Horizontal A(MHA) do curso <strong>de</strong> Medicina<br />

torna-se um espaço em que o estudante <strong>de</strong> Medicina se <strong>de</strong>fronta com a realida<strong>de</strong> social e a vê como um elemento motivador para<br />

a construção do seu próprio conhecimento. Objetivos: Dissertar acerca da experiência <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina no MHA durante o<br />

quinto período do curso, quando foram inseridos em uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USF), partilhando do cenário dos profissionaisquecompõemaEquipe<strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>(ESF)<br />

para a construção <strong>de</strong> novos saberes. Métodos: O estudante possuiu como eixo norteador <strong>de</strong>mandas<br />

em saú<strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciadas como <strong>de</strong> alta prevalência na Atenção Primária (pré-natal <strong>de</strong> baixo risco, puericultura, hipertensão e diabetes)<br />

abordando usuários, <strong>de</strong>senvolvendo ações coletivas e participando da gestão. Resultados: As ações <strong>de</strong>senvolvidas foram motivadas<br />

pela problematização da realida<strong>de</strong> vivenciada. Os profissionais contribuíam com suas percepções e inseriam o estudante na dinâmica<br />

do processo <strong>de</strong> trabalho da USF, permitindo que ele próprio constate a realida<strong>de</strong> das práticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, reconstrua seus conhecimentos<br />

mobilizando recursos afetivos, cognitivos e psicomotores e, principalmente, interfira na realida<strong>de</strong>, uma vez que este é o objetivo<br />

primordial a que <strong>de</strong>ve se prestar a construção <strong>de</strong> um saber. Os estudantes também colaboram com a ESF evi<strong>de</strong>nciando pontos <strong>de</strong> conflito<br />

no serviço e, através do trabalho em conjunto, buscando alternativas que amenizem os mesmos. Conclusão: A interação<br />

ensino-serviço constitui-se em uma excelente ferramenta para problematização da realida<strong>de</strong>, permitindo a (re)construção <strong>de</strong> saberes<br />

pela experiência compartilhada entre estudantes e profissionais do serviço.<br />

Estreitando os Vínculos entre Ensino-Serviço, Realização <strong>de</strong> Trabalho em um Hospital<br />

Escola Psiquiátrico<br />

Oliveira, HMNS156 Barros,GM156 Vilar, IG156 Melo, HEO156 Rocha, MAA156 Sales, MLH156 Introdução: Inaugurado em 1956, o Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR) oferece assistência médica, psiquiátrica e psicossocial<br />

a portadores <strong>de</strong> transtornos mentais. É uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> validação do SUS, administrada pela Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências<br />

da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas (UNCISAL).Tem credibilida<strong>de</strong> local e nacional, graças ao pioneirismo no tratamento dos portadores <strong>de</strong> transtornos<br />

mentais, evitando a segregação e permitindo um retorno mais rápido à vida em família e em socieda<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> estimulo ao<br />

convívio social. Objetivo: Caracterizar a morbida<strong>de</strong> hospitalar por Transtorno Mental e Comportamental do HEPR como integração<br />

acadêmica aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Métodos: O estudo foi sugerido pelo Módulo: Médico, indivíduo e Comunida<strong>de</strong>, disciplina da<br />

155 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

156 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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UNCISAL, tendo como proposta maior vínculo entre o ensino-serviço, permitindo aos alunos uma visão epi<strong>de</strong>miológica das instituições<br />

atuantes no SUS em Alagoas. Foi realizado a partir dos dados secundários da Autorização <strong>de</strong> Internação Hospitalar dos pacientes<br />

internados entre 01 <strong>de</strong> janeiro à 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008 no HEPR. Resultados: No período <strong>de</strong> estudo foram realizados 2.044 internamentos<br />

por Transtorno Mental e Comportamental no referido hospital. Predominou o Transtorno Mental e Comportamental: esquizofrenia,<br />

transtornos esquizotípicos e <strong>de</strong>lirantes, sendo responsável por 45,3% das internações totais. Há um predomínio <strong>de</strong> internações<br />

do sexo masculino, 67,42% contra 32,58% do sexo feminino. Entre as mulheres, a esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e <strong>de</strong>lirantes<br />

foram responsáveis por 61,87% dos internamentos e os transtornos <strong>de</strong> humor, segunda maior causa, por 16,52% das internações. Os<br />

transtornos mentais e <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong>correntes do uso <strong>de</strong> substâncias psicoativas foram responsáveis por 50,87% <strong>de</strong> internamentos<br />

entre os homens. Dos internamentos registrados, 63,38% eram proce<strong>de</strong>ntes da capital Maceió, e os outros 36,62% proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

cida<strong>de</strong>s do interior, outros estados ou <strong>de</strong> procedência não registrada. Conclusão: O trabalho <strong>de</strong>senvolvido permitiu caracterizar as<br />

internações ocorridas no HEPR e perceber a importância da utilização da epi<strong>de</strong>miologia pelos serviços do SUS.<br />

Medicina Centrada na Pessoa (MCP). Praticamos o que Imaginamos?<br />

Faria, RMD 157<br />

MOURA, AS 158<br />

ÁVILA, A 159<br />

SILVA, AM 159<br />

SILVA, CAS 159<br />

ARANTES, EC 159<br />

Introdução: O ensino médico ambulatorial ocupa no mínimo um terço do cenário <strong>de</strong> aprendizagem no curso médico. Aqui, o<br />

educador e o estudante têm oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se relacionarem com um paciente autônomo, por isso, ambiente privilegiado para exercício<br />

e aprendizagem da MCP, composta <strong>de</strong> quatro dimensões: I. Paciente como pessoa; II. Compartilhamento <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s; III.<br />

Aliança terapêutica e IV. Médico como pessoa. Qual é o exemplo <strong>de</strong> profissional médico que tem sido dado aos estudantes <strong>de</strong> medicina?<br />

Que habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s são necessárias ao docente para conduzir o ensino médico centrado na pessoa? Objetivo: Verificar o mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> atendimento clínico realizado no cenário ambulatorial. Metodologia: 1 A<strong>de</strong>quação do questionário sobre MCP (Campbell, 2007); 2<br />

Treinamento dos aplicadores; 3 Aplicação pareada do questionário a educadores médicos, estudantes <strong>de</strong> medicina e pacientes do cenário<br />

ambulatorial; 4 Análise dos resultados; 5 Apresentação e discussão dos resultados com os educadores médicos. Resultados e Discussão:<br />

Os questionários contendo 20 questões foram aplicados a 22 educadores médicos, 26 estudantes <strong>de</strong> medicina supervisionados por<br />

esses educadores e 25 pacientes. Analisando as respostas dos pacientes em relação às dos estudantes, houve discordância em 15 questões,<br />

sendo a diferença igual ou superior a 20% em 11 questões. Essa discordância em relação aos médicos, também aconteceu, só que<br />

com diferença igual ou superior a 20% somente em quatro questões. Não foi percebida a mesma discordância quando comparadas as<br />

respostas dos estudantes e educadores. Conclusões: Observa-se que a percepção e os sentimentos do paciente em relação ao atendimento<br />

recebido po<strong>de</strong> ser muito diferente das percepções e sentimentos, do médico e do estudante, relativos ao atendimento prestado. O<br />

papel do educador como mo<strong>de</strong>lo para o estudante, esboçado pela alta concordância entre as respostas <strong>de</strong>ssas duas categorias e que parece<br />

ser in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das discordâncias dos pacientes sobre o atendimento recebido, merece ser estudado.<br />

157Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano. Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

158Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

159Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

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A Importância do Prontuário Médico e da Referência e Contra-Referência na Assistência à<br />

Saú<strong>de</strong> – Ações Educativas Junto à Equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Cais-mangabeira Realizadas no<br />

Módulo Horizontal a do Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba (UFPB)<br />

Fernan<strong>de</strong>s, ACV 160<br />

Lima, FOF 160<br />

Moreira, PAA 160<br />

Pereira, LA 160<br />

Derks, YM 160<br />

Pinheiro, WN 160<br />

Introdução: Uma das modificações adotadas pelo novo projeto político-pedagógico do curso <strong>de</strong> medicina da UFPB refere-se à inserção<br />

do estudante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro período na problematização do processo <strong>de</strong> trabalho das ESF, através da implantação dos MHA´s que durante<br />

o 3º período tem como cenário <strong>de</strong> prática policlínicas, hospitais, serviços especializados e órgãos gestores e <strong>de</strong> controle social, objetivando<br />

conhecer os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção secundária e terciária, i<strong>de</strong>ntificando suas características, ações <strong>de</strong>senvolvidas, mecanismos <strong>de</strong><br />

referência e contra-referência e <strong>de</strong> regulação do sistema. A fim <strong>de</strong> cumprir tais objetivos os estudantes <strong>de</strong> medicina da UFPB do período em<br />

questão foram inseridos no Centro <strong>de</strong> Atenção Integrada à Saú<strong>de</strong> (CAIS) <strong>de</strong> Mangabeira, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> João Pessoa-PB. Objetivos: Descrever<br />

e refletir sobre a proposta <strong>de</strong> intervenção elaborada pelos estudantes para aprimoramento <strong>de</strong> déficits i<strong>de</strong>ntificados no serviço em questão.<br />

Métodos: Método <strong>de</strong>scritivo-analítico <strong>de</strong> uma prática educativa. Resultados: Ao serem inseridos no CAIS-Mangabeira, no ano <strong>de</strong> 2008, os<br />

estudantes do MHA-3 focaram suas ativida<strong>de</strong>s na construção do fluxograma do serviço, partindo <strong>de</strong> informações provenientes <strong>de</strong> entrevistas<br />

com pacientes e profissionais, além da análise dos prontuários. Durante esse processo, observaram-se <strong>de</strong>ficiências quanto ao preenchimento<br />

dos prontuários e utilização da referência e contra-referência. Tendo em vista a importância <strong>de</strong> tais instrumentos, os discentes elaboraram<br />

uma proposta <strong>de</strong> intervenção a fim <strong>de</strong> conscientizar a equipe profissional, baseada na realização <strong>de</strong> uma oficina entre a direção e os funcionários<br />

do CAIS-Mangabeira e na construção <strong>de</strong> material educativo, contendo as principais informações sobre o tema. Conclusão: Adidática<br />

implementada possibilitou o direcionamento do olhar dos estudantes para a dinâmica, a responsabilida<strong>de</strong> profissional e a organização necessárias<br />

para um eficaz funcionamento <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, além da importância da referência e contra-referência e do prontuário como<br />

facilitadores do trabalho em equipe e garantia da integralida<strong>de</strong> do paciente.<br />

Saú<strong>de</strong> Coletiva: uma Contribuição na Formação Médica<br />

Mendonca, kG 161<br />

Costa, FAN 161<br />

Vieira, AC 162<br />

Sales, LH 162<br />

Introdução: Os conceitos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> doença são analisados em sua evolução histórica e em seu relacionamento com o contexto<br />

cultural, social, político e econômico, evi<strong>de</strong>nciando a evolução das idéias nessa área da experiência humana. Anova formação acadêmica,<br />

prevista pela Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases da Educação Nacional e iniciada na faculda<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong> Alagoas, atua para preparar profissionais<br />

a partir das necessida<strong>de</strong>s locais e das dificulda<strong>de</strong>s do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Objetivo: Proporcionar uma vivência na área<br />

da saú<strong>de</strong> coletiva em suas diversas atuações, integrando o estudante na comunida<strong>de</strong>. Materiais e métodos: AtravésdomóduloMédico<br />

Indivíduo Comunida<strong>de</strong> II (MIC II) - uma disciplina transversal que engloba epi<strong>de</strong>miologia, saú<strong>de</strong> coletiva, processo saú<strong>de</strong>-doença –<br />

houve um incentivo no aprimoramento da análise crítica em saú<strong>de</strong> coletiva a partir <strong>de</strong> construções <strong>de</strong> boletins epi<strong>de</strong>miológicos, além<br />

<strong>de</strong> trabalhos escritos e orais em gestão e planejamentos da saú<strong>de</strong>. Resultados: Observou-se um <strong>de</strong>scompasso entre a formação do aluno<br />

e a necessida<strong>de</strong> dos serviços, transferindo ao setor saú<strong>de</strong> a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> favorecer as condições <strong>de</strong> capacitações as mais diversas<br />

no próprio serviço, para complementar as lacunas da formação acadêmica dos profissionais. Sendo assim, uma nova visão e uma nova<br />

160Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

161Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

162Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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metodologia <strong>de</strong> ensino para preparar os alunos em um saber-fazer reflexivo, crítico, o suficiente para compreen<strong>de</strong>r e atuar no seu contexto<br />

social. Conclusão: A reflexão sobre a humanização e interdisciplinarieda<strong>de</strong> mostram a importância na graduação do aluno em<br />

participar <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo e pesquisa, cujas situações encontradas estimulam o potencial criador e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo o coloca diante<br />

<strong>de</strong> fatos que exijam o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências e habilida<strong>de</strong>s para resolvê-los.<br />

Inserção do Internato em Pediatria em Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pronto Atendimento da Re<strong>de</strong> Básica De<br />

Saú<strong>de</strong> do Município <strong>de</strong> Caxias do Sul<br />

Silva, ER 163<br />

Claus, SM 163<br />

Introdução: O Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caxias do Sul (UCS) está implementando seu novo currículo. Novos cenários<br />

<strong>de</strong> ensino estão colocando <strong>de</strong>safios ao atores envolvidos. Objetivos: Descrever uma experiência nova <strong>de</strong> internato em pediatria.<br />

Métodos: Implementação <strong>de</strong> estágio em unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pronto atendimento da Re<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caxias do Sul. O estágio dura 3 semanas<br />

e os alunos acompanham as ativida<strong>de</strong>s dos médicos contratados do Município. Ao fim do turno, um docente da pediatria revisa<br />

os casos e realiza discussão <strong>de</strong> temas <strong>de</strong> urgência e emergência, como parada cardio-respiratória (PCR), convulsões, acesso vascular,<br />

choque, entre outros. As conclusões <strong>de</strong>ste relato provêm <strong>de</strong> observações do docente e <strong>de</strong> avaliações abertas (não estruturadas), dos alunos.<br />

Resultados: O estágio foi implementado em julho <strong>de</strong> 2008, tendo sido cursado por 57 alunos. Os alunos manifestam satisfação em<br />

relação ao período em que o docente está presente, mas <strong>de</strong>scontentamento com o período em que passam com os contratados, alguns<br />

classificando este como “perda <strong>de</strong> tempo”. Foram utilizados ví<strong>de</strong>os com técnicas <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> acesso intra-ósseo, choque, PCR e falência<br />

respiratória, todos com elogios nas avaliações. Técnicas <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> acesso intra-ósseo usando coxas <strong>de</strong> galinhas também foram<br />

usadas para simular a dificulda<strong>de</strong> da técnica quando aplicada em crianças. Já os médicos contratados preocupavam-se em <strong>de</strong>ixar<br />

claro que “aqui a gente não é muito acadêmico”, o que foi repetido por vários profissionais diferentes. Conclusões: Os alunos preferem<br />

o acompanhamento constante <strong>de</strong> um docente, refletindo o <strong>de</strong>sconforto mútuo em acompanhar médicos contratados. Com o tempo estas<br />

<strong>de</strong>fesas têm sido abrandadas, com a participação crescente dos contratados nas ativida<strong>de</strong>s dos alunos. Enten<strong>de</strong>mos que esta<br />

inserção <strong>de</strong>ve ser gradual, respeitando os atores envolvidos (médico contratado, aluno e docente). No entanto, é necessário expor o<br />

aluno à realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma emergência pediátrica.<br />

Vivência Acadêmica Problematizadora em Promoção DA Saú<strong>de</strong> no Combate à Dengue<br />

Donadio, NR 164<br />

Ramos, JB 164<br />

Carvalho, GS 164<br />

Carvalho, IGM 164<br />

Godoy, GS 164<br />

Jesus, LDM 164<br />

Introdução: Aintegração ensino-comunida<strong>de</strong>-serviço, por meio do contato precoce do acadêmico com o processo saú<strong>de</strong>-doença,<br />

concorre para o conhecimento das priorida<strong>de</strong>s sociais, planejamento responsável e realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção e prevenção<br />

dos principais agravos da saú<strong>de</strong>. No Brasil, o aumento sazonal do número <strong>de</strong> caso <strong>de</strong> Dengue, a partir <strong>de</strong> 1986, causou mais <strong>de</strong><br />

3.000.000 casos confirmados da forma clássica e mais <strong>de</strong> 6.000 da hemorrágica, segundo dados do Ministério da Saú<strong>de</strong>. Em períodos<br />

epidêmicos, como o atual, essa integração faz-se necessária para o controle da doença. Objetivo: Relatar a experiência das acadêmicas<br />

<strong>de</strong> medicina da UCG na oficina problematizadora sobre <strong>de</strong>ngue realizada na comunida<strong>de</strong> escola. Métodos: O público alvo foi crianças<br />

<strong>de</strong>3a5anos<strong>de</strong>ida<strong>de</strong>,cadastradasnogrupoCrescimentoeDesenvolvimento(CD)daUnida<strong>de</strong><strong>de</strong>AtençãoBásicaSaú<strong>de</strong>daFamíliada<br />

Vila Mutirão, em Goiânia/GO. Foi realizado um teatro lúdico-científico, interativo, com acadêmicas atrizes, abordando conceitos, profilaxia,<br />

controle ambiental, sinais, sintomas, diagnóstico e tratamento da Dengue; além <strong>de</strong> uma oficina <strong>de</strong> participação ativa das crian-<br />

163 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, Brasil.<br />

164 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


ças nas práticas profiláticas da proliferação do mosquito Ae<strong>de</strong>s aegypty Houve a participação das Equipes da Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família,<br />

<strong>de</strong> responsáveis pelas crianças, <strong>de</strong> discentes e <strong>de</strong> alguns docentes da UCG. Resultados: O interesse e a atenção das crianças foram<br />

consi<strong>de</strong>rados resultados positivos. O conhecimento <strong>de</strong> condutas saudáveis e ecologicamente corretas possibilitou intervir na realida<strong>de</strong><br />

social daquela comunida<strong>de</strong> por meio <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s dos multiplicadores mirins em seus territórios moradia. As acadêmicas, ao <strong>de</strong>senvolver<br />

a oficina, obtiveram satisfação pessoal, vínculo social com o serviço, além da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exercício <strong>de</strong> suas habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

comunicação na relação médico-paciente. Conclusão: A integração promovida entre o corpo discente e a população, utilizando <strong>de</strong><br />

práticas pedagógicas ativas, possibilitou uma troca <strong>de</strong> saberes e experiências, validada positivamente por todos os envolvidos.<br />

Apren<strong>de</strong>ndo sobre Diagnóstico Gerencial e Planejamento Estratégico no Curso <strong>de</strong><br />

Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas<br />

Nunes, PP165 Rodrigues, WG165 Rodrigues, MMG165 Araújo, SA165 OLIVEIRA, MS165 CAVALCANTI, SMS165 Introdução: Aassistência à saú<strong>de</strong> da mulher no PSF visa controlar a morbi-mortalida<strong>de</strong> feminina e prestar atendimento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Para isso, é necessário que a Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> tenha um sistema gerencial a<strong>de</strong>quado. Alunos do 6º período do curso <strong>de</strong><br />

medicina da UFAL elaboraram um plano estratégico <strong>de</strong> ação baseado no estudo sobre gerência em saú<strong>de</strong> na UBS Denisson Menezes.<br />

Objetivos: Elaborar diagnóstico e plano estratégico <strong>de</strong> ação para intervenção nos serviços <strong>de</strong>stinados à saú<strong>de</strong> da mulher. Métodos: Pesquisa<br />

qualitativa, observante, entrevistas semi-estruturadas com profissionais, gerentes e usuários em visitas à UBS; proce<strong>de</strong>u-se análise<br />

<strong>de</strong> conteúdo das entrevistas e informações registradas produzindo-se o diagnóstico gerencial, base para a elaboração do plano <strong>de</strong><br />

ação estratégico utilizando o Método Altadir <strong>de</strong> Planificação Popular (MAPP). Resultados: A UBS abriga três equipes <strong>de</strong> PSF. A população<br />

feminina atendida, na faixa <strong>de</strong> 35 a 50 anos, é carente, vive em condições precárias, com baixo grau <strong>de</strong> instrução. Os serviços <strong>de</strong>stinados<br />

à saú<strong>de</strong> da mulher são: prevenção <strong>de</strong> câncer cérvico-uterino; pré-natal; planejamento familiar; controle <strong>de</strong> DSTs; grupos <strong>de</strong> palestras.<br />

Com o método MAPP, o principal agravo i<strong>de</strong>ntificado e priorizado foi a hipertensão arterial. Obteve-se a árvore explicativa do problema<br />

com as causas, <strong>de</strong>scritores, consequências. O nó crítico i<strong>de</strong>ntificado foi a falta <strong>de</strong> campanhas preventivas e educacionais. Para enfrentar,<br />

o objetivo é reduzir a incidência da doença através da realização <strong>de</strong> palestras, promoção <strong>de</strong> campanhas e capacitação profissional.<br />

O problema gerencial i<strong>de</strong>ntificado e priorizado foi a falta <strong>de</strong> manutenção dos equipamentos. Aárvore explicativa subsidiou a i<strong>de</strong>ntificação<br />

dos nós críticos e o objetivo geral é promover a<strong>de</strong>quada manutenção dos equipamentos <strong>de</strong>stinados aos usuários. Conclusões:<br />

O método MAPP, como instrumento para elaboração do planejamento da UBS, favorece o comprometimento da comunida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> suas<br />

li<strong>de</strong>ranças com a análise <strong>de</strong> seus problemas e a criação <strong>de</strong> soluções viáveis.<br />

Ativida<strong>de</strong>s Operacionalizadas no Estágio Supervisionado II na Clínica Cirúrgica –<br />

HC/UFG<br />

Ribeiro, JP 166<br />

PEIXOTO, MKAV 166<br />

RIBEIRO, LCM 166<br />

PALOS, MAP 166<br />

Introdução: O Hospital <strong>de</strong> Clínicas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás (HC/UFG) é um órgão suplementar da Universida<strong>de</strong> e a<br />

clínica cirúrgica é um setor do hospital, <strong>de</strong>stinado a aten<strong>de</strong>r os clientes do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) submetidos a tratamento cirúrgico.<br />

Tal assistência visa reintegrá-lo à socieda<strong>de</strong>, fundamentado no conhecimento técnico-científico <strong>de</strong>ssa equipe. Nesse contexto o<br />

165 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

166 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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Estágio Supervisionado II, surge na gra<strong>de</strong> curricular do 9º período do curso <strong>de</strong> Graduação em Enfermagem da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Enfermagem<br />

da UFG. Objetivo: Oportunizar aos acadêmicos <strong>de</strong> enfermagem um campo <strong>de</strong> prática promissor para a aprendizagem, <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e aperfeiçoamento <strong>de</strong> competências, habilida<strong>de</strong>s técnicas e gerenciais na área da saú<strong>de</strong>. Metodologia: O estágio supervisionado<br />

foi <strong>de</strong>senvolvido na clinica cirúrgica do HC/UFG, no período <strong>de</strong> 03/03/<strong>2009</strong> a 23/04/<strong>2009</strong>. Na primeira semana foi observada a realida<strong>de</strong><br />

serviço, em seguida elaborou-se um o planejamento das ativida<strong>de</strong>s e posteriormente as acadêmicas participaram <strong>de</strong> todas as<br />

ativida<strong>de</strong>s acordadas previamente com a gerente e <strong>de</strong>mais enfermeiros. Resultados: A vivência no campo <strong>de</strong> prática durante a realização<br />

do estágio <strong>de</strong>spertaram nossas atitu<strong>de</strong>s crítico-reflexivas para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões frente à equipe multidisciplinar em saú<strong>de</strong>, ao<br />

usuário e responsável/cuidador. Bem como, tivemos a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicar os conhecimentos teórico-práticos, adquiridos no <strong>de</strong>correr<br />

da graduação, em especial na disciplina <strong>de</strong> administração. Conclusões: Consi<strong>de</strong>ra-se que a realização do estágio supervisionado<br />

II na clínica cirúrgica do HC/UFG, foi <strong>de</strong> suma importância para a nossa formação profissional, constituindo uma base fundamental<br />

para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e competências do enfermeiro. A parceria da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Enfermagem com o HC/UFG,<br />

proporciona um momento singular na formação pessoal e profissional dos acadêmicos, uma vez que, o estágio supervisionado<br />

promove a troca <strong>de</strong> experiências no campo da prática. Esse processo facilita ao acadêmico <strong>de</strong>senvolver habilida<strong>de</strong>s e competências,<br />

para assumir suas atribuições no âmbito da assistência sob a ótica do SUS.<br />

Educação Popular, Práticas Humanizadas e A<strong>de</strong>são à Terapia: é Possível Conciliar tudo<br />

isso no Cuidado ao Hipertenso?<br />

D‘Agustini, N167 Donato, RC167 Teixeira, DB168 Biolo, H168 Men<strong>de</strong>s, NA168 Barelli, C167 Introdução: Na formação médica e no cuidado em saú<strong>de</strong> nem sempre os profissionais integram ao plano terapêutico o conhecimento<br />

popular e as condutas adotadas pelos usuários, como o uso <strong>de</strong> chás/plantas medicinais e práticas religiosas, especialmente se<br />

não houver evidências científicas. Porém, os usuários apresentam uma pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos e cuidados com o corpo, coadjuvantes<br />

às terapêuticas oficiais. Objetivo: Descrever a experiência da roda <strong>de</strong> conversa sobre plantas medicinais realizada pela comunida<strong>de</strong> da<br />

Vila Planaltina aos acadêmicos <strong>de</strong> medicina, com apoio da Equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família. Métodos: Aativida<strong>de</strong> ocorreu em março/<strong>2009</strong>,<br />

integrando o projeto didático “A<strong>de</strong>são ao tratamento da HAS”. A equipe da ESF Planaltina mobilizou li<strong>de</strong>ranças da comunida<strong>de</strong> que<br />

faziam uso <strong>de</strong> plantas medicinais e/ou benzeduras no tratamento da hipertensão para apresentá-las aos acadêmicos. Utilizou-se o método<br />

da roda, espaço dialógico <strong>de</strong> construção coletiva que valoriza o aprendizado colaborativo. Os registros foram realizados <strong>de</strong> forma<br />

escrita e digital. Resultados: Participaram 10 estudantes, 01 docente, 07 profissionais e 12 usuários. Os usuários elaboraram um cartaz<br />

com exemplares e indicações das plantas utilizadas na comunida<strong>de</strong>. Houve alguns conflitos entre as práticas religiosas relatadas <strong>de</strong>correntes<br />

das divergências entre os usuários. Na seqüência os estudantes pesquisaram evidências científicas sobre algumas plantas empregadas<br />

no tratamento da hipertensão e foi realizado o feedback para a equipe da ESF. Todos os participantes avaliaram a ativida<strong>de</strong> como<br />

satisfatória. Conclusões: Anecessária aproximação ensino-serviço-comunida<strong>de</strong> para formação médica ficou evi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>stacando a relevância<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> que consi<strong>de</strong>rem as representações culturais que os sujeitos<br />

apresentam sobre sua saú<strong>de</strong>. Uma escuta que consi<strong>de</strong>re o indivíduo na sua dimensão global, sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista a sua singularida<strong>de</strong>,<br />

contribui para a ampliação da co-responsabilida<strong>de</strong> dos indivíduos pela saú<strong>de</strong>, para o exercício da cidadania, e representa rica fonte <strong>de</strong><br />

conhecimento à formação acadêmica.<br />

167 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

168 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

368<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Avaliação <strong>de</strong> Hábitos <strong>de</strong> Proteção Solar entre Estudantes <strong>de</strong> Medicina na Paraíba<br />

Brito, LL 169<br />

Chacon, OH 170<br />

Gayoso, CW 169<br />

Introdução: A incidência do câncer da pele aumentou nas últimas três décadas, sendo a forma <strong>de</strong> câncer mais comum. Ampliou-se<br />

o conhecimento acerca <strong>de</strong> sua etiologia, i<strong>de</strong>ntificando-se a radiação ultravioleta como principal envolvida. Proteção solar a<strong>de</strong>quada<br />

é a principal forma <strong>de</strong> prevenir câncer <strong>de</strong> pele. Entretanto, estudos mostram que, apesar <strong>de</strong> possuir conhecimento, homens e mulheres<br />

ainda se expõem ina<strong>de</strong>quadamente ao sol. Objetivos: Avaliar hábitos <strong>de</strong> exposição e proteção solar dos estudantes <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba. Métodos: Utilizou-se abordagem metodológica indutiva, procedimento <strong>de</strong>scritivo e técnica <strong>de</strong> observação<br />

direta extensiva. Estudo aprovado pelo Comitê <strong>de</strong> Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wan<strong>de</strong>rley; amostra composta<br />

por 300 acadêmicos, escolhidos por conveniência. Aplicou-se questionário com 12 perguntas objetivas. A análise dos dados foi<br />

quantitativa. Resultados: Verificou-se 53,6% <strong>de</strong> homens e 46,3% <strong>de</strong> mulheres, com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 22,5 anos. 80,6% dos estudantes<br />

afirmaram passar até 2 horas expostos ao sol <strong>de</strong> segunda a sexta-feira, e 79% nos finais <strong>de</strong> semana. No verão, essa exposição ocorria entre<br />

10 e 15 horas para 69,6%. Não indicaram uso <strong>de</strong> protetor solar 66%; 68% não repunham a cada 2 horas; 85,3% não o usavam diariamente<br />

e 69,6% dispensavam seu uso durante a prática <strong>de</strong> esportes ao ar livre. O fator <strong>de</strong> proteção solar maior que 15 ocorria em 84,5%. A<br />

camiseta foi apontada por 39% como outro meio físico <strong>de</strong> foto proteção. Conclusões: Os hábitos <strong>de</strong> proteção solar dos estudantes avaliados<br />

são ina<strong>de</strong>quados, sendo excessiva a exposição à radiação solar, principalmente no verão, durante horários em que a radiação UV-B<br />

é mais intensa. Assim, os hábitos verificados aumentam o risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> pele no futuro. Ressalta-se a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reforço no ensino dos estudantes sobre os riscos à exposição solar e medidas <strong>de</strong> prevenção do câncer <strong>de</strong> pele.<br />

Perfil dos Pacientes Atendidos no Serviço <strong>de</strong> Genética Clínica do HUPAA/UFAL e a<br />

Contribuição das Ativida<strong>de</strong>s Práticas no Ensino da Genética Médica<br />

Holanda, DV171 Cavalvante Junior, EF171 Araujo, PA171 Porciuncula, CGG171 Introdução: AGenética Médica está presente no novo currículo <strong>de</strong> medicina da UFAL <strong>de</strong>ntro do 5º período, com uma carga horária<br />

<strong>de</strong> 54 horas. Tem como objetivos conhecer os fundamentos da genética médica através: 1 - da i<strong>de</strong>ntificação dos fatores <strong>de</strong> risco; 2 -<br />

do estudo da etiologia e da classificação dos principais distúrbios genéticos <strong>de</strong> relevância epi<strong>de</strong>miológica; 3 - do acompanhamento ambulatorial<br />

<strong>de</strong> pacientes. Para alcançar estes objetivos os alunos estão inseridos em aulas teóricas e em ativida<strong>de</strong>s práticas nos ambulatórios<br />

“Geral” e “Um Olhar Especial” do serviço <strong>de</strong> genética clínica (SGC) do HUPAA/UFAL. Objetivos: Formular o perfil dos pacientes<br />

atendidos nas ativida<strong>de</strong>s práticas e avaliar a colaboração <strong>de</strong>ste para o cumprimento das metas da disciplina. Métodos: Estudo retrospectivo<br />

dos casos atendidos no SGC, no período <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2008 a junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Os dados foram obtidos do formulário padrão<br />

previamente elaborado para apresentação dos casos clínicos no encerramento da disciplina. Resultados: Aamostra é constituída <strong>de</strong> todos<br />

os pacientes atendidos nos ambulatórios “Geral” e “Um Olhar Especial” nas práticas da disciplina <strong>de</strong> genética médica. As variáveis<br />

analisadas são: Ida<strong>de</strong> – maioria na faixa <strong>de</strong> 0 a 10 anos; Sexo – maioria do sexo masculino; Encaminhamento – predominância da instituição<br />

FamDown e da especialida<strong>de</strong> pediatria; Fatores <strong>de</strong> risco – os mais frequentes foram ida<strong>de</strong> materna superior a 35, recorrência familial,<br />

consanguinida<strong>de</strong>; Etiologia – foram i<strong>de</strong>ntificadas patologias <strong>de</strong> origem monogênica, multifatorial e cromossômica, com predomínio<br />

<strong>de</strong>sta última. Conclusões: O atendimento <strong>de</strong> pacientes contribui com o ensino, por evi<strong>de</strong>nciar na prática as principais características<br />

dos distúrbios genéticos. Dentre estas, o predomínio <strong>de</strong> acometimento <strong>de</strong> crianças, geralmente encaminhadas pelos pediatras, presença<br />

<strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco, <strong>de</strong>finição das principais etiologias e diagnósticos mais freqüentes. Além disso, proporciona a vivência da rotina e as<br />

principais condutas do serviço <strong>de</strong> genética.<br />

169 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

170 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

171 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Avaliação da Satisfação dos Usuários em um Ambulatório Escola<br />

Mallmann, AB 172<br />

Tagliari, AB 173<br />

Ceratti, AR 172<br />

Barelli, C 172<br />

Manzato, LC 172<br />

Lorenzni, C 172<br />

Introdução: A avaliação <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> valores, costumes, credos e i<strong>de</strong>ologias, ou seja, é um resultado da<br />

socieda<strong>de</strong>, ligado à <strong>de</strong>finição e a um consenso social, on<strong>de</strong> o usuário vai ser ponto-chave na obtenção <strong>de</strong> informações. Ouvir a opinião<br />

<strong>de</strong>stes clientes po<strong>de</strong> contribuir com a organização dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com vistas à um cuidado mais qualificado e humanizado.<br />

Objetivo: Avaliar a satisfação dos usuários referente ao cuidado em saú<strong>de</strong> prestado pelos professores e acadêmicos <strong>de</strong> uma faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> medicina do interior do RS, após investimentos mediados pelo PRÓ-SAÚDE. Método: Trata-se <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> abordagem quantitativa,<br />

cuja coleta dos dados se <strong>de</strong>u pela aplicação <strong>de</strong> um questionário semi-estruturado, não i<strong>de</strong>ntificável e <strong>de</strong> auto-preenchimento, em<br />

maio/<strong>2009</strong>. Aamostra foi composta por 650 usuários, atendidos em diferentes especialida<strong>de</strong>s, no ambulatório escola que presta atendimento<br />

pelo SUS. Os resultados foram tabulados e analisados por parâmetros <strong>de</strong> estatística <strong>de</strong>scritiva. Resultados: O padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

“ótimo” foi na maioria das vezes citado quando o atendimento foi prestado pelos professores se comparado ao atendimento dos acadêmicos,<br />

mas em geral os alunos têm uma boa receptivida<strong>de</strong> da população. Além disso, em algumas especialida<strong>de</strong>s o atendimento dos<br />

alunos supera o dos professores neste padrão. Conclusão: A comparação entre os médicos e os acadêmicos na visão do paciente <strong>de</strong>monstra<br />

a credibilida<strong>de</strong> e confiança transmitida pelo profissional experiente, o que po<strong>de</strong> servir para reflexão sobre a melhora da qualida<strong>de</strong><br />

no atendimento por parte dos alunos e ou esclarecimento da populaçãosobreamissãodoambulatórioemrelaçãoaoensino.<br />

Cartografia como Ferramenta <strong>de</strong> Reorganização do Processo <strong>de</strong> Trabalho e da Formação em<br />

Saú<strong>de</strong><br />

Araújo, IEN 174<br />

Fonseca, BRB 174<br />

Soares, LS 174<br />

Menezes, DA 174<br />

Oliveira, FP 174<br />

Figueiredo, NAL 174<br />

Introdução: Acartografia é fundamental para o processo <strong>de</strong> trabalho das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USFs), permitindo conhecer<br />

os <strong>de</strong>terminantes da saú<strong>de</strong> no território, compreen<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s e potencialida<strong>de</strong>s locais, construindo um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

atenção a<strong>de</strong>quado à realida<strong>de</strong> da área. Assim, <strong>de</strong>ntro do novo PPP do curso <strong>de</strong> Medicina da UFPB, que valoriza a formação profissional<br />

mais atrelada a cenários <strong>de</strong> prática, realizamos um estudo cartográfico no território abrangido por uma USF <strong>de</strong> João Pessoa. Objetivos:<br />

Refletir sobre a potencialida<strong>de</strong> da ferramenta da cartografia no processo <strong>de</strong> aprendizado do estudante <strong>de</strong> medicina inserido em uma<br />

equipe na USF. Métodos: Descritivo-analítico sobre a elaboração da cartografia, conforme proposto no módulo que discute as ativida<strong>de</strong>s<br />

comunitárias. Através <strong>de</strong> reconhecimento do território, análise epi<strong>de</strong>miológica e entrevistas com profissionais e usuários do serviço,<br />

fizemos um diagnóstico acerca das vulnerabilida<strong>de</strong>s e possíveis agravos à saú<strong>de</strong>. Em seguida, elaboramos gráficos e tabelas e i<strong>de</strong>ntificamos<br />

os equipamentos sociais da área. Produzimos ainda, com base nos indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, informações sobre a situação sanitária,<br />

documentando <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s em saú<strong>de</strong>, doenças prevalentes, dados <strong>de</strong>mográficas e localizamos áreas <strong>de</strong> risco. Resultados: Através<br />

<strong>de</strong> visitas à USF, constatamos que os dados ambientais, sociais e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> coletados não eram submetidos à análise, não influenciando<br />

as ações da USF. Além disso, os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> apresentavam dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar esta ferramenta, sem uma visão global<br />

da área <strong>de</strong> abrangência. Ao final das ativida<strong>de</strong>s, reunimo-nos com a equipe, expondo os resultados. Discutimos a importância <strong>de</strong> gerar<br />

regularmente indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, para trabalhar estratégias <strong>de</strong> gestão e avaliação da situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, estabelecendo priorida<strong>de</strong>s<br />

conforme as necessida<strong>de</strong>s da população. Conclusões: Tendo domínio sobre os principais aspectos da territorialização, cria-se uma visão<br />

ativa <strong>de</strong> intervenção, agindo preventivamente sobre a <strong>de</strong>manda, o que constitui um instrumento real <strong>de</strong> reorganização do processo<br />

<strong>de</strong> trabalho em saú<strong>de</strong>.<br />

172 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

173 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

174 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

370<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TEMA: INTERNATO<br />

O Internato em Saú<strong>de</strong> Coletiva na Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá<br />

Oliveira, RZ 1<br />

Carvalho, MDB 1<br />

Esteves, RZ 1<br />

Nunes, CSA 1<br />

Polidoro, AA 1<br />

Berbert, CC 1<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá foi implantado em 1988. Com 40 vagas, o regime do<br />

curso é seriado anual e estruturado em três ciclos: o básico, o intermediário e o profissionalizante, que constitui o internato. Com características<br />

tradicionais, o currículo vem sofrendo modificações, e nos últimos anos, incentivados pelos recursos do pró-saú<strong>de</strong>, foram impulsionadas<br />

as iniciativas <strong>de</strong> rea<strong>de</strong>quação curricular. Dentre as modificações, em 2005 foi implantado o internato em saú<strong>de</strong> coletiva,<br />

com o propósito <strong>de</strong> inserir o acadêmico no cenário da atenção primária em saú<strong>de</strong>. Objetivos: Este trabalho teve por objetivo conhecer a<br />

percepção dos acadêmicos do quinto ano <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, sobre o internato em saú<strong>de</strong> coletiva. Métodos:<br />

Trata-se <strong>de</strong> uma pesquisa qualitativa. O instrumento utilizado para coleta dos dados foi o relatório elaborado pelos grupos, não<br />

obrigatório, nominal, entregue ao término das ativida<strong>de</strong>s no período <strong>de</strong> 2005 a 2008. Na avaliação, os acadêmicos <strong>de</strong>screviam as ativida<strong>de</strong>s<br />

realizadas, as dificulda<strong>de</strong>s e facilida<strong>de</strong>s encontradas, as sugestões <strong>de</strong> melhoria e a experiência vivenciada. Aanálise dos dados se<br />

processou do seguinte modo: leitura exaustiva dos relatórios e i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> aspectos comuns <strong>de</strong>scritos pelos acadêmicos. Resultados:<br />

Foram avaliados 20 relatórios e i<strong>de</strong>ntificadas três categorias: princípios norteadores da atenção primária à saú<strong>de</strong>, participação em<br />

ativida<strong>de</strong>s pontuais e o docente no cenário da Estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família. Conclusões: Os acadêmicos reconhecem a importância e a<br />

necessida<strong>de</strong> do internato em saú<strong>de</strong> coletiva para sua formação profissional. Aintegralida<strong>de</strong>, a longitudinalida<strong>de</strong>, as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a participação docente, foram os aspectos positivos mais <strong>de</strong>stacados na avaliação. Em contrapartida, a insuficiência <strong>de</strong><br />

recursos físicos, a limitada experiência dos técnicos para a docência e a fragilida<strong>de</strong> da coor<strong>de</strong>nação da atenção, foram os aspectos apontados<br />

como merecedores <strong>de</strong> investimentos por parte dos gestores e da própria instituição.<br />

Docentes e Internos <strong>de</strong> Medicina no Valor da Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família<br />

Romano, V.F. 2<br />

Halfoun, V.R.C 2<br />

Gomes, M.K 2<br />

Teixeira, C 2<br />

Cruz, D.S.P 2<br />

Filho Carvalho, G.W 2<br />

Introdução: O internato em medicina provoca no aluno uma ansieda<strong>de</strong> natural pela proximida<strong>de</strong> da formatura. Os docentes<br />

que acompanham este momento da vida do futuro médico procuram estimulá-lo a preocupar-se com sua prática <strong>de</strong> treinamento em<br />

serviço, incentivando seu amplo envolvimento nos cenários apresentados, numa tentativa <strong>de</strong> assegurar qualida<strong>de</strong> técnica e compromisso<br />

com o fazer. No entanto, observa-se que, <strong>de</strong> maneira geral, o interesse do interno gira em torno do <strong>de</strong>bruçar-se o mais exclusivamente<br />

possível no estudo, visando imediata aprovação na prova <strong>de</strong> residência. A disponibilida<strong>de</strong> afetiva necessária para os <strong>de</strong>safios e<br />

complexida<strong>de</strong>s inerentes a prática médica correm o risco, assim, <strong>de</strong> ficarem secundarizados. Como manter o interesse do interno para<br />

além da prova <strong>de</strong> residência? Que práticas oferecer <strong>de</strong> maneira a envolvê-lo no fazer comprometido, no fazer transformador? Objetivos:<br />

Refletir sobre o impacto da estratégia saú<strong>de</strong> da família na motivação para o trabalho do interno em medicina. Métodos: Observações<br />

diretas dos internos e registro <strong>de</strong> discussões fruto <strong>de</strong> reuniões semanais com a equipe docente responsável pelo processo <strong>de</strong> trabalho<br />

na estratégia saú<strong>de</strong> da família. Resultados: O vínculo que o interno estabelece com as famílias que acompanha parece promover as-<br />

1 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, Maringá, PR, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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sociação e nexo entre o biologicismo que pouco se <strong>de</strong>sconecta <strong>de</strong> seu olhar, os problemas vivenciados pelas pessoas que acolhe, e os <strong>de</strong>terminantes<br />

sociais inerentes aos processos saú<strong>de</strong>-doença vivenciados. Conclusões: Apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar a estratégia saú<strong>de</strong> da família<br />

como cenário <strong>de</strong> prática para o internato, parece promover um interesse genuíno nos alunos em relação ao envolvimento com o<br />

trabalho proposto, <strong>de</strong>nunciando que um fazer significativo processa transformações e influencia a formação <strong>de</strong> futuros profissionais na<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se comprometerem com a <strong>de</strong>fesa pela vida.<br />

Graduação Médica e Saú<strong>de</strong> Coletiva: das Diretrizes Curriculares à Inserção do Internato<br />

<strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá na Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica do Hospital dos<br />

Servidores do Estado<br />

Escosteguy, C.C3 Braga, R.C.C3 Fagun<strong>de</strong>s, F.C.A. 4<br />

Soares, C4 Matos, H.J3 Introdução: Aten<strong>de</strong>ndo as diretrizes curriculares nacionais para a graduação médica, uma <strong>de</strong>terminada faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina privada<br />

contempla uma carga em saú<strong>de</strong> coletiva que culmina no internato, quando parte <strong>de</strong>ssa carga é exercida no Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família<br />

e parte no estágio em um serviço <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>miologia <strong>de</strong> um hospital geral fe<strong>de</strong>ral, através <strong>de</strong> convênio com o Ministério da Saú<strong>de</strong>. Este hospital<br />

conta com uma das experiências pioneiras em epi<strong>de</strong>miologia hospitalar no Brasil. Objetivos: relatar a experiência <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> um<br />

estágio do internato da graduação médica às ativida<strong>de</strong>s diárias da vigilância epi<strong>de</strong>miológica (VE) hospitalar, relatando pontos positivos e críticosparaosalunoseparaaVE.Métodos:<br />

estudo <strong>de</strong> caso, com revisão <strong>de</strong> documentos <strong>de</strong> implantação e avaliação do estágio; estimativa da<br />

produção científica dos alunos. Resultados: o programa está em funcionamento regular <strong>de</strong>s<strong>de</strong> novembro/2002, como parte da gra<strong>de</strong> curricular<br />

do internato (10º ao 12º período), com carga horária <strong>de</strong> 160 horas, totalizando 678 internos até o 1º semestre/<strong>2009</strong>. Os alunos participam<br />

<strong>de</strong> uma equipe multidisciplinar em todas as ativida<strong>de</strong>s, com ênfase na VE, envolvendo notificação compulsória e investigação epi<strong>de</strong>miológica<br />

<strong>de</strong> casos atendidos no hospital, e consequente execução <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> controle; uso dos sistemas nacionais <strong>de</strong> informação; <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s em metodologia <strong>de</strong> pesquisa aplicada à realização <strong>de</strong> um pequeno estudo em grupo sobre algum problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

no nível hospitalar, integrando VE, gerência <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> dados e avaliação <strong>de</strong> serviços. Este estudo gera um seminário e um produto escrito<br />

como parte da avaliação do aluno. Foram produzidos 195 trabalhos, que já geraram 25 apresentações em congressos locais, 8 nacionais e 1 internacional,<br />

4 menções honrosas e 2 artigos em revistas in<strong>de</strong>xadas. Conclusões: a integração internos e Serviço <strong>de</strong> Epi<strong>de</strong>miologia têm sido<br />

mutuamente proveitosa e possibilitado crescimento profissional coletivo.<br />

Sintomas Depressivos entre Estudantes do Internato <strong>de</strong> Medicina: Estudo Transversal<br />

Oliva-Costa, E.F. 5<br />

Santana, Y.S5<br />

Alencar, M.A5<br />

Amorim, L5<br />

Andra<strong>de</strong>, S5<br />

Andra<strong>de</strong>, T.M 6<br />

Introdução: Vários estudos têm <strong>de</strong>monstrado elevada prevalência <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos entre estudantes <strong>de</strong> medicina comparados<br />

a outros universitários. Internos <strong>de</strong> Medicina estão frequentemente em contato direto com pacientes <strong>de</strong> prognósticos ruins. Neste contexto,<br />

enfrentam um alto nível <strong>de</strong> cobrança <strong>de</strong>les mesmos, da instituição e <strong>de</strong> toda a socieda<strong>de</strong>, propiciando o surgimento <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos.<br />

Objetivos: Determinar a prevalência <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos e fatores associados entre estudantes do internato <strong>de</strong> medicina numa Uni-<br />

3 Hospital dos Servidores do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro/MS, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.; Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

4 Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Sergipe, São Cristovão, SE, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

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versida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral. Métodos: Estudo transversal com amostra representativa dos estudantes utilizando o Inventário <strong>de</strong> Depressão <strong>de</strong> Beck<br />

(IDB) comparado a um questionário elaborado pelos autores contendo informações sobre variáveis socio-<strong>de</strong>mográficas, processo ensino-aprendizagem<br />

e vivências psicoemocionais individuais. Aanálise estatística utilizando o programa “Statistical Package for the Social Science”<br />

(SPSS) versão 16, foi realizada por regressão logística múltipla após cálculo das ORs simples e ajustadas, além da análise exploratória<br />

dos dados e consequente <strong>de</strong>scrição da população estudada. Resultados: Aprevalência <strong>de</strong> sintomatologia <strong>de</strong>pressiva na população estudada<br />

(N=83) foi <strong>de</strong> 33 (39,8%) estudantes, sendo que 50 (60,2%) estudantes não apresentaram sintomas <strong>de</strong>pressivos (IC 95% 48,3-70,1), 1 (1,2%) estudantes<br />

apresentaram sintomas <strong>de</strong>pressivos graves (IC 95% 0,7-10,7), 3 (3,6%) mo<strong>de</strong>rados (IC 95% 0,7-10,7) e 29 (34,9%) leves (IC 95% 24,5 a<br />

45,7). A regressão logística múltipla revelou as variáveis in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> maior impacto para o aparecimento <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos:<br />

idéia <strong>de</strong> abandonar o curso, referida por 49,3% dos estudantes (OR 6,24 p=0,0001); tensão emocional admitida por 58,5% (OR 7,43 p=0,0004) e<br />

<strong>de</strong>sempenho acadêmico regular relatado por 41,3% dos alunos (OR 4,74 p=0,002). Conclusão: A elevada prevalência <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos<br />

na população estudada esteve associada a variáveis relacionadas ao processo ensino-aprendizagem e vivências psicoemocionais individuais,<br />

sugerindo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medidas preventivas imediatas tais como: reformulação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino médico adotado e criação <strong>de</strong><br />

um Serviço <strong>de</strong> apoio psico-pedagógico ao estudante.<br />

Internato no SUS Municipal<br />

Abrantes MM7 Oliveira H7 Machado Q7 Silva R7 Quintão T7 Rio SMP7 O Internato no SUS Municipal da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Barbacena foi iniciado em 2003 e atualmente ocorre em quinze municípios.<br />

Os alunos exercem ativida<strong>de</strong>s junto às Equipes <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família, ativida<strong>de</strong>s administrativas nas secretarias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<br />

plantões em pronto atendimento ou hospital, se houver no município. Os alunos são preceptorados diretamente por um (ou mais) médico(s)<br />

do município, <strong>de</strong>signado(s) pelo prefeito/secretário <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e supervisionados ainda por professores da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

<strong>de</strong> Barbacena duas vezes por mês quando são discutidos aspectos relacionados à dinâmica do Internato, aspectos jurídicos e estruturais<br />

do SUS municipal. Os alunos recebem o “CD-SUS” com mais <strong>de</strong> 100 publicações do Ministério da Saú<strong>de</strong> e um roteiro <strong>de</strong> estudos<br />

com perguntas cujas respostas são obtidas na leitura <strong>de</strong>stes textos e reuniões com administradores municipais e professores. Estas perguntas<br />

abordam a história do SUS, legislação do SUS (NOBs 93 e 96, NOAS 2001, 2002, PACTO 2006) além <strong>de</strong> discutir aspectos mais locais<br />

tais como referência e contra-referência e influência da Programação Pactuada e Integrada e Comissão Intergestores Bipartite. Os<br />

alunos participam <strong>de</strong> pelo menos uma reunião do Conselho Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, avaliam o orçamento municipal segundo a Emenda<br />

Constitucional 29/2000 e o SIOPS – Sistema <strong>de</strong> Informação em Orçamentos Públicos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. O professor em acordo com o secretário<br />

municipal <strong>de</strong>signa uma tarefa aos alunos cujo objetivo é a proposta, pelos alunos, <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> intervenção na comunida<strong>de</strong><br />

como: a) Palestras educativas; b) Capacitação dos Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ACS); c) Monitorar/implantar programas prioritários<br />

do MS (Piso <strong>de</strong> Atenção Básica Ampliado entre outros); d) Atuar na vigilância epi<strong>de</strong>miológica/sanitária. Avaliação envolve prova<br />

escrita sobre a organização do SUS e atenção básica, avaliação do médico e do professor além <strong>de</strong> uma apresentação sobre o município e<br />

sugestões dos alunos para melhorar o SUS municipal.<br />

7 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Barbacena, Barbacena, MG, Brasil.<br />

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Avaliação Prática no Internato<br />

Galvão,MC 8<br />

Menezes, MS 8<br />

Cardoso, ML 8<br />

Introdução: A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> falha na avaliação prática processual <strong>de</strong>terminou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> avaliação<br />

prática sistematizada <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e competências no Internato. Objetivos: 1. Desenvolver avaliação prática <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e<br />

competências, com prova prática <strong>de</strong> estações (OSCE) e prova teórico-prática multimídia 2. Sensibilizar professores para prática <strong>de</strong> metodologias<br />

ativas Metodologia: Foi realizado treinamento com docentes para participação na prova pratica. Aprova foi construída com<br />

<strong>de</strong>finição prévia do gabarito e checklist. Foram realizados 2 tipos <strong>de</strong> prova, com duração <strong>de</strong> 1 hora cada:prova prática <strong>de</strong> estações nas<br />

gran<strong>de</strong>s áreas e outra teórico-prática com projeção <strong>de</strong> casos clínicos e imagens. Ao final foi realizada reunião com os docentes e estudantes<br />

para avaliação do processo e apresentação dos resultados. Resultados: 32 estudantes do 6o. ano participaram do processo, com rendimento<br />

médio <strong>de</strong> 7,5 e 89,7% <strong>de</strong>les acharam que a prova contribuiu para o aprendizado. Conclusões: 1. O teste exigiu complexida<strong>de</strong><br />

operacional 2.O envolvimento dos professores dos campos <strong>de</strong> prática no planejamento propiciou o <strong>de</strong>senvolvimento dos docentes e a<br />

análise dos estudantes sobre a avaliação, permitiu reflexão sobre o seu processo <strong>de</strong> ensino aprendizagem.<br />

Instrumento <strong>de</strong> Avaliação do Internato Médico da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis<br />

Gol<strong>de</strong>nstein,A.H 9<br />

Midão,A.M. 10<br />

Midão,C.M.V. 10<br />

Introdução: Aten<strong>de</strong>ndo aos seus princípios e valores, a FMP-FASE promove a convivência <strong>de</strong>mocrática buscando a participação<br />

da comunida<strong>de</strong> nos seus processos <strong>de</strong> planejamento e avaliação. Aavaliação do Internato vem sendo aperfeiçoada e discutida junto<br />

com as coor<strong>de</strong>nações <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007. Atualmente, a avaliação aborda questões referentes à qualida<strong>de</strong> dos módulos, habilida<strong>de</strong>s dos professores,<br />

relação médico-paciente e espaço para críticas e sugestões. Enten<strong>de</strong>mos que a avaliação <strong>de</strong>ve servir para motivar estudantes e<br />

professores na construção do conhecimento, pois permite <strong>de</strong>tectar fragilida<strong>de</strong>s e potencialida<strong>de</strong>s no seu trabalho, visando aperfeiçoá-lo,<br />

quando ainda em curso. Objetivo: Buscar o aperfeiçoamento no processo ensino-aprendizagem do Internato Metodologia:<br />

Aplicação <strong>de</strong> questionário <strong>de</strong> avaliação, com questões que abordam os módulos e o <strong>de</strong>sempenho do professor. Os resultados obtidos da<br />

avaliação são discutidos e analisados pelos coor<strong>de</strong>nadores, Núcleo Pedagógico e são repassados aos alunos e professores dos módulos.<br />

Resultado: O novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação revelou <strong>de</strong> forma positiva que a maioria (87%) dos alunos consi<strong>de</strong>ra o Internato <strong>de</strong> regular a<br />

bom e classifica os professores como bons e que a boa relação médico- paciente é uma preocupação constante do corpo docente-assistencial.<br />

Conclusão: As reuniões <strong>de</strong>volutivas com os coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> disciplinas, foram construtivas, pois para eles significou correção<br />

<strong>de</strong> rumos, já que os resultados são indicadores fundamentais para a melhora do funcionamento do Internato.<br />

8 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

9 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis. Faculda<strong>de</strong> Arthur Sá Earp Neto, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

10 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

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Implantação do Internato Médico em Regime <strong>de</strong> Cinquenta e Duas Horas Semanais na<br />

UNIFOA<br />

Santos,M.C.P. 11<br />

Veras,J 11<br />

Vianna,I.A 11<br />

Nowak,L 11<br />

Aragão,J.C 11<br />

Tavares,M 11<br />

Introdução: O Internato Médico tem se modificado com a evolução da educação médica no país, o prolongamento <strong>de</strong> sua quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> horas semanais visa consolidar o treinamento em serviço e preparar melhor o aluno para exercício da profissão médica. Objetivo:<br />

Transformar o Internato <strong>de</strong> quarenta horas para cinqüenta e duas horas semanais. Metodologia: O formato para essa transformação<br />

foi discutido em diversas reuniões com docentes e discentes, abertura <strong>de</strong> novos cenários <strong>de</strong> ensino contratação <strong>de</strong> preceptores qualificados.<br />

Resultados: divisão dos alunos em três gran<strong>de</strong>s grupos nos seus diferentes níveis <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong>, oferecendo quarenta e<br />

oitohoras<strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>spráticasequatrohoras<strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>steóricassemanais.Conclusão: O mo<strong>de</strong>lo i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> internato estará sempre<br />

em transformação. É importante que exista a <strong>de</strong>dicação intensiva neste período, pois é nele em que o aluno vai complementar toda sua<br />

formação na prática e consolidar seu conhecimento.<br />

Avaliação Seriada Cognitiva e Formativa no Internato Médico na UNIFOA<br />

Nowak,L12 Santos,M.C.P12 Veras,J12 Vianna,I.A12 Aragão,J.C12 Tavares,M12 Introdução: O Internato é o momento em que o aluno <strong>de</strong> medicina tem a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colocar em prática seu aprendizado<br />

teórico prévio, bem como estabelecer conceitos e aprofundar conteúdos que terão impacto na sua futura atuação profissional. O Internato<br />

do curso <strong>de</strong> graduação em medicina da UNIFOA, tem se preocupado em estimular a consolidação do raciocínio clínico com treinamento<br />

em serviço e conciliação da formação teórica. Objetivo: Implantar a avaliação seriada cognitiva e formativa com períodos a cada<br />

seis semanas <strong>de</strong> Internato, sendo uma forma <strong>de</strong> estimular esses alunos para a continuida<strong>de</strong> do estudo teórico e prepará-los para a realização<br />

<strong>de</strong> provas <strong>de</strong> concursos <strong>de</strong> residência médica. Metodologia: Através <strong>de</strong> reuniões com discentes e docentes foi estabelecido a criação<br />

da Comissão realizadora <strong>de</strong> provas, grupo constituído por professores das cinco áreas <strong>de</strong> atuação do Internato para as avaliações<br />

cognitivas. Para as avaliações formativas foram os próprios preceptores. Aavaliação formativa com peso 6 e a cognitiva com peso 4. Resultados:<br />

Foram realizadas provas cognitivas <strong>de</strong> múltipla escolha a cada seis semanas, contendo 20 questões, sendo 4 questões <strong>de</strong> cada<br />

disciplina básica do internato. E avaliações formativas com análise das ativida<strong>de</strong>s cumpridas pelo aluno, interesse e participação, pontualida<strong>de</strong><br />

e comportamento ético. Conclusão: Essas avaliações contribuíram para a continuida<strong>de</strong> do aprendizado e do<br />

amadurecimento do aluno, sendo que este esteve em todos os momentos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua elaboração até a discussão <strong>de</strong> cada questão e <strong>de</strong> sua<br />

avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

11 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

12 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Promoção da Saú<strong>de</strong> na Formação do Médico: Relato <strong>de</strong> Experiência em Ambulatório <strong>de</strong><br />

Hospital Escola<br />

Silva ACCG 13<br />

Oliveira AAP 13<br />

Ferreira Jr M 13<br />

Introdução: OCentro<strong>de</strong>PromoçãodaSaú<strong>de</strong>(CPS),umambulatóriopertencente ao serviço <strong>de</strong> Clínica Geral do Hospital das<br />

Clínicas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> São Paulo (HCFMUSP), tem por princípios analisar e ensinar procedimentos preventivos<br />

cujo impacto na saú<strong>de</strong> seja embasado em evidências científicas. Criado há 10 anos, procura subsidiar e complementar a formação<br />

acadêmica do ensino médico no campo da promoção da saú<strong>de</strong> e prevenção <strong>de</strong> doenças. Trata-se <strong>de</strong> um serviço interdisciplinar que<br />

adota as recomendações da Canadian Task Force for Preventive Health Care, US Preventive Service Task Force e Ministério da Saú<strong>de</strong>.<br />

Métodos: A população é formada pelos internos do 5º ano da FMUSP. O treinamento ocorre ao longo <strong>de</strong> 2 meses, com supervisão dos<br />

atendimentos clínicas realizados. O enfoque das discussões abrange a tría<strong>de</strong> rastreamento, quimioprofilaxia e aconselhamento. Neste<br />

último, utiliza-se a seqüência estruturada abreviada por PANPA (pergunte, aconselhe, negocie, prepare, acompanhe). Estimula-se a<br />

avaliação das fases <strong>de</strong> motivação para mudança com base no mo<strong>de</strong>lo transteórico. Durante a negociação <strong>de</strong> metas compartilhadas com<br />

o usuário, <strong>de</strong>finem-se os planos <strong>de</strong> ação visando à adoção <strong>de</strong> hábitos mais saudáveis, inspirados na abordagem comportamental-cognitiva.<br />

Resultados: Ao longo dos 10 anos, uma disciplina eletiva <strong>de</strong> Práticas <strong>de</strong> Promoção da Saú<strong>de</strong> foi criada, porém foi incorporada no<br />

treinamento dos internos na forma <strong>de</strong> aulas pautadas em métodos que valorizam a participação e a aprendizagem significativa. Para<br />

ampliar as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação permanente, criou-se o suporte à distância com postagens mensais em blog (http://estagiocps.blogspot.com).<br />

Conclusão: O CPS constitui um espaço <strong>de</strong> sensibilização <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma instituição formadora <strong>de</strong> profissionais da<br />

saú<strong>de</strong>. Após o estágio nesse serviço, passou-se a perceber a incorporação dos conceitos e práticas <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> em consultas<br />

<strong>de</strong> outra natureza, por exemplo, em ambulatórios <strong>de</strong> doentes crônicos, enfermarias, saú<strong>de</strong> ocupacional e atendimento domiciliar.<br />

Se não Pu<strong>de</strong>r com Eles, Junte-Se A Eles! Teste <strong>de</strong> Progresso e Internato Médico<br />

Bollela, V.R 14<br />

Rego, C.F 14<br />

Grec, W 14<br />

Machado, V.M.P 14<br />

Machado, J.L.M 14<br />

Introdução: Os estudantes do internato preocupam-se com conhecimento e <strong>de</strong>sempenho nas provas <strong>de</strong> residência médica. Temos<br />

participado <strong>de</strong> discussões sobre “cursinhos”, “exames <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m” e a necessida<strong>de</strong> legítima <strong>de</strong> avaliarmos o estudante durante o<br />

Curso Médico e não somente após seu término. Preten<strong>de</strong>mos apresentar a utilização do teste <strong>de</strong> progresso individual (TPI) como ferramenta<br />

<strong>de</strong> aprendizado e valorização do internato médico. Métodos: O TPI é uma prova com 75 questões, que predomina casos clínicos<br />

reais das cinco gran<strong>de</strong>s áreas: (Pediatria, CM, Cirurgia, GO e Saú<strong>de</strong> coletiva). Ao final <strong>de</strong> cada semestre foi elaborado um relatório <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho para cada interno por gran<strong>de</strong> área do conhecimento, tendo como referência a média da turma naquela prova. O aluno recebeu<br />

por e-mail um relatório com todos os resultados obtidos durante o internato (por área) e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do Curso <strong>de</strong> Medicina (global).<br />

Resultados: Des<strong>de</strong> 2008, 150 alunos do internato realizaram 300 avaliações <strong>de</strong> TPI. Ao final <strong>de</strong> cada semestre foram entregues relatórios<br />

do semestre atual e anteriores. Por sugestão dos alunos da primeira turma há 1,5 ano disponibilizamos a prova comentada e o gabarito<br />

no ambiente virtual <strong>de</strong> avaliação, <strong>de</strong> modo a prover feedback e facilitar a revisão da prova. Como resposta aos relatórios enviados<br />

por e-mail recebemos inúmeras manifestações favoráveis. Muitos estudantes foram categóricos em afirmar que essa estratégia era útil<br />

no seu aprendizado e como guia <strong>de</strong> estudo durante o internato, o que na percepção dos estudantes teria impacto positivo na preparação<br />

para os exames <strong>de</strong> residência. Aestratégia foi eficaz também para aproximar a gestão do internato aos estudantes ao estimular a avaliação<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e motivá-los para as ativida<strong>de</strong>s práticas, já que a maioria das questões são casos clínicos da prática do internato.<br />

Conclusões A avaliação é componente do aprendizado e precisa “dialogar” com as expectativas dos estudantes.<br />

13 Universida<strong>de</strong> São Paulo. Hospital das Clínicas, São Paulo, SP, Brasil.<br />

14 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O Internato Em Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família na Formação Médica<br />

Bergamo, W 15<br />

Ermel, RC 15<br />

Marcal, AA 15<br />

D‘Almeida, FA 15<br />

Lazarini, CAI<br />

Gazetta, APN 15<br />

Introdução: O internato em Saú<strong>de</strong> Coletiva proposto pela disciplina <strong>de</strong> Medicina Social do curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Marília – UNIMAR busca capacitar os estudantes na compreensão do processo saú<strong>de</strong> doença e seus <strong>de</strong>terminantes, preparando-os<br />

para uma visão social da medicina, e para o reconhecimento e intervenção nos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>. Este internato está<br />

inserido no Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolvendo ações <strong>de</strong> prevenção, promoção, proteção e recuperação da saú<strong>de</strong>, em um trabalho<br />

em equipe multidisciplinar, através do planejamento com gestores, profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a comunida<strong>de</strong>, visando a melhoria da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida da população. Para tanto os estudantes estão inseridos em pares como membros <strong>de</strong> uma equipe <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

da Família (USF), por um período <strong>de</strong> oito semanas, com 8 horas diárias, on<strong>de</strong> vivenciam todas as ativida<strong>de</strong>s, sendo assessorados e<br />

supervisionados pela equipe e por um preceptor docente. Objetivo: Avaliar a relevância <strong>de</strong>ste estágio para a formação profissional, sob<br />

a ótica do estudante. Metodologia: Análise qualitativa <strong>de</strong> questionário semi-estruturado respondido por 17 estudantes, ao final do estágio,<br />

em <strong>2009</strong>. Resultados: O discurso dos estudantes mostra que este estágio é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para sua formação profissional,<br />

por compreen<strong>de</strong>rem a importância da Atenção Básica em Saú<strong>de</strong> para a comunida<strong>de</strong>, valorizarem e apren<strong>de</strong>rem trabalhar em equipe<br />

multiprofissional, e enten<strong>de</strong>rem a Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família e sua importância para a realida<strong>de</strong> brasileira. Também consi<strong>de</strong>raram-se<br />

aptos para tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, assumirem posições <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança com consciência das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação, administração,<br />

gerenciamento e educação permanente. Conclusões – A avaliação <strong>de</strong>ste estágio, realizado em USFs, nos mol<strong>de</strong>s do curso <strong>de</strong> Medicina<br />

da UNIMAR, por este grupo <strong>de</strong> estudantes, sugere que o mesmo é a<strong>de</strong>quado para a formação <strong>de</strong> médicos generalistas, aten<strong>de</strong>ndo,<br />

assim, os pressupostos das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso <strong>de</strong> medicina.<br />

Paciente Simulado: Estratégia Pedagógica no Internato da UNIMAR<br />

Marçal,A.A 16<br />

Oishi;P.A 16<br />

Pavelqueires;S. 17<br />

Gazetta;A.P.N1 16<br />

Corrêa;M.E.S.H 16<br />

Lazarini;C.A 16<br />

Introdução: Em 2006 foi reorganizada a estrutura curricular do internato do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília<br />

(Unimar), na busca <strong>de</strong> aproximá-la às Diretrizes Curriculares Nacionais e aos princípios do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Para tal, foi incluído<br />

um módulo temático <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> urgência no nono termo. Para a construção do conhecimento em suporte avançado <strong>de</strong> vida, as<br />

docentes responsáveis utilizaram, como estratégia pedagógica, a problematização, com base nos relatos espontâneos trazidos pelos estudantes<br />

<strong>de</strong> atendimentos <strong>de</strong> urgência no pronto socorro os quais foram dramatizados por pacientes simulados (atores). Estes atores foram<br />

capacitados e caracterizados (maquiados) pelas docentes do módulo <strong>de</strong> forma a reproduzir a realida<strong>de</strong> relatada. Esta ativida<strong>de</strong> foi<br />

<strong>de</strong>senvolvida em grupos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z estudantes, durante oito semanas, on<strong>de</strong> foram problematizados os atendimentos da seguinte maneira:<br />

os estudantes i<strong>de</strong>ntificavam conhecimentos prévios, elaboravam questões <strong>de</strong> aprendizagem dos temas <strong>de</strong>sconhecidos, realizavam<br />

busca e, na discussão seguinte, elaboravam uma nova síntese. Objetivo: Avaliar a percepção dos estudantes quanto à estratégia pedagógica<br />

<strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> pacientes simulados no módulo <strong>de</strong> urgência. Metodologia: Questionário semi estruturado abordando dados<br />

quanti e qualitativos aplicados aos 127 estudantes do nono termo do curso <strong>de</strong> medicina da Unimar, em 2008, mantendo-se o anonimato.<br />

15 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

16 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

17 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Resultados: Esta estratégia foi consi<strong>de</strong>rada positiva por todos os estudantes participantes. A análise qualitativa mostrou que, em relação<br />

à utilização do paciente simulado, esta estratégia propiciou boa aproximação da teoria à prática profissional. Mostrou ainda que o<br />

cenário simulado foi capaz <strong>de</strong> reproduzir a realida<strong>de</strong>, embora alguns estudantes coloquem que esta estratégia não substituiu o cenário<br />

real. Conclusão: Esta avaliação permitiu constatar que este recurso favoreceu a articulação entre teoria e prática na abordagem da<br />

temática <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> urgência. Sugeriu ainda a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma melhor capacitação dos pacientes simulados visando uma<br />

maior reprodução da realida<strong>de</strong>.<br />

Habilida<strong>de</strong>s Adquiridas em Ativida<strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Educação em Saú<strong>de</strong>, no Internato<br />

Figueiredo, I.C. 18<br />

Nogueira, M.E.T 18<br />

Lima, L.T.B 18<br />

Rocha, C.O.M 18<br />

Nascimento, M.L 18<br />

Santos, M.L.M 18<br />

Introdução: Aeducação em saú<strong>de</strong>, enquanto processo político <strong>de</strong> formação para cidadania ativa, po<strong>de</strong> viabilizar a promoção <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> ao preparar os indivíduos e/ou grupos para assumirem o controle e a responsabilida<strong>de</strong> sobre sua própria saú<strong>de</strong>. Sendo assim,<br />

torna-se imprescindível aos alunos <strong>de</strong> medicina ser inseridos nesse processo através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s práticas do internato. Objetivos:<br />

Inserir os internos do 5º ano <strong>de</strong> Medicina na comunida<strong>de</strong> em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção à saú<strong>de</strong>. Métodos: Foram realizadas oficinas sob a<br />

coor<strong>de</strong>nação das psicólogas do projeto, seguindo as etapas <strong>de</strong> sensibilização das discentes e construção do trabalho grupal. Foram buscadas<br />

estratégias <strong>de</strong> facilitação <strong>de</strong> grupo para o aquecimento, a condução e a conclusão do tema a ser abordado com os alunos do ensino<br />

médio <strong>de</strong> uma escola pública. Resultados: As discentes relataram que pu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>senvolver e/ou adquirir habilida<strong>de</strong>s, tais quais: <strong>de</strong>sinibição;<br />

condução <strong>de</strong> trabalhos grupais; utilização <strong>de</strong> métodos diversos e a<strong>de</strong>quação da linguagem para permitir a abordagem do<br />

tema <strong>de</strong>ntro do contexto sociocultural dos adolescentes da comunida<strong>de</strong>, motivando a atenção dos mesmos; criação <strong>de</strong> espaço para diálogo<br />

(dúvidas e relatos <strong>de</strong> experiência); condução do tema <strong>de</strong> acordo com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada grupo <strong>de</strong> alunos e utilização <strong>de</strong> roupas<br />

comuns ao invés <strong>de</strong> jalecos para facilitar a aproximação com os adolescentes. Conclusões: Sentiu-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações educativas<br />

em saú<strong>de</strong>, na comunida<strong>de</strong>, promovidas pela universida<strong>de</strong>. Estas <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong> comunicação e diálogo, para atingir o ser humano<br />

inserido em sua realida<strong>de</strong> histórica, pois somente motivado e capacitado po<strong>de</strong>rá incorporar novos significados, valores e práticas para<br />

melhorar sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Por isso, torna-se <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia a orientação e a experiência dos alunos do internato em facilitar<br />

grupos, pois assim ambas as partes saem ganhando: a comunida<strong>de</strong>, promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a universida<strong>de</strong>, engajamento.<br />

Chances <strong>de</strong> Aprendizagem na Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família: Analisando o Internato no<br />

Curso Médico da UFAL<br />

Cavalcante, J.K. 19<br />

Taveira, M.G.M.M 19<br />

Tenório, M.N.R 19<br />

Cavalcanti, S.M.S 19<br />

Introdução: As transformações da educação superior, a partir da homologação das diretrizes curriculares nacionais para os cursos<br />

<strong>de</strong> graduação da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pelo Ministério da Educação, em consonância com as transformações em curso no sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

fundamentadas na reforma sanitária apontaram uma nova proposta para a formação profissional na área da saú<strong>de</strong>. Para aten<strong>de</strong>r as essas<br />

mudanças curriculares <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007 a UFALinseriu os alunos do 5º ano <strong>de</strong> Medicina na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção básica através do internato na<br />

estratégia saú<strong>de</strong> da família, no município <strong>de</strong> Maceió, em 19 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivo: avaliar o internato na estratégia saú<strong>de</strong> da família<br />

ofertado no 5º ano da FAMED/UFAL. Metodologia: Estudo qualitativo, técnica <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> conteúdo <strong>de</strong> 80 diários <strong>de</strong> campo<br />

18 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

19 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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dos alunos sorteados no início e final do internato. Categorias propostas: pontos positivos, pontos negativos, chances <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

Sujeitos: 40 alunos. Resultados: Foram encontradas 128 chances <strong>de</strong> aprendizagem, sendo 33% relacionadas à Saú<strong>de</strong> Coletiva, 48% à<br />

prática médica e 19% à gestão. Pontos positivos mais citados: percepção direta da realida<strong>de</strong> da população usuária do SUS, valorização<br />

daatençãobásicacomoespaçoprofissionaleconhecimentodoperfilepi<strong>de</strong>miológico local. Pontos negativos: <strong>de</strong>ficiência na segurança<br />

local, estrutura física ina<strong>de</strong>quada, insumos e equipamentos insuficientes. Conclusão: A experiência aponta soluções promissoras para<br />

fortalecer a formação <strong>de</strong> profissionais mais sintonizados com as necessida<strong>de</strong>s do país. Os estudantes integram-se às equipes <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

da Família, <strong>de</strong>senvolvem novas habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s necessárias à prática médica na atenção primária e colaboram no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s, sob orientação direta dos preceptores e supervisores.<br />

Integração Inter-institucional para o Internato na Re<strong>de</strong> SUS-Bahia<br />

Gue<strong>de</strong>s, J. C. 20<br />

Introdução: O internato das várias escolas da Bahia tem utilizado os mesmos serviços do SUS, porém não há interlocução das<br />

escolas entre si e com gestores SUS, para programação unificada. Competitivida<strong>de</strong> e priorização da viabilida<strong>de</strong> sobre qualida<strong>de</strong> pelas<br />

diferentes escolas ameaçam a concretização <strong>de</strong> um internato que reforce o SUS e atinja as competências previstas nas Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais. Objetivos: Descrever as necessida<strong>de</strong>s e a estratégia concebida para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistema unificado para planejamento,<br />

execução, e avaliação do internato no SUS. Explicitar dificulda<strong>de</strong>s encontradas e soluções adotadas na busca <strong>de</strong> interlocução<br />

compreen<strong>de</strong>ndo as várias escolas e os gestores SUS. Compartilhar experiências vividas até o momento na tentativa <strong>de</strong> construção<br />

<strong>de</strong> Fóruns Estaduais <strong>de</strong> Internato para diagnóstico das condições e planejamento do Internato no SUS. Métodos: As necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interlocução<br />

entre os diferentes atores envolvidos para a construção do Internato Unificado no SUS-Bahia foram apresentadas e discutidas<br />

nas sessões presenciais do Projeto FAIMER, com os participantes e facilitadores, em Fevereiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Estabeleceu-se como estratégia<br />

a execução <strong>de</strong> fóruns estaduais do internato, com utilização <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> planejamento e convencimento, as quais vêm sendo<br />

seguidas e adaptadas conforme as necessida<strong>de</strong>s do processo. Resultados: Obtiveram-se aprovações formais da Congregação e do Colegiado<br />

da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Bahia-UFBA; do Secretário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Estado; dos diretores e preceptores dos dois maiores hospitais.<br />

Iniciou-se uma programação pedagógica pactuada, porém não conjunta, entre as duas maiores escolas, em um <strong>de</strong>sses hospitais.<br />

Realizou-se o primeiro Seminário Introdutório ao Internato na UFBA, com a presença <strong>de</strong> gestores e preceptores SUS, Conselho Regional<br />

<strong>de</strong> Medicina e profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ao qual compareceram 98% dos estudantes da UFBAque farão internato em <strong>2009</strong>.2, discutindo-se<br />

temas éticos e sociais. Diferenças inerentes entre as escolas públicas e privadas são obstáculos que precisam ainda ser transpostos.<br />

A Avaliação da Implantação do Internato em Atenção Primária no Sertão <strong>de</strong> São Francisco<br />

Gomes, C.A.M 21<br />

Souza JR, I.F 21<br />

Caires, E.L.P 21<br />

Lima, G.B 21<br />

Barbosa, R.E.N 21<br />

Webster, P 21<br />

Introdução: As diretrizes curriculares discutem que a vantagem <strong>de</strong> o ensino enfocar a atenção primária, além da atuação generalista<br />

e multiprofissional própria <strong>de</strong>sta área, se dá pelo fato <strong>de</strong>ste campo aproximar o estudante dos problemas reais da população e<br />

apresentá-lo ao ambiente físico, cultural e familiar das pessoas assistidas. É nesse contexto que se inicia o internato <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> coletiva da<br />

primeira turma da UNIVASF (primeiro curso <strong>de</strong> medicina da região do semi-árido do São Francisco). Este relato apresenta esta formação<br />

em serviço analisando seus <strong>de</strong>safios. Objetivos: Este trabalho visa apresentar o mo<strong>de</strong>lo político pedagógico, os <strong>de</strong>safios e as metodologias<br />

<strong>de</strong> preceptoria para o internato em Atenção Primária. Outros enfoques são: analisar se a experiência estimulou a atitu<strong>de</strong> estudantil,<br />

a satisfação dos estudantes e melhoria do serviço. Métodos: Esse relato tem um caráter <strong>de</strong>scritivo, on<strong>de</strong> se utiliza a análise quali-<br />

20 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Salvador, BA, Brasil; FTC.<br />

21 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.<br />

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tativa, para alcançar os objetivos propostos e se propõe a compartilhar essa experiência pela análise dos relatórios dos estudantes, <strong>de</strong>scrição<br />

do projeto político-pedagógico e pela a avaliação do internato realizado ao longo do rodízio. Resultados: Observa-se neste estudo<br />

que os estudantes <strong>de</strong>senvolveram uma empatia com a comunida<strong>de</strong> e uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> com o território <strong>de</strong> atuação.<br />

As ativida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>scritas pelos internos, que facilitaram essa atitu<strong>de</strong> foram: a construção <strong>de</strong> casos clínicos, as visitas domiciliares meio e<br />

fim, a facilitação nas capacitações realizadas pela equipe, o acolhimento e as consultas ambulatoriais. Como pontos negativos foram relatados:<br />

reuniões <strong>de</strong> equipe extensas, pouco tempo livre para se <strong>de</strong>dicar aos estudos e pouca inserção com outros profissionais da USF.<br />

Conclusões: É evi<strong>de</strong>nte que os espaços <strong>de</strong> interação ensino-serviço são fundamentais para a formação do novo médico, para a melhoria<br />

do serviço e para a consolidação do SUS. O internato <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> coletiva apresenta novas metodologias <strong>de</strong> ensino e preceptoria que<br />

garantem tal qualificação.<br />

Internato da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Paraíba: Integração Ensino-Serviço e<br />

Articulação entre as Áreas <strong>de</strong> Formação<br />

Perez, E.P 22<br />

Sassi, A.P 22<br />

Toscano, C 22<br />

Beltrão, F.E.L 22<br />

Miranda, J.G.A 22<br />

Barbosa, M.D.S 22<br />

Introdução: Na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Paraíba (FCMPB) o internato ocorre com intensa interface com a re<strong>de</strong> Municipal<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> João Pessoa. Objetivos: Descrever e analisar a implantação do Internato da FCMPB. Metodologia: Descrição da organização<br />

do internato e análise dos documentos institucionais (regimento, resoluções do Colegiado <strong>de</strong> Curso, convênios). Resultados: O<br />

Internato da FCMPB está divido em cinco gran<strong>de</strong>s áreas, com 104 semanas <strong>de</strong> duração: Saú<strong>de</strong> Coletiva (com ativida<strong>de</strong>s junto a 25 Equipes<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família), Clinica Médica, Cirurgia, Pediatria e Ginecologia-Obstetrícia, essas últimas com ativida<strong>de</strong>s em enfermarias,<br />

urgência, UTI, ambulatório geral e <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s. Diante disso, dá-se a possibilida<strong>de</strong> ao interno compreen<strong>de</strong>r a complexida<strong>de</strong> dos<br />

serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Os estudantes iniciam o internato no Estágio <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva, consi<strong>de</strong>rado integrador e horizontal, com uma carga-horária<br />

intensiva nas primeiras 11 semanas e <strong>de</strong>pois uma carga-horária semanal para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um Projeto <strong>de</strong> Intervenção<br />

junto às Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> articulação com as outras quatro áreas, no intuito proporcionar ao interno a<br />

vivência/intervenção em toda re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidado e assistência, articuladamente. Conclusões: O Internato da FCMPB, no <strong>de</strong>senho proposto,<br />

vem conseguindo promover a articulação entre as diversas áreas <strong>de</strong> formação médica, garantindo um olhar para a realida<strong>de</strong> do<br />

sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> local, bem como do SUS <strong>de</strong> uma maneira geral. Algumas dificulda<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>safios vêm sendo encontradas, como a falta<br />

<strong>de</strong> estrutura em alguns cenários <strong>de</strong> prática, alguns preceptores sem formação docente, dificulda<strong>de</strong> em conciliar a agenda assistencial<br />

nas áreas <strong>de</strong> estágio com o projeto <strong>de</strong> intervenção e ativida<strong>de</strong> integradora do cuidado integral, tanto pela estrutura <strong>de</strong> alguns serviços<br />

como pela indisponibilida<strong>de</strong> do grupo <strong>de</strong> preceptores em construir a proposta. Oficinas e encontros <strong>de</strong> preceptores vêm sendo estimulados<br />

com o intuito <strong>de</strong> dirimir as dificulda<strong>de</strong>s efetivar as ações no internato.<br />

22 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Estágio em Saú<strong>de</strong> Coletiva do Internato da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Paraíba<br />

(FCMPB): Cuidado Integral e Articulação Multidisciplinar<br />

Sassi, A.P 23<br />

Oliveira, F.P 23<br />

Gomes, L.B 23<br />

Simon, E 23<br />

Figueiredo, A.M 23<br />

Introdução: Pensando na formação <strong>de</strong> um profissional generalista, humanista, e crítico-reflexivo como colocado nas diretrizes<br />

curriculares dos cursos <strong>de</strong> medicina, o Estágio <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva se coloca como eixo organizador do Internato da FCMPB. É um estágio<br />

horizontal nos 2 anos do internato. Objetivos: Descrever e analisar a experiência <strong>de</strong>sse Estágio. Método: Descrição das ativida<strong>de</strong>s<br />

do estágio e a análise dos documentos institucionais do internato. Resultados: O Estágio <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva do Internato da FCMPB está<br />

organizado em 11 semanas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s integrais, junto a 25 Equipes <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (ESF) <strong>de</strong> João Pessoa. Os internos, em duplas<br />

por equipe, acompanham todas as ativida<strong>de</strong>s nas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, tendo como preceptores os médicos e enfermeiros das ESF, realizam<br />

a cartografia do território on<strong>de</strong> estão atuando e problematizam, em portfólio semanal, situações i<strong>de</strong>ntificadas no estágio. Após o<br />

momento integral, é elaborado um projeto <strong>de</strong> intervenção que será executado, com as ESF, até o final do internato. Outra ativida<strong>de</strong> é a<br />

articulação com as áreas do internato, em encontros semanais junto aos rodízios <strong>de</strong> Clínica Médica, Cirurgia, Pediatria e Gineco-obstetrícia.<br />

Conclusões: Essa organização do estágio proporciona uma visão global da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidado no Município, procurando estabelecer<br />

um olhar centrado no paciente-usuário. A elaboração do Projeto <strong>de</strong> Intervenção serve para potencializar a ação da equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

em problemas mais críticos da prática cotidiana. Algumas dificulda<strong>de</strong>s vêm sendo encontradas nesse processo, como a não formação<br />

docente dos preceptores nas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família, a dificulda<strong>de</strong> em acompanhar e orientar todos os projetos <strong>de</strong> intervenção, o<br />

choque <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s ou repetição das mesmas na ação <strong>de</strong> articulação com as outras áreas. Diante disso, vem-se discutindo a ampliação<br />

do Estágio para 25 semanas, com inclusão <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> Pediatria, Gineco-obstetrícia e Clínica Médica <strong>de</strong> forma mais integrada e intensa.<br />

O Internato Atual Tradicional e a Construção <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>lo A<strong>de</strong>quado à Educação<br />

Problematizadora<br />

MHSenger 24<br />

Polimeno, MCAM 24<br />

Polimeno, NC 24<br />

Introdução: Com a implantação do novo Projeto Pedagógico e consoante com seus princípios consi<strong>de</strong>rou-se importante avaliar<br />

o internato. Objetivos: Fazer uma pesquisa <strong>de</strong> opinião com os alunos que estão cursando o 5º e o 6º ano para obter dados que possibilitem<br />

re-orientar o internato se necessário. Métodos: Pesquisa <strong>de</strong> opinião com 121 alunos. No instrumento utilizado solicitava-se que os<br />

estudantes apontassem pontos positivos, negativos e sugestões <strong>de</strong> melhoria, referentes aos estágios cursados até o final do 1º semestre<br />

<strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Resultados: Tanto os pontos positivos como os negativos estão relacionados a três temáticas: a qualida<strong>de</strong> dos professores, a organizaçãoeoscenários<strong>de</strong>prática.Osrespon<strong>de</strong>ntesconsi<strong>de</strong>raram<br />

que o bom professor é aquele que provê uma boa relação entre teoria/prática<br />

e avalia com coerência, está sempre presente e mostra-se interessado pela aprendizagem dos alunos. Afalta <strong>de</strong>ssas qualida<strong>de</strong>s<br />

nos docentes é o ponto negativo do internato. Em relação ao item organização foi valorizado o cumprimento dos horários. As faltas,<br />

a falta <strong>de</strong> paciência para ensinar e a falta <strong>de</strong> protocolos <strong>de</strong> conduta foram consi<strong>de</strong>rados pontos negativos. Em relação aos cenários <strong>de</strong><br />

prática, os pontos positivos referem-se à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter acesso a cenários diferentes e <strong>de</strong> ter contato com os pacientes, o ponto negativo<br />

é que mesmo tendo esse contato, em alguns casos os estudantes só assistem. Para os respon<strong>de</strong>ntes falta oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> praticar.<br />

Conclusões: Organizar internato apropriado aos estudantes que vivenciam a educação problematizadora constitui-se num gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio,<br />

pois exige rever os cenários <strong>de</strong> prática e sua organização para garantir que o estudante seja o protagonista das ações, capacitar os<br />

professores como educadores e facilitadores da aprendizagem dos estudantes e exigir <strong>de</strong>les atitu<strong>de</strong>s éticas e finalmente envolver a gestão<br />

da escola na concretização <strong>de</strong>sses objetivos.<br />

23 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

24 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

381<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Participação dos Alunos do Internato do 5º Ano <strong>de</strong> Medicina na Saú<strong>de</strong> Ocular dos<br />

EstudanteS Da Escola <strong>de</strong> Ensino Fundamental Francisco <strong>de</strong> Mello, Maceió – AL<br />

Me<strong>de</strong>iros, P.M. 25<br />

Alves, E.C25 Ferro, G.B.R25 França, L.K.L25 Jacó, M.B25 Tenório, M.N.R25 Introdução: As alterações visuais são importantes causas <strong>de</strong> evasão e repetência escolar. Em nosso país, 30% das crianças apresentam<br />

problemas <strong>de</strong> refração, interferindo em seu <strong>de</strong>sempenho escolar. O teste <strong>de</strong> acuida<strong>de</strong> visual é um meio preventivo que tem<br />

como intuito impedir a progressão <strong>de</strong> oftalmopatias, tornando possível corrigir os vícios <strong>de</strong> refração. Objetivos: Rastrear problemas visuais<br />

associados à refração nos alunos matriculados na Escola Estadual <strong>de</strong> Ensino Fundamental Francisco <strong>de</strong> Mello; garantir a referência<br />

para o serviço especializado, nos casos que necessitarem <strong>de</strong> intervenções oftalmológicas. Metodologia: Foi realizada triagem oftalmológica<br />

pelos alunos do internato do 5º ano <strong>de</strong> Medicina em 255 crianças da escola, aplicando a<strong>de</strong>quadamente a Tabela <strong>de</strong> Snellen, no<br />

período <strong>de</strong> fevereiro a junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Consi<strong>de</strong>rou-se déficit <strong>de</strong> acuida<strong>de</strong> visual valores menores ou iguais a 0,7. Resultados: 57,6% das<br />

crianças avaliadas eram do sexo masculino; 42,4%, do sexo feminino. 3,1% dos alunos apresentaram redução da acuida<strong>de</strong> visual apenas<br />

no olho direito e 5,4% apenas no olho esquerdo. 4,3% apresentaram alterações em ambos os olhos. 18% dos avaliados necessitavam <strong>de</strong><br />

consulta oftalmológica. Conclusão: Apresença do aluno do internato inserido na equipe proporcionou a ampliação dos serviços prestados,<br />

como também a implantação <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> pesquisa na unida<strong>de</strong>. Diante dos problemas visuais dos alunos, reforça-se a importância<br />

da inserção da universida<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong>. No momento em que se procura expandir e solidificar a relação teórico-prática, o ensino<br />

em cenários reais assume gran<strong>de</strong> relevância e po<strong>de</strong> ser usado para engran<strong>de</strong>cer as chances <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

Análise <strong>de</strong> Ações <strong>de</strong> Planejamento Familiar Promovidas por Doutorandos Dentro do<br />

Internato em uma USF <strong>de</strong> Maceió<br />

Tenório, R.B. 26<br />

Alves, E.C 26<br />

Ferro, G.B.R 26<br />

França, L.K.L 26<br />

Jacó, M.B 26<br />

Tenório, M.N.R 26<br />

Introdução: Dentro do internato, a Atenção Básica, nos coloca em contato com uma gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usuários. ASaú<strong>de</strong> da<br />

Mulher é uma importante área <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste estágio. É fundamental conhecer as patologias que mais freqüentemente<br />

as acometem e os meios <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e prevenção <strong>de</strong> tais doenças. Objetivos: Fazer um perfil das usuárias da USF Robson Cavalcante<br />

<strong>de</strong> Melo, situada na periferia <strong>de</strong> Maceió, durante o período do estágio (1° semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>). Método: Aplicação <strong>de</strong> questionário<br />

as pacientes, indagando-as a respeito da Citologia Cérvico-Oncóntica (CCO), mamografia, DSTs, contraceptivos e sexarca.<br />

Resultados: Foram entrevistadas 185 mulheres com ida<strong>de</strong> entre 12 e 51 anos. A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> da 1ª CCO foi 20,7 anos. 48% <strong>de</strong>las a fazem<br />

regularmente. Das 34 mulheres entrevistadas acima <strong>de</strong> 40 anos, apenas nove nunca fizeram mamografia. Aida<strong>de</strong> média da sexarca<br />

foi 15,8 anos. 23,2% das entrevistadas nunca usaram camisinha. 71,8% fazem ou já fizeram uso <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong> anticoncepcional.<br />

19,4% tem história <strong>de</strong> DST, sendo as mais prevalentes sífilis, tricomoníase e HPV. 44,3% já haviam feito laqueadura tubária com média<br />

<strong>de</strong> 25,4 anos. Conclusão: Com a inserção <strong>de</strong> doutorandos nas USF é possível familiarizar-se com os principais protocolos utilizados na<br />

Saú<strong>de</strong> da Mulher, bem como participar <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong> planejamento familiar com estas mulheres, as quais são convidadas, na USF Robson<br />

Melo, a participarem periodicamente. Constatamos que estas reuniões tem surtido efeito, pois estas mulheres <strong>de</strong>monstraram conhecimento<br />

sobre os diversos métodos contraceptivos, ressaltando que mais <strong>de</strong> 70% referiram utilizar com freqüência a camisinha, apesar<br />

<strong>de</strong> ainda se manterem altos os casos <strong>de</strong> DSTs.<br />

25 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

26 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

382<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Os 32 Anos <strong>de</strong> Internato Rural da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFMG<br />

Ferrão, E.O.F. 27<br />

Cury, G.C 27<br />

Radicchi, A.L.A 27<br />

<strong>de</strong> Melo, E.M 27<br />

Ricardo, B.F.P 27<br />

Lazarini, R.F 27<br />

Introdução: em <strong>2009</strong> o IIR da FM/UFMG completou 32 anos ininterruptos <strong>de</strong> existência. Já cursaram esta disciplina do 11º período<br />

do Curso Médico aproximadamente 108.000 estudantes, que durante 3 meses estagiaram e moraram em cida<strong>de</strong>s do Estado <strong>de</strong><br />

Minas Gerais. Objetivos: o IR é disciplina obrigatória da graduação em Medicina da UFMG.É <strong>de</strong>senvolvido em rodízios trimestrais sucessivos,<br />

durante 365 dias por ano.É um programa <strong>de</strong> ensino que oferece aos estudantes a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong> perto as relações<br />

entre Medicina e Socieda<strong>de</strong>, vinculando a aprendizagem aos Serviços Públicos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Materiais: foram utilizados pesquisa<br />

qualitativa <strong>de</strong> avaliação da Disciplina e os relatórios finais confeccionado por cada interno, contemplando fotos, experiências, <strong>de</strong>poimentos<br />

da população, <strong>de</strong>poimentos dos professores e profissionais da saú<strong>de</strong> dos municípios. Resultados: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeiros tempos<br />

<strong>de</strong> trabalho no Internato Rural, tem-se lidado constantemente com uma situação complexa on<strong>de</strong> se entrelaçam o po<strong>de</strong>r nos seus vários<br />

espaços políticos e sociais, os interesses econômicos individuais e sistêmicos, o funcionamento e organização dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, as<br />

<strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população e as formas <strong>de</strong> solução que ela engendra, têm-se perguntado como é possível a formulação <strong>de</strong> políticas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> capazes <strong>de</strong> garantir, duradouramente, a satisfação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s legítimas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da nossa população. Conclusões:<br />

<strong>de</strong>ssaforma,arelaçãoentresaú<strong>de</strong>e<strong>de</strong>mocraciaseimpõee<strong>de</strong>formainerente. Não <strong>de</strong>mocracia do voto apenas, mas processo radical <strong>de</strong><br />

participação em que os cidadãos, no exercício da sua autonomia política, imprimam nas propostas adotadas a marca da sua vonta<strong>de</strong>,<br />

das suas aspirações, necessida<strong>de</strong>s e preferências. Po<strong>de</strong>-se dizer que nestes 32 anos a interação Universida<strong>de</strong> - Municípios têm<br />

produzido frutos importantes para a construção do SUS.<br />

Comparação da Percepção dos Acadêmicos da Primeira e Terceira Turma sobre o Internato<br />

Regional<br />

HAEFFNER,L.S.B. 28<br />

DA SILVA, A.K28 FARENZENA, G28 BUDEL, F28 SANTOS, F.G28 WEINMANN, A.R.M. 28<br />

Introdução: A inclusão do Internato Regional (aos mol<strong>de</strong>s do Internato Rural) no Curso <strong>de</strong> Medicina está pautada no <strong>de</strong>slocamento<br />

do eixo central do ensino médico da idéia exclusiva da enfermida<strong>de</strong> para a promoção da saú<strong>de</strong>, com ênfase na Atenção Primária,<br />

o que propicia: compreen<strong>de</strong>r e enfrentar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população, ampliar os cenários <strong>de</strong> prática, favorecendo a autonomia<br />

dos estudantes. Objetivos: Comparar a percepção dos acadêmicos da primeira e terceira turma pós-reforma curricular sobre o internato<br />

regional. Métodos: O estudo foi quantitativo, transversal e <strong>de</strong>scritivo, com avaliação feita por meio <strong>de</strong> questionários <strong>de</strong> autopreenchimento,<br />

realizado no final do internato regional por 38 e 17 acadêmicos, respectivamente da primeira e terceira turma pós-reforma<br />

curricular. Utilizou-se a análise bivariada, aplicando-se o teste <strong>de</strong> qui-quadrado e o teste exato <strong>de</strong> Fisher. Resultados: Preencheram o<br />

questionário 73% dos alunos da primeira turma e 34% da terceira. Um percentual maior da terceira turma (94,1%) referiu que o internato<br />

regional permitiu tomar condutas eficientes e coerentes com a realida<strong>de</strong> da população assistida (p


prática-ensino-aprendizagem em atenção primária à saú<strong>de</strong>, pelos alunos da terceira turma, inclusive sentindo-se mais resolutivos no<br />

atendimento a população. Isso reafirma o contrato social entre a escola médica e a socieda<strong>de</strong>, bem como contribui na formação humana,<br />

pessoal e profissional dos futuros médicos.<br />

Análise do Estágio Rural da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas –<br />

UFAL<br />

Taveira, M.G.M.M. 29<br />

Cavalcante, J.K. 29<br />

Cavalcanti, S.M.S. 29<br />

Tenório, M.N.R 29<br />

INTRODUÇÃO: As diretrizes curriculares publicadas em 2001 orientam para uma formação generalista e humanista do médico,<br />

capaz <strong>de</strong> atuar como promotor <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> integral do ser humano e com senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social. Durante a reformulação do<br />

PPP–FAMED/UFAL trabalhou-se para que o currículo aten<strong>de</strong>sse as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso <strong>de</strong> Medicina. O Internato<br />

Rural Obrigatório é ofertado há 35 anos e atualmente funciona em sete municípios, durante 56 dias, na Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família,<br />

on<strong>de</strong> os estagiários conhecem o funcionamento da SMS, a referência, e ainda participa <strong>de</strong> reuniões administrativas. OBJETIVO:<br />

Analisar o estágio rural do 6º ano da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFAL. METODOLOGIA: Pesquisa qualitativa, analisando o conteúdo<br />

(metodologia, avaliação <strong>de</strong> aprendizagem e consi<strong>de</strong>rações finais) dos relatórios. Dos 80 relatórios finais apresentados pelos alunos<br />

como avaliação do estágio, foram selecionados aleatoriamente 15, dos 07 municípios on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolve o estágio. RESULTADOS:<br />

Dos 15 relatórios avaliados, 11 (73%) contextualizaram os municípios na situação sócio-econômico-<strong>de</strong>mográfica, sanitária, epi<strong>de</strong>miológica<br />

e organizacional; 15 (100%) <strong>de</strong>screveram as ativida<strong>de</strong>s realizadas em atenção básica, 06 (40%) ativida<strong>de</strong>s hospitalares <strong>de</strong> urgência,<br />

03 (20%) SAMU; em relação à avaliação <strong>de</strong> aprendizagem, dos 15 relatórios, 12 alunos elencaram pontos positivos e 08, pontos negativos;<br />

12 <strong>de</strong>screveram as intervenções realizadas, 11 sugeriram intervenções; nas consi<strong>de</strong>rações finais 13 (86%) apontaram o PSF como<br />

porta <strong>de</strong> entrada do SUS, 07 (46%) fizeram a correlação do perfil epi<strong>de</strong>miológico com a realida<strong>de</strong> sócio-econômica da população, e 10<br />

(66%) compreen<strong>de</strong>ram a visão da clínica ampliada na atenção básica. CONCLUSÃO: As discussões atuais voltadas para o internato<br />

referem-se ao sistema <strong>de</strong> avaliação no qual se busca abordar não apenas aspectos cognitivos da aprendizagem, mas também as<br />

habilida<strong>de</strong>s e competências que se espera do futuro médico. Diante dos resultados <strong>de</strong>scritos percebe-se que o interno consegue adquirir<br />

segurança na aplicabilida<strong>de</strong> da clínica ampliada.<br />

Internato <strong>de</strong> Medicina Social em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família do Município <strong>de</strong> Porto Alegre<br />

Trinda<strong>de</strong>, T. G. 30<br />

Gonçalves, M. R 30<br />

Harzheim, E 30<br />

Introdução: o internato em medicina social, ainda se apresenta na maioria das escolas médicas em formatos variados <strong>de</strong> organização,<br />

tempo <strong>de</strong> estágio e preceptoria. Busca-se um estágio em que o doutorando vivencie plenamente a Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família<br />

(ESF), com preceptoria constante exercendo o papel <strong>de</strong> “role mo<strong>de</strong>ling” da especialida<strong>de</strong>. De modo que o mesmo atinja o mínimo <strong>de</strong><br />

competências necessárias para exercer a profissão na ESF <strong>de</strong> maneira resolutiva. Objetivo: Descrever a experiência <strong>de</strong> atendimentos realizados<br />

por internos <strong>de</strong> uma faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina fe<strong>de</strong>ral em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USF) no município <strong>de</strong> Porto Alegre.<br />

Métodos: Ointernatoemmedicinasocialocorreemumperíodo<strong>de</strong>3meses,emquecada2a3<strong>de</strong>doutorandosrealizamoestágioem<br />

uma USF. Foi procedida uma avaliação do estágio e dos atendimentos no período <strong>de</strong> 1 ano (junho <strong>de</strong> 2007 a julho 2008) em 2 USF, em que<br />

se observou 4 rodízios <strong>de</strong> doutorandos, por seus preceptores locais, que à época eram tanto médicos das equipes como professores<br />

substitutos <strong>de</strong>sta faculda<strong>de</strong>. Resultados: foram realizados 7620 atendimentos aos usuários, <strong>de</strong>stes 70% eram do sexo feminino, com<br />

média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 36,4 anos; sendo 98% das consultas realizadas nas unida<strong>de</strong>s e 2% no domicílio. Verificou-se uma gran<strong>de</strong> variabilida-<br />

29 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

30 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> <strong>de</strong> problemas apresentados po<strong>de</strong>ndo os doutorandos <strong>de</strong>senvolver suas competências em abordagens <strong>de</strong> problemas agudos e crônicos,<br />

nas diversas fases do ciclo vital, e sobretudo problemas comuns. Contudo a limitação <strong>de</strong> insumos, métodos diagnósticos e terapêuticos<br />

traz uma redução na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma abordagem mais integral e resolutiva. Conclusão: o formato <strong>de</strong>ste internato mostrou-se<br />

satisfatório no ganho <strong>de</strong> competências, possibilitando a formação <strong>de</strong> um profissional mais a<strong>de</strong>quado às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da<br />

população. Contudo faz-se necessário ainda o aperfeiçoamento <strong>de</strong>stes cenários <strong>de</strong> prática.<br />

Problematização como Método <strong>de</strong> Ensino Aprendizagem no Estágio Supervisionado do<br />

Curso Médico: Fragilida<strong>de</strong>s e Fortalezas da Implementação<br />

Bechara, R.N. 31<br />

Ricardo, D. R 31<br />

Teixeira,L.S 31<br />

Pereira, S.R.M 31<br />

Duarte, M.C.31<br />

Silva, R.H.A. 32<br />

Introdução: Segundo a resolução CNE/CES Nº 4, 7/11/2001 são objetivos do internato médico oferecer “formação generalista, humanista,<br />

crítica e reflexiva, capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>-doença em seus diferentes níveis <strong>de</strong> atenção,<br />

com ações <strong>de</strong> promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saú<strong>de</strong>, na perspectiva da integralida<strong>de</strong> da assistência, com senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

social e compromisso com a cidadania, como promotor da saú<strong>de</strong> integral do ser humano”. Na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas<br />

e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora esta vivência está alicerçada no método pedagógico da problematização (Bor<strong>de</strong>nave & Pereira, 1991). A escolha<br />

<strong>de</strong>sta estratégia tem como objetivo formar profissionais aptos ao exercício da medicina, capazes <strong>de</strong> continuar a apren<strong>de</strong>r a apren<strong>de</strong>r para toda<br />

vida com visão ética, humanística e responsabilida<strong>de</strong> social que são qualida<strong>de</strong>s importantes na construção do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Objetivos:<br />

realizar uma reflexão da implantação da problematização no internato médico <strong>de</strong>stacando as principais fragilida<strong>de</strong>s e fortalezas do<br />

processo. Métodos: Tratou-se <strong>de</strong> uma análise <strong>de</strong> pesquisa avaliativa utilizando abordagens <strong>de</strong> pesquisa qualitativa (MINAYO; SANCHES,<br />

1993). Resultados: a problematização vem sendo utilizada como estratégia <strong>de</strong> ensino visando à formação <strong>de</strong> profissionais mais críticos, reflexivos,capazes<strong>de</strong>trabalharemequipee<strong>de</strong>apren<strong>de</strong>remjuntos.Paraissoforam<br />

analisados qualitativamente os instrumentos <strong>de</strong> avaliação<br />

preenchidos pelos estudantes que <strong>de</strong>stacaram as principais fragilida<strong>de</strong>s e fortalezas do processo. Foi possível verificar os seguintes aspectos:<br />

a) a problematização como estratégia <strong>de</strong> formação; b) o docente como supervisor das ativida<strong>de</strong>s; c) os cenários <strong>de</strong> atenção primária como<br />

campo <strong>de</strong> atuação; d) a avaliação como momento <strong>de</strong> aprendizagem. Conclusões: a utilização da problematização possibilitou um internato<br />

mais participativo, com uma visão mais crítica do estudante sobre os processos educacionais e <strong>de</strong> atendimento da população além <strong>de</strong> favorecer<br />

um momento sistematizado <strong>de</strong> estudo individual e em grupo.<br />

31 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

32 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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O Internato Médico nos Currículos Baseados em Metodologias Ativas <strong>de</strong><br />

Ensino-aprendizagem<br />

Siqueira-Batista, R. 33<br />

Nascimento, V.F. 34<br />

Gomes, A.P34 Costa, J.R.B34 Arcuri, M.B34 Costa, R.R. 34<br />

Introdução: O internato é uma importante etapa da formação médica, momento no qual o estudante <strong>de</strong> medicina tem a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> colocar em prática seu aprendizado prévio, bem como estabelecer conceitos e aprofundar conteúdos que terão impacto na<br />

atuação profissional vindoura. Trata-se, <strong>de</strong> acordo com a Resolução nº 9, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1983, <strong>de</strong> “[...] um período obrigatório <strong>de</strong> ensino-aprendizagem<br />

com características especiais, livre <strong>de</strong> disciplinas acadêmicas, durante o qual o estudante do curso <strong>de</strong> graduação em<br />

medicina, <strong>de</strong>ve receber treinamento intensivo, contínuo, sob supervisão docente, em instituição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> vinculada, ou não, à escola<br />

médica”. Com a instituição <strong>de</strong> currículos baseados em metodologias ativas <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, faz-se necessário o estabelecimento<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los a<strong>de</strong>quados ao perfil do egresso. Objetivos: relatar a experiência da construção do novo internato do Curso <strong>de</strong> Graduação<br />

em Medicina do UNIFESO. Métodos: Foram realizadas 12 oficinas para a construção coletiva do internato, a qual contou com<br />

ampla participação docente, discente, dos gestores da instituição e dos trabalhadores da saú<strong>de</strong>. Resultados: Onovomo<strong>de</strong>lotempor<br />

base (1) a aprendizagem significativa, (2) a indissociabilida<strong>de</strong> entre teoria e prática, (3) o respeito à autonomia do estudante, (4) o trabalho<br />

em equipe, (5) a formação permanente, (6) construção do conhecimento e (7) a continuida<strong>de</strong> do cuidado. Divi<strong>de</strong>-se em três dimensões:<br />

Saú<strong>de</strong> da família, Saú<strong>de</strong> da mulher, da criança e do adolescente e Saú<strong>de</strong> do adulto e do idoso, nas quais o discente po<strong>de</strong>rá exercitar<br />

o cuidado ao sujeito nos diferentes cenários. O interno, neste âmbito, cuida dos pacientes, aprimorando aptidões nos laboratórios <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s<br />

e morfofuncional, bem como nas oficinas <strong>de</strong> discussão <strong>de</strong> casos clínicos. Conclusões: Para a mudança no internato médico –<br />

em um contexto <strong>de</strong> transformação curricular –, torna-se premente a construção coletiva e pactuada, envolvendo os diversos cenários<br />

institucionais e o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> local.<br />

O Desafio da Inserção dos Internos nas Equipes De Saú<strong>de</strong> da Família do Município <strong>de</strong><br />

Passo Fundo/ RS<br />

SCHERER, J.I. 35<br />

BARELLI, C. 35<br />

ARAÚJO, E.L.35<br />

BRUNING, G.E. 36<br />

ROSA FILHO, L.A. 35<br />

MANZATO, L.C. 35<br />

Introdução: O estágio curricular obrigatório <strong>de</strong> treinamento em serviço, em regime <strong>de</strong> internato, é uma etapa integrante da formação<br />

médica que consiste em ativida<strong>de</strong>s realizadas em serviço, sob supervisão profissional direta. As DCN <strong>de</strong>terminam que estas ativida<strong>de</strong>s, eminentemente<br />

práticas, incluam a Saú<strong>de</strong> Coletiva, nos diferentes níveis <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> do SUS. Aintegração da escola médica com o serviço<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a comunida<strong>de</strong>, num mo<strong>de</strong>lo pedagógico efetivo ainda representa <strong>de</strong>safios no <strong>de</strong>senvolvimento curricular. Objetivos: Relatar a<br />

experiência ocorrida no início da implementação do internato em Saú<strong>de</strong> Coletiva (ISC) <strong>de</strong> uma faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina do RS. Métodos: O<br />

resgate histórico do 1ºano <strong>de</strong> implementação do ISC, em 2008, foi realizado pela análise <strong>de</strong> documentos, consulta ao sistema informatizado<br />

da faculda<strong>de</strong> e entrevista com informantes-chave (docentes e discentes). As informações foram analisadas tendo como referenciais teóricos a<br />

proposta pedagógica do curso e as DCN. Resultados: O ISC compunha um módulo único <strong>de</strong> 1200h, envolvendo também as áreas <strong>de</strong> clínica<br />

33 Centro Universitário Serra dos Órgãos. Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação, Ciência e Tecnologia, Teresópolis, RJ, Brasil.<br />

34 Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ, Brasil.<br />

35 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

36 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo. Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

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médica, pediatria, ginecologia/obstetrícia e cirurgia. Cinqüenta e cinco alunos passaram pelo internato, em 07 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, supervisionados<br />

semanalmente por 02 docentes. Apenas 03 médicos das equipes tinham vinculo docente com a faculda<strong>de</strong>. A avaliação do funcionamento<br />

do ISC se <strong>de</strong>u em dois momentos, reunindo docentes e internos. O produto final elaborado pelos internos foi projetos <strong>de</strong> pesquisa colaborativos,<br />

com ênfase na atenção básica. Também ocorreram encontros <strong>de</strong> educação continuada mensais para os médicos e enfermeiros das<br />

equipes que acolheram os alunos, em temáticas <strong>de</strong>finidas por eles. Conclusões: O único aspecto <strong>de</strong> infra-estrutura física <strong>de</strong>stacado como essencial<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s foi a segurança das unida<strong>de</strong>s/equipes. O vinculo do preceptor como professor da faculda<strong>de</strong><br />

não interferiu no seu <strong>de</strong>sempenho, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que este fosse comprometido com sua equipe/comunida<strong>de</strong>. Desafio futuro imediato? Integrar a<br />

área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> coletiva com as <strong>de</strong>mais integrantes do módulo.<br />

Avaliação Do Estágio Supervisionado em Clínica Cirúrgica por Estudantes da UFG Em<br />

2007 e 2008<br />

Me<strong>de</strong>iros, K. B. 37<br />

Costa, N.M.S.C. 37<br />

Moraes, V. A. 37<br />

Pereira, E. R. S. 37<br />

Sugita,D.M. 37<br />

Rocha, R. S. P. 37<br />

Introdução: Em 2003 foi adotado um novo currículo <strong>de</strong> Medicina na UFG, com aumento da duração dos Estágios Supervisionados e<br />

dos cenários <strong>de</strong> práticas. O Internato foi ampliado <strong>de</strong> 10 para 23 meses, buscando aperfeiçoamento dos conhecimentos práticos e maior participação<br />

dos estudantes nos diferentes níveis <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>. O Estágio em Clínica Cirúrgica foi reformulado para aten<strong>de</strong>r às novas propostas<br />

<strong>de</strong> ensino e ocorre no quinto e sexto anos. No quinto, tem duração <strong>de</strong> quatro semanas e ocorre numa instituição terciária, não vinculada à<br />

UFG. Objetivos: Avaliar através dos discentes o Estágio em Clínica Cirúrgica realizado na quinta série em 2007 e 2008. Métodos: Foi realizado<br />

um estudo <strong>de</strong>scritivo <strong>de</strong> corte transversal. O instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados foi um questionário com questões abertas e fechadas. Aanálise<br />

dos resultados utilizou software Epi Info 3.4. Resultados: Os questionários foram respondidos por 18 (2007) e 25 (2008) estudantes. Houve<br />

satisfação da maioria nos quesitos organização, carga horária e infra-estrutura <strong>de</strong>ste estágio. Afalta <strong>de</strong> preceptoria a<strong>de</strong>quada, com discussões<br />

efetivas, foi apontada como principal fator <strong>de</strong> insatisfação. Aorientação dos professores sobre temas complementares foi consi<strong>de</strong>rada razoável<br />

ou ruim por mais <strong>de</strong> 80% em ambos os anos, assim como a supervisão realizada, 55,5% (2007) e 60% (2008). Adisponibilida<strong>de</strong> dos preceptores<br />

foi uma dificulda<strong>de</strong> em ambas as turmas (77,8% e 68%). Os discentes consi<strong>de</strong>ram que não há uma supervisão a<strong>de</strong>quada da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Medicina neste estágio (70,6%, 2007 e 56%, 2008). Conclusões: Estes resultados retratam um momento <strong>de</strong> avaliação e po<strong>de</strong>m contribuir<br />

com ajustes precoces, necessários à proposta curricular. Os locais <strong>de</strong> estágio <strong>de</strong>vem oportunizar aos discentes lidar com problemas comuns<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e contar com profissionais capacitados para ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> supervisão. Para levar os alunos fora do Hospital Escola, a faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ve estar presente supervisionando e avaliando continuamente o ensino.<br />

37 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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Vivências No Internato <strong>de</strong> Medicina Preventiva da UNIVASF e a Utilização da Escala <strong>de</strong><br />

Risco<br />

Lima, G.B 38<br />

Barbosa, R.E.N. 38<br />

Caires, E.L.P38<br />

Ferreira Neto, J 38<br />

Santos, M.G.S 38<br />

Gomes, C.A.M 38<br />

Introdução: A escala <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> Coelho-Savassi modificada é uma ferramenta <strong>de</strong> avaliação da realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> familiar do<br />

território <strong>de</strong> abrangência <strong>de</strong> uma USF. Com base na ficha A, do Sistema <strong>de</strong> Informação da Atenção Básica (SIAB), este instrumento visa<br />

estabelecer priorida<strong>de</strong>s na Visita domiciliar (VD). Os internos <strong>de</strong> medicina preventiva da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Vale do São Francisco<br />

aplicaram essa escala em 277 famílias pertencentes à USF Dom Avelar, realizando, posteriormente, visita domiciliar meio às famílias<br />

<strong>de</strong> maior risco. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar as famílias <strong>de</strong> maior risco, através da análise <strong>de</strong> condições mórbidas, situações <strong>de</strong> moradia e escolarida<strong>de</strong><br />

e outros fatores que influenciam o processo saú<strong>de</strong>-doença, possibilitando aos internos a construção <strong>de</strong> um olhar próximo à realida<strong>de</strong><br />

da comunida<strong>de</strong>, no sentido <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a abordar <strong>de</strong> forma ampliada e singular cada situação vivenciada. Método: Utilizou-se<br />

como instrumentos as fichas A<strong>de</strong> duas microáreas, i<strong>de</strong>ntificando os seguintes eventos: condições referidas, doenças prioritárias e situações<br />

<strong>de</strong> riscos sociais e ambientais. Estratificou-se as famílias em risco 1, 2 e 3. Receberam VD as que obtiveram maior escore (risco 3).<br />

Resultados: Foram atualizadas e analisadas as fichas A <strong>de</strong> 277 famílias, das quais 25 foram classificadas como risco 3 (9,0%). Situações<br />

como relação morador/cômodo e analfabetismo correspon<strong>de</strong>ram aos principais fatores <strong>de</strong>terminantes do risco. Apesar <strong>de</strong> ser um instrumento<br />

válido, nessa comunida<strong>de</strong> apresentou lacunas, <strong>de</strong>ixando alguns casos com estratificação aquém do esperado, <strong>de</strong>vido à rigi<strong>de</strong>z<br />

dos riscos da escala. Conclusão: A VD meio relacionada à aplicação da escala tornou-se uma ação importante para a formação <strong>de</strong><br />

novas relações entre a USF, internos e famílias <strong>de</strong> maior risco. Observou-se um novo olhar sobre os princípios do SUS, em especial a<br />

equida<strong>de</strong> e a integralida<strong>de</strong>, estreitando as relações da prática médica, a<strong>de</strong>quando-as as necessida<strong>de</strong>s da população.<br />

38 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.<br />

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TEMA: RESIDÊNCIA MÉDICA E RESIDÊNCIA<br />

MULTIPROFISSIONAL<br />

O Surgimento do Preceptor: Visão <strong>de</strong> Dois Preceptores em Momentos <strong>de</strong> Experiência<br />

Diferentes<br />

Zibetti,G.C. 1<br />

Raposo,M.C.A 1<br />

Amancio, A. M 1<br />

Introdução: o médico se torna preceptor <strong>de</strong> residência médica sem um preparo didático-pedagógico, <strong>de</strong> forma intuitiva na prática<br />

médica aplicada ao ensino; no meio acadêmico, estes aspectos são mais nítidos, nos serviços assistenciais o papel <strong>de</strong> professor é do preceptor;<br />

no serviço <strong>de</strong> coloproctologia do hospital dos servidores/rj são dois preceptores, um com mais experiência e o outro iniciando nesta ativida<strong>de</strong>;<br />

suas experiências são relatadas através <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos que serão comparados as condutas utilizadas em tempos diferentes; proposta é<br />

dar continuida<strong>de</strong> nas outras clínicas . Objetivos: verificar se ao longo dos anos houve mudança para escolher preceptor; relatar motivações e<br />

dificulda<strong>de</strong>s; i<strong>de</strong>ntificar etapas que o médico passa ao se transformar preceptor; enumerar ativida<strong>de</strong>s que o médico utiliza para ensinar. Métodos:<br />

coleta <strong>de</strong> dados feita através <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos dos preceptores do serviço; foram realizados encontros para ouvir a opinião <strong>de</strong> dois médicos<br />

preceptores procurando registrar, a conduta <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les; um com pouca experiência e outro com bastante experiência. Resultados:<br />

não houve mudança na forma <strong>de</strong> escolher a preceptoria nos últimos anos, esta ativida<strong>de</strong> continua sendo uma vocação natural, sem preparo<br />

especial; é com gratificação que os preceptores acompanham o <strong>de</strong>senvolvimento e êxito profissional <strong>de</strong> seus orientandos e precisam estar<br />

bem informados e atualizados; ensinar exige ótima forma intelectual do orientador; sendo a residência modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> treinamento em<br />

serviço, as ativida<strong>de</strong>s médicas em hospital <strong>de</strong> ensino são oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> conhecimento. Conclusões: os preceptores do serviço<br />

<strong>de</strong> coloproctologia, experiente ou iniciante, sentem-se motivados em exercer medicina aliada ao ensino médico; acreditam que o preparo<br />

psicológico e pedagógico po<strong>de</strong>ria acrescentar na formação <strong>de</strong> preceptor, que ocorre <strong>de</strong> forma intuitiva; a melhoria das condições psico-pedagógicas<br />

é um caminho certeiro para uma educação médica mais humana alcançando melhores resultados; enten<strong>de</strong>mos esta questão como relevante,<br />

sugerimos ampliar o estudo em outras clínicas.<br />

A Construção do Conhecimento no Exercício da Preceptoria, Desafios da Educação<br />

Permanente<br />

Pereira, S. M. P. 2<br />

Goldwasser, R. 2<br />

Goldfaber, M. 2<br />

Almeida, J. R. 2<br />

Cardoso, M. M. 2<br />

Silva Junior, L.F.R.F. 2<br />

Introdução: trata-se do relato da oficina “construção do conhecimento no exercício da preceptoria, <strong>de</strong>safios da educação permanente”,<br />

uma das ativida<strong>de</strong>s componentes do “1° fórum sobre preceptoria”, realizado no hospital dos servidores do estado (hse), rio <strong>de</strong><br />

janeiro. Objetivos: discutir e i<strong>de</strong>ntificar estratégias que contribuam para valorização do preceptor; viabilizem sua educação permanente/continuada<br />

em instituições caracteristicamente assistenciais e facilitem participação do preceptor em pesquisa relacionadas à assistência.<br />

Métodos: a oficina foi realizada no auditório da divisão <strong>de</strong> ensino e pesquisa – divep/hse, março <strong>de</strong> <strong>2009</strong>; presentes 42 preceptores<br />

das áreas: medicina, fisioterapia e serviço social que atuam em hospitais universitários e/ou <strong>de</strong> ensino, públicos e/ou privados; solicitado<br />

aos participantes que i<strong>de</strong>ntificassem estratégias que contribuam para valorização do preceptor. Resultados: a principal estraté-<br />

1 Hospital dos Servidores/MS.<br />

2 Hospital dos Servidores/MS.<br />

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gia citada foi a necessida<strong>de</strong> do reconhecimento oficial pela coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> perfeiçoamento <strong>de</strong> pessoal <strong>de</strong> nível superior (capes) para o<br />

preceptor em residência em saú<strong>de</strong>, com normatização do cargo: carga horária, capacitação e remuneração; outras estratégias: melhoria<br />

na qualida<strong>de</strong> da assistência para promoção da melhoria na qualida<strong>de</strong> da preceptoria; i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> condições que permitam ao preceptor<br />

obter e manter educação permanente em instituições caracteristicamente assistenciais: apoio logístico para cursos e congressos;<br />

cursos <strong>de</strong> metodologia <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> avaliação do resi<strong>de</strong>nte; oficinas envolvendo profissionais <strong>de</strong> outras áreas para questões ético-profissionais<br />

e comportamentais; disponibilização do portal capes para os hospitais on<strong>de</strong> há ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> residência em saú<strong>de</strong>; inclusão<br />

<strong>de</strong> acervo direcionado às várias áreas da saú<strong>de</strong> nas bibliotecas dos hospitais públicos; disponibilização da re<strong>de</strong> universitária <strong>de</strong> tele-ensino<br />

(rute), como tecnologia para capacitação; criação <strong>de</strong> núcleo <strong>de</strong> apoio técnico à pesquisa; abertura <strong>de</strong> editais <strong>de</strong> pesquisa voltados<br />

para a residência. Conclusões: parcerias institucionais são essenciais para alcance das propostas discutidas; trabalho integrado e validado<br />

pelas comissões estadual e nacional <strong>de</strong> residência em saú<strong>de</strong> é o caminho para o reconhecimento da preceptoria em residência.<br />

Percepção dos Médicos Resi<strong>de</strong>ntes sobre o Programa <strong>de</strong> Residência Médica: Caminho para<br />

Construir Propostas e Mudanças<br />

Amancio, A. M. 3<br />

Bortoluzzo, V.M.M. 3<br />

Loula, I. G. 3<br />

Introdução: a residência médica foi instituída pelo <strong>de</strong>creto nº. 80.281, <strong>de</strong> 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1977, consistindo em uma modalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> pós-graduação <strong>de</strong>stinada a médicos, sob a orientação <strong>de</strong> profissionais médicos com conhecido saber; consi<strong>de</strong>rada padrão-ouro<br />

da especialização médica no país respon<strong>de</strong> pela formação técnica nas áreas básicas e diversas especialida<strong>de</strong>s em elevado nível,<br />

o que possibilita a <strong>de</strong>volução, à socieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> especialistas qualificados; a opinião do médico resi<strong>de</strong>nte do hse é valorizada como<br />

um instrumento auxiliar <strong>de</strong> ações que visem o aprimoramento dos programas <strong>de</strong> residência medica. Objetivos: apresentar uma panorâmica<br />

do programa <strong>de</strong> residência médica (prm) do hospital dos servidores do estado (hse), à partir da visão dos médicos resi<strong>de</strong>ntes;<br />

coletar informações que possam indicar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interferência no processo pedagógico do treinamento da residência. Métodos:<br />

anualmente a coor<strong>de</strong>nação pedagógica aplica um questionário indagando sobre como está se <strong>de</strong>senvolvendo o treinamento do<br />

prm/hse; esses dados foram analisados. Resultados: mais relevantes, classificaram o treinamento da residência muito bom 49,24 % e<br />

bom 47,73% ; entendimento entre o preceptor e resi<strong>de</strong>nte 78,9% escolhem mb e 19,7% b; satisfação com a orientação recebida foi mb<br />

41,7% e B 49,2%b. Conclusões: oestudoconfirmaqueconhecendoaopiniãodomédicoresi<strong>de</strong>ntetemosumretratodotreinamentopara<br />

acompanhar <strong>de</strong> forma criteriosa os aspectos do ensino; os dados po<strong>de</strong>m apontar para necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mudanças ou manutenção da<br />

conduta adotada nas diferentes clínicas da nossa instituição; a satisfação por parte dos resi<strong>de</strong>ntes aponta para continuida<strong>de</strong> no processo<br />

<strong>de</strong> formação fortalecendo a aquisição <strong>de</strong> conhecimentos especializados na prática em serviço oferecido durante o período da residência<br />

médica; estudar enten<strong>de</strong>r e valorizar as relações humanas que acontecem no ambiente hospitalar é um caminho que buscamos, pois<br />

acreditamos que este é um fator facilitador <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

O Emprego do Osce no Concurso <strong>de</strong> Residência Médica<br />

Salerno, M. R. 4<br />

Costa, B. E. P. 4<br />

Figueiredo,C.E.P. 4<br />

Lopes, M. H. I. 4<br />

Antonello,I.C.F. 4<br />

Chatkin, J. M. 4<br />

Introdução: Nos últimos concursos <strong>de</strong> Residência Médica (CRM) promovido pela FAMED, COREME e HSL/PUCRS, foi introduzida<br />

a Prova <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s (PH), com o intuito <strong>de</strong> avaliar competências clínicas, valorizando história, exame físico e comunicação,<br />

3 Hospital dos Servidores/MS.<br />

4 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

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entendidas como fundamentais na formação <strong>de</strong> bons médicos. Enten<strong>de</strong>-se que a competência está ligada aos saberes da ação, que <strong>de</strong>ve<br />

ser revelada através da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver problemas, e agir baseando-se em informações, conhecimentos contextualizados à situação.<br />

Objetivos: Descrever a construção da PH do CRM-HSL/PUCRS/2008 e avaliar o <strong>de</strong>sempenho dos candidatos nas diferentes estações.<br />

Material e métodos: estudo retrospectivo, usando banco <strong>de</strong> dados com a <strong>de</strong>scrição da prova e das notas do CRM. A prova abrangeu<br />

as cinco gran<strong>de</strong>s áreas da medicina, com simulação <strong>de</strong> situações assistenciais, para <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> competências clínicas e atitu<strong>de</strong>s<br />

específicas para solução dos problemas, compostas por dois professores avaliadores e atriz/ator representando o paciente ou seu<br />

acompanhante, ou montagem <strong>de</strong> cenário interativo. Os alunos, confinados em grupos <strong>de</strong> 20, faziam rodízio nas 5 estações, on<strong>de</strong> oito<br />

ações eram avaliadas. Resultados: Realizaram o concurso 463 candidatos. Destes, 156 foram classificados para a PH e entrevista. O número<br />

<strong>de</strong> acertos por estação foi: Cirurgia 64,29/80; Pediatria 61,35/80; MI 51,47/80; GO 56,86/80 e MC 51,22/80. 84 professores e colaboradores<br />

trabalharam na prova que durou 7 horas. Conclusões: A PH é uma tarefa bastante trabalhosa e onerosa, e embora não exista<br />

consenso sobre o método que melhor selecione a qualificação do candidato, a PH parece po<strong>de</strong>r diferenciar o aluno que conclui o curso<br />

<strong>de</strong> medicina daquele que realmente será um bom médico. Certamente, estudos <strong>de</strong>vem continuar sendo realizados, pois a avaliação<br />

continua sendo um ponto vulnerável na ação pedagógica e carente <strong>de</strong> melhores reflexões e compreensões.<br />

A Interdisciplinarida<strong>de</strong> no Exercício da Preceptoria<br />

Garcia, D.V. 5<br />

Costa, R.M.A. 5<br />

Michel, J. 6<br />

Miranda, L.V. 7<br />

Introdução: Trata-se <strong>de</strong> relato sobre o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um fórum sobre preceptoria realizado no Hospital dos Servidores do<br />

Estado (HSE) com a participação <strong>de</strong> 35 profissionais da área da saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> educação <strong>de</strong> diferentes instituições. Objetivos: Refletir sobre<br />

o papel do preceptor e do resi<strong>de</strong>nte na produção interdisciplinar <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, i<strong>de</strong>ntificando e propondo estratégias potencializadoras<br />

do trabalho em equipe. Metodologia: Utilizou-se uma dinâmica <strong>de</strong> construção coletiva, que iniciou com a apresentação <strong>de</strong><br />

cada integrante, uma breve contextualização sobre o tema pela coor<strong>de</strong>nação, a troca <strong>de</strong> experiências e discussão estimulada pelos <strong>de</strong>batedores.<br />

Resultados: O produto da oficina constitui-se <strong>de</strong> um documento compartilhado com os <strong>de</strong>mais participantes do Fórum ao final<br />

do dia <strong>de</strong> trabalho. Nas reflexões sobre o papel do preceptor, consi<strong>de</strong>rou-se que o mesmo precisa ter suas ativida<strong>de</strong>s reconhecidas,<br />

com investimento em formação específica para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um perfil <strong>de</strong> educador, indispensável ao <strong>de</strong>sempenho da preceptoria.<br />

As principais estratégias sugeridas foram: plano integrado <strong>de</strong> cuidados; inserção no currículo da residência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> discussão<br />

coletiva com usuários, resi<strong>de</strong>ntes e profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; inserção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que contemplem a interdisiciplinarida<strong>de</strong> na<br />

graduação; fortalecimento das residências multiprofissionais em saú<strong>de</strong>; estabelecimento <strong>de</strong> diretrizes curriculares mínimas nas residências;<br />

incentivo à participação das universida<strong>de</strong>s nos programas Pró-Saú<strong>de</strong> e Pet-Saú<strong>de</strong>; fortalecimento dos centros <strong>de</strong> estudos; incorporação<br />

do profissional <strong>de</strong> pedagogia no quadro <strong>de</strong> funcionários das unida<strong>de</strong>s hospitalares. Conclusões: A oficina foi um processo<br />

educativo que abriu espaço para que os profissionais refletissem sobre a temática e trocassem experiências entre as diversas instituições<br />

presentes, apontando para a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> novos caminhos para a residência médica e multiprofissional na área da saú<strong>de</strong>.<br />

5 Hospital dos Servidores do Estado – Divisão <strong>de</strong> Ensino e Pesquisa / MS<br />

6 Ministério <strong>de</strong> Educação, Brasília, DF, Brasil.<br />

7 NERJ /Ministério da Saú<strong>de</strong>;<br />

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Expectativas e Ofertas para o Resi<strong>de</strong>nte em Medicina Preventiva e Social: a Experiência do<br />

Colegiado da Residência no Dmps/Fcm/Unicamp<br />

Maia, F.H.A. 8<br />

Pereira JR, N. 8<br />

Silva, H.M.M. 8<br />

Dantas, M.R. 8<br />

Fernan<strong>de</strong>s Jr, L.C.C.8<br />

L’Abbate, S.8<br />

Introdução: Durante o Seminário <strong>de</strong> Planejamento do Departamento <strong>de</strong> Medicina Preventiva e Social, realizado em março <strong>de</strong><br />

<strong>2009</strong>, foi aprovada a criação <strong>de</strong> um Colegiado que contemplasse toda a complexida<strong>de</strong> da residência em MPS. Ele seria composto por todos<br />

os sujeitos envolvidos: docentes, representante do Centro <strong>de</strong> Educação dos Trabalhadores da Saú<strong>de</strong> (CETS), gestores dos campos<br />

<strong>de</strong> estágio e resi<strong>de</strong>ntes. Objetivos: Analisar expectativas e ofertas dos vários atores com relação à residência em Medicina Preventiva e<br />

Social. Métodos: Foram convidados os atores envolvidos, e se realizou uma primeira reunião. Adotou-se a técnica dos painéis <strong>de</strong> tarjetas,<br />

e cada participante respon<strong>de</strong>u às questões propostas (Expectativas e Ofertas), que foram alocadas em quatro grupos: expectativas<br />

dos resi<strong>de</strong>ntes, ofertas dos resi<strong>de</strong>ntes, expectativas dos professores e tutores, e ofertas dos professores e tutores. Resultados: Existe alto<br />

grau <strong>de</strong> congruência entre as ofertas dos professores e tutores e as expectativas dos resi<strong>de</strong>ntes. Entretanto, a complexida<strong>de</strong> dos serviços<br />

muitas vezes leva a uma perda <strong>de</strong> foco, gerando dificulda<strong>de</strong>s no aprendizado. Dessa forma, é fundamental <strong>de</strong>finir projetos e ações prioritárias,<br />

que direcionem a formação, respeitando singularida<strong>de</strong>s do resi<strong>de</strong>nte e diversida<strong>de</strong>s dos serviços, lembrando que faz parte da<br />

formação do sanitarista lidar com a adversida<strong>de</strong>. Também foi ressaltado o papel fundamental das ativida<strong>de</strong>s teóricas, que <strong>de</strong>vem buscar<br />

uma maior integração entre si e com a prática, com a realização <strong>de</strong> visitas e supervisões dos professores nos locais dos estágios. Discussões:<br />

O estabelecimento <strong>de</strong> um espaço permanente <strong>de</strong> diálogo entre aca<strong>de</strong>mia e re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é fundamental para a boa<br />

formação <strong>de</strong> um sanitarista. Por meio <strong>de</strong>le, é possível buscar melhor a<strong>de</strong>quação entre expectativas e ofertas, tanto por parte dos serviços<br />

como dos resi<strong>de</strong>ntes e da propria aca<strong>de</strong>mia, afim <strong>de</strong> promover melhorias no funcionamento dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e também o<br />

aperfeiçoamento no processo <strong>de</strong> formação.<br />

Mercado <strong>de</strong> Trabalho Médico: Assistido, Sustentado e Construído<br />

Raimondi, G.A. 9<br />

Paulino, D. B. 9<br />

Puga,V.L. 9<br />

Teixeira,F.B. 9<br />

Talibert, B. H. B. 9<br />

Introdução: As transformações do mercado <strong>de</strong> trabalho médico <strong>de</strong>monstram a sua incorporação ao sistema <strong>de</strong> produção capitalista,<br />

no qual a relação médico-paciente passa a ser uma mercadoria, sujeita às leis <strong>de</strong> mercado. Esse processo reflete-se nas instituições<br />

<strong>de</strong> ensino que, além <strong>de</strong> estarem ancoradas à estrutura tecnificada do hospital-escola, passam a valorizar a integração ao mercado <strong>de</strong> trabalho<br />

através da especialização. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar as especialida<strong>de</strong>s médicas almejadas pelos estudantes do 10°, 11° e 12° períodos<br />

do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, correlacionando com os fatores que influenciaram essa escolha, associados<br />

à expectativa salarial e à visão sobre as especialida<strong>de</strong>s médicas <strong>de</strong> prestígio. Métodos: Oestudoébaseadonaanálise<strong>de</strong>questionários,<br />

<strong>de</strong> preenchimento voluntário, aplicados aos alunos do internato do curso <strong>de</strong> medicina da UFU. Resultados: Dos48alunosquejá<strong>de</strong>finiram<br />

a área <strong>de</strong> residência que <strong>de</strong>sejam cursar, 20 preten<strong>de</strong>m cursar áreas como cirurgia geral, clínica médica, ginecologia e obstetrícia,<br />

pediatria e saú<strong>de</strong> pública. Já os outros 28 alunos preten<strong>de</strong>m cursar especialida<strong>de</strong>s “não-gerais”, como oftalmologia, neurologia e otorrinolaringologia.<br />

Essa escolha reflete a influência do mercado <strong>de</strong> trabalho que, atualmente, ten<strong>de</strong> a valorizar as especialida<strong>de</strong>s que exigem<br />

procedimentos/exames complementares sofisticados, e que proporcionam ao médico remunerações maiores, ou mesmo as especialida<strong>de</strong>s<br />

que proporcionam uma remuneração “mais justa”. Entretanto, vemos que os profissionais que exercem “especialida<strong>de</strong>s mé-<br />

8 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

9 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

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dicas gerais”, ten<strong>de</strong>m a ocupar cargos com baixa remuneração. Observamos também que as principais especialida<strong>de</strong>s médicas consi<strong>de</strong>radas<br />

como <strong>de</strong> prestígio foram: cirurgia plástica, neurocirurgia e cirurgia cardiovascular, que apresentam íntima relação com a fantasia<br />

heróica <strong>de</strong> tirar o “mal”, combater a doença, incorporando ao cirurgião o papel <strong>de</strong> salvador. Conclusão: Apartir do presente estudo foi<br />

possível observar a vonta<strong>de</strong> dos estudantes do curso <strong>de</strong> medicina da UFU em trabalhar com uma especialida<strong>de</strong> “não-generalista”,<br />

contribuindo para a consolidação das transformações do mercado <strong>de</strong> trabalho médico.<br />

Residência Médica, Burnout e Pensamentos Suicidas<br />

Silva, M.A.O. 10<br />

Lopes, T.M. 10<br />

Ribeiro, M.V.A. 10<br />

Bueno, T.G.G. 10<br />

Salgado, T.A. 10<br />

Júnior, M.P.A. 10<br />

Introdução: Apresente pesquisa <strong>de</strong>screve e analisa a incidência <strong>de</strong> burnout e pensamentos suicidas em resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> um hospital público.<br />

Burnout é uma síndrome <strong>de</strong> exaustão emocional, <strong>de</strong>spersonalização e reduzida realização profissional que ocorre entre indivíduos que<br />

trabalham com pessoas (Maslach e Jackson, 1985). Suicídio é o ato <strong>de</strong> matar a si próprio <strong>de</strong>liberadamente (OMS). Objetivos: Descrever e analisar<br />

a incidência <strong>de</strong> burnout e pensamentos suicidas em resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> um hospital público e verificar se há correlação entre os dois. Métodos:<br />

Foi realizada uma investigação através <strong>de</strong> um estudo analítico-<strong>de</strong>scritivo em corte transversal em 72 resi<strong>de</strong>ntes através do MBI (Malasch Burnout<br />

Inventory) e do questionário <strong>de</strong> suicídio <strong>de</strong> Paykel. Resultados: Resultados indicam a incidência <strong>de</strong> burnout em 18,05% da amostra. A<br />

manifestação da síndrome foi caracterizada por apresentar 50% <strong>de</strong> classificação alta na dimensão exaustão emocional, 31,94% <strong>de</strong> classificação<br />

alta na dimensão <strong>de</strong>spersonalização e 33,33% <strong>de</strong> classificação baixa na dimensão envolvimento profissional no trabalho. Dentre os13 sujeitos<br />

com manifestação <strong>de</strong> burnout, 61,53% já apresentaram pensamentos suicidas. Dentre os 42 sujeitos com baixo risco para manifestação <strong>de</strong> burnout,<br />

28,57% já apresentaram pensamentos suicidas. Demonstra-se assim que há uma associação entre burnout e pensamentos suicidas.<br />

Conclusões: Burnout é uma síndrome que vem se tornando cada vez mais prevalente em profissionais da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, notavelmente nos<br />

médicos. Inicia-se durante a graduação (Carlotto e Nakamura, 2006) e atinge seu ápice na residência médica. Por isso é necessário elaborar<br />

programas para prevenção do burnout. É fundamental que haja mais pesquisas nessa área para elucidar e enten<strong>de</strong>r melhor o burnout e sua<br />

correlação com pensamentos suicidas e outros distúrbios psiquiátricos para po<strong>de</strong>r a partir disso melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos resi<strong>de</strong>ntes<br />

e dos <strong>de</strong>mais profissionais que sofrem com o burnout.<br />

Análise dos Resultados das Avaliações do Curso <strong>de</strong> Medicina: 2001 a 2008<br />

Garcia, M.A.A. 11<br />

Norato, D.Y.J.11<br />

Carvalhal, M.S.11<br />

Introdução: A Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da PUC-Campinas, diante das Diretrizes Curriculares do Ensino <strong>de</strong> Graduação em Medicina<br />

e das transformações da própria Universida<strong>de</strong>, iniciou uma reforma curricular estrutural em 2001, tendo incorporado nesse processo<br />

diversos instrumentos para a avaliação do ensino e da aprendizagem. Objetivos: Avaliar os instrumentos utilizados e apresentar<br />

resultados, visando ao aperfeiçoamento do Projeto Pedagógico. Métodos: Buscando cumprir os objetivos do PRÓ-SAÚDE, eixo Orientação<br />

Pedagógica, analisou-se os resultados das Avaliações Externas – Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (ENADE) e<br />

Exame do Conselho Regional <strong>de</strong> Medicina do Estado <strong>de</strong> São Paulo (CREMESP) – e Avaliações Internas realizadas no período <strong>de</strong> 2001 a<br />

2008: Teste <strong>de</strong> Progresso, aplicação <strong>de</strong> Questionários Padronizados <strong>de</strong> Avaliação das Disciplinas pelos alunos do 1º ao 12º períodos. Resultados:<br />

Aanálise dos resultados permitiu verificar que os instrumentos utilizados avaliaram a<strong>de</strong>quadamente o processo, i<strong>de</strong>ntificando<br />

as situações em que haveria necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenções, realizadas sempre que possível. Os resultados <strong>de</strong>sses processos avaliativos<br />

mostram: 1. Em geral, a participação dos alunos foi significativa. 2. O curso apresenta boa avaliação por parte <strong>de</strong>stes na maior parte<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

11 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, Campinas, SP, Brasil.<br />

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das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino-aprendizagem; 3. Os alunos apresentam a evolução esperada na área <strong>de</strong> aprendizagem cognitiva, culminando<br />

com resultados esperados comparados a outras escolas. 4. As <strong>de</strong>ficiências i<strong>de</strong>ntificadas são passíveis <strong>de</strong> resolução, investindo em educação<br />

permanente dos docentes e equipes assistenciais, bem como noplanejamentodoensino,visandoàavaliaçãoprocessual,aprimorando<br />

a elaboração <strong>de</strong> material didático e instrumentos <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> aprendizagem. Conclusões: Espera-se que este estudo sirva<br />

<strong>de</strong> orientação para o processo contínuo <strong>de</strong> aprimoramento curricular no sentido da formação <strong>de</strong> um profissional médico competente<br />

ética e tecnicamente e que responda as necessida<strong>de</strong>s sociais em saú<strong>de</strong> com vistas à integralida<strong>de</strong> do cuidado.<br />

Avaliação do Conhecimento <strong>de</strong> Médicos Resi<strong>de</strong>ntes sobre o uso do Sangue Alogênico e<br />

suas Alternativas<br />

Tomazati,F.S. 12Ruzon,U.G.12 Santos,G.G. 12<br />

Natal,D.L.P12 Silva,T.A.F. 12<br />

Azevedo,E.M.M. 12<br />

Introdução: As transfusões <strong>de</strong> sangue são amplamente utilizadas na prática, apesar <strong>de</strong> riscos e complicações, muitas vezes ignorados.<br />

A tendência atual tem sido racionalizar o uso do sangue, através <strong>de</strong> medidas alternativas simples, práticas e efetivas, embora<br />

pouco divulgadas, no afã <strong>de</strong> oferecer terapêutica com menores riscos e melhor prognóstico.Objetivos: Conhecer as condições clínicas<br />

que levam os resi<strong>de</strong>ntes a prescrever transfusão sangüínea e <strong>de</strong>rivados, além do conhecimento básico sobre a prática transfusional e alternativas.<br />

Metodologia: Foram entrevistados 62 médicos resi<strong>de</strong>ntes do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná da Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Londrina, por meio <strong>de</strong> um formulário <strong>de</strong> questões auto-aplicáveis. Foram questionados quanto às indicações e o<br />

tipo <strong>de</strong> hemo<strong>de</strong>rivados a serem utilizados, o nível mínimo <strong>de</strong> Hb peri-operatória, o tempo <strong>de</strong> estocagem, o nível <strong>de</strong> hemólise nas bolsas<br />

<strong>de</strong> sangue e as alternativas ao uso do sangue alogênico. Resultados: Após tabulação dos resultados, os dados mostraram que cerca <strong>de</strong><br />

32%dosresi<strong>de</strong>ntesprescrevemtransfusão<strong>de</strong>sangue<strong>de</strong>1a3vezesporsemana.Interessanteque56,45%dosresi<strong>de</strong>ntesnuncaprescreveram<br />

transfusões <strong>de</strong> sangue. Não houve concordância quanto ao nível <strong>de</strong> hemoglobina no pré-operatório. Cerca <strong>de</strong> 22 % ainda prescrevem<br />

sangue total no choque hemorrágico e 63,33% dos resi<strong>de</strong>ntes não se preocupam com o tempo <strong>de</strong> estocagem do sangue. Falta <strong>de</strong><br />

conhecimento sobre qualquer alternativa ao uso do sangue alogênico foi encontrado em 7,92% dos resi<strong>de</strong>ntes. Conclusões: Houve discrepância<br />

na freqüência <strong>de</strong> indicação <strong>de</strong> transfusões, inclusive no pré-operatório; a maioria <strong>de</strong>sconhece e não se importa com o tempo<br />

<strong>de</strong> estocagem. As alternativas ao uso do sangue, ainda são pouco conhecidas e, portanto pouco utilizadas na prática clínica. Há<br />

<strong>de</strong>ficiente conhecimento dos resi<strong>de</strong>ntes sobre a pratica transfusional, no Hospital Universitário do Norte do Paraná, que talvez pu<strong>de</strong>sse<br />

ser evitado com o enfoque mais a<strong>de</strong>quado durante o curso <strong>de</strong> graduação.<br />

Reflexão sobre a Formação do Médico que Atua em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Terapia Intensiva <strong>de</strong><br />

Hospitais Privados <strong>de</strong> Fortaleza-CE com Enfoque nos Temas Dor, Agitação e Delirium em<br />

Pacientes Críticos<br />

FERNANDES, C. R. 13<br />

PORTO, R. M. 14<br />

OLIVEIRA,L.S.V. 14<br />

VALENTE, B. P. 14<br />

COELHO, P. H. O. 14<br />

Introdução: AMedicina Intensiva foi reconhecida como especialida<strong>de</strong> pelo Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Medicina(CFM) em 1992. Iniciou-se<br />

uma evolução, tendo hoje mais <strong>de</strong> 2000 Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Terapia Intensiva(UTI’s) no Brasil. Poucos hospitais têm Residência Médica<br />

12 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

13 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil; Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

14 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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em Medicina Intensiva cre<strong>de</strong>nciada, sendo sedação, analgesia e bloqueio neuromuscular em UTI um dos tópicos abordados nela. Objetivo:<br />

Elucidar sobre a formação do médico intensivista em seis hospitais privados <strong>de</strong> alto nível <strong>de</strong> Fortaleza-CE, com enfoque em dor,<br />

agitação e <strong>de</strong>lirium. Método: Estudo transversal, observacional, <strong>de</strong>scritivo, realizado mediante aplicação <strong>de</strong> questionários em 61 plantonistas/diaristas(P/D)<br />

e seis chefes <strong>de</strong> UTI <strong>de</strong> seis hospitais privados <strong>de</strong> alto nível <strong>de</strong> Fortaleza-CE. Entrada e análise <strong>de</strong> dados EpiInfo<br />

3.5.1. Resultados: Todos os chefes e 37,7% dos P/D possuem título <strong>de</strong> especialista em Terapia Intensiva, sendo cardiologia e clínica médica<br />

mais freqüentes entre os últimos. Ambos trabalham, em média, a mais <strong>de</strong> 10 anos em UTI. 61% dos P/D e 50% dos chefes utilizam<br />

analgésicos apenas se necessário. Ambos, em sua maioria, referem utilizar fentanil como primeira opção <strong>de</strong> opiói<strong>de</strong> para dor. 50% dos<br />

chefes e somente 24,6% dos P/D conhecem a escala <strong>de</strong> Richmond. Todos os chefes e 82% dos P/D utilizam haloperidol para agitação. A<br />

maioria <strong>de</strong>les refere saber reconhecer o estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>lírium na UTI; mas somente uma minoria refere conhecer o manual<br />

CAM-ICU(Confusion Assessment Method in a Intensive Care Unit). 83,3% dos chefes e 68,9% dos P/D referem ter conhecimento sobre<br />

a relação entre dor e <strong>de</strong>lírium. 66,7% dos chefes e 54,1% dos P/D referem ter conhecimento sobre a relação entre <strong>de</strong>lírium e mortalida<strong>de</strong><br />

e, a maioria <strong>de</strong>sses afirma que o <strong>de</strong>lírium aumenta a mortalida<strong>de</strong>. Conclusão: Baixa percentagem dos médicos possui título <strong>de</strong><br />

especialista em Terapia Intensiva. O entendimento superficial sobre os temas dor, agitação e <strong>de</strong>lírium, revela a fragilida<strong>de</strong> da formação<br />

profissional dos intensivistas <strong>de</strong> Fortaleza-CE.<br />

Duração <strong>de</strong> 3 Anos para Residência Médica EM Psiquiatria: a Experiência do Hospital <strong>de</strong><br />

Clinicas <strong>de</strong> Porto Alegre<br />

Massuda R. 15<br />

Gomes F.G. 15<br />

Introdução: após mudança na resolução da Comissão Nacional <strong>de</strong> Residência Médica (CNRM), as residências <strong>de</strong> psiquiatrias<br />

passaram <strong>de</strong> 2 para 3 anos <strong>de</strong> formação. Os ingressos nos programas em 2007 foram os primeiros a essa obrigatorieda<strong>de</strong>. Objetivos:<br />

com o objetivo <strong>de</strong> se preparar para uma possível mudança, proporcionar uma formação mais completa e seguindo as recomendações<br />

da <strong>Associação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Psiquiatria (ABP) o Serviço <strong>de</strong> Psiquiatria do Hospital <strong>de</strong> Clinicas <strong>de</strong> Porto Alegre (HCPA), vinculado a<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (UFRGS) mudou o tempo <strong>de</strong> formação da residência médica em psiquiatria para 3 anos no<br />

ano <strong>de</strong> 2004. Métodos: além das ativida<strong>de</strong>s curriculares dos anos anteriores, foram incluídas no terceiro ano ativida<strong>de</strong>s tanto teóricas<br />

como práticas. As ativida<strong>de</strong>s práticas se constituíram por: ambulatório <strong>de</strong> psicoterapia psicanalítica, ambulatórios <strong>de</strong> programas optativos,<br />

consultoria hospitalar em especialida<strong>de</strong>s especificas e psiquiatria forense. Já as ativida<strong>de</strong>s teóricas foram organizadas em seminários:<br />

<strong>de</strong> teoria psicanalítica, <strong>de</strong> teoria da técnica psicoterápica, <strong>de</strong> psiquiatria forense, dos ambulatórios optativos e 1º ano do Curso <strong>de</strong><br />

Especialização em Psicoterapia <strong>de</strong> Orientação Analítica (CEPOA) do Centro <strong>de</strong> Estudos Luis Gue<strong>de</strong>s (CELG) Resultados: comumtempo<br />

para experiência e reflexão, o terceiro ano do programa <strong>de</strong> residência medica em psiquiatria do HCPApassou <strong>de</strong> uma opção para os<br />

médicos resi<strong>de</strong>ntes para uma necessida<strong>de</strong>, antes mesmo da obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> 3 anos. Conclusões: refletindo sobre diretrizes<br />

nacionais e internacionais e a complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa especialida<strong>de</strong> médica, a formação em psiquiatria exigia um tempo maior que 2 anos<br />

<strong>de</strong> formação e sendo essa uma mudança significativa na estrutura do programa, exige constante reflexão.<br />

A Resi<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Familia e Comunida<strong>de</strong> em Zona Rural <strong>de</strong> Juazeiro BA<br />

Souza, izaias, f.jr. 16<br />

Nogara,O.B. 16<br />

Gomes,C.A.M. 16<br />

vi<strong>de</strong>res,R. 16<br />

Introdução: Avalia-se que a residência em medicina da família e comunida<strong>de</strong> conforme portaria ministerial que a promulga tem<br />

como gran<strong>de</strong> objetivo qualificar e fixar profissionais em áreas <strong>de</strong> difícil fixação entre elas o semi- árido nor<strong>de</strong>stino. Este Relato da experiência<br />

da residência <strong>de</strong> medicina da família em zona rural do Sertão do médio são Francisco, região <strong>de</strong> clima semi- árido apresenta esta<br />

15 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

16 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.<br />

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formação em serviço analisando seus <strong>de</strong>safios. Objetivos: Este trabalho visa apresentar o mo<strong>de</strong>lo político pedagógico, assim como, os<br />

<strong>de</strong>safios e as metodologias <strong>de</strong> preceptoria à distância e semipresencial para uma residência medica em zona rural. Métodos: Relato baseado<br />

em entrevista com gestores locais, preceptores e resi<strong>de</strong>nte além <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrição da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saberes do projeto político pedagógico da<br />

residência Resultados: fixação profissional, qualificação através <strong>de</strong> plano <strong>de</strong> intervenção pactuado, incrementação <strong>de</strong> novas tecnologias<br />

no serviço como acolhimento e terapia familiar e comunitária. Conclusão: a residência em medicina da família e comunida<strong>de</strong> em<br />

zona rural apresenta novas metodologias <strong>de</strong> ensino e preceptoria que garantem tal qualificação e fixação ao fazer o enfrentamento<br />

político institucional <strong>de</strong> privilegiar os profissionais que já estavam na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção primaria <strong>de</strong>ste município e a preceptoria<br />

semipresencial por tenda invertida e virtual como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> preceptoria<br />

Residência em Medicina <strong>de</strong> Família e Comunida<strong>de</strong> e a Educação Médica: uma Estratégia<br />

Inovadora para Estimular a Responsabilida<strong>de</strong> Social no Estudante <strong>de</strong> Medicina<br />

Gomes, C.A.M. 17<br />

Monteiro, R. 17<br />

Souza Jr, I.F. 17<br />

Introdução: As Residências <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Família e Comunida<strong>de</strong> tem como principal objetivo formar profissionais que qualifiquem<br />

os serviços e sejam multiplicadores dos i<strong>de</strong>ais do SUS. A Residência surge, na UFPE, com a proposta <strong>de</strong> inserir a docência no<br />

currículo dos resi<strong>de</strong>ntes para potencializar este papel multiplicador. Essa monografia <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> residência analisa se a estratégia<br />

estimulou os estudantes a adquirirem uma responsabilida<strong>de</strong> social. Objetivos: Esse trabalho tem como objetivo geral analisar se a inserção<br />

dos resi<strong>de</strong>ntes na docência estimulou a responsabilida<strong>de</strong> social no estudante. Os objetivos específicos são: observar se houve um<br />

estímulo a visão biopsicossocial, analisar a experiência com a tutoria e tutor, <strong>de</strong>monstrar se houve satisfação dos estudantes e se ocorreu<br />

o estímulo a atitu<strong>de</strong> estudantil. Métodos: Esse trabalho se propõe a compartilhar essa experiência pelos relatos dos portfólios dos estudantes.<br />

Este estudo tem um caráter <strong>de</strong>scritivo, on<strong>de</strong> se utilizou a análise qualitativa, para alcançar os objetivos propostos. Foram escolhidos<br />

para ser analisado o último relato <strong>de</strong>scrito no portfólio por cada estudante, além dos relatos da avaliação do módulo. Resultados:<br />

Observa-se neste estudo que os estudantes <strong>de</strong>senvolveram uma empatia com a comunida<strong>de</strong>, uma visão biopsicossocial das famílias<br />

acompanhadas, uma atitu<strong>de</strong> estudantil <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social e uma experiência positiva com a tutoria e tutor. Como pontos negativos<br />

foram relatados: tutorias longas, trabalho excessivo na construção do portfólio, insegurança, sensação <strong>de</strong> invasão <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong><br />

dos estudantes em relação aos comunitários e dificulda<strong>de</strong>s com os profissionais das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família. Conclusões: É<br />

essencial mencionar o potencial <strong>de</strong>ssa integração do resi<strong>de</strong>nte com a educação médica, pois essa experiência permitiu ao autor a<br />

também ser um aprendiz junto com os estudantes. O tutor se envolve, se questiona, se responsabiliza, busca mais conhecimentos,<br />

reflete sobre a sua prática e multiplica a sua responsabilida<strong>de</strong> social com o SUS.<br />

Procura Espontânea por Vagas <strong>de</strong> Residência Médica em São Paulo.uma Referencia para<br />

Tomada <strong>de</strong> Decisão<br />

Abramovich,I 18<br />

Bollela,V.R 19<br />

Kishima .V.C. 18<br />

Introdução: Um dos maiores problemas na assistência à saú<strong>de</strong> no Brasil é o <strong>de</strong>sequilíbrio entre a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> especialistas<br />

médicos e as necessida<strong>de</strong>s da população. A análise da procura por vagas <strong>de</strong> residência médica (RM) é indicador interessante, tanto<br />

para as instituições formadoras, quanto para os gestores do sistema público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que apesar <strong>de</strong> ser o principal financiador, sofre<br />

com a escassez <strong>de</strong> especialistas em áreas estratégias. Nesse cenário <strong>de</strong>staca-se o Concurso SUS/São Paulo que oferta vagas <strong>de</strong> RM em 38<br />

instituições do Estado e registrou 8.171 inscritos em <strong>2009</strong>, o que o torna uma importante fonte <strong>de</strong> informações sobre o interesse pelas va-<br />

17 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

18 Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

19 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil; Fundação para o Avanço da Educação Médica Internacional e Pesquisa, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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gas <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s médicas. Objetivo: Analisar e refletir sobre a tendência na procura por vagas <strong>de</strong> RM entre os médicos inscritos no<br />

Concurso SUS/SP. Métodos: Estudo <strong>de</strong>scritivo, on<strong>de</strong> foram analisados os dados referentes às inscrições <strong>de</strong> candidatos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong><br />

1996 (série histórica <strong>de</strong> 13 anos), disponibilizados pela Fundação Carlos Chagas, entida<strong>de</strong> que operacionaliza o processo seletivo. Resultados:<br />

Entre as especialida<strong>de</strong>s que compõem as áreas básicas observamos uma queda percentual na procura espontânea por especialida<strong>de</strong>s<br />

tais como: ginecologia e obstetrícia (20,4% para 4,4%); pediatria (14,4% para 4,5%) Ao mesmo tempo observamos um aumento<br />

significativo em especialida<strong>de</strong>s como: anestesiologia <strong>de</strong> 3,8% para 5,8%;radiologia <strong>de</strong> 5,5% para 7,8% . Apartir das curvas originadas na<br />

análise dos últimos 13 anos po<strong>de</strong>mos traçar linhas <strong>de</strong> tendência que indicam problemas sérios na oferta <strong>de</strong> profissionais para áreas estratégicas<br />

como a Saú<strong>de</strong> da Criança e Saú<strong>de</strong> da Mulher. Conclusão: A organização e disponibilização regular <strong>de</strong>stas informações são<br />

ferramentas estratégicas para os gestores da Saú<strong>de</strong> e da Educação, enriquecendo inclusive o <strong>de</strong>bate com as socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> especialistas<br />

sobre uma agenda que <strong>de</strong>fina mecanismos <strong>de</strong> indução e regulação da formação dos especialistas neste país.<br />

O Que Mudaria no Resultado Final <strong>de</strong> um Concurso <strong>de</strong> Residência Médica se Fosse<br />

Incluída a Avaliação <strong>de</strong> Competências Clínicas?<br />

Rocha, R.S.P. 20<br />

Pereira, E.R.S .20<br />

Moraes, V.A .20<br />

Me<strong>de</strong>iros, K.B. 20<br />

Sugita, D.M. 20<br />

Martins, C.S. 20<br />

Introdução: Nos últimos anos, muitas escolas médicas do Brasil incluíram em seus currículos métodos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> competências<br />

clínicas. Entretanto, a maioria dos concursos <strong>de</strong> residência médica ainda não inclui tais métodos <strong>de</strong> avaliação nos processos seletivos,<br />

ocorrendo uma dissociação entre as mudanças advindas na graduação e a seleção para a residência. Objetivos: Comparar os resultados<br />

obtidos no concurso para residência médica com os resultados obtidos na avaliação final do internato, incluindo a avaliação <strong>de</strong><br />

competências, e analisar se haveria mudanças na classificação final do concurso <strong>de</strong> residência médica. Métodos: Análise retrospectiva<br />

dos resultados obtidos na avaliação final dos internos <strong>de</strong> uma Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina em 2007 e 2008 on<strong>de</strong> o impacto das mudanças<br />

curriculares estava sendo analisado por meio do egresso. Foi realizada uma simulação do resultado final do concurso <strong>de</strong> residência incluindo<br />

hipoteticamente a nota da OSCE (objective structured clinical examination) obtida na avaliação final do internato. No processo<br />

seletivo atual para residência médica nesta instituição, 90% da nota é obtida por meio <strong>de</strong> prova escrita (testes) e 10% do currículo. Na simulação<br />

adotou-se 50% da nota para prova escrita obtida no concurso <strong>de</strong> residência, 40% para a OSCE realizada no internato e manteve-se<br />

10% para o currículo. Resultados: A inclusão da OSCE alteraria o resultado do concurso em três áreas: 1/1 vaga em anestesiologia,<br />

1/4 em clínica médica e 1/3 em <strong>de</strong>rmatologia no ano <strong>de</strong> 2007. Em 2008, o impacto observado foi menor. Apenas clínica médica teria<br />

o resultado final modificado; porém, das 4 vagas obtidas pelos alunos da instituição em clínica médica, 3 candidatos teriam modificação<br />

na classificação final. Conclusões: Ainclusão da nota da OSCE modificou o resultado final do concurso nessa instituição, sugerindo<br />

que alunos com melhor <strong>de</strong>sempenho em competências clínicas po<strong>de</strong>m ser prejudicados em processos seletivos que incluem apenas<br />

testes que avaliam conhecimentos.<br />

20 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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A Residência Médica no Hospital Universitário <strong>de</strong> Santa Maria: o Real e a Perspectiva<br />

Através da Visão dos Resi<strong>de</strong>ntes<br />

Velho, M.T.A.C. 21<br />

Santos, F.G. 21<br />

Silva, L.C. 21<br />

Zanardo, C.P .21<br />

Introdução: O Hospital Universitário <strong>de</strong> Santa Maria (HUSM), fundado em 1970, é hoje o maior hospital público do interior do<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Nele, a residência médica foi cre<strong>de</strong>nciada a partir <strong>de</strong> 1988, sendo esta um curso <strong>de</strong> pós-graduação lato sensu no qual<br />

é dada ao médico a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundar conhecimentos e experiências em especialida<strong>de</strong>s específicas. Neste contexto, torna-se<br />

importante verificar as condições <strong>de</strong> trabalho em que atuam os médicos resi<strong>de</strong>ntes, a fim <strong>de</strong> garantir melhores condições <strong>de</strong> aprendizado<br />

e aperfeiçoamento profissional dos mesmos. Objetivos: Avaliar a opinião dos resi<strong>de</strong>ntes sobre o curso <strong>de</strong> Residência Médica do<br />

Hospital Universitário <strong>de</strong> Santa Maria. Métodos: Realizado um estudo transversal <strong>de</strong>scritivo na população <strong>de</strong> médicos resi<strong>de</strong>ntes do<br />

HUSM. Acoleta <strong>de</strong> dados foi feita por meio <strong>de</strong> questionário aplicado no período <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2008 a janeiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, após a aprovação<br />

pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa. A participação no estudo foi voluntária e confi<strong>de</strong>ncial. Realizou-se análise <strong>de</strong>scritiva dos dados<br />

através do software SPSS 15.0. Resultados: Da população <strong>de</strong> 90 médicos resi<strong>de</strong>ntes, 59 (65,5%) aceitaram respon<strong>de</strong>r ao questionário.<br />

Dos participantes, 79,7% consi<strong>de</strong>raram satisfatórios a qualificação e a competência dos preceptores, 91,5% satisfatórios a diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> doenças e número <strong>de</strong> atendimentos e 49,2% insatisfatórios o incentivo e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> trabalhos científicos. Quanto às vivências<br />

pessoais na residência, 64,4% consi<strong>de</strong>raram atingir suas expectativas. Sentiam-se bem em seu ambiente <strong>de</strong> trabalho 67,8% dos<br />

entrevistados e 79,6% consi<strong>de</strong>ram seu trabalho estressante. Conclusões: Apesar dos médicos resi<strong>de</strong>ntes acreditarem que suas vivências<br />

na residência médica condizem com as expectativas prévias e a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> doenças e o número <strong>de</strong> atendimentos serem satifastórios,<br />

os mesmos se sentem insatisfeitos quanto ao incentivo, <strong>de</strong>senvolvimento e participação em ativida<strong>de</strong>s científicas. Além disso, a<br />

gran<strong>de</strong> maioria dos médicos consi<strong>de</strong>ra suas ativida<strong>de</strong>s estressantes, apesar <strong>de</strong> sentirem-se bem no ambiente <strong>de</strong> trabalho.<br />

Formação em APS na Perspectiva na Integralida<strong>de</strong>: Experiência do Murialdo <strong>2009</strong><br />

Farias, E.R. 22<br />

Rossoni, E. 22<br />

Hatzenberger, D.H.C. 22<br />

Introdução: AEstratégia Saú<strong>de</strong> da Família tem sido apontada como a maneira <strong>de</strong> implementação da Atenção Primária à Saú<strong>de</strong><br />

(APS) na Política Nacional <strong>de</strong> Atenção Básica. Várias políticas nacionais <strong>de</strong> educação e saú<strong>de</strong> buscam consolidar a formação <strong>de</strong> profissionais<br />

para atuação neste campo. A Residência é consi<strong>de</strong>rada padrão-ouro para formação na área da saú<strong>de</strong>, pois possibilita o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> práticas educacionais integradoras e aproxima os profissionais das realida<strong>de</strong>s dos usuários. Objetivo: relatar experiência<br />

<strong>de</strong> adoção <strong>de</strong> práticas educacionais integradoras em programas <strong>de</strong> residência médica e multiprofissional. Método: Des<strong>de</strong> 2000, realiza-se<br />

formação em serviço em APS na perspectiva da integração das profissões. No início, os resi<strong>de</strong>ntes realizam ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> territorialização<br />

como uma das práticas integradoras fundamentais para o aprendizado da APS. Que envolve ativida<strong>de</strong>s teóricas e ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> campo e tem como objetivo potencializar o trabalho das equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, capacitando-os para uma intervenção analítica, crítica, investigativa,<br />

resolutiva e propositiva. Esse processo inclui a história da comunida<strong>de</strong> e visitas ao território registradas através <strong>de</strong> fotografias<br />

e mapeamento. I<strong>de</strong>ntifica a situação da re<strong>de</strong> elétrica, <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> esgoto, coleta <strong>de</strong> lixo, pavimentação, vias <strong>de</strong> acesso, tipos <strong>de</strong> construção,<br />

as ativida<strong>de</strong>s econômicas, as lutas coletivas, formas <strong>de</strong> organização, áreas <strong>de</strong> lazer e micro-áreas <strong>de</strong> risco e conhecer o significado<br />

que os usuários atribuem ao território on<strong>de</strong> vivem constituem este processo. A experiência é compartilhada em seminário <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

grupo. Resultados/conclusões: Constatamos a importância do trabalho <strong>de</strong> campo na etapa inicial do programa <strong>de</strong> residência, tendo em<br />

vista a formação <strong>de</strong> vínculo entre os novos resi<strong>de</strong>ntes e <strong>de</strong>stes com a população. E, também, como forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver as possibilida<strong>de</strong>s<br />

da atuação integral/transdisciplinar das profissões. Como fator limitante tivemos a renovação anual dos projetos e a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

manter os registros <strong>de</strong> campo, que será superado pela publicação do material produzido neste percurso.<br />

21 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.<br />

22 MURIALDO/ESP/SES-RS.<br />

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FCA X Especialida<strong>de</strong> Médica<br />

BINDÁ, A.G.L 23<br />

SOUZA, A.M.R 23<br />

OLIVEIRA, T.S 23<br />

MARQUES,H. 23<br />

FONSECA, I.G 23<br />

MERCHAK, P.S 23<br />

Introdução: A escolha precoce <strong>de</strong> uma especialida<strong>de</strong> médica mostra-se prejudicial à formação generalista do graduando em<br />

medicina. Ao fazê-la antes <strong>de</strong> cursar todas as disciplinas do curso, o aluno po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sinteressar-se pelas disciplinas básicas e fundamentais<br />

e <strong>de</strong>sta forma compromete sua formação médica e acaba per<strong>de</strong>ndo o foco generalista que formação inicial requer. Objetivo: Avaliar<br />

a influência da disciplina Fundamentos <strong>de</strong> Cirurgia e Anestesia (FCA) no processo <strong>de</strong> escolha precoce da especialida<strong>de</strong> médica entre estudantes<br />

do ciclo básico e do ciclo profissionalizante. Métodos: Aplicaram-se dois questionários, um ao ciclo básico e outro ao ciclo profissionalizante,<br />

no 1º semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.O primeiro abrangeu a <strong>de</strong>cisão dos estudantes sobre a especialida<strong>de</strong> médica, principalmente o<br />

que influenciou sua escolha.O segundo foi adicionado perguntas diretas sobre a influência da FCAem suas <strong>de</strong>cisões. Resultados: Entre<br />

os estudantes do ciclo básico (n=68), 87% já pensam em sua residência médica, 74% em alguma especialida<strong>de</strong> em específico e 62% já<br />

possuiam uma área <strong>de</strong> preferência <strong>de</strong>ntro das áreas médicas. Entre alunos do ciclo profissionalizante (n=95), 91% disseram haver pensado<br />

em sua residência, 81% em alguma especialida<strong>de</strong> específica e 72% já ter uma área médica <strong>de</strong> preferência. Destes, apenas 9% afirmaram<br />

que alguma disciplina do curso influenciou ou po<strong>de</strong>rá influenciar em sua <strong>de</strong>cisão, a FCAnão foi citada. Conclusão: Comparando-se<br />

os ciclos, nota-se que no profissionalizante que os alunos <strong>de</strong>lineiam muito mais sua futura especialização, mas ainda com pouca<br />

influência das disciplinas cursadas, opondo-se ao esperado no <strong>de</strong>senho <strong>de</strong>ste estudo.Amudança no perfil da área preferencial foi significante,<br />

os alunos do ciclo básico (clínica cirúrgica) para o profissionalizante (clínica médica). O gran<strong>de</strong> percentual <strong>de</strong> influência positiva<br />

da disciplina na escolha da futura especialização entre os alunos que a cursaram po<strong>de</strong> ter duas perspectivas: confirmação do interesse<br />

do aluno pela área cirúrgica ou sua reafirmação pela clínica.<br />

23 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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TEMA: GESTÃO, FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS E<br />

COMPROMISSO SOCIAL DA ESCOLA MÉDICA<br />

Reestruturação do Centro Integrado <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (CIS) do UNIFOA como Ação Integradora<br />

no Ensino, Pesquisa e na Extensão<br />

Veras, JV 1<br />

Aragão, JCS 1<br />

Souza, MCT 1<br />

Carvalho, RF 1<br />

Introdução: O Projeto pedagógico atual o curso <strong>de</strong> medicina do UniFOA enfatiza o trinômio ENSINO, PESQUISA e<br />

EXTENSÃO, como estrutura a amparar o seu mo<strong>de</strong>lo pedagógico. Ênfase maior édada aos seus cenários <strong>de</strong> aulas práticas, quer do internato,<br />

quer da graduação. O CIS é um dos nossos cenários para aulas práticas, e o mesmo abrange, entre outros, os laboratórios multidisciplinares,<br />

os laboratórios <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e a policlínica. Gestões anteriores não contemplavam, em sua essência, a pesquisa, o ensino<br />

e a extensão como forma estruturadora <strong>de</strong>stes setores acadêmicos. Assim, apresentamos nossas estratégias para reestruturar o CIS <strong>de</strong><br />

forma a proporcionar ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, pesquisa e estensão em todos os seus setores. Metodologia: Estrategicamente, inicialmente,<br />

foi <strong>de</strong>finido o grupo <strong>de</strong> trabalho. Através da análise situacional do CIS, por este grupo, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>finir o planejamento estratégico a ser<br />

implantado. Pontos <strong>de</strong> ameaça, oportunida<strong>de</strong>s, fracos e fortes foram i<strong>de</strong>ntificados. Foi <strong>de</strong>finida a capacida<strong>de</strong> atual <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> seus setores,<br />

com ênfase na capacida<strong>de</strong> real, instalada e a taxa <strong>de</strong> acupação. Uma matriz <strong>de</strong> gestão foi <strong>de</strong>finida. Resultados: Amatriz <strong>de</strong> gestão<br />

usada era obsoleta. Uma nova forma <strong>de</strong>veria ser implantada/implementada, com ênfase em: gestão estratégica (administrador), gestão<br />

da informação (<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> informática), gestão da infra-estrutura (prefeitura do campus) e gestão <strong>de</strong> matérias (almoxarifado e<br />

setor <strong>de</strong> compras). Assim a gestão possou a ser participativa. O horário <strong>de</strong> funcionamento do CIS se exten<strong>de</strong>u até as 21:00h. O número<br />

<strong>de</strong> consultas/mês oferecidas alcançou, aproximadamente, a mil e trezentos ( 1300). Os laboratórios foram reequipados <strong>de</strong> forma a aten<strong>de</strong>r<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa e extensão. Conclusão: Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil são:Aforma<strong>de</strong><br />

gestão colegiada do CIS foi essencial para pudéssemos alcançar ações em ensino, extensão e pesquisa.<br />

Relato <strong>de</strong> Experiência <strong>de</strong> Cidadania e Compromisso Social do Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

Vieira, JZ 2<br />

Moreira, AAFC 2<br />

Pereira, LF 2<br />

Lourenço, AO 2<br />

Cunha, FG 2<br />

Balestrêro, MHS 2<br />

Introdução: O artigo terceiro da resolução do Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação, <strong>de</strong> 2001, afirma que o formando <strong>de</strong> medicina<br />

<strong>de</strong>ve ter senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social e compromisso com a cidadania. Compreen<strong>de</strong>ndo que essas características necessitam ser estimuladas<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ingresso do aluno, foi implantado o trote solidário no curso <strong>de</strong> medicina, já que além <strong>de</strong> estimular o pensamento reflexivo<br />

sobre as questões sociais, cumpre a lei estadual 8.364. Objetivo: Melhorar a abordagem aos alunos ingressantes, incentivando o<br />

pensamento reflexivo sobre as questões sociais e exercitando a sua cidadania. Método: Desenvolvido na primeira quinzena <strong>de</strong> cada período,<br />

em parceria com a própria instituição <strong>de</strong> ensino, Hemocentro e instâncias sociais da comunida<strong>de</strong>. Entre as ativida<strong>de</strong>s estavam<br />

discussões sobre temas sociais, gincana com recolhimento <strong>de</strong> doações e visita do Hemocentro. No encerramento, os alunos foram levados<br />

a conhecer a realida<strong>de</strong> humil<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong> e a doarem o material arrecadado. Resultados: Os alunos ingressantes, e também<br />

1 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil<br />

2 UNIVIX - Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

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alguns veteranos que participaram, relataram gran<strong>de</strong> satisfação em terem participado da iniciativa. As discussões, inicialmente tímidas,<br />

sobre o compromisso social do curso, tornaram-se mais embasadas e sólidas durante a realização do projeto. Muitos alunos se comoveram<br />

com a realida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sse encontro surgiram outras idéias <strong>de</strong> ação social ainda em fase <strong>de</strong> planejamento. Até<br />

mesmo entre os alunos veteranos, inicialmente discordantes da iniciativa <strong>de</strong>vido a cessação do trote tradicional até então realizado, o<br />

projeto ganhou abrangência e atualmente é reconhecido. Esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> “trote” foi adotado pela faculda<strong>de</strong> e hoje já abrange outros cursos.<br />

Conclusão: Aexperiência mostrou-se positiva e aten<strong>de</strong>u as espectativa dos organizadores, pois, constatou-se nas discussões dos temas<br />

sociais, principalmente sobre o acesso a serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e compromissados com a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da<br />

população, o censo crítico e a busca <strong>de</strong> soluções.<br />

Para On<strong>de</strong> Vão Nossos Idosos?<br />

Barbosa, SB 3<br />

Nobrega, CA 3<br />

Costa, JC 3<br />

Vitela, FG 3<br />

Gonçalves, M 3<br />

Introdução Dados sobre envelhecimento dizem que a população brasileira estará em 2025, na sexta posição mundial. Além disto,<br />

o envelhecer está associado a <strong>de</strong>teriorações das funções e à problemas, sendo essencial a família como provedora <strong>de</strong> suporte aos idosos.<br />

Mas, mudanças nas dinâmicas familiares e sociais, faz com que, muitas vezes, as famílias recorram às casas <strong>de</strong> repouso ou asilos.<br />

Objetivos Discutir a situação global do idoso, conhecer locais <strong>de</strong> atenção a saú<strong>de</strong> do idoso, realizar um planejamento estratégico e nós<br />

críticos ao alcance dos alunos <strong>de</strong> medicina. Metodologia Fez-se um levantamento bibliográfico sobre epi<strong>de</strong>miologia do envelhecimento<br />

, a situação sócio-econômica dos idosos, das casas <strong>de</strong> repouso e o estatuto do idoso. Visitamos uma UBS e seu ambulatório, on<strong>de</strong> conversamos<br />

com profissionais e pacientes. Fizemos levantamento dos asilos cadastradas na vigilância sanitária e visitamos 3 <strong>de</strong>stes. Foram<br />

analisadas as condições gerais, recursos humanos, saú<strong>de</strong>, alimentação, limpeza (RCD/ANVISA Nº. 283). Resultado No Planejamento<br />

estratégico i<strong>de</strong>ntificou-se, principalmente, a ina<strong>de</strong>quação das casas <strong>de</strong> repouso e, como nó crítico, a falta <strong>de</strong> informação dos profissionais.<br />

Alunos ministraram uma palestra para os donos e profissionais das casas <strong>de</strong> repouso , acerca da importância das mesmas e<br />

da realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas em Botucatu, com discussão dos indicadores <strong>de</strong> avaliação. Em seguida, foi aberto um espaço para discussões . Por<br />

fim, houve troca <strong>de</strong> experiência entre os participantes. Conclusão As casas <strong>de</strong> repouso brasileiras possuem normas e regulamentos para<br />

seu a<strong>de</strong>quado funcionamento. Contudo, há gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quações a estas diretrizes, sendo que boa parte resulta da falta <strong>de</strong><br />

capacitação dos proprietários, contribuindo para gerar problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nos moradores. Assim,é preciso que haja melhoria na<br />

fiscalização, mobilização da Atenção Básica e outros níveis <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong> capacitar e informar os proprietários.O resultado da<br />

ativida<strong>de</strong> foi muito positivo e trouxe conhecimento tanto para o público quanto para nós.<br />

Treinamento Docente<br />

Purim, KSM 4<br />

Introdução: Acompetência docente constitui eixo fundamental para promover aprendizagem <strong>de</strong> excelência e qualida<strong>de</strong> na formação<br />

humana através do conhecimento e profissionalização. Em geral, os professores da medicina ten<strong>de</strong>m a ser mais preparados para<br />

o domínio <strong>de</strong> conteúdos e técnicas do que para a pedagogia e didática. Objetivo: Relatar experiência como aluna <strong>de</strong> programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

docente para a educação superior Métodos: Para <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar estratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da competência docente,<br />

o conteúdo programático do curso foi ofertado em módulos envolvendo temas relacionados ao ensino universitário por meio <strong>de</strong> oficinas<br />

pedagógicas e a elaboração <strong>de</strong> uma pesquisa-ação. Através da leitura <strong>de</strong> textos, exibição <strong>de</strong> filmes, trabalhos em equipe, dinâmicas<br />

<strong>de</strong> grupo, construções coletivas e outros recursos didáticos foram trabalhados conceitos básicos <strong>de</strong> competências, entre eles “um saber<br />

agir responsável que é reconhecido pelos outros. Implica em saber como mobilizar, integrar e transferir os recursos e habilida<strong>de</strong>s, num<br />

3 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu.<br />

4 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

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contexto profissional <strong>de</strong>terminado” – que estão permeando discussões, confrontos e revisão das ativida<strong>de</strong>s pedagógicas. Abordou a<br />

importância da atualização e aperfeiçoamento na formação docente, reorganização do ensino com vistas á concretização <strong>de</strong> práticas pedagógicas<br />

que promovam aprendizagem mais efetiva. Noções <strong>de</strong> filosofia, direito, sociologia, psicologia e outras ciências foram utilizadas<br />

para auxiliar a articulação entre as diferentes realida<strong>de</strong>s das pessoas e socieda<strong>de</strong>s. Cada módulo foi avaliado como parte do processo<br />

autoregulatório do ensino-aprendizagem. Resultados: Os professores enquanto alunos foram instrumentalizados com diversos saberes<br />

e fazeres para aperfeiçoar e inovar suas estratégias docentes. As oficinas possibilitaram treinamentos <strong>de</strong> conhecimentos, atitu<strong>de</strong>s<br />

e competências específicas para apren<strong>de</strong>r a apren<strong>de</strong>r e ensinar <strong>de</strong> forma mais dinâmica, contextualizada e qualificada. Conclusão:Para<br />

melhorar a educação médica é essencial disponibilizar oportunida<strong>de</strong>s contínuas <strong>de</strong> capacitação aos docentes.<br />

Compromisso Social da Escola Médica Frente à Saú<strong>de</strong> Pública – Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Silva, FO 5<br />

Maiato, APA 5<br />

Figueirêdo, CR 5<br />

Bittencourt, B 5<br />

Araújo, AN 5<br />

Introdução: No primeiro trimestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong> houve vertiginoso aumento no número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue na Bahia, com mais <strong>de</strong> 30<br />

mil notificações neste período, segundo dados da Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica. Neste contexto, a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> fez parceria<br />

com escolas médicas <strong>de</strong> Salvador. AEscola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, EBMSP, criou o Comitê Extraordinário <strong>de</strong> Combate<br />

à Dengue com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar ações educativas acerca da doença. A Liga Acadêmica <strong>de</strong> Infectologia Aplicada da Bahia,<br />

LAIA, foi convidada a fazer parte <strong>de</strong>ste projeto, auxiliando a realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s no meio acadêmico e na comunida<strong>de</strong>. Objetivos:<br />

Relatar uma dinâmica <strong>de</strong> resultados positivos realizada pela LAIA com alunos do 5º período da EBMSP. Métodos: Foi realizada, em<br />

maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perguntas e respostas sobre <strong>de</strong>ngue na aula <strong>de</strong> Semiologia Médica, sob coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> membros da<br />

LAIA. Os alunos foram divididos em subgrupos, nos quais as proposições eram discutidas. As questões abordavam aspectos clínicos<br />

da doença, epi<strong>de</strong>miologia, imunopatogênese, tratamento e profilaxia; e foram revisadas por docentes. Buscou-se fomentar a participação<br />

ativa dos estudantes, no intuito <strong>de</strong> esclarecer dúvidas e fixar o conteúdo. Resultados: No 5º período, os alunos começam a frequentar<br />

hospitais e, com a dinâmica, na qual foram resgatados conceitos já estudados, eles tiveram oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicá-los, em virtu<strong>de</strong><br />

da importância da doença no cenário da saú<strong>de</strong> pública do Estado. Em situação <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>mia, os discentes obtiveram maior segurança no<br />

reconhecimento dos casos, principalmente das formas clássicas. A receptivida<strong>de</strong> ao tema e a intensa participação dos alunos possibilitaram<br />

ampla discussão. Conclusão: O meio acadêmico po<strong>de</strong> atuar como importante instrumento modificador diante <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> pública, zelando por seu compromisso social. Iniciativas como esta permitem que os estudantes se tornem sujeitos ativos no seu<br />

conhecimento e promovem maior integração entre alunos <strong>de</strong> períodos diversos.<br />

Relatoria: uma Experiência na Formação <strong>de</strong> Li<strong>de</strong>ranças<br />

Pavan, R 6<br />

Dalben, D 6<br />

Silva, CC 6<br />

Muraguchi, E 7<br />

Vitória, AM 6<br />

Introdução: O VII Congresso Catarinense e Paranaense <strong>de</strong> Educação Médica reuniu várias escolas <strong>de</strong> Medicina da Regional Sul<br />

II da ABEM e a Diretoria Nacional da ABEM para <strong>de</strong>bater Avaliação do Estudante. A ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relatoria foi realizada para memória<br />

das discussões e ativida<strong>de</strong>s realizadas e para oportunizar a formação <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças entre os estudantes. Objetivo: Descrever e avaliar a<br />

metodologia empregada para relatoria durante o VII CCPEM na formação <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças estudantis. Métodos: Cadastro dos en<strong>de</strong>reços<br />

5 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Comunitária Regional <strong>de</strong> Chapecó, Chapecó, SC, Brasil.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> correio eletrônico e números <strong>de</strong> telefone móvel <strong>de</strong> acadêmicos e professores envolvidos na relatoria. Preparo dos estudantes com arquivos<br />

dos anais do <strong>COBEM</strong> 2006-2007 e preparo das fichas contendo informações relativas a cada ativida<strong>de</strong>. Comunicação via SMS<br />

aos envolvidos confirmando local e horário das ativida<strong>de</strong>s. Arquivos armazenamento <strong>de</strong> diferentes maneiras, preservando sua segurança.<br />

Revisão dos arquivos pelas equipes <strong>de</strong> relatoria em prazo estipulado e envio aos palestrantes. A <strong>de</strong>volutiva aguardada em igual<br />

prazo nem sempre foi cumprida. Envio dos arquivos à ABEM. Resultados:Aofinaldostrêsdiaspercebeu-sequestõesrelevantesaserem<br />

revistas para os próximos eventos, tais como: o conteúdo po<strong>de</strong>ria ser previamente enviado pelo autor para conhecimento dos relatores;<br />

<strong>de</strong>finir como funções principais dos relatores os encaminhamentos, discussões e contribuições; prazo <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> arquivos <strong>de</strong>finido,<br />

com prazo pré-estabelecido, <strong>de</strong> modo que docente e discente possam revisar resultado antes da entrega; comprometimento dos<br />

palestrantes com a <strong>de</strong>volutiva no prazo estabelecido. Conclusão: Estruturar <strong>de</strong> forma clara o objetivo da relatoria, bem como obrigações<br />

e compromissos dos envolvidos, tanto relatores como dos profissionais que apresentam os eventos a ser relatados. Resultados<br />

positivos como reflexo do comprometimento dos envolvidos. A li<strong>de</strong>rança não como hierarquia, mas como modo <strong>de</strong> organização para<br />

integração da equipe. Acadêmicos motivados a participar como relatores em novos eventos.<br />

Comitê Gestor do Centro Cultural Casa Hercílio Esteves: uma Experiência <strong>de</strong> Co-Gestão<br />

na Promoção <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Culturais na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis – Fase<br />

Tammela, R8 Adami-<strong>de</strong>-Sá, FPC8 Melquia<strong>de</strong>s, MM8 Daher, AC8 Tammela, CBC8 Ramos, AN8 Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso <strong>de</strong> Medicina apontam em seus artigos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formar<br />

profissionais médicos com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva. Apontam ainda o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> algumas habilida<strong>de</strong>s<br />

gerais, não técnicas, como: Tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, Li<strong>de</strong>rança, Comunicação, e Administração e Gerenciamento. Tais premissas também<br />

estão <strong>de</strong>finidas nos documentos internos da instituição, e são norteadoras do trabalho por ela <strong>de</strong>senvolvido. Aparticipação <strong>de</strong> alunos<br />

no Comitê Gestor do Centro Cultural vem objetivar esses conceitos, por vezes difíceis <strong>de</strong> serem percebidos na aplicação dos programas<br />

curriculares. Objetivos: Envolver os alunos no planejamento e gerenciamento das ativida<strong>de</strong>s culturais do Centro Cultural; Fomentar<br />

a formação <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças; Desenvolver noções <strong>de</strong> gestão e planejamento; Co-responsabilizar os alunos na realização das ativida<strong>de</strong>s<br />

culturais. Métodos: O Centro Cultural é gerenciado por um Comitê Gestor composto por alunos e coor<strong>de</strong>nado por um profissional responsável<br />

pelo espaço. O Comitê Gestor se reúne periodicamente para pensar e planejar as ativida<strong>de</strong>s que serão realizadas, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>bater<br />

os problemas e <strong>de</strong>safios para o envolvimento do conjunto dos alunos nas ativida<strong>de</strong>s propostas. Resultados:Asativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>senvolvidas<br />

acabam expressando as expectativas do conjunto <strong>de</strong> alunos, conquistando uma maior a<strong>de</strong>rência e participação dos mesmos.<br />

Com pouco mais <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> funcionamento, o Comitê Gestor já foi capaz <strong>de</strong> produzir ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fácil realização, como Cine Debate,<br />

Oficina <strong>de</strong> Dança, “Happy Hour” e algumas ativida<strong>de</strong>s mais complexas, como um Café Literário. Conclusões: Ao convidar alunos<br />

para colaborar nesse gerenciamento, estamos não apenas abrindo um campo <strong>de</strong> prática para importantes habilida<strong>de</strong>s requeridas em<br />

um médico, em um ambiente não estressante, mas também provocando a discussão sobre seu papel e seu compromisso com a<br />

socieda<strong>de</strong>. Hoje esses alunos já assumem a condução <strong>de</strong> sua representação estudantil, ampliando ainda mais suas responsabilida<strong>de</strong>s<br />

enquanto li<strong>de</strong>rança.<br />

8 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil<br />

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Relato da Criação e Funcionamento do “Núcleo Acadêmico <strong>de</strong> Pesquisa em Educação<br />

Médica”<br />

Hamamoto Filho, PT9 Venditti, VC9 Miguel, L9 Silva, LA9 Peraçoli, JC9 Introdução: Em 2008, estudantes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu/UNESP criaram o Núcleo Acadêmico <strong>de</strong> Pesquisa em<br />

Educação Médica(NAPEM). Aproposta surgiu do entendimento da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovação e qualificação <strong>de</strong> propostas para o ensino<br />

médico, assumindo um protagonismo nos processos <strong>de</strong> mudança curricular; da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliação da pesquisa em educação<br />

médica; do reconhecimento da iniciação científica como instrumento <strong>de</strong> qualificação acadêmica e profissional, e da responsabilida<strong>de</strong><br />

assumida com a própria educação, com curiosida<strong>de</strong> científica e interesse pela aprendizagem. Objetivo: Relatar a experiência da criação<br />

e do funcionamento do NAPEM. Metodologia: Descrição do histórico <strong>de</strong> organização do NAPEM e dos projetos <strong>de</strong> pesquisa em curso.<br />

Resultados: O NAPEM foi criado em agosto/2008 por um grupo <strong>de</strong> estudantes envolvidos nas discussões <strong>de</strong> ensino médico. Possui coor<strong>de</strong>nador,<br />

sub-coor<strong>de</strong>nador, tesoureiro e secretário. Demais membros participam como pesquisadores associados. Um docente atua<br />

como supervisor do núcleo. De cada projeto <strong>de</strong> pesquisa participam: o aluno responsável, alunos colaboradores e pelo menos um orientador<br />

docente. Atualmente estão envolvidos com o NAPEM: 11 alunos e 8 docentes. Os projetos atuais investigam: avaliação do estudante<br />

na perspectiva <strong>de</strong> pacientes, impacto da iniciação científica na formação, interdisciplinarida<strong>de</strong> no curso médico, receptivida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

profissionais da atenção básica aos estudantes, o próprio curso <strong>de</strong> medicina e o perfil das ligas acadêmicas. O NAPEM está certificado<br />

pelo CNPq como grupo <strong>de</strong> pesquisa e já tem uma publicação em periódico científico in<strong>de</strong>xado. Conclusões: O NAPEM teve boa receptivida<strong>de</strong><br />

na instituição. Docentes <strong>de</strong> diversas áreas têm se envolvido com o núcleo. Alunos têm assumido responsabilida<strong>de</strong> no processo<br />

<strong>de</strong> formação, agora, buscando respaldo científico. As pesquisas po<strong>de</strong>rão impulsionar mudanças e discussões sobre ensino médico na<br />

instituição, fornecendo evidências científicas que fundamentem críticas discentes às falhas curriculares e ren<strong>de</strong>ndo publicações úteis ao<br />

conhecimento sobre educação médica. Um <strong>de</strong>safio é ampliar o número <strong>de</strong> alunos envolvidos.<br />

Estudo Sobre a Gestão, Promoção e Garantia da Qualida<strong>de</strong> dos Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na<br />

Maternida<strong>de</strong> Nascer Cidadão-Goiânia, Goiás<br />

Silva, LAO10 Fernan<strong>de</strong>s, BP10 Lima, DCN10 Leite, LB10 Taveira, DLR10 Carnelosso, ML10 Introdução: Os alunos do 8º módulo do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, mediante a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão<br />

em Saú<strong>de</strong>, realizaram a análise da situação sobre a qualida<strong>de</strong> e o acesso aos serviços oferecidos pela Maternida<strong>de</strong> Nascer Cidadão<br />

(MNC). Utilizando as Funções Essenciais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública do Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários Estaduais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – CONASS e instrumentos<br />

do Planejamento Estratégico elaborou-se um Plano <strong>de</strong> Ação que visou a melhoria da qualida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> prestados<br />

pela MNC. Objetivo: Avaliar a promoção e a garantia da qualida<strong>de</strong> dos Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da MNC, localizada na Região Noroeste<br />

<strong>de</strong> Goiânia, utilizando as ferramentas do Planejamento Estratégico, no período <strong>de</strong> Abril a Junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Métodos:Trata-se<strong>de</strong>umestudo<br />

qualitativo e quantitativo realizado a partir <strong>de</strong> questionários fundamentados no documento das funções essenciais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do<br />

CONASS empregando a Função Essencial número 9, que trata da Promoção e garantia da qualida<strong>de</strong> dos serviços da Saú<strong>de</strong>. Os mesmos<br />

foram aplicados na forma <strong>de</strong> entrevistas, uma dirigida à diretoria e outra à população. Aentrevista à população foi realizada, aleatoria-<br />

9 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP, Brasil.<br />

10 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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mente, com 81 usuários que se encontravam internados ou aguardando atendimento. Os dados colhidos foram analisados e construído<br />

um Plano <strong>de</strong> Ação. Resultados: Através da análise situacional foram levantados os seguintes problemas: Falta <strong>de</strong> uma Avaliação Periódica<br />

sobre os processos e aplicação das Normas e Diretrizes do Ministério da Saú<strong>de</strong> sobre Maternida<strong>de</strong> Segura e Hospital Amigo da Criança,<br />

e Ausência <strong>de</strong> Cursos Introdutórios e <strong>de</strong> Capacitação Permanente. Apartir disto, foi elaborado um Plano <strong>de</strong> Ação sendo confeccionados<br />

objetivos, ações e ativida<strong>de</strong>s para colocá-lo em prática. Conclusão: A aplicação dos questionários proporcionou a avaliação da<br />

qualida<strong>de</strong> dos serviços prestados na MNC e a elaboração <strong>de</strong> um Plano <strong>de</strong> Ação. Esperamos que a gestão local implemente este Plano<br />

paraamelhoriadaMaternida<strong>de</strong>.<br />

Movimento Social e o Ensino Superior: uma Relação Possível<br />

Sousa, DDC 11<br />

Sousa, EVA 11<br />

Leão, LMS 11<br />

Santos, KV 11<br />

Nascimento, RD 12<br />

Introdução: O Movimento <strong>de</strong> Reintegração das pessoas atingidas pela Hanseníase (Morhan) i<strong>de</strong>ntifica-se como um movimento<br />

social que luta pelo controle da hanseníase e pelas raízes do preconceito que reverberam nas pessoas acometidas pela doença. Atuando<br />

em vários municípios brasileiros, uma das preocupações do Morhan é a formação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que assistem a esses pacientes<br />

e que estão à frente da formulação e implementação das políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivo: Descrever a experiência da inserção do Morhan<br />

no Módulo: Fundamentos da Atenção Básica à Saú<strong>de</strong> II, oferecido no 4º período do Curso Médico da UFPE, consi<strong>de</strong>rando a importância<br />

da introdução <strong>de</strong> questões sociais nos cursos <strong>de</strong> graduação, através da articulação com os Movimentos Sociais. Métodos:Entre<br />

2006 e <strong>2009</strong> foram realizadas oficinas e visitas <strong>de</strong> estudantes do curso medico ao antigo leprosário da Mirueira, sendo essas ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvidas em todos semestres do respectivo período. Aintervenção se iniciou através <strong>de</strong> uma articulação entre a Universida<strong>de</strong> e o<br />

Morhan, a partir da qual foi ressaltada a necessida<strong>de</strong> dos estudantes transporem a barreira dos muros da Universida<strong>de</strong> e do “saber técnico”<br />

hegemônico. Nas oficinas foram abordados aspectos sociais da hanseníase, focando-se principalmente no preconceito e nas atitu<strong>de</strong>s<br />

“<strong>de</strong>sumanizadas” e as visitas contaram com um roteiro semi-estruturado <strong>de</strong> questões a serem investigadas. Resultados:Foiatravés<br />

da aproximação com o Morhan que a maioria dos alunos <strong>de</strong>spertou para problemática da hanseníase. Entrar em contato com a vulnerabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sse segmento foi bastante relevante para a formação profissional, bem como proporcionou a inserção <strong>de</strong> alguns estudantes<br />

no Movimento. Conclusão: A respectiva experiência <strong>de</strong> integração entre o Movimento Social e a Universida<strong>de</strong> reforça que é possível<br />

trabalhar a formação através <strong>de</strong> interlocuções que vão para além dos saberes e das práticas já instituídas na aca<strong>de</strong>mia e ilumina o<br />

compromisso diante dos <strong>de</strong>terminantes sociais da doença.<br />

Uma Nova Abordagem <strong>de</strong> Educação em Saú<strong>de</strong> Sobre Auto Estima no Trabalho com<br />

Adolescentes<br />

Zolan<strong>de</strong>k, EM13 Lessa, CP<br />

Oliveira, JFC<br />

Loro, LS<br />

Introdução: Aadolescência envolve um amplo conjunto <strong>de</strong> transformações. O que torna esta parcela da população vulnerável a<br />

uma série <strong>de</strong> riscos. Aauto-estima é uma característica que tangencia todo esse período instável. Muitas atitu<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>cisões dos adolescentes<br />

se baseiam em seu estado <strong>de</strong> auto-estima e o alteram diretamente. Fatores como o relacionamento afetivo familiar, a educação e a<br />

comunicação com os pais, a mídia, o bom <strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s que o adolescente <strong>de</strong>sempenha influenciam <strong>de</strong> forma significati-<br />

11 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

12 Instituto Ageu Magalhães,<br />

13 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

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va o mol<strong>de</strong> e a estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua auto-estima. A adoção <strong>de</strong> comportamentos <strong>de</strong> risco estão relacionadas positivamente com a baixa<br />

auto-estima. Além disso, as mudanças psicológicas fazem com que o adolescente tenha uma volta narcísica para o seu mundo interno,<br />

com questionamentos sobre os pais, as instituições e a socieda<strong>de</strong>. Objetivo: Desmistificar os padrões <strong>de</strong> beleza ditados pela socieda<strong>de</strong> e<br />

promover a valorização pessoal. Metodologia: A oficina <strong>de</strong> auto-estima será composta <strong>de</strong> uma dinâmica <strong>de</strong> grupo, seguida <strong>de</strong> discussão<br />

e apresentação <strong>de</strong> um ví<strong>de</strong>o. Adinâmica utilizará recortes <strong>de</strong> revistas <strong>de</strong> pessoas tidas como bonitas e feias. Cada participante ao entrar<br />

na sala escolherá a figura com que mais se i<strong>de</strong>ntifica. Sentados em círculo, cada um dirá o porquê <strong>de</strong> sua escolha. Dentre os tópicos<br />

apresentados serão as semelhanças e as diferenças entre a pessoa e a figura escolhida e o que esses adolescentes fariam para se encaixarem<br />

naqueles padrões <strong>de</strong> beleza. Finalizaremos a dinâmica exaltando os aspectos <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>, companheirismo ao invés da supervalorização<br />

do aspecto físico.Essa oficina será composta <strong>de</strong> 30 participantes. A pedagogia utilizada será problematização e o enfoque será<br />

<strong>de</strong>senvolvimento pessoal. Resultados: A a<strong>de</strong>são dos adolescentes foi surpreen<strong>de</strong>nte. Participaram ativamente das discussões, ficando<br />

nítida a reflexão e o aprendizado. A equipe sentiu-se muito satisfeita por ter alcançado os objetivos propostos.<br />

Uma Nova Abordagem <strong>de</strong> Educação em Saú<strong>de</strong> Sobre Drogadição no Trabalho Com<br />

Adolescentes<br />

Maria, ACMP 14<br />

Ferrari, EB 14<br />

Zamin, NT 14<br />

Alves, RPT 14<br />

Introdução: A fase da adolescência envolve um conjunto <strong>de</strong> transformações físicas, psicológicas e sociais, que po<strong>de</strong>m torná-los<br />

vulneráveis a uma série <strong>de</strong> riscos, entre eles as drogas lícitas e ilícitas. O trabalho em grupo permite o uso <strong>de</strong> métodos ativos para <strong>de</strong>senvolver<br />

a consciência crítica e alertar sobre os riscos da <strong>de</strong>pendência, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver responsabilida<strong>de</strong> e autonomia, para que o jovem<br />

tenha consciência <strong>de</strong> que cabe a ele a total responsabilida<strong>de</strong> por suas opções, encorajando-o a fazer um exame crítico <strong>de</strong> suas escolhas.<br />

Objetivos: Oferecer <strong>de</strong> forma dinâmica e interativa informações sobre o curso – <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a experimentação até o vício - do uso <strong>de</strong> drogas.<br />

Métodos: O projeto foi realizado na área <strong>de</strong> abrangência da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Salvador Allen<strong>de</strong>, Curitiba - PR. Aconteceu no dia<br />

26/05/09 e teve como público 30 adolescentes, divididos em grupos <strong>de</strong> 15 pessoas, com duração <strong>de</strong> 30 minutos. Inicialmente, 04 adolescentes<br />

foram convencidos a entrar em uma das barracas, on<strong>de</strong> receberam doces e foram incentivados a levarem mais amigos para o local.<br />

Recompensas foram dadas aos participantes que conquistavam mais a<strong>de</strong>ptos para o “ponto”. Outro grupo entrou no jogo e foi convencido<br />

a a<strong>de</strong>rir a <strong>de</strong>terminado box pelos integrantes já presentes. Caso mudassem <strong>de</strong> bancada ou freqüentassem o mesmo box inúmeras<br />

vezes eram castigados ou eliminados. O significado da brinca<strong>de</strong>ira foi ocultado aos participantes até o final. Resultados: Os adolescentes<br />

surpreen<strong>de</strong>ram-se com o real sentido do jogo, visto que a intenção era mostrar a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se envolverem com a drogadição.<br />

Ao discutir a brinca<strong>de</strong>ira, muitos <strong>de</strong>les revelaram-se envergonhados perante o papel que <strong>de</strong>sempenharam, pois perceberam a proximida<strong>de</strong><br />

com a sua realida<strong>de</strong>. Conclusões: Após o <strong>de</strong>bate, acreditamos que os adolescentes tornaram-se capazes <strong>de</strong> propagar a informação<br />

para outros jovens, e que estarão preparados para <strong>de</strong>sviarem-se <strong>de</strong>ssa situação caso venham a enfrentá-la.<br />

14 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

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I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e Coletivida<strong>de</strong>: as Manifestações Contra o Bacharelado em Medicina<br />

Mendonça, M 15<br />

Wal<strong>de</strong>mar, FS 16<br />

Dutra, PL 15<br />

Furquim, L 15<br />

Moreira, P 16<br />

Wajner, A 16<br />

Introdução: Em 2007, os formandos do curso <strong>de</strong> medicina das universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Porto Alegre se <strong>de</strong>pararam com uma<br />

mudança na titulação <strong>de</strong> seus diplomas. Ao invés da <strong>de</strong>nominação “médico”, constava a <strong>de</strong> “bacharel em medicina”. Segundo explicações<br />

das universida<strong>de</strong>s, a mudança havia ocorrido em obediência a Portaria MEC nº. 1.812/2006, que reclassificava o curso <strong>de</strong> medicina<br />

na condição <strong>de</strong> bacharelado. Como consequência, surgiram preocupações para os acadêmicos <strong>de</strong> medicina e para a classe médica: Seria<br />

o primeiro passo para criação do chamado “profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>”, tornandoasatuaisprofissõesmeras“especializações”?Seriaapreparação<br />

para um “exame <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m” sem discussão com a classe médica? Quais seriam as conseqüências institucionais da mudança?<br />

Objetivo: Relatar a luta <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina contra a titulação <strong>de</strong> bacharel no tocante à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da<br />

figura do médico perante a população. Métodos: Através <strong>de</strong> ações do Núcleo Acadêmico do Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul<br />

(NA SIMERS), foi realizada uma gran<strong>de</strong> manifestação pública em <strong>de</strong>fesa da classe médica e contra a mudança <strong>de</strong> titulação. As li<strong>de</strong>ranças<br />

dos diretórios acadêmicos consultaram os estudantes em relação à mudança <strong>de</strong> título. Após assembléia, realizada em setembro <strong>de</strong><br />

2008, acadêmicos <strong>de</strong> medicina iniciaram a organização <strong>de</strong> uma manifestação pública contra a mudança <strong>de</strong> título. A manifestação ocorreu<br />

no dia 17 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008 em Porto Alegre, Passo Fundo, Pelotas e Rio Gran<strong>de</strong>. No total participaram mais <strong>de</strong> 2.000 pessoas.<br />

Conclusões: A manifestação repercutiu positivamente entre estudantes e na mídia. O ministro da educação apontou a mudança no<br />

diploma como equívoco, estabelecendo a troca dos diplomas <strong>de</strong> bacharel para diplomas com titulação <strong>de</strong> médico. Concluímos que,<br />

trabalhando coletivamente, os resultados são possíveis e aparecem em um momento em que a classe médica luta por seus direitos <strong>de</strong><br />

maneira firme e organizada.<br />

Trote Solidário: Compromisso com a Vida Através da Função Social do Estudante <strong>de</strong><br />

Medicina<br />

Razera, JC 17<br />

Wajner, A 18<br />

Moreira, M 19<br />

Neyeloff, JL 19<br />

Furquim, L 20<br />

Wal<strong>de</strong>mar, FS 18<br />

Introdução: Como ritual <strong>de</strong> passagem, os novos acadêmicos <strong>de</strong> medicina são recepcionados pelos veteranos com uma série <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s, especialmente o “trote”. Com o passar do tempo, ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recreação foram dando lugar a práticas questionáveis. Objetivos:<br />

Para revogar este cenário e resgatar o papel social do médico, os acadêmicos <strong>de</strong> medicina do RS realizaram, em <strong>2009</strong>, uma campanha<br />

<strong>de</strong>nominada “Trote Solidário: compromisso com a vida”. Com apoio do Núcleo Acadêmico do Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do<br />

Sul, as turmas criaram e executaram uma ativida<strong>de</strong> com os seguintes fins: Promover o bem-estar social junto a instituições beneficentes;<br />

incentivar a doação <strong>de</strong> sangue; estimular a formação <strong>de</strong> profissionais engajados; possibilitar integração entre calouros e veteranos; extinguir<br />

as práticas <strong>de</strong> violência nos trotes e ratificar o papel social do estudante. Metodologia: Foram propostas ações em cada uma das<br />

15 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil<br />

16 Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

17 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

18 Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

19 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

20 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

407<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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faculda<strong>de</strong>s participantes. Aprimeira ação pactuada foi a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um dia on<strong>de</strong> calouros e veteranos eram estimulados para doação<br />

<strong>de</strong> sangue e medula óssea. Na segunda, os estudantes permaneceram, durante um final <strong>de</strong> semana, na entrada <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> supermercado<br />

solicitando doações aos clientes. Resultados: Em nosso estado ocorreram mais <strong>de</strong> 200 doações <strong>de</strong> sangue, feitas não só pelos<br />

estudantes, mas também, em alguns casos, pelos seus familiares. Foram arrecadadas 22,3 toneladas <strong>de</strong> donativos que beneficiaram<br />

31 entida<strong>de</strong>s num total <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1.000 pessoas. Aavaliação dos estudantes foi positiva, promoveu-se a integração <strong>de</strong> uma maneira saudável.<br />

Conclusão: A participação dos estudantes, a expressiva arrecadação <strong>de</strong> donativos e as <strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> apoio da população<br />

<strong>de</strong>monstraram que o Trote Solidário po<strong>de</strong>rá substituir o “trote tradicional”, já <strong>de</strong>sgastado pelo seu formato agressivo e sem valor<br />

coletivo. Espera-se “contagiar” estudantes <strong>de</strong> outros estados do Brasil. Atitu<strong>de</strong>s solidárias como esta mostram o compromisso dos<br />

acadêmicos <strong>de</strong> medicina com a saú<strong>de</strong> e a socieda<strong>de</strong>.<br />

Integração, Conhecimento e Debate: o Núcleo Acadêmico Simers como Novo Espaço para<br />

Estudantes De Medicina<br />

Au Dutra, PL 21<br />

Wajner, A 22<br />

Neyeloff, J.L 23<br />

Moreira, M 23<br />

Furquim, L 21<br />

Wal<strong>de</strong>mar, FS 22<br />

Introdução: Aformação teórica do médico requer aprendizagem e compreensão <strong>de</strong> uma vastidão <strong>de</strong> informações. Acarga horária<br />

da graduação, ainda que extensa, não cobre todo o conteúdo científico, técnico e cultural <strong>de</strong>sejado. A<strong>de</strong>dicação quase integral acaba<br />

dificultando as relações coletivas, propiciando a materialização do individualismo por parte dos acadêmicos e fazendo com que esqueçam<br />

a importância da coletivida<strong>de</strong> e, conseqüentemente, da luta pelos direitos da futura classe profissional. Com o intuito <strong>de</strong> amenizar<br />

tais problemas e aproximar esse público do cenário sindical e da realida<strong>de</strong> do mercado <strong>de</strong> trabalho, o Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul criou, em 2007, o Núcleo Acadêmico. Objetivos: promover a integração entre os acadêmicos <strong>de</strong> Medicina; propiciar um ambiente<br />

<strong>de</strong> luta pelos direitos e garantias da futura profissão; organizar cursos e ativida<strong>de</strong>s que supram as carências curriculares; incentivar<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> iniciação científica. Métodos: planejamento e criação <strong>de</strong> um espaço que contemple estrutura física e operacional para receber<br />

estudantes <strong>de</strong> medicina. Resultados: Além <strong>de</strong> apresentar em seu quadro <strong>de</strong> associados cerca <strong>de</strong> 200 estudantes <strong>de</strong> medicina, as<br />

ativida<strong>de</strong>s científicas mensais têm reunido um público médio <strong>de</strong> 170 pessoas por evento, todas sem apoio da Indústria Farmacêutica.<br />

Ativida<strong>de</strong>s extracurriculares incluem ações sociais pró-ativas: o trote solidário arrecadou em <strong>2009</strong> mais <strong>de</strong> 22 toneladas <strong>de</strong> doações no<br />

RS para entida<strong>de</strong>s carentes. Em <strong>de</strong>fesa dos direitos do estudante <strong>de</strong> medicina, realizou-se o Movimento contra o título <strong>de</strong> Bacharel em<br />

Medicina. Associados tem acesso ao UNISIMERS, site <strong>de</strong> educação médica continuada. Conclusão: Acriação <strong>de</strong>ste espaço possibilitou<br />

a aproximação <strong>de</strong> estudantes ao Sindicato e uma integração constante entre os atuais sócios. A perspectiva <strong>de</strong> expansão dos conhecimentos<br />

sobre o mundo acadêmico e o mercado <strong>de</strong> trabalho faz do Núcleo Acadêmico SIMERS um espaço <strong>de</strong> referência para estudantes<br />

<strong>de</strong> medicina.<br />

21 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

22 Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

23 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

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Projeto <strong>de</strong> Extensão “Saú<strong>de</strong> e Responsabilida<strong>de</strong> Sexual”: Apresentação e Conscientização<br />

Sobre o Uso da Camisinha Feminina em Populações <strong>de</strong> Baixa Renda<br />

Gonçalves, NR 24<br />

Ramos, PHC 24<br />

Barbosa, PMB 24<br />

Cabral, RAS 24<br />

Men<strong>de</strong>s, TC24<br />

Quintão, WR24<br />

Introdução: Os preservativos femininos, aos poucos começam a fazer parte da vida das brasileiras. Hoje, 6,6% das mulheres incorporaram<br />

o seu uso. O Projeto <strong>de</strong> Extensão “Saú<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong> sexual” da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Barbacena em parceria<br />

com a <strong>Associação</strong> Barbacenense <strong>de</strong> Ação contra a AIDS apresentou esse método nas comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> baixa renda da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Barbacena-MG,<br />

expondo vantagens e <strong>de</strong>svantagens. Consi<strong>de</strong>rando-se o aumento <strong>de</strong> casos notificados <strong>de</strong> DST’s em mulheres, as intervenções<br />

comunitárias tornam-se fundamentais. Objetivos: Incentivar o uso <strong>de</strong> preservativo feminino para a prevenção <strong>de</strong> DST’s na população<br />

<strong>de</strong> baixa renda; orientar as mulheres quanto ao uso correto; apresentar as vantagens e <strong>de</strong>svantagens <strong>de</strong> tal método. Método:Foiapresentado<br />

e realizado <strong>de</strong>monstrações para o uso correto da camisinha feminina em um estan<strong>de</strong> montado nas praças dos bairros com o uso<br />

<strong>de</strong> próteses do sistema reprodutor feminino. Explicações sobre as vantagens e as <strong>de</strong>svantagens sobre este novo método faziam parte<br />

das apresentações. Foram distribuídas camisinhas femininas com panfletos explicativos ao final e material educativo sinalizando a importância<br />

do uso do preservativo para prevenção <strong>de</strong> DST’s. Resultados: Apopulação mostrou interesse e curiosida<strong>de</strong> sobre o preservativo<br />

feminino. Foi <strong>de</strong>tectado resistência e preconceito contra o método, que variavam com a faixa etária e o estado civil. Algumas mulheres<br />

expressaram sobre a utilida<strong>de</strong> do método para proteção própria, principalmente contra abusos sexuais dos seus parceiros – situação<br />

existente nas comunida<strong>de</strong>s visitadas. Conclusão: O preservativo feminino foi recebido como forma da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolha da mulher<br />

para fazer sexo seguro, já que ela <strong>de</strong>pendia em parte, da escolha do homem.<br />

Atitu<strong>de</strong>s dos Discentes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFPA Diante das Dificulda<strong>de</strong>s e<br />

Problemas da Instituição<br />

Ramalho, AS 25<br />

Bahia, SHA 25<br />

Pereira, BP 25<br />

Introdução: A curiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer melhor como pensa e age o estudante <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> pública, motivou<br />

a realização <strong>de</strong>ste estudo que buscou i<strong>de</strong>ntificar como estes indivíduos agem sobre as dificulda<strong>de</strong>s e problemas inerentes ao cotidiano<br />

da Faculda<strong>de</strong>. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar atitu<strong>de</strong>s dos discentes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará (FMUFPA)<br />

diante das dificulda<strong>de</strong>s da instituição, bem como a inserção <strong>de</strong>stes indivíduos nos espaços <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e reivindicação. Métodos:Foirealizado<br />

um estudo seccional e <strong>de</strong>scritivo, através <strong>de</strong> questionários aplicados a 272 discentes da FMUFPA. Resultados: Questionados sobre<br />

a participação em reuniões administrativas da FMUFPA, 92,3% (n=251) dos alunos não se inserem nesse tipo <strong>de</strong> espaço, sendo que<br />

na amostra estudada, apenas 8,8% (n=24) já haviam participado <strong>de</strong> Movimento Estudantil. Diante <strong>de</strong>stes dados, solicitou-se aos alunos<br />

que auto-avaliassem seu comportamento em relação às dificulda<strong>de</strong>s e/ou problemas da instituição. 48,5% (n=132) afirmaram que gostariam<br />

<strong>de</strong> envolver-se mais nas reivindicações, mas suas atribuições não lhes permitiam; 17,3% (n=47) se consi<strong>de</strong>ram alheios aos problemas<br />

do curso e da Universida<strong>de</strong>; 16,2% (n=44) já foram mais participativos, mas não se envolvem mais; 13,2% (n=36) consi<strong>de</strong>ram<br />

que cumprem sua parte sendo bons alunos e apenas 4,8% (n=1) participam ativamente das <strong>de</strong>cisões da Faculda<strong>de</strong>, buscando melhorias<br />

sempre. Conclusão: Observou-se que uma minoria dos discentes encontra-se engajada em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Movimento Estudantil, assim<br />

como a maior parte dos estudantes se abstêm da participação em espaços on<strong>de</strong> são tomadas as <strong>de</strong>cisões relativas ao funcionamento e organização<br />

da Faculda<strong>de</strong>. Aauto-avaliação das atitu<strong>de</strong>s discentes <strong>de</strong>monstrou que a maior parte <strong>de</strong>sejava envolver-se mais nas reivindicações,<br />

mas que suas atribuições relacionadas à carga horária excessiva da Faculda<strong>de</strong> e horas <strong>de</strong> estudo não lhes permitia isso.<br />

24 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Barbacena, Barbacena, MG, Brasil.<br />

25 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

409<br />

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Gestão e Planejamento Estratégico: a Formação <strong>de</strong> Li<strong>de</strong>ranças em Saú<strong>de</strong> no Curso <strong>de</strong><br />

Medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás<br />

Cantarelli, GCF 26<br />

Marques, GIG 26<br />

Souza, LA 26<br />

Occhiena, MAN 26<br />

Ala, VHES 26<br />

Carnelosso, ML 26<br />

Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos Médicos- artigo 4º- afirmam que o futuro profissional médico<br />

<strong>de</strong>ve <strong>de</strong>senvolver, em sua formação, habilida<strong>de</strong>s como: atenção à saú<strong>de</strong>, tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, comunicação, li<strong>de</strong>rança, administração,<br />

gerenciamento e educação permanente.AUnida<strong>de</strong> “Gestão em Saú<strong>de</strong>”, em seu projeto no curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Católica<br />

<strong>de</strong> Goiás (UCG), objetiva a concretização <strong>de</strong>stas habilida<strong>de</strong>s, aplicando ações <strong>de</strong> gestão em saú<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong>, abordando conhecimento<br />

<strong>de</strong>ssas políticas, planejando ações, coor<strong>de</strong>nando programas e núcleos, bem como organizando a prestação <strong>de</strong> serviços oferecidos<br />

na unida<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Acadêmicos do VIII módulo do curso <strong>de</strong> medicina cursando tal unida<strong>de</strong>, buscaram sua aplicabilida<strong>de</strong><br />

no campo das práticas dos serviços locais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.O local escolhido para esse exercício foi o Centro <strong>de</strong> Assistência Integral à Saú<strong>de</strong> -<br />

CAIS Cândida <strong>de</strong> Moraes.Ametodologia do Planejamento Estratégico foi a ferramenta para análise da situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma que<br />

os alunos pu<strong>de</strong>ssem familiarizar-se com a lógica do Planejamento em Saú<strong>de</strong>, aprofundando os conhecimentos nessa área. Objetivos:<br />

I<strong>de</strong>ntificar os principais problemas, propor um Plano <strong>de</strong> Ação para a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em estudo e assim contribuir para a formação<br />

médico-social do acadêmico. Métodos: Realizada pesquisa <strong>de</strong> campo, baseada nas funções essenciais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, para elaboração<br />

<strong>de</strong> questionário aplicado à direção do CAIS, permitindo análise <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s em vigilância em saú<strong>de</strong> e propondo um plano <strong>de</strong><br />

ação. Resultados: I<strong>de</strong>ntificamos que a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> analisada não possui núcleo <strong>de</strong> vigilância em saú<strong>de</strong> e há um déficit <strong>de</strong> capacitação<br />

em vigilância em saú<strong>de</strong> dos recursos humanos. Conclusões: O referencial teórico da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão em Saú<strong>de</strong> da UCG,<br />

aplicado na prática dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> contribuiu para tornar os acadêmicos em futuros profissionais com mais habilida<strong>de</strong>s para<br />

enfrentamento dos complexos <strong>de</strong>safios do nosso sistema, no que tange ao planejamento e gestão <strong>de</strong> serviços.<br />

Formação <strong>de</strong> Li<strong>de</strong>ranças e o Papel Social do Médico: Motivações Junto ao Núcleo<br />

Acadêmico SIMERS<br />

Dutra, P 27<br />

Men<strong>de</strong>s, PA 28<br />

Brasil, MRA 29<br />

Wajner, A 29<br />

Wal<strong>de</strong>mar, FS 29<br />

Cardoso, PM 29<br />

Introdução: As possibilida<strong>de</strong>s acerca da formação <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças em espaço acadêmico têm se mostrado intrinsecamente ligadas<br />

à construção do profissional médico. Em função disto, o Núcleo Acadêmico SIMERS (NA-SIMERS), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008, vem agregando valor<br />

no que tange a criação <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong>mocrático e participativo junto aos estudantes <strong>de</strong> medicina do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Objetivos:<br />

Evi<strong>de</strong>nciar, através dos relatos <strong>de</strong> estudantes que participam da Diretoria <strong>de</strong> <strong>2009</strong> do NA-SIMERS, as percepções sobre os problemas<br />

atuais na li<strong>de</strong>rança estudantil e as motivações que fizeram com que participassem do movimento estudantil através da inserção no Núcleo.<br />

Metodologia: Aplicou-se roteiro <strong>de</strong> entrevista semi-estruturado para seis integrantes do NASIMERS, com questões relativas à formação<br />

profissional, construção coletiva e crítica do papel social do médico nos problemas atuais na conjuntura da saú<strong>de</strong> pública. Resultados:<br />

Dentre os resultados significativos, é unânime a perspectiva da mediação possível entre ativida<strong>de</strong> política e capacitação científica<br />

26 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

27 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil<br />

28 Fe<strong>de</strong>ração Nacional dos Médicos, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

29 Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


através do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão universitária isentas <strong>de</strong> conflito <strong>de</strong> interesse. Além disso, os participantes apontam<br />

a falta <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança no contexto atual, ou seja, o vazio na inexistência <strong>de</strong> uma figura que consiga criar i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> coletiva enquanto<br />

problema que interfere diretamente o nível <strong>de</strong> participação <strong>de</strong>ntro do movimento estudantil. Enquanto alternativa <strong>de</strong> reversão <strong>de</strong>sse<br />

cenário, a educação médica <strong>de</strong>sponta <strong>de</strong> forma estratégica, pois é através <strong>de</strong>la que há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ampliar formas <strong>de</strong> interação<br />

com propostas emancipadoras. Conclusões: A formação <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças é vista como um processo intrínseco a formação acadêmica e<br />

consequentemente, à formação do profissional médico. O estímulo na formação <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> educacionais se faz<br />

necessária para a consolidação do maior conhecimento <strong>de</strong> direitos e <strong>de</strong>veres dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina. O NA-SIMERS vem<br />

contribuindo para esta construção, através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que resgatam o papel do estudante e futuro médico na socieda<strong>de</strong>.<br />

Recepção dos Calouros no Curso <strong>de</strong> Medicina do Cariri, uma Maneira Diferente <strong>de</strong> se<br />

Trabalhar Compromisso Social<br />

Cor<strong>de</strong>iro, ES 30<br />

Kian, LC 30<br />

Lima, AF 30<br />

Marques, FM 30<br />

Introdução: O calouro entra na Universida<strong>de</strong> com um misto <strong>de</strong> euforia e ansieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer esse mundo novo que começa a<br />

<strong>de</strong>sbravar. Dentro <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> ensino superior as possibilida<strong>de</strong>s são inúmeras assim como a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações que o acadêmico<br />

precisa saber pra balizar suas escolhas em todas essas possibilida<strong>de</strong>s. Desse modo, há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se proporcionar ao recém-ingresso<br />

momentos <strong>de</strong> reflexão sobre a universida<strong>de</strong> e sua função social. Objetivos: Proporcionar aos ingressos no Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

do Cariri uma apresentação das possibilida<strong>de</strong>s da vida acadêmica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o conhecimento das diretrizes curriculares em que será<br />

formado até a vivência em comunida<strong>de</strong> em que um dia estará inserido. Métodos: Os calouros tem, durante a 1º semana letiva, o módulo<br />

“Educação e medicina” organizada pelo Centro Acadêmico Dr. Leão Sampaio em que lhes é apresentado a estrutura física e funcionamento<br />

da faculda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> seus futuros campos <strong>de</strong> prática, além <strong>de</strong> palestras sobre “O que é ser médico?” e a “História da medicina” e oficinas<br />

sobre o currículo, o SUS, Movimento Estudantil, Tripé Universitário, e uma vivência em comunida<strong>de</strong> com discussão sobre <strong>de</strong>terminantes<br />

sociais da saú<strong>de</strong>. Para acompanhar é entregue o “Ca<strong>de</strong>rnodocalouro”confeccionadopeloCentroAcadêmicocominformações<br />

base sobre todos os assuntos abordados. Resultados: Ao final da semana é feita uma avaliação das ativida<strong>de</strong>s e os alunos dão sugestões<br />

pras próximas edições da recepção, na opinião dos alunos as ativida<strong>de</strong>s são necessárias e catalisadoras no seu processo <strong>de</strong> integração<br />

ao curso. Especial <strong>de</strong>staque tem a vivência em comunida<strong>de</strong> que foi elogiada por todos os acadêmicos e reconhecida como o<br />

melhor turno. Conclusões: As turmas recepcionadas <strong>de</strong>monstraram um maior entendimento e compromisso com a construção do<br />

curso, <strong>de</strong>ssa forma a recepção dos calouros se mostrou como um instrumento <strong>de</strong> instigação á formação médica.<br />

Proposta <strong>de</strong> Gestão do Ambiente <strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem Visando a Implantação das<br />

Novas Diretrizes Curriculares para a Área da Saú<strong>de</strong><br />

Miguel, SS31 Scapim, L31 Aguilar-da-Silva, RH32 Ricardo, DR31 Leite, SSCM31 Introdução: Com a <strong>de</strong>finição do perfil profissional pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) diversas modificações no mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> interação entre docentes, estudantes, instituição e socieda<strong>de</strong> se fazem necessárias. Soma-se ao estabelecido pelas diretrizes, o<br />

perfil do estudante, que tem na atualida<strong>de</strong>, o mundo globalizado, a inclusão digital e o acesso às informações quase em tempo real. Nes-<br />

30 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil<br />

31 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG,<br />

32 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


se cenário, a figura do professor gestor tem sido evi<strong>de</strong>nciada, pois o docente da atualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve acrescentar novos elementos à sua formação,<br />

como metodologias e experiências em áreas diversas, na gestão das mudanças e dos processos, especialmente daqueles relacionados<br />

ao ambiente ensino-aprendizagem. Para tanto, apropriar-se <strong>de</strong> conhecimentos e estratégias gerenciais torna-se fundamental<br />

para o monitoramento e correção dos processos <strong>de</strong> modo objetivo, atrelado aos indicadores construídos no planejamento estratégico. O<br />

Balanced Scorecard (BSC) é uma metodologia <strong>de</strong> gestão empresarial, disponível e aceita no mercado. É utilizada na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências<br />

Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora e foi adaptada para a gestão pedagógica, com vistas às DCN. Objetivos: Apresentar a adaptação<br />

da ferramenta BSC para avaliação e gestão do ambiente ensino-aprendizagem como parte da melhoria dos processos pedagógicos.<br />

Métodos: Foi construído um mapa conceitual por docentes e gestores no qual ficou <strong>de</strong>monstrada a pertinência do BSC à gestão pedagógica.<br />

Resultados: Autilização do BSC possibilita ao professor a visualização <strong>de</strong> todos os elementos que integram o universo do seu trabalho:<br />

da estrutura, dos processos e dos resultados, a nível institucional, <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação, docente e discente, através <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho. Conclusões: As Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior po<strong>de</strong>m melhorar substancialmente seus processos pedagógicos com a<br />

atuação efetiva do professor gestor na concretização <strong>de</strong> sua missão e <strong>de</strong> seus valores. Para tal, essa gestão <strong>de</strong>ve estar integrada<br />

plenamente com o planejamento estratégico elaborado com a mesma ferramenta por todos os níveis institucionais.<br />

A Feminização da Medicina na Famerp : uma Tendência Mundial que Requer Reflexão<br />

Godoy, MF 33<br />

Fernan<strong>de</strong>s, LM 33<br />

Ferreira, MM 33<br />

De Simoni, FHB 33<br />

Yamazumi, MH33<br />

Dalla Pria, OAF 33<br />

Introdução: Detecta-se aumento na proporção <strong>de</strong> mulheres estudantes <strong>de</strong> Medicina. Este fato vem recebendo atenção <strong>de</strong> várias<br />

instituições, porém no Brasil, tem havido pouca reflexão quanto às causas e eventuais consequencias. Objetivos: Discutir o possível impacto<br />

na formação, <strong>de</strong>sempenho e atitu<strong>de</strong>s dos alunos, na atuação docente, na percepção dos pacientes e na ação das entida<strong>de</strong>s governamentais.<br />

Métodos: Quantificação do processo <strong>de</strong> feminização na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> São José do Rio Preto (FAMERP), comparando<br />

com dados da literatura e com a realida<strong>de</strong> profissional na cida<strong>de</strong> se<strong>de</strong>. Resultados: Em 1973, completado o primeiro conjunto da<br />

primeira à sexta série, a taxa <strong>de</strong> feminização era <strong>de</strong> 21,5%. Em 1984 chegou-se pela primeira vez à equalização (50,1%) e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então vem<br />

se mantendo estável mas nos anos mais recentes tem havido ingresso predominantemente feminino. Aliteratura confirma ser essa uma<br />

tendência mundial, com velocida<strong>de</strong>s variáveis. Assim, nos Estados Unidos, em 1914 a proporção era <strong>de</strong> 4% somente chegando aos 50%<br />

no ano 2000. Em Portugal, no ano 2000 já representava 69%. Aproporção no grupo <strong>de</strong> 1258 profissionais da cida<strong>de</strong> vinculados ao atendimento<br />

conveniado (geralmente com mais que 10 anos <strong>de</strong> formatura) foi <strong>de</strong> 31%. Conclusões: Sendo um fenômeno mundial excluem-se<br />

aspectos locais quer sejam sociais ou econômicos. Acrescente ascenção nos direitos e aspirações do sexo feminino po<strong>de</strong> explicar a equalização.<br />

O impacto porém po<strong>de</strong> exigir maior reflexão. Sabe-se da atuação preferencial das mulheres em áreas mais clínicas. O corpo docente<br />

<strong>de</strong>ve estar preparado para bem orientar essa nova conformação discente. Especula-se ainda que possa haver impacto no cuidado<br />

e na relação médico-paciente e chama-se a atenção para a possível necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reequacionamento <strong>de</strong> leis e regulamentos que<br />

atendam às necessida<strong>de</strong>s específicas do sexo feminino. Além disso espera-se que também aconteça a equida<strong>de</strong>, proporcionando as<br />

mesmas oportunida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>sfruta a contraparte masculina.<br />

33 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, SP, Brasil.<br />

412<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Aspectos Relevantes da Implementação do Reuni e das Normas Gerais do Ensino Superior<br />

na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas.<br />

Oliveira, MCL 34<br />

Pereira, RE 34<br />

Tupinambá, LFS 34<br />

Introdução: As políticas governamentais para universida<strong>de</strong>s públicas brasileiras pautam-se em dois eixos: as Normas Gerais<br />

do Ensino Superior e o REUNI. Aprimeira, <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> reforma universitária, é o projeto <strong>de</strong> lei n° 7200/2006 que estabelece normas<br />

para a educação superior e, o segundo representa um plano <strong>de</strong> reestruturação das universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais (<strong>de</strong>creto 6.096/07). Objetivos:<br />

verificar quais aspectos, englobando corpo discente, docente e gestão, seriam afetados implementando o REUNI e a Reforma Universitária<br />

na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina/UFAM. Método: Desenvolveu-se através <strong>de</strong> revisão bibliográfica do Relatório <strong>de</strong> Visita promovido<br />

pelo MEC em 2008, do <strong>de</strong>creto 6096 e o antiprojeto da reforma da educação superior. O primeiro relata dados atualizados da<br />

FM/UFAM e, os últimos evi<strong>de</strong>nciam os eixos que modificariam a instituição. Resultados: Corpo discente: o REUNI institui taxa <strong>de</strong><br />

conclusão dos cursos em 90% (a atual média da FM/UFAM é 70%). Corpo docente: é instituído pelo REUNI e pela Reforma universitária<br />

(artigo 18) a mudança da relação professor/aluno na faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> 4,1/1 para 18/1, sendo meta<strong>de</strong> dos docentes <strong>de</strong>dicação exclusiva.<br />

Gestão: a Reforma Universitária no artigo 41 institui a educação generalista e o REUNI leva a mudanças na atual estrutura <strong>de</strong>partamental.<br />

Conclusão: O REUNI e a Reforma Universitária instituem melhorias na graduação médica: 50% dos professores com <strong>de</strong>dicação exclusiva,<br />

ainda a formação <strong>de</strong> médicos generalistas e o fim dos <strong>de</strong>partamentos (segundo o relatório do MEC “<strong>de</strong>partamentos configuram-se<br />

ineficientes” na FM/UFAM). Em contra partida, é instituído aprovação <strong>de</strong> 90% dos alunos, ameaçando a excelência da formação<br />

médica. O aumento da relação professor/aluno será complicado para a faculda<strong>de</strong>, uma vez que esta caminha para a implementação<br />

<strong>de</strong> um novo currículo baseado em pequenos grupos <strong>de</strong> alunos. Concluindo, apesar da necessida<strong>de</strong> da reforma nas IES ser uma máxima<br />

verda<strong>de</strong>ira, esta política <strong>de</strong>ve ser amplamente discutida para otimização das faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina do país.<br />

Participação Estudantil no Conselho Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Dino, HRA35 Magalhães, DL35 Jurema, NL35 Albuquerque, MCV35 Oliveira, ACFV35 Araújo, IB35 Introdução: Segundo a Resolução Nº 333, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2003, o Conselho <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> é <strong>de</strong>finido como um órgão colegiado,<br />

<strong>de</strong>liberativo e permanente do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) em cada esfera <strong>de</strong> Governo, atuando na formulação e proposição <strong>de</strong> estratégias<br />

e no controle da execução das Políticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, inclusive em seus aspectos econômicos e financeiros. Focando-se no Conselho<br />

Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Piauí, não há indicação <strong>de</strong> vaga em seu regimento para representação estudantil. Entretanto, no dia 20 <strong>de</strong> fevereiro<br />

<strong>de</strong> <strong>2009</strong>, eleição dos novos Conselheiros Estaduais, pela primeira vez foi conquistada uma ca<strong>de</strong>ira titular e suplente pelo Centro Acadêmico<br />

<strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Estadual do Piauí, concorrendo às vagas <strong>de</strong> Movimentos Populares <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, no segmento dos<br />

usuários. Objetivos: Demonstrar a importância da presença estudantil no Conselho Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, benéfica tanto à formação estudantil,<br />

quanto à construção <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais bem estruturado para a população. Fortalecer o conceito do Controle Social<br />

em nossa socieda<strong>de</strong>, visando à igualitária participação popular nos órgãos colegiados; propor uma maior mobilização por parte dos<br />

usuários frente às opressões sobre opiniões e posições contra-hegemônicas, construindo um Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> próximo ao que é<br />

pautado pelas Políticas públicas do país. Métodos: Articulação com os Movimentos Sociais que estavam concorrendo às vagas do Conselho<br />

Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Resultados: As vagas <strong>de</strong> titular e suplente foram conquistadas pelo Movimento Estudantil <strong>de</strong> Medicina da<br />

UESPI, para o biênio <strong>2009</strong>/2010. Conclusões: O relato <strong>de</strong>veu-se em mostrar a relevância da participação do Movimento Estudantil nos<br />

Conselhos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, para garantir as necessida<strong>de</strong>s da população, contribuindo <strong>de</strong> forma mais direta para o futuro da Saú<strong>de</strong> Pública<br />

brasileira, bem como para a formação do profissional médico socialmente diferenciado.<br />

34 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

35 Universida<strong>de</strong> Estadual do Piauí, Teresina, PI, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Apren<strong>de</strong>ndo Sobre Empreen<strong>de</strong>dorismo no Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Alagoas<br />

Rêgo, LM36 Galvão, MA36 Cavalcante, LC36 Silva, AO36 Taveira, MGMM36 Cavalcanti, SMS36 Introdução: a inclusão <strong>de</strong> temas relacionados ao empreen<strong>de</strong>dorismo na formação médica é inovadora e permite <strong>de</strong>spertar o interesse<br />

dos alunos e motivá-los a <strong>de</strong>senvolver características empreen<strong>de</strong>doras. Adisciplina <strong>de</strong> Gerência em Medicina ofertada no 7º período<br />

promove ampliação da visão do médico <strong>de</strong> forma a integrá-lo ao mundo da economia em saú<strong>de</strong> e da saú<strong>de</strong> suplementar que envolvem<br />

o campo <strong>de</strong> atuação do médico. Objetivos: elaborar projeto <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> serviço médico; especificamente, conhecer a dinâmica<br />

da gestão <strong>de</strong> meios e materiais; compreen<strong>de</strong>r o processo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas; <strong>de</strong>spertar os alunos para ativida<strong>de</strong>s empreen<strong>de</strong>doras socialmente<br />

responsáveis e sustentáveis. Metodologia: a partir <strong>de</strong> roteiro orientado e supervisionado por docentes, elaborou-se um mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> Clínica Médica a partir da realização <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> mercado que contemplou uma avaliação <strong>de</strong> sua possível efetivação com análise<br />

<strong>de</strong> ameaças e oportunida<strong>de</strong>s. Foi realizada <strong>de</strong>scrição do serviço oferecido; plano <strong>de</strong> investimento; busca <strong>de</strong> informações sobre clientes,<br />

fornecedores, concorrentes e <strong>de</strong> como fornecer um serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Resultados: os alunos manifestaram resistência<br />

para abordar conteúdos <strong>de</strong> economia na área médica, antes inexistentes no currículo. No entanto, após o estudo <strong>de</strong> todo material teórico<br />

e acompanhamento dos professores <strong>de</strong> Administração e <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Socieda<strong>de</strong>, foram capazes <strong>de</strong> produzir um plano <strong>de</strong> negócios para<br />

criação <strong>de</strong> uma Clínica particular para Depen<strong>de</strong>ntes Químicos, então inexistente no estado <strong>de</strong> Alagoas. O Plano contempla: gestão <strong>de</strong><br />

pessoal, estrutura, plano estratégico on<strong>de</strong> foram levantados os pontos fortes e fracos do empreendimento, serviços prestados, cliente<br />

alvo, competência <strong>de</strong> cada dirigente, gastos e perspectiva <strong>de</strong> retorno do investimento. Conclusão: a base teórica da disciplina e o<br />

exercício para o plano <strong>de</strong> negócios oportunizaram aos alunos aprendizagem sobre empreen<strong>de</strong>dorismo, e possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

novas habilida<strong>de</strong>s. A disciplina contribui para formação <strong>de</strong> médicos com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise crítica, planejamento e li<strong>de</strong>rança.<br />

36 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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TEMA: PROFISSIONALIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DO<br />

DOCENTE – EDUCAÇÃO PERMANENTE<br />

Avaliação Da Efetivida<strong>de</strong> De Um Programa De Desenvolvimento Docente Um Ano Após<br />

Sua Implantação<br />

Pereira, E.R.S 1<br />

Moraes, V.A1<br />

Rosa, H.1<br />

Sugita, D.M.1<br />

Me<strong>de</strong>iros, K.B.1<br />

Costa, N.C.1<br />

Introdução: A implantação <strong>de</strong> um programa permanente <strong>de</strong> capacitação docente nesta instituição visa à profissionalização docente<br />

e sustentação das mudanças curriculares. Objetivos: Avaliar a qualida<strong>de</strong> das oficinas <strong>de</strong> capacitação e se ocorreram mudanças na<br />

atitu<strong>de</strong> dos docentes após participação nas oficinas. Metodologia: Um programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento docente foi implantado numa Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Medicina em 2008. Ocorreram três oficinas <strong>de</strong> capacitação, ministradas por professores externos. Foram avaliadas através<br />

<strong>de</strong> questionários utilizando escala <strong>de</strong> Lickert e questões abertas. Em março <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, foi realizada avaliação do programa através do método<br />

<strong>de</strong> grupo focal com o objetivo <strong>de</strong> avaliar mudanças na prática docente. Resultados: A primeira oficina, sobre avaliação <strong>de</strong> competências<br />

contou 40 participantes. Anota <strong>de</strong> aproveitamento da oficina (em escala <strong>de</strong> 0-10) foi ≥ 8 para 97,5%. O conteúdo <strong>de</strong>senvolvido foi<br />

bom e muito bom para 100% dos participantes, assim como a supervisão docente. A segunda oficina, cujo tema foi avaliação da prática<br />

através <strong>de</strong> portfólio e mini-CEX, teve o menor número <strong>de</strong> participantes (29). Anota atribuída à oficina foi ≥ 8 para 100%. Todos consi<strong>de</strong>raram<br />

bom e muito bom o conteúdo <strong>de</strong>senvolvido e 71% consi<strong>de</strong>raram a supervisão do professor muito boa. A terceira oficina, sobre<br />

<strong>de</strong>senvolvimento curricular contou 38 participantes. A nota atribuída foi ≥ 8 para 70%, 100% consi<strong>de</strong>raram o conteúdo <strong>de</strong>senvolvido<br />

bom e muito bom e 72% consi<strong>de</strong>raram a supervisão do professor muito boa. Aanálise do grupo focal <strong>de</strong>monstrou que algumas mudanças<br />

ocorreram tais como aumento do conhecimento em métodos <strong>de</strong> avaliação, maior aproximação com os discentes, implementação <strong>de</strong><br />

portfólio, OSCE e mini-CEX em algumas disciplinas além do aumento da participação em programas externos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento docente.<br />

Conclusões: A metodologia utilizada nas oficinas foi consi<strong>de</strong>rada a<strong>de</strong>quada, o conteúdo apresentou alto potencial <strong>de</strong> aplicabilida<strong>de</strong><br />

e mudanças na prática docentes já ocorreram após a participação do programa.<br />

Educação Permanente: Uma Ferramenta Para Desenvolvimento Docente Na Graduação<br />

Lazarini, CA 2<br />

Francischetti, I2<br />

Introdução: A Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília (Famema) implantou metodologias ativas <strong>de</strong> ensino aprendizagem em seus<br />

cursos, utilizando a aprendizagem baseada em problemas (ABP) e a problematização. Hoje, as ativida<strong>de</strong>s formativas são mediadas por<br />

tutores nas unida<strong>de</strong>s educacionais sistematizadas (UES) e por professores facilitadores nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prática profissional (UPP) por<br />

meio, respectivamente, da ABP e da problematização. A educação permanente (EP), neste contexto, é um instrumento para fomentar e<br />

dar suporte às mudanças e à consolidação da proposta curricular, possibilitando, através da reflexão da prática educacional, o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos profissionais envolvidos e do processo <strong>de</strong> trabalho. Objetivo: I<strong>de</strong>ntificar a opinião dos tutores e facilitadores da primeira<br />

série quanto à relevância em participar do programa <strong>de</strong> EP. Métodos: Estudo exploratório usando questionário semi-estruturado.<br />

Empregou-se a técnica <strong>de</strong> análise temática do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: A questão sobre a relevância em participar do<br />

programa <strong>de</strong> EP mostrou que a quase totalida<strong>de</strong> dos sujeitos consi<strong>de</strong>raram essa ativida<strong>de</strong> relevante. As expressões-chave apresentadas<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

2 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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pelos tutores (13/15) enquanto sujeitos coletivos foram: bom espaço <strong>de</strong> discussão e reflexão; e infelizmente é um momento mal aproveitado.<br />

Já as idéias centrais dos facilitadores (11/20) enquanto sujeitos coletivos foram: ótimo espaço para aprendizagem; proporciona<br />

troca <strong>de</strong> experiências; e permite a reflexão da prática. Consi<strong>de</strong>rações: Os tutores mostram que a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> EP é relevante, embora<br />

existam divergências quanto à forma como tal ativida<strong>de</strong> acontece, o que não satisfaz a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos. Por outro lado, os facilitadores<br />

consi<strong>de</strong>ram este programa importante e produtivo. Seus relatosmostramqueapropostadaEP(reflexãosobreaprática)éatingida.<br />

Constata-se que quando os indivíduos pertencem a grupos diferentes, suas percepções sobre o processo po<strong>de</strong>m divergir sem, contudo,<br />

invalidar a potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> conhecimentos da EP, mas indicar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> modulação da ativida<strong>de</strong> conforme<br />

<strong>de</strong>mandas específicas do grupo docente.<br />

Educação Permanente Na Famema: A Percepção Dos Facilitadores<br />

Lazarini, CA 3<br />

Francischetti, I 3<br />

Introdução: A Educação Permanente (EP) é um programa que visa fomentar e dar suporte às mudanças curriculares implantadas<br />

na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília – Famema. Este programa, em ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, tem como pressupostos, possibilitar<br />

através da reflexão da prática educacional, o <strong>de</strong>senvolvimento do processo <strong>de</strong> trabalho dos profissionais envolvidos na aca<strong>de</strong>mia. Nas<br />

duas primeiras séries dos cursos <strong>de</strong> Medicina e Enfermagem, nas Unida<strong>de</strong>s Educacionais Sistematizadas (UESs), a EP ocorre semanalmente,<br />

em dois grupos formados por 8 tutores e dois facilitadores <strong>de</strong> EP, com 1 hora <strong>de</strong> duração. Objetivo: I<strong>de</strong>ntificar a opinião dos facilitadores<br />

<strong>de</strong> EP quanto às fortalezas, fragilida<strong>de</strong>s e a relevância <strong>de</strong>ste programa. Métodos: Estudo exploratório usando questionário<br />

semi-estruturado. Empregou-se a técnica <strong>de</strong> análise temática <strong>de</strong> discurso, utilizando-se duas figuras metodológicas - a Idéia Central e o<br />

Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Resultados: As duas principais fortalezas apresentadas sob a forma <strong>de</strong> Idéias Centrais foram:<br />

“Importância do trabalho em pequenos grupos”, e “Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma reflexão partindo da prática e da necessida<strong>de</strong> do docente”. Já<br />

as duas fragilida<strong>de</strong>s foram: “Pouca participação e valorização dos docentes médicos”, e “Pouca resolubilida<strong>de</strong> após i<strong>de</strong>ntificação e caracterização<br />

dos problemas”. Atotalida<strong>de</strong> dos facilitadores entrevistados consi<strong>de</strong>ra o programa <strong>de</strong> EP relevante. Os facilitadores apontam,<br />

enquanto DSC: “Como facilitador, vejo que o programa permite motivar os docentes e ajuda na concretização das mudanças curriculares”.<br />

Consi<strong>de</strong>rações: Para os facilitadores, a principal proposta da EP (reflexão sobre a prática) vem sendo atingida, contudo sem<br />

respon<strong>de</strong>r totalmente às expectativas e ao entendimento dos tutores, pela baixa a<strong>de</strong>são dos médicos e pela pouca resolubilida<strong>de</strong>.<br />

Enten<strong>de</strong>ndo-se a importância do <strong>de</strong>senvolvimento docente para a sustentação <strong>de</strong> um currículo inovador, faz-se necessário<br />

problematizar-se os sentidos implícitos nesta fala e produzir-se possibilida<strong>de</strong>s que permitam a auto-implicação dos sujeitos e um maior<br />

rendimento da EP na produção <strong>de</strong> conhecimentos.<br />

A Melhoria Da Qualida<strong>de</strong> De Ensino Através Da Capacitação Docente: Uma Visão<br />

Institucional<br />

Salerno, MR 4<br />

Costa, BEP 4<br />

Monteiro, CC 4<br />

Lopes, MHI 4<br />

Antonello, ICF 4<br />

Introdução: Aqualida<strong>de</strong> do ensino e o compromisso com a difusão da cultura são metas presentes na dinâmica da FAMED e da<br />

Universida<strong>de</strong>. Através <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> capacitação docente promovem-se reflexões sobre a prática e o estudo <strong>de</strong> questões pedagógicas que<br />

colaboram para o fortalecimento e a ampliação do compromisso profissional, <strong>de</strong>spertando a preocupação com a qualida<strong>de</strong> do ensino e<br />

fortalecendo a expectativa <strong>de</strong> um melhor processo avaliativo. Objetivo: Verificar a participação dos docentes da FAMED nas Capacitações<br />

internas e Institucionais. Material e métodos: Foram oferecidos, pela FAMED aos professores, os seguintes módulos <strong>de</strong> capacita-<br />

3 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

4 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

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ção: Metodologia do Ensino Médico, Avaliação e Valores. Concomitantemente, a Universida<strong>de</strong> promove cursos <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> inscrição<br />

espontânea, em julho e <strong>de</strong>zembro. O corpo docente tem 180 professores, e verificaram-se suas inscrições nas edições <strong>de</strong> 2005 a<br />

2008. Resultados: A distribuição na participação dos cursos foi: 92(51.1%) Metodologia do Ensino Médico; 96(53.3%) Avaliação e<br />

83(46.1%) Valores. O número total <strong>de</strong> participantes em, pelo menos 01 módulo, foi 138 professores (76,6%). Os três foram realizados por<br />

32 (17,7%) professores. Em relação à participação nos cursos institucionais participaram 124 (68,8%) dos professores da FAMED. Dos 32<br />

que realizaram os 03 módulos da FAMED, 20 (62,5%) também realizaram alguma capacitação institucional. Conclusões: A maioria dos<br />

docentes da FAMED/PUCRS busca manter a discussão e a reflexão permanente sobre a pedagogia universitária, visando melhorar sua<br />

qualificação. No entanto, políticas <strong>de</strong> motivação <strong>de</strong>vem continuar sendo implementadas para agregar um maior número <strong>de</strong> docentes<br />

na busca <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino.<br />

Síndrome De Burnout Em Docentes Que Atuam No Laboratório De Habilida<strong>de</strong>s Médicas,<br />

Lh, Da Universida<strong>de</strong> De Fortaleza No Final Do Semestre Letivo<br />

Porto, R.M 5<br />

Fernan<strong>de</strong>s, C.R 5<br />

Valente, B.P 5<br />

Barros, F.C 5<br />

Introdução O módulo <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s médicas, do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza-UNIFOR objetiva <strong>de</strong>senvolver<br />

habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> semiologia, procedimentos médicos e comunicação. Síndrome <strong>de</strong> Burnout é um tipo <strong>de</strong> estresse <strong>de</strong> caráter persistente<br />

vinculado a situações <strong>de</strong> trabalho. Burnout entre os profissionais <strong>de</strong> ensino é prevalente. Objetivo: Estudar a presença <strong>de</strong> burnout em<br />

docentes que atuam no LH, durante o exame clínico objetivo estruturado-OSCE. Método: Aplicação <strong>de</strong> questionário com perguntas fechadas<br />

a todos os docentes que atuam no LH da UNIFOR, no final do primeiro semestre letivo <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Resultados: Avaliados 20 docentes,<br />

a maioria do sexo feminino (60%), casado (60%), período <strong>de</strong> trabalho como docente no LH – 6 meses a 4 anos. 75% informaram que<br />

se sentem esgotados ao final do semestre, 80% se sente no limite, 75% sente trabalhar <strong>de</strong>mais. 55% apresentam tendência a ficar emocionalmente<br />

exaustos, 25% se sente frustrado, 70% relata que trabalhar diretamente com as pessoas não os <strong>de</strong>ixam frustrados. Os professores<br />

se importam com o que acontece com os seus alunos e colegas <strong>de</strong> trabalho. Os mesmos não acham que o trabalho os está endurecendo<br />

emocionalmente, ou que a docência os fez mais insensíveis, não sentem que os colegas <strong>de</strong> trabalho os culpam por alguns dos seus<br />

problemas, afirmam realizar muitas coisas importantes no trabalho. Ao final do semestre, a maioria frequentemente trata a<strong>de</strong>quadamenteosproblemasdosalunosecolegas<strong>de</strong>trabalho,frequentemente<br />

enten<strong>de</strong>m facilmente o que os mesmos sentem. 68% praticam<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lazer semanal. Conclusão: Embora ao final do semestre os docentes se apresentam cansados, a maioria mostra-se<br />

motivada e não apresenta sintomas compatíveis com burnout.<br />

Pesquisa Médica Em Minas Gerais: Relação Entre Financiamento E Produtivida<strong>de</strong><br />

Científica<br />

Men<strong>de</strong>s, A.L.S 5<br />

Mota-Júnior, L.F 6<br />

Martelli, D.R.B 6<br />

Martelli-Júnior, H 7<br />

Introdução: A Fundação <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa do Estado <strong>de</strong> Minas Gerais (FAPEMIG) é a única agência pública <strong>de</strong> fomento à<br />

pesquisa científica, tecnológica e <strong>de</strong> inovação <strong>de</strong>sse estado. Dentre as modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio ofertadas, <strong>de</strong>staca-se o Edital Universal,<br />

principal espaço para pesquisas científicas não-induzidas. Objetivos: Em <strong>de</strong>corrência da escassez <strong>de</strong> estudos mapeando a produção científica<br />

e sua relação com o fomento <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> pesquisa, este estudo teve como objetivo estabelecer os produtos (artigos científicos<br />

publicados em periódicos in<strong>de</strong>xados, apresentação <strong>de</strong> trabalhos científicos em congressos e formação <strong>de</strong> recursos humanos qualifica-<br />

5 Faculda<strong>de</strong>s Unidas do Norte <strong>de</strong> Minas, Ipatinga, MG, Brasil.<br />

6 niversida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Montes Claros, Montes Claros, MG, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


dos - orientação <strong>de</strong> iniciação científica, mestrado, doutorado), na área <strong>de</strong> medicina, verificados a partir do financiamento <strong>de</strong> projetos do<br />

Edital Universal da FAPEMIG. Métodos: Foram utilizados arquivos <strong>de</strong>ssa agência e reportadas as características dos projetos aprovados<br />

entre 1986 e 2002. Foi então analisada a produtivida<strong>de</strong> científica através da aposição dos dados obtidos aos currículos dos pesquisadores<br />

na plataforma Lattes, do CNPq. Resultados: No período estudado, a Fapemig aprovou 183 projetos na área médica. Desses, 6 foram<br />

retirados do estudo, visto que os coor<strong>de</strong>nadores não tiveram seus currículos encontrados, por aposentadoria ou falecimento.<br />

Assim, os 177 projetos analisados tiveram 118 pesquisadores distintos como coor<strong>de</strong>nadores, 63,3% do sexo masculino e 36,7% do feminino.<br />

Todos os projetos foram oriundos <strong>de</strong> instituições públicas, incluindo universida<strong>de</strong>s e outros órgãos. Verificou-se um montante <strong>de</strong><br />

630 produtos científicos. Conclusões: O produto mais comum correspon<strong>de</strong>u à apresentação <strong>de</strong> trabalhos em eventos científicos<br />

(41,13%), seguido da orientação <strong>de</strong> iniciação científica e pós-graduação (29,57%). O indicador menos observado foi a publicação <strong>de</strong><br />

artigos científicos (29,26%). No tocante aos periódicos que publicaram tais artigos, houve equivalência entre nacionais e estrangeiros.<br />

Houve participação limitada na formação <strong>de</strong> mestres e doutores vinculados aos projetos e uma busca por periódicos internacionais <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> científica comprovada.<br />

Capacitação De Preceptores: Estratégias Para Mudança Na Formação Em Saú<strong>de</strong><br />

Brum, A.K 7<br />

Sória, D.<strong>de</strong> A.C 8<br />

Valladão, L.M 8<br />

Costa, R.M.A 9<br />

Lombardo,G 9<br />

Souza, S.R 9<br />

Introdução: Aformação em saú<strong>de</strong> se dá por relações concretas que operam realida<strong>de</strong>s que possibilitam construir espaços coletivos<br />

<strong>de</strong> reflexão e avaliação dos atos produzidos no cotidiano. Nesse sentido, enquanto docentes envolvidas com o Curso <strong>de</strong> Pós-Graduação<br />

para Enfermeiros nos mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Residência da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro (UNIRIO) e MS, sentimos a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> implementar uma estratégia para a capacitação <strong>de</strong> enfermeiros preceptores. Objetivos: Descrever a experiência <strong>de</strong> um curso<br />

<strong>de</strong> capacitação para preceptores; discutir como a capacitação dos preceptores reflete na formação dos jovens profissionais para o<br />

SUS. Métodos: Após um levantamento das necessida<strong>de</strong>s dos enfermeiros preceptores, evi<strong>de</strong>nciamos que os mesmos <strong>de</strong>sconheciam seu<br />

papel <strong>de</strong> preceptor, suas atribuições e principalmente sua importância para a formação dos jovens profissionais para o SUS. Com o objetivo<br />

<strong>de</strong> capacitar esses preceptores e envolvê-los no processo <strong>de</strong> formação continuada, docentes e Coor<strong>de</strong>nadores do Curso elaboraram<br />

uma capacitação com uma carga horária <strong>de</strong> sessenta horas, promovendo discussões sobre a importância da residência, o papel do preceptor,<br />

a pós-graduação (ensino, serviço, pesquisa e extensão), a educação permanente, resiliência, metodologia aplicada aos projetos<br />

para o serviço e propostas <strong>de</strong> extensão e pesquisa <strong>de</strong>senvolvidas em parceria preceptor e resi<strong>de</strong>nte.Resultados: Um total <strong>de</strong> 150 enfermeiros<br />

preceptores dos Hospitais Fe<strong>de</strong>rais do Rio <strong>de</strong> Janeiro já foram capacitados, gerando mais <strong>de</strong> quarenta propostas para o serviço.<br />

No primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong> realizou-se o primeiro seminário <strong>de</strong> acolhimento para enfermeiros resi<strong>de</strong>ntes da UNIRIO e preceptores<br />

da re<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Enten<strong>de</strong>mos que esta abordagem seja uma potente estratégia para <strong>de</strong>sfazer dicotomias persistentes como<br />

ensino/serviço. Nessa perspectiva, ensino e serviço são efetivamente parceiros e potenciais agentes para a transformação <strong>de</strong> um<br />

mo<strong>de</strong>lo hegemônico e unidirecional <strong>de</strong> formação em saú<strong>de</strong> incompatível com as necessida<strong>de</strong>s da população.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

8 Ministério da Saú<strong>de</strong>. Núcleo Estadual no Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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DOCÊNCIA: AVALIAÇÃO DO PERFIL DOS DOCENTES DO CURSO DO 4º ANO<br />

EM CLÍNICA MÉDICA<br />

Barbosa, F.R 9<br />

Paschoale, H.S 10<br />

Lichetenstein, A 10<br />

Carrilho, F.J 10<br />

Ono-Nita, S.K 10<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> Clínica Médica, presente na gra<strong>de</strong> curricular do 4º ano <strong>de</strong> medicina da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São Paulo - FMUSP, é composto por <strong>de</strong>z disciplinas. Estas, têm suas aulas ministradas, por profissionais médicos com o<br />

mais variado grau <strong>de</strong> formação e vínculo institucional.Objetivo: Traçar o perfil acadêmico dos profissionais responsáveis em ministrar<br />

aulas aos alunos matriculados no 4º ano do curso <strong>de</strong> medicina FMUSP, no 1º semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Métodos: Foi elaborada uma listagem<br />

com os profissionais que ministraram aulas aos alunos matriculados no 4º ano do curso <strong>de</strong> medicina na FMUSP, no 1º semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>,<br />

por disciplina. Os dados <strong>de</strong> formação curricular e carga horária institucional foram obtidos através <strong>de</strong> consulta realizada ao banco <strong>de</strong><br />

currículos do Conselho Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Plataforma Lattes e, através do sistema interno institucional<br />

intranet, complementou-se dados sobre o vínculo institucional dos profissionais.Resultados: Foi verificada alta freqüência <strong>de</strong><br />

médicos titulados ministrando aulas, sendo o título <strong>de</strong> doutorado (31,6%), mestrado (3,5%), livre-docência (21%) e, um consi<strong>de</strong>rável<br />

número <strong>de</strong> profissionais apenas com título <strong>de</strong> pós-graduação Latu Sensu (residência) (17,5%). Ainda, realizando um comparativo, verificamos<br />

diferentes proporções entre a carga horária contratual dos profissionais atuantes nas disciplinas estudadas e o vínculo com a<br />

FMUSP, sendo apenas 20% dos responsáveis em ministrar estas aulas estão vinculados à FMUSP. Conclusão: Um curso bem avaliado<br />

pelos alunos tem como corpo docente professores altamente qualificados, entretanto, com uma pequena proporção <strong>de</strong> profissionais<br />

vinculados contratualmente à Universida<strong>de</strong>. Cabe reflexão sobre o papel da Universida<strong>de</strong> na formação do seu corpo discente, bem<br />

como a valorização do docente que efetivamente ministra aulas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Encontro De Professores Para O Planejamento Pedagógico: Uma Forma De Preparar Para<br />

A Docência Em Curso De Medicina<br />

Figueiredo, A.M 10<br />

Benevi<strong>de</strong>s, G.P 11<br />

Galvão, M.A.M 11<br />

Machado, V.M 11<br />

Introdução: Na concepção curricular do Curso <strong>de</strong> Medicina implantado recentemente em Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral se <strong>de</strong>staca o<br />

planejamento pedagógico e <strong>de</strong> avaliação em encontros <strong>de</strong> professores. Aestratégia é coor<strong>de</strong>nada pelo Colegiado do Curso, por meio <strong>de</strong><br />

uma comissão <strong>de</strong>stacada para este fim e foi <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 a abril <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Objetivos: Acompanhar o trabalho docente<br />

em sintonia com o Projeto Pedagógico (PP). Promover a atualização contínua do PP. Analisar dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implementação, consi<strong>de</strong>rando<br />

a visão <strong>de</strong> todos os sujeitos envolvidos: professores, coor<strong>de</strong>nadores e estudantes. Estabelecer mecanismos para enfrentá-las.<br />

Métodos: Realização <strong>de</strong> encontros semestrais, com foco na valorizaçãodosvínculosinterativosentreosprofessores(DELATORRE,<br />

2008) para aten<strong>de</strong>r ás necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>finidas no PP. Preparação prévia dos encontros em reuniões setoriais. Encontros realizados<br />

em ambiente externo ao local <strong>de</strong> trabalho, para que os professores se <strong>de</strong>dicassem por inteiro á reflexão.Resultados e conclusões:<br />

Foram realizados 4 encontros abordando os temas: avaliação do curso e dos estudantes no processo ensino-aprendizagem, coerência<br />

dos planos <strong>de</strong> disciplinas aos princípios do PP, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> na prática docente, metodologias <strong>de</strong> ensino: o cenário como espaço <strong>de</strong> ação<br />

formativa. Os encontros contaram com a participação da maioria dos professores do curso, envolveu as áreas das ciências médicas, humanas<br />

e biológicas e promoveu a articulação <strong>de</strong> saberes e práticas. Aefetiva participação dos professores, o apoio do Colegiado e a cooperação<br />

dos estudantes, todos contribuindo com suas diferentes perspectivas, possibilitou a reestruturação <strong>de</strong> aspectos importantes do<br />

9 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Hospital das Clínicas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

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currículo e das metodologias <strong>de</strong> ensino, sem que problemas se cristalizagem. Por fim, permitiu perceber a importância do<br />

acompanhamento do trabalho docente na execução efetiva do PP. Referência: DE LA TORRE, S. Transdisciplinarida<strong>de</strong> e ecoformação:<br />

um novo olhar sobre a educação. São Paulo: Triom, 2008.<br />

Reconhecimento Do Preceptor, Visibilida<strong>de</strong> E Apoio Para O Exercício Desta Função<br />

Cardoso, MM11 Loula, IG12 Silva Junior, LFRF12 Wuillaume, SM12 Pombo, R13 Introdução: o exercício da preceptoria exige permanente motivação e atualização; esta função nem sempre é <strong>de</strong>finida e contemplada<br />

nas políticas <strong>de</strong> educação e saú<strong>de</strong>; aten<strong>de</strong>ndo tal perspectiva, foi realizada oficina, com a participação <strong>de</strong> 32 preceptores; Objetivos:<br />

discutir conceito, <strong>de</strong>finir competências e necessida<strong>de</strong>s do preceptor, i<strong>de</strong>ntificar fatores <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong>; Metodologia: foi solicitado<br />

aos participantes que <strong>de</strong>finissem o conceito <strong>de</strong> preceptor com a justificativa; para tanto procurou-se aglutinar os diferentes conceitos<br />

que foram surgindo; por fim aceita a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> morrow, 1984: “o preceptor é uma pessoa, geralmente pertencente à equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

que ensina, aconselha, inspira e <strong>de</strong>sempenha o papel <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo no sentido <strong>de</strong> auxiliar o crescimento, <strong>de</strong>senvolvimento e socialização<br />

do aluno, durante um certo período <strong>de</strong> tempo; atributos: responsabilida<strong>de</strong>, assiduida<strong>de</strong>, comprometimento, disponibilida<strong>de</strong>, entusiasmo,<br />

pontualida<strong>de</strong>, relacionamento, acessibilida<strong>de</strong> e flexibilida<strong>de</strong>. ser incentivador e estimulador do resi<strong>de</strong>nte; possuir capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

gerenciamento e dispor <strong>de</strong> conhecimentos da sua especialida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> didática para assegurar a aprendizagem dos resi<strong>de</strong>ntes”;<br />

as competências necessárias para a prática da preceptoria foram: qualificação do profissional; escolha voluntária para a função;<br />

e, disponibilida<strong>de</strong>; para o exercício da preceptoria, faz-se necessário o estabelecimento das suas funções na legislação, <strong>de</strong> forma clara<br />

e concisa, com remuneração e carga horária a<strong>de</strong>quados; como fatores favoráveis à visibilida<strong>de</strong> foram i<strong>de</strong>ntificados: o reconhecimento<br />

do preceptor <strong>de</strong> cada instituição pelo trabalho educacional exercido; os fatores <strong>de</strong>sfavoráveis à visibilida<strong>de</strong> seriam <strong>de</strong>correntes da falta<br />

<strong>de</strong> oficialização da função perante os gestores; Resultados: os participantes avaliaram a oficina positivamente, reconheceram a<br />

metodologia e a estratégia como um espaço <strong>de</strong> integração, i<strong>de</strong>ntificação e construção coletiva; por fim, os assuntos abordados foram<br />

consi<strong>de</strong>rados relevantes e aumentaram a motivação e o interesse nos assuntos <strong>de</strong> educação na área da saú<strong>de</strong>; Conclusão: a discussão<br />

realizada em fóruns e palestras po<strong>de</strong> representar a construção coletiva <strong>de</strong> caminhos possíveis com interesses comuns.<br />

Processo De Capacitação Docente Em Metodologias Ativas No Curso De Medicina Da<br />

Universida<strong>de</strong> De Marília – Unimar<br />

Corrêa, MESH 14<br />

Marcal, AA 13<br />

Gazetta, APN 13<br />

D‘Almeida, FA 13<br />

Introdução: O Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília vivencia processos <strong>de</strong> mudanças curriculares para a implantação<br />

do Projeto Pedagógico. Para tal constituiu-se um Grupo <strong>de</strong> Apoio Pedagógico (GAP) com formação em saú<strong>de</strong> e educação objetivando,<br />

principalmente, organizar e aplicar capacitação docente em metodologias ativas <strong>de</strong> ensino aprendizagem. Objetivo: Relatar a experiência<br />

do GAP no <strong>de</strong>senvolvimento do Programa <strong>de</strong> Capacitação dos docentes do curso <strong>de</strong> Medicina, no primeiro semestre/<strong>2009</strong>. Metodologia:<br />

O GAP realizou reuniões com cada equipe <strong>de</strong> trabalho (áreas básicas e profissionalizantes). Ao apresentar o Projeto Pedagógico,<br />

os diferentes grupos apontaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se capacitar em metodologias ativas e <strong>de</strong>finiram o calendário das capacitações. O<br />

GAP se a<strong>de</strong>quou à agenda dos grupos, elaborando o programa <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, inicialmente 8 horas/grupo, trabalhando como facilita-<br />

11 Hospital dos Servidores do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

12 Fundação Osvaldo Cruz, Instituto Fernan<strong>de</strong>s Figueira, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rj, Brasil.<br />

13 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, Rj, Brasil.<br />

14 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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dor e utilizando metodologias ativas. A participação dos docentes foi voluntária. O disparador partiu da prática docente permitindo<br />

problematizar o papel do estudante, do professor e da organização do conteúdo. Após fundamentação teórica discutiram os conceitos<br />

trabalhados anteriormente, ancorando-os à vivência relatada, construindo um novo conhecimento sobre o processo <strong>de</strong> ensino aprendizagem.<br />

Resultados: Dos 123 docentes, 88 (71,5%) a<strong>de</strong>riram a <strong>de</strong>ste programa. Todos os grupos aproximaram-se dos referenciais que<br />

fundamentam a utilização <strong>de</strong> metodologias ativas. Verificou-se, no processo, que às 8 horas previstas foram insuficientes, pois os grupos<br />

percorreram caminhos diversos <strong>de</strong>mandando temas importantes para o processo <strong>de</strong> ensino aprendizagem. Professores <strong>de</strong> dois<br />

grupos elaboraram e aplicaram metodologia ativa nas ativida<strong>de</strong>s acadêmicas em andamento. Todos os professores dos módulos iniciais<br />

do curso reformularam suas ementas adotando metodologias ativas para o segundo semestre. Conclusões: O GAP enten<strong>de</strong> que estes<br />

resultados foram conseqüência da sua participação integral no processo (planejamento, elaboração, execução e reavaliação do<br />

programa), da utilização dos referenciais <strong>de</strong> metodologias ativas, e <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> em se reorganizar em processo, aten<strong>de</strong>ndo as<br />

<strong>de</strong>mandas dos diferentes grupos.<br />

INICIANDO A EDUCAÇÃO PERMANENTE COM OS PROFESSORES DA 5ª<br />

SÉRIE DA FAMEMA<br />

Ilias,M 15<br />

Higa, EFR 14<br />

Michelone, APC 14<br />

Introdução: O trabalho <strong>de</strong>senvolvido na Educação Permanente (EP), fundamenta-se em metodologias ativas <strong>de</strong> aprendizagem,<br />

com estratégias específicas a cada grupo <strong>de</strong> participantes. O facilitador <strong>de</strong> EP tem o papel <strong>de</strong> ativador do processo <strong>de</strong> reflexão sobre a<br />

prática docente, favorecendo para que o grupo realize suas tarefas e alcance seu propósito. Neste trabalho focaliza-se o processo <strong>de</strong> EP<br />

dos professores da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Prática Profissional do 5º ano (internato) do curso <strong>de</strong> medicina , instituída em 2008, que ocorreu semanalmente<br />

em dois grupos constituídos por seis professores em cada um, com uma hora <strong>de</strong> duração sob a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> dois facilitadores.<br />

As avaliações acontecem ao final <strong>de</strong> cada encontro, <strong>de</strong> modo dialógico, e formalmente, por escrito, ao final <strong>de</strong> cada semestre. Objetivo:<br />

Analisar as avaliações dos professores sobre as estratégias utilizadas na EP. Método: Pesquisa qualitativa, documental <strong>de</strong>senvolvida<br />

pela técnica <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> conteúdo, no segundo semestre <strong>de</strong> 2008, por meio <strong>de</strong> questionário previamente estruturado com 4 perguntas<br />

abertas focalizando: às fortalezas e fragilida<strong>de</strong>s das estratégias utilizadas nos processos e dos facilitadores da EP; a relevância da<br />

participação no Programa <strong>de</strong> EP. Participaram 5 preceptores. Resultados: estratégias <strong>de</strong>senvolvidas no processo da EP, fortalezas: uso<br />

<strong>de</strong> textos didáticos, troca <strong>de</strong> experiências, problematização da prática e interesse para o trabalho em grupo, faltas, conversas paralelas e<br />

pouco aprofundamento teórico; papel das facilitadoras - fortalezas: disponibilida<strong>de</strong> para apren<strong>de</strong>r junto com o grupo, paciência e contribuição<br />

teórica as fragilida<strong>de</strong>s referem-se às dificulda<strong>de</strong>s do trabalho em grupo; referente à pertinência dos assuntos: todos serviram<br />

como subsídios á prática educativa, mas a avaliação requer mais aprofundamento teórico e todos os participantes consi<strong>de</strong>ram a EP<br />

imprescindível ao <strong>de</strong>senvolvimento do seu trabalho. Conclusões: Esta pesquisa focalizou a percepção do professor sobre o processo <strong>de</strong><br />

EP e indicou as lacunas a serem preenchidas neste processo <strong>de</strong> avaliação formativa institucional.<br />

Uma experiência <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> e aprendizado na formação docente em saú<strong>de</strong>.<br />

Abensur, SI 16<br />

Tamosauskas, MRG 17<br />

Introdução: “Pedagogia Médica e Didática Especial” é uma das disciplinas da FMUSP para capacitação didática e pedagógica<br />

dos alunos em programa <strong>de</strong> pós-graduação. Para aperfeiçoá-la introduziu-se o uso da tecnologia <strong>de</strong> informação como ativida<strong>de</strong> para<br />

<strong>de</strong>senvolver diversos olhares e possibilida<strong>de</strong>s sobre o ensino e aprendizagem. Objetivo: Relatar e avaliar a experiência <strong>de</strong> inclusão da<br />

ativida<strong>de</strong> na formação docente <strong>de</strong> 2006 a 2008. Método: Aativida<strong>de</strong> consistiu na apresentação <strong>de</strong> aplicativos computacionais utilizados<br />

15 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

16 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

17 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


em pesquisa, educação ou prática profissional em saú<strong>de</strong>; treinamento em alguns recursos do Excel e Power Point; elaboração <strong>de</strong> um<br />

aplicativo; avaliação discente e docente. Resultados: Foram analisados 158 trabalhos e 134 avaliações (70%) preenchidas pelos 192 alunos<br />

<strong>de</strong> diferentes formações (30% Medicina; 17% Fisioterapia; 8% Fonoaudiologia e 45% <strong>de</strong> outras áreas). As principais dificulda<strong>de</strong>s foram<br />

acompanhamento e construção dos exemplos no treinamento, e os aspectos mais importantes citados o apren<strong>de</strong>r e conhecer recursos<br />

e resultando em ferramenta útil <strong>de</strong> aplicação imediata, sendo que a maioria sugeriu aumento da carga horária e divisão em pequenos<br />

grupos. Ao finalizar o processo <strong>de</strong> aprendizagem, cada aluno recebeu uma avaliação sobre o projeto <strong>de</strong>senvolvido com análise <strong>de</strong><br />

apresentação visual, organização, originalida<strong>de</strong>, clareza na navegação, proposta do aplicativo, conteúdo, recursos utilizados, funcionamento<br />

e estímulo ao usuário. Conclusões: Aelaboração do aplicativo permitiu a atuação dos alunos na perspectiva <strong>de</strong> docentes e usuários<br />

do produto final. Este processo estimula a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> criação, o exercício do planejamento e permite a reflexão sobre a experiência<br />

do ensinar e apren<strong>de</strong>r. O <strong>de</strong>senvolvimento dos trabalhos baseado nas instruções técnicas recebidas <strong>de</strong>monstra a importância da<br />

interdisciplinarida<strong>de</strong> na criação <strong>de</strong> aplicativos <strong>de</strong> maior nível <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>. A tecnologia da informação é, portanto, uma<br />

ferramenta capaz <strong>de</strong> disponibilizar novas formas <strong>de</strong> elaboração, distribuição do saber e diferentes níveis <strong>de</strong> interações na educação em<br />

saú<strong>de</strong>.<br />

A Disciplina Formação Didático Pedagógica Em Saú<strong>de</strong> Da Unifesp Na Perspectiva De<br />

Seus Alunos<br />

Ferreira-Gerab, I 18<br />

Batista, SH 15<br />

Ruiz-Moreno, R 15<br />

Yamashiro, CG 15<br />

Sonzogno, MC 15<br />

Introdução: a formação docente para o ensino superior tem sido <strong>de</strong>safiante. ALei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases da Educação Nacional focalizaaposgraduaçãocomoespaçoprivilegiado<strong>de</strong>formaçãoparaoprofessor<br />

do ensino superior. Particularmente na docência em saú<strong>de</strong>,<br />

a Disciplina <strong>de</strong> Formação Didático-Pedagógica em Saú<strong>de</strong> é oferecida pelo Centro <strong>de</strong> Desenvolvimento do Ensino Superior em Saú<strong>de</strong><br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996 como ativida<strong>de</strong> obrigatória para os alunos dos programas <strong>de</strong> pós-graduação. A<br />

proposta educativa compreen<strong>de</strong> 30 horas <strong>de</strong> aulas presenciais e 30 horas para estudo individual distribuídas em 10 encontros. Objetivo:<br />

analisar as avaliações que os posgraduandos fazem da disciplina Formação Didático-Pedagógica em Saú<strong>de</strong> no ano <strong>de</strong> 2008. Metodologia:<br />

análise <strong>de</strong> 227 questionários aplicados ao final da disciplina orientada pelos seguintes eixos: <strong>de</strong>senvolvimento da disciplina, atuação<br />

docente, infraestrutura e autoavaliação do aluno. Resultados e Conclusões: observa-se satisfação dos alunos com a proposta educativa,<br />

principalmente quanto ao estímulo à participação ativa, à análise reflexiva e critica <strong>de</strong> suas práticas e a troca <strong>de</strong> experiências entre<br />

diferentes profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Os alunos recomendam ampliar o “treino” <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> ensino, incluir técnicas <strong>de</strong> como falar em<br />

público e como aprimorar o uso dos recursos didáticos. O uso <strong>de</strong> novas tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação também constitui<br />

uma <strong>de</strong>manda dos alunos. Aatuação docente foi avaliada positivamente valorizando-se atributos como a competência didática e domínio<br />

do conteúdo, disponibilida<strong>de</strong> para acompanhamento dos alunos e esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas e articulação teórico-prática. Nas autoavaliações<br />

os posgraduandos consi<strong>de</strong>raram sua participação razoável, mas com restrita leitura da bibliografia recomendada.<br />

Expressam também o aumento da sua motivação para aprimorar sua prática docente e participar <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> educação<br />

permanente. Constituir disciplinas que privilegiem essa formação po<strong>de</strong> representar um caminho produtivo para o <strong>de</strong>bate, análise e<br />

aprendizagem da docência no ensino superior em saú<strong>de</strong>.<br />

18 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Perfil Do Corpo Docente Da Faculda<strong>de</strong> De Medicina De Petrópolis (Fmp)<br />

Noel, Bárbara K 19<br />

Noel, Beatriz K 16<br />

Streit, DS 16<br />

Introdução: É consenso no meio educacional que o perfil do corpo docente é fator <strong>de</strong>terminante na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong><br />

graduação. Aliteratura e os instrumentos oficiais <strong>de</strong> avaliação institucional interna e externa apresentam aspectos ou características do<br />

perfil docente que se constituem como indicadores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do mesmo. Objetivos: Traçar o perfil dos docentes da FMP e contribuir<br />

com a política institucional <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento docente. Metodologia: Aplicação, <strong>de</strong> maio a julho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, <strong>de</strong> questionário estruturado,<br />

enviado <strong>de</strong> forma eletrônica para todos os professores do curso, através do banco <strong>de</strong> docentes da IES. A participação foi anônima e<br />

voluntária e os objetivos do trabalho estavam explicitados no convite para acesso ao questionário. Resultados: Dos 135 professores que<br />

compõem o corpo docente da FMP, 61,5% (83 docentes) participaram da pesquisa. Destes: 54,2% são do sexo masculino; 83,1% graduados<br />

em medicina; 34,9% são egressos da FMP; 58,5% possuem pós-graduação stricto sensu; 31,3% são contratados em regime <strong>de</strong> tempo<br />

integral; 68,7% em regime parcial; 53,0% são docentes do curso há mais <strong>de</strong> 10 anos; 59,0% produziram trabalhos científicos com alunos<br />

<strong>de</strong> graduação nos últimos três anos; 13,3% promovem ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão; 62,7% exercem ativida<strong>de</strong> docente assistencial no SUS;<br />

47,0% possuem alguma capacitação em educação médica; 92,8% reconhecem a importância da capacitação pedagógica para o exercício<br />

da docência médica; 89,2% afirmaram interesse em participar <strong>de</strong> capacitação na área pedagógica, caso a Instituição venha a oferecer.<br />

Conclusão: No perfil do corpo docente da FMP predominam os seguintes aspectos: graduação em medicina; titulação stricto sensu;<br />

baixa rotativida<strong>de</strong>; ativida<strong>de</strong> docente assistencial no SUS e valorização da capacitação para o exercício da docência médica.<br />

Treinamento De Docentes Para Utilização Da Simulação Como Metodologia De Ensino –<br />

Relato De Experiência<br />

Quilici, AP20 Sato, S17 Pinto, MM17 Timerman, S17 Introdução: A simulação tem crescido <strong>de</strong> forma importante nos últimos anos como metodologia <strong>de</strong> ensino. Um dos <strong>de</strong>safios<br />

para o uso <strong>de</strong>sta ferramenta é preparar o professor para a utilização da mesma. Objetivo: Relatar a experiência <strong>de</strong> treinamento <strong>de</strong> professores<br />

<strong>de</strong> medicina quanto ao uso da simulação. Metodologia: O treinamento foi dividido em 3 etapas e iniciou-se 5 meses antes do<br />

centro <strong>de</strong> simulação da universida<strong>de</strong> ser inaugurado. A1º etapa constou <strong>de</strong> um treinamento <strong>de</strong> 8 horas com o foco no conceito <strong>de</strong> simulação,<br />

técnicas <strong>de</strong> ensino em grupo e treino <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e construção <strong>de</strong> instrumentos para <strong>de</strong>senvolvimento das técnicas. Asegunda<br />

etapa ocorreu após 4 meses, on<strong>de</strong> neste intervalo <strong>de</strong> tempo os professores pu<strong>de</strong>ram amadurecer e treinar o conteúdo da 1º fase. A2º fase<br />

abordou, <strong>de</strong> forma teórico-prática, a construção <strong>de</strong> cenário e <strong>de</strong>briefing, com duração <strong>de</strong> 8 horas. Os professores foram envolvidos com<br />

atecnologiaavançadaevivenciaramasimulação como aluno. Por fim, a 3º etapa <strong>de</strong>u-se com a coor<strong>de</strong>nadora do centro <strong>de</strong> simulação<br />

acompanhando os professores in locu, oferecendo suporte para <strong>de</strong>senvolvimento dos cenários e <strong>de</strong>briefing. Resultados: Observamos<br />

que o treinamento dividido em fases propiciou ao professor um tempo para se a<strong>de</strong>quar a nova metodologia e a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inseri-la<br />

gradativamente em aula. Conclusão: Acreditamos que o treinamento <strong>de</strong> docentes <strong>de</strong>ve ser continuo e oferecido suporte ao mesmo<br />

durante a execução e elaboração dos instrumentos. Percebemos que o treinamento dividido em fase propiciou melhor a<strong>de</strong>quação do<br />

professor ao novo método.<br />

19 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

20 Universida<strong>de</strong> Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Estágio De Pós-Graduandos Do Programa De Aperfeiçoamento De Ensino Sobre<br />

Integração Disciplinar Em Graduação Na Fmusp: Relato De Experiência<br />

Nascimento, NM 21<br />

Cassenote, AJF 18<br />

Basile, MA 18<br />

Introdução: O Programa <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Ensino (PAE) é <strong>de</strong>stinado aos pós-graduandos estrito senso da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São Paulo e visa <strong>de</strong>senvolver a capacitação pedagógica e a vivência em ativida<strong>de</strong> didática na graduação, por meio <strong>de</strong> disciplina <strong>de</strong><br />

Preparação Pedagógica e Estágio Didático Supervisionado. O estágio foi <strong>de</strong>senvolvido no Conjunto <strong>de</strong> Disciplinas Moléstias Transmissíveis<br />

(CDMT) da FMUSP, que compreen<strong>de</strong> as disciplinas básicas <strong>de</strong> Parasitologia, Microbiologia e Imunologia Médica, e as aplicadas<br />

<strong>de</strong> Patologia, Clínica e Bases do Controle e Prevenção. Tal conjunto é oferecido aos discentes do 4º ano médico e foi escolhido por sua<br />

proposta <strong>de</strong> integração multi e interdisciplinar. Objetivo: Relatar as principais experiências adquiridas no estágio supervisionado no<br />

CDMT/FMUSP no 1º semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Métodos: Acompanhamento das ativida<strong>de</strong>s do CDMT sob a óptica pedagógica, incluindo participação<br />

nas reuniões dos coor<strong>de</strong>nadores para planejamento, acompanhamento e avaliação das ativida<strong>de</strong>s; aplicação <strong>de</strong> questionário<br />

<strong>de</strong> avaliação das ativida<strong>de</strong>s pelos discentes, tabulação e discussão <strong>de</strong> seus resultados, entrevistas com docentes, e discussão das provas.Resultados:<br />

Ainteração efetiva dos estudantes junto à coor<strong>de</strong>nação e docentes do CDMT, mediada pelos estagiários PAE, potencializou<br />

o processo <strong>de</strong> ensino aprendizagem em sala <strong>de</strong> aula e outros cenários <strong>de</strong> estudo, o que permitiu um constante aprimoramento do<br />

processo. Aproposta <strong>de</strong> integração interdisciplinar do CDMT proporcionou aos estudantes e aos estagiários a formação <strong>de</strong> visão crítica<br />

sobre o agente/hospe<strong>de</strong>iro/meio ambiente/cuidados em saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvolveu habilida<strong>de</strong>s para o trabalho em grupos/equipes multidisciplinares.<br />

Conclusão: A capacitação estrito senso, <strong>de</strong> modo geral, não propicia formação pedagógica específica e nem práticas vivências<br />

para a docência, e o estágio supervisionado para pós-graduandos da USP é uma importante ferramenta, que subsidia a formação<br />

docente ao criar oportunida<strong>de</strong>s para o vivenciamento <strong>de</strong> experiências acadêmicas.<br />

Discriminação Impessoal De Habilida<strong>de</strong> E Conhecimento De Discentes Em Conjunto De<br />

Disciplinas Na Fmusp<br />

Nascimento, NM22 Basile, MA19 Andra<strong>de</strong> JR, HF19 Introdução: O Conjunto <strong>de</strong> Disciplinas Moléstias Transmissíveis (CDMT) da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo (FMUSP) fornece conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s sobre as relações dinâmicas entre agente etiológico, hospe<strong>de</strong>iro, meio ambiente e<br />

cuidados em saú<strong>de</strong> da população. O CDMT é ministrado para o quarto ano médico e composto pelas disciplinas: Parasitologia, Microbiologia<br />

Médica, Imunologia Médica, Patologia, Clínica e Bases do Controle e Prevenção. A avaliação é realizada <strong>de</strong> forma integrada<br />

por provas teóricas (conhecimentos cognitivos), provas práticas (habilida<strong>de</strong>s) e conceitos (afetivos), uma das dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> docentes,<br />

em geral, é categorizar os alunos por ciência ou conhecimento/habilida<strong>de</strong>, que em geral é feito <strong>de</strong> forma subjetiva e, às vezes, até estigmatizante.<br />

Objetivo: Averiguar a capacida<strong>de</strong> das avaliações no CDMT em discriminar os discentes, conforme conhecimento e/ou habilida<strong>de</strong>.<br />

Método: As avaliações quantitativas do CDMT foram analisadas no curso do 1º semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong> e separadas em quatro grupos,<br />

na suposição <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição quanto a ciência ou habilida<strong>de</strong>, usando uma análise clusters por médias k programa Statística 7.0.(Statsoft).<br />

Resultados: Adiscriminação resultou em: 1- cientes e hábeis (n=17); 2- cientes e inábeis (n=13); 3- pouco cientes e hábeis (n=41); e 4- pouco<br />

cientes e inábeis (n=24), <strong>de</strong> acordo com o <strong>de</strong>sempenho nas várias disciplinas e provas. Comprovamos que provas teóricas me<strong>de</strong>m conhecimento<br />

e que provas práticas ten<strong>de</strong>m a medir tanto ciência quanto habilida<strong>de</strong>, em especial quando é permitida a livre consulta.<br />

Conclusão: Este tipo <strong>de</strong> abordagem permite interferir em grupos específicos <strong>de</strong> estudantes, já que dois grupos merecem especial atenção:<br />

o grupo 2, cuja habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser trabalhada mais especificamente e o grupo 4, cuja motivação pelo curso <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senvolvida.<br />

Caso esta abordagem impessoal seja utilizada durante um curso longo como o <strong>de</strong> Medicina, a intervenção dirigida po<strong>de</strong> auxiliar o estudante<br />

sem o estigma ou a reação a uma seleção pessoal subjetiva.<br />

21 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

22 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

424<br />

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Grau De Satisfação Dos Discentes E Docentes Da Faculda<strong>de</strong> De Medicina Da Ufpa Com<br />

Sua Escolha Profissional, Organização E Funcionamento Da Faculda<strong>de</strong> E Seu<br />

Desempenho Individual<br />

D‘oliveira, LMR 23<br />

Ramalho, AS 20<br />

Pereira, BP 20<br />

Bahia, SHB 20<br />

Introdução: AFaculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará (FMUFPA) se configura como um rico espaço para a investigação<br />

e reconhecimento que se fez através do <strong>de</strong>lineamento do perfil <strong>de</strong> dois dos principais atores <strong>de</strong>sse ambiente: alunos e professores.<br />

I<strong>de</strong>ntificar o seu grau <strong>de</strong> satisfação com o ambiente, bem como com a escolha profissional que o levou até ali e seu <strong>de</strong>sempenho no<br />

exercício da mesma, visaram uma melhor compreensão da relação estabelecida entre esses indivíduos e seu espaço <strong>de</strong> atuação acadêmica.<br />

Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar o grau <strong>de</strong> satisfação <strong>de</strong> docentes e discentes com a escolha profissional da Medicina, com o funcionamento<br />

da FMUFPAe consigo mesmo na condição <strong>de</strong> docente ou discente. Métodos: Foi realizado um estudo seccional e <strong>de</strong>scritivo, através <strong>de</strong><br />

questionários aplicados entre 37 docentes e 272 discentes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará (FMUFPA). Resultados:<br />

Quanto aos níveis <strong>de</strong> satisfação docente constatou-se que a maior parte está muito satisfeita com sua escolha profissional<br />

(70,3%), mo<strong>de</strong>radamente satisfeita com sua atuação docente (59,5%) e pouco satisfeita com o funcionamento da Faculda<strong>de</strong> (43,3%). Quanto<br />

ao grau <strong>de</strong> satisfação dos discentes, 54,8% referiram estar muito satisfeitos com a escolha pelo curso <strong>de</strong> Medicina, pouco satisfeitos<br />

com o funcionamento da Faculda<strong>de</strong> (50,4%) e mo<strong>de</strong>radamente satisfeitos consigo mesmo como estudante (63,6%). Conclusão: A percepção<br />

do ambiente da FMUFPA <strong>de</strong>monstrou que a maior parte dos estudantes e professores sente-se satisfeito com sua escolha<br />

profissional e <strong>de</strong>sempenho, porém encontra pouca satisfação com o funcionamento e organização da Faculda<strong>de</strong>, fato este que po<strong>de</strong> em<br />

longo prazo interferir no prazer advindo da sua ativida<strong>de</strong> acadêmica e contribuir para o mal-estar <strong>de</strong>stes indivíduos.<br />

Relato De Experiência – Implantação De Reuniões Semanais, Por Período, Entre Tutores<br />

Dos Grupos Tutoriais (Gt) Do Curso De Medicina Da Unifenas-Bh, Como Estratégia<br />

Para Aumentar A Efetivida<strong>de</strong> Desses Grupos<br />

Junqueira, FPF 24<br />

Nunes, FA 21<br />

Moura, AS 21<br />

Faria, RMD 21<br />

Barbosa, RF 21<br />

Introdução:OGTéoeixocentral<strong>de</strong>umcurrículoqueadotaaaprendizagem baseada em problemas como proposta pedagógica.<br />

Nesse mo<strong>de</strong>lo, o tutor, os estudantes e o problema constituem os três elementos essenciais no processo <strong>de</strong> aprendizagem. Para garantir<br />

a efetivida<strong>de</strong> do GT é indispensável que os problemas estejam bem estruturados, que as avaliações sejam consonantes aos objetivos <strong>de</strong><br />

aprendizagem e aos princípios da estratégia educacional e que os tutores estejam bem preparados e motivados. Dentro <strong>de</strong>sta perspectiva<br />

foram institucionalizadas no curso <strong>de</strong> Medicina da UNIFENAS-BH reuniões semanais entre os tutores <strong>de</strong> cada período, com duração<br />

<strong>de</strong> trinta minutos. Objetivo: Avaliar a percepção dos tutores do curso <strong>de</strong> Medicina da UNIFENAS-BH sobre a implantação das reuniões<br />

semanais. Metodologia: Análise <strong>de</strong>scritiva e reflexiva dos dados coletados através <strong>de</strong> questionário aplicado ao grupo <strong>de</strong> tutores,<br />

em que foram discriminados pontos positivos e negativos das reuniões, sugestões para melhorar a efetivida<strong>de</strong> das mesmas e resultados<br />

alcançados neste primeiro semestre <strong>de</strong> implantação. Resultados e Discussão: Vinte e seis tutores respon<strong>de</strong>ram ao questionário. Principais<br />

pontos positivos <strong>de</strong>stacados: favorecer troca <strong>de</strong> experiências entre os tutores e com o coor<strong>de</strong>nador do bloco temático; viabilizar participação<br />

<strong>de</strong> todos os tutores no planejamento, elaboração e discussão dos testes escritos; permitir padronização na condução dos GTs e<br />

solidificar critérios da avaliação conceitual nos GTs. Pontos negativos: tempo insuficiente das reuniões; ausência e atraso <strong>de</strong> alguns tu-<br />

23 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

24 Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

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tores nas reuniões e esforço concentrado no coor<strong>de</strong>nador do bloco temático para o sucesso das reuniões. Para melhoria das reuniões sugeriu-se<br />

estabelecer objetivos claros e metas a serem cumpridas. Os tutores foram unânimes em <strong>de</strong>screver melhora na qualida<strong>de</strong> dos<br />

problemas e das provas aplicadas, além do exercício da colaboração entre eles. Conclusão: A implantação das reuniões semanais foi<br />

avaliada positivamente, permitiu exercício colaborativo entre os tutores e favoreceu maior efetivida<strong>de</strong> ao GT.<br />

Desenvolvimento E Implementação Do Programa De Educação Docente Continuada.<br />

Relato De Experiência<br />

Marangoni, MA25 Navarro, CM22 Gea, GN22 Pimentel Filho, FR22 Lima, AIAO22Introdução: a segmentação das áreas <strong>de</strong> aprendizagem e a conseqüente falta <strong>de</strong> integração interdisciplinar são<br />

pontos fracos na formação médica atual. Há falta <strong>de</strong> padrão do corpo docente em aspectos básicos do ensino, tais como didática, avaliação<br />

e conteúdo, levando a uma sensação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sorganização vivida pelo corpo discente, ainda que a estrutura pedagógica seja coesa e<br />

bem planejada. Há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> capacitação e <strong>de</strong> atualização docente, especialmente quando consi<strong>de</strong>ramos<br />

que as práticas pedagógicas têm evoluído <strong>de</strong> maneira marcante, tanto no que diz respeito à compreensão do processo <strong>de</strong><br />

aprendizagem quanto à profunda reflexão dos métodos <strong>de</strong> ensino empregados na formação médica. Objetivos: o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho<br />

é mostrar a experiência da universida<strong>de</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento e implantação do programa <strong>de</strong> capacitação docente continuada. Métodos:<br />

o projeto foi proposto pelo núcleo didático <strong>de</strong> apoio levando-se em consi<strong>de</strong>ração os resultados da avaliação institucional do ano<br />

anterior. Após aprovação das diversas esferas administrativas institucionais, o curso foi implementado, em grupos <strong>de</strong> 20 professores,<br />

com duração <strong>de</strong> 16 horas presenciais e 4 módulos à distância, com meta <strong>de</strong> treinamento <strong>de</strong> 90 % do corpo docente em 18 meses. Os temas<br />

do treinamento foram: recursos pedagógicos institucionais, projeto pedagógico do curso, apresentação sucinta das metas e conteúdo<br />

programático das disciplinas, psicologia do aprendizado, ferramentas <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> conteúdo expositivo, ferramentas <strong>de</strong> avaliação,<br />

uso da epi<strong>de</strong>miologia clínica na busca da construção <strong>de</strong> conteúdo programático, bioética e habilida<strong>de</strong>s em comunicação. Resultados:<br />

ocorreu a implantação do treinamento inicial docente que foi o primeiro evento do programa <strong>de</strong> capacitação docente continuada no<br />

curso <strong>de</strong> medicina. Conclusões: com o <strong>de</strong>senvolvimento do programa <strong>de</strong> educação docente continuada houve melhora do compromisso<br />

do corpo docente com a formação dos alunos, além <strong>de</strong> uma melhor compreensão do projeto pedagógico do curso e maior padronização<br />

<strong>de</strong> práticas pedagógicas.<br />

25 Universida<strong>de</strong> do Oeste Paulista, Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte, SP, Brasil.<br />

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TEMA: AVALIAÇÃO DO CURSO E DA ESCOLA MÉDICA<br />

Avaliação do Curso Pelos Formandos <strong>de</strong> uma Metodologia Problematizadora<br />

Lazaroni, TLN 1<br />

Gomes, EC 1<br />

Costa, MLD 1<br />

Bernar<strong>de</strong>s, LHG 1<br />

Junqueira, FPF 1<br />

Introdução: No Brasil a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) ainda é recente nos currículos médicos.A avaliação dos<br />

estudantes egressos <strong>de</strong>sses currículos mostra uma formação técnica satisfatória, porém também é necessária avaliar o sentimento individual<br />

do futuro profissional acerca <strong>de</strong> sua formação, pois isto reflete confiança na sua ativida<strong>de</strong> profissional,bem como sua motivação<br />

para alcançar novos objetivos.Nosso estudo visa buscar a percepção dos formandos em um curso médico com currículo ABP avaliando<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o impacto inicial com o currículo, ciclos básico, clínico e <strong>de</strong> internatos. Metodologia: Questionário foi aplicado na primeira turma<br />

<strong>de</strong> formandos da Unifenas-BH, cujo currículo se estrutura na ABP.Foi feita análise qualitativa e estatística dos resultados. Resultados:<br />

38 estudantes participaram da pesquisa.A ida<strong>de</strong> média foi <strong>de</strong> 25,5anos, com 15,6anos <strong>de</strong> escolarização. 44,7% dos estudantes eram do<br />

sexo masculino.O contato inicial com a metodologia foi predominante positivo e não sofreu influência <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>/escolarização (P=<br />

0.9122 e 0,7195). Dos que tiveram impacto inicial negativo 100% <strong>de</strong>sconhecia previamente a ABP.Agran<strong>de</strong> maioria dos estudantes avaliou<br />

o ciclo básico do curso como bom(50%) ou muito bom(29%),da mesma forma como o ciclo clínico (bom 39%,muito bom 45%). 79%<br />

relataram estar preparados ou muito bem preparados(16%) para o internato.Na avaliação da maioria(56%) o ciclo <strong>de</strong> internatos foi<br />

“muito bom”.78% respon<strong>de</strong>ram que estavam preparados para a vida profissional e 16% muito bem preparados,não havendo influência<br />

da ida<strong>de</strong> entre os grupos(P=0.1951).Por fim 94% dos formandos recomendariam o currículo ABP para outras pessoas. Discussão e Conclusão:<br />

No geral os estudantes se sentem preparados e satisfeitos na sua formação.Estes na sua maioria avaliaram positivamente seus<br />

internatos.A confiança também po<strong>de</strong> ser reflexo <strong>de</strong> sua inserção precoce na realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família no currículo ABP.Além disso,a<br />

qualida<strong>de</strong> dos ciclos po<strong>de</strong> influenciar diretamente nesse sentimento comum <strong>de</strong> satisfação com a formação médica.Concluímos que<br />

os estudantes avaliam positivamente sua formação,sentindo-se confiantes para a vida profissional.<br />

Exame Nacional <strong>de</strong> Proficiência em Medicina: Visão dos Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas<br />

Silva, A. C. S. 2<br />

Carvalho,L.F. 2<br />

Sampaio, I. M 2 .<br />

Ferreira, T. L 2<br />

Ribeiro, T. A. 2<br />

Coutinho,J.C. 2<br />

Introdução: O Exame Nacional <strong>de</strong> Proficiência em Medicina, consiste em introduzir no Brasil a exigência <strong>de</strong> que o médico recém-formado<br />

<strong>de</strong>ve se submeter a uma prova e apenas no caso <strong>de</strong> ser aprovado po<strong>de</strong>r obter o registro do diploma no Ministério da Educação<br />

e a inscrição profissional no Conselho Regional <strong>de</strong> Medicina. Esta proposta tem sido muito discutida atualmente e tem gerado<br />

gran<strong>de</strong> polêmica e divergências na comunida<strong>de</strong> médica. OBJETIVOS: Analisar a opinião dos docentes do curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong>sse exame, bem como coletar informações acerca <strong>de</strong> suas vantagens e <strong>de</strong>svantagens.<br />

MÉTODOS: Esta pesquisa consistiu em um estudo transversal e aleatório com 180 discentes, 20 <strong>de</strong> cada período. A coleta <strong>de</strong> dados foi<br />

efetuada através <strong>de</strong> um questionário com questões objetivas e sua análise foi feita no programa Epi Info versão 3.4.3. e, na área <strong>de</strong> infe-<br />

1 Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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ência estatística, foi usada a distribuição qui-quadrado para verificar associação entre variáveis. RESULTADOS: A análise dos dados<br />

revelou que 60% dos entrevistados já ouviram falar do exame e, <strong>de</strong>stes, 32,4% concordam com sua realização, sendo os colegas e a mídia<br />

(29,4% cada) as principais fontes <strong>de</strong> informação. Quando questionados sobre as possíveis vantagens que po<strong>de</strong>rão ser trazidas com sua<br />

realização, 26,6% afirmam que a principal <strong>de</strong>las seria a seleção dos profissionais mais habilitados (controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>). Quanto às<br />

<strong>de</strong>svantagens, a principal seria não avaliar o profissional como um todo, somente valorizando o conhecimento teórico-científico<br />

(41,1%), segundo a maioria. CONCLUSÃO: Amaior parte dos entrevistados concorda com a realização do exame. No entanto, o número<br />

<strong>de</strong> alunos que nunca ouviu falar é expressivo e muitos (incluindo os que já ouviram falar) <strong>de</strong>clararam ter conhecimento insuficiente<br />

quanto ao tema, porém, reconheceram a importância <strong>de</strong>ste para não serem surpreendidos no futuro se realmente for exigida sua<br />

realização.<br />

Avaliação do Resultado do Ena<strong>de</strong> Por Estudantes <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />

Amazonas e Suas Perspectivas <strong>de</strong> Mudança<br />

Carvalho, L.F. 3<br />

Silva, A.C.S. 3<br />

Sampaio, I.M. 3<br />

Coutinho, J.C. 3<br />

Ferreira, T.L .3<br />

Brasil Neto, C.G. 3<br />

Introdução: O Exame Nacional <strong>de</strong> Desempenho dos Estudantes (ENADE) é um procedimento <strong>de</strong> avaliação do Sistema Nacional<br />

<strong>de</strong> Avaliação da Educação Superior (SINAES). É aplicado a cada três anos a uma amostra aleatória <strong>de</strong> alunos ingressantes e concluintes<br />

<strong>de</strong> cada curso e tem como objetivo aferir o rendimento dos alunos dos cursos <strong>de</strong> graduação em relação aos conteúdos programáticos,<br />

suas habilida<strong>de</strong>s e competências. A preocupação com o assunto <strong>de</strong>corre do baixo resultado obtido no último exame pelo curso <strong>de</strong><br />

medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas (UFAM), uma vez que po<strong>de</strong> acarretar em medidas mais consistentes contra o curso.<br />

Objetivo: Verificar a opinião dos discentes do curso <strong>de</strong> Medicina da UFAM a respeito dos últimos resultados dos estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

no ENADE. Métodos: Este trabalho consistiu em um estudo transversal com acadêmicos regularmente matriculados no curso <strong>de</strong><br />

Medicina da UFAM que cursam do 1° ao 9° período. Os dados foram obtidos através <strong>de</strong> um questionário e, no total, 180 entrevistas foram<br />

realizadas <strong>de</strong> maneira aleatória com tais acadêmicos, 20 <strong>de</strong> cada período. Resultados: De acordo com a análise dos questionários,<br />

81% dos alunos concordam com a realização <strong>de</strong>ste exame e a maioria <strong>de</strong>les, 46%, acredita que o método <strong>de</strong> ensino dos docentes exerce<br />

maior influência sobre o resultado. Além disso, os alunos apontam que o baixo <strong>de</strong>sempenho é reflexo, principalmente, da falta <strong>de</strong> infra-estrutura<br />

da faculda<strong>de</strong> (44%) e a a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong>ssa infra-estrutura (28%) ajudaria na melhoria do resultado, pois 78% afirmam que<br />

curso <strong>de</strong> Medicina da UFAM não fornece a base necessária para um bom <strong>de</strong>sempenho. Conclusão: De acordo com o exposto, o<br />

<strong>de</strong>sempenho insatisfatório dos alunos do curso <strong>de</strong> medicina da UFAM <strong>de</strong>ve-se, principalmente, aos métodos <strong>de</strong> ensino dos docentes,<br />

os quais se mostram ultrapassados e comprometem, <strong>de</strong>sta forma, o aprendizado dos acadêmicos.<br />

Significados do Ensino no SUS Para o Docente <strong>de</strong> Medicina<br />

Ferronato,F.A. 4<br />

Ferreira,F.P. 4<br />

Garcia,M.A.A. 4<br />

Introdução: Espera-se que o docente, enquanto norteador da formação profissional, ouça, dialogue, incentive a reflexão e invista<br />

nas interações privilegiando a articulação entre o saber acumulado e questões a serem investigadas. Fundamental na consolidação do<br />

Projeto Político Pedagógico, o professor <strong>de</strong>ve mediar as relações entre discentes, usuários, equipes e gestores dos serviços, buscando a<br />

integralida<strong>de</strong> e resolutivida<strong>de</strong> na atenção à saú<strong>de</strong>. Pesquisas realizadas em escolas médicas em processo <strong>de</strong> reformulação curricular <strong>de</strong>-<br />

3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

4 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


monstram que a maioria dos professores não tem qualificação formal pedagógica e que se baseia em mo<strong>de</strong>los tradicionais <strong>de</strong> docência,<br />

necessitando <strong>de</strong> apoio e capacitação. Objetivos: Analisar as concepções, expectativas, necessida<strong>de</strong>s, dificulda<strong>de</strong>s e a capacitação dos<br />

docentes da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina quanto aos diferentes cenários <strong>de</strong> ensino-aprendizagem e em relação à formação para o SUS. Métodos:<br />

Foram realizadas entrevistas - orientadas por um roteiro semi-estruturado - com professores que representam a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero,<br />

locais <strong>de</strong> trabalho, áreas <strong>de</strong> atuação e disciplinas. Resultados: Constatou-se um “mal-estar” docente com as possíveis repercussões<br />

da pesquisa, implicando na indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo, com perdas significativas na investigação. Entre as possíveis explicações, <strong>de</strong>stacam-se<br />

o <strong>de</strong>smerecimento da avaliação e produção científica voltada ao ensino, a docência em medicina como ativida<strong>de</strong> secundária à<br />

profissão médica. Após as entrevistas, ficou evi<strong>de</strong>nte que os docentes <strong>de</strong>senvolvem múltiplas ativida<strong>de</strong>s em diferentes espaços. Os entrevistados<br />

falaram sobre o interesse dos discentes, que varia conforme período e cenário <strong>de</strong> ensino, com maior motivação por ativida<strong>de</strong>s<br />

práticas. Constatou-se também que os docentes têm conhecimento variável em relação ao SUS. Como dificulda<strong>de</strong>s, disseram não<br />

ter espaço para o planejamento educacional e não participar da gestão institucional. Conclusões: Faz-se necessária a capacitação<br />

pedagógica do docente com estratégias específicas que evi<strong>de</strong>nciem o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem e sua relação com o saber e a<br />

prática da medicina.<br />

Projeto <strong>de</strong> Avaliação do Novo Currículo <strong>de</strong> Medicina da UFG: Limites E Possibilida<strong>de</strong>s<br />

Costa, N.M.S.C. 5<br />

Chaves, S.M. 5<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> Medicina da UFG teve aprovada sua proposta <strong>de</strong> reformulação do Projeto Pedagógico em 2003. Consi<strong>de</strong>rando<br />

que a análise das mudanças curriculares constitui instrumento para <strong>de</strong>tectar as tendências <strong>de</strong> formação médica, tornou-se imprescindível<br />

avaliar a implantação do novo currículo com foco no processo <strong>de</strong> reformulação curricular, formação pedagógica docente e<br />

formação integral dos estudantes. Objetivos: Relatar a experiência vivenciada com a execução do Projeto <strong>de</strong> Avaliação do Currículo <strong>de</strong><br />

Medicina da UFG implantado em 2003 Métodos: Foi utilizada a pesquisa-ação. Participaram da pesquisa todas turmas ingressantes no<br />

curso <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> 2003 a 2008. Auma amostra significativa <strong>de</strong> alunos e docentes foi aplicado o instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados, questionário<br />

estruturado com questões acerca <strong>de</strong> vários aspectos do currículo. Os dados quantitativos foram analisados através do programa<br />

EpiInfo 6.04 e os qualitativos submetidos a análise <strong>de</strong> conteúdo. Os resultados foram consolidados em relatórios, divulgados e discutidos<br />

com professores e estudantes. Resultados: Houve ampliação das condições para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões para o aperfeiçoamento<br />

do Projeto Pedagógico e do processo ensino-aprendizagem. O projeto contribuiu para o <strong>de</strong>senvolvimento docente, estimulando a realização<br />

<strong>de</strong> cursos e oficinas <strong>de</strong> atualização em docência e para a criação da Comissão <strong>de</strong> Educação Médica. permitiu a produção <strong>de</strong> conhecimento<br />

sobre avaliação do ensino médico, originando trabalhos apresentados em eventos e publicação <strong>de</strong> artigo. Dentre as dificulda<strong>de</strong>s<br />

enfrentadas ressalta-se a falta <strong>de</strong> participação <strong>de</strong> alguns Departamentos, a <strong>de</strong>mora no tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>volução do questionário pelos<br />

docentes e o tempo extenso para organização dos dados. Conclusões: O projeto <strong>de</strong> avaliação tem possibilitado constatar a realida<strong>de</strong> do<br />

curso <strong>de</strong> medicina, conhecer os pontos positivos e negativos que necessitam ser melhorados, refletir sobre o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

curricular e valorizar as questões da docência no ensino médico. Tem contribuído para que <strong>de</strong>cisões que po<strong>de</strong>riam ser tomadas<br />

individualmente tornem-se coletivas.<br />

Importância do Ensino <strong>de</strong> Medicina Intensiva na Graduação<br />

5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

429<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong><br />

Silva, M.A.O. 6<br />

Lopes, T.M.O. 6<br />

Siqueira, L.B. 6<br />

Ribeiro, M.V.A. 6


Silva, L.C. 7<br />

Salgado, T.A. 7<br />

Introdução: AMedicina Intensiva (MI) é uma especialida<strong>de</strong> médica relativamente nova, ainda pouco inserida nos cursos <strong>de</strong> graduação<br />

em Medicina (Moraes e Castro, 2004). Essa especialida<strong>de</strong> médica vem do reconhecimento <strong>de</strong> que certos pacientes graves po<strong>de</strong>riam<br />

ter melhor atendimento, caso fossem reunidos em áreas específicas <strong>de</strong> um hospital, on<strong>de</strong> seriam assistidos por uma equipe multidisciplinar<br />

especializada. Objetivos: Relatar a experiência <strong>de</strong> uma liga acadêmica <strong>de</strong> medicina intensiva no ensino <strong>de</strong>ssa especialida<strong>de</strong><br />

e na realização <strong>de</strong> outras ativida<strong>de</strong>s extracurriculares (estágio, campanhas, pesquisas e simpósios) e discutir a importância do ensino <strong>de</strong><br />

medicina intensiva na graduação. Métodos: Entrevistas com os membros <strong>de</strong> uma liga acadêmica <strong>de</strong> medicina intensiva. Resultados: Os<br />

membros da liga <strong>de</strong> medicina intensiva, que abrangem alunos da graduação do 2° ao 5° ano, relatam que as aulas teóricas ministradas<br />

pela liga (sepse, ventilação mecânica, monitorização hemodinâmica, etc.) supriram uma lacuna <strong>de</strong>ixada pelo currículo do curso <strong>de</strong> medicina<br />

<strong>de</strong> sua instituição. Relatam que os estágios oferecidos pela liga em UTIs <strong>de</strong> diversos hospitais tem constituído ferramenta <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> valor no aprendizado dos cuidados e técnicas próprios <strong>de</strong>ssa especialida<strong>de</strong>. Ex-membros da liga relatam maior facilida<strong>de</strong> teórica<br />

e prática do que seus colegas do mesmo ano que não fizeram parte da liga. Conclusões: O aumento do número <strong>de</strong> pacientes <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong><br />

alta em UTIs, da prevalência <strong>de</strong> doença crônicas e da incidência <strong>de</strong> sepse torna fundamental um maior conhecimento da especialida<strong>de</strong><br />

na graduação. A inclusão da MI nos currículos da graduação médica vem sendo discutida nas últimas décadas (Moraes e Castro,<br />

2004). Enquanto isso não acontece, a criação <strong>de</strong> ligas acadêmicas foi uma alternativa encontrada pelos acadêmicos para tanto suprir a<br />

<strong>de</strong>ficiência do ensino <strong>de</strong> MI na graduação quanto para promover outras ativida<strong>de</strong>s extracurriculares relacionadas à MI (pesquisa,<br />

campanhas e estágios).<br />

Avaliação Aluno-Tutor no Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina:<br />

Análise da Compreensão do Aluno<br />

Natal, D. L. P. 8<br />

Santos,G.G. 8<br />

Ruzon, U. G. 8<br />

Souza, T. A. F. 8<br />

Tomazatti,F.G. 8<br />

Silva, F. P. 8<br />

Introdução: avaliar não é algo incomum, entretanto os instrumentos utilizados para tal fim não são freqüentemente testados.<br />

Com base nessa realida<strong>de</strong> e na preocupação com a efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses meios, esta pesquisa preten<strong>de</strong> verificar a confiabilida<strong>de</strong> do Protocolo<br />

<strong>de</strong> Avaliação do tutor pelo aluno do 4º ano do curso <strong>de</strong> Medicina da UEL, currículo integrado (PBL). Objetivo: verificar a confiabilida<strong>de</strong><br />

da avaliação do tutor feita pelos alunos tendo como partida a compreensão <strong>de</strong>stes sobre o instrumento utilizado para tal processo.<br />

Método: utilizando-se do protocolo que consiste em três categorias: Comportamento (itens 1-7); Habilida<strong>de</strong> para facilitar o trabalho em<br />

grupo (itens 8-14); Habilida<strong>de</strong> em orientar as discussões (itens 14-20) adotado pelo colegiado <strong>de</strong> medicina da UEL, elaborou-se um<br />

questionário, no qual se categorizou cada um dos 20 itens em: “necessário”, “<strong>de</strong>snecessário” e “sem significado claro”. Aplicou-se esse<br />

questionário a 69 alunos da turma 59 do curso <strong>de</strong> medicina da UEL. Com o auxílio <strong>de</strong> gráficos e tabelas, analisaram-se as respostas. Resultados:<br />

os itens: 9, 11 e 18 foram 100% compreendidos pelos alunos; 3, 4, 5, 10, 12, 13, 14, 15, 19 menos <strong>de</strong> 10% dos alunos não compreen<strong>de</strong>ram;<br />

6 e 7 entre 10 e 20% dos alunos não compreen<strong>de</strong>ram; 1, 2 e 8 mais <strong>de</strong> 20% dos alunos não compreen<strong>de</strong>ram. Conclusão: <strong>de</strong>zessete<br />

itens do protocolo (85%), foram avaliados pelos alunos como “sem significado claro”. O grau <strong>de</strong> incompreensão <strong>de</strong>ssas respostas<br />

variou entre 2,9 a 21,8%. Esses dados <strong>de</strong>monstram que parcela dos alunos avalia sem clara compreensão do instrumento utilizado pelo<br />

curso. Essa falta <strong>de</strong> clareza po<strong>de</strong> comprometer a confiabilida<strong>de</strong> e a objetivida<strong>de</strong> do método.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

8 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

430<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Fórum do Ciclo Básico: Avaliação do Curso Pelos Estudantes<br />

Silva, C.M. 9<br />

Dias, V.L. 9<br />

Pinto, J.V. 9<br />

Soares, A.M.R. 9<br />

Torres, A.A.R. 9<br />

Rodrigues, R.V. 9<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> medicina da UFPR está passando por uma reforma curricular e é importante que exista um espaço para o<br />

estudante avaliar esse processo. Aos mol<strong>de</strong>s da avaliação existente do internato, foi realizado, em junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, com apoio do Diretório<br />

Acadêmico Nilo Cairo (DANC), o Fórum do Ciclo Básico. Objetivos: Proporcionar um espaço aberto para discussão, <strong>de</strong>bate e construção<br />

<strong>de</strong> propostas com o objetivo <strong>de</strong> avaliar os dois primeiros anos do curso sob o ponto <strong>de</strong> vista dos estudantes. Métodos: Participaram<br />

do fórum estudantes dos primeiro, segundo, terceiro e quarto períodos do curso. No momento inicial, foi explicitada a importância<br />

da existência <strong>de</strong> espaços como aquele e do protagonismo estudantil neles. Os estudantes presentes avaliaram o ciclo básico como um<br />

todo, abordando o incentivo à pesquisa, à extensão e a ativida<strong>de</strong>s não-acadêmicas; a integração entre as disciplinas; a metodologia <strong>de</strong><br />

estudo e a infraestrutura do curso. Num segundo momento, os estudantes foram divididos por períodos e cada grupo discutiu as disciplinas<br />

individualmente (aulas teóricas e práticas, docência, avaliações, correlação com a prática médica, interdisciplinarida<strong>de</strong> e infraestrutura),<br />

a integração entre elas e a carga horária. No momento final, os grupos reuniram-se novamente, discutiram o material produzido<br />

nos subgrupos e avaliaram o próprio fórum. Resultados: Como produto do fórum, foi elaborado um documento com as avaliações<br />

geral e <strong>de</strong> cada período. Tivemos uma resposta positiva dos estudantes acerca do espaço proporcionado, assim como o incentivo à realização<br />

periódica <strong>de</strong>sse fórum <strong>de</strong> avaliação. Conclusões: O estudante <strong>de</strong>ve ter um papel ativo em sua formação, o que inclui a construção<br />

e a participação em espaços que valorizem sua opinião. No entanto, a avaliação do ciclo básico não po<strong>de</strong> ser isolada da avaliação do<br />

curso como um todo e espaços semelhantes que se dirijam a outros períodos também <strong>de</strong>vem ser realizados.<br />

Escola Médica Flexneriana: Participação dos Discentes da Área Básica como Instrumento<br />

para Otimização da Metodologia Cientificista<br />

Bragiato, Emi Carneiro 10<br />

Mello, Aline Telles 10<br />

Cyrilli, Ciro Gatti 10<br />

Oliveira, Claudia Chaves 10<br />

Antunes, Mariana Benini 10<br />

Orlandi, Mariélle Men<strong>de</strong>s 10<br />

Introdução: A avaliação do curso <strong>de</strong> Medicina pelos discentes, realizada em muitas instituições, nunca havia sido aplicada em<br />

nossa Universida<strong>de</strong>. O estudo foi iniciativa dos alunos do Centro Acadêmico que perceberam o potencial da avaliação como meio para<br />

traçar estratégias para o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizado. Objetivo: Classificar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> todas as disciplinas<br />

do primeiro ao terceiro anos para apresentar à direção como ferramenta <strong>de</strong> discussão às reformas necessárias. Métodos: O Centro Acadêmico<br />

distribuiu para cada aluno do primeiro ao terceiro anos, questionários sobre instrumentos didáticos, infra-estrutura, bem como<br />

a auto-avaliação em relação a cada disciplina que os mesmos cursam. As respostas seguiram as categorias: “não sei respon<strong>de</strong>r”, “fraco”,<br />

“regular”, “bom” e “muito bom”. Além <strong>de</strong> questões objetivas, havia espaço para livres observações. Foram excluídos os questionários<br />

rasurados e incompletos. As respostas para cada pergunta referentes a cada disciplina foram transformadas em porcentagem por categoria<br />

<strong>de</strong> resposta, <strong>de</strong>stacando-se quando a soma <strong>de</strong> “fraco” e “regular” excediam 30% das respostas. Anexo ao relatório transcreveu-se<br />

as observações dos alunos. Foram entregues cópias para a direção do curso e para os chefes <strong>de</strong> disciplinas. Resultados: o relatório final<br />

<strong>de</strong>monstrou algum tipo <strong>de</strong> insatisfação em 96,3% das disciplinas avaliadas, sendo que a média <strong>de</strong> questionamentos insatisfatórios por<br />

disciplina foi <strong>de</strong> 43,66% nos três anos. Conclusão: Apesar da resistência inicial <strong>de</strong> alguns professores, a maioria elogiou a iniciativa dos<br />

9 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

10 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mogi das Cruzes, Mogi das Cruzes, SP, Brasil.<br />

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alunos. Adireção do curso incluiu o relatório final como fonte <strong>de</strong> dados para mudanças no projeto pedagógico. Reuniões entre docentes<br />

e coor<strong>de</strong>nação passaram a ser realizadas para buscar soluções e alguns professores foram convidados a modificar sua metodologia.<br />

Além disso, a valorização da participação dos alunos na melhoria do curso tem resultado em um melhor relacionamento com os<br />

professores e a coor<strong>de</strong>nação, imprescindível para a boa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino.<br />

Perfil dos Processos <strong>de</strong> Revalidação <strong>de</strong> Diplomas <strong>de</strong> Médico em uma Universida<strong>de</strong><br />

<strong>Brasileira</strong><br />

Cabral, A.L.S. 11<br />

Pereira, A.K. 11<br />

Megale, L. 11<br />

Soares, N.P. 11<br />

Carneiro, P.R. 11<br />

Introdução: O Brasil tem passado por gran<strong>de</strong>s discussões sobre seu processo <strong>de</strong> Revalidação <strong>de</strong> Diplomas obtidos no exterior,<br />

principalmente os <strong>de</strong> Médico, estimando-se existir neste caso elevada <strong>de</strong>manda reprimida. Os diplomas <strong>de</strong> médicos formados em<br />

Cuba estão na pauta <strong>de</strong> discussões do executivo, do legislativo e dos Conselhos <strong>de</strong> Medicina. Objetivos: conhecer melhor o perfil dos<br />

candidatos à revalidação <strong>de</strong> diplomas <strong>de</strong> médico obtidos no exterior. Métodos: Foram analisados dados constantes <strong>de</strong> todos os processos<br />

protocolizados Junto a uma gran<strong>de</strong> Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral, em especial o país <strong>de</strong> origem do diploma e a naturalida<strong>de</strong> do candidato.<br />

Resultados: dos processos analisados, os países que mais emitiram diplomas para análise foram Bolívia (44%); Argentina (12%); Cuba<br />

(12%); Peru (10%); Colômbia (6%); Paraguai (3%); Alemanha (2%); Equador (1%); Itália (1%) e Uruguai (1%). Outros países, porém responsáveis<br />

por menos <strong>de</strong> 1% dos processos foram Angola, Bélgica, Bulgária, China, Costa Rica, Espanha, França, Holanda, Líbia, México,<br />

Moçambique, Rússia, Nicarágua, Portugal, Haiti, República Dominicana, Romênia, Suíça, Estados Unidos e Venezuela. Quanto à<br />

naturalida<strong>de</strong> dos requerentes, os brasileiros correspon<strong>de</strong>ram a 59%, seguidos pelos bolivianos (13%); peruanos (12%); colombianos<br />

(4%); cubanos (3%); argentinos (2%); Paraguaios (1%); Italianos (1%); alemães (1%) e franceses (1%). Os <strong>de</strong>mais candidatos, responsáveis<br />

por menos do que 1% dos processos eram angolanos, austríacos, chilenos, equatorianos, americanos, moçambicanos, portugueses,<br />

dominicanos, uruguaios e venezuelanos. Conclusões: Pela amostra, a Bolívia é responsável pela origem <strong>de</strong> quase meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os<br />

processos, correspon<strong>de</strong>ndo a praticamente quatro vezes maior número <strong>de</strong> casos que outros países como Argentina, Cuba e Peru,<br />

classificados respectivamente em segundo, terceiro e quarto lugares. Mais da meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os pedidos <strong>de</strong> revalidação <strong>de</strong> diplomas<br />

refere-se a brasileiros que optaram por estudar medicina fora do país. Dos estrangeiros, os que mais se candidatam a exercer a medicina<br />

no Brasil foram os bolivianos e os peruanos.<br />

Questão da Bioética na Formação Médica: o Aborto<br />

Amorim, F.H.R. 12<br />

Barobosa, I.A.F. 12<br />

Almeida, M.A.S. 12<br />

Morita, I. 12<br />

Dias, A. 12<br />

Introdução: Os últimos dados do Brasil <strong>de</strong> 2005 estimam a ocorrência anual <strong>de</strong> 1.054.242 abortamentos induzidos, com taxa <strong>de</strong><br />

2,07 abortos por 100 mulheres <strong>de</strong> 15 a 49 anos. Por ser a maioria <strong>de</strong>stes ilegais (gravi<strong>de</strong>z não resultante <strong>de</strong> estupro ou sem risco <strong>de</strong> vida<br />

materna), são feitos <strong>de</strong> forma insegura, em centros não especializados, resultando na quarta causa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> materna no país, sendo,<br />

portanto, grave problema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública. Objetivos: Verificar o <strong>de</strong>senvolvimento da temática “aborto” ao longo do curso médico<br />

na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu (FMB). Especificamente, i<strong>de</strong>ntificar e comparar o conhecimento da legislação brasileira relativa<br />

ao aborto entre estudantes do primeiro e sexto anos e verificar, entre os concluintes, as abordagens recebidas durante o curso. Métodos:<br />

11 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

12 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu. Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP, Brasil.<br />

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Aplicou-se um mesmo questionário a todos os estudantes do primeiro e sexto anos <strong>de</strong> 2008 da FMB-Unesp, presentes no dia agendado,<br />

após esclarecimento dos objetivos e assinatura do Termo <strong>de</strong> Consentimento. Questionou-se as características dos entrevistados, conhecimento<br />

da legislação brasileira relativa ao aborto e opinião referente à prática do aborto. Para os concluintes adicionou-se uma parte referente<br />

à abordagem do aborto recebida ao longo do curso. Resultados: Foram entrevistados 74 alunos do primeiro ano e 77 do sexto<br />

ano. Os dois grupos apresentaram: predominância feminina, religião católica e procedência do interior <strong>de</strong> São Paulo. Não houve diferença<br />

entre o conhecimento dos alunos sobre os casos previstos na legislação para a prática do aborto. Esperava-se um menor conhecimento<br />

dos primeiranistas, comparando com os concluintes. Embora 87% dos concluintes mencionem ter recebido algum conteúdo a<br />

respeito do tema, 72,7% não o consi<strong>de</strong>raram suficiente para formação. Conclusão: Como o aborto é um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública e em<br />

alguns casos é um direito previsto na legislação, o ensino médico <strong>de</strong>ve ser aprimorado, principalmente aprofundando questões <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> sexual e reprodutiva e bioética.<br />

Ensino da Sexualida<strong>de</strong> nos Cursos <strong>de</strong> Medicina Brasileiros<br />

Silva, T.A.F. 13<br />

Santos, G.G. 13<br />

Natal, D.L.P. 13<br />

Ruzon, U.G. 13<br />

Neto, D.M. 13<br />

Azevedo, E.M.M. 13<br />

Introdução: a queixa sexual é frequente e <strong>de</strong> alta relevância na prática clínica. Interessante notar que os pacientes enxergam na figura<br />

do médico, o papel <strong>de</strong> resolvedor <strong>de</strong> seus problemas, anseios e angústias sexuais. Todavia, em sua gran<strong>de</strong> maioria, o médico é <strong>de</strong>ficiente<br />

e inseguro ao lidar com as questões sexuais. Tal <strong>de</strong>ficiência tem como causa básica, a falta <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>ntro dos cursos <strong>de</strong> graduação<br />

em medicina, além da personalida<strong>de</strong> e do limitado entusiasmo que o estudante <strong>de</strong> medicina apresenta por esses assuntos. Objetivos:<br />

o principal foco <strong>de</strong>ste trabalho foi verificar a existência do ensino da sexualida<strong>de</strong> na gra<strong>de</strong> curricular dos cursos médicos, verificar<br />

se outras disciplinas também fornecem conteúdos <strong>de</strong> sexualida<strong>de</strong>, e quais os conteúdos <strong>de</strong> ensino em sexualida<strong>de</strong> humana. Métodos:<br />

foi elaborado um questionário estruturado, com perguntas abertas e múltipla escolha, o qual foi enviado, por correio, aos coor<strong>de</strong>nadores<br />

dos 115 cursos médicos brasileiros. Para os que não o respo<strong>de</strong>ram, foi feito um contato telefônico e a seguir enviado novo instrumento,<br />

por correio eletrônico. Resultados: foram recebidos 34 questionários, sendo verificado a existência <strong>de</strong> 6 escolas com disciplinas específicas<br />

<strong>de</strong> sexualida<strong>de</strong> humana, sendo 5 <strong>de</strong> caráter obrigatório. Aestratégia <strong>de</strong> ensino mais freqüente foi a aula expositiva e métodos <strong>de</strong><br />

dinâmica <strong>de</strong> grupo foram pouco utilizados. Conclusão: embora exista uma freqüência baixa <strong>de</strong> disciplinas específicas e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> sexualida<strong>de</strong> humana, em outras disciplinas tais como a Ginecologia/Obstetrícia e a Psiquiatria também existem conteúdos referentes<br />

à sexualida<strong>de</strong>. Não foram encontradas diretrizes para nortear o planejamento e execução <strong>de</strong> novos cursos. Existe uma <strong>de</strong>ficiência<br />

consi<strong>de</strong>rável no ensino da sexualida<strong>de</strong> humana nas escolas médicas avaliadas, questão que po<strong>de</strong> explicar a <strong>de</strong>ficiência do médico em<br />

abordar assuntos sexuais com seus pacientes, situação que talvez não ocorresse se as escolas médicas tivessem programa <strong>de</strong>finido e<br />

eficiente no ensino da sexualida<strong>de</strong> aos seus estudantes.<br />

13 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

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Satisfação dos Alunos <strong>de</strong> Medicina da UFMA em Relação a Presença das Áreas Livres<br />

para Vivência Acadêmica<br />

Pereira, A.B. 14<br />

da Silva, A.B. 14<br />

Bastos, A.A. 14<br />

Diniz, J.G. 14<br />

Leite, M.T.O. 14<br />

Filho, A.G. 14<br />

Introdução: A preocupação com a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do estudante <strong>de</strong> medicina vem sendo alvo <strong>de</strong> estudos em diversos países.<br />

Fatores estressantes – como pressão para apren<strong>de</strong>r, gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas informações falta <strong>de</strong> tempo para ativida<strong>de</strong>s sociais e<br />

contato com doenças graves e com a morte no cuidado clínico dos pacientes – po<strong>de</strong>m contribuir para o aparecimento <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>pressivos<br />

nos estudantes. Assim a existência <strong>de</strong> áreas livres para as vivências acadêmicas se torna fundamental como estratégia para a<br />

humanização do currículo. Com ela, o aluno po<strong>de</strong> buscar um maior equilíbrio entre estudo e lazer, bem como reservar tempo para praticar<br />

ativida<strong>de</strong> física, cuidar da alimentação, dormir e cuidar da saú<strong>de</strong>. Objetivo: Avaliar o grau <strong>de</strong> satisfação dos alunos do 1º ao 5º períodos<br />

<strong>de</strong> <strong>2009</strong>.1 em relação à presença <strong>de</strong> áreas livres para vivências acadêmicas no curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão.<br />

Metodologia: Estudo observacional transversal quantitativo em amostra aleatória <strong>de</strong> 99 alunos, calculada no BioEstat versão 5.0,<br />

nos quais aplicou-se um questionário qualitativo-objetivo analisando a opinião dos mesmos sobre a importância <strong>de</strong> áreas livres para vivências<br />

acadêmicas no cronograma. Resultados: 94% já vivenciaram áreas livres no cronograma, 89% avaliam a necessida<strong>de</strong> da presença<br />

<strong>de</strong>ssas áreas, 74% utilizaram esse espaço para realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s extracurriculares vinculadas à Universida<strong>de</strong>, as mais citadas<br />

são projeto <strong>de</strong> extensão (25%) e ligas acadêmicas (20%). 66% realizaram ativida<strong>de</strong>s extracurriculares não vinculadas à Universida<strong>de</strong>, as<br />

mais citadas são cursos <strong>de</strong> língua estrangeira (30%) e ativida<strong>de</strong>s físicas (28%). 84% acharam produtivo ter áreas livres para vivencias<br />

acadêmicas no cronograma e 56% acham i<strong>de</strong>al dois turnos <strong>de</strong> áreas livres. 43% preferem o período Vespertino para áreas livres. 93%<br />

acham que essas ativida<strong>de</strong>s extracurriculares ajudaram no seu <strong>de</strong>senvolvimento Universitário. Conclusão: Os alunos estão satisfeitos<br />

com a existência das áreas ver<strong>de</strong>s e as utilizam para diversas ativida<strong>de</strong>s.<br />

Moodle como Ferramenta ce Avaliação com Internato para Tomada <strong>de</strong> Decisão<br />

Bollela, V.R. 15<br />

Grec, W. 15<br />

Matias Jr., A.A.M. 15<br />

Machado, V.M.P. 15<br />

Machado, J.L.M 15<br />

Introdução: Assim como valorizamos a avaliação dos estudantes é essencial que criemos as condições necessárias para que eles<br />

avaliem o Curso <strong>de</strong> Medicina. Em 2008, iniciamos o internato médico com ativida<strong>de</strong>s previstas para diferentes locais na área metropolitana<br />

da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Uma estratégia <strong>de</strong> avaliação dos estágios do internato foi elaborada a partir da plataforma “Moodle”. Métodos:<br />

Um ambiente <strong>de</strong> avaliação no Moodle foi <strong>de</strong>senvolvido para professores e estudantes <strong>de</strong> cada “semestre”, on<strong>de</strong> todos po<strong>de</strong>m comunicar-se,<br />

acessar arquivos compartilhados, prover e obter informaçõessobreaavaliaçãodoestudanteedopróprioestágiodointernato.<br />

Professores inserem notas em tempo real, na medida em que as ativida<strong>de</strong>s do estágio vão acontecendo, enquanto estudantes acessam<br />

o sistema para consultar as notas e o feedback disponibilizado durante o estágio (Conceito Global; Portfólio, Tutorial) e ao final do<br />

rodízio (Prova final, Teste <strong>de</strong> Progresso e OSCE). Para ter acesso às notas <strong>de</strong> final <strong>de</strong> estágio, todo estudante <strong>de</strong>ve respon<strong>de</strong>r um questionário<br />

sobre o rodízio do internato que cumpriu, avaliando preceptores, infraestrutura e programa pedagógico. Resultados: Nos dois<br />

primeiros semestres que utilizamos essa estratégia registramos acesso e obtivemos respostas <strong>de</strong> 100% dos estudantes aos questionários<br />

que avaliam o internato. Ao final <strong>de</strong> cada semestre produzimos um relatório para a gestão do Curso com os resultados da avaliação dos<br />

estudantes, que guiam as <strong>de</strong>cisões sobre o currículo (a<strong>de</strong>quação dos estágios), e i<strong>de</strong>ntifica necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacitação do corpo docen-<br />

14 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Maranhão, São Luís, MA, Brasil.<br />

15 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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te. Os resultados foram apresentados aos professores do internato com o “feedback” dos alunos. Conclusões: O Moodle tem sido<br />

utilizado na Escola com gran<strong>de</strong> eficiência para manter estudantes, professores e gestores da Medicina conectados, com acesso às<br />

informações do Curso e garantindo a avaliação dos estágios ao final <strong>de</strong> cada semestre, mesmo com os estudantes “dispersos” em locais<br />

geograficamente distantes entre si e da própria Universida<strong>de</strong>.<br />

O Perfil do Egresso do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong><br />

Ribeirão Preto FMRP – USP: sua Formação e Situação Profissional Atual<br />

Suzuki, M.M. 16<br />

Borges, D.S. 16<br />

Moraes, M. 16<br />

Reinesch, J. 16<br />

Del-Ben, C.M. 16<br />

Introdução: o aluno do curso <strong>de</strong> medicina envolve-se com diversas ativida<strong>de</strong>s extracurriculares (AEC) na graduação. No entanto,<br />

pouco se sabe sobre a influência <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s no futuro profissional do estudante. Objetivos: traçar o perfil do egresso e verificar a existência<br />

<strong>de</strong> relações entre a prática <strong>de</strong> AEC durante o curso e a situação profissional atual. Métodos: a população foi constituída pelos 850<br />

ex-alunos formados no período <strong>de</strong> 1987-1996. Utilizou-se instrumento auto-administrável enviado pelo correio com <strong>de</strong>volução do questionário<br />

em envelope pré-selado. Variáveis nominais foram avaliadas pelo teste não-paramétrico Qui-Quadrado e ordinais por ANOVA <strong>de</strong><br />

uma via. Consi<strong>de</strong>rou-se significativo p < 0,05. Resultados: retornaram 168 questionários (19,8%). Aamostra constituiu-se predominantemente<br />

por homens (61,3%). Aida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> ingresso na faculda<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 18,4 anos. Amaioria (85,7%) terminou a graduação em 6 anos. 7,9% dos<br />

egressos moraram com os pais durante toda a graduação. Quase todos (98,2%) realizaram pelo menos uma AEC (média <strong>de</strong> 4, tendo sido o esporte<br />

aquela com maior número <strong>de</strong> a<strong>de</strong>ptos - 62,5%). 97,6% realizaram residência médica. 92,9% dos egressos referiu salário acima <strong>de</strong> R$<br />

5.000,00 (51,4% acima <strong>de</strong> R$10.000,00), realizando em média 2,3 ativida<strong>de</strong>s, incluindo o consultório particular (77,8% possuem). Quanto à satisfação<br />

com a profissão, obtiveram, em média, escore <strong>de</strong> 78(máximo 100). Quanto ao tempo-livre, 47. Não houve relação entre número <strong>de</strong><br />

AEC exercidas e número <strong>de</strong> empregos ou renda do profissional. Participação em ligas acadêmicas se relacionou com voluntariado atual do<br />

egresso (p=0,049); realização <strong>de</strong> esporte durante a graduação se relacionou com ativida<strong>de</strong>s administrativas atuais (p=0,009). Conclusões: O<br />

egresso do curso <strong>de</strong> Medicina da FMRP foi predominantemente do sexo masculino, entrou na faculda<strong>de</strong> com pouco mais <strong>de</strong> 18 anos e morou<br />

fora da casa dos pais durante o curso. Realizou AEC durante a faculda<strong>de</strong>, as quais parecem ter influenciado pouco seu futuro profissional.<br />

Fez residência e hoje, com cerca <strong>de</strong> 40 anos, ganha mais <strong>de</strong> R$ 5000,00.<br />

Contexto <strong>de</strong> Mudanças na Formação em Saú<strong>de</strong>: Institucionalização Recente das Políticas<br />

<strong>de</strong> Educação Médica no Brasil<br />

Silva, M.R. 17<br />

Braz, L.S. 17<br />

Santos, D.F.A. 17<br />

Monteiro, O.M. 17<br />

Moura, T.C.M. 17<br />

Introdução: Aevolução dos processos <strong>de</strong> institucionalização do Setor Educacional Médico <strong>de</strong>ve ser entendida plenamente para<br />

a análise dos recursos pedagógicos inerentes à reorientação educacional disponíveis na atualida<strong>de</strong>. No <strong>de</strong>correr do tempo, algumas<br />

metodologias <strong>de</strong> ensino médico se mostraram insatisfatórias no que diz respeito ao atendimento humanizado e à <strong>de</strong>manda real da população.<br />

Diante disso, houve a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se implantar um novo mo<strong>de</strong>lo para a formação <strong>de</strong> profissionais baseado na prevenção e<br />

promoção da saú<strong>de</strong>, focando a atenção primária e a boa relação médico-paciente. Objetivos: Ampliar o conhecimento dos estudantes<br />

sobre a importância do Pró-Saú<strong>de</strong> na formação <strong>de</strong> médicos qualificados a trabalhar no Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, especialmente na aten-<br />

16 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

17 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

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ção primária; <strong>de</strong>monstrar o processo <strong>de</strong> reestruturação do Ensino Médico no Brasil e evi<strong>de</strong>nciar suas aplicações nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>; comparar a metodologia tradicional <strong>de</strong> ensino com a tendência atual <strong>de</strong> orientação pedagógica para a formação médica; explicitar<br />

a atuação do Pró-Saú<strong>de</strong> no contexto <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> um novo perfil para o curso <strong>de</strong> medicina. Metodologia: Pesquisa bibliográfica<br />

e documental e entrevista com profissionais <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na área. Resultados: A pesquisa permitiu um maior entendimento acerca da<br />

importância da inserção dos graduandos na atenção primária à saú<strong>de</strong>, já que o Brasil necessita <strong>de</strong> profissionais com o novo perfil <strong>de</strong>mandado<br />

pelo SUS, preparados para a realida<strong>de</strong> do sistema, com visão holística, capazes <strong>de</strong> oferecer uma assistência médica humanizada.<br />

Percebe-se uma tendência das Instituições <strong>de</strong> Ensino Médico no Brasil a se a<strong>de</strong>quarem às propostas <strong>de</strong> reestruturação dos cursos<br />

<strong>de</strong> medicina. Conclusão: É <strong>de</strong> suma importância a formação do médico a partir <strong>de</strong> um sistema educacional eficiente, interligado às<br />

práticas médicas nos diferentes níveis e que busque a humanização no atendimento, utilizando o SUS como escola. Deve-se, portanto,<br />

priorizar a atenção básica, utilizando as especialida<strong>de</strong>s médicas e ativida<strong>de</strong>s hospitalares como coadjuvantes.<br />

Análise do Teste <strong>de</strong> Progresso: 2001 a 2008<br />

Gonçalves, M. L. 18<br />

Garcia,M.A.A. 19<br />

Lima, M. P. J. S. 19<br />

Norato, D. Y. J. 19<br />

Introdução: AFaculda<strong>de</strong>, tendo participado do Teste <strong>de</strong> Avaliação Cognitiva (TQC) aplicado pela CINAEM no ano <strong>de</strong> 1999, <strong>de</strong>u<br />

continuida<strong>de</strong> ao que <strong>de</strong>nominou Teste <strong>de</strong> Progresso em 2001 e anualmente a partir <strong>de</strong> 2003. Em 2008, com o apoio técnico da Empresa<br />

EduData, sob financiamento do PRÓ-SAÚDE, obteve-se a qualificação do teste e proce<strong>de</strong>u-se a revisão e análise dos resultados, i<strong>de</strong>ntificando<br />

ganhos <strong>de</strong> conhecimento e dificulda<strong>de</strong>s por parte dos alunos e as mudanças obtidas e <strong>de</strong>sejadas nas disciplinas e ciclos. Objetivos:<br />

Analisar a aplicação do Teste <strong>de</strong> progresso, comparando os resultados com as <strong>de</strong>mais avaliações do curso; subsidiar o aprimoramento<br />

curricular; <strong>de</strong>senvolver estratégias <strong>de</strong> aplicação coletiva entre grupo <strong>de</strong> escolas. Metodologia: Proce<strong>de</strong>u-se a revisão bibliográfica<br />

e documental acerca do tema; levantamento, revisão, comparação dos resultados das avaliações; planejamento da realização <strong>de</strong> teste<br />

coletivo. Resultados: Enquanto avaliação <strong>de</strong> caráter voluntário observa-se a participação significativa dos alunos, em média <strong>de</strong> 70,9%<br />

na soma total do corpo discente, com aumento progressivo do 1º ao 12º períodos, tendo-se no internato a frequência aproximada <strong>de</strong><br />

100%. Amplia-se a participação com maior envolvimento dos discentes <strong>de</strong>vido à proximida<strong>de</strong> das provas <strong>de</strong> residência, bem como discussões<br />

que <strong>de</strong>monstrem a importância <strong>de</strong>sta avaliação para o <strong>de</strong>senvolvimento e aprimoramento curricular. Quanto à porcentagem<br />

<strong>de</strong> acertos <strong>de</strong>screve-se uma mediana e média aproximadas e progressivas que vão dos 25 aos 55%, do 1º ao 6º anos, respectivamente. As<br />

diferenças na porcentagem <strong>de</strong> acertos, num mesmo ano, entre uma e outra turma, não ultrapassam os 10%, po<strong>de</strong>ndo ser explicadas pelo<br />

<strong>de</strong>sempenho das classes, mas também pela qualida<strong>de</strong> das questões. Conclusões: Esta avaliação po<strong>de</strong> apresentar-se como importante<br />

instrumento <strong>de</strong> diagnóstico acerca das principais variáveis do processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem: disciplinas, ciclos e áreas, bem como a<br />

progressão das turmas e <strong>de</strong> cada aluno, possibilitando sua auto-avaliação.<br />

Avaliação Discente Sobre Programa Curricular <strong>de</strong> Urgência Emergência em um Hospital<br />

<strong>de</strong> Trauma<br />

Gusmão, M.M. 20<br />

Menezes, M.S. 20<br />

Jesuíno, P.A. 20<br />

La<strong>de</strong>ia, R 21<br />

Introdução: A busca <strong>de</strong> aprimoramento do programa curricular <strong>de</strong> urgência em um hospital <strong>de</strong> trauma <strong>de</strong>terminou a avaliação<br />

do estágio pelos estudantes ao término do período. A avaliação foi programada em comum acordo com o Setor <strong>de</strong> Recursos Humanos<br />

18 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

19 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

20 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

21 Hospital Geral do Estado, Brasil.<br />

436<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


(RH) do hospital. Objetivo: Avaliar programa curricular <strong>de</strong> urgência e emergência na visão discente. Material e métodos: Aplicação <strong>de</strong><br />

questionário qualitativo, com questões mo<strong>de</strong>lo Likert e questões abertas. Para melhor i<strong>de</strong>ntificação dos problemas foi solicitado que os<br />

estudantes indicassem o seu dia <strong>de</strong> plantão. Resultados: Oitenta e três (83%) estudantes respon<strong>de</strong>ram ao questionário. Todos os dias da<br />

semana estavam representados por 70% a 100% dos estudantes. Sessenta e nove (87%) concordam ou concordam fortemente que o treinamento<br />

preparatório teórico e prático realizado no final do 4º ano foi importante para o estágio, 61(73%) que a equipe <strong>de</strong> médicos assistentes<br />

do hospital foi receptiva e colaborativa, 72 (87%) sente-se mais seguros para o atendimento <strong>de</strong> pacientes após o estágio, porem 62<br />

(75%) discordam ou discordam fortemente que o período <strong>de</strong> 6 meses tenha sido suficiente para a formação em urgência e emergência.<br />

Os alunos com maior nível <strong>de</strong> queixa se concentraram nos plantões da 2ª feira, 5ª feira e Sábado. Dizem que os plantonistas não são bem<br />

preparados, reclamam também <strong>de</strong> pouca receptivida<strong>de</strong> por parte da equipe. Dentre os estudantes, 56 (70,9%) disseram que gostariam<br />

<strong>de</strong> permanecer mais tempo no estágio em especial em cirurgia (sutura), triagem clínica e unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terapia intensiva. Conclusões:<br />

Com o questionário foi possível i<strong>de</strong>ntificar os plantões que apresentam dificulda<strong>de</strong>, o que possibilita o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> plano, junto<br />

ao setor <strong>de</strong> RH do hospital, para abordagem das equipes buscando aprimoramento. Verificar ainda possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> treinamento<br />

em emergência com extensão no próprio hospital ou outros cenários <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

O Perfil do Estudante <strong>de</strong> Medicina e Suas Implicações<br />

Silva, R.T. 22<br />

Ambrósio, M.R. 22<br />

Silva, J.P.C.N. 22<br />

Silva, D.N. 22<br />

Tavares, M.P. 22<br />

Introdução: O estudo do perfil do aluno <strong>de</strong> medicina se configura como elemento fundamental no entendimento dos problemas<br />

existentes no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> brasileiro, e paralelamente, como uma importante ferramenta capaz <strong>de</strong> nortear medidas <strong>de</strong> melhoria<br />

nos processos <strong>de</strong> ensino-aprendizagem e promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivos: Conhecer o perfil, as expectativas e frustrações dos estudantes<br />

<strong>de</strong> medicina, e a partir disto criar providências que aperfeiçoem a formação médica, ao a<strong>de</strong>quá-la às necessida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ao<br />

otimizar o aprendizado. Métodos: Após aprovação pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa, 309 estudantes respon<strong>de</strong>ram a um questionário e<br />

foram agrupados <strong>de</strong> acordo com o período e com o ciclo em que estavam: ciclo pré-clínico (do 1º ao 6º período) e clínico (do 7º ao 12º período).<br />

Resultados: No <strong>de</strong>correr da graduação, cresce a insatisfação com o curso, que ainda não passou pela reforma curricular (chegando<br />

a 63,6% no ciclo clínico); acentua-se o sentimento <strong>de</strong> que não estarão aptos para exercer a profissão e diminuem o interesse por medicina<br />

preventiva e o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> trabalhar em PSF. Amaioria preten<strong>de</strong> morar em uma cida<strong>de</strong> com mais <strong>de</strong> 100.000 habitantes, fazer residência<br />

médica, trabalhar 40-60 horas/semana em, no mínimo, dois empregos e <strong>de</strong>mandar mais tempo para o próprio bem estar. Cerca <strong>de</strong><br />

meta<strong>de</strong> dos estudantes crêem que encontrarão um mercado <strong>de</strong> trabalho pior que o atual, embora esperem ter renda mensal superior a<br />

R$8.000,00. Conclusões: O sistema arcaico <strong>de</strong> ensino e a forma como o trabalho médico se organiza parecem perpetuar os problemas em<br />

saú<strong>de</strong>, como contingente médico reduzido na atenção primária e cida<strong>de</strong>s interioranas, especialização precoce e <strong>de</strong>spreparo <strong>de</strong> parcela<br />

significativa dos formandos. Para resolução <strong>de</strong>ste quadro, além <strong>de</strong> alterações mercadológicas, faz-se necessária a reforma curricular,<br />

pon<strong>de</strong>rando-se sobre a insatisfação e os anseios discentes, para que esta mudança não seja unidirecional e ineficaz.<br />

As Transformações Necessárias na Disciplina Pediatria na Visão dos Estudantes <strong>de</strong><br />

Medicina da UFG<br />

Costa. D.C. 23<br />

Sugita, D. 23<br />

Costa, N.M.S.C. 23<br />

Oliveira, A.N. 23<br />

Naghetinni, A.V. 23<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> medicina da UFG implantou um novo currículo em 2003 e elaborou um Projeto <strong>de</strong> Avaliação para conhecer<br />

a percepção dos estudantes e professores sobre a proposta implantada. Objetivo: Conhecer a percepção discente sobre a disciplina<br />

22 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

23 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

437<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Pediatria. Metodologia: Foi usado questionário com questões abertas e fechadas, aplicado a 202 acadêmicos que cursaram a disciplina<br />

em 2007 e 2008. Para análise dos resultados, utilizou-se estatística <strong>de</strong>scritiva com distribuição <strong>de</strong> freqüências simples e percentuais através<br />

do software Epi Info 3.4 e as respostas às perguntas abertas foram submetidas à análise <strong>de</strong> conteúdo. Resultados: Verifica-se satisfação<br />

dos alunos nos itens carga horária teórica e prática, programa, objetivos, preocupação docente com compreensão e aprendizado,<br />

qualida<strong>de</strong> das aulas, integração teoria e prática, utilida<strong>de</strong> dos conhecimentos. Os procedimentos didáticos e avaliação da aprendizagem,<br />

entretanto, foram alvo <strong>de</strong> críticas. A maioria refere que os primeiros são ina<strong>de</strong>quados ao conteúdo (73,5%) e aos objetivos (86%),<br />

não diversificados (93%), ineficientes (91%) e que não estimulam a participação (65%). A avaliação da aprendizagem foi consi<strong>de</strong>rada<br />

ina<strong>de</strong>quada (66%), não representativa do conteúdo (80%), não usada para revisão (92%), instrumentos não são bem elaborados (95%),<br />

não há critérios claros <strong>de</strong> correção (94%) e as provas não são <strong>de</strong>volvidas. Observa-se, a presença <strong>de</strong> elementos do mo<strong>de</strong>lo pedagógico<br />

tradicional que admite fragmentação entre teoria e pratica, falta <strong>de</strong> integração entre conteúdos, coexistência <strong>de</strong> disciplinas isoladas,<br />

centralização das ativida<strong>de</strong>s no professor, que, por não ter formação em docência, usa os mesmos procedimentos didáticos. Aavaliação<br />

da aprendizagem tem caráter terminal, centrada na memória, sem contemplar habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s na aplicação do conhecimento.<br />

Conclusão: Estes resultados retratam um momento <strong>de</strong> avaliação e po<strong>de</strong> contribuir com ajustes precoces, condizentes com a proposta<br />

curricular. Itens como procedimentos didáticos e avaliação necessitam ser analisados, submetidos a reflexões e enriquecidos<br />

teoricamente, como forma <strong>de</strong> repensar a prática docente.<br />

Construção <strong>de</strong> Indicadores Qualitativos para o Processo <strong>de</strong> Avaliação da Comissão <strong>de</strong><br />

Avaliação das Escolas Médicas <strong>Brasileira</strong>s (CAEM/ABEM)<br />

Lampert, B.L. 24<br />

Aguila-da-Silva, R.H. 25<br />

Perim, G.L. 26<br />

Stella, R.R. 26<br />

Abdalla, I.G. 27<br />

Costa, N.M.S.C. 28<br />

Introdução: A elaboração <strong>de</strong> indicadores qualitativos constitui-se em um momento fundamental da pesquisa avaliativa, pois<br />

possibilita o alinhamento <strong>de</strong> conceitos dos vários participantes do processo. A CAEM/ABEM através <strong>de</strong> reuniões regionais realizou<br />

oficinas <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> indicadores tendo como imagem objetivo a formação <strong>de</strong> um profissional cidadão com competência para trabalhar<br />

em equipe no SUS, com mecanismos <strong>de</strong> referência e contra-referência, com uso racional das tecnologias e voltado para as reais<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população. Objetivo: Apresentar a síntese do resultado das oficinas realizadas no Rio <strong>de</strong> Janeiro, Goiânia e<br />

Marília, que contaram com a presença <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 200 participantes <strong>de</strong> várias escolas do país. Método: Utilizando a estratégia <strong>de</strong> trabalho<br />

em pequeno grupo foram construídos indicadores consi<strong>de</strong>rando a reflexão dos processos <strong>de</strong> mudança vivenciados em cada escola,<br />

e tendo como premissa os “cenários <strong>de</strong> prática” como o espaço on<strong>de</strong> efetivamente po<strong>de</strong>m-se observar mudanças. Resultados: Tendo referência<br />

nos macro indicadores: construção <strong>de</strong> parcerias com a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência a saú<strong>de</strong>; participação ativa dos discentes nas ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> acordo com o seu nível <strong>de</strong> competência e orientados por docente; a prática como re-orientadora dos processos <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong><br />

formação profissional, na perspectiva da integralida<strong>de</strong> da atenção, foram elaborados trinta e um indicadores que facilitam a abordagem<br />

<strong>de</strong> cada escola na i<strong>de</strong>ntificação e acompanhamento das mudanças implementadas. Conclusões: A construção <strong>de</strong> indicadores e a<br />

posterior utilização <strong>de</strong>stes pelas escolas nos seus processos auto-avaliativos favorece que se possa apontar as fortalezas e os pontos que<br />

requerem atenção, proporcionando subsídios para a rea<strong>de</strong>quação dos cursos analisados e servindo como parâmetro para outros cursos<br />

uma vez que eles foram construídos coletivamente e com gran<strong>de</strong> participação nacional das escolas.<br />

24 <strong>Associação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Educação Médica, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

25 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

26 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

27 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

28 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

438<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Avaliação do Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas Segundo a<br />

Percepção dos Acadêmicos<br />

Barros, P.S. 29<br />

Costa, L.C. 29<br />

Abrahim, S.M. 29<br />

Brasil, C.G. 29<br />

Oliveira, M.C.L. 29<br />

Silva, F.H. 29<br />

Introdução: Em 2008, a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas foi submetida ao Sistema Nacional <strong>de</strong> Avaliação<br />

do Ensino Superior (SINAES), a partir do qual foi realizado um Relatório <strong>de</strong> Visita pelo MEC, o qual apontou falhas. Os acadêmicos representam<br />

a entida<strong>de</strong> mais próxima da realida<strong>de</strong> do curso, po<strong>de</strong>ndo fornecer uma avaliação para melhoria. Objetivo: Verificar a estimativa<br />

dos alunos quanto ao curso <strong>de</strong> medicina, visando i<strong>de</strong>ntificar as maiores e menores necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorias. Métodos: Utilizou-se questionário<br />

fechado contendo 29 quesitos, aplicados com acadêmicos do 1° ao 4° ano da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina. As perguntas formuladas foram<br />

baseadas nas sugestões <strong>de</strong> melhorias indicadas pelo ministério da educação (MEC). Aanálise estatística foi realizada pelo programa SPSS®.<br />

Resultados: Foram analisados dados <strong>de</strong> 175 estudantes. Quanto à gra<strong>de</strong> curricular 40,0% dos acadêmicos consi<strong>de</strong>ram-na regular. Constatou-se<br />

que 16,3% dos entrevistados estimam as aulas práticas como <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>. Ao examinar a acessibilida<strong>de</strong> favorável ao aprendizado<br />

nos hospitais escolas e na re<strong>de</strong> primária <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, 16,7% e 26%, respectivamente, afirmaram não serem a<strong>de</strong>quadas. Em relação à freqüência<br />

dos docentes 34,3% afirmam estar regular. Segundo os dados, 42,9% dos universitários julgam o acervo da biblioteca péssimo. Na visão<br />

dos alunos, existe dificulda<strong>de</strong> na disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambientes para estudo, pois 51,7% avaliaram-na como péssima. Com 35,6% a infra-estrutura<br />

das salas <strong>de</strong> aula foi analisada como regular. Segundo 38,3% dos estudantes, a cooperação multiprofissional com <strong>de</strong>mais cursos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

é insatisfatória. Para 16,0% dos graduandos, a integração <strong>de</strong> conteúdos idênticos abordados em disciplinas distintas no mesmo período é<br />

apropriada. Conclusão: Conforme análise dos resultados observa-se que na maioria dos itens questionados a avaliação insere-se entre regular<br />

e péssimo. Indicando o reconhecimento dos acadêmicos quanto às <strong>de</strong>ficiências do curso em setores específicos. Estes dados po<strong>de</strong>m colaborar<br />

para melhoria do curso, juntamente com o relatório do MEC.<br />

Análise da Percepção <strong>de</strong> Interdisciplinarida<strong>de</strong>, Problematização e Motivação Observadas<br />

Entre Alunos com e Sem Curso <strong>de</strong> Graduação Prévio nos Três Primeiros Semestres do<br />

Curso <strong>de</strong> Medicina do Imes/Univaço, Ipatinga, MG<br />

Gotar<strong>de</strong>lo, D.R. 30<br />

Bassetti-Soares, E. 30<br />

Silva, A.P.A. 30<br />

Oliveira, I.T. 30<br />

Tavares, W.F. 30<br />

Paula, I.F.M 30<br />

Introdução: Aprática da interdisciplinarida<strong>de</strong>, as situações <strong>de</strong> ensino-aprendizagem envolvendo a resolução <strong>de</strong> problemas reais<br />

e a motivação/prazer dos alunos em cursar os três primeiros semestres do projeto pedagógico do curso <strong>de</strong> Medicina do IMES (Ipatinga,<br />

MG) são consi<strong>de</strong>rados bons indicadores pela subcomissão <strong>de</strong> acompanhamento e avaliação <strong>de</strong> implantação curricular institucional.<br />

Entre os ingressantes há uma presença significativa <strong>de</strong> estudantes com curso <strong>de</strong> graduação prévio, sugerindo a hipótese que esse grupo<br />

<strong>de</strong> alunos po<strong>de</strong> perceber alguns princípios no projeto pedagógico <strong>de</strong> curso institucional, em consonância com as Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais dos Cursos <strong>de</strong> Graduação em Medicina, diferentemente dos <strong>de</strong>mais alunos. Objetivo: Analisar, no primeiro período letivo <strong>de</strong><br />

<strong>2009</strong>, a percepção <strong>de</strong> interdisciplinarida<strong>de</strong>, problematização e motivação observadas entre alunos com e sem curso <strong>de</strong> graduação prévio,<br />

consi<strong>de</strong>rando também as variáveis gênero e ida<strong>de</strong>, nos três primeiros semestres do projeto pedagógico implantado segundo as Di-<br />

29 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

30 Instituto Metropolitano <strong>de</strong> Ensino Superior, Ipatinga, MG, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


etrizes Curriculares no curso <strong>de</strong> Medicina do IMES. Métodos: Estudo retrospectivo transversal com 153 alunos dos três primeiros semestres<br />

do curso <strong>de</strong> Medicina. Médias foram comparadas utilizando o teste t não pareado. Foi <strong>de</strong>finido nível <strong>de</strong> significância em 5%.<br />

Resultados: 132 (86,2%) alunos respon<strong>de</strong>ram os questionários, 73 (58,4%) do gênero feminino e 52 (41,6%) masculino. A ida<strong>de</strong> média<br />

dos com curso superior foi 26,2 anos e a dos sem curso superior 19,4 anos (p


no curso <strong>de</strong> graduação em Medicina da UFF. Além disso, analisar a opinião <strong>de</strong> alunos quanto à importância do assunto na formação<br />

médica e a experiência <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nos casos <strong>de</strong> suspeita <strong>de</strong> violência contra criança. Já o segundo é produzir recursos pedagógicos<br />

que po<strong>de</strong>rão ser utilizados em algumas disciplinas do currículo médico. Métodos: Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas<br />

com 24 estudantes <strong>de</strong> Medicina da UFF (2 alunos <strong>de</strong> cada período), seis resi<strong>de</strong>ntes do HUAP que necessariamente se formaram<br />

pela UFF e seis docentes que li<strong>de</strong>m com o tema. Ao final, o resultado <strong>de</strong>ssas entrevistas foram analisadas através <strong>de</strong> um estudo qualitativo.<br />

Resultados: A análise das entrevistas nos revelou que a maioria dos alunos - principalmente os internos e resi<strong>de</strong>ntes – se recordam<br />

da abordagem do tema em diversos momentos da formação, porém, na prática, não sabem como agir frente a um caso <strong>de</strong> Violência<br />

Infantil. Já as entrevistas com docentes mostraram que todos consi<strong>de</strong>ram o tema importantíssimo na formação médica e a maioria relata<br />

que aborda o tema em suas aulas. Conclusões: Apesar do tema ter sido discutido em diversos momentos <strong>de</strong> sua formação os alunos e resi<strong>de</strong>ntes<br />

da UFF ainda se consi<strong>de</strong>raram <strong>de</strong>spreparados para lidar com esse problema. Assim percebemos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elaboração<br />

<strong>de</strong> novas estratégicas pedagógicas para uma maior visibilida<strong>de</strong> e esclarecimento sobre o tema. Para isso preten<strong>de</strong>mos produzir eventos<br />

na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina e inserir o tema Violência Infantil na disciplina <strong>de</strong> TCS1.<br />

Análise da Progressão <strong>de</strong> Conhecimento dos Alunos do Curso <strong>de</strong> Medicina da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Ciências Médicas da PUCSP<br />

Rodrigues, J.M.S. 33<br />

Nastri, J.T.B. 33<br />

Forti, M.M. 33<br />

Introdução:Aavaliaçãodaprogressãodoconhecimentoaolongodaformaçãomédica,éuminstrumentoquepermite,correlacionando-a<br />

ao projeto pedagógico, aos conteúdos ministrados e ainda às metodologias utilizadas em cada fase do curso, que se analise a<br />

eficácia e as eventuais falhas no ensino. Objetivos: Analisar os resultados da prova <strong>de</strong> progressão aplicada nos anos <strong>de</strong> 2006, 2007 e 2008,<br />

envolvendo todos os alunos, objetivando comparar os <strong>de</strong>sempenhos <strong>de</strong> cada série e fases do curso. Material e Métodos: Através das comissões<br />

<strong>de</strong> série, composta por representantes das várias disciplinas, elaboramos, em 2006, 2007 e 2008, uma prova com 100 questões <strong>de</strong><br />

múltipla escolha, com cinco alternativas. Aprova foi aplicada simultaneamente aos alunos da primeira à sexta série, no final dos respectivos<br />

anos letivos. Resultados: No ano <strong>de</strong> 2006, na 1ª série, a média foi <strong>de</strong> 38 acertos, na 2ª <strong>de</strong> 39, na 3ª <strong>de</strong> 44, na 4ª <strong>de</strong> 49, na 5ª <strong>de</strong> 55 e na 6ª<br />

<strong>de</strong> 59 acertos. No ano <strong>de</strong> 2007, na 1ª série, a média foi <strong>de</strong> 29 acertos, na 2ª <strong>de</strong> 33, na 3ª <strong>de</strong> 32, na 4ª <strong>de</strong> 37, na 5ª <strong>de</strong> 44 e na 6ª <strong>de</strong> 56 acertos. No<br />

ano <strong>de</strong> 2008, na 1ª série, a média foi <strong>de</strong> 32 acertos, na 2ª <strong>de</strong> 36, na 3ª <strong>de</strong> 40, na 4ª <strong>de</strong> 41, na 5ª <strong>de</strong> 48 e na 6ª <strong>de</strong> 57 acertos. Conclusões: As provas<br />

mostraram as mudanças que ocorriam na passagem do ciclo básico para o ciclo clínico e <strong>de</strong>ste para o internato, <strong>de</strong>monstrando uma<br />

evolução nas notas obtidas. Permitiu a capacitação docente e da secretaria acadêmica para a realização <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> avaliação e, com a<br />

continuida<strong>de</strong> do processo, vai permitir uma melhor análise comparativa das mudanças curriculares em curso.<br />

O Papel das Ligas Acadêmicas no Processo <strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem: Experiência da Liga<br />

<strong>de</strong> Obstetrícia da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFG<br />

Silva-Filho, C.L. 34<br />

Ferreira, A.L. 34<br />

Assis, M.R. 34<br />

Amaral, P.C. 34<br />

Pina, T.S. 34<br />

Amaral, W.N. 34<br />

Introdução: O ensino <strong>de</strong> Obstetrícia na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás (FMUFG) inicia-se no 4º ano, e<br />

segue-se nos dois anos do internato. A Liga <strong>de</strong> Obstetrícia (LOBS) visa à inserção precoce do acadêmico em práticas e ensino <strong>de</strong> Obstetrícia,<br />

uma vez que diretrizes apontam para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se conhecer precocemente aspectos relevantes da saú<strong>de</strong> da mulher na for-<br />

33 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

34 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

441<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


mação médica. Objetivos: Avaliar o aprendizado <strong>de</strong> Obstetrícia entre os acadêmicos do quarto ano da FMUFG. I<strong>de</strong>ntificar se há diferença<br />

entre alunos que cursaram a disciplina e membros da LOBS. Métodos: Foram avaliados 42 alunos do quarto ano da FMUFG através<br />

<strong>de</strong> 19 testes <strong>de</strong> múltipla escolha relacionados aos temas curriculares <strong>de</strong> Obstetrícia, sendo obtidas pontuações variando <strong>de</strong> zero a <strong>de</strong>z.<br />

Os acadêmicos foram divididos em quatro grupos: grupo I, aqueles que já cursaram obstetrícia e são membros da LOBS; grupo II, cursaram<br />

obstetrícia e não são membros da LOBS; grupo III, não cursaram obstetrícia e são membros da LOBS; grupo IV, alunos que ainda<br />

não cursaram obstetrícia e não são membros da LOBS. Aanálise estatística foi realizada pelo teste ANOVAatravés do programa EpiInfo<br />

3.5.1. Resultados: Amédia geral dos alunos foi 4,81, (± 1,72). No grupo I a média foi 6,32 (± 1,49); no grupo II foi 5,45 (± 1,32); a média do<br />

grupo III foi 4,74 (± 2,02) e a do grupo IV foi 3,80 (± 1,11). Não houve diferença significativa entre os grupos I, II e III. Houve diferença significativa<br />

entre os grupos II e IV (p=0,0016). Conclusões: A maior média foi observada no grupo I, seguidos pelo grupo II. A menor<br />

média foi do grupo IV. Os resultados <strong>de</strong>monstram que a LOBS tem importância como complemento no aprendizado em Obstetrícia,<br />

mas não substitui a disciplina em si.<br />

O Contexto da Formação Médica: Impacto Financeiro da Graduação no Curso <strong>de</strong><br />

Medicina em Estudantes da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas<br />

Avelino, F.G.S. 35<br />

Avelino, T.O. 35<br />

Barros, P.S. 35<br />

COSTA, L.C. 35<br />

Abrahim, S.M 35<br />

Ribeiro, I.B. 35<br />

Introdução: Estudar em universida<strong>de</strong> pública não isenta o estudante <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas extras ao orçamento familiar. Agraduação em<br />

medicina, especificadamente, é uma das mais dispendiosas, pois onera compulsoriamente o orçamento doméstico do acadêmico. Mesmo<br />

em instituição pública, o estudante é impelido a gastos constantes, <strong>de</strong>correntes principalmente das condições <strong>de</strong>stas, como carência<br />

<strong>de</strong> livros atualizados e falta <strong>de</strong> infra-estrutura. Além disso, o regime <strong>de</strong> período integral do curso <strong>de</strong> medicina também acarreta <strong>de</strong>spesas.<br />

Estes fatores associados geram ao longo <strong>de</strong> toda a graduação. Objetivos: Avaliar o impacto financeiro <strong>de</strong> cursar medicina no orçamento<br />

familiar dos estudantes da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas e i<strong>de</strong>ntificar os principais geradores <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas. Métodos: Este<br />

estudo transversal randômico foi realizado com 120 discentes do primeiro ao sexto ano do curso <strong>de</strong> Medicina da UFAM através <strong>de</strong> um<br />

questionário com perguntas objetivas referentes aos gastos com a faculda<strong>de</strong>. A análise estatística foi realizada por meio do programa<br />

Microsoft Excel® 2007. Resultados: Verificou-se que 80,39% dos estudantes <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m dos pais para suprir as <strong>de</strong>spesas relativas à faculda<strong>de</strong>.<br />

A renda familiar <strong>de</strong> 20,59% dos discentes situa-se entre 7 e 9 salários mínimos e em 53,92% dos casos está acima <strong>de</strong> 10 salários.<br />

As principais geradoras <strong>de</strong> gastos foram cópias <strong>de</strong> material atualizado, alimentação e compra <strong>de</strong> livros com 90,20%, 92,16%, 92,16% das<br />

indicações respectivamente. No período corrente (<strong>2009</strong>/1), 17,65% dos acadêmicos gastaram entre 150 e 300R$ e 59,80% gastaram acima<br />

<strong>de</strong> 500R$ com a faculda<strong>de</strong>. Para 47% dos discentes, as <strong>de</strong>spesas estão <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> suas possibilida<strong>de</strong>s financeiras, para 48% estão um<br />

pouco acima <strong>de</strong> suas condições e para 6% estão muito acima <strong>de</strong> seus recursos. Conclusão: Constatou-se que a maioria dos estudantes <strong>de</strong><br />

medicina tem suporte financeiro dos pais e que apesar <strong>de</strong> constantes e onerosos, os gastos estão ao alcance dos recursos familiares da<br />

gran<strong>de</strong> maioria dos discentes.<br />

35 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

442<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Construção e Acompanhamento do Processo <strong>de</strong> Mudanças nas Escolas da Área da Saú<strong>de</strong>:<br />

Capacitação <strong>de</strong> Professores Visitantes<br />

Abdalla, I. G. 36<br />

Aguilar-da-Silva, R. H. 37<br />

Stella, R. 36<br />

Perim, G. L. 38<br />

Costa, N. M. C. 39<br />

Lampert, J. B. 40<br />

Introdução: O Projeto <strong>de</strong> Avaliação e Acompanhamento das Mudanças nos Cursos <strong>de</strong> Graduação da Área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da<br />

CAEM/ABEM tem como objetivo potencializar o movimento <strong>de</strong> mudanças através do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> avaliação<br />

participativo e construtivo, contribuindo para a reorientação da formação do profissional em saú<strong>de</strong> para aten<strong>de</strong>r às Diretrizes Curriculares<br />

com perspectivas a consolidação do SUS. Uma das fases <strong>de</strong>ste projeto prevê uma visita às escolas participantes e por isso a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> capacitar professores com um referencial <strong>de</strong> avaliação qualitativa. Objetivo: Relatar a oficina <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> professores visitantes<br />

da CAEM <strong>de</strong>stacando a construção do Manual <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong> Campo como uma estratégia <strong>de</strong> abordagem <strong>de</strong> avaliação qualitativa.<br />

Método: Oficina durante três dias com grupo <strong>de</strong> vinte professores <strong>de</strong> diversas escolas da área da saú<strong>de</strong> do país além dos membros<br />

da CAEM e assessoria técnica. Além <strong>de</strong> tratar <strong>de</strong> conteúdo teórico-conceitual das mudanças foram realizadas estratégias <strong>de</strong> discussão,<br />

trabalhos em pequenos grupos e simulação da técnica <strong>de</strong> grupo focal. Resultados: Ao final da oficina foi possível a construção <strong>de</strong> um<br />

Manual <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong> Campo com referencial teórico, instrumentos <strong>de</strong> avaliação a serem aplicados aos gestores, coor<strong>de</strong>nadores, professores,<br />

profissionais da saú<strong>de</strong>, e estudantes além <strong>de</strong> um roteiro para realização <strong>de</strong> grupo focal. Conclusões: O trabalho em conjunto<br />

possibilitou trocas enriquecedoras com capacitação <strong>de</strong> professores visitantes, que representantes <strong>de</strong> todas as regiões do país, se apropriaram<br />

da proposta e adquiriram subsídios necessários para, como observadores participantes aplicar os instrumentos <strong>de</strong> avaliação. Um<br />

processo avaliativo <strong>de</strong>ve ser construído coletivamente para que as propostas <strong>de</strong> mudanças entendidas como necessárias para o<br />

aprimoramento dos cursos sejam reconhecidas e validadas pelas escolas.<br />

O Ambiente Acadêmico da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFPA: Percepção dos Fatores que<br />

Influenciam o Desgaste <strong>de</strong> Professores e Alunos<br />

BAHIA, S.H.A. 41<br />

RAMALHO, A.S. 41<br />

PEREIRA, B.P. 41<br />

Introdução: AFaculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina é marcada por situações <strong>de</strong> estresse que po<strong>de</strong>m traduzir-se em efeitos in<strong>de</strong>sejáveis no rendimento<br />

acadêmico dos alunos e professores. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar aspectos do ambiente acadêmico e vida pessoal que interferem no<br />

rendimento <strong>de</strong> professores e alunos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará (FMUFPA). Métodos: Foi realizado<br />

um estudo seccional e <strong>de</strong>scritivo, através <strong>de</strong> questionários aplicados entre 37 docentes e 272 discentes da FMUFPA. Resultados: Foram<br />

investigadas catorze situações e a intensida<strong>de</strong> com que elas interferem nas ativida<strong>de</strong>s acadêmicas <strong>de</strong> docentes e discentes. Entre os docentes,<br />

as situações que mais os afetam são: Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alunos por turma (86,5%); Condições dos espaços <strong>de</strong> ensino (75,7%); Falta <strong>de</strong><br />

recursos didáticos (73%); Desinteresse por parte dos alunos (62,2%) e Falta <strong>de</strong> apoio técnico ou administrativo (56,8%). Entre os alunos,<br />

as situações que os afetam mais intensamente são: Falta <strong>de</strong> recursos didáticos (81,6%); Condições dos espaços <strong>de</strong> ensino (79%); Falta <strong>de</strong><br />

apoio técnico ou administrativo (67,3%); Número <strong>de</strong> assuntos ministrados por aula (64,3%) e Insatisfação com a gra<strong>de</strong> curricular<br />

(54,4%). Situações relacionadas à vida pessoal <strong>de</strong> alunos e professores, dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relacionamento e falta <strong>de</strong> reconhecimento não<br />

36 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

37 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

38 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

39 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

40 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.<br />

41 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

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<strong>de</strong>monstraram afetar <strong>de</strong> maneira muito intensa o <strong>de</strong>sempenho. Observou-se também que o <strong>de</strong>sinteresse dos alunos que pouco afeta os<br />

discentes compromete muito as ativida<strong>de</strong>s acadêmicas dos professores e que por sua vez o número <strong>de</strong> assuntos ministrados por aula,<br />

que para a maior parte dos docentes interfere pouco, tem influência negativa sobre a maioria dos discentes. Ainsatisfação <strong>de</strong> discentes e<br />

docentes com a gra<strong>de</strong> curricular é uma condição que parece afetar muito uma parcela representativa <strong>de</strong> ambas as amostras. Conclusão:<br />

Aspectos relacionados ao funcionamento e organização da Faculda<strong>de</strong> interferem muito na vida acadêmica <strong>de</strong> docentes e discentes e<br />

com muito mais intensida<strong>de</strong> do que fatos da vida pessoal.<br />

Avaliação das Estratégias <strong>de</strong> Ensino dos Módulos Seqüenciais do Curso <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza Pelos Discentes<br />

Rodrigues, N.B.S 42<br />

Barros, F.C. 42<br />

Mota, M.A.L 42<br />

Morais, R.P. 42<br />

Gomes, J.M.A. 42<br />

Introdução: Os currículos mais atualizados em Medicina visam preparar, além <strong>de</strong> médicos qualificados, profissionais autônomos<br />

capazes <strong>de</strong> atuar em ambientes complexos e dinâmicos e <strong>de</strong> lidar com a crescente quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas informações e situações<br />

profissionais (MATTHEOS et al, 2004; ARMSTRONG; PARSA-PARSI, 2005). Assim, as escolas médicas <strong>de</strong>vem engajar os alunos em<br />

um processo contínuo <strong>de</strong> aprendizagem, centrado nas habilida<strong>de</strong>s analíticas e <strong>de</strong> automonitoramento (HENDERSON; JOHNSON,<br />

2002). A auto-avaliação representa uma estratégia <strong>de</strong> ensino que se insere nesse contexto, preparando o aluno para refletir sobre o que<br />

apren<strong>de</strong>u, para avaliar como tal aprendizado o capacitou para realizar novas tarefas e para perceber suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

Objetivo: Avaliar os módulos seqüenciais do Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, baseando-se na auto-avaliação do<br />

aprendizado e na avaliação das estratégias dos módulos pelo corpo discente, visando qualificar a elaboração e revisão <strong>de</strong>sses módulos.<br />

Método: Este estudo teve caráter <strong>de</strong>scritivo e uma abordagem quanti-qualitativa. Aleatoriamente, foram avaliados os módulos seqüenciais<br />

<strong>de</strong> cinco semestres do curso, com n=253 alunos. Para a avaliação, utilizou-se um questionário semi-estruturado, com perguntas fechadas<br />

e abertas, dividido em sessões que avaliavam cada estratégia do módulo, sendo aplicável a todos os semestres. Nas perguntas<br />

fechadas, havia única opção <strong>de</strong> escolha entre 1-5 (1=Fraco;2=Insuficiente;3=Regular;4=Bom;5=Excelente). Nas perguntas abertas, o<br />

aluno <strong>de</strong>veria criticar aspectos do módulo e sugerir mudanças nas estratégias <strong>de</strong> ensino. Para entrada e análise dos dados objetivos, utilizou-se<br />

o EpInfo 3.5.1. Para análise do discurso dos discentes, buscou-se i<strong>de</strong>ntificar padrões <strong>de</strong> respostas. Resultados: Observaram-se<br />

padrões <strong>de</strong> avaliação dos módulos, consi<strong>de</strong>rando-se os semestres isoladamente ou em conjunto. Para algumas estratégias, tomando-se<br />

um semestre como objeto <strong>de</strong> estudo, há correlação entre o nível do ensino referido na avaliação objetiva com o da avaliação subjetiva, no<br />

módulo. Conclusão: Este estudo reforça a importância do uso <strong>de</strong> questionários <strong>de</strong> auto-avaliação <strong>de</strong> forma continuada.<br />

42 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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TEMA: AVALIAÇÃO DE ESTUDANTES NOS PROCESSOS<br />

DE ENSINO-APRENDIZAGEM<br />

A Formação <strong>de</strong> Grupos Como Ferramenta Para o Estudo da Relação Médico-Paciente<br />

Mello, J.N 1<br />

Almeida, CAP 1<br />

Balassiano, LKA 1<br />

Introdução: a <strong>de</strong>ficiência no ensino da relação médico-paciente <strong>de</strong>ntro do currículo do curso <strong>de</strong> Medicina motivou a formação <strong>de</strong> um<br />

pequeno grupo (dois acadêmicos e uma professora do curso <strong>de</strong> Medicina). Objetivos: investigar o processo ensino/aprendizagem da relação<br />

médico-paciente e buscar alternativas cabíveis para melhorar sua abordagem no Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda (UniFOA). Métodos:<br />

as linhas <strong>de</strong> ação do grupo envolvem revisão da literatura com base em artigos, contendo o <strong>de</strong>scritor “relação médico-paciente” na base<br />

SciELO, e condução <strong>de</strong> pesquisas <strong>de</strong>ntro do centro universitário. Resultados: observamos que é na prática ambulatorial e hospitalar dos acadêmicos<br />

que se dá o primeiro contato aluno-paciente. No entanto, evi<strong>de</strong>ncia-se uma falta <strong>de</strong> suporte didático para auxiliar a estruturação <strong>de</strong>sta<br />

mesma relação, alicerce fundamental do sucesso diagnóstico e terapêutico. Aexperiência do grupo <strong>de</strong>monstrou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verificar<br />

o conhecimento dos alunos do curso <strong>de</strong> Medicina acerca da relação médico-paciente evi<strong>de</strong>nciando as prováveis mudanças que ocorrem no<br />

<strong>de</strong>correr <strong>de</strong> sua formação e seus respectivos fatores influentes. Assim, foi elaborado um questionário como instrumento <strong>de</strong> pesquisa, que se<br />

encontra na fase <strong>de</strong> aprovação do Comitê <strong>de</strong> Ética da Instituição. Outrossim, vimos a importância do estabelecimento <strong>de</strong> pequenos grupos,<br />

como o nosso, para análises individuais <strong>de</strong>ssa interação. Neste momento, estamos realizando um estudo da prática e filosofia do Grupo<br />

BALINT, que vem a ser uma possível proposta <strong>de</strong> implantação no UniFOA. Conclusões: ao explorar o atual contexto <strong>de</strong> humanização do<br />

atendimento à saú<strong>de</strong> e seu foco preventivo, po<strong>de</strong>-se dizer que toda e qualquer discussão científica a respeito do processo ensino/aprendizagem<br />

do tema proposto é válida. Sendo assim, a universida<strong>de</strong> é, sem dúvida, o ambiente i<strong>de</strong>al para o <strong>de</strong>bate em grupo visando aprimorar a<br />

construção da relação médico-paciente dos graduandos.<br />

A Monitoria da Disciplina <strong>de</strong> Anatomia Humana no Processo <strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem<br />

Santos, DTA 2<br />

Campos, CSM 2<br />

Introdução: A monitoria é uma ativida<strong>de</strong> acadêmica com objetivo <strong>de</strong> fazer uma melhor correlação entre a teoria e a prática, criando<br />

um espaço on<strong>de</strong> o aluno-monitor possa perguntar, praticar e revisar os conteúdos pré-estabelecidos, tendo assim expectativas <strong>de</strong><br />

maior confiança no ato da realização dos procedimentos. As ativida<strong>de</strong>s realizadas pelo monitor vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> acompanhamento das aulas<br />

e provas, orientação e esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas dos alunos participação na produção do material didático, dissecção e montagem <strong>de</strong><br />

peças anatômicas a preparo e realização <strong>de</strong> aulas sobre os assuntos pertinentes ao conteúdo planejado pelo professor da disciplina.<br />

Objetivo: Avaliar a contribuição da monitoria da disciplina <strong>de</strong> anatomia humana no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Métodos: Este<br />

estudo baseia-se na <strong>de</strong>scrição da experiência obtida pelas autoras na prática da monitoria da disciplina <strong>de</strong> anatomia humana da<br />

UNCISALno primeiro semestre do ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Resultados: Amonitoria <strong>de</strong> anatomia se revelou como um meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver a habilida<strong>de</strong><br />

técnica com o manuseio <strong>de</strong> materiais; obter um contato mais próximo com a docência, além <strong>de</strong> rever os conteúdos anteriormente<br />

aprendidos. Aprática da monitoria contribui para a reflexão e o fortalecimento <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s, ampliando os conhecimentos e levando-os<br />

à socialização; sendo assim uma ativida<strong>de</strong> indispensável, pois tanto monitor quanto aluno apren<strong>de</strong>m. Conclusões: Po<strong>de</strong>mos concluir<br />

que a monitoria é realmente um instrumento valioso <strong>de</strong> ensino, tanto para o monitor quanto para o acadêmico, pois permite que<br />

ambos expressem seus conhecimentos, dúvidas, bloqueios e temores, estimulando a pesquisa, o treino e um melhor relacionamento<br />

com o colega. Facilita o entrosamento monitor-aprendiz, servindo como elo em busca da realização profissional, pois oferece um exercício<br />

pleno no âmbito da orientação.<br />

1 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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Avaliação <strong>de</strong> Desempenho e Atuação Acadêmica dos Alunos do Curso <strong>de</strong> Medicina do<br />

CCMB-Puc-SP Matriculados Através Do Programa Universida<strong>de</strong> Para Todos (PROUNI)<br />

Gar<strong>de</strong>nal, CLC 3<br />

Oliveira, APR 3<br />

Assis, TRMS 3<br />

Introdução: O Programa Universida<strong>de</strong> para Todos – ProUni - tem como finalida<strong>de</strong> a concessão <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> estudo, integrais e<br />

parciais, a estudantes <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> graduação e sequenciais <strong>de</strong> formação específica, em instituições privadas <strong>de</strong> educação superior. A<br />

Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo (PUC-SP) é uma instituição filantrópica que <strong>de</strong>stina, 20% <strong>de</strong> sua renda, para projetos <strong>de</strong><br />

inclusão social. Des<strong>de</strong> o primeiro semestre <strong>de</strong> 2005, as bolsas integrais, para estudantes com comprovada carência financeira, são preenchidas<br />

pela modalida<strong>de</strong> ProUni. Objetivos: O objetivo <strong>de</strong>sta pesquisa é avaliar o <strong>de</strong>sempenho individual dos alunos matriculados, através<br />

do ProUni, do primeiro ao quinto ano do Curso <strong>de</strong> Medicina do Centro <strong>de</strong> Ciências Médicas e Biológicas – PUC-SP, durante o ano <strong>de</strong><br />

<strong>2009</strong>. Métodos: Para alcançar esses objetivos aplicou-se um questionário, para levantar os seguintes dados: <strong>de</strong>sempenho no Curso (tutorias,<br />

avaliações formativas e somativas), <strong>de</strong>sempenho nas Provas <strong>de</strong> Progressão, facilida<strong>de</strong>s ou dificulda<strong>de</strong>s para aquisição <strong>de</strong> materiais<br />

<strong>de</strong> estudo, algum tipo <strong>de</strong> representativida<strong>de</strong>, experiências anteriores em pesquisa científica, ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> monitoria, participação<br />

em ativida<strong>de</strong>s curriculares não obrigatórias, principais dificulda<strong>de</strong>s encontradas durante o seu processo <strong>de</strong> inserção acadêmica, expectativas<br />

em relação ao seu ingresso na Residência Médica. Resultados: Através da análise dos dados obtidos observou-se que os alunos<br />

matriculados através do ProUni apresentam um bom <strong>de</strong>sempenho acadêmico, sem prejuízo ou déficit em sua aprendizagem <strong>de</strong>vido à<br />

formação em escola pública ou, por possuírem renda per capita familiar inferior à média dos <strong>de</strong>mais alunos do Curso. Conclusão: Os<br />

alunos matriculados através do ProUni apresentaram <strong>de</strong>sempenho acadêmico satisfatório.<br />

Curso <strong>de</strong> Medicina PBL: Correlação Entre as Avaliações Discente e Docente<br />

Santos, GG 4<br />

Ruzon, UG 4<br />

Thomazatti, FG 4<br />

Natal, DLP 4<br />

Souza, TAF 4<br />

Azevedo, EMM 4<br />

Introdução: avaliar o ensino-aprendizagem é ítem <strong>de</strong> alta relevância, avaliando-se o binômio aluno-professor. Tais avaliações,<br />

todavia, po<strong>de</strong>m se revestir <strong>de</strong> caráter subjetivo, na <strong>de</strong>pendência dos ítens formulados nos instrumentos <strong>de</strong> avaliação e dos sujeitos avaliadores.<br />

Objetivo: o objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi verificar a correlação entre a avaliação formativa do tutor e a dos respectivos alunos. Metodologia:<br />

verificou-se as notas <strong>de</strong> 82 alunos do 4º ano do curso <strong>de</strong> medicina da UEL e a dos respectivos tutores, obtidas no primeiro módulo<br />

anual temático <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Vinte alunos não avaliaram o tutor e portanto foram excluídos da pesquisa. Os dados foram tabulados em<br />

uma planilha eletrônica e com o auxílio da análise <strong>de</strong> gráficos e tabelas, verificou-se os resultados, por meio <strong>de</strong> análise quanti-qualitativa.<br />

Anota mínima, estabelecida no presente estudo, para aprovação dos alunos foi igual ou superior a 7 (sete). Aavaliação dos docentes<br />

pelos alunos, consoante ao estabelecido pelo Colegiado <strong>de</strong> Medicina, foi classificada como insatisfatória (1 – 1,99), regular (2 -2,99) e satisfatória<br />

(3), incluindo os seguintes ítens: comportamento do tutor, habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> facilitar os trabalhos em grupo e habilida<strong>de</strong> em orientar<br />

as discussões. Resultados: A avaliação do tutor nos quesitos supra-citados foi: regulares 29% e satisfatórios 71%; insatisfatórios<br />

2%, regulares 27% e satisfatórios 71%; regulares 26% e satisfatórios 74% dos casos, respectivamente. Anota média da avaliação formativa<br />

discente foi <strong>de</strong> 9,14 (8,1 – 10). Conclusões: infere-se que a média da avaliação do tutor pelos alunos foi satisfatória em 72% (71– 74%)<br />

dos casos e que a média da avaliação dos alunos pelo tutor foi 9,14, <strong>de</strong>monstrando que os tutores atribuiram-lhes nota quase máxima.<br />

Todas as avaliações realizadas apresentaram caráter subjetivo e não se evi<strong>de</strong>nciou correlação positiva entre as avaliações docente/discente.<br />

Percebe-se que a avaliação discente é mais criteriosa e comprometida que a docente.<br />

3 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

4 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

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Prevalência <strong>de</strong> Síndrome <strong>de</strong> Burnout e Sintomas Psicossomáticos Associados Em<br />

Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina da UFJF<br />

Chehuen Neto, JA5 Sirimarco, MT5 Duarte Neto, JA5 Nascimento, M5 Silva, CP5 Gonçalves, MPC5 Introdução: Asíndrome da estafa profissional, também <strong>de</strong>nominadaSíndrome<strong>de</strong>Burnout,<strong>de</strong>scritapelaprimeiravezpelopsicólogo<br />

H.J. Freu<strong>de</strong>nberger, no ano <strong>de</strong> 1974, para <strong>de</strong>screver um sentimento <strong>de</strong> fracasso e exaustão causado por um excessivo <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong><br />

energia, força e recursos. Constitui um quadro caracterizado em três elementos principais: exaustão emocional, <strong>de</strong>spersonalização e redução<br />

da eficácia profissional. Objetivo: Analisar a prevalência da Síndrome <strong>de</strong> Burnout e das manifestações psicossomáticas nos estudantes<br />

<strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora. Método: O grau <strong>de</strong> Burnout foi avaliado através do Questionário <strong>de</strong> Maslach<br />

Burnout - Stu<strong>de</strong>nt Survey, que consta <strong>de</strong> 15 itens que exploram as seguintes dimensões: Exaustão emocional, Despersonalização e<br />

Eficácia Profissional. Cada item foi qualificado com uma escala tipo Likert com 7 gradações. Aamostra contemplou 320 estudantes, sendo<br />

33% da população, com erro amostral <strong>de</strong> 5%. Resultados: Respectivamente nos 1º, 4º, 6º e 9º períodos: a) Exaustão emocional:16,7;<br />

21,73; 17,82; 18,11; b) Despersonalização: 6,19; 9,35; 8,95; 9,41; c) Eficácia profissional: 28, 13; 24,53; 24,58; 25,54. Aanálise das duas primeiras<br />

dimensões é quanto maior o índice, pior o resultado. Quanto à eficácia profissional, quanto menor o índice, melhor o resultado.<br />

Conclusões: Ao longo do curso médico, há uma relação direta <strong>de</strong> piora no que se refere à “exaustão emocional” e à “<strong>de</strong>spersonalização”,<br />

com queda da “eficácia”, porém insuficientes para caracterizar a presença da Síndrome <strong>de</strong> Burnout. Esta observação confirma um ambiente<br />

<strong>de</strong> contínuo estresse vivido durante a formação acadêmica. Os transtornos psicossomáticos também foram freqüentes durante o<br />

curso médico, principalmente relacionados ao aparelho gastrointestinal, <strong>de</strong>rmatológicos e do sistema nervoso, predominando ansieda<strong>de</strong>,<br />

acne e gastrite. Assim, os dados salientam um alerta para a manifestação <strong>de</strong>sta síndrome caso persistam os altos níveis <strong>de</strong> estresse.<br />

Aplicação do Planejamento Estratégico Situacional no Processo <strong>de</strong> Ensino e Aprendizagem<br />

em Saú<strong>de</strong> Coletiva na Graduação Médica<br />

Paschoalini, RB 6<br />

Hirai, H.S 6<br />

Oliveira, LM 6<br />

Ferreira, MT 6<br />

Noda, MC 6<br />

Candia, TVL 6<br />

Introdução: Na perspectiva <strong>de</strong> utilização do planejamento em saú<strong>de</strong> enquanto um instrumento favorecedor da transformação<br />

da realida<strong>de</strong>, há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização do Planejamento Estratégico Situacional (PES) proposto por Carlos Matus, para enfrentamento<br />

<strong>de</strong> problemas na organização do trabalho em saú<strong>de</strong>, nos serviços, instituições e organizações. O planejamento po<strong>de</strong> ser utilizado<br />

para implementação <strong>de</strong> ações governamentais na produção <strong>de</strong> políticas públicas, como ferramenta do processo <strong>de</strong> gestão nas diversas<br />

instancias e como prática social. Nesse contexto, alunos do terceiro ano médico, através da disciplina <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva, realizaram, em<br />

<strong>2009</strong>, uma ativida<strong>de</strong> com base no PES, com enfoque em questões relacionadas à doação <strong>de</strong> sangue. Objetivo: Desenvolver práticas <strong>de</strong><br />

diagnóstico, planejamento e programação em saú<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong> uma situação-problema, relacionada à doação <strong>de</strong> sangue. Métodos:<br />

Através <strong>de</strong> uma problemática envolvendo doação <strong>de</strong> sangue, o grupo realizou discussões, pesquisas, entrevistas e visitas a instituições<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que proporcionaram embasamento para construção <strong>de</strong> uma árvore explicativa do problema central i<strong>de</strong>ntificado pelos alunos:<br />

‘baixa captação <strong>de</strong> sangue para transfusão‘. Ao aplicar a teoria das aulas <strong>de</strong> planejamento em saú<strong>de</strong>, elegeu-se “nó-crítico” <strong>de</strong> mai-<br />

5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu, Botucatu, SP, Brasil.<br />

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or governabilida<strong>de</strong>, sendo este: ‘a baixa a<strong>de</strong>rência dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no processo <strong>de</strong> doação‘. Assim, foi <strong>de</strong>senvolvida uma<br />

apresentação informativa direcionada aos estudantes <strong>de</strong> medicinado1ºao3ºano,<strong>de</strong>conscientizaçãosobreoserviçodohemocentroea<br />

importância do ato <strong>de</strong> doar. Resultados: Arealização da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planejamento proporcionou melhor compreensão da problemática<br />

e a intervenção auxiliou na sedimentação dos conhecimentos. Conclusões: Foi <strong>de</strong> suma importância a inclusão do ensino <strong>de</strong> PES no<br />

currículo médico, possibilitando a utilização <strong>de</strong> suas ferramentas para elaboração <strong>de</strong> diagnósticos e planejamento em saú<strong>de</strong>, favorecendo<br />

maior atuação do planejador e uma visão mais crítica dos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Medicina e Psicologia: a Percepção <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina Sobre o Treinamento em<br />

Habilida<strong>de</strong>s Sociais Através do Ensino <strong>de</strong> Psicologia na Disciplina <strong>de</strong> Semiologia Médica<br />

JARDIM, AP7 SARI-ELDIM, OFG7 PEIXOTO, EE7 ALVES, R7 INABA, AL7 ARAÚJO, RR7 Introdução: A medicina tem focado a atuação do profissional em um mo<strong>de</strong>lo tecnicista, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando relação médico-paciente,<br />

priorizando exames complementares em <strong>de</strong>trimento da prática semiológica Objetivando modificar essa realida<strong>de</strong>, se faz necessário<br />

incorporar ao ensino médico visão humanística, através da aprendizagem <strong>de</strong> noções básicas <strong>de</strong> psicologia,segundo Diretrizes Curriculares<br />

vê-se necessária a formação capacitar para atuação, pautado em princípios éticos, no processo saú<strong>de</strong>-doença em seus diferentes<br />

níveis <strong>de</strong> atenção. Enfatiza-se, portanto, necessida<strong>de</strong> do acadêmico apren<strong>de</strong>r a comunicar-se a<strong>de</strong>quadamente com colegas, pacientes, e<br />

familiares. Objetivos: Investigar a percepção <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> medicina sobre ensino <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s comunicacionais através da interação<br />

entre psicologia, medicina na disciplina semiologia médica. Métodos: Pesquisa qualitativa fenomenológica utilizando entrevistas com<br />

tópicos flexíveis sobre experiência <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s sociais psicológicas por acadêmicos <strong>de</strong> medicina. Resultados: Os<br />

participantes relataram que ensino <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s psicológicas facilita o primeiro contato com paciente, auxiliando aprendizado da relação<br />

médico-paciente, ajudando-o a lidar com emoções como insegurança, expectativas e ansieda<strong>de</strong>, e aquisição da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dialogar<br />

e compreen<strong>de</strong>r o outro. Tais habilida<strong>de</strong>s foram ligadas a uma melhor coleta <strong>de</strong> dados da anamnese, contribuindo para a compreensão<br />

caso. No entanto, foram relatadas dificulda<strong>de</strong>s como: articulação das exigências da disciplina <strong>de</strong> coletar informações suficientes e<br />

estabelecer bom vínculo com o informante imaturida<strong>de</strong> dos alunos, preocupação com a avaliação da psicologia, centrada em apenas<br />

um momento, ansieda<strong>de</strong> ligada às exigências da disciplina, além do medo da reprovação. Conclusões: Ainiciativa <strong>de</strong> integrar ensino <strong>de</strong><br />

habilida<strong>de</strong>s psicológicas ao aprendizado semiológico tem se mostrado eficiente quanto ao objetivo <strong>de</strong> propiciar acadêmicos focados<br />

nas exigências do mo<strong>de</strong>lo humanístico. Entretanto, se reconhecem muitos <strong>de</strong>safios relativos às especificida<strong>de</strong>s das áreas envolvidas,<br />

como às necessida<strong>de</strong>s pedagógicas requeridas. Mais pesquisas <strong>de</strong>vem ser realizadas com objetivo <strong>de</strong> avaliar iniciativas semelhantes a<br />

fim <strong>de</strong> verificar o real impacto na formação médica inseridos no mo<strong>de</strong>lo humanístico.<br />

7 UNIVIX – Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

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Avaliação <strong>de</strong> Desempenho Teórico e Prático em Alunos do Internato <strong>de</strong> Ginecologia e<br />

Obstetrícia da UFMG, Através da Metodologia Osce<br />

Pereira, AK 8<br />

Reis, ZSN 8<br />

Rezen<strong>de</strong>, CAL 8<br />

Cal<strong>de</strong>ira, LGN 8<br />

Aguiar, RALP8<br />

Silva, JGC8<br />

Introdução: O sistema OSCE <strong>de</strong> avaliação (“Objective structured clinical examination”), novo paradigma <strong>de</strong> avalição <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho,<br />

consiste em cenário <strong>de</strong> simulação prática, disposta em forma <strong>de</strong> circuito, on<strong>de</strong> o aluno <strong>de</strong>monstra conhecimento, habilida<strong>de</strong> e<br />

atitu<strong>de</strong> médica Objetivo: Avaliar a concordância entre <strong>de</strong>sempenho na avaliação teórica com aquele exigido em habilida<strong>de</strong>s para atendimento<br />

básico em Ginecologia e Obstetrícia. Metodologia: Oitenta e cinco alunos foram avaliados quanto ao seu <strong>de</strong>sempenho teórico e<br />

prático na disciplina, ao final <strong>de</strong> três meses <strong>de</strong> internato. O <strong>de</strong>sempenho teórico foi medido através <strong>de</strong> prova com 40 questões do tipo<br />

múltiplas escolha e para avaliação <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s foi empregada a metodologia OSCE. Quatro estações com cenários <strong>de</strong> atendimento<br />

simulado foram montados. O <strong>de</strong>sempenho teórico e prático do estudante foi comparado através do teste-t pareado. Calculou-se<br />

o coeficiente <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson entre a pontuação na avaliação teórica e na avaliação prática. Aassociação entre grau ansieda<strong>de</strong><br />

e grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> pontuados pelo estudante, em escala <strong>de</strong> zero (nenhum) a nove (máxima), e o <strong>de</strong>sempenho na avaliação <strong>de</strong><br />

habilida<strong>de</strong>s foi pesquisada por analise <strong>de</strong> regressão. Resultados: O <strong>de</strong>sempenho global dos estudantes variou <strong>de</strong> 26 a 37 pontos, com<br />

média 32,5±2,2. Os alunos obtiveram pontuação mais elevada na avaliação OSCE do que na avaliação teórica (17,7±1,2 e 14,8 ±1,8 p-valor


plexida<strong>de</strong>, extensão e clareza. Todos os quesitos referentes ao trabalho prático receberam média acima <strong>de</strong> sete, exceto orientação e supervisão<br />

pelo monitor. Quanto à avaliação dos docentes, três quesitos receberam média acima <strong>de</strong> oito e o restante acima <strong>de</strong> nove, enquanto<br />

na avaliação dos monitores, houve três médias abaixo <strong>de</strong> sete. Conclusão: Diante do processo <strong>de</strong> transformação curricular em<br />

curso na FMB, este trabalho revela a importância da avaliação <strong>de</strong> cada disciplina ao final <strong>de</strong> cada curso, o que permite ao corpo docente<br />

e <strong>de</strong> monitores verificar as mudanças necessárias para um melhor aprendizado dos alunos no semestre seguinte, bem como introdução<br />

<strong>de</strong> novos temas, tornando mais dinâmico o ensino da Epi<strong>de</strong>miologia.<br />

A Correlação entre o Desempenho Acadêmico e o Hábito <strong>de</strong> Leitura<br />

Costa, BEP 10<br />

Salerno, MR 10<br />

Mazzillo, CA 10<br />

Lopes, MHI 10<br />

Antonello, ICF 10<br />

Introdução: O hábito <strong>de</strong> ler é fundamental para o aumento <strong>de</strong> informação e evolução cognitiva, configurando um elemento essencial<br />

na vida estudantil; e a biblioteca é o lugar <strong>de</strong> maior referência para o acadêmico. Objetivo: relacionar a retirada <strong>de</strong> livros da biblioteca<br />

por discentes da FAMED/PUCRS com o seu respectivo <strong>de</strong>sempenho acadêmico. Metodologia: Estudo exploratório, <strong>de</strong> coorte retrospectiva,<br />

constituída por dados <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> cinco turmas armazenados no sistema <strong>de</strong> registro informatizado da Biblioteca Central/PUCRS<br />

e o respectivo coeficiente <strong>de</strong> rendimento fornecido pela Coor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong> Registro Acadêmico. Foram excluídos alunos<br />

transferidos <strong>de</strong>/para outras faculda<strong>de</strong>s. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê <strong>de</strong> Ética/PUCRS. Resultados: A amostra incluiu 349<br />

acadêmicos. Verificou-se que foram feitas 48.016 retiradas <strong>de</strong> livros com média <strong>de</strong> 137,9±88,5 e mediana <strong>de</strong> 125 (72; 188). Os livros mais<br />

procurados foram no idioma português (86,9%), inglês (12,6%) e outros (0,47%). Aárea preferida foi a da saú<strong>de</strong> (95,2%), seguida por sociais<br />

(1,65%), linguagens (1,6%), humanas (0,91%), exatas (0,47%) e artes (0,09%) e os assuntos foram medicina interna (13,6%), cirurgia<br />

(10,9%), ginecologia/obstetrícia (9,6%) e pediatria (9,2%). O percentual <strong>de</strong> retiradas por turma foi <strong>de</strong> 10,2; 20,0; 21,4; 23,5 e 24,7, correlacionando-se<br />

positivamente com o <strong>de</strong>sempenho médio 8,49±0,35; 8,51±0,36; 8,52±0,34; 8,63±0,31; 8,73±0,3; e (r=0,71). O ano do curso<br />

que mais teve retiradas foi o 5º (25,9%), porém a turma que teve melhor <strong>de</strong>sempenho, assim como o maior número <strong>de</strong> retiradas totais <strong>de</strong><br />

livros, mostrou elevação <strong>de</strong>ste número no 4º ano do curso. Conclusão: Autilização da biblioteca, através da retirada <strong>de</strong> livros correlaciona-se<br />

positivamente com o <strong>de</strong>sempenho acadêmico. Estes resultados <strong>de</strong>vem ser mostrados aos calouros como parte <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong><br />

atitu<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>vem ser buscadas durante o período acadêmico para atingir um bom <strong>de</strong>sempenho.<br />

A Análise do Rendimento do Exame Curricular <strong>de</strong> Proficiência em Inglês na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina<br />

Costa, BEP 11<br />

Salerno, MR 11<br />

Monteiro, CC 11<br />

Antonello, ICF 11<br />

Lopes, MHI 11<br />

Introdução: O exame <strong>de</strong> proficiência em inglês é curricular na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina (FAMED/PUCRS) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005, e <strong>de</strong>ve ser<br />

realizado até o oitavo semestre do curso. Esta prova é oferecida pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras da PUCRS duas vezes por ano,sendo opção do<br />

aluno o momento da sua realização. Objetivos: correlacionar o período da realização da prova <strong>de</strong> proficiência com o seu respectivo <strong>de</strong>sempenho.<br />

Material e Métodos: Foi feito o levantamento do banco <strong>de</strong> dados da FAMED/PUCRS das seguintes variáveis: ano <strong>de</strong> ingresso<br />

na Faculda<strong>de</strong>, ano <strong>de</strong> realização da prova <strong>de</strong> proficiência e <strong>de</strong>sempenho nas provas <strong>de</strong> proficiência realizadas em 2005/II, 2006/I e<br />

2006/II. Os dados foram numerados sequencialmente para preservar a i<strong>de</strong>ntificação dos alunos. Aanálise estatística incluiu a <strong>de</strong>scrição<br />

10 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

11 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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da amostra e teste <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson. Resultados: A análise dos dados mostrou que no período <strong>de</strong> 2005/II a 2006/II, 137 alunos<br />

foram aprovados no exame <strong>de</strong> proficiência. Verificou-se que apenas 1% (n=10) dos alunos preferiu realizar o exame no mesmo ano <strong>de</strong><br />

ingresso na Universida<strong>de</strong>. Os <strong>de</strong>mais acadêmicos optaram por outros períodos após o ingresso no curso: 62% (n=85) realizaram em 1<br />

ano, 21% (n=29) em 2 anos e 1% (n=13) em 3 anos. As médias (+ <strong>de</strong>svio padrão) do <strong>de</strong>sempenho no teste foram 98,5+3,4, 93,1+7,5;<br />

85,8+10,7; 88,8+6,7, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ingresso no curso até a escolha do último ano <strong>de</strong> prazo para realizar o exame. Acorrelação entre o <strong>de</strong>sempenho<br />

e tempo <strong>de</strong> aca<strong>de</strong>mia foi r=-0,34. Conclusão: A preferência dos acadêmicos da FAMED/PUCRS pela realização da prova <strong>de</strong> proficiência<br />

foi no segundo ano da faculda<strong>de</strong>. O <strong>de</strong>sempenho dos alunos foi influenciado pelo tempo, <strong>de</strong>notando que o preparo pré-acadêmico<br />

<strong>de</strong> inglês na FAMED/PUCRS é fundamental para o bom <strong>de</strong>sempenho na prova <strong>de</strong> proficiência.<br />

Avaliação do Impacto da Introdução à Patologia no Estímulo do Estudo da Histologia<br />

Botelho, KP 12<br />

Nunes, NG 12<br />

Vale, JS 12<br />

Fontenele, NKP 12<br />

Justa, GCG 12<br />

Leitão, RFC 12<br />

Introdução: disciplinas básicas, geralmente, ten<strong>de</strong>m a não ser priorizadas pelos alunos. Cabe aos docentes e monitores mostrar,<br />

<strong>de</strong> forma prática, a sua relevância para o futuro profissional, instigando o interesse dos estudantes e, conseqüentemente, o melhor aproveitamento<br />

<strong>de</strong>ssas disciplinas. Objetivos: avaliar se a importância atribuída ao estudo da Histologia pelos alunos do segundo semestre<br />

<strong>de</strong> Medicina foi alterada após uma aula <strong>de</strong> introdução à Patologia. Buscou-se observar, ainda, se a aula motivou o aprendizado <strong>de</strong> Histologia,<br />

além <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as causas para a eventual mudança <strong>de</strong> interesse. Métodos: uma aula introdutória <strong>de</strong> Patologia foi ministrada<br />

a quarenta e um alunos do curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará por meio <strong>de</strong> projeção e análise <strong>de</strong> lâminas histopatológicas.<br />

Após a aula, um questionário foi respondido pelos alunos, buscando avaliar o interesse e a importância atribuida à Histologia antes<br />

e após a aula. Resultados: os alunos apontaram inicialmente (antes da aula) as seguintes causas para o interesse na disciplina <strong>de</strong> Histologia:<br />

aplicação prática (46,3%); interesse pela monitoria (41,5%); a não-complexida<strong>de</strong> do assunto (34,1%) e contribuição da disciplina<br />

na aprovação por média (21,9%). Nenhum aluno relatou falta <strong>de</strong> interesse. Após a aula, o percentual <strong>de</strong> 56,4% dos alunos relatou maior<br />

interesse em estudar Histologia, por motivos diversos, como a percepção <strong>de</strong> uma aplicação mais prática dos conhecimentos (95,4%) e à<br />

perspectiva <strong>de</strong> uma melhor base patológica (36,4%). Os alunos que não relataram alteração do interesse pela Histologia justificaram que<br />

sempre o tiveram ou que somente uma aula não foi suficiente para alterá-lo. Quanto ao grau <strong>de</strong> importância concedida à disciplina, a<br />

média aumentou <strong>de</strong> 3,8 para 4,3, em uma escala <strong>de</strong> 1 a 5. Conclusões: a aula auxiliou na percepção <strong>de</strong> uma aplicabilida<strong>de</strong> prática dos conhecimentos<br />

<strong>de</strong> Histologia, resultando na sua valorização, o que reflete em um melhor aproveitamento da disciplina.<br />

Análise Histopatológica: Avaliação dos Conhecimentos Básicos <strong>de</strong> Histologia para Análise<br />

Histopatológica<br />

Vale, JS 13<br />

Botelho, KP 13<br />

Nunes, NG 13<br />

Araújo, GS 13<br />

Justa, GCG 13<br />

Leitão, RFC 13<br />

Introdução: o estudo prático da Patologia requer conhecimentos prévios da histologia normal <strong>de</strong> modo a <strong>de</strong> estabelecer diferenças<br />

entre o normal e o patológico. Objetivos: avaliar se o conhecimento <strong>de</strong> histologia dos alunos do segundo semestre <strong>de</strong> Medicina permite<br />

a i<strong>de</strong>ntificação, através da microscopia, <strong>de</strong> alterações histopatológicas em diversos tecidos e órgãos. Com isso, preten<strong>de</strong>-se analisar<br />

se o aprendizado <strong>de</strong>ssa disciplina chave foi suficiente para um bom aprendizado futuro <strong>de</strong>sses alunos em diferentes áreas do estudo<br />

12 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

13 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


que requerem conhecimentos prévios <strong>de</strong> Histologia, no caso a Patologia. Métodos: por já terem estudado o conteúdo completo <strong>de</strong> Histologia<br />

da gra<strong>de</strong> curricular da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, quarenta alunos do segundo semestre da referida instituição foram submetidos<br />

a um teste prático, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>veriam respon<strong>de</strong>r sete questões objetivas, cada uma com quatro alternativas <strong>de</strong> resposta, sobre uma<br />

lâmina histopatológica que foi projetada. Resultados: o percentual <strong>de</strong> 2,5% dos alunos acertou 2 questões; 10% acertou 3 questões; enquanto<br />

17,5%, 22,5%, 40%, e 7,5% acertou respectivamente 4, 5, 6 e 7 questões. A maioria das questões apresentou alto índice <strong>de</strong> acerto,<br />

variando entre 47,5% a 95%, com uma distribuição heterogênea das alternativas marcadas. Em uma questão específica, porém, abordando<br />

um fígado com esteatose, todas as opções foram marcadas com uma distribuição homogênea: 22,5% marcaram pulmão como órgão<br />

i<strong>de</strong>ntificado; 12,5%, paratireói<strong>de</strong>; 37,5%, fígado; 25%, glândula sublingual; e 2,5% não respon<strong>de</strong>ram. Conclusões: o resultado geral<br />

do teste foi satisfatório, tendo em vista que 70% dos alunos acertaram cinco questões, no mínimo. O presente estudo conclui, portanto,<br />

que o conhecimento <strong>de</strong> Histologia dos alunos avaliados foi suficiente para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> lâminas com alterações histopatológicas, valorizando<br />

o estudo da Histologia como pré-requisito para o estudo da Patologia.<br />

Percepção <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina Sobre o Ensino-Aprendizagem da Relação<br />

Médico-Paciente Antes e Depois da Reforma Curricular<br />

Stock, FS 14<br />

Sisson, MC 14<br />

Grosseman, S 14<br />

Ramos, AP 14<br />

Brelinger, AF 14<br />

Introdução: a relação médico-paciente é fundamental para formação médica. Em 2003, a Universida<strong>de</strong> “X” implantou um novo<br />

currículo para o curso <strong>de</strong> graduação e Medicina, <strong>de</strong> acordo com as novas diretrizes curriculares nacionais. Entre habilida<strong>de</strong>s e competências<br />

a serem adquiridas, é priorizada uma relação médico-paciente <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Objetivo: avaliar a percepção <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> Medicina<br />

da Universida<strong>de</strong> “X” sobre o ensino-aprendizagem da relação médico-paciente antes e <strong>de</strong>pois da reforma curricular. Métodos:<br />

Através <strong>de</strong> abordagem qualitativa realizaram-se entrevistas semi-estruturadas com 25 acadêmicos da 12ª fase <strong>de</strong> 2008, selecionados<br />

aleatoriamente. Os resultados finais foram comparados a estudo semelhante realizado com estudantes do antigo currículo em 2005. Resultados:<br />

a avaliação mostrou que a as práticas envolvendo a relação médico-paciente em Unida<strong>de</strong>s Locais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do SUS foi <strong>de</strong>terminante<br />

para o aprendizado no novo currículo. Enquanto no grupo <strong>de</strong> 2005 houve sugestão <strong>de</strong> contato precoce com pacientes e comunida<strong>de</strong><br />

para melhorar o ensino da relação, no grupo <strong>de</strong> 2008 <strong>de</strong>stacou-se a sugestão <strong>de</strong> maior supervisão <strong>de</strong>sta interação durante o curso<br />

e compartilhamento <strong>de</strong> experiências. Em ambos os recortes a percepção sobre a relação médico-paciente e sua aprendizagem foi semelhante:<br />

todos perceberam sua importância, consi<strong>de</strong>rando fundamentais atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empatia, respeito, não julgamento, escuta do paciente<br />

e uso <strong>de</strong> linguagem acessível; em ambos, há dificulda<strong>de</strong>s na interação com pacientes com doenças graves, incuráveis ou terminais<br />

e na emergência; e os fatores/contextos consi<strong>de</strong>rados mais importantes para sua aprendizagem foram adquiridos através <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los,<br />

atendimentos cotidianos e educação familiar. Conclusões: ainda que a aprendizagem da relação médico-paciente possa ser melhorada,<br />

os estágios na ULS a potencializaram, representando um avanço conquistado através da reforma curricular.<br />

14 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A Utilização do Mini-Cex (Mini-clinical Evaluation Exercise) como Método <strong>de</strong> Avaliação<br />

Formativa Para Internos do Serviço <strong>de</strong> Gastroenterologia do Hospital Universitário<br />

Walter Cantídio da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará<br />

Me<strong>de</strong>iros, MTG 15<br />

Pinheiro, VGF 15<br />

Lima, JMC 15<br />

Introdução: O Mini CEX é um método para avaliação que oferece um feed-back imediato para o aluno. Sua realização no ambiente <strong>de</strong><br />

ambulatório ou enfermaria favorece sua aplicação no internato. Objetivos: Analisar o Mini-CEX na avaliação <strong>de</strong> internos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina da UFC. Verificar a evolução profissional dos internos do Serviço <strong>de</strong> Gastroenterologia do Hospital Universitário Walter Cantídio<br />

(HUWC) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará. Métodos: Avaliamos 21 internos nos meses <strong>de</strong> março até junho/<strong>2009</strong>, no início e no final do mês<br />

<strong>de</strong> estágio no Serviço <strong>de</strong> Gastroenterologia. Utilizamos as enfermarias e os ambulatórios para as observações. Cada uma <strong>de</strong>las durou entre 15<br />

e 20 minutos. Estudamos os seguintes itens: habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrevistar (comunicação); habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar ectoscopia; habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar<br />

exame físico abdominal; habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferecer orientações; profissionalismo/qualida<strong>de</strong>s humanísticas. Previamente, todos foram esclarecidos<br />

quanto ao método e itens em estudo. Os dados foram apresentados como média ± <strong>de</strong>svio padrão. Utilizamos o Teste <strong>de</strong> Wilcoxon. Resultados:<br />

O Mini-CEX mostrou-se um método viável, <strong>de</strong> fácil execução e capaz <strong>de</strong> avaliar a evolução dos internos, que foi principalmente notada<br />

quanto às variáveis: habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrevistar (6,3±0,9 v 7,4±0,9; p=0,002; n=21) e profissionalismo/humanismo (7,1±0,8 v 7,6±0,8;<br />

p=0,067;n=21), observadas no início e final do estágio, respectivamente. Quanto às habilida<strong>de</strong>s relacionadas à ectoscopia (5,2±1,6 v 5,7±1,6;<br />

p=0,266; n=21), exame físico abdominal (6,2±1 v 6,5±0,7; p=0,167; n=21) e orientações (5,1±1,9, n=16 v 5,8±2; n=8; p=0,875), não observou-se<br />

diferença estatisticamente significante ao final do estágio. O Mini-CEX é válido para apontar e corrigir falhas na execução do atendimento <strong>de</strong><br />

pacientes por oferecer um feed-back imediato ao aluno. Conclusões: O Mini-CEX po<strong>de</strong> ser útil na avaliação <strong>de</strong> internos em Serviço. Aampliação<br />

da amostra e a propagação do método para outros Serviços certamente facilitará o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias para aperfeiçoamento<br />

do profissionalismo dos alunos no internato.<br />

Sonolência Excessiva em Estudantes <strong>de</strong> Medicina da UFAM<br />

Tupinambá, LF 16<br />

Carvalho, FP 16<br />

Pereira, RE 16<br />

Oliveira, MCL 16<br />

Almeida, RA 16<br />

Elami<strong>de</strong>, BC 16<br />

Introdução: Sonolência excessiva é <strong>de</strong>finida como uma propensão aumentada ao sono e é causa <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> automóvel e diminuição<br />

no rendimento acadêmico. Motoristas, trabalhadores da área médica, <strong>de</strong>ntre estes, estudantes <strong>de</strong> Medicina são os mais afetados<br />

por esse transtorno. Um método bastante simples para analisar o grau <strong>de</strong> sonolência é a escala <strong>de</strong> sonolência <strong>de</strong> Epworth (ESE), criada<br />

em 1991 por Murray W. Johns , do Hospital Epworth na Austrália. É um questionário simples que avalia a chance <strong>de</strong> adormecer em<br />

diversas situações, fornecendo um escore final que indica o grau <strong>de</strong> sonolência do avaliado. Objetivos: Verificar a prevalência <strong>de</strong>sse<br />

transtorno em estudantes <strong>de</strong> Medicina da UFAM, comparar se há diferença entre sexos e nível <strong>de</strong> graduação e correlacionar com estudos<br />

semelhantes <strong>de</strong> outras instituições. Métodos: A ESE foi aplicada em 83 estudantes do 1º ao 3º ano do curso <strong>de</strong> Medicina e os dados<br />

foram analisados e serão <strong>de</strong>scritos nos resultados a seguir. RESULTADOS: Dos 83 participantes da pesquisa, 26 (31,2%) apresentaram<br />

escore acima <strong>de</strong> 10, o que configura sonolência excessiva que <strong>de</strong>ve ser investigada. 20 estudantes do sexo feminino (40,8%) tinham o escore<br />

maior que 10. 6 estudantes do sexo masculino (17,6%) tinham escore que ultrapassava 10. Quanto ao nível <strong>de</strong> graduação, 8 estudantes<br />

(24,7%) estavam no 1º ano, 8 (32%) no 2º e 10 (28%) no 3º. Conclusões: A prevalência <strong>de</strong> sonolência excessiva nessa população é <strong>de</strong><br />

31,2%. Foi encontrada maior prevalência entre as estudantes do sexo feminino, em comparação aos do sexo masculino. A maioria dos<br />

avaliados <strong>de</strong>clarou estudar <strong>de</strong> madrugada pelo menos uma vez por semana. Foi encontrada pequena diferença entre os estudantes ingressantes<br />

e os mais avançados no curso, on<strong>de</strong> maior prevalência foi entre os do 3º ano, confirmando a idéia generalizada <strong>de</strong> que a <strong>de</strong>manda<br />

acadêmica aumenta no <strong>de</strong>correr dos anos.<br />

15 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

16 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Prevalência <strong>de</strong> Hiperidrose nos Alunos <strong>de</strong> Medicina da UFAM<br />

Padilha, R17 Carvalho, BCN17 Westphal, DC17 Tomaz, GCS17 Melo, NC17 Fonseca, IG17 Introdução: A hiperidrose primária é uma doença benigna com prevalência <strong>de</strong> 1% no mundo oci<strong>de</strong>ntal, caracterizada pela excessiva<br />

produção <strong>de</strong> suor em uma ou mais regiões anatômicas do organismo como palmar, plantar, axilar ou facial; com uma incidência<br />

hereditária em 13 a 57% dos casos tanto quanto como uma reação às alterações climáticas e ao estresse. Manaus é uma cida<strong>de</strong> localizada<br />

a 2° abaixo da linha do Equador e tem clima equatorial, umida<strong>de</strong> relativa entre 80 e 90% o ano todo, chegando a atingir médias climáticas<br />

<strong>de</strong> 34°C no mês <strong>de</strong> junho. Objetivo: Avaliar a prevalência <strong>de</strong> Hiperidrose nos alunos do Curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

do Amazonas - UFAM. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo observacional do tipo coorte que analisou a prevalência <strong>de</strong> Hiperidrose<br />

nos alunos do Curso <strong>de</strong> medicina da UFAM. O questionário continha perguntas sobre a sudorese do estudante e nos casos que<br />

essa era pouco tolerável ou intolerável foi diagnosticada a hiperidrose. Também foi coletado o peso e a altura para verificar a relação<br />

com o IMC. Nos alunos com a patologia foi aplicado um questionário para avaliar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida em relação à hiperidrose. Resultados:<br />

Foram analisados 293 alunos <strong>de</strong> Medicina do 1° ao 8° período. Em relação às respostas obtidas 5,5% dos alunos respon<strong>de</strong>ram que<br />

a sudorese era pouco tolerável ou intolerável e logo apresentam hiperidrose. Essa prevalência é maior que nos trabalhos analisados na<br />

literatura que varia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 0,6% até 2,8%. Não se achou relação com a evolução dos períodos da faculda<strong>de</strong> afastando assim a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aumentar com o estresse, consi<strong>de</strong>rando que quanto maior o período maior é o estresse. Conclusões: Aprevalência em Manaus foi<br />

bem maior que nos outros trabalhos comprovando a relação com o clima, embora não se fixou relação com o estresse da faculda<strong>de</strong>.<br />

Análise Discente da Didática Empregada na Disciplina <strong>de</strong> Anatomia Humana do Curso<br />

<strong>de</strong> Medicina da UFC<br />

Miranda, DPM18 Sucupira, DG18 Viana, RR18 Cruz, EA18 Ga<strong>de</strong>lha, MAD18 Moura, JRSA18 Introdução: A Anatomia Humana é, <strong>de</strong>ntre as disciplinas básicas, uma das que requer uma maior gama <strong>de</strong> recursos didáticos<br />

para que haja uma aprendizagem a<strong>de</strong>quada. Por ser uma matéria fundamentalmente <strong>de</strong>scritiva e que necessita <strong>de</strong> uma abordagem visual<br />

intensa das estruturas, apenas aulas teóricas não são suficientes. Por isso, vários métodos são utilizados nas diversas escolas médicas:<br />

aulas práticas com cadáveres, dissecação, multimídia, gincanas, etc. Objetivos: Neste estudo, procurou-se avaliar a forma como foi<br />

ensinada a Anatomia no curso <strong>de</strong> Medicina da UFC, tendo em vista os diversos métodos utilizados pelos alunos durante o processo <strong>de</strong><br />

aprendizagem. Métodos: Foram aplicados questionários com perguntas objetivas para 101 alunos do segundo ao quarto semestre do<br />

curso <strong>de</strong> Medicina. Nestes questionários havia, além <strong>de</strong> perguntas sobre o modo <strong>de</strong> ensino, três perguntas referentes ao assunto estudado,<br />

sendo uma <strong>de</strong> nível fácil, outra <strong>de</strong> nível médio, e outra <strong>de</strong> nível difícil. Resultados: Após análise dos dados obtidos com o questionário,<br />

contatou-se que 69,5% dos alunos consi<strong>de</strong>ram o modo como a anatomia foi ensinada ineficaz, muitos <strong>de</strong>les justificando a resposta<br />

porque não tiveram dissecação (3º semestre), outros porque o modo como a teve foi ina<strong>de</strong>quado (2º e 4º semestres). Alem disso, 80,2%<br />

dos alunos consi<strong>de</strong>ram as peças utilizadas nas aulas práticas regulares ou ruins e praticamente todos (99%) acham que a baixa freqüência<br />

em que chegam cadáveres é prejudicial à aprendizagem, afetando tanto a dissecação quanto o preparo <strong>de</strong> peças. Ao se avaliar o resultado<br />

das perguntas sobre anatomia, viu-se que 73,3% acertaram a pergunta fácil, 60,4% acertaram a média e apenas 33,7% acertaram<br />

a difícil. Conclusões: Foi constatado que certos fatores, como a baixa disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cadáveres e a inexistência <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> dissecação<br />

estável e eficaz, prejudicam o ensino da anatomia e precisam ser revistos nas instituições <strong>de</strong>ficientes em tais fatores.<br />

17 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

18 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Monitoria como Forma <strong>de</strong> Melhorar a Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino<br />

Souza, CC 19<br />

Oliveira, EBL 19<br />

Introdução: A monitoria <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Clínicas e Atitu<strong>de</strong>s tem como propósito minimizar as dificulda<strong>de</strong>s no processo <strong>de</strong><br />

aprendizagem e ao mesmo tempo gerar oportunida<strong>de</strong>s para que alunos monitores exercitem outras formas <strong>de</strong> envolvimento acadêmico.<br />

O monitor tem como atribuições realizar treinamento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s clínicas, exame físico, procedimentos médicos, exames laboratoriais,<br />

técnicas <strong>de</strong> comunicação social e acesso aos meios contemporâneos <strong>de</strong> informação médica, bem como auxiliar os <strong>de</strong>mais colegas<br />

neste aprendizado. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo avaliar a efetivida<strong>de</strong> da monitoria <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s clínicas, a fim <strong>de</strong> constatar<br />

se houve melhoria nas avaliações teórico-práticas através do Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE). Metodologia: Após a<br />

realização dos OSCE, foi feita a comparação do <strong>de</strong>sempenho dos alunos no primeiro semestre <strong>de</strong> 2007 (sem monitoria) com o primeiro<br />

semestre <strong>de</strong> 2008 (com monitoria). A análise foi realizada através do banco <strong>de</strong> dados da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Clínicas e Morfofunção,<br />

consi<strong>de</strong>rando estações semelhantes avaliadas nesse período. As ativida<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>radas foram: Pressão arterial, Exame físico <strong>de</strong><br />

tórax, Microscopia e Raio x <strong>de</strong> tórax. Resultados: Antes da monitoria, foram consi<strong>de</strong>rados inaptos 21% dos alunos em pressão arterial;<br />

39% em exame físico <strong>de</strong> tórax; 50% em microscopia; e 29% em raio x <strong>de</strong> tórax. Após a monitoria esses valores foram <strong>de</strong> 7%, 14%, 28% e<br />

24%, respectivamente. Conclusão: Através da análise <strong>de</strong>scrita, observa-se que a monitoria <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Clínicas e Atitu<strong>de</strong>s é uma ótima<br />

ferramenta para apurar o conhecimento e melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino. Este contato mais próximo com os alunos possibilita um<br />

maior exercício prévio das habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s bem como um incentivo ao estudo individual. Isso contribui para que, ao ser avaliado,<br />

o aluno tenha maior segurança, <strong>de</strong>streza e êxito no seu <strong>de</strong>sempenho, possibilitando um aprimoramento da sua futura prática médica.<br />

Experiência da Osce em um Curso <strong>de</strong> Medicina da Bahia<br />

Souza, CC 20<br />

Oliveira, EBL 20<br />

Bastos, MC 20<br />

Introdução: O Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE) consiste em uma avaliação teórico-prática baseada na Pirâmi<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Miller, que contempla as diversas etapas do conhecimento: aprendizado, habilida<strong>de</strong>, simulação e ação, da base para o ápice respectivamente,<br />

sendo a OSCE o momento da simulação. Objetivos: Este mo<strong>de</strong>lo avaliativo tem o intuito <strong>de</strong> analisar o aprendizado dos alunos<br />

em um semestre letivo, consi<strong>de</strong>rando suas habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s frente a uma situação problema. Métodos: É um dos métodos <strong>de</strong> avaliação<br />

do módulo anual Habilida<strong>de</strong>s Clínicas e Atitu<strong>de</strong>s, parte da metodologia do Aprendizado Baseado em Problemas (PBL), que inclui<br />

também provas teóricas e análise da freqüência e participação dos alunos. A OSCE contém cinco diferentes estações nas quais um professor<br />

será responsável por preencher um check list padrão que contém tópicos específicos (objetivos e subjetivos) para cada ativida<strong>de</strong><br />

analisada. O estudante terá entre quatro e cinco minutos para cumprir a ativida<strong>de</strong> proposta e, ao final da atuação, será consi<strong>de</strong>rado apto<br />

ou inapto para tal procedimento. Resultados: Se consi<strong>de</strong>rado inapto, terá a chance <strong>de</strong> ser re-treinado e re-avaliado. Ao final <strong>de</strong> todo exame<br />

o aluno receberá 2,0 pontos por estação cumprida, 1,0 ponto nas tarefas consi<strong>de</strong>radas capaz após re-treinamento, e zero na ativida<strong>de</strong><br />

que não obteve aptidão, mesmo após re-treinamento. No total terá a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obter 10,00 pontos, se aprovado em todas as estações.<br />

Conclusões: Este método permite a união do saber teórico-prático e a atuação em momentos <strong>de</strong> adversida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes do estresse<br />

emocional simulando um atendimento clínico. Atualmente, tem-se a tendência em observar atitu<strong>de</strong>s, relação médico-paciente e<br />

ética médica, em associação ao saber técnico. A OSCE é, portanto, um modo <strong>de</strong> fixar o conhecimento, algo que há muito já havia sido<br />

pensado e referido por Confúcio: “Ouço e esqueço. Vejo e recordo. Faço e aprendo”.<br />

19 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana, Feira <strong>de</strong> Santana, BA, Brasil.<br />

20 Universida<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong> feira <strong>de</strong> santana, feira <strong>de</strong> santana, ba, brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Avaliação do Ensino Oferecido e do Aprendizado Referido Por Alunos da Estratégia<br />

Habilida<strong>de</strong>s Médicas do Curso <strong>de</strong> Medicina Dda Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza – UNIFOR<br />

Barros, FC 21<br />

Porto, RM 21<br />

Valente, BP 21<br />

Fernan<strong>de</strong>s, CR 21<br />

Introdução: Na vanguarda do ensino médico, o módulo <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s médicas da UNIFOR objetiva <strong>de</strong>senvolver habilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> semiologia, procedimentos médicos, habilida<strong>de</strong>s em laboratório clínico, comunicação, informática e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver problemas.<br />

Busca constantemente avaliar o aprendizado dos alunos, num processo crítico e construtivo. Objetivo: Correlacionar a qualida<strong>de</strong><br />

do ensino teórico e prático oferecido no módulo <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Médicas do segundo semestre do curso <strong>de</strong> medicina da UNIFOR com o<br />

aprendizado dos alunos, segundo auto-avaliação dos discentes. Método: Aplicação <strong>de</strong> questionário aos discentes do segundo semestre,<br />

em junho-<strong>2009</strong>, ao final do módulo Habilida<strong>de</strong>s Médicas, com perguntas fechadas sobre o ensino teórico e prático oferecido, com<br />

pontuação <strong>de</strong> 1-5 (1=Fraco, 2=Insuficiente, 3=Regular, 4=Bom e 5=Excelente), e sobre o auto-aprendizado referido,(1=Não tenho conhecimento<br />

teórico sobre o assunto, 2=Tenho apenas conhecimento teórico, 3=Tenho conhecimento e já vi fazer, 4=sou capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar<br />

em manequim e 5=sou capaz <strong>de</strong> fazer no paciente). Entrada e análise <strong>de</strong> dados EpiInfo 3.5.1. Resultados: 42 alunos respon<strong>de</strong>ram<br />

o questionário. Entre os conteúdos ministrados o eletrocardiograma, cujo ensino foi avaliado entre regular e bom (média das aulas<br />

téoricas=3,7, média das aulas práticas=3,8), foi o que gerou menor aprendizado referido (média=3,5). Já o conteúdo paramentação cirúrgica<br />

completa, cujo ensino foi referido como ótimo (média das aulas teóricas=4,7, média das aulas práticas=4,7), foi o que gerou o<br />

maior aprendizado (média=4,8). Hemograma e leucograma apresentaram avaliações <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> aprendizagem com maior disparida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> médias, com boas médias <strong>de</strong> avaliações nas aulas teóricas, 4,3 e 4,2 respectivamente, porém com regulares médias <strong>de</strong> aprendizado,<br />

3,6 e 3,6 respectivamente. Vale ressaltar que não foram ministradas aulas práticas nestes dois assuntos. Conclusão: Avaliações são<br />

sempre importantes para <strong>de</strong>tectar pontos que necessitam <strong>de</strong> melhorias. O presente estudo reforça a idéia, na educação médica, <strong>de</strong> que<br />

conteúdos teóricos aliados a uma boa prática é motivadora do aprendizado.<br />

Relação Entre as Condições <strong>de</strong> Atuação do Monitor e o Processo Ensino-Aprendizagem da<br />

Anatomia<br />

Cruz, EA 22<br />

Catunda, JF 22<br />

Duarte, IC 22<br />

Ga<strong>de</strong>lha, MAD 22<br />

Sucupira, DG 22<br />

Moura, JRSA 22<br />

Introdução: os monitores são fundamentais no ensino da Anatomia, pois auxiliam os professores nas aulas práticas, mostrando<br />

aos alunos as estruturas anatômicas <strong>de</strong> maior relevância para a prática médica e orientando o seu estudo. Além disso, têm <strong>de</strong> dissecar,<br />

preparando peças para essas aulas. Entretanto, as condições em que atuam nem sempre são as i<strong>de</strong>ais para que realizem melhor essas<br />

funções. Objetivos: avaliar se as condições <strong>de</strong> atuação dos monitores são a<strong>de</strong>quadas, analisar os riscos aos quais eles estão submetidos e<br />

<strong>de</strong> que forma isso influencia no processo ensino-aprendizagem da Anatomia. Além disso, verificar se o tempo <strong>de</strong>dicado à monitoria<br />

prejudica o monitor em outras disciplinas da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina. Métodos: foram aplicados questionários com perguntas objetivas<br />

aos 14 monitores <strong>de</strong> Anatomia. Resultados: os monitores foram unânimes em afirmar que a monitoria <strong>de</strong> Anatomia é exigente, tendo<br />

71,42% <strong>de</strong>les pelo menos duas ativida<strong>de</strong>s por semana; além disso, 92,85% <strong>de</strong>les sempre ou geralmente estudam antes <strong>de</strong> ministrar as<br />

aulas, enquanto que 7,15% afirmaram que gostariam, mas não têm tempo. Em relação às outras disciplinas da faculda<strong>de</strong>, 78,57% disseram<br />

que negligenciavam uma ou outra, enquanto 7,15% se sentiam muito prejudicados. Em relação às condições <strong>de</strong> atuação, o que mais<br />

21 universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fortaleza, fortaleza, ce, brasil.<br />

22 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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os incomodava era a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma a<strong>de</strong>quada ergonomia (42,86%), seguida do vapor <strong>de</strong> formol e do calor (28,57% cada).<br />

35,71% julgaram estar submetidos a alto nível <strong>de</strong> estresse. Eles foram novamente unânimes em afirmar que essas condições <strong>de</strong> atuação<br />

prejudicam o ensino da Anatomia. Apesar <strong>de</strong>sses resultados, 85,7% dos monitores afirmaram estar satisfeitos/motivados em relação à<br />

monitoria. Conclusão: as condições <strong>de</strong> atuação dos monitores <strong>de</strong> Anatomia, portanto, não são tão a<strong>de</strong>quadas, estando eles submetidos<br />

a riscos <strong>de</strong> diversas naturezas, prejudicando o processo ensino-aprendizagem da Anatomia e influenciando negativamente no tempo<br />

<strong>de</strong>dicado pelos monitores a outras disciplinas da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina.<br />

Avaliação no Internato Médico: Construção <strong>de</strong> Instrumentos Baseados em Objetivos <strong>de</strong><br />

Aprendizagem<br />

Miranda, SM 23<br />

Rosa, MI 23<br />

Introdução: O internato médico (IM) representa em torno <strong>de</strong> 35% do tempo <strong>de</strong>dicado a formação <strong>de</strong> um médico para a aquisição<br />

das competências clínicas (conhecimento, habilida<strong>de</strong>s técnicas e <strong>de</strong> comunicação, empatia, propedêutica e raciocínio clínico) para o<br />

exercício profissional que corresponda as necessida<strong>de</strong>s da atual socieda<strong>de</strong>. O acompanhamento do estudante através <strong>de</strong> avaliações que<br />

permitam um feedback das suas reais competências <strong>de</strong>veriam receber alta priorida<strong>de</strong> no ensino médico, com <strong>de</strong>staque na aprendizagem<br />

em serviço. No IM a avaliação é da verda<strong>de</strong>ira prática médica, nível <strong>de</strong> “fazer” necessitando <strong>de</strong> uma observação direta dificultada<br />

pela diversificação <strong>de</strong> cenários e o envolvimento <strong>de</strong> inúmeros profissionais. Objetivo e metodologia: este relato <strong>de</strong> caso <strong>de</strong>screve construção<br />

e aplicação <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> avaliação que permitam avaliar as competências clínicas dos estudantes no IM segundo os objetivos<br />

<strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> cada ativida<strong>de</strong> especifica com o objetivo <strong>de</strong> auxiliar o professor focar nas ativida<strong>de</strong>s especificas, aumentar a<br />

acurácia, oferecer elementos objetivos para oferecer um feedback ao aluno e gerar uma nota para o sistema acadêmico. Resultados: Os<br />

instrumentos foram aplicados na 10ª fase, nas diversas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pediatria, puericultura e saú<strong>de</strong> coletiva <strong>de</strong>s<strong>de</strong> primeiro semestre<br />

<strong>de</strong> 2008 sofrendo algumas modificações para a<strong>de</strong>quação entre o i<strong>de</strong>al e o prático e na busca <strong>de</strong> maior valida<strong>de</strong> e confiabilida<strong>de</strong>. As dificulda<strong>de</strong>s<br />

encontradas foram: <strong>de</strong>cisão do padrão mínimo aceitável e homogeneização dos critérios para geração das notas. Conclusão e<br />

tendências: permitiu uma abordagem mais homogênea e transparente dos critérios da avaliação clínica com uma recuperação da credibilida<strong>de</strong><br />

do processo avaliativo. Há problemas e não são poucos que <strong>de</strong>verão se converter em fonte motivadora para a superação dos<br />

mesmos, pois é um <strong>de</strong>safio para os próximos estudos a serem <strong>de</strong>senvolvidos.<br />

Avaliação do Encontro Clínico no Mo<strong>de</strong>lo Biopsicossocial<br />

Carvalho, GS 24<br />

Carvalho, IGM 24<br />

Chaves, SM 25<br />

Porto, CC 25<br />

Introdução: A postura filosófica que orienta os projetos dos cursosmédicos,osenfoquespedagógicos,asmatrizescurriculares<br />

inter e transdisciplinares e as exigências da própria socieda<strong>de</strong> articulam as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino-aprendizagem com as práticas sociais.<br />

Há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualificar profissionais comprometidos com a dinâmica social ao compreen<strong>de</strong>r o indivíduo, no processo saú<strong>de</strong>-doença,<br />

<strong>de</strong> forma holística e multifacetária, cuja avaliação <strong>de</strong>ve ser processual, dinâmica e retroalimentadora das propostas político pedagógicas.<br />

Objetivo: Quantificar o encontro clínico no mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial utilizando a autopercepção dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás (UCG). Métodos: Pesquisa quantitativa, longitudinal e prospectiva, com a elaboração <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> avaliação e aplicação <strong>de</strong>ste instrumento para mensurar os conhecimentos, as habilida<strong>de</strong>s e as atitu<strong>de</strong>s relacionadas à arte do encontro<br />

clínico no mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial em uma turma <strong>de</strong> medicina da UCG. O propósito é nortear as potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento e<br />

aperfeiçoamento <strong>de</strong>sta relação, utilizando um diagrama <strong>de</strong> progressão e <strong>de</strong> cores (adaptado <strong>de</strong> Lampert, 2002, 2006). Os parâmetros<br />

23 U niversida<strong>de</strong> do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, Brasil.<br />

24 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

25 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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<strong>de</strong>ste instrumento compreen<strong>de</strong>m 5 dimensões, 18 facetas e 4 graus para cada faceta (totalizando 72 indicadores), <strong>de</strong>terminando um diagrama<br />

<strong>de</strong>nominado “Instrumento <strong>de</strong> Autopercepção do Encontro Clínico no Mo<strong>de</strong>lo Biopsicossocial”. Resultados: O instrumento proposto<br />

foi aplicado em uma amostra <strong>de</strong> 45 acadêmicos <strong>de</strong> medicina da UCG em dois momentos distintos da formação profissional, com<br />

a construção <strong>de</strong> 45 discos contemplando as dimensões biomédica, cognitiva, ecossistêmica, psicológica e bioética. Por meio <strong>de</strong>ste instrumento,<br />

as diferentes dimensões que compõem uma relação acadêmico-paciente foram avaliadas e quantificadas. Conclusões: Utilizando<br />

o processo crítico e reflexivo dos resultados do encontro clínico, a percepção do mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial na formação médica foi<br />

exposta <strong>de</strong> forma visual, colorida e quantificada, com a <strong>de</strong>finição das dimensões a serem aperfeiçoadas e/ou melhoradas na arte do encontro<br />

clínico, utilizando as estratégias das metodologias problematizadoras.<br />

Sono e Rendimento Acadêmico <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> uma Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

Melo, IFS 26<br />

Ferreira, BRS 26<br />

Souza, RM 26<br />

Garcia, AVV 26<br />

Muniz, AV 26<br />

Mota, TCT 26<br />

Introdução: Alguns estudos <strong>de</strong>monstraram que os processos <strong>de</strong> memorização e <strong>de</strong> raciocínio lógico po<strong>de</strong>m estar comprometidos se<br />

houver privação <strong>de</strong> sono ou mesmo um sono <strong>de</strong> má qualida<strong>de</strong>, pois informações aprendidas são mais eficientemente memorizadas após um<br />

período a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> sono. Objetivos: Avaliar o padrão <strong>de</strong> sono <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral, relacionando com o<br />

<strong>de</strong>sempenho acadêmico. Metodologia: Estudo <strong>de</strong> corte transversal realizado em uma Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral com 179 estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

do 1º, 2º, 3º e 6º semestres. Foram aplicados questionários do tipo auto-administrado no período <strong>de</strong> 14 a 27 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2008 em sala <strong>de</strong> aula. Os<br />

dados obtidos foram entrecruzados e classificados utilizando os programas Excel versão 2003 e Epi Info versão 3.4.3. Resultados: Amédia <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong> foi 20,48 anos e 55,9% eram homens. Dos entrevistados que acham seu sono insuficiente (SI) 42,74% já ficaram <strong>de</strong> Avaliação Final (AF)<br />

enquanto apenas 26,08% dos que acham o sono suficiente (SS) ficaram <strong>de</strong> AF. Dos primeiros, apenas 29,60% têm uma boa fixação da matéria<br />

sempre ou quase sempre. Os que apresentam SS 43,47% têm boa fixação da matéria sempre ou quase sempre. Dos que acham o SI 84,80%<br />

acham a carga horária do curso excessiva, enquanto os que apresentam o SS apenas 65,21% acham o mesmo. 68,0% dos entrevistados já per<strong>de</strong>ram<br />

aula porque estavam com sono e 58,19% <strong>de</strong>sses nunca ficaram <strong>de</strong> AF. Os que nunca per<strong>de</strong>ram aula porque estavam com sono, 75,0%<br />

nunca ficaram <strong>de</strong> AF. 10,7% dos entrevistados tomam algum remédio que influencia em seu sono. Conclusão: Com os resultados é possível<br />

notar a estreita relação entre o sono e o <strong>de</strong>sempenho acadêmico dos estudantes. Os que possuem SI apresentaram uma pior aprendizagem e<br />

ficaram mais <strong>de</strong> AF, além <strong>de</strong> estarem mais insatisfeitos com o curso.<br />

Avaliação Comparativa Entre a Utilização <strong>de</strong> Peças Anatômicas Glicerinadas e<br />

Formolizadas no Processo <strong>de</strong> Aprendizagem da Anatomia Humana na UFC<br />

Duarte, IC 27<br />

Catunda, JF 27<br />

Cruz, EB 27<br />

Viana, RR 27<br />

Miranda, DPM 27<br />

Ayres, JRM 27<br />

Introdução: O processo ensino-aprendizagem na Anatomia Humana requer a utilização <strong>de</strong> peças anatômicas. Com o objetivo<br />

<strong>de</strong> conservá-las, são utilizadas substâncias químicas, as quais po<strong>de</strong>m, no entanto, causar alterações nas estruturas ou serem irritantes,<br />

prejudicando o processo didático. Na universida<strong>de</strong> em que o estudo foi realizado, é utilizado predominantemente o formol, e recentemente<br />

tem se utilizado em algumas peças a glicerina como substância conservadora. Objetivo: Avaliar, sob a perspectiva discente, a uti-<br />

26 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará,. Fortaleza, CE, Brasil.<br />

27 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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lização da glicerina como substância conservadora <strong>de</strong> peças anatômicas em substituição ao formol. Métodos: Foi aplicado um questionário<br />

semi-estruturado a 83 alunos do primeiro e segundo semestres do curso <strong>de</strong> medicina no período <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Resultados:<br />

96,4% dos alunos consi<strong>de</strong>raram importante e fundamental a utilização <strong>de</strong> peças anatômicas para o seu aprendizado. 81,9% preferem<br />

utilizar peças glicerinadas a formolizadas. 84,3% dos alunos afirmaram que o vapor do formol é insuportável ou incomoda muito, em<br />

contraste,7,2% fizeram a mesma afirmação em relação à glicerina, o peróxido <strong>de</strong> hidrogênio é utilizado na técnica <strong>de</strong> glicerinação.79,5%<br />

afirmaram que as peças glicerinadas lhe permitem uma melhor i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> estruturas anatômicas. Conclusões: Apesar da pequena<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> peças glicerinadas, uma parcela significativa <strong>de</strong> alunos já prefere utilizá-las em seus estudos. Entre os principais motivos<br />

estão o forte cheiro do formol e a melhor i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> estruturas anatômicas em peças glicerinadas. Deste modo, conclui-se que,<br />

sob a ótica discente, a utilização <strong>de</strong> peças anatômicas glicerinadas é mais eficiente no processo <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

Prática Dissecatória e Anatomia: o Papel Que a Dissecação Desempenha na Assimilação<br />

<strong>de</strong> Conhecimentos Anatômicos<br />

Ferreira, BRS 28<br />

Ga<strong>de</strong>lha, MAD 28<br />

Torres, SM 28<br />

Miranda, DPM 28<br />

Oliveira, JL 28<br />

Moura, JRSA 28<br />

Introdução: Anatomia e dissecação são práticas quase indissociáveis. Contudo, ao longo dos anos, as faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina<br />

vêm separando essas duas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizado, tornando a prática dissecatória uma disciplina opcional no currículo do estudante<br />

<strong>de</strong> medicina. Esse fato vem prejudicando a assimilação <strong>de</strong> conhecimentos anatômicos por parte <strong>de</strong> estudantes que não dissecam.<br />

Objetivos: Avaliar a assimilação <strong>de</strong> conhecimentos básicos <strong>de</strong> anatomia humana por estudantes que já cursaram a disciplina <strong>de</strong> anatomia<br />

humana. Métodos: Aplicado questionário a 41 acadêmicos <strong>de</strong> Medicina cursando o 3º semestre, em Junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. O questionário<br />

possuía 20 questões divididas nos seguintes temas: tórax, abdome, pelve e cabeça e pescoço. Os estudantes foram divididos em dois<br />

grupos: grupo 1 (dissecou) e grupo 2 (não dissecou). Os dados obtidos foram entrecruzados e classificados, utilizando o programa Excel<br />

versão 2003 e Epi Info versão 6.04. Resultados: 41,5% dos entrevistados dissecaram e 58,5% não dissecaram. Amédia <strong>de</strong> acerto do grupo<br />

1 foi <strong>de</strong> 14,58 questões, enquanto a média do grupo 2 foi <strong>de</strong> 12,08. O número <strong>de</strong> acertos mais comum no grupo 1 foi 17 e 14 (17% cada),<br />

enquanto que o do grupo 2 foi 12 (29%). 41,2% dos integrantes do grupo 1 acertou acima <strong>de</strong> 16 questões e nenhum participante do grupo<br />

2 acertou acima <strong>de</strong> 16. Nenhum dos integrantes do grupo 1 acertou menos <strong>de</strong> 11 questões, enquanto 29,2% dos participantes do grupo 2<br />

acertaram menos <strong>de</strong> 11 questões. Conclusões: Po<strong>de</strong>-se perceber uma diferença significativa entre os estudantes que dissecaram e os que<br />

não dissecaram. A média <strong>de</strong> acertos foi maior no grupo que dissecou, assim como o número <strong>de</strong> acadêmicos que acertou mais questões.<br />

Portanto, po<strong>de</strong>mos concluir que a prática da dissecação contribuiu positivamente para assimilação do conhecimento anatômico.<br />

Relato <strong>de</strong> Experiência <strong>de</strong> Auto-Avaliação no Módulo <strong>de</strong> Desenvolvimento Pessoal e<br />

Profissional III – UFPE<br />

Lima, LCS 29<br />

Silva, EAF 29<br />

Melo, FM 29<br />

Rocha, JALB 29<br />

Santos, KB 29<br />

Chacon, OH 29<br />

Introdução: O módulo <strong>de</strong>senvolvimento pessoal e profissional III (DPP III) compõe o eixo humanístico do Curso Médico da<br />

UFPE e propõe uma avaliação discente mais abrangente que as <strong>de</strong>mais disciplinas. Objetivos: O módulo intenciona proporcionar aos<br />

alunos a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> refletirem sobre suas responsabilida<strong>de</strong>s como estudantes <strong>de</strong> medicina e futuros médicos, criando um ambi-<br />

28 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

29 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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ente propício ao compartilhamento <strong>de</strong> experiências com os colegas, também fomentando o senso crítico e a adoção <strong>de</strong> uma postura ética<br />

condizente com a área <strong>de</strong> atuação dos envolvidos. Método: Ao participarem do módulo DPPIII, os alunos do sétimo período do Curso<br />

Médico são avaliados através <strong>de</strong> um relatório pessoal baseado em uma vivência prática, <strong>de</strong> seminários com temas escolhidos pelo próprio<br />

grupo <strong>de</strong> alunos e da realização <strong>de</strong> uma auto-avaliação, na qual o aluno, após redigir um texto sobre o seu <strong>de</strong>sempenho durante o<br />

módulo, atribui a si mesmo uma nota que consi<strong>de</strong>re equivalente ao seu aproveitamento. Resultados: Observou-se uma maior i<strong>de</strong>ntificação<br />

dos alunos com a disciplina. Além <strong>de</strong> abordar temas <strong>de</strong> interesse próprio, o método oferece ao aluno a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mostrar<br />

seus anseios, medos e vivências <strong>de</strong> forma simples entre colegas, os quais compartilham experiências semelhantes sob a ótica <strong>de</strong> um professor<br />

que tem como papel apenas questionar e direcionar a discussão, fugindo dos métodos tradicionais <strong>de</strong> ensino. A<strong>de</strong>mais, o caráter<br />

auto-avaliativo da disciplina proporciona ao aluno um exercício <strong>de</strong> autocrítica e permite que ele seja, <strong>de</strong> fato, um sujeito natural no processo<br />

<strong>de</strong> construção <strong>de</strong> seu conhecimento, ética e maturida<strong>de</strong>. Conclusão: O método adotado no módulo é uma tentativa pedagógica <strong>de</strong><br />

sucesso que envolve uma abordagem multilateral, <strong>de</strong> forma a atribuir maior importância à subjetivida<strong>de</strong> na avaliação do aprendizado.<br />

Além disso, pela ampla aprovação do método pelos discentes, contribui para a consolidação do conhecimento <strong>de</strong> forma mais eficiente e<br />

dinâmica.<br />

Avaliação do Processo <strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem Através da Análise do Discurso do<br />

Sujeito Coletivo <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina<br />

Marinho, DRT 30<br />

Cavalcante, CC 30<br />

Bezerra, MES 30<br />

Assis, TAL 30<br />

Cavalcante, JK 30<br />

Introdução: O discurso do sujeito coletivo (DSC) configura-se como uma alternativa na atualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resgatar o pensamento coletivo<br />

<strong>de</strong> uma forma menos arbitrária. O presente trabalho foi realizado através da comparação do relato das experiências <strong>de</strong> estudantes<br />

do curso <strong>de</strong> medicina nas práticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> coletiva na comunida<strong>de</strong> Carminha, durante seus três primeiros períodos <strong>de</strong> curso. Objetivos:<br />

Comparar as práticas, experiências e aprendizagens, ocorridas entre o primeiro semestre <strong>de</strong> 2008 e o primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, no<br />

conjunto Carminha, Maceió/Alagoas através da análise do DSC. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa qualitativa com um grupo<br />

<strong>de</strong> vinte estudantes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas durante seus três primeiros períodos. O registro <strong>de</strong><br />

suas percepções foi feito a partir do instrumento diário <strong>de</strong> campo (IDC), ao final <strong>de</strong> cada prática, tendo posterior análise, reflexão e comparação<br />

entre os períodos. O IDC consistia em: pontos positivos e negativos, aspectos mais relevantes vivenciados, intervenções realizadas,<br />

intervenções sugeridas e observações adicionais. Foi utilizada uma amostra <strong>de</strong> 400 diários <strong>de</strong> campo no total, sistematizada pela<br />

técnica do DSC. Resultados: Como aspecto positivo foi notório a receptivida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>, sendo esta cada vez mais presente com<br />

a evolução dos semestres, o que <strong>de</strong>nota o maior vínculo que os estudantes criaram com a comunida<strong>de</strong>, havendo cada vez mais o reconhecimento<br />

da importância da ativida<strong>de</strong> inter e multidisciplinar dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na promoção da atenção básica. Como pontos<br />

negativos, presentes em todos semestres, os estudantes apontaram a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação da unida<strong>de</strong> com a universida<strong>de</strong> e<br />

a <strong>de</strong>sorganização dos agentes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, o que prejudicou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> algumas ativida<strong>de</strong>s. Conclusão: Visualizou-se uma<br />

aproximação crescente dos estudantes com a comunida<strong>de</strong>, possibilitando um melhor reconhecimento da realida<strong>de</strong> acerca do ambiente<br />

social da mesma. A comparação dos diários visou maximizar o aprendizado crítico-reflexivo das práticas <strong>de</strong>senvolvidas.<br />

30 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Análise do Discurso do Sujeito Coletivo como Instrumento <strong>de</strong> Avaliação em Práticas <strong>de</strong><br />

Educação em Saú<strong>de</strong><br />

Cavalcante, CC 31<br />

Marinho, DRT31<br />

Bezerra, MES31<br />

Cavalcante, HPA31<br />

Tavares, GMS31<br />

Cavalcante, AMV31<br />

Introdução: O Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) conforma um painel <strong>de</strong> representação social sob a forma <strong>de</strong> discurso que, busca<br />

resgatar o pensamento coletivo. O DSC tem <strong>de</strong>monstrado sua eficácia para o processamento e expressão das opiniões coletivas. Objetivos:<br />

Relatar as reflexões sobre práticas e aprendizagens na saú<strong>de</strong> coletiva, através da análise <strong>de</strong> diários <strong>de</strong> campos. Metodologia: O<br />

DSC foi realizado a partir <strong>de</strong> reflexões <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> vinte estudantes do 3º período da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFAL, divididos<br />

em dois grupos que se alternavam nas ativida<strong>de</strong>s educativas realizadas na unida<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (UBS) e escola da comunida<strong>de</strong>, durante<br />

o primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, no conjunto Carminha, Maceió/Alagoas. Suas percepções acerca <strong>de</strong> cada prática foram registradas<br />

no instrumento diário <strong>de</strong> campo (IDC), para posterior análise e reflexão sobre os fatos vivenciados, visando maximizar o aprendizado<br />

crítico-reflexivo nas ativida<strong>de</strong>s. O IDC consistia: pontos positivos e negativos, aspectos mais relevantes vivenciados, intervenções realizadas,<br />

sugeridas e observações adicionais. Foram analisados 140 diários. Resultados: Dentre os aspectos pertinentes na análise do discurso<br />

coletivo, <strong>de</strong>staca-se o conhecimento adquirido pelos estudantes durante a realização das ativida<strong>de</strong>s. Em relação aos conhecimentos<br />

técnicos, ressalta-se a familiarização do estudante com os prontuários e fichas <strong>de</strong> cadastro dos pacientes nos programas <strong>de</strong>senvolvidos<br />

pela UBS. Já os aspectos sociais referem-se ao contato dos estudantes com a comunida<strong>de</strong>, promovendo uma reflexão acerta dos moradores<br />

e as condições sócio-econômicas as quais eles estão submetidos. Conclusão: A partir da análise dos diários <strong>de</strong> campo, foi perceptível<br />

a importância das ativida<strong>de</strong>s práticas para o <strong>de</strong>senvolvimento pessoal e formação <strong>de</strong> uma visão crítica acerca da realida<strong>de</strong> social<br />

da comunida<strong>de</strong>. Dessa forma, esse contato é fundamental para que o aluno compreenda o contexto ao qual a comunida<strong>de</strong> está<br />

inserida e realize intervenções a<strong>de</strong>quadas.<br />

Métodos <strong>de</strong> Estudo e Aprendizagem Adotados Pelos Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas<br />

Priante, FC 32<br />

Pereira, RE 32<br />

Almeida, RA 32<br />

Silva, LFT 32<br />

Elami<strong>de</strong>, BC 32<br />

Oliveira, MCL 32<br />

Introdução: No <strong>de</strong>correr do curso <strong>de</strong> Medicina, torna-se necessária uma rotina <strong>de</strong> estudos para que o acadêmico consiga lidar<br />

com o gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> informações a que é exposto e que quase sempre é cobrado que aprenda e memorize. As avaliações na maioria<br />

das vezes pe<strong>de</strong>m não apenas a compreensão do conteúdo ministrado, mas também a memorização <strong>de</strong> informações e dados muito específicos,<br />

o que leva a maior parte dos acadêmicos a <strong>de</strong>senvolver hábitos próprios <strong>de</strong> estudo e aprendizagem para obter nota <strong>de</strong> aprovação.<br />

Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar hábitos e características das estratégias <strong>de</strong> estudo possivelmente adotadas pelos acadêmicos <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas (UFAM). Métodos: Estudo transversal realizado em junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong> com 200 acadêmicos <strong>de</strong> diferentes<br />

períodos, do primeiro ao nono período do curso, sendo este o último período antes do internato. Foi utilizado um questionário livremente<br />

elaborado pelos pesquisadores que avaliava aspectos quantitativos e qualitativos dos métodos <strong>de</strong> estudo pessoais em sete questões<br />

<strong>de</strong> múltipla escolha. De acordo com essas questões realizou-se a análise presente neste trabalho. Resultados: 90% dos estudantes<br />

31 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, Al, Brasil.<br />

32 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


preferem o estudo individual. Cerca <strong>de</strong> 40% relataram estudar mais <strong>de</strong> duas horas diariamente, os outros 60% estudam menos <strong>de</strong> duas<br />

horas por dia ou não estudam todos os dias. Para 45% o método <strong>de</strong> estudo adotado é a leitura simultânea à confecção <strong>de</strong> resumos. 55%<br />

afirmam que o mais importante é compreen<strong>de</strong>r o conteúdo, para 45% é a memorização. 60% dos estudantes preferem estudar em casa,<br />

os <strong>de</strong>mais estudam na biblioteca ou em outros lugares. 75% estudam pela bibliografia recomendada pelo professor. 65% costumam estudar<br />

três dias antes da realização das avaliações. Conclusões: Os estudantes pesquisados priorizam métodos que facilitem maior absorção<br />

do conteúdo. Observou-se também a valorização da memorização para obtenção <strong>de</strong> nota, mesmo sabendo-se da importância <strong>de</strong><br />

compreen<strong>de</strong>r o que é <strong>de</strong>corado.<br />

Auto-Avaliação do Aprendizado Pelo Discente e Avaliação Prática Pelo Docente na<br />

Estratégia Habilida<strong>de</strong>s Médicas do Curso <strong>de</strong> Medicina da UNIFOR<br />

Barros, F.C. 32<br />

Porto, R.M. 32<br />

Valente, B.P. 32<br />

Fernan<strong>de</strong>s, C.R. 32<br />

Introdução: O aprendizado é um processo complexo, soma novos elementos aos que já sabíamos antes. Estrutura-se mediante re<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> conexão que cada sujeito faz. Assim, os processos <strong>de</strong> avaliação são importantes para mensurar o grau <strong>de</strong> aprendizado. Objetivo: Correlacionar<br />

a auto-avaliação do aprendizado pelo discente e a avaliação prática efetuada pelo docente em alguns procedimentos na estratégia Habilida<strong>de</strong>s<br />

Médicas do curso <strong>de</strong> Medicina da UNIFOR. Método: Aplicação <strong>de</strong> questionário aos discentes do segundo semestre do curso <strong>de</strong> medicina<br />

da UNIFOR, em junho-<strong>2009</strong>, ao final do módulo Habilida<strong>de</strong>s Médicas, com perguntas fechadas sobre o auto-aprendizado em diversos<br />

assuntos, com as seguintes respostas (1=Não tenho conhecimento teórico sobre o assunto, 2=Tenho apenas conhecimento teórico, 3=Tenho<br />

conhecimento e já vi fazer, 4=sou capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar em manequim e 5=sou capaz <strong>de</strong> fazer no paciente). Avaliação prática dos mesmos alunos,<br />

pelo docente (<strong>de</strong>sempenho), <strong>de</strong> diversas habilida<strong>de</strong>s procedurais, com pontuação entre 0-5. Entrada e análise <strong>de</strong> dados EpiInfo 3.5.1 Resultados:<br />

Através do uso <strong>de</strong> um coeficiente próprio (C= Média da auto-avaliação/5 – <strong>de</strong>sempenho/5), que correlacionou os dados das duas<br />

faces do estudo (discente e docente), observou-se para a Punção venosa C=0,11704 (Média auto-avaliação=4,6, Desempenho=4,1), para Injeção<br />

parenteral intramuscular- C=0,08 (Média auto-avaliação=4,6, Desempenho=4,2), para Sutura simples-C =0,07193 (Média auto-avaliação=4,5,<br />

Desempenho=4,1), para Punção arterial para coleta <strong>de</strong> gasometria- C=0,04485 (Média auto-avaliação=4,1, Desempenho=3,9), e para<br />

Paramentação cirúrgica completa - C=-0,00176 (Média auto-avaliação=4,8, Desempenho=4,8). Conclusão: A paramentação cirúrgica,<br />

auto-avaliada como a <strong>de</strong> melhor aprendizagem foi também a <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>sempenho, com o melhor coeficiente aprendizagem-<strong>de</strong>sempenho.<br />

Já a Punção venosa, apesar <strong>de</strong> ter a segunda melhor auto-avaliação, apresentou o segundo pior <strong>de</strong>sempenho e o pior coeficiente aprendizagem-<strong>de</strong>sempenho.<br />

O presente estudo abre possibilida<strong>de</strong>s para futuras investigações sobre fatores que possam influenciar no <strong>de</strong>sempenho<br />

dos discentes relacionado as habilida<strong>de</strong>s médicas.<br />

Avaliando A Implantação do Exercício Prático Estruturado em Cuidado Coletivo<br />

Mazzoni, CJ 33<br />

Braccialli, LAD 33<br />

Moraes, MAA 33<br />

Costa, MCG 33<br />

Introdução: Aunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prática profissional 4 do Curso <strong>de</strong> Medicina visa à competência profissional nas áreas do cuidado individual,<br />

coletivo e <strong>de</strong> gestão, proporcionando intervenções necessárias para a integralida<strong>de</strong> do cuidado em consonância com as Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais. Para avaliar os <strong>de</strong>sempenhos esperados na área do cuidado coletivo, criou-se uma estação simulada no Exercício <strong>de</strong> Avaliação<br />

da Prática Profissional (EAPP). Objetivo: Analisar o resultado da implantação da avaliação do <strong>de</strong>sempenho na área do cuidado coletivo<br />

sob a ótica do professor e do estudante. Método: Análise qualitativa <strong>de</strong>scritiva <strong>de</strong> 18 instrumentos preenchidos pelos professores e 71 pelos<br />

estudantes, da 4ª série <strong>de</strong> medicina, em 2008, abordando fragilida<strong>de</strong>s e fortalezas em relação ao conteúdo, espaço físico e duração da estação.<br />

Resultados: Os professores apontam como fortalezas: articula o raciocínio clínico e epi<strong>de</strong>miológico e o cuidado individual com o coletivo; favorece<br />

a aproximação com situação pouco vivida; conteúdos relevantes e coerentes com a prática profissional, sendo esse último em concor-<br />

33 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


dância com a avaliação do estudante. O espaço físico e a duração da estação foram consi<strong>de</strong>rados a<strong>de</strong>quados pelos estudantes. Os professores<br />

apontam como fragilida<strong>de</strong>s a falta <strong>de</strong> clareza nas orientações das tarefas e sala mal ventilada. Para os estudantes o conteúdo da estação po<strong>de</strong>ria<br />

ser trabalhado no Laboratório <strong>de</strong> Prática Profissional; e a minoria prefere ser avaliado no cenário real, que a estação foi <strong>de</strong> memorização e<br />

que houve falha na orientação do estudante quanto à tarefa. Conclusões: Permitiu avaliar o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s em cuidado coletivo<br />

tanto no cenário real quanto no simulado. Sugere-se que as situações se aproximem mais da situação real, promovendo maior valida<strong>de</strong><br />

à estação e que as orientações em relação às tarefas sejem mais claras. A inclusão no processo avaliativo <strong>de</strong>ste conteúdo po<strong>de</strong>rá promover<br />

ações no programa para atingir a competência esperada.<br />

Avaliação <strong>de</strong> Atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina Frente ao Eixo <strong>de</strong> Comunicação na<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> – ESCS – Distrito Fe<strong>de</strong>ral<br />

Barbosa, ECH 34<br />

Deus, JA 34<br />

Andra<strong>de</strong>, SC 34<br />

Trinda<strong>de</strong>, EMV 34<br />

Introdução: a vivência acadêmica na Medicina é permeada por constantes avaliações quanto à aquisição <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadas<br />

no que tange à relação médico-paciente. Essa habilida<strong>de</strong> afetiva proporciona ao paciente maior autonomia para discutir sua condição,<br />

possibilitando a edificação <strong>de</strong> um vínculo profissional mais efetivo. AESCS propõe-se a agregar a noção <strong>de</strong> humanização à rotina <strong>de</strong> trabalho<br />

do futuro médico, ao possuir um currículo que valoriza a aquisição sólida <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s em comunicação. Objetivos: avaliar a aquisição<br />

<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s em comunicação dos discentes da ESCS ao longo da graduação. Criar subsídios teóricos e práticos para o aperfeiçoamento<br />

do eixo educacional <strong>de</strong> Comunicação. Metodologia: o grupo-alvo envolveu 25% dos estudantes do primeiro ao sexto ano da<br />

graduação, totalizando 120 alunos, selecionados por conveniência. O instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados constou <strong>de</strong> um questionário estruturado<br />

e validado, o qual foi aplicado na ESCS, ao final do ano letivo. O questionário se <strong>de</strong>teve aos seguintes tópicos: aspectos psicológicos<br />

e emocionais presentes em doenças orgânicas, situações relacionadas à morte, atenção primária à saú<strong>de</strong>, doença mental e contribuição<br />

do médico ao avanço científico da Medicina. Apesquisa foi financiada pelo CNPq. Resultados: a análise dos dados revelou atitu<strong>de</strong>s<br />

eminentemente positivas por parte dos estudantes. Embora osestudantesdosprimeirosanosapresentassemummaioríndice<strong>de</strong><br />

negativida<strong>de</strong> geral, houve um progresso relevante ao <strong>de</strong>correr das séries, sendo observadas menos atitu<strong>de</strong>s conflitantes e/ou negativas<br />

no sexto ano da graduação. Dentre as categorias avaliadas, foi observado um amadurecimento importante do estudante nas questões<br />

psicossociais ligadas à morte. Conclusão: o presente trabalho <strong>de</strong>monstrou que ainda são necessários aperfeiçoamentos no eixo educacional<br />

<strong>de</strong> Comunicação na ESCS. Observa-se, no entanto, que o mesmo proporciona, <strong>de</strong> forma inovadora, uma aprendizagem concreta,<br />

que possibilita o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um vínculo médico-paciente eficaz, consolidando uma prática médica <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Correlação Entre as Avaliações Cognitiva e Formativa <strong>de</strong> Alunos <strong>de</strong> Medicina, Durante<br />

Módulo Temático<br />

Ruzon, UG 35<br />

Santos, GG 35<br />

Thomazatti, FG 35<br />

Natal, DLP 35<br />

Souza, TAF 35<br />

Azevedo, EMM 35<br />

Introdução: as avaliações formativas possuem caráter subjetivo e avaliam atitu<strong>de</strong>s, aptidões e domínio sobre conteúdos, sendo<br />

este último verificado com maior proprieda<strong>de</strong> durante a avaliação cognitiva. Objetivo: o objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi verificar se há correspondência<br />

entre as avaliações formativa e cognitiva, evi<strong>de</strong>nciando ou não o mesmo <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina. Metodologia:<br />

foram analisadas notas <strong>de</strong> avaliações formativa e cognitiva <strong>de</strong> 82 alunos do 4º ano do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Estadu-<br />

34 Escola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

35 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


al <strong>de</strong> Londrina, obtidas no módulo temático “saú<strong>de</strong> da mulher e sexualida<strong>de</strong> humana” em <strong>2009</strong>. Os dados tabulados foram analisados<br />

por meio do teste T-bicaudal, verificando-se os resultados, por meio <strong>de</strong> análise quantitativa. Na avaliação formativa o tutor(docente)<br />

atribui conceito no <strong>de</strong>sempenho atitudinal do aluno, cujos valores variam <strong>de</strong> 0 a 10, contribuindo na avaliação somativa final, associada<br />

à avaliação cognitiva,a qual também varia <strong>de</strong> 0 a 10, que contribuirão ou não para a aprovação final do aluno. Resultados: A pesquisa<br />

comparou as médias das avaliações cognitiva e formativa, que foram 6,8841(4 – 8,7) e 8,9439(0 a 10) , respectivamente . Para verificar se<br />

há ou não discrepância entre as duas avaliações, o procedimento utilizado foi o Teste t-bicaudal para dados emparelhados, que apresentou<br />

3,7876 x 10-17 , (p < 0,05 ). Conclusões: Os dados avaliados apresentaram, <strong>de</strong> acordo com a teoria estatística para amostras emparelhadas,<br />

uma discrepância consi<strong>de</strong>rável, entre as médias estudadas, <strong>de</strong>ntro dos padrões universais ( p < 0,05). Essa estimativa, evi<strong>de</strong>ntemente,<br />

rejeita a hipótese <strong>de</strong> que não há diferença entre os resultados das avaliações. O <strong>de</strong>sempenho dos estudantes foi melhor na avaliação<br />

formativa. A avaliação formativa apresenta caráter subjetivo , que associada à avaliação cognitiva se reveste <strong>de</strong> importância, na<br />

avaliação global do estudante.<br />

Avaliação <strong>de</strong> Biofisica em uma Turma <strong>de</strong> 1º Ano da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis:<br />

Reflexões Sobre Dois Métodos<br />

Au Gemelli-Minucci, MV36 Dantas Rocha,E. 36<br />

Santos, A.J.G. 36<br />

Midão,C.V. 36<br />

Introdução: A Disciplina <strong>de</strong> Biofísica do curso Médico da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis tem duração <strong>de</strong> 17 semanas e<br />

carga horária <strong>de</strong> 90 horas. É ministrada no primeiro semestre do 1º ano, e estrutura-se em aulas teóricas e estudos dirigidos (EDs). Adisciplina<br />

abrange um conteúdo extenso, que se inicia com fundamentos <strong>de</strong> físico-quimica, seguindo-se <strong>de</strong> biofisica das membranas, bioeletrogênese<br />

e radiobiologia. Objetivos: Em função do próprio conteúdo, utilizar a Disciplina como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> introdução do aluno ao<br />

raciocínio cientifico, lançando as bases para o raciocínio dos processos fisiológicos e, posteriormente, para o raciocínio clinico. Métodos:<br />

Neste trabalho, avaliamos, em duas provas escritas, o <strong>de</strong>sempenho dos 137 alunos da turma. As provas incluíram todos os temas até bioeletrogênese,<br />

sendo que a primeira foi elaborada contendo problemas experimentais que necessitavam do manuseio intelectual dos<br />

conceitos apreendidos durante o curso para a resolução dos problemas. Nesta avaliação, alguns dos aspectos teóricos do assunto eram<br />

apresentados no próprio enunciado da questão, e o aluno era solicitado a expor as evidências cientificas que fundamentavam as afirmativas.<br />

Asegunda prova escrita, aplicada 2 semanas após, foi estruturada <strong>de</strong> forma a solicitar do aluno os conceitos teóricos, na forma <strong>de</strong><br />

questões discursivas. Resultados: O <strong>de</strong>sempenho da turma nas duas avaliações foi comparado, e os resultados preliminares evi<strong>de</strong>nciam<br />

um melhor rendimento na segunda avaliação. Conclusões: Estes resultados corroboram a experiência dos docentes <strong>de</strong> que metodologias<br />

<strong>de</strong> ensino alicerçadas em solução <strong>de</strong> problemas e uso <strong>de</strong> raciocínio <strong>de</strong>mandam estratégias específicas <strong>de</strong> treinamento e capacitação<br />

dos alunos, para a obtenção <strong>de</strong> melhores resultados. A partir <strong>de</strong>stes dados iniciais, a disciplina <strong>de</strong> Biofísica está, no presente momento,<br />

elaborando estratégias para capacitação dos alunos neste mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação.<br />

Integração Básico-clínica no Módulo <strong>de</strong> Nefrologia<br />

36 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

37 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong><br />

Melo, CB 37<br />

Oliveira, HM 37<br />

Franco, LFLG 37<br />

Ponte, AM 37


Oliveira, ES 37<br />

Vasconcelos, GC 37<br />

Introdução: a Histologia Humana faz parte da gra<strong>de</strong> curricular básica dos acadêmicos <strong>de</strong> Medicina, sendo ministrada durante o<br />

primeiro ano <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>. Os estudantes, no entanto, nem sempre solidificam o conteúdo, tendo dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração básico-clínica<br />

nos semestres futuros. Objetivos: avaliar o grau <strong>de</strong> conhecimento em histologia renal dos acadêmicos <strong>de</strong> Medicina durante o módulo<br />

<strong>de</strong> Nefrologia, o grau <strong>de</strong> importância da Histologia Básica para o aprendizado e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção no módulo <strong>de</strong> Nefrologia,<br />

quanto ao segmento <strong>de</strong> histologia. Métodos: foi aplicado um questionário a 40 estudantes do 6º semestre, período no qual a<br />

Nefrologia clínica é abordada. O questionário era dividido em duas partes, cada qual com 4 perguntas. A primeira era composta por<br />

questões teóricas sobre histologia renal aplicada à clínica; a segunda, por questões que analisavam a importância da integração básico-clínica<br />

para o aprendizado durante o módulo. Resultados: na primeira parte do questionário, 77,5 % dos alunos obtiveram <strong>de</strong> 0 a 2<br />

acertose22,5%obtiveram<strong>de</strong>3a4acertos.67,5%dosalunosconsi<strong>de</strong>raramahistologiabásicaimportanteparaoaprendizadodaNefrologia.<br />

82,5% afirmaram que precisaram recorrer aos conhecimentos <strong>de</strong> histologia para compreen<strong>de</strong>r as patologias estudadas. 77,5%<br />

afirmaram que seria interessante uma revisão sobre histologia renal na introdução do módulo. Conclusões: a integração básico-clínica é<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para compreensão das doenças renais, entretanto os estudantes ainda têm dificulda<strong>de</strong> em realizá-la. Sendo assim,<br />

seria interessante intervenção no módulo <strong>de</strong> Nefrologia, com a introdução <strong>de</strong> uma revisão sobre histologia básica, ativida<strong>de</strong> que<br />

seria bem aceita pelos estudantes.<br />

Conhecimentos Sobre Imunização dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> uma Escola Médica da<br />

Cida<strong>de</strong> do Recife<br />

Rios, JLL 38<br />

Maranhão, RC 38<br />

Araújo, RH 38<br />

Lima, EJF 38<br />

Introdução: A imunização é um procedimento <strong>de</strong> excelente custo/efetivida<strong>de</strong> que propicia o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um país no<br />

setor saú<strong>de</strong> e a abordagem <strong>de</strong>ste tema na graduação <strong>de</strong>ve ser efetiva. Apesar disso, a avaliação do conhecimento dos estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

sobre imunização é pouco estudada no Brasil. Objetivos: analisar o conhecimento dos estudantes <strong>de</strong> Medicina da escola pernambucana<br />

<strong>de</strong> medicina FBV-IMIP sobre as vacinas incluídas no Calendário Básico do Ministério da Saú<strong>de</strong> (MS) e sobre as vacinas especiais:<br />

pneumocócica conjugada, meningocócica C conjugada, anti-HPV, anti-varicela e anti-hepatite A. Material e métodos: Estudo <strong>de</strong>scritivo<br />

transversal realizado no mês <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2008. Dos 370 estudantes matriculados, 242 concordaram em participar da pesquisa. Desse<br />

25,2% cursavam o 1º ano, 39,3% o 2º ano e 35,3% o 3º ano. Após assinatura do termo <strong>de</strong> consentimento, os dados foram coletados por<br />

meio <strong>de</strong> formulário com perguntas fechadas sobre esquema, via <strong>de</strong> administração, indicação, contra-indicação e efeitos adversos das<br />

vacinas. Os dados foram analisados no EPI-INFO 3.5.1 (CDC). Resultados: O percentual total <strong>de</strong> acertos no 1º ano foi <strong>de</strong> 20,2%, no 2º ano<br />

<strong>de</strong> 37% e no 3º ano <strong>de</strong> 42,4%. Os alunos apresentaram mais acertos entre as vacinas do calendário básico do MS (38,8%) do que entre as<br />

vacinas especiais (24,5%). O conhecimento específico sobre cada vacina se mostrou maior para as vacinas contra Haemophilus influenzae<br />

tipo B (55,6%), hepatite B (49%) e BCG (47%) e menor para as vacinas pneumocócica (13,8%) e meningocócica C Conjugada (14,6%).<br />

Conclusão: Observa-se que o conhecimento sobre imunização foi crescente no <strong>de</strong>correr do curso e, como se esperava, existe maior domínio<br />

sobre as vacinas básicas do MS. Contudo, o conhecimento ainda foi consi<strong>de</strong>rado insatisfatório e, <strong>de</strong>vido à importância do tema<br />

para a saú<strong>de</strong> pública, se faz necessário maiores investimentos na educação do estudante <strong>de</strong> medicina em relação aos imunobiológicos.<br />

38 Faculda<strong>de</strong> Boa Viagem – Instituto Materno Infantil <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

465<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Avaliação do Impacto do Ensino <strong>de</strong> Homeopatia Na Formação dos Alunos <strong>de</strong> Graduação<br />

em Medicina da Escola <strong>de</strong> Medicina e Cirurgia – EMC da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado<br />

do Rio <strong>de</strong> Janeiro – UNIRIO<br />

Pacheco, LF39 Freitas, FJ39 Fernan<strong>de</strong>s, DAS39 Guimarães, RGM39 Zaroni, CP39 Haege, DP39 Introdução: Apesquisa está inserida no programa “Homeopatia – Saú<strong>de</strong> e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida” da EMC da UNIRIO, on<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1912, a Homeopatia faz parte do currículo <strong>de</strong> graduação em medicina. Em 1999, uma disciplina torna-se obrigatória ao 5º período e<br />

no 6º, 7º e 8º períodos são oferecidas disciplinas optativas com ativida<strong>de</strong>s teórico-práticas. Objetivo: Analisar como os alunos do 5º período<br />

significam os conhecimentos em Homeopatia e como percebem a sua aplicação na prática médica. Metodologia: Estudo quanti-qualitativo,<br />

aprovado pelo CEP/HUGG, referenciado nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina–CNE/2001,<br />

com análise temática <strong>de</strong> questionário (A e B) aplicado em 2008 aos discentes <strong>de</strong> graduação em medicina do 5º período,<br />

no início e no término do semestre (a pesquisa analisa dados do 1º semestre <strong>de</strong> 2008 ao 2º semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>), totalizando cerca <strong>de</strong> 350 alunos.<br />

O questionário é auto-aplicável com perguntas objetivas abertas e fechadas. Resultados: Na primeira fase <strong>de</strong> análise (2008), 63,8%<br />

informaram ter tido contato prévio com Homeopatia, e <strong>de</strong>ste, 76,6% como usuários; 85,1% relataram expectativa positiva na aquisição<br />

<strong>de</strong> novos conhecimentos; 83% consi<strong>de</strong>raram que serão aplicáveis na prática médica, revelando a sua importância para a compreensão<br />

do processo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, do adoecer e da abordagem na história <strong>de</strong> vida do paciente, sendo consi<strong>de</strong>rada importante terapêutica e teoria relevante.<br />

Quanto à obrigatorieda<strong>de</strong> da disciplina: 55,3% consi<strong>de</strong>raram afirmativamente; 29,8% não souberam avaliar. Os 14,9% <strong>de</strong> resposta<br />

negativa questionaram sua obrigatorieda<strong>de</strong> e relevância, consi<strong>de</strong>rando a Homeopatia como terapêutica alternativa. Conclusões<br />

parciais: Os resultados preliminares sinalizam relevância do ensino <strong>de</strong> Homeopatia no currículo médico, contribuindo para o fortalecimento<br />

da noção <strong>de</strong> individualida<strong>de</strong> e totalida<strong>de</strong> sintomática dos pacientes, principalmente em uma universida<strong>de</strong> na qual este ensino é<br />

obrigatório, <strong>de</strong> modo a obter dados que <strong>de</strong>monstrem a necessida<strong>de</strong> da disseminação do ensino <strong>de</strong> Homeopatia <strong>de</strong> forma obrigatória<br />

para as <strong>de</strong>mais escolas médicas existentes.<br />

Interdisciplinarida<strong>de</strong>: Conceitos <strong>de</strong> Embriologia Aplicados à Clínica Obstétrica<br />

Oliveira, HM 40<br />

Melo, CB 40<br />

Silva, AP 40<br />

Ponte, AML 40<br />

Vasconcelos, GC 40<br />

Oliveira, ES 40<br />

Introdução: Durante a faculda<strong>de</strong>, o estudante constrói o conhecimento prático e teórico que irá utilizar no futuro profissional.<br />

Os conhecimentos básicos, como histologia e embriologia, são vistos durante os primeiros semestres do curso <strong>de</strong> medicina. Os conceitos<br />

aprendidos neste período serão necessários para a compreensão do módulo <strong>de</strong> obstetrícia, visto em semestres posteriores do curso<br />

<strong>de</strong> medicina. Objetivos: Analisar a importância atribuída pelos alunos dos conceitos <strong>de</strong> embriologia para o entendimento do módulo <strong>de</strong><br />

obstetrícia. Avaliar o aprendizado <strong>de</strong>sses conceitos. Questionar sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma aula introdutória sobre embriologia no módulo<br />

<strong>de</strong> obstetrícia. Métodos: Utilizou-se um questionário com seis questões objetivas, quatro <strong>de</strong>ssas questões tratavam <strong>de</strong> conceitos<br />

abordados no módulo <strong>de</strong> embriologia. As outras duas se referiam à importância <strong>de</strong>sses conceitos no módulo <strong>de</strong> obstetrícia. Foram colhidos<br />

42 questionários respondidos pelos alunos do sexto semestre do curso <strong>de</strong> medicina. Resultados: Os resultados basearam-se nas<br />

39 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

40 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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opiniões dos alunos que respon<strong>de</strong>ram ao questionário. Dos 42 alunos, 86% acham os conhecimentos <strong>de</strong> embriologia importantes para o<br />

entendimento a<strong>de</strong>quado do módulo <strong>de</strong> obstetrícia, 7% não acham e 7% não respon<strong>de</strong>ram. Aprimeira questão sobre conceitos <strong>de</strong> embriologia,<br />

50% dos alunos acertou. A segunda questão, 93% dos alunos respon<strong>de</strong>ram corretamente. A terceira questão, apenas 26% acertou.<br />

A quarta questão, sobre qual <strong>de</strong>cídua participa da placenta, 69% acertaram, 26% erraram e 5% não respon<strong>de</strong>ram. Os alunos foram<br />

questionados sobre a importância <strong>de</strong> uma aula introdutória <strong>de</strong> embriologia no módulo <strong>de</strong> obstetrícia, 83% acham importante, 14% respon<strong>de</strong>ram<br />

que não e 2% não respon<strong>de</strong>ram. Conclusões: Os alunos do sexto semestre relacionaram conceitos aprendidos no módulo básico<br />

<strong>de</strong> embriologia à clínica obstétrica. Foi sugerido, pelos alunos, que houvesse a aula introdutória no módulo <strong>de</strong> obstetrícia, mas que<br />

esta fosse ministrada <strong>de</strong> forma objetiva, sendo mais focada nos conceitos importantes para a clínica.<br />

O Impacto da Avaliação Discente do Currículo Médico: o Exemplo da Disciplina Doenças<br />

Infecto-Parasitárias na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás (UFG)<br />

Oliveira, AM 41<br />

Lemes, AM 41<br />

Costa, NMSC 41<br />

Costa, DC 41<br />

Peleja, AB 41<br />

Machado, CR 41<br />

Introdução: A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reestruturar os currículos dos cursos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> surgiu em 2001 e o curso <strong>de</strong> Medicina da UFG implantou<br />

seu novo currículo em 2003 concomitantemente a um Projeto <strong>de</strong> Avaliação Curricular, uma ferramenta para verificar a efetivida<strong>de</strong><br />

daquele. Objetivo: Analisar o impacto da avaliação discente na disciplina <strong>de</strong> Doenças Infecto Parasitárias (DIP) da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina da UFG entre os anos <strong>de</strong> 2007 e 2008. Metodologia: O instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados usado foi um questionário com questões<br />

fechadas que exploravam variáveis como carga horária e utilida<strong>de</strong> dos conhecimentos adquiridos. O instrumento foi aplicado a 102<br />

acadêmicos do quarto ano, entre 2007 e 2008. Os dados foram processados no programa EPIINFO 6.4. Utilizou-se o teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt<br />

para comparar as respostas dos anos do estudo. Resultados: Verificou-se que a maioria dos discentes consi<strong>de</strong>rou a carga horária da disciplina<br />

teórica e prática como a<strong>de</strong>quada em 2007, fato mantido em 2008. Adistribuição <strong>de</strong> tempo para os conteúdos foi consi<strong>de</strong>rada a<strong>de</strong>quada<br />

por 50% dos entrevistados em 2007. Em 2008 essa opinião foi compartilhada por 79% dos entrevistados. Neste mesmo ano, 54%<br />

consi<strong>de</strong>raram que os objetivos da disciplina foram alcançados, enquanto em 2007 esse número era <strong>de</strong> apenas 18%. O programa da disciplina<br />

foi avaliado com não-estimulante para 42% dos entrevistados em 2007, número que em 2008 caiu para 12,5%. Em 2007, 77% dos<br />

alunos consi<strong>de</strong>raram que os conhecimentos adquiridos na DIP seriam úteis e 23%, parcialmente úteis; já em 2008, 100% dos entrevistados<br />

escolheram a primeira opção. Todas as variáveis analisadas apresentaram diferenças <strong>de</strong> porcentagem estatisticamente significativa<br />

(p


am um questionário contendo 10 questões objetivas. Tal ativida<strong>de</strong> foi realizada em duas oportunida<strong>de</strong>s, invertendo-se as ativida<strong>de</strong>s<br />

dos grupos (17 alunos em sala <strong>de</strong> aula e 15 no laboratório <strong>de</strong> informática). Resultados: no primeiro momento, verificou-se que o grupo<br />

<strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula apresentou média aritmética <strong>de</strong> 8,55 acertos e o grupo do laboratório <strong>de</strong> informática apresentou média <strong>de</strong> 8,18 acertos<br />

(diferença <strong>de</strong> 4,32%). Na segunda ocasião, o grupo <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula apresentou média <strong>de</strong> 8,82 acertos e o outro grupo obteve média <strong>de</strong><br />

8,63 acertos (2,15%). A diferença total foi <strong>de</strong> 3,22% entre os grupos, com vantagem para o grupo <strong>de</strong> leitura. Conclusões: não foi possível<br />

comprovar benefício no <strong>de</strong>sempenho acadêmico a partir do uso dos mapas conceituais. Acredita-se que os resultados foram influenciados<br />

pela pouca <strong>de</strong>dicação esperada dos alunos (preocupação com ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outras disciplinas); e pela restrição <strong>de</strong> tempo do grupo<br />

do laboratório, consi<strong>de</strong>rado insuficiente para reforço dos conhecimentos.<br />

Teste Progressivo: Acompanhamento <strong>de</strong> Uma Coorte <strong>de</strong> Estudantes do Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

no Período <strong>de</strong> 2003 a 2008<br />

Ribeiro, ZMT 43<br />

Pinheiro, OL 43<br />

Spa<strong>de</strong>lla, MA 43<br />

Almeida Filho, OM 43<br />

Moreira, HM 43<br />

Hafner, MLMB 43<br />

Introdução: O Teste Progressivo (TP) é um instrumento <strong>de</strong> avaliação individual do estudante, formado por testes <strong>de</strong> múltipla escolha,<br />

objetivando avaliação cognitiva, auto-avaliação e avaliação <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong>s específicas na resolução <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> múltipla escolha.<br />

O teste é composto por 100 questões <strong>de</strong> múltipla escolha com cinco alternativas, divididas em seis áreas: Pediatria, Clínica Médica, Ginecologia<br />

e Obstetrícia, Clínica Cirúrgica, Saú<strong>de</strong> Coletiva e Áreas Básicas. O TP na Famema é aplicado a todas as séries do curso médico<br />

num mesmo dia, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano 2000. Adivulgação dos resultados é sigilosa para cada aluno e os resultados por série são informados para<br />

toda a comunida<strong>de</strong> acadêmica. Objetivo: Acompanhar a progressão <strong>de</strong> uma coorte <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> Medicina durante seu período <strong>de</strong><br />

formação, compreendido entre os anos <strong>de</strong> 2003 a 2008. Método: Foi realizada análise dos resultados da porcentagem <strong>de</strong> acerto dos testes<br />

<strong>de</strong> múltipla escolha, por série e por áreas específicas do conhecimento. Resultados: A média <strong>de</strong> acertos em todas as áreas <strong>de</strong> conhecimento<br />

<strong>de</strong>sta coorte <strong>de</strong> estudantes ao longo das séries foi: 1ª. série (23,99%); 2ª. série (29,37%); 3ª. série (29,15%); 4ª. série (39,98%); 5ª. série<br />

(44,84%) e 6ª. série (54,19%). Tomando-se como exemplo a disciplina <strong>de</strong> Pediatria, a média <strong>de</strong> acertos dos estudantes da 1ª. a 6ª. série foi<br />

respectivamente: 25,48%; 23,03%; 28,02%; 29,01%; 40,3% e 50,76%. O <strong>de</strong>sempenho dos estudantes nas outras áreas <strong>de</strong> conhecimento<br />

mostrou um perfil semelhante ao da disciplina <strong>de</strong> Pediatria, com um progresso no acerto dos testes mais acentuado a partir da 5ª. série,<br />

com no mínimo 40% <strong>de</strong> acertos e na 6ª. série, com no mínimo 50% <strong>de</strong> acertos. Conclusão: Houve uma progressão <strong>de</strong>sta coorte <strong>de</strong> estudantes<br />

principalmente, a partir da 5a série, tanto na porcentagem <strong>de</strong> acertos geral, como também por área específica do conhecimento.<br />

Avaliação da Implantação da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Prática Profissional no Cenário Materno Infantil<br />

do 5º Ano do Internato da FAMEMA<br />

Higa, EFR 44<br />

Taipeiro, EF 44<br />

Carvalho, MHR 44<br />

Hafner, MLMB 44<br />

Introdução: este estudo é parte do relatório <strong>de</strong> avaliação da 5ª série do Curso <strong>de</strong> Medicina da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília<br />

(Famema), no ano <strong>de</strong> 2008. O internato implantado, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, integra as diferentes disciplinas<br />

nos estágios <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Materno-Infantil, Saú<strong>de</strong> do Adulto, Urgência e Emergência e Eletivos. Em 2008, foi instituída a Unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Prática Profissional (UPP), em todos os cenários, por meio do ciclo pedagógico constituído por: confronto experiencial; síntese provisória<br />

on<strong>de</strong> são elaboradas questões <strong>de</strong> aprendizagem; fase <strong>de</strong> pesquisa, seleção e análise interpretativa; nova síntese e avaliação. Ao final<br />

<strong>de</strong> cada estágio o estudante emite conceito Satisfatório (S) ou insatisfatório (I) ao preencher o formato <strong>de</strong> avaliação (F5). Objetivo:<br />

43 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

44 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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avaliar o <strong>de</strong>senvolvimento da UPP no cenário da saú<strong>de</strong> materno infantil. Metodologia: Utilizou-se o referencial <strong>de</strong> pesquisa qualitativa,<br />

<strong>de</strong> análises documentais, nos F5 preenchidos pelos 78 estudantes abrangendo os tópicos: 1. ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas 2. processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem;<br />

3. organização do estágio. 4. conceito final do estágio. Resultados: Amaioria dos estudantes emitiu conceito S referente<br />

às ativida<strong>de</strong>s realizadas: Pediatria 98.7%; Pronto Socorro Infantil (PSI) 91.8% e na Ginecologia/Obstetrícia (GO) e Neonatologia,<br />

82.1%. Quanto ao processo <strong>de</strong> ensino aprendizagem o conceito S emitido foi 94.7% na Pediatria; 80% no PSI e 74.4% na GO e Neonatologia.<br />

Quanto à organização, o percentual <strong>de</strong> satisfatório foi: Pediatria 84.2%; PSI 69% e GO e Neonatologia. 62%. Conclusão: os estudantes,<br />

em sua maioria, ao qualificarem sua avaliação final no F5, apontando as fortalezas e fragilida<strong>de</strong>s em cada tópico, enten<strong>de</strong>ram que o<br />

internato, em sua reestruturação, ajudou no processo <strong>de</strong> ensino e aprendizagem em busca do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sua competência<br />

profissional. Ainda que bem avaliado, os estudantes exerceram sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crítica-reflexão ao i<strong>de</strong>ntificar fragilida<strong>de</strong>s e sugerir<br />

melhorias para este cenário.<br />

“Reflexões Sobre a Formação do Estudante <strong>de</strong> Medicina com Foco na Saú<strong>de</strong>: Relato <strong>de</strong><br />

Experiência na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília (UNB)”<br />

Barata, RV 45<br />

Men<strong>de</strong>s, RFP 45<br />

Barbosa,TM 45<br />

Freitas, RO 45<br />

Machado, LM 45<br />

França, PS 45<br />

Introdução: O Pró-Saú<strong>de</strong> surgiu originalmente pela portaria interministerial MS/MEC nº 2.101 <strong>de</strong> 03/11/05, cuja finalida<strong>de</strong> é<br />

reestruturar e reforçar a formação dos futuros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para que esses atuem valorizando a atenção básica e a prevenção,<br />

rompendo com a cultura anterior, ainda presente, <strong>de</strong> características curativas e voltadas a atenção hospitalar e, nesse contexto, se insere<br />

este relato reflexivo das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas na UnB na disciplina <strong>de</strong> Práticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Objetivos: Relatar a experiência nessa ativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uma disciplina <strong>de</strong> 1] período dois cursos da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da UnB, que buscou conscientizar e fomentar um primeiro contato<br />

do estudante em um contexto multidisciplinar, voltada para a atenção primária. Por meio <strong>de</strong> ações nos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, tendo sua importância<br />

fundamentada na valorização da atenção primária, a qual segue a linha proposta pela OMS na carta <strong>de</strong> Alma-Ata e reiterada<br />

<strong>de</strong> Ottawa. Metodologia: As ativida<strong>de</strong>s foram <strong>de</strong>senvolvidas por meio <strong>de</strong> vistas aos estabelecimentos públicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da regional administrativa<br />

do Paranoá e do Hospital Universitário <strong>de</strong> Brasília, ambas no DF, com o acompanhamento <strong>de</strong> profissionais do próprio serviço<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Nessas visitas houve a apresentação dos serviços voltados à atenção básica, bem como se buscou caracterizar o perfil socioeconômico<br />

da população assistida a partir da observação in locu e <strong>de</strong> questionários abertos. Resultado: As ativida<strong>de</strong>s, ainda que tenham<br />

sido realizadas em um curto espaço <strong>de</strong> tempo, proporcionaram subsídios práticos às teorias apreendidas, bem como colocou a<br />

par o aluno do real contexto da população atendida pelo SUS e da importância da valorização da atenção primária <strong>de</strong> menor custo e maior<br />

efetivida<strong>de</strong> pelo profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Conclusão: A ativida<strong>de</strong> realizada propiciou um contato com o serviço <strong>de</strong> atenção básica, valorizando-o<br />

e conscientizando o futuro profissional da importância da atenção básica prestada em um contexto multidisciplinar.<br />

Avaliação Integrada Para os Cursos <strong>de</strong> Medicina, Enfermagem e Odontologia: Experiência<br />

<strong>de</strong> uma Instutuição<br />

Badaró, T 46<br />

Vitorino, RR 46<br />

Campos, ALC 46<br />

Carramenha, LL 46<br />

Introdução: Acatando ao convite do Ministério da Saú<strong>de</strong> (MS) e do Ministério da Educação e Cultura (MEC) feito às escolas médicas<br />

–, através do PROMED – Programa <strong>de</strong> Incentivo às Mudanças Curriculares das Escolas Médicas, nossa Instituição apresentou um<br />

45 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília, Brasília, DF, Brasil.<br />

46 Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ, Brasil.<br />

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projeto que foi pleiteado a impetrar recursos para a implantação inicial <strong>de</strong> uma nova proposta pedagógica no curso <strong>de</strong> graduação em<br />

Medicina. Com o advento do PRÓ-SAÚDE (Programa Nacional <strong>de</strong> Reorientação da Formação Profissional em Saú<strong>de</strong>), o Centro <strong>de</strong><br />

Ciências da Saú<strong>de</strong> (CCS) encaminhou uma nova proposta em apoio à mudança curricular, ampliando-a aos cursos <strong>de</strong> Odontologia e <strong>de</strong><br />

Enfermagem, tendo esta sido selecionada. Des<strong>de</strong> então, uma série <strong>de</strong> trabalhos em conjunto possibilitaram a realização <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo<br />

integrado <strong>de</strong> avaliação para os cursos que utilizam as novas metodologias. Objetivo: Expor a experiência da implantação <strong>de</strong> uma única<br />

comissão <strong>de</strong> avaliação para os cursos <strong>de</strong> graduação em Medicina, Enfermagem e Odontologia. Metodologia: Trata-se <strong>de</strong> uma pesquisa<br />

teórica tendo-se por base a revisão dos principais documentos institucionais que norteiam a comissão <strong>de</strong> avaliação integrada do Unifeso.<br />

Resultados: Nossa Instituição tem aprendido bastante com os múltiplos <strong>de</strong>safios que tem difundido aos professores e alunos nos últimos<br />

anos. A interação entre profissionais e estudantes <strong>de</strong> diferentes cursos aumentou consi<strong>de</strong>ravelmente, o que po<strong>de</strong> ser verificado<br />

pelosinúmerostrabalhoscientíficosesociaisreunindoosdiferentes cursos. A integração, em suma, não fomenta anular a individualida<strong>de</strong><br />

intrínseca do curso, mas torná-la passível <strong>de</strong> uma convivência harmônica e com ganho mútuo <strong>de</strong> conhecimento por parte <strong>de</strong> dos<br />

envolvidos. Conclusão: A experiência da avaliação integrada tem permitido um ganho bastante significativo, sobretudo, por possibilitar<br />

maior interação entre professores e alunos <strong>de</strong> cursos diferentes. Aproposta, apesar <strong>de</strong> inovadora, objetiva efetivar uma necessida<strong>de</strong><br />

antiga <strong>de</strong> melhor entrosar estudantes e futuros profissionais para uma convivência harmoniosa no mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />

Relato <strong>de</strong> Experiência Sobre a Monitoria <strong>de</strong> Anatomia Geral do Módulo Morfofuncional II<br />

e Sua Influência no Processo <strong>de</strong> Ensino – Aprendizagem.<br />

Villan<strong>de</strong>r, M 47<br />

Sá, MPBO 47<br />

Introdução: A monitoria é uma ativida<strong>de</strong> acadêmica curricular não – obrigatória com o objetivo <strong>de</strong> correlacionar a teoria com a<br />

prática criando um espaço on<strong>de</strong> o aluno-monitor possa interagir, praticar, revisar e estudar os assuntos pré-estabelecidos e ao estudante<br />

capilarizar o aprendizado aumentando a confiança no momento da realização <strong>de</strong> procedimentos que exijam conhecimento anatômico.<br />

As ativida<strong>de</strong>s do monitor vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> aulas práticas e avaliações, orientação e esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas dos estudantes,<br />

participação na construção <strong>de</strong> material didático até o preparo e realização <strong>de</strong> aulas práticas que envolvem peças anatômicas.<br />

Objetivo: Avaliar a contribuição da monitoria <strong>de</strong> anatomia geral <strong>de</strong> morfofuncional II no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Métodos:<br />

Este estudo baseia-se no relato <strong>de</strong> experiência vivido pelos autores, enquanto monitores, nas aulas práticas da disciplina <strong>de</strong> anatomia<br />

geral do módulo morfofuncional II ministradas no segundo período do curso médico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco. Resultados: A<br />

monitoria <strong>de</strong> anatomia e as aulas prática são instrumentos para <strong>de</strong>senvolver a habilida<strong>de</strong> técnica no manuseio <strong>de</strong> materiais e peças.<br />

Além disso, aproxima o monitor da docência e garante a oportunida<strong>de</strong> ao monitor <strong>de</strong> rever assuntos anteriormente aprendidos. Aprática<br />

contribui para a consolidação do aprendizado do estudante e permite a reflexão e fortalecimento do apren<strong>de</strong>r. Assim sendo, a aula<br />

prática é uma ativida<strong>de</strong> indispensável tanto para o estudante, quanto para o monitor. Conclusão: Amonitoria é um instrumento valioso<br />

<strong>de</strong> ensino, tanto para o estudante, quanto para o monitor, pois permite que ambos expressem suas dúvidas e seus conhecimentos aprimorando-os<br />

quando necessário além <strong>de</strong> garantir treinamento na forma<strong>de</strong>serelacionarcomoscolegas,queserãofuturamente<br />

profissionais e com os professores orientadores.<br />

A Satisfação dos Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina em Relação ao Método <strong>de</strong> Ensino Aplicado em<br />

sua Faculda<strong>de</strong><br />

47 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

48 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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Cheikh, MR 48<br />

Oliveira, ME 48<br />

Junior, LDT 48<br />

Almeida, RM 48


Souza, CS 48<br />

Bueno, TGG 48<br />

Introdução: Aformação médica é baseada em duas metodologias <strong>de</strong> ensino distintas. O ensino tradicional é a forma mais antiga<br />

baseia-se na ministração <strong>de</strong> aulas por professores, no programa <strong>de</strong> ensino voltado a leitura, memorização, repetição e acúmulo do conhecimento,<br />

na fragmentação do conteúdo em diversas disciplinas, que são ministradas segundo uma seqüência em que as matérias<br />

básicas pertencem ao início do curso e servem <strong>de</strong> alicerce para o entendimento das específicas. Já o PBL (Problem-Based Learning), implantado<br />

apenas em 1969, é baseado no ensino tutorial, em que os alunos são colocados frente a um problema que <strong>de</strong>vem solucionar,<br />

sendo apenas orientados por um tutor. Enten<strong>de</strong>-se assim que o aluno passa a buscar o conhecimento, além <strong>de</strong> haver maior integração<br />

entre as disciplinas. Objetivo: avaliar a satisfação dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina em relação ao método <strong>de</strong> ensino, PBLou tradicional. Método:<br />

o presente estudo foi realizado por meio <strong>de</strong> revisão bibliográfica a partir <strong>de</strong> dados colhidos na Revista <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Educação Médica,<br />

na base <strong>de</strong> dados PUBMED e nas orientações do Ministério da Saú<strong>de</strong> brasileiro acerca do currículo médico. Resultados: Percebeu-se<br />

que os estudos que existem não tentam avaliar a percepção do aluno com relação aos métodos <strong>de</strong> ensino médico, e sim, procuram<br />

diferenciar o <strong>de</strong>sempenho dos alunos egressos dos dois métodos. Nesse aspecto é possível concluir, a partir dos estudos, que não<br />

há diferença no <strong>de</strong>sempenho dos alunos egressos <strong>de</strong> currículos PBL quando comparados a currículos tradicionais. Conclusão: Poucos<br />

trabalhos avaliam consistentemente a satisfação dos acadêmicos quanto aos dois métodos, sendo possível concluir uma relativa preferência<br />

pelo método PBL por parte dos alunos.É, portanto, necessária a realização <strong>de</strong> estudos que busquem a opinião dos acadêmicos<br />

quanto ao método adotado em sua faculda<strong>de</strong> para melhor avaliação do ensino médico.<br />

Fundoscopia: Ativida<strong>de</strong> Teórico-Prática e Avaliação do Desempenho<br />

Franco, LFLG 49<br />

Silva, AP 49<br />

Melo, CB 49<br />

Ponte, AML 49<br />

Oliveira, ES 49<br />

Vasconcelos, GC 49<br />

Introdução: O exame <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> olho é ,indiscutivelmente, importante para a prática médica. Além <strong>de</strong> um ser um importante<br />

instrumento para o diagnóstico, é um exame generoso em informações não somente no campo da Oftalmologia. Neste cenário, os monitores<br />

da disciplina <strong>de</strong> Histologia e Embriologia Humanas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará (UFC) <strong>de</strong>senvolveram<br />

uma capacitação interna teórico-prática abordando os principais aspectos da fundoscopia e avaliando o grau <strong>de</strong> aprendizado<br />

e relevância <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong>. Objetivo: Avaliar o aproveitamento e o aprendizado dos monitores <strong>de</strong> histologia da UFC após aula expositiva<br />

sobre fundoscopia seguida <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> prática. Metodologia: Inicialmente, foi aplicado a 18 monitores <strong>de</strong> Histologia e EmbriologiaHumanasumpré-testeconstando20itens‘verda<strong>de</strong>irooufalso’paraavaliaçãodoconhecimentopréviosobreoassunto.Emseguida,<br />

foi ministrada uma aula expositiva abordando os aspectos básicos do exame e seus principais achados patológicos. Mais adiante, foram<br />

disponibilizados oftalmoscópios possibilitando que os monitores realizassem o exame entre si. Por fim, além <strong>de</strong> um pós-teste com<br />

as mesmas 20 questões iniciais, foi distribuído um questionário pesquisando a opinião dos 18 monitores acerca da relevância do assunto<br />

e dos seus respectivos índices <strong>de</strong> aprendizado. Resultados: A média <strong>de</strong> acertos dos alunos no primeiro momento foi <strong>de</strong> 13,73 questões,<br />

representando 68,8% do total. Após a realização da ativida<strong>de</strong>, a média <strong>de</strong> acertos subiu para 17,75 questões, equivalente a 88,5% <strong>de</strong><br />

acertos. Em relação ao 2º questionário, 56,2% e 43,7% acharam o tema relevante e muito relevante, respectivamente. Quanto ao grau <strong>de</strong><br />

aprendizado <strong>de</strong> 1 (menor) a 5 (maior), 43,7% apontaram grau 4 e 31.2% grau 3. Conclusão: Aanálise do estudo mostra que os monitores<br />

apresentam um nível regular <strong>de</strong> conhecimento prévio. A realização da ativida<strong>de</strong> teórico-prática proporcionou um acréscimo significativo<br />

no conhecimento e alerta os monitores sobre a importância <strong>de</strong>sse fundamental exame.<br />

49 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O “Paredão” - Autoavaliação e Recebimento <strong>de</strong> Devolutiva Sobre o Desempenho Durante<br />

o Estágio Hospitalar em Psiquiatria<br />

Humes, EC 50<br />

Barria, ACR 51<br />

Gouvea, FS 51<br />

Guarniero, FB 51<br />

Introdução: A avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho durante o internato é alvo <strong>de</strong> constantes discussões, com dificulda<strong>de</strong>s sobre o método<br />

ou clareza em relação às notas e critérios. O “paredão” é uma proposta para mitigar parte dúvidas em relação à avaliação dos internos.<br />

Objetivos: Apresentar relatos da experiência da realização sistemática da realização do “paredão”. Métodos: O avaliador, médico assistente<br />

e/ou preceptor, após discussão supervisores que tenham acompanhado o grupo <strong>de</strong> internos com maior proximida<strong>de</strong>, se reúnem<br />

individualmente com cada aluno da panela no último dia <strong>de</strong> estágio. Realizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005, inicialmente a nota do estágio era atribuida<br />

neste momento, incluindo notas da prova, do relato <strong>de</strong> caso e do conceito. Com a mudança das provas <strong>de</strong> residência o formato foi modificado<br />

em 2006, sendo realizada autoavaliação e a <strong>de</strong>volutiva. O aquecimento é realizado com a avaliação sobre o estágio, com sugestões<br />

e críticas sobre o dia-a-dia. Então é solicitada a autoavaliação sobre o seu <strong>de</strong>sempenho no estágio e a atribuição <strong>de</strong> uma nota e finalmente<br />

é realizada a <strong>de</strong>volutiva em relação ao <strong>de</strong>sempenho e impressões sobre atitu<strong>de</strong>s do interno. Resultados: Aalcunha <strong>de</strong> “paredão”<br />

foi dada por alunos <strong>de</strong> uma das primeiras panelas submetidas a esta avaliação pela similarida<strong>de</strong> do “el paredon” cubano durante a espera,<br />

mas apesar <strong>de</strong>ste momento <strong>de</strong> estranhamento inicial, com a ansieda<strong>de</strong> com a avaliação, o feedback dado até hoje sempre foi positivo<br />

quanto a realização. O formato <strong>de</strong>spertou curiosida<strong>de</strong> por parte dos alunos não ocorrendo nenhuma reclamação até o momento,<br />

apenas eventuais discordâncias em relação ao conteúdo da <strong>de</strong>volutiva, mas geralmente há boa repercussão. Conclusões: O paredão é<br />

uma nova proposta, mas apresenta como restrição importante a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento próximo por supervisores em diferentes<br />

momentos. O uso e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologias <strong>de</strong> avaliação permitem o aperfeiçoamento da avaliação do<br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> internos e resi<strong>de</strong>ntes.<br />

Casos Clínicos: uma Correlação Clínico Patológica<br />

Matos, GDN 52<br />

Dantas, GC 52<br />

Coelho, DE 52<br />

Ponte, AML 52<br />

Vasconcelos, GC 52<br />

Oliveira, ES 52<br />

Introdução: A interdisciplinarida<strong>de</strong> é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para o processo do aprendizado. O conhecimento das estruturas histológicas<br />

do indivíduo sadio é indispensável para que possamos i<strong>de</strong>ntificar alterações histo-patológicas. Objetivo: Avaliar a aceitação dos alunos<br />

a uma ativida<strong>de</strong>, utilizando metodologia interdisciplinar relacionando neurologia e histologia. Método: Foi realizada uma aula expondo<br />

Princípios do Exame neurológico e Estudos <strong>de</strong> Casos Clínicos em Neurologia, discutindo as alterações patológicas encontradas no paciente,<br />

realizando-se um comparativo com as lâminas normais, vistas nas aulas <strong>de</strong> histologia do Sistema Nervoso. Após a aula 27 acadêmicos <strong>de</strong><br />

Medicina do primeiro semestre respon<strong>de</strong>ram a um questionário <strong>de</strong> 8 questões objetivas, on<strong>de</strong> avaliaram a ativida<strong>de</strong> com excelente, satisfatório,regular<br />

ou ruim. A análise dos dados foi realizada no Microsoft Excel. Resultados: Quanto a importância esse tipo <strong>de</strong> metodologia interdisciplinar<br />

utilizada na aula 66,6% (18) dos alunos avaliaram como excelente; 25,9% (7) avaliaram como satisfatório; 7,4% (2) avaliaram como<br />

regular. Acerca do interesse no assunto <strong>de</strong>spertado pela aula 59,2% (16) dos alunos avaliaram como excelente; 33,3% (9) avaliaram como satisfatório<br />

e 7,5% (2) avaliaram como regular. O critério ruim não foi escolhido por nenhum aluno. Conclusão: A partir da análise dos dados<br />

po<strong>de</strong>mos concluir que a ativida<strong>de</strong> utilizando metodologia interdisciplinar consegue atingir seu objetivo que é <strong>de</strong> aumentar o interesse dos estudantes<br />

sobre o assunto abordado, visto que o índice <strong>de</strong> aceitação da ativida<strong>de</strong> foi alto.<br />

50 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Hospital Universitário, São Paulo, SP, Brasil.<br />

51 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

52 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

472<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida do Estudante <strong>de</strong> Medicina<br />

Costa, SNP 53<br />

Delgado, MCS 53<br />

Andra<strong>de</strong>, MM 53<br />

Roberto, SRM 53<br />

Tenório, SS 53<br />

Pires, TB 53<br />

Introdução: segundo a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida é a percepção do indivíduo <strong>de</strong> sua posição na vida, no contexto<br />

da cultura e sistemas <strong>de</strong> valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. A qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida do estudante <strong>de</strong> Medicina é influenciada por inúmeros fatores estressores que marcam o curso e, conhecendo tais fatores, é possível instituir<br />

medidas que visem melhorá-la. Objetivos: apresentar resultados obtidos em pesquisa realizada para apresentação <strong>de</strong> Seminário com o<br />

tema “A qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do estudante <strong>de</strong> medicina” para o módulo <strong>de</strong> Desenvolvimento Pessoal e Profissional III, do sétimo período do<br />

curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco (UFPE). Métodos: exposição do conceito <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, assim como trabalhos<br />

acerca da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do estudante <strong>de</strong> Medicina e do profissional médico, como embasamento e introdução ao tema abordado.<br />

Foi realizada pesquisa sucinta, na forma <strong>de</strong> questionário, com 45 estudantes <strong>de</strong> medicina do segundo período e 45 do sétimo período da<br />

UFPE. O questionário abordou seis aspectos: qualida<strong>de</strong> da alimentação; horas <strong>de</strong> sono por dia; realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s físicas e <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

extracurriculares; carga horária <strong>de</strong> estudo; cuidados com a saú<strong>de</strong>. Resultados: estudantes do segundo período do curso têm mais horas <strong>de</strong><br />

sono por dia, assim como apresentam alimentação mais saudável que os do sétimo período. Estudantes <strong>de</strong> ambos os períodos realizam ativida<strong>de</strong>s<br />

extracurriculares e físicas, mas os do segundo período <strong>de</strong>dicam mais tempo a essas ativida<strong>de</strong>s. Alunos do sétimo período têm maior<br />

carga horária <strong>de</strong> estudo. Número maior <strong>de</strong> estudantes do sétimo período disse ter tempo disponível para cuidar <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong>. Conclusões:<br />

<strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong> carga horária, os estudantes dispõem <strong>de</strong> menor tempo, principalmente nos últimos períodos do curso, para realização <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s pessoais, contribuindo para diminuição da sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Utilização <strong>de</strong> Casos Clínicos da Região Buco-Facial como Instrumento <strong>de</strong> Aprendizado da<br />

Histofisiologia Dento-Alveolar e Periodontal<br />

Correia, FC 54<br />

Araújo, GS 54<br />

Vasconcelos, GC 54<br />

Leitão, RFC 54<br />

Oliveira, ES 54<br />

Leopércio, AMP 54<br />

Introdução: É freqüente a busca por novas perspectivas didáticas no campo da Educação. Nesse contexto, a Histologia Humana<br />

se apresenta como um tema vasto e cuja abordagem pelos docentes é continuamente repensada, <strong>de</strong> modo a tornar esse conteúdo mais<br />

atrativo aos alunos. O mo<strong>de</strong>lo tradicional, que apresenta nítida separação entre os ciclos básico, clínico e profissional, está aos poucos<br />

sendo substituído por reformas pedagógicas e curriculares que estimulam o discente a resolver problemas em um enfoque multidisciplinar.<br />

Objetivo: Analisar o impacto da utilização <strong>de</strong> casos clínicos da prática odontológica como metodologia <strong>de</strong> aprendizado da histologia<br />

e fisiologia <strong>de</strong>ntária e periodontal. Métodos: Casos clínicos foram selecionados pelos professores da disciplina <strong>de</strong> Histologia e<br />

Embriologia Humanas e distribuídos aos alunos do curso <strong>de</strong> Odontologia da graduação, divididos em oito grupos, os quais tiveram<br />

um período <strong>de</strong> vinte dias para elaborar uma solução para o caso. Foi exigido um embasamento teórico na anatomia, histologia e fisiologia<br />

da região em estudo. Após a apresentação e discussão dos casos em sala <strong>de</strong> aula, 30 alunos respon<strong>de</strong>ram a um questionário quanti-qualitativo,<br />

contendo 10 questões. Resultados: Verificou-se que 70% e 86% dos estudantes consi<strong>de</strong>raram excelente a relevância dos<br />

casos escolhidos e o grau <strong>de</strong> aprendizado com os seminários, respectivamente. 40% consi<strong>de</strong>raram excelente a integração da disciplina<br />

com a prática clínica. 97% afirmaram que os seminários proporcionaram uma boa visão sobre como elaborar e apresentar uma aula e<br />

53 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

54 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

473<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


correlacionaram o conhecimento <strong>de</strong> Histologia Dental com as patologias do aparelho oral. Para 95% dos estudantes a elaboração dos seminários<br />

refletiu no aprofundamento do conteúdo abordado. Conclusão: O aprendizado por casos clínicos atuou como um processo <strong>de</strong><br />

construção coletiva do conhecimento, <strong>de</strong> forma que as impressões geradas sobre o assunto estimularam o raciocínio e a discussão entre<br />

os estudantes e sendo, portanto, um adjunto viável à realida<strong>de</strong> da disciplina.<br />

Avaliando o Ensino <strong>de</strong> Psicologia Médica<br />

Fuzikawa, C 55<br />

Hatem, A 55<br />

Introdução: o conhecimento <strong>de</strong> Psicologia Médica (PM) é fundamental na formação do médico humanista e ético, preconizado<br />

pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina. Contudo ensinar PM para alunos <strong>de</strong> graduação em medicina<br />

é, até hoje, um <strong>de</strong>safio. Não existe um consenso sobre as metodologias mais eficazes ou motivadoras. Na nossa escola, os alunos<br />

do 2º período possuem uma disciplina <strong>de</strong> PM com 60h aula: meta<strong>de</strong> em aulas teóricas com até 100 alunos e meta<strong>de</strong> em pequenos grupos<br />

<strong>de</strong> discussão (GD). Objetivos: para procurar esclarecer e enten<strong>de</strong>r um pouco mais dos problemas enfrentados no ensino da PM, e conhecer<br />

a opinião dos alunos sobra a disciplina, foi aplicado um questionário. Métodos: ao final do primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, os estudantes<br />

respon<strong>de</strong>ram um questionário, no qual era perguntado: a utilida<strong>de</strong> do conteúdo <strong>de</strong> psicanálise, o nível <strong>de</strong> aprendizado <strong>de</strong> cada tema, os<br />

pontos positivos e negativos da disciplina. Resultados: 89,9% dos 169 alunos da PM respon<strong>de</strong>ram o questionário. Conceitos psicanalíticos<br />

básicos foram consi<strong>de</strong>rados úteis em algum momento futuro da vida profissional por 32,2% dos alunos; 65,1% consi<strong>de</strong>raram esse<br />

conteúdo fundamental para qualquer profissional em formação que trabalhará diretamente com pessoas. Pelo menos 60% respon<strong>de</strong>u<br />

ter “um conhecimento bom” ou saber “conversar bastante sobre” 11 dos 12 temas da disciplina (60,5-78,9%). O ponto positivo mais frequentemente<br />

relatado foi o GD (55,9%). Os pontos negativos mais comuns foram as aulas teóricas (31,6%) e a bibliografia (17,8%). Conclusões:<br />

os resultados mostram que a maioria dos alunos reconhece a importância dos conhecimentos <strong>de</strong> PM e consi<strong>de</strong>ra que teve um<br />

bom aprendizado do conteúdo. Embora a avaliação dos alunos tenha sido, <strong>de</strong> forma geral, positiva, também aponta modificações necessárias.<br />

Planeja-se alterar algumas aulas teóricas, rever a bibliografia e repetir a avaliação no próximo semestre para verificar o<br />

impacto das alterações introduzidas.<br />

Elaboração <strong>de</strong> um Método <strong>de</strong> Avaliação Para Utilização no Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s e<br />

Simulação<br />

Con<strong>de</strong>, F 56<br />

Assed, F 56<br />

Heringer, J 56<br />

Pezzi, L 56<br />

Porphirio, R 56<br />

P Neto, S 56<br />

Introdução: O domínio a<strong>de</strong>quado das habilida<strong>de</strong>s clínicas é fundamental como meta no processo <strong>de</strong> formação básica do médico.<br />

Portanto, a avaliação educacional do grau <strong>de</strong> domínio <strong>de</strong>stas habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s adquire alta relevância no controle da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ensino. O exame clínico objetivo estruturado por estações (Osce) é atualmente consi<strong>de</strong>rado um dos métodos mais confiáveis para<br />

avaliação <strong>de</strong> competências clínicas <strong>de</strong> estudantes dos cursos da área da Saú<strong>de</strong>. Em cada uma das estações, o <strong>de</strong>sempenho do estudante<br />

é observado, permitindo que o domínio das habilida<strong>de</strong>s possa ser avaliado. Normalmente, observam-se os avaliados registrando o <strong>de</strong>sempenho<br />

num checklist previamente estruturado. Objetivo: Descrever a experiência do Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s e Simulação na<br />

construção <strong>de</strong> um método <strong>de</strong> avaliação que permita avaliar o resultado dos objetivos educacionais propostos. Métodos: Para a elaboração<br />

<strong>de</strong> um checklist, utilizamos como base da construção <strong>de</strong> cada ítem a ser verificado, as informações registradas nas guias referentes a<br />

cada assunto. Os checklists são produzidos pelos docentes com o auxílio dos monitores. Durante a realização do checklist os estudantes<br />

55 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

56 Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


são encaminhados para várias estações no LHS e, ao realizar corretamente as suas tarefas nos manequins ou interpares, são marcados os<br />

ítens consi<strong>de</strong>rados satisfatórios. No final da avaliação é gerada uma nota para cada estudante. Resultados: A escolha <strong>de</strong> um método<br />

a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s clínicas não é simples e representa um <strong>de</strong>safio para os educadores. Essa escolha <strong>de</strong>ve recair, em<br />

uma técnica que seja, ao mesmo tempo, válida, fi<strong>de</strong>digna, operacionalmente viável e ao nível dos estudantes. Conclusões: O Laboratório<br />

<strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s e Simulação <strong>de</strong>ve buscar maior afinida<strong>de</strong> do estudante com <strong>de</strong>terminadas situações clínicas que exijam respostas<br />

aplicadas e manobras bem elaboradas, com o intuído <strong>de</strong> avaliar tanto a parte cognitiva quanto psicomotora do estudante, tentando obter<br />

resultados significativamente positivos, através <strong>de</strong> uma avaliação imparcial, formativa e certificadora.<br />

Programa <strong>de</strong> Aprendizagem <strong>de</strong> Atenção Básica na Percepção do Aluno<br />

Freire, AD 57<br />

Trinda<strong>de</strong>, TG 57<br />

Cornetta, MCM 57<br />

Martins, ALM 57<br />

Silva, SML 57<br />

Jeremias, AKML 57<br />

Introdução: O programa <strong>de</strong> aprendizagem em atenção básica (PAAB) é recebido pelos alunos <strong>de</strong> medicina com gran<strong>de</strong> expectativa<br />

por ser uma ativida<strong>de</strong> nunca antes vivenciada. Significa seu primeiro contato com os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a compreensão do processo<br />

saú<strong>de</strong> doença e da importância da prática <strong>de</strong> humanização no atendimento. O processo <strong>de</strong> aprendizagem através da problematização<br />

é facilitado pela vivência concomitante nos cenários <strong>de</strong> prática. Objetivo: Avaliação da obtenção <strong>de</strong> competências e da abordagem<br />

teórica <strong>de</strong>senvolvidas no PAAB, na percepção do aluno. Método: Estudo transversal realizado através <strong>de</strong> questionário aplicado a 338<br />

alunos da primeira à sexta série do curso medicina, por ocasião da finalização do semestre letivo. Foram consi<strong>de</strong>radas as questões a respeito<br />

da Auto-avaliação na obtenção <strong>de</strong> competências, na qualida<strong>de</strong> e na carga horária do conteúdo teórico <strong>de</strong>senvolvido, medida através<br />

<strong>de</strong> escala tipo Likert. Os dados foram submetidos à análise estatística utilizando-se o software SPSS 13 e aplicado o teste do Qui-Quadrado<br />

para as variáveis em questão. Resultados: Na obtenção <strong>de</strong> competências, observou-se respectivamente do PAAB I ao VI, da categoria<br />

Bom/Muito bom: 82,5%, 72,0%, 91,3%, 54,1%, 79,7% e 80% (p=0,003); Qualida<strong>de</strong> do conteúdo teórico: 64,9%, 75,0%, 91,3%,<br />

50,0%, 53,8% e 44,6% (p


aos 88 alunos do internato do 6º ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, sobre: i) práticas <strong>de</strong> avaliação do aluno no internato e o conhecimento <strong>de</strong> outros métodos<br />

avaliativos; ii) feedback ao aluno; iii) <strong>de</strong>senvolvimento docente em avaliação. Resultados: Respon<strong>de</strong>ram ao questionário 53 (60%) internos.<br />

Sobre o processo <strong>de</strong> avaliação nos estágios, 42(79%) dos internos dizem ser somativa e 13 (24%) enten<strong>de</strong>m ser também formativa.<br />

Os métodos <strong>de</strong> avaliação mais utilizados foram: discussão <strong>de</strong> casos clínicos (85%), seminários (64%), observacional assistemática (60%),<br />

relatórios (54%), provas escritas (52%) e avaliação tipo 360 graus (11%), avaliação estruturada (6%). Os internos são avaliados por docentes<br />

(94%), resi<strong>de</strong>ntes (73%) e médicos do serviço (67%). Adisponibilização <strong>de</strong> notas é o feedback fornecido ao aluno durante o internato<br />

(85%) e discussão <strong>de</strong> questões (19%). Os internos citaram a avaliação tipo 360 graus (66%) e o OSCE (64%), como as que po<strong>de</strong>riam<br />

avaliá-los quanto às habilida<strong>de</strong>s. Há consenso (98%) que o docente <strong>de</strong>va ser submetido à capacitação em avaliação. Conclusões: O internato<br />

médico <strong>de</strong>manda outros métodos <strong>de</strong> avaliação que possibilitem a avaliação integral do aluno em sua evolução cognitiva, <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s<br />

e atitu<strong>de</strong>s e com feedback imediato, fatores que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m entre outros do <strong>de</strong>senvolvimento docente em avaliação. Foi possível<br />

i<strong>de</strong>ntificar um pequeno percentual <strong>de</strong> métodos mo<strong>de</strong>rnos, em avaliação do aluno no internato.<br />

Avaliação do Aluno no Internato da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Alagoas: Visão dos Internos<br />

Vasconcelos, MVL59 Rodarte, RS59 Ramos, JER59 Pedrosa, CMS59 Bastos, D59 Introdução: Aproposta do internato <strong>de</strong> dois anos foi implementada na FAMED/UFALem 2007. Em consonância com as Diretrizes<br />

Curriculares Nacionais para o Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina (2001), a avaliação do aluno, além <strong>de</strong> cognitiva, <strong>de</strong>ve possibilitar a<br />

avaliação <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s necessárias à prática profissional, especialmente durante o internato. Objetivo: Conhecer a percepção<br />

dos internos sobre a avaliação no internato médico e i<strong>de</strong>ntificar formas <strong>de</strong> avaliação que sejam coerentes com o novo currículo da faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> medicina. Metodologia: Estudo <strong>de</strong>scritivo transversal através <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> questionário estruturado e semi-estruturado<br />

aos 88 alunos do internato do 6º ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, sobre: i) práticas <strong>de</strong> avaliação do aluno no internato e o conhecimento <strong>de</strong> outros métodos<br />

avaliativos; ii) feedback ao aluno; iii) <strong>de</strong>senvolvimento docente em avaliação. Resultados: Respon<strong>de</strong>ram ao questionário 53 (60%) internos.<br />

Sobre o processo <strong>de</strong> avaliação nos estágios, 42(79%) dos internos dizem ser somativa e 13 (24%) enten<strong>de</strong>m ser também formativa.<br />

Os métodos <strong>de</strong> avaliação mais utilizados foram: discussão <strong>de</strong> casos clínicos (85%), seminários (64%), observacional assistemática (60%),<br />

relatórios (54%), provas escritas (52%) e avaliação tipo 360 graus (11%), avaliação estruturada (6%). Os internos são avaliados por docentes<br />

(94%), resi<strong>de</strong>ntes (73%) e médicos do serviço (67%). Adisponibilização <strong>de</strong> notas é o feedback fornecido ao aluno durante o internato<br />

(85%) e discussão <strong>de</strong> questões (19%). Os internos citaram a avaliação tipo 360 graus (66%) e o OSCE (64%), como as que po<strong>de</strong>riam<br />

avaliá-los quanto às habilida<strong>de</strong>s. Há consenso (98%) que o docente <strong>de</strong>va ser submetido à capacitação em avaliação. Conclusões: O internato<br />

médico <strong>de</strong>manda outros métodos <strong>de</strong> avaliação que possibilitem a avaliação integral do aluno em sua evolução cognitiva, <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s<br />

e atitu<strong>de</strong>s e com feedback imediato, fatores que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m entre outros do <strong>de</strong>senvolvimento docente em avaliação. Foi possível<br />

i<strong>de</strong>ntificar um pequeno percentual <strong>de</strong> métodos mo<strong>de</strong>rnos, em avaliação do aluno no internato.<br />

59 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

476<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O Ensino <strong>de</strong> Genética nas Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Medicina do Século XXI: a Experiência da<br />

UFRGS<br />

Peruzzo, J 60<br />

Farias, D 60<br />

Souza, CFM 60<br />

Flores, RZ 60<br />

Schuler-Faccini, L 60<br />

Schwartz, IVD 60<br />

Introdução: O papel da genética no processo saú<strong>de</strong>-doença faz do seu ensino uma peça fundamental para a formação médica.<br />

Entretanto, estudo realizado na década <strong>de</strong> 90 mostrou que alunos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina (FAMED) tinham pouco conhecimento sobre<br />

a aplicabilida<strong>de</strong> clínica <strong>de</strong> tal disciplina (Souza et al., 1996). Objetivo: Avaliar a opinião dos alunos da FAMED em relação à aplicabilida<strong>de</strong><br />

clínica dos conhecimentos em genética, assim como sua evolução em relação ao estudo anteriormente realizado, e analisar a influência<br />

da disciplina <strong>de</strong> genética sobre a opinião dos alunos em relação ao tema. Método: No ano <strong>de</strong> 2005, questionário contendo 19<br />

perguntas sobre a especialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> genética clínica e seu papel na medicina foi aplicado, <strong>de</strong> forma anônima, em dois momentos para a<br />

mesma turma: no primeiro (pré) e no último (pós) dia <strong>de</strong> aula da disciplina. Resultados: 62 alunos respon<strong>de</strong>ram o questionário pré (média<br />

<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> = 20 anos) e 65 respon<strong>de</strong>ram o pós. Pré: Cinqüenta e um alunos (82,3%) já tinham ouvido falar sobre genética relacionada à<br />

medicina e 95,2% tinham conhecimento sobre a existência da genética como especialida<strong>de</strong> médica. Pós: Em relação ao período pré, um<br />

maior número <strong>de</strong> alunos passou a consi<strong>de</strong>rar importante a participação da genética em diversas situações clínicas (p


foram quantificadas. 71% classificaram como excelente o aprendizado com o ME. No quesito divisão da turma em três grupos, 86% disseram<br />

que ‘‘facilita o acesso ao professor e aos monitores’’ e ‘‘torna-se menos cansativo, cada aula mais proveitosa’’. 14% relataram que<br />

‘‘as aulas teóricas ficaram curtas’’. 100% afirmaram que o ME ‘‘permitiu melhor distribuição das notas e dos conteúdos’’. Conclusão: O<br />

novo método <strong>de</strong> ensino-aprendizagem direcionou os estudantes a um perfil <strong>de</strong> constância frente à busca <strong>de</strong> informações. Aanálise das<br />

notas mostra uma melhora no aprendizado. A ausência <strong>de</strong> reprovações na metodologia atual se apresenta como um dado favorável a<br />

manutenção <strong>de</strong>ste método.<br />

Avaliação dos Acadêmicos ao Exame Tipo Osce Realizado em uma UBS Escola ao Final do<br />

Ciclo <strong>de</strong> Internato em Atenção Primária à Saú<strong>de</strong><br />

Silva, ACCG 62<br />

Holzer, S 62<br />

Moura, AA 62<br />

Bezerra, DF 62<br />

Munekata, RV 62<br />

Reato, LFN 62<br />

Introdução: AAtenção Primária a Saú<strong>de</strong> (APS) foi incorporado como 5º ciclo do internato em medicina no ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong> e vem incorporando,<br />

com o apoio da coor<strong>de</strong>nação do curso, novas propostas didático-pedagógicas, entre elas a realização do OSCE <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

uma das UBS escola. Objetivos: conhecer a opinião dos alunos quanto ao OSCE realizado pela APS em uma UBS escola. Metodologia: O<br />

exame contou com 4 estações, sendo 3 clínicas: pediatria; clínica e GO com abordagem dos conceitos básicos <strong>de</strong> APS. A quarta estação<br />

foi <strong>de</strong> avaliação: <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s, auto-avaliação e <strong>de</strong> pares, realizada por um grupo <strong>de</strong> preceptores das UBS escola. Ao final os alunos respon<strong>de</strong>ram<br />

um questionário sobre as estações, com os quesitos: valida<strong>de</strong> do tema; abordagem dada ao tema; qualida<strong>de</strong> do ator/atriz e<br />

grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>. Resultados: Quanto a valida<strong>de</strong> do tema: 92%, 97% e 100% respon<strong>de</strong>ram como bom ou ótimo, respectivamente para<br />

Clínica Médica, GO e pediatria. Para a abordagem ao tema encontramos como avaliações boas e ótimas 92%, 93 e 89%. Para qualida<strong>de</strong><br />

do ator/atriz, (funcionários da UBS), os números são: 90%, 100% e 75% como bom e ótimo, para as respectivas estações. Quanto ao grau<br />

<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> encontramos dados semelhantes para as 3 estações clínicas com média <strong>de</strong> 63% <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quado e 37% <strong>de</strong> alto grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>.<br />

Aestação <strong>de</strong> avaliação teve 100% <strong>de</strong> respostas favoráveis à sua relevância e à percepção positiva para sua aplicação ao final do<br />

ciclo. Conclusão: Os acadêmicos analisaram positivamente o exame tipo OSCE e o grau <strong>de</strong> satisfação <strong>de</strong>monstra que esta metodologia é<br />

possível <strong>de</strong> ser realizada com recursos da UBS. A estação <strong>de</strong> avaliação foi vista <strong>de</strong> forma positiva, pois proporcionou a <strong>de</strong>volutiva das<br />

habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s, assim como possibilitou uma primeira iniciativa para emprego da avaliação 360°.<br />

Avaliação do Osce Por Alunos <strong>de</strong> Medicina<br />

Bastos, MC 63<br />

Souza, CC 63<br />

Introdução: O Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE) consiste em uma avaliação teórico-prática, por meio <strong>de</strong> simulações<br />

com mo<strong>de</strong>los anatômicos ou atores treinados. Este objetiva fazer avaliar longitudinalmente o aluno durante o período do semestre letivo.<br />

Objetivos: Este trabalho tem por objetivo retratar a preparação e as sensações do aluno perantes ao OSCE. Métodos: Aplicação <strong>de</strong> 28<br />

questionários objetivos, correspon<strong>de</strong>ndo a 90% da turma do oitavo semestre <strong>de</strong> medicina, contendo quesitos sobre preparação e sentimentos<br />

durante o OSCE. Em relação aos sentimentos, foi indagada sensação <strong>de</strong> tranqüilida<strong>de</strong>, estresse, angústia, curiosida<strong>de</strong>, e alívio.<br />

Na preparação, as perguntas foram se o estudo era individual, em grupo, teórico, no laboratório e se o tempo <strong>de</strong> estudo era superior há<br />

duas semanas, uma semana ou apenas na véspera. Os estudantes respon<strong>de</strong>ram voluntariamente e po<strong>de</strong>riam marcar quantos quesitos<br />

<strong>de</strong>sejassem. Resultados: A análise dos questionários revelou que 82% dos entrevistados mostraram-se estressados frente à avaliação e<br />

outros 75% angustiados. Encontrou-se que 96% dos alunos estudam em grupo, 78% individualmente, 75% no laboratório e 68% aprofundam<br />

a teoria. Quanto ao tempo <strong>de</strong> estudo, viu-se que 21% <strong>de</strong>dicam mais <strong>de</strong> duas semanas, 39% uma semana e 14% estudam na vés-<br />

62 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.<br />

63 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana, Feira <strong>de</strong> Santana, BA, Brasil.<br />

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pera. Conclusões: Os resultados permitem inferir que estresse e angústia são fatores muito freqüentes, <strong>de</strong>vendo, então, serem minimizados<br />

por técnicas <strong>de</strong> relaxamento anteriores à avaliação. Observou-se também que o estudo em grupo é bastante valorizado, porém o<br />

uso do laboratório <strong>de</strong>ve ser mais incentivado pelos docentes por meio <strong>de</strong> retreinamento das ativida<strong>de</strong>s. Afim <strong>de</strong> estimular o estudo prévio<br />

(somente 21% dos alunos estudam mais <strong>de</strong> duas semanas) propõe-se que sejam realizadas avaliações periódicas durante as aulas. O<br />

OSCE é, potanto, uma maneira inovadora <strong>de</strong> analisar o conhecimento prático-teórico adquiridos pelos discentes, no entanto, precisa <strong>de</strong><br />

reformulações para que se torne ainda mais eficaz.<br />

Portfólio Baseado em Caso Clínico<br />

Miranda, LEC 64<br />

Tavares, DM 64<br />

Laurentino, D 64<br />

Tenório, AL 64<br />

Ferna<strong>de</strong>s, JL 64<br />

Villan<strong>de</strong>r, M 64<br />

Introdução: O Portfólio é um instrumento <strong>de</strong> avaliação discente baseado no registro periódico das experiências <strong>de</strong> aprendizado<br />

vividas durante uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino. Sua principal característica é o caráter reflexivo. Não basta ao estudante registrar experiências<br />

como se estivesse alimentando informações num blog eletrônico. É preciso refletir sobre as experiências, tanto do ponto <strong>de</strong> vista técnico,<br />

quanto dos aspectos humanos, sociais, econômicos, etc. inerentes àquela situação. Entre as características do portfólio está sua<br />

adaptabilida<strong>de</strong> as circunstâncias. Assim, po<strong>de</strong> ser um instrumento para avaliar uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> campo, estágio <strong>de</strong> internato, <strong>de</strong> apenas<br />

um dos vários aspectos intrínsecos a uma disciplina ou módulo <strong>de</strong> ensino-aprendizado. Po<strong>de</strong> ser aplicado eletronicamente. Métodos:<br />

Relatamos a experiência com o uso do portfólio baseado em caso clínico para avaliação <strong>de</strong> estudantes do terceiro ano <strong>de</strong> Medicina<br />

que passam por um módulo teórico integrado <strong>de</strong> ensino das doenças do aparelho digestivo, não baseado em problematização <strong>de</strong> casos.<br />

Em um período <strong>de</strong> dois anos, 600 estudantes acompanharam o caso clínico-cirúrgico <strong>de</strong> paciente internado em enfermarias próprias do<br />

módulo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento do internamento até a alta hospitalar. No portfólio, cada estudante <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>monstrar que se envolveu com o<br />

caso do paciente, refletiu sobre os vários aspectos e discutiu um artigo científico selecionado pelo próprio estudante e relacionado ao<br />

caso. Resultados: O portfólio teve taxa <strong>de</strong> aprovação <strong>de</strong> 95%. Casos <strong>de</strong> reprovação foram causados por conteúdo argumentativo insuficiente<br />

ou frau<strong>de</strong>s. Aavaliação do método pelos estudantes mostrou alta taxa <strong>de</strong> satisfação. Padronização da avaliação é necessária para<br />

que a avaliação dos trabalhos possa ser dividida por vários docentes, <strong>de</strong> maneira uniforme e justa. Conclusão: O portfólio baseado em<br />

caso clínico mostrou-se eficiente ferramenta para avaliação <strong>de</strong> aspectos cognitivos, humanos e <strong>de</strong> postura dos discentes. Mais que simples<br />

método <strong>de</strong> avaliação, o portfólio é uma po<strong>de</strong>rosa ferramenta <strong>de</strong> aprendizado ativo.<br />

Análise Transversal do Conhecimento Sobre Genética Comportamental dos Acadêmicos <strong>de</strong><br />

Medicina da UNIRIO<br />

Masiero, A 65<br />

Dias, FM 65<br />

Gebrim, M 65<br />

Polivanov, R 65<br />

Simões, R 65<br />

Lugarinho, R 65<br />

Introdução: A associação entre fatores ambientais e biológicos levam a comportamentos como infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, agressivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pressão<br />

e alcoolismo, caracterizando a genética comportamental. Contudo a abrangência <strong>de</strong>ste assunto no meio acadêmico ainda é limitada<br />

tornando-se necessário avaliar conhecimentos acerca da genética do comportamento humano e a prevalência <strong>de</strong>ssas características<br />

herdáveis no cotidiano dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina da UNIRIO. Objetivos: Comparar o conhecimento sobre genética comportamental<br />

entre acadêmicos <strong>de</strong> medicina da UNIRIO que cursaram a disciplina <strong>de</strong> Genética I e os que não cursaram tal disciplina, levando-se<br />

em consi<strong>de</strong>ração suas experiências individuais. Metodologia: Questionário semi-estruturado com perguntas sobre genética com-<br />

64 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

65 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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portamental e experiências individuais, aplicado a 164 acadêmicos <strong>de</strong> medicina divididos em 2 grupos com 82 indivíduos cada. O grupo<br />

I é composto por estudantes do primeiro e segundo períodos, que ainda não passaram pela disciplina <strong>de</strong> Genética I e o grupo II é<br />

composto por estudantes do terceiro e quarto períodos, que já concluíram tal disciplina. Resultados: No grupo I 62,20% dos pesquisados<br />

alegaram <strong>de</strong>sconhecer a genética comportamental, enquanto que no grupo II essa porcentagem foi <strong>de</strong> 54,88%, não havendo, portanto,<br />

diferença significativa entre eles. A maioria dos pesquisados afirmou que, apesar <strong>de</strong> os genes influenciarem as características, a<br />

maior influência provém <strong>de</strong> fatores externos. Quanto aos comportamentos presentes nas famílias dos pesquisados, a <strong>de</strong>pressão foi a<br />

mais prevalente nos dois grupos, mas foram citados também ansieda<strong>de</strong>, teimosia e ciúme . Quando perguntados sobre características<br />

herdáveis dos pais, 57,32% dos indivíduos do grupo I e 41,46% dos indivíduos do grupo II afirmaram possuí-las. Conclusões: Este trabalho<br />

confirma a ínfima abrangência da genética do comportamento humano no meio acadêmico, evi<strong>de</strong>nciado pela semelhança entre<br />

os grupos. Além disso, constatou-se a alta prevalência da <strong>de</strong>pressão nas famílias dos indivíduos pesquisados e sua herdabilida<strong>de</strong>.<br />

Avaliação na Sessão Tutorial:Dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tutores e Estudantes<br />

Oliveira, VTD 66<br />

Batista, NA 67<br />

Introdução: A metodologia PBL é uma estratégia <strong>de</strong> ensino-aprendizagem que vem sendo adotada pos diversas escolas médicas<br />

em todo o mundo. No PBL, os estudantes discutem situações problemas nos grupos tutoriais, acompanhados por um tutor/facilitador<br />

e tem a avaliação formativa como importante suporte para todo o processo educacional. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar as dificulda<strong>de</strong>s apresentadas<br />

por tutores e estudantes para o <strong>de</strong>senvolvimento da avaliação formativa nas sessões tutoriais <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> medicina que<br />

utiliza Aprendizagem Baseada em Problemas. Métodos: Foi realizado estudo qualitativo/quantitativo. Aamostra consistiu <strong>de</strong> 45 estudantes<br />

e 11 tutores do sétimo período do curso <strong>de</strong> medicina. Utilizou-se como técnica <strong>de</strong> coletas <strong>de</strong> dados um questionário Likert com<br />

assertivas relacionadas à temática, cujos resultados foram tabulados e dispostos em gráficos; e entrevista semiestruturada que <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> transcritas, foram submetidas à análise temática. Resultados: Afalta <strong>de</strong> preparo dos tutores é apontada por 45% dos tutores e 68,89%<br />

dos estudantes e reforçada pela observação <strong>de</strong> que os tutores apresentam dificulda<strong>de</strong> em realizar a avaliação individual dos estudantes;<br />

não percebem que estudantes forjam sua participação nas sessões; avaliam baseados em empatias pessoais; não conseguem propor soluções<br />

para as dificulda<strong>de</strong>s apresentadas por estudantes; e <strong>de</strong>monstram uma visão ultrapassada da avaliação não dando ênfase ao aspecto<br />

contínuo e progressivo da mesma. Dificulda<strong>de</strong>s relacionadas aos estudantes foram a segunda categoria emergente. Os entrevistados<br />

i<strong>de</strong>ntificam a falta <strong>de</strong> preparo e <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> dos estudantes expressos pela ocorrência <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> sincerida<strong>de</strong>, medos e conflitos<br />

entre eles durante os momentos avaliativos. Aultima categoria emergente se refere à falta <strong>de</strong> clareza e ina<strong>de</strong>quação dos critérios utilizados<br />

para a avaliação nas sessões tutoriais. Conclusão: Os dados apontam para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um maior compromisso da coor<strong>de</strong>nação<br />

do curso e dos envolvidos na elaboração e execução <strong>de</strong>ssas avaliações estabelecendo programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento docente e<br />

também discente em avaliação.<br />

“Gincana”: Avaliação do Estresse Durante a Espera<br />

Nogueira, EA68 Alencar, EC68 Diniz, RMV68 Oliveira, ES68 Vasconcelos, GC68 Ponte, AM68 Introdução: A avaliação prática <strong>de</strong> histologia, na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará (UFC), conhecida<br />

como “gincana”, é realizada com 20 alunos por vez, totalizando 4 turmas. Os estudantes que ainda não realizaram a prova permanecem<br />

esperando numa sala fechada. Essa espera po<strong>de</strong> gerar estresse nos alunos e interferir no rendimento durante a prova. Objetivos: I<strong>de</strong>nti-<br />

66 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Montes Claros, Montes Claros, MG, Brasil.<br />

67 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

68 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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ficar se a espera para a “gincana” produz estresse e correlacionar com o <strong>de</strong>sempenho dos alunos <strong>de</strong>ntro da avaliação. Métodos: Aplicação<br />

<strong>de</strong> questionário com 75 alunos do 2º semestre <strong>de</strong> medicina da UFC, imediatamente após a realização da “gincana”. Foram indagados<br />

sobre se a espera, em sala fechada, para realizar a gincana é estressante; em qual grau (numa escala <strong>de</strong> 1 a 5) estava o estresse durante<br />

a espera; qual a influência <strong>de</strong>sse estresse no <strong>de</strong>sempenho durante a prova e qual turma seria a melhor opção para atingir um nível <strong>de</strong> estresse<br />

menor e obter melhor rendimento na “gincana”. Resultados: 60,3% dos alunos acreditam que a espera para a prova prática estressa.<br />

Com relação ao grau <strong>de</strong> estresse durante a espera, 21,3% consi<strong>de</strong>raram-se no grau 1; 21,3%, no 2; 40%, no 3; 10,7%, no 4 e 6,7% no 5.<br />

No tocante à influência <strong>de</strong>sse estresse no <strong>de</strong>sempenho dos alunos na “gincana”, 12% consi<strong>de</strong>ram nenhuma; 40%, pouca; 38,7, mo<strong>de</strong>rada<br />

e 9,3% elevada. Sobre a melhor opção <strong>de</strong> turma para fazer a prova, 63,4% consi<strong>de</strong>rou a 1ª; 15,5% a 2ª; 8,5% a 3ª e 12,6%, a 4ª. Conclusões:<br />

Esperar em sala fechada pela realização da “gincana” <strong>de</strong> histologia mostrou-se estressante. Observou-se um nível baixo a intermediário<br />

<strong>de</strong> estresse, que exerce influência <strong>de</strong> pouca a mo<strong>de</strong>rada no rendimento dos alunos durante a avaliação. Amaioria consi<strong>de</strong>rou a 1ª<br />

turma como melhor escolha, corroborando para inferir-se que esse estresse exerce efeitos no momento da “gincana”.<br />

Seminários Baseados em Casos Clínicos: uma Metodologia que Aproxima da Futura<br />

Realida<strong>de</strong> Profissional<br />

Lavor, DBH69 Machado, DRM69 Vasconcelos, GC69 Ponte, AM69 Oliveira, ES69 Araújo, SQ69 Introdução: A disciplina <strong>de</strong> Histologia e Embriologia Humanas nos cursos <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />

Ceará possui uma metodologia bastante diversificada, proporcionando um aprendizado mais que completo aos discentes e foi pensando<br />

no futuro profissional <strong>de</strong>stes, que uma série <strong>de</strong> apresentações <strong>de</strong> casos clínicos foi feita pelos alunos, fazendo com que eles se aproximem<br />

um pouco da realida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong>rão encontrar no <strong>de</strong>correr da profissão escolhida. Objetivos: Tentamos avaliar o grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong><br />

dos casos apresentados, relacionado-os com as aulas teóricas repassadasaosdiscentes.Observamostambémasprincipaisfontes<br />

<strong>de</strong> pesquisa utilizadas e também se os casos clínicos ampliaram os horizontes <strong>de</strong> alguns discentes em relação à futura profissão, ou seja,<br />

estimulando-os a seguir em frente ou se gerou um <strong>de</strong>sestímulo em prosseguir no curso. Métodos: Foi utilizado um questionário composto<br />

por 7 questões objetivas que avaliavam <strong>de</strong> uma forma mais qualitativa à adoção dos seminários baseados em casos clínicos. Resultados:<br />

Foram aplicados 35 questionários, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos observar que a a<strong>de</strong>são aos casos clínicos foi positiva em 97% dos questionários,<br />

sendo quase unânime. Outro fator positivo é que para 74% dos alunos os casos clínicos foram consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> nível “Normal” e<br />

que para 97% tanto a Histologia quanto a Embriologia ajudaram a enten<strong>de</strong>r melhor os casos clínicos abordados. Sobre as fontes <strong>de</strong> pesquisa,<br />

as principais foram “Livros, Internet, Artigos Científicos” para 77% dos alunos e a mesma porcentagem fala que os seminários<br />

empolgaram para seguir em frente no curso. Conclusão: Pelo presente estudo, vimos que os alunos receberam bem essa idéia dos seminários<br />

e que eles não se assustaram com a idéia <strong>de</strong> apresentar temas bem complexos e isso mostra a importância da disciplina <strong>de</strong> não se<br />

limitar só ao conteúdo teórico, mas também, correlacionar a disciplina com a realida<strong>de</strong> prática da futura profissão.<br />

69 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará. Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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Comparação entre Avaliação Objetiva e Auto-Avaliação dos Candidatos à XVI Seleção do<br />

Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial (Pet-Medicina) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas<br />

Silva, MAF 70<br />

Bindá, AGL 70<br />

Elami<strong>de</strong>, BC 70<br />

Avelino, FGS 70<br />

Avelino, TO 70<br />

Ribeiro, TA 70<br />

Introdução: O Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial (PET-Medicina) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas (UFAM) <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> suas<br />

ativida<strong>de</strong>s, pesquisa e aperfeiçoa continuamente os métodos avaliativos no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, melhorando assim as<br />

formas <strong>de</strong> aquilatação discente utilizadas no PET-Medicina e no curso <strong>de</strong> medicina da UFAM. O programa realiza anualmente seleção<br />

para novos integrantes e este ano 14 estudantes participaram da seleção. Objetivos: Avaliar o comportamento estatístico <strong>de</strong> três métodos<br />

<strong>de</strong> avaliação aplicados nos participantes da XVI seleção do PET-Medicina da UFAM. Métodos: Durante uma das fases do processo<br />

seletivo (apresentação pública <strong>de</strong> um artigo científico original) aplicou-se três diferentes métodos avaliativos com a seguinte metodologia.<br />

Primeiramente, cinco integrantes do grupo realizaram uma avaliação individual objetiva; em seguida o candidato auto-avaliou seu<br />

<strong>de</strong>sempenho e finalmente todos os integrantes do PET-Medicina, juntos, avaliaram a apresentação do candidato. Com as notas <strong>de</strong> todos<br />

os candidatos realizou-se um teste <strong>de</strong> correlação kappa, um teste <strong>de</strong> diferença <strong>de</strong> médias e um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> regressão múltipla. Foram<br />

consi<strong>de</strong>rados significantes os resultados com p


mostra preocupação e insegurança com o fato <strong>de</strong> ter suas vivências avaliadas pelos tutores. Em contrapartida,outros <strong>de</strong>monstram tranqüilida<strong>de</strong><br />

e sensação <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, por po<strong>de</strong>rem expressar suas percepções e singularida<strong>de</strong>s. Conclusões: Os resultados obtidos foram<br />

compatíveis com os dados da literatura e corroboram o potencial <strong>de</strong>sta ferramenta na formação <strong>de</strong> médicos capazes <strong>de</strong> refletir sobre<br />

suas práticas, num processo constante <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> novos saberes e reconstrução dos já existentes.Os <strong>de</strong>safios encontrados na sua<br />

implementação são: as dificulda<strong>de</strong>s em <strong>de</strong>finir critérios para avaliação, compreen<strong>de</strong>r seus objetivos, vantagens e <strong>de</strong>svantagens,o tempo<br />

para escrevê-lo e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perda da confiabilida<strong>de</strong> dos relatos.Apesar das limitações encontradas, consi<strong>de</strong>ramos que as potencialida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>ste método são superiores aos limites <strong>de</strong> seu uso no ensino <strong>de</strong> graduação,sugerindo-se, entretanto, novos estudos para<br />

respon<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>safios supracitados.<br />

A Importância do Currículo Paralelo na Formação do Estudante <strong>de</strong> Medicina<br />

Maldonado, RJ73 Alves, R73 Sari-Eldim,OFG73 Blunck Ari<strong>de</strong>, S73 Neves, CR73 Rafael, JF73 Introdução: ativida<strong>de</strong>s na busca por complementação da formação e aumento da experiência clínica dos alunos <strong>de</strong> medicina -<br />

eqüidistantes e livres <strong>de</strong> controles acadêmicos - configuram o chamado “currículo paralelo”, são antigas, extensas e acontecem em<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>s brasileiras. Objetivos: avaliar o comportamento do estudante <strong>de</strong> medicina das várias escolas do Estado<br />

frente ao currículo paralelo (CP), em uma Maternida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alto fluxo, avaliando o grau <strong>de</strong> comprometimento, e a inferência <strong>de</strong>ste estágio<br />

na evolução <strong>de</strong>ste estudante. Avaliar a distribuição, dando ênfase ao perfil social e a avaliação dos mesmos em relação aos preceptores e<br />

seus estágios. Metodologias: estudo <strong>de</strong>scritivo, prospectivo sobre o interesse <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> algumas escolas pelo currículo<br />

paralelo. A coleta <strong>de</strong> dados através <strong>de</strong> questionário fechado abordando várias variáveis como i<strong>de</strong>ntificação, status social, expectativas<br />

profissionais futuras, motivação para ativida<strong>de</strong>s do CP, tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> e avaliação do estágio. Todos os 75 estudantes que participam<br />

do estágio paralelo na Maternida<strong>de</strong> Pró-Matre <strong>de</strong> Vitória foram entrevistados pelos autores. Resultados: observamos das cinco<br />

escolas <strong>de</strong> Medicina do Estado, quatro estavam representadas neste estudo. A maioria dos estudantes apresenta perfil social elitizado<br />

visto serem três <strong>de</strong>stas escolas particulares. Cerca <strong>de</strong> 30% praticam algum esporte, 60% referem à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exercitar a prática<br />

comoomotivo<strong>de</strong>buscaaoestágioparalelo.Otipo<strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>predominante em 95,5% foi o plantão <strong>de</strong> 12 horas, sendo que 25% dos<br />

plantonistas são professores <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>stas instituições <strong>de</strong> ensino e, a avaliação dos estudantes foi consi<strong>de</strong>rada satisfatória na maioria<br />

dos casos. Conclusões: concluímos que a busca por ativida<strong>de</strong>s práticas é uma necessida<strong>de</strong> relevante aos olhos dos discentes e, talvez<br />

através <strong>de</strong>sta prática não ortodoxa, o aprendizado esteja fugindo das mãos dos professores, <strong>de</strong>ixando, por vezes, <strong>de</strong> inserir orientações<br />

e princípios básicos a boa prática médica.<br />

Estabelecendo Relação entre a Prática Docente e o Aprendizado <strong>de</strong> Imunologia<br />

Barreto, CMB 74<br />

Teixeira, GAPB 74<br />

Introdução: Temos i<strong>de</strong>ntificado que o aprendizado das concepções atuais <strong>de</strong> diferentes termos relacionados à imunologia não<br />

tem sido alcançado pelos alunos. É postulado que a aprendizagem está relacionada a vários fatores intrínsicos àquele que apren<strong>de</strong> e ao<br />

processo <strong>de</strong>senvolvido pelo professor. Objetivo: I<strong>de</strong>ntificar a influência da prática docente no aprendizado do aluno. Materiais e Métodos:<br />

Esta pesquisa foi <strong>de</strong>senvolvida com alunos do curso <strong>de</strong> medicina (quatro turmas) e seis professores da disciplina imunologia <strong>de</strong><br />

uma Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral. Para avaliar os conhecimentos básicos <strong>de</strong> imunologia, traçar o perfil da prática <strong>de</strong> professores e alunos e estabelecer<br />

relação entre ensino e aprendizado, foram <strong>de</strong>senvolvidos um questionário (perguntas abertas) e uma entrevista semi-estrutu-<br />

73 UNIVIX – Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

74 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

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ada. A análise do conteúdo seguida <strong>de</strong> categorização foi usada para a avaliação qualitativa e quantitativa das respostas. A análise da<br />

questão sobre a função do sistema imunológico foi usada para a comparação dos conceitos dos alunos no início e ao término da disciplina<br />

e com os conceitos dos professores. As respostas dos alunos após categorizadas foram pareadas para i<strong>de</strong>ntificação ou não da mudança<br />

conceitual. Resultados: Aidéia <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa contra agentes nocivos, sobre a função do sistema imunológico, foi a categoria predominante<br />

nos pré e pós-testes <strong>de</strong> três das quatro turmas avaliadas. No entanto, entre 28 dos 38 alunos da quarta turma verificamos que a idéia<br />

anterior foi acrescida <strong>de</strong> homeostasia ou substituída por esta em contexto <strong>de</strong> regulação ou integração com outros sistemas (nervoso e<br />

endócrino). I<strong>de</strong>ntificamos que o docente responsável por esta turma <strong>de</strong>senvolve aulas expositivas caracterizadas, predominantemente,<br />

por discurso questionador-interativo. Não foi verificada relação entre a idéia dos alunos e a dos docentes quando as aulas expositivas<br />

foram centradas no conteúdo. Conclusão: I<strong>de</strong>ntificamos relação direta entre o tipo <strong>de</strong> comunicação estabelecida pelo professor e o<br />

resultado no aprendizado.<br />

Metodologia Participativa Como Avaliação Para Turma <strong>de</strong> Medicina em Disciplina <strong>de</strong><br />

Patologia Geral<br />

Rodrigues, ALB 75<br />

Perez, CFC 75<br />

Machado, SO 75<br />

Ocampo, JSP 75<br />

Introdução: Para estimular a prática <strong>de</strong> metodologias inovadoras, a disciplina <strong>de</strong> Patologia Geral realizou avaliação participativa<br />

na turma <strong>de</strong> medicina, que consta <strong>de</strong> duas fases: a primeira feita individualmente e a segunda em que a mesma prova é respondida<br />

após discussão em grupo e consulta a livros/artigos. Objetivos: Relatar a utilização <strong>de</strong> uma avaliação participativa na disciplina <strong>de</strong> Patologia<br />

Geral. Métodos: Turma do 4º período <strong>de</strong> medicina cursando Patologia Geral, no primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, com total <strong>de</strong> 75 alunos.<br />

Aplicamos avaliações teóricas com duas fases <strong>de</strong> trinta minutos cada. Aprimeira, feita individualmente e sem consulta. Na segunda,<br />

dividimos a turma em grupos <strong>de</strong> até seis alunos, que respon<strong>de</strong>ram a mesma prova em outra folha <strong>de</strong> respostas após <strong>de</strong>bate e consulta.<br />

Na nota final, a prova individual teve peso 3 e em grupo, 1. Todos os participantes assinaram termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclarecido<br />

e foi entregue questionário para avaliação do método. Resultados: No total 61alunos respon<strong>de</strong>ram ao questionário. Destes 91,8%<br />

acharam válido a segunda fase. Para 88.5% a discussão ajudou na fixação. Para 90,2% a discussão acrescentou conhecimentos. Sobre o<br />

peso das provas 60,7% concordam com 3:1; 19,7% acham que <strong>de</strong>veria ser igual; 4,9% maior e 14,7% menor. Quanto ao tempo, 8,2% concordam;<br />

39.3% aumentariam o tempo da fase individual; 13,1% da fase em grupo/consulta e 37,7% <strong>de</strong> ambas. Conclusões: Verificamos<br />

como vantagens a consolidação da matéria e o estímulo ao <strong>de</strong>bate. E como <strong>de</strong>svantagens a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> questões objetivas<br />

e em número reduzido, para evitar a exaustão e a correção <strong>de</strong>morada. Foi notada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajustes como o do tempo. Deve-se<br />

ressaltar que essa avaliação permite o aprendizado centrado na participação ativa, reflexiva e contínua do discente, uma das finalida<strong>de</strong>s<br />

da educação superior prevista pela Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases da Educação Nacional.<br />

Relato <strong>de</strong> Experiência: Elaboração <strong>de</strong> Fol<strong>de</strong>r Sobre Anomalias Congênitas à Comunida<strong>de</strong><br />

Assistida Como Método <strong>de</strong> Avaliação em Pediatria<br />

Marques, BC 76<br />

Francisco, CEV 76<br />

Tortori, MMRL 76<br />

Introdução: Utilizando-se <strong>de</strong> métodos ativos no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, a disciplina <strong>de</strong> Pediatria III da Escola <strong>de</strong> Medicina<br />

e Cirurgia da Unirio, aplicou como avaliação a elaboração <strong>de</strong> fol<strong>de</strong>res para os discentes do quarto ano <strong>de</strong> medicina. Diferentes temas foram<br />

abordados, <strong>de</strong>ntre esses, os <strong>de</strong> anomalias congênitas. Objetivo: Relatar a experiência do discente na confecção <strong>de</strong> Fol<strong>de</strong>r educativo voltado<br />

aos responsáveis <strong>de</strong> crianças assistidas no setor da Pediatria do Hospital Universitário Gaffrèe e Guinle – UNIRIO. Métodos: Adisciplina <strong>de</strong><br />

75 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

76 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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Pediatria III da Unirio, em sua última avaliação do semestre, utilizou-se <strong>de</strong> metodologia participativa como avaliação dos discentes. Os Alunos<br />

foram divididos em grupos, cada grupo responsável por um tema <strong>de</strong> importância pediátrica. Aconfecção do fol<strong>de</strong>r <strong>de</strong>veria ter o linguajar<br />

leigo, visando orientar e educar o seu público-alvo. Foi disponibilizado espaço na gra<strong>de</strong> horária da disciplina e contou-se com supervisão<br />

da docente responsável pela ativida<strong>de</strong>. Na confecção do fol<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Anomalias Congênitas foram utilizados livros técnicos e o manual do Estudo<br />

Colaborativo Latino-Americano <strong>de</strong> Malformações Congênitas (ECLAMC). O produto inicial foi apresentado à turma e à professora, originando<br />

um <strong>de</strong>bate sobre possíveis modificações. Resultados: Inicialmente, a maior dificulda<strong>de</strong> do grupo foi em selecionar os principais assuntos<br />

do ECLAMC para abordar <strong>de</strong> forma eficiente aos responsáveis. Buscou-se transformar as dúvidas do público em informação útil e <strong>de</strong> linguajar<br />

apropriado, focando nas orientações. O grupo preocupou-se com o projeto gráfico do fol<strong>de</strong>r, <strong>de</strong> forma a gerar interesse na leitura do<br />

material. Conclusão: Aavaliação do grupo foi positiva em relação ao método <strong>de</strong> avaliação aplicado e ao incentivo à função social, exercitando<br />

a prestação <strong>de</strong> serviço a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pacientes <strong>de</strong> seu hospital universitário. Da mesma forma os docentes aten<strong>de</strong>ram aos <strong>de</strong>veres da disciplina<br />

em avaliar o aluno enfatizando o aprendizado reflexivo e crítico.<br />

Análise do Processo <strong>de</strong> Avaliação Discente na Disciplina Saú<strong>de</strong> Coletiva na Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Pará: Relato <strong>de</strong> Experiência na Investigação e Elaboração <strong>de</strong> Caso Clínico no<br />

Contexto da Saú<strong>de</strong> do Trabalhador<br />

Bahia, SHA 77<br />

Soares, CGM 77<br />

Ramalho, AS 77<br />

Silva, CCB 77<br />

Serrão, MJD 77<br />

Rossy, MB 77<br />

Introdução: A disciplina Saú<strong>de</strong> Coletiva (SC) III na graduação em Medicina da UFPA estuda o campo da Saú<strong>de</strong> do Trabalhador<br />

(ST) no contexto da SC. Adisciplina realiza três avaliações no semestre, sendo a segunda avaliação um estudo <strong>de</strong> caso clínico. Objetivos:<br />

Avaliar o conhecimento e <strong>de</strong>sempenho dos alunos quanto à investigação e elaboração <strong>de</strong> relato <strong>de</strong> caso clínico. Métodos: a ativida<strong>de</strong> foi<br />

realizada por doze grupos <strong>de</strong> cinco a sete alunos cada, do 4ª semestre, distribuídos em duas turmas. Aprimeira etapa constou <strong>de</strong> busca e<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> um(a) trabalhador(a) que apresentasse história clínica <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte ou doença relacionada ao trabalho, seguida <strong>de</strong> pesquisa<br />

bibliográfica sobre o agravo, entrevista(s) com o trabalhador(a) após assinatura do Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclarecido e<br />

elaboração <strong>de</strong> relatório com a <strong>de</strong>scrição do caso. A ativida<strong>de</strong> encerrou com prova prática com a presença do trabalhador. A avaliação<br />

<strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> foi realizada pelos discentes no último dia <strong>de</strong> aula, através <strong>de</strong> questionário que avaliou o plano <strong>de</strong> ensino e organização<br />

da disciplina, os docentes e o processo <strong>de</strong> avaliação. Resultados: Quanto à segunda avaliação 81,8% dos discentes da turma da manhã e<br />

74,2% da turma da tar<strong>de</strong> referiram ter pouco e/ou insuficiente conhecimento anterior à disciplina sobre investigação e elaboração <strong>de</strong><br />

caso clínico. Não foi observada significativa diferença entre os alunos da turma da tar<strong>de</strong> e os da manhã quanto ao grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong><br />

nesta ativida<strong>de</strong> (T=59,3% / M=54,5%), porém os da turma da manhã referiram ter tido maior (gran<strong>de</strong>/muito gran<strong>de</strong>) interesse<br />

(M=100% / T=85,2%) e aprendizado (M=100% / T=88,9%) que os da tar<strong>de</strong>. Conclusões: As maiores dificulda<strong>de</strong>s apontadas pelos discentes<br />

foram à falta <strong>de</strong> tempo e <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong> integrantes do grupo, número elevado <strong>de</strong> alunos por grupo, achar o caso clínico e o pouco<br />

conhecimento prévio quanto à elaboração <strong>de</strong> caso clínico.<br />

77 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

485<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A Anatomia Humana nos Cursos <strong>de</strong> Medicina na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Manaus – AM<br />

Barros, SR78 Vasconcelos, KCF78 Harraquian, VC78 Gil, FSM78 Furtado, SC78 Carneiro, ALB78 Introdução: As aulas práticas <strong>de</strong> laboratório utilizando cadáveres como ferramenta pedagógica constituem mo<strong>de</strong>lo fundamental<br />

para sedimentação do conceito <strong>de</strong> anatomia e é um valioso recurso no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. O registro da visão dos futuros<br />

médicos sobre a importância do estudo da anatomia e suas implicações éticas e legais po<strong>de</strong> suscitar reflexões acerca do uso <strong>de</strong> cadáveres<br />

para este fim. Objetivos: Conhecer o tratamento atribuído aos cadáveres nas instituições <strong>de</strong> ensino superior em Manaus, discutindo<br />

a importância do cadáver na construção do conhecimento, observando aspectos científicos, religiosos, culturais e legais. Métodos:<br />

Foi elaborado um questionário e aplicado após assinatura do Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) a 200 (duzentos) estudantes<br />

universitários do curso <strong>de</strong> medicina que lidam diretamente com o cadáver humano. O universo pesquisado foi composto <strong>de</strong><br />

estudantes do primeiro ano do Curso <strong>de</strong> Medicina das IES <strong>de</strong> Manaus. Resultados: 93,6% dos alunos são favoráveis ao uso <strong>de</strong> corpos<br />

humanos no ensino da Anatomia, porém 48,6% não observam cumprimento da legislação que regulamenta a utilização <strong>de</strong> corpos <strong>de</strong> indigentes<br />

e <strong>de</strong> mortos não reclamados pelas respectivas famílias e 31,3% <strong>de</strong>claram ter constatado uma situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>srespeito em relação<br />

aos cadáveres. Conclusões: Este trabalho <strong>de</strong>monstra a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> esclarecimento e <strong>de</strong> conscientização da população<br />

no que diz respeito à doação espontânea <strong>de</strong> corpos para estudo e pesquisa, bem como para programas <strong>de</strong> reeducação ou modificação<br />

dos valores que não condizem com o efetivo exercício das profissões da área da saú<strong>de</strong> e que <strong>de</strong>vem ser aprendidos ainda no ambiente<br />

acadêmico. É necessária uma maior divulgação no meio acadêmico da Lei 8.501, apesar <strong>de</strong> 68% dos alunos afirmarem conhecê-la, e<br />

<strong>de</strong>mais normas vigentes que tratam <strong>de</strong>sse tema, pois a dissecação po<strong>de</strong> tornar-se fria e <strong>de</strong>sumanizada, sendo necessária, portanto uma<br />

reflexão das atitu<strong>de</strong>s dos docentes e acadêmicos <strong>de</strong> medicina.<br />

Teste <strong>de</strong> Progresso: um Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Oliveira, PN 79<br />

Chaves, DO 79<br />

Araújo, RN 79<br />

Souza, TV 79<br />

Ricardo, DR 79<br />

Bechara, RN 79<br />

Introdução: o Teste do Progresso (TP) é uma estratégia importante para avaliar longitudinalmente o <strong>de</strong>sempenho cognitivo dos<br />

estudantes <strong>de</strong> Medicina. Objetivos: relatar a experiência da aplicação do TP e analisar seus resultados em função do período e área do<br />

conhecimento. Métodos: foi aplicada a todos os estudantes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora/Suprema<br />

(FCMS-JF/Suprema) uma avaliação com 100 questões <strong>de</strong> múltipla escolha com cinco alternativas abordando seis áreas: ciências básicas<br />

(CB), clínica médica (CM), clínica cirúrgica (CC), pediatria (P), saú<strong>de</strong> coletiva (SC), ginecologia e obstetrícia (GO). Aavaliação é aplicada<br />

semestralmente. Aelaboração do TP foi realizada por professores da instituição sob coor<strong>de</strong>nação da Comissão <strong>de</strong> Avaliação. ADevolutiva<br />

foi realizada duas semanas após a aplicação em dois encontros com professores <strong>de</strong> cada área com ampla discussão das respostas do<br />

teste junto com os estudantes. Os resultados dos <strong>de</strong>sempenhos são divulgados sigilosamente. Aparticipação no TP implica em horas <strong>de</strong><br />

Ativida<strong>de</strong> Complementar exigidas no currículo. Resultados: foram avaliados 463 (98%) dos estudantes. Amédia <strong>de</strong> resultados foi crescente<br />

do primeiro ao nono período (1º período = 25,7±5,2; 2º = 32,2±5,1; 3º = 35,5±5,6; 4º = 36,7±5,9; 5º = 37±6,5; 6º = 38,4±5; 7º = 39,6±5; 8º<br />

= 44,5±7,4; 9º = 45,6±6,3; X±DP). Só não houve diferença significativa entre o 8º vs. 9º e 6º e 7º períodos (p>0,05). Em relação às médias<br />

das áreas: CB (51%), CM (35,8%), CC (36,4%), P (31,8%), SC (38,4%), GO (40,8%). Na <strong>de</strong>volutiva estiveram presentes 48 (10,3%) alunos<br />

no primeiro dia e 33 (7,1%) no segundo. Conclusões: nossos resultados <strong>de</strong>monstraram aumento no <strong>de</strong>sempenho cognitivo dos estudantes<br />

<strong>de</strong> uma série para outra, corroborando o objetivo e intencionalida<strong>de</strong> do TP. Em a<strong>de</strong>ndo, a <strong>de</strong>volutiva <strong>de</strong>ve ser realizada o mais breve<br />

possível para garantir a motivação dos estudantes e consequentemente sua a<strong>de</strong>rência.<br />

78 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, Am, Brasil.<br />

79 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

486<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Biossegurança: a Persistência Traz a Perfeição<br />

Cunha, FG 80<br />

Sari-Eldim, OFG 80<br />

Pacheco, AS 80<br />

Paula, MJA 80<br />

Paula, ARPA 80<br />

Matos, PASBA 80<br />

Introdução: biossegurança é requerida nos ambientes <strong>de</strong> trabalho há anos, principalmente na área da saú<strong>de</strong>, pois é comprovado<br />

que muitas medidas simples diminuem riscos <strong>de</strong> contaminação tanto para pacientes quanto profissionais envolvidos. Mesmo sabendo<br />

<strong>de</strong> sua importância, muitos profissionais afirmam não fazer uso regularmente das técnicas <strong>de</strong> lavagem das mãos, uso <strong>de</strong> máscaras, correto<br />

<strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> materiais contaminados, perfuro cortantes e higienização dos instrumentos utilizados no serviços. Objetivo: avaliar o<br />

aprendizado do estudante <strong>de</strong> medicina na aplicação correta das técnicas <strong>de</strong> biossegurança durante sua formação acadêmica seja nos laboratórios<br />

<strong>de</strong> práticas ou serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para estágio. Metodologia: trabalho retrospectivo aplicado aos acadêmicos <strong>de</strong> medicina no<br />

primeiro semestre 2007. Através <strong>de</strong> sorteio aleatório dos estudantes, foram realizadas 81 avaliações <strong>de</strong> 27 estudantes que finalizaram o<br />

módulo habilida<strong>de</strong>s, que compreen<strong>de</strong> do 2º ao 5º período da graduação. Selecionaram-se questões que envolviam lavagem das mãos,<br />

uso <strong>de</strong> máscaras, uso <strong>de</strong> luvas, higienização dos instrumentos, e <strong>de</strong>scarte correto <strong>de</strong> perfuro cortante. Resultados: durante avaliação da<br />

disciplina foram montadas situações para avaliar biossegurança. Em 2007/2 foram montadas estações para apontar os erros na cena,<br />

das 27 provas avaliadas encontramos acertos em 96,7% no uso incorreto <strong>de</strong> máscaras; 96,7% na exposição <strong>de</strong> objetos perfuro cortantes;<br />

81,5% na lavagem das mãos. Em 2008/2 utilizou-se quadros clínicos em estações que cobravam aplicação dos critérios <strong>de</strong> biossegurança.<br />

Foi observado acertos em 51,8% ao mencionar a lavagem <strong>de</strong> mãos; 48,1%; na higienização dos equipamentos; 92,6% realização da lavagem<br />

das mãos corretamente e 74% calçaram corretamente luvas estéreis. Em <strong>2009</strong>/1 avaliou-se no atendimento à beira do leito e<br />

100% dos estudantes obe<strong>de</strong>ceram todos os critérios <strong>de</strong> biossegurança. Conclusão: conforme observado a persistência no ensino da biossegurança<br />

é eficaz, <strong>de</strong>ve ser preconizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da graduação e reavaliada durante o <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> todo o curso.<br />

Fatores Relacionados ao Desejo <strong>de</strong> Desistir do Curso em Estudantes do Ciclo Básico da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFAM<br />

Maia, BA 81<br />

Frota, YB 81<br />

Silva, GP 81<br />

Brandão, PC 81<br />

Silva, EB 81<br />

Melo, IB 81<br />

Introdução: Todo ano a FM-Ufam recebe 112 alunos novos. Muitos fatores po<strong>de</strong>m ter influenciado na escolha <strong>de</strong>les pelo curso; o<br />

objetivo do nosso trabalho foi avaliar como esses fatores estão relacionadosao<strong>de</strong>sejo<strong>de</strong><strong>de</strong>sistirdocursonosestudantesdociclobásico<br />

(do 1º ao 4º períodos). Métodos: Durante o primeiro período letivo <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, foram aplicados questionários com perguntas <strong>de</strong> respostas<br />

objetivas (apenas sim ou não) nos alunos do ciclo básico, perfazendo um total <strong>de</strong> 92 alunos entrevistados. Resultados: Dos 92 alunos, 45<br />

(48,9%) possuem algum parente próximo formado em medicina e <strong>de</strong>stes 31 (68,88%) dizem que eles não exerceram pressão na escolha<br />

do curso; entre os 14 (31,11%) que se sentiram pressionados, meta<strong>de</strong> (7) já pensou em <strong>de</strong>sistir, enquanto a percentagem daqueles que <strong>de</strong>sejaram<br />

<strong>de</strong>sistir, no total, é apenas 30,43%. 32 (34,78%) fizeram teste vocacional, sendo que <strong>de</strong>stes apenas 3 (9,3%) não tiveram resultados<br />

que indicassem afinida<strong>de</strong> pela área da saú<strong>de</strong>, mas nenhum <strong>de</strong>les pensou em <strong>de</strong>sistir do curso. 47 dos 92 (51,08) dizem que o salário<br />

atual <strong>de</strong> um médico não pesou em sua <strong>de</strong>cisão. Conclusão: Os alunos que foram pressionados por parentes médicos estão mais insatisfeitos<br />

com sua escolha do que aqueles que não foram, visto que uma percentagem maior <strong>de</strong>les já pensou em <strong>de</strong>sistir. Ao contrário, quando<br />

a família não exerceu pressão, o índice daqueles que já pensaram em <strong>de</strong>sistir cai pela meta<strong>de</strong>. O teste vocacional não foi utilizado<br />

comoferramentanaescolhaprofissionalparaamaioriadosalunosdo ciclo básico atual e nos casos em que o mesmo não indicou afinida<strong>de</strong><br />

pela área da saú<strong>de</strong> não foi <strong>de</strong>tectada insatisfação.<br />

80 UNIVIX – Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

81 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Perfil Sócio-Cultural dos Ingressantes em Medicina na UNCISAL<br />

Carmo, LMS82 Porto, BKW82 Oliveira, HMNS82 Nicacio, AG82 Vilar, IG82 Simons, SA82 Introdução: O conhecimento das características dos ingressantes apresenta relevância para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> iniciativas<br />

que favoreçam a adaptação dos mesmos à formação acadêmica médica da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina da UNCISAL. A VUNESP fornece<br />

um questionário sócio-cultural à Gerência <strong>de</strong> Apoio Psicopedagógico da instituição, que com sua visão psicossocial po<strong>de</strong> contribuir na<br />

avaliação <strong>de</strong> características que interferem no ensino-aprendizagem <strong>de</strong>stes alunos. Objetivo: I<strong>de</strong>ntificar o perfil dos ingressantes no<br />

curso <strong>de</strong> Medicina da UNCISAL, analisando aspectos sócio-culturais que possam influenciar na inserção e <strong>de</strong>sempenho do estudante<br />

na vida acadêmica. Métodos: Foram analisados os relatórios finais dos questionários sócio-culturais fornecidos pela VUNESP referentes<br />

aos alunos aprovados que constituíram a turma <strong>de</strong> medicina do ano 2007 e 2008. Esses questionários foram aplicados durante a inscrição<br />

do vestibular. Resultados: A ida<strong>de</strong> variou entre 17 e 25 anos, sendo a maioria <strong>de</strong> cor branca e parda, 39% não moravam com pais<br />

ouparentes,80%prestaramvestibularmais<strong>de</strong>umavez,33%<strong>de</strong>dicaram3a5horas<strong>de</strong>estudopordia,69%nãosecomunicavambem<br />

em nenhuma língua estrangeira, 78,5% não trabalhavam e eram sustentados pela família, 86,5% eram solteiros, 37% liam 2 a 3 livros por<br />

ano, 47% usavam a televisão como principal meio <strong>de</strong> informação, 56,6% tinham e utilizavam o computador e 65,4% não tinham carro.<br />

Conclusões: A maioria dos ingressantes em Medicina no período <strong>de</strong> 2007 e 2008 eram solteiros, na faixa etária <strong>de</strong> 17 a 25 anos, <strong>de</strong> cor<br />

branca ou parda, <strong>de</strong>pendiam financeiramente dos pais e residiam com estes, não possuíam domínio <strong>de</strong> língua estrangeira, tinham baixo<br />

hábito <strong>de</strong> leitura, utilizavam a TV para se manterem atualizados, persistiram na busca da realização profissional e em geral, apresentaram<br />

padrão sócio-econômico favorável às suas ativida<strong>de</strong>s acadêmicas.<br />

Evolução do Desempenho <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina no Aprendizado Morfofuncional<br />

Lopes, RS83 Pereira, MCF83 Souza, SRP83 Grec, W83 Cricenti, SV83 Introdução: Aprendizado Baseado em Problemas (ABP) iniciou-se em 1960, Canadá, com intuito do ensino/aprendizagem ser<br />

centrado nos estudantes para torná-los mais ativos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, criativos, críticos, cooperativos (não só competitivos). No curso <strong>de</strong><br />

Medicina da Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (UNICID) o método é composto <strong>de</strong> sessões tutoriais, conferências, programa <strong>de</strong> integração<br />

na comunida<strong>de</strong>, laboratórios habilida<strong>de</strong>s médicas e morfofuncionais, este último integrando anatomia, histologia, embriologia,<br />

patologia e imagem sendo o pilar do aprendizado estruturado na qualida<strong>de</strong> do material <strong>de</strong> ensino e o número reduzido <strong>de</strong> alunos nas<br />

turmas.O conteúdo do aprendizado teórico/prático, da 1ª à 8ª etapas, distribuí-se em 3 módulos semestrais com problemas, que através<br />

da orientação do professor e integração dos conteúdos melhora a qualida<strong>de</strong> do aprendizado. Objetivo: Analisar a evolução do <strong>de</strong>sempenho<br />

dos estudantes no aprendizado morfofuncional na graduação em medicina. Métodos: Avaliação do aprendizado por prova<br />

teórico/prática do conteúdo do morfofuncional.Foram selecionados os resultados das avaliações dos estudantes da 1ª etapa do curso<br />

<strong>de</strong> medicina, no período <strong>de</strong> 2004 a <strong>2009</strong> e <strong>de</strong>terminada a tendência das notas para a média geral dos 3 módulos e em cada um <strong>de</strong>les.Para<br />

análise dos dados utilizaram-se as planilhas do programa Excel 1997-2003. Resultados: Em relação à tendência da média dos 3 módulos<br />

observa-se um padrão <strong>de</strong> <strong>de</strong>clínio em função da turma <strong>de</strong> ingresso, entretanto, não foi estatisticamente significante.Quando se analisa<br />

cada módulo separadamente po<strong>de</strong>-se observar o mesmo padrão <strong>de</strong> <strong>de</strong>clínio.O pior ajuste da reta <strong>de</strong> regressão foi obtido para o módulo1<br />

e o melhor ajuste para o módulo3. Conclusões: Nas turmas há uma heterogeneida<strong>de</strong> etária, sendo que nas primeiras a proporção <strong>de</strong><br />

estudantes mais velhos é maior po<strong>de</strong>ndo explicar, em partes, os resultados.Outro achado relevante é o melhor <strong>de</strong>sempenho no módulo3,<br />

que po<strong>de</strong>ria ser explicado pelo menor conteúdo programático do morfofuncional e/ou maior amadurecimento dos professores na<br />

confecção do roteiro.<br />

82 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

83 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Percepção dos Resi<strong>de</strong>ntes e Estudantes <strong>de</strong> Medicina Sobre a Morte<br />

França, WCSC 84<br />

Miyazaki, MCOS 84<br />

Domingos, NAM 84<br />

Cury, PM 84<br />

Introdução: O impacto que a morte causa em cada um que lida com ela é algo muito pessoal. Quando se trata <strong>de</strong> futuros médicos,<br />

que irão passar por várias experiências <strong>de</strong> morte durante a sua profissão, há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prepará-los a<strong>de</strong>quadamente para encarar<br />

essas situações. Objetivos: Avaliar a percepção que os alunos do curso <strong>de</strong> medicina e resi<strong>de</strong>ntes têm a respeito da morte durante a<br />

graduação e suas perspectivas para o futuro a respeito do assunto. Métodos: Foi realizado um questionário sobre morte e aplicado aos<br />

alunos do terceiro ano da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> São José do Rio Preto (o ano no qual se entra em contato com o hospital e os pacientes)<br />

e aos resi<strong>de</strong>ntes da clinica, cirurgia, ginecologia/obstetrícia, pediatria e patologia. Resultados: Dos 97 resi<strong>de</strong>ntes, 70 respon<strong>de</strong>ram o<br />

questionário(72,2%) e 40 alunos respon<strong>de</strong>ram o questionário, <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 67 (59,7%). No total, 35 eram resi<strong>de</strong>ntes do 1º ano, 27 do 2º e<br />

nove do 3º ano. Entre os que mencionaram já ter presenciado alguma morte, 66 relataram que foi <strong>de</strong> paciente e 21 viram além do paciente,<br />

algum familiar ou amigo; 20 resi<strong>de</strong>ntes (28,6%) nunca assistiram uma autópsia. Em relação ao preenchimento <strong>de</strong> atestado <strong>de</strong> óbito, a<br />

maioria já havia preenchido algum (92,9%), mas 21,5% tiveram alguma dificulda<strong>de</strong> ao fazê-lo. Apenas nove alunos (22,5%) já haviam<br />

visto alguém morrer. Sobre a <strong>de</strong>finição do que seria a morte para eles, cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>finiu como uma passagem para outra situação,<br />

com um sentido <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>. Conclusão: Existem muitas dificulda<strong>de</strong>s dos alunos e médicos tanto para o relacionamento médico-paciente<br />

e família quanto para lidar com os sentimentos próprios da temática morte, tendo o aluno mais dificulda<strong>de</strong> para pensar na<br />

situação da própria morte. Tanto alunos quanto resi<strong>de</strong>ntes gostariam que o tema morte fosse mais abordado na graduação.<br />

Reuniões Científicas do Grupo Pet Medicina UFC: uma Valiosa Ferramenta <strong>de</strong><br />

Enriquecimento do Conhecimento Acadêmico<br />

Rodrigues, EJM 85<br />

Chagas, DWN 85<br />

Melo, DLR 85<br />

Fernan<strong>de</strong>s, TA 85<br />

Câmara, GMMS 85<br />

Magalhães, PJC 85<br />

Introdução: Os alunos do Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial (PET) da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará<br />

(UFC) realizaram, no primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, reuniões semanais <strong>de</strong> caráter científico em que foram discutidos diversos temas médicos<br />

divididos nas seguintes categorias: ‘Estudo Histopatológico’, ‘Exames Complementares em Imagenologia’, ‘Como Eu Faço’, ‘Seminários<br />

<strong>de</strong> Semiologia’ e ‘Discussão <strong>de</strong> Casos Clínicos’. Objetivos: Enriquecer a formação acadêmica dos integrantes do grupo. Abordar<br />

temas pouco explorados na gra<strong>de</strong> curricular do curso. Estimular as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> docência e <strong>de</strong> análise crítica dos estudantes. Contribuir<br />

para a melhoria da graduação através da publicação das discussões científicas no site do programa (www.petmedicina.ufc.br).<br />

Métodos: As reuniões ocorreram às quartas-feiras e tiveram duração <strong>de</strong> 1h30min. A divisão foi feita da seguinte forma: numa semana,<br />

ocorria a discussão <strong>de</strong> um caso clínico conduzida por um integrante. Na semana seguinte, discutia-se um tema ligado à Semiologia e,<br />

logo após, realizava-se a ativida<strong>de</strong> ‘Como Eu Faço’ (<strong>de</strong>stinada a se <strong>de</strong>monstrar como são realizados importantes procedimentos médicos,<br />

como intubação orotraqueal, sondagem vesical, através <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os didáticos). Na outra semana, realizava-se, inicialmente, a ativida<strong>de</strong><br />

‘Exames Complementares em Imagenologia’ (em que se discutiu sobre quando solicitar e como interpretar os resultados dos exames<br />

<strong>de</strong> imagem, como radiografia, tomografia computadorizada, entre outros); e, em seguida, o ‘Estudo Histopatológico’ (em que se<br />

procurou correlacionar lâminas <strong>de</strong> diversos tecidos com os aspectos clínicos <strong>de</strong> processos patológicos). Resultados: Todas as discussões<br />

científicas foram disponibilizadas no site do grupo. Aativida<strong>de</strong> ‘Como Eu Faço’ acabou não tendo caráter tão prático quanto se espera-<br />

84 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, SP, Brasil.<br />

85 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


va, e o grupo preten<strong>de</strong> aperfeiçoá-la através da utilização <strong>de</strong> mais ferramentas didáticas, como bonecos para <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> procedimentos<br />

como a intubação orotraqueal. Conclusões: As reuniões científicas foram enriquecedoras e permitiram a abordagem <strong>de</strong> temas<br />

médicos relevantes, beneficiando não só aos integrantes do grupo, como também aos <strong>de</strong>mais estudantes.<br />

Avaliação do Aprendizado Referente à Relação Entre Processo Saú<strong>de</strong>-Doença, Prática<br />

Médica, Políticas Públicas e Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Severo, LB86 Matos, GDN86 Dantas, GC86 Vale, JS86 Nunes, NG86 Guimarães, LCA86 Introdução: As Políticas Públicas relacionadas à saú<strong>de</strong> tem como objetivo o estabelecimento <strong>de</strong> medidas e estratégias que melhorem<br />

o acesso da população aos diversos níveis <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong>, buscando o aumento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> enfrentamento dos obstáculos<br />

oferecidos pelo processo saú<strong>de</strong>-doença. Tais Políticas norteiam as práticas dos diversos estabelecimentos constituintes do Sistema<br />

Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, inclusive a própria Prática Médica, objetivando uma melhor integrida<strong>de</strong> da sua visão sobre o ser humano, suas subjetivida<strong>de</strong>s<br />

e relativida<strong>de</strong>s intrínsecas ao processo dinâmico do adoecer. Objetivo: Pensando nisso, Monitores da disciplina <strong>de</strong> Assistência<br />

Básica à Saú<strong>de</strong> (ABS-1) da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina avaliaram o aprendizado dos alunos monitorados a respeito da relação entre Processo<br />

saú<strong>de</strong>-doença, Práticas Médicas, Políticas Públicas e Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, objetivando uma análise, no âmbito da docência, da efetivida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aprendizado <strong>de</strong> tais conceitos relacionados à Re<strong>de</strong> Assistencial. Metodologia: Acadêmicos dos cursos <strong>de</strong> Medicina do primeiro<br />

semestre respon<strong>de</strong>ram um questionário <strong>de</strong> uma pesquisa estruturada com questões objetivas ao final da disciplina. 60 estudantes avaliaram,<br />

como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, seu aprendizado sobre os diversos conceitos relacionados a tal disciplina. A análise<br />

dos dados foi realizada no Microsoft Excel. Resultados: Quanto à compreensão da relação existente entre processo saú<strong>de</strong>-doença, prática<br />

médica, políticas públicas e sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, 35% dos alunos entrevistados classificaram como ótimo; 58,3% classificaram como<br />

bom e 6,7% classificaram como regular. O critério ruim e péssimo não foi votado pelos alunos. Conclusão: Sob a análise da Educação<br />

Médica, a relevância no entendimento da íntima relação <strong>de</strong> conceitos no âmbito assistencial nos faz cada vez mais <strong>de</strong>senvolver ações,<br />

relacionadas à docência, que tragam um maior aprendizado por parte dos alunos. Uma metodologia <strong>de</strong> ensino mais dinâmica e participativa,<br />

voltada para discussões em grupo, com a presença <strong>de</strong> professores e monitores, mostrou uma boa eficiência quanto à aquisição<br />

<strong>de</strong>sses conhecimentos.<br />

A Importância da Leitura <strong>de</strong> Artigos Científicos na Formação Acadêmica na Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas – UFAM<br />

Tomaz, GCS87 Carvalho, BCNC87 Westphal, DC87 Melo, NC87 Padilla, R87 Fonseca, IG87 Introdução: O artigo científico consiste em um texto que discute idéias, métodos, processos e resultados <strong>de</strong> pesquisa científica. A<br />

sua leitura possibilita avaliar a pesquisa realizada e sua elaboração estimula a análise <strong>de</strong> conteúdos teóricos e idéias <strong>de</strong> diferentes autores,<br />

contribuindo para que o aluno obtenha maior senso crítico sobre <strong>de</strong>terminado tema. Objetivo: Avaliar o impacto da leitura e produção<br />

<strong>de</strong> artigos científicos na vida acadêmica <strong>de</strong> universitários <strong>de</strong> medicina da UFAM. Métodos: Foram selecionados acadêmicos <strong>de</strong> di-<br />

86 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

87 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


ferentes anos e aplicou-se um questionário estruturado com oito questões fechadas relacionadas aos hábitos <strong>de</strong> leitura e produção <strong>de</strong><br />

artigos científicos. Resultados: Foram entrevistados 151 acadêmicos (15% do 1º ano, 12% do 2º ano, 11% do 3º ano, 22,5% do 4º e 40% do<br />

5º ano), dos quais 51% eram mulheres e 49% homens. Quando questionados sobre o principal objetivo ao ler um artigo científico 54%<br />

afirmou ser para obter informações atualizadas. Quanto ao tipo <strong>de</strong> artigo que <strong>de</strong>spertava maior interesse 28% preferiram artigos que<br />

discutiam assuntos pouco estudados ou inovadores, 38% artigos que abordavam temáticas clássicas sob enfoques contemporâneos e<br />

33%artigos<strong>de</strong>revisão.Nosúltimosseismeses36%leram<strong>de</strong>3a6artigos,34%<strong>de</strong>6a10e22%mais<strong>de</strong>10artigos.Apenas35%jáparticiparam<br />

da elaboração <strong>de</strong> algum artigo científico e 22% o publicaram, somando-se apenas 33 publicações. Conclusão: Um dos <strong>de</strong>safios<br />

para a universida<strong>de</strong> consiste na formação <strong>de</strong> profissionais capazes <strong>de</strong> agir num contexto <strong>de</strong> alta complexida<strong>de</strong> valendo-se para tanto da<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> analisar criticamente a realida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> atuar com competência. Abusca, a apropriação e o uso do conhecimento técnico-científico<br />

são ativida<strong>de</strong>s permanentes na carreira médica dada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atualização face aos avanços da ciência. Assim, os acadêmicos<br />

avaliados <strong>de</strong>monstraram leitura freqüente <strong>de</strong> artigos científicos embora a produção tenha sido insignificante.<br />

A Percepção dos Alunos do Curso <strong>de</strong> Odontologia Sobre a Vida Humana<br />

Terceiro, IRC 88<br />

Rocha, SS 88<br />

Morais, WA 88<br />

Vasconcelos, GC 88<br />

Leitão, RFC 88<br />

Leopércio, AMP 88<br />

Introdução: Muitas questões sobre a vida humana são discutidas pelas pessoas, principalmente por profissionais da saú<strong>de</strong>. Mas<br />

até on<strong>de</strong> vai o po<strong>de</strong>r do homem sobre a Vida? Até on<strong>de</strong> a ética e as crenças permitem que o ser humano interfira na vida <strong>de</strong> outra pessoa?<br />

Objetivo: Avaliar as opiniões futuros <strong>de</strong>ntistas sobre algumas questões da Vida, como o início e o fim da vida humana, utilização <strong>de</strong><br />

células-tronco embrionárias, transplante <strong>de</strong> órgãos vitais e aborto. Métodos: Foi aplicado um questionário quanti-qualitativo, com perguntas<br />

simples e diretas sobre a vida, nas primeiras aulas das turmas <strong>de</strong> Odontologia, sem a i<strong>de</strong>ntificação do aluno. As respostas foram<br />

analisadas imparcialmente. Resultados: Início da vida humana: 35,9% dos alunos acreditam que a vida inicia-se na fecundação, 20,5%<br />

na cariogamia, 10,3% na nidação, 7,7% na formação do sistema nervosoeos<strong>de</strong>mais<strong>de</strong>ramrespostam como: o nascimento, quando o<br />

bebê tem consciência da própria existência, no primeiro batimento cardíaco do bebê, etc. Fim da vida humana: 51,3% acreditam que a<br />

vida termina com a morte cerebral, 20,5% com a falência múltipla dos órgãos, 12,9% com a perda das funções vitais e os <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>ram<br />

resposta como: estado vegetativo irreversível, falência <strong>de</strong> algum sistema, na morte, etc. Uso <strong>de</strong> células-tronco embrionárias: Todos estão<br />

a favor. Transplante <strong>de</strong> órgãos vitais: 84,7% são a favor, mas só se houver morte cerebral, 15,3% são contra. Aborto: 77% são contra, 23%<br />

são a favor nos seguintes casos: estupro, gravi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> risco e inviabilida<strong>de</strong> do feto. Conclusões: A maioria dos alunos acredita que o início<br />

e o fim da vida ocorrem na fecundação e com a morte cerebral, respectivamente, que transplantes <strong>de</strong> órgãos vitais <strong>de</strong>vem ser feitos<br />

somente quando há morte cerebral e que o aborto não <strong>de</strong>ve ser realizado. Todos são a favor do uso <strong>de</strong> células-tronco embrionárias.<br />

88 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

491<br />

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Análise do Conhecimento dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina Acerca do Diagnóstico <strong>de</strong> Morte<br />

Encefálica<br />

Almeida, RA 89<br />

Silva, LFS 89<br />

Elami<strong>de</strong>, BC 89<br />

Pereira, RE 89<br />

Priante, FC 89<br />

Oliveira, MCL 89<br />

Introdução: O conceito <strong>de</strong> morte encefálica (ME) parece estar bem estabelecido na maior parte dos países do mundo. Estudos indicam<br />

maior correlação positiva quanto à doação <strong>de</strong> órgãos entre populações <strong>de</strong>vidamente esclarecidas quanto a conceitos diagnósticos<br />

<strong>de</strong> cessação da vida. Deste modo, estudantes <strong>de</strong> Medicina apresentam papel <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque neste contexto, consi<strong>de</strong>rando-os como futuros<br />

profissionais da saú<strong>de</strong>. Objetivo: Analisar o conhecimento <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> Medicina acerca do protocolo diagnóstico <strong>de</strong> ME (Resolução<br />

no 1480/97 do CFM). Métodos: Foi realizado um estudo <strong>de</strong> coorte transversal na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, com o intuito<br />

<strong>de</strong> avaliar o conhecimento dos estudantes <strong>de</strong> Medicina acerca do protocolo <strong>de</strong> ME. Os indivíduos participantes da pesquisa foram<br />

randomizados a partir do número <strong>de</strong> acadêmicos matriculados do sexto ao décimo segundo período do referido curso no semestre<br />

<strong>2009</strong>-1, sendo um total <strong>de</strong> 120 indivíduos pré-selecionados. A participação no estudo se <strong>de</strong>u por meio <strong>de</strong> preenchimento <strong>de</strong> questionário<br />

fechado padronizado e assinatura do Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclarecido. Os resultados foram analisados por meio do<br />

software epi-info e expressos em porcentagem. Resultados: Participaram da pesquisa 112 alunos, sendo 58% do sexo feminino e 42% do<br />

sexo masculino. Quando questionados quanto à realização dos testes propedêuticos a serem realizados para confirmação do diagnóstico<br />

<strong>de</strong> ME, 68,7% consi<strong>de</strong>ram pupilas arreativas, 78,5% coma aperceptivo, 62,5% reflexo córneo-palpebral, 77,6% reflexo óculo-cefálico,<br />

53,5% reflexo da tosse e 89,2% apnéia. Quanto aos exames diagnósticos a serem realizados para confirmação <strong>de</strong> ME 57,1% correlacionaram<br />

positivamente à realização <strong>de</strong> arteriografia, 82,1% eletroencefalograma e 43,5% Doppler trasncraniano. Foi questionada, ainda, a<br />

segurança com a qual o indivíduo realizaria o diagnóstico <strong>de</strong> ME: 32,1% relataram não apresentar segurança e 23,2% pouca segurança.<br />

Conclusões: O atual conhecimento dos estudantes <strong>de</strong> medicina relacionado a conceitos diagnóstico <strong>de</strong> ME é limitado, necessitando,<br />

assim <strong>de</strong> maior abordagem teórico-prática relacionada ao tema.<br />

Avaliação Contextualizada <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s em Anatomia – Experiência <strong>de</strong> uma Escola<br />

Médica do Estado <strong>de</strong> Pernambuco, Brasil<br />

Guerra, LCM90 Martins, ACA91 Martins Filho, ED91 Martins, C91 Mota, BC91 Ely, L91 Introdução: AEscola dispõe <strong>de</strong> laboratórios <strong>de</strong> Anatomia com mo<strong>de</strong>los e cadáveres. Os estudantes, até o quarto período do Curso,<br />

têm 80 minutos semanais <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, nesses laboratórios. Conforme a Aprendizagem Baseada em Problemas, não há aulas expositivas<br />

e os estudantes são incentivados a estudar Anatomia, relacionando-a à Fisiologia e à sua aplicação Clínica e Cirúrgica. Há, a cada<br />

10 semanas, uma avaliação – contextualizada – da aprendizagem. Objetivos: <strong>de</strong>screver um método <strong>de</strong> avaliação contextualizada das<br />

habilida<strong>de</strong>s adquiridas em um laboratório <strong>de</strong> Anatomia. Material: 1.Formato das Questões: cada questão é vinculada a uma estação.<br />

Em cada estação, três estruturas anatômicas são marcadas com alfinetes <strong>de</strong> cores distintas. Uma pergunta – referentes a função, aspectos<br />

clínicos ou aplicabilida<strong>de</strong> cirúrgica –, escrita junto às estruturas, <strong>de</strong>verá ter como resposta do estudante a cor do alfinete e o nome da<br />

89 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

90 Faculda<strong>de</strong> Boa Viagem – Instituto Materno Infantil <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

91 Faculda<strong>de</strong> Boa Viagem – Instituto Materno Infantil <strong>de</strong> Pernambuco, Escola Pernambucana <strong>de</strong> Medicina, Recife, PE, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


estrutura. (Nos pôsteres, haverá fotos ilustrando as estações). 2.Conteúdo: todo o programa cumprido até então, inclusive os <strong>de</strong> períodos<br />

anteriores. As questões são <strong>de</strong> cunho prático e <strong>de</strong>ntro do espectro <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> do médico generalista. 3. Operacionalização: até <strong>de</strong>z<br />

estudantes entram, por vez, no Laboratório. São distribuídas as folhas <strong>de</strong> respostas. Os estudantes passam por <strong>de</strong>z estações. Controla-se<br />

o tempo <strong>de</strong> um minuto para cada estação, findo o qual todos os examinandos fazem o rodízio. Terminadas as <strong>de</strong>z estações <strong>de</strong> um grupo,<br />

recolhem-se as respostas e passa-se, com todo o grupo, por todas as estações, discutindo-se as questões e as respostas. Resultados: Devido<br />

à contextualização, a falta <strong>de</strong> experiência clínica dos estudantes tem sido parcialmente superada, permitindo que percebam quais informações<br />

são mais relevantes. Conclusões: Dessa forma, enten<strong>de</strong>mos que a avaliação contextualizada <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s em Anatomia<br />

funciona, também, como um “feedback”, induzindo os estudantes a aplicar o conhecimento adquirido.<br />

Uso <strong>de</strong> Mapas Conceituais no Ensino Ambulatorial<br />

Nunes, FA 92<br />

Ramos, NN 92<br />

Faria, RMD 92<br />

Barbosa, RF 92<br />

Introdução: O ensino médico ambulatorial favorece o aperfeiçoamento <strong>de</strong> competências na semiotécnica e semiologia, e também<br />

o raciocínio clínico. Os mapas conceituais são importantes ferramentas <strong>de</strong> aprendizagem já que permitem a representação do conhecimento<br />

do aluno, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> conceitos no raciocínio clínico, a relação entre estes conceitos e fornece evidências <strong>de</strong> que o aluno<br />

está apren<strong>de</strong>ndo significativamente o conteúdo. Objetivos: Relatar as percepções dos alunos e professor do ensino ambulatorial no<br />

bloco temático Síndromes endócrino-metabólicas da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Unifenas-BH. Metodologia: Alunos do 7º período,<br />

entre os anos <strong>de</strong> 2007-<strong>2009</strong>, foram orientados a montar mapas conceituais <strong>de</strong> casos clínicos referentes a pacientes atendidos no ambulatório<br />

<strong>de</strong> Endocrinologia, dando enfoque à fisiopatogenia do caso, partindo dos fatores <strong>de</strong> risco i<strong>de</strong>ntificados, <strong>de</strong>screvendo a fisiopatologia<br />

e chegando até manifestações clínicas apresentadas. Os conceitos e proposições utilizados, as relações entre os conceitos foram<br />

analisados e a pontuação do mapa fez parte da nota <strong>de</strong> ambulatório <strong>de</strong>ste bloco temático. Resultados: A análise dos mapas conceituais<br />

dos alunos <strong>de</strong>monstrou que a maioria utilizou os do tipo hierárquico. Muitos mapas não apresentavam uma clara relação entre os<br />

conceitos, o que propiciou ao professor a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prover um feedback efetivo em relação às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria para o<br />

a<strong>de</strong>quado entendimento dos casos. Os estudantes relataram que sentiam-se mais motivados a estudar sobre o caso atendido, já que tinham<br />

que montar o mapa, e consi<strong>de</strong>raram a ativida<strong>de</strong> muito proveitosa. Conclusão: O mapa conceitual po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado um instrumento<br />

interessante na avaliação formativa dos estudantes na prática médica ambulatorial da mesma forma que mostra-se a<strong>de</strong>quado<br />

para estruturar o conhecimento do aprendiz, possibilitando uma oportunida<strong>de</strong> do estudante apren<strong>de</strong>r a apren<strong>de</strong>r, na medida que explicita<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tornar claras as conexões que ele percebe entre os conceitos utilizados nos mapas referentes aos casos atendidos.<br />

Portfolio Reflexivo no Programa <strong>de</strong> Aprendizagem em Atenção Básica<br />

Trinda<strong>de</strong>, TG 93<br />

Cornetta, MCM 93<br />

Freire, AD 93<br />

Martins, ALM 93<br />

Silva, SML 93<br />

Introdução: Portfolio é um instrumento <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> conteúdo reflexivo, que permite ao aluno registrar conhecimentos, capacida<strong>de</strong>s,<br />

disposições e <strong>de</strong>sempenhos individuais. Sua utilização no curso médico dá relevância e visibilida<strong>de</strong> ao processo formativo<br />

<strong>de</strong> aquisição, apreensão, treino e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências. Objetivo: Analisar a aceitação dos alunos <strong>de</strong> medicina em usar<br />

portfólio reflexivo no Programa <strong>de</strong> Aprendizagem em Atenção Básica através <strong>de</strong> instrumento <strong>de</strong> avaliação. Métodos: Estudo transversal<br />

realizado através <strong>de</strong> questionário aplicado a 337 alunos <strong>de</strong> Medicinadaprimeiraasextasérie,nofinaldosemestredadisciplinaPrograma<br />

<strong>de</strong> Aprendizagem em Atenção Básica, que ocorre <strong>de</strong> forma transversal ao longo do curso, <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> particular do<br />

92 Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

93 Universida<strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil.<br />

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Nor<strong>de</strong>ste. Foi medida a opinião do aluno sobre a importância do Portfolio enquanto método avaliativo, utilizando-se uma escala tipo<br />

Likert, <strong>de</strong> 1 a 5. Foi procedido a análise através do teste qui-quadrado <strong>de</strong>sta variável em estudo. Resultados: O portfólio foi avaliado<br />

como bom e muito bom por 75,4% dos alunos da primeira série, 63,5% da segunda, 60,9% da terceira, 50% da quarta, 29,7% da quinta e<br />

25% do sexta, equivalendo a 49,9% dos 337 alunos respon<strong>de</strong>ntes, com diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p


teórica expositivo-dialogada é <strong>de</strong>senvolvida com a partir dos conhecimentos prévios <strong>de</strong>senvolvidos pelo aluno na ativida<strong>de</strong> em pequenos<br />

grupos, que a antece<strong>de</strong>. Objetivo: avaliar o aprendizado sobre os temas imunoprofilaxia e hanseníase. Metodologia: Analisamos o<br />

<strong>de</strong>sempenho dos alunos nos testes escritos, bem como aplicamos um questionário com três questões objetivas, no término da disciplina,<br />

abordando aspectos metodológicos sobre a aula teórica sobre o tema imunoprofilaxia. Resultados: trinta e três alunos respon<strong>de</strong>ram<br />

a um pós-teste imediato, e um pós-teste tardio, consistindo em cinco questões objetivas incluídas na avaliação parcial. O pós- teste imediato<br />

revelou que 57,6% dos alunos tiveram um <strong>de</strong>sempenho não-satisfatório (notas < 5). O pós-teste tardio mostrou que 51,5% dos alunos<br />

acertaram entre 40 a 60% das questões, e 48,5% acertaram entre 80 a 100% das questões. A avaliação do questionário aplicado mostrou<br />

que 68,75% dos alunos consi<strong>de</strong>raram a metodologia empregada satisfatória, seguido <strong>de</strong> 25% que a consi<strong>de</strong>ram muito satisfatória.<br />

Os objetivos <strong>de</strong> aprendizagem foram alcançados <strong>de</strong> forma satisfatória por 53,12% dos alunos, sendo muito satisfatória por 43,75%. Em<br />

relação ao seu conhecimento prévio sobre o assunto, as informações abordadas foram parcialmente compreendidas por 62,5% dos alunos.<br />

Conclusões: o baixo rendimento observado em algumas questões <strong>de</strong>monstra a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação dos testes ao conhecimento<br />

prévio do aluno. O emprego <strong>de</strong> metodologia que seja capaz <strong>de</strong> envolver o aluno e direcionar para a busca autônoma do conhecimento,<br />

<strong>de</strong>ve estar em sintonia com os processos avaliativos utilizados, para mensurarmos a<strong>de</strong>quadamente a aprendizado do aluno.<br />

Medicina Intensiva na Graduação Médica: Visão Discente na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas<br />

Westphal, DC96 Padilla, R96 Matos, DC96 Luniere, D96 Rocha, J96 Oliveira, C96 Introdução: A Medicina Intensiva (MI) é consi<strong>de</strong>rada especialida<strong>de</strong> relativamente recente e por isso, ainda pouco introduzida<br />

nos cursos <strong>de</strong> graduação em Medicina. Essa <strong>de</strong>ficiência resulta em sérios prejuízos na formação acadêmica dos futuros médicos, situação<br />

esta agravada pela tendência atual do aumento da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pacientes <strong>de</strong> alta gravida<strong>de</strong> em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> terapia intensiva observada<br />

nos gran<strong>de</strong>s centros <strong>de</strong>vido a diversos fatores, como maior prevalência <strong>de</strong> doenças crônicas e aperfeiçoamento tecnológico.<br />

Objetivo:Analisaroensinoeograu<strong>de</strong>interesseemMIporestudantes <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> UFAM. Métodos: Estudo transversal entre estudantes<br />

do 5º ao 10º períodos do curso <strong>de</strong> medicina da UFAM. Utilizou-se um questionário auto-aplicável composto <strong>de</strong> questões objetivas<br />

sobre interesse, habilida<strong>de</strong>s e conhecimentos dos estudantes sobre MI, assim como a sua opinião sobre o ensino <strong>de</strong>ssa especialida<strong>de</strong><br />

em sua faculda<strong>de</strong>. Resultados: Foram entrevistados 154 acadêmicos. A maioria (75,9%) nunca realizou estágio em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> terapia<br />

intensiva (UTI). Entretanto, a utilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste para o futuro profissional <strong>de</strong> um médico foi classificada como alta (48,7%) pelos entrevistados.<br />

O interesse em MI foi consi<strong>de</strong>rado médio ou alto por 72,7% da amostra. Quase todos os discentes (93%) acreditam que tópicos <strong>de</strong><br />

MI <strong>de</strong>vam ser mais explorados em seus currículos e o <strong>de</strong>sinteresse da coor<strong>de</strong>nação ou diretoria pelo tema (48%) foi apontado como o<br />

principal problema do ensino da especialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva na universida<strong>de</strong> em estudo. Apenas 39,6% sentiam-se capazes <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificar um paciente com necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados intensivos e 12,3% seguros em avaliar um paciente gravemente enfermo, sendo<br />

essa segurança maior entre aqueles que já realiza¬ram estágios em UTI. Conclusão: O presente estudo revelou significativo interesse<br />

em Medicina Intensiva entre estudantes <strong>de</strong> Medicina entrevistados. Contudo, a maioria nunca realizou estágio em UTI, o que <strong>de</strong>monstrou<br />

ser importante fator na segurança do médico em formação frente ao paciente gravemente enfermo.<br />

96 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A Compreensão da Prática Médica Expressa Pelos Ingressos ao Curso <strong>de</strong> Medicina – UFC<br />

Mota, MV 97<br />

Sousa, MS 98<br />

Lima, ARC 97<br />

Sousa, JRP 97<br />

Introdução: O ensino médico se ressente <strong>de</strong> uma prática pedagógica que possibilite o estudante <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>senvolver uma<br />

visão crítica sobre a prática médica no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma prática profissional voltada para uma relação médico- paciente mais<br />

humanizada. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar a compreensão dos estudantes <strong>de</strong> medicina, sobre a Prática Médica. Métodos: A disciplina: Fundamentos<br />

da Assistência e da prática Médica realizou um levantamento da compreensão dos alunos <strong>de</strong> medicina sobre Prática Médica<br />

através da pergunta: Como você compreen<strong>de</strong> a prática médica? dirigida a todos os alunos recém-ingresso na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina,<br />

no segundo semestre <strong>de</strong> 2008. Resultados: As respostas foram classificadas em cinco categorias. Assim, segundo a compreensão <strong>de</strong>stes<br />

alunos, os médicos <strong>de</strong>vem na sua prática: SER: humil<strong>de</strong>, curioso, <strong>de</strong>dicado, paciente, comunicativo, aberto ao diálogo, solidário, sensato.<br />

SABER: respeitar as diversida<strong>de</strong>s, renunciar, diagnosticar, tratar pessoas e não doenças, aplicar os conhecimentos adquiridos, <strong>de</strong>svincular-se<br />

do lucro, não tirar a esperança do paciente. TER: vocação, boa vonta<strong>de</strong>, respeito a dignida<strong>de</strong> humana, profissionalismo e ética,<br />

conhecimento científico, espírito <strong>de</strong>safiador, paixão pelo que faz, condições <strong>de</strong> trabalho, entendimento do paciente como todo e não<br />

como um ser fragmentado. FAZER: da sua prática uma entrega, uma forma <strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das pessoas, uma luta<br />

constante pela prevenção, pela vida, uma busca pelo conforto, pelo cuidado, pela cura do paciente, o seu bem-estar nos vários âmbitos,<br />

bem-estar físico, psíquico e social. CONVIVER: tratando bem o paciente, trabalhando em grupo, transmitindo segurança ao paciente,<br />

não se sentindo Deus e conviver na e para a humanização. Conclusão: Pelo estudo conclui-se que os alunos têm uma expectativa positiva<br />

sobre a prática médica que <strong>de</strong>ve ser amparada em valores éticos universais como solidarieda<strong>de</strong>, respeito às diversida<strong>de</strong>s e a dignida<strong>de</strong><br />

humana; prática voltada para a valorização da vida, transmitir segurança ao paciente e <strong>de</strong>senvolver uma prática humanitária.<br />

Utilização <strong>de</strong> Situações – Problemas Ccomo Instrumento <strong>de</strong> Metodologia Ativa na<br />

Formação Médica <strong>de</strong> Estudantes da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba<br />

Fernan<strong>de</strong>s, MGB 99<br />

Oliveira, JS 99<br />

Costa, LAL 99<br />

Carvalho, LL 99<br />

Machado, PRM 99<br />

Costa, GPO 99<br />

Introdução: Diante da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças no ensino médico, regulamentada pelas novas diretrizes curriculares nacionais,<br />

esforços têm sido direcionados para renovação da educação clássica. Neste sentido, vem sendo <strong>de</strong>senvolvido um método <strong>de</strong> ensino e<br />

avaliação que utiliza a criação e discussão <strong>de</strong> situações-problemas, favorecendo a formação <strong>de</strong> profissionais críticos e participativos.<br />

Objetivos: Descrever e refletir acerca da utilização <strong>de</strong> metodologia ativa durante o primeiro período do curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba. Métodos: Os alunos foram estimulados a criar situações problemas relacionadas às suas vivências, sendo eleitas<br />

quatro vivências mais representativas para serem discutidas durante o semestre. Cada situação foi trabalhada primeiramente em<br />

grupos <strong>de</strong> 11 alunos sob coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> um respectivo tutor e posteriormente com toda a turma. Resultados: As situações problemas<br />

foram parcialmente responsáveis pelo <strong>de</strong>senvolvimento do conteúdo já que o campo <strong>de</strong> discussão tornou-se muito rico. Algumas vezes,<br />

o assunto tomou caminhos diferentes do esperado, prejudicando o <strong>de</strong>senvolvimento da linha <strong>de</strong> discussão, o que exige um preparo<br />

a<strong>de</strong>quado do tutor no sentido <strong>de</strong> direcionar o <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> forma que atenda aos objetivos propostos para o momento e que enriqueça o conhecimento<br />

dos discentes A divisão da turma em tutorias estimulou a participação e exposição <strong>de</strong> idéias por parte dos alunos que ficavam<br />

responsáveis pelo seu crescimento, já que foram estimulados a pesquisar e trabalhar o tema proposto com certa liberda<strong>de</strong>. Conclu-<br />

97 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

98 OfinArtes – Centro <strong>de</strong> Vivências Educativas, Recife, PE, Brasil.<br />

99 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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são: Esse método <strong>de</strong> ensino mostrou-se muito benéfico já que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seu ingresso na universida<strong>de</strong>, o aluno é <strong>de</strong>safiado a encontrar a solução<br />

<strong>de</strong> problemas reais, criando suas próprias estratégias <strong>de</strong> resolução, fato que proporciona o crescimento intelectual do estudante,<br />

centrando a aprendizagem na sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> busca e compreensão dos problemas, e estimulando-o ao questionamento e reflexão<br />

dos fenômenos. Neste sentido percebe-se como uma metodologia que <strong>de</strong>ve ser estimulada e divulgada no meio acadêmico.<br />

O Currículo Paralelo no Novo Currículo dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas: Caracterização e Motivação das Ativida<strong>de</strong>s<br />

Nunes, PP 100<br />

Gue<strong>de</strong>s, AKS 100<br />

Thomaz, ACP 100<br />

Tavares, CHF 100<br />

Nunes, LP 100<br />

Bomfim, LN 100<br />

Introdução: “Currículo paralelo” é o conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que os estudantes realizam fora do ambiente da aca<strong>de</strong>mia para<br />

complementar a formação. Este trabalho situa-se num momento <strong>de</strong> mudança curricular na UFAL, iniciada em 2006 e propondo a inserção<br />

do aluno mais cedo possível às ações práticas. Objetivos: Caracterizar as ativida<strong>de</strong>s e motivações que levaram os estudantes do<br />

quinto semestre do novo currículo a busca <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s fora da escola. Métodos: O instrumento <strong>de</strong> coleta foi constituído por um questionário<br />

auto-aplicado a 78 estudantes, com questões fechadas e abertas, mantendo-se a privacida<strong>de</strong> dos indivíduos; bem como uma seção<br />

<strong>de</strong> dados gerais e perguntas relacionadas à caracterização das ativida<strong>de</strong>s extracurriculares. Resultados: Dos alunos que buscaram<br />

estágios, 80,4% escolheram aqueles relacionados à medicina intensiva. 48% dos alunos buscaram ligas acadêmicas; 17,9% optaram pela<br />

<strong>de</strong> Neurocirurgia e 9% pela <strong>de</strong> Oncologia. Aativida<strong>de</strong> física foi citada por 37,7% dos alunos. As línguas estrangeiras relacionadas foram:<br />

inglês (23,4%), francês (3,8%), espanhol (2,6%), e alemão (1,3%). Apenas 3,9% dos estudantes não realizaram nenhuma das ativida<strong>de</strong>s.<br />

Quanto às motivações, 78% dos alunos que fizeram estágios alegaram a “busca da prática”, principalmente nas UTIs (65,9%), enquanto<br />

56,1% (23 alunos) afirmaram que uma das razões foi a “importância na formação médica”. Dos que se <strong>de</strong>dicaram à monitoria, 68% tiveram<br />

como motivação principal o “enriquecimento curricular”, seguido do “interesse no assunto” (44%), dado observado por 70% dos<br />

alunos das Ligas Acadêmicas, com <strong>de</strong>staque para a Liga <strong>de</strong> Neurocirurgia, on<strong>de</strong> 36,7% alegaram tal motivação. Conclusões: Observou-se<br />

que a maioria dos alunos ainda sente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> buscar a prática em ativida<strong>de</strong>s não-incluídas no currículo formal do curso<br />

médico. O perfil das ativida<strong>de</strong>s que os alunos buscam mudou, pois chama atenção a gran<strong>de</strong> parcela <strong>de</strong> alunos que se <strong>de</strong>dica às ligas acadêmicas,<br />

constituindo-se numa nova opção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>.<br />

Métodos Avaliativos no Programa <strong>de</strong> Aprendizagem em Atenção Básica<br />

Martins, ALM 101<br />

Trinda<strong>de</strong>, T.G. 101<br />

Silva, S.M.L. 101<br />

Freire, A.D. 101<br />

Valença, B.M.O. 101<br />

Cornetta, M.C.M. 101<br />

Introdução: Tradicionalmente as avaliações nas faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina do Brasil eram realizadas apenas através <strong>de</strong> prova, que<br />

abrangia exclusivamente conhecimento, sem incluir outros aspectos do conjunto <strong>de</strong> competências. As novas diretrizes curriculares propõem<br />

que sejam realizadas avaliações somativas e formativas não só em relação ao aprendizado cognitivo, mas também das habilida<strong>de</strong>s<br />

e das atitu<strong>de</strong>s do aluno. Objetivo: Analisar a percepção do aluno <strong>de</strong> medicina sobre os variados métodos <strong>de</strong> avaliação utilizados no<br />

Programa <strong>de</strong> Aprendizagem em Atenção Básica (PAAB). Método: Estudo transversal realizado através <strong>de</strong> questionário aplicado a 337<br />

alunos <strong>de</strong> Medicina, da primeira a sexta série, <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> particular do Nor<strong>de</strong>ste. O PAAB correspon<strong>de</strong> à inserção do aluno<br />

100 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

101 Universida<strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil.<br />

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na atenção básica e é <strong>de</strong>senvolvido por módulos ao longo do curso, e ao final do semestre letivo <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.1 os alunos respon<strong>de</strong>ram o<br />

questionário que pesquisava sua opinião sobre os métodos avaliativos <strong>de</strong> competências nas suas diversas dimensões (conhecimento,<br />

habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s), utilizando-se uma escala tipo Likert, <strong>de</strong> 1 a 5. Foi realizada análise estatística com teste do qui-quadrado. Resultados:<br />

observou-se o percentual <strong>de</strong> conceitos bom e muito bom, na média das 6 séries, <strong>de</strong> 71,1%para prova <strong>de</strong> conhecimento, 79,6% para<br />

a avaliação <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> 79,8% para atitu<strong>de</strong>s, com diferença entre as séries apenas para prova <strong>de</strong> conhecimentos (p


melhorar a ativida<strong>de</strong> médica hospitalar, bem como serve à plenária como forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver conteúdos e complementar os conhecimentos<br />

do alunado. Objetivo: Analisar a importância e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sessões anatomo-clínicas do HUGV para a formação e atualização<br />

<strong>de</strong> estudantes e profissionais da saú<strong>de</strong>. Métodos: Para a análise utilizou-se questionário fechado padronizado contendo 12 quesitos.<br />

Os questionários foram distribuídos a todos os participantes <strong>de</strong> uma SAC aberta ao público, promovida pelo HUGV no mês <strong>de</strong> julho <strong>de</strong><br />

<strong>2009</strong>. A análise estatística foi realizada por meio do software Access e expressos por meio <strong>de</strong> porcentagem. Resultados: Foram analisados<br />

dados <strong>de</strong> 61 participantes da sessão, sendo que <strong>de</strong>ste total 60,7% foi composta por resi<strong>de</strong>ntes, 23,3% alunos da graduação 16% outros.<br />

Quando questionados quanto à relevância dos temas abordados para a própria formação 63,9% referiram relevância consi<strong>de</strong>rável.<br />

Quanto à profundida<strong>de</strong> dos temas abordados 55,9% consi<strong>de</strong>raram boa/ótima. Quando questionados quanto ao embasamento teórico<br />

para o entendimento da sessão 65,5% consi<strong>de</strong>ram bom. Quanto à qualida<strong>de</strong> das imagens histopatológicas, explanação do médico clínico<br />

e explanação do patologista, respectivamente, 65,5% e 57,4% consi<strong>de</strong>ram boas e 54,6% consi<strong>de</strong>rou ótima. Dos participantes da pesquisa,<br />

70,5% consi<strong>de</strong>ram que os temas abordados apresentam relevância em suas práticas diárias e 96,7% referiram que as SAC contribuem<br />

para o aprimoramento do raciocínio clínico-diagnóstico. Conclusão: As SAC, realizadas no HUGV, foram consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

boa/ótima pela maior parte <strong>de</strong> seus participantes e, ainda, <strong>de</strong> elevada importância para formação, aprimoramento e atualização<br />

<strong>de</strong> estudantes e profissionais da saú<strong>de</strong>.<br />

Um Olhar Sobre o Ambiente: Avaliação <strong>de</strong> Aprendizagem em Vigilância à Saú<strong>de</strong> no<br />

Curso <strong>de</strong> Medicina da UFAL<br />

Santos, LO 104<br />

Araújo, CP 104<br />

Lamenha, LS 104<br />

Cavalcante, MLLL 104<br />

Taveira, MGMM 104<br />

Cavalcanti, SMS 104<br />

Introdução: Vigilância à Saú<strong>de</strong> (VISA) compreen<strong>de</strong> coleta e análise <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, permitindo conhecer a história natural<br />

das doenças, <strong>de</strong>tectar alterações <strong>de</strong> seus fatores condicionantes, e recomendar medidas eficientes para prevenção e controle. Objetivos:<br />

Avaliar aprendizagem dos alunos do 4º período <strong>de</strong> Medicina da UFALsobre VISA. Métodos: Aplicado questionário com 5 questões discursivas<br />

sobre VISA no início e no final do período letivo - incluindo Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica, Alimentar e Nutricional, Ambiental,<br />

Sanitária e Vigilância da Saú<strong>de</strong> do Trabalhador - para 40 alunos do 4º período <strong>de</strong> Medicina em 2008.1. O Módulo VISA envolveu aulas<br />

expositivas, mini-palestras com técnicos dos setores da Vigilância, práticas em comunida<strong>de</strong>s e acompanhamento <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> Vigilância.<br />

Foram atribuídas aos testes notas <strong>de</strong> 0 a 10. Proce<strong>de</strong>u-se comparação <strong>de</strong> médias gerais e questões nos pré-testes e pós-testes. Resultados:<br />

As notas aferidas aos pré-testes e pós-testes resultaram, respectivamente, nas médias 4,06 e 6,03, havendo incremento <strong>de</strong> 48,5%.<br />

A média final do pré-teste mostra nível <strong>de</strong> conhecimento prévio satisfatório. Isto po<strong>de</strong> refletir a integração curricular e a aproximação<br />

dos alunos com Saú<strong>de</strong> Coletiva <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o 1º período <strong>de</strong> curso, com práticas em comunida<strong>de</strong> e conhecimento sobre Epi<strong>de</strong>miologia nas disciplinas<br />

Saú<strong>de</strong> e Socieda<strong>de</strong> I, II e III. O entendimento sobre Vigilância Sanitária apresentou maior aumento nos acertos, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

124%. O baixo índice <strong>de</strong> acertos no pré-teste <strong>de</strong>ve-se provavelmente ao conhecimento restrito sobre o assunto; a maioria das respostas<br />

referia-se apenas a questões <strong>de</strong> saneamento básico. Algumas questões ficaram no mesmo patamar, evi<strong>de</strong>nciando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior<br />

atenção naqueles temas, como Vigilância Alimentar e Nutricional. Conclusões: O Módulo <strong>de</strong> VISA apresentou <strong>de</strong>sempenho satisfatório,<br />

alcançando os objetivos <strong>de</strong> aprendizagem propostos, contribuindo para formar um médico mais comprometido socialmente e capacitado<br />

a atuar no processo saú<strong>de</strong>-doença com ações <strong>de</strong> promoção e prevenção na perspectiva da integralida<strong>de</strong> da assistência.<br />

104 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AM, Brasil.<br />

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Monitoria no Eixo Humanístico: Avaliação da Experiência <strong>de</strong> Monitoria do Módulo <strong>de</strong><br />

Fundamentos da Atenção Básica à Saú<strong>de</strong> II do Curso <strong>de</strong> Medicina da UFPE<br />

Ferreira, PNC 105<br />

Santos, PRT 105<br />

Leão, LMS 105<br />

Introdução: Aexperiência <strong>de</strong> monitoria nos permite acompanhar <strong>de</strong> perto os processos que compõem os objetivos <strong>de</strong> um módulo,<br />

sendo uma excelente oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vivenciar um pouco das ativida<strong>de</strong>s docentes. Objetivos: Descrever as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> monitoria<br />

<strong>de</strong>senvolvidas durante o período <strong>de</strong> um ano no módulo: Fundamentos da Atenção Básica à Saú<strong>de</strong>, oferecido no 4º período do curso médico<br />

da UFPE. Métodos: Atas e anotações das reuniões semanais, espaço para discutir os temas abordados e os encaminhamentos da semana,<br />

acompanhamento das aulas teóricas e das práticas junto aos estudantes, além da correção <strong>de</strong> resenhas escritas pelos alunos. Resultados:<br />

Através <strong>de</strong>sse trabalho tivemos a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer outras instituições, sejam elas ONG´s, instituições que cuidam <strong>de</strong><br />

idosos ou Movimentos Sociais, que trabalham a saú<strong>de</strong> não apenas como a ausência <strong>de</strong> patologias, mas como um estado <strong>de</strong> bem estar biopsicossocial<br />

e conhecer-lhes as ações para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r seus segmentos. Nos <strong>de</strong>bates discutimos temas preteridos durante a graduação e<br />

abordados a partir <strong>de</strong> uma visão principalmente biológica. Durante esse período também apren<strong>de</strong>mos sobre a importância da Atenção<br />

básica, <strong>de</strong> certa forma <strong>de</strong>svalorizada não só por nós alunos, mas pela socieda<strong>de</strong> em geral, a qual estimula uma medicina cada vez mais<br />

especializada, e refletir sobre o seu papel no acolhimento <strong>de</strong>sses grupos vulneráveis. Conclusão: Monitorar um módulo fora do eixo clínico-cirúrgico,<br />

o qual, ao menos em um primeiro momento, não <strong>de</strong>sperta o interesse <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte dos estudantes, imbuídos <strong>de</strong> uma<br />

visão mais tradicional do curso médico, é tanto <strong>de</strong>safiadora como recompensadora. E, acima <strong>de</strong> tudo, representa uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

participar <strong>de</strong> uma disciplina que em tudo combina com as novas diretrizes propostas para as escolas medicas, sugerindo uma maior integração<br />

da Aca<strong>de</strong>mia com re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ampliação da prática educacional em instituições ligadas à saú<strong>de</strong> e incentivando<br />

uma abordagem integral do processo saú<strong>de</strong>-doença.<br />

O Estudante <strong>de</strong> Medicina Diante da Comunicação da Má Notícia<br />

Xavier, LSG 106<br />

Pinheiro, AC 106<br />

Aguiar, RF 106<br />

Giaxa, RRB 106<br />

Introdução: Diante da importância do estabelecimento <strong>de</strong> uma boa relação médico-paciente, torna-se essencial o ensino <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> comunicação nos cursos <strong>de</strong> formação médica. No entanto, a comunicação consiste em um tema complexo, sobretudo quando<br />

envolve diagnósticos reservados ou morte. Diversos estudos <strong>de</strong>monstram a importância da inserção da comunicação da má notícia<br />

nos currículos médicos, todavia pouco se tem concretizado na prática. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo reconhecer os principais<br />

sentimentos e dificulda<strong>de</strong>s vivenciadas pelos alunos do quarto semestre do Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza,<br />

acerca das práticas curriculares <strong>de</strong> comunicação da má notícia. Métodos: Registros das experiências <strong>de</strong>senvolvidas em sala <strong>de</strong> aula entre<br />

fevereiro e junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, acerca <strong>de</strong>ste tema, foram categorizados e submetidos à análise qualitativa. Resultados: Percebemos que<br />

pena, medo, tristeza, angústia e insegurança foram, aos poucos dando lugar à compaixão e empatia no processo <strong>de</strong> interação entre os<br />

colegas e com os pacientes simulados. Foi evi<strong>de</strong>nciada, ainda, uma mudança da postura e análise critica das atribuições do profissional<br />

da saú<strong>de</strong> na nossa socieda<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>vem superar os procedimentos técnicos e a<strong>de</strong>ntrar o território das relações. Discussão: Faz-se necessária<br />

uma abordagem interdisciplinar da comunicação da má notícia para que as dificulda<strong>de</strong>s técnicas e emocionais oriundas da<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do tema sejam superadas, aproximando, em ultima instância, o profissional da saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu paciente.<br />

105 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

106 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

500<br />

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Processo Seletivo Formativo para o Curso <strong>de</strong> Medicina da Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e<br />

Saú<strong>de</strong> Pública (Ebmsp) – Ponto <strong>de</strong> Vista do Estudante<br />

Menezes, MS107 Soliani, ML107 Santos, RA107 Macambira, SG107 Araújo, EE107 Sá, CKC107 Introdução: O processo seletivo tradicional para o ingresso <strong>de</strong> estudantes no curso médico, não levava em conta a i<strong>de</strong>ntificação<br />

das habilida<strong>de</strong>s necessárias ao curso, assim como não permitia reflexão do candidato sobre sua opção profissional. Para avaliação do<br />

processo aplicado no processo questionário <strong>de</strong> avaliação pelos estudantes. Objetivo: Analisar a opinião dos candidatos sobre o processo<br />

seletivo formativo para acesso ao curso <strong>de</strong> medicina da EBMSP <strong>2009</strong>.2. Métodos: Aplicado questionário, não i<strong>de</strong>ntificados, com questões<br />

objetivas <strong>de</strong> resposta breve e subjetivas, para os candidatos que concluíram as duas etapas do processo seletivo. Resultados: Dos<br />

329 questionários distribuídos foram preenchidos e analisados 322 (97,8%). Dos estudantes 164 (51,3%) são do sexo feminino, com predomínio<br />

da faixa etária <strong>de</strong> 18 a 19 anos, 162 (49,7%), 154 (48,1%) se auto-<strong>de</strong>clararam brancos e 141(44,1%) morenos ou pardos. Quando<br />

perguntado se o processo seletivo propiciou reflexão sobre a profissão, 292 (95,1%) afirmaram que sim, 191 (59%) informaram que a sua<br />

percepção sobre a profissão mudou para melhor. Sobre o que imaginavam sobre a profissão 210 (64,4%) informaram que era exatamente<br />

o que pensavam e 116 (35,6%) melhor do que imaginavam. Quanto à análise geral do processo, 155 (47,5%) categorizaram como ótima,<br />

134(41,1%) como boa, e 23 (7,05%) como regular. Sobre a ativida<strong>de</strong> reflexiva com o filme, 143(43,8%) ótima, 133 (40,7%) boa, 35<br />

(10,7%) regular. Com relação à dinâmica <strong>de</strong> grupo 122(37,3%) ótima, 137 (41,8%) boa e 47 (14,3%) regular. A dinâmica específica da vivência<br />

profissional 208(64%) candidatos afirmaram ter sido ótima, 93(28,6%) boa e 19 (5,8%) regular. Quanto a críticas sobre o processo,<br />

a mais freqüente foi a exigüida<strong>de</strong> do tempo disponível para a segunda prova teórica. Conclusões: Houve uma boa aceitação do novo<br />

processo seletivo que parece ter propiciado maior reflexão do candidato sobre a área pretendida.<br />

Análise Comparativa das Anamneses Colhidas Por Alunos <strong>de</strong> Medicina nos Ambientes<br />

Hospitalar e Ambulatorial<br />

Heringer, JF 108<br />

Ormay, MS 108<br />

Leal, TMPB 108<br />

Introdução: A anamnese é um método adotado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Grécia Clássica que visa aliviar o sofrimento das pessoas enfermas.<br />

Deve ser realizada em etapas, <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>talhada e completa. Apartir <strong>de</strong>la se constroem a relação médico-paciente, a formulação diagnóstica<br />

e as condutas médicas. Portanto, <strong>de</strong>ve ser realizada <strong>de</strong> forma atenta e minuciosa em quaisquer ambientes e situações evitando<br />

<strong>de</strong>ssa forma possíveis hipóteses ou diagnósticos errôneos. Objetivo: Analisar o registro das anamneses nos prontuários feito por alunos<br />

<strong>de</strong> medicina do sexto período na Policlínica Ronaldo Gazolla e comparar ao roteiro aprendido e aplicado no quarto período no Hospital<br />

Servidores do Estado. Metodologia: Foi realizado um estudo <strong>de</strong> coorte transversal. Foram selecionados 770 prontuários <strong>de</strong> primeira<br />

consulta <strong>de</strong> 2008 e separados os prontuários assinados por alunos, totalizando 89 prontuários. Foi elaborado um “checklist” com todos<br />

os itens(95) da anamnese seguindo o roteiro <strong>de</strong> anamnese usado em propedêutica. Os prontuários redigidos pelos alunos foram cruzados<br />

com “checklist” e organizados em um banco <strong>de</strong> dados. Os dados foram cruzados para elaboração das conclusões. Resultado: Houve<br />

uma redução <strong>de</strong> 64,28% da anamnese. A maior redução ocorreu na História da Pessoa e seus subitens, estando presente em apenas<br />

1,13%; seguindo <strong>de</strong> Revisão <strong>de</strong> Sistemas redigida em 7,12%; da História Fisiológica em 7,79%; e História Social em 13,9%. Os mais redigidos<br />

foram a I<strong>de</strong>ntificação 26,4%; seguido da História Familiar 43,8%; HPP 53,94%; QP 69,66%; e HDA 97,8%. Conclusão: Diante dos<br />

resultados obtidos observa-se uma redução das informações colhidas na anamnese em relação ao roteiro proposto pela disciplina, sen-<br />

107 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

108 Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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do observada uma perda gradual da precisão dos dados colhidos no transcorrer da graduação, após concluída a disciplina <strong>de</strong> semiologia.<br />

Portanto, sendo a anamnese o elemento mais importante da clínica, os alunos <strong>de</strong>veriam ser mais incentivados a fazer uma anamnese<br />

completa para evitar erros que posteriormente serão difíceis erradicar.<br />

Mapas Conceituais Po<strong>de</strong> Avaliar Raciocínio Clinico Baseados em Casos (PBL)?<br />

Me<strong>de</strong>iros, MAS 109<br />

Me<strong>de</strong>iros, AS 109<br />

Rabelo, CMR 110<br />

Wan<strong>de</strong>rley, T 110<br />

Saraiva, A 110<br />

Me<strong>de</strong>iros, FC 110<br />

Introdução: Os mapas conceituais têm sido reportados como estratégias <strong>de</strong> ensino efetivas para <strong>de</strong>senvolvimento do pensamento<br />

critico em estudantes e para habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> problemas. Objetivo: avaliar mapas conceituais <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> ginecologia<br />

no terceiro período quanto a racionalida<strong>de</strong> clinica na solução <strong>de</strong> casos. Métodos: Utilizou-se a avaliação da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Minnesota<br />

quanto a qualida<strong>de</strong> dos mapas e número <strong>de</strong> conceitos envolvidos na solução <strong>de</strong> um caso clinico <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> colo uterino (hipótese<br />

diagnosticas, sintomas, fatores <strong>de</strong> risco, etc.) i<strong>de</strong>alizados por nós. O caso clinico com ilustrações do exame físico foi apresentado e discutido<br />

nos mol<strong>de</strong>s do PBL. No final da discussão pediu-se aos alunos que construíssem os seus mapas diagnóstico-terapeuticos. Resultados:<br />

Dezessete mulheres e 12 homens com média <strong>de</strong> 23a. Quanto a avaliação dos mapas, observamos que 38,8% foi boa e excelente para<br />

complexida<strong>de</strong>; 36,2% para comunicação; 44% para estrutura; 46,6% para relações; 26,7% a<strong>de</strong>quada para complexida<strong>de</strong>; 27,6% a<strong>de</strong>quada<br />

para comunicação; 25% para estrutura e 24% para as relações. Cem por cento dos alunos <strong>de</strong>ram com primeiro diagnóstico Ca <strong>de</strong> colo;<br />

82,7% colocaram as vulvovaginites como segunda hipótese, 93,1% <strong>de</strong>ram como terceira hipótese cervicite e 44,8%, as DSTs. Todos os<br />

alunos levaram em conta todos os sintomas clássicos do Ca <strong>de</strong> colo. Entre os fatores <strong>de</strong> risco, 100% referiram a multiparceria; 93,1% citaram<br />

a lesão condilomatosa prévia e apenas 20,6%, informaram a baixa renda e tabagismo; o etilismo apenas por 3 alunos; 51,7% referiram<br />

o não uso <strong>de</strong> preservativos. Menos da meta<strong>de</strong> não levou em conta o exame físico nem exames complementares como a citologia oncótica<br />

cervical e testes simples como o <strong>de</strong> Schiller e do ácido acético. Apenas 2 fizeram propostas <strong>de</strong> tratamento. Conclusão: Os mapas<br />

foram avaliados como a<strong>de</strong>quados e bons na maioria. Propõe-se maior discussão prática em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> mecanismos nesta fase do<br />

currículo.<br />

Portfolio Reflexivo: Quantificando o Qualitativo<br />

Cornetta, MCM111 Trinda<strong>de</strong>, T . 111<br />

INSTITUIÇÃO: 1 - UFRN;<br />

Introdução: Portfolio é uma coleção organizada e planejada <strong>de</strong> trabalhos produzidos pelo aluno em um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong><br />

tempo. Permite uma avaliação contínua e <strong>de</strong>talhada do aluno, do ensino, do serviço e também do professor, a quem possibilita uma visão<br />

ampliada do processo <strong>de</strong> aprendizagem. Descrição: No curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> Nor<strong>de</strong>stina iniciou-se<br />

o uso do portfólio há um ano, na disciplina <strong>de</strong> Obstetrícia, para avaliação das práticas discentes no âmbito ambulatorial e <strong>de</strong> urgência,<br />

que é plantão na Maternida<strong>de</strong> Escola. Ao início do semestre um grupo <strong>de</strong> 45 alunos é dividido para cursar as disciplinas <strong>de</strong> obstetrícia<br />

e ginecologia, alternadamente no semestre letivo. No encontro inicial são explicadas e distribuídas por escrito, diretrizes para<br />

construção e critérios para avaliação e pontuação <strong>de</strong>sta ferramenta. A primeira parte do portfólio é a i<strong>de</strong>ntificação e registro dos dados<br />

pessoais do aluno, motivo <strong>de</strong> escolha da profissão e expectativa em relação ao curso <strong>de</strong> medicina e à disciplina <strong>de</strong> Obstetrícia. Asegunda<br />

é para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas em relação ao serviço, ao acesso da usuária à atenção à saú<strong>de</strong>, ao ensino e uma reflexão periódica<br />

109 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

110 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

111 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

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sobre seu auto-aprendizado. A terceira é utilizada para aprofundamentos teóricos com temas referentes a dúvidas do aluno, surgidas<br />

durante situações vivenciadas. Estes textos <strong>de</strong>vem ter português correto, termos médicos e científicos a<strong>de</strong>quados e uso <strong>de</strong> pelo menos<br />

três fontes <strong>de</strong> pesquisa científica. A avaliação terá critérios pré-<strong>de</strong>terminados e pontuados segundo: Apresentação (0 a 1), Redação (0 a<br />

2), Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reflexão (0 a 2), Postura ética (0 a 2) e Qualida<strong>de</strong> do Aprofundamento e das fontes consultadas (0 a 3). Conclusão: A<br />

proposta <strong>de</strong> quantificar o portfolio, instrumento tão importante na formação acadêmica, confere-lhe mais objetivida<strong>de</strong> no processo <strong>de</strong><br />

avaliação discente e possibilita seu uso nas escolas médicas <strong>de</strong> currículo tradicional ou híbrido.<br />

Avaliação Cognitiva na Área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Criança: Resultado Preliminar do Teste <strong>de</strong><br />

Progresso <strong>de</strong> um Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina<br />

Campos, LK 112<br />

Souza, L 112<br />

Morgado, F112<br />

Siqueira-Batista, R 112<br />

Introdução: Os testes <strong>de</strong> progresso (TP) são instrumentos <strong>de</strong> gestão da qualida<strong>de</strong> dos cursos <strong>de</strong> graduação e <strong>de</strong> auto-gestão discente<br />

para melhoria do seu <strong>de</strong>sempenho cognitivo. Compostos por questões <strong>de</strong> múltipla escolha, contêm questões aplicadas indistintamente<br />

a todos os períodos <strong>de</strong> um curso universitário. Objetivos: Verificar o ganho cognitivo dos alunos em relação a temas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da<br />

criança e discutir a importância do teste <strong>de</strong> progresso como método <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho dos alunos, em relação aos seus pares,<br />

sinalizando aqueles com dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado. Métodos: O TP foi oferecido a todos os alunos do curso <strong>de</strong> graduação em medicina,<br />

composto por um total <strong>de</strong> 100 questões objetivas. Foram analisadas as 16 questões da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da criança, discriminando o <strong>de</strong>sempenho<br />

dos alunos do terceiro, sétimo e décimo-segundo períodos do curso <strong>de</strong> medicina. Os resultados foram expressos em médias<br />

e <strong>de</strong>svios-padrões, em relação à média do curso como um todo. Resultados: Das questões estudadas, 25% foram consi<strong>de</strong>radas difíceis e<br />

75% com grau mo<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>. Aa<strong>de</strong>são dos alunos à prova foi <strong>de</strong> 80,8% no terceiro período, 64,4% no sétimo período e 46,2%<br />

no décimo-segundo período. Amédia geral <strong>de</strong> acertos foi <strong>de</strong> 35,0% no terceiro período, 42,3% no sétimo e 58,9% no décimo-segundo período,<br />

com incremento total <strong>de</strong> conhecimentos na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 33,2%, do primeiro até o décimo-segundo período. Em relação ao <strong>de</strong>sempenho<br />

geral em saú<strong>de</strong> da criança, observou-se um incremento progressivo, acumulando 23,9% entre o terceiro e o décimo-segundo períodos.<br />

Conclusões: O teste <strong>de</strong> progresso mostrou um incremento no conhecimento da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da criança ao longo do curso; foi possível<br />

i<strong>de</strong>ntificar alunos com maior dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, o que permite uma intervenção personalizada pela instituição <strong>de</strong> ensino.<br />

As avaliações consecutivas po<strong>de</strong>rão oferecer recursos adicionais que auxiliem no aperfeiçoamento da estrutura curricular do curso<br />

<strong>de</strong> graduação.<br />

112 Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ, Brasil.<br />

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TEMA: METODOLOGIA DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO<br />

MÉDICA<br />

Prevalência <strong>de</strong> Depressão Entre Alunos <strong>de</strong> Medicina e Sua Correlação Com a Moradia na<br />

Presença ou Não com Familiares<br />

Jesus, EC 1<br />

Souza, MCT 1<br />

Campos, AP 1<br />

Ribeiro, A 1<br />

Coelho, R 1<br />

Introdução: A <strong>de</strong>pressão-solidão, fruto das modificações sócio-culturais da socieda<strong>de</strong> contemporânea po<strong>de</strong> afetar os acadêmicos<br />

<strong>de</strong> medicina, que enfrentam alto nível <strong>de</strong> cobrança da instituição e da socieda<strong>de</strong>. Esse trabalho <strong>de</strong>senvolvido na disciplina <strong>de</strong> metodologia<br />

da pesquisa científica propõe verificar se a falta da convivência familiar é um dos fatores que po<strong>de</strong>m contribuir para <strong>de</strong>pressão<br />

entre acadêmicos <strong>de</strong> medicina. Objetivos: analisar a prevalência <strong>de</strong> Depressão em estudantes <strong>de</strong> medicina do UniFOAe sua correlação<br />

com a moradia na presença ou não <strong>de</strong> familiares. Métodos: Estudo transversal <strong>de</strong>scritivo e analítico. Amostra:110 estudantes (60 do 1º e<br />

50 do 8º período) <strong>de</strong> medicina, UniFOA, utilizando como instrumento um questionário validado: Inventário <strong>de</strong> Depressão <strong>de</strong> Beck . 86<br />

(78,18%) respon<strong>de</strong>ram ao questionário (45 do primeiro período e 41 do oitavo período). Resultados: a moradia sem a presença dos familiares<br />

predominou em ambos períodos:62% no 1º e 56% no 8º período , assim como o sexo feminino: 58% no 1º período e 63% no 8º período.<br />

Entre alunos que resi<strong>de</strong>m com familiares, ocorreu maior incidência <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão leve a mo<strong>de</strong>rada no 8º período: 33% contra 6%<br />

do 1º período. Entre os alunos que moravam em república a <strong>de</strong>pressão foi <strong>de</strong>tectada em 9% (leve a mo<strong>de</strong>rada) no 1º período e 7% (mo<strong>de</strong>rada<br />

a grave) no 8º período. O índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão, tanto leve a mo<strong>de</strong>rada quanto mo<strong>de</strong>rada a grave, é maior no 8º período. A ida<strong>de</strong><br />

dos alunos com <strong>de</strong>pressão leve a mo<strong>de</strong>rada no 1º período variou <strong>de</strong> 17 a 20 anos e na <strong>de</strong>pressão leve a mo<strong>de</strong>rada no 8º período variou <strong>de</strong><br />

20a25anos.Conclusões: Aprevalência <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão foi maior em alunos <strong>de</strong> período mais avançados, sexo feminino e a falta dos familiares<br />

não foi importante em contribuir para o aumento da <strong>de</strong>pressão.<br />

Aplicação Prática da Metodologia da Pesquisa Para Alunos <strong>de</strong> Graduação<br />

Filippini, L.Z 2<br />

Klein, AP 2<br />

Guelfi, CK 2<br />

Dall‘Agno, ML 2<br />

Girardi, R 2<br />

Introdução: Ametodologia da pesquisa envolve elaboração e execução <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> pesquisa. Os métodos dos tipos <strong>de</strong> projetos<br />

têm em comum a mensuração e a análise <strong>de</strong> dados: o primeiro <strong>de</strong>manda tempo e o segundo conhecimento teórico em epi<strong>de</strong>miologia,<br />

estatística ou análise <strong>de</strong> conteúdo. Os alunos <strong>de</strong> graduação, em geral, não têm tempo disponível suficiente para realizar pesquisas<br />

completas; nem mesmo dispõem <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> trabalho e recursos. Alunos que obtém bolsas <strong>de</strong> iniciação científica têm melhor oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r, no entanto essas bolsas são limitadas em número, e muitos estudantes não têm acesso a elas. Procura-se um meio<br />

<strong>de</strong> tornar as pesquisas disponíveis para todos os alunos <strong>de</strong> graduação. Objetivos: Testar a hipótese que um serviço estruturado com<br />

banco <strong>de</strong> dados permite o ensino prático da metodologia científica para alunos <strong>de</strong> graduação. Métodos: Um programa <strong>de</strong> tratamento<br />

do tabagismo, executado por alunos <strong>de</strong> graduação dos cursos <strong>de</strong> medicina e psicologia, está em ativida<strong>de</strong> na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caxias<br />

do Sul. Nele, protocolos são armazenados em um programa <strong>de</strong> computador. Os alunos seguem os protocolos e registram os atendimen-<br />

1 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, Brasil.<br />

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tos dos pacientes. Esses registros permitem que sejam projetados trabalhos retrospectivos, transversais e prospectivos, além <strong>de</strong> análise<br />

<strong>de</strong> dados. Os alunos participam das diferentes fases que envolvem o método da pesquisa por participarem dos protocolos. Porém, toda<br />

a pesquisa é precedida por um protocolo aprovado pelo CEP. Outra modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> dados, não publicáveis, é feita rotineiramente<br />

para avaliação da qualida<strong>de</strong> do atendimento prestado; por meio <strong>de</strong>la os alunos treinam estatística. Resultados: Até o momento,<br />

foram publicados 5 trabalhos, tiveram 8 premiações em semanas acadêmicas e 10 trabalhos em congressos e afins. Conclusão: Oferecer<br />

condições para a realização <strong>de</strong> pesquisas e incluir os alunos no processo permite a prática da metodologia da ciência para alunos <strong>de</strong><br />

graduação.<br />

A Pesquisa na Formação Médica: Avaliação do Impacto da Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família na<br />

Mortalida<strong>de</strong> Infantil no Município <strong>de</strong> Goiânia<br />

David, CF 3<br />

Franco, CM 3<br />

Silva, AC 3<br />

Carvalho, R 4<br />

Carvalho, IGM 4<br />

Carvalho, GS 5<br />

Introdução: A Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família (ESF) surge no cenário brasileiro para reorientação do mo<strong>de</strong>lo assistencial, substituindo<br />

o mo<strong>de</strong>lo tradicional <strong>de</strong> assistência à saú<strong>de</strong>, historicamente curativo e hospitalocêntrico, por um mo<strong>de</strong>lo sintonizado com os princípios<br />

doutrinários do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS). Baseado na dinâmica <strong>de</strong> organização dos serviços e ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, o programa<br />

tem como principais características a <strong>de</strong>scrição da clientela, através da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> território <strong>de</strong> abrangência da equipe; enfoque sobre a<br />

família, a partir <strong>de</strong> seu ambiente físico e social; trabalho em equipe multiprofissional; ativida<strong>de</strong> preventiva em saú<strong>de</strong>; <strong>de</strong>tecção das necessida<strong>de</strong>s<br />

da população e a atuação intersetorial visando a promoção da saú<strong>de</strong>. Objetivos: Desenvolver a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar pesquisa<br />

epi<strong>de</strong>miológica, avaliando o impacto da ESF na mortalida<strong>de</strong> infantil no município <strong>de</strong> Goiânia. Métodos: Estudo <strong>de</strong>scritivo utilizando<br />

as bases <strong>de</strong> dados dos Sistemas <strong>de</strong> Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), <strong>de</strong> Mortalida<strong>de</strong> (SIM) e <strong>de</strong> Atenção Básica<br />

(SIAB), da Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiânia. Foram calculadas taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil e <strong>de</strong> cobertura da ESF para o período<br />

<strong>de</strong> 1999 a 2008. Resultados: De 1999 a 2008 a taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil em Goiânia, Goiás, <strong>de</strong>clinou <strong>de</strong> 17,40 para 13,54 óbitos<br />

em menores <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> por mil nascidos vivos e acréscimo <strong>de</strong> 17,54% para 38,72% na cobertura populacional assistida pela<br />

ESF. Em todos os sete distritos sanitários houve um aumento do número <strong>de</strong> equipes e <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atenção Básica Saú<strong>de</strong> da Família<br />

(UABSF). Conclusões: As mudanças no perfil <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil em Goiânia neste período foram i<strong>de</strong>ntificadas no estudo e sugerem<br />

que a cobertura da ESF, <strong>de</strong>ntre outros fatores, <strong>de</strong>terminou ações que contribuíram para a redução da mortalida<strong>de</strong> infantil, provavelmente<br />

associadas às intervenções no complexo materno infantil. Os estudos epi<strong>de</strong>miológicos na formação médica permitem uma<br />

aprendizagem significativa, crítica e reflexiva da realida<strong>de</strong> social.<br />

3 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

4 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiânia, Goiânia, GO, Brasil.<br />

5 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil; Secretaria Municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiânia, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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A Importância do Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina na<br />

Elaboração do Conteúdo Programático da Disciplina Metodologia Instrumental<br />

Silva, MSV6 Lins, L6 Cattony, ACE6 Caracas, TL6 Introdução: AOrganização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS) e entida<strong>de</strong>s como a <strong>Associação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Medicina (ABEM)<br />

têm manifestado uma preocupação com o ensino médico, objetivando construir um ensino direcionado para as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

da população. A Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública (EBMSP), seguindo a diretriz curricular do Ministério <strong>de</strong> Educação, tem<br />

como proposta trabalhar nesta direção, objetivando que seus alunos tenham uma formação, além <strong>de</strong> humanística, crítica na busca pelo<br />

conhecimento a ser aplicado no cuidar e na atenção ao paciente em toda sua atuação como estudante e profissional. Objetivo: Oobjetivo<br />

da presente pesquisa foi traçar o conhecimento do perfil sócio-econômico e cultural do estudante <strong>de</strong> medicina, no intuito <strong>de</strong> permitir<br />

uma intervenção precoce e <strong>de</strong> forma planejada na sua qualificação e instrumentalização em metodologia <strong>de</strong> estudo e pesquisa. Método:<br />

Foi investigado, através dos registros da Disciplina <strong>de</strong> Metodologia Instrumental, o perfil sócio-econômico e cultural do estudante ingresso<br />

no curso <strong>de</strong> medicina da EBMSP nos anos <strong>de</strong> 2004 a <strong>2009</strong>. Os dados coletados foram analisados estatisticamente através do programa<br />

EPI-INFO, 3.5.1, 2008, utilizando-se o teste do qui-quadrado, sendo estatisticamente p≤0,05%. Resultados: Foram avaliados estatisticamente<br />

1051 questionários aplicados no primeiro dia <strong>de</strong> aula. Os alunos apresentaram média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> 19±14, sendo 99.4% provenientes<br />

<strong>de</strong> escola particular e 2,3% com outra graduação concluída. Com relação ao acesso à instrumentos para estudo e pesquisa,<br />

91,9% possuíam computador em suas residências, 98,9% acessavam a internet, 44,5% afirmavam ter conhecimento <strong>de</strong> como buscar artigos<br />

em sites científicos, sendo que 85,6% liam em outro idioma. Conclusão: Este estudo <strong>de</strong>monstrou a importância do conhecimento<br />

prévio do perfil do aluno na elaboração <strong>de</strong> um conteúdo disciplinar que contemple a necessida<strong>de</strong> dos estudantes, bem como na a<strong>de</strong>quação<br />

dos instrumentos <strong>de</strong> aprendizagem pela instituição para aqueles que não dispõem <strong>de</strong> total acesso aos recursos necessários à<br />

aprendizagem e pesquisa.<br />

O Método da Avaliação Estruturada Observacional no Ensino da Oftalmologia:Desafio Atual<br />

Gentil, RM 7<br />

Introdução: O ensino médico visa o aprendizado não só <strong>de</strong> conhecimentos mas <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s, com atenção para a<br />

avaliação da competência clínica, caracterizada como um conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s técnicas e <strong>de</strong> comunicação, empatia,<br />

propedêutica e raciocínio clínico.Na aprendizagem da Oftalmologia não seria diferente.Sendo uma especialida<strong>de</strong> cirúrgica, requer tanto<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s em técnicas <strong>de</strong> diagnóstico clínico como o aprendizado cirúrgico compreen<strong>de</strong>ndo tanto questões<br />

cognitivas que fundamentam o procedimento cirúrgico , como o domínio dos seus aspectos técnicos. Objetivo: Reconhecer o Método<br />

da Avaliação Estruturada Observacional(Osce)), como um dos meios <strong>de</strong> avaliação dos resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Oftalmologia. Método: O Osce<br />

(objective structured clinical examination) avalia o <strong>de</strong>sempenho do aprendiz em situações <strong>de</strong>limitadas, baseadas em um roteiro pre<strong>de</strong>finido,<br />

em que há interação com bonecos simulados ou recursos didáticos por meio <strong>de</strong> estações <strong>de</strong> avaliação em rodízio. As notas são<br />

dadas pelos observadores ou pelos pacientes, por meio <strong>de</strong> checklists isolados ou combinados com conceitos. Resultados: O Osce po<strong>de</strong><br />

se apresentar como uma ferramenta <strong>de</strong> avaliação importante, pois o tempo em cada estação exige que o aluno <strong>de</strong>monstre habilida<strong>de</strong>s<br />

do “saber como” o que é <strong>de</strong> extrema importância para a formação <strong>de</strong>sse profissional no <strong>de</strong>senvolvimento técnico-cirúrgico. Isso po<strong>de</strong>rá<br />

permitir principalmente no início da formação, uma maior segurança pelo estudante, sem o estresse da realização <strong>de</strong> procedimentos em<br />

situações <strong>de</strong> risco. O Osce, porém, não avaliando o estudante em condições reais e, como nem tudo po<strong>de</strong> ser simulado, limita a apresentação<br />

<strong>de</strong> problemas oftalmológicos intra operatórios inesperados que po<strong>de</strong>riam ser abordados e resolvidos, com a ajuda dos preceptores.<br />

Conclusão: A utilização <strong>de</strong> ferramentas que possuem uma forte característica observacional permite avaliar o fazer, preferencialmente<br />

em condições reais. Mas é necessário atribuir pesos diferentes aos diferentes aspectos (habilida<strong>de</strong>s ou comportamentos) observados,<br />

pon<strong>de</strong>rando <strong>de</strong> acordo com que é esperado do aprendiz em cada etapa <strong>de</strong> sua aprendizagem.<br />

6 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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Desafios para a Pesquisa no Ensino das Ciências da Saú<strong>de</strong>: Construção e Validação <strong>de</strong> um<br />

Questionário<br />

Silva, AV 8<br />

Gerab, IF 8<br />

Gerab, F 9<br />

Aguiar, O 8<br />

Batista, NA 8<br />

Introdução: este trabalho integra um projeto <strong>de</strong> pesquisa do Campus Baixada Santista da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo,<br />

on<strong>de</strong> existem cinco graduações em saú<strong>de</strong>. Objetivo: <strong>de</strong>screver e analisar a construção e validação <strong>de</strong> um questionário aplicado aos estudantes<br />

matriculados em três momentos distintos (termos) <strong>de</strong> cada curso. Metodologia: elaborou-se um questionário com escala <strong>de</strong><br />

Likert com 10 assertivas, buscando abranger os conceitos <strong>de</strong> integralida<strong>de</strong>, trabalho em equipe e educação interprofissional. Destas, 4<br />

contém aspectos teórico-conceituais e 6 a aplicação dos conceitos a duas situações-problema. O instrumento foi aplicado com a prova<br />

<strong>de</strong> progresso realizada no campus. Os dados tabulados foram submetidos à verificação da consistência interna através do coeficiente<br />

alfa <strong>de</strong> Cronbach e, posteriormente, à análise <strong>de</strong> componentes principais, <strong>de</strong>terminando suas dimensões. Para cada dimensão i<strong>de</strong>ntificada<br />

construiu-se um indicador submetido à validação. Este processo foi feito sem pareamento prévio com a formulação das assertivas.<br />

Resultados e Conclusões: na análise dos 297 questionários <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rou-se uma das questões por esta interferir na consistência dos<br />

dados. Obteve-se assim um alfa <strong>de</strong> Cronbach=0,666. O teste KMO=0,754 indicou a<strong>de</strong>quação dos dados para a análise fatorial, que i<strong>de</strong>ntificou<br />

3 componentes, explicando 56% da variabilida<strong>de</strong> total dos dados. Partindo-se da estrutura <strong>de</strong>stas componentes, construiu-se 3<br />

indicadores, submetidos então à validação. Somente um indicador apresentou confiabilida<strong>de</strong> para posterior análise <strong>de</strong> diferenças entre<br />

cursos e termos. No pareamento dos indicadores com as questões agrupadas não se observou concordância temática entre as questões,<br />

mas sim concordância com o tipo <strong>de</strong> assertiva presente nas dimensões. O indicador validado agrupou as assertivas <strong>de</strong> caráter teórico<br />

conceitual,enquantoosoutrosdoisagruparamasafirmaçõesrelativasàsanálisesdasduassituações-problemasdistintas.Estes<br />

resultados evi<strong>de</strong>nciam que a opção <strong>de</strong> construção das assertivas nesta ferramenta <strong>de</strong> estudo constitui mais um <strong>de</strong>safio para a<br />

elaboração <strong>de</strong> um instrumento <strong>de</strong> pesquisa válido.<br />

Apoio financeiro: MCT-CNPq/MS-SCTIE-DECIT Nº 23/2006<br />

Desenvolvimento Docente em Currículos Orientados pela Aprendizagem Baseada em<br />

Problemas: uma Revisão Sistemática <strong>de</strong> Literatura.<br />

Rêgo, C 10<br />

Batista, SH 10<br />

Introdução: O estudante como um centro fundamental do processo <strong>de</strong> ensino aprendizagem é um marco da educação contemporânea<br />

é um dos pressupostos da aprendizagem baseada em problemas/ABP. Enten<strong>de</strong>ndo esta, como uma proposta metodológica<br />

com características e estruturas complexas, diferenciando-a em diversos níveis da metodologia das escolas tradicionais. Buscamos assim,<br />

um recorte nesta proposta e nos atemos a olhar para o corpo docente das escolas médicas reconhecendo as diversas funções <strong>de</strong>mandadas<br />

por estes currículos. Objetivo: empreen<strong>de</strong>r uma revisão sistemática da literatura sobre <strong>de</strong>senvolvimento docente nos cursos<br />

médicos em currículos ABP. Metodologia: busca, i<strong>de</strong>ntificação e análise <strong>de</strong> artigos científicos nas bases <strong>de</strong> dados: Scielo, Lilacs, Cochrane,<br />

Medline, com os <strong>de</strong>scritores: (1)“escolas <strong>de</strong> medicina and aprendizagem baseada em problemas”; (2) “educação médica and escola<br />

médica and aprendizagem baseada em problemas”; (3) “aprendizagem baseada em problemas and capacitação and corpo docente and<br />

escolas médicas”. Na PUBMED os artigos foram buscados com os <strong>de</strong>scritores: (1)“med scholl and pbl”; (2)“med scholl and pbl and facult”.<br />

Resultado: foram localizados na busca (1) 13 artigos na Lilacs e 208 na Medline; nas <strong>de</strong>mais bases não temos achados. Na busca<br />

(2): Lilacs traz 6 artigos e Medline 52. Na busca (3) não foi obtido nenhum achado em nenhuma das bases <strong>de</strong> dados. Buscando na base <strong>de</strong><br />

8 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

9 FEI.<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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dados Pubmed com os <strong>de</strong>scritores da busca (1) e (2) foram encontrados 20 artigos em ambas. Conclusão: Pô<strong>de</strong>-se perceber que em sua<br />

maioria, os artigos encontrados não tratam do tema: <strong>de</strong>senvolvimento docente, como escopo da pesquisa. Está temática se apresenta<br />

em algum momento do texto, como uma proposta secundária <strong>de</strong> discussão. Cabe ressaltar, a baixa produção nacional sobre o objeto <strong>de</strong><br />

estudo. A análise da produção científica revelou-se como caminho fecundo para o aprofundamento teórico-metodológico <strong>de</strong>sta<br />

pesquisa.<br />

Análise dos Projetos <strong>de</strong> Pesquisa Pen<strong>de</strong>ntes e Reprovados Apresentados ao Comitê <strong>de</strong><br />

Ética em Pesquisa da Universida<strong>de</strong> Positivo <strong>de</strong> 2005 A <strong>2009</strong><br />

Borges, BK 11<br />

Monteiro, FA 11<br />

Gabardo, LC 11<br />

Suzuki, SY 11<br />

Introdução: Gran<strong>de</strong> importância tem as pesquisas realizadas em Universida<strong>de</strong>s para o crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>stas e<br />

<strong>de</strong> seus pensadores acadêmicos. Para tanto, necessitam-se <strong>de</strong> normas e <strong>de</strong> um padrão <strong>de</strong> julgamento para que trabalhos possam ser aceitos<br />

e concluídos. Mediante isto, o trabalho em questão aborda a importância da ética, das questões burocráticas, da metodologia e do<br />

TCLE a luz do CEP e da resolução 196;96 para que os projetos <strong>de</strong> pesquisa acrescentem conhecimentos a comunida<strong>de</strong> cientifica sem<br />

transgredir os princípios da bioética. Objetivos: Esclarecer aos pesquisadores as principais falhas existentes no <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />

projetos <strong>de</strong> pesquisa, que em geral <strong>de</strong>ixam muitas dúvidas em relação à metodologia do estudo, trazendo implicações éticas sérias. Métodos:<br />

Realizou-se a análise <strong>de</strong> 219 pareceres circunstanciados <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> pesquisa avaliados pelo CEP-UP entre 2005 e <strong>2009</strong>. Foram<br />

selecionados os projetos que se encontravam em pendência ou reprovados pelo CEP-UP e procurou-se categoriza-los <strong>de</strong> acordo com<br />

o(s) tipo(s) <strong>de</strong> falha envolvida(s) nos mesmos. As autoras elaboraram os seguintes critérios <strong>de</strong> categorização: Erros Metodológicos, Éticas,<br />

Burocráticos, e Falhas no TCLE. Resultados: Dos 219 projetos <strong>de</strong> pesquisa analisados constatou-se que: em 114 ocorreram erros referentes<br />

à Metodologia, em 46 houve falha quanto à Normativa Ética, 62 protocolos apresentaram erros Burocráticos e em 95 houve falha<br />

na elaboração ou não anexação do TCLE. Verificou-se também que 12 trabalhos foram inviabilizados <strong>de</strong> aprovação <strong>de</strong>vido ao não<br />

ajustedosmesmosàsexigênciasdoCEP-UP.Conclusão: A análise dos pareceres constatou 63,68% <strong>de</strong> erros fundamentais no processo<br />

metodológico do projeto e 53,07% <strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quações metodológicas do TCLE. Observa-se que as pendências mais freqüentes<br />

encontram-se na metodologia da execução do projeto, reforçando a importância do cumprimento <strong>de</strong> regulamentos citados na<br />

Resolução 196/96 e das diretrizes metodológicas e éticas ditadas pelo CONEP e CEP-UP.<br />

11 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

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TEMA: APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO ESTUDANTE,<br />

TUTORIA E MENTORING<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina da UFRN<br />

Luna e Silva, R 1<br />

Pinto Junior, FEL 1<br />

Introdução: A preocupação com a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do estudante <strong>de</strong> Medicina vem sendo alvo <strong>de</strong> estudos em diversos países.<br />

A carga horária excessiva, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matéria a ser estudada, além do alto nível <strong>de</strong> cobrança, compromete diretamente a qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida e do sono <strong>de</strong>sses estudantes. E esses transtornos acarretam perda da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, aumento da incidência dos problemas<br />

psiquiátricos – os sintomas <strong>de</strong>pressivos estão presentes mais do que na população em geral-, reduzindo o <strong>de</strong>sempenho acadêmico.<br />

Objetivo: Avaliar a Qualida<strong>de</strong> do Sono (QS) e a Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida (QV) em estudantes <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> uma Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral. Método:<br />

Estudo do tipo corte transversal com uma amostra <strong>de</strong> 94 alunos (A94), <strong>de</strong> todos os períodos, selecionados <strong>de</strong> forma randomizada<br />

e também uma amostra <strong>de</strong> 41 alunos (A41) do quinto período apenas. Esses estudantes foram submetidos à aplicação <strong>de</strong> questionários<br />

contendo a Escala <strong>de</strong> Sonolência Epworth (ESE), para avaliar a QS, e outro para avaliar a QV. Na A94 o questionário original foi transcrito<br />

para um sistema <strong>de</strong> aplicação, <strong>de</strong> surveys online, <strong>de</strong> forma que a coleta <strong>de</strong> dados se <strong>de</strong>u por auto-aplicação (no final do período letivo).<br />

Na A41 o questionário foi aplicado, na primeira semana <strong>de</strong> aula, da forma presencial tradicional. Resultados: A pontuação média<br />

encontrada na ESE na A41 foi <strong>de</strong> 7,44 e na A94 foi <strong>de</strong> 10,64. Na avaliação da QV: na A94, consi<strong>de</strong>raram ruim (26,9%), boa (35,5%) e muito<br />

boa (4,3%); na A41, consi<strong>de</strong>raram ruim (2,4%), boa (51,2%) e muito boa (17,1%). Em relação à satisfação com o sono na A94 se consi<strong>de</strong>rou<br />

muito insatisfeito 29,8%, insatisfeito 46,8%, satisfeito 10,6% e muito satisfeito 1,1%; na A41 se consi<strong>de</strong>rou muito insatisfeito 4,9%, insatisfeito<br />

17,1%. Conclusão: Houve uma redução significante da QS e da QV dos estudantes, quando comparado a avaliação realizada<br />

no início do semestre com a do final do semestre.<br />

Perfil do Médico Resi<strong>de</strong>nte Atendido no Grupo <strong>de</strong> Assistência Psicológica ao Aluno<br />

(GRAPAL) da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Souza, EM2 Gianini, RJ2 Azevedo Neto, RS2 Eluf Neto, J2 Objetivos: Definir o perfil do médico resi<strong>de</strong>nte atendido em um serviço <strong>de</strong> assistência à saú<strong>de</strong> mental, a fim <strong>de</strong> contribuir para o<br />

conhecimento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste grupo. Métodos: Estudo observacional do tipo coorte retrospectivo. Os dados foram obtidos por<br />

meio <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> prontuários <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes atendidos pelo Grupo <strong>de</strong> Assistência Psicológica ao Aluno (GRAPAL) no período<br />

<strong>de</strong> 1998 a 2002, e pelo acesso ao registro geral <strong>de</strong> matrícula <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes. Inclui a <strong>de</strong>scrição da proporção <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes atendidos<br />

segundo ano [cronológico], ano <strong>de</strong> residência, sexo, ida<strong>de</strong>, especialida<strong>de</strong>, faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> origem e distância do núcleo familiar; e a análise<br />

das diferenças <strong>de</strong> proporções entre as categorias das variáveis investigadas. Resultados: Durante o período estudado temos o registro<br />

<strong>de</strong> 2.131 resi<strong>de</strong>ntes matriculados, totalizando 4.727 resi<strong>de</strong>ntes-ano <strong>de</strong> seguimento. Neste conjunto, computando-se somente o primeiro<br />

atendimento, temos 104 resi<strong>de</strong>ntes atendidos pelo GRAPAL (4,9% resi<strong>de</strong>ntes atendidos, ou 2,2 atendidos para cada 100 resi<strong>de</strong>ntes-ano<br />

<strong>de</strong> seguimento). Os dados revelam maior proporção <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes atendidos com as seguintes características: primeiro ano <strong>de</strong> residência<br />

(4,5%), ida<strong>de</strong> inferior a 26 anos (6,1%), sexo feminino (6,9%), egresso <strong>de</strong> outras escolas médicas (5,9%) e resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s<br />

cognitivas (6,7%). Conclusões: Aassistência psiquiátrica mostrou-se associada ao gênero, a fatores ligados a crises adaptativas e a especialida<strong>de</strong>s<br />

cognitivas. Não houve crescimento da proporção <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes atendida pelo serviço durante o período analisado.<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP,<br />

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Aten<strong>de</strong>ndo Estudantes <strong>de</strong> Medicina na Fundação do ABC<br />

Baldassin, S 3<br />

Silva, NR 3<br />

Sordi, RB 3<br />

Silva, MAMRT 3<br />

Andra<strong>de</strong>, AG 3<br />

Introdução: AFundação do ABC oferece graduação nos cursos <strong>de</strong> Medicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional<br />

e Nutrição. Para orientar e aten<strong>de</strong>r estudantes da área da saú<strong>de</strong> foram criados o Serviço <strong>de</strong> Orientação Psicológica ao Aluno<br />

(SEPA) e o Grupo <strong>de</strong> Apoio Integral ao Acadêmico (GAIA). Pois o <strong>de</strong>sgaste proveniente do treinamento <strong>de</strong> estudantes na área da saú<strong>de</strong><br />

é <strong>de</strong>scrito por vários autores como um estressor que po<strong>de</strong> afetar negativamente a saú<strong>de</strong>, o <strong>de</strong>sempenho acadêmico e a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes futuros<br />

profissionais no futuro (Shapiro et al. 2000; Dyrbye et al. 2006; Alexandrino-Silva et al. 2007; Baldassin et al. 2008). Em <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong><br />

existência, o SEPAe o GAIAjá realizaram cerca <strong>de</strong> 4000 atendimentos, auxiliando os acadêmicos em sua formação, criando e implantando<br />

protocolos <strong>de</strong> atendimento clinico, psicoterápico e consolidando-se como centro <strong>de</strong> pesquisa acadêmica. Objetivo: Averiguar o perfil<br />

psicopatológico dos pacientes atendidos no Serviço <strong>de</strong> Orientação Psicológica ao Aluno da FMABC. Metodologia: Estudo retrospectivo<br />

do banco <strong>de</strong> dados gerado nos últimos <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> atendimentos. Resultados: Entre os anos <strong>de</strong> 1998 a 2008, 254 estudantes procuraram<br />

atendimento 43% espontaneamente, 35% indicados por colegas, 17% por professores, 2% por familiares, 2% pela administração e<br />

1% por médico externo. Os diagnósticos foram <strong>de</strong> transtornos: <strong>de</strong>pressivos (50%), <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> (47%), alimentares (1%) e (1%) <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>.<br />

Amaioria (75%) era do gênero feminino. 86% moravam com a família, receberam tratamento medicamentoso (71%) e (68%)<br />

psicoterápico. Conclusões: Os estudantes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que mais procuram atendimento, o fazem espontaneamente, são do gênero feminino,<br />

moram com família, sofrem principalmente <strong>de</strong> transtornos <strong>de</strong>pressivos e ansiosos e recebem tratamento medicamentoso e psicoterápico<br />

associados, que se oferecidos precocemente po<strong>de</strong>m evitar seqüelas na saú<strong>de</strong> física, emocional e acadêmica dos estudantes, e<br />

contribuir para a sua própria formação profissional.<br />

Fatores Que Determinaram a Opção Pela Medicina: uma Pesquisa Qualitativa Com<br />

Estudantes do Início do Ciclo Profissional<br />

Leal SS 4<br />

Ribeiro MMF 4<br />

Bianchi HÁ 4<br />

Diamantino FC 4<br />

Introdução: Os principais motivos relatados para opção profissional pela medicina são possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização pessoal, a<strong>de</strong>quação<br />

às aptidões pessoais, motivos altruístas e busca do conhecimento. A inserção no mercado <strong>de</strong> trabalho não é fator importante.<br />

Consi<strong>de</strong>rando que esses fatores são mutáveis foi proposto estudo com estudantes do 5º período.Objetivo: respon<strong>de</strong>r quais, atualmente,<br />

os <strong>de</strong>terminantes <strong>de</strong>ssa opção. Metodologia: Foi proposta a questão: “Escrever livremente sobre sua opção pelo curso <strong>de</strong> medicina nesta<br />

Faculda<strong>de</strong>, os fatos e fatores que influenciaram sua escolha”. A análise realizada foi qualitativa, utilizando técnica <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> conteúdo.<br />

O projeto foi aprovado pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa. Resultados: Foram distribuídos 120 questionários, com 57,5% <strong>de</strong> respostas.<br />

O <strong>de</strong>terminante <strong>de</strong> escolha da Faculda<strong>de</strong> foi ser pública, gratuita, bem conceituada. Embora não perguntado, 11 (16 %) escreveram<br />

que não teriam condição financeira para cursar medicina em escola privada. Quanto à opção pela medicina, 24 estudantes (35%)<br />

mencionaram mais <strong>de</strong> três fatores, até cinco. Em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente, os fatores mencionados pelos estudantes foram: empregabilida<strong>de</strong><br />

e bons salários, consi<strong>de</strong>rados juntos, por 50%, se separados, cada por 22(32%) dos estudantes. Ajudar, servir, trabalhar com pessoas por<br />

23(33%); “status” social por 16 (23%); curiosida<strong>de</strong> científica e influência <strong>de</strong> terceiros por 14 cada (20%) e a fantasia ou sonho <strong>de</strong> infância<br />

por 13 estudantes ( 19%). Ainda mencionados gosto pela área biológica (12%) , opção pessoal ( 8,7%), diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> atuação<br />

(8,7%), <strong>de</strong>safio do vestibular (6%) e po<strong>de</strong>r do médico (6%). Conclusão: Uma estudante comentou verbalmente sobre resistência do gru-<br />

3 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.<br />

4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

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po à pesquisa pela dificulda<strong>de</strong> em respon<strong>de</strong>r à pergunta, fato que sugere mecanismos inconscientes envolvidos na escolha. O resultado<br />

diferente foi empregabilida<strong>de</strong> e possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bons salários terem sido os fatores mais freqüentes, embora não únicos, para a maioria<br />

dos estudantes. Os <strong>de</strong>mais motivos estão em concordância com os achados da literatura.<br />

<strong>Associação</strong> Entre Abuso <strong>de</strong> Álcool e Drogas e Imagem Corporal em Universitários<br />

Leal, FM 5<br />

Furtado, EF 5<br />

Introdução: Diversos estudos vêm apontando uma taxa preocupante <strong>de</strong> uso álcool e drogas e <strong>de</strong> distúrbios da imagem corporal<br />

entre a população <strong>de</strong> universitários. A associação entre abuso <strong>de</strong> álcool e drogas e transtornos alimentares vem sendo bem caracterizada,<br />

observa-se uma ocorrência maior do uso <strong>de</strong> álcool e drogas em estudantes com transtornos alimentares (Striegel-Moore, 2008). Porém,<br />

há um escasso número <strong>de</strong> estudos que buscam correlacionar o abuso <strong>de</strong> álcool e drogas com alterações da imagem corporal, sem<br />

caracterizar algum transtorno alimentar. Objetivos: Esse estudo tem como objetivo investigar e <strong>de</strong>screver o abuso <strong>de</strong> álcool e drogas e<br />

sua relação com a imagem corporal em uma amostra <strong>de</strong> estudantes universitários. Métodos: A amostra compreen<strong>de</strong>u 975 alunos, <strong>de</strong><br />

ambos os sexos, com a matrícula efetuada no início do ano letivo <strong>de</strong> 2004 na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São Paulo, compreen<strong>de</strong>ndo seis diferentes cursos <strong>de</strong> graduação, os quais respon<strong>de</strong>ram a um questionário <strong>de</strong> auto-preenchimento,<br />

que entre outros dados, foram obtidas respostas referentes ao abuso <strong>de</strong> álcool e drogas e também à imagem corporal. Dessa amostra tivemos<br />

cerca 500 questionários com preenchimento a<strong>de</strong>quado que possibilitaram a <strong>de</strong>scrição e análise dos dados para esse estudo. Resultados:<br />

Entre os resultados encontrados, observou-se que 11% apresentaram uso <strong>de</strong> álcool superior a 10 vezes no último mês, sendo<br />

que <strong>de</strong>ntre esses abusadores <strong>de</strong> álcool 54% pensa que <strong>de</strong>ve emagrecer às vezes ou sempre e 61% entre os não abusadores (x²= 0,706; p =<br />

0,401). Conclusões: Com os dados analisados até o momento não foi possível estabelecer uma relação entre alterações da imagem<br />

corporal com o abuso <strong>de</strong> álcool e drogas. Durante esse estudo será reservada a <strong>de</strong>vida atenção a diferenças <strong>de</strong> gênero.<br />

Avaliação da Relação Entre os Estudantes <strong>de</strong> Medicina e os Monitores <strong>de</strong> Histologia da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará<br />

Nunes, NG6 Botelho, KP6 Vale, JS6 Fontenele, NKP6 Morais, WA6 Leitão, RFC6 Introdução: a monitoria <strong>de</strong> Histologia visa, <strong>de</strong>ntre outros objetivos, a favorecer o aprendizado do aluno, consi<strong>de</strong>rando-se a<br />

gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aulas práticas e <strong>de</strong> alunos por turma. O bom relacionamento entre alunos e monitores, portanto, é essencial para<br />

atingir esse objetivo. Objetivos: avaliar a opinião dos alunos quanto à <strong>de</strong>dicação, contribuição dos monitores <strong>de</strong> Histologia e o relacionamento<br />

aluno-monitor, i<strong>de</strong>ntificando possíveis <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong>sses aspectos. Esses dados contribuirão para o aprimoramento das ativida<strong>de</strong>s<br />

dos monitores, objetivando melhor apoio pedagógico às turmas posteriores. Métodos: um questionário foi aplicado a 41 alunos<br />

do 2° semestre do curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, avaliando os monitores nos seguintes aspectos: proporção entre<br />

o número <strong>de</strong> alunos e monitores; facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação; domínio e transmissão do conhecimento; pontualida<strong>de</strong>; assiduida<strong>de</strong>;<br />

disponibilida<strong>de</strong> e iniciativa na elaboração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s extracurriculares. Resultados: o percentual <strong>de</strong> 17% dos alunos consi<strong>de</strong>rou a<br />

proporção entre o número <strong>de</strong> alunos e monitores péssima; 24,4%, ruim; 43,9%, regular; 9,8%, boa; e 4,9%, ótima. Quanto à facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comunicação, o percentual <strong>de</strong> 7,5% consi<strong>de</strong>rou péssima; 5%, ruim; 37,5%, regular; 47,5%, boa; e 2,5%, ótima. O percentual <strong>de</strong> 4,9% julgou<br />

o domínio e a transmissão do conhecimento ruim; regular, 17,1%; boa, 70,7% e ótima, 7,3%. O percentual <strong>de</strong> 9,8% consi<strong>de</strong>rou a disponibilida<strong>de</strong><br />

e a iniciativa na elaboração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s extracurriculares ruim; regular, 19,5%; boa, 56,1% e ótima, 14,6%. Nenhum aluno<br />

5 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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avaliou como péssimos esses dois últimos quesitos. Quanto à pontualida<strong>de</strong> e assiduida<strong>de</strong>, 2,4% julgou péssima; 17,1%, ruim; 26,8%, regular;<br />

46,4%, boa; e 7,3%, ótima. Conclusões: a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmitir conhecimentos, assim como a disponibilida<strong>de</strong> e o<br />

relacionamento entre alunos e monitores foram positivamente avaliados pelos alunos. Amaioria, porém, mostrou-se insatisfeita com o<br />

número <strong>de</strong> monitores nas aulas práticas. Esse dado po<strong>de</strong> ser reflexo da assiduida<strong>de</strong> e pontualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiente dos monitores, na visão<br />

dos alunos.<br />

Programa <strong>de</strong> Apoio Psicopedagógico aos Estudantes <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

Fluminense – PAPP – Uma Contribuição à Formação Integral do Médico<br />

Gabbay, SEM 7<br />

Claro, LBL 7<br />

Schroe<strong>de</strong>r, AAM 7<br />

Carraro, JC 7<br />

Soares, JCRS 7<br />

Gomes, RFR 7<br />

Introdução: Dificulda<strong>de</strong>s inerentes à formação médica e suas conseqüências sobre a saú<strong>de</strong> física e mental dos estudantes e sua<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida têm levado diversos currículos a incorporarem programas <strong>de</strong> tutoria/mentoring. Aformação <strong>de</strong> um profissional capaz<br />

<strong>de</strong> apreen<strong>de</strong>r a dimensão integral do ser humano, seu objeto <strong>de</strong> cuidado, não po<strong>de</strong> negligenciar a dimensão subjetiva <strong>de</strong>sse profissional,<br />

implicada no ato <strong>de</strong> cuidar. A discussão em grupo, com trocas <strong>de</strong> experiências, e a elaboração das difíceis questões inerentes à<br />

profissão e à formação médica, permitem enriquecê-la, a partir <strong>de</strong> um paradigma <strong>de</strong> relação dialógica e <strong>de</strong> intersubjetivida<strong>de</strong>. Objetivos:<br />

Este trabalho visa relatar a experiência do PAPP, programa que tem como proposta oferecer um espaço <strong>de</strong> acolhimento e troca <strong>de</strong><br />

experiências para os estudantes <strong>de</strong> medicina, com vistas ao aprimoramento da sua formação e melhoria da sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Métodos:<br />

O Programa <strong>de</strong> Apoio Psicopedagógico aos Estudantes <strong>de</strong> Medicina da UFF teve início em 2005, com a formação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong><br />

alunos que reúnem-se quinzenal ou semanalmente, orientados por um tutor. Os tutores, professores do curso, são capacitados, através<br />

<strong>de</strong> supervisão em grupo, pela coor<strong>de</strong>nadora do projeto, com formação em psicologia e psicanálise. Atualmente são 12 tutores, orientando<br />

grupos <strong>de</strong> 10 a 12 alunos <strong>de</strong> diferentes períodos do curso. Resultados: Os relatos <strong>de</strong> tutores mostram que os objetivos do programa<br />

têm sido alcançados. Cada grupo <strong>de</strong>senvolve uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> própria, mas resultados favoráveis têm sido observados em geral, quanto<br />

à melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos alunos, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s para buscar soluções para problemas individuais e<br />

coletivos e participação mais ativa na busca <strong>de</strong> uma melhor formação. Conclusões: O PAPP, assim como outros programas <strong>de</strong><br />

tutoria/mentoring, tem <strong>de</strong>monstrado ser uma estratégia que favorece a construção <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> profissional a<strong>de</strong>quada às<br />

exigências contemporâneas <strong>de</strong> cuidado integral nas práticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

O Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento Docente da Famema: da Reflexão a Nova Prática<br />

Francischetti, I 8<br />

Corrêa, ACL 8<br />

Vieira, CM 8<br />

Rolin, LMG 8<br />

Soares, MOM 8<br />

Introdução: A Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília (Famema) vem investindo no <strong>de</strong>senvolvimento dos currículos dos cursos <strong>de</strong><br />

Medicina e Enfermagem, com a adoção <strong>de</strong> métodos ativos <strong>de</strong> aprendizagem (Aprendizagem Baseada em Problemas e Problematização).<br />

Acapacitação docente necessária à implementação e sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes métodos vem sendo realizada pelo Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Docente (PDD). Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar fortalezas e fragilida<strong>de</strong>s referentes às práticas pedagógicas; favorecer reflexões e<br />

transformação das mesmas; estimular apropriação <strong>de</strong> conhecimento; analisar <strong>de</strong> forma crítica o produto do trabalho. Método: Desen-<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

8 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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volvimento <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> Educação Continuada (EC) e <strong>de</strong> Educação Permanente (EP) para docentes envolvidos nas tutorias e ativida<strong>de</strong>s<br />

práticas. Existem 28 grupos <strong>de</strong> EP (com 8 a 10 participantes e 2 facilitadores) e 10 grupos <strong>de</strong> discussão com os facilitadores. São<br />

propostas aproximadamente 6 oficinas <strong>de</strong> EC ao ano. Resultados: As oficinas <strong>de</strong> EC não vêm ocorrendo satisfatoriamente por falta <strong>de</strong><br />

participação docente <strong>de</strong>vido a incompatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> horário entre ativida<strong>de</strong>s assistenciais e acadêmicas. A EP é avaliada em gran<strong>de</strong><br />

parte como satisfatória, há grupos funcionando <strong>de</strong> forma integrada, atingindo os objetivos. Algumas limitações na execução da EP precisam<br />

ser superadas, como: a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se utilizar a problematização; o pouco envolvimento docente e a falta <strong>de</strong> vias formais para<br />

encaminhamento das <strong>de</strong>mandas. Observa-se ainda inserção parcial dos docentes do internato nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> EP. Consi<strong>de</strong>rações: O<br />

PDD vem discutindo propostas <strong>de</strong> intervenção visando melhoria da participação docente. AEC <strong>de</strong>senvolverá Oficinas que revigorem a<br />

motivação, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação e a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> institucional. Enquanto a EP empenhar-se-á na problematização dos<br />

incômodos e promoção <strong>de</strong> caminhos. Para a implementação <strong>de</strong>stas propostas é fundamental: capacitação e fortalecimento do grupo <strong>de</strong><br />

facilitadores; parcerias; garantia institucional da participação docente; manutenção <strong>de</strong> fluxo direto e periódico com o gestor curricular,<br />

facilitando o encaminhamento das <strong>de</strong>mandas para que sejam analisadas e gerem um retorno.<br />

Mentoring Sob a Ótica do Aluno <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá<br />

Bonfim, AP 9<br />

Hishinuma, G 9<br />

Gualda, LBS 9<br />

Esteves, RZ 9<br />

Introdução: Mentoring (Tutoria) é um método bem estabelecido <strong>de</strong> interação pedagógica, sendo utilizado <strong>de</strong> forma particular<br />

em escolas médicas como um “método terapêutico” para enfrentamento dos problemas próprios da formação profissional. Na nossa<br />

escola, os grupos <strong>de</strong> mentoring vêm se reunindo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> maio/2008, tendo uma experiência acumulada <strong>de</strong> sucessos e dificulda<strong>de</strong>s. Objetivos:<br />

Relatar os benefícios já obtidos pelas percepções dos alunos participantes ativos do programa e suas pretensões na continuida<strong>de</strong><br />

do projeto, bem como as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> integração dos alunos ainda não-participantes, sob a visão crítica <strong>de</strong>sses grupos. Métodos:<br />

Aplicação <strong>de</strong> dois questionários distintos a 50 alunos do curso (20,8%), sendo 25 participantes e 25 não-participantes do programa. As<br />

perguntas foram formuladas a fim <strong>de</strong> que os alunos relatassem voluntariamente os benefícios adquiridos, as dificulda<strong>de</strong>s encontradas,<br />

a repercussão e a efetivida<strong>de</strong> do programa, bem como as suas pretensões na continuida<strong>de</strong> do projeto, como uma análise crítica por parte<br />

daqueles a quem o programa é direcionado. A a<strong>de</strong>são ao estudo foi voluntária e expressa por termo <strong>de</strong> consentimento. Resultados:<br />

Entre os participantes, a maioria (72%) relatou gran<strong>de</strong> satisfação com o mentoring, indicando como principais benefícios: o contato e a<br />

integração com outros alunos, professores e profissionais da área (56%); o esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas (44%); a troca <strong>de</strong> experiências<br />

(40%); e a ampliação do senso crítico (16%). As principais sugestões foram: aumento da participação (32%); maior enfoque acadêmico e<br />

profissional (20%); maior frequência <strong>de</strong> encontros (12%); e melhor organização do projeto (12%). As dificulda<strong>de</strong>s mais citadas foram:<br />

falta <strong>de</strong> tempo por sobrecarga <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s curriculares e extracurriculares (34%); falta <strong>de</strong> contato com o mentor (26%); dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

locomoção (16%); falta <strong>de</strong> estímulo (12%). Conclusões: Os alunos consi<strong>de</strong>ram que o mentoring tem contribuído bastante com seu <strong>de</strong>senvolvimento<br />

pessoal e profissional; no entanto, ainda enfrenta dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vido a fatores intrínsecos e extrínsecos a ele.<br />

9 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, Maringá, PR, Brasil.<br />

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Núcleo <strong>de</strong> Apoio ao Estudante <strong>de</strong> Medicina (NAEM): uma Experiência <strong>de</strong> Investimento<br />

na Pessoa do Estudante<br />

Albuquerque, JF10 Brasileiro, MC10 Bezerra Torres, IH10 Perez Teixeira, ML10 Madruga Godoi, JT10 Silva, JJ10 Introdução:A formação médica ocorre num contexto peculiar: acesso por um vestibular dos mais concorridos; <strong>de</strong>dicação quase exclusiva;<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> conhecimento; competitivida<strong>de</strong> entre os alunos; dificulda<strong>de</strong>s em relação às avaliações e o lidar com o sofrimento<br />

e a morte.Essa realida<strong>de</strong> motivou a criação do NAEM, uma instância <strong>de</strong> suporte aos estudantes ao longo do seu percurso acadêmico.Objetivo:oferecer<br />

apoio em relação à adaptação ao curso,questões didático-pedagógicas e <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m emocional.Metodologia: Foi constituído<br />

um grupo inter<strong>de</strong>partamental <strong>de</strong> docentes ( Neuropsiquiatria, Pediatria, Medicina Clínica e Bioética), disponíveis em escala, para prestar<br />

apoio aos estudantes por <strong>de</strong>manda espontânea ou por encaminhamento <strong>de</strong> algum docente. É uma iniciativa do Núcleo pedagógico do curso,<br />

como ampliação das ações do seu eixo humanístico, no sentido <strong>de</strong> apoiar os alunos e fortalecer o próprio curso, em momento <strong>de</strong> sedimentação<br />

do seu processo <strong>de</strong> reestruturação curricular.Resultados:O serviço foi implantado com parcerias interinstitucionais para atendimento<br />

psicoterápico e/ ou psiquiátrico, evitando assim que o atendimento seja realizado pelo docente com quem o aluno vai conviver em aulas. O<br />

número <strong>de</strong> atendimentos ainda é reduzido, necessitando <strong>de</strong> algum tempo para a proposta ser incorporada ao dia-a-dia dos alunos. Eles ainda<br />

procuram os docentes para conversar após as aulas, havendo certa resistência a procurar o serviço, aparentando receio <strong>de</strong> que a sua iniciativa,<br />

possa estimular algum julgamento por parte dos colegas. Espera-se contribuir na adaptação do aluno ao curso, para que tenha uma vida<br />

acadêmica mais tranqüila, com menos sofrimento e com possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conquistar uma melhoria qualitativa no relacionamento com seus<br />

pacientes,colegas e professores.Conclusões:A diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aspectos que envolvem a formação médica, implica na viabilização <strong>de</strong> ações<br />

para o aprimoramento <strong>de</strong> metodologias <strong>de</strong> ensino que facilitem a aprendizagem , em associação a investimentos <strong>de</strong> apoio que refletem atitu<strong>de</strong>s<br />

visando formar pessoas para cuidar <strong>de</strong> pessoas.<br />

Extensão <strong>de</strong> Tutoria: o Abraço da Medicina<br />

Leite, MCC 11<br />

Magrinelli, AB 11<br />

Carmo, CEF 11<br />

Calado, KLS 11<br />

Introdução: A partir do novo conceito em Dermatologia Integrativa sobre as doenças da pele <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adas e/ou agravadas<br />

pelo sistema nervoso, a tutoria <strong>de</strong> <strong>de</strong>rmatologia <strong>de</strong>senvolveu suas ativida<strong>de</strong>s com a repercussão prática do contato com a pele transmitindo<br />

a sensação <strong>de</strong> bem estar. Inspirados na campanha original Free Hugs (abraços grátis), <strong>de</strong> Juan Mann, em Sidney/ Austrália, a reação<br />

das pessoas gerou a reflexão sobre o abraço: um gesto simples capaz <strong>de</strong> surpreen<strong>de</strong>r as pessoas, influenciando positivamente a<br />

mente e o corpo <strong>de</strong> quem dá e <strong>de</strong> quem recebe. Objetivos: estreitar as relações afetivas entre as pessoas para apren<strong>de</strong>r a humanizar a relação<br />

médico-paciente. Métodos: Método tutorial <strong>de</strong> ensino sobre psico<strong>de</strong>rmatologia, com <strong>de</strong>z alunos do terceiro ano do curso <strong>de</strong> Medicina.<br />

Foram oferecidas aulas teóricas a partir <strong>de</strong> artigos científicos selecionados previamente pelo tutor, discussão <strong>de</strong> casos clínicos e<br />

troca <strong>de</strong> experiências pessoais. Ao final da tutoria, os alunos uniformizados com camisa do curso e acompanhados da tutora foram alocados<br />

no centro da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dourados-MS, segurando cartazes escritos “abraços grátis” e, com sorrisos, ofereceram abraços às pessoas<br />

que por ali passavam. Resultados: Durante duas horas foram obtidos 352 abraços e 149 recusas. Conclusões: O dia do abraço foi consi<strong>de</strong>rado<br />

satisfatório, pois o bem estar causado pelo contato físico e a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> carinho foram capazes <strong>de</strong> sensibilizar muitas pessoas<br />

sobre a importância <strong>de</strong> um simples gesto: o abraço. Talvez a pressa, a <strong>de</strong>sconfiança ou a surpresa <strong>de</strong> um abraço naquela hora do dia,<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

11 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, Dourados, MS, Brasil.<br />

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tenham causado as 149 recusas. Sentimos “na pele” que essa experiência transmite paz, amor e energia e às vezes é o suficiente para<br />

enfrentar os <strong>de</strong>safios do dia-a-dia. Muitos se emocionaram e agra<strong>de</strong>ceram o gesto, que se constituiu no primeiro passo em direção ao<br />

outro e à construção <strong>de</strong> uma Medicina mais humanizada e acolhedora.<br />

Análise da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida dos Acadêmicos do Curso <strong>de</strong> Medicina da UFAM<br />

Pereira, RE 12<br />

Elami<strong>de</strong>, BC 12<br />

Silva, LFT 12<br />

Oliveira, MCL 12<br />

Almeida, RA 12<br />

Priante, FC 12<br />

Introdução: Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida é algo subjetivo e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da percepção <strong>de</strong> inúmeros aspectos do cotidiano do indivíduo. O curso<br />

<strong>de</strong> Medicina exige <strong>de</strong>dicação, tempo e dinheiro, muitas vezes limitando sobremaneira a vida dos que o cursam, expondo-os ainda a<br />

situações <strong>de</strong> frustração, medo, incertezas, além do convívio com o sofrimentoalheio,po<strong>de</strong>ndoassimtrazeraoalunoumapercepçãonegativa<br />

<strong>de</strong> sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Objetivos: Propiciar aos alunos do curso <strong>de</strong> Medicina uma auto-avaliação da sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Métodos: Foi aplicado junto ao termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclarecido o questionário <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida,<br />

WHOQOL–BREF (versão abreviada), <strong>de</strong>senvolvido pela OMS. O questionário é composto por 26 perguntas baseadas em uma escala<br />

<strong>de</strong> resultados que verificam intensida<strong>de</strong>, capacida<strong>de</strong>, freqüência e avaliação referentes à auto-percepção do respon<strong>de</strong>nte a aspectos físicos,<br />

psíquicos, sociais e ambientais, que dizem respeito às duas semanas anteriores a aplicação do questionário. Participaram da pesquisa<br />

156 alunos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFAM, cursando do 1º ao 4º ano. Aanálise dos dados foi feita através da escala <strong>de</strong> Likert,<br />

obtendo-se as porcentagens equivalentes ao grau <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida referente aos quatro aspectos analisados. Resultados: De uma<br />

maneira geral os examinados avaliam sua vida como “boa”. Quando observados os aspectos pesquisados separadamente, os resultados<br />

obtidos foram: saú<strong>de</strong> física – boa; saú<strong>de</strong> mental – boa; relações sociais - muito boa; e meio ambiente - nem ruim, nem bom. Conclusão:<br />

Conclui-se que <strong>de</strong> maneira geral os alunos estão satisfeitos com a sua vida, porém aspectos como condições <strong>de</strong> moradia e ambiente<br />

físico, meio <strong>de</strong> transporte e limitações financeiras ao acesso a serviços e bens <strong>de</strong> consumo contribuíram <strong>de</strong> forma negativa nos<br />

resultados, enquanto o apoio social, os relacionamentos interpessoais e a satisfação com a vida sexual foram os fatores que mais<br />

obtiveram análise positiva.<br />

Avaliação da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida <strong>de</strong> Monitores do Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

Oliveira, JL 13<br />

Torres, JNL 13<br />

Ferreira, BRS 13<br />

Melo, IFS 13<br />

Teixeira, MD 13<br />

Ribeiro, RA 13<br />

Introdução: O exercício <strong>de</strong> monitoria constitui um pilar crucial para o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem na graduação médica.<br />

Sendo uma ativida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>manda muita responsabilida<strong>de</strong>, a monitoria po<strong>de</strong> ser um fator que leva a uma sobrecarga horária, acarretando<br />

redução no rendimento acadêmico e na própria qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do monitor. Objetivos: Avaliar a percepção dos monitores <strong>de</strong><br />

uma faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina sobre a sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Métodos: Utilizou-se um questionário auto-aplicável da Organização Mundial<br />

da Saú<strong>de</strong> chamado WHOQOL-BREF, contendo 26 questões que avaliam a percepção individual da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Foram escolhidas<br />

4 questões, relativas à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> concentração, satisfação com o sono, oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer e freqüência <strong>de</strong> sentimentos<br />

negativos como mau-humor, ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão. Respon<strong>de</strong>ram o questionário 53 monitores <strong>de</strong> uma faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, remunerados<br />

ou não. Os dados levantados foram analisados utilizando-se o programa Epi Info 3.5.1. Resultados: Com relação à capacida<strong>de</strong><br />

12 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

13 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> concentração, 56,6% dos monitores relataram que conseguem se concentrar bastante, em contraste com 5,7% que se concentravam<br />

muito pouco. Arespeito da satisfação com o sono, 64,2% dos entrevistados referiram estar insatisfeitos ou muito insatisfeitos, em oposição<br />

a 20,8% que se disseram satisfeitos. Quanto à oportunida<strong>de</strong> para ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer, 41,5% apontaram que tinham “muito pouco”<br />

ou “nada”, enquanto 9,5% respon<strong>de</strong>ram “muito”. No que concerne à freqüência <strong>de</strong> sentimentos negativos, 64,2% afirmaram apresentar<br />

“algumas vezes”, contrastando com 7,5% que respon<strong>de</strong>ram “nunca”. Conclusões: Os monitores do curso <strong>de</strong> Medicina apresentam um<br />

elevado nível <strong>de</strong> estresse, refletido pela insatisfação com o sono, a falta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer e a alta freqüência <strong>de</strong> sentimentos<br />

negativos. Entretanto, não foi observada diminuição da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> concentração na maioria dos entrevistados. É fundamental o<br />

planejamento <strong>de</strong> ações para evitar prejuízo na vida acadêmica e pessoal <strong>de</strong> monitores em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> sobrecarga <strong>de</strong> trabalho.<br />

You Hupe: a Educação Permanente na Tela<br />

Silveira, LM 14<br />

Martins, MS 14<br />

Pimenta, D 14<br />

Araújo, MFM 14<br />

Introdução:Atualmente observamos crescimento acentuado ao acesso à informação, busca do mundo virtual, valorização da<br />

imagem e da história contada pelo cinema acessível na produção e no consumo. Na educação dos profissionais da saú<strong>de</strong> a experiência<br />

vivida potencializada pela experiência estética da imagem compartilhada entre pares, permite um(re)conhecimento <strong>de</strong> si e do mundo<br />

favorecendo aptidão para compreensão <strong>de</strong> problemas diversos e criativida<strong>de</strong> para alcançar potenciais soluções. Neste sentido as DCN<br />

<strong>de</strong> graduação objetivam formação <strong>de</strong> profissionais preparados para atuação em diversos cenários, trabalho em equipe, comunicação<br />

a<strong>de</strong>quada e inserção social. Em consonância com a Política <strong>de</strong> EPS que prioriza formação do profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a partir do olhar da<br />

experiência acumulada, <strong>de</strong> cada roteiro individual ou coletivo para reflexão das práticas, implicação no processo <strong>de</strong> trabalho e (re)construção<br />

das práticas <strong>de</strong> cuidado, o NAPPRE/CDA<strong>de</strong>senvolve o YOU HUPE. Esta ativida<strong>de</strong> promove integração <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> diferentes<br />

categorias e dos setores educação e saú<strong>de</strong>, coerente com a SGTES para fortalecimento das instituições formadoras e a<strong>de</strong>quação<br />

da formação profissional às necessida<strong>de</strong>s da população. Objetivo:Promover espaços <strong>de</strong> lazer, inserção social, integração multidisciplinar,<br />

pactuação ética e qualificação profissional. Metodologia:<strong>de</strong>stinada a resi<strong>de</strong>ntes e preceptores envolvidos com cuidado e processo<br />

<strong>de</strong> ensino-aprendizagem a ativida<strong>de</strong> é mensal, com exibição <strong>de</strong> filme editado, temas relacionados à formação do profissional e prática<br />

do cuidado seguido <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate mediado por profissionais da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e/ou educação envolvidos com tema. Aseleção da temática<br />

consi<strong>de</strong>ra contexto das ativida<strong>de</strong>s, relevância do momento atual e sinalização <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes e preceptores para a equipe. Resultados: aumento<br />

significativo da participação e produção dos resi<strong>de</strong>ntes e preceptores na ativida<strong>de</strong> e avaliação positiva pelos presentes(resultado<br />

<strong>de</strong> 7 meses <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s) Conclusão: O YOU HUPE configura-se como espaço <strong>de</strong> EPS e ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promoção do auto-cuidado e<br />

melhoria da qualida<strong>de</strong> do cuidado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta Instituição.<br />

14 Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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Avaliação do Estresse do Estudante <strong>de</strong> Medicina em Anos Sequencias no Exame Clínico<br />

Objetivo Estruturado (OSCE)<br />

Porto, RM15 Fernan<strong>de</strong>s, CR15 Montenegro, RB16 Marinho, DS16 Valente, BP16 Barros, FC16 Introdução: O Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE) é um tipo <strong>de</strong> avaliação utilizado nas escolas médicas para examinar<br />

conhecimento, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s. Avaliações são fontes <strong>de</strong> estresse. Objetivos: Avaliar o estresse nos acadêmicos <strong>de</strong> medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, no final do primeiro e segundo ano seqüenciais, na ocasião do OSCE. Método: Realizado aplicação <strong>de</strong> questionário;<br />

verificação em escala numérica do nível <strong>de</strong> estresse (0 a 10), aferição da pressão arterial (PA) e freqüência cardíaca (FC) em três<br />

momentos: M1 - confinamento, M2- pré-OSCE, M3- pós-OSCE, em 56 acadêmicos da mesma turma, em junho-2008 e junho-<strong>2009</strong>. Resultados:<br />

O OSCE é o tipo <strong>de</strong> avaliação mais estressante no primeiro (73,2%) do que no segundo ano (50,9%). O tempo limitado para execução<br />

da prova foi a principal causa <strong>de</strong> estresse. Amédia do nível <strong>de</strong> estresse entre os alunos <strong>de</strong> primeiro e segundo ano foi semelhante -<br />

6,6 e 7. Sobre as medições da FC realizadas nos três momentos. No M1, média da FC (bpm) – 83, no M2 - 88, no M3 - 96 no primeiro ano, e<br />

no segundo ano a média da FC foi 86, 95, 97bpm respectivamente. Sobre as medições da PAnos três momentos, média da PAsistólica em<br />

M1 - 112mmHg, em M2 – 118mmhg, em M3 122mmHg no primeiro ano e no segundo foi 116mmHg, 121mmHg e 120mmHg respectivamente.<br />

As médias das PAdiastólica foram em M1- 70mmHg, em M2- 69mmHg e M3- 71mmHg no primeiro ano, e 67, 72 e 72mmHg no<br />

segundo ano respectivamente. Conclusão: O OSCE como forma <strong>de</strong> avaliação é menos estressante no segundo ano, embora a<br />

intensida<strong>de</strong> do estresse seja a mesma nos dois anos. As medidas hemodinâmicas foram crescentes com o <strong>de</strong>correr da prova<br />

apresentando o mesmo padrão no final dos dois primeiros anos do curso <strong>de</strong> medicina.<br />

Transtorno <strong>de</strong> Déficit <strong>de</strong> Atenção e Hiperativida<strong>de</strong> na Escola <strong>de</strong> Medicina do UNIFOA<br />

Almeida-Silva, JM17 Ferolla, BLF17 Martins, MFC17 Oliveira-Filho, PCF17 Freitas, RA17 Somera, RC17 Introdução: O Transtorno <strong>de</strong> Déficit <strong>de</strong> Atenção/Hiperativida<strong>de</strong> (TDAH) é um transtorno mental caracterizado por sintomas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>satenção, hiperativida<strong>de</strong> e impulsivida<strong>de</strong>, sendo um dos transtornos mais comuns na infância e adolescência. Entretanto, sabe-se<br />

atualmente que o TDAH persiste na vida adulta em torno <strong>de</strong> 60% a 70% dos casos, sendo consi<strong>de</strong>rado significante o impacto <strong>de</strong>ste distúrbio<br />

na vida social, acadêmica, laborativa e familiar. Estudos vêm mostrando que distúrbios psíquicos são comuns entre os estudantes<br />

da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, especialmente medicina. Objetivo: Realizar uma investigação da freqüência <strong>de</strong> TDAH em um universo acadêmico,<br />

verificando a prevalência, relacionando variáveis e <strong>de</strong>limitando se o transtorno se faz mais presente entre os alunos com mau <strong>de</strong>sempenho<br />

acadêmico. Metodologia: Trata-se <strong>de</strong> um estudo transversal, realizado no 2º semestre <strong>de</strong> 2008 tendo como amostra os acadêmicos<br />

do curso <strong>de</strong> medicina do UniFOA– RJ. O público alvo foi constituído pelos alunos do 1º ao 4º ano. Foi caracterizada como critério<br />

<strong>de</strong> mal <strong>de</strong>sempenho escolar (MDE) qualquer reprovação prévia, bastando uma única disciplina. O questionário utilizado foi o Adult<br />

Self-Report Scale (ASRS, versão 1.1), proposto pela <strong>Associação</strong> Americana <strong>de</strong> Psiquiatria, com adaptação transcultural para o português.<br />

Resultados: Os questionários foram aplicados a um total <strong>de</strong> 314 alunos que se encontravam entre o 2º e o 8º período no segundo semestre<br />

<strong>de</strong> 2008. Quando observamos o percentual consi<strong>de</strong>rado suspeito para TDAH encontramos que 17,20% (54) se caracterizam as-<br />

15 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

16 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

17 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

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sim. Consi<strong>de</strong>rando a distribuição do TDAH observou-se que a sua possibilida<strong>de</strong> se fez mais prevalente naqueles com MDE, com<br />

22,07% <strong>de</strong>stes, sendo que no grupo sem MDE o transtorno se fez presente em apenas 14,61%. Conclusão: Concluí-se que o TDAH po<strong>de</strong><br />

se fazer mais presente em indivíduos que possuem um pior <strong>de</strong>sempenho acadêmico, merecendo, para certeza <strong>de</strong> tal afirmação, a<br />

realização <strong>de</strong> mais estudos além <strong>de</strong> uma atenção especial aos possíveis portadores sub-diagnosticados.<br />

Avaliação Discente <strong>de</strong> uma Disciplina Focada no Sofrimento <strong>de</strong> Quem Cuida<br />

Luz, JP 18<br />

Alexandre, NL 18<br />

Queiroz, LA 18<br />

Introdução: o convívio diário com a dor, o sofrimento e a morte fazem do exercício da medicina uma importante fonte <strong>de</strong> estresse,<br />

gerando um caráter ansiogênico nos acadêmicos <strong>de</strong> medicina que acionam <strong>de</strong>fesas que se incorporam ao seu caráter e funcionam<br />

como fortificações <strong>de</strong> um castelo, on<strong>de</strong> se refugia e isola um assustado jovem, envergonhado <strong>de</strong> se perceber frágil e vulnerável. Diversas<br />

medidas têm sido propostas para prevenir as conseqüências <strong>de</strong>ssa insalubrida<strong>de</strong> psicológica do trabalho médico. E a medida básica é a<br />

inclusão da dimensão psicológica na formação do estudante <strong>de</strong> medicina, que foi adotada pela Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública.<br />

Objetivo: avaliar a aceitação, necessida<strong>de</strong>s e a opinião dos alunos com relação à disciplina <strong>de</strong> Psicodinâmica. Método: Leitura sistemática<br />

das fichas <strong>de</strong> avaliação da disciplina respondida pelos alunos ao final <strong>de</strong> cada rodízio <strong>de</strong> Clínica Médica. Resultados: 0,8% das<br />

respostas apontaram a disciplina <strong>de</strong> Psicodinâmica como <strong>de</strong>snecessária ou sem efeito, 1,6% apresentaram respostas neutras sem apontar<br />

qualquer vantagem da disciplina no curso <strong>de</strong> medicina e 97,5% apontaram para a necessida<strong>de</strong> e importância <strong>de</strong>ssa disciplina para os<br />

acadêmicos <strong>de</strong> medicina. A leitura sistemática dos questionários, <strong>de</strong>monstra uma opinião favorável da gran<strong>de</strong> maioria dos estudantes<br />

<strong>de</strong> medicina à implantação <strong>de</strong> uma disciplina focada em auto-percepção, auto-avaliação e mensuração do sofrimento <strong>de</strong> quem cuida<br />

durante o exercício da medicina e chama atenção para a importância da utilização <strong>de</strong> uma boa didática com professores competentes na<br />

implantação <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> disciplina, para que possam realmente atuar, sensibilizando aos alunos para essas questões. Conclusão: uma<br />

boa aceitação e uma opinião favorável à disciplina <strong>de</strong> Psicodinâmica por uma maioria importante dos alunos, que vêem nas aulas <strong>de</strong><br />

psicodinâmica a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exteriorizar medos e angústias, além <strong>de</strong> explorar questionamentos da medicina que não são<br />

abordados no <strong>de</strong>correr do curso.<br />

Desenvolvimento Pessoal: a Utilização <strong>de</strong> Grupos Balint na Formação Médica<br />

Elias, TGA 19<br />

Rezen<strong>de</strong>, RMD 19<br />

Lima, APL 19<br />

Martins, LC 19<br />

Carvalho, IGM 19<br />

Carvalho, GS 19<br />

Introdução: Os acadêmicos <strong>de</strong> medicina enfrentam problemas no cotidiano relacionados com a forma <strong>de</strong> abordar pacientes, impotência<br />

diante <strong>de</strong> algumas doenças, da morte, além <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s em aceitar as limitações e muitas restrições da vida pessoal ao longo<br />

da formação profissional. Visando minimizar estes empecilhos e formar médicos com conhecimento amplo sobre o indivíduo no<br />

processo <strong>de</strong> adoecimento e aten<strong>de</strong>ndo às orientações das Diretrizes Curriculares para os cursos médicos, as escolas médicas inserem<br />

em seus currículos a temática da humanização. No curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, uma das estratégias pedagógicas<br />

utilizadas na formação pessoal são os grupos Balint. Objetivos: Mostrar a importância dos grupos Balint na formação médica visando<br />

uma abordagem humanística, articulando os conhecimentos teóricos e práticos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s pessoais e<br />

<strong>de</strong> relacionamento humano, favoráveis à comunicação com o paciente. Métodos: No <strong>de</strong>senvolvimento do módulo III, terceiro semestre<br />

do curso médico da UCG, os acadêmicos são introduzidos na teoria Balintiana. As reuniões dos grupos Balint ocorrem quinzenalmente,<br />

em encontros <strong>de</strong> aproximadamente 90 (noventa) minutos, a partir <strong>de</strong> relatos <strong>de</strong> experiência dos acadêmicos dos contatos com os pacien-<br />

18 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

19 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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tes nos cenários práticos <strong>de</strong> aprendizagem, buscando uma melhor compreensão dos aspectos que envolvem o encontro clínico. ResultaResultados: Possibilita-se uma diminuição da distância entre acadêmicos e pacientes, permitindo a adoção <strong>de</strong> posturas mais acolhedoras e menos<br />

estereotipadas por meio da reflexão sobre as ações <strong>de</strong>senvolvidas. As discussões abordadas são bastante diversificadas e as narrativas<br />

das diferentes sessões dos grupos Balint fornecem uma rica expressão dos sentimentos que possibilitam momentos <strong>de</strong> reflexão e<br />

crescimento pessoal. Conclusão: A utilização dos grupos Balint na formação médica contribui para a melhor compreensão <strong>de</strong> aspectos<br />

que perpassam a relação médico-paciente, contribuindo para o aumento da autoconfiança do acadêmico na a<strong>de</strong>quada abordagem do<br />

paciente, ou seja, para uma formação humanística e crítico-reflexiva.<br />

ADESÃO A UM PROGRAMA DE MENTORING E BEM ESTAR DO ALUNO:<br />

UMA INVESTIGAÇÃO JUNTO A ALUNOS DO 6º ANO DE MEDICINA<br />

Bellodi, PL 20<br />

Leão, PBOS 20<br />

A formação médica há muito tempo, tem sido reconhecida como estressante. Para aumentar o apoio oferecido aos estudantes,<br />

programas <strong>de</strong> Mentoring têm sido implantados em várias faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina. Contudo, apesar dos benefícios, há indícios <strong>de</strong> falta<br />

<strong>de</strong> interesse por parte dos estudantes <strong>de</strong> medicina em encontrar um mentor. Para muitos tutores os estudantes que nunca participam do<br />

programa são aqueles que mais precisam <strong>de</strong> ajuda. Objetivo: Este estudo busca compreen<strong>de</strong>r a relação entre bem-estar e a<strong>de</strong>são a um<br />

programa <strong>de</strong> tutoria junto a alunos no final do curso. Método: Por meio <strong>de</strong> questionários e escalas foram investigados: necessida<strong>de</strong>s psicológicas<br />

e acadêmicas dos alunos, fontes <strong>de</strong> suporte, sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, conhecimento e avaliação<br />

do programa <strong>de</strong> tutoria. Resultados: Amaioria dos alunos (96%) apresentou valores baixos <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão e boa<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (68%). Apenas 25% dos alunos reconheceram necessida<strong>de</strong>s psicológicas no último ano, mas 51% <strong>de</strong>les reportaram<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte acadêmico. Participação no programa <strong>de</strong> Tutoria não esteve associada aos índices <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão,<br />

nem à qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Aa<strong>de</strong>são mostrou-se associada apenas à satisfação com o tutor, o grupo e mudanças <strong>de</strong>le <strong>de</strong>rivadas. Afamília<br />

e os colegas são as fontes <strong>de</strong> suporte preferencialmente buscadas pelos estudantes, seja para suas necessida<strong>de</strong>s emocionais ou acadêmicas.<br />

Conclusões: As iniciativas institucionais <strong>de</strong> suporte ao estudante <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar esses aspectos no planejamento <strong>de</strong> suas ações.<br />

Incentivar a participação <strong>de</strong> veteranos na tutoria e dar apoio aos tutores no sentido <strong>de</strong> aproximá-los das atuais necessida<strong>de</strong>s acadêmicas<br />

po<strong>de</strong>m aumentar a a<strong>de</strong>são ao programa no futuro.<br />

Aprimoramento do Atendimento ao Discente da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis –<br />

Fase<br />

Sá Earp, MT 21<br />

Midão, CMV 21<br />

Introdução: O atendimento ao discente é ação institucional primordial, que perpassa os setores – acadêmico, técnico-administrativo,<br />

psicopedagógico e cultural, <strong>de</strong>sdobrando-se em todos os programas da IES. Aexistência <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> atendimento ao discente,<br />

estabelecida em PDI, como também a qualida<strong>de</strong> da prestação <strong>de</strong>sse serviço, são fundamentais para o sucesso <strong>de</strong> instituição como<br />

a FMP. Objetivo: verificar a existência <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> aprimoramento do atendimento ao discente e sua consonância com o PDI Metodologia:<br />

Para verificação da consonância das ações <strong>de</strong> atendimento ao PDI, foram realizadas análise e avaliação das principais ações <strong>de</strong> integração<br />

dos discentes ao ambiente universitário, acompanhamento psicopedagógico, participação em ativida<strong>de</strong>s culturais e estudantis.<br />

Optamos pelo levantamento <strong>de</strong> informações nos relatórios da CPA, na avaliação institucional, em reuniões com setores administrativos<br />

e através <strong>de</strong> aplicação, aos alunos, <strong>de</strong> questionário específico. Resultado: O estudo dos dados revelou o progresso das ações já implementadas<br />

e indicou investimento em novas ações que resultaram direta ou indiretamente no aprimoramento do atendimento ao discente:<br />

mudança para o prédio do Novo Campus, projetado e construído para promover aproximação espacial e integração dos setores<br />

administrativos/acadêmicos, facilitou o acesso dos estudantes aos serviços, gerando nova política <strong>de</strong> atendimento baseada na capaci-<br />

20 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

21 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

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tação <strong>de</strong> funcionários, na agilização da dinâmica do trabalho e do fluxo <strong>de</strong> informação; a instituição do Comitê <strong>de</strong> Comunicação Interna,<br />

que avaliou o processo e promoveu ações como a implantação <strong>de</strong> novas ferramentas <strong>de</strong> comunicação - o skype, o blog institucional,<br />

e Assessoria <strong>de</strong> Comunicação. Outras ações foram apontadas como estímulo a participação dos alunos na gestão <strong>de</strong> eventos científicos<br />

e culturais e na formação <strong>de</strong> ligas acadêmicas, reestruturação do Núcleo Pedagógico e inauguração do Centro Cultural. Conclusão:<br />

Concluímos que a promoção <strong>de</strong>stas ações foram importantes facilitadores do processo <strong>de</strong> rea<strong>de</strong>quação e aprimoramento do<br />

atendimento ao discente, garantindo maior padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> institucional.<br />

Prevalência <strong>de</strong> Transtornos Afetivos e Níveis <strong>de</strong> Estresse em Estudantes <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong><br />

uma Universida<strong>de</strong> Particular<br />

Castro, AA 22<br />

Tansini, G 23<br />

Aquino, RS 22<br />

Rocha, GC 22<br />

Fontanella, MC 22<br />

Introdução: Sintomas <strong>de</strong>pressivos e níveis <strong>de</strong> estresse têm sido amplamente investigados em estudantes <strong>de</strong> medicina, tendo<br />

sido encontrada prevalência maior do que na população geral. Objetivos: Estudar a prevalência <strong>de</strong> estresse, sintomas <strong>de</strong>pressivos e fatores<br />

associados nos estudantes <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> particular. Métodos: Foram distribuídos aos estudantes avaliados<br />

três questionários: informações gerais; a versão reduzida do “Questionário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Geral <strong>de</strong> Goldberg” (QSG-12) e o inventário <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão<br />

<strong>de</strong> Beck (IDB). O QSG-12 fornece valores <strong>de</strong> 0 a 12 pontos, sendo, a partir <strong>de</strong> 4, indicativo <strong>de</strong> estresse. O IDB fornece valores <strong>de</strong> 0<br />

a 63; quando aplicado em pessoas sem diagnóstico prévio <strong>de</strong> transtornos afetivos, escores acima <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong>tectam disforia e acima <strong>de</strong> 20,<br />

<strong>de</strong>pressão. Resultados: Participaram do estudo 107 estudantes; 58,88% mulheres e 41,12% homens. 28,04% dos estudantes eram do primeiro<br />

ano, 21,5% do terceiro, 27,1% do quarto e 23,36% do quinto. No ano <strong>de</strong> aplicação dos questionários (2008) não havia o sexto ano e<br />

não foi possível a abordagem dos alunos do segundo. Amédia <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> dos alunos foi 23,66 anos e a mediana 23 anos. Foi <strong>de</strong>tectada disforia<br />

em 7,48% dos alunos, cuja distribuição por ano <strong>de</strong> curso foi: 12,5% no primeiro, 37,5% no terceiro, 25% no quarto e 25% no quinto.<br />

Foi <strong>de</strong>tectada <strong>de</strong>pressão em 4,67% dos alunos, sendo 20% no primeiro ano, 20% no terceiro, 40% no quarto e 20% no quinto. Aindicação<br />

<strong>de</strong> estresse foi <strong>de</strong> 43% dos alunos abordados, sendo 32,7% <strong>de</strong>les do primeiro ano, 23,9% do terceiro, 21,7% do quarto e 21,7% do quinto.<br />

Conclusões: Aprevalência <strong>de</strong> estresse encontrada foi maior que a <strong>de</strong> transtornos afetivos, sendo a maior prevalência <strong>de</strong>stes no terceiro e<br />

quarto anos e a menor no primeiro. Estresse foi mais <strong>de</strong>tectado no primeiro ano e menor no quarto e quinto.<br />

A Experiência do Setor <strong>de</strong> Atendimento à Saú<strong>de</strong> Mental (SAMEDI) do Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

do Corpo Discente da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo entre 2003 e 2008.<br />

Avancine, MATO 24<br />

Shimomura, FM 24<br />

Almeida, MT 24<br />

Introdução: Os serviços <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> do corpo discente têm tido um papel fundamental na organização e implementação<br />

<strong>de</strong> cuidados que atendam às necessida<strong>de</strong>s dos estudantes que os procuram. Na saú<strong>de</strong> mental, estratégias como oferecer continência<br />

emocional para as dificulda<strong>de</strong>s pessoais ou aquelas experimentadas durante o curso po<strong>de</strong>m melhor favorecê-los no processo <strong>de</strong> tornar-se<br />

médicos. Objetivos: Apresentar e refletir sobre dados levantados <strong>de</strong> prontuários <strong>de</strong> studantes <strong>de</strong> medicina que procuraram espontaneamente<br />

o setor <strong>de</strong> atendimento à saú<strong>de</strong> mental para discentes, vinculado à pró-reitoria <strong>de</strong> graduação <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> pública<br />

no período <strong>de</strong> 06/01/2003 a 28/11/2008. Métodos: Foram levantados dados sócio-<strong>de</strong>mográficos e acadêmicos, coletados da primeira<br />

consulta, bem como o tipo <strong>de</strong> atendimento em saú<strong>de</strong> mental oferecido, os principais motivos <strong>de</strong> procura e o tempo em que o estu-<br />

22 Universida<strong>de</strong> do Planalto Catarinense, Lages, SC, Brasil.<br />

23 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

24 SAMEDI; Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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dante permaneceu vinculado ao setor. Resultados: A partir da avaliação dos 121 prontuários, 59,50% eram <strong>de</strong> estudantes do gênero feminino.<br />

44,63% dos estudantes tinham ida<strong>de</strong> entre 23 e 25 anos. 28,93% tiveram no interior <strong>de</strong> São Paulo sua cida<strong>de</strong> natal, enquanto<br />

25,62% eram paulistanos. 30,58% procuraram o serviço enquanto cursavam o primeiro ano <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>; houve <strong>de</strong>créscimo nos anos<br />

subseqüentes, não havendo primeira consulta durante o sexto ano. Três modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consultas foram observadas: psiquiátrica, terapêutica<br />

e psiquiátrica psicodinâmica, prevalecendo esta última. 47,10% dos motivos <strong>de</strong> procura relacionaram-se a situações <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong>pressão e 12,40% <strong>de</strong> questões ligadas ao curso médico. 30% dos estudantes tiveram em média 11 meses <strong>de</strong> acompanhamento e<br />

15% vincularam-se ao setor durante um a dois anos. Conclusões: Ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão <strong>de</strong>stacam-se nos motivos <strong>de</strong> consulta.<br />

Requer-se atenção aos calouros, bem como o fato da não-procura, como primeira consulta, pelos sexto-anistas. Ressalta-se a<br />

importância do vínculo do estudante com o setor. Futuros trabalhos serão elaborados a partir <strong>de</strong>sta experiência.<br />

Desafios Enfrentados Pelos Estudantes <strong>de</strong> Medicina Durante a Graduação.<br />

Favaretto, RM25 Dotto, E<br />

Braga, MB<br />

Introdução: a carreira médica exige intensa <strong>de</strong>dicação, esforço e maturida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeiros anos da graduação, porém nem todos<br />

os estudantes <strong>de</strong> medicina já possuem estes requisitos ao iniciarem a vida acadêmica. Objetivo: relatar os principais <strong>de</strong>safios que os estudantes<br />

<strong>de</strong> medicina enfrentam durante a vida acadêmica e propor atitu<strong>de</strong>s que minimizem o impacto <strong>de</strong>stes <strong>de</strong>safios. Métodos: realizaram-se<br />

observações acerca dos principais obstáculos enfrentados pelos Acadêmicos <strong>de</strong> medicina durante a graduação. Resultados: os <strong>de</strong>safios<br />

mais constantemente relatados foram a ida<strong>de</strong> precoce e o <strong>de</strong>spreparo emocional com que muitos alunos entram no curso, o pouco horário<br />

disponível para a prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s sociais e <strong>de</strong> lazer, o alto nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação e cobrança (pessoal e <strong>de</strong> terceiros), a dificulda<strong>de</strong> dos alunos<br />

em relacionar as disciplinas básicas com a vida profissional, o gran<strong>de</strong> montante <strong>de</strong> informações que <strong>de</strong>ve ser memorizado e compreendido<br />

em pouco tempo e a gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lidar com vidas. Conclusão: Os estudantes <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>param-se com muitos <strong>de</strong>safios<br />

durante a vida acadêmica. Porém, nem sempre possuem maturida<strong>de</strong> e experiência suficiente para enfrentá-los. Esta situação po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar<br />

<strong>de</strong>sgaste físico e emocional, e prejudicar o rendimento acadêmico. Por esses motivos algumas medidas <strong>de</strong>vem ser tomadas, a fim <strong>de</strong><br />

amenizar as dificulda<strong>de</strong>s. O auxílio e apoio por parte dos docentes são cruciais, e po<strong>de</strong>m ser feitos através <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s simples, como conselhos,<br />

relatos <strong>de</strong> experiências pessoais e preparo psicológico. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s práticas com a comunida<strong>de</strong> já nos primeiros<br />

anos <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong> po<strong>de</strong> auxiliar no amadurecimento dos alunos e facilitar a correlação entre as matérias estudadas e sua importância na prática.<br />

Por outro lado, a realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s não relacionadas à medicina também <strong>de</strong>ve ser incentivada, contribuindo para reduzir o nível<br />

<strong>de</strong> stress encontrado em algumas situações da vida acadêmica.<br />

Implantação <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Tutoria: Relato <strong>de</strong> Experiência <strong>de</strong> Docentes Tutores<br />

Breigeiron, MK 26<br />

Souza, AC 26<br />

Almeida, NA 26<br />

Trinda<strong>de</strong>, CS 26<br />

Rabin, EG 26<br />

Magalhães, CR 26<br />

Introdução: Frente à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovação educacional, fomentada pelas políticas <strong>de</strong> educação e saú<strong>de</strong>, emergiu a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> incorporar programas <strong>de</strong> caráter complementar à matriz curricular dos cursos <strong>de</strong> graduação. O Programa <strong>de</strong> Tutoria, implementado<br />

por uma comissão <strong>de</strong> apoio psicopedagógico, vinculado a uma instituição fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> ensino superior e coor<strong>de</strong>nado por professores<br />

tutores <strong>de</strong>sta instituição, propõe auxiliar na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s e necessida<strong>de</strong>s dos discentes em relação à vida acadêmica<br />

e a perspectivas profissionais. Além disso, este programa favorece as relações entre discentes e docentes na busca <strong>de</strong> alternativas consensuais<br />

para situações vivenciadas. Esta experiência está em construção, e é avaliada, sistematicamente, como um programa instituci-<br />

25 Universida<strong>de</strong> do Oeste Paulista, Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte, SP, Brasil.<br />

26 niversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

521<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


onal. Objetivo: Refletir sobre a implantação <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Tutoria. Métodos: Graduandos ingressantes no curso <strong>de</strong> enfermagem<br />

(n=36) reuniram-se com docentes tutores em encontros semanais, com duração <strong>de</strong> duas horas cada, <strong>de</strong> março a junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Por meio<br />

<strong>de</strong> oficinas, seminários, diários reflexivos, aulas presenciais, visitas a serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e utilização <strong>de</strong> ambiente virtual, diversos temas<br />

foram abordados a partir das necessida<strong>de</strong>s trazidas pelo grupo. Relatos <strong>de</strong>scritivos foram utilizados para a avaliação <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s.<br />

Resultados: Angústias e anseios percebidos no início da vida acadêmica e a i<strong>de</strong>alização profissional (enfermeiro autônomo, crítico, reflexivo,<br />

pró-ativo, capacitado ao trabalho interdisciplinar e responsável pelo seu processo <strong>de</strong> aprendizagem) foram os temas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

discussão. Ao final do semestre, o Programa <strong>de</strong> Tutoria, para os discentes, contribuiu na adaptação e enfrentamento do estresse vivido<br />

no cotidiano institucional, na organização <strong>de</strong> estudos e na compreensão da realida<strong>de</strong> profissional; para os docentes, mostrou possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> flexibilização curricular. Conclusões: O Programa <strong>de</strong> Tutoria po<strong>de</strong> favorecer a percepção e a compreensão dos discentes da<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua formação profissional, além <strong>de</strong> transformar a relação docente-discente em um exercício <strong>de</strong> cuidado, oferecendo<br />

suporte às dificulda<strong>de</strong>s e potencialida<strong>de</strong>s apresentadas pelo grupo.<br />

Estratégias nas Relações Interpessoais na Residência Médica do Hospital dos Servidores<br />

do Estado –RJ: Proposta <strong>de</strong> Humanização Segundo os Preceito do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Cardoso, MM 27<br />

Porto, SMP 27<br />

Amâncio, AM 27<br />

Introdução: a prevenção <strong>de</strong> disfunções profissionais e emocionais, com redução do estresse durante o treinamento do médico<br />

resi<strong>de</strong>nte é uma preocupação <strong>de</strong> escolas, instituições formadoras, socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s e órgãos reguladores do exercício da<br />

medicina. Objetivos: introduzir uma nova ativida<strong>de</strong> no programa <strong>de</strong> residência médica do HSE que contribua para a formação <strong>de</strong> profissionais<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com visão humanística para atuar no Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS): subsidiar a atuação do médico resi<strong>de</strong>nte e suas<br />

relações profissionais para redução do estresse emocional e aproveitamento técnico-científico <strong>de</strong> excelência. Métodos: foram realizados<br />

seis encontros na sala <strong>de</strong> aulas do serviço <strong>de</strong> obstetrícia do HSE, <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro/2008 a maio/<strong>2009</strong>, abordando: discussão <strong>de</strong> temas i<strong>de</strong>ntificados<br />

pelos resi<strong>de</strong>ntes; <strong>de</strong>bate sobre “evolução emocional do resi<strong>de</strong>nte durante o curso”, “importância da escrita das narrativas para<br />

aprimoramento da relação médico/paciente”, “relação médico-paciente: importância da escuta”. Sujeitos: 10 resi<strong>de</strong>ntes do primeiro<br />

ano <strong>de</strong> obstetrícia/ginecologia, um médico convidado e quatro coor<strong>de</strong>nadores: três médicos e um pedagogo. Resultados: problemas/propostas:<br />

dificulda<strong>de</strong> na transição <strong>de</strong> aluno a médico/conscientização que reações emocionais do grupo não são particulares,<br />

mas relatadas em literatura, para o grupo <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes; fragilida<strong>de</strong> emocional nas situações <strong>de</strong> enfrentamento/ diálogo e orientação<br />

com os preceptores; dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r o contexto social do paciente, <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r dúvidas/ i<strong>de</strong>ntificação da importância da escuta<br />

ao paciente e da escrita <strong>de</strong> narrativas para incorporar o contexto sócio-cultural nas histórias clínicas, facilitando a relação médico-paciente;<br />

sobrecarga <strong>de</strong> trabalho e cobranças incompatíveis com supervisão e orientação/ bom senso e diálogo para resolver problemas;<br />

baixa valorização acadêmica/<strong>de</strong>bates para esclarecer questões técnicas; postura individualista <strong>de</strong> colegas/ trabalho em grupo<br />

para fortalecer o indivíduo. Conclusões: a ativida<strong>de</strong> mostrou-se um espaço importante para elaborar tensões <strong>de</strong> trabalho entre os resi<strong>de</strong>ntes,<br />

propor estratégias <strong>de</strong> melhoria e consi<strong>de</strong>rar sua expansão para outros programas da residência médica no HSE.<br />

Processos <strong>de</strong> Significação dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina da Ufrn Diante da Sua Escolha<br />

Profissional e das Experiências Vividas no Cotidiano Acadêmico<br />

Moreira SNT 28<br />

Vilar MJ 28<br />

Azevedo GD 28<br />

Introdução: O estudante <strong>de</strong> Medicina comumente chega à faculda<strong>de</strong> repleto <strong>de</strong> sonhos e com um i<strong>de</strong>al: tornar-se um médico<br />

respeitado e admirado. No entanto, ao ingressar no curso médico, ele vivencia momentos que necessitam <strong>de</strong> adaptação e integração às<br />

novas metodologias <strong>de</strong> ensino-aprendizagem e também aos professores universitários, à sua didática e aos novos colegas. Além disso,<br />

o contato com o paciente e a morte, o internato e a escolha da especialida<strong>de</strong> médica também são consi<strong>de</strong>rados eventos capazes <strong>de</strong> com-<br />

27 Hospital dos Servidores do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

28 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil;<br />

522<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


prometer a saú<strong>de</strong> mental do estudante. Objetivos: analisar as motivações dos estudantes <strong>de</strong> Medicina da UFRN para a escolha profissional,<br />

como também compreen<strong>de</strong>r as suas vivências no cotidiano acadêmico. Percurso Metodológico: Ametodologia foi qualitativa, utilizando-se<br />

a entrevista semi-estruturada como procedimento metodológico. A casuística foi constituída por 30 estudantes do primeiro<br />

ao sexto ano, distribuídos eqüitativamente entre os diferentes períodos do curso. Os dados foram analisados através da técnica análise<br />

<strong>de</strong> conteúdo temática categorial. Resultados: A análise permitiu i<strong>de</strong>ntificar que a influência familiar, a i<strong>de</strong>ntificação pessoal, a busca<br />

pela in<strong>de</strong>pendência financeira e pelo status profissional e ainda o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ajudar e <strong>de</strong> ser útil às pessoas foram fatores que influenciaram<br />

os estudantes pela escolha do curso <strong>de</strong> Medicina. Em relação aos momentos vividos durante o curso, o reconhecimento da família e<br />

dos amigos, a experiência com o paciente e o contato com professores mo<strong>de</strong>lo foram os mais gratificantes, enquanto que as provas extensas<br />

e pouco tempo para estudo, as aulas monótonas com professores <strong>de</strong>satualizados, o contato com pacientes terminais e com a morte<br />

e ainda o cansaço físico, foram consi<strong>de</strong>rados pelos estudantes como os momentos mais angustiantes. Conclusão: Os nossos dados<br />

apontam importantes aspectos do cotidiano do estudante <strong>de</strong> Medicina, que po<strong>de</strong>m orientar estratégias <strong>de</strong> apoio psicopedagógico no<br />

contexto das novas diretrizes curriculares.<br />

Os Estudantes <strong>de</strong> Medicina e as Dificulda<strong>de</strong>s Iniciais do Curso Médico: o Mo<strong>de</strong>lo da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas (UNCISAL)<br />

Porto, B.K.W. 29<br />

Oliveira, H.M.N.S. 29<br />

Rocha, M.A.A. 29<br />

Carmo, L.M.S. 29<br />

Guizelini, A.N. 29<br />

Introdução: A Gerência <strong>de</strong> Apoio Psicopedagógico da UNCISAL está vinculada a Pró-Reitoria <strong>de</strong> Desenvolvimento Humano e<br />

tem como missão prestar apoio psicológico e psicopedagógico aos alunos, intervindo no <strong>de</strong>senvolvimento da carreira, nas estratégias<br />

<strong>de</strong> aprendizagem, na atenção à diversida<strong>de</strong>, na prevenção e <strong>de</strong>senvolvimento humano. Partindo da premissa que o ensino é a função<br />

axial das instituições <strong>de</strong> educação superior, exige-se uma política que fortaleça a dimensão humana e ética na formação dos profissionais.<br />

A Gerência tem o objetivo <strong>de</strong> contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento pessoal para formar além <strong>de</strong> técnicos, profissionais qualificados e<br />

humanizados. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar as dificulda<strong>de</strong>s iniciais do curso médico, viabilizando a melhoria da qualida<strong>de</strong> da aprendizagem<br />

como estímulo para manter o aluno em equilíbrio com as adversida<strong>de</strong>s acadêmicas. Métodos: Foi realizada uma análise dos relatórios<br />

finais da Gerência <strong>de</strong> Apoio Psicopedagógico (2007 e 2008). Através <strong>de</strong> atendimentos individuais (entrevistas, testes avaliativos, orientação<br />

profissional) e dinâmicas <strong>de</strong> grupo, <strong>de</strong>tectaram-se as principais dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 62 alunos que buscaram apoio do serviço. Resultados:<br />

As dificulda<strong>de</strong>s iniciais encontradas nos alunos, durante o período <strong>de</strong> 2007 e 2008, consistiram em: dúvidas em relação ao curso<br />

(4,83%), déficit <strong>de</strong> atenção (3,22%), distância <strong>de</strong> casa e sauda<strong>de</strong> da família (9,67%), insegurança em lidar com doença e morte (4,83%),<br />

prática <strong>de</strong> anatomia (9,67%), falta <strong>de</strong> autonomia e motivação nos estudos (6,45%), imaturida<strong>de</strong> (3,22%), problemas afetivos e familiares<br />

(11,29%), <strong>de</strong>sorganização por acúmulo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s (4,83%), falta <strong>de</strong> concentração (4,83%), estresse (6,45%), dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> relacionamento<br />

(11,29%), timi<strong>de</strong>z (3,22%) e dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação às propostas metodológicas <strong>de</strong> alguns professores (16,12%). Conclusões:<br />

As dificulda<strong>de</strong>s mais significativas dos estudantes <strong>de</strong> medicina dos anos iniciais <strong>de</strong> 2007 e 2008 foram: não a<strong>de</strong>quação às propostas metodológicas<br />

<strong>de</strong> alguns professores (o que merece atenção em termos <strong>de</strong> educação médica/ apoio psicopedagógico), entraves nos relacionamentos,<br />

problemas afetivos e familiares, prática <strong>de</strong> anatomia, distância <strong>de</strong> casa e estresse.<br />

Percepção do Estudantes do Sexto Ano <strong>de</strong> Medicina : o Que Po<strong>de</strong>mos Fazer Para Deixa-los<br />

Mais Seguro?<br />

Daltro, MR 30<br />

Introdução: O mo<strong>de</strong>lo biomédico tradicional é predominante entre as escolas médicas e exclui reflexões relacionadas ao mal-estar<br />

próprio do processo formativo com o trato com a morte, a doença, o erro médico, o confronto com o <strong>de</strong>samparo e <strong>de</strong>pendência próprios<br />

da natureza humana. No 6ºano o estudante é convocado a dar conta <strong>de</strong>ssas questões, responsabilizar-se por suas escolhas e <strong>de</strong>pa-<br />

29 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

30 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

523<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


a-se as mudança no papel <strong>de</strong> estudante para profissional. Descortinam-se novos <strong>de</strong>safios,a realida<strong>de</strong> do mercado <strong>de</strong> trabalho, as possibilida<strong>de</strong><br />

e impossibilida<strong>de</strong>s individuais, e a especialização, que prolongará o período <strong>de</strong> treinamento e <strong>de</strong>mandará outros sacrifícios.<br />

Além disso precisa se preparar para um novo e concorrido processo <strong>de</strong> seleção ao qual também <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> sua situação financeira. Objetivo:<br />

Conhecer a percepção dos estudantes sobre si e o sentimentos sobre a possibilida<strong>de</strong> ou não se ser médico.Metodologia: Estudo qualitativo<br />

<strong>de</strong>scritivo que apresenta as categorias <strong>de</strong> respostas emergentes em 44 questionários semi-estruturados após analise <strong>de</strong> conteúdo<br />

das respostas e aprovação pelo Comitê <strong>de</strong> Ética. Resultados: No que se refere a auto-imagem emergiram as seguintes categorias: vulnerabilida<strong>de</strong>,<br />

maturida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>terminação. Do sentimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spreparo para ingressar no mercado <strong>de</strong> trabalho,as categorias Conhecimento,<br />

Formação Profissional, Vulnerabilida<strong>de</strong>. Da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser médico: Conhecimento e Interpessoal. Conclusão: Apercepção<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spreparo para atuar como médico está relacionada ao sentimento <strong>de</strong> “não ter o saber”, enquanto entre os que se sentiam aptos o os<br />

sentimento prevalente é <strong>de</strong> que “po<strong>de</strong>m ser”, envolvem percepções subjetivas que incluem a pessoa do estudante e sua relação com os<br />

“outros”. Características do processo formativo biomédico parece limitar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> recursos adaptativos necessários ao<br />

fortalecimento da auto-estima, diminui a autonomia e conseqüentemente, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> confiar em si mesmo e ter segurança <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenhar sua profissão<br />

Motivação <strong>de</strong> Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina: Análise a Partir das Inscrições <strong>de</strong> Um Simpósio<br />

Loureiro, C.M.C. 31<br />

Vinhas, C. F. 31<br />

Cisneiros, M. S. 31<br />

Almeida,N.R. 31<br />

Pinheiro, L. L. 31<br />

Feitosa-Filho, GS 31<br />

Introdução: É crescente o interesse dos estudantes <strong>de</strong> medicina por ativida<strong>de</strong>s extracurriculares. Uma liga acadêmica <strong>de</strong> cardiologia<br />

organizou, para agosto <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, o I Simpósio <strong>de</strong> Emergências Cardiovasculares. Para tanto, propôs algumas inovações, mesclando<br />

conferências, discussões <strong>de</strong> casos em colóquios, webconferências com centros distantes e práticas através simulações, além da oferta<br />

prévia <strong>de</strong> CD contendo revisões. Adivulgação foi feita através <strong>de</strong> sites <strong>de</strong> relacionamento, cartazes, e-mails e contatos pessoais com graduandos<br />

<strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina da Bahia. Ainscrição não foi gratuita. Todas as inscrições esgotaram-se em exatos 27 dias, a <strong>de</strong>speito<br />

das férias <strong>de</strong> muitos estudantes, e vários não pu<strong>de</strong>ram se inscrever por falta <strong>de</strong> vagas. Objetivo: Diante <strong>de</strong> tamanha procura, foram investigados<br />

os principais atrativos <strong>de</strong>ste evento para os inscritos. Métodos: Após o término das inscrições, foi aplicado um questionário,<br />

a todos os inscritos, por telefone, visando i<strong>de</strong>ntificar o que mais <strong>de</strong>spertouointeresseecomoficaramsabendodoevento.Foramexcluídos<br />

do estudo aqueles cujo contato não foi possível. Para as análises estatísticas, foi utilizado o software SPSS 12.0. Resultados: 181 estudantes<br />

se inscreveram no evento, dos quais 127 (70,2%) foram do sexo feminino e 63,5% estudam na faculda<strong>de</strong> da própria liga. Foram<br />

inscritos estudantes <strong>de</strong> todos os semestres, sendo que o semestre com maior número <strong>de</strong> inscritos foi o 8º. Foi possível entrevistar 165 estudantes.<br />

Dentre os meios <strong>de</strong> divulgação, 62,4% dos estudantes ficaram sabendo do simpósio por contato direto. Quando questionados<br />

sobre a principal motivação para realizar a inscrição, 46,7% apontaram o tema Emergências Cardiovasculares, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da faculda<strong>de</strong>,<br />

seguido pela oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> simulações (23,6%). Conclusões: A <strong>de</strong>speito dos meios eletrônicos e cartazes, o contato direto é a<br />

forma mais eficiente <strong>de</strong> divulgação. O tema emergências cardiovasculares é bastante atrativo aos estudantes <strong>de</strong> medicina, assim como a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> práticas em simulações.<br />

31 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

524<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O Tema Drogas é Abordado Pelos Projetos Institucionais Universitários?<br />

Tamosauskas, M.R.G. 32<br />

Tamosauskas, F.G. 32<br />

Tamosauskas,T.G 32<br />

Andra<strong>de</strong>,A.G. 33<br />

O uso <strong>de</strong> álcool,tabaco e outras drogas entre jovens e especialmente universitários vem sido <strong>de</strong>monstrado por diferentes pesquisas<br />

no Brasil e no exterior. Qual o papel da universida<strong>de</strong>? Em que momentos e como ela se propõe a atuar na prevenção, orientação e assistência<br />

ao discente é o eixo norteador <strong>de</strong> nossa pesquisa. Objetivos:Mapear a existência <strong>de</strong> programas que façam parte dos projetos pedagógicos<br />

institucionais das Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior (IES) on<strong>de</strong> o tema drogas é direcionado a prevenção,orientação e assistência<br />

ao discente. Metodologia: Aamostra se constitui por 98 IES localizadas nas 27 capitais brasileiras e previamente sorteadas. Pesquisa,<br />

no site/portal da Instituição, sobre a existência do programa,no próprio site e com mecanismos <strong>de</strong> busca (interno e externo) usando os<br />

unitermos: programa; prevenção; orientação, assistência, álcool, cigarro e drogas e e-mail enviado ao Corpo Diretivo da Instituição, solicitando<br />

Informações sobre a existência <strong>de</strong> programas com esse enfoque. Resultados:Existência <strong>de</strong> algum programa no site (presença<br />

<strong>de</strong> eventos pontuais não caracterizou a presença <strong>de</strong> programa): não 74(75,51%) e sim 24(24,49%), Respostas aos e-mails:24(24,49%)não<br />

respon<strong>de</strong>ram, apesar <strong>de</strong> terem aceito participar da pesquisa. Entre as 74(75,51%) respon<strong>de</strong>ram ao e-mail obtivemos 51(68,92%) não,e<br />

23(31,08%) sim. Das IES que respon<strong>de</strong>ram sim quanto a existência <strong>de</strong> programas 7(9,46%) não foram i<strong>de</strong>ntificados no site.Concordância<br />

<strong>de</strong> respostas (Site/IES) é <strong>de</strong> 67(90,54%): 16 sim e 51 não. Conclusões: Apesquisa no site/portal <strong>de</strong> cada IES é uma boa ferramenta para o<br />

mapeamento dos programas. Amaioria das instituições não possui no projeto pedagógico um programa voltado aos alunos no sentido<br />

<strong>de</strong> minimizar o uso <strong>de</strong> drogas e suas conseqüências, mas a implementação <strong>de</strong> programas que avancem além das ações pontuais sinaliza<br />

a função social da Universida<strong>de</strong>, publica ou privada. No sentido <strong>de</strong> complementar o projeto, os programas existentes terão suas características<br />

(responsáveis, planejamento, diretrizes, conteúdo, execução e avaliação) estudados qualitativamente.<br />

O Processo <strong>de</strong> Humanização Nna Formação Médica e o Projeto Mentoring no Curso <strong>de</strong><br />

Medicina<br />

LIMA,A.S. 32<br />

Gualda, L.B.S.I<br />

Carvalho, M.D.B. I<br />

Oliveira,R.Z.I<br />

Introdução:No ano <strong>de</strong> 2008 foi implantado o projeto “Mentoring para estudantes <strong>de</strong> medicina na Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá”,<br />

na expectativa <strong>de</strong> estruturar na escola, um serviço <strong>de</strong> apoio para efetivamente contribuir no processo <strong>de</strong> humanização do curso<br />

<strong>de</strong> medicina. Objetivo:Descrever as impressões dos acadêmicos sobre o primeiro ano do <strong>de</strong>senvolvimento do projeto. Metodologia:Estudo<br />

<strong>de</strong>scritivo com acadêmicos do primeiro ao sexto ano do curso. O instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados foi um questionário estruturado<br />

com quatro questões fechadas e uma aberta. Resultados:Entregues 197 questionários e <strong>de</strong>volvidos 157 (80%). Participaram <strong>de</strong><br />

pelo menos uma reunião 44,58% dos alunos, <strong>de</strong>stes 89% respon<strong>de</strong>ram que o projeto po<strong>de</strong> contribuir para o crescimento pessoal ou profissional,<br />

enquanto do total dos respon<strong>de</strong>ntes, incluindo aqueles que não foram às reuniões, 80% assinalaram essa resposta. Dos seis<br />

que respon<strong>de</strong>ram que o projeto não tem utilida<strong>de</strong> somente um foi à reunião. Entre as causas <strong>de</strong> não a<strong>de</strong>são foram listadas como principais:<br />

Horário escolhido para as reuniões e data <strong>de</strong> aviso (principal motivo). O gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque que os alunos <strong>de</strong>ram foi para a figura do<br />

mentor e os temas abordados nas reuniões. Conclusão:Houve pouca participação dos discentes, e os principais fatores para não a<strong>de</strong>são<br />

foram relacionados ao mentor – tanto sob o modo que este conduzia as reuniões, como o horário que elas ocorriam e os temas abordados.<br />

A maioria dos participantes acha que o projeto contribui para a formação profissional revelando a sua importância, que alia um<br />

contato mais informal entre o docente e o discente, criando vínculos <strong>de</strong> confiança e proximida<strong>de</strong>, se revelando ferramenta útil ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

não somente acadêmico, mas do ser humano como pessoa. Acriação do vínculo expõe situações específicas e subjetivas que<br />

com a ajuda do mentor po<strong>de</strong>m ser mais facilmente resolvidas, o que provavelmente não ocorreria em um ambiente tão formal quanto a<br />

sala <strong>de</strong> aula.<br />

32 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.<br />

33 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil; Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

525<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Tutoria (MENTORING) na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas – Há 7 Anos Construindo<br />

um Espaço Dialógico Para os Alunos<br />

Torres, S.T. 34<br />

Oliveira, M.B.<br />

Introdução: ATutoria (Mentoring) da FCM da UERJ é um projeto <strong>de</strong> extensão em curso há sete anos, coor<strong>de</strong>nado pelo PAPE, que<br />

possibilita uma nova via <strong>de</strong> comunicação entre alunos e professores como um espaço <strong>de</strong> convivência alternativo ao meio estritamente<br />

acadêmico. Objetivos: Estabelecer para grupos <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> diversas séries, um orientador que acompanhe no progresso acadêmico,<br />

auxiliando-os nos problemas surgidos durante o curso. Estimular uma postura crítica e a participação ativa do aluno na sua formação,<br />

implicando-os na construção e reinvenção contínua <strong>de</strong>sse processo, visando um maior aproveitamento do ensino e manejo dos conflitos<br />

inerentes ao processo <strong>de</strong> convivência interpessoal. Métodos: Ao ingressarem na FCM, os alunos são alocados em um dos grupos,<br />

mas com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> permutar entre eles. Atualmente o quadro é <strong>de</strong> 14 professores-tutores e cerca <strong>de</strong> 140 alunos, divididos em<br />

grupos que realizam encontros quinzenais com cerca <strong>de</strong> 1 hora <strong>de</strong> duração. O PAPE supervisiona os professores-tutores acompanhando<br />

as intervenções realizadas e oferecendo o suporte necessário para que possam sustentar junto aos alunos, essa nova forma <strong>de</strong> atuação,<br />

um lugar bastante distinto da docência. Resultados: Ao longo <strong>de</strong>sses anos, foi possível verificar que a Tutoria tem logrado êxito no<br />

estabelecimento <strong>de</strong> um novo espaço dialógico on<strong>de</strong> o aluno po<strong>de</strong> expressar seus questionamentos, problematizar sua prática e transformar<br />

os possíveis impasses a seu favor. O papel dos tutores como facilitadores e o contato entre os alunos <strong>de</strong> diferentes séries, se configuram<br />

como <strong>de</strong> suma importância, ao possibilitarem uma rica troca <strong>de</strong> experiências. CONCLUSÃO: Esse intercâmbio contínuo, prepara-os<br />

para os conflitos e indagações que o estudo da medicina e o contato com a clínica po<strong>de</strong>m trazer. Para além do manejo técnico <strong>de</strong> situações,<br />

tem mostrado que o médico, como sujeito, é atravessado por questões que dizem respeito à sua própria singularida<strong>de</strong>, estando,<br />

<strong>de</strong>sta forma, totalmente implicado em sua prática.<br />

Pesquisa <strong>de</strong> Depressão em uma Amostra Específica<br />

Matos, K.J.N. 35<br />

Matos, G.D.N. 36<br />

Dantas, G.C36 NUNES, N.G. 36<br />

Vale, J.S. 36<br />

Carneiro, A.H.S. 36<br />

Introdução: A <strong>de</strong>pressão é um Transtorno <strong>de</strong> Humor que se caracteriza por humor <strong>de</strong>pressivo, pela incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentir prazer,<br />

<strong>de</strong>sânimo ou agitação psicomotora, pensamentos <strong>de</strong> cunho negativo. Nardi (2000), em seus estudos acerca da <strong>de</strong>pressão, comprova<br />

que as taxas estão aumentando entre jovens e idosos. De acordo com a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> a <strong>de</strong>pressão é consi<strong>de</strong>rada a<br />

quarta doença mais dispendiosa. Uma população que merece atenção, por estar em contato com o sofrimento psíquico, são os estudantes<br />

da área da saú<strong>de</strong>. De acordo com o Dr. Julio <strong>de</strong> Melo (2006)15% a 25% dos estudantes universitários apresentam algum tipo <strong>de</strong> transtorno<br />

psiquiátrico durante sua formação. Objetivo: Diante <strong>de</strong>sta problemática, preten<strong>de</strong>u-se analisar a diferença <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> Depressão<br />

Maior <strong>de</strong> acordo com o sexo em uma amostra <strong>de</strong> estudantes do curso <strong>de</strong> Psicologia. Metodologia: Dados sobre a epi<strong>de</strong>miologia<br />

da Depressão Maior são discutidos a partir <strong>de</strong> resultados obtidos numa pesquisa realizada com acadêmicos <strong>de</strong> Psicologia do primeiro e<br />

terceiro semestres, obtendo-se quarenta e três (43) entrevistados <strong>de</strong> sessenta (60) alunos cursando atualmente na Universida<strong>de</strong>. Os resultados<br />

da pesquisa foram obtidos a partir <strong>de</strong> questionários aplicados <strong>de</strong> acordo com o Structured Clinical Interview for DSM Disor<strong>de</strong>rs<br />

(SCID). As porcentagens foram calculadas no Excel. Resultado: De um total <strong>de</strong> 43 estudantes analisados, 17 (39,5%) são homens, e<br />

<strong>de</strong>stes, 5 (29,4%) têm e/ou tiveram Depressão; e 26 (60,5%) são mulheres, e <strong>de</strong>stas, 11 (42,3%) têm e/ou tiveram Depressão. Conclusão:<br />

Apartir <strong>de</strong>ste estudo, é possível confirmar dados condizentes com a literatura especializada. Também é avaliável ser maior a porcentagem<br />

<strong>de</strong> entrevistados do sexo feminino com Depressão. Referencias: 1. Nardi, A. E. (2000). Depressão no ciclo da vida. Revista <strong>Brasileira</strong><br />

<strong>de</strong> Psiquiatria, 22(3),149-152. 2. Melo, J.(2006). Prevalência <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão entre estudantes universitários.Jornal Brasileiro <strong>de</strong> Psiquiatria.<br />

34 Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

35 Universida<strong>de</strong> Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

36 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil<br />

526<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial: Impacto do Cumprimento <strong>de</strong> Uma Agenda Mínima<br />

Obrigatória na Formação <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />

Amazonas<br />

Avelino, F.G.S. 37<br />

Avelino, T.O. 37<br />

Silva, M.A.F. 37<br />

Me<strong>de</strong>iros, D.B. 37<br />

Bindá, A.G.L. 37<br />

Cardoso, M.V.C. 37<br />

Introdução: Universida<strong>de</strong>s, em geral, empregam uma metodologia que faz do estudante um agente passivo na aquisição <strong>de</strong> conhecimentos.<br />

Assim, ativida<strong>de</strong>s extracurriculares são fundamentais para o engajamento ativo do acadêmico no processo <strong>de</strong> construção<br />

do seu próprio conhecimento, além <strong>de</strong> complementar a graduação regular do curso. O Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial do curso <strong>de</strong> Medicina<br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas oportuniza essas experiências através <strong>de</strong> uma agenda com 25 ativida<strong>de</strong>s a serem realizadas<br />

individualmente e/ou em grupo. Com a filosofia <strong>de</strong> “apren<strong>de</strong>r fazendo”, prevê quantida<strong>de</strong>s mínimas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s por semestre e<br />

inclui <strong>de</strong>s<strong>de</strong> apresentação oral <strong>de</strong> artigos científicos até estágios e publicação <strong>de</strong> trabalhos. Semestralmente um memorial <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

é apresentado ao tutor, que analisa o <strong>de</strong>sempenho dos petianos. Objetivo: Avaliar o impacto do cumprimento da agenda mínima <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>corrente da participação <strong>de</strong> 2 anos no PET Medicina da UFAM na formação <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina da UFAM. Método:<br />

Realizou-se análise dos memoriais <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s apresentados até o semestre <strong>2009</strong>/1 com base na agenda mínima estabelecida. Resultados:<br />

Evi<strong>de</strong>nciou-se que 88% das ativida<strong>de</strong>s foram <strong>de</strong>vidamente realizadas, 4% alcançaram apenas meta<strong>de</strong> da quantida<strong>de</strong> mínima<br />

exigida, 4% foram realizadas em número inferior ao limite mínimo e 4% não foram executadas. Ressalta-se que, em 22,7% das ativida<strong>de</strong>s<br />

completamente efetuadas, atingiu-se o dobro da quantida<strong>de</strong> mínima estabelecida, a saber: cursos e eventos, estágios extracurriculares<br />

e publicações <strong>de</strong> trabalhos em congressos. Conclusão: Percebeu-sequeaagendamínima<strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>sgeraengajamentoemativida<strong>de</strong>s<br />

não previstas na graduação regular. Faz com que os petianos tornem-se agentes ativos na construção do seu conhecimento participando<br />

<strong>de</strong> experiências diversificadas que promovem obtenção <strong>de</strong> conhecimento em diferentes áreas do saber, edificando seu<br />

currículo paralelo através do planejamento estratégico do cumprimento das tarefas. Outossim, <strong>de</strong>senvolve habilida<strong>de</strong>s e aprimora<br />

capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fundamentais à futura prática médica como diligência no trabalho grupal e interdisciplinar.<br />

A Escolha Profissional e as Experiências Vividas Pelos Estudantes <strong>de</strong> Medicina da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Medicas, UNIFENAS, Alfenas, Minas Gerais<br />

Chini, H.A.S. 38<br />

Soares,G. 38<br />

Chini, G. 38<br />

Jeronimo, C.D.E. 38<br />

Melo, R.R. 38<br />

Rodrigues,R.A. 38<br />

Introdução: superadas as dificulda<strong>de</strong>s inerentes ao ingresso no curso <strong>de</strong> medicina, o estudante se vê diante <strong>de</strong> uma nova realida<strong>de</strong>,<br />

que nem sempre correspon<strong>de</strong> às suas expectativas; Objetivo: baseando-senoreferencialteóricoopresentetrabalhotevecomoobjetivos<br />

caracterizar a população <strong>de</strong> estudantes do curso <strong>de</strong> medicina da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas, Unifenas, Alfenas, Minas Gerais.<br />

no âmbito <strong>de</strong> suas escolhas, gratificações e angustias vividas durante o curso. Métodos: o grupo constou <strong>de</strong> 136 estudantes da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Ciências Médicas da Unifenas, entre o 1º. e 12º. períodos, sendo 59 (43,5%) do sexo masculino e 77 (56,5%) do sexo feminino..Este<br />

estudo foi submetido ao comitê <strong>de</strong> ética e os participantes assinaram termo <strong>de</strong> consentimento livre esclarecido.. Os dados obtidos<br />

foram analisados por meio da técnica <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> conteúdo temático que compreen<strong>de</strong> as fases: leitura flutuante, constituição do<br />

37 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

38 Universida<strong>de</strong> José do Rosário Vellano, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


corpus, e formulação <strong>de</strong> hipóteses e objetivos.. Resultados: <strong>de</strong>ntre os entrevistados, 64,5% das mulheres e 51,5% dos homens apontaram<br />

a i<strong>de</strong>ntificação pessoal, como o principal motivo da escolha pelo curso médico, 45,5% dos entrevistados <strong>de</strong> ambos os sexos, apontaram o<br />

contato com o paciente como o momento mais gratificante do curso, e 44,5% apontaram o pouco tempo <strong>de</strong> estudo para as provas, o exame<br />

global no final do semestre. e o contato com a morte, como os momentos mais angustiantes Conclusão: <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> vivida a euforia do<br />

ingresso no curso <strong>de</strong> medicina, muitos estudantes se <strong>de</strong>param com uma realida<strong>de</strong> muitas vezes angustiantes, vivendo conflitos<br />

solitários. que po<strong>de</strong>m levar a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> natureza psicológica..É <strong>de</strong> extrema importância a criação <strong>de</strong> espaços acolhedores e <strong>de</strong> um<br />

serviço <strong>de</strong> apoio aos estudantes.pela escolas medicas.<br />

Recepção <strong>de</strong> Calouros do Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

Lopes, A.E. 39<br />

Soares, L.S. 39<br />

Ferreira, A.F. 39<br />

Campos, A.R. 39<br />

Souza, A.P. 39<br />

Barros, L.M. 39<br />

Introdução: O grupo PET (Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial) Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia (UFU) promove<br />

uma ativida<strong>de</strong> inserida na Semana <strong>de</strong> Acolhimento dos Calouros <strong>de</strong> Medicina da UFU, estruturada pelo Diretório Acadêmico, que propicia<br />

aos calouros uma recepção acolhedora e <strong>de</strong>scontraída, contribuindo para reflexões a respeito da formação e prática médica. Objetivos:<br />

Arecepção visa promover uma interação entre os membros do grupo e os acadêmicos recém-ingressos, e possibilitar a divulgação<br />

das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, ensino e extensão <strong>de</strong>senvolvidas pelo grupo. Além disso, busca viabilizar um conhecimento preliminar a<br />

respeito da estrutura física e funcional da Universida<strong>de</strong> e incitar opensamentocríticonoqueserefereàformaçãomédicavigenteeas<br />

condutas éticas necessárias. Métodos: Encenação teatral dotada <strong>de</strong> caráter reflexivo no que concerne a assuntos da vida acadêmica e da<br />

formação médica, e explanação acerca da atuação do grupo no âmbito da Universida<strong>de</strong>. Além disso, são distribuídos o Guia Acadêmico<br />

e um jornal que possui como conteúdo informações a respeito do conceito e histórico do Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial. Resultados:<br />

Os ingressantes no curso <strong>de</strong> Medicina que assistem à recepção <strong>de</strong> calouros são alunos mais participativos nas ativida<strong>de</strong>s realizadas pelo<br />

PET, como por exemplo, na elaboração do jornal “CORUJÃO”, no qual todos os acadêmicos são livres para opinar sobre quaisquer assuntos.<br />

Dessa maneira, a recepção <strong>de</strong> calouros aproxima o ingressante do curso à realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> Educação Tutorial.<br />

Conclusões: Essa ativida<strong>de</strong> promove a reinvenção dos trotes tradicionais, substituindo a submissão frente aos veteranos por um<br />

acolhimento reflexivo, crítico e amistoso.<br />

Interdisciplinarida<strong>de</strong>: Psicologia Médica no Apoio ao Estudante <strong>de</strong> Medicina nos<br />

Primeiros Contatos Com a Semiologia Médica<br />

Machado, P.R.M 40<br />

Carvalho, L.L 40<br />

Fernan<strong>de</strong>s, M.G.B. 40<br />

Oliveira, J.S. 40<br />

A. Filho, R.V.C. 40<br />

Costa, G.P.O. 40<br />

Introdução: Diante das dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pelos estudantes <strong>de</strong> Medicina nos seus primeiros contatos com o paciente, uma<br />

nova proposta <strong>de</strong> ensino, presente na atual gra<strong>de</strong> curricular do curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, fomentou a criação<br />

<strong>de</strong> uma disciplina <strong>de</strong> apoio às principais limitações vivenciadas pelos estudantes no tocante a situações como: a realida<strong>de</strong> da doença,<br />

a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> curá-la sempre, as injustiças que fazem parte da vida e a realida<strong>de</strong> da morte. Objetivos: Relatar a experiência<br />

39 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

40 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil<br />

528<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


dos estudantes do quarto período <strong>de</strong> medicina na disciplina Módulo Horizontal B4 (MHB4) durante o ano <strong>de</strong> 2008 bem como suscitar a<br />

discussão acerca do enfoque utilizado e suas repercussões na formação médica. Métodos: O MHB4 ocorreu concomitantemente ao módulo<br />

<strong>de</strong> Semiologia Médica configurando-se como um espaço <strong>de</strong> exposição e discussão <strong>de</strong> experiências, dúvidas, anseios e angústias<br />

vividas no módulo clínico. Resultados: O módulo ocorreu <strong>de</strong> maneira dinâmica e participativa. Em encontros semanais, os estudantes<br />

relatavam a cerca das anamneses que realizavam na disciplina <strong>de</strong> Semiologia Médica, ressaltando os pontos em que tiveram dificulda<strong>de</strong>s.<br />

Apartir <strong>de</strong>sses relatos eram <strong>de</strong>batidas as opiniões dos alunos sob o direcionamento do professor. Este procurava esclarecer as dúvidas<br />

e incitar questionamentos sobre assuntos polêmicos como o contato com os doentes, os questionamentos dos enfermos, como proce<strong>de</strong>r<br />

em situações em que o doente não coopera com o <strong>de</strong>senrolar da entrevista médica. Algumas vezes, eram encenadas pelos próprios<br />

estudantes situações vivenciadas por estes. Somado a isso, também foram realizadas aulas expositivas no tocante às técnicas <strong>de</strong><br />

entrevista médica, por ser este um quesito fundamental à construção <strong>de</strong> uma boa relação estudante <strong>de</strong> medicina-paciente. Conclusão:<br />

As discussões acerca dos anseios e das dúvidas dos estudantes eram pertinentes, no entanto seria necessário um direcionamento mais<br />

claro quanto aos assuntos abordados no módulo.<br />

Estudo Exploratório Sobre a Presença <strong>de</strong> Sintomas Ansioso-Depressivos Menores Entre<br />

Estudantes do Curso <strong>de</strong> Medicina Através <strong>de</strong> Comparação Com Grupo Semelhante do<br />

Curso <strong>de</strong> Medicina Veterinária.<br />

Dibo, R.P.L 41<br />

Freitas, M.R.<br />

Ribeiro, R.F.<br />

Santos, T.C.<br />

Introdução: A <strong>de</strong>pressão é uma condição exclusivamente humana, cujas características clínicas <strong>de</strong>correm <strong>de</strong> alterações no humor<br />

vital, acompanhadas <strong>de</strong> alterações qualitativas no afeto, na cognição e na capacida<strong>de</strong> intelectiva. Leva à inibição psíquica e ao sofrimento<br />

moral, e relaciona-se à presença <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes, como sofrimento ou estresse psicológico. Os estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

constituem uma população jovem e exposta a inúmeras exigências e estressores, especialmente sujeita à <strong>de</strong>pressão. Em função do <strong>de</strong>scrito<br />

acima e da observação empírica da presença freqüente <strong>de</strong> sintomas psiquiátricos leves (ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão) nos acadêmicos <strong>de</strong><br />

medicina, <strong>de</strong>cidiu-se investigar esta questão no presente estudo. Objetivo : Avaliar sintomas ansiosos <strong>de</strong>pressivos menores entre acadêmicos<br />

do curso <strong>de</strong> medicina e medicina veterinária da Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá-RJ. Material e métodos : Estudo transversal realizado<br />

com 396 universitários dos cursos <strong>de</strong> medicina e medicina veterinária da Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá- RJ. Utilizou-se questionário<br />

auto-aplicável Self Reporting Questionnaire ( SRQ-20) para quantificação da avaliação. Resultados : participaram 290 alunos, sendo 166<br />

<strong>de</strong> medicina e 124 <strong>de</strong> medicina veterinária. Com ponto <strong>de</strong> corte 8 afirmativas positivas,os valores para os estudantes <strong>de</strong> medicina foram<br />

19,29%, 31,37%, 43,24% e 52,38% para 1°,4°,9°e 12°períodos respectivamente. Para veterinária os valores foram 20%, 19,64% e 17,35%<br />

para 1°,4° e 9° períodos respectivamente. O percentual <strong>de</strong> sintomas em medicina foi comparativamente maior que o <strong>de</strong> medicina veterinária.<br />

Conclusão : É <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância mostrar a necessida<strong>de</strong> da criação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> suporte psicológico aos alunos <strong>de</strong> graduação<br />

em medicina <strong>de</strong> todas as séries, objetivando oferecer suporte para lidarem com as situações <strong>de</strong> sofrimento psíquico.<br />

41 Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Acolhimento do Novo Estudante <strong>de</strong> Medicina Por Meio da Mentoria <strong>de</strong> Pares. Experiência<br />

do Curso <strong>de</strong> Medicina da UNIFENAS-BH<br />

Bernar<strong>de</strong>s, LHG 42<br />

Ramos, NN 43<br />

Faria, RMD 43<br />

Introdução: Há três semestres, o acolhimento <strong>de</strong> estudantes no Curso <strong>de</strong> Medicina UNIFENAS-BH se faz pela Mentoria <strong>de</strong> Pares,<br />

em que um veterano se dispõe a prestar assistência ao calouro, no sentido <strong>de</strong> auxiliá-lo a se compreen<strong>de</strong>r e a agir como estudante <strong>de</strong><br />

PBL(Problem Based Learning), também, adaptando-se à cida<strong>de</strong>, pois muitos estudantes proveem <strong>de</strong> outras localida<strong>de</strong>s. Esse Programa<br />

vem se modificando com a avaliação do processo em cada semestre; trata <strong>de</strong> envolver estudantes veteranos na orientação <strong>de</strong> calouros,<br />

sendo ação opcional e voluntária. Objetivos – 1. Acolher os novos estudantes para auxiliá-los na integração ao Curso e à cida<strong>de</strong>. 2. Promover<br />

integração entre estudantes <strong>de</strong> vários períodos. 3. Possibilitar ao estudante a participação em ativida<strong>de</strong> complementar, prevista<br />

no currículo. Metodologia – Acada semestre letivo, alunos veteranos são selecionados, em vista do interesse <strong>de</strong>monstrado para participar<br />

da Mentoria <strong>de</strong> Pares. Em reunião, no primeiro dia <strong>de</strong> aula, com os novos estudantes, os mentores <strong>de</strong> pares assumem um ou dois calouros<br />

para a mentoria. Apartir <strong>de</strong>ste momento, os pares traçam um programa <strong>de</strong> encontros, com diversas finalida<strong>de</strong>s, sob a supervisão<br />

da Assessora Psicopedagógica do Curso. Ainda, realizam-se reuniões <strong>de</strong> mentores e mentorandos para discutir temas, sessões <strong>de</strong> cinema<br />

comentado, esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas acadêmicas ou problemas relacionados a: como estudar no PBL, avaliações, locomoção urbana,<br />

saú<strong>de</strong>, moradia, lazer e cultura, <strong>de</strong>ntre outros. Resultados –. Os resultados indicam trabalho mais eficiente se os mentores são <strong>de</strong><br />

terceiro e quarto períodos e que é necessário local <strong>de</strong>stinado a encontros dos pares na própria universida<strong>de</strong>, com computadores/internet,<br />

para facilitar o estudo. Conclusões – Embora seja positiva a avaliação do Programa em relação ao acolhimento <strong>de</strong> estudantes, há<br />

questões que ainda <strong>de</strong>vem ser melhor dimensionadas: horários <strong>de</strong> tempo protegido coinci<strong>de</strong>ntes entre calouros e veteranos, envolvimento<br />

dos Tutores no incentivo ao Programa, <strong>de</strong>ntre outras.<br />

Avaliação da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida (QV): Estudo <strong>de</strong> Coorte Retrospectivo em Estudantes do<br />

Curso <strong>de</strong> Medicina da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas <strong>de</strong> Sorocaba<br />

Libardi,M.C. 43<br />

Caldas, R. L. R. M. H. 43<br />

Souza, P. D. 43<br />

Senger,M.H. 43<br />

Dias,J.C.R. 43<br />

Bonadio, A. C. 43<br />

Introdução: Poucos estudos avaliam a QV em estudantes <strong>de</strong> Medicina. Estes compõem um grupo especial, pois serão os futuros<br />

responsáveis por ações ativadoras <strong>de</strong> uma melhor QV. Objetivo: Objetivamos analisar a evolução da QV <strong>de</strong> um mesmo grupo <strong>de</strong> alunos<br />

em dois momentos distintos do curso médico. Métodos: Após aprovação pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa local e utilizando o<br />

WHOQOL-bref, realizamos uma coorte retrospectiva sobre QV nos mesmos estudantes quando cursavam o primeiro (n=47) e terceiro<br />

(n=47) anos. Com o programa estatístico SPSS 11.0.1, obtivemos o escore <strong>de</strong> cada indivíduo. Analisamos a distribuição dos valores em<br />

quartis e consi<strong>de</strong>ramos como as piores pontuações aquelas pertencentes ao primeiro quartil (25%). Utilizamos o teste <strong>de</strong> Wilcoxon para<br />

comparar os escores obtidos nos 0.05 foram consi<strong>de</strong>rados≤diferentes domínios nas duas ocasiões e valores <strong>de</strong> p estatisticamente significantes.<br />

Resultados: A média <strong>de</strong> pontuação do primeiro e do terceiro ano (escala: 0-100) em cada domínio foi, respectivamente, 79,46 e<br />

82,03 (físico), 73,51 e 76,04 (psicológico), 67,86 e 79,46 (social) e 70,87 e 74,41 (ambiente) e a média do escore total foi <strong>de</strong> 291,71 para o primeiro<br />

ano e 311,94 para o terceiro ano. Houve diferença estatística no domínio social (p


TEMA: PÓS-GRADUAÇÃO LATO E STRICTO SENSU EM<br />

EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

Concepções <strong>de</strong> Educação e <strong>de</strong> Trabalho Docente dos Pós-Graduandos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul: 2000-2007<br />

Pedroso, SRS 1<br />

Introdução: Esta pesquisa investiga as concepções <strong>de</strong> educação e trabalho docente com vistas à construção <strong>de</strong> referencial teórico<br />

que subsidie a formação no trabalho docente e a educação em saú<strong>de</strong> em nível <strong>de</strong> pós-graduação. Objetivos: Investigar as concepções <strong>de</strong><br />

educação e <strong>de</strong> trabalho docente dos pós-graduandos da disciplina Prática Educativa em Medicina da FAMED/UFRGS no período <strong>de</strong><br />

2000 a 2007, para i<strong>de</strong>ntificar e analisar as contradições entre teoria e prática, construindo no coletivo da sala <strong>de</strong> aula discussões interdisciplinares<br />

entre os campos da educação e da saú<strong>de</strong> para um repensar das práticas docentes nos cursos em saú<strong>de</strong>, em especial na medicina.<br />

Métodos: Observações e registro das aulas em diário <strong>de</strong> campo; leitura, organização e classificação por temáticas; coleta e análise crítica<br />

dos materiais escritos pelos alunos; contatos por e-mail e no Blog da disciplina: www.ufrgs.br/tramse/med e análise dos currículos<br />

Lattes. Resultados: Aanálise dos registros dos diários <strong>de</strong> campo juntamente com a pesquisa dos currículos Lattes explicitam a contradição<br />

entre teoria e prática quando os alunos dizem que a formação docente não é relevante para as suas práticas em saú<strong>de</strong>, e que por isso,<br />

não é necessário realizar a discussão sobre educação e trabalho docente, mas na prática acabam assumindo essa função. Conclusões:<br />

Conclui-se que uma parcela significativa dos alunos que questionam a importância da formação docente para suas vidas profissionais<br />

acabam assumindo o fazer docente em vários momentos. O trabalho docente aparece nos currículos Lattes dos alunos como colaboração,<br />

sem explicitar a docência. Ao ler todo o currículo observamos as <strong>de</strong>scrições das disciplinas ministradas, os anos e locais <strong>de</strong>ssas práticas<br />

que são mascaradas com expressões que não explicitam <strong>de</strong> imediato a função docente exercida pelo profissional.<br />

Os Desafios da Mudança nas Pós-Graduações - Contribuições do Movimento Estudantil<br />

Cavalcanti, FOL 2<br />

Oliveira Neto, A 2<br />

Rabello, E 2<br />

Introdução: As pós-graduações com interface com a Educação Médica estão inscritas num contexto mais amplo <strong>de</strong> mobilização<br />

e luta social em torno da construção do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS). Essa implicação política peculiar é fruto e conseqüência da atuação<br />

dos atores da Saú<strong>de</strong> Coletiva (SC), <strong>de</strong>ntre os quais se situam os estudantes – e futuros pesquisadores. Este trabalho procurou estudar<br />

e refletir sobre o papel que os estudantes (mestrandos e doutorandos) têm <strong>de</strong>sempenhado no contexto <strong>de</strong> uma pós-graduação, <strong>de</strong>screvendo<br />

e analisando suas iniciativas estudantes e as relações das mesmas com o contexto institucional. Objetivos: Descrever e analisar<br />

as contribuições e impasses do movimento estudantil no contexto <strong>de</strong> uma pós-graduação. Metodologia: A metodologia <strong>de</strong>sse estudo<br />

constituiu-se <strong>de</strong> uma abordagem qualitativa, analisando os pontos <strong>de</strong> vista dos atores envolvidos com referida pós-graduação. Nesse<br />

sentido, foram realizadas entrevistas com atores-chave e análise das publicações do movimento estudantil. O material foi tratado através<br />

da análise <strong>de</strong> conteúdo. Foi também produzido um documentário como forma <strong>de</strong> relato da experiência. Resultados: Este estudo<br />

evi<strong>de</strong>nciou uma mudança recente na mobilização do segmento estudantil, com crescimento das iniciativas. Estas incluíram a realização<br />

<strong>de</strong>: (1) Cineclube com discussões sobre questões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; (2) 3 Seminários <strong>de</strong> Pesquisa Discente com apresentação <strong>de</strong> trabalhos dos<br />

alunos e <strong>de</strong>bates políticos sobre o SUS, educação médica e Saú<strong>de</strong> Coletiva; (4) Recepção dos novos estudantes; (5) edição <strong>de</strong> um jornal; e<br />

(5) realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates sobre a organização institucional e curricular do programa. Conclusão: A análise <strong>de</strong>ssas iniciativas <strong>de</strong>monstrou<br />

a importância da mobilização dos estudantes para produção <strong>de</strong> mudanças institucionais, referida tanto pelos alunos quanto pelos<br />

professores. Da mesma maneira, evi<strong>de</strong>nciou a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> discussões e ações <strong>de</strong> mudança da organização do programa<br />

<strong>de</strong> pós-graduação, mesmo que inserido no <strong>de</strong>bate sobre mudança nas graduações em saú<strong>de</strong>.<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Instituto <strong>de</strong> Medicina Social, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

531<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Possíveis Associações Entre Ativida<strong>de</strong>s Extracurriculares Durante a Graduação em<br />

Medicina e Realização <strong>de</strong> Pós-Graduação<br />

Borges, DGS 3<br />

Suzuki, MM 3<br />

Moraes, M 3<br />

Reinesch, J 3<br />

Del-Ben, CM 3<br />

Introdução: Estudantes universitários freqüentemente se envolvem com ativida<strong>de</strong>s diversificadas, com o objetivo <strong>de</strong> se tornar<br />

um profissional mais qualificado.O presente estudo objetivou verificar possíveis associações entre a realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s extracurriculares(AE)<br />

durante a graduação em Medicina e a opção pelo investimento continuado na formação acadêmica, caracterizado pela realização<br />

<strong>de</strong> pós-graduação senso estrito (PG). Métodos: Aamostra constituiu-se por 165 ex-alunos do curso <strong>de</strong> Medicina da FMRP-USP,<br />

que respon<strong>de</strong>ram um instrumento auto-administrável <strong>de</strong> múltipla escolha a respeito <strong>de</strong> sua trajetória acadêmica e profissional.Os dados<br />

foram analisados por meio do teste Qui-Quadrado, sendo consi<strong>de</strong>rados significativos valores <strong>de</strong> p


TEMA: HUMANIZAÇÃO<br />

Medcine: Cinema na Educação Médica<br />

Archanjo, LR 1<br />

Fraiz, IC 1<br />

Introdução: O cinema é uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entretenimento que, através da imagem, facilita a compreensão das emoções humanas<br />

e po<strong>de</strong> levar a uma atitu<strong>de</strong> reflexiva. Por estas possibilida<strong>de</strong>s é apontado como recurso humanístico para a educação médica. Objetivo:<br />

Relatar e discutir a experiência <strong>de</strong> quatro anos do MEDcine, um projeto <strong>de</strong> extensão do Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Positivo<br />

que busca, através do cinema, sensibilizar os estudantes para a dimensão humana <strong>de</strong> sua futura profissão. Metodologia: Orelatoé<br />

baseado em registros do projeto na instituição e em <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> estudantes que participaram <strong>de</strong> grupos focais sobre o MEDcine.<br />

Resultados: De 2005 a 2008 aconteceram 31 sessões do MEDcine. Os filmes foram selecionados pelo tema, relacionado à área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

ou à condição humana, e pelo gênero cinematográfico, atraente como entretenimento e que, mesmo nas tramas fictícias, não seja muito<br />

distante da realida<strong>de</strong> social. Em cada sessão mensal do MEDcine, <strong>de</strong>pois do filme, um ou mais professores conduzem a discussão do<br />

tema com os presentes. Para os estudantes o projeto torna-se atraente por conseguir “unir o útil ao agradável”, pois o filme é consi<strong>de</strong>rado<br />

como diversão, mas a discussão sobre o tema se caracteriza como contribuição para a formação profissional. Mas, não sendo uma ativida<strong>de</strong><br />

curricular obrigatória, uma série <strong>de</strong> variáveis interferem na freqüência dos estudantes ao MEDcine. Conclusão: Aeducação médica<br />

precisa ser repensada tanto em termos <strong>de</strong> conteúdos curriculares como <strong>de</strong> metodologias que possibilitem <strong>de</strong>senvolver senso crítico<br />

e posturas reflexivas. O cinema tem potencial <strong>de</strong> aproximar os estudantes <strong>de</strong> questões que, a princípio, não são vividas por eles. Além<br />

disso, o impacto emocional produzido por um filme não se esgota no momento da exibição. O MEDcine possibilita que estudantes adotem<br />

uma atitu<strong>de</strong> mais reflexiva em relação ao mundo e à condição humana contribuindo, assim, para sua formação.<br />

As Ciências Sociais na Educação Médica<br />

Archanjo, LR 2<br />

Introdução: De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais os futuros médicos <strong>de</strong>vem ter uma formação humanista, crítica<br />

ereflexiva.Objetivo: Relatar a experiência da disciplina Ciências Sociais e Saú<strong>de</strong> no curso <strong>de</strong> medicina, discutindo sua contribuição<br />

para a educação médica. Metodologia: Relato baseado nos planos <strong>de</strong> ensino da disciplina e na experiência docente durante sete anos.<br />

Resultados: Para abordar o processo saú<strong>de</strong>-doença e as práticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> numa perspectiva sociocultural e política, o conteúdo programático<br />

da disciplina foi dividido em duas partes: a primeira apresenta um enfoque antropológico, enquanto a segunda faz uma abordagem<br />

sociológica e política <strong>de</strong> questões relacionadas à saú<strong>de</strong>. Através da leitura <strong>de</strong> textos e da exibição <strong>de</strong> filmes são trabalhados conceitos<br />

básicos da Antropologia – cultura, etnocentrismo e relativismo – que vão permear as discussões posteriores sobre corpo, gênero, saú<strong>de</strong>,<br />

doença, eficácia simbólica e outras. Após o embasamento teórico, os estudantes fazem entrevistas num bairro da periferia buscando<br />

apreen<strong>de</strong>r crenças e comportamentos daquela população em relação ao processo saú<strong>de</strong>-doença. No segundo semestre a disciplina<br />

contempla as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais no Brasil e seus reflexos na saú<strong>de</strong> da população, bem como o papel do Estado na implantação <strong>de</strong> políticas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Aborda também a mercantilização da saú<strong>de</strong> e as relações entre sistema médico e indústria. Além <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> textos e<br />

discussão <strong>de</strong> filmes que possibilitam introduzir conceitos <strong>de</strong> Sociologia e Política, os estudantes fazem novas entrevistas para então <strong>de</strong>bater<br />

a articulação entre realida<strong>de</strong> social e saú<strong>de</strong>. Conclusão: Percebe-se certa resistência <strong>de</strong> alguns estudantes à disciplina e até dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o porquê das Ciências Sociais num curso <strong>de</strong> medicina. Entretanto, nas propostas <strong>de</strong> humanização dos serviços <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e no processo <strong>de</strong> repensar a educação médica, parece essencial a contribuição das Ciências Sociais para capacitar profissionais<br />

para atuar no processo saú<strong>de</strong>-doença em seus diferentes níveis <strong>de</strong> atenção promovendo a saú<strong>de</strong> integral do ser humano.<br />

1 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

533<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Morte: Fracasso, Acaso ou Destino? Relato <strong>de</strong> Experiência da Oficina no <strong>COBEM</strong> 2008<br />

Santos, ATRA 3<br />

Orge, AB 3<br />

Introdução: Este relato <strong>de</strong> experiência surge inicialmente das ativida<strong>de</strong>s com os estudantes <strong>de</strong> uma instituição fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Formação<br />

Médica. A partir dos <strong>de</strong>poimentos frente à temática Morte, as angústias suscitadas e a falta <strong>de</strong> preparo na aca<strong>de</strong>mia para lidar<br />

com este “fracasso”, fazem emergir um sofrimento, muitas vezes velado, durante o curso. Visto que a Medicina tem por finalida<strong>de</strong> salvar,<br />

curar, possibilitar a vida, o que acontece quando a morte se faz presente? “O distanciamento e a indiferença aparecem enquanto <strong>de</strong>fesa,<br />

frente à frustração/impotência permeando culpa, agressivida<strong>de</strong>, evitação”...recursos estes, utilizados pelo profissional em formação<br />

(sic)”. Direcionados por esta prática, realizou-se no 46°Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Educação Médica a Oficina “Morte: Fracasso, Acaso<br />

ou Destino?” intencionando-se perceber a dimensão <strong>de</strong>sta problemática em outras realida<strong>de</strong>s nacionais. Objetivos: Descrever e Refletir<br />

sobre os achados da Oficina. Métodos: Relato <strong>de</strong> Experiência e Reflexão Discursiva. Resultados: Vinte e cinco estudantes/profissionais<br />

<strong>de</strong> diversas universida<strong>de</strong>s participaram da Dinâmica <strong>de</strong> Aquecimento; Apresentação Teatral; Construção Perceptiva dirigida por<br />

consígnas: Experienciando a morte enquanto... e O que <strong>de</strong>veríamos saber enquanto... doente/família/estudante/preceptor; Socialização<br />

Grupal das Sínteses; Reflexão após Momento Musical. Verificou-se que a Medicina, prepon<strong>de</strong>rantemente técnica, inviabiliza o lidar<br />

com questões humanísticas principalmente com o fracasso, o acaso e até mesmo o <strong>de</strong>stino inevitável que é a Morte. Conclusão: AMorte<br />

constitui-se temática principal ao se trabalhar com a vida. Este inevitável se coloca como barreira intransponível. Lidar com este limite<br />

torna-se um “mal” necessário. Cabe à Formação Médica, trabalhando com a temática Morte, dar algum subsídio para que o profissional<br />

elabore uma maneira menos dolorosa, tanto para ele quanto para o paciente/família. “Construir sua relação com a morte não só na<br />

perspectiva anatômica... e na compreensão do respeito ao momento da morte, não per<strong>de</strong>r o respeito pela vida... sendo permitido sofrer<br />

a morte do nosso paciente” (Participante da Oficina).<br />

Projeto Nova Ida<strong>de</strong>: Experiência <strong>de</strong> Graduandos dos Curso <strong>de</strong> Medicina e Enfermagem em<br />

Promover Autonomia e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida aos Idosos.<br />

Nadai, FR 4<br />

Figueira, LA 4<br />

Introdução: O Projeto NovaIda<strong>de</strong> nasceu da iniciativa autônoma <strong>de</strong> alunos do atual segundo ano <strong>de</strong> medicina e enfermagem da<br />

faculda<strong>de</strong>. Na combinação <strong>de</strong> diferentes pensamentos, começamos a discutir sobre humanização e medicina. O projeto foi criado com o<br />

intuito <strong>de</strong> ir <strong>de</strong> encontro à realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do povo <strong>de</strong>ste país e suas adversida<strong>de</strong>s; levando saú<strong>de</strong> e prevenção por on<strong>de</strong> passássemos.<br />

Escrever projetos era difícil e os professores não valorizariam o subjetivismo indiscriminado do grupo em realizar medicina com poucos<br />

recursos, apren<strong>de</strong>ndo, com pessoas simples, a sermos cuidadores. Mesmo assim, acreditamos no que po<strong>de</strong>ríamos realizar! Objetivos:<br />

Desenvolver ativida<strong>de</strong>s contínuas, voltadas às questões sociais e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população idosa, buscando promover a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida, transformando realida<strong>de</strong>s, além <strong>de</strong> criar um núcleo <strong>de</strong> estudos e <strong>de</strong>senvolvimento humano entre alunos e professores da faculda<strong>de</strong>.<br />

Materiais e Métodos: Localização da área física para o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s; levantamento dos problemas que mais afetam<br />

os idosos; busca <strong>de</strong> pesquisas sobre envelhecimento. Os cinqüenta integrantes dividiram-se em 10 subgrupos com temas que visam<br />

diminuir as <strong>de</strong>pendências físicas, estruturadas, comportamentais, químicas e psíquicas dos idosos. Resultados: Resultou em reuniões<br />

semanais com ativida<strong>de</strong>s informativas, lúdicas e aplicáveis à rotina <strong>de</strong> idosos carentes <strong>de</strong> recursos sociais, humanos, financeiros; <strong>de</strong><br />

atenção e prevenção da saú<strong>de</strong>. Isto nos permitiu <strong>de</strong>senvolver críticas à formação médica, restrita às salas <strong>de</strong> aula, levando-nos a humanizar<br />

nosso olhar sobre a vida, por meio do contato pessoal e do intercâmbio <strong>de</strong> conhecimentos gerados com os idosos. Conclusão: Viver<br />

mais não é submeter-se a incapacida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>pendências. Este projeto não é um retrato da velhice no Brasil, mas um estudo das<br />

condutas sociais, políticas e profissionais, multidisciplinares, a tratar o idoso como ser humano capaz <strong>de</strong> viver com autonomia e<br />

felicida<strong>de</strong>, redirecionando rumos, alocando recursos, planejando ativida<strong>de</strong>s e amando o ser humano na sua integralida<strong>de</strong>.<br />

3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

4 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Jundiaí, Jundiaí, SP, Brasil.<br />

534<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Educação Popular em Saú<strong>de</strong><br />

Souza, IPMA 5<br />

Jacobina, RR 6<br />

Introdução: em conformida<strong>de</strong> com o princípio da integralida<strong>de</strong>, a abordagem do profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não <strong>de</strong>ve se restringir à<br />

assistência curativa; e sim buscar dimensionar fatores <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong> e, por conseguinte, a execução <strong>de</strong> ações preventivas e <strong>de</strong> promoção,<br />

a exemplo da educação em saú<strong>de</strong>. Seguindo este princípio, as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> estão incluídas entre as responsabilida<strong>de</strong>s<br />

dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivos: <strong>de</strong>screver a proposta <strong>de</strong> Educação Popular em Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stacando a importância do mo<strong>de</strong>lo<br />

dialógico. Métodos: trata-se <strong>de</strong> uma revisão narrativa, cujas informações foram obtidas por meio da leitura <strong>de</strong> livros-texto <strong>de</strong> educação<br />

e <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> e artigos na base <strong>de</strong> dados Scielo. Resultados: analisa-se a importância da educação popular em saú<strong>de</strong><br />

para a garantia do princípio da integralida<strong>de</strong>. A partir da análise das práticas <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> e dos discursos a elas subjacentes,<br />

são reconstituídas as racionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>terminantes <strong>de</strong> tais práticas. O mo<strong>de</strong>lo hegemônico <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> orientação vertical,<br />

em sua essência divergente do princípio da integralida<strong>de</strong>, é caracterizado e discutido em comparação ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> educação popular<br />

em saú<strong>de</strong>. A promoção da saú<strong>de</strong> é viabilizada por meio da educação popular em saú<strong>de</strong> enquanto processo político <strong>de</strong> formação<br />

para a cidadania ativa, preparando-se os indivíduos para assumirem o controle e a responsabilida<strong>de</strong> sobre sua própria saú<strong>de</strong> e para a<br />

conquista <strong>de</strong> sua liberda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> seus direitos. Conclusões: a reorientação do mo<strong>de</strong>lo assistencial <strong>de</strong>ve refletir <strong>de</strong> fato os princípios do<br />

SUS e garantir a promoção da saú<strong>de</strong>. São muitas as dificulda<strong>de</strong>s encontradas na reorganização <strong>de</strong> novas práticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, em especial<br />

àquelas relacionadas à formação médica. É comum a cultura <strong>de</strong> que não é preciso “apren<strong>de</strong>r” a fazer educação em saú<strong>de</strong>. Há um<br />

<strong>de</strong>scompasso entre a prática e as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina.<br />

Empatia na Relação Médico-Paciente e Formação <strong>de</strong> Novos Médicos em uma Universida<strong>de</strong><br />

Pública: um Olhar Qualitativo<br />

Costa, FD 7<br />

Azevedo, RCS 7<br />

Introdução: A Relação Médico-Paciente (RMP) vai além do encontro situacional entre esses dois intérpretes, algo maior do que<br />

fazer perguntas, exames físicos, receitar medicamentos e prescrever condutas. Empatia , no contexto médico, remete a sensibilização do<br />

médico pelas mudanças sentidas e refletidas, momento a momento, pelo paciente. Consi<strong>de</strong>rando que a Empatia po<strong>de</strong> enriquecer a prática<br />

médica, por que não se cogitar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ensinar a ser empático, ou se discutir o quão importante a empatia é sob a ótica<br />

<strong>de</strong> docentes do curso <strong>de</strong> medicina. Para isso, este projeto visa abordar a empatia e a sua importância na RMP para a formação <strong>de</strong> novos<br />

médicos em uma Universida<strong>de</strong> pública e discutir sua transmissibilida<strong>de</strong>. Objetivos: Contextualizar a presença da empatia na prática<br />

médica e docente. Compreen<strong>de</strong>r esta habilida<strong>de</strong> como um dos constituintes da Relação Médico-Paciente (RMP). Discutir a possível<br />

transmissibilida<strong>de</strong> da empatia e enumerar consi<strong>de</strong>rações pessoais dos entrevistados acerca do mesmo processo. Métodos: Pesquisa<br />

Qualitativa e Transversal baseada na coleta <strong>de</strong> dados via entrevistas semi-estruturadas realizada com médicos docentes da FCM -<br />

UNICAMP. Os passos metodológicos foram: levantamento <strong>de</strong> literatura sobre Transmissibilida<strong>de</strong> da Empatia na RMP; <strong>de</strong>finição dos<br />

entrevistados; distribuição por subgrupos <strong>de</strong> áreas; construção da entrevista; contato, marcação e realização das entrevistas; reagrupamento<br />

das questões da entrevista a partir <strong>de</strong> sessões “nascidas naturalmente” e categorização. Resultados: Consolidação <strong>de</strong> 4 categorias:Trajetóriapessoal,RMP,EmpatiaeObservações.Conclusões:<br />

Aempatia é observada na prática médica, em diversos cenários. Atrajetória<br />

pessoal influencia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a escolha do “ser médico” à <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> seguir a docência. ARMP surge na valorização do contexto e dos<br />

sentimentos presentes nessa situação. A empatia é remetida como um valor importante, mas encontra dificulda<strong>de</strong>s para ocorrer. Não<br />

foi possível avaliar a sua transmissibilida<strong>de</strong>, contudo acredita-se na sua aprendizagem pelo “exemplo” e pela “observação”.<br />

5 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

535<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Projeto Começando Cedo a Relação Médico-Paciente<br />

Schwam, JG 8<br />

Loures, TP 8<br />

Corso, LM 8<br />

Introdução: o Projeto, criado em 2007, por acadêmicos do segundo ano <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso, preten<strong>de</strong><br />

antecipar o contato direto dos novos ingressantes do curso com os pacientes e com a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do Hospital Universitário, através<br />

da Arte. Mais que levar amor e alegria aos pacientes e a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, visa-se lançar as bases da relação médico-paciente, alicerce da prática<br />

médica. Objetivo: conscientizar os alunos ingressantes da importância da humanização da relação médico-paciente, estimulando o contato<br />

precoce com o paciente e também, tornando a estadia <strong>de</strong>ste menos estressante. Métodos: alunos com um ano ou mais <strong>de</strong> experiência acadêmica<br />

introduzem os discentes do primeiro ano no projeto. Estes passam, inicialmente, por palestras <strong>de</strong> biossegurança, humanização, experiências<br />

já vivenciadas; dinâmicas <strong>de</strong> teatralização e música. Formaram-seoitogrupos<strong>de</strong>novecomponentescada,fazendoumavisitasemanal<br />

às enfermarias, com duração <strong>de</strong> cinco horas. Resultados: há sensibilização do acadêmico, tornando-o capaz <strong>de</strong> enxergar o enfermo como<br />

um todo e não somente sua patologia. Além do discente sentir-se importante modificador da condição humana, transforma a estadia do enfermo<br />

numa situação mais alegre e menos estressante. Percebe-se a interação com a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>scontraindo-a. Os alunos têm menos<br />

dificulda<strong>de</strong> em relacionar-se com os pacientes, tendo maior facilida<strong>de</strong> em colher histórias clínicas. Infelizmente, os discentes não dispõem <strong>de</strong><br />

uma ampla carga horária livre, restringindo uma maior atuação. Conclusões: levando amor e alegria através da música, teatro e bom humor<br />

a um ambiente geralmente marcado pela tristeza e angústia, os discentes são capazes <strong>de</strong> transformar a permanência <strong>de</strong> pacientes e acompanhantes,<br />

assim como <strong>de</strong>scontrair a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O aluno se transforma, construindo uma mentalida<strong>de</strong> humanizada, que o levará a uma<br />

boa relação médico-paciente, sendo esta a base da prática médica.<br />

A Transversalida<strong>de</strong> da Ação Solidária na Medicina da PUCRS<br />

Lopes, MHI 9<br />

Salerno, MR 9<br />

Costa, BEP 9<br />

Sapiro, A 9<br />

Razera, JC 9<br />

Costa, SB 9<br />

Introdução: A Medicina é uma profissão que tem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exercer a solidarieda<strong>de</strong> no seu dia-a-dia. Esse processo inicia<br />

no ingresso da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da PUCRS, com o trote Solidário e segue com diversos projetos, conduzidos por médicos, que<br />

vêm conseguindo enfrentar os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população. Objetivos: Apresentar o Trote Solidário praticado na<br />

FAMED/PUCRS; Descrever as ações solidárias <strong>de</strong>senvolvidas no Programa <strong>de</strong> Mentoring. Material e Método: No ano <strong>de</strong> 2008 foi praticado<br />

um pioneiro Trote Solidário na FAMED/PUCRS que foi expandido para as <strong>de</strong>mais FAMEDs no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Em <strong>2009</strong>, essa<br />

maneira humanizada <strong>de</strong> recepção dos novos calouros consistiu <strong>de</strong> arrecadação <strong>de</strong> alimentos e roupas, palestras sobre doação <strong>de</strong> órgãos/<br />

medula óssea/ sangue, plantio <strong>de</strong> mudas <strong>de</strong> árvores entre outras ativida<strong>de</strong>s. Resultados: Foram arrecadados 23 toneladas <strong>de</strong> alimentos<br />

e produtos <strong>de</strong> higiene e distribuídos em 4 entida<strong>de</strong>s carentes. Realizou-se o plantio <strong>de</strong> 15 árvores. As palestras realizadas tiveram<br />

participação maciça dos acadêmicos. O projeto Ônibus <strong>de</strong> oftalmologia faz consultas gratuitas com a participação <strong>de</strong> três professores<br />

e alunos. Os alunos participam <strong>de</strong> festas comunitárias: páscoa, dia das mães e outras on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senvolver uma postura a<strong>de</strong>quada<br />

ao profissional da saú<strong>de</strong>. Participação da feira <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong>, evento que ocorre durante a semana da solidarieda<strong>de</strong> da<br />

PUCRS. Alunos voluntários acompanham e auxiliam no atendimento <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> pessoas nas áreas <strong>de</strong> cardiologia, <strong>de</strong>rmatologia,<br />

oftalmologia, exame <strong>de</strong> mama, abandono do tabagismo, hipertensos, diabete, etc. Campanhas <strong>de</strong> ajuda humanitária são <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adas<br />

conforme as necessida<strong>de</strong>s (ex.:tragédia <strong>de</strong> Santa Catarina, Pelotas, etc.) envolvendo docentes e alunos. Conclusões: aformaçãodo<br />

espírito solidário tem sido <strong>de</strong>senvolvida não somente no ingresso do curso, mas tendo o caráter formativo à semelhança dos <strong>de</strong>mais<br />

conhecimentos que o médico <strong>de</strong>ve construir.<br />

8 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil.<br />

9 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Projeto <strong>de</strong> Extensão Boa Noite, Bom Dia HUAP – Uma Experiência <strong>de</strong> Humanização<br />

Através da Arte<br />

Claro, LBL 10<br />

Bragança, FCR 10<br />

Montezano, VRS 10<br />

Lanzieri, PG 10<br />

Oliveira, APF 10<br />

Silva, CNG 10<br />

Introdução: O trabalho em saú<strong>de</strong> pressupõe aspectos técnicos e relacionais, a “cura” e o “cuidado”. Embora os primeiros sejam<br />

geralmente priorizados, a busca pela humanização e integralida<strong>de</strong> está presente nas políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> formação profissional. Nessa<br />

busca, muitos currículos têm incorporado as ciências sociais e humanas, assim como as artes. As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão universitária<br />

favorecem o <strong>de</strong>senvolvimento da dimensão relacional nessa formação e permitem a integração entre estudantes <strong>de</strong> diferentes cursos,<br />

favorecendooaprendizadodotrabalhoemequipe.Objetivos: Este trabalho se propõe a relatar a experiência do Projeto <strong>de</strong> Extensão<br />

Boa Noite, Bom Dia HUAP, que tem como objetivos contribuir para a recuperação e melhoria da qualida<strong>de</strong> da hospitalização <strong>de</strong> pacientes<br />

do Hospital Universitário Antonio Pedro, para a humanização da formação dos estudantes <strong>de</strong> diferentes cursos da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<br />

para estimular o potencial criativo, tanto do estudante, quanto do paciente, através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s artísticas, lúdicas e do contato estudante-paciente.<br />

Métodos: Cerca <strong>de</strong> 50 participantes (estudantes, professores, profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>), divididos em grupos, realizam visitas,<br />

três vezes por semana, a enfermarias do HUAP (adultos e crianças), no horário <strong>de</strong> 18 às 20 hs, alternando a cada mês o local das visitas.<br />

O contato estudante-paciente é estimulado através <strong>de</strong> conversas, músicas e outras ativida<strong>de</strong>s. Utilizam-se a<strong>de</strong>reços, instrumentos<br />

musicais, material para artes plásticas, origamis e jogos. Resultados: Após um ano e meio <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, a avaliação dos relatos das visitas<br />

mostra o alcance dos objetivos quanto à humanização e integração na formação dos estudantes (envolvimento com os pacientes,<br />

melhora da comunicação, etc) A melhora do humor e da sensação subjetiva <strong>de</strong> bem-estar têm sido observadas entre os pacientes<br />

beneficiados. Conclusões: Projetos <strong>de</strong> extensão que favoreçam o contato mais próximo estudantes-pacientes e facilitem sua<br />

comunicação através <strong>de</strong> recursos artísticos e lúdicos contribuem para a humanização na sua formação.<br />

O Impacto da Metodologia <strong>de</strong> Problematização Para a Aquisição do Preceito Humanizador<br />

na Medicina: Uma Experiência Ética, Social e Educacional<br />

Andra<strong>de</strong>, SC 11<br />

Deus, JA 11<br />

Introdução: o atual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> assistência à saú<strong>de</strong> valoriza a inserção do profissional na comunida<strong>de</strong>, propondo ações vinculadas<br />

ao contexto biopsicossocial <strong>de</strong> uma população. AEscola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> – ESCS – segue essa premissa no eixo educacional<br />

Interação Ensino-Serviços-Comunida<strong>de</strong> (IESC), tendo como instrumento a metodologia <strong>de</strong> problematização. Ao partir <strong>de</strong> uma<br />

realida<strong>de</strong> e retornar a ela propondo melhorias, possibilita-se a formação <strong>de</strong> potenciais agentes <strong>de</strong> transformação social. Objetivos: relatar<br />

a experiência da ESCS na aplicação da metodologia <strong>de</strong> problematização nos cenários <strong>de</strong> ensino. Relacionar a prática <strong>de</strong> metodologias<br />

ativas à sedimentação da humanização em saú<strong>de</strong> na prática médica. Métodos: cada grupo <strong>de</strong> estudantes inserido em um cenário <strong>de</strong><br />

ensino-aprendizagem <strong>de</strong>ve construir um arco <strong>de</strong> Maguerez baseando-se na metodologia <strong>de</strong> problematização. Aobservação da realida<strong>de</strong><br />

ocorre em locais escolhidos por conveniência. A análise dos dados obtidos sugere pontos-chave, para os quais <strong>de</strong>vem ser sugeridas<br />

hipóteses <strong>de</strong> solução, tendo como base a teorização. Retornamos à realida<strong>de</strong> com propostas <strong>de</strong> resolução das <strong>de</strong>mandas observadas inicialmente.<br />

Resultados: a observação <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> e procura <strong>de</strong> subsídios teóricos que se aplicam a ela <strong>de</strong> forma resolutiva edifica<br />

uma consciência crítica e politizada no futuro médico. O estudante apren<strong>de</strong> a agregar seus conhecimentos aos instrumentos que o cenário<br />

<strong>de</strong> ensino lhe oferece, criando <strong>de</strong>volutivas factíveis para a mudança da realida<strong>de</strong> do grupo-alvo <strong>de</strong> seu trabalho. Conclusões: humanizar<br />

os sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é oferecer ao usuário o exercício <strong>de</strong> sua autonomia e a garantia <strong>de</strong> sua dignida<strong>de</strong>. Para isso, <strong>de</strong>vem ser<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

11 Escola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


formados profissionais com capacitação para uma abordagem biopsicossocial, em que o saber técnico se alie à conduta ética. O<br />

currículo inovador da ESCS propõe uma educação orientada aos problemas mais relevantes da população e estimula a prática da<br />

promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, possibilitando a ratificação do preceito humanizador frente à socieda<strong>de</strong>.<br />

Educação em Saú<strong>de</strong> e Suas Versões na História <strong>Brasileira</strong><br />

Souza, IPMA 12<br />

Jacobina, RR 13<br />

Introdução: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos remotos, o processo saú<strong>de</strong>-doença encontra inúmeras explicações, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> fatalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stino, castigo<br />

etc. Para cada explicação, uma forma <strong>de</strong> prevenir é passada a cada geração pelos pais ou por pessoas da comunida<strong>de</strong> tidas como<br />

com maior conhecimento, como curan<strong>de</strong>iros. O objetivo da educação em saú<strong>de</strong> é <strong>de</strong>senvolver nas pessoas o senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

pela sua própria saú<strong>de</strong> e pela saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong> a qual pertencem, porém, por muito tempo a educação em saú<strong>de</strong> era vista como a<br />

transmissão <strong>de</strong> conhecimentos <strong>de</strong> alguém <strong>de</strong>tentor do saber científico para alguém sem conhecimento. Objetivos: analisar historicamente<br />

as práticas <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> no Brasil em seu período Republicano. Métodos: trata-se <strong>de</strong> uma revisão narrativa, cujas informações<br />

foram obtidas por meio da leitura <strong>de</strong> artigos na base <strong>de</strong> dados Scielo. Resultados: No início do século XX, a educação higiênica<br />

era moralizadora e domesticadora, imposta pela coerção. Seu objetivo era fazer com que as pessoas aceitassem as intervenções do Estado,<br />

se sujeitassem às imperiosas leis da Higiene. Ainda assim, muitas pessoas se rebelaram, como ocorreu com a famosa Revolta da Vacina.<br />

Por volta <strong>de</strong> 1916, a educação sanitária representou a redução do “po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> polícia” na saú<strong>de</strong>. As ações educativas ficavam restritas<br />

à transmissão <strong>de</strong> conhecimentos, principalmente através <strong>de</strong> panfletos, sem consi<strong>de</strong>rar que 60% da população era analfabeta. Em<br />

1970, a educação em saú<strong>de</strong>, por sua vez, baseia-se na concepção <strong>de</strong> que o indivíduo apren<strong>de</strong> a cuidar <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong>, que é resultante <strong>de</strong><br />

múltiplos fatores intervenientes no processo saú<strong>de</strong>-doença, a partir do referencial coletivo <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong>. Conclusões:<br />

as ativida<strong>de</strong>s educativas ainda tem caráter higienista, imperativo e <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> conhecimentos, em um retorno histórico às<br />

raízes da educação em saú<strong>de</strong> e raramente com objetivos <strong>de</strong> autonomia e cidadania.<br />

Expectativas em Relação a Atuação Médica Frente a Morte Por Parte <strong>de</strong> Idosos Saudáveis<br />

e Idosos Com Doença Terminal<br />

Guardia, BM14 Nogueira-Martins, LA14 Abud, CC14 Introdução: O pouco contato com a temática da morte durante a graduação dificulta o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s para a<br />

assistência a pacientes idosos, tanto saudáveis como terminais. É importante conhecer as expectativas dos idosos com relação a morte e<br />

a atuação médica nesse processo, para que o profissional possa construir relações empáticas com os pacientes. Objetivo: Conhecer as<br />

expectativas <strong>de</strong> pacientes idosos saudáveis e pacientes idosos com doença terminal com relação a atuação médica, no que se refere a<br />

morte e ao processo <strong>de</strong> morrer. Métodos: Pesquisa qualitativa com dois grupos <strong>de</strong> idosos (um sem expectativa iminente <strong>de</strong> morte e outro<br />

com diagnóstico <strong>de</strong> doença terminal), por meio <strong>de</strong> entrevistas semi-estruturadas. Os roteiros (um para cada grupo) abordaram três<br />

tópicos centrais: história <strong>de</strong> vida, relação com a morte e relação com os médicos. Resultados: Os idosos dos dois grupos revelaram facilida<strong>de</strong><br />

para conversar sobre a morte, consi<strong>de</strong>rando-a, em geral, como uma passagem para outra vida; manifestaram preocupação maior<br />

com os problemas relacionados com o processo <strong>de</strong> morte do que com a morte em si (ex: sentir dor, ficar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, ser um peso para a<br />

família, morrer em UTI). Com relação aos médicos, expressaram expectativas <strong>de</strong> que: esclareçam suas dúvidas; aliviem suas dores; sejam<br />

atenciosos e sinceros; sejam habilidosos ao comunicar más notícias; consigam se colocar ao lado do paciente terminal e enten<strong>de</strong>r o<br />

que se passa com eles. Conclusões: A partir da tranqüilida<strong>de</strong> com que os idosos conversaram sobre o assunto, conclui-se que os médicos<br />

po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem conversar mais sobre a morte com seus pacientes idosos; essa postura po<strong>de</strong> auxiliar os profissionais a conceberem<br />

essa fase do ciclo vital como um processo mais natural e aceitável e a lidarem com as expectativas que são atribuídas a eles. Essa atitu<strong>de</strong><br />

contribui para a construção <strong>de</strong> uma medicina mais humanizada.<br />

12 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

13 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

14 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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Apren<strong>de</strong>ndo Aspectos Humanistas e Bioéticos da Relação Médico-Paciente Pela<br />

Observação do Papel da Criança na Consulta Pediátrica<br />

Silva,GCN 15<br />

Ferreira,GAT 15<br />

Lima,GO 15<br />

Souza,GG 15<br />

Gomes,GM 15<br />

Rabelo, HKM 15<br />

Introdução: Relatos positivos sobre a participação das crianças como informantes na consulta pediátrica têm sido apresentados<br />

na literatura,embora persista a tendência a concentrar o inquérito na figura do acompanhante. Objetivo: Visando antecipar reflexões<br />

sobre aspectos bioéticos da relação médico-paciente realiza-se,na disciplina <strong>de</strong> Ciências Sociais Aplicadas à Saú<strong>de</strong>,acompanhamento<br />

<strong>de</strong> consultas pediátricas pelos estudantes recém-chegados ao curso <strong>de</strong> medicina,afim <strong>de</strong> analisar criticamente a performance dos colegas<br />

do ciclo profissional no ambulatório <strong>de</strong> ensino.Tomam-se por referencial teórico,princípios da bioética,diretrizes curriculares e direitos<br />

da criança e do adolescente. Métodos: Foram acompanhadas 13 consultas,seguindo roteiro sobre as atitu<strong>de</strong>s da criança com os <strong>de</strong>mais<br />

atores sociais:acompanhante,estudante condutor da consulta e estudante-observador.Consi<strong>de</strong>rou-se para análise <strong>de</strong> participação<br />

na consulta aquelas crianças em ida<strong>de</strong> escolar.As observações foram anotadas e discutidas em sala <strong>de</strong> aula. Resultados: Resultados<br />

mostraram que as crianças não estavam à vonta<strong>de</strong>,atitu<strong>de</strong> indicada pela timi<strong>de</strong>z e <strong>de</strong>sconforto dos pequenos pacientes:quietos e calados<br />

ou,ao inverso,inquietos e agitados.Ainclusão da criança na conversa <strong>de</strong>pendia do convite feito pelo estudante “médico”,vista apenas<br />

no caso <strong>de</strong> uma menina <strong>de</strong> 11 anos.Em geral,quando a criança ensaiava participar,o acompanhante,na maioria das vezes,inibia e interrompia<br />

a conversa,incentivado pelo “médico”.No exame físico houve respeito ao direito à privacida<strong>de</strong> dos adolescentes,mas o interesse<br />

no exame físico levou à repetição <strong>de</strong> procedimentos tais como auscultas,feitas inclusive pelos calouros. Conclusão: Conclui-se que<br />

esta experiência,logo no início do curso,<strong>de</strong>ntro da perspectiva crítica e humanista,é oportuna para a percepção das relações<br />

estabelecidas e dos acertos ou <strong>de</strong>svios éticos,que,provavelmente,não seriam apreendidos pelo estudante quando estiver<br />

ali,representando o papel <strong>de</strong> médico.<br />

Seriados Médicos Como Instrumento Afetivo-Efetivo <strong>de</strong> Humanização na Relação<br />

Médico-Paciente<br />

Mourão, FC16 Torres, JNL16 Aires, PA16 Cruz Neto, MF16 Damasceno, CAR16 Leite, ÁJM16 Introdução: Com o equilíbrio entre aprendizado técnico e humano há a formação <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iros médicos. O uso das humanida<strong>de</strong>s<br />

médicas constitui um importante recurso para a construção <strong>de</strong>sse equilíbrio. Infelizmente, o uso das humanida<strong>de</strong>s na educação<br />

<strong>de</strong> médicos, ainda hoje, não é bem incorporado na formação médica. Para recuperar esta perspectiva humanística da Medicina no ensino,<br />

o PROVIMP <strong>de</strong>u continuida<strong>de</strong>, com uma nova roupagem, a uma <strong>de</strong> suas principais ativida<strong>de</strong>s intitulada Sessão Pipoca, usando seriados<br />

médicos como instrumento <strong>de</strong> humanização. Objetivos: Aativida<strong>de</strong> objetiva promover o exercício da reflexão nos futuros médicos<br />

através da uma educação <strong>de</strong> suas emoções, estimulando o <strong>de</strong>senvolvimento pessoal <strong>de</strong> cada um frente às diferentes situações vividas<br />

pelos pacientes. Métodos: Sua metodologia consiste na exposição <strong>de</strong> um episódio dos seriados médicos Nip Tuck ou House, previamente<br />

selecionados, exemplificando a prática médica. Ao final da exposição, inicia-se um <strong>de</strong>bate entre os estudantes. Foi dado um enfoque<br />

na reprodução <strong>de</strong> episódios <strong>de</strong>sses seriados <strong>de</strong>vido a gran<strong>de</strong> audiência diante dos acadêmicos e por relatar fielmente o cotidiano<br />

15 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

16 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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médico. Resultados: Uma média <strong>de</strong> 20 alunos estiveram presentes em cada sessão. Em questionário qualitativo aplicado ao final <strong>de</strong><br />

cada discussão, os alunos opinaram <strong>de</strong>sta forma: “esses episódios refletem o dia-a-dia do médico”, “com episódios otimiza-se o tempo<br />

e aumenta a duração da discussão” “uma forma inovadora para discutir sobre relação médico-paciente”. Perguntados sobre o que<br />

apren<strong>de</strong>ram com o episódio, respon<strong>de</strong>ram: “a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o médico ter sensibilida<strong>de</strong> e cuidar do paciente”, “doar-se como médico é<br />

fundamental no tratamento dos pacientes”. Conclusões: As respostas <strong>de</strong>monstram a eficácia do uso <strong>de</strong> episódios para a sensibilização<br />

dos estudantes <strong>de</strong> medicina. Agora trabalhando com seriados, esta ativida<strong>de</strong> vem <strong>de</strong>monstrando excelente eficácia no aprendizado e<br />

contribuindo para a formação <strong>de</strong> profissionais mais humanos e éticos.<br />

Hanseníase: Um Mal Que Afeta o Corpo e a Alma<br />

Barros, KGO 17<br />

Fontana, PN 17<br />

Souza, RPA 17<br />

Santos, MC 17<br />

Azevedo, SRS 17<br />

Rego, SB 17<br />

Introdução: Ahanseníase, ou “mal <strong>de</strong> Hansen”, possui uma história marcada por exclusões e medidas <strong>de</strong> controle ineficientes, o<br />

que a tornou um dos gran<strong>de</strong>s problemas em saú<strong>de</strong> pública. Apesar <strong>de</strong> toda evolução clínica, diagnóstica e terapêutica ocorrida; o estigma<br />

social, com o qual os hansenianos mais sofrem, prevalece forte e atuante. Os próprios profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> possuem conceitos<br />

equivocados acerca da doença, e não apenas a população leiga. Assim, evi<strong>de</strong>ncia-se a importância em se <strong>de</strong>bater o assunto, enfocando o<br />

preconceito e a falta <strong>de</strong> informação sobre uma problemática pouco abordada nos cursos <strong>de</strong> graduação da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, o que é uma das<br />

razões para a formação insatisfatória <strong>de</strong> profissionais esclarecidos e capacitados. Objetivos: Discutir a hanseníase sob a óptica da vulnerabilida<strong>de</strong><br />

das pessoas atingidas pelo agravo, pontuando experiências adquiridas por acadêmicos do curso médico Métodos: Realização<br />

<strong>de</strong> visitas ao Hospital Geral da Mirueira e à se<strong>de</strong> recifense do Movimento <strong>de</strong> Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase<br />

(MORHAN), orientadas por um roteiro <strong>de</strong> entrevista semi-estruturado, que facilitou o diálogo inicial com os preceptores <strong>de</strong>ssas instituições.<br />

Para um maior embasamento das vivências, também foram realizados em sala <strong>de</strong> aula seminários e <strong>de</strong>bates acerca do tema com o<br />

apoio <strong>de</strong> textos previamente disponibilizados pelos docentes. Resultados: As discussões e vivências possibilitaram a ampliação dos<br />

horizontes do grupo e uma nova forma <strong>de</strong> lidar com a hanseníase, na condição <strong>de</strong> responsáveis pela disseminação <strong>de</strong> informações e<br />

pela luta a favor do ser humano. Conclusões: A hanseníase inclui seus portadores em um grupo vulnerável, mais pela história <strong>de</strong><br />

preconceito envolvida do que pela virulência do bacilo causador. Diante <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong>, o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser<br />

a<strong>de</strong>quadamente capacitado para enfrentar a atual situação epi<strong>de</strong>miológica brasileira, não negligenciando sinais e sintomas e<br />

promovendooalívioecuraesperados.<br />

Ensinando a Minha Arte<br />

Gue<strong>de</strong>s, FS 18<br />

Introdução: O ensino e a prática da atenção à saú<strong>de</strong> vêm sendo analisados e <strong>de</strong>batidos, há um consenso quanto à insatisfação e à<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reformulações. Este projeto teve início em 2008, é um estágio prático <strong>de</strong> 3 semanas, realizado pelos alunos do 5° ano <strong>de</strong><br />

medicina no PSF em São Caetano (SP). Objetivos: O objetivo é ensinar na prática o mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial e a medicina integral. Procurou-se<br />

retirar o enfoque exclusivamente orgânico que em geral é dado ao processo saú<strong>de</strong>-doença, mostrando que adoecer é um processo<br />

<strong>de</strong> múltiplas causalida<strong>de</strong>s e muitas dimensões. Métodos: Mudamos o foco <strong>de</strong> atenção da doença para o ser humano que existe além<br />

<strong>de</strong>sta; do assistencialismo e da medicalização para o diálogo e o incentivo <strong>de</strong> uma postura pró-ativa dos pacientes. Ao focar na pessoa, o<br />

estágio evi<strong>de</strong>ncia que o modo <strong>de</strong> ser e <strong>de</strong> adoecer são construções da história <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> cada indivíduo, on<strong>de</strong> o psíquico e o fisiológico<br />

estão intrinsecamente relacionados. Os alunos entram em contato com outras ferramentas, como: homeopatia e acupuntura. Apren-<br />

17 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

18 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.<br />

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<strong>de</strong>m a utilizar a tipologia, que na história da medicina sempre foi uma forma <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r as características humanas. Resultados:<br />

Essas ativida<strong>de</strong>s têm, portanto, o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver nos alunos a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> praticar a “arte médica”, com sentido <strong>de</strong> artesanal,<br />

feita sob medida. Apren<strong>de</strong>m que a técnica (a biomedicina) não <strong>de</strong>ve ser abandonada, <strong>de</strong>ve ser aplicada com arte. Conclusões: Omo<strong>de</strong>lo<br />

biopsicossocial proporciona a visão integral do ser e do adoecer, pois compreen<strong>de</strong> as dimensões física, psíquica, cultural, social e espiritual.<br />

Deixa claro que apenas aprendizado das habilida<strong>de</strong>s técnico-instrumentais é insuficiente para o exercício da medicina, é<br />

necessário o <strong>de</strong>senvolvimento das capacida<strong>de</strong>s relacionais que permitem o estabelecimento <strong>de</strong> um vínculo a<strong>de</strong>quado e uma<br />

comunicação efetiva. Estudar doenças é importantíssimo, mas estudar o ser humano é fundamental.<br />

Práticas Possíveis <strong>de</strong> Humanização do Ensino Em Saú<strong>de</strong><br />

Ferreira, FP 19<br />

Ferronato, FA 19<br />

Garcia, MAA 19<br />

Introdução: No direcionamento e orientação do ensino pelos princípios do SUS (Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) e Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais (DCNs), <strong>de</strong>staca-se a humanização, no sentido <strong>de</strong> gerar uma formação acadêmica fundamentada na integralida<strong>de</strong> do<br />

cuidado. Objetivos: Analisar as expectativas dos discentes <strong>de</strong> Medicina em relação ao curso e as percepções referentes à humanização a<br />

partir da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> vivências. Métodos: Aplicação <strong>de</strong> instrumentos com questões abertas e estruturadas a 80 alunos do ciclo pré-clínico<br />

do curso, seguida <strong>de</strong> análise quanti-qualitativa. Resultados: Em relação às estratégias pedagógicas <strong>de</strong> humanização, evi<strong>de</strong>nciou-se<br />

a diversificação <strong>de</strong> cenários, correspon<strong>de</strong>ntes, principalmente, às áreas da Pediatria, Clínica Médica e Saú<strong>de</strong> Coletiva, que possibilitaram<br />

relações professor-aluno-pacientes-equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Quanto ao conteúdo das citações <strong>de</strong>staca-se o sofrimento, referente a situações<br />

limítrofes como mortes, dor, doenças, condições sociais (pobrezas, fome, carências) e a satisfação por ter visualizado ou participado<br />

<strong>de</strong> mudanças das mesmas. E, como resultados das experiências foram citados: o envolvimento, o acolhimento, a responsabilização,<br />

a possibilida<strong>de</strong> do acompanhamento, a resolução e, até, a carida<strong>de</strong>, por falta <strong>de</strong> visualização <strong>de</strong> respostas. Conclusões: Areflexão<br />

acerca <strong>de</strong> ações sobre o cotidiano permite dar à formação o sentido da integralida<strong>de</strong>. Depen<strong>de</strong>ndo da bagagem do aluno e <strong>de</strong>ssas<br />

experiências, surgem onipotências, impotências e construções <strong>de</strong> possíveis potências para a humanização.<br />

A Importância do Pisco Para a Humanização do Profissional da Área da Saú<strong>de</strong><br />

Aleixo, PN 20<br />

Marques, TG 20<br />

Nogueira, TAG 20<br />

Zollinger, N 20<br />

Teixeira, MR 20<br />

Domiciano, RAIM 20<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (UNICID) possui o Programa <strong>de</strong> Integração da Saú<strong>de</strong><br />

em Comunida<strong>de</strong> (PISCO), on<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong> convênios com Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USF), permitindo contato dos alunos com<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção primária <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ingresso na faculda<strong>de</strong>. O objetivo principal é conhecer uma USF, observar como se <strong>de</strong>senvolve a<br />

rotina <strong>de</strong> uma Equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (ESF) e como se estrutura o atendimento às necessida<strong>de</strong>s da sua área <strong>de</strong> abrangência. Os alunos<br />

também realizam ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prevenção e promoção da saú<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong> em que têm contato. Objetivos: Demonstrar a importância<br />

do PISCO como instrumento <strong>de</strong> ensino para inserção do aluno no atendimento primário e na formação <strong>de</strong> médicos mais humanizados.<br />

Métodos: Relato <strong>de</strong> experiência <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> medicina da UNICID. Resultados: Amatéria permite a integração dos alunos<br />

nos diversos setores <strong>de</strong> uma UBS, que incluem: farmácia, sala <strong>de</strong> vacinação, acolhimento, sala <strong>de</strong> curativo, consultórios, sala <strong>de</strong> inalação<br />

entre outros <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da UBS. Para cada semestre, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo dos assuntos abordados nas outras matérias na faculda<strong>de</strong>, são estabelecidos<br />

objetivos na qual a partir <strong>de</strong>stes as ativida<strong>de</strong>s são focadas em diversas áreas, passando pela ginecologia, pediatria, saú<strong>de</strong><br />

mental, geriatria; assim ocorre integração entre diversas matérias. Conclusões: O PISCO possibilita integração do aluno com a UBS, a<br />

19 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

20 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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ESF e a comunida<strong>de</strong>, fazendo-o enten<strong>de</strong>r as rotinas <strong>de</strong> trabalho e as dificulda<strong>de</strong>s encontradas no atendimento primário. A integração<br />

entre as matérias permite o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diversos pontos <strong>de</strong> vista sobre o mesmo assunto, por exemplo apren<strong>de</strong>r na teoria e na<br />

prática algum procedimento. Assim, po<strong>de</strong>-se concluir que o PISCO possibilita conhecimento e experiência para o aluno atuar no<br />

internato e na vida pós acadêmica <strong>de</strong> modo mais humanizado, sabendo atuar em uma equipe multiprofissional e enten<strong>de</strong>r aspectos<br />

psicossociais da doença do paciente.<br />

Projeto Sorriso: uma Proposta <strong>de</strong> Humanização da Saú<strong>de</strong><br />

Kophal, D 21<br />

Biazi, CL 21<br />

Domingues, GV 21<br />

Vitória, AM 21<br />

Introdução: Estudos mostram que durante a universida<strong>de</strong> ocorre uma <strong>de</strong>sumanização dos acadêmicos da área da saú<strong>de</strong>. Diante<br />

das condições <strong>de</strong> tristeza, dor, <strong>de</strong>pressão e outras em que se encontram os pacientes, é importante que se busquem formas <strong>de</strong> inverter<br />

esta realida<strong>de</strong>. O Projeto Sorriso busca preencher esta lacuna entre o paciente e o médico, propondo uma humanização do acadêmico e<br />

futuro profissional da saú<strong>de</strong>. Objetivos: Promover melhora na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida a partir <strong>de</strong> mudanças no ambiente e nas convivências<br />

dos usuários e profissionais do Centro <strong>de</strong> Convivência <strong>de</strong> Idosos <strong>de</strong> Chapecó-SC, através <strong>de</strong> visitas dos voluntários do Projeto Sorriso.<br />

Métodos: As ativida<strong>de</strong>s consistem em visitas dos acadêmicos/voluntários caracterizados, em que realizam uma consulta ao paciente<br />

utilizando brinquedos que se assemelham aos materiais utilizados pelos médicos. Na consulta, os “doutores palhaços” fazem diagnósticos<br />

e instituem tratamentos engraçados que fazem o paciente rir e interagir. As brinca<strong>de</strong>iras abrangem também as enfermeiras, médicos,<br />

familiares e qualquer pessoa que estiver presente no ambiente. Para avaliar a intervenção, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas<br />

aos idosos e funcionários do asilo após oito visitas. Resultados: A intervenção resultou em melhora na sensação <strong>de</strong> bem-estar<br />

referida pelos idosos, melhora nas relações entre profissionais e idosos, mencionada pelos profissionais como o relatado em “eles ficaram<br />

mais acessíveis e receptivos”. Para os idosos e a diretora do centro as visitas geram alegria e distração, como o observado em “é difícil<br />

<strong>de</strong> arrancar um sorriso <strong>de</strong>les, por isso é válido, porque eles sorriem e estimula a memória”. Conclusões: Intervenções breves <strong>de</strong><br />

acadêmicos da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com a metodologia do Projeto Sorriso po<strong>de</strong>m promover melhora na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, uma vez que a<br />

alegria melhora as relações nas instituições e torna o ambiente mais agradável.<br />

Disciplina <strong>de</strong> Arteterapia na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco<br />

Cerqueira, HF 22<br />

Aires, DMG 22<br />

Farias, JB 22<br />

Pinho, CS 22<br />

Ferreira, RM 22<br />

Introdução: A medicina atual necessita <strong>de</strong> uma re-humanização e valorização do paciente não só do ponto <strong>de</strong> vista biológico,<br />

mas em sua integrida<strong>de</strong> física, psíquica e social. Dentro <strong>de</strong>sse contexto, a utilização da arteterapia tem se <strong>de</strong>stacado. Diante da importância<br />

da formação <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais informados quanto à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização da arte em suas vidas profissionais,<br />

foi instituída, a partir <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, pelo prof. Dr. Paulo Barreto Campello, a disciplina eletiva <strong>de</strong> arteterapia na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco(UPE).<br />

Objetivos: Despertar nos estudantes da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> uma reflexão sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> substituir o tecnicismo e a frieza<br />

no cuidar por uma forma mais humana <strong>de</strong> relação através da arte. Além <strong>de</strong> estimular o bom convívio em grupo entre os diferentes profissionais,<br />

uma vez que é multidiscilpinar. Métodos: A disciplina foi ministrada por professores com formação em arteterapia através<br />

<strong>de</strong> uma aula por semana com duração <strong>de</strong> 3horas. Acada aula uma modalida<strong>de</strong> diferente <strong>de</strong> arteterapia foi trabalhada teórica e praticamente.<br />

Assim os estudantes tiveram uma boa noção <strong>de</strong> história da arte, musicoterapia, contação <strong>de</strong> histórias, expressão corporal e teatro.<br />

Resultados: Inicialmente foram disponibilizadas 40 vagas, porém diante da quantia <strong>de</strong> 80 interessados, ampliaram-se as vagas para<br />

21 Universida<strong>de</strong> Comunitária Regional <strong>de</strong> Chapecó, Chapecó, SC, Brasil.<br />

22 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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55 dividas entres acadêmicos <strong>de</strong> medicina, enfermagem e educação física. Esse fato <strong>de</strong>monstra a ampla aceitação da disciplina e a necessida<strong>de</strong><br />

real <strong>de</strong> sua implantação para satisfazer os anseios dos estudantes nesse sentido. Conclusões: Aintrodução da disciplina, em caráter<br />

pioneiro no Brasil, veio preencher uma lacuna importante no currículo universitário, no sentido formar profissionais menos<br />

técnicos e mais humanos. Para nós participantes foi uma experiência única <strong>de</strong> auto-conhecimento e reflexão sobre o profissional que<br />

seremos. Terminada a última aula ficou a sauda<strong>de</strong> das verda<strong>de</strong>iras terapias em grupo que participávamos e a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> prosseguir em<br />

projetos futuros relacionados ao tema.<br />

A Humanização da Medicina e a Medicina Humanística<br />

Gue<strong>de</strong>s, FS 23<br />

Catapani, WR 23<br />

Introdução: O estudo inicia-se com uma reflexão sobre a humanização da medicina. Desta <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>-se que a medicina só será<br />

realmente humanizada quando re-incorporar o saber humanístico ao saber científico. A dimensão humanística é fundamental para a<br />

compreensão dos fenômenos pois dá sentido e significado à existência e ao sofrimento humano. Nesta perspectiva, a doença é integrada<br />

à história <strong>de</strong> vida do indivíduo. Objetivos: É fornecer subsídios para a superação do mo<strong>de</strong>lo biomédico, integrando-o a uma prática<br />

que retire o enfoque exclusivamente orgânico da doença e pense o processo do adoecer com as suas múltiplas dimensões e causalida<strong>de</strong>s.<br />

Transcen<strong>de</strong>ndo a questão biológica e alcançando a verda<strong>de</strong>ira evolução que está na pluralida<strong>de</strong> epistemológica, que será alcançada<br />

com a integração da medicina pré-mo<strong>de</strong>rna, com bases humanistas e religiosas, com a medicina mo<strong>de</strong>rna, com bases empíricas e científicas.<br />

Método: Buscou-se construir um raciocínio que levasse o “interlocutor” a compreen<strong>de</strong>r como o saber humanístico po<strong>de</strong> ser<br />

reincorporado à médicina. O recurso utilizado foi o “atuar maiêutico” embasado em 2 pólos: no históricos-filosóficos e nos saberes da<br />

aca<strong>de</strong>mia. Resultado: O estudo mostra que a medicina não é somente uma ciência, é uma ativida<strong>de</strong> racional que utiliza a ciência. É interpretativa<br />

e não somente baseado em evidências científicas. Esta interpretação po<strong>de</strong> ser tão importante quanto os dados científicos<br />

objetivos e a <strong>de</strong>dução lógica. Para praticar uma medicina humanística é fundamental estudar o humano para além do componente biológico,<br />

é necessário compreen<strong>de</strong>r a essência do ser. Atipologia é um dos métodos utilizados com este fim na história da medicina. O objetivo<br />

final da medicina é cuidar <strong>de</strong> pessoas. Conhecer doenças é muito importante, mas compreen<strong>de</strong>r pessoas é fundamental.<br />

Conclusão: Este estudo aponta caminhos práticos para buscar a causa do adoecimento não apenas no biológico, mas no que há <strong>de</strong><br />

essencialmente humano no homem, na alma.<br />

PIN-UBS Cabo Frio: uma Escola do SUS em Londrina; Aprendizado Para a Vida<br />

Ruzon, UG24 Damaceno, DG24 Vidotti, K24 Reda,CC24 Rocha, RJP24 Campos, JJB24 Introdução: A Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina através dos cursos <strong>de</strong> medicina e enfermagem implementa a humanização<br />

das práticas em saú<strong>de</strong>, como uma ativida<strong>de</strong> curricular no módulo <strong>de</strong> Práticas <strong>de</strong> Interação Ensino Serviço e Comunida<strong>de</strong> (PIN), visando<br />

<strong>de</strong>senvolver além <strong>de</strong> técnicas, habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> percepção, relacionamento e contato precoce com pacientes. Obtidas, principalmente,<br />

na prática da atenção primária em saú<strong>de</strong>. Objetivos: O objetivo do trabalho é relatar a vivência das diferentes práticas do cuidado em<br />

saú<strong>de</strong> e a promoção da iniciação básica dos estudantes <strong>de</strong> medicina e enfermagem. Metodologia: O trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong>ntro<br />

da Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> - Cabo Frio, a partir dos relatórios das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos 14 estudantes do primeiro ano. Esses<br />

são distribuídos em duplas multiprofissionais junto com os agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O acompanhamento semanal, <strong>de</strong>senvolve<br />

ativida<strong>de</strong>s que permitem o conhecimento sobre o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, como preenchimento <strong>de</strong> cadastros, acompanhamento dos<br />

profissionais da UBS, visitas domiciliares e técnicas para aferição <strong>de</strong> pressão arterial. Resultados: O contato com a perspectiva do paci-<br />

23 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.<br />

24 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

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ente em relação ao processo saú<strong>de</strong>-doença permite a amplificação das atitu<strong>de</strong>s humanísticas, que garantirão ao profissional capacida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> abordagem diferenciada ao paciente. O PIN-1, <strong>2009</strong> possui como tema a hipertensão arterial, <strong>de</strong>ssa forma instiga os estudantes a<br />

adquirir conhecimentos específicos, além das ativida<strong>de</strong>s centrais, nas quais os estudantes conhecem a realida<strong>de</strong> social-local, situações<br />

precárias, barreiras <strong>de</strong> acesso, en<strong>de</strong>mias, entre outros. Conclusão: O módulo PIN proporciona aos estudantes maior abrangência <strong>de</strong> conhecimentosobreoSUS,comotambémampliação<strong>de</strong>competênciasespecíficas<br />

e complementares para a boa formação <strong>de</strong> um hábil<br />

profissional. Promovendo, além da interdisciplinarida<strong>de</strong> e integração, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> percepções que refletem as condições <strong>de</strong><br />

vida em um <strong>de</strong>terminado território, com enfoque no trabalho em equipe e na humanização do atendimento que contribui para qualificar<br />

o cuidado às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população.<br />

Atenção à Saú<strong>de</strong> a Partir <strong>de</strong> Iniciativa Acadêmica: Construindo Profissionais<br />

Humanizados<br />

Fiorelli, PA 25<br />

Silva, ER 25<br />

Berach, FR 25<br />

Chaar, LJ 25<br />

Carra, RB 25<br />

Liu, GKH 25<br />

Introdução: A sistemática dos atendimentos à saú<strong>de</strong> no Brasil apresenta lacunas, uma <strong>de</strong>las é a fugacida<strong>de</strong> do vínculo do paciente<br />

com o profissional da saú<strong>de</strong>. Buscando a compreensão integrada do paciente, foi criado o projeto Extensão Médica Acadêmica (EMA), em<br />

1998. Objetivos: Realizar e estimular o aprendizado <strong>de</strong> atendimento global e contínuo ao paciente, para monitorar e promover sua saú<strong>de</strong>,<br />

melhorando sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Gerar mudanças <strong>de</strong> comportamento na comunida<strong>de</strong>. Métodos: O EMA, projeto voluntário organizado e<br />

realizado por 171 estudantes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o 1º semestre <strong>de</strong> Medicina e Fisioterapia, atua em instituições no bairro da Penha e do Jardim São Luís,<br />

aten<strong>de</strong>ndo comunida<strong>de</strong>s carentes <strong>de</strong> São Paulo. Os alunos interessados participam <strong>de</strong> um curso no qual são orientados sobre como atuar no<br />

projeto. Desenvolvem-se atendimentos ambulatoriais individuais e em grupo, palestras, exames laboratoriais e papanicolaou. Durante os 35<br />

atendimentos do último ano, contou-se com 31 supervisores. Encontros semanais estudantis são realizados para discussão dos casos. Questionários<br />

foram aplicados a pacientes e alunos participantes durante um ano no mínimo (escala <strong>de</strong> 0 a 10), para pesquisa piloto. Resultados:<br />

Nos questionários respondidos pelos alunos, “aprendizado com o projeto” obteve nota média 9,3. Para a permanência no projeto, 81% dos<br />

alunos afirmaram ser o “aprendizado” e 86% o “conteúdo das reuniões semanais”, fatores muito importantes. Nos últimos 3 anos, foram<br />

atendidos pelo projeto 347 pacientes. Dos 26 que respon<strong>de</strong>ram pesquisa piloto recente, 96% relataram que o EMAos estimulou a cuidar melhor<br />

da saú<strong>de</strong>, sendo o principal motivo <strong>de</strong> retorno a confiança no atendimento (73%). Conclusões: O atendimento inclui primeiro anistas,<br />

expondo-os precocemente ao contato humanizado com pacientes, prevenindo a abordagem superficial do processo saú<strong>de</strong>-doença. Assim,<br />

formam-se profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não apenas técnicos, mas também socialmente responsáveis e habituados a interdisciplinarida<strong>de</strong>, promovendo<br />

atendimento gratuito <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> à comunida<strong>de</strong>.<br />

Ortotanásia: a Modificação do Dogma Pela Informação<br />

Martinelo, LZ 26<br />

Toledo, AP 26<br />

Martinez, CAR 26<br />

Priolli, DG 26<br />

Introdução: no Brasil, com o aumento progressivo da expectativa <strong>de</strong> vida e com a gran<strong>de</strong> restrição financeira quanto à saú<strong>de</strong> pública,<br />

a ortotanásia <strong>de</strong>veria ser consi<strong>de</strong>rada mais amplamente; entretanto, apesar <strong>de</strong> motivado por condições econômicas e sociais justas,<br />

ainda não existe lei concreta em relação a este tema, sendo, até o momento, a ortotanásia, con<strong>de</strong>nada na lei brasileira como homicídio;<br />

não seria a informação uma arma importante para a modificação <strong>de</strong> sua aceitação? é sabido que a informação é a chave que separa<br />

as aprovações dos vetos; os projetos <strong>de</strong> iniciativa popular são regulamentados por lei que também rege os plebiscitos e referendos, <strong>de</strong>sta<br />

25 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

26 Universida<strong>de</strong> São Francisco, Bragança Paulista, SP, Brasil.<br />

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forma, consi<strong>de</strong>ra-se importante averiguar a aceitabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diferentes populações quanto à ortotanásia, analisando o papel da informação<br />

como po<strong>de</strong>r modificador do pensamento e possivelmente como fomento para a humanização da morte. Objetivo: <strong>de</strong>tectar a<br />

aceitação da ortotanásia, antes e após intervenção informativa. Método: foi aplicado questionário baseado em casos fictícios, avaliando<br />

aceitação da ortotanásia, em universitários da medicina, fisioterapia e enfermagem, antes e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> palestra informativa, compondo<br />

332 indivíduos; o questionário HAD modificado foi aplicado para <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> traços <strong>de</strong>pressivos como possível viés <strong>de</strong> análise.<br />

Resultados: a amostra contou com 332 participantes (248 mulheres), média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> 23,5 anos; não houve correlação entre o teste <strong>de</strong><br />

HAD e a aceitação da ortotanásia; houve aumento da aceitação da ortotanásia após palestra informativa (p= 0,0001); a maior<br />

modificação foi notada nos estudantes <strong>de</strong> medicina (p=0,0001). Conclusão: baseado no <strong>de</strong>senho <strong>de</strong>ste estudo, a informação exerce<br />

influência na aceitabilida<strong>de</strong> da ortotanásia em pessoas envolvidas nos cuidados ao paciente.<br />

Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina Vão ao Teatro Para Humanizar-se Através da Arte<br />

Ramos, JB 27<br />

Godoy, GS 27<br />

Bosso, NCC 27<br />

Branco, RFGR 27<br />

Introdução: Para o mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás o uso <strong>de</strong> recursos artísticos<br />

como o teatro é uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliar o conhecimento sobre o ser humano. O teatro contribui para a busca da própria alma e,<br />

além disso, amadurece os acadêmicos na consciência <strong>de</strong> encontrar o significado do outro na relação médico-paciente. O texto, os efeitos<br />

e a magia do teatro <strong>de</strong>spertam a sensibilida<strong>de</strong> e permitem fazer analogias jamais imaginadas; típico do novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formação médica;<br />

que ensina medicina não apenas em laboratórios ou salas <strong>de</strong> aula, mas também no dia-a-dia, na realida<strong>de</strong>. Apeça “Balada <strong>de</strong> um Palhaço”,<br />

<strong>de</strong> Plínio Marcos, tem palhaço, pica<strong>de</strong>iro, música, malabarismo, público, alusão a piadas, mas não se trata <strong>de</strong> uma comédia.<br />

Objetivos: Destacar a reflexão sobre a medicina humanizada promovida pela peça. Métodos: Acadêmicos <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong><br />

Católica <strong>de</strong> Goiás foram ao teatro apreciar a peça “Balada <strong>de</strong> um Palhaço” como parte <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s curriculares. Apeça se passa<br />

num velho circo, on<strong>de</strong> dois palhaços discutem sobre encontrar um sentido para seu ofício. Após a apresentação houve uma discussão<br />

multiprofissional que abordou temas relacionados à humanização das profissões. Resultados: O teatro facilita a compreensão das emoções<br />

humanas e das atitu<strong>de</strong>s do paciente perante a doença, ajudando o médico a cuidar do paciente corretamente. Apesar <strong>de</strong> a peça não<br />

tratar diretamente <strong>de</strong> medicina, nas entrelinhas foi possível perceber a estreita relação entre o texto e a profissão médica, possibilitando<br />

uma análise crítica da humanização da medicina. Conclusão: Areflexão sobre a peça permitiu compreen<strong>de</strong>r que os pacientes procuram<br />

profissionais que não possuam apenas conhecimentos, métodos clínicos e experiência, mas que sejam capazes <strong>de</strong> apreciar cada<br />

paciente como ser humano, com <strong>de</strong>sejos e sentimentos.<br />

Recepção aos Ingressantes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis-Fase: uma Proposta <strong>de</strong><br />

Acolhimento<br />

Gol<strong>de</strong>nstein, AHTR28 Midão, CMV28 Reis, LVT28 Earp, MTS28 Teodoro, TF28 Introdução: Ultimamente, a notícia sobre recepção <strong>de</strong> calouros tem sido divulgada na mídia, associada a ativida<strong>de</strong>s violentas e<br />

humilhantes. Buscando alternativas para uma recepção acolhedora e integradora, O Núcleo Pedagógico apresenta ao ingressante, em<br />

parceria com Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Curso e Diretório Acadêmico, várias ativida<strong>de</strong>s envolvendo os docentes, discentes, funcionários e Egressos.<br />

Recebemos anualmente,110 alunos <strong>de</strong> diferentes estados. Apenas 10% dos ingressantes resi<strong>de</strong>m em Petrópolis com faixa etária mé-<br />

27 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

28 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


dia variando <strong>de</strong> 18 a 21 anos. Os Ingressantes chegam entusiasmados com a nova conquista, mas também inseguros e ansiosos diante<br />

dos <strong>de</strong>safios da profissão. Contrapondo ao trote tradicional, a FMP/FASE reitera o seu compromisso educacional e social, cumprindo<br />

portaria própria e a lei <strong>de</strong> nº2358/96 que trata o assunto publicado em D.O. do Estado do RJ. Objetivo: Instituir uma nova Recepção,<br />

com o intuito <strong>de</strong> propiciar integração dos alunos <strong>de</strong> forma saudável e amigável, refletir sobre anseios e expectativas do ingresso em uma<br />

IES e do processo <strong>de</strong> formação profissional. Metodologia: Foram <strong>de</strong>senvolvidas ativida<strong>de</strong>s e dinâmicas <strong>de</strong> integração, que possibilitaram<br />

o uso <strong>de</strong> linguagem verbal, escrita e artística, além <strong>de</strong> palestras educativas, campanha <strong>de</strong> vacinação e doação <strong>de</strong> sangue. Foi aplicado<br />

formulário <strong>de</strong> avaliação sobre a recepção com análise qualitativa dos dados. Resultado: Após análise, foi verificado que 60% dos alunos<br />

consi<strong>de</strong>raram a recepção acolhedora, 40% apreciaram e apontaram as dinâmicas e lanche como importantes ações <strong>de</strong> integração.<br />

Conclusão: A aproximação do Diretório à nova proposta, propondo palestras e <strong>de</strong>bates, mostrou ser um indicador <strong>de</strong> sensibilização<br />

dos “veteranos” frente ao “trote tradicional”. A atuação do Núcleo Pedagógico, na elaboração e execução da recepção, gerou a<br />

aproximação dos ingressantes com o trabalho <strong>de</strong>senvolvido pelo núcleo. A interpretação das expressões artísticas pelos discentes<br />

possibilitou a revelação <strong>de</strong> sentimentos comuns entre eles, principalmente, aqueles ligados à nova etapa <strong>de</strong> vida.<br />

Reflexões Sobre a Aceitação da Ortotanásia em Futuros Profissionais das Ciências da<br />

Saú<strong>de</strong> e do Jurídico<br />

Martinelo, LZ 29<br />

Toledo, AP 29<br />

Martinez, CAR 29<br />

Priolli, DG 29<br />

Introdução: um dos mais importantes e pouco discutidos assuntos nos países em <strong>de</strong>senvolvimento é a questão da distanásia; a<br />

discussão do tema toma caráter <strong>de</strong> preconceito o que gera conseqüências psicossociais negativas; a terminalida<strong>de</strong> sem qualquer expectativa<br />

<strong>de</strong> retorno ao <strong>de</strong>sfrute da vida tem impacto psicológico em toda a família, na comunida<strong>de</strong> local envolvida bem como na questão<br />

dos recursos econômicos <strong>de</strong>preendidos na tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>volver a vida ao paciente; a ortotanásia é a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecimento do momento<br />

natural da morte <strong>de</strong> um indivíduo, “significa que se <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar o ser humano morrer em paz, sem que se promova e acelere esse<br />

processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a vida”, a introdução da tecnologia para salvar vidas é muito bem vinda, porém não veio acompanhada por consenso<br />

quanto a ser inapropriada e o momento a ser interrompida; infelizmente há retardo na legalização da questão, mantendo a ortotanásia<br />

como crime contra a pessoa humana, con<strong>de</strong>nada na lei brasileira como homicídio. Objetivo: comparar a aceitação da ortotanásia em<br />

futuros profissionais das ciências da saú<strong>de</strong> e do jurídico. Método: após aprovado pelo comitê <strong>de</strong> ética da USF, realizou-se a coleta <strong>de</strong> dados<br />

à partir <strong>de</strong> questionários baseado em casos fictícios, avaliando aceitação da ortotanásia em 234 indivíduos, sendo 130 estudantes<br />

(internos) da Medicina e 104 estudantes do ultimo ano <strong>de</strong> Direito; o questionário HAD modificado foi aplicado para <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong><br />

traços <strong>de</strong>pressivos como possível viés <strong>de</strong> análise. Resultados: a casuística contou com 134 mulheres; não houve correlação entre o teste<br />

<strong>de</strong> HAD e a aceitação da ortotanásia (p=0,36); houve correlação entre a aceitação da ortotanásia e a área <strong>de</strong> formação (p=0,001); a<br />

ortotanásia é mais aceita na área médica que para estudantes do Direito (p=0,01). Conclusões: os estudantes <strong>de</strong> Medicina aceitam mais<br />

a ortotanásia que os estudantes do Direito.<br />

O Ensino <strong>de</strong> Libras Como Prática Humanizadora no Curso <strong>de</strong> Medicina-Relato <strong>de</strong><br />

Experiência<br />

Souto, MMM 30<br />

Alves, ECF 30<br />

Introdução: No Brasil, segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca<br />

<strong>de</strong> 5.700.000 (cinco milhões e setecentos mil) surdos. Diante <strong>de</strong>sta questão, aten<strong>de</strong>r um paciente surdo numa re<strong>de</strong> básica po<strong>de</strong> não ser<br />

um fato raro. No intuito <strong>de</strong> garantir esses direitos à comunida<strong>de</strong> surda, a lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.436, <strong>de</strong> 24/04/2002, <strong>de</strong>cretou que o Sistema<br />

29 Universida<strong>de</strong> São Francisco, Bragança Paulista, SP, Brasil.<br />

30 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>veria garantir atenção integral à saú<strong>de</strong> do surdo, e que o atendimento na re<strong>de</strong> <strong>de</strong>veria ser realizado por profissionais<br />

capacitados para o uso <strong>de</strong> Língua <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Sinais (LIBRAS) ou acompanhado por intérpretes. Além disso, com o <strong>de</strong>creto nº 5.626, <strong>de</strong><br />

22/12/2005, regulamentador da lei nº 10.436, a disciplina <strong>de</strong> Libras se tornou obrigatória em cursos <strong>de</strong> Fonoaudiologia e Pedagogia e<br />

optativo nos <strong>de</strong>mais. Ministrada no terceiro ano do Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília (UNIMAR), com carga horária <strong>de</strong> 80<br />

horas, a disciplina se tornou obrigatória na gra<strong>de</strong> curricular da instituição no intuito <strong>de</strong> capacitar os alunos e trabalhar a inclusão social<br />

do paciente surdo, uma vez que, na comunida<strong>de</strong> em geral, é tratado com termos como “mudinho” ou “surdo-mudo”. Objetivos: Mostrar<br />

que para existir uma relação efetiva médico-paciente o profissional <strong>de</strong>ve enten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s daquele paciente, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> sua <strong>de</strong>ficiência física. Metodologia: Pesquisa <strong>de</strong>scritiva através <strong>de</strong> fonte documental e experiência <strong>de</strong> caso. Resultados: Construiu-se<br />

no estudante um olhar para as diversida<strong>de</strong>s aumentando o compromisso social e melhorando a relação pessoal com os surdos,<br />

seja num ambulatório ou em contatos eventuais fora <strong>de</strong>ste espaço. Conclusões: O conhecimento <strong>de</strong> sinais para uma conversa inicial<br />

com um paciente surdo revelou-se uma experiência importante para acadêmicos. Uma a<strong>de</strong>quada comunicação e interação com surdos<br />

(também usuários da saú<strong>de</strong>), sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informante, melhora a relação médico-paciente, humanizando a consulta.<br />

A Importância <strong>de</strong> Um Programa <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida Como Forma <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong><br />

Doenças na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense – UFF<br />

Marques, AS 31<br />

Introdução: O Programa “Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida do Servidor” (PQVS), criado em 2004, no Departamento <strong>de</strong> Assuntos Comunitários<br />

(DAC) – da UFF. Sua criação aten<strong>de</strong> às consi<strong>de</strong>rações do Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universida<strong>de</strong>, que visa à<br />

valorização dos recursos humanos e ao atendimento das aspirações <strong>de</strong> caráter social da comunida<strong>de</strong> interna; e à constatação pela equipe<br />

técnica do DAC <strong>de</strong> uma crescente <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> doenças graves e crônicas, muitas vezes relacionadas ao trabalho. O PQVS<br />

assume a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integrar e implementar propostas <strong>de</strong> práticas voltadas à promoção da saú<strong>de</strong> integral e da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida dos servidores da UFF. Dentro <strong>de</strong>ste Programa, foi criado o Projeto Um Dia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida, esten<strong>de</strong>ndo os projetos para unida<strong>de</strong>s<br />

mais afastadas, procurando aten<strong>de</strong>r um maior número <strong>de</strong> servidores da Universida<strong>de</strong>. Nossa primeira experiência foi no Pólo <strong>de</strong><br />

Rio das Ostras. Objetivo Geral: Implantar e manter projetos <strong>de</strong> prevenção primária e secundária integrados para proporcionar saú<strong>de</strong> e<br />

bem-estar integral ao servidor e sua família. Métodos: Servidores e prestadores <strong>de</strong> serviço que realizam projetos (Shiatsu, Aferição <strong>de</strong><br />

Pressão Arterial, Aferição <strong>de</strong> Glicemia, Florais <strong>de</strong> Bach, Apresentação <strong>de</strong> Terapia Familiar, Origami) em Niterói, são levados para unida<strong>de</strong>s<br />

do interior. Resultados: Nesta primeira experiência foram realizados no total 225 atendimentos. Aexperiência que queremos relatar<br />

foi a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> um servidor com taxa <strong>de</strong> 424mhg, durante a aferição <strong>de</strong> glicemia. Este servidor foi acompanhado ao Hospital,<br />

pela médica responsável da equipe, on<strong>de</strong> foram tomadas todas as providências necessárias ao caso. Conclusões: Com a experiência relatada<br />

concluímos a importância que têm trabalhos preventivos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> ensino superior: conseguimos evitar sequelas<br />

neste caso e conseguimos <strong>de</strong>monstrar a eficiência da iniciativa.<br />

Narrativa <strong>de</strong> Casos e Vivências no Intuito <strong>de</strong> Aprofundar o Estudo da Relação<br />

Médico-Paciente<br />

Mourão, FC32 Torres, JNL32 Damasceno, CAR32 Oliveira, GJ32 Cruz Neto, MF Cruz32 N Filho, AC32 Introdução: É observado comumente nos hospitais atualmente que os médicos estão cada vez menos humanos sob a perspectiva<br />

<strong>de</strong> valores e i<strong>de</strong>ais relacionados ao respeito à vida humana.Objetivos: O PROVIMP, Projeto <strong>de</strong> Vivência na Integração Médico-Paciente,<br />

objetiva a formação <strong>de</strong> profissionais médicos que saibam lidar com seus pacientes. Métodos: O PROVIMP possui, <strong>de</strong>ntre outras<br />

ferramentas em suas reuniões, a narrativa por parte <strong>de</strong> um participante <strong>de</strong> um caso real que ele tenha experienciado e que ache válido<br />

31 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

32 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


ser compartilhado com os outros integrantes.Com isso, abre-se uma discussão acerca do caso, ressaltando quaisquer qualida<strong>de</strong>s que tenham<br />

existido no atendimento do caso por parte do médico ou estudante ou, se for o caso, construir mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atendimento que, se tivessem<br />

sido usados, haveria uma maior a<strong>de</strong>são ao tratamento por parte do paciente ou uma maior satisfação do mesmo em relação à<br />

consulta.Faz-se um planejamento semestral que engloba, a cada reunião, a vivência <strong>de</strong> um dos integrantes previamente <strong>de</strong>terminado.<br />

Aativida<strong>de</strong> é realizada na própria sala do PROVIMP, localizadanoCampusdoPorangabussudurante suas reuniões semanais. Resultados:<br />

Com isso, estamos progredindo cada vez mais no intuito <strong>de</strong> tornar a profissão médica digna daqueles que necessitam <strong>de</strong>la:a socieda<strong>de</strong>.<br />

Os integrantes do projeto tiveram suas condutas frente o paciente melhoradas após o <strong>de</strong>senvolvimento do primeiro ciclo <strong>de</strong> vivências<br />

<strong>de</strong>ntro das nossas reuniões semanais, passando a observar com maior atenção as diversas formas <strong>de</strong> conduzir uma consulta<br />

médica e dar melhor qualida<strong>de</strong> aos atendimentos ao apren<strong>de</strong>r com as situações relatadas durante as vivências.Conclusões: O<br />

conhecimento por nós, membros, adquirido, é <strong>de</strong> extrema valia para que as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação sejam mais profundamente<br />

estudadas e se torna <strong>de</strong>staque a cada novo estudante <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que conseguimos atingir com a filosofia provimpiana.<br />

Trupe Sóriso: Promovendo a Integralida<strong>de</strong> no Atendimento da Criança Hospitalizada<br />

Dias, TL 33<br />

Pereira, FA 34<br />

Barbosa, PMA 33<br />

Monteiro, RL 33<br />

Doriguêtto, MS 33<br />

Introdução: o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) promove a saú<strong>de</strong>, em seu conceito mais amplo, através <strong>de</strong> seus princípios, tais<br />

como a integralida<strong>de</strong>, que visa a assistência ampliada, centrada no individuo como um todo. A criança hospitalizada, está exposta a<br />

sensações <strong>de</strong> <strong>de</strong>samparo, fragilida<strong>de</strong>, e passivida<strong>de</strong>, que po<strong>de</strong> gerar transtornos <strong>de</strong> comportamento geral. Ahospitalização prolongada<br />

e os procedimentos invasivos provocam medo, angústia e ansieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido a isso, intervenções <strong>de</strong> humanização são necessárias para<br />

promover um atendimento que vise a integralida<strong>de</strong>. Brincar é um importante instrumento terapêutico que minimiza os traumas geradospelainternaçãoegeraumaexpectativadacriançapelaexperiêncialúdica,queaumentasuatolerânciaàdor.ATrupeSóRisoatuana<br />

enfermaria pediátrica do Hospital Universitário da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora buscando promover a integralida<strong>de</strong> no atendimento<br />

da criança internada. Objetivos: relatar a experiência da Trupe SóRiso na atuação em prol da humanização do atendimento<br />

das crianças hospitalizadas. Métodos: acadêmicos <strong>de</strong> Enfermagem e Medicina fazem ativida<strong>de</strong>s lúdicas na enfermaria pediátrica do<br />

hospital. Os acadêmicos se parametram com roupas coloridas e maquiagem e fazem uma corrida leito a leito, realizando brinca<strong>de</strong>iras<br />

com as crianças a seus pais. São realizadas reuniões entre os acadêmicos para discussão <strong>de</strong> temas pertinentes. Resultados: segundo relatos<br />

dos pais, as crianças esperam ansiosamente os “palhaços”, e durante as interações ficam muito alegres e participativas. Após as interações<br />

melhoram seu humor e ficam mais dispostas a interagir. Quando as interações acontecem durante algum procedimento ou algum<br />

episódio <strong>de</strong> dor, o estresse é perceptivelmente reduzido. Conclusões: as ativida<strong>de</strong>s da Trupe dão às crianças hospitalizadas<br />

cuidados emocionais e psicossociais além dos cuidados biológicos, promovendo, <strong>de</strong>ssa forma, a saú<strong>de</strong> em sua plenitu<strong>de</strong>. A formação<br />

dos acadêmicos participantes ganha uma forma efetiva <strong>de</strong> aplicação da humanização.<br />

33 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

34 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

548<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Percepção da Relação Entre Ambiente e Saú<strong>de</strong> Por Usuários do SUS, no Distrito Sanitário<br />

Escola do Curso <strong>de</strong> Medicina da UCG<br />

Carvalho, IGM 35<br />

Carvalho, GM 35<br />

Carvalho, GS 35<br />

Introdução: Acompreensão dos fatores que influenciam a saú<strong>de</strong> tem permitido a ampliação do seu conceito, contribuindo para<br />

uma visão da complexida<strong>de</strong> envolvendo aspectos físicos, econômicos, sociais, culturais, individuais e coletivos, que se interrelacionam<br />

e se distribuem no tempo e no espaço, como fenômenos constituídos sócio-historicamente. A formação médica, segundo as Diretrizes<br />

Curriculares Nacionais, <strong>de</strong>ve possibilitar ao acadêmico <strong>de</strong> medicina conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e competências para promover estilos<br />

<strong>de</strong> vida saudáveis, atuando como agentes <strong>de</strong> transformação social. Objetivo: O objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi analisar a relação entre ambiente<br />

e saú<strong>de</strong> a partir da percepção dos moradores da Vila Mutirão na Região Noroeste <strong>de</strong> Goiânia, distrito sanitário escola da Universida<strong>de</strong><br />

Católica <strong>de</strong> Goiás (UCG). Métodos: O método utilizado foi correlacional, utilizando escalas <strong>de</strong> bem-estar e senso psicológico <strong>de</strong><br />

comunida<strong>de</strong>. Os participantes foram escolhidos aleatoriamente entre os moradores da Vila Mutirão, Goiânia – Goiás, que habitavam o<br />

bairro há mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos. Aamostra foi composta por 170 moradores, Resultados: Os dados <strong>de</strong>monstraram que os participantes eram<br />

se<strong>de</strong>ntários, com problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (hipertensão e diabetes) e insatisfação com os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e transporte. As análises estatísticas<br />

apontaram para índice mediano <strong>de</strong> bem estar dos moradores a partir <strong>de</strong> sua mudança para o bairro, bem como mediano sentimento<br />

psicológico <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>. Conclusão: Tomados em conjunto, os resultados encontrados permitem concluir que os <strong>de</strong>terminantes <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, como moradia, segurança, transporte, apoio social e lazer, foram i<strong>de</strong>ntificados como elementos <strong>de</strong> humanização relacionados ao<br />

bem estar e à qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, e que interferem na saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong>. A compreensão da percepção dos moradores sobre a<br />

relação entre o ambiente e a saú<strong>de</strong> possibilita a implementação <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> educação e promoção em saú<strong>de</strong> dos acadêmicos <strong>de</strong><br />

medicina, aten<strong>de</strong>ndo às reais necessida<strong>de</strong>s da comunida<strong>de</strong>, como forma <strong>de</strong> cumprir o compromisso social da escola médica.<br />

Ampliando a Visão Humanista do Estudante <strong>de</strong> Medicina: a Experiência do Abraçarte<br />

Guimarães, YL36 Nehmy, RMQ36 Mota, JAC36 Silva, SNB36 Marques, LFPL36 Diniz, PA36 Introdução: Aliteratura científica e o senso comum evi<strong>de</strong>nciam que as normas da instituição hospitalar provocam estranheza e<br />

estresse na criança, agravados pelo isolamento dos amigos, dos irmãos, da escola. Para a família, é momento <strong>de</strong> crise, <strong>de</strong>sequilíbrio, incertezas<br />

e medo. O projeto <strong>de</strong> extensão Abraçarte, formado por estudantes <strong>de</strong> medicina, procura aliviar a tensão provocada pela internação,<br />

realizando ativida<strong>de</strong>s lúdicas em unida<strong>de</strong>s pediátricas do Hospital das Clínicas da UFMG. A inserção “precoce” do estudante<br />

em um serviço do SUS aten<strong>de</strong> simultaneamente às diretrizes da política nacional <strong>de</strong> humanização e da reforma curricular que busca formação<br />

integral e humanista do estudante <strong>de</strong> medicina. Metodologia: O grupo <strong>de</strong> estudantes se organiza numa estrutura, criada por<br />

eles, em dois níveis: os palhaços, os veteranos e os “cabi<strong>de</strong>s” que exercem papéis <strong>de</strong> apoio. Para ascen<strong>de</strong>r ao status <strong>de</strong> palhaço, os iniciantes<br />

frequentam oficina <strong>de</strong> artes cênicas, coor<strong>de</strong>nada por profissional especializado. As ativida<strong>de</strong>s lúdicas são semanais, leito a leito, e<br />

em grupo em datas festivas ou eventuais para apresentação <strong>de</strong> esquetes humorísticos sobre temas como doença e dor. Resultado: Já<br />

passaram pelo projeto aproximadamente 80 estudantes, com permanência média <strong>de</strong> dois anos e longa fila <strong>de</strong> espera para entrada semestral.<br />

Para o serviço, o Abraçarte significa um componente a mais para a humanização do ambiente hospitalar, certificado pelo apreço<br />

da equipe <strong>de</strong> cuidados e das crianças. Aca<strong>de</strong>micamente, seu mérito social é reconhecido por menções honrosas em eventos, colocando-se,<br />

no ano passado, entre os <strong>de</strong>z melhores projetos <strong>de</strong> extensão da UFMG. Conclusão: O contato do estudante com o<br />

35 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

36 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

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paciente-criança numa situação fora da relação técnica revela a potencialida<strong>de</strong> do lúdico na comunicação com o paciente, po<strong>de</strong>ndo-se<br />

extrapolar para outros cenários <strong>de</strong> prática. O problema é que, como projeto <strong>de</strong> extensão e <strong>de</strong> escolha pessoal esta proposta restringe-se<br />

àqueles que já são, <strong>de</strong> certa maneira, humanistas.<br />

I Semana da Relação Médico-Paciente (SRMP): uma Nova Visão Sobre a Consulta<br />

Médica<br />

Cruz Neto, MF 37<br />

Oliveira, GJ 37<br />

Torres, JNL 37<br />

Mourão, FC 37<br />

Silveira, MD 37<br />

N Filho, AC 37<br />

Introdução: Muita das reclamações que os médicos ouvem <strong>de</strong> seus pacientes é a falta <strong>de</strong> serem verda<strong>de</strong>iramente acolhidos e<br />

compreendidos durante a consulta médica. Os médicos percebem que essa insatisfação ocorre ,geralmente, <strong>de</strong>vido à ausência <strong>de</strong> um<br />

“dom” natural <strong>de</strong> lidar com as pessoas,por acharem que esse “dom” é algo que não se apren<strong>de</strong>, mas que já se nasce com ele. Objetivo:<br />

Sensibilizar a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina(FAMED) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará(UFC) sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvermos uma<br />

nova visão sobre a consulta médica, pautada na associação entre o conhecimento técnico das doenças e das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação<br />

na consulta médica. Metodologia: Na SRMP, realizada entre 15 e 19 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008, foi instalado um Stand na FAMED-UFC, on<strong>de</strong><br />

foram realizadas várias ativida<strong>de</strong>s para ensinar essas técnicas, como: cursos sobre consulta médica, momentos <strong>de</strong> dramatização <strong>de</strong> consultas<br />

médicas com os participantes, exposição <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os sobre o tema, realização <strong>de</strong> um concurso cultural, momentos <strong>de</strong> discussões sobre<br />

tema mostrando a importância <strong>de</strong>sse tema na prática médica. Foram aplicados questionários com os acadêmicos e médicos participantes<br />

para avaliarmos a contribuição <strong>de</strong>sse evento na discussão e aprendizado sobre o tema “Relação Médico-Paciente(RMP)”. Resultados:<br />

Frases extraídas dos questionários: “ ...Acho que esse tema é importantíssimo e que infelizmente não é muito abordado, logo o<br />

trabalho que fizeram é louvável...” “...Nos incita a estudar e enten<strong>de</strong>r cada vez mais a relação médico-paciente” “Foi uma excelente<br />

idéia do Provimp, trazendo para nós, acadêmica a discussão e reflexão <strong>de</strong> um tema tão importante.” “Faz os acadêmicos lembrarem <strong>de</strong><br />

que ser médico vai além <strong>de</strong> livros...” “ Hoje penso com mais cuidado sobre as priorida<strong>de</strong>s na eficácia da atuação médica. Conclusão:<br />

Percebemos através dos textos escritos que a I SRMP gerou uma sensibilização sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aliarmos o nosso conhecimento<br />

técnico a uma boa relação médico-paciente.<br />

A Importância do Saber Humanístico na Graduação Médica<br />

Torres, MVN 38<br />

Castro, MA 38<br />

Aragao, JCS 38<br />

Introdução: Oestudobuscouare<strong>de</strong>finiçãodouniversodotrabalhodosdiscentes<strong>de</strong>medicinaemquesepercebequeosmol<strong>de</strong>s<br />

tradicionais não tem levado as mudanças necessárias ao perfil do profissional médico <strong>de</strong>sse mundo re<strong>de</strong>senhado. Objetivos: buscar alternativas<br />

que resgatem o valor dos estudos humanísticos no estudante <strong>de</strong> medicina, mostrando que a socieda<strong>de</strong> contemporânea precisa<br />

<strong>de</strong> um médico mais humano e evi<strong>de</strong>nciar a importância da leitura na sua formação. Metodologia: Utilizou-se questionário semi-estruturado<br />

com perguntas abertas e fechadas, para obter informações sobre hábitos <strong>de</strong> estudo, visão sobre o médico da atualida<strong>de</strong> e qual<br />

é o papel da leitura e artes na humanização pessoal. Resultados: Questionados sobre o entendimento do médico contemporâneo, 39%<br />

(132) foram capazes <strong>de</strong> olhar o paciente <strong>de</strong> forma holística, 40% (138) notificando que o médico hoje vê apenas a doença e não o homem,<br />

apenas 21% (72) percebem que o médico compreen<strong>de</strong> o paciente <strong>de</strong> forma holística, sugerindo falta <strong>de</strong> humanização <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a formação<br />

até a atualida<strong>de</strong>. Sobre o saber humanístico ( literatura, artes) no aprimoramento da relação médico-paciente, 26%(36) relataram que há<br />

37 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

38 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

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maior sensibilização do médico, 35% (49) percebendo que a relação entre médico e paciente é potencializada; 16%(22) acreditam na influencia<br />

<strong>de</strong> um tratamento mais humanizado e 9% (12) visam apenas religar saberes, mostrando que apesar <strong>de</strong> acreditarem que hoje falta<br />

humanização do médico, ainda assim julgam ser importante adquirir hábitos <strong>de</strong> leitura e maior participação em ativida<strong>de</strong>s que geram<br />

cultura. Conclusão: Conclui-se que há gran<strong>de</strong> relação entre a incorporação do saber humanístico e a otimização da relação entre<br />

médico e paciente, e a importância <strong>de</strong> formarmos médicos mais sensíveis e que saibam enxergar o paciente não apenas como uma<br />

patologia, e sim como um ser humano.<br />

Estratégias <strong>de</strong> COPING em Estudantes <strong>de</strong> Medicina - Eixo do Desenvolvimento Pessoal<br />

Carneiro, EA 39<br />

Branco, RFGR 39<br />

Lopes, LHM 39<br />

Faria, RGJ 39<br />

Souza, TC 39<br />

Mees, AV 39<br />

Introdução: O estudante <strong>de</strong> medicina em seu contato diário com pacientes, enfrenta várias situações <strong>de</strong> estresse <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong><br />

sua atuação. Tais situações, em casos extremos po<strong>de</strong>m resultar em burnout, o que po<strong>de</strong>ria prejudicar a relação médico-paciente, <strong>de</strong>sumanizando<br />

o atendimento aos usuários do SUS. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina:<br />

a formação médica <strong>de</strong>ve primar pela “capacida<strong>de</strong> reflexiva e compreensão ética, psicológica e humanística da relação médico-paciente”.<br />

As escolas médicas estão cada vez mais atentas a tais movimentos, com tentativas <strong>de</strong> introduzir em seu currículo unida<strong>de</strong>s que<br />

aju<strong>de</strong>m o aluno a i<strong>de</strong>ntificar e manejar esses conflitos. A faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás(UCG), com o Eixo<br />

do Desenvolvimento Pessoal(EDP), que é formado por unida<strong>de</strong>s e eixos temáticos durante os 8 ciclos incluindo o internato, consitui-se<br />

como uma <strong>de</strong>ssas estratégias. Unida<strong>de</strong>s como o ensino da Ética Médica, Sociologia Médica, Teologia, Psicologia Médica, Sexualida<strong>de</strong>,<br />

Teoria Balintiana, são alguns dos exemplos que vem ao encontro <strong>de</strong>ssa proposta. Objetivos: Relatar a experiência dos acadêmicos do<br />

curso <strong>de</strong> Medicina da UCG com unida<strong>de</strong>s que visam direta e indiretamente o coping. Método: Relato <strong>de</strong> experiências. Resultados: As<br />

unida<strong>de</strong>s contidas no EDP contribuem para a formação <strong>de</strong> acadêmicos em processo constante <strong>de</strong> autoconhecimento e aperfeiçoamento<br />

<strong>de</strong> suas relações interpessoais, resultando em reflexão crítica e consciente sobre a prática médica. Conclusões: OEDP,atravésdosconhecimentos<br />

ministrados durante as unida<strong>de</strong>s, é utilizado como estratégia <strong>de</strong> coping para auxiliar o acadêmico na elaboração <strong>de</strong><br />

respostas cognitvas pertinentes, para melhor lidar com situações <strong>de</strong> esgotamento físico e mental. Assim, colaborando para uma<br />

formação humanista, na qual se coloca o acadêmico como sujeito na situação <strong>de</strong> evitar seu adoecimento e cumprir <strong>de</strong> forma mais<br />

a<strong>de</strong>quada o seu papel como profissional da saú<strong>de</strong>.<br />

Avaliação da Humanização em Saú<strong>de</strong> em um Município da Amazonia<br />

Ciantelli, GL 40<br />

Leonato, DD 40<br />

Oliveira, AMFF 40<br />

Torquato, MT 40<br />

Watanabe, J 40<br />

Fischer, HZ 40<br />

Introdução: Grupo <strong>de</strong> estudantes e professores da Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, por meio da Operação “Centro-Norte”<br />

do Projeto Rondon, atuou durante 15 dias no município <strong>de</strong> Terra Santa, no estado do Pará, <strong>de</strong>senvolvendo ativida<strong>de</strong>s nas<br />

áreas <strong>de</strong> cultura, educação e saú<strong>de</strong>. Neste último item, além <strong>de</strong> temas abordados junto à população e funcionários da prefeitura, houve a<br />

análise do serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> local. Objetivo: Avaliar a existência <strong>de</strong> iniciativas <strong>de</strong> humanização em saú<strong>de</strong> no Hospital municipal e nas<br />

quatro Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS). Metodologia: Apesquisa foi realizada através <strong>de</strong> 34 questões fechadas e 8 abertas abordando<br />

39 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

40 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

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temas como o trabalho em equipe, serviços prestados e implantação e gestão da humanização. Os questionários foram entregues aos<br />

trabalhadores do hospital, das UBS e aos Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, que a<strong>de</strong>riram voluntariamente à pesquisa. Cada respon<strong>de</strong>nte<br />

atribuiu notas entre 0 a 5, que refletiam a existência e a satisfação em relação aos itens avaliados. Resultados: Dos 100 questionários<br />

distribuídos, 40 foram respondidos. Os itens avaliados <strong>de</strong>monstraram <strong>de</strong>ficiência em relação ao respeito aos direitos dos cidadãos, no<br />

estímulo e apoio à construção <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s cooperativas comprometidas com a saú<strong>de</strong>, no atendimento aos trabalhadores, na saú<strong>de</strong> mental e<br />

na humanização no geral. Conclusão: Iniciativas que estimulem a humanização em saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem ser implantadas e incentivadas neste<br />

município, enfocando principalmente as relações humanas e a qualida<strong>de</strong> dos serviços prestados à população. Valorizar e capacitar os<br />

trabalhadores da área da saú<strong>de</strong> é o caminho para se atingir um serviço humanizado.<br />

Teatro Lúdico uma Forma <strong>de</strong> Humanizar<br />

Chiovatto, RD 41<br />

Briones, BS 41<br />

Ignoto, BG 41<br />

Luccas, LAL 41<br />

Villanova, P 41<br />

Ezcurra, TCSP 41<br />

Introdução: a incidência <strong>de</strong> cárie correlacionado a erro alimentar afeta 27% das crianças até 3 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> na população brasileira<br />

segundo o Ministério da Saú<strong>de</strong>, mas pesquisas indicam que esse número po<strong>de</strong> chegar a 81% em populações carentes. Consi<strong>de</strong>rando esses<br />

dados foi realizado um trabalho que visava orientar alimentação e higiene bucal com um viés humanitário. Objetivo: orientar <strong>de</strong> forma lúdicaeeducativa,aimportânciadaalimentaçãocorretaehigienebucala<strong>de</strong>quadaem120crianças<strong>de</strong>2a6anos<strong>de</strong>umacomunida<strong>de</strong>carentematriculadas<br />

numa creche filantrópica <strong>de</strong> Santo André, ABC paulista, no dia 26 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Metodologia: o grupo <strong>de</strong>senvolveu texto utilizando<br />

linguagem simples e compreensível para que pu<strong>de</strong>sse ser bem assimilado pelas crianças sob supervisão da diretoria da creche, orientando<br />

o aspecto educativo na escolha do tema e condução do texto. Foi realizado na instituição um teatro <strong>de</strong> fantoches com materiais cedidos<br />

pela mesma. A apresentação do teatro foi feita pelos membros do grupo, bem como interação com as crianças durante a ativida<strong>de</strong> para melhor<br />

apreensão do conteúdo. Resultado: foi observada intensa interação das crianças durante apresentação mostrando este ser um método<br />

eficaz <strong>de</strong> educar e formar futuros adultos preocupados com a própria saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> consequentemente ter se mostrado um método eficiente<br />

em <strong>de</strong>senvolver o conceito <strong>de</strong> humanização e retomar o vínculo afetivo perdido no transcorrer do <strong>de</strong>senvolvimento técnico-científico da medicina.<br />

Conclusão: o teatro lúdico realizado por acadêmicos mostrou-se eficaz quanto ao aprendizado com relação às preocupações alimentares<br />

e higiene bucal. Atuando como importante ferramenta na formação médica no sentido <strong>de</strong> estreitar laços afetivos entre médico e paciente.<br />

Ativida<strong>de</strong>s que valorizam este elo são importantes ferramentas para a formação do medico <strong>de</strong> uma maneira que o tornam um profissional<br />

mais completo, portanto <strong>de</strong>veriam ser inclusas na gra<strong>de</strong> curricular das faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina.<br />

A Visão Humanística do Aluno na Implantação dos Princípios do SUS Pelos Centros <strong>de</strong><br />

Atenção Psicossocial<br />

Nogueira, TAG 42<br />

Teixeira, MR 42<br />

Zollinger, N 42<br />

Aleixo, PN 42<br />

Domiciano, RAM 42<br />

Marques, TG 42<br />

Introdução: Com a reforma política e social da saú<strong>de</strong> mental no Brasil ocorrida nos últimos anos, à assistência a saú<strong>de</strong> mental<br />

passou do meio hospitalar para o enfoque na reabilitação do paciente, surgindo assim os: Centros <strong>de</strong> Atenção Psicossocial (CAPS), contando<br />

com tratamento diferenciado, como a reabilitação e inclusão social do indivíduo. Este trabalho mostra interações entre as propostas<br />

dos CAPS e os princípios doutrinários do Sistema único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS), sobre o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> medicina, que visitaram<br />

41 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil.<br />

42 Universida<strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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oCAPS.Objetivo: Mostrar através da inserção do graduando em um CAPS, como os princípios dos SUS são abordados. Métodos: Visita<br />

a um CAPS, on<strong>de</strong> observamos a dinâmica <strong>de</strong> acolhimento e reinserção psicossocial. Para confrontar a realida<strong>de</strong> da teoria, iniciou-se a<br />

coleta <strong>de</strong> material sobre o CAPS. Resultados: Po<strong>de</strong>-se dizer que os CAPS reafirmam os três princípios dos SUS: integralida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> o<br />

CAPS acolhe o paciente <strong>de</strong> maneira integral, oferecendo-lhe tratamento psicológico, medicamentoso e oficinas <strong>de</strong> reabilitação, melhorando<br />

assim a saú<strong>de</strong> mental e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida; eqüida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> todos somos indivíduos que <strong>de</strong>vem ser tratados respeitando a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> cada um em seu ciclo saú<strong>de</strong>-doença, principalmente se tratando <strong>de</strong> distúrbios mentais ou <strong>de</strong>pendências químicas; e a universalida<strong>de</strong>,<br />

on<strong>de</strong> todos têm direito ao acolhimento in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da sua etnia ou condição sócio-econômica. Conclusão: Concluímos que no<br />

CAPS é realizado um processo <strong>de</strong> reinserção social on<strong>de</strong> o indivíduo busca e recebe total reabilitação; porém a socieda<strong>de</strong> não está <strong>de</strong>vidamente<br />

livre <strong>de</strong> preconceitos para receber este indivíduo, sendo este excluído por seu histórico, não recebendo oportunida<strong>de</strong>s para a<br />

reintegração ao mercado <strong>de</strong> trabalho. No mo<strong>de</strong>lo atual, muitas observações e reflexões foram feitas, porém ainda é preciso<br />

aprimorara-lás para tentar mudar o perfil <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> que apesar da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> ainda carrega conceitos e valores<br />

ultrapassados, que não condizem com a realida<strong>de</strong>.<br />

Humanização em Saú<strong>de</strong>: Atual Contexto<br />

Silvério, LR 43<br />

Mello, CM 43<br />

Vieira, KA 43<br />

Bo<strong>de</strong>van, M 43<br />

Nishitani, R 43<br />

Vaucher, RO 43<br />

Introdução: a observação criteriosa <strong>de</strong> dados e realida<strong>de</strong>s citadas pelos autores lidos fomenta a constituição <strong>de</strong> pareceres sobre<br />

atuais <strong>de</strong>finições e aplicações <strong>de</strong> humanização e seu íntimo vínculo com as políticas públicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> empregadas atualmente. Objetivos:<br />

analisar a produção científica brasileira com temas relacionados à humanização em saú<strong>de</strong>, integrá-la às atuais políticas públicas referentes<br />

a isso; e, observar criticamente as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implementação do sistema proposto, além <strong>de</strong> elucidar as vantagens <strong>de</strong>ste.<br />

Métodos: examinaram-se 11 artigos, publicados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004 até os dias atuais, selecionados a partir <strong>de</strong> levantamento bibliográfico. Primeiramente,<br />

realizou-se síntese integrativa daqueles para que, então, a análise exploratória fosse comparativa, possibilitando a extração<br />

dos resultados. Resultados: o tema humanização em saú<strong>de</strong> é multifacetado e por isso é que tangencia várias esferas nas quais há a<br />

relação servidor-serviço-receptor. São i<strong>de</strong>ntificados problemas nessa relação: entre as partes (servidor-receptor, servidor-serviço, serviço-receptor)<br />

e como um todo. Nessa, <strong>de</strong>staca-se o problema organizacional o qual reflete longas esperas e ausência <strong>de</strong> regulamentação<br />

palpável. Naquelas, entre o servidor-receptor, nota-se a <strong>de</strong>spersonalização <strong>de</strong>sse e a falta <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> entre ambos. A sobrecarga <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s e a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> instalações corroboram a fragilida<strong>de</strong> servidor-serviço. A dificulda<strong>de</strong> entre serviço e receptor consiste na<br />

burocracia daquele e na falta <strong>de</strong> esclarecimento <strong>de</strong>sse. Conclusões: exatamente pela riqueza <strong>de</strong> interações necessárias a humanização<br />

da saú<strong>de</strong> é que as conclusões as quais se chegam são generalistas. Atentar-nos-emos, então, àquelas fundamentais em primeira instância<br />

à formação <strong>de</strong> profissionais médicos conscientes e agentes <strong>de</strong> melhorias. Nota-se, portanto, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integralizar a assistência,<br />

colocando-a em situação <strong>de</strong> equida<strong>de</strong> para todos. A<strong>de</strong>mais, é indispensável que tal conceito (humanização) não seja estático, visto<br />

que são necessários, além <strong>de</strong> ações que o implemente, monitoramento <strong>de</strong>ssas e dos resultados posteriores, pois, como sabemos, tais políticas,<br />

e mesmo o termo humanização são realizações possíveis somente a longo prazo.<br />

43 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil.<br />

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Por Favor, Falem-me da Morte<br />

Costa, EMA 44<br />

Coleti, HM 44<br />

Marques, HJGG 44<br />

Fonseca, MS 44<br />

Cardoso, MCC 44<br />

Kegel, PVP 44<br />

Introdução: Os Acadêmicos <strong>de</strong> Medicina não são preparados, durante sua formação, para lidarem com a questão da morte <strong>de</strong><br />

seus pacientes. Isso faz com que sintam medo e angústia relacionados à consciência <strong>de</strong> suas próprias limitações diante da terminalida<strong>de</strong><br />

da vida, bem com à idéia <strong>de</strong> que a morte do paciente representa seu fracasso profissional(2). Des<strong>de</strong> cedo, eles são moldados para ver a<br />

morte como “o maior dos adversários”, o qual <strong>de</strong>verá ser sempre combatido e vencido. Sendo assim, <strong>de</strong>param-se também com a frustração<br />

e com a sensação <strong>de</strong> angústia frente à percepção <strong>de</strong> “<strong>de</strong>rrota” (2). Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar as necessida<strong>de</strong>s emocionais <strong>de</strong> um grupo<br />

<strong>de</strong> acadêmicos participantes <strong>de</strong> um estudo longitudinal sobre idosos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, perante a morte <strong>de</strong> um dos pacientes acompanhados.<br />

Metodologia: Grupo <strong>de</strong> discussão e mútua ajuda, com os 13 participantes acadêmicos e os docentes orientadores, permitindo-se livre<br />

expressão e processando-se a análise dos discursos. Resultados: Para aliviar a angústia da perda do primeiro paciente é necessário<br />

dividir esse sentimento com alguém ,criar um espaço para que os estudantes possam conversar sobre as emoções vivenciadas nessa situação.<br />

Os médicos e os estudantes têm que se permitir serem pessoas normais, contar para alguém e elaborar este acontecimento do<br />

seu cotidiano (1,3). Conclusões: As instituições <strong>de</strong>vem proporcionar espaços <strong>de</strong> discussão e reflexão sobre a morte durante a formação<br />

do médico, reforçando o caráter humanístico da profissão (1,3). Os acadêmicos almejam uma nova maneira <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r sobre a morte e<br />

sobre a vida, ao longo do curso, por meio <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> ensino especiais, direcionados às suas dificulda<strong>de</strong>s.<br />

Empatia, Relação Médico-Paciente e Formação em Medicina: um Olhar Qualitativo<br />

Costa, FD 45<br />

Azevedo, RCS 45<br />

Introdução: A Relação Médico-Paciente (RMP) vai além do encontro situacional entre esses dois intérpretes. Estudos sugerem<br />

que a RMP mescla performances técnica e pessoal. Empatia, no contexto médico, remete a sensibilização do médico pelas mudanças<br />

sentidas e refletidas, momento a momento, pelo paciente. Talvez, empatia encontre seu significado mais compreensível na célebre frase<br />

<strong>de</strong> Ambroise Paré: “curar ocasionalmente, aliviar freqüentemente e consolar sempre”. Consi<strong>de</strong>rando que a empatia po<strong>de</strong> enriquecer a<br />

prática médica, por que não se cogitar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ensinar a ser empático, ou se discutir o quão importante a empatia é sob a<br />

ótica <strong>de</strong> docentes do curso <strong>de</strong> medicina. Para isso, este artigo visa abordar, <strong>de</strong> maneira qualitativa, a empatia e a sua importância na<br />

RMP para a formação <strong>de</strong> novos médicos em uma Universida<strong>de</strong> pública e discutir sua transmissibilida<strong>de</strong>. Objetivos: Contextualizar a<br />

presença da empatia na prática médica e docente <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> uma instituição formadora pública, a fim <strong>de</strong> se obter a compreensão<br />

<strong>de</strong>sta habilida<strong>de</strong> como um dos constituintes da Relação Médico-Paciente (RMP). Discutir a possível transmissibilida<strong>de</strong> da empatia.<br />

Método: Optou-se por uma pesquisa qualitativa e transversal cujo arcabouço material para levantar discussões e conclusões advém da<br />

coleta <strong>de</strong> dados via entrevistas semi-estruturadas realizadas com médicos docentes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Campinas (FCM/ UNICAMP). Resultados: Construção <strong>de</strong> 3 Categorias (Trajetória Pessoal, RMP, Empatia) e algumas<br />

observações Conclusões: Atrajetória pessoal para escolha do curso mesclou principalmente aspectos afetivos e cognitivos e em menor<br />

monta, contextuais. Esses atributos possuem pesos distintos com relação a escolha da especialida<strong>de</strong> e da docência. Atransmissibilida<strong>de</strong><br />

da empatia na formação <strong>de</strong> novos médicos foi apontada mais no contexto do mo<strong>de</strong>lo oferecido, no papel do “exemplo”, sendo<br />

fortemente influenciada por características <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> e biografia<br />

44 Universida<strong>de</strong> Severino Sombra, Vassouras, RJ, Brasil.<br />

45 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

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Sessões Interativas em Educação Permanente em Saú<strong>de</strong> –SIEPS: Humanizando o<br />

Atendimento: Ouvindo e Cuidando da Pessoa<br />

Ezequiel, MCDG46 Pontes, MAG46 Bittencourt, SVS46 Carstens, LA46 Christ, RCC46 Vieira, SM47 Introdução: A Política Nacional <strong>de</strong> Humanização-HumanizaSUS vigente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003 vem abrir um campo, trazer aos olhos e<br />

ouvidos dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a função “CUIDAR”- empatia, solidarieda<strong>de</strong>, escuta, liberda<strong>de</strong>, direito <strong>de</strong> escolha e <strong>de</strong>cisão participativa,<br />

investimento em qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (DESLANDES,2006). A Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis/Faculda<strong>de</strong> Arthur Sá Earp<br />

Neto (FMP/FASE) investe nas SIEPS e no cuidado da pessoa. Objetivos: Escutar e perceber a importância <strong>de</strong> saberes populares, valores<br />

e cultura; Tornar o usuário (U) agente ativo do seu cuidado, promotor <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong>; I<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong> forma apreciativa e estimular capacida<strong>de</strong>s<br />

e potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> usuários. Método: As SIEPS são sessões em que <strong>de</strong> forma multiprofissional e interdisciplinarmente discutem-se<br />

casos <strong>de</strong> pacientes da comunida<strong>de</strong>. Eles são trazidos por quaisquer dos membros das 5 equipes <strong>de</strong> USF geridas pela FMP/FASE<br />

seja <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m biológica, social, psicológica. Após ouvirmos os relatores: estudantes, médico, enfermeiro e agente comunitário, docentes<br />

envolvidos trazemos o paciente e/ ou seus familiares para a roda. Ele se abre, conta suas dificulda<strong>de</strong>s, dúvidas, <strong>de</strong>sesperos, gostos, vonta<strong>de</strong>s<br />

e expectativas <strong>de</strong>sse encontro. As condutas e plano <strong>de</strong> cuidado, elaborados por todos, são ajustados às características e necessida<strong>de</strong>s<br />

da pessoa. Resultados: Foram 91 sessões discutidas com a presença do paciente e ou familiares, criando e estreitaram vínculos protagonizando<br />

os sujeitos e intersubjetivida<strong>de</strong>. Algumas frases: “Ótimo, pois a assistência à saú<strong>de</strong> melhora muito” (U1) “Sim, trouxe benefícios”<br />

(U2) “(...) não tive atenção e cuidado em nenhum hospital como a que tive na sessão”(U3). “Ótimo. Demonstra interesse por<br />

nossa saú<strong>de</strong> e bem-estar” (U4) “Acho que é bom (...) fazer isso melhora as ações do serviço(...).”(U5) Consi<strong>de</strong>rações Finais: Percebemos<br />

com as SIEPS que o CUIDADO vai muito além <strong>de</strong> diagnosticar e tratar. Vivenciando as dificulda<strong>de</strong>s, inseguranças, conseguimos nos<br />

aproximar mais dos usuários e tê-los sempre por perto, acolhendo-os e lhes dando apoio e respeito.<br />

Narradores <strong>de</strong> Passagem<br />

Abreu, LA 48<br />

Antonio, MR 48<br />

Jaskonis, SR 48<br />

Kaczorowski, E 48<br />

Introdução: com o passar dos tempos, nossa socieda<strong>de</strong> foi per<strong>de</strong>ndo a capacida<strong>de</strong> ritual, <strong>de</strong>ixamos nossos doentes para os hospitais<br />

e nossos mortos para as funerárias cuidarem, porque a idéia da morte é encarada com disfarçado terror, o que faz com que haja<br />

uma tentativa <strong>de</strong> isolar essa complexa passagem do convívio das pessoas saudáveis e, nessa tentativa, são afastados os doentes, principalmente<br />

os terminais, mas isso não ocorre apenas com a passagem da morte, ela é apenas a mais complexa. Objetivos: contribuir para<br />

a humanização do ambiente hospitalar, resgatar a função social da arte e colocar em questão a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações solidárias e voluntárias<br />

na construção <strong>de</strong> uma mo<strong>de</strong>rna comunida<strong>de</strong>. Métodos: visitas <strong>de</strong> narradores voluntários para narrarem histórias <strong>de</strong> passagem em<br />

hospitais, casas <strong>de</strong> repouso e instituições congêneres às pessoas que estão envolvidas nas principais passagens. Resultados: em 2005 foram<br />

criadas narrativas com o tema da morte, em 2006, apesar da resistência por parte dos hospitais, iniciou o trabalho em campo e hoje<br />

são 30 narradores atuantes, 20 em formação e uma lista com 47 instituições a espera <strong>de</strong> novos narradores. Conclusões: A arte do narrador<br />

teve seu auge no passado e agora aponta para o futuro que, neste presente, começa impor sua necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compartilhar experiências<br />

verda<strong>de</strong>iramente humanas, num local carente <strong>de</strong> contato humano e que dialoga com seu publico sobre o momento que ele está<br />

passando; assim uma pergunta rompe o silêncio - o ouvinte se emociona com a história ou com o contato humano estabelecido? - essa<br />

pergunta não po<strong>de</strong>rá ser integralmente respondida no tempo presente porque há muito a ser experimentado e refletido nesse campo,<br />

mas po<strong>de</strong>mos começar a enfrentar essa questão, refletindo e pesquisando para agregar experiências nessa trajetória.<br />

46 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

47 Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

48 Instituto Narradores <strong>de</strong> Passagem, Santo André, SP, Brasil.<br />

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Estratégias <strong>de</strong> Inserção da Subjetivida<strong>de</strong> do Paciente na Aprendizagem da Anamnese Na<br />

ESCS-DF<br />

Paranaíba, VF49 Balduino, PM49 Palis, FP49 Almeida, HO49 Trinda<strong>de</strong>, EMV49 Introdução: Asnovasdiretrizescurricularesparaoscursos<strong>de</strong>medicina valorizam o aprimoramento do ensino da comunicação<br />

medica. Nesse contexto verificou-se a importância <strong>de</strong> abordar a subjetivida<strong>de</strong> do paciente como instrumento para uma melhor relação<br />

médico-paciente, que objetiva o vínculo, a a<strong>de</strong>são ao tratamento e a maior fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong> das informações prestadas. No antigo roteiro<br />

<strong>de</strong> anamnese da ESCS a perspectiva do paciente não era abordada <strong>de</strong> forma sistemática. A literatura e a observação do contexto acadêmico<br />

revelam a freqüente <strong>de</strong>svalorização do paciente nas suas dimensão biopsicossociais. Objetivo: avaliar se a inserção, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008,<br />

do item “Perspectiva do paciente sobre a doença” no roteiro <strong>de</strong> anamnese da ESCS, contribui para melhorar a relação estudante-paciente.<br />

Metodologia: trata-se <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong>scritivo e transversal baseado na aplicação <strong>de</strong> um questionário estruturado <strong>de</strong> acordo com a escala<br />

<strong>de</strong> Likert. Aamostra <strong>de</strong> conveniência foi constituída por 60 estudantes das três primeiras séries. Resultados: 69% dos estudantes sentem-se<br />

freqüentemente à vonta<strong>de</strong> para perguntar sobre as perspectivas do paciente. 52,7% acham que as perguntas sobre a perspectiva<br />

do paciente freqüentemente funcionam como um recurso <strong>de</strong> aproximação e 49,1% avaliam que freqüentemente propiciam condições<br />

para o aperfeiçoamento da comunicação com o paciente. 56,4% consi<strong>de</strong>ram que essas questões freqüentemente favorecem sua habilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> empatia. Amaioria dos estudantes (41,8%) acredita que as questões frequentemente propiciam ao paciente a livre expressão <strong>de</strong><br />

sentimentos, 36,4% avaliaram que isso ocorre apenas algumas vezes. Por fim, 47,3% dos estudantes raramente se sentem preparados<br />

para acolher o paciente diante dos sentimentos mobilizados ao falar sobre suas perspectivas. Conclusão: O estudo mostrou-se<br />

relevante gerando subsídios pedagógicos importantes para o melhor <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s comunicacionais e afetivas no<br />

estudante. Por outro lado, a simples utilização do instrumento não garante que o estudante tenha <strong>de</strong>senvolvido as competências<br />

necessárias para o estabelecimento <strong>de</strong> uma boa relação estudante-paciente.<br />

Procura - a Arte Dda Vida: Construção <strong>de</strong> Um Projeto <strong>de</strong> Humanização Por Estudantes<br />

<strong>de</strong> Medicina]<br />

Borges, CR 50<br />

Bertolini, PA 50<br />

Staziaki, PV 50<br />

Santos, MCR 50<br />

Neves, NN 50<br />

Azevedo, ER 50<br />

Introdução: O trabalho <strong>de</strong>screve a construção <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> humanização por estudantes <strong>de</strong> medicina. Objetivo: Elaborar<br />

um conceito coerente <strong>de</strong> humanização, com abrangências teórica e prática e construir um ou mais mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> extensão que<br />

possam cumprir um papel realmente humanizador. Métodos: Aconstrução do ProCura ocorreu do segundo semestre <strong>de</strong> 2008 até o presente<br />

momento por estudantes do segundo e terceiro período do curso <strong>de</strong> medicina. Nesse período, houve 13 reuniões ordinárias, <strong>de</strong><br />

abordagem construtivista valorizando a participação <strong>de</strong> cada membro. Discutiu-se o que estaria ao alcance do estudante para tornar a<br />

prática médica mais humana e <strong>de</strong>cidiu-se usar a arte para exercitar a alterida<strong>de</strong> em ativida<strong>de</strong>s coletivas. Experimentaram-se 4 reuniões<br />

<strong>de</strong> discussão literária (um livro por encontro), clube <strong>de</strong> leitura, 3 meses <strong>de</strong> aula <strong>de</strong> Clown e <strong>de</strong> contadores <strong>de</strong> história, clube <strong>de</strong> cinema,<br />

organização <strong>de</strong> seminário sobre humanização durante o pré-<strong>COBEM</strong> 2008 (realizado pelo diretório acadêmico) e composição <strong>de</strong> textos<br />

para o jornal do diretório acadêmico. Em <strong>2009</strong>, houve a fusão do projeto com o estágio <strong>de</strong> Medicina e Arte da universida<strong>de</strong>. Resultados:<br />

49 Escola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

50 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

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Os estudantes apresentaram maior capacida<strong>de</strong> perceptiva para questões relacionadas com a humanização na saú<strong>de</strong> e maior empo<strong>de</strong>ramento<br />

para influenciar essa realida<strong>de</strong>, tanto que elaboraram um documento on<strong>de</strong> estão previstos os motivos, objetivos e as construções<br />

teóricas do projeto. A arte serviu <strong>de</strong> aliada e, ao mesmo tempo, <strong>de</strong> contraponto à visão biologicista para aumentar o entendimento do<br />

Outro. Foi escrito, submetido e recentemente aprovado oprojetojuntoao<strong>de</strong>partamento<strong>de</strong>clínicamédica.Conclusão: Apesar das<br />

inúmeras dificulda<strong>de</strong>s encontradas, a construção crítica e ativa <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> humanização no ensino médico mostrou-se<br />

indispensável, pois propiciou, além da produção física <strong>de</strong> um Plano <strong>de</strong> Trabalho competente, crescimento individual e coletivo para os<br />

participantes.<br />

Relato da Experiência <strong>de</strong> Orientar Alunas do Internato do Curso <strong>de</strong> Medicina Numa<br />

Linha <strong>de</strong> Pesquisa Sobre Humanização em Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva Neonatal<br />

Pereira, SMP 51<br />

Santos, AVR 51<br />

Carmo, APAC 51<br />

Venâncio, LT 51<br />

Cardoso, LMB 51<br />

Ma<strong>de</strong>r, MS 51<br />

Introdução: nos atuais currículos dos cursos <strong>de</strong> medicina há tendência à supervalorização do aperfeiçoamento técnico-científico.<br />

E necessário avaliar-se a introdução <strong>de</strong> estratégias pedagógicas voltadas para humanização, com aprimoramento da relação médico-paciente,<br />

particularmente a escuta ao paciente. Objetivo: relatar experiência <strong>de</strong> orientar alunas do internato do curso <strong>de</strong> Medicina<br />

da Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, no Hospital dos Servidores do Estado, Rio <strong>de</strong> Janeiro, referência para Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS),<br />

numa linha <strong>de</strong> pesquisa sobre Humanização em Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Métodos: selecionadas seis alunas<br />

para participarem <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> Iniciação Científica cujo objetivo é acompanhar ação <strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> apoio institucional a famílias <strong>de</strong> recém-nascidos<br />

internados em UTIN, durante internação das crianças, consi<strong>de</strong>rando-se que este ambiente po<strong>de</strong> ser intimidador, reforçando<br />

sensação <strong>de</strong> perda da família com nascimento <strong>de</strong> uma criança prematura, afastada dos pais, sob risco <strong>de</strong> vida, necessitando tratamento.<br />

O grupo <strong>de</strong> apoio, formado por oito pais/mães, uma médica neonatologista e uma assistente social reuniu-se duas vezes por semana<br />

durante um mês, em oito encontros. Temas discutidos: dúvidas sobre afecções clínicas e tratamento instituído às crianças e dificulda<strong>de</strong>s<br />

financeiras para pais comparecerem ao hospital diariamente. As alunas observaram dinâmica do grupo e, ao término, registraram<br />

por escrito suas observações. Resultados: observação e registro da dinâmica entre os atores: expressão corporal, postura, olhares,<br />

gestos, tons <strong>de</strong> voz, silêncios, expressões <strong>de</strong> emoções como tristeza, medo, preocupação, raiva, alegria e os diálogos. Realizada discussão<br />

da leitura dos textos elaborados pelas alunas, com a médica orientadora. As alunas <strong>de</strong>monstraram capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> observação e<br />

sensibilida<strong>de</strong> para perceberem as dificulda<strong>de</strong>s e emoções das famílias e avaliaram esta ativida<strong>de</strong> como <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escuta ao paciente. Conclusões: ativida<strong>de</strong> mostrou-se ferramenta importante para aprimorar<br />

relação médico-paciente e contribuir para formar médicos aptos a prestarem assistência humanizada, segundo preceitos do SUS.<br />

Projeto Aproxime<br />

Lima, DC 52<br />

SJúnior,JG 52<br />

Vieira, AC 52<br />

Introdução: o projeto levou aos moradores <strong>de</strong> um assentamento sem-terra <strong>de</strong> Cuiabá informações sobre doenças (diabetes, DSTs,<br />

obesida<strong>de</strong>, hipertensão, parasitoses e noções <strong>de</strong> higiene), realizando exames básicos como aferimento <strong>de</strong> pressão e dosagem <strong>de</strong> glicose sanguínea.<br />

Visa humanizar os acadêmicos <strong>de</strong> Medicina mostrando-os a realida<strong>de</strong>. Objetivos: levar informações ligadas à saú<strong>de</strong>, melhorando a<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Ao acadêmico, foi <strong>de</strong>monstrada a importância da humanização na sua formação e gerando a união dos acadêmicos, que<br />

juntos po<strong>de</strong>m contribuir mais para a socieda<strong>de</strong>. Métodos: <strong>de</strong>senvolvido por acadêmicos <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato<br />

51 Hospital dos Servidores do Estado, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil ; Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

52 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil.<br />

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Grosso, do 1º ao 3º anos, ligados ao Centro Acadêmico e Ligas Acadêmicas. Supervisionados por médico e enfermeiros e apoiados pela Prefeitura<br />

<strong>de</strong> Cuiabá, <strong>de</strong>senvolveram o projeto levando ao assentamento informações através <strong>de</strong> formas lúdicas (teatro, música e palestras), facilitando<br />

o entendimento. Foi <strong>de</strong>senvolvido um trabalho <strong>de</strong> prevenção/triagem <strong>de</strong> Hipertensão, diabetes e traumas do trabalho rural através <strong>de</strong><br />

aferimento <strong>de</strong> pressão, coleta <strong>de</strong> sangue para resultado imediato da glicemia e a<strong>de</strong>quação da postura corporal no trabalho rural. Resultados:<br />

obteve-se gran<strong>de</strong> interesse por parte da população local, boa assimilação do conteúdo apresentado ao contexto diário, gerando a consciência<br />

<strong>de</strong> propagar tais informações e fazê-las presentes na realida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>. Constatou-se, através da triagem, a propensão da população a<br />

hipertensão e diabetes, sendo realizado alertas, orientações e encaminhamentos <strong>de</strong>ssas pessoas. Ao acadêmico, ficou a importância do direito<br />

ao acesso universal à saú<strong>de</strong> e o aspecto humanitário que tal projeto <strong>de</strong>monstrou. Conclusão: o projeto <strong>de</strong> extensão “Aproxime” levou a uma<br />

população que não tinha contato com equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> há 6 meses informações importantes sobre temas básicos necessários para a sua qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida, além da triagem feita. Os acadêmicos viram-se como importantes modificadores da socieda<strong>de</strong> através da boa aceitação do trabalho<br />

realizado por parte daquela população.<br />

O Ensino <strong>de</strong> Humanida<strong>de</strong>s na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Santa Casa <strong>de</strong> São Paulo<br />

Dissertação <strong>de</strong> Mestrado<br />

Kertzman, NTSM 53<br />

Ribeiro, MCSA 53<br />

Introdução: as diretrizes curriculares para o curso <strong>de</strong> medicina, lançadas em 2001, preconizam a formação humanizada dos médicos.<br />

No entanto, em sua maioria, os currículos ainda são baseados no mo<strong>de</strong>lo biomédico. Objetivos: analisar as disciplinas <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong>s<br />

e as que se relacionam ao ensino para a prática médica humanizada na graduação da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Santa<br />

Casa<strong>de</strong>SãoPaulopormeiodocurrículoformal.Métodos: foi realizada pesquisa qualitativa através da análise dos programas curriculares.<br />

De acordo com o conteúdo foram selecionadas disciplinas <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong>s e que interagem com as ciências humanas. Foi <strong>de</strong>lineada<br />

a distribuição <strong>de</strong>ssas disciplinas na graduação e foram analisados os objetivos, métodos <strong>de</strong> ensino e critérios <strong>de</strong> avaliação. Resultados:<br />

foram encontradas <strong>de</strong>z disciplinas <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong>s ou que interagem com ciências humanas que se concentram nos primeiros<br />

anos da graduação, com objetivos relacionados à prática médica humanizada. Os métodos <strong>de</strong> ensino são heterogêneos: a maior parte<br />

articula o ensino e a prática e se preocupa com integração multidisciplinar; algumas centram o ensino no conteúdo; apenas uma articula<br />

conteúdo com <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e auto-aprendizagem. Em relação à avaliação, a prova é o método mais valorizado.<br />

Conclusões: a FCMSCSP não sofreu alterações radicais <strong>de</strong> seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino como muitas escolas médicas brasileiras, embora seu<br />

currículo contemple um número relativamente maior <strong>de</strong> disciplinas relacionadas às humanida<strong>de</strong>s. A maior concentração <strong>de</strong>stas disciplinas<br />

nos primeiros anos <strong>de</strong> graduação po<strong>de</strong>m interferir negativamente na formação humanizada dos alunos. Os novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

ensino enfatizam a formação humanista dos alunos. As mudanças <strong>de</strong>vem emergir internamente na escola através da mo<strong>de</strong>rnização dos<br />

métodos <strong>de</strong> ensino das disciplinas, do processo avaliativo e da integração interdisciplinar. O ensino <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s para a prática humanizada<br />

da medicina <strong>de</strong>ve se tornar um objetivo claro da escola médica ao longo <strong>de</strong> toda a graduação.<br />

A Formação Humanística Dentro das Novas Diretrizes Curriculares Nacionais: Reflexões<br />

Sobre a Formação do Estudante <strong>de</strong> Medicina Frente ao Paciente Terminal Oncológico<br />

Mansur, M 54<br />

Novaes, MM 54<br />

Teixeira, LS 54<br />

Introdução: Quando os estágios extracurriculares ocorrem em enfermarias oncológicas, muitas questões mobilizam o estudante<br />

quanto ao seu papel no cuidado ao paciente terminal. Infelizmente, é nesse cenário que o mo<strong>de</strong>lo biomédico tecnicista está mais presente<br />

e revela-se incompatível com a humanização da prática médica. As reformas curriculares têm valorizado a formação humanística,<br />

crítica e reflexiva comprometida com as necessida<strong>de</strong>s das pessoas. Percebe-se ainda uma gran<strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong> dos preceptores nas abordagens<br />

psicossociais. Como os estudantes enfrentam essa realida<strong>de</strong>? Ficando insensíveis? Escolhendo outras áreas? O que sente com a<br />

morte do paciente? Apreparação é possível? Como ela po<strong>de</strong> ser trabalhada na formação? Objetivos: Apresentar uma reflexão crítica da<br />

53 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Santa Casa <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

54 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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vivência <strong>de</strong> estudantes do 5º período em um estágio <strong>de</strong> oncologia; discutir os sentimentos envolvidos e sugerir caminhos que possam<br />

contribuir para o enfrentamento <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong>. Métodos: Atécnica da observação participante foi utilizada com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r<br />

sentimentos e comportamentos dos doentes oncológicos e equipe. O período <strong>de</strong> observação foi <strong>de</strong> 6 (seis) meses. Resultados:<br />

O processo <strong>de</strong> humanização <strong>de</strong>veria começar pela estrutura física. A individualida<strong>de</strong> do paciente não é respeitada. A privacida<strong>de</strong> e a<br />

companhia <strong>de</strong> pessoas próximas po<strong>de</strong>riam promover a melhora psíquica dos mesmos.Há o <strong>de</strong>spreparo da maioria dos profissionais<br />

para lidar com situações <strong>de</strong> sofrimento e morte. A medicalização excessiva aparece como sintoma <strong>de</strong>ssa impotência, pois muitos pacientes<br />

morrem sozinhos na UTI ou mesmo nas enfermarias. A morte ocorre em condições <strong>de</strong> abandono e precarieda<strong>de</strong>, muito distante<br />

daquilo que po<strong>de</strong>ríamos <strong>de</strong>nominar como humanizada. Os estudantes sofrem <strong>de</strong> diferentes maneiras e muitas vezes não compartilha<br />

seus sentimentos. Conclusões: É o confronto experiencial que oportuniza a vivência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> sofrimento e morte. Nesse sentido,<br />

não é possível uma preparação. A elaboração emocional <strong>de</strong>ssas experiências em grupos <strong>de</strong> discussão durante a vida acadêmica po<strong>de</strong><br />

contribuir para o enfrentamento <strong>de</strong>ssas realida<strong>de</strong>s.<br />

Prevalência <strong>de</strong> Traços <strong>de</strong> Personalida<strong>de</strong> Entre os Estudantes <strong>de</strong> Medicina na Percepção<br />

Subjetiva <strong>de</strong> Seus Pares<br />

Mendonça, ME 55<br />

Machado, RR 55<br />

Moreira, RK 55<br />

Teixeira, DA 55<br />

Introdução: Com o crescente interesse pela transformação do currículo das escolas <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>vido à importância da humanização<br />

nas próximas gerações médicas, a subjetivida<strong>de</strong> dos estudantes torna-se relevante objeto <strong>de</strong> investigação nesta direção, incluindo<br />

neste processo a percepção dos próprios estudantes. Objetivos: O objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi avaliar quais os traços <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> maior prevalência entre os estudantes <strong>de</strong> medicina segundo a percepção e o entendimento dos próprios estudantes numa perspectiva<br />

analítica. Metodologia: O material foi produzido a partir da análise <strong>de</strong> 12 relatórios feitos em grupo pelos estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

respon<strong>de</strong>ndo uma pergunta aberta, após temas estudados <strong>de</strong> psicanálise, <strong>de</strong>senvolvimento infantil, estratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, caráter e personalida<strong>de</strong>.<br />

Resultados: 83,33% assinalaram o Caráter Controlador-Psicopata como o traço mais comum, justificando como “Em relação<br />

ao paciente, o comportamento é <strong>de</strong> superiorida<strong>de</strong>”, “ paternalista, como se o estudante fosse o ‘salvador’, a única esperança do paciente”,<br />

“ atitu<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> controle, manipulação e domínio comumente encontrada nos médicos, favorecida pela situação <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong><br />

dos pacientes”. Em segundo lugar o traço rígido do Caráter Fálico- Edipiano/Histérico com 75% votos, “ é alguém que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo,<br />

tornou-se competitivo, preocupado com o <strong>de</strong>sempenho na tentativa <strong>de</strong> obter reconhecimento” “É perfeccionista, dotado <strong>de</strong> autocrítica<br />

severa e extremamente vaidoso”, e em terceiro do Carente-Oral com 66,7 % “Vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> agradar os outros, ser aceito pela família... ”<br />

Conclusão: Apartir da análise <strong>de</strong>stes relatórios, tendo em vista as atuais propostas <strong>de</strong> mudanças curriculares, a maior humanização da<br />

medicina, que está diretamente conectada com a relação médico paciente, passa pela questão da saú<strong>de</strong> mental dos estudantes,<br />

necessitando a escola dar maior enfoque na subjetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes, facilitando sua percepção <strong>de</strong> seus traços <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> narcísicos<br />

sejam anais, edipianos ou orais, apren<strong>de</strong>ndo mais sobre sua singularida<strong>de</strong> e sobre as possíveis conseqüências disto no<br />

cuidar/<strong>de</strong>scuidar <strong>de</strong> si e dos outros.<br />

A Humanização do Trabalho Docente Durante a Implementação <strong>de</strong> Métodos Ativos <strong>de</strong><br />

Ensino Aprendizagem<br />

Silva, RHA 56<br />

Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais recomendam a implantação <strong>de</strong> métodos ativos <strong>de</strong> ensino aprendizagem, centrados<br />

no estudante. Esta mudança <strong>de</strong> paradigma educacional pressupõe uma revisão do trabalho e da postura docente. Durante a implementação<br />

existem professores que apresentam maior resistência aos fatores agressores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ados e criam alternativas para controlar<br />

os <strong>de</strong>safios e respon<strong>de</strong>r às dificulda<strong>de</strong>s, reagindo às adversida<strong>de</strong>s e mostrando-se capazes <strong>de</strong> recuperar-se das agressões sofridas<br />

55 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

56 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil ; Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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tendo seu estresse diminuído. Objetivos: Investigar a compreensão dos professores sobre o processo <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> métodos<br />

ativos <strong>de</strong> ensino aprendizagem e a mudança do papel docente. Métodos: Tratou-se <strong>de</strong> uma análise <strong>de</strong> pesquisa avaliativa utilizando as<br />

abordagens <strong>de</strong> pesquisa qualitativa que preten<strong>de</strong> se aproximar <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecê-la. (MINAYO;<br />

SANCHES, 1993). Resultados: Aanálise apontou como núcleos temáticos o entendimento do que são métodos ativos <strong>de</strong> ensino aprendizagem,<br />

a atuação docente neste processo, o sentimento <strong>de</strong> agressões sofridas e a humanização <strong>de</strong>ste “novo” papel <strong>de</strong>sempenhado<br />

pelo professor. Interessantemente o conceito <strong>de</strong> humanização das condições <strong>de</strong> trabalho nesta nova perspectiva apareceram fortemente<br />

nos relatos dos professores. Conclusões: A modificação dos processos educacionais não po<strong>de</strong> prescindir da humanização do trabalho<br />

docente com a criação <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> capacitação, apoio e discussão <strong>de</strong>ste novo papel a ser <strong>de</strong>sempenhado.<br />

Medicina e Música: a Expansão <strong>de</strong> um Projeto <strong>de</strong> Sucesso<br />

Ferraz, LMF57 Soares, GP57 Batista Junior, FFA57 Teixeira, ACV57 Silva, RL57 Introdução: O tema “Humanização em Saú<strong>de</strong>” é bastante abordado atualmente, sendo muitas as alternativas propostas para<br />

sua aplicação. Ligados pelo gosto à arte e imbuídos pelo <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> contribuir <strong>de</strong> forma mais ativa e inovadora no processo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>-doença,<br />

estudantes <strong>de</strong> medicina da UFRN iniciaram um projeto para levar música aos hospitais. O projeto <strong>de</strong>nominado “Medicina e Música”<br />

teve início em novembro <strong>de</strong> 2007, em um hospital oncológico. Em <strong>2009</strong>, uma parceria feita com o projeto “Música para todos” da<br />

Escola <strong>de</strong> Música da UFRN (EMUFRN) tem colaborado para a expansão dos projetos para outros hospitais. Objetivos: Expor as experiências<br />

musicais realizadas no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) e Hospital Dr. Luiz Antônio (HLA) em Natal/RN. Métodos:<br />

As ativida<strong>de</strong>s do projeto consistem em apresentações musicais realizadas pelo regional Choro no Soro (composto pelos autores)<br />

com formação: flauta, saxofone, violão, cavaquinho e pan<strong>de</strong>iro ou por algum grupo da EMUFRN. As apresentações são alternadas entre<br />

as instituições, havendo uma ativida<strong>de</strong> por semana, duram em média 1h30, após há contato mais próximo com os pacientes, acompanhantes<br />

e equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Durante a execução das músicas, é estimulada a participação dos ouvintes. Algumas ativida<strong>de</strong>s merecem<br />

<strong>de</strong>staque como: o Natal do HLAem 2008 e o São João do HUOLem <strong>2009</strong> que além da música houve distribuição <strong>de</strong> brin<strong>de</strong>s e realização<br />

<strong>de</strong> bingos para os pacientes. Resultados: Na avaliação das ativida<strong>de</strong>s realizadas <strong>de</strong>stacam-se: diminuição do sofrimento dos pacientes,<br />

tornando a internação mais agradável, melhoria da ambiência hospitalar, aumento <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> Medicina envolvidos. O projeto<br />

mostrou-se também como ativida<strong>de</strong> efetiva para os estudantes <strong>de</strong> Música, pois permitiu a vivência da formação <strong>de</strong> platéia.<br />

Conclusões: Com o sucesso do projeto, conclui-se que a música é uma importante ferramenta na educação médica, como forma <strong>de</strong><br />

integração entre estudantes, abordagem ao paciente e <strong>de</strong> humanização em saú<strong>de</strong>.<br />

Humanização da Relação Médico-Paciente: é Algo Que se Possa Ensinar?<br />

Couto, CRO 58<br />

Introdução: O ensino da prática médica humanizada tem se constituído num <strong>de</strong>safio para as escolas que preten<strong>de</strong>m a<strong>de</strong>quar<br />

seus princípios e metodologias às Diretrizes Curriculares <strong>de</strong> 2001. Objetivo: Este trabalho buscou refletir sobre os limites e avanços do<br />

ensino da humanização a partir das representações sociais <strong>de</strong> docentes e alunos <strong>de</strong> uma escola médica do nor<strong>de</strong>ste brasileiro, tendo<br />

como norte a Teoria das Representações Sociais <strong>de</strong> Moscovici. Método: Constituiu-se <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> campo, com abordagem qualitativa,<br />

on<strong>de</strong> 4 grupos focais <strong>de</strong> docentes e alunos discutiram como tem sido a vivência do ensino proposto pela integração curricular, motivados<br />

pela disponibilização <strong>de</strong> uma situação problema. A metodologia <strong>de</strong> análise foi a Análise <strong>de</strong> Conteúdo <strong>de</strong> Bardin, sendo o tema<br />

humanização responsável pela classe temática mais freqüente nos grupos e o recorte analisado neste trabalho. Resultado: As representações<br />

encontradas no discurso dos docentes expressam que a boa relação médico-paciente tornou-se rara, que possuem dúvidas em re-<br />

57 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

58 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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lação ao ensino da humanização e que os alunos <strong>de</strong>svalorizam as ciências humanas. Apontam como solução o ensino através da prática<br />

por docentes que tenham <strong>de</strong>senvolvido estas habilida<strong>de</strong>s e a revisão dos conteúdos teóricos <strong>de</strong> humanização. Quanto aos discentes,<br />

existem representações <strong>de</strong> que o ensino da humanização não está relacionado a módulos e sim a alguns docentes que <strong>de</strong>tém essa habilida<strong>de</strong>,<br />

que o ensino teórico da humanização é absolutamente dispensável e que frequentemente o paciente é tratado <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sumana<br />

em prol do ensino. Conclusão: Conclui-se que é necessária uma profunda reflexão sobre a distância estabelecida entre os conteúdos das<br />

ciências humanas (eixos horizontais) e os eixos técnicos científicos dos currículos médicos, pois docentes e discentes encontram-se<br />

insatisfeitos, vivenciando sentimentos paradoxais em relação às teorias e diretrizes que versam sobre humanização, o que faz emergir<br />

representações <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrença na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formar médicos com esta habilida<strong>de</strong>.<br />

O Cinema no Cenário da Humanização da Educação Médica<br />

Borges, CR59 Furtado, VF59 Cenci, J59 Pina, FK59 Adriazola, IO59 Staziaki, PV59 Introdução: ao ingressar no curso <strong>de</strong> Medicina, o acadêmico muitas vezes abdica <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s artísticas <strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>dicação<br />

quase sempre integral que o curso exige. Para aten<strong>de</strong>r essa carência, surgiu,<strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> alunos, a idéia <strong>de</strong> formar um clube <strong>de</strong> cinema<br />

como uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Extensão. Objetivos: trazer ao ambiente médico, ainda durante a vida acadêmica, a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discutir situações médicas e não-médicas,com ênfase nos elementos humanísticos, através da ótica do cinema. Métodos:<br />

foram feitas reuniões da equipe para seleção,exibição e discussão dos filmes previamente sugeridos ,além da preparação das fichas<br />

técnicas. A escolha dos filmes foi feita <strong>de</strong> acordo com sua importância histórica, temática, estética e <strong>de</strong> seu potencial reflexivo. A partir<br />

<strong>de</strong> abril <strong>de</strong> <strong>2009</strong> foram feitas exibições quinzenais <strong>de</strong> filmes e palestra sobre a história do cinema em auditório. Após os filmes foram<br />

conduzidas discussões sobre os aspectos reflexivos relacionados aos temas abordados em cada filme, bem como os aspectos artísticos.<br />

Resultados: o clube <strong>de</strong> cinema permitiu ao estudante <strong>de</strong>spertar o interesse pela discussão crítica e reflexiva dos filmes exibidos. As ativida<strong>de</strong>s<br />

propiciaram, acima <strong>de</strong> tudo, enriquecimento cultural, bem como permitiu o resgate <strong>de</strong> interesses artísticos, <strong>de</strong>ntro do ambiente<br />

acadêmico.Porém,<strong>de</strong>vido ao caráter inédito e inovador,<strong>de</strong>ntre outros fatores, <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong>, o número <strong>de</strong> freqüentadores foi pequeno<br />

e pouco participativo. Conclusões: foi dada aos frequentadores e aos coor<strong>de</strong>nadores do projeto a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliar a visão <strong>de</strong><br />

mundo por meio do cinema. As limitações encontradas propiciaram reflexões a respeito das mudanças a serem feitas nos próximos<br />

ciclos <strong>de</strong> exibições. Optou-se por adotar outras estratégias <strong>de</strong> discussão dos temas a fim <strong>de</strong> conquistar um público mais cativo. O projeto<br />

mostrou-se promissor e as ações dos coor<strong>de</strong>nadores serão focadas em sua continuida<strong>de</strong>.<br />

Projeto Médicos do Riso: Relato <strong>de</strong> Uma Experiência em Humanização<br />

Lana, V 60<br />

Bal<strong>de</strong>z, CS 60<br />

Souza-Neto, I 60<br />

Alvim, RC 61<br />

Gotar<strong>de</strong>lo, DR 61<br />

Introdução: a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> enfatiza não ser esta somente ausência <strong>de</strong> doença, mas o estado <strong>de</strong> bem estar físico, psíquico,<br />

social e espiritual, num meio ambiente equilibrado e sustentável (OMS). Está em pauta, até como resgate <strong>de</strong> valores indispensáveis ao<br />

viver e às práticas profissionais, a preocupação <strong>de</strong> significativo contingente <strong>de</strong> profissionais com: 1) crença no ser humano e no seu valor;<br />

2) incentivo a comportamentos na prática da assistência, como solidarieda<strong>de</strong>, tolerância, compreensão e apoio; 3) percepção da rela-<br />

59 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

60 Instituto Metropolitano <strong>de</strong> Ensino Superior, Ipatinga, MG, Brasil.<br />

61 Faculda<strong>de</strong> da Saú<strong>de</strong> e Ecologia Humana, Vespasiano, MG, Brasil.<br />

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ção profissional-paciente como uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem, mas também <strong>de</strong> troca, afeto, interação e prazer. Devido a essa<br />

complexida<strong>de</strong>, profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> precisam estar preparados para conhecer, i<strong>de</strong>ntificar e abordar todas essas dimensões do ser humano<br />

e da própria vida. Objetivo: construir e implementar o projeto <strong>de</strong>nominado “Médicos do Riso” com atitu<strong>de</strong>s e habilida<strong>de</strong>s que<br />

favoreçam a amenização do período <strong>de</strong> hospitalização, através do riso e entretenimento. Ahospitalização, principalmente quando prolongada,<br />

frequentemente resulta em conflitos na vida do paciente e da família. É papel das universida<strong>de</strong>s a difusão da informação, sendo<br />

imprescindível que essa aconteça no contexto <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> formação e transformação, conjugadas com as necessida<strong>de</strong>s sociais.<br />

Método: após publicação <strong>de</strong> edital e conclusão <strong>de</strong> processo seletivo, doze acadêmicos do curso <strong>de</strong> Medicina da Univaço (Ipatinga,<br />

MG) foram selecionados e iniciaram o treinamento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> caráter lúdico <strong>de</strong>stinadas a crianças e adultos<br />

hospitalizados. Resultados e conclusão: o projeto “Médicos do Riso” trouxe como resultados a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amenização dos<br />

conflitos vividos pelos pacientes e familiares durante a hospitalização e a sensibilização dos estudantes quanto à importância das<br />

estratégias <strong>de</strong> humanização, reafirmando continuadamente os necessários princípios éticos requeridos pelas Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais <strong>de</strong> graduação em Medicina.<br />

Vila Paraíso – um Relato Médico<br />

Davanso, SM 62<br />

Introdução: A peça teatral Vila Paraíso, foi baseada na tese <strong>de</strong> doutorado – Meio Ambiente e Gravi<strong>de</strong>z na Adolescência e compõe o<br />

Projeto Tese no Palco. Contempla a gravi<strong>de</strong>z como parte integrante da questão ambiental e como dimensão da reflexão em <strong>de</strong>senvolvimento<br />

humano. Objetivo: Experenciar a utilização da dramaturgia em ciência; compartilhar os resultados da tese à comunida<strong>de</strong> estudada e à população<br />

em geral. Metodologia: O projeto se <strong>de</strong>senvolveu em três etapas, quais sejam, acadêmica, cênica e comunitária e contou com a participação<br />

<strong>de</strong> artistas, moradores da comunida<strong>de</strong> estudada, além <strong>de</strong> um acompanhamento diferenciado, <strong>de</strong>nominado público termômetro. Na<br />

peça foram exploradas correlações temáticas no texto, música e cenário, sendo que na reconstituição do ambiente comunitário foi utilizada<br />

alta concentração <strong>de</strong> material reciclado. Resultado: o espetáculo foi encenado em dois municípios da Região Metropolitana <strong>de</strong> Curitiba, contou<br />

com um público estimado <strong>de</strong> duas mil pessoas, em temporadas que ocorreram durante três anos consecutivos. Sua finalização teve como<br />

objetivo permitir a documentação da avaliação dos fatores que interferiram no sucesso e nos erros percebidos. Tal ativida<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>u ao<br />

trabalho <strong>de</strong> pós doutorado intitulado Medicina, Meio Ambiente e Arte. Conclusão: As artes cênicas po<strong>de</strong>m ser um ferramenta viável para a<br />

comunicação <strong>de</strong> conteúdos científicos para a população, inclusive para famílias mais pobres, com vantagens <strong>de</strong> não exigir qualquer escolarida<strong>de</strong><br />

como requisito para sua compreensão. O dispositivo que chamamos <strong>de</strong> público termômetro po<strong>de</strong> ser um canal <strong>de</strong> participação <strong>de</strong> observadores<br />

do meio estudantil e útil ao ensino médico, bem como um canal <strong>de</strong> articulação transdisciplinar. Há disposição do projeto <strong>de</strong> se tornar<br />

uma disciplina optativa <strong>de</strong> Medicina e Arte na área <strong>de</strong> extensão.<br />

Formação Médica Mais Humanista: Aspectos Relevantes Percebidos Por Estudantes <strong>de</strong><br />

Medicina em Maceió<br />

Azevedo, CC 63<br />

Ribeiro, CECG 63<br />

Correia, DS 63<br />

Miranda, MPM 63<br />

Cavalcanti, SL 63<br />

Introdução: A formação médica, com suas relações diárias entre professor-aluno, faz com que estudantes se <strong>de</strong>parem com um conjunto<br />

<strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s e condutas que fazem parte <strong>de</strong> um complexo relacionamento que é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conviver <strong>de</strong> maneira equilibrada com<br />

seus semelhantes e com a natureza como um todo. Doenças são eventos que possuem uma existência concreta e o médico muitas vezes, ao lidar<br />

com elas, esquecem do sofrimento que elas provocam. Objetivo: Avaliar o que os discentes <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> medicina enten<strong>de</strong>m por humanismo<br />

e como i<strong>de</strong>ntificam o fenômeno durante a sua formação médica. Procedimentos Metodológicos: Trata-se <strong>de</strong> um estudo qualitativo<br />

62 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

63 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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que usou a técnica <strong>de</strong> grupo focal, trabalhando-se cinco grupos focais on<strong>de</strong> foram coletados os <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> 73 estudantes, que foram analisados<br />

através do referencial sobre as práticas discursivas. Resultados: Os discentes <strong>de</strong>stacaram os seguintes aspectos para uma prática e formação<br />

médica mais humanista: tratar o paciente com mais dignida<strong>de</strong> e respeito; <strong>de</strong>monstrar interesse em escutar o paciente; não repetir e não<br />

se <strong>de</strong>ixar influenciar em sua futura vida profissional pelo que vêem na prática acadêmica com alguns professores; e finalmente que a concorrência,<br />

iniciada pelo vestibular, continuada na busca pelos melhores coeficientes durante as aulas e nos estágios. Enten<strong>de</strong>m também que tais<br />

fatores estimulam a diminuição da autonomia do paciente transformando-o em ser sem direito a opiniões e, <strong>de</strong>ssa forma, diminuem o humanismo<br />

da relação médico-paciente. Conclusão: Foi percebida a existência <strong>de</strong> uma tensão estruturante e constante durante a prática médica,<br />

principalmente, relacionada ao saber e sentir e com o passar dos anos, durante formação médica, os estudantes precisam apren<strong>de</strong>r a lidar<br />

com esta tensão, para que não lhe seja excluída gradativamente a presença <strong>de</strong> emoções na sua relação com o paciente, resultando num distanciamento<br />

<strong>de</strong> uma formação médica mais humanista.<br />

Treinamento Clínico <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina à Beira-do-leito: a Perspectiva do<br />

Paciente Hospitalizado no HULW/UFPB<br />

Pereira, GCB 64<br />

Santiago, LD 64<br />

Pacheco, PV 64<br />

Veloso, BN 64<br />

Maroja, JLS 64<br />

Sousa-Muñoz, RL 64<br />

Introdução: O problema da pesquisa trata das percepções do doente sobre sua participação nas aulas práticas à beira-do-leito.<br />

Levanta-se a hipótese que tal participação po<strong>de</strong> ser percebida <strong>de</strong> forma negativa pelos pacientes que, entretanto, ten<strong>de</strong>m a não se queixar.<br />

Objetivos: Avaliar as percepções do paciente enquanto participante das aulas práticas <strong>de</strong> medicina nas enfermarias <strong>de</strong> Clínica Médica<br />

do Hospital Universitário Lauro Wan<strong>de</strong>rley (HULW). Métodos: Realizou-se estudo observacional e transversal, com aplicação <strong>de</strong><br />

questionário semi-estruturado, elaborado pelos autores, e pré-testado, abordando as percepções <strong>de</strong> pacientes sobre sua participação<br />

em aulas práticas para estudantes <strong>de</strong> medicina durante sua hospitalização no HULW. Resultados: A ida<strong>de</strong> dos 41 pacientes entrevistados<br />

variou <strong>de</strong> 20 a 77 (47,5 ó 15,2) anos, sendo 51,2% do sexo masculino, e 5,3 anos (ó 3,3) o tempo <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> média. Trinta e<br />

quatro pacientes (82,9%) <strong>de</strong>clararam não se sentir incomodados em participar das aulas práticas; 70,7% sentiram-se bem ao conversar<br />

com os alunos sobre suas doenças; 75,6% relataram benefícios nessa participação; 87,6% perceberam que o estudante parecia realmente<br />

interessado em sua melhora. Contudo, 18 (43,9%) referiram que aceitariam participar do treinamento dos alunos mesmo se estivessem<br />

momentaneamente indispostos, resposta que não se relacionou com ida<strong>de</strong>, gênero ou escolarida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>raram necessário o pedido<br />

<strong>de</strong> concordância pelos alunos e professores antes dos exames clínicos 38 pacientes (82,9%), embora 48,8% tenham afirmado que isso não<br />

ocorria na prática. Conclusão: Apercepção dos pacientes sobre sua participação no treinamento dos estudantes foi positiva, porém tais<br />

respostas pareceram ambivalentes, corroborando parcialmente a hipótese inicial do presente estudo. Os dados encontrados po<strong>de</strong>m relacionar-se<br />

à passivida<strong>de</strong> dos doentes e à idéia <strong>de</strong> obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> participação nas aulas práticas em um serviço público universitário.<br />

Diretrizes que norteiem a participação do paciente no treinamento clínico acadêmico são necessárias para que se preserve seu papel<br />

didático sem prejuízo para o paciente.<br />

64 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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Medicina e Espiritualida<strong>de</strong>: Reflexões Sobre a Morte<br />

Franco, LFLG 65<br />

Silva, AP 65<br />

Melo, CB 65<br />

Ponte, AML 65<br />

Vasconcelos, GC 65<br />

Oliveira, ES 65<br />

Introdução: A mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> com sua tecnociência triunfante nega a morte e o processo <strong>de</strong> envelhecimento. Nos hospitais, o ser humano<br />

<strong>de</strong> forma paradoxal morre isolado muitas vezes <strong>de</strong> maneia <strong>de</strong>sumana e anti-natural. Objetivo: Compreen<strong>de</strong>r a percepção dos alunos<br />

sobre a morte e trazer o tema para reflexão em sua própria vida e em sua prática médica. Metodologia: Cinqüenta alunos do segundo semestre<br />

do curso médico da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará respon<strong>de</strong>ram a seis perguntas sobre a morte. Questionário semi-estruturado com perguntas<br />

sobre a importância do estudo do tema; se o aluno pensou em sua própria morte; se há compreensão acerca do assunto; a religião e<br />

prática da mesma na vida do aluno e se pessoas em estado terminal <strong>de</strong>vem receber assistência espiritual e a forma da mesma. Resultados:<br />

100% acham importante estudar o tema na escola médica; apenas 2% <strong>de</strong>les não pensaram em sua própria morte. 20% compreen<strong>de</strong>m a morte<br />

como um processo natural e inevitável; 2% como o fim <strong>de</strong> tudo; 40% como uma passagem para outra forma <strong>de</strong> vida; 20% como liberação do<br />

espírito do corpo físico, 6% como algo misterioso; 12% nada respon<strong>de</strong>u. 70% <strong>de</strong>les são católicos praticantes, 10% são espíritas, 6% respon<strong>de</strong>ram<br />

nenhuma religião, porém são cristãos; 14% são evangélicos. Apenas 2% dos alunos afirmaram que pessoas em estado terminal <strong>de</strong>vem<br />

ter somente assistência médica e psicológica. 98% respon<strong>de</strong>ram que as pessoas <strong>de</strong>vem ter assistência médica, psicológica e espiritual <strong>de</strong> acordo<br />

com a crença e <strong>de</strong>sejo da pessoa, com toda ajuda possível. Conclusão: Apercepção <strong>de</strong>stes médicos em formação é claramente espiritualista,<br />

e os resultados iniciais sugerem fortemente a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se estudar o tema morte <strong>de</strong> forma aprofundada na escola médica e, consequentemente,<br />

a forma <strong>de</strong> se lidar com a morte e da espiritualida<strong>de</strong> na vida do médico e em sua práxis.<br />

A Arte <strong>de</strong> Re-criar Novas Compreensões <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Dametto, CA 66<br />

Oliveira, MS 66<br />

Luna, WF 66<br />

Bettini, RV 66<br />

Introdução: O Projeto “Amigos do Sorriso-Alegria na Famema”, fundado em 2002 por dois estudantes <strong>de</strong> medicina, é constituído<br />

por estudantes <strong>de</strong> medicina e <strong>de</strong> enfermagem da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, sendo vinculado aos diretórios acadêmicos.<br />

Possui 105 integrantes e assessoria <strong>de</strong> uma psicóloga e um médico <strong>de</strong> família e comunida<strong>de</strong>. Visa o processo <strong>de</strong> humanização, educação<br />

em saú<strong>de</strong> e olhar ampliado sobre o processo saú<strong>de</strong>-doença. Objetivo: Refletir sobre o processo <strong>de</strong> capacitação dos novos integrantes,<br />

para inserção nas ativida<strong>de</strong>s lúdicas na Enfermaria Pediátrica. Método: Anualmente, após seleção <strong>de</strong> aproximadamente 15 estudantes<br />

em provas dissertativa e prática, ocorre processo <strong>de</strong> capacitação em cinco meses, organizado pela diretoria acadêmica. Construído a<br />

partir <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s experienciadas, constitui-se <strong>de</strong> acolhimento, <strong>de</strong> discussões tutoriais sobre vinculo, <strong>de</strong>senvolvimento humano,<br />

processo saú<strong>de</strong>-doença e ativida<strong>de</strong>s lúdicas, <strong>de</strong> discussões reflexivas sobre responsabilida<strong>de</strong> social e extensão universitária e <strong>de</strong> oficinas<br />

<strong>de</strong> técnica vocal, expressão corporal e biossegurança. Cada integrante <strong>de</strong>senvolve um tema, um personagem e cria ativida<strong>de</strong>s lúdicas.<br />

Todos realizam educação permanente nas supervisões, nos planejamentos e em diversos encontros. Areflexão foi realizada a partir<br />

<strong>de</strong> observação e registros. Resultado: O processo <strong>de</strong> capacitação é reconstruído anualmente, visando melhor funcionamento do Projeto<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento dos estudantes. Como é coor<strong>de</strong>nado pelos próprios integrantes, permite trocas <strong>de</strong> experiências e multiplicação da<br />

essência <strong>de</strong> transformação da atenção à saú<strong>de</strong>, visados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o surgimento do Projeto. Aeducação permanente possibilita agregação <strong>de</strong><br />

significado às experiências vividas e geração <strong>de</strong> conhecimento acadêmico. Conclusão: Com essas estratégias, o processo <strong>de</strong> capacitação<br />

favorece a expressão das experiências, o compartilhamento <strong>de</strong> sentimentos e conhecimentos e a reflexão constante sobre as necessida<strong>de</strong>s<br />

dos estudantes, permitindo maior integração entre teoria e prática. Possibilita re-conhecimento <strong>de</strong> sentimentos e fortalecimento dos<br />

i<strong>de</strong>ais humanizadores. Favorece formação acadêmica crítica e reflexiva, sinalizando para um caminho <strong>de</strong> ensino-aprendizagem<br />

<strong>de</strong>senhado pelo próprio estudante.<br />

65 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

66 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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Alegria e Saú<strong>de</strong>: uma Experiência <strong>de</strong> Humanização Hospitalar<br />

Castro, DV67 Migliorini, TR67 Archanjo, LR67 Folly, P68 Santos, C67 Tamura, AS67 Introdução: Inspirados na atuação do grupo “Doutores da Alegria”, estudantes <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Positivo criaram,<br />

em 2008, um grupo <strong>de</strong>nominado MedClown. Este, visita semanalmente a ala pediátrica do Hospital do Trabalhador, em Curitiba (PR) e<br />

utiliza a técnica clown que permite abordar <strong>de</strong> forma divertida e criativa crianças internadas em instituições hospitalares. Objetivo:<br />

Discutir como crianças, acompanhantes e profissionais da saú<strong>de</strong> percebem a atuação do grupo enfocando o processo <strong>de</strong> transformação<br />

que a presença do grupo produz no ambiente hospitalar. Metodologia: Os dados foram coletados por meio <strong>de</strong> observação e <strong>de</strong> questionários<br />

respondidos por profissionais e acompanhantes <strong>de</strong> pacientes. Resultados: Ahospitalização pediátrica produz uma atmosfera <strong>de</strong><br />

tensão e insegurança tanto para as crianças como para seus acompanhantes. As visitas do grupo MedClown modificam o comportamento<br />

das mesmas à medida que transforma as rotinas impostas pelo adoecer/hospitalização. Crianças prostradas durante a visita tornam-se<br />

alertas e receptivas e as que se encontram com um grau maior <strong>de</strong> agitação, são envolvidas pela brinca<strong>de</strong>ira e se tornam mais calmas<br />

ao final da mesma. Isto se dá, pelo fato <strong>de</strong> que a criança consegue se voltar para seu lado saudável que é pouco evi<strong>de</strong>nciado durante<br />

o processo <strong>de</strong> hospitalização. Pais e acompanhantes são beneficiados tanto <strong>de</strong> forma direta pela abordagem divertida, quanto indireta,<br />

haja vista que se tranqüilizam ao perceberem o sofrimento da criança amenizado. Já os profissionais da saú<strong>de</strong> envolvidos se beneficiam<br />

pelo fato <strong>de</strong> diminuir o estresse do <strong>de</strong>sempenho das funções por melhorar a receptivida<strong>de</strong> das crianças em procedimentos <strong>de</strong> rotina do<br />

ambiente hospitalar. Conclusão: Atuando sobre a criança, acompanhantes e profissionais envolvidos no ambiente hospitalar, a atuação<br />

do grupo tem como conseqüência uma ação positiva. Nota-se uma boa aceitação <strong>de</strong>ssas três esferas por transformar o processo <strong>de</strong><br />

hospitalização, uma vez que rompe com as rotinas árduas impostas pela internação.<br />

Visita e Avaliação dos Atendidos Pelo Grupo <strong>de</strong> Apoio à Criança Com Câncer<br />

(GACC-AM): Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gestão e Cuidados a Crianças Com Câncer<br />

Ribeiro, TA 69<br />

Bacelar, BRB 69<br />

Carlos, DS 69<br />

Thomaz, EOJ 69<br />

Silva, MAF 69<br />

Rodrigues, ABO 69<br />

Introdução: Casos <strong>de</strong> câncer po<strong>de</strong>m acometer tanto pacientes adultos, quanto crianças. No Brasil, o câncer infanto-juvenil é a<br />

terceira causa <strong>de</strong> morte em crianças e adolescentes.Atualmente, 70% das crianças acometidas <strong>de</strong> câncer po<strong>de</strong>m ser curadas, se diagnosticadas<br />

precocemente e tratadas em centros especializados.Por isso, faz-se necessário a implementação <strong>de</strong> centros para auxiliar no controle<br />

<strong>de</strong>stes pacientes.Com isso, surgiu no dia 23 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999, em Manaus - Amazonas o Grupo <strong>de</strong> Apoio à Criança com Câncer<br />

(GACC-AM) sendo uma socieda<strong>de</strong> civil sem fins lucrativos, que visa aten<strong>de</strong>r a necessida<strong>de</strong> social das crianças e adolescentes em tratamento<br />

e seus familiares, oferecendo atendimento psicológico, nutricional, pedagógico e educacional. Objetivos: Mostrar a importância<br />

da existência <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s que visem fornecer cuidados ao paciente infanto-juvenil com câncer, dando amparo e assistência ao paciente<br />

e seus familiares. Métodos: Através <strong>de</strong> visita técnica, acadêmicos <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, realizaram um<br />

questionário avaliativo do grau <strong>de</strong> satisfação com os cuidados oferecidos pelo GACC-AM.O GACC possui cerca <strong>de</strong> pacientes cadastrados<br />

entre 0 a 18 anos, entretanto a pesquisa ficou restrita aos pacientes maiores <strong>de</strong> 12 anos, tendo amostra <strong>de</strong> 25 pacientes. Resultados:<br />

67 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

68 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitiba, Curitiba, PR, Brasil.<br />

69 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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Do total <strong>de</strong> 25 pacientes, 22 (88%) consi<strong>de</strong>ram excelente a ajuda oferecida pelo GACC-AM e outros 3 (12%) classificarão como boa a ajuda<br />

oferecida.Quando perguntados a respeito se aceitariam realizar trabalho voluntário ajudando crianças e adolescentes que passaram<br />

ou passam pela mesma situação que eles, o resultado foi unânime. Conclusão: Aonos<strong>de</strong>pararmoscomotrabalhoexercidopelo<br />

GACC-AM fica evi<strong>de</strong>nte que tal iniciativa <strong>de</strong>ve servir como mol<strong>de</strong> para que em outras localida<strong>de</strong>s possam implementar centros <strong>de</strong><br />

assistência a crianças e adolescentes com câncer, pois além <strong>de</strong> auxiliar no presente, tratando e cuidando <strong>de</strong>las, também estará<br />

auxiliando no futuro, com pessoas dispostas a ajudar e um centro para dar esse apoio é fundamental.<br />

Semana dos Calouros<br />

Pinto, JV 70<br />

Carmo, ALS 70<br />

Silva, CM 70<br />

Introdução: As recepções <strong>de</strong> calouros nos cursos <strong>de</strong> medicina brasileiros geralmente são marcadas por brinca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> caráter<br />

humilhante, <strong>de</strong>gradante e muitas vezes violento, que caracterizam os conhecidos “trotes”. Arealida<strong>de</strong> do nosso curso não seria diferente<br />

se não fosse realizado o projeto da Semana dos Calouros, uma ativida<strong>de</strong> conjunta do diretório acadêmico, coor<strong>de</strong>nação do curso e dos<br />

veteranos. Objetivos: ASemana dos Calouros tem como objetivo estabelecer uma relação estudante-universida<strong>de</strong>-socieda<strong>de</strong> proporcionando<br />

contraposição com a realida<strong>de</strong> hegemônica do curso <strong>de</strong> medicina e da realida<strong>de</strong> dos “trotes”. Métodos: Breves apresentações<br />

orais por parte <strong>de</strong> membros do diretório acadêmico ou <strong>de</strong> convidados, seguidos <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> discussões sobre os assuntos abordados<br />

como universida<strong>de</strong>, saú<strong>de</strong>, sus e educação médica. Ocorrem também gincanas e dinâmicas para aumentar a interativida<strong>de</strong> entre os novos<br />

estudantes e para <strong>de</strong>sinibir os novos acadêmicos. São realizadas doação <strong>de</strong> sangue, cadastro <strong>de</strong> medula óssea, visita ao nosso hospital<br />

escola e visita a unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Resultados: Com as rodas <strong>de</strong> conversa, conseguimos que os calouros expressassem suas<br />

dúvidas e angústias em relação ao curso e à universida<strong>de</strong>. As gincanas e dinâmicas proporcionaram uma maior interação entre os novos<br />

estudantes, tanto entre eles quanto com seus veteranos. Adoação <strong>de</strong> sangue e cadastro <strong>de</strong> medula óssea, ambos <strong>de</strong> caráter não obrigatório,<br />

proporcionaram uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> caráter <strong>de</strong> humanização ao atentar os novos acadêmicos da importância <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong>. As<br />

visitas ao hospital escola e à unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> serviram para mostrar aos calouros o funcionamento do sus e as diferenças <strong>de</strong><br />

atendimento primário, secundário e terciário. Conclusões: Arecepção dos calouros foi saudável, ao integrar calouros e veteranos sem a<br />

violência dos “trotes”; formativa, ao informar-lhes sobre o funcionamento da universida<strong>de</strong> e do sus e “humanizadora” ao<br />

apresentar-lhes às necessida<strong>de</strong>s da doação <strong>de</strong> sangue e cadastro <strong>de</strong> medula óssea.<br />

Em Busca da Humanida<strong>de</strong> Perdida. Ensino, Pesquisa e Extensão na Formação Médica<br />

Bertoldi, SG 71<br />

Braga, FB 71<br />

Introdução: Articulando ensino, pesquisa e extensão, propõem-se cenários para construção <strong>de</strong> conhecimentos sobre Relação<br />

Médico-Paciente, através do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> grupos tutoriais, buscando a compreensão integral do processo saú<strong>de</strong>-doença e levando<br />

em conta o reconhecimento do outro como Sujeito. O Curso <strong>de</strong> Graduação em Medicina <strong>de</strong>fine em suas Diretrizes Curriculares, o<br />

perfil do egresso, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, dotado <strong>de</strong> conhecimentos requeridos para o exercício <strong>de</strong><br />

competências e habilida<strong>de</strong>s específicas. O ensino e a aprendizagem em pequenos grupos tutoriais, possibilitam reflexões, através da<br />

subjetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> problematizações, advindas do atendimento <strong>de</strong> pacientes. Objetivos: -Desenvolver a prática da tutoria, como instrumento<br />

e estratégia <strong>de</strong> ensino e aprendizagem, e <strong>de</strong> enfrentamento das incertezas e complexida<strong>de</strong>s humanas, propiciando práticas problematizadoras<br />

e reflexivas em diversos cenários; -Possibilitar a compreensão integral do processo saú<strong>de</strong>-doença, <strong>de</strong>ntro dos princípios<br />

da ética, levando em conta o reconhecimento do outro como sujeito. -Promover a participação ativa e precoce do estudante <strong>de</strong> Medicina<br />

em diversos cenários e papéis, na integração ensino-serviço, propiciando a interação com usuários e outros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Métodos: 1. Prática problematizadora em pequenos grupos (tutores e alunos) e discussão subseqüente. 2. Elaboração <strong>de</strong> relato escrito<br />

70 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

71 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.<br />

566<br />

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da prática, pelo aluno-tutor responsável. 3. Reunião semanal dos tutores com os professores responsáveis. 4. Grupos Focais avaliativos.<br />

Resultados: Alunos e tutores expressam em suas avaliações, em grupo e por escrito, resultados positivos para o bom <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da relação médico-paciente. Conclusões: A prática apresenta benefícios especialmente no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências necessárias<br />

à a<strong>de</strong>quada relação médico-paciente. Como ativida<strong>de</strong> extensionista, é fonte e retorno dos benefícios advindos da circulação <strong>de</strong><br />

saberes da Universida<strong>de</strong> com a Socieda<strong>de</strong>, ao promover ações e ambientes <strong>de</strong> aprendizagem que colocam teoria e prática lado a lado,<br />

permitindo conhecer realida<strong>de</strong>s, sujeitos com quem atua, estudar problemas, soluções possíveis, aplicá-las, refletir, seguir avaliando,<br />

construindo novos estudos.<br />

Quero Sangue <strong>de</strong> Calouro<br />

Novaes, MD 72<br />

Passos, MPP 72<br />

Oliveira, LB 72<br />

Pereira, PCM 72<br />

Introdução: recentemente foram veiculados pela mídia casos <strong>de</strong> violência ocorridos em trotes <strong>de</strong> novos universitários, fatos<br />

que, <strong>de</strong>certo, não se coadunam com o ambiente acadêmico. Os alunos <strong>de</strong> medicina protagonizam recepções aos calouros as quais colocam<br />

esses estudantes em situações humilhantes e, muitas vezes, agressivas. Diante disso, surgiu a idéia <strong>de</strong> iniciar uma nova tradição na<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Bahia que atuasse <strong>de</strong> acordo com o papel que <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>sempenhado pelo profissional da área médica.<br />

Objetivos: Promover a integração entre os novos e os antigos estudantes, <strong>de</strong>spertar nos calouros o instinto <strong>de</strong> coletivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong> humanização e beneficiar a socieda<strong>de</strong>. Métodos: organização <strong>de</strong> campanha <strong>de</strong> doação <strong>de</strong> sangue e do I campeonato calouros<br />

versus veteranos, visita ao Centro Educacional Santo Antônio para entrega <strong>de</strong> material arrecadado na campanha, entrega <strong>de</strong> 1 kg <strong>de</strong> alimento<br />

pelos calouros que não doaram sangue, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> gincana <strong>de</strong> arrecadação <strong>de</strong> livros, premiando com estetoscópio e esfigmomanômetro,<br />

realização <strong>de</strong> palestra com Terapeutas do Riso com entrega <strong>de</strong> camiseta e utilização do site da faculda<strong>de</strong>, do site <strong>de</strong><br />

relacionamento Orkut e <strong>de</strong> panfletos da programação e do HEMOBApara divulgação. Resultados: arrecadação, em média, <strong>de</strong> 40kg <strong>de</strong><br />

alimentos e <strong>de</strong> 250 livros, 25 alunos doaram sangue e 40 alunos assistiram à palestra dos Terapeutas do Riso. O projeto, apesar da pouca<br />

participação dos veteranos, foi escolhido entre os 25 melhores dos inscritos no concurso Trote da Cidadania da Fundação Educar DPaschoal.<br />

Conclusão: conseguimos sensibilizar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da vida acadêmica médica os alunos que participaram e também<br />

apren<strong>de</strong>ram a valorizar essa profissão por meio e às pessoas, além do que a recepção solidária colaborou para que nos próximos<br />

semestres sejam <strong>de</strong>senvolvidos novos projetos e tenha a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> mais participantes.<br />

Humanização na Interação Aca<strong>de</strong>mia-serviço-comunida<strong>de</strong>: a Experiência Acadêmica do<br />

Exame <strong>de</strong> Toque Retal<br />

Carvalho, GM 73<br />

Gomes, RO 73<br />

Zai<strong>de</strong>n, TCDT 73<br />

Ávila, LP 73<br />

Carvalho, IGM 73<br />

Carvalho, GS 73<br />

Introdução: A Metodologia da Problematização é uma das bases do projeto político-pedagógico do curso <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong><br />

Católica <strong>de</strong> Goiás. O acadêmico vivencia a interação aca<strong>de</strong>mia-serviço, com contato com a comunida<strong>de</strong>, teorização dos problemas<br />

e <strong>de</strong>volutiva, constituindo um processo <strong>de</strong> ação-reflexão-ação. Esta prática pedagógica ativa é <strong>de</strong>senvolvida no Caso do Eixo<br />

Teórico-Prático Integrado (CETPI), em discussões semanais entre docentes e discentes do módulo, enfocando os aspectos biopsicossociais<br />

do indivíduo e da coletivida<strong>de</strong>. Objetivo: Discutir um caso clínico retirado da UABSF da Vila Mutirão, Distrito Sanitário da Região<br />

72 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

73 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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Noroeste <strong>de</strong> Goiânia, sobre a temática toque retal, estratégia <strong>de</strong> humanização. Metodologia: Um grupo <strong>de</strong> acadêmicos levantou um<br />

caso clínico na UABSF da Vila Mutirão sobre um paciente que faltou à consulta <strong>de</strong> retorno, porque o médico da unida<strong>de</strong> havia lhe informado<br />

sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização do exame proctológico. No CETPI foram traçados os eixos norteadores e após a teorização dos<br />

mesmos e compartilhamento dos conhecimentos adquiridos, elaborou-se como <strong>de</strong>volutiva uma roda <strong>de</strong> conversa com um urologista,<br />

discutindo os aspectos biopsicossociais envolvidos no exame e quais as estratégias para melhorar a a<strong>de</strong>são dos pacientes. Resultados:<br />

Nas metodologias ativas, problematizadoras, houve gran<strong>de</strong> interação entre a aca<strong>de</strong>mia, o serviço e a comunida<strong>de</strong>, reforçando a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> colaboração nos diferentes níveis <strong>de</strong> atenção, visando prevenção, promoção e recuperação da saú<strong>de</strong> em parceria com a Estratégia<br />

Saú<strong>de</strong> da Família. O acadêmico foi instigado a <strong>de</strong>senvolver competências, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s, com consciência humanística do<br />

contexto social e sensibilização para a importância dos estigmas que envolvem o tema. Conclusões: Ao respeitar as questões<br />

socioculturais, os acadêmicos tiveram melhor compreensão da história do indivíduo e das competências para adoecer ou ter saú<strong>de</strong>. A<br />

empatia estabelecida no encontro clínico constitui-se como importante elemento para diminuir o absenteísmo, assegurando a<br />

realização dos exames solicitados e maior a<strong>de</strong>são ao tratamento.<br />

Percepção dos Acompanhantes dos Pacientes da Enfermaria Pediátrica do Hospital<br />

Universitário Acerca das Visitas dos Doutores-Palhaços do Projeto Y <strong>de</strong> Riso, Sorriso e<br />

Sáu<strong>de</strong><br />

Oliveira, CPV 74<br />

Mota, GM 74<br />

Mota, DMC 74<br />

Arrais, RH 74<br />

William, LH 74<br />

Machado, MMT 74<br />

Introdução: Em 2005, foi criado na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará o Projeto Y <strong>de</strong> Riso, Sorriso e Saú<strong>de</strong>, um projeto <strong>de</strong> extensão<br />

que visa à humanização dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, à redução do estresse e da ansieda<strong>de</strong> não só das crianças internadas como <strong>de</strong> seus<br />

acompanhantes, valendo-se <strong>de</strong> ferramentas lúdicas, principalmente da figura do palhaço. O projeto realiza 4 visitas semanais à Enfermaria<br />

Pediátrica do Hospital Universitário Walter Cantídio (EPHUWC) e do Instituto do Câncer do Ceará e conta atualmente com 13<br />

integrantes dos cursos <strong>de</strong> Medicina, Psicologia e Enfermagem. Objetivos: Descrever a percepção dos acompanhantes dos pacientes internados<br />

na EPHUWC sobre a atuação do Projeto Y. Métodos: Estudo com abordagem qualitativa realizado em Fortaleza-Ce em<br />

nov/2008-maio/<strong>2009</strong>. Realizaram-se entrevistas individuais aprofundadas, com gravação e transcrição das falas na íntegra. Utilizou-se<br />

a análise interpretativa, com <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> categorias centrais: a visita dos palhaços: a hora da alegria; sugestões apontadas pelos<br />

acompanhantes para melhorias do projeto. Resultados: Aamostra foi constituída <strong>de</strong> 4 acompanhantes dos pacientes da EPHUWC, que<br />

consi<strong>de</strong>raram positivas as visitas dos palhaços tanto para as crianças internadas como para os próprios, uma vez que essas traziam alegria,<br />

brinca<strong>de</strong>ira e diversão ao hospital, levando-os a esquecerem momentaneamente a doença e o sofrimento ou oferecendo-lhes suporte.<br />

As visitas também propiciaram uma maior a<strong>de</strong>são dos pacientes ao tratamento e a alimentação, e incentivaram a sociabilida<strong>de</strong><br />

da criança. Os acompanhantes mostraram-se favoráveis à continuida<strong>de</strong> das visitas, sendo inclusive sugerido um aumento nas suas frequências,<br />

além <strong>de</strong> uma mudança no horário. Houve, contudo, uma crítica quanta a atuação dos então integrantes do projeto, que comparados<br />

aos anteriores, estão menos engraçados. Conclusão: Os acompanhantes apóiam a atuação do Projeto Y sendo favoráveis a sua<br />

continuação e segundo esses as visitas dos palhaços reduzem o estresse no ambiente hospitalar, e facilita a<strong>de</strong>são dos pacientes ao<br />

tratamento.<br />

74 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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O Ensino da Psicanálise Como Proposta Para Práticas <strong>de</strong> Atendimento Humanizado<br />

Amaral, AO 75<br />

Oliveira, TS 75<br />

Ferreira, DB 75<br />

Me<strong>de</strong>iros, LJS 75<br />

Gurgel, FA 75<br />

Introdução: Um dos preceitos da Psicanálise é a relação transferencial, em que o analista coloca-se na posição <strong>de</strong> objeto, ouvindo<br />

o que lhe é <strong>de</strong>mandado e o paciente adquire liberda<strong>de</strong> para se expressar, constituindo assim o sujeito da relação. Tal preceito é estimulado<br />

a esten<strong>de</strong>r-se às práticas médicas comuns na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina/Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas por meio da disciplina <strong>de</strong><br />

Psicologia Médica (PM), valorizando o paciente, ao buscar a humanização. Assim <strong>de</strong>svencilha-se da visão organicista sobre mesmo,<br />

que olha apenas sua doença em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> sua totalida<strong>de</strong>. Para isso a disciplina trabalha questões como discurso médico versus o<br />

psicanalítico e o sintoma em medicina e psicanálise. Objetivo: Analisar a disciplina <strong>de</strong> PM como instrumento pedagógico para o atendimento<br />

médico humanizado. Métodos: Aplicaram-se questionários estruturados (fechado: sim/não) em 30 alunos da instituição que<br />

cursaram PM em <strong>2009</strong>/1. O programa Microsoft Excel 2007® foi utilizado para armazenamento, processamento <strong>de</strong> dados e edição gráfica.<br />

As variáveis <strong>de</strong> interesse foram submetidas à análise estatística e selecionadas, a partir dos resultados obtidos. Resultados: Dos<br />

alunos que cursaram PM, a gran<strong>de</strong> maioria (90%) afirma haver adquirido uma visão crítica sobre as práticas médicas que ignoram o <strong>de</strong>sejo<br />

do sujeito (paciente). A<strong>de</strong>mais, muitos <strong>de</strong>les (57%) afirmam serem capazes <strong>de</strong> diferenciar o discurso médico do psicanalítico. Estes<br />

ainda se avaliam capazes distinguir o sintoma em medicina do sintoma psicanalítico (77%), além <strong>de</strong> reconhecerem a existência <strong>de</strong> limitações<br />

no saber médico e no psicanalítico (77%). Conclusões: Adisciplina beneficiou os alunos proporcionando-lhes visão crítica sobre<br />

o discurso médico usual, e também sobre o conceito comum <strong>de</strong> sintoma, pois passou a ser compreendido sob diferentes perspectivas.<br />

Apren<strong>de</strong>u-se também o discurso psicanalítico, <strong>de</strong> abertura ao paciente para digressões. Estas po<strong>de</strong>m dizer sobre sua doença e ajudá-lo a<br />

superá-la, respeitando-o em sua individualida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> firmar melhor relação <strong>de</strong> confiança.<br />

Projeto 90 Faces-Festival Acadêmico <strong>de</strong> Cultura e Saú<strong>de</strong>: Relato <strong>de</strong> Experiência Acerca <strong>de</strong><br />

Projeto <strong>de</strong> Intervenção Artística Para a Discussão Política na Área da Saú<strong>de</strong><br />

Lima, VN76 Nascimento, HCO76 Moura, AA76 Monteiro, JCMS76 Brabo, BS76 Pinto, KD76 Introdução: Acomunicação entre o meio acadêmico e a socieda<strong>de</strong> em geral é problemática, provocando a formação <strong>de</strong> profissionais<br />

<strong>de</strong>sconectados com a realida<strong>de</strong> prejudicando, assim, a capacida<strong>de</strong> transformadora que a universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>veria possuir. Assim, o<br />

Projeto 90 FACES consiste na experimentação <strong>de</strong> novas formas <strong>de</strong> abordagem para discussões, utilizando a arte como forma <strong>de</strong> agregação<br />

<strong>de</strong> atores sociais diferenciados, da aca<strong>de</strong>mia e da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma geral, quebrando paradigmas e utilizando-se do teatro, da<br />

dança, do cinema, da poesia e da fotografia para modificar o olhar do espectador perante a discussão política, procurando suscitar<br />

questionamentos, construir novas formas <strong>de</strong> interpretação da realida<strong>de</strong>. Objetivo: Exemplificar novas formas <strong>de</strong> se abordar a questão<br />

da saú<strong>de</strong>, utilizando como exemplo o projeto 90 FACES. Discussão: O projeto está em suas fases iniciais, on<strong>de</strong> foram realizadas ativida<strong>de</strong>s<br />

que criaram as bases para atuações futuras: intervenções artísticas no ambiente cotidiano da faculda<strong>de</strong>, peças teatrais criticando o<br />

próprio alunado, curtas-metragens discutindo o cenário político atual e shows <strong>de</strong> música, além da organização <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates e mesas-redondas<br />

que discutiram a crise no ensino médico e na saú<strong>de</strong>, integrando diversos atores sociais. Experimenta-se a utilização <strong>de</strong> novas<br />

tecnologias para a <strong>de</strong>mocratização das discussões: um vi<strong>de</strong>oblog foi instalado, on<strong>de</strong> todos os eventos po<strong>de</strong>m ser acessados, possibilitando<br />

novos olhares sobre as ações. O projeto já ren<strong>de</strong> frutos: médicos, acadêmicos e artistas <strong>de</strong>monstram interesse em po<strong>de</strong>r se expres-<br />

75 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

76 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

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sar, quer seja através <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> discussão, quer seja ludicamente. O projeto tem como principal empecilho a dificulda<strong>de</strong> da a<strong>de</strong>são<br />

da comunida<strong>de</strong> em geral às idéias, quer pela complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas, quer pelo <strong>de</strong>sinteresse político culturalmente enraizado.<br />

Conclusão: A experiência da utilização <strong>de</strong> abordagens diferenciadas na discussão política é promissora, apresentando uma ampla<br />

gama <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção para a construção <strong>de</strong> novos paradigmas, integrando diversos atores sociais sob a linguagem<br />

universal da arte.<br />

Qualihupe: um Projeto <strong>de</strong> Extensão em Busca <strong>de</strong> Sua Consolidação no HUPE<br />

Chazan, ACS 77<br />

Ramos, CHV 77<br />

Machado, A 77<br />

Batista, L.P 77<br />

Marchesi, PP 77<br />

Introdução: QualiHUPE trata-se <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> reflexão sobre o trabalho criado para servir como um espaço <strong>de</strong> acolhimento<br />

para os trabalhadores do Serviço <strong>de</strong> Pacientes Externos (SPExt), enten<strong>de</strong>ndo o acolhimento como uma ação <strong>de</strong> inclusão. Objetivos: Promover<br />

a reflexão sobre as questões profissionais que influenciam o processo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e adoecimento, oferecer suporte para a elaboração<br />

<strong>de</strong> temas difíceis da práxis cotidiana, estimular a criação da consciência da qualida<strong>de</strong> e facilitar o processo <strong>de</strong> busca por melhor qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida no ambiente <strong>de</strong> trabalho. Metodologia: A equipe do projeto é formada por uma médica e uma psicóloga (professoras), dois<br />

estudantes <strong>de</strong> medicina e uma <strong>de</strong> enfermagem do terceiro ano que se reúnem quinzenalmente para a educação permanente. O projeto<br />

foi oferecido às equipes da chefia administrativa e a equipe <strong>de</strong> enfermagem do SPExt, na forma <strong>de</strong> 12 encontros quinzenais <strong>de</strong> 1:30h <strong>de</strong><br />

duração, a serem realizados no período <strong>de</strong> abril a outubro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Entre as regras <strong>de</strong> convivência incluem-se a fala livre e o ouvir a todos.<br />

O uso <strong>de</strong> dinâmicas e dramatizações foi previsto como meio <strong>de</strong> facilitar, a emergência <strong>de</strong> conteúdos a serem trabalhados no grupo.<br />

Os estudantes assumem as funções <strong>de</strong> observação participativa, relatoria dos encontros e pesquisa bibliográfica. Resultados: Tivemos 5<br />

encontros, sendo que apartir do 2º o DESSAÚDE passou a participar. Nesta primeira fase do projeto houve a apresentação dos objetivos<br />

do grupo, expressão <strong>de</strong> angústias dos participantes acerca dos assuntos do cotidiano <strong>de</strong> trabalho, e das expectativas acerca da resolutivida<strong>de</strong><br />

grupal. Conclusões: Constatamos que a estratégia <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> participantes <strong>de</strong>ve ser aprimorada, sendo que a consolidação<br />

<strong>de</strong> parcerias institucionais é necessária como forma <strong>de</strong> divulgação e incentivo ao grupo. Ainserção e o engajamento dos estudantes tem<br />

se dado <strong>de</strong> forma proveitosa e responsável, tornando mais significativo o processo <strong>de</strong> aprendizagem dos conceitos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> integral,<br />

qualida<strong>de</strong> e promoção da saú<strong>de</strong>.<br />

As Intervenções da Apoiadora Institucional na Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família em Passo<br />

Fundo: o Trabalho em Re<strong>de</strong>s e as Bases Para a Construção do GTH<br />

Borges, DT 78<br />

Introdução: consi<strong>de</strong>rando princípios da PNH e do SUS, a produção da saú<strong>de</strong> engloba atenção, gestão do trabalho e participação<br />

dos usuários. Assim, a partir <strong>de</strong> ações apoiadoras da Política Nacional <strong>de</strong> Humanização na Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo<br />

Fundo, <strong>de</strong>senvolveu-se intervenção em Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atenção na ESF do Bairro Planaltina e bases para a construção do Grupo <strong>de</strong> Trabalho<br />

em Humanização. Objetivos: melhorias na execução das ativida<strong>de</strong>s e na assistência ao usuário; atuar em Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atenção; aprofundar<br />

vínculos; solidificar a co-responsabilização dos envolvidos nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do município. Método: para a construção do<br />

GTH, realizou-se <strong>de</strong>bate em roda, com a presença da apoiadora <strong>de</strong> Erechim, relatando experiências no GTH do Hospital Santa Terezinha.<br />

Em relação às Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atenção, fomentaram-se ações integradas com: as escolas estadual e municipal do bairro, a Educação e o<br />

Grupo para a Terceira Ida<strong>de</strong> (DATI), o Centro <strong>de</strong> Referência em Assistência Social (CRAS), as igrejas locais, a <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Moradores e<br />

mais recentemente agrega-se ativida<strong>de</strong>s com a universida<strong>de</strong>, através dos programas Pró-Saú<strong>de</strong> e PET-Saú<strong>de</strong>. Resultados: engajamento<br />

dos trabalhadores e do gestor sobre o tema saú<strong>de</strong> pública com <strong>de</strong>bate sobre as <strong>de</strong>mandas emergenciais. Na intervenção em Re<strong>de</strong>s con-<br />

77 Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

78 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


solidaram-se as relações estabelecidas nos espaços sócio-institucionais, obteve-se melhoria no acolhimento, ampliação do atendimento,<br />

autonomia e responsabilização conjunta na atenção e na gestão. Conclusões: como apoiadora, o que foi proporcionado pelas vivências<br />

no <strong>de</strong>correr do percurso, para além das práticas e da melhoria nas questões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, salienta-se o contato com o humano na sua<br />

essência, a expansão do círculo <strong>de</strong> contatos e o vínculo com outros trabalhadores, além da participação em rodas, servindo para<br />

momentos <strong>de</strong> maior reflexão alternados com ações práticas.<br />

Myny-curso: uma Proposta <strong>de</strong> Disseminação da Palhaçoterapia Como Forma <strong>de</strong><br />

Humanização da Medicina<br />

Mota, DMC 79<br />

Mota, GM 79<br />

Nobrega, BN 79<br />

Oliveira, CPV 79<br />

Aires, PP 79<br />

Oliveira, TF 79<br />

Introdução: O Projeto Y <strong>de</strong> Riso Sorriso e Saú<strong>de</strong> é um projeto <strong>de</strong> extensão criado na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará em 2005.<br />

Através <strong>de</strong> recursos lúdicos, como o “clown”, o projeto contribui com a humanização do contexto hospitalar ao tentar reduzir o estresse<br />

e a ansieda<strong>de</strong> dos pacientes internados. Atualmente integra 13 estudantes <strong>de</strong> medicina, enfermagem e psicologia, que realizam visitas<br />

semanais à Enfermaria Pediátrica do Hospital Universitário Walter Cantídio e do Hospital do Câncer do Ceará. Objetivos: Relatar a experiência<br />

do Projeto na organização <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> palhaçoterapia por outras faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina. Metodologia:<br />

Intitulado “Myny-Curso Vamos dominar o Mundo”, o evento aconteceu em 10-2008 com duração <strong>de</strong> 8:00h, contando com a<br />

participação <strong>de</strong> 17 estudantes das seguintes instituições: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>, Universida<strong>de</strong> Estadual do Ceará,<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará-Sobral e Faculda<strong>de</strong> Christus. Foi organizado em 6 momentos, sendo uma parte teórica e outra prática.<br />

Na primeira, houve 3 palestras abordando-se: o processo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong> palhaçoterapia e burocracias envolvidas;<br />

a filosofia envolvida na pedagogia do palhaço na educação médica; finalizando com orientações acerca das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atuação,<br />

possíveis enfrentamentos e experiências vivenciadas pelo grupo. Na parte prática, foram ministradas oficinas <strong>de</strong> arteterapia, malabarismo<br />

e balões. Ao final, os participantes relataram suas percepções sobre o curso e expectativas. O evento foi filmado, com <strong>de</strong>vida<br />

autorização dos presentes para a divulgação <strong>de</strong> sua imagem e percepções. Resultados: Os participantes avaliaram positivamente o encontro,<br />

visto que suas falas revelaram satisfação quanto aos esclarecimentos e capacitações oferecidos. Conclusões: Constatamos a relevância<br />

do evento, na medida em que possibilitou pragmaticamente a divulgação <strong>de</strong> uma forma prática <strong>de</strong> humanização da medicina.<br />

Percebeu-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novos encontros <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> atuação semelhante para o compartilhamento <strong>de</strong> experiências e<br />

enriquecimento <strong>de</strong> suas práticas.<br />

Projeto Mais: Manifestações <strong>de</strong> Arte Integradas à Saú<strong>de</strong>. A Música Que Cura o Corpo , o<br />

Coração e a Alma na UTI<br />

Almeida, CAV80 Maia, LC80 Gomes, CEP80 Silva, MAB80 Sá, CG80 Silva, AR80 Introdução: O projeto MAIS: Manifestações <strong>de</strong> Arte Integradas à Saú<strong>de</strong> promove através da arte a humanização da assistência à<br />

saú<strong>de</strong> no Hospital das Clínicas da UFPE. A UTI é <strong>de</strong>stinada aos cuidados e monitorização dos pacientes graves. Estes pacientes estão<br />

submetidos a níveis elevados <strong>de</strong> estresse. São portadores <strong>de</strong> patologias graves com risco iminente <strong>de</strong> morte, longe dos familiares, privados<br />

<strong>de</strong> sono, vulneráveis física e emocionalmente. Objetivos: Humanizar o ambiente hospitalar da UTI reduzindo o estresse, utilizan-<br />

79 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

80 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

571<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


do a música como complemento terapêutico e preventivo. Métodos: Apresentações musicais semanais no horário da visita são realizadas<br />

na UTI por alunos e profissionais do Departamento <strong>de</strong> Música e <strong>de</strong> Terapia Ocupacional da UFPE. O violino, violão, clarinete, flauta,<br />

acor<strong>de</strong>om, pan<strong>de</strong>iro e voz são os instrumentos utilizados. As apresentações são individualizadas para cada paciente e seus familiares<br />

realizados à beira do leito e são coletiva para os funcionários, aten<strong>de</strong>ndo à preferência musical <strong>de</strong> cada um. Resultados: Amúsica <strong>de</strong><br />

excelente qualida<strong>de</strong> é aguardada com ansieda<strong>de</strong> por todos. Os gêneros musicais mais solicitados: Música Popular <strong>Brasileira</strong>, Músicas<br />

Espirituais, Clássica, Forró e Chorinho. Sentimentos causados pela música: tranquilida<strong>de</strong>, alegria, paz, prazer por escutar uma música<br />

<strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>, sauda<strong>de</strong>s, louvor e adoração. Resultados encontrados: Redução do estresse e ansieda<strong>de</strong>. Diminuição <strong>de</strong> dor e necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> analgesia e sedação. Aumento do nível <strong>de</strong> alerta, incluindo pacientes em coma. Melhora na qualida<strong>de</strong> do sono. Acelera <strong>de</strong>smame<br />

<strong>de</strong> ventilação mecânica e extubação dos pacientes. Aumento no número <strong>de</strong> altas no dia seguinte. Melhora das condições <strong>de</strong> trabalho.<br />

Conclusão: O projeto MAIS integra Medicina e Arte. Une alunos, profissionais, pacientes e acompanhantes. Promove alívio,<br />

consolo, entretenimento. Facilita o trabalho dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e contribui para acelerar a cura.<br />

Aspectos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida Entre Professores e Alunos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina da UFPA<br />

Ramalho, AS 81<br />

Pereira, BP 81<br />

Bahia, SHB 81<br />

Introdução: A Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, apesar <strong>de</strong> formar profissionais responsáveis pela atenção à saú<strong>de</strong>, é reconhecida como<br />

um espaço que contribui para o estresse e adoecimento <strong>de</strong> professores e alunos. Objetivos: Avaliar hábitos relacionados à saú<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida entre professores e alunos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará (FMUFPA). Métodos: Foi realizado<br />

um estudo transversal, através <strong>de</strong> questionários aplicados entre 37 docentes e 272 discentes da FMUFPA. Resultados: A avaliação das<br />

condições <strong>de</strong> sono, mostrou que entre os discentes, 48,8% dormem entre 4 e 6 horas diárias, para 87,1% as ativida<strong>de</strong>s acadêmicas interferem<br />

na qualida<strong>de</strong> do sono e 68,8% não estão satisfeitos com seu sono. Quanto aos docentes, 62,2% dormem entre 6 e 8 horas, para 56,8%<br />

as ativida<strong>de</strong>s profissionais interferem na qualida<strong>de</strong> do sono e apesar disso, 70,2% estão satisfeitos com seu sono, sendo que em ambas as<br />

populações, o uso <strong>de</strong> medicamentos para dormir não é prática freqüente. Quanto à alimentação dos discentes, 89,3% realiza pelo menos<br />

3 refeições diárias, para 70,2% as ativida<strong>de</strong>s acadêmicas interferem na qualida<strong>de</strong> da alimentação, 57,4% não estão satisfeitos com a mesma<br />

e 66,5% a consi<strong>de</strong>ram ina<strong>de</strong>quada. Entre os docentes 62,2% realizam 3 refeições diariamente, para 51% as ativida<strong>de</strong>s profissionais<br />

alteram a qualida<strong>de</strong> da alimentação, porém 73% estão satisfeitos com a mesma e 70% a consi<strong>de</strong>ram a<strong>de</strong>quada. Quanto à prática <strong>de</strong> exercícios<br />

físicos, notou-se que entre os discentes predominaram os que raramente praticam (36,8%) enquanto entre os docentes 40,5% praticam<br />

às vezes e 37,9% praticam sempre. Quanto ao lazer, entre docentes e discentes, a maioria <strong>de</strong>clarou que ás vezes tem ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

lazer. Conclusão: As ativida<strong>de</strong>s acadêmicas e profissionais parecem influenciar na qualida<strong>de</strong> do sono e alimentação <strong>de</strong> docentes e discentes,<br />

porém a insatisfação parece ser maior entre discentes.<br />

81 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

572<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Psicologia Médica e Tutoria: a Importância da Ação Conjunta na Humanização do<br />

Acadêmico<br />

Bertoldi, SG 82<br />

Frozza, AR 82<br />

Palmeira, GF 82<br />

Ribeiro, HMF 82<br />

Domingos, VS82<br />

Dussin, V82<br />

Introdução: Este trabalho reflete sobre a ação <strong>de</strong>senvolvida por alunos <strong>de</strong> Psicologia Médica e Tutores, da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da<br />

UFPEL, <strong>de</strong>dicada ao estudo da Relação Médico-Paciente, repensando-a, em busca <strong>de</strong> uma “Medicina da Pessoa”. O atendimento médico,<br />

baseado na comunicação entre médicos e pacientes, utiliza a entrevista para coleta <strong>de</strong> sinais e sintomas, construção <strong>de</strong> hipóteses diagnósticas<br />

e planos terapêuticos, procurando restaurar a normalida<strong>de</strong>. Reduzindo o atendimento a questionários e rotinas, <strong>de</strong>ixa-se <strong>de</strong> levar em conta o<br />

sujeito em sua subjetivida<strong>de</strong> e complexida<strong>de</strong>. Objetivos: Estudar a ação conjunta da prática da Tutoria e Psicologia Médica para a humanização<br />

do acadêmico <strong>de</strong> Medicina. Métodos: Problematizações <strong>de</strong> tutores e seus tutorados; revisão <strong>de</strong> relatórios; registro das reuniões <strong>de</strong> tutoria.<br />

Através da discussão <strong>de</strong> situações vivenciadas por tutores em suas práticas problematizadoras, em pequenos grupos, apresentam-se abordagens<br />

do tema Relação Médico-Paciente, propondo formas <strong>de</strong> cuidado aos pacientes que buscam atendimento integral e humano, sem <strong>de</strong>scuidar<br />

dos recursos tecnológicos disponíveis. Resultados: O aluno-monitor consegue ficar mais próximo das angústias e necessida<strong>de</strong>s dos alunos<br />

e estes mais à vonta<strong>de</strong> para expor seus sentimentos, pois estão diante <strong>de</strong> um colega e não <strong>de</strong> um professor. Grupos pequenos, discussão<br />

das dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas a partir da prática com pacientes, e do processo envolvido no ensino, trazem o aluno para o centro, ativo e reflexivo,<br />

possibilitando-o enfrentar sobre outros aspectos das relações humanas. Conclusão: A tutoria não <strong>de</strong>ve ser um substituto ou arremedo<br />

docente, mas um instrumento no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, utilizando diversida<strong>de</strong>s como recursos e estratégias. Alunos apreen<strong>de</strong>m,<br />

ensinando colegas, que, por sua vez, também po<strong>de</strong>m obter ajuda personalizada nos pequenos grupos. O <strong>de</strong>senvolvimento e ensino <strong>de</strong><br />

novas tecnologias <strong>de</strong> comunicação configuram-se como um instrumento imprescindível para a construção <strong>de</strong> sentidos e significações, indispensáveis<br />

à subjetivida<strong>de</strong>, visando uma formação ampla.<br />

Sintomas <strong>de</strong> Estresse Entre Professores e Alunos da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará<br />

Pereira, BP 83<br />

Ramalho, AS 83<br />

Bahia, SHA 83<br />

Introdução: AFaculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina é marcada por situações <strong>de</strong> estresse capazes <strong>de</strong> resultar em agravos a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> discentes e<br />

docentes. Objetivos: Obter um quadro <strong>de</strong> sintomas referidos por alunos e professores da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

do Pará (FMUFPA). Métodos: Foi realizado um estudo seccional e <strong>de</strong>scritivo, através da aplicação do Inventário <strong>de</strong> Sintomas <strong>de</strong><br />

Estresse (ISE) entre 37 docentes e 272 discentes da FMUFPAa fim <strong>de</strong> analisar a frequência <strong>de</strong> sintomas físicos, psíquicos, comportamentais<br />

e <strong>de</strong>fensivos. Resultados: Foi observado que em ambas as amostras prevaleceram indivíduos com pouca ou nenhuma sintomatologia.<br />

Entre os discentes a maioria nunca manifestou dor no peito, dificulda<strong>de</strong>s sexuais, erupções na pele, problemas alérgicos, pressão arterial<br />

alta, perda do <strong>de</strong>sejo sexual e problemas na voz. Amaioria dos discentes também negou que durante períodos <strong>de</strong> estresse aumente<br />

o consumo <strong>de</strong> substâncias como álcool, cigarro ou outras drogas. Na amostra docente, por sua vez, <strong>de</strong>stacou-se o número <strong>de</strong> indivíduos<br />

que negou manifestações <strong>de</strong> dor no peito, erupções na pele, problemas alérgicos e pressão arterial alta. Amaior parte dos docentes<br />

também negou ter dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adaptação no ambiente on<strong>de</strong> convive, apresentar aumento do consumo <strong>de</strong> substância em situações<br />

<strong>de</strong> tensão ou ter dificulda<strong>de</strong> para controlar sua agressivida<strong>de</strong>. Também cabe <strong>de</strong>stacar que dos 28 sintomas investigados, 12 obtiveram<br />

maior frequência entre os discentes, sendo eles: Dores nos ombros e nuca, perda ou excesso <strong>de</strong> apetite, dor <strong>de</strong> cabeça, dificulda<strong>de</strong>s com o<br />

82 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.<br />

83 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


sono, sentimento <strong>de</strong> cansaço mental, fadiga generalizada, problemas alérgicos, falta <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciar qualquer ativida<strong>de</strong>, dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> manter a concentração, irritabilida<strong>de</strong> fácil, pouco tempo para si mesmo e cansaço rápido <strong>de</strong> todas as coisas. Conclusão:<br />

Observou-se que entre docentes e discentes prevaleceram indivíduos com pouca sintomatologia <strong>de</strong> estresse, porém, na amostra<br />

discente houve proporcionalmente mais indivíduos com queixas freqüentes.<br />

O Ambiente Acadêmico da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina e as Relações Interpessoais<br />

Estabelecidas Entre Professores e Alunos<br />

Pereira, BP 84<br />

Bahia, SHA 84<br />

Ramalho, AS 84<br />

Introdução: Ensinar e apren<strong>de</strong>r são uma constante troca, cujos valores baseiam-se nas relações interpessoais vivenciadas em<br />

sala <strong>de</strong> aula e ultrapassam limites, acompanhando o indivíduo por toda sua formação. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar as relações estabelecidas<br />

entre professores e alunos e seus pares e estudar suas percepções sobre suas ativida<strong>de</strong>s acadêmicas e institucionais. Métodos: Foi realizado<br />

um estudo seccional e <strong>de</strong>scritivo, através <strong>de</strong> questionários aplicados entre 37 docentes e 272 discentes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará (FMUFPA). Resultados: Quanto ao relacionamento <strong>de</strong> professores e alunos, a maioria dos alunos <strong>de</strong>clarou<br />

que às vezes estabelece relações positivas (amiza<strong>de</strong>, confiança e cooperação) com seus professores, enquanto a maioria dos professores<br />

sempre mantém relações positivas com os alunos. Por sua vez, tanto alunos quanto professores, <strong>de</strong>monstraram que em sua maioria<br />

nunca ou raramente estabelecem relações negativas (competitivida<strong>de</strong>, conflito e indiferença). Quanto às relações estabelecidas entre<br />

discentes e colegas <strong>de</strong> turma, a maior parte sempre estabelece relações <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> (64,7%) e <strong>de</strong> cooperação (52,9%), raramente estabelecem<br />

relações <strong>de</strong> conflito (56,3%), indiferença (47,4%) e competitivida<strong>de</strong> (39,7%) e às vezes <strong>de</strong>senvolvem relações <strong>de</strong> confiança<br />

(62,2%). Quanto às percepções dos docentes sobre suas relações com os colegas <strong>de</strong> profissão, a maioria sempre estabelece relações amistosas<br />

(75,7%) e <strong>de</strong> cooperação (70,3%), raramente tem relações <strong>de</strong> conflito (37,8%), às vezes relações <strong>de</strong> confiança (43,2%) e nunca estabelecem<br />

relações <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> (54,1%) e indiferença (51,4%). Questionados sobre a opinião <strong>de</strong> colegas e professores sobre seu rendimento,<br />

73,2% dos estudantes acreditam que colegas os consi<strong>de</strong>ram bons alunos e 67,6% crêem que professores também têm esta opinião.<br />

Por sua vez, 86% dos professores creêm que tanto seus colegas <strong>de</strong> profissão quanto alunos os consi<strong>de</strong>ram bons professores.<br />

Conclusão: Na amostra estudada, predominaram relações positivas. Também se observou que a maioria se consi<strong>de</strong>ra reconhecida<br />

como bom profissional e estudante pelos <strong>de</strong>mais indivíduos.<br />

A Prática Docente na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará Sob o<br />

Olhar dos Docentes<br />

D‘Oliveira, LMR 85<br />

Bahia, SHA 85<br />

Ramalho, AS 85<br />

Pereira, BP 85<br />

Introdução: O professor <strong>de</strong> Medicina apresenta particularida<strong>de</strong>s que o diferenciam dos professores <strong>de</strong> outros cursos universitários,<br />

pois sua formação não tem como finalida<strong>de</strong> a formação pedagógica sendo a docência comumente secundária à profissão médica.<br />

Objetivos: Estudar as percepções dos docentes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará (FMUFPA) sobre sua ativida<strong>de</strong><br />

docente. Métodos: Estudo transversal, através <strong>de</strong> questionários aplicados a 37 docentes da FMUFPA. Resultados: Aamostradocente<br />

se constituiu por maioria do gênero feminino, entre 40 e 60 anos, casados e têm filhos. Amaior parte (73%) concluiu sua formação<br />

médica há mais <strong>de</strong> 20 anos e foi contratada pela UFPA entre 10 e 20 anos (54%). Quanto a renda mensal, 51,4% têm renda superior a 10<br />

salários mínimos, com jornada <strong>de</strong> trabalho entre 8 a 10 horas diárias (35%), sem realização <strong>de</strong> plantão (84%). Além disso, 54% não tinham<br />

intenção prévia <strong>de</strong> tornar-se professor. Sobre a atuação docente, 70,3% tiveram capacitação didática para atuação docente, 89,2%<br />

sentem-se capacitados e 75,7% procuram capacitação pedagógica complementar. Entre os docentes estudados, 94,6% atualizam seus<br />

84 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

85 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

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materiais semestralmente, preparam as aulas com antecedência e se consi<strong>de</strong>ram comprometidos com a formação dos alunos. Todos os<br />

docentes estudados estão insatisfeitos com o salário <strong>de</strong> docente, porém 64,9% sentem satisfação com a ativida<strong>de</strong> docente. Quanto as<br />

opiniões <strong>de</strong> colegas <strong>de</strong> profissão e alunos sobre o seu <strong>de</strong>sempenho docente, 86% creêm que ambos os consi<strong>de</strong>ram bons professores.<br />

Conclusão: Delineou-se o perfil sócio-<strong>de</strong>mográfico e ocupacional dos professores da FMUFPAe, observou-se que a maioria dos professores<br />

apesar <strong>de</strong> não ter a intenção prévia <strong>de</strong> tornar-se professor, buscou capacitação pedagógica e sente-se capacitado, acreditando que<br />

alunos e colegas os consi<strong>de</strong>ram bons profissionais. Apesar da insatisfação salarial, a maioria está satisfeita com a ativida<strong>de</strong> docente e<br />

consi<strong>de</strong>ram-se comprometidos com a formação dos alunos.<br />

Estresse entre Médicos Docentes e Não Docentes <strong>de</strong> Maceió<br />

Soares, FJP86 Calheiros, LHB86 Ferro, DF86 Vieira, BB86 Cavalcante, ML86 Moura, LL86 Introdução: A vulnerabilida<strong>de</strong> física e mental dos médicos tem sido frequentemente <strong>de</strong>nunciada com elevada morbida<strong>de</strong>. A convivência<br />

com doentes, o enfrentamento da morte, plantões, são condições relacionadas a estresse entre médicos. O mercado <strong>de</strong> trabalho embora<br />

amplo não oferece condições estruturais e remuneração a<strong>de</strong>quadas. A prática docente em universida<strong>de</strong> pública oferece condições atenuantes<br />

e reduz o estresse? Objetivos: Verificar a frequência geral <strong>de</strong> estresse entre médicos relacionando com a carga horária, gênero, e a prática<br />

docente. Métodos: Estudo transversal, <strong>de</strong>scritivo. Foi aplicado questionário estruturado a 276 médicos <strong>de</strong> Maceió, sendo 208 não docentes<br />

(ND) e 68 docentes(D). O diagnóstico <strong>de</strong> estresse foi realizado utilizando escala reduzida <strong>de</strong> estresse no trabalho. Resultados: freqüência relacionada<br />

a carga horária: até 40 horas semanais, 10,6% ND x 12,1% D; <strong>de</strong> 40 a 80 horas, 15,5% ND x 10% D; 80 a 100 horas 20,0% ND; acima <strong>de</strong><br />

100 horas 37,5% ND. Nenhum docente trabalhava mais que 80 horas semanais. Frequência geral por gênero: 15,5% dos homens e 14,9% das<br />

mulheres. Frequencia por gênero e prática ou não docente: Masculino – 10,5% D x 16,9% ND e Feminino – 13,3% D x 16% ND. Conclusões: O<br />

estresse é relacionado ao aumento na carga horária semanal e atenuado com a prática docente; o estresse é mais freqüente entre as mulheres;<br />

médicos que trabalham mais <strong>de</strong> 8 horas por dia <strong>de</strong>vem ser examinados com cuidado para verificar a presença ou não <strong>de</strong> estresse. Políticas<br />

que estimulem a redução da carga horária semanal, e remuneração e condições <strong>de</strong> trabalho a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong>vem ser planejadas. Apromoção e a<br />

prevenção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> entre os médicos <strong>de</strong>ve iniciar durante a formação.<br />

Arte e Literatura no Ensino Médico e as Ferramentas Digitais<br />

Oliveira, CPV 87<br />

Azevêdo, MFV 87<br />

Canamary. VT 87<br />

William, LHW 87<br />

Introdução: Este é o relato <strong>de</strong> uma experiência realizada no módulo optativo <strong>de</strong> ” Arte e Literatura-Humanida<strong>de</strong>s Médicas I”<br />

ofertado aos alunos <strong>de</strong> graduação da FAMED-UFC, no qual foram trabalhados em sala <strong>de</strong> aula algumas obras <strong>de</strong> arte, ví<strong>de</strong>os e textos literários<br />

relacionados a alguma situação <strong>de</strong> doença, dor ou <strong>de</strong> relacionamento médico x paciente. Objetivos: omóduloprocuroutrabalhar<br />

a sensibilida<strong>de</strong> dos alunos e fazê-los refletir sobre a prática médica. Métodos: foram escolhidas algumas obras <strong>de</strong> arte clássicas,<br />

dois ví<strong>de</strong>os e alguns textos literários que foram discutidos em grupo. Também foi realizada produção <strong>de</strong> texto sentido por cada aluno,<br />

lido e discutido em grupo. Cada aluno fez um blog e publicava cada dia os relatos <strong>de</strong> suas reflexões em sala <strong>de</strong> aula e material pertinente<br />

ao assunto. Resultados: à medida que os fazia discutir sobre as obras <strong>de</strong> arte, ví<strong>de</strong>os e textos literários <strong>de</strong> autores nacionais e estrangeiros<br />

,o módulo estimulou os alunos a uma reflexão sobre a prática médica e as lacunas existentes na formação <strong>de</strong> um profissional mais<br />

sensível e coerente com a profissão médica. Além disso, apresentou aos alunos ferramentas digitais <strong>de</strong> publicação <strong>de</strong> relatos sobre humanização<br />

médica. Conclusão: o módulo optativo ofereceu aos alunos uma reflexão sobre a humanização estimulando-os a usarem<br />

essa na sua formação profissional.<br />

86 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

87 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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Anáilise da Consulta Médica em um Ambulatório <strong>de</strong> Ensino<br />

Ballester, D 88<br />

Escobar, AMU 89<br />

Introdução: Estudos mostram que a incorporação da perspectiva do paciente na realização da consulta médica associa-se a melhores<br />

resultados.É necessário compreen<strong>de</strong>r o motivo da consulta,medos e preocupações relacionados e compartilhar as propostas terapêuticas.<br />

Objetivo: analisar se o modo <strong>de</strong> ensino no ambulatório geral <strong>de</strong> pediatria capacita os resi<strong>de</strong>ntes para conduzir consultas médicas incluindo a<br />

perspectiva dos pais. Método: o estágio ambulatorial dos resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> pediatria <strong>de</strong> primeiro ano da FMUSP tem como objetivo ensinar um<br />

atendimento ampliado e não centrado na doença.Em 2007,foram selecionados 10 resi<strong>de</strong>ntes para serem filmados durante a realização <strong>de</strong><br />

uma consulta,no início e no final do estágio.AComissão <strong>de</strong> Ética e Pesquisa aprovou o estudo e obteve-se consentimento escrito dos participantes.Analisou-se<br />

o material por metodologia qualitativa com utilização <strong>de</strong> técnica exploratória.Caracterizaram-se as seguintes categorias<br />

gerais:(1)Compreensão da queixa principal;(2)Compreensão <strong>de</strong> outras queixas;(3)Compartilhamento das orientações e <strong>de</strong>cisões.Adotou-se<br />

como referencial teórico modos <strong>de</strong> atendimento centrado no paciente <strong>de</strong> diferentes grupos <strong>de</strong> pesquisadores. Resultados: os resi<strong>de</strong>ntes tinham<br />

em média 26 anos,formaram-se em diversas faculda<strong>de</strong>s do país e referiam formação em atendimento ambulatorial <strong>de</strong> pequena duração.O<br />

grupo <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes apresentou poucas modificações na condução da consulta ao final do estágio.A categoria (1),nas duas consultas,<br />

caracterizou-se na maioria dos resi<strong>de</strong>ntes pela exploração precoce da primeira queixa referida pelos pais.Ao final do estágio a minoria incluía<br />

na anamnese a exploração dos sentimentos envolvidos com o problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.A(2) foi pouco caracterizada nas duas consultas. Poucos resi<strong>de</strong>ntes<br />

buscaram ativamente outras preocupações dos pais ao final do estágio e na categoria (3) os resi<strong>de</strong>ntes mantiveram ao longo do curso<br />

a forma não compartilhada <strong>de</strong> finalizar a consulta. Conclusões: a ausência <strong>de</strong> modificações significativas na condução da consulta ao final do<br />

estágio po<strong>de</strong> relacionar-se a resistência a mudanças <strong>de</strong>corrente do tipo <strong>de</strong> formação recebida na graduação e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estratégias específicas<br />

para o ensino <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> consulta.<br />

Perfil do Alcoolismo Entre Acadêmicos do Terceiro Ano <strong>de</strong> Medicina na Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas – UFAM<br />

Chaves, AECC90 Leite, FM90 Rebelo, VR90 Silva, FH90 Brandão, HCS90<br />

Me<strong>de</strong>iros, SGGAM90 Introdução: O alcoolismo é o conjunto <strong>de</strong> problemas relacionados ao consumo excessivo e prolongado do álcool, é entendido<br />

como o vício <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> ingestão e regular <strong>de</strong> bebidas alcoólicas, e todas as conseqüências <strong>de</strong>correntes. O curso <strong>de</strong> medicina é conhecido<br />

por promover inúmeras comemorações nas quais o consumo <strong>de</strong> álcool é liberado e estimulado. Objetivo: A pesquisa visou analisar o<br />

perfil dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina quanto a ingestão <strong>de</strong> álcool, com o objetivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os fatores estimuladores para uma possível<br />

maior ingestão. Métodos: Foram selecionados <strong>de</strong> forma aleatória alunos cursando 5º e 6º período, os mesmos respon<strong>de</strong>ram a questionário<br />

acerca <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> bebidas alcoólicas antes do ingresso na universida<strong>de</strong>, no primeiro ano <strong>de</strong> curso e atualmente, bem como no trote e<br />

festas tradicionais do curso. Foi investigado também possíveis conseqüências <strong>de</strong> ingestão excessiva e conscientização por parte dos alunos<br />

dos excessos cometidos. Os dados foram analisados <strong>de</strong> forma geral e em comparação quanto ao sexo. Os participantes assinaram o<br />

termo <strong>de</strong> concentimento. Resultados: Foi verificado do total analisado que o consumo <strong>de</strong> álcool aumentou <strong>de</strong> 50% antes do ingresso na<br />

universida<strong>de</strong> para 61,2% atualmente, sendo nas mulheres <strong>de</strong> 40,8 % para 65,6% e nos homens <strong>de</strong> 59,3% para 66,6%. Foi verificado que<br />

16,6% dos alunos tiveram sua iniciação no consumo <strong>de</strong> álcool durante o trote e 57,6% afirmaram sair embriagados das festas. Dos usuários<br />

70% afirma não preten<strong>de</strong>r diminuir o consumo. Conclusão: O uso <strong>de</strong> bebidas alcoólicas mostrou <strong>de</strong> fato sofrer aumento no <strong>de</strong>cor-<br />

88 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Hospital Universitário, São Paulo, SP, Brasil.<br />

89 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

90 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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er do curso <strong>de</strong> medicina, sofrendo influencia da indução e estimulação sofrida no trote e festas tradicionais, porém tal aumento não foi<br />

tão expressivo sendo mais significativo no sexo feminino. Po<strong>de</strong> - se dizer que esses valores sirvam <strong>de</strong> alerta para os acadêmicos do<br />

curso, pois a tendência é esse ato se tornar crônico e vir a trazer graves conseqüências para esses futuros profissionais.<br />

A Ativida<strong>de</strong> Lúdica Como Instrumento <strong>de</strong> Humanização na Assistência Multidisciplinar<br />

<strong>de</strong> Crianças Atendidas no Hospital Universitário Lauro Wan<strong>de</strong>rley<br />

Figueiredo, NAL 91<br />

Domingues, MA 91<br />

Pereira, GCB 91<br />

Ramirez, VDA 91<br />

Me<strong>de</strong>iros, CF 91<br />

Introdução: Define-se saú<strong>de</strong>, segundo a OMS, como “estado <strong>de</strong> completo bem-estar físico, mental e social, não meramente a ausência<br />

<strong>de</strong> doença ou enfermida<strong>de</strong>”. Nesse contexto, o Programa Nacional <strong>de</strong> Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) foi criado<br />

para requalificar, substancialmente, o padrão da assistência hospitalar pública, cujos profissionais passam a ser responsáveis não só<br />

pelo tratamento <strong>de</strong> patologias orgânicas, mas pelo acompanhamento do paciente como um todo, interagindo com este e tornando o local<br />

<strong>de</strong> atendimento à saú<strong>de</strong> um ambiente mais solidário, agradável e receptivo. Objetivos: Apresentar e discutir a experiência humanística<br />

<strong>de</strong>senvolvida no projeto A arte e o brincar, bem como sua contribuição na formação do profissional da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Métodos: O<br />

projeto realizou-se na ala <strong>de</strong> pediatria do Hospital Universitário Lauro Wan<strong>de</strong>rley (HULW), por estudantes da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que, orientados<br />

por professores, <strong>de</strong>senvolveram ativida<strong>de</strong>s informativas, artísticas e lúdicas com crianças internadas, ao passo que davam total<br />

liberda<strong>de</strong> para acompanhantes e pacientes exprimirem suas opiniões e ânsias, visando, portanto, suavizar, humanizar e alegrar a atmosfera<br />

hospitalar. O projeto dispôs <strong>de</strong> vinte e um participantes, que, divididos em grupos, freqüentaram, durante um ano, com visitas<br />

semanais, as <strong>de</strong>pendências da ala <strong>de</strong> pediatria do HULW. As experiências eram <strong>de</strong>batidas em reuniões mensais, traçando-se estratégias<br />

e projetos futuros. Resultados: Durante as ativida<strong>de</strong>s, os infantes e responsáveis permaneciam entretidos, possibilitando um convívio<br />

saudável e feliz. A receptivida<strong>de</strong> foi, progressivamente, melhorando, assim como a habilida<strong>de</strong> dos participantes do projeto em <strong>de</strong>senvolver<br />

tarefas planejadas. As crianças mostravam-se contentes e abertas ao diálogo, possibilitando colherem-se informações <strong>de</strong> vivências<br />

psicossociais extra-hospitalares. Conclusões: O projeto revelou-se útil na procura da humanização no atendimento hospitalar,<br />

<strong>de</strong>senvolvendo práticas que levaram ao bem-estar e satisfação dos pacientes, ao passo que criou uma consciência social importante nos<br />

participantes, <strong>de</strong>terminando uma prática mais humana e completa <strong>de</strong> busca da saú<strong>de</strong>.<br />

Trote na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Como uma Açao Afirmativa<br />

Curado, SCA92 Amaral, PH92 Kor<strong>de</strong>iro, P92 Rocha, J92 Amorin, A92 Introdução: Acreditando, sim, que o trote seja um momento <strong>de</strong> festa, um batizado e enten<strong>de</strong>ndo que é importante comemorar<br />

esse momento também como uma responsabilida<strong>de</strong> sócial, visando isto o CAMA (centro acadêmico Manoel <strong>de</strong> Abreu) da Santa Casa<br />

<strong>de</strong> São Paulo, participa nos últimos cinco anos com uma iniciativa pioneira, tentando remendar uma lacuna na iniciação acadêmica dos<br />

alunos que a<strong>de</strong>ntram na faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina, através <strong>de</strong> um trote “solidario”. Objetivo: mostrar a experiência do CAMA da Santa<br />

casa <strong>de</strong> São Paulo na aplicação do “trote solidário”, como um alternativa ao trote violento e humilhante que vem sendo propagado<br />

como iniciativa dos estudantes “veteranos” como rito <strong>de</strong> entrada dos ditos “calouro” em algumas faculda<strong>de</strong>s. Métodos: apartirdoprêmio<br />

criado em 2003 em homenagem ao jovem Edison Tsung-Chi Hsueh, calouro do curso <strong>de</strong> Medicina da USP que morreu tragicamen-<br />

91 Universida<strong>de</strong> Estadual da Paraíba, Campina Gran<strong>de</strong>, PB, Brasil.<br />

92 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Santa Casa <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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te durante o trote, em 1999. Ele que fora aluno Santa Casa, o centro acadêmico <strong>de</strong> nossa faculda<strong>de</strong> vem ampliando a iniciativa <strong>de</strong> mostrar<br />

uma nova faceta do trote, como um rito que <strong>de</strong>ve sim ser mantido e propagado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que mantenha a idéia original das primeira escolas<br />

<strong>de</strong> medicina na Itália <strong>de</strong> ser um modo <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar o novo ambiente que esses jovens estão entrando, isso tudo através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

que promovam o espírito <strong>de</strong> ética e dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses futuros médicos. Conclusão: Após esses anos <strong>de</strong> experiência é um orgulho<br />

manifestarmos que após a criação do premio pela câmara municipal por mais <strong>de</strong> uma vez ganhamos o premio e <strong>de</strong>monstramos que<br />

nosso i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o trote é sim uma ação positiva e que <strong>de</strong>ve ser propagada em nossa socieda<strong>de</strong>.<br />

Percepção <strong>de</strong> Estudantes Acerca do Acolhimento em Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> João<br />

Pessoa-PB<br />

Fernan<strong>de</strong>s, MGB93 Oliveira, JS93 Machado, PRM93 Figueiredo, NAL93 Vasconcelos, FKB93 Simon, E93 Introdução: O atual Projeto Político Pedagógico do curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba (UFPB) visa à inserção<br />

dos estudantes <strong>de</strong> Medicina nos cenários <strong>de</strong> prática no intuito <strong>de</strong> que esses possam melhor compreendê-los. Nas Unida<strong>de</strong>s Básicas<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS), o Acolhimento vem se <strong>de</strong>stacando como elemento fundamental do atendimento, na medida em que qualifica e humaniza<br />

as relações entre trabalhadores e serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com seus usuários. No entanto, tem-se observado inúmeros problemas nas UBS<br />

com relação ao acesso e ao acolhimento. Objetivos: Descrever a visão <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> Medicina do quarto semestre da UFPB no que<br />

concerne ao acolhimento <strong>de</strong> quatro UBS da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> João Pessoa e pon<strong>de</strong>rar sobre a importância <strong>de</strong>ssa prática para a melhoria do funcionamento<br />

da UBS. Métodos: Os alunos foram divididos em quatro grupos e distribuídos em quatro UBS. Estes observaram e, algumas<br />

vezes, participaram da realização do acolhimento. Aobservação participante foi utilizada como técnica complementar para captar<br />

informações sobre o contexto do serviço, forma <strong>de</strong> organização e funcionamento do acolhimento. Resultados: A forma <strong>de</strong> organização<br />

das UBS e a competência profissional das equipes foram fatores importantes que geraram satisfação por parte dos usuários. No entanto,<br />

as unida<strong>de</strong>s persistem trabalhando na forma clássica <strong>de</strong> atendimento, pois não se conseguiu eliminar a fila e vários usuários ainda <strong>de</strong>ixavam<br />

a unida<strong>de</strong> sem ter seu problema resolvido. Além disso, foram observadas diferenças no acolhimento das UBS no que tange às<br />

priorida<strong>de</strong>s na triagem dos usuários, o tempo <strong>de</strong> espera, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agendamentos e satisfação dos usuários com sua equipe. Conclusões:<br />

O acolhimento mostrou-se fundamental ao bom atendimento nos diferentes serviços, no entanto a maioria apresentou<br />

dificulda<strong>de</strong>s na organização <strong>de</strong>ste. Visto isso, urge necessária a divulgação acadêmica <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> melhoria do acesso dos usuários.<br />

Mo<strong>de</strong>lo Psicossocial: Relato <strong>de</strong> Experiência <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina da UFG Com<br />

Paciente Em Tratamento Ambulatorial <strong>de</strong> LMC<br />

Araùjo, LC 94<br />

Marçal, LP 94<br />

Barbosa, US 94<br />

Bittencourt, KT 94<br />

Passos, LM 94<br />

Nogueira, TG 94<br />

Introdução: Nas escolas <strong>de</strong> medicina latino-americanas, a formação médica apresenta fortes resquícios do mo<strong>de</strong>lo biomédico, o<br />

qual exclui os aspectos psicossociais da relação médico-paciente. Tornou-se, então, necessário acrescentar disciplinas comprometidas<br />

com a humanização das práticas em saú<strong>de</strong> (mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial). Dentre elas, <strong>de</strong>staca-se a Psicologia Médica. Na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Me-<br />

93 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

94 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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dicina da UFG (FMUFG), um grupo <strong>de</strong> alunos, realizando um trabalho da disciplina, i<strong>de</strong>ntificou através <strong>de</strong> entrevistas e questionários<br />

as re<strong>de</strong>s sociais dos pacientes em tratamento ambulatorial <strong>de</strong> Leucemia Mielói<strong>de</strong> Crônica (LMC). Objetivos: Relatar a experiência <strong>de</strong><br />

oito acadêmicos no ambulatório <strong>de</strong> Hematologia do Hospital das Clínicas, interagindo com os pacientes com LMC e conhecendo suas<br />

realida<strong>de</strong>s. Métodos: Durante maio e junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, foram entrevistados pacientes em tratamento ambulatorial. Aplicaram-se questionários<br />

(Escala Cope, escala <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong>, APGAR familiar), observando as repercussões da doença. Resultados: Em muitos sujeitos<br />

o diagnóstico provocou <strong>de</strong>sespero e <strong>de</strong>pressão. Durante a entrevista houve aqueles que se emocionaram e chamou atenção a afirmação<br />

<strong>de</strong> que nenhum médico se interessou em saber como estavam enfrentando a doença ou se precisavam <strong>de</strong> encaminhamento ao psicólogo.<br />

No entanto, a maioria estava esperançosa e alguns até mudaram <strong>de</strong> religião e hábitos <strong>de</strong> vida. Mas o que mais chamou atenção é<br />

que parte dos pacientes classificava sua leucemia como “doença do sangue” e quando interrogados se essa doença era câncer, negavam<br />

veementemente. Conclusão: São necessárias melhores formas <strong>de</strong> lidar com leucêmicos, proporcionando uma melhor evolução e convivência<br />

com tal enfermida<strong>de</strong>. Para tanto é vital conhecer a re<strong>de</strong> social em que o individuo está inserido e assim encaminhar ao psicólogo<br />

se necessário. Além disso, <strong>de</strong>ve-se esclarecer a doença na medida do possível. A pesquisa, orientada pelo mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial,<br />

consolidou uma visão integral do binômio saú<strong>de</strong>-doença e forneceu subsídios para a formação <strong>de</strong> um profissional que trabalha em<br />

equipes multidisciplinares, capaz <strong>de</strong> encarar os <strong>de</strong>safios da medicina.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TEMA: EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, TECNOLOGIA DE<br />

INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SAÚDE<br />

Formação do Profissional da Atenção Primária Para a Envelhecimento Através do<br />

Telessaú<strong>de</strong><br />

Motta, LB 1<br />

Monteiro, A 1<br />

Taborda, M 1<br />

Introdução: A Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (ESF) foi criada como a principal iniciativa <strong>de</strong> reorientação do mo<strong>de</strong>lo assistencial no<br />

SUS, ao mesmo tempo em que a população brasileira envelhecia. As equipes da SF estão lidando com a atenção à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste contingente populacional<br />

sob a influência <strong>de</strong> aspectos técnicos, institucionais e culturais adversos como a sua frágil capacitação, a não interligação da re<strong>de</strong>, e<br />

o escasso valor social dado ao velho na socieda<strong>de</strong>. Métodos: Este trabalho traz o relato da experiência da implantação <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong> capacitação<br />

<strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família, com foco nos médicos, na atenção ao idoso, no contexto da Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família<br />

(ESF), no Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, utilizando a educação à distância através do TELESSAÚDE. Objetivo: criar, <strong>de</strong>ntro do Telessaú<strong>de</strong>,<br />

Núcleo do Rio <strong>de</strong> Janeiro, um espaço para a capacitação na atenção ao idoso, baseado nos Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Atenção Básica e na Política <strong>de</strong> Atenção<br />

à Saú<strong>de</strong> da Pessoa Idosa do Ministério da Saú<strong>de</strong>. Resultados: Este espaço disponibiliza duas teleconferências mensais e ciclos <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates<br />

em módulos. O treinamento das equipes, já instaladas, <strong>de</strong>ve ser trabalhado <strong>de</strong>ntro das premissas da educação permanente e acompanhado<br />

<strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> articulação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção para o idoso, <strong>de</strong> forma a permitir sua resolutivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do seu cotidiano. Conclusão:<br />

Apesar dos temas escolhidos estarem contidos nos temas consi<strong>de</strong>rados relevantes pelas equipes, em pesquisa <strong>de</strong> opinião prévia, a a<strong>de</strong>são<br />

e participação ativa é pequena. É necessário estimular não só os profissionais como os gestores municipais, assim como garantir o acesso a<br />

educação à distância <strong>de</strong>ntro do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sua rotina <strong>de</strong> trabalho.<br />

Tutoria Para Recursos On-line Complementares ao Ensino Presencial <strong>de</strong> Promoção da<br />

Saú<strong>de</strong><br />

Silva, ACCG 2<br />

Ferreira Jr, M 2<br />

Introdução: A adição <strong>de</strong> recursos via internet a cursos presenciais, <strong>de</strong>vido à sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> superar barreiras <strong>de</strong> distância e<br />

tempo, traz a expectativa <strong>de</strong> que se possa facilitar a educação continuada <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Métodos: Em um curso anual <strong>de</strong><br />

promoção da saú<strong>de</strong>, 100% presencial até 2006, foram introduzidos blog com webliografia e grupo <strong>de</strong> e-mails em 2007 e, acrescentadas<br />

enquetes e palavras cruzadas on-line, sob tutoria pró-ativa, em 2008. Alunos <strong>de</strong> 2007 (N=67; 92% do total) e 2008 (N=60; 96%) respon<strong>de</strong>ram<br />

um questionário para conhecer o grau inicial <strong>de</strong> familiarida<strong>de</strong>, acesso, freqüência e interesse <strong>de</strong> utilização da internet com fins educacionais.<br />

Depois, foram monitorados por 18 semanas <strong>de</strong> cada ano letivo, comparando-se estatisticamente as medidas <strong>de</strong> acesso ao blog<br />

e <strong>de</strong> mensagens enviadas no grupo <strong>de</strong> e-mails. Resultados: Os alunos participantes do estudo referiram na avaliação inicial, em 2007 e<br />

2008, respectivamente: conhecimentos básicos em internet, 94.0% e 96.6%; acesso à internet banda larga, 65.7% e 79.7%; 1 ou mais acessos<br />

diários à internet, 82.1% e 84.7%;1 ou mais leituras <strong>de</strong> e-mails ao dia, 86.5% e 89.8%; leitura complementar como o item <strong>de</strong> maior interesse<br />

didático da internet, 85.1% e 86.4%. Tanto o número <strong>de</strong> visitas ao blog (p


Análise Descritiva da Utilização <strong>de</strong> Recursos Digitais no Ambiente do Moodle Para o<br />

Ensino Em Medicina: uma Experiência Para Avaliar a Interação Com os Conteúdos da<br />

Área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva<br />

Camara, GR 3<br />

Introdução: Ações <strong>de</strong> ampliação e criação <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> repositório <strong>de</strong> recursos digitais po<strong>de</strong>rão auxiliar na troca <strong>de</strong> informações<br />

e favorecer as ativida<strong>de</strong>s didáticas em salas <strong>de</strong> aula. Avaliamos a participação dos alunos no uso inicial <strong>de</strong> um ambiente virtual <strong>de</strong><br />

aprendizagem via Internet. Métodos: Aparticipação dos alunos e uso dos recursos disponibilizados foi avaliada através da ferramenta<br />

MOODLE (MODULAR OBJECT ORIENTED DYNAMIC LEARNING ENVIROMNENT) que é uma ferramenta <strong>de</strong> código-aberto<br />

(open source) disponível na Internet e que disponibiliza relatório <strong>de</strong> participação. Além da avaliação da utilização dos recursos digitais<br />

foi aplicado um questionário específico para avaliar a familiarida<strong>de</strong> os alunos com as tecnologias digitais. Resultado: Para a disciplina<br />

do terceiro período foram apresentados cerca <strong>de</strong> 94 recursos digitais para interação dos alunos e que geraram cerca <strong>de</strong> 2986 visitas dos<br />

alunos aos respectivos recursos. A disciplina do nono período respectivamente para os mesmos itens foram 155 recursos com cerca <strong>de</strong><br />

1404 visitas dos mesmos. A participação em fórum <strong>de</strong> discussão coletiva foi o recurso mais visitado para os alunos do 3 período e para<br />

os alunos do nono período esse recursos foi documentos on line. Conclusões: Os alunos do terceiro período obtiveram maiores valores<br />

absolutos <strong>de</strong> visitas aos recursos digitais em relação aos alunos do nono período apesar <strong>de</strong> um número menor <strong>de</strong> recursos disponibilizados.<br />

Aimplantação do seu uso na instituição po<strong>de</strong>rá ser feita com indicação <strong>de</strong> acompanhamento e apoio aos professores na sua utilização.<br />

O maior <strong>de</strong>safio será envolver os alunos em relação a participação dos mesmos e a correta utilização dos recursos digitais a serem<br />

disponibilizados.<br />

Informação ou Propaganda? Matérias Sobre Saú<strong>de</strong> Publicadas na Revista Veja<br />

Arrais, IVA 4<br />

Archanjo, LR 4<br />

Introdução: Meios <strong>de</strong> comunicação em massa são veículos <strong>de</strong> interação que exercem especiais influências nas condutas dos<br />

membros <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong>, inclusive no comportamento diante do processo saú<strong>de</strong>-doença. Consi<strong>de</strong>rando que empresas ligadas à tecnologia<br />

médica investem gran<strong>de</strong>s quantias <strong>de</strong> dinheiro em publicida<strong>de</strong> é coerente a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas propagandas serem veiculadas<br />

pelos meios <strong>de</strong> comunicação travestidas <strong>de</strong> matéria jornalística. Nessa perspectiva, realizou-se uma pesquisa <strong>de</strong> abordagem<br />

qualitativa utilizando como fonte os exemplares da revista Veja (Editora Abril). Objetivo: O estudo busca analisar e discutir as matérias<br />

relacionadas ao processo saú<strong>de</strong>-doença publicadas pela revista entre agosto <strong>de</strong> 2007 e julho <strong>de</strong> 2008. Metodologia: Foram levantadas as<br />

matérias relacionadas à saú<strong>de</strong> e posteriormente foram i<strong>de</strong>ntificadas as categorias para análise. Resultados: Observou-se que diversas<br />

reportagens estimulam a medicalização, seja por criarem metanecessida<strong>de</strong>s, no caso <strong>de</strong> medicamentos contra impotência sexual ou cirurgias,<br />

seja pela divulgação <strong>de</strong> produtos com superpo<strong>de</strong>res, como anti-<strong>de</strong>pressivos e chás redutores <strong>de</strong> medidas, ou mesmo pelo efeito<br />

terrorista, explorando o medo da morte, do envelhecimento e da <strong>de</strong>cadência física. Frequentemente, visando alcançar o maior número<br />

<strong>de</strong> pessoas, já que o princípio da propaganda vem do latim, propagare, ou seja, multiplicar e atingir o maior número <strong>de</strong> consumidores, o<br />

alvo <strong>de</strong>ssas notícias são as pessoas saudáveis. Reportagens que aparentemente buscam promoção da saú<strong>de</strong> alimentam interesses mercadológicos<br />

e impulsionam o consumo (material e simbólico) <strong>de</strong> bens relativos à saú<strong>de</strong>. Seguindo esta lógica, várias reportagens não<br />

apontam para possibilida<strong>de</strong>s não mercadológicas para resolução do problema ou promoção da saú<strong>de</strong> que por vezes seriam menos<br />

danosas, <strong>de</strong> mais baixo custo e mais eficazes. Conclusão: Enfim, ao discutir o impacto que informações veiculadas sobre saú<strong>de</strong> e<br />

práticas terapêuticas po<strong>de</strong>m ter sobre a maneira como as pessoas se cuidam, este trabalho aponta que um olhar crítico sobre as matérias<br />

jornalísticas <strong>de</strong>ve fazer parte da educação médica.<br />

3 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do Vale do Aço, Ipatinga, MG, Brasil.<br />

4 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Avaliação das Interações Discentes No Ensino em Medicina Mediado Por Ambientes<br />

Virtuais: Traços Caracterizadores da Aprendizagem<br />

Rocha, JSY5 Galvão, MCB5 Caccia-Bava, MCGG5 Ferreira, JBB5 Introdução: Numa disciplina voltada à apresentação e discussão da organização e gestão <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no Brasil, especialmente<br />

do SUS utilizamos recursos do aprendizado eletrônico para melhorar a eficiência no ensino; uma crítica freqüente ao uso <strong>de</strong>stes recursos<br />

é que a interação entre alunos e <strong>de</strong>stes com o professor é abolida ou muito reduzida. Aplataforma moodle é utilizada para a disponibilização<br />

<strong>de</strong> leituras, promover fóruns nas discussões conceituais e temáticas, usar a re<strong>de</strong> para tarefas <strong>de</strong> pesquisa aprendizagem e publicação dos<br />

resultados no portfólio. As discussões virtuais (fóruns) são seguidas <strong>de</strong> seminário presencial on<strong>de</strong> é promovida a síntese das questões e pontos<br />

<strong>de</strong> vista confrontados. Objetivos: Caracterizar as interações discentes em fórum virtual pelo estudo <strong>de</strong> traços lingüísticos e comunicacionais<br />

caracterizadores da aprendizagem. Métodos: Foi aplicado um referencial teórico da lingüística para análise <strong>de</strong> um corpus documental<br />

constituído por 734 mensagens postadas em 13 fóruns <strong>de</strong> discussão ocorridos, em ambiente virtual, durante o <strong>de</strong>senvolvimento da Disciplina<br />

Organização e Administração em Saú<strong>de</strong> do Curso Medico da FMRP-USP. Tais fóruns contemplam registros verbais escritos elaborados<br />

por 100 alunos matriculados na Disciplina e divididos em três turmas. Os conteúdos dos registros versaram sobre cinco temáticas do curso<br />

como <strong>de</strong>mandas, regionalização, financiamento, sistemas e avaliação. Resultados: Os registros elaborados pelos discentes nos fóruns evi<strong>de</strong>nciam<br />

uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apresentar proposições <strong>de</strong> concordância com os colegas da turma, em <strong>de</strong>trimento das voltadas à discordância. Os<br />

alunos não apresentam suas dúvidas <strong>de</strong> forma direta e não manifestam explicitamente a não compreensão <strong>de</strong> textos ou o <strong>de</strong>sconhecimento<br />

acerca <strong>de</strong> um fato, embora relacionem os conteúdos com outros textos e a própria experiência. Conclusões: O aprendizado eletrônico permite<br />

conhecer e qualificar as interações, no entanto, a cultura das Escolas Médicas <strong>de</strong> restrições a esta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino po<strong>de</strong> coibir a explicitação<br />

pública <strong>de</strong> dúvidas e/ou divergências cognitivas.<br />

Utilização <strong>de</strong> Recursos <strong>de</strong> Aprendizado Eletrônico na Etapa Clínica Por Professores e<br />

Estudantes <strong>de</strong> Medicina<br />

Cintra, ADR 5<br />

Peres, CM 5<br />

Introdução: O estímulo ao emprego <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> tecnologia da informação e comunicação e aprendizado eletrônico (TIC-AE)<br />

constitui forte tendência atual no ensino superior, mas são escassos os dados sobre sua real utilização no curso <strong>de</strong> Medicina. Objetivos:<br />

Investigar o grau <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> TIC-AE por professores e estudantes da etapa clínica do curso <strong>de</strong> graduação em Medicina<br />

<strong>de</strong> escola médica pública paulista, com currículo em transição. Métodos: Professores <strong>de</strong> Clínica Médica (N=29) e estudantes <strong>de</strong> Medicina<br />

(3o.-6o. ano; N=45) respon<strong>de</strong>ram questionário estruturado sobre a utilização dos recursos <strong>de</strong> TIC-AE, que continha questões abertas<br />

sobre a percepção dos participantes sobre estes recursos. Os dados foram analisados usando técnicas <strong>de</strong>scritivas quantitativas e qualitativas.<br />

Resultados: Dentre os professores, 82,7% relataram a utilização <strong>de</strong> apresentações multimídia em aulas formais, mas apenas 13,8%<br />

relataram o emprego <strong>de</strong> outros recursos, como material didático disponibilizado em re<strong>de</strong>, comunicação com grupos <strong>de</strong> estudantes por<br />

via eletrônica para ensino ou uso <strong>de</strong> plataformas específicas. Este padrão <strong>de</strong> sub-utilização foi confirmado pelos estudantes que, em<br />

maioria expressiva, relataram ter computador em casa (92,7%), acesso freqüente (> 5h/semana) a internet “banda-larga” (94,7%) para<br />

estudo (97,7%). Os professores <strong>de</strong>monstraram interesse em incrementar a utilização <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> TIC-AE, mas <strong>de</strong>stacaram a existência<br />

<strong>de</strong> barreiras, como sobrecarga <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, falta <strong>de</strong> tempo e insuficiente apoio institucional. Não houve respostas sugestivas <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s<br />

negativas frente à utilização <strong>de</strong> recursos TIC-AE no ensino clínico em Medicina. Conclusões: Professores da etapa clínica do curso<br />

<strong>de</strong> graduação em Medicina subutilizam recursos <strong>de</strong> tecnologia da informação e da comunicação e aprendizado eletrônico, um padrão<br />

que foi confirmado pelos estudantes. Isto se <strong>de</strong>ve, aparentemente, a falta <strong>de</strong> condições pessoais e apoio institucional, mas não à atitu<strong>de</strong>s<br />

negativas frente a este tipo <strong>de</strong> recurso educacional, ou falta <strong>de</strong> acesso dos estudantes aos meios necessários.<br />

5 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Gincana Virtual: uma Abordagem Diferenciada do Ensino <strong>de</strong> Histologia Para os Alunos<br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará<br />

Fontenele, NKP6 Justa, GCG6 Botelho, KP6 Vale, JS6 Nunes, NG6 Ponte, AML6 Introdução: ao longo da disciplina <strong>de</strong> Histologia da UFC em 2008, percebeu-se certa dificulda<strong>de</strong> dos alunos em relação ao estudo das<br />

lâminas. Pensando nisso e nas atuais mudanças das tecnologias, nas quais os estudantes po<strong>de</strong>m encontrar maneiras didáticas para o aprendizado,<br />

os programas <strong>de</strong> monitoria <strong>de</strong>vem estar em consonância com as transformações das tecnologias, principalmente a da informação, buscando<br />

métodos diferentes <strong>de</strong> ensino. Objetivo: melhorar o aprendizado na disciplina <strong>de</strong> Histologia através da aplicação <strong>de</strong> Gincanas Virtuais.<br />

Métodos: instaurou-se o Projeto Gincana Virtual em <strong>2009</strong> para os cursos <strong>de</strong> Medicina, Enfermagem e Farmácia. As gincanas foram feitas com<br />

lâminas histológicas digitalizadas, simulando, uma prova prática <strong>de</strong> Histologia. Cada Gincana Virtual consistiu <strong>de</strong> 10 a 15 questões feitas em<br />

sli<strong>de</strong>s, os quais passavam automaticamente a cada trinta segundos. Os alunos conferiram suas respostas em gabaritos que continham as respostas<br />

das questões e comentários a respeito do assunto abordado, com uma linguagem mais próxima da acadêmica. Os alunos adquiriram,<br />

através <strong>de</strong> download, as Gincanas Virtuais em um site <strong>de</strong> compartilhamento <strong>de</strong> arquivos. As Gincanas Virtuais foram enviadas semanalmente<br />

ou quinzenalmente aos estudantes, <strong>de</strong> acordo com a <strong>de</strong>manda das aulas. Ao final do semestre, foram aplicados questionários aos alunos<br />

com a intenção <strong>de</strong> avaliar a importância da Gincana Virtual no aprendizado. Resultados: as Gincanas Virtuais conseguiram melhorar a<br />

assimilação do conteúdo ensinado aos estudantes através da familiarização <strong>de</strong>stes com as lâminas histológicas. Os discentes aprovaram o<br />

usodométodovirtualcomoumaferramentaamaisnoaprendizadoporapresentar perguntas claras e objetivas. Poucos estudantes disseram<br />

ter dificulda<strong>de</strong>s em adquiri-las. Todos os estudantes afirmaram que o uso da gincana virtual <strong>de</strong>ve ser continuado aos alunos dos próximos<br />

semestres. Conclusão: as disciplinas, quando aliadas a métodos diferentes <strong>de</strong> ensino e a recursos tecnológicos, tornam-se atrativas para o<br />

aprendizado dos futuros profissionais da saú<strong>de</strong>.<br />

Informarte - a Informação <strong>de</strong> Dentro do Coração<br />

Brito, EAT 7<br />

Pessoa, BHS 7<br />

Oliveira, AC 7<br />

Pinto Junior, FEL 7<br />

Jácome, AHS 7<br />

Sousa, TJLM 8<br />

Introdução: O escritor Frances, André Gi<strong>de</strong>, dizia que “A arte nasce, quando viver não é suficiente para exprimir a vida”. E a<br />

vida do médico é tão difícil, pois ela é trilhada pelo chão da miséria humana, <strong>de</strong>struição e doença. Então, nada melhor do que a arte, para<br />

buscar saú<strong>de</strong>, beleza e felicida<strong>de</strong>. Objetivo: Divulgar a arte produzida pelos alunos <strong>de</strong> medicina, através <strong>de</strong> um jornal. Método: O<br />

INFORMARTE é um jornal escrito, por estudantes <strong>de</strong> medicina, que se propõe a mostrar as mais diversas manifestações artísticas. A<br />

idéia surgiu nos encontros do grupo A.M.A.R.T.E. (Amigos Médicos Amantes da Arte), que se reúne para discutir arte, filosofia e medicina.<br />

Baseado na livre expressão, cada aluno <strong>de</strong>monstra a sua produção artística, através <strong>de</strong> poesias, artigos, fotografias, resenhas <strong>de</strong> livros<br />

e <strong>de</strong> filmes, arte gráfica e entrevistas. Essas produções artísticas são enviadas, através <strong>de</strong> e-mail e blog. Para produção e diagramação<br />

do jornal foi utilizado o programa CorelDRAW. Assim, nessa mescla <strong>de</strong> criações, o INFORMARTE vai chamando mais convidados,<br />

na sua caminhada pela beleza da arte. Resultados: Na sua primeira edição contemplou textos sobre “Amorte <strong>de</strong> Ivan Ilitch”, cinco poesias,<br />

o quadro “olhando com o coração” (sessão <strong>de</strong> fotografias, on<strong>de</strong> o leitor é instigado a <strong>de</strong>scobrir do que se trata a foto), além da entre-<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil.<br />

8 Faculda<strong>de</strong> Natalense para o Desenvolvimento do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


vista feita pelos alunos aos médicos-artistas, indicações <strong>de</strong> alguns filmes e o resumo dos encontros do grupo. Conclusão: Que a arte e a<br />

medicina são entrelaçadas como a mente e corpo, isso ninguém tem dúvida. O que não po<strong>de</strong>mos também esquecer é que temos que<br />

divulgar o que há <strong>de</strong> belo em cada um <strong>de</strong> nós - sem o medo e a vergonha <strong>de</strong> escon<strong>de</strong>r nossos sonhos, nossas angústias e as nossas<br />

esperanças-, pois cada palavra dita encherá um coração vazio e, cada produção, encherá uma alma.<br />

Medcase - Avaliação <strong>de</strong> Um Software Educacional para Estudo <strong>de</strong> Casos Clínicos<br />

Oliani Júnior, H9 Pinto, D9 Barreto, B9 Cardoso, M9 Ballester, DA10 Introdução: O uso <strong>de</strong> objetos educacionais baseados em tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação tem sido amplamente disseminado,<br />

embora haja sombras sobre a efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses instrumentos no ensino da medicina e <strong>de</strong> outras profissões da saú<strong>de</strong>. Objetivo:<br />

Avaliar a utilização <strong>de</strong> um software educacional - MedCase – por alunos do curso <strong>de</strong> Medicina da PUCRS, em aspectos como a facilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uso e efetivida<strong>de</strong> para o ensino médico. Métodos: Uma amostra <strong>de</strong> 98 indivíduos, representando duas turmas do curso <strong>de</strong> graduaçãoemMedicinadaPUCRS,respon<strong>de</strong>ramaumquestionáriosobreainterface<br />

e a utilização do MedCase. Foi realizada uma análise <strong>de</strong><br />

conteúdo dos dados qualitativos e observadas as freqüências e possíveis associações entre variáveis através do teste <strong>de</strong> qui-quadrado.<br />

Resultados: A análise qualitativa dos textos gerou as seguintes categorias <strong>de</strong> conteúdo: integração, interação, aprendizado, inovação,<br />

utilida<strong>de</strong>, sentimentos. Nestas categorias incluem-se uma ampla gama <strong>de</strong> opiniões sobre a utilização do MedCase pelos alunos. Ainterface<br />

do programa foi consi<strong>de</strong>rada boa/ótima por 95% da amostra, 94% acharam que a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso foi boa/ótima, enquanto 90%<br />

respon<strong>de</strong>ram que a ferramenta foi útil para o seu aprendizado. Ainterface e a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso favoreceram a utilida<strong>de</strong> para o aprendizado<br />

(p


mento, trabalharam com os critérios <strong>de</strong> avaliação da qualida<strong>de</strong> da informação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> existentes na Internet: Cremesp, HonCod e Health<br />

Summit Working Group. Por fim, cada aluno reavaliou o site escolhido. Resultados: Após a intervenção, aumentou o número <strong>de</strong><br />

justificativas pon<strong>de</strong>rando os critérios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>rados Credibilida<strong>de</strong>/Responsável, Conteúdo/Atualização, Apresentação,<br />

Link, Interativida<strong>de</strong> e Anúncios os resultados foram 39%, 28%, 39%, 13%, 30% e 43%, respectivamente. Na análise da reavaliação<br />

dos sites, 60% dos alunos reconsi<strong>de</strong>raram sua avaliação inicial, passando a consi<strong>de</strong>rá-lo <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> e confiabilida<strong>de</strong>. Conclusão:<br />

A proposta mostrou-se válida favorecendo a sensibilização dos alunos quanto ao tema. Estimulou-se o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aptidões<br />

essenciais aos profissionais da área da saú<strong>de</strong>, tais como senso crítico, busca, seleção e interpretação <strong>de</strong> informações.<br />

Formação <strong>de</strong> Grupos Cooperativos Para Educação à Distancia: Desafios e Experiência do<br />

Grupo Cooperativo Brasileiro <strong>de</strong> Síndrome Mielodisplasica em Pediatria<br />

Campanaro, CM12 Favoretto, M13 Niero, L14 Lopes, LF13 Introdução: A educação à distância tem sido utilizada como forma <strong>de</strong> capacitação profissional em diversos segmentos da área<br />

da saú<strong>de</strong>, na qual, a cada dia surgem novas doenças. A síndrome mielodisplásica na infância ( MDS) consiste num grupo <strong>de</strong> doenças<br />

clonais da medula óssea, com diferentes manifestações clínicas e laboratoriais. Apesar <strong>de</strong> rara em pediatria, tem sua importância como<br />

diagnóstico diferencial das anemias e evolução para hemopatias malignas. Seus estudos são relativamente recentes, sendo consi<strong>de</strong>rada<br />

um grupo <strong>de</strong> doenças novo na hematologia pediátrica. Objetivos: a partir da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se adquirir e transmitir maior conhecimento<br />

sobre a doença e sua terapêutica, foi formado o grupo cooperativo brasileiro <strong>de</strong> síndromes mielodisplásicas na infância em janeiro <strong>de</strong><br />

1997. Metodologia: foi composto um grupo <strong>de</strong> estudiosos, com hematologistas e hematopediatras, oncologistas, estudiosos em biologia<br />

molecular, vindos <strong>de</strong> diferentes instituições do país, divididos em 5 comitês: epi<strong>de</strong>miologia clínica, morfologia, genética, síndrome<br />

<strong>de</strong> Down e terapêutica. Estes grupos recebem os casos vindos <strong>de</strong> todo o país, avaliam e dão seu parecer aos colegas e familiares, dispondo<br />

<strong>de</strong> ampliação diagnóstica quando necessário, via SUS. Resultados: O grupo tem 320 casos registrados, com participação em congressos<br />

e publicações nacionais e internacionais, promoção <strong>de</strong> 2 Congressos internacionais específicos no Brasil, 2 cursos itinerantes ( Manaus<br />

e Brasilia) voltadas para profissionais e estudantes. Conclusões: a partir da divulgação do trabalho, observamos um maior número<br />

<strong>de</strong> diagnóstico <strong>de</strong> MDS em crianças <strong>de</strong> todos os estados do Brasil, especialmente on<strong>de</strong> foram feitos cursos e apresentações do grupo. O<br />

trabalho em grupo e com equipe multiprofissional é essencial para a boa prática do atendimento na área da saú<strong>de</strong>.<br />

Repercussões Acadêmicas dos Dois Anos <strong>de</strong> Publicação da Revista Eletrônica Pesquisa<br />

Médica<br />

Fontenele, NKP 15<br />

Alencar, VTL 15<br />

Câmara, GMMS 15<br />

Rodrigues, EJM 15<br />

Barreto, ARF 15<br />

Magalhaes, PJC 15<br />

Introdução: A Revista Eletrônica Pesquisa Médica (REPM) é um periódico <strong>de</strong> circulação trimestral mantido pelo grupo PET<br />

(Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial) da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará (UFC). A revista tem caráter educacional<br />

e científico e é <strong>de</strong>dicada aos estudantes e profissionais <strong>de</strong> áreas médicas, sendo veiculada eletronicamente (www.fisfar.ufc.br/pesmed)<br />

Objetivos: Avaliar o perfil <strong>de</strong> acesso aos artigos publicados nos dois anos <strong>de</strong> circulação on-line da REPM. Métodos: Avaliação dos<br />

metadados e logs estatísticos do software <strong>de</strong> gestão e publicação eletrônica da REPM. Resultados: Entre 2007 e 2008 foram publicados 2<br />

números com 181 artigos. Os dois primeiros números foram <strong>de</strong>dicados à republicação dos 103 artigos das antigas versões impressas da<br />

12 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Jundiaí, Jundiaí, SP, Brasil.<br />

13 Grupo Cooperativo Brasileiro <strong>de</strong> Síndrome Mielodisplásica em Pediatria.<br />

14 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista, Botucatu, SP, Brasil.<br />

15 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


evista que circularam nas décadas <strong>de</strong> 1960 e 1990. A média <strong>de</strong> acessos foi 232 ± 33 no período e o artigo mais acessado foi “Doença <strong>de</strong><br />

Sheehan - Estudo <strong>de</strong> 6 Casos” publicado em 1965 com 616 downloads. Os artigos novos foram publicados a partir do número 3 <strong>de</strong> 2007,<br />

e somam 45 artigos até o final <strong>de</strong> 2008, com média <strong>de</strong> acessos correspon<strong>de</strong>nte a 1446 ± 259, valor maior do que o dos artigos antigos<br />

(p


se das mensagens focalizou as facilida<strong>de</strong>s, dificulda<strong>de</strong>s e sugestões sobre o <strong>de</strong>senvolvimento da experiência. Resultados: Na proposta<br />

bimodal, a carga horária <strong>de</strong> 60hs está distribuída em 4 encontros presenciais e 5 encontros virtuais. As atuais políticas <strong>de</strong> educação e saú<strong>de</strong>,<br />

planejamento educacional, processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, avaliação, formação, currículo e mo<strong>de</strong>lo biopsicossocial constituem<br />

os conteúdos privilegiados. As estratégias <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, centradas nas interações professor-aluno, mediadas pelos recursos<br />

disponíveis no Moodle, abrangem fóruns <strong>de</strong> discussão, wiki, (textos colaborativos) e trabalho em grupos. Na avaliação são consi<strong>de</strong>radas<br />

a participação e qualida<strong>de</strong> das produções individuais e coletivas. Aanálise dos dados indicou motivação e satisfação dos alunos,<br />

com <strong>de</strong>staque para a pertinência dos conteúdos, estratégias didáticas, bibliografia recomendada, papel mediador dos docentes e apoio<br />

técnico para utilizar o Moodle. Amaioria valorizou a flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> horários na participação a distância, facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso à bibliografia<br />

e aos materiais produzidos durante a disciplina. As dificulda<strong>de</strong>s referiram-se a pouca experiência no Moodle, escasso contato<br />

pessoal e (dês)articulação do trabalho grupal no espaço virtual. As sugestões abrangeram: maior tempo para as tarefas; escolha <strong>de</strong> um<br />

aluno como coor<strong>de</strong>nador do grupo para facilitar as produções coletivas; maior ênfase nas técnicas para o ensinar e ampliação dos<br />

momentos presenciais. Conclusões: A proposta didática bimodal ampliou as possibilida<strong>de</strong>s espaço-temporais e promoveu maior grau<br />

<strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> nas discussões, as que aconteceram num clima <strong>de</strong>mocrático propiciando a construção colaborativa do conhecimento.<br />

Www.universidaids.ufal.br: a Saú<strong>de</strong> ao Encontro do Povo no Estado <strong>de</strong> Alagoas<br />

RISCADO, JLS 18<br />

OLIVEIRA, LJ 18<br />

Introdução: O limitado conhecimento sobre sexualida<strong>de</strong>, doenças sexualmente transmissíveis, Aids e drogas contribui para a<br />

vulnerabilida<strong>de</strong> dos jovens diante da tendência da epi<strong>de</strong>mia da Aids: heterossexualização, acometimento <strong>de</strong> pessoas jovens e <strong>de</strong> baixo<br />

nível sócio-econômico. Particularmente na juventu<strong>de</strong>, é através da educação para a saú<strong>de</strong> que i<strong>de</strong>ntificamos a forma mais eficaz <strong>de</strong> controle<br />

da epi<strong>de</strong>mia. A homepage, apesar <strong>de</strong> não ter sido amplamente difundida nas escolas e na mídia, vêm mostrando-se como um canal<br />

possível para atingir o público-alvo. Segundo SESAu/AL, 13% dos casos <strong>de</strong> AIDS acometem adolescentes na faixa etária dos 12 aos<br />

25 anos. Objetivos: Introduzir um novo meio <strong>de</strong> informação afim <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda, preencher as lacunas <strong>de</strong> conhecimento e esclarecer<br />

as contradições sobre DST/HIV/AIDS. Metodologia: Analisar os objetivos e o público-alvo a qual se <strong>de</strong>stinava a homepage; Escolher<br />

e examinar o material recolhido; Triagem do material disponível; Implementação do material através <strong>de</strong> digitação em código <strong>de</strong><br />

linguagem HTML e através <strong>de</strong> outras fontes na internet; Atualizar e retificar as informações fornecidas. Lições aprendidas: A homepage,<br />

apesar <strong>de</strong> não amplamente difundida nas escolas e na mídia, mostrou-se como um meio possível para atingir o público-alvo. Durante<br />

esses anos <strong>de</strong> funcionamento, obtivemos muitos internautas acessando e respostando críticas, idéias e sugestões para a página. Asocieda<strong>de</strong><br />

não po<strong>de</strong> se acomodar diante da gran<strong>de</strong> incidência <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> AIDS no Brasil e no mundo <strong>de</strong>vendo buscar novas alternativas<br />

para transformar a realida<strong>de</strong> e mudar as perspectivas estatísticas. De acordo com o que foi observado anteriormente, <strong>de</strong>tectamos a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> um marketing maior para divulgação da homepage, para que todos tenham mais conhecimento sobre formas <strong>de</strong> prevenção<br />

das DST/AIDS. Próximas etapas: Acompanhar o perfil epi<strong>de</strong>miológico da aids, atualizar constantemente a página, evi<strong>de</strong>nciar as<br />

dúvidas mais freqüentes no chat, criar novas atrações para os internautas obterem mais informações sobre prevenção.<br />

18 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Liga <strong>de</strong> Telessau<strong>de</strong> - a Experiência <strong>de</strong> Estudantes da PUCRS<br />

Oliani Junior, H19 Cardoso, RB19 Schirmer, CL19 De David, CN19 Freitas, F19<br />

Russomano, T19<br />

Introdução: Motivados pelo crescente <strong>de</strong>senvolvimento da Telessaú<strong>de</strong> na PUCRS, no Brasil e no Mundo e interessados em aprofundar<br />

seus conhecimentos <strong>de</strong> forma a possibilitar um melhor uso <strong>de</strong> diferentes tecnologias em suas futuras carreiras, um grupo multidisciplinar<br />

<strong>de</strong> alunos da PUCRS organizou a Liga <strong>de</strong> Telessaú<strong>de</strong> (LITESA) em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007 na universida<strong>de</strong>. Objetivos: ALITESA<br />

tem como metas o <strong>de</strong>senvolvimento, promoção e difusão do conhecimento e tecnologias em Telessaú<strong>de</strong>, contribuindo para uma maior<br />

e melhor interação dos alunos com conceitos, tecnologias e aplicações da Telemedicina. Com esta interação, objetiva-se viabilizar o<br />

aperfeiçoamento do aprendizado dos estudantes participantes da liga. Metodologia: Entre janeiro <strong>de</strong> 2008 e maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, reuniões periódicas,<br />

variando <strong>de</strong> 7 a 15 dias <strong>de</strong> intervalo, foram realizadas entre os integrantes da LITESA para a organização <strong>de</strong> apresentações e<br />

projetos juntamente com seus orientadores, oportunizando aos estudantes discutir e aprofundar os conhecimentos adquiridos. Estas<br />

ativida<strong>de</strong>s organizadas foram executadas por meio da utilização <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> comunicação via Internet, viabilizando a troca <strong>de</strong> informações<br />

e web e ví<strong>de</strong>o-conferência. Resultados: Foram realizadas, com apoio da LITESA: 20 vi<strong>de</strong>o-conferências para discussão <strong>de</strong> casos<br />

cínicos entre estudantes e professores da PUCRS e <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s estrangeiras conveniadas; 1 Webinar com a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Plymouth (Inglaterra); 2 workshops com a Liga <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Telemedicina e 7 internos; 2 missões assistenciais em Telessaú<strong>de</strong> na Região<br />

Amazônica; 5 apresentações sobre Telemedicina para alunos da PUCRS; 1 conferência científica internacional; 1 apresentação <strong>de</strong> pôster<br />

em evento científico; No total, 39 ativida<strong>de</strong>s foram realizadas entre janeiro <strong>de</strong> 2008 e maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Conclusão: ALITESAtem contribuído<br />

para a difusão <strong>de</strong> conhecimento em Telessaú<strong>de</strong> na PUCRS, permitindo aos seus participantes uma melhor compreensão <strong>de</strong> conceitos,<br />

ferramentas tecnológicas e diferentes aplicações da Telemedicina. A multidisciplinarida<strong>de</strong> do grupo é consi<strong>de</strong>rado por seus<br />

orientadores o fator-chave no sucesso do trabalho.<br />

O Ambiente Virtual <strong>de</strong> Aprendizagem Como Recurso Pedagógico na Disciplina Psicologia<br />

Médica (EBMSP – BA)<br />

Casta, AC 20<br />

Araújo, DGB 20<br />

Introdução: na Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública (EBMSP), há três semestres, tem-se utilizado o ambiente virtual <strong>de</strong><br />

aprendizagem (Plataforma Moodle) como ferramenta para facilitar o trabalhou dos docentes e discentes no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem.<br />

Ela possibilita o acesso à programação e aos conteúdos dos módulos dos cursos, e permite a colocação <strong>de</strong> arquivos, textos, ví<strong>de</strong>os,<br />

links, postagem <strong>de</strong> trabalhos, participação em fórum <strong>de</strong> discussão, chats, elaboração <strong>de</strong> questionários, tarefas e construção colaborativa<br />

<strong>de</strong> textos (wiki), <strong>de</strong> forma online, promovendo uma maior interação professor-aluno. No curso <strong>de</strong> Medicina, a disciplina pioneira<br />

em sua utilização é Psicologia Médica, que a adota como suporte a turmas presenciais. Objetivo: analisar os benefícios obtidos<br />

pela utilização do ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem em Psicologia Médica (EBMSP), na visão <strong>de</strong> seus alunos. Métodos: obtiveram-se<br />

dados a partir <strong>de</strong> questão aberta sobre a utilização da Plataforma Moodle, incluída no questionário <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> Psicologia Médica<br />

no final do semestre <strong>2009</strong>.1, e respondida por 90 alunos. Resultados: os efeitos positivos da utilização do Moodle mais <strong>de</strong>stacados pelos<br />

alunos foram: organização (25,55%), acesso a informações sobre a disciplina (22,22%), facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer tarefas online (18,88%), disponibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> material didático (15,55%), estímulo à responsabilida<strong>de</strong> do aluno (13,33%), entrega facilitada <strong>de</strong> tarefas (12,22%), e contribuição<br />

para ativida<strong>de</strong>s mais dinâmicas e práticas (12,22%). A experiência foi avaliada positivamente pela gran<strong>de</strong> maioria dos estudantes<br />

(98,89%). Conclusões: a utilização da plataforma Moodle em Psicologia Médica se mostrou uma ferramenta eficiente <strong>de</strong> comunicação<br />

e ampliação do espaço <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Além disso, constituiu-se como um instrumento pedagógico em termos atitudinais,<br />

ao estimular a organização e a responsabilida<strong>de</strong> dos alunos no cumprimento <strong>de</strong> suas tarefas.<br />

19 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

20 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e a Terminologia Médica<br />

Gotar<strong>de</strong>lo, DR 21<br />

Silva, APA 21<br />

Oliveira, IT 21<br />

Paula, IFM 21<br />

Faria, SRAB 21<br />

Tavares, WF 21<br />

Introdução: a língua é consi<strong>de</strong>rado um autêntico alicerce da estrutura social - além <strong>de</strong> sua utilida<strong>de</strong> mais óbvia como instrumento<br />

cotidiano das interações humanas, ela possibilita a construção <strong>de</strong> conhecimentos e po<strong>de</strong> ser armazenada em arquivos sonoros ou impressos<br />

para uso na ciência e na educação. Aortografia <strong>de</strong> uma língua consiste na padronização da forma gráfica <strong>de</strong> suas palavras para o<br />

fim <strong>de</strong> uma intercomunicação universalista. Em setembro <strong>de</strong> 2008 foi assinado pelo presi<strong>de</strong>nte do Brasil o novo Acordo Ortográfico da<br />

Língua Portuguesa, prevendo alterações na ortografia <strong>de</strong> vários termos médicos e não-médicos que <strong>de</strong>verão estar vigentes até <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 2012. Objetivo: relatar a experiência <strong>de</strong> pesquisa e divulgação institucional dos membros da Liga <strong>de</strong> Educação Médica da Univaço<br />

(LEM-Univaço) acerca da influência do acordo ortográfico da língua portuguesa na terminologia médica. Métodos: foram pesquisados<br />

e estudados todos os verbetes dos dicionários médicos disponíveis na biblioteca institucional pelos membros da LEM-Univaço, no<br />

período <strong>de</strong> fevereiro a junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Após análise pelos alunos, os verbetes foram submetidos à revisão pela docente <strong>de</strong> Língua Portuguesa<br />

da Faculda<strong>de</strong> e, os mais frequentemente utilizados, divulgados institucionalmente através <strong>de</strong> cartazes em salas <strong>de</strong> aula, corredores<br />

e laboratórios. Resultados: foram encontrados 207 termos que sofreram alteração <strong>de</strong> acordo com o novo acordo, tendo sido selecionados<br />

para divulgação 25 verbetes <strong>de</strong> uso mais frequente. As palavras modificadas foram classificadas em or<strong>de</strong>m alfabética e disponibilizadas<br />

na webpage: www.<strong>de</strong>rmall.com.br/novaortografiaemmedicina. Conclusão: o trabalho reforçou o papel da educação superior<br />

em contemplar conteúdos além dos meramente técnicos, possibilitando à comunida<strong>de</strong> acadêmica uma atualização cultural permanente,<br />

coerente com as habilida<strong>de</strong>s gerais <strong>de</strong> comunicação oral e escrita requeridas do médico, em consonância com as Diretrizes<br />

Curriculares Nacionais <strong>de</strong> graduação em Medicina. Interesse e receptivida<strong>de</strong> significativos quanto às alterações ortográficas foram<br />

notados na comunida<strong>de</strong> acadêmica, principalmente entre os atores diretamente envolvidos no projeto.<br />

Telemedicina – Sessões Clínicas para o Internato (TELECLIN)<br />

Pedrosa, CR22 Lopes, LR22 Albuquerque, NF22 Santos, PR22 Whestphal, FL22 Romano, RJB22 Introdução: Atelemedicina traduz-se no uso do serviço <strong>de</strong> telecomunicações e mo<strong>de</strong>rnas tecnologias <strong>de</strong> informação para o exercício<br />

da prática médica à distância. O Hospital Universitário Getúlio Vargas, participante da Re<strong>de</strong> Universitária <strong>de</strong> Telemedicina <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

março <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, está integrado à Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas e dispõe da tecnologia necessária para<br />

execução do serviço. A TELECLIN, como um projeto <strong>de</strong> extensão da graduação, utiliza-se da telemedicina para aproximar tais acadêmicos<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que envolvem tecnologia avançada e proporcionar-lhes uma melhor formação médica. Objetivos: promover, à distância,<br />

a difusão e a atualização dos conhecimentos técnico-científicos para estudantes e os profissionais médicos; promover a integração<br />

das instituições <strong>de</strong> ensino superior na área médica e a discussão <strong>de</strong> casos clínicos, aprimorando o raciocínio clínico dos graduandos;<br />

contribuir para o melhor <strong>de</strong>sempenho dos alunos na avaliação do ENADE Metodologia: Realização <strong>de</strong> reuniões às quintas-feiras das<br />

12h15min às 13h30min (Horário <strong>de</strong> Brasília), nas <strong>de</strong>pendências da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFAM. As reuniões virtuais empregam a<br />

webconferência (utilizando o sistema Adobe Connect da UNIFESP), com acesso controlado. O en<strong>de</strong>reço da sala virtual on<strong>de</strong> acontecem<br />

as conferências é http://webconferencia.unifesp.br/internato. Após o acesso ao link <strong>de</strong> webconferência, as reuniões têm início com a<br />

21 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do Vale do Aço, Ipatinga, MG, Brasil.<br />

22 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


discussão <strong>de</strong> um caso (clínico ou cirúrgico) <strong>de</strong> qualquer uma das especialida<strong>de</strong>s médicas, com apresentador convidado, especialista no<br />

assunto, mo<strong>de</strong>rador e auxiliares <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>ração, compostos por professores da UNIFESP e UFAM. Resultados: ATELECLIN permitiu o<br />

intercâmbio <strong>de</strong> informações válidas para diagnósticos, prevenção e tratamento <strong>de</strong> doenças, além <strong>de</strong> ter promovido a contínua educação<br />

<strong>de</strong> prestadores <strong>de</strong> serviços em saú<strong>de</strong> e a integração entre representantes da UFAM e da UNIFESP. Conclusões: A TELECLIN,<br />

baseando-se na telemedicina, diminuiu a distância entre o norte e o su<strong>de</strong>ste, ampliando os horizontes dos estudantes <strong>de</strong> medicina da<br />

UFAM e permitindo-lhes uma graduação <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong>.<br />

Análise Crítica da Contribuição da Revista <strong>de</strong> Medicina Para o Ensino Médico<br />

Aranha, MR23 Bigaton, FJ23 Vasconcelos, LM23 Pincelli, MS23 Paes, VR23 Silva, TM23 Introdução: A Revista <strong>de</strong> Medicina é o periódico científico acadêmico mais antigo do mundo ainda em circulação. Publicado<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1916, é in<strong>de</strong>xado pela base <strong>de</strong> dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saú<strong>de</strong>). Como veículo <strong>de</strong><br />

informação científica, seu intuito é divulgar o conhecimento científico produzido por acadêmicos e professores <strong>de</strong> medicina e ciências<br />

da saú<strong>de</strong> e complementar o conteúdo abordado nestes cursos <strong>de</strong> Graduação. Objetivo: Avaliar o impacto da Revista <strong>de</strong> Medicina na formação<br />

médica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua fundação e levantar, através <strong>de</strong> estudo retrospectivo, os avanços e as falhas apresentadas pela Revista <strong>de</strong> Medicina<br />

e os fatores responsáveis pelos sucessos e insucessos ao longo <strong>de</strong> seus 93 anos <strong>de</strong> existência. Métodos: Analisaram-se as edições<br />

da Revista <strong>de</strong> Medicina, bem como seus documentos históricos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1916, e correlacionaram-se os dados levantados à importância<br />

que a Revista apresentou no período correspon<strong>de</strong>nte. Também se avaliou o estimulo à produção científica entre os graduandos através<br />

da participação <strong>de</strong>stes na composição <strong>de</strong> artigos, assim como os motivos que levaram a crises ou auges no <strong>de</strong>senvolvimento do periódico.<br />

Resultados: Observou-se que, nos primeiros anos <strong>de</strong> existência da Revista <strong>de</strong> Medicina, seu impacto se <strong>de</strong>via à credibilida<strong>de</strong> da instituição<br />

a qual o periódico estava vinculado. Atualmente, sua in<strong>de</strong>xação pela base <strong>de</strong> dados LILACS lhe credita gran<strong>de</strong> importância.<br />

Constatou-se também que a dificulda<strong>de</strong> em conseguir patrocinadores estáveis, dispostos a arcar com os custos <strong>de</strong> impressão, é o principal<br />

fator limitante do <strong>de</strong>senvolvimento da Revista. Conclusão: A Revista <strong>de</strong> Medicina é um periódico importante para a formação<br />

médica, por estimular a produção científica pelos alunos e por trazer artigos com temas complementares ao curso <strong>de</strong> graduação. Além<br />

disso, insere o aluno <strong>de</strong> graduação na busca por conhecimento médico através <strong>de</strong> periódicos científicos.<br />

Inserção <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Aceleração <strong>de</strong> Aprendizagem Dentro do Mo<strong>de</strong>lo Pbl<br />

Utilizando a Metodologia <strong>de</strong> Ensino à Distância (EAD)<br />

Couto, LB 24<br />

Reis, R 24<br />

Atique, JM 24<br />

Atique, PV 24<br />

Silva, CP 24<br />

Volpe, FAP 24<br />

Introdução: O Curso <strong>de</strong> Medicina da UNAERP adota a metodologia PBL <strong>de</strong>ntro do seu ciclo pré-internato. Em situações <strong>de</strong><br />

transferência interinstitucional ou outras condições excepcionais que impossibilitem os alunos cursarem os módulos no período regular,<br />

a Instituição oferece um programa <strong>de</strong> aceleração <strong>de</strong> aprendizagem composto por sessões tutoriais presenciais realizadas durante as<br />

férias escolares. Objetivos: Desenvolver o programa <strong>de</strong> aceleração <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> forma virtual, com o auxílio <strong>de</strong> metodologia<br />

23 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

24 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

590<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


EAD. Métodos: O processo foi <strong>de</strong>senvolvido com o auxílio da plataforma Moodle <strong>de</strong> ensino virtual, on<strong>de</strong> 49 alunos cursaram 12 módulos<br />

<strong>de</strong> ensino, acompanhados por 5 tutores. Os módulos foram <strong>de</strong>senvolvidos com 4 problemas apresentados em intervalos <strong>de</strong> dois<br />

dias entre eles. Após a apresentação do problema, os alunos tiveram como tarefas o envio <strong>de</strong> documento contendo os pontos fundamentais,<br />

mapa conceitual <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do raciocínio lógico e os objetivos <strong>de</strong> estudo, recebendo uma <strong>de</strong>volutiva individual do<br />

tutor para orientação <strong>de</strong> seus estudos. Posteriormente, os alunos foram submetidos à avaliação presencial sobre os temas estudados.<br />

No período houve apoio tutorial com <strong>de</strong>volutivas em fórum <strong>de</strong> discussões construído no ambiente. Um questionário <strong>de</strong> avaliação foi<br />

aplicado aos alunos a fim <strong>de</strong> se avaliar a eficiência <strong>de</strong>sta metodologia. Resultados: Com este mo<strong>de</strong>lo foi possível atingir todo o conteúdo<br />

programático específico, a realização <strong>de</strong> fórum <strong>de</strong> discussão e a <strong>de</strong>volutiva para os alunos em momento oportuno além do controle <strong>de</strong><br />

freqüência e documentação a<strong>de</strong>quada das tarefas realizadas pelos alunos. Apercepção sobre os níveis <strong>de</strong> aprendizado aconteceu <strong>de</strong> forma<br />

semelhante ao do mo<strong>de</strong>lo presencial, com baixa dificulda<strong>de</strong> na realização das tarefas e com participação efetiva do tutor.<br />

Conclusões: O programa <strong>de</strong> aceleração <strong>de</strong> aprendizagem com o auxílio <strong>de</strong> metodologia EAD mostrou-se uma ferramenta a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong><br />

ensino-aprendizagem aten<strong>de</strong>ndo as necessida<strong>de</strong>s e expectativas dos alunos quando consi<strong>de</strong>rado o conteúdo e a interação aluno-tutor.<br />

Alternativas Para Viabilização <strong>de</strong> Educação Médica Continuada: o Caso do UNISIMERS<br />

Wal<strong>de</strong>mar, FS 25<br />

Neto, PCS 26<br />

Moreira, M 26<br />

Furquim, L 27<br />

Argollo, P 25<br />

Wajner, A 25<br />

Introdução: Acompanhar a evolução do conhecimento e manter-se atualizado é um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios dos médicos. O Sindicato<br />

Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (SIMERS) reconhece a importância <strong>de</strong>sta qualificação, bem como, todas as dificulda<strong>de</strong>s técnicas e financeiras<br />

para alcançar estes objetivos. Para viabilizar a atualização o SIMERS estruturou, em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008, o UNISIMERS, uma<br />

ferramenta baseada na internet para educação à distância <strong>de</strong> seus associados. Objetivos: Através da <strong>de</strong>scrição das características do<br />

UNISIMERS será <strong>de</strong>monstrado que alternativas para a educação médica continuada se constituem em formas viáveis <strong>de</strong> ampliação e<br />

acesso à atualização médica. Métodos: Descrição das particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso, no que se refere à estrutura do UNISIMERS e no perfil<br />

<strong>de</strong> seus sócios (médicos e estudantes <strong>de</strong> graduação e pós-graduação) que têm utilizado a ferramenta educacional. Resultados: O site<br />

disponibiliza apresentações <strong>de</strong> sli<strong>de</strong>s sincronizadas com a imagem dos palestrantes. As aulas são gravadas em eventos apoiados e/ou<br />

organizados pelo SIMERS e disponibilizadas <strong>de</strong> forma padrão. Des<strong>de</strong> sua inauguração, até o mês <strong>de</strong> julho corrente, foram cadastradas<br />

180 aulas nas diversas áreas <strong>de</strong> medicina, inclusive com aulas <strong>de</strong> professores internacionais. Foram gravados 33 eventos na íntegra. O<br />

site recebe, em média, 22,4 visitas por dia, com média <strong>de</strong> 24 minutos e 21 segundos no tempo <strong>de</strong> conexão e já recebeu 6000 acessos. Adistribuição<br />

da faixa etária dos usuários tem o seguinte perfil: até 25 anos (3,9%), <strong>de</strong> 26 até 30 anos (21,5%), <strong>de</strong> 31 até 40 anos (26,6%), <strong>de</strong> 41<br />

até 50 anos (19,6%) e mais <strong>de</strong> 50 anos (28,3%). Conclusões: O número <strong>de</strong> acessos diários e a evolução do número <strong>de</strong> aulas disponibilizadas<br />

<strong>de</strong>monstram o interesse do público e a viabilida<strong>de</strong> do projeto. Adistribuição da faixa etária dos associados é abrangente, mostrando<br />

que o UNISIMERS interessa a todos.<br />

25 Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

26 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

27 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Experiência <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Medicina da ESCS Com Rádio Comunitária<br />

Moura, TR 28<br />

Alves, MM 28<br />

Lima, BR 28<br />

Meireles, MV 28<br />

Coelho Neto, F 28<br />

Betoni, JC 28<br />

Introdução: Segundo a concepção problematizadora da educação <strong>de</strong> Paulo Freire, o conhecimento não po<strong>de</strong> advir apenas <strong>de</strong><br />

um ato <strong>de</strong> doação. Logo, sua transmissão <strong>de</strong>ve ser dialógica, ou seja, haver trocas. Assim, o educador não apenas educa, mas é educado<br />

em sua experiência com o educando e vice-versa. Todavia, os meios <strong>de</strong> comunicação geralmente não cumprem com sua responsabilida<strong>de</strong><br />

educadora, pois quem pensa é o que produz a mensagem, sendo o receptor um ouvinte passivo. Objetivos: Estabelecer meio <strong>de</strong> comunicação<br />

<strong>de</strong> fácil acesso e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> abrangência; melhorar a interação entre palestrantes e ouvintes por meio da discussão <strong>de</strong> temas<br />

escolhidos por estes e <strong>de</strong> espaço para perguntas Métodos: Seis temas escolhidos pela comunida<strong>de</strong>, através da distribuição aleatória <strong>de</strong><br />

inquéritos, foram discutidos no programa Comunida<strong>de</strong> em Debate; na rádio Fercal FM, que abrange cerca <strong>de</strong> 20000 habitantes. Cada<br />

programa teve duração <strong>de</strong> três horas e foi ao ar nos dias 27/09, 04/10, 11/10. Houve possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pergunta em tempo real por telefone.<br />

Resultados: Os programas abordaram uma introdução sobre cada tema, explicações sobre como agir frente a cada um, como evitar<br />

as doenças mencionadas, <strong>de</strong>ntre dicas <strong>de</strong> hábitos saudáveis; sempre com linguagem acessível. Posteriormente, o público, por meio <strong>de</strong><br />

ligações, fez perguntas aos estudantes. Conclusões: Com a realização dos programas <strong>de</strong> rádio, foram notadas dificulda<strong>de</strong>s na comunicação<br />

entre profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e população leiga. Talvez porque a linguagem ensinada àqueles não seja a<strong>de</strong>quada, pois estes<br />

geralmente não compreen<strong>de</strong>m os termos técnicos, ou se cansam das explicações complicadas. Evi<strong>de</strong>nciaram-se, ainda, dificulda<strong>de</strong>s em<br />

sanar as dúvidas <strong>de</strong> cunho clínico e outras polêmicas, envolvendo questões subjetivas – como religião.<br />

TI Aplicada ao Diagnóstico e à Decisão Terapêutica no Curso <strong>de</strong> Medicina da UFPE<br />

Belian, RB 29<br />

Introdução: A Medicina tem sua prática apoiada em dois processos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão fundamentais: o diagnóstico e a <strong>de</strong>cisão<br />

terapêutica. A TI busca apoiar estes processos fornecendo indicadores que auxiliem na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, envolvendo variados<br />

aspectos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (sinais/sintomas, fatores ambientais e nutricionais, genéticos, comportamentais). Ferramentas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão em<br />

Medicina po<strong>de</strong>m ser utilizadas na assistência (diagnóstico/tratamento), no ensino (capacitação) e pesquisa (prospecção <strong>de</strong> informações).<br />

Objetivos: Apresentar a abordagem utilizada no ensino da TI aplicada aos processos <strong>de</strong> diagnóstico e <strong>de</strong>cisão terapêutica no Curso<br />

<strong>de</strong> Medicina/UFPE (graduação - 7º e 8º períodos). Nestes períodos, os alunos cursaram as principais disciplinas relacionadas ao diagnóstico<br />

e tratamento, tendo condições para i<strong>de</strong>ntificar aplicações e requisitos da TI nestes processos. Métodos: Apresentação <strong>de</strong> conceitos/ferramentas<br />

da TI relacionados às etapas da <strong>de</strong>cisão médica: coleta/registro <strong>de</strong> informações (prontuário médico, terminologias<br />

médicas); diagnóstico (sistemas inteligentes, diagnóstico diferencial) e tratamento (automatização <strong>de</strong> protocolos clínicos). Elaboração<br />

pelos alunos <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo completo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em uma dada especialida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>finindo as ferramentas necessárias para a mesma. Discussão<br />

dos diferentes mo<strong>de</strong>los favorecendo a comparação <strong>de</strong> resultados e aspectos. Resultados: Os estudantes especificaram mapas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão para as áreas: Doenças Infecto-parasitárias, Neurologia e Ginecologia, mo<strong>de</strong>lando os prontuários do paciente e ferramentas <strong>de</strong><br />

apoio à <strong>de</strong>cisão necessários nas diversas etapas do fluxo. Os estudantes utilizaram ferramentas baseadas em conhecimento para simulação<br />

<strong>de</strong> protocolos para Dengue, Traumatismo craniano e Dor pélvica. Conclusões: O exercício prático na construção <strong>de</strong> ferramentas<br />

para apoio à <strong>de</strong>cisão (i<strong>de</strong>ntificando necessida<strong>de</strong>s, dificulda<strong>de</strong>s e propondo soluções) proporcionou um bom aprendizado em TI para os<br />

estudantes <strong>de</strong> Medicina. A discussão das soluções adotadas em diferentes áreas médicas (aspectos técnicos, profissionais e éticos)<br />

resultou na ampliação dos cenários <strong>de</strong> aplicação para os estudantes. Abusca por soluções para os problemas i<strong>de</strong>ntificados mobilizou os<br />

estudantes a exercitarem suas habilida<strong>de</strong>s em pesquisa.<br />

28 Escola Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

29 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Centro <strong>de</strong> Documentação Virtual <strong>de</strong> Políticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Silva, LGG30 Silva Junior, AG30 Souza, LN30 Menezes, NLL30 De Paula, RM30 Koifman, L30 Introdução: O campo das políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> carece <strong>de</strong> instrumentos pedagógicos que estimulem o ensino e a pesquisa. Pensando<br />

nisso, docentes <strong>de</strong>senvolvem a construção <strong>de</strong> estratégias pedagógicas para uso no campo da saú<strong>de</strong> coletiva. Resolveu-se criar o Centro<br />

<strong>de</strong> Documentação em Políticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Objetivos: Objetivo geral é organizar um acervo sobre políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, especialmente <strong>de</strong><br />

Niterói, e criar estratégias pedagógicas para utilizá-lo com os alunos <strong>de</strong> cursos ligados à saú<strong>de</strong> e outros interessados; e mais especificamente<br />

coletar, sistematizar e disponibilizar para interessados documentos e iconografia sobre políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no Brasil, em especial<br />

<strong>de</strong> Niterói-RJ; construir estratégias pedagógicas que estimulem a aprendizagem e pesquisa sobre políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em discentes, docentes,<br />

profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e comunida<strong>de</strong>s em geral; e elaborar materiais instrucionais sobre políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para uso em disciplinas<br />

<strong>de</strong> graduação e pós-graduação no campo da saú<strong>de</strong>. Metodologia: Aequipe, formada <strong>de</strong> docentes e alunos, <strong>de</strong>fine anualmente os temas<br />

a serem coletados e sistematizados, estabelece as estratégias pedagógicas a serem utilizadas, se reúne em oficinas para discussões<br />

sobre os temas selecionados e durante o ano participa <strong>de</strong> eventos on<strong>de</strong> são apresentados os resultados do projeto e coletados e sistematizados<br />

novos acervos. Resultados: O acesso é disponível por uma página na Internet. Foi produzido também um conjunto <strong>de</strong> cd-roms<br />

com coletânea <strong>de</strong> textos e ví<strong>de</strong>os sobre políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em Niterói e no Brasil e roteiros pedagógicos para uso dos materiais produzidos.<br />

Atualmente o site tem registrado aproximadamente cinco mil acessos e o material produzido já tem sido utilizado por disciplinas<br />

da graduação e <strong>de</strong> residências médicas. Conclusão: O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos instrumentos pedagógicos facilita o acesso e o interesse<br />

dos usuários pelos documentos produzidos em saú<strong>de</strong> coletiva.<br />

Curso <strong>de</strong> Ensino à Distância Para Profissionais Atuantes em Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Willrich, K 31<br />

Rauber, F 31<br />

Trinda<strong>de</strong>, C 31<br />

Vitolo, MR 31<br />

Introdução: O guia alimentar “Dez Passos da Alimentação Saudável para Crianças Menores <strong>de</strong> Dois Anos”, Ministério da Saú<strong>de</strong>,<br />

sumariza as recomendações sobre alimentação e nutrição <strong>de</strong> criançasmenores<strong>de</strong>doisanoseorientaosprofissionais<strong>de</strong>saú<strong>de</strong>em<br />

como transmitir as informações para as mães. Objetivos: Em um curso oferecido na modalida<strong>de</strong> a distância, sobre às orientações do<br />

guia alimentar “Dez Passos”, i<strong>de</strong>ntificar a categoria profissional dos participantes/concluintes e suas dúvidas em relação ao tema. Métodos:<br />

O curso oferecido gratuitamente aos profissionais atuantes nas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, apresentou carga horária total<br />

<strong>de</strong> 16 horas. Foi realizado via Internet, utilizando o ambiente Moodle. Composto por cinco módulos, disponibilizados semanalmente,<br />

abordando dois temas correspon<strong>de</strong>ntes ao guia alimentar em cada um dos módulos. Os alunos tinham acesso a ví<strong>de</strong>os com palestras<br />

explicativas, textos específicos aos temas do módulo, links <strong>de</strong> sites, e participavam <strong>de</strong> fórum <strong>de</strong> dúvidas e discussões e Chat, com especialistas<br />

da área. Os participantes <strong>de</strong>veriam realizar pré-teste e teste final, com questões <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iro e falso, aplicados no primeiro e<br />

último módulo, sendo necessário participar em 75% das ativida<strong>de</strong>s propostas. Resultados: Dos quarenta profissionais iniciaram e concluíram<br />

o curso, 22,5% eram agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, 15% médicos, 28% estagiários, 10% <strong>de</strong>ntistas, 7,5% nutricionistas, entre outros.Notesteaplicadonoprimeiromóduloobservou-sequeosparticipantes<br />

apresentavam pouco conhecimento sobre os passos:<br />

“3-Alimentação Complementar”, “4-Horário e Intervalo das Refeições”, e “5-Consistência das Papas”. No teste do último módulo,<br />

constatou-se melhora na compreensão <strong>de</strong> todos os “Dez Passos”. Entretanto, permaneceram dúvidas relativas ao “Passo 4”. Conclusões:<br />

As orientações sobre alimentação e nutrição <strong>de</strong> crianças menores<strong>de</strong>doisanoséumtemaquegeradúvidasentreprofissionaisda<br />

saú<strong>de</strong>. A modalida<strong>de</strong> à distância parecer ser uma boa alternativa para promover a discussão e a educação continuada sobre o “Dez<br />

Passos”.<br />

30 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

31 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Estudo Preliminar da Utilização da Inteligência Artificial no Auxílio ao Diagnóstico e<br />

Aprendizado da Osteoartrite <strong>de</strong> Coluna Lombar<br />

Veronezi, CCD32 Rocha, EL33 Steckert Filho, A33 Rosa, MI33 Simões, PWTA33 Santos, RL33 Introdução: Ainteligência artificial (IA) está cada vez mais incorporadanaáreamédicaemquese<strong>de</strong>stacaodiagnósticoporimagem<br />

que po<strong>de</strong> contar com técnicas como a <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s neurais que buscam i<strong>de</strong>ntificar e classificar padrões <strong>de</strong> difícil caracterização no ambiente médico.<br />

Objetivos: Conhecer as vantagens da utilização, do reconhecimento <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> imagens pelas Re<strong>de</strong>s Neurais Artificiais (RNA), para o<br />

auxílio do diagnóstico clínico <strong>de</strong> osteófitos em raios-x <strong>de</strong> coluna lombar na incidência perfil para ser utilizada ao suporte do ensino médico.<br />

Métodos: Foi criado um banco <strong>de</strong> imagens contendo Raios X <strong>de</strong> coluna lombar na incidência perfil (total <strong>de</strong> 204 imagens), obe<strong>de</strong>cendo alguns<br />

critérios, para serem aplicadas no treinamento, teste e validação <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo computacional baseado em RNA. Resultados: No levantamento<br />

da literatura variadas pesquisas <strong>de</strong>screvem a eficácia das RNAs no reconhecimento <strong>de</strong> padrões na área médica, po<strong>de</strong>ndo-se citar<br />

como exemplo o estudo realizado por Argoud; Azevedo; Neto (2004), que utilizou o reconhecimento <strong>de</strong> padrões para <strong>de</strong>tectar e classificar<br />

transientes epleptogênicos em eletroencefalograma a fim <strong>de</strong> auxiliar o diagnóstico <strong>de</strong> epilepsia. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> nosso estudo se encontra<br />

na fase <strong>de</strong> treinamento e teste da RNA, mostrando um índice <strong>de</strong> acerto <strong>de</strong> 74,8% na classificação das imagens, com 72 testes realizados.<br />

Conclusões: Esse estudo mesmo em fase <strong>de</strong> teste e necessitando <strong>de</strong> um numero maior <strong>de</strong> treinamentos para sua validação, tem mostrado a<br />

eficiência do sistema computacional que po<strong>de</strong>rá ser utilizado posteriormente como auxiliar ao diagnóstico <strong>de</strong> osteoartrite <strong>de</strong> coluna lombar<br />

ao médico e ainda como tutor <strong>de</strong> consulta no aprendizado <strong>de</strong> alunos nas escolas médicas.<br />

Rádios Comunitárias na Atenção Primária em Saú<strong>de</strong>: é Possível uma Comunicação<br />

Participativa e Baseada no Cuidado?<br />

Oliveira Neto, A 34<br />

Pinheiro, R 34<br />

Introdução: A comunicação e saú<strong>de</strong> no Brasil, no que se refere a sua ação política, po<strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificada, embrionariamente,<br />

quando ainda nem se configurava como campo. No relatório final <strong>de</strong> 1986 da VIII Conferência Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (CNS), inclui-se como<br />

garantia do direito à saú<strong>de</strong> o “direito à liberda<strong>de</strong>, à livre organização e expressão”. Apartir daí, esse campo vai acumulando forças, culminando<br />

na Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Comunicação em Saú<strong>de</strong>. Na XII CNS, em uma <strong>de</strong> suas diretrizes há o incentivo à “promoção <strong>de</strong> diálogo<br />

entre a comunida<strong>de</strong> científica e a socieda<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> articulação para a <strong>de</strong>mocratização, a compreensão crítica e a<br />

participação pública”. No relatório final <strong>de</strong>ssa CNS, torna-se claro o reconhecimento das rádios comunitárias como instrumento <strong>de</strong> divulgação<br />

e produção <strong>de</strong> temas relacionados ao SUS. Objetivos: Analisar as relações que se estabelecem entre profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ouvintes/usuários<br />

e comunicadores envolvidos com rádios comunitárias, <strong>de</strong> modo a enten<strong>de</strong>r como as concepções <strong>de</strong> mundo são influenciadas<br />

ou não pela diretriz da participação popular na construção <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas por saú<strong>de</strong>. Metodologia: Fez-se a opção por uma<br />

abordagem qualitativa utilizando a etnografia. O campo empírico escolhido foi a Rádio Comunida<strong>de</strong> FM 104,9 em Nova Friburgo, RJ.<br />

O critério <strong>de</strong> escolha da Rádio Comunida<strong>de</strong> FM se <strong>de</strong>u pelo fato <strong>de</strong> ser uma rádio comunitária reconhecida e autorizada pelo Ministério<br />

das Comunicações (Minc). Resultados e Conclusão: Existe a manutenção e reprodução das falas hegemônicas nas narrativas tanto dos<br />

profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, quanto dos usuários envolvidos com rádio comunitária. Algumas rádios comunitárias, através <strong>de</strong> seus agentes,<br />

possuem um potencial como veículo <strong>de</strong> promoção e prevenção à saú<strong>de</strong> na atenção primária, com perspectivas <strong>de</strong> servirem como campo<br />

<strong>de</strong> práticas educacionais em comunicação em saú<strong>de</strong>.<br />

32 Universida<strong>de</strong> do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, Brasil.<br />

33 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.<br />

34 Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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Uso da Plataforma Wiki Como Ferramenta Didática <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> Material Didático<br />

Para Cursos <strong>de</strong> Medicina<br />

Leal, SPB 35<br />

Câmara, GMMS 35<br />

Barreto, ARF 35<br />

Fernan<strong>de</strong>s, TA 35<br />

Melo, DLR 35<br />

Magalhães, PJC 35<br />

Introdução: Enten<strong>de</strong>ndo a disponibilização <strong>de</strong> textos científicos na internet como ferramenta válida para o aprendizado estudantil,<br />

o Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial (PET) do curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará (UFC) iniciou o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do portal WikiPETia (www.petmedicina.ufc.br). Objetivos: Produção <strong>de</strong> material didático adaptado aos módulos da gra<strong>de</strong> curricular<br />

do curso <strong>de</strong> Medicina da UFC, consi<strong>de</strong>rando a universalização <strong>de</strong> conteúdos acadêmicos em re<strong>de</strong> e enfocando temas regionais<br />

importantes. Métodos: Seguindo a organização do sistema modular, cada um dos doze integrantes <strong>de</strong>ve colocar no mínimo um texto<br />

por mês, totalizando 144 novos textos a cada ano. Para tanto, usamos um servidor adquirido com recursos próprios da instituição e preparado<br />

pelo Núcleo <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Dados. Esse sistema abriga o software MediaWiki, o mesmo usado na construção da Wikipedia,<br />

a enciclopédia livre. MediaWiki é um software Wiki escrito em PHP utilizando sistemas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> base <strong>de</strong> dados MySQL. Wiki é<br />

uma coleção <strong>de</strong> páginas interligadas, que po<strong>de</strong>m ser editadas pelos integrantes do grupo e visitadas a qualquer tempo. O software funciona<br />

sob Licença GNU <strong>de</strong> Documentação Livre para documentos e textos, fornecida pela Free Software Foundation. Resultados: Dos<br />

38 módulos consi<strong>de</strong>rados no projeto, já foram parcialmente abordados 12 (31% do total), sendo eles : Clínica e Cirurgia do Aparelho Digestório;<br />

Doenças Infecciosas; Imunopatologia; Microbiologia; Nefrologia e Urologia; Pneumologia e Cirurgia Torácica; Processos Patológicos<br />

Gerais; Sistema Cardiovascular; Sistema Endócrino; Sistema Nervoso e Sistema Respiratório. Conclusão: O uso do sistema<br />

Wiki é ferramenta válida na produção e disponibilização <strong>de</strong> material didático para cursos <strong>de</strong> graduação. Ao permitir fácil edição e<br />

cruzamento <strong>de</strong> páginas, possibilita o entrelaçamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> informações e conteúdos espalhados em diferentes<br />

módulos, proporcionando a produção do material didático por professores e alunos mediante processo ativo e livre, encarando o<br />

aprendizado <strong>de</strong> maneira criativa e dinâmica.<br />

35 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TEMA: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA<br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida dos Profissionais <strong>de</strong> Educação da Escola Augusto Nunes – Parnamirim<br />

(RN)<br />

Barbosa, J.B.F1 Pinto Junior, F.E.L1 Diniz, G.B.F1 Bremgartner, H.L.C1<br />

Carvalho, I.A.A1 Lopes, J.J.D1 Introdução: Em 2008, o Ministério da Saú<strong>de</strong> implantou o programa Saú<strong>de</strong> na Escola, no qual o governo ce<strong>de</strong> atendimento básico<br />

para os alunos e professores da re<strong>de</strong> pública, além <strong>de</strong> ter o maior foco na prevenção das doenças que mais acometem esses grupos. De<br />

acordo com o MEC, as principais patologias relacionadas a esses profissionais são LER/DORT e Síndrome <strong>de</strong> Burnout. Contudo, percebe-se<br />

que não só as condições dos professores, mas também as <strong>de</strong> todos os funcionários que trabalham no ambiente escolar são importantes<br />

para o melhor aprendizado e rendimento acadêmico das crianças. Objetivo: O objetivo <strong>de</strong>sse trabalho foi verificar as condições<br />

<strong>de</strong> vida <strong>de</strong>sses profissionais, que po<strong>de</strong>m interferir direta ou indiretamente no <strong>de</strong>sempenho escolar dos alunos. Método: Foram aplicados<br />

três questionários: um feito pelos alunos do segundo período do curso <strong>de</strong> medicina, contendo questões variadas pertinentes à<br />

anamnese e história do paciente, e outros dois relacionados à qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida para 22 profissionais do âmbito escolar do município <strong>de</strong><br />

Parnamirim/RN. Resultados: Dentre os 22 profissionais entrevistados: 77,3% era do sexo feminino; 54,5% eram professores; 63,3% tinham<br />

40 anos; 54,5% possuíam ensino superior completo; 36,4% eram hipertensos, 4,5% eram diabéticos e outros 4,5% já apresentaram<br />

algum tipo <strong>de</strong> neoplasia. Com base na escala <strong>de</strong> sonolência <strong>de</strong> Epworth, 59,1% apresentaram sonolência normal, enquanto 27,3% já possuem<br />

grau <strong>de</strong> sonolência elevada. Já no questionário <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, foram observados os seguintes percentuais para cada domínio:<br />

físico (69%); psicológico (77%); relações humanas (74%) e ambiental (65%). Conclusão: po<strong>de</strong>-se concluir que a HAS foi a doença<br />

mais freqüente entre os referidos profissionais. Desta forma, faz-se necessária a atuação <strong>de</strong> profissionais da saú<strong>de</strong> nesse ambiente, com<br />

o intuito <strong>de</strong> fazer educação em saú<strong>de</strong>, mostrando que a prevenção é ainda a melhor solução.<br />

Interação Entre a Liga <strong>de</strong> Ortopedia e Traumatologia do Amazonas E Socieda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong><br />

<strong>de</strong> Ortopedia e Traumatologia – Regional Amazonas no Evento Workshop se Ortopedia e<br />

Traumatologia da LOT-AM<br />

Santos, JHPS2 Albuquerque, NF2 PJunior,JB2 Oliveira, MHO3 Introdução: Liga <strong>de</strong> Ortopedia e Traumatologia do Amazonas (LOT-AM) é baseada em uma tría<strong>de</strong> composta pelo <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> disseminação<br />

do saber em Ortopedia, ativida<strong>de</strong>s práticas em Pronto-Socorros e a atuação na área social por meio <strong>de</strong> palestras. Sensibilizada<br />

com o fato <strong>de</strong> que a disciplina possui baixa carga horária nas três universida<strong>de</strong>s locais, a Socieda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Ortopedia e Traumatologia<br />

– Regional Amazonas (SBOT-AM) resolveu colaborar com a LOT-AM promovendo o “1º Workshop <strong>de</strong> Ortopedia e Traumatologia<br />

da LOT-AM”, inspirada no último pe<strong>de</strong>stal da tría<strong>de</strong>. Objetivos: Estimular o interesse dos acadêmicos pela Ortopedia; disseminar o<br />

conhecimento dos princípios <strong>de</strong> tratamentos ortopédicos; promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Metodologia: Dez pessoas participaram da organização<br />

do evento que durou três dias. Foram convidados oito especialistas, vinculados à SBOT-AM, dispostos a abordar temas previamente<br />

selecionados. Como o evento foi programado com três meses <strong>de</strong> antecedência, os palestrantes pu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>senvolver seus temas <strong>de</strong><br />

1 Universida<strong>de</strong> Potiguar, Natal, RN, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

3 Centro Universitário Nilton Lins, Manaus, AM, Brasil<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


uma forma mais programada, afim <strong>de</strong> que todo o conteúdo explanado fosse entendido na melhor maneira possível. No último dia foi<br />

realizada a prova <strong>de</strong> seleção da LOT-AM, baseado nos temas abordados no “1º Workshop <strong>de</strong> Ortopedia e Traumatologia da LOT-AM”.<br />

Resultados: Por volta <strong>de</strong> 210 pessoas participaram do evento. Mais da meta<strong>de</strong> dos alunos que se interessaram em fazer esta prova nunca<br />

haviam tido contato com a disciplina. Amédia <strong>de</strong> acertos foi <strong>de</strong> 75%. Conclusões: ALOT-AM acredita que foi possível transmitir informações<br />

dadas aos ouvintes, <strong>de</strong> uma forma criativa e interativa através <strong>de</strong> uma linguagem simples e objetiva. O interesse pela prova <strong>de</strong><br />

seleção por acadêmicos que nunca haviam tido contato com a disciplina <strong>de</strong>monstra o quão abrangente e estimulante foi o evento. Notou-se<br />

também, a partir do evento, um gran<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> contribuiçãoparaaeducaçãomédicanaáreadaOrtopediaeTraumatologia<br />

no estado do Amazonas.<br />

Participação da Liga <strong>de</strong> Ortopedia e Traumatologia na Semana <strong>de</strong> Ortopedia e<br />

Traumatologia<br />

Santos, JHP4 Junior, EAR4 Albuquerque, NF4 PJunior,JB4 Oliveira, MHA5 Introdução: O Serviço <strong>de</strong> Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitário Getúlio Vargas (SOT-HUGV) realiza há dois<br />

anos, na terceira semana <strong>de</strong> outubro, a Semana <strong>de</strong> Ortopedia e Traumatologia com o intuito <strong>de</strong> orientar e conscientizar o público sobre a<br />

realida<strong>de</strong> da cirurgia ortopédica. A Liga <strong>de</strong> Ortopedia e Traumatologia (LOT-AM), composta <strong>de</strong> acadêmicos <strong>de</strong> Medicina das três universida<strong>de</strong>s<br />

médicas do Amazonas, participou do evento ministrando palestras sobre os procedimentos e simulando, em tempo real, as<br />

cirurgias em réplicas <strong>de</strong> ossos. Objetivos:. Disseminar o conhecimento sobre os procedimentos preconizados em cirurgia ortopédica<br />

para o público em geral. Metodologia:. O SOT-HUGV convidou a LOT-AM para participar do evento que durou cinco dias. Um mês e<br />

meio antes os acadêmicos participaram <strong>de</strong> um treinamento básico: revisão do sistema ósteo-muscular e prática cirúrgica em mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

plástico utilizando toda a indumentária da Ortopedia e Traumatologia. O local utilizado para o evento foi o corredor principal do Hospital<br />

Universitário Getúlio Vargas. O público-alvo era composto por acadêmicos da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, pacientes do HUGV e respectivos<br />

acompanhantes. Resultados:. Cerca <strong>de</strong> 450 pessoas participaram do evento em exposição no corredor do HUGV. Os acadêmicos eram<br />

responsáveis por uma breve explanação e simulação sobre os procedimentos cirúrgicos. Enquanto isso, mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> articulações em miniaturas,<br />

materiais cirúrgicos e réplicas ósseas ficavam em exposição. No último dia, os acadêmicos participaram da visita aos leitos do<br />

SOT-HUGV no qual os médicos discutiam sobre os procedimentos realizados pelo serviço e <strong>de</strong>finiam a melhor terapêutica para os pacientes.<br />

Conclusão:. Aparticipação da LOT-AM na Semana <strong>de</strong> Ortopedia e Traumatologia é importante tanto para os ligantes, pela aquisição<br />

adicional <strong>de</strong> conhecimentos na área <strong>de</strong> Ortopedia e Traumatologia e pelo estímulo às relações inter-pessoais, quanto para a população<br />

carente <strong>de</strong> informações sobre os procedimentos a quais estão submetidos.<br />

Programa <strong>de</strong> Assistência e Controle da Asma (Paca): Apren<strong>de</strong>ndo a Lidar com Pacientes<br />

Crônicos da Prática Médica Ambulatorial<br />

Priante, FC 6<br />

Pereira, RE6<br />

Silva, RM6<br />

Lima, VP6<br />

Cardoso, MSL6<br />

Introdução: O Programa <strong>de</strong> Assistência e Controle da Asma existe há 5 anos tendo como componente principal a participação<br />

dos acadêmicos <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas (UFAM) no cuidado e na educação <strong>de</strong> pacientes portadores <strong>de</strong><br />

asma brônquica. O PACAaten<strong>de</strong> pacientes asmáticos cadastrados no Ambulatório Araújo Lima (UFAM) e proporciona a estes acompa-<br />

4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil<br />

5 Centro Universitário Nilton Lins, Manaus, AM, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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nhamento trimestral ou mensal, não se limitando apenas ao tratamento medicamentoso em si, mas também trabalhando o controle ambiental<br />

e o auto-cuidado na asma. Objetivos: 1- Trabalhar e ensinar ao acadêmico a relação médico-paciente no ambiente ambulatorial.<br />

2- Preparar o acadêmico para lidar com o paciente portador <strong>de</strong> doença crônica, ressaltando as particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> paciente.<br />

Métodos: As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atendimento ambulatorial realizadas pelos acadêmicos <strong>de</strong> Medicina no PACA são programadas para toda<br />

quinta-feira útil <strong>de</strong> cada mês, sob supervisão da i<strong>de</strong>alizadora e coor<strong>de</strong>nadora do projeto, Dra. Maria do Socorro <strong>de</strong> Lucena Cardoso,<br />

pneumologista. Além do atendimento, na última quinta-feira útil <strong>de</strong> cada mês ocorre a preparação <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong> educação em asma<br />

com os pacientes interessados. A cada 15 dias é realizado um encontro entre os acadêmicos on<strong>de</strong> são apresentados e discutidos temas<br />

pertinentes à asma brônquica. Resultados: Por parte dos acadêmicos houve aprendizado sobre a terapia da asma, possibilitando também<br />

a prática <strong>de</strong> semiotécnica e propedêutica médica. Os pacientes orientados pelos alunos passam a valorizar a perseverança e a disciplina<br />

no manejo da asma e compreen<strong>de</strong>m serem portadores <strong>de</strong> doença crônica sem cura, mas passível <strong>de</strong> controle com boa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida. Conclusões: O PACA constitui um projeto dicotômico em que alunos e pacientes se relacionam e apren<strong>de</strong>m uns com os outros. O<br />

mote inicial do projeto se revelou a terapia e a educação na asma, mas o componente acadêmico é o diferencial <strong>de</strong> outros programas<br />

similares que tratam pacientes crônicos.<br />

Orientação Sexual na Escola<br />

Cabral, SLA. 7<br />

Alves, KGF 7<br />

Pessoa, IL 7<br />

Pontes, IGP 7<br />

Silva, RGR 7<br />

Introdução: O projeto <strong>de</strong> Orientação Sexual na Escola, <strong>de</strong>senvolvido pela Liga Acadêmica <strong>de</strong> Educação em Saú<strong>de</strong> (LAES) da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Mato Grosso, promove a aproximação entre o estudante <strong>de</strong> medicina e alunos <strong>de</strong> uma escola pública <strong>de</strong> ensino<br />

fundamental. Nesse projeto, iniciado em 2007, o acadêmico atua como educador e observa as necessida<strong>de</strong>s da comunida<strong>de</strong>. Objetivo:<br />

Integrar os acadêmicos <strong>de</strong> Medicina em trabalhos comunitários contribuindo com o ensino <strong>de</strong> orientação sexual nas escolas públicas<br />

do município <strong>de</strong> Cuiabá. Métodos: Os membros da LAES são preparados por professores e colaboradores para atuarem como educadores.<br />

Aescolha da escola foi feita avaliando-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inserção do tema (orientação sexual) na estrutura curricular. Aação<br />

educativa foi <strong>de</strong>senvolvida por meio <strong>de</strong> palestras nas salas <strong>de</strong> aula com uso <strong>de</strong> cartazes e peças anatômicas <strong>de</strong> plástico emprestadas pela<br />

faculda<strong>de</strong>. Resultados: Os resultados, na avaliação dos alunos da re<strong>de</strong> pública, foram positivos. Esta avaliação foi realizada por meio <strong>de</strong><br />

perguntas e discussão <strong>de</strong> dúvidas. Além disso, a experiência suscitou alguns quesitos que foram posteriormente discutidos pelos acadêmicos<br />

<strong>de</strong> medicina, como a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar assuntos polêmicos com crianças e também a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> adotar metodologias<br />

pedagógicas a<strong>de</strong>quadas que possam resultar em uma aprendizagem mais efetiva. Conclusão: Antes da realização do projeto existiam<br />

duas problemáticas, a primeira era o aprendizado ainda precário dos alunos da re<strong>de</strong> pública, nesta temática, e a segunda era a falta<br />

<strong>de</strong> preparo dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina para trabalharem como educadores. O primeiro problema foi resolvido com a execução do projeto.<br />

O outro se resolveu com a preparação prévia, buscando-se o auxilio <strong>de</strong> profissionais capacitados como pedagogos e psicólogos.<br />

Entretanto, apesar <strong>de</strong>ssa preparação, algumas dificulda<strong>de</strong>s ainda foram encontradas. Apesar das dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas, concluímos<br />

que o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem nesse projeto foi satisfatório tanto para os educadores quanto para os educandos.<br />

Atlas Digital 3D <strong>de</strong> Bologia Celular<br />

Benalia, VHC 8<br />

Ferreira, JMC 8<br />

Utagawa, CY 8<br />

Introdução: Devido às dificulda<strong>de</strong>s encontradas na abstração <strong>de</strong> estruturas intracelulares que interferem na aprendizagem dos<br />

alunos, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos instrumentos didáticos tem sido cada vez mais necessário para facilitar a compreensão <strong>de</strong>sse<br />

tema. Aconstrução <strong>de</strong>ssas ferramentas tem o aluno como principal sujeito, pois são os mesmos que vivenciam as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apropriação<br />

<strong>de</strong>ssa temática. O Atlas digital 3D <strong>de</strong> Biologia Celular é fruto <strong>de</strong>ssa vivência. Objetivos: O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é <strong>de</strong>monstrar<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil.<br />

8 Centro Universitário <strong>de</strong> Volta Redonda, Volta Redonda, RJ, Brasil.<br />

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o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um material didático que possibilite a visualização em 3 dimensões das estruturas celulares, construído por estudantes<br />

do Curso <strong>de</strong> Medicina do UniFOA. Métodos: Utilizaram-se os programas 3D Studio Max® e Macromedia Flash Player® para a<br />

criação do Atlas Digital <strong>de</strong> Biologia Celular, além do levantamento bibliográfico <strong>de</strong> livros e artigos in<strong>de</strong>xados para a <strong>de</strong>scrição teórica.<br />

Resultados: O material está em fase <strong>de</strong> finalização para publicação. Durante sua produção os alunos autores do projeto conseguiram<br />

não só um aprofundamento teórico no tema como também <strong>de</strong>senvolveram capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abstração tridimensional, que contribuiu<br />

com a melhoria do <strong>de</strong>sempenho acadêmico. Além disso, verificou-se um aprimoramento na construção <strong>de</strong> textos e revisões bibliográficas,<br />

pré-requisito para a construção da parte teórica do Atlas e, principalmente, para a consolidação do aluno participante. Conclusão:<br />

Observa-se que a partir das dificulda<strong>de</strong>s encontradas no processo <strong>de</strong> aprendizagem, <strong>de</strong>tectadas pelas observações dos alunos, é possível<br />

<strong>de</strong>senvolver novos materiais didáticos que possam auxiliar em uma maior compreensão sobre diversos temas. Por fim, preten<strong>de</strong>-se<br />

contribuir para que a construção do conhecimento nessa área seja mais dinâmica e lúdica, tornando-se mais acessível a uma maior<br />

parcela <strong>de</strong> estudantes.<br />

Ligas Acadêmicas: Experiência do 2º Ano da Liga Baiana <strong>de</strong> Cirurgia Plástica e Seu Papel<br />

na Formação Acadêmica<br />

Mendonça, LES 9<br />

Men<strong>de</strong>s, RRS 9<br />

Lima, DSC 9<br />

Cunha, MS 9<br />

Meneses, JV 9<br />

Introdução: ALiga Baiana <strong>de</strong> Cirurgia Plástica (LBCP) tem por finalida<strong>de</strong> proporcionar uma aproximação entre graduandos e a<br />

Cirurgia Plástica, oferecendo um aprofundamento do conhecimento e estudo das diversas áreas <strong>de</strong>ssa especialida<strong>de</strong>. Objetivo: Trazer à<br />

comunida<strong>de</strong> os pontos positivos e negativos do segundo ano da Liga Baiana <strong>de</strong> Cirurgia Plástica, bem como avaliar seu papel na formação<br />

acadêmica dos seus membros. Métodos: Os pontos positivos e negativos foram avaliados por meio <strong>de</strong> um questionário aplicado a<br />

todos os membros que completaram 1 ano <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> ao final do 2º ano <strong>de</strong> vigência da LBCP. Resultados: O interesse pelo tema foi o<br />

item com o maior número <strong>de</strong> marcações, correspon<strong>de</strong>ndo ao motivo <strong>de</strong> 71,43% dos membros <strong>de</strong> entrarem na Liga; 50% dos estudantes<br />

consi<strong>de</strong>raram que seus objetivos iniciais foram alcançados; 35,71% dos membros respon<strong>de</strong>ram que o principal motivo <strong>de</strong> insatisfação<br />

em relação à Liga é a não participação em projetos <strong>de</strong> pesquisa; <strong>de</strong>ntre os motivos <strong>de</strong> satisfação, a opção mais assinalada pelos membros<br />

foi “crescimento pessoal”, com 64,29%; 85,71% dos membros respon<strong>de</strong>ram “sim” ao item referente aos conhecimentos e experiência adquiridos<br />

na LBCP, se foram e/ou serão úteis na prática médica dos estudantes; 57,15% dos estudantes avaliaram como boa a participação<br />

dos resi<strong>de</strong>ntes e cirurgiões plásticos na formação acadêmica da LBCP; 35,71% classificaram como importante o papel da LBCP na<br />

formação médica dos estudantes; e 100% dos entrevistados recomendariam a algum colega estudante da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a participação<br />

na LBCP. Conclusões: ALBCP foi capaz <strong>de</strong> contribuir <strong>de</strong> maneira bastante positiva para a formação acadêmica dos seus membros, <strong>de</strong>stacando-se<br />

o fato <strong>de</strong> representar uma fonte <strong>de</strong> crescimento pessoal. Contudo, alguns aspectos negativos apontados <strong>de</strong>vem ser revistos e<br />

corrigidos, a fim <strong>de</strong> se fazer com que a LBCP melhore e cresça cada vez mais.<br />

Aproximando o Estudante do Ensino Básico às Questões Relacionadas ao Coração<br />

Hemerly, RA 10<br />

Barbosa, YT 10<br />

Soares, MHFB 10<br />

Figueiredo, ACR 10<br />

Introdução: a extensão universitária é uma ligação entre universida<strong>de</strong> e comunida<strong>de</strong>, influenciando-as positivamente, possibilitando<br />

a formação <strong>de</strong> profissionais e cidadãos interessados pelo meio que os cerca. Além disso, <strong>de</strong>smistifica conhecimentos, aproximando<br />

a comunida<strong>de</strong> da aca<strong>de</strong>mia. A anatomia é vista como uma realida<strong>de</strong> distante, restrita aos cursos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Os projetos “Ações<br />

Educativas no museu <strong>de</strong> morfologia – 7ª e 8ª série” e “Conhecendo a Universida<strong>de</strong> – 3º ano” visam aproximar a anatomia dos estudantes<br />

do ensino básico. Objetivos: difundir na comunida<strong>de</strong> assuntos médicos <strong>de</strong> relevância social, como a importância <strong>de</strong> cuidar do cora-<br />

9 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

10 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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ção e os efeitos causados pelo fumo, drogas e se<strong>de</strong>ntarismo. Métodos: visita ao Museu <strong>de</strong> Anatomia fazendo uma explanação sobre o<br />

coração humano. Inicialmente apresentou-se a anatomia do órgão, apontando os átrios, ventrículos, válvulas e principais artérias e coronárias.<br />

Em seguida, aconselharam-se os alunos acerca dos cuidados necessários à saú<strong>de</strong> do coração. Estavam presentes 38 alunos <strong>de</strong><br />

sétima e oitava série e 37 alunos <strong>de</strong> terceiro ano médio. Após essa ativida<strong>de</strong>, aplicou-se um questionário avaliativo. Resultados: a ativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spertou o interesse dos alunos, levantando questões sobre a doença <strong>de</strong> Chagas e o tamanho do coração. Percebeu-se pelos questionários<br />

que os alunos do ensino básico: gostaram <strong>de</strong> ouvir e ver informações inexistentes na escola; apren<strong>de</strong>ram sobre o que po<strong>de</strong> prejudicar<br />

o coração e acerca dos perigos do fumo, das drogas e do se<strong>de</strong>ntarismo; apreciaram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ver o corpo humano internamente;<br />

perceberam que o corpo humano é muito diferente dos livros. Os alunos relacionaram as informações obtidas na visita, com<br />

suas realida<strong>de</strong>s cotidianas, por meio <strong>de</strong> exemplos familiares expostos aos orientadores do projeto e no questionário. Conclusões: projetos<br />

<strong>de</strong> extensão po<strong>de</strong>m fazer a diferença na escolha dos futuros universitários e também po<strong>de</strong>m ser importantes na disseminação <strong>de</strong> informações<br />

para a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da comunida<strong>de</strong>.<br />

A Importância do Brincar na Construção da Personalida<strong>de</strong> Infantil<br />

Rosa, M.T.N11 Goulart, R.M.R11 Soares, L.S11 Campos, A.R11 Silva,S.F11 Scalia,G11 Introdução: novas concepções surgiram no cenário da saú<strong>de</strong> e da formação dos profissionais <strong>de</strong>sta área, colocando em evidência<br />

a questão da promoção e do cuidado em saú<strong>de</strong>. Neste sentido, estudantes <strong>de</strong> medicina e psicologia da Liga <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Mental da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, iniciaram um projeto <strong>de</strong> extensão. A criança não consegue compreen<strong>de</strong>r suas dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma<br />

racional como um adulto. Seu universo é diferente e sua forma <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o mundo é animista; assim a fantasia tem papel fundamental<br />

para mediar a relação entre seus mundos interno e externo. Diante disso, foi <strong>de</strong>senvolvido um ambiente em que, por meio <strong>de</strong><br />

brinca<strong>de</strong>iras, as crianças do Bairro Shopping Park tenham um espaço <strong>de</strong> expressão dos seus sentimentos. Objetivos: promover a saú<strong>de</strong><br />

mental infantil, no sentido <strong>de</strong> envolver os estudantes em diferentes realida<strong>de</strong>s, além <strong>de</strong> observar o comportamento das crianças, compartilhando<br />

significados e contribuindo para que o mesmo seja mais compreendido. Métodos: oficinas lúdicas, on<strong>de</strong> são feitas ativida<strong>de</strong>s<br />

como dança, canto, pular corda, mo<strong>de</strong>lagem em argila, <strong>de</strong>senho e colagem, entre outras, como forma terapêutica <strong>de</strong> trabalhar o<br />

bem-estar, as emoções e a psicomotricida<strong>de</strong> das crianças. Resultados: em quase três anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s houve uma evolução do grupo<br />

em lidar com o mundo infantil, além <strong>de</strong> criar um espaço <strong>de</strong> expressão capaz <strong>de</strong> potencializar o brincar como um elo entre o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

humano e a realida<strong>de</strong> circundante. Em relação às ativida<strong>de</strong>s psicomotoras, observa-se a evolução das faixas etárias <strong>de</strong>ntro das<br />

brinca<strong>de</strong>iras propostas, bem como a melhoria na socialização e na afetivida<strong>de</strong> das crianças envolvidas. Conclusões: esse trabalho possibilita<br />

ampliar a vivência fora do ambiente acadêmico, fazendo com que a análise e intervenção em situações do cotidiano profissional<br />

sejam mais facilmente <strong>de</strong>limitadas, principalmente no que se refere à integrida<strong>de</strong> da saú<strong>de</strong> mental infantil.<br />

11 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

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Grupo <strong>de</strong> Estudos em Endocrinologia e Metabologia da FAMED/UFAL: Vivências <strong>de</strong><br />

Educação em Saú<strong>de</strong> com Usuários do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes -<br />

HUPAA - no Dia Mundial do Diabetes (14/11/2008)<br />

Silva, JA 12<br />

Barros, MC 12<br />

Sales, NRH 12<br />

Souza, RF 12<br />

Silva, SO 12<br />

Fraga, TS 12<br />

Introdução: O diabetes mellitus (DM) é um dos maiores problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da nossa época. Calcula-se que 7% da população mundial<br />

seja portadora da doença, embora nem todos os diabéticos saibam ser afetados. Os percentuais <strong>de</strong> incidência e prevalência <strong>de</strong> diagnostico<br />

<strong>de</strong> diabetes vem crescendo e sendo observados por meio <strong>de</strong> repercussões sociais e econômicas trazidas pelas mortes prematuras <strong>de</strong>vido à<br />

falta <strong>de</strong> conhecimento sobre a doença e incapacida<strong>de</strong> para o trabalho em <strong>de</strong>corrência das complicações crônicas e os altos custos associados<br />

ao controle e tratamento da patologia. Objetivos: Aproximar os acadêmicos da realida<strong>de</strong> da população usuária <strong>de</strong>ste hospital, promovendo<br />

medidas educativas sobre diabetes mellitus, prevenção, sua importância para a saú<strong>de</strong>, seus fatores <strong>de</strong> risco e suas complicações. Métodos: Os<br />

acadêmicos confeccionaram Banners educativos sobre as mais importantes informações em DM, que visaram facilitar o processo <strong>de</strong> educação<br />

com os usuários do HUPAA, além da aplicação <strong>de</strong> questionário para coleta <strong>de</strong> dados epi<strong>de</strong>miológicos e avaliação antropométrica, circunferência<br />

abdominal, pressão arterial, índice <strong>de</strong> massa corpórea, relação cintura – quadril e glicemia capilar. Resultados: Foi observada<br />

uma boa a<strong>de</strong>são dos usuários ao programa educativo, através do interesse e participação <strong>de</strong>stes com formulações <strong>de</strong> perguntas, mostrando-se<br />

satisfeitos quanto às explicações dadas. Gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>sconhecia as características e complicações do DM e muitos dos usuários nunca<br />

haviam medido a glicemia capilar. Destes, vários apresentaram os níveis glicêmicos alterados os quais tiveram uma orientação mais específica<br />

feita pelo orientador do grupo (endocrinologista). Conclusões: Tendo em vista o aumento na prevalência do diabetes, o que se espera é<br />

um aumento correspon<strong>de</strong>nte na incidência das suas complicações crônicas. Desta forma, torna-se fundamental campanhas educativas visando<br />

promover a educação da população sobre a importância do diabetes mellitus e das medidas preventivas, bem como, atuar <strong>de</strong> forma<br />

preventiva nos fatores <strong>de</strong> risco modificáveis, principalmente obesida<strong>de</strong>, hipertensão arterial, dislipi<strong>de</strong>mia, se<strong>de</strong>ntarismo; etc.<br />

Relato <strong>de</strong> Experiência: o Contato do Acadêmico <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Com o Atendimento no Sistema<br />

Prisional no Município <strong>de</strong> Goiânia-GO<br />

Lemes, A.M13 Aurione, ACV13 Alves, DMR13 Silva Filho, CL13 Silva, FL13 Amaral, WNA13 Introdução: A vivência do acadêmico da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com a realida<strong>de</strong> do sistema carcerário é, no currículo consensual das<br />

Instituições Fe<strong>de</strong>rais, praticamente inexistente. Inserir o acadêmico neste espaço <strong>de</strong> prática é <strong>de</strong> fundamental importância, pois a população<br />

presidiária, assim como qualquer outro estrato, precisa <strong>de</strong> atenção primária, secundária e terciária em saú<strong>de</strong>, e este será um espaço<br />

on<strong>de</strong> o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> atuará. Objetivos: Relatar a experiência <strong>de</strong> acadêmicos <strong>de</strong> Medicina e Enfermagem da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Goiás em atendimento a gestantes presidiárias. Métodos: Três estudantes <strong>de</strong> Medicina e um <strong>de</strong> enfermagem da Liga <strong>de</strong> Obstetrícia<br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, acompanhados <strong>de</strong> docente <strong>de</strong>sta instituição visitaram a Agência <strong>de</strong> Prisão Provisória da região<br />

metropolitana <strong>de</strong> Goiânia-Goiás no mês <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, para realizar atendimento obstétrico à gestantes encarceradas e orientar sobre<br />

a gestação. Os participantes realizaram posterior discussão para avaliação do trabalho realizado. Resultados: Os acadêmicos perceberam<br />

uma realida<strong>de</strong> diferenciada da que vivenciam diariamente no Hospital Escola. O atendimento a gestantes possibilitou o conhe-<br />

12 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

13 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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cimento <strong>de</strong> um ambiente em que o trabalho <strong>de</strong> profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é extremamente necessário, consi<strong>de</strong>rando a inospi<strong>de</strong>z do sistema<br />

carcerário. Consi<strong>de</strong>rou-se que aten<strong>de</strong>r as gestantes presidiárias não foi diferente <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r outros pacientes, porém algumas dificulda<strong>de</strong>s<br />

foram encontradas quando foi necessária prescrição <strong>de</strong> exames e medicamentos, <strong>de</strong>vido à impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong>stas.<br />

Conclusão: A ativida<strong>de</strong> realizada na Agência Prisional foi válida e positiva. Complementa o currículo do curso <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e amplia o<br />

conhecimento do futuro profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, o qual <strong>de</strong>ve ser preparado para as adversida<strong>de</strong>s do ambiente <strong>de</strong> atendimento.<br />

Organização do XII Curso Básico <strong>de</strong> Oncologia - Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Torres, RVA14 Rocha, JIX14 Cruz, DA14 Figueiredo Filho, AC14 Vale, JS14 Barbosa, JPC14 Introdução: O Grupo <strong>de</strong> Educação e Estudos Oncológicos(GEEON) é um projeto <strong>de</strong> extensão vinculado à Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

do Ceará(UFC), que <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s baseadas em um tripé: Ensino, extensão e pesquisa. Na parte do ensino, os membros do grupo<br />

aprofundam seus conhecimentos na área oncológica e realizam o feedback entre estes e a comunida<strong>de</strong> acadêmica. Objetivos: Demonstrar<br />

como o GEEON vem <strong>de</strong>senvolvendo suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino através da estratégia <strong>de</strong> aprofundamento do estudo da Oncologia<br />

pela promoção <strong>de</strong> curso <strong>de</strong> 40 horas. Metodologia: Em maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, os membros do GEEON organizaram o XII Curso Básico <strong>de</strong><br />

Oncologia. Tal curso teve 40h <strong>de</strong> duração distribuídas em nove dias, sendo realizadas inscrições para acadêmicos e profissionais da área<br />

da saú<strong>de</strong>. Foi organizada uma lojística para convite e contato dos palestrantes e busca <strong>de</strong> patrocínio, auditório e materiais. As aulas foram<br />

ministradas por 27 profissionais da área da saú<strong>de</strong>, sendo a maioria médicos, que abordaram temas relevantes da área, como: Cânceres<br />

mais prevalentes, princípios <strong>de</strong> radioterapia e <strong>de</strong> quimioterapia, epi<strong>de</strong>miologia do câncer, atuações do enfermeiro, da nutricionista,<br />

da psicóloga e do fisioterapeuta na oncologia, <strong>de</strong>ntre outros. Ao final, os participantes receberam um certificado <strong>de</strong> participação do<br />

curso. Resultados: Po<strong>de</strong>mos mensurar o alcance <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong> pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas atendidas diretamente, cerca <strong>de</strong> 170 inscritos.<br />

Entretanto, há um número maior <strong>de</strong> pessoas que po<strong>de</strong>m ser beneficiadas indiretamente pelos conhecimentos adquiridos e retransmitidos<br />

pelos participantes do curso, que agem como multiplicadores do conhecimento. Conclusão: Apromoção <strong>de</strong> curso <strong>de</strong> 40h é uma<br />

estratégia que permite o aumento da curiosida<strong>de</strong> e do conhecimento dos acadêmicos e profissionais envolvidos, sendo, esta ação, <strong>de</strong><br />

ensino e extensão, bastante útil para o ensino continuado. Além disso, os membros do GEEON tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver,<br />

através <strong>de</strong>ssa experiência, uma maior conscientização e humanização em suas formações acadêmicas.<br />

Prevenção do Tabagismo com Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação em Saú<strong>de</strong> em Escolas <strong>de</strong><br />

Botucatu/SP: Experiência da Liga <strong>de</strong> Pneumologia <strong>de</strong> Botucatu<br />

Abe, MH15 Viveiros, PG15 Santos, KJ15 Amorim, FHR15 Fukumoto, ECG15 Godoy, I15 Introdução: O tabagismo representa gran<strong>de</strong>s malefícios para o organismo, sendo a segunda causa <strong>de</strong> óbitos no mundo. Aprevalência<br />

mundial <strong>de</strong> fumantes ultrapassa um bilhão, configurando-se um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> coletiva, cujo combate <strong>de</strong>ve se iniciar ainda<br />

na adolescência, período em que frequentemente a primeira experimentação do cigarro ocorre. A Liga <strong>de</strong> Pneumologia <strong>de</strong> Botucatu<br />

(LPB), da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu, prioriza aquelas relacionadas à prevenção do tabagismo. Objetivos: Promover ativida<strong>de</strong><br />

14 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

15 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu.<br />

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<strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>, sobre tabagismo, voltada à população jovem. Métodos: Realizou-se campanha contra o tabagismo cujo público<br />

alvo foi estudantes do ensino médio e supletivo, e para tal, foi obtida autorização da Secretaria <strong>de</strong> Educação do Estado <strong>de</strong> São Paulo e do<br />

Município <strong>de</strong> Botucatu. Participaram da ativida<strong>de</strong> 4 escolas públicas) e 1 escola particular e 23 integrantes da LPB, os quais previamente<br />

assistiram à aula preparatória e elaboraram apresentações <strong>de</strong> sli<strong>de</strong>s e ví<strong>de</strong>os informativos sobre o tabagismo (ativo/passivo) e as enfermida<strong>de</strong>s<br />

correlacionadas. O material foi exposto aos escolares em palestras, seguidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate e esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas. Resultados:<br />

As escolas públicas mostraram-se extremamente receptivas à ativida<strong>de</strong>, abrindo espaço à futuras intervenções. Na escola particular,<br />

os alunos não <strong>de</strong>monstraram tanto interesse e não foi realizada discussão posterior. Nas palestras, a utilização <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os mostrou-se<br />

uma estratégia pedagógica efetiva para manter os alunos atentos. Observou-se um maior interesse daqueles alunos que possuem casos<br />

na família <strong>de</strong> doenças relacionadas ao tabagismo. Para os ligantes essa experiência foi importante no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> comunicação e construção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação e saú<strong>de</strong>. Conclusão: Acampanha comprovou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhos sobre<br />

tabagismo com a população jovem, sendo sua efetivida<strong>de</strong> vinculada ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> abordagem. A ativida<strong>de</strong> explicitou benefícios tanto<br />

aos acadêmicos quanto ao público das palestras. ALPB preten<strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r estes trabalhos aproximando-se ainda mais da comunida<strong>de</strong>.<br />

Experiência da Liga <strong>de</strong> Pneumologia <strong>de</strong> Botucatu no Planejamento e Execução <strong>de</strong><br />

Campanha <strong>de</strong> Conscientização Sobre Tuberculose<br />

Viveiros, PG16 Abe, MH16 Legramandi, OP16 Santos, VV 16<br />

Oliveira, CC16 Souza, LR16 Introdução: Atuberculose é uma enfermida<strong>de</strong> com altas taxas <strong>de</strong> incidência e mortalida<strong>de</strong> no mundo, representando grave problema<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conscientização sobre a doença são relevantes para realização <strong>de</strong> diagnósticos e tratamentos<br />

precoces dos infectados, contribuindo para o controle da doença. Neste contexto, a Liga <strong>de</strong> Pneumologia <strong>de</strong> Botucatu (LPB), da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu-UNESP, participou, em <strong>2009</strong>, do Dia Mundial <strong>de</strong> Combate à Tuberculose. Objetivos: Esclarecer a população<br />

sobre os sintomas e tratamento da tuberculose. Métodos: Os 18 acadêmicos membros da LPB foram capacitados em aula com Infectologista<br />

e <strong>de</strong>pois elaboraram um fol<strong>de</strong>r explicativo sobre a doença, fundamentando-se nos conceitos aprendidos e em bibliografia científica.<br />

Realizou-se a campanha <strong>de</strong> conscientização sobre a tuberculose transmitindo informações por meio <strong>de</strong> panfletagem (600 fol<strong>de</strong>rs<br />

distribuídos em 2 dias) e diálogo com pacientes em sala <strong>de</strong> espera para atendimento em diferentes setores do Hospital das Clínicas<br />

da Faculda<strong>de</strong>. Resultados: A campanha <strong>de</strong>spertou a atenção das pessoas para os sintomas da tuberculose. Elas foram orientadas que,<br />

nesses casos, é preciso dirigir-se à Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> para investigação. Percebeu-se que gran<strong>de</strong> parte dos pacientes sabia sobre a<br />

doença e sua forma <strong>de</strong> contágio, porém <strong>de</strong>sconhecia a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento. Alguns indivíduos não ofereceram gran<strong>de</strong> abertura<br />

ao diálogo, permitindo apenas a entrega do panfleto não dando chances <strong>de</strong> maiores esclarecimentos, sendo esse um ponto crítico da<br />

abordagem. Conclusão: A experiência <strong>de</strong> contribuir para a conscientização da população em relação à tuberculose foi significante para<br />

os ligantes, especialmente àqueles que ainda estão no ciclo básico, pois tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interagirem com a comunida<strong>de</strong>. A<br />

LPB preten<strong>de</strong> aprimorar essas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>, esten<strong>de</strong>ndo-as à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção primária.<br />

16 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu.<br />

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Inovações nas Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Monitoria na Disciplina <strong>de</strong> Farmacologia da UFAM<br />

Pereira, RE 17<br />

Elami<strong>de</strong>, BC 17<br />

Almeida, RA 17<br />

Silva, APS 17<br />

Costa, LC 17<br />

Avelino, FGS 17<br />

Introdução: Monitoria é uma ativida<strong>de</strong> ampla <strong>de</strong> ensino e aprendizagem que permite aos monitores o aprofundamento teórico,<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aptidões e habilida<strong>de</strong>s e a preparação para uma futura carreira <strong>de</strong> magistério. Sua importância na disciplina <strong>de</strong><br />

Farmacologia se reflete na relevância que esta tem para a Medicina, pois seu conhecimento é convertido em intervenções terapêuticas<br />

mais a<strong>de</strong>quadas, tendo assim um gran<strong>de</strong> impacto social. Objetivos: Relatar experiência das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas na monitoria <strong>de</strong><br />

Farmacologia. Métodos: As ativida<strong>de</strong>s da monitoria constituíram-se <strong>de</strong> reuniões semanais com 2 horas <strong>de</strong> duração com apresentações<br />

<strong>de</strong> artigos científicos sobre as mais recentes atualizações da área, discussões sobre os temas abordados e <strong>de</strong>finições quanto à disciplina e<br />

à elaboração <strong>de</strong> material didático, sendo este último realizado na forma <strong>de</strong> apostila, on<strong>de</strong> cada monitor responsabilizou-se por uma<br />

classe <strong>de</strong> fármacos utilizada nas patologias cardiovasculares e, após ampla revisão da literatura, cada um escreveu um capítulo com<br />

conteúdo claro, acessível e relevante, contando inclusive com ilustrações, diagramas e fluxogramas, dando maior enfoque a uma abordagem<br />

prática dos conhecimentos. Acrescentaram ainda atualizações abordadas em artigos científicos e quadros <strong>de</strong> interesse prático,<br />

como uma lista <strong>de</strong> medicamentos genéricos disponíveis pelo SUS. Após essa redação inicial, o professor orientador da monitoria revisou<br />

todo o conteúdo, adicionando informações e atestando a sua confiabilida<strong>de</strong>. Aapostila foi então diagramada pelos monitores e disponibilizada<br />

aos alunos do módulo, tendo ainda em vista uma futura publicação nacional. Resultados: Desenvolvimento <strong>de</strong> trabalho<br />

conjunto entre professores e monitores para elaboração <strong>de</strong> material didático simplificado, na forma <strong>de</strong> apostila em linguagem acessível<br />

aos estudantes. Conclusão: As ativida<strong>de</strong>s da monitoria <strong>de</strong> Farmacologia possuíram gran<strong>de</strong> impacto na formação dos alunos, sejam<br />

monitores ou aqueles que cursaram a disciplina, pois os colocou em contato com conhecimentos <strong>de</strong> interesse efetivo da área médica.<br />

A Importância da Universida<strong>de</strong> no Combate a Hanseníase, Capacitando Acadêmicos,<br />

Agentes Comunitários e Promovendo Ações <strong>de</strong> Reciclagem Para Outros Profissionais <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong><br />

Melo, DJS18 Figueiredo, PVT18 Leutenegger, IA18 Calheiros, LHB18 Silva, RR18 Introdução: Ahanseníase é uma doença crônica e infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae. No Brasil, ela apresenta a maior<br />

taxa <strong>de</strong> crescimento do mundo com prevalência superior a quinhentos mil casos dos quais predominam aqueles que inci<strong>de</strong>m em indivíduos<br />

<strong>de</strong> faixa etária consi<strong>de</strong>rada produtiva profissionalmente. Em se tratando <strong>de</strong> Maceió, sabe-se que a falta <strong>de</strong> um preparo a<strong>de</strong>quado<br />

dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, responsáveis pela <strong>de</strong>tecção dos casos <strong>de</strong> hanseníase, vem dificultando o conhecimento da real situação<br />

do quadro <strong>de</strong>ssa doença presente no município. Objetivos: O presente trabalho visou à capacitação <strong>de</strong> estudantes da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

agentes comunitários, assim como a reciclagem <strong>de</strong> médicos, odontólogos e enfermeiros nos aspectos clínicos da hanseníase. Métodos:<br />

O projeto piloto foi dividido em três momentos, para realização <strong>de</strong> ações específicas. No primeiro, foi trabalhada a capacitação dos estudantes<br />

<strong>de</strong> medicina e enfermagem, que foram orientados para em um segundo momento capacitar os agentes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O terceiro momento<br />

correspon<strong>de</strong>u ao processo <strong>de</strong> reciclagem <strong>de</strong> médicos, enfermeiros e odontólogos, realizado pelos docentes da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Alagoas que estavam envolvidos no projeto. Todas as oficinas obe<strong>de</strong>ceram a uma linha <strong>de</strong> apresentação baseados em dinâmi-<br />

17 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

18 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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cas, aulas expositivas e <strong>de</strong>monstrações práticas. Resultados: Foi possibilitado aos estudantes adquirirem: experiência no processo <strong>de</strong><br />

elaboração <strong>de</strong> oficinas; habilida<strong>de</strong>s para ministrar aulas expositivas; conhecimento da epi<strong>de</strong>miologia, diagnóstico e tratamento da hanseníase.<br />

Já os profissionais receberam orientação quanto à necessida<strong>de</strong> da integração da equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, bem como do diagnóstico precoce<br />

no combate a essa doença. Conclusões: A realização <strong>de</strong> eventos como esse, promovidos pela Universida<strong>de</strong>, são importantes no<br />

processo <strong>de</strong> educação médica, pois através do aprendizado mútuo – estudantes e profissionais <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> –, po<strong>de</strong>-se<br />

contribuir para uma melhoria no combate <strong>de</strong> doenças, beneficiando, assim, a população através da qualida<strong>de</strong> do atendimento recebido.<br />

Atenção às Crianças Com Necessida<strong>de</strong>s Especiais do Abrigo Moacir Alves: Perspectivas da<br />

Ativida<strong>de</strong> Dda Liga Universitária <strong>de</strong> Neurologia e Neurocirurgia do Amazonas<br />

Aguila, MARD 19<br />

Martins, M.S 19<br />

Delfino, A.C.G 19<br />

Matos, D.C 19<br />

Introdução: O Abrigo Moacir Alves (AMA), fundado há 26 anos, conta com apenas nove profissionais voluntários da área da saú<strong>de</strong><br />

para aten<strong>de</strong>r cerca <strong>de</strong> 50 crianças portadoras <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s especiais abrigadas na instituição. Essas crianças são encaminhadas<br />

pelos Conselhos Tutelares e pelo Juizado da Infância e da Juventu<strong>de</strong>, por serem órfãs ou vítimas <strong>de</strong> maus tratos. O abrigo dispõe <strong>de</strong> uma<br />

equipe composta por um odontopediatra, fisioterapeuta, psicólogo, assistente social e fonoaudiólogo e com voluntários na área <strong>de</strong> pediatria,<br />

psiquiatria, pedagogia e neurologia. Esses profissionais atuam <strong>de</strong> uma a três vezes por semana durante um turno. Objetivos:<br />

Descrever a atuação dos acadêmicos da Liga Universitária <strong>de</strong> Neurologia e Neurocirurgia (LUNNA) na assistência médica básica e neurológica<br />

das crianças provenientes do AMA, visando sanar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stas e aprimorar o processo <strong>de</strong> aprendizagem das afecções<br />

neurológicas que possuem. Métodos: Os ligantes <strong>de</strong>senvolvem prontuários médicos <strong>de</strong> todas as crianças, com uma história clínica<br />

completa e exame físico segmentar. É dada ênfase ao exame neurológico, fechando o diagnóstico da síndrome neurológica e implantando<br />

um tratamento. Exames complementares básicos são solicitados e em caso <strong>de</strong> alterações, é estabelecido o tratamento. Resultados:<br />

Des<strong>de</strong> a sua implantação, a preocupação fundamental baseia-se na promoção e prevenção da saú<strong>de</strong>. O programa <strong>de</strong> atenção ao AMA<br />

promovido pela liga beneficia <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> crianças quanto ao tratamento e prevenção <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong>s em geral, com ênfase às afecções<br />

neurológicas. A liga vem trabalhando no ensino da neurologia para habilitar os funcionários do AMA na abordagem <strong>de</strong>sses pacientes<br />

nas mais diversas situações neurológicas. Conclusão: As ativida<strong>de</strong>s realizadas pela liga são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para a avaliação<br />

<strong>de</strong>ssas crianças, melhorando sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, suas comorbida<strong>de</strong>s, e reintroduzindo-as na socieda<strong>de</strong>. Contudo, por se tratar <strong>de</strong><br />

crianças especiais, o progresso do tratamento é lento e exige mais tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação dos profissionais.<br />

MedEnsina: Promovendo a Inclusão Social<br />

Barros, HLFG 20<br />

Carvalho, GM 20<br />

Quirino, AEL 20<br />

Carvalho. AT 20<br />

Sant´ana, ALH 20<br />

Introdução: A iniciativa da criação do MedEnsina partiu <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina, que em 2003 viram a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> passar<br />

o conhecimento adquirido durante a sua preparação pré-vestibular para alunos da re<strong>de</strong> pública que notoriamente não teriam condições<br />

<strong>de</strong> fazer um curso particular. Objetivo: Oferecer aos alunos e ex-alunos da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> educação uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obter<br />

uma preparação mais eficiente para o vestibular, possibilitando uma concorrência menos <strong>de</strong>sigual em relação aos alunos da re<strong>de</strong> particular<br />

<strong>de</strong> ensino. O projeto também tem como finalida<strong>de</strong> permitir aos alunos da graduação a prática da docência. Metodologia: O MedEnsina<br />

é formado por um Orientador, docente da UNCISAL, três coor<strong>de</strong>nadores gerais, doze coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> disciplina e pelos profes-<br />

19 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

20 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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sores <strong>de</strong> cada disciplina. Os novos professores são escolhidos por processo seletivo, com a apresentação <strong>de</strong> uma aula para uma banca<br />

examinadora composta por professores do projeto. O curso possui duas turmas <strong>de</strong> 50 alunos selecionados no início do ano. Em junho<br />

ocorre outro processo seletivo para ocupar as vagas dos <strong>de</strong>sistentes. As aulas acontecem <strong>de</strong> segunda a sexta das 18:00h às 21:30h, em salas<br />

<strong>de</strong> aula da UNCISAL, são apresentadas com recurso multimídia e o material didático necessário é cedido aos alunos para maximizar<br />

o aprendizado. O aluno do MedEnsina é isento <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>spesa. Resultados: Des<strong>de</strong> sua criação, 750 alunos passaram pelo curso.<br />

Em 2008, entre os alunos que permaneceram até o final do curso houve uma média <strong>de</strong> 74,4% <strong>de</strong> aprovação nos vestibulares <strong>de</strong> Universida<strong>de</strong>s<br />

públicas <strong>de</strong> Alagoas. Hoje, ex-alunos do MedEnsina que conseguiram ingressar na faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstram sua gratidão participando<br />

do projeto e ajudando outros estudantes nessa difícil batalha. Conclusão: Pela iniciativa do MedEnsina alunos impossibilitados<br />

<strong>de</strong> arcar com os custos <strong>de</strong> uma preparação para o vestibular são inseridos no rol dos estudantes potencialmente aptos a disputar uma<br />

vaga na Universida<strong>de</strong>.<br />

Palestras Educativas em Escolas Públicas: Promoção à Saú<strong>de</strong> como Ensino Médico<br />

Tauro, RLAM 21<br />

Daud, MO 21<br />

Konkiewitz, EC 21<br />

No ensino médico atualmente incentiva-se promoção e prevenção da saú<strong>de</strong>. Compreen<strong>de</strong>r o contexto sócio-cultural on<strong>de</strong> as doenças<br />

ocorrem apreen<strong>de</strong>ndo a subjetivida<strong>de</strong> e o impacto <strong>de</strong>las para o paciente faz parte do conceito <strong>de</strong> medicina subjetiva. Neste contexto,<br />

palestras educativas para pais e educadores <strong>de</strong> crianças com transtornos <strong>de</strong> aprendizado e comportamento é uma oportunida<strong>de</strong><br />

ímpar para a aquisição <strong>de</strong>stas competências pelo estudante <strong>de</strong> medicina. Objetivos: As palestras objetivam: introduzir o aluno como comunicador<br />

e educador em saú<strong>de</strong>; ultrapassar barreiras da linguagem acadêmica; interação com escolas, ouvir <strong>de</strong>poimentos pessoais e<br />

adquirir visão humanista ao consi<strong>de</strong>rar aspectos biopsicossociais aproximando-se da perspectiva <strong>de</strong> vida do paciente; promover a troca<br />

<strong>de</strong> conhecimento entre as diferentes áreas <strong>de</strong> atuação envolvidas; Esclarecer pais e educadores sobre os aspectos médicos; Abrir espaço<br />

para discussão <strong>de</strong> novas condutas diante da criança afetada. Métodos: Palestras mensais são abertas ao público geral e realizadas em<br />

escolas públicas <strong>de</strong> ensino fundamental. Estão subdivididas em Exposição do tema “transtornos <strong>de</strong> aprendizado e comportamento da<br />

criança”; Dúvidas/<strong>de</strong>bate e Confraternização. Serão abordados: Aspectos neurobiológicos; Manifestações clínicas mais freqüentes e<br />

Possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio e tratamento. Resultados: Notou-se boa participação dos professores e pais que se sentiam muito a vonta<strong>de</strong><br />

para esclarecerem suas dúvidas. Os alunos percebem claramente que ouvir <strong>de</strong>poimentos possibilita encarar o paciente na complexida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ser que sente e pensa. Esta extensão é uma forma <strong>de</strong> intervenção na realida<strong>de</strong> social possibilitando vivência para alunos <strong>de</strong><br />

medicina e esclarecimento e compreensão para comunida<strong>de</strong>. Conclusão: A partir da realização <strong>de</strong>ste projeto, vivenciaram-se<br />

ativida<strong>de</strong>s médicas menos tradicionais, mas que respeitam a complexida<strong>de</strong> do homem e <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong> mental. A interação<br />

médico/cotidiano melhorou a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos afetados e engran<strong>de</strong>ceu o conhecimento dos acadêmicos<br />

PROMOÇÃO DA SAÚDE DO JOVEM NA ÁREA DA SEXUALIDADE HUMANA<br />

Lavoranti, MI 22<br />

Lechinewski, LD 22<br />

Introdução: a sexualida<strong>de</strong> engloba aspectos físicos, psíquicos e sociais das relações humanas. No caso dos adolescentes, que segundo<br />

o Estatuto da Criança e do Adolescente <strong>de</strong> 1990, são indivíduos <strong>de</strong> 12 a 18 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, é fundamental que compreendam e<br />

aprendam a sexualida<strong>de</strong> e assuntos interrelacionados, para que possam exercê-la <strong>de</strong> forma consciente e responsável. Objetivos: instruir<br />

o adolescente sobre sexualida<strong>de</strong> é tarefa difícil, já que apenas a realização <strong>de</strong> palestras expositivas não é capaz <strong>de</strong> alcançá-los. Desta forma,<br />

objetivamos interagir com os alunos através <strong>de</strong> aulas dinâmicas e participativas, <strong>de</strong> forma a construir juntos o conhecimento, permitindo-lhes<br />

o real aprendizado, para que tenham as ferramentas para tomarem <strong>de</strong>cisões responsáveis, empregando o conhecimento<br />

adquirido em seu cotidiano. Métodos: o projeto foi realizado com 7as séries <strong>de</strong> duas escolas públicas do município <strong>de</strong> Curitiba. Para<br />

21 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, Dourados, MS, Brasil.<br />

22 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

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avaliar o aprendizado dos alunos utilizou-se um pré-teste padronizado, que continha um total <strong>de</strong> 30 questões <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iro e falso referentes<br />

aos temas: gravi<strong>de</strong>z, fisiologia, anticoncepcionais, DSTs, drogadição e sexualida<strong>de</strong>. Ao final <strong>de</strong> onze aulas, o mesmo teste foi aplicado<br />

(pós-teste) com intuito <strong>de</strong> avaliar o conhecimento adquirido no <strong>de</strong>correr do projeto. Resultados: respon<strong>de</strong>ram o pré-teste 57 alunos:<br />

24 meninas, 31 meninos e 2 que não i<strong>de</strong>ntificaram o sexo. Aporcentagem <strong>de</strong> acerto foi <strong>de</strong> 52% entre as meninas, 62% entre os meninos<br />

e 70% entre os não i<strong>de</strong>ntificados. No pós-teste, 26 meninas, 26 meninos e 2 não i<strong>de</strong>ntificados respon<strong>de</strong>ram o questionário. Houve<br />

aumento consi<strong>de</strong>rável na porcentagem <strong>de</strong> acertos: tanto os meninos quanto as meninas acertaram cerca <strong>de</strong> 75% das questões. A média<br />

<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> dos adolescentes era <strong>de</strong> 13 anos. Conclusão: apesar da dificulda<strong>de</strong> em estabelecer comunicação com os adolescentes, o<br />

trabalho foi satisfatório, já que os adolescentes mostraram ter expandido seu conhecimento, o que esperamos resultar em mudanças na<br />

realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>les.<br />

Liga Acadêmica <strong>de</strong> Clínica Médica: um Complemento às Ativida<strong>de</strong>s Acadêmicas do Curso<br />

Médico<br />

Uchoa Júnior, BCM23 Barros, GM23 Introdução: A formação das ligas acadêmicas por iniciativa dos estudantes e com colaboração e orientação <strong>de</strong> docentes é <strong>de</strong> extrema<br />

importância para o fomento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong>ntro da Universida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> representar oportunida<strong>de</strong> ímpar <strong>de</strong> integração<br />

teoria-prática e, em alguns casos, um meio para suprir carências do ensino. Nesse contexto foi criada a Liga Acadêmica <strong>de</strong> Clínica<br />

Médica (LACLIM). Objetivos: Suprir a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> ensino na prática clínica; introduzir nas ativida<strong>de</strong>s práticas o ensino vertical,<br />

on<strong>de</strong> os estudantes das turmas mais avançadas auxiliam os <strong>de</strong>mais; promover a discussão <strong>de</strong> casos clínicos; e a integração acadêmica<br />

com a comunida<strong>de</strong>. Métodos: A LACLIM foi criada por alunos dos terceiro, quarto e quinto anos do curso <strong>de</strong> medicina com orientação<br />

docente. São elaboradas reuniões científicas sob forma <strong>de</strong> palestras <strong>de</strong> professores (orientadores ou convidados), discutidos casos clínicos<br />

e realizadas ativida<strong>de</strong>s práticas em ambulatórios. Resultados: A criação da LACLIM promoveu aos seus membros a participação<br />

em ativida<strong>de</strong>s práticas ambulatoriais on<strong>de</strong> foi possível apren<strong>de</strong>r sobre diversas especialida<strong>de</strong>s médicas e aproximar o acadêmico às comunida<strong>de</strong>s<br />

atendidas, <strong>de</strong>senvolvendo maior interesse nos problemas que as afligem. O ensino vertical foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> nas ativida<strong>de</strong>s<br />

práticas do grupo, homogeneizando o conhecimento. ALiga trouxe aos estudantes a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>bater casos clínicos retirados<br />

da literatura ou vivenciados pelos mesmos. Além disso, percebeu-se que as discussões teóricas, baseadas na apresentação <strong>de</strong>sses<br />

casos clínicos e a subsequente aplicação <strong>de</strong>sses conhecimentos em ativida<strong>de</strong>s práticas supriram a <strong>de</strong>ficiência acadêmica na prática clínica<br />

e têm estimulado os estudantes a buscar o conhecimento sobre as condutas a serem tomadas frente ao paciente <strong>de</strong> clínica médica.<br />

Conclusões: A relevância acadêmica e social da LACLIM tem se justificado pela introdução do graduando no maior contato com o<br />

paciente e com os problemas enfrentados pela comunida<strong>de</strong>, e ainda a ampliação <strong>de</strong> seu conhecimento médico.<br />

Prevenção <strong>de</strong> Câncer <strong>de</strong> Cavida<strong>de</strong> Oral em Idosas<br />

Matos, A.M.B 24 I<br />

Mesquita, C.E.C 24<br />

Botelho, K.P 24<br />

Campos, C.P.S 24<br />

Matos, J.T.P.C.M 24<br />

Coelho Filho, J.M 24<br />

Introdução: segundo o INCA, em 2008, o câncer <strong>de</strong> cavida<strong>de</strong> oral representou o 6º câncer mais inci<strong>de</strong>nte em mulheres cearenses.<br />

Este possui chance <strong>de</strong> cura quando diagnosticado precocemente, contudo, poucos conhecem seus fatores <strong>de</strong> risco ou a existência <strong>de</strong> um<br />

auto-exame. Buscando diminuir este índice, a Liga Acadêmica <strong>de</strong> Geriatria e Gerontologia do Ceará (LAGG-CE), formada por estudantes<br />

<strong>de</strong> medicina da UFC, promoveu, no mês <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> junto às idosas da Socieda<strong>de</strong> São Vicente<br />

<strong>de</strong> Paula (SSVP), lar assistido pelas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão da liga. Objetivos: realizar prevenção primária do câncer oral, alertar sobre<br />

23 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

24 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil<br />

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seus fatores <strong>de</strong> risco e educar para o auto-exame da cavida<strong>de</strong> oral. Método: utilizando a roda <strong>de</strong> conversa, iniciou-se explicação sobre a<br />

formação das neoplasias orais, indicando os principais fatores <strong>de</strong> risco para seu <strong>de</strong>senvolvimento. A posterioi, foi fornecido material ,<br />

elaborado com a ajuda da Liga <strong>de</strong> Cirurgia <strong>de</strong> Cabeça e Pescoço da UFC, constando <strong>de</strong> um espelho <strong>de</strong> bolso acoplado a um fol<strong>de</strong>r contendo<br />

12 passos para o auto-exame. Após a higienização das mãos, os passos foram <strong>de</strong>monstrados para as idosas, ao mesmo tempo que<br />

elas executavam as manobras bucais. Resultados: foram tiradas dúvidas sobre escovação <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes, conservação <strong>de</strong> prótese <strong>de</strong>ntária e<br />

malefícios do fumo. Confirmou-se o pouco conhecimento acerca do câncer <strong>de</strong> boca e o cuidado ina<strong>de</strong>quado com próteses <strong>de</strong>ntárias.<br />

Algumas práticas, como o fumo <strong>de</strong> cachimbo, mostraram-se, entre as idosas, ligadas a costumes populares e não a promoção midiática<br />

do fumo. Conclusões: ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> não tem efetivida<strong>de</strong> quando pautadas na linguagem acadêmica. Deve ser dada<br />

a oportunida<strong>de</strong> ao esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas sem o menosprezo da linguagem popular. Desta forma, consegue-se consolidar a prevenção<br />

primária, com diminuição <strong>de</strong> gastos para o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e redução da incidência <strong>de</strong> doenças crônico-<strong>de</strong>generativas.<br />

Liga <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Familia e Comunida<strong>de</strong> – FASE/FMP: um Relato Sobre sua Formação<br />

Miranda, JC 25<br />

Gomes, ASP 26<br />

Introdução: As ligas acadêmicas são criadas para incrementar a formação dos futuros profissionais, propiciando <strong>de</strong>senvolvimento<br />

crítico e raciocínio científico, na medida <strong>de</strong> sua inserção nas esferas <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão em campo específico <strong>de</strong> atuação. Assim, as<br />

orientações das Diretrizes Curriculares para a área da saú<strong>de</strong>, assim como as priorida<strong>de</strong>s do Ministério da Saú<strong>de</strong>, motivaram os estudantes<br />

dos cursos <strong>de</strong> enfermagem, medicina e nutrição da FMP/FASE a organizar a Liga <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família e Comunida<strong>de</strong> Multiprofissional –<br />

FASE/FMP (LSFC-FASE/FMP). a partir <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008 –Busca-se a criação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção e divulgação <strong>de</strong> saberes e<br />

práticas <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> doenças e promoção da saú<strong>de</strong> nas comunida<strong>de</strong>s atendidas pelas USF da FMP. Objetivos: apresentar o processo <strong>de</strong><br />

implantação da LSFC-FASE/FMP. Métodos: Este trabalho é composto por um relato <strong>de</strong> experiências vivenciadas pelos estudantes fundadores<br />

da LSFC-FASE/FMP, durante o processo <strong>de</strong> composição da mesma, bem como a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> seu funcionamento e das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas<br />

até o momento. Resultados: em primeiro lugar, instaurou-se uma diretoria provisória e convidou-se professores ligados à área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

pública e tutores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família como orientadores que juntos <strong>de</strong>finiram o escopo da área <strong>de</strong> atuação da liga. Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008<br />

elaborou-se um estatuto que aten<strong>de</strong>sse ao perfil da liga <strong>de</strong> forma a contemplar igualitariamente todos os cursos que a comporiam Em fevereiro<br />

<strong>de</strong> <strong>2009</strong>, organizou-se um curso preparatório para o exame <strong>de</strong> admissão à LSFC-FASE/FMP do qual participaram 117 estudantes. Após<br />

esta seleção, foi formado um grupo que hoje se reúne quinzenalmente para estar traçando os caminhos teórico-práticos da Liga. Conclusões:<br />

a gran<strong>de</strong> procura <strong>de</strong> estudantes interessados em ingressar na liga os questionamentos e discussões surgidas, <strong>de</strong>monstram que sua formação<br />

era uma <strong>de</strong>manda dos cursos <strong>de</strong> graduação da FASE/FMP.<br />

Prevenrim - Dia Nacional <strong>de</strong> Prevenção e Combate à Hipertensão<br />

Lima, LCS 27<br />

Melo, FM 27<br />

Dourado, MLC 27<br />

Asevêdo, CPR 27<br />

Pinheiro, RFAA 27<br />

Albuquerque, GCM 27<br />

Introdução: O dia nacional <strong>de</strong> prevenção e combate à hipertensão arterial (HA) foi instituído em 2002, com o objetivo <strong>de</strong> conscientizar<br />

a população sobre esta complicação. APREVENRIM – Liga Acadêmica <strong>de</strong> Prevenção às Doenças Renais e <strong>de</strong> Promoção à Saú<strong>de</strong><br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco – participou neste ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong> da campanha, tendo em vista a íntima relação entre HAe doenças<br />

renais. Objetivos: Reduzir o número <strong>de</strong> subnotificação <strong>de</strong> hipertensão arterial <strong>de</strong>ntre os pacientes ambulatoriais do HC-UFPE; promover<br />

o conhecimento dos pacientes hipertensos e não hipertensos a respeito da importância da HAe suas conseqüências na saú<strong>de</strong> do<br />

indivíduo; chamar a atenção dos médicos do HC-UFPE a respeito da aferição da pressão arterial (PA) durante a consulta médica. Métodos:<br />

Aferição da PA <strong>de</strong> pacientes ambulatoriais do HC-UFPE, dia 26 <strong>de</strong> abril, das 08h00min às 15h00min horas. Distribuição <strong>de</strong> panfle-<br />

25 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil.<br />

26 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Petrópolis, Petrópolis, RJ, Brasil<br />

27 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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tos informativos sobre a importância da HAcomo doença e medidas eficazes na sua prevenção. Aqueles cuja aferição da pressão arterial<br />

diastólica (PAD) ultrapassou 120 mmHg, acompanhado <strong>de</strong> sintomas a ela relacionados foram encaminhados ao Serviço <strong>de</strong> Pronto<br />

Atendimento (SPA) <strong>de</strong>sse mesmo hospital. Os <strong>de</strong>mais, com PAS > 120 mmHg e/ou PAD > 80 mmHg foram orientados a informá-la ao<br />

seu médico para o qual possuía consulta marcada nesse mesmo dia. Resultados: Foi aferida a PA <strong>de</strong> 396 pacientes. Destes nenhum necessitou<br />

ser encaminhado ao SPAe 97 tiveram PAS >120 mmHg e/ou PAD > 80 mmHg. Apenas seis pacientes que possuíam a PAelevada<br />

não tinham diagnóstico firmado como hipertensos. Conclusão: A iniciativa da PREVENRIM atingiu suas metas <strong>de</strong> orientação na<br />

prevenção e no manejo a<strong>de</strong>quado da HA , cumpriu seu objetivo <strong>de</strong> chamar a atenção dos médicos <strong>de</strong>ssa instituição para a importância<br />

da aferição da PA. Serve como exemplo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> a ser realizada nos próximos anos.<br />

Grupo <strong>de</strong> Gestantes: Espaço <strong>de</strong> Trocas <strong>de</strong> Conhecimentos e Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Aurione, ACV 28<br />

Amaral, PC 28<br />

Assis, MR 28<br />

Silva-Filho, CL 28<br />

Amaral, WN 28<br />

Introdução: a gestação é um momento permeado por significados diversos <strong>de</strong>vido às singularida<strong>de</strong>s da gestante e <strong>de</strong> sua família.<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da realida<strong>de</strong> social, econômica e cultural na qual a gestante está inserida, ela necessita compartilhar sua história e percepções.<br />

Deseja ser acolhida <strong>de</strong> forma integral pelas instituições e profissionais que lhe prestam assistência, através <strong>de</strong> uma assistência<br />

pré-natal <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Objetivos: incentivar a participação ativa dos integrantes no intercâmbio <strong>de</strong> experiências envolvidas no processo<br />

da gestação e orientá-las sobre a importância do pré-natal, do parto normal, do aleitamento materno e <strong>de</strong> um saudável vínculo<br />

mãe-bebê. Estimular os acadêmicos a participarem <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão, propiciando a interação entre a universida<strong>de</strong> e a comunida<strong>de</strong>.<br />

Métodos: o grupo <strong>de</strong> gestantes foi <strong>de</strong>senvolvido pelos membros da Liga Acadêmica <strong>de</strong> Obstetrícia da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás (FM-UFG). Está cadastrado na Pro-Reitoria <strong>de</strong> Extensão e Cultura (PROEC-UFG). Realizou-se busca<br />

ativa das gestantes atendidas no Ambulatório <strong>de</strong> Pré-Natal do Hospital das Clínicas (HC-UFG), divulgação com cartazes em outras<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e através da Rádio Universitária. As reuniões são quinzenais, compreen<strong>de</strong>m uma palestra sobre os temas citados,<br />

seguida <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates e dinâmicas. Resultados: foram realizadas quatro reuniões, com mais 10 reuniões programadas para o período <strong>de</strong><br />

agosto a novembro. Amédia <strong>de</strong> gestantes varia <strong>de</strong> oito a 10 e apenas um pai participou até o momento. Os participantes questionam as<br />

palestras, sugerem temas <strong>de</strong> acordo com suas necessida<strong>de</strong>s e relatam suas experiências <strong>de</strong> gestações anteriores. Conclusão: o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do grupo <strong>de</strong> gestantes é consi<strong>de</strong>rado recurso importante para promover o atendimento individualizado e integral das necessida<strong>de</strong>s<br />

da mulher grávida e <strong>de</strong>mais pessoas envolvidas. As ações visam conciliar um espaço <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> experiências aliado à promoção<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ações que muitas vezes não são abordadas <strong>de</strong> forma suficiente durante as consultas <strong>de</strong> rotina.<br />

Realização da Ativida<strong>de</strong> Curricular <strong>de</strong> Extensão (ACE) “Ações Educativas em Diabetes<br />

Mellitus com Acadêmicos da Terceira Ida<strong>de</strong> Adulta”, UFAM<br />

Kiyoku, E 29<br />

Abensur, RO 29<br />

Silva, KDLP 29<br />

Silva, TG 29<br />

Silva, SRML 29<br />

Lima, AA 29<br />

Introdução: As ACE’s são ações extensionistas, curriculares e creditáveis, que integram o Programa Ativida<strong>de</strong> Curricular <strong>de</strong><br />

Extensão, com orçamento e normas específicas. A ACE “Ações educativas em Diabetes Mellitus com acadêmicos da terceira ida<strong>de</strong><br />

adulta”, realizada pelos acadêmicos <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, <strong>de</strong>senvolveu um trabalho <strong>de</strong> extensão à comunida<strong>de</strong><br />

sobre os principais aspectos do Diabetes Mellitus, nos meses <strong>de</strong> abril e maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Objetivos: Despertar nos idosos partici-<br />

28 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

29 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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pantes o interesse pela saú<strong>de</strong> visando qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, além <strong>de</strong> diminuir a concepção negativa do diabetes, compartilhar conhecimento<br />

e estimular os acadêmicos o estudo aprofundado <strong>de</strong>sta patologia. Métodos: Seis ativida<strong>de</strong>s expositivas e dinâmicas que abordaram<br />

o conceito, classificação, sinais e sintomas, diagnóstico, complicações, tratamento, prevenção e controle do diabetes, foram realizadas<br />

através <strong>de</strong> apresentações em PowerPoint. Além disso, a ACE também contou com a dramatização <strong>de</strong> peça teatral e elaboração <strong>de</strong><br />

cartilhas e fol<strong>de</strong>rs sobre a doença, que foram entregues à comunida<strong>de</strong>. Questionários foram aplicados para avaliar o grau <strong>de</strong> conhecimento<br />

antes e após o ciclo <strong>de</strong> palestras. Resultados: Os dados dos questionários antes do ciclo <strong>de</strong> palestras retrataram que dos 78 participantes,<br />

46,66% afirmaram não conhecer a doença. Após a realização das ativida<strong>de</strong>s um segundo questionário relatou que 95,55% do público<br />

apren<strong>de</strong>ram algo e 77,08% constataram satisfação com o projeto, mostrando que toda a dinâmica das ativida<strong>de</strong>s aconteceu com<br />

gran<strong>de</strong> interação do público. Conclusões: O processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem nesta ativida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia uma vez que os<br />

acadêmicos tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprimorar o interesse pela ação social, estabelecer um vínculo entre universida<strong>de</strong> e comunida<strong>de</strong><br />

através do compartilhamento <strong>de</strong> saberes, o que é bastante necessário na graduação em Medicina, e transmitir informações sobre o<br />

diabetes à população.<br />

A Interface Ensino-Aprendizagem da Metodologia da Ativida<strong>de</strong> Curricular <strong>de</strong> Extensão<br />

(ACE) Desenvolvida por Acadêmicos da UFAM<br />

Kiyoku, E 30<br />

Abensur, RO 30<br />

Silva, KDLP 30<br />

Silva, SRML 30<br />

Hashimoto, TA 30<br />

Alves, BQ 30<br />

Introdução: A graduação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas conta com o Projeto Ativida<strong>de</strong> Curricular <strong>de</strong> Extensão como<br />

forma <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> crédito optativo e intensificação do vínculo entre Universida<strong>de</strong> e socieda<strong>de</strong>. Neste âmbito, os acadêmicos<br />

da graduação em Medicina da UFAM <strong>de</strong>senvolveram, durante dois períodos letivos sob orientação <strong>de</strong> professor coor<strong>de</strong>nador, ACE’s<br />

que apresentam em comum gran<strong>de</strong> eficácia na transmissão e retorno <strong>de</strong> conhecimentos à comunida<strong>de</strong>. Objetivos: Contribuir para que a<br />

formação profissional dos universitários seja acompanhada pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> ética, cidadã e responsável diante<br />

das questões sociais, favorecer maior aproximação entre teoria e prática e estimular a interdisciplinarida<strong>de</strong>. Métodos: Por ter mérito<br />

acadêmico, relevância social e viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> execução, as ACE’s com temáticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> preventiva e Diabetes Mellitus tiveram como<br />

metodologias <strong>de</strong> ensino apresentações em PowerPoint e cartazes, elaboração <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os interativos como Os <strong>de</strong>z hábitos para uma vida<br />

saudável, jogos <strong>de</strong> tabuleiro e quebra-cabeça personalizados para fixação dos conhecimentos em diabetes, peça teatral, ativida<strong>de</strong>s recreativas<br />

com músicas, elaboração <strong>de</strong> cartilhas e fol<strong>de</strong>rs, realização <strong>de</strong> oficinas sobre a importância da higiene, métodos contraceptivos<br />

e prevenção <strong>de</strong> DSTs/AIDS, com exposição <strong>de</strong> fetos e materiais, e aplicação <strong>de</strong> questionários como método <strong>de</strong> avaliação da comunida<strong>de</strong><br />

em relação aos trabalhos. Utilizaram-se linguagem <strong>de</strong> fácil entendimento e recursos acessíveis para tornar todas as ativida<strong>de</strong>s as<br />

mais didáticas e dinâmicas possíveis. Resultados: Foram redigidos relatórios das ativida<strong>de</strong>s efetuadas, objetivos alcançados e dificulda<strong>de</strong>s<br />

enfrentadas. Nos questionários aplicados, foi verificada gran<strong>de</strong> satisfação e aproveitamento dos conteúdos pelo público. O que<br />

possibilitou a consolidação da interface ensino-aprendizagem na realização <strong>de</strong>stas ACE’s. Conclusões: Partindo-se do papel reflexivo e<br />

transformador que a realização das ativida<strong>de</strong>s curriculares <strong>de</strong> extensão proporciona, verifica-se a importância da transmissão dos<br />

conhecimentos adquiridos em sala <strong>de</strong> aula à comunida<strong>de</strong> durante a graduação, para prática <strong>de</strong> empo<strong>de</strong>ramento e promoção da saú<strong>de</strong>.<br />

30 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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Pet nas Escolas : Extensão Universitária Pela Superação <strong>de</strong> Limites e Expansão <strong>de</strong><br />

Perspectivas<br />

Barreto, ARF 31<br />

Sousa Júnior, JA 31<br />

Alencar, VTL 31<br />

Fontenele, NKP 31<br />

Rodrigues, EJM 31<br />

Magalhães, PJC 31<br />

Introdução: o programa <strong>de</strong> educação tutorial (pet) do curso <strong>de</strong> medicina da ufc buscou, no ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, vincular-se à escola <strong>de</strong> ensino<br />

médio adauto bezerra, on<strong>de</strong> nos inserimos no formato <strong>de</strong>nominado “superação”, possibilitando o entendimento dos estudantes da idéia<br />

proposta nessa ativida<strong>de</strong>; foram elencados temas, como comportamento sexual, alcoolismo e violência, mas também foi dado o enfoque para<br />

o sentido emocional, sonhos e perspectivas do adolescente. Objetivos: estabelecer canal <strong>de</strong> extensão universitária; tornar contínuo o vínculo<br />

com a escola;agir como educadores em saú<strong>de</strong>;atuar junto aos adolescentes; possibilitar a expansão das perspectivas dos jovens em relação à<br />

saú<strong>de</strong> e ao futuro. Métodos: reuniões realizadas com os alunos do primeiro ano do ensino médio no último sábado dos meses <strong>de</strong> março(temas<br />

:comportamento sexual e DSTs), abril (temas: gravi<strong>de</strong>z na adolescência, alcoolismo e <strong>de</strong>pressão), maio(temas: drogas, crime e violência)<br />

e junho(temas: emoções,perspectivas, motivação e sonhos) <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, pela manhã; encenações sobre os temas abriam a programação, seguidas<br />

por discussões orientadas pelos petianos em grupos pequenos; após um lanche oferecido aos alunos, seguiam-se palestras com convidados<br />

,exposição <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os e aulas teóricas; foram distribuídos certificados <strong>de</strong> participação aos alunos que compareceram a, no mínimo,75% das reuniões.<br />

Resultados: o público atingido variou entre 45 e 67 adolescentes em cada reunião; observou-se interesse dos estudantes pela realida<strong>de</strong><br />

e formação universitárias;cerca <strong>de</strong> 60% dos estudantes receberam certificados; houve divulgação da ativida<strong>de</strong> na imprensa, através do canal<br />

tv ufc; Conclusões: a construção da extensão po<strong>de</strong> ser erroneamente compreendida como responsabilida<strong>de</strong> dos membros da instituição acadêmica,<br />

porém essa experiência evi<strong>de</strong>nciou, com êxito importante, que parte dos resultados se <strong>de</strong>veu ao esforço dos alunos em ressignificar a<br />

realida<strong>de</strong> em que estão inseridos; aos estudantes universitários coube o papel <strong>de</strong> educadores em saú<strong>de</strong>, orientadores <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> estudo e<br />

<strong>de</strong> motivadores <strong>de</strong> sonhos expostos pelos adolescentes.<br />

Extensão Universitária: um Caminho para o Ensino em Morfologia<br />

Oliveira, MMB 32<br />

Furtado, SC 32<br />

Lima, AA 32<br />

Cunha, KIM 32<br />

Mesquita, FAS 32<br />

Coelho, FL 32<br />

Introdução: o ensino da anatomia ocorre através da prática, com palpação e observação <strong>de</strong> peças anatômicas, sejam naturais ou<br />

sintéticas. Porém, peças naturais são <strong>de</strong> difícil obtenção e conservação, e as sintéticas, apesar <strong>de</strong> duráveis, possuem alto custo. Nesse<br />

sentido, o projeto Fazer para Saber surgiu como um campo para a capacitação acadêmica, aliando técnica e arte no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>los práticos economicamente viáveis que consoli<strong>de</strong>m o estudo anatômico. Objetivos: introduzir as técnicas anatômicas na Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas a fim <strong>de</strong> diversificar o acervo anatômico, estimular a pesquisa e as políticas <strong>de</strong> extensão e interiorização,<br />

ao levar cursos para unida<strong>de</strong>s acadêmicas do interior do Estado. Metodologia: consistiu na pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento das técnicas<br />

para o posterior ensino, através <strong>de</strong> cursos e workshops, para técnicos e universitários interessados em anatomia. As abordagens escolhidas<br />

foram: esqueletização; diafanização; injeção-corrosão (angiotécnica); e aplicação do biscuit na mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> peças anatômicas.<br />

Resultados: o projeto culminou com dois Workshops <strong>de</strong> Técnicas Anatômicas, sendo o primeiro na unida<strong>de</strong> acadêmica <strong>de</strong> Coari, no<br />

interior do Amazonas, e o segundo na capital, on<strong>de</strong> foram apresentadas as peças produzidas pelos participantes do primeiro evento. Os<br />

cursos teórico-práticos contaram com 270 acadêmicos <strong>de</strong> várias universida<strong>de</strong>s. Estiveram também presentes mestres e doutores que<br />

31 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

32 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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conduziram palestras e mesas redondas com temas como medicina e arte, ética em experimentação animal e extensão universitária; <strong>de</strong>bates<br />

que amplificaram o sentido e os objetivos do estudo em morfologia. Conclusões: o campo <strong>de</strong> práticas e discussão gerado possibilitou<br />

mais do que a diversificação <strong>de</strong> acervos didáticos anatômicos, pois congregou diferentes níveis <strong>de</strong> experiência em torno <strong>de</strong> ciência e<br />

arte, o que permitiu lançar bases para pesquisas científicas, estimulou a extensão e a interiorização, fato verificado com as peças<br />

<strong>de</strong>senvolvidas pelos acadêmicos <strong>de</strong> Coari, após a passagem do projeto pelo interior amazônico.<br />

Interesses e Expectativas do Acadêmico <strong>de</strong> Medicina em Projetos <strong>de</strong> Extensão Como o<br />

Programa <strong>de</strong> Assistência e Controle da Asma (PACA)<br />

Silva, RM 33<br />

Priante, FC 33<br />

Pereira, RE 33<br />

Cardoso, MSL 33<br />

Lima, VP 33<br />

Matos, DC 33<br />

Introdução: O programa <strong>de</strong> assistência e controle da asma (PACA) é um projeto <strong>de</strong> extensão da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas<br />

– UFAM aon<strong>de</strong> os acadêmicos aten<strong>de</strong>m, sob orientação médica, pacientes asmáticos no Ambulatório Araújo Lima. Os participantes<br />

do projeto têm a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundar a relação médico-paciente, a semiotécnica e também reconhecer a realida<strong>de</strong> do Sistema<br />

Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS). Objetivos: Determinar os interesses e expectativas dos novos participantes do PACA e otimizar o atendimento<br />

e organização do programa. Metodologia: Aplicação <strong>de</strong> questionário aos novos integrantes do PACA, abordando a visão <strong>de</strong>les<br />

sobre os atendimentos e a dinâmica do programa. Resultados: Com o questionário percebeu-se a gran<strong>de</strong> preocupação e interesse do<br />

acadêmico <strong>de</strong> medicina da UFAM em ter mais contato com o paciente e com a realida<strong>de</strong> do SUS. Além disso, nos programas <strong>de</strong> extensão,<br />

o acadêmico procura qualificação curricular e conhecer melhor as especialida<strong>de</strong>s da medicina. A maioria dos novos participantes<br />

encontraram no PACAuma nova forma <strong>de</strong> praticar a semiotécnica. Em geral, os alunos esperam do projeto aprendizado sobre o doente<br />

crônico, sobre as medicações para doenças pulmonares e uma forma <strong>de</strong> fazer novos trabalhos científicos. Na avaliação dos novos integrantes<br />

o PACA consegue tratar com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus doentes, mesmo havendo uma infra-estrutura <strong>de</strong>ficiente; e meta<strong>de</strong> dos avaliados<br />

já tinham conhecimento sobre a realida<strong>de</strong> do SUS. E para o diagnóstico <strong>de</strong> asma o grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> encontrado é entre leve e<br />

mo<strong>de</strong>rado. Conclusões: O PACA proporciona aos novos integrantes maior conhecimento na área <strong>de</strong> pneumologia, fazendo-os ver a<br />

realida<strong>de</strong> médica no serviço público e do atendimento <strong>de</strong> um paciente com doença crônica.<br />

Participação dos Acadêmicos da UFAM na Ativida<strong>de</strong> Curricular <strong>de</strong> Extensão<br />

Incentivando o Conhecimento da Saú<strong>de</strong> Preventiva em Escola Pública <strong>de</strong> Manaus<br />

Abensur, RO34 Kiyoku, E34 Silva, KDLP34 Hashimoto, TA34 Silva, RL34 Nogueira, LF34 Introdução: Aativida<strong>de</strong> curricular <strong>de</strong> extensão Incentivando o conhecimento da saú<strong>de</strong> preventiva teve a proposta <strong>de</strong> transmitir<br />

informações sobre higiene pessoal, métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis. Ele foi <strong>de</strong>senvolvido com alunos a<br />

partir <strong>de</strong> 15 (quinze) anos cursando do 6º ao 9º ano, em um período <strong>de</strong> 02 (dois) meses; o Projeto foi realizado por acadêmicos do curso<br />

<strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas. Objetivos: Despertar nos jovens e adultos o interesse pelo conhecimento sobre saú<strong>de</strong><br />

preventiva; incentivar a transmissão dos conhecimentos adquiridos no projeto para a comunida<strong>de</strong>; compartilhar informações mul-<br />

33 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

34 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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tidisciplinares adquiridas na faculda<strong>de</strong> pelos acadêmicos. Métodos: O Projeto realizou 06 (seis) palestras sobre temas relacionados à saú<strong>de</strong><br />

preventiva como: higiene pessoal, métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis. Este foi realizado no Centro Municipal<br />

<strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos – Professor Samuel Benchimol, localizado no município <strong>de</strong> Manaus/AM, com 150 (cento e cinquenta)<br />

alunos. Ao final <strong>de</strong> cada palestra foi realizado um questionário para a avaliação do rendimento dos mesmos. Por fim, foram realizadas<br />

aulas teórico-práticas sobre os temas abordados, nas quais os participantes <strong>de</strong>veriam por em prática os conhecimentos adquiridos.<br />

Resultados: Os alunos atendidos <strong>de</strong>monstraram gran<strong>de</strong> interesse pelo projeto. O questionário realizado ao término das ativida<strong>de</strong>s<br />

mostrou que 91,9% dos alunos apren<strong>de</strong>ram algo novo sobre os assuntos abordados, 76,7% colocaram o conhecimento adquirido em<br />

prática e 90,1% gostariam <strong>de</strong> continuar a ter acesso a projetos visando saú<strong>de</strong> preventiva. Os acadêmicos <strong>de</strong> Medicina apren<strong>de</strong>ram como<br />

realizar um projeto <strong>de</strong> extensão e como transmitir os conhecimentos adquiridos na graduação para a comunida<strong>de</strong>. Conclusões: A<br />

realização <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> extensão é extremamente proveitosa por permitir a aproximação da faculda<strong>de</strong> com a comunida<strong>de</strong>, sendo isso<br />

imprescindível na formação dos acadêmicos. O projeto permitiu a transmissão <strong>de</strong> conhecimento sobre saú<strong>de</strong> preventiva possibilitando<br />

uma melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da comunida<strong>de</strong>.<br />

Realização <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> Teórico-Prática Sobre Queimaduras Pelo Projeto Alfa-Manaus:<br />

Primeiros Socorros e Prevenção <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes<br />

Abensur, RO 35<br />

Silva, CM 35<br />

Melo, NC 35<br />

Padilla, R 35<br />

Lima, AR 35<br />

Thomaz, EOJ 35<br />

Introdução: Em relação às mortes por trauma, as queimaduras ocupam a quarta posição. O perfil das lesões se modifica <strong>de</strong> acordo<br />

com vários fatores, tais como ida<strong>de</strong>, ocupação e agente agressor – fogo, produtos químicos, eletricida<strong>de</strong>, radiação. O prognóstico é<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte não somente da gravida<strong>de</strong> das lesões, mas, sobretudo do primeiro atendimento. Objetivos: Divulgação das técnicas corretas<br />

<strong>de</strong> primeiros socorros em queimaduras para comunida<strong>de</strong> leiga, a fim <strong>de</strong> torná-los aptos a i<strong>de</strong>ntificar os diferentes níveis <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>,<br />

tratar da maneira a<strong>de</strong>quada e encaminhar ao socorro especializado. Métodos: Durante mini-curso <strong>de</strong> primeiros socorros e prevenção<br />

<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes realizado pelo projeto alfa-manaus foi realizada palestra sobre queimaduras, abordando seus principais agentes causadores,<br />

formas <strong>de</strong> avaliação inicial e atendimento específico nas principais situações relacionadas ao tema – queimadura por calor, produtos<br />

químicos, por eletricida<strong>de</strong>, nos olhos e <strong>de</strong> vias aéreas. No <strong>de</strong>correr do evento os participantes foram submetidos a simulações, na<br />

quais <strong>de</strong>veriam por em prática os conhecimentos adquiridos sob pena <strong>de</strong> piora do quadro e eventual morte da vítima. Antes e <strong>de</strong>pois da<br />

palestra os ouvintes foram submetidos a questionário sobre primeiros socorros. Resultados: 131 pessoas respon<strong>de</strong>ram o questionário. A<br />

média <strong>de</strong> acertos sobre queimaduras foi <strong>de</strong> 77% na primeira prova e <strong>de</strong> 99% na segunda prova, revelando um bom nível <strong>de</strong> aprendizagem<br />

sobre o assunto. Conclusões: A realização <strong>de</strong> eventos <strong>de</strong>ssa natureza é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância tanto para os acadêmicos quanto<br />

para a comunida<strong>de</strong>, pois esta recebe orientações sobre o tema e aqueles têm a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interagir com a população em geral, <strong>de</strong>smistificando<br />

práticas errôneas e bem como os conscientizando sobre a importância da prevenção.<br />

35 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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Realização <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> Teórico-Prática Sobre Reanimação Cardiopulmonar<br />

Melo, NC 36<br />

Padilla, R 36<br />

Silva, CM 36<br />

Barros, PS 36<br />

Junior, HOM 36<br />

Junior, AHM 36<br />

Introdução: A parada cárdio-respiratória - PCR é um evento <strong>de</strong> alta morbida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong>, cuja principal etiologia são as cardiopatias.<br />

Sabendo que esta situação possui maior incidência no meio extra-hospitalar e que a cada minuto em PCR as chances <strong>de</strong> sobrevida<br />

caem 10% po<strong>de</strong>-se enten<strong>de</strong>r a importância da divulgação das manobras <strong>de</strong> RCP. Tendo em vista o exposto, o projeto Alfa realizou curso teórico-prático<br />

para comunida<strong>de</strong> sobre o tema durante mini-curso <strong>de</strong> primeiros socorros. Objetivos: Divulgação das técnicas corretas <strong>de</strong> RCPbem<br />

como conscientização sobre importância da realização <strong>de</strong>ssas manobras e o impacto que elas possuem na sobrevida das vítimas. Métodos:<br />

Durante o mini-curso <strong>de</strong> primeiros socorros foi realizada palestra sobre parada cárdio-respiratória e reanimação cárdio-pulmonar, abordando<br />

suas principais etiologias, formas <strong>de</strong> avaliação inicial e primeiros socorros. No <strong>de</strong>correr do evento os participantes realizaram ativida<strong>de</strong><br />

prática com bonecos <strong>de</strong> reanimação sob a monitoria dos integrantes do projeto e participaram <strong>de</strong> simulações, nas quais <strong>de</strong>veriam por em prática<br />

os conhecimentos adquiridos sob pena <strong>de</strong> piora do quadro e eventual morte da vítima. Antes e <strong>de</strong>pois da palestra os participantes foram<br />

submetidos a questionário sobre primeiros socorros. Resultados: 111 participantes respon<strong>de</strong>ram o questionário. A média <strong>de</strong> acertos sobre<br />

RCP foi <strong>de</strong> 46% na primeira prova e <strong>de</strong> 99% na segunda prova, revelando um bom nível <strong>de</strong> aprendizagem sobre o assunto. Conclusões: Adivulgação<br />

das técnicas corretas <strong>de</strong> reanimação cárdio-pulmonar possui imensa relevância para a socieda<strong>de</strong> em geral, pois são manobras relativamente<br />

simples que <strong>de</strong>mandam pouco embasamento teórico, mas que se realizadas <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada são extremamente eficazes no tratamento<br />

ou estabilização da vítima durante a espera pelo socorro especializado.<br />

Grupo <strong>de</strong> Estudo da Ativida<strong>de</strong> Curricular <strong>de</strong> Extensão Ações Educativas Com Acadêmicos<br />

da Terceira Ida<strong>de</strong> Adulta em Diabetes Mellitus, Manaus/AM<br />

Libório, SRM 37<br />

Oliveira, AA 37<br />

Kiyoku, E 37<br />

Freire, MAC 37<br />

Silva, KDP 37<br />

Abensur, RO 37<br />

Introdução: Ações Educativas com Acadêmicos da Terceira Ida<strong>de</strong> Adulta em Diabetes Mellitus foi um projeto que ofereceu conhecimento<br />

aos idosos sobre uma das doenças crônicas que mais prevalece nessa faixa etária, o Diabetes Mellitus. Entre as ativida<strong>de</strong>s<br />

do projeto estão os encontros com a comunida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> as palestras foram ministradas, e a realização <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> estudo regular entre<br />

os acadêmicos da graduação em Medicina da UFAM sobre esta patologia, realizada no período <strong>de</strong> abril a junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Objetivos:<br />

Realizar um grupo <strong>de</strong> estudo regular sobre diabetes. Aprofundar os conhecimentos sobre o diabetes. Desenvolver habilida<strong>de</strong>s individuais<br />

quanto ao melhor <strong>de</strong>sempenho na apresentação em público. Métodos: Foram escolhidas algumas fontes bibliográficas, cujo conteúdo<br />

foi a base das aulas ministradas. Os acadêmicos participantes do projeto foram divididos em seis duplas. Cada dupla ficou responsável<br />

pelos temas abordados em cada dia <strong>de</strong> reunião, durante as quais foram discutidos dois ou três tópicos da bibliografia escolhida.<br />

Resultados: As reuniões eram iniciadas com a aula do palestrante, dada <strong>de</strong> uma maneira formal, mas bem dinâmica, <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>sinibir<br />

os acadêmicos “alunos”, que podiam então questionar o acadêmico “professor”. Como entre o grupo existiam alunos com experiências<br />

variadas, <strong>de</strong>vido aos diferentes projetos, monitorias e congressosdosquaiselesparticiparam,novasexperiênciasindubitavelmente<br />

acrescentaram qualida<strong>de</strong> as reuniões. Ao final <strong>de</strong>stas, os acadêmicos adquiriram gran<strong>de</strong> domínio teórico sobre diabetes. Conclusões:<br />

O grupo <strong>de</strong> estudo foi muito proveitoso e alcançou as expectativas. O que os acadêmicos pu<strong>de</strong>ram apren<strong>de</strong>r permitiu uma maior<br />

segurança durante as palestras que eles ministravam para os idosos do projeto Idoso Feliz. Essa segurança po<strong>de</strong>rá se esten<strong>de</strong>r, também,<br />

para a participação em congressos e seminários que serão realizados por este grupo. Além disso, esses alunos contam com vantagens,<br />

pois alcançarão os períodos posteriores com conhecimentos adicionais sobre o Diabetes Mellitus.<br />

36 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

37 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

614<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Comunica: Saú<strong>de</strong> Além das Fronteiras da Universida<strong>de</strong> e da Comunicação<br />

Santos, NV 38<br />

Vilela, MS 38<br />

Seixas, DA 38<br />

Bragança, RD 38<br />

Costa, CR 38<br />

Guerra, LB 38<br />

Introdução: O COMUNICA, projeto <strong>de</strong> extensão da UFMG, visa o trabalho com surdos e atua na Escola Estadual Francisco Sales<br />

que realiza Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos (EJA) surdos, alguns <strong>de</strong>les apresentando variados níveis <strong>de</strong> déficits cognitivos. Como ativida<strong>de</strong><br />

do projeto, sugeriu-se discussão <strong>de</strong> temas relacionados à saú<strong>de</strong>,poisseobservavaqueosalunostêmpoucaorientaçãosobrevários<br />

<strong>de</strong> seus aspectos, provavelmente <strong>de</strong>vido à barreira <strong>de</strong> comunicação entre eles, seus familiares e profissionais da saú<strong>de</strong>. Dentre os temas<br />

propostos a serem <strong>de</strong>senvolvidos, realizou-se palestra sobre hábitos básicos <strong>de</strong> higiene. Objetivos: Promover saú<strong>de</strong>, apesar dos <strong>de</strong>safios<br />

vivenciados <strong>de</strong>vido à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação. Preencher lacunas <strong>de</strong> conhecimento dos surdos na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Possibilitar<br />

ao estudante <strong>de</strong> medicina experiências essenciais à sua formação. Métodos: Realizou-se palestra sobre cuidados <strong>de</strong> higiene pessoal,<br />

com auxílio <strong>de</strong> intérprete. Os alunos respon<strong>de</strong>ram, previamente, a questionário visando avaliar seus conhecimentos sobre temas abordados.<br />

Após palestra os alunos foram estimulados a pintar quadros retratando o que haviam aprendido. Em reunião com professoras<br />

da escola, o aproveitamento e impacto da ativida<strong>de</strong> foram avaliados. Resultados: Apalestra <strong>de</strong>spertou interesse dos alunos que participaram<br />

ativamente com comentários e perguntas nas <strong>de</strong>monstrações e explicações. As pinturas constataram o entendimento <strong>de</strong>les sobre<br />

o assunto. Observou-se assimilação variável das informações compartilhadas. As professoras consi<strong>de</strong>raram a ativida<strong>de</strong> satisfatória e<br />

estimuladora e a abordagem eficiente para atingir os alunos. Conclusões: As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>monstraram as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> quando existe barreira na comunicação, confirmando necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliação do uso da linguagem <strong>de</strong> sinais pelos familiares e<br />

profissionais da saú<strong>de</strong>, e a importância do intérprete. As pinturas foram ferramentas para avaliação e troca <strong>de</strong> percepções entre participantes,<br />

socializaram o grupo e estimularam sua auto-estima. É necessário acompanhamento do grupo para avaliar efeitos da ativida<strong>de</strong><br />

sobre os cuidados cotidianos <strong>de</strong> cada um com a sua saú<strong>de</strong>.<br />

A Atuação Da Liga Acadêmica De Doenças Endócrino Metabólicas No Aperfeiçoamento<br />

Profissional<br />

Ullmann, R.F.B. 39<br />

Soares, F.A.E. 39<br />

Jatene, N. 39<br />

Neiva, M.A.O.O. 39<br />

Marques, G.I.G. 39<br />

Francescantônio, I.C.C.M. 39<br />

Introdução: O Diabetes Mellitus tipo2(DM2) atinge 7,6% da população brasileira na faixa etária dos 30 aos 69 anos sem haver<br />

predileção por sexo ou raça. A cada <strong>de</strong>z segundos morre uma pessoa vítima da doença. Apesar <strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong>, o Brasil continua a ser<br />

um país com baixa taxa <strong>de</strong> insulinização. Isto é, os diabéticos, na sua gran<strong>de</strong> maioria, iniciam uma terapêutica oral e só principiam o tratamento<br />

com insulina quando a sua diabetes atinge um estado muito avançado e por vezes crítico. A principal causa <strong>de</strong>sta conduta é o<br />

<strong>de</strong>sconhecimento por parte do médicos não especialistas das técnicas <strong>de</strong> insulinização e dos tipos <strong>de</strong> insulina .E como os médicos da secretaria<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> são os que aten<strong>de</strong>m a maior parte da população diabética a Liga <strong>de</strong> Doenças Endócrino-Metabólicas(LADEM) da Universida<strong>de</strong><br />

Católica <strong>de</strong> Goiás <strong>de</strong>tectou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar um curso <strong>de</strong> insulinoterapia visando orientar estes profissionais . Objetivos:<br />

Realizar curso <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> insulinoterapia e uso <strong>de</strong> análogos <strong>de</strong> insulina para orientar médicos da secretaria <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Métodos:<br />

Foi feita uma divulgação em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> e na secretaria<strong>de</strong>saú<strong>de</strong>eposteriormenteserealizouumcurso<strong>de</strong>insulinoterapia<br />

com 2 horas <strong>de</strong> duração, no qual foram apresentadas as novas insulinas presentes no mercado e distribuídas pela Secretaria <strong>de</strong> Sa-<br />

38 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

39 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

615<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


ú<strong>de</strong>, bem como o seu uso terapêutico, manejo, mecanismo <strong>de</strong> ação e eficácia. Após exposição da palestrante, dúvidas, experiências próprias<br />

dos participantes foram levantadas e também discutidas. Resultados: O curso contou com 150 participantes , dúvidas foram levantadas<br />

durante o curso e muitas foram enviadas pelos médicos participantes para a coor<strong>de</strong>nadora do curso. Conclusões: ALADEM<br />

possibilitou um aperfeiçoamento profissional dos médicos da secretaria <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> contribuindo para um melhor atendimento ao diabético.<br />

Construindo Práticas De Colaboração E De Incentivo Ao Aleitamento Materno: Uma<br />

Experiência De Acadêmicos De Medicina Do Projeto “Disque Amamentação” Do<br />

Hospital De Clínicas Da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral De Uberlândia<br />

Faria, P.V. 40<br />

Prado, M. 40<br />

Lopes, E. A. 40<br />

Oliveira, A.M.M. 40<br />

Abdallah, V.O.S. 40<br />

Introdução: Apesar das inúmeras vantagens do aleitamento materno, comprovadas por diferentes estudos, a prevalência e a<br />

duraçãodoaleitamentomaternonoBrasilaindaestãoabaixodopreconizado por órgãos mundiais ligados à saú<strong>de</strong> infantil. Diante disso,<br />

foi criado em 2002 o projeto <strong>de</strong> extensão “Disque Amamentação” apoiado pelo Banco <strong>de</strong> Leite Humano (BLH) do Hospital <strong>de</strong> Clínicas<br />

e pela Pró-Reitoria <strong>de</strong> Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia. Objetivos: Esclarecer dúvidas<br />

<strong>de</strong> maneira rápida e eficaz sobre a amamentação <strong>de</strong> modo a incentivar e promover o aleitamento materno. Busca também contribuir<br />

para execução das recomendações da OMS/UNICEF, expressas nos “Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno”, e incentivar<br />

nutrizes a se tornarem doadoras para o BLH. Métodos: O projeto conta com a participação direta <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina e enfermagem,<br />

que após processo <strong>de</strong> seleção, participam <strong>de</strong> um treinamento teórico-prático <strong>de</strong> 14 horas. Os acadêmicos esclarecem e orientam a<br />

comunida<strong>de</strong> local por meio do serviço telefônico ou pessoalmente no BLH; participam <strong>de</strong> reuniões científicas quinzenais e também<br />

acompanham ativida<strong>de</strong>s práticas nas salas <strong>de</strong> coleta e pasteurização do leite humano. Resultados: As reuniões científicas contribuem<br />

para a formação técnica, humana e crítica em saú<strong>de</strong> ao oportunizar espaços <strong>de</strong> problematização sobre aleitamento materno, infelizmente<br />

ainda muito escassos nos currículos médicos tradicionais. Convém <strong>de</strong>stacar também que o serviço <strong>de</strong> coleta do BLH constitui um espaço<br />

<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e saber-fazer por permitir aos acadêmicos construir habilida<strong>de</strong>s fundamentais para o trabalho em saú<strong>de</strong> como acolhimento,<br />

escuta, ações educativas e práticas <strong>de</strong> aconselhamento. Conclusão: Deve-se ressaltar, portanto, a importância do “Disque-Amamentação”<br />

como estratégia eficaz <strong>de</strong> conscientização da população sobre a importância do aleitamento materno, <strong>de</strong> fortalecimento do<br />

BLH do HC/UFU e <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> profissionais da saú<strong>de</strong> mais comprometidos com a adoção <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> incentivo, promoção e<br />

proteção ao aleitamento materno.<br />

Álbuns Seriados: Instrumento Chave Para O Processo Ensino-Aprendizagem Inovador<br />

Cotta, R.M.M41 Rodrigues, J.F. <strong>de</strong> C. 41<br />

Reis, R.S. 41<br />

Campos, A.C.M. 41<br />

Sant‘Ana, L.F. da R. 41<br />

Castro, F.A.F <strong>de</strong>. 41<br />

Introdução: Álbuns seriados apresentam-se como instrumentos facilitadores do processo ensino-aprendizagem, visando transformar<br />

a população em ser ativo <strong>de</strong>ste processo a fim <strong>de</strong> que <strong>de</strong>senvolvam juízo crítico e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervir sobre suas vidas. Objetivos:<br />

Relatar por meio <strong>de</strong> reflexão crítica o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> dois álbuns seriados “A importância do aleitamento materno” e “Ali-<br />

40 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

41 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa, Viçosa, RJ, Brasil.<br />

616<br />

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mentação saudável” e sua aplicação em ativida<strong>de</strong>s educativas com gestantes e mães <strong>de</strong> crianças menores <strong>de</strong> dois anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, cadastradas<br />

no Programa Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) <strong>de</strong> Teixeiras, MG. Métodos: Foram elaborados dois álbuns seriados em 2007 e 2008 por estudantes<br />

<strong>de</strong> graduação e professores do curso <strong>de</strong> nutrição - consistiram em uma compilação <strong>de</strong> folhas organizadas em armação <strong>de</strong> papelão.<br />

Na parte do álbum voltada para o expectador optou-se pela disposição <strong>de</strong> figuras e o mínimo <strong>de</strong> escrita possível, e na parte voltada<br />

para o palestrante texto abordando o assunto. Desta forma, as informações ficaram uniformizadas, a fim <strong>de</strong> facilitar seu uso posteriormente<br />

pelos Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ACS) nas visitas domiciliares. Todo material foi validado em oficinas <strong>de</strong> educação sanitária<br />

realizadas pelas acadêmicas com a população <strong>de</strong> referência e ACS. Resultados: A maior parte das gestantes e mães <strong>de</strong>ste PSF é <strong>de</strong><br />

baixo nível sócio-educacional, o que limita a utilização <strong>de</strong> recursos que exijam a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> textos complexos. Autilização<br />

dos álbuns ocorreu durante a realização <strong>de</strong> palestras direcionadas a este grupo. Para as usuárias este instrumento permitiu ampliação<br />

do conhecimento, retirada <strong>de</strong> dúvidas e aproximação <strong>de</strong>stas com os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; e para os ACS vislumbra-se como facilitador<br />

da educação em saú<strong>de</strong>. Conclusões: Experiências como a produção e utilização <strong>de</strong> álbuns seriados em ativida<strong>de</strong>s educativas precisam<br />

ser compartilhadas, permitindo o fortalecimento <strong>de</strong> mudanças, e a produção <strong>de</strong> conhecimentos no campo pedagógico e na avaliação<br />

<strong>de</strong> seu impacto na atenção à saú<strong>de</strong>.<br />

A Experiência Da Liga De Geriatria E Gerontologia De Botucatu (Lggb) Na Promoção Da<br />

Feira Do Idoso 2008<br />

Miguel, M.M. 42<br />

Cruvinel,M.C.F.P 42<br />

Oliveira, C.C. 42<br />

D‘Oliveira, C.H. 42<br />

Thomazi, R. 42<br />

Boas, J.P.F.V. 42<br />

Introdução: O envelhecimento populacional é uma realida<strong>de</strong> na população brasileira. Segundo dados do IBGE, a expectativa<br />

<strong>de</strong> vida no país, em 2008, ultrapassou os 72 anos, mantendo tendência <strong>de</strong> crescimento. Neste contexto, a Liga <strong>de</strong> Geriatria e Gerontologia<br />

<strong>de</strong> Botucatu (LGGB) promove anualmente a Feira do Idoso, ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extensão fundamentada na educação em saú<strong>de</strong> como ferramenta<br />

<strong>de</strong> compreensão e atuação junto a população idosa do município <strong>de</strong> Botucatu/SP. Objetivos: Relatar a experiência da LGGB<br />

no planejamento e organização da Feira do Idoso no ano <strong>de</strong> 2008. Métodos: A Feira do Idoso <strong>de</strong> 2008 foi realizada no dia do idoso, em<br />

bairro periférico do município <strong>de</strong> Botucatu/SP, no período da manhã. Os ligantes foram previamente capacitados para as ativida<strong>de</strong>s,<br />

por meio <strong>de</strong> aulas/<strong>de</strong>bates temáticos. O evento tem parceria com o Projeto Alfabetização <strong>de</strong> Adultos, e contou também com a colaboração<br />

da Liga do Coração <strong>de</strong> Botucatu. Pela primeira vez, os idosos foram cadastrados sócio <strong>de</strong>mograficamente, com intuito <strong>de</strong> se aprofundar<br />

o conhecimento sobre aquela comunida<strong>de</strong>, alvo anual da ação. Prestaram-se serviços <strong>de</strong> aferição <strong>de</strong> pressão arterial, teste <strong>de</strong> glicemia,<br />

avaliação nutricional, mini-exame do estado mental, exame <strong>de</strong> urina, avaliação <strong>de</strong> acuida<strong>de</strong> visual e <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão. Resultados:<br />

Durante o evento, foram atendidas 87 pessoas, das quais 40,2% eram idosos (média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> 69,2 anos). Entre os participantes, 48,6%<br />

eram fumantes ou ex-fumantes, 51,4% eram alfabetizados, e 65,7% foram vacinados contra a gripe naquele ano. Os serviços <strong>de</strong> aferição<br />

<strong>de</strong> pressão arterial e avaliação nutricional foram os mais requisitados. Conclusão: Os membros da LGGB pu<strong>de</strong>ram reconhecer a realida<strong>de</strong><br />

da população idosa no cenário da comunida<strong>de</strong>. Por meio dos cadastros, levantou-se a <strong>de</strong>manda do tabagismo que será abordada<br />

na próxima Feira. O interesse por prevenção e a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento são hipóteses para explicar a gran<strong>de</strong> procura pelo evento<br />

<strong>de</strong> indivíduos não idosos.<br />

42 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Bahia, Salvador, BA, Brasil.<br />

617<br />

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Poluição E Doenças Cardiovasculares: O Papel Da Liga De Cardiologia Na Ampliação<br />

Dos Cenários De Aprendizagem<br />

Alves, T.O. 43<br />

Giro, C. 43<br />

Scharra, A.V. 43<br />

Gava, I.A. 43<br />

Naveiro, L.T. 43<br />

Mesquita, E.T. 43<br />

Introdução: Uma liga acadêmica <strong>de</strong> cardiologia se preocupa em <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão que busquem<br />

novas perspectivas acerca da saú<strong>de</strong> cardiovascular. Um exemplo <strong>de</strong>ssas perspectivas são os recentes estudos que têm consi<strong>de</strong>rado<br />

a poluição do ar um fator <strong>de</strong> risco para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> doenças do aparelho circulatório. No entanto, mesmo entre a comunida<strong>de</strong><br />

acadêmica e profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, o conhecimento <strong>de</strong>ssa relação ainda é pouco difundido, o que evi<strong>de</strong>ncia a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

criar <strong>de</strong>bates acerca do assunto. Objetivos: Capacitar os alunos <strong>de</strong> medicina e enfermagem da liga <strong>de</strong> cardiologia para atuarem como<br />

difusores <strong>de</strong>sse conhecimento e organizar um evento com a temática “Poluição e Doenças Cardiovasculares” a fim <strong>de</strong> informar a população.<br />

Métodos: Foi realizado levantamento bibliográfico a respeito do tema e preparada uma aula para instruir os integrantes da liga e<br />

torná-los aptos a propagar esse conhecimento. Elaborou-se um sumário executivo para a organização do evento e um material educativo<br />

composto por fol<strong>de</strong>r e cartazes informativos. O evento contou com a apresentação <strong>de</strong> trabalhos científicos, com uma mesa redonda<br />

composta por especialistas e autorida<strong>de</strong>s das áreas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e meio ambiente, e com distribuição do fol<strong>de</strong>r à população. Resultados:<br />

Com a realização do evento, os integrantes da liga adquiriram conhecimento sobre o assunto, <strong>de</strong>senvolveram a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elaborar<br />

material informativo e compreen<strong>de</strong>ram a relevância das ativida<strong>de</strong>s da liga no âmbito social, além <strong>de</strong> terem vivenciado a prática do trabalho<br />

multidisciplinar. O objetivo <strong>de</strong> alertar a população, as autorida<strong>de</strong>s e os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> sobre o problema foi também alcançado.<br />

Conclusão: Aliga <strong>de</strong> cardiologia <strong>de</strong>monstrou ter importante papel na produção e difusão do conhecimento, utilizando a extensão<br />

acadêmica para levar esse conhecimento para além do ambiente universitário.<br />

Liga Universitária De Neurologia E Neurocirurgia Do Amazonas: Estrutura<br />

Organizacional E Promoção De Ativida<strong>de</strong>s Extra-Curriculares No Processo<br />

Ensino-Aprendizagem Dos Alunos<br />

Martins, M.S. 44<br />

Aguila, M.A.R.D. 44<br />

Delfino, A.C.G. 44<br />

Matos, D.C. 44<br />

Introdução: Uma liga acadêmica é uma entida<strong>de</strong> formada por grupos <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> diferentes anos da graduação que freqüentam<br />

hospitais <strong>de</strong> ensino, em busca <strong>de</strong> maior conhecimento e aproximação da prática médica. Baseado nesse conceito foi fundada no estado<br />

do Amazonas a Liga Universitária <strong>de</strong> Neurologia e Neurocirurgia (LUNNA), uma socieda<strong>de</strong> acadêmica pluri-universitára composta<br />

por 30 acadêmicos <strong>de</strong> medicina, três médicos orientadores e resi<strong>de</strong>ntes do serviço <strong>de</strong> Neurologia e Neurocirurgia do Hospital<br />

Universitário Getúlio Vargas (HUGV). Os ligantes são estimulados a participar <strong>de</strong> práticas ambulatoriais e científicas. Objetivos: Oobjetivo<br />

principal <strong>de</strong>ste trabalho é <strong>de</strong>screver a estrutura organizacional da LUNNA bem como sua importância na formação acadêmica<br />

dos ligantes, visando aprimorar o processo ensino-aprendizagem na área e estimular o interesse dos alunos por essa especialida<strong>de</strong> médica.<br />

Métodos: Os ligantes <strong>de</strong>senvolvem ativida<strong>de</strong>s como o acompanhamento <strong>de</strong> pacientes atendidos em regime ambulatorial, participação<br />

em cirurgias, além <strong>de</strong> plantões semanais <strong>de</strong> 6 horas no Hospital Pronto Socorro João Lúcio. São, também, <strong>de</strong>senvolvidos seminários,<br />

palestras e discussões em reuniões quinzenais, além da produção científica. Para tanto, existe uma efetiva estrutura organizacional:<br />

orientadores e coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> estudo, compostos por médicos e resi<strong>de</strong>ntes. Resultados: Des<strong>de</strong> a sua criação a LUNNA promo-<br />

43 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

44 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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veu palestras e discussões sobre temas afins à Neurologia e Neurocirurgia; Permitiu a participação <strong>de</strong> seus membros em plantões clínicos;<br />

Organizou frentes <strong>de</strong> pesquisa científica; e promoveu discussões sobre o ensino da Neurologia no curso médico. Dessa forma, o<br />

corpo discente vem adquirindo bom conhecimento teórico-prático sobre temas relacionados. Conclusão: O <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s<br />

tem cumprido o objetivo <strong>de</strong> promover ensino, pesquisa e extensão. ALUNNAtem propiciado ganhos teóricos aos seus membros<br />

e à comunida<strong>de</strong> acadêmica. Além disso, as ativida<strong>de</strong>s relacionadas à capacitação teórica e à vivência clínica têm sido úteis na investigação<br />

científica e na aquisição <strong>de</strong> experiência pessoal dos ligantes.<br />

Relato De Experiência Vivenciada No Cit/Am – Análise Quantitativa E Qualitativa Das<br />

Palestras Abertas Realizadas Durante O Primeiro Semestre De 2008<br />

Carlos, D.S. 45<br />

Ribeiro. T.A 45<br />

Machado, E.C. 45<br />

Simpson, D.C. 45<br />

Paula, M.S. 45<br />

Introdução: O Centro <strong>de</strong> Informações Toxicológica do Amazonas (CIT/AM) existe no Amazonas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1985 – projeto iniciado<br />

pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas (UFAM) e instalado em 1991 no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV).Objetivo:<br />

<strong>de</strong>screver a experiência pedagógica-científica do CIT/AM (Palestras Abertas) para: a) Analisar quantitativamente e qualitativamente<br />

os temas abordados nas apresentações orais em escolas públicas;b) Verificar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> palestras semestral realizadas em 2008;<br />

c)Analisar se existe real contribuição das palestras na formação dos graduandos <strong>de</strong> Medicina.Métodos: Planejamento inicial (2008): fazer<br />

um treinamento com a Equipe; 4 palestras em cada escola com duração <strong>de</strong> 4 horas (início 19:00h); expectativa <strong>de</strong> exposição <strong>de</strong> 4 palestras/noite<br />

(40 exposições /semestre);clientela-favorecida esperada = alunos do nível fundamental <strong>de</strong> escolas públicas.Os temas<br />

abordado: Primeiros Socorros em caso <strong>de</strong> Desmaio ou Convulsão, intoxicações aci<strong>de</strong>ntais por produtos químicos (medicamentos e praguicidas),<br />

Inalação <strong>de</strong> Gases Tóxicos,Primeiros Socorros em casos <strong>de</strong> ingestão <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> limpeza. As realizações no primeiro semestre<br />

<strong>de</strong> 2008 são resumidos a seguir. Realizadas 40 palestras (10 escolas). Resultados: Houve excelente clientela (±92 discentes/noite<br />

)(gran<strong>de</strong> maioria mulheres; p


Projeto Rondon: Capacitação Em Saú<strong>de</strong> Em Um Município Da Amazônia<br />

Leonato, D.D. 46<br />

Ciantelli, G.L 46<br />

Silva, T.P. 46<br />

Torquato, M.T. 46<br />

Oliveira, A.M.F.F. 46<br />

Mores, S.G. 46<br />

INTRODUÇÃO: O Projeto Rondon é um programa governamental <strong>de</strong> integração social coor<strong>de</strong>nado pelo Ministério da Defesa<br />

que objetiva a capacitação <strong>de</strong> multiplicadores, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s carentes e a aproximação do jovem universitário à<br />

realida<strong>de</strong> brasileira. Durante a operação “Centro-Norte” em Janeiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, grupo formado por estudantes e professores da Pontifícia<br />

Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, atuou durante 15 dias no município <strong>de</strong> Terra Santa–PA<strong>de</strong>senvolvendo ativida<strong>de</strong>s nas áreas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

cultura e educação. Dentre estes temas abordados, <strong>de</strong>stacamos a oficina <strong>de</strong> capacitação em saú<strong>de</strong>. OBJETIVOS: Prover conhecimento<br />

aos multiplicadores; trazer melhorias ao sistema básico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> local e proporcionar ambiente <strong>de</strong> discussão e troca <strong>de</strong> informações<br />

visando à promoção em saú<strong>de</strong>. MÉTODOS: Os assuntos abordados nas oficinas foram escolhidos em parceria com a Secretaria<br />

Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> conforme as necessida<strong>de</strong>s da população. Dentre eles, <strong>de</strong>stacaram-se: Aleitamento materno; câncer <strong>de</strong> mama; verminose;<br />

vacinação; DST`s; planejamento familiar e doenças crônicas. Em princípio as oficinas seriam voltadas exclusivamente aos<br />

Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ACS), contudo, <strong>de</strong>vido ao interesse da população geral, novas vagas foram abertas, priorizando os<br />

multiplicadores, como professores e lí<strong>de</strong>res comunitários <strong>de</strong> bairro. Durante as oficinas, as ativida<strong>de</strong>s teóricas foram substituídas por<br />

um conceito prático/dinâmico <strong>de</strong> ensino envolvendo apresentação <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os informativos; mesas-redondas; discussão/solução <strong>de</strong> casos<br />

clínicos; elaboração <strong>de</strong> cartazes informativos; dinâmicas <strong>de</strong> grupo e relato <strong>de</strong> vivências.RESULTADOS: Os materiais utilizados e<br />

construídos durante as oficinas foram cedidos à Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Participaram das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacitação em saú<strong>de</strong>, um total <strong>de</strong><br />

154 pessoas, sendo 46 ACS, 24 professores e 84 munícipes. Na totalida<strong>de</strong>, todos os participantes consi<strong>de</strong>raram a experiência satisfatória.<br />

CONCLUSÕES: O projeto Rondon proporcionou aos acadêmicos uma experiência única <strong>de</strong> contato com outra realida<strong>de</strong>; agregou responsabilida<strong>de</strong>s<br />

e comprometimento no exercício da cidadania e contribuiu com melhorias à saú<strong>de</strong> da população local.<br />

O Papel Da Liga Acadêmica De Doenças Endócrino Metabólicas Na Formação Dos<br />

Acadêmicos De Cursos Da Área De Saú<strong>de</strong><br />

Marques, G.I.G. 47<br />

Ullmann, R.F.B. 47<br />

Neiva, M.A.O.O. 47<br />

Jatene, N. 47<br />

Soares, F.A.E. 47<br />

Francescantônio, I.C.C.M. 47<br />

Introdução: As doenças endócrino metabólicas comumente afetam importante parte da população e, por isso, exercem gran<strong>de</strong><br />

influência na saú<strong>de</strong> pública. Entre essas, <strong>de</strong>staca-se o Diabetes Mellitus, patologias tireoidianas, síndrome metabólica, síndrome do<br />

ovário policístico. Amaioria <strong>de</strong>las são enfermida<strong>de</strong>s crônicas que acarretam conseqüências importantes a socieda<strong>de</strong>, sobretudo nos aspectos<br />

biopsicossocial, já que alteram a qualida<strong>de</strong> e expectativa <strong>de</strong> vida dos pacientes e, por isso, exercem importantíssimo impacto na<br />

saú<strong>de</strong> pública do país. Diante <strong>de</strong>sse importante tema, criou-se a Liga Acadêmica <strong>de</strong> Doenças Endócrino Metabólica ( LADEM ) no curso<br />

<strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás(UCG), no ano <strong>de</strong> 2008. Objetivos: Estimular o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estudos e maior familiarização<br />

com os conhecimentos teóricos na área <strong>de</strong> endocrinologia , realizar campanhas para conscientizar a população sobre a importância<br />

<strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> prevenção das diferentes endocrinopatias e incentivar a pesquisa científica. Metodologia: Em junho <strong>de</strong> 2008<br />

realizou-se um curso introdutório que abordou as endocrinopatias <strong>de</strong> maneira acessível e posteriormente efetivou-se uma seleção.Aulas<br />

quinzenais foram realizadas sobre temas relacionados as ativida<strong>de</strong>s da liga.Anualmente a LADEM participa <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> ação<br />

comunitária on<strong>de</strong> orienta a população sobre as medidas preventivas e <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> saem diversos trabalhos <strong>de</strong> pesquisa . Resultado:<br />

46 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

47 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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Foram selecionados 9 acadêmicos da UCG ( 7 do curso <strong>de</strong> Medicina e 2 do <strong>de</strong> Biomedicina ) os quais participaram ativamente das ativida<strong>de</strong>s<br />

da liga por um ano.Essas tem se mostrado atrativas para os outros acadêmicos já que o número <strong>de</strong> participantes voluntários aumentou<br />

significativamente durante os 3 dias da ativida<strong>de</strong> comunitária. Conclusões: As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas possibilitaram o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> conhecimentos habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s promovendo uma maior fixação dos temas trabalhados, estimulando ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> comunicação, pesquisa e trabalho em grupo.<br />

Importância Das Oficinas De Saú<strong>de</strong> No Projeto Espaço Cultural Pagu – Assentamento<br />

Santo Dias<br />

Bonfim, N. C. 48<br />

Rosa,E.L. 48<br />

Araújo,H.A.C. 48<br />

Martins, K. 49<br />

Silveira,L.B. 49<br />

Cassin, M. 49<br />

Introdução: Em 2007, estudantes <strong>de</strong> Psicologia da FFCL-RP apresentaram o Projeto <strong>de</strong> Extensão Universitária: “Pagu – Assentamento<br />

Santo Dias” a um grupo <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> Medicina da FMRP-USP para aproximar os alunos da Medicina à realida<strong>de</strong> do assentamento do<br />

MLST em Ribeirão Preto. Função: sanar necessida<strong>de</strong>s sanitárias <strong>de</strong>ssa comunida<strong>de</strong> por meio <strong>de</strong> palestras, oficinas. Objetivos: - Sensibilizar o<br />

acadêmico - I<strong>de</strong>ntificar dificulda<strong>de</strong>s sanitárias da comunida<strong>de</strong>, propor soluções - Instrumentalizar o assentado para atuar em sua realida<strong>de</strong><br />

Métodos: Preparação dos estudantes: reuniões semanais. Oficinas realizadas com a comunida<strong>de</strong>: duas em 2007 e duas em 2008. Temas: “Saú<strong>de</strong><br />

e Construção do SUS” e “Planejamento Familiar e Saú<strong>de</strong> da Mulher”. Recursos utilizados: dinâmicas <strong>de</strong> grupo. Participaram 8 acadêmicos<br />

<strong>de</strong> Medicina, 3 <strong>de</strong> Psicologia e 1 docente. Tópicos abordados: - Concepção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, consciência <strong>de</strong> integralida<strong>de</strong>, SUS (origem, atualida<strong>de</strong>)<br />

- conceituação <strong>de</strong> planejamento familiar, reflexões sociais, lei 9263/96, repercussão para a mulher, anticoncepcionais Resultados: Participaram<br />

cerca <strong>de</strong> 40 pessoas (ambos os sexos), levando exemplos, perguntando, discutindo suas dúvidas. Percebemos particular interesse pelos<br />

espaços <strong>de</strong> controle social do SUS. Houve assimilação do conteúdo discutido, favorecendo novos tipos <strong>de</strong> questionamentos, comportamentos.<br />

Aumentou o interesse dos estudantes pelas ativida<strong>de</strong>s pelo Centro Acadêmico e pelas lutas sociais. Os <strong>de</strong>mais compromissos dos estudantes<br />

impediram realização <strong>de</strong> outras oficinas. Conclusões: O contato com um movimento popular organizado é uma oportunida<strong>de</strong> única<br />

<strong>de</strong> vivência formadora, conferindo enorme contribuição para nossas habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nos integrarmos às comunida<strong>de</strong>s, analisa-las a partir<br />

<strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> diferentes amplitu<strong>de</strong>s e contribuirmos para seu <strong>de</strong>senvolvimento. A<strong>de</strong>mais, preten<strong>de</strong>mos introduzir nessa comunida<strong>de</strong><br />

a consciência da importância do conhecimento das instâncias <strong>de</strong> participação na construção do SUS. Aperspectiva é incentivar a instituição<br />

a pensar na importância <strong>de</strong> disciplinas <strong>de</strong> vivência em comunida<strong>de</strong>s, expandindo a visão assistencialista presente no ensino hospitalocêntrico,<br />

proporcionando uma outra forma <strong>de</strong> ensino.<br />

Comparação Do Conhecimento Entre A População Geral E Acadêmicos De Medicina<br />

Sobre Transplante De Córnea E Sua Influência No Desejo De Ser Doador<br />

Guerreiro, A.G. 50<br />

Aguiar, L.P 50<br />

Filho, M.A.B.A. 50<br />

Correia, R.O. 50<br />

Costa, J.V.G. 50<br />

Neto, J.F.S. 50<br />

Introdução: O transplante <strong>de</strong> córnea é um procedimento amplamente realizado no Brasil, tendo sido realizados 12.825 cirurgias<br />

<strong>de</strong> transplantes <strong>de</strong> córnea em 2008. Atualmente, a lista <strong>de</strong> espera no Brasil é <strong>de</strong> 26.031 pessoas. Esse procedimento po<strong>de</strong> proporcionar<br />

uma melhora da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> pessoas acometidas por diversas afecções visuais como: ceratocone, distrofia corneana, perfura-<br />

48 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

49 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia, Ciências e Letras <strong>de</strong> Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

50 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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ções oculares, entre outras. Objetivos: Comparar o conhecimento entre a população em geral e acadêmicos <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada<br />

universida<strong>de</strong> acerca do transplante <strong>de</strong> córnea e qual a sua influência em se tornarem doadores <strong>de</strong> córnea futuramente. Métodos:<br />

O estudo foi realizado a partir <strong>de</strong> um questionário com questões objetivas, o qual foi aplicado na população em uma campanha realizada<br />

por acadêmicos em uma praça pública e nos acadêmicos, estudantes do 1º ao 3º semestre, na própria universida<strong>de</strong>. Resultados:<br />

A pesquisa realizada com 76 acadêmicos obteve um índice <strong>de</strong> acerto geral das questões <strong>de</strong> 61,9%, além disso, 73,6% <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>sejam ser<br />

doadores <strong>de</strong> córnea. Já o estudo realizado com a população geral que alcançou um número <strong>de</strong> 46 pessoas, obteve um índice <strong>de</strong> acerto geral<br />

das questões <strong>de</strong> 49,6%, <strong>de</strong>ssas pessoas apenas 28,2% querem ser doadores <strong>de</strong> córnea. Conclusão: Fazendo um comparativo entre os<br />

acadêmicos e a população geral, percebe-se que os alunos têm um maior nível <strong>de</strong> conhecimento, influenciando positivamente na vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ser doador, já que, se soubessem como é o procedimento e o protocolo <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> córneas <strong>de</strong> doadores, os indivíduos po<strong>de</strong>riam<br />

ter uma opinião diferente.<br />

Projeto De Extensão “Promoção Da Saú<strong>de</strong> Do Jovem E Adolescente Na Área De<br />

Sexualida<strong>de</strong> Humana” Direcionado Para Deficientes Auditivos<br />

Furlan,J.A. 51<br />

Nogueira,I.R. 51<br />

Introdução: nos últimos anos ocorreram mudanças significativas na sexualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adolescentes e jovens, com iniciação sexual<br />

precoce, tendo como consequências maior incidência <strong>de</strong> DST e gravi<strong>de</strong>z. Para <strong>de</strong>ficientes auditivos essa fase torna-se ainda mais complicada,<br />

visto que muitos <strong>de</strong>les não têm um diálogo i<strong>de</strong>al com a família ou com professores, existindo dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação. Não<br />

há estímulo para a discussão sobre sexualida<strong>de</strong> entre eles, tanto por parte <strong>de</strong> alguns pais, que têm um comportamento <strong>de</strong> super-proteção<br />

pela <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> seus filhos, quanto por alguns professores, que vêm <strong>de</strong> uma educação tradicional e trazem consigo alguns tabus.<br />

Baseado nestes dados foi criado em 1999 um projeto <strong>de</strong> extensão intitulado “promoção da saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> jovens na área da sexualida<strong>de</strong> humana”<br />

junto às escolas públicas <strong>de</strong> Curitiba, para alunos <strong>de</strong> medicina, com uma turma <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficientes auditivos. Objetivos: proporcionar<br />

um grau <strong>de</strong> conhecimento sobre sexualida<strong>de</strong>, para que possam <strong>de</strong>senvolver um pensamento crítico em relação ao comportamento<br />

sexual. Métodos: através <strong>de</strong> dinâmicas <strong>de</strong> grupo e oficinas, são discutidos temas sobre puberda<strong>de</strong> e adolescência, sexualida<strong>de</strong>, questõesdocorpo,iniciaçãosexual,ficar,roloenamoro,papéissexuais,mitosecrendices,anticoncepção,drogaseprevenção<strong>de</strong>DSTsegravi<strong>de</strong>z.<br />

Realizado pré e pós teste <strong>de</strong> conhecimentos. Resultados: as respostas obtidas no pós-teste e no pré-teste mostraram haver melhora,<br />

porém <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> na interpretação <strong>de</strong>monstrada pelos alunos, os resultados não foram tão significativos quanto o<br />

esperado. Conclusões: o projeto teve gran<strong>de</strong> valida<strong>de</strong> quando consi<strong>de</strong>rada a avaliação feita durante o seu <strong>de</strong>senvolvimento. Porém observou-se<br />

a necessida<strong>de</strong> da formulação <strong>de</strong> outro tipo <strong>de</strong> avaliação especialmente para <strong>de</strong>ficientes auditivos. Também notou-se que o<br />

aprendizado foi maior quando usados métodos que utilizavam o pensamento concreto, como nas oficinas. A experiência <strong>de</strong> trabalhar<br />

com esse grupo foi gratificante, pois eles <strong>de</strong>monstraram que o projeto faz diferença em suas vidas.<br />

Experiência Em Extensão Universitária Da Faculda<strong>de</strong> São Lucas Em Parceria Com A<br />

Universida<strong>de</strong> De São Paulo Em Rondônia, Amazônia<br />

Santiago, M. 52<br />

Parente, MA 52<br />

Gazola, E 52<br />

Silva, YPG 52<br />

Camargo, LMA 53<br />

Introdução: a educação médica em Rondônia é jovem, porém promissora. Parcerias com instituições renomadas como a Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São Paulo têm enriquecido a construção <strong>de</strong>ste processo formativo <strong>de</strong> maneira sólida e responsável, agregando valores à<br />

educação médica da Faculda<strong>de</strong> São Lucas, a qual possui perfil generalista, humanista e ético. Objetivos: promover a interação médico-paciente,<br />

padronizar condutas voltadas para a realida<strong>de</strong> local, promover a interação e enriquecimento curricular do corpo docente e<br />

51 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

52 Faculda<strong>de</strong> São Lucas, Porto Velho, RO, Brasil.<br />

53 Faculda<strong>de</strong> São Lucas, Porto Velho, RO, Brasil. Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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discente, incentivar a produção literária científica. Metodologia: foram nomeados pela coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> medicina dois monitores da<br />

primeira turma <strong>de</strong> medicina da instituição, os quais sob orientação do coor<strong>de</strong>nador geral do curso realizaram o processo seletivo dos<br />

acadêmicos inscritos voluntariamente. As ativida<strong>de</strong>s da extensão ocorreram no ambulatório da USP em monte negro, Rondônia, no período<br />

<strong>de</strong> 8 a 14 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2007. No turno da manhã foram realizados os atendimentos clínicos à população local pelos acadêmicos selecionados<br />

sob a orientação <strong>de</strong> um preceptor médico e dos monitores acadêmicos. No turno da tar<strong>de</strong> foram realizados workshops sobre<br />

patologias freqüentes na população atendida com o intuito <strong>de</strong> normatizar condutas. Resultados: foram realizados aproximadamente<br />

150 consultas médicas, 40 procedimentos <strong>de</strong> biópsia cutânea e 20 colpocitologias oncóticas. Os workshops resultaram na posterior publicação<br />

do guia ambulatorial básico (isbn 978-85-99607-04-6), o qual possui a normatização <strong>de</strong> condutas das patologias mais freqüentes<br />

na região pautadas em protocolos do ministério da saú<strong>de</strong> e socieda<strong>de</strong>s médicas brasileiras. Conclusão: ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão acadêmica<br />

propiciam à população, sobretudo <strong>de</strong> regiões <strong>de</strong>sassistidas, atendimento médico <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e compromissado e em adição, insere<br />

o acadêmico no contexto social e <strong>de</strong>sperta seu interesse pela prática clínica, científica e literária, no contexto das diretrizes<br />

curriculares básicas do curso <strong>de</strong> medicina. Apoio FINEP/USP.<br />

Liga Da Mama Da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral De Goiás – Extensão Universitária Na<br />

Prevenção E Combate Ao Câncer De Mama<br />

Guimaraes, MR 54<br />

Santos, RO 54<br />

Soares, LR 54<br />

Rodrigues, DCN 54<br />

Rahal, RMS 54<br />

Freitas Júnior, R 54<br />

Introdução: É consenso que a extensão universitária é uma prática acadêmica que interliga a Universida<strong>de</strong> com a socieda<strong>de</strong>,<br />

proporcionando uma troca <strong>de</strong> saberes entre o meio acadêmico e a socieda<strong>de</strong>. A Liga da Mama da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás está<br />

vinculada ao Programa <strong>de</strong> Mastologia do Hospital das Clínicas e viabiliza todos os pilares propostos por um projeto <strong>de</strong> extensão universitária.<br />

Está voltada para a prevenção e combate <strong>de</strong> patologias mamárias,sendo formada por acadêmicos e docentes dos cursos <strong>de</strong><br />

medicina, psicologia e enfermagem. Objetivos: Avaliar como são feitas e quais as repercussões das ações em extensão universitária realizadas<br />

pelos membros da Liga da Mama da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás. Metodologia: Os membros promovem campanhas <strong>de</strong> enfoque<br />

multiprofissional visando o melhor aproveitamentos das pacientes atendidas. Os acadêmicos <strong>de</strong> medicina após capacitação prévia<br />

em ambulatórios no Programa <strong>de</strong> Mastologia e aulas teóricas são encarregados <strong>de</strong> realizar exame físico sob orientação direta <strong>de</strong> médicos<br />

assistentes. Os acadêmicos <strong>de</strong> psicologia e enfermagem fazemaparte<strong>de</strong>educação,informaçãoecoleta<strong>de</strong>dadosparapesquisa<br />

através <strong>de</strong> palestras explicativas sobre o câncer <strong>de</strong> mama e a importância <strong>de</strong> se <strong>de</strong>tectar precocemente as neoplasias através <strong>de</strong> exames<br />

habituais como a mamografia. Resultados: Ao fim <strong>de</strong> cada campanha, os alunos analisam os dados obtidos, analisam os benefícios da<br />

população e propõem novos enfoques nesta população em campanhas subseqüentes. Conclusão: A integração entre os diversos segmentos<br />

da Liga da Mama (medicina, psicologia e enfermagem) tem possibilitado a aquisição <strong>de</strong> conteúdos mais aprofundados o que repercute<br />

sobre a qualida<strong>de</strong> da aprendizagem <strong>de</strong> cada membro. Aos acadêmicos, há a efetiva oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atuarem em equipe multidisciplinar<br />

com estreita relação entre ensino-serviço-comunida<strong>de</strong>. À população, nota-se maior esclarecimento com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>tecção precoce <strong>de</strong> novos casos <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> mama.<br />

54 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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Projeto Pequenos Doutores De Rondônia<br />

Camargo, LMA55 .<br />

Carvalho, A.A. 56<br />

Morais, M.A56 Araújo, EAC56 Leão, ED57 )<br />

Gazola, EA57 Introdução: o projeto “pequenos doutores” surgiu em função da total carência que as comunida<strong>de</strong>s rurais da Amazônia têm no<br />

acesso às informações básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, aliado à iniciativa dos alunos <strong>de</strong> graduação <strong>de</strong> medicina, em pleno acordo com o perfil do<br />

egresso <strong>de</strong>sejado pela faculda<strong>de</strong>: um profissional que conheça seu meio, com senso humanitário e crítico, capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar problemas<br />

e priorizar ações preventivas e curativas precoces visando o bem-estar da comunida<strong>de</strong>. Objetivos: a-) promoção da saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>,<br />

b-) formação <strong>de</strong> recursos humanos locais para prevenção e diagnóstico <strong>de</strong> agravos na comunida<strong>de</strong>, c-) capacitação do acadêmico<br />

<strong>de</strong> medicina na multiplicação da informação, aguçamento <strong>de</strong> seu senso crítico e convívio com a comunida<strong>de</strong>, respeitando sua<br />

cultura e seus valores. Métodos: a partir <strong>de</strong> temas relacionados à saú<strong>de</strong> local, blocos <strong>de</strong> aulas são ministrados presencialmente ou à distância<br />

(vi<strong>de</strong>oconferência). os discentes, <strong>de</strong>vidamente supervisionados por uma equipe <strong>de</strong> docentes universitários, elaboram as aulas<br />

juntamente com um questionário que servem como parâmetro <strong>de</strong> avaliação. o questionário é aplicado antes e <strong>de</strong>pois das palestras; além<br />

disso os “pequenos doutores” participam <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s práticas, com mensuração <strong>de</strong> pressão arterial, freqüência cardíaca, manobras<br />

<strong>de</strong> primeiro-socorro, etc.. Resultados: o projeto está em andamento há 5 meses, mas os resultados preliminares são animadores, confirmando<br />

um rendimento parcial <strong>de</strong> 86,3% nas avaliações, revelando grau <strong>de</strong> interesse dos alunos e <strong>de</strong>sempenho satisfatório dos discentes<br />

na transmissão dos conteúdos. Conclusão: este projeto engloba na prática a essência da resolução cne/ces número 4 (07/11/01) que institui<br />

as diretrizes curriculares nacionais do curso <strong>de</strong> graduação em medicina, envolvendo os acadêmicos com a comunida<strong>de</strong> e levando-os<br />

a praticar a medicina em seu senso mais amplo. Engloba ainda nuances tecnológicos <strong>de</strong> ead com o uso <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>oconferência para<br />

as aulas não-presenciais.apoio finep.<br />

Saú<strong>de</strong> Na Escola: Saberes Compartilhados Para O Enfrentamento Da Epi<strong>de</strong>mia Do<br />

Hiv/Aids<br />

Klink, GA58 Alcântara, MM58 Guimarães, PSA58 Nascimento, CS58 Santos, NN58 Teixeira, F58 Introdução: Este trabalho resultou <strong>de</strong> uma pesquisa realizada na Medicina Preventiva e Comunitária para i<strong>de</strong>ntificar os saberes,<br />

crenças e atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> jovens em relação à AIDS. Nessa perspectiva, fomos interpelados pelos jovens com questões que<br />

ultrapassam os limites éticos da pesquisa, mas estavam fortemente atreladas ao sentido político dos saberes produzidos na Universida<strong>de</strong>:<br />

“Jovens <strong>de</strong> 13 a 18 anos também po<strong>de</strong>m pegar e transmitir AIDS?”; “Por que não temos mais aulas sobre isso, o que ajudaria os jovens<br />

a se prevenirem contra as DSTs?” aliadas ao <strong>de</strong>sconhecimento sobre as formas <strong>de</strong> contágio e tratamento da AIDS apontaram para a<br />

pertinência da elaboração e <strong>de</strong>senvolvimento do projeto <strong>de</strong> extensão aqui apresentado. Metodologia: Inicialmente uma caixa-urna foi<br />

disponibilizadanaescolaparaqueosjovens<strong>de</strong>positassemnelaassuasquestõesedúvidasanonimamente.Asquestõesforamagrupadas<br />

por ocorrência e semelhança em categorias: sexualida<strong>de</strong>; aspectos gerais sobre a síndrome em si e aspectos relacionados à prevenção/transmissão<br />

e tratamento. Pensando na articulação escola-família, foi encaminhado convite para que os familiares participassem<br />

55 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

56 FSL<br />

57 UNIR<br />

58 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil<br />

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também das rodas <strong>de</strong> conversas, em dias diferentes dos alunos. Foi confeccionado um fol<strong>de</strong>r como estratégia <strong>de</strong> informação que era distribuído<br />

no dia que antecedia as palestras. Foram realizados 06 encontros presenciais no formato <strong>de</strong> rodas <strong>de</strong> conversas em que os alunos/estagiários<br />

funcionavam como mobilizadores do grupo. Resultados: A temática AIDS mobilizou o grupo e fez com que a participação<br />

e a freqüência dos mesmos fossem significativas. Enten<strong>de</strong>mos também essa a<strong>de</strong>são a partir <strong>de</strong> um trabalho consolidado nessa escola<br />

localizada na área <strong>de</strong> abrangência do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Escola da Universida<strong>de</strong>. Conclusão: Um programa <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong><br />

que tenha como preocupação discutir com estes jovens estratégias preventivas, a um só tempo, éticas, pragmáticas e culturalmente<br />

apropriadas, contribuiria para que a Escola se torne um espaço <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Experiência Da Liga De Dor De Sorocaba Como Ativida<strong>de</strong> Extracurricular<br />

Moda, M 59<br />

Leonato, DDI<br />

Reis, NII<br />

Inoue, CSLI<br />

Secco, MFMI<br />

Senne, AM 60<br />

Introdução: Diante da gran<strong>de</strong> importância do tema dor na graduação médica, estudantes se reuniram e fundaram, em 2001, a<br />

Liga <strong>de</strong> Dor <strong>de</strong> Sorocaba (LDS), que constitui um segmento <strong>de</strong> extensão universitária possibilitando ao estudante aprimorar conhecimentos<br />

sobre dor em seus aspectos clínicos e <strong>de</strong> pesquisa. Objetivos: Descrever um programa extracurricular <strong>de</strong> estudo da dor organizado<br />

em forma <strong>de</strong> liga e i<strong>de</strong>ntificar a opinião dos membros sobre esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino. Métodos: A estrutura e o funcionamento da<br />

LDS foram <strong>de</strong>scritos a partir <strong>de</strong> seu Estatuto registrado em cartório. As experiências dos integrantes foram i<strong>de</strong>ntificadas a partir <strong>de</strong> um<br />

questionário respondido por membros com no mínimo um ano <strong>de</strong> liga. Resultados: Des<strong>de</strong> a fundação da LDS o Estatuto prevê finalida<strong>de</strong>s<br />

assistenciais, didáticas e científicas, que propõem melhora na qualida<strong>de</strong> do ensino sobre dor e um atendimento ambulatorial multidisciplinar<br />

e voluntário em períodos extracurriculares. A LDS é dirigida exclusivamente por acadêmicos do curso <strong>de</strong> medicina, tendo<br />

como coor<strong>de</strong>nador um docente da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina. Como membro o aluno participa, sob a orientação <strong>de</strong> profissionais, das ativida<strong>de</strong>s<br />

ambulatorias, realizando consultas e alguns procedimentos anestésicos; do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> pesquisa; <strong>de</strong> aulas e<br />

<strong>de</strong> discussão <strong>de</strong> casos clínicos. Na pesquisa <strong>de</strong> opinião com 23 membros constatou-se que 52% alcançaram seus objetivos, 100% elevaram<br />

a habilida<strong>de</strong> para lidar com doentes, 72% aumentaram seus conhecimentos em relação à farmacologia, 70% avaliaram parcialmente<br />

suficiente o que lhe foi ensinado na graduação sobre dor, 100% consi<strong>de</strong>raram que esse tema <strong>de</strong>ve ser incluído com mais ênfase no currículo<br />

e 100% recomendariam a outros colegas a participação na LDS. Conclusões: O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> funcionamento somado à opinião dos<br />

estudantes mostra que a LDS é útil para promover e aperfeiçoar o conhecimento sobre dor além <strong>de</strong> proporcionar uma rica experiência<br />

acadêmica <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações assistenciais para a comunida<strong>de</strong>.<br />

59 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.; Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

60 CHS<br />

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Liga De Estudos Em Ginecologia E Obstetrícia: Uma Atuação Prática De Extensão<br />

Universitária<br />

Mota, G.M 61 .<br />

Almeida, D.P. 61<br />

Gonçalves, E.R 61<br />

Nunes, N.G 61<br />

Martins, O.G. 61<br />

Hyppólito, S.B 61<br />

Introdução: A Liga <strong>de</strong> estudos em Ginecologia e Obstetrícia, fundada em 2003, integra 10 acadêmicos <strong>de</strong> medicina, que atuam<br />

em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão. As extensões são realizadas através <strong>de</strong> campanhas educativas, palestras e outras ativida<strong>de</strong>s<br />

relacionadas à saú<strong>de</strong> da mulher em escolas, comunida<strong>de</strong>s e na Maternida<strong>de</strong> Escola Assis Chateaubriand. O grupo mantém capacitações<br />

internas semanais com aulas ministradas pelos integrantes. As pesquisas são realizadas com a orientadora do projeto. Objetivo:<br />

relatar experiência <strong>de</strong> extensão realizada em hospital-maternida<strong>de</strong> com mulheres gestantes ou <strong>de</strong> parto recente internadas na enfermaria,<br />

ressaltando a importância da amamentação para a nutrição e proteção do bebê, disponibilizando orientações acerca do tema. A ativida<strong>de</strong><br />

propunha também uma homenagem ao Dia das Mães. Métodos: dividiu-se o grupo em 5 equipes <strong>de</strong> 2 componentes que se revezaram<br />

em visitas às enfermarias na semana anterior ao Dia das Mães. As mulheres foram abordadas aleatoriamente em seus leitos, recebendo<br />

informações sobre técnicas e vantagens da amamentação para elas e seus filhos. Foram distribuídos fol<strong>de</strong>rs informativos para sedimentação<br />

das informações dadas e balões em coração para parabenizá-las pela data. Previamente, houve capacitação dos integrantes.<br />

Resultados: observou-se relativo conhecimento sobre o tema entre as mulheres. Muitas afirmaram terem sido informadas sobre o<br />

assunto por profissionais do hospital e por familiares. No entanto, percebeu-se resistência por parte <strong>de</strong> outras em aceitar o manejo correto<br />

das técnicas <strong>de</strong> amamentação, apesar das orientações fornecidas. Conclusões: a proposta foi bem recebida tanto pelas mães como pelos<br />

profissionais da enfermaria, que solicitaram que repetíssemos a ativida<strong>de</strong>. Percebeu-se a satisfação das mães por terem sido valorizadas<br />

na data comemorativa, tanto pelas orientações disponibilizadas como pelos balões recebidos. Preten<strong>de</strong>mos realizar novamente<br />

extensões semelhantes, haja vista a relevância do tema e ao fato <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>smame precoce em geral ocorre pela má técnica do<br />

aleitamento.<br />

Nascimento Do Shuffle - Stu<strong>de</strong>nts Help Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense In Literature<br />

Export<br />

Costa,I.C.B.O 62<br />

Porzsolt,F 63<br />

Thomaz,T.G. 62<br />

Introdução: Durante um curso <strong>de</strong> Medicina Baseada em Evidências (MBE) para alunos e professores da UFF ministrado pelo<br />

Prof. Porzsolt (UU) o estudo HYVET (N Engl J Med 2008;358:1887-98) foi avaliado criticamente como exercício. Nessa oportunida<strong>de</strong> os<br />

participantes do curso <strong>de</strong>tectaram cinco aspectos críticos do estudo e <strong>de</strong>cidiram que a sua valida<strong>de</strong> estava comprometida. Alguns dias<br />

<strong>de</strong>pois os autores se envolveram em uma discussão, na qual renomados cardiologistas, também envolvidos em educação médica, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ram<br />

os resultados reportados pelo HYVET. Iniciou-se então uma extensa discussão sobre como solucionar o conflito apresentado.<br />

Objetivo: Desenvolver uma estratégia prática para a solução <strong>de</strong>ste conflito Métodos: Através da discussão iniciada durante o curso <strong>de</strong>tectamos<br />

que os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> muitas vezes não têm o conhecimentoespecíficonemtemposuficienteparalerartigos<strong>de</strong>maneira<br />

criteriosa. Muitas vezes os leem e consi<strong>de</strong>ram todo o conteúdo como verda<strong>de</strong> absoluta. Nesse contexto, criamos um grupo estruturado<br />

formado por Professores e alunos <strong>de</strong> Medicina, que se tornou capaz <strong>de</strong> avaliar criticamente um artigo baseado num mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

análise <strong>de</strong>nominado TACT (Twin Assessment of Clinical Trials), o grupo SHUFFLE. Resultados: O grupo se qualificou para fazer uma<br />

61 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

62 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ,Brasil.<br />

63 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ulm, Alemanha.<br />

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avaliação extremamente precisa e exaustiva que po<strong>de</strong> chegar até seis horas <strong>de</strong> trabalho em grupo. O resultado <strong>de</strong>sse processo é um relatório<br />

estruturado, que inclui material explanatório, que po<strong>de</strong> ser utilizado para ensino e elaboração <strong>de</strong> condutas. Conclusões:Embora<br />

muitas tentativas tenham sido feitas no sentido <strong>de</strong> implementar atitu<strong>de</strong>s baseadas em evidências, fica claro o conflito acadêmico entre<br />

médicos e alunos qualificados em MBE. O SHUFFLE surgiu como uma intenção honesta e verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> resolver o problema. Desse<br />

modo haverá a chance do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> táticas e estratégias que passo-a-passo nos levem à aplicação cada vez mais ampla da<br />

medicina baseada em evidências, para o bem dos pacientes.<br />

Clube Da Evidência<br />

Camargo, N.R.T. 64<br />

Valente, P.K64 Dusi, R.A. 64<br />

Vieira, I.V. 64<br />

Introdução: Ainfluência da Medicina Baseada em Evidências (MBE) na prática clínica torna-se a cada dia mais marcante, na medida<br />

em que práticas tradicionais per<strong>de</strong>m sua valida<strong>de</strong> com a publicação <strong>de</strong> artigos científicos que <strong>de</strong>saconselham seu uso. Apesar disso,<br />

a discussão crítica da importância e da valida<strong>de</strong> da MBE permanece escassa na maioria das escolas médicas. Com base nesses aspectos<br />

e em experiências <strong>de</strong>scritas <strong>de</strong> clubes <strong>de</strong> revista, apresenta-se um grupo <strong>de</strong> discussão <strong>de</strong> publicações científicas criado e organizado<br />

exclusivamente por estudantes: o Clube da Evidência (CE). Objetivos: Apresentar o funcionamento do CE e seu impacto na formação<br />

do estudante. Método: As ativida<strong>de</strong>s do CE se iniciam com a escolha <strong>de</strong> um tema para discussão. Geralmente, os temas selecionados<br />

são mitos ou dúvidas recorrentes na medicina. Exemplos são a valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terapias alternativas, a relação entre a exposição ao frio e a<br />

incidência <strong>de</strong> resfriados ou do uso <strong>de</strong> celulares e o surgimento <strong>de</strong> cânceres. Apartir do tema, um dos participantes (relator) é selecionado<br />

para fazer uma revisão bibliográfica do assunto. A busca é realizada em centros in<strong>de</strong>xadores <strong>de</strong> artigos. Após estudar brevemente o<br />

tema, o relator seleciona alguns artigos apropriados para respon<strong>de</strong>r a pergunta-tema e os <strong>de</strong>bate na reunião com os outros participantes.<br />

Os registros das reuniões são publicados em um blog (www.clubedaevi<strong>de</strong>ncia.blogspot.com). O responsável pelo repasse é o próprio<br />

relator. Ao término da reunião, a próxima pergunta tema e relator são escolhidos. Resultado: O blog é o maior resultado <strong>de</strong>ssa experiência.<br />

Contou com boa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visitantes que participaram por comentários. Apesar das discussões serem muito proveitosas,<br />

elas foram se esvaziando ao longo do semestre, o que constituiu uma limitação da nossa proposta. Conclusões: Debater o conhecimento<br />

adquirido na faculda<strong>de</strong> a luz das publicações científicas atuais contribui para a aplicação <strong>de</strong> MBE no cotidiano do estudante.<br />

O Programa De Avaliação Das Ligas Acadêmicas Da Faculda<strong>de</strong> De Medicina De<br />

Botucatu/Unesp<br />

Hamamoto Filho, P.T65 .<br />

Venditti, V.C64 Oliveira, C.C. 64<br />

Vicentini, H.C. 64<br />

Ribeiro, J.T.R. 64<br />

Schellini, S.A64 Introdução: Em 2008, a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu/UNESP, através do Conselho das Ligas Acadêmicas do Centro<br />

Acadêmico Pirajá da Silva, criou um programa para avaliação das Ligas Acadêmicas. Seu objetivo é fornecer informações sobre as características<br />

das Ligas, contribuindo para que melhor atinjam seus objetivos junto à formação médica. Objetivos: Relatar o funcionamento<br />

e os resultados do Programa <strong>de</strong> Avaliação das Ligas Acadêmicas. Metodologia: Estudo prospectivo, observacional, utilizando a<br />

técnica <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> relatório e entrevista. A avaliação é feita anualmente, por cinco estudantes. A avaliação utiliza critérios organizados<br />

em: objetivos, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão e i<strong>de</strong>ologia; ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão. Toma por base o relatório anual <strong>de</strong> ativida-<br />

64 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília, Brasília DF, Brasil.<br />

65 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu.<br />

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<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada Liga e uma entrevista com seus dirigentes. Os avaliadores emitem um parecer entregue ao responsável pela Liga e encaminhado<br />

à Comissão Permanente <strong>de</strong> Extensão Universitária da escola, que o utiliza para sua apreciação sobre as Ligas. Resultados:Em<br />

sua primeira aplicação, o programa <strong>de</strong> avaliação foi bem recebido pela comunida<strong>de</strong>. Os resultados do programa mostraram boa organização<br />

das Ligas, ênfase em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, heterogeneida<strong>de</strong> nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão e escassas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa. Uma<br />

apresentação sobre o <strong>de</strong>sempenho global das Ligas gerou ampla discussão entre estas. Não se preten<strong>de</strong>u rankear as Ligas, mas oferecer-lhes<br />

subsídios para melhoria do seu funcionamento. Conclusões: A escola tem conquistado tradição e pioneirismo no assunto: primeiramente<br />

criou mecanismos para normatizar a abertura <strong>de</strong> novas Ligas e, agora, possui um instrumento <strong>de</strong> monitoramento <strong>de</strong> suas<br />

ativida<strong>de</strong>s. Os dados da avaliação têm sido utilizados pelas Ligas para mudança <strong>de</strong> práticas, alterando sua organização e visando ampliar<br />

ações interdisciplinares e fortalecer projetos <strong>de</strong> extensão junto à socieda<strong>de</strong>. No futuro, a escola terá o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong>, frente às constatações<br />

feitas por seriadas avaliações, cobrar efetivas mudanças, po<strong>de</strong>ndo implementar um programa <strong>de</strong> acreditação das Ligas.<br />

A Feira De Saú<strong>de</strong> Como Forma De Aproximação Com A Comunida<strong>de</strong>: A Experiência Da<br />

Liga De Cirurgia De Botucatu (Lcb)<br />

Miguel, L. 66<br />

Men<strong>de</strong>s,D.P 66<br />

Braghiroli, K. S. 66<br />

Silva, L. A. 66<br />

Silva, P. C. M. 66<br />

Majolli, P. I. R. 66<br />

Introdução: Organizada pelo Centro Acadêmico Pirajá da Silva, a Feira é realizada todos os anos, on<strong>de</strong> informações em saú<strong>de</strong> e<br />

atendimentos simples são dados à população. ALCB participa <strong>de</strong>sse evento, sendo que esse ano os temas escolhidos foram Doenças da<br />

Próstata e Problemas Vasculares. Objetivos: Consi<strong>de</strong>rando-se as dúvidas frequentes e a prevalência <strong>de</strong>ssas patologias, procurou-se<br />

<strong>de</strong>smistificar muitas das questões, como os exames utilizados no diagnóstico <strong>de</strong> uma doença prostática ou no tratamento <strong>de</strong> problemas<br />

vasculares, que muitas vezes afastam as pessoas do serviço médico, orientando sobre suas questões básicas. Métodos: Foram confeccionados<br />

3000 folhetos explicativos e mais 2 pôsteres sobre os temas. Cada membro da LCB, alunos <strong>de</strong> 3° e 4° ano <strong>de</strong> Medicina da<br />

FMB/UNESP, participou <strong>de</strong> aulas temáticas, tornando-se aptos a fornecerem as informações necessárias. Foram divididos em escalas<br />

<strong>de</strong>horários,emgrupos<strong>de</strong>4a5pessoas,abordandoapopulação.Alémdisso,foramaplicadosquestionáriosa100indivíduosdosexo<br />

masculino, com mais <strong>de</strong> 40 anos, com perguntas sobre histórico familiar, acompanhamento e opiniões sobre as questões da próstata (dados<br />

que serão utilizados para levantamento estatístico). Resultados: O espaço da LCB foi um dos mais movimentados, <strong>de</strong>monstrando-se<br />

a relevância dos temas propostos. Foi observada uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> questões trazidas pela população, prontamente esclarecidas<br />

pelos alunos, quando possível. Aproximadamente 300 pessoas foram orientadas sobre os temas. Conclusões: Ficouclaro<br />

que, num ambiente mais <strong>de</strong>scontraído que um consultório médico, questões vindas da própria comunida<strong>de</strong> foram respondidas <strong>de</strong> forma<br />

mais simples, possibilitando a compreensão das mesmas, o que, com certeza, facilitará a procura da população pelo serviço médico,<br />

nos casos necessários, inclusive tendo sido tratada a questão da hierarquia no SUS. Paralelamente, <strong>de</strong>monstra-se o interesse dos alunos<br />

em participar <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> extracurriculares, já que é uma ótima possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contato com a população, intervindo-se efetivamente<br />

nessa realida<strong>de</strong>.<br />

66 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu.<br />

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Participação Da Ativida<strong>de</strong> Curricular De Extensão (Ace) “Ações Educativas Com<br />

Acadêmicos Da Terceira Ida<strong>de</strong> Adulta Em Diabetes Mellitus” Em Programa De Televisão<br />

Da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Do Amazonas<br />

Silva, K.D.L.P67 Kiyoku, E67 Abensur, R.O67 Libório, S.R.M. 67<br />

Silva, R.L67 Freire, M.A.C. 67<br />

Introdução: Atelevisão universitária tem o objetivo <strong>de</strong> exibir a produção científica e cultural dos discentes. Aativida<strong>de</strong> curricular<br />

<strong>de</strong> extensão (ACE) “Ações educativas com acadêmicos da terceira ida<strong>de</strong> adulta em Diabetes Mellitus” foi convidada a participar <strong>de</strong><br />

um programa a fim <strong>de</strong> mostrar as ativida<strong>de</strong>s realizadas durante o período <strong>2009</strong>/1 com os participantes do “projeto idoso feliz participa<br />

sempre” e conversar sobre extensão universitária. Objetivo: Mostrar métodos empregados para informar sobre diabetes e conscientizar<br />

sobre sinais, sintomas, nutrição e importância <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s físicas e consultas médicas regulares. Divulgar extensão universitária<br />

por meio das experiências dos discentes da ACE na comunida<strong>de</strong>. Método: O programa contou com entrevistas <strong>de</strong> docentes coor<strong>de</strong>nadores<br />

e discentes <strong>de</strong> medicina. Os assuntos abordados foram conceito e importância <strong>de</strong> extensão universitária, ACE como meio <strong>de</strong> integração<br />

entre universida<strong>de</strong> e comunida<strong>de</strong>, objetivo da ACE, metodologia aplicada e trabalho em grupo. No encerramento do programa<br />

foi realizado um ato <strong>de</strong> uma dramatização criada e representada pelos discentes sobre uma consulta <strong>de</strong> rotina e diagnóstico <strong>de</strong> diabetes.<br />

Resultado: Favoreceu maior aproximação entre teoria e prática além <strong>de</strong> possibilitar a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> novos objetos, métodos e novas<br />

abordagens <strong>de</strong> acordo com a realida<strong>de</strong> da região. Conclusão: Aparticipação da ACE no programa <strong>de</strong> televisão universitária fe<strong>de</strong>ral do<br />

estado proporcionou o conhecimento do público em geral da importância da extensão e mostrou que a universida<strong>de</strong> é ciente e cumpre<br />

seu papel reflexivo e transformador na socieda<strong>de</strong>.<br />

Liga Acadêmica De Nefrologia Da Uncisal – Aprimorando O Conhecimento E Atuando<br />

Em Prol Da Comunida<strong>de</strong><br />

Barros,H.L.F.G 68 .<br />

Carvalho,G.M. 68<br />

Moreira,S.P.T. 68<br />

Silva, T. M. 68<br />

Monteiro, G. P. C. 68<br />

Montenegro Júnior, J. 68<br />

Introdução: Em novembro <strong>de</strong> 2008 sete estudantes <strong>de</strong> medicina da Uncisal unidos pelo interesse em comum pela nefrologia<br />

uniram forças para criar a LANU. A Liga é fruto da busca dos alunos por conhecimento e do interesse pela pesquisa e extensão aplicadas<br />

a uma área tão fascinante e indispensável ao bom exercício da medicina.Objetivos: Congregar acadêmicos do curso <strong>de</strong> medicina interessados<br />

no aprendizado e no <strong>de</strong>senvolvimento técnico-científico da nefrologia. Contribuir para a formação médica <strong>de</strong> seus membros.<br />

Promover estudos e pesquisas científicas. Manter intercâmbio científico com outras instituições ligadas à nefrologia. Realizar ativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> prevenção e promoção da saú<strong>de</strong> junto à população. Métodos: ALANU é composta <strong>de</strong> <strong>de</strong>zesseis membros discentes, dois orientadores<br />

docentes e professores colaboradores. A seleção <strong>de</strong> novos membros é realizada anualmente através <strong>de</strong> curso introdutório e<br />

prova com o conteúdo abordado no curso. As reuniões ocorrem quinzenalmente com apresentação <strong>de</strong> seminários, casos clínicos e artigos<br />

científicos. As ativida<strong>de</strong>s práticas são realizadas em dupla uma vez por semana no Primeiro Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maceió e no Hospital<br />

do Açúcar e abordam o acompanhamento <strong>de</strong> pacientes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o diagnóstico até terapias <strong>de</strong> substituição renal. A liga organiza ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> prevenção da doença renal crônica (DRC) e hipertensão arterial. Há um gran<strong>de</strong> fomento à pesquisa por parte dos orientado-<br />

67 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

68 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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es. Resultados: A LANU já realizou diversas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prevenção em saú<strong>de</strong>, iniciou o projeto <strong>de</strong> triagem para DRC e produziu<br />

eventos científicos na Universida<strong>de</strong>. Atualmente a LANU possui cinco pesquisas em andamento. Conclusões: É notório o conhecimento<br />

adquirido pelos membros da LANU, mas o mais importante é o interesse dos membros em organizar e participar <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que<br />

melhorem a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população, trabalhando diretamente com a mesma em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prevenção, ou, com produção<br />

científica gerando conhecimento para melhorar a assistência à saú<strong>de</strong>.<br />

Saudarte: Linguagem Corporal<br />

Amin, SI<br />

Amin, BI<br />

Oliveira, L 69<br />

Amin, PI<br />

Introdução: O SAUDARTE, programa <strong>de</strong>senvolvido pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, utiliza diversas manifestações artísticas<br />

visando a prevenção <strong>de</strong> doenças e a promoção da saú<strong>de</strong>; <strong>de</strong>ntre elas temos a dança, que tomamos para análise neste trabalho.<br />

Enten<strong>de</strong>mos a linguagem corporal como um objeto <strong>de</strong> estudo fundamental, pois através <strong>de</strong>la conseguimos somar recursos lúdicos que<br />

auxiliam a aprendizagem, além <strong>de</strong> fornecer a ferramenta visual, importante não apenas para o espectador mas também para os discentes-criadores,<br />

que precisam elaborar “poses” físicas precisas e claras. Objetivo: avaliar as contribuições da linguagem corporal como<br />

meio <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> informações relacionadas às ciências da saú<strong>de</strong>, tanto para o público acadêmico quanto geral. Métodos: analisamos<br />

o processo, <strong>de</strong> modo a refletir sobre a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> e como ela extrapola o âmbito do específico e chega no geral. Proposta:<br />

no SAUDARTE, após a escolha da música e a criação da paródia, o grupo elabora uma coreografia, buscando ao máximo movimentos<br />

típicos, simbólicos, para facilitar a assimilação: é imprescindível que estes gestos alcancem uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> significação muito<br />

ampla, para po<strong>de</strong>rmos atingir todos os tipos <strong>de</strong> público. Resultados: observamos maior interação dos espectadores e mesmo entre<br />

os participantes, cooperação, superação da inibição e negociação. Em função <strong>de</strong>sta última, também uma certa lentidão na criação, agravada<br />

pelos entraves institucionais (espaço físico, recursos financeiros, etc) e pelo fato do curso ser integral. É notório o estímulo à criativida<strong>de</strong>,<br />

o tempo <strong>de</strong>spendido, o ineditismo e o preparo físico. Conclusão: a linguagem corporal possibilita a união da saú<strong>de</strong> com a arte, o<br />

que contribui para o processo <strong>de</strong> humanização profissional. Vale ressaltar a esfera lúdica, que auxilia na transmissão do conteúdo proposto.<br />

Alguns <strong>de</strong>safios são inevitáveis, como o impacto proporcionado pelo caráter inédito (ainda em processo) do projeto, portanto,<br />

olhares externos, novas práticas e pesquisas tornam-se relevantes.<br />

Site Do Pet, Uma Nova Ferramenta De Disseminação Das Experiências Vivenciadas Pelo<br />

Grupo<br />

Chagas, DWN 70<br />

Leite, CAVG 70<br />

Fontenele, NKP 70<br />

Guimarães, LSB 70<br />

Júnior, JAS 70<br />

Magalhães, PJC 70<br />

Introdução: Tendo em vista a eficácia e a abrangência da internet como ferramenta <strong>de</strong> divulgação <strong>de</strong> experiências e conteúdos<br />

estudantis e o interesse do Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial <strong>de</strong> Medicina(PET) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará em externar as ativida<strong>de</strong>s<br />

praticadas pelo grupo, além <strong>de</strong> atualizar os visitantes do site sobre importantes notícias em saú<strong>de</strong> e divulgar os eventos realizados<br />

pelo programa, foi criado em março <strong>de</strong> 2007 o Site do grupo PET-Medicina da UFC. Objetivos: Expor à comunida<strong>de</strong> acadêmica e aos estudantes<br />

<strong>de</strong> medicina em geral as ativida<strong>de</strong>s realizadas pelo grupo no tripé do ensino, pesquisa e extensão; Disponibilizar material <strong>de</strong><br />

estudo sobre diferentes assuntos relacionados à medicina abordados nas capacitações internas do grupo; Divulgar à comunida<strong>de</strong> aca-<br />

69 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.<br />

70 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

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dêmica as diversas ativida<strong>de</strong>s e eventos realizados pelo grupo no sentido <strong>de</strong> atrair o interesse e a participação estudantil. Métodos: O<br />

site é atualizado no mínimo uma vez por semana com uma notícia em saú<strong>de</strong> e a publicação das aulas <strong>de</strong> capacitação interna realizadas<br />

durante a semana. Os integrantes do grupo se revezam nesta função, possibilitando uma atualização contínua do site. O grupo divulga<br />

o site em todos os eventos e ativida<strong>de</strong>s que realiza visando informar aos estudantes da ferramenta disponível. Resultados: A visitação<br />

do site cresce continuamente e sua abrangência transpassou os muros da faculda<strong>de</strong> havendo só em <strong>2009</strong>(até maio) a visitação por internautas<br />

<strong>de</strong> 64 países <strong>de</strong> diferentes continentes e uma média mensal <strong>de</strong> 6875 acessos. Percebemos que os estudantes estão mais bem informados<br />

sobre as ativida<strong>de</strong>s do grupo e utilizam o site como ferramenta <strong>de</strong> estudo e atualização. Conclusão: Acriação do site proporcionou<br />

um compartilhamento ampliado das ativida<strong>de</strong>s do grupo e a aceitação do site é refletida no crescente número <strong>de</strong> visitas <strong>de</strong>correntes<br />

da boa qualida<strong>de</strong> do material oferecido e da facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso ao conteúdo pela internet.<br />

Projeto Alfa-Manaus De Primeiros Socorros E Prevenção De Aci<strong>de</strong>ntes: Divisão Interna<br />

E Funcionamento<br />

Souza, ARM 71<br />

Lima, AR 71<br />

Melo, NC 71<br />

Padilla, R 71<br />

Oliveira,TS 71<br />

Menezes, VL 71<br />

Introdução: O Projeto Alfa-Manaus, fundado em 1997, promove eventos educacionais <strong>de</strong> cunho teórico-prático, voltados à comunida<strong>de</strong>.<br />

É formado por 40 acadêmicos <strong>de</strong> medicina dividindo as ativida<strong>de</strong>s internas na forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentos. Objetivo: Relatar<br />

êxito no funcionamento do projeto através da execução a<strong>de</strong>quada do regimento interno e <strong>de</strong> divisão <strong>de</strong> tarefas apropriada. Métodos: O<br />

projeto é dividido em 6 <strong>de</strong>partamentos, administrados pela coor<strong>de</strong>nação e conselho formado pelos chefes <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento e coor<strong>de</strong>nação.<br />

Treinamento didático – atualização do conteúdo didático e seleção <strong>de</strong> novos membros; patrimônio – manutenção dos bens; informática<br />

e relações públicas – contatos e parcerias, divulgação <strong>de</strong> eventos, manutenção <strong>de</strong> páginas virtuais e dos computadores; publicida<strong>de</strong><br />

e registro – registro das ativida<strong>de</strong>s realizadas; secretaria - documentação das ativida<strong>de</strong>s e verificação do cumprimento das obrigações;<br />

tesouraria - administração dos valores do projeto. Além das atribuições específicas <strong>de</strong> cada <strong>de</strong>partamento, os membros possuem<br />

atribuições comuns, as AMOs (ativida<strong>de</strong>s obrigatórias mínimas): 3 palestras para comunida<strong>de</strong> semestrais; 1 palestra interna anual; freqüência<br />

<strong>de</strong> 75% nas reuniões; participação nos mini-cursos e nas simulações; cumprimento das escalas e quando houver impossibilida<strong>de</strong>,<br />

provi<strong>de</strong>nciar substituto imediatamente; submeter-se a avaliação anual <strong>de</strong> conhecimentos teóricos em Suporte Pré-hospitalar <strong>de</strong><br />

Vida no Trauma. Ao <strong>de</strong>scumprir as obrigações, há punição conforme as normas do regimento interno ou votadas pelo conselho. Resultados:<br />

O método <strong>de</strong> organização do projeto Alfa tem sido eficaz na manutenção das ativida<strong>de</strong>s já existentes e na participação em novos<br />

eventos. Durante seus 12 anos, a média <strong>de</strong> permanência dos membros no projeto foi <strong>de</strong> 3 anos, com raras expulsões e <strong>de</strong>sistências em<br />

menos <strong>de</strong> um ano. Conclusão: Aorganização em <strong>de</strong>partamentos proporciona divisão <strong>de</strong> tarefas e interação entre acadêmicos <strong>de</strong> diversos<br />

períodos, antecipando situações que provavelmente só seriam vivenciadas no âmbito profissional, assim tornando-os melhor preparados<br />

tanto no âmbito científico quanto no burocrático, propiciando uma formação menos individual e mais multidisciplinar.<br />

71 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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Ativida<strong>de</strong>s De Educação Nutricional Em Populações Específicas (AENPE)<br />

Da Silva, APS 72<br />

Da Silva, RM 72<br />

Guimarães, MF 72<br />

Pereira, LO 72<br />

Carvalho, ND 72<br />

Oliveira, MC 72<br />

Introdução: A educação ou aconselhamento nutricional é um processo pelo qual indivíduos, em diferentes faixas etárias, são<br />

auxiliados a modificar o comportamento alimentar incorreto. O projeto AENPE é um projeto <strong>de</strong> extensão da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />

Amazonas formado atualmente por 20 acadêmicos <strong>de</strong> Medicina, e tem como finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s educativas para promoção<br />

<strong>de</strong> hábitos alimentares saudáveis e a<strong>de</strong>quados, e assim, combater morbida<strong>de</strong>s e distúrbios alimentares associados. Objetivos:<br />

Desenvolver ativida<strong>de</strong>s educativas junto às populações nas diferentes faixas da vida para melhoria da qualida<strong>de</strong> nutricional adscritas<br />

aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e entre outras unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção. Objetiva também a prevenção <strong>de</strong> doenças e a promoção <strong>de</strong> uma vida mais saudável,<br />

conduzindo ao bem-estar geral do indivíduo. Metodologia: Instituições que necessitam <strong>de</strong> intervenção nutricional são visitadas.<br />

Detectam-se suas principais necessida<strong>de</strong>s nutricionais, e então é avaliada a melhor forma <strong>de</strong> abordagem teórica e prática. As ativida<strong>de</strong>s<br />

educacionais são realizadas uma vez a cada mês utilizando-se temas específicos sobre alimentação, adaptados ao público alvo.<br />

Diferentes recursos são utilizados: dramatizações, danças, músicas e apresentações em data show. Resultados: O projeto obteve gran<strong>de</strong><br />

repercussão em dois grupos específicos focados, beneficiando crianças e adolescentes. Com as ativida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m-se traçar estratégias<br />

sistematizadas para impulsionar a valorização da alimentação, modificações dos valores, atitu<strong>de</strong>s, práticas e relações sociais que se estabelecem<br />

em torno da alimentação. Conclusões: A a<strong>de</strong>são dos participantes às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>monstrou a importância do referido<br />

PIBEX para a educação nutricional <strong>de</strong> populações específicas. Observou-se que a metodologia utilizada po<strong>de</strong> facilitar a compreensão e<br />

a conscientização dos participantes sobre a reeducação alimentar. Além disso, é um método saudável, sensato, seguro e a<strong>de</strong>quado para<br />

promoção da nutrição, proteção e prevenção <strong>de</strong> doenças. Dessa forma, consegue-se construir novas maneiras <strong>de</strong> pensar e estabelecer<br />

significados para o ato <strong>de</strong> comer oferecendo alternativas alimentares mais saudáveis e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Liga De Geriatria E Gerontologia De Dourados: A Experiência Acadêmica Com A<br />

Terceira Ida<strong>de</strong><br />

Menegotto, EMA73 Toral, LB73 Introdução: É fato que a população mundial está envelhecendo. Conseqüente a isto, a progressiva fragilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente do envelhecimento<br />

vem a somar comorbida<strong>de</strong>s, limitações e evi<strong>de</strong>nte queda na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do idoso. Assim, a Liga <strong>de</strong> Geriatria e Gerontologia<br />

<strong>de</strong> Dourados (LGGD) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, propõe-se, através da extensão universitária, prestar<br />

atendimento especializado e promoção da saú<strong>de</strong> aos idosos. Objetivos: Relatar as experiências dos acadêmicos, <strong>de</strong> cunho escolar, pessoal<br />

e social, ao realizarem as ações <strong>de</strong> extensão da liga. Métodos: ALGGD proporciona aos acadêmicos aprendizado prático, através <strong>de</strong><br />

atendimento aos idosos, semanalmente, acompanhados por médico geriatra, que se faz em grupo, por meio da Avaliação Geriatria<br />

Ampla, anamnese e exame físico completo. Por fim, o caso é discutido entre os alunos e o médico a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir as condutas e orientar<br />

o idoso. Acrescenta-se também o aprendizado teórico, em que assuntos sobre geriatria e gerontologia são <strong>de</strong>batidos em palestras com<br />

diversos profissionais da área da saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> apresentações orais <strong>de</strong> artigos recentes e <strong>de</strong> casos clínicos atendidos em aulas práticas pelos<br />

acadêmicos. Resultados: O trabalho com idosos é uma experiência gratificante. Estes, muitas vezes apenas recebendo atenção já se tornam<br />

mais alegres e confiantes, respeitando comumente mais as condutas médicas adotadas. Os acadêmicos, além <strong>de</strong> maior convivência<br />

com as doenças que acometem senis e as formas <strong>de</strong> combatê-las, entram em contato com uma realida<strong>de</strong> contrastante, uma experiência<br />

pessoal e social singular. Conclusões: Aexperiência proposta pela liga contribui muito na melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos idosos<br />

atendidos, bem como na formação profissional, pessoal e social dos acadêmicos participantes, proporcionando um maior contato com a<br />

terceira ida<strong>de</strong>. Vivenciar a situação <strong>de</strong>stas pessoas e discutir seus casos sensibiliza o futuro médico para uma formação mais preocupada<br />

com as mazelas da socieda<strong>de</strong>.<br />

72 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

73 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, Dourados, MS, Brasil.<br />

632<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Extensão Universitária Na Famema: Concepção E Mapeamento Das Dificulda<strong>de</strong>s<br />

Boin, AC 74<br />

Oliveira, MS 74<br />

Prohmann, LF 74<br />

Oliveira, AAS 75<br />

Introdução: Aproposta educacional da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília (Famema) prevê a inserção dos estudantes junto à comunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro ano <strong>de</strong> curso, po<strong>de</strong>ndo-se levantar a discussão sobre a importância da extensão universitária no processo<br />

<strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão também <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>senvolvidas nas Socieda<strong>de</strong>s Cientificas acadêmicas, porém as<br />

mesmas referem limitações para sua aplicabilida<strong>de</strong>. Objetivos: Analisar concepção e dificulda<strong>de</strong>s em extensão universitária encontradas<br />

por estudantes <strong>de</strong> medicina participantes <strong>de</strong> Socieda<strong>de</strong>s Científicas, possibilitando mapear suas necessida<strong>de</strong>s para posterior estratégia<br />

<strong>de</strong> intervenção. Métodos: Foi apresentado questionário ao presi<strong>de</strong>nte e assessor <strong>de</strong> extensão, preferencialmente, <strong>de</strong> cada uma das<br />

16 Socieda<strong>de</strong>s, para análise qualitativa, sob livre a<strong>de</strong>são. As informações colhidas foram transformadasemclassesoucategorias<strong>de</strong>dados,<br />

sendo que as categorias <strong>de</strong> análise são não exclu<strong>de</strong>ntes, vista a variabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> temas encontrados em cada questão. Resultado: O<br />

questionário foi proposto a 32 estudantes, e 24 a<strong>de</strong>riram. Desses, 50% <strong>de</strong> cada sexo, compostos por 25% da 2ª série, 29,2% da 3ª serie e<br />

45,8% da 4ª série. Referente ao conceito, 79% das respostas apontam como uma forma <strong>de</strong> levar conhecimento à comunida<strong>de</strong>, 54% reconhecem<br />

como um instrumento transformador da realida<strong>de</strong>.Todos as respostas i<strong>de</strong>ntificam a indissociabilida<strong>de</strong> entre ensino, pesquisa,<br />

extensão. 87,5% observam a realização <strong>de</strong> extensão universitária na Famema, mas 45,8% acreditam que é realizada <strong>de</strong> forma ina<strong>de</strong>quada.<br />

As maiores dificulda<strong>de</strong>s foram observadas por 50% como sendo relacionadas à instituição: falta <strong>de</strong> organização e estrutura, falta <strong>de</strong><br />

capacitação docente, falta <strong>de</strong> fomento, e por 41,6% como sendo relacionadas aos próprios acadêmicos: falta <strong>de</strong> conhecimento e <strong>de</strong> interesse,<br />

mesmo 100% <strong>de</strong>les tendo i<strong>de</strong>ntificado a extensão universitária importante para sua formação. Conclusão: Observou-se que o entendimento<br />

do conceito é superficial, o que é apontado como uma dificulda<strong>de</strong>, bem como alguns aspectos organizacionais e estruturais<br />

da instituição, fazendo-se necessários maiores investimentos e discussões.<br />

Atenção Domiciliar Em Saú<strong>de</strong> Para Portadores De Doenças Crônicas: Relato De<br />

Experiência Com Estudo De Caso<br />

Garcia, GB76 Athay<strong>de</strong>, RAB76 Filho, AER 76<br />

Sá, RD76 Duarte, SC76 Muñoz, RLS76 Introdução: Existem muitos benefícios na atenção domiciliar em saú<strong>de</strong> para portadores <strong>de</strong> doenças crônicas, como a diminuição<br />

<strong>de</strong> hospitalizações e um atendimento mais humanizado ao paciente. Objetivos: Expor a experiência <strong>de</strong> uma visita domiciliar no<br />

contexto <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> extensão (PROBEX/UFPB) <strong>de</strong> atendimento a pacientes com doenças crônicas e discutir seus benefícios para<br />

a assistência do paciente e o aprendizado dos alunos extensionistas. Métodos: Relato <strong>de</strong> experiência <strong>de</strong> prática acadêmica domiciliar <strong>de</strong><br />

um projeto <strong>de</strong> extensão com estudo <strong>de</strong> caso. Selecionou-se uma paciente atendida no ambulatório <strong>de</strong> egressos <strong>de</strong> internação da clínica<br />

médica do hospital da UFPB. Resultados: A paciente visitada foi uma mulher diabética, 61 anos, com mau controle metabólico, hipertensa,<br />

baixa a<strong>de</strong>são terapêutica, polifamácia, ansiosa, portadora <strong>de</strong> risco cardiovascular alto e <strong>de</strong>sfavorável condição econômica. A<br />

equipe visitadora foi formada por uma médica e dois estudantes extensionistas. Os objetivos da visita foram conhecer o domicílio, apoio<br />

familiar, seguimento da prescrição, condições <strong>de</strong> estocagem dos medicamentos, administração <strong>de</strong> insulina, medição da pressão arterial<br />

e auto-monitorização da glicemia. Com consentimento prévio para a visita, comunicou-se o objetivo <strong>de</strong>sta, aplicou-se um questionário<br />

elaborado para este fim com os itens referidos acima, realizou-se intervenção educativa e conversou-se com familiares. Os objeti-<br />

74 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

75 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP, Brasil.<br />

76 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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vos da visita foram alcançados; constatou-se que a família proporcionava apoio à paciente, a terapêutica estava sendo seguida, mas a<br />

paciente apresentava sintomas <strong>de</strong>pressivos; esta se mostrou receptiva à visita, cooperativa e recebeu as orientações, ao contrário do que<br />

ocorreu no ambulatório. Conclusões: A visita permitiu verificar a existência do componente <strong>de</strong>pressivo da paciente e melhorou a relação<br />

<strong>de</strong>sta com a equipe do projeto. A visitação domiciliar tem importância para o acompanhamento do portador <strong>de</strong> doença crônica e<br />

permite ao aluno extensionista a visualização do paciente no contexto domiciliar.<br />

Campanha De Atendimento E Prevenção De Doenças Renais Realizada Na Cida<strong>de</strong> De<br />

Manaus Em Comemoração Ao Dia Mundial Do Rim<br />

Leite, FM 77<br />

Chaves, AECC 77<br />

Silva, ACS 77<br />

Me<strong>de</strong>iros, DB 77<br />

Rebelo, VB 77<br />

Brandao, HCS 77<br />

Introdução: ACampanha <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Doenças Renais é um evento realizado anualmente pela Socieda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Nefrologia<br />

em comemoração ao dia mundial do rim. Os locais escolhidos para o evento em Manaus foram o Centro <strong>de</strong> Convivência da Família<br />

e o Centro do Idoso, ambos voltados para a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população. O evento ocorreu nos dias 12 e 13 <strong>de</strong><br />

março <strong>de</strong> <strong>2009</strong> com a participação <strong>de</strong> acadêmicos <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, vinculados ao Programa <strong>de</strong><br />

Atendimento ao Nefropata Diabético – PANEDI e à Liga Amazonense <strong>de</strong> Nefrologia. Objetivo: O evento buscou a triagem <strong>de</strong> possíveis<br />

portadores <strong>de</strong> doença renal que não estejam recebendo tratamento a<strong>de</strong>quado. Também objetivou, por meio <strong>de</strong> palestras e distribuição<br />

<strong>de</strong> fol<strong>de</strong>rs, o esclarecimento à população da elevada incidência da patologia renal e <strong>de</strong> seus principais fatores <strong>de</strong> risco. Métodos: Foram<br />

realizados aplicação <strong>de</strong> questionário e anamnese sucinta, medida da circunferência abdominal, peso, altura, aferição da pressão arterial,<br />

glicemia e exame <strong>de</strong> urina através <strong>de</strong> fitas-teste. Ao final, os exames eram interpretados junto com professores e caso encontrada alguma<br />

alteração significativa os pacientes eram encaminhados ao Ambulatório Araújo Lima, para confirmação dos resultados e o <strong>de</strong>vido<br />

seguimento. Resultados: Foram atendidas cerca <strong>de</strong> 280 pessoas e aproximadamente 90 receberam encaminhamento ao ambulatório,<br />

no qual estão sendo acompanhados pelos preceptores e acadêmicos do PANEDI. Conclusão: O evento estimulou a participação dos<br />

acadêmicos na prevenção e no reconhecimento precoce da doença renal e forneceu-lhes experiência prática para realizá-los <strong>de</strong> rotina.<br />

Foi possível observar a importância <strong>de</strong> ações <strong>de</strong>sse gênero no âmbito social, pelo número expressivo <strong>de</strong> pacientes i<strong>de</strong>ntificados e que,<br />

atualmente, estão sendo tratados. Po<strong>de</strong>-se observar uma carência explicita da população por ações assistenciais em saú<strong>de</strong>, pois a mesma<br />

mostrou-se ávida por atendimento médico e gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sinformação a respeito da doença renal.<br />

Metodologia De Ensino Cirúrgico<br />

Sandri, CO 77<br />

Pinto, NT 77<br />

Purim, KSM 78<br />

Introdução: A Dermatologia como especialida<strong>de</strong> clínico-cirúrgica po<strong>de</strong> contribuir na formação médica oferecendo ensino <strong>de</strong><br />

diversas técnicas operatórias. Objetivos: Relatar a experiência com metodologia <strong>de</strong> ensino cirúrgico em curso <strong>de</strong> extensão utilizando<br />

material reciclado, e discutir sua contribuição para a educação médica. Métodos: Para abordar as práticas cirúrgicas na pele, o conteúdo<br />

programático do curso <strong>de</strong> extensão enfocou técnicas <strong>de</strong> biópsias <strong>de</strong> pele, excisões, suturas, retalhos e noções <strong>de</strong> enxerto. Através da <strong>de</strong>monstração<br />

prévia em multimídia, comparação com imagens <strong>de</strong> pacientes, reprodução em <strong>de</strong>senhos, textos <strong>de</strong> apoio e orientação sobre<br />

os procedimentos, foram trabalhados conceitos básicos <strong>de</strong> cirurgia <strong>de</strong>rmatológica – que permeiam as diretrizes para procedimentos<br />

operatórios ambulatoriais realizados em outras especialida<strong>de</strong>s médicas. Após o embasamento teórico, os estudantes treinaram sobre<br />

77 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

78 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

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supervisão direta <strong>de</strong> professores e monitores em patas <strong>de</strong> porcos congeladas, reaproveitadas <strong>de</strong> animais utilizados para aulas no biotério,<br />

buscando apren<strong>de</strong>r ou melhorar o gestual cirúrgico, remover dúvidas e integrar conhecimentos anatômicos e fisiológicos essenciais<br />

para a boa técnica operatória. Foi realizada avaliação antes e após o treinamento a fim <strong>de</strong> verificar a eficácia do mesmo. Resultados: O<br />

ensinamento <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> excisões, incisões, fusos, movimentos dos tecidos, retalhos e suturas em pata <strong>de</strong> porco capacita o estudante a<br />

enten<strong>de</strong>r o mecanismo <strong>de</strong> ação dos métodos básicos. Amplia o nível <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong> manual, as noções dos perigos e possíveis complicações<br />

das cirurgias cutâneas mais usadas na rotina médica. Conclusões: Esta metodologia se mostrou uma opção eficaz, simples e segura<br />

para o ensino-aprendizado através do treinamento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s cirúrgicas dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina, otimizando aproveitamento<br />

do mo<strong>de</strong>lo experimental já existente, com custo reduzido.<br />

Projeto Beija-Flor: Atenção Integral Aos Portadores Infantis De Síndromes Falcêmicas<br />

Soares, GMT79 Camilo, GB79 David, FL79 Riani, LR79 Henriques, KMCH79 Sousa, NA79 Introdução: As síndromes falcêmicas consistem em um grupo <strong>de</strong> alterações genéticas, <strong>de</strong> herança autossômica recessiva, com<br />

manifestações multissistêmicas e <strong>de</strong> caráter crônico. A doença é mais frequente na raça negra. Estima-se que 3 <strong>de</strong> cada 100 pessoas são<br />

portadoras do traço falcêmico e 1 em cada 500 negros brasileiros nascem com a doença. Agran<strong>de</strong> prevalência justifica a implementação<br />

do Projeto Beija-Flor na promoção à saú<strong>de</strong> da criança hemoglobinopata. Objetivos: Prover assistência multiprofissional aos pacientes<br />

infantis <strong>de</strong> 0 a 12 anos portadores <strong>de</strong> síndrome falcêmica da Zona da Mata Mineira. Promover saú<strong>de</strong>, sob a ótica <strong>de</strong> prevenção, consi<strong>de</strong>rando<br />

as complicações da doença falcêmica. Propiciar educação em saú<strong>de</strong> e capacitação do acadêmico no manejo do falcêmico.<br />

MÉTODOS: Os acadêmicos da Liga <strong>de</strong> Hematologia e funcionários do HU-UFJF das áreas <strong>de</strong> psicologia e odontologia realizam consultas<br />

multidisciplinares durantes as consultas médicas marcadas para as crianças falcêmicas. As consultas médicas, odontológicas e<br />

psicológicas são realizadas em momentos distintos mas com interação <strong>de</strong> formação e visualização do paciente como um todo. Há abordagem<br />

da família dos pacientes infantis internados no serviço <strong>de</strong> pediatria do HU-UFJF, a fim <strong>de</strong> promover orientação quanto à doença<br />

e aconselhamento genético. Resultados: Avaliação multidisciplinar mensal <strong>de</strong> 11 crianças no ambulatório <strong>de</strong> hematologia do HU-UFJF,<br />

além das inúmeras internadas na pediatria do mesmo hospital. São realizados treinamentos profissionais aos acadêmicos junto a professores<br />

<strong>de</strong> pediatria e hematologia, somando-se a treinamentos on-line em anemia falciforme promovidos pelo Centro <strong>de</strong> Educação e<br />

Apoio para Hemoglobinopatias (CEHMOB-MG). Conclusões: A anemia falciforme é uma doença crônica que requer uma abordagem<br />

multidisciplinar que privilegie a saú<strong>de</strong> da criança em todos os seus níveis, a fim <strong>de</strong> amenizar as complicações da doença e promover a<br />

integração social dos falcêmicos. A extensão universitária é um instrumento eficaz para atingir esses objetivos.<br />

Prevenindo O Câncer De Pele: Um Enfoque Na Educação Em Saú<strong>de</strong><br />

Alcantara, BRS 80<br />

Me<strong>de</strong>iros, ACR 80<br />

Pinheiro, AC 80<br />

Frazão, CS 80<br />

Moura, LP 80<br />

Introdução: a elevada freqüência <strong>de</strong> câncer da pele no Brasil permite consi<strong>de</strong>rá-lo problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, mas a exposição<br />

solar, principal fator <strong>de</strong> risco, é prática difundida. apesar da alta morbida<strong>de</strong>, a prevenção do câncer <strong>de</strong> pele po<strong>de</strong> ser facilmente exeqüível,<br />

sendo o intuito <strong>de</strong>ste projeto, trabalhar nesse enfoque. é importante ampliar a consciência da gravida<strong>de</strong> sanitária <strong>de</strong>ssa neoplasia,<br />

através da educação em saú<strong>de</strong>. Objetivos: promover prevenção primária e auxiliar na prevenção secundária do câncer <strong>de</strong> pele, que in-<br />

79 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

80 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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clui rastreamento, diagnóstico precoce e aconselhamento. Métodos: o trabalho é realizado por estudantes universitários, sob orientação<br />

<strong>de</strong> professores do ensino superior. Trata-se <strong>de</strong> um grupo que mantém essa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipe fomentadora <strong>de</strong> opiniões e formadora<br />

<strong>de</strong> agentes sociais na prevenção <strong>de</strong> doenças <strong>de</strong>rmatológicas. <strong>de</strong>ssa forma, interessa à socieda<strong>de</strong> e aos estudantes universitários,<br />

atuar na modificação <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong>; porque, como parte <strong>de</strong> uma instituição acadêmica, é verificada necessida<strong>de</strong> e até certa cobrança<br />

<strong>de</strong> pôr em prática o que é visto na teoria, em benefício do meio social. o projeto está voltado para atuação com crianças e adolescentes do<br />

ensino médio e pacientes <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família. para facilitar a abordagem e a compreensão pela população, captando sua<br />

atenção, são usados vários recursos didáticos ( figuras, cartazes, panfletos informativos, colagens e textos <strong>de</strong> jornais, revistas ou da internet).<br />

Resultados: a partir <strong>de</strong>sse projeto, percebeu-se que havia uma gran<strong>de</strong> carência <strong>de</strong> ações concretas <strong>de</strong> cunho preventivo, apesar<br />

da existência das campanhas nacionais <strong>de</strong> prevenção. Conclusões: após <strong>de</strong>monstrações teóricas, percebeu-se que as informações eram<br />

resgatadas através <strong>de</strong> jogos interativos <strong>de</strong> perguntas e respostas e pela produção <strong>de</strong> cartazes, histórias em quadrinhos, etc. no público<br />

alvo <strong>de</strong> crianças e adolescentes em ida<strong>de</strong> escolar. para a outra parcela do público, foram feitas as palestras e aulas-<strong>de</strong>bate, com as<br />

respostas às indagações prestadas.<br />

Ativida<strong>de</strong>s Para Desenvolvimento De Competências Clínicas Na Assistência Ao Paciente<br />

Com Doença Crônica No Projeto De Extensão Continuum / PROBEX / UFPB<br />

Rolim Filho, AE81 Costa, NA81 Fernan<strong>de</strong>s, BM81 Sá, RD81 Silva, IBA81 Sousa-Muñoz, RL81 Introdução: Em concordância com o novo Projeto Pedagógico do Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, o trabalho<br />

relacionado ao ensino do projeto <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong>nominado Continuum / PROBEX buscou possibilitar ao aluno extensionista o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências práticas <strong>de</strong> assistência ao paciente com doença crônica. Objetivos: Descrever e avaliar as ativida<strong>de</strong>s<br />

didático-pedagógicas do projeto <strong>de</strong> extensão Continuum, cuja principal ação é a assistência ambulatorial contínua aos pacientes portadores<br />

<strong>de</strong> doenças crônicas. Métodos: Trata-se <strong>de</strong> um relato <strong>de</strong> experiência <strong>de</strong>scritivo e reflexivo focalizando as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino<br />

para estudantes <strong>de</strong> Medicina participantes do Projeto <strong>de</strong> extensão Continuum, assim como seu processo <strong>de</strong> auto-avaliação e avaliação<br />

do projeto. Ao final da vigência do trabalho em 2008, os estudantes preencheram um questionário <strong>de</strong> avaliação. Resultados: As ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> ensino consistiram em discussões <strong>de</strong> problemas clínicos trazidos pelos pacientes e revisões teóricas semanais sobre os temas vivenciados<br />

na prática ambulatorial. Paralelamente, foram realizados seminários para apresentação e discussão dos protocolos clínicos<br />

elaborados pelo grupo. A análise da avaliação dos estudantes <strong>de</strong>monstra que eles consi<strong>de</strong>raram que os objetivos do projeto foram alcançados,<br />

enten<strong>de</strong>ndo que os pacientes atendidos foram beneficiados e que o projeto atingiu o seu público. Seis (85,7%) extensionistas<br />

afirmaram que o projeto contribuiu para seu <strong>de</strong>senvolvimento acadêmico. Todos afirmaram que se sentiram estimulados a formar juízo<br />

crítico e 5 (71,4%) consi<strong>de</strong>raram que houve articulação do projeto com seu aprendizado. Conclusões: Tendocomocampo<strong>de</strong>estudoo<br />

atendimento real <strong>de</strong> pacientes com doenças crônicas, o Projeto Continuum tem oferecido aos alunos extensionistas a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver habilida<strong>de</strong>s através da vivência clínica e da educação aos pacientes com essas enfermida<strong>de</strong>s. Portanto, esse projeto configura<br />

mais um espaço <strong>de</strong> aprendizagem relacionado à integralida<strong>de</strong> do cuidado e obtenção <strong>de</strong> novos conhecimentos ao articular a<br />

formação acadêmica com a prática ambulatorial.<br />

81 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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Projeto Amigo Do Coração - PAC<br />

Pedrosa, CR 82<br />

Souza, JPF 82<br />

Oliveira, MM 82<br />

Zanata, MC 82<br />

Vinhote, SC 82<br />

Barros, ES 82<br />

Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa <strong>de</strong> morte no Brasil. Amais importante é a doença arterial coronariana,<br />

uma enfermida<strong>de</strong> cuja prevenção <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do controle dos seus fatores <strong>de</strong> risco. O Projeto Amigos do Coração (PAC) visou promover<br />

a saú<strong>de</strong> no âmbito cardiovascular e formar um elo acadêmico-paciente. As ativida<strong>de</strong>s do projeto foram realizadas nas comunida<strong>de</strong>s,<br />

nos ambulatórios do Hospital Universitário Francisca Men<strong>de</strong>s (HUFM) e Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) e no<br />

auditório da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina da UFAM. Objetivos: Prevenir a doença coronariana na comunida<strong>de</strong>; promover a melhoria do estilo<br />

<strong>de</strong> vida na comunida<strong>de</strong>; Encaminhar pacientes com prováveis doenças coronarianas e/ou pacientes com quaisquer suspeita <strong>de</strong> cardiopatias<br />

ao HUFM; colocar o estudante em contato com a comunida<strong>de</strong>. Metodologia: As ativida<strong>de</strong>s foram divididas em dois momentos:<br />

1. Ativida<strong>de</strong>s realizadas junto à comunida<strong>de</strong>: teste <strong>de</strong> glicose, cálculo do IMC, aferição da pressão arterial e medidas antropométricas,<br />

além <strong>de</strong> anamnese dirigida. Pacientes nos quais foram <strong>de</strong>tectados riscos para cardiopatias, seguem para o segundo momento <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s. 2. Ativida<strong>de</strong>s realizadas no ambulatório do HUGV e HUFM: Estudo da bioquímica sanguínea; acompanhamento e encaminhamento<br />

<strong>de</strong> pacientes para atendimento médico. Resultados: O PAC aten<strong>de</strong>u pacientes <strong>de</strong> diversas comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Manaus, tornando<br />

os acadêmicos mais familiarizados com o atendimento comunitário, o qual <strong>de</strong>manda uma linguagem a<strong>de</strong>quada ao grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> cada paciente. Durante suas ativida<strong>de</strong>s, o PAC pô<strong>de</strong> fazer a triagem <strong>de</strong> pacientes com risco elevado para eventos cardiovasculares,<br />

encaminhando-os para o atendimento ambulatorial, com início <strong>de</strong> mudanças no estilo <strong>de</strong> vida e, por vezes, do emprego <strong>de</strong> farmacoterapia.<br />

Todas as comunida<strong>de</strong>s atendidas mostraram-se gratas ao serviço prestado, atestando a carência médica em tais locais. Conclusão:<br />

O PAC contribuiu com a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos habitantes manauenses e, provavelmente, com a diminuição <strong>de</strong> futuros<br />

eventos cardiovasculares.<br />

Continuida<strong>de</strong> Do Cuidado E A<strong>de</strong>são Do Paciente Com Doença Crônica: Ações De<br />

Educação Em Saú<strong>de</strong> Em Projeto De Extensão No HULW/UFPB<br />

Rolim Filho, AE83 Fernan<strong>de</strong>s, BM83 Andra<strong>de</strong>, NC83 Sá, RD83 Silva, IBA83 Sousa-Muñoz, RL83 Introdução: A continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados em saú<strong>de</strong> permite melhor conhecimento dos doentes, condicionando menor número<br />

<strong>de</strong> prescrições e aumentando sua a<strong>de</strong>são. Este é um dos principais objetivos do projeto <strong>de</strong> extensão do PROBEX/ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

da Paraíba <strong>de</strong>signado “Ambulatório <strong>de</strong> Egressos <strong>de</strong> Internação da Clínica Médica do Hospital Universitário Lauro Wan<strong>de</strong>rley/UFPB.<br />

Continuida<strong>de</strong> da Assistência ao Paciente com Doença Crônica”. Objetivos: Delinear as ações <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> e seu impacto sobre<br />

a a<strong>de</strong>são dos pacientes com doenças crônicas do referido projeto <strong>de</strong> extensão (PROBEX/UFPB). Métodos: Relato <strong>de</strong> experiência em<br />

extensão sobre educação em saú<strong>de</strong> para pacientes portadores <strong>de</strong> doenças crônicas. Através da continuida<strong>de</strong> do cuidado ambulatorial e<br />

<strong>de</strong> processos <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>, buscou-se, a cada visita do paciente, fornecer-lhe informação e comunicação sobre sua doença crônica,<br />

com o objetivo <strong>de</strong> tentar mudar seu comportamento. Os estudantes extensionistas <strong>de</strong> Medicina realizaram orientação educativa<br />

com orientação da terapêutica não-medicamentosa (dieta, exercícios físicos, peso, combate ao tabagismo e consumo alcoólico) e da terapêutica<br />

medicamentosa. Resultados: Estudantes extensionistas <strong>de</strong> Medicina realizaram orientação educativa a cada visita ambulatori-<br />

82 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

83 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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al mensal dos pacientes com orientação da terapêutica não-medicamentosa e medicamentosa para 32 pacientes. Ao final da vigência do<br />

projeto em 2008, verificou-se a<strong>de</strong>são completa por 19 (79,2%) dos pacientes, parcial por três (12,5%) e ausência <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são por dois<br />

(8,3%), além <strong>de</strong> haver melhora do conhecimento <strong>de</strong>stes em relação aos medicamentos em uso. Conclusões: Aa<strong>de</strong>são terapêutica representa<br />

um objetivo difícil <strong>de</strong> ser alcançado em portadores <strong>de</strong> doenças crônicas, mas a sequencialida<strong>de</strong>, no tempo e no sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> intervenções integradas <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser um meio efetivo da promoção <strong>de</strong> melhora <strong>de</strong> conscientização do paciente<br />

sobre sua doença, com melhor controle <strong>de</strong>sta.<br />

VISITANDO, INFORMANDO E DEMONSTRANDO AÇÕES DE SAÚDE -<br />

V.I.D.A.S<br />

Rêgo, LM 84<br />

Galvão, MA 84<br />

Lopes, TH 84<br />

Barbosa, BECS 84<br />

Nascimento, A 84<br />

Pedrosa, APM 84<br />

Introdução: A UFAL incorporou em 2006 as novas diretrizes curriculares do curso <strong>de</strong> Medicina, baseadas nas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e formação generalista. Ensino, pesquisa e extensão <strong>de</strong>vem proporcionar uma formação sólida, disseminação <strong>de</strong> conhecimento e<br />

interação com a comunida<strong>de</strong>. O projeto V.I.D.A.S. (Visitando, Informando e Demonstrando Ações <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) é uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extensão<br />

que envolve práticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva, através <strong>de</strong> visitas a comunida<strong>de</strong>s carentes promovendo <strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<br />

prestação <strong>de</strong> serviços. Objetivos: 1) Educar e informar sobre promoção da saú<strong>de</strong> e prevenção <strong>de</strong> doenças; 2) Inserir o aluno precocemente<br />

na comunida<strong>de</strong>; 3) Propiciar a integração <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> diversos cursos para incentivar o trabalho em equipe multiprofissional.<br />

Metodologia: O projeto VIDAS atua <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008 em duas comunida<strong>de</strong>s carentes <strong>de</strong> Maceió, envolvendo grupos <strong>de</strong> crianças, adultos e<br />

idosos. Houve seleção e capacitação <strong>de</strong> alunos voluntários <strong>de</strong> oito cursos e, através <strong>de</strong> inquérito domiciliar, foram levantadas as necessida<strong>de</strong>s<br />

da população. São <strong>de</strong>senvolvidas ativida<strong>de</strong>s como visitas domiciliares, caminhada, palestras educativas, oficinas, eventos sócio-recreativos<br />

e atendimento médico proporcionado por professores da universida<strong>de</strong>. Após as ativida<strong>de</strong>s são realizadas reuniões para<br />

discutir dificulda<strong>de</strong>s e estratégias. Resultados: Asnecessida<strong>de</strong>smaisrelevantesforam<strong>de</strong>batidaseasaçõesvoltadasparaosfatores<strong>de</strong><br />

risco relacionados ao estilo <strong>de</strong> vida, meio ambiente e promoção da saú<strong>de</strong>. As visitas domiciliares abordam temas como hipertensão, diabetes<br />

e auto-medicação. As caminhadas estimulam a prática regular <strong>de</strong> exercícios físicos e o atendimento médico aumenta a a<strong>de</strong>são à<br />

medicação <strong>de</strong> hipertensos e diabéticos. Com as crianças são realizados oficinas, teatros e acompanhamento do crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Conclusão: A interdisciplinarida<strong>de</strong> é base das ações, produzindo um ambiente <strong>de</strong> aprendizagem, troca <strong>de</strong> experiências e <strong>de</strong>dicação<br />

para aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s da população. O projeto usa o conhecimento científico e popular para prevenir doenças e promover<br />

a saú<strong>de</strong>, modificando a realida<strong>de</strong> social do local.<br />

84 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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Ações Do Projeto De Extensão “Ambulatório De Egressos De Internação Da Clínica<br />

Médica Do Hulw/Ufpb Para Continuida<strong>de</strong> Da Assistência Ao Paciente Com Doença<br />

Crônica”: Congregando As Três Dimensões Do Trabalho Acadêmico<br />

<strong>de</strong> Athay<strong>de</strong>, RAB85 Costa, NA85 Rolim Filho, AE85 Duarte, SCv85 Silva, IBA85 Sousa-Muñoz, RL85 Introdução: É importante valorizar práticas no campo da extensão universitária em Medicina no sentido <strong>de</strong> assistir o doente em suas<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e contribuir para sua educação quanto ao manejo <strong>de</strong> sua doença, mas também produzir conhecimento sobre atuação<br />

clínica frente à doença crônica no nosso meio, assim como favorecer o treinamento em serviço dos alunos <strong>de</strong> graduação participantes do projeto.<br />

Objetivos: Apresentar as ações <strong>de</strong> ensino, pesquisa e assistência do projeto Continuum <strong>de</strong> extensão (PROBEX/UFPB) em 2008. Métodos:<br />

Relato <strong>de</strong> experiência em extensão universitária no Centro <strong>de</strong> Ciências Médicas da UFPB, cujas ações foram o acompanhamento <strong>de</strong> pacientes<br />

com doenças crônicas egressos <strong>de</strong> internações em enfermarias <strong>de</strong> clínica médica do hospital da UFPB, executando-se um processo educativo<br />

sobre o manejo domiciliar das doenças crônicas prevalentes, monitorização clínica e controle do cumprimento da a<strong>de</strong>são terapêutica<br />

feitas pelos estudantes extensionistas sob orientação docente. Resultados: Entre junho e <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008 foram atendidos 32 pacientes no<br />

projeto. Os hipertensos predominaram (62,5%), mas todos apresentavam comorbida<strong>de</strong>s. Mais <strong>de</strong> cinco problemas foram verificados em 40%<br />

e 15 (62,5%) apresentaram novos problemas. Aa<strong>de</strong>são ao tratamento foi completa em 79,2%. Verificou-se que os pacientes apresentaram um<br />

aumento <strong>de</strong> conhecimento sobre sua doença e tratamento ao final do projeto. Nesse processo <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> soluções para os problemas i<strong>de</strong>ntificados<br />

na prática ambulatorial do projeto, os alunos extensionistas tiveram oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perceber aspectos relevantes na prática do cuidado<br />

a pessoas com doenças crônicas, contribuindo para sua capacitação em respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>. Conclusões:<br />

Os benefícios assistenciais originados por meio <strong>de</strong>sse projeto foram, em curto prazo, uma melhora da educação dos pacientes e das condições<br />

<strong>de</strong> assistência. Os alunos extensionistas tiveram condições <strong>de</strong> aplicar conhecimentos teóricos, <strong>de</strong>senvolvendo sua vivência clínica ambulatorial<br />

e confrontando a formação acadêmica com a prática.<br />

Realização De Ativida<strong>de</strong> Teórico-Prática Sobre Parto De Emergência Pelo Projeto<br />

Alfa-Manaus<br />

Barros, PS 86<br />

Melo, NC 86<br />

Padilla, R 86<br />

Salem, LAN 86<br />

Abensur, RO 86<br />

Souza, ARM 86<br />

Introdução: O parto iminente é uma emergência que <strong>de</strong>ve ser a<strong>de</strong>quadamente i<strong>de</strong>ntificada e assistida caso haja impossibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> acompanhamento especializado. O reconhecimento dos sinais e sintomas que o antece<strong>de</strong>m é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância no êxito do<br />

atendimento, pois permite que o socorrista se prepare, ainda que <strong>de</strong> forma rudimentar, para enfrentar a situação da maneira mais apropriada,<br />

minimizando morbida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong> do recém-nascido bem como da parturiente. Objetivo: Divulgação das técnicas corretas<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e atendimento em parto <strong>de</strong> emergência para a comunida<strong>de</strong> em geral. Métodos: Durante mini-curso <strong>de</strong> primeiros socorros<br />

e prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, realizado pelo projeto Alfa-Manaus foi ministrada palestra sobre parto <strong>de</strong> emergência, abordando noções<br />

anátomo-fisiológicas da gravi<strong>de</strong>z e trabalho <strong>de</strong> parto, formas <strong>de</strong> avaliação inicial e assistência extra-hospitalar, caso inviabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> transporte a<strong>de</strong>quado. No <strong>de</strong>correr do evento os participantes foram submetidos a simulações, na quais <strong>de</strong>veriam por em prática os<br />

conhecimentos adquiridos sob pena <strong>de</strong> evolução negativa e eventual óbito do recém nascido. Antes e <strong>de</strong>pois da palestra os ouvintes fo-<br />

85 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

86 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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am submetidos a questionário sobre primeiros socorros. Resultados: Percebeu-se gran<strong>de</strong> evolução nos atendimentos dos alunos que<br />

participaram do curso. Nos atendimentos eram avaliados os procedimentos corretos. Figurantes incentivavam os alunos a fazerem<br />

procedimentos errados, embora os mesmos não fizeram nenhum procedimento contra o protocolo. Conclusão: Esse tipo <strong>de</strong> evento é <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> relevância, pois promove a capacitação dos participantes a executar e divulgar o primeiro atendimento corretamente. A aplicação<br />

<strong>de</strong> questionários permite ao projeto mensurar o conhecimento prévio da população sobre o tema. As informações obtidas propiciam<br />

a adaptação dos próximos eventos às novas necessida<strong>de</strong>s. Ainteração com a comunida<strong>de</strong> oferece aos acadêmicos um maior conhecimento<br />

sobre a realida<strong>de</strong> local.<br />

Liga De Diabetes Mellitus De Dourados No “Dia Do Desafio”<br />

Andraus, MP 87<br />

Andra<strong>de</strong>, PRS 87<br />

Carmo, CEF 87<br />

Versage, PFV 87<br />

Albernaz, RT 87<br />

Oliveira, GF 87<br />

Introdução: mundialmente, no mês <strong>de</strong> maio, é realizado o “dia do <strong>de</strong>safio”, cujo objetivo é ressaltar a importância do esporte e<br />

do lazer. No Brasil, o Serviço Social do Comércio (SESC) promove nesse dia diversas ativida<strong>de</strong>s a fim <strong>de</strong> incentivar a prática <strong>de</strong> exercícios<br />

físicos. ALiga <strong>de</strong> Diabetes Mellitus <strong>de</strong> Dourados (LiDiaM) foi convidada a participar do evento. Por ser uma patologia crônica <strong>de</strong> alta<br />

prevalência em todo o mundo, o Diabetes Mellitus (DM) representa um grave problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. Sendo seu diagnóstico muitas<br />

vezes tardio. Objetivos: relatar a experiência da LiDiaM em um <strong>de</strong> seus projetos <strong>de</strong> extensão realizado no “dia do <strong>de</strong>safio”. Métodos:<br />

no dia 27 <strong>de</strong> maio do ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a LiDiaM participou do “dia do <strong>de</strong>safio” em um stand para acadêmicos e profissionais da saú<strong>de</strong><br />

na praça central da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dourados. Durante o período <strong>de</strong> exposição, 12 acadêmicos <strong>de</strong> medicina do primeiro ao quinto ano se revezaram<br />

no atendimento, orientando, fornecendo informações e realizando testes <strong>de</strong> glicemia capilar ao acaso naqueles que aceitaram<br />

participar e assinaram o termo <strong>de</strong> consentimento. Resultados: cerca <strong>de</strong> 500 pessoas, maiores <strong>de</strong> 18 anos, foram atendidas. Aglicemia capilar<br />

ao acaso foi medida em 183. Destas, 24 (13,11%) apresentaram valores elevados, tendo sido <strong>de</strong>vidamente orientadas e encaminhadas.<br />

Conclusões: a iniciativa incentiva o aprimoramento e participação dos alunos, aproxima a universida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong><br />

promover prevenção <strong>de</strong> uma doença que representa sério problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública em nosso país. Os acadêmicos constataram a importância<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar o DM e aplicaram a técnica que haviam aprendido em aulas expositivas. O contato com a população propiciou<br />

ainda o flagrante <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carência <strong>de</strong> instrução e <strong>de</strong> assistência primária.<br />

Participação Do Projeto Alfa Manaus Em Amostra De Extensão Da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

Do Amazonas<br />

Veloso, APCC 88<br />

Melo, EL 88<br />

Afonso, GL 88<br />

Burga, MAM 88<br />

Vieira, RB 88<br />

De Oliveira, TS 88<br />

Introdução: a extensão é um processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa e viabiliza a relação transformadora<br />

entre a universida<strong>de</strong> e a socieda<strong>de</strong>. Anualmente a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas (UFAM) promove, por meio <strong>de</strong> sua<br />

Pró-Reitoria <strong>de</strong> Extensão e Interiorização (PROEXTI), a Amostra <strong>de</strong> Extensão. Esta é aberta a todas as faculda<strong>de</strong>s públicas e privadas <strong>de</strong><br />

Manaus promotoras <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão. Há mais <strong>de</strong> 10 anos o Projeto Alfa Manaus é um projeto <strong>de</strong> extensão vinculado a UFAM<br />

e vem participando <strong>de</strong>sta amostra regularmente, possibilitando conhecimento sobre primeiros socorros à comunida<strong>de</strong> leiga e acadêmica.<br />

Objetivos: relatar a experiência na divulgação do projeto Alfa Manaus aos visitantes da Amostra <strong>de</strong> Extensão através <strong>de</strong> palestras e<br />

87 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, Dourados, MS, Brasil.<br />

88 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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aulas práticas e, conseqüentemente, a importância dos primeiros socorros à socieda<strong>de</strong>. Métodos: o projeto participou apresentando<br />

versões reduzidas <strong>de</strong> suas palestras para leigos sobre assuntos elementares como fraturas, afogamento, parada cardiorrespiratória e<br />

queimaduras; além <strong>de</strong> situações práticas on<strong>de</strong> visitantes interagiam entre si a fim <strong>de</strong> praticar as informações apreendidas nas palestras.<br />

Utilizaram-se além <strong>de</strong> palestras em sli<strong>de</strong>s, manequins para prática <strong>de</strong> Reanimação Cardiopulmonar, bem como material para treino <strong>de</strong><br />

imobilização <strong>de</strong> fraturas e entorses, como talas flexíveis e ataduras. Resultados: o público <strong>de</strong>monstrou-se receptivo e interessado com<br />

relação ao projeto e assuntos abordados, havendo uma média <strong>de</strong> 15 participantes por turma instruída durante os dias em que a amostra<br />

ocorreu. Conclusões: amostras <strong>de</strong> extensão são eventos <strong>de</strong> extrema importância na divulgação <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> extensão, fornecendo ferramentas<br />

para que a comunida<strong>de</strong> acadêmica <strong>de</strong>senvolva mais projetos <strong>de</strong> extensão a partir do intercâmbio <strong>de</strong> idéias entre instituições,<br />

bem como beneficiando a socieda<strong>de</strong> através <strong>de</strong> suas ações.<br />

Oficinas De Arte Como Estratégia De Ensino-Aprendizagem<br />

Mota, LL 89<br />

Alves, R 89<br />

Ma<strong>de</strong>ira, ES 89<br />

Introdução: criar, construir com as mãos, sonhar, <strong>de</strong>parar-se com o belo, estar junto, integrar e amar são elementos que se conjugam<br />

numa oficina <strong>de</strong> arte, on<strong>de</strong> os participantes reconhecem suas aptidões práticas e re<strong>de</strong>scobrem sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural, o que contribui<br />

para a melhoria da auto estima. Esse tipo <strong>de</strong> trabalho conduzido entre grupos <strong>de</strong> pacientes tem primordialmente função terapêutica,<br />

promovendo a integração entre eles e melhorando a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Ainserção <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> medicina nesse tipo <strong>de</strong> trabalho<br />

representa uma estratégia voltada para consolidar a integralida<strong>de</strong> e a humanização da atenção, segundo recomendado para o exercício<br />

da medicina na Saú<strong>de</strong> da Família e constante nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Objetivo: relatar a experiência das oficinas <strong>de</strong> artes<br />

como estratégia <strong>de</strong> ensino-aprendizagem. Metodologia: estudo <strong>de</strong>scritivo das oficinas <strong>de</strong> arte realizadas aos sábados, em uma antiga<br />

colônia para portadores <strong>de</strong> hanseníase, e. As oficinas são divulgadas previamente e os moradores se inscrevem nas <strong>de</strong> interesse. Os estudantes<br />

<strong>de</strong> medicina, junto aos <strong>de</strong> enfermagem, farmácia e psicologia são os orientadores, após treinamento na faculda<strong>de</strong> por professor<br />

<strong>de</strong> medicina. Resultados: foram realizadas oficinas <strong>de</strong> bijuterias, pintura vazada em tecido, embalagens em caixas, crochê, confecção<br />

<strong>de</strong> enfeites <strong>de</strong> festa junina e natalinos, por 5 sábados, com participação <strong>de</strong> 20 estudantes <strong>de</strong> medicina. As oficinas <strong>de</strong> enfeites juninos<br />

e natalinos serviram <strong>de</strong> suporte a estas duas festas realizadas pelos estudantes na colônia. Conclusões: observou-se o envolvimento e<br />

compromisso dos estudantes com as ativida<strong>de</strong>s propostas, a a<strong>de</strong>quada postura no trabalho em equipe e o <strong>de</strong>senvolvimento da compreensão<br />

<strong>de</strong> que a atenção à saú<strong>de</strong> vai além da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> aspectos biológicos do indivíduo. Essa aprendizagem do real só ocorre<br />

quando ao estudante é oportunizada a vivência em situações <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r com o outro, <strong>de</strong> praticar a integralida<strong>de</strong>, equida<strong>de</strong> e solidarieda<strong>de</strong>,<br />

como acontece na integração ensino serviço nas oficinas <strong>de</strong> arte.<br />

Liga Pernambucana De Neurociencias<br />

Oliveira-Filho 90<br />

Albuquerque, ACL 90<br />

Azevedo-filho 90<br />

Quinino, SMC 90<br />

Bezerra-junior, D 90<br />

Introdução: ALiga Pernambucana <strong>de</strong> Neurociências (LPN) é uma união <strong>de</strong> alunos e professores que <strong>de</strong>sejam e criam oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> trabalhos científicos, didáticos, culturais e sociais no espaço acadêmico e social. Objetivos: ApresentarotrabalhodaLPN,que<br />

tem como alicerces <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s na tría<strong>de</strong>: educação, pesquisa e extensão; Colaborar para o <strong>de</strong>senvolvimento científico nas<br />

áreas das neurociências; Propocionar atualização contínua no estudo das neurociências; Participar e promover campanhas <strong>de</strong> educação<br />

na área da saú<strong>de</strong>. Métodos: Foram abordados os membros e preceptores da LPN sobre suas ativida<strong>de</strong>s e como as mesmas estão influenciando<br />

na sua formação médica Resultados: As ativida<strong>de</strong>s da LPN são centradas na tría<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão. Na área do<br />

89 Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

90 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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ensino são <strong>de</strong>senvolvidas aulas praticas e teóricas e um clube <strong>de</strong> revista. Essas ativida<strong>de</strong>s são coor<strong>de</strong>nadas por médicos especialistas na<br />

área <strong>de</strong> neurociências. A pesquisa é <strong>de</strong>senvolvida no ambiente <strong>de</strong> estudo priorizando a realida<strong>de</strong> do Serviço <strong>de</strong> Neurocirurgia do Hospital<br />

da Restauração (SENEU-HR) em Recife-PE, neurologia no Hospital da Restauração-HR e Hospital Universitário Oswaldo<br />

Cruz-HUOC, neurofisiologia e neuroimunologia do HUOC. Aextensão é <strong>de</strong>senvolvida através dos projetos mãe sem neura e TRM-reabilitando<br />

o corpo e a mente, realizados no SENEU-HR ; Além do programa Pense Bem <strong>de</strong> prevenção ao neurotrauma em conjunto com<br />

a Socieda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Neurocirurgia realizado nas escolas e em empresas através também <strong>de</strong> simpósios e seminários. Dentro <strong>de</strong>sse<br />

contexto nota-se uma maior capacitação dos estudantes <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> Pernambuco nas neurociências para promover ensino, assistência<br />

e promoção a saú<strong>de</strong> das comunida<strong>de</strong>s envolvidas. Conclusão: ALiga, com suas ações junto á comunida<strong>de</strong>, estudo e pesquisa sobre<br />

o tema, abre um canal <strong>de</strong> comunicação entre o mundo acadêmico e a população leiga, e leva as atualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> neurociências à população.<br />

Sendo um importante meio <strong>de</strong> promoção e prevenção as neuropatologias<br />

Liga De Geriatria E Gerontologia De Botucatu (Lggb): Progresso Alcançado Em Quatro<br />

Anos Da Feira Do Idoso<br />

Sampaio, MGE91 Boas, PJFV91 Souza, AC91 Takamoto, AHR91 Vidal, CT91 Congio, LH91 Introdução: A Feira do Idoso é realizada pela LGGB há quatro anos no projeto crescer no Jardim Cristina – Botucatu/SP. Ela começou<br />

com um grupo <strong>de</strong> alunos da liga e do grupo <strong>de</strong> alfabetização <strong>de</strong> adultos vinculado ao centro acadêmico da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

<strong>de</strong> Botucatu - UNESP no Ano <strong>de</strong> 2005 após os alunos perceberem as necessida<strong>de</strong>s dos idosos <strong>de</strong>sse bairro durante as aulas <strong>de</strong> alfabetização<br />

realizadas neste local. Objetivo: Relatar as experiências dos alunos e as mudanças ocorridas na feira durante esses quatro anos.<br />

Materiais e métodos: Análise dos dados coletados durante as feiras e relato <strong>de</strong> experiências pessoais dos alunos participantes e dos idosos<br />

presentes. Resultados: Durante esses quatro anos da realização da feira muitos exames foram acrescentados e os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>tectados foram encaminhados aos postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ao ambulatório <strong>de</strong> Geriatria. No primeiro ano foram feitos apenas mini exame<br />

do estado mental (mini-mental) e aferição da pressão arterial bem como a divulgação do projeto <strong>de</strong> alfabetização. No segundo ano<br />

foram acrescentados exame <strong>de</strong> glicemia, acuida<strong>de</strong> visual e escalas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão geriátrica. No terceiro ano foi adicionada avaliação <strong>de</strong><br />

estado nutricional. No último ano medidas antropométricas foram acrescentadas à análise do estado nutricional. Além do maior numero<br />

<strong>de</strong> exames, a forma <strong>de</strong> divulgação tornou-se mais efetiva, o que resultou em um aumento do número <strong>de</strong> idosos. Conclusão: Afeira<br />

<strong>de</strong>monstrou ser muito importante para a população uma vez que os alunos pu<strong>de</strong>ram perceber a efetivida<strong>de</strong> das orientações básicas sobre<br />

saú<strong>de</strong> no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>sses quatro anos, segundo relato dos idosos. Além disso, po<strong>de</strong>-se notar que muitos visitantes realizavam os<br />

exames apenas na feira e por isso compareciam a todos os eventos. Para os alunos foi gratificante ver a melhora da feira e seus efeitos benéficos<br />

tanto para a população quanto para o aprendizado acadêmico.<br />

A Extensão Universitária No Ensino Médico – Um Caminho Para Integração Com A<br />

Socieda<strong>de</strong><br />

Peres, LM 92<br />

Marinho, SP 92<br />

Veras, MF 92<br />

Middleton, SR 92<br />

Introdução: A UNIRIO tem buscado a indissociabilida<strong>de</strong> do trinômio ensino, pesquisa e extensão. A extensão, como um dos pilares<br />

do ensino médico atual, possibilita a inclusão precoce do acadêmico no seu futuro local <strong>de</strong> trabalho, dando-lhe treinamento prático para o<br />

embasamento <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s. A instituição possui ampla ativida<strong>de</strong> extensionista, buscando aten<strong>de</strong>r às carências da população local e<br />

91 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP, Brasil.<br />

92 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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promovendo ações que possibilitem a participação <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> graduação. O projeto “Atenção Básica a Saú<strong>de</strong> nas comunida<strong>de</strong>s Chapéu<br />

Mangueira e Babilônia – Rio <strong>de</strong> Janeiro” é um <strong>de</strong>sses que busca a melhoria das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nestas comunida<strong>de</strong>s. Objetivos: Estimular<br />

acadêmicos a participarem <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que visem uma percepção crítica <strong>de</strong> problemas sociais, a interdisciplinarida<strong>de</strong> e a relação acadêmico-comunida<strong>de</strong>.<br />

Melhorar as condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nestas comunida<strong>de</strong>s. Metodologia: São realizados eventos periódicos, como Feiras <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>, atendimento ambulatorial, palestras educativas, acompanhamento do <strong>de</strong>senvolvimento das crianças nas creches, aplicação <strong>de</strong> flúor,<br />

testes <strong>de</strong> acuida<strong>de</strong> visual, coleta e análise <strong>de</strong> dados, que contribuem para a ligação da extensão com a pesquisa. Resultados: Aextensão,ainda<br />

encontra alguns <strong>de</strong>safios como a falta <strong>de</strong> verba e a elevada carga horária dos cursos médicos, o que exclui a maioria dos estudantes. Apesar<br />

disso, a extensão possibilita interação positiva entre acadêmicos, que apren<strong>de</strong>m a trabalhar na promoção à saú<strong>de</strong>, e moradores, que são favorecidos<br />

com uma atenção primária <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Realizamos trabalhos científicos com os dados das ações realizadas, e preten<strong>de</strong>mos ampliar<br />

algumas ações, para aten<strong>de</strong>r maior número <strong>de</strong> moradores. Conclusão: O conhecimento obtido em nível <strong>de</strong> pesquisa aplicada ao ensino e os<br />

serviços à comunida<strong>de</strong>, fortalecem a interação entre instituição e socieda<strong>de</strong>, a interdiciplinarida<strong>de</strong> e contribuem para melhorar o aprendizado<br />

e favorecer um comprometimento cívico, mas ainda encontra muitos <strong>de</strong>safios, que longe <strong>de</strong> serem fatores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sestímulo, convertem-se<br />

em fonte motivadora <strong>de</strong> ações, para a superação dos mesmos.<br />

Atenção Primária À Saú<strong>de</strong> Na Escola Municipal Sebastião Rangel – Distrito De<br />

Tapuirama<br />

Ramos, LBM93 De Rezen<strong>de</strong>, CHA93 Marcelino, PVS93 Gonçalves, MM93 Pereira, HL93 Rezen<strong>de</strong>, VF93 Introdução: A Universida<strong>de</strong> pública tem como papel fundamental <strong>de</strong>senvolver projetos <strong>de</strong> caráter ativo e modificador, <strong>de</strong>vendo<br />

atuar em segmentos marginalizados e efetuar um diálogo contínuo e integrado com essas populações. Tais ações <strong>de</strong>vem proporcionar<br />

um espaço ímpar <strong>de</strong> reflexão e construção do conhecimento e melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Na área da saú<strong>de</strong>, essas ações assumem<br />

particular importância por se integrarem à re<strong>de</strong> assistencial e servir <strong>de</strong> espaço diferenciado para novas experiências voltadas à humanização,<br />

ao cuidado e à qualificação da atenção à saú<strong>de</strong>. Objetivos: Proporcionar aos acadêmicos e docentes do Curso <strong>de</strong> Medicina<br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão que busquem a promoção e proteção à saú<strong>de</strong> dos escolares e seus familiares.<br />

Métodos: Foram realizadas visitas quinzenais à Escola Municipal Sebastião Rangel, no Distrito <strong>de</strong> Tapuirama, em Uberlândia-MG,<br />

on<strong>de</strong> foram executadas medidas <strong>de</strong> proteção e promoção da saú<strong>de</strong> dos escolares por meio da classificação fisiológica, atualização<br />

do calendário <strong>de</strong> imunizações, rastreamento <strong>de</strong> déficit visual e avaliação <strong>de</strong> dados antropométricos. Também foram <strong>de</strong>sempenhadas<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> direcionadas aos escolares e seus familiares. AUnida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> forneceu suporte técnico<br />

e recebeu os pacientes que necessitaram <strong>de</strong> atendimento mais especializado. Resultados: Arepercussão das ações promovidas frente à<br />

população foi positiva, com um comparecimento satisfatório às ativida<strong>de</strong>s programadas e aos retornos agendados. Foi verificada a carência<br />

<strong>de</strong> recursos financeiros, culturais e educacionais voltados à saú<strong>de</strong>. As ações educativas abordaram temas relevantes para a realida<strong>de</strong><br />

local e foram concebidas com a ajuda da equipe da E.M. Sebastião Rangel. Conclusões: Os acadêmicos pu<strong>de</strong>ram vivenciar a extensão<br />

universitária, enten<strong>de</strong>r seus <strong>de</strong>safios e enfrentar uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> limitações e carências. Aprática extensionista permitiu a ampliação<br />

dos cenários curriculares, a troca <strong>de</strong> experiências com a comunida<strong>de</strong> e o aprendizado e a capacitação mútua.<br />

93 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

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Prevenção Do Câncer De Pele<br />

Pinto, NT 94<br />

Sandri, CO 94<br />

Purim, KSM 94<br />

Introdução: Ativida<strong>de</strong>s complementares po<strong>de</strong>m ampliar conhecimentos, atitu<strong>de</strong>s e habilida<strong>de</strong>s acadêmicas. Objetivo: Relatar<br />

a experiência com projeto <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> câncer da pele, discutindo sua contribuição para a educação médica. Metodologia: Relato<br />

baseado em projeto extracurricular <strong>de</strong> prevenção do câncer da pele da Disciplina <strong>de</strong> Dermatologia. O enfoque teórico envolveu treinamento<br />

prévio sobre câncer da pele, aspectos epi<strong>de</strong>miológicos, auto-exame cutâneo, fotoproteção e objetivos da ativida<strong>de</strong>. Aabordagem<br />

prática ocorreu através da inserção <strong>de</strong> acadêmicos do sexto período na Campanha Nacional <strong>de</strong> Prevenção ao Câncer <strong>de</strong> Pele, realizada<br />

pela Socieda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Dermatologia, em hospital universitário. Resultados: Este projeto envolveu 28 estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

que alcançaram competências básicas para prestar orientações e assistência gratuita, sob supervisão direta <strong>de</strong> docentes e médicos voluntários<br />

presentes no local da campanha. Foram atendidas 694 pessoas sendo agendadas 108 biópsias em lesões pré-malignas ou malignas<br />

da pele. O projeto auxiliou na divulgação das medidas preventivas e oportunizou aprendizado para os estudantes. Ressaltou o<br />

importante papel do médico na prevenção, promoção e restauração da saú<strong>de</strong>, na visão da realida<strong>de</strong> social e saú<strong>de</strong> pública. Conclusão:<br />

Esta ativida<strong>de</strong> contemplou os objetivos dos projetos extracurriculares ao complementar a estrutura curricular <strong>de</strong> uma forma diferenciada<br />

quanto ao processo ensino aprendizagem. Motivou o estudante para colaborar em campanhas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, integrando teoria e<br />

prática para ampliar seus horizontes enquanto cidadão e futuro profissional.<br />

A Atuação Da Liga Amazonense De Oncologia Na Campanha De Combate Ao Tabagismo<br />

Carvalho, BCN95 Martins, MS95 Del Aguila, MAR 95<br />

Fonseca, IG95 Balata, PHA95 Souza, GM95 Introdução: Tabagismo é o ato <strong>de</strong> consumir cigarros ou outros produtos que contenham tabaco, cuja droga ou princípio ativo é a<br />

nicotina. O tabagismo figura entre uma das principais causas mundiais <strong>de</strong> problemas respiratórios e segundo a Organização Mundial<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> o tabagismo <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado uma pan<strong>de</strong>mia, precisando, portanto, ser combatido. Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se conscientizar<br />

a população, o dia 31 <strong>de</strong> maio foi instituído como o dia mundial <strong>de</strong> combate ao tabagismo. Objetivo: O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é relatar a<br />

experiência <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> medicina em palestras contra o tabagismo em escolas da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> Manaus. Métodos: A Liga<br />

Amazonense <strong>de</strong> Oncologia (LAO-AM) em associação com a Liga Amazonense Contra o Câncer (LAAC) no dia 29 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong>senvolveu<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> impacto esclarecedor através da realização <strong>de</strong> palestras contra o tabagismo em escolas da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> ensino. Foram<br />

selecionadas por sorteio 6 escolas <strong>de</strong> ensino fundamental na zona oeste <strong>de</strong> Manaus, contando com alunos entre 8-18 anos. As palestras<br />

foram realizadas por 20 integrantes da LAO-AM <strong>de</strong> forma simples e objetiva, expondo aos estudantes as principais conseqüências do<br />

tabagismo e a composição do cigarro, enfatizando ainda a não a<strong>de</strong>são a essa prática, além das palestras os temas foram abordados por<br />

meio <strong>de</strong> panfletos distribuídos ao corpo docente e discente <strong>de</strong> cada instituição visitada. Resultados: Foram realizadas 60 palestras,<br />

aten<strong>de</strong>ndo uma população <strong>de</strong> aproximadamente 500 alunos, que receberam materiais educativos e ampliaram seus conhecimentos sobre<br />

o tabagismo, enquanto os palestrantes <strong>de</strong>senvolveram sua criativida<strong>de</strong> e auto-aprendizado em novas formas <strong>de</strong> treinamento profissional.<br />

Conclusão: Acampanha <strong>de</strong> combate ao tabagismo representa uma experiência singular na vida dos ligantes, pois eventos como<br />

este funcionam no sentido <strong>de</strong> prestar assistência à comunida<strong>de</strong> quanto a prevenção <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong>s freqüentes e proporcionar uma<br />

maior sensibilida<strong>de</strong> perceptiva aos alunos da graduação.<br />

94 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

95 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

644<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Feiras De Saú<strong>de</strong> – Promoção De Saú<strong>de</strong> À População E Formação Acadêmica Extra Muros<br />

Castro, EC 96<br />

Gonçalves, MR 96<br />

Nogueira, MF 96<br />

Paniz, GR 96<br />

Introdução: Um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios da universida<strong>de</strong> é formar profissionais capacitados, com conhecimento humanístico a<strong>de</strong>quado,<br />

voltados aos problemas sociais. O projeto Feiras <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, iniciado em 2001, é um programa <strong>de</strong> extensão interdisciplinar e interinstitucional,<br />

envolvendo acadêmicos das áreas da saú<strong>de</strong>, promovendo experiências com promoção em saú<strong>de</strong> nas comunida<strong>de</strong>s periféricas<br />

e socialmente vulneráveis <strong>de</strong> Porto Alegre. É um evento promovido pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto<br />

Alegre (UFCSPA), curso <strong>de</strong> odontologia da PUCRS, Rotary Club Porto Alegre Leste e escolas da re<strong>de</strong> pública. Objetivo: um dos objetivos<br />

é a promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O trabalho multidisciplinar é outra meta, com alunos das diversas áreas da saú<strong>de</strong> com objetivos em comum.<br />

O estímulo à iniciação científica é um objetivo buscado pela coleta <strong>de</strong> dados dos participantes das Feiras e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estudos<br />

<strong>de</strong> prevalência dos hábitos das populações. Métodos: as bancas temáticas são divididas em saú<strong>de</strong> da criança (acuida<strong>de</strong> visual, fonoaudiologia,<br />

nutrição, avaliação postural e ativida<strong>de</strong>s recreativas) e saú<strong>de</strong> do adulto (orientações <strong>de</strong> doenças crônicas, planejamento<br />

familiar e doenças sexualmente transmissíveis). As bancas possuem um acadêmico responsável pelo material e supervisão dos alunos<br />

iniciantes. Aestrutura organizacional consiste <strong>de</strong> dois professores coor<strong>de</strong>nadores, sete professores representantes dos cursos, dois acadêmicos<br />

bolsistas e aproximadamente 120 alunos. São realizadas reuniões com as escolas participantes, acertando o funcionamento e<br />

divulgaçãodoevento.Resultados: Até hoje, foram realizadas cerca <strong>de</strong> 55 Feiras <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, aten<strong>de</strong>ndo mais <strong>de</strong> 20.000 pessoas (400 participantes<br />

/ evento). Conclusões: o projeto passa por uma a<strong>de</strong>quação ao processo <strong>de</strong> Distritos Docentes Assistenciais, no qual a UFCSPA<br />

está envolvida com a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Esta mudança trará uma maior coor<strong>de</strong>nação das ativida<strong>de</strong>s realizadas nas escolas<br />

e os serviços <strong>de</strong> atenção primária à saú<strong>de</strong>, propiciando longitudinalida<strong>de</strong> e integralida<strong>de</strong> do cuidado <strong>de</strong>stes usuários, atributos essenciais<br />

para estabelecer sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> equitativos.<br />

Perfil Antropométrico Dos Estudantes De Medicina Da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Do<br />

Amazonas – UFAM<br />

Carvalho, BCN97 Padilla, R97 Tomaz, GCS97 Westphal, DC97 Melo, NC97 Fonseca, IG97 Introdução: O rastreamento <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> peso em jovens tem sido amplamente recomendado, já que nas últimas décadas<br />

tem-se observado um elevado aumento <strong>de</strong>sta prevalência. Em 1995 a OMS propôs o Índice <strong>de</strong> Massa Corporal (IMC) para <strong>de</strong>finir diferentes<br />

graus <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> peso e obesida<strong>de</strong>. Entre os fatores relacionados ao aumento do IMC po<strong>de</strong>-se citar, stress, dieta ina<strong>de</strong>quada e<br />

genética. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo avaliar o perfil antropométrico dos estudantes <strong>de</strong> medicina da UFAM. Métodos:<br />

Acoleta <strong>de</strong> dados foi realizada entre janeiro e abril <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, por uma equipe <strong>de</strong> 3 pesquisadores previamente treinados. As medidas<br />

<strong>de</strong> peso e estatura foram efetuadas sempre pelo mesmo pesquisador, o peso foi aferido com a utilização <strong>de</strong> uma balança eletrônica e a altura<br />

por uma fita métrica não-elástica fixada à pare<strong>de</strong>. Foram analisados um total <strong>de</strong> 293 alunos cursando 8 períodos diferentes. Resultados:<br />

A amostra foi composta por 43,3% (127) indivíduos do sexo masculino e 56,7% (166) do sexo feminino, sendo 45 do primeiro, 43<br />

do segundo, 43 do terceiro, 41 do quarto, 40 do quinto, 39 do sexto, 42 dos alunos do sétimo. A faixa etária variou <strong>de</strong> 16 a 46 anos, com<br />

umamédia<strong>de</strong>21,3anos.Opesovariou<strong>de</strong>41a110Kgcomumamédia<strong>de</strong>63,4Kgeaestaturavariou<strong>de</strong>1,50ma1,95mcomumamédia<br />

<strong>de</strong> 1,70 m. A média <strong>de</strong> IMC foi igual a 22,7, sendo 21,48 para o sexo feminino e 24, 20 para o masculino. As prevalências <strong>de</strong> baixo peso,<br />

peso normal, sobrepeso e obesida<strong>de</strong> foram respectivamente, 21,5%, 59,0%,14,3% e 5%. Conclusão: Os resultados encontrados no nosso<br />

estudo indicam uma prevalência <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> e sobrepeso inferior a encontrada na literatura, no entanto encontrou-se sobrepeso maior<br />

em homens.<br />

96 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

97 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Perfil Do Participantes Do Mini-Curso De Primeiros Socorros <strong>2009</strong><br />

Alves, BQ 98<br />

Di Tommaso, RAS 98<br />

Albuquerque, RS 98<br />

Leal, FS 98<br />

Atala, LS 98<br />

Vieira, RB 98<br />

Introdução: O mini-curso <strong>de</strong> primeiros socorros é realizado pelo Projeto Alfa Manaus e é oferecido principalmente a todos os<br />

alunos das universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Manaus, assim como para o público leigo em geral; o Projeto Alfa-Manaus é formado por acadêmicos do<br />

curso <strong>de</strong> Medicina na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas. Métodos: Durante uma semana as ativida<strong>de</strong>s basearam-se em um ciclo <strong>de</strong><br />

palestras até a quinta-feira e na sexta-feira foram realizadas as ativida<strong>de</strong>s práticas on<strong>de</strong> a caracterização <strong>de</strong> vítimas é realizada com maquiagem,<br />

própria do projeto, com próteses, sangue artificial e outros artifícios, além da interpretação da vítima (os próprios alunos do<br />

projeto). No primeiro dia foi aplicado um teste a fim <strong>de</strong> verificar o nível dos participantes do mini-curso e no último dia o mesmo teste<br />

foi aplicado para avaliar a evolução dos participantes, além <strong>de</strong> uma pesquisa para obter informações dos participantes para se traçar<br />

melhor o perfil. Objetivos: Fazer uma análise sobre o perfil do público que o mini-curso atingi po<strong>de</strong>ndo assim trabalhar com um perfil<br />

mais preciso dos participantes. Resultados: Após os participantes respon<strong>de</strong>ram as pesquisa que continha perguntas sobre escolarida<strong>de</strong>,<br />

ida<strong>de</strong>, sexo, curso e universida<strong>de</strong> foi avaliado que cerca <strong>de</strong> 60% (sessenta) dos participantes é do sexo feminino, 90% (noventa) tem<br />

entre 15 e 25 anos, 96,5% estão cursando o ensino superior, 87% fazem medicina e 66,7% são da universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral. As notas do testes<br />

aplicados no primeiro e último dia aumentou cerca <strong>de</strong> 80% (oitenta). Conclusão: A partir dos dados colhidos po<strong>de</strong>mos verificar que os<br />

participantes do mini-curso <strong>de</strong> primeiros socorros são principalmente alunos que estão cursando medicina e que o mini-curso é muito<br />

importante e proveitoso visto a melhora nas notas dos testes. Através disso po<strong>de</strong>mos perceber que o ensino dos primeiros socorros nas<br />

instituições não está recebendo sua <strong>de</strong>vida atenção.<br />

Relato Da Experiência De Ativida<strong>de</strong>s De Extensão Realizadas Por Um Grupo De Alunos<br />

Pela Liga De Medicina Intensiva Da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral De Goiás<br />

Oliveira, ME 99<br />

Lopes, TM 99<br />

Souza, CS 99<br />

Alves, MV 99<br />

Introdução: ALiga <strong>de</strong> Medicina Intensiva (LIGAMI) é um projeto <strong>de</strong> extensão universitária da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás (FM-UFG), que <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s nas áreas <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão, relacionadas com Terapia Intensiva,<br />

em um enfoque multiprofissional. No campo <strong>de</strong> ensino, há aulas teóricas e ativida<strong>de</strong>s práticas supervisionadas. Também são <strong>de</strong>senvolvidos<br />

trabalhos científicos pelos membros da Liga, que, ao mesmo tempo, atuam na área <strong>de</strong> extensão. Objetivos: Relatar as diversas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas<br />

pelos membros da LIGAMI junto à comunida<strong>de</strong> no período <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008 a julho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Métodos: Revisão da Ata da Liga<br />

<strong>de</strong> agosto/2008 a julho/<strong>2009</strong> e entrevista com os membros que participaram das ativida<strong>de</strong>s da liga nesse período. Resultados: Os membros<br />

da LIGAMI <strong>de</strong>senvolveram suas ativida<strong>de</strong>s em eventos organizados pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina e pela<br />

Secretaria Estadual da Saú<strong>de</strong> (SES), sendo eles CONPEEX, II Encontro Universida<strong>de</strong> Saudável, Agro Centro-Oeste e Campanha “A Vida<br />

Continua”. Em todos os eventos citados, o tema “doação e transplante <strong>de</strong> órgãos e tecidos” foi trabalhado junto à população, com enfoque em<br />

orientação, esclarecimentos e conscientização. Foram realizadas palestras, com auxílio <strong>de</strong> materiais impressos e audiovisuais. Outro tema<br />

presente nas campanhas consistia em “manobras para ressuscitação cardiopulmonar”, na qual a população se <strong>de</strong>parava com situações simuladas<br />

do cotidiano e realizava as manobras <strong>de</strong> ressuscitação em estruturas sintéticas similares a corpos humanos, cedidas pelo Corpo <strong>de</strong><br />

BombeirosdoEstado<strong>de</strong>Goiás.Conclusão: A LIGAMI tem alcançado seu objetivo concernente à extensão, por meio <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que busquem<br />

aproximar o conhecimento adquirido na Universida<strong>de</strong> e a comunida<strong>de</strong>, em benefício mútuo. Cabe ressaltar que as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas<br />

são extremamente relevantes não só para a população que usufrui <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, mas também para todos os membros<br />

participantes, que complementam seu aprendizado com a prática.<br />

98 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

99 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Liga Acadêmica De Medicina De Família E Comunida<strong>de</strong><br />

Ramos, CHV 100<br />

Azevedo, MFL 100<br />

Zanconato, JF 100<br />

Abdalla, P 100<br />

An<strong>de</strong>rson, MIP 100<br />

Donato,R 100<br />

Introdução: Ligas Acadêmicas são entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relevância crescente no âmbito da graduação médica. Reúnem estudantes sob<br />

supervisão <strong>de</strong> professores da instituição <strong>de</strong> ensino com o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s extracurriculares em área específica <strong>de</strong><br />

atuação. ALiga Acadêmica <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Família e Comunida<strong>de</strong> (LAMFAC) focaliza temas relacionados a Atenção Primária à Saú<strong>de</strong>,<br />

frequentemente negligenciados na gra<strong>de</strong> curricular, familiariza os estudantes com práticas educativas, preventivas e <strong>de</strong> promoção da<br />

saú<strong>de</strong> e com os cenários da medicina ambulatorial e da medicina familiar comunitária. Objetivos: Descrever em linhas gerais o projeto<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da LAMFAC instituída por alunos da graduação da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da UERJ Método: Descrição<br />

do projeto em curso, a<strong>de</strong>são dos alunos e plano <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s. Resultados: LAMFAC reúne 14 estudantes <strong>de</strong> medicina. A supervisão é<br />

proporcionada por um professor do respectivo Departamento <strong>de</strong> Medicina Integral, Familiar e Comunitária. Foi instituído um curso introdutório<br />

composto por 4 aulas.Foram abordados os seguintes temas: conhecendo a medicina <strong>de</strong> família e comunida<strong>de</strong>; abordagem<br />

familiar; entrevista clínica, comunicação verbal e não verbal; consulta ambulatorial e, abordagem familiar. O plano <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s práticas,<br />

que se divi<strong>de</strong> em 2 blocos, compreen<strong>de</strong> o acompanhamento <strong>de</strong> consultas ambulatoriais (2 meses) e visitas domiciliares (2 meses) realizadas<br />

pelos resi<strong>de</strong>ntes em Medicina <strong>de</strong> Família e Comunida<strong>de</strong> sob supervisão dos docentes do Departamento. Há ativida<strong>de</strong>s mensais<br />

<strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> voltadas para a comunida<strong>de</strong> adscrita. Os alunos da LAMFAC são estimulados a observar criticamente as ativida<strong>de</strong>s<br />

realizadas, registrar e divulgar as informações coletadas bem como participar das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>senvolvidas no Departamento.<br />

Conclusão: A LAMFAC tem <strong>de</strong>spertado o interesse sobretudo <strong>de</strong> alunos que cursam os primeiros anos da FCM-UERJ.<br />

Estão em <strong>de</strong>senvolvimento ativida<strong>de</strong>s teóricas e ativida<strong>de</strong>s práticas no campo dos cuidados primários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> coerentes com as atuais<br />

diretrizes que regem o ensino <strong>de</strong> graduação em medicina.<br />

“Dia Da Família Saudável”: Promoção E Prevenção Para Melhoria Da Qualida<strong>de</strong> De Vida<br />

Em Todas As Ida<strong>de</strong>s - Bairro CECAP<br />

Hirai, HS 101<br />

Fonseca, CRB 101<br />

Scherer, PC 101<br />

Modolo, MP 101<br />

Souza, AC 101<br />

Marcon<strong>de</strong>s, MB 101<br />

Introdução: Recentemente, o Brasil tem passado por uma transição epi<strong>de</strong>miológica caracterizada pela crescente incidência <strong>de</strong><br />

doenças crônico-<strong>de</strong>generativas relacionada à mudança na alimentação e à redução da ativida<strong>de</strong> física, configurando o “estilo <strong>de</strong> vida<br />

oci<strong>de</strong>ntal contemporâneo”. Sendo um grave problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, a promoção em saú<strong>de</strong> torna-se uma importante estratégia na<br />

melhoria da situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população. Assim, alunos da medicina através da <strong>Associação</strong> Atlética Acadêmica<br />

Carlos Henrique Sampaio <strong>de</strong> Almeida (AAACHSA) propuseram o “Dia da Família Saudável”, em parceria com a comunida<strong>de</strong> local<br />

CECAP e a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Botucatu. Objetivo: Desenvolver ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planejamento e promoção em saú<strong>de</strong> visando<br />

motivar, persuadir e facilitar a prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e da alimentação saudável. Métodos: Através do projeto <strong>de</strong> extensão<br />

“Esporte Pensante”, que avalia estado nutricional e riscos cardiocirculatórios em crianças participantes <strong>de</strong> projetos esportivos sociais,<br />

i<strong>de</strong>ntificamos alta incidência <strong>de</strong> antece<strong>de</strong>ntes familiares para doenças cardiovasculares e discutimos vias sustentáveis para interferir<br />

nesta <strong>de</strong>manda. Através <strong>de</strong> reuniões, visitas à instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e comunida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>finimos ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> incentivo à prática esporti-<br />

100 Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

101 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu. Botucatu, SP, Brasil.<br />

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va como aulas <strong>de</strong> Tai Chi Chuan, Hip Hop, dança Sênior e <strong>de</strong> Salão, e à dieta a<strong>de</strong>quada realizando uma cozinha experimental com receitas<br />

nutritivas e econômicas, além <strong>de</strong> promover aferição <strong>de</strong> pressão arterial e glicemia e brinca<strong>de</strong>iras infantis. Resultados: O evento aten<strong>de</strong>u<br />

aproximadamente 250 pessoas, com orientações para uma alimentação saudável visando custo e praticida<strong>de</strong> e incentivo à prática<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s esportivas inseridas em projetos sociais que aten<strong>de</strong>m diversas faixas etárias. Conclusões: Para assegurar a saú<strong>de</strong> da população<br />

são necessárias ações articuladas entre o Estado, a socieda<strong>de</strong>, as instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> ensino através da implementação<br />

efetiva <strong>de</strong> políticas públicas saudáveis. Arealização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção em saú<strong>de</strong> oferece aos estudantes oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atuar<br />

com compromisso, ética e responsabilida<strong>de</strong> social.<br />

“Feira De Saú<strong>de</strong>”: Promoção De Saú<strong>de</strong> E Prevenção De Doenças Do Trabalho<br />

Hirai, HS102 Souza, AC102 Marcon<strong>de</strong>s, MB102 Antoniolli, FTM102 Portásio, LG102 Costa, JC102 Introdução: As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são<br />

consi<strong>de</strong>radas um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública pela alta prevalência em diversas profissões. São patologias <strong>de</strong> difícil diagnóstico e tratamento,<br />

apresentando um alto índice <strong>de</strong> recidiva. A melhor forma <strong>de</strong> controlá-las são através dos programas <strong>de</strong> prevenção. Portanto,<br />

alunos da medicina, através da <strong>Associação</strong> Atlética Acadêmica Carlos Henrique Sampaio <strong>de</strong> Almeida (AAACHSA), propuseram-se a<br />

instruir a população em uma feira <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Botucatu com fol<strong>de</strong>rs e informações sobre ergonomia. Objetivo: Promover a<br />

saú<strong>de</strong> e intervir na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população, procurando estabelecer melhorias na relação entre o homem e o seu ambiente <strong>de</strong><br />

trabalho. Métodos: Ao verificarmos uma alta incidência <strong>de</strong> LER e DORT na população, discutimos vias sustentáveis para garantir a integrida<strong>de</strong><br />

da saú<strong>de</strong> dos trabalhadores. Através <strong>de</strong> reuniões e visitas à área <strong>de</strong> fisioterapia <strong>de</strong> um hospital-escola adquirimos embasamento<br />

teórico para elaboração <strong>de</strong> cartazes com maneiras <strong>de</strong> prevenir lesões nos carregamentos <strong>de</strong> cargas, nas ativida<strong>de</strong>s domésticas e<br />

no trabalho no escritório, fol<strong>de</strong>rs explicativos sobre ergonomia, LER e DORT e promoção <strong>de</strong> aulas <strong>de</strong> alongamento. Resultados: O<br />

evento aten<strong>de</strong>u mais <strong>de</strong> 500 pessoas, que assistiam às explicações <strong>de</strong>monstrativas dos alunos e recebiam as informações por meio dos<br />

fol<strong>de</strong>rs. Assim, i<strong>de</strong>ntificavam as posturas erradas nas ativida<strong>de</strong>s cotidianas e tentavam incorporar suas correções. Conclusões: Oresultado<br />

foi positivo, pois para a maioria da população atendida houve associação entre a dor na coluna e a postura incorreta no trabalho ou<br />

em casa. Portanto, para assegurar a saú<strong>de</strong> da população são necessárias ações articuladas entre o Estado, a socieda<strong>de</strong>, as instituições <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> Ensino para implementação <strong>de</strong> políticas públicas <strong>de</strong> prevenção.<br />

Liga De Neuropsiquiatria Da Faculda<strong>de</strong> De Medicina Da Universida<strong>de</strong> De Passo Fundo: Uma<br />

Ferramenta De Complementação De Lacunas Curriculares E Integração À Comunida<strong>de</strong><br />

Donato, RC 103<br />

D‘Agustini, N 103<br />

Wagner, R 103<br />

Stangler, GP 103<br />

Meira, RD 103<br />

Mallmann, AB 103<br />

Introdução: A Liga <strong>de</strong> Neuropsiquiatria da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina/UPF busca complementar lacunas curriculares, bem como<br />

integrar suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão à comunida<strong>de</strong>, tendo em vista a indissociabilida<strong>de</strong> entre ensino/pesquisa/extensão. Oportuniza<br />

significativo acréscimo ao ensino, com <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas e momentos <strong>de</strong> educação continuada, tanto aos acadêmicos,<br />

102Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu. Botucatu, SP, Brasil.<br />

103Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

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quanto aos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Propicia o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> senso crítico, raciocínio científico e a prática da cidadania nos ligantes,<br />

norteados pelas necessida<strong>de</strong>s sociais e pela integralida<strong>de</strong> da assistência à saú<strong>de</strong>. Objetivo: Relatar a experiência da Liga <strong>de</strong> Neuropsiquiatria<br />

da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina/UPF no 1ºsemestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Métodos: A Liga, apoiada pelo PRÓ-SAÚDE <strong>de</strong> Passo Fundo/RS, é<br />

conduzida pela comissão organizadora, composta por nove acadêmicos <strong>de</strong> medicina, com orientação docente, que se reúnem quinzenalmente<br />

para planejar, executar e avaliar as ativida<strong>de</strong>s. Os temas são <strong>de</strong>finidos a partir das <strong>de</strong>mandas da escola e dos interesses dos ligantes,<br />

<strong>de</strong>senvolvidos por convidados com excelência em suas áreas. São <strong>de</strong>senvolvidas conferências, palestras, mesas-redondas e formação<br />

para iniciação científica. Para os ligantes inscritos os encontros são mensais, com emissão <strong>de</strong> certificado. Resultados: Foram realizados<br />

quatro encontros, com 130 participantes em média por evento, abrangendo estudantes da área da saú<strong>de</strong>, profissionais e população<br />

em geral. Os temas abordados foram: “Aborto Pós-estupro”; “Epilepsia”, “Pesquisa Avançada na Internet” e ”Emergências Psiquiátricas<br />

na Atenção Básica”. No <strong>de</strong>senvolvimento da pesquisa, sete acadêmicos foram incluídos no grupo “Educação em Saú<strong>de</strong>” institucionalizado<br />

na FM-UPF, com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um projeto sobre qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do estudante <strong>de</strong> medicina. Conclusão: As<br />

Ligas Acadêmicas possuem um po<strong>de</strong>r transformador inestimável por inserir o acadêmico nos diversos cenários da formação. O <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino/ pesquisa/extensão e a integração <strong>de</strong>ssas às necessida<strong>de</strong>s da comunida<strong>de</strong> em geral fazem da Liga<br />

uma congregação <strong>de</strong> estudantes e profissionais que buscam a integralida<strong>de</strong> e o acesso indiscriminado ao conhecimento, com<br />

responsabilida<strong>de</strong> social.<br />

Contribuição Dos Projetos De Extensão À Formação Médica: Experiência De Integrantes<br />

Do Projeto Me<strong>de</strong>nsina Da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Do Amazonas Na “Semana De Saú<strong>de</strong> Do<br />

Coração” Realizada Pela Empresa Petrobrás<br />

Avelino, TO104 Avelino, FGS104 Bindá, AGL104 Souza Júnior, JCP104 Chaves, AECC104 Silva, MAF104 Introdução: Amedicina é complexa, pois situa-se na intersecção das ciências biológicas, humanas e sociais. Apesar disso, a graduação<br />

em medicina é geralmente centrada no aprendizado teórico e técnico do tratamento <strong>de</strong> doenças e não prepara o acadêmico para<br />

lidar com a comunida<strong>de</strong> com enfoque na medicina preventiva. Um dos meios alternativos para isso são os projetos <strong>de</strong> extensão. Objetivo:<br />

Relatar a experiência <strong>de</strong> integrantes do Projeto Me<strong>de</strong>nsina da UFAM em palestrar para funcionários da Empresa Petrobrás Distribuidora<br />

S.A. na “Semana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Coração”. Métodos: Palestra elaborada em programa PowerPoint®, com base na literatura médica,<br />

mas com linguagem acessível à comunida<strong>de</strong> foi apresentada em data show. Com esfigmomanômetro aferiu-se as pressões arteriais dos<br />

funcionários após as palestras. Resultados: Os acadêmicos realizaram prévia revisão bibliográfica da fisiologia relacionada às doenças<br />

cardiovasculares e palestraram sobre fisiologia do corpo humano, hipertensão arterial, benefícios da ativida<strong>de</strong> física e alimentação balanceada<br />

para 40 funcionários da Empresa Petrobrás, na filial Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, elucidando alternativas para<br />

conciliar a rotina <strong>de</strong> trabalho à hábitos <strong>de</strong> vida saudáveis. Ao aferirem as pressões arteriais verificaram que 85% estavam acima <strong>de</strong> 130 x<br />

85 mmHg (valor limítrofe <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong>). Os palestrantes interagiram com trabalhadores potencialmente hipertensos, familiarizaram-se<br />

com a rotina <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> eventuais pacientes cardiovasculares e sensibilizaram-se com as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conciliar uma carga horária<br />

<strong>de</strong> 8 horas <strong>de</strong> trabalho por dia com a prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física regular. Conclusão: Os estudantes perceberam a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilizar<br />

a comunida<strong>de</strong> à mudança do estilo <strong>de</strong> vida e a importância <strong>de</strong> estimular a alimentação saudável e a<strong>de</strong>são a estratégias <strong>de</strong> combate<br />

ao se<strong>de</strong>ntarismo. Além disso, experimentaram novo ambiente <strong>de</strong> aprendizagem, que alertou para a relevância da formação médica<br />

voltada para a medicina preventiva e comprometida com a<strong>de</strong>quada orientação ao paciente sobre métodos práticos e acessíveis <strong>de</strong><br />

manutenção da saú<strong>de</strong>.<br />

104 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Visitas Pré-Natais, Patologias Mais Freqüentes E Os Fatores Socioeconômicos Observados<br />

Em Maternida<strong>de</strong>s Do Recife<br />

Almeida, KND 105<br />

Meneses, AR 105<br />

Anjos, FBR 105<br />

Carvalho, RCX 105<br />

Ramos, RCF 105<br />

Ramalho, WCS 105<br />

Introdução: O <strong>de</strong>senvolvimento humano é um processo contínuo iniciado na gametogênese se concluindo com a formação do<br />

embrião. A assistência pré-natal permite o acompanhamento das mudanças anatômicas e fisiológicas na gravi<strong>de</strong>z. Objetivos: Este trabalho<br />

é parte <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extensão e visou avaliar a relação entre as consultas pré-natais e os riscos à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestantes atendidas<br />

na Maternida<strong>de</strong> Professor Ban<strong>de</strong>ira Filho (PE). Métodos: Novecentos questionários foram aplicados, no período <strong>de</strong> 2007 a 2008, sobre<br />

as consultas pré-natais, os dados socioeconômicos e as complicações durante gestação. O programa estatístico usado foi SPSS, com<br />

nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95%. Resultados: Para 24% <strong>de</strong>las, o pré-natal começou no 1º trimestre; 30,5% no 2º trimestre; 35,5% no 3º trimestre<br />

e 10% não informaram, contudo 45% <strong>de</strong>las não achavam importante esta avaliação. O nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> das entrevistadas foi <strong>de</strong><br />

24,08% para ensino fundamental completo; 18,18% ensino médio completo e 0,82% ensino superior completo. A renda salarial encontrada<br />

foi 22,31% recebiam 1 salário mínimo; 4,13% <strong>de</strong> 5 ou mais salários mínimos; 5,79% <strong>de</strong>las não tinham renda e 13,22% não informaram.<br />

O grau <strong>de</strong> instrução parece interferir nestas respostas, pois 65% <strong>de</strong>las eram adolescentes e imaturas. O <strong>de</strong>sinteresse pela maternida<strong>de</strong><br />

foi gritante, pois elas estavam na unida<strong>de</strong> não por vonta<strong>de</strong> própria, e sim por insistência da sogra, da vizinha ou da mãe. As complicações<br />

mais citadas foram: inchaço (34,7%), hipertensão (27,8%), fraqueza (22,7%), sangramento (12,1%), asma (2,0%), gastrite nervosa<br />

(0,4%), renite alérgica (0,2%) e epilepsia (0,1%). Conclusões: Clinicamente, o período gestacional é avaliado trimestralmente, e a ida<strong>de</strong><br />

gestacional reflete no crescimento fetal normal, na prematurida<strong>de</strong> e anomalias fetais. Sinais como fraqueza e hipertensão, geralmente<br />

são conseqüências da dieta e <strong>de</strong>snutrição. Neste contexto, a prática médica funcionaria como uma assistência a<strong>de</strong>quada, e consequentemente<br />

viabilizaria a interação com os serviços <strong>de</strong> outros profissionais na maternida<strong>de</strong> assegurando bons resultados na gestação.<br />

Congresso Médico Universitário: Papel E Importância Na Formação Médica<br />

Cippiciani,TM 106<br />

Habrum, FC 106<br />

Vasconcelos, LV 106<br />

Lopes, RMSM 106<br />

Suguikawa, LI 106<br />

Aguiar, FJ 106<br />

Introdução: Em <strong>2009</strong>, o Congresso Médico Universitário (COMU) chega à sua 28º edição. Suas ativida<strong>de</strong>s englobam cursos, palestras,<br />

mesas redondas, workshops, apresentações e premiações <strong>de</strong> trabalhos científicos <strong>de</strong> acadêmicos. Realizado anualmente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1982, por alunos <strong>de</strong> graduação em medicina, o COMU beneficia tanto os congressistas que adquirem conhecimento técnico quanto os<br />

organizadores que aprimoram diversas habilida<strong>de</strong>s essenciais à prática médica. Objetivos: Este relato tem por finalida<strong>de</strong> compartilhar<br />

os vinte e oito anos <strong>de</strong> experiência acumulados com o COMU e analisar sua importância na formação médica dos estudantes <strong>de</strong> medicina.<br />

Métodos: Análise <strong>de</strong>scritiva e retrospectiva dos relatórios das vinte e sete edições já realizadas. Resultados: O COMU registrou uma<br />

média <strong>de</strong> 749 inscritos <strong>de</strong> diversas faculda<strong>de</strong>s do Brasil, sendo que, em 2007 houve 1.018. Recebeu também uma média <strong>de</strong> 76 trabalhos<br />

por ano. Na organização do congresso participaram em média 35 estudantes do primeiro ao terceiro ano <strong>de</strong> medicina. Desses 35 estudantes,<br />

em média, 15 já participaram da organização <strong>de</strong> um COMU, 10 participam pela primeira vez e 10 entram como colaboradores,<br />

participando apenas da organização das ativida<strong>de</strong>s durante o evento, e não da organização prévia. Como resultado, o COMU obteve<br />

nas avaliações dos congressistas 90% <strong>de</strong> conceito ótimo, 8% <strong>de</strong> muito bom e 2% não respon<strong>de</strong>ram às pesquisas. Conclusão: O COMU<br />

105 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

106 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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traz gran<strong>de</strong> benefício à formação médica por oferecer complementação à formação técnica <strong>de</strong> seus ouvintes; por incentivar o interesse<br />

científico dos estudantes por meio <strong>de</strong> seus prêmios científicos; e principalmente para os próprios organizadores que aprimoraram habilida<strong>de</strong>s<br />

essenciais para o exercício da profissão como: tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, comunicação, li<strong>de</strong>rança, administração e gerenciamento, responsabilida<strong>de</strong><br />

e educação permanente, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar o interesse <strong>de</strong> alunos dos primeiros anos <strong>de</strong> graduação a reconhecer temas<br />

relevantes para complementar a sua gra<strong>de</strong> curricular.<br />

Membros Do Projeto Alfa Manaus Realizam Ativida<strong>de</strong> Teórico Práticas Para Cuidadores<br />

De Idosos No Parque Dos Idosos Sobre Primeiros Socorros E Prevenção De Aci<strong>de</strong>ntes<br />

Leal, FS107 Di Tommaso, RAS107 Alencar, R107 Pérez, ACD107 Monteiro, TS107 Victor, S107 Introdução: O projeto alfa manaus é <strong>de</strong>dicado ao ensino teórico e realizações <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> primeiros socorros e prevenção <strong>de</strong><br />

aci<strong>de</strong>ntes para a socieda<strong>de</strong>, e realizou essas ativida<strong>de</strong>s com os cuidadores <strong>de</strong> idosos que são pessoas responsáveis por auxiliar e tomar<br />

conta <strong>de</strong> idosas tanto nas residências quanto em asilos, durante o curso <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong>sses profissionais realizado no parque dos idoso.<br />

Objetivos: Instruir esses profissionais sobre conhecimentos teóricos e realizar práticas <strong>de</strong> primeiros socorros relacionados a idosos,<br />

além disso, ensinar maneiras <strong>de</strong> prevenir aci<strong>de</strong>ntes domésticos que são uma importante causa <strong>de</strong> internação hospitalar em idosos. Métodos:<br />

Foram realizadas palestras para esses profissionais sobre os principais temas relacionados a primeiros socorros em idoso como<br />

reanimação cárdio pulmonar, obstrução das vias aéreas, fraturas, entorses e luxações, e a prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, principalmente domésticos,<br />

além disso, foram realizadas práticas relacionadas a esses assuntos com as manobras <strong>de</strong> reanimação cárdio pulmonar, manobras<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sobstrução das vias aéreas e métodos parar imobilização <strong>de</strong> fraturas entorses e luxações. Resultados: Após as palestras foram<br />

realizadas práticas sobre os temas ministrados on<strong>de</strong> os participantes do projeto alfa manaus caracterizados como idosos e manequins<br />

serviram <strong>de</strong> vítimas para as simulações dos conhecimentos práticos em primeiros socorros <strong>de</strong>sses profissionais. Apesar das dificulda<strong>de</strong>s<br />

relacionadas aos conhecimentos práticos <strong>de</strong> primeiros socorros dosprofissionaiscuidadores<strong>de</strong>idosos,foramrepetidasassimulações<br />

para que os erros fossem corrigidos e as habilida<strong>de</strong>s práticas aprimoradas. Conclusões: Além <strong>de</strong> bastante gratificante, pois a ativida<strong>de</strong><br />

vai propiciar melhoria no bem estar dos idosos com a prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e melhoria do atendimento a esses aci<strong>de</strong>ntes por<br />

parte dos cuidadores <strong>de</strong> idosos, ainda foi muito importante pois foi possível sanar as <strong>de</strong>ficiências em conhecimentos <strong>de</strong> primeiros socorros<br />

tanto teóricos quanto práticos <strong>de</strong>sses profissionais que .<br />

Liga Acadêmica De Cardiologia Da Uncisal: Uma Reflexão Sobre Seu Papel Na Formação<br />

Médica<br />

Santos, LO 108<br />

Oliveira, CP 108<br />

Sampaio, MR 109<br />

Introdução: As ligas acadêmicas (LAs) constituem organizações estudantis que buscam “se aprofundar em <strong>de</strong>terminado tema e<br />

sanar <strong>de</strong>mandas da população”. Baseando-se no tripé ensino, pesquisa e extensão, são <strong>de</strong>senvolvidas ativida<strong>de</strong>s como aulas teóricas,<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa e ações educativas junto à comunida<strong>de</strong>. A Liga Acadêmica <strong>de</strong> Cardiologia da Uncisal (LCARDIU) iniciou suas<br />

ativida<strong>de</strong>s em maio <strong>de</strong> 2008, com encontros científicos sobre temas relevantes em Cardiologia e abordagem prática em comunida<strong>de</strong> e<br />

serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivos: Descrever as experiências da LCARDIU e refletir sobre a importância das LAs na formação médica. Mé-<br />

107 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

108 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

109 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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todos: Foram obtidas informações sobre a fundação e funcionamento da LCARDIU através <strong>de</strong> entrevista com membros fundadores da<br />

liga e da experiência dos próprios autores como membros efetivos. Resultados: Des<strong>de</strong> seu início, a LCARDIU realiza aulas quinzenais<br />

ministradas por cardiologistas convidados, visando complementar e aprofundar o conteúdo abordado na graduação. Os membros <strong>de</strong>senvolvem<br />

ainda ativida<strong>de</strong>s práticas em serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maceió-AL: Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Emergência Armando Lages, UTI Cardíaca e<br />

Ambulatório <strong>de</strong> Ecocardiografia do Hospital do Açúcar. Este ano, foi organizado o I Curso <strong>de</strong> Arritmias, <strong>de</strong> forma a atualizar os estudantes<br />

<strong>de</strong> Medicina e enfatizar a importância do tema na prática clínica. A LCARDIU também participou da Campanha <strong>de</strong> Combate à<br />

Hipertensão Arterial, promovida pela SBC/AL. Tendo como alvo a população geral, <strong>de</strong>senvolveu ações educativas, <strong>de</strong> prevenção e<br />

promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Conclusões: De acordo com o esperado <strong>de</strong> uma LA, a LCARDIU mostra-se efetiva e <strong>de</strong>sempenha papel importante<br />

na formação médica, visto que possibilita a aquisição <strong>de</strong> conhecimentos práticos sem pressão, com mais satisfação e <strong>de</strong> modo mais<br />

significativo, bem como o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> crítica e reflexiva. Assim, os estudantes tornam-se mais atores e menos expectadores<br />

do processo ensino-aprendizagem. É na extensão que os universitários vão enten<strong>de</strong>r e fundamentar os conceitos e teorias<br />

adquiridos nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino.<br />

Liga De Pediatria Comunitária<br />

Bichaff, P 110<br />

Silva, DB 110<br />

Introdução: ALiga <strong>de</strong> Pediatria Comunitária é uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extensão acadêmica, composta por estudantes do primeiro ao<br />

quarto ano do curso médico, que permite o contato do aluno com a especialida<strong>de</strong> pediátrica em meio a um serviço social <strong>de</strong> atendimento<br />

a crianças <strong>de</strong> 0-2 anos <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> carente da Zona Oeste <strong>de</strong> São Paulo. Objetivos: Apresentação <strong>de</strong> uma análise crítica dos<br />

doze anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s da Liga e o seu papel na formação do estudante <strong>de</strong> Medicina. Métodos: Avaliação dos prontuários arquivados<br />

e <strong>de</strong> questionário <strong>de</strong> perguntas abertas aplicado a atuais e a antigos membros da Liga, sobre suas impressões das ativida<strong>de</strong>s realizadas.<br />

Resultados: A Liga conta com um histórico <strong>de</strong> doze anos <strong>de</strong> serviços, com cerca <strong>de</strong> sessenta pacientes atendidos nos últimos três anos,<br />

para os quais existem prontuários arquivados, não havendo essa prática nos primeiros anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>. Observou-se que as maiores<br />

afecções <strong>de</strong>ssa comunida<strong>de</strong> são <strong>de</strong> Vias Aéreas Superiores, DesnutriçãoeBaixoPeso.O<strong>de</strong>sfecho<strong>de</strong>ssasinformações<strong>de</strong>prontuáriopermitiu<br />

estratégias <strong>de</strong> intervenção como prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, controle pon<strong>de</strong>ral e estatural. Quanto à avaliação pelos membros da<br />

Liga, houve a indicação predominante da importância <strong>de</strong>ssa na obtenção <strong>de</strong> prática na propedêutica pediátrica e na a<strong>de</strong>quação da ativida<strong>de</strong><br />

médica com a realida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong> atendida. Conclusões: O presente projeto tenta aplicar os preceitos básicos do Sistema<br />

Público <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, principalmente na aplicação <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>vida e eficiente Atenção Primária, simulando uma equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e criando<br />

uma ponte médico-comunida<strong>de</strong>, assim como reforçando o ensino <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública e pediátrica. O contato direto com a comunida<strong>de</strong><br />

também possibilita a a<strong>de</strong>quação da prática médica com a realida<strong>de</strong> em questão, <strong>de</strong>monstrando que os conceitos clássicos da Clínica<br />

Médica <strong>de</strong>vem ser sujeitos das condições a que eles preten<strong>de</strong>m atuar.<br />

Trabalho Voluntário Como Meio De Aprendizado E Aplicação Teórico-Prática Em<br />

Pediatria<br />

Rodrigues, LRL 111<br />

Duarte, PLC 111<br />

Almeida, RA 111<br />

Silva, LFT 111<br />

Elami<strong>de</strong>, BC 111<br />

Introdução Concomitante ao trabalho realizado pela Liga <strong>de</strong> Pediatria do Amazonas, “Pediatria na Prevenção e Manutenção da<br />

Saú<strong>de</strong>”, que propunha um programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> especial, visando à prevenção e manutenção da saú<strong>de</strong> das crianças resi<strong>de</strong>ntes no bairro<br />

Gran<strong>de</strong> Vitória na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Manaus, surgiu interesse em realizar um trabalho voluntário baseado em ativida<strong>de</strong>s já <strong>de</strong>senvolvidas, oti-<br />

110Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

111Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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mizando os objetivos e sanando as necessida<strong>de</strong>s acadêmicas em práticas voltadas à pediatria e puericultura. Objetivos Relatar experiências<br />

dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina que integram ativida<strong>de</strong>s acadêmicas teóricas e práticas na rotina do atendimento médico e prevenção<br />

<strong>de</strong> doenças na pediatria. Métodos Realizaram-se palestras quinzenais, aos sábados, dirigidas à comunida<strong>de</strong> sobre aleitamento<br />

materno, alimentação complementar, prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes na infância, prevenção da diarréia aguda e preparo do soro <strong>de</strong> reidratação<br />

oral; ativida<strong>de</strong>s lúdicas educativas infantis; avaliação da curva <strong>de</strong> crescimento e do <strong>de</strong>senvolvimento das crianças até 2 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

para avaliar <strong>de</strong>svios; i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> quadros <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição e obesida<strong>de</strong> infantil, através <strong>de</strong> peso/altura/ida<strong>de</strong>; avaliação das ca<strong>de</strong>rnetas<br />

<strong>de</strong> vacinação; triagem para doenças imunopreveníveis e patologias congênitas e encaminhamento para especialida<strong>de</strong>s. Resultados<br />

As ativida<strong>de</strong>s iniciaram dia 21 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2009</strong> com término dia 04 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Ministraram-se as palestras: Amamentação,<br />

Vacinação e ca<strong>de</strong>rneta <strong>de</strong> vacinação, Sexualida<strong>de</strong> e drogas, Alimentação Complementar e Avaliação dos alimentos mais elaborados na<br />

comunida<strong>de</strong>, Prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes infantis, IVAS, Asma e Diarréia e preparação do soro caseiro. Foram realizadas ativida<strong>de</strong>s lúdicas<br />

com as crianças e atendimento médico voluntário especializado, entre eles Pediatria e Puericultura e Fisioterapia, possibilitando i<strong>de</strong>ntificar<br />

agravos à saú<strong>de</strong> infantil e adulta e tratamento. Conclusões Este trabalho proporcionou ao acadêmico contato médico-paciente diferente<br />

da graduação, experimentando a idéia da medicina preventiva, ausente na gra<strong>de</strong> curricular atual, chave na promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

A maior dificulda<strong>de</strong> foi convencer a comunida<strong>de</strong> da importância das ações preventivas na promoção à saú<strong>de</strong>.<br />

Trabalho Complementar Teórico-Prático Da Disciplina De Saú<strong>de</strong> Coletiva Para Avaliação<br />

Da Satisfação Do Usuário Da Unida<strong>de</strong> Básica De Saú<strong>de</strong> Ubs- L23 Do Bairro São José I Na<br />

Cida<strong>de</strong> De Manaus<br />

Rodrigues, LRL 112<br />

Almeida, RA 112<br />

Duarte, PLC 112<br />

Oliveira, MCL 112<br />

Priante, FC 112<br />

Introdução: a avaliação do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pelo usuário favorece a humanização do serviço constituindo oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verificar<br />

a resposta da comunida<strong>de</strong> à oferta do serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, permitindo a<strong>de</strong>quação do mesmo. Durante a disciplina <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva<br />

realizou-se um trabalho teórico-prático com o objetivo <strong>de</strong> avaliar o nível <strong>de</strong> satisfação da comunida<strong>de</strong> sobre o programa PSF da UBS<br />

L23 do Bairro São José I, Manaus, Amazonas. Objetivos: relatar experiência dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina em ativida<strong>de</strong>s acadêmicas<br />

teórico-práticas em Saú<strong>de</strong> Coletiva para avaliação da efetivida<strong>de</strong> do programa PSF. Métodos: oestudofoi<strong>de</strong>senvolvidonaárea<strong>de</strong><br />

atendimento da UBS-L23 composta por 4890 usuários distribuídos em 8 microáreas, através <strong>de</strong> entrevista domiciliar dividida em cinco<br />

partes a 165 famílias. Aprimeira com i<strong>de</strong>ntificação e parâmetros socioeconômicos; a segunda, terceira e quarta referentes aos agentes <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, à equipe <strong>de</strong> enfermagem e ao médico; a quinta visava o funcionamento da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma integrada. Resultados:<br />

Foram entrevistados 165 usuários. Houve alto grau <strong>de</strong> satisfação, especialmente com as ativida<strong>de</strong>s dos agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

do atendimento médico e do atendimento domiciliar. O atendimento da equipe da UBS L23 foi consi<strong>de</strong>rado ótimo por 46,3% dos entrevistados.<br />

Não se classificou o atendimento da equipe na UBS ou domiciliar como ruim. Da procura ao atendimento direto na UBS<br />

(94,4%), 78% receberam atendimento imediato, 20% agendamentos inferiores há uma semana e apenas 2% não o receberam. Conclusão:<br />

o elevado grau <strong>de</strong> satisfação dos usuários sugere aos acadêmicos que a UBS trabalha <strong>de</strong> forma integrada para o a<strong>de</strong>quado atendimento<br />

cumprindo as doutrinas propostas pelo ministério da saú<strong>de</strong>. Entretanto, houve a percepção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconhecimento pela comunida<strong>de</strong><br />

da função da UBS <strong>de</strong>ntro do serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, muitas vezes não <strong>de</strong>spertando interesse na utilização do serviço, bem como exigência<br />

<strong>de</strong> serviços inerentes a outro nível <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

112 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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Levando A Hematologia À Comunida<strong>de</strong> - Liga Acadêmica Do Sangue<br />

Rocha, HAL 113<br />

Vale, JS 113<br />

Araújo Junior, DA 113<br />

Marques, CS 113<br />

Dantas, AMM 113<br />

Introdução: A Liga do Sangue é um projeto <strong>de</strong> extensão vinculado a Pró-Reitoria <strong>de</strong> Extensão da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará,<br />

constituída por 10 acadêmicos. O projeto tem como ativida<strong>de</strong>s promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a partir da participação em campanhas junto à comunida<strong>de</strong>;<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, por meio das capacitações realizadas pelos membros da liga, o estágio no HEMOCE e cursos externos;<br />

e por fim o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas. Objetivo: Ampliar o conhecimento na área <strong>de</strong> Hematologia; estimular o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s junto à comunida<strong>de</strong>, contribuindo para esclarecer dúvidas da população; estimular os estudantes a <strong>de</strong>senvolver trabalhos<br />

epi<strong>de</strong>miológicos que permitam avaliar a real dimensão do referido problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong> em questão. Metodologia:<br />

Na área <strong>de</strong> ensino são <strong>de</strong>senvolvidas ativida<strong>de</strong>s como o curso <strong>de</strong>stinado aos recém-ingressos na Faculda<strong>de</strong>, o curso <strong>de</strong> Hematologia<br />

<strong>de</strong>stinado aos alunos e profissionais da saú<strong>de</strong>, além das aulas internas, visando à capacitação dos membros. Os membros da liga participam<br />

<strong>de</strong> campanhas como o Dia Mundial da Saú<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> realizam dosagem <strong>de</strong> hemoglobina e distribuem materiais explicativos esclarecendo<br />

dúvidas sobre a doação <strong>de</strong> sangue. No projeto <strong>de</strong> ensino continuado <strong>de</strong> adolescentes (PESCA), ocorre ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> orientação<br />

com adolescentes, abordando diversos temas com enfoque especial em DSTs e doação. Participam, também, do estágio no<br />

HEMOCE acompanhando o docente no ambulatório. Resultados: A Liga do Sangue já realizou vários trabalhos científicos, contando<br />

com diversas participações em congressos e publicações. A liga também contribuiu para o aprendizado <strong>de</strong> diversos estudantes, tendo<br />

suas pesquisas contribuído para o aprimoramento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s estudadas e para uma análise epi<strong>de</strong>miológica mais fi<strong>de</strong>digna da população<br />

em estudo. Conclusão: A Liga do Sangue contribui significativamente na educação médica e no auxílio à comunida<strong>de</strong>, uma<br />

vez que possibilita aos membros a produção <strong>de</strong> conhecimento científico, realização <strong>de</strong> diversos trabalhos junto à comunida<strong>de</strong> e o<br />

aprofundamento na área da Hematologia.<br />

A Importânciada Carta Dos Direitos Dos Usuários Da Saú<strong>de</strong> Na Relação<br />

Profissional/Usuário No Ambiente Hospitalar E Na Comunida<strong>de</strong><br />

Prado, M114 Ferreira, LS114 Gonçalves, MM114 Barbosa, PA114 Scalia, G114 Gomes, AGR114 Introdução: A Carta dos Direitos dos Usuários da Saú<strong>de</strong> foi publicada em março <strong>de</strong> 2006, entretanto sua divulgação é bastante<br />

ineficiente. Um dos aspectos que ilustra isso é o <strong>de</strong>sconhecimento por parte dos profissionais da saú<strong>de</strong> que alegam não terem contato<br />

com tal carta. Em relação aos usuários, a falta <strong>de</strong> conhecimento também é percebida pelo seu silenciamento diante dos direitos contidos<br />

nela. Nas situações <strong>de</strong> conflitos envolvendo os usuários e o gestor municipal pela garantia do acesso aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, em nenhum<br />

momento a Carta foi citada como argumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos usuários. Objetivo: Consi<strong>de</strong>rando que a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Uberlândia<br />

é uma das mais importantes formadoras <strong>de</strong> recursos humanos na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do município, é pertinente um projeto <strong>de</strong> extensão<br />

para a divulgação da Carta. Metodologia: A proposta foi dividida em duas etapas: a primeira, realizada no Hospital <strong>de</strong> Clínicas da<br />

UFU, baseou-se em rodas <strong>de</strong> conversa divulgadas em todos os setores hospitalares; a segunda, realizada no bairro Morumbi, tratou-se<br />

<strong>de</strong> oficinas, com apoio da <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Bairro e da Polícia Militar. Tal bairro foi escolhido porque, no início <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, houve uma mobilização<br />

da população contra restrições nos horários <strong>de</strong> atendimento das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Resultados: Aativida<strong>de</strong> realizada no hospital<br />

teve pouca a<strong>de</strong>são no primeiro dia. Na segunda tentativa a procura foi ampliada, permanecendo, entretanto, aquém das expectati-<br />

113 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

114 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

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vas. Já no bairro, houve maior interesse e participação da comunida<strong>de</strong>, que solicitou mais ações do grupo. Conclusão: Adiscrepância <strong>de</strong><br />

interesse entre os públicos das ações sugere que os profissionais não se percebem como usuários do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e que o instrumento<br />

em questão não diz respeito ao seu universo. Isso é preocupante, revelando o <strong>de</strong>sconhecimento do impacto da Carta no cotidiano<br />

dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e na relação profissional/usuário pelos profissionais.<br />

Utilização De Ví<strong>de</strong>o Educacional E Repercussões Deste No Aprendizado De Alunos Em<br />

Escola Pública<br />

Vasconcelos, FKB115 Melo, SD115 Carvalho, LL115 Aguiar, FB115 Assis, TS115 Morais, LCSL115 Introdução: Autilização <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o em escolas públicas busca otimizar as questões <strong>de</strong> tempo e espaço, além <strong>de</strong> servir como um recurso<br />

com múltiplas linguagens (texto, som, imagem), facilitando a aprendizagem do aluno. Contudo, as condições precárias das escolas<br />

públicas sacrificam a intenção do professor quanto ao uso <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> material. Desta forma, a extensão universitária visa diminuir<br />

esse impasse, construindo pontes <strong>de</strong> conhecimento entre corpo acadêmico e socieda<strong>de</strong>. Objetivos: Avaliar o funcionamento <strong>de</strong> um recurso<br />

audio-visual na aprendizagem <strong>de</strong> Fisiologia Humana pelos alunos <strong>de</strong> uma escola pública. Métodos: O projeto <strong>de</strong> extensão “Produção<br />

<strong>de</strong> material áudio visual para ensino <strong>de</strong> Fisiologia Humana nas escolas públicas” foi realizado entre Junho e Dezembro <strong>de</strong> 2008.<br />

O público-alvo foi <strong>de</strong> 89 alunos <strong>de</strong> quatro turmas do terceiro ano do Ensino Médio da escola Sesquicentenário, no município <strong>de</strong> João<br />

Pessoa – Paraíba. Os alunos extensionistas, coor<strong>de</strong>nados por um professor do projeto, aplicavam inicialmente um pré-teste com sete<br />

questões objetivas (cada uma com cinco alternativas), referentes ao conteúdo da aula – “Tipos <strong>de</strong> Músculos”. Logo em seguida, o ví<strong>de</strong>o<br />

era apresentado. Após esse momento, os alunos eram submetidos a um pós-teste, o qual continha as mesmas questões do pré-teste, mas<br />

com or<strong>de</strong>m e alternativas variadas. Assim, os resultados obtidos nessa amostra foram avaliados <strong>de</strong> forma estatística. Resultados: Das<br />

623 questões respondidas no pré-teste, sendo sete questões para cada um dos 89 alunos, obteve-se 220 acertos (35,31%) e 403 erros<br />

(64,69%). Já no pós-teste, os números foram <strong>de</strong> 412 acertos (66,13%) e 211 (33,87%) erros. Conclusões: A partir dos dados apresentados,<br />

observamos que houve consi<strong>de</strong>rável melhora no número <strong>de</strong> acertos do pós-teste em comparação com o pré-teste. Logo, o ví<strong>de</strong>o se mostrou<br />

eficaz na aquisição <strong>de</strong> conhecimentos por parte dos alunos, além <strong>de</strong> ser excelente mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atuação da extensão na comunida<strong>de</strong>.<br />

A Melhora Da Relação Ensino-Aprendizagem Com O Advento Das Ligas Acadêmicas No<br />

Ensino Médico<br />

Uchôa Júnior, BCM116 Barros, GM116 Introdução: O número e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ligas acadêmicas têm crescido bastante em todo Brasil, já tendo sido criados até mesmo<br />

conselhos e comitês regionais e nacionais. Elas vêm se mostrando como uma ativida<strong>de</strong> principalmente <strong>de</strong> ensino e extensão que tem ganhado<br />

cada vez mais a<strong>de</strong>ptos e admiradores. Objetivos: Mostrar e discutir a sistemática <strong>de</strong> funcionamento das ligas acadêmicas relacionadas<br />

às áreas médicas e sua importância na formação do estudante <strong>de</strong> Medicina. Métodos: Relato <strong>de</strong>scritivo com base em fonte documental<br />

e experiência <strong>de</strong> caso. Resultados: Todas as normas que regem uma liga geralmente são expostas num estatuto próprio, após<br />

prévia <strong>de</strong>cisão dos fundadores, servindo para a sistematização do funcionamento. As ligas permitem uma abordagem <strong>de</strong> assuntos geralmente<br />

já vistos pelos alunos, mas que, por <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> ensino ou por afinida<strong>de</strong>s pessoais <strong>de</strong> um grupo, são estudados <strong>de</strong> uma maneira<br />

diferente. Os assuntos são os mais diversos, mas geralmente relacionados a uma possível escolha profissional. Nas reuniões são<br />

dados novos enfoques a partir <strong>de</strong> uma metodologia mais dinâmica em pequenos grupos e, na maioria das vezes, apoiando-se na práti-<br />

115 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

116 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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ca, <strong>de</strong> suma importância para aplicar a teoria. São também convidados palestrantes para falar sobre assuntos relevantes à liga e em seguida<br />

são discutidas dúvidas e casos clínicos relacionados às palestras. Os alunos participantes percebem uma maior aprendizagem e<br />

fixação do conteúdo. Há ainda a apresentação <strong>de</strong> assuntos pelo próprio estudante, a partir <strong>de</strong> uma correta orientação dos profissionais<br />

médicos que participem ativamente das ativida<strong>de</strong>s da liga, que aumenta essa relação ensino-aprendizagem. As ligas fornecem também<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão que são excelentes meios <strong>de</strong> integrar a universida<strong>de</strong> e a comunida<strong>de</strong>. Conclusões: Aformação das ligas <strong>de</strong> estudo<br />

é <strong>de</strong> importância ímpar para formação acadêmica do estudante <strong>de</strong> medicina que se vê mais hábil e conhecedor, levando à formação<br />

<strong>de</strong> um profissional médico diferenciado.<br />

Relato Da Experiência Das Ativida<strong>de</strong>s De Extensão Realizadas Pela Liga Acadêmica De<br />

Cardiologia E Cirurgia Cardiovascular: A Importância Da Extensão Universitária<br />

Borges, TRSA117 Campos Filho, LFCI117 Dutra, MVF117 Carsoso, RMN117 Rodrigues, SV117 Silva, MS117 Introdução: A Liga Acadêmica <strong>de</strong> Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular (LaCardio) é um projeto <strong>de</strong> extensão universitária da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás (FM-UFG), <strong>de</strong>senvolvendo ativida<strong>de</strong>s nas áreas <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão.<br />

A LaCardio é especialmente atuante na área <strong>de</strong> extensão, sempre buscando aproximar Universida<strong>de</strong> e comunida<strong>de</strong>, isto é, levar o<br />

conhecimento teórico adquirido para a prática junto à população. Objetivo: Relatar a importância das diversas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão<br />

<strong>de</strong>senvolvidas pelos membros da LaCardio junto à comunida<strong>de</strong> nos anos <strong>de</strong> 2008 e <strong>2009</strong>. Relato da experiência: Os membros da LaCardio<br />

<strong>de</strong>senvolveram ativida<strong>de</strong>s em eventos organizados pela FM-UFG e pela Secretaria Municipal da Saú<strong>de</strong> (SMS), sendo eles<br />

CONPEEX, II Encontro Universida<strong>de</strong> Saudável e Agro Centro-Oeste e Campanha “O Alerta!” (SMS). Fez-se triagem <strong>de</strong> casos suspeitos<br />

e orientação sobre prevenção e controle das diversas doenças cardiovasculares, além <strong>de</strong> orientação sobre hábitos saudáveis, realização<br />

da aferição <strong>de</strong> pressão arterial e coleta <strong>de</strong> dados sócio-<strong>de</strong>mográficos e <strong>de</strong> hábitos <strong>de</strong> vida. Discussão: Vários casos <strong>de</strong> pessoas com hipertensão<br />

foram <strong>de</strong>tectados, sendo todos orientados a procurar atendimento médico. Os dados colhidos foram enviados para a SMS, que<br />

acompanharia a<strong>de</strong>quadamente os casos suspeitos por meio das informações colhidas pela liga. Conseguiu-se, apoio mútuo entre o Governo,<br />

a Universida<strong>de</strong> e a comunida<strong>de</strong>, mostrando ser extremamente útil a realização <strong>de</strong> campanhas em conjunto. Com isso, a extensão<br />

se torna o principal meio <strong>de</strong> integração e humanização dos membros da liga. Conclusão: Conclui-se que a LaCardio tem alcançado seu<br />

objetivo concernente à extensão, por meio <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que buscam levar o conhecimento adquirido na Universida<strong>de</strong> para mais próximo<br />

da comunida<strong>de</strong>. Cabe ressaltar que as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos membros da LaCardio junto à comunida<strong>de</strong> não são proveitosas<br />

apenas para a população beneficiada, mas também constituem uma oportunida<strong>de</strong> ímpar para os acadêmicos utilizarem na prática o<br />

conhecimento teórico adquirido.<br />

117 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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Liga Do Trauma E Emergência Da Ulbra: Segmento De Ensino, Pesquisa E Extensão<br />

Universitária Por Acadêmicos<br />

Abreu, AA 118<br />

Bigolin, AV 118<br />

Lenzi, LGS 118<br />

Gomes, LCD 118<br />

Schnei<strong>de</strong>r, RF 118<br />

Leitzke, L 118<br />

Introdução: Trauma é a segunda causa <strong>de</strong> morte no Brasil e problema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública. Mata e <strong>de</strong>ixa gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> incapacitados,<br />

implicando custos <strong>de</strong> bilhões <strong>de</strong> reais por ano. Por isso, é necessária a conscientização do problema e o reconhecimento que exige<br />

qualificação técnica para o seu atendimento, pois como qualquer doença que afeta a saú<strong>de</strong> pública, necessita ser combatida através<br />

<strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> controle e prevenção. Em diversas universida<strong>de</strong>s, as Ligas Acadêmicas têm se mostrado um instrumento útil na formação,<br />

através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão. Objetivo: Relatar a ativida<strong>de</strong> da Liga do Trauma <strong>de</strong> uma Universida<strong>de</strong> do<br />

Sul do Brasil. Métodos: Informações foram coletadas através <strong>de</strong> entrevistas com membros da Liga, e <strong>de</strong> documentos que a regulamentam.<br />

Resultados: Composta por 12 membros, acadêmicos, e supervisionada por precetores, professores da universida<strong>de</strong>. Para aprimorar<br />

o conhecimento dos membros, realiza treinamentos com simuladores com ativida<strong>de</strong> elétrica cardíaca e possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manejo efetivo<br />

com drogas e <strong>de</strong>sfibrilação. No ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, participou do COLT/Panamericano <strong>de</strong> trauma enviando trabalhos, e publicou o I Manual<br />

<strong>de</strong> Atendimento ao Trauma. Promove vários cursos teórico-práticos, sendo o principal, <strong>de</strong>nominado Atendimento Pré-hospitalar.<br />

Buscando interação com a comunida<strong>de</strong>, objetivando conscientização e prevenção ao trauma, realizou cursos e simulações no interior<br />

do estado, com gran<strong>de</strong> repercussão e participou da comissão organizadora do COLT 2007. Conclusão: As ligas são um movimento estudantil<br />

com o intuito <strong>de</strong> gerar multiplicadores <strong>de</strong> informações capazes <strong>de</strong> repassar a mensagem contra a doença trauma. Observa-se a<br />

importância da liga na complementação do ensino curricular, contribuindo para a formação <strong>de</strong> médicos capacitados para atuar frente a<br />

emergências. Estimula e treina capacida<strong>de</strong>s e habilida<strong>de</strong>s dos alunos no atendimento ao trauma através <strong>de</strong> cursos, livros e trabalhos.<br />

Portanto, as ligas do trauma vêm se tornando pedras fundamentais na construção do saber do estudante <strong>de</strong> medicina.<br />

Integração Ensino-Pesquisa-Extensão Em Neurologia: A Experiência Da Liga Acadêmica<br />

De Neurologia E Neurocirurgia De Pernambuco<br />

Barbosa, BJAP 119<br />

Oliveira, BM 119<br />

Lima, ALCLA 119<br />

Santiago, IB 119<br />

da Silva, RNF 119<br />

Fontana, PN 119<br />

Introdução: Segundo a UNESCO, o ensino nas escolas médicas <strong>de</strong>ve enfatizar a formação do médico generalista, com uma visão<br />

ampla e humanizada. Para isso, o contato com o paciente é fundamental para o estudante, aprofundando seu conhecimento do processo<br />

saú<strong>de</strong>-doença através <strong>de</strong> assistência, extensão, pesquisa e ensino. As Ligas Acadêmicas surgem como uma alternativa para agregar<br />

interesses <strong>de</strong> estudantes e docentes no aprofundamento em <strong>de</strong>terminado tema visando a aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>mandas da população. A Liga<br />

Acadêmica <strong>de</strong> Neurologia e Neurocirurgia <strong>de</strong> Pernambuco surgiu a partir da importância da Neurologia na formação médica e da relevância<br />

epi<strong>de</strong>miológica e social das doenças neurológicas. Objetivos: Relatar a experiência <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> atuação da LANNPE em parceria<br />

com serviços <strong>de</strong> referência da cida<strong>de</strong> do Recife-PE, <strong>de</strong>stacando a importância que uma Liga Acadêmica po<strong>de</strong> ter na construção <strong>de</strong><br />

conhecimento em Neurologia. Método: Relato <strong>de</strong> experiência realizado à luz <strong>de</strong> publicações nas áreas <strong>de</strong> educação médica, ligas acadêmicas<br />

e ensino da Neurologia na graduação. Resultados: No último a LANNPE agregou um corpo estudantil <strong>de</strong> 14 membros e conta<br />

118 Universida<strong>de</strong> Luterana do Brasil, Canoas, RS, Brasil.<br />

119 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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com colaboração <strong>de</strong> profissionais médicos das áreas <strong>de</strong> Neurologia, Neurocirurgia e Atenção Básica em Saú<strong>de</strong>. A pesquisa científica<br />

tem foco em Doenças Cerebrovasculares, área alvo também das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão universitária, visando à prevenção e promoção<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> junto a grupos <strong>de</strong> risco na comunida<strong>de</strong>. Conclusões: Os resultados evi<strong>de</strong>nciam o envolvimento dos estudantes em Ligas Acadêmicas<br />

como uma alternativa eficaz para exercer ensino, pesquisa e extensão em <strong>de</strong>terminada área médica <strong>de</strong> forma qualificada e integrada.<br />

Em Neurologia, esta se constitui uma estratégia <strong>de</strong> superar dificulda<strong>de</strong>s no aprendizado e colocar o estudante em contato direto<br />

com a realida<strong>de</strong> da assistência em saú<strong>de</strong> nesta área. O trabalho propõe ainda a intervenção qualificada dos estudantes na comunida<strong>de</strong><br />

como ferramenta transformadora, contribuindo sobremaneira para a quebra <strong>de</strong> muros entre o meio acadêmico e a socieda<strong>de</strong>.<br />

Liga Acadêmica De Oncologia Do Amazonas: Ativida<strong>de</strong>s De Ensino E Promoção De<br />

Saú<strong>de</strong><br />

Zanata, MC 120<br />

Souza, GM 120<br />

Balata, PHA 120<br />

Carvalho, JAR 120<br />

Lima, VP 120<br />

Me<strong>de</strong>iros, SGGAM 120<br />

Introdução: A Liga Acadêmica <strong>de</strong> Oncologia do Amazonas (LAO-AM) foi fundada há quatro anos a partir da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudantes<br />

<strong>de</strong> medicina em estudar e <strong>de</strong>bater sobre oncologia, sendo formada por acadêmicos das faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Manaus. Aliga é sediada na Fundação Centro <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Oncologia do Amazonas (FCECON) que também funciona como unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> apoio para nossas ativida<strong>de</strong>s. Objetivos: O principal objetivo da LAO-AM é prover conhecimento para atualizações do estudante <strong>de</strong><br />

medicina em uma instituição que trabalha especificamente com Câncer. Metodologia: As ações envolvem ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prevenção<br />

através <strong>de</strong> campanhas e palestras, acompanhamento <strong>de</strong> consultas ambulatoriais <strong>de</strong> diversas especialida<strong>de</strong>s e a participação <strong>de</strong> projetos<br />

<strong>de</strong> pesquisa da instituição. Mensalmente ocorrem duas reuniões com todos os membros da liga, nas quais são apresentados seminários,<br />

discussão <strong>de</strong> casos clínicos, clubes <strong>de</strong> revista, sob orientação <strong>de</strong> médicos da FCECON. Resultados: Notamos uma maior busca <strong>de</strong> conhecimento<br />

por parte dos acadêmicos no que envolve temas sobre oncologia.Também,émarcanteapresençadaLAO-AMemativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> prevenção e conscientização junto à comunida<strong>de</strong> em geral. Nessas ativida<strong>de</strong>s realizamos palestras e distribuição <strong>de</strong> material informativo<br />

referentes aos cânceres mais inci<strong>de</strong>ntes no Brasil e em nossa região. No ano <strong>de</strong> 2008 <strong>de</strong>stacamos a participação na campanha<br />

Nacional dos 10 Anos <strong>de</strong> Prevenção do Câncer <strong>de</strong> Pele. Conclusão: Observamos a satisfação da comunida<strong>de</strong> em participar <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> prevenção em saú<strong>de</strong>, bem como dos acadêmicos ligantes que percebem o impacto social <strong>de</strong> transmitir informação e conhecimento<br />

às pessoas, esclarecendo dúvidas sobre o câncer e alertando sobre a importância do diagnóstico precoce para o tratamento efetivo<br />

<strong>de</strong>sta doença.<br />

A Liga De Neurociências De Botucatu No Contexto Do Programa De Avaliação Das<br />

Ligas Acadêmicas Da Faculda<strong>de</strong> De Medicina De Botucatu<br />

Enami, HL121 Hamamoto Filho, PT121 Schelp, AO121 Introdução: Ligas acadêmicas são entida<strong>de</strong>s organizadas por discentes comprometidos com o aprofundamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados<br />

temas e a atenção às <strong>de</strong>mandas advindas da população, aten<strong>de</strong>ndo aos princípios universitários <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão. No<br />

entanto, nos últimos anos, houve um aumento no número <strong>de</strong> ligas acadêmicas e, <strong>de</strong>ste fenômeno, não se acompanhou a<strong>de</strong>quada reflexão<br />

sobre seus <strong>de</strong>terminantes, seus papéis e nem mesmo sua função pedagógica. Nesse contexto, o Conselho das Ligas Acadêmicas da<br />

FMB/UNESP propôs-se à elaboração <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> avaliação das gestões das ligas acadêmicas <strong>de</strong>ssa instituição objetivando o<br />

120 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

121 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu. Botucatu, SP, Brasil.<br />

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acompanhamento <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, fornecendo subsídios para avaliação <strong>de</strong> fortalezas e fragilida<strong>de</strong>s, contribuindo para um melhor<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s previstas nos objetivos a que a liga se propõe. Objetivo: Discriminar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pela<br />

Liga <strong>de</strong> Neurociências <strong>de</strong> Botucatu, durante seu segundo ano <strong>de</strong> existência, contextualizando-as sob a perspectiva do Programa <strong>de</strong><br />

Avaliação das Ligas Acadêmicas da FMB/UNESP. Metodologia: Análise das ativida<strong>de</strong>s realizadas pela LNB baseada no programa <strong>de</strong><br />

avaliação supracitado. Resultados: Em seu segundo ano <strong>de</strong> atuação, a LNB realizou a sua II Jornada <strong>de</strong> Atualização em Neurologia;<br />

mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z aulas; participou e apoiou o congresso integrador das Ligas Acadêmicas; participou <strong>de</strong> campanhas na comunida<strong>de</strong>; organizou-se<br />

em cinco frentes <strong>de</strong> pesquisa científica; enviou cinco trabalhos científicos para congressos e um para publicação em periódico<br />

nacional; fomentou discussões sobre o ensino <strong>de</strong> Neurologia no curso médico; e permitiu a participação <strong>de</strong> seus membros em plantões<br />

clínicos supervisionados. Conclusões: De acordo com os resultados obtidos pelo Programa <strong>de</strong> Avaliação, a LNB <strong>de</strong>senvolveu ativida<strong>de</strong>s<br />

que têm cumprido os objetivos a que se <strong>de</strong>stina, com ressalva ao vetor extensão universitária, orientado a se pautar em programas<br />

<strong>de</strong> atuação mais longitudinais.<br />

Liga Amazonense Do Trauma (Lat): Seis Anos De Interação Acadêmica Entre As<br />

Faculda<strong>de</strong>s Médicas De Manaus<br />

Costa, CA 122<br />

Haji Junior, AC 122<br />

Genu, JMR 123<br />

Scariot, AL 122<br />

Alves, LMDAS 123<br />

Me<strong>de</strong>iros, LJS 124<br />

Introdução: Durante os seis anos <strong>de</strong> sua existência a LAT vem atuando na área <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão universitária em<br />

Manaus, voltada para a gran<strong>de</strong> área da traumatologia e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua fundação integra estudantes das três faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina locais.<br />

Participam <strong>de</strong>la acadêmicos <strong>de</strong> medicina, resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> cirurgia geral e cirurgiões. Objetivos: Relatar a experiência da LAT na integração<br />

<strong>de</strong> acadêmicos das faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina do Amazonas. Métodos: Des<strong>de</strong> sua criação, a LAT disponibiliza suas 56 vagas para acadêmicos<br />

da Universida<strong>de</strong> do Estado do Amazonas, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas e Centro Universitário Nilton Lins através <strong>de</strong><br />

prova <strong>de</strong> seleção, utilizando como critérios <strong>de</strong> inserção as maiores pontuações. A liga sempre conta com a participação <strong>de</strong> membros <strong>de</strong><br />

todas as faculda<strong>de</strong>s, sendo variável a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> membros <strong>de</strong> cada instituição. São realizadas reuniões quinzenais com todos os participantes<br />

em uma das universida<strong>de</strong>s com a participação <strong>de</strong> cirurgiões e/ou resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> cirurgia. São realizadas quinzenalmente<br />

apresentações <strong>de</strong> temas e clubes <strong>de</strong> revista, além <strong>de</strong> plantões semanais em setores <strong>de</strong> emergência <strong>de</strong> hospitais locais, palestras <strong>de</strong> prevenção<br />

<strong>de</strong> trauma, treinamentos diversos, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> pesquisa conjuntos, sendo que sempre um grupo interinstitucional<br />

é incumbido <strong>de</strong> organizar o evento e em geral trata-se <strong>de</strong> um grupo misto entre ligantes mais antigos e mais novos <strong>de</strong> modo que<br />

experiências possam ser trocadas. Resultados: O ambiente oferecido e as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pela liga levam os alunos <strong>de</strong> diferentes<br />

instituições a interagirem entre si promovendo melhor <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, otimização do tempo, estreitamento das<br />

relações interpessoais e aperfeiçoamento <strong>de</strong> seus conhecimentos teóricos e práticos em trauma. Conclusões: Verificou-se que a LAT por<br />

ter a participação <strong>de</strong> todos os cursos <strong>de</strong> medicina, tem atuado melhorando o <strong>de</strong>sempenho dos acadêmicos através do contato com a realida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> outras instituições e através da troca <strong>de</strong> experiências.<br />

122 Universida<strong>de</strong> do Estado do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

123 Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa, Lisboa, Portugal.<br />

124 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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Prevenção De Dsts Através Da Capacitação De Adolescentes Em Um Distrito Sanitário<br />

De Curitiba<br />

Carvalho Pereira, JF125 Ermel, FL125 Marin, FL125 Lopes, JG125 Introdução: Na adolescência os indivíduos estão vulneráveis à gravi<strong>de</strong>z precoce, uso <strong>de</strong> drogas, problemas <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> e<br />

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), uma vez que a instabilida<strong>de</strong> emocional manifesta-se em suas experiências sexuais, cada<br />

vez mais precoces e sem uso <strong>de</strong> preservativos. O aumento da incidência das DSTs po<strong>de</strong> ser atribuído à <strong>de</strong>sinformação, práticas sexuais<br />

promíscuas, multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parceiros e menor temor público <strong>de</strong>vido à facilida<strong>de</strong> atual <strong>de</strong> diagnósticos e tratamentos. Objetivo: Capacitar<br />

os adolescentes a terem autonomia nas suas <strong>de</strong>cisões e consciência sobre estas, bem como repassar as informações e reflexões<br />

propostas sobre os assuntos. Metodologia: O projeto realizado na área <strong>de</strong> abrangência do Distrito Sanitário do Bairro Novo, Curitiba,<br />

teve como público 30 adolescentes, divididos em duas oficinas com 15 pessoas, durando 45 minutos cada uma. Aoficina inicia com o recebimento<br />

<strong>de</strong> uma figura geométrica com a forma <strong>de</strong> um círculo, quadrado ou triângulo, os quais simbolizam respectivamente: usuário<br />

<strong>de</strong> preservativo e não-portador <strong>de</strong> DST; não usuário <strong>de</strong> preservativo e não-portador <strong>de</strong> DST; e não usuário <strong>de</strong> preservativo e portador<br />

<strong>de</strong> DST. Uma música tocando indica para circularem pela sala, sem saberem o significado das figuras. Quando a música cessa, eles param<br />

e <strong>de</strong>senham em suas figuras o símbolo dos participantes a sua volta. Isso se repete e ao final é revelado ao grupo a representação dos<br />

símbolos. Então, cada um po<strong>de</strong> tirar suas conclusões a respeito da aquisição ou não das “doenças”, no que diz respeito à utilização ou<br />

não <strong>de</strong> preservativo. Aseguir, realiza-se uma roda <strong>de</strong> conversa, abordando DSTs através <strong>de</strong> fotografias e charges. Aativida<strong>de</strong> não é apenas<br />

uma palestra e sim uma discussão com a participação dos integrantes. Resultados: Obtivemos uma gran<strong>de</strong> aceitação e participação<br />

dos adolescentes. Alguns nos ajudaram com casos, experiências e conhecimentos próprios sobre o assunto.<br />

Discutindo Alimentação Saudável No Projeto<br />

Velásquez, PPC126 Alfaia, R126 Batista, SRR126 Cor<strong>de</strong>iro, MACP126 Gomes, HLF126 Introdução: Hoje numerosa e longeva, a população idosa exige discussões, estratégias e ações específicas do Sistema Único <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>, como a Política Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Pessoa Idosa. Para esse tema converge o projeto “Geração da Saú<strong>de</strong>”, i<strong>de</strong>alizado e realizado<br />

por estudantes do primeiro ano <strong>de</strong> Medicina da UFG em 2008 na região leste <strong>de</strong> Goiânia, durante as ativida<strong>de</strong>s supervisionadas junto<br />

às UBS/SF, contato aliado à ESF, proporcionado pela disciplina Introdução à Saú<strong>de</strong> Coletiva, que aten<strong>de</strong> aos objetivos do Pró-Saú<strong>de</strong> e<br />

às novas Diretrizes Curriculares. No projeto aplica-se a promoção do envelhecimento ativo por meio da preservação <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s e<br />

potencialida<strong>de</strong>s do indivíduo. Em novembro realizou-se a segunda oficina do projeto, “Alimentação Saudável”. Objetivos: Relatar experiência<br />

<strong>de</strong> ensino-aprendizagem que buscou seguir linha problematizadora, abordagem pedagógico-construtivista e promoção da<br />

saú<strong>de</strong> do idoso pelo incentivo à alimentação saudável. Métodos: A Igreja Profeta Jeremias sediou a oficina participativa “Alimentação<br />

Saudável”, com divulgação por convites e cartazes distribuídos pelos acadêmicos e pelos agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas residências,<br />

UBS e estabelecimentos comerciais locais. Aestratégia metodológica consi<strong>de</strong>rou convívio grupal, auto-estima, aprendizagem e integração<br />

estudante-comunida<strong>de</strong>. A discussão serviu-se do material “Alimentação Saudável para pessoas com mais <strong>de</strong> 60 anos: 10 passos”<br />

da CGPAN do Ministério da Saú<strong>de</strong>. Resultados: Foi proporcionado aos acadêmicos e à população educação alimentar e também<br />

convívio prazeroso, trocas <strong>de</strong> experiências, criação <strong>de</strong> vínculos, pressupondo benefícios à saú<strong>de</strong> física, mental e social. Apren<strong>de</strong>ndo sobre<br />

alimentação saudável, idosos compreen<strong>de</strong>ram alterações fisiológicas características da ida<strong>de</strong>, autocuidado e prevenção, avaliando<br />

125 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

126 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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positivamente a oficina em questionários. Conclusões: Os acadêmicos aproximaram-se da realida<strong>de</strong> da população idosa usuária dos<br />

serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, compreen<strong>de</strong>ndo pela extensão universitária, a importância da socialização do conhecimento técnico-científico intervindo<br />

qualitativamente nos padrões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> individual e coletiva, em ações transversais, integradas e intersetoriais, compromisso do<br />

Ministério da Saú<strong>de</strong> ratificado pela PNPS.<br />

Vivenciando Ações De Saú<strong>de</strong> Através Da Avaliação Da Acuida<strong>de</strong> Visual Em<br />

Participantes Das Oficinas Do Programa Escola Aberta, Comunida<strong>de</strong> Santa Lúcia,<br />

Maceió/Al, No Período De Outubro De 2008 A Maio De <strong>2009</strong>, Por Estudantes Inseridos<br />

No Projeto De Extensão V<br />

Tavares, GMS 127<br />

Pedrosa, APM 127<br />

Introdução: O teste <strong>de</strong> acuida<strong>de</strong> visual (AV) baseado na tabela <strong>de</strong> Snellen é um método simples e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> na <strong>de</strong>limitação<br />

da condição visual. A AV se refere ao grau <strong>de</strong> aptidão do olho na discriminação <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes no espaço, portanto através <strong>de</strong> ações<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> propostas pelo projeto <strong>de</strong> extensão V.I.D.A.S., estudantes da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, inclusive medicina, pu<strong>de</strong>ram aplicar o teste como<br />

averiguamento <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivos: Avaliar a AV <strong>de</strong> participantes das oficinas do Programa escola aberta, <strong>de</strong>senvolvidas<br />

na escola municipal Jaime <strong>de</strong> Altavila, no período <strong>de</strong> outubro/2008 a maio/<strong>2009</strong>. Métodos: Foi utilizada a técnica para avaliação da AV<br />

da escala <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> Snellen, que utiliza sinais em forma <strong>de</strong> E, <strong>de</strong> tamanhos progressivamente menores, em posições variadas (optotipos),<br />

com uma legenda <strong>de</strong>cimal nas laterais indicando a medida da AV. O valor da última linha i<strong>de</strong>ntificada sem dificulda<strong>de</strong> indica a<br />

melhor acuida<strong>de</strong> obtida em cada olho. Consi<strong>de</strong>rou-se satisfatória a AV superior a 0,7. Os valores abaixo <strong>de</strong>ste formam consi<strong>de</strong>rados não<br />

satisfatórios. Resultados: No período estudado 83 pessoas concordaram em se submeter ao teste. Do total <strong>de</strong> 63 mulheres, 66,7% apresentavam<br />

acuida<strong>de</strong> normal e 33,3% não satisfatória. Apenas 4 homens foram avaliados, sendo que 3 apresentavam acuida<strong>de</strong> normal ou<br />

satisfatória e apenas 1 apresentou visão não-satisfatória. 100% das crianças apresentavam visão satisfatória, <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 5 avaliadas.<br />

Foram avaliados 10 e em 100% o resultado foi não satisfatório. Conclusões: O teste não substitui o exame oftalmológico, sendo necessário<br />

o encaminhamento dos casos <strong>de</strong> visão não satisfatória para avaliação médica especializada. Os resultados encontrados reforçam a<br />

necessida<strong>de</strong> da constante avaliação da limitação visual, justificando a realização <strong>de</strong>ssas iniciativas pelos estudantes, em um contexto<br />

mútuo <strong>de</strong> aprendizagem e prestação <strong>de</strong> serviço, pois muitos dos examinados relataram dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

para acompanhamento especializado, com diminuição <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

o estudante <strong>de</strong> medicina: peça fundamental do museu <strong>de</strong> anatomia humana prof. Osvaldo<br />

da cruz leite<br />

Rodrigues, TMA128 Melo, ACS128 Silva, KA128 Introdução: Os estudantes do curso <strong>de</strong> medicina da UFS contribuem com o Museu <strong>de</strong> Anatomia Humana Professor Osvaldo da<br />

Cruz Leite <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua criação. Atuam em vários pontos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a produção <strong>de</strong> peças para exibição até o monitoramento <strong>de</strong> visitas. São orientados<br />

teoricamente pelos professores <strong>de</strong> Anatomia Humana, mas a prática é totalmente <strong>de</strong>senvolvida por estes estudantes. Contribuem, assim,<br />

para a propagação do conhecimento sobre as relações entre o organismo humano e a promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivos: Implementar a promoção<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong>; promover a humanização da relação entre os estudantes <strong>de</strong> medicina e a socieda<strong>de</strong>; contribuir com a manutenção<br />

do museu. Métodos: Des<strong>de</strong> a criação do museu, os alunos <strong>de</strong> medicina contribuem para a sua manutenção. Realizam a dissecação <strong>de</strong><br />

peças para renovação do acervo do museu, prepararam seminários sobre sistemas orgânicos do corpo humano, em linguagem acessível, que<br />

ficam disponíveis no site do museu. Além disso, monitoram visitas <strong>de</strong> alunos do ensino fundamental e médio, repassando o conhecimento<br />

127Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Maceió, AL, Brasil.<br />

128Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Sergipe, Aracaju, SE, Brasil.<br />

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adquirido nas aulas e contextualizando a teoria apreendida à realida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>. Resultados: Foram mais <strong>de</strong> 81 visitas-palestra com<br />

aproximadamente 2627 alunos <strong>de</strong> escolas públicas e particulares no último ano. Discutiu-se temas importantes como aborto e efeito do uso<br />

<strong>de</strong> drogas no organismo. Foram disponibilizadas on-line mais <strong>de</strong> 70 aulas-palestra sobre os diversos sistemas do organismo e sua correlação<br />

com problemas e cuidados cotidianos. Conclusões: O incentivo e orientação do trabalho dos alunos do curso <strong>de</strong> medicina junto à comunida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeiros períodos, favorece a formação <strong>de</strong> profissionais humanizados. Além disso, promove o exercício do papel social que<br />

lhes cabe no que tange a temas como saú<strong>de</strong> e prevenção <strong>de</strong> doenças.<br />

Biblioteca Sobre Rodas<br />

Ricoboni, IS 129<br />

Eto, BTP 129<br />

Introdução: <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma enfermaria,há dias internado, é muito bom para o paciente saber que alguém se importa em ajudá-lo<br />

a passar o tempo <strong>de</strong> uma maneira aproveitável, lendo. Objetivos: proporcionar cultura, entretenimento e conhecimento, levando os pacientes<br />

e acompanhantes tão presos a um quarto <strong>de</strong> hospital a libertarem-se através da imaginação, estabelecendo assim uma relação<br />

mais humana entre alunos e pacientes/acompanhantes. Métodos: todos os livros são <strong>de</strong>vidamente encapados e <strong>de</strong>sinfetados com álcool<br />

70, juntamente com revistas e gibis e então levados às enfermarias <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um carrinho, duas vezes por semana por pelo menos<br />

dois participantes. Os participantes chegam a enfermaria, lavam as mãos e vão aos leitos oferecendo livros para empréstimo e revistas<br />

que são dadas aos pacientes. Levamos a biblioteca sobre rodas a três enfermarias do Hospital das Clínicas UNESP. Contamos com a ajuda<br />

da equipe <strong>de</strong> enfermagem que recebe os livros que já foram lidos pelos pacientes, guardando-os e os <strong>de</strong>volvendo para os participantes.<br />

Resultados: os pacientes e acompanhantes se alegram ao receber os participantes, referindo que estavam necessitados <strong>de</strong> uma distração<br />

e como a leitura e a atenção dos alunos os auxilia naquele momento <strong>de</strong> internação. Para os participantes há gran<strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong><br />

experiência na relação médico-paciente e crescimento pessoal. Conclusão: o trabalho beneficia tanto os pacientes quanto os alunos, estreitando<br />

as relações pessoais e aumentando a inclusão cultural, tão necessária ao nosso país.<br />

Práticas E Vivências De Acadêmicos De Medicina Em Atendimento A Comunida<strong>de</strong> No<br />

Projeto Rondon® - Operação Pirineus<br />

Rocha, RSP 130<br />

Donadio, NR 131<br />

Melo, APC 130<br />

Porto, LB 130<br />

Isac, TM 130<br />

Borges, MM 130<br />

Introdução: O Projeto Rondon® funciona atualmente <strong>de</strong> maneira autônoma por meio das Associações dos Rondonistas, as quais<br />

formalizam parcerias com Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior, os diferentes níveis <strong>de</strong> governo e socieda<strong>de</strong>s civis, a fim <strong>de</strong> criar oportunida<strong>de</strong>s<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento humanitário. De 18 a 29 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a <strong>Associação</strong> dos Rondonistas <strong>de</strong> Goiás promoveu, em Radiolândia,<br />

Serra do Misael, Jaranápolis, Índio e Caxambu (povoados do município <strong>de</strong> Pirenópolis - GO), a Operação Pirineus, da qual participaram<br />

seis estudantes <strong>de</strong> medicina. Objetivos: Relatar as práticas e vivências dos estudantes <strong>de</strong> medicina na Operação Pirineus e<br />

suas repercussões no processo <strong>de</strong> formação médica. Metodologia: Estudo <strong>de</strong>scritivo-reflexivo, do tipo relato <strong>de</strong> experiência, com dados<br />

consolidados extraídos do relatório final da Operação Pirineus. Resultados: Os estudantes atuaram durante 10 dias, por aproximadamente<br />

8 horas diárias. Foram realizadas 736 consultas médicas e palestras para promoção da saú<strong>de</strong>, com um total <strong>de</strong> 946 ouvintes. As<br />

principais dificulda<strong>de</strong>s foram jornada <strong>de</strong> trabalho extensa, condições inapropriadas <strong>de</strong> infra-estrutura e falta <strong>de</strong> exames complementares<br />

e medicamentos. O acolhimento e a participação da população foram os principais motivadores. Queixas <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> serviço regular<br />

129Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”, Botucatu, SP, Brasil.<br />

130Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

131Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> foram freqüentes por parte da população. Conclusão: AOperação Pirineus permitiu a aplicação <strong>de</strong> conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s<br />

semiológicas e clínicas, levando o acadêmico a buscar novos conhecimentos teóricos a partir das necessida<strong>de</strong>s práticas. A vivência<br />

numa realida<strong>de</strong> rural carente <strong>de</strong>spertou nos estudantes uma visão crítica-reflexiva acerca da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> regular<br />

e efetivo para a melhoria social naquela região, já que a assistência prestada pelos estudantes foi básica e pontual.<br />

Cursinho Popular Da Medicina<br />

Nardo, M 132<br />

Suzuki, MM 132<br />

Borges, DGS 132<br />

Moraes, M 132<br />

Reinech, J 132<br />

Azevedo, LSL 132<br />

Introdução: O Cursinho Popular da Medicina é um projeto comunitário coor<strong>de</strong>nado pelos integrantes do grupo PET da FMRP-USP,<br />

que funciona como curso preparatório para vestibular. Tem como objetivo inserir estudantes <strong>de</strong> baixa renda na educação superior, através da<br />

disponibilização <strong>de</strong> aulas preparatória para a realização do exame do vestibular. Visa, também, a formar cidadãos, conscientes da importância<br />

do trabalho social e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua perpetuação. Métodos: os alunos são selecionados através <strong>de</strong> um questionário socio-econômico,<br />

produzido pelas assistentes sociais do campus <strong>de</strong> Ribeirão Preto da USP. Também são selecionados através <strong>de</strong> uma prova que aborda conhecimentos<br />

gerais e a realização <strong>de</strong> uma redação. São ministradas quatro aulas <strong>de</strong> 50 minutos, <strong>de</strong> segunda a sexta-feira, no período noturno,<br />

abordando os assuntos <strong>de</strong> português, matemática, biologia, história, geografia, inglês, química e física. O local <strong>de</strong> realização <strong>de</strong>ssas aulas é o<br />

próprio Bloco Didático da FMRP-USP e o material didático utilizado provém <strong>de</strong> uma parceria com o curso pré-vestibular COC. Os professores<br />

são alunos da FMRP, selecionados pelos integrantes do PET após entrevista. Não há qualquer remuneração relacionada a esse trabalho.<br />

Resultados: dados objetivos do projeto baseiam-se nas aprovações dos alunos, que totalizaram quatro aprovações em universida<strong>de</strong>s públicas,<br />

nos cursos <strong>de</strong> ciências contábeis, educação física, enfermagem e engenharia, além <strong>de</strong> aprovações diversas em faculda<strong>de</strong>s privadas, inclusive,<br />

com o auxílio do programa Pro-Uni. Ganhos não mensuráveis são aqueles relacionados à experiência <strong>de</strong> aprendizado e à vivência em<br />

ambiente favorável à formação crítica. Além disso, os professores envolvidos no projeto estão inseridos nesses resultados, no tocante ao<br />

aprendizado <strong>de</strong> didática e à vivência <strong>de</strong> um projeto engajado socialmente. Conclusões: o projeto atingiu seus objetivos, revelando-se satisfatório,<br />

não apenas em relação à inserção <strong>de</strong>sses estudantes em um ambiente propício ao <strong>de</strong>senvolvimento intelectual, mas pelo fomento a uma<br />

atitu<strong>de</strong> crítica frente ao cenário social em que se está inserio.<br />

Liga De Infectologia Do Estado Do Amazonas-Linfa<br />

Santos, BS 133<br />

Duarte, RO 133<br />

Cavalieri, CV 133<br />

Martins, AG 134<br />

Carrilho, LC 135<br />

Introdução: O estado do Amazonas é uma região endêmica em variadas doenças infecciosas, citam-se a malária, o <strong>de</strong>ngue, a tuberculose<br />

e o HIV/AIDS. Tendo em vista isso, fundou-se a liga <strong>de</strong> infectologia do Amazonas-LINFAem setembro <strong>de</strong> 2008 por alunos do<br />

curso <strong>de</strong> medicina que tinham o interesse comum no estudo das doenças infecciosas e parasitárias no Amazonas. Objetivos: Proporcionar<br />

aos ligantes conhecimentos teóricos e práticos na área <strong>de</strong> Infectologia em parceria com a Fundação <strong>de</strong> Medicina Tropical. Incentivar<br />

a pesquisa e aos estágios supervisionados. Desenvolver ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação e saú<strong>de</strong> junto à comunida<strong>de</strong>. Metodologia: Os integrantes<br />

da liga são os acadêmicos <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> do Estado do Amazonas, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas e Uni-<br />

132Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

133Universida<strong>de</strong> do Estado do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

134Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa, Lisboa, Portugal.<br />

135Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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versida<strong>de</strong> Nilton Lins que possuem o mínimo <strong>de</strong> conhecimento em semiologia médica. As ativida<strong>de</strong>s da liga <strong>de</strong>senvolvem-se através<br />

<strong>de</strong> reuniões quinzenais em que são discutidos casos clínicos, apresentações <strong>de</strong> oficinas pelos ligantes e palestras pelos preceptores. A<br />

ativida<strong>de</strong> prática ocorre através <strong>de</strong> plantões supervisionados na FMT-AM que são 6h semanais. Resultados: As reuniões da LINFA<br />

vêm ocorrendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong> com uma boa participação dos ligantes, e discutindo temas <strong>de</strong> importância na prática médica.<br />

Além disso, a LINFAplanejou e executou uma campanha <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> doenças na Enchente, preocupada com a comunida<strong>de</strong> ribeirinha<br />

do interior do Amazonas. Conclusões: A LINFA através da pesquisa e ensino universitário <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s que integram<br />

os alunos dos cursos <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> Manaus, e ainda busca a integração da comunida<strong>de</strong> e os alunos, o que é <strong>de</strong> fundamental importância<br />

para os futuros médicos.<br />

Capacitação De Equipes Do Psf De Alagoas No Diagnóstico Precoce No Câncer<br />

Infanto-Juvenil: Projeto Diagnóstico Precoce<br />

Cruz, RD 136<br />

Rocha, MAA 136<br />

Silva, JSL 136<br />

Melo, HEO 136<br />

Presmich, OMA 136<br />

Introdução: No Brasil, cerca <strong>de</strong> 70% das crianças com câncer po<strong>de</strong>m ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas em<br />

centros especializados. Em 2008, foi criado o Projeto Diagnóstico Precoce, visando capacitar as equipes <strong>de</strong> PSF alagoanas com relação ao<br />

diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil. Foi estabelecida uma parceria entre <strong>Associação</strong> dos Pais e Amigos dos Leucêmicos <strong>de</strong><br />

Alagoas (APALA), Liga Acadêmica <strong>de</strong> Oncologia da Uncisal (LAO-UNCISAL), Secretaria <strong>de</strong> Estado da Saú<strong>de</strong> (SESAU) e Conselho <strong>de</strong><br />

Secretarias Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (CONSEMS) para por em prática o projeto. Objetivo: Relatar a importância da capacitação dos profissionais<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para que eles obtenham uma visão diferenciada em relação ao diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil. Métodos:<br />

O projeto teve início no município <strong>de</strong> Arapiraca <strong>de</strong>vido à boa cobertura da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> PSF e número populacional a<strong>de</strong>quado para a capacitação<br />

das equipes, que foram divididas em grupos por distritos e formação profissional. O curso foi dividido em módulos durante 2008,<br />

concomitantemente à criação do Ambulatório <strong>de</strong> Triagem em Oncopediatria. As equipes foram instruídas a executarem ações ambientais<br />

propondo o diagnóstico <strong>de</strong> agentes químicos que po<strong>de</strong>riam contribuir para o surgimento do câncer. Ao final da capacitação, foi distribuída<br />

uma cartilha às equipes com as principais informações sobre Câncer Infanto-Juvenil. Resultados: Foram capacitados 598 profissionais<br />

em Arapiraca além da criação um Ambulatório <strong>de</strong> Triagem, on<strong>de</strong> um especialista recebe os pacientes <strong>de</strong>vidamente encaminhadospelasequipes.Asaçõesambientaissupracitadasforamexecutadas.<br />

O mesmo curso está sendo realizado com os 738 componentes<br />

das equipes <strong>de</strong> PSF maceioenses. Conclusão: O projeto encontra-se em andamento em Arapiraca através do atendimento dos pacientes<br />

no Ambulatório <strong>de</strong> Triagem, diminuindo o intervalo entre diagnóstico e tratamento e aumentando a cura. ALAO-UNCISAL tem<br />

um papel fundamental nesse processo, pois auxilia na monitorização, capacitação dos profissionais e levantamento <strong>de</strong> dados para registro<br />

<strong>de</strong> base populacional.<br />

136 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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I Minicurso De Educação Nutricional: Experiência Do Projeto Ativida<strong>de</strong>s De Educação<br />

Nutricional A Populações Específicas (AENPE) Da UFAM Na Prática Da Promoção Da<br />

Saú<strong>de</strong><br />

Elami<strong>de</strong>, BC137 Almeida, RA137 Guimarães, MF137 Silva, FH137 Pereira, LO137 Oliveira, MC137 Introdução: Aeducação nutricional vem sendo tratada como um dos pontosimportantesnaestratégiaparaapromoçãodasaú<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>vido ao reconhecimento da influência da alimentação sobre tratamento e prevenção <strong>de</strong> diversas doenças. Daí a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

práticas que levem às pessoas informações e orientações sobre alimentação saudável. O AENPE é um projeto da UFAM que tem esse<br />

objetivo, atuando através <strong>de</strong> ações que buscam levar educação nutricional a população. Dentre essas ativida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>staca-se o I Minicurso<br />

<strong>de</strong> Educação Nutricional, realizado durante a III Amostra Interinstitucional <strong>de</strong> Extensão da UFAM. Objetivos: Relatar a experiência<br />

do grupo AENPE no I Minicurso <strong>de</strong> Educação Nutricional Métodos Durante as semanas anteriores, o grupo AENPE fez reuniões para<br />

organização e treinamento sobre os assuntos e as dinâmicas, orientados pela coor<strong>de</strong>nadora do projeto. Resultados: O minicurso foi realizado<br />

no dia 06 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2008 e contou com 15 participantes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> adolescentes, adultos e idosos. Foi feito um ciclo <strong>de</strong> palestras<br />

sobre Orientação e Reeducação Alimentar. Posteriormente foram feitas dinâmicas, on<strong>de</strong> os participantes faziam sua pirâmi<strong>de</strong> alimentar.<br />

Após isso eram separados em grupos e discutia-se sobre cada caso, <strong>de</strong>ixando a análise para ser feita pelos outros participantes do<br />

grupo. Depois era escolhido um participante em cada grupo para ser analisado pelos participantes do minicurso. Retornava-se ao ciclo<br />

<strong>de</strong> palestras com temas: Hipertensão, Colesterol, Obesida<strong>de</strong>, Desnutrição, Bulimia e Anorexia. O minicurso encerrou com Coffee break<br />

e análise do curso pelos participantes. Conclusão: O I Minicurso <strong>de</strong> Educação Nutricional mostrou-se <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para levar<br />

a educação nutricional às pessoas e como estratégia <strong>de</strong> intervenção para a promoção da saú<strong>de</strong>, um dos aspectos da atenção básica. Este<br />

serviu <strong>de</strong> experiência para o grupo AENPE, afim <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar condutas pedagógicas mais efetivas para levar reeducação alimentar à população,<br />

e assim, possa repeti-lo, atingindo um maior número <strong>de</strong> participantes.<br />

Ações De Prevenção E Promoção Da Saú<strong>de</strong> De Mulheres, Crianças E Adolescentes Do Lar<br />

Fabiano De Cristo. Faculda<strong>de</strong> De Medicina/UFPA<br />

Costa, TFDA 138<br />

Damasceno, ACA 138<br />

Sarmanho, MF 138<br />

Rossy, MCNB 138<br />

Rodrigues, MPCR 138<br />

Gonçalves, EAC 138<br />

Introdução: As ativida<strong>de</strong>s extensionistas promovem um trabalho interdisciplinar que favorece a visão integrada do social. Este<br />

fluxo, que estabelece a troca <strong>de</strong> saberes sistematizados, acadêmico e popular, tem como conseqüências a produção do conhecimento resultante<br />

do confronto com a realida<strong>de</strong> brasileira e regional, a <strong>de</strong>mocratização do conhecimento acadêmico e a participação efetiva da<br />

comunida<strong>de</strong> na atuação da Universida<strong>de</strong>. Objetivo: Fazer com que o aluno <strong>de</strong> graduação <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />

Pará, ingresse na realida<strong>de</strong> social junto à comunida<strong>de</strong>, entenda sobre as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população e atue como agente transformador.<br />

Métodos: Capacitação <strong>de</strong> alunos envolvidos, através <strong>de</strong> discussões em equipe para aprofundamento teórico e preparação <strong>de</strong><br />

palestras, seguida da avaliação do grau <strong>de</strong> conhecimento das mulheres assistidas pelo Lar Fabiano <strong>de</strong> Cristo, Belém-PA, através <strong>de</strong><br />

questionários com perguntas fechadas. Promoção <strong>de</strong> palestras e atendimento ambulatorial, <strong>de</strong> acordo com as necessida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntifica-<br />

137 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

138 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

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das. Avaliação e publicação das ativida<strong>de</strong>s através <strong>de</strong> oficinas <strong>de</strong> avaliação e integração. Resultados: A capacitação dos alunos tem se<br />

mostrado eficaz em torná-los aptos a transmitir o conhecimento acadêmico <strong>de</strong> forma mais clara, aplicada à realida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong>,<br />

favorecendo o melhor entendimento e a<strong>de</strong>são das mães às orientações propostas. Aescolha <strong>de</strong> um local com tradição em ativida<strong>de</strong>s sociais<br />

facilitou a relação comunida<strong>de</strong>/Universida<strong>de</strong>, entretanto há dificulda<strong>de</strong> em a<strong>de</strong>quar a disponibilida<strong>de</strong> dos alunos ao horário livre<br />

das mães que exercem ativida<strong>de</strong>s importantes para o sustento da família e cuidado do lar. Conclusão: Aolongodoprojetoem<strong>de</strong>senvolvimento,<br />

a equipe investe no diálogo constante com a comunida<strong>de</strong> para resolver o <strong>de</strong>safio da baixa a<strong>de</strong>são inicial, procurando<br />

a<strong>de</strong>quar a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> horário das ativida<strong>de</strong>s ao cotidiano da população em questão e aten<strong>de</strong>ndo às <strong>de</strong>mandas advindas do<br />

grupo, enten<strong>de</strong>ndo que a divulgação interpessoal, a qualida<strong>de</strong> e constância das ativida<strong>de</strong>s propostas serão facilitadores da participação<br />

do grupo alvo.<br />

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TEMA:.HOSPITAIS DE ENSINO<br />

Um Hospital <strong>de</strong> Ensino do SUS: Repercussão da Certificação, Mudanças e Propostas<br />

Loula, IG 1<br />

Amâncio, AM 1<br />

Ribeiro, ER 1<br />

Silva Junior, LFRF 1<br />

Bortoluzzo, VMM 1<br />

Introdução: o hospital dos servidores do estado/hse historicamente alia o ensino à assistência, <strong>de</strong>staca-se como polo formador<br />

<strong>de</strong> recursos humanos nas áreas da saú<strong>de</strong>, com ênfase na residência médica da qual foi pioneiro no Brasil; em 2005 veio o esperado reconhecimento<br />

oficial, a certificação como hospital <strong>de</strong> ensino do sus; a visibilida<strong>de</strong> e legitimida<strong>de</strong> conferidas pela certificação fortaleceram<br />

e ampliaram a dimensão do ensino na instituição. Objetivos: mostrar a importância da certificação <strong>de</strong> um hospital do sus como instrumento<br />

catalisador <strong>de</strong> melhorias para o ensino e a assistência, bem como, elemento facilitador da inserção da instituição nas políticas públicas<br />

<strong>de</strong> ensino. Métodos: profissionais da divep/hse registraram mudanças relevantes na instituição após a sua certificação como hospital<br />

<strong>de</strong> ensino; num segundo momento, relataram as ações em <strong>de</strong>senvolvimento, as propostas e os projetos. Resultados: criação da divisão<br />

<strong>de</strong> ensino e pesquisa com assessoria pedagógica; inserção da instituição no grupo <strong>de</strong> pesquisas (rio pesquisa); aproximação com a<br />

faperj; coor<strong>de</strong>nação do processo seletivo para residência médica r3 opcional do ms; nomeação dos preceptores através das portarias publicadas<br />

em do no dia 16/02/<strong>2009</strong>; participação na organização do 1º congresso sul/su<strong>de</strong>ste abem/2007; realização do fórum <strong>de</strong> preceptoria<br />

hse/<strong>2009</strong>. crescente participação nos congressos <strong>de</strong> educação nas áreas da saú<strong>de</strong>; criação <strong>de</strong> um núcleo <strong>de</strong> apoio a pesquisa;<br />

fortalecimento da interação com a comunida<strong>de</strong>; criação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> estudo para discussão <strong>de</strong> questões relativas à residência médica.<br />

Conclusões: a história do hse está ligada ao ensino; o seu trabalho com a residência médica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1948 tem legado uma importante contribuição<br />

para a formação <strong>de</strong> especialistas em todo o Brasil; a certificação contribuiu para projetar e dar visibilida<strong>de</strong> ao ensino na instituição,<br />

incentivar os preceptores, facilitar a interlocução com os gestores e com as instâncias <strong>de</strong> fomento à pesquisa.<br />

Apren<strong>de</strong>ndo Sobre Planejamento Estratégico em Saú<strong>de</strong>: uma Contribuição dos Alunos da<br />

Graduação ao Hospital Universitário da UFAL<br />

Padilha, BG 2<br />

Miranda, CC 2<br />

Secundo, IV 2<br />

Albuquerque, PVV 2<br />

Cavalcanti, SMS 2<br />

Introdução: a inserção do aluno <strong>de</strong> medicina em práticas <strong>de</strong> planejamento estratégico que o leva a i<strong>de</strong>ntificar problemas no hospital<br />

e propor soluções é uma metodologia que o aproxima da realida<strong>de</strong> da administração, tornando-o sujeito atuante na melhoria das<br />

condições <strong>de</strong> ensino e prática médica. Objetivo: i<strong>de</strong>ntificar os principais problemas administrativos e do estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população<br />

atendida no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, Maceió-ALe produzir um plano <strong>de</strong> ação estratégico para solucioná-los.<br />

Metodo: estudo qualitativo; pesquisa observante e entrevistas por questionário semi-estruturado aplicado a técnicos e dirigentes do<br />

HUPAA para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas. Utilizou-se a técnica MAPP <strong>de</strong> planejamento em saú<strong>de</strong> para a elaboração do Plano <strong>de</strong> Ação.<br />

Foram selecionados os principais problemas administrativos através <strong>de</strong> critérios relevância, urgência e custo da solução e factibilida<strong>de</strong>;<br />

para os problemas relacionados à saú<strong>de</strong> da população citados, acrescentou-se o critério <strong>de</strong> magnitu<strong>de</strong>; em seguida construiu-se a árvore<br />

explicativa com as causas, <strong>de</strong>scritores e conseqüências dos problemas para i<strong>de</strong>ntificação dos nós críticos e proposição <strong>de</strong> objetivos, estratégias,<br />

ações, metas e avaliação. Resultado: a falta <strong>de</strong> comunicação intersetorial foi priorizada como problema administrativo e <strong>de</strong>n-<br />

1 Ministério da Saú<strong>de</strong>, Hospital dos servidores do estado, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

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tre as ações do plano estão a <strong>de</strong>sburocratização do organograma, revisão do sistema <strong>de</strong> cotas <strong>de</strong> materiais, atualização cronológica dos<br />

prontuários, divisão equitativa dos pacientes entre os profissionais. Dentre os problemas relacionados à saú<strong>de</strong>, os cardiovasculares foram<br />

<strong>de</strong>stacados, cujo plano <strong>de</strong> ação i<strong>de</strong>ntifica a implantação <strong>de</strong> medidas educativas promovendo mudanças no estilo <strong>de</strong> vida e o aumento<br />

da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento por equipe multidisciplinar dos pacientes atendidos. Conclusão: apesar das dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> mudanças, foi possível propor possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alcançá-las por meio <strong>de</strong> alternativas relativamente simples, através da visão <strong>de</strong><br />

estudantes que, exercitando teorias administrativas juntamente com experiências vividas no hospital, po<strong>de</strong>rão contribuir com mais um<br />

ponto <strong>de</strong> vista que a instituição po<strong>de</strong>rá adotar na melhoria <strong>de</strong> seu serviço.<br />

Desafios na Organização <strong>de</strong> Cenários <strong>de</strong> Prática no Curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Marília – UNIMAR<br />

Corrêa, MESH 3<br />

Serva, MM 4<br />

Gazetta, APN 3<br />

Lazarini,CA 3<br />

D‘Almeida, FA 3<br />

Marcal, AA 3<br />

Introdução: Des<strong>de</strong> sua criação (1998) o curso <strong>de</strong> medicina da UNIMAR não conseguiu integrar-se ao Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

(SUS) mesmo com estrutura – física hospitalar a<strong>de</strong>quada. Em 2008, o hospital universitário da UNIMAR passou a integrar a <strong>Associação</strong><br />

Beneficente Hospital Universitário (ABHU), <strong>de</strong> caráter filantrópico. Este hospital recebia os internos do curso <strong>de</strong> medicina da<br />

UNIMAR, porém o número <strong>de</strong> leitos e movimento ambulatorial eram insuficientes para que o internato ocorresse plenamente nestes<br />

cenários. Des<strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong> a ABHU, estabeleceu convenio <strong>de</strong> 60 leitos hospitalares e alguns ambulatórios integrando-se ao SUS<br />

municipal, convenio este possibilitado pela transferência do teto financeiro <strong>de</strong> um pequeno hospital do município conveniado ao SUS,<br />

que foi fechado. Constituiu-se a enfermaria (38 leitos clínicos e 14 cirúrgicos) como cenário <strong>de</strong> prática para o internato. Objetivo: Relatar<br />

a experiência da coor<strong>de</strong>nação do curso e da administração da ABHU-UNIMAR no processo <strong>de</strong> integração ao SUS refletindo sobre os<br />

<strong>de</strong>safios enfrentados no âmbito pedagógico-assistencial. Metodologia: Criaram-se diferentes espaços <strong>de</strong> dicussão entre docentes, estudantes<br />

e gestores tais como Colegiado <strong>de</strong> Curso, Comissão <strong>de</strong> Internato, Conselho <strong>de</strong> Representantes Discentes, que possibilitaram<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas e propostas <strong>de</strong> solução. Agestão participativa integrou os diversos atores participantes do novo contexto <strong>de</strong><br />

assistencia à saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> formação profissional. Resultados: Observou-se um diagnóstico acurado das fragilida<strong>de</strong>s, um maior envolvimento<br />

dos docentes e discentes neste processo <strong>de</strong> implantação, elaboração <strong>de</strong> fluxos e protocolos <strong>de</strong> cuidado, passando por questões <strong>de</strong><br />

estruturação tanto acadêmicas quanto assistenciais. Conclusão: As coor<strong>de</strong>nações acreditam que os <strong>de</strong>safios são importantes e inerentes<br />

ao processo <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> um projeto pedagógico condizente com as diretrizes curriculares nacionais. Enten<strong>de</strong>m ainda que o SUS<br />

é um cenário a ser vivido pelo estudante como espaço <strong>de</strong> construção cotidiana para sua prática profissional e que os hospitais <strong>de</strong> ensino<br />

são protagonistas na consolidação <strong>de</strong>ste Sistema.<br />

3 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

4 <strong>Associação</strong> Beneficente Hospital Universitário, Marília, SP, Brasil.<br />

668<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Grau <strong>de</strong> Conhecimento dos Acadêmicos e Profissionais da Saú<strong>de</strong> em Relação à Doação e ao<br />

Transplante <strong>de</strong> Órgãos no Hospital Universitário Evangélico <strong>de</strong> Curitiba (HUEC)<br />

Zamin, NT 5<br />

Maria, ACMP 5<br />

Godoi, AL 5<br />

Lessa, CP 5<br />

Zolan<strong>de</strong>k, EM5<br />

Loro, LS5<br />

Introdução: O transplante <strong>de</strong> órgãos foi um dos maiores avanços obtidos pela medicina. Apesar <strong>de</strong> o Brasil figurar como o 2º colocado<br />

em números absolutos na lista <strong>de</strong> transplantadores, o índice <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> órgãos é insuficiente. Um dos problemas é a <strong>de</strong>sinformação<br />

dos profissionais relacionados à área. Uma vez que no Brasil a doação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> exclusivamente da vonta<strong>de</strong> da família, são os<br />

profissionais envolvidos que ajudam na <strong>de</strong>cisão pela doação, diminuindo assim a espera por um órgão. Faz-se necessário o presente estudo<br />

no sentido <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o grau <strong>de</strong> informação <strong>de</strong>sses profissionais. Objetivo Geral: I<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>de</strong> conhecimento e a visão<br />

pessoal dos acadêmicos e profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em relação ao transplante <strong>de</strong> órgãos. Objetivos específicos: Constatar se o nível <strong>de</strong><br />

conhecimento em saú<strong>de</strong> influencia na <strong>de</strong>cisão pessoal <strong>de</strong> ser doador ou não. Metodologia: Estudo quantitativo. Questionários aplicados<br />

aos alunos <strong>de</strong> medicina, psicologia e enfermagem da FEPAR, durante os 8 primeiros meses <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, nas salas <strong>de</strong> aula. Aplicação <strong>de</strong><br />

questionários aos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, atuantes nas áreas <strong>de</strong> emergência, Hemobanco e UTI‘s do HUEC. Aabordagem foi feita em visitas<br />

previamente agendadas com o chefe <strong>de</strong> cada setor. Resultados: 124 estudantes e 79 profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, entre técnicos <strong>de</strong> enfermagem,<br />

enfermeiros, psicólogos e médicos. Os resultados encontrados foram semelhantes nos 2 grupos em estudo. Mais <strong>de</strong> 50% assistiram<br />

a palestras ou cursos sobre doação <strong>de</strong> órgãos, sendo que a maioria consi<strong>de</strong>rou seu conhecimento sobre o tema após o curso “bom”,<br />

numa escala <strong>de</strong> “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” e “péssimo”. Acima <strong>de</strong> 2/3 dos respon<strong>de</strong>ntes são doadores potenciais. A maioria<br />

dos não-doadores alegaram não ter motivo específico por não doar. Assim, preten<strong>de</strong>-se incentivar a captação <strong>de</strong> órgãos no nosso hospital<br />

que, apesar <strong>de</strong> atuar nas áreas <strong>de</strong> urgência e emergência, ainda se apresenta <strong>de</strong>ficitário neste tipo <strong>de</strong> conduta.<br />

A DIVISÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DO HC IV – INCA. MEDIADORA ENTRE A<br />

PRÁTICA PEDAGÓGICA E A PESQUISA<br />

Silva, CHS 6<br />

Fernan<strong>de</strong>s, PL 6<br />

Muniz, PS 6<br />

Souza, SC 6<br />

Peixoto, CE 6<br />

Introdução: ADivisão Técnico-Científica (DTC), do Hospital do Câncer IV (HC IV), do Instituto Nacional <strong>de</strong> Câncer (INCA) é o<br />

setor responsável pelo Ensino e Pesquisa e por gerenciar a informação técnico-científica sobre Cuidados Paliativos em Oncologia. Tem<br />

como funções principais i<strong>de</strong>ntificar o uso, as necessida<strong>de</strong>s e a transferência da informação, assim como gerenciar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino<br />

e pesquisa, individuais e coletivas, nas diferentes áreas do conhecimento crítico e filosófico da arte do paliar em Oncologia. Para tal,<br />

torna-se necessário compartilhar esse conhecimento, respeitando seu principal pilar: o caráter multiprofissional e interdisciplinar da<br />

práxis. Estas duas áreas acham-se intimamente ligados e se completam nesta unida<strong>de</strong>. Objetivos: Promover a criação do conhecimento<br />

e a difusão da informação em Cuidados Paliativos. Metodologia: No ensino: formação <strong>de</strong> recursos humanos, on<strong>de</strong> o conhecimento é<br />

fruto da transmissão dos saberes e das experiências das gerações. Na pesquisa: transferência da informação por meio da geração do conhecimento,<br />

voltado para influenciar a prática diária, buscando preservar referência em Cuidados Paliativos. Conclusão: a abordagem<br />

das relações do conhecimento e da educação pressupõe a discussão preliminar sobre o lugar do conhecimento nos processos pedagógicos.<br />

Neste âmbito, a função substantiva do conhecimento é intencionalizar a prática mediadora <strong>de</strong>ssa existência. Na verda<strong>de</strong>, o conhecimento<br />

é a única ferramenta <strong>de</strong> que o ensino dispõe para essa intencionalida<strong>de</strong>, ou seja, para dar o sentido orientador para sua existência<br />

histórica real. Sem dúvida a substância do existir é a prática, isto é, só se é algo mediante a ação.<br />

5 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Evangélica do Paraná, Hospital Universitário Evangélico <strong>de</strong> Curitiba, Curitiba, PR, Brasil.<br />

6 Instituto Nacional <strong>de</strong> Câncer<br />

669<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Treinamento Teórico-Prático em Doenças Infecciosas: um Curso <strong>de</strong> Férias no Hospital<br />

Giselda Trigueiro (HGT)<br />

Freitas, MR 7<br />

Câmara, MFA 7<br />

Cunha, JB 7<br />

Silva, MLNM 7<br />

Segundo, MRMG 7<br />

Mendonça, RCM 7<br />

Introdução: a aprendizagem na Medicina não se resume a conteúdos puramente teóricos, <strong>de</strong>svinculados da prática junto ao paciente<br />

e sua enfermida<strong>de</strong>. Muitas vezes, a formação médica torna-se <strong>de</strong>fasada pela falta <strong>de</strong> tempo no cronograma das disciplinas para<br />

aulas práticas em quantida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada, o que leva alunos a procurarem complementar sua formação, mesmo que isso ocorra no período<br />

<strong>de</strong> recesso das ativida<strong>de</strong>s universitárias. Nesse contexto, surgem os chamados “cursos <strong>de</strong> férias”. Objetivos: relatar <strong>de</strong> maneira crítica-reflexiva<br />

a experiência dos autores no Treinamento Teórico-Prático em Doenças Infecciosas realizado no HGT, no período <strong>de</strong> 07 a 28<br />

<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Métodos: os autores participaram do treinamento e após a experiência esse relato foi <strong>de</strong>senvolvido. O curso <strong>de</strong>senvolveu<br />

ativida<strong>de</strong>s no pronto socorro e enfermarias <strong>de</strong> infectologia geral e AIDS do HGT: história clínica e evolução diária dos pacientes,<br />

discussão sobre propedêutica, métodos diagnósticos e tratamento, plantão <strong>de</strong> 12 horas, seminários, discussão <strong>de</strong> casos e aulas expositivas.<br />

Os participantes foram avaliados diariamente. Resultados: o treinamento teve bastante aprovação dos acadêmicos e professores,<br />

com resultados avaliados como positivos. A iniciativa, inclusive, gerou interesse em outros alunos para a realização <strong>de</strong> futuras edições<br />

do curso. Aaprendizagem e a evolução do <strong>de</strong>sempenho dos alunos também foram apreciáveis, além <strong>de</strong> ter proporcionado uma troca <strong>de</strong><br />

experiências com os profissionais colaboradores, permitindo o acadêmico conhecer a dinâmica da instituição. Conclusões: o curso proporcionou<br />

rica vivência prática nas áreas <strong>de</strong> Clínica Médica e Infectologia, bastante limitado durante período letivo <strong>de</strong>vido aos fatores<br />

tempo e excesso <strong>de</strong> conteúdo teórico. Sabe-se que a prática aperfeiçoa o conhecimento. Dessa forma, é <strong>de</strong> extrema importância a<br />

existência <strong>de</strong> cursos que possam integrar os dois eixos <strong>de</strong> aprendizado, inserir o estudante na realida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e que<br />

possibilitem uma formação a<strong>de</strong>quada dos futuros médicos, indo ao encontro das novas diretrizes curriculares.<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TEMA: INTERDISCIPLINARIDADE,<br />

TRANSDISCIPLINARIDADE, ATIVIDADES<br />

MULTIPROFISSIONAIS E INTERSETORIALIDADE<br />

A Intersetorialida<strong>de</strong> e o Ensino Médico no Contexto da Atenção Primária à Saú<strong>de</strong><br />

Cosen<strong>de</strong>y, M.A. 1<br />

INTRODUÇÃO: AIntersetorialida<strong>de</strong>, entendida como “uma articulação <strong>de</strong> saberes e experiências no planejamento, implementação<br />

e avaliação <strong>de</strong> ações para alcançar efeito sinérgico em situações complexas visando o <strong>de</strong>senvolvimento social”, se coloca como um<br />

<strong>de</strong>safiocontemporâneoparaoEnsinoMédiconoBrasilenomundo. No entanto, ainda escassas se mostram as produções teorico-conceitual<br />

e empírica acerca <strong>de</strong> seus impactos sobre o ensino médico, principalmente no contexto da atenção primária em saú<strong>de</strong> (APS).<br />

OBJETIVOS: Apresentação <strong>de</strong> um Estudo <strong>de</strong> Caso sobre uma prática <strong>de</strong> ensino da disciplina <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família na qual a Intersetorialida<strong>de</strong><br />

foi <strong>de</strong>cisiva - uma intervenção <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> sobre o problema “Gravi<strong>de</strong>z Precoce”, colocado como uma priorida<strong>de</strong> da<br />

agenda do Plano Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitiba-PR. MÉTODOS: Relato das ativida<strong>de</strong>s práticas no ensino da disciplina <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> da Família no nível local do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitiba – estimativa rápida participativa, <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> problemas prioritários<br />

e intervenções em âmbito coletivo - que culminaram nas intervenções <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvidas no cotidiano da<br />

Escola Municipal Pinheiros, pertencente à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino médio da Secretaria Municipal <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Curitiba. RESULTADOS: A<br />

partir do Estudo <strong>de</strong> Caso, serão apresentados alguns dos limites e vantagens da intersetorialida<strong>de</strong> na prática do ensino médico no contexto<br />

da APS. CONCLUSÕES: Apesar <strong>de</strong> reconhecida como fundamental para a coerência, a eficiência e qualificação do ensino médico<br />

contemporâneo, a intersetorialida<strong>de</strong> apresenta novos <strong>de</strong>safios a serem pesquisados, discutidos politicamente e refletidos sobre as práticas<br />

do ensino-aprendizagem do ensino médico contemporâneo no nível primário dos Sistemas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

A Contribuição da Psicologia no Processo <strong>de</strong> Ensino Aprendizagem da Semiologia Médica<br />

Peixoto ,E.E. 2<br />

Sari-Eldim, O.F.G. 2<br />

Sant‘Ana,T.C. 2<br />

Rocha, M.L. 2<br />

Boni,L.A.2<br />

DelPiero, F.S. 2<br />

Introdução: <strong>de</strong>bates atuais sobre educação médica, em particular sobre currículos das escolas <strong>de</strong> medicina, têm <strong>de</strong>monstrado<br />

importância <strong>de</strong> se promover alterações que atendam às novas <strong>de</strong>mandas da saú<strong>de</strong>, que passou a ser o cuidado e não apenas cura. Uma<br />

faculda<strong>de</strong> privada, currículo nuclear, <strong>de</strong> acordo atual tendência biopsicossocial da formação médica, oportuniza aos acadêmicos <strong>de</strong><br />

medicina a construção <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s técnicas e relacionais importantes para vivência da relação médico-paciente através da integração<br />

psicologia ao eixo habilida<strong>de</strong>s semiologia. Objetivos: <strong>de</strong>screver a experiência integração da psicologia ao eixo habilida<strong>de</strong>s/semiologia,<br />

refletindo sobre a transição entre os paradigmas flexeneriano e da produção social da saú<strong>de</strong> e correlacionando-os com a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mudança nas estruturas curriculares tradicionais, bem como i<strong>de</strong>ntificando as fortalezas e fragilida<strong>de</strong>s da experiência avaliadas<br />

Método: <strong>de</strong>scrição da experiência, através <strong>de</strong> um grupo focal articulando com a literatura e do projeto integração da psicologia ao eixo<br />

habilida<strong>de</strong>s/semiologia. Resultados: foi possível perceber que a proposta <strong>de</strong> promover uma reflexão continuada sobre a construção <strong>de</strong><br />

valores, cultura, visões <strong>de</strong> mundo, po<strong>de</strong>r, respeito às diferenças, morte, cidadania e aspectos emocionais envolvidos na relação com o<br />

outro, além dos conceitos sobre estruturação psíquica contribuem para formação médica humanista. Entretanto, alguns alunos não interpretam<br />

essa reflexão pessoal como tendo uma relação direta com sua futura prática profissional o que nos faz pensar sobre a necessi-<br />

1 Universida<strong>de</strong> Positivo, Curitiba, PR, Brasil.<br />

2 Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


da<strong>de</strong> <strong>de</strong> se a<strong>de</strong>quar algumas estratégias metodológicas para atingir tal objetivo. Diferentes docentes psicólogos acompanham o grupo<br />

<strong>de</strong> discentes e docentes médicos durante toda a prática <strong>de</strong> semiologia,participandodoplanejamentodomóduloedoprocessoavaliativo.<br />

Conclusão: a integração psicologia ao eixo habilida<strong>de</strong>/semiologia é uma estratégia, e aposta na busca por uma formação médica<br />

voltada para a ênfase no cuidado, após quatro semestres algumas alterações na estratégia <strong>de</strong> integração foram realizadas a partir da<br />

avaliação dos discentes e docentes.<br />

Avaliação da Integração Disciplinar: Ponto <strong>de</strong> Vista dos Estudantes do 4º Semestre <strong>de</strong><br />

Medicina da EBMSP<br />

Aleluia, IMB 3<br />

Santos, E.S.C. 3<br />

Soares, J.L.F. 3<br />

Rocha, M. 3<br />

Camurugy, T.C. 3<br />

Introdução: O ensino baseado na interdisciplinarida<strong>de</strong> tem gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r estruturador, pois os conceitos e procedimentos encontram-se<br />

organizados em torno <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s mais globais, em que várias disciplinas se articulam. Dessa maneira, a interdisciplinarida<strong>de</strong><br />

se apresenta como resposta à diversida<strong>de</strong>, à complexida<strong>de</strong> e à dinâmica do mundo atual. Objetivo: Avaliar a evolução dos alunos<br />

diante da integração curricular das disciplinas Fisiologia II e Semiologia médica no 4º semestre do curso <strong>de</strong> Medicina da Escola Bahiana<br />

<strong>de</strong> Medicina, do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong>les. Métodos: Trata-se <strong>de</strong> um estudo observacional e <strong>de</strong>scritivo, no qual avaliar-se-á o <strong>de</strong>sempenho<br />

geral do grupo, através <strong>de</strong> relatórios sobre as ativida<strong>de</strong>s práticas <strong>de</strong> fisiologia do exercício na primeira semana <strong>de</strong> aula, além <strong>de</strong> conhecer<br />

a opinião sobre as mudanças ocorridas e o impacto acadêmico com um questionário <strong>de</strong> satisfação. O projeto foi encaminhado ao Comitê<br />

<strong>de</strong> Ética em Pesquisa da Fundação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciências. Resultados: 36% do total <strong>de</strong> cem alunos enviaram<br />

o relatório sobre as ativida<strong>de</strong>s realizadas, refletindo sobre a aplicação prática da fisiologia, além 75% terem respondido ao pré-teste.<br />

Dos 36 que respon<strong>de</strong>ram ao questionário <strong>de</strong> satisfação; 91,7% concordaram que a integração curricular foi a<strong>de</strong>quada; 63,9% <strong>de</strong>stes concordaram<br />

parcialmente que aquisição <strong>de</strong> conhecimentos se processou <strong>de</strong> forma mais satisfatória; 77,8% concordaram que este mo<strong>de</strong>lo<br />

ajudou na busca ativa <strong>de</strong> conhecimento; e 83,3% concordaram plenamente que a integração <strong>de</strong> conhecimentos é algo útil para o futuro<br />

profissional. Apesar <strong>de</strong> apenas 36% terem respondido, até o momento, nota-se que a percepção da integração disciplinar foi positiva em<br />

todos os quesitos avaliados. Conclusões: A busca ativa do conhecimento e o discernimento crítico mais apurado é um ganho notado<br />

pelos alunos nesse novo mo<strong>de</strong>lo curricular. Além <strong>de</strong> facilitar o processo <strong>de</strong> aprendizagem durante o curso, uma visão integrada do<br />

conhecimento faz-se necessária durante todo o exercício profissional.<br />

O USO DE FERRAMENTAS DE ABORDAGEM DA FAMÍLIA FAVORECENDO A<br />

ELABORAÇÃO DE MELHORES PROPOSTAS TERAPÊUTICAS<br />

Silva, A.C.T 4<br />

Oliveira, F.P.D 4<br />

Martins, D.A 4<br />

Introdução: O genograma é um diagrama que <strong>de</strong>talha a estrutura familiar, através <strong>de</strong> códigos padronizados, <strong>de</strong>cifrando os papéis<br />

<strong>de</strong> várias gerações. Para construí-lo é necessária entrevista clínica extensiva e contínua. O Ecomapa relaciona as interações dos indivíduos<br />

da família com a socieda<strong>de</strong>. Métodos: Esse trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido em fevereiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, no internato do curso <strong>de</strong> medicina,<br />

no estágio <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> coletiva, numa equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família, em uma <strong>de</strong>terminada micro área, através <strong>de</strong> 2 visitas domiciliares. Foi<br />

coor<strong>de</strong>nado por um médico da Família, com a participação do agente comunitário <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (ACS) e da estudante <strong>de</strong> Medicina do 9º período,<br />

para a construção <strong>de</strong> um genograma e ecomapa da família <strong>de</strong> um paciente hipertenso, diagnosticando o perfil da mesma. Objetivos:<br />

Nortear estratégias para intervenção e planejamento <strong>de</strong> propostas terapêuticas mais eficazes para o paciente alvo a partir da abor-<br />

3 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

4 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Uberaba, Uberaba, MG, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


dagem <strong>de</strong> sua família utilizando ferramentas como genograma e ecomapa, numa experiência <strong>de</strong> internato <strong>de</strong> medicina. Resultados:<br />

Construímos um genograma abordando 4 gerações. Essa família foi classificada em tipo nuclear, subsistema familiar conjugal. O paciente<br />

alvo e sua parceira são idosos com vínculos estreitos com 3 familiares especialmente. É uma família normal, vivem um sistema rígido.<br />

Possuem privacida<strong>de</strong> e atmosfera familiar relativamente unida. Acomunicação ocorre <strong>de</strong> forma digital e analógica. As regras funcionam<br />

espontaneamente. No Ecomapa realizado percebemos uma maior convivência social pelo marido, <strong>de</strong>vido a uma melhor cognição<br />

e condições físicas. Conclusão: A aplicação <strong>de</strong> genograma e ecomapa como ferramentas <strong>de</strong> abordagem da família <strong>de</strong> um paciente<br />

alvo permitem um melhor diagnóstico <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong> e elaboração <strong>de</strong> propostas terapêuticas mais eficazes. Aexperiência vivenciada<br />

<strong>de</strong>monstra que a análise do sujeito em sua singularida<strong>de</strong>, no seu ambiente familiar, ato tão importante para a resolutivida<strong>de</strong> da atenção<br />

à saú<strong>de</strong>, fica facilitada através da utilização <strong>de</strong>stas ferramentas.<br />

Análise dos Temas Apresentados nas Sessões Clínicas do Departamento <strong>de</strong> Medicina<br />

Interna<br />

Losekann, A. 5<br />

Razera,J.C. 5<br />

Oliveira,F.M. 5<br />

Lopes, M. H. I. 5<br />

Kupski, C. 5<br />

Introdução: O Departamento <strong>de</strong> Medicina Interna da Famed/PUCRS, promove semanalmente a sua sessão clínica (SC). Seguindo<br />

um rodízio, divulgado por um cronograma anual, as especialida<strong>de</strong>s clínicas e as equipes <strong>de</strong> clínica médica (ECM) se responsabilizam<br />

por apresentar casos seguindo uma dinâmica baseada em objetivos educacionais previamente combinados. Durante reunião<br />

um professor conduz a discussão com dois professores comentaristas. Esta reunião faz parte do currículo da graduação e tem como público<br />

professores, médicos resi<strong>de</strong>ntes e alunos da graduação. Objetivos: analisar a distribuição dos temas apresentados com maior nas<br />

SC. Material e métodos: levantou-se os temas <strong>de</strong> todas as SC realizadas no período <strong>de</strong> 21 /03/2007 à 03/06/<strong>2009</strong> e verificou-se a distribuição<br />

por especialida<strong>de</strong>s. Resultados: foram realizadas 75 SC, on<strong>de</strong> 13 tópicos foram <strong>de</strong> oncologia, 15 <strong>de</strong> gastroenterologia, 8 <strong>de</strong> pneumologia<br />

e outros 8 <strong>de</strong> neurologia, perfazendo 56% dos temas com estas especialida<strong>de</strong>s. Os <strong>de</strong>mais temas (46%) foram nas áreas <strong>de</strong> cardiologia,<br />

endocrinologia e diversos 5 em cada; urologia 4, reumatologia, nefrológia e infectologia 3 em cada; doenças vasculares 2, psiquiatria,<br />

hematologia, ortopedia, geriatria e <strong>de</strong>rmatologia 1 em cada. Analisando apenas os casos apresentados pelas ECM observa-se que<br />

46% dos temas são relacionados às áreas <strong>de</strong> oncologia e gastroenterologia. Conclusão: existe um <strong>de</strong>sequilíbrio entre os temas discutidos<br />

nas SC da Famed/Pucrs. É possível que este dado sinalize o perfil das internações em clínica médica do nosso hospital. Sendo as<br />

doenças cardiovasculares as principais causas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> em nossa população, talvez seja necessário ampliar os cenários <strong>de</strong><br />

seleção <strong>de</strong> casos a serem abordados nas SC para que tais patologias sejam mais discutidos.<br />

O Teatro <strong>de</strong> Humor como Ativida<strong>de</strong> Extracurricular e Integração Acadêmica<br />

Corso, L. M. 6<br />

Schwam,J.G. 6<br />

Loures,T.P. 6<br />

Introdução: há três anos, alunos <strong>de</strong> medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso criaram um teatro <strong>de</strong> humor anual,<br />

“Show do Esteto”, que pretendia recepcionar os alunos ingressantes na Faculda<strong>de</strong>, bem como interagir com outros cursos e com a socieda<strong>de</strong>.<br />

Objetivos: promover a integração entre os acadêmicos da Universida<strong>de</strong>, difundir a arte para a socieda<strong>de</strong> e ir <strong>de</strong> encontro ao trote<br />

violento, além <strong>de</strong> criar a consciência nos alunos <strong>de</strong> medicina sobre ativida<strong>de</strong>s extracurriculares. Métodos: os alunos responsáveis por<br />

criar e <strong>de</strong>senvolver o teatro naquele ano contam com a ajuda <strong>de</strong> quem já participou nos anos anteriores. Os acadêmicos, voluntários,<br />

após a criação do script, recebem os papéis e iniciam os ensaios que perduram por cerca <strong>de</strong> dois meses. Com cenários básicos, jogos <strong>de</strong><br />

5 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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luzes, som e figurinos próprios, o “Show do Esteto” leva o humor, <strong>de</strong> tom irônico, por cerca <strong>de</strong> duas horas a toda socieda<strong>de</strong>. Resultados:<br />

houve uma maior integração com os alunos <strong>de</strong> outros cursos, bem como entre os da própria medicina. Criou-se uma nova tradição cultural<br />

da Universida<strong>de</strong> e inibiu-se o trote violento no curso. Nota-se a fuga da rotina estressante do discente, que passa a ser mais <strong>de</strong>sinibido<br />

e comunicativo. Por fim, é visível a gran<strong>de</strong> aceitação da socieda<strong>de</strong>, que ganha um novo espetáculo cultural. Conclusões: visando a<br />

integralida<strong>de</strong> entre os acadêmicos e a criação <strong>de</strong> uma nova tradição cultural, o teatro humorístico “Show do Esteto”, criado e encenado<br />

por alunos <strong>de</strong> medicina, teve ótima aceitação pela socieda<strong>de</strong>. Há três anos, os acadêmicos fogem da rotina <strong>de</strong>sgastante através <strong>de</strong>ssa<br />

ativida<strong>de</strong> extracurricular, que se tornou um marco artístico da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mato Grosso.<br />

Percepção e Atuação dos Docentes da Área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> com Relação à Abordagem<br />

Interdisciplinar ao Paciente<br />

Sirimarco, MT7 Chehuen Neto, JA7 Delgado, AAA7 Scoralick, ALB7 Campos, JD7 Introdução: Trabalho em equipe é uma estratégia para enfrentar o intenso processo <strong>de</strong> especialização na área da saú<strong>de</strong>. Esse processo<br />

ten<strong>de</strong> a aprofundar verticalmente o conhecimento e a intervenção em aspectos individualizados das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, sem<br />

contemplar simultaneamente a articulação das ações e dos saberes. Há expectativas <strong>de</strong> que profissionais da saú<strong>de</strong> sejam capazes <strong>de</strong> ultrapassar<br />

o <strong>de</strong>sempenho técnico baseado em uma única arte ou especialização. Método: Pesquisa quanto à área da ciência do tipo aplicada,<br />

<strong>de</strong> natureza original, <strong>de</strong> objetivo exploratório e <strong>de</strong>scritivo, procedimento <strong>de</strong> campo <strong>de</strong> abordagem quanti-qualitativa, <strong>de</strong> procedimento<br />

técnico do tipo levantamento <strong>de</strong> amostra in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte não-probabilística por quotas. O instrumento <strong>de</strong> coleta dos dados foi<br />

uma entrevista do tipo padronizada, contemplando 07 questionamentos, direcionados à avaliação das interações entre as situações cotidianas<br />

<strong>de</strong> trabalho e as concepções dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> acerca do trabalho em equipe multiprofissional. Resultados: O profissional<br />

médico se consi<strong>de</strong>ra peça fundamental e elo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão numa equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, atitu<strong>de</strong> que é vista negativamente pelos outros profissionais<br />

da saú<strong>de</strong>, que também se vêm pouco inseridos e reconhecidos <strong>de</strong>ntro das equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; o médico percebe-se como um lí<strong>de</strong>r<br />

ético; o fisioterapeuta mostra-se preocupado com a troca <strong>de</strong> conhecimentos e o aprendizado sobre as outras áreas da saú<strong>de</strong> e o farmacêutico<br />

compromissado com o seu trabalho. Conclusões: Sugerimos implantar no currículo médico e das <strong>de</strong>mais áreas da saú<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s/disciplinas<br />

que contemplem a formação do profissional com competências voltadas para ações assistenciais ‘’ interprofissionais’’.<br />

Este fato se baseia em que o médico se mostrou pouco sensibilizado nesta ativida<strong>de</strong> e percebido pelos <strong>de</strong>mais profissionais da<br />

equipe como não favorável ao trabalho integrado. Possibilitar a inclusão <strong>de</strong> profissionais não médicos no tratamento ao paciente po<strong>de</strong><br />

antever melhores resultados, prevenir morbida<strong>de</strong>s e antecipar ações terapêuticas sinérgicas.<br />

Judicialização da Saú<strong>de</strong>, o SUS e o Ensino Médico: Reflexões Críticas a Partir da<br />

Audiência Pública da Saú<strong>de</strong> do STF<br />

Oliveira, N.A. 8<br />

Introdução: Audiência Pública do STF-Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, sobre a Saú<strong>de</strong>, realizada nos dias 27, 28 e 29 <strong>de</strong> abril e 4, 6 e 7<br />

<strong>de</strong> maio <strong>de</strong>ste ano, representou uma boa oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reflexão e discussão sobre o direito à saú<strong>de</strong> e os <strong>de</strong>safios para a efetivação do<br />

Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS). Múltiplos temas foram abordados pelos diferentes especialistas e representantes institucionais, convidados<br />

e cre<strong>de</strong>nciados para se pronunciarem na audiência, contudo, surpreen<strong>de</strong>ntemente, o tema da educação médica passou ao largo,<br />

merecendo discreto <strong>de</strong>staque em uns poucos textos enviados como colaboração da socieda<strong>de</strong> para essa audiência. A discussão sobre a<br />

formação qualificada <strong>de</strong> pessoal para a saú<strong>de</strong>, especialmente do profissional médico, é fundamental nesse <strong>de</strong>bate em torno do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do SUS e da <strong>de</strong>fesa do direito à saú<strong>de</strong>. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é levantar os pontos centrais abordados na audiência do<br />

7 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

8 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Tocantins, Palmas, TO, Brasil; Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária, Brasília, DF, Brasil.<br />

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STF e, focalizado na formação médica, apresentar uma reflexão crítica sobre eles. Com levantamento e análise documental e bibliográfica,<br />

com observação participante e uma abordagem qualitativa, o estudo mostra como resultados uma série <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações correlacionando<br />

o processo <strong>de</strong> mudança do ensino médico e o processo <strong>de</strong> construção do SUS, vendo o SUS em sua plenitu<strong>de</strong> como expressão do<br />

atendimento do direito à saú<strong>de</strong>. Dentre as conclusões <strong>de</strong>staca-se que o SUS constitui uma política pública relevante para avançar na melhoria<br />

da educação médica bem como representa uma estratégia prioritária para a inclusão social e o <strong>de</strong>senvolvimento do país. Por isso,<br />

torna-se importante, na ampliação do <strong>de</strong>bate e da mobilização em <strong>de</strong>fesa do direito à saú<strong>de</strong>, a <strong>de</strong>fesa do SUS. É urgente a aproximação<br />

das áreas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e educação para promoverem uma abrangente articulação intersetorial e interdisciplinar na formação <strong>de</strong> recursos<br />

humanos para o SUS, com i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> regional e em consonância com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população.<br />

Clínica <strong>de</strong> Insuficiência Cardíaca – um Cenário Nato para a Interdisciplinarida<strong>de</strong><br />

Manhães, M.A.R. 9<br />

Martins, W.A. 9<br />

Oliveira, M.G. 9<br />

Nogueira, L.S. 9<br />

Quintão, M.M.P 9<br />

Campos, E.P. 9<br />

Introdução: As Diretrizes Curriculares para o curso <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>stacam a importância da atuação dos alunos em equipe multiprofissional.<br />

A Insuficiência Cardíaca (IC) é grave problema clínico e epi<strong>de</strong>miológico. As “Clínicas <strong>de</strong> Insuficiência Cardíaca” (CLIC)<br />

constituem abordagem sistematizada, multiprofissional, biológica, psicológica e social, com comprovada eficácia em redução <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong><br />

e melhora na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos pacientes. As CLIC são exemplos típicos <strong>de</strong> experiências positivas da multiprofissionalida<strong>de</strong><br />

e da interdisciplinarida<strong>de</strong>. Objetivos: Relatar experiência <strong>de</strong> estágio optativo para alunos <strong>de</strong> graduação em medicina, enfermagem e<br />

fisioterapia, <strong>de</strong> forma integrada, em equipe multiprofissional na CLIC, com objetivo <strong>de</strong> experimentar a interdisciplinarida<strong>de</strong>. Métodos:<br />

O estágio é realizado em módulos mensais, com quatro horas semanais, em grupos mistos <strong>de</strong> alunos dos cursos <strong>de</strong> medicina, enfermagem<br />

e fisioterapia. Eles acompanham o fluxo seqüencial <strong>de</strong> atendimento dos pacientes, em protocolo integrado e estabelecido por procedimentos<br />

operacionais padrões, criado e reavaliado permanentemente pela equipe e constituído <strong>de</strong>: (1) Consulta <strong>de</strong> Enfermagem –<br />

anamnese e exame físico, aferição <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e realização do eletrocardiograma digital com transferência online; (2) Consulta<br />

Médica - anamnese e exame físico, classificação funcional, formulação <strong>de</strong> diagnósticos, solicitação <strong>de</strong> exames e prescrição; (3) Consulta<br />

<strong>de</strong> Fisioterapia; e (4) Pós-Consulta <strong>de</strong> Enfermagem – orientação sobre prescrição, receita didática e exames solicitados. Também acompanham<br />

a realização <strong>de</strong> ecocardiograma, teste ergométrico e reuniões <strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> pacientes e familiares. Todas as ativida<strong>de</strong>s são supervisionadas<br />

por docentes. Os alunos produzem portifólios. Resultados: Houve alto grau <strong>de</strong> satisfação dos discentes e docentes<br />

sinalizado pelos instrumentos que <strong>de</strong>monstram a valida<strong>de</strong> da experiência como aprendizado <strong>de</strong> trabalho em equipe e <strong>de</strong><br />

interdisciplinarida<strong>de</strong>. Conclusões: Concluiu-se que este cenário é a<strong>de</strong>quado e rico em possibilida<strong>de</strong>s para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> integração multiprofissional, visando a interdisciplinarida<strong>de</strong>.<br />

A Compreensão Interinstitucional a Partir <strong>de</strong> uma Necessida<strong>de</strong> Social<br />

Sousa, R.G. 10<br />

Macedo, C. 11<br />

Alcoforado, V. 11<br />

Introdução: estudo versa sobre pontos catalisadores <strong>de</strong> relações interinstitucionais. A formação <strong>de</strong> estudantes secundaristas<br />

como observadores sociais integraram o Instituto Vital Brazil (IVB) e o Programa Médico <strong>de</strong> Família (PMFN) Niterói. O espaço <strong>de</strong><br />

aprendizado foi o SUS: do posto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> à fábrica <strong>de</strong> medicamentos. Os eixos foram construídos <strong>de</strong> acordo com o projeto Escola <strong>de</strong> Fábrica<br />

(MEC), com a plasticida<strong>de</strong> pedagógica conduzida pela saú<strong>de</strong>. A origem do curso está no questionamento da função social que o<br />

9 Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ, Brasil.<br />

10 Programa Médico <strong>de</strong> Família <strong>de</strong> Niterói, Niterói, RJ, Brasil.<br />

11 Instituto Vital Brasil, Niterói, RJ, Brasil.<br />

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SUS tem enquanto espaço <strong>de</strong> formação para além da universida<strong>de</strong>. Objetivos: analisar a partir <strong>de</strong> um curso formador <strong>de</strong> observadores<br />

sociais, inseridos na lógica <strong>de</strong> “comunida<strong>de</strong>s protetoras da vida” (cujo cerne envolvia temas cotidianos à prática da saú<strong>de</strong> da família), a<br />

aproximação interinstitucional em dado território. Métodos: revisão bibliográfica, observação <strong>de</strong> campo. Resultados: dos muitos observados,<br />

ficou para o PMFN o potencial da integração entre instituições. O fato <strong>de</strong> o curso problematizar eventos do cotidiano das comunida<strong>de</strong>s,<br />

portanto das equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, aproximou os atores sociais. Primeiro porque havia preocupação <strong>de</strong> trabalhar situações próximas<br />

aos adolescentes. Depois, porque a proposta do curso compreendia também o retorno à comunida<strong>de</strong>. Este último exemplifica a<br />

continuação da interinstitucionalida<strong>de</strong>: hoje, o IVB e os adolescentes promovem ações e pesquisa sobre violência envolvendo a comunida<strong>de</strong><br />

do morro do Vital Brazil, território on<strong>de</strong> fica o módulo do PMF, cuja participação se <strong>de</strong>u no curso e nas atuais ações no morro.<br />

Para além, tem-se o início <strong>de</strong> um núcleo <strong>de</strong> estudos sobre violência e proteção à vida que aponta para um futuro observatório social<br />

nesse território, com a participação <strong>de</strong>sses atores. Conclusões: eventos catalisadores <strong>de</strong> relações interinstitucionais produzidos a partir<br />

<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s sociais são importantes e apontam para o fortalecimento do SUS emelhor compreensão do cotidiano das comunida<strong>de</strong>s<br />

e das equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família.<br />

Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes: uma Experiência<br />

Integrada entre Saú<strong>de</strong> e Educação<br />

Anjos, R.M.P. 12<br />

Souza, S.S. 12<br />

Jordão, M.C. 12<br />

Menezes, A.S.B.M. 12<br />

Rodrigues, R.S. 12<br />

Kuchinski, G.L. 12<br />

Introdução: Na violência sexual contra crianças e adolescentes, familiares e conhecidos são os principais agressores o que dificulta<br />

a <strong>de</strong>núncia. Um dos instrumentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa é o Estatuto da Criança e do Adolescente [ECA], que po<strong>de</strong> ser usado para protegê-los<br />

contra situações <strong>de</strong> violência. Objetivos: Trabalhar junto aos representantes <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> Sorocaba, as situações <strong>de</strong> violência sexual,<br />

suas conseqüências e o seu enfrentamento, tendo como referencial o ECA. Metodologia: As ativida<strong>de</strong>s foram divididas em etapas: [1]<br />

promoção <strong>de</strong> um Fórum local para o “Enfrentamento da Violência Sexual”; [2] promoção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conscientização junto aos<br />

alunos da escola; [3] aplicação <strong>de</strong> um questionário; [4] reflexão com os professores da escola, quanto às ações <strong>de</strong>senvolvidas. Resultados:<br />

No Fórum, participaram 51 pessoas: professores e funcionários da escola, agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, conselheiros tutelares,<br />

alunos e professores da PUCSP. Nos trabalhos <strong>de</strong> divulgação do ECA e na aplicação dos questionários participaram 246 adolescentes:<br />

45% dos alunos referiram conhecer situações <strong>de</strong> violência sexual, 31% <strong>de</strong>les informam que “<strong>de</strong>nunciariam na primeira oportunida<strong>de</strong>” e<br />

12% “não teriam coragem <strong>de</strong> <strong>de</strong>nunciar”. Dos 55% que não conheciam situações <strong>de</strong> violência sexual: 45% respon<strong>de</strong>ram que “se conhecessem,<br />

<strong>de</strong>nunciariam”. Os professores relataram “... a escola necessita, <strong>de</strong>ntre outras estratégias, estabelecer parcerias com instituições<br />

para potencializar seu papel social. ... assim acolhemos a intervenção da PUC como sendo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia para a comunida<strong>de</strong> local,<br />

agregando valores, instigando o auto- cuidado, valorizando a ética e a cidadania”. Conclusão: É importante a integração e a<br />

responsabilida<strong>de</strong> assistencial da Universida<strong>de</strong> frente aos casos <strong>de</strong> violência, estimulando a divulgação <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> amparo às<br />

vítimas e a utilização da <strong>de</strong>núncia. Para as crianças e adolescentes, a escola e a saú<strong>de</strong> em parceria po<strong>de</strong>m dar noções <strong>de</strong>sses direitos,<br />

como alternativa <strong>de</strong> proteção contra abusos e agressões.<br />

12 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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Transferências na Formação Médica<br />

Lucchese AC 13<br />

Abud CC 13<br />

DeMarco MA 13<br />

Introdução: O aluno <strong>de</strong> graduação <strong>de</strong> medicina vive momentos intensos quando se <strong>de</strong>para com seus primeiros pacientes durante<br />

sua formação médica. Colocar-se à frente <strong>de</strong> um paciente, aflito, exige que o aluno compreenda as diversas <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> seu paciente.<br />

Objetivo: O intuito <strong>de</strong>ste trabalho é promover uma reflexão sobre os fenômenos psíquicos e emocionais presentes em qualquer relação<br />

assistencial e discutir suas implicações e efeitos. Método: Além <strong>de</strong> um levantamento bibliográfico sobre o tema, consi<strong>de</strong>ramos experiências<br />

relatadas por alunos do curso <strong>de</strong> graduação <strong>de</strong> medicina, para analisar os fenômenos psíquicos e emocionais envolvidos na assistência<br />

aos pacientes. Resultados: o estudo propiciou uma análise do que o estudante tem a oferecer ao paciente, ajudando-o a observar<br />

e valorizar as reações que ele po<strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar em seus pacientes, apesar <strong>de</strong> seu conhecimento ainda incipiente dos aspectos biomédicos<br />

do adoecer. Conclusão: Na formação médica é importante que o estudante tenha clareza quanto a um princípio que Balint formulou<br />

com muita proprieda<strong>de</strong>: “o remédio mais usado em Medicina é o próprio médico, o qual como os <strong>de</strong>mais medicamentos precisa ser conhecido<br />

em sua posologia, efeitos colaterais e toxicida<strong>de</strong>” A atenção e observância a este preceito, seguramente ajudará o estudante a<br />

compreen<strong>de</strong>r melhor o que ele tem a oferecer ao paciente, a observar e valorizar as reações que ele po<strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar no paciente, muitas<br />

vezes intensas, apesar <strong>de</strong> seu conhecimento ainda incipiente dos aspectos biomédicos do adoecer.<br />

Reflexos do Perfil Epi<strong>de</strong>miológico da População Atendida Pelo Projeto Extensão Médica<br />

Acadêmica na Formação <strong>de</strong> Visão Integral e Interdisciplinar<br />

Liu, G.K.H. 14<br />

Carra, R.B. 14<br />

Chaar, L.J. 14<br />

Berach, F.R. 14<br />

Silva, E.R. 14<br />

Fiorelli, P.A. 14<br />

Introdução: A Extensão Médica Acadêmica (EMA), projeto voluntário <strong>de</strong>senvolvido por acadêmicos <strong>de</strong> Medicina e Fisioterapia,<br />

realiza atendimento ambulatorial em comunida<strong>de</strong>s carentes. Os alunos entram em contato com o paciente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro ano <strong>de</strong>senvolvendo<br />

uma visão humanizada do paciente com interdisciplinarida<strong>de</strong>. Nesse contexto, é importante conhecer que experiência clínica<br />

o projeto proporciona. Objetivo: Caracterizar o perfil do paciente atendido, a prevalência dos principais diagnósticos e a experiência<br />

clínica proporcionada pela EMA. Método: Dados obtidos <strong>de</strong> prontuários <strong>de</strong> pacientes da comunida<strong>de</strong> carente do bairro Jardim São<br />

Luís, São Paulo, atendidos entre janeiro <strong>de</strong> 2005 e junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Foram classificados os diagnósticos da última consulta <strong>de</strong> acordo com a<br />

10ª Revisão da Classificação Internacional <strong>de</strong> Doenças (CID-10), e analisados: sexo, ida<strong>de</strong>, escolarida<strong>de</strong>, estado civil, número <strong>de</strong> filhos,<br />

cor, religião e ocupação. Resultados: 78% dos pacientes são mulheres. 9% têm entre 15 e 25 anos, 28% entre 25 e 45, 49% entre 45 e 65 e<br />

14% mais <strong>de</strong> 65. 12% são analfabetos, 64% cursaram apenas ensino fundamental, 22% médio e 2% superior. 52% têm parceiro fixo. 16%<br />

não têm filhos, 39% 1 ou 2, 30% 3 ou 4 e 15% 5 ou mais. 56% dos pacientes receberam diagnóstico do capítulo 13 da CID-10 (Doenças do<br />

sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo), 39% do capítulo 9 (Aparelho circulatório), 26% do capítulo 4 (Doenças endócrinas, nutricionais<br />

e metabólicas), 56% <strong>de</strong> outros capítulos. 33% dos pacientes são hipertensos e 7% diabéticos. 88,5% dos pacientes atendidos<br />

pela Fisioterapia apresentam diagnóstico do capítulo 13 e 11,5% do capítulo 9. Conclusões: A alta prevalência <strong>de</strong> condições abordadas<br />

em conjunto pela Medicina e Fisioterapia contribui para visão integral do paciente e estimula a interdisciplinarida<strong>de</strong>. O contato com<br />

doenças crônicas como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus em tal contexto humanizado evi<strong>de</strong>ncia a importância <strong>de</strong> um<br />

vínculo não superficial.<br />

13 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

14 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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Formação Interdisciplinar e Educação em Saú<strong>de</strong> Com Escolares na Comunida<strong>de</strong> Denisson<br />

Menezes, Maceió-AL<br />

Correia, D.S. 15<br />

Silva, T.E. 15<br />

Sampaio, J.F. 15<br />

Silva, S.H.B. 15<br />

Silva, T.K.G. 15<br />

Mota, P.D.S. 15<br />

Introdução: Ações centradas na promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> tem nas práticas interdisciplinares um espaço privilegiado para inovar conhecimentos<br />

e formas <strong>de</strong> pensar a saú<strong>de</strong>. O Projeto <strong>de</strong> Extensão Ensinar e Apren<strong>de</strong>r Desenvolvendo Ações <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva –<br />

EADASC, da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina – FAMED/UFAL<strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em parceria com a Escola Municipal<br />

da comunida<strong>de</strong> Denisson Menezes, Maceió-AL. As ativida<strong>de</strong>s são <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong> modo multiprofissional a partir da construção<br />

interdisciplinar. Aequipe é formada por 03 docentes e 26 acadêmicos dos cursos <strong>de</strong> Educação Física, Medicina, Nutrição e Serviço Social.<br />

São trabalhados aspectos <strong>de</strong> relação interpessoal, agressivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolvimento psicoemocional, cognitivo e motor, além da alimentação,<br />

hábitos <strong>de</strong> higiene e saú<strong>de</strong> com 113 estudantes do 3º ano do ensino fundamental. Objetivos: Promover intercâmbio interdisciplinar<br />

e multiprofissional; proporcionar aos acadêmicos um aprendizado em formar parcerias, planejar e executar tarefas <strong>de</strong> forma<br />

coletiva, respeitando e apreciando o conhecimento singular <strong>de</strong> cada área <strong>de</strong> formação, contribuindo para a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dos estudantes acompanhados pelo projeto. Metodologia: A realização <strong>de</strong>ste trabalho inicia-se com os acadêmicos observando<br />

o cotidiano dos estudantes na escola e em seguida fazendo uma visita domiciliar. Essas ativida<strong>de</strong>s proporcionaram a análise e<br />

discussão na <strong>de</strong>finição das temáticas a serem trabalhadas e das estratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. As ativida<strong>de</strong>s dos acadêmicos são elaboradas<br />

através <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> estudos, no qual cada área <strong>de</strong> conhecimento contribui para construção da formação interdisciplinar e<br />

atuação multiprofissional. Conclusão: Este projeto vem proporcionando aos acadêmicos um amadurecimento profissional, <strong>de</strong> cunho<br />

interdisciplinar, integrando em seu processo <strong>de</strong> formação o ensino, a pesquisa e a extensão, oferecendo aos acadêmicos uma<br />

experiência teórico-prática. O estabelecimento <strong>de</strong> vínculos entre acadêmicos e estudantes está ligado diretamente à promoção da<br />

saú<strong>de</strong>, que no conjunto dos aspectos trabalhados contribuem para uma melhora significativa na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos escolares.<br />

Uma Nova Perspectiva da Recepção <strong>de</strong> Calouros: Integra Saú<strong>de</strong> <strong>2009</strong><br />

Barbosa, D.A. 16<br />

Sallum, F.M. 16<br />

Bisinotto, H.S. 16<br />

Oliveira, L.M.F. 16<br />

Gallo, F.F. 16<br />

Campos, G.W.S. 16<br />

Introdução: Ao entrar na faculda<strong>de</strong>, os calouros <strong>de</strong> medicina são recepcionados com eventos que, muitas vezes, não visam seu<br />

enriquecimento. Diante <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> que exige cooperação e trabalho interdisciplinar na produção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, é necessária a criação<br />

<strong>de</strong> um vínculo entre alunos que não são do mesmo curso, mas atuarão juntos como futuros profissionais da saú<strong>de</strong>. Objetivos: O “Integra<br />

Saú<strong>de</strong> <strong>2009</strong>” (IS) visou proporcionar um intercâmbio entre os profissionais da área da saú<strong>de</strong>, apontar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações em equipes<br />

multiprofissionais para a produção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e aproximação da universida<strong>de</strong> com a socieda<strong>de</strong>. Métodos: IS foi realizado em 13 Centros<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (CS) <strong>de</strong> Campinas, pelos estudantes <strong>de</strong> Medicina, Enfermagem, Farmácia, Fonoaudiologia e Educação Física da Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Campinas (Unicamp). Estudantes e equipe do CS organizaram ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> segundo as necessida<strong>de</strong>s<br />

da população local, nas quais foram observadas a prática <strong>de</strong> todas as áreas, para a vivência não apenas das ações da futura profissão<br />

<strong>de</strong> cada calouro. Um questionário foi aplicado para avaliar o impacto do IS sobre a formação profissional dos calouros e a imagem que<br />

estes possuíam do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS). Resultados: Mais <strong>de</strong> cem pessoas, entre alunos e profissionais, atuaram. Dentre os<br />

15 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

16 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

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eventos da recepção <strong>de</strong> Medicina, 50 alunos consi<strong>de</strong>raram IS nota 8,0 (0-10), sendo a presença <strong>de</strong> 55%. Somando os calouros dos cursos<br />

envolvidos, 92,3% consi<strong>de</strong>rou IS muito relevante em sua formação profissional, e a média atribuída ao SUS aumentou <strong>de</strong> 5,49 para 6,74<br />

após IS. Conclusão: Foi possível vivenciar uma experiência única, na qual calouros dos cursos da saú<strong>de</strong> se integraram e conheceram o<br />

SUS. Acreditamos termos contribuído para <strong>de</strong>monstrar os benefícios do trabalho multiprofissional, além <strong>de</strong> estimular nos alunos a<br />

formação do pensamento crítico sobre o ensino integrado em saú<strong>de</strong> e a responsabilida<strong>de</strong> social das universida<strong>de</strong>s.<br />

Projeto Eadasc: Consolidando Parcerias e Promovendo Formação Interdisciplinar<br />

Sampaio, J.F. 17<br />

Silva, E.T. 17<br />

Mota, P.D.S. 17<br />

Silva, S.H.B. 17<br />

Silva, T.K.G. 17<br />

Introdução: Aextensão universitária vem se mostrando palco favorável para ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> coletiva com práticas interdisciplinares<br />

enquanto espaço privilegiado <strong>de</strong> inovação nas formas <strong>de</strong> pensar a saú<strong>de</strong>. O Projeto <strong>de</strong> Extensão Ensinar e Apren<strong>de</strong>r Desenvolvendo<br />

Ações <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva – EADASC, da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina – FAMED/UFAL, Maceió-AL, <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em parceria com a Escola Municipal <strong>de</strong> Ensino Fundamental, o Centro <strong>de</strong> Referência em Assistência Social - CRAS e a<br />

<strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Moradores da comunida<strong>de</strong> Denisson Menezes. A equipe é formada por acadêmicos dos cursos <strong>de</strong> Medicina, Educação<br />

Física, Nutrição, Psicologia e Serviço Social. Objetivos: Desenvolver ações <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong>; Promover intercâmbio<br />

interdisciplinar e multiprofissional; Proporcionar aos acadêmicos um aprendizado em formar parcerias, planejar e executar tarefas<br />

<strong>de</strong> forma coletiva, respeitando e apreciando o conhecimento singular <strong>de</strong> cada área <strong>de</strong> formação no universo peculiar <strong>de</strong> cada grupo da<br />

comunida<strong>de</strong>. Metodologia: As ativida<strong>de</strong>s são planejadas e executadas multidisciplinarmente entre os acadêmicos e as entida<strong>de</strong>s parceiras,<br />

on<strong>de</strong> são <strong>de</strong>senvolvidas caminhadas, ginásticas, passeio ecológico, educação alimentar, hábitos <strong>de</strong> higiene, acompanhamento e<br />

aferição dos níveis pressóricos e glicêmicos dos adultos e idosos, relação interpessoal e cidadania. Para tanto, os alunos são instigados a<br />

aprofundar a pesquisa e os estudos a fim <strong>de</strong> interagir ante as necessida<strong>de</strong>s dos grupos. Conclusões: A promoção da saú<strong>de</strong> preconiza a<br />

importância da participação da população envolvida, buscando alternativas conjuntas para melhoria da sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida com<br />

base nos princípios <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>. Evi<strong>de</strong>ncia-se a importância <strong>de</strong>ste projeto para as pessoas envolvidas, bem como, no<br />

amadurecimento profissional <strong>de</strong> cunho interdisciplinar dos estudantes, integrando em seu processo <strong>de</strong> formação o ensino, a pesquisa e<br />

a extensão, oferecendo aos acadêmicos uma experiência teórico-prática. Desta forma, estimula-se o espírito <strong>de</strong> cidadania, criando uma<br />

cultura comprometida e <strong>de</strong> relação transformadora entre universida<strong>de</strong> e socieda<strong>de</strong>.<br />

Interdisciplinarida<strong>de</strong>: Conceitos e Aplicações<br />

Filippini, L.Z. 18<br />

Dall‘Agno, M.L. 18<br />

Klein, A.P. 18<br />

Guelfi, C.G. 18<br />

Girardi, R. 18<br />

Introdução: Esse trabalho foi realizado seguindo a classificação e os conceitos abaixo citados das relações dos profissionais da<br />

área da saú<strong>de</strong> com pacientes, ensino e produção do conhecimento: 1.Atendimento cooperativo: a.Trabalho multiprofissional: diferentes<br />

especialida<strong>de</strong>s atuam in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente e ametódicamente (prática médica corriqueira). b.Trabalho interprofissional: há articulação<br />

profissional, metódica ou ametódica (relação anestesista e cirurgião). 2.Produção do conhecimento e ensino cooperativo: a.Trabalho<br />

multidisciplinar: pesquisadores e professores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente lidam com conhecimentos e produzem obras comuns: capítulos <strong>de</strong><br />

livros, disciplinas <strong>de</strong> cursos. b.Trabalho interdisciplinar: trabalho cooperativo, planejado, para atendimento, ensino e produção do conhecimento.<br />

3.Interdisciplinarida<strong>de</strong> é a qualida<strong>de</strong> do indivíduo interdisciplinar. O indivíduo interdisciplinar é aquele que se permite<br />

17 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, Maceió, AL, Brasil.<br />

18 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, Brasil.<br />

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eunir teorias e métodos <strong>de</strong> diferentes áreas do conhecimento a procura <strong>de</strong> novos conhecimentos. A interdisciplinarida<strong>de</strong> é pessoal, os<br />

trabalhos <strong>de</strong> cooperação são coletivos. Objetivos: Testar a aplicação <strong>de</strong>sses conceitos em um programa <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> medicina<br />

e psicologia em um Programa <strong>de</strong> Extensão Universitária (GIAT). Método: Aplicação do conceito <strong>de</strong> trabalho interdisciplinar: Problema:<br />

tratamento do tabagismo; Solução: trabalho cooperativo entre medicina e psicologia; Planejamento: tratamento medicamentoso e técnicas<br />

psicológicas; Protocolos <strong>de</strong> atendimento: criação <strong>de</strong>; Cooperação: <strong>de</strong>limitação e or<strong>de</strong>nação das ativida<strong>de</strong>s e funções;<br />

Gerenciamento do processo: professores; Instrumentos <strong>de</strong> avaliação do programa e produção do conhecimento: banco <strong>de</strong> dados estruturado,<br />

epi<strong>de</strong>miologia e estatística. Resultados: O programa foi criado na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caxias do Sul, privada, e está em funcionando<br />

há seis anos. Os alunos trabalham interdisciplinarmente ao executar as tarefas que lhes são atribuídas e a cada ano a técnica <strong>de</strong><br />

tratamento é aprimorada. Professores e alunos apren<strong>de</strong>m em colaboração mútua. Aapresentação <strong>de</strong>sse trabalho nesse congresso é uma<br />

prova <strong>de</strong> interdisciplinarida<strong>de</strong>. Conclusão: É possível a realização do trabalho interdisciplinar, a prestação <strong>de</strong> serviço e a produção do<br />

conhecimento em um ambiente universitário.<br />

Mutirão Da Saú<strong>de</strong> - Aprendizado Social e Multidisciplinar<br />

Andra<strong>de</strong>, L.M. 19<br />

Santiago, A.E. 19<br />

Santiago, L.E. 19<br />

Almeida, J.S. 19<br />

Oliveira, T.C. 19<br />

Melo, R.B. 19<br />

Introdução: O Mutirão da Saú<strong>de</strong> é um programa <strong>de</strong> atendimento social multidisciplinar criado pela prefeitura <strong>de</strong> diversos municípios<br />

no ano <strong>de</strong> 2002. Sua equipe conta com profissionais médicos, <strong>de</strong>ntistas e enfermeiros, além <strong>de</strong> agentes comunitários treinados<br />

para prestar esclarecimentos jurídicos, educação em direção <strong>de</strong>fensiva e reciclagem <strong>de</strong> materiais. A Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Saneamento e<br />

Desenvolvimento Ambiental (SSSDA) da Prefeitura <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora selecionou acadêmicos bolsistas <strong>de</strong> diversos cursos, <strong>de</strong>ntre eles medicina,<br />

para realização <strong>de</strong> estágio extracurricular, abrindo espaço para o aprendizado multidisciplinar dos estudantes, direcionado<br />

para ativida<strong>de</strong>s educativas e preventivas. Objetivos: Promover educação e prevenção em saú<strong>de</strong>, levando a equipe até a comunida<strong>de</strong>;<br />

agilizar a marcação <strong>de</strong> consultas médicas para os casos <strong>de</strong> triagem positivos. Métodos: Após a escolha da localida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>finida por cronograma<br />

criado pela SSSDA, os agentes comunitários promovem a divulgação e <strong>de</strong>terminam o local on<strong>de</strong> o evento ocorrerá (igrejas, escolas).<br />

ASSSDAencarrega-se da montagem da estrutura e <strong>de</strong> provi<strong>de</strong>nciar o transporte para os integrantes da equipe. As ativida<strong>de</strong>s em<br />

saú<strong>de</strong> realizadas pelos estudantes <strong>de</strong> medicina são: exame preventivo <strong>de</strong> colo do útero, exames oftalmológicos, aferição <strong>de</strong> pressão arterial,<br />

glicemia, triagem para nefropatias, vacinação, e reuniões para esclarecimento da comunida<strong>de</strong>. Resultados: Os eventos contaram<br />

com a participação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte da população e acarretaram em uma diminuição <strong>de</strong> atendimentos na policlínica municipal. Foram<br />

<strong>de</strong>scobertos casos novos e <strong>de</strong>tectados os usuários que apresentaram fatores <strong>de</strong> risco das patologias investigadas. O principal fator complicante<br />

foi a montagem da estrutura, pois muitos locais não aprestavam condições apropriadas para realizar o evento. Conclusão: Para<br />

os acadêmicos, esse projeto é uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover saú<strong>de</strong> através do conhecimento teórico, atuar em âmbito<br />

multidisciplinar, e incrementar sua prática. Observamos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um atendimento educativo e <strong>de</strong> prevenção, <strong>de</strong>safogando a<br />

<strong>de</strong>manda nos serviços <strong>de</strong> urgência e emergência, tornando-os rápidos e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

19 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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Formação do Profissional da Informação em Saú<strong>de</strong>: Experiência da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

<strong>de</strong> Ribeirão Preto, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Galvão, M.C.B. 20<br />

Rocha, J.S.Y. 20<br />

Ferreira, J.B.B. 20<br />

Introdução. Criado em 2002, o Curso <strong>de</strong> Graduação em Ciências da Informação e da Documentação da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo,<br />

campus <strong>de</strong> Ribeirão Preto volta-se para competências relacionadas à gestão, seleção, organização, disseminação, e uso da informação. Na sua<br />

realização participam vários Departamentos, incluindo-se aqui o Departamento <strong>de</strong> Medicina Social da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão<br />

Preto da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Objetivos. Este trabalho objetiva caracterizar a Ênfase em Informação em Saú<strong>de</strong> da referida Graduação,<br />

explicitando as abordagens <strong>de</strong> ensino aprendizagem adotadas e os resultados alcançados até o momento. Metodologia. As opções metodológicas<br />

adotadas foram <strong>de</strong> caráter qualitativo, compreen<strong>de</strong>ndo a análise dos documentos oficiais relacionados à história do curso; coleta e síntese<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos verbais escritos dados pelos docentes que ministram as oito disciplinas que compõem a Ênfase; <strong>de</strong>poimentos dos discentes<br />

que cursaram a Ênfase. Resultados. Aimplantação e consolidação <strong>de</strong> um curso interdisciplinar e inter<strong>de</strong>partamental requerem uma a<strong>de</strong>quação<br />

interna da Universida<strong>de</strong>, com impactos nas ativida<strong>de</strong>s docentes e discentes, nos conteúdos ministrados e nas metodologias <strong>de</strong> ensino<br />

aprendizagem. Os objetos/temas mais procurados pelos alunos têm sido sistemas <strong>de</strong> informações em saú<strong>de</strong>, prontuário do paciente, gestão<br />

e informação. Todavia, tais impactos são positivos na medida em que há um reconhecimento das habilida<strong>de</strong>s e competências <strong>de</strong> cada um dos<br />

atores participantes do Curso. Conclusão. O ensino interdisciplinar gera profissionais diferenciados para aten<strong>de</strong>r novas <strong>de</strong>mandas da socieda<strong>de</strong>.<br />

Especificamente, o profissional da informação conhecedor das problemáticas existentes no âmbito da saú<strong>de</strong> e da informação em saú<strong>de</strong>,<br />

constitui potencial gerador <strong>de</strong> soluções para estas problemáticas e, assume uma posição <strong>de</strong> cooperação com os <strong>de</strong>mais profissionais da área,<br />

viabilizando a gestão da informação para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, subsidiando pesquisas científicas, e a prática da medicina e <strong>de</strong> outras profissões<br />

da saú<strong>de</strong> baseada em evidências.<br />

A Transdisciplinarida<strong>de</strong> no Manejo dos Transtornos <strong>de</strong> Aprendizado e Comportamento da<br />

Criança<br />

Daud, M.O. 21<br />

Tauro, R.L.A.M. 21<br />

Martins, J.V. 21<br />

Carmo, C.E.F. 21<br />

Konkiewitz, E.C. 21<br />

Introdução: As doenças do homem mo<strong>de</strong>rno são complexas e multifatoriais, um exemplo são os transtornos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental,<br />

<strong>de</strong>ntre eles o transtorno <strong>de</strong> aprendizado e comportamento da criança. Para seu manejo é necessário que o médico tenha formação ética e<br />

humanista que possibilite a compreensão do paciente social e culturalmente. O Programa <strong>de</strong> Apoio ao Aprendizado da Criança<br />

(PROAAC) visa integrar um aprendizado contextualizado e multidisciplinar do curso <strong>de</strong> medicina promovendo a aquisição <strong>de</strong> saberes<br />

e habilida<strong>de</strong>s. Objetivos: Aprendizado significativo em atendimentos e intercâmbio com outras disciplinas no ambulatório do<br />

PROAAC em que se <strong>de</strong>senvolve pessoal e profissionalmente; em promoção da saú<strong>de</strong> nas palestras estimulando o pensamento ampliado<br />

e crítico da prática médica; e em se comunicar com a comunida<strong>de</strong> construindo conhecimento consistente na confecção do livro. Métodos:<br />

No ambulatório os alunos participam das discussões, contextualização dos transtornos e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Nas palestras, a<br />

Secretaria <strong>de</strong> Educação coopera levando os alunos até as escolas do ensino fundamental para discutir sobre os transtornos havendo troca<br />

<strong>de</strong> experiências entre pais, professores e acadêmicos. O livro, foi elaborado pelos acadêmicos, aborda os transtornos e permite a comunicação<br />

do conhecimento sem a linguagem técnica. Resultados: Para os acadêmicos há sedimentação <strong>de</strong> experiências com o aprendizado<br />

prático e contextualizado dos transtornos ultrapassando o ensino tradicional, <strong>de</strong>senvolvendo consciência e compreensão da vivência<br />

e do sofrimento dos envolvidos, incorporando a realida<strong>de</strong> social e o aprendizado individual à interface médico e paciente.<br />

20 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil.<br />

21 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, Dourados, MS, Brasil.<br />

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Conclusões: Os transtornos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental exigem um profissional capaz <strong>de</strong> realizar o intercâmbio com outras áreas do saber, capaz<br />

<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r os aspectos e o contexto em que a doença ocorre. Portanto, para se expandir a compreensão além da natureza biológica<br />

<strong>de</strong>vemos nos comunicar com outras áreas do conhecimento.<br />

Homeopatia: Saú<strong>de</strong> e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida Na 3ª Ida<strong>de</strong><br />

Fernan<strong>de</strong>s, D.A.S. 22<br />

Freitas, F.J. 22<br />

Fernan<strong>de</strong>s, L.D. 22<br />

Knupp, L. 22<br />

Introdução: A Homeopatia, especialida<strong>de</strong> médica utilizada no tratamento <strong>de</strong> quadros agudos e/ou crônicos, trata pacientes <strong>de</strong><br />

forma integral. No Serviço <strong>de</strong> Homeopatia do HUGG, mais <strong>de</strong> 50% dos atendimentos são pessoas maiores <strong>de</strong> 60 anos, justificando um<br />

projeto <strong>de</strong> atuação específica e direcionada, <strong>de</strong>ntro do Programa <strong>de</strong> Extensão “Homeopatia: Saú<strong>de</strong> e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida”, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 2008, em parceria com o “Programa <strong>de</strong> Assistência Integral à Pessoa da Terceira Ida<strong>de</strong> – Grupo Renascer”. Objetivos: Oferecer<br />

aos discentes <strong>de</strong> graduação em medicina e pós-graduação em Homeopatia a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a avaliar qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

<strong>de</strong> pacientes da 3ª ida<strong>de</strong> pré e pós terapêutica homeopática, além <strong>de</strong> adquirir experiências relativas às peculiarida<strong>de</strong>s do atendimento<br />

ao idoso; organizar banco <strong>de</strong> dados para realização <strong>de</strong> trabalhos. Métodos: São aplicados, pelos discentes, questionários <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida (WHOQOL abreviado) e médico sumário no tempo 0, após 6 meses e 12 meses <strong>de</strong> tratamento. Cinco consultas médico-homeopáticas<br />

são realizadas pela resi<strong>de</strong>nte, supervisionadas pelo preceptor. Os discentes participam da avaliação inicial do idoso, das consultas<br />

médicas e das análises dos resultados, sendo oferecida a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado da clínica homeopática no atendimento à 3ª<br />

ida<strong>de</strong>. Aavaliação dos resultados com análises quantitativas e qualitativas é realizada com os orientadores após um ano <strong>de</strong> tratamento.<br />

Resultados/conclusões: O projeto encontra-se em andamento, e com resultados preliminares satisfatórios indicando positivida<strong>de</strong> da<br />

terapêutica homeopática em melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos pacientes atendidos, além promover aprimoramento clínico e<br />

homeopático do resi<strong>de</strong>nte no atendimento especializado ao idoso. O contato precoce dos discentes <strong>de</strong> 3º e 4° ano com o atendimento<br />

ambulatorial do paciente idoso aprimoram as técnicas semiológicas e <strong>de</strong>senvolvem um relacionamento médico-paciente privilegiado<br />

<strong>de</strong>vido às peculiarida<strong>de</strong>s da Homeopatia.<br />

Ficha Clinico-Homeopatica como Ferramenta Complementar <strong>de</strong> Ensino<br />

Fernan<strong>de</strong>s, D.A.S. 23<br />

Freitas, F.J. 23<br />

Guimarães, R.G.M. 23<br />

Garcia, L.C.N. 23<br />

Introdução: O Serviço <strong>de</strong> Homeopatia do Hospital Gaffrée e Guinle – HUGG da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro -<br />

UNIRIO está vinculado ao Departamento <strong>de</strong> Homeopatia e Terapêutica Complementar da Escola <strong>de</strong> Medicina e Cirurgia – EMC. Tem<br />

caráter assistencial e acadêmico, aten<strong>de</strong>ndo pacientes <strong>de</strong> todas as faixas etárias com diferentes patologias. Participam do Serviço professores,<br />

técnico-administrativos e discentes <strong>de</strong> graduação, <strong>de</strong> pós-graduação lato-sensu e residência. Objetivos: Criar instrumento <strong>de</strong><br />

padronização dos procedimentos <strong>de</strong> atendimento por meio <strong>de</strong> ficha <strong>de</strong> dados clínico-homeopáticos, para utilização como ferramenta<br />

complementar ao ensino e ao prontuário médico; aplicar o raciocínio clínico-homeopático; avaliar a evolução do paciente nas consultas<br />

subseqüentes <strong>de</strong> maneira comparativa. Metodologia: Elaboração da ficha <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do paciente com campos: I<strong>de</strong>ntificação; Caráter<br />

da consulta: primeira vez, seguimento ou pronto-atendimento; Procedência; Dados clínicos: motivo da consulta; queixas e diagnósticos<br />

clínicos; sintomas novos ou retorno <strong>de</strong> sintomas antigos e evolução; Diagnósticos: clínico-homeopáticos (sensorial, funcional,<br />

lesional, incurável), constitucional (sulfúrico, carbônico, fosfórico, fluórico), diatésico (psórico, sicótico, sifilínico, tuberculínico);Tratamentos:<br />

clínico-homeopático, clínico clássico, cirúrgico, sem tratamento, outros); Terapêutica prescrita; Medicação prescrita e médico<br />

22 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

23 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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esponsável. Resultados: A ficha auxilia o raciocínio clínico da evolução do paciente. Facilita a visualização da estratégia terapêutica e<br />

sua eficácia, avaliando periodicamente a clínica e esclarecendo sobre os sinais/sintomas novos que surgem na evolução do tratamento.<br />

Aprimora e aperfeiçoa a própria prática clínica homeopática, na análise das terapêuticas e suas efetivida<strong>de</strong>s perante os diversos quadros<br />

clínicos acompanhados. Conclusões: Sendo necessária a criação <strong>de</strong> um sistema informatizado que permita o acesso e cruzamento<br />

<strong>de</strong> informações <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e clínica do paciente para utilização em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão, pesquisa e ensino, articulou-se uma<br />

parceria foi provi<strong>de</strong>nciada a articulação com a Escola <strong>de</strong> Informática Aplicada – EIAda UNIRIO para o <strong>de</strong>senvolvimento do software e<br />

formação da equipe <strong>de</strong> trabalho constituída por docentes e discentes <strong>de</strong> ambas as escolas, EMC - EIA.<br />

Programa Homeopatia: Saú<strong>de</strong> e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida<br />

Freitas, F.J. 24<br />

Fernan<strong>de</strong>s, D.A.S. 24<br />

Guimarães, R.G.M. 24<br />

Introdução: AHomeopatia, especialida<strong>de</strong> médica, trata pacientes <strong>de</strong> forma integral e atua curativamente e preventivamente. A<br />

UNIRIO tem sido pioneira, sendo a primeira a ter Homeopatia no ensino médico, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1912; sendo criado, em 2001, o Programa <strong>de</strong><br />

Extensão “Homeopatia: Saú<strong>de</strong> e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida” (2001) para articular ensino-pesquisa-extensão. Objetivos: Organizar e articular as<br />

diversas ações, como: projetos <strong>de</strong> pesquisa e extensão; prestação <strong>de</strong> serviços atendimento médico e <strong>de</strong> promoção à saú<strong>de</strong> (ambulatório e<br />

enfermaria); organização <strong>de</strong> eventos e cursos; ensino <strong>de</strong> graduação e pós-graduação; além do interrelacionamento com os outros serviços<br />

do HUGG, programas/projetos, e outras áreas. Além disso, visa aprimorar, nos campos assistencial e acadêmico, a formação e qualificação<br />

dos discentes e docentes e do próprio Serviço <strong>de</strong> Homeopatia. Metodologia: O Programa promove e ministra as ativida<strong>de</strong>s teórico-práticas<br />

das disciplinas homeopáticas da Escola <strong>de</strong> Medicina e Cirurgia – EMC, dos cursos <strong>de</strong> pós-graduação e <strong>de</strong> capacitação em<br />

Homeopatia em diversas áreas <strong>de</strong> atuação gerais e específicas (infância e envelhecimento). Aprimora a qualificação profissional, em<br />

particular na formação semiológica, clínica e terapêutica e capacita profissionais das áreas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no interrelacionamento com Homeopatia,<br />

por meio da atuação homeopática em ambulatório e enfermarias, junto aos discentes <strong>de</strong> graduação e pós-graduação, docentes e<br />

técnico-administrativos nos projetos <strong>de</strong> extensão (3ª ida<strong>de</strong> e Ficha Clínica/Banco <strong>de</strong> dados) e pesquisa (Pediatria e Ensino Médico). Viabiliza-se<br />

parcerias com outras instituições, a exemplo da Farmácia-Escola da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense no fornecimento <strong>de</strong> medicamentos<br />

homeopáticos. Resultados/conclusões: Em 2008, atingiu cerca <strong>de</strong> 3500 pessoas, resultando em: envolvimento docentes,<br />

técnico-administrativos, discentes <strong>de</strong> graduação e <strong>de</strong> pós-graduação; apresentação <strong>de</strong> trabalhos em 8 eventos científicos, organizando<br />

um <strong>de</strong>les (150 congressistas); 1700 atendimentos <strong>de</strong> pacientes; elaboração <strong>de</strong> 22 produtos (resumos, entrevistas, comunicação oral, ficha<br />

<strong>de</strong> dados). O Programa tem ampliado sua abrangência, mostrando relevância e integração com as <strong>de</strong>mais especialida<strong>de</strong>s, contribuindo<br />

para a formação médica e para a saú<strong>de</strong> da população.<br />

Inserção Multiprofissional Precoce em Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pronto Socorro <strong>de</strong> Hospital<br />

Universitário. Relato <strong>de</strong> Experiência<br />

Pimentel Filho, F.R. 25<br />

Castilho, R.C .25<br />

Barros, M.N.C. 25<br />

Navarro, C.M. 25<br />

Marangoni, M.A. 25<br />

Introdução: A inserção dos alunos <strong>de</strong> medicina, enfermagem, psicologia e fisioterapia em Pronto-socorros costuma ser postergada<br />

para o último ano dos cursos, consi<strong>de</strong>rando a alta complexida<strong>de</strong> dos pacientes nestes ambientes. Usualmente, estes alunos são inseridos<br />

<strong>de</strong> forma isolada e sem contato multiprofissional e costumam apresentar sinais evi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e estresse. Objetivo: O<br />

objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é apresentar a experiência <strong>de</strong> uma inserção mais precoce, multiprofissional e estruturada dos alunos dos cursos<br />

24 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

25 Universida<strong>de</strong> do Oeste Paulista, Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte, SP, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no atendimento <strong>de</strong> urgência e emergência. Metodologia: Estruturou-se um estágio com micro-plantões com duração <strong>de</strong> cinco<br />

horas, em que cada grupo <strong>de</strong> quatro alunos participaria do serviço <strong>de</strong> Pronto Socorro do Hospital Universitário. Cada grupo foi composto<br />

por um aluno da medicina, um da enfermagem, um da psicologia, e um da fisioterapia, que foram liberados <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s<br />

curriculares para a execução dos micro-plantões. Os alunos foram divididos entre a triagem, a coleta <strong>de</strong> exames e a medicação e participaram<br />

do atendimento dos pacientes da unida<strong>de</strong>, sob a supervisão docente.<br />

Resultados: Com a inserção multiprofissional os alunos pu<strong>de</strong>ram perceber as competências e a importância <strong>de</strong> cada indivíduo na assistência<br />

e no trabalho em equipe. Com a inserção mais precoce no Pronto Socorro, os alunos <strong>de</strong>monstraram melhor adaptação ao local durante<br />

o <strong>de</strong>correr do curso, em especial durante o internato <strong>de</strong> medicina por já conhecerem as rotinas do local. Aprincipal dificulda<strong>de</strong> foi<br />

coor<strong>de</strong>nar a formação dos grupos e a liberação <strong>de</strong> outras ativida<strong>de</strong>s educacionais. Conclusão: Ainserção mais precoce e multiprofissional<br />

po<strong>de</strong> ser estratégia útil para a preparação e sensibilização do aluno <strong>de</strong> medicina quanto à atuação em equipe e em situações <strong>de</strong><br />

urgência e emergência.<br />

Implantação da Homeopatia na Enfermaria <strong>de</strong> Pediatria do Hospital Universitário Gaffrée<br />

e Guinle – HUGG da UNIRIO<br />

Pacheco, L. F. 26<br />

Freitas, F.J. 26<br />

Fernan<strong>de</strong>s, D.A.S. 26<br />

Dias, J.C. 26<br />

Borges, R.T. 26<br />

Almeida, P.F. 26<br />

Introdução: A procura por terapias que causem menos efeitos colaterais e que evitem recidivas tem aumentado progressivamente,<br />

sendo a Homeopatia uma das mais procuradas, principalmente na área pediátrica, on<strong>de</strong> o uso <strong>de</strong> medicações com boa eficácia e<br />

baixa toxicida<strong>de</strong> é essencial. Objetivos: Descrever a experiência da implantação <strong>de</strong> um novo recurso terapêutico na enfermaria <strong>de</strong> um<br />

serviço hospitalar universitário e seu impacto nos serviços envolvidos e no aprendizado e capacitação dos discentes <strong>de</strong> graduação medicina<br />

e pós-graduação em Homeopatia e Pediatria a respeito da terapêutica homeopática junto aos pacientes internados. Métodos:<br />

Implantação por meio do projeto “Estudo sobre o efeito do tratamento homeopático como terapêutica co-adjuvante em pacientes internados<br />

na enfermaria <strong>de</strong> pediatria do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle – HUGG”, parte do Programa <strong>de</strong> Extensão “Homeopatia:<br />

Saú<strong>de</strong> e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida” e aprovado pelo Comitê <strong>de</strong> Ética e Pesquisa do HUGG; a medicação homeopática, fornecida pela Farmácia-<br />

Escola da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, é administrada pelo serviço <strong>de</strong> enfermagem da enfermaria. Resultados/conclusões: A<br />

parte prática da pesquisa iniciou-se em março <strong>de</strong> <strong>2009</strong> e se encontra em fase <strong>de</strong> observação e aprimoramento, <strong>de</strong> acordo com as informações<br />

diárias colhidas junto às equipes. Como análise inicial, alguns <strong>de</strong>poimentos dos profissionais da enfermaria <strong>de</strong> pediatria relatam<br />

que a resposta das crianças tratadas conjuntamente com homeopatia, tem sido positivamente bastante satisfatória. Para os discentes <strong>de</strong><br />

graduação do 3° e 4° ano, o projeto tem auxiliado no aprendizado e aprimoramento principalmente da anamnese e no contato precoce<br />

com a rotina <strong>de</strong> pacientes internados e pediátricos; para os do 5° e 6° ano, a ênfase se dá no aprimoramento às técnicas semiológicas e no<br />

aprendizado da medicação homeopática; para os pós-graduandos em Homeopatia, além do aprimoramento semiológico e terapêutico,<br />

há o aprendizado da abordagem homeopática ao paciente internado e da rotina da enfermaria <strong>de</strong> pediatria.<br />

26 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Ciclo Interdisciplinar <strong>de</strong> Palestras Sobre Zoonoses do Triangulo MINEIRO<br />

Rezen<strong>de</strong>, C.H.A. 27<br />

Souza, A.P 27<br />

Mendonça, M.I.F. 27<br />

Reis, M.L.G. 27<br />

Guardieiro, N.M. 27<br />

Fernan<strong>de</strong>s, V.C. 27<br />

Introdução: Zoonoses são doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e seres humanos. O homem,<br />

por meio <strong>de</strong> ações que alteram o ecossistema, contribui para o aumento da morbimortalida<strong>de</strong> por essas doenças em diversas regiões.<br />

Desse modo, sua relevância no contexto da Saú<strong>de</strong> Pública implica na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conscientização da comunida<strong>de</strong> acadêmica<br />

e das autorida<strong>de</strong>s a respeito <strong>de</strong> sua importância epi<strong>de</strong>miológica e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu coontrole. Objetivo: O evento tem como objetivo<br />

a troca <strong>de</strong> experiência entre os profissionais médicos e médicos veterinários, para que estes não fiquem restritos ao conhecimento<br />

<strong>de</strong>ssas doenças apenas na sua área, pois com o entendimento <strong>de</strong>ssas na sua forma humana e animal po<strong>de</strong>rão atuar <strong>de</strong> maneira mais efetiva<br />

na sua prevenção e controle. Métodos: Foram realizadas duas edições do evento. Em ambas efetuou-se palestras presididas por um<br />

médico e um médico veterinário, em que eram explicitadas características das doenças sob essas duas ópticas. As 350 vagas disponibilizadas<br />

foram preenchidas por acadêmicos <strong>de</strong> diferentes cursos, além <strong>de</strong> profissionais da Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Uberlândia,<br />

Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s da região e profissionais do Serviço <strong>de</strong> Inspeção Municipal. As palestras, realizadas no campus da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, eram seguidas por <strong>de</strong>bate envolvendo profissionais e acadêmicos. Resultados: Em suas duas edições,<br />

o evento proporcionou um espaço ímpar <strong>de</strong> reflexão e discussão acerca da importância do combate às zoonoses mais relevantes da<br />

região, ressaltando o papel fundamental da interdisciplinarida<strong>de</strong> na melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população. Arepercussão <strong>de</strong>ste<br />

frente à comunida<strong>de</strong> mostrou o seu interesse e a importância <strong>de</strong> sua participação no combate a essas doenças. Conclusões: As<br />

experiências mostram que a interdisciplinarieda<strong>de</strong>, somada ao apoio e interesse da comunida<strong>de</strong>, trouxe resultados positivos e <strong>de</strong>ve ser<br />

incentivada em outros cenários <strong>de</strong> aprendizagem para os profissionais da área da Saú<strong>de</strong>.<br />

O Trabalho Multidisciplinar em um Projeto <strong>de</strong> Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: a Experiência da<br />

Ban<strong>de</strong>ira Científica<br />

Men<strong>de</strong>s, R.F.P. 28<br />

Tanaka, C.B. 28<br />

Santucci, F. 28<br />

Suda, B.T.R. 28<br />

Osmo, A .28<br />

Camargo, B.M. 28<br />

Introdução: A Ban<strong>de</strong>ira Científica é um projeto <strong>de</strong> extensão universitária que, anualmente, realiza uma expedição a uma cida<strong>de</strong> carente,<br />

previamente selecionada, buscando garantir o <strong>de</strong>senvolvimento da saú<strong>de</strong> da região. Compreen<strong>de</strong>ndo-se saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> acordo com a<br />

Organização Mundial da Saú<strong>de</strong>, como “completo bem estar bio-psico-social”. Baseada nesta visão global do indivíduo, o projeto não se limita,<br />

portanto, à abordagem fragmentada usualmente adotada pelas ciências médicas. Objetivo: Proporcionar contato interdisciplinar, permitindo<br />

aos participantes o aprendizado da atenção em saú<strong>de</strong> baseada no intercâmbio <strong>de</strong> experiências e conhecimento. Métodos: A equipe é<br />

composta por acadêmicos e profissionais dos seguintes campos: Medicina, Psicoterapia, Nutrição, Fisioterapia, Odontologia, Engenharia,<br />

Agronomia e Comunicação. Em postos <strong>de</strong> atendimentos, o paciente, após passar por uma triagem, po<strong>de</strong> ser atendido pelas áreas da saú<strong>de</strong>, a<br />

partir <strong>de</strong>: discussões integradas, encaminhamentos diretos e interconsultas. Ocorrem, além disso, visitas domiciliares com a colaboração das<br />

áreas técnicas na compreensão da interação do paciente com o meio. Finalmente, são realizadas ativida<strong>de</strong>s educativas com a comunida<strong>de</strong>,<br />

abordando temas compartilhados pelas diversas áreas profissionais. Resultados: Na última expedição, foram atendidos 5733 pacientes, enquanto<br />

foram realizadas 6699 consultas e visitas domiciliares. O número <strong>de</strong> pacientes menor do que o número <strong>de</strong> atendimentos comprova a<br />

27 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

28 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

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oportunida<strong>de</strong> oferecida ao paciente <strong>de</strong> usufruir <strong>de</strong> todas as áreas. Além disso, foram organizadas 66 oficinas e palestras, proporcionando a<br />

formação e capacitação dos agentes multiplicadores, não restritos a conhecimentos específicos. Conclusão: O projeto <strong>de</strong>parou-se com problemas<br />

como: tempo limitado <strong>de</strong> atuação e gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência do apoio político-administrativo da cida<strong>de</strong>. No entanto, a interconexão entre as<br />

diversas áreas do conhecimento foi capaz <strong>de</strong> potencializar ações, que <strong>de</strong> outra forma permaneceriam isoladas, possibilitando a garantia do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento social e promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Aisto se soma a oportunida<strong>de</strong> excepcional do acadêmico <strong>de</strong> interagir com as diversas disciplinas,<br />

favorecendo, sobretudo, uma visão integrada sobre a saú<strong>de</strong>.<br />

Relação Entre Médicos e Enfermeiro no Hospital das Clínicas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Goiás: a Perspetiva do Profissional <strong>de</strong> Enfrmagem<br />

Oliveira, A.M. 29<br />

Lemes, AM. 29<br />

Ávila, B.T. 29<br />

Ordones, E. 29<br />

Goetz, H.S. 29<br />

Miranda, J.O.F.M. 29<br />

Introdução: A divisão do trabalho em uma unida<strong>de</strong> hospitalar, <strong>de</strong>lineada sob a forma <strong>de</strong> equipe multidisciplinar, surge como<br />

modo <strong>de</strong> enfrentamento da complexida<strong>de</strong> subjacente à estruturação <strong>de</strong> uma visão holística do paciente. Consi<strong>de</strong>rando as peculiarida<strong>de</strong>s<br />

da equipe multidisciplinar em saú<strong>de</strong>, a literatura <strong>de</strong>fine os médicos e enfermeiros como grupos <strong>de</strong> maior representativida<strong>de</strong> para os<br />

serviços nessa área, apontando ainda a relação entre eles como conflitante, o que acarreta problemas no ensino em saú<strong>de</strong> e no tratamento<br />

do doente. Objetivos: I<strong>de</strong>ntificar a existência ou não <strong>de</strong> conflito no Hospital das Clínicas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás (HC-UFG)<br />

avaliando a relação médico-enfermeiro no trabalho em equipe sob a perspectiva do profissional <strong>de</strong> enfermagem. Métodos: Foram entrevistados<br />

82 enfermeiros <strong>de</strong>vidamente cadastrados como funcionários do HC-UFG. Como instrumento para avaliação foi utilizado<br />

um questionário em que o entrevistado respon<strong>de</strong>u as assertivas através <strong>de</strong> escala <strong>de</strong> Likert. Resultados: Aanálise fatorial revelou que a<br />

maioria dos entrevistados afirma que quase sempre existe boa comunicação entre médicos e enfermeiros, que há compreensão do seu<br />

papel e correto <strong>de</strong>lineamento das ativida<strong>de</strong>s das partes. No que se refere à relação profissional, afirmou-sequequasesempreháharmonia<br />

no contato com o médico e com as outras categorias da saú<strong>de</strong>, não sendo i<strong>de</strong>ntificada diferença <strong>de</strong> tratamento entre estas classes (IC<br />

95%; 45,9-68,2% e 49,6-71,6). O fato <strong>de</strong> a instituição ser um hospital escola foi consi<strong>de</strong>rado fator beneficiador da relação com médicos e<br />

outros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (29,3%). Conclusão: Há relação harmoniosa entre o profissional <strong>de</strong> enfermagem e o médico no HC-UFG.<br />

Esta relação é favorecida pela a<strong>de</strong>quada divisão <strong>de</strong> funções entre as partes e a compreensão <strong>de</strong> cada profissional acerca <strong>de</strong> seu papel no<br />

cuidado com o paciente. O fato <strong>de</strong> a instituição ser um hospital escola é um fator positivo para a ausência <strong>de</strong> conflito entre médicos e<br />

enfermeiros.<br />

A Educação que Produz Saú<strong>de</strong>: Concepções <strong>de</strong> Adolescentes Sobre HIV/AIDS<br />

Costa, D.S.R. 30<br />

Santos, N.N. 30<br />

Ferreira, A.F. 30<br />

Kamimura, L.F. 30<br />

Teixeira, F.B. 30<br />

Fonseca, G.S. 30<br />

Introdução: A <strong>de</strong>speito dos esforços <strong>de</strong>senvolvidos pelo Ministério da Saú<strong>de</strong> para controlar a epi<strong>de</strong>mia da AIDS, o número <strong>de</strong><br />

indivíduos infectados cresceu no Brasil nos últimos anos. Analisando o perfil da epi<strong>de</strong>mia, percebemos algumas mudanças significativas.<br />

Entre elas, o crescimento do número <strong>de</strong> jovens infectados. Consi<strong>de</strong>rando que a disciplina <strong>de</strong> Medicina Preventiva e Comunitária<br />

29 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

30 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil.<br />

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tem como um dos princípios o fortalecimento das ações em educação em saú<strong>de</strong> e por acreditarmos que as informações que os jovens<br />

possuem são importantes, pois auxiliam o posicionamento coerente do adolescente frente ao que po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como uma prática<br />

<strong>de</strong> risco e ajudam no estabelecimento <strong>de</strong> hábitos que eles adotarão na vida adulta, sendo que a prática sexual <strong>de</strong>sprotegida po<strong>de</strong>ria<br />

ser um <strong>de</strong>les, <strong>de</strong>cidimos realizar uma pesquisa <strong>de</strong>scritiva – com análise qualitativa, para i<strong>de</strong>ntificar os saberes, crenças, hábitos, atitu<strong>de</strong>s,<br />

opiniões <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> jovens em relação à AIDS. Metodologia: Utilizamos como instrumento para coleta <strong>de</strong> dados um questionário<br />

contendo 30 questões fechadas e 01 aberta, aplicado a 190 estudantes do 6° ao 9° ano <strong>de</strong> uma escola pública <strong>de</strong> Uberlândia/MG.<br />

Os dados foram agrupados seguindo as categorias: o que os pesquisados acreditam saber sobre o tema, como eles atuam e qual a relação<br />

entre o conhecimento e a prática. Resultados: As estratégias <strong>de</strong> divulgação e informação sobre a AIDS não parecem atingir <strong>de</strong> forma eficaz<br />

o grupo por nós analisado. O conhecimento baseado em informações parciais mostrou-se uma armadilha, pois ao acreditarem saber<br />

sobre a AIDS os jovens elencam um conjunto <strong>de</strong> informações ina<strong>de</strong>quadas que nortearão suas práticas afetivas e sexuais, po<strong>de</strong>ndo<br />

<strong>de</strong>ixá-los vulneráveis à infecção pelo HIV. Conclusão: A partir dos resultados, enten<strong>de</strong>-se que é necessário o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

projetos interdisciplinares focados em educação em saú<strong>de</strong> que discutam a prevenção da AIDS partindo das experiências, saberes e<br />

crenças dos jovens.<br />

A Importância da Intersetorialida<strong>de</strong> e da Interdisciplinarida<strong>de</strong> na Formação do Estudante<br />

<strong>de</strong> Medicina<br />

Farias,M.P. 31<br />

Júnior,E.A.A .31<br />

Araújo,T.N. 31<br />

Oliveira,F.P. 31<br />

Introdução: Em 2007 a reforma curricular do curso <strong>de</strong> medicina da UFPB, criou módulos divididos em três eixos. Entre eles o<br />

eixo prático-integrativo representado pelo Módulo Horizontal A, que tem como objetivo inserir o estudante na comunida<strong>de</strong> e integrar<br />

os conteúdos do Curso. No quarto semestre, os estudantes acompanham e discutem as diversas ativida<strong>de</strong>s da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família<br />

(USF); realizam ativida<strong>de</strong>s dirigidas a grupos específicos e avaliam o impacto das ações na saú<strong>de</strong> da população. Dentro <strong>de</strong>ssa<br />

perspectiva, os alunos têm contato com os equipamentos sociais da área <strong>de</strong> atuação da USF, como creches, escolas e Centro <strong>de</strong> Referência<br />

<strong>de</strong> Assistência Social (CRAS). No CRAS, junto ao ProJovem, surgiu a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contemplar os adolescentes discutindo questões<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, com formação do grupo em saú<strong>de</strong> do adolescente. Os encontros são baseados na Educação Popular, os temas são escolhidos<br />

a partir da <strong>de</strong>manda dos jovens e discutidos em rodas <strong>de</strong> conversa, valorizando a troca <strong>de</strong> conhecimento e problematizando a realida<strong>de</strong>.<br />

Objetivo: Mostrar a importância da intersetorialida<strong>de</strong> e da interdisciplinarida<strong>de</strong> na formação dos estudantes <strong>de</strong> medicina como<br />

ferramentas no processo <strong>de</strong> trabalho em saú<strong>de</strong> e da promoção <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> autonomia na facilitação <strong>de</strong> grupos.<br />

Método: Relato <strong>de</strong> experiência e reflexão sobre a parceria USF/UFPB/CRAS. Os encontros são semanais e planejados com assistentes<br />

sociais e psicólogas do CRAS. Resultados: Aprendizado das relações entre os equipamentos sociais e USF; novo meio <strong>de</strong> chegar ao<br />

usuário e trocar conhecimento com o mesmo. Quanto aos adolescentes do ProJovem, observa-se um impacto positivo nas relações<br />

pessoais e na auto-estima. Conclusão: A parceria proporcionou aos acadêmicos <strong>de</strong> medicina conhecimentos que somente a teoria não<br />

proporcionaria. Entre eles o da intersetorialida<strong>de</strong> na promoção da saú<strong>de</strong> e a importância <strong>de</strong> pactuar as ativida<strong>de</strong>s em grupo <strong>de</strong> acordo<br />

com os interesses, linguagem e meio dos jovens.<br />

31 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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AVALIAÇÃO DO INTERESSE DOS ALUNOS DO 2º GRAU DO ENSINO MÉDIO<br />

NO APRENDIZADO DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA: UMA EXPERIÊNCIA DO<br />

LABORATÓRIO DE HABILIDADES E SIMULAÇÃO<br />

Carvalho, P.Jr. 32<br />

Ferreira, C.A. 32<br />

Gomes, L.B. 32<br />

Guaraná, M. 32<br />

Pezzi, L .32<br />

Pessanha, S.N. 32<br />

Introdução: o conhecimento sobre a i<strong>de</strong>ntificação da parada cardio-respiratória (PCR) e as manobras da ressuscitação cardiopulmonar<br />

(RCP) constituem um ponto fundamental para a sobrevivência <strong>de</strong> pacientes que venham a apresentar tal quadro. Leigos <strong>de</strong>vidamente<br />

treinados po<strong>de</strong>m auxiliar no socorro e salvar vítimas, principalmente no ambiente peri-domiciliar. Objetivo: avaliar o interesse<br />

dos alunos do 2º grau nas condutas durante a PCR e relatar a experiência dos monitores do Laboratório <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s e Simulação<br />

(LHS) na ativida<strong>de</strong> multiprofissional <strong>de</strong> treinamento e conscientização dos mesmos. Métodos: aten<strong>de</strong>ndo ao convite <strong>de</strong> um Colégio<br />

da Cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro foi montado um stand com manequins para prática <strong>de</strong> RCP. Quatro monitores do LHS ficaram <strong>de</strong> plantão<br />

das 9:00h às 12:00h do dia 22/05/<strong>2009</strong>. As técnicas <strong>de</strong> suporte básico <strong>de</strong> vida (SBV) foram ensinadas para os alunos do ensino médio<br />

<strong>de</strong>ste colégio que foram ao stand e, em seguida, eles respon<strong>de</strong>ram individualmente a um questionário. O questionário consistia em 3<br />

perguntas objetivas: Q1 - você gostaria <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r o SBV no ensino médio? Q2 - você acha importante que todas as pessoas sejam treinadas<br />

com o SBV? Q3 - você gostou <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a técnica do SBV? As perguntas foram respondidas na própria folha do questionário, na<br />

forma SIM ou NÃO. Por fim, os dados foram analisados e organizados numa planilha do Microsoft Excel®. Resultados: foram respondidos<br />

43 questionários, on<strong>de</strong> verificou-se que as respostas positivas e negativas foram, respectivamente, 38/5 para Q1; 31/12 para Q2;<br />

39/4 para Q3. Conclusões: o interesse dos alunos por este tema é um gran<strong>de</strong> passo para a implementação <strong>de</strong> um tópico extracurricular.<br />

Assim, sugerimos que o ensinamento da técnica <strong>de</strong> SBV seja incluído no programa das escolas <strong>de</strong> ensino médio, a fim <strong>de</strong> capacitar os<br />

jovens para lidar com casos <strong>de</strong> PCR e, assim, salvar vidas.<br />

Interdisciplinarida<strong>de</strong> na Formação Educacional do Acadêmico da Área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: Liga<br />

Acadêmica Multidisciplinar <strong>de</strong> Doenças Infecto-Parasitárias<br />

Mesquita, A.D.G.D. 33<br />

Nasciutti, D.G. 33<br />

Melo, L.N.S33 Barbosa, A.P. 33<br />

Introdução: Aexistência das Ligas Acadêmicas na UFG é realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1989. ALiga Acadêmica Multidisciplinar <strong>de</strong> Doenças<br />

Infecto-Parasitárias (LAMDIP) iniciou suas ativida<strong>de</strong>s a partir <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2007 com a missão <strong>de</strong> gerar conhecimento científico, atuar<br />

junto à comunida<strong>de</strong> na prevenção <strong>de</strong> doenças infecto-parasitárias e comprometida com a atualização e capacitação <strong>de</strong> seus integrantes.<br />

Objetivos: Apresentar a LAMDIP, suas ativida<strong>de</strong>s, resultados alcançados e perspectivas futuras no âmbito da educação do futuro profissional<br />

da saú<strong>de</strong>. Metodologia: Pautando-se pela interdisciplinarida<strong>de</strong> compõe a LAMDIP acadêmicos <strong>de</strong> Medicina, Farmácia, Enfermagem<br />

e Biomedicina. Neste contexto, a LAMDIP atua objetivando a prestação <strong>de</strong> serviços à comunida<strong>de</strong>, promoção da Saú<strong>de</strong> Coletiva<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conhecimento científico através da pesquisa e extensão. Resultados: Os acadêmicos integrantes da LAMDIP<br />

participaram da campanha <strong>de</strong> vacinação contra a rubéola promovida pelo Ministério da Saú<strong>de</strong> em parceria com a Secretaria Municipal<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiânia; publicaram trabalhos científicos em congressos tais como: 2 trabalhos no I COEMCO – Congresso <strong>de</strong> Educação<br />

Médica do Centro-Oeste, recebendo premiação <strong>de</strong> segundo lugar <strong>de</strong> melhor trabalho apresentado e; o DST7/AIDS3, com 8 trabalhos<br />

apresentados. A LAMDIP marcou presença no VII Encontro das Ligas Acadêmicas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFG <strong>de</strong>senvolvendo<br />

32 Universida<strong>de</strong> Estácio <strong>de</strong> Sá, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

33 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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ativida<strong>de</strong>s junto à população como aconselhamento sobre DST’s, prevenção à Dengue, vacinação contra pólio, sarampo e rubéola e distribuição<br />

<strong>de</strong> material informativo sobre doenças infecto-parasitárias. Conclusão: ALAMDIP é uma Liga Acadêmica que vem alcançando<br />

seus objetivos, mas isto apenas não é suficiente! ALAMDIP almeja expandir suas ações sociais pelo aumento e ampliação <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s,<br />

constituindo-se <strong>de</strong> um instrumento útil para promoção do conhecimento científico e da saú<strong>de</strong> pública. Compromissada com o<br />

social e a qualificação <strong>de</strong> seus integrantes, proporciona uma aprendizagem ativa crítica e reflexiva. Assim, ao se graduarem, seus<br />

integrantes levarão consigo este arcabouço científico e humanístico empregando-os em suas profissões.<br />

Educação Interprofissional na Graduação em Saú<strong>de</strong>: Aspectos Avaliativos na Formação <strong>de</strong><br />

Médicos e Enfermeiros<br />

Tsuji, H. 34<br />

Silva, R.H.A 34<br />

Introdução: Este trabalho investiga a implantação <strong>de</strong> uma nova proposta para a formação <strong>de</strong> profissionais médicos e enfermeiros<br />

na perspectiva crítica e interprofissional. Esta formação crítico-reflexiva e colaborativa pressupõe a formação <strong>de</strong> sujeitos para a<br />

transformação social, e configura-se como uma das <strong>de</strong>mandas para que se reorganizem as práticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na direção <strong>de</strong> um sistema<br />

ancorado nos princípios e diretrizes do SUS. Objetivos: realizar uma investigação da implantação da educação interprofissional em saú<strong>de</strong><br />

da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, <strong>de</strong>stacando as principais fragilida<strong>de</strong>s e fortalezas relatadas, por professores e estudantes,<br />

durante o processo <strong>de</strong> avaliação. Métodos: Tratou-se <strong>de</strong> uma análise <strong>de</strong> pesquisa avaliativa utilizando as abordagens <strong>de</strong> pesquisa qualitativa<br />

que preten<strong>de</strong> se aproximar <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecê-la. Resultados: A educação interprofissional vem sendo<br />

utilizada como estratégia <strong>de</strong> ensino visando à formação <strong>de</strong> profissionais mais críticos, reflexivos, capazes <strong>de</strong> trabalhar em equipe e<br />

<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>rem juntos com as outras profissões. Foi possível verificar que as principais fragilida<strong>de</strong>s e fortalezas referiram-se aos seguintes<br />

núcleos <strong>de</strong> sentidos: a) entendimento do que é educação interprofissional; b) o trabalho em equipe na atenção primária em saú<strong>de</strong>; c)<br />

os conteúdos das especialida<strong>de</strong>s e o ganho <strong>de</strong> conhecimento cognitivo; d) a avaliação como momento <strong>de</strong> aprendizagem. Conclusões:<br />

apesar dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios ainda existentes, este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> educação interprofissional está em consonância com a imagem objetivo<br />

proposta pela Escola e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos da área da saú<strong>de</strong>.<br />

A Atuação do Estudante <strong>de</strong> Medicina da Construção da Tenda da Saú<strong>de</strong> no Acampamento<br />

Intercontinental da Juventu<strong>de</strong> do Fórum Social Mundial <strong>2009</strong><br />

MOURA,A.A35 CAJADO,L.C.S35 NASCIMENTO,H.C.O35 FARIAS,A.A.S35 LIMA,V.N35 SILVA,K.D.P35 Introdução: O Acampamento Intercontinental da Juventu<strong>de</strong> (AIJ) do Fórum Social Mundial (FSM) <strong>2009</strong>, através da Tenda da Saú<strong>de</strong><br />

programada pelo grupo <strong>de</strong> trabalho (GT) <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, representaria um espaço <strong>de</strong> discussão e fortalecimento dos movimentos sociais<br />

em torno do <strong>de</strong>bate da saú<strong>de</strong>, o que não ocorreu. O evento ocorreu em Belém do Pará-Brasil <strong>de</strong> 27 à 01 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, e contou na<br />

construção com vários movimentos sociais. Objetivos: exemplificar as razões e motivos pelos quais os espaços <strong>de</strong> proposição sobre a<br />

abordagem da saú<strong>de</strong> diante do <strong>de</strong>safio do processo <strong>de</strong> equida<strong>de</strong>, a política social, práticas populares, a diversida<strong>de</strong> e a inter-setorialida<strong>de</strong>,<br />

são <strong>de</strong>sconstruídos, visto o fato <strong>de</strong> que a gran<strong>de</strong> maioria das entida<strong>de</strong>s mantêm-se em discussões retrógradas e ufanistas a respeito<br />

das conquistas já obtidas, ao invés da avaliação da situação atual da saú<strong>de</strong> e da construção <strong>de</strong> elementos inovadores que solucionem<br />

problemas como a <strong>de</strong>ficitária formação em saú<strong>de</strong>, e a própria organização do Sistema único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Métodos: Aparticipação na organização<br />

da Tenda da Saú<strong>de</strong> e do GT <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> através <strong>de</strong> encontros periódicos, seminários, e construção física do espaço. Resultados: A<br />

34 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

35 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

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experiência possibilitou a compreensão e reflexão para a construção <strong>de</strong> espaços realmente plurais, que transponham as discussões atuais,<br />

avaliando os atores que atualmente estão inseridos nas lutas pela saú<strong>de</strong> e seus posicionamentos. Conclusão: A construção possibilitou<br />

a percepção da limitação <strong>de</strong> espaços semelhantes visto a presença <strong>de</strong> atores sociais distantes da população, caracterizando então a<br />

necessida<strong>de</strong> da construção <strong>de</strong> espaços alternativos <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate, que tragam elementos inovadores e propositivos à construção <strong>de</strong> uma<br />

saú<strong>de</strong> diferenciada, pautada na educação popular, no movimento estudantil como movimento social, na psicologia da sexualida<strong>de</strong>, e<br />

inserida na educação médica e extensão universitária, no intuito <strong>de</strong> uma saú<strong>de</strong> mais condizente com a diversida<strong>de</strong> vigente.<br />

Interdisciplinarida<strong>de</strong>: Seis Anos <strong>de</strong> Experiência do Núcleo <strong>de</strong> Biointeração/EBMSP em<br />

Um Processo <strong>de</strong> Avaliação Contínua<br />

Mascarenhas, REM36 Ferrer, SR36 Rios Grassi, MF36 Araujo, MI36 Paranhos Silva, M36 Introdução: A interdisciplinarida<strong>de</strong> tem sido vivenciada no núcleo <strong>de</strong> Biointeração da Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública<br />

há seis anos. As ativida<strong>de</strong>s metodológicas e a forma <strong>de</strong> avaliação foram continuamente avaliadas pelo grupo, o que permitiu i<strong>de</strong>ntificar<br />

alternativas visando a melhoria do ensino. Objetivos: <strong>de</strong>screver a trajetória do núcleo revelando a contribuição <strong>de</strong> professores e<br />

estudantes que motivaram as mudanças ou a manutenção das ativida<strong>de</strong>s, métodos ou forma <strong>de</strong> avaliação. Métodos: ativida<strong>de</strong>s metodológicas<br />

como tutoria com aprendizagem baseada em problemas, conferências, apresentação <strong>de</strong> um poster, laboratórios <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s,<br />

discussão <strong>de</strong> artigos científicos, bem como as verificações (prova escrita, prova com projeção e prova estruturada) são aplicadas. A<br />

realização e documentação das reuniões, as ementas pregressas do núcleo, além da análise das fichas <strong>de</strong> avaliação do curso, realizada<br />

semestralmente pelos alunos, são ferramentas que permitem <strong>de</strong>tectar os pontos consi<strong>de</strong>rados críticos, bem como i<strong>de</strong>ntificar e avaliar as<br />

mudanças ocorridas. Resultados: a avaliação realizada pelos professores revelou como aspectos vulneráveis a motivação e participação<br />

dos estudantes nas sessões tutorais, a compreensão e capacitação para discutir criticamente um trabalho científico, o compromisso e<br />

participação nos laboratórios <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s. Tais aspectos serão alvo <strong>de</strong> novas ações e medidas a serem aplicadas como estratégias<br />

para modificar positivamente as dificulda<strong>de</strong>s encontradas. As avaliações semestrais, realizada pelos estudantes, revelam a percepção<br />

acerca da integração das disciplinas e a contribuição das diferentes ativida<strong>de</strong>s para o seu aprendizado. Conclusões: os professores do<br />

núcleo <strong>de</strong> biointeração estão convencidos <strong>de</strong> que uma avaliação contínua é indispensável para a manutenção e melhoria do nível <strong>de</strong><br />

ensino. As necessida<strong>de</strong>s e carências dos alunos e dos professores diferem a cada semestre. Desta forma, observar criticamente o<br />

trabalho <strong>de</strong>senvolvido almejando melhorar a cada dia representa uma atitu<strong>de</strong> proativa que permite tomar medidas para a melhoria do<br />

processo ensino-aprendizagem.<br />

A Liga <strong>de</strong> Emergência e Trauma <strong>de</strong> Sorocaba: uma Ativida<strong>de</strong> Extra-curricular Facilitando<br />

o Ensino a Pesquisa e a Extensão<br />

Rodrigues, J.M.S. 37<br />

Ciantelli, G.L. 37<br />

Moda, M. 37<br />

Rodrigues, N.B. 37<br />

Hada<strong>de</strong>, R. 37<br />

Introdução: Formadas por alunos <strong>de</strong> diferentes séries, as ligas acadêmicas têm por função incrementar a formação dos estudantes<br />

baseando-se no ensino, na pesquisa e na extensão. No ano <strong>de</strong> 1996, foi criada a LETS - Liga <strong>de</strong> Emergência e Trauma <strong>de</strong> Sorocaba, por<br />

alunos e docentes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da PUCSP. Objetivos: Agregar acadêmicos dos cursos <strong>de</strong> medicina e enfermagem<br />

36 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

37 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas e da Saú<strong>de</strong>, Sorocaba, SP, Brasil.<br />

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<strong>de</strong> diferentes séries e resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> cirurgia, para melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino sobre trauma e medicina <strong>de</strong> emergência; promover ativida<strong>de</strong>s<br />

educacionais em escolas; estimular a produção científica e possibilitar a atuação prática em estágios extra-curriculares. Métodos:<br />

A LETS tem em média 70 membros, uma diretoria composta por seis membros e um coor<strong>de</strong>nador, docente da faculda<strong>de</strong>. Realiza<br />

reuniões semanais on<strong>de</strong> são discutidos casos clínicos, realizadas ativida<strong>de</strong>s teóricas e práticas sobre medicina <strong>de</strong> emergência e preparadas<br />

as pesquisas e os trabalhos científicos. São realizados plantões voluntários no Pronto Socorro, Corpo <strong>de</strong> Bombeiros e SAMU. Além<br />

disso, são promovidas ativida<strong>de</strong>s comunitárias com alunos do ensino médio, para conscientizá-los sobre os riscos do consumo <strong>de</strong> álcool<br />

e direção e capacitá-los para as medidas <strong>de</strong> primeiros socorros. Resultados: Des<strong>de</strong> sua fundação, mais <strong>de</strong> 700 alunos já passaram pela<br />

LETS. Foram realizados 22 projetos <strong>de</strong> iniciação científica, que foram publicados ou apresentados em congressos. Em uma pesquisa <strong>de</strong><br />

opinião constatou-se que 20% dos alunos escolheu participar da LETS pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar estágios em serviços pré-hospitalares<br />

e 70% para aperfeiçoar os conhecimentos nessa área. Também para 100% dos membros, a LETS correspon<strong>de</strong>u às suas expectativas.<br />

Conclusões: A LETS tem cumprido com os objetivos à que se propõe. Mais do que uma alternativa para suprir as possíveis falhas dos<br />

currículos, as ligas acadêmicas <strong>de</strong>vem ser vistas como uma ferramenta <strong>de</strong> facilitação do contato com cenários práticos <strong>de</strong> edificação do<br />

conhecimento e das relações com a comunida<strong>de</strong>.<br />

Ficha <strong>de</strong> Follow UP na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Transplante De Medula Óssea do HU-UFJF:<br />

Instrumento <strong>de</strong> Avaliação d Acompanhamento para a Equipe Multidisciplinar no<br />

Transplante <strong>de</strong> Medula Óssea<br />

Soares, G.M.T. 38<br />

David, F.L. 38<br />

Camilo, G.B. 38<br />

Riani, L.R. 38<br />

Henriques, K.M.C. 38<br />

Sousa, N.A. 38<br />

INTRODUÇÃO: Devido à gran<strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> dos pacientes submetidos ao transplante <strong>de</strong> medula óssea (ATMO) e ao gran<strong>de</strong><br />

número <strong>de</strong> profissionais que participam <strong>de</strong> seu cuidado, foi observada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> um instrumento que pu<strong>de</strong>sse facilitar<br />

o acompanhamento diário do transplantado quanto às principais evoluções clínicas e laboratoriais, principalmente durante o período<br />

crítico, quando o receptor fica susceptível a uma série <strong>de</strong> complicações. Assim, a <strong>de</strong>tecção precoce <strong>de</strong> complicações é ponto primordial<br />

na assistência aos pacientes severamente imunocomprometidos, fazendo-se necessário o monitoramento diário <strong>de</strong> fácil interpretação<br />

pelos diferentes profissionais que compõem a equipe <strong>de</strong> ATMO. OBJETIVOS: Descrever o trabalho <strong>de</strong> uma equipe multidisciplinar<br />

para facilitar a coleta e visualização dos dados <strong>de</strong> forma sistemática no que concerne à avaliação do paciente submetido a ATMO.<br />

MÉTODOS: Aficha foi criada a partir <strong>de</strong> sucessivas reuniões da equipe multidisciplinar <strong>de</strong> ATMO, tendo suas variáveis sido selecionadas<br />

a partir das principais manifestações clínicas e laboratoriais do transplantado, aventadas com base na experiência do serviço e na literatura<br />

especializada. RESULTADOS: A ficha <strong>de</strong> follow up criada: . Permitiu uma visão panorâmica da evolução do paciente e das intervenções<br />

a que foram submetidos durante a internação; . Permitiu <strong>de</strong>senvolver planejamentos <strong>de</strong> condutas médicas preventivas; . Por<br />

ser afixada na contra-capa do prontuário, facilitou o acesso aos <strong>de</strong>mais profissionais da equipe; . Facilitou a realização diária dos diagnósticos,<br />

prevenções e intervenções pela equipe multidisciplinar. CONCLUSÕES: A ficha <strong>de</strong> follow up criada pela equipe mostrou-se<br />

eficaz no acompanhamento diário dos pacientes submetidos a ATMO no Hospital Universitário da UFJF e na integração dos<br />

profissionais médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, <strong>de</strong>ntistas, farmacêuticos e<br />

bioquímicos.<br />

38 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

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EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR DE PROMOÇÃO DE SAÚDE NA CIDADE<br />

DE JUIZ DE FORA-MG<br />

Bonin, J.E. 39<br />

Amorim, A.G. 39<br />

Oliveira, J.G.S. 39<br />

Tiago, N.G .39<br />

Leite, I.C.G. 39<br />

Introdução: Inúmeros esforços são <strong>de</strong>sprendidos na perspectiva <strong>de</strong> que processos <strong>de</strong> reorientação da formação acadêmica ocorram<br />

em direção à escola integrada ao serviço público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que dê respostas às necessida<strong>de</strong>s concretas da população na formação<br />

<strong>de</strong> recursos humanos; na produção do conhecimento e prestação <strong>de</strong> serviços direcionados ao fortalecimento do SUS. Objetivos: Aproximar<br />

estudantes da saú<strong>de</strong> da UFJF à realida<strong>de</strong> sócio-cultural, criando espaços <strong>de</strong> prática da educação em saú<strong>de</strong> e momento <strong>de</strong> aprendizado<br />

das relações interdisciplinares, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertá-los o senso crítico-reflexivo sobre o paradigma <strong>de</strong> sua formação biomédica. Métodos:<br />

Destaca-se trabalho em equipe (medicina, enfermagem, odontologia, entre outras), buscando interdisciplinarida<strong>de</strong> e olhar integral<br />

sobre a comunida<strong>de</strong>. Esta ação contribui para traçar diagnóstico local <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e construir rotina <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, baseada<br />

nos métodos da Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família. Instrumentos usados: cadastramento da comunida<strong>de</strong> com fichas A (SIAB); genogramas,<br />

FIRO, classificação <strong>de</strong> risco e grupos educativos. Resultados: Necessida<strong>de</strong>s são organizadas por grupos educativos para direcionar<br />

ações. Viabiliza integração: acadêmicos com várias áreas do saber e os vincula à comunida<strong>de</strong> pela atuação conjunta com equipe da UBS.<br />

Conduz avaliação nutricional das crianças cadastradas no SISVAN. Aação do projeto incrementou busca racional pelos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

- percebeu-se que a UBS foi citada como o centro <strong>de</strong> assistência mais procurado em caso <strong>de</strong> doença (59,3%). Integração com equipamentos<br />

sociais disponíveis (escola, conselho local <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>). Além disso, i<strong>de</strong>ntificou-se que, no momento da dispensa <strong>de</strong> medicamentos<br />

pela UBS, apenas 43,70% dos usuários recebem informações quanto ao uso. Conclusão: Aorientação/acompanhamento <strong>de</strong> uma população<br />

em <strong>de</strong>senvolvimento sócio-econômico geram maior participação social e aquisição <strong>de</strong> direitos muitas vezes <strong>de</strong>sconhecidos por<br />

esta. <strong>Trabalhos</strong> interdisciplinares resultam integração <strong>de</strong> conhecimento entre acadêmicos e maior cobertura assistencial à comunida<strong>de</strong>.<br />

Entretanto os entraves sócio-econômicos ainda dificultam muito o <strong>de</strong>senvolver da saú<strong>de</strong> bem como da integração social.<br />

“On<strong>de</strong> Está Quem Sabe?” – uma Experiência Cinematográfica Sobre Saú<strong>de</strong> e Socieda<strong>de</strong><br />

Cajado, L.C.S. 40<br />

Lima, V.N. 40<br />

Soares, J.C.M. 40<br />

Farias, A.A.S. 40<br />

Cardoso, A.T. 40<br />

Maracajá, C. 41<br />

Introdução: Da crise no sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> brotam <strong>de</strong>nsas e variadas discussões. Entretanto, quando se investiga o elementar da<br />

polêmica, sobra a dúvida – o que é saú<strong>de</strong>? Buscou-se a resposta – câmeras à mão, nas ruas, na população. Pela imprevisibilida<strong>de</strong> das respostas,<br />

o resultado foi, no mínimo, curioso. O trabalho é parte do Projeto 90 Faces, criado em <strong>2009</strong>, na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Pará. Objetivos: Esboçar as variadas opiniões <strong>de</strong> diferentes grupos sociais, a respeito do conceito <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, numa ampla<br />

abordagem. Métodos: Formato audiovisual não-ficcional, gênero documentário, produzido em Belém, Pará, entre abril e julho <strong>de</strong><br />

<strong>2009</strong>. Dividiu-se a população alvo em: profissionais da saú<strong>de</strong>, da medicina alternativa e população em geral. Entrevistas consentidas<br />

após esclarecimento sobre o trabalho permitiram o registro das opiniões; as perguntas eram abertas, partindo do conceito <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Registraram-se<br />

cenas da realida<strong>de</strong> do entrevistado, caracterizando-o na imagem. Utilizaram-se câmeras amadoras <strong>de</strong> filmagem e fotografia.<br />

Edição feita no Programa Windows Movie Maker. Resultados: O material obtido caracteriza-se pela espontaneida<strong>de</strong> e imprevisibilida<strong>de</strong>,<br />

pois o resultado <strong>de</strong>pendia do que ocorresse nas entrevistas. Desse modo, a ênfase resi<strong>de</strong> na visualização e na organização dos ma-<br />

39 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Juiz <strong>de</strong> Fora, MG, Brasil.<br />

40 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

41 Fundação Curro Velho,<br />

692<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


teriais coletados. Freqüentes: <strong>de</strong>svios à pergunta “O que é saú<strong>de</strong>?” e abundância na argumentação sobre a situação da saú<strong>de</strong> hoje. “O<br />

que é um médico”, “quem é o médico hoje”, <strong>de</strong>ntre outras questões, <strong>de</strong>stacaram reflexões que divergiram <strong>de</strong> acordo com o grupo a que<br />

pertencia o entrevistado. Conclusões: A divergência <strong>de</strong> opiniões às questões permitiu introduzir na estrutura do documentário, o evi<strong>de</strong>nte<br />

conflito <strong>de</strong> idéias. Entretanto, a pergunta-chave parecia capciosa <strong>de</strong>mais a ponto <strong>de</strong> fugir a alguns a palavra. Mesmo assim,<br />

revelou-se uma ampla varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> queixas sobre o sistema e poucas referências sobre alternativas <strong>de</strong> melhora. Sobre isso, se não<br />

fossem questionados, muitos talvez nem lembrassem que mudar é possível.<br />

Prática <strong>de</strong> Educação Em Saú<strong>de</strong> na Comunida<strong>de</strong> Como Estratégia <strong>de</strong> Diagnóstico e<br />

Intervenção Precoce do Sobrepeso/Obesida<strong>de</strong><br />

Carvalho, G.M. 42<br />

Almeida, P.M.P. 42<br />

Netto, O.O.S 42<br />

Sousa, C.M.D. 42<br />

Carvalho, G.S. 42<br />

Pina, F.P. 42<br />

Introdução: O Projeto Político Pedagógico do curso <strong>de</strong> medicinadaUniversida<strong>de</strong>Católica<strong>de</strong>Goiásvisaaformação<strong>de</strong>médicos<br />

mais humanistas. No módulo IV, na unida<strong>de</strong> “Ambiente, saú<strong>de</strong> e doença”, o acadêmico está inserido no CAIS Finsocial, em Goiânia,<br />

como cenário <strong>de</strong> prática. Neste ambiente, competências, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s são estimuladas pela atuação direta na dinâmica do<br />

CAIS, juntamente com a equipe multiprofissional da Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família. Uma das formas <strong>de</strong> atuação acadêmica ocorre por<br />

meio da prática <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>, através da realização <strong>de</strong> oficinas problematizadoras, em associações <strong>de</strong> moradores da região,<br />

buscando diagnosticar problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Objetivos: Realizar levantamento epi<strong>de</strong>miológico para sobrepeso/obesida<strong>de</strong> e elaborar<br />

estratégia <strong>de</strong> atuação no Distrito Sanitário Escola.<br />

Métodos: Realização <strong>de</strong> oficina problematizadora sobre o tema obesida<strong>de</strong> em associação <strong>de</strong> moradores, na qual os participantes foram<br />

submetidos a avaliação <strong>de</strong> peso, estatura e circunferência abdominal. Foram avaliados 22 indivíduos <strong>de</strong> 40 a 80 anos, da região noroeste<br />

<strong>de</strong> Goiânia. As variáveis estudadas foram o índice <strong>de</strong> massa corpórea (IMC) e circunferência abdominal (CA). Resultados: A casuística<br />

da pesquisa foi <strong>de</strong> 22 indivíduos, com faixa etária predominante <strong>de</strong> 60 a 70 anos (45,5%), sexo feminino (90,9%) e 77,3% com sobrepeso<br />

ou obesida<strong>de</strong> (40,9% sobrepeso; e 36,4% obesida<strong>de</strong>). Conclusão: A variável sobrepeso/obesida<strong>de</strong> foi prevalente na amostra analisada,<br />

sinalizando uma má qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no que se refere a uma alimentação ina<strong>de</strong>quada e se<strong>de</strong>ntarismo. Durante a realização da oficina<br />

e ao serem analisados os dados foi observada uma freqüência <strong>de</strong> sobrepeso/obesida<strong>de</strong> maior do que a <strong>de</strong>scrita na literatura (ABESO,<br />

2001), <strong>de</strong>tectando um problema não só <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, mas social naquela comunida<strong>de</strong>. Com isso, foi utilizada a estratégia <strong>de</strong> orientação da<br />

população, sugerindo a intervenção em uma ação conjunta com a equipe multiprofissional da Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família <strong>de</strong> forma<br />

compartilhada e interdisciplinar.<br />

Mapa Conceitual como Ferramenta Pedagógica Organizacional em Disciplina da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Cassenote, A.J.F. 43<br />

Abensur, S. I. 43<br />

Basile, M.A. 43<br />

Introdução: Mapas conceituais são construídos por meios <strong>de</strong> relações entre conceitos para representar conhecimento significativo,<br />

visto que re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conhecimentos estruturadas po<strong>de</strong>m auxiliar na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São Paulo (FMUSP), a Parasitologia é ministrada <strong>de</strong> forma integrada no Conjunto <strong>de</strong> Disciplinas Moléstias Transmissíveis (CDMT),<br />

junto às disciplinas <strong>de</strong> Microbiologia, Imunologia, Patologia, Clínica e Bases do Controle e Prevenção <strong>de</strong> Moléstias Transmissíveis, ofe-<br />

42 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

43 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

693<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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ecido semestralmente ao 4ª ano <strong>de</strong> graduação médica. Objetivo: Construir mapa conceitual da Parasitologia para estudo das relações<br />

que compõe esta disciplina quanto à integração interdisciplinar no âmbito do CDMT. Metodologia: Para a construção do mapa conceitual,<br />

inicialmente, foi avaliada a proposta da Parasitologia na ementa do CDMT e realizado o acompanhamento das ativida<strong>de</strong>s do conjunto<br />

<strong>de</strong> disciplinas para conhecer seu <strong>de</strong>senvolvimento pedagógico organizacional, como ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estágio supervisionado em docência<br />

na FMUSP. O mapa foi construído utilizando-se o software CmapTools Knowledge Mo<strong>de</strong>ling Kit version 4.18. Resultados: A<br />

construção do mapa conceitual da disciplina <strong>de</strong> Parasitologia permitiu sua contextualização no âmbito da integração com outras disciplinas<br />

básico-clínicas, além <strong>de</strong> promover as significações teórico-práticas discutidas em sala <strong>de</strong> aula e em outros cenários <strong>de</strong> prática. As<br />

inter-relações observadas <strong>de</strong> forma espacial permitem subsidiar as discussões a questões referentes à biologia <strong>de</strong> parasitos, vetores e<br />

seus respectivos ciclos evolutivos, por exemplo, e sua contribuição efetiva no entendimento das relações agente etiológico/hospe<strong>de</strong>iro/meio<br />

ambiente/ cuidado em saú<strong>de</strong>. Conclusão: Autilização <strong>de</strong> mapas conceituais aplica-se na atualida<strong>de</strong> em diferentes áreas do conhecimento<br />

para pesquisa, aprendizagem e formação <strong>de</strong> docentes. Como auxiliar na organização pedagógica da Parasitologia no<br />

CDMT/FMUSP mostrou – se uma eficiente ferramenta no aprimoramento do processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem ao permitir uma visão<br />

espacial das múltiplas interações da proposta <strong>de</strong> integração interdisciplinar, nas quais conceituações <strong>de</strong> uma disciplina interagem com<br />

as outras como um verda<strong>de</strong>iro ecossistema.<br />

Medicina nas Minas Gerais no Escravismo Colonial<br />

Silveira, M.E. 44<br />

Ribeiro,J.M.N.D. 44<br />

Henriques, F.V. 44<br />

Mao, A.Y.Y. 44<br />

Galvão, M.A.M. 44<br />

Figueiredo, T.D. 44<br />

Introdução: Nas Minas Gerais, no início século XVIII, diante do movimento <strong>de</strong> pessoas livres e escravas que viviam sob condições<br />

precárias e trabalho árduo nas lavras, a presença <strong>de</strong> médicos e cirurgiões era essencial. Inseridos na massa populacional que se <strong>de</strong>slocava,<br />

esses homens acabaram por enfrentar as vicissitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um novo universo social e improvisar uma prática médica que pu<strong>de</strong>sse<br />

suprir as necessida<strong>de</strong>s cotidianas. Objetivo: Traçar um breve perfil da situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e das principais doenças que acometeram os escravos<br />

no período colonial na Região das Minas Gerais. Métodos: Leitura da bibliografia existente sobre o assunto e <strong>de</strong> dois estudos <strong>de</strong><br />

caso pesquisados, com análise e organização dos dados obtidos. Resultados: Asituação da saú<strong>de</strong> da população escrava não era preocupação<br />

do Estado ou dos proprietários <strong>de</strong> escravos. Minas Gerais era apenas o reflexo do funcionamento geral do sistema escravista brasileiro.<br />

A taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> ultrapassava cinqüenta por cento, tendo hidropsia, tuberculose, gangrena e soterramentos como principais<br />

causas <strong>de</strong> óbitos. Apartir <strong>de</strong> 1830 ocorreu a diminuição do fluxo <strong>de</strong> escravos para o Brasil, o que encareceu o valor <strong>de</strong> comercialização<br />

<strong>de</strong>stes. Desse modo, a melhoria das condições <strong>de</strong> vida e a preocupação com a saú<strong>de</strong> da população escrava passaram a ser relevantes.<br />

Um estudo <strong>de</strong> caso sobre as enfermida<strong>de</strong>s na região do Rio das Mortes (atual São João Del Rei e Tira<strong>de</strong>ntes) foi realizado por historiadores<br />

a partir <strong>de</strong> registros da época. Nestes, são constatadas doenças relacionadas às condições <strong>de</strong> trabalho, moradia e alimentação da<br />

população escrava daquela região. Conclusões: Apenas com o fim do tráfico negreiro, pensou-se melhor na condição do negro na socieda<strong>de</strong>.<br />

Estabeleceu-se, assim, uma política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> baseada nas práticas da Medicina do Trabalho presentes na Inglaterra, com o intuito<br />

<strong>de</strong> manter o contingente <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra e a produção <strong>de</strong> lucro.<br />

44 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Uma Experiência Inovadora: Criação <strong>de</strong> um Núcleo Acadêmico Dentro da Sbdst-Go<br />

Peleja, A.B. 45<br />

Lemes, A.M.45<br />

Peleja,S.B.45<br />

Introdução: O Núcleo Acadêmico Integrado da SBDST-GO surgiu, a partir da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> complementação curricular na<br />

área <strong>de</strong> DST. Seguindo as recomendações das Diretrizes Curriculares Nacionais <strong>de</strong> 2001, foi priorizado o caráter multiprofissional e integrador<br />

do núcleo. Atualmente, os membros são acadêmicos <strong>de</strong>: medicina (25), enfermagem (2), odontologia (2), técnico <strong>de</strong> enfermagem<br />

(1), direito (1). Objetivos: Relatar experiência <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> núcleo acadêmico <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> científica, visando tanto<br />

complementar a formação acadêmica, quanto promover ações sociais. Métodos: Complementar currículo médico e promover ações sociais,<br />

através <strong>de</strong> treinamento e capacitação dos acadêmicos, por meio <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino e contato com profissionais da área. Resultados:<br />

Aproposta <strong>de</strong> um núcleo acadêmico <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> científica, além <strong>de</strong> inovadora, foi também uma necessida<strong>de</strong>, já que<br />

o núcleo propõe integração não somente entre os diversos cursos da área da saú<strong>de</strong> que lidam com DST, mas também <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong><br />

ensino superior e técnico que cuidam da formação <strong>de</strong>sses futuros profissionais. Apartir da criação do núcleo foi possível a realização <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s em ensino e a estruturação tanto <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> pesquisa quanto <strong>de</strong> ações sociais, os quais <strong>de</strong>vem ser colocados em prática ainda<br />

este ano. Preten<strong>de</strong>mos expandir o número <strong>de</strong> membros, assim como aumentar ações sociais. Conclusões: Apesar do pouco tempo <strong>de</strong><br />

existência, o núcleo <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s na área <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão, as quais ainda precisam ser ainda estruturadas. Aexperiência<br />

<strong>de</strong> trabalhar com pessoas <strong>de</strong> cursos e instituições diferentes também tem sido um <strong>de</strong>safio, <strong>de</strong>vido a diferenças <strong>de</strong> horários e<br />

ativida<strong>de</strong>s, com o qual temos a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r o convívio em equipe. Um gran<strong>de</strong> benefício em pertencer a uma socieda<strong>de</strong><br />

científica é o contato com vários profissionais experientes no cuidado às DSTs, com os quais apren<strong>de</strong>mos e temos um suporte<br />

importante para nossas ativida<strong>de</strong>s.<br />

Trabalho Interdisciplinar Como Componente Curricular Obrigatório. A Experiência da<br />

FACIMED<br />

Ferrari, F.P. 45<br />

Nascimento, J.S. 45<br />

Menezes, M.P.S. 46<br />

Cavalcante,A.C. 47<br />

Introdução: o treinamento para o trabalho em equipe <strong>de</strong>ve ser rotina na graduação, e como componente curricular obrigatório.<br />

Objetivos: <strong>de</strong>monstrar a estratégia utilizada pela Facimed para treinar os alunos para a prática interdisciplinar e trabalho em equipe, no<br />

cenário da Atenção Básica. Método: <strong>de</strong>scrição da forma <strong>de</strong> organização <strong>de</strong> um projeto interdisciplinar envolvendo diferentes cursos da<br />

saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma mesma insituição. Resultado: os coor<strong>de</strong>nadores dos cursos <strong>de</strong> medicina, enfermagem, farmácia e odontologia selecionaram<br />

disciplinas dos respectivos cursos, cujos objetivos fossem relacionados à atenção básica, e criaram horário comum para ativida<strong>de</strong>s<br />

práticas nas áreas adstritas <strong>de</strong> todas as ESF do município <strong>de</strong> Cacoal, RO. Os alunos foram distribuídos em grupos interdisciplinares, e<br />

cada grupo se ligou a uma ACS, trabalhando na sua micro-área durante todo o semestre. Foram <strong>de</strong>finidos objetivos <strong>de</strong> reconhecimento<br />

do território, avaliação das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, aplicação <strong>de</strong> questionário padronizado e levantamento <strong>de</strong> problemas. Para finalizar,<br />

elaboraram plano <strong>de</strong> ação, a ser cumprido no semestre seguinte. Conclusão: o trabalho interdisciplinar, feito <strong>de</strong> forma contínua e curricular,<br />

permite ao aluno perceber a importância da equipe multiprofissional e treinar o trabalho em grupo.<br />

45 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

46 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Biológicas <strong>de</strong> Cacoal, Cacoal, RO, Brasil.<br />

47 Conselho Regional <strong>de</strong> Enfermagem do Estado <strong>de</strong> Rondônia, Porto Velho, RO, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Abordagem Transdisciplinar na Educação em Saú<strong>de</strong> Reprodutiva: “Como Trabalhar Sobre<br />

Sexualida<strong>de</strong> com Adolescentes?”<br />

Mendonça,R.C.A.A. 48<br />

Câmara,M.F.A. 48<br />

Silva, M. L. N. M. 49<br />

Freire,M.S.F. 48<br />

Segundo, M. R. M. G. 49<br />

Pimenta, L. L. 48<br />

Introdução: diversos estudos revelam que as estratégias <strong>de</strong> prevenção inspiradas na idéia <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> conceitos pré-<strong>de</strong>finidos<br />

como saudáveis, sem valorizar a sabedoria prática dos indivíduos e das comunida<strong>de</strong>s, suas experiências prévias e sua situação<br />

social, não surtem efeitos <strong>de</strong>sejados. Objetivos: reavaliar as potencialida<strong>de</strong>s e os limites da educação preventiva, questionando profundamente<br />

seus objetivos e buscando referenciais mais eficazes e éticos para realizar educação em saú<strong>de</strong> no enfoque transdisciplinar. Métodos:<br />

como cenário <strong>de</strong> avaliação da disciplina <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Reprodutiva do Curso <strong>de</strong> Medicina/UFRN, os autores <strong>de</strong>senvolveram uma<br />

experiência piloto por meio da Oficina Educativa em Saú<strong>de</strong> Sexual e Reprodutiva, com educadores da Casa <strong>de</strong> Passagem da Secretaria<br />

Municipal <strong>de</strong> Trabalho e Ação Social do Natal/RN, oferecendo reflexão acerca das metodologias participativas, lúdicas e dialógicas sobre<br />

o tema. O roteiro da oficina se compôs <strong>de</strong>: organização do ambiente <strong>de</strong> aprendizagem; ativida<strong>de</strong>s em grupo; ví<strong>de</strong>o sobre adolescência;<br />

apreciação <strong>de</strong> música seguida <strong>de</strong> discussão; avaliação da oficina. Resultados: a metodologia participativa e dialógica vem contribuindo<br />

para dirimir dúvidas e preconceitos acerca do tema sexualida<strong>de</strong> e adolescência, estimulando o envolvimento e a troca <strong>de</strong> saberes<br />

entre os participantes e promovendo estratégias educativas para abordar temas complexos. Destaca-se o envolvimento dos estudantes<br />

<strong>de</strong> Medicina numa prática educativa pouco difundida nos cursos acadêmicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, propondo novas competências transdisciplinares,<br />

integrando saú<strong>de</strong>, educação e ação social. Conclusões: a oficina pedagógica revelou-se como instrumento educativo satisfatório<br />

para refletir, <strong>de</strong>bater e estimular o compromisso na promoção da saú<strong>de</strong> e cuidado com o corpo pertinente à adolescência, minimizando<br />

o preconceito, mito e tabu sobre o tema da sexualida<strong>de</strong>, saú<strong>de</strong> sexual e reprodutiva difundidos em nossa socieda<strong>de</strong>. O processo <strong>de</strong> avaliação<br />

revelou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investir esforços para promover a transdisciplinarida<strong>de</strong> e integração entre aca<strong>de</strong>mia e comunida<strong>de</strong>,<br />

aproximando-os por meio da intervenção educativa, dialógica e participativa.<br />

Parceria Universida<strong>de</strong>-Serviço-Comunida<strong>de</strong> para Implementação da Intersetorialida<strong>de</strong> na<br />

Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família<br />

Lima, J.R. 49<br />

Rocha, D.G 49<br />

Alexandre, V.P. 49<br />

Marcelo, V.C. 49<br />

Silva, A.L.A.C. 49<br />

Cor<strong>de</strong>iro, A.C.A 49<br />

Introdução: O Projeto Ações Intersetoriais para Promoção da Saú<strong>de</strong> (AIPS), uma cooperação internacional entre Brasil e Canadá,<br />

visa o intercâmbio <strong>de</strong> conhecimento e a promoção da eqüida<strong>de</strong>. Conta com a participação <strong>de</strong> seis centros brasileiros, sendo a Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás (UFG) e a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SMS) <strong>de</strong> Goiânia-GO parceiros no projeto com ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007 na Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família da região do Distrito Sanitário Leste (DSL). Para aumentar a capacida<strong>de</strong> local em produzir<br />

e manter melhorias sócio-ambientais que contribuam para a promoção da saú<strong>de</strong> foi oferecido um curso para Agentes Comunitários<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ACS) com foco na elaboração <strong>de</strong> Planos <strong>de</strong> Ação Intersetorial. Objetivo: Apresentar metodologia e evidências <strong>de</strong> efetivida<strong>de</strong><br />

do projeto consi<strong>de</strong>rando os diversos atores envolvidos e o fortalecimento da intersetorialida<strong>de</strong>. Método: O curso foi realizado por<br />

meio <strong>de</strong> metodologias ativas, equipamentos sociais da própria comunida<strong>de</strong> e participação <strong>de</strong> trabalhadores dos três níveis da SMS,<br />

48 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

49 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Enfermagem, Goiânia, GO, Brasil.<br />

696<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


ACS, professores e estudantes da UFG. Trata-se <strong>de</strong> uma análise qualitativa das oficinas, rodas <strong>de</strong> conversas e grupos focais. Resultados:<br />

Os ACS i<strong>de</strong>ntificaram melhor capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação, argumentação e integração à equipe; reconhecimento da importância da<br />

parceria intra e intersetorial; resgate e ampliação da visão sobre seu papel na equipe/comunida<strong>de</strong>. Os docentes enfatizaram a consolidação<br />

da relação ensino-serviço-comunida<strong>de</strong>; maior oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inclusão <strong>de</strong> estudantes em cenários <strong>de</strong> prática diversificados e<br />

contextualizados. Os trabalhadores da saú<strong>de</strong> reconheceram a mudança da visão sobre o papel dos ACS na comunida<strong>de</strong> e valorizaram<br />

as estratégias participativas. Ainda, a ficha <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> dos ACS foi modificada no município <strong>de</strong> Goiânia, com a incorporação <strong>de</strong><br />

ações que incluem a intersetorialida<strong>de</strong>. Conclusão: A experiência mostrou que as ações <strong>de</strong>senvolvidas no nível local tem repercutido<br />

em outros níveis <strong>de</strong> gestão do serviço e no planejamento e práticas <strong>de</strong> ensino favorecendo a implementação das DCN e Pró-Saú<strong>de</strong>.<br />

Liga da Mama: Espaço Para Formação e Integração Multidisciplinar<br />

Almeida, N.A.M. 50<br />

Lima, J.R. 50<br />

Freitas-Júnior, R. 50<br />

Coelho, A.S.F. 50<br />

Introdução: O Programa <strong>de</strong> Mastologia do Hospital das Clínicas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás (PM/HC/UFG), em 2001,<br />

criou o grupo multidisciplinar Liga da Mama (LM) com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, extensão e pesquisa direcionadas<br />

à prevenção, <strong>de</strong>tecção precoce, tratamento e reabilitação do câncer <strong>de</strong> mama. Este grupo, formado inicialmente pela Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Medicina, conta atualmente com a participação <strong>de</strong> professores e estudantes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Enfermagem da UFG (FEN/UFG).<br />

Objetivo: Apresentar a experiência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s multidisciplinares <strong>de</strong> ensino, extensão e pesquisa <strong>de</strong>senvolvidas por estudantes e professores<br />

da FEN/UFG na Liga da Mama. Método: Os dados foram coletados em arquivo documental do PM como atas, relatórios e fotos.<br />

Resultados: A enfermagem integra a LM <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2004, com supervisão <strong>de</strong> duas professoras e média anual <strong>de</strong> 16 estudantes com<br />

participação em ativida<strong>de</strong>s no âmbito: 1) do ensino – aulas teóricas quinzenais; assistência ambulatorial às usuárias do PM e estudos <strong>de</strong><br />

caso clínicos e cirúrgicos; participação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s científicas; 2) da extensão – ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> rastreamento e educativas envolvendo<br />

trabalhadores dos distritos sanitários <strong>de</strong> Goiânia e das secretarias municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s do interior do estado <strong>de</strong> Goiás; ativida<strong>de</strong>s<br />

educativas na comunida<strong>de</strong>; 3) da pesquisa – projetos relacionados à prevenção, tratamento e reabilitação do câncer <strong>de</strong> mama,<br />

como por exemplo, “Conhecimentos e práticas <strong>de</strong> Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na <strong>de</strong>tecção precoce do câncer <strong>de</strong> mama em Goiânia”.<br />

Conclusão: A integração multidisciplinar entre a LM e o PM favorece o aprendizado dos acadêmicos <strong>de</strong> enfermagem, quanto à<br />

prevenção, <strong>de</strong>tecção precoce, tratamento e reabilitação do câncer <strong>de</strong> mama, além do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s para realizar<br />

ações <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> junto à comunida<strong>de</strong>, i<strong>de</strong>ntificar o processo <strong>de</strong> atendimento da re<strong>de</strong> do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e dos<br />

serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, trabalhar em equipe e produzir trabalhos científicos.<br />

Percepção dos Acadêmicos <strong>de</strong> Medicinaem Relação a Necessida<strong>de</strong> e a Dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Se<br />

Trabalhar Em Uma Equipe Multidisciplinar<br />

Paulo, L.D.50<br />

Balestrin, A. 50<br />

Oliveira, L.S.C.50<br />

Lupatini, J.C.R.50<br />

Ferrari, F.P. 50<br />

odrigues, A.M. 51<br />

Introdução: O trabalho em equipe é um dos novos paradigmas das ciências da saú<strong>de</strong>, e um dos principais pontos das atuais estratégias<br />

<strong>de</strong> trabalho em atenção básica nas atuais políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do nosso país. No ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a FACIMED <strong>de</strong> Cacoal realizou um<br />

trabalho na comunida<strong>de</strong> com a participação <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> todos os cursos atuando em equipes multidisciplinares. Objetivos: Analisar o<br />

50 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

51 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Biológicas <strong>de</strong> Cacoal, Cacoal, RO, Brasil.<br />

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ponto <strong>de</strong> vista dos alunos <strong>de</strong> Medicina do 1º e 3º período que participaram do projeto interdisciplinar em relação a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser<br />

compor uma equipe multidisciplinar para a realização das ativida<strong>de</strong>s bem como uma análise da interação que ocorreu entre os participantes,<br />

levando em consi<strong>de</strong>ração o grau <strong>de</strong> facilida<strong>de</strong> para se trabalhar inseridos em uma equipe composta <strong>de</strong> acadêmicos <strong>de</strong> diferentes<br />

cursos da área da saú<strong>de</strong>. Métodos: Foi realizado um estudo quantitativo <strong>de</strong>scritivo, baseado na aplicação <strong>de</strong> um questionário nas turmas<br />

do 1ºe 3º períodos do curso <strong>de</strong> medicina que participaram do projeto multidisciplinar. As questões perguntaram se é necessário<br />

para a atenção básica a atuação <strong>de</strong> equipes multidisciplinares e se o trabalho em equipe é muito fácil, fácil, difícil ou muito difícil. Resultados:<br />

93% dos alunos do curso <strong>de</strong> Medicina acham necessário equipes multiprofissionais para a execução do projeto, apesar disso 5,1%<br />

dos acadêmicos relataram ser muito difícil, 32,2% difícil, 47,5% classificaram como fácil e 15,3% muito fácil, o trabalho em equipe multidisciplinar.<br />

Conclusões: Conclui-se que apesar dos acadêmicos terem a percepção que o trabalho em equipe multidisciplinar seja<br />

necessário, após viverem a experiência <strong>de</strong> participar do projeto verificaram que a interação entre os componentes não é simples. Assim<br />

faz-se necessário um empenho <strong>de</strong> cada acadêmico para a obtenção <strong>de</strong> bons resultados no trabalho através <strong>de</strong> uma convivência<br />

harmoniosa.<br />

Interdisciplinarida<strong>de</strong> na Vª Semana <strong>de</strong> Cultura e Cidadania da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong><br />

Goiás: Vivência da Liga Acadêmica <strong>de</strong> Doenças Endócrino-Metabólicas<br />

Neiva, M.A.O.O. 52<br />

Jatene, N. 52<br />

Carvalho, G.S. 52<br />

Soares, F.A.E. 52<br />

Bundchen, R.F. 52<br />

Marques, G.I.G. 52<br />

Introdução: As doenças endócrino-metabólicas têm gran<strong>de</strong> magnitu<strong>de</strong> na saú<strong>de</strong> pública do país, consi<strong>de</strong>rando que alteram a<br />

qualida<strong>de</strong> e a expectativa <strong>de</strong> vida nas coletivida<strong>de</strong>s. Assim, a Liga Acadêmica <strong>de</strong> Doenças Endócrino Metabólicas (LADEM), estruturou<br />

uma oficina na Vª Semana <strong>de</strong> Cultura e Cidadania, evento comunitário organizado pela Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás (UCG), no<br />

ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, com o objetivo <strong>de</strong> disponibilizar orientações sobre a síndrome metabólica, diabetes mellitus e tireoidopatias. Objetivo:<br />

Descrever a vivência acadêmica da LADEM na Vª Semana <strong>de</strong> Cultura e Cidadania da UCG como prática interdisciplinar e comunitária.<br />

Métodos: Para a triagem da síndrome metabólica, diabetes mellitus e tireoidopatias os participantes respon<strong>de</strong>ram um questionário sobre<br />

os principais sinais e sintomas <strong>de</strong>ssas doenças, antece<strong>de</strong>ntes pessoais, familiares e hábitos <strong>de</strong> vida. No exame físico geral, foram realizados:<br />

aferição da pressão arterial, biometria, palpação da tireói<strong>de</strong> e, em seguida, encaminhados para dosagem da glicemia capilar, colesterol<br />

e TSH. Se a palpação da tireói<strong>de</strong> revelasse alteração do volume ou presença <strong>de</strong> nódulo, o participante era conduzido ao serviço<br />

<strong>de</strong> Ultrassonografia do evento, e se os valores dos exames laboratoriais apresentassem anormalida<strong>de</strong>s, eram encaminhados ao serviço<br />

especializado da Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiânia. Resultados: As ações ocorreram <strong>de</strong> forma intersetorial, interinstitucional,<br />

interdisciplinar e trans<strong>de</strong>partamental. Sob a supervisão <strong>de</strong> professores mediadores, houve a construção <strong>de</strong> um circuito da saú<strong>de</strong> com o<br />

eixo temático direcionado para as doenças crônico-<strong>de</strong>generativas, como campo <strong>de</strong> estudo, pesquisa e socialização dos conhecimentos.<br />

Após 3 dias <strong>de</strong> atendimentos, 1.200 pessoas foram atendidas na oficina, com ações voltadas para as atenções primária e secundária <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>. Conclusões: As oficinas problematizadoras <strong>de</strong>senvolvidas neste encontro contribuíram para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conhecimentos,<br />

habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s voltadas para a integração entre a formação médica e a <strong>de</strong>manda comunitária.<br />

52 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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Produção do CD De Medicina & Arte: Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Interdisciplinarida<strong>de</strong> em Escola do<br />

Nor<strong>de</strong>ste<br />

Cavalcanti, F.J.B. 53<br />

Palhano, P.C. 53<br />

Azevedo, G.D. 53<br />

Campos, R.G. 53<br />

Carvalho, C.P. 53<br />

Araújo, M.A. 53<br />

Introdução: O Curso <strong>de</strong> Medicina da nossa faculda<strong>de</strong> tem se <strong>de</strong>stacado no cenário nacional nos últimos anos por suas importantes<br />

iniciativas na criação e na implantação <strong>de</strong> novas metodologias <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão. Uma <strong>de</strong>ssas iniciativas é a disciplina<br />

optativa Medicina e Arte, a qual tem gerado outros importantes projetos, sendo o mais recente a gravação do CD <strong>de</strong> Medicina & Arte. O<br />

plano inicial é que o CD tenha aproximadamente 10 músicas, as quais serão compostas e interpretadas unicamente por médicos e estudantes.<br />

Objetivos: Gravação <strong>de</strong> um álbum apenas com a participação da classe médica; através <strong>de</strong>ssa iniciativa, <strong>de</strong>seja-se <strong>de</strong>spertar o interesse<br />

pela interdisciplinarida<strong>de</strong> e estimular uma formação voltada não apenas para os aspectos técnicos, pois estes, apesar <strong>de</strong> importantes,<br />

não são os únicos que <strong>de</strong>vem marcar a construção do profissional médico. Métodos: Arealização da ativida<strong>de</strong> conta com o apoio<br />

além dos alunos e profissionais, da Coor<strong>de</strong>nação e do grupo PET (Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial). A escolha das músicas que irão<br />

compor o CD ficou <strong>de</strong>legada a uma comissão formada por alunos, sob a orientação <strong>de</strong> alguns professores. Espera-se conseguir a verba<br />

necessária para a gravação do CD junto a instituições e cooperativas médicas da cida<strong>de</strong>; para isso utilizaremos como fator estimulante<br />

os benefícios que a disciplina Medicina & Arte tem trazido para a formação médica na nossa instituição. Resultados: Como esse é ainda<br />

um projeto em andamento, os únicos resultados que temos são a tentativa e a união <strong>de</strong> discentes e docentes na gravação do CD.<br />

Conclusões: Como outras ativida<strong>de</strong>s que já foram apresentadas com sucesso neste Congresso – caso da Mostra <strong>de</strong> Medicina e Arte –<br />

queremos trazer o CD <strong>de</strong> Medicina & Arte no próximo <strong>COBEM</strong>, mostrando-o como mais uma inovação <strong>de</strong> ensino no nosso Curso.<br />

Saú<strong>de</strong> Mental e Vulnerabilida<strong>de</strong> – Experiência Discente em Módulo Teórico-Prático do<br />

Currículo Médico UFPE<br />

Barbosa, B.J.A.P54 Vieira, L.P. 54<br />

Reis. C. 54<br />

Gouvêa, F.M. 54<br />

Leão, L.S. 54<br />

Introdução: Ao se pensar a saú<strong>de</strong> pela óptica da vulnerabilida<strong>de</strong>, levanta-se uma rica discussão envolvendo diferentes segmentos<br />

sociais, cada qual com suas peculiarida<strong>de</strong>s sócio-culturais e necessida<strong>de</strong>s especiais <strong>de</strong> assistência, prevenção e promoção no campo<br />

da saú<strong>de</strong>. Neste âmbito, o módulo Fundamentos da Atenção Básica em Saú<strong>de</strong> II, cursado no quarto semestre do curso médico da UFPE,<br />

constitui-se numa introdução teórico-prática da Atenção Básica à Saú<strong>de</strong> dirigida a grupos em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social. Partindo<br />

<strong>de</strong>ste <strong>de</strong>bate, o presente trabalho ressalta o cenário da saú<strong>de</strong> mental, à luz da luta e dos preceitos da reforma psiquiátrica. Objetivo:<br />

Destacar a importância do conceito <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> em saú<strong>de</strong> mental, com ênfase no trabalho da equipe multi e interprofissional<br />

dos Centros <strong>de</strong> Atenção Psicossocial – CAPS como uma importante ferramenta <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse segmento. A partir da experiência<br />

<strong>de</strong> estudantes do 2º ano <strong>de</strong> curso médico <strong>de</strong>ntro do referido módulo, ao longo do semestre letivo <strong>de</strong> 2008.1. Método: Visitas a diferentes<br />

modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> Atenção Psicossocial (CAPS) <strong>de</strong> referência da cida<strong>de</strong> do Recife, nos quais foram realizadas entrevistas<br />

semi-estruturadas com profissionais das respectivas instituições.. A esta vivência, associou-se a realização <strong>de</strong> discussões em sala<br />

<strong>de</strong> aula e a elaboração <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> módulo que, para o seu enriquecimento, contou com vasta literatura publicada<br />

sobre a temática. Resultados e Conclusões: fica evi<strong>de</strong>nte a vulnerabilida<strong>de</strong> social e clínica dos grupos fragilizados do ponto <strong>de</strong> vista psi-<br />

53 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

54 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, PE, Brasil.<br />

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cossocial, além da importante abordagem das diferentes modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> CAPS junto a estes segmentos no que diz respeito a assistência,<br />

prevenção e promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Aequipe multiprofissional do CAPS se mostrou um exemplo bastante ilustrativo do bom exercício<br />

da prática médica sob uma perspectiva interdisciplinar, revelando estes centros como potenciais cenários <strong>de</strong> vivência na construção<br />

precoce <strong>de</strong> futuros profissionais mais a<strong>de</strong>quados às <strong>de</strong>mandas do SUS e da socieda<strong>de</strong>.<br />

Música eSaú<strong>de</strong>: Uma Nova Visão Para a Medicina<br />

Colares, R.P. 54<br />

Câmara, W.S. 54<br />

Hespanhol, Vinícius<br />

Costa, W.J. 55<br />

Introdução: a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS) <strong>de</strong>fine saú<strong>de</strong> como: “estado <strong>de</strong> completo bem-estar físico, mental e social, e<br />

não somente a ausência <strong>de</strong> uma doença ou enfermida<strong>de</strong>”. Nessa visão, a atenção à saú<strong>de</strong> vai além da clínica; inclui outras áreas que trabalham<br />

com o ser humano e busca maneiras <strong>de</strong> tratá-lo e/ou promover o seu bem-estar. Amúsica é uma <strong>de</strong>ssas áreas, que tem potencial<br />

para contribuir com a atenção à saú<strong>de</strong>. Objetivo: estudar o efeito da música como ferramenta complementar às formas tradicionais <strong>de</strong><br />

atenção à saú<strong>de</strong>. Metodologia: análise dos resultados do trabalho da musicoterapeuta Erika Curtiss com um grupo <strong>de</strong> pacientes psiquiátricos<br />

do Centro <strong>de</strong> Atenção Psicossocial (CAPS) <strong>de</strong> Ouro Preto, Minas Gerais, que participavam do grupo musical Compasso da<br />

Lua; pesquisa bibliográfica em livros e artigos científicos. Resultados: os pacientes que participaram do grupo apresentaram um aumento<br />

do cuidado com a higiene pessoal e da auto-estima, além <strong>de</strong> ganharem respeito e reconhecimento da socieda<strong>de</strong>, o que significa a<br />

recriação <strong>de</strong> vínculos sociais perdidos <strong>de</strong>vido à doença mental. Conclusão: a música possibilitou aos pacientes uma forma <strong>de</strong> lutar contra<br />

um aspecto da doença mental que não é tratado com medicamentos: o isolamento social e a baixa auto-estima, atuando, portanto,<br />

junto com o tratamento convencional na reconstrução da saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas pessoas. A partir disso, é possível perceber a importância <strong>de</strong><br />

elementos externos à clínica na atenção à saú<strong>de</strong>. Não só a música, mastambémoutrasformas<strong>de</strong>arteoutécnicastêmacapacida<strong>de</strong><strong>de</strong><br />

melhorar o bem-estar <strong>de</strong> uma pessoa e, portanto, é algo saudável e <strong>de</strong>vem ser estimulados.<br />

Intersetorialida<strong>de</strong> em Discussão: Visão Acadêmica <strong>de</strong> Experiências Desenvolvidas em<br />

Equipamento Social Local em João Pessoa-PB<br />

Silva, V.M. 56<br />

Carvalho, L.L. 56<br />

Fernan<strong>de</strong>s, M.G.B. 56<br />

Machado, P.R.M. 56<br />

OLIVEIRA, J.S. 56<br />

Simon, E. 56<br />

Introdução: O conceito <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> abrange não apenas o processo saú<strong>de</strong>-doença, envolvendo além <strong>de</strong>ste, a esfera psicossociocultural.<br />

Neste contexto, o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não se restringe ao trabalho <strong>de</strong>senvolvido pela Equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família<br />

(ESF) <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada população, mas também às ações <strong>de</strong>senvolvidas por equipamentos sociais fruto <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> organizada.<br />

Objetivos: Questionar a intersetorialida<strong>de</strong> entre a ESF e um equipamento social local, bem como o impacto do mesmo frente aos<br />

moradores. Métodos: Os estudantes <strong>de</strong> Medicina, inseridos em uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família, vivenciaram individual e coletivamente<br />

experiências em um equipamento social local, o Centro Holístico da Mulher - AFYA - no <strong>de</strong>correr do quarto período acadêmico<br />

<strong>de</strong> Medicina, no ano <strong>de</strong> 2008. Resultados: Os serviços ofertados pelo AFYAalcançam, além da esfera biológica, através do conhecimento<br />

da natureza e <strong>de</strong> sua potencialida<strong>de</strong> curativa, a esfera psicológica, através da oferta <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> psicologia, bem como a esfera social,<br />

através do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que incentivam a integração social. Ainserção dos estudantes <strong>de</strong>u-se pelo acompanhamento<br />

dos serviços ofertados, diálogo junto às voluntárias do AFYAno tocante aos benefícios que este traz à comunida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> discussões<br />

55 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

56 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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junto à ESF sobre a articulação entre ambos, objetivando, assim, a otimização das diversas ações <strong>de</strong>senvolvidas. Ambos, ESF e AFYA,<br />

objetivam a promoção da saú<strong>de</strong>, apesar <strong>de</strong> a atuação do AFYAser significativa na esfera psicossocial, enquanto que o processo <strong>de</strong> trabalho<br />

da ESF está mais focado no processo saú<strong>de</strong>-doença, não ocorrendo intersetorialida<strong>de</strong>. Conclusão: Apesar <strong>de</strong> não haver integração<br />

direta entre ESF e o AFYA, ficou clara a influência que este tem sobre a população local, uma vez que promove ações <strong>de</strong> reabilitação e a<br />

manutenção do estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e bem estar social. Neste sentido, a integração USF x Equipamentos Sociais <strong>de</strong>ve ser estimulada e<br />

valorizada.<br />

O Papel <strong>de</strong> Uma Liga <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva na Formação Acadêmica<br />

Gabriela Vicentini Giacomin 56<br />

Felipe Sartório Gonçalves 57<br />

Introdução: ALiga Capixaba <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva (LICAPS) foi criada em 6 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2007 por estudantes <strong>de</strong> diversos cursos da<br />

área da saú<strong>de</strong>, a partir <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> estudos, que surgiu pela necessida<strong>de</strong> notada pelos estudantes em se ampliar o aprendizado sobre as<br />

políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e o funcionamento do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> brasileiro. Objetivos: ALICAPS foi criada e organizada por acadêmicos da área da<br />

saú<strong>de</strong> com o objetivo <strong>de</strong> ser um local <strong>de</strong> discussões e aprendizado à cerca do SUS, seus princípios e diretrizes e outras questões relacionadas<br />

ao mesmo, como programas, funcionamento, gestão e financiamento. Um dos principais objetivos da LICAPS é criar um local em que os acadêmicos<br />

possam conhecer, <strong>de</strong>bater e aplicar a interdisciplinarida<strong>de</strong>, da qual se nota um déficit <strong>de</strong> informações durante a graduação. Métodos:<br />

ALICAPS funciona com encontros semanais com duração <strong>de</strong> duas horas, on<strong>de</strong> são discutidos temas previamente sugeridos e estabelecidos<br />

pelos membros, geralmente não discutidos em sala <strong>de</strong> aula. Os encontros se dão em momento <strong>de</strong> exposição e momento para <strong>de</strong>bate e discussão.<br />

Resultados: Como conseqüência <strong>de</strong> vários estudantes da área da saú<strong>de</strong> se reunirem para discutir o SUS, o local tornou-se um berço <strong>de</strong><br />

idéias, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> surgem várias sugestões e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> extensão e pesquisa, e com isso a LICAPS criou um vínculo com Conselho<br />

Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (CES), on<strong>de</strong> o mesmo passou a ser membro <strong>de</strong>sta Liga, e a LICAPS estabeleceu relação e a ter acesso ao CES. Conclusões:<br />

Sendo assim, po<strong>de</strong>mos inferir os benefícios para a formação acadêmica <strong>de</strong> espaços como a LICAPS, que além <strong>de</strong> discutir e trabalhar<br />

questões do SUS com seus membros também é um local <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do senso crítico, tais fatos corroboram com a formação <strong>de</strong> melhores<br />

profissionais da saú<strong>de</strong>, bem como <strong>de</strong> melhores cidadãos.<br />

Multidisciplinarida<strong>de</strong> eIntegração Entre os Cursos da Área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas<br />

Salem, L.A.N. 58<br />

Jinkings, B.B.I<br />

Rocha, R.C. I<br />

Gama, D.A. I<br />

Júnior, A.H.M. I<br />

Lima, T.C.M. I<br />

Introdução: O projeto Alfa Manaus, formado por acadêmicos (Alfistas) do curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas<br />

(UFAM), tem como meta ensinar à comunida<strong>de</strong> em geral noções básicas <strong>de</strong> primeiros socorros e prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes. O projeto<br />

foi convidado para participar da Jornada <strong>de</strong> Odontologia da UFAM, realizando simulações <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> urgência adaptadas ao<br />

cotidiano <strong>de</strong>stes profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Este evento, realizado anualmente, busca a integração <strong>de</strong> profissionais e estudantes <strong>de</strong> Odontologia<br />

da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Manaus a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e introduzir novas tecnologias e conscientizar a classe odontológica na prática <strong>de</strong> uma<br />

Odontologia atual e humanística. Objetivos: Fornecer conhecimento prático acerca <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> urgência as quais po<strong>de</strong>m ocorrer<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> consultório odontológico, tais como Parada Cardiorrespiratória, Obstrução <strong>de</strong> Vias Aéreas e Convulsão. Métodos: Os alunos<br />

do projeto Alfa Manaus, simularam situações <strong>de</strong> urgência em consultório odontológico utilizando-se<strong>de</strong>ca<strong>de</strong>iras<strong>de</strong><strong>de</strong>ntistamontadas<br />

no evento. Os participantes da JOFAM, estudantes, <strong>de</strong>ntistas e auxiliares <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntista, eram estimulados a agir mediante as situações<br />

57 Faculda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong>, Vitória, ES, Brasil.<br />

58 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

701<br />

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propostas e realizar as manobras ensinadas no curso teórico <strong>de</strong> primeiros socorros previamente ministrado. Resultados: Diversas pessoas<br />

visitaram o evento e participaram das simulações. Apesar da timi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> alguns visitantes, a participação e interação nas ativida<strong>de</strong>s<br />

do projeto foram notáveis. Muitas pessoas contaram suas experiências <strong>de</strong> como po<strong>de</strong>riam ter evitado aci<strong>de</strong>ntes não somente em seus<br />

consultórios como no cotidiano. Conclusões: A participação do projeto Alfa Manaus na Jornada <strong>de</strong> Odontologia da UFAM mostrou-se<br />

<strong>de</strong> extrema importância no que tange à experiência prática proporcionada pelas simulações aos profissionais <strong>de</strong> Odontologia, além da<br />

divulgação das ativida<strong>de</strong>s do projeto. Fica clara, a importância do treinamento prático <strong>de</strong>sses profissionais para lidar com situações<br />

inusitadas <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seu ambiente <strong>de</strong> trabalho, bem como nas diversas situações <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes encontradas no dia-a-dia<br />

<strong>de</strong> todo cidadão.<br />

702<br />

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TEMA: PET-SAÚDE E PRÓ-SAÚDE<br />

Ampliando Os Caminhos: O Internato Rotatório Em Medicina Na Estratégia De Saú<strong>de</strong><br />

Da Família<br />

Teixeira, C 1<br />

Gomes, MK 1<br />

Cruz, DSP 1<br />

Halfoun, VLR 1<br />

Introdução: O Internato <strong>de</strong> medicina em saú<strong>de</strong> da família foi criado em 2006, como eletivo. Aten<strong>de</strong>ndo compromisso firmado<br />

no Pró-Saú<strong>de</strong> II, em <strong>2009</strong> integramos a área saú<strong>de</strong> da família ao internato rotatório, a partir do 10° período <strong>de</strong> forma curricular, <strong>de</strong>senvolvido<br />

em oito semanas. Objetivos: Ampliar cenários <strong>de</strong> práticas para ensino <strong>de</strong> medicina. Constituir como estágio obrigatório a estratégia<br />

saú<strong>de</strong> da família. Desenvolver habilida<strong>de</strong>s para o trabalho com abordagem integral do processo saú<strong>de</strong>-doença, com ação interdisciplinar.<br />

Métodos: Reuniões com os alunos ainda no 9° período, para sensibilização quanto à importância da estratégia para a saú<strong>de</strong> da<br />

população. Curso preparatório no início <strong>de</strong> cada grupo do rotatório. Inserção no cenário <strong>de</strong> prática com apresentação do diagnóstico local<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e do território <strong>de</strong> atuação. Encontros semanais com os supervisores nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estágio, para relato reflexivo das ativida<strong>de</strong>s<br />

e das observações que emergem da realida<strong>de</strong>, com planejamento <strong>de</strong> ações a serem <strong>de</strong>senvolvidas junto com as equipes locais.<br />

Sessões clínicas quinzenais para os alunos e profissionais da re<strong>de</strong>. Apresentação no final do estágio <strong>de</strong> relatório <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e trabalho<br />

temático com discussão e reflexões da prática com suporte <strong>de</strong> referencial teórico. Resultados: Até junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong> participaram do internato<br />

41 alunos. Inicialmente enfrentamos resistências dos alunos quanto ao estágio obrigatório, mas a experiência tem possibilitado<br />

mudanças <strong>de</strong> postura. O reconhecimento da importância do estágio é presente em todos os relatórios, como também a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

integração com os alunos <strong>de</strong> outras faculda<strong>de</strong>s. Temos avaliado, através dos trabalhos temáticos dos alunos, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reflexão<br />

crítica sobre os aspectos <strong>de</strong>terminantes do processo saú<strong>de</strong>-doença. Conclusões: Aexperiência representa oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transcen<strong>de</strong>r<br />

o mo<strong>de</strong>lo hospitalocêntrico, ainda dominante no curso <strong>de</strong> medicina, e contribuir para construção <strong>de</strong> conhecimentos que respondam<br />

cada vez mais as reais <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população.<br />

O Pet Saú<strong>de</strong> Como Espaço Formativo – Relato Da Experiência Da Linha De Pesquisa A<br />

Educação Em Saú<strong>de</strong> Como Prática De Transformação<br />

Cruz, DSP 2<br />

Romano, V 2<br />

Introdução: O relato apresenta os passos iniciais <strong>de</strong> trabalho da linha <strong>de</strong> pesquisa A educação em saú<strong>de</strong>, como prática <strong>de</strong> transformação<br />

do Projeto: Programa <strong>de</strong> Educação pelo Trabalho para a Saú<strong>de</strong> PET–Saú<strong>de</strong> no município <strong>de</strong> Piraí. Objetivo: Discutir o início<br />

das ativida<strong>de</strong>s da linha <strong>de</strong> pesquisa - Aeducação em saú<strong>de</strong>, como prática <strong>de</strong> transformação. Método: Utilizamos uma metodologia dialógica,<br />

incentivando os alunos a pesquisarem e refletirem sobre a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>. Participam <strong>de</strong>sta linha <strong>de</strong> pesquisa:<br />

quatro alunos do 12º período e uma aluna do 10º período que realizaram estágio na Saú<strong>de</strong> da Família em Piraí, uma aluna do 8º período<br />

e sete alunos do 7º período do curso <strong>de</strong> Medicina, além da tutora, pedagoga da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina e uma docente da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina. Acomposição do grupo tem favorecido a aprendizagem sobre a estratégia da Saú<strong>de</strong> da Família, pois se apóia na vivencia dos<br />

alunos que já realizaram estágio. Resultados: Até junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong> foram realizadas seis reuniões coletivas acompanhadas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

individuais ou em grupo para levantamento bibliográfico, elaboração <strong>de</strong> apresentações para discussão e <strong>de</strong> resumos dos textos. Foi<br />

apresentado no grupo o ví<strong>de</strong>o Príncipes e princesas tupiniquins produzido pelos alunos <strong>de</strong> Medicina no estágio em Piraí que tinha<br />

como princípio o protagonismo da comunida<strong>de</strong> nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Educação em saú<strong>de</strong>. Os textos estudados até agora trataram: da estratégia<br />

da saú<strong>de</strong> da família, da promoção da saú<strong>de</strong>, do sentido da educação e da visão freireana sobre o processo educativo. Conclu-<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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são: Estamos observando a construção <strong>de</strong> um olhar mais crítico para a futura profissão, assim como o nascimento da percepção das contradições<br />

presentes na socieda<strong>de</strong> e na complexida<strong>de</strong> da prática <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> neste contexto, além <strong>de</strong> uma forte expectativa para inserção em<br />

campo dos alunos que ainda não fizeram estágio.<br />

Relato Da Vivência De Acadêmicos De Medicina Bolsistas Do Pet-Sau<strong>de</strong> No Serviço De<br />

Vacinação Do Centro De Saú<strong>de</strong> Milionários Em Belo Horizonte – Mg<br />

Pena, BC 3<br />

Lima, LG 3<br />

Lins, VCM 3<br />

Camara, AMCS 3<br />

Introdução: O Programa <strong>de</strong> Educação pelo Trabalho para Saú<strong>de</strong> (PET-Saú<strong>de</strong>) foi instituído no âmbito dos Ministérios da Saú<strong>de</strong><br />

e da Educação, para fomentar grupos <strong>de</strong> aprendizagem tutorial na Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (ESF). Da equipe do PET-SAÙDE<br />

constituída no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Milionários, quatro são acadêmicos <strong>de</strong> medicina. Objetivo: Relatar a experiência dos acadêmicos <strong>de</strong><br />

medicina no processo <strong>de</strong> trabalho da vacinação na UBS Milionários, apontando o PET-SAÚDE como um instrumento para viabilizar a<br />

iniciação ao trabalho e vivências, <strong>de</strong> acordo com as necessida<strong>de</strong>s do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – SUS. Método: Foi apresentado o projeto<br />

“Busca Ativa <strong>de</strong> Vacinação”, proposto por preceptores do PET-SAÚDE Milionários e organizado nas seguintes etapas: levantamento <strong>de</strong><br />

usuários cujos cartões espelho constavam vacinas atrasadas; visitas aos domicílios para verificação dos cartões <strong>de</strong> vacina; orientações<br />

para regularizar a situação do usuário na UBS; e avaliação do processo <strong>de</strong> trabalho. Resultado: A integração ensino-serviço permitiu<br />

aos acadêmicos i<strong>de</strong>ntificar a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> atualizar o arquivo da vacinação da UBS. Com isso, um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> arquivamento dos<br />

cartões espelho foi implementado facilitando a prestação do serviço. Conclusão: Esta experiência permitiu aos acadêmicos conhecer o<br />

funcionamento <strong>de</strong> uma UBS e evi<strong>de</strong>nciou que a <strong>de</strong>manda excessiva <strong>de</strong> trabalho muitas vezes impossibilita a implementação <strong>de</strong> processos<br />

simples, porém eficientes na prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Diante disso, a questão primordial a ser levantada é como associar o excesso<br />

<strong>de</strong> trabalho com a qualida<strong>de</strong> do mesmo. A experiência do grupo PET-SAÚDE Milionários revelou que o trabalho em equipe formada<br />

por estudantes e profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da UBS viabilizou o aperfeiçoamento do serviço, o amadurecimento dos integrantes para<br />

o trabalho em grupos multidisciplinares e permitiu aos acadêmicos se integrarem ao serviço prestado à comunida<strong>de</strong> pelas ESF, vivenciando<br />

com proximida<strong>de</strong> a rotina <strong>de</strong> trabalho dos seus funcionários.<br />

Acompanhamento E Encorajamento Do Cuidado A Saú<strong>de</strong> Em Família: Implementação De<br />

Ações Voltadas A Promoção E Prevenção Da Saú<strong>de</strong> De Crianças De Zero A Cinco Anos,<br />

Na Comunida<strong>de</strong> De Monsenhor Horta, Mariana, Mg<br />

Ferreira, DM4 Veiga, AS4 Nascimento, DA4 Oliveira, GAA4 Dias, FM4 Rocha, BO4 Introdução: Cada contato entre a criança e os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser tratado como uma oportunida<strong>de</strong> para a análise integrada<br />

e preditiva <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong> (Secretaria <strong>de</strong> Políticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, 2002, p. 27). É importante perceber que o atendimento <strong>de</strong> rotina, além <strong>de</strong><br />

ser um momento para coletar dados antropométricos, oferece oportunida<strong>de</strong>s para orientação dos pais sobre os cuidados básicos indispensáveis<br />

a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu filho. A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Monsenhor Horta, Distrito <strong>de</strong> Mariana, MG, apesar <strong>de</strong> contar com 166 crianças<br />

<strong>de</strong> zero a cinco anos (S.I.A.B, 2008), não possui um atendimento sistematizado para o acompanhamento infantil, que é um marco fundamental<br />

na atenção a saú<strong>de</strong> da criança, pois contribui para a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> potencialida<strong>de</strong> e para o diag-<br />

3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

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nóstico e tratamento precoce <strong>de</strong> moléstias (ALVES, 2003, p. 47). Objetivos: Elaborar um perfil sócio-econômico e cultural da família e <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> das crianças. Implementar um projeto <strong>de</strong> acompanhamento das crianças <strong>de</strong> zero a cinco anos. Método: Busca ativa, pelos agentes<br />

comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, para atendimento individual e sistematizado das crianças. Ativida<strong>de</strong>s coletivas <strong>de</strong> cunho educativo direcionado<br />

a família. Aplicação <strong>de</strong> questionário. Resultados: A análise dos dados evi<strong>de</strong>nciou que a ida<strong>de</strong> média das mães é <strong>de</strong> 28,2 anos, que<br />

possuem, em média, 2,3 filhos. Cerca <strong>de</strong> 75% da população observada apresenta uma renda <strong>de</strong> até dois salários mínimos, e mais da meta<strong>de</strong><br />

cursa ou concluiu apenas o ensino fundamental. Quanto as crianças, 76% classificam-se como eutróficas e das que apresentam<br />

peso muito baixo, 100% tiveram amamentação exclusiva por menos <strong>de</strong> seis meses. Conclusão: A população <strong>de</strong> Monsenhor Horta<br />

caracteriza-se por apresentar baixa renda e baixa escolarida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ndo refletir no crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento das crianças, o que<br />

reforça a importância <strong>de</strong> se estruturar este projeto <strong>de</strong> acompanhamento da população infantil <strong>de</strong>ssa região.<br />

Projeto Recriavida: Aplicação Da Epi<strong>de</strong>miologia No Planejamento Das Ações De<br />

Promoção À Saú<strong>de</strong> Para Uma População De Idosos Do Município De Mariana, Minas<br />

Gerais<br />

Rodrigues, AS5 Silva, AF5 Machado-Coelho, GLL5 Junior, MSBS5 Introdução: Diante do atual contexto <strong>de</strong>mográfico da população brasileira e das fragilida<strong>de</strong>s trazidas pelo processo <strong>de</strong> envelhecimento,<br />

a <strong>de</strong>manda por atenção e estratégias especiais <strong>de</strong> promoção à saú<strong>de</strong> para a população idosa têm se tornado cada vez maior. Baseando-se<br />

nessa necessida<strong>de</strong>, foi elaborado <strong>de</strong>ntro do programa PET-Saú<strong>de</strong>, financiado pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>, um estudo epi<strong>de</strong>miológico<br />

para <strong>de</strong>screver o perfil <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dos idosos participantes do projetoRecriavida,umcentro<strong>de</strong>promoçãoàsaú<strong>de</strong>aoidoso,localizado<br />

em Mariana, Minas Gerais. Objetivos: Estimar a prevalência dos principais agravos à saú<strong>de</strong>, bem como dos fatores <strong>de</strong> risco cardiovasculares<br />

no universo dos 158 idosos participantes do Projeto Recriavida, a fim <strong>de</strong> planejar estratégias <strong>de</strong> promoção à saú<strong>de</strong> do idoso.<br />

Métodos: Levantamento <strong>de</strong> informações existentes nos formulários arquivados na secretaria do Recriavida, as quais tinham caráter <strong>de</strong>mográfico,<br />

clínico, sobre uso <strong>de</strong> medicamentos, história familiar e ativida<strong>de</strong>s lúdicas e físicas realizadas no projeto. Os dados foram processados<br />

no EpiInfo e analisados no SPSS. As medidas bioquímicas (glicose, colesterol total, HDLe LDL) e a aferição da pressão arterial<br />

foram realizadas no momento das ativida<strong>de</strong>s da equipe com os idosos. Resultados: Os agravos à saú<strong>de</strong> mais frequentes nessa população<br />

foram: alterações osteoarticulares e musculares (46,84%), fatores <strong>de</strong> risco cardiovasculares (36,08%), doenças cardiovasculares<br />

(27,85%), lesões vasculares (15,82%) e afecções psiquiátricas e psicológicas (14,57%). Dos 103 participantes que compareceram para realização<br />

dos exames bioquímicos, 17,48%; 57,28%; 45,63% apresentaram, respectivamente, glicose, colesterol total e colesterol LDLacima<br />

do <strong>de</strong>sejável; 94,17% apresentavam colesterol HDL nos limites <strong>de</strong>sejáveis e 32,04% dos idosos apresentavam níveis pressóricos altos.<br />

Conclusão: O estudo evi<strong>de</strong>ncia a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um vínculo indissociável entre a pesquisa epi<strong>de</strong>miológica e o planejamento para o<br />

aprimoramento da assistência integral à saú<strong>de</strong>. Já que, ao se conhecer as necessida<strong>de</strong>s da população estudada, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>limitar o foco<br />

<strong>de</strong> atuação, obtendo-se assim, melhores resultados.<br />

O Desafio Da Pesquisa Na Estratégia Saú<strong>de</strong> Da Família Com Graduandos Em Medicina<br />

Teixeira, C 6<br />

Romano, VF 6<br />

Introdução: Aten<strong>de</strong>ndo Edital do PET-Saú<strong>de</strong>, apresentamos projeto selecionado. Avaliação <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> em APS foi uma das<br />

linhas <strong>de</strong> pesquisa proposta, para ser <strong>de</strong>senvolvida com doze alunos <strong>de</strong> medicina, seis bolsistas profissionais da re<strong>de</strong>, <strong>de</strong>zoito alunos<br />

voluntários e um tutor da Universida<strong>de</strong>. Desenvolver estudos <strong>de</strong> avaliação da qualida<strong>de</strong> aplicada a Saú<strong>de</strong> da Família, com um gran<strong>de</strong><br />

número <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> diferentes períodos que, em sua maioria, ainda não dominavam conhecimentos e experiências necessárias na<br />

5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

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Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família e em pesquisa, apresentou-se como o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino. Objetivos: Despertar no<br />

aluno <strong>de</strong> medicina compromisso com a área da atenção primária à saú<strong>de</strong>; Ampliar os cenários <strong>de</strong> práticas e a produção <strong>de</strong> conhecimento<br />

em APS. Metodologia: Iniciamos revisões bibliográficas, estudos sobre saú<strong>de</strong> da família, inserindo o aluno nessa realida<strong>de</strong>. Ampliamos<br />

a supervisão estimulando o olhar crítico-reflexivo e comprometido dos alunos em relação à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção a saú<strong>de</strong>, reforçando a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar <strong>de</strong> forma contínua, trazendo como exemplos experiências vivenciadas. Estamos realizando seminários <strong>de</strong><br />

metodologias científicas voltadas para pesquisa em serviço e simultaneamente construindo os projetos <strong>de</strong> pesquisas. Resultados: A<br />

aproximação à estratégia, i<strong>de</strong>ntificando as possibilida<strong>de</strong>s, o alcance e a ação do profissional médico, trouxe uma nova postura dos alunos,<br />

que inicialmente discutiam com resistências e preconceitos, resultado da formação centrada nas especialida<strong>de</strong>s clínicas fora da<br />

re<strong>de</strong>. Estamos construindo os projetos <strong>de</strong> pesquisas em serviço nos temas <strong>de</strong> satisfação e vínculo dos usuários, perfil e necessida<strong>de</strong>s dos<br />

médicos da estratégia, com o compromisso <strong>de</strong> contribuir para qualificar o primeiro nível <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong>. Conclusão: O<br />

conhecimento vence barreiras, i<strong>de</strong>ntificadas no preconceito formatado por um ensino distanciado das principais necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> da população. À medida que nos aproximamos da realida<strong>de</strong> e reconhecemos as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> contribuir para construções e<br />

fortalecimento da proposta, encontramos novos caminhos.<br />

A Capacitação De Profissionais E Estudantes Para Utilizar A Técnica Do Grupo Focal Na<br />

Implementação Do Projeto Pet-Saú<strong>de</strong><br />

Mesquita, CMB7 Jurca, ACK8 Cintra, F8 Cascaldi, BG8 Cândido, DES8 Castilho, ECD8 Introdução: este é um relato <strong>de</strong> experiência sobre o grupo focal, como técnica <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados em pesquisa qualitativa, referente<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento das fases iniciais do projeto <strong>de</strong> pesquisa intitulado “I<strong>de</strong>ntificando a integralida<strong>de</strong> nas práticas vigentes para<br />

construção <strong>de</strong> novos caminhos”, aprovado pelo Programa <strong>de</strong> Educação para o Trabalho em Saú<strong>de</strong> (PET-Saú<strong>de</strong>). Amotivação para o estudo<br />

do grupo focal ocorreu a partir da releitura <strong>de</strong>sse projeto, observada entre estudantes, docentes e profissionais que atuam nos cenários<br />

das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USFs) <strong>de</strong> Marília, São Paulo, após discussão e reflexão na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundamento<br />

sobre a metodologia científica. Em conformida<strong>de</strong> com a Portaria Interministerial Nº. 1.802, <strong>de</strong> 26/08/2008 que instituiu o PET, nos dois<br />

primeiros meses <strong>de</strong> trabalho os profissionais e estudantes foram capacitados na temática. Objetivo: capacitar o grupo (preceptores e estudantes)<br />

na metodologia científica, com ênfase no grupo focal. Metodologia: construção <strong>de</strong> aprendizagem organizada em seis etapas:<br />

interpretação individual dos artigos científicos, após pesquisa bibliográfica; discussão e elaboração <strong>de</strong> sínteses em pequenos grupos;<br />

apresentação das sínteses no gran<strong>de</strong> grupo; oficinas <strong>de</strong> aprendizagem para o entendimento da técnica <strong>de</strong> entrevista por meio do grupo<br />

focal, com simulação <strong>de</strong> um grupo focal e elaboração <strong>de</strong> instrumento como roteiro para condução <strong>de</strong> um grupo focal. Resultados:<br />

aprendizagem sobre a metodologia cientifica para elaboração <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> pesquisa e a técnica do grupo focal para a coleta <strong>de</strong> dados.<br />

Conclusão: As estratégias utilizadas neste processo <strong>de</strong> capacitação forneceramsubsídiosparaaelaboraçãodoroteiroparaa<br />

condução do grupo focal, importância da técnica do grupo focal para formação <strong>de</strong> novas idéias, para a coleta <strong>de</strong> dados no <strong>de</strong>senvolvi<br />

mento da pesquisa <strong>de</strong> campo e a capacitação <strong>de</strong> preceptores e estudantes nessa técnica.<br />

7 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

8 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Higiene e Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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Capacitação De Profissionais E Estudantes Sobre Integralida<strong>de</strong> Do Cuidado Para O<br />

Desenvolvimento Do Projeto Pet- Saú<strong>de</strong><br />

HIGA, EFR 9<br />

BIFFE-PERES, CRF 9<br />

YAMADA, DM 9<br />

PECORARO, JP 9<br />

IKUNO, MRM 9<br />

ELIAS-PANACCIONE, SZ 10<br />

Introdução: trata-se <strong>de</strong> um relato <strong>de</strong> experiência sobre as fases iniciais do projeto <strong>de</strong> pesquisa intitulado “I<strong>de</strong>ntificando a integralida<strong>de</strong><br />

nas práticas vigentes para construção <strong>de</strong> novos caminhos”, aprovado pelo Programa <strong>de</strong> Educação para o Trabalho em Saú<strong>de</strong><br />

(PET-Saú<strong>de</strong>). Neste projeto, a motivação para o estudo da Integralida<strong>de</strong> surgiu da divergência conceitual observada entre estudantes,<br />

docentes e profissionais que atuam nos cenários das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USFs) <strong>de</strong> Marília. Em conformida<strong>de</strong> com a Portaria<br />

Interministerial Nº. 1.802, <strong>de</strong> 26/08/2008 que instituiu o PET, nos dois primeiros meses <strong>de</strong> trabalho, os profissionais e estudantes foram<br />

capacitados na temática. Objetivo: <strong>de</strong>screver estratégias <strong>de</strong> aprendizagem utilizadas e apresentar a construção do conhecimento coletivo.<br />

Metodologia: pesquisa bibliográfica realizada na LILACS e SCIELO. 47 referências analisadas por meio <strong>de</strong> três questões: Qual o entendimento<br />

<strong>de</strong> integralida<strong>de</strong>? Quais ações são <strong>de</strong>senvolvidas para atingir a integralida<strong>de</strong>? Quais sugestões para o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

integralida<strong>de</strong>? Construção <strong>de</strong> aprendizagem organizada em quatro etapas: interpretação individual dos artigos científicos; discussão e<br />

elaboração <strong>de</strong> sínteses em pequenos grupos; realização <strong>de</strong> oficinas <strong>de</strong> aprendizagem; síntese do conceito <strong>de</strong> integralida<strong>de</strong> por todos os<br />

componentes do grupo fundamentada cientificamente. Resultados: a integralida<strong>de</strong> é um dos princípios do SUS, pautada em um conjunto<br />

articulado e contínuo <strong>de</strong> ações e serviços, em todos os níveis <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> do cuidado e fundamentados no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Vigilância<br />

em Saú<strong>de</strong>. A integralida<strong>de</strong> pressupõe: assistência individualizada, acolhimento, humanização, responsabilização, vínculo, diálogo,<br />

autonomia, integração dos aspectos biopsicossocial e espiritual, resolutivida<strong>de</strong>, integração dos saberes científico e popular, trabalhos<br />

multiprofissional e interdisciplinar, sistema <strong>de</strong> referência e contra-referência, uso racional das tecnologias, visando aten<strong>de</strong>r às<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população. Conclusão: As estratégias utilizadas neste processo <strong>de</strong><br />

capacitação foram efetivas, contribuíram para o entendimento coletivo da integralida<strong>de</strong> e forneceram subsídios para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da pesquisa <strong>de</strong> campo.<br />

9 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

10 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Higiene e Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília, Marília, SP, Brasil.<br />

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Pró-Saú<strong>de</strong> Parte II<br />

Cury, GC 11<br />

Campos, FE 12<br />

Haddad, AE 13<br />

Brenelli, SL 14<br />

Ferreira, JRA 15<br />

Ribeiro, TCV 16<br />

ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO: A articulação entre as IES e os SS potencializa respostas às necessida<strong>de</strong>s concretas da<br />

população brasileira, mediante a formação <strong>de</strong> RH, produção do conhecimento e prestação dos serviços com vistas ao fortalecimento do<br />

SUS. EIXOS DE TRANSFORMAÇÃO: Os processos <strong>de</strong> reorientação da formação no Pró-Saú<strong>de</strong> estruturam-se em três eixos <strong>de</strong> transformação:<br />

1ORIENTAÇÃO TEÓRICA: Priorizar os <strong>de</strong>terminantes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e os biológicos e sociais da doença; Pesquisa clínica-epi<strong>de</strong>miologica<br />

baseada em evidências para uma avaliação crítica do processo <strong>de</strong> Atenção Básica; Orientação sobre melhores práticas gerenciais<br />

que facilitem o relacionamento, e Atenção especial à educação permanente, não restrita à pós-graduação especializada. 2CENÁRIOS<br />

DE PRÁTICA: Utilização <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> aprendizado ativo (nos mol<strong>de</strong>s da educação <strong>de</strong> adultos); Apren<strong>de</strong>r fazendo e com sentido<br />

crítico na análise da prática clínica; O eixo do aprendizado <strong>de</strong>ve ser a própria ativida<strong>de</strong> dos serviços; Ênfase no aprendizado baseado<br />

na solução <strong>de</strong> problemas, e Avaliação formativa e somativa. 3ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA: Diversificação, incluindo vários ambientes<br />

e níveis <strong>de</strong> atenção; Maior ênfase no nível básico com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> referência e contra-referência; Importância da excelência<br />

técnica e relevância social; Abordar patologias prevalentes; Interação com a comunida<strong>de</strong> e alunos, assumindo responsabilida<strong>de</strong> crescente<br />

mediante a evolução do aprendizado, e Importância do trabalho conjunto das equipes multiprofissionais. PROCESSO DE<br />

ACOMPANHAMENTO: Os projetos são acompanhados pela comissão gestora local constituída por representantes dos docentes, gestores<br />

municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, discentes e membros dos conselhos municipais. O <strong>de</strong>senvolvimento dos projetos são monitorados pelo MS<br />

através <strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> assessores compostos por técnicos do MS, da OPAS e <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s externas, com larga experiência em formação<br />

nas áreas envolvidas. O programa envolve três anos <strong>de</strong> apoio financeiro a projetos que apresentem o potencial <strong>de</strong> transformação do<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formação.<br />

11 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Departamento <strong>de</strong> Gestão da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil; Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

12 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

13 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Departamento <strong>de</strong> Gestão da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

14 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Departamento <strong>de</strong> Gestão da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil; Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

15 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil; Fundação Oswaldo Cruz, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

16 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Departamento <strong>de</strong> Gestão da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil; Organização<br />

Pan-Americana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Organização Mundial da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

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33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Pró-Saú<strong>de</strong> Parte I<br />

Cury, GC 17<br />

Campos, FE 18<br />

Haddad, AE 19<br />

Brenelli, SL 20<br />

Ribeiro, TCV 21<br />

PROGRAMA NACIONAL DE REORIENTAÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE APRESENTAÇÃO: O Governo<br />

Fe<strong>de</strong>ral vem implementando políticas <strong>de</strong> inclusão social que têm expressões concretas nas áreas sociais, especialmente na Saú<strong>de</strong><br />

e na Educação.O MS, por meio da SGTES, em parceria com a SESU e com o INEP, do MEC, e com o apoio da OPAS, instituíram o Pró-Saú<strong>de</strong>.<br />

BJETIVO DO PROGRAMA é a integração ensino-serviço, visando à reorientação da formação profissional, assegurando uma<br />

abordagem integral do processo saú<strong>de</strong>-doença COM ÊNFASE NA ATENÇÃO BÁSICA, promovendo transformações na prestação <strong>de</strong><br />

serviços à população. PROCESSO DE SELEÇÃO DO PRÓ-SAÚDE: O Pró-Saú<strong>de</strong> foi lançado por meio da Portaria Interministerial<br />

MS/MEC 2.101, <strong>de</strong> 03/11/2005, contemplando, inicialmente, os cursos <strong>de</strong> graduação das profissões que integram a Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

da Família: Enfermagem, Medicina e Odontologia. Com a publicação da Portaria MS/MEC º 3.019, <strong>de</strong> 27/11/2007, o programa foi<br />

ampliado para os <strong>de</strong>mais cursos <strong>de</strong> graduação da área da Saú<strong>de</strong>.s na 1ª fase. Para a seleção das instituições, constituiu-se uma comissão<br />

assessora que <strong>de</strong>finiu os critérios <strong>de</strong>stinados à avaliação dos projetos apresentados pelas IES E SS. CRITÉRIOS GERAIS: Tratamento<br />

equilibrado dos três eixos (orientação teórica, cenários <strong>de</strong> prática e orientação pedagógica); Clareza na abordagem conceitual (<strong>de</strong>terminantes<br />

sociais do binômio saú<strong>de</strong>-doença) e esquema curricular; Clara possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> articulação com o serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; Orientação<br />

quanto à regulação e sistema <strong>de</strong> referência; Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compartilhar orçamento (Escola e Serviço); Integração do Hospital Ensino<br />

nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviço, e Indicação <strong>de</strong> parâmetros <strong>de</strong> avaliação. No Pró-Saú<strong>de</strong> I foram selecionados 89 cursos. Destes, 38 são da medicina,<br />

27 <strong>de</strong> enfermagem e 24 <strong>de</strong> odontologia. Para o Pró-Saú<strong>de</strong> II foram selecionados 68 projetos que contemplam 265 cursos da área da<br />

saú<strong>de</strong>, com impacto sobre aproximadamente 97.000 alunos das 14 áreas envolvidas.<br />

Experiência De Implementação Do Pet-Saú<strong>de</strong> Em Chapecó – Sc<br />

Marcolin, G 22<br />

Binda, G 22<br />

Lima, PC 22<br />

Grellmann, JK 22<br />

Pelegrine, LR 22<br />

Abdala, JB 22<br />

Introdução: O PET-saú<strong>de</strong> é uma proposta dos Ministérios da Saú<strong>de</strong> e da Educação. Segundo o Ministério da Saú<strong>de</strong> (<strong>2009</strong>), esse<br />

programa avança na consolidação das mudanças que vêm sendo implementadas pelo Programa Nacional <strong>de</strong> Reorientação da Formação<br />

Profissional em Saú<strong>de</strong> (Pró-Saú<strong>de</strong>). Além disso, favorece a integração ensino-serviço, reconhecendo e valorizando o papel dos profissionais,<br />

respaldado pelo tutor oriundo da universida<strong>de</strong>. Objetivos: Relatar a experiência da estruturação do PET-saú<strong>de</strong> na Universida<strong>de</strong><br />

Comunitária Regional <strong>de</strong> Chapecó. Metodologia: O projeto partiu <strong>de</strong> discussões entre Instituição <strong>de</strong> Ensino Superior (IES) e Se-<br />

17 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Departamento <strong>de</strong> Gestão da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil; Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

18 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil; Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte,<br />

MG, Brasil.<br />

19 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Departamento <strong>de</strong> Gestão da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil; Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil; Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.<br />

20 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Departamento <strong>de</strong> Gestão da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil; Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

21 Ministério da saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Departamento <strong>de</strong> Gestão da Educação na Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil; Organização<br />

Pan-Americana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Organização Mundial da Saú<strong>de</strong>, Brasília, DF, Brasil.<br />

22 Universida<strong>de</strong> Comunitária Regional <strong>de</strong> Chapecó, Chapecó, SC, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


cretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Iniciaram-se reuniões por segmento (estudante, trabalhadores e docentes), por cursos e atualmente por<br />

encontros quinzenais dos grupos multiprofissionais divididos conforme territórios dos Núcleos <strong>de</strong> Apoio à Saú<strong>de</strong> da Família (Nasfs).<br />

Os tutores reúnem-se semanalmente para <strong>de</strong>finir tarefas. Também, há envolvimento dos participantes em projetos do Pró-Saú<strong>de</strong>, evi<strong>de</strong>nciando<br />

a estreita relação entres esses. Resultados: Até o momento, os encontros <strong>de</strong> abril a junho possibilitaram espaços <strong>de</strong> estudo,<br />

produção, fortalecimento da co-responsabilização e vínculo entre os grupos. AUnochapecó aprovou projetos nos editais do Pró-saú<strong>de</strong> I<br />

e II (integrado), favorecendo a relação entre a IES e os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Conclusões: Enten<strong>de</strong>r o processo ensino-aprendizagem contribui<br />

para o conhecimento e transformação das políticas públicas, serviços e gestão do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS). Da mesma forma,<br />

os estudos enquanto diagnóstico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e necessida<strong>de</strong>s da população permitem <strong>de</strong>cidir melhores ações futuras. Os <strong>de</strong>sdobramentos<br />

do PET po<strong>de</strong>rão contribuir com a melhor formação dos sujeitos quanto à compreensão da realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

assistência e dos impactos <strong>de</strong>stas variáveis. Isto porque, ao analisar as condições <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, levantar-se-ão dados para repensar<br />

serviços e políticas que oportunizem a assistência integral e humanizada, superando a formação tecnicista.<br />

Programa De Educação Pelo Trabalho Para A Saú<strong>de</strong> (Petsaú<strong>de</strong>) - Dourados – Ms<br />

Maldonado, VC 23<br />

Júnior, MGH 23<br />

Fonseca, IS 23<br />

Tauro, RLAM 23<br />

Shinzato, MM 23<br />

Introdução: o PETSaú<strong>de</strong> foi elaborado pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>, através do Departamento <strong>de</strong> Gestão da Educação na Saú<strong>de</strong>,<br />

com intuito <strong>de</strong> integrar ensino e serviço. Esse programa contém bolsas que são divididas em três modalida<strong>de</strong>s: tutoria, preceptoria e<br />

monitoria com o objetivo <strong>de</strong> incentivar pesquisa e extensão na atenção básica. Em Dourados, existe um grupo PETSaú<strong>de</strong> formado por<br />

12 bolsistas (monitores), 18 não-bolsistas, 6 preceptores, 1 tutora acadêmica e 1 coor<strong>de</strong>nadora <strong>de</strong> projeto. Objetivos: integrar os conceitos<br />

aprendidos na graduação com o serviço básico <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> e também <strong>de</strong>spertar o interesse dos acadêmicos pela medicina da<br />

família e comunida<strong>de</strong>. Método: no programa são realizados projetos <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong> extensão por grupos <strong>de</strong> acadêmicos junto à população<br />

atendida por seis unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família <strong>de</strong> Dourados. Encontros semanais são realizados com a tutora, com os preceptores<br />

e com a coor<strong>de</strong>nadora do projeto objetivando discutir e analisar os dados coletados segundo um questionário padronizado,<br />

<strong>de</strong>bater a respeito das visitas domiciliares que foram realizadas por cada grupo e traçar metodologias para realizar ativida<strong>de</strong>s educativas<br />

<strong>de</strong> promoção à saú<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong>. Resultados: através do PETSaú<strong>de</strong>, passamos a valorizar mais a medicina preventiva, sem esquecer<br />

da curativa. A responsabilida<strong>de</strong> social nos mostrou a verda<strong>de</strong>ira essência do papel como cidadãos. O contato com profissionais<br />

<strong>de</strong> outras áreas nos <strong>de</strong>monstrou o quanto as equipes multidisciplinares são importantes para a melhora da saú<strong>de</strong> e apren<strong>de</strong>mos também<br />

sobre o gerenciamento das unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família. Conclusão: oprojetopermiteacompanhar<strong>de</strong>pertootrabalho<br />

dos profissionais que atuam nas estratégias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família, dando ao acadêmico uma visão mais ampla e esclarecida sobre esta<br />

área e suas particularida<strong>de</strong>s, influenciando futuramente sua atuação profissional.<br />

23 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, Dourados, MS, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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Promoção Da Saú<strong>de</strong>, Abordagem Multidisciplinar E Trabalho Interprofissional:<br />

Contribuições Do Pet-Saú<strong>de</strong> À Formação Médica Na Ufmg<br />

ALVES, CRL 24<br />

ALVIM, CG24<br />

TORRES, HOG24<br />

PERINI, E24<br />

PALMIER, AC24<br />

WARDIL, ML24<br />

Introdução: A Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da UFMG há 30 anos proporciona aos estudantes vivencias da prática profissional na<br />

atenção básica em disciplinas curriculares. No entanto, o enfoque <strong>de</strong>stas disciplinas é eminentemente clínico-individual, em <strong>de</strong>trimento<br />

<strong>de</strong> aspectos essenciais da atenção básica como a promoção da saú<strong>de</strong>, a abordagem a interdisciplinar e o trabalho multiprofissional.<br />

Um dos objetivos do PET-saú<strong>de</strong>/UFMG é fortalecer essas práticas na formação dos seus estudantes. Objetivos: apresentar a experiência<br />

<strong>de</strong> participação dos estudantes <strong>de</strong> medicina no PET-saú<strong>de</strong>/UFMG. Métodos: Estudantes <strong>de</strong> medicina da UFMG do terceiro ao oitavo<br />

período do curso estão distribuídos em 13 Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS) <strong>de</strong> Belo Horizonte, participando <strong>de</strong> grupos tutoriais<br />

compostos por profissionais da SMS, estudantes e professores dos 10 cursos da área da saú<strong>de</strong>. Cada grupo tutorial <strong>de</strong>senvolve projetos<br />

<strong>de</strong> ensino-pesquisa-extensão em temas específicos, segundo as <strong>de</strong>mandas da Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Resultados: OPET-saú<strong>de</strong>/UFMG<br />

conta com a participação <strong>de</strong> 120 estudantes bolsistas e 180 voluntários, sendo 33 e 35 da medicina, respectivamente. São <strong>de</strong>senvolvidas<br />

5 linhas <strong>de</strong> pesquisa com foco na promoção da saú<strong>de</strong>: saú<strong>de</strong> integral da criança, da mulher e do idoso, promoção <strong>de</strong> modos<br />

saudáveis <strong>de</strong> vida e interface saú<strong>de</strong>-ambiente. Os estudantes participam ativamente das ativida<strong>de</strong>s/setores das UBS e da construção e<br />

execução dos protocolos <strong>de</strong> pesquisa, além do reconhecimento do território e do funcionamento das UBS e da discussão dos princípios<br />

da atenção básica, metodologia científica e temas específicos das pesquisas. Conclusões: O <strong>de</strong>safio do trabalho interdisciplinar e multiprofissional<br />

vem sendo superado com sessões tutoriais que estimulam a construção coletiva do conhecimento e das propostas <strong>de</strong><br />

intervenção nas comunida<strong>de</strong>s e/ou nas UBS. A promoção da saú<strong>de</strong> mostrou-se um importante agregador <strong>de</strong> saberes e práticas dos<br />

diferentes atores sociais. Aexperiência <strong>de</strong>stes atores será sistematizada <strong>de</strong> modo a contribuir com a reforma curricular no curso médico<br />

da UFMG.<br />

Ensino E Prática Em Saú<strong>de</strong>: Um Papel A Cumprir Na Coletivida<strong>de</strong><br />

Ribeiro, BB 25<br />

Eckert, JB 25<br />

Galhardi, WP 25<br />

Introdução: O Programa <strong>de</strong> Educação pelo Trabalho para a Saú<strong>de</strong> (PET-Saú<strong>de</strong>) iniciou-se na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Jundiaí<br />

em <strong>2009</strong>. Como campo do projeto foi selecionado o Bairro Santa Gertru<strong>de</strong>s em Jundiaí – SP, integrado ao Programa Saú<strong>de</strong> da Família. A<br />

região possui famílias numerosas cujas condições sócio-econômicas contribuem para o adoecimento. Objetivos: Integrar ensino e serviço<br />

na Atenção Básica à Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>monstrar a importância da promoção da saú<strong>de</strong> e prevenção <strong>de</strong> doenças, conhecer as condições que<br />

influenciam no processo saú<strong>de</strong>-doença dos moradores, propor e <strong>de</strong>senvolver ações para melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Métodos: Professores<br />

dos cursos <strong>de</strong> Enfermagem e Medicina se uniram para <strong>de</strong>senvolver o projeto e selecionaram alunos <strong>de</strong> 3º ano como monitores.<br />

Alunos <strong>de</strong> 2º ano divididos em duplas, recolhem, através <strong>de</strong> um questionário estruturado, informações sobre a composição familiar,<br />

condições <strong>de</strong> vida, doenças prevalentes e cuidados com a saú<strong>de</strong>. As duplas, orientadas por monitores e preceptores, são responsáveis<br />

por um número <strong>de</strong>finido <strong>de</strong> casas previamente escolhidas. Os dados são organizados pelos monitores em planilha eletrônica contendo<br />

o questionário estruturado. Preceptores e monitores se reúnem periodicamente para a análise quali-quantitativa e esclarecimento das<br />

dúvidas dos alunos. Resultados: Os dados quantitativos não foram totalmente analisados, mas foi possível perceber as carências da população,<br />

sua pouca instrução e susceptibilida<strong>de</strong> ao narcotráfico e à marginalida<strong>de</strong>. AUnida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e a Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da<br />

24 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.<br />

25 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Jundiaí, Jundiaí, SP, Brasil.<br />

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Família situam-se em lugares <strong>de</strong> difícil acesso à população local, por estarem nos altos <strong>de</strong> um terreno íngreme. Há um <strong>de</strong>sconhecimento<br />

do Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família, levando a população a questionar as visitas domiciliares. Conclusões: O PET-Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstra aos<br />

acadêmicos a realida<strong>de</strong> do SUS e como os agentes externos interferem na saú<strong>de</strong> do indivíduo. A primeira ação programada será a<br />

<strong>de</strong>monstração, pelos alunos, dos objetivos e da importância do PSF na promoção da saú<strong>de</strong>.<br />

Perfil Dos Profissionais Das Unida<strong>de</strong>s De Atenção Básica À Saú<strong>de</strong> Vinculados Ao<br />

Pet-Saú<strong>de</strong> Do Município De Dourados-Ms<br />

Cardoso, MR 26<br />

Andraus, MP 26<br />

Muniz, DA 26<br />

Daud, MO 26<br />

Andra<strong>de</strong>, PRS 26<br />

Shinzato, M.M 26<br />

Introdução: O programa <strong>de</strong> educação pelo trabalho para a saú<strong>de</strong> foi criado para fomentar o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s<br />

acadêmicas no campo <strong>de</strong> ação da Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família (ESF). O princípio da indissociabilida<strong>de</strong> entre ensino, pesquisa e extensão<br />

e da integração ensino-serviço-comunida<strong>de</strong> norteia o aperfeiçoamento e especialização em serviço dos profissionais e estudantes da Saú<strong>de</strong>.<br />

Dessa forma, a pesquisa <strong>de</strong>senvolvida em uma recém criada Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>lineia o perfil atual dos profissionais dos<br />

ESFs participantes do PET-Saú<strong>de</strong>, em especial a satisfação com a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção básica e interesses em continuar e se <strong>de</strong>senvolver<br />

para melhor aten<strong>de</strong>r a saú<strong>de</strong> da população. Objetivos: Analisar se o perfil atual dos profissionais da atenção básica vinculados ao<br />

PET-saú<strong>de</strong>. Métodos: Pesquisa realizada através da aplicação <strong>de</strong> questionários para profissionais das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção básica vinculados<br />

ao PET-Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dourados. Para a análise foram utilizados dois tipos <strong>de</strong> questionários um para aqueles com ensino superior<br />

completo e outro para ensino médio completo e/ou curso técnico. Resultados: Dos 69 questionários aplicados, 62 foram respondidos.<br />

Agran<strong>de</strong> maioria dos profissionais dos ESF participantes do PET-saú<strong>de</strong> é do sexo feminino (78,16%) com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 37,72 anos.<br />

Amédia do tempo <strong>de</strong> formação foi <strong>de</strong> 9,36 anos. Quanto à satisfação com o ESF, 96,8% estão satisfeitos com o seu trabalho e 100% com as<br />

equipes. Apesar <strong>de</strong> somente cerce <strong>de</strong> 1/4 dos profissionais com ensino superior terem especialização em saú<strong>de</strong> da família, a gran<strong>de</strong> maioria<br />

(94,06%) tem pretensão <strong>de</strong> continuar trabalhando nos ESFs. Conclusões: Tendo como referência a formação dos profissionais <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> substituição do mo<strong>de</strong>lo tradicional centrado na doença e no atendimento hospitalar, torna-se evi<strong>de</strong>nte a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capacitação em saú<strong>de</strong> da família dos profissionais, já que a maioria preten<strong>de</strong> permanecer na ESF, valorizando a<br />

educação permanente aplicada a realida<strong>de</strong> sociopolítico local.<br />

Intervenção De Alunos Da Ufcspa Em Uma Unida<strong>de</strong> De Saú<strong>de</strong> De Porto Alegre<br />

Prado, BCO 27<br />

Müller, LL 27<br />

Pinto, MEB 27<br />

Curra, LCD 28<br />

Introdução: O relato integra ativida<strong>de</strong>s promovidas pelo Programa <strong>de</strong> Educação pelo Trabalho (PET)-Saú<strong>de</strong> da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre (UFCSPA), que tem por finalida<strong>de</strong> a inserção <strong>de</strong> acadêmicos em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas<br />

em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atenção Primária em Saú<strong>de</strong>. O grupo <strong>de</strong>senvolveu as ações na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coinma, iniciando-as em março<br />

<strong>de</strong> <strong>2009</strong> e sendo formado por quatro alunos (1º ano <strong>de</strong> medicina e enfermagem, 3º ano <strong>de</strong> nutrição) e por dois monitores (2º e 3º anos <strong>de</strong><br />

medicina). Objetivos: Propiciar contato e integração entre os acadêmicos e o trabalho da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> fornecendo uma oportunida<strong>de</strong><br />

em que se planeje e execute uma ação <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> interdisciplinar a partir <strong>de</strong> um diagnóstico fruto do próprio olhar sobre<br />

esta comunida<strong>de</strong>. Métodos: Encontros na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coinma, envolvendo visitas ao território, conhecimento e vivência da<br />

26 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Gran<strong>de</strong> Dourados, Dourados, MS, Brasil.<br />

27 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

28 Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

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otina da unida<strong>de</strong> bem como conversas com moradores da comunida<strong>de</strong>. Com o conhecimento construído nos encontros e com o uso da<br />

metodologia <strong>de</strong> problematização, o grupo <strong>de</strong>cidiu abordar a promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em uma ação em uma escola pública da região. Resultados:<br />

Aativida<strong>de</strong> ocorreu por meio <strong>de</strong> uma Feira <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> realizada na Escola Estadual Toyama, abrangendo quatro setores – nutrição<br />

epromoção<strong>de</strong>hábitos<strong>de</strong>higieneparaestudantes<strong>de</strong>1ªa4ªsérie e prevenção <strong>de</strong> drogas e educação sexual para 5ª a 8ª série. Conclusão:<br />

A ativida<strong>de</strong> ofereceu para os acadêmicos uma experiência diferente daquelas normalmente oferecidas pela faculda<strong>de</strong>, pois proporcionou<br />

contato precoce com uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e sua rotina <strong>de</strong> ações multiprofissionais. Além disso, tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrar<br />

contato com as pessoas da comunida<strong>de</strong>, planejar e executar ações práticas <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, experienciando as facilida<strong>de</strong>s e dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> lidar com pessoas reais, alunos da escola em que as ações foram aplicadas.<br />

Pet-Saú<strong>de</strong>: O Estímulo Para A Mudança De Cenários Dos Estágios No Internato Do<br />

Curso De Medicina Da Uel<br />

Turini, B29 Muraguchi, EMO29 Soares, AE29 Marvulle, VL30 Larangeira, A31 Castro, LK31 Introdução: O curso <strong>de</strong> medicina da UELinovou o seu currículo há 11 anos, com metodologias ativas <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, integração<br />

<strong>de</strong> disciplinas básicas-clínicas, introdução precoce dos estudantes na re<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, utilização <strong>de</strong> novas técnicas <strong>de</strong> avaliação,<br />

não só cognitiva mas também <strong>de</strong> práticas, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s. No entanto, o internato (5ª. e 6ª. séries) continuou com o formato antigo, centrado<br />

principalmente no Hospital Universitário e Maternida<strong>de</strong> Municipal. Dessa forma, o PET-Saú<strong>de</strong>, que estimula a realização <strong>de</strong> estágios<br />

nos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, possibilitou a inserção <strong>de</strong> estágios em unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (UBS) e no Hospital da Zona Norte (HZN), hospital<br />

público secundário com 46 leitos, todos SUS. Objetivo: Descrever e refletir sobre os primeiros meses <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s do internato médico <strong>de</strong>senvolvidas<br />

nas UBS e no HZN. Método: Os estágios têm <strong>de</strong> 20 a 26 dias, em blocos, com supervisão direta pelos profissionais dos serviços e<br />

supervisão indireta pelos professores. Os preceptores foram escolhidos <strong>de</strong>ntre os profissionais com perfil docente e interesse didático, para<br />

servirem não só como facilitadores do aprendizado mas também como mo<strong>de</strong>los profissionais. Além da discussão dos casos internados nas<br />

enfermarias clínicas, duas vezes ao dia, os preceptores realizam discussões <strong>de</strong> temas voltados ao atendimento em hospital geral. Resultados:<br />

O PET-Saú<strong>de</strong> valorizou a supervisão pelos profissionais da re<strong>de</strong>, que participam com gran<strong>de</strong> entusiasmo. Até o momento a maioria dos estudantes<br />

tem <strong>de</strong>monstrado gran<strong>de</strong> interesse nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas e apresentado um bom rendimento. Os estudantes avaliaram os estágios<br />

como muito importantes na formação médica, e manteriam os estágios mesmo sem o PET-Saú<strong>de</strong>. Conclusão: O PET-Saú<strong>de</strong> facilitou a<br />

criação dos estágios <strong>de</strong> internato na re<strong>de</strong> do SUS, possibilitando a formação do egresso em consonância ao perfil traçado pelo Projeto Pedagógico<br />

do curso e das Diretrizes Curriculares Nacionais.<br />

29 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, PR, Brasil.<br />

30 Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

31 Amsaú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Londrina, PR, Brasil.<br />

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Aprendizagem Significativa Mediada Pelo Pet-Saú<strong>de</strong> Na Universida<strong>de</strong> De Passo Fundo E<br />

Na Esf Planaltina (Passo Fundo/Rs): Primeiras Impressões<br />

BORGES, DT 32<br />

WAGNER, R 33<br />

GELAIN, A33<br />

GARBIN, R33<br />

CABRAL, C33<br />

BARELLI, C33<br />

Introdução: O processo <strong>de</strong> formação dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina vem se modificando e nessa perspectiva a instituição formadora<br />

e a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, através do PET-Saú<strong>de</strong>, têm possibilitado uma revolução nas práticas <strong>de</strong> ensino, realizando<br />

transformações também nas rotinas dos profissionais da Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família e na aca<strong>de</strong>mia. Objetivo: Relatar experiências<br />

vivenciadas pelos acadêmicos <strong>de</strong> medicina proporcionada pelo PET-Saú<strong>de</strong> na ESF Planaltina, em Passo Fundo/RS. Métodos: Relato<br />

dos discentes sobre sua percepção e vivência na rotina <strong>de</strong> trabalho em uma equipe <strong>de</strong> ESF e percepções do método <strong>de</strong> aprendizado participativo<br />

através das práticas na unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Resultados: Os estudantes, através da interação com a rotina da unida<strong>de</strong>, têm participado<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s interdisciplinares e multidisciplinares, vivenciando a atuação na comunida<strong>de</strong>, criando vínculos, realizando visitas<br />

domiciliares, recenseando dados relevantes para comunida<strong>de</strong> e equipe e <strong>de</strong>senvolvendo práticas <strong>de</strong> ensino-serviço integradoras.<br />

“Eu achava que o PET-Saú<strong>de</strong> seria um trabalho mais teórico. A equipe confia no nosso trabalho, nos <strong>de</strong>safiando, e fazendo com que eu<br />

aprenda mais, <strong>de</strong> forma mais proveitosa”. “Quando a população reconhece que nós vamos levar conhecimento e ajuda é um estimulo<br />

para apren<strong>de</strong>r. É uma via <strong>de</strong> mão dupla: os usuários nos instigam sem se dar conta que assim seremos profissionais melhores”, constatam<br />

alguns acadêmicos. Conclusões: A atuação conjunta entre a universida<strong>de</strong> e o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, proporcionada pelo PET-Saú<strong>de</strong><br />

contribui na formação <strong>de</strong> profissionais competentes para atuação na prevenção e promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, capazes <strong>de</strong> atuar em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

atenção, <strong>de</strong>ntro do princípio da integralida<strong>de</strong> do cuidado, modificando a visão “hospitalocêntrica” da aca<strong>de</strong>mia, além <strong>de</strong> oferecer<br />

formação mais abrangente no contato com o humano, graduando médicos em condições <strong>de</strong> aprimorar as necessida<strong>de</strong>s atuais da<br />

relação médico-paciente on<strong>de</strong> o plano terapêutico ten<strong>de</strong> a ser singular e o paciente se torna pró-ativo <strong>de</strong>sse processo.<br />

Oficinas Locais Da Parceria Ensino-Serviço-Comunida<strong>de</strong>: Desafios E Potencialida<strong>de</strong>s<br />

Para A Implementação Do Pet-Saú<strong>de</strong> Na Ufg<br />

Lima, JR 34<br />

Alexandre, VP 35<br />

Cor<strong>de</strong>iro, ACA 35<br />

Souza, MM 35<br />

Introdução: AUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás (UFG) é integrante do Programa <strong>de</strong> Educação pelo Trabalho para a Saú<strong>de</strong> (Pet-Saú<strong>de</strong>)<br />

que objetiva promover a articulação ensino-serviço-comunida<strong>de</strong> e ensino-pesquisa-extensão no âmbito da Estratégia da Saú<strong>de</strong> da<br />

Família, mediante o trabalho multi e interdisciplinar para o fortalecimento da atuação na atenção básica. Como estratégia <strong>de</strong> implementação<br />

do Pet-Saú<strong>de</strong> foram realizadas Oficinas locais da parceria ensino-serviço-comunida<strong>de</strong> (OLPESC) em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atenção Básica<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (UABSF) que são espaço <strong>de</strong> prática para cursos da UFG. Objetivo: Relatar potencialida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>safios para implementação<br />

do Pet-Saú<strong>de</strong> à partir das informações levantadas nas OLPESC. Método: As OLPESC respeitaram as seguintes etapas:<br />

acolhimento; objetivos; formação <strong>de</strong> grupos; resposta às questões norteadoras; elaboração <strong>de</strong> cronograma <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e avaliação. O<br />

relatório das oficinas foi analisado qualitativamente, i<strong>de</strong>ntificando categorias temáticas, <strong>de</strong>ntre elas as potencialida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>safios para a<br />

implementação do Pet-Saú<strong>de</strong>. Resultados: A comunida<strong>de</strong> teve participação incipiente, sua principal queixa foi a falta <strong>de</strong> informações<br />

32 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

33 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

34 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Enfermagem, Goiânia, GO, Brasil.<br />

35 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nutrição, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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sobre os serviços oferecidos pela UABSF e manifestaram surpresa com a oportunida<strong>de</strong> para discutir suas necessida<strong>de</strong>s. Os profissionais<br />

do serviço citaram como barreiras para a parceria ensino-serviço: reduzida participação no planejamento das ativida<strong>de</strong>s práticas e<br />

cronograma diferenciado das faculda<strong>de</strong>s. I<strong>de</strong>ntificaram a oficina como espaço para verbalização <strong>de</strong> apreensões e expectativas em relação<br />

à reorientação dos serviços e contribuição para formação. Auniversida<strong>de</strong> (tutores, monitores, preceptores, professores, estudantes)<br />

i<strong>de</strong>ntificou como barreiras o calendário acadêmico não compatível com rotinas das unida<strong>de</strong>s e a ênfase ao mo<strong>de</strong>lo curativo nas UABSF,<br />

e como potencialida<strong>de</strong>s, a maior abertura ao diálogo com os serviços e preocupação com a integração entre cursos da UFG.<br />

Consi<strong>de</strong>rações finais: As OLPESC reforçaram a importância da participação popular nas UABSF e possibilitaram o estreitamento das<br />

relações entre os cursos da UFG e entre estes com os serviços, ampliando os espaços para prática na atenção básica.<br />

O Processo De Construção Do Pet-Saú<strong>de</strong> De Botucatu: Desafios Para Universida<strong>de</strong> E<br />

Serviços Na Formação De Profissionais Para O Sus<br />

Prearo, AY36 Cyrino, EG36 Romanholi, RMZ36 Cyrino, APP36 Popim, RC36 Villas Boas, PJF36 Introdução: Na última década, a formação <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> tem sido influenciada por políticas públicas indutoras -<br />

PROMED, PRO-SAÚDE e PET-SAÚDE - esforço <strong>de</strong> reorientação do currículo <strong>de</strong> graduação para as priorida<strong>de</strong>s do Sistema Único <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (SUS). Objetivos: O projeto PET-Saú<strong>de</strong>, parceria da FMB/UNESP com a Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Botucatu, busca fomentar grupos<br />

<strong>de</strong> aprendizagem tutorial na Estratégia Saú<strong>de</strong> da Família (ESF) articulando o ensino na comunida<strong>de</strong>, com os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> pesquisa e extensão na atenção primária à saú<strong>de</strong>. Metodologia: Relato <strong>de</strong> experiência <strong>de</strong> formulação <strong>de</strong> projeto PET-Saú<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong> sua etapa inicial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Resultados: Para a formulação do projeto estruturou-se grupo <strong>de</strong> trabalho com participação<br />

<strong>de</strong> docentes, estudantes, membros da comissão PRO-SAÚDE, enfermeiros, resi<strong>de</strong>ntes e profissionais da universida<strong>de</strong> e dos serviços<br />

que atuam da disciplina Interação Universida<strong>de</strong> Serviços e Comunida<strong>de</strong> (IUSC), com estudantes <strong>de</strong> medicina e enfermagem. Foram<br />

apresentadas propostas <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> intervenção aten<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>mandas da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> por todos, analisados por docentes e profissionais<br />

da saú<strong>de</strong>. Foram selecionadas pesquisas nas linhas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da criança e adolescente, Saú<strong>de</strong> do adulto e idoso, Saú<strong>de</strong> e meio<br />

ambiente e Saú<strong>de</strong> bucal. Têm-se realizado oficinas com a metodologia da problematização, produzindo-se mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> intervenção,<br />

on<strong>de</strong> todos são protagonistas. Observa-se maior aproximação da universida<strong>de</strong> com a ESF, proporcionando maior reflexão para professores<br />

e estudantes, que confrontados com a realida<strong>de</strong>, apren<strong>de</strong>m e <strong>de</strong> produzem conhecimentos. O profissional da ESF amplia sua “cultura<br />

<strong>de</strong> investigação”, na medida em que incorpora em seu fazer cotidiano a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar e buscar soluções aos problemas e<br />

dificulda<strong>de</strong>s enfrentados, mediante a reflexão e análise crítica <strong>de</strong> sua prática. Conclusões: a cultura da participação, do trabalho em<br />

equipe e a responsabilização dos equipamentos formadores com os prestadores <strong>de</strong> serviços e a comunida<strong>de</strong> é um processo que necessita<br />

<strong>de</strong> acompanhamento, reflexão e avaliação permanentes.<br />

36 Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho”. Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu. Botucatu, SP, Brasil.<br />

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“Dia Mundial Do Rim” Uma Realização Do Pet-Saú<strong>de</strong> São Luis De Montes Belos<br />

Pereira, ERS 37<br />

Cardoso, HC 37<br />

da Mata, JC 37<br />

Oliveira, JM 37<br />

Barbosa, MS 37<br />

Navarro, JA 38<br />

Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é consi<strong>de</strong>rada atualmente um dos principais fatores <strong>de</strong> risco para mortalida<strong>de</strong> cardiovascular,<br />

o que torna a sua i<strong>de</strong>ntificação precoce importante na Atenção Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Objetivos: Conscientizar a população e os<br />

profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> sobre a importância do diagnóstico precoce e prevenção da DRC; rastrear pacientes com fatores <strong>de</strong> risco e indícios<br />

para DRC. Métodos: Para realização da campanha <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> DRC os participantes do Programa PET-Saú<strong>de</strong> São Luís <strong>de</strong> Montes<br />

Belos (SLMB) adquiriram material educativo junto a Socieda<strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Nefrologia (SBN); infra-estrutura e material necessário<br />

para testes diagnósticos fornecidos pela Secretaria Municipal da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> SLMB-GO, além do apoio das equipes <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família.<br />

Para divulgação utilizou-se da rádio local, faixas e dos agentes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Adinâmica, no dia 12 <strong>de</strong> março (Dia Mundial do Rim), ocorreu<br />

no centro da cida<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> uma parte educativa e outra assistencial. Atuaram na campanha aproximadamente 40 pessoas, <strong>de</strong>ntre<br />

acadêmicos <strong>de</strong> medicina, enfermagem, agentes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e médicos. Resultados: Foram atendidas 163 pessoas das quais 62% (n=101)<br />

realizaram exames <strong>de</strong> glicemia capilar e testes <strong>de</strong> urina por possuírem algum fator <strong>de</strong> risco para DRC. Observou-se que 35,6% referiam<br />

ser hipertensos, 14,7 % diabéticos e 17,8 % ter doença renal. Dentre os exames avaliados, 9,7% apresentaram proteinúria, 27,2% leucocitúria<br />

e 24,7% hematúria. Os pacientes com alterações da função renal foram encaminhados para avaliação complementar nas Unida<strong>de</strong>s<br />

Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Conclusões: Campanhas educativas como a realizada pelo PET-Saú<strong>de</strong> SLMB po<strong>de</strong>m contribuir na construção do<br />

auto cuidado consciente, prevenindo-se o surgimento da DRC, bem como contribuir no processo <strong>de</strong> educação permanente dos<br />

profissionais da Atenção Básica à Saú<strong>de</strong>. Além disso, evi<strong>de</strong>nciou-se que uma parcela da população atendida apresentava fatores <strong>de</strong><br />

risco para DRC e proteinúria, um marcador <strong>de</strong> lesão renal.<br />

Contribuindo Com O Protagonismo Estudantil: Relato De Experiência Dos Estagiários<br />

De Medicina Do Pró-Saú<strong>de</strong> Da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Da Paraíba<br />

Moreira, D.A39 Belmont, B39 Alencar, D39 Alcoforado, M39 Veloso, N39 Ramos, S39 Introdução: O Pró-Saú<strong>de</strong> (Programa Nacional <strong>de</strong> Reorientação da Formação Profissional em Saú<strong>de</strong>), lançado pelo Ministério da<br />

Saú<strong>de</strong>, visa promover a integração ensino-serviço, reorientar a formação do profissional e promover transformações na prestação <strong>de</strong><br />

serviços à população. No curso <strong>de</strong> Medicina da UFPB, este Programa foi implantado paralelo ao processo <strong>de</strong> adoção do novo Projeto<br />

Político Pedagógico. Foram selecionados oito discentes para participarem <strong>de</strong> estágio, incentivando uma participação ativa, crítica e política<br />

neste cenário <strong>de</strong> mudança curricular. Objetivos: Este trabalho tem o intuito <strong>de</strong> relatar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos estagiários<br />

selecionados, mostrando a contribuição <strong>de</strong>sta experiência para a formação médica. Métodos: Descrição, análise e reflexão da experiência<br />

dos autores no Programa. Resultados: As ações foram focadas na articulação entre gestão, universida<strong>de</strong> e serviço, buscando a<br />

efetivida<strong>de</strong> das ativida<strong>de</strong>s práticas propostas no currículo. Oficinas abrangendo a coor<strong>de</strong>nação do curso, corpos docente e discente<br />

avaliaram o funcionamento do novo PPP. Também foram aplicados questionários aos graduandos do currículo antigo, com o objetivo<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os entraves existentes e buscar soluções, e aos graduandos do novo currículo, para avaliação dos módulos recém implan-<br />

37 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

38 Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Luís <strong>de</strong> Montes Belos, São Luís <strong>de</strong> Montes Belos, GO, Brasil.<br />

39 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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tados. Assim, os estagiários <strong>de</strong>senvolveram, junto aos outros discentes do curso, uma participação ativa na busca por alternativas para<br />

as dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas no processo <strong>de</strong> cumprimento das Novas Diretrizes Curriculares Conclusões: Aexperiência dos estagiários,<br />

a partir do Pró-Saú<strong>de</strong>, serviu para compreen<strong>de</strong>r as inúmeras possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> articulação entre os diferentes atores que participam do<br />

cuidado a saú<strong>de</strong> (universida<strong>de</strong>, gestão e serviço) para viabilizar interesses comuns a todos. Além disso, o estágio é um espaço que<br />

permitiu a aquisição e o exercício das habilida<strong>de</strong>s preconizadas pelo novo PPP, visando semear nos discentes a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem<br />

agentes ativos na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas, construção <strong>de</strong> soluções, estando aptos a construir seu próprio conhecimento a partir das<br />

experiências prévias e das informações captadas.<br />

A Saú<strong>de</strong> Da Criança E Do Adolescente Como Uma Questão Social<br />

Henriques, FV40 Mao, AYY40 Ribeiro, JMND40 Silveira, ME40 Silva, TR40 Bonolo, PF40 Introdução: Através <strong>de</strong> uma intervenção na escola CAIC <strong>de</strong> um distrito <strong>de</strong> Ouro Preto, por intermédio do programa PET-saú<strong>de</strong>,<br />

foi observado que a saú<strong>de</strong> e o bem-estar da criança e do adolescente não é somente uma questão médica; é uma questão social. Objetivo:<br />

Desenvolver ativida<strong>de</strong>s que visem a promoção da saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> crianças e adolescentes no CAIC <strong>de</strong> um distrito <strong>de</strong> Ouro Preto, Minas<br />

Gerais. Métodos: Para realização do trabalho, foram realizadas dinâmicas, aulas expositivas e reuniões ao longo <strong>de</strong> cinco encontros. Resultados<br />

e Observações: Ao longo do trabalho, chegou-se à conclusão que a escola não tem consciência do futuro que ela tem nas mãos.<br />

A dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado dos alunos é vista como algo previsível no âmbito escolar. A não-aprendizagem não é problematizada,<br />

pois a coor<strong>de</strong>nação pedagógica consi<strong>de</strong>ra que a maioria dos alunos não irá realmente apren<strong>de</strong>r. As reais necessida<strong>de</strong>s dos alunos não<br />

são priorida<strong>de</strong>s do planejamento pedagógico. Além disso, os alunos com baixo rendimento são, muitas vezes, excluídos e marginalizados<br />

inclusive das festivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro da escola. Esse cotidiano <strong>de</strong> exclusão, aliado à violência e baixa renda familiar, reflete no futuro<br />

das crianças e adolescentes, fazendo-os <strong>de</strong>sacreditar na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento pessoal e intelectual. Conclusão: O convívio social<br />

harmonioso, o bom <strong>de</strong>sempenho escolar, a adoção <strong>de</strong> hábitos saudáveis é suprimido pela realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exclusão e violência presente<br />

no cotidiano dos alunos. Ainteração entre os ambientes doméstico e escolar ocupa papel fundamental na formação <strong>de</strong> indivíduos conscientes<br />

<strong>de</strong> seu papel social. Desse modo, a escola precisa repensar a sua contribuição para a formação humana e saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus alunos. A<br />

troca <strong>de</strong> experiências proporcionada por este trabalho evi<strong>de</strong>ncia a importância <strong>de</strong> o médico se aproximar da realida<strong>de</strong> cotidiana <strong>de</strong> seu<br />

paciente e buscar compreen<strong>de</strong>r as suas necessida<strong>de</strong>s, o que torna a medicina um potente instrumento <strong>de</strong> inclusão social.<br />

Reflexões Sobre A Atuação De Agentes Comunitários De Saú<strong>de</strong> Em Ativida<strong>de</strong>s Junto A<br />

Monitoras Do Pet-Saú<strong>de</strong> Ufcspa<br />

Keitel, P 41<br />

Reis, MCP 41<br />

Souza, AC 41<br />

Pinto, MEB 41<br />

Introdução: Os Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ACS) atuam como elo entre as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

melhora das condições <strong>de</strong> vida local, além <strong>de</strong> conviverem no mesmo contexto social e cultural da comunida<strong>de</strong> e compartilharem o mesmo<br />

universo linguístico. Esses fatores possibilitam que os ACS transmitam as informações dos <strong>de</strong>mais profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do Programa<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) à população e vice-versa. Objetivo: O objetivo <strong>de</strong>sse trabalho é relatar a importância da experiência <strong>de</strong><br />

alunas através do trabalho <strong>de</strong> monitoria no Programa <strong>de</strong> Educação para o Trabalho em Saú<strong>de</strong> (PET-Saú<strong>de</strong>) junto aos ACS. Métodos:<br />

40 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto, Ouro Preto, MG, Brasil.<br />

41 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

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Através da metodologia da problematização <strong>de</strong> Maguerez, quatro alunos <strong>de</strong> diferentes cursos da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da<br />

Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre (UFCSPA) juntamente com duas monitoras foram estimulados a encontrar uma situação na comunida<strong>de</strong> em que<br />

estavam atuando através do PET-Saú<strong>de</strong> e a partir da problematização encontrar uma solução. A situação escolhida foi a Hipertensão<br />

Arterial Sistêmica (HAS), e a tentativa <strong>de</strong> solução foi focada na <strong>de</strong>scentralização do conhecimento. Além da confecção <strong>de</strong> material informativo,<br />

foi oferecida uma palestra sobre o tema, em que os convidados foram os representantes da comunida<strong>de</strong> e os ACS. Resultados:<br />

Os ACS foram orientados para fornecer as informações discutidas na palestra para a população com HAS. O material confeccionado foi<br />

disponibilizado ao PSF para que o mesmo fosse distribuído em consultas e visitas domiciliares aos indivíduos com HAS. Conclusões: A<br />

visão que se tinha <strong>de</strong> que os ACS são apenas uma representação da comunida<strong>de</strong> foi totalmente modificada, pois a presença <strong>de</strong> ACS na<br />

equipe <strong>de</strong> um PSF é imprescindível. Ao atuar junto à comunida<strong>de</strong>, o ACS se comunica com esta através <strong>de</strong> uma linguagem simples e<br />

objetiva levando informações sobre prevenção <strong>de</strong> doenças, promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, condições <strong>de</strong> higiene e saneamento.<br />

Pró-Saú<strong>de</strong> De Passo Fundo/Rs: Uma Avaliação Com Base Na Satisfação Dos Usuários<br />

Atendidos Nas Unida<strong>de</strong>s De Saú<strong>de</strong> Da Família Conveniadas<br />

TAGLIARI, AB 42<br />

CERATTI, AR 43<br />

BARELLI, C 43<br />

SCHERER, JI 43<br />

ARAÚJO, EL 43<br />

GRANDO, AN 43<br />

Introdução: O PRÓ-SAÚDE tem como objetivo induzir a efetiva integração ensino-serviço-comunida<strong>de</strong> e apresenta como características<br />

principais: abordagem integral do processo saú<strong>de</strong>-doença, multidisciplinarida<strong>de</strong>, ênfase para a atenção básica e diversificação<br />

dos cenários <strong>de</strong> prática. Avaliar a satisfação dos usuários é uma estratégia importante para mensurar os impactos produzidos<br />

pela inserção acadêmica na re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, mediada por incentivos fe<strong>de</strong>rais. Objetivo: Avaliar a satisfação dos usuários atendidos<br />

em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família conveniadas com o PRÓ-SAÚDE <strong>de</strong> Passo Fundo-RS. Método: Trata-se <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> abordagem<br />

quantitativa, cuja coleta dos dados se <strong>de</strong>u pela aplicação <strong>de</strong> um questionário semi-estruturado, não i<strong>de</strong>ntificável e <strong>de</strong> auto-preenchimento,<br />

em maio/<strong>2009</strong>. A amostra abrangeu 1200 usuários, <strong>de</strong> quatro equipes do PSF. Os resultados foram tabulados e analisados<br />

por parâmetros <strong>de</strong> estatística <strong>de</strong>scritiva. Resultados: Os resultados apontam que elevada parcela da população está satisfeita com os<br />

serviços prestados pelas equipes do PSF, assim como atendimento prestado pelos acadêmicos. Para a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que já recebeu<br />

investimentos <strong>de</strong> infra-estrutura proveniente dos recursos do PRÓ-SAÚDE a satisfação dos usuários é aparentemente mais elevada, e o<br />

inverso ocorreu com o PSF que apresenta uma inserção acadêmica mais tímida. No geral os usuários reconhecem a presença dos acadêmicos<br />

no serviço/comunida<strong>de</strong> e valorizam esta atuação como cuidado em saú<strong>de</strong> mais qualificado. Conclusão: Asatisfação dos usuários<br />

em relação ao atendimento pelas equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e acadêmicos se <strong>de</strong>ve, em gran<strong>de</strong> parte, à inserção <strong>de</strong>stes no PRÓ-SAÚDE, o que<br />

contribuiu para modificar os cenários <strong>de</strong> prática, reorientar a formação acadêmica e o aperfeiçoamento profissional, além <strong>de</strong> proporcionar<br />

uma maior integração com a comunida<strong>de</strong>. O estimulo dos profissionais pelo novo faz também como que ocorra um maior comprometimento<br />

da equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com seus pacientes.<br />

42 Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

43 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil.<br />

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A Experiência Da Disseminação De Conhecimento Em Saú<strong>de</strong> Pelo Rádio<br />

Peixoto, MKAV 44<br />

Sugita, DM 44<br />

Me<strong>de</strong>iros, KB 44<br />

Ribeiro, JP 44<br />

Navarro, MMD 44<br />

Weirich, CF 44<br />

Introdução: O Estágio Supervisionado em Saú<strong>de</strong> Comunitária, fortalecido, este ano, pelo projeto do PET-SAÚDE, possibilita<br />

aos acadêmicos dos cursos <strong>de</strong> Enfermagem, Medicina e Odontologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

ações voltadas à atenção básica dos municípios conveniados (Firminópolis e São Luis <strong>de</strong> Montes Belos) <strong>de</strong> maneira multiprofissional.<br />

Durante quatro semanas, os estagiários participam <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que visam não apenas o atendimento da população, mas também a<br />

educação em saú<strong>de</strong>. E uma das estratégias utilizadas na promoção da saú<strong>de</strong> é a participação dos acadêmicos em um programa <strong>de</strong> rádio<br />

local. Objetivos: Relatar a experiência <strong>de</strong> disseminar conhecimento em saú<strong>de</strong> para o público leigo, através <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> rádio.<br />

Métodos: Semanalmente os estagiários contribuem com a programação da rádio local ao oferecerem esclarecimentos sobre diversos temas<br />

da área da saú<strong>de</strong>. Os próprios estagiários selecionam o tema a ser abordado e elaboram o roteiro do programa. O programa tem duração<strong>de</strong>quinzeminutos.Resultados:<br />

Devido à condição sócio-econômica e cultural do público-alvo do programa <strong>de</strong> rádio e à limitação<br />

<strong>de</strong> tempo, a ativida<strong>de</strong> exige extrema <strong>de</strong>dicação dos estagiários no momento da elaboração do roteiro. Não apenas o tema <strong>de</strong>ve ir ao<br />

encontro das necessida<strong>de</strong>s sociais da comunida<strong>de</strong>, como o acadêmico <strong>de</strong>ve atentar-se à linguagem e ao vocabulário utilizados, tentando<br />

aproximá-los, ao máximo, da realida<strong>de</strong> local. A ativida<strong>de</strong> limita-se a fornecer conhecimento em saú<strong>de</strong> através <strong>de</strong> dicas e conceitos<br />

simples, <strong>de</strong>smistificar alguns tabus da comunida<strong>de</strong> e alertar à população sobre programas e datas próximas <strong>de</strong> interesse à saú<strong>de</strong><br />

pública. Conclusões: A experiência mostrou-se oportuna ao permitir o usufruto <strong>de</strong> uma estratégia diferente <strong>de</strong> educação em saú<strong>de</strong>,<br />

exigindo conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s diferenciadas.<br />

O Teatro Como Ferramenta Para A Formação De Protagonistas Da Vida Real:<br />

Desenvolvimento De Ativida<strong>de</strong> Em Saú<strong>de</strong> Com Escolares<br />

Domingues, MA45 Resen<strong>de</strong>, NV45 Vieira, TM45 Pessoa, TRRF45 Vasconcelos, PF45 Braga, CC45 Introdução: O Programa <strong>de</strong> Educação pelo Trabalho para a Saú<strong>de</strong> (PET-Saú<strong>de</strong>) tem como um <strong>de</strong> seus objetivos sensibilizar e<br />

preparar profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para o a<strong>de</strong>quado enfrentamento das diferentes realida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população brasileira.<br />

Isto é possível através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que proporcionem uma formação continuada dos profissionais envolvidos, contribuindo para<br />

uma atuação interdisciplinar que resulte na promoção da saú<strong>de</strong> a nível individual e coletivo. Nesse contexto, as ações educativas são<br />

frequentemente utilizadas para <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar reflexões e conduzir a modificações nas atitu<strong>de</strong>s e comportamentos das famílias. Objetivo:<br />

Relatar a experiência da utilização <strong>de</strong> metodologia ancorada na arte do teatro para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> educação em<br />

saú<strong>de</strong> na prevenção da <strong>de</strong>ngue para crianças <strong>de</strong> uma escola municipal. Métodos: Descrição analítica <strong>de</strong> experiência realizada na escola<br />

municipal Professor Afonso Pereira da Silva do município <strong>de</strong> João Pessoa, Paraíba, por discentes dos cursos <strong>de</strong> medicina, enfermagem,<br />

fisioterapia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba (UFPB), e por profissionais da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família (USF) Ver<strong>de</strong> Mares atuantes<br />

no PET-Saú<strong>de</strong>. Resultados: Na peça realizada pelos estudantes e profissionais, utilizou-se a comédia e a brinca<strong>de</strong>ira para pren<strong>de</strong>r a<br />

atenção das crianças e incentivá-las a <strong>de</strong>senvolverem nas suas casas ações <strong>de</strong> combate ao <strong>de</strong>senvolvimento do mosquito transmissor da<br />

<strong>de</strong>ngue. Através <strong>de</strong> um texto simples, relacionado ao cotidiano dos escolares, e do uso <strong>de</strong> fantasias, as crianças foram informadas sobre<br />

44 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

45 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

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sintomas e formas <strong>de</strong> prevenção da <strong>de</strong>ngue. Conclusões: A utilização do teatro promoveu maior integração entre os profissionais da<br />

USF, principalmente entre os Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e os estudantes, além <strong>de</strong> estreitar os laços com a comunida<strong>de</strong>,<br />

incentivando as crianças a realizarem práticas relacionadas aos cuidados para prevenção da <strong>de</strong>ngue <strong>de</strong> uma forma criativa, cotidiana e<br />

participativa.<br />

A Dificil Tarefa De Integrar Os Profissionais Da Saú<strong>de</strong><br />

Andra<strong>de</strong>, GN46 Nascimento, HCO46 Oliveira, SAO46 Oliveira, NM46 Santos, RPO46 Segalla, SB47 Introdução: o governo fe<strong>de</strong>ral lançou o edital do PET-Saú<strong>de</strong> (Programa <strong>de</strong> Educação pelo Trabalho em Saú<strong>de</strong> no ano <strong>de</strong> 2008,<br />

então <strong>de</strong>ntre as universida<strong>de</strong>s selecionadas estava a UFPA (Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará), entretanto tal projeto que <strong>de</strong>veria servir <strong>de</strong><br />

auxilio à melhora dos cursos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mostrou-se <strong>de</strong>ficiente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua concepção, pois a construção do projeto <strong>de</strong>u-se <strong>de</strong> forma autoritária,<br />

sem os discentes que tentaram se inserir no processo. Ainda assim o projeto, construído pelas faculda<strong>de</strong>s isoladamente, que <strong>de</strong>pois<br />

foram unidos em um só documento, foi enviado e aprovado com alguns cortes, mas sem indicação <strong>de</strong> melhoria. A construção do<br />

PET-Saú<strong>de</strong> permaneceu complicada, ocorreram sérios problemas quando posto em prática, pois as faculda<strong>de</strong>s não dialogavam. A representante<br />

da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina manteve-se em posição <strong>de</strong> superiorida<strong>de</strong>, seja através da falta <strong>de</strong> diálogo, seja por mostrar-se<br />

única enten<strong>de</strong>dora da atenção básica no grupo. As práticas iniciaram-se sem discussões prévias, sobre atenção primária, ou mesmo saú<strong>de</strong>.<br />

Com o <strong>de</strong>correr do projeto e o corte <strong>de</strong> uma bolsa para tutor, a representante da medicina retirou-se do projeto, <strong>de</strong>ixando-o hoje em<br />

reformulação e reconstrução <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> não antes existente. Objetivos: <strong>de</strong>monstrar as <strong>de</strong>ficiências e trazer reflexões a projetos <strong>de</strong><br />

incentivo à melhoria da educação em saú<strong>de</strong>. Métodos: aprovação na seleção dos estagiários do PET-Saú<strong>de</strong> e acompanhamento das reuniões.<br />

Resultados: reflexões e discussões com a coor<strong>de</strong>nação do PET-Saú<strong>de</strong>-UFPA para a sua melhoria. Conclusão: a construção da interdisciplinarieda<strong>de</strong>,<br />

principalmente envolvendo docentes do curso <strong>de</strong> medicina é extremamente difícil, a escassez <strong>de</strong> profissionais capacitados<br />

para construir alternativas viáveis para o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ou mesmo profissionais sem didática ou prática para o ensino em<br />

saú<strong>de</strong> são outra dificulda<strong>de</strong>. Dessa maneira faz-se necessária a participação discente nesses processos, para incentivar a capacitação <strong>de</strong><br />

professores e a aproximação com o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e outros cursos.<br />

Experiência Dos Acadêmicos Da Área De Saú<strong>de</strong> Da Ufg Em Zona Rural Durante O<br />

Estágio Supervisionado Em Saú<strong>de</strong> Comunitária<br />

Me<strong>de</strong>iros, KB 48<br />

Weirich, CF 48<br />

Navarro, JA 48<br />

Sugita, DM 48<br />

Peixoto, MKAV 48<br />

Ribeiro, JP 48<br />

Introdução: O Estágio Comunitário é realizado pelos cursos <strong>de</strong> Enfermagem, Medicina e Odontologia da UFG, no Campus <strong>de</strong><br />

Firminópolis/São Luis <strong>de</strong> Montes Belos (Goiás), com o objetivo <strong>de</strong> constituir-se em oportunida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>senvolver ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> voltadas<br />

à Atenção Básica. Os programas das disciplinas aten<strong>de</strong>m aos Projetos Pedagógicos dos cursos, tendo duração <strong>de</strong> quatro semanas.<br />

Este ano, o estágio foi fortalecido pelo projeto do PET-SAÚDE, possibilitando qualificação <strong>de</strong> preceptores e graduandos, para o fortalecimento<br />

do Programa da Saú<strong>de</strong> da Família em Municípios do interior do Estado, além <strong>de</strong> reforçar vínculos entre serviço-aca<strong>de</strong>mia.<br />

46 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará, Belém, PA, Brasil.<br />

47 Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, SP, Brasil.<br />

48 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

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Além dos serviços realizados nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, os estagiários têm a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>rem em um distrito da zona rural <strong>de</strong><br />

São Luis, a Planura Ver<strong>de</strong>. Objetivos: Refletir sobre a realida<strong>de</strong> encontrada no povoado <strong>de</strong> Planura Ver<strong>de</strong>. Métodos: Uma vez ao mês a<br />

Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Luis realiza atendimento médico em Planura Ver<strong>de</strong>. Participam médicos, enfermeiros, agentes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e os<br />

acadêmicos <strong>de</strong> Medicina e Enfermagem da UFG. Resultados: Há uma <strong>de</strong>ficiência visível <strong>de</strong> saneamento básico na região. As ruas não<br />

são asfaltadas e não há nenhuma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na comunida<strong>de</strong>. Afalta <strong>de</strong> estrutura a<strong>de</strong>quada nesse local é <strong>de</strong>sconcertante, a única<br />

maca disponível é utilizada pela enfermagem para realizar exame colpocitológico e os <strong>de</strong>mais pacientes são atendidos em ca<strong>de</strong>iras colegiais,<br />

sendo que o exame físico fica extremamente limitado. A baixa escolarida<strong>de</strong> da população também é extrema e muitas doenças<br />

crônicas ou infecciosas não tem seguimento a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>vido à não compreensão dos pacientes da sua verda<strong>de</strong>ira condição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Conclusões: O atendimento em tais condições foi fundamental para que percebêssemos o quanto o fator humano se torna dominante<br />

diante da necessida<strong>de</strong> material. Não se realizou uma medicina equânime, quando comparada à estrutura que temos no município, mas<br />

plena nas condições que se dispunhamos.<br />

Construção Do Saber Em Saú<strong>de</strong>: O Nascer Do Conhecimento No Relato De Uma<br />

Experiência Lúdica Em Um Grupo De Gestantes<br />

Domingues, MA 49<br />

Fernan<strong>de</strong>s, AC 49<br />

Vieira, TM 49<br />

Resen<strong>de</strong>, NV 48<br />

Vasconcelos, PF 49<br />

Figueiredo, AM 49<br />

Introdução: A integração ensino-serviço-comunida<strong>de</strong> advinda da implantação do PET- Saú<strong>de</strong> (Programa <strong>de</strong> Educação pelo<br />

Trabalho para Saú<strong>de</strong>) tem <strong>de</strong>spertado raciocínio crítico nos alunos frente às necessida<strong>de</strong>s locais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população. A Universida<strong>de</strong>,<br />

como espaço <strong>de</strong> formação intelectual e prático-teórica, tem papel fundamental na consolidação <strong>de</strong>sta nova política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Nesta<br />

perspectiva, estagiários dos cursos <strong>de</strong> Medicina, Enfermagem e Fisioterapia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, inseridos em uma<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família, vêm executando ativida<strong>de</strong>s coletivas voltadas para promoção da saú<strong>de</strong> e prevenção <strong>de</strong> doenças, <strong>de</strong>ntre<br />

elas a realização mensal <strong>de</strong> grupo para gestantes. Objetivo: relatar a ativida<strong>de</strong> lúdico-educativa <strong>de</strong> grupo <strong>de</strong>senvolvida com gestantes<br />

pelos estagiários do PET-Saú<strong>de</strong>. Métodos: relato analítico da experiência dos participantes do estágio do PET-Saú<strong>de</strong>. Resultado: aativida<strong>de</strong><br />

lúdico-pedagógica <strong>de</strong>senvolvida com as gestantes foi i<strong>de</strong>alizada a partir da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compartilhar informações <strong>de</strong> forma<br />

dinâmica, tendo como base seus conhecimentos prévios, contando com a participação <strong>de</strong> Agentes Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e preceptores.<br />

Foi elaborado jogo <strong>de</strong> tabuleiro e formadas duas equipes. Após lançar os dados, a equipe recebia uma carta com questões abordando<br />

temáticas relativas ao aleitamento materno, contendo afirmações ou questionamentos sobre mitos da amamentação. Ao concordar<br />

com as afirmativas verda<strong>de</strong>iras ou respon<strong>de</strong>r corretamente aos questionamentos, avançava-se no tabuleiro. Em seguida, os estagiários<br />

discutiam a questão <strong>de</strong> acordo com a resposta dada, proporcionando uma troca <strong>de</strong> conhecimentos populares e acadêmicos. Conclusão:<br />

Aativida<strong>de</strong> educativa consolidou a idéia da construção do saber a partir do senso comum <strong>de</strong> cada membro participante. Desta forma, a<br />

metodologia utilizada mostrou-se mais produtiva do que a didática expositiva, principalmente por possibilitar o compartilhamento <strong>de</strong><br />

saberes entre as gestantes, tornando-as sujeitos ativos no processo <strong>de</strong> aprendizagem. Além disso, proporcionou a criação <strong>de</strong> vínculo dos<br />

estagiários com a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e com a população em uma abordagem multidisciplinar do tema.<br />

49 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.<br />

721<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


TEMA: ÉTICA<br />

A Formação Da Ética No Profissional Médico<br />

Freitas, A.C.P 1<br />

Ferreira,B.F.A 2 .<br />

Introdução: Nos últimos anos, percebeu-se aumento significativo no número <strong>de</strong> julgamento <strong>de</strong> médicos pelos conselhos <strong>de</strong> ética<br />

no Brasil. Esse problema não foi acompanhado da reavaliação dos métodos <strong>de</strong> ensino da ética médica ao acadêmico <strong>de</strong> Medicina, frequentemente<br />

submetido a módulos verticais <strong>de</strong> ensino. Objetivos: Avaliar a influência da formação acadêmica para o conceito <strong>de</strong> ética<br />

em acadêmicos <strong>de</strong> Medicina. Métodos: Foi aplicado um questionário <strong>de</strong>10 questões em acadêmicos da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará.<br />

As questões abordavam o assunto ética médica, e continham apenas as opções verda<strong>de</strong>iro e falso. Os entrevistados foram distribuídos<br />

em grupos Ae B. Grupo Acomposto por 10 acadêmicos <strong>de</strong> Medicina que não cursaram o módulo <strong>de</strong> ética médica, e o grupo por 10 acadêmicos<br />

<strong>de</strong> Medicina que já concluíram o módulo <strong>de</strong> ética médica. Os dados foram interpretados pelo número <strong>de</strong> questões certas e<br />

comparados em tabelas. Resultados: No Grupo A, 3 alunos acertaram 5 questões, 5 alunos acertaram 6 questões, e 2 alunos acertaram 7<br />

questões. No Grupo B, 2 alunos acertaram 4 questões, 4 alunos acertam 5 questões, e 4 alunos acertaram 6 questões. Conclusões: Pelos<br />

dados obtidos concluímos que o ensino na graduação em módulos verticais do tema ética médica não tem significativa importância na<br />

assimilação do tema pelo aluno, pois estudantes já conclu<strong>de</strong>ntes do módulo não tiveram um melhor <strong>de</strong>sempenho na resposta do questionário.<br />

Sugerimos, portanto, uma confirmação do estudo, com maior amostra e participação <strong>de</strong> diferentes instituições, para reavaliar<br />

uma melhor forma <strong>de</strong> ensino para esse tema nas instituições.<br />

“Habilida<strong>de</strong>s De Comunicação Do Médico Estrangeiro Em São Paulo: Relato De Caso”<br />

Au Lavisio, E. M. 3<br />

Gemignani, E. Y, M. Y 3<br />

Introdução: para a validação do diploma <strong>de</strong> médico estrangeiro no Brasil é necessário que o mesmo entre com requerimento em<br />

universida<strong>de</strong> brasileira pública com cópia <strong>de</strong> seus documentos e pagamento <strong>de</strong> uma taxa para aguardar o julgamento <strong>de</strong> equivalência<br />

do curso; também <strong>de</strong>verá prestar exame em língua portuguesa (MEC, 2008). Embora o Estado <strong>de</strong> São Paulo tenha escolas médicas em<br />

número suficiente para aten<strong>de</strong>r sua população, a atração do mercado e as perspectivas <strong>de</strong> residência médica acabam atraindo profissionais<br />

<strong>de</strong> outros Estados e <strong>de</strong> outros países (CREMESP, 2007). A semelhança das línguas latinas po<strong>de</strong> explicar a escolha do Brasil para a<br />

atuação no mercado <strong>de</strong> trabalho médico, mas sua formação e os valores culturais diferentes po<strong>de</strong>m entrar em discordância com a cultura<br />

brasileira ocasionando dificulda<strong>de</strong>s na relação médico estrangeiro-paciente brasileiro e no diagnóstico <strong>de</strong> doenças tropicais como a<br />

Doença <strong>de</strong> Chagas, específicas do solo brasileiro. Como também, tem-se observado no SAC <strong>de</strong> um hospital público-privado do Alto Tietê<br />

críticas em relação aos médicos <strong>de</strong> línguas estrangeiras. Então, como as formações culturais e sociais po<strong>de</strong>m influenciar na atuação<br />

do médico estrangeiro em São Paulo, houve interesse em investigar as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação. Objetivos: i<strong>de</strong>ntificar os problemas<br />

apresentados pelos médicos estrangeiros em sua atuação profissional. Métodos: método da Problematização (Arco <strong>de</strong> Maguerez e Paulo<br />

Freire) e análise documental. Resultados: foram i<strong>de</strong>ntificadas dificulda<strong>de</strong>s na leitura e compreensão da prescrição médica e dos registros<br />

documentais pela equipe multiprofissional e pelos pacientes, assim como a relação médico-paciente apresenta-se, também, prejudicada.<br />

Conclusões: concluímos que, para melhorar a relação médico-paciente se faz necessária uma capacitação e adaptação à cultura<br />

brasileira para po<strong>de</strong>r melhorar a sua expressão e comunicação. Sugerimos que a validação do diploma contemple conhecimentos em<br />

doenças tropicais, habilida<strong>de</strong> e comunicação em língua portuguesa e, a realização <strong>de</strong> estágios supervisionados<br />

1 Faculda<strong>de</strong> Christus, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.<br />

3 Universida<strong>de</strong> Braz Cubas, Mogi das Cruzes, SP, Brasil.<br />

722<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


A Importância Da Bioética Na Formação Do Estudante De Medicina<br />

Lechinewski, L.D 4<br />

Molteni, R.A 4<br />

Kuenzer G., P.C 4<br />

Batista, D.R. 4<br />

Przybysz, D.G.B 4<br />

Introdução: a bioética, termo instituído por Van Potter em 1971 através do livro “Bioethics: bridge to the future”, objetiva estabelecer<br />

um elo entre ciência e ética, permitindo o avanço daquela sem a transgressão <strong>de</strong>sta. Para isto estabelece princípios que regem a<br />

ação dos indivíduos: beneficência, não-maleficência, autonomia e justiça. Na área da saú<strong>de</strong> tais princípios são fundamentais, sendo <strong>de</strong>cisivos<br />

na formação acadêmica. Sendo assim, o projeto <strong>de</strong> extensão em bioética visa prover ao estudante a vivência e o conhecimento<br />

necessários para agir visando o melhor para si, o paciente e seus familiares e, por conseguinte, toda a socieda<strong>de</strong>. Objetivos: Auxiliar na<br />

formação <strong>de</strong> médicos mais humanizados e éticos, em meio a uma era <strong>de</strong> “médicos técnicos”, a fim <strong>de</strong> melhorar a relação médico-paciente<br />

e o profissional médico, os cidadãos e a organização dos sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, buscando a justiça neste serviço público. Isto ocorre instigando<br />

a formação <strong>de</strong> uma visão crítica dos estudantes, baseada nos princípios bioéticos. Métodos: através <strong>de</strong> reuniões quinzenais, são<br />

realizadas análises e discussões <strong>de</strong> obras teóricas referentes à bioética, como o Código <strong>de</strong> Ética Médica e a Declaração <strong>de</strong> Helsinki, bem<br />

como <strong>de</strong> casos reais e polêmicos que já foram submetidos a comitês <strong>de</strong> ética, tanto relacionados à pesquisa quanto a ações do médico em<br />

relação ao paciente (tratamento e diagnóstico, entre outros). Resultados: os resultados implicados no estudo da bioética são <strong>de</strong> curto e<br />

longo prazo. Os <strong>de</strong> curto prazo relacionam-se com a mudança dos indivíduos já na posição <strong>de</strong> acadêmicos, modificando sua formação<br />

profissional, que em longo prazo gera profissionais mais preparados. Conclusão: o estudo bioético é fundamental na formação <strong>de</strong><br />

médicos críticos, humanizados e mais integrados à socieda<strong>de</strong>, contribuindo positivamente na construção <strong>de</strong>sta.<br />

Assédio Moral Na Graduação Em Medicina Em Uma Universida<strong>de</strong> Do Rio De Janeiro<br />

Villaça, F.M 5<br />

Palácios, M 5<br />

Introdução: O assédio moral é uma violência <strong>de</strong>finida como a exposição a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas<br />

eprolongadasduranteajornada<strong>de</strong>trabalhoenoexercício<strong>de</strong>suasfunções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e<br />

assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações <strong>de</strong>sumanas e aéticas <strong>de</strong> longa duração, <strong>de</strong> um ou mais chefes dirigida a<br />

um ou mais subordinado(s), <strong>de</strong>sestabilizando a relação da vítima com o ambiente <strong>de</strong> trabalho e a organização. Pesquisas conduzidas<br />

sobre assédio moral perpetrado contra estudantes <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>monstram que este ocorre principalmente sob a forma <strong>de</strong> abusos repetidos<br />

<strong>de</strong> docentes, staffs médicos, resi<strong>de</strong>ntes e pares com repercussões negativas sobre a saú<strong>de</strong>, física e mental, dos estudantes. Entretanto,<br />

essa particular forma <strong>de</strong> violência é pouco explorada na escola médica, comprometendo seu reconhecimento e combate. Objetivos:<br />

O objetivo <strong>de</strong>sta pesquisa foi investigar as concepções <strong>de</strong> estudantes e professores do curso médico <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro sobre assédio moral que atinge estudantes <strong>de</strong> medicina. Método: Para alcançarmos tal objetivo, foi feita pesquisa <strong>de</strong> caráter exploratório,<br />

qualitativa, <strong>de</strong> corte transversal, sob a forma <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> caso. Resultados: Foram realizadas onze entrevistas, entre alunos<br />

e professores, em cargos <strong>de</strong> representação formal junto à faculda<strong>de</strong>. Houve relatos <strong>de</strong> diversas situações <strong>de</strong> abuso, condutas antiéticas e<br />

<strong>de</strong> outras formas <strong>de</strong> violência, perpetradas por docentes e outros estudantes <strong>de</strong> medicina durante a graduação. No entanto, esses relatos<br />

não se fundamentaram em uma reflexão crítica a respeito, havendo uma banalização à luz da exigência do curso médico. Conclusão:<br />

É imprescindível haver maior divulgação, atrelada a um <strong>de</strong>bate amplo e crítico sobre assédio moral, tanto na escola médica quanto na<br />

universida<strong>de</strong>, para que se adotem medidas <strong>de</strong> sua contenção em prol <strong>de</strong> uma ética das relações durante a formação médica.<br />

4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

723<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


O Eixo Ético-Político-Humanístico Na Formação Médica: Construindo Um Diálogo<br />

Amorim, K.P.C 6 .<br />

Moreira, S.N.T 6<br />

Azevedo, G.D 6<br />

Introdução: Almejando enfrentar e acompanhar os <strong>de</strong>safios e as mudanças ocorridas no contexto atual, o <strong>de</strong>safio posto é transformar<br />

o ensino médico em uma tarefa social emancipatória. Aciência, ao longo dos tempos, proporcionou um acúmulo <strong>de</strong> conhecimentos, os quais,<br />

necessariamente, não se pautaram por um progresso ético e humano, induzindo a uma visão utilitarista da vida e a uma dimensão parcial do<br />

homem. Objetivos: Cientes <strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong>, o Coor<strong>de</strong>nador do Curso <strong>de</strong> Medicina da UFRN, em conjunto com duas professoras <strong>de</strong> disciplinas<br />

do eixo ético-político-humanístico organizaram uma Oficina Pedagógica para docentes, com o apoio da Pró-reitoria <strong>de</strong> Graduação, tendo<br />

como objetivo: propiciar um diálogo entre as disciplinas, buscando refletir <strong>de</strong> forma integrada sobre a Inserção <strong>de</strong> temáticas relacionadas à<br />

formação ética e humana na estrutura curricular do referido curso. Métodos: Foi convidado pelo menos um professor <strong>de</strong> cada disciplina do<br />

curso <strong>de</strong> Medicina. No início, houve uma contextualização geral sobre o eixo ético-político-humanístico no Projeto Pedagógico em questão.<br />

Posteriormente, os professores trabalharam em pequenos grupos <strong>de</strong> discussão, com o intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>linear os conteúdos e estratégias para a inserção<br />

do eixo ético-político-humanístico nesse todo. Esta etapa foi seguida pela a apresentação coletiva das propostas elaboradas, discussão<br />

final, avaliação e encerramento. Resultados: Participaram da Oficina 25 professores, incluindo os organizadores, que pu<strong>de</strong>ram, mediante um<br />

trabalho integrado, <strong>de</strong>linear possíveis conteúdos, metodologias e os melhores momentos para a implementação das idéias. Conclusões: A<br />

ativida<strong>de</strong> favoreceu aos docentes repensarem suas práticas, posturas, conceitos e relações em prol da sintonia com as Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais e o Projeto Pedagógico. Foi um exercício prático, que propicio, <strong>de</strong>ntre outras coisas, os professores apontarem para a necessida<strong>de</strong><br />

dos aspectos humanos e éticos estarem presentes ao longo <strong>de</strong> todo o curso, requerendo a busca do diálogo interdisciplinar, o trabalho em<br />

equipe e a integração entre as pessoas.<br />

Lidando Com Crianças Com Condições Complexas Crônicas: A Ética Do Cuidar Como<br />

Fundamento Ético Para Reflexão Da Prática Médica<br />

Oigman-Bellas, G. 7<br />

Rego, S. 7<br />

Introdução: as crianças com condições complexas crônicas são um grupo <strong>de</strong> crianças que apresentam condições crônicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

isto é, <strong>de</strong> duração maior que 12 meses, envolvendo um ou mais órgãos tão severamente que <strong>de</strong>pendam <strong>de</strong> atendimento pediátrico<br />

especializado e sucessivas internações, algumas com <strong>de</strong>pendência tecnológica e outras com necessida<strong>de</strong>s especiais, mas todas com<br />

comprometimento <strong>de</strong> sua funcionalida<strong>de</strong>, em diferentes níveis. Atecnologia e o conhecimento possibilitam que cada vez mais crianças<br />

nestas condições tenham diagnósticos precoces e sobrevivam. Ainda que algumas <strong>de</strong>ssas crianças tenham perspectiva <strong>de</strong> cura (como os<br />

cânceres) a maioria precisará <strong>de</strong> cuidados e adaptações para conviver com suas condições pelo resto <strong>de</strong> suas vidas. Amedicina e a educação<br />

médica estão voltadas para a i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> cura e resolutivida<strong>de</strong>. As condições complexas crônicas são uma quebra nesse i<strong>de</strong>al, pois<br />

tais crianças não po<strong>de</strong>m ser curadas, mas cuidadas e tratadas. Objetivos: o presente trabalho, classificado como pesquisa teórica bioética,<br />

busca fundamentos para médicos em geral e pediatras, em especial, lidarem com tais condições, que fogem ao seu ethos <strong>de</strong> curar.<br />

Métodos: Tendo sido i<strong>de</strong>ntificados os problemas morais relacionados com a assistência a este grupo <strong>de</strong> indivíduos, buscamos através<br />

da análise crítica e imparcial i<strong>de</strong>ntificar os melhores fundamentos para solucioná-los. Resultados: reconhecemos na Ética do Cuidar o<br />

fundamento ético a<strong>de</strong>quado para respon<strong>de</strong>r às questões éticas surgidas na atenção a essas crianças. A Ética do Cuidar é uma forma <strong>de</strong><br />

reflexão moral surgida nos anos 1980 a partir da percepção feminista <strong>de</strong> que as reflexões baseadas nas idéias <strong>de</strong> justiça e direitos não<br />

solucionavam todos os dilemas morais. Ela tem seu foco na responsabilida<strong>de</strong> que temos sobre os nossos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, incluindo<br />

valores como empatia, sensibilida<strong>de</strong>, compaixão e tendo no cuidado uma parte orgânica fundamental. Conclusão: A Ética do Cuidar é<br />

a<strong>de</strong>quada e pertinente para discutir tais problemas morais.<br />

6 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Natal, RN, Brasil.<br />

7 Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública Sergio Arouca, Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ, Brasil.<br />

724<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Avaliação Prática Da Disciplina De Ética Médica E Bioética Sob A Perspectiva Do<br />

Monitor<br />

Camurugy, T.C. 8<br />

Thomazini, L.M. 8<br />

Araújo, A.N. 8<br />

Ribeiro, A.S. 8<br />

Lírio, M. 8<br />

Neves, N.M.B.C. 8<br />

Introdução: A formação médica, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, objetiva dotar o profissional <strong>de</strong> conhecimentos<br />

específicos para o exercício <strong>de</strong> competências e habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> nos níveis individual e coletivo. Além disso, espera-se<br />

que o médico possua conhecimento teórico associado à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se comunicar a<strong>de</strong>quadamente e promover boa relação com o paciente,<br />

familiares e toda equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Essa estrutura <strong>de</strong>ve incluir dimensões éticas e humanísticas, buscando integrar as esferas biológicas,<br />

psicológicas, sociais e ambientais. A prova objetiva avalia meramente a questão teórica. Assim, este critério <strong>de</strong> avaliação não<br />

analisa outras competências importantes para a formação do médico. Várias instituições do país, tentando modificar os critérios <strong>de</strong> avaliação,<br />

incluíram o exame prático no seu processo seletivo. Objetivo: Observar a perspectiva do aluno-monitor sobre a avaliação prática<br />

na disciplina <strong>de</strong> Ética Médica e Bioética da Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública (EBMSP). Metodologia: Os monitores da disciplina<br />

<strong>de</strong> Ética Médica e Bioética participaram da avaliação prática da disciplina como atores e avaliadores <strong>de</strong> casos clínicos. Distribuídos<br />

em trios, os monitores atuavam como pacientes, permitindo avaliar a <strong>de</strong>senvoltura e conhecimentos dos alunos. A partir dos seus<br />

relatos, foi possível fazer consi<strong>de</strong>rações e reflexões sobre esta avaliação. Resultados: Os monitores observaram a complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

avaliação prática, <strong>de</strong> como é estar no papel <strong>de</strong> avaliador e <strong>de</strong> se perceberem no papel <strong>de</strong> um paciente recebendo notícia <strong>de</strong> doença terminal<br />

ou mesmo <strong>de</strong> um óbito <strong>de</strong> familiar. Dessa forma, os alunos-monitores notaram na prática a importância <strong>de</strong> uma abordagem mais<br />

humana na relação médico-paciente e da introdução <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s como esta durante a formação médica. Conclusões: Aprova prática é<br />

um instrumento valioso <strong>de</strong> avaliação, pois abrange diversas competências, sendo aprovada pelos monitores. Além disso, confronta o<br />

estudante com situações possíveis, obrigando-o a aplicar <strong>de</strong> fato o conhecimento ético estudado.<br />

Eutanásia E Sua Abordagem Na Formação Médica<br />

Ribeiro, A.S. 9<br />

Araújo, A.N. 9<br />

Lírio, M. 9<br />

Faria, R.A .9<br />

Camurugy, T.C. 9<br />

Neves, N.M.B.C. 9<br />

Introdução: A varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> abordagens do tema eutanásia na socieda<strong>de</strong> e a progressiva presença <strong>de</strong>ste na prática médica torna<br />

relevante sua discussão ao longo da formação acadêmica. Neste contexto, a disciplina Ética Médica e Bioética <strong>de</strong>ve proporcionar ao estudante<br />

<strong>de</strong> medicina análises e reflexões sobre dilemas éticos com os quais irão se <strong>de</strong>parar ao longo da carreira. Na Escola Bahiana <strong>de</strong><br />

Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, EBMSP, o filme Mar A<strong>de</strong>ntro foi utilizado pra suscitar este tipo <strong>de</strong> discussão sobre eutanásia. Objetivo: Avaliar<br />

a visão dos discentes do segundo período da EBMSP a respeito da eutanásia. Métodos: Trata-se <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> corte transversal<br />

<strong>de</strong>scritivo realizado através da análise dos dados <strong>de</strong> questionário sobre a opinião dos discentes a respeito da eutanásia. O questionário<br />

foi aplicado aleatoriamente entre alunos do segundo período da EBMSP após a exibição do filme “Mar A<strong>de</strong>ntro”, que aborda, <strong>de</strong> forma<br />

intensa, a questão da eutanásia. Foram excluídos questionários incompletos. Resultados: Dos 55 alunos que respon<strong>de</strong>ram ao questionário,<br />

61% eram a favor da eutanásia, 24% eram contra e 15% não possuíam opinião formada. Quando questionados acerca dos aspectos<br />

que constituíam sua opinião, 82% dos alunos respon<strong>de</strong>ram que esta possuía caráter emocional, 44% científico e 20% religioso. Ao classificar<br />

seu conhecimento sobre o tema, 71% dos alunos o consi<strong>de</strong>raram bom ou suficiente, 23% regular e 6% insuficiente. Conclusões: A<br />

8 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

9 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

725<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


maioria dos alunos mostrou-se a favor da eutanásia, sendo esta opinião baseada, predominantemente em aspectos emocionais. Este resultado<br />

po<strong>de</strong> estar relacionado ao fato <strong>de</strong> o filme Mar A<strong>de</strong>ntro explorar intensamente o caráter afetivo do tema. Apesar <strong>de</strong> a maioria dos<br />

alunos consi<strong>de</strong>rar seu conhecimento sobre eutanásia suficiente ou bom, é válido salientar que este tema <strong>de</strong>ve ser abordado<br />

continuamente ao longo da graduação, refletindo, também, sobre outras vertentes que po<strong>de</strong>m envolvê-lo.<br />

Utilização De Critérios Sociais Na Triagem De Pacientes Em Emergências<br />

Lírio, M. 10<br />

Faria, R.A. 10<br />

Camurugy, T.C. 10<br />

Thomazini, L.M. 10<br />

Araújo, A.N. 10<br />

Neves, N.M.B.C. 10<br />

Introdução: O atendimento médico em emergências caracteriza-se pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões em curto intervalo<br />

<strong>de</strong> tempo. Neste contexto, surgem questões bioéticas a respeito da microalocação <strong>de</strong> recursos. Atriagem baseada na classificação <strong>de</strong> risco<br />

vem sendo adotada em serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, entretanto, as opiniões sobre a utilização <strong>de</strong> critérios sociais neste processo permanecem<br />

controversas. Objetivo: Analisar escolhas realizadas por graduandos do primeiro e do quarto ano <strong>de</strong> Medicina na seleção <strong>de</strong> pacientes<br />

em serviços <strong>de</strong> emergência segundo critérios sociais. Métodos: Estudo <strong>de</strong>scritivo <strong>de</strong> corte transversal realizado através <strong>de</strong> questionário<br />

estruturado com cinco situações hipotéticas, envolvendo critérios passíveis <strong>de</strong> ocorrer na seleção <strong>de</strong> pacientes com mesmo estado <strong>de</strong><br />

gravida<strong>de</strong>, na emergência: ida<strong>de</strong>, sexo, responsabilida<strong>de</strong> social, condição econômica e estilo <strong>de</strong> vida. Resultados: Foram estudados 78<br />

(39%) alunos do primeiro ano e 69 (35%) do quarto ano, da Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina (EBMSP), através <strong>de</strong> amostra aci<strong>de</strong>ntal. No critério<br />

ida<strong>de</strong>, 85% dos alunos do primeiro e 64% do quarto ano preferiram aten<strong>de</strong>r criança em relação a um adulto e um idoso. Em relação<br />

à responsabilida<strong>de</strong> social, 97% dos graduandos do primeiro e 87% do quarto ano escolheram aten<strong>de</strong>r o paciente casado com filhos comparado<br />

a um casado sem filhos e outro solteiro. A totalida<strong>de</strong> dos estudantes do primeiro e 91% do quarto ano privilegiaram o atendimento<br />

à mulher. No critério condição econômica, foi dada priorida<strong>de</strong> à paciente <strong>de</strong>sempregada por, respectivamente, 73% e 58% dos estudantes.<br />

No critério estilo <strong>de</strong> vida, 72% dos primeiranistas e 57% dos quartanistas beneficiaram um portador <strong>de</strong> HCV em relação a um<br />

ex-etilista. Conclusão: A <strong>de</strong>cisão baseada no mérito social aponta para resultados limitados e algumas vezes divergentes por parte dos<br />

estudantes pesquisados. Faltam instrumentos que possam ser utilizados para classificar a gravida<strong>de</strong> do paciente e a a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong><br />

recursos ao seu atendimento em emergência.<br />

Avaliação Das Habilida<strong>de</strong>s Sociais Dos Acadêmicos De Medicina E Fatores<br />

Inter-Relacionados<br />

Kloster, M.C.H. 11<br />

Temspki, P. 11<br />

Perotta, B. 11<br />

Hauer, A. J. 11<br />

INTRODUÇÃO: As vicissitu<strong>de</strong>s do curso <strong>de</strong> medicina po<strong>de</strong>m gerar estresse e prejuízo da saú<strong>de</strong> física e mental dos estudantes,<br />

que respon<strong>de</strong>m com diminuição da empatia nas relações interpessoais e das habilida<strong>de</strong>s sociais. OBJETIVOS: Analisar as habilida<strong>de</strong>s<br />

sociais dos estudantes e sua correlação com a presença <strong>de</strong> sonolênia diurna. MÉTODOS: Estudo transversal qualitativo/quantitativo.<br />

Estudantes <strong>de</strong> medicina matriculados nos quatro primeiros anos do curso, respon<strong>de</strong>ram a um ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> resposta contendo o Inventário<br />

<strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Sociais, a Escala <strong>de</strong> Sonolência Diurna <strong>de</strong> Epworth e perguntas abertas. RESULTADOS: Os dados <strong>de</strong>monstram que<br />

47.3% dos alunos estão abaixo da média no que tange suas habilida<strong>de</strong>s sociais, 49% no sexo masculino e 45% no feminino. Amédia dos<br />

estudantes no Inventário <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>s Sociais <strong>de</strong> Del Prette & Del Prette, 2001, diminuiu ao longo do curso. Entre os domínios <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s<br />

sociais estão abaixo da média 45% dos alunos em assertivida<strong>de</strong>, 48% em auto-afirmação <strong>de</strong> afeto positivo/auto-estima, 32%<br />

10 Escola Bahiana <strong>de</strong> Medicina e Saú<strong>de</strong> Pública, Salvador, BA, Brasil.<br />

11 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


em comunicação e <strong>de</strong>senvoltura social, 38% em auto-exposição a <strong>de</strong>sconhecidos ou situações novas e 38% em autocontrole. Amédia da<br />

Escala <strong>de</strong> Epworth foi <strong>de</strong> 10,6 ± 3,7, 50% dos estudantes apresentaram índices patológicos <strong>de</strong> sonolência diurna. Não foi encontrada diferença<br />

significa ao longo do curso (P=0,2122) e entre os sexos (P=0,4521). Na correlação entre habilida<strong>de</strong>s sociais e sonolência diurna<br />

existe uma tendência a queda nos escores <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s sociais conforme aumentam os escores <strong>de</strong> sonolência diurna. No domínio <strong>de</strong><br />

auto-exposição a <strong>de</strong>sconhecidos e a situações novas observou-se uma diferença significativa (p


Prática Problematizadora: Criação Do Código De Ética Dos Acadêmicos De Medicina Da<br />

Universida<strong>de</strong> Católica De Goiás - Ucg<br />

Silva, M.P. 14<br />

Paula, C. C.L 14<br />

Aguiar, M.T.M 14<br />

Ramos, J. B 14<br />

Carvalho, I.G.M 14<br />

Carvalho, G.S 14<br />

Introdução: O curso <strong>de</strong> Medicina da UCG tem na matriz curricular o Caso do Eixo Teórico-Prático Integrado (CETPI), unida<strong>de</strong><br />

responsável pela problematização <strong>de</strong> saberes e práticas materializadas no Arco <strong>de</strong> Maguerez. Arealida<strong>de</strong> social é observada e vivenciada<br />

pelos acadêmicos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro módulo do curso no Distrito Sanitário Escola, seguida por reflexões, teorizações, hipóteses <strong>de</strong> solução<br />

e <strong>de</strong>volutivas acadêmica e social. Amedicina, cujo exercício profissional é uma ativida<strong>de</strong> humanitária e social, tem, na relação médico-paciente,<br />

seu pilar fundamental, com responsabilida<strong>de</strong>s e intervenções crescentes em complexida<strong>de</strong>, vinculados ao ambiente da<br />

comunida<strong>de</strong> e com objetivos específicos <strong>de</strong> aprendizagem e <strong>de</strong> interação aca<strong>de</strong>mia & serviço. Objetivo: Criar um código <strong>de</strong> ética para os<br />

acadêmicos <strong>de</strong> medicina da UCG com o objetivo <strong>de</strong> estabelecer um padrão <strong>de</strong> comportamento moral na formação profissional. Metodologia:<br />

Utilizando quatro encontros problematizadores, com um caso clínico abordando a temática relacional do acadêmico no cenário<br />

da comunida<strong>de</strong>, foi estabelecido como eixo gerador <strong>de</strong> discussão a ética do acadêmico <strong>de</strong> medicina. Os sub eixos do CETPI abordaram<br />

temas como, direitos e <strong>de</strong>veres do estudante, conduta do futuro médico no ambiente <strong>de</strong> assistência, relacionamento entre professores<br />

e acadêmicos, inserção da aca<strong>de</strong>mia no serviço público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e relação acadêmico-paciente. Resultado: A partir <strong>de</strong>ssas discussões<br />

a Comissão <strong>de</strong> Ética Acadêmica do Curso <strong>de</strong> Medicina da UCG aprovou o Código <strong>de</strong> Ética dos acadêmicos <strong>de</strong> medicina da UCG.<br />

Referido código foi criado utilizando como referência o Código <strong>de</strong> Ética do Estudante <strong>de</strong> Medicina, elaborado e publicado em 2007, pela<br />

Direção Executiva Nacional dos Estudantes <strong>de</strong> Medicina (DENEM Regional Sul 2) e discussões do CETPI. Conclusão: O <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s somadas ao conhecimento faz do processo ensino aprendizagem um cenário on<strong>de</strong> a ética assume uma<br />

função mediadora <strong>de</strong> uma prática social moral, universal, crítica e responsável.<br />

Dilemas Éticos Em Pediatria: Um Estudo Exploratório<br />

Gue<strong>de</strong>rt, J.M. 15<br />

Grosseman, S 15<br />

Introdução: A habilida<strong>de</strong> em lidar com dilemas éticos <strong>de</strong>ve ser ensinada ao longo do processo <strong>de</strong> graduação, pois, cotidianamente,<br />

estes são vivenciados pelos estudantes <strong>de</strong> medicina, resi<strong>de</strong>ntes e seus professores e supervisores. Este estudo propôs-se a conhecer<br />

como os dilemas éticos são reconhecidos, vivenciados e abordados no dia-a-dia do atendimento pediátrico. Objetivos: Conhecer dilemas<br />

éticos, vivenciados por médicos supervisores e docentes <strong>de</strong> dois hospitais <strong>de</strong> ensino, na prática docente e assistencial em pediatria,<br />

seus significados e <strong>de</strong>sdobramentos. Métodos: Estudo exploratório, parte <strong>de</strong> projeto maior, abrangendo estudantes, resi<strong>de</strong>ntes e<br />

supervisores <strong>de</strong> atenção primária e <strong>de</strong> dois hospitais <strong>de</strong> ensino em pediatria em Florianópolis. Vinte e sete médicos respon<strong>de</strong>ram a um<br />

questionário auto-aplicado. A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> foi 45 anos [15 (55,6%) do sexo feminino e 12 (44,4%) do feminino]. As variáveis foram:<br />

dados sócio-<strong>de</strong>mográficos (explorados por estatística <strong>de</strong>scritiva) e questões abertas para relato <strong>de</strong> até três dilemas éticos vivenciados,<br />

sentimentos que estes geraram e atitu<strong>de</strong>s assumidas frente a eles (explorados por análise <strong>de</strong> conteúdo, com codificação e i<strong>de</strong>ntificação<br />

das categorias emergentes). Resultados: Os dilemas éticos vivenciados foram relativos a: atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outros profissionais com pacientes<br />

e suas famílias; relacionamento interpares; relação médico-paciente/família; <strong>de</strong>cisões em situações limítrofes; conflitos com políticas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e indústria farmacêutica; e, atitu<strong>de</strong>s na relação professor-estudante. Os sentimentos envolvidos foram, predominantemente,<br />

frustração, impotência, angústia, <strong>de</strong>sconforto e “abalo emocional”. Valores próprios, avaliação clínica, instrumentos legais e discussão<br />

com colegas e equipe multiprofissional embasaram as <strong>de</strong>cisões tomadas. Conclusões: Os dilemas vivenciados são diversos e têm causado<br />

sofrimento nos profissionais entrevistados. Sugere-se uma abordagem sistemática <strong>de</strong>stes temas com o olhar bioético na graduação e<br />

na educação continuada, na perspectiva <strong>de</strong> contribuir para o ensino e a prática dos estudantes e profissionais, que resulte em promoção<br />

<strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong> e da <strong>de</strong> crianças e famílias que eles assistem.<br />

14 Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Goiás, Goiânia, GO, Brasil.<br />

15 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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Ativida<strong>de</strong>s Educacionais Sem O Apoio Da Indústria Farmacêutica: O Caso Do Rio<br />

Gran<strong>de</strong> Do Sul<br />

Wajner, A. 16<br />

Moreira, M. 17<br />

Neyeloff, J.L. 17<br />

Neto, P.C. da S. 17<br />

Bordin, M.L. 18<br />

Wal<strong>de</strong>mar, F.S. 16<br />

Introdução: Um grupo <strong>de</strong> médicos e estudantes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, estuda a viabilização <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> educação médica continuada<br />

(EMC)semainfluênciadaindústriafarmacêutica (IF). Pesquisas científicas alertam sobre os riscos <strong>de</strong> conflitos <strong>de</strong> interesse que a parceria<br />

estabelecida com esta indústria po<strong>de</strong> exercer sobre as ativida<strong>de</strong>s educacionais na medicina. Socieda<strong>de</strong>s e Entida<strong>de</strong>s Médicas justificam<br />

parcerias com a IF pela impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> executar projetos <strong>de</strong> EMC sem seu apoio financeiro. Objetivos: Relatar as diversas experiências<br />

<strong>de</strong>senvolvidas na promoção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s sem o patrocínio ou qualquer relação com a IF. Incentivar a realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

sem o apoio da IF, <strong>de</strong>monstrando que esta é uma alternativa viável <strong>de</strong> disseminação <strong>de</strong> conhecimento. Métodos: Desenvolvimento <strong>de</strong><br />

parcerias alternativas com o Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, com instituições financeiras e organizações internacionais (No<br />

Free Lunch e Mayo Clinic). Resultados: No <strong>de</strong>correr dos últimos 3 anos, foram <strong>de</strong>senvolvidas as seguintes ativida<strong>de</strong>s: Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Extensão Científica Núcleo Acadêmico SIMERS com edições em 2007, 2008 e <strong>2009</strong>; 40º Congresso Nacional <strong>de</strong> Médicos Resi<strong>de</strong>ntes;<br />

Curso <strong>de</strong> Nutrição Clínica Aplicada à Medicina Hospitalar; Jornada Pré-Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Medicina Hospitalar; I Congresso Brasileiro<br />

<strong>de</strong> Medicina Hospitalar (I CBMH); II Curso <strong>de</strong> Emergência e Urgência da Liga do Trauma da UFRGS e I e II Curso <strong>de</strong> Eletrocardiograma<br />

do Núcleo Acadêmico SIMERS. O público foi superior a 4.000 participantes. Merece <strong>de</strong>staque o I CBMH, com a presença <strong>de</strong> 11<br />

palestrantes da Mayo Clinic – EUA. Houve participação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 600 congressistas. Conclusão: A iniciativa <strong>de</strong>monstra que eventos<br />

<strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> sem o apoio da IF são possíveis e contam com elevado número <strong>de</strong> participantes. Portanto, estas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem ser<br />

disseminadas. Sugerimos que haja uma priorização <strong>de</strong> apoio governamental para projetos que não contenham apoio financeiro da IF e,<br />

consequentemente, que tenham menor chance <strong>de</strong> conflito <strong>de</strong> interesse.<br />

Experiência Do Programa De Educação Tutorial Do Curso De Medicina Da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral Do Amazonas Com O Debate Temático “Valorização Da Vida: Aborto”<br />

Monteiro, B. M. 19<br />

Barbosa, A. C. S. 19<br />

Cunha,K.I.M. 19<br />

Lima, T. M. O. C. 19<br />

Ferreira, D. B. 19<br />

Avelino, F. G. S. 19<br />

Introdução: a formação médica está inserida no dinamismo dos saberes que além dos conhecimentos técnicos também nos exige<br />

lidarmos com questões das ciências humanas. os <strong>de</strong>bates temáticos, do programa <strong>de</strong> educação tutorial (pet) <strong>de</strong> medicina da universida<strong>de</strong><br />

fe<strong>de</strong>ral do amazonas (ufam), foram criados para congregar temas dos questionamentos éticos da vida humana. <strong>de</strong>vido à necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sedimentar em nosso aprendizado temas complexos à graduação, esta é a segunda experiência neste seguimento. o primeiro <strong>de</strong>bate<br />

temático abordou eutanásia e o segundo aborto. a cada ocasião são explorados assuntos diversos sob organização do pet medicina.<br />

Objetivos: relatar experiência do grupo pet medicina da ufam no segundo <strong>de</strong>bate temático “valorização da vida: aborto”. Métodos: o<br />

grupo realizou semanalmente reuniões para <strong>de</strong>finir assuntos do <strong>de</strong>bate, palestrantes, convidados, local, data, horário do evento e divulgação<br />

ocorrida com antecedência sob forma <strong>de</strong> cartazes na ufam. autorida<strong>de</strong>s foram convidadas para compor a mesa redonda. Re-<br />

16 Sindicato Médico do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

17 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

18 Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.<br />

19 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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sultados: o evento ocorreu em 25 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008 na faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicina da ufam com aproximadamente 150 estudantes <strong>de</strong> medimedicina. a mesa redonda compunha-se <strong>de</strong>: tutor do pet, bióloga, advogado, sacerdote, juiz, comunicador social e médico. empregaram-se<br />

recursos <strong>de</strong> multimídia e microsoft powerpoint® nas palestras <strong>de</strong>sempenhadas pelo pet medicina que foram: aspectos legais e éticos do<br />

aborto; conhecimento, opinião dos estudantes <strong>de</strong> medicina da ufam sobre aborto induzido; conceitos. <strong>de</strong>finições. gestação. tipos <strong>de</strong><br />

aborto e quando começa a vida. após apresentações, o <strong>de</strong>bate prosseguiu ativamente entre plenária e componentes da mesa redonda.<br />

Conclusão: o pet medicina propõe complementar princípios assimilados na faculda<strong>de</strong> através da atuação extracurricular. durante os<br />

<strong>de</strong>bates “valorização da vida”, o aluno inicia uma visão reflexiva, cidadã, pluralista e crítica do aborto por acompanhar ativida<strong>de</strong>s que<br />

objetivam <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a vida e envolvimento social, contemplando princípios éticos para sua futura profissão médica valorizando<br />

pesquisa e difusão do conhecimento.<br />

Visão Dos Resi<strong>de</strong>ntes Da Ufam A Respeito Do Código De Ética Médica<br />

Oliveira,B.B 20<br />

Silva, E. B 20<br />

Introdução: No Código <strong>de</strong> Ética Médica (CEM) encontram-se os <strong>de</strong>veres e os direitos do médico. Existem alguns projetos <strong>de</strong> lei<br />

que prevêem mudanças em alguns parágrafos do artigo, como exemplo tem-se a <strong>de</strong>scriminalização do aborto. No CEM encontramos os<br />

princípio fundamentais necessário pra o bom exercício da profissão tais como: beneficência, não-maleficência, autonomia, justiça. Apesar<br />

disso, na UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS (UFAM) a disciplina <strong>de</strong> ética médica ainda é optativa na gra<strong>de</strong> curricular<br />

da graduaçao. Diante <strong>de</strong>sse fato, foi distribuído, entre os resi<strong>de</strong>ntes da UFAM, um questionário sobre a visão que eles possuem a respeito<br />

do CEM. Objetivo: Conhecer a opinião dos resi<strong>de</strong>ntes médicos a respeito do CEM. Métodos: Foi distribúido entre os resi<strong>de</strong>ntes da<br />

UFAM um questionário, on<strong>de</strong> eles avaliaram a importância da disciplina nas suas próprias vidas, o seu conhecimento sobre ela, além<br />

<strong>de</strong> mostrarem a sua opinião a respeito da liberalização do aborto. Resultados: 69% dos entrevistados disseram conhecer bem o CEM; 53,<br />

8% diz conhecer as prospostas <strong>de</strong> mudança do código; 100% acredita que a disciplina <strong>de</strong> Ética Médica e Bioética <strong>de</strong>veria ser obrigatória<br />

na gra<strong>de</strong> curricular do curso <strong>de</strong> Medicina da UFAM; 69% relatou nunca ter realizado ou presenciado situações proibidas por lei, como a<br />

eutanásia; 76,9% são a favor da liberalização do aborto e quando perguntados se fatores religiosos influenciaram nessa resposta, a mesma<br />

quantidan<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>u “não”; 84% do total <strong>de</strong> participantes não escolheu estudar essa disciplina optativa durante a graduação,<br />

mas não foi perguntado se <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> formado eles fizeram cursos <strong>de</strong>la. É importante dizer que todos os entrevistados que tiveram a referida<br />

disciplina durante a graduação dizem que ela fez um diferencial no seu cotidiano. Conclusão: Os resi<strong>de</strong>ntes da UFAM conhecem<br />

bastante o CEM e acham que a disciplina Ética médica <strong>de</strong>veria ser obrigatória, apesar da maior parte <strong>de</strong>les mesmos não ter feito a<br />

referida matéria durante a graduação.<br />

20 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.<br />

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NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE TRABALHOS NA<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

ARevista <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Educação Médica é a publicação oficial da ABEM, <strong>de</strong> periodicida<strong>de</strong> trimestral, e tem como Missão publicar<br />

<strong>de</strong>bates, análises e resultados <strong>de</strong> investigações sobre temas consi<strong>de</strong>rados relevantes para a Educação Médica. Serão aceitos trabalhos<br />

em português, inglês ou espanhol.<br />

SUBMISSÃO ON LINE<br />

Os manuscritos serão submetidos à apreciação do Conselho Científico apenas por meio eletrônico através do sítio da Revista<br />

(http://www.educacaomedica.org.br). O arquivo a ser anexado <strong>de</strong>ve estar digitado em um processador <strong>de</strong> textos MS Word, página padrão<br />

A4, letra padrão Arial 11, espaço 1,5 e margens <strong>de</strong> 2,0 cm a Direita, Esquerda, Superior e Inferior com numeração seqüencial <strong>de</strong> todasaspáginas.<br />

Não serão aceitas Notas <strong>de</strong> Rodapé. As tabelas e quadros <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong> compreensão in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do texto e <strong>de</strong>vem ser encaminhadas<br />

em arquivos individuais. Não serão publicados questionários e outros instrumentos <strong>de</strong> pesquisa<br />

AVALIAÇÃO DOS ORIGINAIS<br />

Todo original recebido é avaliado por dois pareceristas cadastrados pela RBEM para avaliação da pertinência temática, observação<br />

do cumprimento das normas gerais <strong>de</strong> encaminhamento <strong>de</strong> originais e avaliação da qualida<strong>de</strong> científica do trabalho. Os conselheiros<br />

têm um prazo <strong>de</strong> 20 dias para emitir o parecer. Os pareceres sempre apresentarão uma das seguintes conclusões: aprovado como<br />

está; favorável a publicação, mas solicitando alterações;não favorável a publicação.Todo Parecer incluirá sua fundamentação.<br />

No caso <strong>de</strong> solicitação <strong>de</strong> alterações no artigo, estes po<strong>de</strong>rão ser encaminhados em até 120 dias. Após esse prazo e não havendo<br />

qualquer manifestação dos autores o artigo será consi<strong>de</strong>rado como retirado. Após aprovação o artigo é revisado ortográfica e gramaticalmente.<br />

As alterações eventualmente realizadas são encaminhadas para aprovação formal dos autores antes <strong>de</strong> serem encaminhados<br />

para publicação. Será realizada revisão ortográfica e gramatical dos resumos e títulos em língua inglesa, por revisor especializado.<br />

FORMA E PREPARAÇÃO DE MANUSCRITOS<br />

1. Artigos originais: (limite <strong>de</strong> até 6.000 palavras, incluindo texto e referências e excluindo tabelas, gráficos, folha <strong>de</strong> rosto, resumos<br />

e palavras-chave).<br />

1.1.Pesquisa - artigos apresentando resultados finais <strong>de</strong> pesquisas científicas;<br />

1.2.Ensaios - artigos com análise crítica sobre um tema específico relacionado com a Educação Médica;<br />

1.3.Revisão - artigos com a revisão crítica da literatura sobre um tema específico.<br />

2. Comunicações: informes prévios <strong>de</strong> pesquisas em andamento - Extensão do texto <strong>de</strong> 1.700 palavras, máximo <strong>de</strong> 1 tabela e 5 referências.<br />

3. Documentos: documentos sobre política educacional (documentos oficiais <strong>de</strong> colegiados oficiais) – Limite máximo <strong>de</strong> 2.000<br />

palavras.<br />

4. Relato <strong>de</strong> experiência: artigo apresentando experiência inovadora no ensino médico acompanhada por reflexão teórica pertinente<br />

– Limite máximo <strong>de</strong> 6.000 palavras.<br />

5. Cartas ao Editor: cartas contendo comentários sobre material publicado – Limite máximo <strong>de</strong> 1.200 palavras e 3 referências.<br />

6. Teses: resumos <strong>de</strong> dissertações <strong>de</strong> mestrado ou teses <strong>de</strong> doutoramento/livre-docência <strong>de</strong>fendidas e aprovadas em Universida<strong>de</strong>s<br />

brasileiras ou não (máximo <strong>de</strong> 300 palavras). Os resumos <strong>de</strong>verão ser encaminhados com o Título oficial da Tese, informando o<br />

título conquistado, o dia e o local da <strong>de</strong>fesa. Deve ser informado igualmente o nome do Orientador e o local on<strong>de</strong> a tese está disponível<br />

para consulta e as palavras-chave e key-words.<br />

7. Resenha <strong>de</strong> livros: po<strong>de</strong>rão ser encaminhadas resenhas <strong>de</strong> livros publicados no Brasil ou no exterior – Limite máximo <strong>de</strong> 1.200<br />

palavras.<br />

8. Editorial: o editorial é <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> do Editor da Revista, po<strong>de</strong>ndo ser redigido a convite – Limite máximo <strong>de</strong> 1.000 palavras.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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ESTRUTURA<br />

� Título do trabalho (evitar títulos longos) máximo <strong>de</strong> 80 caracteres, incluindo espaços @BULLET = <strong>de</strong>ve ser apresentada a versão do<br />

título para o idioma inglês. Apresentar um título resumido para constar no alto da página quando da publicação (máximo <strong>de</strong> 40<br />

caracteres, incluindo espaços)<br />

� Nome dos autores: A Revista publicará o nome dos autores segundo a or<strong>de</strong>m encaminhada no arquivo.<br />

� En<strong>de</strong>reço completo <strong>de</strong> referência do(s) autor(es), titulação, local <strong>de</strong> trabalho e e-mail. Apenas os dados do autor principal serão incluídos<br />

na publicação.<br />

� <strong>Resumo</strong> <strong>de</strong> no máximo 180 palavras em português e versão em inglês. Quando o trabalho for escrito em espanhol, <strong>de</strong>ve ser acrescido<br />

um resumo nesse idioma.<br />

� Palavras chave: mínimo <strong>de</strong> 3 e máximo <strong>de</strong> 8, extraídos do vocabulário DECS - Descritores em Ciências da Saú<strong>de</strong> para os resumos em<br />

português (disponível em http://<strong>de</strong>cs.bvs.br/) e do MESH - Medical Subject Headings, para os resumos em inglês (disponível em<br />

http://www.nlm.nih.gov/mesh/meshhome.html).<br />

Os autores <strong>de</strong>verão informar que organizações <strong>de</strong> fomento à pesquisa apoiaram os seus trabalhos, fornecendo inclusive o número<br />

<strong>de</strong> cadastro do projeto.<br />

No caso <strong>de</strong> pesquisas que tenham envolvido direta ou indiretamente seres humanos, nos termos da Resolução nº 196/96 do<br />

CNS os autores <strong>de</strong>verão informar o número <strong>de</strong> registro do projeto no SISNEP.<br />

REFERÊNCIAS<br />

As referências, cuja exatidão é <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> dos autores, <strong>de</strong>verão ser apresentadas <strong>de</strong> modo correto e completo e limitadas<br />

às citações do texto, <strong>de</strong>vendo ser numeradas segundo a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> entrada no texto, seguindo as regras propostas pelo Comitê Internacional<br />

<strong>de</strong> Revistas Médicas (International Committee of Medical Journal Editors). Requisitos uniformes para manuscritos apresentados<br />

a periódicos biomédicos. Disponível em: http://www.icmje.org<br />

Toda citação <strong>de</strong>ve incluir, após o número <strong>de</strong> referência, a página(s). Ex: xxxxxx1 (p.32).<br />

Recomendamos que os autores realizem uma pesquisa na Base Scielo com as palavras-chave <strong>de</strong> seu trabalho buscando prestigiar,<br />

quando pertinente a pesquisa nacional<br />

EXEMPLOS<br />

Artigo <strong>de</strong> Periódico<br />

Ricas J, Barbieri MA, Dias LS, Viana MRA, Fagun<strong>de</strong>s EDL, Viotti AGA, et al. Deficiências e necessida<strong>de</strong>s em Educação Médica<br />

Continuada <strong>de</strong> Pediatras em Minas Gerais. Rev Bras Educ Méd 1998;22(2/3)58-66.<br />

Artigo <strong>de</strong> Periódico em formato eletrônico<br />

Ronzani TM. A Reforma Curricular nos Cursos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: qual o papel das crenças?. Rev Bras Educ Med [on line].2007. 31(1)<br />

[capturado 29 jan. 2008]; 38-43. Disponível em: http://www.educacaomedica.org.br/UserFiles/File/reforma_curricular.pdf<br />

LIVRO<br />

Batista NA, Silva SHA. O professor <strong>de</strong> medicina. São Paulo: Loyola, 1998.<br />

Capítulo <strong>de</strong> livro<br />

Rezen<strong>de</strong> CHA. Medicina: conceitos e preconceitos, alcances e limitações. In: Gomes DCRG, org. Equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>: o <strong>de</strong>safio da<br />

integração. Uberlândia:Edufu;1997. p.163-7.<br />

TESES, DISSERTAÇÕES E MONOGRAFIAS<br />

Cauduro L. Hospitais universitários e fatores ambientais na implementação das políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e educação: o caso do Hospital<br />

Universitário <strong>de</strong> Santa Maria. Rio <strong>de</strong> Janeiro; 1990. Mestrado [Dissertação] - Escola <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Administração Pública.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

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TRABALHOS APRESENTADOS EM EVENTOS<br />

Carmargo J. Ética nas relações do ensino médico. Anais do 33. Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Educação Médica. 4º Fórum Nacional <strong>de</strong><br />

Avaliação do Ensino Médico; 1995 out. 22-27; Porto Alegre, Brasil. Porto Alegre:ABEM; 1995. p.204-7.<br />

RELATÓRIOS<br />

Campos MHR. A Universida<strong>de</strong> não será mais a mesma. Belo Horizonte: Conselho <strong>de</strong> Extensão da UFMG; 1984. (Relatório)<br />

REFERÊNCIA LEGISLATIVA<br />

Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação. Câmara <strong>de</strong> Educação Superior. Resolução CNE/CES nº4 <strong>de</strong> 7<br />

<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2001. Institui diretrizes curriculares nacionais do curso <strong>de</strong> graduação em Medicina. Diário Oficial da União. Brasília, 9<br />

nov. 2001; Seção 1, p.38.<br />

Abibliotecária da ABEM promove a revisão e adaptação dos termos fornecidos pelos autores aos índices aos quais a Revista está<br />

inscrito.<br />

As contribuições serão publicadas obe<strong>de</strong>cendo a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> aprovação do Conselho Editorial.<br />

DECLARAÇÃO DE AUTORIA E DE RESPONSABILIDADE<br />

Todas as pessoas <strong>de</strong>signadas como autores <strong>de</strong>vem respon<strong>de</strong>r pela autoria dos manuscritos e ter participado suficientemente do<br />

trabalho para assumir responsabilida<strong>de</strong> pública pelo seu conteúdo. Para tal, <strong>de</strong>verão encaminhar, após a aprovação do artigo, a seguinte<br />

Declaração <strong>de</strong> autoria e <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong>:<br />

“Declaro que participei <strong>de</strong> forma suficiente na concepção e <strong>de</strong>senho <strong>de</strong>ste estudo ou da análise e interpretação dos dados assim<br />

como da redação <strong>de</strong>ste texto, para assumir a autoria e a responsabilida<strong>de</strong> pública pelo conteúdo <strong>de</strong>ste artigo. Revi a versão final <strong>de</strong>ste<br />

artigo e o aprovei para ser encaminhado a publicação. Declaro que nem o presente trabalho nem outro com conteúdo substancialmente<br />

semelhante <strong>de</strong> minha autoria foi publicado ou submetido a apreciação do Conselho Editorial <strong>de</strong> outra revista”.<br />

Artigos com mais <strong>de</strong> um autor <strong>de</strong>verão conter uma exposição sobre a contribuição específica <strong>de</strong> cada um no trabalho.<br />

ÉTICA EM PESQUISA<br />

No caso <strong>de</strong> pesquisas iniciadas após janeiro <strong>de</strong> 1997 e que envolvam seres humanos nos termos do inciso II.2 da Resolução<br />

196/96 do Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (“pesquisa que, individual ou coletivamente, envolva o ser humano <strong>de</strong> forma direta ou indireta,<br />

em sua totalida<strong>de</strong> ou partes <strong>de</strong>le, incluindo o manejo <strong>de</strong> informações ou materiais”) <strong>de</strong>verá encaminhar, após a aprovação, documento<br />

<strong>de</strong> aprovação da pesquisa pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa da Instituição on<strong>de</strong> ela foi realizada.<br />

No caso <strong>de</strong> instituições que não disponham <strong>de</strong> Comitês <strong>de</strong> Ética em Pesquisa, <strong>de</strong>verá apresentar a aprovação pelo CEP on<strong>de</strong> ela<br />

foi aprovada.<br />

CONFLITOS DE INTERESSE<br />

Todo trabalho <strong>de</strong>verá conter a informação sobre a existência ou não <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong> conflito <strong>de</strong> interesses <strong>de</strong> qualquer dos autores.<br />

Destaque-se que os conflitos <strong>de</strong> interesse financeiros, por exemplo, não estão relacionados apenas com o financiamento direto da<br />

pesquisa, incluindo também o próprio vínculo empregatício. (Para maiores informações consulte o site do International Committee of<br />

Medical Journal Editors http://www.icmje.org/#conflicts)<br />

GUIDELINES FOR SUBMISSION OF ARTICLES FOR PUBLICATION IN THE BRAZILIAN JOURNAL OF<br />

MEDICAL EDUCATION<br />

The Brazilian Journal of Medical Education<br />

Is the official publication of the Brazilian Association of Medical Education – ABEM. The mission of this quarterly journal is publishing<br />

<strong>de</strong>bates, analyses and results of investigations into issues consi<strong>de</strong>red relevant for medical education. The journal accepts articles<br />

in Portuguese, English or Spanish language.<br />

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REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


Online Submission of Manuscripts<br />

Manuscripts are received exclusively online, at http://www.educacaomedica.org.br. The attached files should be prepared<br />

using MS Word, page format ISO A4, font Arial size 11, space between lines 1.5, left, right, superior and inferior margins 2.0 cm and all<br />

pages sequentially numbered.<br />

Footnotes are not accepted. Tables and illustrations should be self-explanatory and submitted in individual files. Questionnaires<br />

and other research tools will not be published.<br />

Evaluation of papers<br />

All received manuscripts will be appreciated by the journal’s referees with regard to their thematic pertinence, adherence to the<br />

norms of the journal and scientific quality. The referees have 20 days for issuing their opinion. The reviews will always present one of<br />

the following conclusions: approved in the present form, favorable to publication but suggesting improvements and rejected. Each<br />

review will inclu<strong>de</strong> the respective reasoning.<br />

In case modifications in the manuscript are requested, these can be prepared within a 4 months period. If by the end of this period<br />

no communication of the authors was received, the manuscript is consi<strong>de</strong>red withdrawn. Accepted articles are submitted to orthographic<br />

and grammatical revision. The revised articles are returned to the authors for formal final approval before going in print. The<br />

English versions of titles and abstracts will be submitted to specialized language revision.<br />

FORMATS<br />

1. Original articles: (the text should not exceed 6.000 words including References; tables, graphs, cover-page, abstract and key<br />

words are not inclu<strong>de</strong>d in the word count).<br />

1.1.Research - articles presenting final results of scientific investigations.<br />

1.2.Essays - articles containing a critical analysis of a specific issue related to medical education.<br />

1.3.Reviews - critical reviews of the literature on a specific issue.<br />

2. Communications - preliminary information on ongoing investigations – should not exceed 1.700 words and inclu<strong>de</strong> no more<br />

than 1 table and 5 references.<br />

3. Documents - documents about educational policies (official documents of official associations) – should not exceed 2.000<br />

words.<br />

4. Case report - article presenting an innovating experience in medical education and pertinent theoretical reasoning – should<br />

not exceed 6.000 words.<br />

5. Letters to the Editor - comments on published matters – maximum 1.200 words and 3 references.<br />

6. Theses - abstracts of masters or doctoral theses <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>d in Brazilian universities ore abroad (maximum 3.000 words).<br />

Abstracts should state the official title of the thesis, the achieved aca<strong>de</strong>mic <strong>de</strong>gree as well as date and place where the thesis was <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>d.<br />

Furthermore, it should state the name of the supervisor, where the thesis is available for consultation and key words.<br />

7. Book reviews - reviews of books published in Brazil and abroad – maximum 1.200 words.<br />

8. Editorial - the editorial is responsibility of the editor of the journal but can be prepared by third persons on his request – limited<br />

to 1.000 words.<br />

PREPARATION OF MANUSCRIPTS<br />

� Title of the paper in original language and in English (80 characters maximum including spaces; avoid long titles) and running title to<br />

be printed on the top of each page (40 characters maximum including spaces).<br />

� Names of authors – the names of the authors will be published following the or<strong>de</strong>r they appear in the submitted file.<br />

� Full mailing address of the authors, aca<strong>de</strong>mic title, place of work and E-mail address. Only the data of the first author will be published.<br />

� Abstract with a maximum of 180 words in Portuguese and English. TextswritteninSpanishshouldinclu<strong>de</strong>anabstractinthatlanguage.<br />

� Key words: minimum 3 and maximum 8 according to the DECS vocabulary in Portuguese (available at http://<strong>de</strong>cs.bvs.br/) and to the<br />

MESH vocabulary (Medical Subject Headings) for the abstracts in English language (available at<br />

http://www.nlm.nih.gov/mesh/meshhome.html).<br />

� Authors should inform which financing agencies supported the investigation and state the registration number of the project.<br />

734<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


REFERENCES<br />

The references, whose exactness is responsibility of the authors, should be correct, complete and limited to the citations in the<br />

text; they should be arranged numerically following the or<strong>de</strong>r in which they appear in the text and follow the gui<strong>de</strong>lines of the International<br />

Committee of Medical Journal Editors, Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals, available at<br />

http://www.icmje.org<br />

Authors are invited to search the Scielo base with the key words of their paper thus privileging, whenever pertinent, the Brazilian<br />

scientific research.<br />

EXAMPLE<br />

Article in Periodical<br />

Ricas J, Barbieri MA, Dias LS, Viana MRA, Fagun<strong>de</strong>s EDL, Viotti AGA, et al. Deficiências e necessida<strong>de</strong>s em Educação Médica<br />

Continuada <strong>de</strong> Pediatras em Minas Gerais. Rev Bras Educ Méd 1998;22(2/3)58-66.<br />

Article in online periodical<br />

Ronzani TM. A Reforma Curricular nos Cursos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: qual o papel das crenças?. Rev Bras Educ Med [on line].2007. 31(1)<br />

[capturado 29 jan. 2008]; 38-43. Disponível em: http://www.educacaomedica.org.br/UserFiles/File/reforma_curricular.pdf<br />

Book<br />

Batista NA, Silva SHA. O professor <strong>de</strong> medicina. São Paulo: Loyola, 1998.<br />

Book chapter<br />

Rezen<strong>de</strong> CHA. Medicina: conceitos e preconceitos, alcances e limitações. In: Gomes DCRG, org. Equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>: o <strong>de</strong>safio da<br />

integração. Uberlândia:Edufu;1997. p.163-7.<br />

Theses, dissertations, monographs<br />

Cauduro L. Hospitais universitários e fatores ambientais na implementação das políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e educação: o caso do Hospital<br />

Universitário <strong>de</strong> Santa Maria. Rio <strong>de</strong> Janeiro; 1990. Mestrado [Dissertação] - Escola <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Administração Pública.<br />

Papers presented in scientific meetings<br />

Carmargo J. Ética nas relações do ensino médico. Anais do 33. Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Educação Médica. 4º Fórum Nacional <strong>de</strong><br />

Avaliação do Ensino Médico; 1995 out. 22-27; Porto Alegre, Brasil. Porto Alegre:ABEM; 1995. p.204-7.<br />

Reports<br />

Campos MHR. A Universida<strong>de</strong> não será mais a mesma. Belo Horizonte: Conselho <strong>de</strong> Extensão da UFMG; 1984. (Relatório)<br />

Legislation<br />

Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação. Câmara <strong>de</strong> Educação Superior. Resolução CNE/CES nº4 <strong>de</strong> 7<br />

<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2001. Institui diretrizes curriculares nacionais do curso <strong>de</strong> graduação em Medicina. Diário Oficial da União. Brasília, 9<br />

nov. 2001; Seção 1, p.38.<br />

The librarian of ABEM is in charge of revising and adapting the terms used by the authors to those of the bases where the journal<br />

is in<strong>de</strong>xed. Contributions will be published in the same or<strong>de</strong>r they were approved by the editorial board.<br />

Statement of Authorship and Responsibility<br />

All individuals named as authors who had significant participation in the work have to take legal responsibility for the contents<br />

of their manuscripts and consequently sign the following Declaration of Authorship and Responsibility:<br />

“As a named author I hereby <strong>de</strong>clare to have participated sufficiently in the conception and <strong>de</strong>sign of this study and/or in the<br />

analysis and interpretation of the data for taking public responsibility for its contents. I have received the final version of this work and<br />

735<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


agreed to its submission for publication. The work in its present or a similar form has not been published elsewhere, nor is it currently<br />

un<strong>de</strong>r consi<strong>de</strong>ration for another publication.”<br />

Articles elaborated by more than one author should state the specific contribution of each of them.<br />

Research Ethics<br />

Authors of investigations that started after January 1997 involving human subjects have to submit clearance of the project by the<br />

respective institutional Ethics Commission, according to article 2. II of Ruling 196/96 of the Brazilian National Health Council (…"research<br />

involving human subjects, individually or collectively, directly or indirectly, as a whole or parts, including the handling of<br />

information or material…").<br />

In the case of institutions with no in-house ethical committee, authors are invited to attach the written clearance of the Committee<br />

that approved the research project.<br />

Conflicts of Interest<br />

Every text submitted must state information about any conflict of interest of any of the named authors. Please note that financial<br />

conflicts do not only refer to direct financial support for the investigation but also extend to employment relations, for example. (For<br />

more <strong>de</strong>tails please refer to the website of the International Committee of Medical Journal Editors http://www.icmje.org/#conflicts )<br />

736<br />

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA<br />

33: (4 Supl. 4) ; <strong>2009</strong>


PROGRAMAÇÃO <strong>COBEM</strong> ‐ 17/10 ‐ SÁBADO<br />

HORÁRIO TEATRO POSITIVO ‐ GRANDE ‐ 2.400 JARDIM BOTÂNICO ‐ 140 SANTA FELICIDADE ‐ 180 BOSQUE ALEMÃO ‐ 180 CATEDRAL DE CURITIBA ‐ 140 BOSQUE JOÃO PAULO II ‐ 180 TORRE PANORÂMICA ‐ 180 MUSEU OSCAR NIEMEYER ‐ 140 PARQUE BARIGUI ‐ 120 PARQUE TANGUÁ ‐ 120<br />

08H00 ‐ 09H30 CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO<br />

09H30 ‐ 10H30<br />

10H30 ‐ 12H00<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong><br />

Mourad Ibrahim Belaciano ‐ ESCSDF ‐<br />

ABEM<br />

Acad. Ramon Rawache ‐ UFC ‐ DENEM<br />

Patrícia Tempski ‐ FEPAR<br />

Milton <strong>de</strong> Arruda Martins ‐ USP<br />

Painel: O SUS como Escola<br />

Francisco Eduardo <strong>de</strong> Campos ‐<br />

Ministério da Saú<strong>de</strong><br />

Eugênio Paselli <strong>de</strong> Freitas Coelho ‐<br />

CONASS<br />

Antônio Carlos Figueiredo Nardi ‐<br />

CONASEMS<br />

Acad. Ramon Rawache ‐ UFC ‐ DENEM<br />

12H00 ‐ 13H00 ALMOÇO<br />

13H30 ‐ 16H00<br />

(ENSAIO DA PEÇA ‐ A ILHA<br />

DESCONHECIDA)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Mostra <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva da<br />

FEPAR<br />

David Gomes Cor<strong>de</strong>iro Jr. ‐ FEPAR<br />

Vanessa Dal Lago Vieira ‐ FEPAR<br />

Painel: O Ambiente Educacional e a<br />

Formação Ética: Uma perspectiva<br />

cognitiva<br />

Patricia Unger Raphael Bataglia ‐<br />

Universida<strong>de</strong> Ban<strong>de</strong>irante<br />

Sérgio Tavares <strong>de</strong> Almeida Rego ‐<br />

ENSP/REBEM<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

MedCine ‐ "Uma história severina"<br />

Léa Resen<strong>de</strong> Archanjo ‐ UP<br />

Curso: Capacitação Pedagógica para<br />

Preceptoria na Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviços<br />

Eliana Goldfarb Cyrino ‐ UNESP<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

ALMOÇO ALMOÇO<br />

Curso: Métodos <strong>de</strong> Avaliação do<br />

Aprendizado do Estudante <strong>de</strong><br />

Medicina<br />

Curso: Gestão do Ensino Superior<br />

Luiz Ernesto <strong>de</strong> Almeida Troncon ‐ USP ‐ Emilton Lima Júnior ‐ PUCPR<br />

RP Ruy<br />

Guilherme Silveira <strong>de</strong> Souza ‐ UFRR<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Ví<strong>de</strong>o: Educação Médica Caminhos e<br />

Histórias ‐ SGTES ‐ OPAS<br />

Curso: Como Elaborar, Aplicar e Avaliar<br />

e Teste do Progresso<br />

Joelcio Francisco Abba<strong>de</strong> ‐ UNESP<br />

Angélica Maria Bicudo Zeferino ‐<br />

UNICAMP<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

CineComa ‐ Saú<strong>de</strong> e Meio Ambiente<br />

José Me<strong>de</strong>iros ‐ UFRN<br />

Curso: Docência em Medicina<br />

Val<strong>de</strong>s Roberto Bollela ‐ UNICID<br />

Eliana Amaral ‐ UNICAMP<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Cinemateca<br />

Andréia Buzza ‐ UP<br />

Grupo <strong>de</strong> Trabalho: Pós‐graduação em<br />

Educação Médica<br />

Waldomiro Carlos Manfroi ‐ UFRGS<br />

Nildo Alves Batista ‐ UNESP<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong> Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Oficina: Entre Atos<br />

Sonia Davanso<br />

Oficina: Como Redigir Artigos Científicos<br />

Vera Lúcia Garcia ‐ UNESP ‐ Revista<br />

Interface<br />

Joaquim Edson Vieira ‐ USP<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Sorrir é Viver<br />

Natália Magalhães Mattos ‐ FMABC<br />

Painel: Vicissitu<strong>de</strong>s na realização <strong>de</strong><br />

Programas <strong>de</strong> Mentoring no Brasil<br />

Maria <strong>de</strong> Fátima Aveiro Colares ‐<br />

FMRPUSP<br />

Gilmar Ta<strong>de</strong>u <strong>de</strong> Azevedo Fi<strong>de</strong>lis ‐ UFMG<br />

16h00 ‐ 16h30 INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO<br />

16H30 ‐ 18H00<br />

(ENSAIO DA PEÇA ‐ A ILHA<br />

DESCONHECIDA)<br />

Painel: Espiritualida<strong>de</strong> e Práticas <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong><br />

Mário Prieto Peres ‐ UNIFESP/FMABC<br />

Marcos Boulos ‐ USP<br />

Pascoal Piragini ‐ FEPAR<br />

Curso: Capacitação Pedagógica para<br />

Preceptoria na Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviços<br />

Eliana Goldfarb Cyrino ‐ UNESP<br />

Curso: Métodos <strong>de</strong> Avaliação do<br />

Aprendizado do Estudante <strong>de</strong><br />

Medicina<br />

Curso: Gestão do Ensino Superior<br />

Luiz Ernesto <strong>de</strong> Almeida Troncon ‐ USP ‐ Emilton Lima Júnior ‐ PUCPR<br />

RP Ruy<br />

Guilherme Silveira <strong>de</strong> Souza ‐ UFRR<br />

Curso: Como Elaborar, Aplicar e Avaliar<br />

e Teste do Progresso<br />

Joelcio Francisco Abba<strong>de</strong> ‐ UNESP<br />

Angélica Maria Bicudo Zeferino ‐<br />

UNICAMP<br />

Curso: Docência em Medicina<br />

Val<strong>de</strong>s Roberto Bollela ‐ UNICID<br />

Eliana Amaral ‐ UNICAMP<br />

Grupo <strong>de</strong> Trabalho: Pós‐graduação em<br />

Educação Médica<br />

Waldomiro Carlos Manfroi ‐ UFRGS<br />

Nildo Alves Batista ‐ UNESP<br />

Oficina: Como Redigir Artigos Científicos<br />

Vera Lúcia Garcia ‐ UNESP ‐ Revista<br />

Interface<br />

Joaquim Edson Vieira ‐ USP<br />

Fórum: Aspectos Técnicos, Éticos e<br />

Críticos no Suporte Psicorerápico ao<br />

Estudante<br />

Flávio Martins Shimomura ‐<br />

SAMEDI/UNIFESP<br />

Maria Lilian Coelho <strong>de</strong> Oliveira ‐<br />

UNICAMP<br />

18H00 ‐ 19H00 INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO<br />

19H00 ‐ 21H30<br />

21H30 ‐ 24H00<br />

Abertura Oficial do <strong>COBEM</strong><br />

Roberto Requião ‐ Governo <strong>de</strong> Estado do<br />

Paraná Gilberto Martim ‐ SESA<br />

Carlos Alberto Richa ‐ Prefeito <strong>de</strong> Curitiba<br />

Luciano Ducci ‐ SMS<br />

Mourad Ibraim Belaciano ‐ ABEM<br />

Patrícia Tempski ‐ FEPAR<br />

Oriovisto Guimarães ‐ UP<br />

Mayla Gabriela Silva Borba ‐ UP<br />

Ramon Rawache ‐ DENEM<br />

Madalena Patricio ‐ AMEE<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong> Exposição<br />

e Restaurante (Ativida<strong>de</strong> Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)


PARQUE TINGUI ‐ 140 BLOCO BEGE ‐ 400 BLOCO VERMELHO 1 ‐ 200 BLOCO VERMELHO 2 ‐ 200 BLOCO AMARELO 1 ‐ 200 BLOCO AMARELO 2 ‐ 200 PAÇO MUNICIPAL SALA 210 ‐ BLOCO AMARELO SALA 211 ‐ A ‐ BLOCO AMARELO SALA 211 ‐ B ‐ BLOCO AMARELO<br />

CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO<br />

Curso: Metodologias Ativas no Ensino<br />

e Avaliação<br />

Maria Eugênia Vanzolini ‐ USP<br />

Painel: Vinte e um anos <strong>de</strong> SUS e o<br />

Ensino Médico<br />

Adib Domingos Jatene ‐ USP<br />

Gastão Wagner <strong>de</strong> Sousa Campos ‐<br />

UNICAMP<br />

Francisco Campos ‐ SGTES/ MS<br />

Fórum das Associações <strong>de</strong> Ensino/<br />

FNEPAS ‐ Integração <strong>de</strong> ensino e<br />

serviço e os territórios <strong>de</strong><br />

aprendizagem<br />

Dulce Chiaxerinni ‐ ENSP<br />

Oficina: Estabelecendo Padrões <strong>de</strong><br />

Avaliação <strong>de</strong> Ensino e Aprendizagem<br />

Fernando Antônio Menezes da Silva ‐<br />

UFPE<br />

Fórum: Residência Médica<br />

Painel ‐ Panorama da residência<br />

médica no Brasil: posicionamento das<br />

entida<strong>de</strong>s que compõe a CNRM<br />

Maria Paula Dallari Bucci ‐ SESU/ MEC<br />

Ana Estela Haddad ‐ SGTES/ MS<br />

Adriano Massuda ‐ UFPR<br />

José Carlos Nicolau ‐ AMB<br />

Romes André Proença <strong>de</strong> Souza ‐ ANMR<br />

Roberto Luiz D´Ávila ‐ CFM<br />

Cid Célio Jaime Carvalhares ‐ FENAM<br />

Coor<strong>de</strong>nação: Maria do Patrocínio<br />

Tenório Nunes ‐ CNRM<br />

Co‐coor<strong>de</strong>nação: Acad. Gerson<br />

Sobrinho Salvador <strong>de</strong> Oliveira ‐ AMERESP<br />

Oficina:Fotografia para Uso Acadêmico<br />

Nicolau Gregori Czeczko – FEPAR/UFPR<br />

Oficina: Dramatização e Psicodrama na<br />

Educação Médica<br />

Maria Luisa Carvalho Soliani – EBMSP<br />

III Encontro Nacional dos Programa <strong>de</strong><br />

Educação Tutorial <strong>de</strong> Medicina ‐ III<br />

ENAPET<br />

Janaíne Camargo Oliveira ‐<br />

UFTM/FBABEM<br />

Daniel Mallmann Vallerius ‐ UFRGS/<br />

CENAPET<br />

INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO<br />

Curso: Metodologias Ativas no Ensino<br />

e Avaliação<br />

Maria Eugênia Vanzolini ‐ USP<br />

Painel: Vinte e um anos <strong>de</strong> Sus e o<br />

Ensino Médico<br />

Celso Matias <strong>de</strong> Almeida ‐ UFJF<br />

Jairnilson Silva Paim ‐ ISC ‐ UFBA<br />

Acad. Emerson Rafael Lopes ‐ FMRP‐<br />

USP/ DENEM<br />

Fórum das Associações <strong>de</strong> Ensino/<br />

FNEPAS ‐ Integração <strong>de</strong> ensino e<br />

serviço e os territórios <strong>de</strong><br />

aprendizagem<br />

Dulce Chiaxerinni ‐ ENSP<br />

Oficina: Estabelecendo Padrões <strong>de</strong><br />

Avaliação <strong>de</strong> Ensino e Aprendizagem<br />

Fernando Antônio Menezes da Silva ‐<br />

UFPE<br />

Fórum: Residência Médica<br />

Painel ‐ Políticas <strong>de</strong> Estado para<br />

especialização médica no Brasil<br />

Maria do Patrocínio Tenório Nunes ‐<br />

CNRM<br />

Helena Lemos Petta ‐ DEGES/ MS<br />

Armando Raggio ‐ CONASS<br />

Silvio Fernan<strong>de</strong>s ‐ CONASEMS<br />

Alexandre Ramos ‐ EESP/ SESAB<br />

Coor<strong>de</strong>nação: Cid Célio Jaime<br />

Carvalhares ‐ FENAM<br />

Co‐coor<strong>de</strong>nação: Acad. Gerson<br />

Sobrinho Salvador <strong>de</strong> Oliveira ‐<br />

AMERESP<br />

Oficina:Fotografia para Uso Acadêmico<br />

Nicolau Gregori Czeczko – FEPAR/UFPR<br />

Oficina: Dramatização e Psicodrama na<br />

Educação Médica<br />

Maria Luisa Carvalho Soliani – EBMSP<br />

INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)


SALA 215 ‐ BLOCO AMARELO SALA 217 ‐ BLOCO AMARELO SALA 107 ‐ BLOCO MARROM<br />

CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO CREDENCIAMENTO<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Plenária Inicial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Painel: O SUS como Escola (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO<br />

Oficina: Encontrando os Desvios<br />

Positivos da Educação Médica<br />

Maria Viviane Lisboa Vasconcelos ‐<br />

UFAL<br />

Vera Therezinha Me<strong>de</strong>iros Borges ‐<br />

UNESP<br />

Oficina: Como preparar material<br />

audiovisual na Saú<strong>de</strong><br />

Wilson Freire ‐ FCM/UPE<br />

INTERVALO INTERVALO INTERVALO<br />

Oficina: Encontrando os Desvios<br />

Positivos da Educação Médica<br />

Maria Viviane Lisboa Vasconcelos ‐<br />

UFAL<br />

Vera Therezinha Me<strong>de</strong>iros Borges ‐<br />

UNESP<br />

Oficina: Como preparar material<br />

audiovisual na Saú<strong>de</strong><br />

Wilson Freire ‐ FCM/UPE<br />

INTERVALO INTERVALO INTERVALO<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Abertura Oficial ‐ <strong>COBEM</strong> (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)<br />

Coquetel <strong>de</strong> Abertura ‐ Área <strong>de</strong><br />

Exposição e Restaurante (Ativida<strong>de</strong><br />

Única)


PROMOÇÃO<br />

REALIZAÇÃO<br />

PATROCINADORES E PARCEIROS:

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